Conexão Magazine edição 12

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A revista que viaja com o leitor!

Maio de 2014 Nº 12 . R$ 5,00

Um roteiro pelos vulcões, paisagens e ruínas maias da

GUATEMALA Cidade do Cabo a cidade mais vibrante da África do Sul

Aterrisamos em

Ilhéus,

Terra do cacau e de Jorge Amado

Exclusivo! Entrevistamos o navegador Amyr Klink

Resorts

Aviação

Fotografia

Turismo de Luxo

Entrevista

Eventos



magazine

sumário

número 12 ano 3 - 2014

5 FOTO DO LEITOR

29

17 GUIADE VIAGEM Bal Harbour 20 FIQUE POR DENTRO 22 BRASIL Ilhéus 24 RESORT Resort Canabrava 29 AVIAÇÃO COMERCIAL South African Airways

Guatemala 6

08

29

TURISMO DE LUXO

ENOTURISMO

Cidade do Cabo

Vinhos de Paris

31 CAMINHOS DE MINAS Ouro Preto 36 ENTREVISTA Amyr Klink

E ainda: 48 EVENTOS

06


Amigo leitor, Nas últimas semanas o mundo fora surpreendido com a notícia da morte do poeta, escritor, jornalista, editor e ativista político colombiano, Gabriel García Márques. Gabo, como era carinhosamente chamado, leu e viajou por muitas partes do mundo e se tornou um respeitado interlocutor da América Latina que, segundo ele, uma região diferenciada do mundo pelas instabilidades políticas aliadas à insuficiência de recursos, que muito contribuiram para a eclosão de movimentos típicos da alma latino-americana: ditaduras, guerrilhas, repressões e exílios de refugiados,que são fatos próprios de nossa história. Uma história de solidão. E foi pela América Latina que desembarcamos na multicultural Guatemala, passando por paisagens belíssimas, pontuadas por vulcões, lagos e sítios arqueológicos maias e edifícios coloniais. Um lugar onde a cultura e as tradições ancestrais ainda se mantém vivas. Difícil não se sentir de alguma forma transformado ao visitar esse país. Em terras brasileiras aportamos em Ilhéus, terra das inspirações literárias do escritor baiano Jorge Amado. Com sol a pino, e, aos nossos olhos, o azulíssimo mar, que emoldura a paisagem da rota do cacau, nos embrenhamos nas delícias do resort Canabrava All Inclusive.

Expediente Revista conexão Magazine é uma publicação da CM Editora Fundador: Glauco Pimenta (1946-2013)

Editor-chefe: Rafael Pimenta / DRT: 11445/MG rafaelpimenta@conexaomagazine.com.br Colaboradores: Flávio Géo, Mário de Abreu, Luiz Octávio Barcelos Colunistas: Augusto Horta, Nina Maretti, Ana Gusmão Foto Capa: INGUAT Fotos: Shutterstock / Neno Vianna Barrocopress Rafael Pimenta / Marina Klink / INGUAT Tratamento de imagens: Ed Félix Projeto Gráfico: Inovate Propaganda Impressão: Gráfica Del Rey Tiragem: 15.000 exemplares Revisão: Barbara Goulart Cotrim Endereço: Rua Hidra, nº 335, Santa Lúcia CEP: 30360-300, Belo Horizonte/MG (31) 3646-6728

E não poderíamos deixar de convidá-los à entrevista com o navegador Amyr Klink sobre sua infância, sua iniciação no mundo dos barcos, suas viagens e desafios pelo mar e o seu amor pela Antártica.

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A sua viagem está só começando.

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Boa leitura!

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Rafael Pimenta - Editor-chefe

Assinaturas: Venda de assinaturas: www.conexaomagazine.com.br ou pelos telefones (31) 3646-6728 (31) 9555-0928


FOTO DO LEITOR

Panamá A Ludmilla Meirelles, de Belo Horizonte (MG), visitou a cidade do Panamá e posou com a vista do centro financeiro da Cidade.

Índia O Menandro Júnior, de Belo Horizonte (MG), parou com o seu grupo de viagem em frente ao icônico Taj Mahal.

Croácia

França Silvana Ramos, de Belo Horizonte (MG), se encantou com os detalhes do Palácio de Versalhes, em Paris.

A Juliana Costa, de Belo Horizonte (MG), visitou a Croácia e registrou o belíssimo pôr-do-sol da medieval cidade de Dubrovnik.

Mande as suas imagens para redacao@conexaomagazine. com.br. Não se esqueça: ao enviar a informação para a redação, informe o(s) nome(s) completo e a cidade onde você mora.


EXTERIOR

Guatemala, o berço da civilização Maia País de fortes tradições e misticismo, a Guatemala traz muitas surpresas aos turistas

Foto: Rafael Pimenta

Por Rafael Pimenta

O vai e vem da cidade mais turística da Guatemala

D

epois de um trajeto cansativo, que incluiu uma conexão em Bogotá

marcante do predomínio da civilização maia, quanto pelo estilo colonial,

e, aproximadamente, mais 3 horas de voo, finalmente, cheguei à

remanescente da imponente e dura dominação espanhola ocorrida nos

Guatemala. Mais precisamente à grandiosa e cosmopolita capital,

idos do século 16. O resultado do encontro dessas duas culturas foi uma

Guatemala City ou Nueva Guatemala de la Asunción, como é oficialmente

interessante divisão étnica formada por grupos sociais constituídos por

conhecida pelos guatemaltecos, que também costumam chamá-la,

ladinos (como são chamados os mestiços) e indígenas, que possuem traços

carinhosamente, por Guate.

fortes e constituem 46% da população do país. Este último grupo mantém

Provavelmente você tenha ouvido falar pouco à respeito desse místico e

viva as suas tradições e identidades, sejam por meio das suas vestimentas

emblemático país latino, localizado no extremo norte da América Central.

coloridas, artesanatos, celebrações religiosas e dialetos. A maioria vive nas

Espremido entre o México, ao norte, e também, Belize, Honduras e El

montanhas ocidentais e são agricultores de subsistência.

Salvador, a Guatemala é um país autêntico e fascinante.

A influência maia é lembrada a todo o momento, como, por exemplo,

Com 14 milhões de habitantes, o território é contemplado por paisagens

na hora de trocar o dinheiro. A moeda local é o quetzal, nome de uma ave

belíssimas, que incluem, além de um extenso litoral voltado para o Oceano

com longas penas verde-esmeralda em sua cauda, sagrada para os maias.

Pacífico, vulcões, lagos, montanhas, rios, florestas tropicais. Também mantém

A ave virou símbolo da Guatemala, representando resistência e liberdade,

uma forte tradição cultural e religiosa, que se mesclam tanto pela influência

pois morre quando colocada em cativeiro.

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Foto: Rafael Pimenta

O Arco de Santa Catalina é o principal cartão postal de Antígua


Antígua Foto: Rafael Pimenta

Uma boa maneira de começar a sua viagem pela Guatemala é seguir rumo à preservada cidade de Antigua, uma joia colonial declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Localizada a apenas 23 quilômetros da capital do país, Guatemala City, a cidade fica num vale a 1.500 metros de altitude e é rodeada por três imponentes vulcões: Água, Acatenango e o ativo Del Fuego, que, de vez em quando, sopra uma baforada de fumaça. Fundada pelo espanhol Don Pedro de Alvarado, em 1543 foi considerada a capital do império espanhol, na América Central, e assim permaneceu por mais de 200 anos, quando o governo espanhol decidiu transferir a sede do governo para a atual Cidade da Guatemala. Um devastador

Antigua tem o charme colonial em suas ruas

terremoto ocorrido em 1773 destruiu a urbe quase completamente. As marcas dessa destruição estão expostas até hoje na região, que já sofreu

o estilo espanhol de arquitetura e, por lei, só podem ser pintadas de

com diversos desastres naturais desde a sua fundação.

branco, de vermelho, de amarelo, de verde ou azul, o que dá um charme a mais ao lugar.

O seu centro urbano lembra a histórica Tiradentes (MG), bem conservaMais de 30 monumentos coloniais se encontram ao redor da cidade.

ótimos hotéis, restaurantes e bares. Por ser pequena, Antigua possibilita

Procure visitar a Igreja de São Francisco, o Palácio Arcebispal, a Igreja

ver todos os seus pontos de interesse caminhando pelas ruas dispostas

de La Merces e as ruínas do Convento de São Francisco e passeie pela

em calçamentos de pedras, uma característica das cidades coloniais. Eu

Praça Central ou Plaza Mayor, que é considerada o coração da cidade.

gosto de cidades assim, pois caminhando você encontra lugares que não

No seu centro está a Fonte das Sereias, construída em 1739, e, logo á

estão nos guias e vê cenas inusitadas e os costumes da população local.

frente, está a Catedral Metropolitana, que foi afetada por vários terre-

Outra característica interessante por lá são as janelas de ferro trabalhado

motos que a danificaram, mas ainda mantém o seu esplendor. No lado

e vasos de flores penduradas nas casas, que foram construídas seguindo

norte da praça, fica o bem preservado edifício da Câmara Municipal.

Foto: Rafael Pimenta

do e de incomum beleza, com uma estrutura turística muito desenvolvida,

Palácio de los Capitanes Generales 8


Foto: Rafael Pimenta

Existem bons restaurantes nas proximidades, então, considere o lugar como referência para fazer uma boa refeição. Quesadilhas, guacamole e nachos estarão a sua espera e não deixe de experimentar um “desayunochapín”, que é o café da manhã local. Os guatemaltecos são chamados chapines, na gíria local. E para quem ainda quiser curtir um belo visual da cidade, uma boa dica é ir ao Cerro de La Cruz, também alcançado por uma pequena e fácil trilha. Mas é aconselhável ir sozinho no fim de tarde, devido ao risco de

Foto: Rafael Pimenta

pequenos furtos.

Ruínas de uma cidade que já passou por diversos terremotos

Foto: Inguat

Detalhe para a Catedral de San Jose, na Plaza de Armas

O Cerro de La Cruz com o vulcão Água, ao fundo 9


Foto: Rafael Pimenta

Vulcão Pacaya Um passeio para arrancar suspiros do viajante é a escalada ao vulcão Pacaya, o mais temido da América Central. São quase duas horas a pé, enfrentando uma subida íngreme em terreno pedregoso a pouco mais de dois mil metros de altitude. A caminhada até o topo não é difícil para quem tem um bom preparo físico, mas é puxada para os sedentários. Mesmo assim, para quem não aguentar o desafio tem a opção de subir a trilha a cavalo. Os condutores acompanham os aventureiros e, insistentemente, tentam convencê-los a montarem na garupa. Porém, para essa ajudinha é cobrado cerca de 75 quetzales, o equivalente a 10 dólares. Preferi guardar o meu dinheiro e subir a pé, mesmo chegando ao limite da minha resistência. Mas, todo esforço compensou. A paisagem é incrível! Pedras vulcânicas dão um aspecto lunar e fumarolas dão sinais de que o vulcão não está dormindo. A última erupção do Pacaya foi em 2010. O guia até levou marshmallow para assar numa das muitas cavernas existentes por lá. É importante ir com tênis de caminhada e levar um corta vento (anorak), pois lá em cima o vento e a temperatura são bem inconstantes. E não deixe de levar câmera fotográfica, pois a vista do cume do Pacaya e dos outros vulcões é maravilhosa.

A trilha ao Pacaya é feita em meio a rochas vulcânicas

Chichicastenango De Antigua seguimos logo cedo para a pequena Chichicastenango, ou

típicas vendem verduras, condimentos, frutas e hortaliças.O ponto central

simplesmente, “Chihi”, como também é conhecida essa cidade da região

do passeio é o populoso e colorido mercado ao ar livre, que funciona

de Quiché, a 140 quilômetros da capital. Ao chegar ao lugarejo, não

todas as quintas e domingos e faz parte do roteiro obrigatório, daqueles

demora muito para perceber que a visita nos levará a uma imersão em

que passam pelo país. “Venha, passe adiante. Temos bom preço. Quanto

um rico e impactante universo cultural, onde as tradições do povo K’iche’

você pode pagar?”. Você certamente ouvirá muito essas palavras

Maya ainda prevalecem.

enquanto estiverem andando pelos labirintos apinhados de turistas e

Inicialmente, o que me chamou a atenção foi o ritmo urbano, em que táxis Tuk-Tuks (motocicletas adaptadas com carrocerias de

de comerciantes ansiosos por venderem as suas bugigangas, tecidos e artesanatos. Para quem gosta de pechinchar, é o lugar certo!

plástico, importadas da Índia), motos, caminhonetes abarrotadas de

Outro ponto interessante da cidade, que merece atenção e visita é a

gente na carroceria e os tradicionais ônibus coloridos, chamados de

Igreja de Santo Tomás, localizada onde, anteriormente, havia um altar

“chickenBuses”, disputam passagem nas pequenas ruas do povoado.

maia, que foi destruído pelos conquistadores. Nela, a vida, o mercado

Um ritmo frenético, em que rapazes, crianças e senhoras com roupas

e as flores se confundem com o mistério do sincretismo religioso. A

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Foto: Rafael Pimenta

Escadaria da igreja de São Tomás

Foto: Rafael Pimenta

escadaria que leva a esta igreja quatrocentona é um tributo à própria população maia, com seus degraus representando, cada qual, um dos 18 meses do famoso calendário. Aos pés da escada dessa igreja, xamãs costumam queimar incensos e invocar espíritos. Homens e mulheres balançam lamparinas acesas e proferem palavras de oração caminhando em frente à porta de entrada. Para fechar a visita, o guia me levou, entre vielas, a uma casa simples, para presenciar uma curiosa manifestação à divindade maia chamada Maximón, ou San Simon, nome dado pelos espanhóis colonizadores. O guia me contou que o santo, representado por um boneco de madeira normalmente vestido com calças, botas, camisa e chapéu, muda de casa todos os anos e os moradores ficam responsáveis por manter o local limpo, organizado e aberto aos fiéis e turistas. Um conselho: os povos indígenas são muitos sorridentes e gentis, por vezes, tímidos, mas não tome uma imagem deles sem autorização, pois alguns podem entender como sendo o roubo de sua privacidade e ficarem magoados. Portanto, transmita respeito, para evitar situações desconcertantes.

O colorido do mercado de artesanto encanta os turistas 11


Foto: Inguat

Lago Atitlán

O Lago Atitlán reúne 12 cidadezinhas ao seu redor

Continuei a minha jornada pela Guatemala até o magnífico lago Atitlán,

o San Pedro e o Toliman. Lá, está toda cultura indígena e a sabedoria maia

situado na região montanhosa de Sololá, no Altiplano guatemalteco.

preservada ao longo do tempo. Apesar do sincretismo cultural que marca os

Onde quer que você vá encontra vistas lindíssimas do lago, de águas cor

povos indígenas colonizados, muito das tradições foi mantida, inclusive, a

esmeralda, e dos três vulcões que o rodeiam – o de mesmo nome, Atitlán,

língua maia, falada pela grande maioria da população local.

Nos arredores do lago Doze vilarejos contornam o lago. Panajachel é a maior dessas cidades e o principal povoado do Lago Atitlán, com 11 mil habitantes, e tem diversos hotéis de categoria internacional. Situa-se à beira do lago e é um reduto turístico mais “ocidentalizado”, digamos assim, pois tem jeito de praia, lojinhas de artesanato e bares. De barco, leva meia hora de Panajachel a San Juan la Laguna, onde comunidades maias tecem, pintam e usam ervas para fazer remédios e cosméticos. As indígenas maias, por meio de cooperativas, processam o algodão e o transformam em tecidos coloridos com

Foto: Rafael Pimenta

Foto: Rafael Pimenta

tinturas de vegetais e minerais da região.

Produção de tecidos maias 12

Praia de Waiheke Tuk-tuks em San Juan La Laguna


Foto: Rafael Pimenta

O colorido das roupas e o sorriso estampado no rosto estĂŁo sempre presentes nos povos indĂ­genas que habitam as vilas, no entorno do lago AtitlĂĄn


Foto: Rafael Pimenta

Foto: Rafael Pimenta

Parque Nacional de Tikal

Em Tikal pirâmides maias se erguem no meio da floresta

De volta á cidade da Guatemala, voei num pequeno turbo hélice

Ruínas da civilização maia

levantadas para o céu.

até Flores, no estado de Petén. Olhando do alto é difícil imaginar que a terra que hoje abriga uma floresta exuberante foi, um dia,

O seu centro cerimonial compreende magníficos templos e palácios,

um dos centros urbanos mais importantes da civilização maia, o in-

assim como praças públicas. As mais de três mil construções contem-

crível Parque Nacional de Tikal, que significa “lugar de vozes”, de-

plam palácios, templos, pátios cerimoniais, campos para jogos com

clarado patrimônio natural e cultural da humanidade pela Unesco,

bola, terraços, residências, praças, túmulos e pirâmides, incluindo o

em 1979. Em seu apogeu, entre os séculos 2 e 9 d.C., abrigou cer-

templo mais alto do mundo maia, o Templo IV. Com 64 metros de altura

ca de 300 mil habitantes maias que viviam da agricultura, da caça

e uma das vistas mais concorridas, os arqueólogos acreditam que foram

e dominavam a matemática, as artes, a astronomia e a arquitetura.

necessárias mais de 60 mil pessoas para construí-lo. Foto: Rafael Pimenta

Com 576 quilômetros quadrados, o parque possui cinco templos, além do Mundo Perdido, complexo de 60 metros quadrados com 38 estruturas. Estudiosos acreditam que o complexo foi construído para que os maias pudessem estudar astronomia, observar as estrelas e o sol. Atualmente, Tikal é uma das oito áreas protegidas da Reserva da Biosfera Maia, onde vivem diversas espécies de pássaros, macacos e animais selvagens, como a onça-pintada e o Puma. Da entrada do parque até a praça central, onde estão localizados os templos I e II e as acrópoles norte e central, leva-se 20 minutos de caminhada por trechos da selva. Nessa trilha é possível encontrar um exemplar de ceiba, árvore considerada sagrada pelos maias. Logo de cara é possível ter uma ideia do quanto é grande esse sítio arqueológico. No meio da floresta, surgem pirâmides imensas 14

Turistas se divertem escalando os monumentos


Programe bem a sua viagem Moeda: Quetzal Idioma: Espanhol Visto: Necessário, mas pode ser tirado de um dia para o outro em São Paulo.

ChichicastenangoHotel Mayan Inn - O que nasceu, na década de 1930, como a hospedaria de um empresário norte-americano, hoje é um das mais charmosas pousadas da cidade. As 30 suítes conservam os móveis de madeira maciça originais e peças do artesanato local, bem como objetos de inspiração maia. www.mayaninn.gt

Fuso Horário: três horas a menos em relação à Brasília, desconsiderando o horário de verão. Tikal

Como chegar: Não há voos diretos para a Guatemala. Todos os trajetos fazem, ao menos, uma parada. Aeroméxico, com escala na cidade do México; Copa, com escala na cidade do Panamá; Avianca, com escala em Bogotá. Quando ir: A cidade da Guatemala foi levantada no alto de uma cadeia de montanhas, cerca de 1500 metros acima do nível do mar. Resultado: a capital guatemalteca tem temperaturas amenas o ano todo, com termômetros na casa dos 15º Celsius a maior parte do tempo. Por isso, o critério para decidir a data da viagem tem que ser outro.O mais sensato é se guiar pelas chuvas e visitar a cidade entre dezembro e março, período que corresponde a estação seca.

Guatemala

Chichicastenango Lago Atitlán

Antigua

Guatemala City

Oceano Pacífico

Apoio: Guatemalan Adventure www.guatemalanadventure.com Tel: + (502) 2410-8260

Foto: Rafael Pimenta

Onde ficar: Antigua Camino Real - No coração de Antigua, o Hotel Camino Real Antigua fica perto de Parque Central, Museo de Arte Colonial de La Antigua Guatemala e Catedral de San José. Catedral Antigua e Parque Central de La Antigua Guatemala também ficam perto. Oferece spa, um restaurante e um bar/lounge. As áreas comuns estão equipadas com acesso à internet sem fio (sobretaxa). Os quartos e suítes do Camino Real são luxuosos e espaçosos e contam com TV de tela plana, base para iPod e cofre com capacidade para laptop. Estão equipados também com frigobar, Wi-Fi gratuito e banheiro com roupão de banho e chinelos. www.caminorealantigua.com.gt

Suíte Hotel Camino Real Antigua

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AUGUSTO HORTA

Filosofia de Viagem

G

osto de filosofia. Ela é uma companheira que consola nos momentos difíceis. E gosto de viagens. Elas são expressão do meu desejo de liberdade e mudança. Foi com uma alegria curiosa, então, que descobri que Allain de Botton, um dos filósofos contemporâneos que mais admiro, resolveu tomar como tema de um livro a “Arte de Viajar” (Editora Intrínseca). Por sua qualidade literária, apuro filosófico e indisposição para a chatice a obra me servirá como roteiro do que vou compartilhar aqui. O primeiro capítulo reflete sobre a expectativa e nos provoca com a idéia de que tanto a antecipação quanto a lembrança de uma viagem estão sujeitas a processos de simplificação e de seleção que apagam elementos inconvenientes da realidade. Por exemplo, não esperamos e nem nos lembramos do tempo que passamos enfurnados no metrô a caminho do British Museum ou da Tate Gallery numa viagem a Londres. Já a imagem do Big Bang se fixa em nossa consciência como uma espécie de fotografia bem limpa e focada. Em outras palavras, quando nos dispomos a conhecer um lugar, projetamos expectativas não apenas nascidas de nosso desejo, mas também das idéias que retiramos do nosso “banco de dados” pessoal e de experiência social. É aí que está a redução. Uma viagem

a Índia? Ah, lá eu vou encontrar um palácio imaculadamente branco e perfeitamente simétrico, mulheres vestidas em sáris coloridos e edificações exóticas (e amontoadas) à beira do Ganges. Vejam só, um recorte típico da técnica fotográfica! É claro que esses elementos fazem parte da paisagem turística da índia, mas outras “fotos”, digamos, com mais matizes emocionais, podem ajudam a libertar nosso desejo, expectativa e memória. Vou contribuir com duas de uma viagem que fiz para lá há muito tempo. Um jovem me leva para conhecer o cubículo que dividia com mais três compatriotas de Caxemira e tenta me vender um tapete de seda. Ela evoca o medo de ser assaltado (coisa de brasileiro traumatizado) e o aprendizado de que a sobrevivência de um povo e de uma cultura depende, às vezes, da beleza do que ele produz e da dignidade com que negocia. Lembro-me, também, da cena em que eu e uma amiga pegamos carona na garupa das motos de dois rapazes em direção ao aeroporto de Délhi, carregando um saco cheio de samosas, o tradicional pastel indiano, que ali representavam toda a hospitalidade de um povo e que nos fora dado por uma família de ourives que conhecemos na cidade velha. De Botton tem razão. Nossas expectativas dos lugares que queremos visitar costumam ser mais simples do que as experiências que eles nos oferecerão se estivermos abertos e libertos. O que fazer para escapar da maldição da expectativa reduzida? Eu sugiro escutar histórias. Contadas por outras pessoas ou contidas em romances, no cinema, poesia, moda, artes plásticas. Esse ato, em si, será uma viagem, com o efeito adicional de ampliar o nosso banco de dados com registros raros e incomuns, ainda que sejam sempre “fotografias” lapidadas pela memória. Ou quem sabe cultivar uma mente que leva a viagem como ela vem?

Tapeceiro indiano

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Augusto Horta é professor de Direito e viaja pelo mundo prestando atenção em cores que não sabe o nome. É fotógrafo ocasional. www. olhares.sapo.pt/gutohorta/


GUIA DE VIAGEM

O lado gourmet de Miami Bal Harbour concentra, além de luxuosos shoppings, diversas opções gastronômicas Localizada a 15 minutos da agitada South Beach, em Miami, Bal Harbour é um destino badalado, que combina o charme da cidade pequena com a sofisticação. É um lugar para sair da realidade e mergulhar no luxo. No entanto, embora a maioria das pessoas viaje ao local para comprar aos montes em um dos shoppings mais chiques do mundo, não se pode deixar de saborear uma refeição em restaurantes igualmente elegantes. O restaurante japonês da moda, de Stephen Starr, chama Makoto e é uma opção muito procurada por quem entende de gastronomia. Também não se pode esquecer do J & Grill e do La Goulue, que se destacam na região com chefs internacionalmente aclamados.

Foto: Spoke RP

Vista de Bal Harbour

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GUIA DE VIAGEM

1. Makoto O restaurante é o último empreendimento do famoso restauranter Sthephen Starr, dono de renomados restaurantes em Nova York, como o Buddakan e o Morimoto. O Makoto possui o nome e a experiência gastronômica de 20 anos do Chef Makoto Okuma, que trouxe sua expertise para o novo japonês chique de Miami. Com 12 lugares no sushi bar e agradável ambiente externo no terraço, um dos highlights do menu inclui a lagosta Maki.

Referência na gastronomia mundial, o chef Jean-Georges tem sua marca espalhada pelos principais pólos gastronômicos do mundo, e agora, também em Miami. O J&G Grill do St. Regis BalHarbour fica localizado em frente a piscina do hotel, com maravilhosa vista para o mar azul turquesa de BalHarbour. O bar e lounge, decorado em estilo elegante e contemporâneo, tem pé direito alto e grandes janelas do chão ao teto, valorizando ainda mais a vista e o projeto de iluminação. Criado para oferecer um ambiente estilo zen, um dos destaques do J&Grill é a experiência de estar ao ar livre, devido à vista para o mar que privilegia todos os clientes. 9703, Collins Avenue, Bal Harbour, FL. www.jggrillmiami.com

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Foto: Spoke RP

2. J & Grill

Foto: Spoke RP

Foto: Spoke RP

Bal Harbour Shops, 9700 Collins Avenue, Suite 107, Bal Harbour, FL. www.starr-restaurant.com


3. La Goulue três décadas depois foi para Bal Harbour, mas, em 2009, fechou em NY e

chef francês Jean-Pierre Petit. O tradicional cardápio inclui escargots, steak

precisava de reestruturação para sobreviver em Miami. Foi aí que Denoyer

tartar, um delicioso soufflé de queijos, foie gras e les moules frites, além de

procurou Pascal Cohen, com 20 anos de experiência mundial no ramo, que,

saborosos mariscos acompanhados de batatas fritas, entre muitos outros

junto de um sócio, Edmond Touboul, compraram parte do empreendimento e

pratos da culinária francesa. O original La Goulue nasceu em Nova Iorque,

assumiram a operação diária do restaurante, dando nova vida ao La Goulue.

em 1974, na Ave. Madison, pelas mãos de Jean Denoyer. Pouco mais de

Bal Harbour Shops, 9700 Collins Avenue. www.lagouluebalharbour.com

Foto: Spoke RP

O famoso e badalado restaurante francês La Goulue conta com o renomado

DE TRÁFEGO, BASTA O AÉREO. ÔNIBUS EXECUTIVOS DE BETIM PARA O AEROPORTO DE CONFINS OU PAMPULHA.

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FIQUE POR DENTRO

Test Drive Para quem ama o automobilismo e sempre sonhou em dirigir uma Lamborghini ou uma Ferrari, a empresa Pushstart teve a ideia de oferecer essa opção a quem visita a fábrica da Ferrari, em Maranello, na Itália. O local aluga modelos de Ferrari para passeios nos arredores da cidade, por, no mínimo, 10 minutos. Uma volta na F430 Scuderia custa 100 euros, ou R$ 255. O test drive é acompanhado de um instrutor. Mais informações:

Neve A estação de esqui Portillo chega aos 65 anos com diversas atrações. A temporada 2014, que começa em 21 de junho e segue até 4 de outubro, contará com coquetéis de boas-vindas, ciclos de cinema retrô, tours históricos, cardápios especiais e festas. Também estão confirmadas as tradicionais semanas especiais, que reúnem amigos, famílias e casais em atividades diversas, como eventos de gastronomia e vinhos. Também está prevista, na pista Las Lomas, uma programação de esqui na lua cheia. 20

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

www.pushstart.it


A Marriott International e a G Holdings inauguraram o hotel Courtyard, com 378 apartamentos, e o hotel Residence Inn, com 261 suítes, na mesma torre em Midtown Manhattan. O edifício mais alto da América do Norte, de uso exclusivamente hoteleiro, custou 320 milhões de dólares e está localizado na 1717 Broadway. Construído pela proprietária G Holdings e administrado pela Interstate Hotels & Resorts, o hotel de duas marcas empregará 160 associados de Nova Iorque. O edifício de 68 andares fica a alguns passos do Central Park e da Times Square. Viajando a negócios ou a lazer, os hóspedes desfrutarão de wi-fi em todo o hotel. Além disso, cada apartamento oferece 1,25 gigabytes de banda larga, por meio da rede horizontal e vertical de fibra ótica, que permite uma rápida e ampla utilização simultânea de vários dispositivos. As smart TVs oferecem 60 canais HD.

Foto: Divulgação

Hotel de alto nível


BRASIL

Ilhéus

A Princesinha do Sul O centro histórico da cidade, as casas culturais e os palacetes antigos relembram a época de ouro do cacau e dos romances de Jorge Amado Foto: Divulgação

Por Rafael Pimenta

Baía do Pontal

A

ndar em Ilhéus, a principal cidade da Costa do Cacau, é

marítimos justificam o nome da cidade.

como estar percorrendo as entranhas dos romances de Jorge

A história de Ilhéus se confunde com a própria história da economia

Amado, como “Gabriela, Cravo e Canela” e “Terras do Sem

nacional no século XIV, quando a matéria-prima do chocolate - esta iguaria

Fim”. A região, que era chamada pelo autor de “Princesinha do Sul,

apreciada no mundo todo -, era o produto central de exportação do país. A

terra de encantos e magias”, retrata o cenário e é berço de vários dos

cidade abrigava o principal porto de escoamento da produção e fervilhava

personagens criados pelo escritor baiano. Não é difícil entender porque

de pessoas, dinheiro, luxo e riqueza. O dinheiro do cacau produzia fortunas

a cidade encantou tanto o romancista. Como se não bastassem os 100

e ditava leis. Entre os muitos pontos turísticos da cidade está a Baía

km de praias e as belíssimas áreas verdes, o centro histórico da cidade,

do Pontal, onde fica a ponte Lomanto Júnior, sobre o encontro dos rios

com seus muitos casarões, igrejas e palacetes, reserva uma verdadeira

Cachoeira, Fundão e Santana. De lá, dá para ver o “Juninho”, que é como

viagem ao passado: à época dos coronéis das fazendas de cacau no final

os ilheenses chamam o Cristo Redentor da cidade, que ganhou o apelido

do século XIX. Ao longo da orla central, os inúmeros ilhéus fluviais e

por ter somente 7,5 metros de altura.

22


Centro Histórico O melhor de Ilhéus está no centro histórico da cidade. Aliás, é lá também

do Carnaval. Como uma verdadeira homenagem ao “filho adotivo” (Amado

que a viagem pelas obras e a vida de um dos mais conhecidos escritores

nasceu na vizinha Itabuna), o palacete comprado pelo pai do escritor está

baianos começa. A primeira parada, como não podia deixar de ser, é na

intacto, com os mesmos vitrais coloridos portugueses, mármores de carrara

Casa de Cultura Jorge Amado. Localizada na Praça Dom Eduardo, a casa,

e móveis de jacarandá. Os ladrilhos que ornamentam a varanda, são em art-

que hoje virou ponto turístico, foi onde o escritor passou a infância e parte

nouveau ingleses. Lá a vida do baiano das letras é passada a limpo por meio

da adolescência e também o lugar onde ele escreveu seu primeiro livro: País

de vídeos, objetos pessoais e histórias.

Foto: Rafael Pimenta

A poucos passos da casa do escritor, estão a Catedral de São Sebastião e o Teatro Municipal de Ilhéus. Os dois patrimônios históricos de Ilhéus ficam em uma das áreas mais agradáveis do centro: a Praça Luis Viana Filho. Ali, basta achar uma sombra e degustar um sorvete típico de tapioca, cacau ou umbu (R$ 2 a bola) da sorveteria Ponto Chic, uma das mais tradicionais da cidade. Já quem prefere um salgado, o lance é pedir um acarajé para a baiana Maria que, faça sol ou faça sol (lá, quase não chove), está servindo a delícia típica por R$ 2. O bar Vesúvio é o ponto turístico mais freqüentado por turistas na cidade.

Bar Vesúvio

Ele ficou famoso por fazer parte do universo ficcional criado por Jorge Amado, no romance “Gabriela, Cravo e Canela”. Não deixe de comer o famoso quibe do Nacib e tirar uma foto junto à estátua de Jorge Amado, que fica numa das mesas. O cabaré Bataclan, onde as meninas que divertiam os coronéis do cacau eram comandadas por Maria Machadão, é atualmente um bar, que também conta com um mini-teatro. No primeiro andar do prédio tem uma réplica do quarto da dona do cabaré. E com um pouco de sorte o visitante pode até encontrar a dona Maria Machadão, uma atriz que dá boas-vindas a quem chega.

Foto: Rafael Pimenta

Foto: Rafael Pimenta

Quem quiser levar alguma lembrança da região poderá encontrar o que deseja no Mercado do Artesanato, na Praça Cairu. Lá é possível encontrar os souvenires ligados à cidade como chaveiros, camisetas, berimbaus, além de biquínis, blusas e toalhas de renda, entre outros itens.

Catedral de São Sebastião

Bataclan

23


RESORT

Canabrava All Inclusive Resort Em meio a um cenário de beleza encantadora, o Resort Canabrava é um dos mais procurados no litoral sul da Bahia

Foto: Divulgação

Por Rafael Pimenta

Vista panorâmica do Resort Canabrava

Q

ue tal arrumar as malas com destino ao paraíso? Localizado a cerca de 30 quilômetros do centro cultural da cidade de Ilhéus, o Resort Canabrava se destaca na região sul da Bahia pela privilegiada

integração entre os seus 70 mil metros quadrados de área construída e a idílica paisagem que o cerca, formada por coqueiros, arrecifes e uma belíssima praia, praticamente exclusiva. O clima gostoso e acolhedor do lugar, decorado ao estilo praiano com cores claras e vivas, remetem a uma típica vila baiana, que inclui uma singela capelinha. A equipe de funcionários do Canabrava é um ponto forte. Sempre sorridentes e gentis com o espírito baiano de ser, estão sempre à disposição, cativando e motivando os hóspedes e ajudando no que for preciso. No quesito gastronômico, o resort, que passou a adotar o sistema All Inclusive em 2012, oferece aos hóspedes fartas e variadas opções de alimentação e bebidas – alcoólicas e não alcoólicas. Tudo já incluso na diária: cerveja, refrigerante, água mineral, suco, água de côco, coquetel, uísque 8 anos, vinho branco e tinto nacional, vodca, Campari, Martine, Bacardi, Licor, cachaça, drinks e espumante. O Canabrava conta com dois restaurantes: o 24

restaurante da Praia, que possui a estação de pizzas, crepes e buffet de petiscos variados, e o restaurante Encontro das Águas, com buffet de culinária regional e internacional. Não deixe de passar, à tarde, pelo Cantinho da Baiana, que oferece Acarajé e Tapioca. Uma delícia!

Hospedagem Atualmente, o resort conta com 174 acomodações, que estão divididas em 94 apartamentos, 54 chalés standard, 24 chalés de luxo e 4 suítes presidenciais. Todas as opções incluem Tv a Cabo LCD, ar condicionado Split, frigobar, telefone, cofre individual, secador de cabelos, internet wi-fi e varanda com rede.

Lazer Para entreter os hóspedes, o resort tem área de lazer com duas piscinas, jacuzzi, quadras de tênis, de peteca e de futebol, sauna seca, espaço fitness e aulas de hidroginástica. Ao lado da piscina principal pode-se fazer passeio de caiaque no lago. O resort oferece também serviços de massagens e salão de beleza, que são cobrados a parte.


A piscina é uma boa opção para se refrescar do sol forte da Bahia


Foto: Rafael Pimenta

A belíssima praia de Canabrava fica em frente ao resort

Famílias

Foto: Rafael Pimenta

Os pais que pretendem viajar com os filhos podem contar com o espaço das crianças e baby-copa. A programação infantil, que possui experientes monitores, inclui, dentre outras opções, Sinuca Beach, caça ao tesouro, caminhada ecológica e gincanas. As atividades vão das 10h às 22h, com intervalos para almoço e descanso. As crianças com menos de cinco anos só poderão participar da programação acompanhadas pelos pais ou por babás, que podem ser contratadas na recepção.

Baby Copa

Parquinho

26


O Cantinho da Baiana

Foto: Divulgação

Foto: Rafael Pimenta Foto: Divulgação

Piscina tamanho família

Duas quadras de tênis

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Foto: Shutterstock


Foto: Rafael Pimenta

O rio Jairi corta o resort

Negócios Foto: Divulgação

O Canabrava Convention Center é composto por cinco salas: Salão Jorge Amado, com capacidade para até 600 pessoas em auditório; Salão Gabriela, para até 250 pessoas; Salão Senzala, Nacib e Tieta, com capacidade para até 40 pessoas em auditório cada.

Salão de convenções

Novidades O resort está construindo 70 apartamentos em uma nova edificação e utiliza a tecnologia “Light Steel Frame”, que proporciona menor impacto ambiental e reduz os acidentes de trabalho. A construção tem cerca de 80% a menos de emissão de carbono que a construção convencional, além de emitir menos resíduos, chegando a menos de 1% em comparação com as tradicionais. A nova ala conta com um tipo de fundação que não deixa os resíduos de cimento contaminar o lençol freático, por ser totalmente impermeabilizado. O sistema de coleta de água da chuva também mantém o resort sustentável. Uma estação de tratamento de água e outra de tratamento de esgoto fazem parte do projeto. Todos os novos apartamentos terão placas de aquecimento solar e bloqueador de energia. 28


Programe bem a sua viagem Por que ir:

Onde comprar:

As lembranças da época do cacau continuam vivas no Centro Histórico, repleto de casarões e palacetes erguidos pelos barões em estilo neoclássico. Os antigos pontos de encontro dos ricos comerciantes também permanecem de pé, como o Bar Vesúvio e o Cabaré Bataclan, presentes nas obras do ilustre filho adotivo Jorge Amado. Em homenagem ao escritor, que tão bem retratou as belezas e as histórias da cidade, a residência onde passou a infância foi transformada em Casa de Cultura.

Mercado de artesanato de Ilhéus

O espaço oferece 71 lojas. Entre os destaques estão as camisetas pintadas a mão, as tapeçarias e as peças em crochê. Onde fica

Como chegar: De avião

Bahia

Há voos diários partindo das principais capitais do país. De carro

Salvador

Ilhéus

Vindo de Salvador – acesso pela BR-324 até a BR-101 (sentido Itabuna); BA-262 até Ilhéus. Vindo do Sul do país - acesso pela BR-101 até Itabuna; BR-415 até Ilhéus. Quem Leva: Quando ir: O clima é quente durante todo o ano, mas no período de inverno, entre maio e junho, chove bastante. No verão, há maior número de restaurantes, atrações e hotéis disponíveis.

Onde Comer: Acarajé da Judith - Há 23 anos no mesmo ponto, a barraca é

sucesso na cidade. Além de provar o quitute na hora, dá para levar a massa e fazer em casa. R. Cel. Pessoa (em frente ao número 51) (Pontal) Restaurante Marostica - Comida italiana.

Av. 2 de Julho, 966

Interpool Viagens Rua Rio Grande do Norte,1166 - Funcionários - BH - MG Tel: (31) 3194-7050 Pacote Entrada de R$ 992 + 9x R$ 277,00 Total á vista : R$ 3.485,00 Promoção crianças! Á partir de R$ 660,00 cada criança * Preço por pessoa em apartamento duplo incluindo: passagem aérea CNF/Ilhéus/CNF, traslados aeroporto/hotel/aeroporto, city tour Ilhéus e 7 noites de hospedagem em chalé standard, no sistema all inclusive. Não inclui taxa de embarque 29


AVIAÇÃO COMERCIAL

Como é voar de South African Airways: Relato de voo para Johanesburgo Um das principais companhias do continente africano, a South African Airways tem voos diretos entre São Paulo e Johannesburg, na África do Sul

No aeroporto O check-in em Cumbica, Guarulhos, foi um dos mais tranquilos que já fiz. Não havia mais de cinco pessoas na fila nas vezes em que passei em frente ao balcão da empresa. Por um minuto cheguei até a comemorar que o voo seria completamente vazio, mas os passageiros apareceram depois no embarque. Sabe-se lá por onde andaram no check-in.

O avião Voamos num A340-300, com capacidade para quase 300 passageiros. Foi o avião mais espaçoso em que já voei na classe econômica. As poltronas não só eram mais distantes umas das outras que o normal, como também davam a sensação de serem mais largas. Logo na chegada já havia sobre os assentos cobertores, fones de ouvido e foi distribuído um kit com tapa olho, escova, pasta de dente e meias.


AVIAÇÃO COMERCIAL

O voo A aeronave decolou pontualmente à 1h30 da manhã de Guarulhos e pousou um pouco antes do previsto, às 15h no horário local de Johannesburg. O voo tem duração de 8h30. Interessante que todos os avisos sonoros também eram dados em português. De forma geral, a viagem foi tranquila e pude dormir a maior parte do tempo. A aeronave contava com classe executiva e classe econômica. Essa última, com assentos na configuração 2 – 4 – 2. Chamou minha atenção que o banheiro, mesmo após tantas horas de voo, estava muito limpo. É possível fazer o upgrade para classe executiva no próprio aeroporto, com dinheiro ou milhas da South African. Se quiser usar milhas da Star Alliance, faça com antecedência.

Serviço de Bordo A tripulação é bastante sorridente e se esforçou para falar português com os brasileiros. Logo após a decolagem foram servidas bebidas, como refrigerante, água, suco, cerveja, vinhos (na garrafa de vidro), vodka, whisky etc. Em seguida nos foi oferecido o jantar. Havia duas opções: carne com purê ou frango com pasta. Ambos vinham acompanhados de salada, pão, bolacha, bolo e chocolate de sobremesa. Os talheres eram de metal, coisa cada vez mais rara.

Entretenimento Cada poltrona tem sua tela de LCD touch screen com diversos filmes, inclusive lançamentos, games, séries de TV e informações do voo. Uma pena foi que os títulos em português eram apenas dublados e se restringiam a filmes não tão novos. No bolsão das poltronas havia ainda uma revista (Sawubona, em inglês) e um catálogo de produtos vendidos no duty free do próprio avião.

Chegada O desembarque no moderno aeroporto de Johannesburg foi tranquilo. A passagem pela imigração demorou cerca de 40 minutos, portanto, nossas malas já estavam na esteira depois desses trâmites.

Conclusão Sem dúvida eu indicaria e voltaria a voar pela South Africa Airways. Achei todo o serviço ótimo, atencioso e confortável. E olha que eu estava na classe econômica! *Texto e fotos: Rafael Carvalho I blog: Esse Mundo é Nosso www.essemundoénosso.com.br 31


CAMINHOS DE MINAS

Ouro Preto: o tesouro do turismo mineiro A antiga Vila Rica atrai turistas do mundo todo Por Rafael Pimenta

C

onsiderada pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural

cidade e convidam os visitantes a subirem e descerem as suas ladeiras

da Humanidade há 30 anos, Ouro Preto é testemunha viva da

íngremes de pedras sem reclamar. Afinal, tudo vale a pena para quem quer

memória de Minas. É quase impossível passar pelas ruas dessa

conhecer a história pungente do período colonial brasileiro e o charme de

cidade sem experimentar a emoção de uma viagem no tempo, de uma

uma das cidades mais interessantes e épicas do Brasil.

volta ao passado, de homens como Joaquim da Silva Xavier, Mestre Manoel

Logo na chegada, o visitante se depara com a imponente Praça Tiradentes,

da Costa Ataíde e o incomparável Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

ponto central da cidade, onde se encontra o Museu da Inconfidência e o

Em Ouro Preto, nada passa batido pelos olhos contemplativos dos

monumento em homenagem a Tiradentes. Neste local, a cabeça do mártir

turistas, que chegam dos lugares mais distantes do mundo. A riqueza

da inconfidência, Joaquim José da Silva Xavier, foi exposta em 1792 e

arquitetônica revela casarões coloniais, com estilos e cores diferentes e

nunca mais foi encontrada.Seu paradeiro suscita muitas versões contadas

igrejas barrocas, como a do Pilar e a do Carmo, que estão espalhadas pela

pelos próprios moradores da cidade e historiadores.

Foto: Shutterstock

Vista panorâmica de Ouro Preto

Comece a sua visita com a igreja de São Francisco de Assis. Estudantes de história da arte e de arquitetura vão chegar ao êxtase com o lavabo em pedrasabão da sacristia e com o medalhão do santo dos animais na fachada, obras de Aleijadinho. O forro da nave, de Mestre Ataíde, é de uma arrebatadora inspiração. Na saída, cheque a feira de artesanatos no Largo de Coimbra, repleto de produtos esculpidos na onipresente pedra-sabão, incluindo panelas, cumbucas e esculturas. De lá, siga para o curioso Museu do Oratório e sua magnífica coleção de mais de 160 oratórios dos séculos 17 ao 20 e o Teatro Municipal, considerado o mais antigo do Brasil ainda em funcionamento. Alguns passos para o lado e você encontrará a bela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, um pouco menos ornamentada que suas irmãs, em estilo barroco-rococó. 32


Foto: Neno Vianna Barrocopress

Rua Direita, a principal de Ouro Preto


Foto: Shutterstock

Pausa para o almoço: ou você se rende à tríade arroz-tutu-couve (o que é tentador) ou tenta variar um pouco. Como estamos nesta parte da cidade, vamos à Casa do Ouvidor, na pirambeira da Rua Direita. Levemente lesado depois de se fartar com feijão tropeiro, linguiça e torresmos, vá queimar calorias caminhando até a Casa dos Contos. A antiga casa de pesagem e fundição de ouro era onde o quinto era recolhido.

O Museu da Inconfidência O Museu da Inconfidência funciona na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, e é, sem dúvida, um dos mais belos registros da construção civil da época colonial. Sua autoria é assinada pelo general Luis da Cunha Meneses, então governador da capitania de Minas Gerais, e por ele foi posto em execução a construção em um ritmo acelerado. Desejoso de ver a obra, terminada empregou métodos desumanos. Cerca de 500 detentos, transferidos da antiga cadeia foram aproveitados na construção, trabalhando de maneira forçada, em péssimas condições e de forma cruel.Os abusivos métodos empregados despertaram a indignação de Tomás Antônio Gonzaga, que expressou seus sentimentos na famosa “Cartas Chilenas”.

Igreja Nossa Senhora do Carmo

O término da obra se deu 70 anos após o início, e a fim de obter recursos para sua realização foi criada uma loteria com a autorização de Dona Maria, a rainha.No andar superior do edifício, funcionou a Câmara e no térreo a cadeia. No ano de 1907 teve seus desígnios modificados, tornando-se penitenciária estadual. Esta situação perdurou até o ano de 1938, quando o então presidente Getúlio Vargas, desejoso de criar um Panteão aos Heróis da Independência, criou o Museu da Inconfidência. Na ocasião, ele promoveu o repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes que morreram em solo africano, e que hoje se encontram em seu interior.

Foto: Neno Vianna Barrocopress

Fachada do Museu da Inconfidênica, na Praça Tiradentes

Atualmente, o museu conta com um vasto acervo de objetos de época e documentos históricos de grande relevância para a história nacional. Também se encontram peças relacionadas à Inconfidência, como objetos pessoais de Tiradentes, memorial aos Inconfidentes, recibos, comprovantes dos processos de contratação dos serviços de artistas como Aleijadinho, arte religiosa, artesanatos e mobiliário, que remontam o universo que permite ao visitante situar-se no ambiente que permeou o movimento de 1789. 34


Programe bem a sua viagem Como chegar: Onde fica De Belo Horizonte, pegue a BR-040 que leva ao trevo da BR-356, via de acesso a Ouro Preto. Quem vem do Rio ou de São Paulo, pode pegar a BR-040 sentido Belo Horizonte até Conselheiro Lafaiete. De lá, é só seguir pela MG-443 até a cidade. Quando ir: O outono e a primavera, sem os rigores do inverno e do verão. Em Pequim, no inverno, a temperatura pode ir a 15ºC negativos. E, no verão, quando a poluição se intensifica, aos 40ºC.

Minas Gerais Belo Horizonte Ouro Preto

Onde ficar: Solar do Rosário - Longe do agito, o charmoso casarão do século XIX mantém o estilo da época.R. Getúlio Vargas, 270, Largo do Rosário (Centro Histórico). Pousada do Mondengo - Largo de Coimbra, 38 (Centro Histórico) Onde Comer: Restaurante Casa dos Contos - R. Camilo de Brito, 21 (Centro Histórico). Comida regional. Instalado numa antiga senzala de uma casarão do século XVIII. As refeições são servidas em panelas de pedras e os doces caseiros em tachos de cobre.

Onde comprar: O material domina os souvenires da cidade. A feirinha no Largo de Coimbra, em frente à Igreja São Francisco de Assis, é uma boa opção para quem gosta de artesanato e os preços são baixos.

Escultura em Pedra Sabão

Foto: Neno Vianna Barrocopress

Restaurante O Passo - R. São José, 56 (Centro Histórico). Comida variada. Famoso pelas apresentações de jazz e MPB. Serve massas, carnes e pizzas.

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MODA PARA VIAGEM

Viajar nas cores é sempre uma boa pedida!

H

ora de colorir! A moda nunca foi tão democrática como nos tempos atuais e esse gosto de liberdade que temos na hora de montar um look nunca foi tão apurado. Já é passado pensarmos que o inverno é recheado de

cores sóbrias e o verão de cores fortes ou cítricas. Permita-se experimentar sem medo. Você verá que existem inúmeras possibilidades de combinações. Observe a natureza, ela é uma fonte inesgotável de inspiração e perfeição. Para quem faz moda, já estamos trabalhando o Verão/15 e suas hot trends. Pink, fúcsia, laranja, coral, vermelho e azul são as maiores apostas da estação e estiveram presentes nas passarelas da última edição do Minas Trend Preview, em Belo Horizonte. Já para quem consome moda, o nosso inverno ainda nem chegou, mas já deu suas caras com muitos acessórios em prata, correntes, cores e estampas, em especial as de bichos. Mas nada de sobriedade! Na hora de fazer as malas e embarcar na viagem que tanto espera, seguem algumas dicas de cores que amo e não têm erro: * Preto e Branco: além de remeter à estilista Coco Chanel, tanto nas roupas quan-

sas vidas e esse é o grande barato! Claro que sempre elegemos as peças-chave

to nos acessórios é um clássico desde sempre.

que amamos mais, pois sem elas os momentos em que acordamos com pouca ou

* Preto, Branco e Vermelho: é um trio que merece respeito por integrarem três

nenhuma criatividade não sobreviveriam.

clássicos da nossa cartela de cores. Chiquérrimo!

O dia a dia do armário é feito de itens coringa como um bom colar, brinco ou

* Off-white: está para o branco assim como o cinza está para o preto. É indispen-

pulseira, uma sapatilha bacana ou um salto colorido, um jeans ou uma camisa

sável e, na minha opinião, mais chique que o branco. Há quem também o chame

de manga.

de marfim e minha dica é jogá-lo com jeans, pois deixa o look ultra style. * Azul-marinho com preto: apesar de não ser a combinação que mais gosto, não

Pronto, agora é pensarmos menos no resultado e curtirmos mais o processo,

deixa de ser um clássico e o estilista Yves Saint Laurent colocou essa duplinha na

sem nunca desprezar um casaquinho, colete ou xale; uma roupa esportiva com

lista dos inusitados chiques.

sapato mais fino; um cinto; uma cor forte; um lenço estampado. As bijuterias estão deixando de ser complemento e se tornando peças principais dos looks, pois têm o

Além cores citadas acima, entram na listinha também o nude, as cores cítricas,

poder da versatilidade, além de serem ótimas para se levar numa viagem.

o amarelo e o dourado. Que tal uma estampa de onçinha com cores vivas? Sonhe a moda ao abrir seu armário, com certeza você irá se surpreender. Ao nos vestir,

Bon Voyage!

além de revelarmos nossa personalidade colocamos um pouco de poesia em nos-

Nina Maretti é designer da marca Papagalla e jornalista ninamaretti@gmail.com

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Você sabe que lugar é esse? Se você sabe que lugar é esse envie um e-mail para redação@conexaomagazine.com.br ou para a nossa página no facebook.com/conexaomagazine.Veja a resposta na próxima edição.

Resposta edição anterior: Porto de Galinhas


ENTREVISTA

AMYR KLINK

C

omandante de embarcações, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com

a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Casou-se em 1996 com Marina Bandeira, com quem tem as filhas gêmeas Tamara e Laura. Em 1983 termina a construção do seu primeiro barco: o I.A.T., com o qual, no ano seguinte, faria a primeira travessia solitária a remo do Atlântico Sul. A jornada de 3.700 milhas e 100 dias pelo Atlântico termina no dia 18 de setembro de 1984, na Bahia, e é retratada no best seller Cem Dias entre o Céu e o Mar. Em 1998, a bordo do Parati, inicia o Projeto Antártica 360 Graus, em que faz a circunavegação polar pela rota mais difícil. São 88 dias, 14 mil milhas

Foto: : Marina Klink

e mais um livro, Mar sem Fim.


CM: Como foi a sua iniciação no mundo náutico? Amyr Klink: O que percebi desde pequeno em Paraty é que a cidade recebia embarcações do mundo inteiro. Nos anos 60 e 70 houve uma febre de viajantes, principalmente de franceses que saíam para conhecer o mundo e passavam pelo Brasil, principalmente por Paraty, e o pessoal da cidade nunca se tocou disso. A minha primeira iniciação no mundo náutico foi perceber que esses barquinhos, normalmente construídos no quintal de casas na França, na Austrália, na Inglaterra, eram de grandes viajantes. Foi assim que eu comecei a me interessar pelo mundo dos barcos. CM: Você é economista formado pela USP. Como foi a decisão de abandonar a sua profissão e começar a viver da navegação? Amyr Klink: Na época eu acabei trabalhando num banco, no centro de São Paulo, mas não gostei. Mas estudar economia foi importante, mesmo sem me dar conta disso naquela época, porque eu terminei o curso sabendo o que eu não queria fazer. Não é fácil você se dedicar àquilo que gosta profissionalmente. Na época foi difícil, pois eu não tinha estabilidade econômica para me dedicar a construir barcos e a fazer viagens, que é o que eu gosto de fazer. Eu queria fazer o meu barco e foi um processo gradativo, que demorou muito tempo para se tornar realidade. CM: Teve alguém que te incentivou em seu interesse para a navegação? Amyr Klink: Não houve nenhuma influência familiar e nem de terceiros. O que me incentivou foram as leituras. Via os barcos chegando ou partindo em Paraty, conversava com os navegadores e ficava surpreso porque eles chegavam de muito longe, ficando muito tempo no mar. Esses contatos estimularam minhas leituras, que me abriram esse mundo. Sem querer, fui passando por um processo de educação náutica, que foi muito importante para mim.

com outros lugares. O terceiro prazer que eu tenho é o de criar os meios para navegar. Esse é o meu grande barato. CM: Você realizou a travessia do Oceano Atlântico a remo durante cem dias, em 1984. Qual foi o maior desafio nesse trajeto entre a África e o Brasil? Amyr Klink: Foi uma viagem épica, pois aconteceram muitas coisas. Mas o maior desafio da viagem foi a dificuldade contra o descrédito. Quando ficou pronto o barco e a coisa começou a se materializar, as pessoas próximas começaram a criticar e também surgiram os problemas burocráticos, como, por exemplo, a questão diplomática na Namíbia, de onde eu parti, e que na época era ocupada pela África do Sul. Além do dinheiro e o fato de a marinha não ter feito o registro do meu barco no Brasil. Então, o meu maior pesadelo não foi o Atlântico, pois eu sabia que se eu tivesse o barco ia remar e chegaria aqui. Eu não tinha dúvida disso. A experiência mais difícil não foi chegar ao Brasil, mas começar a viagem. CM: Você já foi dezenas de vezes para a Antártica. Qual o seu objetivo de ir lá e o que mais te atrai na região? Amyr Klink: É difícil explicar, todo mundo que vai para lá é “mordido por um bichinho” e quer voltar. Todos os exploradores da fase heroica arrumavam uma desculpa para voltarem. Eu gosto porque é um lugar onde você nunca vivencia a mesma experiência. Mesmo fazendo o mesmo roteiro, a cada ano, o cenário muda. É como se você fosse para uma espécie de Disneylândia, que é completamente diferente a cada ano. Mas, uma das coisas que me motiva a ir à Antártica todos os anos não é somente a beleza natural, mas sim a experiência humana. Apesar de parecer que você está isolado do mundo, você está em contato com todo tipo de gente: viajantes, contrabandistas, pesquisadores, exploradores, alpinistas. Ou seja, gente do mundo inteiro que, de certa forma, sentem-se iguais pela dificuldade do ambiente.

Amyr Klink: É uma experiência muito bacana entender o mar não como um obstáculo, mas como meio para você ir a outros lugares. Quando eu era pequeno tinha medo do mar, de me afogar, de ficar longe da costa e, aos poucos, fui perdendo esse medo. Então, um dos primeiros prazeres é estar no mar e o segundo é a conexão que o mar permite

Foto: Marina Klink

CM: Qual é o grande barato de navegar?


TURISMO DE LUXO

CIDADE DO CABO A ensolarada cidade da África do Sul une história, cultura e natureza, em meio a uma localização privilegiada, entre o mar e a montanha Por Flavio Geo Fotos: Flávio Géo

K

aapstad, a bela Cidade do Cabo, como é conhecida em africâner, é a capital legislativa da África do Sul, onde o Parlamento Nacional e muitos escritórios do governo estão

localizados. É ainda a porta de entrada para conhecermos a cultura africana, incluindo alguns famosos marcos, como a montanha da mesa, a praia dos pinguins e a ilha das focas. De lá é possível partir para curtas viagens e visitar as regiões vinícolas, as fazendas de avestruz e o famoso cabo da boa esperança. É o local de encontro dos oceanos Índico e Atlântico.

Safari no Kruger Park


A cidade vista do alto da Montanha da Mesa

Há muito que se fazer por lá, desde passear no bairro malaio, que tem casinhas coloridas e mesquitas, até visitar o Victoria & Alfred Waterfront, um sofisticado centro comercial construído na área de um dos portos mais chiques do mundo. Funcionam lojas de roupas de grife, joalherias, arte e artesanato, além de excelentes restaurantes. É do V&A , sigla do porto, que saem os barcos que fazem passeios para ver pinguins, baleias, tubarões e a Roben Island Museum: uma ilha localizada a meia hora de barco da Cidade do Cabo, usada há muitos séculos como prisão. Desde que os holandeses ocuparam a região, e mesmo após a chegada dos ingleses, a ilha serviu de prisão para chefes de tribos africanas que eram contra a colonização, para ladrões e para qualquer outro tipo de rebelde. No entanto, foi durante o Apartheid que ela ficou mais famosa. Para lá foram levados vários dos principais presos políticos do regime, dentre eles Nelson Mandela, que passou 18 anos preso e escreveu seu principal livro/ manifesto “The Long Walk to Freedom”. Atualmente, a ilha é um museu a

Ilha das focas

céu aberto que oferece tours guiados pelos antigos presos políticos. Uma das principais ruas do centro da Cidade do Cabo é a Long Street, A Table Mountain (montanha da mesa), que domina o horizonte, é a

conhecida pelo comércio popular e também pelo agito de seus bares e

assinatura da cidade. É um paredão que protege a cidade dos ventos vindos

restaurantes. Próximo a ela está o Greenmarket Square, um mercado

do ocidente. O cume da montanha fica a mais de 1000 metros de altitude,

popular de rua, com várias barracas espalhadas pela praça, que vendem,

no qual chegamos por um moderno teleférico. A montanha faz parte de um

basicamente, artesanato local, como pinturas, esculturas, ovos de avestruz

parque lindo e muito bem cuidado, como muitas coisas na África do Sul.

pintados, entre outras coisas. Outra rua de comércio bem conhecida é a

É, de verdade, imperdível! Mas, atenção: o parque não abre todos os dias,

Kloof Street, uma continuação da Long Street. O passeio pelo centro da

pois depende das condições climáticas para subir, mas, lá de baixo, você

cidade pode terminar com uma volta pelo bairro Bo-Kaap, que pertence a

consegue ter uma ideia se o tempo está bom. A vista é de tirar o fôlego.

comunidade muçulmana e é famoso pelas suas casinhas coloridas.

O Castle of Good Hope é o principal museu da cidade, localizado no

Entre os outros museus localizados no centro da cidade estão o District

edifício mais antigo da África do Sul, e foi construído pelos holandeses

Six Museum, o SA Museum e também a South African National Art Gallery.

em 1679. A área do museu abriga uma grande coleção que mostra como

Esta galeria nacional sul-africana pode ser acessada após uma caminhada

era o estilo de vida dos colonizadores da colônia do Cabo, com dezenas

pelo Company’s Gardens, um grande jardim que tem início na esquina da

de pinturas, artes decorativas, mobiliário, prataria, louças e muitos outros

Wale Street com a Adderley Street. A visita a esses museus vale a pena, pois

objetos utilizados antigamente.

são muito elaborados e remontam as histórias e vida cultural da região.

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No entorno da Cidade do Cabo Praia dos Pinguins: Boulders Beach é uma pequena praia na costa leste

monumentos que homenageiam a história local dos excelentes vinhos

ao sul da Península do Cabo e é muito famosa por ser o local que os pinguins

produzidos nessa área de renome mundial.

africanos escolheram para ser sua colônia reprodutiva. A observação dos pinguins pode ser feita na beira da praia, com acesso pago, ou por uma

Cabo da Boa Esperança: Em Cape Point há duas atrações principais

passarela no meio da mata, de forma gratuita.

a serem visitadas, a famosa placa do Cabo da Boa Esperança, que está localizada na beira da praia; e o farol, que fica no ponto extremo da

Ilha das focas: Em um curto passeio de barco se chega à ilha, que é

Península do Cabo.

um santuário para as focas. Milhares delas podem ser observadas em seu ambiente natural.

Praia de Camps Bay: Fica a poucos minutos da Table Mountain, com acesso pela continuação da M62, através da Camps Bay Drive. É uma

Fazenda de Gueopardos (Cheetas): Em um cativeiro muito bem

das praias mais badaladas da região, com diversos restaurantes, hotéis e

montado, ficamos sabendo detalhes da vida deste que é o mais veloz animal

mansões. É também uma das mais bonitas, pois está cercada de grandes

do mundo. Aproveite para poder tocar os filhotes.

montanhas, como a Lion’s Head, à direita, e a cadeia montanhosa Twelve Apostles, ao fundo. Camps Bay é um ótimo lugar para almoçar, curtir a

Vinícolas: Groot Constantia é a mais antiga da região, que se encontra numa

praia e também o agito noturno, principalmente no verão.

área considerada ”o berço do vinho sul-africano”. Lá, o visitante pode fazer um tour pelo processo de produção e, no final, aproveitar uma degustação de vinhos com o acompanhamento de um guia. Visitar Stellenbosch e Franschoek é uma oportunidade de provar os vinhos produzidos localmente. Com a sua magnífica beleza natural, sua rica herança cultural e os seus vinhos de renome mundial, a região de Winelands é sinônimo de tudo de melhor que o Cabo tem para oferecer. Com 45 minutos de carro da Cidade do Cabo, chega-se à Winelands, onde esplêndidas montanhas formam um ambiente ideal para as vinhas verdejantes e o alto padrão dos vinhos. Experimente a hospitalidade e a beleza de Stellenbosch, Paarl, Wellington, Franschhoek e Robertson, na Breede River Valley. Visite uma das muitas vinícolas e depois faça um passeio pela rua magnificamente restaurada em um dos centros das cidades históricas, onde se pode visitar museus e

O tradicional pulo do Flávio Géo, na Montanha da Mesa 42

Cabo da Boa Esperança


Vista de Camps Bay

Outros passeios: Uma viagem para a África do Sul é sempre associada à vida selvagem. Não por acaso: fazer um safári e ver bem de perto leões, elefantes, rinocerontes e outros grandes animais das savanas é uma experiência marcante, única, que se deve ter uma vez na vida. O melhor é que o país tem muito mais a oferecer. Com um curto voo é possível chegar em Kruger Park, um dos grandes parques nacionais para safáris. Victoria & Alfred Waterfront, ao fundo

Dicas dos Safáris Respeito e Segurança – em acampamentos e hospedagens de Safári. • Os animais selvagens não são como os encontrados em parques temáticos. Eles não são mansos. • A maioria dos acampamentos de safári não possuem cercas, os animais são perigosos e podem (e devem!) vaguear pelos campos. Muitos dos animais e répteis que você vai ver são potencialmente perigosos. Ataques de animais selvagens são raros. • Escute o pessoal do acampamento e os guias. As precauções de segurança precisam ser levadas a sério e devem ser rigorosamente cumpridas. • Não vá passeando sozinho sem um guia - mesmo para seus quartos. Após entrar no seu quarto durante a noite, não saia. • Observe os animais silenciosamente e com um mínimo de perturbação às suas atividades naturais. Falar alto em safáris pode assustar os animais e afastá-los. • Nunca tente atrair a atenção de um animal. Não imite sons de animais, não bata palmas, nem bata no veículo ou atire objetos. • Respeite seu motorista-guia sobre a proximidade com os leões, cheetas e leopardos. Não insista para que ele leve o veículo mais próximo para que possa obter uma melhor fotografia. Um veículo conduzido perto demais pode atrapalhar a caça dos animais ou causar o abandono de sua refeição. • Lixo jogado no chão pode engasgar ou envenenar os animais e aves, além de ser feio. • Nunca tente alimentar ou aproximar-se de qualquer animal em pé. Isto é especialmente importante perto de alojamentos ou em acampamentos onde os animais podem ter se acostumado aos visitantes humanos. • Não fume nos safáris. O mato seco africano inflama com muita facilidade e um incêndio pode matar os animais. Passeio em parques e reservas Caminha-se sempre que possível, o que é determinado muitas vezes pelo guia local e pelos regulamentos do país. A caminhada é de sua responsabilidade já que os passeios podem levá-lo perto de perigosos animais selvagens.


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Onde Ficar: Uma variedade grande de hotéis fazem da Cidade do Cabo um local privilegiado.

Hotel Capegrace

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Suíte hotel Cape Grace

West Quay Road Victoria & Alfred Waterfront Cape Town – South Africa Tel: +27 21 410 7100 www.capegrace.com

Hotel The Twelve Apostles Victoria Road, Camps Bay 8005, Cape Town, South Africa Tel: +27 (0) 21 437 9000 www.12apostleshotel.com

Onde comer: Restaurante Beluga

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Restaurante Nobu

Cozinha internacional, muito bacana. Tem um bar na entrada muito animado. Destaque para o caviar, uma das especialidades da casa.

Restaurante Nobu

Hotel The Twelve Apostles

44

Da mesma cadeia internacional japonesa, de propriedade do ator Robert de Niro, o restaurante é um dos melhores da cidade e fica dentro do seu luxuoso hotel One & Only, com decoração muito elegante. Vale a pena pedir o menu degustação, que vem harmonizado com vinhos.


IA LHA SA E E L A PR B M B . R A NA E EM A EMTRA RA OS I G R S LA REZ S S HO EIR SÉ QUE I C K I A C B M A DA E PE EC PO R A INA MEL MIN R C E SA TE À AÚD A O ÇÃO ICRO L M O S A O B MBA + S NTR ICA A M E R D PA A D CO SINE A CO RRAD RO D ANAL S CH E E NEI ES D I A R D MI ART V A O M A D O UN UT IJO F

E TAT O QU S E ID LE

DE A LID A QU AL OS M N CO NICIP65 A E D U DA ERM A DE NCIA I O Ê NT E INT ACIMFICI E IM IVR OAS DE V O MO SE L ESS COM Ã I N A S S PA RA PSOA IAIS OPI ÍVID PA PES SOC SUA A D D S DÊ E O E S Ã D RE IOU O CIAÇ ERAI CR EGO AS G N RE E MIN D Nos últimos três anos, a Assembleia criou novas medidas de austeridade e transparência, reduziu custos e melhorou a qualidade de vida dos cidadãos de todas as idades. Também investiu em mecanismos de aproximação com a população, para maior participação de todos, e trabalhou para diminuir as diferenças sociais no Estado. Isso porque a Assembleia de Minas é sua. É o poder e a voz do cidadão.

SAIBA MAIS EM ALMG.GOV.BR E NA TV ASSEMBLEIA. PARTICIPE. ACOMPANHE. DÊ SUA SUGESTÃO. Assista à TV Assembleia www.almg.gov.br Rua Rodrigues Caldas, 30 Belo Horizonte – (31) 2108 7800 @assembleiamg

assembleiademinas

ALMG

TO IA* E D R EC ORA IOS S TO IO-M LÁR O A V XÍL S O º D AU 15 FIM DO 4º E DOS TRA 1 A FIM DO EPUT A EX FIMOS D HOR D DA M FI *Deputados com imóvel na RMBH.


ENOTURISMO

Os vinhos de Paris

Q

uando se fala da cidade de Paris, nada é mais natural do que

4. AOC Beaujolais Supérior, reservada aos vinhos que possuírem maior con-

se lembrar de pontos turísticos famosos, como a Torre Eiffel, o

centração alcoólica (1% a mais), sendo bastante raros.

Arco do Triunfo e o Museu do Louvre. Na verdade, poderíamos

citar outras centenas de locais inesquecíveis para desfrutar os encantos

Os produtores das regiões menos nobres de Beaujolais desenvolveram

da “Cidade-Luz”, mas por ser sinônimo de bom gosto é impossível não

um método rápido de produção para seus vinhos da cepa Gamay, de tal

citar os bons vinhos de Paris e, de preferência, onde se pode tomá-los sem

forma que podiam vendê-los dois ou três meses após a colheita. O período

esvaziarmos nossos bolsos.

de maturação em barris de carvalho foi praticamente eliminado e o engarrafamento se fez logo após a fermentação. A suave uva Gamay se prestou

Pois bem, sabemos que Paris não produz vinhos e os importa das diver-

perfeitamente a isso, pois seus cachos eram levados diretamente aos gran-

sas regiões da França. Existem milhares de rótulos disponíveis, mas, curio-

des tonéis de fermentação, sem que fossem esmagadas mecanicamente.

samente, um só deles tomou o nome de “Vinho de Paris”. No entanto,

O próprio peso se encarregava de estourar os bagos na parte inferior do

entre tantas possibilidades de vinhos formidáveis, trata-se de um vinho me-

tonel. O tempo de contato do suco com as cascas foi minimizado. Os tani-

diano. Ele é o Beaujolais Nouveau. E qual é o motivo para tanto? Vamos lá.

nos eram minimamente transferidos ao mosto, resultando um vinho claro

de razoável teor alcoólico, bem leve e pouco duradouro. A vinificação se A atividade comercial dos vinicultores é prejudicada pelo fato de recebe-

desenvolvia durante os meses de setembro e outubro, sendo colocado à

rem o pagamento de seus vinhos mais de um ano depois da produção, pois

venda na terceira quinta-feira de novembro.

devem mantê-los em guarda por um período de amadurecimento que pode

chegar a três anos. Como maior centro consumidor de vinhos da França, Pa-

Acondicionados em pequenas barricas, os vinhos eram vendidos e, ime-

ris sempre foi o principal alvo das vendas. Assim, era mesmo de se esperar

diatamente, levados à Paris. Leves e baratos, eles eram ideais para serem

que muitos produtores procurassem antecipar seu faturamento, seja atra-

consumidos ao ar livre nas calçadas das brasseries, durante as frescas tardes

vés de um processo mais rápido de amadurecimento dos vinhos, ou pela

do outono. Cada vez mais populares, passaram a ser denominados Vinhos

venda antecipada das safras vindouras (os conhecidos “vins em primeur”,

de Paris. Para não serem confundidos com os tradicionais vinhos Beaujolais,

geralmente os Grands Vins).

os produtores foram obrigados a denominá-los de Beaujolais Nouveau.

A região do Pays Beaujolais, que pertence administrativamente ao De-

Com o passar dos anos, ficaram famosos e desejados em todo o mundo.

partamento do Rhône-Alpes (Lyon é a capital), vinicolamente está subor-

Apoiados por um formidável projeto de marketing, eles adquiriram perso-

dinada ao Departamento da Borgonha (Dijon é a capital). Produtora quase

nalidade própria e alto preço que, a meu ver, é incompatível com esses cal-

que exclusiva de vinhos da cepa Gamay Noir au Jus Blanc, bastante leve,

dos modestos, que três meses antes ainda estavam pendurados aos cachos

atualmente nada tem a ver com a Borgonha vinícola. Aliás, tenta se livrar

de suas videiras. Reconheço, no entanto, que o que vale é a alegria da festa.

da centenária subordinação há anos. A classificação oficial de seus vinhos se divide em quatro denominações:

O tempo de vida dos Beaujolais Nouveau é de seis a oito meses. De maneira geral, são encontrados nas simpáticas brasseries e restaurantes de

1. AOC Crus Beaujolais, reservada a dez comunas específicas, referindo-se

Paris. Tive a oportunidade de conhecer algumas charmosas em Paris, entre

aos grandes vinhos de Beaujolais produzidos na região mais nortista: Brou-

dezenas, onde pode-se tomar bons vinhos de toda a França. Em ordem

illy, Chénas, Chiroubles, Cote de Brouilly, Fleurie, Juliénas, Morgon, Moulin

alfabética, são eles: Au Pied de Couchon, Benoît, Bofinger, Brasserie Julien,

à Vent, Régnié, Saint Amour.

La Coupole, La Lorraine, Le Grand Café Capucines, Le Petit Zinc, Le Soufflé,

2. AOC Beaujolais (mais nome da comuna), reservada a 38 comunas.

Les Philosophes e Terminus Nord.

3. AOC Beaujolais Villages, destinada a estas 38 comunas e mais três regi-

Vale e pena conferir!

ões geográficas bem definidas. Luiz Octávio é engenheiro, escritor, enófilo e Chevalier do tastevin da Borgonha. luizoctaviobarcellos.wordpress.com 46


Divulgação

Brasserie Julien


ANA GUSMÃO

Valorosas, ligeiras e recompensadoras

Q

uando pensamos em viagens nos programamos para longas

problema da carteira assinada. O lapso do monótono pode sugerir que

distâncias, para muito tempo fora de casa, férias do trabalho,

a dor de cabeça nem sempre tem motivos físicos e, como por milagre

amnésia do cachorro do vizinho e esquema com amigos para

da felicidade, evaporar qualquer incômodo do encéfalo sem vestígio do

colocar água nas plantas. Mas nem todas as saídas são extensas

mais ágil medicamento. A terapêutica pode ser a retomada do simples

(e nem precisam ser). Estou aqui hoje para defender outro tipo de

ato de sorrir. Por sinal, ato bem ligeiro esse.

viagem - as de curtíssima duração. Aquelas do tipo que se acorda em um domingo e já pela manhã só se tem uma certeza: preciso sair da

Acho que podemos mudar os nossos parâmetros de gratificação.

cidade, pegar o carro e dirigir por uma hora, ver a estrada, sentir a

Se temos desejo elevado de reconhecimento raramente iremos ficar

diversidade da paisagem do nosso país. Uma volta, um almoço, um

satisfeitos. Por outro lado, se um prato feito pela mãe especialmente

café e o retorno em quatro ou cinco horas podem assegurar fôlego

para nós já é uma recompensa, seremos presenteados várias vezes

para mais uma semana de rotina. Subir uma serra, vagarosamente, com direito a parar em pontos estratégicos para fotografias deveria ser uma atividade obrigatória para todos os habitantes dessas Gerais. Aqui, o aspecto a ser destacado é o valor de cada detalhe. A dificuldade em ressaltar aquilo que

por dia. Um agradecimento gera uma

“O fim de semana tem o

oferta de carinho, que levará a um

tamanho que a gente quer. O perto e o longe tem o tamanho que a gente quer. Viajar tem o tamanho que a gente quer.”

reconhecimento e, assim,

nos é muito próximo é potencializada pelo

presente amistoso, que criará outro

o movimento invadirá as horas transformadas em doces pitangas vermelhas, delicadas e singulares nas formas e gostos. Conhecer o novo a

ritmo e pela exigência dos nossos padrões

todo o momento é recolocar-se no

capitalistas, nos quais a exploração está estritamente ligada com

mundo com o primordial espanto do existir. É recompensador sentir

o descarte. O valor não existe por si só, ele tem que ser rebordado

a liberdade.

quadro por quadro. O fim de semana tem o tamanho que a gente quer. O perto e o A maioria dos trabalhadores assalariados (ou seja: quase todo

longe tem o tamanho que a gente quer. Viajar tem o tamanho que a

mundo!) só tem férias uma vez por ano, e aos feriados nem sempre

gente quer. Não medimos a grandeza de uma viagem pelo número de

se tem ânimo para enfrentar todos os problemas ocasionados pela

quilômetros que andamos. Nem pela quantidade de dias que por lá

superpopulação mundial, conjugados com a falta de estrutura do

ficamos. Perder a mágica do “pulinho ali do lado”, do “volto já”, do

espaço público brasileiro. Mas viajar apenas uma vez por ano? Loucura!

“fechado para almoço” é privar-se da sobremesa implícita no habitual.

Sendo assim, a rapidez desses pequenos deslocamentos resolve o

Breve, perto, veloz. Tipicamente humano; demasiadamente humano.

Ana Gusmão é jornalista, atriz, produtora cultural e diretora de teatro ana_gusmao@hotmail.com

48


EVENTOS A rede espanhola Iberostar contemplou mais uma vez a operadora de turismo Interpool Viagens com o troféu Iberostar Estrellas. O evento foi realizado a bordo do navio hotel Grand Amazon, em Manaus, e o objetivo da cerimônia é premiar os agentes de viagens que mais comercializaram os produtos da rede hoteleira no ano. A Interpool Viagens foi agraciada no produto Iberostar Grand Amazon e o troféu foi recebido pelo diretor Paulo Testa.

Ganhadores do prêmio Estrellas reunidos

Paulinho Testa, diretor da Interpool Viagens, foi contemplado com mais um prêmio Estrellas

WTM Latin America 2014

A operadora Flytour Viagens marcou presença no evento

Luxo e requinte no estande da companhia aérea Etihad

O Supervisor comercial do Resort Canabrava, Celso Brito

Workshop sobre a Costa Rica em BH reuniu agentes de viagens, no hotel Mercure

Estandes de vários países se espalharam pela feira

O diretor da SS Viagens, Alfredo Savi, foi sorteado e ganhou uma viagem para a Costa Rica. Á dir; Leandra Chagas (Avianca)


CHECK-IN

Informações úteis para você planejar a sua viagem Como tirar o passaporte O passaporte tem agora a cor azul, não mais a verde, e contém mais itens de segurança. Houve uma mudança importante no procedimento: agora é preciso preencher uma solicitação no site dpf.gov.br, imprimir a guia de Recolhimento da União gerada ao final, pagar em um banco R$ 156,07 e agendar no mesmo site o atendimento em um dos postos da

Aeroportos de Belo Horizonte Tancredo neves (Confins) Tel.: (31)3689-2700 Pampulha Tel.: (31)3490-2001

Transporte Rodoviário - Conexão Aeroporto Av. Álvares Cabral - 387 –Tel.: (31)3224-1002 Aeroporto Internacional Tancredo Neves Tel.(31)3689-2415

Informações sobre vistos País

Telefone

Austrália

(61) 3223-7772

Bulgária

(61) 3223-6193

Canadá

(11) 5509-4343

China

(11) 3082-9877

Estados Unidos

(11) 5186-7000

Japão

(21) 3461-9595

México

(61) 3204-5200

Fusos horários em relação a Brasília

www.conexaoaeroporto.com.br

Companhias aéreas País

Polícia Federal. A documentação exigida continua a mesma, com a diferença de que não é preciso mais levar fotos, pois elas são feitas na hora. O andamento do pedido pode ser acompanhado pelo site dpf.gov.br. Para saber a relação de documentos a apresentar, consulte o mesmo site.

Cidade

Hora

Amsterdã

+4

Atenas

+5

Telefone

Site

Aerolíneas Argentinas

0800-707-3313

aerolineas.com.ar

Berlin

+4

Aeroméxico

(11) 3253-3888

aeromexico.com

Bruxelas

+4

Air Canada

(11) 3254-6630

aircanada.com.br

Buenos Aires

-1

Air France

(11) 4003-9955

airfrance.com.br

Cidade do México

-3

Alitália

(11) 3191-8706

alitalia.com.br

Havana

-2

American Airlines

0300-789-7778

aa.com.br

Istambul

+5

Avianca

0800-891-8669

avianca.com.br

Jerusalém

+4

British Airways

(11) 4004-4440

british-airways.com

Johanesburgo

+4

Continental Airlines

0800-702-7500

continental.com

Lima

-3

Copa Airlines

(11) 3549-2672

copaair.com

Lisboa

+3

Delta Airlines

(11) 4003-2121

delta.com

Londres

+3

Emirates

(11) 5503-5000

emirates.com/br

Los Angeles

-5

Gol

0800-704-0465

voegol.com.br

Madri

+4

Iberia

(11) 3218-7140

iberia.com

Miami

-2

KLM

(11) 3049-000

klmbrasil.com.br

Moscow

+6

LAN

0800-761-0056

lan.com.br

Nova York

-2

TAM

(11) 4002-5700

tam.com.br

Paris

+4

Trip

0300-789-8747

voetrip.com.br

Santiago

-1

50 42

United

(11) 3145-4200

united.com.br

Tóquio

+11

Webjet

0300-210-1234

voewebjet.co.br

Sydney

+13

TAP

(011) 2131-1200

flytap.com.br

Viena

+4



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