Revista Tecnologística - Ed.242 - Fevereiro 2016

Page 1

Armando Marchesan: com caixa para investir e atuando em segmentos diversificados, Sequoia traça perspectivas positivas para 2016

E-COMMERCE Operadores logísticos cada vez mais focados e números positivos mesmo em meio à crise

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO Fabricantes revelam as estratégias para se adequar ao mercado atual



SUMÁRIO

05

MERCADO Fique por dentro de todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

26

DE 50 EQUIPAMENTOS MOVIMENTAÇÃO Players do setor falam sobre a crise econômica, a consequente queda nas vendas e as medidas tomadas para superar as dificuldades impostas por um mercado cujas importações, sejam de máquinas prontas ou de peças, têm sofrido com a desvalorização do real

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor

ENTREVISTA Supercapitalizada e com uma gestão altamente profissionalizada, a Sequoia Soluções Logísticas nada de braçadas mesmo em meio à crise econômica. O CEO Armando Marchesan fala sobre os investimentos em expansão, conta a trajetória da empresa e revela os planos para o futuro

36

E-COMMERCE Apesar da recente redução no ímpeto consumidor do brasileiro, o comércio eletrônico registrou números favoráveis em 2015 – especialmente em datas como a Black Friday e o Natal – e manteve aquecida a logística dedicada ao setor

46

ARTIGO Juliana Kucht Campos e Frank Straube, da Technische Universität Berlin, discorrem sobre as práticas de sustentabilidade na cadeia de suprimentos, apoiados em uma troca de experiências entre as realidades observadas no Brasil e na Alemanha

Divulgação/Combilift

30

60 ARTIGO José Carlos Roman, da Accenture, analisa os desafios enfrentados pela área de Procurement das empresas em busca de uma performance cada vez maior, baseado na pesquisa global High Performance in Procurement, sobre as melhores práticas de compras

64

PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

66

AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários e eventos nacionais e internacionais do setor em nossa agenda

Capa: Michele Bianchi Foto: Divulgação/Total Express


EDITORIAL

Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Espelho da realidade

É

claro que, como todo bom veículo de comunicação que se preze, não podemos viver somente de boas notícias. Teoria das mais básicas do jornalismo, a máxima que diz que o ofício é um espelho da realidade precisa ser encarada como um exercício diário, especialmente nos momentos mais difíceis, como o que o Brasil atravessa atualmente. É nosso dever levar a você, leitor, a verdade, mesmo que nem sempre ela seja agradável. E a maior prova de que isso é tomado ao pé da letra é que crise tornou-se uma das palavras mais frequentes em nossas páginas. A esperança de que 2016 não poderia ser pior do que o ano que passou continua, mas é bem verdade que janeiro nos trouxe mais desconfianças do que certezas, com novos escândalos de corrupção e uma economia coxa que torna vulneráveis os mais variados setores da indústria, impactando diretamente na logística. Por isso mesmo, vibramos a cada boa notícia que temos a oportunidade de escrever. Nada mais natural: nós torcemos pelo setor que abraçamos. É importante dizer, portanto, que é praticamente sem nenhum pesar que imprimimos cada vez mais a palavra crise. Eu explico: ela vem, invariavelmente, seguida de palavras como oportunidade, adaptação, investimento, superação e trabalho. E esta edição é mais um exemplo disso. Na entrevista do mês, Armando Marchesan, CEO da Sequoia, fala sobre a história da empresa e como ela está enfrentando as adversidades atuais sem interromper o crescimento, mantendo os investimentos na expansão de sua estrutura e na captação de novos clientes. A matéria de capa traz um panorama do comércio eletrônico nas datas mais movimentadas de 2015, traçado por operadores especializados na logística desse segmento, e posso adiantar que ele é positivo. Por fim, os players do setor de equipamentos de movimentação contam como estão estruturando suas operações e controlando a produção para atender a um mercado com um poder de compra mais baixo e enfrentar as constantes quedas da nossa moeda. E é assim que encaramos 2016: torcendo por dias melhores, sabendo que, inevitavelmente, eles virão, e alicerçando essa expectativa nas boas notícias geradas por aqueles que pelejam diariamente para construir uma logística mais pujante ao desafiar a tal crise, criando oportunidades, adaptando suas operações, investindo em novas soluções e superando as dificuldades com muito trabalho.

Shirley Simão

Ano XXI - N.º 242 - Fevereiro/2016 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

Central de Atendimento: Tel./Fax: (11) 5504-0999 Assinatura assinatura@publicare.com.br Jornalista Responsável Fernando Fischer redacao@publicare.com.br Reportagem Cristiani Dias Colaboradores Fábio Penteado Revisão André Tadashi Odashima Arte Michele Bianchi Renato Sales Publicidade Eládia San Juan Gabriel Santini Marcos Fornabaio Ricardo Nahorny Argentina V. y V.S.R.L. Nuñes - 2820 1429 - Buenos Aires - Argentina Tel./Fax: (0054 11) 4702-2800 Periodicidade Mensal Circulação Nacional Conselho Editorial Antônio Galvão Novaes; Arthur A. Hill; César Lavalle; Hugo Yoshizaki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Paulo Roberto Leite; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Walter Zinn. A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067.

revistatecnologistica

@tecnologistica

Tiragem auditada pelo

4 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016


MERCADO

Trecho da Hidrovia Tietê-Paraná no noroeste paulista é reaberto Divulgação

Cheia do rio possibilita a navegação de barcaças depois de período de seca

O

trecho da Hidrovia Tietê-Paraná no noroeste paulista, entre o reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, em Andradina (SP), e a eclusa inferior de Nova Avanhandava, em Buritama (SP), foi liberado para a navegação no dia 27 de janeiro, depois de passar quase dois anos fechado. A navegação das barcaças havia sido suspensa pela Marinha do Brasil em maio de 2014 em decorrência do baixo nível da água. De acordo com o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), que gerencia o trecho paulista da Tietê-Paraná, a navegação foi reativada com um calado de 2,80 metros, estabelecido a partir da manutenção da cota dos reservatórios definida em 325,94 metros pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão federal responsável pelo setor energético.

Esforços e ações foram empreendidos pelo Governo do Estado, por meio das Secretarias de Energia e de Logística e Transportes, junto com o ONS, para que fosse realizado o gerenciamento das águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba, possibilitando assim o nível de armazenamento necessário para restabelecer a navegação. A partir disso, em agosto do ano passado foram iniciadas as operações para transferência de água dos reservatórios localizados à montante de Três Irmãos e Ilha Solteira. As recentes chuvas também contribuíram para o aumento dos níveis. Com isso, o DH reabriu a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro. “Com a retomada da navegação teremos condições de recuperar o transporte de milhões de toneladas de cargas, reduzir o prejuízo da inter-

rupção durante esses 20 meses, recuperar no mínimo 1.600 empregos e aumentar nossa capacidade de exportação”, disse o secretário de Logística e Transportes do estado de São Paulo, Duarte Nogueira. A suspensão da navegação no trecho atingiu as cargas de longo percurso vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que compreendem soja, milho, celulose e madeira. No restante do trecho paulista da Hidrovia Tietê-Paraná houve navegação de cana-de-açúcar e areia. Com 2,4 mil quilômetros de extensão, a Hidrovia Tietê-Paraná é uma importante rota de escoamento de carga dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Alguns dos principais produtos transportados são milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana-de-açúcar e adubo. Com a reativação da passagem de cargas de longo percurso, a projeção de movimentação na hidrovia, em 2016, é superar o montante de 6,3 milhões de toneladas de cargas registrado em 2013. Para o ano de 2017, a expectativa é de que essa quantidade suba para 7 milhões de toneladas. O DH executa atualmente o Programa de Modernização da Hidrovia Tietê-Paraná, que prevê investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão, conforme convênio assinado entre os governos estadual e federal, em 2011. Desse montante, R$ 900 milhões são provenientes da união e R$ 600 milhões do tesouro do estado. O programa tem como objetivo realizar melhorias e modernização no trecho paulista da hidrovia. DH: (11) 2500-5484 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 5


MERCADO

Toyota do Brasil inicia operações em Suape Unidade tem capacidade para receber até 40 mil automóveis por ano

A

Toyota do Brasil deu início, em dezembro, às atividades de seu novo centro de distribuição de veículos, localizado próximo à área portuária de Suape, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife. O CD da Toyota em Suape recebeu um investimento inicial de R$ 2,4 milhões. Com área total de 23 mil m² e capacidade para receber cerca de 40 mil unidades por ano, o novo empreendimento irá aprimorar aspectos técnicos da operação logística da Toyota no Nordeste do país, atendendo os consumidores da marca na região. A unidade de Suape distribui para os concessionários da Região Nordeste os veículos nacionais Corolla e Etios, produzidos no interior de São Paulo, e Hilux e SW4, fabricados na planta de Zárate, Argentina. A ins-

talação do CD da Toyota em Suape beneficia o desenvolvimento da sociedade e da economia local, com a geração de 40 vagas diretas e indiretas de emprego. Segundo a empresa, com a nova logística de distribuição de veículos, o impacto ambiental também será positivo, devido à redução de 24% nas emissões de CO2 na atmosfera (diminuição de aproximadamente 1.600 toneladas de CO2 anuais). Os modelos fabricados em São Paulo são transportados via terrestre, mas os veículos que saem da Argentina vão até Suape de navio, por cabotagem. Até então, eles eram levados ao CD de veículos da Toyota em Guaíba (RS) e, dali, eram distribuídos para todo o Nordeste por caminhão. O Nordeste é hoje responsável por cerca de 20% das vendas da Toyota no Brasil. De janeiro a ou-

tubro deste ano, a empresa vendeu 30.273 unidades na região, atingindo 8,5% de participação neste mercado, quase 3 pontos percentuais a mais na comparação com o mesmo período de 2014. Somente em Pernambuco, no acumulado de 2015, a Toyota registrou aumento de quase 2 pontos percentuais em sua participação de mercado no estado, de 5,7% para 7,6%, com mais de 5 mil unidades vendidas, representando 3,4% das vendas totais da Toyota no Brasil. Além do CD de Suape, a Toyota conta com operações industriais nas cidades de Indaiatuba (SP), Sorocaba (SP) e São Bernardo do Campo (SP), CDs de veículos nos municípios de Guaíba e Vitória (ES) e um CD de peças em Votorantim (SP). Toyota: 0800 703-0206

Três novos equipamentos foram adquiridos para as atividades moveleira e de construção civil da empresa

A

Madeiranit, empresa do mercado moveleiro e de construção civil, adquiriu em janeiro três empilhadeiras multidirecionais C5000 da Combilift. Duas máquinas serão utilizadas em uma nova unidade localizada em São José do Rio Preto (SP) e a outra será direcionada às lojas da Região Centro-Oeste. Os valores investidos não foram revelados. A Madeiranit adquiriu recentemente quatro lojas em Araçatuba

6 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

(SP), Cuiabá, Rondonópolis (MT) e Sinop (MT). “A perspectiva para 2016 é investir nessas lojas e organizar a estrutura”, conta Moacir Tadeu Pinto, diretor da Madeiranit. A frota, agora com 12 empilhadeiras multidirecionais, é utilizada principalmente no armazenamento do MDF (Medium Density Fiberboard) comercializado pela empresa. A linha de empilhadeiras multidirecionais da Combilift está disponível

Divulgação

Madeiranit aumenta frota de empilhadeiras Combilift

nas versões GLP, diesel e elétrica e pode operar em qualquer tipo de piso, dentro e fora de prédios. O equipamento é ideal para cargas longas e conta com alturas de elevação de até 9 metros e capacidade de carga de até 25 toneladas. Combilift: (51) 3077-7444 Madeiranit: (12) 3932-8900


TNT inaugura unidade dentro do shopping Total Brás Objetivo é oferecer uma alternativa de transporte aos compradores do centro comercial paulistano

A

transportadora TNT inaugurou, no final de 2015, um espaço de 38 m² dentro do shopping Total Brás, no centro de São Paulo. Chamada de TNT Point, a novidade tem como objetivo prestar atendimento direto aos atacadistas que fazem compras nas 180 lojas localizadas no tradicional centro comercial paulistano. A TNT pretende, assim, auxiliar nos despachos das mercadorias adquiridas pelos visitantes, que normalmente chegam até o local de ônibus e são li-

mitados a transportar apenas quatro volumes. “Seremos uma alternativa fácil, barata e confiável para quem precisa garantir suas vendas e seus negócios”, analisa o diretor regional para o Sudeste da TNT, Maurício Cortizo. Quatro funcionários realizam o atendimento no TNT Point e um veículo urbano de carga (VUC) faz de quatro a cinco viagens entre o shopping e a unidade da TNT no bairro do Canindé. Dali, as cargas seguem para a entrega em todo o Brasil. Dentre os principais

produtos estão roupas e acessórios, em especial para o público feminino. A expectativa da empresa é que exista um grande volume de mercadorias no período da manhã, já que o auge das compras no Total Brás acontece no início da madrugada. Os compradores chegam por volta das 3 horas, o shopping abre às 5 h e os negócios geralmente são fechados antes das 11 h. TNT: (11) 3573-7700

Truckvan investe em fábrica no Rio de Janeiro Objetivo é atender com mais rapidez os mercados fluminense, capixaba e mineiro

A

Divulgação

fabricante de implementos rodoviários Truckvan incorporou à sua estrutura uma fábrica localizada em Duque de Caxias (RJ). A empresa já atuava há três anos no local, mas agora decidiu comprar a planta. Os valores envolvidos não foram revelados. “Resolvemos adquirir a fábrica em sua totalidade e alterar o nome, que era RJ Custom, para Truckvan Rio, a fim de reforçar a nossa imagem e consolidar nossa marca nacionalmente”, destaca o sócio-diretor da empresa, Alcides Braga. Com 4,5 mil m², a unidade deve proporcionar mais rapidez no atendimento aos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. A fábri-

ca paulista da Truckvan está localizada em Guarulhos. Com a nova filial, a Truckvan será capaz de ampliar sua área de atuação e aumentar a produção de food trucks, baús de alumínio e unidades móveis em geral. A RJ Custom foi fundada

em 2012 e é referência na fabricação de food trucks no Rio de Janeiro, tendo produzido, inclusive, o primeiro restaurante sobre rodas carioca, o Larica Gourmet. Para o diretor Operacional da Truckvan Rio, André Miotto, a união das estruturas, tecnologias e conhecimentos das equipes das fábricas de São Paulo e Rio de Janeiro trará ótimos resultados para a empresa. “Além de reduzir os custos de operação, iremos melhorar a qualidade e agilizar a entrega dos produtos”, explica. Truckvan: (21) 2441-2095 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 7


MERCADO

Hortolândia recebe novo condomínio da GR Properties

Divulgação

Divulgação

Empreendimento é o primeiro de uma série de três condomínios logísticos que a empresa lançará

A

incorporadora GR Properties inaugurou, no final de 2015, um novo condomínio logístico de alto padrão, localizado na cidade de Hortolândia (SP), na região metropolitana de Campinas. Batizado de GR Hortolândia, o empreendimento apresenta uma área total construída de 36 mil m². O condomínio está dividido em 22 módulos, que permitem a ocupação de modo flexível ou contínua, sem divisórias. Os galpões possuem pé-direito livre de 12 metros e piso nivelado a la-

ser de alta resistência, com capacidade para até 6 toneladas por m². O GR Hortolândia apresenta ainda um moderno sistema de combate a incêndios, área administrativa, amplas salas de reuniões e auditório. Outro destaque é o acesso facilitado à rodovia dos Bandeirantes, ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e a outros importantes centros financeiros do interior paulista. Segundo o diretor-geral da GR Properties, Guilherme Rossi, o empreendimento está apto a receber clientes de diversos segmentos, como e-commerce, indústrias leves, eletrônicos, varejistas e até produtos farmacêuticos. “Hortolândia tem se tornado um polo de empresas do setor químico e farmacológico. Outro ponto é que o empreendimento possui flexibilidade para atender a diversos setores, que estão economicamente aquecidos na região”, afirma.

O empreendimento adotou todas as normas internacionais exigidas pelo United States Green Building Council (USGBC) para a obtenção do selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed). Mais conhecido como selo verde, ele garante que o condomínio segue preceitos como redução de consumo de água, gestão de resíduos e utilização de materiais que não agridem o meio ambiente durante o processo construtivo. O GR Hortolândia é o sexto condomínio logístico da GR Properties, que já conta com o GR Jundiaí, GR Campinas, GR Campinas 2, GR Louveira e GR Rodoanel. Trata-se do primeiro de três empreendimentos que receberam um aporte de R$ 210 milhões da Riviera Investimentos. Estão ainda em fase de construção o GR Guarulhos e o GR Régis. GR Properties: (11) 3709-2660

Columbia adota solução para diminuir impacto ambiental no CD da Puma Novo equipamento reaproveita caixas de papelão, que substituem sacos plásticos nas operações

A

Columbia Logística passou a utilizar um equipamento modelador de papelão nas operações da Puma, marca global de artigos esportivos, no centro de distribuição localizado em Cotia (SP). O processo consiste no reaproveitamento de caixas de papelão, que eram descartadas e agora são remodeladas e utilizadas para a proteção dos produtos da Puma. Antes desta

8 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

mudança, a Columbia utilizava sacos plásticos ou bolsas de ar para preencher os espaços vazios dentro das caixas onde os itens eram acondicionados para expedição ao comércio. Com a novidade, cerca de 5 toneladas anuais de sacos plásticos e 475 quilos de bolsas de ar deixaram de ser utilizados pela operação. O impacto disso é a diminuição da emissão de gases poluentes,

como dióxido de carbono, na atmosfera. “É uma contribuição relevante para a natureza e para o nosso cliente”, afirma Marcelo Brandão, CEO da Columbia Logística. O dióxido de carbono é um dos gases responsáveis pelo chamado efeito estufa, que leva ao aquecimento global. Grupo Columbia: (11) 3330-6700 Puma: (11) 3028-5340


Tam Cargo amplia terminal de Belém Estrutura movimenta atualmente 90 toneladas mensais

A

Tam Cargo investiu aproximadamente R$ 2,8 milhões na ampliação de seu terminal de cargas localizado na cidade de Belém. Com isso, a estrutura paraense passou a contar com 1.050 m² e teve sua capacidade aumentada em 5%. Atualmente, o terminal opera 90 toneladas de cargas todos os meses. São movimentadas desde pequenas encomendas até grandes volumes, como cosméticos, fármacos, peças para maquinário, equipamentos diversos, flores, frutas e artigos têxteis. O aporte foi destinado não somente à ampliação da área de armazenagem e de movimentação de cargas – incluindo perigosas –, mas também da loja de atendimento ao cliente. Além disso, o montante foi investido no sistema eletrônico de atendimento, que facilita a priorização dos clientes, em balanças para o recebimento das cargas, em transferidores e em um estacionamento compartilhado. “O terminal de Belém é fundamental para a conectividade do transporte de cargas na Região Norte do país. Por isso, priorizamos a reforma do espaço anterior a fim de melhor atender os clientes, possibilitar condições mais adequadas de trabalho aos nossos colaboradores e, gradativamente, aumentar a capacidade de movimentação no local”, explica Luis Quintiliano, diretor-geral da Tam Cargo. A reforma faz parte do plano de investimentos da empresa avaliado em R$ 94 milhões, dos quais R$ 80 milhões destinam-se à reforma de terminais e R$ 14 milhões são direcionados para tecnologia e segurança. Os aportes contemplam, ao todo,

22 estruturas distribuídas pelo Brasil. O projeto, que teve início em 2013 e será finalizado em 2016, inclui, além de reformas e ampliações, a construção de novos terminais.

Capacidade ampliada Com o objetivo de ampliar ainda mais o atendimento à Região Norte, a Tam Cargo passou a disponibilizar, por meio de uma parceria com um operador local, voos em aeronaves ATR-42, que possuem capacidade para carregar até 4 toneladas de carga. A novidade chega para complementar o transporte já realizado em porões de aviões de passageiros. A intenção da empresa é utilizar as aeronaves ATR sempre que forem necessárias para auxiliar nas operações. O plano é realizar duas frequências semanais de Manaus para Santarém (PA) e outras duas da capital amazonense para Boa Vista, em períodos de alta demanda. Atualmente, a Tam Cargo realiza 16 voos regulares por semana para essas duas localidades, com aeronaves da família Airbus A320. “Percebemos que a demanda de nossos clientes por estes mercados é, em geral, maior do que a disponibilidade para carga em voos regulares de aviões de passageiros. E, para supri-la, optamos por aeronaves de médio porte operando exclusivamente carga que podem atender, de maneira muito eficaz, os aeroportos e terminais destas localidades”, explica Guilherme Soares, gerente de Estratégia, Projetos e Marketing da Tam Cargo. Tam Cargo: (11) 2196-5700


MERCADO

CNT divulga pesquisa sobre as ferrovias brasileiras

A

Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou os resultados da Pesquisa CNT de Ferrovias 2015, a quinta edição do estudo. De acordo com ele, o transporte ferroviário brasileiro registrou significativo crescimento desde o início das concessões, em 1996. Após os investimentos das concessionárias, a produção ferroviária, medida em toneladas transportadas por quilômetro, cresceu 28,9%. Mas os baixos níveis de investimento em infraestrutura por parte do poder público e a existência de gargalos operacionais ainda comprometem a eficiência do setor. Segundo o documento, em áreas urbanas as composições chegam a reduzir em até oito vezes sua velocidade, passando de 40 km/h para apenas 5 km/h, causando prejuízos no transporte. O estudo caracterizou os 13 principais corredores ferroviários em relação ao desempenho operacional e descreveu a evolução recente do sistema ferroviário brasileiro. Foram ouvidos ainda os clientes das ferrovias sobre a qualidade dos serviços. O Brasil tem 12 principais malhas destinadas ao transporte ferroviário de cargas. Juntas, compreendem 28.176 km. Onze são operadas por empresas privadas e constituem o foco da pesquisa. Em nove anos (de 2006 até 2014), o setor público investiu R$ 12,93 bilhões na expansão da malha e na solução de entraves – média anual de R$ 1,44 bilhão. O valor representa 67,5% do total de R$ 19,16 bilhões autorizados. Nesse mesmo período, o investimento do setor privado nas ferrovias foi quase o triplo. Foram

10 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

Divulgação

Segundo a entidade, gargalos diminuem a eficiência do modal e a velocidade das composições é reduzida em até oito vezes nas áreas urbanas

R$ 33,51 bilhões destinados a infraestrutura, material rodante, sinalização, telecomunicações, oficinas, capacitação, entre outros. Desde o início das concessões até 2014, as concessionárias pagaram cerca de R$ 8 bilhões pelas outorgas e arrendamentos. “Estamos convencidos de que, para resolver os entraves operacionais e garantir maior competitividade econômica, devem-se aumentar os investimentos na expansão da malha e na resolução dos gargalos atuais”, diz o presidente da CNT, Clésio Andrade. “Um dos caminhos para o Brasil retomar o desenvolvimento e permitir maior integração nacional é a priorização do transporte ferroviário, que levará ao equilíbrio da matriz de transporte de cargas e à consequente redução dos custos logísticos”, conta. De 2011 a 2014, as principais mercadorias transportadas nas ferrovias brasileiras foram minério de ferro, soja, milho, açúcar e carvão mineral.

Um dos entraves explicitados na pesquisa foram os conflitos urbanos. Há pelo menos 355 invasões de faixas de domínio (aglomerações às margens das ferrovias), que surgiram na implantação e na gestão da extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA). A redução da velocidade em algumas áreas gera aumento do consumo de combustível, perda de eficiência e produtividade, entre outros problemas. Também foram identificadas 279 passagens em nível críticas. Os cruzamentos de ferrovias com rodovias, em um mesmo plano, oferecem risco à segurança. Mesmo com todos esses problemas, de 2006 a 2014, com os investimentos que vêm sendo realizados pelas concessionárias, o número de acidentes diminuiu cerca de 50%. Nas entrevistas com os clientes das ferrovias brasileiras, 41,1% citaram a baixa qualidade da infraestrutura disponível como um dos principais entraves. E 26% reclamaram da insuficiência de ferrovias. Foram ouvidas as empresas responsáveis pelas principais mercadorias transportadas nos 13 corredores avaliados. A CNT identifica a necessidade de investimentos de R$ 281,7 bilhões em 213 obras ferroviárias, além da construção de 72 terminais intermodais de carga com integração ferroviária e a ampliação de outros sete. No ritmo atual de investimentos, seriam necessários mais de 54 anos para concluir os projetos prioritários previstos no estudo. CNT: (61) 2196-5700


Tecon Salvador adquire equipamento para estufagem de grãos Maquinário tem capacidade de carregamento de 75 toneladas por hora

O

Tecon Salvador, localizado no porto da capital baiana e operado pelo Grupo Wilson Sons, é o primeiro terminal de contêineres da Região Nordeste a contar com uma máquina de estufagem de grãos em contêineres. O equipamento possui capacidade para carregar 75 toneladas de grãos por hora e será aplicado, inicialmente, na conteinerização de soja. O uso do contêiner para movimentar grãos apresenta muitas vantagens, como permitir que a exportação aconteça independentemente

das condições climáticas, facilitar a rastreabilidade e reduzir os riscos de contaminação. “Com isso, o terminal investe na atração de novas cargas e na retenção de investimentos para o estado, auxiliando no crescimento da região”, analisa Patrícia Iglesias, diretora Comercial do Tecon Salvador. “O terminal foca na abertura de novos mercados, atrelada ao trabalho de conteinerização de cargas que costumavam ser movimentadas a granel, como é o caso da soja. Hoje, só a produção baiana é de

3 milhões de toneladas do grão, o que configura uma grande oportunidade”. A máquina de estufagem foi adquirida junto com outros equipamentos, como três empilhadeiras de contêineres com capacidade para 45 toneladas cada uma e empilhamento de 6 metros de altura e uma máquina para estufagem e desova de peças e equipamentos em contêineres, com capacidade para 16 toneladas. Os valores investidos não foram divulgados. Tecon Salvador: (71) 2106-1522

Raízen investe em infraestrutura de distribuição Ao todo, R$ 70 milhões foram direcionados a terminais no Mato Grosso do Sul e em São Paulo

A

Raízen investiu, no segundo semestre de 2015, na reativação de seu terminal de distribuição de combustíveis localizado em Campo Grande e em melhorias no terminal de Ourinhos (SP), com o objetivo de ampliar sua eficiência logística no Centro-Sul brasileiro, região econômica que abrange os estados do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul do país. A reinauguração do terminal no Mato Grosso do Sul demandou investimentos de R$ 20 milhões. O empreendimento entrou em operação em setembro e apresenta capacidade total para armazenar 5 milhões de litros de combustíveis, incluindo etanol, gasolina e diesel, destinados a postos com a bandeira Shell em todo o estado.

Já o terminal de Ourinhos teve sua capacidade triplicada em agosto, visando atender à crescente demanda por etanol na Região Sul do Brasil. Com a ampliação, a base passou a contar com uma capacidade de armazenamento de até 36 milhões de litros. Entre a inauguração do terminal, que ocorreu em 2012, e a recente ampliação, foram investidos R$ 50 milhões. “Nos últimos anos, a Raízen foi a empresa que mais investiu em infraestrutura nas regiões produtoras de etanol e biodiesel, especialmente no interior paulista e no Centro-Oeste. Com a expansão de Ourinhos, vamos levar biodiesel e diesel provenientes do Sul do Brasil para serem distribuídos no interior de São Paulo e retornar com etanol das unidades produ-

toras da Raízen localizadas próximas ao município paulista”, destaca o diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, Nilton Gabardo. Com a expansão no terminal de Ourinhos, a Raízen passou a contar com um fluxo de transporte de carga pelo modal ferroviário em dois sentidos. O etanol produzido no interior paulista é escoado para a Região Sul e os vagões retornam trazendo a produção excedente de biodiesel de lá. “Com esses investimentos, interligamos por ferrovia o mercado do Sudeste aos maiores centros produtores de biodiesel, que são os estados do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul”, explica Gabardo. Raízen: (11) 2344-6200 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 11


MERCADO

Diálogo Logística alcança faturamento mensal de R$ 1 milhão

Divulgação Fernanda Davoglio

Crescimento médio da empresa gaúcha é de 64% ao mês

F

undada em maio de 2015, a Diálogo Logística, empresa voltada para o segmento de e-commerce, tem registrado um crescimento médio de 64% ao mês em suas operações. Em outubro do ano passado, com apenas sete meses de existência, a Diálogo

alcançou um faturamento mensal de R$ 1 milhão. Sediada em Porto Alegre, a empresa atende 1.227 municípios do Sul do Brasil, que correspondem a 98% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Seis caminhões realizam coletas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e, todos os dias, uma ou duas carretas vão em direção ao Sul, com paradas em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Depois de feita a triagem das encomendas, no mesmo dia a Diálogo expede para o interior dos estados, onde 36 distribuidores realizam a entrega para o consumidor final.

Na capital gaúcha, a empresa conta com um centro de triagem próprio com 2 mil m². Dentre as empresas que compõem a carteira de clientes da Diálogo estão Casas Bahia, Ponto Frio, Extra.com, B2W, Ricardo Eletro, BebeStore e Paquetá. “Somos uma empresa same day delivery, que atende no mesmo dia”, destaca o sócio-diretor Ricardo Hoerde. “O cliente encontra na Diálogo um olhar verdadeiramente diferenciado, porque as demandas são ajustadas cliente a cliente, através de uma equipe proativa e experiente”. Além de Hoerde, a empresa é comandada pelos também sócio-diretores André Faro e Mariele De Franceschi. Diálogo Logística: (51) 3573-0201

FM assume operações de transporte da LG na Região Norte Contrato abrange a distribuição de produtos da marca nos CDs de redes varejistas

A

FM Logistic anunciou, em janeiro, que passou a contar com um novo cliente em seu portfólio de serviços de transporte. O operador logístico estabeleceu um contrato com a LG Electronics, para realizar a distribuição dos produtos da empresa na Região Norte do Brasil. As atividades exercidas para o novo cliente consistem na coleta dos produtos na fábrica da LG em Manaus, no formato fracionado – ou less than truckload (LTL) –, e na distribuição em centros de distribuição de redes varejis12 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

tas nos estados do Acre, Pará, Amapá, Amazonas, Tocantins, Roraima e Rondônia para a venda ao público final. “A atuação com a LG trouxe para a FM Logistic a possibilidade de iniciar o trabalho em outras regiões fora do circuito Sul e Sudeste, além de colocar em prática a multimodalidade para transportar, com o uso de balsas fluviais para conduzir os caminhões já carregados”, conta o diretor da área de Transportes da empresa, Luís Martinez. Para isso, a FM utiliza os serviços

de dois operadores de balsas da região. Essa multimodalidade é nova para a FM, que já usa os modais ferroviário e aéreo em outros lugares do mundo. A LG opera no Brasil desde 1996 e comercializa no país um extenso portfólio de produtos, com mais de 350 itens, entre aparelhos de áudio e vídeo, equipamentos de informática, smartphones, condicionadores de ar e linha branca, além de soluções corporativas. FM Logistic: (11) 2109-9400 LG: (11) 2162-5454


VLI inicia operações com aço da Gerdau em Minas Gerais Unidade de armazenamento e transbordo rodoferroviário em Santa Luzia passa a movimentar aço para exportação

A

Divulgação

VLI ampliou a matriz de cargas movimentadas pelo Terminal Integrador (TI) Santa Luzia (MG), que realiza o armazenamento e o transbordo de produtos siderúrgicos na região metropolitana de Belo Horizonte. A unidade passou a receber também tarugos de aço fabricados na usina da Gerdau em Barão de Cocais (MG). A empresa de logística integrada estabeleceu esse novo fluxo para possibilitar um escoamento ainda mais eficaz do produto. Do terminal, o aço é transportado de trem pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) até o Complexo de Tubarão, em Vitória. Do litoral capixaba, a carga segue em navios com destino à exportação. Antes da implantação do novo fluxo, grande parte do tarugo de aço produzido pela Gerdau em Barão de Cocais já era escoada por ferrovia, porém o transbordo ocorria em um terminal com operação independente mais distante da usina. Caminhões também transportavam volumes menores do insumo direto da região central de Minas Gerais para Vitória. Agora, a VLI concentra o carregamento de toda a produção na unidade de Santa Luzia. “Elaboramos uma solução lo-

gística customizada para a Gerdau, que possibilitou que o tarugo de aço fabricado na usina de Barão de Cocais seja escoado pela ferrovia de forma mais eficiente. Descarregamos os caminhões no TI, armazenamos o produto e fazemos o transbordo para os trens, que seguem até o Complexo de Tubarão. Com essa operação integrada, temos condições de otimizar o transporte e trabalhar com custos mais competitivos”, explica Márcio Medina, gerente Comercial da VLI.

Manutenção ferroviária A VLI recebeu, no final de 2015, três novos equipamentos que fazem parte de seu Programa de Mecanização de Via Permanente, que tem como objetivo ampliar o uso de máquinas em serviços realizados na malha ferroviária administrada pela companhia. Os equipamentos de-

vem entrar em operação já neste primeiro trimestre de 2016. A FCA passará a contar com um caminhão de solda elétrica que está sendo montado no Brasil com equipamentos fabricados nos Estados Unidos. Essa será a primeira estrutura do tipo utilizada na malha administrada pela VLI. A novidade possibilitará o aperfeiçoamento nos trabalhos de soldagens de trilhos ao longo da via. Já a Ferrovia Norte-Sul (FNS) receberá um caminhão de ultrassom, montado no Brasil com itens importados da República Tcheca, e um guindaste ferroviário, fabricado na Alemanha. O primeiro equipamento possibilitará o aumento na produtividade e na confiabilidade das inspeções realizadas na via e o segundo proporcionará mais agilidade no atendimento a demandas que envolvam o içamento de vagões, locomotivas ou materiais pesados. No total, o Programa de Mecanização de Via Permanente desenvolvido pela VLI prevê a compra de mais de 60 equipamentos de médio e grande porte entre 2012 e 2018. Durante esse período, a empresa também capacitará colaboradores para operar e manter as novas máquinas, cujos valores não foram divulgados. VLI: (31) 3279-4900 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 13


MERCADO

Log-In lança ao mar navio porta-contêiner Jequitibá Embarcação possui capacidade para transportar até 2.808 TEUs

A

Log-In Logística Intermodal lançou ao mar, em dezembro, o navio porta-contêiner Log-In Jequitibá, no Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), na Ilha do Governador (RJ). Esta é a quinta embarcação de uma encomenda de sete. Do total de navios, dois porta-contêineres e dois graneleiros já foram entregues. O Log-In Jequitibá possui 218,45 metros de comprimento total, capacidade para transporte de até 2.808 TEUs e cerca de 38 mil toneladas de porte bruto. O navio foi projetado considerando as principais características dos portos brasileiros e tem estrutura para

o transporte de contêineres de peso elevado e também refrigerados, com 200 tomadas. “A Log-In é um expressivo investidor na cabotagem no Brasil, com a construção de sete embarcações em estaleiros brasileiros em valores superiores a R$ 1,4 bilhão. Completaremos nosso projeto de construção em 2017, quando será recebido o último navio porta-contêiner desta série”, informa o presidente da empresa, Vital Jorge Lopes. “O novo navio contribui mais ainda para o crescimento da navegação de cabotagem no país, modal com grande

potencial por ser uma opção segura, eficiente, sustentável e economicamente vantajosa”, completa. O Log-In Jequitibá produz nível reduzido de ruído e vibração na superestrutura e tem motor de alta eficiência e baixa emissão de CO2. O novo porta-contêiner tem 29,8 m de boca, 11,6 m de calado máximo, atinge uma velocidade de 20 nós e possui acomodações para 30 pessoas, sendo 18 tripulantes. Cerca de 3 mil trabalhadores navais, entre mão de obra direta e indireta, participam da construção de cada um dos navios. Log-In: 0800 725-6446

Sulista passa a fazer operações inbound para a Whirlpool Transportadora abastece a fábrica da companhia em Joinville

14 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

“Para nós significa o ingresso em mais um segmento, o de linha branca, um desafio, mas que reforça nosDivulgação

A

Transportadora Sulista passou a realizar operações de transporte inbound para a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool. O contrato foi firmado depois da realização de um BID, para o qual a Sulista foi convidada por já ter realizado operações pontuais com produtos acabados da marca. As novas atividades englobam o transporte de peças de fornecedores de vidro, peças plásticas e cobre. A operação, realizada com carretas do tipo sider, consiste na coleta da carga em diversos fornecedores em São Paulo e no transporte até a fábrica da Whirlpool em Joinville (SC). A descarga na planta também é realizada por uma equipe da Sulista.

sa estratégia de diversificação”, diz João Daniel, supervisor Comercial da transportadora. Desde 2012 a Sulista está trabalhando na diversificação de segmentos de atuação e gradativamente consolidando seu ingresso em novos setores. “A missão, neste momento, é mostrar a qualidade de nosso trabalho, por meio da pontualidade na coleta e na entrega do material, segurança da carga e fluxo de informações. Além, é claro, do atendimento diferenciado, personalizado. Isto nos dará o passe para novas conquistas dentro deste cliente”, completa o executivo. Sulista: (41) 3371-8200 Whirlpool: (11) 3787-6100


TRX inaugura condomínio em Piracicaba

A

incorporadora TRX concluiu, em dezembro, a implantação do TRX Piracicaba, primeiro condomínio logístico modular de alto padrão da cidade do interior paulista. O empreendimento, que demandou investimentos de R$ 100 milhões, está situado próximo às rodovias Luiz de Queiroz, Bandeirantes e Anhanguera. O TRX Piracicaba conta com uma área total de mais de 68 mil m², dividida em módulos de 2.755 m². Com capacidade para abrigar até 25 empresas, o condomínio possui segurança 24 horas e áreas

comuns totalmente equipadas, com refeitórios, cozinhas, sala de reunião e ambulatório, além de portaria e administração. “Estamos investindo em uma região onde estão localizadas 20 companhias de grande porte, 200 de médio porte e 3 mil de pequeno porte”, analisa Roni Katalan, diretor de Real Estate na TRX. “Com esse empreendimento, pretendemos nos unir a este entorno com alto potencial, gerando aproximadamente mil empregos diretos e capacidade para até 3.500 empregos indiretos, sendo uma ótima alternativa para essas

Divulgação

Companhia investiu R$ 100 milhões em empreendimento padrão AAA

empresas, unindo tecnologia construtiva e uma gestão da propriedade de padrão internacional”. TRX: (11) 4872-2600


MERCADO

Porto de Antonina realiza sua primeira operação com grãos

O

Terminal Ponta do Félix, localizado no Porto de Antonina (PR), especializado em operações de importação de fertilizantes e de exportação de congelados e de açúcar ensacado, realizou, em dezembro, sua primeira operação de embarque de grãos, com a exportação de 25 mil toneladas de farelo de soja. Antonina estima exportar outras 450 mil toneladas ao longo de 2016, com previsão de crescimento para os anos seguintes. As 25 mil toneladas deste carregamento foram produzidas, colhidas e processadas no próprio estado do Paraná. O produto tinha como destino a Europa, por meio da empresa paranaense Imcopa. A modernização do Porto de Antonina foi fundamental para atrair mais

Divulgação

Terminal estima exportar 450 mil toneladas ao longo de 2016

exportadores e permitir a movimentação de outros produtos. A dragagem, por exemplo, é apontada pelos empresários como fundamental para que as novas operações sejam realizadas pelo porto da cidade. Em 2015, ele retomou as exportações de açúcar e, agora, passou a operar grãos.

Ao todo, foram mais de R$ 70 milhões investidos pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) em modernizações nos terminais Barão de Teffé e Ponta do Félix, realizadas ao longo dos últimos quatro anos. “Conseguimos aumentar o calado do canal, revitalizar o porto e devolver a competitividade a Antonina. Isto beneficia não só a economia local, mas também de todo o estado do Paraná. A obrigação da Appa é buscar novas alternativas de movimentação de cargas para elevar a oferta de serviços portuários no Paraná e com isso promover a concorrência”, diz o diretor-presidente da associação, Luiz Henrique Dividino. Appa: (41) 3420-1143

TCP desenvolve aplicativo para monitoramento de carga refrigerada Solução já é responsável por supervisionar 100% dos contêineres reefer

A

TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), desenvolveu um aplicativo para o monitoramento de contêineres reefer que vem proporcionando uma redução de aproximadamente 30% no tempo dedicado à vistoria da temperatura das cargas. Diariamente, a TCP realiza o monitoramento de cerca de 3 mil contêineres em quatro turnos (manhã, tarde, noite e madrugada). Diego Neufert, gerente de Tec-

16 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

nologia da Informação da TCP, destaca que o aplicativo pode ser usado tanto on-line quanto off-line, a partir dos coletores de dados da equipe do terminal. “As informações são armazenadas na memória do aparelho e, assim que ele detecta um ponto Wi-Fi, faz a transmissão automática dos dados, sem que seja necessário que a pessoa responsável pela coleta pare o que está fazendo para atualizar o sistema”. O aplicativo já é responsável por 100% do monitoramento dos con-

têineres de cargas refrigeradas no terminal. “Ele foi desenvolvido para uso interno, é mais visual e permite uma gestão mais eficiente, mais rápida e ágil dos contêineres”, explica Neufert. Com interface amigável e interação por meio de tela sensível ao toque, o aplicativo foi desenvolvido na plataforma Windows e instalado em aparelhos coletores robustos, que suportam situações como chuvas ou quedas. TCP: (41) 3420-3300


Brasileiros farão simulações de navegação para o Canal do Panamá

O

Centro de Simulação Aquaviária (CSA) da Fundação Homem do Mar (FHM), braço educacional do Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante Brasileira (Sindmar), estabeleceu um contrato com a Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF, na sigla em inglês para International Transport Workers Federation), com o objetivo de realizar um estudo quanto à segurança do Canal do Panamá. Os trabalhos consistirão no desenvolvimento de um modelo matemático que será utilizado para avaliar as características e capacidades de manobra com as novas comportas do canal, tendo como foco a segurança das embarcações. O Canal do Panamá está passando por uma grande obra de expansão e terá uma nova faixa de tráfego, que permitirá a passagem dos maiores navios cargueiros utilizados atualmente.

A construção das novas comportas foi adiada diversas vezes, e testes recentes detectaram rachaduras nas estruturas. Por isso a data em que elas estarão em condições totalmente operacionais ainda não é conhecida. Além disso, a utilização das comportas envolve mudanças na própria operação das embarcações, para garantir a segurança na navegação. “Queremos prestar nosso apoio às autoridades panamenhas e à comunidade marítima internacional para fazer das novas comportas um sucesso, tanto em termos de segurança para os marítimos e trabalhadores do Canal do Panamá quanto em relação à rentabilidade para o governo panamenho, que realizou um investimento de grandes proporções”, explica Paddy Crumlin, presidente da ITF. O presidente do Sindmar, Severino Almeida, ressalta que o CSA, inaugurado em 2006, tem atuado no desenvol-

Divulgação

Centro de Simulação Aquaviária desenvolverá modelo matemático para a segurança das operações no canal, que passa por ampliação

vimento e na implementação de importantes projetos no Brasil e no exterior e possui o know-how necessário para desenvolver modelos matemáticos para todos os tipos de embarcações, terminais e canais de navegação, simulando a manobrabilidade e a viabilidade de diferentes operações marítimas. Sindmar: (21) 3125-7600

Allink atuará como back-office da Wil-Haven no Brasil Empresa prestará serviços administrativos nas operações de comércio exterior

A

Allink, empresa especializada no transporte internacional de carga marítima, estabeleceu um contrato com o agente de cargas conteinerizadas Wil-Haven, de origem indiana, para atuar com os serviços administrativos de suas operações no Brasil. Assim, por meio da divisão de negócios Allink Service, a empresa será uma espécie de back-office da Wil-Haven e cuidará das atividades de importação e exportação, com serviços de desconsolidação, operação da carga e controle de demurrage.

“Trabalhar com a Allink me deixa tranquilo, já que encontrei um parceiro que não atende diretamente ao importador e ao exportador e, portanto, não compete comigo”, analisa Hernando Stein, sócio da Wil-Haven, destacando que procurava uma empresa neutra, sólida e com abrangência nacional. A Allink faz parte do Grupo Wilson Sons e atua na modalidade Non Vessel Operator Common Carrier (NVOCC), ou seja, não é a dona e não opera dire-

tamente o navio envolvido na operação de transporte. A empresa está presente em 70 países e conta com 158 escritórios distribuídos em todos os continentes. A Wil-Haven, por sua vez, além das unidades brasileiras situadas em São Paulo, Santos (SP), Vitória e Paranaguá (PR), e da sede localizada em Mumbai, na Índia, possui escritórios no Chile, na China e em Hong Kong. Allink: (11) 3254-9700 Wil-Haven: (11) 3124-6066 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 17


MERCADO

Porto Itapoá adquire dois novos portêineres e seis novos RTGs

N

o dia 3 de janeiro, o Porto Itapoá (SC) recebeu o navio Zen Hua 19, que desembarcou os mais novos equipamentos do terminal: dois portêineres e seis RTGs. O objetivo da aquisição é proporcionar mais agilidade operacional ao porto. Agora, Itapoá conta com seis portêineres e 17 RTGs ao todo. A encomenda dos equipamentos já estava prevista desde o início das operações do porto, em 2011, tendo sido ratificada no fim de 2013. Para que os equipamentos estivessem prontos, foram dez meses de fabricação na ZPMC, a mesma indústria que produziu os outros quatro portêineres e onze RTGs já em operação em Itapoá. A diferença desses novos equipamentos, especialmente em relação aos portêineres, são as dimensões das lanças, que alcançam até 65 metros, dez a mais que os portêineres

em operação atualmente. Os equipamentos recém-adquiridos facilitarão as operações com navios de grande porte e com as novas embarcações que tendem a aportar no país. Os navios mais modernos, além de contar com maior comprimento, são mais largos, superando os 60 metros em alguns casos. O porto também divulgou que conseguiu superar, em 2015, a movimentação de contêineres em cerca de 10% na comparação com 2014, ultrapassando a marca de 320 mil unidades. Em termos de eficiência, o índice de movimentos por hora (mph) ficou em 83,9. Agora, com os novos equipamentos, a tendência é que este número melhore ainda mais. Para o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, a aquisição desses equipamentos trará mais qualidade e eficiência operacional aos clientes do

Divulgação

Equipamentos facilitarão as operações com navios de grande porte

terminal. “Estamos num mercado altamente competitivo e, para nos destacarmos, precisamos oferecer o que podemos fazer de melhor. Temos a Baía da Babitonga como um grande ativo, um time altamente qualificado e agora estamos com nossa capacidade operacional, em termos de equipamentos, completa”. Porto Itapoá: (47) 3443-8500

TCP recebe peças para fábrica de cimentos na Bolívia Regime aduaneiro adotado permite que a carga seja tributada somente no destino

O

Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR) recebeu, em dezembro, as primeiras peças importadas por uma empresa brasileira para a construção de uma fábrica de cimentos na Bolívia. As operações envolvendo as cargas, que têm como origem a Europa e seguem por rodovia até o destino final, foram realizadas pela TCP Log, subsidiária da TCP, empresa que administra o terminal. “Conseguimos oferecer para o cliente um produto que contempla to-

18 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

das as fases de importação pelo Brasil, com um regime especial onde a carga passa pelo país em trânsito aduaneiro, mas não é tributada aqui”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente Comercial da TCP, destacando que o diferencial da operação é justamente o regime aduaneiro adotado. “As cargas que chegam a Paranaguá são desembaraçadas em um prazo de dois dias, ficando aptas a seguir viagem. O tempo que elas ficam em trânsito influencia muito no gasto total do cliente. Oferecer

uma operação portuária rápida dá a ele mais segurança e torna o terminal muito mais atraente”, analisa o executivo. As peças foram trazidas até o Brasil em navios supercargueiros roll-on roll-off (ro-ro). Esta é primeira vez que o TCP recebe cargas destinadas para a expansão de empresas brasileiras em outros países. Mais cargas importadas para a fábrica na Bolívia devem chegar ao terminal neste início de ano. TCP: (41) 3420-3300


Multiterminais investe em novos equipamentos

O

Terminal de Contêineres MultiRio, localizado no Porto do Rio de Janeiro e pertencente ao Grupo Multiterminais, recebeu, em janeiro, um novo portêiner super post-panamax e quatro RTGs full electric, da fabricante chinesa ZPMC. O portêiner, também conhecido como ship-to-shore crane (STS), entrará em operação em março. Com altura de 115 metros, o equipamento pesa 1.500 toneladas e possui capacidade para erguer até 65 t de carga, podendo movimentar dois contêineres ao mesmo tempo, inclusive operando com os maiores navios utilizados atualmente. Os novos RTGs, que também entrarão em operação em março deste ano, têm capacidade para erguer 40 t de carga

e trabalhar com pilhas de seis contêineres de altura por seis de largura, formando grupos maiores que a operações tradicionais com empilhadeiras. Totalmente elétricos, eles não consumem combustíveis fósseis e não poluem o ambiente. “As aquisições fazem parte do plano de expansão dos terminais do Grupo Multiterminais no Porto do Rio, que visa atender à demanda futura, aumentando a eficiência, o espaço e melhorando os serviços”, explica Paulo Klien Vega, gerente Comercial do grupo. Dentre os equipamentos previstos no plano estão seis portêineres, três deles já em operação, e 30 RTGs, 12 também já em pleno funcionamento. O plano abrange ainda a expansão do cais e a construção de novas edifica-

ções. O total de investimentos é de aproximadamente R$ 590 milhões, dos quais R$ 360 milhões já foram efetuados. As obras no cais estão concluídas e devidamente licenciadas. Ao todo, a Multiterminais construiu novos 550 metros, fazendo com que o cais dos terminais de veículos e contêineres alcançasse 1.160 metros de extensão. Encontram-se atualmente em fase final de construção três novos armazéns, com cerca de 20 mil m² de área total. A previsão para a conclusão das obras também é o mês de março. Já o edifício garagem, terceira parte do plano de expansão, acaba de ter suas obras iniciadas. Multiterminais: (11) 2693-4410

O

primeiro Boeing 737-400F da Modern Logistics foi entregue, no início de fevereiro, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), que será um dos hubs da empresa. A aeronave era utilizada na Europa para o transporte de passageiros e a Modern será o primeiro operador a voar com ela depois da conversão em cargueiro, realizada pela empresa Pemco, dos Estados Unidos. Lá, ele recebeu também as cores da Modern. A conversão envolveu a retirada dos assentos e dos bagageiros de teto, a troca do revestimento interno, o reforço do piso, a instalação de rodízios e roletes para manuseio da carga paletizada, o selamento das portas traseiras, o corte da fuselagem para a instalação da porta de carga e a instalação de um forte anteparo de proteção para a cabine. Além disso, foram realizados procedimentos

no sistema de detecção e de combate a fogo, tanto dos bagageiros inferiores como do compartimento superior. Com capacidade para transportar até 20 toneladas de carga, o Boeing é a primeira aeronave a integrar a frota própria da Modern, que até 2020 pretende contar com 26 aeronaves cargueiras, entre Boeings e ATRs. Ao todo, a empresa está investindo US$ 75 milhões em sua estrutura. Com a chegada desta primeira aeronave, os voos ligarão São Paulo a Manaus e, em seguida, começará a funcionar a linha para Recife. O avião decolou do Aeroporto de Lakeland, na Flórida, e no caminho para o Brasil fez escalas em Fort Lauderdale, também na Flórida, e em Paramaribo, no Suriname. Já em território brasileiro, ela pousou em Foz do Iguaçu (PR) para passar pela inspeção da alfândega brasi-

Divulgação

Modern Logistics recebe seu primeiro avião cargueiro

leira e então seguiu para Viracopos. Além do transporte aéreo próprio, a Modern fará armazenagem em 15 centros de distribuição instalados por todo o país e transporte terrestre utilizando serviços terceirizados. Já foram instalados CDs em Jundiaí (SP), Campinas e Manaus e logo virão mais cinco unidades com localizações ainda não determinadas, cada um medindo 5 mil m². Modern Logistics: (11) 3109-6750 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 19


Divulgação

MERCADO

IBL abre filiais em Minas Gerais e no Ceará Unidades reforçam a estrutura de distribuição de produtos farmacêuticos e eletrônicos

A

IBL Logística inaugurou duas novas filiais nas cidades de Contagem (MG) e Fortaleza, com o objetivo de ampliar sua capilaridade na distribuição de produtos farmacêuticos e eletrônicos nos dois estados. Os valores investidos não foram divulgados. As unidades chegam para otimizar a atividade de transporte do operador logístico e fazem parte da estratégia de continuar crescendo nesses dois setores, que vêm apresentando desempenho acima da média do mercado,

além de potencial de crescimento para os próximos anos. A filial de Contagem possui 1.000 m² e opera em parceria com a empresa Conexão Minas. Já a de Fortaleza ocupa uma área de 800 m² e conta com uma equipe própria da IBL para cuidar da distribuição fracionada. O operador destaca ainda que realizou investimentos na segurança das unidades, como controle de acesso, monitoramento 24 horas com câmera e alarme e sistema de rastreamento de cargas.

Com sede em Guarulhos (SP), a IBL conta com filiais em Taboão da Serra (SP), São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Manaus e Recife, além de Contagem e Fortaleza, e representantes exclusivos em Brasília, Goiânia, Curitiba, Salvador, João Pessoa e Porto Alegre. Dentre os principais clientes estão empresas dos segmentos de alimentos, higiene e limpeza, fármacos, eletrônicos, lubrificantes embalados, tecelagem e motopeças. IBL Logística: (11) 2696-2230

Yusen inaugura escritório em Porto Alegre e promove reestruturação em Manaus Empresa passa a contar com duas unidades na capital amazonense

A

Yusen Logistics inaugurou, em janeiro, um novo escritório localizado na cidade de Porto Alegre. De acordo com a própria empresa, a capital gaúcha foi escolhida para sediar mais uma base em função dos clientes conquistados nos últimos meses e também devido à forte presença do estado do Rio Grande do Sul no cenário do comércio exterior, tanto na importação quanto na exportação. Na nova filial, a Yusen vai oferecer todos os serviços que envolvem assessoria de comércio exterior, desde agenciamento de cargas até assessoria técnica para operações mais complexas. “Estamos prontos para prestar serviço door to door através da nova filial também”, destaca Alexandre Chami, diretor de International Freight Forwarding (IFF) da Yusen no Brasil.

20 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

Segundo o executivo, a empresa não possui nichos específicos de atuação, mas procura oferecer um serviço completo e com flexibilidade para os clientes. “Já estamos atuando na indústria química, siderúrgica, automotiva, agropecuária, ou seja, diferentes áreas, porém com o mesmo objetivo, atendimento focado e 100% dedicado às necessidades de cada cliente”. A Yusen passou a contar ainda com um novo escritório em Manaus, com o objetivo de redistribuir os mais de 600 colaboradores que atuam na capital amazonense. A empresa optou por separar as áreas de IFF e de Contract Logistics. Assim, o departamento de IFF passou a ocupar outro endereço e o de Contract Logistics permaneceu no mesmo. “Precisávamos fazer a mudança a fim de reforçar os serviços de agencia-

mento de cargas, da área de IFF, e dar mais espaço e estrutura para as demandas de armazenagem e distribuição”, explica Chami. Segundo o executivo, o novo escritório fica perto da área central da cidade e dos Distritos Industriais I, II e III, enquanto o escritório utilizado até então está mais perto do Aeroporto Internacional de Manaus. No ano passado, o foco da Yusen em Manaus foi aumentar a competitividade, ampliando o leque de serviços oferecidos e a diversidade de clientes na indústria. “Queremos nos consolidar como o maior operador logístico de Manaus”, diz Chami. Entre os clientes atendidos pela Yusen na cidade estão empresas dos ramos de higiene pessoal, ar-condicionado, indústria de motocicletas e várias outras. Yusen: (11) 4064-9300


DHL obtém certificação para armazenar medicamentos em Barueri

A

DHL Supply Chain foi certificada para o armazenamento de medicamentos e correlatos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na unidade da empresa localizada em Barueri (SP). O Certificado de Autorização de Funcionamento (conhecido pela sigla AFE) comprova que a DHL cumpre com todos os requisitos da agência para a prestação de serviços a clientes da área de medicamentos e saúde, além do foco na melhoria contínua de processos, padronização e excelência operacional. Para conceder o certificado, a Anvisa realizou uma rigorosa auditoria em todos os documentos, procedimentos, validações, licenças, treinamentos e processos operacionais. “A obtenção da certificação enfatiza que a DHL tem foco no cumprimento dos regulamentos sanitários e diretrizes internas, atendendo a todas as exigências deste setor, que é extremamente regulado e exigente quanto à qualidade de produtos e serviços, além de estar sempre comprometida em atender à necessidade dos nossos clientes e seus pacientes”, afirma Juliana Filizzola, gerente de Qualidade da DHL. Atualmente, a empresa passa pelo processo de certificação de outras duas unidades, situadas em Anápolis (GO) e Osasco (SP).

Visibilidade A DHL Global Forwarding passou a oferecer a seus clientes, em janeiro, a possibilidade de acompanharem em tempo real a movimentação de suas

cargas sensíveis à temperatura, por meio do aplicativo para dispositivos móveis LifeTrack. O software proporciona às empresas de setores como de medicamentos e perecíveis uma visão geral de seus embarques, com alertas no caso de qualquer imprevisto durante o trânsito – como alterações de temperatura – e suporte instantâneo por meio de acesso 24 horas a especialistas em cadeia fria. “Com o aplicativo LifeTrack, fornecemos aos nossos clientes uma visão geral e imediata das informações mais críticas, como temperatura, intervenções e análise dos embarques, tudo com um design intuitivo feito sob medida para celulares”, afirma David Bang, diretor global do setor de Soluções em Gestão de Temperatura da DHL e CEO da LifeConEx, pertencente à DHL Global Forwarding. “O transporte deste tipo de carga enfrenta regulamentação complexa e pesada e demanda condições ambientais controladas. Em um ambiente de elevação de custos, ter acesso às soluções mais adequadas contribui não só para o atendimento das mais variadas normas, mas também para o próprio negócio”, analisa o diretor de Vendas e Marketing da DHL Global Forwarding Brasil, Eduardo Rodrigues. O aplicativo está disponível para Android e iOS e pode ser baixado gratuitamente nas lojas on-line de cada um dos sistemas. DHL Global Forwarding: (11) 5042-5500 DHL Supply Chain: (19) 3206-2200


MERCADO

Transamigos compra 14 caminhões extrapesados off-road da Mercedes-Benz Foram compradas dez unidades do modelo Axor 4144 e quatro do Axor 3131

Divulgação

A

Transamigos, empresa mineira de serviços de engenharia e mineração, adquiriu recentemente 14 caminhões basculantes da Mercedes-Benz, sendo dez unidades do modelo Axor 4144 6x4 e quatro unidades do Axor 3131 6x4. Os valores envolvidos não foram divulgados. A empresa precisava de veículos que pudessem atuar em condições severas fora de estrada, por isso os caminhões extrapesados Axor off-road da Mercedes-Benz foram escolhidos. “Com essa aquisição, ampliamos nossa frota para 96 caminhões, contando agora com 30 unidades do Axor 4144 e quatro do Axor 3131”, afirma José Jerônimo Figueiredo, presidente da Transamigos. “Mais de

um terço da frota é da marca Mercedes-Benz e todos da linha Axor, veículos que sempre nos proporcionaram uma experiência positiva de produtividade e robustez nas operações”, diz. Os novos basculantes Axor estão sendo utilizados pela Transamigos

em serviços de terraplenagem e mineração, bem como em serviços de usinas siderúrgicas. Operam atualmente nas cidades de Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, e Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os veículos foram desenvolvidos para operações severas da agroindústria canavieira e madeireira, mineração, construção civil e obras de infraestrutura, caracterizadas por locais sem pavimentação, pistas de terra e cascalho, topografia irregular e grandes aclives e declives. Mercedes-Benz: 0800 970-9090 Transamigos: (31) 3541-8557

Blackstone adquire ativos logísticos do Cone Suape Empresa americana de private equity assume o controle da infraestrutura de armazéns do empreendimento

A

Blackstone, empresa americana gestora de recursos de private equity, adquiriu participação majoritária da unidade de negócios que abrange 13 armazéns no Cone Suape, empreendimento pertencente à Cone localizado em Cabo de Santo Agostinho (PE). A Cone passa então a ser sócia minoritária na joint venture resultante da operação, mas os valores negociados entre a Cone e a Blackstone e as porcentagens referentes à participação de cada uma das empresas não foram divulgados. Esse é o segundo investimento que a Blackstone faz no segmento logísti-

22 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

co no Brasil. Em agosto, ela adquiriu mais de R$ 1 bilhão em ativos que pertenciam à BR Properties em São Paulo. A Blackstone tem em sua carteira de negócios a cadeia de hotéis de luxo Hilton, a rede de parques SeaWorld e a empresa de sandálias Crocs. O Cone Suape possui uma área total de 18 milhões de m² e sua área logística, de 600 mil m², abriga 70 clientes, entre eles o Grupo Pão de Açúcar e a FedEx. O complexo também conta com a Zona de Processamento de Aço (ZPA), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), o Cone Plug&Play, com áreas prontas para a instalação de

plantas industriais, o Cone Agregados, para linhas de produção de produtos com base em cimento, e o Multicenter, uma ilha de serviços para suporte geral, com centro de convenções, hotel executivo, edifícios empresariais, shopping, universidade e policlínicas. A Cone também está presente na Bahia, com o Cone Aratu – que não está incluído na negociação –, plataforma com área total de 4 milhões de m², com 32 galpões que somam 1,2 milhão de m² e três pátios que totalizam 115 mil m². Cone Suape: (81) 3201-3400


Rápido Transpaulo implementa aplicativo para controle de coleta e entrega Ferramenta oferece funções de fotos, localização por GPS, informação dos pedidos e notificações

A

transportadora Rápido Transpaulo implantou um projeto de tecnologia voltado para seus motoristas. Os funcionários da empresa passaram a utilizar um smartphone com o aplicativo RT Direto para controlar melhor a coleta e a entrega dos produtos. Inicialmente, 650 motoristas da frota própria da empresa e 200 parceiros fazem parte dessa primeira fase do projeto. A previsão é que ainda este ano os demais, cerca de 2.100, também recebam a ajuda da tecnologia móvel. O aplicativo RT Direto foi desenvolvido exclusivamente para a plataforma Android pela área de Tecnologia

do Grupo Supricel, holding da Rápido Transpaulo. Com a proposta de fornecer aos clientes um serviço mais rápido e confiável, o aplicativo permite gerenciar as atividades utilizando funções de fotos, localização por GPS, informação dos pedidos, notificação de coleta e entrega, entre outras. “Antes do aplicativo, nosso controle era feito no papel, o que deixava o processo mais demorado. Agora podemos perceber uma mudança efetiva na velocidade da resposta da entrega e um consequente aumento na confiabilidade e satisfação dos nossos clientes”, afirma o gerente de Tecnologia da Informação do

Grupo Supricel, Willian Domingues. A área de TI do grupo trabalha atualmente na versão 2.0 do aplicativo, que deve ser finalizada em março deste ano. Essa versão terá melhorias como maior usabilidade, novas informações, integração com a Maplink e roteirização dos melhores trajetos. O desenvolvimento do RT Direto levou cerca de seis meses para ser concluído e contou com uma equipe interna de três desenvolvedores e dois profissionais de teste e qualidade. Grupo Supricel: (11) 3621-2770 Rápido Transpaulo: (51) 3462-4500

Porto do Açu inicia operações de guindastes no T-Mult

O

Porto do Açu, localizado em São João da Barra (RJ), concluiu, em dezembro, a montagem de dois guindastes MHC que serão utilizados no Terminal Multicargas (T-Mult). Fabricados na Alemanha pela empresa Terex Gottwald, os equipamentos foram adquiridos pela Prumo no final de 2014, em um investimento total de R$ 26 milhões, e a montagem levou cerca de um mês. Inicialmente, os guindastes, que realizam a elevação de cargas dos navios e pátios por meio de caçambas próprias para granéis sólidos, estão sendo usados na movimentação de bauxita, mas poderão ser aplicados para todo tipo de carga. Nesta primeira fase, são verificados os proces-

sos e realizados os ajustes necessários no software dos equipamentos com apoio da fábrica na Alemanha. Os guindastes pesam cerca de 400 toneladas cada e possuem um alcance de lança de 46 metros. A capacidade de içamento de carga de cada equipamento é de até 100 toneladas. Eles podem operar ainda com carga geral e contêineres, além de possuírem ganchos para movimentação de cargas de projeto. Com dois berços instalados em 500 metros de cais, o T-Mult tem capacidade para movimentar 4 milhões de toneladas por ano, entre granéis sólidos e carga geral. Com 14,5 metros de profundidade, o terminal pode receber navios Panamax.

Divulgação

Equipamentos podem içar cargas de até 100 toneladas

Além dos dois guindastes MHC, o parque de equipamentos contará com duas empilhadeiras de pátio, duas moegas com capacidade nominal de 360 toneladas por hora cada e duas balanças rodoviárias. Prumo: (21) 3725-8000 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 23


MERCADO

APM Terminals amplia armazém em Itajaí Companhia investe ainda em tecnologia e em operações porto à porta

24 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

Divulgação

A

APM Terminals investiu R$ 1 milhão na ampliação de seu armazém situado no Porto de Itajaí (SC), que passa de 1.500 m² para 2,2 mil m² de área construída e 1,5 mil posições-palete. No local, a empresa concentra todas as atividades de consolidação e desconsolidação de cargas, estufagem e desova direta para caminhões. Há cerca de um mês, a APM também inaugurou uma câmara fria, instalada em uma área de 70 m², destinada a atividades de vistoria e inspeção de carga congelada e refrigerada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O investimento na instalação foi de R$ 500 mil. A empresa está investindo ainda na aplicação de um WMS para realizar a gestão do armazém e aumentar a eficiência das operações. “Esperamos que, em um prazo de até 60 dias, toda a fase de testes seja concluída e a ferramenta esteja disponível para nossos clientes”, destaca Felipe Fioravanti, gerente Comercial da APM Terminals no Brasil. Para agregar valor aos serviços de armazenagem, a empresa oferece logística integrada com retirada e entrega de cargas na modalidade porto à porta. O serviço é executado em entregas a uma distância de até 150 quilômetros do terminal. “Nosso objetivo é facilitar a lo-

gística para nossos clientes e seus despachantes. Oferecemos o serviço completo, com retirada e entrega em contêineres próprios da APM Terminals diretamente no endereço definido pelo importador”, explica Fioravanti. “Estamos confiantes de que isto irá impulsionar pequenos negócios e otimizará a interface logística de grandes indústrias”, finaliza o executivo. A APM Terminals é arrendatária do Porto de Itajaí, opera um terminal em Pecém (CE) e tem sociedade na Brasil Terminal Portuário (BTP), em Santos (SP). Além disso, conta com uma rede de serviços retroportuários no Rio Grande (RS), em Itajaí, Itapoá (SC) e Paranaguá (PR). No mundo, as operações estão espalhadas por 59 países, totalizando 64 portos e terminais, com sete novos projetos em desenvolvimento e 135 instalações retroportuárias. Ao todo são 20.600 funcionários distribuídos nos cinco continentes.

Desempenho

A APM Terminals fechou o ano de 2015 com seu maior índice histórico de produtividade. No terminal catarinense, as operações da empresa registraram uma média de 35,59 movimentos por hora (mph) por portêiner. O resultado ficou 13% acima da média registrada em 2014, que foi de 31,40 mph por equipamento. O recorde alcançado em Itajaí em 2015 foi de 39,84 mph por equipamento, 25% acima da produtividade máxima do ano anterior, de 31,77 mph. Já em Pecém, os índices de movimentação também seguiram em ritmo de crescimento na operação dos guindastes. No terminal cearense, a produtividade média por equipamento cresceu 58%, alcançando 18,26 mph em 2015, com pico de 36,11 mph. “O aumento da produtividade é resultado de investimentos em equipamentos, processos e qualificação dos funcionários. Além disso, o intercâmbio de informações com os mais de 60 terminais da APM no mundo proporciona a aplicação das melhores práticas no planejamento operacional e na manutenção dos equipamentos”, analisa Ricardo Arten, diretor-superintendente da APM Terminals no Brasil. APM Terminals: (47) 3341-9800


Paranaguá finaliza montagem do quarto shiploader

A

Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou que o quarto novo shiploader de seu Corredor de Exportação teve a montagem finalizada em dezembro, mês em que começou a operar em regime de testes. Com a entrega, o Porto de Paranaguá (PR) alcança a meta estabelecida no ano passado de trocar quatro carregadores de navios ao longo de 2015. “A inauguração dos quatro equipamentos foi mais um importante compromisso assumido e cumprido pelo governo do Paraná”, afirma o secretário de Indústria e Logística, José Richa Filho. O investimento na aquisição dos quatro novos shiploaders foi de R$ 59,4 milhões, feito com recursos próprios da Appa. Dois deles começaram a operar em março e o terceiro foi finalizado em outubro. “O maior desafio foi repotencializar o Cor-

redor de Exportação com os novos equipamentos, mas com o menor impacto possível na operação. Todo o processo foi alinhado com os terminais e, agora, com a obra completa, iniciaremos o ano a todo vapor”, diz o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Cada novo carregador de navio pode operar a uma velocidade de 2 mil toneladas por hora, enquanto os carregadores antigos tinham capacidade de 1,5 mil toneladas por hora. Os novos equipamentos irão ampliar em 33% a produtividade do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá e aumentarão a capacidade de carregamento para a próxima safra de grãos. Além disso, depois de 20 dias parado para a montagem do equipamento, o berço 212 voltou a receber navios em dezembro. “Tivemos muitos dias de chuva no início do

Divulgação

Porto alcança a meta estabelecida no ano passado de trocar quatro carregadores de navios

mês que paralisaram a operação nos outros berços. Agora temos condições de retomar as atividades nos três berços do Corredor de Exportação. É uma necessidade do mercado neste momento e que vamos atender”, diz Dividino. Appa: (41) 3420-1143


MERCADO

Coopercarga inicia nova operação para a Stemac Divulgação

Cooperativa passa a transportar geradores e insumos da fábrica de Goiás para as regiões Norte e Nordeste

A

Coopercarga iniciou 2016 com a conquista de uma nova operação junto à Stemac, empresa que fabrica e comercializa grupos geradores. A cooperativa passou a ser a transportadora exclusiva dos produtos acabados e peças que saem da fábrica de Itumbiara (GO) e têm como destino as regiões Norte e Nordeste do Brasil. A operação teve início no dia 1º de janeiro e é realizada com carretas siders e graneleiras da Coopercarga, que possui uma frota composta por um total de 1.900 veículos. As entregas são efetuadas nos clientes finais da Stemac. A expectativa é que sejam concluídas cerca de 50 viagens mensais. As empresas já trabalhavam juntas desde 2012, com a Coopercarga realizando o transporte dos produtos da Stemac a partir da cidade de Porto Alegre para outras regiões do Brasil. A fábrica de Itumbiara entrou em operação em 2013 e agora a Stemac criou uma concorrência para o transporte com destino ao Norte e ao Nordeste, vencida pela cooperativa.

26 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

Segundo o diretor Comercial da Coopercarga, Paulo Simioni, a nova operação poderá abrir ainda mais portas junto ao cliente. “A exclusividade nas rotas Norte e Nordeste poderá gerar oportunidades de aumento de volume nestas regiões, além de possibilitar futuras negociações em outras regiões do país. Seguiremos buscando a melhoria contínua da operação com foco em atender com excelência o nosso cliente”, destaca. O gerente de Logística da Stemac, Aguinaldo Mota, explica que todos os processos logísticos da indústria estão sendo otimizados para que haja um fortalecimento duradouro com os fornecedores de transporte. “Sempre buscamos melhorar os fluxos de maneira que beneficiem os motoristas e transportadores, porque sabemos da importância deles. Se eles estiverem satisfeitos, teremos ganhos de tempo e uma parceria de longo prazo”. Coopercarga: (49) 3301-7000 Stemac: 0800 702-3800

CROSS-DOCKING • Mike Parra assumiu, no dia 4 de janeiro, a posição de Stephen Fenwick como CEO da DHL Express Américas. Fenwick se aposentou no dia 31 de dezembro de 2015, depois de uma carreira de três décadas na empresa. Parra entrou na DHL Express em 1997, como gerente do Centro de Serviços no Sul da Flórida, rapidamente galgando várias funções de gerenciamento sênior, até 2009, quando foi nomeado gerente-geral e vice-presidente sênior, conquistando o comando de todas as operações e atividades de vendas no Oeste dos Estados Unidos e em Guam. Como CEO para as Américas, ele será responsável pela gestão das atividades de negócios da DHL Express em 50 países e territórios nas Américas do Norte, Central e do Sul. Antes de entrar na DHL, Parra trabalhou por dez anos na TNT Express Worldwide, atuando em cargos como gerente de Operações Regionais, gerente de Gateway e gerente-geral da América Latina e do Caribe. O executivo é formado em Administração pelo Miami Dade College, nos Estados Unidos. Com a promoção de Parra, Greg Hewitt tornou-se o novo CEO de Operações da DHL Express Estados Unidos. Ele comandará o Conselho de Administração no país e fará parte também do Conselho de Administração da DHL Express Américas. Até então, Hewitt atuava como gerente-geral de Área da Região Nordeste dos Estados Unidos. Antes disso, foi presidente da DHL Express Canadá, entre 2011 e 2014. Sua carreira na DHL teve início em 2003, atuando no setor de vendas no Canadá e realizando missões internacionais na Europa e nos Estados Unidos. Hewitt é formado em Comércio, Marketing e Relações Industriais pela Queen’s University, também nos Estados Unidos. (11) 3618-3200


• Depois de 18 meses longe da Kuehne + Nagel, Eduardo Razuck retorna à companhia para assumir a posição de diretor-presidente no Brasil. O executivo acumula 11 anos de trabalho pela Kuehne + Nagel, oito deles vivenciados internacionalmente, além de contar com mais oito anos de atuação em outras empresas no segmento de logística, como terminais portuários e agenciadores de carga. Brasileiro, ocupou cargos de diretoria na Kuehne + Nagel Guadalajara, no México, e em sete anos passou a atuar como vice-presidente, sendo responsável por todas as filiais mexicanas. Razuck é bacharel em International Trade Market pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP). (11) 3037-3300 • Em janeiro, o CEO da Columbia Logística, Marcelo Brandão, passou a ocupar também a posição de diretor-presidente da Columbia Nordeste. Desde julho de 2015 a presidência da empresa do Grupo Columbia vinha sendo exercida interinamente por José Basso Madeira, membro do Conselho de Administração da companhia. Brandão é mestre em Administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. A Columbia Nordeste foi criada em 1999 como Eadi Salvador. Sediada no município de Simões Filho, na região metropolitana da capital baiana, a empresa conta com um complexo de 245 mil m² e oferece serviços que abrangem toda a cadeia logística, do navio até o consumidor final. Além do novo presidente, a diretoria da Columbia Nordeste passa a ser formada por Murillo Mello, no cargo de diretor de Negócios, e por Ozoni Argenton Jr., como diretor de Operações. (71) 2106-7200

• Wagner Lestingi assumiu, no final de 2015, a diretoria da VAJ Log. O executivo é formado em Administração de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid-SP) e possui ampla experiência no mercado da logística, tendo iniciado sua carreira como gerente Comercial na Trans-til. Ele passou ainda por cargos de direção e gerência na Fastex, IBL Logística e Viva Express. A VAJ Log foi fundada em 2009 por Lestingi e por seu sócio, Carlos Eduardo de Pietro Sousa, com foco no transporte rodoviário de cargas, exclusivamente voltada para o setor alimentício. Ele assume a diretoria agora com os objetivos de fortalecer a marca e auxiliar na reestruturação da empresa, que vem ampliando seu leque de atuação, inclusive oferecendo serviços de armazenagem e realizando operações de transporte internacional de cargas. (11) 2500-5976 • A Man Latin America anunciou, em janeiro, mudanças em suas áreas de Vendas, Marketing e Pós-Vendas, com o objetivo de aprimorar o atendimento a consumidores e concessionários das marcas Volkswagen e Man. Ricardo Bonzo Filho é o novo responsável pela Administração Central de Vendas. Graduado em Economia e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), ele possui ainda especialização em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração (FIA-SP). Bonzo conta com mais de 16 anos de experiência no setor financeiro e passou por empresas como Bank Boston, Itaú e Banco Volkswagen, atuando em áreas de Planejamento de Produtos Financeiros, Planejamento Estratégico Comercial e Vendas. Carlos Eduardo Rocca de Almeida assume a gerência da área de Operações Comerciais e Pedidos Especiais de Caminhões. O executivo é formado em Engenharia Mecânica pela

Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap-SP). Almeida iniciou sua carreira em 1997, na área de Assistência Técnica da Volkswagen Caminhões e Ônibus, passando pelos cargos de representante de Vendas em São Paulo, consultor Comercial, supervisor em Vendas Especiais de Caminhões e gerente do escritório regional de Porto Alegre. George Carloto, por sua vez, é o novo gerente de Vendas da companhia para a Região Sul do Brasil. Graduado em Ciências Contábeis e com MBA em Auditoria e Finanças pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (Iesa-RS), o executivo acumula 20 anos de experiência atuando no setor automobilístico. Sua carreira teve início no Grupo Volkswagen em Serviços Financeiros, passando pelas posições de consultor de Negócios da rede de concessionários de automóveis e caminhões e subgerente Comercial e supervisor do escritório Regional Sul na Volkswagen Caminhões e Ônibus. Por fim, João Herrmann, que nos últimos quatro anos atuou como gerente de Marketing do Produto da Man Latin America, assume agora toda a área de Marketing da companhia. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (USP), Herrmann é pós-graduado em Engenharia Sucroalcooleira pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP) e possui MBAs em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e em Estratégia Empresarial pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. O executivo iniciou sua carreira no Grupo Volkswagen estagiando na fábrica de motores da marca em São Carlos (SP) e trabalhou também como engenheiro de Desenvolvimento e Engenharia Avançada da Volkswagen Caminhões e Ônibus. (24) 3381-1063 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 27




ENTREVISTA

Fotos: Douglas Lucena

Firme e com raízes fortes

Revista Tecnologística – No ano passado, o grupo unificou suas marcas e passou a atuar como Sequoia Soluções Logísticas. Conte-nos um pouco da trajetória da companhia até então. Armando Marchesan – Esse nome, na verdade, existe desde o início, em 2010. Começamos a empresa como Sequoia, mas com duas marcas: a Completa Logística de E-Commerce e a Delivera Express. Seguimos assim por dois anos, atendendo exclusivamente o mercado do comércio eletrônico. Em 2012, a empresa recebeu seu primeiro aporte, do fundo brasileiro BR Partners, e com esse investimento nós adquirimos 100% da 30 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

Armando Marchesan, CEO da Sequoia, fala sobre a história, os planos para o futuro e a estrutura da empresa, que nasceu focada no atendimento ao e-commerce e hoje presta serviços para variados segmentos, sempre investindo na sua expansão, em especial no que diz respeito a tecnologia, para atrair novos clientes. Com uma gestão altamente profissionalizada, a Sequoia seduz investidores internacionais e hoje é uma companhia supercapitalizada, pronta para enfrentar a crise econômica que assola o país

Linx Fast Fashion, do Grupo Linx Sistemas. Com isso, nós estreamos no mercado de logística para moda, que era o foco da empresa adquirida, atendendo marcas nacionais e internacionais no varejo em operações business to business (B2B), preparando toda a mercadoria para enviar para as lojas. Nós gostamos muito desse segmento, então decidimos reforçar a atuação nessa área, adquirindo, depois de um ano, a empresa líder desse mercado, que era a Celote Sete Estradas. Em julho de 2013, o Grupo Sequoia comprou a empresa e se tornou então a líder no segmento de logística para a moda, principalmente nas operações com

encabidados, o que significa fazer toda a manipulação das mercadorias em cabides, inclusive o transporte. E em 2015 todas as empresas que faziam parte do grupo passaram a atuar sob a marca Sequoia. Estamos, inclusive, envelopando 100% da nossa frota com a identidade visual da Sequoia Soluções Logísticas agora. Tecnologística – Qual é o tamanho da frota da empresa? Ela é toda preparada para transportar encabidados? Marchesan – Temos a maior frota para encabidados do Brasil, prestando esse tipo de transporte para grandes redes de lojas. Atendemos


não só as marcas menores, mas também grandes magazines. Hoje a Sequoia conta com cerca de 550 equipamentos, que podem transportar tanto produtos em caixas quanto em cabides. São implementos totalmente preparados para as duas modalidades de transporte. Tecnologística – Como exatamente surgiu a empresa, lá em 2010? Marchesan – Basicamente, a minha experiência profissional toda vem do mercado de transporte fracionado direto para o consumidor, atuando no Submarino, que entrega para o cliente final, e na Natura, que entrega na casa das consultoras. Eu comecei no Submarino junto com os sócios, desde o início, até a fusão com as lojas Americanas e depois a criação da B2W. Eu fui o último diretor da empresa a sair, dois anos depois da fusão, então eu vivi toda a história do comércio eletrônico no Brasil. Portanto, quando eu decidi colocar em prática o meu sonho de empreender, eu pensei “poxa vida, não tem outra coisa a fazer. Não vou me meter no que eu não conheço. Vou fazer alguma coisa dentro desse mercado, em que eu tenho um mínimo de conhecimento”. E foi justamente aí que a Sequoia entrou em operação, inicialmente focada no atendimento ao mercado de comércio eletrônico. Eu e meu sócio, Décio Alves, que também trabalhou no Submarino, começamos totalmente voltados para esse segmento, atendendo e-commerces menores, lojas e startups que precisavam de uma boa infraestrutura logística, similar à de uma grande companhia, mas que não poderiam chegar a isso fazendo um investimento próprio. Sendo assim, elas são obrigadas a terceirizar

A Sequoia nasceu focada no atendimento às pequenas e médias empresas que atuam no comércio eletrônico a operação. São empresas que precisam ter acesso a uma logística muito eficiente, mas que não dispõem dos recursos de uma grande companhia para investir nisso. Então nós entramos nesse nicho de mercado justamente para atender às pequenas e médias empresas. Essa foi a origem da Sequoia. Tecnologística – Hoje vemos alguns novos operadores logísticos

surgindo focados nas pequenas empresas, sobretudo de e-commerce, mas, quando a Sequoia surgiu, já havia outros players com essa mesma filosofia? Marchesan – Na época foi uma inovação. Nós fomos pioneiros nisso. Existiam alguns varejistas tentando atender esse mercado, mas há um conflito natural de interesses, porque, para o varejista, fazer a operação da loja virtual de uma determinada marca, que vende para outros varejistas, resulta em uma relação bastante complicada. Então, como operadores logísticos, nós fomos pioneiros, especialmente na aplicação do conceito de condomínio de e-commerce, que consiste em ter várias lojas dentro de um mesmo centro de distribuição. É o que chamamos de e-condomínio. Com isso, nós conseguimos prestar serviço para diversos sites menores ou startups, compartilhando recursos não só de estrutura como de tecnologia, utilizando

Setor da moda: produtos são armazenados e transportados em cabides Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 31


ENTREVISTA

WMS de ponta nas operações e oferecendo acompanhamento on-line e em tempo real dos pedidos, por exemplo, para empresas que não poderiam arcar com os custos disso tudo em condições normais. Tecnologística – A Sequoia nasceu focada nas pequenas e médias empresas, mas atualmente possui clientes de grande porte? Marchesan – Sim, hoje nós atendemos também grandes redes. A Ri Happy, por exemplo, líder do segmento de brinquedos, é nossa cliente. Mas até hoje temos um número muito importante de pequenos sites nas nossas operações. Para se ter uma ideia, prestamos serviços logísticos para mais de 45 sites de comércio eletrônico. É um segmento que nós temos orgulho de manter vivo dentro da companhia.

Hoje a empresa possui grandes clientes de variados segmentos, mas presta serviço para mais de 45 sites de e-commerce

Tecnologística – Com mais de 45 lojas de e-commerce, é provável que a Sequoia trabalhe com empresas concorrentes entre si, correto? Marchesan – Obviamente. Nos mercados de moda e de cosméticos, por exemplo, temos clientes

Parceria operacional

A

Sequoia estabeleceu, em janeiro, uma parceria operacional com a Vialog, para atuar em sinergia nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. O objetivo é aumentar a produtividade e gerar maior competitividade para ambas as empresas nos mercados em que atuam. A Vialog, que pertence ao Grupo RBS e foi criada para realizar a distribuição dos jornais da companhia, conta com uma ampla malha de distribuição no Sul, com grande capilaridade nos serviços de entrega. A Sequoia, por outro lado, possui robustas instalações físicas para armazenagem e alta capacidade de operação de transporte na Região Sudeste. “São duas empresas independentes, que vão aumentar a competitividade a partir do comparti-

32 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

lhamento de recursos e da redução de ociosidades”, explica o gerente executivo da Vialog, Eduardo Antunes. “Estamos confiantes de que essa parceria impulsionará novos negócios baseados na confiabilidade das duas marcas e na agilidade que representará para os clientes das duas regiões”, completa o diretor de Tecnologia e Serviços da Sequoia, Bruno Henrique. A Vialog oferece serviços focados no e-commerce. Com 50 centros de distribuição espalhados por toda a Região Sul, a empresa realiza mais de 300 mil entregas por dia, incluindo impressos, eletrônicos, itens da área de informática, utensílios domésticos, cosméticos e vestuário, além de produtos de outros segmentos.

que são concorrentes. Mas de forma alguma isso é um problema. Basta fazer uma segregação física bastante definida e correta, para que não exista o risco de misturar produtos, por exemplo. Tecnologística – Além dos já citados, quais segmentos a Sequoia atende atualmente? Marchesan – Continuando com a história da empresa, em 2013 passamos a trabalhar, basicamente, com dois segmentos: comércio eletrônico e moda. Mas em 2014 a Sequoia entrou, de forma orgânica, sem fazer nenhuma aquisição, em dois novos setores, que se consolidaram bastante nas nossas operações no decorrer do ano passado. O primeiro é o de material educacional e sistemas de ensino, que é um segmento bastante interessante para a empresa, porque é anticíclico. Ele vai contra a sazonalidade do mercado de moda, que tem uma queda muito acentuada em janeiro e fevereiro, logo depois do Natal. A educação tem justamente aí seus meses mais fortes. Entrar para esse segmento foi uma estratégia adotada pela empresa e fomos muito felizes nessa decisão. Hoje temos ótimos clientes desse setor, dentre eles a Kroton Educacional, de quem somos operador logístico exclusivo. Tecnologística – E o segundo setor? Marchesan – O segundo é o de logística para bancos, mais especificamente de suprimentos para as agências, que nós chamamos de varejo de banco. A Sequoia, por possuir esse DNA do comércio eletrônico, tem uma ênfase muito grande em tecnologia. Nós investimos muito nisso, e é um aspecto que interessa aos bancos. Eles precisam cada vez mais de integração com os for-


necedores, por exemplo. O sistema que as mais de 2 mil agências do Santander utilizam para fazer requisições de suprimentos é um sistema da Sequoia. A automação de todo esse processo, que vai além da logística, além das atividades de manipulação da carga, chama a atenção do cliente. É um suporte total de toda a cadeia do banco. Chegamos então a 2015 com uma operação mais diversificada, atendendo a esses quatro segmentos, mas com a moda e o e-commerce sempre mais representativos dentro das atividades da empresa. Hoje temos clientes de outros setores também, como de utilidades domésticas e de brinquedos, que eu já citei. Tecnologística – A Sequoia conta com uma equipe própria de tecnologia? Marchesan – Sim. Temos uma grande vocação tecnológica na empresa, voltada para o desenvolvimento de soluções específicas para a logística. A Sequoia busca ir além da simples execução. Um exemplo disso é que acabamos de lançar um TMS próprio. Batizado de Move, ele foi desenvolvido internamente. É um produto da Sequoia, disponível para os nossos clientes, mas também vendido stand-alone, para outras empresas que queiram adquiri-lo, separado da operação logística prestada pela Sequoia. Ele foi desenvolvido para atender às necessidades das empresas com as quais já trabalhamos, mas já estamos até mesmo participando de bids específicos para o fornecimento da ferramenta TMS. E isso aconteceu mais rápido do que imaginávamos, pois o sistema acabou de ser lançado. Ele está em fase de homologação em dois de nossos clientes e, nos próximos meses, partiremos para o terceiro.

Isso mostra bem essa vocação tecnológica da Sequoia. Do total de 1.400 funcionários da empresa, temos mais de 30 pessoas totalmente dedicadas à área de Tecnologia, além de mão de obra que contratamos eventualmente. Mas toda a concepção é feita pelo nosso time. Toda a inteligência tecnológica é interna. Tecnologística – Depois de entrar em novos segmentos organicamente, aquela propensão de adquirir outras empresas para crescer permanece?

Com grande vocação tecnológica, a Sequoia conta com uma equipe interna de TI e desenvolveu recentemente seu próprio TMS

Marchesan – O cenário econômico brasileiro atual é complicado, mas por outro lado traz também algumas oportunidades. A Sequoia tem, realmente, um bom histórico de aquisições, então estamos sempre atentos às oportunidades de mercado. Temos acompanhado de perto diversos segmentos para os quais, eventualmente, podemos decidir entrar. E este é um momento em que os ativos ficam mais baratos, portanto existem muitas oportunidades de aquisição no mercado. Em novembro de 2014 a Sequoia recebeu seu segundo aporte, feito pelo fundo de investimentos americano Warburg Pincus, o mais antigo dos Estados Unidos e um dos principais do mundo. A Sequoia foi escolhida para ser a plataforma de logística deles no Brasil, então a empresa passou a contar com um plano de expansão bastante interessante. Diferente da grande maioria dos players que atuam no mercado logístico, a Sequoia hoje é uma empresa supercapitalizada, com muito caixa para realizar investimentos nos próximos anos. Isso é raro, até Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 33


ENTREVISTA

mesmo devido à severa crise que o país atravessa. E o segmento de logística sofre mais do que outros, porque existe uma grande dificuldade de obter acesso a crédito. Há muitas empresas passando por dificuldades, tendo que investir em reestruturação, enxugando as operações... A Sequoia está em um momento totalmente contrário a esse. Tecnologística – A crise não afetou a Sequoia então? Marchesan – Na verdade não tem como não afetar. As vendas de alguns dos nossos clientes, por exemplo, registraram retração da ordem de 6 a 7%, e isso atinge as operações logísticas. Mas a Sequoia, por ser uma empresa supercapitalizada, como eu disse, e que atua em segmentos diversificados, entra muito bem em 2016. Nossas operações em 2015 ficaram em linha com

Gestão altamente profissionalizada e saúde financeira fazem a Sequoia atravessar a crise investindo em expansão o ano anterior, o que é um resultado muito bom, já que muitas empresas de logística têm registrado grandes quedas. Para o acumulado de 2016, nossa perspectiva é crescer cerca de 10%. E essa estruturação financeira é uma consequência do nosso bom trabalho, que fez, inclusive, os fun-

Logística de material educacional é forte nos meses em que o mercado da moda apresenta queda 34 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

dos de investimentos olharem para a Sequoia e acharem que ela é uma empresa diferente das demais do mercado, com mais potencial, e então decidirem aplicar seu dinheiro nela em detrimento de outras. Eu acredito que eles viram na Sequoia algumas características muito importantes, e a principal acho que é a gestão altamente profissionalizada. Nós não carregamos aquele DNA tradicional do mercado de logística, de empresas familiares que evoluíram de transportadoras para operadores logísticos. A Sequoia é comandada por uma equipe formada por executivos bastante experientes. Tecnologística – Hoje o Brasil ainda é um país interessante para possíveis investidores internacionais? Marchesan – O cenário econômico é muito desfavorável, e isso, obviamente, desanima muito o investidor. E tem também o cenário político, extremamente complicado. É até difícil explicar para um fundo estrangeiro o que está acontecendo no Brasil atualmente. Então existe um receio muito grande de se investir por aqui. Grandes empresas estão passando por dificuldades. Indústrias estão enfrentando fortes quedas. Estamos passando por uma recessão absurda, e isso tudo atinge diretamente a logística. A questão no momento é espremer ao máximo o limão para fazer a limonada. É tentar focar nas oportunidades. Como um player sólido, a Sequoia está atravessando esse período conseguindo até mesmo novos clientes. Tecnologística – Em que consiste exatamente o plano de expansão da empresa? Marchesan – A principal ação é a abertura de um novo CD, que será uma das maiores estruturas


de operadores logísticos no Brasil, com 62 mil m². Ele será inaugurado ainda no início deste ano. Ao todo, estamos investindo por volta de R$ 25 milhões nesse novo CD, não só na construção em si, mas em tecnologia e automação. Ele está preparado para atender tanto os produtos encabidados quanto os dos nossos demais clientes. Com essa novidade, a Sequoia vai passar a contar com quase 100 mil m² dedicados à armazenagem dos produtos dos nossos clientes, com armazéns em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, além de um que acaba de ser inaugurado no Rio de Janeiro, para apoiar as operações de um novo cliente do setor de moda, cujas operações terão início em março. Tecnologística – Esse novo CD chega para atender o crescimento das operações atuais ou visando novos clientes? Marchesan – As duas coisas, na verdade. É uma estrutura muito grande, que nasce com certa ociosidade, justamente para estar preparada para atender o crescimento dos nossos clientes e também contando com alguns novos clientes que já captamos para esse ano de 2016, além do crescimento do atendimento a alguns setores, como o bancário, por exemplo, que tem avançado dentro das operações da Sequoia. Eu ainda não posso revelar mais detalhes, mas nós acabamos de vencer um processo de concorrência, por exemplo, para atender um cliente de meios de pagamento, fazendo a logística das máquinas de uma operadora de POS (Point of Sale, ou ponto de venda). Foi uma concorrência vencida, inclusive, em grande parte devido à excelência em tecnologia que a Sequoia apresenta. A empresa que nos escolheu enxergou

a capacidade técnica que nós temos de desenvolver soluções e customizar processos baseados no nosso conhecimento tecnológico. É um contrato de cinco anos e as operações começam já em 2016, no novo CD. Tecnologística – Deixando de lado o cenário atual complicado, como você enxerga a logística brasileira como um todo? Marchesan – A falta de políticas voltadas para a logística faz com que as empresas do setor tenham receio de investir. Podemos dizer que estamos em um segmento que enfrenta inúmeras dificuldades, como altos custos de transporte, infraestrutura precária, altos riscos, entre outras coisas. Falando em infraestrutura, por exemplo, posso citar a dificuldade de se operar com a multimodalidade. Somos uma empresa predominantemente rodoviária e, em um

horizonte de cinco anos, digamos, eu vejo muito mais dificuldades relacionadas à multimodalidade do que oportunidades efetivas. O que acaba sobrando é o modal rodoviário. Acho que vamos continuar assim por muitas décadas ainda. Vai ser difícil mudar essa matriz com as políticas públicas que temos visto. Além disso, uma grande deficiência é o nível de produtividade, que é muito baixo. Aqui são necessárias cinco pessoas para produzir o mesmo que uma em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos. Isso afeta diretamente a eficiência das operações. Mas eu entendo que o mercado de operadores logísticos ainda é relativamente novo no Brasil, então ele ainda tem muito espaço para se desenvolver e se consolidar de fato.

Sequoia: (11) 4391-8800 Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 35


Ao alcance de um clique

36 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

Divulgação / Adezan

E-COMMERCE


Devido a uma profunda e constante mudança de comportamento do consumidor brasileiro, os números do e-commerce surpreendem em um período econômico em que poucos segmentos apresentam resultados azuis. Um panorama que abrange migração de canal, adoção de novas tecnologias e maior preparo dos operadores logísticos para atender a esses clientes fundamenta o crescimento do setor

N

O comércio eletrônico registrou um faturamento de R$ 41,3 bilhões em 2015 _ crescimento de mais de 15%

em relação a 2014, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em valores atualizados, a receita de vendas atingiria R$ 530,7 bilhões, o que caracteriza R$ 40,5 bilhões a menos do que no ano anterior. A expetativa da entidade para 2016 é de queda de 5,1%, com receita total de vendas de R$ 504 bilhões. Já no e-commerce, a perspectiva para este ano continua positiva. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta para 2016 um crescimento de 18% nas vendas do mundo virtual, chegando a R$ 56,8 bilhões. Para Washington Moura, presidente da Internet Brasil Express (Ibex) e vice-presi-

Divulgação / Ibex

Divulgação / Ibex

a contramão lojas físicas é o oposdos resultato. Segundo dados do dos vermelhos Instituto Brasileiro de e desanimadores de Geografia e Estatística muitos setores durante (IBGE), nos primeiros o ano passado, o segseis meses de 2015 o mento de e-commerce comércio brasileiro se manteve firme em acumulou queda de números positivos. 2,2%, a maior baixa Segundo dados prelipara o período desde minares do relatório 2003, quando o índice WebShoppers, um lefoi de 5,7%, interromvantamento da E-bit, pendo uma sequência Moura: vendas do e-commerce unidade especializada de 11 anos de taxas refletem os novos hábitos em informações de copositivas consecutivas. do consumidor mércio eletrônico da Considerando somenBuscapé Company, as vendas realiza- te o estado de São Paulo, a expectadas em 2015 nas lojas virtuais brasi- tiva era de que o comércio varejista leiras apresentaram um crescimento encerrasse 2015 com uma retração nominal de 15,3% na comparação anual de 7,1% no faturamento real com 2014, alcançando um faturamento de R$ 41,3 bilhões. Os números só atestam que, apesar de tudo, o ano foi bom para o setor, com um total de 106,5 milhões de pedidos. Já o que se observa no varejo de

Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 37


E-COMMERCE

Divulgação / TNT

dente Financeiro do Grupo Golden Slumbers, os números refletem mais os novos hábitos do consumidor do que um aumento real de vendas. “Todo mundo fala muito de crescimento do e-commerce, mas na verdade o que temos é uma migração de canal, uma mudança de comportamento do consumidor. No passado, as pessoas não se sentiam confortáveis em fazer uma compra pelo celular ou digitar o número

38 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

do cartão de crédito des que colocam as loem um site. Hoje, as jas físicas em cheque. novas gerações têm “O mercado digital é o cartão cadastrado muito mais prático. em pelo menos 15 A compra pela intersites. As pessoas quenet está cada vez mais rem funcionalidade e segura, com menos comodidade”, expliproblemas de fraudes. ca. A Ibex é um novo Vejo que cada vez mais provedor de servipessoas ainda vão adeços logísticos focado rir”, conta. “Também especialmente nos há a questão de segupequenos e médios rança. Muitas lojas são Koga: comprar pela internet é empreendedores do ede rua, o que expõe cada vez mais prático e seguro -commerce. A empremais o consumidor. É sa, que foi criada no muito mais cômodo fim de 2015, pertencente ao Gru- comprar de casa”, diz. po Golden Slumbers, conta com a Além de tudo isso, a forte adesinergia da estrutura da Ilog, que são por datas sazonais atípicas do é do mesmo grupo e atua em ope- brasileiro impactou muito o plarações também voltadas para o e- nejamento de compras do consu-commerce, mas para empresas de midor, principalmente durante os grande porte. últimos meses do ano. A influênPara Cristiano Koga, diretor cor- cia de modelos americanos mudou porativo da TNT Mercúrio, além da a dinâmica de vendas e atingiu os questão do comportamento do con- processos logísticos. Datas como a sumidor, o e-commerce traz facilida- Cyber Monday, o Dia do Frete Grátis e o Boxing Day tiveram seus méritos, mas nada chega perto do que a Black Friday representa hoje para o Brasil. Divulgação / TNT

Sucesso da Black Friday mostra o tamanho da influência da cultura americana nos hábitos do e-consumidor

O fenômeno da Black Friday Presente no Brasil desde 2010, a Black Friday tem se tornado cada ano mais popular. Em 2015, a data alcançou um faturamento de R$ 1,5 bilhão, segundo pesquisa da Clear Sale, feita em parceria com o Busca Descontos, organizador do BlackFriday.com.br, portal que agrega promoções dos varejistas do e-commerce nacional. O valor é quase o dobro do registrado em 2014, quando o faturamento foi de R$ 872 milhões, e bem maior que a projeção do mercado, de R$ 978 milhões. A forte adesão dos brasileiros à Black Friday se deve muito


Divulgação / TNT

pela proximidade com o Natal, e apesar de muitos varejistas de lojas físicas estarem abraçando a ideia da data, a concentração de vendas ainda acontece majoritariamente no meio digital. Diferente dos primeiros anos, a Black Friday tem se mostrado mais organizada e amadurecida. “O mercado evoluiu muito. Estou na área desde 2013, e quando ingressei, foi no meio de uma Black Friday, que vinha com um ranço de 2012, que foi ruim, com muitas reclamações no Procon. Depois disso, muita gente discutia a viabilidade de fazer novamente. Ninguém acreditava no modelo, seja as lojas ou nós, os operadores logísticos”, diz Vito Chiarella, diretor Comercial e de Marketing da DGB, holding que controla a Total Express.


Divulgação / Total Express

E-COMMERCE

Divulgação / Total Express

A Black Friday de 2012 foi ape- manda reprimida. As pessoas têm lidada, à época, de Black Fraude uma limitação de recursos, então pelos consumidores, devido à prá- quando vão fazer uma compra de tica de inflar o preço meses antes e um produto que dura anos, como depois dar descontos que não cor- uma geladeira, por exemplo, elas respondiam com a realidade. “Eu podem esperar uma data dessas. O vejo que a última Black Friday foi consumidor pode se programar. Ele muito bem feita. Houve uma evo- aprendeu a comprar. Todos estamos lução e um aprendizado, tanto do começando a nos educar e aprender consumidor quanto do vendedor”, a comprar. Hoje, você pode usar diz Chiarella. ferramentas de monitoramento de Atualmente, os compradores con- lojas e saber se aquele preço do protam com sites de comparação de duto é honesto”, explica. preços históricos, o Com recorde de que facilita na checavendas, os operadores gem do preço real dos logísticos tiveram que produtos. Além disso, se adaptar para ateno número de denúnder a essa demanda cias do passado trouxe crescente. “O que nós conscientização e mais flexibilizamos e adaptransparência para os tamos nesses picos de processos. O Procon de armazenagem é em reSão Paulo, por exemlação à mão de obra, plo, mantém uma lista pois aumentamos a de sites que são notifiequipe. Quando o cados por propaganda pico é em volumetria, Chiarella: a Black Friday enganosa na Black Frialém da mão de obra brasileira nasceu com day. Essa lista é aberprecisamos aumentar problemas, mas evoluiu muito ta ao público e possui a frota”, explica Koga, atualmente 504 registros. da TNT Mercúrio. Para Washington Moura, a Bla“Essa sazonalidade é algo para o ck Friday supriu uma carência do qual o operador precisa estar muipróprio mercado. “O fenômeno da to bem preparado”, destaca Pedro Black Friday se deu por uma de- Stivalli, sócio-diretor na Adezan. 40 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

O internauta aprendeu a comprar, comparando preços, aproveitando promoções e esperando pela data certa “Na primeira Black Friday, tivemos que colocar muita gente a mais na operação. O que fizemos nos anos seguintes foi investir em tecnologias. Compramos um sorter automático para fazer a distribuição, além de um put-to-light. Por conta disso, temos uma capacidade ociosa muito grande. Então, nas datas sazonais, a capacidade ociosa supre essa demanda”, revela. Segundo o executivo, também fez parte dos investimentos para otimização a verticalização da armazenagem.

Pequeno e médio Engana-se quem pensa que apenas os gigantes do varejo estão


Divulgação / Total Express

ganhando com a popularização crescente do e-commerce. Os empreendedores de pequeno e médio porte estão aproveitando muito bem essa fatia de mercado. Devido ao alto nível de desemprego do país e ao baixo investimento que uma plataforma de e-commerce exige, há muito espaço para esses empreendedores. E, como consequência, muitos operadores logísticos têm voltado seus olhos para esses clientes. “Atualmente, esse é um dos focos da nossa empresa”, diz Urubatan Helou, da Braspress,

Shutterstock

Do outro lado do mundo

A

Índia, devido a grandes limitações de infraestrutura, tem sido palco de interessantes inovações no campo da logística, o que pode antever uma possível posição de game changer para o e-commerce no futuro. De acordo com um levantamento do Bank of America Merrill Lynch, o mercado de e-commerce da Índia irá valer US$ 220 bilhões em 2025. Já o seu mercado de logística vale US$ 300 bilhões atualmente, segundo dados do Logistics Market in India 2015-2020, feito pela empresa Novonous. Por conta de uma rede logística não muito sofisticada, rotas malconservadas e operações com pouca automação, muitas startups estão sur-

gi gindo para proporcionar inovações qu que possam suprir algumas dessas ca carências. Um dos market places de m maior destaque de 2015 foi o Snapde deal, startup que surgiu em 2010. No an ano passado, a empresa lançou no m mercado o Snapdeal Instant, serviço qu que permite a entrega de produtos pa para seus clientes em até uma hora de desde o momento da compra. Depois de receber um aporte de US$ 500 milhões de investimentos, o Snapdeal lançou a entrega em até 4 horas para lugares mais distantes, e a logística reversa de até 90 minutos. Recentemente, a empresa fechou uma parceria com a rede alternativa de distribuição Fino PayTech para oferecer mais de mil produtos para quem vive em áreas remotas e sem acesso à internet. Com o projeto, são 5 mil quiosques distribuídos por 65 cidades e 70 mil áreas rurais. Esses pontos são administrados por empreendedores locais e equipados com computadores e conexão à internet, para que os clientes fechem a compra que antes seria inacessível. O Snapdeal também fechou recentemente uma parceria com a Microsoft, que agora possui uma seção exclusi-

va para venda de eletrônicos em seu market place. Já a empresa de e-commerce Flipkart inovou ao fechar parcerias com lojas físicas de diversos segmentos que servem como pontos de entrega alternativos para seus clientes. A startup Roadrunnr realiza entregas em scooters elétricas em centros urbanos, e a Jugnoo se aproveita do grande volume de riquixás para fazer entregas. Na outra ponta, a startup Parcelled vai até o local do vendedor, levando equipamentos de embalar, e o ajuda a preparar de forma apropriada a encomenda. Dentro das operações, a Grey Orange e a ArkRobot são startups que ajudam a organizar e automatizar armazéns. Para pequenos negócios de e-commerce, a Boxme oferece pequenos espaços, menores que armazéns tradicionais ou condomínios logísticos, para locação. A capacidade de startups indianas de encontrar soluções para sua movimentação tem servido como objeto de estudo para muitas empresas, principalmente para entregas e coletas em lugares remotos de vários países. Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 41


E-COMMERCE

Divulgação / Adezan

operador logístico que possui cerca de 800 clientes de e-commerce. “Nosso objetivo é oferecer a qualidade, a estrutura e a oportunidade de transformar o produto deste cliente para que ele seja mais competitivo. Justamente por ser um cliente com um tamanho e um faturamento diferentes, nós nos ajustamos às suas necessidades”. Chiarella acredita que serviço diferenciado é o conceito-chave para despertar o interesse desses clientes. “Estamos nos direcionando para atender ao pequeno e mé-

42 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

dio lojista do e-comacaba montando um merce. Esse cliente e-commerce pequepode ter acesso aos no, e depois percemesmos serviços que be o problema que um cliente grande, criou”, afirma. “Aconnossa plataforma de tece muito: a pessoa sistemas, integração, não sabe o trabalho etc. Oferecemos uma que dá, acha que o inteligência de coleta cliente final vai faque viabiliza o atenzer um pedido, a loja dimento a este tipo vai entregar e pronto. específico de clienSó que o trabalho de te”, conta. “Questões manter um estoque Stivalli: o operador precisa estar é diferente da loja fículturais levam esses preparado para a sazonalidade pequenos lojistas a sica, em que você só do e-commerce procurar o concorrenvende o que tem diste, os Correios. Conosco, não há ponível. Se não tiver um bom connecessidade de pegar filas na agên- trole, acaba vendendo o que não cia, embalar sua própria encomen- existe no estoque. O ideal é que o da e nem transportá-la até a agên- cliente possa se preocupar apenas cia. Oferecemos maior comodidade com a comercialização. Todo o ressem onerar o custo. Assim, esse to, desde a plataforma em que ele cliente pode se preocupar apenas vai colocar o site, os sistemas, até o com a venda e não com o processo transporte, deve deixar com os opelogístico”, explica. radores”, diz. Para Stivalli, muitos clientes de Moura destaca que, mesmo senpequeno porte nem consideram a do de menor porte, esse tipo de possibilidade de contar com um cliente precisa ter acesso a granoperador logístico, até o momento des tecnologias, que antes só esem que necessitam dele. “A pessoa tavam disponíveis para os grandes players. “A Ibex atua em todos os elos da cadeia, e o fato de abranger todos os elos lhe permite cobrar menos da armazenagem, menos pelo despacho, etc.”, explica. “Assim, podemos oferecer tecnologias como o WMS da Sythex, por exemplo. Como um pequeno e médio empresário, que fatura R$ 30 mil por mês, poderia ter acesso a uma ferramenta dessas sozinho? Somente utilizando um operador que tem os olhos voltados para suas necessidades específicas”. Divulgação / Adezan

Empresas de logística cada vez mais voltam seus olhos para os pequenos empreendedores do comércio eletrônico

Desafios da cadeia logística No Brasil, ainda há muitos entraves na logística do e-commerce, que impedem um crescimento da muscu-


Divulgação / Adezan

latura de entrega e o uso de novas tec- ao processo de escolha. Isso gera sinologias. É quase um consenso que a tuações como a de um cliente que maior dificuldade para os operadores comprou uma televisão de 85 poé a logística reversa. “Nosso objetivo legadas, um aparelho que custa R$ é realizar uma reversa eficiente, que 30 mil e, chegando à residência, custe o mínimo possível para o nosso ele não passava pela porta. Essa cliente. O maior desafio é organizar compra acabou em devolução, uma bem essa reversa. É preciso estar re- reversa que não precisava ter aconalmente bem linkado com o pessoal tecido se ele tivesse se atentado ao do Comercial”, diz Stivalli. “Existem tamanho da televisão e ao tamareclamações que são feitas porque a nho da porta”, conta Washington peça não é como o consumidor es- Moura. Ele lembra que no Brasil a perava, por exemplo, e aí o cliente legislação possibilita a devolução escolhe entre receber um bônus ou em até sete dias, e o grande varerealmente realizar a troca. Esse ge- jista não está preparado para a rerenciamento custoversa como devemizado é o maior ria. “Sem falar na Sites menores desafio, e temos questão de má-fé que evitar a reversa que acontece muipassaram a ter o máximo que putas vezes. Tivemos mais acesso a dermos. Isso é feique treinar nossos to ao deixar muito motoristas a cheserviços logísticos claro para o cliencar o International te final o que ele Mobile Equipment de alto nível, sem está comprando”. Identity (Imei) de pagar muito “O que percebo aparelhos celulaé que as pessoas res toda vez que por isso ainda não se habiacontece uma retuaram totalmente versa do gênero,


E-COMMERCE

Condomínios logísticos

A

Divulgação / Capital Realty

Divulgação / Capital Realty

o oferecer fledos principais polos xibilidade de industriais e normaltamanho para a mente não muito armazenagem de longe das capitais, mercadorias, localiesse tipo de modalizações privilegiadas dade propicia rapidez e infraestrutura, os nas entregas, além de condomínios logístium custo atraente, cos têm se mostrado pois os gastos com cada vez mais atramanutenção são raentes para diversos teados entre os consegmentos da indôminos. “Os grandústria e do varejo des varejistas, além Demeterco: compartilhamento no Brasil, inclusive das despesas atrai os operadores de empresas que têm para as operações como único negócio de e-commerce. De acordo com a o e-commerce, atuam em um merColliers International Brasil, em- cado que demanda muita eficiência, presa que atua no segmento de em que o cliente é muito exigente”, consultoria imobiliária, o mercado explica Rodrigo Demeterco, preside condomínios logísticos nacional dente da Capital Realty. recebeu, no segundo trimestre de “Um dos principais pilares do 2015, novos 515 mil m². Com isso, condomínio é justamente o comparo inventário total de condomínios tilhamento de despesas, que permite logísticos chegou a 10,5 milhões de preços mais competitivos”, analisa. m². A pesquisa ainda indicou que a “O uso de condomínios é uma tenabsorção líquida dos condomínios dência nos últimos dez anos. Ofelogísticos no período foi 46% maior recemos estruturas modernas, além do que no primeiro trimestre de de mais segurança, com controle de 2015, com 362 mil m². acesso, circuito fechado de TV, etc.”, Por estarem situados próximos completa o executivo.

44 - Revista Tecnologística - Fevereiro 2016

porque houve casos de pessoas que compravam um original e devolviam um falsificado”, relata. Segundo Chiarella, desafio é o que não falta. “Nosso país apresenta muitas dificuldades para se operar nacionalmente, do ponto de vista de estradas e segurança. Toda a questão tributária e de barreiras fiscais é mais um item à parte, principalmente porque cada estado tem um tipo de legislação. Dentro das cidades, as restrições de tráfego, rodízio e tamanho de caminhão permitido sempre são entraves”, constata. Koga lembra que até mesmo a extensão territorial do Brasil é um fator de dificuldade. “Alguém que está no interior do Mato Grosso, por exemplo, pode comprar um sofá pela internet, e aí existe toda uma complexidade logística para entregar a partir de outros estados, com alto custo de transporte, além da questão de visibilidade da mercadoria durante o processo logístico, que nem todas as empresas possuem”, diz.

Tecnologia nas operações Falar sobre operação logística para o e-commerce é falar sobre tecnologia. Com prazos de entrega cada vez menores e alcance geográfico cada vez mais pulverizado, os operadores têm que encontrar meios de otimizar seus processos. Uma das novidades da TNT Mercúrio é o Siga-me, um serviço automatizado de acompanhamento das operações de transporte. Com ele, o cliente pode receber automaticamente em seu e-mail informações sobre cada uma das movimentações de sua remessa, apenas entrando com o CNPJ ou o CPF do remetente e do destinatário, junto do número da nota fiscal ou do conhecimento


Divulgação / Braspress

Divulgação / Braspress

de transporte no TNT Radar Web. “O cliente compra algo pela internet e, se quem vai transportar é a TNT, é possível rastrear etapa por etapa onde está o pedido. Isso é valor agregado, ou seja, visibilidade e transparência na cadeia logística”, destaca Koga. Pensando na outra ponta, do comércio varejista de pequeno porte, a Adezan oferece um serviço agregado que conta muito na construção de uma plataforma de e-commerce, principalmente de varejo de moda, carro-chefe da empresa, que é a utilização de fotos profissionais nos anúncios dos produtos. “Uma coisa é certa: quanto mais claro é o site, menos problemas o cliente final tem, o que também diminui a logística reversa. Por isso, oferecemos um estúdio fotográfico com foria “Omnichannel”, na tógrafos profissionais, edição 241 da Revista para deixar bem visíTecnologística). Trataveis todos os detalhes -se de equipamentos da peça. Todos os nosque lembram a antiga sos clientes têm acesso caixa postal, e que poa esse estúdio”, conta dem ser instalados em Stivalli. “É um serviço locais como shoppinextra que faz parte da gs, aeroportos e estanossa solução”, diz. ções de metrô. Nessas A Ibex também caixas, os consumidoconta com um estúdio res podem retirar as fotográfico, de 25 m², mercadorias compraHelou: atendimento diferenciado localizado dentro do das em um e-commerpara se ajustar às necessidades seu armazém recémce, como um serviço do cliente -inaugurado em Baruede autoatendimento. ri (SP). A intenção é que as empresas Na Europa, a Deutsche Post DHL já de e-commerce possam produzir ali possui 3 mil terminais inteligentes mesmo o material referente a seus com cerca de 300 mil compartimenprodutos e disponibilizá-lo em suas tos para coletas e devoluções. plataformas de vendas. Ainda em fase de testes ou apeNo cenário internacional, muitas nas em protótipos, outras novas tecnologias poderão influenciar a lo- tecnologias para a logística dão um gística brasileira nos próximos anos. vislumbre de como o segmento será Sucesso em países como Polônia, daqui a alguns anos. Os drones, Lituânia e Alemanha, o uso de lo- veículos aéreos não tripulados ou ckers, ou terminais inteligentes, será remotamente pilotados, são largaimplantado no Brasil pelas empresas mente utilizados para fins militares, ThinPost e InPost (leia mais na maté- mas algumas empresas começaram

a considerá-los para a logística. São elas a Amazon, que tem um projeto de entrega em até 30 minutos de produtos de até 2,2 kg nos Estados Unidos; o Google, que pretende usar drones para entregar produtos da Google Express em São Francisco, também nos Estados Unidos; e a DHL, que já possui projetos-piloto de entrega em países europeus. Outra tendência é a entrega por veículos driverless, ou seja, sem motorista. A DHL realizou, em 2014, um estudo sobre a viabilidade e os possíveis ganhos do uso da tecnologia driverless em operações logísticas. O documento destaca benefícios como maior segurança nas estradas, maior eficiência energética e menor impacto ambiental. Cristiani Dias Adezan: (11) 3945-4272 Braspress: (11) 3429-3333 Capital Realty: (41) 2169-6850 Ibex: (11) 3717-0710 TNT Mercúrio: (11) 3573-7700 Total Express: (11) 3627-5911 Fevereiro 2016 - Revista Tecnologística - 45


Divulgação

Divulgação

ARTIGO

Práticas de sustentabilidade na cadeia de suprimentos Troca de experiências

entre Brasil e Alemanha Juliana Kucht Campos e Frank Straube

D

ebater sobre práticas de sustentabilidade na Alemanha tem sido, ultimamente, uma atividade não muito fácil. A atenção e a tensão do assunto ainda estão nos tabloides internacionais, referindo-se principalmente aos casos recentes de irregularidades na Volkswagen e à crise dos refugiados. Tais fatos, entretanto, proporcionam oportunidades de reflexão e discussão sobre novas soluções integradas e colaborativas a serem implementadas. No que se refere à Volkswagen, a agência de proteção ambiental dos Estados Unidos identificou, em meados de setembro de 2015, um programa instalado pela própria fabricante capaz de detectar quando o carro estava em teste ou vistoria, alterando então seu funcionamento e permitindo que o veículo emitisse poluentes em quantidades bem menores do que acontece tradicionalmente. Dentre as consequências

46 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

estão o recall de cerca de 11 milhões de carros em todo o mundo, queda nas ações das empresas do grupo, danos de marca e confiança dos consumidores e, consequentemente, a comprovação de que ações de sustentabilidade devem ser conduzidas com mais seriedade mundialmente. A crise dos refugiados, por sua vez, é uma realidade do dia a dia na Alemanha. Com o acolhimento de cerca de 1 milhão de pessoas em 2015, este torna-se o maior movimento migratório desde o período pós-guerra. O país é hoje o principal destino dos refugiados dentre os países da União Europeia (UE). Alguns dos demais países, além de determinados partidos políticos e parte da população alemã, têm criticado radicalmente a postura do governo alemão sob a argumentação de estarem arriscando a estabilidade do país e dos outros membros da UE. Mesmo diante de uma onda de críticas e ataques agressivos dos oposito-

res, o governo continua insistindo na necessidade de buscar soluções de responsabilidade compartilhada entre as nações. Segundo a chanceler alemã, Angela Merkel, “fechar a porta é uma ilusão no século 21”. Na realidade brasileira, os tabloides internacionais têm destacado os escândalos de corrupção e os protestos da população exigindo mudanças devido à recessão econômica que o país enfrenta, com desvalorização da moeda e perda de diversos investidores externos. Entendendo sustentabilidade como a capacidade de se sustentar, ou seja, manter-se firme e resistente sobre os pilares previamente construídos, o Brasil parece estar iniciando um processo de reconstrução destas bases, que suportam seu funcionamento. Saindo um pouco deste cenário, que se pode considerar agudo, vamos partir para uma visão mais ampla acerca do comportamento das em-


Economias em custos/$1000 investimento Economias em CO2/$1000 investimento

Gráfico 1 - Economia através de investimentos em iniciativas Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 47

Fonte: Driving Sustainable Economies

quando percebemos os altos volumes de desperdício, a pouca reutilização da água, a dependência do recurso para a pecuária, a agricultura, as atividades industriais e para a geração de energia. A Alemanha apresenta índices consideravelmente melhores do que o Brasil em quesitos como o percentual de fornecedores que estabelecem metas de redução de emissões e gerenciam o risco considerando cenários provocados por mudanças climáticas. A maior disparidade, contudo, está relacionada às iniciativas para a redução do volume de emissões: 61% dos fornecedores na Alemanha contra apenas 30% no Brasil implementando tais ações. Um estudo realizado em nosso departamento recentemente analisou, em um nível maior de detalhes, iniciativas especificamente implementadas por duas empresas mundiais que são modelos em sustentabilidade no segmento de materiais básicos: uma alemã e outra brasileira. O estudo teve como base para coleta dos dados o Integrated Framework For Managing Sustainable Supply Chain Practices. O objetivo foi identificar possíveis semelhanças e diferenças entre as duas empresas com base em suas realidades políticas, econômicas e culturais. O primeiro resultado refere-se ao relacionamento com os fornecedores. Foi identificado que

Economia em tCO2 e/$1000 investimento

investiu apenas US$ 7,6 bilhões no mesmo ano, se comprometeu internacionalmente a reduzir em 37% até 2025 (base 2005) suas emissões de gases de efeito estufa. O foco será na redução dos desmatamentos, especialmente na Amazônia, e no aumento do percentual de utilização de energias renováveis. O plano é que o país chegue a 66% da energia produzida oriunda de hidrelétricas e 23% de outras fontes renováveis. Assim como investimentos em novas tecnologias, iniciativas de colaboração na cadeia de suprimentos possuem altas perspectivas de ganhos para todas as partes envolvidas. A Nike, por exemplo, identificou que 73% do consumo de água de sua cadeia tem origem em seus fornecedores, principalmente na produção de suas matérias-primas, como o algodão. Com base nestes dados, a empresa percebeu que, para proporcionar resultados significativos no que se refere à sustentabilidade dos recursos hídricos, deveria liderar o movimento colaborativo de mudança de paradigmas. No Brasil, recursos hídricos são bastante críticos e os fornecedores brasileiros estão mais conscientes sobre a necessidade de políticas para um melhor uso deste tipo de recurso. Embora represente mais do que os alemães, conforme o gráfico 2, o percentual ainda é inferior à média dos países pesquisados. E isto certamente não é um bom sinal, principalmente Economia anual em custos /$1000 investimentos

presas alemãs e brasileiras no quesito práticas de sustentabilidade, especificamente na cadeia de suprimentos. Um relatório publicado recentemente, encomendado pela Driving Sustainable Economies, divulgou algumas particularidades de 11 países, dentre eles Brasil e Alemanha. Observando-se o gráfico 1, é possível verificar primeiramente a considerável desproporção entre os retornos sobre investimentos, medidos em economias de custos e de CO2, obtidos pelo Brasil e seus parceiros do Bric, China e Índia. Segundo a publicação, um dos motivos para a obtenção de retornos maiores é a propensão dos fornecedores em colaborar com parceiros na cadeia de suprimentos para a redução dos riscos climáticos. Como pode ser verificado em outras pesquisas, que serão apresentadas a seguir, a colaboração é uma prática relativamente nova no Brasil, que ainda está rompendo a cultura da competição acima de qualquer custo. Na Europa, projetos de colaboração, inclusive entre competidores, têm feito parte da realidade das empresas por meio de associações e organizações não governamentais. A diferença entre Alemanha e China no gráfico chama a atenção, e pode ser explicada pelo nível de maturidade das práticas de cada país. Em países em desenvolvimento, as oportunidades de investimento em novas tecnologias e soluções são enormes, haja vista o potencial do mercado, assim como o fato de pouco ter sido feito até o momento. Desta maneira, tais investimentos têm um potencial grande de proporcionar altos níveis de retorno, sejam eles em ganhos de custos ou na redução de emissões de CO 2. A China, atenta a este potencial, é atualmente o maior investidor global em energia renovável – US$ 83,3 bilhões em 2014, 39% a mais do que em 2013. O Brasil, que


Fonte: Driving Sustainable Economies

ARTIGO

Gráfico 2 - Comparação entre Brasil, Alemanha e média dos países pesquisados

ambas utilizam a legislação vigente como requisito mínimo exigido durante o processo de seleção. O monitoramento, realizado por meio de questionários, é complementado, no caso da empresa alemã, por auditorias nas instalações de fornecedores considerados de maior risco. Esta prática tem se tornado cada vez mais comum em empresas europeias, no intuito de aumentar a visibilidade sobre o processo e o controle sobre os fornecedores, consequentemente reduzindo os riscos na cadeia de suprimentos. A necessidade atual de uma maior transparência faz com que a empresa alemã exija que informações sobre possíveis subcontratados sejam disponibilizadas no momento da colocação da proposta. O monitoramento e a avaliação de todos os elos da cadeia de suprimentos têm se tornado um assunto plenamente discutido nos âmbitos empresarial e governamental, e foram implementados por diversas companhias globais de primeiro nível. A inclusão de cláusulas contratuais que preveem penalizações em caso de descumprimento de quesitos do código de conduta tem sido complementada pelo detalhamento do caso ocorrido em relatórios anuais, incluindo as ações tomadas pela empresa para mitigar tal acontecimento. Projetos de capacitação 48 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

de fornecedores visando processos mais sustentáveis são algumas das práticas comumente observadas em ambas as empresas. A brasileira oferece, complementarmente, linhas de crédito a fornecedores e prêmios àqueles com melhores desempenhos nos indicadores financeiros, sociais e ambientais. Um ponto ausente em ambas as empresas, porém identificado em diversas companhias, é o estabelecimento de metas relativas à sustentabilidade para os fornecedores. Em se tratando de cadeia de suprimento, tal iniciativa deve ser estendida aos participantes da rede, considerando a responsabilidade de

cada ator na minimização dos impactos no meio ambiente, na sociedade e nos custos, de maneira integrada e colaborativa, uma abordagem semelhante à sugerida pelo ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, durante o Congresso Alemão de Logística, no final de outubro de 2015. Uma diferença identificada entre as duas empresas refere-se à intensidade no uso de ferramentas tecnológicas. Enquanto no Brasil prevalecem os treinamentos para aprimoramento da forma como os processos são executados, a empresa alemã investe em novas tecnologias e sistemas de informação para otimizar seus processos, por exemplo, pelo uso extensivo do e-procurement. Em uma cultura de clara obediência às regras estabelecidas, a tecnologia permite ganhos de eficiência em processos operacionais. Na realidade brasileira, a conscientização e a mudança de comportamento são passos preliminares necessários à implantação de novas tecnologias, uma vez que em nossa cultura há uma tendência maior de intervenção humana em processos padronizados e regras definidas previamente. Observando por outro ângulo, a tendência do brasileiro em enxergar

Figura 1 - Modelo integrado para gestão de práticas sustentáveis na cadeia de suprimentos


novas soluções (nem sempre as mais eficientes) para o mesmo processo encanta os alemães. Esta curiosidade nata e a busca por pequenas inovações são parte do DNA do brasileiro e algo em desenvolvimento em outras culturas mais rígidas. Vantagens e desvantagens de ambas as abordagens podem ser listadas, porém, mais do que isso, oportunidades de colaboração são muito evidentes e já vêm sendo aproveitadas por alemães que fazem negócios no Brasil e por brasileiros na Alemanha. O desenvolvimento de inovações é uma realidade nas duas empresas, até mesmo em se tratando de commodities. A alemã, por oferecer um portfólio diversificado de produtos complexos e de maior valor agregado, investe continuamente em análises de ecoeficiência. Com isso, promove a utilização de insumos renováveis e oferece soluções que permitem a seus clientes economizarem energia e matéria-prima, e obterem ganhos de eficiência nos processos operacionais. Complementarmente, a empresa investe em selos verdes, utilizados para informar os consumidores sobre aspectos relacionados à responsabilidade socioambiental, segurança e descarte dos produtos. Uma conclusão-chave do estudo é que as empresas alemãs investem e desenvolvem soluções por meio de parcerias diversas, associações e filiações a grupos específicos, como o Green Freight Europe e o Together for Sustainability, dentre outros. Projetos com governos, instituições de pesquisa e outras empresas, sendo elas até mesmo concorrentes, fazem parte da realidade empresarial europeia. Dentre os ganhos com tais cooperações destacam-se os ajustes em legislações específicas setoriais, o estabelecimento de padrões para fornecimento da indústria química, o compartilhamento de informações acerca de auditorias em uma plataforma comum, a oferta de novas soluções para o mercado

com a combinação de competências, o compartilhamento de instalações e redes de distribuição, projetos mais completos de atendimento às necessidades de comunidades, dentre outros. Os ganhos podem ser calculados, percebidos e usados como motivador para novas ações colaborativas, sejam elas em euros, toneladas de emissões de poluentes, quilometragem de engarrafamentos, decibéis de poluição sonora, bem-estar da população, etc. No Brasil, apesar de as iniciativas de colaboração para sustentabilidade ainda serem recentes, cada vez mais pode-se perceber novas associações surgindo ou antigos grupos reforçando projetos em conjunto. O empresário brasileiro está mais aberto a novos conhecimentos, trocas de experiências e participações em projetos que podem auxiliar a superação de dificuldades proporcionadas pela crise político-econômica em que o país se encontra. Investimentos em sustentabilidade foram mantidos em 2015 e a perspectiva é que sejam empregados em uma melhor utilização dos recursos disponíveis, reduzindo desperdícios e unindo esforços para o compartilhamento de riscos e de prosperidade. Afinal, estamos todos em um só barco, ou melhor, planeta.

Referências ACCENTURE STRATEGY, 2014. Supply Chain Sustainability Revealed: A Country Comparison Supply Chain Report 2014 – 15. Disponível em: https:// www.cdp.net/CDPResults/CDP-Supply-Chain-Report-2015.pdf. CAMPOS, J. K., 2015. Integrated Framework for Managing Sustainable Supply Chain Practices (Schriftenr.). Univ.-Verl. der TU Berlin. CAMPOS, J. K., STRAUBE, F. & CARDOSO, P. A., 2015. Gestão de Práticas de Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos: Um Estudo Comparativo entre

Benchmarks do Setor de Materiais Básicos no Brasil e na Alemanha. Business and Management Review, 4 (8, special issue March), 428–440. CARBONE, V. & MOATTI, V., 2008. Greening the Supply Chain: Preliminary Results. Supply Chain Forum: International Journal, 9 (2), 66–76. DELOITTE & ABRAPS, 2015. Profissionais de Sustentabilidade: Atuação, Projetos e Aspirações. Disponível em: http://www2.deloitte.com/content/dam/ Deloitte/br/Documents/risk/ProfissionaisSustentabilidade.pdf. FRANKFURT SCHOOL – UNEP Centre/BNEF, 2015. Global Trends in Renewable Energy Investment 2015. Disponível em: http://fs-unep-centre. org/sites/default/files/attachments/key_ findings.pdf. THE GUARDIAN, 2015a. Angela Merkel Rejects Criticism of Open-Door Refugee Policy. 15 de outubro. Retirado de: http://www.theguardian.com/ world/2015/oct/15/angela-merkel-rejects-criticism-open-door-refugee-policy-germany. THE GUARDIAN, 2015b. Brazil Pledges to Cut Carbon Emissions 37% by 2025. 28 de setembro. Retirado de: http://www.theguardian.com/environment/2015/sep/28/brazil-pledges-to-cut-carbon-emissions-37-by-2025. Juliana Kucht Campos Pesquisadora convidada no departamento de Logística da Technische Universität Berlin campos@logistik.tu-berlin.de Frank Straube Responsável pelo departamento de Logística da Technische Universität Berlin straube@logistik.tu-berlin.de

O download gratuito do livro Integrated Framework for Managing Sustainable Supply Chain Practices pode ser feito no endereço https://opus4.kobv. de/opus4-tuberlin/frontdoor/index/index/ docId/6997. Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 49


Divulgação / Jungheinrich

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

Difícil, mas ainda assim positivo Fabricantes de equipamentos de movimentação comemoram, ainda que timidamente, os resultados obtidos em 2015 apesar do cenário de instabilidade política e econômica persistente no Brasil. Estratégias pré-estabelecidas mantidas, ações revisitadas e renegociações contratuais fizeram parte do planejamento ao longo do ano a fim de adequar as operações ao dinâmico – e nem sempre agradável – mercado brasileiro. Para 2016, os discursos são variados. Indo do otimismo às previsões pessimistas e passando pelo ceticismo, o setor aguarda os próximos acontecimentos e torce por definições 50 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016


O

ano de 2015, ao contrário do que muitos preferem fazer, não é para ser esquecido. Pelo contrário, pode ser encarado como um aprendizado. É certo que não são lembranças das mais agradáveis os números computados pela economia brasileira, como a retração do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em um pouco acima de 3,5%, e a inflação de 10,67%, a mais alta desde 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O embate político e as indefinições governamentais que são observadas há algum tempo no país têm reflexos diretos nas atividades econômicas. É fácil notar o desaqueci-

mento. Investimentos são postergados, contratos firmados e assinados são colocados na gaveta e renegociações comerciais são efetuadas com mais frequência. Porém, muitas vezes – se não na maioria das ocasiões –, é justamente nos períodos mais difíceis que o setor produtivo busca reavaliar sua atuação e redefinir as estratégias operacionais. O mercado de equipamentos de movimentação não foge à regra. Apesar de ter sido um ano difícil, algumas das companhias do segmento ressaltam a manutenção dos resultados obtidos em 2014 graças às estratégias pré-estabelecidas e mantidas, e também àquelas revisitadas a fim de adequar as operações ao ambiente econômico instável. Considerando então o cenário geral de 2015, há sim motivos para se comemorar. Segundo o diretor Comercial da Combilift, Rafael Kessler, 2015 foi uma extensão do ano de 2014. “Estes dois últimos anos foram de recessão e percebemos que, quando nossos clientes vendem menos ou estão expandindo menos, eles voltam sua atenção para a operação interna e analisam quais são as oportunidades para ganhar produtividade. E é aí que entramos”, diz. O executivo ressalta os diferenciais da empresa que, de acordo com ele, contribuíram para um desempenho satisfatório. “Temos dois drives. Entregamos soluções e estamos focados em fornecer equipamentos que operem em áreas reduzidas, mas com aumento de produtividade”, conta. Os números comprovam a manutenção positiva da atividade da companhia. Kessler divulga que a Combilift disponibilizou no mercado, em 2015, 50 máquinas. “É um número relativamente pequeno, mas trabalhamos em nichos específicos e na customiza-

Instabilidade da moeda fez com que os players do setor precisassem operar em um mercado com fortes oscilações ção. O diretor revela, ainda, que o índice ficou abaixo daquele esperado pela matriz da empresa. “A expectativa era de que comercializássemos 20% a mais do que em 2014, mas devido ao cenário brasileiro consideramos que manter o mesmo número do ano anterior foi um bom desempenho”, resume. Desde que começou a atuar no Brasil, há sete anos, a empresa já comercializou 250 empilhadeiras. Na Crown, o gerente de Administração e Marketing, Rafael Arroyo, salienta que o ano anterior foi de grandes desafios, o que tornou ainda mais importante focar nas ações pré-estipuladas: reforçar a imagem da marca e manter a qualidade dos serviços e do atendimento mesmo no meio de uma recessão econômica. “Diminuímos a aceleração natural que esperávamos, mas não deixamos de crescer. A empresa é sediada nos Estados Unidos e a vinda para o Brasil foi muito planejada”, frisa. O executivo explica o porquê desse comentário. “Quando uma empresa com a solidez da Crown se propõe a vir para o Brasil, que costuma apresentar instabilidade política e econômica, ela tem a consciência de que pode passar por alguns desafios”. Na opinião de Arroyo, quando Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 51


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

Divulgação / Combilift

Atividade foi marcada por estoques excessivos, fábricas diminuindo o ritmo e exportações mais baixas

financeira, inclusive queda de mais de 40% a cambial”, diz. O geno volume de vendas rente reconhece, encomputado pelo setor. tretanto, que não há O gerente-geral como ignorar a realide Vendas da Toyota dade mercadológica. Empilhadeiras, Ro“Estamos diante de berto Ueda, reforça um cenário em que, o que diz o executivo dada a instabilidade da Jungheinrich. “O do dólar, temos que mercado de empilhalidar com a osciladeiras acompanhou ção”, admite. o declínio da econoA Jungheinrich é mia brasileira, fazenKessler: foco na customização e outra que manteve em do com que muitos em nichos específicos 2015 o mesmo desemempresários adiassem penho do ano anterior. os investimentos em O diretor-geral no Brasil, Vigold Ge- equipamentos por conta da incerorg, ressalta que foi um ano difícil, teza do cenário político e econômimas, em relação à presença de mer- co”, lamenta. cado, a companhia conseguiu obter O diretor Comercial da Paletrans crescimento, ainda que pequeno. O Equipamentos, Augusto Zuccolotnúmero consolidado de equipamen- to, acompanha a análise de Ueda e tos, porém, não pode ser divulgado, especifica dizendo que, em 2015, o de acordo com o executivo. Para ele, mercado de empilhadeiras elétricas todas as indústrias do segmento, in- retraiu 30% e o de empilhadeiras a clusive aquelas que possuem plantas combustão, 45%. “Diante dessa reprodutivas no Brasil, foram afetadas alidade, em um ano que começou com a crise. Prova disso, diz, foi a com uma expectativa totalmente oposta ao cenário final, é possível entender a grande batalha travada pelos players para atingir o pouco mercado existente”, diz. Para Zuccolotto, a atividade foi marcada por estoques excessivos, fábricas diminuindo o ritmo de produção e exportações sendo freadas. “Isso fez com que os preços não subissem de acordo com o câmbio e, por este motivo, todas as empresas trabalharam com margens achatadas”, relata. Mas o diretor da Paletrans observa um lado positivo. “Verificamos a saída de vários grandes importadores que, sem estrutura e base no Brasil, não conseguiram se manter devido à mudança do patamar cambial. Não só pela Paletrans, mas nota-se um grande ganho de market share das máquinas fabricadas no Brasil em relação aos equipamentos importados”, garante. Divulgação

há recessão, a questão preço acaba falando mais alto para as empresas do que normalmente. “E quando se fala muito em preço, esquece-se de outros fatores, muito importantes para a companhia”. O executivo, contudo, revela um dos motivos que fizeram com que a empresa mantivesse a atenção ao seu negócio, sem vincular suas estratégias às condições do mercado. “A Crown é uma empresa privada de capital fechado, que não possui ações na bolsa, e isso facilita muito a gestão

52 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016



Na Kion South America, esta oportunidade foi bem aproveitada. O CEO, Frank Bender, explica que a desvalorização da moeda brasileira permitiu que a empresa iniciasse a produção nacional de sua marca chinesa, a Baoli. “Tendo em vista o momento de queda nas importações, trouxemos a principal linha de produtos da Baoli para o Brasil”, conta. Apesar de também considerar que 2015 foi um ano complicado e aquém das previsões para as indústrias do setor, Bender comemora o fato de a empresa ter conseguido compensar a queda dos negócios com a diversificação dos serviços.

Estratégias Ampliar a oferta de serviços e reforçar ações preestabelecidas foram 54 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

as iniciativas que permearam o seg- até 70% e o euro variou 30%. Além mento e garantiram o desempenho disso, nossos preços, em euros, não eficaz e positivo das operações. Kes- são alterados desde 2009 e essa é sler diz que a Combilift focou no outra de nossas estratégias de cresdesenvolvimento de soluções espe- cimento: não repassar aos cliencíficas para cada cliente, e esta foi tes”, revela. uma das estratégias que contribuíO pós-venda e o estoque de peram para que os números de 2015 ças para reposição também não sonão fossem negativos. freram com o mercado desaqueciDe acordo com o diretor Comer- do. “Temos máquinas robustas. Há cial, com a crise e num cenário exi- componentes que possuem cinco gente, as empresas pensam melhor anos de garantia, o que demanda em suas decisões. “Muitos devolve- pouca manutenção e um baixo níram galpões locados, focaram a atu- vel de estoque”, afirma. No Brasil, ação em sua área própria de armaze- informa Kessler, a empresa dispõe nagem e com isso reduziram a frota de um profissional certificado pela de movimentação. Por isso, aquelas fábrica, que presta suporte à rede indústrias que efetivamente entre- de assistências técnicas. “Temos gam benefícios e ganhos saem em uma baixa demanda por reposição vantagem”, considera. Nesse ponto, de peças, não tratamos isso como o executivo ressalta os motivos de uma unidade de negócio. A opevaler a pena investir nas máquinas ração brasileira conta com R$ 1 da Combilift. “Oferecemos produ- milhão em peças no estoque, emtos que operam em áreas meno- pregadas para atender apenas a deres e possuem diferentes alcances, manda. Não há lucro com a comerpor isso contam com produtivida- cialização”, sentencia. de de estocagem em porta-paletes Arroyo, da Crown, revela que 30% superior quando comparada uma das ações tomadas pela empreàs empilhadeiras convencionais. sa é trabalhar com um nível local de Além disso, com uma frota menor estoque de máquinas. “Assim, temos de equipamentos, mas menos dificuldade utilizando máquinas caso haja um encareversáteis, é possível cimento do produto. numa área menor esJá tínhamos um partocar a mesma quantique para ser disponidade de itens de uma bilizado no país, que área maior”, pontua. foi adquirido antes do Quanto à oscilaaumento do dólar”, ção do valor do dólar conta. O volume à dise mesmo tendo um posição e o valor estoequipamento imporcado não podem ser tado, Kessler garante revelados. A força da que não houve immarca foi outro fator Arroyo: planejamento manteve pacto de maneira reque, para o executivo, a empresa firme levante na Combilift, auxiliou a companhia uma vez que o preço a manter as operações dos produtos da empresa é sempre sadias apesar do cenário instável. em euro. “Temos uma vantagem “Muitas empresas multinacionais cambial, que é o euro contra o dó- dos segmentos industrial e logístico lar. O dólar teve uma variação de que atuam no Brasil já conhecem a Divulgação

Divulgação / Crown

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO


informações já estão ma de menor custo presentes no visor do de propriedade. “Isso equipamento – o custo significa que nós noré diluído”, afirma. malmente não ofertaJá na Jungheinrimos o produto mais ch, Georg destaca os barato no momento investimentos aplicada aquisição. Mas dos no treinamento quando o cliente coda equipe de vendas. loca na operação um A ideia foi prover esde nossos equipates profissionais com mentos – que possui informações a fim de alto índice de tecnoque eles apresentaslogia embarcada que Georg: investimentos no sem de maneira clara permite, por exemtreinamento da equipe aos clientes os diferenplo, realizar o diagde vendas ciais dos produtos da nóstico de manutenção sem precisar parar a máquina marca. “Um de nossos diferenciais em algum ponto de análise, pois as é que disponibilizamos um produDivulgação

aplicação de nosso produto no exterior, e isso facilita nossa penetração no mercado mesmo em momentos difíceis”, avalia. Outra questão está relacionada ao foco junto aos clientes. “Nós não trabalhamos com a venda em si, tendo como ponto de vista apenas passar o produto adiante. A tarefa é identificar o que o cliente está necessitando”, diz. O gerente destaca que as indústrias não podem atuar de maneira simplista, e sim procurar entender a necessidade do negócio do cliente a fim de realizar vendas customizadas. De acordo com Arroyo, esta estratégia está baseada no que internamente a Crown cha-

Produção local

A

discussão é antiga e cada um defende a sua estratégia. A decisão de estruturar uma planta produtiva de equipamentos no Brasil passa por muitas avaliações e considerações até ser definido se haverá construção ou não. Em um momento de crise, o debate e as diferentes posições ganham ainda mais força. Rafael Kessler salienta que não há planos da Combilift para inaugurar uma fábrica local. Ele anuncia ainda que a companhia está ampliando sua planta da Irlanda. Com a conclusão da expansão, ao final deste ano, a capacidade de produção que atualmente é de 4 mil unidades irá dobrar. Na Crown também não há previsão de abertura de uma fábrica no Brasil. Rafael Arroyo revela que o foco da empresa visa à produção verticalizada, que garante a qualidade Crown, com sua chancela, garantia, robustez e confiabilidade do início ao fim. “Produzir no Brasil demandaria a implantação de toda a cadeia de produção da Crown (diferente de outras fabricantes, que muitas vezes terceirizam etapas produti-

vas), dada a estratégia verticalizada. Para isto, o mercado necessitaria ser de maior volume de investimentos do que o atual”, diz. O executivo salienta, porém, que apesar deste foco no momento, não é infactível a construção de unidades fabris no futuro, dependendo, também, do cenário econômico e estratégico. Na opinião de Vigold Georg, da Jungheinrich – que não possui fábrica no Brasil –, não é barato produzir localmente. “As empresas que possuem fábrica têm problemas sérios. Nos últimos dez anos tivemos aumentos reais de salário e as companhias não conseguiram compensar em produtividade”, atesta. Já a Toyota Empilhadeiras possui uma fábrica localizada em Artur Nogueira (SP). A unidade ocupa uma área total de 93 mil m², sendo 31 mil m² de área construída, e tem capacidade para produzir 5 mil unidades por ano. No local, são produzidos dois produtos: a empilhadeira a combustão Toyota Série 8, com capacidades de 1,8 tonelada, 2,5 toneladas e 3 toneladas, e a paleteira elétrica BT SWE140. Segundo Roberto Ueda,

a planta contribuiu para aumentar ainda mais a confiança do cliente na marca Toyota, possibilitou diminuir os custos e proporcionar uma entrega mais rápida ao cliente. “A produção local permitiu, ainda, oferecer condições de pagamento mais acessíveis, como Finame e Cartão BNDES, aos nossos clientes, que puderam contar com financiamentos e parcelamentos com juros menores”, diz. A Kion South America também possui uma operação produtiva brasileira. A fábrica está instalada em Indaiatuba (SP), conta com uma área total de 50 mil m², sendo 10 mil m² dedicados à produção de empilhadeiras a combustão, bem como equipamentos para armazenagem das marcas Linde, Still e Baoli. Frank Bender destaca que ter produtos nacionais traz vantagens, como os planos de financiamento. Além disso, permite prazos de entrega mais flexíveis e o impacto na desvalorização do real tem efeito somente sobre uma parte do produto final, no caso de peças que são importadas. Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 55


Divulgação / Toyota

to de ponta a nível tos – neste caso em mundial em termos relação aos custos inde consumo de enerternos – também foi gia, segurança e perlevada em consideraformance”, salienta. ção na Toyota. Ueda De acordo com o exedivulga que, para cutivo da fabricante isso, as estratégias alemã, em determinaforam direcionadas das circunstâncias fana melhoria dos probricar no Brasil pode cessos por meio do ser interessante para programa de sugestão a empresa que possui chamado Kaizen, no a planta, mas não nequal os colaboradores Ueda: acordos com os cessariamente é para o da companhia dão fornecedores diminuem o mercado que compra sugestões e as impleimpacto nos preços os equipamentos. “Às mentam. “Isto tem vezes, é melhor comajudado na evolução prar uma máquina importada, com da produtividade e na redução de um custo de aquisição mais alto, custos. Realizamos também invesmas que possui uma melhor per- timentos em treinamento e capaformance, com menor consumo de citação interna para oferecer um energia e custos operacionais redu- excelente atendimento aos nossos zidos. É preciso avaliar todo o ciclo clientes”, diz. Além disso, conta o de vida útil da máquina”, pondera. executivo, a empresa estreitou o Para Georg, há outro fator que trabalho com a matriz no Japão e a reforça as vantagens de contar com unidade na Suécia a fim de melhomáquinas importadas. De acordo rar a negociação de preço dos procom ele, as empresas que adqui- dutos, e realizou acordos com os rem esses equipamentos se tor- fornecedores para que os clientes nam competitivas a nível global. A sentissem com o menor impacto questão cambial não interfere no possível a situação cambial. plano de ação. Isso porque a comZuccolotto, da Paletrans, afirpanhia opera com euro e, segundo ma que direcionou sua força para o o diretor-geral, muitos dos concor- desenvolvimento de produtos com rentes também necessitam traba- mais tecnologia embarcada. “A tenlhar com moeda estrangeira, como dência de utilização da eletrônica é o dólar, pois não fabricam em suas irreversível, mas podemos destacar unidades instaladas no Brasil to- que, no Brasil, o que realmente o dos os modelos que são comercia- público deseja é uma eletrônica lizados no mercado interno. Além simples e robusta. O mercado busdisso, continua, as empresas que ca utilizar as novas tecnologias, negociam em euro sentiram menos porém sem que esse fato interfira a desvalorização do real. “Em dois no nível de serviço e tampouco anos a inflação acumulada no Bra- cause dificuldades na hora da masil chegou a 17%, enquanto a des- nutenção”, lembra. valorização do real frente ao euro Na Kion, Bender conta que a foi de 26%. Neste mesmo período, estratégia adotada foi a de divera moeda nacional frente ao dólar sificar as frentes de trabalho para desvalorizou 59%”, explica. atender às diferentes demandas. A questão da redução de cus- “Obviamente que em um mercado 56 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

Divulgação / Toyota

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

em queda as questões preço e negociação são imprescindíveis. Nossa área Comercial teve que se reinventar e trabalhar de forma ainda mais flexível para assegurar e ampliar a participação da companhia mesmo em um mercado menor”, constata. Além disso, a Kion revisou todos os processos internos e renegociou contratos com parceiros. “Uma equipe ficou dedicada à análise de tudo isso para fazermos mais, com menos”, resume. O atendimento também foi reforçado. “Sempre tivemos foco em pós-vendas. Diante da queda na compra de novos equipamentos, pudemos intensificar ainda mais nossas ações de serviços e locações, pulverizando as atividades em distintos nichos, o que garantiu nossa sobrevivência e nos deu resiliência para entrarmos fortes em 2016”, garante Bender.


Divulgação / Paletrans

sileira foram realizadas, como o reforço Manter o planejano pós-venda. “Esmento foi importante tamos constantepara suportar o desemmente focando na penho e as atividades construção de um sadias em 2015, mas repós-venda de qualivisitar alguns pontos já dade, porque é paestabelecidos a fim de drão internacional adequar as operações à da Crown. Nos Estarealidade do país tamdos Unidos, se uma bém fez parte dos negómáquina para, em cios. Kessler reconheaté duas horas há Zuccolotto: aportes foram ce que algumas ações da um técnico realizandirecionados à tecnologia Combilift foram impacdo a manutenção”, embarcada tadas pela crise. “Queexemplifica. O Brasil ríamos ampliar nossa segue essa diretriz. força de vendas em São Paulo, que “Aqui, estamos adaptando o pósrepresenta 40% de nossos negócios, -venda com o máximo de qualidade se os números fossem mais positi- que conseguimos, levando em consivos. Estaríamos mais agressivos se deração a infraestrutura e a logística os resultados tivessem sido melho- que o país apresenta. Hoje, temos res. Além disso, houve projetos que técnicos atendendo o cliente em até foram finalizados e aprovados, mas 12 horas após o contato”, comemora. não colocados em prática, pois os A Jungheinrich, segundo Georg, clientes postergaram sua aplicação também apostou no atendimento devido às incertezas”. e resolveu investir em estruturas e Na Crown, Arroyo afirma que faz profissionais. “Abrimos duas filiais, parte da cultura sempre revisar as tá- em Curitiba e Porto Alegre, onde ticas operacionais, uma vez que os temos frotas locais para aluguéis cenários mudam a cada momento. de curto prazo e demonstrações. Mas o gerente lembra que a estraté- Contratamos profissionais em Belo gia macro não é alterada localmen- Horizonte e fechamos contrato com te, pois é estipulada pela matriz para cinco representantes. Melhoramos todas as filiais do mundo. Porém, a cobertura nacional e investimos alterações pontuais na operação bra- no departamento de Assistência, treinando nossos técnicos e os de nossos representantes”, frisa. Desvalorização Na Toyota, diferentes negócios foram ganhando espaço no decordo real tem forte rer de 2015. Ueda lembra que, em decorrência da situação econômiimpacto sobre peças ca do país, a procura pela locação importadas para os de equipamentos aumentou, devido à flexibilidade que este tipo de fabricantes que contratação traz para as empresas. Além disso, surgiram oportunidapossuem planta des de ampliar os negócios de exno Brasil portação na América Latina e foi verificado um crescimento na de-

manda por equipamentos seminovos. A companhia, porém, não divulga números. Bender, da Kion, revela que a empresa mudou algumas de suas ações. “Começamos 2015 com uma perspectiva de mercado e, conforme o cenário se deteriorava, fomos ajustando nossas atividades”, diz. Entre as iniciativas, destaque para a revisão do plano de marketing e para a diversificação de algumas ações, apostando em novos canais e campanhas. O executivo faz questão de ressaltar, porém, que independentemente da situação política e econômica, a empresa possui o hábito de rever seu planejamento a cada três meses. “Como o mercado muda a cada semana, nos ajustamos, dentro do possível, semanalmente. Algumas decisões

Divulgação / Paletrans

Revisão de ações

Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 57


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

só têm seu impacto tempos depois, mas em todos os casos em que podemos mudar prontamente, não hesitamos”, garante.

Previsão Para 2016, as previsões são distintas. Kessler, por exemplo, é otimista. “Nunca tivemos uma virada de ano com tantos projetos em carteira. Estamos fazendo diversos estudos para clientes que têm potencial e necessidades. Nossa expectativa é muito positiva, mas, se esses projetos irão ser concretizados ou não, depende muito da economia”, avalia o executivo da Combilift. Arroyo, da Crown, já é mais cauteloso em sua análise para 2016. “Não será um ano de despontamento, e sim de reconsideração em termos operacionais. Também será um ano de divisão de decisões. Dependendo do que acontecer do ponto de vista político, a economia pode voltar a seguir um caminho de estabilidade ou sofrer um período 58 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

Divulgação

Divulgação / Kion

da de equipamentos continuará em queda. Desta maneira, ele adianta que a estratégia da companhia será focar na área de aluguéis. “Este é um negócio que vem apresentando crescimento. Em 2015, frente a 2014, crescemos mais de 50% na locação”, destaca. Na Toyota, Ueda lista que os planos para 2016 são dar continuidade às ações de redução de custos e aumento de produtividade, por meio do programa Kaizen, investir ainda mais em treinamentos, ampliar o leque de negócios e desenvolver a rede de distribuição. O CEO da Kion, Bender, por fim, é um pouco mais pessimista. Para ele, o ano de 2016 deve ser similar ou até mesmo levemente pior do que 2015. Zuccolotto, da Paletrans, também projeta um cenário de economia recessiva, crise polímaior de recessão”, tica, preços elevados pontua. Para ele, o e mercado em queda ano será marcado pela em 2016. Entre posreavaliação das funsíveis pontos posições atuais dos armativos, ele avalia que zéns e das operações haverá aumento de logísticas. “É interesshare dos fabricantes sante notar que as nacionais. “O mercaempresas do segmendo está em queda há to logístico já estão dois anos, mas pode reavaliando as conhaver a necessidade dições operacionais de renovação de fropara tentar ser mais ta. O departamento Bender: temos que fazer mais, produtivas, estudando de Peças de Repocom menos de que forma podem sição também deve otimizar os custos e de crescer”, acredita. que maneira podem reduzir a frota e continuar eficazes. Esse tipo de Fábio Penteado questionamento vai prosseguir. Na nossa visão, as tecnologias e a consultoria, quando se trata do trabalho junto ao cliente para identificar Combilift: (51) 3077-7444 as necessidades e propor soluções, Crown: (11) 4585-4040 farão a diferença”, acredita. Jungheinrich: (11) 3511-6295 Georg, por sua vez, é sucinto. Kion South America: (19) 3115-0600 “2016 é um ponto de interrogaPaletrans Equipamentos: (16) 3951-9999 ção.” O diretor-geral da JungheinriToyota Empilhadeiras: (11) 3511-0400 ch considera que o mercado de ven-



Divulgação

ARTIGO

Alta performance em procurement José Carlos Roman

E

m todo o mundo, as áreas de Compras das empresas estão sendo desafiadas como nunca. Elas precisam oferecer suporte às suas organizações para lidar com variáveis como o impacto da globalização, a volatilidade do mercado, a interrupção da cadeia de abastecimento, o aumento dos custos das matérias-primas, a sobrecarga de regulamentação e a escassez de talentos, entre outras. No entanto, a boa notícia é que a área está mais bem equipada para responder a esses desafios do que jamais esteve. Tanto é que, atualmente, executivos de compras têm um assento no conselho de suas empresas, devido à sua contribuição não somente com a redução de custos mas também com discussões sobre como essa área pode apoiar o crescimento da receita. Já não basta focar apenas no custo total (TCO, sigla para Total Cost Ownership). Esses executivos estão se esforçando para atingir o valor total (TVO, Total Value Ownership), reconhecendo que o valor vai além de custos e melhoria do capital de giro, mas inclui elementos que contribuem para agendas sociais, ambientais e de inovação. As empresas de alta performance em compras também gerenciam a demanda, trabalham com fornecedores 60 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

para impulsionar a inovação e com as demais áreas da organização para racionalizar as especificações do projeto, entre outras inicativas. Essas características fazem parte das constatações da pesquisa global da Accenture High Performance in Procurement, sobre as melhores práticas de compras. Os resultados revelam que mesmo as áreas de alta performance têm desafios, e o estudo mostra em que áreas isso ocorre. Por exemplo, há muito o que fazer para atrair, formar e reter talentos numa área para a qual não existe formação universitária específica. As principais metas do estudo são validar as práticas de que as empresas que se sobressaem na área de Procurement operam de maneira mais eficiente e efetiva do que as demais e suportar as constatações quantitativas comparando as informações colhidas pela Accenture ao longo do tempo, monitorando as melhores práticas e interagindo com alguns dos mais respeitados e inovadores chief procurement officers (CPOs). A pesquisa, que consistiu em um total de 57 questões quantitativas e qualitativas, abrangeu 432 executivos de procurement de 22 países. Das empresas participantes, 65% possuem re-

ceita superior a US$ 1 bilhão e mais de um terço ultrapassa os US$ 5 bilhões.

Dimensões A pesquisa aborda seis dimensões encontradas nas áreas de Compras de alta performance. Na dimensão estratégica, o estudo mostra que, comparadas às empresas de baixa e média performance, as de alta pensam, planejam, operam e interagem mais estrategicamente com todas as áreas da organização, bem como com o seu mercado fornecedor. As de alta performance planejam o que farão para os próximos três a cinco anos para cada categoria estratégica para o negócio e, de acordo com a própria estratégia da empresa, observam tudo que fará parte dos cenários interno e externo quando das discussões sobre como conduzir e obter o máximo de resultado para a organização por meio das compras. Tudo isso para conseguir o produto e o serviço certos, na quantidade certa, a tempo e ao melhor custo. O estudo mostra também que as áreas de alta performance têm um mandato claro e reconhecido por toda empresa e utilizam indicadores de medição de performance com uma definição clara, acordada, formal do valor


analista, contra apenas 5% das de baixa performance; • Mais de 80% das de alta performance se utilizam da metodologia de global sourcing para alavancar os negócios, contra 5% das de baixa performance; • Mais de 75% das de alta performance têm e oferecem o acompanhamento de suas compras, integração com seus orçamentos e controle do non compliance. Outra dimensão abrangida pela pesquisa é a de requisição ao pagamento. Esta dimensão é uma visão end-to-end do processo de compras, com atividades transparentes, métricas e objetivos comuns. Trata-se de integração, visibilidade e padronização. Neste ponto, as áreas de alta performance trabalham de forma bem diferente das de baixa, como demonstram as constatações do estudo: • Um canal de compras para os demandantes: mais de 80% das áreas de alta performance oferecem ferramentas para suportar as solicitações de seus usuários – seja para enviar uma requisição ou um pedido diretamente aos fornecedores –, enquanto menos de 10% das de baixa performance o fazem;

• Catálogos: mais de 50% das áreas de alta performance disseram utilizar o máximo de catálogos como forma de atender às demandas internas, contra menos de 10% das de baixa performance; • Suporte de compras: mais de 80% das primeiras têm canais formais, via e-procurement e/ou portais de compras, para facilitar a integração com seus usuários e parceiros, contra menos de 5% entre as áreas de baixa performance; • Workflow para aprovação: 90% das áreas de alta performance contra menos de 10% das de baixa performance responderam que têm um processo de workflow automatizado e atualizado periodicamente; • Integração total da requisição ao pagamento: a pesquisa também constatou que mais de 70% das áreas de Compras de alta performance têm um processo integrado de requisição ao pagamento, contra menos de 15% das de baixa performance. No caso da dimensão de gerenciamento de relacionamento com fornecedores, devem ser considerados os aspectos gestão de performance, con-

Fonte: Accenture

esperado por esta área, seguindo o Balanced Scorecard (BSC) como estrutura dos seus indicadores. No caso da dimensão de sourcing e gestão de categoria, entre mais de 25 métricas usadas pela Accenture para identificar as melhores práticas, algumas notadamente se diferenciaram. Todas as empresas classificadas como de alta performance em compras haviam implementado uma estrutura central de gestão das categorias para atender a todas as áreas e negócios de suas organizações. Além disso, mais de 90% têm estruturas e processos alinhados com as estratégias de cada categoria/negócio, como: • Processos comuns para todas as empresas; • Equipes multifuncionais para gerenciar projetos, formulando estratégias, gestão dos fornecedores e implementando e gerenciando contratos; • Atividades formalmente acompanhadas; • Foco no custo total de aquisição; • Gestão do início ao fim de cada processo/projeto/demanda. As áreas de Compras de alta performance reveem seus gastos sistematicamente para obter total domínio da estrutura de custos de suas principais categorias, como mais um elemento a ser considerado em suas estratégias. Elas trabalham muito perto dos novos fornecedores para garantir que eles entendam a demanda e que tenham um programa de desenvolvimento para otimizar ao máximo estes relacionamentos. A Accenture apurou, ainda, que: • A totalidade das empresas com áreas de Compras que ficaram no quadrante de alta performance tem uma estrutura central para gerenciar as categorias. Apenas 26% das que ficaram no quadrante de baixa performance possuem essa estrutura; • Mais de 80% das de alta performance têm uma equipe de sourcing

Figura 1 - Do total de respondentes, mais da metade está no nível de diretor ou acima Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 61


Fonte: Accenture

ARTIGO

Figura 2 - A pesquisa está baseada em seis dimensões de procurement e consistiu num total de 57 questões quantitativas e qualitativas

trato e desenvolvimento e integração com fornecedores. Em nenhuma outra dimensão coberta pelo estudo foram constatadas disparidades tão grandes entre as áreas de alta e baixa performance. A distância entre elas já sugere que este tópico é, por si só, uma prática dos líderes que, com inteligência e assertividade, obtêm o máximo de seus parceiros. Se observarmos as diferenças mais representativas, veremos que as áreas de alta performance usam a segmentação de sua base de fornecedores para definir o modelo de relacionamento mais adequado, na busca do melhor para as partes. Elas exploram projetos conjuntos, discutem os pontos fortes e fracos de cada lado, a complexidade dos produtos, onde atuar e crescer, bem como outros pontos cruciais para a melhoria do relacionamento. Essas áreas bem-sucedidas estabelecem um profundo relacionamento de negócio com seus principais fornecedores, discutindo suas estratégias de negócios, formando contratos mais longos, definindo benefícios mútuos, redefinindo suas operações com base na troca de conhecimento e experiên62 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

cias entre si, alinhando processos em seus negócios para melhor atender às demandas, entre outros pontos. No entanto, um ponto no qual ainda precisam melhorar se refere aos riscos e bônus. Apenas 46% delas têm um programa estruturado neste sentido. No caso das de baixa performance, a situação é bem pior: somente 3% têm esse tipo de programa. Concluímos que as áreas de Compras de alta performance já entenderam que, quanto melhor for o relacionamento com seus fornecedores, melhor será o resultado de sua organização, pois todos fazem parte de uma cadeia de negócio. Neste sentido, alinhar as estratégias, os objetivos, os processos e os sistemas será cada vez mais um diferencial para agregar valor a todos os envolvidos. Na dimensão de organização de pessoas, as áreas de Compras de alta performance se superam na criação de processos e na organização orientada a resultados. Um claro exemplo é a gestão da área por objetivos: 100% das áreas de alta performance que participaram do estudo da Accenture informaram ter um programa de gestão claro, acordado e formal em relação ao

que se espera dos resultados de cada membro de suas equipes. Nas de baixa, esse percentual cai para 15%. Fica evidente que as áreas de alta performance têm maior comprometimento do que as demais para melhorar sua comunicação e visibilidade, compartilhando com sua equipe os objetivos da empresa e sua ideia de como cada membro do time pode ajudar. A maior parte das primeiras (76%) tem uma estrutura central e lidera a gestão de categorias, contra 5% das de baixa performance. Áreas de alta performance gerenciam o tradeoff entre ser um especialista trabalhando por projetos ou por especialização, de acordo com os processos e as categorias. Ao mesmo tempo, as áreas de alta performance evitam uma especialização rígida por categoria, implementando o job rotation a cada três a cinco anos. Um tempo menor que esse não permitiria o aprofundamento nos elementos da categoria e o ganho da devida experiência. Um tempo maior poderia deixá-los numa zona de conforto. Ainda no quesito relacionamento com fornecedores, outros dois importantes aspectos foram levantados, e nota-se que mesmo as áreas de alta performance têm espaço para melhorar: • Desenvolvimento da equipe: 78% das áreas de alta performance responderam que existe um programa de formação continuada, contra apenas 3% das de baixa performance; • Plano de carreira: apenas 58% das primeiras responderam que o plano de carreira é claro e formal (inclusive o de sucessão), contra 3% das de baixa performance. É fundamental considerar esta dimensão a mais importante da área, pois nada se faz com recursos com pouco conhecimento e, especialmente, pouca experiência. Lembramos que, ao final, os resultados virão em função do perfil e da maturidade da


equipe. Uma área bem treinada e desenvolvida contribuirá cada vez mais para os resultados da organização. No quesito tecnologia, a pesquisa concluiu que soluções tecnológicas para a área de Compras têm avançado muito rapidamente. Muitas organizações exploram muito bem as ferramentas de e-procurement, sourcing, gestão de contrato e de fornecedores, com o objetivo de obter os melhores dados para a gestão de suas compras de produtos e serviços. Hoje já temos soluções avançadas, como digital, cloud, web-cased, analíticos, portais, entre outras possibilidades que estão mudando a forma de trabalhar. Certamente elas permitirão maior integração, produtividade, compliance, auditoria eletrônica, gestão de performance, tempo e acuracidade dos fatos em tempo real, que são a base para uma ação mais rápida em relação às mudanças do mercado e às necessidades da empresa. A pesquisa apontou que mais de 80% das áreas de alta performance contam com suporte de soluções tecnológicas, contra apenas 8% das de baixa performance. Mais de 75% das de alta performance têm solução comum, automatizada e integrada do processo da requisição ao pagamento, contra apenas 3% das de baixa performance. No entanto, para a utilização de catálogos ou compras que os próprios usuários podem fazer diretamente, mesmo as de alta performance não passam de 50%. No caso das áreas de baixa performance, são apenas 5%. Quando perguntamos sobre integração com seus fornecedores, somente 65% das áreas de alta performance, contra 5% das de baxia, responderam utilizar soluções neste sentido. Para a base de cadastro de dados, foco e determinação seriam elementos críticos para tudo que se quer ter em termos de informação acurada, melhor

gestão, etc., de acordo com 76% das áreas de alta performance e para 5% das áreas de baixa. Por fim, e surpreendentemente, quando abordamos o tópico excelência em relatório, verificamos que mesmo as áreas de alta performance podem melhorar: 76% delas responderam que têm os relatórios de que necessitam, com os dados que precisam, com exatidão e no tempo certo. No caso das de baixa performance, são 5%.

Mundo digital Os dados acima refletem a última pesquisa sobre procurement realizada pela Accenture, que está preparando a aplicação de um novo estudo, por meio do qual espera capturar as mais recentes transformações na forma de atuar da área de Compras, que caminha para o mundo digital. Isso significa uma maior integração com os parceiros, mobilidade e alternativas de conexão, sustentabilidade fortalecendo o papel no mundo dos negócios, uma necessidade de analisar cada vez mais dados, dada a complexidade das operações e do próprio mercado, aprofundamento das relações com fornecedores e parceiros, além do envolvimento com inovação. Todo este cenário é o resultado da busca constante pela melhora de resultados para todos os envolvidos. É a área de Compras gerenciada como um negócio. Ela deve, portanto, ser mais ágil para reagir às mudanças constantes do mercado, flexível para se adaptar às flutuações da demanda e focada naquilo que gerará valor para todos os envolvidos. José Carlos Roman Líder da prática de Sourcing e Procurement da Accenture Strategy para a América Latina jose.carlos.roman@accenture.com Tel.: (11) 5188-3034


PRODUTOS

Pneu X Works Z, da Michelin Divulgação

A Michelin disponibiliza no mercado o pneu 275/80 R22.5 X Works Z. O lançamento é destinado ao uso misto, em trajetos de asfalto, pedra, lama ou terra, no transporte de carga e de passageiros e em operações de coleta de lixo, obras de infraestrutura e construção civil. O produto apresenta desenho da banda de rodagem mais robusto e composto de borracha de alta performance, com uma área otimizada de contato com o solo. Estas características resul-

tam em um pneu com um desgaste mais regular da banda de rodagem, que incrementa o rendimento quilométrico da primeira vida em até 15% em relação ao modelo anterior, além de carcaça mais resistente, que permite maior recapabilidade e maior rendimento quilométrico da vida total do pneu, chegando a um aumento de até 5%. O pneu conta com um conjunto de tecnologias chamado Michelin X Core, que inclui composto interno de borracha que oferece maior resistência a choque, perfuração e infiltração à carcaça do pneu sem câmara, proporcionando uma velocidade de propagação da fissura cinco vezes menor. Como resultado, em caso de perfuração, é possível reparar o

Serviço de entrega direta ao cliente, da Asia Shipping

Divulgação

Em seguida, a Asia Shipping se encarrega de levar a carga fracionada até o destino final. O novo serviço começou a ser oferecido aos clientes localizados em um raio de 150 km do Porto de Santos (SP) no ano passado e, com o seu sucesso, logo foi ampliado para os portos de Itajaí (SC) e Paranaguá (PR). De acordo com a própria Asia Shipping, os segmentos da indústria que mais devem se interessar pelo serviço em um primeiro momento são os importadores de partes e peças, como o agronegócio e a indústria calçadista, por exemplo, que importam insumos. A empresa destaca, porém, que está preparada para atender clientes no transporte dos mais variados tipos de commodities. (11) 2179-1799

A Asia Shipping passou a oferecer, em janeiro, serviços de entrega de carga fracionada direta aos clientes regulares da Região Metropolitana de Porto Alegre e cidades próximas, situadas a até 320 km da capital gaúcha. A carga consolidada é transportada do Porto do Rio Grande (RS) até um terminal situado em Canoas (RS), onde o próprio cliente cuida do desembaraço da mercadoria. 64 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

pneu antes da sua perda prematura por oxidação dos cabos. O produto apresenta também redução da distância entre os cabos, que aumenta a resistência a choques, reduzindo a morte prematura dos pneus por choques e perfurações. O Michelin X Works Z proporciona melhor dirigibilidade e estabilidade ao veículo, resultando em mais segurança para a carga e para o passageiro, graças à maior aderência em pisos secos e molhados. Além disso, há menor necessidade de reparações e maior recapabilidade do pneu, devido a maior proteção contra agressões na banda de rodagem, menor retenção de pedras e maior resistência a choques e perfurações. 0800 970-9400

Seguro para o pequeno transportador, da Tokio Marine A seguradora Tokio Marine traz ao mercado o Tokio Marine Pequeno Transportador. Os diferenciais do produto proporcionam mais facilidade e segurança aos pequenos transportadores, já que a cobrança é unificada e há isenção de franquia em situações específicas. O novo seguro apresenta benefícios como cobertura opcional de Responsabilidade Civil Facultativa por Desvio de Carga (RCF-DC). Além disso, a Tokio Marine aperfeiçoou seu sistema de cotação, que agora é totalmente automatizado. O Seguro Pequeno Transportador é uma oportunidade para que mais empresas contratem seguros de transporte, permitindo que o transportador obtenha facilidades na manutenção de seu negócio em caso de sinistro durante a prestação de um serviço de frete. 0800 318-6546


Divulgação

Dispositivo pneumático para caixas, da Seman A Seman, empresa especializada na fabricação de equipamentos para manipulação de cargas, oferece ao mercado seu dispositivo pneumático para caixas, um mecanismo dotado de ventosas projetado para realizar a movimentação de produtos encaixotados.

Com capacidade máxima para 400 quilograma-força (kgf), o equipamento é fabricado em estrutura tubular de aço e pode ser montado diretamente em um balancim pneumático ou braço mecânico, para viabilizar a movimentação da caixa a ser manipulada. As ventosas utilizadas variam de acordo com o tipo de superfície de contato e o dispositivo pode prender

a caixa tanto pela lateral quanto pela parte superior. O equipamento possui acionamento de pega e movimentação vertical conjugado e independente. A aplicação do produto tem como objetivo simplificar a movimentação das caixas, oferecendo facilidade de acoplamento e desacoplamento aliada à segurança de um sistema antiqueda e ao conforto de apoios macios e resistentes. (11) 4368-7744

Computador portátil MC67, da Zebra Technologies vedação para suportar o desgaste diário de utilização. O MC67 é compacto e tem acesso instantâneo a todas as informações nos sistemas da empresa utilizadora, o que ajuda a otimizar os níveis de eficiência e precisão nas tarefas. O aparelho transmite vídeos e imagens, além de fazer a leitura de códigos de barras para o monitoramento rápido e preciso das peças na medida em que são utilizadas, tudo em um dispositivo ultrarresistente. Ele oferece várias opções de captura de dados com um gerador integrado de imagens 2D e câmera digital colorida

Divulgação

A Zebra Technologies Corporation, empresa mundial em soluções e serviços que oferecem visibilidade em tempo real sobre ativos, pessoas e operações, anunciou o lançamento do computador portátil MC67 no Brasil. O dispositivo é direcionado a trabalhos em campo, tais como recolhimento de encomendas, digitalização de entregas, gerenciamento de estoque, entrada de pedidos de vendas, entrega direta em loja e venda em rota. O MC67 é o primeiro computador móvel lançado no mercado a incorporar um processador OMAP4430 dual core da Texas Instruments Incorporated, com suporte para a mais recente geração do Windows Embedded Handheld, sistema operacional da Microsoft, elevando o desempenho do dispositivo. Baseado nos computadores móveis empresariais MC55 e MC65, o MC67 é um assistente digital empresarial robusto testado em campo, que oferece melhores níveis de especificações de resistência, tais como IP67 e IP65 de

de 8 megapixels equipada com recursos de captura. Junto com iluminação LED, a câmera incorpora um mecanismo de foco automático contínuo e otimizado para captura de documentos de alta qualidade com confiabilidade da classe empresarial, o que garante muitos anos de uso em um ambiente vulnerável. Além de oferecer uma série de opções de teclado para entrada de dados, o MC67 incorpora tecnologia de exibição PenTile, que oferece o dobro do brilho pela metade de energia de displays típicos, proporcionando excelente legibilidade mesmo sob luz solar intensa. O robusto display fornece suporte para captura de assinatura para a prova de aplicativos de entrega. O GPS integrado do MC67 permite o planejamento de rotas e suporta aplicativos baseados em localização, possibilitando o monitoramento da força de trabalho e navegação em tempo real para os usuários. O MC67 irá substituir outras três linhas já existentes, o EP10, MC65 e MC75. (11) 3138-1466 Fevereiro/2016 - Revista Tecnologística - 65


AGENDA

INTERNACIONAL Logimat 2016. 8 a 10 de março. Stuttgart, Alemanha. Organização e informações: Messe Stuttgart. logimat@euroexpo.de www.logimat-messe.de Transport Solutions Middle East. 13 a 15 de março. Dubai, Emirados Árabes. Organização e informações: Comexposium Middle East. j.dcosta@comexposium-me.com www.transportsolutionsme.com

Custeio e Formação de Preço para Carga Lotação. 9 de março. Como Elaborar a DRE e Transformá-la em uma Poderosa Ferramenta de Gestão nas Transportadoras e Operadores Logísticos. 10 de março. Custeio e Formação de Preços para o Transporte de Carga Fracionada. 10 de março. Técnicas para Vender Mais e com Maior Lucratividade para Transportadora e Operadores Logísticos. 10 de março. Todos em Porto Alegre, RS. Organização e informações: TigerLog. Tel.: (11) 2694-1391 contato@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br

NACIONAL Intermodal South America – Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior. 5 a 7 de abril. Transamérica Expo. São Paulo, SP. Organização e informações: UBM. Tel.: (11) 4878-5990 www.intermodal.com.br

Cursos de curta duração Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 23 de fevereiro. Controle de Almoxarifado e Inventário Físico. 7 de março. A Gestão de Estoques como Ferramenta Estratégica na Redução de Custos. 15 de março. Em São Paulo, SP. Organização e informações: Minder Group. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Como Estabelecer Metas e Atingir Resultados nos Momentos de Crise. 27 de fevereiro. Atendimento ao Cliente Aplicado às Empresas de Transportes e Logística. 5 de março. Básico de Logística. 12 de março. Rotinas Operacionais no TRC. 19 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística – Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com 66 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2016

Legislação de Produtos Perigosos. 20 de fevereiro. Conhecimento Eletrônico e Manifesto Eletrônico - Novas Mudanças nas Regras ANTT. 20 de fevereiro. Gestão e Manutenção de Frotas. 27 de fevereiro. Como Implantar a Nova Jornada do Motorista Profissional. 9 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Maxxima Educação Corporativa. Tel.: (11) 2243-7927 maxximaeduc@gmail.com www.maxximaeducacao.com.br Gestão Estratégica de Suprimentos. 7 e 8 de março. No Rio de Janeiro, RJ. Gestão Estratégica da Armazenagem. Ambos em São Paulo, SP. 15 e 16 de março. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Planejamento e Previsão de Demanda - Nível Avançado. 11 e 12 de mar-

ço. Operações de Armazenagem: Gestão de Performance e Custos. 15 de março. Fundamentos do Dimensionamento de Operações de Armazenagem: Uso do Espaço, Performance e Custos. 15 de março. Gestão Estratégica de Operações de Armazenagem Baseada em Indicadores de Performance. 16 de março. Auditoria Logística em Armazéns e CDs: Aferindo a Eficácia dos Processos. 16 de março. Todos em Campinas, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (19) 3289-0903 sac@cebralog.com www.cebralog.com.br

Cursos de longa duração Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Curso a distância. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. Águas de São Pedro (SP) e a distância. Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Bertioga (SP). Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883-2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Assine Tecnologística .............3ª capa Bsoft .......................................2ª capa Bauko............................................. 09 Combilift ....................................... 25 Crown ........................................... 43 Favorita ..................................4ª capa Fronius .......................................... 15

GLP - Global Logistic Properties28 e 29 Ilos ................................................. 59 Intermodal .................................... 53 Tecnologística Online ................... 63 Techville ........................................ 39 Termov .......................................... 21




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.