Revista Tecnologística - Ed. 235 junho 2015

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Daniel Brugioni: “Proposta de valor da Libra Logística é muito mais ampla do que simplesmente o transporte”

Operadores Logísticos ESTUDO DA DA ABOL ABOL FIRMA FIRMA ESTUDO OS ALICERCES ALICERCES PARA PARA A A OS REGULAMENTAÇÃO DO DO SETOR SETOR REGULAMENTAÇÃO Confira tabela com as principais empresas



SUMÁRIO

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MERCADO Siga todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor de logística

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ENTREVISTA Daniel Brugioni, diretor-geral da Libra Logística, fala sobre os negócios em tempos de economia conturbada e mostra otimismo ao destacar as estratégias da empresa para crescer em meio à crise

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TERCEIRIZAÇÃO Operador logístico de origem francesa FM Logistic reduz em 10% os custos operacionais de sua conterrânea Maped, fabricante de artigos escolares e para escritórios, otimizando a logística de seus mais de 2.000 SKUs

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OPERADORES LOGÍSTICOS Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) finaliza estudo a respeito do setor e apresenta dados consistentes para argumentar com o poder público sobre a regulamentação da figura do operador logístico e lutar pela formalização da atividade no país

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TABELA Confira em nosso panorama anual a lista dos principais operadores logísticos brasileiros, suas estruturas, características e serviços oferecidos

140 LOGÍSTICA TÊXTIL Operadores investem cada vez mais no atendimento às empresas do segmento têxtil, mercado em ascensão que vai descobrindo, aos poucos, as vantagens de contar com a expertise de um prestador de serviços logísticos especializado

150 TERCEIRIZAÇÃO O crescimento do número de lojas e a complexidade de sua logística levaram o Roldão a procurar os serviços da Intecom, que centralizou os estoques e reduziu significativamente o índice de rupturas da rede atacadista

154 ILOS Beatris Huber aborda, na primeira parte de seu artigo, os principais elementos que devem fazer parte do convívio entre os operadores logísticos e seus clientes para garantir o sucesso do relacionamento

160 EVENTOS A Alemanha em destaque: Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro promove debate sobre a logística nacional e a Revista Tecnologística visita a 15ª edição da feira Transport Logistic, em Munique

162 ARTIGO Rudolf Flunger analisa a implantação de processos de planejamento de vendas e operações no segmento industrial envolvendo a dependência de uma cadeia de suprimentos funcional para obter sucesso nas vendas

168 PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

170 AGENDA Capa: Michele Bianchi Fotos: Shutterstock

Confira os mais importantes cursos, seminários e eventos nacionais e internacionais do setor em nossa agenda


EDITORIAL

Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

A hora e a vez dos operadores

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tilizar o termo “especial” para definir a edição de operadores logísticos deste mês da Revista Tecnologística faz mais sentido do que nunca. Nas próximas páginas você vai encontrar uma publicação recheada com as principais notícias e novidades do setor, uma entrevista com o diretor-geral da Libra Logística, um dos players mais relevantes do mercado, uma matéria focada no atendimento à indústria têxtil, segmento em franca ascensão, além dos tradicionais cases de sucesso e artigos escritos por especialistas. Mas, como se tudo isso não bastasse, há ainda a cereja do bolo. Você vai ter a oportunidade de conhecer em detalhes o estudo Operadores Logísicos: Panorama Setorial, Marco Regulatório e Aspectos Técnico-Operacionais, lançado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) e realizado em parceria com a consultoria KPMG, o escritório de advocacia Mattos Filho e a Fundação Dom Cabral. O extenso trabalho tem como objetivo apresentar uma base sólida para que os operadores logísticos brasileiros possam lutar pela formalização de sua atividade e nos presenteia com um sem-número de informações nunca antes levantadas pelas próprias empresas do setor: a história dos operadores, o tamanho do mercado, sua relevância para a economia brasileira, as dificuldades enfrentadas... A Tecnologística tem muito orgulho de ter acompanhado a Abol desde sua fundação e não poderia deixar de levar ao seu conhecimento, caro leitor, esse trabalho riquíssimo que, sem dúvida alguma, representa um verdadeiro marco para o segmento. Esta edição traz ainda nosso próprio dimensionamento anual do mercado, com a tabela de operadores logísticos, que inclusive serviu de fonte, em suas edições anteriores, para as pesquisas da Abol durante a confecção de seu estudo. Com certeza uma edição histórica, feita para ser lida e relida muitas vezes. Shirley Simão

Ano XXI - N.º 235 - Junho/2015 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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MERCADO

Appa implanta ferramenta de monitoramento em tempo real Software utiliza imagens de satélites para acompanhar embarcações e otimizar as operações portuárias

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tegrar todas as atividades, desde o faturamento até a gestão financeira da Appa. “Ele vai permitir que todos os usuários interajam com o porto sem ter que vir até o porto”, ressalta Dividino. Todas as requisições de navios, pedidos de atracação, programação de carga e descarga, pagamento de faturas e demais atividades que hoje são feitas no local serão realizadas on-line. Divulgação

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Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) anunciou, no mês de maio, a adoção de uma ferramenta para monitoramento e planejamento de navegação. O programa, chamado FleetMon Explorer, usa imagens geradas por satélites e, por meio de análises sobre a previsão de chegada dos navios, é possível diminuir o período de espera para atracação nos portos paranaenses. A novidade, que proporciona menor custo para o usuário e mais produtividade para os portos, possibilita a visualização, em tempo real, de toda a frota situada no mar. O software traz ainda informações on-line sobre a origem e o destino das embarcações, características dos navios e o tipo de carga que está sendo transportada ou programada para carregamento. Para o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o acompanhamento é uma solução tecnológica que aumenta a confiabilidade das operações marítimas. “São informações que validam os procedimentos da autoridade portuária”, comenta. “O sistema permite saber, por exemplo, se os navios que estão programados para atracar no Porto de Paranaguá estão acessando o canal de forma adequada e qual é a sua posição no cais enquanto estão atracados”, explica o diretor Comercial da Appa, Lourenço Fregonese. A ferramenta é um dos serviços que integram o projeto Appa Web. Em fase de conclusão, ele consiste na modernização de todo o sistema de controle interno e externo das ações realizadas nos portos. O Appa Web tem como objetivo eliminar o uso de papel e in-

Obras de reforço A Appa iniciou em abril uma obra que irá reforçar o cais do Porto de Paranaguá (PR). Serão instaladas cerca de 500 estacas de concreto, sendo 190 nas águas da Baía de Paranaguá e 310 na estrutura do cais do porto. A reforma consiste em cravar as estacas e instalar diversas vigas para reforçar a estrutura do cais. Parte de um investimento de R$ 89 milhões, a reforma vai preparar o porto para suportar operações mais pesadas e permitir a dragagem de nivelamento de todos os berços para uma profundidade maior, oferecendo mais segurança para a navegação e a atracação dos navios. A primeira estaca foi cravada no berço 208, trecho mais antigo do cais, que preserva algumas características de quando o porto foi criado, na década de 1930. Atualmente, esta parte do porto tem profundidade de apenas 8 metros e o cais suporta operações de até 2 toneladas por m², o que restringe as operações. Com a obra, o berço poderá ser dragado para 13,8 metros e vai aguentar uma pressão de 5 t por m².

Segundo Dividino, além de dar maior produtividade ao porto, a reforma do cais tem o objetivo de modernizar os berços de atracação. “Teremos um cais inteiramente preparado para uma dragagem que nivele a sua profundidade. Assim, todos os berços poderão operar com guindastes mais pesados e vamos poder atracar navios com cerca de 80 mil toneladas”, afirma. Hoje, os maiores navios graneleiros que chegam a Paranaguá carregam 70 mil toneladas, no máximo. A obra de reforço vai acontecer ao longo de todo o cais comercial, dos berços 202 a 214. A obra será dividida em vários trechos para não prejudicar a movimentação das cargas. A expectativa é que a intervenção seja finalizada até a metade do ano que vem. “Ao longo da obra, também serão trocados os cabeços de amarração, onde o navio é amarrado quando atraca, por peças com o dobro da capacidade. O porto será preparado para a instalação de novas defensas, que são estruturas que suavizam o impacto do navio ao encostar no cais”, explica o diretor de Operação da Appa, Luiz Teixeira da Silva Júnior. Appa: (41) 3420-1143



MERCADO

VLI inicia transporte de manganês no corredor Centro-Norte

Divino Advincula

Movimentação do produto foi estabelecida por meio de contrato firmado com a Mineração Buritirama

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VLI iniciou, no primeiro semestre deste ano, o transporte de manganês pelo corredor Centro-Norte da companhia. A movimentação do produto foi estabelecida por meio de

um contrato firmado com a Mineração Buritirama, sociedade anônima controlada pelo grupo Bonsucex Holding, que tem instalações industriais de lavra e beneficiamento em Marabá (PA). Trens da VLI transportam a carga do entreposto da cidade paraense até o Porto do Itaqui (MA), passando pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) por meio de contrato de capacidade assinado com a Vale. Nesse fluxo operacional, cada composição férrea é formada por aproximadamente 50 vagões. O manganês segue em navios para outras cidades do litoral brasileiro e também para Europa, Ásia e Estados Unidos. “Trata-se de uma carga estratégica

para a VLI, pois o crescimento do volume movimentado consolida as operações da empresa como alternativa para o desenvolvimento do potencial de transporte e negócios da região. A busca por parcerias com novos clientes é uma das nossas frentes de trabalho”, pontua o diretor Comercial da VLI, Fabiano Lorenzi. A expectativa é que sejam movimentadas 500 mil toneladas do insumo por ano, volume que pode aumentar futuramente. O contrato tem vigência de dez anos, com possibilidade de prolongamento por mais dez. VLI: (31) 3279-4900

Log-In renova frota de contêineres Empresa aluga 1.500 unidades novas, formando uma das frotas com idade média mais baixa para a cabotagem no mercado

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pamento com maior altura em relação ao dry box. “Os contêineres são a maneira mais segura que existe para o transporte de

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om o objetivo de renovar seus contêineres, a Log-In alugou 1.500 unidades, formando uma das frotas mais novas para cabotagem no mercado brasileiro. As aquisições foram padronizadas nas cores verde e branco, características da marca. A empresa responsável por fornecer os contêineres não foi divulgada pela Log-In. A locação abrange diferentes tipos de equipamentos para atender aos diversos segmentos de atuação dos clientes. Os modelos são dry box de 20’ e 40’, indicados para cargas secas; reefer de 40’ RH, ideal para refrigerados, mas de baixo peso; flat rack 40’, criado para cargas que não se adéquam a um contêiner fechado; e high-cube 40’, equi-

cargas. Além da redução dos custos logísticos, já que podem ser transferidos rapidamente para diferentes modais de transporte, eles evitam acidentes e prejuízos comuns ao manuseio direto dos produtos”, explica Márcio Arany, diretor Comercial da Log-In. A empresa fechou o quarto trimestre de 2014 com novo recorde no volume de navegação costeira, atingindo 77,8 mil TEUs transportados, crescimento de 28,1% em relação ao mesmo período de 2013. No acumulado de 2014, a companhia movimentou 272,1 mil TEUs, um acréscimo de 12,3% na comparação com 2013. Log-In: 0800 725-6446


Scania inaugura laboratório de pesquisa em parceria com a Poli Projeto vai estudar fenômenos do fluxo de ar no motor para reduzir a emissão de poluentes e o consumo de combustível

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Scania e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) inauguraram, em abril, o primeiro laboratório de pesquisa da indústria de caminhões no Parque Tecnológico de Sorocaba, interior de São Paulo. O projeto é fruto de um convênio de cooperação tecnológica assinado entre a montadora sueca e a Poli em 2013 e foi realizado com o apoio da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE). Ao todo foram investidos R$ 6 milhões na iniciativa, que pretende estudar o comportamento do fluxo de ar dentro dos motores a diesel. “Essa investigação poderá contribuir para melhorar o desempenho dos motores, bem como o consumo, e, principalmente, a redução de emissão de gases poluentes na atmosfera”, explica Per Olov Svedlund, presidente e CEO da Scania Latin America. O conhecimento gerado a partir dessa pesquisa também será aplicado no desenvolvimento de um software para previsão e controle do comportamento do fluxo de ar no motor. A ferramenta poderá ser utilizada futuramente no processo de manufatura de cabeçotes

de motores, o que aprimorará o controle de qualidade dos componentes produzidos na montadora sueca. O laboratório conta com equipamentos criados exclusivamente para o projeto. “Vamos abrigar, por exemplo, uma máquina de ensaio de fluxo de ar nos cabeçotes, que precisou ser desenvolvida e montada na universidade, bem como alguns sensores que não existiam no mercado com a especificidade que o projeto exige”, explica Marcelo Massarani, professor doutor do Centro de Engenharia Automotiva da Poli, responsável pela coordenação da iniciativa. “Essa tecnologia é completamente nova. Criada pelo grupo de especialistas reunidos para esse projeto, ela traz uma série de inovações, como a medição de deslocamentos a laser e a compactação de sensores, além de ser mais eficiente e de baixo custo”, diz. Além da capacidade para realizar o processamento de simulações virtuais do fluxo de ar nos cabeçotes, o espaço abrigará equipamentos de escaneamento a laser, máquinas operatrizes para a fabricação de peças específicas, entre outros itens necessários para os estudos. Com o apoio dessa estrutura, os pesquisadores poderão fazer ensaios, validar modelos matemáticos e simulações virtuais e fabricar e testar protótipos tridimensionais. Poli: (11) 3091-9656 Scania: (11) 4344-9333


MERCADO

LogBev conquista operações de distribuição da Danone no Rio

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LogBev passou a prestar, no final do primeiro trimestre deste ano, serviços de transporte para a Danone, mediante contrato firmado entre as empresas no mês de janeiro. Com a novidade, a transportadora especializada na distribuição de cargas em grandes centros urbanos fica responsável pela entrega dos

produtos da Danone nas principais redes de supermercados de todo o estado do Rio de Janeiro. Os carregamentos têm origem nas fábricas do cliente localizadas em Jundiaí (SP) e Poços de Caldas (MG) e também no centro de distribuição situado na capital fluminense. Para atender à nova operação, a LogBev investiu na aquisição de 37 caminhões, sendo 15 Volkswagen Delivery 10.160, 15 Mercedes-Benz Accelo 1016 e 7 Mercedes-Benz Axor 2544, além de 37 implementos frigorificados do tipo baú fabricados pela Ibiporã. A aquisição dos ativos demandou um aporte de aproximadamente R$ 9 milhões.

Azul Cargo expande estrutura no Nordeste

Além disso, mais de 80 colaboradores foram contratados e treinados para atuar exclusivamente na operação dedicada à Danone. Para preparar a equipe, foram realizados treinamentos com o apoio da Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet), que atuou na capacitação dos motoristas, e da Thermo Star, fornecedora de equipamentos de refrigeração, que orientou motoristas e ajudantes quanto à forma correta de utilização do aparato. Além da Danone, o portfólio de clientes de LogBev inclui empresas como JBS e Ambev. LogBev: (21) 2882-5500

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Transporte será realizado a partir das fábricas do cliente em São Paulo e Minas Gerais e do CD na cidade do Rio de Janeiro

Empresa inaugura unidades em Fortaleza, João Pessoa, Natal e Recife

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Azul Cargo passou a contar com duas novas lojas na Região Nordeste no mês de maio. A unidade de cargas da Azul Linhas Aéreas Brasileiras inaugurou filiais nas cidades de Fortaleza e João Pessoa. As novas estruturas somam-se às lojas de Natal e Recife, inauguradas em abril. Com isso, a Azul Cargo eleva para 138 o número de pontos comerciais espalhados pelo Brasil. Ao todo, 46 colaboradores foram recém-contratados para atuar nas novas unidades do Nordeste. Em João Pessoa, a Azul Cargo já pos-

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suía uma loja e agora sua nova unidade se localiza dentro do aeroporto. Já em Natal, Recife e Fortaleza, a empresa passa a contar com novas unidades fora dos aeroportos. “Com a abertura de mais lojas estendemos o atendimento direto Azul Cargo para além dos aeroportos, permitindo maior controle, agilidade operacional e assistência aos clientes da região”, destaca o diretor da empresa, Claudio Fonseca. Ao todo, a Azul Cargo atende 3.400

municípios brasileiros. A empresa utiliza a malha aérea e os porões das aeronaves da Azul para o transporte de cargas expressas, oferecendo inclusive serviços porta a porta. Azul Cargo: 4003-8399


Empresa aumenta para 31 o número de filiais espalhadas pelo Brasil

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Jamef, transportadora especializada na movimentação de cargas fracionadas, passou a contar, em abril, com uma nova unidade localizada na cidade de Londrina (PR). Trata-se da segunda filial da empresa no estado do Paraná e da 31ª em todo o território nacional. Situada próximo à BR-369, a nova unidade conta com 6 mil m² e 30 docas para a realização de operações de cross-docking nas atividades de transporte

direcionadas a 223 municípios da região, como Maringá, Cianorte, Apucarana e Umuarama. Com a novidade, a cidade de Londrina e seus arredores, que utilizavam os serviços da filial de Curitiba, passam a ter atendimento local. As principais mercadorias movimentadas na nova estrutura são confecções, produtos eletrônicos e de informática. “A região é bastante promissora economicamente. Acreditamos neste

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Jamef estabelece sua segunda unidade no Paraná

potencial e, com uma unidade na cidade, conseguiremos atender ainda melhor nossos clientes”, destaca Marcelo Sobhie, gerente regional Sul da Jamef. Ao todo, 30 colaboradores atuam no local. Os investimentos aplicados na estrutura não foram revelados. Jamef: (43) 3878-7800


IS Logística investe em tecnologia de identificação de documentos Empresa busca otimizar as atividades de conferência e gestão das cargas

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IS Logística, empresa especializada em operações de transporte e logística de documentos na modalidade B2B (business to business), passou a utilizar em abril uma nova ferramenta tecnológica para administrar o conteúdo das malas expressas com as quais opera. Idealizado pela equipe de Operações da própria IS Logística e implantado por uma empresa de tecnologia terceirizada em um dos grandes clientes atendidos – cujos nomes não foram divulgados –, o software funciona utilizando um sistema de identificação por código de barras. Os valores investidos também não foram revelados. Antes do transporte os documentos são cadastrados sob um determinado código que permite a consulta no momento da entrega. Assim, um documento que sai da matriz do cliente recebe uma identificação e, quando chega até seu destino em uma das filiais da empresa, por exemplo, basta uma simples consulta para garantir a confiabilidade da operação. A novidade foi implantada com o objetivo de eliminar o tempo perdido

pelo cliente com a conferência dos documentos no ato da entrega. “A solução é simples e visa trazer praticidade e agilidade aos processos”, comenta Thiago Oliveira, presidente da IS Logística. Além de auxiliar na conferência das entregas, o software, que de acordo com a empresa apresenta operação bastante simplificada, promete gerar economia de tempo também na organização e na administração dos documentos por parte da IS Logística. A empresa possui uma forte cultura de investimentos em tecnologia. Há alguns meses ela desenvolveu um aplicativo que permite fazer o controle de toda a operação em campo, rastreando as malas expressas e gerando relatórios de desempenho. Além disso, o sistema emite uma confirmação via mobile das entregas e coletas, com o nome e a assinatura do responsável pelo recebimento. “Investimos ainda em um sistema de separação automatizada e de roteirização, que garante a leitura rápida das malas expressas. Se temos a tecnologia a nosso favor, pensamos sempre em ações que tragam praticidade, rapidez e eficiência à prestação dos serviços”, destaca Oliveira. Com 12 anos de mercado, a IS Logística possui 24 bases operacionais em diferentes estados, que permitem o atendimento a todo o território nacional. A empresa realiza diariamente cerca de 12 mil coletas e entregas por meio de uma frota própria composta por mais de 400 veículos leves. IS Logística: (21) 2580-6560


Braspress adquire 167 niveladoras de docas da Marksell

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Braspress acaba de adquirir 167 niveladoras de docas da Marksell para seu novo hub em fase de implantação na cidade de Guarulhos (SP). A estrutura, que servirá como nova sede da empresa, deve ser inaugurada em março do ano que vem. Os equipamentos comprados são do modelo MKS-3000 PND ME e possuem capacidade para suportar até 3 toneladas de cargas distribuídas, sendo 1,5 t por eixo espaçado. A entrega ocorrerá nos meses de fevereiro e março de 2016. Os valores envolvidos na compra não foram divulgados. Situada na Rodovia Presidente Dutra, a unidade da Braspress onde as niveladoras serão instaladas é chamada de Planeta Azul pela companhia e possui área total de 190 mil m², sendo 80 mil m² de área construída. “Estamos investindo na modernização das instalações, dotando-as com o que existe de mais atualizado

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Equipamentos serão instalados na nova sede da empresa, localizada em Guarulhos

em tecnologias de movimentação de volumes, objetivando o aumento das escalas de produtividade, segurança, rastreabilidade e ergonomia”, explica o diretor de Operações da Braspress, Luiz Carlos Lopes. “A aquisição dos equipamentos da Marksell é uma parte importante que compõe o planejamento e a idealização deste projeto”, ressalta o executivo, lembrando que as empresas já fizeram negócios antes. “Decidimos

pelo melhor custo-benefício, a empresa mais competitiva e de capacidade técnica comprovada”, completa Lopes. “Investimos cerca de 10% do faturamento atual da Marksell em pesquisa e desenvolvimento, na contratação de mestres e doutores e na qualificação dos colaboradores para que possamos acompanhar a evolução tecnológica e atender às demandas e necessidades do mercado”, destaca o diretor de Novos Negócios da Marksell, Jorge Franchi. Além de funcionar como centro administrativo da Braspress e concentrar as atividades de transbordo da empresa, o Planeta Azul será dedicado às operações de transporte da divisão Aeropress, que atua com encomendas movimentadas pela combinação dos modais rodoviário e aéreo. Braspress: (11) 3429-3333 Marksell: (11) 4772-1100


MERCADO

Sotreq equipa novo navio de apoio marítimo da CBO Embarcação encontra-se em fase de construção no Estaleiro Aliança

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Sotreq, revendedora exclusiva de máquinas, equipamentos e serviços da Caterpillar, realizou em abril a venda de grupos geradores para a Companhia Brasileira de Offshore (CBO). São ao todo cinco equipamentos, quatro para instalação em uma embarcação Platform Supply Vessel (PSV), em construção no Estaleiro Aliança, no Rio de Janeiro, e um para operação no porto e em casos de emergência. O navio que receberá os geradores da Caterpillar será afretado à Petrobras para realizar operações de suporte à exploração de gás e petróleo, especialmente nos campos do pré-sal. O navio foi licitado pelo Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam) da estatal. Conforme estabelecido pelas nor-

mas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os equipamentos têm alto nível de conteúdo local e foram testados e certificados na fábrica da Caterpillar localizada em Piracicaba (SP). Os geradores utilizados na embarcação são do modelo 3512C, para aplicação diesel-elétrica, e o outro é do modelo C18. Os valores investidos na compra não foram divulgados. “Mais uma vez reiteramos nosso compromisso com a CBO, presente nas principais bacias petrolíferas brasileiras, orgulhosos de colaborar com seu crescimento e, consequentemente, da indústria do setor offshore”, afirma Rodrigo Feria, gerente de Vendas de Mercado Marítimo da Sotreq. O novo PSV é a sétima embarcação encomendada pela CBO a contar com equipamentos Caterpillar

nos últimos meses. A fabricante alcançou em 2015 a marca de 150 grupos geradores vendidos para aplicação nos segmentos de petróleo e marítimo no Brasil. A CBO conta com uma frota de 23 embarcações e é formada pelas empresas Oceana Estaleiro, Estaleiro Aliança, Aliança Offshore e CBO Navegação. De capital 100% nacional, a empresa prestadora de serviços de apoio marítimo offshore faz parte do Grupo Fischer, um conglomerado brasileiro que atua em diversos países e segmentos, como produção de laranjas e maçãs. De acordo com seu plano de expansão, a expectativa da CBO é chegar a 50 embarcações em 2020. CBO: (21) 2546-1122 Sotreq: 3003-1920

Transzilli compra 13 caminhões DAF Divulgação

Aquisição é parte da estratégia de renovação e ampliação da frota da transportadora, que conta com 173 veículos

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DAF, marca holandesa de caminhões subsidiária da Paccar, concluiu em abril a venda de 13 unidades do modelo XF105 para a Transzilli, empresa de transportes, armazenagem, distribuição e repaletização de produtos secos, refrigerados e congelados. A aquisi-

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ção é parte da estratégia de renovação e ampliação da frota da transportadora, atualmente com 173 caminhões. Os veículos já foram entregues e serão utilizados como carreta frigorífica no transporte de carga congelada. Todas as unidades são do modelo branco Ice White e foram personalizadas com a cor verde, seguindo a identidade visual da Transzilli. “Conhecemos a DAF em 2010, durante o Salão de Hannover, na Alemanha. Fazer o test-drive foi essencial, pois a avaliação dos atributos do modelo nos impressionou e foi decisiva para a aquisição. O caminhão da DAF é ideal para as nossas operações e

se adequou rapidamente às necessidades e mão de obra da empresa”, afirma Osvaldo Zilli, presidente da Transzilli. Atualmente, o modelo é comercializado pela DAF nas versões 6x2 e 6x4, com potência de 410 cv ou 460 cv e torques máximos de 2.000 Nm e 2.300 Nm, entre 1.050 rpm e 1.410 rpm. Segundo a empresa, para a linha do XF105, estão programados os lançamentos da versão 510 cv do motor Paccar MX e da Super Space Cab, que será a mais confortável e também terá cabine com 2,10 m de altura interna. DAF: (42) 3122-8400 Transzilli: (62) 3283-2908



MERCADO

Natura inaugura hub logístico em Itupeva Companhia investiu R$ 73 milhões em tecnologia para a nova estrutra

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Natura inaugurou, no dia 5 de maio, seu novo hub logístico localizado na cidade de Itupeva, no interior de São Paulo. Na estrutura são armazenados produtos acabados da companhia fabricados na planta de Cajamar (SP) e também de parceiros instalados em cidades próximas. A partir do novo hub as cargas são transportadas para os oito centros de distribuição da Natura espalhados pelo Brasil e também para Peru, Argentina, Colômbia, México, Chile e França. A previsão é que as operações de transporte envolvam a movimentação de 60 carretas todos os dias. “Estamos em uma localização privilegiada. O Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e o Porto de Santos (SP) são próximos, muitos de nossos parceiros e a principal fábrica da Natura ficam perto do hub. Dessa forma conseguiremos escoar nossa produção ainda mais rapidamente”, comenta o vice-presidente de Operações e Logística da Natura, Josie Peressinoto Romero. O destaque da nova unidade está na alta tecnologia empregada. No hub são armazenados produtos tanto em caixas quanto em paletes, operados por robôs e gerenciados por um WMS customizado. Os 35 mil m² de área construída abrigam 90 mil posições-palete e 35 mil posições para caixas. “Dessa forma o espaço de armazenagem é totalmente aproveitado”, ressalta Romero. Completamente automatizado, o prédio possui pé-direito de 19 metros e conta com 13 transelevadores de paletes, dois robôs para despale-

tização, dois robôs para paletização, 20 shuttles para operações com caixas e duas esteiras telescópicas. Ao todo, foram investidos R$ 73 milhões em equipamentos. O projeto contou com o apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) do Estado de São Paulo. De acordo com a Natura, trata-se do hub logístico mais moderno das Américas, com tecnologias utilizadas somente em outras duas estruturas em todo o mundo, localizadas na Suíça e na Austrália. A automatização dos processos gera ainda redução na emissão de gases nocivos à atmosfera nas operações de transporte da Natura, devido à otimização no aproveitamento do espaço das carretas. “Montamos toda a carga fora do caminhão e depois, por meio de um sistema de esteiras motorizadas e elevadores, transportamos tudo

para o interior da carreta”, explica o diretor de Inovação Logística da Natura, Angel Medeiros. O mesmo processo, de forma inversa, é realizado nas atividades de recebimento. Dessa maneira, não existe contato humano com os produtos durante as atividades de carga e descarga das carretas. Os processos de retirada das mercadorias e de abastecimento dos veículos levam apenas cinco minutos. Para operar o sistema foram gerados 180 empregos diretos e indiretos no hub de Itupeva. Todos os colaboradores passaram por processos de capacitação para lidar com a tecnologia empregada no local. Ao todo, a Natura conta com 7 mil funcionários no Brasil. Além da fábrica de Cajamar, a companhia possui uma planta produtiva em Benevides (PA). Em 2014 a Natura registrou uma receita líquida de R$ 7,4 bilhões. Natura: 0800 11 5566


Fini passa a utilizar solução de gestão de fretes da GKO Fabricante de doces realizará o controle das entregas de seus produtos fabricados em Jundiaí A GKO Informática anunciou, no mês de maio, a assinatura de um contrato com a Fini, empresa fabricante de doces como balas de gelatina, marshmallows e chicletes, para a utilização do software GKO Frete na gestão de suas operações de transporte a partir da planta produtiva situada em Jundiaí (SP). A ferramenta contemplará funções como auditoria, acompanhamento de entregas e integração com as áreas Fiscal e Contábil da Fini. O objetivo primordial é proporcionar à empresa alimentícia controle total sobre fretes pagos e também sobre comprovantes de entrega, englobando ainda o cadastro e a aprovação de tabelas de frete, pré-faturas e simulações para novos fornecedores de transporte. “A auditoria vai gerar o suficiente para um payback rápido do investimento, mas os maiores ganhos virão em um prazo mais longo, fruto da melhor avaliação de alternativas de transporte, da melhoria de qualidade no atendimento aos clientes e com a capacidade que a área de Logística obterá de atender às estratégias da empresa”, explica o diretor Comercial da GKO, Ricardo Gorodovits. O investimento realizado pela Fini não foi divulgado. Presente em 180 países, a Fini é uma empresa de origem espanhola que nasceu na década de 1970 e faz parte do Grupo Sánchez Cano. Seus produtos são distribuídos no Brasil desde 1998, mas passaram a ser produzidos localmente somente em 2001, quando a empresa inaugurou a fábrica localizada no interior de São Paulo. Customizável, o GKO Frete atende desde indústrias automotivas até o e-commerce. Dentre as empresas que utilizam o software estão gigantes como Adidas, Danone, Pepsico, Volkswagen, Volvo, Natura, Carrefour, Walmart e Saraiva. Fini: (11) 4589-6450 GKO Informática: (21) 2533-3503


MERCADO

Mercado de segurança na logística ganha novo player Track&Track oferece serviços de localização e rastreamento de veículos

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Track&Track, empresa que atua com tecnologias de segurança e rastreamento desde o ano 2010, passou a oferecer, desde maio, seus serviços também para o mercado da logística. A empresa, que tem sede em São Paulo, possui capacidade para atender clientes em todo o território nacional. Entre os serviços oferecidos estão a localização e o rastreamento de veículos dos mais diversos modais e de contêineres por meio de tecnologias como

GPS e GPRS, o envio de SMS com a posição exata do veículo monitorado, a definição de cercas eletrônicas com avisos caso o veículo saia de uma determinada área, alertas de velocidade, escuta remota, botão de pânico e corte de combustível e acionamento de sirene a distância, entre outros. A empresa trabalha ainda com aparelhos que permitem filmar ou fotografar o interior dos veículos, com envio do conteúdo em tempo real, além de canal de voz para comunicação com

o condutor. A equipe da Track&Track atua 24 horas por dia. Os aparelhos usados pela empresa são importados dos Estados Unidos e do Japão. “Temos os recursos tecnológicos em mãos, que podem colaborar com o setor da logística. Acredito que os serviços de monitoração e rastreamento no país ainda podem melhorar muito”, diz Elias Ricardo dos Santos, diretor de Negócios da Track&Track. Track&Track: (11) 2639-8279

GLP inicia desenvolvimento de parque logístico em Cajamar Empreendimento localizado na Região Metropolitana de São Paulo terá área construída de 76 mil m²

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deve ser entregue até março de 2016, com dois galpões de alto padrão. Este é o oitavo empreendimento do fundo GLP Brazil Development Partners I, e o primeiro da empresa na região de Cajamar. “Estamos atentos a oportunidades e satisfeitos em poder aproveitar as condições atuais de mercado para o desenvolvimento desse empreendimento, am-

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GLP iniciou, em março, as obras de seu novo parque logístico localizado em Cajamar (SP), com previsão de 76 mil m² de área construída. O GLP Cajamar

18 - Revista Tecnologística - Junho/2015

pliando a nossa oferta de instalações logísticas modernas”, afirma Mauro Dias, presidente da GLP no Brasil. Situado a 30 km da capital paulista, o GLP Cajamar oferecerá fácil acesso ao anel viário de São Paulo e às rodovias Anhanguera e Bandeirantes. “Cajamar é um mercado consolidado para a logística na Grande São Paulo e este empreendimento vai levar para a região um parque logístico com a qualidade GLP. Seguimos investindo em oportunidades que possam atender às demandas dos nossos clientes”, completa Dias. GLP: (11) 3500-3700


Libra Terminais conquista novo serviço para o Caribe

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Empresa investe ainda na aquisição de 36 novos terminal tractors

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Libra Terminais Santos, unidade de negócios do Grupo Libra, passou a receber em maio embarcações do serviço chamado New Brazex, rota semanal do armador CMA-CMG que liga o Caribe ao Porto de Santos (SP) em operações de importação. A empresa já atuava com a exportação para o Caribe desde a criação do serviço, em 2002. “Essas conquistas são fruto do investimento em infraestrutura e modernização do porto e do reconhecimento do mercado aos nossos esforços”, destaca Roberto Teller, diretor-geral da Libra Terminais Santos. Como parte do plano de expansão que prevê investimentos que somam em torno de R$ 800 milhões, a Libra Terminais também adquiriu 36 terminal tractors, equipamentos especialmente desenhados para operações portuárias. Os novos veículos já iniciaram as atividades e sua principal função é atuar no transporte de contêineres do costado para a retroárea e vice-versa, operação também conhecida como carrossel.

Os novos equipamentos, que possuem capacidade para até 80 toneladas, quase o dobro de um caminhão normal, podem realizar a movimentação simultânea de dois contêineres. “Os terminal tractors têm um papel fundamental para a Libra Terminais Santos. Nossa expectativa é de crescer em 5 movimentos por hora (mph) nas operações, o que representa um aumento de cerca de 15% de produtividade”, explica o diretor de Operações Marcos Medeiros. Além desse investimento, o terminal pretende ampliar o cais e a retroárea, e também reestruturar todo o fluxo de mercadorias por meio da realocação das linhas férreas. Dentro dos planos também está a construção de ramais internos e de um viaduto e o reposicionamento dos gates de entrada e de saída. Serão criados dois ramais ferroviários para contêineres com capacidade para movimentação de 320 mil TEUs por ano, com possibilidade de expansão para oito ramais. A empresa fará a regularização do fluxo de entrada e saída de caminhões, que vai reduzir o ciclo de permanência dos caminhões para 45 minutos e impor um novo ritmo ao porto. Além disso, o projeto inclui a criação do Centro Empresarial Libra (CEL), que terá completa infraestrutura para concentração de todas as atividades administrativas do grupo em Santos. Grupo Libra: (11) 3563-3606


MERCADO

ATM instala unidade em Manaus Braço da Aliança voltado ao transporte terrestre conta agora com um total de 84 mil m² de área construída nas regiões Norte e Sul do Brasil

20 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Com capacidade para 4.800 contêineres, incluindo 600 tomadas para unidades refrigeradas, a embarcação é a maior da frota da Aliança. Ela possui comprimento total de 255 m, largura de 37,3 m, calado máximo de 12,5 m e atinge uma velocidade de 21,5 nós. O nome do navio é uma homenagem ao navegador português capitão da frota do descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral. No meio deste ano, a Aliança deve batizar um novo porta-contêineres idêntico ao Bartolomeu Dias, que receberá o nome de Vicente Pinzón. No decorrer do processo de modernização e expansão de sua frota de cabotagem, a Aliança colocou em operação quatro novos navios para 3.800 contêineres entre 2013 e 2014, todos carregando nomes dos principais descobridores da América do Sul. Rio Grande é um importante porto para a Aliança, com dois serviços regulares de cabotagem com escalas semanais. Além disso, a empresa mantém dois serviços feeder para a Argentina a partir do porto gaúcho. Anualmente, cerca de 500 escalas da Hamburg Süd e da Aliança são realizadas em Rio Grande. A frota da Aliança é composta agora por 13 navios, que operam em 15 portos de Buenos Aires até Manaus, em um total de 104 escalas mensais. Divulgação

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Aliança Transporte Multimodal (ATM), empresa pertencente à Aliança Navegação e Logística, iniciou, em maio, as operações de sua nova filial, localizada na cidade de Manaus. Com a estrutura, a empresa amplia suas operações na Região Norte do Brasil, oferecendo serviços de carga fracionada integrando os modais rodoviário e marítimo de cabotagem. A ATM foi criada pela Aliança para atender às necessidades do mercado dando maior ênfase ao negócio de transporte terrestre. A unidade de Manaus chega para ampliar a infraestrutura da empresa para atividades como recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e distribuição de cargas. Os investimentos direcionados à nova unidade, situada próximo ao Porto de Manaus, não foram divulgados. Localizada em uma área de 14 mil m², a filial manauara conta com um armazém de 3 mil m², capacidade operacional para mil TEUs e modernos sistemas de controle e movimentação para realizar, além de operações com contêineres vazios, serviços de armazenagem geral. A intenção da ATM é passar a operar, em breve, como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex). Em dezembro de 2013 a ATM inaugurou seu primeiro terminal logístico retroportuário, localizado em Itapoá (SC), com investimentos de R$ 40 milhões. Com 70 mil m²

de área construída, a unidade possui um armazém de 4 mil m² e capacidade operacional para 8 mil TEUs. A filial catarinense está situada a apenas 4 km do Porto Itapoá, no litoral norte do estado. Com uma frota composta por 15 cavalos mecânicos e 120 carretas, a empresa trabalha com saídas semanais do Porto Itapoá para o Porto de Manaus e vice-versa. Com serviços integrados às operações de cabotagem da Aliança, cargas de pequeno e médio volume são coletadas e entregues na porta do cliente, a um custo logístico competitivo, com garantia da integridade da mercadoria, frequência de embarques e confiabilidade operacional. “A expectativa é que o serviço de carga fracionada da ATM movimente em torno de 3 mil toneladas até o final do ano, aumentando em 30% o faturamento da ATM”, projeta o diretor executivo da Aliança, José Roberto Salgado.

Porta-contêineres A Aliança batizou, no dia 14 de abril, no Tecon Rio Grande, localizado no Porto do Rio Grande (RS), o navio porta-contêineres Bartolomeu Dias.

Aliança: (11) 5185-3100 ATM: (47) 3443-8200



Galeão participa de programa de certificação para cargas farmacêuticas

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Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, firmou neste mês de maio um contrato com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) para a obtenção do certificado CEIV Pharma (Centre of Excellence for Independent Validators), que garante as melhores práticas internacionais nas atividades de transporte e armazenagem de produtos farmacêuticos. Para isso, o aeroporto passará por auditorias e receberá treinamentos técnicos em seu terminal de cargas. O objetivo é garantir mais qualidade nos serviços oferecidos e na integridade da cadeia fria, além de reduzir os riscos e os custos logísticos para os clientes do segmento. O Galeão é o primeiro aeroporto da América Latina a firmar contrato para obter tal certificação. O terminal aéreo é administrado desde agosto de 2014 pela RIOgaleão, concessionária formada pela Odebrecht TransPort, pela Changi Airports International e pela Infraero. A RIOgaleão Cargo, unidade de logística da concessionária, receberá investimentos da ordem de R$ 20 milhões até 2016 para a realização de melhorias no terminal de cargas do aeroporto. “Hoje, o RIOgaleão é uma das principais portas de entrada para os produtos farmacêuticos no país. Estes bens representam aproximadamente 20% da receita total do nosso terminal de cargas. Atualmente, o Brasil e a Índia assumem, juntos, a segunda posição no ranking mundial de países emergentes que figuram no mercado farmacêutico de cargas, perdendo apenas para a China. Nós queremos despontar nesse cenário e elevar ainda mais nossos padrões e nossa participação neste segmento”, destaca Patrick Fehring, diretor da RIOgaleão Cargo. “A Iata vem trabalhando com afinco

junto aos stakeholders para assegurar a integridade do produto para estes tipos de carregamentos”, explica Peter Cerda, vice-presidente regional da Iata nas Américas. “O programa de certificação CEIV Pharma oferece aos participantes da cadeia de carga aérea as ferramentas para garantir que eles estão operando com os mais altos padrões para o transporte de medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas. O certificado irá gerar confiança e garantia para as empresas farmacêuticas de que as suas demandas de logística refrigerada estão sendo atendidas por meio de um processo de certificação independente”, completa. De acordo com Fehring, a obtenção do certificado CEIV Pharma, aliada aos investimentos que estão sendo feitos no terminal de cargas, servirá para consolidar a posição do aeroporto como uma das principais portas de entrada de produtos do segmento não só para o Brasil, mas para a América Latina. O terminal já recebeu uma nova câmara fria, que possibilitou triplicar a capacidade de armazenamento de cargas refrigeradas. O espaço, que ocupa uma área de 11 mil m3, tem dois ambientes de diferentes temperaturas e é o único no Brasil a contar com um transelevador, que propicia mais agilidade na operação. RIOgaleão: (21) 3004-6050


Super Log terá novo CD em Manaus

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Super Log vai inaugurar no próximo mês seu novo centro de distribuição localizado na cidade de Manaus. Com mais de 30 mil m², a estrutura conta com uma área de armazenagem de 10.804 m² para cargas paletizadas e com um pátio de 10.675 m² para contêineres. No local, situado no coração do distrito industrial manauara, serão armazenadas cargas dos segmentos tecnológico, automotivo, de varejo, life science e de bens de consumo. Além da armazenagem dos produtos, a Super Log vai prestar serviços de distribuição a partir de Manaus por meio da Super Trans e de outras transportadoras. A empresa informa ainda que oferecerá soluções completas de supply chain em todos os níveis da cadeia produtiva para qualquer setor da indústria, desde o planejamento, prospecção, produção, armazenagem, configuração e entrega, até o pós-vendas. O gerente-geral da Super Log, An-

tonio Geromel, destaca que a empresa conta com sistemas de gestão de armazenagem e softwares interativos que aceleram a produtividade e tornam os processos mais rápidos e confiáveis. “Os sistemas com tecnologia de ponta monitoram e controlam todos os processos críticos de armazenagem, bem como oferecem suporte para o transporte e a distribuição, registrando todos os eventos e as atividades no recebimento, manuseio e armazenagem de produtos e pedidos no CD, incluindo a localização no inventário”. A Super Log faz parte de um grupo empresarial com mais de 30 anos de experiência no mercado logístico na-

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Empresa oferecerá soluções completas de supply chain utilizando os serviços de todas as companhias do grupo

cional. Ele é formado pelo Super Terminais, porto privado localizado em Manaus, pela Super Trans, que atua no transporte de contêineres, pela transportadora rodofluvial Amazon Transportes e pela Aurora Eadi, que armazena cargas alfandegadas em Sorocaba (SP) e Manaus. Super Log: (92) 3623-3700


MERCADO

Sulista amplia serviço de transporte para a Maxion Cruzeiro

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Empresa passa a atuar em duas novas rotas entre a fábrica do cliente em São Paulo e montadoras de veículos no Paraná e em Minas Gerais

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Transportadora Sulista conquistou duas novas rotas de transporte da Maxion Cruzeiro, empresa pertencente ao grupo Io-

chpe-Maxion, que atua na produção de rodas de aço e chassis e seus componentes para os segmentos de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas.

Com a novidade, além das rotas entre a fábrica de Cruzeiro – município situado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba (SP) – e Resende (RJ), Campo Largo (PR), São José dos Campos (SP) e Juiz de Fora (MG), a Sulista passa a realizar o transporte dos produtos da Maxion também para Curitiba e Sete Lagoas (MG). O contrato, válido por três anos, prevê operações de outbound, ou seja, entrega de materiais acabados para as montadoras de veículos clientes da Maxion. Agora a Sulista realizará 500 viagens mensais movimentando aproximadamente 10 mil toneladas de carga, números que representam um crescimento de 15% nos serviços já prestados para a fabricante. O gerente de Compras da Maxion, José Martins Paiva, conta que


a empresa chegou a realizar um BID com a participação de 28 candidatos para escolher o novo fornecedor de transporte para as rotas, mas acabou optando por um parceiro com o qual já trabalhava. “Apresentamos nossas premissas e debatemos tudo em reunião conjunta com as empresas candidatas. Após receber e avaliar as propostas, identificamos o não cumprimento, por parte de todas as transportadoras, de premissas previamente informadas, o que inviabilizou o BID”, explica. “A Sulista tem idoneidade e ética empresarial e foi competitiva nas rotas que ganhou. Além disso, tem uma frota bem cuidada e sempre em bom estado de conservação”, justifica Paiva. De acordo com a diretora executiva da Sulista, Josana Teruchkin, o grande diferencial da empresa é contar com uma equipe de atendimento com perfil comercial pronta para entender as necessidades do cliente e traduzi-las em operação. “Esta equipe mantém o cliente informado sobre seus fluxos de transporte, reporta desvios e fomenta também novos negócios”, completa. A Sulista já presta serviços para a Maxion Cruzeiro desde 2008. “Era um lugar novo para nós. Tivemos que conhecer a cultura da cidade, o perfil dos motoristas, do cliente e dos novos colaboradores administrativos. Comemoramos sete anos de parceria com o aumento de nossa participação no transporte deste importante cliente”, diz Josana. Com as novas rotas a empresa passa a deter uma fatia de 40% das operações de transporte da Maxion. Em 2014, esse índice era de 26%. De acordo com a executiva, ao longo dos anos houve melhorias nas operações, com maior confiabilidade nas entregas, melhor programação, menos tempo ocioso nas atividades de carga e descarga e maior comunicação, com informações logísticas em tempo real. “Temos uma boa integração e uma relação de extrema confiança. Isto valida nossa permanência e crescimento com novos negócios”, finaliza. Atualmente a Maxion representa 9% do faturamento total da Sulista.

Maxion Cruzeiro: (12) 2122-1000 Transportadora Sulista: (41) 3371-8200


MERCADO

Paletrans tem novo revendedor no Mato Grosso do Sul Medida faz parte da estratégia da empresa de estreitar o atendimento a clientes industriais

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Paletrans, fabricante de equipamentos para movimentação e armazenagem de materiais, passou a contar com um revendedor para seus produtos no estado do Mato Grosso do Sul por meio de um contrato firmado com a empresa Soldamaq. A novidade faz parte da estratégia da Paletrans de estreitar o atendimento a clientes industriais. Segundo a empresa, o processo deve seguir

ao longo de 2015 e, onde houver uma revenda de produtos, o apoio será fortalecido. “Onde não estivermos presentes, trabalharemos para desenvolver revendedores e proporcionar às indústrias da região um atendimento rápido e personalizado como temos em regiões de maior demanda”, destaca Jorge Gonçalves, gerente Comercial para distribuidores da Paletrans com foco no atendimento industrial.

A Soldamaq vai realizar a venda dos equipamentos em todo o Mato Grosso do Sul e, segundo a própria empresa, já começou a estocar máquinas para atendimento imediato. A Paletrans vai dar à revenda suporte comercial, técnico e para o desenvolvimento de novos negócios. Toda a linha Paletrans de empilhadeiras e transpaleteiras estará disponível no estado. Paletrans: (16) 3951-9999

Gollog inaugura unidade em Curitiba

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Localizada na região central, loja oferece todos os serviços e produtos da companhia

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Gollog, unidade de transportes de cargas da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, inaugurou em maio sua primeira loja em Curitiba, localizada no centro da cidade. Situada em uma região empresarial, a unidade oferece aos clientes fácil acesso aos serviços e produtos da compa-

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nhia, sem que seja necessário o deslocamento até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), onde a companhia conta com um terminal de cargas. Os serviços prestados pela Gollog incluem o envio de documentos e volumes de até 80 kg por unidade, além do Gollog Express, desenvolvido para atender à crescente demanda do mercado por operações com encomendas expressas. O espaço possui amplo estacionamento

exclusivo para facilitar o desembarque das cargas e também funciona aos sábados. A Gollog possui mais de cem unidades em território nacional e transportou, nos últimos três anos, mais de 200 mil toneladas de carga para 71 destinos, sendo 56 nacionais e 15 internacionais. A unidade de cargas utiliza a malha aérea e as aeronaves da frota da Gol, oferecendo maior vantagem competitiva não só pela regularidade das operações, mas também por permitir maior alcance nas entregas, uma vez que a companhia aérea realiza aproximadamente 910 decolagens por dia. Gollog: (11) 2636-1166


TNT investe em renovação de frota para cargas internacionais

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Com um aporte de R$1,3 milhão, empresa passa a contar com 31 veículos com idade média de 3,5 anos

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TNT Express, unidade de negócios de transporte internacional da TNT Brasil, realizou um investimento de R$ 1,3 milhão na renovação de sua frota. Com o aporte, a frota da empresa totaliza 31 veículos com idade média de 3,5 anos, o que reduz os custos de manutenção. O investimento na divisão internacional está alinhado ao plano de crescimento da companhia no Brasil e se soma aos R$ 39 milhões investidos no ano de 2014 na frota da unidade nacional. Segundo a TNT, a renovação contempla 58% de seus ativos e reduz o impacto ambiental das operações em 25%. Ao todo, foram adquiridos 11 veículos com baús maiores, sendo seis Sprinters e cinco Fiorinos, distribuídos entre os quatro principais locais de atuação da empresa: Campinas

(SP), Santos (SP), São Paulo e Rio de Janeiro. “Com os novos veículos tivemos uma expansão de 125% na capacidade de transporte, o que nos possibilitará ampliar a gama de serviços e atender às necessidades dos nossos clientes”, afirma Murilo Silva, diretor da TNT Express. Para proporcionar maior agilidade às entregas nas grandes cidades, houve também a substituição de carros por motos em sete rotas de São Paulo e Rio de Janeiro, o que gerou um aumento de 30 a 35% na produtividade. Todos os veículos estão equipados com sistema de duplo rastreamento, via satélite e celular, que permite o acompanhamento do pedido desde o carregamento até a entrega, com maior segurança para os clientes. TNT Express: (11) 2108-2898


MERCADO

CROSS-DOCKING • A Wilson Sons Logística passou a contar com duas novas gerentes Comerciais. Michelli Kultchek assumiu o posto na Plataforma Sudeste da empresa, que inclui o Centro Logístico (CL) Itapevi e a Estação Aduaneira Interior (Eadi) Santo André, ambos em São Paulo. A executiva é formada em Administração de Empresas pela FAE Business School de Curitiba e tem mestrado em Logística & Supply Chain Management pela Lancaster University Management School, no Reino Unido. Ela tem passagens pela América Latina Logística (ALL), Ritmo e Gefco, onde trabalhava até recentemente como gerente de Desenvolvimento de Mercado. Já Cristiane Toffoli fica responsável pela Plataforma Nordeste, que abrange a Eadi e o CL Suape, em Pernambuco. Ela é graduada em Comércio Exterior pela Universidade Paulista (Unip-SP) e possui mais de doze anos de experiência em logística, sendo oito deles atuando em Santos (SP) e em Suape. Cristiane já trabalhou nas empresas Deicmar e Localfrio, esta última como coordenadora Comercial para o Nordeste. (11) 3939-0517 • A Zebra, companhia que atua com tecnologias de impressão e rastreamento, anuncia a contratação de Ricardo Blancas como novo diretor para o Brasil. Blancas já havia trabalhado na Zebra entre 2007 e 2011, quando foi responsável pela área de Desenvolvimento de Negócios. Hoje, o executivo volta a integrar a equipe em um momento de expansão global, após a aquisição da divisão Enterprise da Motorola Solutions, concluída em 2014. Com mais de 19 anos de experiência, Blancas iniciou sua carreira na área de Tecnologia da Informação na Seal. Após oito anos, o executivo ingressou na equipe da NEC e assumiu o cargo de gerente do Programa RFID. Blancas trabalhou também 28 - Revista Tecnologística - Junho/2015

na Ingram Micro e, mais recentemente, na Motorola Solutions Brasil. O executivo é engenheiro elétrico formado pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI-SP), com MBA em Marketing pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP-SP). (11) 3138-1466 • A Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada (Abiaf) anunciou sua nova diretoria para o período de 2015 a 2017. Luiz Carlos de Jesus Aires é o novo presidente da entidade. A vice-presidência passa a ser ocupada por Francisco Carlos Borges de Assis Moura, direcionado às capitais da Região Sudeste do Brasil, Adriano Castro Rocha, para as cidades do interior do Sudeste, Lindamir de Cássia Machado, para o Sul, e Fábio Galesi Starace Fonseca, para o Nordeste. A diretoria Administrativa será ocupada por Flavio Roberto Martins Martil. Artur Pablo Dias Zotti assume o cargo de diretor Financeiro. Luís Roberto Martinez é o novo diretor de Custos Operacionais e Fernando Longuini Milan Sartori assume a diretoria de Marketing. Por fim, o Conselho Fiscal da Abiaf será formado por José Silvano Santana, Rivaldo Santos Valle e Patrícia Velasco Moreira Leite. (16) 3397-2040 • Fabrício Cavalcante é o novo gerente Comercial da Modern Logistics em Manaus. O executivo passa a ser responsável pela gestão de todas as operações de transporte e armazenagem da filial da empresa na capital amazonense. Tem formação em Administração de Empresas com ênfase em Logística pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e possui MBA em Gestão Empresarial e especialização em Logística e Comércio Exterior, ambos pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Cavalcante acumula experiência profissional

adquirida em passagens por empresas como Rapidão Cometa, Amazon Forest e Jatex Transportes. (11) 3109-6750 • O MercadoLivre anunciou, em maio, a contratação de Leandro Bassoi como novo diretor da MercadoEnvios. Com 15 anos de experiência no mercado de logística em empresas nacionais e internacionais de varejo e e-commerce, Bassoi trabalhou por sete anos no Walmart.com, inclusive na posição de diretor de Supply Chain. Ele acumula ainda passagens por consultorias, como a Accenture. O executivo será responsável por expandir a utilização da MercadoEnvios no Brasil e implantar novos serviços de logística. Formado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (USP), Bossoi é certificado em Business Administration pela Georgetown University, em Washington (EUA), e possui MBA também em Business Administration pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Criada em 2013, a MercadoEnvios é a área de tecnologia de gestão de envios do MercadoLivre. Seu objetivo é oferecer uma solução de cálculo de frete integrada aos anúncios, gerar etiquetas para o envio dos produtos utilizando empresas terceirizadas de logística e proporcionar a administração dos envios dentro do ambiente MercadoLivre. (11) 2543-4155 • A Algar Agro, que produz, processa e comercializa soja e seus derivados nos mercados interno e externo, passou a contar, no mês de maio, com um novo diretor de Logística. Rodrigo Gonçalves assumiu o cargo depois de passar por empresas como ExxonMobil, Ambev, Vale, Log-In e VLI. O executivo é especializado em Logística pela Universidade Salvador, na Bahia, em Administração de Empresas pela Fundação Dom Cabral (FDC) e em Gestão pela norte-americana Kellogg School of Ma-


nagement. Na nova posição, Gonçalves ficará alocado em Uberlândia (MG), sede da Algar Agro, braço agrícola do Grupo Algar. (34) 3218-3800 • Gilberto Zanon foi contratado pela SDV Brasil, no mês de abril, para ocupar a posição de diretor de Desenvolvimento de Negócios. Formado em Administração e Comércio Exterior pela Universidade Metodista de São Paulo e em Língua e Literatura Francesas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o executivo possui ainda pós-graduação em Gestão Empresarial pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP). Zanon conta com vasta experiência profissional no segmento

logístico, tendo atuado por 30 anos na Panalpina em diversos cargos nas áreas Operacional e Comercial, tanto no Brasil quanto na divisão regional para a América Latina. Antes de ingressar na SDV, freight forwarder subsidiária do grupo industrial francês Bolloré, ele ocupava a posição de diretor Comercial na FM Logistic. (11) 3897-8422 • A Maplink, empresa que atua no segmento de geolocalização no mercado nacional, amplia o seu time de profissionais e anuncia a contratação de Acir Marteleto para ocupar o cargo de diretor Comercial. Graduado em Engenharia Elétrica pela Faculdade de Enge-

nharia Industrial (FEI-SP) e em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), o executivo possui MBA Executivo pela Business School São Paulo e conta com quase 30 anos de experiência profissional, tendo atuado em empresas como InovaCAD Tecnologia e Autodesk do Brasil. Com a novidade, Frederico Hohagen deixa o posto de diretor Comercial e assume a função de diretor-geral da empresa. Formado em Publicidade pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (Fiam-SP), Hohagen é cofundador e principal executivo da Maplink. Ele assumiu a área de Vendas em 2008, após a fusão com o Apontador. (11) 3047-8448




ENTREVISTA

Preparada para a retomada Fotos: Luiz Machado/Agência Imagem

A Libra Logística trabalha para contornar o cenário desafiador de 2015 oferecendo soluções criativas para os clientes, com atenção na produtividade e nos custos globais da cadeia, gerando mais oportunidades de otimização. Apesar de um início de ano difícil, o diretor-geral da empresa, Daniel Brugioni, afirma que a crise também trouxe boas oportunidades e espera uma retomada do mercado já no segundo semestre

Tecnologística – Como a Libra Logística se encaixa nos negócios do Grupo Libra? Daniel Brugioni – O foco do grupo é o comércio exterior e, para atendê-lo, a empresa é hoje dividida em quatro unidades de negócio: a Libra Terminais, que envolve tudo o que é operação de porto; a Libra Aeroportos, que opera o Aeroporto de Cabo Frio (RJ), focado no setor de óleo e gás; a Libra Participações, responsável pelos investimentos do grupo; e a Libra Logística, que cuida de tudo o que está fora de porto e aeroporto. Esta unidade envolve áreas retroportuárias, Recintos Alfandegados de Exportação (Redex), Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias), armazéns e operações de intermodalidade. Então são unidades distintas, mas muito focadas em comércio exterior, atuando nos principais modais e com sinergia entre as operações.

Brugioni – Hoje, a Libra Logística tem seis operações distintas: dois terminais intermodais em Santos (SP), que são Redex, um na margem direita, que é o terminal do Valongo, e uma unidade na margem esquerda, em Cubatão. O Valongo é o maior Redex do Brasil, com uma área de 140 mil metros quadrados, com o único acesso ferroviário de contêineres na margem direita do porto. E como a unidade que já possuíamos em Cubatão não contava com ramal ferroviário, fomos buscar, na margem esquerda, uma área com oferta deste modal. Por isso estamos mudando para uma nova unidade no município, na qual investimos R$ 8 milhões no ano passado. Ela dispõe de 70 mil m2, com possibilidade de chegarmos a até 300 mil m2, com um desvio ferroviário que deve estar em operação até o final do ano e auxiliará muito o fluxo de cargas no porto, fugindo da rodovia.

Tecnologística – Quantos ativos a logística opera atualmente?

Tecnologística – E além destes dois terminais?

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Brugioni – Temos um terceiro terminal no Rio de Janeiro, que é um Redex também, mas é um modelo ainda embrionário deste que temos em Santos. Além deles, operamos dois Clias, em Campinas (SP) e Uberlândia (MG). Estes últimos eram dois portos secos que se transformaram em Clias no ano passado, sendo que a diferença entre os modelos é que, basicamente, deixam de ter prazo de validade da concessão, o que dá uma liberdade maior de atuação. Possuímos ainda a unidade de logística intermodal, na qual temos operações para grandes clientes com integração entre as unidades do grupo. Tecnologística – Há algum grande investimento previsto para este ano? Brugioni – Nosso grande plano de expansão em 2015 será no Porto do Rio de Janeiro, onde vemos que há grande potencial para replicarmos o modelo aplicado em Santos. Temos uma operação no porto do Rio e outra muito próxima, mas pequena, de 30 mil m2,


com um Redex e um armazém geral, mas estamos com planos de expandir essa operação numa nova área de, no mínimo, 70 mil m2, próxima ao porto. Tecnologística – Vocês já têm a área? Brugioni – Não, estamos com algumas frentes abertas, mas nada fechado ainda. Mas este é nosso grande foco este ano. Em 2014, investimos em Cubatão e também no Clia de Campinas, onde abrimos um novo armazém de 10 mil m2 _ passando a contar com 30 mil m2 de área coberta _ que quando inaugurou já estava praticamente tomado. Este Clia é muito focado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, com produtos de alto valor agregado, para farmacêuticos e eletroeletrônicos. Tecnologística – E em termos de serviços, há alguma novidade? Brugioni – Temos um projeto de cinco anos voltado à qualidade, que chamamos de Libra Logística – Classe Mundial. Trouxemos as melhores referências globais na atividade e montamos um grande plano na logística para realmente transformarmos essa unidade numa das melhores do país, comparável às melhores referências mundiais em logística. Este plano contempla três pilares. O primeiro deles é que temos de ser capazes de replicar nossas operações com a mesma qualidade e nível de serviço, seguindo os nossos clientes de acordo com suas necessidades. Então precisamos estar posicionados estrategicamente nos principais polos para, quando eles solicitarem alguma nova operação, sermos capazes de estruturá-la rapidamente, tipo um plug and play, numa outra localidade. Por isso a meta de estar bem localizados nas principais entradas e saídas de carga, por enquanto na Região Sudeste. Tecnologística – Vocês pretendem abrir frentes em outras regiões? Brugioni – Nosso plano sempre foi

fazer crescer a unidade de logística, o que também inclui atuar em outras regiões. Só que isso parou um pouco agora, com a retração da economia. O plano continua em nosso foco, ele só foi adiado. Por exemplo, Suape (PE) é um porto que está no nosso radar, porque acreditamos que aquela região vai se desenvolver muito. Resumindo, temos interesse no Nordeste e no Sul e estamos atentos para ver o que acontece. Tecnologística – Essa expansão para novas regiões depende dos terminais portuários do grupo? Brugioni – Quando temos também um terminal da Libra no porto, é uma grande vantagem competitiva, porque conseguimos fechar todo o fluxo de comércio exterior. Mas isso não é uma barreira para a entrada em novos locais. Em Suape nós analisamos entrar sem ter um terminal nosso, para fazer operação como porto seco ou Clia. Mas, lógico, sempre tentamos migrar como grupo, olhando todas as unidades de negócios para podermos colocar o máximo de ativos relacionados à disposição do cliente. Tecnologística – Voltando ao plano de operador de classe mundial, um dos pilares é a localização estratégica. Quais são os outros? Brugioni – O segundo ponto é que temos de ter uma capacidade muito

“O mercado ainda é muito pulverizado e pouco regulamentado no país. É preciso estipular o que é de fato um operador logístico”

grande de adaptação a variações de volumes sem gerar impacto no nível de serviço nem custo adicional para os clientes. Se eles tiverem um aumento ou redução acentuada de demanda, temos que conseguir manter a operação de maneira uniforme. Para isso, é necessário ter muita escala, muitas operações com um forte planejamento operacional, de modo a poder redirecionar recursos de uma que esteja em baixa para outra em alta. Por isso temos um programa grande de excelência operacional no grupo, que é focado nessa capacidade de adaptação. Tecnologística – E o terceiro pilar? Brugioni – É conseguirmos fazer tudo isso dentro de um custo logístico total ótimo e previsível, sem surpresas. Este foi um dos grandes sucessos do negócio da Libra Logística. Se analisarmos as operações de comércio exterior, alguns anos atrás elas eram uma caixinha de surpresa, pois havia muitos gargalos, muitos custos difíceis de se prever, como de estadia de caminhão, de demurrage, horas extras diversas no meio da cadeia, vários interlocutores atuando. Por isso sempre havia receio com relação a estas operações. Nós atuamos muito nestes gargalos e temos conseguido, em nossos contratos, dar uma visibilidade e uma previsibilidade muito boas para as operações, tirando muitos dos custos adicionais da cadeia com este planejamento ótimo. Tecnologística – Este planejamento passa pela gestão do transporte ferroviário? Brugioni – A gestão sim, mas não a operação. Este não é nosso plano. Existem empresas que são especialistas, direcionadas a esta atividade, que estão operando contêineres em suas malhas. Nossa intenção é operar terminais, tanto de interior quanto próximos aos portos, usando as concessionárias ferroviárias para fazer este link e nos ocupando Junho/2015 - Revista Tecnologística - 33


ENTREVISTA

Um dos maiores grupos de logística e comércio exterior do país

A

Libra Logística é parte do Grupo Libra, um dos maiores players em operação portuária e logística de comércio exterior do país, com quase 75 anos de mercado. A empresa é formada por cinco unidades operacionais, que contemplam Clias, Redex, terminais ferroviários e a Libra Logística Intermodal, responsável pelo gerenciamento de todas as etapas do processo logístico dos clientes. As unidades estão localizadas no Porto de Santos, em Cubatão e Campinas (SP), em Uberlândia (MG) e no Rio de Janeiro, atendendo – com operações conteinerizadas – aos setores farmacêutico, automotivo, eletroeletrônico, químico, de pneus, bens de consumo e commodities, como soja, celulose, petroquímicos, algodão e açúcar. A Libra Logística possui hoje dez grandes contratos de logística integrada, que são as suas principais operações e envolvem toda a logística do cliente, de ponta a ponta, usando os ativos do grupo. No total, a empresa atende entre 400 e 500 clientes ativos por mês, dentro de um banco de cerca de 1.500 embarcadores. Além da Logística, o Grupo Libra possui ainda as unidades Terminais, Aeroportos e Libra Participações, esta última responsável pela maior diversificação dos investimentos do grupo. A unidade de Terminais é dividida em Libra Santos, com duas operações, e Libra Rio de Janeiro. Em Santos, a empresa conquistou, no ano passado, o Projeto Ásia, que representa cerca de 36% do volume Brasil (1,7 milhão de TEUs) na rota asiática, alcançando também cinco

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recordes sul-americanos de produtividade. Já a Libra Terminais Rio conta com uma das maiores áreas alfandegadas do Porto do Rio de Janeiro e, além de armazenar contêineres e cargas soltas para importação e exportação, possui ambiente segregado para cargas perigosas e área exclusiva para produtos sob controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Libra Aeroportos opera, em Cabo Frio (RJ), o primeiro aeroporto público com gestão privada do país, habilitado a operar voos internacionais de cargas e de passageiros e atuando ainda na operação de base de helicópteros para apoio à indústria de óleo e gás. Em 2012, o Grupo Libra assumiu quatro compromissos que norteiam suas principais ações e investimentos: redução de gases de efeito estufa; redução, tratamento e destinação adequada de resíduos; formação de jovens da comunidade do entorno das operações para o primeiro emprego; e melhoria da segurança do trabalho e capacitação em sustentabilidade para os colaboradores. No ano passado, a Libra Terminais Rio adquiriu 14 novos equipamentos sustentáveis. Foram 12 RTGs elétricos (carros pórticos sobre pneus) e dois portêineres (guindastes tipo pórtico sobre trilhos). De última geração, os novos E-RTGs não utilizam diesel, o que diminui drasticamente o impacto ambiental, chegando a reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito estufa em comparação a seus similares movidos a diesel.

da gestão integrada destes fluxos. Mas não temos intenção de entrar como operadores independentes de ferrovia. O mesmo vale para o transporte rodoviário, em que não temos caminhões próprios, mas fazemos toda a gestão. Dentro da unidade de logística, atualmente fazemos entre 6 mil e 7 mil viagens por mês, mas 100% subcontratadas. A Libra Logística não é um transportador de carga e nem pretende ser. Nossa proposição de valor é muito mais ampla do que simplesmente o transporte. Hoje, temos operações para grandes embarcadores e eles têm até mais condições de negociar fretes do que a Libra. Nós vendemos algo mais completo, que é o porta a porta atuando no custo total, e o transporte é uma parte deste pacote. Tecnologística – Como o senhor analisa o cenário econômico atual? Brugioni – Este primeiro trimestre foi muito ruim. Um driver importante para nós é o volume de contêineres movimentados nos portos. No Brasil como um todo, o volume caiu cerca de 3% em comparação com o ano passado. No Porto do Rio foi muito mais, chegamos a cerca de 16% de queda no volume de importação. Em Santos caiu menos, entre 1% e 2%, embora as exportações tenham melhorado um pouco. Se a economia continuar do jeito que ficou neste primeiro trimestre, vamos ter uma queda de 5% do PIB, e não de 1% como o previsto. Este cenário paralisa os investimentos. Fica todo mundo esperando, ninguém quer começar nenhum movimento. Mas acho que a tendência é de o mercado se restabelecer. As ações da equipe econômica estão corretas e acredito que a confiança deve voltar ao mercado, e então o ciclo retorna. Para 2016, já temos uma expectativa de 1% a 2% de crescimento do PIB novamente e a partir daí voltaremos a um patamar mais elevado. Tecnologística – Como atuar num momento como este?


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Brugioni – Este ano temos um desafio muito grande, de conseguir inovar, melhorar a produtividade e gerar ganhos expressivos para os clientes. É preciso proatividade e criatividade. Por outro lado, este momento abre muitas portas para novas oportunidades. Grandes projetos que estavam parados porque não eram prioridade nas empresas foram retomados e nos chamaram para tocar. Então estamos vivendo duas frentes distintas, que são os desafios da inovação e melhorias de produtividade e as oportunidades de novos projetos. Tecnologística – Na visão do embarcador, reduzir custos não significa rever contratos com o operador logístico? Brugioni – Praticamente todo mundo está chamando para renegociar contratos,

e não houve reajuste anual. Mas, mesmo neste momento de crise, não perdemos nenhum contrato. Conseguimos manter e até renovamos alguns importantes que estavam vencendo, sem participar de BIDs. Mas, para isso, tivemos que nos reinventar em algumas operações. Temos de ser capazes de tornar o cliente mais produtivo, reduzir seus custos e, por isso, nossa visão é muito em cima do custo logístico total. Não adianta negociar parcela a parcela uma operação. Temos que garantir economias dentro de uma visão global da cadeia. É esta a abordagem que estamos utilizando com os clientes e temos obtido sucesso. Se sou apenas um fornecedor de transporte, o cliente vai abrir um BID, chamar dez empresas e todo mundo dá um preço menor, porque o mercado está em baixa.

O que fazemos é diferente, é uma venda consultiva. Numa abordagem de custo logístico total, é preciso envolver pessoas que tenham uma visão total da operação. Tecnologística – Os grandes embarcadores têm envolvido o supply chain nessas negociações? Brugioni – Sim, cada vez mais as negociações são feitas em conjunto, com compras e supply chain. Porque esta é a área que tem a visão total da cadeia. Estamos tendo muito sucesso nesse tipo de abordagem. Por isso falamos que participar de um BID de clientes atuais é uma derrota para nós. Temos de ser capazes de apresentar inovações constantes, para que eles não tenham que ir buscar novas soluções no mercado.


ENTREVISTA

Tecnologística – Vocês têm participado de BIDs de clientes de outros operadores? Brugioni – Existe um movimento forte neste sentido. É um ano de várias oportunidades. Num momento de alta, você está totalmente virado para o mercado e não tem tempo de repensar suas operações. Agora é que há tempo de parar, analisar e tentar fazer algo diferente. As demandas estão vindo em cima disso. Fechamos várias operações no início do ano.

feitos em conceito de green building, com reaproveitamento de água de chuva. O grupo tem um pilar muito forte de sustentabilidade dentro de seus valores e levamos isso para nossas operações. Nos terminais portuários, os equipamentos elétricos estão substituindo máquinas a diesel, o que também é uma frente de redução de emissões de carbono. No Rio de Janeiro, por exemplo, essas trocas de equipamentos geraram 72% de redução de emissão de gases de efeito estufa.

Tecnologística – Dos setores em que vocês atuam, quais estão sentindo mais essa crise? Brugioni – Acho que a crise é geral, não tem um segmento específico. Os volumes caíram muito. O automotivo, por exemplo, teve seu pior mercado dos últimos 20 anos. Atuamos neste setor, principalmente com peças, tanto para o mercado de reposição quanto para produção. No Porto do Rio de Janeiro temos uma operação muito forte de chegada para Resende (RJ), que é um polo importante. Temos também operações em Campinas com grandes montadoras e o que se vê é uma queda expressiva de volumes. Mesmo no segmento de grande consumo e no de pneus – que está atrelado ao automotivo – o movimento caiu. É realmente um momento crítico. Nesta hora, o foco das indústrias são os custos. Elas estão olhando se realmente estão enxutas o máximo possível, buscando otimizações e ganhos de produtividade. Isto é o que está em nossas mãos fazer, já que não podemos controlar a recuperação do mercado e não sabemos em que momento isto irá ocorrer.

também, através de nossas operações de terminais multimodais, no sentido de tirar o máximo de cargas vazias da estrada. Operamos basicamente com contêineres e estamos trabalhando fortemente para conciliar o retorno, com estoques de contêineres no interior. Isto gera ganho operacional, com redução de viagens e de emissões de carbono. E agora temos metas de redução. Começamos a medir as emissões no ano passado e estamos colocando em nossos contratos com os clientes compromissos de redução de emissão e geração de créditos de carbono. Vejo que esta é uma frente muito forte e que talvez estivesse se desenvolvendo menos num mercado muito aquecido.

Tecnologística – Por que o Rio de Janeiro é o grande foco de atenção este ano? Brugioni – O porto do Rio é voltado principalmente a duas indústrias muito fortes, a automotiva e a de óleo e gás. Ele é um polo exportador de Minas Gerais, há muita commodity que sai por lá, e percebemos que a mesma dificuldade que os embarcadores tinham no Porto de Santos existe no Rio, como problemas de acesso, trânsito e filas, todos com reflexos na produtividade e nos custos logísticos. O setor de óleo e gás, por exemplo, tem prazos com multas altíssimas por não cumprimento. Então hoje existe uma deficiência no Rio e enxergamos isto como uma grande oportunidade de colaborar para que esta carga chegue ao porto ou saia dele dentro de um plano muito bem estabelecido, cumprindo indicadores de desempenho, de forma a tornar as operações dos clientes mais competitivas.

Tecnologística – O senhor sente que os clientes já começam a se preocupar com este tema e a cobrar metas dos operadores? Brugioni – Os grandes embarcadores, sim. Inclusive, esta questão de tornar a operação mais limpa está entrando na meta dos executivos. E isso já se refletiu tanto nas nossas operações como nos terminais que construímos, em Cubatão e em Campinas, já

Tecnologística – Mas automotivo e óleo e gás são dois setores que estão em franca crise, não? Brugioni – Sim, mas isso tudo é reversível, não dura para sempre. O setor de óleo e gás vai ser retomado. Estamos passando por um problema sério na Petrobras, mas a atividade não pode parar; as reservas de petróleo estão lá para serem exploradas. Encaramos que este é um momento

Tecnologística – Dentro dessas análises que os embarcadores estão fazendo, que novas demandas vêm surgindo? Brugioni – Um tema importante que está chegando à operação ferroviária é a sustentabilidade, e nós podemos oferecer soluções de otimização nesta área 36 - Revista Tecnologística - Junho/2015


difícil, mas em 2016 tudo voltará à normalidade e queremos estar preparados, com a estrutura necessária para atender a este aumento de demanda e às oportunidades que irão surgir. Tecnologística – Vocês já previam esta queda tão forte em 2015? Brugioni – Este é um ponto interessante. Nós fazemos nosso plano estratégico para o ano seguinte sempre entre os meses de outubro e novembro. Em 2014, aguardamos até o final de dezembro, início de janeiro deste ano para fechar nosso objetivo de negócio, mas mesmo assim o primeiro trimestre ficou abaixo do projetado. Aconteceu muita coisa pior do que na visão que tínhamos em janeiro. Esperávamos, pelo menos, que a movimentação iria subir perto de 2%, e ela caiu 1%. Em operação portuária de importação, este é um número expressivo. Se olharmos o Aeroporto de Viracopos, a queda foi de quase 20% em valor absoluto de carga em relação ao mesmo período do ano passado. É muita coisa. O dólar subiu a um patamar de quase R$ 3,40 e o processo de importação não é tão rápido, então você acaba sentindo os efeitos depois de um, dois meses. Agora o dólar já caiu e acreditamos que ele fique num patamar em torno de R$ 3,15. Acho que já se equilibrou, mas até a engrenagem voltar a girar demora um pouco. Então a visão de curto prazo ainda está muito incerta, não conseguimos realmente prever o que vai acontecer. Mas nos preparamos desde meados do ano passado, sabíamos que teríamos momentos difíceis, então como companhia nós nos blindamos um pouco na questão dos custos para poder passar por este momento, ajudando também nossos clientes a superar este cenário. Desde meados do ano passado houve uma sucessão de eventos problemáticos. Há a crise da água e, em decorrência dela, uma crise energética, com o custo da energia aumentando entre

30% e 40%. E houve um período eleitoral conturbado, com o acidente do Eduardo Campos, que tornou as previsões instáveis, e uma eleição que só se decidiu no último momento. Isto, associado à falta de credibilidade na economia, foi fatal. Tanto que, em 2014, não tivemos o tradicional período de alta no último trimestre. Tivemos queda. Mas acho que a atuação da equipe econômica já está trazendo um pouco mais de credibilidade ao mercado. Com isso, a economia acaba vindo junto e voltamos a ter consumo, investimentos, a roda volta a girar. Tecnologística – Como o senhor está vendo o mercado de operadores logísticos? Acredita que ele irá se consolidar ainda mais? Brugioni – Este mercado ainda é muito pulverizado e pouco regulamentado no país. Nós participamos da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) e a entidade vem trabalhando muito nesta questão. A primeira coisa a fazer é estipular o que é de fato um operador logístico. A associação elaborou uma proposta de regulamentação do setor (veja mais detalhes na matéria especial de operadores logísticos, nesta edição), que já está pronta e foi muito bem feita, com a participação dos associados, todos grandes players do setor. Com esta regulamentação, acredito que essa pulverização será reduzida, pois nem todos os players atuais se enquadrarão nela, e o mercado deve se consolidar ainda mais. Ainda não sabemos em quanto tempo isso irá ocorrer, mas acreditamos que dentro de três a quatro anos ele estará mais próximo de seu tamanho real. Tecnologística – O senhor acha que os embarcadores começam a entender melhor a atividade? Brugioni – Sim, e passam a dar mais valor a ela. Falamos muito em criar um selo de certificação para as empresas


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os principais focos em que os operadores logísticos têm de atuar, para tirar os custos adicionais decorrentes deles. Outro problema que enfrentamos no Brasil é a dificuldade das indústrias de fazer um forecast assertivo. Com isso, as empresas não conseguem operar sem ter por trás estoques e outros colchões de segurança que geram custos. Quando perguntamos para o cliente sua previsão de vendas para o próximo ano, ele entrega algo com cerca de 30% de erro para cima ou para baixo. Num cenário econômico incerto, isto fica mais agravado e gera muitos custos adicionais. Acho que temos que começar a trabalhar mais na precisão dessas previsões, para podermos planejar melhor as operações e dar uma previsibilidade maior para o embarcador dos custos de sua operação. Hoje, a principal reclamação deles não é em relação ao nível de serviço, mas à variabilidade. É melhor entregar 80% do que prometer 100% e entregar ora 60%, ora 120%. Isto mata qualquer operação. A indústria vem buscando uma operação com estabilidade de nível de serviço e de custos ao longo do contrato.

que seguem um determinado padrão, definido dentro desta regulamentação. Algo semelhante ao que foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) no passado. Este é um momento importante para a atividade, pois faltava essa força conjunta para atuarmos em pontos cruciais, como a questão fiscal, por exemplo. Vemos hoje no Brasil operações que não fazem nenhum sentido, nas quais um ganho tributário ou um incentivo fiscal faz a carga ficar viajando pelo Brasil. Como associação, a Abol terá mais força para debater isso de forma mais clara, principalmente com o governo. Esta é minha visão com relação ao futuro da atividade de operador logístico. Tecnologística – Além da questão fiscal, que outros gargalos atrapalham a atividade? Brugioni – A infraestrutura, principalmente de acesso aos portos. E o grande problema é a velocidade dos projetos, das autorizações. O processo ainda é muito burocrático e isso tudo atrasa a questão das melhorias. Parece que sempre estamos fazendo uma obra para resolver problemas de dez anos atrás. Temos que andar com passos mais largos, ou nunca conseguiremos ter uma infraestrutura que atenda às demandas de forma competitiva. Hoje, os gargalos são 38 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Tecnologística – Eles pedem linearidade, mas depois de vinte anos de estabilização da economia, ainda permanece a questão dos picos de final de mês. Brugioni – Esta é uma cultura que persiste no Brasil e atrapalha todo mundo, porque ninguém vai se dimensionar para o pico. Você falou em vinte anos, mas acho que leva mais vinte para tirarmos isso do nosso horizonte. Desse modo, é importante aquilo que mencionei antes, ter um grande volume de operações e conseguir direcionar recursos. Porque não são todos os setores que têm picos de final de mês. Por isso é bom trabalhar com logística.

Você vive toda hora um cenário diferente e a inovação tem de estar muito presente em todas as negociações. Temos sempre que nos antecipar ao que o cliente precisa. O operador logístico já foi muito reativo no passado e agora deve ser proativo. Temos que surpreender o cliente. Os especialistas nas operações logísticas precisam ter a capacidade de provocar os embarcadores, mostrando que há formas diferentes e melhores do que aquilo que é feito hoje e, com isso, buscar a tão falada produtividade, que é a solução para o país. E o papel do operador logístico é importante nesta busca. Principalmente se considerarmos que, no modelo brasileiro, a operação logística representa cerca de 12% do custo médio da indústria. Tecnologística – O senhor acredita que a ferrovia já ofereça esta previsibilidade que o mercado está pedindo? Brugioni – A oferta melhorou, embora ainda não esteja no patamar desejado. Quando você fala em granel, que sempre foi o foco da ferrovia, funciona muito bem. Já com relação à carga geral conteinerizada, que é o nosso negócio, a situação começou a mudar agora. Em mais um ou dois anos vamos conseguir ter operações confiáveis e com prazos definidos na ferrovia. Começamos a ver muita soja e commodities em geral migrando para o contêiner. Atualmente, há um fenômeno interessante, pois o frete marítimo está muito baixo. É o menor dos últimos vinte anos. Do Brasil para a Ásia, você paga US$ 200 por contêiner. Só para comparar, um frete rodoviário de Santos a Campinas sai por cerca de R$ 2 mil, podendo eventualmente chegar a R$ 4 mil. Isso fez com que muitos exportadores que usavam navios break bulk começassem a migrar para o contêiner, porque passa a ser mais competitivo. Aí o volume cresce e começa a ser vantajoso para as ferrovias operar contêineres, o que antes não ocorria. O volume de contêineres por este


modal mais que dobrou nos últimos dois anos. Ele deve estar em torno de 4% a 5% e tem potencial para chegar a 15%. Tecnologística – Para melhorar a oferta, não seria desejável que o concessionário da ferrovia não fosse o dono da carga? Brugioni – Por isso a iniciativa do governo de criar o operador independente de ferrovia. Esta ideia era muito boa, pena que não foi adiante. Acho que isto terá de ser retomado, porque o nosso modelo atual é diferente daqueles de sucesso. Às vezes no Brasil teimamos em repetir experiências que já deram errado em outros lugares, em vez de apostar no que dá certo. Agora falam em retomar o primeiro modelo de concessões e, com isso, vamos per-

dendo tempo. Tudo isso é perda de tempo, dinheiro e hora-homem trabalhando em projetos, e vamos ficando para trás. Caímos naquilo que eu disse: resolvendo um problema com dez anos de defasagem. Tecnologística – Em termos de resultados, o que vocês esperam para este ano?

Brugioni – Nossa expectativa para 2015 é manter os mesmos resultados de 2014, que foi um bom ano. O grupo como um todo fechou o ano passado com R$ 1,2 bilhão de receita bruta; a unidade da Libra Logística representa hoje R$ 300 milhões desse volume total, mas é a unidade que mais cresce, com índices de 30% ao ano nos últimos cinco anos. Em 2015, vamos compensar a queda de volumes com os novos negócios. Ou seja, não vamos crescer, mas não vamos ter os resultados reduzidos em relação ao ano passado. Silvia Marino

Libra Logística: (11) 3563-3600


Fotos: Valdemi Silva/Agência Imagem

TERCEIRIZAÇÃO

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Bonjour Brésil A empresa francesa Maped, fabricante de artigos escolares e para escritórios, espera dobrar sua participação no mercado brasileiro nos próximos três anos, tendo entre os desafios driblar o custo Brasil e a ação agressiva dos concorrentes. Para auxiliá-la nesse escopo, a empresa passou a contar, em 2014, com uma nova operadora logística, a também francesa FM Logistic, e antes mesmo de completar um ano de operação – o que acontece em agosto próximo –, já registrou uma redução de 10% nos custos operacionais e aumento da acuracidade do estoque, que passou de 90% para 99,8% 40 - Revista Tecnologística - Junho/2015

nova febre dos livros para colorir voltados para o público adulto, como Jardim Secreto e Floresta Encantada, dentre tantos outros títulos que estão fazendo a alegria de editores e livreiros, contribuiu para impulsionar também o segmento dos fabricantes de lápis, canetas e materiais para pintura, que já comemora o aumento nas vendas. É o caso da subsidiária brasileira da Maped (Manufatura de Artigos de Precisão e Design), fabricante francesa de artigos escolares e para escritórios, presente no país desde 2003, e que se surpreendeu positivamente com o crescimento dessa demanda inesperada. “É um público adulto que compra estojos de 36 e 48 cores e está buscando lápis aquareláveis e canetinhas para colorir, elegendo as da nossa marca como preferidas, o que está nos levando a rever o planejamento de importação, que inicialmente era de quatro, para oito contêineres”, comemora Luccas Álvares Leite Bucione, gerente de Supply Chain da empresa. Atualmente, a Maped produz 16 categorias de produtos, como lápis, canetas, apontadores, réguas e compassos, que totalizam 2.000 SKUs e são fabricados em seis plantas próprias instaladas na China, França, Alemanha, Inglaterra, México e Argentina e em indústrias de terceiros localizadas na Índia, Vietnã, Malásia e China. “Trazemos ao Brasil 540 SKUs para atender às necessidades locais, a maioria dos quais provinda da China – cerca de 60% –, que chegam pelo modal marítimo e são comercializados por 33 representantes comerciais distribuídos pelo país que abastecem o pequeno varejo, papelarias, bazares e também o atacado, redes de supermercados e as grandes redes comerciais de produtos escolares e para escritórios, dentre as quais se inclui a Kalunga, totalizando 2.356 clientes e 4.000 pontos de venda ativos”, detalha Bucione.


operadora logística. Na primeira fase, iniciada em janeiro de 2014, foi traçado o perfil logístico da Maped pela equipe interna da área, que também elaborou o Request for Proposal (RFP) elencando as premissas para a pré-seleção dos potenciais parceiros, uma das quais era a localização geográfica do centro de distribuição, que deveria estar na região da capital paulista e Grande São Paulo, além da elaboração do cronograma e do orçamento. “Determinamos como gostaríamos que No ano passado, a Maped regisfossem feitos o recebitrou no Brasil um crescimento de mento dos produtos, 27% no faturamento em relação ao a armazenagem, o inexercício anterior, e a estimativa é ventário, a separação e fechar 2015 com um aumento da oro empacotamento dos dem de 25% a 30%. “Hoje detemos pedidos, entre outros Análise criteriosa cerca de 3% a 4% do market share serviços, formalizando brasileiro, o que mostra que há um um documento com O projeto comeenorme potencial a ser explorado, cerca de 30 páginas”, Bucione: público adulto está e estamos trabalhando para dobrar çou no final de 2013, conta Bucione. comprando mais lápis, canetas e nossa participação no mercado nos quando foi realizado Na segunda fase, materiais de pintura próximos três anos. Temos know- um estudo de viabiliforam realizadas vi-how e estrutura interna para atingir dade e estabelecidas sitas técnicas às 13 essa meta, sendo os maiores entraves quatro etapas para a escolha da nova operadoras logísticas que se candidataram, para validar suas respectivas infraestruturas. Nessa primeira triagem, três empresas desistiram porque não dispunham de espaço e por não atuarem nesse segmento de mercado. Para a análise das dez restantes, a equipe da Maped fez um trabalho exaustivo para equalizar e comparar as propostas, o que eliminou cinco candidatas da disputa. Com as Top 5 foram realizadas várias análises como técnica-comercial, modelos e soluções logísticas apresentadas e análise swot (sigla em inglês para strenghts, weaknesses, opportunities and threats), técnica simples para verificar a posição estratégica da empresa no mercado em termos de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Finalizada essa etapa, um comitê da Maped elencou os fatores FMOP elimina a possibilidade de falhas humanas que eram relevantes para sua opera-

A Maped trabalha com mais de 2.000 SKUs; itens são produzidos em seis fábricas próprias e em indústrias de terceiros

o custo Brasil e a ação agressiva da concorrência, figurando entre os nossos maiores competidores grandes empresas como a Bic e a Faber Castel”, continua o gerente. O volume de importação também aumentou nos últimos anos, passando de 10 a 15 contêineres em média em 2009 para mais de 80 em 2014. O grande problema é que a operadora logística contratada pela empresa não estava conseguindo acompanhar seu desempenho. “Não havia eficiência na expedição e na acuracidade do estoque, o que nos levou a iniciar o processo de escolha de uma nova parceira”, lembra Bucione.

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TERCEIRIZAÇÃO

ção e mais de 60 premissas às quais foram dados pesos de 1 a 5. Com base nessa análise, restaram duas empresas que alcançaram as maiores pontuações, e de acordo com a revisão comercial e o detalhamento das condições contratuais, a direção da Maped escolheu a FM Logistic. Assim, em junho de 2014, começou a fase de transferência dos produtos armazenados no CD da antiga operadora logística para o da FM Logistic. De uma parte, esse trabalho foi facilitado pelo fato de ambos os centros estarem localizados no mesmo condomínio logístico, no distrito de Perus, noroeste da cidade de São Paulo e próximo das principais rodovias como a Bandeirantes e a Anhanguera. “Isso contribuiu para reduzir o custo da mudança porque os veículos para o transporte de um CD para o outro foram pagos por dia e não por viagem, mas em termos de trabalho foi igual ao que seria se estivessem em locais mais afastados um do outro”, salienta Bucione. Todo esse processo levou cerca de duas semanas para ser concluído.

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A operação foi bem planejada, o que permitiu que o go live acontecesse na primeira semana de agosto de 2014, cumprindo rigorosamente o cronograma, segundo destaca Luciano Marques, gerente de Soluções Logísticas da FM Logistic. “Para atender à Maped, reestruturamos o layout de 2.000 m² do nosso CD, que possui 87.000 m² de área total, para adequá-lo às necessidades da empresa, que se caracteriza pela grande quantidade de itens muito pequenos, como apontadores de lápis, por exemplo”, explica. Também foi feito o trabalho de integração dos sistemas das duas empresas, e em particular do sistema de gestão ERP Microsiga/Totvs da Maped com o WMS da FM, capitaneado pela equipe de tecnologia da informação da operadora logística. “A operação já começou com todas as interfaces prontas e rodando, e o sucesso se deu pela grande confiança entre as partes, a sinergia entre as equipes locais mesmo sendo dois grupos internacionais, e a comunica-

ção clara e objetiva, o que assegurou que se atingissem os níveis de serviços acordados”, completa Marques. Outro ponto importante foi a introdução do sistema FMOP (Fast Multi Order Process), ideal para separação de pequenas unidades e que é integrado ao WMS. Com essa tecnologia é possível fazer numa só etapa os processos de picking e packing (separação e empacotamento), eliminando a necessidade de conferência. Desse modo, o pedido é enviado pelo WMS para o carrinho coletor que comporta até quatro caixas dispostas sobre balanças. Quando o funcionário separa o item, identificado por radiofrequência, e o coloca dentro da caixa, ele já é pesado e é feita a checagem. Se houver alguma divergência de informação, o sistema emite um aviso para que se verifique o problema. Segundo Michèle Cohonner, general manager da FM Logistic, o FMOP foi desenvolvido pela equipe de tecnologia da empresa há cerca de quatro anos para atender a um cliente na Rússia, mas atualmente a maioria das empresas atendidas pela operadora o utiliza. “É uma tecnologia muito eficiente que supre as falhas do fator humano, já que mais de 95% dos pedidos são de carga fracionada. Com seu emprego tivemos um ganho muito grande de tempo e economizamos recursos, pois a mesma pessoa que faz o picking também faz o empacotamento, eliminando a necessidade de um segundo funcionário e de uma área específica para fazer essa tarefa e a conferência”, destaca Bucione. Atualmente, 80% dos SKUs estão dentro do sistema, o que agiliza bastante as operações e também permitiu ampliar o turno para coleta, que antes era feito no período das 8h00 às 15h00 e passou a ser das 6h00 às 22h00, possibilitando atender ao cliente no mesmo dia e reduzir um dia do transit time. Mais um ganho, na avaliação do executivo, foi


Crescimento à francesa

C

riada em 1967, na região de Lorraine, na França, a FM Logistic é hoje uma das principais operadoras logísticas do mundo especializadas nas áreas de armazenagem, transporte, co-packing e supply chain. Atualmente a empresa está presente em 12 países de três continentes, empregando 18.700 funcionários, que trabalham em 85 hubs que juntos totalizam 2,9 milhões de m² de área, e fechou 2014 com faturamento da ordem de 1,043 bilhão de euros, representando um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior. Presente no Brasil desde julho de 2013, quando adquiriu a subsidiária da McLane, a FM Logistic conta com 1.500 colaboradores e quatro centros de distribuição – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro no Rio Grande do Sul – que no conjunto totalizam uma área de 200 mil m². “O plano global da empresa é dobrar de tamanho até 2020 e nesse sentido decidiu expandir sua atuação em outras regiões”, explica a general manager Michèle Cohonner. Foram analisados quatro países, além do Brasil: Marrocos, África do Sul, Índia e Colômbia.

“Escolhemos o mercado brasileiro devido ao grande potencial de crescimento existente na área de supply chain”, justifica. No ano passado a FM Logistic faturou no Brasil R$ 150 milhões e os planos para este ano são de inaugurar mais dois CDs, em Recife e em Minas Gerais, iniciar o serviço de co-packing e dinamizar sua atuação no serviço de transporte, que começou a ser oferecido no país em janeiro deste ano. “O Brasil é um país maravilhoso e esse momento de crise econômica pelo qual está passando deverá contribuir para que as empresas percebam a necessidade de otimizar o supply chain a fim de reduzir custos e aumentar a produtividade. E isso nos dará maior oportunidade para crescer”, aposta a executiva. Atualmente a empresa atende a 15 clientes no Brasil, dentre os quais se incluem a Maped e a Natura. No mundo todo, somam-se à carteira de clientes grandes empresas como Nestlè, Unilever, Reckitt Benckiser, Carrefour, Bosch, Samsung, Nissan, L’Occitane, L’Oréal, Shiseido, Dior, Sanofi-Aventis e Roche, entre outras.

a melhoria da imagem da Maped, já que não há mais atrasos para o atendimento dos pedidos. “Isso, aos olhos do cliente, é um grande benefício”.

acuracidade do estoque, que passou de 90% para 99,8%. “Ajudou muito a inteligência da FM Logistic, pois a empresa busca oferecer novas soluções e a melhor forma de atender ao cliente”, elogia Bucione. Na avaliação do executivo, o que foi determinante para o sucesso do projeto de mudança foi o foco no planejamento e não apenas na operação, e também o comprometimento das equipes das duas empresas. Com uma estrutura enxuta no Bra-

Inteligência a serviço do cliente Mesmo antes de completar um ano de trabalho com a nova operadora logística, a Maped contabilizou outros benefícios, estando dentre os principais a redução de 10% dos custos logísticos e o aumento da


sil, a Maped conta com Maped conta com cinco um staff de 17 profissiotransportadoras parceinais, quatro dos quais são ras: uma para cobrir as da área de Logística, que regiões Norte e Nordesgerenciam os parceiros te; uma para a Região terceirizados. O planejaSul; uma para a Região mento comercial é feito Sudeste; e duas para com base na demanda entregas dedicadas de por cliente e por canal, grandes volumes. e é revisto mensalmente, Segundo Bucione, as sendo que o monitoravendas do segmento são mento do supply chain sazonais, sendo o período é semanal. Os produtos de maior pico os meses Marques: operação da Maped chegam ao país por via de agosto a outubro, para envolve itens pequenos, mas em marítima, demorando os produtos escolares, grande quantidade em média de 100 a 110 quando são adquiridos dias, e precisam ser certificados pelo pelos canais de distribuição e atacadistas Inmetro. Uma transportadora parceira que abastecem o varejo. “Também fazeretira as cargas do Porto de Santos (SP) mos a reposição dos estoques dos clientes e as leva até o CD da FM Logistic, que de agosto a janeiro”, salienta o executivo, passa então a responder pelos serviços acrescentando que de março a julho a de recebimento, armazenagem, gestão maior concentração das vendas é de ardo inventário, planejamento, separa- tigos para escritórios. “Este ano tivemos ção, conferência e empacotamento das um movimento grande e inesperado nos cargas, além da gestão fiscal e documen- meses de fevereiro a abril, de comercialitação de transporte. Todos os itens são zação dos lápis de cor e canetas, em conidentificados com código de barras e sequência do boom dos livros para colorir radiofrequência. Para a distribuição, a voltados para o público adulto. A parceria

Aposta no design inovador

O

grupo Maped iniciou suas atividades em 1947 na cidade de Annecy, nos Alpes Franceses, para a produção de compassos de latão, passando a diversificar seu portfólio de produtos nos anos subsequentes. Hoje suas 16 linhas de produtos incluem tesouras, borrachas, lápis de cor, canetas, apontadores, refiladoras, guilhotinas, acessórios para escritórios e produtos escolares, totalizando 2.000 SKUs. Atualmente a empresa possui filiais em 16 países, contando com seis fábricas próprias e também com uma rede de indústrias parceiras. Para atender às expectativas do consumidor, a Maped investe continuamente em pesquisa e desenvolvi-

mento de novos produtos, procurando aliar alta qualidade com design inovador. Nesse sentido introduziu um processo de melhoria contínua da qualidade que visa controlar a produção e realizar testes desde o projeto até a fabricação. Todos os produtos são testados individualmente em um moderno laboratório para avaliar a durabilidade, o envelhecimento e a resistência a condições extremas de clima e de impacto. Hoje sua marca está presente em 125 países. No ano passado, a Maped registrou faturamento global da ordem de 300 milhões de euros e a perspectiva é encerrar 2015 com 5% de crescimento.


com a FM Logistic ajudou empresa espera obter um muito nesse sentido, pois aumento de 10% a 15% por seu intermédio conno volume de vendas até quistamos um novo canal o final de 2015. de vendas, que foi a LivraAtualmente, está ria Cultura”, explica Buciosendo feito um estune. Atualmente a gerência do de viabilidade para de Marketing da Maped que a FM Logistic pasestá trabalhando em ações se a produzir a embalapromocionais em escolas gem de alguns produe entrando em contato tos da Maped. “A ideia com as editoras de livros é que eles venham para colorir para venda soltos da nossa fábriMichèle: equipes da FM casada. “Também estamos ca da China e sejam e da Maped realizam contando com blogueiras embalados pela FM encontros mensais que ensinam a usar nosno Brasil”, diz Buciosos lápis de cor. A expectativa é de que os ne. Para esse serviço de co-packing, adultos que compram nossos produtos segundo Michèle Cohonner, será também passem a preferir nossa marca na montada uma plataforma dentro do hora de adquirir material escolar para seus CD. “Já estamos analisando que tipo filhos”, destaca o executivo. Com isso, a de embalagem e quais materiais serão

utilizados, além das máquinas necessárias para essa produção. O projeto deverá estar operacional em 2016”, adianta a executiva. Michèle destaca ainda que as equipes das duas empresas se reúnem mensalmente não apenas para analisar as ações passadas, como também planejar o futuro. “A Maped está crescendo muito e sendo assim é preciso adaptar a organização para acompanhar esse desempenho. Estamos trabalhando junto com a empresa para auxiliá-la a se antecipar às novas demandas do mercado, a lançar novos produtos e a obter os melhores resultados”, finaliza a executiva. Silvia Giurlani FM Logistic: (11) 2109-9400 Maped: (11) 3141-0733




Shutterstock

OPERADORES LOGÍSTICOS

Muito prazer, somos os operadores logísticos Estudo coordenado pela Abol e realizado por um consórcio formado pelas empresas KPMG e Mattos Filho, com a participação da Fundação Dom Cabral, traça um panorama completo a respeito da atividade de operador logístico no Brasil, abre espaço para novas discussões, pesquisas e estudos sobre o tema e, principalmente, fornece subsídios para que os players do setor possam dialogar de forma mais sólida com o poder público 48 - Revista Tecnologística - Junho/2015


Nicola Labate / Agência Imagem

É

difícil dizer com exatidão quando a figura do operador logístico como conhecemos hoje surgiu no Brasil. Em países mais desenvolvidos acredita-se que os 3PLs (third-party logistics) tenham ganhado força nas décadas de 1970 e 1980, quando as grandes companhias decidiram voltar sua atenção para seu core business e terceirizar atividades que não faziam parte de suas competências inatas, como o transporte e a armazenagem. Talvez no Brasil possamos creditar isso a um momento de estabilização alcançado depois da implantação do Plano Real e à chegada de prestadores de serviços logísticos

estrangeiros, na década de 1990, fa- os operadores logísticos represenzendo com que o assunto operado- tam? Qual é exatamente a imporres logísticos seja muito mais novo tância do segmento para a economia para nós do que para grande parte brasileira? A verdade é que são escasdo resto do mundo. sos os dados a respeito da atividade e De qualquer maneira, parece o próprio setor nunca havia se unium desenvolvimento natural que do para fornecer dados objetivos soos prestadores de serviços de trans- bre si mesmo. Até agora. porte e armazenagem evoluam para Viabilizar respostas concretas e uma só pessoa jurídica que integra embasadas para essas questões é, estas e outras atividades que com- seguramente, a maior contribuição põem o supply chain ou podem vir que o projeto Operadores Logístia colaborar de forma acessória com cos: Panorama Setorial, Marco Rea cadeia. Estamos falando, afinal de gulatório e Aspectos Técnico-opecontas, da logística, um segmento racionais, lançado no dia 20 do em plena expansão em todo o mun- último mês de março pela Associado justamente por ser indispensável ção Brasileira de Operadores Logíspara a subsistência e para o cresci- ticos (Abol), traz para os players mento de qualquer economia. A do setor. movimentação de materiais e a arA Revista Tecnologística realiza mazenagem de carga, de uma ma- anualmente, desde 1998, seu próneira geral, simplesmente não pa- prio levantamento a respeito do ram, até mesmo em tempos de vacas mercado de operadores logísticos magras, como o período em que se brasileiro – material que inclusive encontra o Brasil atualmente. serviu de fonte para o trabalho emE o operador logístico desponta preendido pela Abol. A pesquisa descomo um dos grandes protagonistas te ano você encontra na edição que desse segmento, exatem em mãos, na págitamente pela abranna 68. O estudo realigência dos serviços zado pela associação, prestados. São, porporém, pode ser consitanto, personagens derado um marco para indispensáveis no ceo segmento, pois é a nário logístico e seria primeira vez que uma chover no molhado entidade ligada direressaltar aqui seu vatamente aos próprios lor para toda a cadeia, operadores logísticos e o tamanho do mercaformada por empresas do que representam, atuantes nesse mercasua importância para do se propõe a mensuOliveira Neto: somos uma a economia brasileira, rar, ela mesma, o setor evolução ainda não corretamente que representa. entre outros fatores. compreendida no arcabouço legal Bem, a verdade é Os resultados do que simplesmente citar esses fatores trabalho estão contidos em três seria desnecessário, pois se trata de volumes intitulados Panorama Seuma mera percepção óbvia de qual- torial, Contextualização do Setor quer pessoa que possua o mínimo de e Benchmarkings Internacionais; discernimento sobre logística. Mas, Marco Regulatório e Análise Jurídialém do senso comum, qual a base ca; e Aspectos Técnico-operacionais, para se fazer tais afirmações? Qual é, Normas, Boas Práticas, Certificação afinal, o tamanho do mercado que e Indicadores de Desempenho que, Junho/2015 - Revista Tecnologística - 49


juntos, somam mais de 650 páginas e trazem informações valiosas para todas as empresas do setor.

Divulgação

presa enfrenta no Brasil ligados a fatores como legislações tributárias e trabalhistas bastante complexas e excesso de burocracia são granIdentidade demente agravados no caso dos operadores logísticos. “Somos uma A confecção do estudo realizado evolução ainda não corretamente pela Abol se confunde com a história compreendida no arcabouço legal, da própria entidade. Isso porque ela além de estarmos submetidos a renasceu, em julho de 2012, justamente gulamentações de diversos miniscom o intuito de dedicar seus esforços térios, agências e secretarias, entre para lutar pelas demandas dos opera- outros órgãos governamentais”, dores logísticos. “Empresários vinham analisa Oliveira Neto. buscando formar uma associação de A verdade é que a figura do opeclasse patronal que efetivamente re- rador logístico não existe de fato presentasse o operador logístico, ofe- como uma atividade econômica rerecendo um ambiente propício ao conhecida no Brasil e a Abol comdebate, focando e priorizando a regula- preendeu que para lutar por isso mentação da atividade era necessário, antes e trazendo para discusde qualquer coisa, que são temas relevantes, o setor fosse capaz de como as questões tribuse autodefinir para, só tária, fiscal, trabalhisentão, dialogar com ta e sindical, além de propriedade com o poaspectos técnicos volder público a respeito tados para as boas práde suas demandas viticas e benchmarking sando à ordenação e à internacional”, explica regulamentação do seo presidente do Contor com o objetivo de selho Deliberativo da possibilitar melhores Abol e do Conselho de planejamentos estraSarti: empresas do setor não Administração da AGV tégicos, econômicos, se sentiam representadas Logística, Vasco de Oliprevidenciários, traveira Neto, no próprio estudo. balhistas, securitários, entre outros. O diretor-presidente da Penske Para alcançar os objetivos proLogistics, Paulo Sarti, primeiro postos, a Abol deu início, em depresidente da Abol e atualmente zembro de 2013, a um processo conselheiro titular da entidade, licitatório para a escolha de parceiconcorda. “Desde o início tínha- ros das áreas consultiva, jurídica mos uma pauta bastante clara, que e acadêmica. Durante três meses era o foco de todos os associados. as empresas e instituições particiA Abol surgiu devido à insatisfação pantes realizaram diversas apredas empresas por não se sentirem sentações e, ao final do pleito, a representadas por nenhuma asso- associação optou por trabalhar em ciação nos assuntos realmente im- conjunto com o consórcio formaportantes para o setor”, diz. “E a do pela consultoria KPMG Transacprimeira coisa a se fazer era definir tion and Forensic Services e pela quem é exatamente o operador lo- Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey gístico”, prossegue o executivo. Jr. e Quiroga Advogados, com a De fato, segundo o próprio es- participação acadêmica da Fundatudo, os desafios que qualquer em- ção Dom Cabral (FDC).


Sobretudo neso compartilhamento de ta etapa, foi funalgumas experiências damental o apoio de outros países, mosacadêmico prestado trando como os operapela Fundação Dom dores logísticos foram Cabral, na pessoa do formalizados ou mesmo professor Paulo Rede que maneira algumas sende, coordenador nações, assim como nós, do núcleo de Infratambém buscavam isso”. estrutura, Logística Outra contribuição e Supply Chain da valiosa, que perdurou entidade. “Prestadurante todo o trabamos todo o apoio lho, foi a rede internaMeireles: existe um hiato muito necessário ao projecional da KPMG, que já grande entre a legislação brasileira to, participando de havia realizado estudos e de países mais desenvolvidos debates técnicos e parecidos em outros discutindo, especialmente, a histó- países recentemente. “No caso da ria do operador logístico no Brasil e Argentina, por exemplo, o modelo no mundo”, lembra Resende. “A vi- de certificação dos operadores losão acadêmica era bastante necessá- gísticos segue aquele utilizado na ria, contribuindo, por exemplo, com Espanha, e a KPMG participou da Divulgação

Iniciou-se então uma extensa discussão acerca da melhor definição sobre a figura do operador logístico. “Começamos a analisar a realidade brasileira cruzando com informações a respeito da atividade em outros países”, conta o diretor executivo da Abol, Cesar Meireles. “Nós não poderíamos fazer uma leitura somente de nações que são referência mundial, pois existe um hiato muito grande entre a legislação desses países e a legislação do Brasil”. Ele exemplifica com casos como os observados em Portugal, na Espanha e na Argentina, cujos estudos em torno da atuação dos operadores logísticos foram exaustivamente analisados. “São países que também desenvolveram trabalhos buscando a regulação do setor”, lembra Meireles.


Filtro 1: Foco do follow-up direto nas maiores e mais relevantes empresas

Filtro 2: Empresas que responderam ao questionário

Short list: 146 empresas

Filtro 3: Filtro 4: Aderência à taxonomia: Outras empresas realizam transporte, de fontes armazenagem e gestão de secundárias estoque

Filtro 5

OLs de fato: 87 empresas

Filtro 4

Respostas: 133 empresas

Filtro 3

Contatos prioritários: 166 empresas

Filtro 2

Long list: 1.153 empresas

Filtro 1

Fonte: Abol

OPERADORES LOGÍSTICOS

Lista final: 159 empresas

Filtro 5: Filtro por CNAEs. Empresas com CNAEs 49.30-2 e 52.11-7 (transporte e armazenagem) foram incluídas. As que não possuem as 2 CNAEs foram excluídas. (21 excluídas / 28 incluídas)

Formatação da lista de empresas consideradas como o universo de operadores logísticos pela Abol

Divulgação

sua elaboração”, conta o gerente segue definida como uma transporsênior da consultoria, Fabio Ca- tadora e não se encaixa no perfil devalheiro. “Utilizamos essa experi- signado para os operadores logísticos. ência internacional para entender “Para chegar a essa taxonomia tramelhor iniciativas de autorregula- balhamos muito próximos à Mattos ção que já haviam acontecido em Filho, pois não queríamos criar algo outros mercados”. que, juridicamente, trouxesse noComo resultado do estudo, a vos problemas em vez de representar Abol passou a adotar oficialmente uma solução”, conta Cavalheiro. então a seguinte definição: “opeSegundo o estudo da Abol, a perrador logístico é a cepção da necessidade pessoa jurídica capade uma classificação citada a prestar, atrapara o setor não é revés de um ou mais cente, mas nunca rececontratos, por meios beu a devida atenção próprios ou por inpor parte do poder pútermédio de terceiros, blico. Um dos motivos os serviços de transpode ser justamente a porte, armazenagem falta de entendimento e gestão de estoque”. a respeito da atividade Importante obserdo operador, muitas var que, de acordo vezes confundido com com esse conceito, a empresas que realizam Resende: é importante frisar que somente um dos elos figura do operador loos operadores oferecem serviços gístico fica caracterida cadeia logística, de logística integrada zada apenas quando a como os transportadocompanhia presta os três serviços su- res e os armazéns. pracitados. Uma empresa que realiza Essa visão pode ser facilmente somente serviços de transporte, mas entendida, mesmo porque as definão de armazenagem, por exemplo, nições adotadas por alguns países 52 - Revista Tecnologística - Junho/2015

abrem a possibilidade de que uma empresa que atue apenas com uma das atividades se considere um operador logístico. Nos Estados Unidos, por exemplo, a definição dos 3PLs, de acordo com o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP), estabelece que as companhias devem oferecer os múltiplos serviços logísticos preferencialmente de forma integrada. Em Portugal, a designação adotada pela Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (Apol) diz que “um operador logístico é uma empresa que tem a responsabilidade (...) de planejar, organizar e monitorar os processos de uma ou várias fases da cadeia de distribuição”. Esta não é, porém, a visão que o próprio setor tem dos operadores logísticos no mercado nacional, opinião inclusive compartilhada por especialistas e acadêmicos. “É muito importante que fique claro o que é a logística integrada. Este é o serviço oferecido pelos operadores no Brasil”, resume Resende.

Relevância Estabelecida a definição, o próximo passo do estudo consistia em traçar um cenário detalhado a respeito do setor, com o objetivo de identificar sua representatividade e relevância para o mercado brasileiro. Para estruturar as análises contidas no estudo, foram consultadas 81 fontes, entre operadores logísticos nacionais membros e não membros da Abol, operadores logísticos internacionais, embarcadores de diversos segmentos, empresas públicas, especialistas de mercado, acadêmicos, publicações e associações nacionais e internacionais dos Estados Unidos, Portugal, Austrália, Alemanha, Argentina, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Canadá, Bélgica e Holanda.



ses realizadas durante o trabalho. “Definido o tamanho do merca159 empresas dĂŵĂŶŚŽ ĚŽ ŵĞƌĐĂĚŽ ĚĞ ŽƉĞƌĂĚŽƌĞƐ ůŽŐşƐƟĐŽƐ ;ϮϬϭϰͿ do, como consequência pudemos chegar a todos os demais números R$ 44,3 bilhões &ĂƚƵƌĂŵĞŶƚŽ ƚŽƚĂů ĞƐƟŵĂĚŽ ;ϮϬϭϯͿ mostrados no estudo”, destaca Fábio Cavalheiro. &ĂƚƵƌĂŵĞŶƚŽ ŵĠĚŝŽ ĂŶƵĂů ƉŽƌ ĞŵƉƌĞƐĂ ;ϮϬϭϯͿ R$ 278,6 milhões A partir da soma do faturamento bruto das empresas caracteri243.552 funcionários ŵƉƌĞŐŽƐ ĚŝƌĞƚŽƐ ; >d͗ ϭϳϳ͘ϱϮϭ н dĞƌĐĞŝƌŽƐ͗ ϲϲ͘ϬϯϭͿ ;ϮϬϭϰͿ zadas como operadores logísticos, 466.532 funcionários ŵƉƌĞŐŽƐ ŝŶĚŝƌĞƚŽƐ ;ĐĂĚĞŝĂƐ ƉĞƌŝĨĠƌŝĐĂƐͿ ;ϮϬϭϰͿ por exemplo, a Abol constatou que o setor apresenta um faturamento 710.084 pessoas dŽƚĂů ƉĞƐƐŽĂů ĞŵƉƌĞŐĂĚŽ ;ĞŵƉƌĞŐŽƐ ĚŝƌĞƚŽƐ н ŝŶĚŝƌĞƚŽƐͿ ;ϮϬϭϰͿ total de R$ 44,3 bilhões. O número obtido foi validado por meio de R$ 7,2 bilhões dƌŝďƵƚŽƐ ƌĞĐŽůŚŝĚŽƐ ;ϮϬϭϯͿ comparações com dados de outras fontes, como o Instituto de LogístiR$ 2,0 bilhões ŶĐĂƌŐŽƐ ƚƌĂďĂůŚŝƐƚĂƐ ƌĞĐŽůŚŝĚŽƐ ;ϮϬϭϯͿ ca e Supply Chain (Ilos) e a Revista Tecnologística, e também em entre5,7% do faturamento bruto /ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽƐ ƉƌĞǀŝƐƚŽƐ͗ ƉƌſdžŝŵŽƐ ϯ ĂŶŽƐ ;ZΨ ϲϬϴ͕Ϯ ŵŝůŚƁĞƐͿ vistas presenciais realizadas junto a especialistas. Estava dada então a 'ĂƐƚŽƐ ĂŶƵĂŝƐ ĚĂ ŝŶĚƷƐƚƌŝĂ ďƌĂƐŝůĞŝƌĂ͗ ůŽŐşƐƟĐĂ ŝŶƚĞŐƌĂĚĂ ;ϮϬϭϯͿ R$ 118,4 bilhões resposta pra a primeira das perguntas essenciais sobre o setor: qual é o tamanho do mercado que os operaPrincipais números do setor de acordo com o estudo dores logísticos representam? A pesquisa realizada contou com de julho de 2014. Posteriormente, Diante disso, bastou trabalhar a participação de 1.153 empresas na base de dados formada pelas 133 os dados com inteligência para resprestadoras de serviços logísticos empresas respondentes, foi aplicado ponder a segunda questão: qual a que receberam um questionário ele- um filtro fundamentado no concei- importância do segmento para a trônico minuciosamente elabora- to de operador logístico estabeleci- economia brasileira? Para começar do por profissionais da KPMG e da do pelo estudo para de forma simples, basta Mattos Filho, auxiliados pela Abol. garantir que fossem dizer que o faturamen“Ele continha perguntas como consideradas, nas to de R$ 44,3 bilhões serviços oferecidos, faturamento, próximas etapas do fez com que o segmennúmero de funcionários e os prin- trabalho, somente as to de operadores logíscipais dados da empresa”, explica companhias que se ticos correspondesse Cavalheiro. “O questionário foi enquadrassem nessa a 0,9% do Produto Inpreenchido on-line e o sistema ta- definição. Assim, resterno Bruto (PIB) brasibulava automaticamente as respos- taram 87 empresas, leiro observado no ano tas, gerando um relatório bastante às quais foram adide 2013, que somou R$ completo. Mas foi uma etapa muito cionadas outras 72 4,8 trilhões de acordo trabalhosa, pois era preciso conferir que, apesar de não com o Instituto Brasias informações, fazer follow-up, va- terem respondido ao leiro de Geografia e EsCavalheiro: rede internacional lidar alguns dados etc.”. questionário, se entatística (IBGE). ajudou a entender melhor a Além do envio do questionário, a caixavam na descriPor si só, este índice figura do operador logístico equipe responsável pela pesquisa re- ção adotada. já demonstra uma realizou contato telefônico direto com Dessa pesquisa despontaram 159 presentatividade bastante impor166 empresas que representavam empresas que compõem, de acordo tante no mercado nacional, mas o os maiores players da lista, usando com o estudo da Abol, o mercado estudo da Abol não parou por aí. como base a tabela de operadores lo- de operadores logísticos brasileiro. Muito mais do que simplesmente gísticos organizada pela Revista Tec- Foi esse o universo utilizado como apresentar alguns dados a respeito nologística e publicada na edição 223, objeto para todas as demais análi- do setor, para atingir seus objetiDivulgação

Fonte: Abol

OPERADORES LOGÍSTICOS

54 - Revista Tecnologística - Junho/2015


vos a associação precisa se municiar de todas as informações possíveis com o fim de mostrar que os operadores logísticos ocupam uma posição de relevância considerável na economia brasileira, por isso foram realizadas análises muito mais aprofundadas. Foi constatado, por exemplo, que, quando inseridos no ranking das indústrias nacionais, os operadores logísticos ocupam a 16ª posição em faturamento bruto, à frente de setores gigantes como a produção de artigos têxteis, a fabricação de caminhões e ônibus, de equipamentos de informática e de eletrodomésticos e o segmento de biocombustíveis. Se levado em conta o setor de serviços, os operadores logísticos ocu-

Como resultado do estudo, a Abol passou a adotar oficialmente a seguinte definição: “operador logístico é a pessoa jurídica capacitada a prestar, através de um ou mais contratos, por meios próprios ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte, armazenagem e gestão de estoque” pam uma posição ainda melhor. O faturamento do segmento o coloca na 6ª posição no ranking nacional, entre as atividades de transporte rodoviário de passageiros e de serviços audiovisuais, que inclui grandes empresas de rádio, televisão e cinema.

“Por ser um setor de tamanho relevante para a economia brasileira, o segmento de operadores logísticos também apresenta um volume considerável no que tange à sua capacidade de captação de recursos para o Estado na forma de recolhimento de


50 Faturamento bruto (R$ bilhões)

45 40 35 30 25 20 15 10

ŝŽĐŽŵďƵƐơǀĞŝƐ

ůĞƚƌŽĚŽŵĠƐƟĐŽƐ

Equipamentos ĚĞ ŝŶĨŽƌŵĄƟĐĂ

Caminhões e ônibus

Têxteis

5 Operadores ůŽŐşƐƟĐŽƐ

Fonte: Abol

OPERADORES LOGÍSTICOS

Operadores logísticos no ranking geral da indústria nacional

tributos e encargos”, explica o estudo. De fato, as 159 empresas identificadas pela pesquisa contribuíram, em 2013, com R$ 9,2 bilhões em impostos, sendo R$ 2 bilhões em encargos trabalhistas e R$ 7,2 bilhões em tributos. Em uma nova comparação com os diversos setores da indústria brasileira, é possível observar que os operadores logísticos se equiparam em arrecadação a segmentos como o

de extração mineral, com R$ 6,8 bilhões, e de fabricação de caminhões e ônibus, com R$ 6,5 bilhões, além de superar de longe indústrias enormes, como a de eletrodomésticos, com R$ 5,8 bilhões, de metais não ferrosos, com R$ 5,7 bilhões, e de químicos inorgânicos, com R$ 5 bilhões. Neste ranking de arrecadação de tributos, os operadores logísticos ocupam a 20ª posição.

Outro fator que demonstra a importância do segmento para o país é sua capacidade de geração de empregos. Os operadores logísticos apresentaram, em 2014, um volume de funcionários diretos empregados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 177.521 indivíduos, enquanto os colaboradores terceirizados somaram 66.031. Além disso, de acordo com a Fundação Dom Cabral, o setor apresenta um potencial de geração de empregos indiretos baseada em uma relação de três postos de trabalho para cada empregado CLT. Assim, é possível estimar que o segmento seja responsável por 466.532 empregos indiretos, totalizando 710.084 empregos relacionados aos operadores logísticos no Brasil em 2014. Mesmo excluindo os empregos indiretos e considerando somente os 243.552 postos de trabalho registrados e terceirizados, o setor ocuparia posições de destaque dentre as indústrias e prestadoras de serviços do mercado nacional. No ranking das indústrias que mais geram empregos, os operadores logísticos aparecem na 11ª posição,


90 80 70 60 50 40 30 20

Operadores logísticos no ranking geral de serviços nacional

^ĞƌǀŝĕŽƐ ƉĂƌĂ ĞĚŝİĐŝŽƐ Ğ ĂƟǀŝĚĂĚĞƐ ƉĂŝƐĂŐşƐƟĐĂƐ

Serviços de escritório e ĂƉŽŝŽ ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂƟǀŽ

Serviços audiovisuais

KƉĞƌĂĚŽƌĞƐ ůŽŐşƐƟĐŽƐ

Transporte rodoviário de passageiros

10

Tecnologia da informação

Faturamento bruto (R$ bilhões)

Fonte: Abol

Divulgação

à frente das produdo levamos em consitoras de artigos têxderação o momento teis, metalúrgicos, econômico atual, que bebidas, farmacêucausa temores quanto ticos e siderúrgicos a aportes justamente e bem próximos pela imprevisibilidade do setor de químiem relação aos próxicos, que emprega mos anos. Consideran267.698 pessoas. No do somente empresas setor de serviços os com investimentos operadores estão na efetivamente anuncia13ª posição, praticados, até 2017, estimamente equiparados -se que cada operador Saadi: setor apresenta uma com o segmento de logístico realizará um certa vulnerabilidade jurídica manutenção e repaaporte médio anual de ração de veículos automotores, com R$ 12,2 milhões, valor que corres245.675 colaboradores, e à frente ponde a aproximadamente 5,7% de prestadores de serviço de ensino da receita dessas empresas, somancontinuado, dos Correios e outras do R$ 202,7 milhões. Isso signifiatividades de entregas e do setor ca que, entre 2015 e 2017, o setor de telecomunicações. deverá investir um valor próximo Como se todas essas informa- a R$ 610 milhões. ções não fossem suficientes para Nesse quesito, os operadores logísdemonstrar a importância dos ticos figuram muito à frente de setores operadores logísticos, eles ainda como o siderúrgico, que investe 2,8% apresentam notáveis cifras quan- de seu faturamento anual, e o químido o assunto são os investimentos co, com 2,4%. Além disso, está muito realizados pelos players do setor próximo de indústrias gigantes, como na comparação com o faturamen- a automotiva e de papel e celulose, to, tema bastante relevante quan- que investem 6,4% de suas receitas.


OPERADORES LOGÍSTICOS

Classificações

A

pesar de possuírem agora uma definição estabelecida, é fato que os operadores logísticos não dispõem oficialmente de um marco regulatório para reger o setor. Por se tratar de empresas surgidas a partir da integração de várias atividades, eles não possuem uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) específica. As CNAEs consistem em um sistema usado com o objetivo de padronizar os códigos de identificação das atividades econômicas nos registros da administração pública, em especial na esfera tributária. Organizadas pela Comissão Nacional de Classificação (Concla), presidida pelo IBGE, elas seguem padrões internacionais estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e utilizados por grande parte dos países signatários. Desde o início dos trabalhos da Abol, a demanda por uma CNAE específica era um dos pontos principais estabelecidos como prioridade pela entidade. “Percebemos que o primeiro ponto a ser observado era a formatação jurídica das empresas”, conta Cesar Meireles, diretor executivo da Abol. “No cartão de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada operador logístico constam diferentes CNAEs e a partir disso pudemos perceber uma certa vulnerabilidade do setor”. De acordo com a definição estabelecida pela Abol para o operador logístico, os players do segmento se enquadram em diversas classificações, como a CNAE 52.11-7, que representa o armazenamento de carga; a 52.12-5, de carga e descarga; a 52.50-8, de atividades relacionadas à organização do transporte de carga;

58 - Revista Tecnologística - Junho/2015

e as CNAEs relacionadas ao transporte em seus diversos modais, como a 49.30-2, para o transporte rodoviário de cargas, a 49.11-6, para o ferroviário e a 50.11-4, que classifica o transporte por cabotagem. Cesar Meireles conta que, depois de algumas conversas com o IBGE, chegou-se à conclusão de que buscar uma CNAE unificada para os operadores logísticos era uma tarefa muito mais difícil do que havia sido pensado inicialmente. O advogado Mário Saadi, da Mattos Filho, explica que isso acontece porque o objetivo da Concla é identificar todas as atividades econômicas existentes e desmembrar até o menor nível possível, e não agrupar duas ou mais atividades em uma só classificação. “O governo busca enxergar o detalhe do detalhe. Quando eles olham para o operador logístico, enxergam as atividades de transporte, armazenagem e gestão de estoque separadamente. E o operador é, de fato, uma figura híbrida, que realiza uma série de atividades”. Ele lembra que, quanto mais as atividades de uma determinada empresa podem ser detalhadas, mais critério e refino para aplicar impostos sobre ela o país vai ter. Parece natural, afinal o objetivo principal da CNAE, como já foi dito, é auxiliar a administração pública especialmente na esfera tributária. “Se o governo olhasse para o operador logístico considerando somente uma atividade econômica, essa cobrança de tributos ficaria um pouco nebulosa”, ressalta Saadi. E devido ao fato de a CNAE ser um sistema de classificação ligado à ONU, isso não ocorre somente no Brasil. “Esse desmembramento das atividades é uma tendência mundial, mas isso não é um problema na maioria dos países

simplesmente porque as questões tributárias são bem mais simples que no Brasil”, lamenta o advogado. “Resolvemos então que não queríamos tentar reinventar a roda”, diz Meireles. “Diante dessa realidade, decidimos que precisávamos buscar um caminho que nos levasse à autorregulação e, posteriormente, à regulamentação do setor junto ao governo, porque essa busca por uma CNAE própria talvez não fosse o caminho mais interessante, sobretudo em um país com um olhar arrecadador não desenvolvimentista como o Brasil”. Em resumo, se não existe a possibilidade de unificar as atividades exercidas pelo operador logístico sob um único guarda-chuva, o que o setor precisa é de um conhecimento cada vez maior a respeito da figura desse agente integrador de serviços logísticos para que seja possível entender quem eles são e quais são suas demandas. E esse é exatamente o objetivo principal do estudo da Abol. Assim, o material elaborado pela associação juntamente com a KPMG, a Mattos Filho e a Fundação Dom Cabral traz, em um nível de detalhes bastante minucioso, uma análise jurídica rica e abrangente a respeito do operador logístico, incluindo aspectos como o marco regulatório das atividades de transporte, armazenagem e gestão de estoque desenvolvidas pelas empresas do setor e particularidades trabalhistas, sindicais, securitárias e ambientais, entre outras essenciais para que se tenha um entendimento maior de quem são os operadores logísticos brasileiros e seja possível, então, lutar pela formalização da atividade.



OPERADORES LOGÍSTICOS

Dentre os principais destinos desses investimentos estão a ampliação da capacidade de armazenagem, a aquisição de veículos para o transporte de carga, a implantação de sistemas de tecnologia da informação, a compra de equipamentos de movimentação de carga, o treinamento e a capacitação de pessoal e a obtenção de hardwares e softwares de gestão de risco. A destinação do capital deixa bastante clara a contribuição do mercado de operadores logísticos para fatores como a ampliação da infraestrutura nacional de armazenagem, a redução da idade média dos caminhões na estrada e o crescimento da indústria automotiva, somente para citar alguns exemplos.

E mais: os operadores brasileiros são capazes de gerar um fator de redução de custos logísticos da ordem de 9,9% para o país. O estudo mostra que o Brasil apresenta despesas totais anuais com logística de R$ 576,5 bilhões. Sem as atividades exercidas pelos operadores logísticos, portanto, esse gasto poderia chegar a R$ 639,9 bilhões, o que significa que o setor gera, por meio da redução de custos para o Brasil, um montante de R$ 63,3 bilhões. De acordo com a última edição do Third-Party Logistics Study, realizado todos os anos pela consultoria Capgemini, esse fator de redução do custo logístico gerado pela atuação dos operadores é de 15% em uma média global. É possível

observar, portanto, que o mercado brasileiro ainda não é capaz de atingir os mesmos níveis de eficiência registrados em países mais desenvolvidos. De uma maneira geral, pode-se atribuir essa ocorrência a fatores como os gargalos na infraestrutura nacional e os empecilhos legais e burocráticos enfrentados pelos operadores logísticos no país. Isto posto, fica claro então que, se o setor receber a devida atenção, ele pode colaborar ainda mais com a economia brasileira.

Regulamentação

Diante de todas essas informações, não há dúvidas de que o estudo desenvolvido pela Abol é bastante rico a respeito dos mais diversos aspectos WƌŝŶĐŝƉĂŝƐ E Ɛ ƵƟůŝnjĂĚĂƐ ƉĞůŽƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĞƐ ůŽŐşƐƟĐŽƐ ŶŽ ƌĂƐŝů que circundam a atividade do operador ƟǀŝĚĂĚĞƐ ĂďƌĂŶŐŝĚĂƐ ƉĞůĂ E ϰϵ͘ϯϬͲϮ ;dƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ZŽĚŽǀŝĄƌŝŽ logístico. “Seus voĚĞ ĂƌŐĂƐͿ͗ (i) Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, lumes são robustos e municipal (49.30-2/01). recheados de dados (ii) Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, que apontam de forma intermunicipal, interestadual e internacional (49.30-2/0). muito clara a contri(iii) Transporte rodoviário de produtos perigosos (49.30-2/3). buição econômica e social dos operadores no ƟǀŝĚĂĚĞƐ ĂďƌĂŶŐŝĚĂƐ ƉĞůĂ E ϱϮ͘ϭϭͲϳ ; ƌŵĂnjĞŶĂŵĞŶƚŽͿ͗ país”, resume o profes(i) Armazéns gerais - emissão de warrant (52.11-7/01). sor Paulo Resende. (ii) Depósitos de mercadorias para terceiros, exceto armazéns gerais e O presidente do guarda-móveis (52.11-7/99). Conselho Deliberativo da Abol concorda. ƟǀŝĚĂĚĞƐ ĂďƌĂŶŐŝĚĂƐ ƉĞůĂ E ϱϮ͘ϭϮͲϱ ; ĂƌŐĂ Ğ ĞƐĐĂƌŐĂͿ͗ “Com todas essas in(i) Baldeação, baldeio; serviços de. formações em mãos, (ii) Carga e descarga com locação de mão de obra e equipamento de podemos ir até os órmovimentação ao contratante; serviços de. gãos públicos e dizer (iii) Carga e descarga; serviços de. ‘é isso que nós somos, (iv) Carga; movimentação de. esse é nosso tamanho e essa é nossa impor ƟǀŝĚĂĚĞƐ ĂďƌĂŶŐŝĚĂƐ ƉĞůĂ E ϱϮ͘ϱϬͲϴ ; ƟǀŝĚĂĚĞƐ ƌĞůĂĐŝŽŶĂĚĂƐ tância. Vamos agora ă ŽƌŐĂŶŝnjĂĕĆŽ ĚŽ ƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ĚĞ ĐĂƌŐĂͿ͗ tratar dos problemas (i) Comissária de despachos (52.50-8/01). que enfrentamos’. O ;ŝŝͿ ƟǀŝĚĂĚĞƐ ĚĞ ĚĞƐƉĂĐŚĂŶƚĞƐ ĂĚƵĂŶĞŝƌŽƐ ;ϱϮ͘ϱϬͲϴͬϬϮͿ͘ trabalho que temos ;ŝŝŝͿ ŐĞŶĐŝĂŵĞŶƚŽ ĚĞ ĐĂƌŐĂƐ͕ ĞdžĐĞƚŽ ƉĂƌĂ Ž ƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ŵĂƌşƟŵŽ ;ϱϮ͘ϱϬͲϴͬϯͿ͘ pela frente é conver;ŝǀͿ KƌŐĂŶŝnjĂĕĆŽ ůŽŐşƐƟĐĂ ĚŽ ƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ĚĞ ĐĂƌŐĂ ;ϱϮ͘ϱϬͲϴͬϬϰͿ͘ sar com o governo ;ǀͿ KƉĞƌĂĚŽƌ ĚŽ ƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ŵƵůƟŵŽĚĂů Ͳ KdD ;ϱϮ͘ϱϬͲϴͬϬϱͿ͘ embasados por esse

60 - Revista Tecnologística - Junho/2015


R$ 300,0

estoque de forma integrada, mas os players do setor, devido à falta de reconhecimento, se submetem aos Fonte: Abol

estabelecida pela Abol, é justamente a prestação dos serviços de transporte, armazenagem e controle de

R$ 275,8

R$ 250,0 Milhões de reais

estudo”, destaca Oliveira Neto. O advogado especializado em Infraestrutura e Direito Público e Regulatório Mário Saadi, associado da Mattos Filho, explica que as demandas do setor decorrem justamente do fato de a atividade do operador logístico não ser regulamentada no país. “A frente jurídica do projeto da Abol, representada pela Mattos Filho, ficou responsável basicamente pelas questões focadas no marco regulatório da figura do operador logístico no Brasil. Mas logo de início já constatamos um problema, que é o fato de esse marco simplesmente não existir”. Ele lembra que a característica intrínseca do operador logístico, em especial apoiada na definição

R$ 199,1

R$ 200,0 R$ 150,0 R$ 100,0

R$ 55,5 R$ 50,0

R$ 36,2

R$ 25,4

R$ 16,2

Treinamentos e capacitação de pessoal

Sistemas de Gestão de Risco ;ƐŽŌǁĂƌĞ Θ ŚĂƌĚǁĂƌĞͿ

R$ Ampliação de capacidade de armazenagem

Veículos de transporte de carga

Sistemas de TI ;ƐŽŌǁĂƌĞ Θ ŚĂƌĚǁĂƌĞͿ

Equipamentos de movimentação de carga

Destino dos investimentos dos operadores logísticos previstos para os próximos três anos


Pessoal empregado

Fonte: Abol

800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 0

Empregos CLT

Empregados terceiros

Total de empregos (CLT e terceiros)

Outros empregos indiretos

Total de empregos indiretos

Total de empregos (diretos e indiretos)

Forma de cálculo: c=a+b;=+d;f=a+e

Volume de colaboradores do mercado de operadores logísticos

marcos regulatórios de cada atividade separadamente. “E esse contexto gera uma preocupação muito grande quanto à carga tributária incidente sobre as empresas que atuam nesse segmento”, ressalta Saadi. “Questões tributárias são complexas para qualquer empresa no Brasil, mas no caso específico dos operadores logísticos, por conta dessas características diferenciadas, existe uma dificuldade muito grande quanto ao cumprimento de obrigações assessórias para que a arrecadação seja feita de maneira correta. Por exercerem uma série de atividades que são prestadas de forma concomitante, não fica tão claro quais obrigações eles devem cumprir ou não para que a arrecadação seja realizada de maneira correta”, elucida o advogado. “E isso pode inclusive incorrer no descumprimento de certas regras e resultar em multas para as empresas”, completa. Saadi lamenta o fato de que a tendência do governo brasileiro sempre foi de comparar o operador logístico às empresas que prestam, separadamente, cada um dos servi-

ços que ele realiza de forma integrada. “A expectativa é que esse estudo ajude a Abol a lutar por algo mais claro nesse sentido. Acredito que a principal contribuição do trabalho é, a princípio, pedagógica. É mostrar, para quem quer que seja, o que é exatamente um operador logístico e quais são as questões enfrentadas. Para que se possa partir para a solução, é preciso que os problemas estejam bastante claros”. Para Resende, já passou da hora de reconhecer a figura do operador logístico como um prestador de serviços integrados. “É preciso que o setor seja formalizado. A logística é uma atividade em constante crescimento e o governo precisa prestar atenção nela. Para se ter uma ideia, a lei relativa à atividade de armazenagem data de 1903”. Ele se refere ao decreto nº 1.102, de 21 de novembro de 1903, que institui regras para o estabelecimento de empresas de armazéns gerais, determinando seus direitos e obrigações, válido até os dias de hoje. “Um ambiente como o que existe no Brasil não é propício para que



OPERADORES LOGÍSTICOS

Certificações

B

aseada nos resultados obtidos pelo estudo, a Abol buscou desenvolver uma Norma de Pré-Qualificação do Operador Logístico, que tem como objetivo estabelecer critérios básicos para que as empresas sejam reconhecidas perante a associação como operadores logísticos de fato, fundamentada nas atividades econômicas imprescindíveis para os players do setor (veja o box da página 58). Por não existir uma definição legal para o operador logístico no Brasil, mas apenas das atividades por ele desempenhadas, pode ser obscura e questionável ainda a afirmação de qualquer empresa sobre seu papel como operador logístico. A norma estabelecida pela Abol visa deixar claro quais são exatamente as necessidades básicas que devem ser atendidas para que uma empresa seja, de fato, considerada um operador logístico. A iniciativa da entidade não se limita, é claro, a seus associados, mas se direciona ao mercado de uma maneira geral, pois tem como propósito contribuir com seus escopos institucionais, que incluem a promoção da atividade do operador logístico e a compreensão do

setor. Sendo assim, qualquer interessado pode pleitear seu reconhecimento como operador logístico junto à Abol. Como objetivo adicional, delinear o mercado permitirá à associação coletar informações mais precisas a respeito do setor, para que seja possível organizar dados estatísticos cada vez mais acurados e desenvolver novos estudos sobre os operadores logísticos. Vale lembrar que o certificado emitido pela Abol não confere à empresa reconhecida nenhum direito perante o poder público e não exerce nenhuma mudança sobre a pessoa jurídica e seus direitos e deveres. Trata-se apenas de uma verificação à luz do entendimento da própria Abol, sem desqualificar qualquer outro tipo de reconhecimento de outras entidades. Além disso, a associação elaborou o Código de Boas Práticas do Operador Logístico com o propósito de disseminar as melhores condutas para as empresas do segmento para que os operadores logísticos exerçam suas atividades com excelência e busquem sempre aplicar melhorias às suas operações. O código foi criado a partir de

constatações extraídas das análises de entrevistas com operadores logísticos, embarcadores, associações, acadêmicos, especialistas e benchmarking internacional e leva em consideração cada uma das atividades inerentes às empresas do setor. Serviram também como inspiração sistemas de avaliação e processos de certificação já existentes de variadas associações, instituições e indústrias no Brasil e no mundo. Estão contemplados no código critérios técnicos e de governança, como a gestão da qualidade, de clientes, de recursos humanos, de transportes, de estoque, de performance e de riscos, sustentabilidade, responsabilidade ambiental, confidencialidade, segurança, aplicação de tecnologia, visibilidade da operação e a capacidade de exercer tarefas como recebimento, inspeção, armazenagem, manuseio, consolidação, picking, preparação e expedição da carga, desenvolvimento de projetos, contratação de fornecedores e logística reversa. A intenção é implantar um processo de certificação baseado nessas boas práticas com a emissão de um selo da Abol quando o mercado estiver maduro o suficiente.

haja um movimento colaborativo e de inovação entre as empresas do setor. E isso é muito importante para que ele cresça e evolua cada vez mais”, indica o acadêmico. “Sem a formalização do operador logístico, existe uma insegurança jurídica muito grande, que faz, inclusive, com que muitos contratos apresentem grandes brechas. Hoje os contratos dessas empresas ultrapassam e

muito os conceitos simples de transporte e armazenagem e a logística passa a ser parte integrante da cadeia produtiva como um todo”. Oliveira Neto destaca que a Abol vai, agora, discutir em detalhes quais serão os desdobramentos e frutos do estudo. A associação já estabeleceu um plano estratégico com algumas medidas de curto, médio e longo prazos decorrentes das conclusões obtidas com

a pesquisa realizada, previsto para um horizonte de dois anos. E os trabalhos já estão a todo vapor. Entre os dias 22 e 24 de maio, a cidade do Guarujá, no litoral de São Paulo, recebeu o 1º Congresso de Planejamento Estratégico Abol, organizado e coordenado pela Integration Consulting e que contou com a presença de acionistas, presidentes, vice-presidentes e dire-

64 - Revista Tecnologística - Junho/2015


R$ 700,00

Fonte: Abol

tores executivos dos associados da entidade. Durante o evento, a Abol revisitou e aprimorou, baseada nos resultados do estudo, sua missão, que passou a ser “representar, promover e desenvolver os operadores logísticos do Brasil para que gerem valor de forma sustentável”. Para tanto, foram estabelecidos comitês técnicos com pautas de trabalho bastante específicas. O Comitê Técnico de Recursos Humanos tem como objetivos principais dar continuidade ao projeto de pesquisa de salários e benefícios para os colaboradores do setor, realizar um levantamento a respeito do quadro sindical buscando um melhor gerenciamento do tema para mitigar os riscos inerentes a essa questão e desenvolver ações de capacitação técnica e gerencial

R$ 63,3

R$ 600,00 R$ 500,00 R$ 400,00 R$ 300,00

R$ 639,9

R$ 576,5

R$ 200,00 R$ 100,00 0 Gasto total atual em logística no Brasil

Valor gerado pelos OLs

Gasto total em logística sem a contribuição dos OLs

Redução dos custos logísticos gerada pelos operadores

para as empresas associadas, além de divulgar o código de boas práticas desenvolvido (leia mais no box da página 64).

Foi instaurado também um comitê referente aos aspectos legal e fiscal dos operadores logísticos, que busca a sim-


Fonte: Abol

250

50

200

40

150

30 100

20

50

10

0

0 dĞĐŶŽůŽŐşƐƟĐĂ ;K>Ɛ н ĨƌŝŐŽƌŝĮĐĂĚŽƐͿ

Armstrong & Associates

ILOS

Em valor

KPMG

YƵĂŶƟĚĂĚĞ ĚĞ ĞŵƉƌĞƐĂƐ

60

Média

YƵĂŶƟĚĂĚĞ ĚĞ ĞŵƉƌĞƐĂƐ

Tamanho do mercado de operadores logísticos de acordo com diferentes fontes

“Basicamente, o estudo nos fornece muita substância para podermos atuar de fato junto aos mais diversos órgãos do governo. Ele dá subsídios para que os operadores logísticos exerçam uma interlocução com todas as frentes possíveis para criar um ambiente regulatório propício à atividade e cada vez mais focado nas necessidades das empresas do setor”, destaca Oliveira Neto. “No fim do dia, quem ganha com isso é o Brasil, que hoje sofre com regulações sem pé nem cabeça, regras que não fazem sentido e falta de entendimento sobre nossa atividade”.

Divulgação

plificação das obrigações acessórias, permitindo uma melhor gestão dos assuntos fiscais, o reconhecimento dos operadores logísticos junto ao poder público e também dar ênfase à revisão do decreto de 1903, convergindo para um novo marco legal dos operadores. O Comitê Técnico de Excelência Operacional, por sua vez, visa difundir o código de boas práticas junto ao mercado e atuar na identificação e divulgação de inovações tecnológicas voltadas aos operadores logísticos. Por fim, a Abol criou quatro comitês setoriais: de Comunicação, com o objetivo de divulgar as atividades dos operadores logísticos, inclusive com a coleta de dados periódicos para a confecção de uma publicação com informações do setor; de Gestão de Riscos, para realizar estudos que venham a contribuir com uma maior segurança na atividade; de Representação Institucional e Política, para representar os operadores logísticos perante o setor público e a sociedade civil de uma maneira geral, defendendo os interesses do setor; e o Comitê Técnico Setorial de Fármacos, que visa representar os players que atuam nesse segmento nos diálogos com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e demais entidades reguladoras.

Tamanho do mercado (R$ bilhões)

OPERADORES LOGÍSTICOS

E Paulo Sarti faz questão de destacar que o trabalho da Abol é apenas um pontapé inicial para muitas outras pesquisas que podem ser realizadas a respeito do setor. “Nosso estudo não desqualifica de maneira alguma outros já realizados – ao contrário, aprimora o conhecimento existente – e abre espaço para que novas análises surjam e refinem ainda mais esse conhecimento que adquirimos. Não somos um clube fechado e focado somente em seus próprios interesses comerciais. Na verdade representamos um segmento preocupado em melhorar cada vez mais a logística brasileira”. Em resumo, se antes desse trabalho, quando a Abol ia até Brasília conversar sobre o setor, ela ouvia perguntas como “quem exatamente são vocês?”, hoje ela pode voltar e responder a essa indagação com dados consistentes e bastante aprofundados. Está dado o primeiro passo, e, como se sabe, ele é o mais importante de toda a jornada. Fernando Fischer

1° Congresso de Planejamento Estratégico Abol reuniu representantes das empresas-membro 66 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Abol: (11) 3192-3939 Fundação Dom Cabral: (31) 3589-7300 KPMG: (11) 3940-1500 Mattos Filho: (11) 3147-7600



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

61 anos

Armazém geral

448

S

60

Fiocruz, B. Braun e GlaxoSmithKline

Farmacêutica, cosmética, bens de consumo, vestuário e e-commerce

103

15,7%

N

Abrange Logística (19) 2106-8100 andrea.margato@abrange.com.br www.abrange.com.br

29 anos

Operador logístico

515

S

13

NF

Papel e celulose, metalúrgica, farmacêutica, cosmética e alimentícia

NF

NF

N

Adezan Logística e Embalagens (11) 3789-5000 comercial@adezan.com.br www.adezan.com.br

32 anos

Operador logístico

1.000

S

145

NF

Varejista, têxtil, cosmética, automobilística, siderúrgica e metalúrgica

150

20%

N

Aga Logística (16) 3332-3660 andrefrison@agalogistica.com.br www.agalogistica.com.br

13 anos

Armazém geral

245

S

42

Nestlé, Heineken e Leroy Merlin

Alimentícia, construção e bebidas

54

23%

N

AGM Logística e Gerenciamento de Documentos (21) 3734-1675 mariana@agmlogistica.com.br www.agmlogistica.com.br

59 anos

Armazém de café

374

S

110

NF

Petroleira, bancária, bens intermediários e equipamentos

42

12%

N

AGV Logística (19) 3876-9500 comercial@agv.com.br www.agv.com.br

16 anos

Armazenagem e transportes

3.000

S

111

Zoetis, Merck e Pernod Ricard

Saúde animal, saúde humana, bens de consumo, bancária e moda

650

6%

N

Alfalog Armazéns Gerais (19) 3836-5900 comercial@alfaloglogistica.com.br www.alfaloglogistica.com.br

6 anos

Armazenagem e transportes

120

S

25

Unilever, Mondelez e Schneider Electric

Automotiva, energética e cosmética

NF

NF

N

Amara Brasil (71) 3273-7887 diretoria@amarabrasil.com.br www.amarabrasil.com.br

17 anos

Provedor de serviços logísticos terceirizados

750

S

NF

NF

Química, petroquímica, energética, varejista e mineradora

50

NF

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

68 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

2 Alianças (21) 2139-9316 comercial@2aliancas.com.br www.2aliancas.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

30.000

25.000

5

0

NF

NF

Nordeste e Sudeste

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

N

14.000

90.000

NF

NF

5.000

1

7

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

50.000

55.000

40.000

0

98.000

4

6

NF

400.000

Sudeste

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

55.000

0

0

0

130.000

3

0

NF

NF

Sudeste

NF

S

S

N

N

S

N

S

40.000

10.000

0

10.000

20.000

5

6

45.000

75.000

Nordeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

S

N

N

S

S

N

309.860

NF

NF

9.960

34.939

22

25

100.000

2.980

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

S

N

35.000

0

0

0

300.000

5

0

600.000

NF

Todo o território nacional

Grande São Paulo

S

N

N

S

S

N

N

7.630

88.500

0

300

287.500

1

39

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

N

S

N

S

N

S

Distribuição

Próprios

0

Armazenagem

Pátio

80.000

(in house)

Refrigerada

Tecnologia de rastreamento

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

por satélite por celular Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 69


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

2 Alianças

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Abrange

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Adezan

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

Aga

S

S

S

S

N

S

S

N

N

N

N

N

S

N

N

S

S

N

N

S

S

S

S

N

N

AGM

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

N

N

N

N

S

S

S

S

S

S

AGV

S

S

N

S

N

S

S

S

N

N

N

S

N

S

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

S

Alfalog

S

S

S

S

N

S

S

N

N

S

S

S

N

S

S

N

S

N

N

N

S

S

S

S

N

Amara

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

70 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

13 anos

Operador logístico

600

S

40

Abbott, P&G e Johnson & Johnson

Farmacêutica, cosmética, pesquisa clínica, telefônica e eletroeletrônica

80

30%

S

Apoio Logística e Serviços (11) 3382-2249 henriqueguerra@grupoenar.com.br www.grupoenar.com.br

27 anos

Armazenagem

492

S

145

Braskem, Klabin e Whirlpool

Papel, embalagens, resinas, autopeças e linha branca

88

12%

N

Área Livre Logística (11) 4612-9591 sergioh.fernandes@arealivre.com.br www.arealivre.com.br

16 anos

Operador logístico

50

S

20

Osram, Sylvania e Prodiet

Lâmpadas, alimentícia, automotiva, eletrônica e bebidas

NF

NF

N

NF

Operador logístico

20

N

NF

NF

Varejista, e-commerce, instituições de ensino, editorial, autopeças e eletrônica

NF

NF

N

Ativa Distribuição e Logística (11) 2902-5000 comercial@ativalog.com.br www.ativalog.com.br

19 anos

Transporte e logística

1.000

N

700

NF

Cosmética, farmacêutica, veterinária, hospitalar, calçadista, têxtil, eletroeletrônica e brinquedos

NF

NF

N

Atlas Transportes e Logística (11) 2795-3000 atlas@atlastranslog.com.br www.atlastranslog.com.br

63 anos

Operador logístico

4.500 **

S

2.318 **

Adidas, Janssen Cilag e Sabó Autopeças

Farmacêutica, eletroeletrônica, cosmética, autopeças e vestuário

727 **

10% **

N

ATN Logística (11) 4977-2600 mcarvalho@atnlog.com.br www.atnlog.com.br

5 anos

Operador logístico

NF

S

30

Nestlé, Pirelli e Colgate

Alimentícia, higiene, limpeza e borracheira

NF

NF

N

Asap Log (41) 4063-7283 contato@asaplog.com.br www.asaplog.com.br

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

72 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

Andreani Logística (11) 3199-7232 comercial.sp@andreani.com www.andreani.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

1.000

15.000

9

0

15.000.000

12.000

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

S

S

N

N

S

N

S

210.000

0

0

0

280.000

6

NF

500.000

800.000

Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

S

S

S

S

N

S

S

15.000

NF

NF

NF

10.000

3

NF

5.000.000

NF

Grande São Paulo

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

N

4.000

NF

NF

NF

NF

4

NF

NF

NF

Sul

Sul

S

N

S

N

S

N

S

80.000

NF

NF

NF

NF

14

NF

NF

168

Todo o território nacional

Sudeste

S

S

N

N

S

N

N

140.000

42.000

0

5.000

225.000

54

2

50.000

1.200.000

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

20.000

3.500

NF

NF

5.000

1

1

400.000.000

500.000

Grande São Paulo

Grande São Paulo

N

N

N

N

N

N

N

Distribuição

Próprios

0

Armazenagem

Pátio

35.000

(in house)

Refrigerada

Tecnologia de rastreamento

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

por satélite por celular Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 73


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Andreani

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Apoio

S

S

N

N

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

Área Livre

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

N

N

N

Asap Log

S

S

S

S

N

S

S

S

N

S

N

S

S

N

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

Ativa

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

N

S

S

N

S

N

N

N

S

S

N

S

N

Atlas

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

ATN

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

N

S

N

N

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

74 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

11 anos

Armazenagem

55

S

22

Sig Combibloc, Toray Marketing e Vendas e Jushi Group

Bens de consumo e matérias-primas

13,8

50,2%

S

BCube Logistic (31) 3517-4000 paolo.resmini@bcubegroup.com www.bcube.net

8 anos

Logística e transporte

900

S

45

Fiat Group, General Electric e Leão

Automotiva, alimentícia, óleo e gás, construção civil e defesa

140

17%

S

BHZ Logística Integrada (31) 2123-9996 leonardo.coli@bhzlog.com.br www.bhzlog.com.br

5 anos

Operador logístico

37

S

12

NF

Farmacêutica e tecnológica

14

70%

N

BMS Logística (11) 5180-2160 comercial@bmslog.com www.blg-logistics.com/em

16 anos

Logística de fábrica e gestão de centros logísticos

700

S

4

Volkswagen, Chery e Knorr-Bremse

Automotiva e tecnológica

NF

NF

S

Brado Logística (41) 2118-2800 contato@brado.com.br www.brado.com.br

16 anos

Logística de produtos frigorificados

1.360

S

280

BRF, ADM do Brasil e JBS

Agrícola, alimentícia, automobilística, bebidas e celulose

332,1

5%

N

Brascargo Logística e Transportes (11) 4143-8520 comercial@brascargo.com.br www.brascargo.com.br

10 anos

Transporte

752

S

45

Huawei do Brasil e Embratel

Cosmética, moveleira, consumo, vestuário, farmacêutica e telecomunicações

75

12%

N

Brasilmaxi Logística (11) 2889-6100 mkt@brasilmaxi.com.br www.brasilmaxi.com.br

25 anos

Transporte e terminal de contêineres, distribuição, armazenagem, montagem de kits e milk run

256

S

53

Bauducco, Piraquê e Brasmetal

Alimentícia, automotiva, siderúrgica, varejista e química

78

NF

N

Braspress Logística (11) 2898-6500 carlos@braspresslogistica.com.br www.braspress.com.br

3 anos

Operador logístico

54

N

NF

NF

Confecções, eletroeletrônica, informática e telecomunicações

5,5

135%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

76 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Nº de funcionários

Baselog Operador Logístico e Portuário (41) 3373-2323 rafael@baselog.com.br www.baselog.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Atividade de origem

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

0

104.000

8

0

NF

660.000

Sudeste e Sul

Todo o território nacional

S

S

N

S

S

S

S

55.000

47.000

NF

NF

121.000

8

4

1.150.000

660.000

Nordeste e Sudeste

Nordeste e Sudeste

S

S

S

S

N

S

S

10.000

470

NF

280 m³

13.000

1

1

64.000.000

410.000

Sudeste

Sudeste

S

S

S

S

S

N

S

30.000

68.000

NF

NF

NF

1

2

70.000

NF

Sudeste e Sul

NF

N

S

N

S

N

S

N

NF

NF

5.000

NF

420.000

11

NF

NF

3.350.916

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

S

N

S

N

S

N

S

65.000

NF

NF

NF

80.000

14

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

N

S

N

88.000

30.186

0

0

5.640

2

2

NF

NF

Sudeste

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

16.300

NF

NF

NF

NF

1

NF

116.000

NF

Grande São Paulo

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

Distribuição

Próprios

0

Armazenagem

Pátio

63.000

(in house)

Refrigerada

Tecnologia de rastreamento

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

por satélite por celular Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 77


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Baselog

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

BCube

S

S

S

S

N

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

BHZ

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

BMS

S

S

S

S

N

S

S

S

N

N

N

S

S

S

N

N

S

N

S

S

S

S

N

S

S

Brado

S

S

S

S

N

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

N

Brascargo

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Brasilmaxi

S

S

S

S

N

S

S

N

N

N

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

Braspress

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

N

N

S

S

S

N

N

N

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

78 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

15 anos

Operador logístico

580

S

8

TIM, Vivo e Claro

Tecnologia, telecomunicações e eletrônica de consumo

480

13%

S

Brucai Logística (11) 3658-7280 edson@brucai.com.br www.brucai.com.br

18 anos

Armazém geral

120

S

15

NF

Química, agroquímica, alimentícia, moveleira e indústria de base

15,8

0

N

Buick Logística e Transportes (11) 2110-2000 losangela.santos@buicklogistica. com.br www.buicklogistica.com.br

10 anos

Transporte, armazenagem e remoção de equipamentos sensíveis

120

S

12

Dell, Promon Logicalis e Alstom

Tecnológica, automação, telefônica, promocional e energética

30

20%

N

Cargolift Logística (41) 2106-0700 renata@cargolift.com.br www.cargolift.com.br

20 anos

Transporte rodoviário de cargas para o setor automotivo

512

S

21

Scania, Caterpillar e Volvo

Automotiva, linha branca, comércio exterior e química

200

27%

N

Célere Intralogística (11) 5670-5670 comercial@celerelog.com.br www.celerelog.com.br

40 anos

Intralogística

650

S

12

Solvay Indupa, CNH/Iveco e Melhoramentos

Química, automotiva, máquinas e equipamentos, papel e celulose e bens de consumo

48

43%

N

Celistics (11) 4841-1400 comercial@celistics.com www.celistics.com

6 anos

Operador logístico

700

N

17

Vivo, Claro e Embratel

Telecomunicações

NF

NF

S

Cemulti - Cesari Empresa Multimodal de Movimentação de Materiais (13) 2102-8000 walter.gamba@cesari.com.br www.cesari.com.br

40 anos

Transporte multimodal de produtos químicos

684

S

243

Dow Química, Unipar Carbocloro e Mineração Taboca

Química, siderúrgica, mineradora e especialidades

330

23,4%

N

Ceva Logistics (11) 2199-6700 cevalogistics@cevalogistics.com www.cevalogistics.com

42 anos

Contratos logísticos e gerenciamento de fretes

5.042

S

48

Ford, GM e Fiat

Automotiva, consumo, varejista, tecnológica e energética

7,8 bilhões *

3,5%

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

80 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

Brightstar (11) 5112-7300 marcos.vieira@brightstarcorp.com www.brightstar.com

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

NF

NF

6.000

7

NF

18.000.000

7.200

Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

18.000

0

0

1.000

20.000

4

0

5.000

110.000

Sudeste

Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste

S

S

N

S

S

S

S

20.000

10.000

0

0

150.000

4

1

NF

NF

Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

S

S

S

S

S

N

N

12.000

NF

NF

NF

31.000

4

NF

72.000

48.000

Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

N

NF

33.500

NF

NF

NF

NF

13

NF

1.092.000

Todo o território nacional

NF

N

N

S

N

S

N

S

80.000

NF

NF

NF

NF

7

NF

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

120.000

4.500

0

0

45.000

18

2

NF

NF

Centro-Oeste e Sudeste

Nordeste, Norte, Sudeste e Sul

S

S

N

S

N

S

N

600.000

NF

NF

NF

NF

6

18

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

Distribuição

Próprios

NF

Armazenagem

Pátio

22.000

(in house)

Refrigerada

Tecnologia de rastreamento

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

por satélite por celular Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 81


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Brightstar

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Brucai

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

Buick

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

Cargolift

S

S

S

N

N

S

S

S

N

S

N

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Célere

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

N

N

N

N

S

S

S

S

S

S

N

Celistics

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Cemulti

S

S

N

N

S

N

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

N

S

S

N

Ceva

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

82 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

18.500 *

S

5.000 *

Monsanto, Pepsico e Smiths Group

Alimentícia, automotiva, tecnológica, química e moda

NF

NF

S

Columbia (11) 3330-6700 descriva@columbia.com.br www.columbia.com.br

73 anos

Armazém geral

900

S

900 **

NF

Vestuário, calçadista, luxo, alimentícia, bebidas, metalúrgica, matérias-primas, varejista e componentes para automação

2,1 bilhões **

NF

S

Concórdia Logística (49) 3441-3333 comercial@conlogsa.com.br www.conlogsa.com.br

8 anos

Operador logístico

2.504

S

20

Ambev, Odebrecht e Hamburg Süd

Química e petroquímica, fretamento, automobilística, navegação e bens de consumo

355,6

12%

N

CSI Cargo Logística Integral (41) 3381-2300 comercial@csicargo.com.br www.csicargo.com.br

17 anos

Logística e transporte

2.000

S

17

Volkswagen, CNHi e RenaultNissan

Automotiva, autopeças, telecomunicações, comunicação, gráfica, varejista, alimentícia e bebidas

140

-33%

S

DC Logistics Brasil (47) 3249-4000 gustavo.valmorbida@ dclogisticsbrasil.com www.dclogisticsbrasil.com

20 anos

Agenciamento de carga internacional e logística integrada

170

S

NF

Hering, BRF e Sony

Têxtil, eletrodoméstica, extrativista de madeira, telecomunicações, tecnológica e alimentícia

NF

NF

N

DGB (11) 3037-6929 comunicacao@dgb.com.br www.dgb.com.br

70 anos **

Holding de logística e distribuição do Grupo Abril

2.400

N

500

Nova Pontocom, Walmart e Privalia

Editorial, moda, saúde e beleza, bebidas, tecnológica, varejista, telefônica e cama, mesa e banho

1 bilhão **

25%

N

DHL Supply Chain (19) 3206-2200 marketing.dsc@dhl.com www.dhl.com

16 anos

Operador logístico

10.000

S

NF

NF

Automotiva, consumo, farmacêutica, tecnológica e química

NF

NF

S

Ebamag Armazéns Gerais Logística (21) 2106-3032 comunicacao@grupotoniato.com.br www.grupotoniato.com.br

35 anos

Operador logístico

1.600

S

35

Bayer, DuPont do Brasil e Basf

Química, agroquímica, tintas, esmaltes e vernizes e automobilística

230

15%

N

Elemar Logística, Suporte e Soluções (11) 5581-0077 adilson@elemar.com.br www.elemar.com.br

35 anos

Despachante aduaneiro

150

S

54

Nextel, Brother e PromonLogicalis

Telecomunicações e máquinas industriais

40

8%

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

84 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Logística integrada

Três principais clientes

107 anos *

Nº de clientes com contrato em vigência

Nº de funcionários

CH Robinson do Brasil (11) 2397-0710 rodrigo.domingues@chrobinson.com www.chrobinson.com

Empresa Telefone E-mail Site

Certificações

Atividade de origem

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Pátio

Próprios

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

50.000

10.000

NF

30.000

0

10

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

S

S

S

S

S

S

271.000

2.000

22.500

40.000

20.000

6

NF

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

S

S

N

S

S

S

N

6.250

25.000

750

NF

176.000

3

3

25.000.000

975.066

Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

S

27.000

250.000

1.000

0

15.000

3

16

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

N

N

S

N

S

S

N

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

N

N

N

200.000

NF

NF

NF

NF

130

NF

670.000.000

120.000

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

N

S

S

N

N

NF

NF

NF

NF

NF

59

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

180.000

20.000

0

0

120.000

14

1

NF

NF

Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

S

S

S

S

S

N

N

15.000

0

0

0

0

2

0

16.000

12.500.000

Sudeste

Todo o território nacional

S

N

S

S

N

S

N

(in house)

Refrigerada

Tecnologia de rastreamento

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

por satélite por celular Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 85


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

CH Robinson

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Columbia

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

Conlog

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

CSI Cargo

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

DC Logistics

S

N

N

N

S

N

N

N

S

N

N

S

N

S

S

S

N

S

S

N

N

N

N

S

N

DGB

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

S

N

DHL

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Ebamag

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

N

Elemar

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

N

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

86 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Atividade de origem

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Três principais clientes

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Elog (11) 3305-9999 marketing@eloglogistica.com.br www.eloglogistica.com.br

4 anos

Operador logístico

1.600

S

600

NF

Química, healthcare, tecnológica, automotiva e bens de consumo

359,9

NF

N

Enivix (11) 3811-3811 adebonis@enivix.com.br www.enivix.com.br

11 anos

Armazenagem, movimentação, picking, packing, etiquetagem e distribuição

210

S

58

Puig, Barão e NC Games

Eletrônica, informática, cosmética, brinquedos e esportiva

23

NF

N

Exologística (11) 3809-0100 jrocca@exologistica.com www.exologistica.com

12 anos

Operador logístico

384

S

18

Dow Brasil, Kimberly Clark e Simpress

Eletrônica, química, alimentícia, cosmética e editorial

40

12%

S

Expresso Mirassol (11) 2141-1211 comercial@expressomirassol. com.br www.grupomirassol.com.br

76 anos

Transporte e logística

500

S

20

John Deere, Novelis e Embraer

Automotiva, autopeças, metalúrgica e química

NF

NF

N

FedEx Express / Rapidão Cometa (81) 3464-5288 rapidaocometa@rapidaocometa. com.br www.rapidaocometa.com.br

73 anos

Transporte

10.000

S

NF

NF

NF

NF

NF

S

Flexsil - Sistema Sul Brasileiro de Transportes, Armazenagens e Distribuição (51) 3393-0211 comercial@flexsil-tad.com.br www.flexsil-tad.com.br

9 anos

Operador logístico

98

S

25

NF

Química, agroquímica, petroquímica e tintas

15

0

N

FM Logistic do Brasil (11) 2109-8830 contato@fmlogistic.com www.fmlogistic.com

1 ano

Operador logístico

1.300

S

30

NF

Cosmética, automotiva, eletroeletrônica, varejista e bens de consumo

NF

NF

S

Empresa Telefone E-mail Site

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

88 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

13.411.000

0

787.500

2.260

236.163

16

0

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

N

N

S

N

S

31.000

NF

NF

NF

2.000

4

NF

4.700.000

NF

Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

40.000

70.000

NF

NF

30.000

2

4

54.000

800.000

Sul e Grande São Paulo

Todo o território nacional

S

N

S

N

S

N

N

NF

NF

NF

NF

NF

5

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

N

340.000

NF

10.000

NF

NF

55

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

11.000

0

0

0

10.000

3

0

NF

1.500.000

Sul

Sul

S

N

N

N

S

N

N

202.000

38.000

15.000

11.000

120.000

3

1

NF

NF

Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 89


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Elog

S

S

S

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

Enivix

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

N

N

S

N

S

S

S

S

S

Exologística

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Expresso Mirassol

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

N

N

FedEx

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Flexsil

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

N

N

S

N

S

N

S

N

N

N

S

S

N

S

N

FM Logistic

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

90 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Transporte rodoviário de carga

1.704

S

20

Fibria, Linde e Santa Adélia

Agrícola, florestal, química e automotiva

370

NF

S

Gat Logística (11) 2413-7700 comercial@gatlogistica.com.br www.gatlogistica.com.br

21 anos

Transporte

450

S

65

Shell, Ashland e Iochpe Maxion

Farmacêutica, química, petroquímica, higiene pessoal e insumos

78

13,5%

N

Gefco Logística do Brasil (11) 2755-5573 contatos_br@gefcologistica.com.br www.gefco.net

15 anos

Operador logístico

650

S

NF

PSA Peugeot Citroën, CNHi e Valeo

Automobilística, partes e peças, alimentícia, eletroeletrônica, farmacêutica, máquinas e equipamentos

390

NF

S

Gelog Locações e Transportes (13) 3296-3330 comercial@grupogelog.com.br www.grupogelog.com.br

11 anos

Transporte rodoviário

410

S

13

Novelis, Syngenta e Carrefour

Metalúrgica, alimentícia, automotiva, química e bens de capital

120

33%

N

Geodis (11) 2643-2054 andrea.bischoff@ br.geodiswilson.com www.geodiswilson.com

30 anos

Agente de carga

420

S

10

Tetra Pak, IBM e Mattel

Automotiva, aeroespacial, gás e petróleo, tecnológica e fashion

353

15%

S

Gold Armazéns, Logística e Distribuição (11) 4785-5555 gold@goldlogistica.com.br www.goldlogistica.com.br

14 anos

Operador logístico

130

N

40

NF

Bebidas, gráfica, editorial, alimentícia, promocional e pisos e revestimentos

NF

NF

N

Golden Cargo (11) 2133-8800 marketing@goldencargo.com.br www.goldencargo.com.br

20 anos

Logística de defensivos agrícolas e produtos químicos embalados

500

S

47

Dow Agroscience, Syngenta e Basf

Agrícola, cargas perigosas e química

130

25%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

92 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Nº de clientes com contrato em vigência

64 anos

Três principais clientes

Certificações

Gafor (11) 2107-3100 comercial.logistica@gafor.com.br www.gafor.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em toneladas/ano

Armazenagem

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Grande São Paulo

S

N

S

N

S

N

N

39.000

NF

NF

NF

20.000

5

NF

NF

192.000

Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro

Sudeste

S

S

S

S

N

N

N

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Sul, Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

S

N

25.300

NF

3.000

NF

87.000

6

NF

35.000

700.000

Sudeste

NF

S

S

N

N

S

N

S

46.000

NF

NF

NF

NF

2

NF

NF

NF

Grande São Paulo

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

17.000

NF

NF

700

15.000

5

NF

320.000

22.000

Grande São Paulo

Todo o território nacional

N

N

N

N

N

N

N

69.000

NF

NF

3.500

350.000

9

NF

1.200

180

Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste

Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste

S

S

N

S

N

N

N

Distribuição

Em itens/ano

NF

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 93


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Gafor

S

S

N

N

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

N

S

S

S

S

N

Gat

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Gefco

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Gelog

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

N

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

N

S

N

Geodis

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Gold

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

N

S

S

S

Golden Cargo

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

94 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Tempo de mercado no Brasil

Atividade de origem

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Três principais clientes

Principais indústrias atendidas

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

Grumey Armazéns (21) 2589-0355 comercial@grumey.com.br www.grumey.com.br

76 anos

Armazém geral

50

S

18

NF

NF

15

12%

N

Grupo Comfrio-Stock Tech (11) 2039-1605 comercial@comfrio.com.br www.comfrio.com.br

19 anos

Operador logístico

1.700

S

76

Outback, BRF e Danone

Alimentícia, varejista, perecíveis, agrícola e secos

250

15%

N

Grupo Dex (11) 4612-5050 contato@grupodex.com.br www.grupodex.com.br

10 anos

Logística e transporte

396

S

18

HanesBrands, Supermercados Dia e BR Motors

Têxtil, varejista e mercado de luxo

30

18%

N

Grupo DSR Soluções e Inteligência Logística (41) 3227-8700 comercial@grupodsr.com.br www.grupodsr.com.br

22 anos

Transporte de embalagens

530

S

25

Rexam, Latapack e Grupo Boticário

Embalagens, cosmética, automotiva, alimentícia e química

180

6,5%

N

Grupo Sat Log (12) 4009-9400 comercial@satlog.com.br www.satlog.com.br

10 anos

Transporte

480

S

18

NF

Eletroeletrônica, automotiva e consumo

NF

NF

N

GVM Solutions Brasil (41) 3601-1500 comercial@gvmbr.com www.gvmbr.com

13 anos

Operador logístico

105

S

12

M. Dias Branco, Cacau Show e Unilever

Alimentícia, bens de consumo e infraestrutura

29

20,5%

N

Head Logística (19) 3141-0124 contato@headlogistica.com.br www.headlogistica.com.br

2 anos

Transporte e armazenagem

60

S

NF

NF

E-commerce, bancária e leasing

NF

NF

N

Empresa Telefone E-mail Site

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

96 - Revista Tecnologística - Junho/2015

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


De clientes

Alfandegada

Refrigerada

Pátio

Próprios

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Distribuição

Frota própria de transporte

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Volume total de produtos gerenciados

Própria

Nº total de armazéns

20.000

NF

NF

NF

8.000

NF

NF

120.000

NF

Grande Rio de Janeiro

NF

N

N

N

N

N

N

N

85.000

20.000

NF

40.000

NF

10

8

50.000

900.000

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

S

S

S

S

S

S

10.000

140.000

NF

40.000

30.000

1

5

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

N

S

S

S

S

S

11.000

2.600

0

0

180.000

2

2

2.400

1.095.794

Nordeste, Sul e Grande São Paulo

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

25.000

0

0

0

100.000

2

0

8.000.000

150.000

Nordeste e Grande São Paulo

Todo o território nacional

S

N

N

N

S

N

S

7.000

NF

NF

NF

2.500

3

NF

5.000

147.500

Sul

Sul

S

S

N

S

S

S

N

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

S

N

S

N

S

N

(in house)

Raio de atuação no território nacional

Armazenagem

(in house)

Área de armazenamento em m2

Roteirizadores

Tecnologia de rastreamento por satélite

por celular

Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 97


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Grumey

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

N

N

N

N

S

S

N

N

S

S

Comfrio-Stock Tech

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Dex Log

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

DSR

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

Sat Log

S

S

S

S

N

S

S

S

N

N

N

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

GVM

S

S

N

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Head

S

N

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

N

S

S

N

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

98 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

13 anos

Operador logístico

3.800

S

15

Carrefour, Leroy Merlin e Nivea

Bens de consumo, cosmética, bebidas, automotiva e perecíveis lácteos

276

30%

S

Intecom Serviços de Logística (11) 3627-5300 contato@intecomlogistica.com.br www.intecomlogistica.com.br

14 anos

Operador logístico

350

S

27

Walmart, Cless e Roldão

Farmacêutica, cosmética, automotiva e alimentícia

NF

NF

N

Intermodal Brasil Logística (11) 2696-2230 comercial-sp@ibllogistica.com.br www.ibllogistica.com.br

15 anos

Transporte aéreo e rodoviário, armazenagem e distribuição

1.250

S

85

Sony, Samsung e DHL

Eletrônica, farmacêutica, lubrificantes, alimentícia e automotiva

210,6

30%

N

IQAG Armazéns Gerais (11) 2195-9407 fabio.fernandes@quantiq.com.br www.quantiq.com.br

10 anos

Armazenagem e distribuição de produtos químicos

70

N

30

NF

Química, petroquímica, agroquímica, farmacêutica e cosmética

13,6

NF

N

ITB Log - Itatibense Transportes (11) 4534-9200 roberto.rohwedder@itblogistica. com.br www.itatibensetransportes.com.br

8 anos

Transporte rodoviário de carga

96

S

14

Unilever, Sinctronics e Nivea

Cosmética, eletroeletrônica e alimentícia

28

10%

N

Jetro Armazéns Gerais (16) 3322-5411 fabrizio.jetro@gmail.com www.jetrogrupo.com.br

5 anos

Logística de produtos secos e frigorificados

50

S

6

Nestlé, Guarani e Frigorífico Marba

Alimentícia

5

100%

N

JSL (11) 2377-7000 comunicacao@jsl.com.br www.jsl.com.br

58 anos

Transporte de carga

24.000 **

S

350

Suzano, Unilever e Volkswagen

Papel e celulose, mineradora, automotiva, florestal e laboratorial

6 bilhões

16%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

100 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

ID do Brasil Logística (11) 3809-3400 relacionamento@id-logistics.com.br www.id-logistics.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

39.000

0

4

26

NF

NF

Centro-Oeste, Norte e Sudeste

Centro-Oeste e Sudeste

N

N

S

N

S

N

S

48.700

2.500

0

0

NF

3

1

15.000

1.000

Nordeste e Sudeste

Todo o território nacional

N

N

N

S

S

N

S

40.000

NF

0

0

15.000

7

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

N

S

N

S

S

S

NF

NF

NF

NF

NF

4

1

2.000

310.000

Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

S

N

N

N

N

S

5.000

NF

NF

NF

8.000

2

NF

3.500

NF

Sudeste

Todo o território nacional

S

S

N

S

S

S

N

72.000

NF

NF

1.500

130.000

4

NF

600

100.000

Sudeste

Sudeste

N

N

N

N

N

N

N

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

S

S

S

S

N

N

Distribuição

Em toneladas/ano

401.000

Armazenagem

Em itens/ano

50.000

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 101


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

ID Logistics

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Intecom

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

IBL

S

S

N

N

S

S

S

N

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

IQAG

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

N

S

N

S

N

S

ITB

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

N

Jetro

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

JSL

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

N

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

102 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de clientes com contrato em vigência

Três principais clientes

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

18 anos

Operador logístico e serviços especiais

1.000

S

NF

NF

Petroquímica, bens de consumo, automotiva e food&feed

NF

NF

S

Keepers Logística (11) 4151-9030 felippi@keepers.com.br www.keeperslogistica.com.br

20 anos

Armazém geral

300

S

25

Pernambucanas, Banco Itaú e Ipê Fashion

NF

25

5%

N

Kuehne+Nagel Serviços Logísticos (11) 3037-3300 info.brazil@kuehne-nagel.com www.kuehne-nagel.com

53 anos

Operador logístico

1.600

S

NF

NF

Automobilística, eletroeletrônica, farmacêutica, partes e peças e varejista

NF

NF

S

Libra Logística (11) 3563-3600 libralogistica@grupolibra.com.br www.grupolibra.com.br

14 anos

Operador logístico

600

S

500

NF

Eletroeletrônica, farmacêutica, máquinas e motores, petroquímica, papel e celulose e commodities

300

14%

N

Linkers Logística (11) 2462-3033 comercial@linkerslogistica.com.br www.linkerslogistica.com.br

12 anos

Transporte

102

S

6

MRS, Fábrica Carioca de Catalisadores e Quimitrans Transportes

Ferroviária, química e petroquímica

12

28%

N

Lippaus Logística (27) 3038-4322 andreia@lippaus.com www.lippauslogistica.com

12 anos

Transporte rodoviário de carga e armazenagem

99

S

103

Leão Alimentos, Pepsico e Chocolates Garoto-Nestlé

NF

37,2

NF

N

Localfrio Armazéns Gerais Frigoríficos (11) 3049-6570 comercial@localfrio.com.br www.localfrio.com.br

60 anos

Operador logístico

1.367

S

800 ***

Siemens, Ambev e Dow Agroscience

Química, têxtil, alimentícia, farmacêutica e automobilística

328

7,7%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

104 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Certificações

Katoen Natie do Brasil (19) 2116-1551 comercial@katoennatie.com.br www.katoennatie.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


De clientes

Alfandegada

Refrigerada

Pátio

Próprios

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Distribuição

Frota própria de transporte

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Volume total de produtos gerenciados

Própria

Nº total de armazéns

5.000.000

500.000

NF

100.000

NF

NF

NF

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

NF

N

N

S

N

N

N

N

20.000

10.000

0

0

0

1

5

300.000

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

40.000

21.000

0

5.000

92.000

4

3

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

80.000

0

142.000

11.500

195.000

NF

0

NF

NF

Centro-Oeste e Sudeste

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

N

5.000

5.000

NF

NF

1.000

1

3

1.000

40.000

Nordeste, Sudeste e Sul

Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

S

S

S

S

S

5.000

5.000

0

0

18.000

3

3

25.159.680

15.600

Sudeste

Sudeste

S

S

S

S

S

S

S

44.530

NF

166.278

66.150

414.768

6

NF

2

NF

Nordeste, Sul e Grande São Paulo

Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

S

N

S

N

N

(in house)

Raio de atuação no território nacional

Armazenagem

(in house)

Área de armazenamento em m2

Roteirizadores

Tecnologia de rastreamento por satélite

por celular

Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 105


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Katoen Natie

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

N

N

S

S

S

S

S

S

S

Keepers

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Kuehne+Nagel

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Libra

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

N

Linkers

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

N

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

Lippaus

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

N

N

S

S

S

N

S

N

N

N

S

S

S

S

N

Localfrio

S

S

N

S

N

S

S

N

N

N

N

N

N

N

S

N

S

N

S

N

S

S

N

S

N

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

106 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

5 anos

Operador logístico

80

S

25

Adidas, Tommy Hilfiger e Lojas Besni

Têxtil, confecções e calçadista

12

40%

N

Log Service (12) 3621-6081 bottura@logserviceltda.com.br www.logserviceltda.com.br

13 anos

Intralogística

250

S

27

Plastic Omnium, Faurecia e Peguform

Automobilística, autopeças e bélica

26

45%

N

Loghis Logística e Serviços (12) 3631-8577 alef.rodrigues@loghis.com.br www.loghis.com.br

15 anos

Logística integrada

560

S

32

Whirlpool, Monsanto e Maxion

Automobilística, alimentícia, eletrodoméstica, e petróleo e gás

28,8

NF

N

Loglilog Logística e Transportes (19) 3544-2407 marcelo@loglilog.com.br www.loglilog.com.br

10 anos

Armazém geral

50

S

3

Nestlé, Leão e Sonoco

Alimentícia

12

NF

N

Luft Logistics (11) 4772-4250 luft@luft.com.br www.luft.com.br

33 anos

Transporte

4.000

S

315

NF

Agrícola, eletroeletrônica e farmacêutica

NF

NF

N

Manserv Logística (11) 4225-5735 shirlei.santos@manserv.com.br www.manserv.com.br

15 anos

Intralogística

3.800

S

45

NF

Automotiva, bens de consumo, alimentícia, fertilizantes, siderúrgica, construção civil, home & personal care, química e gráfica

NF

NF

S

Modular Transportes (51) 3462-3500 comercial@modular.com.br www.modular.com.br

40 anos

Transporte

600

S

50

Midea Carrier, Braskem, John Deere

Metal-mecânica, eletrodoméstica, química, agronegócio e embalagens

120

12%

N

Multilog (47) 3341-5000 marketing@multilog.com.br www.multilog.com.br

30 anos

Operador logístico

500

S

1.000

Diageo, Roche e Weg

Metal-mecânica, farmacêutica, papeleira, trading, automotiva, bebidas e cosmética

212,6

29,4%

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

108 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

Log Fashion Armazenagem, Logística e Transporte (11) 4612-1998 comercial@logfashion.com.br www.logfashion.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

0

0

1.000

3

3

1.800.000

NF

Grande São Paulo

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

S

S

S

S

S

S

S

NF

15.000

NF

NF

NF

NF

4

4.000

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Nordeste, Sudeste e Sul

S

N

S

N

S

N

S

15.000

30.000

10.000

NF

10.000

2

3

NF

NF

Sudeste e Sul

Todo o território nacional

S

S

S

S

N

S

S

25.000

3.000

NF

NF

25.000

2

NF

NF

NF

Sudeste

NF

S

N

N

N

S

N

N

340.000

36.000

2.000

30.000 m3

1.150.000

28

2

700.000

4.500.000

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

NF

NF

NF

NF

NF

2

5

NF

NF

Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul

NF

N

N

N

N

N

N

N

55.000

NF

NF

NF

NF

14

NF

NF

456.000

Nordeste, Sudeste e Sul

Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

N

750.000

NF

350.000

NF

NF

12

1

NF

2.500.000

Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

Distribuição

Em toneladas/ano

500

Armazenagem

Em itens/ano

9.000

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 109


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Log Fashion

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Log Service

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Loghis

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

N

S

N

N

N

N

N

N

S

S

S

S

S

S

S

Loglilog

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

N

N

S

N

N

N

S

N

N

N

S

N

N

N

N

Luft

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Manserv

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

N

N

N

S

S

N

S

S

S

S

S

N

Modular

S

S

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

N

S

S

S

S

N

Multilog

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

110 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Operador logístico promocional

600

S

33

Mondelez, Aché e Hypermarcas

Alimentícia, farmacêutica, eletrodoméstica, eletrônica, tintas e calçadista

NF

NF

N

NDG Logistics (11) 2107-3226 mauricio.mei@ndg-logistics.com www.ndg-logistics.net.br

1 ano

Armazenagem

NF

N

NF

NF

Varejista, têxtil, alimentícia, automotiva, cosmética e e-commerce

NF

NF

S

Neovia Logistics (19) 3888-7575 patricia.veras@neovialogistics.com www.neovialogistics.com

29 anos

Provedor de serviços logísticos

8.500 *

S

65

NF

Automotiva, consumo, tecnológica e mineradora

NF

NF

S

Norlog Nordibe Logística Integrada (81) 3312-8800 comercial@norlog.com.br www.norlog.com.br

13 anos

Distribuição de cervejas e refrigerantes

200

N

28

M. Dias Branco, Walmart e Petróleo Ipiranga

Alimentícia, lubrificantes, magazine e autopeças

24

20%

N

NSA Logística (12) 3153-1103 comercial@nsalogistica.com www.nsalogistica.com

20 anos

Venda e locação de empilhadeiras

123

S

10

Vitopel, Grupo Cavo e Grupo Valfilm

Plástica, química e mineradora

NF

NF

N

Orsi Logística (47) 3346-1355 comercial@ollogistica.com.br www.ollogistica.com.br

3 anos

Operador logístico

147

N

60

Dow Brasil, GVT e BMW

Petroquímica, tecnológica, eletroeletrônica, química e têxtil

40

50%

N

OTM Soluções Logísticas (47) 3121-8500 charles.rhien@otmlogistica.com.br www.otmlogistica.com.br

19 anos

Operador logístico

570

N

29

Whirlpool, Weg e Pepsico

Linha branca, alimentícia e siderúrgica

47

0,3%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

112 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Nº de clientes com contrato em vigência

17 anos

Três principais clientes

Certificações

Mundial Logistics (11) 2489-3000 contato@mundiallogistics.com.br www.mundiallogistics.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

NF

NF

NF

NF

NF

3

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

N

N

N

N

N

8.300

NF

NF

NF

NF

1

NF

NF

NF

Todo o território nacional

NF

N

N

N

N

N

N

N

11.500

0

0

0

0

5

0

NF

NF

Sudeste

Sudeste

N

N

N

N

N

N

N

10.000

NF

NF

NF

18.000

2

NF

3.500

45.000

Nordeste

Nordeste

S

S

N

N

S

N

N

20.000

10.000

NF

2.000

50.000

1

2

NF

NF

Sudeste

Todo o território nacional

S

S

S

N

S

N

N

95.000

5.500

NF

5.000

500.000

4

4

NF

NF

Sudeste e Sul

NF

S

N

S

N

S

N

S

13.500

85.000

NF

NF

NF

2

2

NF

NF

Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

N

N

S

N

S

N

S

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 113


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Despacho aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run

Gerenciamento intermodal Software de simulação

WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Empresa

Serviços oferecidos

Mundial S S S S S S S N N S S S S S S S S N N S S S S S S

NDG S S S S N S S S N S N S N N N N N N N S S N N S N

Neovia S S S S S S S S N S N S N N N N N N N S S S S S S

Norlog S S S S S S S N N N N S N S S S S N N N S S S S N

NSA S S N N N S S N N N S S S N N N S S N N N N N N N

Orsi

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

N

OTM

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

114 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Transporte Tecnologias empregadas

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

13 anos

Operador logístico

750

S

36

Tok&Stok, GVT e Nokia

Telecomunicações, varejista, cosmética, autopeças e moveleira

50

30%

N

Panalpina (11) 2165-5700 info.brazil@panalpina.com www.panalpina.com

38 anos

Agente de carga

900

S

900 ***

NF

Automotiva, telecomunicações, farmacêutica, bens de consumo, varejista e tecnológica

NF

NF

S

Penske Logistics do Brasil (11) 3738-8200 sales.brazil@penske.com www.penskelogistics.com.br

16 anos

Operador logístico

2.100

S

16

Ford, LG e Natura

Eletrônica, automotiva, bens de consumo e varejista

NF

NF

S

Pronto Express Logística (11) 3572-1700 claudia.guimaraes@grupotpc.com www.grupotpc.com

14 anos

Operador logístico

3.527

S

46

Natura, Claro e Whirlpool

Consumo, personal care, healthcare, telecomunicações e eletrônica

364

37%

N

PS Logística e Promoções Armazéns Gerais (11) 3173-4843 alex.alves@pierserv.com.br www.pierserv.com.br

10 anos

Logística promocional

180

S

20

Sky, LG e Motorola

NF

NF

NF

N

Quality Logística (11) 4583-4800 comercial@qualitylogistica.com.br www.qualitylogistica.com.br

10 anos

Armazenagem, transporte e operações in house

950

N

35

Sealed Air, Titan Tires e Honda

Química, alimentícia, papel e celulose, automotiva, embalagens e cosmética

50

92%

N

Quick Logística (62) 3269-1825 rivas@quick-logistica.com.br www.quicklogistica.com.br

15 anos

Indústria

1.385

S

20

Heinz, Shell e Continental

Saúde, medicamentos, alimentícia e automotiva

194

6,5%

N

RCG Logística (41) 3030-5668 rcglog@rcglogistica.com.br www.rcglogistica.com.br

15 anos

Outsourcing

2.500

S

15

Ford, Volkswagen e Bosch

Automotiva, autopeças, metalúrgica, eletroeletrônica, farmacêutica e editorial

NF

NF

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

116 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

Pacer Logística (11) 3648-4700 contato@pacer.com.br www.pacer.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

50.000

NF

NF

NF

NF

31

NF

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

N

S

N

S

N

N

31.000

69.000

NF

NF

80.000

2

4

500.000

3.600

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

200.000

140.000

NF

NF

NF

9

6

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

S

S

N

S

N

S

45.650

80.660

NF

NF

NF

12

14

NF

NF

Todo o território nacional

Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul

N

N

N

N

S

N

S

NF

NF

NF

NF

NF

NF

1

500.000

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

N

10.000

130.000

NF

NF

2.000

2

30

210.000

450.000

Todo o território nacional

Sudeste

S

S

N

S

S

S

S

84.000

25.000

0

0

225.000

6

4

3.950

10.010.000

Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste

Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste

S

S

N

S

N

S

N

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

S

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 117


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Pacer

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Panalpina

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Penske

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Pronto Express

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

PS Logística

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Quality

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

Quick

S

S

S

S

N

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

N

N

S

S

N

N

S

N

RCG

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

118 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

35 anos

Transporte e logística

44

S

10

Sika, PPG e Corona

Materiais de construção, automotiva e consumo

7

21%

N

RG Log Logística e Transporte (11) 3906-2023 comercial@rglog.com.br www.rglog.com.br

8 anos

Transporte rodoviário de carga

770

S

19

Caoa Hyundai, Heineken e Cutrale

Automobilística, bebidas e alimentícia

310

25%

N

Rodoborges Express e Logística Integrada (11) 2195-3636 thiago@rodoborges.com.br www.rodoborges.com.br

18 anos

Transporte e logística

250

S

18

Osram, SC Johnson e Johnson & Johnson

Bens de consumo, alimentícia e automotiva

NF

NF

N

Roma Cargo Logística (51) 3347-3500 csilvano@romacargo.com.br www.romacargo.com.br

33 anos

Transporte rodoviário de carga

210

S

18

Brasil Kirin, Hyundai Elevadores e Fitesa

Alimentícia, plástica, metalúrgica, carga de projeto, não tecidos e bebidas

32

12,5%

N

RV Ímola (11) 2404-7070 rvimola@rvimola.com.br www.rvimola.com.br

12 anos

Operador logístico

800

S

20

Hypermarcas, Furp e Aché

Healthcare

150

18%

N

Salvador Logística e Transportes (11) 3538-1777 comercial@salvadorlogistica. com.br www.salvadorlogistica.com.br

30 anos

Transporte e armazém geral

650

S

65

Monsanto do Brasil, Sanofi e Goodyear

Agronegócio, higiene e limpeza, farmacêutica, bens de consumo e automotiva

NF

NF

N

Santa Rita Logistic (11) 4143-8470 carlabutori@santaritalogistic.com.br www.santaritalogistic.com.br

15 anos

Logística integrada

100

S

25

Grupo Pão de Açúcar, Estrella Galicia e Coamo

Alimentícia, autopeças, bebidas e linha branca

8

6%

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

120 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Atividade de origem

Reiza Transportes e Logística (11) 3687-7400 reiza@reiza.com.br www.reiza.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Três principais clientes

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


De clientes

Alfandegada

Refrigerada

Pátio

Próprios

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Distribuição

Frota própria de transporte

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Volume total de produtos gerenciados

Própria

Nº total de armazéns

3.000

NF

NF

NF

2.000

1

NF

1.605.409

28.100

Grande São Paulo

Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

S

40.000

30.000

NF

NF

300.000

5

3

150.000

1.800.000

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

S

S

S

S

N

S

N

18.000

7.000

NF

NF

15.000

9

3

15.000

12.000

Nordeste e Sudeste

Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

S

9.500

NF

NF

NF

32.000

4

NF

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

N

N

S

N

S

50.000

15.000

0

40.000

50.000

15

2

15.000.000

53.000.000

Todo o território nacional

Centro-Oeste e Sudeste

S

N

S

S

S

S

S

110.000

NF

NF

NF

300.000

16

5

NF

NF

Centro-Oeste, Nordeste, e Sudeste

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

20.000

5.000

NF

1.000

5.000

2

1

NF

NF

Grande São Paulo

Sudeste

S

S

S

S

N

S

N

(in house)

Raio de atuação no território nacional

Armazenagem

(in house)

Área de armazenamento em m2

Roteirizadores

Tecnologia de rastreamento por satélite

por celular

Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 121


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Reiza

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

RG Log

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Rodoborges

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

N

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

Roma Cargo

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

N

RV Ímola

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

Salvador

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Santa Rita

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

122 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Três principais clientes

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Nº de clientes com contrato em vigência

Operador portuário

2.500

S

NF

NF

Automobilística, autopeças, bebidas,química e telecomunicações

1,2 bilhão

NF

N

Seglo Logística Brasil (19) 3826-8686 contato@seglo.com.br www.seglo.com.br

15 anos

Logística automotiva

600

S

3

Volkswagen, Mercedes-Benz e GEA

Automotiva e consumo

NF

12%

S

Sesé Logística do Brasil (11) 2356-5990 paulo.sergio@gruposese.com www.gruposese.com

3 anos

Operador logístico

1.100

S

5

Volkswagen e Scania

Automobilística

90

20%

S

Shuttle Logística Integrada (11) 3883-0200 negocios@shuttle.com.br www.shuttle.com.br

15 anos

Transporte para a indústria têxtil

487

S

50

AstraZeneca, Aché e Bristol

Farmacêutica, diagnósticos, hospitalar e sensíveis

65,1

6%

N

Sigma Transportes e Logística (13) 3202-1234 comercial@sigmatransportes. com.br www.sigmatransportes.com.br

15 anos

Transporte

156

S

NF

NF

Materiais de construção, química, granel, papeleira e partes e peças automotivas

NF

NF

N

Smart-TAC Logística (31) 3361-2335 comercial@smartlogistica.com.br www.smartlogistica.com.br

13 anos

Operador logístico

748

N

359

Bunge, BRF e Unilever

Alimentícia, cosmética, bebidas, autopeças e mineradora

81

13,5%

N

Snellog Armazéns Gerais e Logística (19) 3837-6100 rogerio.mansur@snellog.com.br www.snellog.com.br

7 anos

Logística e distribuição de medicamentos

440

S

5

EMS

Farmacêutica

NF

NF

N

Santos Brasil (13) 2102-9000 cac@santosbrasil.com.br www.santosbrasil.com.br

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

124 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Certificações

NF

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

93.346

0

1.190.000

400

NF

13

0

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

S

S

S

S

S

NF

100.000

NF

NF

20.000

NF

5

30.000.000

NF

Sudeste e Sul

NF

N

N

S

N

S

N

S

1.000

180.000

800

0

4.000

1

5

10.000

NF

Sudeste

NF

N

N

N

N

N

N

N

6.427

NF

NF

40

NF

1

3

10.000

NF

Grande São Paulo

Centro-Oeste e Sudeste

S

S

N

N

S

N

S

36.500

NF

17.000

NF

98.000

7

NF

NF

NF

Sudeste

Todo o território nacional

S

S

S

N

S

S

S

29.000

0

NF

4.000

55.000

6

0

NF

253.000

Centro-Oeste e Sudeste

Centro-Oeste e Sudeste

S

S

N

N

S

N

S

36.000

0

0

800

15.000

1

0

2.100

NF

Sudeste

Todo o território nacional

N

N

N

N

N

N

N

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 125


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Santos Brasil

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Seglo

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

N

N

S

N

N

S

S

N

S

N

N

Sesé

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

N

N

S

S

N

S

N

N

S

S

S

Shuttle

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Sigma

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Smart-TAC

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Snellog

S

S

S

S

N

N

N

N

N

S

N

N

S

S

S

S

S

N

N

S

S

N

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

126 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Transportes e armazém geral

50

N

7

MWV Rigesa, Grupo Thoquino e Underberg do Brasil

Papelão, bebidas e sabonetes

NF

NF

N

Support Cargo (11) 4343-2300 comercial@supportcargo.com.br www.supportcargo.com.br

16 anos

Transporte e armazenagem

125

S

14

Solvay, Electrolux e Syngenta

Automobilística, linha branca, química, petroquímica e papel e celulose

NF

NF

N

Syncreon (11) 2191-8390 equipe.comercial@syncreon.com www.syncreon.com

28 anos

Operador logístico

1.034

S

12

Scania, Dell e GM

Automobilística, eletroeletrônica, informática, telecomunicações e logística reversa

NF

NF

S

TA Logística (19) 2101-7100 talog@talog.com.br www.talog.com.br

19 anos

Transporte rodoviário de carga

208

S

29

NF

Cosmética, autopeças, eletrônica, química e farmacêutica

64

NF

N

Taglog Serviços Logísticos (47) 3405-8300 comercial@taglog.com.br www.taglog.com.br

7 anos

Armazém geral para importação

70

S

70

Tricon, Possehl e Akzo-Nobel

Farmacêutica, tintas, metalúrgica, alimentícia e plástica

13

30%

N

Target Logistics (11) 2142-9000 hamilton.ikezili@mira.com.br www.mira.com.br

17 anos

Logística integrada

NF

S

5

Syngenta, Petrobras e Medley

Agrícola, petroleira, farmacêutica, telecomunicações e eletroeletrônica

NF

NF

N

TAT Log (11) 4143-4323 alexandre.campos@tatlog.com.br www.tatlog.com.br

11 anos

Logística têxtil

250

S

8

Lojas Marisa, Grupo Eixo e Generalle

NF

NF

NF

N

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

128 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Nº de clientes com contrato em vigência

15 anos

Três principais clientes

Certificações

Stock Logística e Transportes (19) 3929-6723 stock@stocklogistica.com.br www.stocklogistica.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


De clientes

Alfandegada

Refrigerada

Pátio

Próprios

De clientes

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria de transporte

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Volume total de produtos gerenciados

Própria

Nº total de armazéns

5.000

NF

NF

NF

2.000

1

NF

NF

NF

Sudeste

Sudeste

S

S

N

N

S

N

N

NF

NF

NF

NF

NF

2

NF

NF

NF

Sudeste

Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul

S

S

N

S

S

N

N

64.000

57.000

NF

NF

50.000

8

2

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

55.267

NF

NF

2.100

NF

6

NF

NF

NF

Nordeste, Sudeste e Sul

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

N

30.000

NF

NF

NF

20.000

3

NF

7.000

120.000

Sudeste e Sul

Sudeste e Sul

S

S

S

S

N

S

S

25.000

0

0

0

15.000

12

0

NF

NF

Centro-Oeste e Grande São Paulo

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

NF

NF

NF

NF

NF

1

5

NF

NF

Sudeste

Sudeste

S

N

S

N

S

N

S

(in house)

(in house)

Área de armazenamento em m2

Raio de atuação no território nacional

Roteirizadores

Tecnologia de rastreamento por satélite

por celular

Frota

Frota

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 129


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Stock

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

S

S

N

N

S

N

Support Cargo

S

S

N

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

N

N

N

Syncreon

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

N

S

N

N

S

S

S

S

S

S

TA

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

Taglog

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

N

N

N

S

N

N

N

S

N

S

N

N

Target

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

TAT Log

S

S

S

S

N

N

S

N

S

S

N

N

S

S

S

N

S

N

S

N

S

N

S

N

N

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

130 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Tempo de mercado no Brasil

Atividade de origem

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes com contrato em vigência

Três principais clientes

Principais indústrias atendidas

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

Tegma Gestão Logística (11) 4346-2500 tegma@tegma.com.br www.tegma.com.br

46 anos

Logística automotiva

2.979

S

NF

GM, Volkswagen e Toyota

Automotiva, química e eletrodoméstica

1,8

-7,7%

S

Termaco Operações Portuárias e Termaco Logística (85) 3263-1152 caroline.tavares@termaco.com.br www.termaco.com.br

27 anos

Operador portuário e transporte de contêineres

400

S

NF

Log-In Logística, CMA-CGM e Gamesa

Siderúrgica, carga de projeto e cimenteira

NF

NF

N

TK Logística (11) 3178-1598 marceloalvarez@tklbrasil.com www.tklbrasil.com

13 anos

Logística de fábrica

600

S

14

Toyota do Brasil, Toyota Material Handling Mercosur e Kanjiko do Brasil

Montadoras, autopeças, comércio exterior, resinas e metalúrgica

650

28%

S

TLog Transportes (41) 3513-4500 comercial.cwb@grupotlog.com.br www.grupotlog.com.br

6 anos

Transporte rodoviário e armazenagem

61

S

10

Dixie Toga, Electrolux e Tetra Pak

Automotiva, alimentícia, transformação e embalagens

40

25%

N

Trafti Logística (11) 4358-7000 comercial5@trafti.com.br www.trafti.com.br

26 anos

Logística

316

S

130

Unilever, Whirlpool e Tigre

Varejista, farmacêutica, alimentícia, automobilística e construção

75

5%

N

Transportes Pesados Minas (31) 4009-0200 marketing@transpes.com.br www.transpes.com.br

49 anos

Operador logístico

1.100

S

250

NF

Siderúrgica e cargas de equipamentos pesados

288

10%

N

UPS do Brasil (11) 5694-6634 bbarioni@ups.com www.ups.com

108 anos

Transportes e logística

396.000 *

N

NF

NF

Tecnológica, healthcare, automotiva, manufatura industrial e serviços profissionais

NF

NF

S

Empresa Telefone E-mail Site

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

132 - Revista Tecnologística - Junho/2015

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

NF

NF

1.024.000

NF

NF

NF

NF

Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro

Todo o território nacional

N

S

N

N

S

N

N

NF

NF

NF

NF

1.500

NF

NF

NF

NF

Nordeste e Grande São Paulo

Nordeste e Grande São Paulo

S

S

S

S

N

N

N

5.000

28.000

NF

NF

42.000

1

9

7.000

450.000

Sudeste

NF

N

N

S

N

S

N

S

8.600

NF

NF

NF

NF

1

NF

NF

NF

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

N

N

S

N

S

N

S

49.000

0

0

0

112.000

2

0

13.458

NF

Sudeste

Grande São Paulo

S

S

N

N

S

N

S

200.000

NF

NF

NF

NF

9

NF

25.000

1.000.000

Nordeste e Sudeste

Todo o território nacional

S

S

N

N

S

N

S

NF

NF

NF

NF

NF

NF

NF

4.300.000.000

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

Distribuição

Em toneladas/ano

NF

Armazenagem

Em itens/ano

NF

(in house)

De clientes

Frota

Próprios

Frota

Pátio

por celular

Refrigerada

por satélite

Alfandegada

dores

De clientes

Raio de atuação no território nacional

Própria

Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 133


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

Tegma

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

N

S

S

N

N

S

S

S

S

S

Termaco

S

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

S

S

N

N

N

N

N

N

S

S

N

TK

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

TLog

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

Trafti

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

Transpes

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

UPS

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

Empresa

Serviços oferecidos

Transporte

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

134 - Revista Tecnologística - Junho/2015



Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)

Crescimento da receita de 2013/2014

Escritórios próprios no exterior

Armazenagem e transporte rodoviário de carga intermunicipal, interestadual e internacional

537

S

977

Usiminas, Unilever e Grupo Fiat

Cosmética, médico-hospitalar, eletroeletrônica, automotiva, mineradora e siderúrgica

200

5%

N

UTI do Brasil (19) 3755-7999 fnakai-cpq@go2uti.com www.go2uti.com

39 anos

Freight forwarder, corretagem, entregas e seguros

350

N

630

GM, Flextronics e Eurofarma

Automotiva, tecnológica, farmacêutica, consumo, química e energética

500

15%

S

VBR Logística (51) 3717-8100 vbr@vbrlogistica.com.br www.vbrlogistica.com.br

18 anos

Transporte de contêineres

300

S

NF

NF

NF

85

NF

N

Veloce Logística (11) 3905-7000 claudia.macedo@velocelog.com.br www.velocelog.com.br

6 anos

Operador logístico

600

S

42

General Motors, Toyota e Tupy

Automobilística, autopeças, higiene e limpeza e alimentícia

211

-21%

S

Vix Logística (27) 2125-1800 comunicacao@vix.com.br www.vix.com.br

43 anos

Logística

9.064

S

21

Honda, Vale e Petrobras

Automobilística, madeira e produtos florestais, mineradora, petroquímica e bebidas

1,2 bilhão

11,2%

S

Volo Logística (11) 3181-0650 comercial@volologistica.com.br www.volologistica.com.br

3 anos

Logística integrada

109

S

6

Lacoste, Catupiry e Bradesco

Varejista de moda, temperatura controlada, eletrônica e promocional

NF

NF

N

Wilson Sons Logística (11) 2102-6500 logistica.sp@wilsonsons.com.br www.wilsonsonslogistica.com.br

13 anos

Soluções logísticas integradas

600

S

300

Adidas, Monsanto e Braskem

Farmacêutica, automotiva, máquinas, cosmética, eletroeletrônica e tecnológica

118

NF

S

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

136 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Principais indústrias atendidas

Nº de clientes com contrato em vigência

20 anos

Três principais clientes

Certificações

Usifast Logística Industrial (31) 3399-8701 relacionamento.clientes@usifast. com.br www.usifast.com.br

Empresa Telefone E-mail Site

Atividade de origem

Nº de funcionários

Tempo de mercado no Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS

*Dados globais **Dados de todo o grupo *** Clientes de todas as atividades da empresa


Roteiriza-

Tecnologia de rastreamento

Em itens/ano

Em toneladas/ano

Armazenagem

Distribuição

Frota própria

Frota terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

190.000

30.000

75.000

900.000

120.000

2

3

10.000

2.400.000

Todo o território nacional

Todo o território nacional

S

S

N

S

N

S

N

0

10.000

0

0

0

0

1

10.000

NF

Grande São Paulo

Todo o território nacional

N

N

S

N

S

N

S

3.000

NF

NF

NF

60.000

1

NF

NF

NF

Sul

Nordeste, Sudeste e Sul

S

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Todo o território nacional

Todo o território nacional

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Todo o território nacional

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Volume total de produtos gerenciados

Frota própria de transporte

Nº total de armazéns (in house)

Área de armazenamento em m2

Junho/2015 - Revista Tecnologística - 137


Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros

Paletização

Cross-docking

JIT

Despacho aduaneiro

Logística reversa

Suporte fiscal

Desenvolvimento de projetos

Suprimento

Coordenação

Distribuição

Porta a porta

Transferência

Milk Run

Gerenciamento intermodal

Software de simulação

WMS

TMS

ERP Consulta pela internet Consulta por celular

Tecnologias empregadas

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Divulgação Log.com

SEGMENTO TÊXTIL

Logística bem costurada Com grande número de SKUs, alta obsolescência e giro cada vez maior, o setor da moda vem descobrindo as vantagens de terceirizar sua logística. De olho num mercado crescente, operadores ampliam portfólio de serviços indo até a ponta final da cadeia, na produção, no intuito de dar uma solução verticalizada aos clientes

U

ma logística nervosa, perecível, com uma quantidade enorme de SKUs, elevado índice de retorno de produtos e com grande restrição para abastecimento. Como se não bastasse, crescem as vendas pelo e-commerce, tornando ainda mais urgente uma logística eficiente e um supply chain conectado. Este é o setor de moda – que inclui varejistas, marcas e fornecedores –, que vem descobrindo aos poucos as vantagens de passar para um especialista

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as operações logísticas, que não fazem parte do cerne de seu negócio. “Aos poucos” não é força de expressão, pois os operadores logísticos especializados neste segmento – que no Brasil ainda se contam nos dedos – avaliam que a grande maioria dos varejistas e fornecedores desta poderosa indústria, na qual somente o varejo de moda fatura aproximadamente R$ 180 bilhões por ano, ainda realiza suas operações internamente ou de forma primária. Este universo chegaria a cerca de 80% do se-

tor, segundo Eduardo Leonel, diretor da Volo Logística, um dos operadores especializados na logística de vestuário. Talvez o baixo índice se explique também pela pouca oferta de parceiros logísticos especializados, e aí entramos na velha máxima do ovo e da galinha: não terceirizam porque há pouca oferta ou há poucos operadores logísticos porque o setor não terceiriza? O fato é que a logística têxtil não é para qualquer um. A começar pela cadeia estendida, uma vez que não é


volume e especializaduto e tentar fazer um ção, eles podem reduzir novo envio. Imagine o os custos para o cliente, custo e o estresse desta além de tirar deles uma operação”, conta Pedro boa dor de cabeça. Stivalli, diretor executiMais recentemente, vo da Log.com, surgida estes players – a exemplo há três anos e também do que já acontece no exvoltada exclusivamenterior – foram ampliando te para este segmento. o escopo de atividades, Os varejistas, por com alguns chegando a sua vez, assumiam atiassumir operações como vidades como customia seleção de fornecedores zação – colocação de Leonel: 80% das empresas do e a compra das roupas no etiquetas e detalhes nas setor têxtil ainda fazem sua exterior e até mesmo sua roupas –, colocação de própria logística confecção, consolidando alarmes, encabidamento, passadoria, separação, formação o conceito de cadeia estendida. Mas estes operadores logísticos ainde grades de entrega e embalamento, entre outras. Sem contar as atividades da são poucos no mercado brasileiro. logísticas, como contratar e gerenciar Um deles é a TAT Log, surgida há 11 fretes e controlar o estoque. Ou então anos, já voltada ao setor de moda, passavam o ônus dessa operação para detectando a tendência que acabaas marcas e confecções, que tinham ria por se consolidar. “O movimencustos aumentados com atividades que to começou com as grandes redes do varejo, que identificaram que, num também fugiam do seu core business. Os operadores logísticos, que co- futuro próximo – que já chegou –, semeçaram atendendo ao setor jus- ria inviável continuar a fazer todas as tamente com esses serviços básicos atividades internamente, pelo custo e de armazenagem e distribuição, ao pela complexidade”, conta Alexandre conhecer melhor a atividade desco- Campos, diretor da empresa. A TAT realiza inúmeras operações briram um nicho carente e cheio de oportunidades de melhoria. Come- para os clientes, desde as mais tradiçaram a se especializar, a entender cionais, como recebimento dos conas demandas e a assumir aos poucos têineres de importação ou material de todas essas atividades. Por seu maior fornecedores locais, inspeção de qualidade, customizações, encabidamento, etiquetamento e separação por grade, cor e destino, até a produção. Grande parte A empresa possui uma oficina que dos produtos têxteis conta com costureiras e estilistas e tem até uma marca própria, a Zena, além comercializados de fornecer para terceiros. “Foi uma necessidade do mercado que detectanas lojas mos. Vimos que os fornecedores não brasileiras atualmente estavam atendendo bem e que não havia disponibilidade de empresas de é importada confecção que pudessem atender às exigências”, explica Campos. da Ásia A Log.com – do Grupo Adezan – também oferece uma gama de serviços que Divulgação Volo

segredo que grande parte dos itens de moda hoje consumidos no país vem da Ásia. Isto exige um acompanhamento constante, o que significa investimentos em tecnologia e uma alta integração com os sistemas dos clientes. Significa também um desembaraço eficiente, atividade que o setor também tende a passar para um terceiro. Se adicionarmos a isso as dificuldades fiscais, temos um quadro complexo. Ademais, há o elevado número de SKUs, que chega a milhares. Além das características naturais da indústria – como variedade de modelos, cores e tamanhos, cada um representando um SKU –, o setor, na tentativa de atrair cada vez mais consumidores para as lojas, tem aumentado o número de coleções por ano. Esqueça o verão, inverno e meia-estação. Algumas marcas já lançam mais de seis coleções por ano e a tendência é este número crescer. Não bastasse tudo isso, o segmento de moda também é altamente afetado pela sazonalidade. Todas essas características têm levado varejistas e fornecedores a procurar um terceiro que possa não apenas reduzir os custos e aumentar a eficiência das operações, dando confiabilidade e disponibilidade de produtos às lojas, como também aparar as arestas de um relacionamento que sempre foi difícil. “No início, os próprios varejistas faziam o abastecimento de suas lojas. Eles recebiam a mercadoria dos fornecedores em seus centros de distribuição, ou iam buscar no porto, faziam toda a customização, a separação para as lojas, o controle de estoque e o retorno dos produtos não vendidos. Isso acontecia com os grandes varejistas, os que já possuíam CDs. O pequeno e médio varejo acabava recebendo os produtos diretamente nas lojas, e aí o caos se instalava, pois as lojas não possuem espaço para estoque e muitas vezes não recebiam a mercadoria. Não havia janelas de entrega e o fornecedor então tinha que retornar com o pro-

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SEGMENTO TÊXTIL

Divulgação Log.com

Divulgação Log.com

jistas preferem receber vai muito além do traa roupa passada e nos dicional. A empresa faz cabides. “Existem vários para o cliente a revisão fornecedores do vareda qualidade dos produjo que ficam no Sul ou tos e, por consequência em Minas Gerais, sendo disso, começou a fazer que a grande concentratambém serviços de cosção de magazines é em tura, revisão e pequenos São Paulo. Para trazer a consertos. “Às vezes a roupa nos cabides, além roupa chega com algum de precisar de um baú defeito que é possível especial, seriam necessáconsertar e fica muito rios três caminhões para mais barato do que leStivalli: costureiras da Log.com transportar 60 mil peças. var de volta. Sem contar realizam pequenos reparos em Já as roupas embaladas que muitas vezes a roupeças defeituosas caberiam num único capa é importada e não dá minhão. Isso sem contar mesmo para devolver”, conta Stivalli. “Temos na empresa uma o manuseio das peças na origem. Muitas célula com nove costureiras. Não fa- confecções passaram para nós essa ativizemos uma grande receita com isso, é dade e tiveram uma grande redução de mais para ampliar a gama de serviços custo com isso”, afirma Stivalli. Para dar conta da demanda, a Log. para o cliente”, ressalta. Ele diz que os serviços agregados são com investiu R$ 1,5 milhão em um uma evolução natural da relação. “O sistema de passadoria e embalamento varejista começa fazendo conosco uma que é único no país. Com ele, além operação e, à medida que vai confiando de eliminar uma atividade manual, a e vendo que está tirando problemas de empresa ganhou rapidez e qualidade seus ombros, vai ampliando o escopo. no serviço. “Nós tínhamos 42 passaJá aconteceu de clientes passarem áreas deiras aqui, com uma performance máxima de 50 peças por hora e limiinteiras da empresa para nós”. te de horas de operação, já que não Festa do cabide é uma atividade ergonômica. O túnel faz 2 mil peças por hora”, compara. Uma dessas atividades é a operação Com o sistema, as roupas são pende encabidamento, já que muitos vare- duradas no cabide e entram num trilho que leva a um túnel dotado de rolos compressores e vaporizador. As roupas atravessam o túnel e saem passadas, indo imediatamente para outra máquina, que já as embala diretamente no cabide. Stivalli informa que o túnel ainda tem capacidade ociosa, pois está operando em um turno e pode operar em três. “Esta é outra vantagem, 142 - Revista Tecnologística - Junho/2015

pois resolve o problema da sazonalidade, que é forte. Antes, eu tinha que ou ter pessoas ociosas nos momentos de baixa para dar conta do pico ou contratar no pico e demitir depois. Sem contar que sempre eram trabalhadores com pouca produtividade, pois não ficavam tempo suficiente para aprender a função. O túnel nos ajudou neste sentido, pois agora é a máquina que fica ociosa”, explica Stivalli. O encabidamento e a logística reversa dos cabides e alarmes são outras atividades prestadas por estes operadores logísticos, e aí o pulo do gato é conseguir casar a entrega com o retorno desses insumos, o que nem sempre é possível. E há quem aponte que esta prática esteja com os dias contados. “A tecnologia vem modificando muitas atividades e com o varejo não é diferente. Os grandes começam a trocar os alarmes tradicionais por etiquetas inteligentes, que ficam coladas nas roupas e são inutilizadas no momento da compra. É uma evolução que vem vindo aos poucos, até porque são muitas lojas e o custo das antenas não deve ser baixo”, afirma Campos, da TAT. “Com o cabide ocorre o mesmo”, continua o executivo. “Ele vai acabar sendo descartável, indo junto com a roupa, como já ocorre com as lingeries e com as meias. Recolher alarme e cabide é caro”. Aurélien Jacomy, diretor da consultoria francesa Diagma, que atende ao setor aqui e no exterior, concorda com ele e vai além. “O cabide é algo que está se usando cada vez menos, porque você precisa ter caminhões específicos, equipamentos específicos e muitas empresas estão tentando reduzir ao máximo a quantidade de cabides na cadeia”.

Mais e mais SKUs Jacomy aponta como outra tendência de forte impacto na logística o aumento do número de coleções por ano, o que faz explodir a quanti-



Divulgação Columbia

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dade de SKUs a ser gerenciada, além de aumentar também a complexidade do retorno dos itens não vendidos. “Um dos principais problemas que as marcas estão enfrentando é conseguir gerenciar os SKUs do ponto de vista logístico”. De acordo com ele, a maioria dos WMS atuais já suporta este aumento de giro e quantidade, e novas funcionalidades estão sendo adicionadas para que gerenciem também a automação dos armazéns, que neste setor é crescente. “Há diferentes níveis de automação, desde a mais simples, que é um conveyor que desloca as caixas pelo armazém, até os sorters que fazem a separação e a expedição automática tanto de caixas como de peças unitárias, que compensam quando se tem uma expedição acima de um determinado volume por ano”, diz o consultor. Para ele, um empecilho para a adoção destas tecnologias é o contrato. O custo é elevado e o retorno é demorado, sendo necessário um contrato mais longo para compensar o investimento. Quem partiu para este tipo de automação foi a Log.com, que está inaugurando um novo armazém automatizado 144 - Revista Tecnologística - Junho/2015

com um sorter em um CD na Rodovia Castelo Branco, próximo a São Paulo. “Compramos para atender a um cliente de grande porte, mas a ideia é abrir para outros também. Já estamos negociando com outras marcas com grande quantidade de SKUs, que certamente vão querer migrar”. O investimento foi de R$ 3,2 milhões e, de acordo com Stivalli, são investimentos que precisam de longo prazo para se viabilizar. Outro operador logístico que vem investindo em automação é a Columbia, que direcionou R$ 12 milhões ao seu CD de Cotia, na Grande São Paulo, dotado de esteiras transportadoras e um novo sistema de controle de armazém, o WMS Manhattan, além de um sistema de armazenagem de corredores estreitos. O diretor de Logística da Columbia, Marcelo Brandão, ressalta a importância de uma boa parceria para fazer um investimento como este. “O cliente, uma grande marca esportiva multinacional, viabilizou o investimento num contrato de sete anos, pensando no seu crescimento e nos grandes eventos esportivos que o país iria sediar. E queria também replicar o modelo que já tinha no restante

do mundo”, diz ele, informando que 80% da carga em Cotia é composta por calçados e vestuário. De acordo com Brandão, o alto custo do metro quadrado e da mão de obra no Brasil compensa o investimento. “Os ganhos de produtividade e eficiência que tivemos com o sistema são impressionantes. Numa operação similar, empregávamos o dobro da mão de obra, e gerenciar pessoas é sempre um desafio”. Afastada por um tempo das operações logísticas, a Columbia promoveu recentemente uma reestruturação em seus negócios, que visa aproveitar a sinergia entre as várias empresas do grupo ao qual pertence, o Esteve Irmãos. Como o grupo já possui negócios de trading e de logística, serviço que já prestava para alguns clientes do setor de moda, a Columbia viu aí uma oportunidade e criou uma nova empresa, a The Cotton Road, voltada para oferecer uma solução vertical completa para o segmento (veja detalhes no Box). Além da automação de CDs, para dar conta do elevado número de SKUs é necessária uma estrutura de sistemas robusta, como explica Eduardo Leonel. “Este é realmente um ponto crítico, já que algumas operações chegam a 30 mil SKUs. Portanto, a primeira coisa que um prestador de serviços logísticos de moda deve ter é uma estrutura operacional calcada em TI, e não apenas WMS e TMS, mas também uma boa integração com o ERP do cliente. Esta integração é o ponto-chave para conseguir fazer a gestão da informação e devolvê-la ao cliente de maneira estruturada”, afirma o diretor da Volo. Com três anos no mercado, a operadora nasceu voltada ao segmento têxtil e atende também aos setores de logística de frio e material promocional. “Todas são operações com alto nível de complexidade, nervosas e que requerem um serviço diferenciado”, explica.


O elevado índice de retorno de itens das lojas ao final de cada coleção é outro desafio do setor de moda. Se realizar uma logística reversa já é complicado em qualquer lugar, pois exige segregação de armazém, parametrização de WMS, recadastro dos itens etc., no Brasil fica ainda pior devido à questão fiscal. Este, aliás, é um capítulo à parte no país e não é diferente neste segmento. “Fazemos muita reversa e é complicado. Tem muita venda consignada neste mercado e ela retorna. Estamos aproveitando algumas janelas de entrega para fazer as coletas e assim reduzir o custo e agilizar a operação”, informa Brandão. “Aí vem

outro desafio, porque de distribuição, sejam se eu trago para o CD, outlets físicos ou sites tenho que processar especializados em proaquela devolução, dutos de retorno. “É existem problemas de muito mais lógico do qualidade do produque trazer o produto de to, ou seja, é um revolta para o CD”, afircebimento totalmenma Aurélien Jacomy. te atípico, que requer “O custo é muito memuito mais. O procesnor e elimina-se grande so de disponibilizar o parte da complexidaproduto para que meu de de um retorno. Na cliente dê crédito para França temos alguns Brandão: Columbia pode contar exemplos quem devolveu é tenque têm com novo CD totalmente so”, ressalta o diretor dado muito certo. Só dedicado ao e-commerce da Columbia. que é uma questão que Para minimizar este problema, co- envolve não apenas a logística, mas a meça a despontar no Brasil uma ten- imagem da marca também. Algumas, dência que já é muito forte em alguns principalmente as de luxo, se recusam países, que são os canais secundários a vender por estes canais porque teDivulgação Columbia

Amargo regresso


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pelo e-commerce é não querer gastar com estrutura e acabar juntando as operações físicas e virtuais. Depois de um tempo, percebem que não dá certo. “Porque um canal canibaliza o estoque do outro. Se você não separa, fica com um problema de prioridade de atendimento e se arrisca a deixar um dos dois desabastecido. Se separa, sabe o que está disponível para cada um”. Para Jacomy, a grande questão do e-commerce é o que exatamente vai ser oferecido para o consumidor na loja física e na virtual, pois ele tem dificuldade de entender o motivo de haver diferenças entre os dois. Existe também a questão do preço – se ele deve ou não ser o mesmo nos dois canais. “Existe um risco cada vez maior de o cliente ir à loja e encontrar um preço maior do que o que viu na internet, e ele não fica feliz com isso. Mas esta é uma decisão de cada marca, não existe uma fórmula para resolver essa questão”. A internet viabilizou também a integração dos canais de venda, dando ao consumidor a possibilidade de comprar pelo site e retirar na loja, ou devolver na loja o que comprou pelo site e não gostou. “A devolução na loja é algo que o cliente quer muito, mas sua implementação, ao contrário do que parece, é bem difícil. Porque as lojas vão receber algo fora de seu estoque, não têm espaço e existem problemas fiscais. Se o cliente comprou em Divulgação Volo

Divulgação Diagma

mem degradar a marca. para o varejista como Mas, de qualquer forpara a confecção tamma, o uso desses canais bém. A redução de soé crescente”, ressalta o bras é muito compendiretor da Diagma. sadora, porque o custo Stivalli, da Log.com, de trazer o produto de concorda. “Nos Estados volta é enorme e, mesUnidos, existem operamo que ele seja enviadores logísticos especiado para um outlet, será lizados em logística revendido por um preço versa para outlets. Aqui, bem menor. Na ponta o escoamento do retordo lápis, vale a pena fano por estes canais está zer por unidade”. Jacomy: variadas coleções engatinhando, porque geram uma grande Virtual já é real o lojista ainda não conquantidade de SKUs segue fazer uma análise O comércio virtual de roupas é oude custo e deixa o produto na loja. Lá fora, é feito um corte a seco: o que não tra realidade cristalizada lá fora que vendeu em 90 dias, vai para o outlet. E, vem se consolidando no país e que se não vender em 90 dias no outlet, vai causa impactos diretos na logística, para outro canal, por um preço ainda mudando completamente o perfil da operação, segundo os entrevistados. menor. A aceitação é enorme”. Stivalli coloca que uma das manei- Sem contar a questão de entrega porta ras de reduzir o retorno de produtos a porta e do retorno, há outros aspecé otimizar o sistema de envio para as tos a considerar no e-commerce. “No setor de luxo – no qual a Diaglojas. Hoje, a maior parte do setor de moda brasileiro ainda trabalha com ma tem alguns clientes –, quando se o sistema de grades formadas com vai entregar na casa do cliente, deve-se uma quantidade fixa de tamanhos, considerar a qualidade dessa entrega: o entregues em packs fechados. “Num produto precisa ter embalagem bonita primeiro momento, isto parece mais e tem que chegar em perfeito estado, o eficiente e prático, pois exige menos que exige uma personalização daquela manuseio. Mas na hora que se passa a entrega no seu CD. Por isso é altamente analisar o nível de estoque perdido na recomendável ter áreas separadas para o ponta, a coisa muda. O pack vai para virtual e para as lojas físicas, mesmo que a loja e geralmente o tamanho M ou estejam sob o mesmo teto”, diz Jacomy. Ele destaca que um erro comum equivalente vende mais, o que obriga a loja a fazer um novo pedido para das empresas que iniciam as vendas suprir este tamanho. Só que ela recebe outro pack, com mais dois outros tamanhos também. Quando vê, tem uma sobra enorme no final”. Ele diz que a Log.com ajuda o cliente a fazer esta análise e sugere o abastecimento por SKUs e não pela grade, a não ser para produtos que vendem muito. “A reposição peça a peça pode parecer mais complicada, mas ao final o custo é menor, não só


Grupo Columbia abre empresa voltada ao setor têxtil proveitar sinergias para ampliar a gama de serviços oferecida a seus clientes, abrindo a possibilidade de cross-selling, é o sonho de todo operador logístico. Pois foi o que fez o Grupo Columbia ao criar a The Cotton Road, voltada à cadeia de valor do segmento têxtil. O grupo juntou as atividades de suas empresas de Trading e de Logística Integrada para, com a The Cotton Road, ampliar a oferta de serviços que já tinha junto ao setor têxtil, aumentando as possibilidades de negócios. Criada oficialmente em abril, a empresa vinha sendo estruturada desde 2013 visando prestar serviços como sourcing e processo de busca e desenvolvimento de fornecedores tanto no exterior quanto no Brasil. A união destes serviços com as áreas de Trading e Logística forma uma solução verticalizada que a empresa acredita ser única no país. “A ideia surgiu da própria necessidade dos clientes do setor, que precisavam buscar um produto mais competitivo, mas não possuíam estrutura. Como já tínhamos parte da solução decidimos complementar a oferta, até porque não havia no mercado um player que conseguisse verticalizar tudo, desde o sourcing, passando pela nacionalização, inteligência fiscal, transporte, armazenagem e separação até a entrega final. Foi um processo natural”, conta Daniel Tavares Diniz Barreto, diretor de Negócios da The Cotton Road. A empresa funciona como um grande catalisador, porque os players de fast fashion não estão preocupados com a logística, embora esta seja uma parte importante de seu negócio. “Quando vamos oferecer os serviços específicos do têxtil para eles, já revemos também sua estratégia de importação, armazenagem e distribuição, e eles percebem novas

oportunidades”, continua o executivo. “Temos vários fornecedores cadastrados O negócio da The Cotton Road é o no exterior de sacolas plásticas, bolsas de sourcing e a venda de produtos. A exper- venda, cabides, todos esses insumos, além tise veio da compra de uma empresa aqui de outros como botões e fios. Não dá para no Brasil que já atuava no segmento com a indústria brasileira concorrer nestes alguns clientes, à qual a Columbia agre- itens, porque enquanto aqui tem um forgou uma solução profissional, com meto- necedor, lá fora tem milhares. A oferta é dologia e procedimentos. bem maior”. A empresa atua de diAté o momento, a versas formas. “Tem desColumbia afirma ter inde clientes que nos dão vestido entre R$ 4 e 5 uma peça mais ou menos milhões no desenvolvipronta, nós preparamos mento da empresa, porum piloto, ele aprova e que foi a parte mais simvamos em busca de um ples, de posicionamento fornecedor, até outros no mercado e criação de que chegam apenas com portfólio de clientes. Agoum desenho. Imagine a ra, começa o mais comdificuldade de alguém plexo, que é desenvolver que produz no Brasil de controle de qualidade, de Barreto: empresa complementa transformar aquilo numa compliance – uma quesos serviços oferecidos pela ficha técnica de produto, tão importante numa caColumbia para o setor com especificações em deia estendida como esta inglês para buscar um fornecedor lá fora? – e de coordenação da produção. Tudo isso nós fazemos para ele”. “Vamos funcionar mais como geBarreto afirma que, no sentido contrá- renciadores de todo o processo, que é rio, também há fornecedores brasileiros a parte crítica. O que mais vamos coninteressados em exportar, mas não sabem tratar agora são auditores de qualidade como. E a mesma solução pode ser dada nas fábricas. Porque imagine, depois à exportação, com algumas adaptações. que você importou, pagou todos os im“Podemos entrar de duas formas: ou ele postos para nacionalizar e a mercadoria exporta direto e nós atuamos como seu chegou ao seu depósito, descobrir que a representante na Europa ou nos Estados peça está com problema. Se isso ocorrer, Unidos, ou, como trading, podemos com- já era. Você não devolve, é muito comprar o produto dele aqui e exportar. Se o plexa a questão fiscal do retorno. Além dólar se mantiver neste patamar, o produ- do que, as coleções são perecíveis e se to têxtil brasileiro pode se tornar interes- você perder o timing, não recupera”. sante lá fora”, acredita o executivo. Ele diz que o próximo passo é abrir Ele conta que a empresa faz também um show room na Ásia, provavelmeno sourcing e a importação de cabides e te em Hong Kong, com funcionários da demais insumos para a indústria. Ela tan- Columbia e da The Cotton Road, com to pode receber a homologação do cabide os olhos na produção. E, quem sabe, como o cliente deseja, ou ir ela mesma ao contratar estilistas para ampliar ainda mercado e lhe oferecer um leque de opções. mais a gama de serviços oferecida. Divulgação The Cotton Road Columbia

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SEGMENTO TÊXTIL

São Paulo não pode devolver na Bahia, por exemplo. Enfim, ainda há muitos pontos pendentes no e-commerce”, acredita Jacomy. Os operadores também começam a se estruturar para as demandas logísticas do varejo virtual de roupas. A Log. com, por exemplo, faz tudo, menos a análise de crédito. Depois de sua aprovação, os pedidos caem para a empresa e ela se responsabiliza por todas as etapas, inclusive pelo retorno. “É um processo que, se estiver bem parametrizado, com um sistema que realize todos os pontos de checagem, consegue proporcionar uma eficiência muito grande. Daí o meu sistema da várias ‘bipadas’ na mesma caixa para garantir que a entrega foi realizada para o cliente final correto”, diz Stivalli. O executivo vê uma possibilidade muito grande para os pequenos entrarem no e-commerce terceirizando sua logística. “Porque estes menores não têm corpo para montar uma estrutura própria. Com um operador, ele pode compartilhar a estrutura com outros. Estamos tentando viabilizar aqui um pool de pequenos para prestar este serviço. O e-commerce é um dos segmentos que mais cresce”, informa. Já a Columbia, embora tenha operações virtuais para outros setores, prefere ir devagar com o andor. “O e-commerce é outra história e não queremos nos precipitar. Temos recebido muitas demandas, algumas casadas com a The Cotton Road, e estamos analisando. Estamos em contato com um dos maiores operadores norte-americanos para o e-commerce para uma possível parceria com ele no mercado brasileiro. Mas não é uma coisa simples e não é um negócio para dar passo grande sem estar capacitado”, diz Marcelo Brandão. “O que queremos este ano é criar esta capacidade para, a partir de 2016, aí sim quem sabe abrir um novo CD multiclientes apenas para o e-commerce. Porque as fronteiras são outras 148 - Revista Tecnologística - Junho/2015 Junho/2010

e nós já nos precipitamos no passado e nos demos mal. Não queremos repetir a experiência”.

Mudança cambial Algo que pode alterar um pouco o perfil das operações de moda é a alta do dólar, que pode incentivar um aumento de procura por fornecedores locais ou regionais. Os entrevistados não são unânimes quanto a esta questão, até porque a subida da moeda americana é relativamente recente. Para alguns, esta relação importados versus nacionais vai mudar. Para outros, não. “Ainda não sofremos mudanças devido ao câmbio, mas a distância de custos que existe entre o Brasil e a Ásia é tanta que mesmo com o dólar alto ainda compensa trazer de lá. O governo não protege o setor, por isso essa diferença brutal. Na produção, há muita carga tributária em cima da mão de obra. Na distribuição também, com a questão do ICMS, da guerra fiscal. Sem contar as rodovias sucateadas e os pedágios caros. Não dá para competir. Já me deparei com produtos sendo vendidos por um preço que não cobriria nem o custo da produção local”, afirma Alexandre Campos, da TAT. Daniel Tavares Diniz Barreto, diretor de Negócios da The Cotton Road, é outro que não acredita na nacionalização da produção de têxteis. “Você não tira o trem do trilho assim de uma hora para a outra. A maioria dos tecidos não é fabricada no Brasil, o minuto de costura aqui é muito caro e tem uma ociosidade que encarece o produto final. Acho difícil”. A crise atual tem exercido dois efeitos sobre o setor. Um deles é que, buscando redução de custos, o cliente busca uma troca de operador, o que pode ser um tiro no pé. O efeito benéfico é que quem tem operação logística própria tem buscado a terceirização da operação para melhorar a produtividade e reduzir custos. “Todas as crises trazem também

oportunidades, por isso é fundamental buscar melhorias constantes para o cliente. Você não pode ficar parado; tem de olhar constantemente o mercado, acompanhar as mudanças e evoluir com o setor. Se não fizer isso, está morto”, acredita Campos. Já Stivalli indica que a dificuldade inicial é quebrar os paradigmas, principalmente dos pequenos, que ainda não são estruturados. “Quando eles começam a terceirizar, passam a ter uma rotina, uma disciplina maior na parte fiscal e operacional. Isso, num primeiro momento, cria um estresse, mas à medida que eles vão se organizando, vão vendo todos os custos e ineficiências que nem sabiam que tinham, pois estavam ocultos. Com isso, a conta da terceirização, que no início parecia alta, começa a fechar”. Ele afirma que este processo fica muito mais difícil quando o cliente já fez uma tentativa malsucedida de terceirização logística e ficou traumatizado. “Nestes casos temos que mostrar a ele que o problema não é o processo terceirizado, e sim o parceiro que ele escolheu, que não era especialista”. Todos concordam que não é mesmo um setor trivial para a logística. “É necessário ter uma proposta de valor e de gestão integral da cadeia”, diz Eduardo Leonel, da Volo. “E, para isso, são precisos operadores logísticos vocacionados, com competência específica. Porque o diabo mora no detalhe. Você pode ganhar ou perder muito por causa do conhecimento, e quanto mais a fundo vai, mais vê que existem coisas que fogem ao domínio comum. Não é para qualquer um”, resume. Silvia Marino Columbia: (11) 3330-6700 Diagma: (11) 3141-0249 Log.com: (11) 3956-4800 TAT Log: (11) 4143-4323 The Cotton Road: (11) 3073-1117 Volo Logística: (11) 3181-0650



Fotos: Divulgação

TERCEIRIZAÇÃO

Economia e agilidade Intecom reduz em 20% índice de rupturas na distribuição do Atacadista Roldão com centralização e uso de estratégia de flow-through

H

á pouco mais de três anos, a Intecom Logística assumiu a operação de distribuição do Roldão, segunda maior rede atacadista de capital nacional com forte presença na Região Sudeste do país. Responsável por reduzir o número de rupturas e imprimir eficiência à distribuição logística, a Intecom teve o desafio de alterar o modelo em prática naquele momento, descentralizado e com fornecedores em contato direto com as lojas.

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O Roldão não foi o primeiro contato do integrador logístico com o universo do atacarejo, como ficou conhecido o atacado de autosserviço, que atende demandas de grandes volumes de itens de alimentação, higiene e limpeza tanto para consumidores finais quanto para restaurantes, supermercados de pequeno porte e empresas em geral. A Intecom é o operador do Walmart desde 2010, orquestrando a distribuição da rede de farmácias do grupo, a Bom Preço, na Região Nordeste. Quando a Intecom assumiu a operação do Roldão, que contempla a gestão de armazenagem e de serviços, o atacadista tinha menos lojas do que hoje, como explica a diretora Comercial e de Supply Chain do

Roldão, Karina Tenório. “A necessidade de uma nova solução logística veio do crescimento do número de lojas e do aumento de faturamento da rede. À época, a retaguarda de algumas lojas ficou pequena para o movimento crescente”. Para melhorar a eficiência logística foi preciso incorporar a figura de um operador, que permitisse aumentar o sortimento no ponto de venda. “Para nós é crucial que o produto esteja na área de venda. Esse é o compromisso com o nosso cliente. Encontramos a Intecom, que se mostrou um excelente parceiro. Trabalhamos muito próximos, estamos sempre revendo o business para adaptá-lo à dinâmica diária. Eles são muito rápidos no ajuste da demanda”, diz Karina.

Centralização A Intecom passou então a centralizar a operação da linha seca e de alguns itens de alta rotatividade na unidade de Barueri (SP), sendo res-


ponsável pelo agendamento e recebimento de cargas dos fornecedores e pela separação e entrega de mil itens nas 20 lojas da rede. O CD está situado em um condomínio logístico às margens da Rodovia Castelo Branco, com 17 mil m², onde a operação do Roldão ocupa algo em torno de 5 mil posições-palete. Diariamente, o CD da Intecom em Barueri recebe 20 carretas, em um movimento equivalente a 500 toneladas por dia, sendo 30% do volume total da linha seca que se-

Para garantir os produtos nas prateleiras das lojas, o Roldão percebeu que era imprescindível contar com um operador logístico

gue para as lojas; os outros 70% são entregues diretamente pelos fornecedores do Roldão. “Lidamos com os itens que classificamos estratégicos, ou seja, de alto giro e volumosos. Abastecemos as lojas com duas viagens por dia”, conta o gerente de Vendas e de Projetos da Intecom Logística, Rodrigo Boniaris. A distribuição de mercadorias é feita por uma transportadora terceirizada, a Lemar Transportes. A primeira viagem acontece sempre considerando que o caminhão tem que estar na loja do Roldão antes das sete horas da manhã. O veículo não espera a conferência da carga, já que o CD é um fornecedor confiável, e segue para a segunda viagem. “Nem sempre foi assim”, admite Boniaris.

“Havia desconfiança custos operacionais, e a quanto ao nível de missão impõe desafios confiabilidade das enconstantes. “A análise tregas, mas com o pasda operação tem que sar do tempo, à meser diária. É preciso ter dida que os níveis de um rigoroso controle ruptura e de divergênsobre o agendamento, cia caíram, a operação recebimento e sobre passou a ser com conqual o mix de produferência posterior”. tos que se quer no CD. Boniaris avalia que Caso se opte por uma o desafio, no caso da estratégia errada, por dinâmica do varejo/ exemplo, com produKarina: aumento do número de atacado, é identificar tos de baixo giro, a arunidades demandou uma nova quais fornecedores/ mazenagem pode onesolução logística cargas selecionar para rar a operação”. o CD, uma vez que o Karina concorda processo de centralização reduz cus- com Boniaris. “Quando o produto tos e diminui o índice de ruptura não fica estocado no CD, o custo da na gôndola. Na visão dele, a distri- operação é bem menor. É uma sobuição direta da indústria na loja lução bem interessante para o alto é, na maioria dos casos, ineficien- giro. O papel higiênico, por exemte e custosa. “Quando se centraliza plo, entra e sai do CD. Não há ara entrega em um ponto único, por mazenagem e não há custo. Com exemplo, em um CD, o cliente se be- o operador conseguimos garantir o neficia com o que chamamos de des- abastecimento nas gôndolas. Não conto logístico, que a própria indús- posso revelar o índice de ruptura tria concede por não ter de entregar que tínhamos antes da parceria com loja a loja. Essa estratégia pode redu- a Intecom, mas posso afirmar que zir em até 25% o custo da operação. ele melhorou de 20% a 30%”, desNo caso do Roldão, esse desconto taca a diretora, que revela analisar logístico dado pelos fornecedores formas de aumentar a centralização que giram no CD já paga a própria no operador, considerando o auoperação”, explica. mento de volumes movimentados. O executivo diz que o objetivo da A empresa planeja inaugurar, centralização é justamente reduzir ainda em 2015, mais quatro lojas em

Pague e leve

F

undado em 2000 na cidade de São Paulo, o Roldão é uma referência no mercado atacadista do estado, conhecido por oferecer produtos a partir do formato cash and carry. O cash and carry (que pode ser traduzido como pague e leve) é o sistema de autosserviço, em que o próprio cliente escolhe, compra e sai da

loja com o produto, evitando custos com intermediários, como empresas de transporte, por exemplo. O Roldão possui 20 lojas nas principais cidades paulistas, incluindo capital, interior e litoral, que atendem tanto micro, pequenas e grandes empresas transformadoras e revendedores como consumidores finais. Junho/2015 - Revista Tecnologística - 151


TERCEIRIZAÇÃO

Novo modelo logístico proporcionou um índice de rupturas abaixo de 0,5%; próximo passo é partir para as cargas com temperatura controlada

São Paulo e em cidades do interior do estado. A projeção é crescer acima de dois dígitos em faturamento, a despeito dos rumos da economia.

Flow-through Para conquistar a operação do Roldão, a Intecom fez investimen-

Crescimento

E

m 2015 a Intecom completa 14 anos com um portfólio de clientes robusto composto por 27 empresas dos setores farmacêutico e de cosméticos, automotivo industrial e varejo alimentar, entre outros. Em 2014, um ano considerado ruim para a economia brasileira, o faturamento da Intecom Logística cresceu 20%. Este ano, as expectativas da empresa são elevar o faturamento em 23% sobre o ano passado e fortalecer a presença nas regiões onde possui filiais. As unidades estão situadas em João Pessoa, Betim (MG) e Barueri (SP). Com mais de 350 colaboradores diretos e mais de 700 indiretos, a empresa realiza, em média, 200 mil entregas e chega a distribuir mais de 200 mil toneladas de cargas anualmente.

152 - Revista Tecnologística - Junho/2015

tos importantes em tecnologia para recebimento, armazenagem, expecapacitar seu Warehouse Manage- dição, controle de perecibilidade, ment System (WMS) no suporte a shelf life e gestão da demanda por estratégias como o flow-through loja”, detalha o executivo. para cargas de alta rotatividade. A Intecom conta com uma área “O recebimento e a de Planejamento e expedição acontecem Controle da Operaquase que simultaneção (PCO), que lemamente, sem passar bra bastante o Planena armazenagem, o jamento e Controle que dá uma velocida Produção (PCP) da dade importante à indústria e que conoperação e propicia centra e avalia as difeeconomia ao Roldão, rentes demandas dos que não paga a armaclientes do operador, zenagem dessa carga, direcionando equipaapenas o giro. Essa foi mentos e balanceanuma sugestão nossa a do a operação do CD. partir de uma percepAlém disso, outro seBoniaris: centralizar as operações proporciona ção que tivemos ao tor atende pelo conredução nos custos analisar a operação trole do rastreamento no seu formato origida distribuição, acomnal. A forma tradicional de receber, panhando a entrega na loja e tamarmazenar e expedir não atende- bém qualquer transferência que seja ria à demanda. A velocidade nessa necessária entre lojas, bem como o operação é muito importante. Hoje retorno de paletes. ela é 24 horas de segunda a sábado, Ressuprimento mas em datas de maior demanda a operação é ininterrupta e o CD acaA próxima etapa da operação é ba trabalhando no mesmo ritmo adotar o ressuprimento automático, das lojas”, explica Boniaris. O CD lida com quase 30 forne- que permitirá ao Roldão fazer uma cedores do Roldão diariamente e gestão mais eficiente das compras. o recebimento é feito doca a doca, Com a solução, a demanda de cada com o suporte do WMS, desenvol- loja surgirá no momento em que o vido pela AsSys, totalmente customizado para as operações da Intecom. “Como somos um operador multiplataforma, com operações para setores como o automotivo, varejista/atacadista alimentar, de fármacos, cosméticos, inclusive com montagem de kits, o WMS é um suporte muito importante para toda a gestão das movimentações feitas no CD, seja


produto passar no check out, replicando o estoque de fundo de loja no CD. Os estoques das lojas serão menores e o CD funcionará ao estilo do modelo just in time da indústria automotiva. A solução demandará investimentos tecnológicos. “Isto só será possível com um sistema que permita operar a cadeia como um todo e que seja robusto o suficiente para permitir fazer as compras de forma mais inteligente, evitando atender em demasia lojas com pouca demanda em detrimento de outras com alta demanda”, explica Boniaris. “Percebemos que atacar apenas uma parte do processo dá uma visão míope da cadeia. Quanto mais próximo se trabalhar da estratégia do cliente, maior será o benefício, que é mútuo. O CD é uma parte muito importante do processo do Roldão. Hoje, a ruptura é de menos de 0,5% dos itens que estão centralizados”, acrescenta. A Intecom está atualizando o WMS para dar mais visibilidade às operações e melhorar os processos de produção do CD, trabalho que

deve ser entregue em junho. A medida está em sintonia com a tendência do Roldão de adotar o ressuprimento automático, que deve demandar outros investimentos em tecnologia para finalizar a integração como um todo. “Adicionalmente, estamos fazendo investimentos específicos para a operação, melhorando as linhas de separação e ganhando flexibilidade, o que beneficiará todos os clientes. Só em tecnologia já investimos cerca de R$ 1 milhão na operação do CD”, conta Boniaris. As injeções de recursos visam também capacitar o CD para receber a operação com a linha refrigerada da Roldão, que deve acontecer em um futuro próximo. “Estamos estudando a possibilidade de atendê-los também nas cargas de temperatura controlada. É um segmento no qual a demanda está aumentando”, conclui o executivo da Intecom. Valeria Bursztein Intecom: (11) 3627-5300 Roldão: (11) 3769-1010


ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Relacionamento colaborativo entre operadores logísticos e seus clientes no Brasil Beatris Huber

Parte 1

A

primeira parte deste artigo trata dos elementos que impactam na magnitude do relacionamento entre operadores logísticos e seus clientes, ou seja, os fatores necessários para alcançar o relacionamento colaborativo. A parte 2 tratará dos resultados do relacionamento colaborativo que podem vir em forma de benefícios ou riscos para o operador logístico. Uma das formas de se alcançar o desempenho financeiro em uma estratégia de supply chain é por meio da colaboração. Ela consiste em fornecedores e clientes trabalhando juntos para alcançar melhorias mútuas. Existem muitos benefícios decorrentes do relacionamento colaborativo entre o prestador de serviço logístico e seu cliente, como aumento da receita, redução de custos e flexibilidade operacional para lidar com incertezas da demanda. Esses benefícios, no entanto, não são visíveis de forma imediata, mas implicam potenciais recompensas de longo prazo. Mas o que é colaboração? Quando o relacionamento é considerado uma parceria? A terceirização logística pode tomar diferentes formas e condições, desde um contrato de transporte de curto prazo até acordos de aliança estratégica que contemplem todas as atividades logísticas durante muitos anos. Para avaliar a força ou magnitude do relacionamento entre o prestador de serviço e o embarcador, é preciso avaliar três característi-

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cas: a confiança, o comprometimento e a dependência entre os parceiros. • Confiança: para que uma parceria funcione, é preciso, dentre outras coisas, construir confiança entre as organizações, ou seja, cada parceiro precisa acreditar que o outro está totalmente comprometido com o seu sucesso em longo prazo. A confiança, portanto, é a vontade de contar com um parceiro em que se acredita na honestidade e benevolência. • Compromisso: a confiança, no entanto, não basta para a gestão do relacionamento. O compromisso também é um componente fundamental. O compromisso é o desejo de continuar o relacionamento e de trabalhar para garantir sua continuidade. Ele implica que as partes sejam tolerantes em relação às deficiências do outro, que cada um coopere e que não aja de forma oportunista. • Dependência: o terceiro fator que leva a uma maior colaboração é um alto nível de dependência. Desequilíbrio de poder acontece quando um parceiro possui a capacidade de prover o outro com algo que ele não teria normalmente, ou seja, está diretamente relacionado com o grau que um parceiro depende do outro. A dependência é a percepção da necessidade de manter o relacionamento para atingir os objetivos e está associada à magnitude da relação. Quanto maiores a confiança, o comprometimento e a dependência entre os parceiros, maior é a magnitude,


medidas de desempenho ou fatores críticos de sucesso em cooperação entre o embarcador e o operador logístico, que devem ser expressas, calculadas, monitoradas e concordadas por ambas as partes para evitar desavenças. 3. Compartilhamento de riscos e benefícios: programa de incentivo que envolve a partilha dos benefícios e dos riscos entre o fornecedor e o cliente em qualquer esforço de cooperação. Tanto a escassez como o excedente devem ser compartilhados para reforçar o senso de justiça de longo prazo, impactando no nível de comprometimento dos parceiros. 4. Compartilhamento de informação: compartilhamento de informações relevantes, ou seja, que possam ajudar ou afetar a outra parte, nos dois sentidos do relacionamento, de maneira formal ou informal, em tempo real ou sob demanda, Figura 1 - Elementos e características que aumentam a força do relacionamento por meio de sistemas de informação, procedimentos e reuniões. a força ou qualidade do relacionamento. Mas quais são 5. Flexibilidade: grau de ajuste que cada parceiro os fatores que influenciam a confiança, o compromefaz no próprio comportamento para atender às necestimento e a dependência desses parceiros? Este artigo sidades do outro frente à nova conjuntura. Na prática, apresenta 14 fatores que impactam a magnitude do rea flexibilidade pode ser entendida como a reação dos lacionamento. Estes fatores serão chamados de elemenparceiros aos pedidos de ajustes de última hora. tos do relacionamento colaborativo. 6. Investimentos dedicados: colaborações sustentáveis são suportadas por investimentos como instalaElementos do ções, recursos humanos, tempo, treinamento, atualirelacionamento colaborativo zação de tecnologia e equipamentos. Ativos dedicados demonstram compromisso. Uma empresa só investirá Os elementos do relacionamento colaborativo são no relacionamento por meio de ativos dedicados se escomponentes de gestão da parceria, como atividades tiver convencida de que a parceria será de longo prazo, em conjunto e processos usados para construir e susque ambos os parceiros terão vantagens e que o cliente tentar uma parceria. A forma que os parceiros irão conão atuará de forma oportunista. locar os componentes em prática e a sua gestão vão 7. Expectativa de continuidade: é a crença de que determinar como a parceria opera. As parcerias podem a relação continuará no futuro, sem prazo para termifalhar se os componentes não forem implementados apropriadamente. A seguir, será apresentada uma lista de 14 elementos envolvidos no desenvolvimento de uma relação colaborativa. Essa lista, no entanto, não se esgota, e novas variáveis podem ser adicionadas por executivos ou outros pesquisadores. 1. Alinhamento de objetivos estratégicos: alinhamento e compartilhamento de objetivos estratégicos comuns, proporcionando foco para o relacionamento e forte razão para a continuidade da relação. 2. Medidas de desempenho definidas em conjunto: definição de Figura 2 - Perfil dos respondentes Junho/2015 - Revista Tecnologística - 155


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nar, com expectativas de longo prazo e gerando negócios repetidos. Os relacionamentos de longo prazo não são necessariamente permanentes, o que mantém cada um motivado para fazer o melhor para o outro e confirma que cada parceiro tem mais a ganhar com o relacionamento do que com seu término. 8. Especificação de funções e regras: formalização de regras básicas Figura 3 - Importância do cliente escolhido e responsabilidades, que definem expectativas e estabelecem procedimen13. Frequência de interação: frequência de comutos para lidar com a rotina e com o inesperado, ajudannicação e volume de negócios realizados que levam a do a evitar ou a resolver conflitos. expectativas de interações futuras. 9. Planejamento conjunto: o planejamento con14. Conhecimento sobre o parceiro: entendijunto deve definir como as atividades logísticas serão mento das capacidades, limitações, dificuldades e integradas e deve especificar como os requisitos de caestratégias que cada parte possui, incluindo visitas pacidade e nível de serviço serão atendidos, sendo netécnicas às instalações. cessário para coalinhar as operações. 10. Solução de problemas em conjunto: solucioA pesquisa nar problemas em conjunto pode melhorar o processo de desenvolvimento de ideias e quebrar barreiras entre Realizou-se uma pesquisa com 83 operadores loos parceiros. O surgimento de problemas é uma oporgísticos brasileiros para identificar se os elementos do tunidade de explorar questões como confiança, sucesso relacionamento colaborativo eram encontrados nessas compartilhado e expectativas de longo prazo. organizações. O perfil dos respondentes foi basicamen11. Equipe conjunta: formação de equipes multe composto por gerentes e diretores (76%) das áreas de tifuncionais e interorganizacionais responsáveis por Operações/Logística e Comercial/Vendas (82%), conidentificar problemas e tomar decisões para resolvê-los. siderados os mais aptos a responder questões sobre o 12. Envolvimento da alta gerência: compromisso, aprorelacionamento colaborativo com o cliente. vação e atenção da alta gerência para o relacionamento no Logo no início do questionário, o operador logístico que diz respeito a planejamentos, investimentos e decisões. foi convidado a escolher um cliente considerado importante para os negócios da empresa, por ser um cliente parceiro ou um cliente com alta representatividade no faturamento. A maioria das perguntas referia-se ao cliente escolhido e o operador deveria respondê-las baseado no relacionamento com este cliente. As primeiras perguntas do questionário referiam-se aos primeiros 12 elementos do relacionamento colaborativo listados anteriormente. Já os outros dois itens que completam a lista dos 14 elementos que caracterizam o relacionamento colaborativo foram questionados em perguntas adicionais. Nas primeiras 12 questões, o operador logístico respondeu em que nível, de 1 a 5, concordava com a presença daquele elemento no relacionamento com o cliente escolhido. O gráfico da figuFigura 4 - Este item existe no relacionamento com o seu cliente? (média das ra 4 apresenta a média das respostas. respostas dos operadores logísticos) 156 - Revista Tecnologística - Junho/2015


Observa-se que os elementos mais presentes nas relações de colaboração entre operadores logísticos e embarcadores no Brasil são medidas de desempenho em conjunto, envolvimento da alta gerência e investimentos dedicados. Por outro lado, o compartilhamento de informação e o compartilhamento de riscos e benefícios foram os menos encontrados nas relações de parcerias na terceirização logística. Este resultado é uma consequência do baixo nível de confiança existente entre operadores e clientes, mesmo entre aqueles que se consideram parceiros. Para avaliar o 13º elemento de relacionamento, questionou-se ao operador qual a frequência Figura 5 - Frequência de interação entre o operador logístico e seu cliente de interação com seu cliente. Este é um importanque as partes interagem e no volume de negócios reate indicador sobre a magnitude do relacionamenlizados. O gráfico a seguir mostra que 80% dos responto, pois uma grande frequência de contato leva a uma dentes interagem com o cliente escolhido pelo menos maior expectativa de interações futuras. Por isso, é de uma vez ao dia. se esperar que a frequência de interação tenha um efeiPor último, o 14º elemento trata do conhecimento positivo na cooperação. O sucesso na relação cliento do operador logístico sobre as operações do cliente-fornecedor está baseado na frequência relativa com


ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

te e vice-versa, sendo este um fator determinante para o sucesso do relacionamento. O conhecimento sobre dificuldades e estratégias do parceiro, além de visitas técnicas às plantas e centros de distribuição, é essencial para esclarecer cada um sobre políticas, culturas, sistemas e padrões, sendo um dos elementos da integração estratégica. Na pesquisa realizada, o operador logístico respondeu em que nível, de 1 a 5, ele conhecia a estratégia, as limitações e dificuldades, a capacidade e as instalações do cliente, assim como qual o nível de conhecimento que o operador considerava que o cliente tinha sobre ele. Em média, os operadores logísticos têm a percepção de que conhecem pouco sobre as estratégias dos clientes e suas limitações e dificuldades se compararem ao conhecimento sobre suas instalações e capacidades. Ele tem uma percepção parecida do conhecimento que o embarcador tem sobre o operador, ou seja, de que o conhecimento sobre questões operacionais é maior do que o conhecimento sobre estratégias e dificuldades. Este é um indicador fundamental para uma parceria, pois quanto mais o operador conhece sobre o cliente, mais ele confia informações estratégicas a esse embarcador. Por isso, se o operador logístico e o cliente querem alcançar altos níveis de colaboração, antes de tudo é preciso conhecer ou deixar que o parceiro conheça suas instalações, capacidades, limitações e estratégias.

texto, foi investigada a presença de 14 elementos no relacionamento entre provedores de serviço logístico e seus principais clientes. Nos relacionamentos investigados, os elementos mais presentes foram medidas de desempenho em conjunto, investimentos dedicados, especificações de funções e regras e envolvimento da alta gerência. Esses elementos muitas vezes também estão presentes em relacionamentos de menor magnitude. Ou seja, o relacionamento não precisa ser de longo prazo ou colaborativo para que haja a especificação de funções e regras ou investimentos dedicados. Já os elementos menos encontrados nos relacionamentos brasileiros são exatamente os mais importantes para caracterizar uma colaboração. São eles o compartilhamento de riscos e benefícios, o conhecimento das limitações e estratégias do cliente por parte do operador e o conhecimento das limitações e estratégias do operador por parte do cliente. Assim, os resultados encontrados mostram evidências de que os relacionamentos brasileiros mais próximos não atingem níveis de colaboração plena que envolvam o compartilhamento de riscos e informações estratégicas. Isto indica que as relações existentes entre operadores logísticos e seus clientes no Brasil estão mais próximas de ser uma prestação de serviços comum, e menos de ser uma parceria colaborativa.

Referências Conclusões A colaboração entre os operadores logísticos e seus clientes traz benefícios mútuos para ambas as partes. Para tanto, o relacionamento precisa estar baseado em confiança, compromisso e dependência. Alguns elementos são importantes para alcançar altos níveis de confiança, compromisso e dependência entre o operador logístico e o embarcador. Nesse con-

Figura 6 - Conhecimentos sobre os parceiros (média das respostas dos operadores logísticos) 158 - Revista Tecnologística - Junho/2015

DAUGHERTY, Patricia J., 2011. Review of Logistics and Supply Chain Relationship Literature and Suggested Research Agenda. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, v. 41, n. 1, p. 16-31. HUBER, Beatris, 2012. Relacionamento Colaborativo na Terceirização Logística. Um Estudo com Operadores Logísticos no Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração) – COPPEAD, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). NYAGA, Gilbert N.; WHIPPLE, Judith M.; LYNCH, Daniel F., 2010. Examining Supply Chain Relationships: Do Buyer and Supplier Perspectives on Collaborative Relationship Differ? Journal of Operations Management, v. 28, n. 2 , p. 101-114. SLACK, Nigel; LEWIS, Michael, 2009. Estratégia de Operações. Porto Alegre: Bookman.

Beatris Huber Consultora Instituto de Logística e Supply Chain beatris.huber@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000



EVENTOS

Divulgação

Brasil e Alemanha debatem a logística em conferência no Rio de Janeiro

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Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro sediou, no dia 29 de abril, a 5ª edição da Conferência de Logística Brasil-Alemanha. Estiveram presentes no evento, que acontece a cada dois anos, autoridades, executivos e acadêmicos brasileiros e alemães, com o objetivo de debater soluções para um sistema logístico nacional eficiente tanto física quanto economicamente. No total, a conferência contou com cerca de 200 participantes. Além de especialistas dos dois países, o evento reuniu empresários e representantes de setores ligados à indústria para falar de logística e mobilidade como fatores primordiais para garantir a competitividade econômica de ambas as nações. Os trabalhos tiveram início com a abertura de Sergio Boanada, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro, seguido por Pablo Fonseca Pereira dos Santos, subsecretário de Regulação e Infraestrutura da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministro da Fazenda, e 160 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Edinho Araújo, ministro da Secretaria Nacional de Portos. Após a abertura, deu-se início às discussões principais do evento, sob o tema Brasil 360° ao Olhar de Investidores, com os tópicos Por que Investir no Brasil?, com Alexander Busch, jornalista e correspondente de veículos alemães e suíços; Oportunidades de Supply Chain no Brasil, com Hubertus Köhne, vice-presidente de Supply Chain América do Sul da AGCO; e um estudo de caso de sucesso de uma empresa alemã no Brasil, com Tobias Herrmann, diretor de Logística da BMW do Brasil. Ainda na parte da manhã, seguiram-se os temas A Evolução da Infraestrutura Brasileira, com Stephan Gruener, presidente da BMS Logística; Panorama da Infraestrutura Logística do Brasil pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com Cleverson Aroeira da Silva, chefe do departamento de Transportes e Logística do BNDES; O que Esperar das Olimpíadas de

2016 a Partir do Legado da Copa 2014?, com Rodrigo Tostes, diretor executivo de Operações do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016; e A Logística de Real Estate no Brasil: Desafios e Oportunidades, com Hardy Milsch, gerente-geral da Prologis no Brasil. Na parte da tarde, aconteceu o painel Logística Urbana: As Restrições e o Entrave para os Custos Logísticos, moderado por Frank Straube, diretor executivo da Universidade Técnica de Berlim, e com participação de Delmo Manoel Pinho, subsecretário de Estado da Secretaria de Estado de Transportes do Rio de Janeiro, de Hugo Yoshizaki, professor da Universidade de São Paulo, e Paulo Mendes Jr., diretor sênior global de Planejamento e Estratégia de Supply Chain da Coca-Cola Company. Logo depois, a diretora de Estratégia e Gestão e de Logística da Vale, Giane Zimmer, apresentou uma palestra intitulada Desafios de uma Logística Eficiente e Competitiva para a Maior Exportadora de Minérios de Ferro do Mundo. No último painel do dia foram abordados os temas Benchmark for Outsourcing in Logistics, com Cesar Meireles, diretor executivo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol); A Prestação de Serviços Logísticos no Brasil/América Latina Ainda Vale a Pena?, com Andreas Knierim, vice-presidente de Planejamento e Logística América Latina para Automotive Aftermarket da Bosch; Ainda Tem Oportunidade para a Logística Agregar Valor à Indústria?, com Maurício Barros, vice-presidente de Operações da DHL; e Best Practices: Experiências de uma Multinacional Alemã no Brasil, com Marco Saltini, diretor da MAN Latin America. “Essa edição foi surpreendentemente


boa porque, dessa vez, ela foi realizada em um espaço menor, dentro do prédio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o que garantiu um maior envolvimento dos presentes. Além disso, tivemos pautas que geraram um nível de discussão e liberdade muito grandes, dando autonomia aos executivos das grandes empresas para discutir claramente seus pontos de vista”, diz Mario Mendonça, presidente do Grupo de Logística da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro. “Também tivemos representantes do governo federal e do governo estadual do Rio de Janeiro, que posicionaram os executivos em relação aos investimentos

em infraestrutura feitos no estado e no país. O evento foi especialmente envolvente”, completa. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere germânica, a Federação das Indústrias Alemãs (BDI), a Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil. De acordo com a CNI, entre 2009 e 2013 o intercâmbio comercial entre os países aumentou 35,5%, passando de US$ 16,04 para US$ 21,73 bilhões. Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro: (21) 2224-2123

Feira reúne gigantes da logística na Europa

A

Reprodução

Revista Tecnologística visitou a 15ª edição da feira Transport Logistic, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de maio, em Munique, na Alemanha. Voltada para assuntos como mobilidade, tecnologia aplicada, engenharia de transporte e máquinas para embalagens, o evento recebeu mais de 55 mil visitantes de 124 países que puderam conferir a participação de 2.050 expositores. Dentre as empresas presentes estavam expoentes da logística com operações inclusive no Brasil, como SSI Schaefer, Ceva, Toyota Material Handling, DHL, Kalmar, Terex,

Kuehne+Nagel, Hamburg Süd, Panalpina, DB Schenker e Dachser, além das principais montadoras de caminhões, companhias aéreas e de transporte ferroviário e diversos portos ao redor do mundo, em especial da Europa e da Ásia. Em paralelo às exposições, a Transport Logistic apresentou ainda uma programação de fóruns e debates a respeito do cenário logístico mundial, que contou com a presença de empresas e autoridades de países como Áustria, Suíça, Espanha e China. As possibilidades de comércio entre a Alemanha e os países da Ásia foram, inclusive, o principal tema desta edição do evento. Organizada pela Messe München International, a Transport Logistic acontece a cada dois anos e, em 2017, será realizada entre os dias 9 e 12 de maio.

www.transportlogistic.de


Divulgação

ARTIGO

Transformando o diálogo entre Vendas e Operações para aumentar as vendas Rudolf Rosas Flunger

A

melhoria da coordenação entre Vendas e Operações torna-se uma vantagem competitiva nos segmentos de indústria onde a disponibilidade e a confiabilidade são fatores críticos de sucesso. Quanto melhor a eficácia da cadeia de suprimentos, melhores são as perspectivas de ganhar mercado. Um passo fundamental para a eficácia é juntar os responsáveis de Vendas e Operações, removendo barreiras culturais e organizacionais, aumentando a transparência, construindo relações de confiança e alinhando os objetivos gerenciais.

Um segmento industrial altamente dependente da cadeia de suprimentos A implementação de processos de planejamento de vendas e operações (S&OP) é um desafio muito exigente. Uma pesquisa da Association for Operations Management (Apics) mostrou que a falta de coordenação estratégica entre departamentos e a insuficiente interação e envolvimento entre grupos 162 - Revista Tecnologística - Junho/2015

são as barreiras mais comuns. Vamos analisar os desafios na implementação de novos processos de S&OP para uma multinacional no Brasil. A empresa tem metas ambiciosas de vendas e foi demonstrado que sem melhorar as suas capacidades na cadeia de suprimentos seria impossível alcançá-las. Ela fornece uma ampla gama de equipamentos de automação para diversos segmentos da indústria. Crescimento sempre impõe um número de obstáculos operacionais e de coordenação, mas neste caso específico os desafios da cadeia de suprimentos foram ainda mais críticos. O setor de equipamentos de automação está bem desenvolvido no Brasil, mas é altamente dependente de importações. As mais importantes empresas do setor são multinacionais que trazem do exterior uma quantidade significativa dos equipamentos ou peças que vendem no Brasil. Mesmo as empresas (locais ou multinacionais) com fabricação local dependem, em certa medida, de materiais e peças do exterior. No caso específico desta empresa, uma parte representativa das suas ven-

das no Brasil vem de importações e a outra, de produtos de engenharia que exigem um esforço conjunto da cadeia de suprimentos e da produção. Existem dois fatores críticos de sucesso: disponibilidade e confiabilidade. Como uma importante fonte de negócios é servir às necessidades de manutenção de clientes industriais (usuários finais), a disponibilidade de produtos é crucial para os clientes. Como a empresa é bem conhecida no mercado, uma vantagem competitiva importante é ter um estoque local para atender às demandas do cliente rapidamente. Confiabilidade é fundamental por duas razões. Em primeiro lugar, servir a manutenção, corretiva ou preditiva, exige o perfeito cumprimento dos pedidos (tempo, quantidade e qualidade), dado que as operações dos clientes estão em risco. Em segundo lugar, fabricantes de equipamentos originais (OEM) também são uma fonte significativa de negócios, e eles dependem de horários confiáveis para o planejamento da produção. Problemas nos prazos de entrega comprometem a


programação da produção e, em consequência, os negócios. Neste caso, uma série de questões tem impacto na disponibilidade e na confiabilidade: • Complexidade: a empresa vende mais de 600 mil SKUs diferentes. Uma parte significativa dos SKUs são variações sobre um número limitado de categorias e linhas de produtos, sendo normalmente variantes das especificações dimensionais. Este é um problema crítico para a previsão de demanda de cada SKU e os inventários necessários; • Procedimentos de importação no Brasil: desvios nos prazos dos procedimentos de importação são frequentes e significativos. Cada SKU deve cumprir com um número importante de normas de importação. Dependendo da origem e da classificação do produto, os impostos são diferentes e eventualmente os procedimentos de importação variam; • Custo de transporte: o modal mais eficiente em custo é o transporte marítimo. No entanto, seu tempo de trânsito é dilatado, dado que a maior parte dos produtos vem da Ásia. Quando um cliente tem uma urgência, o equipamento deve ser importado por via aérea, aumentando significativamente seu custo de transporte. A antecipação da demanda permite importações por via marítima, reduzindo o custo de transporte e, em consequência, facilitando sua competitividade de preço. O problema a ser endereçado é como servir competitivamente o mercado. A resposta é simples: ter um inventário alinhado com a demanda do mercado a preços competitivos. Fácil de ser dito, difícil de implementar.

O desafio-chave: a transformação organizacional A organização passou por várias mudanças que comprometeram as competências disponíveis para o pla-

nejamento e a execução. Esta situação petências limitadas é um grande desafio afetou todas as áreas relacionadas: En- a ser vencido. genharia, Logística e Vendas. Adicionalmente, o nível de maturidade dos Solução: a implementação de um processos não permitia a suficiente novo processo de S&OP transparência. A organização carecia de um conjunto adequado de indicadoUtilizou-se uma abordagem que enres-chave de desempenho para apoiar a tomada de decisão eficaz. O suporte dereçava simultaneamente os elemende tecnologia da informação também tos-chave de um processo de gestão: 1 - Imperativos estratégicos: era limitado, comprometendo a credibilidade das informações disponíveis. qualquer iniciativa de transformação Além disso, atividades de planejamen- deve ter prioridades claras alinhadas to e coordenação eram distribuídas em com a estratégia da empresa. O pridiferentes áreas, dificultando a devida meiro passo é definir claramente as prioridades da iniciativa. A empresa alocação de responsabilidades. A falta de informações confiáveis escolheu o nível de serviço, uma dimotivou que cada área resolvesse os mensão fundamental de satisfação problemas a partir de sua própria pers- do cliente, como principal objetivo pectiva, sem uma coordenação ade- operacional a fim de estar alinhado quada. A área de Vendas solicitava aos objetivos globais de aumento de aumentar os inventários para anteci- vendas e participação de mercado. par potenciais problemas na cadeia de A seguinte decisão-chave foi a de fosuprimentos e engenharia. Este foi um car na dimensão organizacional do primeiro passo em direção ao efeito problema. Embora haja um compochicote (bullwhip effect). Prazos espera- nente fundamental de tecnologia da dos também foram alterados e influen- informação em qualquer iniciativa ciaram as operações. de S&OP, considerou-se que a dimenDo outro lado, a área de Operações são organizacional era mais crítica percebia as distorções nos requerimen- no início. Melhorias em sistemas de tos de vendas atuando sem uma preocupação adequada sobre eles. Ajustes de tecnologia não foram realizados Pessoas adequadamente gerando inconsistências Estrutura nas informações para organizacional a tomada de decisões. Por conseguinte, uma Imperativos dinâmica operacional estratégicos de baixa confiabilidade nas informações se instalou na empresa, Indicadores-chave criando atrito e desende desempenho Processos de tendimento entre áreas. planejamento A implementação de um processo de coordenação dentro de uma organização fragmentada com capacidades e comJunho/2015 - Revista Tecnologística - 163


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tecnologia e ferramentas de suporte de decisão também foram propostas e implementadas, e uma iniciativa de Business Intelligence foi lançada para melhorar o apoio às decisões de gestão, mas a empresa não iniciou a implementação de ferramentas sofisticadas de tecnologia da informação na primeira fase; 2 - Estrutura organizacional: a estrutura organizacional responsável pelo planejamento da demanda e da cadeia de suprimentos foi reformulada. Todas as atividades de planejamento e controle logístico, incluindo a gestão dos pedidos dos clientes, foram centralizadas em uma única área. Os processos e atividades do contact center foram redefinidos incorporando pessoas dedicadas para capturar todas as necessidades e reclamações dos clientes. Uma estrutura de gerenciamento de projeto foi estabelecida para cuidar da implementação de todo o processo; 3 - Processos de planejamento: diferentes processos foram redesenhados e outros novos foram implementados. Estabeleceu-se uma reunião semanal da coordenação entre Vendas e todas as áreas operacionais (Logística, Engenharia e Produção). Modelos de análise foram usados para orientar o processo de decisão. Foi implementada uma metodologia de análise regular dos indicadores de desempenho. No início, o foco das reuniões era a melhoria dos processos, mas elas gradualmente mudaram para encontros focados em planejamento e controle. As necessidades de vendas eram capturadas na reunião semanal de gestão de vendas utilizando um modelo pré-definido. A prioridade inicial foi garantir a entrega correta dos pedidos dos clientes. Um processo de acompanhamento da qualidade da entrega foi implementado, gerando um relatório diário de monitoramento dos pedidos 164 - Revista Tecnologística - Junho/2015

entregues no prazo. Todos os departamentos operacionais foram levados a implementar melhorias nos processos de gestão. Cada departamento estabeleceu seus próprios processos de gestão, incluindo o monitoramento de um melhor conjunto de indicadores de desempenho; 4 - Indicadores-chave de desempenho: a empresa tinha uma tradição de monitoramento de um extenso conjunto de indicadores sem uma perspectiva específica da cadeia de suprimentos. Sua relevância era restrita e a qualidade dos dados era limitada. Em consequência, a credibilidade do nível de serviço da cadeia de suprimentos era muito baixa. Para alterar isso, foi necessário implementar um indicador muito simples da entrega dentro do prazo, monitorado diariamente. Focar em um indicador simples, mas relevante, deu credibilidade à iniciativa. Gradualmente, foram incorporados outros indicadores de desempenho. Logo, perspectivas diferentes (nível de detalhe) dos mesmos indicadores foram implementadas, permitindo a identificação das causas-raiz dos problemas. Um estímulo para a melhoria foi a implementação de um processo simples onde o responsável pelo monitoramento também era responsável por propor soluções para as lacunas identificadas; 5 - Pessoas: um número significativo de alterações foi feito na equipe. Não foram demitidos profissionais porque foram encontradas oportunidades para eles em outras áreas da empresa. No entanto, novas competências foram incorporadas no departamento de Logística, bem como no contact center. Uma nova abordagem para a gestão de competências foi implementada, identificando o verdadeiro talento dos profissionais e redirecionando-os para posições onde eles poderiam ter um melhor desempenho. Foi dada uma forte ênfase ao desenvolvimento

das competências de planejamento. A abordagem escolhida foi a formação no trabalho em vez de cursos formais. Passar tempo suficiente com a equipe, compartilhando experiências e coaching em todos os níveis profissionais, demonstrou ser a abordagem mais adequada para a organização.

Benefícios das iniciativas Embora a iniciativa não tenha seguido o caminho tradicional da implementação de S&OP, sua essência estava absolutamente ancorada nos princípios de reunir a gestão da demanda e o planejamento de operações. O próximo passo seria a implementação de melhores ferramentas de suporte à decisão, trazendo abordagens analíticas mais sofisticadas. A experiência foi extremamente rica e trouxe contribuições importantes para a empresa: • Resultados quantitativos: o nível de serviço melhorou expressivamente. O indicador de pedidos entregues no prazo aumentou significativamente, reduzindo em mais de 50% o volume de pedidos em atraso. As devoluções e outros indicadores operacionais se deterioraram no início. No entanto, comprovou-se que o desempenho atual não era corretamente medido. Uma vez que o desempenho real da operação foi capturado e tornou-se transparente para todos os interessados, foi possível identificar as causas-raiz dos problemas. Ações efetivas foram implementadas e melhorias foram alcançadas. A integração na organização dos novos processos de coordenação foi fundamental para alcançar as melhorias; • Resultados qualitativos: A dinâmica organizacional mudou expressivamente. Em primeiro lugar, o aumento da transparência trouxe um aumento na accountability, facilitan-



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do a identificação dos responsáveis por qualquer problema na cadeia de suprimentos. Em segundo lugar, ficou clara para cada um dos profissionais a sua contribuição no processo. Os objetivos foram alinhados, aumentando a eficácia dos esforços de cada participante dos processos. A reunião de coordenação serviu para conscientizar a todos os participantes das dificuldades que os seus pares de outras áreas enfrentavam. Um renovado espírito de equipe se estabeleceu quando se tornou evidente que cada departamento estava fazendo o seu melhor esforço para cumprir suas responsabilidades. A iniciativa também enviou uma mensagem clara para toda a empresa de que o nível de serviço era uma prioridade e que toda a organização estava empreendendo seus melhores esforços para isso. O uso de modelos preestabelecidos e uma metodologia de análise estável elevou a objetividade das discussões, mudando a cultura de culpar-se para uma cultura orientada para soluções. Um resultado importante da iniciativa foi o aumento de vendas e da participação de mercado. Não houve uma pesquisa de satisfação formal, mas a partir de contatos com os clientes ficou claro o reconhecimento das melhorias por parte do mercado. Mais importante ainda foi a renovada confiança da força de vendas sobre a capacidade da empresa em cumprir as suas promessas, aumentando a motivação dos vendedores para oferecer o portfólio completo, incluindo os produtos mais complexos. Uma série de medidas adicionais foi tomada para melhorar as vendas, mas objetivamente é possível afirmar que um fator crítico no aumento das vendas foram as melhorias no processo geral de S&OP.

Lições aprendidas S&OP depende profundamente de pessoas, processos e tecnologia. 166 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Ferramentas analíticas e sistemas de apoio à decisão são fundamentais para ganhar eficácia nos processos de planejamento, mas sem endereçar a dimensão humana, qualquer avanço está em risco. A dimensão processo também é muito importante. Processos estruturados e compartilhados por todos os envolvidos e implementados com os recursos necessários são cruciais para S&OP. Neste caso, a base para as melhorias foi o trabalho na dimensão humana. Apesar de algumas práticas de gestão estarem ligadas ao mercado brasileiro, as questões-chave da iniciativa podem ser encontradas em qualquer empresa no mundo. Um desafio-chave foi transformar o que chamamos de Cultura dos Heróis para uma Cultura de Processos. Alguns profissionais da empresa dominavam informações-chave e tinham know-how, tornando-se essenciais para realizar com sucesso os pedidos mais complexos. Em vez de seguir os processos formais, alguns vendedores preferiam pedir ajuda aos heróis. O problema é que, como indivíduos, eles tinham uma capacidade limitada para ajudar a todos, tornando os resultados irregulares. A variabilidade nos pedidos foi reduzida desenhando novos e mais simples processos, assim como reforçando a necessidade de seCÍRCULO VIRTUOSO

Melhorar a con¿abilidade

Aumentar a força de vendas

Aumentar a satisfação do cliente

guir processos padronizados. Desta forma aumentou-se a consistência do nível de serviço. Embora possa parecer contraintuitivo, a empresa enfrentou forte resistência dos heróis e dos usuários. Estas práticas davam poder e reconhecimento para os heróis. Eles eram elogiados em toda a organização como as pessoas que resolviam os problemas. Mudando a empresa para processos padronizados foram reduzidos o seu poder, influência e importância. Os heróis não eram abertamente contra a implementação dos novos processos, mas tentavam preservar as velhas práticas. Por outro lado, alguns vendedores também eram contra as mudanças, pois tinham uma proximidade especial com os heróis, o que permitia que fossem favorecidos pelas velhas práticas. A mudança para processos padronizados os colocou no mesmo nível de serviço que toda a organização. Em consequência, os usuários privilegiados também eram muito resistentes às mudanças. As reuniões semanais de S&OP foram importantes para quebrar este círculo vicioso. A utilização de modelos com poucos e simples indicadores gerou uma conscientização das necessidades de todos, compartilhando o status dos pedidos mais importantes e da operação como um todo. Com frequência foi necessário chamar a atenção dos heróis quando se desviavam dos processos padronizados. Os vendedores foram proibidos de entrar em contato diretamente com heróis e todas as suas necessidades foram canalizadas por meio de processos padronizados para uma equipe dedicada. Logo a organização percebeu que era melhor ter uma equipe de vários profissionais, servindo as necessidades de todos, em vez de poucos heróis. Uma vez que os procedimentos começaram a ganhar força, a melhoria de nível de serviço ficou evidente para todos os interessados.


Outros benefícios foram a regularidade e a eficiência adquiridas no armazém. O processo de planejamento tornou-se capaz de antecipar necessidades evitando sobressaltos de última hora para entregar encomendas críticas. Como na maioria das organizações de vendas, existem metas mensais e um número significativo de pedidos concentra-se nos últimos dias do mês. Como resultado das mudanças, as necessidades dos clientes (demanda e pedidos de vendas) são antecipadas e estimadas adequadamente, o que permite uma operação mais regular no armazém. Para alterar a dinâmica organizacional foi utilizado um processo de coaching constante nas reuniões de gestão e um processo de coaching individual dos principais gestores. Um esforço significativo foi dedicado a reuniões individuais, explicando a abordagem e a importância dos processos padronizados. Também foi importante dar respostas concretas e rápidas às necessidades dos diferentes gestores. A melhora da função de suporte de vendas fez desnecessário chamar os heróis, dado que havia um canal mais eficiente para atender às necessidades de força de vendas. Mesmo tendo atingido resultados significativos, existem grandes desafios a superar. Enquanto os novos processos estão sendo assimilados pela organização, relaxar no acompanhamento dos procedimentos padronizados e não investir em melhorias contínuas podem fazer com que as realizações sejam perdidas, e que as antigas más práticas organizacionais retornem.

Conclusões A implementação S&OP traz resultados ência, eficácia e um mento estratégico na melhor alinhamento

de práticas de tangíveis: eficimelhor alinhaorganização. O entre a gestão

da demanda e as operações cria um ambiente favorável que promove a motivação da força de vendas. O objetivo é transformar o planejamento de vendas e operações em um diálogo estratégico, trazendo um círculo virtuoso de melhor nível de serviço que aumente a satisfação do cliente e se traduza em maiores vendas. Outro círculo virtuoso adicional também se inicia quando o melhor nível de serviço e o alinhamento estratégico aumentam a motivação da força dos esforços de vendas, o que certamente se traduz em maiores vendas. Uma vez atingido um nível satisfatório de confiabilidade, o foco deve mudar, por um lado, para a eficácia das vendas e, por outro lado, para a agilidade nas operações. Semelhante às iniciativas de lean manufacturing, o primeiro passo foi reduzir a variabilidade dos processos. Em seguida, melhorias nos resultados em indicadores-chave de desempenho devem ser perseguidos. A implementação de ferramentas analíticas mais avançadas de suporte de vendas aumenta a eficácia, exigindo também uma iniciativa de melhoria contínua dos processos de gestão de vendas e de S&OP. Apesar dos problemas de implementação estarem vinculados à dinâmica específica da organização e a condições únicas do Brasil, alguns princípios universais podem ser extraídos deste caso. Endereçar primeiro os desafios organizacionais construirá as bases para um processo sustentável de melhoria das vendas que traga uma importante vantagem competitiva e é a pedra fundamental de qualquer iniciativa de transformação de S&OP. Rudolf Rosas Flunger Managing partner Flunger & Company rudolf.rosas@flunger.com.br Tel.: (11) 5185-2870


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Novo semirreboque baú lonado, da Guerra

A fabricante de implementos rodoviários Guerra incorporou um novo modelo à sua linha de equipamentos Garra. Trata-se do semirreboque baú lonado, destinado ao transporte de mercadorias encaixotadas e paletizadas. Com capacidades volumétricas que variam de 28,3 m³ a 106 m³, a nova gama de implementos possui bitolas do eixo e do chassi extralargas, que garantem maior estabilidade lateral e, consequentemente,

maior segurança. A porta traseira conta com chapa planificada pré-pintada branca, que proporciona rigidez e integridade, evitando ondulações e deformações. O sistema de engate do varão é dotado, em suas extremidades, de peças com formato exclusivo da marca que seguem o conceito dos modelos utilizados internacionalmente em contêineres, o que reduz o movimento vertical das portas quando o equipamento está se deslocando. Os mancais são feitos de polímero e são autolubrificantes, permitindo melhor funcionamento devido ao baixo atrito entre as partes em contato. No lado interno, as travessas de contenção são galvanizadas, tornando-se mais resistentes a intempéries. Além disso, elas possuem acabamento superficial em padrão automotivo. (54) 3218-3500

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Empilhadeiras a combustão C-5, da Crown

Focada nas operações em ambientes severos, a Crown projetou as empilhadeiras C-5, construídas para resistir às mais diversas condições de trabalho, tanto em operações internas quanto externas. Com capacidade para até 2,9 toneladas, o equipamento possui mo168 - Revista Tecnologística - Junho/2015

tor industrial de 2,4 litros movido a gás liquefeito de petróleo (GLP), sistema de freios hidráulico e apresenta o dobro de vida útil das empilhadeiras convencionais. A série C-5 oferece conforto e segurança para o operador e facilidade de manutenção, com intervalos maiores. Isso significa mais tempo de funcionamento. Ela possui ainda um sistema de arrefecimento duplo, o on-demand cooling, que resfria separadamente o motor e a transmissão. As empilhadeiras são 100% produzidas pela Crown, em sua fábrica localizada em Ohio, nos Estados Unidos. (11) 4585-4040

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PRODUTOS

Palete de papelão ondulado, da MWV Rigesa

A MWV Rigesa apresenta ao mercado brasileiro o Palete de Papelão Ondulado. Com desenho inédito, o produto é uma nova alternativa para o transporte de cargas, podendo substituir os atuais paletes de madeira. Produzido com papel HyPerform, o Palete de Papelão Ondulado é resistente, leve e não possui farpas e pregos, oferecendo mais segurança e ergonomia no manuseio. Além disso, não demanda tratamentos fungicidas, necessários para os paletes de madeira. Sua capacidade de peso é de até 2 toneladas. Com patente requerida e atendendo às crescentes necessidades dos clientes, o palete da MWV Rigesa promove importantes ganhos ambientais, pois é mais leve se comparado aos concorrentes de madeira, e gera até 76% menos resíduos. O palete é one-way, ou seja, pode ser utilizado apenas uma vez. Também reduz em até 80% a emissão de gases de efeito estufa e o consumo de combustível, visto que o volume necessário de caminhões utilizados nas entregas é cinco vezes menor que na comercialização das versões de madeira, pois pode ser vendido desmontado. O novo produto é 100% reciclável e fabricado com matéria-prima proveniente de florestas com manejo sustentável, certificado pela Cadeia de Custódia Cerflor, programa coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e reconhecido internacionalmente pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), maior sistema de certificação florestal do mundo. (11) 3641-4766


A BFGoodrich lança no país seus pneus radiais de carga. A marca, que pertence ao Grupo Michelin, é voltada ao segmento de caminhões e ônibus e indicada para clientes que buscam produtos com preços mais acessíveis, sem abrir mão da qualidade. Os modelos lançados são o 295/80 ST 250, para ônibus e caminhões, recomendado para montagem em todas as posições; o 295/80 DR 550, pneu radial para caminhões recomendado para montagem exclusiva no eixo de tração; e o 215/75 ST 250, para veículos leves e semileves, para montagem em todas as posições. Os novos pneus, que são especialmente desenvolvidos para as condições de uso das estradas brasileiras, destinam-se a transportadores autônomos e pequenas e médias frotas, clientes que buscam um produto que tenha a performance alinhada ao preço inicial.

Os produtos entregam os benefícios mais valorizados pelos clientes desse segmento, que são desgaste uniforme, aderência em solo, dirigibilidade e controle do veículo, recapabilidade da carcaça e resistência a agressões e picotamentos. Os pneus têm escultura com quatro sulcos para melhor drenagem da água, permitindo uma boa aderência em pisos secos e molhados, além de desenho robusto da banda de rodagem, melhorando a dirigibilidade e o controle do veículo. A banda é ressulcável, aumentando o potencial de quilometragem em 1ª vida. A Michelin também oferece o serviço Recapagem Recamic para os pneus BFGoodrich em todo o território nacional. A proposta maximiza o aproveitamento da carcaça e reduz o consumo de matéria-prima. O lançamento é parte integrante da estratégia de crescimento da Michelin, anunciada pela empresa há pouco mais de um ano, que tem como meta renovar, até 2018, 85% do portfólio de produtos nos segmentos rodoviário, urbano e misto no transporte de cargas e passageiros. 0800 970-9400

Empilhadeiras para corredores estreitos, da Combilift A Combilift disponibiliza no mercado uma solução de movimentação para cargas paletizadas destinada a operações em corredores estreitos. A linha de empilhadeiras articuladas Aisle Master, fabricadas pela Combilift, permite aumentar o volume de carga nos armazéns devido a um melhor aproveitamento do espaço. Divulgação

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Novos pneus radiais, da BFGoodrich

Por sua capacidade de trabalhar em corredores menores, de até 2 metros, o equipamento aumenta a produtividade das operações e possibilita que um galpão logístico tenha uma área útil 20% maior para estocagem. Empilhando em alturas de até 15,6 metros, ele também pode ampliar o número de posições para armazenamento. As empilhadeiras Aisle Master apresentam capacidade de carga para até 2,5 toneladas, operam em qualquer tipo de piso, dentro e fora de prédios e estão disponíveis em versões elétricas ou movidas a gás liquefeito de petróleo (GLP). (51) 3077-7444

Solução na nuvem para a cadeia de suprimentos, da Infor A Infor, desenvolvedora de softwares empresariais, lançou uma nova versão do Infor Supply Chain Execution (SCE), ferramenta que combina a gestão de armazenamento, mão de obra, faturamento e transporte em uma única solução. Disponível também em nuvem, o lançamento oferece maior flexibilidade e reduz o investimento de capital com tecnologia, com uma implantação ágil, fácil e confiável. A solução foi projetada para ajudar os usuários a otimizar o inventário, o espaço de armazenamento e o trabalho, ao mesmo tempo que agiliza os processos da cadeia de suprimentos. O Infor SCE ajuda a viabilizar as melhores práticas da indústria para a entrega da informação de forma rápida, confiável e precisa aos usuários em toda a empresa. O ambiente em nuvem, altamente dimensionável, é de fácil manutenção e fornece segurança e flexibilidade, o que permite aos usuários resolverem eles próprios a maioria dos problemas, liberando o setor de tecnologia para que atue em outras necessidades e prioridades. A última versão do software oferece aos clientes acesso a aplicativos como o Infor Ming.le, uma plataforma social colaborativa, e o Infor ION, um middleware para integração que conecta sistemas operacionais. Com o Infor SCE, o cliente obtém dados essenciais e métricas que levam a uma qualidade maior na tomada de decisões dentro da cadeia de suprimentos. (11) 3331-9752 Junho/2015 - Revista Tecnologística - 169


AGENDA

NACIONAL TranspoSul 2015. Centro de Eventos Fiergs, Porto Alegre (RS). 23 a 25 de junho. Organização e informações: Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs). Tel.: (51) 3326-2906 comercial@setcergs.com.br www.transposul.com

Cursos de curta duração Gestão e Manutenção de Frota de Veículos. 22 de junho. Como Elaborar e Negociar Tabelas de Fretes no TRC. 27 de junho. Gestão da Performance da Frota de Veículos Através de Indicadores de Desempenho. 4 de julho. Curso Básico de Logística. 11 de julho. Todos em São Paulo (SP). Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística (Ceteal). Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Gestão por Indicadores de Performance (KPI): Monitorando e Melhorando a Performance de Processos e Resultados. 7 de julho. Planejamento de Vendas e Operações: S&OP e I.B.P. 23 e 24 de julho. Todos em Campinas (SP). Organização e informações: Cebralog. sac@cebralog.com www.cebralog.com.br Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Compras e Administração de Materiais. Gestão da Distribuição. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Tecnologia Aplicada à Logística. Todos com carga horária de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Carga horária: 18 horas. Logística Integrada. Logística Reversa. Logística de Transportes. Todos com carga horária de 24 horas. Administração de 170 - Revista Tecnologística - Junho/2015

Operações Logísticas. Carga horária: 30 horas. Gestão de Frotas. Carga horária: 30 horas. Operações de Logística Internacional. Carga horária: 30 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883-2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Gerência de Custos Logísticos. 24 e 25 de junho. Gestão Estratégica dos Transportes. 6 e 7 de julho. Todos no Rio de Janeiro (RJ). Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br

Cursos de longa duração Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Curso a distância. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. São Paulo, Águas de São Pedro (SP) e a distância. Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Bertioga (SP). Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Curso Livre em Almoxarife. Carga horária: 160 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160

horas. Curso Livre de Comprador. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883-2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Aperfeiçoamento em Logística Empresarial. Início em 7 de julho. Aperfeiçoamento em Gestão de Compras. Início em 7 de julho. Duração: 80 horas. Todos no Rio de Janeiro (RJ). Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Planejamento Integrado dos Estoques e da Produção. 10 de agosto até 5 de outubro. Inscrições até 11 de julho. Gerência de Transportes. 12 de agosto até 14 de outubro. Inscrições até 13 de julho. Todos em Campinas (SP). Organização e informações: Unicamp. Tel.: (19) 3521-2337 extensao@fec.unicamp.br www.extecamp.unicamp.br/cursoslogistica/ Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Advantech ................................................................ 17 Almi ........................................................................ 131 Amara ....................................................................... 51 Andreani................................................................... 71 Assine Tecnologística ............................................. 165 Autotrac.................................................................... 15 Bauko.................................................................3ª capa BCube ....................................................................... 75 BHZ Log.................................................................... 50 Brazilian Business Park ........................................... 123 Bresco ...................................................................... 45 Capital Realty ........................................................... 53 Cargomax ................................................................ 09 Carvalima ................................................................. 23 Cascade .................................................................... 39 Cassioli ................................................................... 143 Columbia.................................................................. 79 Combilift .................................................................. 13 Crown....................................................................... 29 FM Logistic ............................................................... 55 Ford ...................................................................30 e 31 Fórum de Logística Reversa .................................... 149 Fort Paletes ............................................................... 12 Generix..................................................................... 19 GKO.......................................................................... 11 GLP - Global Logistic Properties .............................. 63 Grupo TPC ............................................................... 99 Hammar ................................................................... 61 HBZ........................................................................... 43 ILOS ........................................................................ 159 Jetro .......................................................................... 57 JSL............................................................................. 87 Jungheinrich .......................................................... 135

L.Amorim ................................................................. 22 Locofer ..................................................................... 37 LogBras ................................................................... 139 Login ...................................................................... 115 Manserv .................................................................... 91 Mendonça & Associados ........................................ 157 Modern Logistic ....................................................... 67 NDG ......................................................................... 56 Opentech.................................................................. 24 Penske Logistics ....................................................... 95 Prologis..............................................................2ª capa Quantiq .................................................................... 65 RCG ........................................................................ 103 Retrak ..................................................................... 153 Rucker....................................................................... 35 Salvador Logística .................................................. 107 Sanca GTIS Embu II.................................................. 07 Sascar ........................................................................ 21 SESÉ Logística ......................................................... 111 SmartLog ...........................................................4ª capa Still ........................................................................... 59 T.A.T Log ................................................................ 145 Tecnologística Online ........................................... 167 Tegma ....................................................................... 05 Testo ....................................................................... 161 TK Logística .............................................................. 62 TNT......................................................................... 119 Tópico ...................................................................... 44 Track & Track ........................................................... 27 Truckpad ...........................................................46 e 47 Vialog ...................................................................... 83 VLI .......................................................................... 127 Whirpool .................................................................. 25




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