Jaú - Ano 12 | Edição 94 | Abril 2021 Distribuição gratuita | Venda proibida
Mulheres no topo
Editorial
Ano 12 – Edição 94 – Jaú, Abril de 2021 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
Segundo pesquisa realizada em 2019 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação feminina no mercado de trabalho avançaria mais que a masculina até 2030
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br
O
Edição e Revisão de textos Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br
Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Evelin Sanches João Baptista Andrade Marina Olivieri Piva Professor Marins Ricardo Izar Wagner Parronchi Comercial Marcelo Mendonça Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br Opiniões, avisos e quaisquer outras informações expressas nos editoriais e colunas representam exclusivamente a visão de seus autores, e não refletem necessariamente a posição e/ou opinião da Revista Energia, seus parceiros e patrocinadores. Nesses casos, o conteúdo é de total e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Foto: Arquivo pessoal
Fotografia Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290
Elas vieram para ficar! aumento de mulheres no mercado de trabalho, conforme o estudo, embora em menor número apresenta um crescimento contínuo ano após ano, enquanto a participação de homens mostra tendência de queda no mesmo período. Isso pode ser explicado principalmente pelas conquistas de direitos, investimento em educação e mudanças na sociedade. Chegou 2020 e nem deu tempo de comemorar. No meio do caminho a pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo mundo e trouxe para as mulheres desafios ainda maiores, mas também reflexões sobre comportamento, gestão de crises e liderança. Neste contexto de incertezas e grande instabilidade, as lideranças femininas continuaram a se sobressaírem, as mulheres demonstraram ser mais assertivas e resolutas do que os homens. Observando as características de mulheres que exercem liderança nas empresas e que têm obtido bons resultados em meio a esse turbilhão de mudanças, destacamos a coragem, a firmeza e a empatia. Elas possuem alta capacidade de reagir em momentos difíceis, usando sua intuição, determinação, competência, num ambiente em que é necessário ter afeição pelo próximo. A capacidade de resolução de problemas e a resiliência, geralmente ligadas a atributos femininos neste meio, assumiram o controle na missão de combater os efeitos colaterais provocados pelo novo vírus. E foi pensando nestas mulheres incríveis, executivas, empresárias, líderes políticas, profissionais de saúde, empreendedoras, mães, professoras, que decidimos trazer na nossa matéria de capa o projeto “Mulheres no topo”! Você vai conhecer nas páginas da nossa revista algumas jauenses que se destacam à frente de seus negócios, sem deixar de lado a vida pessoal, sua família, seu lar! Responsáveis pela história de sucesso de suas empresas, elas são símbolos de inspiração e coragem. Célia, Débora, Evelin, Marcele e Nádia estão na capa da RE representando todas as mulheres que conseguem dar ordem ao caos, sentir e agir além da razão; conseguem tirar forças de onde não há para enfrentar obstáculos e ainda assim amparar os que estão ao seu redor. Elas são alguns dos maiores ícones femininos de força e determinação no empreendedorismo da nossa cidade e região! Foi-se o tempo em que as mulheres eram o “sexo frágil”. Eu traduziria fragilidade em coragem, competência e sensibilidade! Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer quando a pandemia terminar, mas de uma coisa não tenho dúvida, elas vieram para ficar! Ótima leitura!
Maria Eugênia
Capa: Mulheres no topo Célia, Debora, Evelin, Marcele e Nádia Foto: Daniel Alteron Locação da mobília: Spalla Home Design Jaú - Ano 12 | Edição 94 | Abril 2021 Distribuição gratuita | Venda proibida
NESTA EDIÇÃO 8 Radar 9 Seu Próximo Destino 11 Pense Nisso 14 Capa 24 Medicina e Saúde
Mulheres no topo
32 Sociedade
27 Visão Empresarial 28 Vida Saudável 29 Cyber Dicas 32 Sociedade 36 Look de Artista 39 Escolas de Jaú 41 Social Club 42 Adote um Pet 44 Opinião 46 Legislação 48 Boa Vida
36
Look de Artista
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Radar
ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista. Atuou no Jornal do Brasil, na TV Manchete e na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 30 anos. Em março de 2020 foi contratado pelo Canal Rural como comentarista nos programas “Rural Notícias” e “Mercado & Companhia”, e em julho de 2020 passou a integrar o time de comentaristas da CNN Brasil. Atualmente também escreve para o jornal a Gazeta do Povo.
Por Alexandre Garcia
Atiradores cegos É cada vez mais ouvido e escrito o termo ‘crise institucional’
A
vizinhança entre pandemia e eleição tem a ver
sado esperando resultados diferentes. Mas cada vez mais pre-
com os ânimos. Ciro Gomes revelou o objetivo
feitos apresentam novas ideias. Atacam a Covid aos primeiros
político: “Todos nós estamos tratando de destruir
sintomas e reagem ao fechamento da atividade. Desgaste para
o Bolsonaro, senão ele fica aí oito anos e acaba
muitos governadores, pior para presidenciáveis como Dória e
de liquidar o país”. Se é para usar a pandemia,
o gaúcho Eduardo Leite. As candidaturas se diluem. Os que
esqueceram de avisar o vírus. O corona, que
negam resultados das descobertas médicas, que querem todos
traz sofrimento e leva vidas, atinge indiscriminadamente a política e seus objetivos eleitorais.
paralisados, se distanciam da realidade do povo e das urnas. E ainda tem o Supremo, cada vez mais guardando menos a
Nesta segunda onda, governadores repetiram com mais ri-
Constituição. Fachin anula condenações de Lula, Moraes pren-
gidez medidas do ano passado, sem usar o que a medicina
de um jornalista e um deputado, suspende uma lei para proibir
aprendeu em um ano de experiência, para evitar lotação dos
uma ferrovia estratégica e vira alvo quando o senador Kajuru e o
hospitais. Veio a reação dos prejudicados com os fechamentos.
jornalista Caio Coppola entregam 3 milhões de assinaturas para
Trabalhadores, empresários e prefeitos reclamam de governa-
o Senado abrir processo de impeachment contra ele.
dores. Prefeitos reclamam da invasão de sua autonomia, em-
O alvo revelado por Ciro é o Presidente, mas o fogo amigo
presários reclamam de prefeitos e governadores, e o povo que
está fazendo baixas e o principal atingido é o brasileiro privado
vai ficando mais pobre reclama dos que põem a polícia para
de renda e de tratamento inicial para Covid. Hoje, com as redes
tolher o direito de trabalhar.
sociais, está difícil criar narrativas para evitar o troco na urna do
Os governadores voltaram a aplicar as medidas do ano pas-
ano que vem.
10 Revista Energia
Pense
nisso
Por Professor Luiz Marins
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
Tempos bicudos Segundo os dicionários, tempos bicudos são “tempos difíceis, espinhosos, complicados”
T
enho conversado com empresários, profissionais liberais, colaboradores de empresas de todos os níveis e pessoas simples que me têm expressado grande desesperança, descrença e profunda tristeza em relação ao mundo atual e ao nosso país. Sem dúvida, estamos vivendo tempos bicudos. Para onde quer que olhemos - na política, na economia, nas relações sociais e até nas religiões - encontraremos problemas, incertezas e situações complicadas de entender. Essa visão da realidade nos leva à desesperança, ao desânimo, a um ceticismo em relação à atualidade. Teremos saída? Será que o ser humano chegou ao fundo do poço? Será que ainda podemos acreditar em alguém ou em alguma instituição pública ou privada? Será que ainda resta alguma centelha de virtude, de honra, de valores, de honestidade, de verdade neste mundo? Essa visão extremamente negativa da realidade é amplificada pelo noticiário da imprensa profissional - jornais, emissoras de rádio e televisão, revistas, e mesmo pelas postagens nas redes sociais. Diferentemente do passado, hoje somos bombardeados por uma imensa quantidade de informação, muitas vezes contraditórias. Ficamos sem saber em quem acreditar e mesmo o que pensar. Esse é o maior desafio do mundo atual: como selecionar e sintetizar a massa de informação que recebemos. Porém, basta um olhar um pouco mais sereno, isento e crítico para vermos que nem tudo é tão negativo como querem nos fazer acreditar. Há fatos negativos, mas há fatos positivos. Há muita desgraça, mas há muita graça. Há muitas pessoas desonestas e falsas, mas há pessoas verdadeiras e honestas também. Há muita coisa por fazer, mas há muita coisa boa sendo feita. O problema é que o negativo, a desgraça, a desonestidade, o fracasso, sempre terão um apelo emocional maior e por isso o negativo será sempre mais divulgado e insistentemente posto como se fosse a única realidade. E as pessoas que buscarem ver algum aspecto positivo na realidade serão sempre rotuladas e chamadas de bobas, ingênuas, negacionistas. Tempos bicudos! O que quero chamar a atenção neste texto é que num mundo repleto de informação como o que vivemos, é preciso não se deixar contaminar apenas pelo negativismo exagerado. É preciso buscar o equilíbrio. É preciso que cada pessoa desenvolva uma consciência crítica, saiba selecionar de forma racional as informações e notícias e possa fazer uma leitura equilibrada da realidade. Haverá sempre dois ou mais lados a serem vistos e analisados. Haverá sempre uma narrativa que alguém desejará nos impor, seja por motivos ideológicos, interesses pessoais ou econômicos. Assim, não podemos sair acreditando em tudo sem analisar as fontes, os interesses escondidos e as verdadeiras intenções de quem publicou aquela informação. Esse, repito, é o maior desafio do mundo contemporâneo: como selecionar, como buscar o equilíbrio; como decidir o que realmente pensamos num mundo com tanta informação. Tempos bicudos! Pense nisso. Sucesso!
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“Um campeão planeja, decide e realiza, enquanto o perdedor reclama, acusa e dá desculpas” (Roberto Shinyashiki)
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Daniel Alteron e arquivo pessoal
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frase que abre este texto é uma das preferidas da Célia, afinal, planejamento, decisão e realização podem definir a trajetória desta mulher incrível, e para contar um pouco da sua vida não há como separá-la da família – sua base e alicerce. Nascida na Fazenda Santa Emília, em Bocaina, onde o pai era motorista do proprietário das terras, mudou-se para Jaú aos 9 anos, quando seus pais adquiriram uma casa aqui na cidade. Ainda bem jovem conheceu seu marido, Reginaldo Aparecido Cabrioli, com quem se casou em 1992. Hoje, ao lado do marido e dos filhos Marcella e Matheus, Célia administra o Varejão de Carnes Popular, e inspira outras mulheres a perseguirem seus sonhos com garra e perseverança. “Muitos obstáculos irão surgir no caminho, e se não tiver a certeza daquilo que quer, dificilmente conseguirá ultrapassar esses momentos”, afirma.
SUPERANDO OBSTÁCULOS Realmente, muitas vezes as expectativas da sociedade, o medo do futuro e a dificuldade em sair da zona de conforto impedem que grande parte das pessoas tenham a vida que realmente gostariam de ter. Mas para Célia todas as dificuldades enfrentadas foram usadas positivamente em seu cotidiano para construir sua experiência e chegar onde pretendia. Da abertura do primeiro Mini Mercado e Casa de Carnes Cabrioli, no Distrito de Potunduva, em 2001, à conquista do atual e moderno Varejão de Carnes Popular, a família Cabrioli passou por muitas dificuldades, inclusive uma temporada de três anos no Japão, na cidade de Toyota, onde moraram e trabalharam duro. SORTE E OPORTUNIDADE Há uma citação que diz: sorte é estar preparado para as oportunidades. De fato, ao retornarem para o Brasil, em 2006, surgiu a grande oportunidade que os encontrou preparados e determinados: a aquisição do Varejão de Carnes Popular. “Não foi fácil, mas tudo valeu a pena”, afirma Célia. Recentemente, o espaço passou por grande reforma e reestruturação, com ampliação da loja, oferecendo mais conforto e diversidade de produtos. Contando com a experiência e dedicação da família Cabrioli, o Varejão de Carnes Popular é hoje uma loja completa, que oferece a melhor qualidade e uma grande variedade de carnes e produtos afins aos seus clientes. Para Célia, é a realização de um sonho. “Proporcionar mais conforto e variedade aos nossos clientes é muito gratificante. E mais ainda quando eles ficam satisfeitos, voltam muitas vezes e se tornam amigos”, comenta. Célia também enfatiza que faz questão de trabalhar com carnes sempre frescas, corretamente acondicionadas e dentro dos mais altos padrões de higiene. GESTÃO DE SUCESSO Formada em Contabilidade e Nutrição, Célia conta que fez um curso fantástico de gestão com o médico, palestrante e empresário Roberto Shinyashiki. “Foram abordados temas como ‘a nova lógica do sucesso, líder de resultado, os três passos para chegar ao topo’, e isso agregou muito na minha bagagem de vida e experiência”. Aliás, é do palestrante a citação: “Nesta vida temos três professores importantes: o momento feliz, o momento triste e o momento difícil. O momento feliz mostra o que não precisamos mudar. O momento triste mostra o que precisamos mudar. O momento difícil mostra que somos capazes de superar”. E foi assim, superando e administrando cada momento da vida que a empresária chegou onde está. Célia acredita que ainda tem muito a realizar e deixa um recado: “O sucesso que temos hoje é fruto de muita dedicação, trabalho e força de vontade. Para o futuro, apenas desejo que Deus continue nos abençoando e nos dando muita saúde para que continuemos atendendo com excelência nossos clientes e melhorando cada dia mais os nossos produtos, priorizando sempre a qualidade dos nossos serviços”. Varejão de Carnes Popular Fone: (14) 3622 3885 / (14) 99853 0888 Facebook:varejaodecarnespopular Rua Saldanha Marinho, 387 - Jaú/SP Revista Energia 15
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“Nenhum empreendimento tem sucesso se não amarmos o que fazemos”
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Daniel Alteron e arquivo pessoal
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mpresária no ramo da beleza há mais de 25 anos, graduada em comércio exterior, pós-graduada em tricologia e terapia capilar avançada, graduando Biomedicina e com curso de especialização em microscopia de luz polarizada pela Sitri - Sociedade Italiana de Tricologia, com sede em Florença, Itália, e microscopia de campo escuro, Debora Lino é uma das mulheres mais respeitadas na área em que atua, e não abriu mão de suas convicções mesmo nos períodos mais difíceis. Se o amor à profissão é fundamental para o sucesso de um negócio – e Debora é apaixonada pela profissão – sabemos também que a paixão por si só não é suficiente para construir uma empresa de sucesso, mas é, sem dúvidas, o combustível para prosseguir e buscar constantemente os melhores resultados.
DESBRAVANDO CAMINHOS Natural de São Paulo, a empresária veio para Jaú há 15 anos, apenas com seu portfólio de trabalho e sem conhecer ninguém na cidade. No entanto, sua meta era vencer ou vencer, e zona de conforto é uma coisa que ela nunca conheceu. Sempre procurando especializar-se na carreira, fez muitos cursos no Brasil e no exterior até abrir seu próprio negócio: a Debora Hair. Em pouco tempo começou a ficar conhecida no Brasil. “Passei a ministrar aulas para várias pessoas do país inteiro e acabei abrindo mais duas lojas, em Araraquara e Bauru”. Nesse meio tempo, devido ao estresse, teve uma queda de cabelo violenta e perdeu praticamente 60% dos cabelos em uma época bem complicada para sua saúde. “Decidi saber o que estava acontecendo, o porquê dessa queda, então resolvi estudar, pesquisar, fui fazer uma pós-graduação em Tricologia e me apaixonei pela área”. KROMO SPA É CENTRO TÉCNICO DE FORMAÇÃO A paixão que surgiu justamente de um problema na saúde, impulsionou Debora a adquirir novas habilidades e competências, fazer pós-graduação, e atualmente ela também está na linha de pesquisa de eficácia dos produtos da Self Cosméticos, com a microscopia de luz polarizada. Há mais de 15 anos ministrando cursos de aperfeiçoamento em mega hair e prótese capilar, a terapeuta recebeu um convite para ser docente da pós-graduação de tricologia e terapia capilar avançada da faculdade, e assim conseguiu trazer para Jaú e região o primeiro Centro Técnico de Terapia Capilar. Dessa forma, o Kromo agora é um Centro Técnico de formação, com muita pesquisa científica através da microscopia de luz polarizada pela Sitri - Sociedade Italiana de Tricologia, da qual Debora faz parte, passando então a oferecer os cursos de formação, cujos docentes possuem mestrado e doutorado. LINHA VEGANA Vegetariana e adepta de uma filosofia de vida mais saudável, a especialista não deixou passar a oportunidade de trazer para seu dia a dia um novo conceito de saúde e beleza, uma nova tendência mundial: os produtos veganos para sua linha de tratamentos capilares, todos com selo da Anvisa e eficácia comprovada em laboratório. A linha vegana em barra é uma tecnologia inovadora que reúne qualidade e durabilidade sem agredir o meio ambiente, sem crueldade animal e com resultados em poucas aplicações. “Importante ressaltar que são 100% recicláveis, sem água, hidróxidos ou sulfato em sua composição, livres de saponificação, sustentáveis e antissépticos naturais”, explica. MERCADO PROMISSOR Sempre de olho na demanda do mercado de trabalho, Debora sabe identificar as tendências e conciliar interesses profissionais com o que está em alta a fim de obter realização profissional e proporcionar boas oportunidades a quem, como ela, pretende crescer e alcançar o sucesso. “Os rumos agora são de treinamento. Abracei a ideia de abrir os centros técnicos de formação de tricologistas e terapeutas capilares e já coloquei em ação aqui em Jaú, em Bauru, Botucatu, Lençóis Paulista, enfim, toda a nossa região, e também a região de Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, onde também abrirei centros técnicos de terapia capilar e tricologia”, afirma. Não é segredo que após a pandemia as pessoas estão mais preocupadas com a saúde, inclusive do couro cabeludo e cabelo devido à queda de cabelo pós-Covid, com a acentuação dos problemas capilares. Por isso, investir neste mercado altamente promissor pode ser a porta para a realização profissional. “Assim que liberar o comércio já iniciaremos o primeiro curso de formação, previsto para junho, então, se algum profissional da área da beleza quiser se especializar em terapia capilar, aqui no Kromo ele terá a oportunidade de aprender tudo com os melhores docentes do Brasil”. Kromo Spa Especializado em terapia capilar Jaú - SP - 14 99103 3902 Instagram: @kromospa #terapiacapilar
Debora Hair - 14 3624 3046 Instagram: @deborahairr Youtube: DeboraHair #megahair #prótese capilar Revista Energia 17
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“O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte” (Friedrich Nietzsche)
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Daniel Alteron e arquivo pessoal 18 Revista Energia
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bviamente Nietzsche não conheceu a Evelin, mas essa frase do filósofo famoso poderia ter sido inspirada na história de vida dessa mulher. Aos 44 anos, formada em pedagogia, enfermagem, com licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas, mestrado em Administração Pública e Governo CDAPG na instituição de ensino FGV, MBA em Gestão Estratégica de Negócios na Universidade Presbiteriana Mackenzie, atualmente cursando mestrado em Administração Pública e Assistência Social e também fazendo doutorado em Resolução de conflitos e Mediação, ela diz que ama estudar, o que já ficou claro para o leitor.
ABANDONO E SUPERAÇÃO Natural de São Bernardo do Campo, passou parte da adolescência na Espanha e aos 15 anos, quando seus pais se separam, foi trazida a Jaú para estudar no Colégio Agrícola. “Sendo um colégio interno, fui deixada ali para iniciar uma vida, aprender a sobreviver. Depois de ter sido abandonada pelos meus pais biológicos, precisei de muito favor, muitas pessoas na época me abraçaram, me estenderam as mãos e se tornaram minhas famílias. Estudei, cresci, me casei e fui morar em Lençóis Paulista durante 12 anos. Preconceitos, discriminação e muitas dificuldades fizeram com que eu me tornasse quem sou e cada vez mais sou grata a tudo e a todos por precisar até de um pedaço de pão para sobreviver”. Após uma separação, Evelin voltou para Jaú com dois filhos e começou uma nova vida trabalhando e, claro, estudando. Casada com Gustavo Bauab e mãe da Carmyn, do Isaque, da Maria Cecília e da Lígia, ela afirma que as lutas só contribuíram para todas as suas conquistas. “Sem mágoas ou rancor algum, recebi meus pais biológicos após 30 anos e só tenho a agradecer, afinal, a vida é feita de escolhas e eles tiveram as suas enquanto eu, que parecia estar abandonada, fui acolhida por Deus que sempre me cuidou e me deu o melhor dessa vida. Se eu morresse hoje, juro, morreria feliz, pois tive tudo que um dia desejei”. ESPELHO, ESPELHO MEU Segundo Evelin, seu talento empreendedor surgiu do tempo em que morou nas ruas, de quando pedia um pão ou aproveitava um pedaço de alguma coisa que as pessoas deixavam quando paravam para um café. “Descobri esse talento quando passei frio, quando não tinha onde reclinar a cabeça, ou alguma roupa da moda, ou o que todo adolescente queria e eu não podia ter!”. Atualmente ela é gestora de projetos esportivos sociais de dois grandes grupos empresariais. “Um deles é a ABDA Bauru Projeto Futuro, onde coloquei os pés em 2016 e de onde nunca mais sairei. Criei raízes e levarei a empresa mantenedora e todos diretores e amigos eternamente, porque resgatam vidas de crianças e adolescentes que, assim como eu, um dia foram eliminados de uma sociedade que acredita somente que os melhores conseguem vencer, que julgam os melhores pelo que seus olhos conseguem ver”. PROJETOS, ESTUDOS E MUITO TRABALHO Além Grupo Zopone e a ABDA Bauru Projeto Futuro, ela também atende o Grupo Rodoserv desde 2015, com projetos esportivos sociais. “Eu me inspiro muito no Sr. Cláudio Zopone, diretor executivo Grupo Zopone/ABDA, um empresário empreendedor que me ensinou a crer no impossível e enxergar que é somente um obstáculo a ser ultrapassado”. Além destes projetos, Evelin também é professora de ensino médio pelo Governo do Estado e diretora da empresa AlvoRun Projetos Sociais Esportivos, que já realizou mais de 200 grandes eventos esportivos por todo Brasil. “Fiz muitos cursos, faculdades, pós, especializações na área de humanização, assistência social e políticas públicas, pedagogia, arbitragem FPA, cursos e recursos de lei do incentivo e muitas obras sociais em campo que me proporcionaram grandes aprendizados”. Também já atuou como técnica de enfermagem e, ao concluir a faculdade, trabalhou como enfermeira na Educação Continuada, sendo convidada a trabalhar com orientação e organização setorial em hospitais e nas empresas em que atua hoje. “Porém, agora estou voltada não para a parte clínica, mas sim ao social e marketing esportivo”, esclarece. NOVOS PROJETOS PELA FRENTE Questionada sobre suas dificuldades atuais, ela pontua: “A vida já é uma dificuldade, um verdadeiro aprendizado e quando achamos que sabemos tudo, nada sabemos, e voltamos a aprender, mas a dificuldade que temos hoje no trabalho social é a falta de voluntariado, de verbas e de vontade de ajudar o próximo. Percebo que em tudo as pessoas querem levar vantagens, o que dificulta muito uma gestão, um projeto ou até uma administração pública e social”. Mas nada desencoraja alguém que já superou enormes desafios e, para Evelin, acreditar que vai dar certo é a primeira lição que se deve aprender. “Meu plano futuro é desenvolver um projeto anual, uma fundação, um instituto assistencial, algo que beneficie realmente quem precisa e não fira os cofres públicos ou privados que tanto contribuem com obras assistenciais”. Alvo Run Fone: (14) 99645-0776 Facebook:alvorun Instagram: alvo.run www.alvorun.com.br Revista Energia 19
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“É preciso ter coragem para empreender, ir buscar. Coragem não é ausência de medo. É a capacidade de enfrentar o medo”
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Daniel Alteron e arquivo pessoal 20 Revista Energia
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ário Sérgio Cortella, o autor da frase que abre esse texto, certamente inspirou o lado empreendedor dessa jovem de 33 anos, formada em Pedagogia e Técnico em Contabilidade. Casada com Rodrigo Denadai Pengo e mãe da Júlia, de 7 anos, Marcele lembra que teve uma infância difícil. “Meus pais eram separados e minha mãe acabou assumindo a responsabilidade de criar os filhos. Quando completei 5 anos eles reataram o casamento e estão juntos até hoje”. No entanto, as dificuldades mostraram à jovem a importância e a necessidade do trabalho para a conquista dos objetivos e a independência financeira. APRENDER E DESPERTAR “Minha trajetória profissional começou aos 13 anos, quando tive a oportunidade incrível de trabalhar no Curtume Rozante. Foi um grande aprendizado e sou totalmente grata à família Rozante”. No Curtume, Marcele permaneceu por cinco anos, até a data de seu fechamento. Posteriormente, teve a oportunidade de trabalhar no Ciesp Jaú como auxiliar, onde finalizou esse ciclo como gestora da Regional. “Nessa oportunidade pude crescer e desenvolver minha vida profissional, além de despertar o lado empreendedor - palavra que ouvia com frequência no meu local de trabalho”. Sua função era auxiliar as empresas em muitos aspectos, em especial na certificação digital. “Tive contato com muitas pessoas e estabeleci laços de amizade com várias delas”. CORAGEM PARA EMPREENDER Mais tarde, em 2020, Marcele foi convidada pela Solux (Certificação Digital) para representá-los em Jaú e região. A ideia era montar o próprio negócio e, segundo ela, foi um grande desafio, tanto pelo fato de ser algo novo, como também por encarar as dificuldades proporcionadas pela pandemia. Mas, lembra da frase do Cortella? Pois é, ela encheu-se de coragem e abraçou a oportunidade. “Aceitei o desafio e começamos com um nome fornecido pela Certificadora por um tempo, Digital Fenix. Atualmente, temos nossa própria marca, a MP Certificação Digital, criada por Janaina Magon”. A especialidade é o Cerificado Digital, tanto físico como jurídico, órgãos governamentais e empresas da área da Saúde. “Agora estamos ampliando e diversificando o escritório para os setores de importação e exportação, em parceira com Luís Antônio Carlos e Raquel Rafani Ferrari. Esperamos atender essa lacuna em nosso município, que tem grande potencial nesses setores”. QUALIFICAÇÃO E DESAFIO Marcele participou de vários cursos, palestras, e diz que se descobriu empreendedora em uma palestra na FIESP, em São Paulo, com o Mario Sergio Cortella. “Um de seus temas foi ‘O Tempo e a Vida’ e, para mim, foi um despertar. Naquela mesma noite conheci Tom Coelho, uma pessoa magnífica, que passou a ser o meu mentor e encorajador do meu próprio negócio. Começamos nossas atividades no início da pandemia e nossa dificuldade, bem como para os diversos outros setores da economia, foi devido ao cenário que este momento nos proporciona”. IRRITANTEMENTE FELIZ A empreendedora conta que se espelha muito em Geraldo Rufino, que já foi ensacador de carvão, catador de latinhas e já quebrou 6 vezes. “É o maior reciclador de caminhões da América Latina, palestrante, escritor e irritantemente feliz, como ele se autodenomina. E é assim que eu quero ser: uma empreendedora irritantemente feliz”. FÉ E GRATIDÃO Marcele ressalta que pretende melhorar a cada dia, aperfeiçoar seu trabalho e oferecê-lo com qualidade. “Sempre com os pés no chão, mas sem temer os desafios. E alicerçada nessa palavra: - Provérbios 16.1 ao 3 1: As pessoas podem fazer seus planos, porém, é o SENHOR Deus quem dá a última palavra; 2: Você pode pensar que tudo o que faz é certo, mas o SENHOR julga as suas intenções; 3: Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles darão certo. Quando Deus muda a trajetória dos nossos planos é para nos colocar em algo melhor. Deus é quem sabe o que é melhor para o seu futuro, ele tem o melhor para você. Não O culpe quando os seus planos derem errado. Ele sabe exatamente o que é melhor para você”. E finaliza: “Só posso agradecer a Deus e ser grata por todas as oportunidades. Os desafios são grandes, mas acredito na tentativa, na disciplina e na vontade de fazer dar certo”. MP Certificação Digital Fone: (14) 98829-0339 Facebook:mpcertificado Instagram: cdigital_mp Rua Riachuelo 276 sala 02 - Centro - Jaú/SP
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“O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino” (Antoine de Saint-Exupéry)
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Daniel Alteron e arquivo pessoal 22 Revista Energia
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ara Nádia, seguir seu lado empreendedor foi um caminho muito natural, que foi acontecendo em sua vida devido ao seu perfil atento, perceptivo, olhar criativo e de bom gosto para a decoração, sua sensibilidade em perceber as necessidades das outras pessoas. Aos 43 anos, formada em direito desde 2002, atua no ramo do direito imobiliário há 18 anos, no escritório Salem & Salem Advocacia, no setor administrativo. Paralelamente, sempre gostou de decoração, e já conclui vários projetos de interiores em São Paulo e Jaú. A larga experiência no setor aliada à constante busca por novos aprendizados a impulsionou a galgar degraus e, em 2019, concluiu o técnico em transações imobiliárias pela IBRESP (Instituto Brasileiro de Educação Profissional do Estado de São Paulo), do eixo tecnológico em gestão e negócios.
GESTORA DE IMÓVEIS Como na maioria das áreas profissionais, o mercado imobiliário também tem inovado e exigido maior capacitação profissional e formação específica. Assim, a gestora de imóveis surge como uma profissional que, além de mediar negócios, também está preparada para atuar na gestão, avaliação de imóveis, indicação de investimentos imobiliários e administração de condomínios, que exigem um bom conhecimento em legislação. Atualmente, Nádia está na sindicância de dois edifícios em Jaú. De olho nas tendências do mercado e ciente da falta de profissionais qualificados para este setor, no início de 2020 Nádia criou a NS Gestora de Imóveis, com a finalidade de garantir um atendimento diferenciado aos clientes.
Há dois meses o escritório está em seu novo endereço, com espaço mais amplo e confortável, na Rua Dr. Amaral Carvalho 400, na Vila Brasil, salas 03 e 04, no Edifício São Lucas.
CONHECENDO A NS GESTORA DE IMÓVEIS Com foco em atender as expectativas dos clientes de maneira clara e transparente, o atendimento da NS é personalizado, com assessoria jurídica própria, que se responsabiliza pela elaboração de contratos, consultas, documentações e orientações, sempre com o compromisso de manter a qualidade na gestão do imóvel. A NS atua nas áreas de vendas urbanas e rurais, em Jaú e outras cidades, além de oferecer locação comercial e residencial. Aproveitando também seu talento e criatividade para propor soluções inteligentes, a gestora desenvolve e executa projetos de interiores, fazendo todo o acompanhamento da obra, desde o início até o fim, o chamado Turnkey (chave na mão), muito comum em países como Estados Unidos e que vem se popularizando no Brasil ao longo dos últimos anos.
UM OUTRO LADO DA NÁDIA Competente em tudo o que faz, a empreendedora também tem seu hobby: em 2007 iniciou a prática de hipismo na modalidade salto com cavalos da raça BH (Brasileiro de hipismo). Em 2012, a amazona teve o prazer de conhecer a modalidade adestramento em um campeonato na Hípica Santo Amaro, em São Paulo, e naquele momento encantou-se pelo movimento e harmonia entre cavalo e cavaleiro. A partir daí não parou mais de competir com seu Puro Sangue Lusitano, Tupã Itapuã, que já proporcionou muitas medalhas como campeão paulista pela ABPSL (Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano) em 2014 e 2015. Em 2018 e 2019 participou de clínicas (cursos de aperfeiçoamento) de adestramento.
NS Gestora de Imóveis Zelando pelo seu patrimônio sempre Nádia de Almeida Aguiar Salem - Creci 203873 Site: www.nsgestoraimoveis.com.br Facebook e Instagram: @nsgestoraimoveis Youtube: Nadia Aguiar Revista Energia 23
Medicina e Saúde Por: Dra Marina Olivieri Piva Medicina e residência em clínica médica pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP Residência em Oncologia Clínica pelo Hospital Amaral Carvalho de Jaú Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - SBOC
Você sabe o que é Check-up Oncológico? “O dia 8 de abril é o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data criada pela União Internacional de Controle do Câncer para marcar o combate à doença que, a cada ano, atinge milhares de pessoas”
A
proveitamos a data para fazer um alerta: você
identificar doenças iniciais que resultam em altas chances de
não precisa esperar ter algum sintoma para
cura.
fazer exames preventivos.
O objetivo do Check-up Oncológico é fazer uma análise
Muitos já ouviram falar sobre o termo Check-
personalizada, baseada nos hábitos de vida, idade e histórico
up, que nada mais é do que a realização de
familiar do paciente, e realizar exames direcionados, com intuito
exames para identificar doenças quando o
do diagnóstico precoce do câncer. A periodicidade na realização
paciente ainda não tem sintomas, como é o caso do tão conhecido
dos exames preventivos também é muito importante, pois o corpo
Check-up cardiológico, onde se tenta prevenir e cuidar das
muda com o envelhecimento e estilo de vida.
doenças do coração antes de evoluírem para um infarto agudo do miocárdio, por exemplo.
Diante do cenário atual, em que a população apresenta aumento da expectativa de vida somado aos fatores de risco para
Nas doenças oncológicas, o câncer propriamente dito, com o
desenvolvimento de doenças oncológicas como obesidade, dieta
avanço da medicina e da tecnologia o diagnóstico pode ser feito
pobre em fibras, sedentarismo e ingestão de bebidas alcóolicas,
forma precoce e através abordagens menos invasivas. Exames
a incidência de diagnósticos de câncer cresce a cada ano.
periódicos como mamografia, Raio-X de tórax ou PSA podem
Fique atento. Faça seu check-up.
Informe publicitário
Revista Energia 27
Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios
Solidariedade, a melhor vacina para minimizar as sequelas da COVID -19 “Se o mal é contagioso, o bem também é. Contagie e se deixe contagiar”
N
este momento coloco em segundo plano minha for-
Vi muitos se chocando por cultos religiosos (seja a religião que
mação em “Estratégia de Negócios” e todo senso
for), porém, é hora de não só buscarmos, não só agradecermos ou
crítico do meu Mestrado para dizer que estamos
esperarmos, mas de fazermos a diferença na vida de alguém, de uma
juntos, solidários, compreensivos com a insufici-
instituição ou de algum animal, afinal, as doações, os patrocinadores,
ência de medidas, com a impotência dos poderes
os eventos que apoiam e doam a obras sociais estão também parados,
públicos diante de uma pandemia avassaladora e
mas os assistidos ainda estão ali, esperando por cada um de nós.
muitas sequelas de necessidade material e financeira em geral.
Eu mesma pedi, como presente de aniversário, que meus amigos
Estamos juntos para superar dificuldades e plantar esperanças de
doassem cestas de alimentos e insumos. Alguns adotaram virtualmente
um futuro melhor, afinal, a solidariedade parte de todos. Esta é uma
crianças de projetos, outros buscaram nas ruas alguém para um ato de
página sobre eventos esportivos e vida saudável, porém, não podemos virar as costas e seguirmos como se o mundo estivesse normal, nossa rotina jamais abalada e o futuro não inseguro ou nada vulnerável. São em momentos de ruptura, portanto, que surgem as ações solidárias como um mecanismo para minimizar os danos diante da fragilidade humana, e de se reconhecer no lugar do outro. As iniciativas de solidariedade nos fazem sentir mais potentes no plano coletivo, ampliam nossa resistência e nos mostram que somos iguais e estamos suscetíveis ao mesmo processo; e quando somos bons para alguém, somos melhores ainda para nós. Além do mais, uma ajuda a alguém é melhor que qualquer sentimento de piedade e muitas vezes as pessoas precisam mais que uma oração... precisam de uma atitude!
Drive thru Abda - 1,5 ton. de doações
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benevolência, outros distribuíram máscaras e álcool em gel. Em toda a região vemos ações de pedágios, máscaras solidárias, distribuição de alimentos, acolhimento de moradores de rua, empresas e ONGs instruindo comerciantes nessa crise para inovar suas técnicas de atendimentos. Em Bauru, a Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA) realizou com apoio do Bauru Basket um Drive Thru Solidário para arrecadar doações a famílias carentes da cidade. A ação arrecadou 1,5 tonelada de donativos. Perceba como você é útil e pode transformar o momento de alguém, e também ser um antídoto contra as sequelas da COVID-19.
Ação Solidária Abda teve apoio de atletas do Bauru Basket
Revista Energia 29
30 anos da
QUITANDA
Rubens e Reginaldo
K AKOI
uma história de suceo! Em primeiro lugar, quero agradecer a todos os nossos clientes, pois essa história só existe por causa deles Reginaldo Kakoi
A história da Quitanda Kakoi começa do sonho empreendedor de um jovem de apenas 14 anos, Reginaldo, que ao completar 17 anos já conseguiu transformá-lo em realidade. “Foi em 1991, começou o ano e eu querendo abrir meu próprio negócio, sonhava com isso. Como vivia próximo do meu pai, Rubens Kakoi, ia ajudálo às vezes no CEASA, onde ele trabalhava”.
Reginaldo Kakoi, Camila Martins e os filhos Arthur e Alice Kakoi
Reginaldo sempre admirou essa área de hortifrúti, até que decidiu montar uma quitanda e, com ajuda do cunhado Neto, colocou em prática a ideia. “Comecei a procurar um ponto e quando encontrei, olhei para essa esquina e pensei: é aqui que meu sonho vai se tornar realidade”. E foi ali que tudo começou, na Avenida João Ferraz Netto 1589, no Jardim Ferreira Dias. Depois do local definido, chegou a vez de providenciar todos os equipamentos como bancas, balança, balcão, etc. A Quitanda Kakoi foi inaugurada no dia 15 de fevereiro de 1991, para felicidade do seu idealizador. “Morava na Vila Netinho e subia todos os dias de bicicleta para trabalhar, foram dias difíceis, mas fazia com orgulho. Nesse momento de pedaladas, sempre ia meditando e visualizando na cabeça: vou trabalhar para melhorar sempre”.
Sempre com Qualidade! 30 Revista Energia
Foram tempos de grandes desafios, os bairros estavam começando a surgir ali e o número de moradores era pequeno. Nada comparado ao que é hoje, uma avenida bem movimentada.
Reginaldo trabalhou um ano junto com o cunhado, depois seguiu sozinho. Sempre abrindo muito cedo, passava o dia todo na quitanda e seguia direto até fechar – o que faz até hoje. No começo, o pai dava um suporte separando mercadorias. Como ia de madrugada ao CEASA, procurava sempre produtos fresquinhos e de qualidade. “Quando meu pai decidiu sair do CEASA, onde trabalhou com seus irmãos, eu o convidei para me ajudar na quitanda. Foi uma ótima decisão que tomei, pois além de ser experiente no ramo, cativava os clientes com sua simpatia e conhecimento. Além disso, me carregava com seus sábios conselhos de vida”. A Quitanda Kakoi começou, então, a atrair mais clientes devido à qualidade e
Família Kakoi
ao bom atendimento. “Nessa sequência de aumento das vendas, convidei minha primeira irmã para me ajudar, a Regina, que morava bem próximo da Quitanda. E logo depois vieram a Rosali, o Luiz, o Carlos, todos os meus irmãos, assim, começou a virar uma empresa praticamente da família”. Atualmente, ali estão também mais dois sobrinhos de Reginaldo, a Larissa e o Vinicius, além da esposa Camila, que por causa da pandemia está ficando com os filhos Arthur e Alice em casa, para ajudá-los nas aulas online. Além da família, oito colaboradores compõem a equipe: Carlinhos, Gil, João Pedro, Taissa, Jeferson, Vinicius, Cristina e Adriano. A Quitanda Kakoi conta com os melhores fornecedores de Jaú e região,
Equipe Kakoi
trazendo sempre produtos fresquinhos e de qualidade. “Fornecedores que considero muito, vários estão comigo desde o começo. Não vou citar nomes, mas todos sabem a consideração que tenho por eles”. A Kakoi também tem vários diferenciais para oferecer aos clientes, como o Delivery, com motos próprias; o Drive-Thru, separando cuidadosamente o pedido para ser retirado; e produtos para facilitar o dia a dia como o kit Yakisoba, o kit sopa, legumes picados, água de coco, suco de laranja, tudo muito fresquinho e natural.
Hoje, aos 47 anos, tenho orgulho de ter dedicado 30 anos ao comercio de hortifruti. São anos de aprendizado e ensinamentos. Obrigado, Jaú. Obrigado, família. Obrigado, clientes. Obrigado, colaboradores e fornecedores.
Sempre prodos selecionados!
Reginaldo Kakoi
QUITANDA
K AKOI
Av. João Ferraz Neto, 1589 Jardim Ferreira Dias, Jaú - SP (14) 3621-4868 - 3624-8281
Quanda Kakoi Revista Energia 31
Sociedade
Mafalda, uma criança de 57 anos
começarmos a mudar o mundo, depois é o mundo que muda a gente!” (Mafalda)
Imagem: internet
“Rápido amigos! Acontece que se não
Texto Heloiza Helena C Zanzotti
A
s questões sociais nunca estiveram tanto em pauta como agora, em plena pandemia, quando os olhares se voltam para ações de solidariedade, cidadania, democracia, justiça, desigualdade social. Presença constante em questões de vestibulares, no Enem e em diversos concursos país afora, Mafalda, a personagem dos quadrinhos, conquistou o mundo com temas de interesse e alcance global e, ao mesmo tempo, atemporais. Atualmente, as redes sociais estão repletas de tirinhas que nos fazem rir e, mais que isso, nos levam a grandes reflexões acerca da humanidade. Apesar de bem ‘velhinha’, Mafalda continua na ativa, muito respeitada e levantando críticas bem atuais. COMO SURGIU A MAFALDA? A menina foi criada pelo cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, o Quino, falecido em setembro de 2020, aos 88 anos. Em 1962, Quino havia sido convidado para desenhar uma família de personagens para divulgar uma marca de eletrodomésticos. Nas histórias criadas, os personagens da família de Mafalda usavam produtos vendidos na loja, mas o projeto não deu certo e acabou engavetado. 32 Revista Energia
Em 1964, um amigo do cartunista publicou três histórias em quadrinhos da Mafalda em um suplemento de humor argentino, mas ela ficou conhecida mesmo depois que passou a aparecer duas vezes por semana na revista argentina Primera Plana, que exibia reportagens com contexto econômico e social. A partir daí, Quino direcionou a personagem para as questões que acabaram por caracterizar Mafalda. Após seu rompimento com a revista, em março de 1965, Quino levou Mafalda para o jornal El Mundo, e um ano depois a personagem virou livro. QUEM É MAFALDA Uma garota morena de 6 anos, baixinha, muito curiosa, crítica, inteligente, contestadora e atenta às questões do mundo ao seu redor. Adora os Beatles – ela nasceu nos anos 60 – e detesta sopa, como muitas crianças. Apesar de se comportar como uma típica criança da sua idade, esta menina possui uma visão aguda da vida e questiona de forma constante a sociedade, além de defender a paz, a democracia, os direitos das crianças e das mulheres, as relações entre pais e filhos, entre outros. Mafalda é preocupada com o futuro do mundo e da espécie humana e, segundo o site Plataforma MS, à época do seu nascimento
Imagem: internet
o mundo vivia a Guerra Fria, a ditadura militar no Brasil (e logo depois em outras nações latino-americanas), a Revolução Cubana, Woodstock, os Beatles, o feminismo (e seus sutiãs queimados em praça pública). NO MUNDO E NO BRASIL A história em quadrinhos protagonizada pela menina alcançou
PRESENÇA CONSTANTE NOS VESTIBULARES De acordo com o blog Descomplica –especializado em vestibulares, cursos e Enem - “a Mafalda é um personagem muito comum em vestibulares não só pela sua importância de crítica social, mas também pela sua atualidade. Por isso, suas tirinhas são constantemente usadas em questões de Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
todo tipo de público, de crianças a adultos, e apesar de ter sido criada para famílias argentinas, por tratar de temas sociais universais foi traduzida para mais de vinte países, incluindo Finlândia e China, além de estampar campanhas sociais internacionais como as da UNICEF, ilustrando a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Em 1979 foi lançado um filme da personagem, com direção de Carlos Márquez. No Brasil e em Portugal, Mafalda foi publicada pela primeira vez em 1970 e suas histórias também foram – e são - muito utilizadas por professores, em materiais didáticos e em sala de aula. Roberto Caliani Janeiro, 37, professor de Língua Portuguesa no ensino médio e pré-vestibular há 16 anos, diz que sempre gostou de tirinhas com humor inteligente e crítico como as da Mafalda, Calvin, Armandinho e, recentemente, Dina Anésia. “Sempre uso em sala de aula para incentivar debates e melhorar a interpretação de textos, e meus alunos também aprenderam a gostar. Nas provas, então, essas personagens são as protagonistas”, afirma. Revista Energia 33
Imagem: internet
“Na verdade, as quebras de sentido propositais, chamadas de quebra do paralelismo semântico são muito ricas na Mafalda. São construções difíceis de fazer. Fazer piada preconceituosa é fácil, mas trabalhar com humor de modo inteligente e que faça pensar é bem mais difícil. Essas tirinhas são exemplos disso”, pontua o professor Roberto.
LIÇÕES A APRENDER COM A MAFALDA Como podemos notar, histórias em quadrinhos não servem apenas para diversão. As reflexões de Mafalda continuam, em sua grande maioria, tão relevantes agora como já foram há muitos anos. No entanto, apesar dos posicionamentos críticos e seus questionamentos, é importante notar que a Mafalda consegue enxergar beleza nos detalhes do dia a dia, e colocar uma pitada de ternura em todos os momentos. Ela nos ensina muitas lições, e a mais importante, provavelmente, seja a de que não podemos ficar indiferentes diante das injustiças da sociedade, e que cada um de nós pode fazer algo para melhorar nosso mundo. Imagem: internet
OS AMIGOS DA MAFALDA Outros personagens figuram nas tirinhas da Mafalda, e possuem suas características peculiares. Seus pais: Papá, que trabalha numa companhia de seguros e entra em crise quando repara na sua idade; e Mamã, típica dona de casa que não completou os estudos e entra em conflitos com a filha enquanto prepara sopas e macarrão. Manolito (em português, Manuelinho) vive pensando nos negócios do pai e é um representante do capitalismo; Susanita (em português, Susaninha) quer casar com um homem rico e ter mais vestidos e sapatos. Felipe é um garoto tímido e idealista; a menina Liberdad (em português, Liberdade) é filha de hippies socialistas
e o próprio nome já revela sua ideologia; Miguelito é o mais novo da turma, com apenas 5 anos, ingênuo, que ama jazz e também detesta sopas; Guille é o apelido de Guilherme, o irmão caçula de Mafalda. E há também uma personagem não humana, a tartaruga Burocracia, cujo nome denota a lentidão nos sistemas.
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Look de artista
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Modelos: Carla Derradi, Lara Derradi e Sara Derradi Looks: Vestylle Megastore Produção: Jorgin Cabelo e Estética Local: Spalla Home Design Fotos: Moinho Propaganda
Tel: 14 3622 8364 Av. Frederico Ozanan, 770Energia - Jaú/SP37 Revista
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Por Heloiza Helena C Zanzotti
C
ompletando 50 anos no último dia 03 de março, nada mais justo que prestarmos nossa homenagem a essa importante instituição de ensino jauense que, nesses 50 anos de existência, já atendeu mais de 50 mil alunos de diversas classes, origens e bairros urbanos e rurais da cidade. Instalada em 03 de março de 1971 com a denominação de Terceiro Ginásio Estadual, e depois Ginásio Estadual Dr. Tolentino Miraglia, funcionava na Rua Tenente Navarro 642, na Chácara Braz Miraglia, em Jaú. Em janeiro de 1976, através de Resolução publicada no Diário Oficial, foi transformada em Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Tolentino Miraglia. Na época, a escola funcionava dividindo espaço com a Fundação Educacional Dr. Raul Bauab, ocupando o prédio construído em 1928 para abrigar a Escola Normal Livre, destinada à formação de professoras primárias. No ano de 1980, foi transferida para a Rua Paulo Botelho de Almeida Prado 85, no Jardim São Francisco, onde funciona até hoje. Segundo publicação no Facebook da escola, “além do endereço e do nome, a instituição
de ensino também mudou o tipo de atendimento, mas se manteve fiel ao princípio norteador de sua existência: a qualidade da formação a ser oferecida a todos os alunos”. Atualmente sob a direção de Adriana Rosetto da Silva, neste ano de 2021, diante de todas as dificuldades impostas pela pandemia, a Escola Estadual Dr. Tolentino Miraglia está se superando, atendendo mais de 1.500 alunos do Ensino Fundamental II, do Ensino Médio e da Educação para Jovens e Adultos (EJA), com 39 classes em três períodos escolares, dispondo da segurança e da acessibilidade que poucas instituições da nossa região podem oferecer. Também segundo a publicação no Facebook, “muitos profissionais se dedicaram e dedicam à construção da Escola: professores, diretores, secretários, inspetores de alunos, merendeiras... Isso sem falar em nossa razão de ser: nossos alunos! Vencendo os desafios, inúmeros ex-alunos são hoje profissionais bem sucedidos nas mais diversas áreas”. Fonte: facebook.com/tolentinojau
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Foto: Arquivo pessoal
club Jaú Shopping Social
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homenageia profissionais da Santa Casa Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, durante o mês de março, o Jaú Shopping utilizou sua fan page como espaço para homenagear grandes mulheres. Na ação #mulheresinspiradoras, lojistas, colaboradoras, parceiras e profissionais da Santa Casa tiveram suas fotos postadas com uma singela mensagem em forma de exaltar a força feminina e a garra de cada uma delas. E, mais do que nunca, todas as mulheres que atuam na área da saúde, nesse momento tão delicado, merecem todo o prestígio e agradecimentos. Cada uma contribui diariamente dentro do hospital, fazendo a diferença no dia a dia dos pacientes. São verdadeiras mulheres inspiradoras! No Facebook do Jaú Shopping você confere todas as mulheres que participaram dessa linda ação.
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1 - Dra Priscila Paulin - Médica Coordenadora das Enfermarias de Clínica Médica e Covid-19 2 - Camila Aparecida da Cunha Afonso - Técnica de Enfermagem 3 - Janaína Biazotto Carpino - Enfermeira 4 - Jessica Cristina Domingos - Técnica de Enfermagem 5 - Natálli Silvestrini Benedetti - Enfermeira 6 - Andrea Martins Mazzeto Medina - Fisioterapeuta 7 - Fernanda de Aguirra Garcia - Cozinheira 8 - Ketili Fernanda Silva - Auxiliar de Limpeza 9 - Rosana Carminato - Camareira
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Opinião Por: Wagner Parronchi, colunista wagnerparronchi@hotmail.com
Brasil: um país democrático e livre! A Constituição de 1988 é o texto-base que determina os direitos e os deveres dos entes políticos e dos cidadãos do nosso país. Foi escrita durante o processo de redemocratização do Brasil após o fim da Ditadura Militar, sendo conhecida por isso como Constituição Cidadã
T
enho apreciado nos últimos dias o quanto
1 vidro de leite de coco
nosso país evoluiu democraticamente com
1 colher de baunilha
a Constituição Cidadã, a qual permite a
Modo de Preparo:
manifestação livre do pensamento vedado o
Bata com a batedeira ou com o garfo os ovos;
anonimato, e, bem assim, todos nós podemos
Acrescente a margarina ou manteiga e bata novamente;
livremente manifestarmos nossas opiniões
Adicione o açúcar, a baunilha e bata novamente;
sobre os atos das autoridades públicas constituídas, sejam
Retire da batedeira, coloque em uma vasilha maior e
elas do Poder Legislativo, Executivo ou do Judiciário, sem
acrescente a farinha de trigo aos poucos, alternando com o
medo de sofrer qualquer tipo de represália, tal qual ocorria
leite de coco e o leite, mexendo com uma colher de pau;
na Ditadura, cujos instrumentos legais, dentre esses a ressurgida das cinzas, a boçal Lei de Segurança Nacional, que permitiam a perseguição de opositores ao regime. Não por menos, agora é possível expressar neste texto
Misture tudo e coloque em uma forma de bolo grande, retangular ou redonda; Leve ao forno médio, pré-aquecido, por aproximadamente 40 minutos;
tudo o que estou sentindo dos atos praticados pelas
Para ver se está assado, fure com uma faca ou um palito.
autoridades brasileiras, sem censura, sem medo de ser
Está aí uma bela receita de bolo!
perseguido. Vamos lá.
Viu só, como disse, pude falar livremente, sem medo, sem
Ingredientes:
qualquer risco ou censura, pois as autoridades brasileiras
6 ovos inteiros
se desenvolveram também e hoje sabem que são pessoas
500 g de margarina ou manteiga
públicas, e que seus atos podem ser livremente questionados
4 xícaras de açúcar
por qualquer cidadão brasileiro.
6 xícaras de farinha de trigo com fermento 2 xícaras de leite
44 Revista Energia
É isso aí e se não gostou, aplique a Lei de Segurança Nacional.
Revista Energia 45
Legislação
Lista Pet: o uso de animais silvestres como animais de estimação A criação de animais silvestres mostrou-se presente desde a chegada dos portugueses à Terra de Santa Cruz, isto é, ao Brasil
Texto: Deputado Federal Ricardo Izar (Progressistas – SP)
S
abe-se que indígenas nativos já possuíam em seu vocabulário um termo denominado xerimbabo, que significa “animal de criação ou estimação”. Tal comportamento - o de manter animais silvestres sob cativeiro e proximidade - parece ter sido desde então hábito assimilado pelos brasileiros. De lá para cá, papagaios e outros animais foram levados para o resto do mundo e seu aprisionamento, infelizmente, tem perdurado. É preciso que se diga que este hábito (ter animais silvestres como animal pet) envolve invariavelmente a captura de animais da natureza, sua manutenção em condições precárias e o fomento do comércio de espécies excêntricas que despertem interesse num público alvo. Devemos repetir à exaustão que a persistência histórica de um fato ou comportamento não chancela, por si só, a moralidade do ato propriamente dito. Se assim fosse, deveríamos referendar a destruição da mata atlântica, o massacre de indígenas, o tráfico negreiro no oceano atlântico, o massacre das baleias, o antissemitismo, o regime de apartheid na África do Sul, as ações nazistas, entre inúmeras outras atitudes humanas deploráveis perpetuadas ao longo de sua história. Fiz questão de colocar ações cometidas contra a natureza ao lado de ações contra a humanidade como forma de lembrar que, passados os anos, usualmente nos arrependemos de atos que foram cruéis ou injustos com nossa espécie – mas somos lenientes quando o crime é cometido contra não-humanos. Não raro, comportamentos considerados legítimos e legais, praticados em determinado local ou momento da história, uma vez 46 Revista Energia
DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
submetidos a uma reflexão ética, acabam por ser relegados à vergonha e ao esquecimento. A livre captura de animais silvestres no Brasil era liberada até o advento da Lei nº 5.197/67, momento este em que a fauna silvestre passou a ser bem pertencente ao Estado. A partir de então, a posse de espécies como papagaios, araras, entre outros, estaria condicionada a ter sua origem vinculada a criadouros autorizados. Essa foi uma tentativa do Estado brasileiro de acabar com a captura indiscriminada de animais na natureza e oferecer ao cidadão a opção de adquiri-los legalmente. Agora, no ano 2021, passados mais de 50 anos, temos a prova concreta de que a proposta não foi suficiente para coibir a guarda ilegal de animais, haja vista o tráfico de animais silvestres ter prosperado frente à possibilidade de compra desses mesmos animais em criadouros e lojas autorizadas. Podemos afirmar sem medo de errar que a política de ofertar animais de origem legal como alternativa ao tráfico falhou de forma colossal. Aliás, não apenas falhou, como muitas vezes apresenta uma incômoda relação com o tráfico de animais que assola o país. Essa relação se verifica na curiosa coincidência entre as espécies mais traficadas da atualidade com aquelas mais criadas pelo segmento amadorístico de reprodução de passeriformes, por exemplo. Além disso, a lavagem de animais capturados na natureza, mediante fraude de seus documentos de origem e seu sistema de marcação, tem se mostrado prática corrente. Esta falência da política de criação comercial de animais não deve, porém, acobertar a real e necessária discussão so-
bre o tema: é correto manter em cativeiro animais da fauna silvestre? A resposta é claramente não. Não existe lógica em manter em cativeiro animais que podem viver em liberdade. À fauna doméstica devemos proporcionar abrigo, proteção, adoção e guarda responsável, mas para a fauna silvestre podemos propiciar algo ainda melhor: a sua liberdade. Pensando nesse cenário, protocolei projeto de lei de minha autoria (PL nº 4.705/2020) que proíbe a criação de animais silvestres com objetivo comercial. Porém, até que este projeto de lei tramite pelo Congresso, não devemos menosprezar a situação em que milhões de animais silvestres se encontram hoje em cativeiro. Daí decorre a importância de discutir o assunto “Lista Pet”. Lista Pet é o apelido dado à lista de animais silvestres nativos que poderiam ser criados como animais de estimação. A referida lista foi proposta pela Resolução Conama nº 394/2007 e estabelece os critérios a serem considerados para a determinação das espécies da fauna silvestre brasileira cuja criação e comercialização poderia ser permitida como animais de estimação. A resolução determinava que o IBAMA deveria elaborar a tal lista. Apesar de tal lista ter sido proposta, acabou não sendo editada e hoje encontra-se em discussão no Ministério do Meio Ambiente com representantes do IBAMA e dos órgãos estaduais de meio ambiente. Sem discutirmos a formatação de uma Lista Pet, associado à passagem da gestão de fauna para os órgãos estaduais de Meio Ambiente – OEMA em 2011, corremos o risco de enfrentarmos 27 autorizações distintas a depender do estado ou do Distrito Federal. Também corremos o risco de que um técnico autorizado libere para domesticação, como animal de estimação, uma espécie tão absurda como, por exemplo, um jacaré-açu. Não nos esqueçamos que hoje já existem criadouros autorizados e que vendem animais silvestres no Brasil. Assim, a discussão de uma Lista Pet deve ser cogitada até que tramite o PL nº 4.705/2020 em sua plenitude. Mas esta precisa ser obrigatoriamente elaborada com base em critérios técnicos e sem a interferência de interesses políticos ou econômicos advindos dos próprios criadores – afinal, a Lista Pet é uma norma ambiental, não comercial. Dentre os critérios propostos pela resolução Conama nº 394/2007, podemos agrupá-los em segurança contra acidentes causados pelos animais, segurança contra abandono ou fuga e o subsequente risco iminente para ecossistemas, segurança contra zoonoses e segurança à manutenção do bem-estar dos animais. Preocupa muito, contudo, que na atual discussão desses critérios o tópico bem-estar dos animais tenha sido suprimida. Um absurdo! Ao suprimir o critério do bem-estar dessa discussão, uma espécie poderá ser incluída na Lista Pet sem que haja real possibilidade de serem implementadas as condições mínimas para sua manutenção em cativeiro - por exemplo, a manutenção de um papagaio mantido em gaiola onde este não possa voar. A Lista Pet aparenta legitimar a exploração comercial de espécies silvestres, contudo, é importante reconhecer que esta legitimação já existe em virtude da Lei nº 5.197/67. Assim, a Lista Pet, se elaborada com base em critérios técnicos, limitará quantitativamente as espécies que poderão ser exploradas e, principalmente, se forem adotados critérios de bem-estar animal, poderemos garantir a estes animais o mínimo de condições para que estes vivam em cativeiro. Friso que a abolição do cativeiro e da criação comercial desses animais não deixa de ser a meta perseguida. Nesse interim, não podemos abandonar a luta por melhores condições daqueles que, infelizmente, já estão enjaulados à revelia.
Revista Energia 47
vida
Boa
Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil
Comida e Pandemia 2, a Missão Não. Desta vez não foi a Editora quem me pediu para voltar ao tema. Fui eu mesmo.
A
té pensei se não seria melhor, para amenizar o clima lúgubre que a doença traz para a sociedade, falar de coisas mais alegres e positivas. Mas o assunto da coluna é comida e ela (comida) foi, sim, afetada pelo advento da Covid 19. Em outra coluna eu comentei sobre as dificuldades que encontrei para cozinhar por conta do isolamento social. Hoje quero falar sobre um outro aspecto culinário trazido pela pandemia: Evolução. Não. Eu não pretendo explicar a teoria da Seleção Natural de Charles Darwin. Entretanto, quero destacar um elemento específico dela: a importância do isolamento geográfico. Quando animais de uma mesma espécie ficam separados por um acidente geográfico intransponível qualquer (cordilheiras, mares, ilhas, etc.), ao longo do tempo as mutações genéticas aleatórias que acontecerão vão produzir duas espécies de animais distintas daquela primeira espécie, uma de cada lado do ponto intransponível entre as duas. Na cozinha da pandemia, o mesmo processo se verificou. Mais de um ano se passou e aqui estamos nós, trancados, separados, confusos com o noticiário descabido e, em muitos casos, temerosos. Este tempo funcionou, em termos práticos, para produzir novos (e melhores) hábitos culinários. Aqui em casa, não sei bem o porquê, entramos numa fase afrancesada. Comidas com molhos, muitas escoltas, preparações mais elaboradas (afinal, temos tempo...) porções discretas, vinhos e assim por diante. Uma outra vertente, oposta em sabor, também assumiu uma importância relativa elevada: cozinha oriental. Caldos leves, vegetais cozidos/fritos, peixes no vapor. Eu conversei com alguns amigos, cozinheiros diletantes como eu, e o fenômeno parece ser geral entre todos nós. Os tempos de pandemia estão funcionando para aperfeiçoar receitas
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e/ou inovar nas preparações. E isso é muito bom porque abre novos horizontes gastronômicos em termos de sutileza e combinações. Um cardápio semanal/quinzenal típico de pandemia aqui em casa traz o sempre clássico rosbife (que agora eu uso champagne para deglacear e acrescento uma porção extra de manteiga; fica incrível), codornas na panela (que além da tradicional cama de bacon, agora também são marinadas como se fossem cortes de coelho à Primavera), arroz de pimenta com bastante gengibre, ou um wok repleto de legumes suculentos e uns nacos de carne com molho de soja. Acho que o leitor percebeu o meu ponto de vista. Não é que eu e meus amigos estejamos cozinhando mais do que o de costume, embora isso também seja verdadeiro. Nós estamos cozinhando melhor. Estamos desenvolvendo novas competências técnicas em termos culinários. Não. Não foi algo pensado, algo que planejamos fazer. Apenas aconteceu. Agora é comum receber uma mensagem de WhatsApp (tempos modernos) pedindo endereços de fornecedores, comparando espécies de pescados e frutos de mar. Isso sem falar no mais que evidente aumento na habilidade de lidar com as coisas: mais eficácia, menos sujeira e bagunça, ambientes organizados, etc. Enquanto o isolamento geográfico descrito por Darwin provoca a especiação (processo de formação de novas espécies mediante a seleção natural), o isolamento social imposto pela pandemia está promovendo a especialização na cozinha. Um processo evolutivo evidente. Junte a essa combinação o sorriso do ser amado do outro lado da mesa, sirva um vinho e mande o mundo às favas. Por falar em favas, está aí uma outra boa ideia... Já pensou em um feijão guandu? Salivei. Até a próxima.
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