Ano 2 • nº 6 • janeiro / fevereiro 2012 • R$ 8,90
Peru
A revista que viaja com o leitor
Fizemos uma viagem ao “fim do mundo” !
História, cultura e gastronomia no país dos Incas
Um Um cruzeiro cruzeiro pela pela Amazônia Amazônia com com conforto conforto All-Inclusive All-Inclusive no no
Iberostar Grand Amazon E mais: As 10 melhores cidades do mundo para pedalar
Ao leitor, Ano novo, vida nova! a revista Conexão Magazine traz em sua primeira edição do ano uma matéria de capa sobre o Peru. Fomos conferir em loco para você, caro leitor, e questionamos o porquê cada vez mais turistas estarem desembarcando por lá e, descobrimos um país encantador, diferente, autêntico e cheio de histórias. Por lá, uma mistura de cores, sabores, sotaques e sensações que envolvem a todos que optam pelas terras dos Incas. Como se não fosse o bastante, seguimos para Manaus e embarcamos no luxuoso navio Iberostar Grand Amazon, navegando durante 3 dias pelo rio Solimões, que nasce lá mesmo, no Peru, e, se encontra com o rio Negro formando o famoso Encontro das Águas. Enfrentamos o calor tropical, quando entramos floresta adentro e nos surpreendemos com a beleza da natureza amazônica. Mas, como adoramos compartilhar com vocês as nossas experiências e mostrar as belezas turísticas dos lugares, nos encantamos também com a cidade de Mariana, a primeira capital mineira, que preserva ainda sinais da época colonial, com casarões típicos, igrejas barrocas e ruas de pedras antigas. Tudo isso pertinho de BH, um bom passeio para um final de semana! Contamos ainda, mais uma vez, com a colaboração da viajante profissional Lícia Mesquita, que resolveu um dia conhecer a neve e foi sozinha para Ushuaia, um dos lugares mais frios e distantes do planeta, conhecido como, “O fim do Mundo”. E mais, apontamentos autoreferentes da jornalista, atriz e produtora Ana Gusmão de uma viajante solitária.Então leia e se apaixone pelos textos da Ana.Valerá a pena... Ah! e ainda tem notícias sobre aviação, dicas de lugares para pedalar pelo mundo e um roteiro cultural de primeira, sem contar com a coluna do chef Beto Haddad sobre gastronomia.
Expediente Revista conexão Magazine é uma publicação da CM Editora Editor-chefe e Jornalista Responsável: Rafael Pimenta / MTb: 11445/MG rafaelpimenta@conexaomagazine.com.br Colaboradora: Lícia Mesquita Diretor Comercial: Glauco Pimenta comercial@conexaomagazine.com.br Colunistas: Beto Haddad / Ana Gusmão Foto Capa: Machu Picchu - Dreamstime Tratamento de imagens: Ulisses Mello Fotos: Shutterstock / Dreamstime / Rafael Pimenta / Biscoito Fino / Paris Filmes / Sony Pictures / Editora Objetiva / Egom assessoria / Paulo Laborne / Sony Music / Airbus / TRIP / Lícia Mesquita Revisão: Madalena Soares Impressão: Gráfica Del Rey Tiragem: 10.000 exemplares Siga-nos pelo Twiter: www.twitter.com / conexaomagazine Facebook: conexaomagazine Endereço: Rua Hidra, nº 335, Santa Lúcia CEP: 30360-300, Belo Horizonte/MG (31) 3646-6728 Fale com a Revista Conexão Escreva a sua sugestão, opinião ou crítica para redacao@conexaomagazine.com.br
Divirta-se!
Rafael Pimenta Editor-chefe
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Conexão Magazine
pág. 54
CD Ana Carolina
Lima e Machu Picchu
Mariana
pág. 51
Roteiro cultural
pág. 42
Caminhos de Minas
Iberostar Grand Amazon
pág. 36
Cruzeiro Amazônia
Uma viagem ao fim do mundo
pág. 32
Pelo Mundo Afora
TACA apresenta lucro no ano de 2011
pág. 30
Aviação Comerciai
Thailândia reabre parque de elefantes
23 pág. 32
Fique por dentro
Peru
10 melhores cidades para pedalar no mundo
pág. 8
Guia de Viagem
Fotos dos leitores pelo mundo
Álbum de fotografia
Sumário
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Descubra o lugar... Essa cidade possui um rica história e fortes tradições políticas e culturais. No seu centro existe uma praça famosa que é o seu cartão postal.Que país é esse e que cidade é essa? Se você sabe, envie um e-mail para redação@conexaomagazine.com.br e fique sabendo na próxima edição...
Foto: Dreamstime
Resposta da edição anterior “Onde será?”: Praga, República Tcheca
ÁLBUM DE FOTOGRAFIA
Fotos dos leitores que viajam pelo mundo
Chile Luciano Werneck, Belo Horizonte (MG), aproveitou a temporada de neve do ano passado e nos enviou essa foto fazendo uma manobra de snowboard, em Vale Nevado, no Chile.
Fernando de Noronha Ricardo Garcia, Belo Horizonte (MG),viajou para Fernando de Noronha (PE) e ficou encantado com a natureza do arquipélago.
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Rio de Janeiro Polyanna Zampiroli, Vitória (ES), foi ao Rio de Janeiro e aproveitou o dia de sol para visitar um dos monumentos mais famosos do mundo, o Cristo Redentor.
Áustria Jussiane Ramos, de Salador (BA), passeou pelo interior da Áustria e posou para uma foto num pequeno vilarejo perto de Viena
Minas Gerais
Mande as suas imagens para redacao@conexaomagazine.com.br.
Bernardo Trindade e o filho João Gabriel, de Belo Horizonte (MG), visitaram a Serra do Cipó (MG) e tiraram uma foto sobre a famosa escultura do Juquinha, parada obrigatória para quem visita o local.
Não se esqueça: ao enviar a informação para a redação, informe o(s) nome(s) completo e a cidade onde você mora.
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eXTERIOR
Peru
mucho gusto! Por: Rafael Pimenta
P
assado glorioso e presente admirável. Os Incas deixaram importante e vasto legado de construções magníficas e riquíssima
cultura, ainda hoje muito bem preservada por seus descendentes, no Peru do século XXI. Tendo seu território dividido basicamente em três zonas;
litoral, Cordilheira dos Andes e selva amazônica. O Peru é um país singular que reserva ao turista a beleza de seus vulcões e picos nevados, os mistérios ligados às histórias de suas civilizações précolombianas e o encanto de sua gente.
Nas edificações do centro histórico de Lima há muitíssimos balcões da época republicana que outorgam uma característica muito singular à cidade
Comecei esta minha viagem em São Paulo, com destino a
Foto: Rafael Pimenta
Lima, capital do Peru, e uma das melhores opções aéreas é pela TACA Airlines. O bom atendimento dos comissãrios é um dos destaques da companhia aérea peruana.Após algumas horas de voo e já estavamos sobrevoando a Cordilheira dos Andes, numa visão mágica.Uma paisagem esculpida por montanhas e picos cobertos de neve saltavam-me aos olhos. Jà em Lima, a primeira impressão foi a de um trânsito confuso e barulhento. Boa parte da bagunça deve-se aos taxistas, que buzinam ao mesmo tempo na caça aos passageiros, e os microônibus, cujos cobradores berram o itinerário pelo caminho. Com tudo isso, a primeira impressão de Lima tendese a não ser muito boa. Mas é só dar uma chance à cidade, que esse sentimento logo se desfaz. A melhor forma de transporte são os táxis, que apesar de não terem taxímetro, são baratos.
A maior parte do voo para o Peru é sobre a paisagem deslumbrante dos Andes
A cidade dos Reis 18 de janeiro de 1535 com o nome em espanhol de Ciudad
em geral para Cusco, para ver Machu Picchu. Mas a capital não
de los Reyes (Cidade dos Reis).A primeira coisa que fiz ao
deve passar batida.Lima é a capital e a maior cidade do Peru,
chegar foi deixar as malas no hotel e andar pelo bairro de
possui aproximadamente 9 milhões de habitantes e um estilo
Miraflores, um dos 43 distritos da provincia de Lima. Lá estão
singular. É uma cidade cosmopolita, e em crescimento constante,
localizados 80% dos hóteis da cidade e é considerado um dos
mas que ao mesmo tempo, sabe manter a riqueza do seu Centro
bairros mais valorizados e charmosos de Lima. Bem arborizado,
Histórico, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela
possui parques repletos de flores - que justificam o nome do
UNESCO. É uma área encantadora, rodeada de monumentos
bairro. Não deixe de visitar o shopping Larcomar, construído
artísticos incomparáveis. Foi fundada por Francisco Pizarro em
ao ar livre numa encosta de frente para o Pacífico, de onde se
Foto: Dreamstime
Muita gente que viaja para o Peru não passa por Lima. Segue,
Um dos bairros mais charmosos de Lima, Miraflores, está para a cidade assim como Ipanema está para o Rio Conexão Magazine
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Peru pode ter uma vista magnífica do pôr do sol nos fins de tarde. O centro comercial, reúne locais e turistas interessados em compras ou nos vários bares e restaurantes estrategicamente posicionados de frente para o mar. O grande barato do lugar é observar os coloridos paragliders que sobrevoam a região costeira. Ao olhar para baixo dali, é impossível não avistar o restaurante La Rosa Náutica, construção ao estilo inglês. Para os que adoram compras, uma dica também é o Jockey Plaza em Monterrico e a loja Saga Falabella, na Plaza San Martin, onde se encontra de tudo. No centro de Miraflores fica também Huaca Pucllana (http://pucllana.perucultural.org.pe), um sítio arqueológico que deve ser visitado por quem passa pela cidade, pois foi um dos Centros Cerimoniais Administrativos mais importantes da cultura chamada Lima (pré inca), uma sociedade que se desenvolveu na Costa Central do Perú entre os anos 200 e 700 D.c. Não deixe de visitar também à noite, o Parque Mágico da complexo de fontes do mundo e um espetáculo á parte. O Circuito conta com treze fontes iluminadas com jatos dágua. O passeio vale a pena!
Foto: Rafael Pimenta
Águas, que está localizado no Parque de la Reserva. É o maior
O Shopping Larcomar é um verdadeiro complexo de entretenimento a céu aberto
O segundo bairro de Lima que conheci foi o boêmio distrito de Barranco, lar de casas de veraneio, do tempo colonial e onde vive o escritor Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010. Difícl não se deixar seduzir pela seu ar boêmio, bares, restaurantes e o charme dos seus casarões antigos. Não deixe de cumprir por lá um típico ritual: prenda a respiração, atravesse a ponte do suspiros e , em seguida, faça um pedido. Ali rola a peña, ritmo criollo muito dançado nos bailes da cidade, tão querida pelos peruanos quanto o samba pelos brasileiros. Jovens, gringos e intelectuais se reúnem nos barzinhos ao redor da Plaza Municipal. As festas mais famosas são as do Rústica Costa Verde, com pistas de dança sempre lotadas. Se você gosta da noite, música, gente bonita e descolada, o Ayahuasca bar é o lugar certo! (Av. Prolongación San Martim 130). Não deixe de tomar a bebida preferida dos peruanos, um refrescante Chilcano!! Típica arquitetura colonial do distrito boêmio de Barranco
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Foto: Dreamstime
Plaza de Armas
Acima, o Palácio Arcebispal , com os seus belíssimos entalhes de madeira é um dos ediifíos que circundam a Plaza de Armas
A Plaza Mayor ou de armas deixa bem clara a importância que o Peru tinha para a Coroa Espanhola –
é
uma
praça
enorme,
belíssima,
rodeada
por
palácios e igrejas, cada um mais lindo do que o outro. Trata-se do local mais importante do centro histórico de Lima, que, ao longo dos anos, foi testemunha do que de mais marcante teve lugar na cidade. Um dos aspectos que caracteriza esta praça é simplesmente a essência crioula que demonstra em cada elemento que a compõe. Nela reluz uma fonte de bronze que coroa o Anjo da Fama, aquele que em sua mão direita leva uma bandeira com as armas da cidade e as do rei, enquanto que segura um clarim com a esquerda. Foi ainda, o local onde tiveram lugar as festividades quando da chegada de novos Vice-Reis, as celebrações relacionadas Foto: Dreamstime
com a vida política e religiosa do Vice-Reino, e a proclamação da independência do Peru, feita pelo General José de San Martin em 28 de Julho de 1821, ou seja, tudo que de mais significativo aconteceu em Lima, teve lugar nesse espaço. É na Catedral de Lima que se encontra o túmulo do colonizador espanhol Francisco Pizarro
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Peru
Convento de Santo Domingo à categoria de Basílica. Em seu interior se encontra a imagem
cinco séculos para a construção da igreja e do convento, que teve
do Altar dos Santos Peruanos, o qual é visitado anualmente por
início nos primórdios de Lima e término no final do século 19. O
milhares de fiéis peruanos e estrangeiros. No lugar também foi
convento de Santo Rosário também conhecido como Convento
fundada, em 1551, a Universidade de San Marcos, a primeira
de Santo Domingo de Lima é formado por uma sucessão de
da América do Sul. Sua igreja abriga o altar de San Martín de
abóbadas de claustro e pátios adornados com azulejos sevilhanos.
Porres, o primeiro santo católico negro. 0 Monastério abrigou
Sua sala capitular é estilo barroco. O templo da Nossa Senhora
cerca de 50 monges franciscanos por mais de 100 anos desde
do Rosário (nome original da igreja) foi elevado, nos anos 30,
a sua construção.
Foto: Rafael Pimenta
Vale uma visita a esse local onde foram necessários quase
É um complexo arquitetônico monumental do século XVIII, que compreende, além da basílica e do convento, a Igreja da Soledade e a Capela do Milagre
Pachacamac Foto: Rafael Pimenta
Foi de frente para o mar que se levantou um dos mais importantes centros cerimoniais do Peru Antigo, A construção do lugar de culto ao deus Pachacamac, o criador do mundo, foi atribuída à cultura lima, que ocupou a região da costa limenha durante os séculos 5 e 8DC. Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, o complexo arqueológico exibe palácios, praças e templos cuidadosamente restaurados e um museu, onde se encontram as peças achadas durante suas escavações. Pachacámac (do quéchua Pacha Kamaq, “Que dá Vida ao Mundo”) foi o nome dado pelos incas à divindade suprema da cultura Ichma. www.pachacamac.net
O sítio arqueológico era um cerimonial do Peru Antigo
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Foto: Dreamstime
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Gastronomia
À esq., o Ceviche, o prato principal Peruano é baseado em peixe cru marinado em suco de limão, á dir., a bebida mais tradcional do país o Pisco Sour
Ah... não poderia deixar de falar da comida e das bebidas peruanas! A culinária peruana é como quase todas as cozinhas de países que foram colonizados por europeus: uma combinação de influências indígenas, européias, africanas e asiáticas. Pratos que tiram o máximo de todos os sabores. E não precisa ir a restaurante chique para conferir. A receita é complexa. Pegue uma variedade enorme de ingredientes, disponível graças ao rico terreno - das 104 zonas biológicas que há no mundo, o Peru reúne em seu território 80 delas. Adicione receitas de antes da colonização, vindas dos incas, que, por sua vez, já haviam herdado conhecimentos de outros povos. Junte novos ingredientes e novos preparos trazidos pelo colonizador espanhol. Sem se esquecer dos negros, também trazidos nos navios europeus. Deixe descansar os ingredientes de um dia para outro. Então junte as influências dos que chegaram bem depois: os chineses e os japoneses. Dissecando um pouco essa receita: os incas legaram ao cardápio peruano as batatas, as pimentas e o hábito de consumir a carne da alpaca e do cuy - espécie de porquinhoda-índia. Há pratos que são preparados hoje da mesma forma que eram feitos antes da chegada dos espanhóis, como a carapulcra - cozido de carnes com batata seca e temperos- e a
pachamanka -prato ritual, em que inúmeras carnes e vegetais são cozidos em um buraco na terra com pedras quentes. Então, quando chegaram os espanhóis, trazendo arroz, galinha, uva, azeitona e laticínios, surgiram pratos como o ají de galinha -feito com pão velho, leite, pedaços de frango, queijo e várias pimentas, uma espécie de fricassê de frango invocado e as papas a la huancaína - entrada em que as batatas são cobertas por um molho que tem queijo como base.Depois da independência do Peru, vieram outras ondas de imigrantes que ainda seriam definitivas para a variedade dessa cozinha. Primeiro foram os chineses, que ensinaram aos locais técnicas de fritura, que deram origem a receitas como o lomo salteado, carne que tem cara e jeito de prato da China. Depois chegaram os japoneses e convidaram os peruanos a voltar os olhos para o Pacífico, resgatando frutos do mar. Foi então que foi criado o ceviche, comissão de frente da cozinha peruana. Mas o peixe cru cozido no limão ocupa apenas uma fração da cozinha peruana, que cede muito espaço para receitas que têm como base batatas e milhos -os deliciosos tamales, que lembram uma pamonha, aparecem doces no café e salgados no resto do dia. As batatas vêm ao prato fritas, cozidas e desidratadas, servem de base para molhos e surgem como purês em entradas frias e aos pedaços em cozidos substanciosos.
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Peru
Foto: Rafael Pimenta
Vista panorâmica de Cuzco, situada nos Andes peruanos. Antiga capital do Império Inca
Becos e Vielas de Cuzco ainda preservam detalhes da civilização Inca
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Cuzco
Cuzco, ou C’osqo, que significa no idioma quéchua, o centro do universo, foi a capital do império Inca e é o ponto de partida, para quem vai visitar Machu Picchu e o Vale Sagrado. A cidade lembra um pouco a nossa Ouro Preto, com suas ruas estreitas, igrejas barrocas e casarões históricos. Foram séculos talhando cada detalhe gracioso que hoje é desfrutado por estrangeiros de todas as partes do mundo. Tudo começou com a topografia. Acidentada, a cidade tem inúmeras ladeiras. Cenário desenhado, vieram então os incas e construíram ali a capital de seu império. Em 1532, quando os espanhóis chegaram ao Peru, Cuzco era uma cidade prospera e centro de um dos maiores impérios do mundo. Porém, a cidade foi quase toda destruída pelos espanhóis, que deixaram apenas muros com bases para construção de casas e igrejas coloniais. Resultado: a cidade é repleta de muros centenários, que estão dentro de restaurantes, em fachadas de lojas de câmbio e onde mais se puder imaginar. A altitude de Cuzco, que fica a 3.400 metros acima do nível do mar, exige no inicio repouso e passos curtos. Tome o famoso chá de coca, que é normalmente servido no café da manhã dos hotéis, para evitar a falta de oxigênio e evitar os desagradáveis sintomas do Soroche, também chamado mal da altitude, que pode se ma-
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nifestar com um simples falta de ar, ou mal estar, como dores de cabeças e náuseas. Apesar do gosto ser ruim, o chá de coca ajuda a dilatar os vasos sanguíneos da cabeça, que são comprimidos com a pressão da altitude, dando aquela sensação de relaxamento e tirando o desconforto causado pelo soroche. Uma dica importante: antes de embarcar para Cuzco compre numa farmácia em Lima, um remédio chamado Sorochi Pills e o tome de 8 em 8 horas, isso vai te ajudar bastante já ao chegar! Os principais pontos de visitação incluem a Plaza de Armas, com duas belas igrejas; o Koricancha, o Templo do Sol, foi o principal templo religioso dos Incas e servia como local para cerimônias e estudos como astronomia e matemática ; as ruínas de Sacsayhuaman, com seus 10 mil anos de idade, é conhecida como fortaleza, apesar de não ter tido nenhuma função militar. Os muros erguidos com pedras de muitas toneladas são motivo de questionamentos até hoje. Na cidade de Cuzco você encontra bons hotéis, restaurantes preparados e até boate. Entre 60% e 70% da população da cidade vive do turismo, por isso há várias lojinhas de artesanato e agências que fazem passeios para pontos turísticos.É comum você ser abordado por vendedores de artesanatos com uma certa insistência. Lembre-se: pechinche sempre!!!! A temperatura normalmente varia brusca-
Foto: Dreamstime
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Igreja Compañia de Jesús, construída sobre o Amarucancha, palácio inca
três tipos de trem levam a Aguas Calientes, vilarejo onde o turista ainda pega um ônibus, que finalmente os deixa na entrada das ruínas
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A cidade perdida dos Incas ĂŠ considerado o mais importante sĂtio arqueolĂłgico do continente
Peru
mente do dia para a noite. O sol incidente exige bonés e protetores solares e a noite fria exigirá uma jaqueta.
Machu Picchu
Foto: Rafael Pimenta
É difícil encontrar quem não tenha ouvido falar de Machu Picchu. A cidade sagrada dos Incas está no nosso imaginário como um daqueles míticos paraísos perdidos. Junto com o Cristo Redentor, o Taj Mahal, a Muralha da China, o Coliseu e outros, ela hoje figura na nova lista das Sete Maravilhas do Mundo. Há exatamente 100 anos atrás, um arqueólogo e professor de história americano chamado Hiram Bingham chegou à região do Vale Urubamba numa expedição apoiada pela Universidade de Yale e da National Geographic Society, com a missão de encontrar a então desconhecida “cidade perdida dos Incas”cuja história ouvira falar. Com a ajuda de um camponês chamado Melchior Arteaga e de um indiozinho, que o guiara durante uma missão desgastante e perigosa, Bingham finalmente avistou de um matagal um labirinto de terraços e muros, uma cidade inca esquecida durante quase 400 anos recoberta por uma densa vegetação. Um fato curioso é que foram encontrados lá 164 esqueletos em tumbas existentes no local, sendo que,102 eram de mulheres adultas, 7 de meninas e 24 estavam deteriorados demais para que se determinasse seu sexo.
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Uma das várias passagens construídas de pedras justapostas
A estrutura conhecida como Templo Principal formado por rochas espessas foi o principal recinto cerimonial da cidade. Conexão Magazine
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Não se sabe exatamente quando Machu Picchu foi erguida nem porque foi abandonada, uma vez que os espanhóis desconheciam sua existência
Peru
-se que a parte agrícola, que fica logo à esquerda de quem entra, é formada por grandes terraços para plantação e encimada por uma casinha, que era usada para garantir a segurança do sítio. Boa parte da terra era trazida do vale até o alto, em Machu Picchu. Imagine a dificuldade de tudo isso. A cidadela impressiona acima de tudo por estar dependurada em um terreno muito escarpado, a 2.350 m de altitude, com dois vales, um de cada lado. Em um deles, serpenteia o esverdeado Urubamba, 600 m abaixo, que dá nome à região. Do outro lado, impõe-se o monte Waynapicchu, que tem 2.720 metros de altura.
O Templo do Sol é o ponto central e a única construção semicircular de Machu Picchu
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No dia 24 de julho de 1911 era de fato descoberto Machu Picchu, ou “Montanha Velha” na língua Inca” que os espanhóis não conseguiram alcançar. Patrimônio da Humanidade segundo a Unesco, Machu Picchu tem muito a celebrar neste centenário. Estão prestes a retornar ao Peru mais de 46 mil artefatos que foram levados de lá com Bingham e seus seguidores e que há tempos faziam parte do acervo da americana Universidade Yale. A única forma de chegar até Machu Picchu é pegar um trem de Cuzco até o povoado de Aguas Calientes (3h30). E de lá finalmente um micro ônibus até Machu Picchu (20 min). Uma boa forma de aproveitar Machu Picchu com mais tempo é dormir em Aguas Calientes, e subir para as ruínas pela manhã. Os primeiros ônibus que levam ao sítio arqueológico, saem por volta de 6h da manhã. A entrada do parque pode ser comprada pela internet ou na praça principal de Aguas Calientes. e custa U$44, válido por três dias. A construção de Machu Picchu começou em 1438, sob o comando do inca Pachacutec. Acredita-se que ali era uma universidade, onde as pessoas estudavam, ou uma cidade para a nobreza inca, com acomodação suficiente para todo o estafe necessário para manter a coisa funcionando. A cidade sagrada era dividida em 3 setores: o Bairro Sagrado, onde se encontra a pedra sagrada que era utilizada para “baixar o sol”, a Intihuatana, além da casa das três janelas e o templo do Sol; o Bairro dos Sacerdotes, onde se encontravam as habitações; e o Bairro Popular, onde os populares e camponeses habitavam. Imagina-
Crianças locais esbajam simplicidade e simpatia com seus trajes típicos acompanhadas das Lhamas, animais comuns na região Conexão Magazine
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Informações e sugestões Moeda: Novo Sol. A maioria dos locais comerciais, restaurantes e estações de serviço aceitam o dólar norte-americano, ao câmbio do dia.
passos da Plaza de Armas,centro antigo da cidade; Marriott (Calle Malecón de La reserva, 615, marriot.com;diárias desde US$ 280, um hotel concorrido por fácil acesso a todas as principais áreas do bairro, inclusive o shopping Larcomar.
idioma: Espanhol Visto: Os cidadãos da Argentina, Bolivia, Brasil, Colombia, Chile, Guyana, Paraguay, Surinam, Uruguay e do Venezuela não necessitam nem do passaporte, nem do visto para ingressar em determinadas regiões do Peru. Nestes casos o prazo autorizado de permanência é de 90 dias (prorrogáveis pela autoridade migratória).
Onde Comer: O restaurante Astrid y gaston (Calle Cantuarias,17) , astridygaston.com tem clima romântico e está localizado numa viela charmosa de Miraflores Suas especialidades são carnes e peixes,mas não deixe de experimentar também o talharim de marisco com ovo frito na água e espuma de aspargo; o Walok (Avenida Angams Oeste,700),walok.com serve pratos tão abarrotados que você dificilmente comerá um inteiro sozinho
Fuso Horário: Duas horas a menos em relação a Brasília
Cuzco
Como chegar: As companhias aéreas que voam entre São Paulo e Lima,são: a TACA - (0800 - 761- 8222); taca.com,LAN (0300788-0045); LAN.com e TAM (11) 4002-5700;tam.com.br
O melhor acesso para Machu Picchu é por Cuzco.
Quando ir: Nenhuma época do ano é ruim para visitar o Peru. Lima é uma cidade costeira e a maior parte do ano tem temperatura média de 21 graus. Entre maio e agosto o céu permanece acinzentado e nehum raio de sol clareia o dia, apesar do calor. Á noite pode esfriar um pouco.O índice pluviométrico em Lima é muito baixo e é muito raro ocorrer chuva, o que os limenhos chamam de garoa. O clima dos Andes é muito variado. Em geral, a época das chuvas é entre dezembro e abril. A neve é freqüente entre 4000 e 5000 metros. As temperaturas variam consideravelmente com a altura. Entre junho e setembro, a área andina tem dias ensolarados, com grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite, de fato, as temperaturas variam mais, entre dia e noite que durante as estações do ano.
Onde ficar: Novotel (San Augustin, 239),diárias a partir de US$ 145. Este hotel 4 estrelas tem 99 quartos, incluindo 16 quartos Superior, todos em um edifício do século 16. ideal para viagens em família.Para quem busca uma estadia mais em conta uma boa sugestão é o Ninos Hotel (Calle Meloc, 442), ninoshotel. com, diárias a partir de US$ 30. Onde comer: Inka Grill (Portal de Panes, Piso 2, 115 - Plaza de Armas) .Típica comida Peruana.O preço (Uma refeição varia em torno de 60 soles).Le Soleil (Calle San Agustin 275, 84). Cozinha francesa. restaurantelesoleilcusco.com
Lima Onde ficar: San Agostin Colonial (Avenida Comandante Espinar, 310, hotelsanaugustin.com.pe; diárias desde US$74; fica entre os bairros San Isidro e Miraflores;suas escadarias e seus quartos com paredes brancas são decorados com obras da época colonial limenha; Sheraton (Paseo de la Republica,170, starwoodhotels.com;diárias desde US$169, fica a poucos
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PERU
Lima Oceano Pacífico
Cuzco
GUIA DE VIAGEM
As 10 melhores cidades do mundo para pedalar
I
nteressado em saber quais as melhores cidades do mundo para pedalar? A Copenhagenize, empresa dinamarquesa de consultoria especializada na utilização da bicicleta, publicou o ranking das cidades mais amigas da magrela. Baseado em 13 critérios, como infraestrutura – existência de ciclovias, sinalização e estacionamentos-, permissão para transportar as bicicletas no metrô e em ônibus,
fiscalização, programas de compartilhamento de bicicletas e segurança dos ciclistas, o estudo selecionou as 10 melhores cidades para pedalar. Veja aqui o ranking e porque essas foram as cidades vencedoras: *fonte: site: thecityfixbrasil.com
1- Amsterdam (Holanda) Foto: Shutterstock
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2. Copenhagen (Dinamarca) A segunda melhor cidade para pedalar está no ranking por sua cultura bem desenvolvida sobre a bicicleta e por sua ótima infraestrutura e facilidades para os ciclistas. A bicicleta é o principal meio de transporte para 40% da população da cidade: os cidadãos fazem quase todas suas atividades diárias com a bike, inclusive sair à noite. Para ajudar, todos os táxis da cidade permitem
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o transporte de bicicletas.
3. Dublin (Irlanda) Com um dos mais bem-sucedidos programas de compartilhamento de bicicletas da Europa, foi implantado por políticos visionários que implementaram ciclovias em zonas de 30km/h a cidadãos nele engajados, Dublin é um dos melhores lugares para pedalar. Pelo menos 10% da população usa a bicicleta como principal meio de transporte nos deslocamentos diários. Seu sistema de bikesharing, chamado de Dublinbikes, conta com 550 bicicletas em 44 estações servindo mais de 58 mil inscritos. O projeto prevê ainda uma expansão para 5.000 bicicletas e 300 estações. A capital irlandesa já foi a terceira melhor cidade para os ciclistas na Europa, logo atrás de Copenhagen e Amsterdã. Mas, como outras cidades, sofreu com a centralização do foco no automóvel.
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Foto: Dreamstime
4. Barcelona (Espanha) Foto: Dreamstime
Barcelona se destaca pelo alto investimento em infraestrutura, que em menos de cinco anos modificou a rotina da cidade. Outra medida usada para estimular o uso do transporte sustentável foi a adoção de serviços de compartilhamento de bicicletas. “Barcelona deixa outras cidades que começam a investir no transporte por bicicletas para trás com seus esforços excelentes, trazendo a bicicleta de volta para a paisagem urbana e fazendo um marketing positivo disso”, diz o estudo. A cidade implementou também zonas na periferia em que a velocidade máxima dos veículos é de 30 km/h, o que reduziu bastante os acidentes com pedestres e ciclistas. O próximo passo para Barcelona é formar uma liderança política visionária, para continuar os investimentos em infraestrutura para que a bicicleta seja a maneira mais rápida para se locomover de um ponto ao outro, e para desenvolver uma campanha de marketing focada em atrair mais usuários para o transporte por bicicletas. “Não há razões para Barcelona não ser a próxima grande cidade para os ciclistas. A capital deveria aproveitar e se promover como um exemplo a ser seguido por centros urbanos do mundo todo”.
5. Tóquio (Japão) Ver pessoas de todas as idades e estilos pedalando é uma cena comum na capital japonesa. As magrelas estão espalhadas por toda parte: ruas, calçadas e até no metrô. Essa cultura bem-desenvolvida, com respeito ao ciclista e a segurança nas ruas, é resultado de um rigoroso treinamento obrigatório para os motoristas. Os estacionamentos são uma inspiração à parte, espalhados por todos os lugares, incluindo o de uma estação de metrô, que tem espaço para mais de nove mil bicicletas. Essa compreensão e respeito também tem seu lado ruim: falta uma rede de faixas exclusivas para bicicletas, para que os ciclistas também possam andar com maior velocidade. “Com outras cidades globais como Londres, Paris e Nova York levando a bicicleta mais a sério novamente, Tóquio deveria seguir seus passos para não ficar pra trás na corrida pela reorganização das Foto: Dreamstime
megacidades”.
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5. Berlim (Alemanha) Uma característica marcante de Amsterdam é o disseminado uso de bicicletas como meio de transporte. São milhares de bicicletas espalhadas pela cidade. Uma forma interessante de turismo em Amsterdam é alugar bicicleta para passear por seus
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pontos turísticos.
6. Munique (Alemanha) Munique está determinada a melhorar as condições para pedalar na cidade e está investindo altas quantias em marketing para ciclismo urbano a fim de aumentar o status da bike com os cidadãos. Atualmente conta com 1,2 mil quilômetros de ciclovias, com boa infraestrutura e facilidades para os usuários. As políticas públicas e os planejamentos urbanos favorecem o tráfego das bicicletas, Pedestres,
ciclistas
e
condutores
de
automóveis respeitam-se mutuamente, graças às leis severas e fiscalização rigorosa.
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o que estimula a adesão de novos usuários.
7. Paris (França) Um programa público de aluguel de bicicletas capaz de movimentar os esforços pró-bicicleta em cidades como Nova York e Londres. Esse é o Vélib, o mais eficiente programa de bikesharing do mundo, implantado em 2007 em Paris. Mas a capital francesa não parou por aí: segue investindo pesado em infraestrutura e facilidades para os ciclistas.Após quatro anos em funcionamento, o Vélib já registra mais de 100 milhões de viagens Foto: Paris Convention Bureau
de bicicleta e cerca de 180 mil usuários fixos. Conta com 1,8 mil estações e mais de 20 mil bicicletas. Paris conseguiu tornar a bicicleta o meio mais rápido de locomoção na cidade
8. Montreal (Canadá) Foto: Dreamstime
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9. Nova Iorque (Estados Unidos)
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10. Londres (Inglaterra)
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Fique por dentro
Holanda vai proibir turistas de comprar maconha em cafés a partir de 2012 A nova legislação que proíbe aqueles que não residem na Holanda de comprar maconha em cafés -também conhecidos como coffee shops- na região sul dos Países Baixos, deve começar a vigorar até o dia 1º de maio do próximo ano. O governo de centrodireita do primeiro-ministro Mark Rutte tem distribuído, desde setembro de 2010, um “cartão da maconha”, reservado apenas para residentes e obrigatório quando se visita um dos 670 coffee shops licenciados do país.A medida, que proprietários dos cafés dizem que prejudicaria uma indústria, que é cartão-postal para viajantes Foto: Shuttertock
durante anos, foi tomada para proteger locais contra o aumento do turismo de drogas e da criminalidade, segundo argumentaram as autoridades.
Tailândia reabre parque de elefantes para visitação
Foto: Shuttertock
O Palácio dos Elefantes, parque nacional tailandês, foi reaberto pela primeira vez desde setembro passado. O motivo do fechamento foram as fortes chuvas que alagaram a região central do país.O parque é famoso por colocar seus animais à disposição de turistas que queiram montar neles enquanto visitam a cidade histórica de Ayutthaya, localizada 80 km ao norte de Bangcoc. Primeira capital do país, as ruínas monumentais são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. A reabertura do parque é uma tentativa do governo tailandês de reativar o turismo na região.
Parisienses têm agora “tuk-tuk” gratuitos para percorrer cidade Foto: Shuttertock
A partir desta semana os parisienses terão uma maneira nova e muito em conta de se movimentar pela capital francesa - os táxis gratuitos ou “tuk-tuk”. O empresário Kheir Mazri inaugurou um novo serviço usando 24 “tuk-tuk”, os carrinhos puxados por motocicletas, muito comuns na Ásia, que farão a ronda da cidade nos sete dias da semana, com 150 pontos fixos onde as pessoas podem subir a bordo. Ele lucra cedendo o espaço nas laterais dos “tuk-tuk” para a publicidade. Os carrinhos elétricos foram importados da China.
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Os franceses se reuniram na quinta-feira para acompanhar a inauguração de uma pista de patinação no gelo a 57 metros de altura, montada no primeiro andar da emblemática Torre Eiffel, e que ficará disponível ao público até o próximo dia 1º de fevereiro. Este é o segundo ano consecutivo que os visitantes vão poder patinar nesta peculiar pista de gelo de 200 m², mas a última nos próximos. Isso porque, após a retirada da pista, a Torre Eiffel deverá passar por uma ampla reforma que deverá se estender por mais de um ano. Apesar do intenso frio registrado na capital francesa neste mês, a pista de patinação recebeu um grande público em sua inauguração .
Foto: Paris Convention Bureau
Torre Eiffel inaugura pista de patinação no gelo a 57 m de altura
AVIAÇÃO COMERCIAL
LUFTHANSA ANUNCIA AUMENTO DA FREQUÊNCIA DE VOOS DO RIO DE JANEIRO PARA FRANKFURT
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enos de dois meses depois de começar a operar a rota Frankfurt – Rio de Janeiro, a Lufthansa anunciou aumento do número de voos por semana, passando dos atuais cinco para seis. A nova frequência começa a ser operada em 26 de março de 2012. As elevadas taxas de ocupação e a mudança de perfil do mercado carioca foram as razões para o aumento da oferta em tão curto espaço de tempo. Com a ampliação do número de voos, o Rio de Janeiro estará conectado direto, sem escalas a Frankfurt, na Alemanha, todos os dias da semana, exceto às quartas. E de Frankfurt, a Lufthansa oferece conexões para toda a Europa, Ásia e Oriente Médio. Foto: Divulgação / Egom
Foto: Divulgação/Airbus
AviancaTaca Holding S.A. teve lucro líquido de US$ 73,9 milhões no 3º Trimestre de 2011
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No trimestre julho-setembro de 2011, a Avianca Taca Holding S.A. e suas subsidiárias registraram receitas operacionais de US$ 1,069 bilhão, valor 29,6% superior ao do 3º trimestre do ano passado (US$ 824,9 milhões). No 3º trimestre de 2011 o EBITDA totalizou US$ 182,1 milhões (+7,8%) e o EBITDAR registrou um aumento de 11,9% e ficou em US$ 247,9 milhões. O lucro líquido da Avianca Taca Holdings no acumulado dos nove primeiros meses do ano foi de US$ 73,9 milhões. No 3º trimestre de 2010, a empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 9,7 milhões.
TRIP solicita à ANAC autorização para operar mais cinco voos diários entre Ipatinga e Belo Horizonte
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as operações e oferecer opções aos passageiros de desembarcar também no Aeroporto de Confins ou fazer conexões para os diversos destinos que a TRIP disponibiliza, tanto com voos próprios como em voos operados pela parceira TAM”, explica Evaristo Mascarenhas, diretor de Marketing e Vendas da TRIP Linhas Aéreas. Hoje, o passageiro que deseja chegar a Confins partindo de Ipatinga, pode utilizar o serviço de conexão entre os dois aeroportos de Belo Horizonte. Um ônibus, exclusivo da TRIP, permite a integração dos voos que pousam na Pampulha, com os voos que partem de Confins e bem como no sentido inverso, integrando assim o interior de Minas às capitais e maiores cidades do Brasil.
Foto: Divulgação/Trip
TRIP Linhas Aéreas, maior companhia aérea regional da América do Sul, deseja ampliar as operações da companhia, em Ipatinga, a partir de março de 2012 e para isso, solicitou à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) autorização para operar cinco frequências diárias entre Ipatinga e Belo Horizonte, Aeroporto de Confins, incentivando o transporte aéreo regional em Minas Gerais. Uma vez neste aeroporto, o passageiro pode embarcar para mais de 80 cidades em que a companhia opera em todo o Brasil. “Atualmente a TRIP já opera seis voos diários entre Ipatinga e o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, mas com a alta demanda, a companhia visualizou a necessidade de ampliar
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crônica Ana Gusmão
Apontamentos de uma viajante solitária
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unca escondi a minha felicidade de viajar. Conheço algo da nossa imensa Minas Gerais, muito pouco do Brasil, já estive algumas vezes na Europa, infinita Europa, geografia imaginável – e agora me interesso pelas Américas com exclusão daqueles países que me pedem visto, me recuso a tirá-lo, acho um atraso passar pelo crivo de um burocrata estrangeiro. Agora, para além da mudança do destino, viajo também de outra forma. Sozinha. Por gosto sozinha, descaradamente sozinha, por opção, por confronto, por conforto, pela análise e pela experiência de me sentir solitária em terras outras. Almejo estar só para me confrontar sem a ponte do outro com a realidade que se abre, explícita e violenta, quando saio do meu confortável cotidiano e encontro o estrangeiro. O ato de deslocar-se singularmente evoca cuidados, precauções e presentes inimagináveis. Vamos a alguns deles. Sorria sempre. A falta do bando te torna mais sensível, mais suceptível a situações que com o coletivo seriam rapidamente resolvidas e quando você está só isso pode parecer uma montanha. O sorriso chega na frente, amolece o olhar do outro, codifica a paz. Leve uma mala pequena, nunca se sabe o quanto você terá que andar. E é bom, tenha velocidade, impulso, possibilidade de abertura total para o acaso. Afinal de contas estar sozinho é se abrir para o todo. Uma bagagem pesada te leva ao passado e te impossibilita de colocar coisas novas dentro da mala. O espaço vazio é a localidade do amanhã. Tenha calma, você está aprendendo. Diminua o ritmo, ande a pé (a melhor forma de conhecer um lugar é caminhando), tenha calma com você quando se deparar com uma máquina estranha, mesmo que tenha uma fila enorme atrás, tenha calma com os atendentes em geral, o mau humor deles é problemas deles, e não trazidos com o seu passaporte, tenha calma para olhar o mapa e ver que está perdido e mesmo assim ver como aquele prédio ali ao lado é bonito ou estranho. Você está viajando, não está batendo metas dentro da empresa. E quando sentir vontade, pare em qualquer lugar, numa praça, num pequeno bar, pare onde sua intuição te levar.
Ana Gusmão
Veja, pense, sinta o agora. Não fique pensando nas pessoas ou situações de casa, daqui a pouco você irá retornar e resolver tudo mas no momento... É o momento. Se joga porque depois ficarão apenas as fotos. O silêncio nos presenteia com fatos incríveis. Observe os outros, observe com olhar antropológico, com olhar curioso, descuidado, não acreditando no seu próprio presente de reconhecer como o mundo é grande e quão bom é viajar para entender a diferença dentro de nós mesmos. Fique calado até ficar rouco e depois puxe conversa com um habitante qualquer num ponto de ônibus ou num café – sobre o tempo, sempre funciona. Gaste todo o dinheiro que você separou para aquela viagem. Não tenha dó nem seja avarento, nada daquilo vai voltar, não, você não vai voltar naquele lugar (se volta é lucro), você não vai comer de novo, não vai ver as mesmas obras de arte, não vai achar artesanato tão interessante. Separe seu dinheiro e gaste, sem dó, nada disso volta, nunca será possível o novamente. Feche os olhos ao comer, pelo menos um instante. A comida muda. Supermercados são iguais e diferentes em qualquer lugar.Corra praqueles onde todos vão, baratos e diversificados, podem ser engraçados. Entretanto volto à solidão no ato de abandonar momentaneamente o lar doce lar. Acho que o enfrentamento do diferente, do desconhecido, quando se está só, não seja melhor nem pior do que quando se está com outro (s). É um momento de decisão, onde o sujeito se define sem o peso sociológico e com o máximo da sua identidade nacional e que se, verdadeiramente, lida de forma generosa com a localidade que o recebe, cria momentos inonimáveis a qualquer divã psicanalista. Viajar sozinho é perder-se. Para depois retornar com a roupa toda suja do caminho que só você sabe porque e tem preguiça de explicar. Isolamento imprescendível, apropiado, legalizado pela passagem e determinado por mim mesma contra todos os anti depressivos, contra todas as pressões de diálogo com os outros, pós explicações sociais e pós maquiagem linda exigida por tudo aquilo que não sou eu. Sorria: ser diferente é lindo.
* Ana Gusmão é jornalista, atriz, produtora cultural e diretora - ana_gusmao@hotmail.com 34
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PELO MUNDO AFORA
Uma Viagem ao Fim do Mundo!
Foto: Dreamstime
Foto: Shutterstock
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Texto e fotos: LĂcia Mesquita
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Foto: Lícia Mesquita
udo começou com a necessidade de marcar a data das minhas férias, com isso vieram os questionamentos: Pra onde ir? Qual a melhor época? Como uma boa brasileira que sou, resolvi que queria conhecer a neve. Dentre as opções, o país escolhido foi à Argentina, pela proximidade, pelos baixos preços e por relatos que já havia ouvido de amigos. Bom, agora vinha a parte difícil, dentre tantos lugares na Argentina, pra onde ir? Passar alguns dias em Buenos Aires, a cidade mais “européia da América”, era algo inevitável. Faltava decidir o restante do roteiro. Depois de muita pesquisa me decidi por conhecer Ushuaia, a capital da província argentina da Terra do Fogo, a cidade mais austral do continente americano. Resolvi fazer uma viagem meio mochileira meio programada, reservei albergue em Buenos Aires, hotel no Ushuaia e alguns passeios. O restante deixei para descobrir durante a viagem, para ver onde a maré me levaria.Chegaram as férias, parti rumo a Buenos Aires. Logo que desembarquei no Aeroporto Internacional de Ezeiza, conheci um casal de brasileiros e dividimos um táxi até o centro da cidade. Cheguei ao hostel, que fica a uma quadra da Avenida de Mayo,me instalei e logo fui dar uma volta pelas redondezas, procurar um lugar para comer,
Esta flor gigante é um dos cartões postais de Buenos Aires e se abre todos os dias
fazer um reconhecimento da região e aproveitar o finzinho do dia, que terminou na Confeiteria London, um dos tradicionais cafés/restaunte de Buenos Aires. Assim pude comprovar que as “media lunas” são ótimas e o chocolate “caliente”, melhor ainda. Antes de partir para a “Tierra del Fuego”, passei alguns dias passeando por Buenos Aires, sempre andando a pé ou de transporte público, assim pude aproveitar o ar da cidade, as ruas, a paisagem e ver que a hospitalidade do portenho não é lá a das melhores, mas nada que te impeça de aproveitar a cidade. Andei por toda a Avenida de Mayo do Parlamento a Casa Rosada, caminhei a pé até Puerto Madero, visitei a Recoleta e seus pontos turísticos, passeei pelos bosques e praças de Palermo, andei pelas ruas coloridas do Caminito, comi uma ótima “parrilla” argentina em San Telmo, andei por toda a Calle Florida e os principais pontos turísticos da Cidade. Aproveitei a proximidade com o Uruguai, e então atravessei o Rio da Prata até a encantadora e charmosa cidade histórica uruguaia, Colônia de Sacramento, que um dia pertenceu ao Brasil. Tudo o que precisei para conhecer a cidade foi um mapa, curiosidade e disposição para andar. A cidade é linda, toda preservada, ruas de pedra e muita história, sem contar com a simpatia dos uruguaios, que tornou o passeio mais agradável, ainda. Depois de alguns dias em Buenos Aires, parti para Ushuaia. Um dos edifícios do Microcentro de Buenos Aires chama atenção pela arquitetura Conexão Magazine
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Em Buenos Aires Lícia passeou pelos belos parques de Palermo Á esq., e pelo visitou o Caminito, á dir., um dos lugares mais tradcionais de Buenos Aires
Optei pelo jeito mais fácil, peguei um avião e poucas horas depois desembarcava na Ciudade del Fin del Mundo. O dia estava lindo, o que proporcionou uma bela vista aérea da Cordilheira dos Andes. No inverno os dias são bem curtos em Ushuaia, o dia amanhece por volta das 9 horas e começa a anoitecer por volta das 18 horas. Como cheguei de tarde e não tinha muito tempo de dia claro, fui logo dar uma volta
rápida pela cidade para me localizar, acabei descobrindo algo inusitado, que o sol não passa por cima da cidade, ele passa sempre inclinado no horizonte, então era possível olhar pra cima e não ver o sol. E como tinha nevado muito nos dias anteriores à minha chegada, a cidade estava linda, toda branquinha.Conta a história que eram enviados prisioneiros de todo tipo para Ushuaia, os quais eram enviados para a
Acima, Ushuaia, que alguns a apelidaram de “o fim do mundo”,com seu charmoso vilarejo e suas brancas montanhas cobertas de neve
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floresta, para cortar as árvores e construir a cidade. O antigo presídio de Ushuaia, hoje, virou um museu, onde se pode conhecer toda a história da cidade, e as árvores cortadas da região, há mais de um século, nunca mais cresceram. Aproveitando o belo dia de sol e pouco vento, fui passear no Canal Beagle. De um lado do canal está a Argentina e do outro o Chile, com suas ilhas espalhadas por todos os lados, fazendo a paisagem ser mais linda ainda. Durante o passeio visitamos a colônia dos Comoranes, uma espécie de pingüim que voa, ou uma mistura de pato com pingüim, ou qualquer coisa do tipo, não sei bem ao certo. Fomos também à “Isla de los Lobos”, onde os lobos marinhos ficam repousando, tomando sol... linda a paisagem, lindo o passeio! Pena que não deu pra ver os pingüins, já que no inverno eles vão para águas mais quentes.
apreciando um chocolate quente e bolinho de frutas. Voltamos do passeio em trenós puxados por cachorros. Durante todo tempo a neve caia do céu, o que tornou a paisagem diferente para mim, realmente encantadora. Aproveitamos a neve para brincar: boneco de neve, bola de neve, anjo de neve, até comer a neve! O passeio foi um dos melhores!!
Centro Tierra Mayor
Acima, um divertido passeio de trenó puxado por cachorros
Foto: Shutterstock
Mais um dia em Ushuaia, mais um dia de passeio, então fui parar no “Centro Invernal Tierra Mayor”, e como o mundo é pequeno, e o brasileiro está em todas as partes, lá conheci 5 brasileiros, que acabei encontrando sempre pelas ruas de Ushuaia. Chegamos a Tierra Mayor antes do sol nascer e com a neve caindo, foi incrível, lindo, surpreendente, principalmente porque eu estava lá para isso, ver a neve. O passeio foi uma caminhada com raquetes de neve, até o topo de uma montanha, com direito a caminhar sobre um rio congelado e apreciar uma cachoeira de quedas, também congelada, com uma pequena pausa para repor as energias
A Lícia visitou o Canal de Beagle e visitou uma colônia de pinguins típicos da região chamados de Comoranes Conexão Magazine
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Parque Terra del Fuego Em Ushuaia é indispensável conhecer o “Parque Nacional Tierra del Fuego”, com direito a andar no “Trem del Fin del Mundo”, ouvir a história do local, ir ao fim da Ruta Nacional 3 (rodovia que corta todo o continente americado, do Ushuaia até o Alaska), conhecer a baia de Lapataia, poder ver uma castoreira e estar em um lago divido pela Argentina e o Chile, com um nome diferente em cada um dos países. A paisagem por todo o parque Nacional da Terra do Fogo é encantadora. Durante todo passeio, pela cidade e região, em qualquer lugar que esteja de Ushuaia, está-se aos pés das Cordilheiras dos Andes.Aproveitei que ainda tinha mais um dia em Ushuaia e fui fazer aula de esqui no Glaciar Martial, geleira que abastece a cidade no verão, fiz também uma pequena trilha pelo glacial, para conhecer um pouco mais daquela montanha de neve e gelo. Ainda com tempo sobrando fui patinar na “Laguna del Diablo”, uma lago congelado onde as crianças locais vão patinar. Descobri que é mais fácil esquiar do que patinar no gelo (risos). Mas, depois de alguns tombos e algumas voltas pela “Laguna” eu já estava praticamente craque. Os dias em Ushuaia terminavam sempre com um ótimo jantar local, um delicioso chocolate quente, o melhor de todos, e alguma sobremesa em algum dos cafés da cidade Com o fim das férias, chegou o dia de voltar ao Brasil. Aproveitei as últimas horas para andar pela cidade, sem destino, somente apreciando e aproveitando a beleza da cidade. O vôo de volta fez uma pequena escala em Buenos Aires e de lá segui de volta para casa. Ir a Ushuaia, sem dúvida, foi uma das melhores escolhas que eu fiz pra essas férias, as pessoas são super simpáticas, o lugar é lindo, apaixonante, cheio de surpresas e a paisagem é impressionantes. Definitivamente um lugar para voltar em uma estação diferente do ano, principalmente porque na primavera e no verão, a cidade deixa de ser cinza e passa a ter as cores das flores. Além das fotos e presentes, trouxe uma certeza na bagagem, de um dia voltar à Argentina para conhecer as outras belezas da Patagônia com uma parada certa na Cidade do Fim do Mundo.
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Foto: Lícia Mesquita
cruzeiro amaz么nia
Amazônia all inclusive Rede Iberostar leva a Amazônia até os turistas Por: Rafael Pimenta
Até bem pouco tempo atrás, viajar pelas águas do rio Amazonas com segurança, conforto e atividades que incentivassem a integração dos turistas com a cultura local, era praticamente inviável. Para transformar essa necessidade em realidade o grupo espanhol Iberostar lançou em 2005, o primeiro navio cinco estrelas totalmente construído no Brasil, que segue as características específicas para navegação fluvial na região amazônica.
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O Grand Amazon navega pelos rios Negro e Solimões, afluentes do Amazonas, e em todo trajeto está rodeado pela floresta Foto: Rafael Pimenta
A proposta é propiciar ao hóspede a oportunidade de vivenciar a região amazônica de uma forma diferente e com muito conforto. O fato de o navio viajar e parar em vários pontos do Rio Amazonas, que funciona como o principal meio de transporte para as populações ribeirinhas, ajuda a entender a dinâmica da vida por ali. Esqueça os cassinos, as quadras de tênis, as lojas de grife, as multidões junto da piscina e as várias atividades que rolam ao redor dela. O navio Iberostar Grand Amazon tem muito pouco a ver com a estrutura e a programação dos transatlânticos que todos os verões circulam pelo Brasil. A começar pelo fato de que navega não ao longo do litoral verde-amarelo, mas nas águas do maior rio do mundo, o Amazonas. Para começar, o Iberostar não tem leme e sim, dois motores de propulsão e o calado do navio é oco, com isso, a correnteza do rio não afeta a estabilidade do barco, que não balança e não provoca enjoo nos passageiros. O comandado fica por conta do competentemente e experiente capitão Ramide. Acima, o simpático comandante Ramide nos recebe na ponte de comando
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O navio Iberostar Grand Amazon foi construído em Manaus e projetado para navegar no rio Amazonas sem perder o luxo de um hotel All Inclusive 5 estrelas
O navio-hotel, de 50 pés de largura, 270 pés de comprimento e 2200 toneladas, tem capacidade para 150 passageiros, possui 73 luxuosas cabines divididas pelos três decks de passageiros (Mandi,Tambaqui e Acará), de 23 metros quadrados e duas suítes royal de 50 metros quadrados. Todas têm varanda e itens de conforto difíceis de encontrar numa viagem em meio á selva, como; ar condicionado, cofre, secador de cabelo, ducha quente e televisão com canais abertos, como a cabo, com canais de filmes e programas da BBC. É possível ainda aproveitar as duas piscinas, malhar na sala de fitness, tomar um drinque em um dos dois bares ou deliciar-se com o buffet do restaurante. Detalhe: o sistema é all-inclusive, com hospedagem, alimentação, bebidas nacionais e importadas, além das excursões incluídas nas diárias. A gentileza e o profissionalismo dos funcionários que normalmente ficam embarcados por 23 dias é o grande diferencial da Rede Ibero Star. Assim que embarca, o passageiro é recebido com um drinque de boas vindas , o (welcome drink) e uma toalhinha úmida para se refrescar do calor escaldante do lado de fora.
Foto: Divulgação
Detalhes de uma das 73 espaçosas e confortáveis suítes do Iberostar Grand Amazon
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Foto: Divulgação
Do deck superior do navio o hóspede pode tomar um drink e se refrescar do calor tanto nas piscinas quanto na Jacuzzi.Tudo isso, cercado pela floresta amazônica
Foto: Leonardo Ramos
O Itinerário começa na calorenta e úmida Manaus, capital do Estado do Amazonas. Quando o passageiro chega ao porto, um funcionário do Iberostar, usando crachá, está na rampa de acesso para indicar o carregador (também identificado), que prontamente levará as suas malas e te acompanhará até o barco. Ao embarcar participamos de uma recepção de boas vindas oferecida aos novos hóspedes com instruçoes de navegação e procedimentos de segurança, com o uso de um colete salva-vidas.. O embarque acontece entre 15h e 16h30. Ao chegar, o buffet do lanche da tarde é servido no convés. A cada semana o Iberostar Grand Amazon cumpre dois roteiros: um de quatro noites pelo rio Negro (saídas às segundasfeiras), seguido por outro de três noites pelo Solimões (saídas às sextas). Os dois percursos oferecem atividades semelhantes, em paisagens sensivelmente distintas. Também existe a possibilidade de realizar o circuito completo, com duração de sete dias e passagem pelos dois rios. Dos passeios no trecho do Rio Negro, o que merece maior destaque é a visita de botos cor-de-rosa em Novo Airão (115 km de Manaus). Os turistas podem dar peixinho na boca dos mamíferos. Depois que o Grand Amazon ancora, os passageiros embarcam em lanchas para os passeios
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Passeio na selva
Foto: Leonardo Ramos
Embarquei no Solimões, que é como o Amazonas é chamado a oeste de Manaus, as águas barrentas do Solimões são frias e cheias de vida, possibilitando a pesca e o cultivo das áreas de várzea na época seca , ao contrário do Negro, que é consistemente habitado. A riqueza de nutrientes do solimões (em contraste com a acidez do Negro) torna as águas ricas em peixes e as terras ribeirinhas bastante férteis. Nos meses de vazante as terras reaparecem e podem ser brevemente cultivadas. Entre os programas estão caminhadas interpretativas pela selva, passeios de barcos pela selva inundada, pescaria de piranhas, focagem de jacarés, contemplação do nascer do sol no meio do rio, visita a uma família de ribeirinhos, visita a um lago de vitórias-régias.As saídas para os passeios são sempre em lanchas com horários pré-programados e com guias bilingues. A densa floresta Amazônica se impõe ao turista com a sua magnitude
Para começar o dia, uma caminhada pela selva, que se impõe por meio de cheiros, barulhos e cores, que se misturam e forma uma atmosfera, que provavelmente nunca fora experimentada por aqueles turistas. Mas, quando se está em movimento no meio de tanto verde e tantas árvores, não é possível ver muito bichos, pois lá, 80% da vida animal tem hábitos noturnos.
Foto: Rafael Pimenta
Na segunda manhã da viagem, os passageiros do Iberostar Grand Amazon são levados para visitar a casa de uma família cabocla. É um passeio muito interessante do cruzeiro. Quem nos recebeu foi o seu Álvaro a dona Léia, que tem nove filhos, e moram numa casa, sem reboco, no alto de um barranco. Tudo muito simples, mais impecavelmente limpo e arrumado. A mesa já estava posta para o café nos esperando, e pudemos provar o cupuaçu, sucos e frutas regionais e principalmente conhecer o estilo de vida de uma família típica ribeirinha, que esboçou simplicidade e simpatia com os visitantes.
Uma das filhas do seu Álvaro e dona Léa observa atentamente a chegada dos turista Conexão Magazine
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Lanchas levam os passageiros do Iberostar Grand Amazon para os principais passeios na floresta Amaz么nica
Focagem de jacarés
Encontro das águas
Foto: Rafael Pimenta
Começamos o dia na lancha, entrando no meio da floresta. Foi assim, passeando pelos igapós (partes inundadas da floresta) e igarapés (rios ou riachos estreitos que cruzam as matas) do Solimões, que conhecemos uma das regiões mais bonitas da floresta: o município de Janauacá, a 110 km da capital do estado. Quando anoiteceu era a hora da focagem de jacarés. Em uma big lancha, com direito a coletes e bancos confortáveis, mal dá para perceber que se está no breu da noite da floresta amazônica. Aliás, esse é só o começo da aventura que tem um grand finale quando o guia traz um filhote de jacaré para dentro do barco. Aproveitando uma das características do réptil, que depois de se agitar precisa de 10 minutos para voltar a se mexer, todo mundo aproveita para pegar no réptil e tirar fotos do animal. Á noite, os passageiros saem de lancha para a focagem de jacarés Foto: Rafael Pimenta
A programação para o período da tarde é, no mínimo, inusitada: uma pesca de piranhas. Com um grupo de americanos (aliás, os estrangeiros são a esmagadora maioria nesse tipo de cruzeiro), encaramos a atividade. Ainda de madrugada, assim que o sol aponta no horizonte, é possível ver claramente o encontro das águas do Rio Negro e do Solimões. Por 10 km, é como se uma linha dividisse as águas escuras (Rio Amazonas) das de cor caramelo (Solimões) que caminham lado a lado. Os rios não se misturam pelas diferenças de densidades, temperaturas e velocidades. O Rio Negro corre a 2 km/h, à temperatura de 22ºC, já o Solimões desliza mais rápido, de 4 a 6 km/h, a 28º C. Pule cedo da cama para ver o encontro do Rio Negro e do Solimões
QUEM LEVA Os pacotes da Interpool tem saídas regulares às segundas feiras ( Rio Negro ) e sextas feiras ( Rio Solimões ) Inclui: • VOO DIRETO TRIP BH / MANAUS / BH • TRASLADOS AEROPORTO / PORTO / AEROPORTO • TODA PROGRAMAÇÃO INCLÚIDA NA REPORTAGEM ALÉM DO SISTEMA ALL INCLUSIVE PREMIUM NO NAVIO. * O Iberostar Grand Amazon está com várias promoções para 2012 e os valores podem ser obtidos no seu agente de viagem ou na Interpool (31) 3194 7050 ou 0800 030 18 00
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CAMINHOS DE MINAS
Mariana recanto de ouros e de preces Por: Rafael Pimenta
Foto: Claudia Amaral
Mariana foi a primeira cidade e o primeiro arcebispado da capitania de Minas Gerais
Vista panorâmica da cidade de Mariana
T
raduzida por sua arquitetura colonial, assim é a cidade Mariana, primeira capital, primeiro bispado e uma das mais importantes cidades históricas de Minas Gerais. Fundada em 1711 e dona de um dos mais belos conjuntos arquitetônicos representativos do barroco de Minas Gerais, Mariana apresenta acentuada ascendência do artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Sua estrutura retangular é formada por três praças principais, a Cívica, Intendência e da Matriz. Um atrativo de valor cultural inestimável se encontra na Catedral Basílica da Sé; - Um raro exemplar do órgão ARP SCHNITGER - construído em 1701 e que ainda proporciona belíssimos momentos
de boa música que encantam turistas de todo o mundo. As ruas da cidade histórica de Mariana, em paralelepípedos, e a riqueza das peças artesanais de madeira entalhada e pedra sabão, além de artigos em tapeçaria, abrem as portas do barroco mineiro ao turista. Seu charme é inigualável. A apenas 10 minutos de Ouro Preto, Mariana é excelente opção de hospedagem para quem deseja conhecer o circuito do ouro afastado do grande agito da cidade vizinha. O turista encontra opções de hospedagem em hotéis no centro de Mariana, hotéis próximos à Rodoviária, pousadas diversas, e até pousadas com características rurais no raio de pouco mais de um quilômetro do centro histórico.
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Foto: Divulgação / Setur / MG
A praça Minas Gerais é o ponto onde se concentra o maior patrimônio histórico de Mariana
Mariana se destaca pela presença de igrejas, museus e uma imponente arquitetura urbana colonial, com destaque para a Rua Direita, considerada a mais bela de Minas Gerais. Outros importantes atrativos turísticos de Mariana são a Minas da Passagem, local onde se concentrava a produção de ouro, e para os amantes do Ecoturismo, a Cachoeira da Serrinha, na Serra do Itacolomi.
Foram os paulistas Salvador Fernandes Furtado de Mendonça e Miguel Garcia, em 1696, quem lideraram as bandeiras em busca de metais preciosos. Os bandeirantes se instalaram às margens do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo onde fizeram as primeiras descobertas de ouro e iniciou assim a povoação da região onde é hoje, Mariana. A fundação do povoado ocorreu em 8/4/1711 e teve como nome inicial Vila Leal de Nossa Senhora do Carmo. Assim Mariana foi a primeira vila de Minas Gerais e abrigou os dois primeiros governadores, Dom Braz Baltazar e Dom Pedro de Almeida, mais conhecido como Conde de Assumar. Com o crescimento e desenvolvimento gerado pela atividade mi neradora, Mariana foi elevada à categoria de cidade no dia 23/4/1745 e recebeu o seu nome atual. Atualmente o principal destaque do município é a sua riqueza histórica retratada em seus casarões, igrejas em estilo barroco, construídas por Aleijadinho e outros escultores.
Foto: Divulgação / Setur / MG
A História
A catedral da Sé guarda um precioso tesouro musical – um órgão construído em 1701na Alemanha
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Roteiro Cultural A cultura local é um chamariz para o turista com eventos que apresentam as corporações musicais, de teatro e danças folclóricas e ainda possui diversos projetos na área cultural e artística fazendo jus ao título recebido.Em um dia, é possível conhecer as principais atrações culturais de Mariana em um gostoso passeio a pé. A cidade guarda vantagens em relação ás demais do circuito histórico: as ruas mais planas, amplas e fáceis para o visitante se localizar. Isso porque a cidade foi a primeira com planejamento urbano de Minas Gerais e uma das primeiras do país. Com núcleo central bastante preservado, tanto os pontos turísticos como o próprio casario, é sempre uma grata surpresa caminhar por ele. O ideal é fazer o passeio ás sextas-feiras, quando a concertista Elisa Freixo faz um recital no célebre órgão Arp Schnitger, fabricado no início do século 18, na Alemanha. Com mais de mil tubos, o magnífico órgão foi restaurado em 2001.As apresentações acontecem na Catedral da Sé, ás 11 horas, e também aos domingos, ás 12h15(R$12).No domingo, entretanto, algumas atrações estão fechadas ou tem seu horário de visitação reduzido. Você também pode fazer um roteiro diferente e divertido, uma viagem no tempo e na história. Em 2006, foi reinaugurada uma linha de passageiros entre Ouro Preto e Mariana, de Maria-Fumaça. Um passeio impredível!
Foto: Divulgação / Setur / MG
Casarões antigos e ruas de pedras são características coloniais presentes em Mariana
Da igreja barroca de São Pedro dos Clérigos pode-se ter uma vista privilegiada da cidade, pois fica no alto de uma colina Conexão Magazine
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Roteiro cultural
Filmes A beira do abismo
Divulgação: Paris Filmes
Paris Filmes Estréia Prevista : 27 de janeiro Nathan Harper é um jovem que experimenta a estranha sensação de estar vivendo a vida de outra pessoa. A trama começa quando ele vê uma foto sua como bebê, enquanto navega em um site de pessoas desaparecidas e descobre ter sido considerado desaparecido quando criança. Nathan passa a procurar sua verdadeira identidade com a ajuda da amiga Karen. Mas sua tarefa não será fácil já que, além do mistério que envolve suas origens, alguém está querendo matá-lo sem poupar a vida de quem esteja ao redor dele. O filme é ideal para quem gosta de aventura e suspense.
Protegendo o inimigo Paramount Estréia Prevista: 10 de fevereiro Jamie (Mila Kunis) é uma jovem recrutadora de Nova York que convence um cliente em potencial (Justin Timberlake) a deixar seu emprego em São Francisco para trás e aceitar um emprego na Big Apple. Apesar de haver uma atração mútua, ambos percebem que tudo de que eles estão fugindo é de um relacionamento e decidem se tornar amigos... com benefícios. É o arranjo perfeito – até que eles percebem que não há nada melhor do que estar amarrado Divulgação: Sony Pictures
Divulgação: Sony Pictures
Millenium - Os homens que não amavam as mulheres Sony - Estréia prevista: 27 de janeiro Griffin Keyes (Kevin James) tinha um trabalho que era o bicho: ser zelador de um jardim zoológico. Para ele, nada era mais normal do que conviver com leões, elefantes, girafas, ursos e gorilas. Seu problema era com os humanos, mais especificamente, com as mulheres e aí ele teve a ideia de arrumar um trabalho mais respeitável para melhorar a sua situação com elas.
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Música Zélia Duncan
Pelo sabor do gesto – Sony Music - R$ 24,90 O Micróbio do Samba É um disco leve, calmo, que tem melodias e letras deliciosas que vão surpreender os fãs de Adriana Calcanhotto. Adriana apresenta um disco totalmente inédito. As 12 canções têm uma sonoridade gostosa, num “samba” que acalma e que ressalta ainda mais a voz cristalina e inconfundível da cantora.
Divulgação: Sony Music
Alcione Duas faces – Biscoito Fino - R$ 29,90 O CD Chico Buarque – Chico O disco, que traz dez faixas, leva o nome do próprio, Chico e tem participações especiais de João Bosco em “Sinhá”, de Thais Gulin em “Se eu soubesse” e Wilson das Neves em “Sou eu”, parceria de Chico e Ivan Lins e sucesso já consagrado na voz de Diogo Nogueira. Dessa vez, Chico homenageia o Blues e a Bossa, sem esquecer o Samba.
Divulgação: Biscoito Fino
Ana Carolina Ensaio de cores – Sony Music - R$ 29,90 Quinze, a coletânea do Jota Quest, nasceu como álbum simples, mas, no decorrer do processo, a banda conseguiu que a Sony lançasse um duplo (são 30 faixas ao todo). A maior parte do repertório foi selecionada a partir de votação feita pelo público no site do Jota. Mas há também material que foge daquele que foi executado maciçamente em rádio. Traz, por exemplo, a primeira gravação feita pela banda, da canção Jogo, realizada em 1993, no estúdio Polifonia. Nos backing vocals, estão Bauxita, Play e Lílian Nunes. Para completar esta comemoração, a turnê da banda incluirá shows em 15 capitais do país.
Divulgação: Sony Music
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Livros Até o fim do mundo Paul Theroux. Editora Objetiva. 424 págs. R$ 56,90
Editora Objetiva
Neste livro, Paul Theroux passa um fim de tarde na casa de Jorge Luis Borges em Buenos Aires e na China pega um voo que parece mais esporte radical do que uma viagem. Descreve um banquete exótico de pratos elaborados com animais em extinção, e explora a América Latina da fronteira sul do Texas à extremidade da Patagônia - fazendo uma pausa em El Salvador para uma violenta partida de futebol. Viajar, pelas palavras dele, com sua visão penetrante e um estilo impecável, é uma experiência que transcende qualquer turismo tradicional.
A última frase dos contos de fadas Tomás é um professor que há muito deixou de achar graça na própria vida. Depois de sofrer uma desilusão amorosa, encontra-se impossibilitado de levar adiante qualquer relacionamento e chega até a desenvolver uma alergia, por medo de se desiludir novamente Ele então conhece Arianna, “o tipo de mulher por quem poderia se apaixonar” e marca um encontro com ela. Porém, poucos minutos antes do esperado momento, o medo fala mais alto e ele simplesmente desiste. Tomás decide ir à praia e dar um mergulho na tentativa de se sentir menos deprimido por sua covardia, ou, até quem sabe, acabar com tudo de uma vez
Tudo aquilo que nunca foi dito
Editora Suma de Letras
Marc Levy. Editora Suma de Letras. 244 págs. R$ 29,90
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Com mais de 23 milhões de livros vendidos e traduzidos em 42 línguas, o autor francês mais lido no mundo, Marc Levy, volta a cativar os leitores em seu oitavo livro. Em Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito, Levy aborda a relação conflituosa entre um pai e uma filha. Poucos dias antes do seu casamento, Julia recebe um telefonema do secretário de seu pai. Como ela já tinha previsto, Anthony Walsh - empresário brilhante, mas pai distante - não poderá comparecer à cerimônia. A ausência de seu pai em momentos importantes de sua vida da filha não é novidade para Julia. Mas pela primeira vez, a personagem tem que reconhecer que ele tem uma boa desculpa: Anthony Walsh morreu.
Editora Fontanar
Massimo Gramellini. Editora Fontanar. 240 págs. R$ 29,90
Teatro
Cada um tem a sogra que merece Tinha tudo para ser um final de semana perfeito. Duas noras e ela, a terrível sogra foi passear na casa de campo da família. Porém, um crime muda toda a tranqüilidade do lugar. Segredos de família escondidos debaixo da poeira começam a ser revelados. Muito humor, suspense e mistério nesta divertida comédia. Afinal, ninguém segura esta sogra. Com Ana Gusmão, Diva Carvalhar e Andreia Nestor; texto de Wesley Marchiori e Produção: Heluarte e Direção de Kalluh Araújo. 5|1 a 29|1 - quarta a sábado às 19h e domingo às 21h Teatro José Aparecido de Oliveira (Biblioteca Pública) | Praça da Liberdade, 21 - Funcionários. Ingressos na bilheteria: R$30 | R$15 - Postos do Sinparc: R$12
Morte e Vida Severina Morte e Vida Severina é um poema em voz alta, intitulado inicialmente de Auto de Natal Pernambucano. Na verdade conta a trajetória dos muitos Severinos (nome comum no sertão do nordeste), em busca de vida mas que só encontram morte pelo caminho. Um dos pontos fortes da montagem de “Morte e Vida Severina”, é sem dúvida a presença das obras de Portinari na cenografia do espetáculo. Em cena 15 atores que cantam e tocam vários instrumentos sob a batuta de Fernando Muzzi e Ernani Maletta, com preparação corporal de Tuca Pinheiro, cenários de Paulo Vianna e figurinos de Alexandre Colla. Quarta a sábado as 20:30h e Domingo as 19:00h Ingressos – R$ 12,00 devem ser adquiridos antecipadamente nos postos da “38ª. Campanha de Popularização do Teatro e da Dança”. www.sinparc.com.br. Bilheteria do Teatro da Cidade Quarta a sexta R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia) Sábado e domingo – R$40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia) Teatro da Cidade – rua da Bahia 1341 – Lourdes Tel: 3273-1050 www.teatrodacidade.com.br
Guto Muniz/www.gutomuniz.com.br/ allrightsreserved
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coluna Beto Haddad
O valor da gastronomia brasileira
C
omo havia escrito na matéria anterior, sobre a incrível feira peruana de gastronomia chamada MISTURA que ocorre todos os anos no mês de setembro e de sua fantástica organização, e fiz uma comparação com o desleixo das nossas autoridades governamentais com a nossa gastronomia brasileira, fica agora , outro exemplo de como nós brasileiros , estamos mal tratando nossa formidável cozinha. No mês de novembro, ocorreu a San Sebastian GastronômiKa Euskadi Saboreá-la, em San Sebastian, cidade do país basco, na Espanha, uma homenagem às gastronomias evolutivas, emergentes e diversas das Américas. Foram eleitas as gastronomias Brasileira, Peruana e Mexicana. Neste evento, foram convidados sete chefs mais representativos de cada país e os mesmos, fizeram palestras, apresentações e aulas para o público em geral de suas respectivas cozinhas. Se lá fora, já temos este conhecimento, porque aqui não há alguma movimentação nesta direção de divulgação para todo mundo. Porque nos estandes de turismo que o Brasil paga fortunas para se divulgar o turismo e nem se toca no assunto da nossa grande gastronomia? Só se fala de futebol, carnaval e mulheres, quase que estimulando um turismo sexual!!! Tem alguma coisa errada. Pesquisa feita recentemente sobre como as pessoas de vários países, enxergam nosso país , apresentada pela Revista Veja , abordou vários assuntos desde personalidades mais conhecidas, aspectos econômicos,
Beto Haddad
aspectos geográficos e políticos, mas nada da nossa gastronomia. Se perguntarmos aos gringos o que conheciam da nossa cozinha, iriam responder nada ou feijoada; churrasco ou caipirinha!!! Isto é certo!! O Peru detém um recorde no Livro Guiness de ter a maior variedade de pratos diferentes do mundo (491 no total). E por aqui, numa conversa informal com o chef Eduardo Avelar, que faz um trabalho de mapeamento dos terroirs de Minas Gerais, crê que só aqui no nosso estado, devemos ter mais de 300 variedades de pratos diferentes. Agora, imagine a variedade de pratos da cozinha nordestina, do norte do Brasil com suas raízes indígenas, da cozinha do centro oeste e a do sul de nosso país. Vai passar de 1.000, sem fazer força!!! Neste mês de janeiro, precisamente no dia 11, vai ser a primeira tentativa de se unir vários chefs de cozinha daqui para se formar um embrião desta divulgação da nossa cozinha. Inspirada na nossa Inconfidência Mineira, Eduardo Avelar (EM e TV Alterosa), Eduardo Maya (Comida Di Buteco) e Ralph Justino (Festival de gastronomia de Tiradentes) lançam a CONSPIRAÇÂO GASTRONOMICA com porte de chefs convidados a atuar do calibre de Ivo Faria (Il Vecchio Sogno) , Rodrigo ( Taste Vin ) , Memmo ( Amici Miei ) e outros chefs que estão despontando no mercado . A pedra fundamental estará lançada e contamos com vocês para a divulgação de um processo que não tem mais volta. A gastronomia mineira e brasileira vão decolar!! Espero eu !!!
“estamos mal tratando a nossa formidável cozinha”
* Beto Haddad é especialista em cozinhas asiáticas e consultor gastronômico. Já viajou o mundo aprimorando seus conhecimentos culinários e atualmente é o chef do restaurante de comida tailandesa Bangkok
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