Revista Tecnologística Ed.250 - Abril 2017

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Condomínios logísticos

Superofertado, mercado aguarda a recuperação da economia para retomar o ritmo de lançamento de novos empreendimentos

IMPRESSÃO 3D

Como a utilização em larga escala da tecnologia SRGH LQÁXHQFLDU RV processos logísticos

ENTREVISTA

De transportadora a operador logístico: Thiago Borges Batista conta a história da Rodoborges



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MERCADO Fique por dentro de todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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Divulgação

SUMÁRIO

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor

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ENTREVISTA Thiago Borges Batista, diretor-geral da Rodoborges, conta todos os detalhes a respeito da companhia, de grande tradição no segmento de transportes, que cada vez mais se consolida como um operador logístico, oferecendo os mais diversos serviços dentro da cadeia de abastecimento e distribuição

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A aplicação da manufatura aditiva, que utiliza impressoras 3D para a fabricação dos mais diversos itens, é uma grande promessa de transformação nas indústrias, com a possibilidade de simplificar e agilizar processos de produção. Mas ela prenuncia mudanças significativas também na logística, diante da oportunidade de se reduzir estoques e, consequentemente, custos com armazenagem

CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS Devido à crescente demanda por instalações mais modernas e eficientes, o inventário nacional de condomínios logísticos encontra-se em franco crescimento. Com a recente desaceleração da economia, porém, as taxas de ocupação caíram e o mercado tornou-se superofertado. Agora o setor busca estabelecer um equilíbrio entre o lançamento de novos empreendimentos e a absorção dos espaços

TECNOLOGIA

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OTIMIZAÇÃO Contando com os trabalhos de consultoria da Integration, a Votorantim Cimentos colocou em prática um projeto de grandes proporções que visa revolucionar todo o supply chain da companhia, revendo cada um dos processos da cadeia com o objetivo de adotar as melhores práticas e obter uma redução de R$ 50 milhões anuais nos gastos com logística

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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

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AGENDA Saiba quais são os mais importantes cursos, seminários e eventos nacionais e internacionais do setor em nossa agenda

Capa: Michele Bianchi Foto: Divulgação GLP


EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Grandes planos

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empre em clima de otimismo – ainda que moderado – diante dos percalços que o Brasil enfrenta, a Tecnologística anuncia uma iniciativa que, sem dúvidas, é de extrema importância para todo o segmento logístico. Como já é de praxe todos os anos, no próximo mês de junho publicaremos nossa tradicional tabela de operadores logísticos, com a mais rica apuração dos pormenores das principais empresas que atuam no setor em todo o Brasil. E, para que ela seja cada vez melhor e mais detalhada, contamos com a participação dos próprios operadores logísticos, atendendo ao nosso chamado para responder a um questionário on-line que servirá como base para a confecção da tabela, disponível também no nosso portal on-line. Neste ano, porém, o trabalho toma uma importância ainda maior, pois nos juntamos à Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) para estender a utilização das informações obtidas para além de nossa tabela de consulta. Assim, o resultado será transformado em um profundo estudo que dará origem a um documento mensurando o setor, com o objetivo de auxiliar a Abol em sua luta junto a órgãos federais para que a figura do operador logístico seja reconhecida oficialmente no Brasil, o que proporcionaria muitas vantagens às empresas, como maiores facilidades na obtenção de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo. Por isso torna-se ainda mais importante a participação de todos os players do mercado, de Norte a Sul do país, secos ou frigorificados, grandes ou pequenos, nacionais ou multinacionais, para que o resultado da pesquisa reflita da maneira mais fiel possível o segmento de operadores logísticos brasileiro. Para manter o ritmo de boas notícias, nas páginas desta edição o leitor vai encontrar uma reportagem sobre as companhias que atuam no setor de condomínios logísticos, que, na contramão da crise, têm investido tanto no lançamento de novos empreendimentos que agora vão precisar se conter para acompanhar o ritmo desacelerado das absorções de novos espaços. Além disso, trazemos uma entrevista com o diretor-geral da Rodoborges, mais um exemplo de companhia que atravessou a crise investindo e colhendo resultados positivos apesar de todos os obstáculos impostos pelo atual momento de incertezas. Por fim, seguindo com nossa série de matérias sobre tendências tecnológicas, abordamos um tema ainda pouco explorado dentro da logística: as impressoras 3D e sua influência nos armazéns, diante da possibilidade de se produzir itens com muito mais rapidez e praticidade, muitas vezes eliminando a necessidade de manter grandes estoques. E, como é sempre tempo de inovar e de se reinventar, em breve teremos outras grandes novidades, que sem dúvida detalharemos neste espaço. Boa leitura, Shirley Simão

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Ano XXII - N.º 250 - Abril 2017 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

Central de atendimento: Tel./Fax: (11) 5504-0999 Assinatura assinatura@publicare.com.br Jornalista responsável Fernando Fischer redacao@publicare.com.br Reportagem Cristiani Dias Colaboração Fábio Penteado Silvia Giurlani Revisão André Tadashi Odashima Arte Michele Bianchi Publicidade Aline de Almeida Botega Eládia San Juan Argentina V. y V.S.R.L. Nuñes - 2820 1429 - Buenos Aires - Argentina Tel./Fax: (0054 11) 4702-2800 Periodicidade mensal Circulação nacional Conselho editorial Antônio Galvão Novaes; Arthur A. Hill; César Lavalle; Hugo Yoshizaki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Paulo Roberto Leite; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Walter Zinn.

A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067.

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MERCADO

Tecnologística e Abol desenvolverão amplo estudo sobre o mercado de operadores logísticos

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Revista Tecnologística uniu-se à Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) para promover, neste ano de 2017, um amplo levantamento a respeito do segmento. O objetivo é desenvolver, a partir dos dados coletados para a elaboração da tradicional tabela de operadores logísticos, que será publicada no mês de junho, um documento traçando um perfil aprofundado sobre esse mercado. Para isso, a Tecnologística realizará uma pesquisa junto aos operadores logísticos de todo o Brasil, que receberão um questionário para preenchimento on-li-

ne. Tendo como base as informações reunidas na pesquisa, a Parallaxis Consultoria Econômica e Financeira vai preparar uma análise de mercado. A partir dessa análise, será produzido um documento traçando o perfil do setor, que será divulgado gratuitamente e utilizado pela Abol junto a órgãos federais com o objetivo de lutar pelo reconhecimento oficial da figura do operador logístico no Brasil. A participação de todos os players em atividade no país, tanto nacionais quanto estrangeiros, de pequeno, médio e grande portes, é fundamentalmente estratégica para que seja possível mensurar o porte

do mercado e suas características, efetivamente determinando o peso do setor. “Completando seu quinto aniversário, a Abol irmana-se à Tecnologística para editar o levantamento de dados estatísticos do setor, produzindo, portanto, fonte comum para análise crítica e pesquisa de largo espectro”, destaca Cesar Meireles, diretor executivo e CEO da associação. “Creio ser esse um passo importantíssimo para um setor em plena consolidação e estratégico para a economia”, completa. Abol: (11) 3586-6109 Parallaxis: (11) 3101-1368

CSCMP volta a promover o Roundtable Brasil depois de dez anos

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cidade de São Paulo vai receber, em abril, o evento Roundtable Brasil, com o tema Digital Supply Chain Transformation, promovido pela entidade norte-americana sem fins lucrativos Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP). Os roundtables são encontros que acontecem em 22 países e representam a presença local do CSCMP, permitindo que seus associados participem de debates sobre os temas mais atuais relacionados ao setor. Dentre os assuntos abordados estão tecnologias móveis e de nuvem, internet das coisas, colaboração em rede e big data. Marcelo Schmitt, presidente do CSCMP Roundtable Brasil, lembra que o evento chegou a acontecer de três a quatro vezes por ano no país entre

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1999 e 2006. “Nessa época o Brasil era, depois dos Estados Unidos e do Canadá, o terceiro país com o maior número de associados, chegando a contar com 400. Agora estamos com um novo board e retomando com força total”. “Nesse retorno, o Roundtable passará também a apoiar pesquisas com universidades para trazer mais informação sobre nossas práticas e realidades operacionais, assim como oferecer cursos e certificações para estudantes e profissionais em começo de carreira”, explica o executivo. Atualmente, o CSCMP possui mais de 9 mil associados, dos quais 70% são tomadores de decisão e executivos e os demais 30% são ligados a universidades, pesquisa e estudos da área. De acordo com Schmitt, as expectativas para o evento são as melhores

possíveis. “O tema não pode ser mais atual. A transformação digital em curso afeta todas as áreas de nossas vidas hoje, e mudanças significativas estão acontecendo na forma de gerir a cadeia de suprimentos. Estamos voltando para oferecer aos profissionais brasileiros uma sustentação de carreira necessária em momentos de turbulência econômica e política como o que estamos vivendo no país”. O Roundtable Brasil acontecerá no dia 27 de abril, no World Trade Center São Paulo, na Avenida das Nações Unidas, 12.551. O evento é patrocinado pela LLamasoft, Infor, IMC e Imai Soluções e conta com o apoio da Revista Tecnologística. CSCMP: (11) 3199-0264


BgmRodotec compra empresa de soluções em nuvem para logística

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BgmRodotec, especialista em sistemas para o transporte rodoviário, anunciou a compra da Hive.Cloud, que fornece softwares para pequenas e médias empresas dos setores de transporte e logística. Segundo Lauro Freire, diretor e sócio-fundador da BgmRodotec, além de agregar e gerenciar soluções que atendam de forma completa toda a cadeia do transporte de passageiros e logística, o intuito da negociação é marcar presença no mercado das pequenas e médias

empresas do setor. Essa é a primeira aquisição da BgmRodotec, que pretende anunciar novidades nos próximos meses. A Hive.Cloud tem sede em Recife e possui 15 anos de mercado, oferecendo soluções voltadas aos pequenos prestadores de serviços de transporte e logística. A empresa já conta com mais de 1.500 clientes em sua carteira e contabilizou um crescimento de 190% nos últimos dois anos. De acordo com Freire, a incorporação de novas tecnologias, o cres-

cimento do portfólio de soluções e a ampliação do marketshare devem propiciar grandes benefícios para os clientes. Além disso, as empresas que hoje utilizam soluções da Hive. Cloud também poderão ser beneficiadas com a integração à plataforma Globus, principal ferramenta de gestão para transportadoras de passageiros e cargas da empresa. Os valores envolvidos na aquisição não foram divulgados. BgmRodotec: (11) 5018-2525 Hive.Cloud: (81) 4062-8262


MERCADO

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Mercedes-Benz está realizando testes, junto a clientes na Europa, com as primeiras unidades do caminhão pesado Urban eTruck, o primeiro totalmente elétrico da marca. Depois da apresentação do modelo, com peso bruto total (PBT) de 25 toneladas e autonomia de até 200 km, durante a Feira Internacional de Veículos Comerciais (IAA) de 2016, em Hannover, na Alemanha, o primeiro lote começou a ser entregue a um pequeno grupo de clientes. “Depois do lançamento mundial, em setembro do ano passado, a reação dos clientes foi muito positiva. Já estamos falando de cerca de 20 potenciais clientes dos setores de logística, alimentício e coleta de lixo. Com os primeiros caminhões em teste, estamos agora perto do próximo passo, a produção do modelo em série”, explica Stefan Buchner, chefe mundial da Mercedes-Benz Trucks. “Até 2020 queremos estar no mercado com a produção do Urban eTruck em grande escala”. Com zero emissões, totalmente si-

lencioso e com carga útil de 12,8 toneladas, o Urban eTruck oferece um novo conceito de economia combinada com ecologia. Inicialmente, um lote do veículo será produzido e destinado para clientes da Alemanha e, posteriormente, para clientes de outros países da Europa. Os modelos serão usados pelos clientes em aplicações reais, otimizando ainda mais o conceito do veículo elétrico e as configurações dos sistemas do caminhão. Além disso, o teste contemplará inúmeras trocas de marchas e gerenciamento do tempo de carga da bateria e da autonomia do eTruck. Para que possam operar em diversas aplicações, versões do Urban eTruck de 18 e 25 toneladas serão equipadas com carrocerias frigoríficas, baú carga seca e também plataforma. Junto com um carregador especial para as baterias de propulsão, os veículos serão entregues a clientes para uso por um prazo de 12 meses, com o apoio da área de testes da Mercedes-Benz Trucks. Durante esse período, serão registrados os perfis de utilização e

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Caminhão totalmente elétrico da Mercedes começa a ser testado na Europa

as áreas de aplicação, além de uma comparação entre conhecimentos adquiridos ao longo dos testes com as expectativas já apresentadas pelos clientes. O Urban eTruck faz parte de uma iniciativa da Daimler Trucks no que se refere ao tema propulsão elétrica. O caminhão leve elétrico Fuso eCanter, por exemplo, estará em uso em diversos países já a partir deste ano. Cerca de 150 veículos serão entregues a clientes selecionados da Europa, Japão e Estados Unidos. Mercedes-Benz: 0800 970-9090

Azul Cargo Express abre novas unidades em Minas Gerais

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Azul Cargo Express, unidade de cargas da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, inaugurou duas lojas físicas em Minas Gerais, nas cidades de Montes Claros e Extrema. Os espaços seguem o modelo das demais filiais da empresa em todo o Brasil, com serviços de recebimento e envio de cargas para todos os locais onde a Azul Cargo Express está presente. “A Azul Linhas Aéreas tem, hoje, uma malha muito forte e regular em Montes Claros. Com isso, a Azul Cargo Express pode ampliar sua presença na

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cidade e em toda a região norte mineira, que tem amplo destaque na economia estadual no que diz respeito, sobretudo, à indústria”, destaca Sami Foguel, vice-presidente de Clientes e Cargas. A empresa chega hoje a mais de 3.200 municípios e conta com mais de 150 lojas. São mais de 80 aeroportos atendidos utilizando os porões das aeronaves da Azul e sua malha aérea, que abrange mais de cem destinos. A Azul Cargo Express oferece transporte no sistema porta a porta, lidando com cargas que vão desde encomendas crí-

ticas até a distribuição de produtos a consumidores do e-commerce. “Nossa chegada a Extrema traz vantagens para clientes de toda a região sul de Minas Gerais. Esta é uma oportunidade muito importante para alavancar negócios na região, uma vez que a unidade de cargas da Azul conta com atendimento para diversos destinos, de forma rápida e eficiente, sempre com a certeza de que o produto será entregue dentro do prazo estabelecido”, completa Foguel. Azul Cargo: 4003-8399



MERCADO

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Grupo ZF, que atua no mercado de sistemas de transmissão e tecnologias de chassis e segurança, inaugurou, no primeiro trimestre de 2017, seu primeiro centro de distribuição integrado para atender à divisão de Aftermarket depois da aquisição da empresa TRW. Localizada na cidade de Itu (SP), a estrutura de 21 mil m² reúne em um só local as operações logísticas e administrativas de reposição das plantas de Sorocaba (SP), Limeira (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Assim, o novo CD passa a concentrar todos os produtos, peças e serviços oferecidos pelo Grupo ZF no mercado de reposição. O empreendimento está situado próximo às principais rodovias do estado de São Paulo e a duas horas do

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Grupo ZF inaugura CD da divisão de Aftermarket em São Paulo

Porto de Santos (SP). “O novo espaço reforça a importância do negócio de reposição para a ZF. É preciso estar preparado para atuar nesse segmento com sucesso”, analisa Moisés Bucci, presidente da ZF TRW na América do Sul. De acordo com João Lopes, diretor da Unidade de Negócios ZF Services, trata-se do primeiro grande projeto da companhia depois da integração promovida pelas empresas. Com isso, a América do Sul, além de ser pioneira nesse processo, é também a

primeira região no mundo em que o grupo passa a contar com um CD unificado. A estruturação da nova unidade e a mudança dos estoques e equipes foram realizadas em quatro meses. No total, mais de 150 colaboradores da divisão de Aftermarket trabalham no espaço. Nas 16 mil posições-palete são armazenados itens das marcas ZF, TRW, Sachs e Lemförder para veículos leves, pesados e fora de estrada. A TRW foi adquirida pelo Grupo ZF em 2015 e, posteriormente, foi integrada à estrutura da companhia como o departamento de Tecnologia de Segurança Ativa e Passiva. O grupo conta com cerca de 135 mil colaboradores nos 40 países em que atua e registrou, em 2015, 29,2 bilhões de euros em vendas. Grupo ZF: (11) 3343-3000

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DB Schenker investe US$ 25 milhões em plataforma de transporte on-line

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DB Schenker investiu US$ 25 milhões na plataforma on-line de serviços de transportes e fretes uShip. Com a negociação, a DB Schenker passou a ocupar um lugar no conselho diretor do uShip, como proprietária. O uShip conecta as empresas de transporte com as transportadoras em mais de 19 países, inclusive no Brasil. A DB Schenker usará a plataforma para o transporte terrestre, por meio de um sistema chamado Drive4Schenker, que utilizará a tecnologia do uShip para conectar seus

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30 mil prestadores de serviço de transporte da rede europeia aos seus fretes. O serviço já foi lançado na Alemanha e será levado gradualmente para outros países. “A expansão da nossa parceria irá acelerar e objetivar a gestão de transporte e nos ajudar a lidar com volumes maiores de frete”, diz Jochen Thewes, CEO da Schenker AG. “Também pretendemos desenvolver e explorar novas oportunidades de crescimento para além dos nossos modelos de negócios tradicionais. Até o momento, esta é a nossa maior participação acionária em uma empresa digital e mostra a nossa seriedade com a inovação na DB Schenker. Estamos investindo no futuro digital da logística”. “Investimentos sem precedentes em tecnologia de logística estão revolucionando o transporte de frete”, analisa

Mike Williams, CEO do uShip. “Empresas importantes como a DB Schenker estão adotando com inteligência a inovação para automatizar e digitalizar suas operações, tornando-as mais eficientes e lucrativas. Durante o ano passado, o uShip e a DB Schenker mostraram que são uma ótima parceria em termos de liderança da macrotransformação, e estamos muito contentes em aprofundar a parceria com esse investimento estratégico”. Com unidades no Texas, nos Estados Unidos, e em Amsterdã, na Holanda, o uShip permite o envio de remessas de qualquer tipo para qualquer lugar do mundo, com 800 mil prestadores de serviço cadastrados. DB Schenker: (11) 3318-9200


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Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Grupo Wilson Sons localizado na cidade de Rio Grande (RS), investiu US$ 40 milhões em novos equipamentos. Foram adquiridos três guindastes para contêineres do tipo ship to shore (STS) e oito guindastes sobre pneus, ou rubber tyred gantry cranes (RTGs). Os STSs são utilizados na movimentação de contêineres entre os navios e o pátio, e os RTGs consistem em pontes rolantes sobre rodas utilizadas na movimentação dos contêineres dentro do pátio. Todos os equipamentos foram fabricados na China e chegaram ao terminal em fevereiro. A expectativa é que eles proporcionem ganhos de pelo menos 45% na produtividade média. Com a aquisição, o Tecon Rio Grande passa a contar com um total de 22 RTGs e nove STSs, capazes de atender navios com 22 fileiras de contêineres de largura. Todos os equipamentos são elétricos e não emitem gases de efeito estufa. A escolha pelos novos guindastes reflete a preocupação da empresa com a sustentabilidade. “Os novos equipamentos irão oferecer a nossos clientes maior agilidade, otimização de operações e aumento de produtividade”, destaca o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti. Já o Tecon Salvador investiu R$ 20 milhões na aquisição de três novos guindastes elétricos de pórtico sobre pneus (eRTGs, na sigla em inglês para eletric rubber tyred gantry cranes), fabricados pela empresa chinesa ZPMC. Com a aquisição, o Tecon Salvador passou a contar com 11 RTGs, sendo nove elétricos, e seis portêineres ship to

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Wilson Sons adquire novos equipamentos para a movimentação de contêineres

shore crane (STS), que funcionam por meio de um sistema que dispensa o consumo de óleo diesel e, por isso, não gera gases poluentes. A energia gerada na descida do contêiner é acumulada para ser reutilizada na próxima movimentação da carga. “Com esse mecanismo, uma só máquina deixa de emitir 48 toneladas de CO2 em um ano”, destaca David Wolfovitch, gerente de Manutenção do Tecon Salvador. Outro ganho fundamental desta aquisição é o aumento na automação dos eRTGs, que possibilita mais rapidez em seu manuseio e sua manutenção, com muito mais segurança. Patrícia Iglesias, diretora Comercial do Tecon Salvador, explica que, com a chegada dos novos guindastes, o terminal reduz as movimentações de contêineres no pátio, aumentando ainda mais a produtividade. “A iniciativa, além de contribuir com nosso desempenho, representa nosso compromisso com a sustentabilidade. As novas aquisições chegam para se somar à atual estrutura de que dispomos, com os mais modernos equipamentos ecoeficientes do mercado”, completa a executiva. Tecon Rio Grande: (53) 3234-3000 Tecon Salvador: (71) 2106-1522


MERCADO

Porto do Itaqui utilizará plataforma de automação da Athenas TOS+ deve estar em pleno funcionamento até o final deste ano

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Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que administra o Porto do Itaqui, localizado em São Luís, estabeleceu um contrato com a Athenas, empresa especializada em tecnologia voltada para a logística, para a utilização do Terminal Operating System Plus (TOS+). Trata-se de uma plataforma de automação portuária, que permite automatizar todos os processos operacionais e de gestão de terminais logísticos. A previsão é que o TOS+ esteja em pleno funcionamento no Porto do Itaqui até o final de 2017. O complexo lida com os modais ferroviário, rodoviário, marítimo e de cabotagem, trabalha com todos os tipos de carga e é o quarto maior porto brasileiro em exportações de granéis. “Analisamos várias propostas e o TOS+

conseguiu atender aos requisitos técnicos exigidos pela Emap, considerando ainda questões de interfaces tecnológicas com base nas tecnologias já existentes na empresa”, afirma José Antonio Magalhães, diretor de Operações da estatal. “Além disso, a plataforma permite termos o controle efetivo de todas as cargas, conforme os requisitos da Receita Federal”. “Esse é um porto de referência em crescimento no Brasil, com características muito interessantes, pois é multicarga, multimodal e multiterminais. Esse perfil de cliente consolida a inovação e a abrangência do TOS+”, analisa Marcos Barcellos, CEO e sócio da Athenas. Por ser modular, a plataforma pode atender desde terminais logísticos de pequeno porte até portos maiores e com operações mais complexas.

“Acreditamos que o TOS+ vai nos permitir melhorar a gestão operacional dos indicadores, como volumes movimentados por navios, cálculos de produtividade, períodos de operação, controle de paradas e respectivas causas, taxas de ocupação de berços, tempo de navios em fila, entre outros”, detalha Magalhães. “Além disso, com a integração ao Eletronic Data Interchange (EDI), que padroniza a troca eletrônica de dados, vamos evitar digitação manual, reduzir o tempo de processamento de informações, diminuir horas extras da equipe, assegurar a confiabilidade dos relatórios gerados e permitir que os analistas se dediquem a efetuar análises críticas das informações”, finaliza o executivo. Athenas: (21) 3031-6706 Emap: (98) 3216-6000

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Intecom tem novo centro de distribuição na Região Nordeste

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Intecom Logística passou a contar com um novo centro de distribuição na Região Nordeste, na cidade de João Pessoa (PB). A estrutura de 28 mil m² faz parte dos planos de expansão da empresa, que pretende desenvolver ainda mais o atendimento a setores como de vestuário, calçadista, de cosméticos e higiene e beleza na região. No novo CD a Intecom já atende

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a grandes clientes, como a rede de farmácias Walmart, realizando a armazenagem de produtos farmacêuticos, de perfumaria e higiene pessoal, com distribuição para diversos pontos do Nordeste. Até então, o cliente era atendido a partir de outra unidade da Intecom localizada também na Paraíba. De acordo com a própria empresa, o novo espaço está equipado com tecnologia de última geração e conta com altos níveis de segurança, sendo considerado um dos CDs mais modernos da região, com capacidade para comportar clientes dos mais diversos setores e portes. A unidade está situada em um condomínio logístico de alto padrão na BR-101, ponto estratégico para atender a toda a Re-

gião Nordeste com agilidade. “Em ano de economia desaquecida, as empresas buscam rever custos para conseguir bons resultados. Nesse cenário, a Intecom Logística tem destaque como um importante parceiro na busca por eficiência operacional e melhores resultados”, destaca Rodrigo Boniaris, gerente Comercial da empresa. Além das filiais nordestinas, as demais unidades da Intecom estão localizadas nas cidades de Betim (MG), Barueri (SP) e Cajamar (SP), e proporcionam capilaridade nacional. Com mais de 350 colaboradores diretos e 700 indiretos, a empresa transporta mais de 200 mil toneladas de cargas anualmente. Intecom: (11) 3627-5300



MERCADO

Empresas fazem testes para o uso de energia eólica em navios

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Know-how de companhias como Maersk, Norsepower, Shell e Energy Technologies Institute será aplicado no projeto

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Maersk Tankers, divisão da Maersk que atua no transporte de combustíveis, o Energy Technologies Institute (ETI), instituto de pesquisa público-privado financiado pelo governo britânico e empresas de energia e engenharia, e a Shell Shipping & Maritime, área de transporte e negócios marítimos da Shell, vão realizar testes com navios movidos a energia eólica. Eles serão feitos nos próximos dois anos pela Norsepower, empresa finlandesa que constrói velas de rotor para o petroleiro Maersk. Para o projeto, a Maersk Tankers fornecerá um navio-tanque Long Range 2, de quase 110 mil toneladas de peso morto, que será adaptado com duas velas de rotor Norsepower de 30 metros de altura por 5 metros de diâmetro. Os cilindros altos e giratórios já foram usados em embarcações menores no passado, mas essa é a primeira vez que eles são colocados em um navio tão grande quanto um petroleiro de 245 metros. As velas do rotor serão instaladas durante o primeiro semestre de 2018 e os testes em alto-mar devem acontecer em 2019. De acordo com Tommy Tho14 - Revista Tecnologística - Abril 2017

massen, diretor técnico da Maersk Tankers, se os dispositivos economizarem tanto combustível quanto o esperado – até 10% em média – em uma rota global típica, a companhia tem a pretensão de usá-los em seus navios maiores. O interesse se justifica pelas novas regras de controle da poluição marítima, que devem entrar em vigor em 2020. Elas exigem o uso de combustíveis com um teor de enxofre muito menor, que deve ser mais caro do que os óleos combustíveis atuais. “Esse é um dos fatores de mercado que tornam esse tipo de tecnologia de propulsão eólica muito mais interessante”, explica Tuomas Riski, CEO da Norsepower. A empresa tem estudado várias ideias para cortar o uso de combustível marítimo ao longo dos anos, desde velas movidas a energia solar até pipas para rebocar embarcações. Os cilindros de 30 metros são uma versão modernizada do rotor desenvolvido há quase um século pelo engenheiro alemão Anton Flettner. Eles aproveitam o vento usando o efeito Magnus, fenômeno pelo qual a rotação de um objeto altera sua trajetória em um fluido (líquido ou gás). Esse efeito

pode ser observado quando um jogador de futebol chuta uma bola com efeito em direção ao gol e esta faz uma curva no ar. Um motor ajusta os cilindros girando e, quando o vento sopra, o fluxo de ar acelera em um lado da vela e retarda para baixo, no lado oposto, para criar uma diferença de pressão que gera o movimento, propelindo o navio pela água. Quando as condições de vento são favoráveis, os motores principais não são necessários, o que permite uma economia de combustível e redução nas emissões de gases poluentes sem afetar a programação. O ETI responde pela maior parte dos 3,5 milhões de libras que estão sendo investidos no projeto. “As velas de rotor são uma das poucas tecnologias que permitirão melhorias percentuais de dois dígitos na economia de combustíveis marítimos”, explica Andrew Scott, gerente de Programa de Energia Renovável Marinha e Offshore do instituto. Cortar o uso de combustíveis fósseis pode parecer um contrassenso para uma companhia petrolífera como a Shell. No entanto, sua área de transporte e negócios marítimos, que está coordenando o projeto, tem dez petroleiros e cerca de 40 transportadores de gás natural liquefeito. Por isso, a Shell atuará como coordenadora do projeto e prestará consultoria operacional e portuária, enquanto a Maersk Tankers fornecerá insights técnicos e operacionais. Energy Technologies Institute: 44 1509-202020 Maersk: (11) 5102-2695 Norsepower: 358 50 330-5732 Shell: 0800 728-1616


Canguru adota indicador de performance para monitorar qualidade nas entregas Com a nova ferramenta, porcentagem de eficiência logística da empresa foi de 60% para 95%

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Canguru, companhia do setor de plásticos e embalagens com foco nos segmentos de higiene, beleza, alimentos e pet food, implementou recentemente um sistema interno de monitoramento das entregas que se baseia no indicador de performance Otif (On Time In Full). Essa métrica conta com duas premissas básicas: os itens da venda devem ser entregues no intervalo de tempo negociado (On Time), estando em perfeitas condições físicas e dentro das quantidades estipuladas (In Full). “Para avaliar se estamos atingindo o grau de excelência Otif, nós utilizamos uma ferramenta de business intelligence (BI) que faz varreduras no banco de dados logísticos da empresa”, explica Daniel Ghislandi, coordenador de TI da Canguru Embalagens. “Parametrizada de acordo com o indicador, a ferramenta confronta informações dos produtos entregues com os dados do que foi combinado na hora da comercialização. Desse modo, é possível analisar se os prazos estão sendo cumpridos e se atendemos o cliente dentro daquilo que foi previamente negociado, podendo assim

reduzir consideravelmente eventuais falhas no delivery”. Antes da implementação da ferramenta como pilar de avaliação da qualidade nas entregas, a Canguru mantinha uma porcentagem de eficiência logística na casa de 60%, levando em conta tanto o cumprimento de datas quanto a distribuição correta dos itens aos clientes. “Com a nova métrica, conseguimos aumentar o grau de êxito logístico em mais de 95%”, diz Marcelo Viera de Sá, gerente de Negócios da Canguru. Dentre as vantagens do novo sistema de monitoramento, desenvolvido internamente, o executivo destaca a rapidez na consulta de informações gerenciais do delivery – com dados como ordens de venda, comprovantes de entrega e datas de recebimento –, interação mais ágil entre as pessoas envolvidas no departamento de logística, capacidade para consulta em dados de até 12 meses anteriores e controle automatizado de todas as etapas da entrega. “Além desses benefícios, a Canguru está ampliando a verificação dos fluxos de trabalho, de produção e do faturamento, tendo como norte as necessidades de nossos clientes. Dessa forma, aumentaremos a confiabilidade da empresa, aproximando nossas práticas com as dos principais players mundiais do mercado”, conclui o gerente. Canguru: (48) 3461-9000


MERCADO

São Bernardo do Campo ganha novo condomínio logístico Empreendimento da Sanca conta com 104 mil m² de área construída nação zenital em policarbonato prismático, permitindo a entrada de luz natural, cobertura metálica com isolamento face felt, uma solução feita de lã de vidro aglomerado que isola ruídos e evita mudanças de temperatura, e lanternim, que consiste em uma abertura na parte superior do telhado para possibilitar a renovação do ar de forma natural. Cada módulo conta com seis vagas privativas para automóveis e duas vagas privativas destinadas a caminhões. Outras facilidades incluem mezanino para escritórios, ambulatório, restaurante e sistemas de segurança, como circuito fechado de TV e portaria 24 horas blindada e armada. Divulgação

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Sanca Construções e Incorporações vai inaugurar, neste segundo bimestre de 2017, um novo empreendimento chamado Centro Logístico Imigrantes Rodoanel (CLIR), situado na alça de acesso do Rodoanel Mario Covas no km 26 da Rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo do Campo (SP). A comercialização do CLIR é feita exclusivamente pela imobiliária Paulo Bio, especializada em imóveis corporativos e com vasta experiência em operações envolvendo galpões na região do Grande ABC, desde 1980. De acordo com Paulo Bio, CEO da empresa, aproximadamente 30% do espaço já está pré-locado. “Estamos com algumas negociações avançadas, com grandes chances de fechamento, que ocuparão 70% do empreendimento. Estamos otimistas, pois nossa região pos-

sui demanda de grandes empresas e merecia um produto desta qualidade”, diz. O condomínio ocupa uma área total de aproximadamente 288 mil m² e conta com 104 mil m² de área construída. Ao todo, são 53 módulos disponíveis para locação, a partir de 1.620 m², com possibilidade de interligação entre si. A estrutura possui pé-direito livre de 12 metros, piso nivelado a laser com capacidade para 5 toneladas por m², 20 metros livres entre pilares e duas docas com plataforma niveladora por módulo. Além disso, o CLIR apresenta ilumi-

Paulo Bio: (11) 4516-1666 Sanca: (11) 3246-3300

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Sequoia inaugura centro de distribuição em São Paulo

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Sequoia Soluções Logísticas, operador especializado nos setores de e-commerce, moda e educação, inaugurou recentemente um novo centro de distribuição localizado na cidade de Embu das Artes (SP). A empresa realizou um investimento de aproximadamente R$ 25 milhões na unidade, tanto na construção do empreendimento quanto em tecnologias de automação. Situado próximo ao Rodoanel, o novo CD possui mais de 52 mil

16 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Empresa possui agora um total de 106 mil m² para armazenagem m² e apresenta 42 mil posições-palete destinadas à armazenagem. Além disso, a estrutura possui três mezaninos que somam 40 mil m². De acordo com Bruno Henrique Souza, Chief Operating Officer (COO) da Sequoia, o CD nasce com ociosidade para receber novas operações. Além disso, o novo espaço torna a empresa preparada para acompanhar o crescimento de seus clientes. Com a inauguração, a Sequoia passou a contar com um total de 106 mil m² para a armazenagem de

cargas, distribuídos em unidades nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Com vasta experiência na logística têxtil, a Sequoia dispõe de uma frota de cerca de 550 implementos que podem transportar tanto itens em caixas quanto encabidados. A empresa realiza, em média, 7 mil entregas de cargas dedicadas e fracionadas todos os dias. Sequoia: (11) 4391-8800


Grupo TPC vai investir R$ 7 milhões em melhorias ao longo de 2017

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Grupo TPC vai investir R$ 7 milhões em tecnologia, inovação e benfeitorias em sua estrutura até o final deste ano de 2017. O objetivo da companhia é ampliar a automatização de seus processos para garantir ainda mais qualidade nos serviços prestados aos clientes. Com isso, o grupo planeja obter ganhos de produtividade que podem chegar a 25%. Dentre as iniciativas adotadas está o aprimoramento dos sistemas WMS e TMS, que trará benefícios como rastreabilidade on-line das entregas, maior agilidade na inte-

gração com os softwares dos clientes e redução do tempo de movimentação nos armazéns. A previsão da companhia é que todo o investimento seja recuperado em menos de 18 meses, tornando o Grupo TPC ainda mais competitivo para novos negócios, com o uso das tecnologias mais avançadas disponíveis no mercado, além de proporcionar uma plataforma mais moderna e interativa. No acumulado de 2016, a companhia investiu um total de R$ 9 milhões em diversos projetos de automatização de processos e benfei-

torias nos centros de distribuição, o que gerou uma otimização avaliada em R$ 12,6 milhões. Presente em 23 estados de todas as regiões do Brasil, o Grupo TPC divide sua atuação em dois agrupamentos: a área de operações de logística geral e a área de atividades portuárias. A companhia possui 4 mil empregados e sua carteira de clientes conta com empresas como Whirlpool, Ford, Groupe SEB, Tim, Nextel, Natura, Avon e Cargill. Grupo TPC: (11) 3572-1700


MERCADO

DHL obtém certificação Ceiv Pharma em toda a região das Américas Onze postos da DHL Global Forwarding serão certificados até o fim do segundo trimestre de 2017

18 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Estações da DHL Air Thermonet receberão o selo de qualidade depois da realização de auditorias independentes. Com isso, a DHL Global Forwarding elevará os níveis de qualidade de transporte e armazenamento de produtos farmacêuticos. Graças à LifeTrack, sua exclusiva plataforma de tecnologia da informação em nuvem, a DHL oferece mais transparência do que os serviços convencionais de transporte com temperatura controlada. A LifeTrack não só assegura o rastreamento das cargas, mas também possibilita intervenções durante o processo de fornecimento, 24 horas por dia. Em cada lugar, a Iata examina a conformidade das estações com os Regulamentos de Controle de Temperatura, as diretrizes de Boas Práticas de Distribuição da União Europeia, o Anexo 5 da Organização Mundial da Saúde e as normas da Farmacopeia Americana. A principal associação do setor aéreo também estabelece normas para o transporte de mercadorias perigosas e animais vivos, além de produtos farmacêuticos sensíveis. Divulgação

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DHL Global Forwarding, empresa especializada nos fretes aéreo e marítimo do Deutsche Post DHL Group, vai passar a contar com a certificação Centre of Excellence for Independent Validators (Ceiv) Pharma, da International Air Transport Association (Iata), para 11 de suas estações de carga aérea. Na América Latina, Bogotá, na Colômbia, será a primeira estação certificada, tornando-se um dos primeiros agentes de carga a receber o reconhecimento na região. Conferida pela principal associação do setor aéreo, a certificação Ceiv Pharma atesta altos padrões de serviços para clientes dos setores de life sciences e healthcare. “Ao longo dos anos, a DHL se envolveu ativamente nos esforços contínuos da Iata para responder de forma adequada às exigências regulatórias da indústria farmacêutica”, afirma David Bang, diretor global de Soluções de Gestão da Temperatura da DHL e CEO de LifeConEx na DHL Global Forwarding. “A abordagem padronizada no setor de frete aéreo é sinônimo de produtividade, precisão e confiabilidade. São todos esses elementos que garantem a integridade dos produtos e a segurança dos pacientes”, diz. Para Mauricio Coelho, diretor

do Produto Aéreo da DHL Global Forwarding Brasil, a nova certificação vem para reforçar o compromisso da DHL Global Forwarding com os mais altos níveis de qualidade exigidos pela indústria farmacêutica também no Brasil. “Nossos clientes já poderão ter todos esses benefícios em nossos embarques para as cidades já certificadas, que são, de forma geral, os principais destinos de exportação de produtos farmacêuticos”, diz. A DHL iniciou o processo de certificação de suas estações conforme a norma Iata Ceiv Pharma, no terceiro trimestre de 2016. No início do segundo trimestre de 2017, os seguintes postos da DHL Global Forwarding já terão recebido a certificação: Bogotá, na Colômbia, San José, na Costa Rica, Cidade do México, no México, Cidade do Panamá, no Panamá, San Juan, em Porto Rico, e Atlanta, Chicago, Cincinnati, Los Angeles, Miami e Filadélfia, nos Estados Unidos.

DHL Global Forwarding: (11) 5042-5500


Gollog tem novo terminal de cargas em Jandira

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Gollog, unidade de transportes de cargas da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, inaugurou recentemente um terminal de cargas na cidade de Jandira (SP). De acordo com a própria empresa, a nova unidade faz parte de sua estratégia de investir constantemente na agilidade das entregas, pontualidade, confiabilidade e segurança. A localização da nova unidade permite acesso fácil às principais rodovias da região. Ela possui 1.600 m², estacionamento para clientes, amplo espaço para o armazenamento das cargas e conta com paleteiras hidráulicas, estruturas porta-paletes, empilhadeiras elétricas, balança digital e tecnologias como radiofrequência, coletores de dados, impressoras térmicas e rede sem fio. No novo terminal, os clientes da Gollog podem contratar serviços como o transporte de cargas convencionais

(standard) ou que pedem extrema urgência (expressas) para qualquer destino operado pela empresa aérea. Pensando também em inovação, a Gollog adotou o uso de tablets nas entregas de encomendas em domicílio. Os novos equipamentos utilizam a tecnologia Seen, que trabalha com as informações a respeito da operação em tempo real, proporcionando mais confiabilidade e agilidade na prestação do serviço Express com entrega porta a porta. Com a novidade, os clientes podem acompanhar todo o trajeto percorrido por suas encomendas. Os tablets com a tecnologia já fazem parte da operação de 42 terminais de cargas operados pela Gollog. Dentre as facilidades que o sistema Seen oferece, destaca-se a atualização automática das entregas e ocorrências durante o atendimento, incluindo a assinatura dos clientes, culminando na diminui-

ção do número de reentregas e na redução de custos. Por estar diretamente ligado ao sistema operacional de cargas, ele proporciona ainda mais agilidade e precisão a todos os processos. “Um dos objetivos da Gollog é fazer constantes investimentos em tecnologia para não só alcançar a excelência nos processos mas também atender da melhor forma possível todos os clientes. A nova ferramenta trará ganhos de eficiência e qualidade no atendimento prestado, tornando-o cada vez mais ágil e efetivo, maximizando os nossos resultados e a satisfação dos consumidores”, analisa Eduardo Calderon, diretor da Gollog. O serviço de transporte Express com entrega em domicílio está disponível para cerca de 2.400 cidades brasileiras, com entregas que ocorrem a partir de 24 horas após o embarque da mercadoria. Gollog: (11) 2636-1166

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Hidrovias do Brasil anunciou em março a celebração de um contrato com as empresas Aliança Agrícola do Cerrado e Sodru Trading, do Grupo Sodrugestvo, de origem russa e sediado em Luxemburgo, para a prestação de serviços de transbordo de carga, transporte fluvial e operação portuária. O acordo, que vale por dez anos, envolve a movimentação e a exportação anual de até 400 mil toneladas de grãos na Região Norte do Brasil. A Aliança Agrícola do Cerrado atua no mercado da soja no cerrado brasileiro e é resultado da unificação das operações do Grupo Sodrugestvo no Brasil, ocorrida em 2012.

A Sodrugestvo detém 61% da empresa e a Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia (Carol) detém 39%. Além de Luxemburgo, Rússia e Brasil, o grupo está presente na Ucrânia, Dinamarca, Estados Unidos, Suíça e em várias outros países da Europa Oriental. A Hidrovias do Brasil conta com uma Estação de Transbordo de Cargas (ETC) em Miritituba (PA), comboios de barcaças e um Terminal de Uso Privado (Tup) nas proximidades de Vila do Conde, em Barcarena (PA). Atuando desde 2010, a empresa pretende alcançar uma capacidade operacional de

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Hidrovias do Brasil estabelece contrato para movimentação de soja na Região Norte

movimentação de 6,5 milhões de toneladas de grãos ao ano até 2020. Criada pelo fundo de infraestrutura do Pátria Investimentos, a Hidrovias do Brasil conta ainda com participações de outros investidores, como Aimco, Temasek, Blackstone, IFC e BNDESPar. Hidrovias do Brasil: (91) 3366-8550 Sodrugestvo: (11) 3078-8070 Abril 2017 - Revista Tecnologística - 19


MERCADO

VLI promove melhorias na Ferrovia Centro-Atlântica Obras incluem correções na via e trocas dos trilhos

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tro-Sudeste da VLI, importante rota de exportação de produtos como fertilizantes, combustíveis, fosfato, soja e açúcar. O corredor interliga, pela ferrovia, o Terminal Integrador de Uberaba (MG), no Triângulo Mineiro, o de Guará (SP) e o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), na Baixada Santista (SP). “Essas ações fazem parte de um plano para 2017 que visa a aumentar a capacidade de transporte de cargas pelo corredor, com expectativa de renovação de 40 km de linha férrea ao longo do ano”, diz o gerente de Manutenção de Via Permanente da VLI, Diógenes Segantini. “As melhorias também irão trazer mais segurança operacional para a comunidade. Além disso, a eficiência dos trens será consequentemente otimizada, porque as composições sofrerão menos impactos ao percorrer a linha férrea, o que contribuirá para a maior agilidade das operações”, completa.

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VLI, empresa que administra a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), realizou, no primeiro trimestre de 2017, uma série de reformas e melhorias no trecho da linha férrea que passa pela cidade de Aguaí (SP), em um investimento que gira em torno de R$ 12 milhões. As obras consistem na correção geométrica da via, na troca dos trilhos, que agora possuem espessura e resistência maiores, na substituição de 100% dos dormentes, que eram de madeira e agora são de concreto, e na renovação do lastro, ou seja, colocação de brita nova ao longo da ferrovia. Ao todo, foram utilizados aproximadamente 20 mil metros de trilhos e mais de 16 mil dormentes na reforma. Os novos dormentes se destacam pela durabilidade e podem ser utilizados por até 40 anos com as devidas manutenções, enquanto os antigos, de madeira, precisavam ser trocados a cada sete anos. A correção geométrica da ferrovia consiste no nivelamento e alinhamento dos trilhos, com a utilização de equipamentos de alta tecnologia. Foram mobilizadas cerca de 90 pessoas para realizar as melhorias. O trecho faz parte do Corredor Cen20 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Embarque de açúcar O Tiplam, que está sendo ampliado pela VLI, finalizou no dia 15 de fevereiro o primeiro embarque de açúcar de sua história. A embarcação MV Andia atracou no terminal no dia 12 e recebeu 36 mil toneladas do produto da Bunge. Apesar de ser o primeiro teste com açúcar, este foi o quinto embarque operado pelo terminal somente em 2017. Nos demais, foram embarcadas cargas de milho e soja, em janeiro e no começo de fevereiro. “O primeiro embarque de açúcar é mais uma etapa importante do nosso plano e demonstra que estamos preparados para o recebimento das principais commodities do Brasil. Em todas

as operações conseguimos realizar taxas de embarque relevantes e estamos confiantes que o Tiplam vai contribuir muito para o escoamento desta e das próximas safras”, comenta o diretor Comercial da VLI, Fabiano Lorenzi. “Essa é uma importante rota de escoamento para o agronegócio e representa um marco para nós, da Bunge Brasil, nossos parceiros e toda a cadeia do açúcar”, analisa Ricardo Carvalho, diretor Comercial de Açúcar e Bioenergia da Bunge Brasil. O Tiplam começou a ser ampliado pela VLI em 2013. O projeto, de R$ 2,7 bilhões, encontra-se no estágio final das obras, com 96% da expansão concluída, e a previsão de entrega total é ainda no primeiro semestre deste ano. Quando estiver totalmente pronto e operando em sua capacidade máxima, o terminal poderá movimentar 14,5 milhões de toneladas de produtos por ano, sendo 5 milhões de grãos, 4,5 milhões de açúcar e 5 milhões de fertilizantes. Atualmente, o Tiplam movimenta cerca de 2,5 milhões de toneladas de produtos importados, como enxofre e fertilizantes. Além disso, toda a amônia importada pelo Brasil chega ao país pelo Tiplam. Quando completo, ele contará com uma grande infraestrutura para armazenagem de produtos, além de carregamento, descarregamento e atracação de navios. Serão quatro berços de atracação, sendo um para embarque de açúcar, um para embarque de grãos e dois para descarga de fertilizantes. O terminal conta hoje com dois pátios para fertilizantes, com capacidade para 60 mil e 66 mil toneladas. Quando estiver concluído, o Tiplam terá dois para a armazenagem de grãos, um para a de açúcar e outro que poderá abrigar tanto açúcar quanto grãos. VLI: 0800 022-1213


Luft Healthcare inaugura CD em Cabreúva Centro logístico climatizado possui 33 mil m² e capacidade para 36 mil posições-palete Divulgação

Fernando Luft, sócio-fundador da Luft Logistics. Para garantir a precisão na climatização, foi aplicada lã de vidro não somente na cobertura como também nas paredes laterais da estrutura. Além disso, a Luft instalou mais de 5 mil sensores que monitoram ininterruptamente a temperatura do ambiente. O CD, que possui área de apoio aos motoristas, está localizado entre as rodovias que ligam Sorocaba (SP) a Indaiatuba (SP) e São Paulo a Campinas (SP) e atende aos dois maiores mercados consumidores e produtores do Brasil: a região metropolitana de São Paulo e o interior do estado. A Luft Healthcare é uma divisão que surgiu a partir da junção da expertise de duas empresas da Luft: a Farma, criada em 2000, e a Luft Express, nascida em 2004 para a distribuição de produtos voltados ao setor farmacêutico e cosmético. Ela atende mais de cem clientes, como indústrias, distribuidores, redes de farmácias e laboratórios. Focada exclusivamente no mercado de saúde, as atividades desenvolvidas na nova unidade compreendem desde expedições de paletes fechados até o fracionamento com alto número de SKUs, além de operações intensas de separação e expedição.

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Luft Healthcare, unidade da Luft Logistics dedicada ao desenvolvimento de soluções logísticas especializadas nos setores farmacêutico, cosmético e hospitalar, inaugurou um novo centro de distribuição em Cabreúva, no interior do estado de São Paulo. O novo polo logístico conta com 33 mil m² de área construída em mais de 170 mil m² de área total, com capacidade para 36 mil posições-palete. O CD, desenvolvido pela TRX, se junta aos outros polos de saúde da Luft Heathcare, localizados em Itapevi (SP), Cabreúva (SP), Itajaí (SC), Rio de Janeiro e Miami e Jacksonville, nos Estados Unidos. A nova unidade é toda climatizada para receber produtos farmacêuticos, com capacidade para manter a temperatura interna controlada, equalizada em todo o ambiente, a fim de garantir a integridade da carga armazenada. “O trabalho com itens sensíveis é desafiador, pois envolve operações complexas e delicadas. A divisão Luft Healthcare tem toda a expertise, estrutura e segurança necessárias para armazenar e transportar produtos dos setores farmacêutico, cosmético e hospitalar”, afirma

Luft Healthcare: (11) 4774-8700


MERCADO

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Clia da Multilog passa a oferecer serviço de Entreposto Aduaneiro

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o mês de março, após formalização no Diário Oficial da União (DOU), o Clia (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro) da Multilog localizado em Joinville (SC) passou a oferecer também o serviço de Entreposto Aduaneiro. Trata-se de um regime especial que permite o armazenamento de mercadorias no país com a suspensão dos tributos e

em processos com ou sem cobertura cambial. Dessa forma, as mercadorias continuam consignadas ao exportador, aguardando a nacionalização ou outra destinação. O mesmo serviço já é oferecido em todas as outras unidades da Multilog, como nos Clias Itajaí (SC), Curitiba e Maringá (PR) e nas fronteiras de Foz do Iguaçu (PR), Uruguaiana (RS), Jaguarão (RS) e Santana do Livramento (RS). Juliane Wolff, gerente de Desenvolvimento de Negócios na Multilog, destaca que a partir do Entreposto Aduaneiro as importações e exportações usufruem de benefícios fiscais, como isenção ou suspensão – parcial ou total – de tributos federais incidentes. Ela complementa dizendo que a modalidade amplia o prazo de paga-

mento dos produtos importados, pois o fechamento de câmbio se dá na data de nacionalização e não na data do embarque. Além disso, há possibilidade de desdobramento dos produtos em lotes, permitindo a nacionalização das mercadorias por etapas, conforme venda ou necessidade. “Considerando a busca por inovação e soluções inteligentes, os diferenciais proporcionados pelo Entreposto Aduaneiro, como a disponibilidade de estoque imediato, a ampliação dos prazos para desembaraço das mercadorias para até dois anos da data de admissão e a redução dos custos logísticos, representam vantagens competitivas para o mercado”, afirma a executiva. Multilog: (47) 3341-5000

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Grupo Ultra, sediado em Maceió (AL), comprou recentemente 11 novos caminhões Volkswagen. A negociação envolveu dois VW Constellation 19.330 Titan e nove VW Constellation 19.360, todos com a tecnologia de transmissão automatizada V-Tronic. A empresa produz e distribui itens de plástico descartáveis, tais como copos, bandejas e talheres, na Região Nordeste do Brasil. Antonio Ademir Torres, gerente de Transporte e Logística da Ultra Serviços de Transporte, braço logístico do Grupo Ultra, afirma que a redução no consumo de combustível dos modelos automatizados pode chegar a 10% frente aos modelos manuais. “Varia muito de acordo com o perfil do motorista e da rota, mas há ganhos”, diz.

22 - Revista Tecnologística - Abril 2017

De olho nas oportunidades de crescimento, o Grupo Ultra está diversificando seus produtos e expandindo o campo de atuação rumo ao Sul do país. “Vamos ampliar nossa produção em 30% este ano e, por isso, decidimos aumentar nossa frota com a Volkswagen. São caminhões que não dão problema, têm excelente rendimento, baixo custo de manutenção e contam com excelente pós-venda. Esses fatores chamam a atenção na hora de investir”, destaca Torres. De acordo com o gerente, o conforto proporcionado pela transmissão automatizada foi outro ponto fundamental para a escolha. “Nossos caminhões rodam até 25 mil km por mês, e os motoristas passam cerca de quatro dias em viagem. Por isso optamos pelos caminhões V-Tronic, que conferem

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Grupo Ultra adquire caminhões Volkswagen automatizados

mais comodidade e menor desgaste físico ao colaborador”. Além disso, os componentes do trem de força também são preservados, aumentando a vida útil de itens como motor, transmissão e embreagem. Grupo Ultra: (82) 2121-1818 Volkswagen: (11) 5016-1852


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companhia norte-americana Greenbrier está comemorando a produção de 100 mil unidades de vagões double stack em sua principal planta, denominada Gunderson e localizada no estado do Oregon, nos Estados Unidos, ao longo 32 anos de fabricação do equipamento ferroviário. De acordo com a própria empresa, cerca de 50% de todos os vagões double stack que operam globalmente foram produzidas por ela. No Brasil, a Greenbrier fabrica vagões double stack em Hortolândia (SP) para operar na ferrovia São Paulo-Santos por meio da Greenbrier Maxion, joint venture estabelecida

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Greenbrier atinge a marca de 100 mil vagões double stack produzidos

com a Iochpe-Maxion e a Amsted Rail. A tecnologia double stack mudou o transporte de mercadorias de longa distância por ferrovias, permitindo que um trem pudesse transportar cerca de duas vezes mais contêineres, reduzindo

drasticamente os custos por contêiner. Os vagões double stack são utilizados no transporte de quase 70% de todas as remessas intermodais dos Estados Unidos. “O marco de 100 mil unidades produzidas é o resultado de anos de trabalho árduo e dedicação prestados pela nossa força de trabalho americana na Gunderson, que inclui muitos funcionários que trabalharam nessa instalação por várias décadas”, diz William Furman, chairman e CEO da Greenbrier. Amsted Maxion: (11) 3683-0971 Greenbrier: 1 503 684-7000


MERCADO

Aeroportos de quatro capitais serão administrados pela iniciativa privada previsto para o dia 28 de junho. O grupo de origem alemã Fraport AG Frankfurt Airport Services venceu o leilão para operar os aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre. Já o terminal aéreo de Salvador ficará sob a responsabilidade da francesa Vinci Airports. Por fim, o aeroporto de Florianópolis será operado pela suíça Zurich International Airport AG. “O leilão foi um tremendo sucesso. Divulgação

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governo federal realizou, no dia 16 de março, o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, como parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) com a iniciativa privada. Com o pleito, o governo arrecadou R$ 1,46 bilhão de ágio, resultado acima do esperado, que era de R$ 745 milhões. Somado esse valor com a outorga fixa anual, o governo arrecadará um total de R$ 3,72 bilhões ao longo das concessões. O aeroporto gaúcho terá prazo de concessão de 25 anos, enquanto os demais serão administrados pelas companhias vencedoras ao longo de 30 anos. Os montantes serão pagos à vista no ato de assinatura dos contratos,

Quase 100% de ágio para os quatro aeroportos. Isso demonstra duas coisas: que o governo trabalha corretamente e que há interesse nos ativos brasileiros”, comemorou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa. A expectativa é de que as companhias invistam R$ 6,6 bilhões em projetos para melhorar os serviços oferecidos nos aeroportos arrematados. Estão previstas ampliações dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e das pistas de pouso e decolagem. Detalhes a respeito de investimentos direcionados aos terminais de cargas (tecas) não foram divulgados. Ministério dos Transportes: (61) 2029-7000

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Austral Logística, operador focado no setor alimentício, expandiu recentemente sua atuação, passando a trabalhar também com produtos que exigem temperatura controlada. Para isso, a companhia reestruturou seu centro de distribuição, localizado em Simões Filho (BA), com o objetivo de torná-lo apto a receber também esse tipo de carga. Das 17 mil posições-palete que a Austral possui, 1.500 foram direcionadas a cargas refrigeradas e outras 1.500 para congelados, restando ainda 14 mil posições-palete para o armazenamento de cargas secas. “O investimento foi ao redor de R$ 15 milhões. Com as câmaras para alimentos refrigerados e congelados, já estamos atendendo grandes indústrias, operando com serviços de armazenagem, movimentação e entrega”, conta o diretor da companhia, Luciano Candemil. 24 - Revista Tecnologística - Abril 2017

A Austral foi fundada no ano 2000 e, ao longo de seus 17 anos, se especializou no atendimento ao mercado de alimentos, tendo mais de 60 clientes que figuram entre as maiores indústrias do segmento no Brasil. A partir do CD de Simões Filho, a companhia realiza entregas para todo o estado da Bahia e também do Sergipe. A estrutura está situada em um terreno com área total de 93.500 m² e possui aproximadamente 40 mil m² de área construída e 30 mil m² de pátio. De acordo com Candemil, a Austral já deu início às obras de duplicação do CD, que passará a contar com um total de 35 mil posições-palete, entre cargas secas, refrigeradas e congeladas. “Nosso investimento neste ano de 2017 será de aproximadamente R$ 40 milhões na duplicação da estrutura, com firme convicção do potencial de cresci-

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Austral Logística passa a atuar com cargas que exigem temperatura controlada

mento da demanda por nossos serviços”, explica. O executivo destaca que a Austral encerrou 2016 com um crescimento de 23,5% e, para o acumulado de 2017, a previsão é crescer, no mínimo, 30%. “Temos planos de expandir para outras capitais do Nordeste, mas somente após finalizarmos nosso crescimento orgânico na unidade de Simões Filho”, completa Candemil. Austral Logística: (71) 2109-7388


2 Alianças oferece serviços de despacho aduaneiro e freight forwarding

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2 Alianças, empresa nacional especializada em logística integrada, estabeleceu um contrato com a C&T Logistics, companhia que atua com transporte multimodal, para ofertar serviços de desembaraço aduaneiro e freight forwarding, baseado em um projeto porta a porta, para seus clientes. O serviço compreende a coordenação das importações das cargas desde sua origem até o armazém da 2 Alianças no Rio de Janeiro. Segundo Flavio Fassini, gerente-geral de Negócios da 2 Alianças, a parceria surgiu motivada pela procura por esses serviços por parte de seus clientes. “Muitas empresas que armazenam seus itens conosco fazem importação tanto de produtos acabados quanto de matérias-primas, e na indústria farmacêutica isso é muito usual. Como 70% dos nossos clientes são dessa indústria, começamos a pesquisar empresas que tivessem estrutura em outros países para atender a demanda”, conta. O contrato foi então fechado com a C&T Logistics, que possui larga experiência na área de despacho aduaneiro, além de atuar com muitas empresas do exterior. A companhia possui equipes de brasileiros trabalhando em Roterdã, na Holanda, e Houston, nos Estados Unidos, além de outros locais da Europa e da América do Norte. “Eles têm uma boa estrutura de armazenagem, tanto na Europa quanto nos

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Contrato fechado com a empresa C&T Logistics possibilitou a oferta dos novos serviços

Estados Unidos, além de uma equipe jurídica muito capacitada, que conhece bem todos os trâmites brasileiros”, explica Fassini. Por conta disso, o atendimento ao cliente pode ser feito em qualquer fuso-horário. O executivo também destaca que o sistema de tracking oferecido para os serviços possibilita uma ampla visibilidade da carga, o que aumenta a transparência dos processos para os clientes. “A velocidade do atendimento e a flexibilidade são um diferencial desse serviço. Como nossos parceiros têm muita experiência nesse mercado, eles centralizam toda a operação do cliente de forma a evitar que ele precise falar com vários agentes, como transportadora e porto. É possível resolver tudo com apenas um atendimento. Todos esses fatores resultam em redução do leadtime de todo o processo de importação”, completa Fassini. 2 Alianças: (21) 2139-9316 C&T Logistics: (21) 2187-7200


MERCADO

Canal do Panamá adota sistema de gerenciamento da Quintiq O software irá planejar, agendar e otimizar todas as operações de trânsito de embarcações através do canal

26 - Revista Tecnologística - Abril 2017

tirá que o canal gerencie essas demandas e capacidades maiores com a máxima eficiência possível. ”Utilizando uma linguagem avançada de modelagem, seremos capazes de alavancar a matemática e os algoritmos de otimização de trajeto, restrições e programações gráficas para aperfeiçoar o agendamento e a utilização de recursos”, explica Arnoldo Cano, gerente de Programa do Canal do Panamá para os Processos de Renovação e Sistemas Centrais. “A tecnologia é a melhor que existe e estamos animados em trabalhar com nossos parceiros da Quintiq para oferecê-la ao canal e a seus clientes”. “Estamos honrados por termos sido selecionados pelo ACP como seu sistema de planejamento. Estamos confiantes que a solução da Quintiq ajudará o Canal do Panamá a alcançar maior lucratividade e permitir que ainda mais navios possam transitar por lá nos próximos anos”, afirma Rob van Egmond, CEO da Quintiq. A empresa estará totalmente integrada com as operações do canal ao longo dos próximos dois anos. O módulo responsável pelo gerenciamento do agendamento das embarcações na via está planejado para funcionar até setembro de 2017. Divulgação

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Autoridade do Canal do Panamá (ACP) escolheu o software da Quintiq, uma das marcas da Dassault Systèmes, empresa que atua no planejamento e na otimização da cadeia de suprimentos, para planejar, agendar e otimizar todas as operações de trânsito de embarcações, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a segurança, a eficiência e a precisão das operações como um todo. “Por mais de um século, o Canal do Panamá tem se orgulhado de seu legado de inovação. Este sistema auxiliará essa herança a ir adiante, nos permitindo aproveitar todo o potencial da tecnologia para oferecer melhores soluções aos nossos clientes enquanto aumentamos gradativamente o gerenciamento do trânsito e nos adaptamos às mudanças do comércio global”, afirma Jorge Quijano, administrador do Canal do Panamá. A solução da Quintiq vai transformar o modo como o Canal do Panamá planeja e agenda as operações de trânsito. Pela primeira vez, o canal será capaz de executar um plano operacional completamente integrado para todos os seus recursos críticos, incluindo rebocadores, pilotos e operadores de linha. O maior conhecimento das situações e dos dados gera melhores decisões que, por sua vez, ajudam a dimi-

nuir os riscos operacionais. Além disso, a Quintiq ajudará a reduzir custos por meio da otimização da forma que o canal planeja e programa seus recursos. Os clientes do canal também serão beneficiados. A solução da Quintiq impactará nos carregadores que quiserem transitar na via fluvial, diminuindo o tempo de espera dos navios, aumentando o número potencial de slots para navios a cada dia e melhorando a precisão da rota em geral. A decisão de adotar o sistema se deu após a abertura bem-sucedida da expansão no ano passado. O canal experimentou um aumento da carga e do trânsito de maiores navios Neopanamax e já bateu vários recordes de tonelagem. Em determinados momentos, o fluxo na atividade precisou de recursos adicionais para garantir que o alto desempenho e os padrões de segurança fossem mantidos. Uma vez implantada, a nova solução permi-

ACP: +507 272-7090 Dassault Systèmes: (11) 4502-2000


Alianza e Tag Investimentos estabelecem sociedade Companhias já atuavam juntas com um fundo de investimentos avaliado em R$ 120 milhões

A

Tag Investimentos, empresa que atua na gestão de ativos financeiros e imobiliários para pessoas físicas, jurídicas e para o mercado institucional, passou a fazer parte do capital social da Alianza Investimentos, companhia que gerencia recursos e desenvolve projetos imobiliários corporativos. Com a negociação, a Alianza tornou-se um braço de investimentos imobiliários da Tag para projetos estruturados e desenvolvimentos comerciais e logísticos, dando suporte e gerindo os projetos e fundos imobiliários para investidores

que já são clientes Tag e para os que passarão a investir diretamente na Alianza. A Alianza tem como foco prioritário projetos estruturados como built to suit e sale e leaseback, mas também atua no desenvolvimento de empreendimentos como edifícios comerciais, residenciais e condomínios logísticos modulares. Seus dois sócios-fundadores, Ricardo Madeira e Fábio Carvalho, permanecerão no comando da companhia, que será reforçada com a vasta expertise financeira e o amplo acesso de capital da equipe da Tag Investimentos, que conta com mais

de R$ 3 bilhões sob sua gestão. As duas empresas já possuíam em sociedade, desde o início de 2015, um fundo de investimentos imobiliários com três imóveis adquiridos ou desenvolvidos com contratos built to suit, com um volume de investimentos da ordem de R$ 120 milhões. O fundo passará a ser totalmente gerido pela Alianza, que concentrará todas as iniciativas imobiliárias do grupo. Alianza: (11) 3073-1516 Tag Investimentos: (11) 3474-0000


MERCADO

CROSS-DOCKING • A Scania nomeou Mats Gunnarsson como novo presidente para comandar as operações comerciais na região das Américas. O executivo será responsável pelas unidades de negócio da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Estados Unidos, países onde a Scania conta com mais de 600 pontos de serviços e ampla participação de mercado. Com vasta experiência internacional no setor de transporte, Gunnarsson iniciou a carreira na Scania em 1992, na Suécia. Engenheiro mecânico formado pelo KTH Royal Institute of Technology, da Suécia, com mestrado em Economia pela Universidade de Estocolmo, o executivo fala inglês, francês, espanhol e português. Ele comandará a Scania Commercial Operations Americas a partir de São Bernardo do Campo (SP). Gunnarsson substitui o também sueco Martin Ståhlberg, que assumiu a presidência da Scania Commercial Operations Europe, depois de cinco anos e meio à frente nas Américas. (11) 4344-9333 • A DHL Supply Chain tem um novo presidente no Brasil. O executivo Maurício Barros assume a posição depois de passar por vários cargos de liderança dentro da companhia. A presidência era ocupada anteriormente por Javier Bilbao, que passa a ser presidente da DHL Supply Chain na América Latina. Barros é formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador (UCSal) e possui MBA em Finanças pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele ingressou na DHL em 2002 e, desde então, ocupou diversos cargos nas áreas de Finanças e Desenvolvimento de Negócios. Em 2010, tornou-se vice-presidente de Finanças na América Latina, trabalhando na sede da DHL Supply Chain América Latina, localizada nos Estados Unidos. Em 2013, Barros retornou ao Brasil no 28 - Revista Tecnologística - Abril 2017

• Monalisa Gomes assumiu a diretoria-geral da Fronius do Brasil, empresa que atua com tecnologias de soldagem, energia fotovoltaica e carregadores de bateria. Monalisa substitui Roman Huemer, que depois de 15 anos à frente da Fronius do Brasil volta para a Áustria para assumir um novo projeto na divisão de Soldagem da Fronius Internacional. A executiva é graduada em Ciências Contábeis e possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ela iniciou sua carreira na Fronius como estagiária de contabilidade e se desenvolveu como controller ao longo de 15 anos de experiência profissional. (11) 3563-3800

• Robson Melo foi promovido a diretor Comercial da Favorita Transportes. O executivo, que ocupou nos últimos dois anos a posição de gerente Nacional de Vendas da companhia, entrou na Favorita em 2011, como gerente Comercial. Sua trajetória profissional inclui ainda passagens pelas empresas Ramthun, Mann e Águia Branca. No novo cargo, Melo terá a missão de desenvolver os planos de expansão da Favorita, identificando novas áreas de atuação e segmentos, com o objetivo de aumentar os volumes de vendas e a participação de mercado. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e em Logística Empresarial pela Universidade Paulista (Unip), ele possui ainda especialização em Sustentabilidade Aplicada aos Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). (11) 3393-2100

• O Conselho de Fiscalização da Daimler AG nomeou Martin Daum como novo membro do board do Grupo Daimler e também para o cargo de chefe mundial das divisões Daimler Trucks e Daimler Buses. O executivo sucede Wolfgang Bernhard, que se desligou do grupo recentemente. Com 20 anos de experiência profissional no setor de veículos comerciais, Daum entrou na companhia em 1987 como estagiário de executivos da Daimler-Benz AG e ocupava, desde 2009, a posição de presidente e CEO da Daimler Trucks North America e das subsidiárias Freightliner Trucks, Western Star Trucks, Thomas Built Buses, Freightliner Custom Chassis Corporation e Detroit Diesel Corporation. O executivo já atuou também como membro da administração da Mercedes-Benz Trucks na Europa, no cargo de vice-presidente de Produção. Formado em Economia pela Universidade de Mannheim, na Alemanha, Daum é mestre na mesma área. 0800 970- 9090

• A Expresso 3300 nomeou Eleandro Ap Madalosso como gerente de Transporte Rodoviário. O executivo é formado pelo Centro Universitário Internacional (Uninter) em Gestão de Produção Industrial, com expertise em gestão de transporte e logística, planejamento estratégico e lean logistics, e possui 12 anos de experiência no transporte rodoviário de cargas e supply chain, atuando nos segmentos automotivo, alimentício, químico, industrial e em comércio exterior. Antes de compor o quadro da Expresso 3300, Madalosso exerceu os cargos de gerente corporativo na Malta Transportes e de gerente de Operações corporativo das empresas Racing Automotive, Racing Partner e RCG Logística, que compõem o Grupo Racing. Como gerente de Transporte Rodoviário ele vai buscar reforçar as estratégias da Expresso 3300 para manter o alto nível de serviço, administrando os custos e focando no aumento e na melhoria da capacidade de atendimento. (41) 3098-3300

cargo de vice-presidente de Operações da área de Varejo e Consumo, posição que ocupou até a promoção para presidente. (19) 3206-2200



ENTREVISTA

A crise não assustou a Rodoborges, que fechou o ano de 2016 com resultados positivos e partiu para 2017 com lançamentos e novidades. O diretor-geral Thiago Borges Batista conta mais detalhes sobre a empresa, de grande tradição atuando como transportadora, que há alguns anos passou a trabalhar como operador logístico e inaugurou recentemente um empreendimento em Mairinque, no interior de São Paulo, que nasce com ociosidade para atender aos mais diversos propósitos 30 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Revista Tecnologística – A Rodoborges, como muitas empresas do segmento, teve origem familiar. Conte-nos um pouco sobre sua história. Thiago Borges – Meu pai, Armando Borges, criou a Rodoborges há 20 anos. Ele atuou na multinacional Osram por 37 anos, na área de transporte, na época do boom de terceirização nas multinacionais. Essas companhias

Fotos: Radamés Jr.

Ampliando a expertise

começaram a terceirizar os serviços e o presidente da Osram na época fez um convite para que ele assumisse a logística como prestador de serviços. Como ele já estava saindo da companhia, resolveu abraçar a operação de distribuição da multinacional e fundou a Rodoborges. Então a empresa nasceu para atender somente esse cliente, e já começou com o respaldo de um alicer-


ce bastante firme, o que é o mais difícil. Com os anos, ela foi começando a criar corpo e, aos poucos, foi crescendo, não só no número de clientes, mas também em frotas e filiais. Hoje temos um grande nome no mercado e atendemos a grandes marcas. Tecnologística – Hoje vocês são um operador logístico, certo? Borges – Sim. De três anos para cá iniciamos um projeto para atuar com armazenagem e logística também. Isso porque começamos a perceber que alguns clientes da área de transporte necessitavam de um leque de serviços maior, com armazenagem, nacionalização do produto, etiquetagem, etc. E muitas vezes o cliente quer terceirizar totalmente sua cadeia logística. Finalizamos em dezembro de 2016 um grande empreendimento, um novo centro de distribuição na Castelo Branco, na cidade de Mairinque (SP). Ele possui uma área total de 53 mil m² e 40 mil m² de área construída com 32 docas. Esse CD não perde para nenhum operador logístico em estrutura, e pode atender qualquer tipo de cliente, inclusive para locação. Estamos trabalhando em algumas negociações com clientes para tentar trazê-los para esse CD. Tecnologística – Ele funciona como uma espécie de condomínio logístico então? O espaço não será utilizado somente pela Rodoborges, mas será oferecido como locação? Borges – O CD está montado para atender qualquer modelo de operação. Posso alugar o espaço para qualquer cliente, seja operador logístico, pessoa física ou jurídica. Ao mesmo tempo, posso usar uma parte dele como operação logística da Rodoborges. Tudo depende da demanda. Então hoje ele é um CD aberto, e eu posso tratá-lo de várias maneiras, seja locação por metro quadrado, por posição-palete ou para operação de cross-docking.

O projeto foi concebido para ser tanto um condomínio como nosso CD para operação própria. Foi feito dessa forma para que não fique engessado somente em uma operação. O local tem um estacionamento amplo, uma expedição espaçosa, um prédio de quatro andares com elevador – dá para montar diversas empresas dentro de cada andar –, um refeitório para 80 funcionários simultâneos, um vestiário, casa de caminhoneiro, ou seja, está totalmente estruturado. Além disso, possui sistema de segurança 24 horas com guarita blindada. Tecnologística – O mercado de condomínios atual está superofertado. É interessante investir em espaços para locação nesse momento? Borges – Os grandes investidores realmente deram uma brecada. Eles tiveram um boom há alguns anos, as grandes incorporadoras optaram por esse segmento, que estava numa crescente muito grande. De dois anos para cá, realmente começou a sobrar imóvel no mercado. Porém, eu não sou um desses investidores. Eu estou aplicando dinheiro no meu próprio negócio. E, como sou consolidado, tenho a capacidade de oferecer, além do meu serviço, outros serviços, como o de locação para outras empresas. Dentro da cadeia de transporte, a armazenagem e a logística vêm juntas. Quando você não tem tudo que o cliente quer, pode ficar de fora de um BID, ou uma negociação, pois esse cliente não quer dividir os serviços com prestadores diferentes. Meu interesse inicial é utilizar o espaço para nossa operação, pois é onde tenho um resultado melhor, mas também temos a intenção de oferecer outras formas de serviço no empreendimento. Tecnologística – Já existe alguma operação no CD? Borges – Temos uma pequena operação lá desde dezembro. Não é algo defi-

“O transporte é nossa raiz, está no nosso sangue e é o que sabemos fazer melhor. Mas pegamos gosto por toda a operação logística”

nitivo, é sazonal, mas já temos um cliente armazenando uma boa quantidade de paletes. Era um cliente nosso que precisou expandir. O CD da matriz, em Osasco (SP), também é utilizado para armazenagem, mas está praticamente com sua capacidade esgotada, então, quando surgem mais serviços de armazenagem, mandamos para Mairinque. Tecnologística – Quais são os maiores desafios deste novo segmento que vocês estão explorando? Borges – O primeiro é segurança. Quem tem um condomínio logístico precisa oferecer uma segurança excelente, pois está abrigando outras empresas, muitas vezes com produtos de alto valor. Outro desafio é a localização. É preAbril 2017 - Revista Tecnologística - 31


ENTREVISTA

tentar dar todo suporte possível para o motorista, não o deixando à mercê da estrada. Estamos sempre controlando e montando planos de viagem, ele pode parar apenas em postos autorizados pela empresa, pontos de apoio e filiais. Felizmente, a Rodoborges até hoje nunca teve um problema mais sério por conta de condutas erradas de motoristas. Acidentes acontecem nas estradas e existem coisas que estão fora do nosso controle, mas nunca tivemos um óbito de motorista, por exemplo. A segurança desse funcionário é prioritária. A nova estrutura em Mairinque (SP) possui 40 mil m2 de área construída

ciso que os empreendimentos estejam localizados na beira de grandes rodovias ou dentro do cinturão na Grande São Paulo. E por conta destes dois itens, segurança e localização, muitas empresas acabam optando pela locação, que se mostra muito atraente. A flexibilidade do aluguel é maior do que a de comprar o terreno e construir. Isso é muito interessante principalmente para as multinacionais, que querem transferir os serviços locais para quem tem estrutura e know-how em cada segmento. Tecnologística – Como é oferecida a locação? Conte mais detalhes sobre a estrutura. Borges – São módulos de, no mínimo, 1.200 m². O máximo são 20 mil m², metragem total da área de armazenagem do CD. Ele possui pé-direito livre de 14 metros e a capacidade do piso é de 7 toneladas por m². O espaço não está verticalizado, mas já existe um projeto para 25 mil posições-palete. Tecnologística – Fale um pouco mais sobre os demais aspectos da empresa, além da estrutura física. Borges – Os pontos em que a empresa mais investe atualmente são capacitação, qualidade e tecnologia. Para isso, contamos com três farmacêuticas para atender diversos tipos de produ32 - Revista Tecnologística - Abril 2017

tos, controlados, cosméticos e correlatos. A empresa preza muito pelo treinamento, então todos os motoristas passam por uma seleção dentro do nosso departamento de Recursos Humanos, que consiste em entrevistas, testes práticos, testes de saúde e exames médicos. Realizamos treinamentos e capacitações mensais e quinzenais. Além disso, empresas terceiras vêm fazer treinamentos e alguns testes. Oferecemos bolsas de estudo para que o funcionário dê continuidade à formação, como uma faculdade e outros cursos. Nossa intenção é fazer o funcionário crescer junto com a empresa. Atualmente temos 250 funcionários diretos e os indiretos ultrapassam 400. Tecnologística – Você comentou que um dos maiores desafios é a segurança da carga. E quanto à segurança do motorista? Borges – Já existe uma lei na realidade, que ainda não foi homologada, para a obrigatoriedade do exame toxicológico dos motoristas. Essa lei vai ajudar muito na segurança do condutor. Infelizmente, sabemos que dentro desse segmento ainda existem muitas pessoas que abusam de substâncias, como álcool e drogas. O que a gente faz aqui para tentar inibir é oferecer orientação, dar palestras, fazer reciclagem,

Tecnologística – Como a recessão de 2016 impactou na empresa? Borges – Para a surpresa de muitos, nós crescemos no período, em 13% na movimentação e no faturamento. Por isso, fechamos no positivo. Esse resultado vem muito na contramão do que aconteceu no país, mas não temos um número muito elevado de clientes, e sim clientes de grande porte. São empresas multinacionais que não diminuíram de tamanho e promoveram diversas ações para enfrentar a crise. Por sermos grandes parceiros deles, estivemos sempre envolvidos nessas campanhas. Portanto, quando eles crescem, nós crescemos junto. Além disso, tivemos a adição de dois novos clientes no ano passado, o que também fortaleceu nosso faturamento.

“A infraestrutura precária e a falta de segurança continuam sendo os maiores problemas que temos que enfrentar”



ENTREVISTA

sete. Neste ano nosso plano é diminuir a idade média da frota com a renovação de 20% dos caminhões. O mais antigo tem cinco anos, mas ainda em 2017 quero voltar para uma média de 3,5 a 4 anos.

Tecnologística – A nova estrutura de Mairinque teve algum financiamento ou investimento externo? Borges – Sim. Nós temos um financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O investimento próprio foi de 40% e 60% foram financiados. O valor total de investimento foi de R$ 30 milhões para esse empreendimento. Tecnologística – Existem outros investimentos previstos para 2017? Borges – Retomamos a renovação da frota. Sempre tentamos mantê-la com uma média de três anos. Por conta da situação econômica do ano passado e dos investimentos no novo empreendimento, seguramos um pouco essa renovação. Finalizado o investimento, começamos a retomar as substituições de veículos. Em março já compramos 34 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Tecnologística – Quais são os segmentos atendidos pela Rodoborges? Borges – Atendemos os setores alimentício, automotivo, de bebidas e de cosméticos. Tudo carga seca, não trabalhamos com produtos refrigerados. Na Johnson & Johnson trabalhamos com um grande leque de produtos, desde medicamentos até fio dental. Hoje a Rodoborges é a maior transportadora na América Latina da Johnson & Johnson em volume e faturamento, então é um grande parceiro. Trabalhamos com a Nívea e a Hinode, uma empresa de cosméticos antiga, que teve um boom de três anos para cá. A ideia inicial para o novo empreendimento era que a Osram utilizasse o espaço em Mairinque, mas eles fecharam a fábrica em Osasco e foram para Embu das Artes (SP). Nós não conseguimos dar continuidade nesse BID, pois nossa obra estava um pouco atrasada e eles acabaram optando por outro operador.

Tecnologística – Qual é o diferencial da Rodoborges na comparação com operadores sem um espaço próprio? Borges – O principal é o custo. Essas multinacionais, na maioria dos casos, não têm prédios próprios. Por conta disso, elas gastam mais do que nós. Sendo um locatário e operador, posso ganhar com o serviço e não apenas na locação. Ganho na movimentação do palete, na entrada e saída, na etiquetagem, na finalização do produto, na distribuição pela transportadora, enfim, tenho toda uma cadeia. Dessa forma, acabamos tendo um custo final menor, temos mais domínio desse custo e eu consigo trabalhar melhor. Os nossos processos não são tão engessados, então temos uma flexibilidade, uma maleabilidade interna muitas vezes maior que uma multinacional. Se você não tem espaço próprio, tem que se moldar à estrutura locada, e eu não preciso disso. Então dentro de uma negociação isso acaba pesando bastante. Pelo fato de sermos conhecidos principalmente pelo transporte, geralmente somos procurados para atuar nesse segmento específico. Durante a negociação, oferecemos a operação logística como um todo,


e já vamos com o portfólio completo. Isso facilitou muito, pois antes, quando participávamos de um BID, ficava difícil entrar em uma concorrência com um operador logístico que tinha a capacidade muito maior que a nossa. Hoje isso não acontece mais, temos um leque de serviços completo para os clientes. Tecnologística – Você ainda se sente um transportador ou já se vê como um operador logístico? Borges – Estou começando a gostar da operação logística. É uma área que estou estudando, estou entendendo melhor a cada dia que passa. Estou me orientando com fornecedores de tecnologias, como WMS, e empresas de consultoria, que acabam trazendo um pouco de know-how. Mas não posso negar que o transporte é a nossa raiz, está no nosso sangue, é o que nós sabemos fazer melhor. Hoje, porém, o que eu mais busco é o crescimento como operador logístico. Atualmente temos 70% de atuação no transporte e 30% de operação logística. Minha intenção é igualar, com 50% em ambos segmentos. Tecnologística – Qual sua expectativa em relação ao mercado para os próximos anos? Borges – Acredito que o segundo semestre de 2017 vai apresentar uma boa melhora. Muita coisa já aconteceu. Percebo pelos meus clientes, que do início do ano para cá já se mostram muito mais confiantes e com expectativas de crescimento. Isso já me traz uma esperança. Mas, para nós, da Rodoborges, o primeiro trimestre não está sendo ruim. Ele está sendo bastante interessante diante do ano passado. Como somos prestadores de serviços, seremos puxados pelo crescimento que todos esperam. Claro que tudo isso depende de mudanças no país, prin-

O CD pode ser locado em módulos para outros operadores logísticos

cipalmente na política, que é o principal desafio do Brasil. As empresas de logística são meio que uma balança, pois você consegue medir o mercado, porque se a economia cai, o transporte acompanha. Tecnologística – Quais são os principais problemas enfrentados pelas empresas do segmento na sua opinião? Borges – Continuam sendo a infraestrutura e a segurança. São dois itens que realmente deixam muito a desejar. O Brasil ainda peca na questão das estradas e de pontos de apoio que ofereçam para o transporte uma melhor condição para movimentar as cargas até seus destinos. Quanto à segurança, nós não transportamos valores de visibilidade tão grande, como eletrônicos e pneus, e nossa operação farmacêutica é pequena. Mas transportamos cargas como cosméticos de empresas muito conhecidas, que apresentam uma distribuição fácil no mercado ilegal. Por conta disso, temos uma empresa terceirizada de gerenciamento de riscos que faz todo o controle internamente em uma sala blindada. Tecnologística – Como é feito o controle dos veículos? Borges – São todos rastreados por satélite, tanto por GPRS como por satélite, sendo todos com tecnologias híbridas. Todos têm trava-baú, trava da quinta roda e todos os caminhões são monitorados 24 horas por dia, tanto para coleta quanto para distribuição. Temos o Plano de Gerenciamento de Risco (PGR),

em que o motorista deve cumprir todo o cronograma. E, mesmo com todo esse aparato, há algumas ocorrências, infelizmente, por conta do aumento da violência. Então infraestrutura e segurança realmente são as maiores dificuldades. Outro problema é o custo do frete, pois o óleo diesel e os pneus, por exemplo, acabam sendo fatores que apresentam uma inflação fora daquilo com que a transportadora consegue lidar muitas vezes. Outro item que era um problema, mas agora está bem melhor, é a questão da mão de obra. Teve um período de uma baixa muito grande da mão de obra. Havia pouquíssima qualificação no mercado, mas de um ano para cá isso vem melhorando, até por conta da crise. Está mais fácil encontrar motoristas qualificados atualmente. Tecnologística – Com o crescimento da empresa, cresceram também os investimentos em tecnologia? Borges – Nosso TI é terceirizado. Optamos por deixar isso na mão de quem realmente tem expertise. Nosso WMS foi feito pela Global Assist, mas nós operamos o software de forma totalmente independente, com ferramentas que são inteiramente integradas. Algumas empresas gostam de criar seus próprios softwares, mas não é o nosso negócio. Nosso negócio é logística. Para o CD de Mairinque, feito para operações grandes, estamos pesquisando um WMS mais robusto, mas ainda não decidimos qual será o escolhido. Rodoborges: (11) 2195-3636 Abril 2017 - Revista Tecnologística - 35


CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

Ajustando a equação

O inventário de condomínios logísticos brasileiro vem apresentando crescimento nos últimos anos, com cada vez mais novos empreendimentos de alto padrão sendo inaugurados. Porém, como efeito da crise econômica, os níveis de absorção apresentaram queda e, assim, o mercado tornou-se superofertado. Chegou a hora então de as empresas do setor, mesmo capitalizadas e com poder de investimento para continuar entregando novos espaços, trabalharem com mais moderação, até que o país se recupere da recessão e a demanda volte a crescer

N

ão é exagero afirmar que nenhum setor da economia passou incólume pela profunda crise que assolou – ou ainda assola – o Brasil nos últimos anos. A pior recessão da história do país, de acordo com dados divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-

36 - Revista Tecnologística - Abril 2017

tatística (IBGE), empurrou o Produto Interno Bruto (PIB) nacional para baixo, assinalando queda de 3,6% na soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país em 2016, resultado desastroso registrado logo depois do decréscimo de 3,8% observado no ano anterior. Ainda de acordo com o ins-

tituto, a agropecuária foi o setor mais atingido, apresentando uma queda de 6,6% no acumulado do ano passado, mas literalmente ninguém ficou de fora desse fiasco econômico. Para se ter uma ideia do impacto da crise no segmento logístico, basta verificar que o consumo das famílias re-


Divulgação GLP

totalizando 125 mil m². “Além disso, temos mais 450 mil m² em fase de desenvolvimento”, destaca o executivo. Costa argumenta que o inventário de áreas de armazenagem no Brasil, historicamente, é de baixa qualidade e pouco eficiente, o que fez com que os condomínios logísticos surgissem não só como uma alternativa mais econômica, devido ao rateio dos custos de serviços como segurança e limpeza, mas também para renovar e atualizar as estruturas utilizadas pelas empresas. “O desenvolvimento de novos empreendimentos se deve à necessidade de profissionalização e modernização dos parques logísticos no país. Condomínios são, via de regra, imóveis que oferecem melhor infraestrutura, flexibilidade de armazenagem e maior segurança para as operações”, explica. Com o boom na procura por esse tipo de estrutura que ocorreu pouco tempo antes da crise, muitos projetos já estavam engatilhados e continuaram a ser implantados. Maurício Geoffroy, diretor ComerLançamentos e mais lançamentos cial da Bresco Investimentos, concorda com essa afirmação, e acrescenta que Para Guilherme Aquino Costa, a continuidade no lançamento de nohead of Leasing da Autonomy Inves- vos condomínios logísticos mesmo em timentos, que juntamente com a ca- meio a uma recessão é reflexo de um nadense Cadillac Fairview criou, em segmento composto por empresas que 2014, a Golgi Condomínios Logísti- possuem alto poder de investimento. cos, a explicação para esse fenômeno “A maior parte dos players do mercado é bastante simples. de condomínios lo“O inventário cresgísticos está bastante ceu consideravelcapitalizada e quer A Região Sudeste mente nos últimos colocar esse dinheido Brasil concentra três anos por conta ro para trabalhar, dos investimentos ainda que o cenário mais de 80% previstos antes da seja adverso”, diz, crise”. A própria acrescentando que de todo o Golgi vai inaugurar, a Bresco é um exeminventário de ainda em 2017, dois plo disso. Há apenas novos condomínios alguns meses, em condomínios – o Golgi Duque de dezembro de 2016, Caxias, no Rio de Jaa companhia inaulogísticos do país neiro, e o Golgi Jungurou oficialmente diaí, em São Paulo –, o Parque Corporasequência, resultam em uma menor necessidade de se contar com centros de distribuição e armazéns para estocar os produtos que abastecem o mercado. Segundo informações da consultoria de imóveis comerciais Newmark Grubb Brasil, os novos empreendimentos inaugurados em São Paulo, estado que possui o maior inventário de condomínios logísticos de todo o país, somaram 703 mil m² em 2016, número superior ao de 2015, com 596 mil m². O Rio de Janeiro, segundo maior mercado de condomínios do Brasil, recebeu 272 mil m² em novos espaços para locação, também registrando crescimento na comparação com o ano anterior, quando foram inaugurados 182 mil m². Os números de 2016 são também muito próximos aos de 2014, quando São Paulo ganhou novos 717 mil m², e o Rio de Janeiro, 292 mil m², mais que o verificado em 2015, mas apresentando relativa estabilidade quando considerados os três anos em que o país mais sentiu os efeitos da crise.

cuou em 4,2% e a produção industrial caiu 3,8%, fazendo com que o volume de cargas transportadas e armazenadas diminuísse em todo o país, em decorrência do alto nível de desemprego e do declínio da renda do trabalhador, que também afetam diretamente as vendas do varejo. Apesar de as agruras serem generalizadas, um observador mais desavisado pode chegar a pensar que o mercado de condomínios logísticos, em particular, talvez não tenha sentido tanto os efeitos da recessão. Isso porque, mesmo nos momentos mais agudos da crise, as empresas que atuam nesse setor continuaram lançando empreendimentos e ofertando novos espaços. É natural que isso cause estranheza, tendo em vista os volumes mais baixos de consumo e de produção que, por con-

Abril 2017 - Revista Tecnologística - 37


CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

Divulgação Golgi

Divulgação Golgi

tivo Bresco Viracopos, tempo muito maior”. localizado na região de A Siila (sigla para Campinas (SP). Sistema de InformaO empreendimento ção Imobiliária Latinode alto padrão para uso -Americano) foi fundamisto está situado em da nos Estados Unidos um terreno de cerca de para trabalhar com 1 milhão de m² e conpesquisas sobre empreta com 418 mil m² de endimentos comerciais área potencial construna América Latina, com ída. Os investimentos, foco em galpões logísaté então na casa dos ticos, escritórios corR$ 400 milhões, devem porativos e shopping Costa: o inventário cresceu superar a soma de R$ centers, iniciando suas durante a crise devido a 1 bilhão. No parque já atividades pelo Brasil, projetos previstos anos antes estão funcionando os em 2015, e expandindo centros de treinamento da Azul Li- para o México e a Colômbia neste ano. nhas Aéreas e da John Deere, que con- “Não existia até então no mercado brata também com um CD. O Flex Vira- sileiro nenhuma empresa que pudesse copos, que une edifícios de escritórios fornecer números a respeito desses e condomínios de galpões, também segmentos de forma independente, já está em operação no local, com pois todas as que contam com esses 35.500 m², e abriga a Gollog, a UPS e dados atuam de fato no mercado”, a Embraer Savis. Além disso, a Bresco exalta Nicastro. “Nos Estados Unidos, já entregou o galpão G1 Viracopos, especialmente, isso é bem separado. A com 25 mil m². O empreendimento, empresa que fornece dados não consconstruído no modelo cross-docking, trói ou comercializa. Ela somente trajá está disponível para locação. O G1 balha a informação, para que não haja tem módulos a partir de 4 mil m² e nenhum conflito de interesses. E nós pode atender até quatro empresas dis- trouxemos esse conceito lá de fora. Sotintas. O Parque Corporativo Bresco mos totalmente focados em pesquisa, Viracopos abriga ainda o Ramada Ho- então 90% dos funcionários da Siila tel Aeroporto de Viracopos, perten- são pesquisadores”, completa. cente ao Grupo Wyndham. Giancarlo Nicastro, CEO da Siila Brasil, explica que o fato de as entregas de novos espaços não refletirem ou coincidirem com a realidade do mercado é um fenômeno inerente ao setor imobiliário de uma forma geral. “As decisões são tomadas sempre com muitos anos de antecedência em relação à entrega dos empreendimentos. Quando você começa uma obra grande, está fazendo um investimento alto, que precisa ser recuperado lá na frente, por mais que o valor de locação não seja o esperado. Mas parar a construção significa carregar um custo sem a possibilidade de gerar receita por um 38 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Capitalizados e com destaque no cenário de empreendimentos de alto padrão, GLP, Capital Realty e Pátria Investimentos, assim como a Golgi e a Bresco, são exemplos de empresas do setor que continuaram investindo em novos empreendimentos. Somente em 2016, a GLP entregou 77 mil m² de área de armazenagem, divididos em três projetos. São dois galpões localizados no GLP Cajamar e uma expansão no GLP Guarulhos, ambos em São Paulo. Além disso, dois projetos estão com obras avançadas no Rio de Janeiro e devem ser entregues ainda em 2017. Os galpões, localizados em Irajá e Duque de Caxias, vão adicionar novos 98 mil m² ao portfólio oferecido pela empresa. Concentrada na Região Sul do Brasil, a Capital Realty está desenvolvendo atualmente seu quarto condomínio logístico, localizado em Canoas (RS), que contará com até 165 mil m² de área construída. Em relação aos empreendimentos já existentes, o Mega Intermodal Centro Logístico Esteio (RS) apresenta 60 mil m², o Mega Centro Logístico Curitiba (PR) possui área construída entregue de 45 mil m² e potencial para chegar até 155 mil m², e o Mega Centro Logístico Itajaí (SC) já dispõe de 52 mil m², podendo chegar a 87 mil m².



CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

O Pátria, por fim, tem três projetos em execução, distribuídos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O Complexo Multimodal Itatiaia (RJ) está entrando em sua terceira fase, com a construção de novos 70 mil m² e as duas primeiras fases já 100% locadas. Ainda no Rio de Janeiro, a empresa conta com um projeto de 56 mil m² na Avenida Brasil, e em São Paulo serão outros 39 mil m² no município de Embu das Artes.

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ticos, a Siila – que vai é o índice com que o estender suas pesquisetor está acostumasas para outros estados do”, indica Nicastro. brasileiros já em 2017 Nos Estados Unidos, – apurou números que por exemplo, onde o respondem a essa quesmercado de condotão, e o mercado flumimínios logísticos é nense serve como um muito maior e mais bom exemplo. maduro, a taxa média Em apenas um ano, de vacância gira em a taxa de vacância nos torno de 5% e 6%. empreendimentos Os dados apurados logísticos do estado pela Newmark Grubb Nicastro: taxas de vacância Oferta versus demanda do Rio de Janeiro salmostram números entre 20% e 30% não são tou de 16,77% para muito parecidos. De saudáveis para o mercado Com players bem 21,08%. acordo com a empresa, posicionados no merIsso porque o cresci- a taxa de vacância registrada no Rio de cado, realizando inmento do inventário Janeiro no quarto trimestre de 2016 foi vestimentos altos e foi motivado por to- de 20,7%, enquanto o acumulado de constantes, e novos dos os fatores supraci- 2015 havia apresentado um índice de empreendimentos tados, e não por uma 11,9%, bem mais próximo ao ponto de sendo lançados, como demanda de mercado equilíbrio do mercado. Em São Paulo a é possível afirmar enpor novos espaços, a situação é ainda mais complicada, com tão que a crise econôrazão mais primordial uma vacância média de quase 27%, mica afetou também o possível, que garan- diante dos 22% de 2015, que também segmento de condomítiria a absorção dos já eram bastante altos. nios logísticos? Analiempreendimentos Para Patrick Samuel, responsável sando inicialmente os inaugurados. “Índi- pela área de Imóveis Corporativos da Geoffroy: players do setor estados de São Paulo e ces entre 20% e 30% Newmark, o mercado de condomínios possuem grande poder de Rio de Janeiro, justasão muito altos. Uma logísticos brasileiro cresceu muito ráinvestimento mente pelos lugares de taxa de vacância sau- pido nos últimos anos, e ninguém destaque que ambos ocupam no ce- dável gira em torno de 10%. E esse imaginou que a crise ia se aprofundar nário nacional de condomínios logís- número ainda nem é o ideal, mas tanto, prejudicando tão severamente a economia. “Por um tempo a demanda por espaços foi muito alta, então mais e mais empreendimentos foram surgindo. Mas, quando a recessão chega, a absorção desses espaços fatalmente não consegue acompanhar o mesmo ritmo das entregas. Assim, o que o mercado está vivendo é uma redução nas ocupações, além de devoluções de espaços e renegociações, simbolizando muito bem o que aconteceu com a economia brasileira nos últimos anos”. Geoffroy, da Bresco, concorda. Ele explica que o setor de condomínios logísticos é pautado por ciclos, como acontece com todo o merca-


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do imobiliário. “Há a respeito dos preços. muito tempo, quando “O aumento da vacânnós desenhamos esses cia pressionou negaciclos, já imaginávativamente os valores, mos que haveria um fazendo com que os lomomento de baixa catários tivessem mais entre os anos de 2014 poder de barganha e 2016, mais ou menesse cenário”. Com nos. Mas o que aconisso, segundo o exeteceu foi que, com cutivo, o movimento toda essa crise polítifly to quality, quando ca, que desencadeou uma empresa migra de uma recessão econôuma estrutura de quaSamuel: quedas na absorção, mica muito profunda, lidade inferior para um devoluções e renegociações esse momento de baiempreendimento com refletem a crise econômica xa se intensificou e um padrão mais alto, se prolongou muito mais do que o foi conjugado com o fly to cost, que, esperado”. O executivo destaca que como o próprio nome diz, indica a as devoluções, por exemplo, consis- busca por redução de custos. tem em um fator totalmente novo “Quando o consumo cai, as empara o setor, com o qual as empre- presas não precisam de tanto espaço sas precisaram aprender a lidar. “O para armazenar e, por isso, acabam segmento vinha muito bem e não alugando menos, já que o giro de proestava acostumado com isso. Houve duto diminui e não é necessário um também muitas reduções nos espa- estoque alto”, confirma Rodrigo Deços locados. Com isso, foi preciso meterco, presidente da Capital Rese conscientizar de que o mercado alty. “Com a economia incerta, a está superofertado. E isso tudo le- confiança das empresas fica abalavou a uma perda na referência dos da, então vemos um tempo maior preços praticados”. de negociação e menos investiO presidente da mentos. As mudanças GLP, Mauro Dias, comnos preços são uma plementa dizendo que adaptação à realidamuitas empresas precide do mercado. Em saram buscar alternatimomentos de crise, vas para otimizar suas o setor tenta enconoperações, reduzindo trar o melhor custoos custos em decorrên-benefício tanto para cia da retração do cono cliente quanto para sumo, que diminuiu os a própria empresa”. volumes movimentados Segundo os dados e armazenados. “Alguda Newmark Grubb, mas delas, que tinham os valores de locação Dias: o aumento da vacância mais de um centro de no estado de São Paupressionou negativamente os distribuição em uma lo chegaram a R$ 19,5 valores pedidos determinada região, oppor m² no quarto tritaram por unificar as operações, redu- mestre de 2016, valor que represenzindo a área total locada e colaborando tou uma queda de 2,5% em relação para o aumento da taxa de vacância”. E ao trimestre anterior. Ao longo do ele corrobora a colocação de Geoffroy ano, foi observada uma variação de


CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

Estruturas de qualidade Fauze Antun, sócio da área de Real Estate do Pátria Investimentos, acredita que mesmo com esse desequilíbrio na equação entre a oferta e a demanda ainda existe espaço no mercado para novos lançamentos. E o motivo é o mesmo que desencadeou o boom do setor alguns anos antes da crise, fazendo com que muitos projetos fossem lançados no ápice da recessão: a qualidade do inventário de áreas de armazenagem, que, de um modo geral, ainda é muito baixa. “A taxa de vacância média inclui um estoque de áreas brutas locáveis em galpões logísticos que já não atendem às necessidades das empresas, seja pela estrutura antiga, pela localização ou por limitações energéticas, por exemplo. Há uma série de fatores que afetam esse número e que não refletem simplesmente o comportamento da demanda”, explica o executivo, acrescentando que o mesmo vale para os valores pedidos. “Onde os atributos da oferta já não são tão atrativos para os clientes, é natural que os preços reajam”. Por isso, ele argumenta que as empresas do setor precisam enxergar e se adaptar à realidade do mercado. “Aquelas que souberem oferecer uma estrutura adequada, moderna, com eficiência energética, suporte tecno42 - Revista Tecnologística - Abril 2017

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lógico, localização esnecessidades de operatratégica e modelos de ção do cliente, porque contrato assertivos, vão nós fazemos um macontinuar a crescer e peamento daquilo que ganhar participação. É o mercado realmente preciso saber ouvir os precisa”. Dias, da GLP, clientes. No Pátria, não destaca que a busca por deixamos de avançar soluções mais modercom nossos projetos e nas de infraestrutura de de encontrar interesarmazenagem tem sido sados em alocar suas uma prioridade para operações nas nossas as maiores empresas estruturas”, diz. “Como brasileiras, sobretudo Demeterco: mapeamentos de trabalhamos principaldurante uma crise, em mercado identificam as reais mente com projetos que a busca pela otiminecessidades dos clientes built to suit, nossos zação das operações é clientes também não precisam abrir ainda maior. “E os centros logísticos mão de ter uma estrutura com a cara de altíssimo padrão ainda representam da empresa, feita sob medida para somente 23% do estoque total, o que é suas necessidades”. muito pouco comparado ao tamanho “Os condomínios logísticos estão do mercado de consumo brasileiro. Há sendo projetados e construídos para uma demanda ainda não atendida em atender a uma demanda existente por todo o país que movimenta o setor, áreas que ofereçam o que as empresas por isso no mercado de condomínios não encontram em imóveis conven- logísticos os impactos da crise foram cionais”, complementa Demeterco. relativamente menores”. “Os empreendimentos da Capital Geoffroy explica que a Bresco, Realty, por exemplo, oferecem uma es- também atenta à atual situação do trutura predial moderna e alinhada às mercado, direcionou seus esforços Divulgação Capital Realty

-1,5% nos valores pedidos. Em 2013 e 2014, os preços chegaram a ficar estabilizados em R$ 21 por m². No Rio de Janeiro, o valor médio de locação permaneceu praticamente estável ao longo de todo o ano passado, chegando a apresentar um crescimento de 4% no quarto trimestre na comparação com os três meses anteriores, com R$ 23,9 por m². Em 2015, porém, o valor foi de R$ 25,2 por m² e entre 2013 e 2014 a média de preços pedidos no Rio de Janeiro chegou a R$ 26,5 por m².


Readequação Ainda assim, é consenso que o mercado deve ser mais contido na entrega de novos espaços para tentar readequar a equação entre oferta e absorção, ao menos até que a economia volte a patamares mais animadores, que estimulem a recuperação da indústria e do consumo. “Existe uma leve tendência de freada nos lançamentos por conta do atual momento econômico. A Golgi acredita em uma recuperação gradual, principalmente a partir do segundo semestre, pois existe uma perspectiva por parte dos economistas de um crescimento mais consistente nesse período, em consequência dos estímulos ao consumo e da retomada da produção industrial”, aponta Guilherme Aquino Costa, acrescentando que a logística é um verdadeiro termômetro da economia. “Todos os setores, do comércio eletrônico à indústria do petróleo, utilizam serviços logísticos”. Fauze Antun acredita que, a partir de agora, paulatinamente haverá um destrave das decisões de investimento em área de armazenagem que foram retardadas nos anos anteriores

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para aquisições e projetos no modelo built to suit, desacelerando os empreendimentos especulativos. “Existem empresas com características próprias, que não são atendidas por um condomínio construído para abrigar operações mais abrangentes. É o caso das atividades que demandam temperatura controlada, seja resfriada ou congelada. Ou galpões bastante verticalizados, com pé-direito de 19 metros de altura, por exemplo. Não existe a oferta de empreendimentos especulativos para isso, então as empresas buscam a encomenda de espaços no modelo built to suit para contar com uma estrutura que atenda a esses requisitos”.

devido à crise. “Entendemos que essas decisões foram postergadas por questões mais de cautela dos empresários com as incertezas econômicas do que de fato pela falta de demanda por soluções de armazenagem e logística mais eficientes”. Para Demeterco, os players do setor poderão utilizar esse tempo para voltar seus olhos para os condomínios que já estão em operação. “Algumas empresas ainda vão finalizar obras já iniciadas, mas a tendência é de realizar melhorias nos empreendimentos existentes. Não lançar novos produtos é benéfico, pois com isso o mercado terá tempo para absorver o que já existe, equilibrando oferta e demanda. Naturalmente, assim que a economia se estabilizar, lançamentos vão surgir. Enquanto isso, o setor trabalha com planejamentos e aperfeiçoamentos”. Já Mauro Dias acredita que a redução na inauguração de novos espaços será bastante significativa e deve acontecer pelos próximos dois anos, pelo menos. De fato, a recuperação da economia nacional deve ser um pouco mais lenta do que o esperado. A edição do dia 20 de março do Boletim Focus do Banco Central do Brasil, um relatório de mercado

publicado semanalmente com previsões de analistas financeiros sobre diversos indicadores da economia brasileira, apontou que o PIB deve crescer apenas 0,48% no acumulado de 2017 e 2,50% em 2018, índices ainda muito abaixo das quedas registradas nos últimos anos. Giancarlo Nicastro também afirma que a freada nos lançamentos será grande, e que deve se estender por alguns anos. “É complicado começar algo agora, com tanta instabilidade. Nós nem sabemos quem vai ser o presidente da República daqui a dois anos. Então não são todas as empresas que podem tomar a decisão de desenvolver um novo empreendimento hoje. Está cada vez mais difícil conseguir inquilinos e aprovar projetos”. Segundo Maurício Geoffroy, somente os players muito bem posicionados no mercado puderam se dar esse luxo. “De uma maneira geral, quem continuou desenvolvendo novos espaços são empresas que podem investir pensando somente no longo prazo, sabendo que vão sofrer um pouco em um primeiro momento, mas que vão recuperar o investimento ao longo do ciclo de retomada da economia, ainda que ele seja lento”. Abril 2017 - Revista Tecnologística - 43


CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

Outros mercados

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Região Sudeste concentra a maioria esmagadora dos condomínios logísticos do Brasil, chegando a abrigar mais de 80% do inventário nacional. Essa distribuição reflete, logicamente, as desigualdades da sociedade, baseada na renda per capita e no poder de consumo da população brasileira. “As empresas querem estar o mais próximo possível de seu cliente final, e a oferta de condomínios acompanha esse comportamento”, analisa Fauze Antun, do Pátria Investimentos. Patrick Samuel, da Newmark Grubb, conta que, diferente do que acontece no Brasil, nos Estados Unidos a oferta de condomínios logísticos é bastante pulverizada, justamente porque o mercado consumidor também se apresenta dessa maneira. “Nosso país é muito grande em termos territoriais, mas também apresenta diferenças muito grandes”. Ele destaca que o mercado consumidor norte-americano é muito forte de costa a costa, o que justifica haver empreendimentos logísticos espalhados por todo seu território. “Entre 2009 e 2010 o mercado de condomínios brasileiro começou a evoluir muito no Nordeste, porque a própria região apresentou crescimento e o potencial consumidor aumentou. Agora, porém, as rédeas foram puxadas, até porque esse crescimento foi na verdade fictício, impulsionado por programas sociais em vez de investimentos reais no desenvolvimento da região”, lamenta. Rodrigo Demeterco, da Capital Realty, que concentra todos os seus empreendimentos na Região Sul do Brasil, destaca que a questão vai além do poder de consumo da população, pois está relacionada também aos problemas de infraestrutura logís-

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tica do Brasil. “O Sul do país se destaca pontualmente, mas se houver investimentos em portos e na malha de transporte, por exemplo, teremos melhores instalações e, consequentemente, um aquecimento do setor e da economia como um todo”, frisa. “Infraestrutura logística ainda é um assunto bastante delicado no Brasil”, diz Maurício Geoffroy, da Bresco. “Acredito que agora estamos no caminho certo, com os planos de concessão, que proporcionam melhores ativos com os investimentos da iniciativa privada. Mas ainda temos que percorrer um longo caminho até que outras regiões do Brasil consigam ser mais competitivas em relação às mais desenvolvidas”, observa, destacando que o transporte ferroviário, modal muito forte nos Estados Unidos e que contribui grandemente para que exista toda essa pulverização de empreendimentos logísticos no país, ainda é muito deficiente no Brasil. Giancarlo Nicastro, da Siila, concorda. “É necessário investir em trens para melhorar a infraestrutura de transporte e diminuir a dependência do modal rodoviário, que aumenta muito os custos logísticos. O transporte, infelizmente, ainda é um fator que encarece muito o preço final dos produtos no Brasil”, constata. Para ele, porém, é inevitável que no futuro o mercado de condomínios logísticos se expanda para outras localidades do país. “Em algum momento essas barreiras serão quebradas, até porque chega uma hora em que determinada região fica saturada. Somos um país grande demais para concentrar o mercado somente em dois estados”, completa.

De acordo com Patrick Samuel, o setor de condomínios logísticos apresenta uma grande vantagem no enfrentamento de uma crise em relação aos demais segmentos do mercado imobiliário. “Não é possível entregar meio prédio de escritórios e esperar para inaugurar o restante quando a economia estiver reaquecida. Já no caso dos condomínios logísticos, os empreendimentos podem ser faseados, então é possível construir um galpão e bloquear as demais fases por um tempo, já obtendo o retorno financeiro da primeira estrutura”. Ele complementa dizendo que nos próximos anos as absorções tendem a se manter nos mesmos patamares de 2016. “Neste ano, ao menos, elas não vão crescer. Já estamos no segundo bimestre e o clima, apesar de conter certo otimismo, ainda é de cautela. A verdade é que no ano passado, com a mudança do governo federal, até houve um surto de esperança, e foi possível observar um crescimento na confiança. Mas ela vem acompanhada de muitas incertezas, porque ninguém sabe como vai ser o futuro no Brasil. Vivemos uma instabilidade política muito grande e precisamos de reformas estruturais urgentes para que o país volte a crescer”, explica. “Pelo menos sabemos que o Brasil chegou tão ao fundo do poço que não dá para afundar mais. Daqui só nos resta esperar por dias melhores”, finaliza o executivo.

Fernando Fischer Bresco: (11) 4058-4555 Capital Realty: (41) 2169-6850 GLP: (11) 3500-3700 Golgi: (11) 3524-2500 Newmark Grubb: (11) 2737-3130 Pátria: (11) 3039-9000 Siila: (11) 5103-1881



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Novos e promissores desafios para a logística

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O emprego de impressoras 3D nas indústrias de vários segmentos promete movimentar, em médio e longo prazos, também as empresas de logística, diante da possibilidade da criação de novos modelos de negócios e formas de atender seus clientes com maior agilidade, eficiência e redução de custos. Mas ainda há limitações e um longo caminho a ser percorrido, tanto no que se refere ao conhecimento sobre as reais possibilidades oferecidas por essa tecnologia quanto ao seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, como demonstram as análises dos institutos de pesquisa e dos principais players desse mercado


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impressão 3D, também cha- 2015 para US$ 17,7 bilhões em 2020, Pesquisas indicam mada de manufatura aditiva, correspondendo a uma taxa de cresfoi criada há quase 40 anos, cimento anual de 66,5%. “O Gartner que 65% dos mas somente a partir da década de acredita que 65% dos profissionais 1990 começou a deslanchar em fun- da cadeia de suprimentos em todo profissionais da cadeia ção do desenvolvimento paralelo o mundo já estão usando ou irão inde suprimentos já de várias outras tecnologias, como vestir em 3D nos próximos dois anos as de armazenamento de dados, o para introduzir uma abordagem inousam ou vão usar a avanço dos dispositivos móveis e da vadora na fabricação de produtos e internet e ainda a evolução de har- para otimizar as operações de manuimpressão 3D nos dwares e de softwares, especialmen- fatura”, destaca Basiliere. próximos dois anos te o CAD/CAM 3D (Computer Aided Já o levantamento da consultoDesign/Computer Aided Manufac- ria Wohlers Associates aponta que o turing), utilizado por segmento de impresprojetistas para criar e soras 3D movimentou mentos”, resultante de estudos que desenvolver produtos. mundialmente US$ vêm sendo realizados há vários anos Hoje, essas impresso5,1 bilhões em 2016, com uma variedade de máquinas e ras vêm sendo empresuperando em 30% o técnicas de impressão 3D, e que lhe gadas mundialmente registrado no ano an- permitiram identificar novos mopelas indústrias dos terior, e projeta, para delos de negócios e aplicações que setores automotivo, 2020, algo próximo a irão redefinir as estratégias de faaeroespacial e de eleUS$ 21 bilhões. Esta- bricação, de logística e da cadeia de troeletrônicos, dentre tísticas e previsões à suprimentos como um todo. outras, para a produparte, é inegável que a Matthias Heutger, vice-presidente ção de protótipos, fertecnologia aditiva vem sênior de Soluções para Clientes e Inoramentas e alguns tisendo vista com outros vação da DHL, destaca que o relatório Basiliere: mais de 455 pos de peças e itens de olhos, sobretudo pelas reconhece a impressão 3D como uma mil impressoras 3D foram reposição; pelo setor indústrias, muitas das tecnologia transformadora, mas que comercializadas no mundo educacional, que as quais já a estão utili- não irá tornar o processo produtivo em 2016 utiliza para provas de zando de forma efetiva convencional obsoleto. Ela irá conconceito; e pela área médica e odon- em seus processos protribuir, em muitos catológica, para próteses, implantes e dutivos, o que remete a sos, para simplificar a planejamentos cirúrgicos. outra questão: quais são fabricação de produtos As expectativas de vários institu- os impactos que essas altamente complexos e tos de pesquisa são otimistas e indi- ações já estão trazendo personalizáveis, e tamcam que esse mercado deverá crescer e ainda trarão no futuro bém para a produção muito nos próximos anos. Segundo para o setor logístico? de peças de reposição, Pete Basiliere, vice-presidente de PesAtenta a toda essa o que aproximará cada quisas do Gartner Group, em 2016 fo- movimentação e com vez mais os setores faram comercializadas no mundo todo base nas previsões da bril e logístico. mais de 455 mil impressoras 3D para consultoria McKinsey, O estudo da DHL uso corporativo e doméstico, corres- que, bem mais otimiselenca alguns possípondendo a um crescimento de 108% ta que o Gartner e a veis e novos modelos Heutger: a impressão 3D vai em relação ao ano anterior, e a esti- Wohlers, projeta que de negócios que devesimplificar a fabricação de mativa é que até 2020 esse total che- o mercado 3D crescerão surgir em virtude produtos complexos gue a mais de 6,7 milhões de unida- rá entre US$ 180 bida maior adoção da des vendidas. Em termos de valores, o lhões e US$ 490 bilhões até 2025, manufatura aditiva. Um deles presinstituto calcula que a receita obtida a operadora logística DHL elaborou supõe que as operadoras logísticas com a venda desses equipamentos um relatório intitulado “Impressão passarão a contar com uma rede passe do US$ 1,4 bilhão registrado em 3D e o Futuro das Cadeias de Supri- própria de impressoras 3D partilhaAbril 2017 - Revista Tecnologística - 47


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das e instaladas em esquema valeria tamvários centros de disbém para a impressão tribuição em diferende peças críticas para tes locais do mundo, a reparação de máou ainda irão apoiar quinas, que precisae fazer parcerias com riam ser entregues o empresas prestadoras mais rápido possível desse tipo de serviço e, para não interromper em vez de estocar peo processo de fabriças de reposição, o que cação. Haveria, além em muitos casos repredisso, a possibilidade senta custos altos pela de, em vez de impribaixa rotatividade desmir alguns tipos de Levenstein: algumas máquinas peças ou produtos em ses itens, vão imprimiainda são muito caras para o -las sob demanda no um local fixo, como mercado brasileiro local mais próximo do no armazém, fazê-lo cliente final. A Mercedes-Benz, por em um veículo em movimento. A exemplo, já permite a seus clientes Amazon, por exemplo, já adquiriu imprimir em instalações próximas patente para equipar um caminhão mais de 30 tipos diferentes de peças com impressoras 3D para prestar de reposição originais de fábrica para esse tipo de serviço no futuro. caminhões de carga. A iniciativa tem Essas são algumas das possibicomo objetivo solucionar os atrasos lidades previstas pela DHL, destaque a montadora vem enfrentando cando ainda que, à medida que os para a entrega desses itens. fabricantes adotarem a impressão Outra possibilidade sugerida em seus processos e na cadeia de supelo relatório da DHL é que os ope- primentos, alguns tipos de produtos radores logísticos atuarão como poderão ser impressos inteiramente microfábricas para atender clientes em 3D, o que abrirá um campo para que exigem alto nível de customiza- os operadores logísticos oferecerem ção. As peças de reposição persona- soluções regionais e de última milha lizadas seriam feitas sob demanda e, portanto, tornarem-se ainda mais em impressoras 3D instaladas em ágeis e eficientes no atendimento a CDs próximos ao destino final. Esse seus clientes.

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O uso em larga escala da impressão 3D vai redefinir as estratégias de fabricação e de logística das empresas

Expectativas versus realidade É importante ressaltar que nem todos os produtos podem ser, devem ser ou serão impressos em 3D. Há várias questões que precisam ser consideradas, como a propriedade intelectual, o fato de que há vários tipos de máquinas 3D no mercado que trabalham com tecnologias e materiais diferentes, o preço dos equipamentos, que ainda é alto, a necessidade de treinar os profissionais e o desconhecimento do mercado. “As máquinas para impressão de certos tipos de peças ou produtos são grandes, requerem investimentos pesados e ainda, em muitos casos, não conseguem substituir 100% do que é feito no processo convencional. Em alguns plásticos, por exemplo, a resistência é menor quando feitos no 3D em comparação ao que se obtém numa máquina injetora. É um problema da própria tecnologia, que ainda tem limites”, destaca Carlos Levenstein, vice-presidente de Vendas e Marketing da Maqeo Technologies. Na avaliação de Anderson Soares, gerente de Território da Stratasys, há situações em que, mesmo que o produto feito em 3D não apresente a mesma durabilidade que aquele produzido numa má-



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quina convencional, seu emprego pode compensar. “Quando se faz necessário substituir uma peça em uma máquina que quebrou e não há outra no estoque, pode-se imprimir aquela peça em 3D e utilizá-la até que chegue a outra, feita no processo convencional. O custo seria A Ford já utiliza a tecnologia para fabricar componentes para seus veículos muito menor do que parar a produção”, exemplifica Soares. Mas para a tecnologia hoje, segundo Soares, Comercial da 3D Systems Latam, é a fabricação de vários produtos fi- permite substituir o aço ou alumí- importante considerar que no Branais, como gabaritos, peças de fixa- nio pelo termoplástico, mantendo sil a manufatura aditiva ainda está ção, braços robóticos, a mesma qualidade e voltada para dentro das empresas, e especialmente de funcionalidade, mas sendo utilizada em geral para protopainéis e peças cusreduzindo sensivel- tipagem e produção de alguns tipos tomizadas e de baixa mente o peso. “Uma de peças, o que traz pouco impacto escala, como as utiliferramenta que em à logística. “Nos Estados Unidos essa zadas em aviões e naalumínio pesa quatro questão está mais avançada. Um vios, por exemplo, o quilos, ao ser impressa exemplo é o projeto da UPS, que está gerente afirma que a em 3D com termoplás- fazendo parcerias com várias empreimpressão 3D é uma tico de alta resistência, sas multimarcas e prestadoras de seropção recomendada, chega a pesar apenas viços de impressão 3D para disponinão só em termos de 400 gramas. Com isso, bilizar cerca de 60 pontos em que durabilidade e confiaé possível propiciar peças de reposição poderão ser imbilidade, mas de cusmaior conforto para pressas. No Brasil ainda temos que Soares: América Latina está tos, pois a redução, o operador trabalhar, caminhar muito para chegar a esse dez anos atrasada na adoção comparando com a além de se obter re- estágio, mas é algo que vai acontecer da impressão 3D estocagem, pode ser duções de tempo, de a médio e longo prazo”. de aproximadamente 80%. materiais e de custos para sua proSegundo a gerente, há ainda muito No caso específico das ferramen- dução, que variam de 40% a 80%”. desconhecimento e, portanto, necestas usadas no processo produtivo, Para Andreia Cavalli, gerente sidade de evangelização do mercado. Nesse sentido, a 3D Systems mantém em sua unidade instalada em Diadema (SP) o maior showroom da empresa na América Latina, em que além das impressoras são expostos os softwares CAD/CAM (da Geomagic, que foi adquirida há cerca de três anos), soluções para impressão e scanners digitais. A empresa também presta serviços de prototipagem para as indústrias que não possuem e ainda não podem ou não querem investir nesse tipo de equipamento. “A cada 45 dias realizamos um evento open house para que as empresas e também universidades e demais interessados em saber mais sobre a tecnologia possam ver na prática suas possibilidades”, explica Andreia. 50 - Revista Tecnologística - Abril 2017


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Na avaliaa opção que faça mais ção de Soares, a sentido para ele e que América Latina lhe permita substituir como um todo os processos convenestá dez anos cionais pela manuatrasada na fatura aditiva, para adoção da improduzir em menos pressão 3D em tempo, com maior eficomparação aos ciência e menores cusEstados Unidos tos”, destaca o gerente e à Europa. “São da Stratasys. O preço poucos os que é outro fator inibidor, sabem do que se segundo Levenstein, Andreia: o mercado brasileiro trata. Resta para da Maqeo. “As máainda não conhece a as fabricantes quinas aqui chegam a tecnologia a fundo de impressoras, custar em média quase além de disponibilizar mais in- três vezes mais do que nos mercados formação sobre a tecnologia, a europeu e norte-americano, e isso tarefa de entender o processo acontece por causa do chamado cusdo cliente para poder oferecer to Brasil, ou seja, pela tributação alta


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e insana, que impede dade, váas empresas de investir rias delas nessa tecnologia”. deverão Na avaliação de fazer piLuiz Egreja, responsálotos para vel pela área de Busitestar as soluções”, ness Transformation supõe. O executida Dassault Systèmes vo também acredita para América Latina, que, em certa media crise econômica é da, a impressão 3D outro fator desestiainda não é economimulante. “Há muitas camente viável porempresas interessadas que grande parte dos Egreja: um dos grandes em experimentar a engenheiros e dos benefícios do 3D é criar tecnologia, mas preciprofissionais da área produtos inovadores saram represar invesde desenvolvimento timentos por conta da conjuntura. de produtos não sabe aproveitar Assim que houver maior estabili- todo seu potencial. “A maioria dos

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O início de tudo

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ma das primeiras iniciativas de impressão 3D de que se tem notícia foi a de Hideo Kodama, pesquisador do Instituto de Pesquisas Industriais de Nagoya, no Japão, em 1980, que tinha como objetivo agilizar a prototipagem e reduzir os custos e prazos de confecção. Três anos depois, o norte-americano Chuck Hull desenvolveu a tecnologia de estereolitografia (SLA, na sigla em inglês para Stereolithography Apparatus), em que uma resina líquida (fotopolímero) reage a um laser ultravioleta, que solidifica esse material camada por camada, formando a peça. Em 1986, Hull fundou a 3D Systems e comercializou a primeira impressora já no ano seguinte. Em 1989, a empresa patenteou outra tecnologia desenvolvida por Carl Deckard, pesquisador da Universidade do Texas, de sinterização seletiva a laser (SLS, ou Selective Laser Sintering), em que um material em pó, que pode ser plástico ou metal,

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é fundido por um laser de CO2, formando a peça em camadas. Naquele mesmo ano, Scott Crump, cofundador da Stratasys, registrou a patente da tecnologia de modelagem por fusão e deposição (FDM, ou Fused Deposition Modelling), também chamada de FFM (Fused Filament Modelling), que se tornou a mais utilizada e acessível. Nessa técnica, as peças são produzidas em camadas, de baixo para cima, ao se aquecer e injetar filamentos plásticos. Em 2012, a Stratasys fez uma fusão com a empresa israelense Objet, passando a oferecer também a tecnologia PolyJet, que permite imprimir camadas finas de fotopolímero líquido com vários níveis de dureza e cores. Atualmente são disponibilizadas por essas e demais empresas do mercado várias outras tecnologias e uma gama extensa de materiais que inclui diferentes tipos de plásticos, metais e cerâmicas.

projetistas ainda pensa com base nos processos convencionais de fabricação”, destaca. E um dos grandes benefícios da tecnologia 3D é justamente permitir a criação de produtos inovadores, com novos contornos, formatos e geometrias complexas que não poderiam ser feitos nos processos convencionais. Nesse sentido, o CAD é fundamental, porque é com esse programa que são determinados todos os parâmetros do produto ou peça que será impresso. “É possível simular no computador todo o processo de construção, partindo do design da peça, considerando o tipo de material a ser empregado, inclusive o da bandeja da impressora onde a peça será feita, para que possa suportá-la, e ainda realizar vários testes e análises, tudo virtualmente, determinando até se compensa fazê-la em 3D ou no processo convencional”, explica Egreja.

Mercado em expansão Atualmente há uma grande quantidade de fabricantes de impressoras 3D, inclusive no Brasil, mas a maioria deles – aproximadamente 80% – está focado em oferecer máquinas menores, voltadas para quem está começando a experimentar a tecnologia e para pequenos escritórios e o uso doméstico. As maiores em termos de base instalada e em faturamento são as precursoras 3D Systems e Stratasys, que atendem aos segmentos de manufatura (principalmente automotivo, aeroespacial, eletroeletrônico e de bens de consumo), educacional e médico e odontológico.


“Oferecemos mais de 50 tipos diferentes de impressoras e sete tecnologias de impressão 3D, sendo que as mais usadas pelo setor industrial são as máquinas mais resistentes e precisas, que usam as técnicas de estereolitografia (SLA) e de sinterização a laser (SLS)”, destaca Andreia Cavalli. Mas a 3D Systems, que soma mais de 32 anos de atuação, também disponibiliza modelos menores voltados para arquitetos, designers de joias e de moda, entre outros, e está desenvolvendo impressoras para a área de comestíveis a serem lançadas em breve. Um dos destaques devido à grande procura, segundo a gerente, é a ProJet 2500 Plus, uma máquina de entrada que usa a tecnologia MultiJet Printing. A Stratasys, que atua há mais de 25 anos, também apresenta um extenso portfólio de impressoras com tecnologias de modelagem por deposição e fusão (FDM) e PolyJet, voltadas para uso industrial e que trabalham com uma ampla gama de materiais. Em fevereiro deste ano, a empresa lançou uma linha

A impressão 3D na prática

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uitas empresas já estão obtendo benefícios com a adoção da manufatura aditiva. No setor automotivo há vários exemplos, como o da Ford, que está utilizando a tecnologia para desenvolver componentes que irão equipar seus veículos de série e esportivos. Um desses componentes é uma peça dianteira aerodinâmica (spoiler) que, impressa em 3D, pesa menos da metade do que se fosse feita em metal no processo convencional. A montadora também pretende utilizar a tecnologia para produzir peças de acabamento personalizadas para seus clientes. Na BMW, a manufatura aditiva é empregada na inovação do design dos veículos, mas também para a produção de ferramentas, moldes e gabaritos específicos usados na sua fábrica na Alemanha. Já a Bentley, especializada

em carros de luxo, emprega a impressão 3D para criar protótipos e modelos em pequena escala, além de peças de tamanho original para testes antes de serem produzidas na linha de montagem. No Brasil, a Man Latin America obteve uma redução de 80% no custo de elaboração dos protótipos de peças para os ônibus e caminhões fabricados em sua unidade de Resende (RJ). Outro ganho foi de tempo: no processo convencional a montadora levava cerca de dois meses para fazer um protótipo, o que agora é realizado em apenas algumas horas. A tecnologia também está sendo utilizada por empresas de vários outros setores, como a Airbus, fabricante de aviões, ThyssenKrupp, de elevadores, Alpargatas, de calçados, e Schneider Electric, de sistemas de energia, para citar alguns exemplos.


TECNOLOGIA

destaca. Na avaliação mesmo trabalho dois do executivo, a imtipos de materiais e pressão 3D tem o potambém várias cotencial de transformar res, que dão às peças o modelo de produção efeitos óticos e táteis linear “take, make, de madeira, cerâmica waste and disposal” e metal, apesar de senuma economia cirrem confeccionadas cular, no sentido de com termoplásticos. que permitirá agilizar Já a One é uma máo desenvolvimento e quina de maior porte a fabricação de novos que permite impriprodutos, com redumir produtos de até Raupp: foco nas grandes ção de desperdícios e 1 metro cúbico, senindústrias, com linhas de reutilização de comdo indicada também produção intensas ponentes. “A manupara a confecção de fatura aditiva vai transformar não móveis como mesas, bancos e caapenas a fabricação e a cadeia de deiras. “Nossa preocupação é assesuprimentos, mas também o modo gurar que a peça em 3D apresente como vivemos”, aposta. a mesma resistência e qualidade Com seis anos de atuação, a Ma- da que seria feita em processos qeo é outra empresa a apostar no convencionais de fabricação”, descrescimento da tecnologia 3D, ofe- taca Levenstein. recendo quatro modelos de impresNo senso comum, a tecnologia soras com tecnologia de modela- ainda precisa evoluir para possibigem por fusão de filamentos (FFM). litar o emprego de uma variedade O carro-chefe é a A2Plus, que con- maior de materiais, reduzir o temta com dois extrusores, permitin- po de impressão de alguns tipos do misturar simultaneamente no de peças e para que os preços das máquinas fiquem mais acessíveis. Para a logística, em particular, ela poderá ser altamente positiva na medida em que reduzirá os custos de estocagem e a tornará menos dependente da infraestrutura para o transporte de produtos e cargas, que particularmente no Brasil é bastante deficitária. Divulgação

intermediária de impressoras voltadas para escritórios, que oferecem a mesma qualidade e possibilidade de uso de ampla variedade de materiais das máquinas high end usadas na indústria, mas com custo bem mais acessível. Com vistas a abocanhar uma fatia desse promissor mercado, a HP, tradicional fabricante de impressoras multifuncionais, é outra que passou a investir na tecnologia 3D e iniciou a comercialização, em outubro do ano passado, da 3D Jet Fusion modelo 4200, desenvolvida para prototipagem e escala de produção de pequeno porte, e ainda no primeiro semestre de 2017 lançará o modelo 3200, também para prototipagem. De acordo com Claudio Raupp, general manager e managing director da HP Brasil, as máquinas estão disponíveis apenas nos Estados Unidos, devendo ser comercializadas na América Latina somente a partir de 2018. “Nosso foco são os provedores de serviços de impressão e os grandes clientes com linhas de produção intensas”,

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Silvia Giurlani

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3D Systems: (11) 3318-5100 Dassault Systèmes: (11) 4502-2000 DHL: (19) 3206-2200 Gartner Group: (11) 3043-7544 HP: (11) 4004-7751 Maqeo: (11) 4171-1600 Stratasys: (11) 2626-9229



O que era bom ficou ainda melhor

Por meio de um projeto batizado de Bolt, a Votorantim Cimentos revisitou e reformulou seus processos logísticos. O objetivo das ações, além de gerar melhorias pontuais, foi realizar uma verdadeira revolução no supply chain da companhia. A adoção de sistemas de gerenciamento de transporte, a otimização e a maximização no emprego dos ativos rodantes e o reposicionamento de estruturas de armazenagem foram algumas das iniciativas, que visam a uma redução anual de R$ 50 milhões nos custos logísticos

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decisão de revisitar e reavaliar os processos logísticos de uma companhia nem sempre é uma das mais fáceis de serem tomadas, sobretudo quando a logística não é o core business da empresa, mas representa uma boa parte do faturamento e responde por uma parcela significativa dos custos. Nesse caso, as definições precisam ser ainda mais assertivas. Muitas vezes é necessário contar, além

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do know-how dos profissionais da área, com a expertise e o olhar à parte de colaboradores de outros departamentos da organização. A contribuição de um parceiro de mercado, geralmente uma consultoria, também compõe o escopo de um projeto de reformulação e melhoria da logística. E foi exatamente isso que fez a Votorantim Cimentos, juntamente com a consultoria Integration, ao iniciar os

estudos e as análises a fim de implementar um projeto denominado Bolt. O gerente-geral de Logística da Votorantim Cimentos, Eduardo Botelho, conta que a ideia de reavaliar e reformular a logística da companhia surgiu em meados de 2014, e alguns fatores contribuíram para isso. “À época, houve uma mudança de gestão na área de supply chain, que engloba logística e compras, e definimos que desenvol-

Fotos: Divulgação

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veríamos um projeto para nos certificarmos de que estávamos no caminho certo e verificarmos o que havia de oportunidades”, diz. De acordo com ele, havia uma boa visão da logística, a companhia era competitiva, mas a área aproveitou que a empresa vinha com novos projetos e bons resultados em outros departamentos para reavaliar os processos logísticos. O diretor da Integration Consulting, que acompanhou todas as fases de estudos e implementações do Bolt na Votorantim Cimentos, Luís Vidal, explica que naquele momento foi oferecido o desafio de gerar não apenas melhorias pontuais, mas uma verdadeira revolução no supply chain da Votorantim Cimentos. Os objetivos são agressivos. Segundo Botelho, a meta é de que o projeto Bolt como um todo traga para a empresa uma redução anual nos custos logísticos de R$ 50 milhões, sendo 70% provenientes de melhorias no transporte e os 30% restantes na malha. O executivo afirma que já foram implementadas ações que correspondem a 65% desse target. Quanto ao custo logístico, o projeto já o reduziu em 5%.

Estudos e análises Para chegar a estes índices, contudo, foi necessário estruturar um plano estratégico. Ficou estipulado, por exemplo, que a reavaliação seria realizada de uma maneira ampla, abrangendo a malha de distribuição dos produtos acabados e também a logística das matérias-primas. Dentro dessa malha, seria verificado o nível de serviço (pontualidade da entrega) e o restante dos processos, como as operações de transporte, o inbound, o outbound e o modelo empregado para as movimentações. O projeto começou a ser estruturado de fato no começo de 2015. O início contou, ainda, com uma análise

sobre quatro outros aspectos: as ne- estava comprado e a produtividade e cessidades dos diferentes grupos aten- a capacidade industrial eram os prindidos pela logística da empresa, um cipais drivers para um mercado com levantamento dos principais competi- capacidade ociosa. Nesse cenário, o dores, um estudo de players de outros processo de venda e os aspectos de segmentos do setor de construção civil nível de serviço ao cliente passaram e o mapeamento detalhado dos princi- a ser cada vez mais relevantes para se pais fluxos logísticos do país. “A partir destacar frente à concorrência. dessa priorização, foi possível traçar O diretor da Integration indica que uma estratégia de nío ambiente de alta comvel de serviço para cada plexidade e o cenário segmento e região. Em de rápida mudança do um trabalho integrado mercado geraram uma com as diversas áreas da necessidade de se discuempresa, mantivemos o tir um frame estratégico foco na gestão dos cusabrangente, conectantos de cada iniciativa e do as novas necessidafizemos escolhas com des do negócio com o os objetivos de gerar dia a dia da operação e e proteger diferenciais o modelo de gestão da estruturais, alcançar a empresa. “O primeiro concorrência e manter exercício foi exatamenBotelho: objetivo era reduzir os ou eliminar serviços”, te estruturar esse fracustos logísticos em R$ 50 milhões conta Botelho. me com a Votorantim Para Vidal, o desafio do projeto era Cimentos, para a partir daí fazer um a complexidade operacional presente planejamento estruturado das frentes na Votorantim, devido às movimen- necessárias de projeto e dimensionatações pulverizadas realizadas a partir mento da equipe”, cita. de suas 29 fábricas e 47 centros de O projeto Bolt contou com a pardistribuição. Além disso, segundo ele ticipação de recursos full time dedicao mercado de cimentos enfrenta de- dos, sendo realizada uma diminuição safios estruturais, tendo passado por gradual da equipe e um handover bem uma mudança recente, tornando-se planejado para garantir a captura dos um mercado com restrições de oferta, benefícios em curto prazo, ao mesmo em que todo o volume produzido já tempo que se capacitava e garantia a perenidade da solução dentro da Votorantim Cimentos. Foi definido, então, que o Bolt seria realizado de maneira O projeto era faseada. Isso porque o Brasil, nas opetão grande que rações da Votorantim Cimentos, é dividido em quatro regiões: Sul, Sudeste, foi implantado Centro-Norte e Nordeste, com sedes em Curitiba, São Paulo, Brasília e Reciem fases, divididas fe, respectivamente. “Entendemos que entre as regiões fazer tudo ao mesmo tempo consistiria num projeto muito grande. Resolveatendidas pela mos fasear, também, para garantir que o conceito e a expectativa de revisão Votorantim de modelo e as alterações trariam de fato resultados”, explica Botelho. Abril 2017 - Revista Tecnologística - 57


OTIMIZAÇÃO

Vidal revela que o diagnóstico inicial apontou oportunidades de adequação do nível de serviço aos clientes, revisão da estratégia e modelo de transportes, adequação da malha de produção e dos CDs, além de melhorias operacionais em fábricas e armazéns e revisão do modelo de gestão de supply. O diretor da Integration ressalta, contudo, que os principais benefícios não vieram apenas de melhorias locais isoladas, mas principalmente da conexão da estratégia com a operação, do envolvimento multifuncional, colocando supply chain, vendas, produção e finanças em torno da mesma mesa para discutir negócios, e do envolvimento e capacitação dos recursos da Votorantim para garantir a captura de resultados no curto prazo e ao mesmo tempo a longevidade da solução. Esses três aspectos, para ele, foram os principais fatores de sucesso do projeto.

Trabalho multissetorial Para estruturar as mudanças e colocá-las em prática, ações lideradas pela logística envolveram diferentes departamentos da Votorantim Cimentos. O trabalho consistiu em contatar áreas distintas a fim de explicar o projeto, de que forma aquela área impacta na logística, quais informações demandariam para estruturar o Bolt e qual seria a colaboração de cada um dos departamentos depois que as melhorias tivessem sido aplicadas. O primeiro passo foi mostrar para os colaboradores envolvidos no projeto que se tratava de algo novo, mas extremamente relevante. Por isso, revela Botelho, foram apresentados os conceitos e os benefícios que o Bolt traria para cada uma das áreas. “Precisávamos, por exemplo, analisar a rentabilidade da operação, por isso envolvemos a controladoria. Para verificar a satisfação do cliente – se a entrega estava sendo feita conforme deveria – chama58 - Revista Tecnologística - Abril 2017

mos o comercial. Olhamos para as fábricas, verificando possíveis mudanças de produto, então envolvemos a área industrial”, descreve. Ao longo do planejamento foram estimulados comportamentos como a área industrial opinando sobre a entrega do produto, o comercial sugerindo sobre trocas de produtos e a logística estruturando o fluxo. “Isso já é habitual, mas foi realizado com mais detalhes”, resume. Segundo Vidal, a implementação do projeto começou logo no primeiro dia do diagnóstico. “É fundamental ter todas as áreas envolvidas no projeto desde o primeiro dia, ouvi-las verdadeiramente e juntos construirmos uma solução abrangente e realista, que toda a empresa esteja disposta a implementar”, frisa. Esse envolvimento, diz, foi realizado de maneira prática, com validações e workshops multifuncionais. O resultado foi um modelo de gestão do projeto com aproximadamente 45 frentes e 25 líderes, das áreas de marketing, comercial, industrial, de logística e de finanças. Montadas as equipes, foram iniciados os diagnósticos que suportariam

a estruturação de um novo desenho logístico que seria implementado em cada região. Para isso, a primeira ação consistiu em levantar no banco de dados de cada uma das regiões o histórico operacional dos últimos 12 meses. “Nosso objetivo era verificar as ocorrências do período na malha, pontuando se os clientes estavam sendo atendidos da maneira mais eficiente, e avaliar, por meio de entrevistas com clientes e pesquisas realizadas, como estava o nível de serviço”, relata Botelho. “Com isso, a equipe interna – já que definimos líderes para cada uma das áreas envolvidas – e os profissionais da consultoria começaram a gerar hipóteses”. Ao todo, 50 possibilidades surgiram quanto a mudanças na malha e no transporte. Vidal salienta que as oportunidades identificadas foram priorizadas em função do benefício gerado e da complexidade de implementação. “Definimos um cronograma detalhado e construímos juntos um modelo de gestão da implementação, definido para não correr o risco das oportunidades não saírem do papel. Os resultados planejados são gerenciados por meio de indicadores financeiros”. A estratégia adotada para aplicar as melhorias foi contar com uma participação mais intensa nas primeiras regionais, criando a metodologia e capacitando a equipe da Votorantim, e uma redução gradual de equipe nas demais regionais, focando em supervisão e challenge técnico. Essa estratégia, afirma o diretor da Integration, garantiu a transferência de conhecimento, além de maximizar o ‘value for money’ do projeto. Botelho lembra que esse trabalho foi efetuado em cada uma das quatro regiões de atuação da empresa e levou, em cada uma, de quatro a seis meses. “Realizamos de maneira sequencial. Começamos, em julho de 2015, o trabalho pela Região Sul. Assim que acabamos o processo de diagnóstico


começamos a implementação e iniciamos o diagnóstico em outra região, no Sudeste. Posteriormente Centro-Norte e, por fim, no Nordeste a mudança teve início”, detalha.

Identificação de gargalos e soluções plurais

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De acordo com o gerente-geral, depois de realizadas as análises iniciais foi tificadas ao longo de sua implantação. constatado que o nível de serviço como “No fim, essa herança de benchmarkinum todo era bom (91% em 2014), mas gs internos em uma empresa com o tanão havia uma padronização, ainda manho e a complexidade da Votoranque as ações fossem realizadas de ma- tim Cimentos traz benefícios que vão neira eficaz. Com isso, foi identificada além do projeto Bolt”, destaca. a possibilidade de replicar as melhores Mas foram descobertos, também, estratégias que funcionavam em uma gargalos similares, como a falta de determinada região em outras. No Sul, comunicação. A oportunidade idenpor exemplo, a Votorantim disponibi- tificada foi de agilizar e ressaltar a aslizava um atendimento personalizado, sertividade ao avisar os clientes sobre que passou a ser adotapossíveis mudanças, do nas outras regiões. como antecipações ou “Nos CDs da Região Sul, atrasos na entrega, que os profissionais da exocorreriam ou ocorpedição selecionavam reram no decorrer do clientes a fim de realizar processo logístico. Para um atendimento difeisso, a companhia derenciado, com motorissenvolveu ferramentas, tas dedicados e treinacomo para o envio de dos e entrega efetuada mensagens via SMS, e em um local e dia espereforçou o contato tecificados. Com o Bolt, lefônico, tornando-o o trabalho foi apurado. imediato, para que a Vidal: o Bolt significou uma Agora, na Região Sudesinformação chegasse o verdadeira revolução no supply te, mais especificamente mais rápido possível. chain da Votorantim em São Paulo, a entrega Fôlego no transporte também é realizada numa janela de hora estipulada”, detalha Botelho. Responsável por 70% na diminuiNa opinião de Vidal, esse foi um dos aspectos mais importantes do projeto: ção dos custos logísticos, estimados em introduzir um modelo de gestão que R$ 50 milhões por ano pela Votoranmultiplicasse as melhores práticas in- tim devido à aplicação do projeto Bolt, ternamente. Esse formato, de acordo a atividade de transporte mereceu um com o executivo, não só visava trazer trabalho profundo de revisão do moaprendizados a partir de fatores já im- delo usado, incluindo o diagnóstico e plementados em determinada região a identificação de oportunidades para para o desenho das outras, mas também o aumento da eficiência nas operações. fazer ajustes em regiões com o projeto Em sua totalidade terceirizadas, sendo já implementado com melhorias iden- 60% compostos por empresas de pe-

queno e médio portes e os 40% restantes por motoristas autônomos, as atividades de movimentação mereceram atenção especial, uma vez que a empresa adota uma modelo plural de atendimento, com a entrega aos clientes dos produtos provenientes diretamente das fábricas ou oriundos de seus CDs próprios. Em alguns locais de entrega, as duas modalidades são empregadas. Ao todo, são 5 mil carregamentos diários e 10 mil rotas estabelecidas. Vale lembrar que a frota total aplicada nas operações da Votorantim Cimentos não pode ser mensurada. Isso porque a frota, por não ser dedicada, se caracteriza pela variação no número total de ativos utilizados para as movimentações, explica Botelho. Vidal revela que o papel da Integration foi trazer uma metodologia para, junto com a Votorantim, definir o modelo estratégico de transporte e, principalmente, traduzir esse modelo estratégico para o dia a dia da operação. “A discussão do modelo foi excelente para organizar e alinhar todos os direcionamentos estratégicos da empresa com impactos na área, mas o passo dado a seguir foi igualmente importante para garantir resultados concretos no curto prazo, de forma sustentável”, diz. O projeto para o transporte incluiu o mapeamento dos principais fluxos logísticos do país, no âmbito interno, revisando toda a malha de produto acabado, matéria-prima e outros produtos. No externo, os mercados foram investigados por tipo de veículo e operação. “Esse olhar mais apurado Abril 2017 - Revista Tecnologística - 59


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sobre a malha permitiu a identificação de polos geradores de oferta de transporte com potencial de sinergia para a Votorantim Cimentos”, acrescenta Botelho. O projeto resultou na adoção de um modelo de gestão mais robusto, trazendo uma maior visão estratégica e clareza a respeito da estratégia de longo prazo para todos da equipe. Segundo Botelho, até então a companhia não tinha clareza sobre como definir os ativos – tanto cavalos quanto implementos – empregados em cada operação, pois não havia a definição do tamanho do pedido que cada estrutura deveria atender. Para sanar as dúvidas, foi desenvolvido um sistema de parametrização e, com isso, estabelecidas as dimensões dos envios, resultando no correto emprego do ativo rodante, maximizando sua operação. Assim, as 29 fábricas instaladas por todo o Brasil atenderiam pedidos de cargas consolidadas, enquanto a distribuição feita a partir dos 47 CDs se caracterizaria pelo fracionamento dos embarques. Antes, a inteligência operacional no emprego dos veículos se restringia às pessoas. Ao todo, a Votorantim Cimentos movimenta 30 milhões de toneladas de cargas por ano, entre produtos acabados 60 - Revista Tecnologística - Abril 2017

e matérias-primas. Os benefícios foram comprovados nas operações entre as unidades. Na rota utilizada para a movimentação de produtos da fábrica de Rio Branco (SC) para o CD de Itajaí (SC), por exemplo, a empresa diminuiu o número de veículos empregados de 20 para 15 ativos. Outras iniciativas estimularam a atividade de transporte. A companhia também adotou um sistema de gerenciamento, com tecnologia de mercado, e estruturou uma central de tráfego a fim de monitorar a operação de cada veículo. “Temos a visibilidade de onde o veículo se localiza, por meio da tecnologia GPS. Hoje, são mais de 150 veículos monitorados simultaneamente”, conta Botelho. A utilização da ferramenta, desenvolvida dentro do escopo do projeto Bolt, permitiu ainda que a Votorantim apurasse suas operações. “Estabelecemos tempos pré-determinados para as operações de carga e descarga, além do transit time. Antes, em média, a operação de carga demorava três horas e agora dura uma hora e meia. Já a descarga passou de quatro horas para uma hora e meia”. O frete de retorno também ganhou fôlego graças ao Bolt. “Já realizávamos a entrega de produtos acabados e voltávamos à fábrica com matéria-prima. Mas com o projeto desenvolvemos retornos não usuais, com coletas em diferentes pontos. Com isso, ampliamos nossa taxa de retorno, no Sul do Brasil, onde a operação é mais representativa, entre 20% e 25%. Nas outras regiões esse índice aumentou entre 10% e 15%”, calcula Botelho.

As ações no pilar transporte já trazem resultados quando analisados os números. “Computamos um aumento na produtividade da frota de 40% em mais de 40 rotas no Brasil.” Quanto ao custo total do frete, sem especificar, Botelho calcula que em determinadas rotas o custo apresentou queda de 5% a 20%. Para os fornecedores de serviço de transporte as mudanças também foram benéficas, uma vez que passaram a ter visibilidade de seus ativos por meio do monitoramento e otimizaram os veículos empregados.

Aprimoramento na armazenagem Quanto à malha, que na Votorantim está relacionada às estruturas de armazenagem, o Bolt trouxe uma melhor definição quanto à utilização dos estoques. “Antes do projeto não tínhamos clareza sobre a serventia de um CD e se ele estava cumprindo ou não o seu papel. Havia dúvidas quanto à necessidade de manter estruturas independentes em determinadas regiões e ao posicionamento de outras. À época do início do projeto, tínhamos 47 CDs, número que se mantém hoje após as alterações”, diz Botelho. Segundo Vidal, durante o projeto foi discutido o papel estratégico dos CDs e das unidades fabris para a empresa, sendo definido quais produtos deveriam ser produzidos em quais fábricas. Para o executivo, é um debate que necessariamente envolve as áreas comercial, por falar de nível de serviço ao cliente, impactos em precificação e estratégias regionais; de manufatura, por tratar de impactos e restrições de produção; de logística, por atingir diretamente os custos de armazenagem, estoque e distribuição; e financeira, por impactar cenários fiscais e necessidades de investimentos. “Todas essas discussões estratégicas sempre foram alimentadas por análises feitas com ferramentas de otimização de malha


logística para que os impactos de cada cenário estivessem bem claros para todos os envolvidos e a decisão fosse tomada de maneira consciente”, garante. Segundo o diretor da Integration, a malha é um projeto extremamente estratégico e multifuncional, cujo objetivo de uma boa base analítica e discussão de premissas é trazer visibilidade para que a direção da empresa tome as decisões necessárias. Com as análises feitas, as definições foram colocadas em prática. A estratégia adotada consistiu em realizar a realocação dos CDs, reavaliando o posicionamento das estruturas. Alguns CDs foram descontinuados, sendo substituídos por outras unidades, em localidades diferentes. Além disso, alguns estoques deixaram de contar com estruturas independentes para serem realocados dentro das fábricas. O executivo revela que foram descontinuados dois CDs no Sul e um no Norte, sendo inaugurados um no Nordeste, um no Norte e um no Sudeste. Já um armazém no Sul, um no Sudeste e um no Nordeste foram reposicionados para dentro de unidades fabris. Novos processos também foram estabelecidos. “Criamos e refinamos, por meio de análises probabilísticas, políticas de estoque levando em consideração variabilidade de demanda, produção e transporte. Temos clareza, agora, do nível de inventário que temos que manter em cada um dos pontos de armazenagem”, resume. A companhia não revela qual foi a redução na ruptura nos estoques nem qual foi a ampliação na disponibilidade dos produtos.

Conclusão Para Botelho, o projeto Bolt trouxe uniformidade de análise, uma vez que todas as ações dos diferentes departamentos envolvidos foram realizadas com a utilização da mesma metodo-

logia. Além disso, salienta, agora há mais sinergia entre as áreas. “Temos um cronograma de reuniões quinzenais com aqueles que estão no dia a dia do projeto, e a cada 45 dias ocorre uma apresentação mais ampla, com a participação das diretorias das áreas envolvidas”, diz. Segundo o gerente-geral, as mudanças na logística são facilmente percebidas. Foi possível definir um modelo de gestão a se seguir, que observa e avalia não só oportunidades, mas também os riscos. Além disso, foram estabelecidos novos indicadores para verificar a produtividade, avaliar os retornos, analisar os riscos e pontuar como está a eficiência, tanto interna quanto quando comparada a outros players do mercado. “Tudo isso trouxe robustez para a área de logística, para podermos tomar as decisões”, afirma. O indicador de desempenho que monitora a qualidade da entrega de produtos e serviços, nos moldes Otif (on time, in full), comprova a eficácia das ações. Em 2014, o índice era de 91%, já muito bom, mas hoje chega a 97%. Já Vidal ressalta que o Bolt foi um projeto ambicioso e corajoso da Votorantim Cimentos justamente por mexer em uma área fundamental de maneira abrangente e aprofundada. “Sem dúvida, supply chain é uma das principais alavancas de valor para o negócio de cimentos. Conhecer essa alavanca e atuar nela, usando as melhores práticas de mercado, conectando-a com a estratégia do negócio e alinhando-a com todas as áreas da empresa, ajudam muito a companhia a se adequar e capturar todas as oportunidades da nova realidade do mercado brasileiro”, completa. Fábio Penteado Integration Consulting: (11) 3078-1144 Votorantim Cimentos: (11) 4572-4000


PRODUTOS

A Viastore traz para o Brasil o Viarobot, um robô autônomo para armazenagem e coleta de caixas. O equipamento tem como objetivo automatizar armazéns de forma rápida, fácil e flexível, pois dispensa a instalação de qualquer infraestrutura adicional, como trilhos ou racks especiais. O Viarobot manuseia recipientes e caixas e os transporta para as estações de separação sem a necessidade de intervenções humanas. Além disso, o equipamento e seu software de controle apresentam flexibilidade para expansões. Se o armazém ficar maior ou se sazonalmente houver maiores demandas, o Viarobot se adapta facilmente à operação.

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Novo sistema de amarração de cargas, da Guerra

A Guerra Implementos Rodoviários lançou um novo sistema de amarração de cargas para todos os modelos de equipamentos graneleiros e carga seca da marca, homologado em conformidade com as especificações da mais recente resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O sistema provê as opções de ancoragem tanto pelo lado interno da 62 - Revista Tecnologística - Abril 2017

plataforma de carga quanto pelo lado externo do chassi, possibilitando muitas variações e o uso com diversas disposições de carga. Os produtos de 2017 da Guerra já estão equipados com os novos pontos de ancoragem. Além de exigir os pontos para equipamentos novos, a resolução 552/15 do Contran prevê, a partir de janeiro de 2018, a obrigatoriedade dessa configuração, devidamente testada, para os implementos rodoviários que já estão em circulação. Assim, para os equipamentos anteriores a 2017, a Guerra oferece um kit de adaptação. A empresa dispõe também de um novo sistema de amarração de cargas para baús lonados, ou siders. Assim como acontece com os graneleiros e carga seca, ele está incluso nos modelos 2017 e pode ainda ser incorporado aos implementos que já estão em circulação. (54) 3218-3500

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Robôs autônomos, da Viastore

capacidade da bateria de íon-lítio está próxima do final, o Viarobot se movimenta de forma independente para a sua estação de carregamento. Além disso, o equipamento pode funcionar no escuro, reduzindo os gastos com energia, especialmente em operações com vários turnos. (19) 3305-4100

Rastreador inteligente, do Grupo Tracker O Grupo Tracker lançou no mercado o LBS Caminhão, um rastreador que combina as tecnologias de radiofrequência e LBS, utilizada na transmissão de dados por celular. O objetivo é tornar ainda mais precisa a localização de um caminhão roubado ou furtado. O novo produto identifica a presença de inibidores de sinais, os chamados jammers. Assim, mesmo que eles sejam capazes de bloquear o sinal LBS, a localização será enviada por meio dos sinais de radiofrequência. Com cobertura em todo o território nacional, o equipamento permite também o envio de alertas personalizados, que otimizam o tempo de resposta. A empresa conta com o suporte tanto de equipes terrestres quanto aéreas. 0800 11-7172


A Jungheinrich apresentou, durante a feira LogiMat 2017, realizada em Stuttgart, na Alemanha, em março, uma série de novas soluções integradas para enfrentar os desafios da intralogística 4.0, como equipamentos que dispensam operador – os chamados Automated Guided Vehicle (AGV). A selecionadora de pedidos EKS 215a, que apresenta um design totalmente inovador, é equipada para transportar cargas especiais e paletes fechados. O novo modelo possui altura máxima de elevação de 6 metros e capacidade de carga para 1,5 tonelada. Totalmente automatizado, o equipamento não possui cabine para motorista, o que torna suas dimensões reduzidas e potencializa a capacidade de manobras. Já a selecionadora de pedidos EKM 202 é ideal para uso em grandes em-

presas varejistas, bem como para operações menos complexas, sem paletes. O veículo tem elevação máxima do mastro de 5,3 metros de altura e apresenta capacidade de carga para até 100 kg. A EKM 202 pode elevar o mastro e mover-se ao mesmo tempo e, com uma largura compacta, de apenas 760 mm, pode realizar manobras mesmo em corredores mais estreitos. Além dos equipamentos, a Jungheinrich desenvolve também baterias e sistemas de carregamento, buscando oferecer as melhores soluções com a máxima eficiência energética. As baterias de íon-lítio da empresa não liberam gases e ácidos e economizam espaço e dinheiro, pois não requerem sala de bateria, possuem o dobro da vida útil de uma bateria com chumbo ácido e são livres de manutenção. (11) 3511-6295

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Selecionadoras de pedidos automatizadas, da Jungheinrich

Aplicativo eBox Mobile, da eBox Digital A eBox Digital, empresa especializada na guarda de documentos físicos e digitais e no desenvolvimento de sistemas para o setor, lançou no mercado o eBox Mobile, aplicativo que automatiza a comprovação de entrega de mercadorias. A plataforma coleta e fornece diversas informações em tempo real, reduzindo a possibilidade de fraudes e permitindo o acompanhamento da operação. A ferramenta traz as funções de assinatura com certificação digital, que pode ser feita utilizando um tablet ou um smartphone; selfie de segurança, para inserir a imagem do documento ou da própria pessoa que está recebendo o produto; tecnologia de geolocalização, que certifica que a pessoa está realmen-

te no local informado; e carimbo de tempo, que serve como evidência de que a operação foi realizada no horário e na data informados. O eBox Mobile pode gerar uma economia de até 50% para as transportadoras, considerando aspectos como redução de papéis, agilidade operacional e assertividade nas entregas. Além disso, as notas de gastos diários dos motoristas podem ser disponibilizadas para a transportadora no ato do consumo, já que o aplicativo conta com um recurso de digitalização e envio automático do comprovante para o departamento Financeiro da empresa. De acordo com a própria eBox Digital o benefício mais procurado pelas empresas do segmento é a possibilidade de antecipação de receita, por se tratar

de um setor que recebe pelo volume de entregas. Assim, o controle feito de forma automatizada permite que as notas, faturadas em tempo real, rendam agilidade e assertividade em toda a operação. Com isso, as transportadoras conseguem alinhar números de entrega e gastos diários, o que possibilita a antecipação de receita das operações. O canhoto eletrônico tem legitimidade jurídica diante de qualquer situação judicial devido às funções integradas ao aplicativo. Ainda segundo Araújo, os indicadores da ferramenta excluem qualquer hipótese de fraude nas entregas, o que garante a segurança da operação e o amparo jurídico no caso de possíveis conflitos. (11) 4280-5520 Abril 2017 - Revista Tecnologística - 63


PRODUTOS

Sistema voltado para o transporte de cana, da Totvs A Totvs desenvolveu recentemente uma solução voltada para a logística do transporte de cana -de-açúcar e outros cultivos de etanol, chamada Logtra. O sistema gerencia os equipamentos alocados em todas as etapas de trabalho, observando a capacidade de moagem da indústria. O objetivo é otimizar o transporte da cana até a usina, com segurança e precisão. Representando cerca de 25% do custo da tonelada da cana-de-açúcar e 10% de cada saca, de acordo com dados da União dos Produtores de Bioenergia, a chamada CTT (corte, transbordo e transporte) é uma operação crítica para o agronegócio. Como se trata de um produto perecível, o tempo entre a colheita e a

moagem é fundamental. A agilidade no processamento da cana influencia diretamente na qualidade da entrega final, e ter os processos sincronizados é o diferencial pretendido pelo Logtra. Com diversas informações sobre todas as máquinas do campo, a solução permite a gestão em tempo real para a operação logística. Assim que a equipe de manutenção de frota libera um caminhão, por exemplo, o sistema informa que o equipamento está disponível e indica em quais áreas ele pode ser utilizado, dependendo do tipo de matéria-prima ou necessidade específica do cultivo. Com ele, é possível controlar todas as atividades em campo, do preparo do solo e plan-

tio até a colheita e o transporte. O Logtra ainda tem integração com a telemetria dos computadores de bordo das máquinas, que envia uma grande quantidade de dados coletados durante o trabalho em campo. Se ocorrer um evento e o trator fica parado, o operador sinaliza no computador de bordo o motivo, como um pneu furado, por exemplo. A solução repassa a informação à área logística e gera um alerta no painel de gestão para tomadas de decisão em tempo real, sem que haja prejuízos à operação. Sem essa tecnologia, todo o controle dependia de anotações manuais dos operadores, tanto sobre incidentes no percurso quanto sobre a sua localização geográfica e o tempo gasto em cada etapa. 4003-0015

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Tugger train LiftRunner e drone Flybox, do Grupo Kion

O Grupo Kion apresentou na LogiMat dois novos produtos: o tugger train LiftRunner, da marca Still, e o drone Flybox, da Linde. A solução automatizada tugger train LiftRunner se move de maneira independente por meio de rolos elétricos que definem as rotas dentro da operação. O diferencial do novo tugger train está no fato de todos os seus procedimentos serem automatizados, inclusive de carga e descarga. O equipamento apresenta também opção de operação manual. 64 - Revista Tecnologística - Abril 2017

O LiftRunner tem acesso a todas as estações de fluxo de mercadorias de forma totalmente automatizada, desde o carregamento do trem de engate no ponto de partida, passando pelas estações individuais na linha de produção, até a estação de descarga final. Outro produto apresentado foi do protótipo do drone Flybox. Com aproximadamente 50 centímetros de largura e equipado com seis rotores, câmera, scanner de código de barras e telemetria, ele realiza seu caminho até a frente de uma prateleira, tirando uma foto de cada local de armazenamento de paletes e capturando os códigos de barras dos bens armazenados. Quando atinge determinada altura, o drone se move para a direita ou para a esquerda em sincronia com a empilhadeira no chão e con-

tinua o processo de documentação de cima para baixo. Em seguida, move-se para a próxima posição e sobe novamente, repetindo o movimento em ondas, até que tenha capturado todas as posições. Ele manda as informações para o servidor e lá tudo que foi documentado pode ser acessado a qualquer momento. Com o acoplamento junto à empilhadeira, a Linde resolveu dois desafios que até então impediam o uso de drones em armazéns: a fonte de alimentação, pois as baterias de drones normalmente duram apenas 15 minutos, e a localização em local fechado sem a recepção de sinal GPS. Graças à geonavegação, o sistema sempre sabe exatamente onde o drone está, pois o veículo transmite as coordenadas da superfície e um sensor de altura instalado no drone mede sua respectiva altitude. (19) 3115-0600



AGENDA

INTERNACIONAL The 126th IARW-WFLO Convention. 22 a 25 abril. Califórnia, Estados Unidos. Organização e informações: Global Cold Chain Alliance www.gcca.org BreakBulk Europe. 24 a 26 de abril. Antuérpia, Bélgica. Organização e informações: BreakBulk Events & Media. www.breakbulk.com Asia Cold Chain Show. 27 a 29 de abril. Bangcoc, Tailândia. Organização e informações: Manch Communications. www.asiacoldchainshow.com Logística Cargo & Packing Log. 4 a 6 de maio. Lisboa, Portugal. Organização e informações: ExpoSalão. www.logisticacargo.com

Salón Internacional de la Logística y de la Manutención – Sil 2017. 6 a 8 de junho. Barcelona, Espanha. Organização e informações: Consorci ZF Internacional. www.silbcn.com Expo Logística Paraguay 2017. 7 a 8 de junho. Assunção, Paraguai. Organização e informações: Market Comunicaciones www.marketcomunicaciones.com NACIONAL Roundtable Brasil: Digital Supply Chain Transformation. 27 de abril. São Paulo, SP. Organização e informações: Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP). Tel.: (11) 3199-0264 - www.cscmp.net.br

Transport Logistic 2017. 9 a 12 de maio. Munique, Alemanha. Organização e informações: Messe München International. www.transportlogistic.de

Expomeat 2017. 9 a 11 de maio. São Paulo, SP. Organização e informações: Enterprise Feiras e Eventos e Rofer Feiras e Eventos. Tel.: (11) 2730-0522 - www.expomeat.com.br

Expo Logística y Manejo de Materiales. 24 a 26 de maio. Monterrey, México. Organização e informações: Cintermex. www.exposervicioslogisticos.com

Cemat South America. 16 a 19 de maio. São Paulo, SP. Organização e informações: Deutsche Messe. Tel.: (41) 3122-6700 - www.cemat-southamerica.com.br

Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www.tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Aliança...............................................09

Dusspy...............................................53

Expomeat...........................................55

Assine...............................................65

Enequipa............................................25

L. Amorim...........................................21

Clarion...............................................51

Fast Shop.............................................23

Modern.........................................2ª capa

Clarion II..............................................27

Favorita..............................................41

Paletrans............................................17

Crown...............................................11

Friovale..............................................61

Dag...............................................3ª capa

GLP...............................................45

Dagnese..............................................39

Golgi...............................................33

Translovato........................................29

Direct...............................................13

Hines.............................................4ª capa

TVH Dinamica....................................15

66 - Revista Tecnologística - Abril 2017

Portal...............................................49 Softrack...........................................07 Tegma...........................................05




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