Revista Tecnologística Ed.247 - Nov/Dez 2016

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POLOS LOGÍSTICOS

Úl i é i P l Última reportagem d da série Polos Logísticos analisa a infraestrutura da Região Sul do Brasil

TECNOLOGIA Grupo TPC otimiza operação de picking com sistema de voz da Seal

Konrad Ostmeier, CEO da Lift-Tek, fala sobre a expansão da empresa no Brasil e na América do Sul



SUMÁRIO

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MERCADO

56 TECNOLOGIA

Fique por dentro de todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor

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ENTREVISTA Konrad Ostmeier, CEO da Lift-Tek, fala sobre as estratégias da companhia de origem norte-americana para se solidificar no mercado brasileiro de soluções voltadas para empresas de equipamentos de movimentação, como mastros, deslocadores laterais e posicionadores de garfos

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POLOS LOGÍSTICOS

Divulgação Multilog

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Centro de distribuição de medicamentos do Grupo TPC passa a operar com tecnologia de voz implantada pela Seal Sistemas na atividade de separação de pedidos e registra redução de 25% no tempo de coleta

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Na última reportagem da série Polos Logísticos, a Revista Tecnologística analisa a Região Sul do Brasil, muitas vezes vista como exemplo de desenvolvimento, e relata as deficiências e os gargalos de sua infraestrutura logística

50 ARTIGO

ILOS O professor e pesquisador Ataide Braga fala sobre o conceito lean, nascido na atividade de produção, aplicado aos processos de compras e suprimentos em busca de uma operação otimizada com a redução de desperdícios

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O engenheiro naval Joaquim Riva expõe a necessidade de uma solução para o transporte de cargas entre o planalto central do estado do Mato Grosso e os portos situados na foz do Rio Amazonas e apresenta as alternativas viáveis para a intermodalidade na região

EVENTOS Confira as principais novidades em produtos e serviços para a logística apresentadas durante a Movimat 2016, em São Paulo São Paulo recebe a 11ª edição do Seminário Caminhos da Engenharia Brasileira, promovido pelo Instituto de Engenharia, para discutir a atividade portuária no país O Ilos comemora o sucesso da 22ª edição do Fórum Internacional de Supply Chain e Expo.Logística, que reuniu os principais representantes do mercado no Rio de Janeiro

74 Capa: Michele Bianchi Foto: Dreamstime

AGENDA Saiba quais são os mais importantes cursos, seminários e eventos nacionais e internacionais do setor em nossa agenda


EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão

Mais um ciclo

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efinitivamente 2016 não foi um ano usual. Foi, pelo contrário, desafiador, custoso e trabalhoso. Daquele tipo que exige mudanças, que demanda adaptações, que nos obriga a levantar da cadeira, remexer o corpo, afiar a mente e revirar e romper com velhas práticas e costumes. Literalmente nos reinventar. E tudo isso para, apenas e tão somente, transpor os desafios e sobreviver em uma conjuntura atribulada e obscura. Este ano fez com que precisássemos avaliar minuciosamente cada passo, meditando com muita cautela a respeito do futuro. Porém, como todo ano, bom ou ruim, 2016 está enfim acabando e, felizmente, parece que alguns de seus piores fantasmas realmente morrerão com ele. É o fim de mais um ciclo, mas, depois de tanta desordem política, ao menos temos agora a esperança de tempos um pouco mais serenos. Após tanta turbulência econômica, vemos uma ponta de confiança na recuperação. No que diz respeito à infraestrutura logística, por exemplo, acompanhamos com entusiasmo os céleres anúncios do novo governo federal relativos a concessões de grandes obras e projetos como o Programa de Parcerias para Investimentos (PPI). Falando em ciclos – e em infraestrutura logística – esta edição que você tem em mãos encerra a série de reportagens Polos Logísticos, um extenso trabalho da equipe de jornalismo da Revista Tecnologística que buscou, desde o início de 2014, traçar um panorama de toda a estrutura de transporte e armazenagem de cargas de cada uma das regiões do Brasil. Nesta matéria em específico analisamos os três estados da Região Sul do país, frequentemente tratada como modelo de desenvolvimento em muitos aspectos, mas que, assim como todo o resto do Brasil, ainda deixa muito a desejar quando o assunto é infraestrutura logística. E o assunto está diretamente ligado ao momento que vivemos. O país precisa desenvolver melhor esse setor e isso depende, incontestavelmente, do poder público, se não promovendo ele mesmo as obras, dando condições para que a iniciativa privada o faça. Em décadas passadas, o Brasil já chegou a investir 5% de seu produto interno bruto (PIB) anual em logística. Em 2015, esse índice caiu para apenas 1%. Para atualizarmos nossa infraestrutura, seria necessário direcionar o equivalente a 4% do PIB pelos próximos 20 anos. Claro que é uma ingenuidade quase ufanista achar que de uma hora para outra as coisas vão mudar, mas não é justamente disso que se trata os ciclos? Não é a esperança de que o amanhã – ou, neste caso, o próximo ano – trará novos e melhores ares que nos faz planejar com afinco e boa vontade o futuro? O certo é que não precisamos mais dos descompassos vividos em 2016 e não vamos mais aturá-los. Por isso, só nos resta desejar um 2017 muito mais favorável. Até lá. Shirley Simão

jorge@publicare.com.br

Ano XXII - N.º 247 - Novembro/Dezembro 2016 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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MERCADO

Correios lançam serviço logístico focado no comércio eletrônico Solução que abrange todas as etapas da operação é destinada às micro e pequenas empresas do setor

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s Correios apresentaram, em setembro, durante a coletiva de imprensa Black Friday Legal 2016, que aconteceu em São Paulo, um novo serviço de logística voltado ao comércio eletrônico, com foco em micro e pequenas empresas. O evento envolveu também a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Braspag, empresa do grupo Cielo. Trata-se de uma solução de logística integrada que engloba a operação completa, com as atividades de armazenagem, atendimento de pedidos, separação, embalagem, integração com transporte e distribuição e logística reversa. Por abranger todas as etapas das operações logísticas do comércio eletrônico, o serviço é chamado de e-fulfillment. Com o e-fulfillment, os Correios preveem que as empresas do e-commerce podem obter uma redução média de 47% nos custos logísticos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), esses custos estão concentrados 62,6% no frete, 19,9% na operação de armazenagem e 17,5% no manuseio das mercadorias. Os produtos poderão ser enviados para destinos nacionais e internacionais. Os principais ganhos estão na simplicidade de precificação, por item armazenado e pedido atendido, na redução dos custos fixos logísticos e na celeridade operacional em retirar um produto do estoque e despachar no mesmo dia para entrega. O vice-presidente de Logística dos Correios, José Furian Filho, explicou que o novo serviço possibilita o acesso dos proprietários de micro e pequenas empresas à cadeia logística com um

custo reduzido, podendo focar energia e recursos nas vendas. “Assim, as chances de essas empresas crescerem são muito maiores. Isso é uma política de governo, que tem feito grandes esforços para fomentar o segmento, e os Correios, como uma empresa pública, têm essa preocupação também”. “Nossa presença, que nos coloca em todas as cidades do país, vem se transformando. O mesmo mundo que tira dos Correios o mercado postal, em declínio, permite aos Correios ampliar sua presença no comércio eletrônico”, ressaltou o presidente da empresa, Guilherme Campos.

Automação Para atender à crescente demanda por encomendas, principalmente vinda do comércio eletrônico, os Correios pretendem contar com 20 novos sistemas automatizados de triagem até 2020 instalados em suas unidades nas principais cidades do país. Com o maquinário, a estatal deverá triplicar sua capacidade operacional atual. A instalação de dois equipamentos já foi iniciada no Centro de Tratamen-

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to de Encomendas de Cajamar (SP). Com a conclusão do projeto, os Correios passarão a contar com 29 sistemas de triagem automatizada de encomendas, o que corresponderá a uma capacidade de processamento total em torno de 330 mil objetos por hora. Além disso, os atuais nove centros automatizados dos Correios terão suas máquinas submetidas à atualização tecnológica e alguns deles também receberão novos equipamentos para a triagem de pequenos pacotes. No Centro de Tratamento de Encomendas de Porto Alegre, a atualização tecnológica da máquina começou em janeiro deste ano e encontra-se em fase de finalização. Para o chefe do departamento de Marketing da Vice-Presidência de Encomendas dos Correios, Alex Nascimento, o processo de automação atende às demandas do mercado e se alinha aos objetivos estratégicos da empresa. “Essa modernização representa agilidade e assertividade no tratamento e no envio das encomendas, dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos clientes e pela sociedade”, afirma. Correios: 0800 725-7282


DHL assume operações da Hughes no Brasil Empresa norte-americana entrou este ano no mercado brasileiro de banda larga

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DHL Supply Chain foi escolhida pela Hughes, empresa norte-americana que atua com serviços de comunicação via satélite, para gerenciar e executar a distribuição de seus equipamentos para o serviço de internet de banda larga, lançado em julho no Brasil. Os trabalhos envolvem a recepção de equipamentos nacionais e importados dos Estados Unidos e o transporte até pontos de entrega em distribuidores do cliente em todo o território nacional, além de serviços específicos, como etiquetagem e embalamento. O operador logístico realizará as atividades a partir de seu centro de distribuição de Louveira (SP). “Estamos trabalhando nesse projeto

há algum tempo e, após uma análise minuciosa do mercado, escolhemos a DHL por acreditar que a empresa pode atender às necessidades da nossa companhia e dos consumidores brasileiros de maneira eficiente”, analisa o presidente da Hughes no Brasil, Rafael Guimarães. “Fomos escolhidos pela adequação da solução proposta, estrutura e experiência no atendimento a clientes do setor de telecomunicações”, explica o diretor do setor de Clientes de Tecnologia para a América Latina da DHL Supply Chain, Marcos Menna. “Na operação que desenhamos, o cliente terá acesso a processos consistentes, a um tempo de trânsito adequado e a uma busca constante de ganhos de eficiên-

cia, contribuindo assim com o desenvolvimento do negócio”. De acordo com Menna, o mercado de banda larga via satélite tem um amplo espaço para crescimento no Brasil, por se tratar de um serviço que pode alcançar todo o território, até mesmo regiões fora dos grandes centros. “A DHL está preparada para acompanhar esse desenvolvimento e até mesmo incluir no futuro novos serviços, como entregas até o cliente final, logística reversa e serviços de reciclagem e reparo dos equipamentos”, finaliza o executivo. DHL: (19) 3206-2200 Hughes: 0800 878-5111

Gerdau retoma transporte ferroviário de aço com a VLI Carregamentos nos trilhos tiram até 150 caminhões das estradas por mês casamento de necessidades. O trabalho da VLI é justamente este: oferecer soluções logísticas integradas ao negócio dos nossos clientes”. A Gerdau atua no segmento de aços longos nas Américas e é uma das principais fornecedoras de aços especiais do mundo. Além disso, a companhia é a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. Divulgação

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VLI realizou recentemente uma operação de transporte ferroviário de aço para a Gerdau, a partir da usina da companhia, em Divinópolis (MG), com destino ao Porto de Vitória. A movimentação da carga marcou a retomada dos carregamentos ferroviários do produto depois de oito anos. A novidade representa a busca por alternativas de transporte que resultem em uma maior eficiência no atual cenário econômico brasileiro. A operação ferroviária deve retirar ao menos 150 caminhões por mês das rodovias.

“Estamos mais atentos às alternativas e oportunidades do mercado e notamos que, neste momento, os clientes estão mais abertos à proposição de ideias, visando sempre reduzir custos”, comenta Bruno Pantoja, gerente Comercial da VLI. “É um

Gerdau: (11) 3094-6600 VLI: (31) 3279-4200

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MERCADO

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Bridgestone inaugurou o Centro de Distribuição Ecopia, localizado na cidade de Mauá (SP). O espaço agiliza o processo logístico de distribuição da companhia, que tem duas fábricas de pneus, uma em Santo André (SP) e outra em Camaçari (BA), e outras duas de bandas da Bandag, em Campinas (SP) e Mafra (SC). Com uma área total construída de 44 mil m², o novo CD conta com 40 docas de recebimento e expedição que aumentam a velocidade e a quantidade de janelas de carregamento. Além disso, o centro possui uma grande área interna para manobra de veículos e pátio de estacionamento com piso blocado. Os motoristas dos

Bridgestone inaugura CD no interior de São Paulo Estrutura localizada em Mauá possui certificado Green Building e 44 mil m² de área construída

caminhões também dispõem de um espaço de recepção exclusivo com chuveiro e refeitório. Segundo Lafaiete Oliveira, diretor de Supply Chain da Bridgestone, a implementação do CD Ecopia foi planejada inteiramente para se obter uma distribuição mais eficiente e dinâmica. “Usamos as principais tecnologias do setor para construir um espaço de excelência. Além de um layout moderno que possibilita um grande aumento de produtividade da companhia, o CD Ecopia possui o selo Green Building”, diz. O certificado Green Building é concedido pelo U.S. Green Building Council, uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington,

nos Estados Unidos, que tem o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental de edifícios. Para adquirir a classificação, o CD Ecopia reutiliza e recicla seus materiais, reaproveita inteiramente sua água e ainda apresenta eficiência energética dos produtos destinados à iluminação. O nome do centro de distribuição foi escolhido com base na linha de pneus da Bridgestone com apelo ecológico, chamada Ecopia, cujos produtos são projetados com materiais que minimizam a resistência ao rolamento, aumentam a eficiência energética e ajudam a diminuir a emissão de dióxido de carbono. Bridgestone: 0800 016-1718

Jamef otimiza o fluxo de encomendas com destino ao Nordeste Unidade de Belo Horizonte passa a ser utilizada como hub para as cargas direcionadas à região

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Jamef, empresa especializada no transporte de encomendas fracionadas e urgentes, decidiu alterar seu hub de operações com destino à Região Nordeste do país da cidade de São Paulo para Belo Horizonte. A novidade veio depois de um extenso planejamento realizado pela empresa e tem como objetivo garantir uma operação ainda mais otimizada. Assim, todas as cargas com destino aos estados do Nordeste são transferidas para a unidade da Jamef localizada na capital mineira, onde é realizada a programação

diária de embarques de acordo com os volumes destinados às mais variadas localidades. Segundo a própria empresa, a região de Belo Horizonte é um ponto estratégico e, com a consolidação das cargas em Minas Gerais, o atendimento à Região Nordeste será mais ágil, seguro e eficaz. “Decidimos por essa mudança para otimizar a operação, ganhando em produtividade e reduzindo o prazo de entrega, e, claro, para aumentar ainda mais a satisfação de nossos clientes, meta que temos atingido com sucesso”, explica Pedro Maniscalco, diretor de

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Operações da Jamef. A filial de Belo Horizonte está situada em uma área de 28 mil m² e conta com 6 mil m² e 60 docas para as operações com cargas, seja na atividade de hub para o Nordeste ou para encomendas locais. Ao todo, a Jamef dispõe de 30 unidades e uma frota composta por mais de 1.200 veículos. A empresa atua em todo o território nacional, por meio dos modais rodoviário e aéreo, e emprega mais de 2.800 funcionários. Jamef: (11) 2121-6161


Viracopos implanta câmaras climatizadas Novidade é destinada a cargas de exportação e apresenta variação de temperatura de -18 °C a 22 °C

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terminal de cargas (teca) do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), administrado pela concessionária Aeroportos Brasil, passou a contar com câmaras climatizadas destinadas à armazenagem de cargas de exportação que necessitam de temperatura controlada. São contêineres com capacidade para 22 paletes no padrão PBR localizados ao lado do Teca Exportação, que apresentam temperatura mínima de -18 °C e máxima de 22 °C. As cargas que necessitam desse tipo de cuidado

serão acompanhadas e monitoradas 24 horas pelo setor farmacêutico de Viracopos, além da validação dos sis-

temas de controle de temperatura. Segundo o próprio aeroporto, o objetivo é disponibilizar um serviço diferenciado, uma vez que foi identificada a necessidade do mercado para o atendimento a esse tipo de demanda. Entre os produtos que podem utilizar os contêineres estão medicamentos e insumos farmacêuticos, produtos para a saúde, alimentos in natura e processados, saneantes, cosméticos, plantas e sementes, cargas restritas e materiais genéticos. Aeroportos Brasil: (19) 3725-5000


MERCADO

FuturMaster abre filial no Brasil

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empresa francesa FuturMaster, fornecedora de soluções de Advanced Planning Systems (APS) dedicadas ao planejamento e à otimização do supply chain, chegou recentemente ao Brasil. Presente em 65 países, a FuturMaster possui um total de 10 mil usuários e um faturamento global de 14,2 milhões de euros. A empresa fornece sua tecnologia para clientes das indústrias de alimentos e bebidas, cosméticos, medicamentos, bens de consumo e varejo. A exemplo do que ocorreu em Singapura, em 2011, graças à demanda de clientes como L’Oréal e Heineken, a FuturMaster antecipou sua vinda ao Brasil. Com planos de implantação inicialmente para 2020, a empresa chegou ao país no final de 2015 e, desde então, já vem prestando serviços às filiais brasileiras de vários de seus clientes internacionais. Também como no caso de sua filial do Sudeste Asiático, ela vem se desenvolvendo e começando a atender novos clientes na região. Além de L’Oréal e

Heineken, a FuturMaster já conta com clientes como Royal Canin e Bonduelle. A empresa investirá, ao longo deste primeiro ano, no recrutamento e na formação de consultores, com o objetivo de disponibilizar um serviço de apoio dedicado ao cliente no Brasil, bem como no desenvolvimento de uma estrutura comercial e de marketing, tendo por meta ser o líder no mercado de soluções APS no Brasil dentro dos próximos três anos. “Estamos confiantes em relação às perspectivas do mercado de soluções APS no Brasil. Para ser rapidamente competitivo, estamos recrutando pessoal local qualificado, parceiros, integradores de solução e distribuidores”, explica Julien Connan, gerente da FuturMaster no Brasil. “Com a criação desta unidade, mostramos aos clientes nossa capacidade de lhes acompanhar em seu desenvolvimento no mercado internacional”, diz. Com softwares capazes de atuar em ambientes complexos e dinâmicos, tra-

tando a maioria das variáveis envolvidas no processo de decisão de uma empresa, os produtos da FuturMaster otimizam a cadeia logística global ou elos específicos, como previsão de demanda, suprimentos, produção e distribuição, permitindo uma redução geral dos custos das empresas e melhoria no alcance de suas metas de prazos e de qualidade. Por meio de plataformas modulares, a FuturMaster tem uma solução flexível que se adapta a várias necessidades. Os APSs são sistemas que auxiliam as empresas no planejamento tático e estratégico de suas operações, independentemente do uso de ERPs. Eles gerenciam todos os aspectos do supply chain, incluindo a disponibilidade de matéria-prima e produtos, sua localização e tempos de estocagem e transporte, de forma a otimizar a performance e minimizar os custos da empresa no atendimento ao mercado. FuturMaster: (11) 3521-7075

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Honeywell adquire a Intelligrated por US$ 1,5 bilhão

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Honeywell concluiu, em agosto, o processo de aquisição da Intelligrated, empresa que atua no mercado de soluções de automação para o supply chain, pelo valor de US$ 1,5 bilhão. O acordo de compra havia sido assinado em julho e estava

sujeito a revisões regulatórias. Sediada nos Estados Unidos, a Intelligrated possui ainda operações regionais no Brasil, no México e no Canadá. A empresa será integrada à área de Soluções em Segurança e Produtividade da Honeywell. “Damos as boas-vindas à equipe talentosa da Intelligrated e esperamos unir suas soluções automatizadas e software de manuseio de materiais com nossa tecnologia de captura de dados e desempenho de fluxo de trabalho”, disse John Waldron, presidente e CEO da área na Honeywell. As soluções da Intelligrated incluem sistemas automatizados de armazenamento e recuperação, paletiza-

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doras, soluções robóticas e softwares e sistemas de manuseio. A área de Soluções em Segurança e Produtividade da Honeywell fornece tecnologia de aprimoração de desempenho corporativo com o objetivo de aumentar a segurança no local de trabalho e proporcionar inovações no design de produtos. “Com o crescimento contínuo do comércio eletrônico, varejistas e empresas da cadeia de fornecimento necessitam de soluções corporativas que melhorem a precisão, a eficiência e a segurança operacionais”, comentou Waldron. Honeywell: (11) 3475-1900 Intelligrated: (11) 2078-0820



MERCADO

Kuehne + Nagel é o novo operador logístico da Belcorp Divulgação

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Belcorp, empresa global que fabrica e comercializa produtos de beleza, escolheu a Kuehne + Nagel como o seu operador logístico para os fluxos internacionais de mercadorias. De acordo com o contrato, a Kuehne + Nagel passa a ser responsável pelo gerenciamento das ordens de embarque, visibilidade, controle, monitoramento e gerenciamento do porta a porta da Belcorp, através de uma equipe especializada em logística integrada localizada em Bogotá, na Colômbia. Entre os serviços oferecidos está o sistema de interface eletrônico (EDI) que facilita a troca de informações entre o provedor logístico e o departamento Financeiro da Belcorp. O contrato também inclui servi-

ços de transporte de carga, abrangendo operações aéreas e marítimas da Europa, Ásia e dentro do continente americano. “Quando iniciamos a implementação do projeto, sabíamos que tínhamos um cronograma desafiador considerando o nível de integração exigido. Hoje estamos felizes de ver que as operações foram implementadas conforme o programado”,

comentou Gian Paolo Gandini, diretor Corporativo de Compras da Belcorp. “Durante todo o processo, a Kuehne + Nagel nos apoiou com muito profissionalismo e com as melhores soluções técnicas”, diz. “Esperamos contribuir com as metas de crescimento da Belcorp por meio dos nossos serviços de ponta a ponta”, complementa Boris Franchomme, diretor-geral do Cluster Andino da Kuehne + Nagel. “A nova parceria confirma a capacidade da Kuehne + Nagel de desenvolver e implementar soluções customizadas que permitam reduzir custos logísticos e aumentar a eficiência dos processos”. Belcorp: (11) 2246-0160 Kuehne + Nagel: (11) 3468-8000

Columbia Nordeste inaugura câmara refrigerada para inspeção de cargas Instalação é a primeira da região a atender às exigências da Anvisa para operações com medicamentos, alimentos e cosméticos

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Columbia Nordeste, empresa do Grupo Columbia sediada no município de Simões Filho (BA), inaugurou uma câmara refrigerada que permite à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inspecionar cargas que necessitam de temperatura controlada. Com a novidade, a Columbia passa a oferecer seus serviços logísticos a uma ampla gama de indústrias e distribuidores de medicamentos, alimentos e cosméticos interessados em expandir sua atuação no mercado nordestino. A estrutura permitirá que os processos de inspeção sejam realizados com mais agilidade e, consequentemente, a liberação das cargas acontecerá mais depressa. A câmara possui 40 m² e tempera-

tura interna de até 10 graus, variando de acordo com o tipo de produto. Ela conta com termômetros digitais e pode ser acoplada a contêineres refrigerados. Dessa forma, é possível verificar se as cargas estão armazenadas adequadamente também nos contêineres, preservando a sua integridade. O local atende ainda outras exigên-

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cias da Anvisa, como rígido padrão de limpeza, uso de equipamentos de proteção individual para acesso e trabalho, treinamento específico para atuação e vedação para descarga dos contêineres, evitando alterações na temperatura. O complexo logístico da Columbia Nordeste tem uma área total de 245 mil m² e atua como terminal alfandegado, armazém geral, centro de distribuição de produtos secos e de produtos frios, depósito de contêineres e com operações de transporte e portuárias, com a CMLog. Ele possui ainda uma área exclusiva para cargas de projetos, com grandes dimensões ou excesso de peso. Columbia Nordeste: (71) 2106-7200


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Ulma automatiza CD da empresa Laticínio Scala em Minas Gerais

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Ulma Handling Systems, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas automatizados para movimentação e armazenagem de materiais, juntamente com a japonesa Daifuku, está implantando sistemas automatizados de armazenagem e preparação de pedidos para o Laticínio Scala, fabricante de queijos, requeijões e manteigas da marca Scala. O projeto será entregue em meados de 2017 e está sendo instalado no primeiro centro de distribuição da empresa na cidade de Sacramento (MG). Este é o primeiro projeto da Ulma no Brasil para a indústria alimentícia e em ambiente de temperatura controlada – as temperaturas do armazém vão oscilar entre 2 °C e 4 °C, na área de picking entre 8 °C e 10 °C e na área de expedição entre 12 °C e 14 °C. “Decidimos pela construção do CD e pela automatização por dois motivos: a necessidade de liberar espaço na área fabril, onde são estocados atualmente os produtos acabados, e aumentar a eficiência da armazenagem e da preparação de pedidos”, destaca Darley Ferreira, coordenador de Processos e Projetos no Laticínio Scala e responsável pelo desenvolvimento do projeto, explicando ainda que a estocagem é totalmente convencional, com bloca-

gem de paletes. O projeto envolve um sistema de alto desempenho para armazenagem e preparação de pedidos composto por um armazém equipado com transelevador de paletes Compact System, com capacidade para 1.400 paletes. Para a preparação de pedidos, o projeto envolve um sistema de separação pick to belt, um modelo em que os produtos são separados diretamente do palete, sendo colocados em uma pista transportadora de roletes de 150 metros. “Essa separação é orientada por displays luminosos como os do pick to light, etiquetadoras automáticas e um classificador de caixas no final do processo”, explica Gustavo Cristófaro, gerente Comercial da Ulma no Brasil. “O classificador terá capacidade para separação de 16 mil caixas por dia: toda a operação estará suportada pelo IK-Log, o sistema de gestão de armazéns desenvolvido pela Ulma, que fará interface com o sistema de gestão empresarial do Scala”, diz. A redução de perdas será efetiva graças ao software de gerenciamento de estoques, que estará parametrizado para fazer o controle de Fifo (first in, first out) e de lotes de fabricação, fundamental na indústria alimentícia. Quando estiver terminado, o CD, que terá 7 mil m² e abastecerá diretamente os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, vai operar com 70% de capacidade e atenderá o Laticínio Scala até o ano de 2021, quando poderá receber nova expansão, inclusive da área de armazenagem, que ainda comporta dois transelevadores extras. Laticínios Scala: (34) 3351-8000 Ulma: (11) 3711-5940


MERCADO

Wilson Sons e Braskem retomam operações com contêineres no Terminal Santa Clara Marco Quintana

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Wilson Sons e a Braskem estabeleceram uma iniciativa conjunta para reativar a movimentação de contêineres no Terminal Santa Clara, localizado no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). O acordo entre as empresas marcará a retomada do transporte desse tipo de carga pelo Rio Jacuí, entre Triunfo e o Porto de Rio Grande (RS). A iniciativa oferece ao mercado uma solução com alternativas para a redução de custos logísticos e operacionais. Batizado de Contesc (Contêineres Terminal Santa Clara), o terminal tem capacidade de movimentação de carga de 100 mil TEUs, número que representa 15% do volume de contêineres movimentados no Tecon Rio Grande, empresa do grupo Wilson Sons, confirmando a proposta de ser um canal oficial de ligação do setor produtivo do centro-norte do estado com o Porto de Rio Grande. “A movimentação de contêineres será feita a partir do Píer IV do Terminal Santa Clara, originalmente construído para esse fim, mas depois adaptado para receber etanol, que passou a ter uma movimentação maior por ferrovias, possibilitando a reabertura do terminal de cargas”, afirma Hardi Schuck, diretor de Logística da Braskem. A Wilport, empresa do Grupo Wilson Sons, será a responsável pela operação e prospecção de empresas para a movimentação de suas cargas para Rio Grande. Este será o ponto de partida para transportar, por hidrovia, grande parte das cargas de resinas da Braskem, atualmente embarcadas por rodovia. Segundo o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, o terminal está situado em uma área com potencial de movimentação de cargas como

resinas, congelados, fumo, máquinas, couro, aço, móveis, cavaco de madeira, entre outros, de empresas localizadas em um raio de até 100 km do Polo Petroquímico. “Trata-se de um projeto altamente estratégico para o estado. Teremos um modal no qual conseguiremos criar melhorias, alavancar projetos logísticos com redução de custos, eliminar riscos de acidentes e avarias, diminuindo um grande percentual de emissão de gases”, diz. Como o calado do Rio Jacuí não permite o acesso de navios de grande porte, os terminais de Santa Clara e Rio Grande foram concebidos para operar de forma integrada. Os carregamentos são feitos em embarcações menores, classificadas para navegação interior no Terminal de Santa Clara, e enviados para Rio Grande, onde são transferidos para navios maiores de longo curso e cabotagem. Os dois terminais foram interligados como parte da mesma solução logística do Polo Petroquímico. “O acordo vai aumentar expressivamente o fluxo de cargas do Polo Petroquímico, em Triunfo, e do Porto de Rio Grande, que até então estava restrito a cargas líquidas da Braskem”, afirma Schuck. As movimentações iniciarão com a embarcação Guaíba, em uma parceria

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com a Navegação Guarita. “Duas viagens de ida e volta semanais, entre Rio Grande e Triunfo, com capacidade para 170 TEUs, e pelo menos 85% desse potencial preenchido com a demanda inicial”, explica Bertinetti. Com o retorno da movimentação de contêineres pelos meios fluviais, o Tecon Rio Grande será um dos únicos terminais de contêineres do Brasil que poderá ser acessado por três modais: hidroviário, rodoviário e ferroviário.

Porto do Açu A Wilson Sons assinou um contrato com a Prumo Logística, empresa que opera e desenvolve o Porto do Açu (RJ), para a prestação de serviços no empreendimento. O contrato, que tem vigência de dez anos, estabelece as condições técnicas, operacionais e comerciais para o serviço de rebocagem nos Terminais Onshore (T2) e Offshore (T1) do porto. “A Wilson Sons é uma das principais empresas do setor, e a assinatura deste contrato viabiliza a disponibilização de um serviço de rebocagem de qualidade e com tarifas competitivas para nossos clientes”, analisa José Magela Bernardes, presidente da Prumo Logística. Com a assinatura do contrato, a Wilson Sons utilizará um píer dedicado e poderá contar com uma base de rebocadores no Açu. Inicialmente a frota será composta por cinco embarcações. A previsão é que, anualmente, as empresas avaliem as características da frota, que pode ser alterada de acordo com a demanda. Braskem: (11) 3576-9000 Prumo Logística: (21) 3725-8000 Wilson Sons: (11) 2062-5299



MERCADO

IBL apresenta embalagem especial para o transporte de fármacos e eletrônicos Divulgação

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IBL Logística, empresa nacional de transporte de cargas, desenvolveu uma embalagem exclusiva para o transporte aéreo de fármacos e eletrônicos. Chamada de Caixa Master, ela possui identificação da transportadora, orientações sobre o manuseio e a armazenagem adequados e reforço nas laterais. Elaborada a partir de um papelão mais resistente, a Caixa Master possui três modelos. O primeiro, específico para o embarque de volumes pequenos e mais vulneráveis, como chips, dispensa a utilização de palete e conta com tampas dobráveis, orifícios laterais para facilitar o manuseio e tem tamanho compatível com aeronaves Airbus, Embraer e Boeing.

A segunda versão é montada sobre palete de 85 cm e foi desenvolvida especialmente para a acomodação de celulares. Possui tampa removível e é ideal para o transporte em aeronaves Airbus e Boeing. Já o terceiro modelo, que não possui tampa, tem 111 cm de largura por 92 cm de altura e 92 cm de comprimento, e é destinado ao embarque de medicamentos em aeronaves Airbus.

“São os itens que mais sofrem avarias no transporte e é uma prática comum no segmento embarcar esse tipo de produto utilizando apenas a embalagem primária. Vendo a necessidade de mudar esse cenário, a IBL criou a Caixa Master, que oferece um suporte extra, garantindo a proteção da mercadoria”, explica o gerente de Operações da IBL, Cleber Felisbino Barbosa. Segundo a empresa, a Caixa Master, que funciona como uma segunda camada de proteção acima da embalagem primária, já reduziu em cerca de 40% o número de avarias registradas pela IBL em seis meses de sua utilização. IBL Logística: (11) 2696-2230

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Complexo logístico do Pátria em Itatiaia entra em sua segunda fase

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Complexo Logístico Multimodal Itatiaia, projeto do Pátria Investimentos localizado na cidade de Itatiaia (RJ), entrou em sua segunda fase, que contempla uma área de 56 mil m², já 100% locada. O espaço será totalmente ocupado pela nova fábrica do Groupe SEB, que atua na indústria de eletroportáteis, com marcas como Arno, Panex, Rochedo, Clock e T-Fal. A companhia também dividirá outro galpão do empreendimento, já entregue, com a Xerox, totalizando a locação de uma área

de 90 mil m² no complexo do Pátria. O Complexo Logístico Multimodal Itatiaia foi lançado há pouco mais de um ano e está situado no km 317 da Rodovia Presidente Dutra, no Vale do Paraíba Fluminense, onde se encontra um dos maiores polos industriais e logísticos em formação do Brasil. As obras desta segunda fase estão em ritmo acelerado, com entrega programada para novembro. “Como já fizemos anteriormente em outros grandes projetos imobiliários, estruturamos a operação para construção do built-to-suit da SEB do zero. Conseguir propor uma solução sob medida, planejando todos os passos para construir uma fábrica de ponta num importante corredor logístico para a empresa, faz toda a diferença no momento da decisão”, diz Fauze Barreto Antun, sócio da área de Real Estate do Pátria.

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As próximas fases do condomínio preveem mais 70 mil m² de área locável. O projeto do Pátria está alinhado com as melhores práticas do setor, apresentando 60 mil m² de pátio intermodal com capacidade para mais de 1.200 contêineres, galpões com alto padrão construtivo, com pé-direito de 12 metros de altura e piso com capacidade de 6 toneladas por m², além de estrutura complementar de auditórios, salas para reuniões e refeitório, entre outras facilidades de uso comum. O complexo ocupa um terreno de 640 mil m² e demandou investimos de R$ 300 milhões. O projeto ainda inclui um ramal ferroviário exclusivo com 1.500 metros, permitindo ligação direta com os portos do Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ). Pátria Investimentos: (11) 3039-9000


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MERCADO

Vale obtém licença para operar ramal ferroviário no Pará Jakson Fontes

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Vale obteve a Licença de Operação (LO) para o ramal ferroviário do Projeto de Ferro S11D, expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A licença, que tem validade de dez anos, foi emitida depois de o órgão verificar o cumprimento das ações e medidas de controle ambiental executadas pelo projeto durante a Licença de Implantação (LI). Com 101 km de extensão, o ramal é uma obra fundamental dentro da logística ferroviária do projeto. Por ele, será escoado o minério de ferro produzido na mina localizada em Canaã dos Carajás (PA) até a Estrada de Ferro Carajás (EFC), em Parauapebas (PA), de onde o produto seguirá para o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Para o líder executivo do ramal ferroviário do S11D, Plinio Tocchetto, a emissão do documento é um marco extremamente importante para o projeto. “Essa licença demonstra todo o empenho da equipe do ramal para entregar uma ferrovia com alta qualidade operacional”, diz. O ramal integra o Programa S11D,

que inclui ainda a duplicação da EFC e a ampliação do terminal de Ponta da Madeira. Todo o empreendimento, que inclui obras de construção de mina, usina e logística ferroviária e portuária no Maranhão e no Pará, está com 79% de suas obras físicas finalizadas. O avanço da mina e da usina já ultrapassou 90%, enquanto a parte logística alcançou 70%. Os investimentos totais são de US$ 14,3 bilhões, sendo US$ 6,4 bilhões aplicados na implantação da mina e da usina e US$ 7,9 bilhões referentes às obras de logística e portuária. As obras do ramal ferroviário foram iniciadas em fevereiro de 2014 e incluíram a construção de túneis, pontes e viadutos, que tinham como objetivo garantir a menor interferência possível

na Floresta Nacional de Carajás (Flonaca). A maior parte do traçado do ramal foi construída em áreas de pastagem, adquiridas por meio de negociações com os proprietários. Do total de 101 km, apenas 3 passam pela Flonaca. Nesse trecho, foram adotadas soluções de engenharia que tornarão possível a circulação da fauna durante períodos de cheia. Além disso, por toda a extensão foram instaladas 32 passagens para permitir a circulação de animais silvestres. As travessias incluem até passagens para primatas. O ramal conta com quatro túneis, os primeiros a compor a logística de transporte norte da Vale, com extensão entre 500 e 985 metros. Na construção dos túneis foram usados robôs com braços mecanizados capazes de aplicar concreto a partir de comando remoto. Com a tecnologia de ponta pioneira em obras na região, foi possível reduzir os tempos de concretagem, garantindo maior produtividade e segurança para os trabalhadores das obras. Vale: (21) 3814-4477

Antaq lança o Programa de Rastreamento de Embarcações

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diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, lançou, em setembro, o Programa de Rastreamento de Embarcações (Prenav). O objetivo do programa é desenvolver e implantar uma solução sistêmica para o acompanhamento e o controle de embarcações que operam na navegação e também promover o intercâmbio desses dados entre a Antaq e a Marinha do Brasil.

Considerando que os atrasos em viagens são problemas frequentes, o Prenav consiste em uma solução que proporcionará o acompanhamento em tempo real – ou com a maior brevidade possível – de todas as embarcações e linhas reguladas pela agência, para minimizar atrasos e desvios de rotas no transporte de passageiros e cargas. As finalidades do Prenav, de forma ampla, são garantir aos usuários o cumprimento do princípio da pon-

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tualidade e regularidade por parte dos operadores, minimizar os custos de deslocamento nas fiscalizações in loco e agilizar a atuação nas ocorrências de busca e salvamento por parte da Marinha. O projeto está sendo desenvolvido em cooperação com a Marinha do Brasil e a previsão é que ele seja finalizado em 2017. Antaq: (61) 2029-6500


Maplink compra empresa francesa Optilogistic Fornecedora de soluções para logística possui clientes na Europa, América Latina, Estados Unidos e África

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Maplink anunciou ontem, dia 17 de outubro, a aquisição da empresa francesa Optilogistic, especialista no desenvolvimento de soluções para logística. Com a novidade, além de aumentar seu portfólio, a Maplink absorve a carteira de clientes da Optilogistic, que conta com mais de 60 empresas na Europa, América Latina, Estados Unidos e África. Os valores investidos não foram divulgados. A aquisição dá continuidade à estratégia de expansão global da Maplink e deve trazer benefícios para os clientes nos países em que as empresas atuam, como a possibilidade de oferecer tecnologia com suporte e pagamento em moeda local, além de serviços de geolocalização e nuvem móveis. Para o mercado brasileiro, além de trazer uma tecnologia superior à que existe atualmente, a novidade possibilitará um intercâmbio de produtos, tecnologias e expertise que tornará as operações dos clientes mais eficientes. “O custo de logística representa 12% do produto interno bruto (PIB) mundial. No Brasil, esse valor é de 17%. Isto mostra o quanto é preciso ser feito para que o país evolua em competitividade”, analisa Frederico Hohagen, diretor-geral da Maplink. “A aquisição trará benefícios para os nossos clientes em termos de eficiência nos processos e produtividade, pois estaremos ainda mais preparados para atender o mercado crescente de on demand logistics. A partir de agora nossos esforços serão somados ao objetivo de oferecer soluções eficientes e sofisticadas”. No mercado desde 1992, a Optilogistic é líder mundial em soluções de logística no segmento de laticínios e especia-

lista em agronegócio. Suas tecnologias são empregadas no desenvolvimento de soluções para atender às complexidades dos processos logísticos dos clientes, que vão desde o planejamento de distribuições complexas e consultoria logística até a implementação e o treinamento para o uso dos serviços. A empresa possui um time de 34 profissionais baseados na Europa, que serão incorporados ao quadro da Maplink. “Termos um time especializado em soluções de logística é um grande diferencial, visto que existem poucos desses profissionais no mercado. Por isso, iremos promover um intercâmbio entre as equipes, inicialmente com foco no time de tecnologia, mas, com certeza, daremos oportunidade de rotação dentro das outras áreas”, explica Hohagen. Fundada em 2000, a brasileira Maplink faz parte, desde 2014, da Movile, companhia global que atua no desenvolvimento de plataformas de comércio e conteúdo móvel. Com escritórios no Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia e no México, a Maplink oferece soluções completas de geolocalização e logística por meio de suas três unidades de negócios: Maplink Logistics, Maplink Geolocation e Maplink Google Solutions. Nos últimos dois anos, a Maplink dobrou de tamanho em receita, e hoje 30% do seu faturamento vem de fora do Brasil. Com a aquisição da Optilogistic, espera-se que o faturamento da empresa dobre em 2016 e que mais de 50% da receita corresponda a operações no exterior. Maplink: (11) 3047-8400


MERCADO

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Grupo Bahamas, rede mineira supermercadista, ampliou recentemente seu centro de distribuição localizado em Juiz de Fora (MG), que passou de 15.750 m² para 29.750 m². Com a expansão física, surgiu também a necessidade de ampliar a capacidade de armazenagem da estrutura. Para isso, o grupo optou por um projeto personalizado desenvolvido pela Bertolini. O objetivo proposto e alcançado pelas companhias era contar com mais de 6 mil posições-palete em uma área de 5.635 m² dentro do CD. No projeto, a verticalização conferida pelos sistemas de armazenagem atuou como vantagem competitiva. Parte das estruturas porta-paletes foi direcionada para atender a área de almoxarifado, concentrando produtos de suprimentos, e o restante foi destinado aos produtos comercializados pelo grupo.

Cargas de valor agregado e miudezas foram distribuídas em 12 mil posições de caixas no sistema flow rack. A facilidade de acesso na operação e a possibilidade de concentrar itens em apenas um local otimizaram o processo de separação e de acompanhamento do estoque. “As estruturas foram fundamentais para melhorar o processo de separação dos produtos fracionados na área de flow rack e a centralização do almoxarifado”, comenta Sebastião dos Santos Delgado Junior, gerente de Logística do Grupo Bahamas. De acordo com as companhias, foram pilares do projeto a velocidade e o bom escopo técnico. “Esses pontos são fundamentais para fazer a diferença e realizar uma boa gestão do atendimento ao cliente com a garantia de qualidade dos produtos da Bertolini. Queremos manter essa parceria com a Bahamas sempre fortalecida”, co-

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Bertolini equipa CD do Grupo Bahamas em Minas Gerais menta Reginaldo Alves, consultor de vendas da Homelog, representante autorizado Bertolini. As companhias já haviam trabalhado juntas antes: em 2015, a Bertolini assinou o projeto logístico das primeiras lojas da bandeira Empório Bahamas, inauguradas em Uberlândia e Uberaba. “A Bertolini esteve presente durante todo o processo, desde a análise do projeto, proposta, negociação e estruturação, visando atender às necessidades das demandas técnicas e comerciais”, finaliza Delgado. O Grupo Bahamas conta com um total de 39 lojas, sendo 29 de varejo e 10 de atacarejo. Bertolini: (54) 2102-4999 Grupo Bahamas: (32) 3249-9400

Transportadora do grupo Usiminas é incorporada pela Grecco Logística

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Grecco Logística, operadora logística nacional especializada no transporte de vidros e materiais siderúrgicos, adquiriu as atividades da Rios Unidos Logística e Transportes, uma das empresas do Sistema Usiminas, pelo montante de R$ 18 milhões. Com a negociação, as empresas foram incorporadas e passaram a se chamar GTI-Log, com previsão de faturamento de R$ 160 milhões neste ano, o que corresponde a um crescimento de 25% na comparação com 2015. Para o próximo ano, a previsão é chegar a R$ 200 milhões. “Começamos nossas atividades operando no transporte especializado de vidros. Fomos pioneiros no setor ao

adquirir equipamentos in loader e, somente nessa área, transportamos cerca de 720 mil toneladas por ano. Em seguida, partimos para os segmentos químico e siderúrgico, além de forte atuação no Mercosul”, explica Odair Brito, diretor Comercial da GTI-Log. Com uma frota própria composta por mais de 700 equipamentos, entre carretas, cavalos mecânicos e trucks, hoje a empresa é responsável por quase 30% do volume total escoado pela Usiminas e pela Soluções Usiminas, o que corresponde a 1 milhão de toneladas por ano. Em sua carteira de clientes, além do Grupo Usiminas, constam empresas como Grupo Saint-Gobain,

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Cebrace, Braskem, Avon e Viminas, entre outras, totalizando no mês uma média de 17 mil viagens realizadas. A matriz da nova empresa possui área construída de 60 mil m² em um terreno de 200 mil m², mais três armazéns que totalizam 30 mil m². São mais de 350 funcionários e 19 filiais localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, além de duas na Argentina, em Buenos Aires e Córdoba. Em novembro será inaugurada uma nova filial na cidade mineira de Santa Luzia. Grecco Logística: (11) 4512-6000



MERCADO

Daf comemora três anos de operação no Brasil e anuncia novidades Produção será ampliada para quatro unidades por dia; lançamento do modelo off-road e exportações também estão no plano estratégico

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Daf Caminhões Brasil, subsidiária da Paccar, comemorou em outubro três anos de produção no Brasil. Para marcar a data, a companhia divulgou resultados e anunciou as próximas novidades durante evento que aconteceu em sua planta de Ponta Grossa (PR). O presidente da Daf Caminhões Brasil, Michael Kuester, informou que desde o início das operações a empresa investiu R$ 1 bilhão no país. Ao todo, foram produzidos 1.400 veículos – linhas XF 105 e CF 85 de variadas configurações –, que cobrem 85% do mercado de pesados no Brasil. “Nosso plano de negócios mudou, nos ajustamos à situação econômica que o país enfrenta, e apresentamos crescimento”, diz. O mês de outubro também marcou a ampliação da linha de produção, que passou a entregar quatro caminhões por dia. Há um ano, eram dois diariamente. Vale lembrar que o XF 105 é comercializado nas versões 6x2 e 6x4, com opções de motorização de 410 cavalos, 460 cv e 510 cv. Já o CF 85 é disponibilizado nas versões 4x2 e 6x2 e motorização de 360 cv e 410 cv. O diretor Comercial, Luis Gambim, divulgou que a meta para este ano é emplacar 750 unidades,

crescimento de 59% frente a 2015. Quanto ao market share, que hoje é de 4%, o executivo projeta chegar a 7,5% em 2017. Para isso, algumas ações já estão previstas. Sem revelar detalhes, a montadora prepara para o próximo ano o lançamento do modelo off-road. O diretor de Desenvolvimento de Produto, Ricardo Coelho, calcula que apenas em engenharia serão aplicados R$ 14 milhões. O pós-venda também prestará suporte ao crescimento projetado. Uma das iniciativas é reforçar a rede de concessionárias. Este mês, por exemplo, marca a inauguração da 22ª unidade. Localizada em Garibaldi (RS), a Daf Austral está instalada numa área total de 4 mil m², sendo 700 m² de área construída. Além disso, mais três Postos de Serviços Autorizados, em Minas Gerais, na Bahia e no Tocantins, juntam-se aos cinco já existentes e ini-

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ciam as operações. O diretor de Desenvolvimento de Rede, Adcley Souza, afirma que a marca amplia a parceria com os prestadores de serviço a fim de proporcionar atendimento eficaz aos clientes. “Buscamos identificar profissionais com alto conhecimento técnico e muita capacidade de prestação de serviços em todas as regiões”, salienta. O mercado exterior também está na mira, mais especificamente a América Latina. Segundo Kuester, a empresa já iniciou os estudos para viabilizar as exportações. Em seis meses, acredita o presidente, a companhia já trará novidades. “Os veículos que produzimos hoje não são adequados para a América Latina, pois são muito robustos. Mas temos equipes viajando pela região para entender as necessidades dos diferentes mercados”, explica. Kuester completa fazendo um balanço deste período de atuação no país. “Completamos três anos de operações no Brasil colhendo os resultados de uma estratégia assertiva. Temos a certeza de estar criando uma base sólida para, em pouco tempo, estarmos entre os maiores fabricantes de caminhões pesados do Brasil”, pontua. Daf: (42) 3122-8400



MERCADO

Plataforma TOS+ ganha módulo que utiliza imagens do Google Earth

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Terminal Operating System Plus (TOS+), uma plataforma da Athenas que permite automatizar todos os processos operacionais e de gestão de terminais logísticos, passou a contar com o módulo Optim.us, uma interface em 3D feita a partir de imagens do Google Earth em escala real. Assim, a plataforma cria um ambiente interativo, reproduzindo ruas, quadras e berços, além dos equipamentos e outros

elementos dos terminais. Por meio da interface com os mais variados equipamentos, como balanças, empilhadeiras, guindastes, scanners e coletores, é possível interagir com o terminal em tempo real e executar operações como endereçar ou remover um contêiner no pátio ou carregar e descarregar um navio. “Quando alguém clica sobre um contêiner, por exemplo, consegue receber as informações da carga, sua origem e destino, da documentação e, caso queira realizar uma remoção, a ordem é dada por um clique na tela. A partir daí, os operadores que estão com o equipamento no local recebem a ordem para execução. Conforme cada um executa sua tarefa, o sistema reconhece as novas posições e as atualiza na tela do TOS+ instantanea-

Hidrovias do Brasil passa a atuar com cabotagem

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segmento de cabotagem brasileiro acaba de ganhar um novo player. A Hidrovias do Brasil, empresa fundada em 2010 que atua no transporte de carga pelos corredores hidroviários na América do Sul, adquiriu duas embarcações da Log-In que operam na logística de bauxita na Região Norte do país. Além das embarcações – Log-In Tambaqui e Log-In Tucunaré –, a negociação inclui um contrato de longo prazo com a empresa Alumina do Norte do Brasil (Alunorte) para o transporte da bauxita entre Porto Trombetas, no município de Oriximiná (PA), e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA). O processo de negociação durou mais de um ano e demandará um investimento de R$ 680 milhões. Com isso, a

Hidrovias do Brasil amplia seu portfólio de serviços e inaugura uma nova frente de negócios. Segundo a própria empresa, a transação ainda está sujeita ao cumprimento de certas condições precedentes estabelecidas no contrato. A Hidrovias do Brasil foi fundada pelo fundo de infraestrutura do Pátria Investimentos e conta com participações dos investidores Aimco, Temasek, Blackstone, IFC e Banco Nacional de Desenvolvimento Social Participações (BNDESPar). Também na Região Norte do Brasil, a empresa iniciou recentemente uma operação de transporte de grãos por meio de comboios de barcaças da sua Estação de Transbordo de Cargas (ETC) em Miritituba (PA) até o Terminal de Uso Privado (TUP) nas proximidades

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mente”, explica Julio Carvalho, gerente de Projeto e Produto da Athenas. Além disso, o Optim.us contém algoritmos matemáticos que otimizam toda as movimentações, indicando a melhor forma de armazenar cada carga ou a maneira mais eficiente de operar o carregamento e o descarregamento de um navio, por exemplo. A visualização em 3D também facilita o treinamento e a capacitação de novos funcionários, criando um ambiente mais interativo. “Como funciona totalmente na web, o TOS+ ainda pode ser acessado e gerenciado de qualquer lugar, ainda que distante fisicamente do terminal”, conclui Carvalho. Athenas: (21) 3124-1030

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Com a novidade, ferramenta da Athenas reproduz o ambiente em 3D utilizando escala real

de Vila do Conde. Nessa operação, deverá ser movimentado aproximadamente 1 milhão de toneladas de grãos neste ano, volume que deve chegar a 3 milhões em 2017 e alcançar 6,5 milhões de toneladas até 2020. Além disso, a Hidrovias do Brasil atua no Corredor Logístico Sul pela Hidrovia Paraguai-Paraná, com capacidade de movimentação de até 8 milhões de toneladas de cargas diversas, entre commodities agrícolas e minérios, em quatro grandes operações que passam por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Hidrovias do Brasil: (11) 3905-6000


Mato Grosso e China formalizam parceria para construção de ferrovia

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governo do estado de Mato Grosso e a empresa China Railway Construction Corporation Limited (CRCC) assinaram, em setembro, um memorando que oficializa uma parceria para a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). Segundo Zhao Jiaping, diretor-geral da estatal chinesa, o investimento de R$ 20 bilhões será benéfico para os dois países. “Mato Grosso é o maior exportador para a China. A China quer estreitar essa relação e facilitar o comércio entre os dois países. Com o apoio do governo mato-grossense, teremos um projeto mais concreto para apresentar ao governo fe-

deral brasileiro”, afirmou o executivo. “Este documento assinado hoje tem uma importância muito grande, pois oficializa nosso apoio, mas precisamos concretizar nossas ações”, disse o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte. Ele sugeriu que a CRCC monte uma unidade em Cuiabá. “Com um escritório aqui, ela estaria em contato com os técnicos da nossa secretaria e juntos apresentaríamos esse projeto em Brasília”, explicou. A Fico integra o projeto de construção da Ferrovia Bioceânica, que vai abrir uma nova rota de escoamento da produção brasileira. Ela passa pelos es-

tados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre e atravessa o Peru, chegando ao Oceano Pacífico. Atualmente, os produtos exportados para o mercado asiático são escoados somente via Canal do Panamá. A futura ferrovia poderá também enviar a produção agrícola da Região Centro-Oeste brasileira para os portos do Norte e do Sudeste, por meio da Ferrovia Norte-Sul (FNS), facilitando as exportações para a Europa e para o Oriente Médio. Secretaria de Infraestrutura e Logística do governo de Mato Grosso: (65) 3613-6600


MERCADO

Fibria assina termo de posse do Terminal do Macuco, no Porto de Santos Companhia arrematou o terminal por R$ 115 milhões e deve iniciar as operações no segundo semestre de 2017

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Fibria, empresa brasileira que atua na produção de celulose de eucalipto, assinou em setembro o termo de posse do Terminal de Macuco, localizado no Porto de Santos (SP), voltado a celulose, papel e carga geral. A Fibria conquistou o direito de usar o terminal ao sair vencedora do leilão realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em dezembro de 2015, com um lance de R$ 115,047 milhões. O Terminal de Macuco tem uma área total de 33 mil m² divididos em dois espaços, um com 20.900 m² e outro com 12.100 m². O prazo de concessão da área para a Fibria é de 25 anos, com capacidade de embarque de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. “Ao tomar posse do Terminal de Macuco, damos mais um passo para reforçar o diferencial competitivo da Fibria em logística integrada às áreas de

floresta e indústria, já que exportamos mais de 90% da nossa produção”, afirma Wellington Giacomin, diretor de Logística, Suprimentos e TI da Fibria. A assinatura do termo de posse foi realizada na sede da Secretaria de Portos (SEP), em Brasília, pelo Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil Substituto, Fernando Fortes Melro Filho, pelo diretor-geral da Antaq, Adalberto Tokarski, e por representantes da Fibria. “Com a entrega do terminal, iniciaremos o projeto de reforma da área de acordo com o Projeto Básico de Implantação, já entregue à Secretaria Especial de Portos, com investimento de cerca de R$ 160 milhões. Nossa expectativa é de iniciar a operação do terminal a partir do segundo semestre do ano que vem”, diz Giacomin. Com uma capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de ce-

lulose, a Fibria conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel, uma joint-operation com a Stora Enso. A companhia possui 969 mil hectares de florestas, sendo 568 mil hectares de florestas plantadas, 338 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 63 mil hectares destinados a outros usos. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha, com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano e que entrará em operação no quarto trimestre de 2017. Codesp: (13) 3202-6565 Fibria: (12) 2128-1100

Petrobras venderá malha de gasodutos do Sudeste por US$ 5,19 bilhões Consórcio liderado pela Brookfield vai adquirir 90% da Nova Transportadora do Sudeste

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Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de sua malha de gasodutos da Região Sudeste para um consórcio liderado pela Brookfield. A negociação consiste na aquisição de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pelo montante de US$ 5,19 bilhões. A venda foi conduzida por meio de um processo competitivo e o valor foi avaliado por quatro instituições financeiras. A operação faz parte do Plano de Desinvestimentos da Petrobras, corres-

pondendo a 35% da meta de US$ 15,1 bilhões para o período 2015-2016. A NTS foi criada a partir de um termo de compromisso assinado com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no qual a Petrobras se comprometeu a reestruturar a Transportadora Associada de Gás (TAG) e suas subsidiárias integrais, de forma a criar uma carregadora de gás natural no Sudeste do Brasil (NTS) e outra no Norte-Nordeste (TAG). A gestora de ativos Brookfield pos-

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sui mais de US$ 200 bilhões sob administração e grande experiência em ativos de infraestrutura e energia, cujo portfólio inclui empresas com mais de 14 mil km de gasodutos nos Estados Unidos, no Canadá e na Austrália. O fundo de investimentos que fará a aquisição possui ainda como cotistas a British Columbia Investment Management Corporation, a CIC Capital Corporation e o GIC Private Limited. Petrobras: (21) 3224-4477



MERCADO

CROSS-DOCKING • A Ceva Logistics anunciou a nomeação de Peter Waller para o cargo de chief financial officer (CFO) e membro do comitê executivo da companhia. Waller sucede Arjan Kaaks, que decidiu deixar a Ceva para buscar novas oportunidades. O executivo possui experiência nos segmentos de logística, serviços empresariais, internet, e-commerce e viagens. Atuou anteriormente como CFO na Eurofins Scientific e trabalhou por mais de oito anos no Grupo Thomas Cook, onde ocupou os cargos de CFO da divisão On-line, diretor de Relações com Investidores e controller da companhia aérea alemã Condor, subsidiária do grupo. Além disso, ele também atuou como consultor de gestão em várias outras empresas. Waller possui MBA em Administração pela École Supérieure des Sciences Économiques et Commerciales (Essec), na França, e pela Universidade de Mannheim, na Alemanha, além de doutorado em Estratégia pela Universidade de Paderborn, também na Alemanha. A Ceva nomeou ainda Levi Lima de Souza como vice-presidente de Recursos Humanos para a América do Sul. O executivo trabalhará no escritório da empresa em São Paulo, reportando-se à vice-presidente executiva da Ceva para a América do Sul, Nádia Ribeiro. Souza será responsável por comandar a estratégia de recursos humanos da companhia no Brasil, Chile, Colômbia, Argentina e Peru. Ele possui mais de 25 anos de experiência profissional atuando em empresas multinacionais do setor de logística, como DHL e Kuehne + Nagel, inclusive na Argentina e no México. Formado em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco (Feao), Souza atua também como professor da disciplina de Recursos Humanos na Universidade de

Santo Amaro (Unisa) e é autor do livro A Teoria da Relatividade Aplicada à Gestão de Pessoas. (11) 2199-6700 • A Paletrans Equipamentos tem uma nova gerente Comercial. Patrícia Medrado assumiu a posição e passou a ser responsável pelas estratégias comerciais nacionais e internacionais da empresa. Advogada pós-graduada em Direito Empresarial pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a executiva já tem passagem pela área Comercial da Paletrans, de 2011 a 2013, quando foi responsável pela rede de distribuidores no Brasil, desempenhando funções como mapeamento de mercado, avaliação de ações concorrentes para o desenvolvimento de novas estratégias, elaboração de planejamento anual e definição de indicadores. Antes de voltar à empresa, Patrícia atuou na Nacco Materials Handling Group (NMHG) Brasil, onde foi responsável pelos distribuidores dos estados de São Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso. (16) 3951-9999 • A IBL Logística contratou Paulo Falanga para gerenciar as áreas de Administração Comercial e Marketing da empresa. Bacharel em Administração de Empresas, o executivo também possui pós-graduação em Marketing e em Finanças pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e MBA em Gestão Empresarial pela Business School São Paulo (BSP). Falanga traz em sua bagagem a experiência de mais de 36 anos de atuação na multinacional farmacêutica Sanofi, onde encabeçou projetos voltados para o marketing, inteligência de mercado, parcerias comerciais e desempenho da equipe de vendas. O novo gerente

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da IBL também acumula experiência profissional trabalhando como consultor para o segmento de transportes. (11) 2696-2230 • O Depot Salvador, empreendimento da Salvador Logística que funciona há pouco mais de um ano no Polo Petroquímico de Camaçari (BA), está operando sob nova gestão. Luiz Alves, executivo de Logística e Operações Portuárias, assumiu recentemente o local. Atuando na área portuária desde 1985, o novo gestor passou por grandes empresas, como Wilson Sons e Rumo Logística, e desenvolveu funções nas mais diversas etapas de implantação e gestão de terminais de contêineres. O executivo é bacharel em Administração pela Universidade Católica de Brasília (UCB), tecnólogo em Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) e possui pós-graduação em Gestão de Negócios na Fundação Dom Cabral (FDC). (11) 3538-1777 • A Penske Logistics contratou dois novos líderes que irão reforçar estratégias para manter a qualidade operacional, gestão de custo e focar no aumento e na melhoria de sua capacidade de atendimento. Marcio Vieira de Almeida é o novo diretor de Operações da empresa para a América do Sul. O executivo tem mais de 20 anos de experiência em operações de armazenagem e distribuição, gestão de transportes e de inventário, serviços de embalagem e processos logísticos internos. Anteriormente, exerceu o cargo de diretor da área de Ground Transportation na Ceva Logistics e ocupou diversas posições na DHL Supply Chain, sendo seu último cargo o de diretor sênior para o segmento de Consumo. Almeida é especialista


em Logística e Supply Chain Management pela Fundação Getulio Vargas (FGV), possui MBA em Marketing de Serviços pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Já Fábio Rodrigues assume a gerência Comercial para produtos eletrônicos da Penske Logistics Brasil. Antes de se juntar à empresa, Rodrigues atuou como gerente-geral de transportes na DHL Supply Chain, sendo responsável pelas operações de distribuição e logística reversa nas áreas rodoviária, aérea e de cabotagem. O recém-contratado teve ainda passagens por posições gerenciais em empresas como BDP International, LG Electronics e Itautec. Ele tem formação em Comércio Exterior pela Universidade Santa Cecília (Unisanta) e mestrado em Administração de Negócios realizado na Fundação Instituto de Administração (FIA-USP). (11) 3738-8200 • A Localfrio conta com um novo diretor Comercial. Roberto Prudente assume o cargo depois de passar por empresas multinacionais como

Maersk Line, DB Schenker, Bax Global e United World Line. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o executivo possui mais de 20 anos de experiência profissional, atuando diretamente nas mais diversas etapas da cadeia logística, do agenciamento de carga, passando pelo armador e pelo distribuidor, até a atividade de transporte. (11) 3049-6570 • A Mercedes-Benz do Brasil tem um novo gerente sênior de Marketing & Vendas para o segmento de vans. O executivo Werner Schaal assumiu o cargo neste mês de outubro em substituição a Carlos Garcia, que foi promovido a gerente sênior responsável pelo Centro Regional de Vans América Latina, com sede em Buenos Aires, na Argentina. Graduado em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e com MBA Executivo Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Schaal ingressou

na Mercedes-Benz em 1993 como engenheiro trainee. Logo em seguida foi promovido a analista de mercado e, na sequência, a engenheiro de Marketing de Produto. Em 2003, o executivo tornou-se representante de Marketing & Vendas de veículos comerciais leves. Em 2008, assumiu a supervisão da área de Marketing & Vendas de caminhões no Brasil, América Latina e Europa. Três anos depois, em 2011, Schaal foi nomeado gerente de Marketing & Vendas de vans na América Latina e, em 2015, foi promovido a gerente sênior na mesma área. 0800 970-9090

Destacamos que a informação “Novo pátio terá capacidade estática para armazenar 66 mil toneladas de enxofre“ foi publicada erroneamente na notícia “Viracopos passa a inspecionar 100% das exportações“, na página 12 da edição 246 da Revista Tecnologística, pertencendo, na verdade, à notícia “Tiplam dobra capacidade de armazenamento de enxofre“, da página 26 da mesma edição.


ENTREVISTA

Compromisso com o futuro

Divulgação

A norte-americana Lift Technologies (Lift-Tek), fornecedora de equipamentos de front-end para fabricantes de empilhadeiras e outros equipamentos, busca expandir cada vez mais sua atuação no Brasil. Com uma nova fábrica no país, localizada em Indaiatuba (SP), a empresa produz uma linha completa de mastros, deslocadores laterais integrados e posicionadores de garfos para o mercado nacional. Seu CEO, Konrad Ostmeier, fala sobre os novos investimentos feitos em solo brasileiro, os atuais desafios impactando o mercado sul-americano e os planos da empresa no longo prazo

Revista Tecnologística – Você é um alemão, que mora em Manchester, na Inglaterra, e trabalha para uma empresa nos Estados Unidos. Como funciona essa dinâmica? Konrad Ostmeier – Na Lift-Tek, sediada em Westminster, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, nós temos uma equipe de gestão muito distinta. Nosso diretor de Tecnologia da Informação mora em Ontário, no Canadá. O diretor de Marketing mora perto de Toronto, também no Canadá. Um de nossos diretores de Vendas mora no estado norte-americano do Kansas, e outro diretor de Vendas mora em Jacksonville, na Flórida. Geograficamente estamos longe, e acho que esse é o futuro do mercado global. Com o gerenciamento localizado em vários locais, ampliamos nossa visão do que está acontecendo em dife-

rentes mercados. Precisamos ser muito eficientes na maneira de operar e se comunicar com uma equipe de gestão enxuta, muitas vezes trabalhando e viajando em vários fusos. Possuímos uma base de clientes globais, então temos de trabalhar de tal forma que, independentemente da localização, nossos clientes tenham os produtos, suporte e informações efetivamente necessárias para executar seus negócios do dia a dia. Tecnologística – Conte-nos um pouco da sua trajetória e também a história da empresa. Ostmeier – Quando terminei meus estudos de MBA no Reino Unido, comecei minha carreira em gestão em duas empresas britânicas, ambas fabricantes de produtos para saúde. Depois, atuei em uma grande empresa

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industrial até abril de 1995, quando entrei para a Kenhar Corporation, com sede no Canadá, como diretor-geral da Europa. Na época a Kenhar era a maior fabricante de garfos para empilhadeiras, com presença global para atender a uma vasta clientela. Fundamos a Lift-Tek em 1999 com dois grandes clientes, Komatsu e Mitsubishi Caterpillar. Em sete anos atingimos uma receita de vendas superior a US$ 128 milhões e, posteriormente, fomos adquiridos pela empresa Calvi Holding, com sede em Milão, na Itália. O Grupo Calvi é composto por várias empresas especializadas na produção de diferentes tipos de perfis de aço para várias indústrias, como fabricantes de empilhadeiras, equipamentos militares, armas, de geração de energia e movimento linear. Entretanto, quando a Lift-Tek foi adquirida por esse grupo,


Tecnologística – Quando exatamente a Lift-Tek chegou ao Brasil? Ostmeier – Estamos no Brasil desde março de 2014. Quando a crise econômica chegou, em 2008, o mercado global para empilhadores diminuiu em aproximadamente 50%. Em 2009, a crise estava chegando ao fim e o mercado começou a crescer novamente. Nós passamos a procurar oportunidades de expansão e vimos o Brasil como uma oportunidade de investimento. De 2009 a 2013 a quantidade de empilhadeiras no Brasil passou de 8.400 para 24 mil. Então, tomamos a decisão, como muitos de nossos clientes na Europa e na América do Norte, de que o Brasil seria um local para marcarmos presença e investirmos em longo prazo. Nossos clientes nos incentivaram a olhar para o Brasil, pois eles precisam dos mesmos equipamentos de front-end que já oferecemos na Europa e na América do Norte. São empresas como Combilift, UniCarriers, Jungheinrich, Kion e BYD. Nós tivemos um forte sentimento de que o Brasil seria um investimento positivo de longo prazo. Entre 2012 e 2013 começamos a olhar para o mercado brasileiro mais detalhadamente e identificar a melhor forma de investir e fazer crescer a nossa empresa. Participamos da CeMat South America em 2013 e 2015 e

“Viemos para o Brasil para ter certeza de que nossos clientes teriam os mesmos serviços e produtos que oferecemos na América do Norte e na Europa” a reação do público era cada vez mais positiva. Com a decisão de prosseguir com a nova fábrica, também aprendemos muito rapidamente sobre a quantidade de burocracia envolvida neste país, e que o processo para abrir uma fábrica seria lento. Hoje sou um homem muito mais paciente por causa dessa experiência e, com a minha persistência, formalizamos a empresa no início de 2014. Tivemos muitos obstáculos jurídicos durante a fase de start-up da planta, mas conseguimos resolvê-los até o ponto em que estamos hoje, visto que os nossos equipamentos estão instalados, nossos colaboradores foram contratados e treinados e estamos produzindo.

compra de um Centro de Usinagem Vertical CNC e vamos continuar realizando investimentos em outros equipamentos de alta tecnologia em 2017. O que queremos é criar no Brasil não somente uma empresa de alta tecnologia, mas uma réplica do sistema de qualidade de produção comprovada que temos nos Estados Unidos, com produtos de alta qualidade e baseados no sistema just in time. Tecnologística – A Lift-Tek Brasil trabalha com fornecedores locais? Ostmeier – Sim. Entre 2012 e 2015 nós trabalhamos muito para estabelecer a nossa rede de fornecedores no Brasil. Existem alguns componentes que usamos, como os perfis, por exemplo, que só estão disponíveis a partir de um grupo restrito de fornecedores no mundo, mas a maioria dos componentes nós podemos comprar localmente e produzir aqui no Brasil. Tecnologística – Como vocês se destacam e se tornam interessantes para os OEMs (Original Equipment Manufacturers)? Divulgação

eu continuei no comando da empresa. Além das nossas plantas em Westminster, temos também uma fábrica situada em Piacenza, na Itália, para servir ao mercado europeu. Nós temos a capacidade para produzir cerca de 22 mil mastros por ano com 200 funcionários nos Estados Unidos. Atualmente, temos 140 funcionários em Piacenza e podemos produzir aproximadamente 10 mil mastros por ano. Todas as instalações de produção são projetadas para serem ampliadas a fim de atender à demanda de produção conforme necessário.

Tecnologística – Que tipo de equipamentos vocês produzem na planta brasileira? Ostmeier – Essa fábrica em Indaiatuba é uma réplica da planta de Westminster. Utilizamos estações de trabalho individuais que fornecem a flexibilidade necessária para fabricar diversas peças soldadas. Nosso primeiro robô de soldagem está instalado junto com um sistema de tratamento de superfície, um sistema de pintura a pó, uma completa linha de montagem, além de um completo sistema de testes para todos os mastros fabricados. Temos também firmada a Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 31


ENTREVISTA

Radamés Jr.

Nós temos muitos projetos diferentes de mastros aprovados em campo, que os OEMs podem utilizar para completar as suas ofertas de produtos de forma muito oportuna. Uma consideração importante é a velocidade com que oferecemos o atendimento ao mercado com nossa linha de produtos, o que representa uma vantagem comercial aos nossos clientes.

Ostmeier – A indústria da manipulação de materiais está se tornando muito mais flexível no atendimento às necessidades exclusivas do usuário final de forma ambientalmente responsável. Isso significa que ela oferece soluções de manuseio de materiais originais e adaptadas para essas aplicações específicas dos clientes. Como um fornecedor-chave para o mercado OEM, estamos normalmente envolvi-

dos nas fases iniciais do ciclo de desenvolvimento das empilhadeiras, onde podemos trabalhar próximo às equipes de engenharia para desenvolver a melhor solução global de front-end. Isso mantém nossos recursos de engenharia alinhados com os mais recentes desenvolvimentos de empilhadeiras e garante a maximização e a interface de nossos produtos com os equipamentos dos OEMs.

Soluções para a indústria

A

Lift-Tek faz parte da Holding Calvi e atua em projetos e na fabricação de mastros, deslocadores laterais e posicionadores de garfos, juntamente com uma vasta gama de acessórios para empilhadeiras com capacidades de 1 até 48 toneladas. A empresa possui uma fábrica em Piacenza, na Itália, que também produz cilindros para mastros com capacidade até 48 toneladas. A sede da Lift-Tek Estados Unidos está localizada na cidade de Westminster, na

Carolina do Sul, e oferece um linha similar de produtos. A mais recente unidade de produção estabelecida para atender o Brasil e o mercado sul-americano está localizada na cidade de Indaiatuba (SP). A fábrica foi projetada com foco na equipe de engenharia para fornecer soluções otimizadas na fabricação e no fornecimento de seus produtos, que incluem componentes e subconjuntos para atender às necessidades específicas de OEMs e distribuidores na América do Sul.

32 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

Tecnologística – Como está a carteira de clientes da empresa aqui no Brasil? Ostmeier – Nosso primeiro cliente no Brasil foi a Kion. Nosso objetivo é atingir todos os grandes OEMs com fabricação e distribuição no Brasil, visto que muitos já são nossos clientes em outras partes do mundo. Estamos otimistas de que a empresa será bem-sucedida não só no Brasil mas também na Argentina e no Chile, onde existem muitas oportunidades. Esses são os três mercados em que estamos focados na América do Sul. Tecnologística – Como você se sente em relação à instabilidade econômica brasileira? Ostmeier – No curto prazo será um desafio, mas já estamos vendo sinais de melhora e aumento da estabilidade. No entanto, esse é um investimento de longo prazo, então não estamos focados em ganhos rápidos, mas sim investindo para o futuro. É um compromisso de longo prazo para o mercado brasileiro de empilhadeiras. Tecnologística – E quanto à instabilidade política atual? Ostmeier – Existem alguns desafios com o ambiente político no Brasil, entretanto o país tem 210 milhões de habitantes, dos quais 83% têm menos de 54 anos de idade. A taxa anual de pedidos para novas empilhadeiras passou de 8.400 unidades em 2009 para mais de 24.300


em 2013. Embora as condições de mercado tenham declinado mais recentemente devido aos desafios econômicos enfrentados no país, a expectativa é de um mercado de empilhadeiras muito mais favorável, com volumes aproximando-se de 40 mil unidades em longo prazo. Sempre existem oportunidades, mesmo em um mercado reprimido. Mas, como eu disse, é um investimento pensando no futuro este que estamos desenvolvendo no Brasil e na América Latina. Tecnologística – Quais são as principais diferenças entre os mercados brasileiro e norte-americano? Ostmeier – Nós já estamos familiarizados com todos os principais clientes operando no Brasil, pois já somos seus fornecedores em outros mercados. Uma diferença fundamental de operar no Brasil é o período de planejamento e desenvolvimento mais longo do que nos Estados Unidos, que impacta o nosso ciclo de desenvolvimento do produto.

Radamés Jr.

Tecnologística – A Lift-Tek utiliza mão de obra local? Ostmeier – Sim. Nossa equipe é brasileira. É muito importante para

nós, em todos os países em que operamos, trabalhar com profissionais locais para entender o mercado e suas exigências. Especialmente em um ambiente competitivo de fábrica, você precisa de uma gestão que compreenda a cultura e o povo. Além disso, é muito importante ter um entendimento detalhado do sistema fiscal brasileiro, que é muito complicado. Nós utilizamos especialistas locais e assessores com conhecimento e expertise em administração, contabilidade e leis fiscais para garantir que estamos em conformidade com todos os requisitos locais. Como se trata de um investimento de longo prazo, nós quisemos fazer tudo certo desde o primeiro dia. Isso é muito importante. Tecnologística – Existem novas tendências tecnológicas na indústria global que podem ser aplicadas no Brasil? Ostmeier – Existem novas tecnologias que acreditamos que possam ser oferecidas em longo prazo, como o manuseio de material guiado por processos a laser. Temos diversas soluções front-end disponíveis que utilizam tecnologias em uso em outras partes

do mundo e que certamente serão adotadas no Brasil. Tecnologística – Quanto a Lift-Tek investiu para iniciar suas operações no Brasil? Ostmeier – O investimento inicial total foi superior a US$ 2 milhões, que resultou na fábrica com capacidade para produzir até 4.500 mastros por ano e que pode ter sua capacidade ampliada com a adição de um segundo e terceiro turnos conforme o aumento da demanda. Nós temos muito cuidado com nossos investimentos, e já fazemos isso de forma a assegurar que produzimos soluções front-end de alta qualidade usando um sistema de produção flexível e que atenda às necessidades do usuário local. Tecnologística – Existem planos para contar com novas instalações em solo brasileiro? Ostmeier – Não no momento. Estamos à procura de oportunidades de expansão na América do Norte e, com o tempo, vamos procurar novas aquisições por lá. Nós continuaremos a monitorar nossas atividades na Europa, mas para o Brasil o principal objetivo é estabelecer uma empresa estável de médio porte que possa atender ao mercado sul-americano e satisfazer as necessidades completas do cliente. Estamos também desenvolvendo programas específicos, adaptados para os OEMs no Brasil. Conversamos recentemente com um cliente que tem produtos que nós potencialmente podemos produzir. Esses produtos não fazem parte da nossa atividade padrão nos Estados Unidos, mas se é isso que o cliente brasileiro precisa, é o que faremos. Nosso objetivo não é apenas atender pedidos, mas criar uma base sólida e parcerias genuínas de longo prazo com nossos clientes. Lift-Tek: (19) 3935-9058

Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 33


APPA

POLOS LOGÍSTICOS

Nem tudo é o que parece ser É

CNT

Para finalizar a série de matérias especiais intitulada Polos Logísticos, realizamos um raio-X e traçamos um panorama do cenário atual e das perspectivas para a infraestrutura logística da Região Sul do país. Da malha rodoviária deficitária, passando pela vocação marítima e pelos anseios de descentralização das estruturas aeroportuárias, até chegar ao quase esquecido pelo poder público setor ferroviário, ainda há muito que fazer. Sim, existem inúmeros pontos que demandam atenção, mas é claro que há também aquilo que opera de maneira eficaz. Muitas vezes vista como modelo, chegou a hora de avaliar se a imagem da região de fato corresponde à realidade

Rodovias em más condições são apenas um dos problemas da região 34 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

praticamente senso comum que, ao pensarmos nos três estados que compõem a Região Sul do Brasil, nos vem a ideia de desenvolvimento, qualidade de vida e organização. E esse pensamento que permeia boa parte da sociedade brasileira não está de todo errado. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são, sim, localidades que contribuem – e muito – para que as locomotivas da sociedade, da economia e da logística brasileira operem em plena capacidade. Os números não nos deixam mentir, corroborando com esse pensamento coletivo e reforçando a importância da região. Segundo números deste ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná, com uma área de 199.307,985 km², conta com uma população de 11,2 milhões de pessoas, residentes em 399 municípios. De acordo com a Agência Paraná de Desenvolvimento (APD), que atua no fomento das atividades e apoia investidores e empresas interessadas em implantar ou expandir seus negócios na região, o estado atraiu, nos últimos cinco anos, mais de R$ 40 bilhões em investimentos. As exportações em 2015 chegaram a US$ 16,3 bilhões e as importações a US$ 17,3 bilhões. Entre os principais setores industriais, destaque para o automotivo, o alimentício e o de papel e celulose. Santa Catarina não fica atrás e acompanha o desenvolvimento. Com uma área de 95.737,895 km², popula-


Rumo

Multilog

ção de 6,9 milhões de pessoas e 295 cidades, o estado, de acordo com sua Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, conquistou o terceiro lugar no Ranking de Competitividade dos Estados 2016, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), ficando atrás apenas do líder São Paulo e do Paraná. A economia industrial – cerâmica, carvoeira, de vestuário e de descartáveis plásticos no sul; alimentícia e moveleira no oeste; têxtil, de vestuário, naval e de cristal no Vale do Itajaí; metalúrgica, de máquinas e equipamentos, materiais elétricos, autopeças, plástico, confecções e moveleira no norte; madeireira na região serrana; e tecnológica na capital, Florianópolis – é caracterizada pela concentração em diversos polos, o que confere ao estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões. O Rio Grande do Sul, com uma população de 11,2 milhões de pessoas, área de 281.737,947 km² e 497 municípios, fecha a trinca dos estados da Região Sul mantendo a característica dos demais em termos de desenvolvimento. Segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o produto interno bruto (PIB) do Rio Grande do Sul em 2015 foi de R$ 376,4 bilhões, o que representou 6,38% do PIB brasileiro. As exportações totalizaram US$ 17,5 bilhões e as importações, US$ 10 bilhões, números que, de acordo com a FEE, correspondem a 9,17% das exportações totais do Brasil e a 5,84% das importa-

ções. Das exportações do Rio Grande do Sul, 53,2% são de produtos não industrializados. Já 78,4% das importações são de produtos industrializados.

A logística regional Os números descritos acima demonstram a importância do Sul do Brasil para a economia nacional. Mas de que maneira e em quais condições é realizada a movimentação dos produtos que circulam na região? Será que os estados sulistas contam com uma infraestrutura condizente, que atende de maneira eficaz às demandas das indústrias e dos provedores de serviços logísticos? Fomos atrás das respostas. Para ten-

Assim como nas demais regiões, o Sul do Brasil necessita de uma maior atenção do poder público para elevar o nível de sua infraestrutura logística tar esclarecer estas questões e mostrar a quantas anda a logística na Região Sul, publicamos a última matéria da série especial Polos Logísticos (veja ao final deste texto em quais edições foram publicados os outros especiais). Como nas demais regiões, há muitos pontos positivos. Os negativos, porém, se so-

bressaem e, muitas vezes, as soluções, assim como no resto do país, esbarram na tão conhecida burocracia e na morosidade para a tomada de decisões dos órgãos públicos. Mas ao menos existem novidades que vale a pena mencionar. Lançado no último dia 13 de setembro, o Programa de Parcerias para Investimentos (PPI) do governo federal inclui 34 projetos que serão destinados à concessão da iniciativa privada. Segundo o secretário-executivo do PPI, Moreira Franco, o objetivo é melhorar a prestação dos serviços e alavancar os investimentos. Entre os projetos logísticos contemplados, o destaque na Região Sul fica para a destinação a empresas privadas dos aeroportos de Porto Alegre e Florianópolis, além das rodovias federais 101, 116, 290 e 386, malhas localizadas no Rio Grande do Sul. Vale lembrar que esses projetos já constavam no Programa de Investimentos em Logística (PIL), cuja primeira fase foi lançada em 2012. Com o PPI, o novo governo promete acelerar os processos. Sob responsabilidade do Ministério do Planejamento, a nova etapa do PIL foi lançada em junho deste ano.

Pontos de destaque Enquanto o poder público apresenta mais um de seus programas e lança a nova fase de outro – ainda que nem a primeira esteja concluída –, representantes setoriais e a iniciativa privada debatem os rumos da logística no Sul do país e apontam as principais demandas. O diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte

Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 35


POLOS LOGÍSTICOS

Divulgação

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(CNT), Bruno Batista, templar duplicações e Tráfego de Embarcações”, indica. por exemplo, salienta ampliações e estabelecer O governador de Santa Catarina, que a malha da região a cobrança justa dos pe- Raimundo Colombo, defende o poder tem uma importância dágios. Trata-se de uma público, anuncia melhorias, mas não estratégica para o país, saída rápida e eficaz para detalha os projetos nem divulga núuma vez que faz a coagilizar e dar mais qua- meros. “Estamos melhorando acessos nexão com o Mercosul, lidade ao transporte”, e ampliando as áreas dos portos para destino de comércio afirma o executivo. podermos receber navios ainda maioexterior mais próximo A questão portuá- res, promovendo cada vez mais nossa ao Brasil. ria também permeia competitividade no cenário internaEle lamenta, contuas discussões. O presi- cional”, resume. do, as más condições dente do Porto Itapoá, Apesar dos problemas, os portos da das rodovias locais, Patrício Junior, lembra região são lembrados de maneira poBatista: rodovias da região são que continua a enfren- sitiva pelo diretor executivo da Multicomo aquelas instalaimportantes para o comércio das no Rio Grande do tar em Santa Catarina, log, Djalma Vilela. “Os três estados da internacional com o Mercosul Sul, resultado da deficomo em todos os esta- região são muito bem atendidos, tracitária gestão pública. “Alguns trechos dos, problemas relacionados aos aces- balham de maneira eficaz, e nós, para estavam sob concessão da iniciativa sos aos portos, sobretudo quanto aos a importação, utilizamos muito o moprivada e voltaram para as mãos do po- canais de navegação, que precisam ser dal marítimo”, frisa. Outro destaque, der público. Mas sabemos que o estado regularmente dragados a fim de que define o executivo, são os portos secos e a União têm dificuldade em investir os terminais possam operar com ple- instalados nas regiões de fronteira com para manter as rodovias num nível na capacidade, recebendo navios mais os países do Mercosul. “São estruturas melhor de qualidade”, diz. Na opinião modernos de maior porte. “A questão com operação eficaz e que contribuem de Batista, é preciso haver um melhor das dragagens dos canais de acesso para o comércio exterior brasileiro. Isso equacionamento da alocação dos re- deve merecer total atenção de nossos porque 65% de toda a carga que trancursos para a solução dos problemas, governantes”, pontua. Além disso, ele sita em áreas de fronteira no Brasil são pois se isso não acontecer a tendência destaca que é fundamental reduzir a movimentados por unidades instaladas é que, gradualmente, a situação da ma- burocracia e simplificar procedimen- na Região Sul do país”. lha piore e os gargalos sejam amplia- tos para atrair cada vez Mas Vilela também dos, resultando no aumento do custo mais investimentos. vê pontos que mereoperacional, cenário desfavorável para O gerente de Procucem atenção e que preo transporte rodoviário de cargas. “É rement South America cisam ser desenvolvifundamental priorizar algumas ações East Coast da Aliança dos quanto à logística e pontuar os investimentos, como de- Navegação e Logística, da Região Sul. Para ele, finir corredores estratégicos para esco- Fábio Grandchamp, a questão dos aeroporar a produção, realizar a manutenção segue a linha do presitos deve ser mais bem em detrimento da expansão da malha dente do Porto Itapoá, debatida. “Fora Curitie buscar uma atuação conjunta com citando como princiba, não há outro termia iniciativa privada, seja por meio de pais gargalos os servinal com infraestrutura concessões ou de contratos de parceria ços de dragagem atrasapreparada para receber público-privada (PPP). Os esforços do dos e insuficientes, que grandes aeronaves carRoman: concessões são o poder público têm que ser contunden- tornam os canais estreigueiras. A malha aérea, melhor caminho para tes neste momento”, ressalta. tos e limitam o calado. insuficiente, é outro aprimorar a malha viária Já o presidente da Coopercarga, O executivo também gargalo”, salienta. Com Osni Roman, define a concessão como considera que os terminais não têm relação às rodovias, o diretor executio melhor caminho para solucionar os seus acessos devidamente sinalizados. vo considera que a BR-101, que atraproblemas devido à má qualidade da “Os portos brasileiros ainda não con- vessa todo o Sul do país, já está satumalha viária no Sul. “A privatização das tam com Vessel Traffic Management rada do ponto de vista de pistas de rodovias é essencial para o escoamento Information System (VTMS), também rolagem. Quanto à malha ferroviária, das cargas. E as propostas devem con- conhecido como Sistema de Gestão de Vilela julga ineficiente. 36 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016



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No mês de outubro, a Multilog alizados pela Valec e sa uma condição regular anunciou a aquisição de 100% do ca- pelo de tráfego. Vale lembrar Departamento pital social da Elog Logística Sul. Com Nacional de Infraesque é a sexta vez, nas úlisso, a companhia assumiu as ope- trutura de Transportes timas dez pesquisas, que rações e agregou à sua estrutura os (DNIT)”, conta. o trecho figura como funcionários da Elog nos estados do um dos piores. O outro Schurhoff, por utiParaná e do Rio Grande do Sul. Com lizar diferentes modais entre os piores – na sexo investimento de R$ 115 milhões, a em suas operações, faz ta posição e classificado empresa catarinense ampliou sua es- uma análise ampla. Ele como ruim – liga os municípios de São Vicente trutura de cinco para 15 sites, totali- avalia a malha rodoviádo Sul (RS) e Santana do zando mais de 1 milhão de m² de área ria como regular e a inLivramento (RS). alfandegada, e duplicou o quadro de fraestrutura portuária e No Paraná, a pesfuncionários, chegando a 850 profis- os serviços aeroportuáGrandchamp: serviços de sionais. As unidades adquiridas estão rios como bons, apesar quisa da CNT percorreu dragagem estão atrasados e localizadas nas cidades de Itajaí, Ara- da baixa qualidade do 5.996 km. Da extensão são insuficientes quari e Joinville (SC), Curitiba, Marin- serviço público. “No avaliada, 52,3% (3.136 gá e Foz do Iguaçu (PR), Santana do Li- geral, a racionalização dos modais e km) apresentam algum tipo de defivramento, Uruguaiana e Jaguarão (RS) a melhoria das interconexões trariam ciência, sendo o estado geral classifie compreendem Centros Logísticos e ganhos à sociedade como um todo. cado como regular, ruim ou péssimo. Industriais Aduaneiros (Clias), centros Mas ainda temos obras importantes Somente 47,7% (2.860 km) tiveram de distribuição e portos secos. sendo concluídas e projetos em an- classificação ótima ou boa. Do total Entre 2011 e 2015, a Multilog já damento. Há lentidão nas melhorias da malha, 3.092 km são de rodovias havia investido R$ 110 e falta de planejamento federais e 2.094 de estaduais. Quanto milhões na ampliação para macroprojetos de à gestão, 3.261 km estão sob responde sua infraestrututransporte e projetos es- sabilidade pública e 2.735 km a cargo ra. Os recursos foram de concessionários. truturantes”, reclama. aplicados na unidade Estima-se que são necessários R$ O que já foi bom, de Joinville, que con3,01 bilhões de investimentos para hoje é deficitário templa um Clia com 8 a reconstrução, restauração e manumil m² localizado no tenção dos trechos de rodovias daPrincipal matriz de nificados. Em relação ao pavimento, Condomínio Empretransporte da região – são consideradas as condições da susarial Perini Business assim como em todo perfície da pista principal e do acosPark, no novo centro o território nacional –, tamento, e o estudo classificou como de distribuição de Itaapesar de a CNT não regulares, ruins ou péssimos 40,6% jaí, que dispõe de 26 Junior: é preciso reduzir a ter o número consolida- da extensão avaliada no estado, enmil m², e na ampliaburocracia para atrair cada vez do da representação do quanto 59,4% foram considerados ção do Polo de Saúde, mais investimentos modal rodoviário nos ótimos ou bons. Da extensão pesquino mesmo município. Os operadores ferroviários, que ne- três estados, é principalmente nesse sada, 42,1% apresentam a superfície cessariamente devem utilizar a mul- ponto que o já citado senso comum de do pavimento desgastada. Assim, o timodalidade para garantir a eficácia que tudo funciona de maneira eficaz acréscimo do custo operacional devide suas movimentações, também têm no Sul do país cai por terra. Pelo me- do às condições do pavimento chega suas reclamações. O gerente de Assun- nos é o que aponta a pesquisa CNT de a 22,1% no transporte rodoviário. tos Corporativos da Ferrovia Tereza 2015, que avaliou 100 mil km de rodoA Secretaria de Infraestrutura e Cristina (FTC) – que opera em Santa vias pavimentadas. Na Região Sul fo- Logística (Seil) do Paraná, em conCatarina –, Celso Schurhoff, diz que ram 17.829 km analisados, e nenhum trapartida, informa que o estado tem há a necessidade de modernizar a ma- trecho ficou entre os dez melhores do um dos maiores programas de conlha, criar um sistema ferroviário para país, mas dois ficaram entre os dez pio- servação e manutenção de rodovias o estado e integrar a malha da FTC à res. O terceiro pior do país, Barracão do país. De acordo com o órgão, ennacional. “Existem estudos sendo re- (PR)-Cascavel (PR), possui pela pesqui- tre 2013 e 2015 foram aplicados R$ 38 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016


974 milhões em conservação. Apenas neste ano, foram R$ 190 milhões. A secretaria divulga, ainda, que até o fim de 2016 acontecerá a licitação de um novo programa de manutenção e conservação de rodovias estaduais, orçado em R$ 1,2 bilhão. O governo de Santa Catarina também afirma que investe fortemente em melhorias e na ampliação da malha rodoviária. O governador Raimundo Colombo cita, por exemplo, o programa denominado Pacto. Lançada em 2012, a iniciativa, segundo ele, já destinou R$ 288 milhões para revitalizações e pavimentações em obras concluídas. Ainda de acordo com o gestor público, mais R$ 1,6 bilhão está sendo investido em obras em andamento para revitalizações e pavimentações de estradas a serem entregues nos próximos anos. “São investimentos que, além de melhorar nossa logística e promover a competitividade do estado, reforçam a segurança nas estradas catarinenses”, destaca. Não é o que mostra a pesquisa da CNT. Em solo catarinense, foram 3.165 km percorridos, com 61,6%

Multilog

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(1.948 km) da extenções do pavimento, em são avaliada apresenSanta Catarina ele chega tando algum tipo de a 28,6%. deficiência, sendo o O Rio Grande do estado geral classificaSul segue esta triste e do como regular, ruim preocupante tendênou péssimo. Somente cia de degradação da 38,4% (1.217 km) timalha. A pesquisa da veram classificação ótiCNT percorreu 8.668 ma ou boa. Do total da km em território gaúmalha, 2.345 km são cho. Da extensão avade rodovias federais e liada no Rio Grande do 820 km de estaduais. Sul, 73,6% (6.385 km) Vilela: malha aérea da Região Quanto à gestão, 2.617 apresentam algum tipo Sul é insuficiente km estão sob responde deficiência, sendo o sabilidade pública e 548 km a cargo estado geral classificado como regude concessionários. lar, ruim ou péssimo. Somente 26,4% Em Santa Catarina, estima-se que (2.283 km) tiveram classificação ótiseja necessário R$ 1,99 bilhão de investi- ma ou boa. As rodovias federais commentos para a reconstrução, restauração preendem 5.751 km, e as estaduais, e manutenção dos trechos de rodovias 2.917 km. Quanto à gestão, 6.993 km danificadas. Em relação ao pavimento, o estão sob responsabilidade pública e estudo classificou como regulares, ruins 1.675 km a cargo de concessionários. ou péssimos 48,2% da extensão avaliada No estado, são necessários R$ 6,24 no estado, enquanto 51,8% foram con- bilhões em investimentos para a residerados ótimos ou bons. Da extensão construção, restauração e manutenção pesquisada, 42,3% apresentam a super- dos trechos de rodovias danificadas. fície do pavimento desgastada. Quanto Em relação ao pavimento, o estudo ao acréscimo do custo operacional no classificou como regulares, ruins ou transporte rodoviário devido às condi- péssimos 59,8% da extensão avaliada, enquanto 40,2% foram considerados ótimos ou bons. Da extensão pesquisada, 40,3% possuem a superfície do pavimento desgastada. O Rio Grande do Sul apresenta o maior acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento, chegando a 33,6% no transporte rodoviário. O secretário de Transportes, Pedro Westphalen, afirma que o governo age para melhorar o cenário. Segundo ele, o programa de restauração prevê a recuperação completa de estradas pavimentadas em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Financiado pelo Banco Mundial e executado pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), uma autarquia do governo do estado, o plano inclui os Porto seco da Multilog em Foz do Iguaçu: empresa investiu R$ 115 milhões na ampliação serviços de renovação do asfalto, dos de sua estrutura na região Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 39


POLOS LOGÍSTICOS

Vocação marítima, mas não hidroviária Se as estradas da região apresentam inúmeras deficiências, mesmo sendo a base do seu principal modal logístico, o setor aquaviário ganha cada vez mais destaque, apesar de algumas distorções, tropeçando principalmente na pouca utilização dos rios para a movimentação de cargas. O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, diz que na Região Sul historicamente o resultado é negativo em relação ao uso das vias interiores navegáveis. Números mais recentes

Ferrovia Tereza Cristina

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dispositivos de drenadivulgados pela Antaq gem e da sinalização comprovam o que diz de trechos rodoviários. o executivo. Publicado O programa está diem agosto de 2015 e revidido em 15 lotes de ferente ao ano de 2014, rodovias beneficiadas um estudo apontou com uma extensão toque o volume de carga tal de 700 km. transportado pela naJá o Contrato de vegação interior foi de 27,7 milhões de tonelaRestauração e Manudas. Em termos de protenção de Rodovias dutividade, o transporte (Crema) prevê obras de gerou 17 bilhões de torecuperação completa, Schurhoff: o sistema ferroviário neladas por quilômetro drenagem, sinalização precisa ser modernizado e útil (TKU). e serviços de manuintegrado à malha nacional Na Hidrovia do Sul, tenção de trechos pavimentados feitos pelo Daer. A du- no Rio Grande do Sul, rotas oriundas ração do programa é de cinco anos de Canoas, Triunfo, Porto Alegre e Ese a execução dos trabalhos passa por trela com destino a Rio Grande transuma avaliação constante de acordo portaram 4,1 milhões de toneladas. com indicadores de desempenho es- Entre os produtos movimentados estabelecidos no contrato. Atualmente tão combustíveis, óleos minerais, soja, estão em andamento o Crema Serra, trigo, gesso e cal. Já a Hidrovia Paranácom extensão de 195,68 km, e o Cre- -Tietê, utilizada para o transporte de ma Erechim, com extensão total de milho do Paraguai para Santa Helena 170,73 km. Ainda estão em proces- (PR), operou durante todo o ano de so de licitação o Crema Passo Fun- 2014 330 mil t. do, com extensão de 548,33 km, e o Se a utilização da hidrovia ainda Crema Santa Maria, com 251,26 km. engatinha na Região Sul, o transporte Existem mais dois Cremas em licitação para contratação de projeto: Bento Gonçalves e Esteio-Osório.

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marítimo corre em direção ao desenvolvimento. Trata-se de uma região com clara vocação portuária. Vale lembrar que, dos 7.367 km de faixa litorânea existentes no Brasil, cerca de 1.250 km estão na Região Sul, que conta com uma estrutura portuária robusta. Tokarski diz que, com relação aos terminais fora de portos organizados, ou seja, terminais privados, são, hoje, 33, com uma instalação privada de turismo, localizada em Porto Belo (SC), e uma estação de transbordo de carga (ETC), situada em Porto Alegre (RS), para o transbordo de granéis sólidos. As demais 31 instalações são terminais de uso privativo (TUPs), que movimentam cargas variadas, desde granéis líquidos e sólidos até cargas conteinerizadas. Dos 31 TUPs, 16 ficam no Rio Grande do Sul, 10 em Santa Catarina e 5 no Paraná. O diretor-geral da Antaq conta que há mais nove pedidos de outorga de autorização para construção e operação de terminais portuários tramitando na agência, em vários níveis, que, se efetivados pelo poder concedente – a Secretaria Especial de Portos


Importância regional e hub nacional Não há como falar do segmento portuário no Sul do país sem citar os portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná. Sob gestão estadual, trata-se de um dos poucos casos em que a mão pública não barra o desenvolvimento. Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em cinco anos foram aplicados R$ 511,9

milhões para melhorar lhão de toneladas, ou a infraestrutura e a locapacidade de armazegística, com o objetivo namento de 27 mil cade devolver a competiminhões. Na importatividade. Outros invesção, o complexo possui timentos, que juntos capacidade para 3 michegam a cerca de R$ lhões de toneladas. 423 milhões, estão senAntonina conta com do licitados para os próo Terminal Barão de ximos anos, totalizando Teffé, que tem uma área R$ 934,9 milhões para a de 273.187 m², com 60 modernização dos porm de cais e um berço de tos do Paraná. atracação. Já o Terminal Tokarski: vias interiores Somando-se a isso, Ponta do Félix dispõe de navegáveis ainda são o governo também acauma área de 263.824 m² subutilizadas ba de autorizar R$ 183 e dois berços de atracação milhões para a modernização dos ber- em 360 m de cais. Entre as vantagens do ços 201 e 202 e a ampliação em 100 Porto de Antonina estão a viabilidade metros do cais do berço 201. Essa é a de operações portuárias customizadas, primeira obra pública de ampliação do constituir uma alternativa a Paranacais de atracação do Porto de Parana- guá, permitir a atracação de navios de guá nos últimos 30 anos e será reali- cabotagem, a operação com barcaças, zada integralmente com recursos pró- serviços de suprimentos marítimos, insprios da Appa. talação de estaleiros navais, de indústria As melhorias não param e são di- metal-mecânica e suporte operacional versos os projetos estruturantes em para logística e armazenagem. andamento, como de engenharia para A iniciativa privada faz a sua parte a construção do Corredor de Exportação de Grãos do Porto de Paranaguá, Portos com investimentos de a ampliação do pátio de triagem, a concessão de novos arrendamentos de companhias do mercado privado áreas e instalações em Paranaguá, em também fazem sua parte na logísticonsonância com as diretrizes do Pla- ca da Região Sul. É o caso do Porto no de Desenvolvimento e Zoneamen- Itapoá, que tem como acionistas a to (PDZ), a recuperação da pavimenta- Portinvest (formada pelo Grupo Bação em concreto das vias urbanas em tistella e pela Logz Logística Brasil) e uma área de 365.890 m² em oito vias a Aliança Navegação e Logística. Patrício Junior, presidente do pordo município e a reforma para elevar a altura e substituir a cobertura principal to, conta que houve um significativo aumento da capacidade de movimenda moega rodoferroviária. Atualmente, Paranaguá possui tação de carga na infraestrutura poruma área total de 2,3 milhões de m², tuária de Santa Catarina nos últimos 4.232 m de extensão de cais e píeres cinco anos, acompanhando o aumene sua movimentação geral de cargas to da demanda. Itapoá, localizado na em 2015 foi de 45 milhões de tone- Baía da Babitonga, no litoral norte caladas. O porto conta com 20 berços tarinense, foi concebido em 2010 e de de atracação, um dolphin para navios lá para cá já contribuiu com 2 milhões roll-on rool-off e dez shiploaders. O de TEUs movimentados. O executivo complexo para granéis de exportação lembra que o aumento da capacidade tem capacidade estática para 1,55 mi- veio acompanhado de uma melhora Divulgação

(SEP) –, totalizarão cerca de R$ 23 bilhões em investimentos no setor. Com relação aos portos públicos, são 23 terminais nos portos de Antonina (PR), Paranaguá (PR), Imbituba (SC), Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC) e Rio Grande (RS) ativos, com contratos renovados ou em processo de renovação. De acordo com Tokarski, percebe-se que no Sul as cargas nos portos têm um valor agregado maior que nas demais regiões brasileiras, exceção feita a Santos. “Vejo a demanda sempre crescente, principalmente devido ao crescimento das cargas na região, além de que, com o aumento constante da conteinerização, os portos do Sul, que estão estruturados para esse tipo de carga, deverão ter um crescimento constante”, aposta. O poder público está de olho nesse mercado aquecido e incluiu no PIL, em 2015, um chamamento público para a apresentação de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental a fim de subsidiar o arrendamento por 25 anos de terminal localizado no Porto de São Francisco do Sul para a movimentação de carga geral e granel vegetal. No projeto, está prevista a construção de um berço de múltiplo uso e uma retroárea de aproximadamente 50 mil m², dos quais 35 mil m² são referentes à área atualmente alagada. O investimento estimado é de R$ 200 milhões e o projeto se encontra em processo de estudos e análises da viabilidade.

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POLOS LOGÍSTICOS

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remoções. A evolução terminal, que passará a ocorreu tanto no segter capacidade para momento de longo curso, vimentar 2 milhões de em que houve um auTEUs por ano, contra mento de 18,6%, quanos atuais 500 mil TEUs. to no de cabotagem, em “Estamos dependendo que o acréscimo foi de exclusivamente do li38%. Apenas nas opecenciamento ambiental rações de transbordo final, o que deve ocorhouve pequeno recuo, rer ainda em 2016”, de 7,3%, sem afetar, acredita. Atualmente, o contudo, a performanterminal conta com um ce geral positiva. cais de 630 m, calado Nunes: aeroportos de Joinville Mas os números de 16 m e pátio de 156 e Navegantes ganharão novos não deixam o executimil m². Com a ampliacomplexos logísticos vo acomodado. “O que ção, que prevê investié certo é que a infraestrutura portuária, mentos de R$ 1 bilhão, em duas fases, não apenas em Santa Catarina, mas em o cais passará a ter 1.200 m e o pátio, todo o Brasil, precisa de novos aportes 450 mil m². de investimentos porque a demanda Porta para o Cone Sul tende a continuar crescendo dado o potencial da economia brasileira. EnEnquanto Itapoá está situado no tão é sempre preciso ter em vista um planejamento estratégico para o país, meio da Região Sul, posição estratégica para a distribuição regional das cargas, que vise o longo prazo”, relata. No caso particular de Itapoá, com o Porto do Rio Grande se torna cada pouco mais de cinco anos de opera- vez mais um concentrador de cargas ção, Junior anuncia que já está tudo do Cone Sul, em virtude da sua localipronto para dar início à ampliação do zação, bem como do seu crescente desempenho e dos resultados obtidos a partir dos grandes investimentos feitos na zona portuária. Com grande capacidade, o complexo está apto a ser um dos principais portos do Mercosul. Rio Grande se interliga a todas as regiões do estado do Rio Grande do Sul, pela malha rodoferroviária e pelo sistema navegável das lagoas dos Patos e Mirim, com seus rios tributários (com menor bacia hidrográfica). Por meio das cidades fronteiriças de Chuí-Chuy, Jaguarão-Rio Branco, Santana do Livramento-Rivera, o sistema rodoviário do estado se interliga com o do país vizinho Uruguai, além da ligação ferroviária Santana do Livramento-Rivera. Com a Argentina, a ligação do modal rodoviário se faz por Uruguaiana-Paso de los Libres e São Borja-Santo Infraero

de eficiência, já que houve uma expansão da infraestrutura em Itapoá, com a aquisição de equipamentos mais modernos – dois portêineres e seis RTGs – e a adoção de procedimentos alinhados com ganhos em eficiência, como a implantação de pesagem das cargas no próprio levante do RTG. O exemplo de Itapoá nesse sentido é significativo. “Obtivemos o maior crescimento entre os terminais brasileiros de grande porte de 2014 para 2015, de acordo com levantamento feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)”, divulga. Com 7,7% de avanço na movimentação de carga no período, Itapoá superou todos os principais terminais de contêineres (acima de 100 mil TEUs/ano) do país, movimentando em 2015 um total de 501.523 TEUs, contra os 465.665 TEUs do ano anterior. A receita operacional totalizou R$ 20,4 milhões, superando em 43,13% o lucro de 2014. As movimentações contabilizadas no terminal incluem operações de longo curso (de importação e exportação), transbordo, cabotagem, movimentação de contêineres vazios e

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Tomé, e do modal ferroviário também por Uruguaiana-Paso de los Libres. Quanto aos demais estados do Brasil, o porto está interligado a Santa Catarina pelas BRs-116, 101 e 153 e pelas ligações ferroviárias de Marcelino Ramos e Vacaria. Todas as rodovias que chegam ao Porto do Rio Grande têm pavimentação asfáltica e boa conservação. Os ramais ferroviários possuem todos bitola métrica. Hoje, o Porto do Rio Grande se concentra em dois grandes investimentos, que são a obra de modernização do cais público e a construção de um píer multiúso. A obra de atualização consiste na modernização de 1.125 m do cais público ao custo de R$ 97 milhões. Esse recurso é proveniente da SEP. Iniciada em 2014, a nova estrutura irá permitir

a utilização dos mais modernos equipamentos para operação portuária, dando celeridade aos processos de embarque e desembarque. Depois de concluída a obra, o Porto Novo (cais público do complexo portuário de Rio Grande) terá quase que sua totalidade de área operacional modernizada, o que significa aumento de produtividade e também maior proteção ambiental. Já o outro investimento é a construção de um píer multiúso, conforme o Plano Diretor do Porto, e consiste em uma ponte de acesso, plataforma de operação e quatro dolphins de amarração. Será uma área de 447 m² sobre terra e mais 3 mil m² sobre o canal. A estimativa é que devem ser gerados 138 empregos diretos e 600 indiretos durante o processo. O custo

total do empreendimento será de R$ 67 milhões. O píer terá preferência de atracação para embarcações de gás natural liquefeito.

Infraestruturas pontuais Se a vocação marítima é destacada, do modal aéreo não se pode dizer o mesmo. Isso porque, entre os diversos pontos de atenção citados, a falta de uma malha integrada e de estruturas concentradas nas capitais e nos municípios localizados próximos aos portos é sempre mencionada. Não podemos dizer, porém, que a região é carente e não possui uma estrutura física sólida. O superintendente de Negócios em Logística de Carga da Infraero, Francisco Xavier da Silva Nunes, divulga


POLOS LOGÍSTICOS

que a empresa conta, na Região Sul, com sete terminais de logística de carga (tecas), localizados nos aeroportos de Curitiba, com 16.853 m², câmara fria de 167,90 m³ e 106 m² para cargas vivas; Porto Alegre, com 8.408 m² e câmara fria de 1.482 m³; Florianópo-

lis, com 3.140 m² e câmara fria de 220 m³; Navegantes (SC), com 1.060 m² e câmara fria de 96,63 m³; Foz do Iguaçu (PR), com 989,32 m² e câmara fria de 28 m³; Londrina (PR), com 920,65 m² e câmara fria de 111,35 m³; e Joinville (SC), com 854,23 m².

PRÓXIMOS LEILÕES RODOVIÁRIOS PREVISTOS BRs-101, 116, 290 e 386: total de 581 km Concessão da infraestrutura com ampliação da capacidade, recuperação, operação, manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias nas malhas instaladas no Rio Grande do Sul. Prazo de concessão de 30 ĂŶŽƐ Ğ ŝŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ĞƐƟŵĂĚŽ Ğŵ ZΨ ϯ͕Ϯ ďŝůŚƁĞƐ͘

BR-101: 220 km Ampliação da capacidade e melhoria na segurança da via na divisa entre ^ĂŶƚĂ ĂƚĂƌŝŶĂ Ğ ZŝŽ 'ƌĂŶĚĞ ĚŽ ^Ƶů͘ /ŶŝĐŝĂƟǀĂƐ ŽƌĕĂĚĂƐ Ğŵ ZΨ ϭ͕ϭ ďŝůŚĆŽ͕ ĐŽŵ prazo de 30 anos de concessão.

BR-280: 307 km Implementação de melhorias na divisa entre os estados de Santa Catarina Ğ WĂƌĂŶĄ͕ ĐŽŵ ƉƌĂnjŽ ĚĞ ĐŽŶĐĞƐƐĆŽ ĚĞ ϯϬ ĂŶŽƐ Ğ ŝŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ĞƐƟŵĂĚŽ Ğŵ ZΨ Ϯ͕ϭ ďŝůŚƁĞƐ͘

BRs-282 e 470: 455 km Recuperação e ampliação da capacidade de Navegantes (SC) até a divisa com o ZŝŽ 'ƌĂŶĚĞ ĚŽ ^Ƶů Ğ ZͲϮϴϮ ĞŶƚƌĞ Ž ĞŶƚƌŽŶĐĂŵĞŶƚŽ ĐŽŵ Ă ZͲϰϳϬ Ğ Ž ĞŶƚƌŽŶĐĂŵĞŶƚŽ ĐŽŵ Ă ZͲϭϱϯ͘ KďƌĂƐ ŽƌĕĂĚĂƐ Ğŵ ZΨ ϯ͕Ϯ ďŝůŚƁĞƐ Ğ ĐŽŶĐĞƐƐĆŽ pelos próximos 30 anos.

BR-282: 310,33 km KďƌĂƐ ŶŽ ƚƌĞĐŚŽ ĞŶƚƌĞ Ž ĞŶƚƌŽŶĐĂŵĞŶƚŽ ĐŽŵ Ă ZͲϭϬϭ͕ Ğŵ WĂůŚŽĕĂ ;^ Ϳ͕ Ğ Ž ĞŶƚƌŽŶĐĂŵĞŶƚŽ ĐŽŵ Ă ZͲϰϳϬ͘ ŽŶĐĞƐƐĆŽ ƉŽƌ ϯϬ ĂŶŽƐ Ğ ŝŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ĚĞ ZΨ ϭ͕ϰ ďŝůŚĆŽ͘

BRs-282 e 163: 203,6 km Melhorias na malha catarinense e no trecho de divisa com o Paraná nos ĞŶƚƌŽŶĐĂŵĞŶƚŽƐ ĐŽŵ ĂƐ ZƐͲϯϴϲ͕ ϰϴϬ Ğ ϭϱϲ͘ /ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ƉƌĞǀŝƐƚŽ ĚĞ ZΨ Ϯ͕ϱ ďŝůŚƁĞƐ Ğ ĐŽŶĐĞƐƐĆŽ ĚĞ ϯϬ ĂŶŽƐ͘

BRs-476 (PR), 153 (PR e SC), 282 (SC) e 480 (SC): 399,8 km ^Ğŵ ŝŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ƉƌĞǀŝƐƚŽ͕ ũĄ ƋƵĞ ĂŝŶĚĂ ŚĄ ŶĞĐĞƐƐŝĚĂĚĞ ĚĞ ůŝĐĞŶĕĂ ƉƌĠǀŝĂ Ğ ůŝĐĞŶĕĂ ĚĞ ŝŶƐƚĂůĂĕĆŽ͕ ŵĂƐ ĐŽŵ ƉƌĂnjŽ ĚĞ ĐŽŶĐĞƐƐĆŽ ĞƐƟƉƵůĂĚŽ ƉĂƌĂ ϯϬ ĂŶŽƐ͕ Ž ƉƌŽũĞƚŽ ĐŽŵƉƌĞĞŶĚĞ Ă ĂŵƉůŝĂĕĆŽ ĚĂ ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞ͕ ƌĞĐƵƉĞƌĂĕĆŽ͕ ŽƉĞƌĂĕĆŽ͕ manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias. Fonte: Ministério do Planejamento 44 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

Nunes informa que todos os tecas da região movimentam cargas de importação. Destes, explica, Curitiba, Joinville, Londrina e Porto Alegre trabalham também com cargas de exportação. Dentre as principais estão partes e peças de produtos de informática, partes e peças automotivas, medicamentos e insumos hospitalares e itens do setor têxtil. Já na área de importação, os principais destaques são eletroeletrônicos, insumos e artigos em couro e insumos para medicamentos. De acordo com o superintendente, o maior investimento da Infraero nos últimos anos para os terminais de carga da região foram a reforma e a ampliação do Teca de Curitiba, concluídas em 2013, aumentando de 12 mil para 17 mil m² a área construída do complexo. Atualmente, estão em andamento os trâmites para os projetos de concessão para implantação de novos complexos logísticos nos aeroportos de Joinville e Navegantes, contemplando área de entreposto e industrialização sob regime de entreposto industrial, com complexo logístico doméstico e internacional. A área prevista para Joinville é de aproximadamente 100 mil m², e para Navegantes é de cerca de 240 mil m². O lançamento do edital para ambos os processos deve ocorrer no primeiro semestre de 2017. Além disso, estavam previstos no PIL e foram incluídos agora no PPI, na fase de análise de proposta de concessão, os aeroportos de Florianópolis (30 anos) e Porto Alegre (25 anos). O terminal da capital catarinense, que movimenta por ano cerca de 9.212 t, demanda investimentos de R$ 1,1 bilhão. Já no de Porto Alegre, responsável pela operação de 29.227 t anuais, os investimentos previstos estão na casa de R$ 1,7 bilhão.


Para sanar uma das principais reclamações de quem utiliza o modal aéreo – a falta de conexão com cidades menores e distantes da costa –, o poder público e a iniciativa privada começam a estruturar ações. Já há o que comemorar. Em Uruguaiana, por exemplo, a Azul voltou a operar voos diários ligando a região da fronteira oeste com a capital do Rio Grande do Sul. Já a Secretaria de Transportes, por meio do Departamento Aeroportuário, anunciou a implantação do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional do Rio Grande do Sul (PDAR-RS), com a diminuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) como um incentivo para empresas que operam linhas regionais. Além disso, garante a conclusão e a reabertura da pista do Aeroporto de Santo Ângelo, o licenciamento ambiental para ampliação do Aeroporto de Passo Fundo e o início das negociações para a binacionalização do Aeroporto de Rivera. No Paraná, as melhorias e o estímulo à aviação regional ficam sob a gestão da iniciativa privada. Djalma Vilela, diretor executivo da Multilog, informa que a empresa, responsável pelo gerenciamento do teca do Aeroporto de Maringá, já prepara um plano de investimentos. “A estrutura está em fase pré-operacional, ainda não recebe cargas internacionais, apenas nacionais. Mas estamos desenvolvendo um voo, que será iniciado no final do mês de novembro, entre Miami e Maringá, que a princípio será mensal e movimentará 40 t de produtos de saúde e itens de alta tecnologia”, revela. A meta do executivo é desenvolver os negócios para torná-lo semanal. Ainda não há um prazo estabelecido, porém, para o início das operações semanais. A iniciativa da Multilog acompanha o planejamento estratégico definido para o Aeroporto de Maringá,

Porto do Rio Grande

Malha aérea regional

de economia mista, e que pertence ao município. O terminal conta com uma pista de 2.150 m, com capacidade para receber aeronaves com até 42 t de carga. No último mês de outubro foi licitada uma nova fase de investimentos, orçada em R$ 100 milhões. A pista será estendida para 2.350 m e o pátio de aeronaves também será ampliado.

Estagnação pública e protagonismo empresarial Enquanto os modais rodoviário, marítimo e aéreo, apesar das deficiências, ainda geram debates acalorados e têm investimentos previstos, o ferroviário na Região Sul, assim como no restante do país, passa à margem. E isso é fácil de constatar. No PIL, não há iniciativas previstas. Procurada, a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) não quis se pronunciar. De concreto, por mais que possa parecer contraditório, apenas estudos estão sendo realizados. Na Secretaria

dos Transpores do Rio Grande do Sul, há uma análise sobre a Ferrovia Norte-Sul baseada no Programa de Excelência de Logística e Transportes (Pelt). O trecho gaúcho da ferrovia deverá passar por 29 municípios. A outra ação da secretaria consiste na elaboração de um diagnóstico das atuais necessidades do sistema ferroviário do estado para ser entregue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina, diz que está atento às demandas por investimentos em ferrovias. “Esse é o maior desafio no momento, diante de entraves burocráticos”, lamenta. Colombo revela que o projeto mais avançado é a proposta de transportar milho por ferrovia por meio de uma parceria com a iniciativa privada. A medida atenderia à demanda dos produtores de suínos, bovinos e aves, trazendo milho de outros estados de forma mais econômica. A intenção é que a carga saia de Goiás ou do Mato Grosso e seja descarregada em Lages, na serra catarinense, de

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POLOS LOGÍSTICOS

concessões ferroviárias que se estendem por cerca de 12 mil km de linhas. A malha ferroviária da Rumo na Região Sul tem uma extensão de 6.325 km por onde são transportados soja, açúcar, milho, farelo de soja, álcool, gasolina, contêineres, cimento e cloreto de potássio. Essa ferrovia também se interliga com os portos de Rio Grande, São Francisco do Sul e Paranaguá. Neste último, o principal do Sul do país, a empresa representa aproximadamente 90% do share de açúcar a granel. Em grãos são quase 20% do volume. A Rumo divulga que tem um plano de investimento nesta região para 18 meses, estimado em R$ 1,1 bilhão, com foco direcionado ao aumento da eficiência operacional. Essas iniciativas são para início imediato e geram valor independente da extensão do prazo da concessão. Já o plano de investimento de longo prazo estipulado em R$ 2,1 bilhões está atrelado à extensão do prazo de concessão da Malha Sul, negociado com a ANTT. As ações serão direcionadas a projetos de aumento de capacidade. Para ampliar a capacidade, a empresa recentemente adquiriu 26 locomotivas desenvolvidas exclusivamente para o traçado da Malha Sul (bitola Porto Itapoá

onde seria transportada por caminhão para as agroindústrias ou produtores. Em média, o milho percorreria 600 quilômetros pelas rodovias e até 2.300 quilômetros em vagões de trens. “Um grupo de trabalho está analisando a viabilidade técnica e financeira do projeto, envolvendo o governo do estado e empresas privadas”, diz. E enquanto o poder público se debruça sobre estudo e análises, a iniciativa privada age. A Rumo Logística opera no segmento ferroviário e oferece uma gama completa de serviços de logística com operações de transporte intermodal, carregamento e entrega local, terminal portuário e serviços de armazenagem, além da gestão de centros de distribuição. A principal área de atuação da companhia se estende sobre os estados da Região Sul do Brasil, além de Mato Grosso e São Paulo. A rede ferroviária da empresa abrange uma área responsável por aproximadamente 80% do PIB brasileiro, onde quatro dos portos mais ativos no país estão localizados, por meio dos quais a maior parte da produção de grãos do Brasil é exportada. A Rumo opera uma grande base de ativos, incluindo uma malha ferroviária formada por quatro

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estreita) e espera, para 2017, a chegada de mais 21 máquinas. Também foram comprados 378 vagões e reformados outros 236. A Rumo já realizou a revitalização da via permanente, com ações como a troca de trilhos e dormentes. Além disso, foram feitas melhorias estruturais nas oficinas de locomotivas de Curitiba e Santa Maria (RS), na oficina de vagões em Mafra (SC) e nos postos de manutenção de Apucarana (PR), Cacequi (RS), Foz do Iguaçu, Rio Negro (PR) e Uvaranas (PR). De acordo com a empresa, o foco é construir um caminho sustentável para a ferrovia. Prova disso é que ela vem se reunindo frequentemente com os interessados na melhoria da logística em toda a Região Sul para que, de forma conjunta, sejam estabelecidas medidas e ações em busca de aprimorar a prestação do serviço de transporte ferroviário de carga. A companhia destaca, ainda, que a viabilidade desse transporte também depende de investimentos, capacidades nos terminais de transbordo e contratos de longo prazo com garantias de ambos os lados, assim como de melhorias nas estruturas de carregamento, como forma de garantir a eficiência da operação ferroviária. Outro player da região, a Ferrovia Tereza Cristina (FTC) possui uma malha de 169 km, por onde transporta carvão mineral e contêineres. Em 2015, foram transportados 3,5 milhões de toneladas. Para Celso Schurhoff, gerente de Assuntos Corporativos, a FTC é fundamental para a logística da região, pois participa ativamente da cadeia produtiva do carvão mineral, transportando o produto para o setor usineiro. Além disso, se consolidou como uma importante alternativa no transporte de contêineres. Sem revelar valores, o gerente destaca os investimentos já realizados pela empresa na estruturação de um terminal de contêineres na região de Criciúma (SC) e na recuperação da malha ferroviária, que melhorou o desempenho e aumentou


À espera da retomada econômica

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Divulgação Capital Realty

Divulgação

Divulgação

oferta e a demanda volvimento e que geram cupação hoje chega a 10%. “O mercado de condomínios lono Paraná está saturado, em Santa Caoportunidades”, diz. gísticos e espaços de arO desempenho atual tarina está equilibrado, e o Rio Grande mazenagem na Região do segmento também do Sul não chega a ter excesso de oferSul seguem o cenário deixa o executivo re- ta”, resume. Na opinião do executivo, da economia brasileira ticente. Hoje, divulga, mesmo considerando um mercado mais e, assim como em oua taxa de vacância na aquecido, uma redução de lançamentos tros setores, estão em Região Sul está entre é necessária para equilibrar o mercado. compasso de espera. 20% e 25%, refletindo “É algo que já podemos ver. O segmento Isso é o que dizem os diretamente na oferta ainda está amadurecendo e esse período executivos de duas das de novos condomínios ajudou nesse processo”, afirma. principais companhias Ao contrário de Gabriel, da Colliers, e armazéns. “Os invesque atuam no local. tidores estão segurando o presidente da Capital Realty vê Santa Gabriel: investidores estão Além disso, as empresas os lançamentos, inclusi- Catarina como uma região com vocação segurando os lançamentos, mas observam os movimenve de empreendimentos logística. Mais do que isso, para Demeo setor deve se recuperar em breve tos para identificar os já aprovados, para adiar terco, dos três estados do Sul, é aquele melhores pontos para investir. a comercialização. Outros simplesmente que possui o mercado mais desenvolviHá uma razão para isso, e os nú- estão parados”, pontua. Mas Gabriel é do, sentindo menos os efeitos da crise. meros servem como demonstrativo. otimista. Para ele, a tendência é de que o Apesar do cenário desaquecido, a Segundo o gerente Nacional da Plata- setor se recupere aos pouCapital Realty aposta forma de Logística da Colliers Interna- cos no próximo ano e em na região. Prova disso tional, Eduardo Gabriel, o Brasil tem 2018 os projetos parados são os investimentos hoje disponíveis 12,6 milhões de m² de sejam retomados e os já realizados e os proarmazéns logísticos, sendo 60% instala- lançamentos colocados gramados. Atualmente, dos em São Paulo, 15% no Rio de Janei- no mercado. a empresa amplia em ro, 12% em Minas Gerais e o restante mais 19.200 m² o Mega Para o presidente da distribuído pelos outros estados do país. Capital Realty, Rodrigo Centro Logístico Curiti“Algumas regiões, logisticamente falan- Demeterco, a vacância ba, totalizando 41.200 do, não são consolidadas, como Santa regional é um pouco m². O investimento na Catarina, estado que conta com opera- mais branda. De acordo ação é de R$ 2 milhões. ções específicas para atender a operação com ele, a companhia Quanto aos projetos, portuária. Mas não há outras regiões de- disponibiliza na região destaque para mais uma senvolvidas em termos logísticos. Os es- 175 mil m² em condoampliação da estrutura Demeterco: uma redução na oferta é necessária para tados do Paraná e do Rio Grande do Sul mínios e armazéns built de Curitiba, que chegará equilibrar o mercado possuem diferentes pontos de desen- to suit, e a taxa de desoa 155 mil m², de Itajaí em 35 mil m², totalizando 87 mil m², e a concepção do Mega Centro Logístico Canoas, com 165 mil m² de área construída. “A absorção dos espaços disponíveis e uma retomada das construções devem acontecer no segundo semestre de 2017 e começo de 2018”, planeja. A Capital Realty conta hoje com três condomínios logísticos. Além de Curitiba e Itajaí, possui uma estrutura de 60 mil m² em Esteio (RS). Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 47


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a segurança das operações. Quanto aos projetos previstos, Schurhoff destaca a aplicação de triângulos de reversão de locomotivas nos pátios de carga e descarga e a construção de um novo terminal de contêineres. Ainda não há data marcada para o início das obras.

O que dizem os usuários Fábio Grandchamp, da Aliança, diz que a navegação brasileira vive um fenômeno inesperado. De acordo com ele, com a alta pressão do mercado pela redução dos fretes, há um forte investimento dos armadores em navios maiores visando à redução dos custos. Porém, indica o executivo, no Brasil não se nota a esperada economia de escala. Os portos não se modernizam na mesma velocidade que a indústria de navegação, gerando muitas restrições e, por consequência, maiores custos. O gerente Regional Sul da Aliança, Leonardo Silva, vai além. “Os portos da Região Sul refletem perfeitamente a realidade citada pelo Grandchamp e ainda são mais impactados, uma vez que, devido à sua importância, contam com os maiores navios da costa, além de sofrerem frequentemente com o mau tempo. Infelizmente, há no Sul uma alta incidência de navios esperando atracação na barra e de cancelamentos por motivos climáticos”, diz. Silva faz ainda um exercício de futurologia. “Olhando um pouco mais para o futuro próximo, e não muito diferente do resto do Brasil, a Região Sul ainda se encontra atrasada com relação à sua preparação para a próxima classe de navios que deverá escalar a nossa costa, com 366 m de comprimento”, avalia. Isso porque, ele constata, Paranaguá já está preparado para tal navio, mas ainda é muito restrito em termos de calado. “Imbituba conta com a autorização de manobra experimental de navios de até 350 m, mas ainda é restrito em termos de equipamentos de terminal com apenas dois portêineres”. Para finalizar, o executivo frisa que, embora tenha

um projeto de expansão, o complexo de Itajaí ainda fica restrito a navios de 300 m, enquanto Rio Grande e Itapoá já operam navios de 336 m, mas ainda com restrições de manobra. Já Osni Roman, presidente da Coopercarga, faz uma análise macro do cenário. “Quando falamos em infraestrutura logística, estamos falando de uma parte fundamental para a expansão do setor de transporte. E incluímos nesse cenário todos os modais, que cumprem papéis fundamentais para o desenvolvimento do nosso país. Olhando para as condições logísticas da Região Sul, em específico, fica claro que estamos carentes de investimentos. Uma boa infraestrutura gera desenvolvimento e reduz despesas, entre elas de manutenção, pneus, combustível, mas, especialmente, tempo, que têm representado um alto custo para muitas empresas. Nossa visão é que há muitos pontos que precisam de melhorias”, ressalta. Nos perímetros urbanos, por exemplo, o executivo percebe a carência de vias marginais e elevados, que garantiriam a melhora no tráfego rodoviário e mais segurança aos usuários. Sem contar a sinalização, precária ou inexistente em muitos locais. No quesito segurança, Roman considera que é preciso haver investimentos urgentemente em efetivo policial, bem como em estrutura. “Se falarmos em roubos de cargas, por exemplo, que são, infelizmente, um problema constante em nossa rotina, não temos nenhuma delegacia especializada no assunto em Santa Catarina”, diz. Quanto à infraestrutura portuária, o presidente da Coopercarga reconhece que há bons portos, com a região sendo bem atendida. Em contrapartida, salienta, as principais rodovias de acesso aos portos de Santa Catarina estão defasadas e necessitam de ampliação. Outro fator pontual é a morosidade nos processos de importação e exportação, bem como a burocracia excessiva nos desembaraços, que têm representado um custo elevado

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para as empresas. “A tomada de medidas que agilizem o trabalho nos portos é um item que percebemos, também, como fundamental”, afirma. Roman se diz favorável a e apoiador de medidas que beneficiem todos os modais, pois eles se complementam. “O crescimento e as melhorias realizadas em um contribuem com a evolução de todos os demais. A cadeia logística em nosso país é forte e muito representativa, mas está claro que precisa de mais apoio”, reforça. Fábio Penteado Agência Paraná de Desenvolvimento: (41) 3350-0300 Aliança Navegação e Logística: (11) 5185-3100 Antaq: (61) 2029-6500 Appa: (41) 3420 -1143 Capital Realty: (41) 2169-6850 CNT: (61) 3315-7247 Colliers International: (11) 3323-0000 Coopercarga: (49) 3301-7000 Ferrovia Tereza Cristina: (48) 3621-7700 Fundação de Economia e Estatística (RS): (51) 3216-9000 Infraero: 0800 727-1234 Ministério do Planejamento: (61) 2020-5498 Multilog: (47) 3341-5000 Porto do Rio Grande: (53) 3231-1366 Porto Itapoá: (47) 3443-8500 Rumo Logística: (41) 2141-7555 Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SC): (48) 3665-4200 Secretaria de Infraestrutura (SC): (48) 3222-0209 Secretaria de Infraestrutura e Logística (PR): (41) 3304-8000 Secretaria dos Transportes (RS): (51) 3288-5300



ARTIGO

Percepções sobre o projeto de obras estruturantes de transporte no Brasil Análise de caso: a integração modal entre o centro-norte de Mato Grosso e os portos localizados na foz do Rio Amazonas Joaquim Riva

Introdução

O

Brasil enfrenta sérias dificuldades para a implantação de obras estruturantes de transportes. Dúvidas relacionadas a escolha de alternativas, valor dos investimentos e obtenção de licenciamentos são fatos normais durante o planejamento e o projeto de obras de infraestrutura. O que não é aceitável é a indefinição de prioridades. Isso mesmo, a definição de prioridades é o principal desafio nacional. Muitos são os planos formulados pelo estado, de interesse nacional ou de agentes privados. Porém, grande número deles peca pela amplitude exagerada, pela falta de objetividade e pelos custos exagerados de construção. Destes, a maioria tem a gaveta por destino, enquanto outros se materializam pela vontade política. Esses últimos, não raro, são acompanhados por sucessivos atrasos e reajustes de contrato.

O foco do presente trabalho é analisar alguns desses embaraços e sugerir critérios de priorização. Em suma, o trabalho sugere que sejam retirados das gavetas os planos que se mostrem mais atraentes no aspecto empresarial e nacional, quantificar os ônus e bônus ambientais, sociais e econômicos e sugerir modificações para que melhor se amoldem às necessidades nacionais. A vivência no setor mostrou-me que a simples viabilização teórica de qualquer projeto não o faz sair do papel e, se isso acontece, muitas vezes não encontra o respaldo empresarial. Como a maioria dos projetos é setorial, amiúde o dimensionamento de um modal é redundante a outro, gerando resultados distorcidos e pouco confiáveis.

O foco brasileiro para projetos de transporte A dificuldade de investimentos estatais não é exclusividade bra-

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sileira. É um fenômeno mundial. Contudo, ela deve ser superada de alguma forma, pois novas ferrovias e hidrovias mostram-se imprescindíveis para o desenvolvimento nacional. Os empreendimentos necessários devem ser acompanhados de forte comprometimento e responsabilidade para com a nação. Presumo que os planos deverão ser analisados sob três focos, todos igualmente importantes, mas com objetivos diferentes: • O primeiro foco é o empresarial, que mira a nova alternativa modal como mecanismo redutor dos custos de transporte e, consequentemente, incremento do poder de reinvestimento empresarial; • O segundo foco é o social e econômico, sob o conceito de desenvolvimento regional, ou seja, a proposta modal deverá ater-se também aos quantitativos dos benefícios econômicos, sociais e am-


bientais, que serão legados para as populações inseridas na região de influência do projeto; • O terceiro foco diz respeito ao estado que, no impedimento de avocar a si o investimento, viabilizará ao empreendedor privado níveis de financiamento que satisfaçam aos interesses nacionais relativos à balança de pagamentos e ao desenvolvimento regional. Como exemplo de aplicação, foi escolhida a interligação modal entre o planalto central de Mato Grosso e a foz do Rio Amazonas, onde o problema de transporte exige solução imediata. Como a região é muito grande e não cabe solução única, duas alternativas serão sugeridas, para o curto e para o longo prazo, a serem introduzidas à medida que se desenrole o crescimento da demanda por transporte. As projeções indicam que, no longo prazo, haverá uma demanda de mais de 90 milhões de toneladas de grãos, além de outros produtos de Mato Grosso e dos estados adjacentes, que serão exportados pelos portos localizados na foz do Rio Amazonas, no Rio Madeira e pelo Porto Marítimo de Itaqui, no Maranhão, denominados Portos do Arco Norte. Como catalisador desse sistema portuário, recentemente entrou em operação o novo Canal do Panamá, que, admitindo navios graneleiros de até 150 mil toneladas e cargueiros de até 14 mil TEUs, encurtou a rota em direção aos países asiáticos para onde se direciona a maior fatia das commodities brasileiras. As alternativas terrestres para a convergência da produção para esses portos dependem de modais que estejam inseridos na região amazônica, principalmente na área de maior preocupação ambiental, denominada Depressão Amazônica Sul. Tendo

por limites ocidental e oriental o Rio Madeira e o Rio Araguaia, respectivamente, a Depressão Amazônica abrange algo como 1,3 milhão de km² ou 130 milhões de hectares. São áreas onde se acomoda a maioria das afluentes da margem direita do Rio Amazonas, terras de maior declividade, onde imergem áreas remanescentes do Planalto Central.

As alternativas modais atuais

além das colheitas dos estados do Tocantins e do Maranhão. Marabá será um importante entroncamento ferroviário (Ferrovia dos Carajás e Norte-Sul), rodoviário (BR-158) e, em pouco tempo, receberá a Hidrovia do Tocantins. Com a conclusão dos derrocamentos do Canal do Lourenço, graças aos esforços do governo federal, a navegação fluvial de grande porte será franca e segura entre Marabá e Barcarena em uma distância de 500 km. A transposição do reservatório da Usina de Tucuruí já é realizada por duas eclusas, superando 72 metros de desnível. Para montante de Marabá, a hidrovia prolonga-se até Porto Norte, localizado no estado de Tocantins, bem mais próximo aos cerrados do Nordeste. Provavelmente o corredor de maior importância estratégica atual seja a BR-364, que atravessa o centro-sul de Mato Grosso e alcança a capital do estado de Rondônia, Porto Velho, onde se integra com o transporte fluvial do Rio Madeira. Por ela, entre uma variedade de produtos, escoam os grãos produzidos na região de Sapezal, no centro-leste de Mato Grosso. Retornando ao tema deste tra-

Na atualidade, a conexão do centro-norte de Mato Grosso com a Bacia do Rio Amazonas vem sendo realizada pela BR-163 (1.150 km), interligando os municípios de Lucas do Rio Verde, Itaiutuba/Miritituba e Santarém, no Pará. Miritituba encontra-se na margem direita do Rio Tapajós, a cerca de 300 km da foz, e o porto flúvio-marítimo de Santarém, no Rio Amazonas. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), a BR-163 responderá pela movimentação de 22 milhões de toneladas de soja e milho até 2023. A rodovia tem o mérito maior de transferir cargas que seriam exportadas por Santos (SP) e Paranaguá (PR) – 2.500 km sobre rodas – para os terminais fluviais de Miritituba. Outro corredor importante é a BR-158, que interliga o município de Água Boa, no Mato Grosso, até Marabá, no Pará. Em breve, o entroncamento modal de Marabá será ponto de atração para os grãos cultivados entre as bacias do Rio Xingu e do Rio Araguaia, Fisiografia da Região Centro-Norte

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e dos equipamentos. Os interessados deverão construir várias interfaces modais em Miritituba uma vez que, para atingir o Porto de Barcarena, serão mais 1.250 km por via fluvial.

Os usos múltiplos das águas e as hidrovias

Exportações de Mato Grosso via Arco Norte - 2035/40

balho, há duas alternativas modais para o escoamento da produção do centro-norte de Mato Grosso em direção ao Rio Amazonas: a ferrovia e a hidrovia. Para a análise financeira dos projetos, presumi factível uma demanda de 40 milhões de toneladas até 2030/35 e outras 40 milhões de toneladas a partir dessa data.

A alternativa ferroviária A primeira alternativa encontra-se em trâmite no governo federal: a concessão da denominada Ferrogrão, com pouco menos de 1.000 km, que interligará a região de Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, no Pará. A alternativa ferroviária, segundo aspirações dos agricultores locais, deverá baratear em 35% o custo praticado pela BR-163. Em maio de 2016, o custo rodoviário entre Sinop e Miritituba, incluindo pedágio de R$ 64 por tonelada, era de R$ 184 por tonelada. Ou seja, a ferrovia deverá reduzir esse valor para R$ 120 por tonelada. Para tanto, o custo ferroviário, sem as pernadas rodoviárias de ponta, foi

avaliado em R$ 72 milésimos por tonelada por quilômetro útil (TKU), valor bastante convidativo em relação à BR-163 e também em relação à média dos valores praticados pelas ferrovias nacionais. Os números indicam que a meta desejada pelos agricultores é plenamente possível de ser alcançada. Contudo, algumas pesquisas localizadas apontam que há espaço para a redução de custos, aproveitando a ocasião em que os mercados estão retraídos e mais afeitos à negociação. Pesquisas realizadas em maio de 2016 indicaram que os preços de alguns itens da infraestrutura e superestrutura ferroviária podem ser rebaixados. Também, a escolha mais adequada das condições operacionais do sistema poderá conduzir a custos menores. Além disso, a viabilização ferroviária depende do tipo de negócio planejado. Ao que tudo indica, o melhor procedimento refere-se à gestão verticalizada, ou seja, apenas uma organização, diretamente vinculada aos usuários, realizando a construção, operação e manutenção da via

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A segunda alternativa modal, a hidrovia, encontra-se vinculada à conclusão dos aproveitamentos hidrelétricos planejados para o Rio Tapajós, o Rio Teles Pires e/ou o Rio Juruena. Mesmo sendo um produto de longo prazo, desde já os planejadores deverão obrigatoriamente dedicar muita atenção ao projeto da Hidrovia do Rio Tapajós e pelo menos um de seus formadores, pelos seguintes motivos: • Uma vez construídos os aproveitamentos hidrelétricos planejados, a hidrovia será consequência natural, com reduzida interferência ambiental e amplo legado social e econômico; • Avaliam-se investimentos em eclusas e outras intervenções hidroviárias. Por exemplo, na Hidrovia Tapajós-Juruena, eles seriam da ordem de R$ 6 bilhões, custo pelo menos 50% inferior ao de uma ferrovia de mesma extensão; • Como a hidrovia permitirá o tráfego de grandes e modernos comboios, as análises apontam custos de R$ 23 por tonelada para deslocamentos de 1.000 km; • Será uma ação lesiva à economia da Amazônia e do Centro-Oeste se a hidrovia não estiver contida no cerne do aproveitamento energético da Bacia do Tapajós. No Brasil, a viabilização hidroviária assemelha-se a uma corrida de obstáculos, tantos são os entraves a serem superados. Os mais difíceis são os apêndices institucionais e o preconceito modal. Sou testemunha de que as questões técnicas


são triviais. Se realmente a Bacia do Tapajós for de interesse nacional e encontrar respaldo empresarial, de imediato a Agência Nacional de Águas (ANA) e o setor hidrelétrico deverão encarar a hidrovia como uma parceira da energia nos usos múltiplos das águas. Há várias questões a serem reavaliadas pelos intervenientes, principalmente em relação ao meio ambiente: • A sustentabilidade da floresta: é óbvio, por um lado, que a fauna e a flora devem ser preservadas. Em outras palavras, o desmatamento deve ser contido. Uma rápida análise indica que os três reservatórios planejados para o Rio Tapajós inundarão 840 km² (84 mil hectares). Por outro lado, o desmatamento na Amazônia situa-se em algo como 5 mil km² anuais, verdade que, em queda progressiva. Ou seja, a área de floresta inundada é de 17% do desmatamento anual hoje observado. Como a inundação será única no tempo, o mesmo não ocorrendo com o desmatamento, em alguns anos a relação área inundada versus somatória dos desmatamentos não será significativa. Como contrapartida, uma proposição racional será a reposição florestal, realizada pelos empreendedores da energia e pelos hidroviários, que poderá ser feita nas cabeceiras degradadas dos rios, nas áreas de mineração abandonadas e nas próprias áreas degradadas da depressão; • Gestão integrada: a gestão integrada, compartilhada, comprometida e responsável de todos os setores que utilizam a água, incluindo a preservação e o replantio da floresta, por certo é o caminho mais adequado para a difusão dos benefícios das obras fluviais. Uma taxa cobrada da energia e da hidrovia manterá a sustentabilidade da bacia hidrográfica.

Só uma ação econômica manterá a sustentabilidade amazônica; • Questão indígena: não há dúvidas de que as questões indígenas são importantes e merecem atenção especial. Contudo, o mundo se transformou e a visão estritamente naturalista mostra-se imprópria na medida em que os silvícolas almejam os mesmos benefícios e qualidade de vida dos demais habitantes da região, sem nenhum prejuízo às suas tradições e culturas. A própria evolução e a história da humanidade comprovam a ansiedade do ser humano por ações que melhorem sua qualidade de vida. Não há dúvidas quanto à viabilidade econômica e financeira dos projetos hidrelétricos da Bacia do Tapajós e há uma série de projetos em andamento. Por que não uma imediata conjunção de esforços dos organismos responsáveis visando a um planejamento integral dessa bacia? Não será um processo oneroso ou demorado. Consistirá apenas na análise dos projetos setoriais existentes, pautada em uma discussão aberta a todos os interessados, porém, cumprindo uma cro-

nologia com data para encerramento e priorizações. O Rio Tapajós e afluentes mostram-se estratégicos para o comércio internacional do país e, uma vez viabilizadas as hidrelétricas, por que não implantar o sistema hidroviário possível? Em um futuro próximo a postergação das usinas dos rios da Bacia do Tapajós poderá comprometer o abastecimento elétrico do país. Assim sendo, o embargo ambiental que ora vigora mais cedo ou mais tarde quedará obsoleto em função da necessidade de energia, o que pode ser acelerado por possíveis períodos de escassez hidrológica nas bacias do Sudeste e do Nordeste. É óbvio que o Brasil dispõe de um vasto potencial eólico e solar. Espera-se que esse potencial venha a ser amplamente utilizado, mas persiste a dúvida se tão somente essas fontes suprirão as necessidades futuras, uma vez que dependem de algo não controlado pelo homem: o clima. Recentes estudos mostram que a Alemanha vivencia o dilema do desabastecimento fortuito, ou seja, ocasiões em que a demanda supera a oferta de energia. Para a segurança do sistema

Perfil dos rios Tapajós, Teles Pires e Juruena Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 53


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elétrico os alemães já pensam no retorno de térmicas aposentadas. Assim sendo, é temerário o afastamento definitivo da alternativa hidráulica que, além de ser uma energia limpa, oferece a segurança necessária de abastecimento. Outro ponto importante: se o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes e muito baixa renda per capita, está disposto a crescer nos setores industriais, agropecuário e de serviços, deverá dispor de uma oferta segura de energia. Mencionei várias vezes o desenvolvimento regional, porém não o contextualizei. Desenvolvimento regional são os benefícios que retornam às áreas de produção em consequência direta dos bens por elas produzidos e comercializados. O Instituto Mato-grossence de Economia Agrícola (Imea), a partir de um estudo de 2008, forneceu informações valiosas para a quantificação do fator de desenvolvimento regional. Cada tonelada de grão exportado faz retornar R$ 300 à área produtiva na forma de empregos, ganhos do agricultor, menores gas-

tos com combustíveis poluentes, taxas municipais, etc. Na realidade o fator é bem maior, mas no caso, por simplificação, somente considerei o milho e a soja. Assim os R$ 300 por tonelada não incorporam outros produtos, como algodão e carnes, e também o valor agregado da produção agroindustrial.

Hidrovia do Tapajós-Juruena As hidrovias brasileiras a serem propostas deverão incorporar os avanços tecnológicos disponíveis, uma vez que o prazo de conclusão não deverá será menor que 15 ou 20 anos. Sem premonições, sugiro quatro condições para a provável futura Hidrovia Tapajós-Juruena: • Eclusas com capacidade de transpor, mesmo que seja em duas etapas, comboios de 27 mil toneladas de capacidade no calado amazônico de 5 metros; • Redimensionamento e normalização de canais, acessos, raios de curvatura e outros itens construtivos baseados nas condições de propulsão e manobra propicia-

Sugestão de comboios para os rios Juruena e Tapajós 54 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

das pelos modernos equipamentos em operação. A normalização brasileira encontra-se defasada, o que acarreta preços mais elevados de construção; • Utilização de comboios cujas barcaças (chatas) tenham melhores formas de carena e condições superiores de resistência hidrodinâmica; • Controle e monitoramento constantes. Como exemplo, escolhi a Hidrovia Tapajós-Juruena, uma vez que os aproveitamentos hidrelétricos programados para aquele rio têm condições, se levemente realocados, de permitirem o trânsito fluvial. Atualmente, a navegação fluvial amazônica tem como principal restrição os Furos da Ilha de Marajó. As normas da Marinha do Brasil especificam para a região dos furos comboios com comprimento máximo de 290 metros e 55 metros de boca. A profundidade nos furos é variável, mas pode acomodar comboios de até 4,5 metros ou 5 metros de calado. Para a utilização desses comboios a Marinha do Brasil impõe parâmetros vinculados à potência, equipamentos de propulsão e outros requisitos. A notável condição de navegação ao longo do Rio Amazonas impõe que a Hidrovia Tapajós-Juruena, alcançando as vizinhanças de Porto dos Gaúchos, permita comboios de até 5 metros de calado e 27 mil toneladas de capacidade. Haverá duas grandes vantagens na utilização de chatas com calados de 5 metros: • O calado é a dimensão mais econômica das embarcações, tanto no preço de construção quanto no de operação; • A utilização de comboio de 27 mil toneladas e 5 metros de calado possibilitará a formação de comboios


normalizados pela Marinha do Brasil para a região dos furos. Ou seja, dois comboios tipo Juruena e Tapajós formarão um comboio de 54 mil toneladas, não necessitando assim das interfaces modais em Miritituba. A maioria dos comboios brasileiros segue o padrão da barcaça americana, concebida na época do barril de petróleo a US$ 2,50. Hoje, os novos preços do petróleo apontam para barcaças e empurradores mais eficazes do ponto de vista hidrodinâmico, ou, em outras palavras, que possibilitam menor consumo de combustíveis. Para os maiores rios navegáveis da região amazônica a introdução de maiores calados e de formas hidrodinâmicas de carena conduzirá a economias relevantes. Apenas um exemplo: a partir de valores obtidos em tanque de provas, um comboio navegando no calado de 3,2 metros fornece uma potência por unidade de carga 18% maior em relação ao mesmo comboio transitando no calado de 4,3 metros e na mesma velocidade. Seria o equivalente a adquirir o litro de diesel a R$ 2,60 em vez dos atuais R$ 3,17. A pergunta por certo é: como viabilizar comboios de 5 metros de calado até Sinop ou Porto dos Gaúchos? Na verdade os rios formadores do Tapajós – e mesmo o próprio – têm declividade e vazão elevadas, fluindo sobre leitos rochosos. Normalmente as barragens, alocadas imediatamente a jusante das cachoeiras, têm suas ombreiras engastadas sobre promontórios rochosos das margens. Como verificado no projeto de Jatobá, esses promontórios mostram-se ideais para a construção de eclusas, uma vez que predominarão as escavações a seco e em rocha sã ou pouco fraturada. Especial atenção deve ser dedicada aos 150 km no entorno da foz do Rio Juruena no Rio Tapajós,

onde os terrenos são bastante planos e inundáveis nas cheias. Creio que estudos flúvio-morfológicos conduzirão à introdução de espigões transversais ao rio e ao possível fechamento de alguns canais secundários, dispostos interilhas. Presumo que o maior obstáculo da hidrovia esteja na obtenção dos recursos para a construção, que, no processo atual, dependem do tesouro nacional. Na hipótese da não existência de recursos do tesouro nacional, considero plausível a formatação de uma parceria pública administrativa, vinculada à construção, opeGrupo Ultra ração e manutenção das hidrovias. adquire Para tanto será formada uma emcaminhões presa para finalidade específica, que poderá Volkswagen receber empréstimos subsidiados eautomatizados auferir receitas na forma de taxa hidroviária, avaliada em R$ 20 http://www. por tonelada. tecnologistica. Concluindo, espero que os argumentos a favor das duas modalidades tenham efeitos positivos e que novas possibilidades sejam postas em discussão. Entretanto, não tenho dúvidas de que, com boa vontade, lucidez e resiliência, todos os obstáculos poderão ser vencidos sem maiores dificuldades.

Joaquim Riva Engenheiro naval rivaengenharia@gmail.com Prof. dr. da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), MSc em Engenharia Oceânica, diretor da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) – Hidrovias e Desenvolvimento Regional, diretor da Riva & Riva Planejamento Industrial e Consultoria

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Seal

Fala que eu te escuto

Apenas três meses depois da implantação da tecnologia de voice picking em suas operações com medicamentos em um CD de São Paulo, o Grupo TPC já colheu os frutos de uma atividade mais produtiva e planeja expandir o contrato com a Seal para utilizar sistemas de voz em outros processos dentro da mesma estrutura e também em outras unidades

E

studiosos alegam que a tecnologia avançou mais nos últimos 50 anos do que nos 500 anteriores. Essa constatação, que pode ser facilmente fundamentada por simples relatos dos pais e avós da chamada geração Y – aquela que nasceu e cresceu em meio à internet –, se refere, claro, à ascensão da informática no dia a dia do cidadão comum, fenômeno que deve muito à invenção do microchip, que tornou possível a criação de aparelhos cada vez mais compactos, levando o processamento que antes neces-

sitava de salas inteiras diretamente para dentro dos nossos bolsos. Não há como negar que essa absorção da tecnologia transformou a vida das pessoas de maneiras inimagináveis até algumas décadas atrás, simplificando muitas das nossas tarefas cotidianas. E, ainda que para algumas pessoas a tecnologia possa parecer um bicho de sete cabeças, tornar mais simples nossas vidas é justamente uma de suas principais funções, e assimilar as mais variadas novidades que surgem a cada dia parece uma tarefa bastante simples

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para as novas gerações. Hoje é bastante comum ouvir relatos de pais surpresos com seus filhos que, ainda crianças, já sabem utilizar smartphones e tablets. A verdade é que tornar o manuseio dos equipamentos cada vez mais acessível é um dos preceitos básicos da evolução da tecnologia, e o touch screen, por exemplo, fez milagres nesse sentido, pois o simples deslizar de um dedo pela tela é uma tarefa que até mesmo um bebê consegue executar. E quem convive com crianças já deve ter se deparado com suas tentativas, nem


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da utilização do códisempre tão bem-sucego de barras no Brasil, didas, é claro, de opea Seal foi responsável rar os aparelhos utitambém pelo desenvollizando comandos de vimento do primeiro voz. É natural, pois asprojeto-piloto da tecsim como tatear, falar nologia de identificaé uma das atividades ção por radiofrequênmais básicas do ser hucia (RFID, na sigla em mano. E ninguém meinglês para radio-frelhor que uma criança quency identification) para servir de exemplo na América Latina. de praticidade. Basicamente, a apliPraticidade, aliás, Bernardes: os sistemas de voz cação do voice picking é a palavra-chave na são bastante intuitivos e fáceis substitui sistemas mais otimização de procesde se assimilar antigos e menos prásos, fator de extrema importância na logística, um setor ticos de separação de pedidos, que onde tudo deve funcionar em per- utilizam dispositivos móveis ou até feita harmonia e sincronia para que mesmo planilhas com as informaos resultados sejam sempre os me- ções necessárias para que o operador lhores possíveis. Sendo assim, é cla- realize o picking. O sistema gestor ro que a aderência às mais variadas informa o que deve ser separado por tecnologias para tornar mais prático cada funcionário, individualmente, o dia a dia das operações consiste por meio de um headset. Assim, o em um fator inerente ao segmen- operador ouve as instruções e inteto. E a utilização da voz nas mais rage com o sistema, tudo utilizando variadas atividades logísticas é um somente a voz. Bernardes conta que, há alguns importante avanço nesse sentido. A separação de pedidos desempenha- anos, quando as pessoas ainda não da dentro de armazéns e centros estavam familiarizadas com tanta de distribuição é um bom exemplo tecnologia, era preciso fazer todo disso. Apesar de não ser exatamente um trabalho de introdução para conuma tecnologia nova, a separação vencer as empresas a respeito das de pedidos por voz (ou voice pi- facilidades que o voice picking pocking) tem ganhado cada vez mais deria proporcionar. “Antigamente espaço na logística justamente pela achavam que a tecnologia não funcionava direito, e até mesmo que a praticidade que proporciona. “A aplicação do voice picking vem voz seria muito robotizada e que não crescendo muito, e isso no mundo seria possível entender nada do que todo. É um sistema intuitivo, que fosse falado”. Segundo o executivo, facilita muito a operação”, explica hoje essa percepção mudou e o voiWagner Bernardes, CEO da Seal Siste- ce picking é uma tecnologia bastante mas. A empresa é uma integradora de consolidada em todo o mundo. “É soluções que atua há quase 30 anos uma ferramenta que pode proporno mercado de computação móvel cionar ganhos muito significativos e captura automática de dados, tra- à operação. E esses resultados fazem zendo soluções do mercado interna- com que cada vez mais empresas se cional e adaptando à realidade bra- interessem por soluções desse tipo”, sileira com o objetivo de melhorar a completa. A Seal já trabalha com a produtividade de seus clientes. Além tecnologia há 13 anos, e a primeira de ter contribuído com a introdução implantação ocorreu há 11.

Implantação e adaptação Foi justamente pensando em praticidade e otimização que o Grupo TPC decidiu investir na implantação da tecnologia de voice picking em suas operações. “Tudo partiu de um projeto de inovação que temos dentro do grupo. Na área de tecnologia, o objetivo era introduzir ferramentas que ainda não utilizávamos nas nossas operações, como a separação por voz”, conta Luiz Gilberto Zanetti, diretor de Serviços Compartilhados do operador logístico. “Depois de analisarmos algumas empresas, acabamos entendendo que a Seal seria o parceiro ideal”. Ruy Castro, diretor Comercial da Seal, lembra que, durante cerca de nove meses, as empresas realizaram juntas um trabalho de análise a respeito da implantação da tecnologia. “Fizemos algumas visitas a clientes nossos que já utilizavam o voice picking em suas operações, tanto no Brasil quanto no exterior, para que o TPC pudesse conhecer melhor a solução oferecida”, destaca. Como a intenção do TPC era passar a contar com uma nova tecnologia até então inédita em suas operações, era preciso avaliar qual das suas unidades seria a primeira a receber a novidade. “Eles fizeram uma análise levando em consideração suas estruturas e optaram por começar pelo centro de distribuição do Jaguaré (SP)”, esclarece Castro. A unidade,

O voice picking já está consolidado como uma ferramenta eficaz e que proporciona ganhos significativos

Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 57


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Grupo TPC

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de 12 mil m², trabalha fevereiro para março. com medicamentos “A Seal participa de que são distribuídos todo o processo, desde no estado de São Pauo desenho e a formalo. Ao todo, é expeditação do projeto até do 1 milhão de pacoa implantação. Além tes por dia no CD, que disso, depois da imopera com diferentes plantação eles acomníveis de temperatura panharam a operação para garantir a conserdurante uma semana, vação dos produtos. até que tudo estivesse “Eles decidiram cofuncionando direitimeçar nessa estrutura nho. E essa particiZanetti: aumento na produtividade justamente por se trapação passa pelo treie satisfação dos operadores tar de uma operação namento da equipe, mostram o sucesso do projeto com medicamentos, ainda que a aprendizaque apresenta uma quantidade gran- gem seja muito rápida”. de de carga fracionada. São pacotes De fato, os executivos de ambas pequenos e um volume de separação as empresas concordam que a veelevado, características bastante pro- locidade com que os operadores se pícias à detecção dos ganhos com a adaptam a tecnologias que envolimplantação do voice picking”, indi- vem o uso da voz é bastante alta. Isso ca o executivo da Seal. não significa, porém, que a Seal não Zanetti relata que a fase de proje- tenha o cuidado de desempenhar to aconteceu no final de 2015, já a um trabalho de capacitação. “Trataimplantação foi realizada no início -se de uma tecnologia que não leva deste ano e concluída na virada de muito tempo para ser assimilada.

A tecnologia foi implantada em um CD do Grupo TPC onde são armazenados medicamentos 58 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

O tempo de coleta apresentou uma redução de 25% em decorrência do aprimoramento das operações de separação Utilizar a voz é a maneira mais natural de comunicação do ser humano, então para o operador se acostumar a utilizar um equipamento que funciona por voz, na comparação com qualquer outra tecnologia, é muito mais fácil”, explica Castro. “Porém, em toda implantação de uma nova tecnologia, existe uma quebra de cultura, uma mudança nos processos, então isso tem que ser feito com muito cuidado”. Ao todo, quase 200 pessoas trabalham no CD do Jaguaré do Grupo TPC. Desse total, cerca de 60 dedicam-se à atividade de picking. “O ponto crítico de todo processo de implantação de uma nova tecnologia é a capacitação da equipe”, pondera Zanetti. “Normalmente a absorção de uma novidade desse tipo é difícil, pois muitas vezes as pessoas não estão prontas para trabalhar com novas tecnologias. Mas no caso do voice picking isso não acontece”, garante. De acordo com o executivo, realmente a grande vantagem do uso da voz é ser bastante intuitivo. “Basicamente, é falar e ouvir, duas coisas que nós fazemos naturalmente no nosso dia a dia. A verdade é que essa simplicidade tem um peso muito grande nas decisões a respeito de que tecnologia vamos aplicar em nossas operações”.


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Castro frisa que apenas alguns balhar com o mínimo possível de dias de treinamento são suficien- comandos”, diz Castro. “São cotes para que os operadores se sin- mandos curtos – para que o trabatam confortáveis com a tecnologia lho não se torne cansativo – e muide voz. “Com um coletor de dados, to bem elaborados. E a qualquer por exemplo, que também é bas- momento o operador pode pedir tante simples até, mas que envolve que uma instrução seja repetida, leitura, digitação, acionamento de ou pode pedir alguma informação teclas de função e até mesmo uma adicional, por exemplo”. certa familiaridade com a utilização Resultados e expansão de computadores, o treinamento para deixar um operador em um níEm apenas três meses, o Grupo vel médio de produtividade gira em torno de três semanas. Com o voi- TPC já pode contabilizar os ganhos ce picking nós podemos considerar alcançados com a implantação do dois ou três dias”. Ele destaca que, sistema de voice picking. Zanetti muitas vezes, a adaptação dos cola- explica que a expectativa inicial boradores é até mais rápida e sur- da companhia era chegar a uma preendente. “Em alguns casos nós redução de 25% no tempo da cocomeçamos o treinamento de manhã leta em decorrência do aprimorae à tarde já é possível vermos ope- mento nas operações de separação radores trabalhando sozinhos, com de pedidos, e foi exatamente esse o resultado atingido. muita naturalidade”. “Nossa maior satisfaO executivo conção foi constatar que ta que, ainda na fase a implantação foi tode pré-acordo comertalmente aderente ao cial, a Seal realiza alque nós prevíamos no guns testes com opeprojeto”. O executiradores utilizando a vo explica que, com solução e, entre esses a aplicação do voice testes e a implantapicking, o aumento ção em si, quando os na produtividade do operadores têm que operador é natural. voltar a trabalhar do “Ele fica totalmente modo tradicional, Castro: soluções de voz integrado ao ambieneles se manifestam podem ser aplicadas em te do CD, interagindo contrários a isso. “A diversos processos de uma forma mais maioria deles reclama, mostrando insatisfação. Isso simples e intuitiva, apenas ouvinnos faz perceber que a tecnologia do e falando, com as mãos livres de voice picking é muito confortá- para fazer a separação. Nem sempre vel de se trabalhar e deixa os usu- as pessoas estão habituadas a digiários bastante satisfeitos”. Zanetti tar informações em um coletor de concorda. “Eu posso afirmar que o dados, mas todas estão habituadas sentimento de satisfação de todas a ouvir e falar. Isso faz com que a as pessoas que trocam um coletor concentração durante o trabalho convencional por equipamentos de aumente muito”. Castro explica que as tecnolovoz é o mesmo. É uma tecnologia que torna o trabalho muito mais gias aplicadas ao picking permitem prático”, indica. “O segredo é tra- que os primeiros resultados sejam


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apurados com bastante rapidez. “Nesse tipo de operação é possível mensurar cedo os resultados, fazendo um comparativo com a quantidade de itens que era separada antes da utilização da nova tecnologia. Claro que existe um ciclo natural de maturidade, normal

em qualquer processo de implantação, pois estamos falando de uma mudança de processos. A tendência, portanto, é que o TPC tenha números cada vez melhores do que esses registrados apenas três meses depois da implantação do projeto”, observa.

Inteligência de dados

A

Seal atua como integradora das soluções que oferece e, no caso dos sistemas de voice picking, o hardware fornecido é da parceira norte-americana Vocollect. O diretor Comercial da Seal, Ruy Castro, destaca, porém, que um dos trunfos para alavancar a aplicação dessa tecnologia no Brasil foi o fato de a empresa ter desenvolvido o middleware Kairo. “Uma das barreiras encontradas no começo era ter que trabalhar com um middleware americano, que era mais engessado. Hoje, com uma ferramenta própria, nós podemos personalizar passo a passo e realizar a integração com os mais variados sistemas, das mais diversas desenvolvedoras de softwares”. O middleware Kairos é o sistema que a Seal utiliza para fazer a interface entre as tecnologias de coleta de dados e as soluções de gerenciamento utilizadas pelo cliente. No caso do Grupo TPC, o Kairos integra o sistema de voice picking com o WMS utilizado pela companhia no CD em que a tecnologia foi implantada. “A integração pode ser feita com um WMS ou um ERP, por exemplo. O Kairos pode conversar com coletores convencionais, de sistema de voz ou até com portais de RFID”, diz Castro. O executivo explica que, além de fazer esse meio de campo, o Kairos é capaz ainda de fornecer diversas informações a respeito da operação. “Ele apresenta relatórios como produtivi-

dade por separador ou por turno, por exemplo. Com o Kairos é possível obter uma série de indicadores que ajudam a alavancar as operações, analisando os dados e tomando ações em busca de melhorias contínuas”. Luiz Gilberto Zanetti, diretor de Serviços Compartilhados do Grupo TPC, conta que, com o Kairos, a companhia tem acesso a uma variedade de KPIs (key performance indicators). “Hoje nós fazemos uma série de controles utilizando o middleware da Seal. Ele nos fornece uma bateria de relatórios e gráficos de acompanhamento, facilitando a gestão da operação”. Castro destaca, porém, que essa é somente a versão básica do Kairos. “Estamos avançando para um novo módulo, chamado Kairos Analytics, que é uma ferramenta completa de business intelligence (BI)”. O executivo explica que, com isso, a empresa busca não somente prover a informação, mas trabalhar essa informação com inteligência para que seus clientes obtenham resultados cada vez melhores. “Utilizando os dados obtidos na operação, o sistema é capaz de analisar, por exemplo, qual será o impacto da produtividade atual do processo de separação nas atividades de coleta para o transporte da carga. Se essa produtividade não for satisfatória, o gestor pode tomar atitudes em tempo real para garantir o bom andamento de toda a operação”, conclui o executivo.

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Ainda que estes sejam somente resultados iniciais, eles foram tão satisfatórios para o Grupo TPC que a companhia já se prepara para expandir a utilização da ferramenta de voz para outras atividades. “Na verdade estamos fazendo um processo gradativo. Nessa primeira etapa, pudemos ter a certeza de que os ganhos de produtividade ocorrem de fato”, diz Zanetti. “Agora, depois de constatarmos que os resultados correspondem às nossas expectativas, estamos trabalhando para levar o sistema de voz para outras áreas”. De acordo com o executivo, a atividade de separação foi uma espécie de projeto-piloto, e a intenção é que já nos próximos meses a tecnologia seja implantada em toda a operação do CD. “Não é um investimento barato, mas o retorno é muito bom e bastante rápido”, salienta. “Apesar de ser mais conhecida pela aplicação na separação de pedidos, a tecnologia de voz tem muitas aplicações em diversos processos”, explica Castro, destacando que hoje é raro um cliente utilizar sistemas de voz em somente um dos processos executados dentro de um CD, estendendo a tecnologia para as atividades de recebimento e inventário, por exemplo. Sem revelar mais detalhes, o executivo sugere que a expansão do uso da tecnologia pelo TPC deve atingir até mesmo outros CDs do grupo, tamanha é a satisfação do cliente. “Estamos fazendo um estudo de viabilidade para outro CD”, confirma Zanetti. “É uma operação com produtos eletroeletrônicos. São projetos que demandam bastante estudo, pois são específicos para cada tipo de operação, não bastando somente replicar a solução. Mas já estamos na fase de aprovação”, finaliza. Grupo TPC: (11) 3572-1700 Seal: (11) 2134-3814



ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

O pensamento enxuto aplicado a compras e suprimentos (lean procurement) Ataide Braga

Introdução

A

filosofia just-in-time (JIT), introduzida na década de 1960 pelo Sistema Toyota de Produção, é bastante conhecida pela sua preocupação com a redução de estoque, proporcionada pelo recebimento dos itens necessários à produção somente no momento exato em que são empregados. Além disso, o JIT também busca a eliminação de desperdícios, atividades ineficientes e estoques em processamento ao longo da cadeia de valor da empresa. Os conceitos de JIT associados com os preceitos de gestão da qualidade total (TQM, sigla para o termo em inglês total quality management) foram fundamentais para que, na década de 1980, a Toyota surpreendesse os ocidentais com produtos de melhor qualidade e menor preço contrastando com o sistema de produção em massa existente na ocasião. O sistema Toyota de produção necessitava de metade dos esforços humanos, menor espaço para manufatura e investimento mais baixo em capital quando comparado a seus pares ocidentais. Além disso, o sistema tinha como pilar uma forte parceria com seus fornecedores. Em 1990, Womack, Jones e Roos cunharam o paradigma lean no famoso livro A Máquina que Mudou o Mundo, que tinha como base de estudo o sistema Toyota de produ-

ção. Assim, surge a produção lean, tendo como instrumentos pioneiros o JIT e o TQM. Atualmente, o conceito lean tem sido empregado em outros setores da atividade econômica além do automobilístico, como de serviços, de saúde e governamental. Ele também pode ser aplicado em diferentes processos de negócios, como compras e suprimentos. Os princípios, métodos e ferramentas são os mesmos dos empregados na produção lean. A diferença está na ênfase e nas reflexões, mas é tão importante em compras e suprimentos quanto na produção, devido ao objetivo que deve permear toda a empresa, ou seja, redução de desperdício, fazer mais com menos. O conceito de lean procurement pode ser entendido de diversas formas pelas empresas e aplicado sob diferentes perspectivas. Pode ser visto como uma filosofia de trabalho, uma cultura do ambiente corporativo, uma técnica, um conceito gerencial, uma metodologia e até mesmo um paradigma.

Os princípios do pensamento enxuto Os cinco princípios aqui relacionados configuram o núcleo da organização do setor produtivo de uma empresa. O ponto focal deve ser a identificação do que vem a ser valor para o cliente, proporcionando eliminação de desperdícios, melho-

PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Analisar requisição de compra

Selecionar fornecedores

Realizar cotação

Figura 1 62 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

Recebimento de

Comparar propostas

Negociação com a melhor

propostas

recebidas

proposta

Elaboração do contrato

Contratação do fornecedor


ria contínua e alavancagem das condições de competitividade da empresa, traduzidas em TIPOS CLÁSSICOS DE DESPERDÍCIOS rapidez no atendimento às solicitações dos clientes, flexibilidade, maior qualidade e me(Tempo gasto esperando algo que já deveria estar disponível para 1. ESPERA execução de uma atividade) nor preço dos produtos e serviços ofertados. • Identificação de valor: aqui, valor deve (Excesso de material adquirido) 2. ESTOQUE ser analisado sob a perspectiva do cliente, expressado em termos de qualidade, veloci3. MOVIMENTAÇÃO (Desnecessário fluxo de pessoas e recursos) dade, custo, flexibilidade e nível de serviço. (Desnecessários manuseio e transporte de documentos) A contrapartida de valor é desperdício e é re4. TRANSPORTE presentado pelo consumo de recursos sem a (Inspeção, defeitos, retrabalho) 5. CORREÇÕES correspondente agregação de valor ao cliente; • Mapeamento do fluxo de produção: 6. PROCESSAMENTO identificação de todas as etapas para se en(Operações desnecessárias ou incorretas) INADEQUADO tregar um produto ou serviço ao consumidor final com eliminação das atividades que 7. PRODUÇÃO EM (Fazer mais do que é demandado) não adicionam valor; EXCESSO • Fluxo contínuo: garantia de que o fluxo de valor que levará produtos e serviços (Desperdiçar capacidade analítica dos compradores) 8. INTELECTUAL ao cliente vai ocorrer sem paradas, atropelos, retrabalho e desperdícios; Figura 2 • O cliente puxa a produção: mobilização de performance dos fornecedores no que se refere a custo, da produção diante do pedido do cliente no lugar de se fazer qualidade, tempo de atendimento do pedido e emprego de previsões e produção antecipada daquilo que o cliente deseja; tecnologia impactam diretamente na criação de valor. • Busca da perfeição: constante preocupação com a meO desenvolvimento de boas relações com os fornecedolhoria do fluxo contínuo implementado. res e a implementação de um relacionamento colaborativo Aplicação dos princípios do pensamento contribuem significativamente para estreitar o vínculo entre enxuto em compras e suprimentos comprador e fornecedor com reflexos na criação de valor. Passo 2: Mapeamento do fluxo dos processos de sourcing. Os cinco princípios apresentados acima podem ser perO objetivo aqui é mapear os processos atuais utilizando ferrafeitamente aplicados para compras e suprimentos, e cada mentas que permitam enxergar todas as atividades atualmenprincípio será descrito adiante com a devida adaptação para te existentes, como no exemplo da figura 1, mapear também esse ambiente. Contudo, esta apresentação será feita como o processo que seria o ideal e estabelecer aquele que venha a um passo a passo de cinco estágios recomendados na impleser o processo possível diante das condições existentes. Essa mentação do pensamento enxuto (lean procurement). evolução do processo atual passa pela análise e pela eliminaPasso 1: Identificação de valor. Este princípio passa pelo ção de desperdícios, redução de ineficiências, diminuição do alinhamento entre as estratégias da organização e as estratétempo de atendimento e redução de custo. gias a serem seguidas pelo setor de compras e suprimentos É possível que o processo atual contenha atividades que para trazer valor aos clientes da organização. Entender os se enquadrem na classificação a seguir: objetivos da empresa e traduzir isso nos objetivos de com• Atividades que adicionam valor: são atividades que pras e suprimentos, além de buscar o alinhamento com os proporcionam valor para os clientes interno e externo, e objetivos estratégicos das outras funções da organização. estes estariam dispostos até a pagar para ter esses valores; As necessidades de produtos e serviços dos clientes da • Atividades que não adicionam valor: são atividades empresa, assim como as necessidades dos clientes internos, que não trazem valor para o cliente e são desnecessárias devem ser entendidas e consideradas quando do desenho para o desempenho de compras e suprimentos. Essas ativido projeto de sourcing da organização. dades devem ser eliminadas; Além disso, a criação de valor passa também pelo desen• Atividades necessárias, mas que não adicionam valor: volvimento e pela comunicação das expectativas da emprenão criam valor para o cliente, mas são necessárias. São sa compradora para seus fornecedores. Verificação, acomdifíceis de ser eliminadas, mas devem ser relacionadas para panhamento e incentivo ao desenvolvimento de requisitos modificações no longo prazo. Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 63


ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

O trabalho de racionalização da cadeia de valor passa pela eliminação das atividades que não adicionam valor, auxiliando na redução de erros e permitindo que o pessoal de compras possa focar em atividades que adicionem valor. Isso permite a eliminação de desperdícios, que estão elencados na figura 2.

Os desperdícios relacionados na figura 2 são tipicamente encontrados na manufatura, porém neste texto será realizada a adaptação para o ambiente de compras, conforme descrito na tabela 1. Passo 3: Estabelecimento do fluxo contínuo. Isso decorre das análises realizadas no passo anterior, e o que se busca agora é a implementação de um fluxo de processo racionalizado. Esse fluxo DESCRIÇÃO DOS DESPERDÍCIOS EM passa a ser então o processo padronizado de COMPRAS E SUPRIMENTOS compras e suprimentos. O uso de tecnologia de informação auxilia consideravelmente Espera por resultados de scorecard, espera causada por cálculo na implementação do processo padronizamanual do scorecard dos fornecedores, espera para processamento ESPERA do, que pode ser usado como um referencial das requisições de compras e elaboração de contratos. Escassez de pessoal qualificado causando atrasos administrativos; para se comparar e medir futuras melhorias. Passo 4: O cliente puxa a produção. As Compra de produtos e serviços antecipados, arquivos cheios requisições de compras exercem o papel ESTOQUE de documentos ocupando espaço, acúmulo de requisição de de iniciar o processo, mas esse puxar deve compras e solicitações de contratos; ser feito de modo a se reduzir o tempo total de ciclo entre a entrada da requisição e Fluxo de trabalho ineficiente levando a caminhadas e deslocamento o recebimento do material ou serviço. Para entre as estações de trabalho. Troca de documentos contratuais MOVIMENTAÇÃO isso, deve-se ter atenção para aspectos como entre a empresa compradora e fornecedores; eliminação de movimentos desnecessários, redirecionamentos ou mesmo devolução da requisição devido a erros ou falta de entenManuseio excessivo de documentos; TRANSPORTE dimento. O setor de compras deve ser proativo na relação com o seu cliente interno, esclarecendo, entendendo sua necessidade, Erros em documentos, retrabalho dos processos administrativos, erros dos fornecedores nos documentos de entrega, solução de informando quanto às dificuldades do merCORREÇÕES problemas de qualidade apresentados pelo fornecedor, perda de cado fornecedor de modo a eliminar erros documentos ou arquivos, incorreções existentes nos contratos ou inconsistências na preparação da requinecessitando a elaboração de aditivos para sua correção; sição por parte do cliente interno e possibilitando o seu rápido processamento quando do seu encaminhamento para o comprador. Recursos além do necessário podem ser empregados em tarefas que Passo 5: Busca de perfeição. O objetivo deveriam ser racionalizadas, como obter cotações, processamento PROCESSAMENTO das requisições de compras, faturamento, revisões do trabalho aqui é a melhoria contínua, também chaINADEQUADO efetuado pelos compradores antes da assinatura do contrato; mada de Kaizen no ambiente de produção. Para isso, é preciso medir o que se faz para fazer melhor. As medidas de desempenho Acumulação de requisições esperando para ser trabalhadas pelos do setor de suprimentos e o desempenho compradores. Excesso de tempo gasto em acompanhamento do PRODUÇÃO dos fornecedores são dados importantes status da ordem de compra junto ao fornecedor, manutenção de EM EXCESSO planilhas particulares para realização de análises; para novamente eliminar desperdícios e impulsionar a eficiência. Kaizen significa graduais melhorias ao lonGrande quantidade de compradores desempenhando atividades go do tempo, de modo a proporcionar mudantransacionais e administrativas quando deveriam estar envolvidos em análises estratégicas. Os compradores passam a maior parte do ças significativas depois de um período com um INTELECTUAL tempo apagando incêndio e reagindo aos problemas diários. Eles somatório de melhorias pontuais. Os benefícios não têm tempo de desenvolver relações estratégicas com os podem ser elencados como redução de custo, fornecedores e ser agentes de transformação e melhorias no economia de tempo, redução de distância perprocesso de suprimentos. corrida, menor número de pessoas empregadas nas tarefas, redução de lead time, redução de Tabela 1 etapas de um processo e redução de inventá-

64 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016


rios. Plan, do, check and act (PDCA, figura 3) e ferramentas de análise da causa raiz (diagrama espinha de peixe e outros) são instrumentos utilizados na melhoria contínua.

Fatores críticos de sucesso

PLAN, DO, CHECK AND ACT

P

A

• Objetivo de longo prazo. Muitas ineficiências foram introduzidas no processo ao longo dos anos e é muito difícil obter mudanças significativas da noite para o dia. O trabalho é duradouro e compreende a reunião de pequenas melhorias ao longo do tempo. Deve ser uma filosofia contínua na empresa, sem data para terminar. Conseguir o comprometimento das pessoas para começar é fácil, difícil é manter este comprometimento ao longo do tempo; • Pessoas e trabalho em equipe. O papel da liderança é muito importante na construção da motivação da equipe e para proporcionar o ambiente favorável ao desenvolvimento dos trabalhos, mas são os empregados que realmente fazem Figura 3 a diferença. Eles possuem informações importantes do como fazer as atividades no dia a dia que precisam ser melhoradas; • Treinamento. Preparação das pessoas para o emprego das ferramentas de gestão que serão utilizadas; • Envolvimento de importantes agentes. O pessoal de compras e os fornecedores são importantes nesse trabalho, mas igualmente importantes são os demais setores da empresa compradora, que precisam entender e apoiar a transformação que será realizada; • Medição. Fator importante para mostrar o desempenho do setor de compras e seus fornecedores para outros setores e para a alta gerência, além de ser um instrumento de busca de melhoria.

C

Conclusão Este texto focou principalmente na restruturação do setor de compras e suprimentos diante dos princípios do pensamento enxuto. É um trabalho que requer liderança, espírito criativo e comunicação com os clientes internos e fornecedores. O objetivo é ajustar o processo de compra de produtos e serviços de modo a minimizar o número de transações, reduzir o custo total e trabalhar com os melhores fornecedores que possam atender os requerimentos da empresa compradora. O lean procurement não deve atacar os sintomas, e sim as causas dos desperdícios, além de eliminar atividades que

Definir meta

Ação: corretiva preventiva melhoria

Definir método

Educar e treinar Checar METAS x RESULTADOS Executar Coletar dados

D

não agregam valor. Tudo deve ser feito com muito critério, pois uma redução de pessoal, por exemplo, sem a devida melhoria no processo, pode danificar o setor de compras, diminuindo sua eficiência e aumentando o custo no lugar de proporcionar redução.

Referências GORDON, S. R., 2013. White Paper: Using Lean to Improve Procurement and Supply Management. HAGSTROM, M., WOLLNER, M., 2011. Thesis: Implementing Lean Procurement: Opportunities, Methods and Hinders for Medium Sized Enterprises. NYAKAGWA, G. O., MUTHONI, D. K., 2014. Factors Affecting Implementation of Lean Procurement in Multinational Enterprises. International Journal of Social Sciences and Entrepreneurship. Vol. 1, Issue 1. WOMACK, J. P., JONES, D. T. e ROOS, D., 1990. The Machine that Changed the World. Macmillan, New York, NY. Ataide Braga Professor e pesquisador Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) ataide@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000 Novembro/Dezembro 2016 - Revista Tecnologística - 65


EVENTOS

Pela retomada

Paletrans

• A Paletrans lançou o rebocador elétrico modelo RP40, totalmente produzido no Brasil e que pode ser adquirido por meio da linha de crédito do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame). Projetado para movimentação horizontal de materiais e abastecimento de linhas de produção industrial, o rebocador é um equipamento versátil com capacidade para até 4 toneladas. Seu chassi, de 820 mm de largura, permite operações em corredores estreitos, e sua altura livre, de 80 mm do solo, possibilita ao equipamento vencer pequenos obstáculos. Equipado com motor de tração de 3 kW em corrente alternada, o RP40 tem freio regenerativo, freio de estacionamento eletromagnético, direção elétrica progressiva e timão de direção ergonômico, com regulagem

de altura. O equipamento possibilita três níveis de altura de acoplamento, sendo adequado para a utilização de diversos implementos de arraste, e está dotado de botões de aproximação de frente e ré, que facilitam o engate e o desengate dos implementos. A ergonomia neste equipamento está garantida com tapete para operador a bordo antiestresse e apoio lombar e para o joelho do operador. Suas rodas maciças, de baixa dureza, proporcionam maior aderência e favorecem a tração do rebocador, absorvendo impactos em condições irregulares de pisos. Para uma operação segura, o RP40 sai de fábrica equipado com strobo, farol de movimentação, alarme sonoro de movimento e botão de emergência. (16) 3951-9999 • Especializada na criação e implementação de soluções de automação por meio do uso das tecnologias de RFID (radio-frequency identification), RTLS (Real Time Location System) e Telemetria, a GTP lançou uma ferramenta de inventário integrada com softwares de geolocalização e sensores em drones com foco em controlar com precisão estoques, evitando perdas e otimizando custos de forma automatizada e sem interferência humana. A solução promete gerar economia de 90% no custo de realização de inventários. O sistema utiliza a tecnologia RTLS, cujos sensores aéreos determinam a

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GTP

Principais players do setor de logística demonstram otimismo com os rumos da economia brasileira e com o segmento durante o Salão Internacional de Logística Integrada – Movimat, realizado entre os dias 20 e 22 de setembro, em São Paulo. Confira a seguir algumas das novidades apresentadas no evento

rota de voo do drone e geram dados que serão cruzados com o WMS, realizando assim o inventário de forma precisa. Capaz de medir a distância relativa entre a altura onde se encontra e a dos paletes, o drone envia imagens em tempo real do estoque por meio de telemetria e calcula a quantidade de produtos existentes no armazém. Durante o sobrevoo, todas as quantidades de produto são confrontadas com os volumes armazenados, as entradas e as saídas. O saldo será o resultado real do estoque. A geolocalização faz em minutos o que antes era feito em até duas horas por um ou dois funcionários, segundo a empresa. Há três anos a GTP se dedica ao desenvolvimento da solução, na qual investiu mais de R$ 1 milhão. O sistema também monitora e localiza em tempo real a movimentação de paletes, empilhadeiras e pessoas, prevenindo assim acidentes ao emitir um sinal para o colaborador e para o veículo. (11) 3721-6560


Honeywell

lho de campo, de linha de frente, com fluxo de digitalização intenso. É o computador móvel mais avançado da Honeywell destinado a empresas, que oferece conectividade em tempo real e os melhores recursos de captura de dados da categoria. (11) 3475-1900

que impedem o desequilíbrio entre as células, o fato de o próprio carregador determinar a necessidade e aplicar a carga de equalização e um sistema que assegura a carga adequada para baterias de marcas e idades diferentes sem intervenção do operador. (11) 2431-6464

• A Retrak divulgou investimentos de R$ 5,2 milhões em novos equipamentos do Kion Group, detentor das marcas Linde e Still. No segundo semestre deste ano, a empresa, que já representava equipamentos Still, passou a trabalhar também com a marca Linde, agregando estes equipamentos à sua frota de locação, que atualmente conta com mais de 2 mil unidades. A novidade faz parte da estratégia do Kion Group de reposicionamento de mercado, que atingiu os representantes de seus equipamentos em todo o Brasil. O diretor executivo da Retrak, Fábio Pedrão, explica que, com isso, a empresa passa a atuar nas regiões norte e oeste de São Paulo como representante das duas marcas. Os profissionais da Retrak receberam os treinamentos necessários ao conhecimento e à manutenção dos novos equipamentos e foi feito um estoque de peças de reposição Linde, potencializando a disponibilidade de rápido atendimento aos clientes. A empresa também lançou o carregador de baterias para empilhadeiras Retrak F1. O equipamento foi projetado com base em observações dos principais problemas registrados no uso de baterias tracionárias em campo. Entre os destaques do Retrak F1 que o tornam inovador estão o abastecimento de água sem intervenção humana, já que a bateria recebe água do carregador quando precisa e na quantidade certa, cargas de equalização automáticas,

• A empresa de equipamentos e projetos industriais Kame apresentou a empilhadeira para rolos e bobinas com expansor e tombamento Klift100. O equipamento manual foi desenvolvido para operações em que haja necessidade de elevação e posicionamento da bobina da posição vertical para a horizontal. De fácil manuseio e operação, ele conta com o sistema EXP075, que possibilita elevação e tombamento suaves da bobina sem muitos esforços. Ideal para a execução de trocas de bobinas e rolos em equipamentos de embalagem como enfardadoras, envolvedoras, ensacadoras e máquinas de strech, o equipamento possui capacidade de até 100 kg. A empresa também apresentou a versão eletro-hidráulica da bateria com sistema expansor e tombamento Klift 150. Com capacidade para 150 kg, seu sistema permite elevação e descida suaves e lineares da carga por meio de um comando elétrico operacional. (16) 3443-1316

Kame

• A Honeywell mostrou novos produtos em suas linhas de scanners, impressoras e computadores móveis durante a Movimat. Um dos destaques foi o lançamento da nova impressora de etiquetas industrial de médio porte, a PM42. Com interface intuitiva, de fácil utilização e manutenção, a PM42 economiza tempo e reduz custos. Além disso, a impressora também apresenta alta velocidade de impressão, tela de LCD colorida com nove idiomas e estrutura metálica robusta que proporciona maior proteção em ambientes industriais, como armazéns e depósitos. Segundo a empresa, o grande diferencial do produto é o custo-benefício oferecido. A impressora é econômica e pode aumentar a eficiência operacional em ambientes de manufatura, transportes, varejo e em centros de distribuição. Outro lançamento apresentado pela Honeywell foi o ScanPal EDA50, um computador portátil corporativo que facilita a operação em ambientes que requerem agilidade, funcionalidade e confiabilidade no intercâmbio de dados. Possui bateria com duração de mais de 12 horas, tecnologia Bluetooth para se conectar a diversos dispositivos e aplicativos, processador de 1.2 GHz quad-core e é capaz de ler códigos de barra 1D e 2D, códigos compostos e postais. Já o computador móvel CT50 possui suporte para sistemas operacionais Windows e Android e tem como público-alvo a força de traba-

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• A MetalMais, empresa especializada em acessórios para empilhadeiras elétricas e a combustão, esteve presente na feira com seu portfólio

MetalMais

de produtos. O destaque fica para as cabines para empilhadeiras, com diferenciais como para-brisas em vidro ou policarbonato, teto com tela de proteção, opção de limpador de para-brisa e lavatório, portas em aço, lona com zíper ou policarbonato, para-brisa traseiro fixo ou basculante, opção para ar-condicionado ou climatizador e kits com instalação prática e rápida. A empresa também levou outros produtos à Movimat, como cesto e gaiola para empilhadeiras e bases estacionárias, carrinhos e trocadores de baterias. (48) 3343-8383

• A multinacional Bastian também participou da Movimat apresentando seu portfólio. A empresa desenvolve transportadores, unidades de soluções robóticas e softwares WMS, WCS e de consultoria. Além disso, ela desenvolve e executa projetos de automação logística. A novidade apresentada durante o evento foi a tecnologia Goods-to-Person, sistema que leva produtos para estações de trabalho com posições fixas. Assim, o operador não precisa se movimentar, o que aumenta a produtividade. Há cinco anos no Brasil, a empresa participou de projetos importantes nas indústrias de vestuário, comércio

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eletrônico, aeroespacial, aeroportuária e de autopeças, entre outros. São projetos de todos os tamanhos, desde retrofit de sistemas antigos até grandes projetos integrados de equipamentos e software. A unidade brasileira também é responsável por negócios em toda a América do Sul. (19) 3833-9090 • A Iron Brasil, empresa focada no desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos logísticos, lançou a doca móvel DC3000, desenvolvida para operações estacionárias em pátios ou galpões com deslocamento manual. O novo equipamento foi feito para operações em locais que não possuem doca ou contam com doca muito baixa. É ideal para operações estacionárias em pátios ou galpões com deslocamento manual, para carga e descarga traseira ou lateral de veículos ou como elevador para vencer obstáculos. De fácil operação e com capacidade de carga para até 3 toneladas, a DC3000 permite a carga e a descarga de forma rápida e segura. Entre suas vantagens estão a otimização de mão de obra e o aumento da segurança nas operações. (24) 2263-2001 Iron Brasil

Globalstar

• O provedor de comunicações por satélite Globalstar lançou durante o evento o rastreador satelital SmartOne C. Desenvolvido para o gerenciamento remoto de ativos fixos ou móveis, o produto é uma solução prática e que conta com uma variedade de funções, como programação de até 12 intervalos de transmissão de dados diferentes, operação 24 horas ou em intervalos, programação de transmissão alternada e mensagem de bateria fraca. Com ele é possível rastrear veículos, barcos e contêineres. O Smart One C pode ser ligado a uma fonte de alimentação ou, na ausência ou interrupção de energia externa, irá automaticamente acionar sua bateria reserva. Usando uma fonte de alimentação externa, o usuário tem maior flexibilidade na frequência do envio de mensagens, permitindo o monitoramento do ativo de forma mais regular. A solução trabalha com sensor de movimento, comparação de coordenadas GPS e configuração customizada de sensores para coletar e transmitir informações do ativo. Todos os dispositivos são configuráveis para monitorar necessidades específicas dos ativos e fornecem alertas intermediários e de emergência por e-mail ou mensagem SMS. 0800 979-7890

Bastian

EVENTOS


Ri, que modera os custos, simplifica os processos e permite que a tecnologia de carregamento seja padronizada. A empresa mostrou os novos modelos Selectiva nas categorias de potência 2kW e 3kW, projetados para 24 e 48 V. Essas novas categorias atendem a diversos segmentos, incluindo operações em centros de distribuição que dispõem de paleteiras. (11) 3563-3800 • A Ultragaz levou pela primeira vez à Movimat suas soluções para a cadeia logística. A companhia disponibiliza para as empresas que utilizam empilhadeiras o mais seguro vasilhame de gás liquefeito de petróleo (GLP) para o funcionamento dos equipamentos, com combustível de alta qualidade e rendimento. Os vasilhames passam por processos rigorosos de

Ultragaz

qualidade e segurança, com inspeções minuciosas e testes que garantem a confiabilidade do produto. Os botijões são equipados com válvulas que evitam riscos ou danos à operação dos clientes. Segundo a empresa, um botijão de 20 kg da marca pode manter uma empilhadeira funcionando por 9 horas, o que garante ótima relação custo-benefício para a empresa, reduzindo custos, aumentando a produtividade e diminuindo os impactos ambientais das operações. (11) 2597-4424 • A RunTec, empresa especializada no desenvolvimento de softwares, apresentou sua suíte de aplicativos Hodie, para o controle e o monitoramento de entregas. Com ele, indústrias, operadores logísticos e transportadores acompanham todas as suas entregas em tempo real. O Hodie proporciona mais visibilidade ao processo logístico dos embarcadores que contratam transportadores terceirizados e querem medir seu nível de serviços. É um sistema colaborativo que mantém as áreas de Logística e Comercial, os transportadores e clientes interligados. A partir do Hodie é possível utilizar soluções de controle de agendamento de cargas, de logística reversa e de business intelligence (BI). A novidade levada à feira ficou por conta do HodiePedidos, um módulo para monitoramento detalhado de cada etapa do ciclo do pedido. Com ele é possível monitorar os pedidos em dashboards totalmente visuais, gerar indicadores OTIF, OTD e outros, saber qual fase do ciclo está atrasando a melhoria

de performance e liberar acesso para o cliente consultar a posição dos pedidos no portal do cliente. (11) 4521-1986 • A TecFork é dealer da Anhui Heli, fabricante chinesa de empilhadeiras que possui mais de 60 anos de experiência no desenvolvimento de equipamentos. Durante a Movimat, a empresa apresentou seu portfólio de empilhadeiras CHL, com destaque para a empilhadeira a combustão 1.8T. O equipamento foi desenvolvido para a movimentação de cargas de até 1,8 tonelada, em locais apertados onde se exige agilidade da máquina. Equipada com o motor Nissan K21, que permite maior durabilidade e tempo de operação, mesmo em altas rotações, ela conta ainda com sistema de entrada de ar posicionado em local estratégico, a fim de diminuir a entrada de poeira no motor, aumentando ainda mais a sua vida útil. Pode ser equipada com torres de elevação que vão de 3 mil até 7 mil mm e seu robusto sistema de direção à prova d’água permite a operação em locais extremos e evita que sujeira e pó entrem em suas partes móveis. (11) 2615-2777

TecFork

Fronius

• A Fronius, especializada no desenvolvimento de carregadores, apresentou suas soluções em baterias de tração. Com grande experiência na área, os produtos e serviços são capazes de garantir economia e praticidade aos clientes de intralogística. O destaque vai para o processo de carregamento Ri para empilhadeiras elétricas. Ele diminui a perda de energia no início do carregamento e durante a fase de recarga, o que reduz os custos com eletricidade e as emissões de CO2. O carregamento é frio e suave, aumentando significativamente a vida útil das baterias. Com os sistemas de carregamento Fronius Selectiva, os usuários podem carregar diferentes tipos de bateria, utilizando o processo

• A Senior, que atua com softwares para gestão, lançou uma solução de planejamento inteligente de carga, que oferece automação no processo de formação de cargas, permitindo que as empresas consigam dimensionar o carregamento de acordo com o espaço disponível. Isso é possível graças à tecnologia Load Optimized 3D, que possibilita visualizar de forma multidimensional a carga no contêiner, palete ou caminhão, bem como a taxa de ocupação, além de

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EVENTOS

Combilift

• A Saur teve como destaque em seu stand o push-pull sobreposto aos garfos, um equipamento para operações que requerem remoção e instalação rápida e frequente do push-pull na empilhadeira. Possui mecanismo pantográfico robusto e de alta resistência, o que traz maior rigidez ao equipamento. A região de contato do slipsheet é totalmente arredondada, o que evita danos às mercadorias. Também foi destaque a garra giratória para bobinas, que dispõe de braço menor fixo e braço maior unido e é ideal para

operações com bobinas em geral, pois atende grande parte das necessidades dos usuários que buscam uma operação simples, ágil, segura e sem danos ao papel. O equipamento possui braço delgado com contorno suave, proporcionando melhor aproveitamento de espaços de armazenagem e facilitando a saída da bobina. O giro de 360 graus para ambos os lados é suave e tem excelente velocidade, gerando mais rapidez e maior produtividade no armazenamento. Sua estrutura é composta por componentes fundidos de maior resistência, que proporcionam durabilidade estrutural em regiões com maiores níveis de tensão, e o protetor de conchas integrado ao equipamento previne seu desgaste excessivo. (11) 2148-1012

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• O Kion Group, detentor de sete marcas de equipamentos, entre eles Linde e Still, anunciou, a partir da mudança mundial de governança, a nacionalização da empilhadeira FMX New Generation. Projetada para atender às condições específicas do mercado brasileiro, a FMX incorporou o sistema fingertip de comandos das funções hidráulicas, proporcionando maior ergonomia ao operador do equipamento e facilidade de controle das suas funções, reforçando o conceito de ergonomia presente nos equipamentos da marca Still. A empresa também lançou no Brasil sua nova empilhadeira contrabalançada elétrica Still RX 50-16, produto que garante conforto, desempenho, versatilidade e segurança nas operações. A RX 50-16 é a primeira de sua classe produzida no Brasil e é ideal para operar em espaços reduzidos, graças às suas dimensões compactas. Sua fácil manobrabilidade auxilia a operação em corredores estreitos a alturas elevadas ou para trabalhar com carga e descarga de caminhões e contêineres em operações que exigem uma empilhadeira contrabalançada que una virtudes em potência, ergonomia, precisão, segurança e responsabilidade com o meio ambiente. Além dessas novidades, também foi lançada a transpaleteira elétrica com substituição de bateria lateral da marca Still. De dimensões compactas, a EGU-C está projetada para o transporte horizontal de cargas de até 2 toneladas em médias distâncias com fácil manobrabilidade, destacando-se por sua simplicidade e segurança, inclusive em locais com espaço reduzido, com excelente visibilidade da carga e da ponta dos garfos. A transpaleteira é dotada de um moderno sistema de tração com motor de corrente alternada trifásico e encapsulado, que dispensa manutenção. (11) 4066-8100 Kion

• A Combilift apresentou a Combi-CB, uma empilhadeira compacta multidirecional desenhada para o manuseio de cargas paletizadas e cargas longas. O equipamento pode operar tanto em ambientes internos quanto externos. A empilhadeira é mais compacta que uma máquina contrabalançada tradicional, possui operação multidirecional, deslocador lateral standard e capacidade de carga que vai de 2,5 a 4 toneladas. A altura de elevação vai até 7,5 m e a Combi-CB tem suporte de garfos de 1.400 mm. A empilhadeira está disponível em versões movidas a GLP, diesel e elétrica e possui como opcionais cabine

fechada, aquecedor de cabine, posicionador de garfos integrado ao deslocador lateral e dispositivo acoplável para dois garfos adicionais. (51) 3077-7444

Saur

verificar o passo a passo do carregamento e obter informações sobre custos. Outro lançamento é a nova funcionalidade de comando de voz do WMS, voltada à separação e distribuição de materiais. O aplicativo, instalado em dispositivos móveis, funciona por meio de Bluetooth e prevê um ganho de até 25% na produtividade de separação das mercadorias, na medida em que reduz erros e agiliza processos. Na prática, o operador envia um comando para o software, onde a voz é transformada em dados, enviados para o servidor – da empresa ou na nuvem –, que os interpreta e realiza os comandos na solução WMS. Em contrapartida, o sistema devolve as informações por voz para o operador, passando instruções e coordenadas como o endereço do picking, o que coletar, em que quantidade, direção e até a doca de expedição. 0800 648-3300


Atividade portuária, por que investir? Instituto de Engenharia promove debate entre as autoridades portuárias e a iniciativa privada em São Paulo

O

Divulgação

Instituto de Enski, diretor-geral da Angenharia, societaq. “Essa discussão está dade civil sem sendo feita em um mofins lucrativos, realizou, mento muito propício no dia 3 de novembro, a para se falar sobre a área 11ª edição do Seminário portuária, devido prinCaminhos da Engenhacipalmente à situação ria Brasileira, em sua que estamos vivendo no sede em São Paulo. Nespaís”, destacou Tokarski. ta edição, o evento teve Ao longo do dia foo tema Atividade porturam debatidos os tópicos ária, por que investir? Desafios regulatórios do O objetivo do semisetor portuário, Quadro O coordenador José nário é promover um atual dos portos brasileiWagner Ferreira debate entre as autoriros, Terminais privados dades portuárias e a iniciativa privada na Nova Lei dos Portos, Programa de sobre questões como o papel da Agên- Parcerias e Investimento (PPI), Portos: cia Nacional de Transportes Aquavi- rearranjo institucional e perspectiva, ários (Antaq), a legislação portuária, a Terminal Portuário de São Luis (MA), O segurança jurídica para os empreende- Porto de Santos (SP): presente e desafios e dores, os marcos regulatórios e perime- Marcos regulatórios. trais, entre outras. Fundado há exatos 100 anos, o InsO evento foi aberto por José Wag- tituto de Engenharia tem como missão ner Ferreira, coordenador técnico da promover a engenharia em benefício do Divisão de Logística do Instituto de desenvolvimento e da qualidade de vida Engenharia. “A ideia desse evento foi da sociedade. A entidade busca promojuntar todos os lados da atividade por- ver fatores como a defesa do interesse tuária, as autoridades e as pessoas que público no segmento, a evolução da eninvestem no porto, para uma conversa genharia e seu desenvolvimento cientíentre amigos. Aqui todo mundo tem fico e tecnológico, o desenvolvimento conhecimento sobre o tema. Queremos sustentável e a valorização da profissão tirar desse evento ideias novas para a do engenheiro e seu aprimoramento atividade portuária e sanar dúvidas que educacional, profissional e cultural. ainda possam persistir”, disse. Também Instituto de Engenharia: (11) 3466-9200 participou da abertura Adalberto Tokar-


EVENTOS

Inovação e otimismo

Divulgação Ilos

Fórum Internacional de Supply Chain, promovido pelo Ilos, chega a sua 22ª edição apostando na inovação tecnológica como tendência na logística em meio a um cenário de otimismo pela recuperação econômica do país

A

cidade do Rio de Janeiro recebeu, entre os dias 4 e 6 de outubro, a 22ª edição do Fórum Internacional de Supply Chain e Expo. Logística, tradicional evento realizado pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), que reúne os principais representantes do mercado para discutir os rumos do setor no Brasil. Neste ano, as atividades desenvolvidas durante o fórum foram divididas em cinco tópicos principais: Infraestrutura logística no Brasil, Startups: empreendedorismo e inovação em logística e supply chain, Supply chain management frente a um ambiente de incertezas e rupturas, Demand driven supply chain no varejo e Gestão do supply chain no setor de saúde. O evento contou com mais de 40 sessões, divididas em keynote sessions, spotlight sessions, demo solutions, painéis, estudos de caso, tutoriais e workshops. Como de costume, marcaram presença grandes nomes da logística nacional e também internacional. Dentre os participantes, 36% ocupam cargos de presidência e diretoria, 44% de gerência e 20% atuam

na área operacional. De acordo com o próprio Ilos, o evento recebeu uma avaliação geral de 8,6 de seus participantes em uma escala de zero a dez e 99,5% de todas as sessões ministradas foram consideradas excelentes ou boas. “Essa edição do fórum foi uma vitória muito grande, porque conseguimos manter um evento com a mesma qualidade de sempre mesmo em um período de complicações econômicas”, analisa o diretor de Relações Internacionais do Ilos, Cesar Lavalle. “Fomos muito felizes na escolha dos temas, com assuntos bastante alinhados à realidade, falando sobre questões como infraestrutura, gestão de crises, custos competitivos e inovação”. Para Lavalle, a participação mais forte de startups foi um diferencial muito importante nesta edição do evento. “Nesse tópico nós pudemos contar com empresas de um nível muito elevado, trazendo uma visão nova para o setor, que de certa forma é a alavanca para transformações, o propulsor para mudanças. São empresas com modelos diferentes de negócios, que rompem algumas barreiras já consolidadas. É uma

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ótima oportunidade para aprendermos a fazer as coisas de uma maneira diferente e cada vez melhor”, analisa. Ele explica que assuntos como a aplicação de ferramentas de business intelligence (BI) e digitalização são fortes tendências na logística. “A digitalização do supply chain com certeza é um dos principais assuntos do momento. As grandes corporações, que possuem mais capacidade de investimento, já utilizam soluções de BI para melhorar cada vez mais a operação. Mas isso não é exclusividade delas e as tecnologias atuais já estão proporcionando essa transformação”. Também de acordo com números divulgados pelo próprio Ilos, 93% dos participantes afirmaram que estarão presentes no próximo evento, que acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2017, também no Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip, no Rio de Janeiro. “O espírito do fórum é a inovação”, diz Lavalle. “Vamos completar 23 anos de evento e a intenção é sempre trazer conteúdo novo, para inspirar as pessoas”, finaliza. Ilos: (21) 3445-3000



AGENDA

INTERNACIONAL Packaging Inovations 2016. 23 a 24 de novembro. Madri, Espanha. Organização e informações: Easy Fairs. www.easyfairs.com CeMat India 2016. 1 a 3 de dezembro. Nova Déli, Índia. Organização e informações: Deutsche Messe. www.win-india.com NACIONAL

tos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Carga horária: 18 horas. Logística Integrada. Logística Reversa. Logística de Transportes. Todos com carga horária de 24 horas. Administração de Operações Logísticas. Gestão de Frotas. Operações de Logística Internacional. Todos com carga horária de 30 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 4090-1030 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br

Cursos de curta duração Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 22 de novembro. Controle de Almoxarifado e Inventário Físico. 6 de dezembro e 24 de janeiro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Minder Group. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Como Elaborar e Negociar Tabelas de Fretes no Transporte Rodoviário de Cargas. 26 de novembro. Rotinas Operacionais no TRC (Conferência, Movimentação, Manuseio, Arrumação de Cargas e Expedição). 26 de novembro. Estratégias Operacionais de Logística, Transportes e Distribuição. 3 de dezembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística (Ceteal). Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com

Como Elaborar e Utilizar a DRE como Ferramenta de Gestão em PSLTs. 24 de novembro. ICMS e ISS – Incidentes nas Prestações de Serviços de Transporte de Cargas, Armazenagens e Outras Operações Logísticas. 25 de novembro. Logística Fiscal e Tributária Aplicada às Operações Logísticas. 26 de novembro. Formação de Analista Fiscal para Operações Logísticas – Atualização Técnica (ICMS, IPI, ISS, PIS e Cofins). 3 de dezembro. Custeio e Formação de Preços para Carga Lotação e Fracionada. 10 de dezembro. Gestão Estratégica de Transportes. 12 de dezembro. Gestão de Alta Performance em Armazéns. 13 de dezembro. Projetos e Melhoria Contínua na Movimentação e Armazenagem

de Materiais (CDs, CDAs e Cross-Docking). 19 de dezembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: TigerLog. Tel.: (11) 2694-1391 contato@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br

Cursos de longa duração Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Curso Livre em Almoxarife. Carga horária: 160 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160 horas. Curso Livre de Comprador. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 4090-1030 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www.tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Compras e Administração de Materiais. Gestão da Distribuição. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Tecnologia Aplicada à Logística. Todos com carga horária de 15 horas. Cus74 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2016

Assine ............................................ 61 Aurora Terminais .......................... 55 Bresco .....................................3ª capa C&D Empreendimentos................ 29 Cargolift ........................................ 43 Favorita ......................................... 59 Friovale .......................................... 19 GKO................................................. 9 GLP ................................................ 23 Gollog............................................ 11 Grupo Águia Branca ...............4ª capa Ilos ................................................. 73

LedBee - Grupo Samhwa ............... 25 Lift-Tek ...................................2ª capa Log CP ........................................... 15 Manserv ......................................... 27 Multilog......................................... 37 Penske ........................................... 21 Portal ............................................. 49 Pronto Express .............................. 17 Tegma .............................................. 5 Testo .............................................. 13 WZ Consultoria ............................. 71




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