MUDANÇA: McLaren extingue o cargo de Chefe de Equipe
Race JEREZ de la
frontera Uma análise completa de equipe por equipe e piloto por piloto de todos os dados do primeiro teste da pré-temporada
Edição digital 01 | ANO 3 |FEVEREIRO 2014
SUMÁRIO
CARTA DO EDITOR
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lá amigos leitores apaixonados por automobilismo. Temos mais uma novidade para vocês. Agora, além das edições impressas, a Revista Race também terá edições digitais e menores que serão disponibilizadas gratuitamente na internet. Essas edições digitais terão fatos que aconteceram mais próximos ao lançamento da publicação. Enquanto isso, para a edição impressa ficarão as matérias chamadas de “frias”. Análises, investigações, pesquisas e conteúdo mais aprofundado dos temas que envolvem o automobilismo nacional e internacional, tudo com a qualidade Race que você já conhece. Para começar, a primeira edição online trás para vocês toda análise dos testes da pré-temporada que aconteceram em Jerez de la Frontera. Sabemos que os tempos de volta nos testes do início do ano não são de grande valor para se avaliar como as equipes se prepararam para o novo campeonato. Por isso, fomos além e mostramos aos leitores o que realmente importa saber sobre os testes. Analisamos o trabalho de cada equipe e de cada piloto. Situações como os problemas da Red Bull e os motores Renault e o excelente desempenho das Mercedes são destaque nessa primeira parte dos testes. Você vai saber todos os detalhes do que cada equipe desenvolveu, errou, melhorou e acertou. Além dos testes, temos também uma matéria sobre o cargo de chefe de equipe na F1. Alguns já dizem que esse posto dentro de uma escuderia está com os dias contados. Com a ida de Eric Boullier para a McLaren sem ser para essa posição e o discurso de uma descentralização das funções dentro do time, parece que isso realmente está perto de acontecer. Esperamos que gostem dessa novidade e desse novo formato também. Continuamos contando com a participação de vocês para fazer um material cada vez melhor e mais completo. Agradecemos a todos que já nos acompanham e contribuem para que a Revista Race cresça cada vez mais.
Boa leitura a todos!
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A PRÉ-TEMPORADA COMEÇOU
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MATÉRIAS 06 A pré-temporada começou 10 Red Bull 11 Mercedes 12 Ferrari 13 McLaren 14 Force India 15 Sauber 16 Toro Rosso 17 Williams 18 Caterham 19 Marussia 26 Nova hierarquia
Race Revista
O MELHOR CONTEÚDO AUTOMOBILÍSTICO
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Colaboradores Julianne Cerasoli Rafael Ligeiro José Inácio Pilar Publicidade comercial@revistarace.com.br
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TEMPORADA 2014 | Jerez de la Frontera
A PRÉ-TEMPORADA COMEÇOU
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o dia 28 de janeiro, as equipes deram início aos primeiros testes de pré-temporada da Fórmula 1. As movimentações foram realizadas no Circuito de Jerez de la Frontera, região Sul da Espanha. Sob uma temperatura amena, graças ao inverno europeu, as escuderias puderam fazer suas primeiras avaliações dos novos bólidos. Dez das onze equipes estiveram presentes nos testes em Jerez. A única exceção foi a Lotus, que já havia avisado previamente de que não estaria na Espanha. A justificativa foi de que o time preferiu adiar o lançamento do seu carro, com o intuito de desenvolvê-lo melhor e só colocá-lo na pista quando estivesse pronto de fato. A Marussia também quase não participou dos treinos no circuito espanhol. Com problemas no MR03, a escuderia russa só chegou a Jerez de la Frontera na quarta-feira, colocando seu carro na pista apenas na quinta-feira. As outras escuderias estiveram presentes em todos os dias de treinos. Algumas com poucos problemas e outras com dificuldades acima do normal. Neste ano, as equipes também testaram pela primeira vez com pista molhada. Por conta do regulamento que prevê ao menos um dia de testes com os compostos intermediários e de chuva, a Pirelli teve que encontrar uma solução para manter a pista molhada. O jeito foi improvisar. Inicialmente o cronograma mostrava que este treino com o traçado molhado iria acontecer na sexta-feira. Entretanto, com a chuva que caiu na madrugada da terça para a quarta-feira, a Pirelli se antecipou e usou um caminhão pipa para jogar água no asfalto durante toda a manhã. Condições semelhantes foram encontradas no último dia, mas desta vez as condições climáticas foram responsáveis pela pista molhada. No geral, os testes em Jerez mostraram que algumas equipes estão melhores do que outras. Tudo isso graças ao desempenho dos novos motores V6 Turbo. Enquanto Mercedes tem o melhor propulsor, com muito mais confiabilidade do que os outros, a Renault está no caminho totalmente inverso, com excesso de problemas em suas unidades de potência. A Ferrari está no “meio termo”, mas mostrou um bom desempenho nos testes. A seguir, você confere como foram os dias de cada uma das equipes presentes em Jerez de la Frontera. FEVEREIRO 2014
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JEREZ DE LA FRONTERA | Testes
RED BULL
por Paulo Feijó • foto Getty Image
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primeira bateria de testes de inverno, realizados em Jerez de la Frontera, não foi nada boa para Red Bull. Muito pelo contrário. O time comandado por Christian Horner sofreu bastante e teve graves problemas no carro em todos os dias, obrigando Adrian Newey a ter que repensar todo o desenho do RB10. Com o intuito de trabalhar mais no carro, a RBR só apresentou o seu novo modelo - o RB10 - minutos antes do início da primeira sessão de testes em Jerez. Na pequena cerimônia de lançamento, realizada na frente dos boxes da escuderia, Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo, Newey e Horner demonstravam motivação e confiança no novo carro. Mas foi só ele ir para a pista que tudo mudou. O atual tetracampeão mundial foi o responsável por guiar o RB10 no primeiro dia, mas pouco conseguiu fazer. Pela manhã, com problemas no carro, Vettel não conseguiu ir para a pista. Após o almoço, enfim, o bólido rubro-taurino apareceu, mas não foi bem da forma como todos esperavam. Sem conseguir marcar
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tempo, a Red Bull encerrou o primeiro dia de testes apenas com três voltas completadas e uma série de problemas para resolver. Na quarta-feira, a expectativa era de que as falhas apresentadas no dia anterior fossem solucionadas e, enfim, Seb poderia completar uma quilometragem maior na pista. Entretanto, o que se viu foi mais um dia de problemas. Com apenas oito voltas completadas, o time resolveu encerrar as atividades ainda no início da tarde. Mesmo admitindo as falhas, Vettel conversou com a imprensa e preferiu minimizar os defeitos. “Devido a uma série de problemas, acabei sem fazer tantas voltas, mas isso é normal devido às mudanças das regras. Testes existem precisamente para que possamos resolver os problemas”, disse o piloto. Nos dois últimos dias, Daniel Ricciardo pôde fazer a sua estreia na equipe, mas acabou passando pelas mesmas situações de dificuldades encontradas pelo seu companheiro de equipe. O único tempo marcado pelo australiano foi no último dia, com uma volta registrada em
1min45s374. Toda a celeuma da Red Bull pode ser creditada diretamente à Renault. Há algumas semanas, as especulações já davam conta de que as escuderias que utilizam os motores franceses teriam várias dificuldades, já que os propulsores provavelmente apresentariam problemas. E foi o que aconteceu. Mas as dificuldades encontradas pelo time de Newey foram muito maiores do que todas as outras equipes. Uma falha no projeto fez com que os motores, mais especificamente a nova unidade de recuperação de energia - ERS -, esquentassem mais do que o normal. O excesso na temperatura acabou sendo o principal responsável pelos problemas apresentados durante todos os testes. Com o defeito detectado, Newey e Christian Horner abandonaram Jerez ainda na quinta-feira e retornaram à fábrica em Milton Keynes. Agora, o projetista estrela terá que repensar o RB10 e fazer alterações no desenho estrutural do bólido.
MERCEDES
por Paulo Feijó • foto Divulgação/Mercedes
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pesar de não ter sido a equipe mais rápida em Jerez de la Frontera, a Mercedes mostrou que tem, de longe, o carro mais confiável do grid. A escuderia, que agora é comandada por Toto Wolff (Diretor Executivo) e Paddy Lowe (Diretor Técnico), teve um desempenho consistente e longe de grandes problemas, sendo considerada o time com mais chances de quebrar a hegemonia da Red Bull em 2014. A apresentação do novíssimo carro da escuderia alemã - o W05 - só aconteceu minutos antes do início dos testes na Espanha, dividindo os holofotes com a toda poderosa RBR, que também mostrava o seu modelo no início daquela manhã. Logo de cara, o novo bólido germânico já foi apontado como o mais bonito do grid, já que não adotou os bicos totalmente estranhos das rivais, optando por uma solução semelhante a da Ferrari. Com o carro devidamente apresentado, o time com fábrica em Brackley tratou de ser o primeiro a entrar na pista espanhola. Sob o comando de Lewis Hamilton, o W05 foi o
primeiro modelo a cronometrar uma volta, mas também o primeiro a bater. O acidente aconteceu no fim da manhã, quando a asa dianteira de Hamilton soltou sem explicação, fazendo com que o piloto virasse passageiro e fosse parar na proteção de pneus. O acidente antecipou o fim dos treinos da equipe no primeiro dia, mas nada que atrapalhasse o time para os dias seguintes. Na quarta-feira, com o bólido devidamente reparado com peças vindas diretamente da fábrica, Nico Rosberg assumiu o volante e mostrou o quanto confiável é o W05. O alemão completou 97 voltas na pista, terminando o dia na quarta colocação. Lewis Hamilton voltou a pilotar o carro prateado na quinta-feira, completando mais uma grande quilometragem - 62 voltas no total - e terminando em terceiro. Já na sexta-feira, Lewis e Nico revezaram no comando do W05. A excelente regularidade e confiabilidade do carro da Mercedes pode ser creditada principalmente ao motor alemão. Com um desenvolvimento muito melhor do que Ferrari e
Renault, os propulsores que saíram da fábrica em Brackley parecem estar bem mais fortes do que os rivais. Por ser uma chamada “equipe de fábrica”, nada mais justo do que o carro do time prateado estar um passo à frente com relação as outras clientes da Mercedes. E é por isso que a escuderia vice-campeã de 2013 é considerada uma das grandes favoritas para acabar com a hegemonia da RBR. Apesar disso, Wolff segue afirmando que ainda é cedo para descartar a escuderia austríaca, mas admite que a equipe germânica parece ter um carro extremamente competitivo. Agora, a expectativa é para ver como será o comportamento do W05 durante as duas baterias de testes restantes, que serão realizadas no Circuito do Bahrein. Com o forte calor da pista de Sakhir, o time de Brackley terá que mostrar que não é resistente apenas nas baixas temperaturas. Além do carro, o motor também será testado e tentará provar que é mesmo o melhor propulsor do grid, pelo menos para o início da temporada. FEVEREIRO 2014
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JEREZ DE LA FRONTERA | Testes
FERRARI
por Vicktor Tigre • foto Divulgação/Ferrari
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onfiabilidade é a chave do sucesso. Essas palavras foram citadas por James Allison, que visa quebrar o jejum de cinco anos sem títulos no Mundial de Construtores da Ferrari. Lançado em Jerez de la Frontera, o F14T sustenta o sonho de um possível título nas mãos de Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. Sem um carro competitivo a mais de meia década, a Ferrari vê o F14T como uma possibilidade de quebrar o círculo vicioso que culminou no tetracampeonato nos Mundiais de Construtores e de Pilotos pela Red Bull e Sebastian Vettel. Apesar dos testes limitados em Jerez, o carro vermelho obteve bons resultados. Para evitar problemas com o superaquecimento – assim como aconteceu com o turbo compressor do RB10 da Red Bull –, a equipe italiana diminuiu a potência do motor em 20%, deixando o bólido com 80 KW de desempenho no ERS. Outro atributo que chamou atenção no bólido foi o visual. Adotando o ‘Bico de Aspirador de Pó’ e conservando a suspensão pull-rod, o carro arranjou uma maneira para controlar a perda
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de downforce e adaptar o fluxo de ar no nariz. Mas o que diferenciou o F14T na pré-temporada em Jerez foi a economia no uso dos compostos e combustível. O time usou os 25 jogos de pneus, mas sem a mesma intensidade de desgaste como acontecia com o F138. Em relação ao combustível, o motor da Ferrari foi o que menos consumiu gasolina por volta durante os treinos. Até 7000 rpm, o carro vermelho expelia 3% a menos de gases, se comparado com outras equipes. O F14T foi muito bem recebido por Alonso e Raikkonen. Os dois primeiros dias de testes em Jerez – 28 e 29 de janeiro. No primeiro teste, o bólido foi guiado por Kimi, que completou 31 voltas com o melhor tempo do dia, com 1min27s104. Apesar do desempenho, o modelo apresentou problemas técnicos, parando na pista após o seu shakedown. “Vai levar um tempo antes de podemos correr a 100%”, declarou o ‘Homem de Gelo’, que no segundo dia em Jerez foi o segundo mais rápido, com 1min24s812 em 47 voltas.
Nos terceiro e quarto dias em Jerez, Alonso não conseguiu seguir o ritmo do ‘Homem de Gelo’. No seu primeiro dia de testes, o espanhol terminou com o quinto melhor tempo: 1min25s495 em 58 voltas completadas. No último dia, o bicampeão realizou 115 voltas, mas não conseguiu desbancar Felipe Massa, da Williams, que foi o mais rápido.“Colhemos uma grande quantidade de dados que devem ser úteis para a máquina”, destacou Alonso. Apesar dos resultados, a segunda parte da pré-temporada, que começa no dia 19 de fevereiro, no circuito de Sakhir, no Bahrein, prometem surpresas para a Ferrari. Os intercoolers instalados na parte lateral do bólido devem sofrer um acréscimo de 15% em relação ao seu tamanho. O time de Maranello também vai usar o motor no seu limite máximo de 120 KW de potência. Outros componentes como novas barbatanas, bicos e asas traseiras também foram especulados. Recentemente, o chefe de equipe da Ferrari, Stefano Domenicali, afirmou que o F14T progrediu aerodinamicamente no túnel de vento em Maranello.
MCLAREN
por Gilberto Caetano • foto Divulgação/McLaren
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bruxa parecia estar solta nos testes coletivos em Jerez de la Frontera. E logo na abertura, o novíssimo carro da McLaren sofreu com problemas elétricos. Dando adeus a todo planejamento da equipe. Na programação, o dia seria destinado a Jenson Button, que frustrado, apenas observou o time de Woking realizar os trabalhos em sua garagem. Com a ausência sentida, a esquadra lutava contra o tempo para colocar o MP4-29 no traçado espanhol. E mesmo diante de tanto esforço, a McLaren não conseguiu coletar um dado sequer no primeiro dia. A expectativa de ter o carro na pista ficou mesmo para a quarta-feira. O time inglês foi obrigado a desmontar todo bólido. Os engenheiros da McLaren tiveram que realizar uma nova inspeção, seguido da remontagem de algumas peças. E todo esse empenho foi recompensado. No segundo dia dos testes em Jerez, o MP4-29 estava lá, sendo comandado por Button, que sonha, com esse novo modelo, voltar aos tempos áureos
da equipe. “Assim como os outros times, nós encontramos algumas dificuldades com o nosso novo carro para este primeiro dia dos testes de inverno. Apesar do sucesso nos testes realizados na sede, durante a semana passada, o carro hoje esteve seriamente afetado por problemas elétricos”, explicou a McLaren. O carro que tinha sido apresentado por duas vezes - uma após vazamento de algumas fotos nas redes sócias e a outra de forma oficial na sede da equipe em Woking - entrou no segundo dia em Jerez de la Frontera como se nada tivesse acontecido. Nem o bico pra lá de exótico atrapalhou dessa vez. A McLaren, enfim, conseguia levar seu MP4-29 a pista espanhola. Jenson Button ficou encarregado de tornar agressivo um carro que, anteriormente, sofreu com problemas elétricos. Mas isso não foi uma tarefa difícil para o driver inglês. Foram 43 giros completos em Jerez. O melhor deles foi cravado em 1min24s165. O que fez com que o britânico faturasse o melhor tempo no segundo dia dos
testes coletivos. Jenson voltou a roubar a cena. No terceiro dia dos testes, o driver inglês liderou toda movimentação, foi um segundo mais lento do que no dia anterior e mesmo assim, o tempo foi suficiente para bater os rivais. Na vez de Kevin Magnussen testar o carro inglês em Jerez, o ritmo forte foi mantido. O piloto dinamarquês conseguiu deixar a flecha prateada na liderança durante o terceiro dia na pista espanhola. Bom para o time inglês que conseguiu “superar” os problemas iniciais. Foram apenas 4 décimos de vantagem para o segundo colocado, mas com uma distância sem tamanho na evolução do MP4-29. Os resultados obtidos em Jerez deram uma boa margem de coleta de dados para a McLaren, que agora parte na frente de algumas equipes do grid para 2014. O novo modelo da esquadra inglesa recebeu alguns elogios após sua apresentação e, consequentemente, após os testes. De acordo com algumas publicações, a suspenção traseira do MP4-29 será o trunfo da equipe para o mundial deste ano. FEVEREIRO 2014
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JEREZ DE LA FRONTERA | Testes
FORCE INDIA
por Gilberto Caetano • foto Sahara Force India
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om a chegada dos testes coletivo sem Jerez de la Frontera, as escuderias encontraram as portas abertas para o desenvolvimento dos seus bólidos. Porém, o novo carro da Force India, batizado de VJM07, tinha uma meta. E não era obter o melhor tempo do dia. De acordo com o diretor-técnico – Andrew Green – a equipe estava preparada para alcançar a maior quilometragem possível durante todo o evento. Mas nada funcionou corretamente para a esquadra indiana durante o primeiro dia. Com boa parte das equipes realizando apenas voltas de instalações, Sergio Pérez observou passivamente uma pane elétrica tomar conta do seu monoposto. Mesmo diante dos problemas, o mexicano conseguiu completar 11 voltas. Cravando o quarto melhor tempo (1min33s161). O segundo dia no traçado espanhol foi dedicado não só as análises dos novos carros, o dia também foi dedicado ao reconhecimento dos compostos de chuva fornecidos pela Pirelli. Que tratou de deixar a pista molhada, de forma artificial, durante toda sessão. No final das
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contas, Sergio Pérez voltou a repetir o quarto tempo. Dessa vez o driver mexicano completou seu melhor giro em 1min39s008. No entanto, a expectativa da Force India era aumentar gradativamente a velocidade dos carros nesse primeiro período da pré-temporada. Mas de acordo com Green, as escuderias resolveram poupar os motores V6 Turbo. Para o dirigente, na falta de um conjunto aerodinâmico e de maior conhecimento sobre como se comporta esse novo motor, as equipes, então, resolveram diminuir a potência dos carros. Por esse motivo, andar com o VJM05 no terceiro dia não deve ter sido nada fácil para Nico Hulkenberg. Com o carro na pista, a escuderia de Silverstone resolveu fazer um trabalho voltado para o mapeamento e na coleta de dados do bólido. A ansiedade, que anteriormente havia tomando conta de Hulk, foi frustrada. Mesmo com o sexto tempo – 1min30s205 – o piloto alemão preferiu não fazer nenhum comentário sobre seu desempenho. “É difícil dar qualquer comentário depois do
meu primeiro dia no carro, porque a maioria do meu tempo foi gasto para fazer o mapeamento e coleta de dados com algumas corridas de velocidade constante. Então, eu ainda tenho que realmente começar uma sessão com o carro”, disse. Com os ajustes realizados pela equipe para correr no quarto e último dia dos testes coletivos, a maior surpresa ficou a cargo de Juncadella. Reserva na Force India, o espanhol conseguiu fazer o terceiro melhor tempo do dia. Com 1min29s457, o driver superou os experiente Sergio Pérez e Nico Hulkenberg. Mesmo sendo o primeiro trabalho realizado por Daniel com sua equipe, as 81 voltas ao longo do circuito espanhol, fez amenizar a péssima impressão deixada pelo carro de Vijay Mallya no dia anterior. Para Juncadella, “Era isto que o time precisava para chegar ao Bahrein”, em plena evolução do VJM07. “Trabalhei pela primeira vez com a equipe na estrada e isso para mim se tornou um sério desafio. Espero testar a máquina novamente no Bahrein”, pontuou.
SAUBER
por Gilberto Caetano • foto Sauber Motorsports AG
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udo caminhava para que os fãs da Sauber conhecessem o novo carro da equipe na forma tradicional. Imprensa, pilotos, diretores e etc. Porém, o anúncio do C33 seguiu um formato que já é bastante utilizado. Contrariando o planejamento da equipe, as fotos “vazaram” nas redes sociais. A Sauber resolveu adotar o mesmo tom de cores da temporada passada. O cinza meio sombrio ainda predomina no bólido suíço. O tão comentado “bico de Tamanduá” será parte presente no carro. O Motor do monoposto será um Ferrari V6 Turbo. Os dias dedicados pela Sauber aos testes coletivos no traçado de Jerez de la Frontera foram bem satisfatórios. Mesmo com a demora do C33 em ficar pronto, o carro foi pra pista antes mesmo da esquadra suíça realizar alguns testes. Com essa escassez anunciada pela equipe, a maior dificuldade encontrada pela Sauber foi equilibrar o novo sistema de freios do C33. Um dos calos da esquadra em Jerez. E não foram só os pilotos que sofreram com os freios, os
engenheiros de Hinwil também tiveram dificuldades em lidar com a nova peça. Mais quem testou pela primeira vez o C33 em Jerez foi o driver mexicano, Esteban Gutiérrez. Na somatória das sete voltas completadas, o piloto chegou a marcar o sexto melhor tempo – 1min42s257 - em uma das baterias do primeiro dia. “Foi uma grande conquista ver o nosso carro na pista. Estou orgulhoso de que eu fui o primeiro a dirigi-lo. Especialmente por conta das mudanças das regras, isso foi muito complexo, mas a equipe trabalhou pesado para conseguir os melhores resultados possíveis”, disse Gutiérrez. No segundo dia em Jerez, a Sauber liberou mais uma vez o novo monoposto para o mexicano. Só que dessa vez o novo bólido não recebeu os elogios do dia anterior. De acordo com o driver, foram encontrados diversos problemas no carro. Que posteriormente foram solucionados. Depois foi a vez de Adrian Sutil testar o C33. No terceiro dia da pré-temporada, o piloto alemão não teve a mesma sorte do seu
companheiro. Além de sentar pela primeira vez no bólido suíço, o driver bateu violentamente durante a segunda sessão do dia. Mesmo com o incidente, Sutil conseguiu marcar o oitavo melhor tempo (1min30s161). Já no último dia dedicado aos testes, Sutil, dessa vez, conseguiu completar mais giros na pista espanhola. Foram 69 voltas ao todo e um sétimo lugar no geral. Mesmo sendo o início da pré-temporada, o alemão não saiu satisfeitos. Sutil teria questionado diversas dificuldades que enfrentou com o C33 no traçado de Jerez. A expectativa do piloto é que no próximo teste, que irá acontecer no Bahrein, a Sauber consiga evoluir o novo carro de Hinwil. É o que também espera a chefe de equipe, Monisha Kaltenborn. De acordo com a dirigente, o C33 irá para o Bahrein com o primeiro pacote aerodinâmico para a temporada de 2014. A lista de peças é extensa. Para o dia 19 de fevereiro, a Sauber introduzirá no carro uma nova frente, asas traseiras, deflectores nas caixas laterais, além de pequenos itens espalhados pelo bólido. FEVEREIRO 2014
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JEREZ DE LA FRONTERA | Testes
TORO ROSSO
por Paulo Feijó • foto Getty Image
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ssim como aconteceu com a Red Bull, a Toro Rosso também encontrou várias dificuldades para manter o seu carro na pista durante os primeiros testes em Jerez de la Frontera. O lado bom é que as falhas detectadas não foram tão graves como as vistas na sua escuderia mãe. Os pilotos da STR ainda conseguiram completar 54 voltas durante os quatro primeiros dias no circuito espanhol. O STR9 foi apresentado para a imprensa mundial um dia antes do início da pré-temporada. Seguindo a tendência dos bicos com uma saliência na ponta, o carro foi um dos que não agradaram pela sua beleza. Mesmo assim, a expectativa era de que ele fosse competitivo na pista, já que isso é o que vale no final das contas. Sob o comando de Jean-Éric Vergne, o bólido taurino deixou a garagem pela primeira vez na manhã da terça-feira, seguindo o cronograma. Mas o dia da STR não foi tão proveitoso como esperado. Com as mesmas dificuldades encontradas por todas as equipes que utilizam
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os motores Renault - super aquecimento -, o time liderado por Franz Tost só completou 15 voltas. A segunda sessão de testes, realizada na quarta-feira, acabou sendo ainda pior para o time italiano. Isso porque os problemas no carro fizeram com que a equipe não conseguisse completar uma volta sequer. Dessa forma, a estreia de Daniil Kvyat - contratado para substituir Daniel Ricciardo, que acertou sua ida para a Red Bull -, que comandava o carro naquele dia, fosse frustrante. O russo não conseguiu nem ao menos mostrar o seu potencial na pista. No terceiro dia de testes, mais uma vez com Jean-Éric pilotando o STR6, a Toro Rosso teve o seu teste mais confiável, se é que podemos classificá-lo desta forma. Com 30 voltas completadas, o francês fechou a tarde na sétima colocação, cravando o tempo de 1min29s915, cerca de seis décimos mais lento do que o primeiro colocado, Kevin Magnussen, da McLaren. Já no último teste, com Kvyat no cockpit
novamente, o bólido italiano completou apenas nove voltas e ficou na penúltima colocação. Com a pista molhada, o russo testou o carro com os pneus de chuva e intermediários e seu melhor tempo foi registrado em 1min44s016. O jovem só conseguiu ser mais rápido do que a RBR de Ricciardo, que teve muitos problemas e quase não treinou. Apesar das falhas visíveis na confiabilidade do carro, a Toro Rosso ainda conseguiu ser mais regular do que a Red Bull. Entretanto, é um fato de que o time ainda tem que ficar muito preocupado, principalmente por conta dos seus motores. O atraso na conclusão do desenvolvimento dos propulsores V6 Turbo da Renault afetou diretamente no rendimento dos carros. Agora, as equipes pressionam a fabricante por melhorias urgentes. Melhorias estas que já foram feitas visando os testes no Bahrein, resta saber se elas surtirão o efeito esperado. Caso contrário, não só a Toro Rosso, mas todos os times com motores franceses terão muito o que se preocupar.
WILLIAMS
por Paulo Feijó • foto Divulgação/Williams
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m 2014, a Williams sonha em voltar a ser uma das equipes mais competitivas do grid. E se depender exclusivamente do desempenho do seu novo carro, o FW36, durante os primeiros testes em Jerez de la Frontera, o time de Grove tem tudo para comemorar um ano muito bom. No circuito espanhol, o time comandado por Pat Fry se destacou e teve um dos carros mais competitivos. Ao contrário das grandes escuderias, a Williams optou por não fazer uma apresentação oficial do seu modelo. Ao invés disso, divulgou uma imagem em 3D do FW36 e só mostrou o carro de verdade na tarde do primeiro dia de testes, quando ele foi para a pista sob o comando de Valtteri Bottas. Por sinal, a terça-feira de testes não começou tão positiva para a escuderia de Grove. Com problemas no carro, o time não conseguiu entrar na pista pela manhã. Entretanto, quando enfim deixou a garagem, o bólido mostrou-se rápido o bastante para fazer o terceiro melhor tempo do dia, ficando atrás apenas da Ferrari e
da McLaren. Na quarta-feira, com um pouco mais de tempo para treinar, Bottas completou 35 voltas na pista espanhola e voltou a ser o terceiro piloto mais rápido do dia. O bom desempenho do finlandês animou o seu companheiro de equipe, Felipe Massa, que sentou pela primeira vez no cockpit do FW36 e foi para a pista nos dois últimos dias de treinos coletivos. O brasileiro manteve o bom ritmo mostrado por Valtteri nas duas primeiras sessões. Logo no primeiro contato com o bólido azul, Felipe fez o segundo tempo mais rápido da quinta-feira. Mas o melhor desempenho do paulista aconteceu na sexta-feira. Aproveitando o traçado mais seco após uma manhã de chuva, Massa cravou a melhor volta do dia, aumentando ainda mais as expectativas da escuderia britânica. Apesar do resultado positivo, Felipe preferiu manter a cautela quanto ao desempenho do carro, mas sem esconder a alegria com o ritmo apresentado. “Estou feliz com meus primeiros dias com Williams e estou satisfeito
com o que tenho visto na equipe esta semana. É claro que é importante ser competitivo, mas teste é teste, e agora precisamos nos preparar para o Bahrein e depois para a primeira corrida, que é a coisa mais importante”, disse. Os resultados obtidos pela equipe de Grove se devem principalmente a uma escolha feita no meio do ano passado, quando o time resolveu que iria usar os motores da Mercedes a partir de 2014, pondo fim na parceria com a Renault. A decisão parece ter sido a mais acertada, já que hoje o que se vê é que os propulsores alemães são os melhores do grid, enquanto os franceses estão quebrando o tempo todo. Outra mudança que parece ter surtido efeito na equipe foi a grande reformulação técnica que o time foi submetido desde o fim do ano passado. Sob o comando de Pat Fry, a Williams tem trazido novos engenheiros e nomes competentes que estavam em boxes rivais. Toda essa mudança faz parte de uma força tarefa para recolocar o time de volta a briga por vitórias e, consequentemente, por títulos. FEVEREIRO 2014
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CATERHAM
por Gilberto Caetano • foto Divulgação/Caterham
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om um carro pra lá de diferente, a Caterham aportou em Jerez de la Frontera para os testes da pré-temporada. A expectativa da equipe era grande. Além de poder realizar um bom teste com o CT05, o desejo da esquadra malaia era coletar o máximo de dados possíveis do novo bólido. Porém, o que se viu em terras espanholas foi um resultado nem tão satisfatório assim. Tanto que o diretor-técnico – Mark Smith – assegurou que o time sediado em Leadfield irá rever todo o planejamento aerodinâmico do CT05. Segundo o dirigente, o monoposto não apresentou o mesmo problema dos carros da Red Bull. A decisão, segundo Smith, foi meramente preventiva. No primeiro dia em Jerez, o carro da Caterham foi guiado pelo jovem Robin Frijns. Mas os trabalhos foram mais agitados nos boxes do que propriamente na pista. O carro verde quando resolveu entrar no traçado, deu apenas voltas de instalações. Isso porque a esquadra comandada por Tony Fernandes atrasou na apresentação do CT05. E quando as portas da
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garagem se abriram, estava lá, o novo carro da escuderia para a temporada 2014. Mas antes disso, as fotos do novo carro estavam circulando nas redes sociais. E o que chamou mesmo a atenção foi o bico escolhido pela esquadra. Bem diferente dos demais. Outro destaque foi na nomenclatura do carro. Seguindo a linha, o bólido deveria se chamar CT04. Porém, a equipe pulou um número e o batizou de CT05. Com o sétimo melhor tempo, o holandês voltou a guiar o carro da Caterham no segundo dia de testes na Espanha. Frijns cravou 1min37s975. Diferentemente do dia inicial, onde a equipe não conseguiu cronometra tempo. Dessa vez foram 11 voltas, o que fez o novato elevar sua confiança na evolução do bólido. “Dei 11 voltas e realizei uma série completa com o novo carro. Gradualmente, começamos o programa assim. É claro que eu gostaria de passar mais tempo no carro, mas sabemos que não haverá nenhum problema, por isso, do meu ponto de vista, não temos nenhuma
razão para estar chateado”, disse o piloto. Na chegada do terceiro dia, as coisas não funcionaram corretamente para o time da Caterham. Sem conseguir marcar tempo, Frijns apenas observou o CT05 sofrer com um problema no armazenamento de energia para o ERS. Foram apenas dez voltas com o Motor Renault. No último dia de testes de Jerez, foi a vez do veterano Kamui Kobayashi levar o CT05 a pista. Sem grandes surpresas, o nipônico fez apenas o sétimo tempo – 1min43s193 – mesmo assim, o driver pareceu confiante no trabalho que sua equipe vem desenvolvendo. Durante as sessões, o japonês destacou o trabalho feito com os compostos de chuva fornecidos pela Pirelli. Por outro lado, Kamui questionou a instabilidade produzida pelo CT05. Diante desse cenário negativo, o que restou a equipe foi voltar para a sede e reavaliar todo o projeto desenvolvido para Jerez e aperfeiçoar, quem sabe, o carro para a próxima etapa da pré-temporada no Bahrein.
MARUSSIA
por Vicktor Tigre • foto Divulgação/Marussia
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Marussia não quer mais ser reconhecida como mais uma equipe pequena na Fórmula 1. Com as novas regras, o time de Banbury mudou a sua estrutura técnica e agora pulsa na pista com um motor V6 Turbo da Ferrari, o que pode lhe fornecer um trunfo a mais para a temporada de 2014. Nos testes da pré-temporada em Jerez de la Frontera, o cronograma da Marussia foi muito curto. O time russo teve problemas logísticos para transferir o MR03 para o sul da Espanha, o que adiou o seu lançamento em dois dias. “Para aqueles que esperavam que nós estivéssemos em Jerez... Vocês podem esperar mais um pouco. Vocês podem esperar para ver o MR03 na pista!”, twittou a equipe, na ocasião. Após a força tarefa, o bólido finalmente entrou na pista para dar início a sua pré-temporada na quinta-feira. O primeiro a pilotá-lo foi Max Chilton. Questionado sobre a primeira impressão do carro, Chilton reclamou da falta de tempo em pista. “É difícil dizer. Não fizemos o nosso cronograma por completo. Isso não é algo positivo. A emoção de pilotar é total-
mente diferente. O torque é diferente, os freios também. Lamento por temos perdidos tempo”, declarou. O primeiro a marcar tempo com o MR03 foi Jules Bianchi. No último dia em Jerez, ao todo, o piloto alemão conseguiu dar apenas 30 voltas com o bólido russo. Na primeira bateria, Bianchi realizou cinco giros na pista e foi o último colocado com o tempo de 1min48s192. Pela tarde, ele conseguiu ser o sexto mais rápido com 1min32s222 nas 25 voltas desempenhadas. Ao todo, o MR03 completou um cronograma de 132 quilômetros em apenas dois dias em Jerez. Segundo Booth, o projeto do carro foi desenvolvido para que o time russo pudesse ter um bólido com o mesmo nível das equipes intermediárias. “O bólido é o confronto entre o desempenho e inovação da equipe. Ele foi fabricado e finalizado para um padrão muito elevado”, explicou o chefe de equipe da Marussia, John Booth. Tecnicamente, o carro da Marussia não sofreu grandes mudanças estéticas como os outros carros da temporada. A equipe russa
resolveu conservar o mesmo visual do MR02, mas com pequenas diferenças ligadas ao seu chassi. Entre as mudanças, as principais aconteceram na sua parte mecânica. Além do propulsor da Ferrari – que substituiu o já ultrapassado V8 CA2012 da Cosworth –, diferente da esquadra de Maranello, o time russo optou por usar um sistema de suspensão misto, com a dianteira no estilo push-road e a traseira empull-road.Os mesmos intercoolers do MR02 foram usados no MR03 só que com uma passagem de ar um pouco mais triangular. Em relação ao chassi, ele tem 1800 milímetros de largura total – sendo que a diferença dos eixos é de 3.700mm. A Marussia também optou por usar o polêmico ‘Nariz de Tamanduá’, com destaque para o seu formato quadrado e a sua ponta piramidal. A expectativa da equipe é conseguir dar um grande salto em qualidade nesta temporada. Com um carro mais competitivo, a escuderia russa pretende chegar pela primeira vez no top 10 e marcar o seu primeiro ponto. FEVEREIRO 2014
19
TEMPORADA 2014 | Resumo dos Testes
MELHORES TEMPOS POR PILOTOS Piloto
Equipe
Tempo
Dia
1.
Kevin Magnussen
McLaren-Mercedes
1m23.276s
Quinta-feira
2.
Felipe Massa
Williams-Mercedes
1m23.700s +0.424s
Quinta-feira
3.
Lewis Hamilton
Mercedes
1m23.952s+0.676s
Quinta-feira
4.
Jenson Button
McLaren-Mercedes
1m24.165s+0.889s
Quarta-feira
5.
Kimi Raikkonen
Ferrari
1m24.812s+1.536s
Quarta-feira
6.
Valtteri Bottas
Williams-Mercedes
1m25.344s+2.068s
Quarta-feira
7.
Fernando Alonso
Ferrari
1m25.495s+2.219s
Quinta-feira
8.
Nico Rosberg
Mercedes
1m25.588s+2.312s
Quarta-feira
9.
Nico Hulkenberg
Force India-Mercedes
1m26.096s+2.820s
Quinta-feira
10. Sergio Perez
Force India-Mercedes
1m28.376s+5.100s
Quarta-feira
11. Daniel Juncadella
Force India-Mercedes
1m29.457s+6.181s
Sexta-feira
12. Jean-Eric Vergne
Toro Rosso-Renault
1m29.915s+6.639s
Quinta-feira
13. Adrian Sutil
Sauber-Ferrari
1m30.161s+6.885s
Quinta-feira
14. Jules Bianchi
Marussia-Ferrari
1m32.222s+8.946s
Sexta-feira
15. Esteban Gutierrez
Sauber-Ferrari
1m33.270s+9.994s
Quarta-feira
16. Marcus Ericsson
Caterham-Renault
1m37.795s+14.519s
Quarta-feira
17. Sebastian Vettel
Red Bull-Renault
1m38.820s+15.544s
Quarta-feira
18. Kamui Kobayashi
Caterham-Renault
1m43.193s+19.917s
Sexta-feira
19. Daniil Kvyat
Toro Rosso-Renault
1m44.016s+20.740s
Sexta-feira
20. Daniel Ricciardo
Red Bull-Renault
1m45.374s+22.098s
Sexta-feira
21. Robin Frijns
Caterham-Renault
No time
Quinta-feira
22. Max Chilton
Marussia-Ferrari
No time
Quinta-feira
QUILOMETRAGEM POR EQUIPE Equipe
Voltas
Kms
1.
Mercedes
309
1368
2.
Ferrari
251
1111
3.
McLaren
245
1084
4.
Williams
175
774
5.
Sauber
163
721
6.
Force Ind
146
646
7.
Caterham
76
336
8.
Toro Ross
54
239
9.
Marussia
30
132
21
92
10. Red Bull
22
Race
QUILOMETRAGEM POR PILOTO Piloto
Equipe
Voltas
Kms
1.
Nico Rosberg
Mercedes
188
832
2.
Fernando Alonso
Ferrari
173
766
3.
Kevin Magnussen
McLaren-Mercedes
162
717
4.
Felipe Massa
Williams-Mercedes
133
588
5.
Lewis Hamilton
Mercedes
121
535
6.
Adrian Sutil
Sauber-Ferrari
103
456
7.
Jenson Button
McLaren-Mercedes
83
367
8.
Daniel Juncadella
Force India-Mercedes
81
358
9.
Kimi Raikkonen
Ferrari
78
345
10. Esteban Gutierrez
Sauber-Ferrari
60
265
11. Kamui Kobayashi
Caterham-Renault
54
239
12. Sergio Perez
Force India-Mercedes
48
212
13. Jean-Eric Vergne
Toro Rosso-Renault
45
199
14. Valtteri Bottas
Williams-Mercedes
42
185
15. Jules Bianchi
Marussia-Ferrari
25
110
16. Nico Hulkenberg
Force India-Mercedes
17
75
17. Marcus Ericsson
Caterham-Renault
12
53
18. Sebastian Vettel
Red Bull-Renault
11
48
19. Robin Frijns
Caterham-Renault
10
44
20. Daniel Ricciardo
Red Bull-Renault
10
44
21. Daniil Kvyat
Toro Rosso-Renault
9
39
22. Max Chilton
Marussia-Ferrari
5
22
QUILOMETRAGEM POR FABRICANTE DE MOTOR Motor
Voltas
Kms
1.
Mercedes
875
3874
2.
Ferrari
444
1966
3.
Renault
151
668
FEVEREIRO 2014
23
MCLAREN | Mudança no comando
NOVA HIERARQUIA McLaren segue tendência na F1 e extingue cargo de chefe de equipe por Vicktor Tigre • foto Divulgação
V
ocê já se perguntou de onde surgiu o cargo de chefe de equipe? Poucos sabem, mas a ideia de se criar esse cargo surgiu logo na organização do campeonato mundial em 1950. Inicialmente, a função era ocupada pelos presidentes das fabricantes, mas nas décadas seguintes, personagens como Bruce McLaren, Ken Tyrrell, Frank Williams, entre outros, remodelaram esse cargo de liderança no paddock da Fórmula 1. Mas o tempo passou, e as coisas mudaram. Na temporada de 2014, mais uma revolução acontece nos bastidoresdas escuderias do grid atual da Fórmula 1. O epicentro desse terremoto de mudanças aconteceu na McLaren. Ron Dennis, resolveu voltar a comandar o grupo McLaren assumindo a função de diretor-executivo, que pertencia a Martin Whitmarsh. Alguns nomes da Fórmula 1 ligaram a volta de Dennis ao comando como reflexo da pior temporada apresentada pela esquadra prateada em 2013. “Whitmarsh deve se desligar da McLaren em breve. Isso é o que eu acredito após ver
26
Race
Ron Dennis ocupar o cargo de diretor-executivo. Cada gestor tem um estilo de liderança. Whitmarsh é mais relaxado. Isso não quer dizer que ele não tenha liderança, mas desde a saída de Hamilton, que isso deve ter criado um mal estar entre os acionistas”, opinou o ex-piloto John Watson. Não demorou muito para Dennis contratar Eric Boullier, que anunciou a sua saída da Lotus momentos antes da apresentação do carro da McLaren. “É mais um desafio em uma estrutura sólida. Vou mergulhar 100% com o coração nesse negócio que eu gosto de fazer”, declarou Boullier ao assumir o cargo de diretor de corridas no time de Enstone. Em contrapartida, a Lotus assumiu que estava negociando com Whitmarsh. Mas depois de duas semanas sem respostas, o time de Enstone tentou sondar o chefe de equipe da Citröen-Peugeot no World Endurance Champions (WEC), Olivier Quesnel. “Eu conheço um monte de amigos e todos estão me dizendo: ‘você deveria fazer isso, você deveria fazer aquilo’. Mas a realidade é que nem
sempre as coisas são como parecem. Apesar de Gerard Lopez desejar que eu comande a sua equipe”, destacou Quesnel. Enquanto isso, o futuro de Whitmarsh continua indefinido. Recentemente, alguns jornais informaram que fazem semanas em que o ex-chefe de equipe da McLaren não marca presença em Woking. Inclusive, ele esteve ausente no lançamento do MP4-29, antes dos testes da pré-temporada em Jerez de la Frontera. Recentemente, Toto Wolff, da Mercedes, declarou que o cargo de chefe de equipe não está mais evoluindo no mesmo sentido da Fórmula 1. Com a saída de Ross Brawn, o time de Brackley precisou remodelar a hierarquia técnica e criar diversas subdiretorias, descentralizando o poder. “A figura do chefe de equipe é algo ultrapassado para a Fórmula 1. Para essa pessoa é impossível seguir com as escolhas políticas, contato com os acionistas e também com a fábrica. O chefe de equipe está evoluindo ao lado contrário da F1”, opinou Wolff.