Revista Tecnologística Ed. 239 outubro 2015

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TECNOLOGIA

Mercado oferece ferramentas em constante evolução para otimizar as operações logísticas

LOGÍSTICA REVERSA

Assinatura dos acordos setoriais atrasa aplicação da PNRS

PBR Palete Padrão Brasil completa 25 anos

Luiz Carlos de Oliveira Junior, do Grupo LC: empresa de origem familiar se reestrutura em busca de profissionalização capa_239.indd 2

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SUMÁRIO

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MERCADO Siga todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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64 TRANSPORTE Visando uma operação otimizada e mais abrangente, o atacadista Martins buscou os serviços da Luzza Encomendas para distribuir seus produtos nos postos de venda de todo o estado do Paraná, com uma malha logística mais prática e eficaz

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor de logística

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ENTREVISTA O diretor executivo do Grupo LC, Luiz Carlos de Oliveira Junior, fala sobre a reestruturação da companhia, operador logístico especializado no mercado de pneus para caminhões leves e pesados

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TECNOLOGIA

68 PBR O Palete Padrão Brasil completa 25 anos e o setor comemora o sucesso de uma marca que redefiniu a logística no país, mas também alerta para problemas como a pirataria e o comércio de paletes usados

72 ILOS

A implementação de softwares de controle e gestão torna-se cada vez mais indispensável nas atividades de transporte e armazenagem e as soluções oferecidas no mercado evoluem rapidamente para melhor atender às necessidades das empresas de logística

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Segunda parte do artigo que analisa a cadeia logística de apoio offshore do setor de óleo e gás no Brasil busca entender como está estruturada a atividade e como se dá o relacionamento entre as empresas envolvidas do ponto de vista de processos, tecnologia e pessoas

AUTOMAÇÃO Viastore aplica os mais modernos conceitos e as mais novas tecnologias para centros de distribuição com o objetivo de tornar a estrutura da Bort Medical, na Alemanha, um exemplo de beleza e funcionalidade

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21º Fórum Internacional de Supply Chain e 16ª Expo.Logística, promovidos pelo Ilos, apresentam painéis de debates, cases, tutoriais, workshops, produtos, soluções e pesquisas inéditas a respeito do segmento

LOGÍSTICA REVERSA Assinatura dos acordos setoriais previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída há mais de cinco anos, demanda mais presteza para que a logística reversa de rejeitos do pós-consumo saia do papel e seja exercida de maneira plena pelos variados agentes que compõem cada um dos segmentos

EVENTO

Movimat chega à sua 30ª edição totalmente reformulada e, além de apresentar as principais novidades da logística, busca se estabelecer como plataforma de debate para todo o setor

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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

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AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários e eventos nacionais e internacionais do setor em nossa agenda

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EDITORIAL

Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Olhar para a frente

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s últimas notícias não têm sido animadoras para os brasileiros, é verdade. Com o dólar ultrapassando R$ 4, novos impostos e cortes de gastos sendo anunciados pelo governo e o partidarismo político cada vez mais à flor da pele, suplantando tópicos mais proveitosos para o bem maior, fica difícil traçar perspectivas promissoras para os negócios de uma maneira geral. Não por questões orgânicas, mas por imposição mercadológica, é em momentos como esse que as empresas precisam intensificar a busca por novas soluções para otimizar suas operações e procurar fazer mais com menos, tirando leite de pedra, esforçando-se para minimizar as despesas e tornar os procedimentos mais enxutos. E, como o leitor pode observar em nossa matéria de capa, a tecnologia aplicada às operações logísticas está disponível – e, graças à sua flexibilidade, ao alcance de todos – justamente para esse fim. Com ferramentas cada vez mais evoluídas e requintadas, os players do setor têm à sua disposição as mais variadas opções para aperfeiçoar o dia a dia dos trabalhos de transporte, armazenagem, gestão de estoque e todos os demais que compõem a cadeia logística. A evolução deve estar no cerne de qualquer atividade, é claro, sobretudo na logística, mercado em constante movimento. E foi exatamente isso que aconteceu há 25 anos, quando o Padrão Palete Brasil (PBR) foi estabelecido e redefiniu a logística nacional de tal maneira que hoje merece uma matéria especial exaltando o ativo e alertando o setor quanto à pirataria e ao comércio de unidades usadas, que tanto prejudicam o tão sonhado ciclo do palete. E inovar, uma das maneiras mais primordiais de se evoluir, é palavra de ordem no centro de distribuição da Bort Medical equipado pela Viastore na Alemanha. O espaço é exemplo de tecnologia aplicada à logística e aliada à beleza, fugindo dos padrões estéticos que estamos acostumados a associar aos armazéns em geral, e consiste em um benchmarking mundial. A terceirização, outra tendência de mercado, é o tema principal do case envolvendo o Grupo Martins e a transportadora Luzza Encomendas. Por meio da prestação do serviço de distribuição, a rede atacadista aprimorou o atendimento às lojas de todo o estado do Paraná, com uma operação mais simples e eficiente. Nesta edição revisitamos ainda um assunto já abordado em nossas páginas em 2013, mas que pouco evoluiu de lá para cá: os acordos setoriais previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos para a execução da logística reversa de rejeitos de pós-consumo. Apesar dos esforços do setor privado, a maior parte dos contratos ainda não saiu do papel e a sociedade de uma forma geral não se beneficia da reciclagem e da remanufatura dos itens. Por fim, na entrevista do mês você conhece mais a respeito do Grupo LC, operador logístico com forte atuação no mercado de pneus, que, diante de um cenário econômico instável, buscou o auxílio de uma consultoria para se reestruturar com o objetivo de profissionalizar sua gestão e continuar crescendo. Uma boa leitura, até novembro e que os próximos meses nos tragam ventos mais favoráveis. Shirley Simão

Ano XXI - N.º 239 - Outubro/2015 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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MERCADO

TA consolida marcas para atuar com bandeira única Transportadora Americana, TA Express e TA Logística serão unidades de negócio dentro do grupo Divulgação

clientes, tanto em processos de importação quanto de distribuição, expedição e transferência, com capacidade de atendimento de até 75 toneladas por dia”, explica Joel Oliveira de Souza, diretor de Operações da TA. Tecelagem, confecções, medicamentos, eletroeletrônicos e e-commerce são os setores mais expressivos entre os clientes da TA no Paraná. “O segmento de tecelagem, por exemplo, tem alta demanda e a TA atende às principais indústrias da área”, completa Souza. Além disso, a Store Automação concluiu, em setembro, a implantação de seu sistema WMS nos centros de distribuição da TA Logística. Devido às atividades de seus clientes, que não podiam sofrer rupturas, a empresa optou por uma implementação de longo prazo. O processo completo levou um ano e meio. Os CDs estão localizados nas cidaDivulgação

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TA decidiu conpresa, isso garantirá solidar suas agilidade para promomarcas Transver novos produtos e portadora Americana, avançar para novos niTA Express e TA Logíschos de clientes. tica para atuar sob uma As mudanças têm única bandeira, chapor objetivo adequar a mada simplesmente de empresa às necessidaTA. As marcas, que até des do mercado, que então eram individuarequer processos mais lizadas no trabalho em integrados, soluções suas respectivas áreas, customizadas e conheatuarão como unidacimento das caracteLuchiari: estamos sempre des de negócio dentro rísticas regionais e segdispostos a nos reinventar do grupo. O objetivo é mentadas. “Precisamos integrar a expertise de integrar os recursos cada divisão e operar como uma única para levar ao mercado o que ele exiempresa, com o conceito de one stop ge: melhores processos, com pessoas shop, otimizando recursos, amplian- qualificadas e custo compatível com a do a oferta de serviços, melhorando a realidade atual”, diz Luchiari. inteligência tributária e a capacidade A partir de agora, cada divisão da de flexibilizar soluções para os mais TA mantém sua base de conhecimendiversos setores. to e sua diretoria, mas os talentos e Segundo Celso Luchiari, diretor da sistemas passam a atuar colaborativaTA, a decisão veio como uma forma de mente, interpretando o mercado e o compartilhar experiências e aproveitar cliente de forma mais integrada. ao máximo a capacidade dos setores de Nova filial e novas tecnologias cada uma das unidades. “A maturidade nos trouxe muitas conquistas e lições. A TA inaugurou uma filial na cidaChegamos até aqui porque nunca tivemos medo de inovar e sempre estamos de de Maringá (PR), com o objetivo de dispostos a nos reinventar, partindo de intensificar as operações já existentes uma base sólida de conhecimento e va- no mercado local e ampliar sua atualores, construídos ao longo de quase oi- ção na Região Sul. A unidade foi instalada na entrada da cidade, com acesso tenta anos”, conta. Com a nova configuração, a TA irá facilitado às principais rodovias. A nova filial possui 2.250 m² de manter todos os contratos e serviços já praticados. Ancorada em uma gestão área total e dez docas – sendo cinco unificada, a empresa passa a trabalhar delas com rampas niveladoras –, além apoiada em três divisões: transporte de armazém com 1.050 m². “Nossa atirodoviário, transporte expresso e ar- vidade na região ganha força e, assim, mazenagem. Segundo a própria em- poderemos absorver novos projetos e

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des de Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre, São Paulo, Campinas (SP), Cajamar (SP) e Hortolândia (SP), totalizando 50 mil m² de área de armazenagem. De acordo com o gerente de Desenvolvimento da empresa, Marcelo Seva, a aplicação da ferramenta proporcionou melhoras em todos os processos, como recebimento, armazenagem, picking, conferência, expedição e inventário, e também em controles como fifo (first in, first out) e fefo (first expire, first out). “Acreditamos que a somatória destes pontos traz benefícios diretos ao cliente e ao cliente de nosso cliente”, diz.

TA: (19) 2108-9000

2 Alianças se associa à Abol Entidade luta pela autorregulação e pela regulamentação dos operadores logísticos

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2 Alianças é a mais nova integrante do quadro de empresas-membro da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol). Com isso, a entidade passa a contar com um total de 21 associados, que atuam em todos os estados brasileiros e operam em todos os setores da economia. Com cinco unidades, três localizadas no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e outra em Pernambuco, a 2 Alianças possui mais de 55 anos de atuação no mercado de armazéns gerais, sua atividade de origem, e oferece ainda serviços de transporte, gestão de estoque, gestão de inventário e operações in house. “O ingresso da 2 Alianças na Abol configura grande honra para todos aqueles que compõem a associação. Mais uma empresa que busca a qualidade e a inovação como plataforma de desenvolvimento sustentado. A entrada continuada de novos associados traduz-se como corolário de um trabalho sério que vem trazendo efetivos e reconhecidos serviços ao setor”, diz César Meireles, diretor executivo da Abol. 2 Alianças: (21) 2139-9300 Abol: (11) 3192-3939

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MERCADO

Localfrio inicia operações com produtos farmacêuticos Serão destinadas 176 posições-palete para os itens, mas a ideia é que até 2016 esse número aumente Divulgação

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Localfrio passou a atuar na armazenagem de produtos farmacêuticos em sua unidade de São Paulo. A licença para as operações foi recebida no mês de agosto e a empresa está aproveitando sua expertise na operação com cargas frigorificadas para firmar novos contratos. A princípio, serão destinadas 176 posições-palete para a operação de produtos farmacêuticos, mas a ideia é que, até 2016, esse número aumente no armazém, que hoje comporta um total de 8.368 posições-palete, entre clientes regulares e operações sazonais. Nesta fase inicial, isso pode representar um incremento de aproximadamente 10% no faturamento da unidade. Todos os quesitos para atender às diversas categorias de produtos farmacêuticos já estão padronizados, como o controle de temperatura, higiene e limpeza do local, segregação dos itens para evitar incompatibilidade e mão de obra qualificada. “Este é um mercado importante no cenário nacional e continua mantendo crescimento na casa de dois dígitos por ano, apesar dos péssimos indicadores econômicos que afetam, diretamente, a indústria e o varejo”, explica a gerente Comercial, Carolina Paiva. Segundo ela, a estratégia agora é atingir segmentos específicos dentro do nicho farmacêutico, por meio de um mapeamento de clientes, e assegurar cargas que proporcionem operações seguras e boa rentabilidade. “Temos boas negociações em andamento e diversos outros clientes já estão interessados. Mas como se trata de um tipo de serviço diferenciado e de mercadorias de alto valor, as negociações tendem a ser mais detalhadas,

principalmente por envolver auditorias de qualidade e certificações”, diz. No momento, a unidade da Localfrio em São Paulo é a primeira a armazenar os produtos farmacêuticos. O plano, no entanto, é que as filiais de Suape (PE) e Itajaí (SC) também passem a operar com esse tipo de carga.

Bayer CropScience A Localfrio venceu uma licitação realizada pela Bayer CropScience, divisão da Bayer que atua no segmento de ciências agrícolas, para operar as cargas de importação da companhia alemã no Porto de Santos (SP). Com o acordo, válido até 2017, a Localfrio deve movimentar na margem esquerda do porto paulista um total de R$ 40 milhões em mercadorias mensalmente, representando um volume de cerca de 60% de todas as importações realizadas pela Bayer CropScience. Grande parte da carga é composta

por insumos para a produção de defensivos agrícolas, que chegarão da Europa e de países como Estados Unidos e Colômbia para abastecer os estados de São Paulo e Paraná, além de boa parte da Região Centro-Oeste do Brasil. Segundo o diretor Comercial da Localfrio, Eduardo Razuck, o know-how com este tipo de produto foi preponderante para que a Bayer escolhesse a Localfrio como parceira. “A estrutura e expertise da Localfrio no nicho de produtos químicos e, logicamente, uma condição comercial condizente com as bases do BID foram aspectos decisivos na escolha da nossa empresa”. Com sede em Monheim, na Alemanha, a Bayer CropScience está presente em mais de 120 países e conta com cerca de 17.800 colaboradores. No Brasil, são mais de 900 funcionários, uma instalação industrial em Belford Roxo (RJ) e uma Estação Experimental em São Paulo. Bayer CropScience: 0800 011-5560 Localfrio: (11) 3049-6570

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MERCADO

Município de Itatiaia ganha complexo logístico multimodal

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Pátria Investimentos, empresa que atua na gestão de capital alternativo e real estate, vai inaugurar, até o fim deste ano, a primeira fase do Complexo Logístico Multimodal Itatiaia, empreendimento em processo de implantação na região sul do estado do Rio de Janeiro. A previsão é que, neste primeiro momento, sejam entregues o pátio intermodal de 60 mil m² e os primeiros galpões modulares, somando 46 mil m². O pátio possui capacidade para armazenar mais de 1.200 contêineres e contará com um ramal ferroviário exclusivo de 1,5 km, que interligará o empreendimento aos portos do Rio de Janeiro e de Sepetiba. Quando estiver totalmente finalizado, o complexo contará com 170 mil m² destinados à armazenagem. A previsão do Pátria é que o Complexo Logístico Multimodal Itatiaia seja entregue

até 2018. Com módulos a partir de 3.800 m², o empreendimento ocupa um terreno de 640 mil m² e está demandando investimentos de R$ 300 milhões. Dentre as demais características estão pé-direito de 12 metros, piso com capacidade para 6 toneladas por m2, iluminação zenital, fibra ótica, portaria com eclusa, área de apoio para caminhoneiros, bolsão externo para o estacionamento de carros e para a espera de caminhões e um edifício administrativo com salas de reunião, auditório e refeitório. “O Complexo Logístico Multimodal Itatiaia alia a oferta de serviços de alta qualidade para organizações de vários setores a uma localização estratégica. O desenvolvimento deste empreendimento é fruto do excelente know how da área de Real Estate do Pátria Investimentos para

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Primeira fase do empreendimento deve ser inaugurada ainda em 2015

a criação de soluções imobiliárias que atendam às exigências de grandes empresas”, comenta Helmut Fladt, sócio da área de Real Estate da empresa. Situado no quilômetro 315 da Rodovia Presidente Dutra, próximo à divisa com o estado de São Paulo, o empreendimento está localizado em meio a uma região com grande número de empresas dos mais diversos segmentos, com destaque para a indústria automobilística. Pátria Investimentos: (11) 3039-9000

Orbital prestará suporte em solo para a Modern Atividades abrangem o despacho das aeronaves e a movimentação e a segurança das cargas

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Modern Logistics estabeleceu um contrato com a empresa Orbital para a prestação de serviços aeroportuários em solo, ou ground handling. Assim, a empresa será responsável por desempenhar atividades como a movimentação das cargas e o despacho das aeronaves da Modern, além de outros serviços auxiliares eventuais. O acordo entre as empresas contempla também a segurança das operações em solo, fundamental para as operações da Modern, como um integrador

logístico focado na movimentação de cargas que incluem artigos perigosos, especiais e da indústria farmacêutica e eletroeletrônica, por exemplo. “Escolhemos usar o know-how da Orbital porque eles possuem 13 anos de experiência, oferecendo serviços customizados e forte integração com nossas necessidades”, justifica Gerald Lee, CEO da Modern. Fundada em 2002, a Orbital oferece serviços de rampa, atendimento a passageiros, suporte técnico e operações em solo para empresas re-

gulares e de aviação executiva. As operações da Modern terão início nos próximos meses, com a chegada do primeiro Boeing 737-400F encomendado. O Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi escolhido pela empresa como hub, e Manaus e Recife como os primeiros destinos a ser atendidos. Até 2020 a Modern projeta operar com uma frota composta por 36 aeronaves. Modern: (11) 3109-6750 Orbital: (11) 2445-2740

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MERCADO

Coopercarga recebe incentivo para construir pátio para caminhões Empreendimento será implantado na cidade de Concórdia, às margens da BR-153

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Coopercarga vai receber incentivos econômicos do município de Concórdia (SC) para a construção de um pátio que servirá como estacionamento de caminhões e base operacional para os transportadores na cidade catarinense. Os recursos serão destinados para a preparação de um terreno, localizado às margens da BR153, de propriedade da cooperativa, para a iniciativa. O empreendimento, que terá 18 mil m², receberá um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões para a construção de boxes para abastecimento, manutenção, área

para escritórios e espaço para depósitos de peças e pneus. Para o início das obras de terraplanagem, o município de Concórdia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, irá conceder 750 horas-máquina, o que irá custar R$ 92,5 mil. A concessão de incentivos econômicos é amparada pela Lei Complementar nº 253. “Nós adquirimos o terreno há mais de dez anos e a nossa intenção já era essa. Esse incentivo da prefeitura é fundamental, pois ele dá o ponto inicial. Reconhecemos como um esforço em atender a nossa ne-

cessidade como transportadores, a da comunidade em geral e, principalmente, a do motorista, proporcionando uma melhor estrutura para a classe”, diz o presidente da Coopercarga, Osni Roman. Esta obra atenderá dois importantes pontos: facilitar o escoamento dos caminhões para as regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país e proporcionar uma melhor infraestrutura local para a observação da Lei 13.103. O novo pátio estará localizado no km 101,5 da BR-153. Coopercarga: (49) 3301-7000

Starlog investe em novas ferramentas Companhia passa a utilizar sistemas de gestão empresarial e de logística da OpenTech

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Starlog, empresa que atua no transporte de cargas fracionadas nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, firmou um acordo com a OpenTech a fim de utilizar as ferramentas OpenTrucker e OpenSIL para gerenciar suas atividades. O objetivo é agilizar os processos, aumentar a produtividade e reduzir os custos. Disponível também na opção standard, o sistema de gestão empresarial OpenTrucker será utilizado em sua versão advanced. O OpenSIL, por sua vez, é uma solução de gestão que automatiza e controla os processos logísticos. De acordo com o diretor da Starlog, Helder Sampaio, a empresa decidiu investir nos novos sistemas de gestão por entender que este é um passo fundamental em momentos de crise, devido à maior precisão no acesso aos dados

e informações que auxiliam na tomada de decisões. “Nossa maior e mais urgente necessidade está nas áreas de back office, e estamos certos de que as novas ferramentas vão nos proporcionar a melhor relação investimento versus benefícios”, diz. Antes de optar pelos softwares da OpenTech, a Starlog avaliou outros cinco fornecedores. No caso do OpenTrucker, explica Helder, a solução atende rigorosamente às necessidades da empresa. “Trata-se de uma solução completa e interligada, incluindo as áreas de back office com DNA de transporte e plataforma web. Já o OpenSIL foi a ferramenta mais completa e parametrizável entre as pesquisadas. Conseguiremos mais produtividade, rapidez e precisão nas informações que definirão as estratégias da empresa”, comenta, lem-

brando que os sistemas vão permitir a sinergia entre as áreas de Logística, Gerenciamento de Risco e Relacionamento com os Clientes. “O desafio da implantação já começou e estamos atuando junto ao cliente com equipes tanto em São Paulo quanto no Recife”, conta o diretor Comercial da OpenTech, Eduardo Oliveira de Souza. “Serão mais de 270 usuários simultâneos, estimando-se a utilização de mais de 550 usuários”, completa o executivo. Com unidades próprias e pontos de distribuição tanto no Sudeste quanto no Nordeste, a Starlog trabalha com uma frota composta por mais de 500 veículos leves, médios e pesados para coleta, transferência e distribuição das cargas. OpenTech: (47) 2101-6122 Starlog: (11) 2142-5800

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FM Logistic fará operações de transporte para a Fnac Divulgação

Contrato prevê o abastecimento de quatro lojas da rede com produtos eletrônicos

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FM Logistic firmou um contrato com a Fnac, varejista dos setores de tecnologia, cultura e informação, para realizar o abastecimento de quatro lojas da empresa, localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. As unidades, em Ribeirão Preto (SP), Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, estão situadas dentro de shopping centers, por isso o serviço de entrega feito pela FM, que compreende produtos eletrônicos, precisa ser compatível com as regras e exigências dos estabelecimentos, que preveem horários específicos para as atividades de carga e descarga. “A FM Logistic está preparada para agregar valor ao cliente, oferecendo um trabalho inovador com qualidade e agilidade”, afirma Luís Fernando Martinez, diretor de Transportes da empresa. Presente há 15 anos no Brasil, a Fnac, assim como a FM, é de origem francesa. A rede possui um total de 184 lojas na França, Suíça, Espanha, Portugal, Bélgica, Marrocos, Catar e Brasil, sendo 12 em território nacional. A Fnac é o primeiro cliente da recém-lançada área de Transportes da FM no Brasil. Apesar de ter nascido justamente a partir dessa atividade, na década de 1960, na França, a empresa não oferecia o serviço no

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Brasil até recentemente. No último ano fiscal (referente a 2013/2014) a área representou 35% do faturamento de 1 bilhão de euros obtido pela FM mundialmente. “Estamos prontos para expandir nossa atuação neste nicho de mercado”, diz Martinez. Segundo ele, as empresas estocam cada vez menos e, consequentemente, necessitam cada vez mais de serviços de transporte. Esse movimento fez a FM se interessar ainda mais pela implantação do negócio no Brasil. O objetivo da área de Transporte é focar no atendimento de setores como varejo, bens de consumo, indústria, cosméticos e fármacos. Para os próximos anos, a FM pretende alavancar suas receitas com a nova atividade. A previsão é que ela chegue a representar 40% do faturamento total da empresa no Brasil. Também faz parte dos planos da FM o desenvolvimento de soluções que integrem o modal rodoviário com o aéreo e a cabotagem. Martinez explica que a cabotagem é a alternativa mais interessante para atender o centro de distribuição da empresa, localizado em Resende (RJ), que atua como entreposto alfandegado da Zona Franca de Manaus, permitindo que as mercadorias fiquem armazenadas sem o recolhimento de impostos por até seis meses. “Além disso, atuar em modais ambientalmente mais responsáveis atende a uma importante demanda da FM mundial: garantir sustentabilidade aos negócios, com respeito ao meio ambiente”, explica o diretor. FM Logistic: (11) 2109-9400 Fnac: (11) 4873-2111

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MERCADO

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TNT reestrutura plataforma de BI com soluções da Sas Transportadora adquire tecnologias para aprimorar sua capacidade analítica

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TNT, transportadora de carga expressa, reestruturou sua plataforma de Business Intelligence (BI) ao adquirir as ferramentas Visual Analytics, Visual Statistics e Office Analytics, da Sas, empresa de soluções e serviços de Business Analytics e fornecedora de Business Intelligence. De acordo com o diretor de Operações e Tecnologia da TNT, Fabiano Fração, a companhia tem como base a utilização da tecnologia como diferencial competitivo e de desenvolvimento da sua capacidade analítica. “Essas ferramentas são a chave para analisarmos indicadores, melhorarmos a capacidade analítica da empresa e também atingirmos a excelência operacional.

Com a análise preditiva, podemos antever um problema e evitar situações desagradáveis que poderiam acontecer com o cliente”, diz. Segundo o executivo, as soluções possibilitarão o uso de estatística de forma mais simples e bem desenhada, entregues de maneira mais ágil e fácil. “Por serem ferramentas self-service, as áreas deverão efetuar análises com menos dependência do setor de TI e, consequentemente, aumentar a eficiência para que possa entregar novos diagnósticos e trabalhar questões estratégicas da empresa”, completa. O projeto teve início na área de Finanças e deverá ser expandido para os demais setores até o final do ano. “To-

dos os indicadores da TNT serão apresentados por meio dessa plataforma analítica. Além dos colaboradores, milhares de clientes também terão acesso ao conteúdo produzido pela plataforma”, explica Fração. A plataforma estará ao alcance de todos os departamentos da companhia, filiais e unidades de negócio da TNT. Inicialmente, 500 funcionários utilizarão as soluções. No entanto, como todos os colaboradores receberão os dados por esse meio, de forma indireta, 7 mil pessoas estarão usufruindo da mesma plataforma. Sas: (11) 4501-5300 TNT: (11) 3573-7700

Mira Transportes reduz custos com TMS da Totvs Empresa foi responsável pela nova estrutura de tecnologia da transportadora

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Mira Transportes, empresa especializada no transporte de cargas e inteligência logística, atingiu, depois da implantação do sistema de TMS da Totvs, que aconteceu no ano passado, uma redução de 70% nos custos com tecnologia. Os valores consolidados não foram divulgados. A transportadora conta que identificou que precisaria, antes de tudo, organizar a sua estrutura de tecnologia, pois havia 13 sistemas para diferentes áreas internas, o que gerava inconsistência de dados e pouca assertividade para tomadas de decisão. Após uma grande pesquisa de mercado, a Mira identificou que a Totvs tinha total aderência às suas necessidades e ao mode-

lo de negócio. O primeiro passo foi integrar todos os processos por meio de um único software, o Totvs TMS. Durante o projeto, a companhia também decidiu adotar a solução de gestão da Totvs orientada às atividades de distribuição e logística. Depois do período de ajustes internos e de implementação, todas as áreas do Grupo Mira, formado por duas empresas, a Mira Transportes e a Target Logistics, além de 1,5 mil funcionários, 5 mil clientes e 556 veículos de frota própria, passaram a operar de forma 100% integrada. A empresa também adotou o módulo de WMS da Totvs. A ferramenta está em fase de implementação e será

responsável por todo o controle de armazenamento das cargas. “Um dos principais pilares de sustentação para a nossa estratégia de crescimento é a parte tecnológica. Encontramos nessas ferramentas o apoio que precisávamos para suportar essa importante fase da nossa companhia. Em um cenário econômico desafiador, a Totvs nos ajuda a mensurar como está o mercado e a ir fundo nas nossas informações para definirmos os melhores caminhos na condução dos nossos negócios”, avalia Roberto Mira Júnior, sócio-proprietário da Mira Transportes. Mira Transportes: (11) 2142-9000 Totvs: 4003-0015

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MERCADO

Nec fornece solução de segurança integrada para o Porto do Açu

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Prumo Logística estabeleceu um contrato com a Nec, multinacional japonesa provedora de soluções em tecnologia da informação, para a instalação de um sistema integrado de segurança no Terminal Multicargas (Tmult) do Porto do Açu, empreendimento localizado em São João da Barra (RJ). A empresa implantará um circuito fechado de monitoramento por TV com 58 câmeras, sistema de controle de acesso e rede wireless em ambiente externo. A solução já começou a ser instalada e deve

começar a operar já no mês de outubro. Segundo Daniel Mirabile, presidente da Nec no Brasil, trata-se de um negócio estratégico para a empresa, já que o segmento de logística é um dos que mais tem crescido no país e demanda tecnologias avançadas para garantir a segurança das operações. O Tmult começou a operar em julho, com a movimentação de bauxita para a Votorantim. Com dois berços, o terminal tem capacidade para movimentar 4 milhões de toneladas por

ano, entre granéis sólidos e carga geral. O local conta ainda com acesso ferroviário e irá operar contêineres e veículos. Com mais de 45 anos de atuação na América Latina, a Nec desenvolve, além de soluções de segurança integrada, projetos para cidades inteligentes e broadcasting. A empresa é subsidiária da Nec Corporation, que possui mais de 100 anos de experiência em inovações tecnológicas. Nec: (11) 2166-2300 Prumo Logística: (21) 2555-5661

Prefeitura de São Paulo cria Divisão de Transportes de Cargas

César Ogata / Secom

Departamento de Operações do Sistema Viário fica responsável pelo setor, que até então dividia espaço com outras modalidades no Departamento de Transportes Públicos

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Prefeitura e a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo assinaram, no dia 31 de agosto, um decreto para a criação da Divisão de Transportes de Cargas do Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV), que tem como objetivo tratar das demandas específicas do setor. De acordo com comunicado da Secretaria Executiva de Comunicação da prefeitura, a medida atende a uma antiga reivindicação do segmento de cargas, que até então se reportava ao Departamento de Transportes Públicos (DTP).

“Nós temos que considerar a carga como um subtipo de transporte coletivo. Se esse abastecimento não ocorrer da melhor maneira possível, toda a cidade é impactada”, justificou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. A divisão terá como atribuições o planejamento e a proposição de ações para a melhoria do tráfego de caminhões e da logística de abastecimento, em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Caberá a ela mapear, regulamentar e adequar todas as atividades de trânsito e transporte de carga, estipulando não somente os melhores horários, mas também as vias mais apropriadas. Ficam também sob responsabilidade da Divisão de Transportes de Cargas as entregas noturnas, cujo projeto-piloto aconteceu entre outubro de 2014 e março de 2015, em um perímetro da zona oeste da cidade, formado pelas marginais Tietê e Pinheiros, as pontes da

Freguesia do Ó e da Casa Verde e as vias Marquês de São Vicente, Pompeia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo e Pacaembu. O sistema de entregas aplicado nessa região foi desenvolvido por um grupo técnico criado em 2013, em conjunto com os players do setor, em especial os transportadores e as grandes redes de comércio. A implantação foi realizada em parceria com 15 empresas, entre lojas de rua, shopping centers e home centers. As entregas eram realizadas das 21 h às 5 h. “Uma das funções desse departamento é estudar uma melhor circulação desses veículos na cidade, o que passa pela discussão dos horários de circulação e pela ampliação ou não dos veículos urbanos de carga”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. A previsão é de que o projeto seja ampliado nos próximos meses. Prefeitura de São Paulo: 156

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MERCADO

TCP terá mais escalas de embarcações de e para a Ásia Ampliação do serviço Ipanema reduz o transit time das importações e exportações um terminal que trabalhe com todos os armadores e que ofereça a possibilidade de contratar os serviços com o melhor custo possível”.

TCP Log A TCP Log, subsidiária de serviços logísticos da TCP, inaugurou no dia 17 de setembro uma unidade localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O espaço, que conta com 3.600 m², integra o plano de ampliação e modernização da TCP, que prevê a instalação de bases em cidades do interior do estado do Paraná. A estrutura já havia entrado em operação parcial no mês de março e, desde então, movimentou 2 mil toneladas de cargas, entre elas, uma carga de projeto de 23,6 t. A unidade apresenta fácil acesso às rodovias que levam ao litoral e ao interior paranaense e de Santa Catarina e também à BR-116, que liga Curitiba e São Paulo. “Além da posição estratégica, que facilita o acesso de cargas pelas rodovias, o armazém oferece uma moderna estrutura, novos equipamentos e uma equipe altamente capacitada e flexível para entender e atender as demandas dos clientes da melhor forma possível”, destaca Thomas Lima, gerente da TCP Log. Os valores investidos na estrutura não foram divulgados. Assim como as outras bases da empresa, a nova estrutura oferece Divulgação

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TCP, administradora do Terminal de Contêineres de Paranaguá, e as empresas MSC, MOL e Maersk se uniram para reestruturar a linha marítima Ipanema, operada pelos armadores e que liga os países da Ásia ao Brasil e à Argentina. A mudança promove um aumento no número de escalas semanais do serviço no terminal, situado no Porto de Paranaguá (PR). Antes da reestruturação, o TCP recebia somente os navios que deixavam o país em direção à Ásia. Agora, o terminal é ponto obrigatório também na chegada dos navios ao Brasil. Com isso, serão realizadas sete escalas semanais, fazendo com que o TCP receba pelo menos um navio por dia que tenha como origem ou destino a Ásia. “Anteriormente, os navios que serviam a linha Ipanema iam até Buenos Aires e, na volta, paravam em Paranaguá para carga e descarga de mercadorias. A partir da mudança, eles atracam no terminal tanto na ida quanto na volta”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente Comercial da TCP. “Isto deve diminuir o tempo de espera em até quatro dias, gerando economia para exportadores e importadores ao reduzir o tempo de armazenagem”, completa. Para o executivo, as mudanças no serviço Ipanema fortalecem a posição de liderança do terminal na Região Sul do Brasil. “Atualmente a TCP atende 100% dos armadores que atuam na região. Dos cerca de 40 armadores existentes no mundo, aproximadamente 25 atuam na costa brasileira e a TCP trabalha com todos. Para nossos clientes é uma grande vantagem escolher

serviços integrados de armazenagem, estufagem, carregamento e descarregamento de contêineres e transporte até o Porto de Paranaguá. Com 1.000 m² de pátio, o espaço opera, principalmente, no sistema de cross-docking para cargas secas e de alto valor agregado. A TCP Log opera com outras bases instaladas em Araucária, Ponta Grossa, Cambé e Cascavel, atendendo a clientes dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Com os armazéns, o cliente não precisa mais ir até o porto ou contratar um serviço de transporte para retirar sua mercadoria em Paranaguá. A TCP Log oferece esse serviço, encurtando o caminho, facilitando o processo e deixando ainda mais simples a relação do cliente com o terminal de contêineres”, ressalta Silva. Maersk: (13) 3296-1312 MOL: (11) 3145-3968 MSC: (13) 3211-9500 TCP: (41) 3420-3300 TCP Log: (41) 3312-0101

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ATC Aviation planeja crescer 30% no Brasil Previsão se baseia na exportação de cargas para o Oriente Médio e para a Ásia

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ATC Aviation, companhia de origem alemã que começou a atuar com escritório próprio no Brasil no ano passado, pretende crescer 30% no país até o fim deste ano, atuando no transporte de cargas para o Oriente Médio e para a Ásia. A empresa é classificada como uma Cargo GSSA (sigla para General Sales and Services Agent), uma espécie de agente de vendas e serviços de carga. Isso significa que as companhias aéreas confiam a ela a venda da capacidade de carga de suas aeronaves e dos serviços envolvendo a operação. De acordo com a própria ATC, difundir-se em um mercado com grande potencial de crescimento, como o da América Latina, e movimentar uma maior quantidade de cargas para mercados emergentes são seus principais objetivos. Segundo o diretor de Operações das Américas Central e do Sul, René Weinberg, a empresa identificou que cargas perecíveis e produtos como couro, vestuário e medicamentos têm se mostrado como forte tendência de exportação para o Oriente Médio e para a Ásia a partir do Brasil. Para ele, o país despontou nos últimos anos como um relevante mercado a ser explorado, e a decisão de iniciar o plano de expansão por aqui se deve ao fato de o Brasil ser um dos principais produtores de commodities do mundo e o maior da região. Porém, de acordo com o executivo, a atividade de intermediação de carga aérea na América Latina em geral ainda precisa se desenvolver em duas frentes: os serviços devem ser prestados de

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modo personalizado para cada encaminhador de frete e a operação deve apresentar níveis globais. “O mercado latino de cargas aéreas como um todo possui demanda intensa, mas só vai conseguir progredir de maneira sólida se aprimorar o suporte administrativo, de reserva, venda e locação do espaço nas aeronaves de modo personalizado para cada cliente, além de conhecer as rotas e destinos ideais para quem deseja exportar qualquer tipo de carga para qualquer parte do mundo”, explica. Para atingir seus objetivos, a ATC Aviation, que no Brasil possui escritório em São Paulo, pretende abrir mais unidades na região. “Na América Latina, nos instalamos no ano passado simultaneamente tanto aqui no Brasil quanto na Argentina, Equador, Uruguai e Paraguai, mas vamos nos expandir para Chile, Peru, Bolívia e Colômbia ainda em 2015. Toda essa presença reforça a importância do atendimento global, uma vez que todos os nossos funcionários possuem conhecimento técnico avançado e entendem a logística e a cultura de cada país, o que facilita o acompanhamento integral da operação até a chegada efetiva da carga aos mais variados destinos”, diz Weinberg. No Brasil, a ATC Aviation trabalha com as empresas Qatar Airways, Tame e Royal Air Marroc. Presente em 35 países, possui contratos com mais de 70 companhias aéreas e apresenta um faturamento de R$ 360 milhões de euros, intermediando 170 mil toneladas de carga por ano. ATC Aviation: (11) 3214-1646

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Comfrio-Stock Tech inaugura unidade em Cuiabá

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MERCADO

Objetivo da empresa é ampliar sua área de atuação em polos agrícolas estratégicos, entre eles a Região Centro-Oeste

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Comfrio-Stock Tech, grupo de logística que atua com food service, sementes e soluções in house, inaugurou uma unidade em Cuiabá visando atender o mercado de sementes da região. O objetivo da empresa é ampliar sua área de atuação em polos agrícolas estratégicos do Brasil, entre eles a Região Centro-Oeste. O armazém climatizado conta com área de 20 mil m² e deve gerar, nos picos das safras, cerca de cem novos empregos em diversas áreas. Além da

unidade de Cuiabá, a Comfrio-Stock Tech prevê a abertura de um armazém em Santa Helena de Goiás (GO) e um segundo armazém em Londrina (PR), que já conta com uma unidade. A empresa divulgou ainda que os armazéns já existentes em Londrina e Uberlândia (MG) serão ampliados, dobrando suas capacidades. O investimento total do plano de expansão é avaliado em cerca de R$ 25 milhões. De acordo com Evandro Calanca, CEO da Comfrio-Stock Tech, os inves-

timentos devem viabilizar um crescimento de cerca de 15% no volume de negócios da empresa até o final de 2015. “Entendemos que a cidade de Cuiabá tem grande potencial, mas carece de estrutura. A abertura deste galpão nos permitirá atender às necessidades da região, além de impactar positivamente o volume de negócios da Comfrio-Stock Tech e de todo o mercado agrícola do país”, afirma. Comfrio-Stock Tech: (17) 3344-7777

China recebe primeira carga exportada pelo terminal próprio da Eldorado

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primeira carga de celulose da Eldorado Brasil saída de seu terminal portuário próprio em Santos (SP) chegou ao porto de Qingdao, na China, no dia 16 de agosto. Foram 15 mil toneladas de celulose branqueada de eucalipto, que deixaram o porto paulista no final de junho, quando o terminal foi inaugurado, e serão distribuídas entre os clientes chineses da empresa. “Esse é mais um marco de nossa operação, fortalecendo nossa estratégia de atender clientes de outros continentes com a eficiência de produtores locais”, comemorou Luis Felli, diretor Comercial e de Logística da Eldorado. A empresa investiu R$ 90 milhões no terminal, que apresenta uma área

Divulgação

Estrutura foi inaugurada no final de junho e tem como objetivo agilizar as exportações e reduzir os custos logísticos da empresa

de armazenagem de 9.500 m² com capacidade para estocar até 40 mil toneladas de carga. Além de facilitar o acesso ao exterior, destino de 90% de toda a produção de celulose da Eldorado, o terminal deve garantir uma economia de cerca de R$ 80 milhões anuais em custos logísticos. A China é o principal mercado da

empresa, especialmente pelo crescimento do uso de papéis de higiene pessoal. “O mercado chinês é o que mais cresce no mundo, e as fábricas locais são pequenas e enfrentam algumas dificuldades do ponto de vista ambiental, o que é uma oportunidade para fabricantes brasileiros”, diz Felli. A Eldorado iniciou suas operações há menos de três anos e possui uma fábrica em Três Lagoas (MS), com capacidade de produção de 1,7 milhão de toneladas anuais. A empresa já iniciou a fase de terraplanagem da área para a construção de uma segunda linha de produção adjacente, com inauguração prevista para 2018. Eldorado: (11) 2505-0200

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MERCADO

Tecon Rio Grande investe em automatização Divulgação

Implantação de novidades tecnológicas otimizam as operações no terminal de contêineres

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Tecon Rio Grande, localizado no Porto de Rio Grande (RS) e operado pela Wilson Sons, automatizou seus portões de acesso rodoviário neste mês de agosto, substituindo os operadores de gate por quiosques de autoatendimento com identificação biométrica do motorista que entra no terminal. A solução implantada inclui ainda seis portais com tecnologia de reconhecimento de caracteres (OCR, na sigla em

inglês para Optical Character Recognition), que capturam informações como as placas dos caminhões e a identificação dos contêineres sem a necessidade de que o veículo esteja estacionado. O projeto contemplou também a pesagem da carga de forma automática, o controle do fluxo de caminhões com barreiras integradas e a impressão térmica de um ticket de recebimento do caminhão. “Estas inovações, que são utilizadas nos mais modernos terminais do mundo, colocam o Tecon Rio Grande dentro do seleto grupo dos terminais semiautomatizados. Estamos preparados para atender mais de 2 mil caminhões por dia, sete dias por semana”, explica Giovanni Phonlor, gerente de Sistemas, Qualidade, Tecnologia da Informação e Projetos do terminal. Atualmente, a unidade recebe mais

de mil caminhões diariamente. O projeto contou com um investimento de US$ 2 milhões em hardware e software e envolveu diretamente as áreas de Tecnologia e Operação do tecon. No primeiro semestre deste ano, o Tecon Rio Grande já havia intensificado os investimentos em tecnologia com o desenvolvimento e a implantação de um sistema de pagamento eletrônico. A iniciativa teve como objetivo eliminar filas e também a necessidade de haver um caixa físico no terminal para receber pagamentos. “O cliente acessa o portal de serviços on-line, seleciona os serviços referentes à sua carga e gera o documento eletrônico para pagamento”, explica o gerente Administrativo e Financeiro, José Edom. Tecon Rio Grande: (53) 3234-3000

Ceva assume a logística da Universal Music no Brasil Acordo prevê a gestão de contratos logísticos da companhia

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Ceva Logistics fechou um acordo com a gigante global da indústria fonográfica, Universal Music, para gerenciar as operações de contratos logísticos da companhia no Brasil. O operador será responsável pela gestão de toda a logística da Universal Music – que atua nos mercados de gravação musical, catalogação e merchandising –, incluindo armazenagem, com operações inbound, outbound e controle de estoque, distribuição aérea e terrestre, gestão fiscal e de transporte, acompanhamento e comprovante de entrega e logística reversa. As atividades envolvem milhares de produtos, entre CDs, DVDs e discos Blu-

-ray, que serão entregues mensalmente para distribuidores da Universal e varejistas. Os itens têm como origem a cidade de São Paulo e serão gerenciados a partir de um armazém multiusuário da Ceva. Por questões estratégicas, a empresa não divulga a localização da estrutura. “A decisão da Universal Music de escolher a Ceva como parceira para gerenciar sua distribuição no Brasil foi baseada em uma série de elementos, incluindo a sua visão clara de negócios, a expertise da sua equipe e também sua infraestrutura no país”, diz Holbein Menezes, gerente de Operações de Cadeia de Suprimentos para a América Latina da Universal Music. A companhia possui

exigências especiais de controle de qualidade e requer uma operação personalizada totalmente controlada por meio da geração de relatórios para seus produtos. “Este contrato demonstra nossa capacidade de prestar serviços integrados de logística através da nossa expertise nos setores de Tecnologia e Varejo. Com soluções inovadoras, seremos capazes de atender às necessidades da Universal Music no Brasil e ajudá-la a consolidar sua presença no país”, analisa Richard Vieites, diretor da Ceva na América do Sul. Ceva: (11) 2199-6700 Universal Music: (11) 3884-3039

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Gefco entra no segmento de equipamentos pesados Operador passa a atuar na logística de veículos e máquinas de grande porte destinados ao transporte e à movimentação

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Gefco anunciou, no mês de agosto, sua entrada em um novo segmento para a companhia, chamado de Equipamentos Pesados de Transporte e Movimentação. Assim, o operador logístico passa a oferecer também a esse mercado todos os serviços do seu portfólio, como transporte aéreo, marítimo, rodoviário nacional e internacional, armazenagem, desembaraço e gestão de embalagens. O objetivo é atender indústrias fabricantes de equipamentos de transporte e movimentação de grande porte, como os setores rodoviário, que inclui ônibus e caminhões; ferroviário, com seus vagões e locomotivas; de máquinas agrícolas, fabricante de tratores, colheitadeiras e pulverizadores; de construção, com máquinas como escavadeiras e motoniveladoras; de equipamentos de movimentação, com guindastes, empilhadeiras e pontes rolantes; de mineração e florestal. Para atender os clientes do novo negócio, a Gefco pretende utilizar toda sua experiência no setor automotivo. “A cadeia de suprimentos dos segmentos automotivo e de equipamentos pesados é similar. Nossa expertise em engenharia logística e gestão de projetos aliada à cobertura de nossa rede mundial nos permite oferecer um serviço de altíssimo padrão”, explica Alex Feijolo, diretor Comercial e de Marketing da empresa. Em março, Jean-Marie Thomas, diretor global responsável pelo de-

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senvolvimento da divisão de Equipamentos Pesados de Transporte e Movimentação da Gefco, visitou o Brasil para conhecer mais sobre o país e alinhar a estratégia de atuação da companhia no setor. “Fiquei impressionado com o tamanho do país e a importância que segmentos como agricultura, mineração e construção têm para a economia brasileira. Mesmo com a crise atual, esses setores continuarão a exigir investimentos e equipamentos pesados, e a Gefco está pronta para atendê-los e auxiliá-los em suas demandas por entregas e fornecimento de máquinas, peças de reposição para os distribuidores e componentes para a linha de produção”, afirmou o executivo. Renato Pavan, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Gefco no Brasil, afirma que a estrutura da empresa no país e no mundo já está pronta para atender às novas demandas. “Criamos uma divisão de cargas especiais dentro de nosso departamento de estudos e projetos. Nosso escopo de atuação será mundial e nossa equipe comercial já está prospectando oportunidades”, diz. A Gefco está presente em 150 países e alcançou um faturamento de 4,1 bilhões de euros em 2014. Com 11.500 colaboradores, a companhia possui mais de 350 instalações em todo o mundo. Gefco: (11) 3768-3778

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MERCADO

GPA abre CD em Pernambuco

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Grupo Pão de Açúcar (GPA) iniciou em agosto a operação de seu novo centro de distribuição em Pernambuco. O CD é um resultado dos esforços da companhia para a sinergia e integração das operações logísticas da Via Varejo (Ponto Frio e Casas Bahia) e da Multivarejo (Extra, Pão de Açúcar e lojas de proximidade, como Minimercado Extra) no atendimento à Região Nordeste. Com área de 75 mil m² (ampliável para 100 mil m²) e 14 metros de pé-direito, o empreendimento está localizado em um importante polo econômico em Pernambuco, no Cabo de Santo Agostinho, e atenderá parte da demanda do GPA no Nordeste nos próximos anos. A capacidade do novo CD é de 60 mil posições-palete. “A unidade de Pernambuco suportará o crescimento do GPA no Nordeste, uma das regiões foco em expansão, mantendo a qualidade do serviço. Os espaços que tínhamos com os centros antigos não suportariam esse crescimento. Só em mercearia seca, por exemplo, teremos 60% a mais de área na região”, afirma Marcelo Arantes, diretor de Logística do GPA. O novo CD gerou 570 empregos diretos e aproximadamente mil indiretos. No local acontecerão as operações logísticas de todas as categorias de produtos trabalhadas pelo Multivarejo: mercearia, não-alimentos, hortifrúti e perecíveis. A Via Varejo ocupa os outros 50% da área, para estoques de eletroeletrônicos e móveis. “Ganhamos mais espaço para receber produtos, o que significará maior sortimento para os clientes”, aponta Arantes.

Como a reposição das lojas passará a ser feita pelo CD local e não mais a partir de São Paulo, o nível de serviço será bastante superior a um custo menor. Além disso, a empresa ganha em velocidade no processo de importação, já que ela poderá ser feita diretamente pelo Porto de Suape. O CD possui itens de alta tecnologia como iluminação T5 e equipamentos elétricos de movimentação. O objetivo é testar essas novidades e avaliá-las para os demais CDs do GPA no restante do país. Locado, o CD está localizado no Cone Suape Condomínios de Negócios, empreendimento situado na chamada plataforma multimodal da Cone, área que possui quatro modais de transportes interligados e que fica a 7 km do Porto de Suape e a 16 km do Aeroporto Internacional do Recife.

Expansão Além do CD de Pernambuco, o grupo segue com outras sinergias logísticas, como nos CDs de Jundiaí (SP) e Camaçari (BA), operados de forma conjunta para a Cnova (e-commerce das Casas Bahia, do Ponto Frio e do Extra), e a Via Varejo, com o compartilhamento do espaço físico e do transporte. Um dos grandes benefícios dos projetos de integração é a possibilidade de realizar entregas a clientes tanto de lojas físicas quanto do e-

Divulgação

Unidade vai unificar operações logísticas da Via Varejo e da Multivarejo

-commerce com o mesmo veículo. As vantagens incluem a otimização logística pela roteirização, redução do tempo de entrega e de custos fixos e segurança compartilhada. A sinergia em Camaçari (BA) permitiu à Cnova uma economia de 35% em comparação com a operação anterior, que acontecia em São Paulo e no Rio de Janeiro, localidades com custos fixos mais elevados em relação aos da Bahia. No quesito transportes, a economia chegou a 34%, considerando os custos de frete mais altos no Sudeste. A unificação da operação para produtos leves, aqueles com no máximo 30 kg, é outra novidade do projeto. A Cnova passou a ocupar um galpão exclusivo no CD de Jundiaí. O espaço corresponde a 17% da área de todo o CD e representou uma redução de 25% nos custos logísticos para a Cnova. Também faz parte do projeto a integração do sistema de logística reversa das duas empresas, com a otimização da retirada de cargas no trajeto de retorno dos caminhões a Jundiaí.

Cone: (81) 3087-8080 Grupo Pão de Açúcar: 0800 773-2624

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MERCADO

RioGaleão Cargo obtém autorização para utilizar e-AWB

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terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, ou RioGaleão Cargo, recebeu autorização da Receita Federal para utilizar o Eletronic Airway Bill (e-AWB, na sigla em inglês) em sua área de exportação, com o objetivo de otimizar as operações. O e-AWB é a versão eletrônica do contrato de transporte firmado entre clientes e companhias aéreas e faz parte do programa e-Freight, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que busca facilitar os procedimentos burocráticos, eliminando o uso excessivo de papéis.

Com a tecnologia, os dados inseridos no sistema são transmitidos em tempo real para todos os elos da cadeia do transporte. Assim, o planejamento para a armazenagem e o manuseio da carga são realizados de forma mais uniforme e com maior confiabilidade. Além de precisão e segurança, o recurso eletrônico deve proporcionar redução no tempo de entrega da carga aérea, com um ganho médio de 20% a 44% de eficiência para as companhias, agentes de cargas e despachantes aduaneiros. “A implantação do e-AWB é de

grande importância, pois o recurso nos permite antecipar informações essenciais e faz com que o nosso relacionamento com todos os agentes da cadeia logística seja cada vez mais forte e de extrema confiança”, afirma Patrick Fehring, diretor do RioGaleão Cargo. Segundo a Iata, a implantação do e-AWB deve eliminar em torno de 7.800 toneladas de documentos físicos por ano, o equivalente a 80 Boeings 747 lotados de papel. RioGaleão: (21) 3004-6050

VLI registra recorde de carregamento de grãos no TI Palmeirante Divulgação

Terminal alcança pela primeira vez o volume de 1 milhão de toneladas de soja e milho movimentadas

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VLI alcançou, no mês de agosto, uma marca inédita na movimentação de grãos no Terminal Integrador (TI) Palmeirante, no Tocantins. Somente nos oito primeiros meses deste ano, os trens que partiram da unidade transportaram 1.046.661 toneladas de soja e milho. Em julho, a estrutura, que realiza o armazenamento e o transbordo desses produtos, já havia conseguido superar o volume total carregado em todo o

ano de 2014, com 893.472 toneladas contra as 814.822 t movimentadas no ano anterior. Para manter o fluxo operacional, entre janeiro e agosto deste ano o terminal recebeu grãos transportados por 27.338 caminhões que saíram dos estados do Tocantins, Mato Grosso, Piauí e Bahia. Durante o mesmo período, 11.119 vagões foram carregados, possibilitando a formação de 139 composições ferroviárias. Com destino à exportação, os produtos são levados para o Porto do Itaqui, na capital maranhense, pelos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, passando pelo corredor logístico Centro-Norte da VLI. A marca alcançada durante o último mês é resultado dos avanços na integração entre os ativos da companhia. “Estamos alinhados com a crescente demanda quanto ao escoamento de cargas também pela Região Norte

do país. Por isso, além de apostar no sistema logístico integrado, desenvolvemos processos no terminal que levaram ao aumento da produtividade nas atividades de transbordo e da disponibilidade dos equipamentos”, explica Wander Marquez, gerente do TI Palmeirante. O terminal localizado na cidade de Palmeirante, possui 12 mil m² e conta com dois tombadores de carretas, dois silos com capacidade para armazenar 6 mil toneladas cada e uma tulha com capacidade de carregamento de mil toneladas por hora. Também no estado do Tocantins, a VLI está investindo na construção de mais dois terminais de transbordo e armazenagem de grãos: mais um em Palmeirante e outro no município de Porto Nacional. VLI: (31) 3279-4900

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Adimax Pet adota solução de gestão de frota da Zatix

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Adimax Pet, produtora de alimentos para cães e gatos, passou a utilizar o sistema Linker, solução para gerenciamento de operações de transporte da Zatix, empresa que atua com sistemas de rastreamento e telemática para o controle de veículos e gestão de frotas. A Adimax Pet possui sede na cidade de Salto de Pirapora (SP). Com o crescimento da frota e de sua vasta atuação no território nacional, a empresa precisou modernizar a gestão e o monitoramento da frota que transporta a ração Magnus, que conta com 98 veículos, entre cami-

nhões e automóveis, bem como realizar o seu planejamento logístico. A modularidade e escalabilidade do sistema Linker permitiram realizar uma configuração específica e adaptável, instalando 26 rastreadores duplo chip sem teclado nos veículos leves e 74 rastreadores híbridos com teclado multimídia nos veículos pesados. “Com o Linker, tornou-se possível para a Adimax agilizar a emissão de relatórios, roteirizar as notas fiscais do dia e localizar e melhorar a comunicação com os motoristas. Ganhamos em produtividade e controle”, afirma Adriano Domin-

gues, supervisor de Frota da empresa. O processo de instalação dos 98 equipamentos está em fase final, e os treinamentos sobre funcionalidades, operação e parametrização do Linker estão sendo realizados pela Zatix na Adimax. “O nível de satisfação do cliente diante dos resultados positivos obtidos ainda na fase preliminar de instalação e utilização destaca o sucesso que o Linker vem obtendo no mercado”, afirma André Moreto, gerente  de Marketing da Zatix. Zatix: (11) 4689-8019

TQuim passa a realizar armazenagem e se torna operador logístico

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TQuim, empresa que atua há 35 anos no transporte de produtos químicos perigosos e não perigosos a granel e embalados, anunciou em setembro a ampliação de seu portfólio de serviços, integrando a armazenagem de produtos embalados e a gestão de estoques, transformando-se assim em um operador logístico. Para isso, investiu R$ 4 milhões em um centro de distribuição com 11.500 m² de área e capacidade para 12.000 posições-palete, localizado na cidade de São Bernardo do Campo (SP), próximo ao Rodoanel e com fácil acesso ao Porto de Santos (SP). A ideia de ampliar o leque de atividades nasceu da percepção da empresa a respeito do mercado atual. “Muitos armazéns utilizam terceiros no seu transporte. Nossa estratégia foi justamente atuar na integração da operação. Como uma trans-

portadora tradicional, decidimos levar aos nossos clientes e ao mercado a facilidade de armazenagem dos produtos que transportamos, proporcionando às empresas produtividade e redução do transit time e do custo da cadeia de supply chain”, comenta Walter Almeida, diretor-superintendente da TQuim. De acordo com o executivo, a dinâmica de deslocamento dos produtos pelas transportadoras que operam com CDs de terceiros consome, em média, 40% do tempo diário entre um frete e outro. “O produto, estando em nosso armazém, terá integração direta com nosso transporte, reduzindo o tempo gasto nos deslocamentos e na carga e descarga, o que amplia a capacidade de entrega dos nossos clientes”, explica. O objetivo da empresa é focar nos setores químico, de produtos orgânicos e inorgânicos; petroquímico, de resinas

Divulgação

Empresa investiu R$ 4 milhões na inauguração de um centro de distribuição em São Bernardo do Campo

termoplásticas; mineral e de produtos para limpeza e conservação. Dentre os clientes da TQuim que já utilizam o novo CD estão as multinacionais Trínseo, o IMCD Group e a Blue Star. A proposta da empresa é prover um serviço completo, que inclui a terceirização total das operações, da gestão do estoque e do faturamento até o controle da documentação, da entrada e da saída das mercadorias no CD e da validade dos itens. A empresa possui know-how também em operações de cross-docking  e milk run. TQuim: (11) 4066-7007 Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 27

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MERCADO

Aliança estabelece contrato com a OpenTech Empresa de cabotagem passa a utilizar soluções tecnológicas de controle e gestão totalmente adaptadas ao transporte rodoviário de contêineres Divulgação

treamento de cargas e monitoramento de segurança, a Base UTI, serviço de monitoramento e rastreamento de cargas críticas, e o OpenUniversidade, para treinamentos e e-learning (aprendizado eletrônico). Para centralizar os trabalhos e garantir que o potencial de todas as ferramentas contratadas seja explorado ao máximo, a OpenTech manterá um gestor dedicado exclusivamente às operações da Aliança, atuando na sede da empresa. “Teremos um profissional nosso operando in loco e em conjunto com a equipe da Hamburg Süd”, explica o diretor Comercial da OpenTech, Eduardo Oliveira de Sousa. O gestor será responsável também pela elaboração de um Plano de Gestão Logística, que tem como objetivo garantir melhorias nos resultados do cliente, com foco na redução de custos e na otimização de processos. A implantação de controles diários, boletins, mapeamentos da operação e treinamentos também está no escopo, assim como a missão de fomentar o uso das ferramentas da OpenTech por toda a equipe da Aliança. “As soluções de gerenciamento de risco e logístico da OpenTech serão ferramentas importantes para atender às necessidades da Aliança e da Hamburg Süd no que tange à confiabilidade, produtividade, visibilidade e qualidade

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Aliança, unidade de cabotagem da Hamburg Süd, firmou um contrato com a OpenTech, empresa desenvolvedora de soluções tecnológicas focadas em gestão logística e gerenciamento de riscos no transporte, com o objetivo de aprimorar ainda mais o controle de suas operações rodoviárias. O acordo prevê a renovação e a modernização das ferramentas e softwares voltados para a logística e a internalização do sistema de gerenciamento de risco, que até então ficava sob a responsabilidade dos prestadores de serviço. Vale lembrar que em 2013 a empresa criou a Aliança Transporte Multimodal (ATM) para operar no transporte terrestre. A Aliança passará a utilizar o OpenSIL, solução de gestão que automatiza e controla os processos logísticos, com informações detalhadas da jornada, o OpenCadastro, que realiza a verificação de dados cadastrais de veículos da frota e de motoristas, o OpenGR, para o ras-

de nossos serviços aos nossos clientes. Além disso, continuaremos a expandir nossas operações intermodais com robustez e consistência”, explica o gerente nacional de Operações Intermodais da Hamburg Süd, Fernando Camargo. O diretor Comercial da OpenTech, Eduardo Oliveira de Sousa, explica que a capacidade da empresa de adequar os softwares e serviços às regras específicas para o controle de contêineres da Aliança foi um dos pontos essenciais para o fechamento do negócio. “De forma inédita no Brasil, customizamos um software para fazer a gestão de contêineres e atender rigorosamente a necessidade do cliente. O processo profissional e bem estruturado para o desenvolvimento de soluções integradas, usando as melhores práticas e ferramentas, tanto em projetos quanto em produtos, comprova a nossa flexibilidade. E este foi um fator determinante para moldarmos os produtos de acordo com as exigências da Aliança e da Hamburg Süd”, diz Segundo ele, o negócio apresenta ainda outros diferenciais, como na utilização do OpenUniversidade. “Além da contratação da ferramenta no formato atual, com os recursos já disponíveis, o cliente terá acesso a trilhas específicas para seus treinamentos. Vamos adaptar o produto para atender tanto às rotinas e aos procedimentos dos diferentes operadores que prestam serviço à Aliança no Brasil quanto às determinações e regras da própria empresa e de seus clientes”, informa Sousa. Aliança: (11) 5185-3100 OpenTech: (47) 2101-6122

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Souza Cruz compra 51 utilitários Iveco Daily Veículos serão utilizados na distribuição dos produtos da empresa em todo o Brasil O executivo destaca ainda que a qualidade e o desenvolvimento tecnológico dos veículos Iveco ajudam no desempenho da distribuição nos diversos pontos de venda, devido à alta resistência e à capacidade volumétrica. “Veículos eficientes e com baixo custo operacional são o que buscamos na hora de renovar a nossa frota”. Seguindo os padrões de segurança e ergonomia, a empresa equipou os utilitários com baús feitos sob medida, separadores de carga e estribos laterais, entre outros acessórios de segurança. A Souza Cruz conta com uma frota Divulgação

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produtora de cigarros Souza Cruz adquiriu 51 veículos utilitários da Iveco, com o objetivo de renovar e aumentar sua frota. A montadora entregou ao cliente 37 Daily Maxi Furgone 55C17 e 14 Daily chassi-cabine 70C17, que serão utilizados em operações de entrega em redes varejistas de todo o Brasil. O pedido incluiu freios ABS e airbag nos veículos, itens opcionais, mas considerados de grande importância pela Souza Cruz devido à sua política de segurança no transporte. “Além de um equipamento com grande capacidade de carga e resistência mecânica, a segurança dos nossos colaboradores é a principal característica de avaliação durante a aquisição de novos veículos”, comenta Elfio Neto, gerente nacional de Transportes da Souza Cruz.

composta por 2.600 veículos para distribuição dos seus produtos, vendidos em todo o território nacional. Iveco: (31) 3888-7469 Souza Cruz: (51) 3511-8206

Colliers divulga números do mercado de condomínios logísticos Divulgação

Brasil recebeu novos 515 mil m² e absorveu 362 mil m² no segundo trimestre de 2015

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e acordo com a Colliers International Brasil, empresa que atua no segmento de consultoria imobiliária, o mercado de condomínios logísticos nacional recebeu, no segundo trimestre de 2015, novos 515 mil m². Com isso, o inventário total de

condomínios logísticos no Brasil chegou a 10,5 milhões de m². São Paulo foi o estado que recebeu a maior parte dos novos espaços, com 318 mil m², seguido pelo Rio de Janeiro, que teve um incremento de 54 mil m². A Região Nordeste como um todo, considerando todos os seus estados, também merece destaque, tendo recebido novos 100 mil m² no segundo trimestre do ano. A pesquisa da Colliers indica ainda que a absorção líquida dos condomínios logísticos no período foi 46% maior do que no primeiro trimestre de

2015, com 362 mil m². Ela foi liderada pelo estado de São Paulo, que absorveu 220 mil m². Os preços médios de locação continuaram estáveis, em R$ 20 o m² por mês, sendo que o Rio de Janeiro pratica valores acima da média, com R$ 26,50 o m², e o Nordeste tem preços abaixo da média nacional, com R$ 15,90 o m². O estado de São Paulo continua ditando o valor do preço médio pedido, com R$ 20,30 o m² por mês, valor próximo à média brasileira. Colliers: (11) 3323-0000

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CROSS-DOCKING • A Ceva nomeou, em agosto, Denise Carrion como vice-presidente dos Produtos Aéreo e Marítimo para a América do Sul. A profissional atua há 20 anos na companhia, tendo ocupado diversas posições nas áreas de Vendas e Operações. Recentemente, Denise atuava como diretora dos Produtos Aéreo e Marítimo para o Brasil. Graduada em Propaganda e Marketing pela Universidade Paulista (Unip-SP) e pós-graduada em Gestão da Qualidade pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), a executiva permanecerá com suas atribuições e responsabilidades com o Brasil, apoiando adicionalmente ações com os demais países sul-americanos. Além disso, Arjan Kaaks assumiu o cargo de CFO (Chief Financial Officer) da companhia. Rubin McDougal, que ocupava a posição até então e está se aposentando, ficará na empresa durante os próximos meses para assegurar uma transição tranquila do cargo. Pós-graduado em Economia e Finanças pela Universidade de Groningen, na Holanda, Kaaks atuou por 12 anos na Unilever, onde ocupou vários postos na área Financeira, inclusive da cadeia de suprimentos. Durante sua carreira, desempenhou ainda as funções de diretor de Operações e CFO da marca de produtos esportivos O’Neill e de diretor Financeiro na cervejaria holandesa Royal Grolsch. Antes de ir para a Ceva, o executivo estava no Maxeda DIY Group, uma empresa de capital privado com foco no mercado de varejo de produtos DIY (sigla em inglês para do it yourself, ou faça você mesmo), onde foi diretor Financeiro e membro do Conselho de Administração. Kaaks se reportará diretamente a Xavier Urbain, CEO global da Ceva. (11) 2199-6700 • A Pacer Logística contratou Flávio Silva para ocupar o cargo de gerente Comercial. Formado em Administração de

Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), o executivo possui MBA em Marketing pela mesma instituição e extensão pela University of California Irvine (UCI), nos Estados Unidos. Com 27 anos de experiência profissional, Silva atuou em empresas como Xerox, TNT, Aliança Francesa, Jamef, Transportadora Americana e Patrus. (11) 3648-4700 • A Yusen Logistics, empresa pertencente ao Grupo NYK, contratou Savana Nocera para desempenhar a função de representante Comercial para os mercados de Santa Catarina e do Paraná, estados ainda pouco explorados pela companhia. Graduada em Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior pelo Centro Universitário Positivo (PR), a executiva ficará baseada na cidade de Curitiba. Savana possui 15 anos de experiência profissional na área de Comércio Exterior e passou por grandes empresas do segmento logístico, como Wilson Sons e Kuehne + Nagel. (11) 4064-9300 • O administrador de empresas Rogério Wagner Silva assumiu, neste mês de setembro, a gerência Comercial da divisão de Transportes da CSI Cargo. Formado pelas Faculdades Integradas Santa Cruz (Faresc-PR), possui ainda MBA em Gestão em Logística Empresarial pelo Instituto Brasileiro de Pós-graduação e Extensão (IBPEX-PR) e expertise em gestão de projetos, planejamento estratégico, lean logistics e afins. Com 25 anos de experiência no transporte rodoviário de cargas, atuando nos segmentos automotivo, alimentício, químico, industrial e no comércio exterior, Silva foi agente de transporte internacional durante 15 anos, com clientes no Brasil e em países do Mercosul. Antes de compor o quadro da CSI Cargo, o executivo passou por empresas como Cargolift e Sanfe Transporte e Logística, também no cargo de gerente Comercial. (41) 3381-2314

• A Michelin anunciou, neste mês de setembro, o francês Nour Bouhassoun como novo presidente da companhia nas Américas do Sul e Central e no Caribe. O executivo trabalha no Grupo Michelin desde 1985 e iniciou sua carreira como responsável técnico-comercial na França, passando por países como Espanha, Taiwan e Argentina. Chegou ao Brasil em 2002, como diretor Comercial de Pneus de Ônibus e Caminhões para o país, assumindo depois a responsabilidade por Marketing e Vendas para as Américas do Sul e Central e para o Caribe. Em 2010, foi convidado para ocupar o mesmo cargo na Michelin América do Norte e, posteriormente, presidiu a Michelin África, Índia e Oriente Médio, entre 2013 e 2015. Bouhassoun assume o cargo no lugar de Jean-Philippe Ollier, que terá novas responsabilidades no Grupo Michelin na França. 0800 970-9400 • Daniel Drapac do Amaral passou a ocupar, em setembro, a vice-presidência da Seen Technology, empresa que oferece ao mercado uma plataforma móvel flexível e customizável para a gestão de negócios, inclusive de atividades de campo, como logística de distribuição, com o controle e a segurança de entregas. Graduado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP), o executivo possui MBA Empresarial pela Fundação Dom Cabral (FDC-SP) e pós-MBA em Negociação, Liderança e Marketing pela Kellog School, escola de negócios da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, além do curso de Gestão Avançada para Executivos pelo European Institute of Business Administration (Insead), na França. Amaral possui 16 anos de experiência profissional no supply chain, tendo atuado em cargos de gerência e direção em áreas como Compras, Logística Integrada, Transporte e Distribuição de empresas como Ypê, AGV, Cielo e Carrefour. (11) 4152-1399

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• O Conselho de Administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promoveu a troca de dois diretores da entidade. Foram exonerados o diretor de Operações Logísticas, Luis Santana Montenegro, e o diretor de Relações com o Mercado e Comunidade, Manoel Gatto dos Santos, e eleitos para os respectivos cargos os engenheiros Cleveland Sampaio Lofrano e Francisco José Adriano, indicados pela Secretaria de Portos (SEP) da Presidência da República. Os eleitos tomaram posse no dia 21 de setembro. Lofrano é formado em Engenharia Civil e possui mestrado em Engenharia de Transportes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de especializações em transportes, hidráu-

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lica, hidrologia, barragens, fundações, planejamento e custos. Recentemente, atuou como coordenador-geral da equipe de Gerenciamento, Supervisão e Apoio Técnico das obras dos trechos Sul e Norte do Rodoanel Mário Covas. Anteriormente, ocupou os cargos de assessor técnico da diretoria de Hidrovias Interiores, chefe do setor de Engenharia e Planejamento e coordenador do Programa de Engenharia e Planejamento da Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) e, na extinta Empresa de Portos do Brasil (Portobras), exerceu a chefia do Núcleo de Operações da Administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana), além de desenvolver atividades de gerenciamento e consultoria para projetos de portos e hidro-

vias. Adriano, por sua vez, é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes-SP) e em Engenharia Ambiental pela Universidade de Santo Amaro (Unisa-SP). O executivo possui ainda especialização em Comércio Exterior, Gestão Ambiental e Engenharia de Segurança do Trabalho, além de cursos complementares em Gerenciamento de Contratos, Lei de Responsabilidade Fiscal, Direito Ambiental e Administração Patrimonial, entre outros. Profissional de carreira da Codesp, atua na entidade desde 1987, principalmente na área de Segurança do Trabalho, em que ocupou os cargos de chefe de Serviços Portuários e gerente de Saúde e Segurança do Trabalho. (13) 3202-6565

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Reestruturar para crescer Composto por cinco empresas e com grande expertise no mercado de pneumáticos para caminhões, o Grupo LC está passando por um processo de reestruturação que visa, entre outras ações, profissionalizar a gestão e agilizar as tomadas de decisão. O diretor executivo do grupo, Luiz Carlos de Oliveira Junior, conta, nesta entrevista exclusiva, quais foram as principais mudanças e as perspectivas para o futuro

Tecnologística – Quais são os principais focos de atuação do Grupo LC? Luiz Carlos de Oliveira Junior – Tudo começou em 1987, com a Translute, criada pelo meu pai, Luiz Carlos de Oliveira, que era voltada para o transporte rodoviário de produtos eletrônicos de Belém até São Paulo. Depois migramos para a área de pneus e nos especializamos nesse segmento. Hoje, 90% das atividades da Translute são voltadas para o mercado de pneumáticos. Em 1999 sentimos a necessidade de ampliar os negócios e entramos na área de operador logístico para atender à indústria farmacêutica. Em 2006 surgiu a oportunidade de terceirizarmos a montagem de pneus, e aí criamos a LC Centro de Montagem, que é uma operação voltada para o mercado automotivo e, mais precisamente, para o mercado de caminhões pesados e leves. Realizamos o sequenciamento

de linha e a montagem de pneus e rodas. E de lá para cá nos mantivemos mais focados nesse meio, a tudo que está relacionado a montagem e pneus. Iniciamos outras atividades em outros ramos, mas hoje 80% das atividades do grupo são voltadas para pneus para caminhões novos. Em resumo, somos um grupo logístico que oferece transporte, armazenagem e montagem de pneus para o mercado de caminhões. Montamos as rodas nos caminhões para as fábricas. Temos oito filiais nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, e atendemos ao Brasil todo em questão de transporte. Tecnologística – Quais são os principais clientes? Oliveira Junior – Praticamente todos os fabricantes de pneus, como Michelin, Continental, Goodyear, entre

Fotos: Luiz Machado - Agência Imagem

ENTREVISTA

outros. Só não trabalhamos com a Pirelli, mas todos os fabricantes de pneus que estão no Brasil são nossos clientes, direta ou indiretamente. Também atendemos, como operador logístico, quatro empresas do setor farmacêutico, mas, nesse caso, só no estado de São Paulo. Tecnologística – O grupo passou por um processo de reestruturação recentemente, com o auxílio da consultoria ABGroup. Por que isso aconteceu e quais foram as principais mudanças? Oliveira Junior – No ano passado já havia indícios de que 2015 seria um ano muito apertado e complicado, bem mais difícil que os anos anteriores. Então nós acabamos nos antecipando e fomos buscar uma consultoria que nos desse outra visão, outra forma de olhar nossos negócios. Temos cinco

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empresas dentro do Grupo LC, e o nosso temor estava relacionado com o que conseguiríamos consolidar em termos de gestão. A principal razão da contratação da ABGroup foi trazer uma visão externa sobre o nosso grupo em questão de operações e uma solução para concentrar as operações. Até então, uma filial atendia montagem e outra atendia transportes. Acabamos juntando as duas atividades numa só unidade de negócios. A ABGroup nos apresentou essa alternativa para que olhássemos o negócio de forma diferente e não víssemos apenas individualmente a logística e o transporte, mas sim as atividades como um pacote de venda único, ou seja, como uma unidade de negócios que reunisse transporte, logística, armazenagem e montagem. Tecnologística – Foram criadas quais unidades de negócios? Oliveira Junior – Na verdade o que fizemos foi a junção de atividades nas filiais. Antes tínhamos uma filial que fazia só transporte e outra que fazia só armazenagem e montagem. O que fizemos foi transformar cada filial numa unidade de negócios que oferece todos os serviços do grupo, que são transporte, armazenagem e montagem.

Serviços de consultoria trouxeram uma nova visão dos negócios, unindo todas as atividades em um só pacote fissional que trabalha há mais de 30 anos conosco e por um conselheiro de mercado, para, assim, nos afastarmos um pouco das operações e para a empresa ficar mais independente. Tecnologística – A gestão ainda é familiar? Quantas pessoas o Grupo LC emprega? Oliveira Junior – Isso mesmo, mas agora está sendo profissionalizada. Diretamente temos 408 funcionários e indiretamente são mais de 400 agregados trabalhando com a gente. Tecnologística – Vocês também estão implantando um programa de par-

ticipação de resultados. Quais são os objetivos pretendidos? Oliveira Junior – A ABGroup nos sugeriu, na área de operação e corporativa, que implantássemos a metodologia de remuneração por resultados para todos os gerentes e executivos do grupo. Não trabalhávamos com esse tipo de remuneração. E é algo que já ocorre em outras empresas do mercado. Ouvimos muito isso e a iniciativa tem trazido bons resultados. Antes nossos objetivos eram só focados em crescimento, mas não em resultados. Quando você muda a remuneração para a participação em cima do resultado, o foco é o lucro mesmo. O executivo agora está alinhado com o lucro e não só com o crescimento. Tecnologística – Desde quando essa política de remuneração por resultados está em execução? Oliveira Junior – Começamos implantando essa metodologia em abril deste ano e a previsão é terminar esse processo, para todos os executivos, em 2016. Antes é necessário que esses executivos passem por um processo de adaptação. Muitos trabalham há mais de 20 anos do mesmo jeito e há uma cultura já impregnada

Tecnologística – Que outras mudanças foram sugeridas pela ABGroup? Oliveira Junior – A consultoria também nos apresentou o projeto de governança corporativa. Estamos num processo de sucessão no grupo e então precisamos fortalecer esse lado para termos um processo de transmissão mais natural. Agora a segunda geração está entrando nos negócios do grupo e, por isso, necessitamos de uma estrutura que seja mais independente da família do que no passado. Então o Altamiro Borges (diretor-presidente da ABGroup) nos trouxe mais esta visão: a de criarmos um conselho, composto pelo fundador do grupo, por um proOutubro/2015 - Revista Tecnologística - 35

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ENTREVISTA

Soluções customizadas

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om know-how em projetos de logística integrada e experiência em movimentação e transporte de produtos de alto valor agregado, o Grupo LC, de capital 100% brasileiro, há 28 anos oferece ao mercado soluções customizadas. Além da Translute Transportes Rodoviários, a empresa primogênita, fundada em 1987 para operar no transporte de carga lotação em regime itinerante, atendendo a todo o território nacional, o Grupo LC é composto pelas empresas LT Combustível, uma rede de postos de combustíveis criada em 1993 com o objetivo de abastecer a frota e servir de base em apoio operacional no transporte; LC Logística, que desde 1998 complementa as operações logísticas nas atividades de armazenagem, manuseio e distribuição; LC Centro de Montagem, criada em 2006 para complementar os serviços prestados às implementadoras, fabricantes de pneus e montadoras de veículos, com a montagem e o sequenciamento de rodas e pneus; e LC Participações Imobiliárias, criada em 2008 para fazer a gestão de imóveis e bens. Somando-se às oito filiais próprias, recentemente transformadas em unidades de negócios e distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Bahia, o Grupo LC possui seis armazéns que, no conjunto, totalizam 53 mil m² de área coberta e 200

mil m² de pátio e dispõem de 65 mil posições-palete. A qualidade dos serviços é assegurada pelas certificações ISO 9001/2008 e SASSMAQ, ambas oriundas da SGS; e pela autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)/Licença do Sistema de Informação em Vigilância Sanitária (Sivisa) para medicamentos, cosméticos, correlatos e alimentícios. Para o planejamento logístico, o Grupo LC desenvolve projetos customizados de instalação de CDs em áreas exclusivas ou compartilhadas, elabora e implementa indicadores de desempenho, desenvolve e implanta ferramentas para melhorias e viabiliza a otimização logística na cadeia de distribuição. Para isso conta com sistemas tecnológicos e aplica conceitos como fifo (first in first out) e fefo (first expire first out) para armazenagem e linhas de picking. Também realiza operações de picking e packing de caixas fechadas ou unidades de consumo. Seus CDs dispõem de infraestrutura adaptável aos requisitos de cada produto, como temperatura ambiente, climatizada, refrigerada e áreas de laboratório. O Grupo LC também executa operações in house sob medida para empresas, além de elaborar e conduzir projetos logísticos personalizados. Em termos de tecnologia, possui sistemas avançados e voltados para a cadeia logística, tais como ERP, WMS e TMS, e também um banco de dados e sistemas para operações em ambiente internet. Todas as instalações são protegidas com dispositivos de segurança e contam com monitoramento 24 horas. 

aqui dentro da empresa. Agora temos que fazer as pessoas absorverem uma nova cultura. Tecnologística – Na prática, o que irá mudar com isso? Como os executivos irão trabalhar a partir desse novo modelo? Oliveira Junior – Antes a gente via o resultado global da empresa. O executivo de cada filial via só o resultado global, mas não tinha claro qual era o resultado da filial dele. E agora vamos ver o resultado não de forma global, mas sim por unidade de negócios. Cada gerente de unidade passa a ser um miniempreendedor. Ele enxerga a unidade dele, tem que vender, tem que fazer a unidade dar resultado, tem que tocar a operação. Agora ele realmente está alinhado com a direção da empresa. O Altamiro e a ABGroup conseguiram eliminar esse gap que havia entre a direção da empresa e a base das operações. Hoje está todo mundo alinhado para obter resultados. Tecnologística – Como era antes? Oliveira Junior – Era muito centralizado. O diagnóstico da ABGroup mostrou que éramos muito centralizadores de informações para a tomada de decisão. Agora estamos optando por descentralizar um pouco para fazer o processo ter mais agilidade. Hoje cada filial é uma unidade de negócios; essa é a visão nova que estamos dando para o negócio. Antes cada filial fazia uma única atividade específica. Agora não é mais assim. Todas as filiais oferecem todos os tipos de negócios que o grupo faz. O gestor de cada unidade tem que oferecer todos esses serviços. Tecnologística – O que é o Centro de Operações de Transportes? Oliveira Junior – Atualmente toda a gestão de transporte de caminhões de terceiros está centralizada em São Paulo. Antes isso era descentralizado. Cada

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filial administrava a sua frota. Hoje não. Quem administra todo o fluxo de caminhões é o Centro de Operações, que está localizado em São Paulo. As unidades de negócios pedem a demanda para essa central, que administra e desloca os caminhões para atender às solicitações de cada uma delas. Com essa mudança tivemos uma redução de 20% a 30% na quilometragem vazia de cada veículo. Ele centraliza todas as informações, tanto de agregados como de terceiros disponíveis na região. Tecnologística – O Grupo LC possui frota própria de caminhões? Oliveira Junior – Sim, são 200 carretas aproximadamente. Tecnologística – Quais foram as novas tecnologias implantadas e quanto foi investido nesse sentido? Oliveira Junior – Não divulgamos valores, mas este ano estamos investindo em uma nova ferramenta de gestão de armazéns. Estamos fazendo a migração de um software mais antigo para um mais atualizado de mercado. Optamos pelo WMS da Alcis e a virada de chave do novo sistema será em novembro deste ano. O WMS que utilizávamos desde 1999 foi descontinuado pela fornecedora e com isso todo novo desenvolvimento de que precisávamos acabava sendo feito internamente. Decidimos adquirir um WMS novo porque hoje o desenvolvimento é mais barato,

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uma vez que há uma grande demanda do mercado que utiliza a solução da Alcis. Para a escolha da ferramenta realizamos um processo de seleção do qual participaram oito empresas, e escolhemos a Alcis porque o WMS dela foi o que apresentou maior aderência a todas as nossas operações, tanto de fármaco quanto de automotivo. O WMS fará a gestão dos CDs. Não entrará na parte de montagem e transporte. Fará a gestão apenas da armazenagem. Tecnologística – Quantos CDs o Grupo LC possui atualmente? Oliveira Junior – Temos seis armazéns no eixo São Paulo-Rio de Janeiro. Todos possuem coletores de radiofrequência. No total são cerca de 20 coletores que são usados também na operação de montagem. Em todo o fluxo de montagem utilizamos um software que foi desenvolvido por nós mesmos, que faz a administração e a gestão das informações, e os coletores são usados para a leitura dos códigos de barras dos pneus, para fazer a amarração com os chassis dos caminhões. Tecnologística – Que outras tecnologias são utilizadas? Oliveira Junior – Temos um sistema de gestão empresarial ERP da Riosoft, que utilizamos há quase dez anos, e o novo WMS será integrado a ele. Também adotamos o TMS E-cargo da Signa, em operação desde 2009.

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ENTREVISTA

Tecnologística – Quais resultados foram obtidos com o emprego dessas tecnologias? Oliveira Junior – Implantamos o TMS para termos ganhos de processos. Como em 2009 já estávamos nos preparando para o conhecimento eletrônico, buscamos no mercado o software que já estava preparado para isso, que naquela época era o E-cargo. E o implantamos para ter maior rapidez no fluxo de processo e na consolidação de carga, por exemplo. O sistema também trouxe uma redução de custo. Já com a troca do WMS esperamos ter um ganho mínimo de 15% de mão de obra no processo. Desenvolvemos a ferramenta para fazer a gestão de portaria, a administração dos caminhões no pátio com a pré-identificação de para qual doca cada veículo tem que ir. O sistema WMS fará a gestão completa, desde a portaria até a onda de separação dentro do armazém. Tanto no TMS como no WMS e no software de montagem, trocamos informações com todos os nossos clientes, que são em torno de 40. Tecnologística – Quanto o Grupo LC faturou no ano passado e qual a previsão para 2015? Oliveira Junior – Divulgamos apenas os percentuais de crescimento. Em 2014 crescemos 8% em relação ao ano

anterior. Para 2015 a previsão é de que não teremos crescimento nenhum. Tecnologística – Em termos de mercado, como foi 2015 para o Grupo LC até agora e quais ações foram tomadas para reverter os efeitos da crise? Oliveira Junior – Hoje temos boa parte das nossas atividades voltada para o mercado de caminhões, de equipamento original, e esse mercado caiu 40%. A previsão das montadoras para 2016 é um volume reduzido em 50% em comparação a 2013. Na parte de clientes de consumo, tivemos uma redução, mas não tão grande quanto na de equipamento original para caminhões. Para driblar essa crise estamos atacando muito mais comercialmente, e há também um trabalho interno de redução de custos. Seguramos o máximo que podíamos, mas infelizmente tivemos que fazer cortes de pessoal e desinstalamos capacidade produtiva. Desativamos, por exemplo, linhas nos centros de montagem para nos adequarmos a esse momento do mercado. Tecnologística – Quais as perspectivas futuras? Pensam em atuar em outras áreas para compensar essa desaceleração que atinge o setor automotivo? Oliveira Junior – Na verdade o nosso plano de direção para os próximos três anos é continuarmos focados na área em que já atuamos, porque esse é o core do grupo. Temos tecnologia para isso. Só tivemos que nos adequar ao volume do mercado. Estamos apostando comercialmente nisso e o grupo irá manter a mes-

ma estratégia nos negócios. A gente sabe que o mercado reage a cada três ou quatro anos. Não vamos sair dessa faixa de mercado porque em todas as questões de qualidade as montadoras e os fornecedores reconhecem a excelência na prestação de serviços do Grupo LC. Investimos muito em tecnologia para esse ramo. Então as ações que estamos tomando para enfrentar a crise são enxugar custos e tornar o negócio rentável. Tecnologística – O Grupo LC tem muitos concorrentes no Brasil? Oliveira Junior – Nessa área de montagem temos poucos concorrentes. Ninguém se especializou tanto quanto nós. Ninguém oferece um full-service em montagem, transporte e armazenagem como nós. Tecnologística – O Grupo tem operações fora do Brasil? Oliveira Junior – Ainda não, mas pretendemos ter. A nossa meta na parte de montagem é nos tornarmos líder de mercado até 2017. Queremos ser o maior centro de montagem da América Latina. Atualmente há uma operação similar à nossa na África do Sul. Já fomos visitar essa operação e aquele mercado nos interessou, porque eles não têm uma tecnologia de informação como a nossa para esse serviço. Se formos expandir, pode ser que o faremos para lá.

Grupo LC: (11) 4772-7444

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TECNOLOGIA

Essencial e visível aos olhos

Divulgação / Totvs

Nos últimos anos, as tecnologias que possibilitam otimizar o gerenciamento das atividades de armazenagem e transporte, conhecidas como WMS e TMS, respectivamente, ganharam novas funcionalidades, ficaram mais sofisticadas e passaram a ser oferecidas também na nuvem (Cloud) e como serviços (SaaS). Ganhos de produtividade, redução de custos e maior controle sobre as operações logísticas são alguns dos benefícios propiciados por essas ferramentas, razão pela qual seu emprego está se tornando imprescindível em uma gama cada vez maior de empresas de diferentes segmentos

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inguém tem dúvida de que centros de distribuição e aumentar a que variam em função da cadeia em a informação é hoje um dos interação com clientes, fornecedores que a empresa está inserida”, explica. principais ativos das empresas e demais parceiros de negócios. Com o passar dos anos, os WMS se e a rapidez na sua obtenção e acesso Introduzidas no Brasil no fim dos sofisticaram com a inclusão de novas tornou-se um diferencial importante anos 1980, as primeiras versões dos funcionalidades, permitindo otimizar para assegurar a competitividade no WMS, bem mais simples que as atuais, o gerenciamento ao agilizar e facilitar mercado. Não são apecomeçaram a ser em- tarefas de programação e entrada de nas os consumidores pregadas por algumas pedidos, planejamento e alocação de refinais que estão mais indústrias como as da cursos, recebimento, inspeção, endereimpacientes para adcadeia do frio – que çamento, estocagem, separação, confequirir bens e serviços e precisavam ter maior rência, expedição, inventário e emissão que, graças às tecnolocontrole sobre as datas de documentos, entre outras. A integragias móveis e às redes de validade para a mo- ção com os principais ERPs (Enterprise sociais, passaram a ter vimentação dos produ- Resource Planning – sistemas de gestão emvoz ativa para exigir tos com precisão –, do presarial) do mercado e com os sistemas qualidade e reclamar segmento farmacêuti- legados das empresas (soluções caseiras) de eventuais falhas no co, as empresas impor- também se tornou mais simples e hoje atendimento de suas tadoras e também mui- pode ser feita sem grandes traumas, até necessidades. As compatas transportadoras que porque muitos fornecedores de WMS Isaac: tendência é de nhias de diferentes árepassavam a oferecer ao desenvolveram interfaces e softwares crescimento da utilização do as também precisaram mercado mais serviços ou contam com parceiros especializados RFID nos próximos anos ser mais ágeis para reslogísticos, incluindo para essa tarefa. O que se pode destacar ponder a contento a essas solicitações armazenagem e controle de estoques, como mais inovadora é a oferta dessas e aos crescentes desafios impostos pe- entre outras funções que necessitavam soluções na nuvem (Cloud) e no modelas oscilações na economia. Com base de uma tecnologia de apoio à gestão. lo SaaS (Software as a Service), embora a nisso, os fornecedores de soluções Mas foi a partir do fim dos anos maioria das empresas brasileiras, até por WMS (Warehouse Management Syste- 1990 que um número maior de em- questões culturais, ainda prefira comms) estão otimistas e, apesar do atu- presas de diferentes segmentos passou prar as licenças e instalar o software em al cenário pouco promissor do país, a investir nessas soluções. Na avaliação seus sistemas locais. apostam no crescimento das vendas de Marcos Isaac, diretor da consultoria Outra evolução tecnológica recente, desses sistemas porque há uma parce- Modus Logística, um segundo Marcos Isaac, é la significativa de empresas, inclusive dos impulsionadores da a integração dos WMS as de menor porte, que precisa e quer adoção dessas ferramencom o RFID (identificação otimizar as atividades operacionais e tas foi a disseminação por radiofrequência). “O administrativas dos seus armazéns e da tecnologia de códiRFID ainda não é utiligo de barras. “Os WMS zado em larga escala no evoluíram e, por meio Brasil, que tem como de interfaces com os leiobstáculo a questão do Tecnologias se tores ópticos de códigos alto custo. Mas a tensofisticaram com de barras, passaram a indência é de crescimento tegrar no sistema as indesse mercado nos próa inclusão de formações colhidas por ximos anos”, destaca o esses dispositivos. Hoje consultor, acrescentannovas funções, Montagna: fornecedoras líderes praticamente qualquer do que a tecnologia já de WMS oferecem produtos permitindo otimizar CD possui scanners cocomeça a ser adotada bastante similares nectados por radiofrepor empresas do varejo e o gerenciamento do quência que falam com o WMS, e este pelas que possuem operações de e-comindica para onde determinado produto merce e de multicanais (omnichannel). cotidiano das operações tem que ser endereçado em função da “Esse pessoal tem uma necessidade de data de validade e de outros parâmetros movimentar muito depressa. São CDs Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 41

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cessos e redução de cusas fornecedoras líderes tos”, justifica. de WMS oferecem proOscar Gutierrez, dutos muito similares, vice-presidente da JDA, mas que se diferenciam reforça esse argumenpor serem mais adeto. “No nosso caso não quados para um ou outemos do que reclamar tro segmento, pela sua porque o movimento usabilidade (se é mais está bom e sentimos que ou menos amigável ao as empresas estão dando usuário) e pela qualidacontinuidade aos invesde da prestação de servitimentos para melhorar ço pós-venda. “Metade suas operações e redudos nossos clientes são Gutierrez: prioridade a projetos zir custos. A JDA está operadores logísticos que apresentam payback prospectando bastante e e armazéns gerais pelo mais rápido estamos vendendo, danfato de nossa solução ser bastante parametrizável e flexível, o que do prioridade aos projetos que tenham lhes permite gerenciar toda a amplitude payback mais rápido”, afirma o execudas empresas que atendem. A outra me- tivo sem, no entanto, revelar números. tade é composta por uma gama grande Criada nos anos 1980 no Canadá, oferede indústrias, como as do setor alimen- cendo inicialmente soluções de supply tício e de bebidas, importadores e trans- chain para o setor de varejo, a JDA fez portadoras. Nossa carteira soma aproxi- uma série de aquisições que lhe permimadamente 80 clientes e devemos ter tiram ampliar o portfólio de soluções, hoje cerca de 130 CDs controlados pelo como a Manugistics em 2007 e a i2 em WMS Inovatech. Não temos clientes do 2010, e mais recentemente, em 2012, fez uma fusão com a RedPrairie, passanvarejo”, explica o executivo. Com relação a resultados, a Inova- do a disponibilizar também o WMS. Os tech registrou crescimento em torno de focos de atuação são os segmentos de 20% em 2014 e projeta para este ano varejo (redes de supermercados, lojas algo entre 5% e 10%. “Houve uma frea- de departamento, redes de farmácias e Características e diferenciais da nos investimentos a partir da metade e-commerce), manufatura (indústrias deste ano, o que dificulta prever o que alimentícias, automotivas e de bens de Para Ricardo Montagna, diretor-geral acontecerá em 2016. Mas sou um otimis- consumo, entre outras que possuem váda Inovatech, em termos de ferramentas ta por natureza e acredito que não tem rios fornecedores e cadeias secundárias) como o mercado todo e de operadores logísticos. “São empreficar parado por muito sas que precisam investir em tecnolotempo. Os empresá- gia para se tornarem mais eficientes e rios estão receosos em competitivas. Nosso trabalho é ajudá-las fazer qualquer tipo de a tomar a decisão no que investir para investimento, mas a obter o melhor resultado a curto, médio gente tem que acre- e longo prazos”, destaca Gutierrez. Fazendo jus ao nome, a Otimis, que ditar numa melhora, até porque apesar dos há dez anos representa a HighJump no discursos pessimistas Brasil, é outra a engrossar o time dos otide todos, nós estamos mistas. “O mercado amadureceu e hoje fazendo visitas em em- as empresas conseguem perceber os presas que buscam im- benefícios propiciados pela tecnologia, plementar ferramentas dentre os quais se destacam os ganhos Fusões e aquisições permitiram que a JDA ampliasse seu para melhoria de pro- da ordem de 15% a 30% da produtiviportfólio de ferramentas com características de cross-docking em que os produtos ficam poucos dias estocados e onde o uso de RFID se justifica para atingir os objetivos do negócio”, explica. Por isso os WMS já estão preparados para falar também com esses sistemas e ainda com outros que automatizam os processos, como por exemplo o voice picking, pick by light, put to light e a tecnologia mobile. Dentre outras funcionalidades recentes adicionadas a esses softwares destaca-se a LMS (Labor Management System), que permite gerir os recursos humanos dentro dos CDs, auxiliando, por exemplo, a determinar escalas de trabalho, verificar o desempenho de cada funcionário, programar horas extras em virtude do aumento de demanda, registrar o tempo gasto em cada tarefa e demais ações que são extremamente úteis em armazéns grandes e complexos que possuem milhares de SKUs; e há também a YMS (Yard Management System), que possibilita gerenciar a movimentação nos pátios, controlar a entrada e a saída dos caminhões, avaliar a performance das transportadoras, planejar recursos e janelas de tempo, obter indicadores de desempenho, entre outras funções.

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uma gama variada de Viadat, desenvolvido empresas de médio e pela alemã Viastore, de grande portes, com faquem é parceira estratéturamentos anuais supegica no Brasil. “O sisteriores a R$ 50 milhões, ma substitui a solução dentre as quais se inde gestão de depósito cluem Martins, Ambev e alfandegário da InfraLojas Renner. Neste ano, ero. É o primeiro aeroo foco centrou-se nas porto a fazer essa subsindústrias de alimentos tituição. Começamos e bebidas, que sofrem implementando o propressões para melhorar a cesso de exportação e rastreabilidade dos proo de importação entrou Almeida: privatizações levarão dutos, e nas empresas do em operação em agosto aeroportos brasileiros a investir varejo, que precisam da deste ano”, explica José em tecnologia tecnologia para crescer. Almeida, diretor de ProJá o Grupo Trust aposta na expan- duto Supply Chain do Grupo Trust. Sesão do setor aeroportuário. No ano gundo o executivo, há boas perspectipassado, iniciou no aeroporto de Vira- vas nesse mercado, uma vez que todos copos (SP) a implementação do WMS os aeroportos brasileiros deverão inDivulgação

dade e eficiência operacional, além da visibilidade que permite ao gestor saber tudo o que está acontecendo dentro do CD”, salienta Hélcio Lenz, diretor da Otimis. Na avaliação do executivo, muitas empresas que no passado já haviam investido em soluções caseiras ou mais simples de WMS agora querem versões mais sofisticadas. Atualmente, mais de 50 CDs utilizam a solução da HighJump. “Nos últimos cinco anos a Otimis tem apresentado crescimento de 20% ao ano em média e a projeção é de fecharmos 2015 com um aumento superior a 30% porque temos uma base sólida de clientes, muitos dos quais não estão sendo tão afetados pela crise econômica, o que abre novas oportunidades de negócios”, justifica. Segundo Lenz, a Otimis atende a

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vestir em novas soluções de gestão em função da privatização, além de estar prevista a construção de mais seis nos próximos anos. “E a solução da Viasto-

re é ideal para esse segmento porque foi desenvolvida por uma empresa que tem mais de cem anos de atuação, que se baseou nas melhores práticas do

mercado de armazenagem, oferecendo uma série de recursos e permitindo fácil integração com outros dispositivos de automação”, justifica Almeida.

Maior eficiência e ganhos de produtividade

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JC Distribuição, uma do armazém e nos permi- nomos. A empresa conta com uma frota das maiores emte avaliar o desempenho de 240 caminhões e carretas com idade presas de distribuição e de cada um dos 300 cola- média de 5 anos, que percorrem mais de atacadistas do país, com boradores, informações 1 milhão de km por mês para atender ampla atuação na Região que são importantes a 26 mil clientes cadastrados, realizando Centro-Oeste, conseguiu para corrigir falhas e pre- 3,4 mil entregas por dia nos estados de reduzir pela metade o miar os que se sobressa- Goiás, Tocantins, sul do Pará, oeste da tempo de realização de em, o que antes era feito Bahia, norte-leste do Mato Grosso do inventário, que antes lecom base apenas no fee- Sul, divisa do Mato Grosso e Distrito Fevava seis fins de semana ling do gestor e não em deral. Além da matriz e do CD principal, para ser concluído. Esse dados, como agora”, ex- em Aparecida de Goiânia, e do novo CD foi um dos primeiros plica Linhares. em Marabá, a empresa dispõe de dois resultados obtidos após Outro ganho foi a re- Centros de Distribuição Avançada, no Santos: PC Sistemas foi a implementação do dução de 70% nos erros Distrito Federal e em Tocantins. adquirida pela Totvs, mas atua WMS WinThor da PC de separação dos produFabricio Santos, gestor da oferta de de forma independente Sistemas, pertencente tos, com a integração dos produtos para Logística da PC Sistemas, ao grupo Totvs. Outro ganho foi a re- 80 coletores de radiofrequência ao WMS. destaca que o WMS WinThor foi dedução de erros no controle de estoque, Atualmente está sendo implantada uma senvolvido para atender especialmente que antes era feito manualmente. “Tí- funcionalidade do sistema para a convo- às necessidades das empresas atacadisnhamos muito prejuízo devido à perda cação ativa. “O funcionário saberá, por tas e distribuidoras. Atualmente cerca da data de validade dos produtos”, des- meio do coletor de dados, de 350 empresas e 480 taca Eduardo Linhares, supervisor de quais produtos deverão CDs utilizam a solução. Qualidade da JC Distribuição. ser separados primeiro, de “Nosso sistema é adeApós um processo de seleção para acordo com a programaquado tanto para a ema escolha da ferramenta, a atacadis- ção do transporte, para presa que fatura R$ 200 ta optou pela solução da PC Sistemas que não haja espera, alimil por mês quanto pela facilidade de integração com o nhando assim as tarefas para a que ganha R$ 6 ERP WinThor, da mesma fornecedora, de separação e expedição. milhões por dia, porque implementado em 2012. O projeto do Vamos ganhar muita efio que muda é apenas o WMS foi iniciado em julho de 2013. “A ciência com isso”, adianta número de usuários. E maior dificuldade foi validar todos os o executivo. o principal benefício dados”, lembra Linhares. Com o WMS O WMS WinThor é a redução dos custos a empresa passou a rastrear todas as também gerencia as logísticos”, destaca. Linhares: visibilidade de tudo operações de armazenagem e expedição operações do novo CD Adquirida pela Totvs que acontece no armazém em seu CD, localizado em Aparecida de da empresa, localizado em 2013, a PC Sistemas permite avaliar o desempenho Goiás (GO), que possui área de estoca- em Marabá (PA). Criada continua com atuação gem de 35 mil m² e 40 mil posições- em 1964 como Jorge Costa Cerealista e independente. Com sede em Goiânia, -palete. “Agora toda a informação fica Comércio no interior de Goiás, a JC Dis- a empresa registrou crescimento da orgravada no sistema, o que nos dá maior tribuição emprega atualmente mais de dem de 36% em 2014 e espera obter o visibilidade sobre o que acontece dentro 1.200 colaboradores diretos e 530 autô- mesmo resultado este ano.

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O executivo explica radores logísticos, por que o Viadat também isso em 2011 adquiripode ser utilizado em mos de porteira fechada empresas de diferentes a empresa Silt (Sistemas portes e áreas de atuação. Integrados de Logística “Na Europa a solução já e Transporte), que tinha está consolidada nas infoco nesse segmento, dústrias automotivas, de migramos a solução para alimentos e bebidas, quíJava e a integramos ao micas e em empresas de nosso portfólio”, explica transporte e de aviação. Marcelo Franco, gerente No Brasil, há grande ponacional de Vendas da tencial de uso em grandes Sythex. Com isso, ela Lenz: empresas querem versões operadores logísticos porpassou a disponibilizar cada vez mais sofisticadas que o WMS é indispentrês soluções: Wis, voltados softwares sável especialmente em da para indústrias, vareCDs compartilhados. Vamos focar nesse jo e distribuidoras de grande porte; Wis segmento e também em indústrias, por- Express, para empresas de menor porte; e que hoje é preciso fazer mais utilizando Silt, para operadores logísticos. os mesmos recursos”, destaca Almeida. O Este ano, a Sythex foi adquirida pela Grupo Trust, 100% brasileiro, possui 24 Senior, passando a ser uma unidade de anos de atuação no mercado de TI, dis- negócios da empresa catarinense. “Era ponibilizando soluções de ERP, logística hora de alçarmos voos maiores e deie sistemas para o agronegócio, mantendo xarmos de ser uma empresa de pequeno parcerias também com a Oracle e a SAP. porte para transmitir maior segurança Outra veterana e pioneira desse mer- para o mercado”, justifica Franco. Secado, somando 21 anos de experiência, gundo o executivo, atualmente a base de que começou desenvolvendo WMS para clientes de WMS é de aproximadamente a indústria farmacêutica e em 2000 am- 130 empresas, dentre as quais se incluem pliou e diversificou o leque de clientes, Ricardo Eletro, Telefonica, InBrands, firmando-se entre as principais forne- Luft e Tegma, somando mais de 1.500 cedoras desse tipo de ferramenta, é a licenças do software instaladas. “Há boas Sythex. “Nossa solução atendia bem às perspectivas de fecharmos novos negóempresas de varejo, indústrias e distribui- cios porque as empresas estão voltando a doras, mas não era adequada para os ope- atenção para a logística e querem melhorar a gestão de armazéns, na medida em que estoque é custo e também precisam diminuir a mão de obra e aumentar a produtividade”, destaca Franco. De acordo com o gerente, há vários projetos em andamento, como o do Magazine Luiza, que iniciou a impleBase sólida de clientes garante à Otimis crescimento médio de 20% ao ano mentação do WMS

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da Sythex em 2013. “A De acordo com o solução já está em opeexecutivo, desde 2014 ração em cinco CDs da a Totvs vem se posicioempresa e a estamos nando para facilitar cada implantando em mais vez mais o uso da tecnocinco”, explica Franco. logia, por meio da plaOutro grande projeto é taforma Fluig, que funo dos Correios, que está ciona como um grande montando uma estrutura portal para a gestão para prestar serviços de combinada de procesoperação logística. Iniciasos. A fornecedora tamdo em julho deste ano no bém está apostando em CD de São Paulo, o plano ERPs mais leves e fáceis Franco: Sythex foi adquirida é implantar o WMS nos de implementar, e na pela Senior e passou a ser uma outros três armazéns que oferta de soluções para unidade de negócios da empresa os Correios dispõem em cada segmento de meroutros estados até o fim de 2016. cado. “Temos observado que há muitas Além das chamadas soluções espe- empresas que decidiram não participar cialistas e stand-alone, também muitas da crise e que entendem que a TI é o fornecedoras de sistemas ERP passaram caminho para serem mais eficientes e a oferecer módulos de WMS, como é o competitivas. Estamos confiando nesse caso da Totvs, formada pela união de movimento”, destaca Valle. mais de 20 empresas e que disponibiliza Apesar das várias opções de produtos ao mercado um amplo portfólio de ferra- e modalidades de aquisição disponíveis é mentas de TI. “Hoje o cliente percebe a recomendável avaliar algumas questões vantagem de ter um só fornecedor capaz antes de investir em um WMS. “Na verde atender a todas as suas necessidades e dade, o que acaba custando mais caro não é essa a nossa estratégia”, destaca Carlos é o software, mas sim a sua implementaValle, diretor de Distribuição e Logística ção, porque para um WMS funcionar de da Totvs. A empresa conta com um Cen- forma adequada é preciso haver uma sétro de Excelência em Joinville em que é rie de condições que deveriam ser padrão possível demonstrar para o cliente toda a nos CDs, mas em muitos casos não são”, operação de armazenagem do WMS e sua explica Marcos Isaac. O consultor destaca integração com o RFID. E também dispo- que há todo um trabalho de layout e de nibiliza essa e as demais padronização de processoluções no modelo SaaS, sos de controle, de movibatizado de Totvs Intera. mentação, de armazena“É uma modalidade que gem e de operações que torna nossas soluções deve ser feito antes, para acessíveis a todos os porque não exista o risco de tes de empresas, inclusive automatizar os erros. “Se às pequenas, que podem vai automatizar, faça cerdefinir quantos usuários to”, sentencia. estarão habilitados para A implementação utilizá-las, e aumentar também pode ser difícil esse número de acordo dependendo do estágio com a necessidade, sem de desenvolvimento loprecisar investir em um Valle: cliente percebe a vantagem gístico da empresa. “Um aparato computacional WMS fala com o coração de ter um só fornecedor que atenda suas necessidades próprio”, explica Valle. da contabilidade e nesse

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Gastos sob controle Divulgação

er a certeza de Processos e Sistemas de que a empresa esDistribuição da Divisão tava pagando o valor Consumer da Johnson adequado do frete, & Johnson. analisar onde e por Três empresas partique ocorriam os gasciparam do processo de tos e verificar os imseleção da ferramenta pactos dos custos do e o GKO Frete acabou transporte na operasendo o escolhido. “Em ção logística foram vez de levar uma aprealguns dos motivos sentação em Powerque levaram a JohnPoint, como as outras son & Johnson a busfornecedoras, o Ricardo Souza Jr.: empresa já utiliza o car no mercado uma Gorodovits, diretor da GKO Frete em suas fábricas há solução de gestão de GKO, mostrou em seu 15 anos frete em 2000, logo notebook como o sofapós a conclusão do processo de im- tware funcionava na prática, o que enplementação do ERP da SAP. “Na- cantou nosso gerente de Transportes quela época, o módulo do ERP vol- da época, porque o sistema tinha funtado para isso não estava maduro cionalidades que a Johnson & Johnson para o mercado brasileiro, por isso precisava naquele momento”, recorda optamos por buscar uma solução Santos. Os resultados obtidos foram especialista”, lembra Márcio Anto- tão positivos a ponto de a solução renio de Souza Jr., coordenador de ceber elogios e ser considerada pelo

sentido é preciso fazer um inventário auditado para que toda a informação jogada no sistema esteja com grande acuracidade. Se você não fez isso ou fez malfeito, as informações não vão bater com o que há de fato no CD e dá um trabalho enorme consertar a situação”. É preciso cuidar dos detalhes e obedecer aos padrões de auditoria. “Muitas empresas se queixam de que o WMS é difícil e caro, mas isso só acontece se elas não fizerem a lição de casa primeiro”, conclui Isaac. O retorno do investimento costuma ser lento, mas depende de cada caso, variando de seis a 18 meses em média.

Gestão de transportes O gerenciamento dos transportes também tem sido uma preocupação crescente em muitas empresas, o que abre boas perspectivas para a adoção de soluções

auditor norte-americano da companhia como sinônimo de compliance (conformidade) com a Lei Sarbannes-Oxley, à qual a Johnson & Johnson, que é uma empresa mundial de capital aberto, deve obedecer. O GKO Frete vem sendo utilizado há 15 anos para gerenciar os custos de outbound das fábricas em São José dos Campos (SP) e dos CDs que a Johnson & Johnson possui em Nova Odessa, Itapevi e Jundiaí (SP), e em Extrema (MG) e João Pessoa, das divisões Consumer, Farmacêutica e Medical. A empresa trabalha com 16 transportadoras e a solução permite conferir os valores cobrados, automatizar os pagamentos e acompanhar as entregas, entre outros benefícios. Atualmente o GKO Frete está sendo implantado no inbound da divisão Consumer, com previsão de conclusão em dezembro deste ano, e posteriormente será feito o rollout para as outras duas divisões.

conhecidas como TMS (Transport ManaSegundo o consultor da Modus, há gement Systems). Introduzidas no Brasil no vários níveis de TMS e, se uma empresa fim dos anos 1990, essas ferramentas são quer implantá-lo só porque é uma determais voltadas para operadores logísticos, minação da matriz que o utiliza globalindústrias de bens de consumo, de proces- mente, não há grandes vantagens. Mas se sos e empresas em que o frete equivale a for atrelado à gestão, o software oferece mais de 5% do faturamento. “O número inúmeros recursos e grande economia de companhias que utilizam o TMS de em curto espaço de tempo, que são viforma plena ainda não é muito grande no síveis e fáceis de medir. Para Oscar Gupaís, ao contrário do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos, porque é preciso ter maturidade para utilizá-lo. Se a empresa ainda não sentiu a falta de um sistema do tipo, é porque não está pronta para essa tecnologia”, destaca Mercado em evolução leva a GKO a incluir novas funcionalidades em suas soluções Marcos Isaac.

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Há 15 anos no mercom as transportadocado e utilizado por ras e com parceiros 35 empresas no Brade negócios por meio sil, o Collaborative do Portal dos TransTransportation Maportes, o que agiliza a nagement Solution troca de informações. (CTMS), do Grupo Já a Totvs adquiriu, Trust, passou por inono início deste ano, 60% vações e atualmente do capital da Neolog para é oferecido também completar seu portfólio no modelo SaaS. José de soluções de logística e Almeida explica que disponibilizar aos clientes a ferramenta abrange o Cockpit Logístico, uma Gorodovitz: faturamento da embarcadores, transferramenta que proporcioempresa deve crescer perto de portadoras e distrina ao usuário total acesso 10% em 2015 buidoras, possibiliàs informações da cadeia tando a essas empresas administrar de suprimentos, de ponta a ponta, consideos custos do transporte de insumos rando todos os fatores críticos, como proe produtos, e gerar reduções de gas- gramação das cargas, sequenciamento de tos de até 20%. O CTMS também embarques, rastreamento da frota e relaciopermite operações colaborativas namento com as transportadoras, podenDivulgação

tierrez, da JDA, essa tecnologia é indicada para as empresas que possuem um volume razoável de transporte para justificar o investimento, e as reduções de custos propiciadas são bastante significativas. “O TMS da JDA possui um modelo de tarifas flexível que permite atender a diferentes públicos, de embarcadores a transportadoras, e é de fácil integração com os outros sistemas das empresas”, destaca. A Sythex optou por oferecer uma solução de TMS voltada apenas para embarcadores, que possibilita identificar o valor do frete e dos impostos relacionados, pré-calcular o valor a ser pago pelo transporte, fazer simulações para concorrências, avaliar transportadoras, entre outras funções que contribuem para reduzir custos. “É um sistema robusto e também indicado para empresas de e-commerce”, completa Marcelo Franco.

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do ser integrado a qualquer sistema ERP via webservices, ou em modo stand-alone. Para as empresas que não precisam de um sistema tão poderoso como um TMS, as opções mais indicadas são as soluções de gerenciamento de fretes que também contribuem de forma significativa para controlar e reduzir custos de transporte. “Como a maioria dos nossos clientes tem uma característica mais corporativa, optamos por disponibilizar um sistema voltado para o embarcador. Quando integrada ao WMS, a solução permite fazer a conferência automática de faturas e reduzir a conta-frete das empresas em até 10%”,

destaca Ricardo Montagna, da Inovatech. No entanto essa integração ao WMS não é obrigatória, mas é preciso que o sistema de gestão de frete seja integrado ao ERP do cliente para que possa receber as notas fiscais e, com base nelas, fazer os cálculos dos valores e as simulações. “Atualmente, cerca de 15 empresas utilizam a nossa solução, que tem como diferencial o preço menor que os dos principais concorrentes”, afirma o executivo. A Inovatech também oferece um serviço como se fosse um bureau de frete. “A ideia é que o cliente não tenha que comprar a solução, mas nos

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undado em 1959, vatech após avaliar no interior do Rio várias soluções dispoGrande do Norte, o níveis no mercado. Grupo 3corações regis“Precisávamos melhotrou faturamento de R$ rar o controle e a orga2,7 bilhões em 2014, nização dos estoques, consolidando-se como aumentar a produtivium dos líderes no segdade nas áreas de semento de café torrado paração, conferência e moído, produzindo e carregamento, além e comercializando as de reduzir custos. E marcas de café 3coraoptamos pelo sistema ções, Santa Clara, Pimde gestão de armazéns Eleuterio: tecnologia aplicada em da Inovatech, pois foi pinela, Kimino, Letícia, busca de controle, organização Fino Grão, Itamaraty, o que se mostrou mais e produtividade entre outras, além do aderente às nossas Cappuccino 3corações e #Pronto, e res- operações”, explica Ary Eleuterio, gepondendo ainda pela produção de fil- rente de Abastecimento e Armazenatros e porta-filtros, refrescos, achocola- gem do Grupo 3corações. tados, derivados de milho e temperos. O projeto de implementação foi Para isso, conta com 25 CDs, cinco conduzido por Felipe Eduardo, coordeplantas fabris, três armazéns para com- nador corporativo de Armazenagem, pra e beneficiamento de café verde, uma que trabalhou junto a uma equipe forunidade de exportação, uma unidade mada por colaboradores da empresa e corporativa, além da Escola de Serviços da Inovatech para integrar o WMS ao e Sabores, estando presente em mais de ERP da SAP e também a outros sistemas, 300 mil pontos de venda no país e res- como o Roadnet, o GreenMile e o GKO pondendo por 4,7 mil empregos diretos. Frete. Atualmente o WMS gerencia toEm meados de 2012, a empresa das as movimentações de inbound e oudecidiu implementar o WMS da Ino- tbound dos CDs e das fábricas.

contrate para fazer a gestão do frete. O mercado está começando a ver essa terceirização como algo interessante”, opina Montagna. A GKO, com mais de 28 anos de atuação nesse segmento, também criou uma área de prestação de serviços para gestão de fretes, para oferecer mais opções aos clientes além da solução GKO Frete, carro-chefe da empresa, e do GKO Plus – pacote de três ferramentas independentes que são disponibilizadas na nuvem e no modelo SaaS. “Hoje há a percepção clara de que o transporte é um diferencial competitivo. Muitas empresas também passaram a ter CDs em vários locais para agilizar as entregas e reduzir custos. Houve ainda o crescimento do e-commerce, que possui uma logística distinta do modelo convencional. Essas e outras mudanças levaram a GKO a incluir novas funcionalidades e a adequar seus produtos para poder atender a todas as necessidades dos embarcadores”, explica Ricardo Gorodovits, diretor Comercial e sócio da GKO. A carteira de clientes atual é composta por cerca de 300 empresas, sendo a maioria indústrias. Desse total, apenas 10% utilizam as soluções pelo modelo SaaS. “A preferência ainda é pela compra de licenças, o que deverá permanecer por muito tempo ainda”, supõe Gorodovits. A GKO registrou crescimento de 35% do faturamento em 2014, mas projeta para este ano algo próximo a 10%. Silvia Giurlani GKO: (21) 2533-3503 Grupo 3corações: (85) 4006-5500 Inovatech: (11) 3061-2443 JC Distribuição: (62) 3240-9500 JDA: (11) 3549-9800 Johnson & Johnson: (12) 3932-4032 Modus: (11) 5503-2730 Otimis: (47) 3036-7800 PC Sistemas: 0800 707-2707 Sythex: (11) 5506-0861 Totvs: (11) 4003-0015 Trust: (11) 3055-1711

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Tecnologia, ergonomia e beleza Implementação de uma estrutura tecnológica completa da Viastore no novo CD da Bort Medical, na Alemanha, resultou em uma operação dinâmica, eficiente e sinérgica

istemas de gerenciamento simples, mas intuitivos, inteligentes e eficazes são extremamente necessários para o bom andamento de qualquer operação logística. Implementar ou migrar para esses novos sistemas tecnológicos não é fácil, mas sua inevitabilidade pode ser amaciada ao se escolher minuciosamente um provedor que seja atento, bem estruturado e que apresente soluções antes mesmo das necessidades se tornarem palpáveis. A Bort Medical, empresa alemã fabricante de órteses (dispositivos médicos para uso em caso de acidentes, doenças do sistema locomotor ou sistemas de sustentação, como munhequeiras, joelheiras, coletes ortopédicos e palmilhas), vivenciou a experiência de implementar um sistema de gerenciamento completo e constatou a importância da escolha do provedor certo em projetos dessa magnitude. Há 15 anos, a empresa de origem familiar tomou o primeiro passo em direção à automatização de seus processos intralogísticos, substituindo a separação de pedidos diretamente da prateleira por ordens de serviços. Mas, com o crescimento da companhia, esse sistema logo atingiu seu limite. “Fazemos tudo o que podemos para suprir nossos clientes no mesmo dia que recebemos o pedido”, diz o CEO da Bort Medical, Wolfgang Bort. Ele decidiu então, em 2013, construir um novo centro de distribuição com 25 mil m² de área nas proximidades da sede, em Weinstadt, na Alemanha. Antes mesmo da construção, foi identificada a necessidade de contar com sistemas desenhados para gerenciar da melhor maneira todo o estoque. E foi aí que entrou a Viastore Systems, empresa também alemã que atua no fornecimento de soluções completas de intralogística para empresas dos setores industrial,

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que simplificar a alta complexidacomercial e de prestação de serde dos processos para que os funviços, com sede em Stuttgart. cionários fossem capazes de trabaPara a Bort Medical, os sistelhar de forma intuitiva em várias mas deveriam se adequar perestações”, relata. Afinal, a gama de feitamente às suas necessidades produtos da Bort, incluindo todos – velocidade deveria andar de os diferentes tamanhos e modemãos dadas com um alto nível los, compreende cerca de 5 mil de confiabilidade e mínimas SKUs em sua totalidade. taxas de erros. Além disso, um “O armazém em si tem cinco fator de grande importância era andares, e o interessante é que, o bom atendimento pós-venda, como ele é verticalizado, em cada já que, por muitas vezes, a emum deles acontecem processos dipresa encontrou dificuldades Da esquerda para a direita: Röbbig e Bort, da Bort, e König, ferentes”, explica Paulo Francescom os provedores das soluções da Viastore chini, CEO da Viastore no Brasil. antigas. “Problemas técnicos eram sempre resolvidos com muita que Pardinho, engenheiro de Proje- “Cada um desses andares é abastecidificuldade. E as longas distâncias tos da Viastore. “Nós analisamos o do de acordo com a necessidade. Por também nos custaram muito tempo status atual, o fluxo de materiais, o exemplo, na expedição e no recebie causaram uma quantidade consi- modelo de negócio e os processos mento, chegam as caixas vazias para derável de problemas”, afirma Bort. internos. Descobrimos as fontes de eles colocarem os produtos e chegam Lembrando que a sede da Viastore, erros e avaliamos a previsão de cres- os produtos para serem embarcados; em Stuttgart, fica apenas a 18 km da cimento futuro para tentar simpli- no primeiro andar chegam os produsede da Bort Medical, em Weinstadt, ficar e unificar todos os processos”, tos necessários para montar os kits, e facilitando a prestação de qualquer conta. “Juntos, nós decidimos qual assim por diante”, prossegue o exeera a melhor solução”. cutivo. Os andares correspondem à tipo de suporte presencial. Implementou-se então um pro- entrada do armazém, à manutenção A necessidade da Bort Medical foi então apresentada à Viastore: con- jeto turnkey (pacote de soluções e do mini-load, ao picking de alta persultoria, integração de sistemas e ferramentas completo e pronto para formance e ao picking em túneis, à softwares específicos para suas apli- o uso do cliente) dentro do novo esteira de conexão e à expedição. Os cações. “A Bort Medical é especialista CD. Foram instalados dois miniem produtos médicos, não intralo- -loads de 10 metros de altura com gística. Eles encontraram então um 12 mil posições de armazenagem, parceiro estratégico na Viastore. Eles quatro mini-loads com 6,8 m de alconfiaram em nossa expertise desde tura e 11 mil posições de armazenao primeiro contato”, aponta Henri- gem e 1.442 canais de picking com displays pick-by-light integrados ao rack. Também foram instalados transportadores, elevadores, dois sistemas de picking de alta perforTodo espelhado, mance e balanças. Fez parte do proo armazém é jeto ainda a instalação de estações de trabalho, controle, conferência, referência também recebimento e expedição. A implementação total do projeto durou pela beleza, além aproximadamente um ano. do alto nível de Para o gerente de Projetos da Viastore, Wolfgang König, o desafio foi automação fazer com que um complexo sistema de picking se tornasse simples para os A Bort fornece órteses para varejistas, funcionários da Bort. “Nós tivemos médicos especializados, hospitais e farmácias Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 53

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AUTOMAÇÃO

Ergonomia para excelência

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No cerne de todo esse projeto está a integração ao WMS. Conectado ao sistema ERP Navision da Bort, o WMS Viadat, da Viastore, monitora e controla os inventários de acordo com a demanda. Toda a dinâmica de movimentação é minimamente orquestrada. Por exemplo, se o estoque ficar abaixo de certo nível para um produto específico, o WMS aciona um processo de montagem de kits: produtos, instruções e caixas são selecionados da área de estocagem e levados a uma das dez estações onde funcionários montam os produtos para serem expedidos. Os canais de picking são automaticamente supridos pelo Viaspeed AS/RS (automated storage and retrieval system, ou sistema de reaquisição e armazenamento automatizado). O WMS calcula o volume do pedido e automaticamente determina qual o tamanho do

recipiente correto para o e confiável agora”, diz operador colocar as merBort. Ele ainda afirma cadorias dentro. Ao enque irá cortar as taxas de trar na área de picking, erro para uma em cada o recipiente é escaneado mil com a nova solução automaticamente, o que intralogística. “Nosso aciona o pedido. Luzes objetivo é baixar essa nos canais de picking taxa até que a inspeção claramente indicam final não seja mais neem qual canal e qual a cessária”, promete. quantidade que deverá Independência ser retirada. Quando o na operação picking está completo, Pardinho: implementação o recipiente é simplestotal do projeto durou Um dos problemas mente empurrado para aproximadamente um ano apontados pela Bort fora e então transportado para a próxima área de picking ou Medical com suas antigas soluções era para a área de embalamento e estação de a demora na resolução de problemas e expedição. “O Viadat é um WMS flexí- grande dependência do suporte. A escovel, o que significa que sua configuração lha pela Viastore se deu principalmente é adaptável ao cliente e às suas neces- pela independência que o novo projeto sidades específicas. Ele também possui proporcionaria. “A Bort Medical trabalha interfaces para todos os principais siste- com produtos de altíssimo valor agregado, seus itens possuem uma qualidade mas ERP”, acrescenta Pardinho. A Viastore implementou uma es- superior à média de mercado. Para se ter trutura de fluxo de materiais livre que, uma ideia, eles são os fornecedores de aliada à abundância de luz natural e à grandes times esportivos, como da liga automatização de trabalho pesado, fez de futebol da Alemanha. Além disso, seus com que todo o projeto fosse focado na produtos possuem muitas vezes um caráergonomia dos funcionários. Ou seja, ter emergencial. Por exemplo: um médihouve toda uma otimização das con- co vai fazer uma cirurgia em um hospital dições de trabalho humano, por meio em determinada hora e o paciente precide métodos da tecnologia e de desenho sa sair da cirurgia usando o produto. Esse industrial, para que não haja fadiga tipo de trabalho não pode falhar”, conta nem movimentos repe- Franceschini. “Com outro fornecedor, titivos que possam gerar lesões, além do aumento da harmonia de trabalho O centro de entre hardware, software distribuição e funcionários. Um dos resultados dessa organipossui cinco zação é a redução considerável de erros no proandares e em cesso. “Reclamações de cada um deles clientes são tóxicas para o nosso negócio, então acontecem processos o processo de picking é desenhado para minidiferentes mizar a chance de erros. O picking é mais rápido Divulgação

transelevadores atendem todos os andares. “Além de toda a qualidade do projeto, a beleza de sua estrutura também é impressionante. O armazém é inteiro espelhado e o espaço é muito moderno. Por toda essa harmonia ele se tornou referência no mundo. Levamos muitos clientes para visitá-lo. É um projeto importante para nosso portfólio”, acrescenta Franceschini.

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quando havia algum problema, eles não cativos. A Viastore ficou locada na Bort prestavam o atendimento adequado. A Medical nas primeiras duas semanas decisão pelos nossos serviços se deu mui- para treinar todo o staff. Depois disto por causa da nossa visão em relação ao so, oferecemos uma linha direta para pós-venda. Nós damos o atendimento a todo muito valor para o suportipo de questão e situate e para a manutenção ção. A Bort Medical foi após a implementação. capaz de trabalhar com É o que chamamos de o sistema de forma tolifetime partnership, ou talmente autônoma seja, parceria para a vida logo no primeiro dia da toda”, exalta o executivo. implementação”, conta Outro fator alcançaPardinho. “Já estávado foi a diminuição da mos familiarizados com dependência de suporte o sistema após um breve externo. “Hoje, 90% dos período de tempo”, conproblemas que ocorrem firma Peter Röbbig, direFranceschini: serviços de no processo de automator de Logística da Bort suporte e manutenção são ção o cliente tem a caMedical. Ele conta que, muito importantes pacidade de resolver por antes do novo sistema, o ele mesmo por meio de armazém processava em soluções de supervisão, como se fosse um torno de 1.500 itens por dia, mas atualcockpit de que ele mesmo faz a manuten- mente já são processados 2 mil produção. Para os outros 10% eles têm o pron- tos. “O sistema da Viastore está funcioto atendimento da Viastore. Com isso, a nando com 70% de sua capacidade, mas Bort Medical conseguiu o grande objeti- uma nova ampliação já está planejada”, vo de seu negócio: atender toda a Europa conclui o executivo, lembrando que a sem falhas na entrega”, diz Franceschini. solução é escalonável. O treinamento dos funcionários foi fundamental para a autonomia do Cristiani Dias CD. “A equipe que atua no picking foi Bort Medical: +49 7151- 99200 totalmente treinada para os processos, Viastore: (19) 3305-4100 apesar de os softwares serem autoexpli-

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LOGÍSTICA REVERSA

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Pactos pela logística reversa de pós-consumo

Mais de cinco anos depois de instituídos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos visando à correta execução da logística reversa, a maioria dos acordos setoriais que deveriam ter sido firmados entre o governo e os players que atuam em diversos setores da indústria ainda não saiu do papel, apesar do empenho da iniciativa privada 56 - Revista Tecnologística - Outubro/2015

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em geral. Anteriores o planejamento de meà PNRS, resoluções do tas e ações poderá ser Conselho Nacional do inadequado e, assim, Meio Ambiente (Coos benefícios da gesnama) desempenham tão de resíduos sólidos o papel de marco legal não serão eficientes e para os resíduos de pieficazes e os prejuízos lhas e baterias, pneus ambientais e socioecoe óleos lubrificantes. nômicos continuarão Portanto, ficou instia representar um ônus tuído que cinco segà sociedade e ao ammentos da indústria biente”. Apesar de o deveriam apresentar texto tentar ser sutil, a Blum: segmento vem se seus acordos, abranverdade é que, em muiorganizando, mas falta a gendo os demais tipos tos casos, a logística recontrapartida do governo de rejeitos sólidos. São versa de uma maneira eles os setores de embalagens plásti- geral praticamente inexiste sem que cas de óleos lubrificantes, de lâmpa- todos os atores que fazem parte de das fluorescentes e de luz mista, de cada um dos setores estejam de fato embalagens em geral, de produtos trabalhando de maneira uníssona. eletrônicos e seus componentes e Contrapartida de medicamentos. Quando a reportagem foi feita, O acordo setorial de lâmpadas um fator que chamou a atenção foi a demora para que os acordos fossem fluorescentes de vapor de sódio e assinados. Àquela altura, quase três mercúrio e de luz mista foi assinado anos depois de promulgada a lei, em 27 de novembro de 2014 e pusomente um setor, o de embalagens blicado no Diário Oficial da União plásticas de óleos lubrificantes, já no dia 12 de março de 2015. Georcontava com um acordo estabeleci- ges Blum, presidente da Associação do. E hoje, passados mais de cinco Brasileira de Importadores de Produanos, o cenário ainda não é muito tos de Iluminação (Abilumi), explica animador. Conforme os dados do que as empresas que importam e faSistema Nacional de Informações bricam as lâmpadas deverão realizar sobre a Gestão dos Resíduos Sóli- a coleta dos itens descartados, mas dos (Sinir) – um dos instrumentos que as responsabilidades vão muito da PNRS, criado com o propósito de além disso. “Elas devem montar um reunir todas as informações a res- sistema de logística reversa, com um peito do assunto –, além do setor de processo de coleta duradouro e com embalagens plásticas de óleos lubri- a participação de todos: consumidoficantes, somente mais um segmen- res, transportadores, recicladores e to teve seu acordo assinado: o de órgãos públicos”. A intenção é que, gradativamenlâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista (veja te, sejam estabelecidos mais de 3.800 pontos de entrega de lâmpadas em a tabela na página 58). A demora para que o governo e os todo o Brasil, para que o consumidor setores se entendam é preocupante, final possa realizar o descarte do mapois a própria lei alega que “sem este terial de forma adequada. “As primeiacordo prévio e o conhecimento da ras cidades atendidas serão aquelas realidade local, regional ou nacional, com população maior. Já no primeiro Divulgação

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m maio de 2013, a Revista Tecnologística publicou uma reportagem a respeito da situação dos acordos setoriais necessários para o devido cumprimento do conceito de responsabilidade compartilhada na logística reversa de rejeitos, previsto na Lei nº 12.305, de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). É bastante fácil entender a necessidade e perceber a importância dos acordos setoriais para o cumprimento da lei e para a correta execução da logística reversa no Brasil. Basicamente, a responsabilidade compartilhada prevê que os processos, que vão desde a separação e a coleta seletiva até a reciclagem e a remanufatura para que os produtos gerados sejam reintroduzidos no mercado, devem envolver não só o governo, mas a iniciativa privada e a sociedade de uma maneira geral. Segundo a lei, “são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes”. Sendo assim, os acordos são como contratos, firmados entre o poder público e os variados players que compõem determinado setor, que versam a respeito da implantação das ações necessárias para a logística reversa de resíduos sólidos. De acordo com o texto da PNRS, são resíduos que obrigatoriamente demandam logística reversa as pilhas e baterias, os pneus, as lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, os óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, e os produtos eletroeletrônicos e seus componentes. A lei cita ainda os medicamentos e as embalagens

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LOGÍSTICA REVERSA

SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA EM IMPLANTAÇÃO Cadeias Status atual ŵďĂůĂŐĞŶƐ ƉůĄƐƟĐĂƐ ĚĞ ſůĞŽƐ ůƵďƌŝĮĐĂŶƚĞƐ

>ąŵƉĂĚĂƐ ŇƵŽƌĞƐĐĞŶƚĞƐ ĚĞ ǀĂƉŽƌ ĚĞ ƐſĚŝŽ Ğ ŵĞƌĐƷƌŝŽ Ğ ĚĞ ůƵnj ŵŝƐƚĂ

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ano, serão 33 municípios”, conta o executivo. Ele destaca que, para que isso aconteça, o segmento vem se organizando, mas ainda falta a contrapartida do poder público. “Estamos constituindo a entidade gestora, uma empresa sem fins lucrativos que irá administrar a logística reversa. Estamos comprando o software de gestão e entrando no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para poder receber o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)”. Mas, segundo o executivo, o governo federal e o Ministério do Meio Ambiente ficaram responsáveis por estabelecer um acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para permitir a importação de lâmpadas de mercúrio somente de empresas comprometidas financeiramente com as iniciativas da entidade gestora, já que a esmagadora maioria dos produtos que são comercializados no país é fruto de importação. “Enquanto isso não for feito, a logística

reversa não começa”, afirma o executivo, categórico. Diante disso, talvez até mais inquietante do que a demora para assinar os acordos, é observar o fato de que ter um acordo firmado com a União não significa, necessariamente, que a logística reversa de determinado setor está realmente acontecendo, ou ao menos caminhando a passos mais largos que antes, mesmo que o setor privado esteja dedicado a fazer sua parte.

Os acordos setoriais consistem em instrumentos indispensáveis para a correta execução da logística reversa prevista na PNRS

Outro ponto importante destacado por Blum, e que soa tão lógico que chega a ser difícil acreditar que possa constituir um problema, é a necessidade de que os resíduos gerados pelas lâmpadas como produto da logística reversa custem menos que o material novo, para que sua reutilização como matéria-prima seja interessante para a indústria, tornando o processo um negócio rentável e, portanto, viável. As tecnologias de descontaminação, por exemplo, representam altas despesas. “Os importadores e os fabricantes terão que assumir os custos e, provavelmente, uma parte será incluída no valor do produto”, diz. Trocando em miúdos, isso significa repassar o gasto para o consumidor final. “Se não houver uma desoneração da cadeia de resíduos, os materiais reciclados podem custar mais caro que os materiais virgens, e serão preteridos por isso”.

Coalizão Segundo o Sinir, o acordo setorial para a cadeia de embalagens em geral está em fase de análise, após passar por um período aberto para consulta pública. José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), conta que a proposta do acordo para o setor foi apresentada pela Coalizão Empresarial – uma aliança formada por empresas e associações do mercado de embalagens – em dezembro de 2012. “Durante a consulta pública foram apresentadas sugestões de ajustes no texto, amplamente discutidas e inseridas na proposta quando pertinentes. Porém, ainda não temos uma previsão de assinatura desse acordo”. Consoante a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, o acordo encontra-se bastante adiantado, mas ainda está

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A despeito da mocuperação dos resíduos rosidade governaem matérias-primas mental, a reciclagem que voltam para o prode materiais plásticos cesso produtivo. “Isso consiste em um merdemanda uma maior cado bastante intenso especialização. É preno Brasil, que conta ciso conhecer os difecom mais de mil emrentes tipos de matepresas especializadas riais e normalizar suas e emprega mais de características para 20 mil trabalhadoconseguir um com deres, explica Coelho. sempenhos e atributos “Os produtos plásque atendam às necesCoelho: implementação de ticos são 100% recisidades dos produtos algo tão complexo está sujeita cláveis, mas existem que serão fabricados a atrasos diferentes graus de a partir desses recicladificuldade na reciclagem do mate- dos”. Segundo Coelho, a grande dirial, dependendo das manipulações, ficuldade do setor é capacitar os caaditivos e aplicações. Um exemplo tadores e o comércio atacadista para é o uso de aditivos oxidegradáveis, que a separação dos diversos tipos que impedem que o material seja re- de materiais plásticos seja feita de ciclado de forma mecânica. Outros forma adequada. “Para isso, dentro exemplos são embalagens com alto do acordo setorial temos ações de grau de sofisticação e camadas, o treinamento e capacitação de coopeque dificulta a separação adequada, rativas”, completa. ou embalagens que entram em conMas assim como acontece com a tato com produtos que contaminam logística reversa de lâmpadas, a deo material. Nesses casos elas acabam mora na assinatura do acordo setosendo destinadas como rejeitos”. rial prejudica o processo como um Ele ressalta que, no setor de trans- todo. “O mercado já vem desenvolformados plásticos, existem empre- vendo uma série de atividades, mas sas especializadas no processo de re- enquanto o acordo não é assinado, Divulgação

em negociação. Assim que terminarem, ele será encaminhado ao Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa (Cori) para aprovação e, em seguida, assinatura, mas nenhuma previsão foi divulgada. Coelho lamenta que todos os processos envolvendo a lei estejam se prolongando por tanto tempo. “A PNRS levou 20 anos para ser assinada. Entendemos que a implementação de algo tão complexo sofre, por vezes, atrasos. Mas consideramos que a política e os acordos setoriais são o caminho para atingir os objetivos”. Segundo ele, a responsabilidade compartilhada, por exemplo, é um conceito-chave para a logística reversa. “A correta definição de atores e competências delimita a atuação e estrutura as medidas que cada integrante deve tomar. Todos os envolvidos, incluindo governo e sociedade, farão sua parte, uma vez que o conceito não é uma interpretação genérica, e sim preconizada, na lei. Todos têm seu papel e atribuições definidos. Uma forma representativa do engajamento de todos os atores é a própria Coalizão Empresarial”, destaca.

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LOGÍSTICA REVERSA

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esmo antes de o acordo setorial de embalagens em geral ser assinado, existem empresas que buscam fazer sua parte. A Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, já recicla mais de 70% das embalagens de seus produtos comercializados na Grande São Paulo, por meio do programa de logística reversa Brastemp Viva!. Somente no ano passado, foram recuperadas mais de 84 toneladas, número 65% superior a 2013. “É um trabalho voluntário nosso, que faz parte do programa interno de sustentabilidade. A intenção é simplesmente reintegrar essas embalagens à cadeia para que não fiquem perdidas e inutilizadas em lixões”, relata Vanderlei Niehues, gerente-geral de Sustentabilidade, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Assuntos Regulatórios da Whirlpool Latin America. Promovido desde 2003, o programa está em consonância com a PNRS e consiste no recolhimento das embalagens que acompanham os produtos vendidos pelos canais diretos da Whirlpool e encaminhamento para empresas especializadas ou cooperativas de reciclagem. A iniciativa abrange 19 cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista e tem como objetivo reduzir o volume de resíduos descartados e não reciclados que compõem as embalagens, como filme plástico, papelão e isopor. A coleta, que pode ser combinada com o consumidor previamente, é feita pelos motoristas e entregadores no momento da entrega do produto.

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Mão na massa

não se pode conduzir os trabalhos de forma sistematizada. Nossa expectativa é que isso aconteça para que possamos oficialmente trabalhar para chegar aos resultados e cumprir as metas até então desenhadas no acordo”, revela o executivo. “A partir da assinatura, essas ações poderão ser estruturadas e somadas aos outros setores para que possamos perseguir de forma conjunta o cumprimento das metas da PNRS”.

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“O desafio é incentivar os profissionais a retornar com as embalagens, então nós colocamos algumas cláusulas nos contratos com as transportadoras e também oferecemos treinamentos para que isso de fato aconteça”, conta o gerente. A meta é que todas as embalagens voltem, mas a maior dificuldade enfrentada é o fato de que nem sempre o consumidor que adquiriu o produto é quem o recebe. Muitas vezes, é um funcionário do prédio, por exemplo, sem autorização para desembalar. “O desenvolvimento sustentável é um compromisso da Whirlpool e buscamos sempre contribuir com a gestão ambiental do começo ao fim. Com o programa de logística reversa das embalagens de venda direta, praticamos a responsabilidade compartilhada, em que todos os atores da cadeia, desde a produção até o consumidor final, estão envolvidos no processo. E o alto retorno de embalagens que conquistamos revela uma maior consciência e comprometimento de todos com a preservação do meio ambiente”, destaca Niehues. Com o sucesso do programa, a Whirlpool estuda expandir a iniciativa para as regiões Sul e Nordeste do Brasil nos próximos anos. 

Vanderlei Niehues, presidente da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) e gerente-geral de Sustentabilidade, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Assuntos Regulatórios da Whirlpool Latin America, acredita que o acordo do setor deve ser assinado em breve. “Ele está demorando tanto porque o governo lançou a política cheia de problemas. A operação em si não foi pensada e havia muitas falhas técnicas e jurídicas. O que nós temos feito nos últimos anos é corrigir tudo isso para estabelecer um sistema que seja viável”, explica. O executivo usa como exemplo para os problemas encontrados o fato de a proposta original apresentada pelo governo ao setor estabelecer que aparelhos celulares são considerados produtos perigosos. “Isso não faz o menor sentido, e nosso trabalho foi aperfeiçoar o acordo. Essa é a causa da demora, porque o governo não é muito flexível para absorver todas as questões pertinentes. Por isso, tivemos que trabalhar muito duro para dar razoabilidade ao programa. Nem indústria e nem comércio querem entrar em um projeto que seja só problema. Ele precisa ser bem pensado e bem elaborado”. “Nós havíamos considerado algumas condicionantes, que eram

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preocupações que clagem de resíduo setor tinha para os. Em um deles, Investimentos viabilizar o acoro custo é alocado do, como a criação diretamente no vaem comunicação de uma entidade lor do produto e o são essenciais gestora, questões fabricante, ciente relacionadas à perivalor adiciopara que o consumidor desse culosidade ou não nal, repassa o cusdos resíduos, tituto, fazendo com seja incentivado laridade do bem e que toda a cadeia a praticar o atividade de transo absorva. “Nós porte interestadunão gostamos desdescarte correto al”. Niehues dessa solução, porque taca, porém, que sobre esse valor todos esses fatores incidem tributos já se encontram bastante encami- e, como nós temos de 40 a 45% de nhados ou até mesmo resolvidos, ex- impostos na cadeia, o preço dos ceto por um item de suma importân- produtos aumentaria consideravelcia que ainda precisa ser esclarecido: mente”, salienta. Além de atingir o financiamento do sistema. todos os players que atuam no se“Estamos pleiteando junto ao tor, no fim das contas o consumigoverno o que chamamos de taxa dor sentiria muito o peso desse cusvisível. Já fizemos reuniões com di- to no bolso. versos ministérios e apresentamos Já na alternativa proposta, o connossa proposta. Esse é o único ele- sumidor ainda paga por esse custo mento que ainda está segurando a adicional no ato da compra, mas assinatura do acordo”, diz. Ele es- sem a incidência de impostos. “Na clarece que, ao redor do mundo, taxa visível, se o custo adicional por existem dois modelos adotados produto é de R$ 5, o comprador vai para o financiamento dos proces- pagar somente os R$ 5 e vai saber sos de logística reversa para a reci- que está desembolsando esse valor

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pela logística reversa ra bastante acentuada do produto, porque no plano apresentado isso é discriminado”, para o governo. afirma Niehues. “NosO executivo consa intenção é que exista que passou 15 dias ta transparência no no Japão estudando processo, e não que o o sistema de logísticonsumidor seja sobreca reversa de resíduos carregado com tribusólidos aplicado no tos”, completa. Segunpaís, e o que pôde obdo ele, esse modelo é servar foi que um dos bastante utilizado em pontos principais do países da Europa. sucesso da atividade Niehues: governo lançou a Um dos principais por lá é a seriedade política cheia de problemas, mas com que o governo problemas do setor trabalhamos para corrigi-los de eletroeletrônicos, encara sua execução. detectado há alguns anos, a falta de “É tudo muito estruturado e o goempresas qualificadas para realizar a verno assume seu papel e suas reslogística reversa e a reciclagem dos ponsabilidades. É assim que tem de produtos ainda existe, de acordo com ser. Simplesmente lançar um decreo presidente da Abree. “Essa questão to e querer que os diversos setores de infraestrutura persiste, mas acredi- envolvidos se virem não é a maneito que podemos dizer que é como a ra correta de fazer as coisas. Muitas história do ovo e da galinha. Existem vezes as pessoas pensam que é a inalgumas poucas empresas já estabele- dústria que está postergando o procidas, mas existe também uma série cesso aqui no Brasil, mas isso não é de empresas que querem se estabele- verdade”, argumenta. cer, e elas precisam de segurança juSegundo ele, o setor de eletroelerídica, precisam saber que de fato vai trônicos é bastante proativo e quer haver demanda, entre outras coisas. que os processos saiam do papel, mas São pontos que acabam sendo defi- da maneira mais correta possível. nidos pelo próprio mercado uma vez “Não queremos um sistema torto, que ele está ativo. Se houver produto e muitas vezes o governo não preza para ser reciclado, vai haver alguém pela qualidade, portanto cabe à iniquerendo fazer o trabalho”. ciativa privada fazer tudo da maneira O consumidor final, por outro mais séria possível. Eu diria que estalado, precisa ser incentivado, na opi- mos quase lá. Falta pouco para termos nião de Niehues. “Deixar no piloto todos os pormenores alinhados para automático não vai fazer com que que tudo aconteça de forma satisfatóo retorno dos produtos aconteça. É ria. Já evoluímos muito e vamos conpreciso desenvolver incentivos para seguir fazer o programa funcionar”, que isso ocorra”, reconhece. Em sua finaliza Niehues.  opinião, serão necessários muitos investimentos em comunicação, para Fernando Fischer educar o consumidor e informar a resAbilumi: (11) 2787-6388 peito da importância de dar a destinaAbiplast/Sindiplast: (11) 3060-9688 ção correta ao produto. “Até porque Abree: (11) 2539-1334 são itens cujo descarte não é tão simMinistério do Meio Ambiente: ples, como no caso de uma geladeira, (61) 2028-1057 por exemplo”. Ele frisa, porém, que a Whirlpool: (11) 3787-6100 comunicação é abordada de manei-

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Juntos somos mais fortes

Grupo Martins terceiriza sua distribuição no Paraná, melhora nível de serviço e frequência e garante atendimento a todos os municípios do estado. Responsável pelas movimentações, a Luzza Encomendas aliou uma malha logística eficaz a unidades robustas e um modelo de composição de cargas que garantem a pontualidade das entregas com o menor custo operacional

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o colégio, aprendemos que a distância mais curta entre dois pontos é uma reta. Você, leitor, deve estar se perguntando qual a relação desta lembrança com a logística. Simples. Façamos uma analogia com o setor, mais especificamente com o serviço de distribuição. Diversas companhias do segmento – operadores logísticos ou transportadoras – realizam estas operações de forma independente. Desde o recebimento das

cargas provenientes dos clientes, até a armazenagem, o picking, o embarque, a transferência e a distribuição, todos os processos são de responsabilidade de uma única empresa. Assim, consideram que esta estratégia é a forma mais rápida e curta de chegar a determinadas regiões para atender os clientes com frequência e pontualidade. Muitas vezes, porém, essa autossuficiência não traz resultados satisfatórios. Neste caso, analisar o serviço prestado e

avaliar o desempenho pode ser fundamental para a permanência da companhia em certos mercados. Além disso, inserir mais um player na operação, terceirizando a distribuição, e, por que não, aumentar um pouco mais certas distâncias pode se mostrar tão ou mais eficaz quanto o atendimento direto de um único provedor logístico ou transportador. Este foi o caso do Grupo Martins, empresa atacadista com sede em Uberlândia (MG), que decidiu tercei-

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buição. “Começamos a capacidade total de carga. Desta forma, a rizar suas operações de desenvolver estruturas frota de distribuição local também devedistribuição no estado operacionais próprias, ria possuir uma utilização plena”, descredo Paraná. Segundo o gerente de Operações que passamos a chamar ve. Isso, porém, nem sempre era possível. de Distribuição do de Centros de Distribui- Além de atuar com frota própria, o Margrupo, Dilson Ribeiro, ção Avançados (CDA). tins utilizava transportadoras contrataem logística de distriNo estado do Paraná, das em períodos de demanda aquecida. buição é fundamental inauguramos centros Ele salienta que, apesar da dimiuma busca constante em Curitiba, Cascavel e nuição e substituição dos CDAs, o lead Londrina. Eram unida- time continuava a ser impactado pela por maior eficiência des pequenas que reali- necessidade de os veículos de transfenos processos e, muitas zavam apenas operações rência operarem com carga máxima. vezes, esta melhoria na de transbordo”, ressalta. performance passa por “Trabalhávamos com um prazo de Ribeiro: serviços de uma empresa O modelo com três cinco dias”, recorda. Ribeiro ressalta utilizar a estrutura de local garantem regularidade unidades foi logo des- que esse tempo considerava desde o outras empresas, que e agilidade continuado. “Fechamos momento em que o pedido entrava no possuem uma boa capilaridade de distribuição, realizando a estrutura de Cascavel e substituímos a sistema da companhia em Uberlândia as entregas de forma mais rápida, com de Londrina por Maringá a fim de me- até a entrega no cliente final. A logíslhorar a eficiência, já que o lead time tica reversa também apresentava taxas um custo menor. Com este conceito estabelecido e após chegava a oito dias”, relata. Ainda de expressivas, mas o executivo não reos estudos de viabilidade, em fevereiro acordo com Ribeiro, esse trabalho foi re- vela os números. Quanto ao nível de de 2014 o atacadista entregou de forma alizado após a companhia efetuar uma serviço – entrega na data acordada –, o plena à Luzza Encomendas, companhia análise macroeconômica e da rede logís- Martins trabalhava com 89% de acuraespecializada no transporte de cargas fra- tica com o objetivo de definir os melho- cidade, mas a meta era superar os 90%. cionadas, suas operações de distribuição res pontos para o atendimento das regiOs números também demonstram no estado do Paraná. “Contratamos uma ões com maior volume de vendas. que o modelo de distribuição própria empresa local que nos garante regulariO executivo admite, entretanto, não parecia ser o mais eficaz. Segundo dade e agilidade nos processos de entre- que o trabalho próprio de distribuição, o departamento de Gestão de Logística ga, resultando em novas oportunidades apesar de naquele momento auxiliar as e Terceiros do Grupo Martins, com a comerciais”, explica Ribeiro. operações, ainda apresentava gargalos. aplicação de ativos próprios – que in“A distância entre a nossa sede e as ci- cluem as unidades e 40 caminhões – a Histórico dades paranaenses que contavam com empresa atendia 177 cidades paranaos CDAs continuava a ser um dificulta- enses com frequência quinzenal, 118 Antes de adotar o planejamento dor”, lembra. Vale esclarecer que a uni- cidades com frequência semanal e 16 atual, contudo, o Martins empregou di- dade de Cascavel, que foi fechada, fica cidades com duas frequências semaferentes estratégias de distribuição aos a 1.100 km, enquanto Londrina, que nais, num total de 311 localidades. Ao seus clientes paranaenses. Segundo Ri- foi substituída, está 671 km distante todo, o estado do Paraná conta com beiro, a primeira delas consistia em en- de Uberlândia. Já as unidades mantidas 399 cidades. “Nós privilegiávamos viar os produtos e atender os pontos de operacionais, Curitiba e Maringá, estão municípios maiores onde tínhamos venda no Paraná diretamente do centro localizadas a 970 km e 770 km, respec- maiores clientes”, frisa. de distribuição de 87 mil m2 localizado tivamente, da matriz do Martins. na matriz da empresa, em Uberlândia O gerente do Grupo Martins (MG). “Esse modelo durou até meados ilustra o quanto o longo caminho dos anos 90”, destaca. que era percorrido pelos ativos da Depois disso, houve uma evolução. empresa até os CDAs impactava O executivo conta que, aproveitando diretamente na eficácia operacioa estabilidade econômica vivida pelo nal. “Para que a movimentação no Brasil na época, o Martins iniciou um estado do Paraná fosse rentável, era processo de descentralização de seus preciso que os veículos de transfeCD do Martins em Uberlândia estoques e de suas operações de distri- rência saíssem da matriz com sua Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 65

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Mudança de estratégia

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tiba, as cargas são expedidas para dez uniRibeiro revela que o modelo de dades de menor porte distribuição com duas unidades e emda Luzza, responsáveis pregando frota própria durou até o pela distribuição para início do segundo semestre de 2013 e, 175 municípios. O CD em sua opinião, do ponto de vista de de Cascavel envia itens Provedor de eficiência logística, funcionava. “Mas para 17 pequenas estrutransporte ficávamos atrás dos concorrentes em turas e atinge 120 cidatermos de atendimento. Em Curitiba, des, enquanto Maringá A Luzza assumiu a movimenta cargas do por exemplo, eles atendem diariamenMartins para outras dez te e nós não estávamos conseguindo distribuição do Martins no Paraná em setembro unidades da transportaconcorrer”, lembra. Pinto: operações foram dora, chegando a 104 A solução, então, foi iniciar uma série de 2013, com um projeto centralizadas em três CDs localidades. Com este de análises e estudos a fim de terceirizar piloto iniciado no centro paranaenses a distribuição no estado do Paraná. Al- de distribuição da transplanejamento logístico, gumas variantes era fundamental serem portadora em Curitiba. O diretor-geral, todos os 399 municípios paranaenses, levadas em consideração. “Nosso esto- Wagner Adriani de Souza Pinto, explica todos os distritos e algumas localidaque continuaria em Uberlândia e nossos que o trabalho inicial foi o de mudar o des na zona rural passaram a ser atenconcorrentes fortemente no Paraná. A sistema de atendimento de veículos iti- didos por 300 veículos da Luzza. dúvida era como poderíamos fazer fren- nerantes para rotas fixas, com ativos esPara o diretor-geral da transporte a eles, mas ainda mantendo os pro- pecíficos e estruturas de apoio. tadora, o ganho do projeto foi com a Em fevereiro de 2014, a Luzza assu- composição de carga. Isso porque, ele dutos distantes”, resume. A forma mais racional encontrada, conta, foi contra- miu as operações de forma plena e pro- explica, a partir da terceirização, as tar um fornecedor de transporte local e moveu alterações imediatas. “Centra- cargas do Martins passaram a ser alolizamos os três recebimentos semanais cadas nos caminhões com itens de oudesenvolver uma parceria com ele. O gerente salienta que o objetivo foi das cargas do Martins provenientes de tros clientes da transportadora, cerca buscar uma empresa que conhecesse as Uberlândia em três dos seis centros de de cem. “Isso permitiu ampliar a frequcaracterísticas do mercado local, operas- distribuição que possuímos, em Curi- ência para determinados municípios. se com carga fracionada e possuísse uma tiba, Cascavel e Maringá”, descreve. Em certos locais, como no município malha logística eficaz e estruturas robustas A partir deles as cargas começaram de de Doutor Ulysses, quando o Martins em todo o estado do Paraná. Outro ponto fato a ser distribuídas. Para dar supor- utilizava o sistema itinerante, as entrefundamental da escolha era que o trans- te às operações do atacadista, a Luzza gas eram realizadas uma vez por semaportador contratado operasse as cargas emprega 34 unidades próprias de pe- na. Hoje, os recebimentos chegam a do Martins de forma compartilhada, mas queno porte – de 200 m2 a 300 m² cada três semanais”, comemora. Atualmensem conflito com itens de outras compa- –, além da área de seus outros três CDs te, garante o executivo da Luzza, 60% nhias. “Após os estudos dos fornecedores, instalados no estado, em Ibaiti, Ponta das cidades do Paraná são atendidas Grossa e Londrina. em até 24 horas. Segundo o executivo, A terceirização da distribuição no Paos três centros de dis- raná trouxe outros resultados positivos tribuição que centra- para o Grupo Martins. Segundo Pinto, lizam os recebimen- o lead time foi reduzido para três dias, tos do atacadista têm com a acuracidade do nível de serviço estruturas e movi- atingindo 96%, acima da meta de 90% mentações similares. pretendida anteriormente. Ao todo, contam com 2.500 m² e realizam para o Martins entre Fábio Penteado 4 mil e 5 mil entregas Os 300 veículos da Luzza distribuem em todos os municípios Grupo Martins: (34) 3218-1122 por mês. do estado Luzza Encomendas: (45) 3224-0921 A partir de Curifirmamos um acordo com a Luzza Encomendas, empresa que já trabalhava há oito anos conosco nos períodos de demanda aquecida”, diz.

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Parabéns para o palete PBR

Há 25 anos o setor de logística se organizava para determinar um padrão nacional para os paletes, definindo suas características básicas e buscando estabelecer o intercâmbio do ativo entre as empresas atuantes em toda a cadeia

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esnecessário dizer que a logística vai muito além de simplesmente armazenar e transportar. Criar mecanismos e instrumentos para aprimorar cada vez mais os processos e buscar constantemente a excelência das operações estão entre os preceitos mais básicos da atividade. E a organização de qualquer setor obrigatoriamente exige certas padronizações. Definir normas, regras e modelos se torna ainda mais necessário em um mercado como o da logística, em que a cadeia completa envolve inúmeros players que precisam, obviamente, atuar de maneira harmoniosa. Foi para atender a essas necessidades que surgiu, em 1990, o Palete Padrão Brasil, ou PBR, marca registrada pela Associação Brasileira de Supermer-

cados (Abras) e que completa, em 2015, 25 anos de existência. De acordo com o diretor da Vantine Logistics & Supply Chain Consulting, José Geraldo Vantine, que participou ativamente do processo de padronização do palete brasileiro, tudo começou em 1988, quando ele coordenava o Comitê de Logística da Abras. “Nesse período, fiz uma série de viagens internacionais e tive a chance de participar de algumas reuniões em Genebra, na Suíça, durante a pré-instalação da União Europeia. Lá assisti a grandes debates a respeito de padrões e o tema palete me chamou a atenção, até mesmo porque já era um assunto que eu estudava”. Ele conta que, na época, a Inglaterra trabalhava com um tipo de palete e os países da Europa con-

tinental utilizavam outros dois modelos diferentes. Para piorar, as empresas que atuavam no comércio exterior, lidando com mercados como o das Américas e da Ásia, manipulavam outras variedades de paletes. “Isso se transformou em uma verdadeira bagunça e ficou claro que o caminho a ser seguido, especialmente com a crescente globalização, era a padronização”, destaca o consultor. O Brasil, é claro – ainda que guardadas as devidas proporções no quesito desenvolvimento logístico –, não poderia seguir na contramão. “Voltei para cá com essa ideia na cabeça e então iniciamos as discussões”, diz Vantine. Ele lembra que, além do suporte do então presidente da Abras, Levy Nogueira, a novidade contava

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tando em uma necessidade mínima de compra de novos paletes, limitada a casos pontuais. O conceito funciona perfeitamente hoje em dia com os contêineres, em operações muito maiores e complexas, inclusive, envolvendo o comércio exterior entre países de todo o mundo. Para garantir o sucesso do pool do palete, o novo padrão estabelecido precisava possuir como características essenciais a durabilidade, para que a expectativa de vida útil permitisse a realização de inúmeras viagens, e a versatilidade, para que toda a cadeia produtiva e de logística pudesse utilizar o ativo em suas diferentes operações.

Padrão e certificação O desenvolvimento dos protótipos para o novo palete contou com o auxílio dos fabricantes Matra do Brasil e Canozo Madeiras. Além disso, a Abras contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para prestar o apoio técnico e científico Divulgação

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com outros adeptos seja, a base da logística”. de peso. Apoiado por A proposta, portanPaulo Lima, diretor de to – e o caminho mais Distribuição do Grupo lógico e natural –, era Pão de Açúcar, foi criaque o palete fosse indo o Grupo de Estudos corporado à cadeia lodo Palete de Distribuigística em sua totalição (GPD). “Fomos dade, formando assim incorporando novas um ciclo, chamado de entidades para discutir pool do palete. “Nossa o tema, que até então visão era holística. Queera muito insipiente ríamos estabelecer um no Brasil. Eu trouxe a padrão que se ajustasse Vantine: umas das principais experiência internaao mercado como um necessidades era que o palete cional e debatemos o todo. Uma das princifosse intercambiável assunto com empresas pais necessidades era muito fortes, como Unilever, Nestlé e que o palete fosse intercambiável”, o próprio Grupo Pão de Açúcar”. E o salienta Vantine. Segundo ele, o conconsultor faz questão de destacar que ceito era inspirado nas garrafas de cercada uma dessas companhias utilizava veja e nos botijões de gás. “Esses itens tipos de paletes diferentes. já haviam passado pelo processo de padronização. Não importa a marca Pool do seu gás, você pode trocar o botijão com qualquer empresa”. Vantine explica que o cenário era de Vantine conta que, de início, foforte crescimento na utilização do pa- ram estudados 16 projetos, e nenhum lete, com inúmeros modelos diferentes deles tinha qualquer semelhança com sendo aplicados nas operações, além do a imensa variedade de paletes que o uso de madeira nobre para sua fabrica- mercado já utilizava, mas isso não ção, o que resultava em um custo de intimidou as empresas. “Elas sabiam compra elevado. Ele esclarece, porém, que, com a padronização, teriam que que apesar de o ativo já ser largamen- fazer um investimento para substituir te utilizado, isso acontecia somente na seus paletes, mas estavam comproatividade de armazenagem estática. O metidas com isso”. A aderência a um transporte ainda não se beneficiava da novo modelo não era encarada como aplicação do palete e da manipulação um problema ou uma dificuldade a da carga com equipamentos de movi- ser enfrentada também porque, na mentação, como empilhadeiras. “Oito década de 1990, a Abras reunia cerca pessoas levavam duas horas para car- de 5 mil supermercados, que somaregar ou descarregar um caminhão”, vam 35 mil lojas e eram responsáveis exemplifica. O gerente Comercial da pela distribuição de cerca de 70% dos Matra do Brasil, Valdir Zelenski, ressalta produtos de alimentação, higiene e que a aplicação e a importância do pa- limpeza consumidos em todo o Brasil. lete vão muito além da armazenagem. Além do mais, a noção de inter“Para muitos, ele é apenas um coadju- cambiabilidade era uma aliada. Quanvante estocado em um canto do arma- do ela acontecesse de forma plena, o zém. Entretanto, o palete de madeira investimento em novos paletes seria deve ser entendido como parte do siste- reduzido ao máximo, uma vez que o ma de produção, movimentação, arma- ciclo completo faria com que as unizenagem e distribuição de materiais. Ou dades voltassem à sua origem, resul-

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desse valor sem granpassar por uma batedes variações consiste, ria de testes e análises obviamente, em um para só então assinar poderoso instrumento um contrato de uso da para que os transpormarca junto à Abras. A tadores possam planeaderência foi grande e jar melhor suas operahoje a entidade conta ções, mas a verdade é com mais de 50 emque a determinação de presas em sua lista de todas essas particularifabricantes de palete dades foi de suma imcertificados. portância até mesmo Zelenski explica para a padronização que o produto deve Zelenski: mercado está sendo dos implementos dos possuir identificações contaminado pelo palete pirata caminhões de uma gravadas a fogo com a maneira geral. marca PBR, o mês e o Delimitadas as propriedades do ano de produção e a sigla do fabripalete nacional, identificou-se então cante. O executivo destaca ainda que a necessidade de garantir que todas o credenciamento assegura o comas unidades fabricadas e utilizadas promisso da indústria do palete com pelo mercado seguissem esse padrão, o meio ambiente. “A sustentabilidaaté mesmo como forma de assegurar de está garantida pelo uso de madeira que o ciclo do palete se tornasse uma de reflorestamento, da intercambiarealidade de fato, já que diferentes ti- bilidade e por tratar-se de um palete pos inseridos nas operações poderiam retornável, com vida útil em torno quebrar essa corrente. A Abras regis- de três anos”. trou então a marca PBR no Instituto Fiscalização Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e criou um sistema de certifiApesar do sucesso da implantacação dos fabricantes de palete. Para que acontecesse o credenciamento, ção da marca PBR no mercado nao fabricante interessado tinha que cional, Vantine revela que, 25 anos depois, alguns pontos ainda impedem que certos princípios idealizados à época sejam empreendidos de forma plena. “A intercambiabilidade é algo que não deu certo de verdade. Quando o varejo começou a crescer muito, esse conceito acabou falhando. As grandes redes de supermercados passaram a não investir elas mesmas na compra dos paletes. A transportadora chegava com um palete e o supermercado dizia ‘não vou comprar um novo. Vou ficar com o seu’. E assim o ciclo do palete não prosseguia”, explica. Com o pool comprometido, novos problemas acabam surgindo. “Sem o ciclo, o controle fica muito difícil e Divulgação

necessário, com ensaios laboratoriais e de campo, feitos em conjunto com a extinta transportadora Dom Vital. Feitos os testes, todo o grupo envolvido – gestores de logística das empresas, representantes das entidades, fabricantes de paletes e engenheiros e técnicos do IPT – chegou a um consenso quanto ao projeto final. Nasceu então o Palete Padrão Brasil, com 1 m x 1,2 m e capacidade para 1.200 kg, feito de madeira de reflorestamento de pinus e eucalipto, com quatro entradas espaçadas de forma a permitir a utilização de diferentes equipamentos de movimentação. Em adição a essas características gerais, inúmeros outros detalhes foram estabelecidos, como a densidade de massa das tábuas utilizadas, a resistência à flexão, o diâmetro máximo dos nós permitido, o ângulo de orientação das fibras, a coloração, as manchas, os odores e a umidade da madeira e os tipos de pregos utilizados para fixação. Um dos aspectos mais importantes era a definição do peso do palete vazio – a massa máxima, a 15% de umidade da madeira, não pode ultrapassar 42 kg – para não sobrecarregar os veículos de transporte. A noção

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começam até mesmo a sumir paletes, que são desviados para o mercado paralelo”, lamenta o consultor. Esse mercado, aliás, é outra complicação enfrentada pelos fabricantes de palete brasileiros. Como já é de praxe no mercado nacional, os falsificadores buscam reproduzir o produto original em detalhes, utilizando inclusive a marca PBR sem aprovação. Mas para que a pirataria de paletes valha a pena, assim como em todo e qualquer mercado paralelo, a qualidade do produto fica sempre muito abaixo do original, o que pode até mesmo comprometer as operações. “A espessura e o nível da madeira utilizada, por exemplo, são muito importantes. Muitas empresas se arriscam usando os paletes piratas. Quando acontecer algum acidente grave talvez elas se deem conta do tamanho do erro que estão cometendo”, observa Vantine. “Atualmente, podemos afirmar que 80% das operações com paletes no Brasil são executadas com o PBR”, indica Zelenski. “Mas infelizmente nos últimos anos fomos contaminados pelo ‘jeitinho brasileiro’ que, em busca de redução de custos, introduziu no mercado o palete pirata, fabricado por empresas não credenciadas, além do comércio de paletes usados, desviados do curso normal”. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Paletes PBR (Abrapal) promove inclusive uma campanha nesse sentido, alertando as empresas para que se atentem à venda de paletes usados. “Não pague novamente pelo que já é seu”, adverte a entidade, remetendo ao pool do palete. “Esse é um problema muito sério, pois o principal objetivo do palete PBR é justamente a intercambiabilidade entre as empresas, que trocam os paletes em suas operações. Portanto entende-se que todo palete PBR tem um dono e que não deveria haver um mercado de paletes

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usados”, relata Zelenski. “Chega-se à conclusão de que, ao comprar um palete usado, o comprador pode estar readquirindo o seu próprio produto e incentivando ainda mais a prática de desvio de paletes do seu ciclo normal”, completa o executivo. “Com relação ao comércio de palete pirata, a redução de custos é totalmente enganosa, porque na verdade o comprador está adquirindo paletes com um volume cúbico de madeiras menor e que, na maioria das vezes, custam mais caro por metro cúbico do que um PBR produzido dentro das especificações”, prossegue. Vantine concorda e acrescenta que tentar pagar um pouco menos no mercado paralelo por um produto de qualidade duvidosa e que não possui qualquer respaldo de uma indústria séria chega a ser burrice. “Além de ser ilegal, é claro. Infelizmente, o palete pirata já está muito diluído no mercado, tanto na quantidade de fabricantes quanto de usuários. E são as grandes empresas que determinam isso. São elas que precisam respeitar a utilização do palete de origem certificada”. Para que esse problema seja sanado, o consultor acredita que a Abras precisa passar a exercer com mais propriedade seu direito de fiscalização e de aplicação de multas pelo uso indevido da marca PBR. “Isso prejudica o tão sonhado pool do palete também. É como ter uma nota falsa nas mãos. Você pode até conseguir passar para a frente, mas uma hora alguém não vai aceitar. Não tem como um produto pirata circular por muito tempo em um esquema de troca”, completa. Fernando Fischer Abrapal: (11) 3255-8566 Abras: (11) 3838-4500 IPT: (11) 3767-4000 Matra do Brasil: (11) 4648-6120 Vantine Logistics: (11) 3598-1200

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ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Qual é o grau de desenvolvimento do supply chain de óleo e gás no Brasil? Foco em logística offshore Marcus Vinicius Esperian D’Elia e Mayara Gabi Barrionuevo

2ª parte

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Devido ao tamanho deste artigo, o texto foi dividido em duas partes. A primeira introduziu o assunto e sua relevância, e descreveu como o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) estrutura a cadeia logística de apoio offshore. Em seguida, iniciou-se uma análise desta cadeia, de forma a avaliar qual o seu grau de desenvolvimento e a capacidade de atender os altos níveis de serviço exigidos pelas atividades de exploração e produção. A análise foi interrompida na primeira divisão do artigo, ao se introduzir a metodologia utilizada para se avaliar os processos logísticos. Aplicou-se a metodologia proposta por Paulo Mendes em seu livro Demand Driven Supply Chain: A Structured and Practical Roadmap to Increase Profitability, de 2011. A partir do framework proposto consegue-se avaliar quais os processos logísticos esperados, dada a estratégia assumida na cadeia de suprimento. Esta segunda parte do artigo finaliza a análise dos processos, complementando a conclusão da avaliação da cadeia com análises da gestão de pessoas e de tecnologia.

Análise dos processos logísticos Com base nos conceitos apresentados anteriormente, referentes à avaliação das possíveis estratégias de cadeias logísticas segundo Mendes, fez-se uma análise sobre os principais tipos de produtos envolvidos na cadeia de apoio logístico offshore. O objetivo era classificar qual a estraté-

gia de cadeia de suprimento mais indicada para cada categoria de produto individualmente. Para isso, categorizou-se o lead time (tempo total do fluxo do material desde o fornecedor até chegar ao cliente), a variabilidade da demanda e a relevância da economia de escala de determinado produto dentro de sua cadeia de suprimento. A partir destas rotulações, classificou-se a cadeia de suprimento de cada tipo de produto como “puxada”, “empurrada” ou “híbrida”, considerando a estratégia mais adequada a cada cadeia. Para as cadeias classificadas como “híbridas”, determinou-se também onde estaria localizada a fronteira “empurrada-puxada”. Uma vez definida a estratégia que a logística de cada segmento de produto deveria aplicar em sua cadeia de suprimento, é possível espelhar esta estratégia nos processos de gestão de demanda, gestão da operação e suprimento e gestão de ciclo de vida do produto, de modo a apontar quais são os níveis dos processos logísticos esperados, a partir do framework de Mendes. Em paralelo, o Ilos analisou a cadeia de apoio offshore, verificando os processos logísticos existentes, e identificou a estratégia atual adotada para todos os segmentos de produtos. Como resultado desta análise comparativa entre os processos logísticos esperados e a operação offshore no Brasil atualmente, foram identificados os gaps a serem superados na cadeia logística offshore. Com relação ao gerenciamento da demanda, identificou-se a necessidade do desenvolvimento de processos que pudessem atuar sobre a gestão de pedidos para

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Produto

Lead ƟŵĞ

Previsão de demanda

Economia de escala

Água

Baixo

Variável

Sim

avaliar como é gerido o portfólio de materiais que circula nela. Assim, neste segundo critério de análise, foram avaliados os processos associados à gestão de SKUs pelos agentes presentes na cadeia. É comum nos casos estudados a falta de padronização dos materiais. Além disso, a Hub falta de atualização das informações associaArmazém das a cada SKU e a duplicidade de registros Armazém nos cadastros das empresas também são difiTerminal culdades constantes. A solução destes pontos ŽīƐŚŽƌĞ passa por disciplinas de projeto e processos bem definidos para a criação e a manutenção de cadastros de SKUs. Estes processos necessariamente devem envolver a participação de áreas afins, como Compras ou Engenharia, em cada empresa. Armazém Também dentro da visão de gestão de SKUs, a aplicação de políticas de estoque com procedimentos claros e periódicos de revisão Armazém de parâmetros de planejamento é uma necessidade para os materiais presentes na cadeia offshore, afetando as cadeias “puxadas” e “híArmazém bridas”. Este ponto é muito impactado pelas questões de cadastro de materiais apontadas, ou seja, excesso de SKUs a serem analisados na política de estoque e a não consolidação de demandas, dadas as duplicidades de registro. O principal indício verificado nos casos estudados foi a presença de grande quantidade de estoque com baixo giro, assim como obsoletos, nas empresas fornecedoras. Considerando como terceiro critério de análise a gestão de suprimentos e operações da cadeia offshore, três aspectos são marcadamente menos desenvolvidos em relação a outros: procurement, armazenagem e transportes. No caso de procurement, a gestão de fornecedores é o ponto central da análise. A existência de políticas claras aplicadas na avaliação e no desenvolvimento contínuo dos fornecedores permitiria não somente o aumento do número de participantes na cadeia, mas principalmente o aprimoramento da qualidade dos materiais e serviços ofertados. Na situação atual, o distanciamento na relação entre cliente e fornecedor é o fator determinante para que os ciclos de desenvolvimento se tornem longos. Um segundo aspecto analisado foi o padrão de armazenagem utilizado na cadeia, considerando tanto a padronização dos processos de recebimento, armazenagem e expedição quanto de atividades complementares, como inventário e conservação. Dado o baixo giro de parte dos materiais estocáveis nesta cadeia, a presença de fortes procedimentos de armazenagem é essencial para a garantia

ůĂƐƐŝĮĐĂĕĆŽ Fronteira Puxada

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Diesel

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Figura 1 - Estimativa do crescimento da demanda de carga offshore

cadeias “puxadas” e “híbridas”. Estes processos devem garantir o fluxo de ordem entre as diversas etapas (ou agentes) da cadeia de apoio offshore, buscando a integração e facilitando o sincronismo. No estudo realizado, observou-se a dificuldade das empresas em manter o pleno controle do fluxo de pedidos e a adequada gestão dos níveis de serviço. Exemplos típicos são o fluxo de consumíveis e o fluxo de materiais de manutenção, que não possuem demanda constante. De maneira complementar, no caso de cadeias “híbridas”, a presença de processos bem definidos com técnicas tradicionais para previsão de demanda de materiais, como no caso de fluidos, diesel e químicos, permitiria o atingimento de níveis de serviço mais altos e a adequação dos estoques. Verifica-se nos estudos realizados a tentativa de simplificação da previsão de demanda, que impede o atingimento dos níveis de serviço desejados. O foco na implementação de processos de previsão de demanda é um segundo ponto a ser tratado no gerenciamento de demanda. O segundo componente do Demand Driven Supply Chain é a gestão de ciclo de vida do produto, que trata do portfólio de produtos da empresa. Ao se estudar a realidade da cadeia de apoio offshore, julgou-se mais conveniente adaptar a análise da gestão de ciclo de vida do produto para uma análise da gestão de SKUs na cadeia, de modo a

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ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Figura 2 - Gaps nos processos logísticos da cadeia offshore

de níveis de serviço e a redução de perdas, principalmente no que diz respeito à conservação de materiais. No caso de materiais não estocáveis, a aplicação de boas práticas, como a realização de cross-docking, poderia ser ampliada. No aspecto de transporte, os processos de programação e controle de frota ainda são pouco aplicados pelos participantes da cadeia, o que pode significar oportunidades de ganhos de produtividade na movimentação de materiais. Entretanto, o fato de o transporte terrestre na cadeia se caracterizar por movimentações ponto a ponto pode dificultar a justificativa do investimento em infraestrutura para a aplicação dos procedimentos habituais na gestão da frota em outras cadeias, como roteirização e rastreamento.

Tecnologia O foco das análises da tecnologia utilizada na cadeia offshore foram os sistemas ou softwares que deveriam ser difundidos entre as empresas de maneira a suportar e incrementar sua performance. Antes da especificação dos sistemas, seria importante apresentar o conceito de Process Driven Technology. Ele trata do desenvolvimento de soluções flexíveis para atender às necessidades do processo a partir de uma implementação delimitada, com padrões para sistemas e comunicação em uma cadeia de suprimentos específica. Como o próprio título sugere, a tecnologia de suporte se baseia totalmente no processo (e não o oposto, como geralmente ocorre, onde o processo se ajusta à tecnologia existente), de maneira a não existirem funcionalidades extras subutilizadas, e de maneira a não comprometer etapas do processo

sem suporte tecnológico. Além disso, este sistema deve possuir a padronização necessária para se integrar com outros softwares transacionais. Dadas as particularidades da cadeia de apoio offshore, os sistemas de gerenciamento logístico existentes no mercado tendem a possuir limitações para cobrir o escopo de atividades da cadeia, requerendo um elevado tempo de customização. Desta forma, a implementação destes softwares poderá ser custosa e longa e, em alguns casos, a velocidade de modificação dos processos existentes poderá ser muitas vezes superior à velocidade de adaptação dos softwares, tornando sua aplicação na operação limitada ou incompleta. O conceito de Process Driven Technology busca eliminar estas dificuldades e garantir agilidade na implementação. Aprofundando-se na análise da tecnologia presente na cadeia de apoio offshore, é possível separar a necessidade de sistemas em duas grandes categorias. A primeira trata das tecnologias atuantes dentro da empresa, consideradas intraorganizacionais. Estas estão relacionadas aos gaps de processos descritos no tópico anterior, como sistemas que dão suporte à gestão de demanda, à gestão de SKUs e à gestão de suprimentos e operações. Estes sistemas não estão completamente difundidos hoje na cadeia, fazendo com que os processos muitas vezes sejam executados manualmente, ficando suscetíveis a falhas e reduzindo sua performance. Já a segunda categoria trata das tecnologias atuantes em mais de uma empresa, permitindo a integração da informação, de modo a melhorar a gestão da cadeia logística a partir da comunicação entre seus agentes (operadoras, fornecedores de materiais e serviços, transportadoras, entre outros). Estes sistemas têm o objetivo de garantir a comunicação, pois evitam perdas na transmissão da mensagem, determinam a frequência esperada da informação e padronizam os dados transmitidos. Além disso, estabelece-se a prioridade na comunicação, pois existirá um procedimento específico para verificação e tratamento desta informação. Por último, é válido ressaltar que as mensagens contidas nos sistemas são criptografadas, garantindo uma maior segurança.

Pessoas Além de todo o investimento sugerido na melhoria dos processos logísticos e no suporte tecnológico, é necessário que os colaboradores envolvidos no processo adquiram

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um novo conjunto de habilidades e de conhecimento sobre as atividades que irão desenvolver. Em muitos casos as melhorias propostas não são de uso comum nas empresas, criando um gap de conhecimento técnico-operacional. Por outro lado, a disseminação entre as pessoas do conceito de supply chain management servirá como base para as melhorias propostas de fato serem implementadas e mantidas. O supply chain management propõe a colaboração entre as empresas para melhorar a eficiência operacional. Neste caso, as operações na cadeia logística exigem processos gerenciais que atravessem as áreas funcionais e conectem as empresas para além das fronteiras organizacionais. A expectativa é que o domínio sobre os processos e a tecnologia na operação logística associado ao conceito de supply chain management permita que as pessoas se desenvolvam adequadamente para atuar na cadeia de apoio offshore de alta performance. Deve-se proporcionar a qualificação completa, de modo a prepará-las para a execução de suas tarefas, bem como para lidar com a integração no processo decisório da cadeia logística.

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Conclusão A relevância que a logística de apoio offshore vem tomando no segmento de óleo e gás é cada vez maior, por conta da demanda por elevados níveis de performance nas atividades de suporte à operação pelas empresas de exploração e produção de petróleo. Como se exige a entrega do material solicitado dentro dos padrões de qualidade, no prazo estipulado, no destino correto e com a documentação adequada, é importante ter uma cadeia logística com um alto grau de maturidade, capaz de responder às solicitações de materiais e serviços. Assim, a análise do grau de desenvolvimento da cadeia logística de apoio offshore nos mostrou possíveis oportunidades de melhoria nos três critérios avaliados: processos, tecnologia e pessoas. Em processos, percebem-se gaps em procedimentos logísticos associados à gestão de demanda, gestão de SKUs e gestão de operações e suprimento. Já em tecnologia, avaliou-se a falta de sistemas de suporte aos processos mencionados, bem como sistemas que auxiliem na integração e

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Figura 3 - Aplicação do conceito de Process Driven Technology

no sincronismo da cadeia, de modo a facilitar a comunicação entre as empresas e, consequentemente, o processo decisório. Por último, verificou-se a necessidade de qualificar os recursos humanos atuantes na operação offshore em conceitos de supply chain management, assim como técnico-operacionais, de modo a internalizar a importância de cada atividade no processo logístico e a capacitar os colaboradores a lidar com a integração da cadeia logística. Portanto, o mercado de exploração e produção de petróleo tem oferecido muitas oportunidades para os fornecedores de materiais e serviços do segmento, colocando-os diante do desafio do desenvolvimento da cadeia logística para atender ao crescimento da demanda com o elevado grau de performance esperado.

Referências HARRISON, Terry P. et al., 2003. The Practice of Supply Chain Management: Where Theory and Application Converge. Kluwer Academic Pub. MENDES, Paulo, 2011. Demand Driven Supply Chain: A Structured and Practical Roadmap to Increase Profitability. Springer. MOHAMMADI, Mohsen; MUKHTAR, Muriati, 2012. Service Process Modeling for Demand-Driven Supply Chain Based on SOA. International Journal of Digital Content Technology and Its Applications. YUSUF, Yahaya Y. et al., 2012. A Relational Study of Supply Chain Agility, Competitiveness and Business Performance in the Oil and Gas Industry. International Journal of Production Economics. Marcus Vinicius Esperian D’Elia Sócio-executivo do Ilos – petróleo e gás marcus.delia@ilos.com.br Mayara Gabi Barrionuevo Consultora do Ilos – petróleo e gás mayara.barrionuevo@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000

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EVENTOS

Ilos promove a 21ª edição do Fórum Internacional de Logística

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Evento focou em temas como transporte rodoviário, logística no setor de saúde e lean supply chain no segmento automotivo

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os dias 22, 23 e 24 de setembro o Rio de Janeiro recebeu o 21º Fórum Internacional de Supply Chain, promovido pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). O evento, que aconteceu em paralelo à 16ª edição da feira Expo.Logística, é um dos mais importantes palcos de conteúdo e debates do segmento. A edição deste ano contou com 58 apresentações, entre elas cases, soluções comerciais, sessões gerais, painéis de discussão, tutoriais e workshops. Na Expo. Logística os visitantes puderam conferir os stands de importantes players do mercado logístico, como Global Logistics Properties (GLP), Atlas, Segma, Modern, MRO Logistics e Infor, entre outros. Durante a abertura do evento, Maurício Lima, sócio-executivo responsável

pela área de Capacitação do Ilos, apresentou informações atualizadas sobre os custos logísticos no Brasil. Segundo o estudo feito pela entidade, os gastos das empresas com transporte, armazenagem, estoques e despesas administrativas saltaram de 10,6% do produto interno bruto (PIB) do país em 2010 para 11,7% em 2014. Esse é o percentual mais alto dos últimos dez anos. O estudo também fornece dados sobre o transporte de cargas no Brasil. O modal predominante continua sendo o rodoviário, representando 67% do total da matriz de transporte nacional em 2014, enquanto o modal ferroviário permaneceu estagnado em pouco mais de 18%. De acordo com o trabalho do Ilos, o custo logístico com transporte rodoviário tem aumentado cerca de 12%

ao ano desde 2004 no Brasil. A grade de programação do fórum contou com seis verticais, ou seja, palestras alinhadas em temas específicos. No dia 22, a vertical Transporte Rodoviário no Brasil trouxe a sessão Gestão de Transporte Rodoviário no Brasil, com Rodrigo Arozo, sócio-executivo de Bens de Consumo do Ilos, além de apresentações envolvendo as empresas L’Oréal, Souza Cruz, Kibon e JSL, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a NHTV Breda University, da Holanda. A outra vertical do dia foi dedicada a Tecnologias Aplicadas ao Supply Chain, com exibições que contaram com a participação das empresas Llamasoft, TruckPad, bLive, Kajera, Infor e CRH Brasil, além da Arizona State University, dos Es-

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tados Unidos. Completaram a programação apresentações da Cargill, Grupo TPC, Natura, Quendian, Comdesp, Almi, Zonamérica, Transcargo, Cielo, Integration, Enel, MRO Logistics, Brado e da Universidade Técnica de Berlim, da Alemanha. Os trabalhos do primeiro dia foram encerrados com uma sessão plenária intitulada Macrotendências no Supply Chain em Âmbito Global, comandada por Basil Khalil, vice-presidente de Planejamento, Engenharia e Supply Chain para a América Latina e Caribe da FedEx Express. No dia 23, a primeira vertical foi dedicada ao Supply Chain no Setor da Saúde, com a sessão Panorama de Logística e Supply Chain para o Setor de Saúde no Brasil, com Rodrigo Arozo e Gisele Souza, sócia-executiva e gerente sênior de Bens de Consumo do Ilos. As sessões seguintes contaram com a participação da Sanofi, Correios, Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Profarma, Hospital Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Plannera.

A segunda vertical foi focada em Lean Supply Chain no Setor Automotivo, encabeçada pela apresentação Evolução do Processo de Recuperação do Setor, com Steve Tripp, vice-presidente de Estratégia e Execução da ICL Systems, e José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute. As demais empresas e entidades participantes foram Sintel, Ford Motor Company, Delphi Automotive System, Scania, Chery e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O segundo dia do evento contou ainda com apresentações das empresas Liquigás, Belge, Boticário, Llamasoft, JDA, El Palacio del Hierro, Manhattan, Kajera, Sephora, SPA Consult, Porto Itapoá e do Centro Brasileiro de Aperfeiçoamento Logístico (Cebralog). E foi encerrado com uma conferência a respeito da pesquisa Operadores Logísticos: Panorama Setorial, Marco Regulatório e Aspectos Técnico-Operacionais, com Carlos Meireles, diretor executivo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

Premiação

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urante o 21º Fórum Internacional de Supply Chain 1º DHL Supply Chain foi entregue o 15º Prêmio Ilos, que reconhece os melhores prestadores de serviços logísticos do Brasil. A 2º JSL metodologia da escolha dos ganhadores baseou-se em 3º TNT Mercúrio entrevistas realizadas com 310 profissionais do setor das maiores indústrias do país em faturamento. Confi4º Hamburg Süd ra as empresas vencedoras no quadro ao lado. 5º Rumo ALL Segundo Mônica Barros, gerente de Inteligência de Mercado do Ilos, que apresentou os ganhadores, houve 6º FedEx uma mudança no perfil das empresas do segmento. “Lá 7º Correios atrás, no ano 2000, todos os vencedores eram basicamente transportadoras. Na opinião das indústrias eram os meϴǑ >ƵŌ >ŽŐşƐƟĐĂ lhores naquele momento. Agora, nos últimos anos, temos operadores logísticos não só do transporte rodoviário de 9º Login carga, mas também de longo curso, seja cabotagem, ferro10º Kuehne + Nagel viário ou internacional. Para nós isso é muito gratificante porque demonstra um amadurecimento do mercado. Se no passado não havia nenhum horizonte de usar algo como a cabotagem, por exemplo, hoje não só muitas empresas a usam como reconhecem esses operadores por sua excelência”, analisa.

No último dia do evento, foi apresentada a vertical Demand Driven Aplicado ao Setor de Varejo de Bens de Consumo, com a sessão Omni-Channel Strategy & Fulfillment: Planejamento, Execução e Alta Performance, com Todd Johson, vice-presidente Global da Unidade de Negócios 3PL da JDA Software, e Reinaldo Yocida, líder de Commerce da IBM Brasil. Seguiram-se então apresentações da Coca-Cola, FedEx Express, Unilever, El Palacio del Hierro, Marisa e Knapp. A vertical seguinte foi focada na Análise dos Riscos em Suprimentos, com a sessão Gerenciamento de Riscos no Suprimento Global, com Dale Rogers, da Arizona State University. Também foram apresentados painéis com a participação da Vale, A.T. Kearney, Martins e Natura. O terceiro dia contou ainda com exibições da Plannera, Petrobras, Llamasoft e da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra). Os trabalhos se encerraram com as sessões plenárias Desafios do Setor de Transportes na Europa, com Jam Willem Proper, professor de Transportes e Logística da NHTV Breda University, e Olimpíadas Rio 2016: Desafios Logísticos de um Mega Evento, apresentada por Jose Furian Filho, vice-presidente da Logística dos Correios. Em entrevista à Tecnologística, Cesar Lavalle, diretor de Relações Internacionais do Ilos, refletiu sobre a evolução do evento. “No início, a programação apresentava conteúdos básicos, como layout de armazém, por exemplo. Tudo era compliance, era seguir regras relacionadas ao segmento, ninguém pensava em números, na economia do negócio. Depois, todo mundo começou a entender que era necessário aprender de verdade sobre logística, então o fórum acabou sendo um ponto de convergência do mercado para trazer suas experiências, aprender e discutir tendências”, explica. Cristiani Dias Ilos: (21) 3445-3000 Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 79

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EVENTOS

Movimat investe em novo formato Antes concentrado na intralogística, tradicional evento foi reformulado e passou a focar em toda a cadeia, com a intenção de se firmar como palco de discussão e acesso às tendências de todo o setor

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segurança, rastreamento, monitoramento, embalagens, automação, entre outros produtos e serviços. Além dos estandes à disposição dos visitantes, o evento deste ano sediou a 19ª Conferência Nacional de Logística, que promoveu debates a respeito de temas como estratégias para a logística, planos governamentais, tributação, eficiência operacional e inovações tecnológicas. A programação da conferência incluiu apresentações e palestras abordando análises do mercado como um todo, cadeia do frio, energia solar, multimodalidade, internet das coisas, big data, entre outros assuntos. Estiveram presentes autoridades ligadas ao governo, representantes de associações, acadêmicos e executivos do setor privado. Na abertura da conferência, os participantes puderam conferir a apresentação de Neil Collins, responsável pela área de Serviços em Logística e Transportes da consultoria Korn Ferry, com os resultados de uma pesquisa mundial inédita sobre a atuação dos operadores logísticos, intitulada Uma Revisão do Estado da Terceirização em Logística. O segundo dia contou com uma visita técnica à Tam Cargo e debates voltados à logística com temperatura controlada, entre outros temas. Divulgação

30ª edição da Movimat, realizada entre os dias 15 e 17 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo, foi totalmente reformulada. Antes conhecido como Feira Internacional de Intralogística, o evento recebe agora o nome de Salão Internacional da Logística Integrada e tem como objetivo discutir as inovações não somente da intralogística, mas de todos os elos do supply chain de forma integrada, com destaque especial para a multimodalidade e para o e-commerce. O objetivo é se estabelecer como uma plataforma para o debate dos rumos da logística, fomentando novos negócios e apresentando as principais novidades voltadas à atividade. Promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Movimat reuniu, neste ano, mais de 200 marcas expositoras de equipamentos de movimentação e armazenagem, tecnologia aplicada, infraestrutura,

No terceiro dia, tributos e tecnologia permearam as apresentações. Outra atração do evento foi a Ilha do Conhecimento, que levou ao público presente palestras gratuitas e rápidas – com duração de 45 minutos – focadas em conteúdo técnico e educativo. Dentre os assuntos abordados estão tópicos como multimodalidade, tecnologia, logística internacional, roubo de cargas, restrições de movimentação nas grandes cidades e crise econômica. Os visitantes puderam conferir ainda o Show Room Movimat, com demonstrações ao vivo de processos logísticos complexos no ambiente industrial. Por fim, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) organizou o Digitalize-Me, evento com palestras que buscou estimular a cultura do empreendedorismo digital. Ao todo, a Movimat 2015 contou com mais de 36 horas de conteúdo oferecido ao público. “A Movimat se tornou um acontecimento completo para o setor ao agregar exposição e demonstração de produtos, feira de negócios e conferência para compartilhar conhecimentos”, avalia o diretor do evento, João Paulo Picolo. A próxima edição acontecerá de 20 a 22 de setembro de 2016, também no Expo Center Norte, com o tema Logística de Ponta a Ponta. Fernando Fischer Reed Exhibitions Alcantara Machado: (11) 3060-4717

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PRODUTOS

Scanner de códigos de barras sem bateria, da Honeywell

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energia geralmente usados em soluções industriais. Os supercapacitores são confiáveis, estáveis e seguros para o meio ambiente. Eles nunca haviam sido utilizados em scanners de códigos de barras ou em outros produtos portáteis porque costumavam ser muito grandes. No entanto, a Honeywell adaptou e redefiniu a tecnologia para adequá-la a esse tipo de equipamento. Os scanners alimentados pelos supercapacitores são compatíveis com os sistemas e softwares já existentes da mesma forma que suas versões tradicionais com bateria, apresentando a mesma capacidade de escaneamento e de leitura de códigos de barras. Não há nenhuma necessidade de sacrificar o desempenho para obter esses benefícios, porque supercapacitores não aumentam o peso do scanner nem alteram sua ergonomia ou comprometem seu desempenho. Por recarregarem em segundos e não em horas, como os tradicionais, esses scanners diminuem o tempo de inatividade, o que representa outro ganho para a indústria. (11) 3475-1900

Plataforma Webfrotas, da Marsh A Marsh, empresa de corretagem de seguros e gerenciamento de riscos, lança no Brasil sua primeira plataforma on-line para gestão de frotas corporativas. A ferramenta, que se chama Webfrotas, viabiliza o gerenciamento eficiente dos veículos, sejam eles próprios ou locados pelas empresas. Ela pode ser utilizada em frotas de cem a 10 mil veículos e as informações geradas são integradas aos sistemas da corretora e aos das seguradoras. O Webfrotas faz a gestão de diversos perfis de frotas, compostas

por carros, pick-ups e caminhões de todos os tipos. A plataforma via web é trilíngue (disponível em português, inglês e espanhol) e permite gerenciar on-line toda a frota com controle de entradas, saídas, condutores, status da CNH, multas, IPVA, manutenção dos veículos, seguros, custo com pedágios, consumo de combustível, entre outras coisas. A corretora gerencia 90 mil veículos de grandes e médias empresas nacionais e multinacionais. Desse total, 57.700 já utilizam o Webfrota. (11) 3741-1441

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A Honeywell disponibiliza no mercado brasileiro o scanner de códigos de barras portátil e sem fio Voyager 1202g-bf, que alia a conveniência do wireless à vantagem de operar sem bateria, tornando-o menos nocivo para o meio ambiente. Desta forma, a empresa criou um equipamento ambientalmente amigável que minimiza a necessidade de comprar, manter e descartar adequadamente baterias, gerando redução de custos e vantagem competitiva. O primeiro scanner sem bateria foi desenvolvido adaptando supercapacitores, que são armazenadores de

Serviço LCL da Ásia para Manaus, da Panalpina

A Panalpina passou a oferecer seu serviço LCL (Less than Container Load) ligando a Coreia a Manaus, com saídas regulares e semanais. Os objetivos da novidade são facilitar, agilizar e reduzir os custos para o comércio entre Brasil e Ásia. Segundo a empresa, a maioria dos agentes de cargas centraliza as remessas LCL em Hong Kong, na China, e não era diferente com a Panalpina. Porém, com essa rota, que sai de Busan, na Coreia, o transit time cai de 38 dias para 29 dias, já que a cidade é o último porto de escala com destino a Manaus. A Panalpina decidiu investir na Coreia há cinco anos e hoje Busan é um hub global de grande importância para a empresa. O número de conexões dentro da Ásia é maior em relação a Hong Kong. Enquanto de Xangai para Hong Kong existe apenas uma saída semanal, por exemplo, de Xangai para Busan são três saídas por semana. De acordo com a Panalpina, o custo do hub na Coreia é mais baixo do que na China, representando uma redução no frete marítimo e na consolidação das cargas de cerca de 30% em relação aos valores cobrados hoje no mercado para esse tipo de travessia. O serviço tem como alvo empresas de tecnologia e do segmento automotivo, uma vez que Manaus é uma capital forte economicamente nos dois segmentos. (11) 2165-5700 Outubro/2015 - Revista Tecnologística - 81

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AGENDA

INTERNACIONAL Expo Logística Panamá. 21 a 23 de outubro. Cidade do Panamá, Panamá. Organização e informações: Secretaría Nacional de Ciencia, Tecnología y Innovación (Senacyt). expologistica@panacamara.org www.expologistica.org Missão Internacional de Logística. 15 a 21 de novembro. Xangai e Pequim, China. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br

NACIONAL Negócios nos Trilhos 2015. 3 a 5 de novembro. São Paulo, SP. Organização e informações: UBM Brazil. Tel.: (11) 4878-5990 contato@ntexpo.com.br www.ntexpo.com.br Fenatran 2015. 9 a 13 de novembro. São Paulo, SP. Organização e informações: Reed Exhibitions Alcantara Machado. Tel.: (11) 2129-6303 credenciamento@credenciamentoweb.com.br www.fenatran.com.br

Cursos de curta duração A Gestão de Estoques como Ferramenta Estratégica na Redução de Custos. 20 de outubro. Controle de Almoxarifado e Inventário Físico. 27 de outubro. Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 17 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Minder Group. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Formação de Líderes de Sucesso - Liderança Prática. 24 de outubro. Gestão e Manutenção de Frota de Veículos. 26

de outubro. Básico de Planejamento de Vendas e Operações (S&OP). 7 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística (Ceteal). Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Como Reduzir Rapidamente os Custos com Movimentação e Armazenagem de Materiais. 20 de outubro. Indicadores de Desempenho e Melhores Práticas na Gestão de Centros de Distribuição. 20 de outubro. Indicadores de Desempenho e Melhores Práticas na Gestão de Transportes. 21 de outubro. Custeio e Formação de Preço para Carga Lotação. 22 de outubro. Custeio e Formação de Preços para o Transporte de Carga Fracionada. 22 de outubro. Todos em Poá, SP. Organização e informações: TigerLog. Tel.: (11) 2694-1391 contato@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br WMS (Warehouse Management System) e Gestão de Mudança. 27 de outubro. Operações de Transportes: Gestão de Performance e Custos. 5 de novembro. Gestão por Indicadores de Performance: Monitorando e Melhorando Processos e Resultados. 13 de novembro. Planejamento Logístico Integrado. 18 de novembro. Customer Services: Como Balancear Custos e Satisfação de Clientes. 24 de novembro. Todos em Campinas, SP. Organiza-

ção e informações: Cebralog. sac@cebralog.com www.cebralog.com.br Gerência de Custos Logísticos. 26 e 27 de outubro. Customer Service: Serviço ao Cliente na Logística. 26 e 27 de outubro. Ambos no Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br

Cursos de longa duração Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Curso a distância. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. São Paulo, Águas de São Pedro (SP) e a distância. Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Bertioga (SP). Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Tel.: 0800 883-2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Advantech ..............................................07 Brazilian Business Park ...........................39 Cascade ..................................................75 CBRE............................................... 2ª capa Cosmolog ...............................................31 Datalog ...................................................46 FM Logistic ..................................... 3ª capa Generix...................................................45 GKO........................................................43 GLP - Global Logistic Properties ............15 GM&C ....................................................63 Golgi Mauá.............................................29 Grupo TPC .............................................11 HBZ.........................................................55 Ilos ..........................................................77 Inovatech ...............................................49 Jetro ........................................................37 JSL...........................................................21

Karga Rio ................................................62 L. Amorim ..............................................23 Login ......................................................25 Manserv ..................................................51 Mendonça & Associados ........................59 Quantiq ..................................................33 Rayflex ....................................................61 Salvador Logística ..................................67 Sanca GTIS Embu II................................09 Smartlog ......................................... 4ª capa TA ...........................................................17 Tegma .....................................................05 TK Logística ............................................76 Tópico ....................................................71 Track & Track .........................................19 TruckPad ................................................47 Vialog .....................................................13

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