Exportação Como driblar a crise
Inverno 2016
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Confira os hits da temporada
Sustentabilidade Estruturas para o futuro da moda Couro de peixe Projeto Identidade Design EstratÉgico
EXPEDIENTE
DIREÇÃO EDITORIAL Giuliana Brandão e Rosenildo de Amorim COMERCIAL Equipe SINCASJB Coordenação de conteúdo Juliana Albuquerque Cesar DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Vivian Lobenwein Colaboradores Ana Clara Montez, Cintia Lie Matuzawa, Danilo Duarte, Silvia Argenta, Carla Lemos e equipe Modices, Ilse Maria Biason Guimarães, Caroline Baum, Gisele Najjar, Marcella Xavier, Magno Bottrel, Silvana Dilly, Schirley Booz, Marney Carminatti, Mariana Najjar, Franciele Huebel, Lau Neves
REVISÃO DE CONTEÚDO Silvia Argenta
executivo@sincasjb.com.br imprensamodacatarina@gmail.com
www.sctradeshow.com.br
EDITORIAL Se 2015 fosse traduzido em uma palavra, ela seria “MOVIMENTO” Numa escala global, turbulências diárias estão dando aos líderes e investidores muitas razões para agirem com cautela, já que eles precisam enfrentar grandes desafios constantemente. O aumento de dívidas governamentais, os mercados voláteis, as crises sociais e religiosas, a instabilidade de moedas, os impasses políticos e o crescimento estagnado ameaçam as economias dos países desenvolvidos e os chamados emergentes. Tradicionalmente, os sobressaltos atuais indicam mudanças profundas e estruturais que definirão a agenda dos negócios no futuro não só aqui no Brasil, mas também no mundo. Apesar das manchetes negativas dos jornais e das tensões diárias do mercado, nossa postura permanece perseverante na implementação de melhorias, conhecimentos específicos, identidade de marca e design de produto. O Polo de São João Batista continua firme e forte em seus propósitos e o que as páginas seguintes nos mostram é o compromisso que assumimos com os nossos empresários, clientes e marcas. Nesse sentido, o consumidor final continua sendo o foco mais importante de todos os nossos esforços. Podemos dizer que o próximo perfil de consumidores chegará com uma grande demanda, porém com critérios de avaliação extremamente elevados. Por trás dessa lógica, queremos mais design, mais inovação e mais conforto para os pés com um preço justo. Grande parte do nosso valor estará nas pessoas, que poderão fazer toda diferença no engajamento, na busca por qualificação e no reconhecimento, elevando a qualidade de nossa gestão e consequentemente aumentando o resultado e a solução de nossas demandas. O que está por trás da tendência? As inovações sutis, que são melhorias possíveis de ser geradas a partir de mudanças de processos, de modelos de negócios ou de novas percepções do mercado e/ou consumidor, serão particularmente importantes. Elas não costumam fazer parte das definições tradicionais de inovação, mas se tornarão cada vez mais comuns. O resultado das inovações sutis será o aumento do consumo total, incluindo o consumo de bens não físicos (intangíveis), em contraste com a mera inovação em eficiência, que apenas diminui custos e níveis de preços. O que isso significa para os negócios? Para as corporações, o compromisso no investimento em mudanças de hábitos não é apenas uma necessidade competitiva, mas também criativa. Elas produzirão novos e grandes mercados, fora dos antigos e sobrecarregados. Marketing, pesquisas com o consumidor, melhorias no processo e inovações no modelo de negócios continuarão a ser importantes na criação de mais valor econômico, muito além de apenas ajudar a “ganhar uma fatia maior do mercado”.
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SUMÁRIO
SC TRADE SHOW MAG | EDIÇÃO 5 | NOVEMBRO 2015
78 valores que
não têm preço
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16 glam nature expo
9 institucional Design e Sustentabilidade
12 viagem Roteiro Fashionista
16 expo A dor e o prazer
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20 visual merchandising Consumo Artesanal por Cintia Lie Matuzawa
24 drops Dicas e novidades em cinema, música e eventos
32 brands Customizar está na moda
37 entrevista Os novos capítulos da moda com Cris Guerra
40 comportamento Compartilhar para difundir
44 passado revisitado Tendências do Outuno/Inverno 2016
20 consumo artesanal
113 sustentabilidade
44 passado
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revisitado design estratégico
60 GLAM NATURE Editorial de moda
76 ALEGRIA! ALEGRIA! Infantil
78 VALORI Valores que não têm preço
90 identidade Design Estratégico
102 ação Projeto Moda Catarina SEBRAE/SC
106 cenário O que as marcas precisam saber sobre a crise
116 preview verão 2017 110 exportação Um drible na crise
113 sustentabilidade A favor da maré
116 PREVIEW VERÃO 2017 As macrotendências
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institucional
Design e
Sustentabilidade Os pilares do futuro
Por Ilse Maria Biason Guimarães
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empre pensando na frente, o polo de calçados de São João Batista aceitou o desafio de trabalhar seu planejamento para os próximos 20 anos. A ação, que tem a coordenação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE/SC) e do Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SINCASJB), teve início em outubro do ano passado e envolve um grupo de empresários e instituições nacionais de inovação e design como o Instituto By Brasil (IBB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em um primeiro encontro os empresários discutiram como gostariam que o polo estivesse daqui a 20 anos em relação ao design, à sustentabilidade, à inovação e ao mercado, levantando estratégias e formando grupos de trabalho para cada tema. Como era de se esperar, o trabalho continuou em 2015, e dois grupos foram formados para pensar projetos na área de design e sustentabilidade, os dois primeiros temas escolhidos para serem abordados ao longo do ano. O Grupo de Sustentabilidade é formado pelas empresas Camminare, Shana Amorim, Raro Metais e Show Rio. A coordenação é de José Filho, diretor da Di Valentini. Todas participam do Programa Origem Sustentável, realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). Uma das atividades com início em outubro é a consultoria de eficiência energética nas empresas Show Rio e Camminare. O primeiro passo é diminuir o consumo de energia elétrica para analisar não apenas a redução, mas também como gerar energia. “Sabemos que a energia está cada vez mais escassa e precisamos buscar alternativas de geração”, afirma José Filho, coordenador do Grupo de Sustentabilidade. 9
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institucional
Outro projeto lançado nas rodadas de negócios em Balneário Camboriú é a Coleção Orquidário, composta por porta-cartões com valor agregado, que respeitam todos os pilares da sustentabilidade do Programa Origem Sustentável. As peças trazem o talento e a criatividade para trabalhos manuais do grupo de artesanato Das Catarinas. A matéria-prima utilizada na fabricação é o excedente da indústria de calçados, como resíduos de couro, tecidos e laminados sintéticos. O objetivo é evitar o descarte precoce, humanizar os processos e integrar a produção industrial e artesanal em busca de soluções, inovação, afeto e desenvolvimento sustentável local. A ideia também é promover a aproximação do design, as experimentações criativas, as visitas e a imersão com as artesãs, em uma atividade coletiva desenvolvida através da união de forças, tendo como promotores a Assintecal, o SEBRAE e o SINCASJB. O tema da coleção foi inspirado na família das orquídeas Laelia Purpurata, flor símbolo do estado de Santa Catarina, e contou com o auxílio do estúdio catarinense RatoRói. “Através deste brinde queremos mostrar para a indústria que é possível transformar a matéria-prima descartada em um produto recheado de história, tirando esse material da situação de desuso, em que seu valor não é devidamente percebido, e tornando -o economicamente viável,” diz José Filho. O Grupo de Design é formado pelas indústrias Solabelle Solados, Di Valentini, Contramão, Azillê, Ana Aguiar, Suzani Bissoli, Menina Rio, Século XXX e Cintos Pé D’Agua, com a coorSC TRADE SHOW MAG
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denação de Wanderley Zunino, diretor da Século XXX. O trabalho é desenvolvido através da capacitação das empresas e da criação de uma identidade dos calçados da região, abordando temas como vendas e design. “Os nossos representantes precisam estar alinhados com o produto e com as informações de moda que hoje estão por toda parte e se disseminam muito rápido para o nosso cliente”, comenta Zunino. Entre os projetos está o Iconografia Local, sob a coordenação do estilista Ronaldo Fraga. Ele trabalha com o tema Valores que não têm Preço, explorando os ofícios, o meio ambiente e as memórias da região. A pesquisa resultou em produtos que foram apresentados no desfile do estilista no São Paulo Fashion Week (SPFW) Inverno 2016. Outra ação que é pioneira no polo é a aproximação das empresas calçadistas com as de materiais para calçados. Já está prevista uma agenda de reuniões com empresas de solados, matrizes, cabedais e enfeites, com o objetivo de trabalhar a inovação dos produtos. É por meio dessas ações que São João Batista se mostra mais uma vez um polo diferenciado e que, em parceria com a Assintecal, o SEBRAE/ SC e o SINCASJB, está sempre em busca do NOVO. Fala-se muito da crise que o país está passando, e até poderíamos ficar de braços cruzados perante esta situação, mas acreditamos que todo o cenário, seja ele qual for, é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Ilse Maria Biason Guimarães é superintendente da Assintecal
Viagem
Roteiro
fashionista Vivenciar novas culturas, ouvir diferentes idiomas, observar os cidadãos do mundo e buscar por novidades para aumentar a bagagem de referências e experiências. Tudo isso é uma etapa importante para o trabalho de criação de um designer. Conversamos com duas estilistas do polo de São João Batista para saber mais sobre roteiro de viagem e qual suas cidades favoritas para a execução desse trabalho de pesquisa e reciclagem de moda.
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Milão, Itália
A Samara Bozano, designer da Século XXX, elegeu Milão como seu principal destino para pesquisa de moda. Para ela, a cidade reúne designers, estilistas e marcas muito importantes dentro do setor de luxo. E, claro, é a sede de uma das semanas de moda mais concorridas do calendário fashion, a Milan Fashion Week. Lugares favoritos “O quadrilátero da moda é o principal destino de quem pesquisa tendência, porém a cidade esconde locais bem charmosos e inspiradores, como o bairro de Brera. A região é formada por bares e restaurantes bem charmosos frequentados pelos milaneses, um ótimo local para fazer pesquisa de street style. Lá fica a 10 Corso Como, uma loja conceito (com o nome do próprio endereço) que abriga design inovador para os fanáticos por moda. O ambiente reúne moda, literatura, design de interiores e um bar aconchegante. Tem ainda a Via Tortona, uma espécie de bairro universitário em plena ascensão onde acontecem feiras alternativas, como a White”.
Piazza Duomo
uma dica “A Piazza Duomo é o cartão de visita da cidade. Quem vai a Milão e não tem uma foto em frente à catedral? Cada vez que vou pra lá, tenho um novo registro. É impossível não registrar essa construção que esbanja beleza e com uma arquitetura tão minuciosa”.
Brera
Minhas inspirações As viagens para pesquisa sempre têm um roteiro preestabelecido. Nas horas vagas procuro informações em lugares diferentes, isso sempre agrega na pesquisa. É necessário estar atenta a tudo, arquitetura, decoração, joias, street style, pois todo esse conjunto de informações reflete na criação. De forma crítica e de acordo com o perfil da marca, as informações são analisadas e transformadas em produto”.
White Trade Show A White é um ponto de encontro da moda contemporânea e de referência cultural para a nova geração de designers e artistas. É diferente de outras exposições, pois privilegia design de vanguarda e novos talentos, selecionados através de uma curadoria. A próxima edição será entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2016.
Hora do intervalo “Onde você estiver em Milão, pesquisando ou não, a cidade é inspiradora. Adoro observar, ao entardecer, o movimento em torno do quadrilátero da moda, pois ali circulam pessoas de todas as partes do mundo, de várias classes, religiões e estilos. Poder sair às compras também é ótimo, pois o local é repleto de lojas para todos os públicos e bolsos. Eu particularmente adoro as Zaras de Milão”. Galeria Vittorio Emanuele II 13
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Londres, Inglaterra
Josiane Fraga, designer de calçados da Azillê, dividiu sua paixão por Londres com a SC Trade Show Mag. Ela escolheu a cidade, pois é vibrante, inspiradora e sempre apresenta novidades para os visitantes. Apesar de ser um local que investe bastante em inovações, também sabe manter os valores e as tradições. Lugares favoritos “São inúmeros, desde as galerias, como Liberty, Harrod´s e Selfridges, até a Oxford Street. Há também bares e restaurantes, entre eles o Sketch, com ambientes inusitados e que serve um maravilhoso chá da tarde”.
Sketch
uma dica “Na última viagem tiramos um tempinho para conhecer a Brick Lane. Essa rua é um lugar com uma energia fantástica. É uma opção cool, descolada e exótica de Londres, pois abriga um estilo alternativo e inspirador”. Brick Lane
Minhas inspirações “Nas viagens para lá, eu costumo, em alguns momentos de pesquisa, sentar e observar as pessoas para avaliar seus estilos e suas composições de looks e cores. É enriquecedor observar o jeito londrino de se viver”.
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Sapato de casamento indiano dos anos 1800
16 Crédito imagem: Andrew Bradley
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Exposição de moda exibe o poder transformador dos sapatos
Por Juliana A Cesar
Crédito imagem: Andrew Bradley
Crédito imagem: Victoria & Albert Museum, London
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Prazer
Crédito imagem: Victoria & Albert Museum, London Crédito imagem: Victoria & Albert Museum, London Crédito imagem: © Victoria & Albert Museum, London
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Victoria & Albert Museum (V&A) de Londres, Inglaterra, recebe a exposição ‘Shoes: Pleasure and Pain’, sob a curadoria de Helen Persson. Estão reunidos mais de 250 pares de sapatos históricos e contemporâneos de várias partes do mundo. Alguns são do acervo do Museu e outros de guarda-roupas particulares. Diversos estão sendo expostos pela primeira vez. A mostra explora o aspecto angustiante do uso de alguns modelos, assim como outros que podem provocar sentimentos como euforia e obsessão. Exemplares de épocas diferentes dividem os olhares dos visitantes, como uma sandália decorada com folha de ouro, originária do Egito, e sapatos futuristas criados por impressão 3D. Há, ainda, calçados usados ou associados a grandes personalidades como Marilyn Monroe, rainha Vitória, Sarah Jessica Parker, Lady Gaga, Kylie Minogue e Daphne Guinness. Dos bastidores do cinema, destacam-se as sapatilhas de balé projetadas para Moira Shearer, em 1948, para o filme Os Sapatinhos Vermelhos (The Red Shoes). Também estão expostas criações de 70 grandes designers de sapatos do mundo da moda, incluindo Manolo Blahnik, Christian Louboutin e Jimmy Choo. Outro destaque são as chopines do século 16 – tamancos com plataformas vertiginosas usadas pelas mulheres para evitar que as saias se sujassem de lama. “Os sapatos são um dos aspectos mais notáveis de se vestir. Objetos esculturais e bonitos também são indicadores poderosos de gênero, status, identidade, gosto pessoal e até mesmo preferência sexual. Nossas escolhas dos sapatos podem ajudar a projetar a imagem de quem queremos ser”, diz a curadora da exposição, Helen Persson. A mostra ocupa um espaço em dois andares do V&A e se divide em três temas: transformação, status e sedução. A viagem através dos sapatos nos leva a explorar mitos e lendas, como a Cinderela, e estilos de vida, com exemplares para o lazer e outros quase impraticáveis de calçar por causa da concepção, da forma ou do material. Além disso, há ainda a mudança de foco da moda originária das
As chopines datam de 1600. Veneza, Itália 17
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expo
Crédito imagem: © Victoria and Albert Museum, London
cortes reais europeias – como o icônico sapato pompadour, no século 18 – para as criações recentes de designers famosos, como Alexander McQueen e Sophia Webster. Os sapatos também podem ser objetos de fetichismo, representando autonomia sexual ou fonte passiva de prazer com seus saltos radicais, altos e finíssimos, ou em botas de couro apertadas nas pernas e outros estilos eróticos difundidos pela alta moda em desfiles e editoriais impressos nos últimos anos. Uma das galerias da exposição é dedicada a dissecar os processos de concepção e criação de calçados ao longo dos anos. Filmes, animações, esboços e ferramentas mostram a evolução do trabalho artesanal e as inovações tecnológicas usadas pela indústria, constantemente desafiada a criar saltos cada vez mais altos e formas mais dramáticas. A última parte mostra os sapatos como mercadoria e objetos de desejo colecionáveis. Essa seção é retratada através de seis coleções abrangendo temas como história, moda street, alta moda e tênis esportivos. A exposição vai até janeiro de 2016.
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Crédito imagem: Dan Lowe
As sapatilhas vermelhas do filme The Red Shoes (1948), produzidas pela Freed of London.
Crédito imagem: Victoria & Albert Museum, London
Crédito imagem: Reprodução autorizada pela Northampton Museums & Art Gallery
Na expo é possível conferir um filme com entrevistas de cinco designers e fabricantes: Manolo Blahnik, Sandra Choi, Caroline Groves, Marc Hare e Christian Louboutin.
VISUAL MERCHANDISIGN
Consumo Artesanal A personalização de produtos é a chave para conquistar e fidelizar clientes Por Cintia Lie Matuzawa
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Foto: Divulgação, Giampaolo Vimercati
Foto: Cintia Lie
Artesã pinta lenço Hermès
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Artesão da Hermès trabalha com o couro icônico da marca
ecentemente, uma das temáticas que tenho discutido com outros profissionais do varejo é o grande volume de ofertas de produtos e serviços vindo de todos os lados e formas, nos cercando. Ao consumir algo, não queremos nos sentir frustrados numa empreitada que irá tomar um tempo pessoal precioso, por algo medíocre. Medíocre no sentido de ser algo mediano, abaixo das nossas expectativas. Em meio a tantas tecnologias, tantas inovações, tantas informações e tantas tentativas de sermos únicos, o importante é saber selecionar o que de fato nos interessa. Eu acredito ser essencial, ao consumidor sem tempo, ter a opção de uma curadoria que vá atender às suas ansiedades e expectativas sem gerar decepções. Acho que isso se tornou fundamental e relevante para todos nós. Por outro lado, a marca precisa conhecer muito bem seu cliente para ter sucesso. Os produtos e serviços baseados no lifestyle surgido nos anos 90 já não refletem mais nossa individualidade. Além disso, hoje, ao comprar algo, eu quero mais do que um desconto, e sim que seja feito para mim e que a marca fale comigo. Os produtos estão muito parecidos uns com os outros, sem diferenciais expressivos ou marcantes, e se “coisificaram”. Isso acaba gerando a necessidade do resgate de sentido, de significado das coisas, pois acabaram perdendo a noção de valor. Com isso ficamos na busca
“Os produtos estão muito parecidos uns com os outros, sem diferenciais expressivos ou marcantes, e se “coisificaram”. Isso acaba gerando a necessidade do resgate de sentido, de significado das coisas, pois acabaram perdendo a noção de valor.”
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Solas da Prada
Foto: Divulgação
por algo que nos complete, pois o consumo por status gera um sentimento de inautenticidade e um comportamento hedonista, muito conhecido como época hipermoderna. Essa reação toda produz uma busca pelas nossas raízes, por significados profundos, o que nos leva à procura de nossas bases. No varejo, surge de uma forma extremamente personalizada, já que marcas como Prada oferecem calçados femininos e masculinos com possibilidade de ter as iniciais do nome do cliente gravadas na sola, além de permitir a escolha da cor e do salto mais apropriado. Há também o atelier Marquage, da loja Goyard, no Shopping JK, em São Paulo, que é a única unidade fora de Paris que tem no seu espaço uma designer que assina os produtos com as iniciais da cliente. Isso lembra bastante a época em que as mães bordavam os nomes dos filhos nas respectivas peças de roupa.
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Sobre a autora: Cintia Lie Matuzawa, arquiteta e especialista em visual merchandising, coordenadora do curso One Year em Retail Design e Visual Merchandising do IED (Istituto Europeo di Design) – São Paulo.
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Agindo dessa forma, as marcas querem dizer: “Eu conheço a fundo meu cliente e proporciono um momento ímpar para que ele possa vivenciar experiências únicas”. Isso gera um resultado com caráter mais institucional do que comercial, sendo um excelente diferencial. Queremos sair das características da era industrial, massificada, para retomar os valores da era artesanal e coletiva. Essa ação convida os indivíduos a serem produtores participativos do processo, valorizando e dando sentido às coisas. Como ocorre isso? Quando nos reunimos e preparamos a pasta do jantar, o molho e a salada com os legumes retirados de nossa horta para desfrutarmos não só do momento, mas sim de todas as etapas envolvidas, assim como era no tempo de nossos avós! Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
VISUAL MERCHANDISIGN
Artigo da Goyard sendo customizado
O consumo artesanal torna as coisas preciosas e agrega conhecimento especializado, criatividade e paixão. Ele também gera momentos únicos e singulares aos participantes, já que tudo se torna mágico e especial. Uma experiência nunca será igual à outra, tornando-se totalmente incomparável. E para finalizar, como sempre, vivemos ciclicamente. A moda vai, a moda vem, e o bom disso tudo é que o próximo ciclo vem melhorado, com novas visões, novas posturas e cada vez mais consciente do todo. Que possamos, então, voltar a consumir não pelo valor do signo, mas pelo objeto em si, pelo seu valor de uso.
DROPS
Cinema
Suffragette Direção: Sarah Gavron
Macbeth Direção: Justin Kurzel
Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir de três bruxas que ele será o novo monarca. É influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma mulher manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos. O filme é uma adaptação da peça de Shakespeare.
O filme conta o início da luta do movimento feminista e os métodos incomuns de batalha. Mostra como algumas mulheres enfrentaram seus limites pela causa e desafiaram o Estado extremamente opressor. Com as atrizes Carey Mulligan, Helena Bonham Carter e Meryl Streep.
NÓS AMAMOS!
Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, o filme Direção: Steve Martino
A animação é baseada nos quadrinhos do cartunista norteamericano Charles M. Schultz, que acompanham as aventuras de Charlie Brown, seu cachorro Snoopy e sua turma.
Pegando Fogo
Steve Jobs Direção: Danny Boyle
A morte do fundador da Apple ainda é recente, nem completou cinco anos, mas sua história de empreendedor de sucesso e sua personalidade forte não param de render filmes e documentários. O mais esperado conta com a direção de Danny Boyle (de Trainspotting e Quem Quer Ser um Milionário) e traz um elenco estrelado por Michael Fassbender (sim, ele de novo!), Kate Winslet e Seth Rogen.
Direção: John Wells
Por causa de seu comportamento arrogante e envolvimento com drogas, um chefe de cozinha vê sua carreira ser destruída. Ele muda de cidade, adquire um novo restaurante e decide recomeçar do zero, para conquistar mais uma estrela no conceituado Guia Michelin. Com Bradley Cooper e Sienna Miller.
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Reza a Lenda Direção: Homero Olivetto
Ara (Cauã Reymond) é o líder de motoqueiros que acreditam na força de uma antiga lenda para libertar e trazer justiça ao povo da região, em uma terra sem lei. Ele é perseguido pelo cruel Tenório (Humberto Martins), ao mesmo tempo em que é disputado por Severina (Sophie Charlotte) e Laura (Luisa Arraes). Pelo cenário, o filme já ganhou o apelido de “Mad Max brasileiro”.
DROPS
música
Arnaldo Antunes – Já é
Keith Richards
O álbum ‘Já é’ traz a maioria das faixas compostas por ele e parcerias com os ex-companheiros de Tribalistas, Marisa Monte e Carlinhos Brown, além de Marcelo Jeneci, Zé Miguel Wisnik, Davi Moraes, entre outros nomes. A animadíssima “Põe Fé Que Já É” abre o disco.
Para ouvir: Crosseyed Heart Esse é o terceiro álbum solo do guitarrista dos Rolling Stones. Através de um comunicado à imprensa, Keith Richards contou que o álbum foi inspirado por ritmos como reggae, rock, country e blues. O disco conta com 15 músicas e traz a participação especial da cantora Norah Jones.
Emicida – Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa Esse é segundo disco de estúdio do rapper paulistano. No início do ano, ele passou um tempo na África e transformou suas experiências em sonoridades, com destaque para a faixa “Mufete”, gravada na Angola. Ainda há espaço para canções que se aproximam do pop, como “Baiana”, uma balada que tem participação de Caetano Veloso, e “Passarinhos”, parceria com Vanessa da Mata, sem perder o tom de justiça social e protesto característico do rap.
Para ver: Under the Influence O documentário conta como Richards fez esse disco solo e traz ainda diversas entrevistas, material de arquivo e filmagens de gravações no estúdio. A direção é de Morgan Neville, que recentemente ganhou um Oscar de Melhor Documentário pela obra ‘20 Feet From Stardom’. ‘Under the Influence’ está disponível no Netflix.
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The Weeknd – Beauty Behind The Madness Depois de gravar com Ariana Grande, subir no palco da turnê da Taylor Swift e emplacar um sucesso no filme ’50 Tons de Cinza’, The Weeknd lança esse álbum com o hit dançante “I can’t feel my face”, que lembra muito o estilo das canções de Michael Jackson. O trabalho traz participações de Lana Del Rey, Kanye West e Ed Sheeran.
Tiago Iorc – Troco Likes ‘Troco Likes’ é o quarto CD de inéditas de Tiago Iorc. Nas letras, ele propõe uma reflexão sobre a vida e fala da supervalorização do virtual, do amor, da passagem do tempo e da singularidade do ser humano. Destaque para as belas “Coisa Linda” e “Amei Te Ver”.
DROPS
Follow me! Quem manda no mundo virtual do Instagram? (até o fechamento dessa edição)
O que é? Periscope
Top 10 marcas que desfilam em fashion weeks
1 – Victoria Beckham, 6.9 milhões @victoriabeckham 2 – Louis Vuitton, 6.8 milhões @louisvuitton 3 – Chanel, 6.5 milhões @chanelofficial 4 – Dior, 6 milhões @dior 5 – Dolce & Gabbana, 5.9 milhões @dolcegabbana 6 – Michael Kors, 5.5 milhões @michaelkors 7 – Gucci, 5.4 milhões @gucci 8 – Topshop, 5.1 milhões @topshop 9 – Prada, 5 milhões @prada 10 – Valentino, 4.8 milhões @maisonvalentino
Aplicativo no qual o usuário ou a marca pode divulgar vídeos em tempo real. O Periscope permite compartilhamento entre os usuários, e, assim como o Twitter, Facebook e Instagram, também possibilita avaliações de postagem. A Ralph Lauren, na última semana de moda de NY, exibiu seu desfile através do app. Um detalhe: em 24h, o vídeo é excluído.
Campanha do inverno 2016 da Prada
Top 10 marcas mais citadas através de #
1 – Nike
2 – Prada 3 – Gucci 4 – Dior 5 – Hermès 6 – Vans Shoes 7 – Adidas 8 – Fendi 9 – Burberry 10 – Cartier (via Macys)
10 Blogueiras para seguir
1 – Camila Coelho @camilacoelho 2 – Thássia Naves @thassianaves 3 – Niina Secrets @niinasecrets 4 – Annabelle Fleur @vivaluxuryblog 5 – Jessica Stein @tuulavintage 6 – Chiara Ferragni @chiaraferragni 7 – Nati Vozza @nativozza 8 – Camila Coutinho @camilacoutinho 9 – Julia Engel @juliahengel 10 – Jessie Chanes @jessiekass
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Snapchat O aplicativo é uma mistura de rede social, chat com imagens e vídeos rápidos, de até 10 segundos, que desaparecem depois de vistos. O app estimula a espontaneidade, principalmente porque as postagens são efêmeras. Só você sabe quem viu seu post e quantas pessoas te seguem, diferente do que acontece no Insta e no Face.
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EVENTOS
ao redor do mundo FFANY – Fashion Footwear Association of New York A Associação promove quatro eventos por ano na cidade de Nova York. Cerca de 800 marcas podem ser vistas pelos visitantes. Imperdível! Quando é? De 02 a 04 de dezembro de 2015 e também de 02 a 04 de fevereiro de 2016 http://ffany.org/index.php/upcoming-shows
Pure London Um grande encontro da moda na capital da Inglaterra reúne marcas de roupas, acessórios e calçados, com mais de 800 brands emergentes e líderes do mercado. Muitas inspirações exibidas em passarelas, tendências e insights de varejo. Quando é? De 14 a 16 de fevereiro de 2016 http://www.purelondon.com/
Bright XXII O evento é realizado em Berlim, na Alemanha, e abriga 250 marcas selecionadas com viés esportivo, principalmente no segmento de skate. A atmosfera é jovem e descolada, fazendo do Bright um ótimo ponto de inspiração. Quando é? De 19 a 21 de janeiro de 2016 http://brighttradeshow.com/
JFW – IFF – International Fashion Fair A exposição abriga cerca de 500 empresas ligadas aos setores de vestuário, sapatos, bolsas e acessórios. Recebe 20 mil visitantes, incluindo compradores de varejo e profissionais. A expo, em Tóquio, também é ponto de apoio da fashion week japonesa. Quando é? De 26 a 28 de abril de 2016 http://www.senken-ex.com/iff/en/
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E INOVAR
estão na moda Por Danilo Duarte
Duas das mais importantes empresas de moda catarinense usam o conceito de dar liberdade ao consumidor para se expressar usando seus produtos. Do Sul do Estado, a gigante Damyller e seu foco no jeans. Já na Grande Florianópolis, a Korova e seu crescimento vertiginoso, com a aposta na cocriação. De formas diferentes, uma focada no multiuso de um tecido e outra na múltipla expressão de seu público, elas elevam a qualidade da produção industrial do segmento em Santa Catarina. Ter peças de roupa com cortes e modelagens diferenciadas era a pretensão do fundador da marca, Rafael D’Ávila, quando criou a Korova, há 11 anos. Tão diferenciada quanto a modelagem é a origem do nome. Para batizar a empresa, que se transformou em uma das mais novas queridinhas de artistas e de quem procura por uma peça descolada, ele recorreu ao período de universidade. A inspiração vem de um point do filme Laranja Mecânica (1971). Assistir à obra fazia parte do currículo da faculdade de Publicidade e Propaganda, que ele cursou. SC TRADE SHOW MAG
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A empresa conta com seis lojas pelo país, metade delas próprias – a mais recente foi inaugurada em setembro, na Rua Augusta, em São Paulo – e outra parte franqueada, e está presente também em 15 multimarcas. O momento de maior visibilidade da Korova foi em junho de 2014, quando a cantora Anitta surgiu no programa Esquenta (Rede Globo) vestida com uma calça da marca, que nasceu em Florianópolis. “Foi por acaso, tínhamos separado algumas peças e dado de presente durante uma apresentação dela aqui em Floripa, no Carnaval daquele ano. Mas não havia nenhuma ação de marketing para que ela surgisse com uma calça estampando o nome da Korova em rede nacional. Foi impressionante. Recebi mais ligações naquele dia do que no meu aniversário”, conta D’Ávila, esbanjando felicidade. Depois disso, o conceito de streetwear caiu no gosto de outros cantores, como Lucas Lucco e MC Guimê. O resultado disso está deixando o empresário de 34 anos otimista. “Crescemos 100% no primeiro semestre deste ano, mas sa-
“Ver a Korova ao lado de marcas mundiais nos ajuda a perceber onde estamos posicionados” Rafael D’Ávila
bemos do cenário econômico. Nossa previsão é chegar a 70% no fechamento de 2015”, pondera o publicitário, que conduz a Korova ao lado do amigo e diretor criativo Levi Pedroso. A estimativa leva em conta as previsões de turbulência na economia. Esta é uma novidade para a Korova, já que em 2008 a posição da empresa era outra. O fundador da marca conta que “naquele ano não tínhamos a pretensão de venda física, trabalhávamos apenas com o e-commerce. O varejo online é um grande canal de vendas para nós, é uma floresta a ser desbravada. Hoje, quase 80% do faturamento vem do e-commerce, mas só alcançamos 5% de quem faz compras pela internet”. Claro que nem tudo são flores. A grande exposição fez com que a marca também se tornasse alvo da pirataria. Calças são as preferidas dos falsificadores, especialmente em grandes centros urbanos. Rafael ameniza a situação e diz que não é tão ruim. “Você só encontra pirataria daquilo que está em evidência. Ver a Korova ao lado de marcas mundiais nos ajuda a perceber onde estamos posicionados”, avalia. E é exatamente esta visibilidade que fez a marca criar uma nova casa, a Haus Of Korova. O galpão com mais de
Os sócios da Korova Levi Pedroso (Diretor de Criação) e Rafael d’Avila (Fundador)
Korova Kustom Store de São Paulo 33
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Campanha da Damyller
“É inovando que construímos e buscamos novas estratégias, nos moldando à demanda do mercado” Cide Damiani
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1 mil m² une a produção e uma nova loja-conceito na Pedra Branca, um bairro com conceito sustentável em Palhoça, na Grande Florianópolis. A parte industrial já está em operação, mas o atendimento do varejo tem previsão de abrir as portas em outubro deste ano. Reinventar a tradição Reinventar a moda tendo o jeans como matéria-prima é o que está no DNA da Damyller, empresa com sede em Nova Veneza e que tem 36 anos de experiência no mercado fashion. “Desde o início prezamos pela qualidade dos nossos produtos. Isso é um ponto que já está intrínseco em nosso relacionamento com os clientes. A partir dos anos 2000 iniciamos um trabalho de trazer informação de moda ao conceito jeanswear. Entendemos que este trabalho é uma construção que segue em constante evolução. Queremos cada vez mais seguir reinventando este universo e poder levar toda esta evolução aos nossos clientes”, explica o diretor presidente, Cide Damiani. Mas por trás desse conceito de reinvenção vem uma estratégia de estar em um novo polo de moda de Santa Catarina. Em toda a região são mais de mil indústrias do segmento de confecção, entre vestuário, equipamentos e serviços. Para crescer, apesar da tormenta da recessão que volta à conjuntura nacional, a marca investe em inovação, como lembra o presidente da Damyller, que participou da fundação da marca. “Desde o início da empresa temos a inovação como premissa. É uma constante no nosso dia a dia. É inovando que construímos e buscamos novas estratégias, nos moldando à demanda do mercado”. A marca não divulga o faturamento anual, mas Damiani projeta um 2015 próspero. “O varejo é muito dinâmico e tem retorno imediato”, aponta o empresário. O tamanho da Damyller impressiona: são cerca de 2,5 mil funcionários diretos, que produzem uma média de 150 mil peças/mês e distribui os produtos em 124 pontos de venda espalhados em todos os estados brasileiros, além do canal de multimarcas. O trabalho de pesquisa e de abastecimento do mercado também é constante. Todas as lojas recebem novas peças semanalmente. Além disso, são aprovadas cerca de 120 novas peças por mês. As próximas coleções Para o verão 2016, a Korova vai fortalecer a linha feminina, já que são elas as principais consumidoras da marca, na avaliação de D´Ávila. Para o próximo ano, o foco será na implantação de um novo conceito de loja e de produto, onde o que entra em jogo é a cocriação. “Continuaremos com as nossas linhas de produtos, mas o consumidor poderá criar outras estampas e personalizar a peça ainda na loja”, explica o empresário. A Damyller segue o conceito de duas coleções anuais. “Na próxima temporada, que vem com uma pegada anos 70, o jeans aparecerá mais leve e em tons mais claros”, adianta o empresário Damiani. O destaque fica por conta dos efeitos em laser inspirados na técnica japonesa boro e do silk imitando bordado em repetição. 35
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entrevista
Os
novos capĂtulos
Foto Bruno Maluf
da moda
A publicitária e escritora mineira Cris Guerra é conhecida por seu estilo marcante e autêntico, que pode ser acompanhado no Hoje Vou Assim, primeiro blog de looks diários do Brasil. Ela também alimenta o Para Francisco, blog criado quando seu marido faleceu de morte súbita dois meses antes do nascimento do seu filho, no qual compartilha sentimentos e experiências dessa jornada. Escreveu dois livros, o Para Francisco, em 2008, e o Moda Intuitiva, em 2013. Cris dá palestras por todo o Brasil sobre moda, autoestima, comportamento e maternidade. Nessa entrevista, conversamos sobre uma nova era no mercado de moda, que inclui consumo consciente, mídias sociais e profissionalização. Por Ana Clara Montez
Desde que você criou o Hoje Vou Assim, em 2007, os blogs de moda se multiplicaram rapidamente, ganharam força e hoje funcionam, muitas vezes, como vitrine das marcas. Como você vê esse vínculo da indústria da moda com os consumidores por meio dos blogs? Os blogs surgiram para, de uma certa forma, aproximar o consumidor da moda. Tem um lado muito positivo, que é fazer com o que consumidor entenda peças de moda de uma maneira mais próxima, é como se o blog mostrasse na vida real como aquilo vai ficar, e não só como um editorial de moda, que está muito mais próximo do sonho. A moda precisa desses dois polos, o sonho e a realidade, e o blog traz essa realidade, esse sentimento de empoderamento. Quando você vê uma pessoa como a Cris Guerra, que está na rua andando, que não é nenhum padrão de beleza, você começa a se enxergar e se identificar. O blog faz com que o consumidor se identifique com o blogueiro e se aproxime das marcas. Antes havia uma distância porque as marcas trabalhavam só o sonho. E qual você acha ser o futuro dessa relação? Acho que nós estamos vivendo um exagero do uso dos blogs de moda, até porque há uma grande quantidade deles – e muitos estão falando mais do mesmo. Mas eu vejo que essa relação ainda vai durar muito porque as marcas
descobriram uma forma de se relacionar com o consumidor muito mais interessante. Eu venho da Publicidade e fazia muitas campanhas para produtos de forma geral. A moda, você não vende como os outros produtos. Acho que as agências de comunicação não sabiam trabalhar mercado de moda, e os blogs acabaram surgindo para mostrar uma possibilidade e fazer conhecer melhor esse consumidor. Como você analisa a força dos blogs e das mídias sociais no posicionamento de mercado das marcas? Os blogs e as redes sociais têm força para multiplicar o poder de uma marca, fazer com que seja mais conhecida e disseminada, mas, por outro lado, essa marca tem de estar bem. Acho que estamos vivendo uma nova fase, em que as coisas são valorizadas e, nas redes sociais, os produtos podem ser testados de maneira muito real. Uma blogueira pode falar superbem de um produto, normalmente ela não vai falar mal. Mas o consumidor, de forma geral nas redes sociais, pode falar mal. Estamos numa fase de profissionalização cada vez maior da indústria de moda. É preciso ter competência para estar no mercado, não adianta fazer uma coisa mal feita. As redes sociais são apenas uma prova de que cada vez mais as relações de consumo são duradouras. Você vende um produto e tem de oferecer pós37
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entrevista
e ver seu consumidor de maneira mais realista. Vai ser obrigado a olhar para o seu produto e tentar encontrar nele os diferenciais próprios ou então produzi-los.
Foto Renata Ataíde
Você também fala muito da importância da autoestima, que deve ser exercitada constantemente. Você acha que às vezes falta autoestima na moda brasileira, ao se dar mais valor ao que vem de fora do que ao que é produzido aqui? Com certeza. Acho que o grande problema do brasileiro é a falta de autoestima. Às vezes, o estrangeiro chega ao Brasil querendo ver o que temos de bom, e o brasileiro tem medo de mostrar aquilo. Viemos de uma cultura que valoriza muito mais o de fora. Uma prova disso é a quantidade de termos em inglês que a gente tem. Leva um tempo para isso mudar.
venda. E o cliente está cada vez mais exigente porque estamos em uma época de hiperconcorrência mesmo. Um dos temas que você trabalha nas suas palestras é oportunidades que moram nas adversidades. Você acha que a indústria da moda pode aplicar esse conceito na situação econômica que estamos vivendo agora? A gente vê que a crise econômica é um grande gatilho para se fazer diferente porque é muito mais difícil você tentar algo novo quando está no conforto de um mercado dando certo. Estamos vivendo uma crise muito grande não só dentro do país, em função da política e economia brasileiras, mas sim uma crise que é mundial. O mundo está em um processo de reformatação. Então vamos ter de encarar essa crise. Quando eu conto a minha história, de um momento de perda, no qual meu filho nasceu e antes disso meu marido faleceu de repente e eu tive de lidar com esses dois sentimentos, é um momento de crise. E, por ter de seguir em frente, eu não tinha outra alternativa e fiz muito mais profissionalmente aí do que na minha vida inteira por mim. Hoje sou capaz de coisas que eu nunca imaginava e percebi esse lado empreendedor apenas quando fiquei acuada, forçada a dar conta da situação. Então acho que na moda, ou em qualquer área, é justamente a época de crise que traz a certeza de que você vai ter de fazer com muita competência, que vai ter um olhar mais crítico SC TRADE SHOW MAG
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Na hora de compor um look, qual o papel que o sapato ocupa na sua produção? Nossa, o sapato ocupa metade do papel. O sapato e a roupa dividem muito os holofotes. Não tem como vestir uma roupa linda e arrematar com um sapato fraco, de má qualidade, com desenho mal feito, com pouca personalidade. Qual você acha que é o estilo das brasileiras para sapatos? O que mais se usa e o que não pega de jeito nenhum por aqui? Eu acho que a brasileira gosta mais do salto alto, da plataforma, essa coisa que ressalta a sensualidade brasileira, ainda estamos muito nisso. Talvez por isso as mulheres brasileiras ainda não saibam usar sapatos mais masculinos, elas têm medo. No Hoje Vou Assim você repete peças sem problemas e também organiza um bazar para vender desapegos do seu guarda-roupa. Como você vê esse consumo consciente, que reaproveita muito mais, nos dias de hoje? Eu vejo como um caminho que não tem volta. A gente vai precisar ver as roupas de uma maneira menos exagerada. Eu percebo isso porque já fui consumidora compulsiva e hoje luto muito para ter uma quantidade menor de coisas no armário, que eu realmente uso. Recentemente vi uma campanha da fast fashion sueca H&M que falava exatamente sobre isso, que a moda pode ser do jeito que você quiser, mas tem uma coisa que não vai mudar: você precisa reciclar suas roupas. E acho que estamos mudando esse conceito, principalmente no Brasil. Temos uma cultura muito extrativista e estamos vivendo uma realidade que os europeus já viveram há muito tempo. Consumo consciente não é uma opção, é uma obrigatoriedade. Ele vai chegar, não tem como escapar dele, é preciso caminhar para lá.
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(IN)CONSCIENTE COLETIVO
Comportamento
Compartilhar para difundir O coworking ganha espaço por trazer benefícios a quem está disposto a se unir Por Ana Clara Montez
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E
conomia colaborativa é um dos temas mais em alta atualmente. Iniciativas como o Airbnb, site em que pessoas do mundo inteiro alugam suas casas (ou cômodos) por períodos, e plataformas de financiamento coletivo são alguns dos exemplos que estão mudando os padrões de comportamento tradicionais. Um dos principais estudiosos do movimento, Jeremy Rifkins, defende que está ocorrendo uma transição da “Era da Posse” para a “Era do Acesso”. Estudo do Goldman Sachs Global Investment Research aponta que, para a Geração Y (nascidos entre 1980 e 2000), muitas aquisições consideradas obrigatórias em outros tempos não são tão importantes, como carros, música e bens de luxo. O que vale mais é a experiência que esses bens proporcionam e não mais o fato de tê-los em mãos. Por essa razão, a economia colaborativa também entra na onda do consumo consciente, pois combate o consumismo, reduz o desperdício e faz um melhor aproveitamento de recursos existentes, sem a necessidade de produzir novos com o mesmo fim. Outra vertente dessa tendência é o coworking, uma espécie de escritório compartilhado, onde se pode alugar um espaço por horas ou meses, e que dispõe de toda a infraestrutura necessária. É uma evolução do home office, que muitas vezes pode promover um isolamento profissional. Aqui, uma das vantagens é a possibilidade de se fazer networking com outras pessoas na mesma situação. O termo “coworking” foi criado em 1999, mas usado pela primeira vez em 2005 por Brad Neuberg, em São Francisco, na Califórnia. Ele criou o “Hat Factory”, um escritório-apartamento que disponibilizava espaço para “avulsos” trabalharem. No Brasil, esse modelo chegou em 2007. Atualmente, existem cerca
Nas feiras colaborativas, o público pode conhecer o que é produzido localmente
de 238 espaços no país, segundo o último censo dos portais Ekonomio/Coworking Brasil, realizado em fevereiro de 2015. São Paulo é a região com maior concentração de coworkings, com 40% de todo o mercado nacional. Um exemplo é o empreendimento de Wolf Menke, no bairro de Pinheiros, na capital paulista, que tem quatro casas para propósitos diferentes. O House of Work é um escritório que dá a opção de alugar um espaço na mesa (com armário, ponto de luz individual e cerveja à vontade) por dia ou mês; um lugarzinho na bancada (por hora e com café incluído); ou uma sala de reunião pelo dia. Há ainda a possibilidade de locar uma impressora 3D e um Quintal Gourmet. O grupo também conta com a House of Food (uma espécie de restaurante que pode ser alugado pelo dia), a House of Learning (espaço para cursos em que o aluguel varia de acordo com o que o professor ganhar) e a House of Bubbles (mistura de lavande-
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Comportamento
Crédito foto: © WorksGood
ria compartilhada, champanheria e brechó). O conceito do coworking também manifestase nos eventos do tipo “bazares”, em que marcas se reúnem para conseguir chegar ao consumidor final. Em Joinville, o (IN)Consciente Coletivo foi criado em 2012 pela necessidade que os fundadores Ana Carol Carvalho, Bruna Starling, João Guilherme da Costa e Sarah Pinnow tinham de um espaço para comercializar suas próprias criações. “Como já havíamos participado de feiras e bazares fora do estado, trouxemos esse conhecimento para organizar um evento que reunisse os designers locais, mas que também aproximasse o público de diversas formas de manifestações culturais. Nosso objetivo é, além de difundir cultura, unir artistas plásticos (pintores, escultores, fotógrafos), designers, músicos, atores e chefs gastrônomos, formando uma vitrine coletiva da economia criativa”, explicam os organizadores.
(IN)CONSCIENTE COLETIVO
O (IN)Consciente Coletivo reúne artistas plásticos, designers, músicos, atores e chefs
A marca de lingerie Colchetes, de Florianópolis, também participa do (IN)Consciente Coletivo. Quando recebeu o convite para integrar o evento, já tinha algumas clientes da loja virtual na região, mas nenhum ponto de venda, o que ajudou na decisão de se juntar ao grupo. “Além de conquistar clientes novas, as que já conheciam a Colchetes puderam ter um contato físico com as peças, para conhecer o toque de tecido, o acabamento, a modelagem, esses detalhes que, quando não conhecemos muito bem, ficamos inseguros de comprar pela internet”, contam as sócias Aline Vieira e Marcele Paim.
Wolf Menke em seu empreendimento coworking, o House of Work
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O consumidor também ganha benefícios com essas iniciativas, pois pode conhecer pessoalmente quem está por trás do produto e tem a oportunidade de descobrir novas marcas. “Para o público, as vantagens são o contato mais próximo com o que é produzido na região, o fácil acesso à troca de ideias e experiências com os criadores e suas criações, além de conhecer novas formas de produção não orientadas apenas para a geração de valor material, mas também para valores como a coletividade, a valorização do processo criativo e o consumo consciente”, defendem os fundadores do (IN)Consciente Coletivo.
balmain
Tendências Outono/Inverno 2016
PASSADO
revisitado Por Juliana A Cesar
A temporada de outono/inverno 2016 olha para diferentes décadas do século passado e reconstrói estilos com o uso de diversos materiais e com muito capricho nos caimentos e recortes. Música e cinema são alguns dos grandes influenciadores desse novo espírito, especialmente por causa do filme O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson. Podemos observar como inspirações as candy colors, o estilo retrô apelidado de geek chic e a estamparia vinda do design de interiores. O inverno também pode ser dark, exagerar nos ombros, privilegiar o shape A ou exaltar a beleza da dupla paz e amor. Como mostraremos a seguir, várias trends dividem o spotlight dentro de uma mesma coleção, e essa mistura de tecidos e estilos dá o tom dos dias de frio que estão por vir. Confira o que separamos para você nas próximas páginas da SC Trade Show Mag.
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gareth pugh
marc jacobs
alexander mcqueen
Gótico Vitoriano
alexander wang balmain
Com apelo dark, a cor preta impera nas malhas, nas rendas, nos veludos e no couro, tecidos que caracterizam esse novo olhar sobre o gótico. Elementos do vestuário da corte da Rainha Vitória juntam-se a esse universo dark. Várias marcas e estilistas apostam nessa tendência, como Valentino, Alexander Wang, Alexander McQueen, Givenchy e Gareth Pugh.
alexander wang
Fotos Divulgação
givenchy
Tecidos com brilho
Coturno + creeper
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PRADA PRADA
DOLCE & GABBANA
Dries Van Noten
A Prada decretou a volta dos broches
Candy Colors A moda encontra um ponto de equilíbrio com a junção das candy colors e dos tecidos pesados, afinal o próximo inverno não será feito apenas por tons sóbrios e/ou sombrios. Os tons clarinhos de algodão doce são uma ótima pedida para essa estação. As cores aparecem principalmente nas coleções com pegada retrô, como Prada e Dolce & Gabbana.
chanel
dior
DOLCE & GABBANA
Estamparia candy
Balinhas na saia e bolsa Chanel
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PRADA
valentino
Fotos Divulgação
chanel
Diamonds are a girl’s best friend!
sonia rykiel
Double bag e luvas na Prada
Novo Mod
dior
mary katrantzou
Inspirados pela subcultura mod, que marcou o final dos anos 50 e início dos 60, marcas como Louis Vuitton, Dior e Peter Pilotto apostam numa linha A mais discreta nos vestidos e nas saias, e na mistura inteligente de texturas, estampas gráficas e cores. O comprimento forte é o mini, em composições meio Lolitas, sexy e doces. O grafismo de ilusão de ótica black & white, com formatos de diamantes, listras e xadrez, destacou-se nas grifes Emilio Pucci e Valentino.
Faça a parisiense, aposte nas listras
LOUIS VUITTON
Bico fino
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hermés
victoria beckham
balenciaga
Céline
stella mccartney
Céline
Must have ! Chelsea boots
Para carregar tudo!
Minimalista O normcore perde força, mas as roupas descomplicadas ainda têm a preferência de muitas mulheres. Looks monocromáticos surgem com caimentos impecáveis e materiais chiques. Grandes acessórios podem ser usados. Onde vimos? Céline, Stella McCartney e Victoria Beckham. SC TRADE SHOW MAG
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Minimalismo também nos tênis
FENDI
Fotos Divulgação
chanel
Quentinho e felpudo
GUCCI
Pussybow
maison margiela
chanel
MIU MIU
Quer conforto? Abuse do mocassim
Pelo + couro Várias texturas = 1 look
Geek chic Essa trend mistura peças caretinhas e retrôs com outras mais glamourosas. Casacos felpudos de pele fake, vestidos florais e camisas (melhor ainda se tiverem laços na gola, os chamados pussybow) e combinações de estampas e texturas. Os sapatos com pegada clássica, como o Chanel com bico escuro e o mocassim da Gucci, completam os looks.
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balmain Moschino
Bota over the knee? Yes!
chanel
80’s
Fique de olho! Matelassê na jaqueta e na bolsa
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maison margiela
LOEWE
isabel marant
É mais uma vez o momento das ombreiras (mais comportadas), dos shapes maiores e das combinações de cores ousadas, como mostraram a Moschino e a Balmain.
Tecidos brilhosos!
Thierry Mugler
saint laurent
proenza schouler
Anthony Vacarello
Fotos Divulgação
RODARTE
Lurex, o retorno
Overdose de rebites
Punk Rock Couro, minissaia, correntes, meia-calça. A cara da trend? A musa roqueira Joan Jett, como retrataram Saint Laurent e Rodarte. Os rebites, acessórios característicos dos roqueiros punks, também surgem em excesso nos looks de Mugler, Proenza Schouler e Anthony Vaccarello.
couro + pelúcia + vinil = rock’n roll
LANVIN
Chloé
BURBERRY
Boho
BURBERRY
dsquared2
folk étnico
Chloé
O espírito boêmio da década de 70, super em alta durante o verão, é uma hot trend que segue durante o inverno 2016. Vestidos longos, transparências, patchwork folk, inspirações étnicas e tecidos como a seda e o veludo imperam nas coleções da Burberry, Chloé, Lanvin e Dries Van Noten.
muitas franjas
patchwork
ankle boot
GUCCI
LOUIS VUITTON
Casaco de pele & more
DIOR
A pele sintética (ou pelúcia) é um dos tecidos favoritos dos estilistas quando a temperatura é fria. Além de esquentar o corpo, é um ótimo elemento para fazer acabamentos como golas e punhos. No inverno 2016, os casacos de pele vêm em diversos comprimentos, mas a preferência é por modelos longos. Vestidos curtinhos, com shape simples sessentinha, ganham nova cara com um patchwork de pele, como na criação da Dior.
CHLOÉ
Leopardo na bolsa
Go big or go home!
BURBERRY
Fotos Divulgação
dsquared2
fake fur nos pés
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DIOR
Céline
DIOR LOUIS VUITTON
New Safari
O tradicional também tem vez
DIOR
miu miu
Os casacos de pele/pelúcia trazem estampas de bichos em combinações de cores com um toque de neon. Aliás, essa tonalidade é o destaque desse novo estilo safári. A Dior reinterpretou a pele de zebra nos vestidos e botas com aspecto de vinil. O uso de cores mais alegres trouxe um resultado mais jovem e descolado, como no look retrô da Miu Miu.
Print na bota! Blue is happy
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PRADA
BURBERRY
Fotos Divulgação
Direto do décor
GUCCI
etro
Estamparias e motivos normalmente encontrados no interior das casas invadem o guarda-roupa. Prints inspiradas em tapetes e estofados e que podem ser vistas em salas de estar surgem nas criações de marcas como Erdem e Dries Van Noten.
Valentino
Dries Van Noten
Aposte: bota no meio da panturrilha
Direto do décor Casaco de retalhos
Fotos Divulgação
Emilio Pucci
victoria beckham Chloé
Velvet Underground
givenchy
Dries Van Noten
maison margiela
Patchwork de veludo
É um dos tecidos-aposta do inverno. Dá forma a calças, saias, macacões e, para as festas noturnas, vestidos longos. Pense em tons escuros, principalmente vinho e preto como vistos nas passarelas da Givenchy, Maison Margiela e Valentino. Alexander Wang utilizou o tecido em casacos superelegantes. E os pés não ficaram de fora!
Botas forradas roubam a atenção no look
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bordados gold
Style, o Sapato que troca de Salto ww.lizzykahl.com Tel: (11) 3085-4135 Rua: Oscar Freire, 855
Fotos Divulgação
bags
DOLCE & GABBANA
alexander wang
Bolsa é um item fashion de primeira necessidade, correto? Nas passarelas internacionais, modelos clássicos ganharam releituras como o modelo da Chanel e a bolsa de mão da Louis Vuitton, inspirada nas maletas da marca.
Matelassê nos casacos, nas bolsas e mochilas da Alexander Wang.
Céline
GUCCI
FENDI
Pedrarias retrôs e tecidos luxuosos nas bolsas Dolce & Gabbana.
Bolsa? Mochila? O modelo híbrido é a proposta inovadora da Céline.
maison margiela
Couro e chamois para a Gucci.
Pele está por tudo: no casaco, na ankle boot e na bolsa.
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A sacola avant-garde e bem protegida da Maison Margiela
G N
Glam Nature Fo t o
M a g n o
B o t t r e l
Na página anterior: Blusa Of-ficium Hot Pant Julemar Colete acervo Colar Flavia Baldi Chapéu Carô Chapelaria Bota Leidi Lu Nesta página: Cropped Verani Casaco acervo Brinco Flavia Baldi Legging Boot Século XXX
Blazer capa Of-ficium Short couro acervo Colar e pulseira Flavia Baldi Chap茅u Car么 Chapelaria Bota Ana Aguiar
Vestido tric么 Ana Laura Bracelete Flavia Baldi Sapato Azzil锚
Blusa Of-ficium Saia acervo Casaco acervo Colar Flavia Baldi Bota Suzani Bissoli
Macaquinho acervo Casaco pele acervo Cinto Monique Hadar Colar Flavia Baldi Sandรกlia Carmminare
Body Of-ficium Saia couro acervo Casaco acervo Gola Ana Laura Rosa Faixa couro acervo Sapatilha Siamanda
Blusa Of-ficium Vestido acervo Bracelete Flavia Baldi Bolsa Studio 64 Sapato Di Valentini
Camisa e pantcourt Of-ficium Top Julemar Sapato Zabumba
Blusa Of-ficium Short acervo Casaco Ana Laura Rosa Cinto e pulseira Monique Hadar Pele usada na cabeรงa acervo Sandรกlia Zatz
Pantcourt Of-ficium Colete usado como blusa acervo Colar Flavia Baldi Bolsa e sapato Studio 64
Macacรฃo Of-ficium Chocker metal acervo Colar Flavia Baldi Sapato Spaรงo Criativo
Colares Flavia Baldi Alpargata Danick’s Vestido e casaco acervo
CRÉDITOS Stylist: Marcella Xavier Direção de arte: Giuliana Brandão Beleza: Franciele Huebl Agradecimento: Pousada Cascata das Bromelias
Menina Rio
BABY GUT
BABY GUT
infantil
Alegria, alegria! Os cal莽ados infantis apostam nas cores, brilhos, texturas e detalhes para encantar os miniconsumidores.
Pin贸kio
Luisa Menina By Pin贸kio
desejo S h o w
Ri o
VA L O R I O estilista Ronaldo Fraga, em parceria com empresas de São João Batista, desenvolveu uma série de sapatos intitulada ‘Valores que não têm preço’. “Estes sapatos contam uma história. têm personalidade e identidade e transmitem uma história de amor, humor, saudade, desejo, inovação, afeto, esperança, coragem e euforia”, diz Ronaldo. O resultado dessa parceria, você confere aqui na SC Trade Show Mag.
i n o va ç ã o SÉCULO
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saudade A N A
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COR AGEM AY E - AY E
al e gria ME NINA
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humor M aria
C a r a m el o
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CRÉDITOS | Fotografia: Magno Bottrel | Produção: Marcella Xavier
afeto
MA R C Ê
Empreendedor, confira informações estratégicas para o mercado de confecção e acessórios no portal do SIS.
Identidade
design
Estratégico Para crescer em novos mercados O Projeto Identidade, realizado pelo SEBRAE/ SC desde 2014, com o estilista Ronaldo Fraga, tem o objetivo de contribuir com a construção de marcas e fortalecer o segmento de moda em Santa Catarina. Através de um conjunto de ações voltadas para micro e pequenas empresas, oferece ferramentas, cria metodologias e garante todo o suporte em capacitação para que elas cresçam, se profissionalizem e apareçam no mercado em que atuam. Em 2015, o Projeto ganhou um reforço nos polos de moda praia, lingerie e fitness na cidade de Ilhota e na região dos calçados, em São João Batista. Trata-se de uma consultoria personalizada chamada Design Estratégico, para orientar a definição de identidade das marcas como únicas, fortes, sólidas, competitivas e longevas, que oferecem aos consumidores produtos com valor agregado. A metodologia exclusiva foi criada pelas experientes profissionais de comunicação e marketing Gisele Najjar e de estilo Caroline Baum. Também no time, está um dos maiores nomes da moda praia nacional, Paola Robba. A iniciativa é coordenada pela especialista em moda para o Projeto Moda Catarina, do SEBRAE/SC, Giuliana Brandão. A consultoria contempla várias etapas de capacitação profissional, de pesquisa de moda, mix e estilo, de desenvolvimento de produto, de comunicação e marketing e de posicionamento mercadológico e comercialização. “Nosso trabalho teve como ponto de partida sensibilizar as marcas para que elas encontras-
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sem seus DNAs e os transportassem para seus produtos e para toda a comunicação com seus públicos”, diz Gisele Najjar. Após meses de imersão em 20 empresas desses polos, o resultado se reflete em coleções cápsulas que contribuem para aumentar o diferencial competitivo das empresas catarinenses participantes. Essas coleções ganham impacto junto aos formadores de opinião e consumidores finais, com ações como o catálogo e o evento de lançamento no período da SPFW, a visibilidade comercial com a participação no Casa Moda e a notoriedade, com a aproximação direta com a imprensa e compradores no escritório de comunicação Gisele Najjar. “Criar possibilidade de acessar novos mercados e fortalecer o design das empresas foram os grandes objetivos desse projeto ambicioso, porém com grande potencial e valor de mercado. É um privilégio poder participar e dar suporte aos nossos empresários e fazer com que entendam o real sentido do design, sendo acompanhados por tantos profissionais experientes do segmento”, conclui Giu Brandão.
“Nosso trabalho teve como ponto de partida sensibilizar as marcas para que elas encontrassem seus DNAs e os transportassem para seus produtos e para toda a comunicação com seus públicos”.
SaĂda de praia Diara Soutien Nude Hot Pant Julemar Cinto Monique Hadar Bota AzillĂŞ
Bolsa Studio 64 Biquini Diara Casaco San Fit Bota AzillĂŞ
Soutien Julemar Hot Pant Gabriely Scarpin Giovana Pash
Top Cropped Verani Calcinha Julemar SaĂda de praia Diara Bota Leidi Lu
Top Cropped e hot pant Diara Camisola Eloeth Bracelete Monique Hadar Sapato Suzani Bissoli
Top e mai么 Diara Casaco San Fit Calcinha Nude Bota Suzani Bissoli Clutch Monique Hadar
Mai么 Diara Hot Pant Julemar Clutch Monique Hadar Scarpin Giovana Pash
Robe Eloeth Hot Pant Diara Calรงa San Fit Sapato Leidi Lu
Top San Fit Robe Eloeth Biquini Diara Sapato Studio 64
Top Cropped liso Verani Top Cropped estampado Gabriely Hot Pant Julemar Sapato Contram達o Bolsa Studio 64
Top e calcinha Gabriely Body e robe Eloeth Sapato Contramão CRÉDITOS Fotos: Marina Najjar Make Up e Hair: Lau Neves Styling: Carol Baum Edição: Gisele Najjar
Foto: Marcella Xavier
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ação
Moda Catarina Iniciativa do SEBRAE/SC apresenta, em pouco mais de um ano, resultados positivos de seu projeto de ações para promover e alavancar o crescimento do setor de moda no estado
O projeto Moda Catarina está presente em várias partes de Santa Catarina, como as regiões do Vale, da Foz do Itajaí, da Grande Florianópolis e do Sul do estado. Cerca de 140 empresas participam diretamente das ações e recebem consultoria de profissionais especializados em diferentes segmentos do mercado de moda. As cidades onde o projeto atua englobam empresas que contam com as mesmas particularidades. Por exemplo, em Criciúma e região, o jeanswear é o ponto forte, junto com a malharia, o tecido plano, o surfwear e o couro, com grande parte das empresas focadas na área de vestuário. Na área da Capital, destacam-se confecções, acessórios, semijoias e bijuterias. Da região de Brusque, Ilhota e São João Batista, participam empresas com foco em calçados, acessórios, malharias, moda praia, lingerie e fitness. E, ainda, empresas que seguem a tradição têxtil do Vale, com destaque para a cidade de Blumenau. A SC Trade Show Mag conversou com a coordenadora da Carteira de Moda do SEBRAE/SC, Karyne Malischeski, para saber mais sobre as ações realizadas nesse ano. Como é feito o trabalho com as empresas? O foco estratégico do nosso trabalho está direcionado para a formação de redes de aprendizagem, inteligência competitiva, acesso a mercados e desenvolvimento empresarial. As ações vão desde cursos e capacitações em gestão até a realização de missões técnicas empresariais (na-
cionais e internacionais), participação em feiras e eventos e consultoria tecnológica para inovação. Em 2014 trabalhamos mais a produtividade nas empresas e em 2015 o fortalecimento e DNA das marcas. Os empresários reavaliaram a forma como se comunicam com o mercado, o que representou, dentre outros aspectos, uma nova forma de verem e serem vistos pelo seu público-alvo. Fomentamos o potencial competitivo das empresas para que elas cresçam tanto individual quanto coletivamente. Como foi a participação do Moda Catarina na primeira edição da Fenin, no Rio de Janeiro? O objetivo em participar desta feira foi de ampliar e qualificar o acesso das micro e pequenas empresas de acessórios ao mercado nacional, oferecendo espaços para promoção e difusão das suas marcas, além de adquirir experiências para produzir e ofertar peças capazes de competir nesse mercado, identificando oportunidades de negociação e facilitando o posicionamento das pequenas empresas de moda e design, que passaram a perceber possibilidades de prospecção de futuros novos clientes. E o Circuito Moda Catarina? Como foi a recepção dos participantes? As palestras em 2015 contaram com nomes como Costanza Pascolato, Cris Guerra, Marcelo Doria, Julia Curan (WGSN), Cecília Bourdon (Fruit de La Passion) e Isabela Capeto.
ação
proposto necessita ser “vendável”, até para justificar a intervenção do SEBRAE no crescimento das empresas. Procuramos fazer a interlocução dos conceitos com a prática do mercado, agregando valor aos produtos e serviços.
A moda se reconstrói a cada estação, o que representa a rica potencialidade de ações e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios do projeto Moda Catarina. Buscamos nos adaptar sempre, provocar choques de gestão e trabalhar propostas continuadas de inovação tecnológica. Alcançamos um público total de mais de mil pessoas nos eventos, trabalhando com conceitos que envolveram toda a cadeia de valor da moda, desde a criação e produção até o varejo. Os palestrantes abriram espaço para questionamentos e participaram ainda de um coffee com os empresários, o que fortaleceu ainda mais a proposição de contextualizações alinhadas às necessidades e expectativas dos ouvintes. Os participantes puderam ter um contato mais próximo com profissionais de referência no segmento, contribuindo de forma significativa e complementando as ações trabalhadas em cada polo de execução do projeto. O Moda Catarina faz um forte trabalho de intercâmbio de ideias, trazendo estilistas, estudiosos e empresários do setor para palestrar nos polos têxteis. Qual a importância desse tipo de ação para os participantes? Estas ações trazem um referencial mercadológico riquíssimo, que complementa todas as demais atividades desenvolvidas no projeto. Cada região tem suas particularidades e necessidades, e dentro deste contexto procuramos sempre compor atividades que mesclem o potencial criativo com a promoção comercial dos produtos. Não podemos esquecer que estamos dentro de um contexto social, e que tudo que é
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O que é o Bureau de Moda dentro do projeto Moda Catarina? Através de oficinas, workshops e palestras, construímos a informação e fornecemos as ferramentas e o apoio técnico e didático que as empresas do Moda Catarina precisam para irem cada vez mais longe. Trazemos temáticas como mercado, marketing de moda, pesquisa, criação, modelagem, branding, design, varejo, comportamento de consumo, gestão de pessoas, finanças e produção. Como você avalia os resultados obtidos em 2015? Percebemos impactos muito positivos em 2015. As empresas alcançaram incremento em sua receita e aprimoraram seus processos produtivos, o que provocou a demanda por mais ações como estas. Os empresários passaram a trocar experiências entre si, fortalecendo a cooperação e o associativismo. Tivemos ganhos de qualidade nos produtos, tornando Santa Catarina cada vez mais competitiva no cenário nacional no ramo da moda. Os empresários tiveram a oportunidade de descobrir novas culturas, novos mercados e (por que não?!) novas formas de pensar. E em relação à crise econômica, como a equipe do SEBRAE, através do projeto, estimula o setor têxtil a superar esse período? Quais as dicas para os empreendedores do setor? Em sua grande maioria, as novas ideias surgem de uma necessidade. Estamos em um momento de diferenciação, o que faz da crise também um período de oportunidades. Mas para isto é preciso estar preparado. As empresas perceberam que necessitam ir ainda mais além, e neste cenário o SEBRAE busca fortalecer a proposta de crescimento e sustentabilidade através de atividades que estejam de acordo com as particularidades do setor. A moda se reconstrói a cada estação, o que representa a rica potencialidade de ações e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios do projeto Moda Catarina. Buscamos nos adaptar sempre, provocar choques de gestão e trabalhar propostas continuadas de inovação tecnológica. As marcas devem compreender seus clientes, conhecê-los e saber comunicarse com eles. Isto é o que chamamos de valor percebido. Precisamos estar atentos às necessidades do mercado e capacitados para atendê-los. Necessitamos preencher os elos da cadeia, fomentando um desenvolvimento não só individual, mas coletivo. Podemos ir muito mais longe se trabalharmos juntos.
Cenรกrio
O que as marcas de moda precisam entender sobre a crise
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Por Equipe Modices
É
inegável que a crise econômica vem mudando a nossa percepção de valor e os nossos hábitos de consumo. Não há como fugir da reorganização que uma crise como essa causa nos mercados à nossa volta, assim como das consequências dos movimentos de ressignificação dos meios sustentáveis e do estabelecimento de economias colaborativas. Não é difícil perceber o tipo de mudança que isso tudo provoca na forma como compramos e como os bens de consumo nos são oferecidos (e vendidos). Os novos conceitos estão aí, e as marcas devem escolher entre se adaptar a eles e morrer por causa deles. Existe uma máxima que rege quase todos os mercados e tipos de crise econômica: se você não for criativo, você morre. É durante uma crise que o consumidor para e analisa como o seu dinheiro deve ser gasto de forma mais responsável – e como ele pode gastar menos, sendo igualmente feliz e realizado. O próprio consumidor deve ser criativo para fazer isso acontecer, imagina então como devem agir as marcas. É bem simples. Você tem um produto e ele tem um valor percebido pelo cliente. Se o preço cobrado é mais alto do que o valor percebido, a compra do seu produto configura um mau negócio. O consumidor não quer saber se a crise chegou para você também, dono de marca de moda, pois ele está repensando em como utilizar melhor o dinheiro que sobra no mês e, obviamente, não quer se arriscar a fazer maus negócios. Eu não vou pagar R$ 300 pelo mesmo vestido que eu comprei no ano passado por R$180 (fato verídico relatado por nossa editora) e realmente não me importo se esse preço é porque conta de luz da loja aumentou, já que a minha também aumentou. O que as marcas de moda brasileiras parecem não ter percebido ainda é que o seu consumidor
se você não for criativo, você morre. mudou – e mudou muito – e não só porque ele lê blogs e compra on-line, o que aumenta a concorrência para a sua marca de forma inimaginável. Mudou porque ele precisa ser convencido o tempo inteiro de que a sua marca e os seus produtos vão agregar algum tipo de valor para ele. Não adianta colocar na vitrine o que a menina da novela usa, não adianta fazer campanha com modelo famosa, não adianta gastar milhares de reais num catálogo de papel, não adianta repetir o que você vem fazendo há anos porque não vai mais dar certo. Você não está mais nos anos 90, Dorothy. O mundo mudou, esvaziando os shoppings e enchendo as feiras. As pessoas já entenderam que quando elas pagam o preço pelo vestidinho de poliéster dentro da loja do shopping estão pagando o aluguel da loja, a comissão da vendedora, o frete do tecido vindo da China e 80% de lucro sobre a unidade do produto final. Nada disso vale a pena se o que você oferece a seu cliente é apenas um vestidinho (que ele já viu, já 107
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Cenário
teve e sabe que vai estar com 70% off na próxima liquidação). E se você tem a esperança de que “quando a crise passar“ nós, mulheres, voltaremos às lojas felizes e radiantes com cartões de crédito em punho, loucas pra comprar blusa de poliéster por R$ 500, pode começar a mudar de ideia. Consciência é um caminho sem volta. Como consumidoras, o que estamos achando disso tudo? Marcas de moda, nós, consumidoras, queremos ser vistas e entendidas como indivíduos que pensam, escolhem e decidem de acordo com valores próprios e uma percepção real do mundo. Entenda que suas clientes são gordas, negras, empresárias, altas, velhas – e se você ainda está tentando vender para uma cliente ideal que você acha que todas as mulheres desejam ser, você está à beira de um choque de realidade. É impressionante como poucas marcas conseguiram captar essa ideia. Basta uma ida ao shopping para ter a sensação (clara) de que nada daquilo que está nas vitrines e nas araras nos representa. Conversando
Foto: Divulgação
Consciência é um caminho sem volta.
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com pessoas próximas, é possível ver como essa percepção tem sido cada vez mais comum, a de que as marcas simplesmente não estão acompanhando a nossa evolução. “Para quem são essas roupas?” foi a pergunta levemente indignada de uma amiga num grupo no whatsapp e que desencadeou um monte de mensagens que diziam “há muito tempo não compro nada”, “só tenho achado roupas legais em marcas independentes”, “tudo tem me vestido muito mal, será que sou eu?”, “tenho preferido gastar meu dinheiro com comida e decoração”. É como a Carla gosta de dizer: nessa crise, o dinheiro está trocando de mãos. Temos sim um dinheiro (mesmo que pouco) para gastar com nós mesmas, pois ainda temos vontade de comprar roupas, tendências e objetos de/da moda. Mas temos outros desejos consumistas também, como um quadro novo para casa, um bom vinho, uma viagem no fim de semana… E isso tudo significa que se a ida ao shopping não “rendeu frutos”, o dinheiro que seria gasto com o seu vestidinho vai ser gasto num jantar com as amigas. Se o que você oferece a sua cliente é uma roupa sem personalidade, com qualidade medíocre, preço mais alto do que o valor percebido, modelagem padrão feita nas coxas, conceito anos 90, tendencinha comprada aos lotes na China e atendimento pífio, você não pode esperar que ela escolha comprar com você. E não se engane, dono de marca de moda, não adianta facilitar o pagamento. Pode parar de achar que a sua cliente não está comprando suas roupas porque está sem dinheiro. Ela só não quer mais comprar de você.
Sobre Modices / Carla Lemos: Carla Lemos é carioca, stylist, feminista e há oito anos criou o Modices, o 1˚ blog de moda do Rio de Janeiro e um dos mais influentes do Brasil, para falar de moda de um jeito mais leve, com referências da nossa cultura e do nosso estilo de vida. Carla cursou as faculdades de Moda e Publicidade e tem especializações em consultoria de imagem, antropologia do consumo e negócios de moda. Foi stylist da atriz Carol Castro, assinou campanhas e capas de revistas de circulação nacional, deu palestras e cursos sobre sua experiência com blogs de moda em instituições como ESPM, PUC-Rio e Senac-ES. Dona de um estilo superautêntico, Carla acredita que a moda é um poderoso instrumento de autoconhecimento e empoderamento.
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA TRANSFORMAR A INDÚSTRIA CATARINENSE. • EDUCAÇÃO PROFISSIONAL • CONSULTORIAS ESPECIALIZADAS • SERVIÇOS METROLÓGICOS • INOVAÇÃO (PESQUISA APLICADA)
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Exportação
Um drible na crise Projeto incentiva exportação dos calçados catarinenses para enfrentar a atual situação econômica Por Silvia Argenta
O
cenário da economia brasileira tem estimulado a reação dos empresários de moda para sobreviver no mercado. A alta do dólar e a instabilidade econômica são alguns dos motivos de desaceleração dos negócios internamente, o que tem provocado a realização de ações diferenciadas para auxiliar as empresas brasileiras a se manterem competitivas. Em Santa Catarina, o SEBRAE/SC é responsável pelo incremento das vendas dos produtos de moda em diversos cantos do planeta. Dessa forma, os empresários conseguem manter ou aumentar a produtividade e, consequentemente, garantir o capital de giro, os lucros e os empregos. Que a moda catarinense é destaque no país, todo mundo sabe. Mas só o reconhecimento não basta. Muito trabalho, talento e estratégias de negócio estão embutidos nesse status conquistado a duras penas. E o grande diferencial do empresariado catarinense talvez seja a adequação do perfil dos empreendimentos às condições externas, em situações previstas ou não. Atualmente, a exportação tem sido considerada uma alternativa para aumentar as vendas dos produtos catarinenses. O SEBRAE/ SC, através do projeto Rede de Serviços Tecnológicos, conseguiu incrementar em 35% o faturamento de 35 empresas calçadistas sediadas no Vale do Rio Tijucas. Desde o ano passado, elas vêm recebendo capacitações e consultorias sobre novas estratégias de gestão e design para alavancar os negócios. As atividades envolvem palestras sobre exportação, brand, custos e outros assuntos. Assim, os profissionais conseguem identificar as necessidades de ajustes internos de cada empresa, permitindo a conquista de mais produtividade e de acesso a mercados ainda inexplorados. Prova de que as ações estão atin-
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gindo os objetivos é o licenciamento de diversas pequenas empresas para exportar e importar materiais. Segundo a consultora do SEBRAE/SC, Schirley Booz Sa, o projeto tem como metas a melhoria das peças fabricadas pelas pequenas empresas, o aperfeiçoamento do processo produtivo, a aplicação de metodologias avançadas de design, o estímulo ao desenvolvimento de protótipos, a busca de novas tecnologias e o trabalho de forma sustentável. “Já estamos colhendo os resultados das ações aplicadas no polo, com vendas para o mercado internacional, abertura de novos clientes no mercado nacional, selo de qualidade, participação na Bienal Brasileira de Design 2015, entre outras melhorias e ações”, explica. O projeto possibilitou, por exemplo, a consultoria em design com o renomado estilista Ronaldo Fraga. A ideia dele é criar uma identidade regional dos produtos calçadistas catarinenses, o que pode proporcionar diversos ganhos para a região. Entre os benefícios que podem ser adquiridos com essa ação, estão o fortalecimento das empresas do setor. Além disso, ele defende que as empresas devem participar de exposições fora do estado para aumentar a visibilidade nacional e internacional das peças. Um dos eventos sugeridos foi a participação na maior feira de calçados e artefatos de couro da América Latina e a quarta maior do mundo, a Couromoda, em São Paulo, já que o local é propício para a realização de negócios e o lançamento de coleções. Um dos exemplos de que as ações estão tendo resultados concretos é a marca Studio 64, de São João Batista. Além de contar com a assessoria de Ronaldo Fraga para a criação de um dos modelos de sapatos da nova coleção, o projeto permitiu um incremento de 50% a 60% nas vendas de seus produtos, calçados femininos casuais e para festas. Segundo o diretor comercial, Carlos Roedel, depois de participar da Couromoda, a empresa passou a exportar para o Equador e conquistou novos clientes em São Paulo, no Paraná e no Rio de Janeiro.
O EXPORTASC, também do SEBRAE/SC, é um programa de incentivo às exportações que oferece suporte com a incubação e no processo de abertura das empresas nos Estados Unidos. “Ele tem como objetivo promover a inserção de 50 micro e pequenas empresas catarinenses, de vários segmentos, no mercado norte-americano, e vai além, capacitando os empreendedores e gerando a autossuficiência delas nos Estados Unidos”, explica a designer Denusa Demarchi. Através do projeto, as empresas terão auxílio nas áreas de capacitação de empreendedores, visitas técnicas, suporte administrativo, jurídico, fiscal, marketing, comercialização, operação e logística. Outras empresas, como Século XXX, Contramão e Baby Gut, também têm apresentado melhoria nas vendas. Com a Couromoda, o SEBRAE/SC identificou a efetivação de negócios com Chile e Equador. Já na Francal, Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes, também realizada em São Paulo, os contatos foram ampliados com Bolívia, Colômbia, Equador e Noruega. Nessa primeira fase do projeto, o estilista Ronaldo Fraga assessorou dez empresas. Agora, o projeto receberá mais 27 marcas, das quais o designer atenderá outras onze grifes. O projeto Rede de Serviços Tecnológicos conta com a parceria do SEBRAE nacional, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Centro de Tecnologia e Qualidade do Setor de Móveis da Região de Marche (Cosmob), da Itália, e da Universidade de Camerino, também da Itália. 111
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Sustentabilidade
A favor da
maré
Designer de bolsas e acessórios aposta no couro de peixe como grande diferencial para seus produtos Por Juliana A Cesar
A
designer de moda Denusa Demarchi, de Timbó, escolheu o couro de peixe para dar forma às suas criações em bolsas e acessórios. Seu interesse pelo material surgiu quando fazia o trabalho de conclusão de curso da faculdade de moda, em 2005. Após um período de longas pesquisas e experimentos para conseguir um couro macio, mantendo suas qualidades características e sua rusticidade, ela optou por trabalhar com o couro de peixe na sua marca homônima. A escolha deve-se ao fato de ser um material inovador dentro do mercado, ecologicamente correto e exclusivo, já que cada peixe traz sua própria padronagem. Em comparação com outras peles comumente usadas em bolsas e acessórios, como o couro bovino, a de peixe apresenta um custo mais elevado e um dos motivos é o tamanho reduzido da pele. “O diferencial principal é que as peças têm de ser produzidas de maneira artesanal, pois as peles são emendadas para formar a manta que será usada na confecção do acessório, originando peças únicas. Nenhuma peça tem a cor igual à outra. O desenho da escama do peixe é como uma impressão digital, é única”, explica Denusa. A sustentabilidade é uma preocupação da designer e a escolha por essa pele deve-se também ao fato de que grande parte do peixe é descartada com suas entranhas. Na Europa e nos Estados Unidos, não é um material tão conhecido e é considerado exótico, assim como as peles de cobras e crocodilo, mas é muito bem recebido pelos consumidores estrangeiros, que valorizam criações a partir de materiais descartados e/ou reaproveitados.
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Sustentabilidade
Denusa usa pele de tilápia e conta como é o processo de transformação e tratamento desse couro em matéria-prima para os produtos de moda.
“Compramos a pele crua de um abatedouro. Em seguida, fazemos o curtimento e tingimento, similar ao do couro de gado, em nosso curtume. Depois de curtida, tingida e seca, a pele passa ainda por um processo de abertura das fibras, corte, colagem e prensagem antes de estar pronta e ordenada em mantas para a confecção”. Como a pele de peixe exige muitos cuidados e pesquisa, pois é um material difícil de se trabalhar, ainda é pouco explorada pelas marcas de moda. A durabilidade é a mesma do couro bovino, mesmo sendo mais sensível e delicada. Para que as bolsas e os acessórios com a pele de peixe tenham uma vida longa, o ideal é não expô-los ao sol por um longo período, limpá-los usando um pano úmido com água e vinagre e guardá-los em locais arejados.
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P ara bu s car parcer i as d e s uc esso. P ara i n s pi rar p rofi ssionais. P ara cr i ar n ov as alt er n at i v as d e negóc io.
a eng r enag em q ue d es pe rta o m el h o r da moda .
Avenida Egídio Manoel Cordeiro, 370 - Bairro Centro - São João Batista - SC CEP 88240-000 Fone.: (48) 3265 3877 Email: financeiro@institutodamodacatarinense.com.br
Preview Verão 2017
DeSp rtaR E
O Fórum de Inspirações divide o verão 2017 em três conceitos-chave: deslocamento, pertencimento e cotidiano. E através do despertar surge a oportunidade de se abrir para mudanças positivas, conhecer sua capacidade criativa, acompanhar o ciclo de vida dos produtos, contar uma narrativa elaborada e sentir prazer no trabalho. São experiências, apostas e acertos em busca desse despertar. O conceito 1, de deslocamento, incentiva o rompimento de fronteiras e a pesquisa por inspirações imaginárias e reais. Olhar para aventuras e para a liberdade criativa e de gêneros. O segundo, de pertencimento, trabalha com a ostentação, a simplicidade e a definição de identidade. O cotidiano define o terceiro conceito, no qual a cidade e suas formas e características são misturadas ao minimalismo, ao pop e às manifestações do estranho, ousado e provocativo. Segundo Walter Rodrigues, diretor do Núcleo de Design da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), a temporada pede experimentações em busca de um mercado ágil, consistente e inovador. E é esse o desafio do Fórum de Inspirações: incentivar e fornecer um conteúdo inspirador. “Nossa meta é apoiar as empresas e os empresários na descoberta de seus propósitos para alcançar o sucesso e, mais importante ainda, permanecer no sucesso. Esse caminho, sem dúvida, passa pelo pertencimento. Ao saber exatamente o que nos diferencia no mercado de moda, podemos comunicar a nossa expertise de uma nova maneira”.
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CONCEITO 1
CONCEITO 2
CONCEITO 3
Deslocamento
Pertencimento
Cotidiano 117
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CHANEL SS16 | Foto: Divulgação Gaga & Design Studio Nucleo
Eneida Tavares
Boyan Moskov
Walter Rodrigues | Foto: Daniel Herrera
givenchy ss16 | Foto: Divulgação
CÉLINE SS16 | Foto: Divulgação louis vuitton ss16 | Foto: Divulgação
CONCEITO 1
Deslocamento A ideia de rompimento de fronteiras traz inspirações que habitam o imaginário e o dia a dia com clareza, em um processo rápido de criação e decodificação. Esse conceito desperta o anseio por aventura, liberdade e adrenalina, e também o que há de primitivo nas pessoas. As texturas são inspiradas em minerais. Irregular, cristalizado e vulcânico são palavras-chave para os componentes. As estampas contam com imagens tridimensionais e ilusão de ótica. As cores são terrosas e metálicas, em diversos tons de cinza, que podem ser combinadas com cores quentes e texturas na criação de couros, laminados, tecidos e estamparia. A corda é uma referência aventureira versátil e fácil de ser absorvida pela indústria de calçados, pois inspira texturas, formas e estampas em alto relevo. O novo artesanal aproxima os materiais sintéticos das tramas rústicas, o manual do industrial. O denim vem recortado, costurado e aplicado. Componentes como botões e fivelas são clean, completando modelagens unissex simples e práticas e destacando a igualdade de gêneros e a funcionalidade, como manda a saharienne, peça ícone criada por Yves Saint Laurent na década de 70 – modelagem utilitária, sem diferenciação entre o masculino e feminino. As texturas são desgastadas em tons de ocre, cáqui e oliva. As estampas dessa década também são uma forte fonte de inspiração. SC TRADE SHOW MAG
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Maison Valentina
LOUIS VUITTON SS16 | Foto: Divulgação
givenchy ss16 | Foto: Divulgação
CONCEITO 2
Marcos Paulo Piccoli
Prada SS16 | Foto: Divulgação
Werner Neumann
Julia Webber, Hélio de Tomasi e Walter Rodrigues | Foto: Daniel Herrera
A ostentação e simplicidade se juntam na forma e na superfície dos materiais, em tons de dourado ou puras e naturais. É a procura pela alma e pelo conteúdo dos produtos, com sua história e identidade. Símbolo do excesso e da vaidade, o dourado é a referência mais forte da ostentação, apresentado em diversos materiais, banhos e efeitos de acabamento. Nesse conceito, sua ideia de riqueza é convertida em um visual mais acessível. Texturas são amassadas e espatuladas, e couros e laminados ganham aspecto sombreado com brilhos. As formas tridimensionais se encaixam e se sobrepõem. Na simplicidade acontece a busca pelo luxo e pela exclusividade na criação de componentes. Formas puras e sem artifícios são produzidas com materiais nobres. O tressê vem em novas formas, com tiras largas e mix de materiais. É o momento de efeitos perfurados. As veias da madeira inspiram estampas e desenhos. Elementos do passado ressurgem e há identificação com outras décadas para se experimentar, consumir e vestir peças e produtos retrô, com toques tecnológicos. As cores turquesa e pink, importantes nas décadas de 50 e 60, aparecem em banhos esmaltados e metalizados. Destacam-se também o vermelho e o rosa-claro. Xadrezes e padronagens clássicas são modernizadas e podem surgir em versões monocromáticas, gravadas em relevos ou combinações ousadas de cores.
GUCCI SS16 | Foto: Divulgação
Alki - Iratzoki
Pertencimento
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Sophie-Elizabeth Thompson - www.soforbis.com Moroso | Foto: Alessandro Paderni
fendi SS16| Foto: Divulgação
Cotidiano
CÉLINE ss 16 | Foto: Divulgação Referências Brasileiras | Foto: Regilucy Brandão
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Referências Brasileiras | Foto: Regilucy Brandão Studio Markunkpoika
louis vuitton ss16 | Foto: Divulgação
Esse conceito é minimalista, pop e estranho, e a cidade é o cenário perfeito para ser sua referência. As pichações transgressoras e marginais e os grafites feitos na clandestinidade são retratos de um tipo de heroísmo urbano. A forma da arquitetura paulistana é brutalista, mínima de enfeites, dura e blocada. A iluminação por claraboias abre para a ideia de fendas de luz, que inspiram estruturas geométricas rígidas e limpas. Do pop, personagens que encantam por sua beleza ou história fazem esquecer o cotidiano e levam a experimentar o glamour do sucesso. Personagens são revistos como símbolos e transformados em produtos de consumo ou arte, como nas obras de Andy Warhol. O ambiente ao redor desse personagem-herói é estranho e perturbador. Cenários excêntricos ampliam a sensação de desconforto com texturas e formas baseadas no imaginário. As criações do estilista Alexander McQueen, mostradas na exposição Savage Beauty, e da cantora islandesa Björk são referências para o cotidiano. Os componentes, com aspectos luminescentes, estruturas celulares, efeitos pontiagudos e texturas sombrias, são dramáticos, espetaculares e levam a um mundo de ficção, futurista ou assustador.
MARC JACOBS ss16 | Foto: Divulgação
Renee Verhoeven
CÉLINE ss 16 | Foto: Divulgação
CONCEITO 3
SETEMBRO de 2016
22a RODADA DE NEGÓCIOS
PRIMAVERA
VErão 2017
2016/
DE 10 A 12 DE maio DE 2016 Horários: Dias 10 e 11 das 10h às 20h Dia 12 das 10h às 17h
www.sctradeshow.com.br