Qualquer Bobagem Magazine edição 3

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Qualquer Bobagem magazine

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editorial N O I N í c I O d e 2 0 1 2 , h O L LY w O O d c O R O O u u g g I e c O M O u M A d A s gRANdes esTReLAs dO MOMeNTO. O cAchORRINhO dO fILMe O A R T I s TA A c A B O u N O s I N s p I R A N d O N A e s c O L h A d e u M d O s T e M A s d A T e R c e I R A e d I ç ã O d A N O s s A R e v I s TA d I g I TA L : O s c ã e s . A O s A I R dA sALA dO cINeMA, ApÓs A exIBIçãO dO gANhAdOR dO OscAR desTe ANO, A decIsãO fOI RápIdA e, AchAMOs, ceRTeIRA. uM dOs BIchINhOs de esTIMAçãO MAIs pOpuLARes NO MuNdO, eLes pA R e c e M , p e N s A M O u s e A c h A M g e N T e . A L é M d O s f I L M e s , O s c A c h O R R O s e s T ã O N A s c A M p A N h A s d e M O d A e c O M e R c I A I s d e T v.

A expRessãO vIdA de cAchORRO vIROu sINÔNIMO de vIdA BOA. c O M I d A , c O c h I L O s , A g R A d O s , A c e s s Ó R I O s e R O u pA s d A M O d A . s e T O d O e s s e T R ATA M e N T O c O M O s B I c h I N h O s é c e R T O O u e R R A d O , é dIfícIL juLgAR, MAs pOde-se OBseRvAR uM cRescIMeNTO N O M e R c A d O pA R A O s p e T s . N e M T O d O s s ã O A f O R T u N A d O s e , I N f e L I Z M e N T e , A I N d A O u v I M O s N O T í c I A s d e M A u s T R AT O s e A B A N d O N O s d e A N I M A I s . N e s TA e d I ç ã O , R e s O Lv e M O s c e L e B R A R e s s e s f O f O s M A N s O s ( A L g u N s N e M TA N T O ) , d e s c O N f I A d O s O u

e s p O L e TA s e p R O d u Z I M O s u M e d I T O R I A L R e u N I N d O d I v e R s A s R A ç A s d e c ã e s e A L g u M A s M AT é R I A s c O M f O c O N e L e s . A M O d A d A s R u A s e O c O M p O R TA M e N T O u R B A N O TA M B é M e s T ã O N A s pRÓxIMAs págINAs. A pA R T I R d e s s A e d I ç ã O , A R e v I s TA d e I x A d e s e c h A M A R Q B M A g A Z I N e e pA s s A A A d O TA R O s e u N O M e p O R e x T e N s O , Q u A L Q u e R B O B A g e M M A g A Z I N e , j á Q u e R e s O Lv e M O s d A R M A I s d e s TA Q u e À N O s s A p u B L I c A ç ã O d I g I TA L , Q u e pA s s A A s e R O c A R R O - c h e f e d O s I T e . A R e v I s TA c O N T I N u A R á B I M e s T R A L , e O BLOg TRARá Os pOsTs dIáRIOs INspIRAcIONAIs. e s p e R A M O s Q u e v O c ê s s e d I v I R TA M N A s p á g I N A s A s e g u I R c O M O N Ó s N O s A L e g R A M O s N A s R e u N I õ e s d e pA u TA , s e s s õ e s d e f O T O s e N O f e c h A M e N T O d A e d I ç ã O d O g s I N T h e c I T Y. ABRAçOs, juLIANA cesAR e vIvIAN LOBeNweIN.

expediente

d i r e Ç Ã o c r i aT i Va juLIANA cesAR e vIvIAN LOBeNweIN

ediTora juLIANA cesAR

proJeTo GrÁFico e diaGraMaÇÃo vIvIAN LOBeNweIN

reVisÃo s I Lv I A A R g e N TA

c o L a b o r a r a M n e s Ta e d i Ç Ã o AMANdA dAMs dIegO LARA jeff MAchAdO j O ã O pA u L O j O h N N Y LIeZA Neves MAgNO BOTTReL pIeRO RechIA pRIscILA sOuZA vINícIus ANTuNes

esta publicação online é independente e todo o conteúdo é de responsabilidade de quem assina as matérias. A periodicidade é a cada dois meses.

O QuALQueR BOBAgeM é uma revista que dissemina informações e pessoas de talento.

conto por Lieza Neves

Mulher

gosta

8

mesmo

ĂŠ de

cachorro

Ela pensa que é minha dona.

dedos numa máquina com um visor que parece hipnotizá-la, toma banho todo dia (e fica feliz, chega a cantarolar), fala sozinha com um aparelho pequeno grudado ao ouvido, testa várias roupas antes de escolher qual prefere, sendo que elas servem apenas para proteger do frio. Quando me coloca uma coleira, a pobrezinha pensa mesmo que conduz.

No início da relação, eu fui ocupando os espaços discretamente. Não se pode assustar com caprichos e vontades logo de cara. A conquista vem aos poucos.

Assim que pude passar da minha cama pequena para a imponente box de molas ensacadas, não havia mais volta: o mundo era meu.

Tenho necessidades básicas, mas só isso não me alimenta. Preciso de sua atenção, de seus abraços, de sua voz (mesmo quando alterada supondo me reprimir de alguma falha).

Eu a deixo pensar, apesar dos sinais evidentes de que, no fim das contas, quem domina sou eu. As mulheres precisam disso: acreditar que ditam as regras quando, na verdade, nasceram para nos servir. Sim, eu puxo o cobertor! Pego a maior parte, deixo seus pés de unhas feitas pra fora, passando frio.

Ela bem que tentou fazer doce, dizendo “só hoje”, “é a última vez que você dorme aqui”, mas logo estava pedindo licença para se virar sem me causar desconforto.

De vez em quando, vejo que ela quase se esmaga de um lado da cama que encosta na parede, ou quase cai do outro, só para me deixar no lugar que escolhi deitar. E não tenho remorso.

Sei que assim vou me fazendo compreender, sem palavras, sem comunicação óbvia. Tudo com muito cuidado, para que ela não perceba o quanto preciso dela também.

Isso de demonstrar carências é típico das mulheres. Eu, por outro lado, me faço forte, decidido, soberano. Não quero que ela note como fico deprimido só de pensar em perdê-la. Não posso com essa ideia. Preciso partir antes.

Deitado ao seu lado, viro de costas. Se quiser que me abrace. E ela abraça.

Abraça, me serve comida, me leva a passear, paga minhas contas, compra o que preciso. Me banca. As mulheres fazem qualquer coisa em troca de fidelidade.

Me deixa ocupar a cama como quiser, acorda cedo sem fazer barulho, não acende a luz para trocar a roupa. Mas sai feliz e enche a boca, orgulhosa, para dizer a todos que é minha dona.

Me pego observando seus hábitos tão estranhos: passa horas batendo os Narrado por Wandeko, beagle, 8 anos Traduzido do cachorrês para o português por Lieza Neves, sua dona

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2012/13

por juliana cesar

seM MUDaNças BrUscas eNTre a TeMPoraDa De verão 2012, o oUToNo/iNverNo QUe segUe MaNTéM Diversos eLeMeNTos e TeNDêNcias JÁ aPoNTaDas aNTeriorMeNTe. as cores TaMBéM. aLéM Da voLTa Do PreTo coMo carro-cHefe Da carTeLa De cor, o LaraNJa aiNDa é UMa oPção cerTeira, assiM coMo o BeriNJeLa, ToNs De viNHo, verMeLHo, verDe-esMeraLDa e BraNco. o fUTUro De MaD MaX e o veLUDo ressUsciTaraM. as coMBiNaçÕes eNTre as Peças PerMiTeM aLgUNs eXageros Nas soBrePosiçÕes. Do verão Da LoUis vUiTToN, a iNfLUêNcia Dos aNos 50 esPaLHa-se, e a PersoNageM LisBeTH (MiLLeNiUM - os HoMeNs QUe Não aMavaM as MULHeres) Marca o Novo gÓTico. TaMBéM Da TeMPoraDa aNTerior, a esTaMPa Da JiL saNDer e os casacos oversiZeD Da BaLeNciaga agora são TreNDs aBraçaDas Por oUTras Marcas. aPesar Da DiversiDaDe Das ProPosTas, NeNHUMa DeLas aNDa soZiNHa. MesMo QUe sUTiLMeNTe, os eLeMeNTos De DUas oU Três TeNDêNcias MisTUraM-se, DeiXaNDo a MoDa aiNDa Mais fÁciL De ser UsaDa e aBsorviDa PeLos coNsUMiDores. veJa Nas PrÓXiMas PagiNas essas e oUTras TeNDêNcias QUe DeTecTaMos Para o oUToNo/iNverNo 2012/13.

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bbUAARn n comportamento por vivian Lobenwein

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nOide

A NOVA VIDA COTIDIANA DE UM MUNDO qUE VIVE DE ANDROIDES NO MEIO DA SELVA URBANA

Un ó iR comportamento

desde o fim do século xIx, a sociedade vem passando por vários movimentos artísticos, urbanos e literários. daí vem a pergunta: será que nós, que vivemos agora a segunda década do século xxI, estamos passando por algum tipo de movimento?

bA

faz tempo que venho lendo e escutando que “as pessoas estão cada vez mais exigentes e consumindo mais”, que “tudo é efêmero, obsoleto” ou ainda que “o mundo, depois da globalização, recebe e gera informações de forma cada vez mais rápida”. Ok, tudo isso é verdade, mas cadê a essência, a moral disso tudo, refletido daqui a 50 anos?

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Assim como existiu o futurismo, a semana de 22, o baby boom e as mulheres queimando o sutiã nos anos 70, o que nós fazemos agora?! pelo que lutamos? No início dos anos 80, achavase que no ano 2000 as pessoas voariam em seus carros flutuantes. Na virada do século xxI, fomos ameaçados por um bug do milênio que não aconteceu e também não teve uma explicação aprofundada. vai ver que é por isso que entramos num século sensacionalista, movido de aparências e consumo ainda mais supérfluo. A imagem nunca teve tanto espaço - e também nunca foi tão distorcida. posso estar sendo romântica demais para você? provavelmente sim... devo estar parecendo o gil, personagem do filme Meia-Noite em paris. Mas é justamente por essa ideia do vintage, do resgate do passado e dos ancestrais estarem tão “na moda”, é que vejo, comparo e penso: em qual caminho

estamos levando nossas conquistas, nossas descobertas? Acho bonito nos preocuparmos com a ecologia, mas é a tal história: ao mesmo tempo não vivemos mais sem nossos gadgets. Não há como ficar sem celular, não há como ficar sem o iphone, impossível não ter um notebook para trabalhar onde quiser. claro que a tecnologia sempre traz muitas vantagens, não pretendo de forma alguma parecer uma willian Morris do século xxI. só quero que nos achemos no meio de tanta informação, de tantas mídias e plataformas e usemos isso ao

“

ACHO qUE ESSE é O MOVIMENTO ARTÍSTICO E CULTURAL DESTA NOVA DéCADA, DOS ‘ANOS 10’

fotos: juliana cesar

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comportamento

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nosso favor, sem vícios, sem prejudicar as próximas gerações.

Observando pessoas de variadas idades, percebo que muita gente hoje continua tendo medo do que a burguesia viveu há um século: o de ficar para trás nos quesitos de conhecimento e de tecnologia. A diferença agora é que nós não temos limite, pois podemos entrar em contato com uma pessoa de outro país e trocar uma ideia, assim como pesquisar o que quiser. Temos, claramente, muitas semelhanças com as pessoas de 100 anos atrás: sedentas por novidades, mas com receio do que pode acontecer e se vai dar certo. será por isso que essa onda de ressuscitar tudo que seja relativo há 20, 30, 50, 100 anos esteja tão em voga?!

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Acho que esse é o movimento artístico e cultural desta nova década, dos “anos 10”: a tecnologia em busca da manutenção do novo e do resgate do antigo. Quer um exemplo? Acho o Instagram um dos principais representantes. ele é um aplicativo feito para compartilhar imagens através de seus gadgets. com ele, você pode fotografar tudo o que vê, jogar isso nas mídias sociais e compartilhar seus gostos e seus momentos. Quem curtir, vai para sua roda de amigos, pode se tornar uma pessoa para trocar ideias, tornando o aplicativo numa espécie de portifólio do seu trabalho e da sua vida. O Instagram permite tirar fotos quadradas, com borda preta, sem borda preta, com efeito de cor vintage, saturada, sépia e por aí vai. são muitos efeitos que um photoshop até pode desempenhar, mas temos tudo ali, na hora, para captar o momento. Tudo tem que ser rápido, instantâneo.

R

bAn a fotografia é a grande bola da vez, pouco mais de 100 anos depois do seu surgimento.

Passamos a virada do novo século tentando explicar a importância da moda, as várias formas de comportamento e o que é aceito ou não hoje em dia. Não posso dizer que estamos fazendo tudo igual, mas que o passado anda inspirando para criar o novo, isso não temos como negar.

Tudo precisa ser explicado. Todos precisam ser rotulados. preciso saber, para me dar bem no mercado, se sou da geração x, Y ou Z. Mas, ao mesmo tempo, tem gente que não está nem aí para isso, quer mais é virar hippie e ser feliz. e na verdade não é o que todo mundo quer? ser feliz é o motivo dado para diversas ações, para vender muitos produtos, para estar nas mídias e estar rodeado de amigos. A felicidade sempre está relacionada ao dinheiro. então vamos escrever livros de educação financeira, criar novas profissões e ir atrás da riqueza e de uma velhice feliz. velhice?! Não... velhice não... os corpos hoje são outros. para eu ser bonita, preciso malhar muito, ter bumbum e seios que lembrem frutas e andar de roupa grudada por aí. e a medicina tem ajudado as pessoas a ficar com peles 47 esticadas e bocão da Angelina jolie. Isso que é bonito! essa é a nova silhueta. há muitos carros nas ruas, mas também temos de andar de bicicleta. Andar a pé. viver a vida numa boa, sentar e ver o mundo passar. vivenciar momentos únicos. Isso sim é o nosso movimento cultural: cultivar bons momentos, comer bem, passar a vida, que é muito curta, perto de quem se ama e de quem nos faz bem. perdoar, amar, compartilhar. O resto que vier é lucro.

inverno 2012 por Juliana Cesar

, vem frente fria ências com as tend de moda Em sintonia , as semanas , tecidos, shapes internacionais pelas propõem influenciados brasileiras e cores já estão vertentes verão 2012 que ondres e L de , es õ aris P , coleç de Milão de desfiles araras nas temporada nos meses ltima ú A NY. que aconteceu outras reforça internacionais Paulo e março io e o São moda R fevereiro de o Fashion sutis, a durante mudanças vistas eek. Com W calma, semPara Fashion de forma ões. evoluindo repaginaç á de est com na hora sustos e , é positivo o armário grandes peças para nós, consumidoras , de outras novas em quecidas es investir trends aquelas aqui, algumas ou resgatar que . Separamos inverno os nosso décadas o para lojas para nas detectadasadquiridas por vir. estão podem ser ue zinhos q dias frio

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inverno 2012

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Formas arredondadas com destaque para os ombro a volta do conjuntinh

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Metalizados

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inverno 2012

animale

Tecidos veludo, couro, peles

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Estampas geométricas Transparência e cores da terra mix de texturas e tonalidades

espaço fashion

Alexandre Herchcovitch

inverno 2012

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galeria

ur b a n a a cidade de florian贸polis tamb茅m tem seus momentos de concreto Fotos Vivian Lobenwein

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“

Wa l d i r e ra o cac h orro fav or i t o d a s madames da regiĂŁo!

Diego Lara Diretor e ilustrador www.diegolara.tumblr.com

entrevista

vestidOs 74

P ARA MATAR CÃES já SÃO FOFOS POR NATUREzA. POR qUE NÃO DEIXá-LOS MAIS LINDOS COM ROUPAS E ACESSóRIOS qUE ACOMPANHAM A MODA DE SEUS DONOS? pensando nisso, a estilista carolina Kanashiro, 31, criou a crystal dog, uma grife de luxo para cachorros. Natural de curitiba, carolina morou e estudou em são paulo até vir para florianópolis. Apaixonada por animais e observadora, ela percebeu a oportunidade de investir no mercado de acessórios para animais de estimação, com design diferenciado, sofisticado, exclusivo e qualidade de primeira linha. “Numa época em que as famílias estão cada vez menores, os pets conquistam seus espaços nos ambientes domésticos e ganham cada dia mais agrados. O lifestyle da crystal dog traduz bem esse novo comportamento, oferecendo vestidos, camisas, pólos, saias, bermudas, camas, coleiras, mantas de inverno e bolsa transporte, entre outros produtos”, conta a estilista. conheça mais sobre a crystal dog na entrevista a seguir:

vestido jardim

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qualquer bobagem - como surgiu a ideia de criar uma brand para pets? carolina Kanashiro - sou apaixonada por cães. Tenho uma westie fêmea e um casal de scottish. sempre fui uma consumidora voraz de artigos pets. em todas as minhas viagens internacionais, trago uns mimos para meus mascotes. por que não conciliar paixão com vocação e profissionalismo?

O mercado movimenta mais de R$ 11 bilhões no Brasil, país que ocupa o 2º lugar no ranking e se firma cada dia mais e, em breve, se tornará a maior potência no mercado pet mundial. qb - Você já tinha experiência com o mercado de moda? Fale um pouco sobre ela. cK --sou formada em Negócios da Moda pela universidade Anhembi Morumbi.

Trabalhei oito anos no mercado de

entrevista luxo nacional, na Le Lis Blanc. casei e mudei para florianópolis. sem área para trabalhar, pois a capital ainda está em desenvolvimento no segmento de luxo, senti que era a hora de realizar um antigo desejo: lançar minha própria marca. qb - por que optou em produtos somente para cachorros? cK - A anatomia dos gatos é muito próxima da dos cachorros. Assim, todos os itens podem ser usados por eles também, principalmente camas e futtons.

Temos muitos clientes que esperam ansiosos pelos nossos lançamentos.

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qb - qual o diferencial da sua marca dentro do mercado de moda para animais de estimação? que materiais são usados na confecção das peças? cK - O principal diferencial são as peças elaboradas com peles, cristais e aplicações. cada produto recebe um bordado especial, um tecido ou pele diferenciada, um strass sofisticado. Até o básico recebe um mimo. para o inverno 2012 apostamos nos tecidos aveludados, peles ecológicas, rendas, bordados e laços de veludo. A cartela de cores da coleção basicamente será azul-marinho, rosa, cinza mescla, vinho do porto, verde militar, off white e capuccino.

Todo inverno lançamos casacos de pele incrivelmente poderosos, cangurus de moleton sofisticado sem perder a esportividade, camas com aplicações de renda e pedrarias, além da nossa incrível coleção de calcinhas, que mais parecem saias com cristais ou laços de veludo. para fugir da concorrência buscamos ideias inovadoras e combinações sofisticadas para manter nossa imagem e padrão de qualidade.

qb - onde você busca referências e inspirações para os pets? cK - para tornar todos os desejos caninos realidade, buscamos inspirações nas ruas, nos tradicionais passeios no parque, à beira-mar, em viagens internacionais e nas grandes passarelas internacionais de moda humana. como trabalhamos com tecidos de excelentíssima qualidade, nacionais e importados, dos melhores fornecedores da moda humana, nossos pets estão antenados com os looks dos seus donos.

O PROCESSO DE CRIAÇÃO SEGUE A MESMA DINÂMICA DO MERCADO DE MODA HUMANA: PESqUISA DE TENDêNCIA NO EXTERIOR, ESTUDO DOS LANÇAMENTOS DE MATéRIAS-PRIMAS, DESENVOLVIMENTO DE PEÇAS PILOTOS, ANáLISE DE VENDAS E FEEDBACK DOS CLIENTES. qb - como é o seu processo de criação? Você segue a mesma dinâmica de criação e desenvolvimento de coleção do mercado de moda? cK - O processo de criação segue a mesma dinâmica do mercado de moda humana: pesquisa de tendência

Canguru bicolor

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no exterior, estudo dos lançamentos de matérias-primas, desenvolvimento de peças pilotos, análise de vendas e feedback dos clientes. Aliando todo esse material, lançamos duas grandes coleções, verão e inverno, com uma média de 40 modelos por temporada.

No decorrer do ano outros pequenos lançamentos são inseridos nas coleções.

A criação é própria e exclusiva, e a produção é terceirizada. qb - Você exporta seus produtos? como o mercado externo recebe a crystal dog? cK - hoje temos muitos revendedores por todo o Brasil, de Roraima ao Rio grande do sul. Nossas participações em grandes feiras nacionais e, principalmente, na pet fashion week,

em Nova York, foram importantíssimas para abrir o mercado internacional para a crystal dog. O sucesso neste último evento nos rendeu uma matéria no The New York post. estados unidos e frança fazem parte do nosso mapa de distribuição. qb - seus clientes são cachorros de pequeno porte ou você confecciona produtos para todos os tamanhos de cães? cK - O foco principal são os cachorros de pequeno e médio porte, entre 500 gramas e 11 kg, como das raças westie, Yorkshire, pinscher, Maltês, shi tzu, Lhasa Apso, pug e dashund. Mas, durante o ano, lançamos alguns produtos para cachorros grandões de 30 a 50 kg, como cangurus e colchonetes.

entrevista

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qb - qual o produto que mais agrada seus clientes (donos e cães)? cK - Até chegarmos à modelagem ideal, com conforto, mobilidade e beleza, todos os produtos são provados e aprovados em nossos modelos caninos. Acreditamos na filosofia de que todo animalzinho de estimação merece muito cuidado e “mimos” para deixá-lo mais bonito, elegante e divertido. porém nunca forçamos o animal a usar uma roupa ou acessório que lhe limite os movimentos ou o machuque. Quando provamos os produtos, já percebemos se ele está realmente confortável e gostando da brincadeira. qb - onde encontrar aqui no brasil? cK - Mantemos contato também com nossos clientes de varejo onde não temos revendedores através do site www.crystaldog.com.br.

fotos amanda dams

“Sou hiperativo e simpático com todos, mas implico com o carteiro e os garis. Eles me deixam irritado; desconto fazendo buracos”.

Buddy, manezinho da ilha American Sttafforshire, 04 anos de idade Chapéu e gravata de poá Qualquer Bobagem store

“Na minha idade, posso comer de tudo. Sorvete e bolinhos de carne são meus pratos favoritos”.

Chiara, lageana Akita-Inu, 11 anos de idade gola de pele Qualquer Bobagem store e óculos acervo

r a c o l o c o r “Ado s a t a p s a h n i m s é p s o e r b so . ” s a o s s e p das

Bebel Gilberto, carioca S達o Bernardo, 05 anos de idade Colar e pulseiras Parco Design

“Sou amoroso e gosto de beijar as pessoas na boca”.

Tom Jobim, manezinho da ilha Setter Irlandês, 03 anos de idade Óculos e lenço acervo

é o h l “Baru e u q a s i o c uma e m e t n e m l a e r . ” a d o incom

Bolota, manezinha da ilha Pug, 1 ano e 6 meses de idade Flores acervo

e d o t s o G a n o h n i r ca a n e a ç e b ca . ” a g i barr to, r e b l i João G ano t paulis ow, Ch w o h C ade d i e d s 04 ano esign arco D

Colar P

“Não curto intimidade com estranhos”.

Nara Leão, paulistana Chow Chow, 04 anos de idade Colar versace para H&M

“Sinceramente?

Não gosto de outros cães.

Eles desviam a atenção da minha dona”.

Tobby, curitibano Yorkshire, 10 anos de idade Fantasia acervo

é o d i t a l u e “M . ” y x e s e o c rou Otto, origem desconhecida Basset Hound, 08 anos de idade Óculos acervo

fotografia E TRATAMENTO DE IMAGEM amanda dams styling: jULIANA cESAR E vIVIAN lOBENWEIN direção de arte: vivian lobenwein agradecimentos: JEFF MACHADO Marília Ostrowski FRANCI ODEBRECHT (parco design)

Fone.: 48 9647.7207 www.magnobottrel.com.br | facebook.com/magnobottrel Modelo: Renata Cechinel | Produção: http://www.prefirochampagne.com/

DESIGN por vivian Lobenwein

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O MUNDO PODeria SER UMA BORBOLETA...

E ATé FOI - MAS Só NO INÍCIO DO SéCULO XX COM O ART NOVEAU

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á pouco mais de 100 anos, nossos tataravós provavelmente viviam uma situação parecida com a nossa. Era virada do século, a Revolução Industrial invadia as casas, modificando a vida das famílias, e nada se podia fazer: a evolução estava batendo à porta. Mas, no fim do século XIX, um cara chamado William Morris queria mudar essa nova visão, que considerava “coisa do inferno”. Cidades infestadas de chaminés que expeliam fumaça, operários trabalhando em condições precárias - praticamente escravos -, e o resultado final disso eram objetos sem valor estético nenhum. Surge, então, o Arts and Crafts.

Esse movimento, ocorrido na Inglaterra, foi encabeçado por Morris e John Ruskin para resgatar as coisas boas do passado e criar uma nova linguagem que se opunha a qualquer coisa industrializada. Ambos defendiam a manufatura e não a produção em massa, buscando pelo novo e tentando dar aos bens de consumo um ar mais agradável. Foi daí que veio a vontade de trazer a pintura, a botânica, a renascença, tudo junto, provocando o surgimento de mais um movimento, rápido e confuso, mas extremamente importante para o design, a moda, a arquitetura e os movimentos artísticos futuros. O nome dele? Art Noveau.

Uma nova arte?

Sim, uma nova arte, para acompanhar um novo século, um novo mundo. O Art Noveau surgiu na Europa, mas se disseminou por todo o planeta através de objetos, revistas, livros, cartazes e roupas em função da expansão dos meios de transporte e de comunicação da época.

Na página anterior: a famosa escada de Victor Horta para o Edifício Tassel.

1. Impressão xilográfica japonesa com flores e pássaros 2. A atriz de teatro Gladys Cooper com vestido de pedrarias e plumas 3. Cadeira de Charles Renne Mackintosh 4. A sala de William Morris 5. Joia “Sylvia”, de Henri Vever 6. Cartaz de cigarros de Alphonse Mucha 7. Vasos feitos em fábrica

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9 DESIGN A ideia central do Art Noveau era mais ser um estilo decorativo, e não um movimento artístico. Por duas décadas, influenciou nomes importantes de várias áreas, como Victor Horta na arquitetura, Gustav Klimt nas artes e Mucha no design gráfico, além de muitos outros que, mais tarde, ficaram conhecidos por movimentos como cubismo e surrealismo.

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Por mais que o Art Noveau seja ignorado por algumas pessoas no decorrer da história, por acharem rebuscado ou antigo demais, ele tem a sua importância comprovada nas influências que causou. Tendo como antecessor a era vitoriana, rígida e camuflada pela indústria - o grande pavor de Morris -, a arte nova trouxe as curvas e as formas orgânicas numa linguagem fluida, que adornava jarras, vasos, cadeiras, prédios e capas de livros.

A natureza, a fauna, a flora e o corpo feminino eram as grandes inspirações, além do ukiyo-e (os europeus foram conquistados pelo movimento artístico japonês que combinava narrativas realistas com artes decorativas e passaram a usá-lo na xilogravura e nas poesias). Estava aberto o caminho para novas ideias.

8. Janelas da “Casa Horta” 9. Cartaz “A turnê do gato preto”, de Théophile Alexandre Steinlen 10.

Fivela de Henry Van de Velde 11. Cartaz para o concentrado alimentar Tropon, de Henry Van de Velde

DESIGN A influência do Art Noveau em pleno século XXI O século XX não manteve o movimento por muito tempo. O custo por algo artesanal sempre foi mais caro, e as pessoas preferiram viver entre plásticos e outros materiais provenientes da indústria. Mas hoje, no nosso século, o Art Noveau voltou e está com tudo em 2012. Aposto que você já deve ter em casa um brinco, um enfeite de decoração, alguma coisa que remeta aos animais e às flores.

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Desde 2002, já passamos pela febre das libélulas e, aos poucos, insetos de todos os tipos invadiram a moda e a decoração.

Podemos observar ainda bichos como andorinhas, tigres, cobras, corujas, borboletas, pandas e pinguins. No segmento handmade, coelhos, veados e outros animais surgem feitos de crochê ou feltro, em bordados e em cerâmica. O papel de parede é o boom do século na decoração, pois voltou com força, mais qualidade e permite mil e uma ideias. Na moda, a presença das flores estampadas quase como fotografias e dos animais é constante há quatro coleções.

Camisetas, saias e vestidos estampados de andorinha, trend iniciada pela Miu Miu para o verão 2010, estiveram em lojas do mundo todo para qualquer classe social e abriram os olhos da indústria para que outros animais compusessem motivos semelhantes. Na última temporada, estampas orientais de flores e corujas demarcaram seu posto no inverno 2012/13. As influências de exatos 100 anos atrás continuam...

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E você, já tem sua peça ou objeto Art Noveau?

12. Pug de cerâmica da loja francesa Fleux 13. Anel de onça e polvo da H&M verão 2012 14. Blusa Top Shop 15. Coleção outono/inverno 2012/13 Proenza Schouler 16. Print de borboleta na decoração 17. Flores para segurar a cortina, da Urban Outfitters 18. Coleção inverno 2012 Samuel Cirnansck 19. Colar de besouro Qualquer Bobagem Store

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Foto ZĂŠ Takahashi / Ag. Fotosite

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MUSICA por joão paulo johnny

A REVOLUÇÃO

dO videOCliPe

dOs AnOs 60 AOs diAs AtUAis

the bUggles - videO Killed the RAdiO stAR

http://www.youtube.com/watch?v=w8r-txRLazs&ob=av2n

O

dia 1˚ de agosto de 1981 foi um divisor de águas para a indústria fonográfica mundial: entrava no ar o canal norte-americano MTv, dedicado exclusivamente à exibição de videoclipes de artistas variados, apresentando uma nova forma de divulgação de música. O primeiro vídeo exibido foi “video Killed The Radio star”, do grupo The Buggles. Longe de exterminar outros meios de divulgação de música, como o rádio, por exemplo, o videoclipe emergiu como uma nova e revolucionária ferramenta de divulgação de um artista, tão importante quanto o rádio e os programas televisivos.

Nos anos 60, os Beatles e os Rolling stones já experimentavam esse formato para divulgar suas músicas mundo afora.

O trabalho audiovisual de Bob dylan para

QUeen - ‘bOhemiAn RhAPsOdy’

http://www.youtube.com/watch?v=fj9ruzIMcZQ&ob=av3e

bOb dylAn - sUbteRRAneAn hOmesiCK blUes http://www.youtube.com/watch?v=IMIlp4zB0eM

“subterranean homesick Blues” poderia ser considerado o mais próximo de um videoclipe conceitual se não pertencesse 141 à abertura do documentário “don’t Look Back” sobre a turnê do cantor pela Inglaterra, em 1965.

O Queen tornou-se o precursor - sem intenções - dos videoclipes ao produzir uma odisseia de imagens épicas para a sua melhor gravação, “Bohemian Rapsody”, virando oficialmente o primeiro clipe da história, em 1975, apesar de controvérsias. Na década de 1970, o programa fantástico já exibia e produzia vídeos de artistas brasileiros como Raul seixas e Ney Matogrosso, estabelecendo o padrão audiovisual da música nacional. com um videoclipe totalmente computadorizado para a canção

MUSICA

elvis COstellO - ACCidents Will hAPPen

the CARs - yOU might thinK

“Accidents will happen”, um exemplo de inovação tecnológica e estética, elvis costello inovou o segmento em 1979. sete anos depois, o The cars iniciava a combinação entre vídeo e tecnologia com o elaborado “You Might Think”, que logo se tornaria influência direta para o fantástico “Money for Nothing”, do dire straits, uma novidade para a época com imagens em 3d que se converteram em referência pop.

e caríssimas, com conteúdo regular e roteiro com história. dessa fase saíram “girls On film”, o primeiro a mostrar nu frontal e sadomasoquismo; “Rio”, que refletia todo o espírito e a atmosfera dos yuppies oitentistas; e save A prayer” e “hungry Like The wolf”, gravados em lugares exóticos como sri Lanka e singapura, com custo muito além do permitido para a época.

http://www.youtube.com/watch?v=f9sf7Kldclk

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Nos anos 80, o videoclipe estabeleceuse como ferramenta importante na divulgação de uma banda, e as gravadoras viram nisso um nicho lucrativo. Aproveitando o pioneirismo de artistas como Michael jackson e peter gabriel, investiram pesado em produções cada vez mais sofisticadas que resultaram em gigantescas vendas de discos.

O duran duran, no início de sua carreira, foi o primeiro a aproveitar ao máximo o novo formato em produções luxuosas

http://www.youtube.com/watch?v=c8oZZjojROo

em 1982, Michael jackson lançou “Billy jean”, um marco para a indústria fonográfica. pouco tempo depois, veio a dança de 15 minutos que transformou a história da música pop para sempre.

“Thriller” quebrou duas barreiras na MTv: pela primeira vez um artista negro se tornou o mais importante da história da cultura pop mundial e sua música, exclusivamente negra, acabou sendo referência de estilo.

“Thriller” ainda se tornaria o videoclipe mais importante e influente de todos os tempos. O impacto causado reverberou

diRe stRAits - mOney fOR nOthing

dURAn dURAn - giRls On film

mundo afora, e sua obra artística serviu de parâmetro para futuros videoclipes, nos quais altos investimentos e ideias inovadoras seriam essenciais. stephen johnson dirigiu, em 1986, o espetacular “sledgehammer”, do inglês peter gabriel, considerado o videoclipe mais exibido na MTv nos anos 80 e o mais influente e inovador depois de “Thriller”.

Os anos 00 apresentaram outra revolução: o advento da internet e de 143 meios de divulgação, como o canal YouTube e vevo, tornaram-se os melhores e mais acessíveis veículos de exibição de videoclipes. A grande diferença entre esses meios e os canais de música MTv e vh1 estaria na possibilidade de escolher o que ver e quando ver. A internet mudou a forma como assistimos a vídeos e isso representa algo importante para as novas gerações. Mesmo com o passar dos tempos, o videoclipe ainda é parte integrante da cultura pop mundial.

http://www.youtube.com/watch?v=wTp2Rud_cL0&ob=av2n

Na década de 1990, meios tecnológicos mais sofisticados foram utilizados por nomes talentosos que quebraram barreiras na indústria audiovisual: david fincher, spike jonze, Anton corbjin e Michel gondry, que revolucionou o formato ao implementar truques de câmera e ideias visuais em vídeos para Bjork, daft punk, foo fighters e Kylie Minogue. destacam-se “Around The world”, “come Into My world”, “Let forever Be”, “everlong” e “human Behaviour”. Atualmente, esses diretores são grandes nomes do cinema.

http://www.youtube.com/watch?v=jAsZnNMbxcg&feature=related

Ainda nessa década, muitos artistas produziram seus próprios clipes, sem o apoio de grandes gravadoras. com criatividade e boas ideias, conquistaram seu espaço no concorrido mercado fonográfico. O nome mais importante dessa leva é o OK go!, um grupo norteamericano que produziu, dirigiu e criou sua própria coreografia no divertido “here It goes Again”, o famoso videoclipe das

MUSICA

tAlKing heAds - ROAd tO nOWheRe

http://www.youtube.com/watch?v=cpQcnjlwte4

miChAel JACKsOn - billie JeAn

http://www.youtube.com/watch?v=Zi_xLOBdo_Y

esteiras que se tornou um verdadeiro fenômeno da internet, ultrapassando os 100 milhões de visualizações no YouTube.

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O videoclipe, apesar de priorizar a imagem em detrimento da música de boa qualidade, tornou-se, com o passar dos anos, um prolongamento da música.

A relação entre ela e a imagem está tão interligada que é quase impossível separar um do outro. um exemplo clássico é o videoclipe de “Take On Me”, dos noruegueses do A-ha, que apresenta uma história em quadrinhos contada através de um videoclipe em preto e branco.

dAft PUnK - AROUnd the WORld

http://www.youtube.com/watch?v=s9Mszve7aR4

A verdade é que o videoclipe construiu em si mesmo uma relação tão intrínseca com a música ao ponto de extrapolar os limites dela própria, mudando a maneira de vender e até mesmo de gravá-la. para o bem ou para o mal, essa mudança tornou o universo pop mais divertido.

OK gO - heRe it gOes AgAin

http://www.youtube.com/watch?v=dTAAscNK7RA&ob=av3e

Para acessar o 1001videoclipes: http://1001videoclips.wordpress.com/

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barroco trend elementos que retratam religiosidade, amor e sofrimento.

As cores e os relevos nos tecidos e objetos são exagerados, assim como a utilização do dourado.

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adr de cena cães NO cINeMA NeM seMpRe gARANTeM uMA BILheTeRIA de sucessO, MAs QuANdO uM cAchORRINhO fOfO Ou cARIsMáTIcO eNTRA NO eLeNcO pARA cONTAR uM BOM ROTeIRO NãO TeM pARA MAIs NINguéM. espeRTOs e expRessIvOs, sãO BONs ATORes e RARAMeNTe pAssAM despeRceBIdOs, pOdeNdO ATé ROuBAR Os hOLOfOTes sÓ pARA eLes. por juliana cesar

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O

exemplo mais recente de roubo descarado e marmelada para o lado canino é no ganhador do Oscar 2012, o filme O Artista (2011). chega-se a questionar quem é realmente o artista da história: o ator ou seu fiel escudeiro? uggie, o cão da raça jack Russel Terrier, tem outros quatro filmes no currículo e desfilou nos tapetes vermelhos do mundo todo, comparecendo em pré-estreias e premiações como o globo de Ouro e o próprio Oscar, onde representou O Artista. Ainda ganhou o prêmio golden collar Award como o melhor cão no cinema em 2012, derrotando outro favorito, o doberman Blackie, de As Aventuras de Hugo Cabret (2011). essa premiação, aliás, foi lançada esse ano. provavelmente por causa do bafafá causado por uggie.

Apesar do prêmio ter sido criado agora, os cães destacam-se no cinema há décadas, 153 muitas vezes tornando-se ícones. Lassie, a elegante collie mais famosa do mundo, estreou no cinema nos anos 40 ao lado de elizabeth Taylor. O sucesso do filme Lassie – A Força do Coração (1943) beneficiou ambas as estrelas. No caso da cachorra, ela participou de cerca de 10 filmes e três séries de tv.

Nesse primeiro filme, Lassie tem amizade incondicional com um menino, joe, e essa parceria é a primeira retratada nas telas sob essa ótica. conhecido como o melhor amigo do homem, na maioria dos casos é assim que os cachorros aparecem nos filmes. O pastor alemão Rin Tin Tin é um caso especial. Nos anos 20, um soldado americano encontrou um filhote na frança, no final da primeira guerra Mundial, e levou-o para os estados

em sentido horário: filme Amores perros; verdell com jack Nicholson; Lessie nos anos 40 e uggie no Oscar 2012

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em sentido anti-horário: Marley; Beethoven; hachi; Dama e o Vagabundo

unidos. Lá, Rin Tin Tin trabalhou no circo e estrelou diversos filmes no cinema nas décadas de 1920 e 1930. Outros cães da vida real tiveram suas histórias contadas nas telas com muito sucesso. Marley, o labrador bagunceiro de john grogan, já era um bestseller literário antes de ir para o cinema no divertido Marley e Eu (2008). e, ainda, hachi, o Akita-Inu que ficou cerca de 10 anos esperando o dono voltar em uma estação de trem no japão. No cinema, a versão mais famosa traz hachi para o ocidente, na qual contracena com Richard gere em Sempre ao Seu Lado (2009), em um dos filmes mais emocionantes sobre a lealdade de um animal. O japão também produziu um filme sobre o cão, Hachikô Monogatari, de 1987.

Outro ator canino que conquistou suspiros foi o da raça grifo de Bruxelas de Melhor é Impossível (1997). O personagem verdell acaba hospedado no apartamento de Melvin (jack Nicholson) e amolece o coração do preconceituoso e sarcástico escritor.

O são Bernardo já foi estrela de algumas produções, como na série de filmes Beethoven (1992, 1993, 2008) e em Cujo (1983), filme de terror baseado em um livro de stephen King. cujo também é conhecido através da série friends. em um dos episódios, joey conta que morre de medo do cachorro, que contrai raiva e ataca os moradores de uma pequena cidade. comédias românticas e fitas infantis, de aventura ou desenhos animados têm uma queda maior pelos cachorros e são aí que eles conseguem mais trabalhos como o snowy, o companheiro de Tin Tin (As Aventuras de Tin Tin, 2011); Benji (1974); Bolt – o Supercão (2008); einstein, o sheepdog do cientista doc Brown de De Volta Para o Futuro (1985); o chihuahua de Legalmente Loira (2001); e os 101 Dálmatas (1961 e 1996) e a Dama e o Vagabundo (1955), ambos da disney.

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De cima para baixo: einstein, o sheepdog do cientista doc Brown; o doberman Blackie de As Aventuras de Hugo Cabret

um dos grandes destaques do cinema, Amores perros (traduzido como Amores Brutos no Brasil) é um filme mais sério sobre cachorros e muito bem executado.

A história acontece na cidade do México e começa com um acidente de carro envolvendo diversos indivíduos com histórias de vida diferentes, nas quais os cachorros têm participações importantes nas decisões de cada um dos personagens principais. O filme é de 2000 e marca a estreia do diretor mexicano Alejandro gonzález Iñárritu.

A lista de participação de cachorros no cinema é longa, se pensarmos no bichinho como protagonista, coadjuvante ou figurante. Nos estados unidos, funcionários da American humane acompanham as gravações nos sets de filmagens para garantir o bem-estar dos animais e para que não sofram nenhum mau trato, sejam alimentados adequadamente e respeitados pela equipe. há cinco décadas, a American humane realiza esse trabalho. em uma reportagem da cNN, uma das funcionárias define o seu trabalho de uma maneira muito legal. “Nós falamos pelos animais. Todos podem escolher estar aqui, eles não”, diz.

Respeitados pelos colegas e com bons roteiros caindo em suas patas, só faltam mais pegadas na calçada da fama de hollywood. Três cachorros já garantiram suas estrelas: Lassie, Rin Tin Tin e strongheart, outro pastor alemão que foi artista do cinema mudo no final da década de 1910 e nos anos 20.

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