jornal Jornal Nº 2
do
Semestre 2015/1
«A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar» C. Buarque
Chapa 2 politiza eleição do DCE e chama os estudantes pra luta em defesa dos seus direitos No final do ano passado, nós do Coletivo Voz Ativa, construímos com outros coletivos estudantis, organizações políticas e estudantes independentes a Chapa 2 – Na Mesma Barca: Unidade é pra Lutar! Coletivamente definimos um projeto de luta para o ano de 2015, e fomos os únicos a abordar pautas como direitos dos bolsistas (aumento valor das bolsas, férias remuneradas, fim do assédio moral e fim da contrapartida de trabalho), luta pela PA R I D A D E n a s eleições para reitor e nos conselhos superiores da UFRGS, bem como fomos os únicos a reivindicar as vitórias e as demandas eleitas pelos estudantes na ocupação da Reitoria de 2014 (ampliação do R.U. centro, entrega do novo R.U. do Vale, p e l o fi m d a Resolução 19, manutenção, aperfeiçoamento e ampliação das cotas, opção vegetariana nos RUs, mais moradia estudantil, reformas de prédios e bibliotecas, defesa dos pré-vestibulares populares, entre outras). Agradecemos aos 1384 estudantes que votaram em nossa Chapa 2 - NA MESMA BARCA Unidade é pra lutar! Nossa chapa obteve duas vitórias importantíssimas nesse pleito. A primeira é ter derrotado a direita conservadora que existe em nossa universidade. Sabemos que nosso papel nessas eleições foi importantíssimo para uma maior politização, maior divulgação das nossas
lutas e do nosso programa, e isso sem dúvida contribuiu e muito para a derrota do conservadorismo despolitizado que estava na g e s t ã o d o D C E . A segunda vitória foi termos feito uma votação muito expressiva, de 1384 votos, fazendo uma campanha limpa, sem mentiras, sem falsas polarizações, autofinanciada (arrecadando o dinheiro em sala de aula entre os colegas que acreditavam na nossa proposta), de propagação da consciência de que é através da luta que podemos conquistar nossos direitos e com uma identidade visual muito própria, criativa e construída coletivamente. Parabenizamos a Chapa 3 PODEMOS que venceu as eleições do DCE, embora mantenhamos divergências, principalmente com relação aos métodos e antigas práticas desta chapa. Como nós dissemos em todas as salas de aula, ganhando ou não, estaremos na luta do dia a dia em defesa de nossas reivindicações mais concretas. Pela luta nascemos e na luta continuaremos! Muito obrigado! Convocamos todas(os) que votaram em nossa chapa para se organizarem junto com a gente, participar de nossas reuniões e lutar diariamente por uma UNIVERSIDADE P O P U L A R , P Ú B L I C A , G R AT U I TA E D E QUALIDADE.
Voz Voz Ativa Ativa constrói constrói Coletivo Coletivo de de Bolsistas, Bolsistas, ee você? você? sequer um mês de descanso sem que isso implique Há alguns anos a reitoria da UFRGS vem na nossa demissão: queremos férias remuneradas! precarizando o trabalho dentro da universidade. O * ESTABELECIMENTO DE BOLSAS número de servidores concursados reduz ano após SEM CONTRAPARTIDA PARA OS ALUNOS ano e o de terceirizados e bolsistas cresce. Tudo CARENTES = entendemos que a permanência isto, visando reduzir os direitos trabalhistas e dos alunos de baixa renda não deve ser explorar mão de obra barata. condicionada a obrigatoriedade de trabalhar para a Para mascarar essa realidade, Universidade: queremos que alunos de baixa renda propagandeiam a criação de mais bolsas possam permanecer aqui! administrativas para "ajudar" os estudantes a As bolsas nas universidades nasceram com manterem-se na faculdade. Para muita gente o propósito de adicionar na formação dos dentro da UFRGS essa bolsa é essencial, porém é estudantes nas áreas de pesquisa, ensino e preciso pensarmos como essa bolsa deve ser extensão. Bolsas hoje conhecidas como: Iniciação entendida. Os inúmeros relatos de desvio de Cientifica, Pibid, Pet, etc e sempre vinculadas aos função, o acumulo de serviço e o baixo retorno professores. Mas a realidade é que o número de financeiro fez alguns bolsistas mobilizarem-se para bolsas com função administrativa cresceu e a prova proporem uma melhora nas condições das bolsas. disso é que mesmo com os técnicos administrativos A p ó s em greve (como q u a t r o e m 2014) a assembleias em U F R G S três campi, funcionava puxadas pelo Voz como se nada Ativa vimos a t i v e s s e necessidade de acontecendo. criar um grupo O S que debata em BOLSISTAS E especifico esta O S Coletivo de Bolsistas apresentando luta. No dia15 de TERCEIRIZAD pauta de reivindicações para PRAE. outubro de 2014, OS MANTÉM A o Coletivo de Bolsistas da UFRGS foi fundado. UFRGS FUNCIONANDO E SEM DIREITO DE Suas quatro principais propostas são: GREVE. Nada mais justo do que a reitoria passar a * R E A J U S T E D O S VA L O R E S D A S dar valor a isso e melhorar as nossas condições de BOLSAS = a bolsa deve possibilitar a permanência trabalho e dos nossos colegas. na Universidade e muitos precisamos dela: nossa O Coletivo defende a bolsa sem remuneração precisa ser suficiente para que nós, contrapartida de trabalho. Pois a bolsa deve ser estudantes, possamos ter um teto, nos encarada como Assistência Estudantil e não como alimentarmos, comprar os materiais necessários trabalho precário . para nossas faculdades (xerox, livros, etc), nos A possibilidade de vitórias nestas lutas é deslocarmos – queremos aumento! muito clara, principalmente o aumento do valor das * FIM DO ASSÉDIO MORAL AOS bolsas. Para isso o Voz Ativa compõe o Coletivo de BOLSISTAS = por uma política de enfrentamento Bolsistas desde o inicio e convida a todos para ao assédio moral aos bolsistas! participar das mobilizações. Nossos colegas * FÉRIAS REMUNERADAS = é abusivo merecem uma maior valorização. Participe você que, depois de um ano de trabalho, não tenhamos também!
Estudantes da UFRGS homenageiam os 43 de Ayotzinapa
Coletivo Voz Ativa na luta pela PARIDADE na UFRGS A UFRGS continua sendo uma das universidades menos democráticas do país. Atualmente, das 54 universidades federais brasileiras, 37 delas (68% do total) adotam modelo paritário nas eleições. Segundo levantamento realizado pela UnB Agência, apenas 16 universidades, entre elas a UFRGS usam o modelo proporcional, onde os votos dos professores têm 70% do peso total, enquanto alunos e servidores têm 15% cada. Indo na contramão da democracia e participação, a UFRGS não permite que possamos sequer eleger o reitor. A eleição não passa de uma CONSULTA! Acompanhada da Lista Tríplice onde o MEC pode escolher o candidato menos votado para dirigir nossa instituição. É necessário lembrar que essa desproporção se reproduz no cotidiano dos órgãos colegiados da universidade, onde a divisão 70/15/15 é a regra geral. Se considerarmos que nossa comunidade acadêmica é composta por cerca de 40 mil estudantes, 7 mil servidores e menos de 3 mil professores, nos deparamos com uma iniquidade manifesta: a cada votação de Por democracia conselho, ou a cada eleição de reitor, um voto docente corresponde a 15 votos de servidor e 150 votos de estudante. A sobrevalorização da decisão dos professores em relação aos demais segmentos é reflexo de um preconceito arcaico e bacharelesco – típico de uma universidade construída sobre hierarquias. A defesa da atual configuração 70/15/15 se baseia em argumentos semelhantes aos utilizados pelas elites tradicionais contra o sufrágio universal, visto então como uma ilegítima intromissão do povo nas questões políticas. Já é hora de relegarmos ao passado esse
autori tari s m o e av anç arm os no proc es s o de democratização da universidade, reconhecendo as diferenças de cada um dos três segmentos, mas não as utilizando como base para o argumento conservador e tecnocrático que respalda a divisão 70/15/15. Devemos reconhecer as particularidades de cada segmento e, a partir delas, reforçar nossa consciência democrática e exigir seu direito de representação paritária. Como percebemos, todas as lutas da universidade estão interligadas, e podem inclusive ser fortalecidas, com a luta pela PARIDADE. Nós, do Coletivo VOZ ATIVA, compomos o Comitê de Luta pela PARIDADE, juntamente com vários Centros e Diretórios Acadêmicos de luta, ANDES e ASSUFRGS e viemos expressar nosso apoio ao modelo paritário na representação de docentes, servidores e estudantes nas deliberações da instituição. Assim, defendemos que cada segmento desfrute de 33% de participação de acordo com o total votante. Acreditamos que a adoção da paridade não garante a democracia e participação! plena da universidade, mas é um passo importante e urgente nessa caminhada. A universidade não pode servir de redoma protetora ao reacionarismo existente na sociedade, antes pelo contrário pode ser exemplo vivo de novos questionamentos a velhas estruturas. Conclamamos toda a universidade a fortalecer essa luta e esse movimento para conquistarmos uma UFRGS democrática. Na qual sejam ouvidos todos os setores e que todos participem de sua gestão com igual peso nas decisões. Curta no Facebook: Paridade JÁ
Ocupação da Reitoria foi a principal atividade do Movimento Estudantil em 2014 Após 10 dias de ocupação da Reitoria da UFRGS, saímos com o gosto da vitória e prontos para darmos continuidade ao movimento. Nós do Coletivo Voz Ativa preparamos essa ação durante semanas junto a outros coletivos, diretórios acadêmicos e demais estudantes. Participamos ativamente desse processo porque acreditamos que só com LUTA, conquistaremos nossos direitos. Um bom exemplo a seguirmos em 2015. Conquistamos: Gratuidade no RU para todos os estudantes beneficiários da PRAE; Auxílio de R$ 200,00 por mês para cada morador de casa do estudante beneficiário PRAE para alimentação nos fins de semana;
Manifesto do Coletivo Voz Ativa s? os? o m m s? o e o s r m e m a u e z i q qu gan r o que o s no o m o c Somos um movimento de homens e mulheres (estudantes e trabalhadores), cansados de enfrentar diariamente os problemas da universidade, por este motivo fundamos então o Coletivo Voz Ativa, que se apresenta como um movimento rebelde, combativo, plural e de LUTA!
iniciada em agosto de 2013 e hoje com a força da ASSUFRGS (Associação dos Servidores da UFRGS, UFCSPA E IFRS) e do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) foi construído o Comitê de Luta pela Paridade, do qual participamos ativamente.
O Voz Ativa é um coletivo de estudantes de diversos cursos da UFRGS, que lutam por uma universidade mais digna e na melhoria da vida de nós estudantes. Fazemos isto através da luta pela democratização da instituição, frente às desigualdades e por mais qualidade de ensino, aonde o estudante não seja visado como mão-deobra barata para o mercado de trabalho, mas sim que nossos estudos contribuam diretamente para a sociedade. Assim o Coletivo atua, sempre ouvindo a todas/os e lutando pelo mais justo. Reunimo-nos em assembleias mensais debatendo os problemas dos estudantes em contexto geral e específico de cada c u r s o , a s s i m coletivamente fica mais fácil de sermos um bloco sólido para a ação. Neste ano de 2014 nós não negamos aquilo que nos une, que é a luta, por isso estivemos em inúmeras rodas de conversas nos mais vários DA's e CA's para ora falar da democracia dos espaços da universidade, ora da luta por aumento das bolsas. Construímos a Ocupação da Videoteca, Ocupação da Reitoria, nos solidarizamos com os estudantes do direito que ocuparam o Castelinho, promovemos um ato Polícia Pra Que(m), problematizando o aspecto de segurança entre outras atividades. Também reforçamos a autodefesa das mulheres, construímos durante o ano três módulos do Curso de Defesa Pessoal para Mulheres. Fora nossa participação nos eventos nacionais, como 3° Encontro Nacional de Assistência Estudantil da UNE; Encontro Nacional de Educação (ENE) e o 2° Seminário Nacional Universidade Popular (SENUP). Usamos de todo o conhecimento destes eventos para fortificar a luta da Paridade que foi
Entendemos que o papel que este coletivo deve cumprir de pressionar a Reitoria por uma assistência estudantil de qualidade, por uma infraestrutura adequada, um currículo que não sobrecarregue os alunos, temos visto a partir das críticas do movimento estudantil um resistência por parte da reitoria: a qual nega ouvir os anseios de melhoria. Por isso Ocupamos a Reitoria em Maio deste ano, conjuntamente com outros coletivos, no qual o reitor se fez de surdo, o único dialogo proposto por ele era apenas esbanjar os 8 0 a n o s d e excelência e b a l b u c i a r a aprovação, pelo MEC, de melhor universidade federal do país, achando assim que nada tinha p a r a f a z e r. M a s , o c u p a m o s e conquistamos, a reitoria teve que ceder! Foram mais de 10 dias aonde conseguimos o RU gratuíto e R$ 120 reais de auxílio para moradores das casas dos estudantes (todos para beneficiários PRAE). Por esse motivo a nossa tarefa, após o término da ocupação da reitoria, foi de chamar uma unidade junto aos estudantes e demais coletivos que também se puseram em luta, e assim disputamos a eleição para o Diretório Central dos Estudantes - DCE/UFRGS. Agora, no ano de 2015, temos muito mais a fazer. É preciso conquistar de uma vez por todas a Paridade; garantir um reajuste digno no valor das bolsas; enfrentar a prcarização e os cortes de gastos feitos pelo governo na educação; conquistar RU gratutito para todas e todos os estudantes; fortalecer a autonomia dos Centros e Diretórios Acadêmicos e a própria Autonomia Universitária; enfrentar as opressões que ocorrem durante os trotes e etc. Se some nesta luta, participe do Voz Ativa!!!