The Red Bulletin Setembro 2015 - BR

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BRASIL

ALÉM DO COMUM

PALHAÇOS DE RODEIO

PROFISSIONAIS

QUE SALVAM OS PEÕES

PEGA

ZUMBIS Conversamos com Norman Reedus sobre vida simples, loucuras e a amizade com Slash

O FILHO DE ICE CUBE CONTA COMO É REVIVER O PAI NO NOVO FILME Straight Outta Compton Foto de portada por Michael Muller

SETEMBRO DE 2015




O MUNDO DE RED BULL

22 DONOS DA FESTA

Palhaços de rodeio precisam de tanta coragem e atitude quanto os peões

BEM-VINDO

4

“Sempre vivi um trabalho de cada vez.” NORMAN REEDUS, PÁG. 42 MICHAEL MULLER (COVER), JIM KRANTZ

Esta edição mostra bem as várias facetas da criatividade e coragem humanas: passamos uma manhã com o duo paulistano 6emeia, que pinta o mobiliário urbano e traz uma nova interpretação para a cidade; fomos a Clovis, nos EUA, conhecer os verdadeiros heróis por trás da festa do peão – atletas vestidos de palhaço que trabalham no resgate dos protagonistas do rodeio; e levamos o astro Norman Reedus a um pântano na Louisiana para pegar crocodilos. São histórias inspiradoras, assim como a de Ice Cube, rapper que virou ator e agora vê seu filho seguir os mesmos passos, e a de Mark Hunter, um blogueiro corajoso que hoje se tornou um dos fotógrafos mais respeitados no meio artístico.

THE RED BULLETIN


SETEMBRO DE 2015

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NESTE MÊS

FLASHES NA BALADA

GALERIA

Mark Hunter sabe captar os melhores momentos da noite como ninguém

8 FOTOS Os melhores registros do mês

BULLEVARD 15 CRIME E SUSPENSE O universo sombrio do entretenimento

DESTAQUES 22 Palhaços de rodeio

A história fantástica dos homens que salvam os peões

MARK HUNTER, ROBERT ASTLEY SPARKE, JASON MCDONALD, UNIVERSAL PICTURES

58 GRAFFITI EM SÃO PAULO

Eles estão transformando o mobiliário urbano de São Paulo com arte e criatividade. Conheça o duo 6emeia

36 ALBERT HAMMOND JR.

O guitarrista dos Strokes está lançando seu novo trabalho solo e diz como superou as drogas

36 Heróis do mês

O aventureiro Sean Conway, o rapper e ator Ice Cube e o guitarrista Albert Hammond Jr., dos Strokes

42 Norman Reedus

O protagonista de The Walking Dead sai para caçar jacarés

52 Na balada

O fotógrafo da vida noturna

58 6emeia A arte que muda a cidade

AÇÃO

38 ICE CUBE

O rapper e ator apresenta seu filho, O’Shea, no filme que conta um pouco de sua história: Straight Outta Compton THE RED BULLETIN

69 MOTOR

A italiana Ducati chega com uma nova aposta: a moto ultratecnológica. Conheça todos os segredos dessa novidade

65 O ESSENCIAL  Para quem quer ficar por dentro do mundo dos esportes, da tecnologia e do entretenimento 77 ESPECIAL  Inovações tecnológicas 82 EXPEDIENTE  Nosso time 84 MOMENTO MÁGICO Bike

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BASTIDORES THE RED BULLETIN SETEMBRO 2015

NOSSO TIME ESTE MÊS

SOUTH AFRICA

BEYOND THE ORDINARY

THE FUTURE OF THE SPRINGBOKS

GRAEME LENNOX

O fotógrafo Muller (à esq.) e nossa estrela de capa

Entre zumbis e jacarés “Ele pode sentir o meu medo”, diz Norman Reedus, protagonista da série The Walking Dead, depois de pegar um jacaré num pântano na Louisiana, EUA. Aos 46 anos, Reedus está mais acostumado a matar zumbis com flechas na pele do personagem Daryl Dixon, trabalho que o levou ao estrelato após tentativas como pintor e fotógrafo. Sua entrevista para o Red Bulletin aconteceu num lugar menos hostil, num hotel em Nova Orleans. Saiba como foi a partir da pág. 42.

O jornalista escocês entrevistou o triatleta Sean Conway. “Esse cara nada demais!”, afirma Lennox. “Ele é uma inspiração para qualquer pessoa que queira ser aventureira.” Confira na pág. 40.

Blood, sweat and big data

LEAP OF

FAITH

RED BULL X-FIGHTERS is back! PLUS Meet Drake McElroy, the ultimate FMX maverick

SEND IN THE CLOWNS

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THE RED BULLETIN PELO MUNDO MARK HUNTER

O Red Bulletin é publicado em 11 países. Acima, a capa da edição sul-africana.

Ele tinha 17 anos ao começar o seu blog de baladas, o polaroidscene.com. Hoje ele é o fotógrafo oficial de Katy Perry. “Ela era uma baladeira normal e ficamos amigos”, diz. Conheça sua história na pág. 52.

O fotógrafo Krantz com os palhaços de rodeio Josh, Tim e Eric, nos EUA

Baixe todas as edições em: redbulletin.com/howtoget

MAKING OF POR TRÁS DAS CÂMERAS

“Eles se vestem como palhaços e atuam como atletas.” JIM KRANTZ Jim Krantz teve seus trabalhos publicados no The New York Times, na Playboy e na GQ. Para o Red Bulletin, o fotógrafo registrou sua paixão pela cultura dos caubóis e seguiu os palhaços de rodeio, responsáveis pelos resgates dos peões (pág. 22).

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THE RED BULLETIN




TALLI N N , E STÔ N IA

DROP BOX JAANUS REE/RED BULL CONTENT POOL

Drew Bezanson entrou no mundo do BMX na distante província de Nova Escócia, na costa leste do Canadá. Duas vezes “Ramp Rider of the Year” e com apenas 26 anos, ele é um dos que ditam a moda entre a nata dos ciclistas de BMX Park. Em 2015, ­Bezanson venceu a competição Simple ­ ession em Tallinn (foto de um treino) pela S quinta vez. Sua receita da vitória: “caveman to barspin” – um salto da arquibancada para o quarter pipe com uma virada no guidão. As últimas do mundo das bikes: redbull.com/bike Foto: Jaanus Ree

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ANAH E I M , EUA

FESTA NA PISCINA CARLO CRUZ/RED BULL CONTENT POOL

O californiano Carlo Cruz vem fotografando b-boys há dez anos. Mas a fotografia embaixo d’água na piscina foi sua primeira vez. “O break dance é rápido demais para os olhos. Embaixo d’água, é possível capturar toda sua elegância.” Um pouco de improvisação foi necessária para dar as instruções à b-girl Ladie One (à esq.) e ao b-boy Villn de dentro da máscara de ­mergulho. “No final da sessão, já me sentia um e­ specialista da língua de sinais.” Todas as fotos em: redbullphotography.com Foto: Carlo Cruz

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CORTINA DE CASCALHO A descrição do percurso do Rally da Sardenha, uma das etapas da WRC, alerta os pilotos para ­“estradas estreitas com barrancos que não deixam espaço para erros” e uma “fina camada de cascalho” em grande parte do percurso. O finlandês Jari-Matti Latvala (VW Motorsport) mostra sua receita para lidar com o cascalho: pisar fundo no acelerador. Todos os rallies do circuito: www.wrc.com Foto: André Lavadinho

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@TWORLD/RED BULL CONTENT POOL

ALG H E RO, ITÁLIA



A energiA de red Bull em trĂŞs novos sABores.

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THE RED BULLETIN BULLEVARD INVESTIGAÇÃO!

CENA DO CRIME NÃO F*DE, SHERLOCK

PICTUREDESK.COM

Brilhante e esquisito, o Sherlock de Benedict Cumberbatch estabeleceu um novo padrão para os heróis policiais

Você pode se juntar a nós no grupo das “Cumberbitches”. Esta legião de autodenominadas fãs de Benedict Cumberbatch acompanha a ascensão do astro inglês desde o início. Ele já era um pilar da TV britânica antes de estourar como o temido detetive do seriado da BBC (fazendo como nos velhos tempos na televisão pública): Cumberbatch fez papéis em O Hobbit, recebeu indicação ao Oscar por O Jogo da Imitação e está no filme Aliança do Crime, com Johnny Depp no papel do criminoso Whitey Bulger. Mas é na frieza refletida em suas maçãs do rosto que este Sherlock dos tempos modernos nos conquistou. Depois de tentar acabar com ele, os britânicos finalmente deram um tempo no seu costume de pôr fim a seriados promissores (como The Office) e apresentarão mais uma vez Sherlock e Watson (Martin Freeman) para uma quarta temporada em 2016. Elementar, meu caro.

Um Sherlock moderno: Benedict Cumberbatch voltará ao papel na nova temporada da série

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BULLEVARD

THE RED BULLETIN APRESENTA...

FAZENDO MANCHETES

Johnny Depp pode conquistar um Oscar por sua interpretação do gângster de Boston Whitey Bulger. Quem interpretaria outros criminosos? DZHOKHAR TSARNAEV O TERRORISTA DE BOSTON O imigrante checheno provocou um pesadelo americano e estampou uma polêmica capa da Rolling Stone na qual parecia um símbolo sexual. Para equilibrar o que há de onírico e desprezível, é hora de dar a um dos jovens atores de Hollywood uma oportunidade.

Mulder e Scully estão de volta. Abaixo selecionamos duplas que gostaríamos de ver

JOHN McAFEE MILIONÁRIO DO SOFTWARE FORAGIDO

O cara certo seria: Adam Driver, na esteira do sucesso com o Star Wars de J.J. Abrams

Ele está em Belize. Não, na Guatemala. Não, ele está na Vice agora. Procurado pelas autoridades de Belize, que querem ouvi-lo no inquérito da morte de seu vizinho, McAfee personificou o ideal de sexo, drogas, dinheiro e violência por algumas semanas em todo o mundo. No momento, ele está oculto no Tennessee com sua nova mulher.

O cara errado seria: Zac Efron, na tentativa desesperada de fazer um papel mais sério

O cara certo seria: o “Aviador” Leonardo DiCaprio para reeditar a paranoia de Howard Hughes

OSCAR PISTORIUS O ATLETA PARALÍMPICO CONDENADO POR HOMICÍDIO

A VOLTA DE ARQUIVO X

SETH ROGEN / BETTY WHITE Uma dupla maconheira que precisa escolher entre enfrentar os piores vilões do mundo e… apenas queimar uma bomba e pedir uma pizza.

O cara errado seria: Ryan Reynolds — gracinha demais RONDA ROUSEY / THE ROCK A mulher mais perigosa do mundo e o cara que consegue enfrentar um terremoto: quem poderia contra isso?

O atleta paralímpico sul-africano foi condenado pelo homicídio da namorada. Sua alegação é de que a morte foi resultado da suposição que era um invasor. A Justiça o condenou por homicídio culposo. É necessário alguém que seja atlético, viril e ao mesmo tempo arrogante e iludido. O cara certo seria: Michael Fassbender, porque ele consegue fazer qualquer coisa O cara errado seria: Bradley Cooper – ele é carismático demais

KEVIN HART / JANE LYNCH O carinha hiperativo junto com a professora mais certinha da educação física colegial na história da televisão. Fogo com gelo.

PODEMOS SONHAR

Depp é o chefão do crime de Boston, Whitey Bulger, em Aliança do Crime

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A primeira temporada teve atuação magnífica de Matthew McConaughey e também bons momentos de Woody Harrelson. A segunda temporada teve Colin Farrell (bem), Taylor Kitsch (bem), Rachel McAdams (muito bem) e Vince Vaughn (…hã). Então, por que não tentar recuperar a glória? Tommy Lee Jones dá as bases; Charlize Theron, o magnetismo; e Jack Black rouba a cena.

CORBIS(5), WARNER, GETTY IMAGES(5)

Terceira temporada de True Detective


BULLEVARD

MISS MONEYPENNY

A BOND GIRL DEFINITIVA Relegada uma vez a ser apenas a assistente mais embriagada da MI6, com a fala “Você sempre teve uma língua afiada, James”, a função de Moneypenny foi mexida e sacudida com os tempos NAOMIE HARRIS 2012–atual Misteriosa na direção de uma Land Rover, perseguindo trens e dando porrada, esta linda sniper do começo de Operação Skyfall foi revelada ao final do filme como ninguém menos que uma Miss Moneypenny moderna. Ela volta em 007 Contra Spectre, que será lançado em novembro. Ela não vai deixar barato pra ninguém. SAMANTHA BOND 1995–2002 PTODD PLITT/CONTOUR/GETTY IMAGES, KOBAL COLLECTION(2), PICTUREDESK.COM

Falou a frase do “cunning linguist” sem mover um músculo da face. Digita. CAROLINE BLISS 1987–1989 Usa óculos. Agenda viagens. Vai a reuniões. Tem um caderninho. Digita. LOIS MAXWELL 1962–1985 Faz ligações. Passa batom. Arquiva documentos. Implora por joias. Digita.

Ela atirou no James Bond e conseguiu escapar. Que seja, erros acontecem

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BULLEVARD

O PIOR DIA DE L.A.

Sharon Tate,

homicídio Em 1969, a atriz, grávida de oito meses e meio, foi morta por segui­ dores de Charles Manson em sua casa de B ­ enedict Canyon.

Mel Gibson,

dirigir alterado Quem poderia imaginar que tomar uns drinques, depois pegar o carro e fazer declarações antissemitas ­acabaria com a carreira de alguém?

Lindsay Lohan,

dirigir alterada Foi este o local de sua segunda prisão em 2007 por dirigir alterada e estar em posse de cocaína.

Malibu

Baía de Santa Monica

Duro de Matar,

terrorismo O Natal de Bruce Willis quase foi por água abaixo quando ele enfrentou terroristas no Nakatomi Plaza — na verdade Fox Plaza –, na Century City.

Santa Monica

CIDADE DOS CRIMES

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TOM MACKINGER

Tanto no mundo real quanto no ficcional, Los Angeles atrai uma boa quantidade de perigosos malfeitores. O que aconteceria se todos os crimes famosos da cidade acontecessem ao mesmo tempo? Desculpe LAPD, vai ser um saco estar de plantão nesse dia

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Boogie Nights,

Bugsy Siegel,

assassinato Em 1947, o mafioso Bugsy Siegel foi assassinado na casa de sua namorada em Beverly Hills; o crime foi recriado no filme Bugsy, com Warren Beatty.

homicídio Quatro pessoas foram assassinadas em Laurel Canyon; estrela do pornô, John Holmes foi absolvido pelo crime. Virou o filme Boogie Nights – Prazer Sem Limites.

CA

L.A. – Cidade Proibida, corrupção policial Um policial interpretado por Russell Crowe descobre uma rede de prostitui­ ção num edifício histórico desenhado por Richard Neutra, em Griffith Park.

Griffith Park O Abutre,

Led Zeppelin,

perturbação da ordem Se você integrasse uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, entraria de moto no lobby do Chateau Marmont? É claro que sim.

obstrução da lei O personagem criado por Jake Gyllenhaal vaga pela cidade foto­ grafando crimes; seu domicílio é o Echo Park.

Beverly Hills Mid-Wilshire

Downtown

Culver City Notorious B.I.G.,

homicídio O rapper foi vítima de um motorista que passou atirando do lado de fora do Petersen Automotive Museum. Até hoje não solucionaram o crime.

Fogo Contra Fogo, roubo a banco A cena insana de dez minutos de ­tiroteio no banco mostra Robert De Niro e Val Kilmer assaltando a agência no centro com rifles.

Drive, formação

Ray Donovan,

suborno O personagem ficcional de Liev Schreiber comete uma boa dose de crimes para ajudar seus clientes; ele os tira da cadeia em Culver City.

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de quadrilha Fugir não é problema para o piloto de fuga Ryan Gosling; tampouco é espancar um cara até a morte. Ele e sua amada Irene moram perto do MacArthur Park.

Colateral,

assassinato O matador de aluguel Tom Cruise mantém o taxista Jamie Foxx refém enquanto completa sua lista de mortes a realizar pela cidade.

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BULLEVARD

NA BOCA DO POVO QUANDO O TIRO SAI PELA CULATRA Os criminosos mais burros do mundo

WAYNE WADE HOLLYWOOD, FLÓRIDA O ladrão deixou o celular na casa que tinha roubado e ligou depois para tentar recuperar. Quem atendeu foi um detetive, e o resto você pode adivinhar.

PAUL ROBERT BENSON MANCHESTER, INGLATERRA Se você vai roubar uma camisa na mão leve, tente não usar uma do Manchester United com o seu nome escrito nas costas.

Guns. Andy Warhol, ca. 1981-1982

O QUE TORNA UM CRIME POP?

Por que alguns casos viram notícia? Veja a seguir as 5 características que podem tornar um crime mainstream

PORMENORES EM CONFLITO Quando as coisas não batem. Quando o que uma das pessoas disse não está coerente com o que a outra disse. Os policiais não acharam a arma do crime. As amostras de DNA não batem. “Para mim, esses são os casos mais interessantes. Você compara provas e se pergunta: ‘Será que isso me convence ou será que me convence do contrário?’ ”

2.

ELE PODE SER INOCENTE? Se existe ao menos uma pequena possibilidade de que o acusado seja inocente, isso vai inspirar o debate. “Esses casos colocam os seus nervos à flor da pele porque algo assim poderia acontecer com qualquer um de nós. É só estar no lugar errado na hora errada.”

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JURADOS MALUCOS? Os jurados são colocados em um isolamento sem que opiniões e pensamentos vindos de fora sejam permitidos, o que geralmente faz com que se desconectem completamente da opinião pública ao proferirem o veredicto. “Nós nos sentimos mal quando não parece ter prevalecido um senso de justiça. É quando todo mundo tem uma opinião diferente da decisão do júri.”

KAINRATH

4.

QUANTO MAIS SANGUE, MELHOR Existe alguma coisa na violência excessiva e nos detalhes sórdidos de um assassinato que mexe com nossas emoções mais recônditas. “Nas histórias policiais, nós estamos diante do mais básico da natureza humana, e é por isso que esses casos são intrigantes. Quando existe uma coisa muito pouco comum nos crimes, as pessoas reagem a isso.”

Crimes são… DIETMAR KAINRATH

1.

3.

5.

TEMAS ATUAIS Histórias com temas socialmente relevantes que estimulam o debate público têm mais relevância do que qualquer outro ingrediente. “Um crime que mexe com os nervos das pessoas parece iniciar uma espécie de ciclo. É como se tivéssemos descoberto uma mina de ouro. É como a onda de histórias de assassinatos de jovens negros recentemente. Cada vez que há um novo caso, parece ser um padrão: imediatamente há um grande interesse da mídia.”

…uma questão de perspectiva.

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CORBIS, GETTY IMAGES

O escritor especializado em beisebol Bill James é conhecido por ter virado o esporte de cabeça para baixo com sua abordagem estatística para a construção de times. Mas, no seu tempo livre, o personagem inspirador de O Homem que Mudou o Jogo lê casos policiais – até agora mais de mil – e compilou estas histórias em um livro, chamado Popular Crime.

PETER WELSH e DWAYNE DOOLAN BEAUDESERT, AUSTRÁLIA Na noite de Réveillon, eles usaram um túnel que tinham construído para chegar ao interior de uma joalheria. Mas era um KFC. Eles roubaram a loja mesmo assim.


BULLEVARD

OLHA O PASSARINHO

ELES DESAFIARAM A LEI E VENCERAM Qual estrela foi acusada de que crime? Adivinhe o que cada famoso fez colocando a letra do crime pelo qual a celebridade foi presa:

6’4”

6’4”

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5’6”

5’6”

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4’8”

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2’6”

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2’2”

2’2”

1’8”

1’8” WIZ KHALIFA 1

JENNA JAMESON 2

VINCE VAUGHN 3

REESE WITHERSPOON 4

MARILYN MANSON 5

A. BRIGAR EM PÚBLICO — B. SUSPEITO DE DIRIGIR ALTERADO — C. AGRESSÃO SEXUAL D. POSSE DE MACONHA — E. DESORDEM Respostas: 1. D 2. B 3. A 4. E 5. C

FOTOS QUENTES

GETTY IMAGES(5), INSTAGRAM(4)

Quatro contas de departamentos de polícia no Instagram para seguir

Departamento de Polícia de Queensland

Departamento de Polícia de Reykjavik

Departamento de Polícia de Nova York

Departamento de Polícia de Portland

Seguidores: 9,2 mil Muita maldade e talvez uma fixação doentia no capitão Jack Sparrow. instagram.com/qpsmedia

Seguidores: 160 mil Policiais gostosas de uniforme, policiais fazendo ollies nos skates e bonecas. Vamos à Islândia. instagram.com/logreglan

Seguidores: 29,7 mil Veja policiais de Nova York prenderem criminosos e confiscarem provas aplicando os filtros certos. instagram.com/nypd

Seguidores: 1, 1 mil Em patrulha pela cidade com a mais bonita unidade K9 da Costa Oeste. Contém rosquinhas irônicas. instagram.com/portlandpolice

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PALHAÇOS DUROS NA QUEDA OS MAIORES HERÓIS PODEM ESTAR VESTIDOS DA FORMA MAIS RIDÍCULA: OS SALVA-VIDAS DE RODEIO SE VESTEM DE PALHAÇO E TIRAM OS PEÕES DO CAMINHO DE TOUROS ENFURECIDOS POR: ANDREAS ROTTENSCHLAGER FOTOS: JIM KRANTZ


O salva-vidas de rodeio Josh Daries na arena em Clovis, Califórnia: “Se você não tiver medo, é porque está louco”

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Os salva-vidas Eric Layton (à esq.) e Tim O’Connor (à dir.) ajudam um peão caído a se levantar. Eric e Tim desviam a atenção do touro para si, e o peão deixa de ser o alvo do touro enfurecido

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A TRANSFORMAÇÃO DE JOSH DARIES COMEÇA NA MANHÃ DE UM DOMINGO EM UM TRAILER ABAFADO AO LADO DA ARENA DO RODEIO DE CLOVIS, NA CALIFÓRNIA Josh Daries, 26 anos, magro, olhos azuis, coloca a coquilha e enrola os pulsos com faixas. Ele veste um colete de proteção de plástico rígido e faz movimentos circulares com os braços para conferir se está bem assentado. Essa é a primeira parte de sua transformação, a da segurança, a parte normal. Para a segunda parte da transformação, ele veste shorts jeans três números acima do seu – GGG – com barra desfiada. Depois tira da mala uma camisa colorida laranja estampada em rosa e vermelho e a veste por cima do colete de proteção. O final da transformação pede ainda um pouco de maquiagem. Josh usa um lápis violeta para desenhar círculos embaixo dos olhos e no queixo. Em seguida ele pinta a área dentro dos círculos com tinta branca. Josh faz uma selfie com seu iPhone para ver como ficou. O resultado ficou ­perfeito. Sua transformação está completa: Josh Daries é um gladiador fantasiado de palhaço. O seu trabalho vai começar em uma hora. Peões de rodeio na final em Clovis. A competição vai distribuir US$ 300 mil em prêmios

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Os salva-vidas Josh Daries (à esq.) e Eric Layton a caminho da arena. Sob as camisas coloridas os dois levam um colete de proteção de plástico rígido


“VOCÊ NÃO PODE RECONHECER A CORAGEM DE UM HOMEM PELA MANEIRA COMO SE VESTE.” Josh Daries é salva-vidas de rodeio. Um guarda-costas para os destemidos ­peões. Quando o touro derruba o peão, Josh atrai a atenção do touro para que o peão tenha tempo de correr até um ­lugar seguro – pelo menos essa é a versão ideal de seu trabalho. Na variante menos perfeita, o peão pode ficar com a mão presa na corda e ser arrastado pela arena por um touro de 900 quilos. Ou ele pode ficar caído 28

i­ nconsciente no chão. Nesse caso, é pre­ ciso que um segundo salva-vidas desvie a atenção do touro enquanto Josh se joga sobre o peão para protegê-lo com seu ­corpo, torcendo para não ser pisoteado. Os palhaços salva-vidas são os heróis anônimos dos rodeios. Homens vestidos com calças enormes e camisas coloridas que arriscam a vida para salvar os peões. As roupas chamativas foram herdadas da tradição dos palhaços de rodeio que

no início do século 20 eram responsáveis pela animação do público. “Isso faz parte da nossa tradição”, diz Josh, enquanto vai saindo do seu trailer, com o rosto pintado e a camisa chamativa. Há dois dias, Josh viajou com sua picape Dodge marrom para Clovis, uma cidade agrícola aos pés da Sierra Nevada, a quatro horas de carro ao norte de Los Angeles. A cidade com 100 mil habitantes é louca por rodeios. A festa vem sendo realizada THE RED BULLETIN


Josh Daries desvia a atenção do touro. “Ele responde pelo nome”


Acima: peão ferido com tala no braço. Abaixo: os salva-­ -vidas Tim O’Connor, Eric Layton e Josh Daries (da esq. para a dir.) se aquecem para a final do 101º rodeio de Clovis


Josh Daries participa de até 50 rodeios por ano como atleta salva-vidas. A maquiagem é parte da tradição deste esporte. Ela remete a uma época em que os salva-vidas eram também os palhaços que animavam o público

há mais de 100 anos. O brasão oficial da cidade mostra um caubói. Vinte minutos antes do início do rodeio, Josh está ao lado da entrada lateral da arena e alonga os adutores. “Pernas rápidas são meu seguro de vida”, diz. Ele tem que correr em um ângulo agudo em direção ao rabo do touro para que o animal tenha primeiro que se virar para então o perseguir. Aqui os centímetros são decisivos: “Se um coice acerta, pode me jogar longe ou quebrar costelas”, diz Josh. Em 1989, o peão Lane Frost morreu em consequência de um ataque de um touro. As costelas quebradas perfuraram seu pulmão. Josh teve sorte até hoje: duas operações nos joelhos, várias articulações deslocadas. Há dois anos um touro acertou o ­chifre esquerdo no queixo dele, que ficou

JOSH CORRE. O SUOR ESTRAGA SUA MAQUIAGEM THE RED BULLETIN

tonto e quase não conseguiu se levantar. Mas continuou em frente. Faltam só cinco minutos agora. Josh ajoelha na terra e faz sua oração: “Deus, proteja a mim e a meus colegas, aos peões e a todos os touros nesta arena”. Hoje três salva-vidas participam do ­rodeio. Os colegas de Josh vestem camisas estampadas azul-celeste e lilás. É a final do rodeio em touros, a principal modalidade do evento. A arena de Clovis tem 150 x 40 metros, e as arquibancadas de metal ficam nas duas laterais. Aproximadamente 7 mil pessoas vieram para assistir ao espetáculo. A música pop bomba nos alto-falantes. No rodeio, os peões têm que se manter por oito segundos sobre o touro, segurando com apenas uma mão na corda. Os jurados dão pontos para a elegância do estilo de montar em combinação com a dificuldade dos saltos do touro. O rodeio da ­cidade de Clovis faz parte da série de ­rodeios da Professional Rodeo Cowboys Association. Neste fim de semana, serão distribuídos prêmios num valor superior a US$ 300 mil. Na arena, Josh e seus colegas já começaram a despachar os peões um depois do outro. O homem em lilás corre a toda velocidade atrás de animais bufando.

O salva-vidas de azul tira os peões da zona de perigo. Para as estrelas do show, o perigo termina depois dos oito segundos. Para Josh ainda serão mais 19 peões. O suor estraga sua maquiagem. O lançamento de peão mais espetacular da tarde ficou por conta do touro chamado Crystal Deal. Ele bufa, salta e dá voltas. O peão agarra a corda com força. Em vão. Ele voa de cima do touro. Imediatamente os salva-vidas coloridos estão ao seu lado. O homem de azul levanta o peão. Ele está atordoado, mas vai ziguezagueando até a grade – salvo! O vencedor do rodeio vai levar um cheque de US$ 5 696 para casa. E os salva-vidas? “Não o suficiente para compensar o risco real”, diz Josh. Sua melhor recompensa é quando ninguém se machuca. Às vezes, um peão paga uma cerveja. Duas horas depois do rodeio, Josh está em frente à sua Dodge – de banho ­tomado e com uma camisa jeans bem p ­ assada. Ele já se transformou novamente. O que ele aprendeu com os oito anos de trabalho perigosíssimo em roupas de palhaço? “Que você não pode reconhecer a ­coragem de um homem pela maneira como se veste.” Mais sobre rodeio: www.prorodeo.com

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“Animal athletes” é como os peões chamam os touros. Aqui o animal atleta Crystal Deal lança um peão ao solo. Para os salva-vidas Eric (segundo da esq.) e Tim (à dir.) é hora de trabalhar

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Nesta foto, Eric distrai o touro. O peão foge o mais rápido que pode. Abaixo: os salva-vidas ocupam cada um 180 graus do ângulo de visão do touro


Após um dia duro no rodeio de Clovis, Josh Daries se retira para seu trailer. Mais tarde ele subirá em sua picape Dodge e dirigirá em direção ao próximo rodeio À esquerda: os peões cuidam dos ferimentos. Os melhores da série PRCA ganham mais de US$ 5 mil

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HERÓIS

“ME PREPARO PARA AS TURNÊS COMO UM ATLETA” ALBERT HAMMOND JR. Depois que o estrelato no

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Então você redescobriu os motivos pelos quais começou a fazer música? Sem dúvida. Queria que esse disco tivesse diversas camadas, de modo que você pudesse colocá-lo para ouvir no carro, com amigos, onde for. Mais do que isso. Queria que ele tocasse fundo, fazer com que você sentisse alguma coisa, com que as pessoas se identificassem com ele. Quando eu tinha 15 anos, a música mudou minha vida. Nada na escola fazia sentido. Todo mundo tinha tudo tão planejado. Tudo girava ao redor do dinheiro. E então – bum! – descobri Beatles e Velvet Underground. Me identifiquei com a música deles profundamente – não

Quando me preparo para sair em turnê, é como estar treinando feito um atleta que quer conquistar um campeonato. Meu treinamento é tocar minha guitarra. Eu também canto. Mantenho meu corpo em forma. Ando de moto e faço mergulho. Mas não é apenas uma questão de manter o corpo em forma, a mente também deve estar bem. Você precisa manter alto o seu ânimo. Você sente falta de fazer festas como uma estrela? Quando me lembro daqueles dias, é claro que sim. Às vezes sinto saudade até dos piores momentos. Mas, quando tenho essas recordações, não me imagino mais fazendo o que fazia. Penso em como teria sido bom,

uando Albert Hammond Jr., 35 anos, não estava tocando para estádios lotados com os Strokes, ele ingeria uma ampla gama de tóxicos. O que era previsível aconteceu. Mas antes de deixar a vida desregrada e ficar limpo, Hammond Jr. explorou uma profunda veia criativa em carreira solo. Após lançar o seu terceiro álbum, Momentary Masters, ele fala sobre sua recuperação e redescoberta.

usar meus olhos como uma câmera – não julgar nada, apenas assimilar tudo, como um arqueólogo chegando em um planeta extraterreno. Fiz isso nas festas. Fiz também quando saía. Era isso o que eu fazia. Em todos os lugares em que estava, apenas absorvia informação. E, no fim, foi isso que me ajudou a recuperar minha curiosidade. Você diria que passar por experiências fortes te ajudou nesse processo? Quando você está reduzido a uma operação em piloto automático e então é forçado

  : Deixar o vício foi crucial, mas como você voltou ao processo criativo?   .: Demorou um pouco. Houve uma janela de dois anos entre o momento em que eu parei de usar [drogas] até que começasse a me sentir normal. Eu questionava tudo o que tinha feito e não achava que tocaria novamente. Foi muito difícil. Eu tinha que marcar de ver um filme no meu calendário para não acabar simplesmente isolado no meu quarto. Parece um pouco bobo, mas meu terapeuta me disse para

“TENTO PERMANECER CONCENTRADO EM COLOCAR AS COISAS POSITIVAS EM PRÁTICA E BUSCAR NOVOS RITUAIS.”

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a encontrar uma maneira de sair disso, tem um aprendizado. Eu tive que dar novamente os primeiros passos apenas para querer me divertir novamente. Eu também tive que introduzir mais disciplina na minha vida. Eu acordo, pratico, me exercito. Eu tento permanecer concentrado em colocar as coisas positivas em prática. Hoje em dia estou constantemente em busca de novos rituais, e isso se aplica também às minhas músicas.

tinha nada a ver com pensamento, era só a ligação. E então, depois que ouvi uma música ou outra o suficiente, escutava um verso que subitamente tinha algo a ver com um momento da minha vida. Era como se eles me conhecessem! Quero ter esse mesmo efeito nas pessoas. Uma forma de encarar o vício é que você está levando seu corpo (e sua mente) ao limite. Mas há formas saudáveis de fazer isso, também…

naquela época, estar como estou agora. Se eu pudesse viajar no tempo, eu substituiria as festas por isso em qualquer momento. Também estou feliz de não ter mais altos e baixos emocionais. Existe o caminho do meio. Dá para compreender os hemisférios das suas emoções, mas pense a respeito delas e cresça a partir delas. Estou mais centrado agora. Duff McDonald alberthammondjr.com THE RED BULLETIN

JASON MCDONALD

rock’n’roll quase o matou, o guitarrista dos Strokes largou as drogas e redescobriu seu mojo


O título do novo álbum de Hammond Jr., Momentary Masters, foi tirado de um livro do falecido escritor e astrônomo Carl Sagan


HERÓIS

“AS PESSOAS PREFEREM VER NICE CUBE E NÃO ICE CUBE” ICE CUBE O rapper Ice Cube divide a cena com

seu filho, O’Shea Jackson Jr., em Straight Outta Compton, que estreia este mês

  : O’Shea Jr., por que foi importante para você viver esse papel? ’: Porque por mais importante que o filme seja 38

para todos, a história do N.W.A é mais importante para mim. É minha família. É o que fundamentou todo o resto. A história foi importante para fazer o certo. Quis assegurar que o filme fizesse justiça à figura do meu pai, era algo que eu poderia orientar. Conheço ele melhor do que alguém que apenas o estudou. Estou fazendo minha pesquisa há mais de 20 anos. Era só uma questão de aprimorar minha forma de atuar. : Não poderia estar mais orgulhoso. Contei para ele como me sentia de verdade fazendo algumas dessas cenas.

Não é um personagem ou ator. As pessoas veem um “Nice Cube” em vez do “Ice Cube”. O’Shea, que inspiração você teve da carreira do seu pai? ’: Observar a carreira do meu pai permite que eu me mantenha firme na minha individualidade, não importa o que digam. : Não quero que ele pense que tem que ser mais ninguém além dele mesmo. Quanto mais você tenta agradar aos outros e se afastar de si mesmo, mais infeliz você fica. Posso imaginar você passando por isso em Hollywood... : Eles estavam tentando encaixar o cubo em um quadrado, sim. O’Shea, ele solta muito essas pérolas?

“NOS MEUS FILMES EU SOU UM PERSONAGEM. JÁ OS MEUS DISCOS SÃO A VIDA REAL. EXISTE O ‘NICE CUBE’ E O ‘ICE CUBE‘.” Ele precisava saber o que eu pensava de todo mundo, o que eu pensava na época. Ele usou isso como munição. Foi perfeito, ele conseguiu reproduzir de maneira perfeita meu temperamento em cada situação. O’Shea, o que você aprendeu com seu pai? ’: Adquiri a sua coragem ao ver seu exemplo de liderança. Meu pai falou desde muito cedo sobre a importância de ser confiante. Se você

tenha no bolso, não importa que ele não tenha crescido no gueto, porque não precisou. Não se trata de onde você veio, o importante é onde está. O que você pensa quando olha para trás e analisa sua carreira? Não fico surpreso de agora estar fazendo filmes. Meus filmes são ótimos, eles vão bem, as pessoas assistem. Os filmes são produções. Meus discos são vida real.

’: [Rindo] Cara, o tempo todo! Eu estava indo para o zoológico uma vez. E ele disse: “Mesmo um leão pode sentir quando há muitas hienas” – para explicar que é necessário prestar atenção no que há em volta. Ele tem muitas frases assim. Eu adoro. Andreas Tzortzis Straight Outta Compton será lançado em 14 de agosto straightouttacompton.com THE RED BULLETIN

UNIVERSAL PICTURES

N

o final dos anos 1980, Ice Cube estava no auge da sua fama à frente dos pioneiros do rap N.W.A quando o estudante de cinema John Singleton o procurou para fazer um papel em seu filme. Cube primeiro disse que sim, mas começou a ter suas dúvidas quando iniciaram as filmagens. “Não achei que tinha capacidade, mas vi que podia me esforçar”, ele diz. O que o surgimento de Straight Outta Compton, o álbum de estreia do N.W.A, foi para o rádio, Os Donos da Rua, de John Singleton, foi para o cinema, e isso em grande parte deveu-se ao carisma e talento de Cube. Sua transição do microfone para o cinema foi natural, um sinal precoce da sua vontade de se arriscar, tanto diante como por trás das câmeras, com a sua empresa Cube Vision Productions. Hoje seu filho também está em cena – conversamos com os dois.

não tiver autoconfiança, como é que as outras pessoas vão confiar em você? Teve algum problema você não ter sido criado em Compton [subúrbio de L.A.]? ’: Eu não estava tentando fazer laboratório do gueto. Como ator, o que era importante é o que meu personagem estava pensando e, com o meu pai, eu tinha elementos e o jeito. Estava apenas sendo tão real quanto conseguia. : Quando você é negro, e você é negro nos Estados Unidos, você sente tudo isso na pele. Todo mundo olha para você como se você não tivesse nada, ou como se viesse direto do que chamam de gueto. Como meu filho, não importa quanto dinheiro


O rapper O’Shea Jackson Jr. (à esq.) está indo da música para o cinema – assim como seu pai, Ice Cube, fez no ­começo da carreira


HERÓIS

“UMA VIDA NORMAL ME ASSUSTA” SEAN CONWAY O triatleta, caiaquista de

resistência e fotógrafo profissional dedicou sua vida à aventura. Conway acredita que você também pode

tradicionais 12 horas. O local é segredo até o momento. Qualquer um pode ser um aventureiro? Sim. Eu tenho 1,72 metro e peso 65 kg. Não sou um atleta olímpico ou militar reformado. Sou um cabeludo que nunca teve jeito para esportes. Por sorte, as más escolhas que fiz nos meus 20 anos me forçaram a buscar coisas melhores.

Alguma de suas missões já deixou você com medo? Viver uma vida normal é o que me dá medo. Mas aventura nem sempre é atravessar os oceanos e escalar montanhas – é uma forma de ver as coisas. Você não precisa largar o emprego: você faz seu trabalho, mas nas horas vagas sai da casinha. Graeme Lennox seanconway.com

N

  : Em algum momento você pensou em desistir?  : Senti muita dor, mas sabia que podia continuar. A dor física você supera, mas o sofrimento emocional de fracassar fica. Como você se tornou um aventureiro profissional? Fiquei enjoado de apenas existir. Pedalei 16 mil milhas ao redor do mundo e acumulei muitas dívidas, mas deu certo e minha vida se transformou. Como as coisas mudaram? Ainda vivo uma vida simples. Não pago prestações, vivo em um antigo barco de 18,5 metros que comprei no eBay por 2 mil libras. Posso ser mais criativo com minhas ideias e fazer uma bolsa de estudos para financiar as aventuras de outras pessoas. Qual é o próximo passo? Estou disputando um Ironman, mas ele tem três meses de duração em vez das 40

JAMES CHEADLE

ascido no Zimbabwe, Sean Conway recentemente se tornou o primeiro a completar o Ultimate British Triathlon. Pedalando a extensão da Grã Bretanha em 2008, depois fazendo o mesmo a nado em 2013, ele terminou esta prova – equivalente a 38 maratonas consecutivas – em maio. Aos 34 anos, ele é muito distante do estereótipo do atleta de alto rendimento.

Sean Conway não segue ninguém na hora de se aventurar

THE RED BULLETIN



Uma curiosidade levou Norman Reedus a percorrer um caminho não convencional até o sucesso como ator. Agora que ele chegou lá, se mantém como um ­o utsider que nem mesmo Hollywood consegue domar. Fomos a Nova Orleans conhecer um cara que lida bem com fama, mas nem tanto com crocodilos

NORMAL

Fotos: Michael Muller  Por: Noah E. Davis 42


Embarcamos numa jornada diferente com o astro de The Walking Dead


Ele sempre quer mais. Talvez dirigir TWD? “Não quero dirigir meus amigos. Estou feliz em ser o Robin do Batman”

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Reedus resistiu às mudanças que a fama traz. Como? Porque ele já era um cara bem resolvido antes de ser uma estrela bem resolvida

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Ele é daqueles astros pés no chão. Viaja com o amigo Slash de moto para ir ao show do Kiss e faz isso parecer algo extremamente normal


D urante o verão, Norman Reedus grita através das ­estradinhas da Geórgia, todo vestido de preto e ­montado numa moto, como um homem disposto a enfrentar o apocalipse zumbi. Ele vai em direção ao set de The Walking Dead, o seriado de sucesso no qual ele é o astro que vive o arqueiro Daryl Dixon. A velocidade e a sensação de liberdade da moto produzem um borrão familiar, a constante mutação na vida de Reedus. O ator hoje está mais perto do que nunca esteve da estabilidade. Participa de incontáveis projetos, tem uma carreira em ascensão, recebe bom salário e é escalado para filmar um dos mais adorados ­per­sonagens do seriado que é um sucesso mundial. Mas seu ritmo de vida ainda é frenético, com a agenda tomada pelas gravações de TWD. Neste segundo ­semestre ele vai estrelar com Kate Winslet e Woody Harrelson o filme Triple 9, antes que TWD estreie sua sexta temporada no início de outubro. A fama chegou tarde para esse homem de 46 anos e isso foi bom. Fez dele um tipo de estrela incomum – bem-sucedido, famoso, mas ainda e sempre um outsider em Hollywood, com pés firmes no chão. “Eu nunca fui mimado”, diz em um hotel nos limites do French Quarter, em Nova Orleans, aparentando ser mais um skatista com seu boné de caminhoneiro e roupas pretas do que uma estrela do cinema. “Nunca esteve nos meus planos sequer pensar assim. E nem está agora. Eu ainda coloco o salgadinho e o pão na geladeira porque estou acostumado que meu apartamento tenha insetos. Eu ainda sou assim.” “Esse é o primeiro trabalho no qual estou ganhando dinheiro e sei que vou ganhar de novo. Eu sempre vivi com a mão na massa, de emprego em emprego. 48

É bom ter um fixo em vez de tentar encontrar um bico para pagar o aluguel do mês, fazer um programa de arte para pagar o aluguel do mês seguinte. Eu ainda sou assim. Mas cheguei lá.” O cara que para depois de poucos passos para ­selfies no Hotel Loews ou nas ruas de Nova Orleans é o mesmo que monta em sua moto para uma road trip sozinho ou passa a noite praticando arco e flecha no jardim. Ele interage do mesmo jeito com um barista do Starbucks ou com estrelas como Slash. “É uma curiosidade genuína”, diz Melissa McBride, que interpreta Carol em TWD. “Ele está sempre em busca de ideias. Adora ser estimulado e sempre ­observa tudo o que acontece ao seu redor.” Essa curiosidade é um instinto que ganha forma nele há anos. É uma longa história para explicar o sucesso dele ao resistir às mudanças que a fama traz. O ator se fez com uma vida inteira de aventuras internacionais que nunca tiveram nada a ver com a busca de fama e fortuna. Quando era criança, foi de cidade em cidade com a mãe enquanto ela procurava emprego depois de se separar do pai. Antes de ingressar na faculdade de direito, ele foi encontrar a mãe no Japão, onde ela vivia com o novo marido. Mais tarde, ela foi trabalhar como professora em um jardim de infância do Harlem, em Nova York, em um colégio de ensino médio do Bronx e ainda manteve uma escola americana no Curdistão. Por mais valente que seja Reedus, sua mãe parece ser ainda mais. Ele a compara com Mothra, o monstro de 6 metros inimigo de Godzilla. Em Tóquio, ela se apaixonou por um francês, depois uma banda foi morar no apartamento em que os dois viviam. Pouco depois se mudaram para Londres e invadiram uma moradia próxima do bairro de Clapham Common, ­revezando-se em uma loja de postais em Piccadilly, ganhando o suficiente para viver de cerveja e batatas até ser a vez de o outro trabalhar. De lá, Reedus se mudou para Sitges, uma pequena cidade na Catalunha, a uns 50 km a oeste de Barcelona. Hoje o lugar ficou chique, uma West Hollywood da Espanha, de acordo com o ator, mas naquela época não era bem assim. O apartamento também era humilde e saía água salgada do chuveiro. “Tinha o tamanho desta mesa”, ele diz, apontando para a mesa com duas pessoas à sua frente. “E era um paraíso. Foi um refúgio da vida por um tempo.”

“Ainda guardo o salgadinho e o pão na geladeira. Sou esse tipo de cara.”



Ele estava bêbado e reclamando em uma festa quando alguÊm o convidou para fazer uma peça. Um olheiro o descobriu na primeira noite


“Sou daquelas pessoas que não querem falar com ninguém depois de trabalhar. Não é ‘vamos sair e beber’. É mais um ‘f*dam-se ­t odos, vejo vocês amanhã’.” Uma garota que ele conheceu em Tóquio ligou para dizer que estava em Los Angeles e que ele deveria ir para lá também. Ele foi, mas ela reatou com um ex-namorado e deixou Reedus sozinho. Ele foi demitido de um emprego no qual consertava motos. E depois, como foi o caso em toda a vida aberta a novidades que ele viveu, a próxima aventura apareceu por acaso. Reedus estava bêbado e reclamando em uma festa em Hollywood Hills e alguém o convidou para fazer uma peça. Um olheiro o descobriu na primeira noite, e o resto é história. Para ele não tinha teste, era um trabalho após outro. Por oito meses do ano, durante as filmagens de TWD, a vida de Reedus não poderia ser mais distante do estereótipo de Hollywood. Enquanto o resto dos integrantes do elenco escolheu ficar em Atlanta, a capital da Geórgia, ele ficou em Senoia, cidade que ele descreve como uma comunidade hippie para pessoas ricas e brancas. No meio do nada, uma pequena e isolada cidadezinha onde ele conhece os vizinhos que mandam embora fãs que aparecem na frente da casa e tiram fotos da entrada e do seu carro. “Eu moro em Manhattan, então mato é um paraíso para mim”, diz. “Ando de moto, solto fogos de artifício e pratico arco e flecha nos fundos de casa. É mágico.” Ele ainda gosta de se refugiar. “Tem essa parte dele que ama a solidão e absorve o que existe em ­volta”, diz McBride. Para Reedus, a escolha é mais simples: “Eu sou ­daquelas pessoas que não querem falar com ninguém depois de trabalhar. Não é uma coisa ‘vamos sair e beber’. É mais um ‘f*dam-se todos, vejo vocês amanhã’ ”. Ele sorri ao dizer isso. A vida discreta e natural de Reedus está fundamentada em sua enorme fama. Ele tem 2,5 milhões THE RED BULLETIN

de seguidores no Instagram e outro 1,8 milhão no Twitter. Mas parece algo natural. Ele conta como a banda Kiss atrasou um show em Atlanta porque queria tirar uma selfie (sempre ele e as selfies) com ele antes que a maquiagem se desfizesse no show, e ele precisava chegar 15 ou 20 minutos atrasado porque estava filmando TWD. ­Então, ele e Slash – sim, ele é amigo do ex-guitarrista do Guns N’ Roses – aceleraram na estrada a caminho do local ao encontro de uma das maiores bandas do mundo, e os fãs tiveram que esperar eles chegarem. Reedus existe em um mundo particular, como qualquer celebridade, mas esse mundo se encontra com o mundo das pessoas normais com frequência. Em parte, isso é porque ele sempre foi ídolo de si mesmo, fazendo arte e percorrendo o Lower East Side de Manhattan com seus amigos modernos do mundo artístico e namorando a supermodelo ­dinamarquesa ­Helena Christensen, com quem teve um filho, Mingus, hoje adolescente. Parte disso é por sua condição de quem chegou tarde na festa do showbiz. Ele não era famoso até a metade dos seus 40 anos. Claro, ele ganhou um ­séquito depois de fazer Santos Justiceiros, filme cult de 1999 que atrai aquele tipo de fã que “corre do ­outro lado da rua para agarrar você”, mas era muito menor do que as massas que correm para a ­Comic-Con e vão ver os episódios com Daryl Dixon semanalmente. “É estranho que o seriado faça tanto sucesso”, ele diz sobre sua fama pós-Walking Dead. “Realmente gosto da ideia de viajar e de fazer arte. Eu provavelmente ainda faria isso, para falar a ­ver­dade. Gostava daquela época. Era muito bom. E isso acontecia até cinco anos atrás.” Reedus é o cara que apareceu para fazer uma ­ponta em uma bizarra série televisiva sobre zumbis e acabou ficando com o personagem principal. Ele que mudou o seriado, não o contrário. E então apareceu o crocodilo. Reedus está no meio de um pantanal na Louisiana, em uma plataforma precária que sustenta duas cabanas que devem ter sido bonitas nos anos 1990. Ele tem a companhia de uma equipe de foto e alguns domadores de animais, entre eles uma jovem loira que apareceu de trás de uma tábua velha e mergulhou a perna na água ao trazer o bicho no colo. Reedus é hardcore, mas não tanto assim. “Sou um garoto da cidade”, ­disse, poucas horas antes de o plano do crocodilo ter começado a se tornar uma realidade. Então, ele está segurando o animal, seus braços balançando com a força para mantê-lo imobilizado e talvez por algo mais. As fotos são tiradas e ele deixa o animal ir ao chão. “Tive a sensação de que ele sabia que eu estava com medo.” É a hora de partir. Enquanto Reedus vai embora no barco, ele se volta para a turma que permanece na plataforma e abana, fazendo uma conchinha com a mão como uma candidata a Miss América, fazendo uma brincadeira que faz com que ele e aqueles que são deixados temporariamente para trás riam. Depois de uma carga poderosa da hélice do barco, ele desaparece em direção à sua próxima aventura. Triple 9 estreia neste mês

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Mark Hunter: “Seul é a capital da balada da Ásia. Em nenhum outro lugar as pessoas piram como lá. Mais ainda sob o comando de Mademoiselle Yulia”

NA MIRA

DO COBRA “Quando Steve Aoki jogou uma torta no público em Las Vegas, ele acertou o flash da minha câmara por engano. Não importa. Valeu a pena”

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“A modelo Ingrid apresenta seu ‘biquíni de olhos’ na Semana de Moda de Miami. Aqui, ela aciona o interruptor na calcinha para acender o top”

QUANDO ESTRELAS COMO KATY PERRY E STEVE AOKI SAEM EM TURNÊ, ELES LEVAM MARK “THE COBRASNAKE” JUNTO. ELE É O CARA QUE SABE CAPTURAR A ESSÊNCIA DE UMA BALADA COMO NENHUM OUTRO. O MOTIVO? ELE CLICA SEM PENSAR POR: FLORIAN OBKIRCHER  FOTOS: MARK HUNTER

“Estes quatro amigos se perderam no Fuck Yeah Festival em Los Angeles. Ficaram tão felizes quando se reencontraram que rolaram no chão”


“Eu com minhas ­marcas registradas: bigode de ator pornô dos anos 1970 e ­camisa havaiana. As modelos vestem camisetas da minha coleção”

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oze anos atrás, Mark “The Cobrasnake” Hunter criou o polaroidscene.com. Um fotoblog em que ele, fotógrafo amador e com 17 anos, publicava diariamente suas fotos das festas mais piradas com amigos e famosos. A ideia era novidade e conquistou muitos fãs: em pouco tempo a página recebia meio milhão de visitas por mês, estrelas da música pop começaram a contratar Hunter como seu fotógrafo particular para documentar suas festas colossais. A razão de seu sucesso é seu estilo radical: suas fotos nuas e cruas das festas mais ­exclusivas dão ao espectador a sensação de estar ao vivo no meio do agito.

“Shaun Ross (à esq.) é albino. Winnie ­Harlow (à dir.) tem ­vitiligo. Os dois modelos estão virando o mundo da moda do avesso”

THE RED BULLETIN


“Esta garota levou uma tortada de Steve Aoki em Tóquio. A sua amiga não perdeu tempo e começou a lamber o chantilly do seu rosto”

“A bola de chiclete rosa tinha exatamente a mesma cor do seu batom. Estilo para conquistar o flash de qualquer fotógrafo”

“EU VASCULHAVA AS LIXEIRAS DOS CLUBES PROCURANDO ENTRADAS PARA O BACKSTAGE.” “A Coachella Party do czar da moda Jeremy Scotty tem a maior concentração de famosos: aqui as estrelas Ferras e Katy Perry”

“Quando fotografei as duas garotas numa festa em L.A., alguém estava oferecendo um cachimbo de maçã: ‘Quer um trago?’ ” THE RED BULLETIN


“NÃO PENSE MUITO. VÁ LÁ E FAÇA” Doze anos, 5 mil festas, 1 milhão de fotos: Mark “The Cobrasnake” Hunter nos contou como foi de fã que vasculhava lixeiras a fotógrafo preferido das estrelas the red bulletin: Mark, como fazer para se tornar o fotógrafo de festas mais requisitado do mundo? mark hunter: Siga minha filosofia de vida: não pergunte muito, faça! Quando comecei com a fotografia em 2003, tinha só 17 anos. Era muito jovem para conseguir passe de fotógrafo nos shows. Então, eu passava com a câmara pelos seguranças e ia para o mosh pit. Foi quando criou o Polaroidscene, o primeiro fotoblog da balada. A ideia surgiu porque nas festas as pessoas pediam para eu enviar as fotos por e-mail. Com o tempo, eram pedidos demais. ­Então, criei o site e distribuía cartões de visita nas festas. Hoje você viaja pelo mundo como fotógrafo oficial da turnê de Katy Perry e é fotógrafo habitual nas festas de moda de designers famosos como Jeremy Scott. Fotografei 5 mil festas nos últimos 12 anos e conheci muita gente. Em 2004, Katy Perry era só uma garota que amava a balada em Los Angeles e eu a fotografei. De repente, ela se tornou uma estrela. Como me conhecia de antes, ela confiava em mim. Existem instruções na internet de como fazer fotos com o look “cobra ­style”. Qual é o seu segredo? Nunca peço permissão para fotografar alguém numa festa. As melhores fotos são aquelas em que as pessoas não tinham notado minha presença. O DJ acabou de colocar um hit e as pessoas estão enlouquecidas. Não vou atrapalhar a onda pedindo para tirar uma foto. Isso acaba com o momento. E quando alguém não quer ser fotografado? Se alguém fizer um sinal, não fotografo. Não sou um paparazzo. Gosto de captar a magia da noite, gosto de mostrar a galera da balada em seus melhores e mais loucos momentos. Como convence as garotas a se soltarem em frente à câmara? Não animo as pessoas para que enlouqueçam. Pelo contrário. Elas me animam a fotografá-las quando estão loucas. O engraçado é que eu mesmo nunca fumei nem usei drogas em toda minha vida. E o que você faz com as garotas? Eu estou sempre vestido com bermudas e camisas havaianas. Pareço um bobo 56

“Estrela do mundo da moda, Jeremy Scott (à esq.), com a garota-prodígio do pop coreano CL (centro). Gravem este nome: ela vai conquistar o ocidente”

“Cara Delevingne e Kendall Jenner no hotel das estrelas, Chateau Marmont, em L.A. Cara é rock’n’roll puro, mesmo em ­vestido de gala”

“Momentos antes do desfile de moda de Jeremy Scott em Nova York: caos total – os únicos que mantêm a cabeça fria são as irmãs Hilton e Terry Richardson”

inofensivo, não o tipo de cara que vai ­arrastá-las para um canto. Assim ganho confiança. Você passa a vida ao lado de modelos e estrelas e ainda ganha para isso. O seu trabalho tem alguma desvantagem? Sim. Odeio quando as pessoas fazem pose em frente à câmara. Que dicas dá para quem quer ser ­fotógrafo de balada? Tenha iniciativa própria. No começo da minha carreira, eu revirava as lixeiras dos clubes buscando entradas para o back­ stage que alguém tivesse jogado fora. Não fui pedir a nenhum editor de revista para que me deixasse fotografar uma ­festa. Eu criei meu blog. O que um fotógrafo de balada faz durante o dia? Administro com amigos e fãs o Cobra ­Fitness Club. Nós sempre organizamos corridas e trilhas. Toco um som e dançamos sob o sol. Fazemos esporte, mas nos sentimos como se estivéssemos na balada. thecobrasnake.com

“Rave-sauna em Los Angeles, 3 da madrugada: as lentes da câmara ficavam embaçadas, mas esta mulher estava impecável mesmo naquelas condições”


“Na festa da Moschino em Los Angeles, meu amigo AJ tentou roubar a camiseta do urso de pelúcia gigante – um fracasso total”

“EU PAREÇO INOFENSIVO. NÃO O TIPO DE CARA QUE VAI ARRASTAR AS GAROTAS PARA UM CANTO.”

“A festa da Purple Fashion Magazine em Nova York foi um arraso: depois da foto, os rappers ATL Twins desapareceram cada um com três mulheres”


CIDADE HUMANA AS INTERVENÇÕES NO MOBILIÁRIO URBANO FEITAS PELA DUPLA 6EMEIA, FORMADA POR SÃO E DELAFUENTE, TÊM MUDADO O ENTORNO DOS MORADORES DA BARRA FUNDA E APONTADO OS HOLOFOTES DA ARTE DE RUA PARA O BAIRRO DA ZONA OESTE DE SÃO PAULO POR: CARLOS EDUARDO FREITAS  FOTOS: ROBERT ASTLEY-SPARKE

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THE RED BULLETIN


Um domingo qualquer: Sテグ e Delafuente saem para pintar os bueiros do bairro onde vivem


“Toda nuvem pode virar um rosto ou um bicho. Esse é o papel da arte. Apresentar aos outros coisas que nem todo mundo pode ver”

Homenagem ao quadro “The Son of Man”, de Magritte, na Rua do Bosque (Barra Funda)

Um peixe no lugar do bueiro em pleno Projac, no Rio de Janeiro

“O Fumante” (que foi apa­ gado) na esquina da Rua ­Boraceia com Rua do Bosque

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“QUERÍAMOS FAZER UM BOSQUE DE GRAFFITI: POSTES-GIRAFA, ORELHÕES-TARTARUGA.”


T

rês bueiros e uma faixa de pedestres estão despercebidos em frente à Praça Nicolau de Morais Barros Filho, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Enquanto o barulho do trem toma conta do silêncio das ruas numa manhã de domingo e peladeiros passam por baixo da grade que cerca a praça para chegar mais rápido ao campo de areia onde a pelada de domingo já rola desde cedo, dois sujeitos olham para os bueiros pensativos. Com um caderninho nas mãos, um deles ­rabisca uns traços, aponta para baixo. O outro responde e, algumas palavras depois, sacam de uma ­sacola garrafas PET cheias de tinta. E o bueiro do meio começa a ganhar uma nova cara. Literalmente. Os dois sujeitos em questão são Anderson Augusto, o SÃO, e Leonardo Delafuente, que formam uma dupla de artistas urbanos conhecida como 6emeia. Ativos sob esse nome desde 2006, os dois têm chamado a atenção com sua arte divertida, colorida e irreverente, que atrai a atenção de quem anda pelo bairro da ­Barra Funda, em São Paulo. Detalhes do mobiliário urbano que muitas vezes passam batidos no corre-corre ­diário de uma cidade que não para ganham ­cores, ­c­aras – e a simpatia de quem passa pelo lugar.

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Fotografar as pinturas prontas faz parte do ritual – tudo é publicado no site e nas redes da dupla

Nas mãos de SÃO e Delafuente, bueiros ganham rostos, conhecidos ou não. Tampas de bueiro ou de operadoras de telefonia viram bolachas, caixas de luz são transformadas em videogames, faixas de pedestre viram relógios – e, no fim, arrancam sorrisos de quem passa pelas obras da dupla. “As pessoas raramente param para observar o que está à volta delas ou fazem esse exercício de imaginação. Aceitam as coisas do jeito que são e, assim, um bueiro nada mais é do que um quadrado que engole a água da chuva. O que a gente faz é tentar humanizar a cidade por meio da arte”, comenta Delafuente. Os dois lembram a infância simples na vizinhança, em que não tinham dinheiro para comprar brinquedos badalados e precisavam usar a criatividade para se divertir. Sem um Ferrorama, um toquinho de madeira virava um carrinho. Uma caneta presa no centímetro 15 da régua virava um avião. “Toda criança brinca desse jeito, mas, quando fica mais velho, o sujeito fica mais quadrado, como quer o mercado. Você não pode mais sonhar. Só com as coisas que custam caro. Isso, a gente não perdeu”, conta Delafuente. “Toda nuvem pode virar um rosto ou um bicho. Esse é o papel da arte. Apresentar aos outros coisas que nem todo mundo pode ver.” O nome 6emeia traduz THE RED BULLETIN


6EMEIA É QUANDO O RELÓGIO OLHA PARA BAIXO bem o objetivo da dupla. Num relógio de ponteiros, 6h30 é o momento em que os dois ponteiros estão apontados para baixo. É justamente para baixo que quem quer notar o trabalho dos dois tem de olhar. Eles entram em ação toda manhã de domingo. “Pelo menos tentamos manter uma frequência, por mais difícil que às vezes seja”, diz SÃO. Enquanto os dois procuram caixas deixadas no lixo para misturar a tinta e começar o trabalho nesta ensolarada manhã de domingo de junho, muita gente do bairro passa e cumprimenta a dupla. “Vamos deixar bonito esse negócio aí!”, grita, de um carro, Dênis, amigo deles. “Por sermos da Barra Funda, todo mundo aqui nos conhece e sabe que somos nós que pintamos”, conta SÃO. Sabendo disso, muitos moradores, quando os encontram, convidam para que pintem alguma coisa na frente de suas casas. “Oferecem um chá, uma bolacha e acabamos indo, porque o SÃO não pode ouvir falar em comida”, ri Delafuente.

LONGA AMIZADE. Os dois artistas de rua se conhe­

cem desde os tempos de colégio. Fizeram o ensino fun­ damental e médio entre os anos 1980 e 1990 e, desde então, notaram o interesse comum pela arte e pela cultura pop. Num tempo sem internet, começaram a frequentar sebos. “Nossas referências vêm muito dessa época. São basicamente MTV e brinquedos dos anos 1980”, explicam os dois, que na adolescência gostavam de jogar videogame na casa de amigos e ir à Galeria do Rock, Meca da cultura roqueira e underground no centro de São Paulo, para caçar novidades musicais e culturais em meados dos anos 1990. No caminho, acabavam sempre se deparando com nomes do graffiti paulistano. “Muitas vezes, passávamos de ônibus e, quando víamos OSGEMEOS ou o Espeto pintando, parávamos para ver como usavam spray, a técnica ­deles”, lembra Delafuente. Vendo eles trabalharem, pensaram: “Se eles podem, eu também posso”. Após conversas e rascunhos no bloco de notas, os dois decidem desenhar uma menina soprando ­bolhas de sabão. Depois de misturar as tintas ver­ melha, azul e amarela para dar o tom da pele do ­desenho e começar a pintar a tampa do bueiro com um rolo ­pequeno, Delafuente conta que o 6emeia nasceu da ideia de transformar a Rua do Bosque, uma das principais do bairro, num bosque de graffiti. “Que­ríamos fazer os postes virarem girafas; os ore­ lhões, tartarugas; as tampas de esgoto se tornariam outros bichos; e os bueiros, cachorros, vacas...” ­Chegaram a fazer esboços num caderno, mas muda­ ram de ideia quando imaginaram que o trabalho ­poderia ser considerado vandalismo pelas interven­ ções em postes e orelhões. O que ficou foi a ideia de dar uma cara aos bueiros. “Se conseguíssemos pintar ­todos os bueiros do bairro, e olha que aqui tem bastante, de tanta enchente que tem ou já teve, já teríamos conseguido o que queríamos. Foi aí que nasceu o 6emeia”, conta Delafuente. THE RED BULLETIN

Últimos retoques de “Patrycja Dahl Soap Bubbles” numa esquina da Barra Funda

Desde então, tudo o que encontram nas ruas da Barra Funda vira assunto para a dupla, que começou a chamar a atenção dos moradores, de outros artistas e de fãs desse tipo de arte. “Conseguir incluir nosso bairro no circuito de graffiti, tão focado na Vila ­Madalena, no Beco do Batman, é muito legal.” Enquanto dão cor ao cabelo avermelhado da ­personagem desse domingo, outro pedestre passa. “Poxa, são vocês que fazem essas carinhas?” “Isso, nós mesmo!”, responde SÃO. “Pô, que da hora! Várias carinhas legais pelo ­bairro! Parabéns pelo trabalho!”

PRIMEIROS CONTATOS. Ainda que São Paulo

seja um centro da cultura na América Latina e receba exposições de grandes nomes da arte internacional, poucos dos 12 milhões de habitantes da cidade têm o hábito, o tempo ou dinheiro para frequentar museus e galerias de arte. SÃO, que dá aula de artes para adolescentes na zona sul da cidade, lembra que muitas exposições têm dias específicos com entrada gratuita, mas que quem cuida das galerias não gosta quando elas ficam populares demais. “Eles deveriam pensar ao contrário: com mais gente consumindo, mais gente vai produzir e todo mundo sai ganhando”, ele reflete. “No fim, nós aca­ bamos sendo o primeiro contato que muita gente tem com a arte. Tentamos dialogar com a cidade e ­levar arte para as pessoas. Por mais que existam m ­ useus e galerias, e os muros tentem separar a arte do povo, o graffiti e as intervenções levam isso para as pessoas”, afirma Delafuente. “Assim como acon­teceu conosco, muita gente vê nosso trabalho ou de outros artistas e acaba indo pintar também.” Já passa de meio-dia quando Delafuente dá os últimos retoques no rosto da menina enquanto SÃO finaliza o efeito da bolha de sabão que sai do ­último traço da faixa de pedestres. Ao final, os dois cumprem o ritual de fotografar a obra para divulgar no perfil nas redes sociais e no site, onde o desenho deste domingo, batizado de “Patrycja Dahl Soap Bubbles”, se juntará a outros já clássicos. Siga o 6meia no Instagram: @6emeia

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Explore. Descubra. Mergulhe.

AÇ ÃO ! VIAGEM

O LONGO CAMINHO DA QUEDA

Treine como um dublê

EIRIK GUSTAVSEN

Já pensou como é cair de uma altura de muitos andares, como um Alan Rickman de Duro de Matar? Esta é apenas uma das novas experiências radicais oferecidas pela European Stunt School (ESS) de Copen­ hague – um lugar em que, num espaço de apenas s­ ete dias, você pode aprender ­tudo, desde lutar igual ao Jason Bourne até atuar como se estivesse envol­vido pelas chamas. No entanto, esteja avisado: não é para os corações fracos…

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VIAGEM

EQUIPO

MOTOR

CULTURA

COMO…

AGENDA 65


AÇÃO

VIAGEM

Em sentido horário: estudantes batem espadas na European Stunt School; workshop de queimadas parciais e totais; como desarmar um atirador de cinema com um único golpe; um estudante recebe um treino prático

DINAMARCA Mais a explorar Subindo mais alto... Procurando mais emoção? O Urban Ranger Camp, localizado a 10 minutos do centro de Copenhague, tem o maior circuito de high-roping indoor. Escale e ande sobre cordas a alturas de até 50 metros. urbanrangercamp.dk

POR DENTRO

NEM SEMPRE DÁ PARA SAIR ILESO, ESPECIALMENTE DURANTE O TREINO DE LUTA. “VOCÊ NÃO TREINA PARA MACHUCAR NINGUÉM, MAS SEMPRE HAVERÁ UM MOMENTO EM QUE VAI LEVAR SOCO DE VERDADE”, DIZ MALM. “ISSO MOSTRA COMO HÁ CONTATO ENTRE PESSOAS QUE LUTAM.”

...e caindo depois Pular do prédio não foi o bastante? Tente um bodyflight jump na Copenhagen Air ­Experience. O único ­túnel vertical de vento da Dinamarca simula um salto de paraquedas – sem paraquedas. airexperience.dk

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Copenhague, Dinamarca Copenhague Quer aprender como ser um dublê profissional? Visite: europeanstuntschool.com

porque isso inclui isolar completamente ­alguns grupos m ­ usculares”, explica Malm. “Dançarinos terão muito mais facilidade de fazer bonito quando saltam.” É claro que são as atrações principais que os participantes acham as mais desafiadoras, sem contar as mais emocionantes. “Nas queimas e nas quedas é que nós tentamos minimizar mesmo o stress”, ele diz. “São muito perigosas, ainda que com todas as medidas de precaução. Você precisa estar absolutamente concentrado e pode ficar mentalmente exaurido depois de um dia. Mas as pessoas adoram!” Segundo Malm, cerca de 70% dos seus ­estudantes voltam para a ESS para cursos mais avançados, ou mesmo começam a trabalhar no ramo de dublês. “É importante para nós que as pessoas realmente aproveitem isso e construam uma rotina de treinamentos consistente, de modo que consigam se colocar lá fora”, ele diz. Em outras palavras? Isso pode não ser apenas uma semana de aventuras – pode ser o começo de uma carreira.

Melhor bar Comemore que você é agora um dublê de filme de ação com um drinque no Pussy Galore’s Flying Circus, um dos mais populares cafés de Copenhague, inspirado na inimiga de James Bond em 007 Contra Goldfinger. pussygalore.dk

EIRIK GUSTAVSEN

“O mais importante é que você esteja disposto a ser desafiado, porque vai ser desafiado”, diz ­Jacob Sebastian Malm, fundador da ESS. O workshop de luta intensiva tem como ­público-alvo novatos, o que significa que qualquer um pode aprender os truques ­ensinados – apesar de ser necessário algum preparo físico para isso. “Você treina por sete dias seguidos em um ritmo frenético e com alto impacto”, explica Malm. “É importante estar acostumado aos exercícios. Você ainda precisa ter espírito esportivo mesmo quando começa a doer um pouco!” Muitas habilidades estão no curso – incluindo artes marciais, saltos de grandes alturas (acima de 11 m), acrobacias, lutas com espadas, armas de fogo, parkour e as assustadoras “queimas parciais e ­totais” – nas quais até mesmo os ratos de academia chegarão aos seus limites. “Você pode ser o cara do Ironman, mas ainda assim vai ter dificuldade com o trabalho aéreo com os cabos e as presilhas,

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AÇÃO

EQUIPO

DESLIZANDO

Reorganize seu dia de trabalho com um kit bem urbano Quella One 2015 Bicicleta preta fixa

O quadro da Quella One pesa apenas 9,4 kg, tornando-a fácil de manobrar e perfeita para levar até o trabalho

Esta emblemática edição da bicicleta fixa da Quella permitirá que você fuja do trânsito com estilo. Se o Batman tivesse uma fixa, provavelmente seria esta. quellabicycle.com

Carregador Atom

Fones Skullcandy Grind

Console Arduboy

Simplesmente prenda o Atom na roda traseira de sua bicicleta e ele usará a energia gerada pelas pedaladas para recarregar seus dispositivos móveis. sivacycle.com

Estes discretos, porém imersivos, fones permitem que você pause, toque e pule músicas, além de atender ligações com muita facilidade, apenas batendo com o dedo. skullcandy.com

Torne a sua ida ao trabalho mais divertida com as adoravelmente nostálgicas distrações 8-bits deste clone de Game Boy do tamanho de um cartão de crédito. arduboy.com

Óculos Gunnar Vinyl

Capa Powell & Hyde

Capacete Morpher

Você passa o seu dia sentado diante de um computador? Estas lentes inteligentes filtram a luz branca que emana da tela, reduzindo os danos à vista. gunnars.com

Esteja sempre preparado para aquela chuva que aparece sem aviso com uma leve capa da Helly Hansen, completa com um capuz especial para capacete com detalhes refletores. hellyhansen.com

Este capacete premiado dobra em dois quando não está protegendo sua cuca, economizando espaço na sua mochila. Muito útil para quem pega bike pública. morpherhelmet.com

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AÇÃO

EQUIPO

DE VOLTA PARA O FUTURO

O novo clássico automático da Swatch Por Gisbert L. Brunner Em 1983, a Swatch lançou o seu primeiríssimo relógio de pulso – um modelo mínimo da moda com um mecanismo que consistia de apenas 51 partes. Passados 30 anos, a fabricante de relógios suíça honra sua simplificada descendência com o Sistem51, um relógio com o mesmo número de componentes que o original, todos firmados com uma única rosca central. Diferente do clássico dos anos 1980, no entanto, as especificações técnicas do Sistem51 são atualíssimas. O relógio conta com um sistema automático de corda, o que significa que não é preciso bateria. O motor automático ganha corda com os mais sutis movimentos do pulso e se mantém funcionando por até 90 horas, mesmo se estiver na sua mesa de cabeceira. É claro que, tratando-se da Swatch, o design é a prioridade máxima: a coleção Autumn 2015 tem doze modelos – desde o atômico Pink até o espetacular Class, azul e preto –, cada um com um painel traseiro transparente para ver os 51 componentes operando. swatch.com

VALOR DE FACE

Relógios que se dão corda e não quebram a banca Por G.L. Brunner

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Longines HydroConquest

MeisterSinger NEO

Sinn 556 I

O metálico HydroConquest com coroa giratória resiste a uma pressão de até 30 bares. Tem rotação unidirecional com marcações bem definidas e o movimento de corda automática ETA 2824-A2 com uma reserva de energia de cerca de 38 horas. longines.com

Com apenas um ponteiro, que marca as horas, o MeisterSinger NEO é um relógio de pulso para quem é pontual. A caixa metálica e resistente a até 3 bares na água conta com o movimento de corda automático Sellita SW200-1, muito similar ao ETA 2824-2. meistersinger.net

De design esportivo, o Sinn 556 I consiste nas funcionalidades mais essenciais. Com diâmetro de 38,5 mm e caixa de aço inoxidável, conta com o mesmo mecanismo ETA 2892-A2 do Longines HydroConquest e tem resistência de até 20 bares na água. sinn.de

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AÇÃO

MOTOR HORA DE CORRER

Linda e potente: a Ducati 1299 Panigale S está com tudo

Itens para melhorar sua experiência

Loja da Ferrari em Milão Fãs da Ferrari: apareçam na nova loja no Palazzo Ricordi, em Milão. Tem até simuladores de F1. ferrari.com

BOA PARA AS RUAS Coleção Bremont Jaguar A Bremont se juntou com a Jaguar para criar dois relógios com o tema do famoso E-Type. Os relógios MK I e MK II têm como modelo e inspiração o carro-lenda dos anos 1960. bremont.com

A Ducati ganha ultratecnologia

Superbikes têm que ter potência. E ser lindas. Mas poucas podem dizer que são lindas e potentes como a última da Ducati. A 1299 Panigale S suaviza alguns dos menos desejáveis itens da 1199: tem um motor maior, sim, mas tem também mais conforto, com a especificação S e uma série de buzinas e sinais eletrônicos. Comparada com o modelo standard, a S tem agora as rodas Marchesini, os faróis LED e, mais importante, um sistema de suspensão semiativo. A suíte eletrônica é parte do apelo da 1299, tirando o máximo da habilidade do piloto. Ligada a sensores inerciais inteligentes, a moto adapta constantemente os ajustes de suspensão e parâmetros de freio em linha com os modos selecionados pelo usuário. O motor entrega 205 cv, mas a inteligência on board existe para controlar isso com o ABS sensível ao ângulo da curva, controles de inclinação e tração. É uma moto que vai chamar a atenção dos entusiastas da Panigale e trazer mais pilotos para o lado da Ducati. ducati.com

O MELHOR DOS MUNDOS O novo 911: uma decisão fácil Coleção Bentley Bentley é um sinônimo de qualidade e mostra isso nos mais novos produtos para corrida, desde as jaquetas de couro até seus luxuosos cachecóis de kashmir. bentleycollection.com

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Nos últimos anos, a piada é que a Porsche lança um novo 911 a cada dois meses. Há muitos novos modelos no mundo, é verdade, agradando a cada subnicho em um mercado que já é consideravelmente limitado. Agora foi lançado o novo 911 GT3 RS – o 911 para motoristas que não conseguem se decidir entre um carro para pista ou para as ruas. O GT3 RS tem todo o potencial para competições que a Porsche achou que poderia colocar em um modelo permitido para as ruas, com motor 4.0 de seis cilindros, potência de 500 cv e uma versão sob encomenda do câmbio PDK, da Porsche. Faz de zero a 100 em 3,3 segundos, mas talvez sua mais importante característica seja uma volta no lendário circuito de Nordschleife em 7 minutos e 20 segundos. Bota o Carrera GT no chinelo. porsche.com

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AÇÃO

CULTURA ATRAÇÕES QUE VÊM AÍ

Sucesso global: Rupert Friend como o Agente 47

Prepare-se para ir às compras

TV Legends of Tomorrow Esta série – que é derivada de Arrow e The Flash – tem o Doctor Who ­Arthur Darvill como Rip Hunter, um viajante do tempo que junta uma turma de super-heróis do­ ­pre­sente para enfrentar vilões que ­ameaçam o futuro. dccomics.com

FILME

VESTIDO PARA MATAR A franquia do jogo Hitman terá uma adaptação para o cinema, Hitman: Agente 47. Nós rastreamos o protagonista, o britânico Rupert Friend THE RED BULLETIN: Quem é o Agente 47? RUPERT FRIEND: Ele é um assassino que foi geneticamente modificado para ser mais rápido, mais forte, mais inteligente… Mas também tem uma anomalia bizarra na sua modificação genética que o torna um pouco mais humano – o suficiente para que seus proprietários o percebam como uma ameaça e tentem acabar com ele. Eu achei isso bem interessante, a ideia de que sua suposta falha possa ser sua maior força. O filme é baseado em uma bem-sucedida série de videogame. Você sentiu a pressão dos fãs? Existe a pressão, mas eu acho bom. O fato de existir uma legião de fãs coloca expectativas no alto, como deve ser. Como você dominou os aspectos físicos do papel? Tem que estar em forma, senão não tem jeito. O público entende do negócio e sabe quando você corta para um dublê. Então, tive a satisfação de fazer várias cenas perigosas. Treinei boxe, muay thai, judô, krav magá… isso tudo me ajudou muito. Qual foi a cena mais difícil de fazer? Há um momento em que meu personagem é algemado em uma mesa e tem que subir pelo corpo de outro cara, dar uma gravata no pescoço dele com as duas pernas e levá-lo para o chão. Tive de repetir isso umas 50 vezes. Você fica bem íntimo das suas partes mais pessoais. Hitman: Agente 47 estreia no dia 27 de agosto. Para mais informações, acesse www.foxmovies.com

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LIVRO Trigger Mortis

QUEM É O AGENTE 47?

O mais novo suspense de James Bond, escrito por Anthony Horowitz com ­material original do criador do 007 Ian Fleming, serve como uma sequência para 007 Contra Goldfinger e tem a volta da mais famosa Bond girl de todas, Pussy Galore. orionbooks.co.uk

Três coisas que você precisa saber sobre ele: Clone melhorado O código de barras tatuado no seu pescoço (640509-040147) dá as pistas: a primeira parte é a sua data de “nascimento”, 04 é o número de série, 01 é o modelo e 47 é o pedido de fabricação. Bem viajado Ao longo de cinco versões do game, 47 deu os seus tiros em países como Rússia, Japão, Holanda e Colômbia. Boa pontaria Ele domina diversas armas, mas as suas favoritas são duas pistolas customizadas AMT, ­conhecidas como “Silverballers”.

VIDEOGAME Mad Max Construa a máquina de guerra definitiva e assuma a personalidade de Mad Max na sua luta para escapar da Terra ­Desolada. Muita explosão neste game inspirado no filme, com lançamento previsto para setembro para PS4, Xbox One e PC. madmaxgame.com

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CULTURA REI DAS PISTAS No seu livro Electrochoc – finalmente publicado em inglês neste mês – o lendário DJ francês LAURENT GARNIER revisa uma carreira de 30 anos, nos quais ele tocou nas melhores boates do planeta. A seguir, Garnier aponta quais foram suas favoritas…

Panorama Bar, Berlim “Este é o único lugar do planeta em que o tempo se deteriora completamente. Você entra à meia-noite e quando vê já é meio-dia. O motivo é que as pessoas são aconselhadas a não usarem o telefone, o que ajuda você a se isolar do restante do mundo.”

Concrete, Paris “Hoje em dia, o movimento techno francês está mais forte do que nunca. Se você quer ter a experiência de ver os melhores DJs novos, deve ir às lendárias festas das tardes de domingo da Concrete num barco no Rio Sena.”

Womb, Tóquio “Se você é convidado a tocar na Womb como DJ, é um grande ponto a seu favor na noite, porque este lugar futurista – meio como o set de filmagem de Blade Runner – tem um dos melhores sistemas de som da Terra. Além disso, o público japonês é inigualável e muito animado.”

AÇÃO

PLAYLIST A$AP FERG O nova-iorquino A$AP Ferg incorpora um novo protótipo do rap. Com seu coletivo A$AP Mob, liderado pelo comandante A$AP Rocky, eles não apenas estão mudando a cara do gênero ao injetar batidas viajantes no hip hop mainstream como também fizeram uma bem-sucedida incursão no mundo da alta moda. Ferg se juntou recentemente à estilista Astrid Andersen para escrever tanto a trilha sonora do seu desfile de outono/inverno 2016 quanto de um filme de moda sob encomenda, Water, no qual ele também aparece (assista em redbull.co.uk/ catwalkstudio). O Red Bulletin perguntou ao rapper de 26 anos quais foram as músicas que mais o influenciaram na carreira, além dos seus próprios marcos musicais.

A$AP Ferg

DMX

“Work”

“Ruff Ryders’ Anthem”

“Comecei a escrever poesia quando era garoto porque eu recitava na aula e sabia que faria as meninas sorrirem. Foi só uma diversão no começo, até esta música, com a qual comecei minha carreira. Esta foi a minha primeira faixa que rodou o mundo. Acredito que seja porque fui muito verdadeiro ao falar sobre meu pai, que morreu: ‘Vejo meu pai no céu, ele será o D... mais real de todos’.”

“Fico nostálgico toda vez que escuto esta faixa porque ela lembra minha juventude. Eu tinha cerca de 10 anos quando foi lançada. Meus amigos e eu passeávamos pelo Harlem com nossas bicicletas, dando cavalinhos de pau como os caras no clipe e cantando. O estilo de DMX era inovador na época. Não importando o que faça agora, ele plantou essa semente e me ajudou a encontrar minha voz.”

Mary J. Blige

A$AP Rocky

“You Remind Me”

“Peso”

“Nos anos 1990, meu pai fez os logos para grandes selos do hip hop, como o Bad Boy Records, de P. Diddy. Então ele tinha todos os novos CDs assim que saíam. Este foi um dos primeiros sons da sua coleção que tiveram um impacto real em mim. Adorava o clipe em que as garotas estão vestidas com jaquetas baggy e joias. Foi a primeira vez que eu vi hip hop e moda caminhando lado a lado.”

“Rocky e eu nos conhecemos desde que éramos adolescentes. Ele foi sempre muito talentoso, mas criou um gênero totalmente novo com esta música. A forma como ele jogou para baixo os vocais soou completamente novo. No clipe, ele vestiu roupas pretas altamente sofisticadas misturando com moda da rua. Foi uma época monumental porque senti que estávamos fazendo alguma coisa grande.”

GADGET

Here Active Listening Estes fones de ouvido mudarão a forma que você ouve o mundo. Conecte-os ao seu smartphone e ele vai transformar barulhos específicos – choros de bebês, motor de trens, conversa de escritório – enquanto você escuta música. Ele também melhora sua experiência ao ouvir música ao vivo: dá para diminuir o volume se estiver perto demais do amplificador, ou destacar mais o baixo de uma batida. dopplerlabs.com

A$AP Ferg “Dope Walk” “Uma música que teve um impacto na minha carreira é o meu single atual. Ele tem o verso ‘Meu passo é mais malvado que o de Cara Delevingne’, o que motivou uma divertida troca de mensagens no Twitter entre mim e ela, e fizemos um vídeo juntos no FaceTime. Nele, mostro a ela a ‘dope walk’, que é quando você vê uns drogaditos andando na terra dos sonhos e então eles acordam e dão um pulo.”

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AÇÃO

COMO...

COMBATER UM INCÊNDIO FLORESTAL Ano passado o bombeiro Morgan Reilly controlou um incêndio que se espalhou por cerca de 1 milhão de hectares em uma floresta canadense. Reilly, 23, tem uma equipe de quatro pessoas com um “chefe do fogo” (“o cara que faz um heliponto em uma floresta em 20 minutos”) e dois “jumentos do pântano” (“que operam bombas e mangueiras”). Sobre o fogo de 1 milhão de hectares, Reilly afirmou: “Centenas de equipes de quatro pessoas trabalharam por meses para extingui-lo”. Incêndios florestais são imprevisíveis. “Incêndios me emocionam, mas é meu trabalho apagá-los”, diz.

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Faça o seu incêndio “Uma parte legal do trabalho é o incêndio preventivo: queimar algumas partes da floresta – por exemplo, áreas onde passou um tornado e que têm muita madeira seca – para prevenir incêndios futuros. Para as queimas maiores, nós usamos um helicóptero com um pinga-fogo despejando diesel em combustão no mato.”

Use ataques aéreos

“Nós usamos as bombas no solo e temos aeronaves – bombardeiros capazes de jogar até 6 400 litros de água a cada vez. Como líder da equipe, eu me comunico com todo mundo no chão e também no ar. É muita coisa para se pensar ao mesmo tempo.”

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Ter espírito de equipe

“Nós estamos preparados para combater um incêndio por até 19 dias com tudo de que precisamos: comida, roupas, equipamento. Não existe celular, e nossos telefones por satélite só podem ser usados para trabalho. Nesses casos, a equipe se transforma em sua família – você está com ela o tempo todo, 24 horas por dia.”

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Saiba quando não tem jeito

“A parte mais difícil é manter a calma. Se todo mundo for capaz disso, funciona 90% do tempo. No meu primeiro incêndio, em 2011, foram os outros 10%. Fomos para uma ilha em um lago, a 500 metros da margem, onde havia um incêndio enorme. Por cerca de uma hora, nós vimos o fogo aumentar. Não havia nada que pudéssemos fazer. Na manhã seguinte, a ilha inteira estava em cinzas.”

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Seja forte “O trabalho exige muito do físico. Todos os anos, temos que fazer uma prova: 31 voltas em um circuito de 40 metros, subindo e descendo rampas em forma de ‘V’ carregando bombas de 28 kg ou mangueiras de 25 kg. Tudo em um prazo de 14 minutos e meio. Não é mole.”

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MARK THOMAS

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GRAB YOUR PIECE OF THE ACTION


AÇÃO

AGENDA

Você está pronto para receber estes caras?

Uma das bandas que ajudaram a redefinir o rock nos anos 1990 está entre as principais atrações do Rock in Rio, que acontece entre 18 e 27 de setembro. Mas você ainda pode assistir à apresentação do Faith No More em São Paulo, no Espaço das Américas, no dia 24. Mike Bordin, Roddy Bottum, Billy Gould, Mike Patton e Jon Hudson vão levar os fãs ao delírio com hits como “Easy”, “MidLife Crisis”, “Epic”, “From Out of Nowhere e “Falling Into Pieces”. www.fnm.com

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8 de setembro Amistoso

12 de setembro Projota

Washington, EUA

São Paulo, SP

Os preparativos para as Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia 2018 começam com um duelo difícil para a seleção canarinho. Dunga e seus comandados enfrentarão os Estados Unidos no território deles. A equipe americana está embalada após uma boa participação na Copa Ouro e ótimos resultados em amistosos contra Holanda e Alemanha. É mais uma tentativa de superar a crise do futebol brasileiro. cbf.com.br

O rapper paulistano Projota, que recentemente figurou na lista do Spotify como um dos mais tocados no país, fará show único no Audio Club, em São Paulo. O show marca o lançamento de seu novo trabalho, Foco, Força e Fé. No single que leva o mesmo nome do disco, Projota exalta suas influências variadas, que vão de Kurt Cobain a Sabotage. Ele já é um símbolo do novo rap brasileiro. projota.com.br

15 a 25 de setembro Futsal

Foz do Iguaçu, PR Em meio a conflitos internos na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), está confirmado para setembro a Copa América de Futsal. O torneio deveria ter sido realizado em março, também no Brasil, mas foi cancelado. Foz do Iguaçu é uma das capitais do esporte no Brasil e promete realizar um evento de grande porte. Vamos torcer para os nossos craques! cbfs.com.br

O Brasil vai com tudo no futsal

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DUSTIN RABIN, DIVULGAÇÃO (2), SAMO VIDIC/RED BULL CONTENT POOL, INVISION 2013

24 de setembro Faith No More São Paulo, SP


SHOWS NA AGENDA

1 a 6 de setembro Vôlei de Praia Rio de Janeiro, RJ

Copacabana recebe o Circuito Mundial de Vôlei de Praia na arena que será utilizada na Olimpíada de 2016 e servirá como evento teste para as competições. Além do local, o formato de disputa do torneio também será realizado nos mesmos moldes do que ocorrerá em 2016. O torneio principal será composto por 24 duplas em cada gênero, com seis grupos de quatro times. Estarão na disputa os 14 times mais bem classificados. cbv.com.br

23 a 27 de setembro Paraty em Foco

Paraty, RJ A feira internacional de fotografia de Paraty, a Paraty em Foco, chega à sua 11ª edição com workshops, exposições e debates sobre a representação e a autorrepresentação na era dos dispositivos eletrônicos. paratyemfoco.com

Algumas pedidas para agitar o mês

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setembro Iron & Wine

As areias de Copacabana estão prontas!

A partir de 15 de setembro Frida Kahlo

São Paulo, SP O Instituto Tomie Ohtake recebe a exposição Frida Kahlo e as Mulheres Surrealistas no México, com telas da artista mexicana que é considerada uma das maiores pintoras do século 20 e outros grandes nomes. institutotomieohtake.org.br

A partir de 18 de setembro Rock in Rio

Rio de Janeiro, RJ Um dos maiores festivais do mundo – e com a cara do Brasil – volta com tudo em 2015. Após edições em Portugal e Las Vegas, o Rock in Rio aporta em sua terra natal com atrações que vão de Katy Perry (foto) a Metallica, passando por Queen e Erasmo Carlos. É agito para todo tipo de apaixonado por música. rockinrio.com

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Sam Beam, mais conhecido como Iron & Wine, é musicista, cantor folk e compositor. Seu primeiro trabalho foi escrito, executado, gravado e produzido por ele em um estúdio caseiro. Sua apresentação acontece no CineJoia. cinejoia.tv

13 de setembro Atletismo São Bernardo do Campo, SP

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setembro Skank A banda mineira agita Belo Horizonte com apresentação única no Chevrolet Hall. Representante do rock nacional dos anos 1990, o Skank já é uma das principais bandas da história do rock-pop brasileiro, com mais de 20 anos de carreira. chevrolethallbh.com.br

Principal meeting latino-americano, o GP de Atletismo deste ano terá, no masculino, disputas dos 200m; 400m; 1 500m; 110m com barreiras; 400m com barreiras; salto em altura; salto em distância, arremesso de peso; e lançamento de martelo. No feminino, acontecerão os 100m; 400m; 800m; 3 000m; 400m com barreiras; salto com vara; salto triplo; e lançamento de disco. No ano passado, em Belém, uma das atrações foi o jamaicano Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100m. Entre os brasileiros, Mauro Vinicius Duda da Silva, bicampeão mundial indoor do salto em distância foi o destaque. cbat.org.br

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agosto Clap Your Hands Say Yeah

Uma das grandes bandas da cena indie, o CYHSY chega ao Brasil para comemorar dez anos de carreira e tocar o primeiro álbum na íntegra. Imperdível. cyhsy.com

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MAKERS OF THE ORIGINAL SWISS ARMY KNIFE I WWW.VICTORINOX.COM


O MUNDO

DO AMANHÃ À M E D I D A Q U E A S S T A R T U P S E I N O V A Ç Õ E S S E M U LT I P L I C A M A O L H O S V I S T O S , B U S C A M O S A S Ú LT I M A S T E N D Ê N C I A S D A T E C N O L O G I A E SUAS MAIS INTERESSANTES APLICAÇÕES

JOHAMMER J1 O que é? Uma revolucionária moto elétrica para você ter a satisfação de andar. Para quê? Já era tempo de as motos elétricas ficarem estilosas. Quando? Agora. Esta moto tem design arrojado, funciona com uma bateria de íon-lítio leve e está disponível em dois modelos: J1.150 e J1.200. O último, top de linha, tem autonomia de 200 km para cada carga e pesa apenas 178 kg. Além disso, gera 15 cavalos de potência e chega a uma velocidade de 120 km/h. johammer.com

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EDITOR

ILLUSTRATOR

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I N O VA Ç Õ E S

MOTI

U M AC O M PA N H A N T E E L E T R Ô N I C O S I M PÁT I C O Q U E AJUDA VOCÊ A FORMAR HÁBITOS POSITIVOS

O que é? Um adorável deskmate que funciona como um motivador. Para quê? Ajudar você a alcançar seus objetivos. Quando? Em um futuro próximo. O Moti é um acompanhante eletrônico que vibra e brilha alegremente toda vez que você conclui uma tarefa ou aprende um novo hábito. Mas fique avisado: o Moti emprega a tática humana da chantagem emocional todas as vezes que você se desvia do caminho certo, aparentando tristeza e zumbindo com braveza. Tente não apertar o botão do off. moti.io

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HANDIII

R E L AT I V I T Y

O que é? Braço biônico controlado por sinais musculares e um smartphone. Para quê? Para melhorar a vida das pessoas. Quando? Em um futuro próximo. Não é filme de ficção científica – a tecnologia dos membros biônicos está aqui, graças às maravilhas da impressão em 3D. A empresa japonesa Exiii desenvolveu este braço inteligente que usa sensores para captar os sinais eletrônicos dos músculos e interpretá-los com um aplicativo. exiii.jp

O que é? Saco de chá para chope. Para quê? Para fazer cerveja artesanal instantânea. Quando? Agora. Cervejas artesanais estão por todos os lados. Mas agora chegou uma alternativa aos preços altos que são cobrados: a startup norte-americana Hop Theory criou o Relativity, um sachê nos moldes de um saquinho de chá que transforma qualquer cerveja em uma boa cerveja. hoptheory.com

LUUV

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EDITOR

ILLUSTRATOR

O que é? Estabilizador de câmera que neutraliza a tremedeira da mão. Para quê? Para fazer boas fotos. Quando? Agora. Se os seus vídeos do YouTube estão mais tremidos que as cenas de ação de um filme do Jason Bourne, tente esta inovadora steadicam. O Luuv é um inteligente estabilizador de mão para a câmera com um ajuste universal que, graças ao eixo triplo e aos movimentos de contrapeso, permite que você capture com perfeição os sutis movimentos de ação para uma filmagem. luuv-is-awesome.com

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I N O VA Ç Õ E S

I K AWA H O M E ROASTER O que é? Um microtorrador digital. Para quê? Para fazer um café de primeira em casa. Quando? Ano que vem. A melhor tecnologia de torra de café a um simples toque no smartphone: é só baixar o app para torrar uma fornada de grãos verdes IKAWA. Dez por cento do lucro da venda vai para quem cultiva. ikawacoffee.com

AUDI PROLOGUE PILOTED DRIVING O que é? Um sistema de pilotagem que coloca você no controle total. Para quê? Para tornar sua viagem mais eficiente – e segura. Quando? O protótipo de “carro do futuro” da TBC Audi roubou a cena no Consumer Electronics Show de Las Vegas neste ano. Seu scanner de laser, câmeras de vídeo e sensores fazem das manobras tipo baliza uma preocupação do passado. A “cabine digital”, enquanto isso, tem um touchscreen que controla tudo, desde os diagnósticos até a música que toca. Botões são coisa do passado. audi.com

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EDITOR

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CARREGAR UM SACO DE RO U PA S U JA NO AEROPORTO: ISSO ACABOU

DUFL

MICRO DRONE 3.0 O que é? Drone com câmera que cabe na palma da mão. Para quê? Para fazer a selfie da galera. Quando? Em novembro. Todo mundo pode aderir à revolução do drone com câmera com este amiguinho. Resistente, manobrável e customizável (os formatos incluem um dragão feroz e uma vespa do terror), o Micro Drone 3.0 registra imagens em HD e manda direto para seu smartphone ou headset. Espere vê-lo logo zanzando em cima de você no bar. igg.me/at/micro-drone

O que é? Um serviço de valet digital. Para quê? Para tornar as viagens mais práticas. Quando? Disponível nos EUA e em breve no resto do mundo. Esse serviço poupa os viajantes frequentes do incômodo de arrastar as bagagens com roupas. Mande para o DUFL as suas roupas e um guarda-roupa virtual será criado. Antes de viajar, selecione o que quer e o DUFL entregará no destino. Quando você for embora, as suas roupas serão recolhidas, lavadas e guardadas. dufl.com THE RED BULLETIN

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I N O VA Ç Õ E S

L I F E PA I N T

O R B I TA L I N S I G H T

O que é? Uma tinta refletora que melhora a visibilidade de ciclistas e outras pessoas na rua à noite. Para quê? Para melhorar a segurança na rua e salvar vidas. Quando? Agora. “A melhor maneira de sobreviver a um acidente é não se acidentar”, diz a propaganda do novo lançamento da Volvo. As estatísticas que constam no site da montadora mostram uma triste realidade: a cada ano, nos EUA, mais de 19 mil ciclistas se envolvem em acidentes. Com isso em mente, a Volvo desenvolveu o Life Paint, um spray que aumenta a visibilidade dos ciclistas à noite. A tinta contém partículas que refletem durante a noite e são invisíveis de dia. Ela tem um efeito de uma semana, mas é lavável a qualquer momento, não deixando nenhum vestígio. volvolifepaint.com

O que é? Uma tecnologia que monitora o desflorestamento. Para quê? Para proteger as florestas do mundo. Quando? Agora. A startup californiana Orbital Insight firmou parceria com a Global Forest Watch para criar um sistema que monitora e denuncia mudanças suspeitas em áreas florestais. O sistema reconhece cada vez mais dados e cria padrões detalhados, aumentando a eficiência na detecção de desmatamento ilegal. orbitalinsight.com

U GA N D A

Mabira Forest Reserve

27 Nov 2001

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I N O VA D O R : JUERGEN FURIAN Este austríaco é o cofundador do festival Pioneers, um encontro que celebra as ideias do amanhã anualmente em Viena. Não é surpresa descobrir que o homem que está por trás da startup que divulga as startups está cheio de conselhos para dar a jovens inovadores e empreendedores… THE RED BULLETIN: Um total de 1 600 startups de 96 países se inscreveu para o festival Pioneers de 2015. Como você escolhe as que terão a chance de se mostrar? JUERGEN FURIAN: Elas precisam lidar com as ideias que definirão nosso futuro dentro dos próximos cinco anos. No festival Pioneers, nós falamos apenas do futuro. Nós definimos

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os assuntos: aeroespaço, biotecnologia, energia, robôs. É disso que a indústria gosta. Que indústria tem atualmente as startups mais empolgantes? A biotecnologia. Hoje conseguem realizações incríveis sem precisar de muito dinheiro. As gigantes farmacêuticas costumavam investir bilhões em pesquisa para produzir um medicamento em um processo que durava dez anos. Agora as pequenas startups estão realizando boas ideias por si mesmas. Por exemplo? A Hampton Creek, de San Francisco. Ela faz ovos a partir de proteínas do feijão. Sem galinhas, sem granjas industriais. Comi no café da manhã e são ótimos. Os fundadores de startups são vendedores de ideias profissionais, e você conhece muitos deles. Nos dê uma dica: qual é a melhor maneira de pedir um aumento ao chefe? Se você tem um minuto, prepare-se para esse minuto. Discuta a partir do ponto de vista do seu chefe. E mais importante que tudo: tenha interesse!

TRAGO O que é isso? Uma garrafa d’água inteligente com o seu próprio aplicativo. Para quê? Para a mais perfeita hidratação. Quando? Pode encomendar agora mesmo. Dois irmãos texanos que são “interessadíssimos em hidratação” provaram, com uma ajuda do Kickstarter, que muitas pessoas têm interesse nisso também. A Trago, uma garrafa d’água inteligente, sabe exatamente quanta água você deve beber. Ela se conecta a um smartphone via Bluetooth e mede com precisão a sua ingestão de água, guardando as informações e calculando o consumo ideal para um dia. trago.co

U GA N D A

Mabira Forest Reserve

25 Jan 2006

OMNI PRESENT O que é? Um sistema interativo para dar presentes. Para quê? Para compartilhar bons momentos. Quando? Em testes. Ao abrir um presente, o Omni Present é ativado e contata o remetente para que ele escute a reação. frolicstudio.com

THE RED BULLETIN


I N O VA Ç Õ E S

I N O VA D O R : VISHAL SHARMA O ex-vice-presidente do Google criou um dos mais complexos assistentes virtuais, o Google Now. Mas, segundo Sharma – que atualmente trabalha em uma startup secreta –, a revolução ainda está por acontecer…

HEXO+ O que é? Drone com câmera autônomo que faz os close-ups artísticos para você. Para quê? Para que você não precise mais de alguém voando para filmar. Quando? Ainda neste ano. Criado pelo snowboarder e cineasta profissional Xavier De Le Rue e pela equipe de criação em tecnologia Squadrone System, o Hexo+ não precisa de uma segunda pessoa para monitorar as tomadas em uma filmagem. Basta selecionar sua preferência (close-up, panorâmica ou voo circular) no aplicativo do Hexo+ e o drone enquadra você usando como ­referência o sinal GPS do seu smartphone.  hexoplus.com

THE RED BULLETIN: Mesmo os mais modernos assistentes virtuais não conseguem se comunicar de uma forma humanamente convincente. Por que é assim? VISHAL SHARMA: Ainda há muito a ser feito. Um assistente virtual tem apenas duas escolhas quando não entende: pode fazer uma piada e começar uma nova conversa, ou pode dizer “me desculpe, eu não entendi o que você acabou de dizer”. Então é tudo uma questão de entender?

A linguagem humana tem uma expressividade e uma flexibilidade enormes. Os assistentes virtuais tentam fazer o melhor que podem na decodificação e associação. Algumas pessoas dizem que o reconhecimento do discurso está sempre cinco anos distante. Eu não sou tão pessimista. Como as máquinas aprendem? São dois modelos diferentes. Digamos que se queira ensinar um robô como se mover: pode-se criar alguns elementos de movimento no robô e embutir algoritmos que lhe e­ nsinarão como usá-los. Ou pode-se usar os robôs que aprendem sozinhos: são dadas habilidades, mas ele não sabe o que elas são. Então, é dado a ele um membro com movimentos para submetê-lo a uma tarefa. Ao longo do tempo, ele constrói um modelo. Qual foi a última tecnologia que impressionou você? Acontece constantemente. Quando estou atrasado e meu telefone me conta sobre como está o trânsito, de certa forma prevê o futuro, e isso é impressionante.

U M D E S P E R TA D O R I N T E L I G E N T E Q U E D E S P E R TA V O C Ê , S E A L E A F O que é? Uma incubadora hidropônica para cultivo de comida. M AS N ÃO AC O R DA S E U (S UA ) C O M PA N H E I R O ( A ) Para quê? Para reduzir a importação de comida.

WEINBERG-CLARK XX EDITOR PHOTOGRAPHY ILLUSTRATOR

WA K É O que é? Um desper­ tador inteligente. Para quê? Para salvar os relacionamentos. Quando? Agora. Este alarme desperta você para o dia com um feixe de luz e suaves ruídos que vão ficando mais intensos. Mas o que torna esse dispositivo essencial para casais é que ele é controlado por um aplicativo de smartphone com um sensor de calor que determina sua exata localização na cama – deixando que a outra pessoa siga dormindo em paz. Ele desliga sozinho quando você se levanta.  luceralabs.com THE RED BULLETIN

Quando? Em 2016. Muitas das megacidades costeiras do mundo – Cingapura, por exemplo – importam até 90% da sua comida devido à escassez de terras cultiváveis. A Sealeaf, equipe científica com sede em Londres, encontrou uma solução: incubadoras hidropônicas flutuantes que podem ficar no mar e recebem luz solar e água da chuva. Isso faz com que haja mais espaço (e com custo baratíssimo de locação) para o cultivo. swolzak.wix.com/sealeaf

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Diretor de Redação Robert Sperl Redator-Chefe Alexander Macheck Editor de Generalidades Boro Petric

Diretor de Criação Erik Turek Diretor de Arte e de Criação Adjunto Kasimir Reimann

Diretor de Arte Miles English Diretor de Fotografia Fritz Schuster

Editora Executiva Marion Wildmann Editor Geral Daniel Kudernatsch Editores Stefan Wagner (Editor-Chefe), Ulrich Corazza, Arek Piatek, Andreas Rottenschlager Editores Online Kurt Vierthaler (Editor-Chefe), Vanda Gyuris, Judith Mutici, Inmaculada Sánchez Trejo, Andrew Swann, Christine Vitel Colaboradores Muhamed Beganovic, Georg Eckelsberger, Sophie Haslinger, Werner Jessner, Holger Potye, Clemens Stachel, Manon Steiner, Raffael Fritz, Martina Powell, Mara Simperler, Lukas Wagner, Florian Wörgötter Editores de Arte Marco Arcangeli, Marion Bernert-Thomann, Martina de Carvalho-Hutter, Kevin Goll Editores de Fotografia Susie Forman (Diretora de Fotografia), Rudi Übelhör (Diretor de Fotografia Adjunto), Marion Batty, Ellen Haas, Eva Kerschbaum

Ilustrador Dietmar Kainrath Diretor Editorial Franz Renkin Gestão de Anúncios Sabrina Schneider Marketing & Gerência de Países Stefan Ebner (Diretor), ­Manuel Otto, Elisabeth Salcher, Lukas Scharmbacher, Sara Varming

Design de Marketing Peter Knehtl (Diretor), Simone Fischer, Julia Schweikhardt, Karoline Anna Eisl Gerente de Produção Michael Bergmeister Produção Wolfgang Stecher (Diretor), Walter O. Sádaba, Matthias Zimmermann (App) Impressão Clemens Ragotzky (Diretor), Claudia Heis, Maximilian Kment, Karsten Lehmann

Office Management Kristina Krizmanic Engenheiro de TI Michael Thaler Assinaturas e Distribuição Klaus Pleninger (Vendas), Peter Schiffer (Assinaturas)

Gerente Geral e Publisher Wolfgang Winter Produção de Mídia Red Bull Media House GmbH Oberst-Lepperdinger-Straße 11–15, A-5071 Wals bei Salzburg (Áustria); Tribunal de registro de empresas: Tribunal de ­justiça de ­Salzburgo; Número de registro: FN 297115i; UID: ATU63611700

Diretores Executivos Christopher Reindl, Andreas Gall

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THE RED BULLETIN Brasil, ISSN 2308-5940 Editor Brasil Fernando Gueiros Revisão Judith Mutici, Manrico Patta Neto Gerente de Projeto Paula Svetlic Contato fernando.gueiros@br.redbull.com THE RED BULLETIN África do Sul, ISSN 2079-4282 Editor África do Sul Angus Powers Editores Nancy James (Subeditora-Chefe), Davydd Chong (Subeditor-Chefe Adjunto) Gerente de Vendas Internacional Lukas Scharmbacher Gerente de Projeto e Vendas Andrew Gillett Venda de Anúncios Ryan Otto, ryan.otto@za.redbull.com Impressão CTP Printers, Duminy Street, Parow-East, Cidade do Cabo 8000 Assinaturas Preço da assinatura: ZAR 228,00; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, subs@za.redbull.com Redação South Wing, Granger Bay Court, Beach Road, V&A Waterfront, Cidade do Cabo 8001, +27 (0) 21 431 2100 THE RED BULLETIN Alemanha, ISSN 2079-4258 Editor Alemanha Arek Piatek Revisão Hans Fleißner Gerentes de Canal Christian Baur, Nina Kraus Venda de Anúncios Martin Olesch, martin.olesch@de.redbulletin.com Assinaturas Preço da assinatura: EUR 25,90; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, abo@de.redbulletin.com THE RED BULLETIN Áustria, ISSN 1995-8838 Editor Áustria Ulrich Corazza Revisão Hans Fleißner Gerente de Projeto Lukas Scharmbacher Venda de Anúncios Alfred Vrej Minassian (Diretor), Thomas Hutterer, Corinna Laure; anzeigen@at.redbulletin.com Impressão Prinovis Ltd. & Co. KG, D-90471 Nuremberg Assinaturas Preço da assinatura: EUR 25,90; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, abo@redbulletin.at Contato redaktion@at.redbulletin.com THE RED BULLETIN Estados Unidos, ISSN 2308-586X Editor EUA Andreas Tzortzis Editora Adjunta Ann Donahue Revisão David Caplan Diretor de Publishing e Venda de Anúncios Nicholas Pavach Gerente de Projeto Melissa Thompson Venda de Anúncios Dave Szych, dave.szych@us.redbull.com (L.A.) Jay Fitzgerald, jay.fitzgerald@us.redbull.com (Nova York) Rick Bald, rick.bald@us.redbull.com (Chicago) Impressão Brown Printing Company, 668 Gravel Pike, East Greenville, PA 18041, www.bpc.com Assinaturas Preço da assinatura: US$29,95; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, subscription@us.redbulletin.com Redação 1740 Stewart St., Santa Mônica, CA 90404 Contato 888-714-7317; customerservice@redbulletinservice.com THE RED BULLETIN França, ISSN 2225-4722 Editor França Pierre-Henri Camy Coordenadora de País Christine Vitel Tradução e Revisão Étienne Bonamy, Susanne & Frédéric Fortas, ­Frédéric Pelatan, Claire Schieffer, Ioris Queyroi, Gwendolyn de Vries Gerente de Projeto e Vendas Leila Domas Venda de Anúncios Cathy Martin: 07 61 87 31 15, cathy.martin@fr.redbulletin.com Impressão Prinovis Ltd. & Co. KG, 90471 Nuremberg Redação 12 rue du Mail, 75002 Paris; 01 40 13 57 00

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MOMENTO MÁGICO

Durante sua história de 40 anos, o Pontiac Silverdome já foi, entre outras coisas, a casa dos Detroit Lions e local de celebração do papa. Desde 2011, o estádio está abandonado, e a fera do BMX, Tyler Fernengel, explorou as ruínas para praticar suas manobras incríveis. Assista ao vídeo: redbull.com/bike

O Silverdome abandonado serve de pista de obstáculos para o biker Tyler Fernengel, que já foi um torcedor nestas arquibancadas

A PRÓXIMA EDIÇÃO DO RED BULLETIN SERÁ LANÇADA EM 9 DE SETEMBRO DE 2015 84

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JOE GALL/RED BULL CONTENT POOL

PONTIAC, MICHIGAN, EUA 18 de maio de 2010

“Um salto de volta à minha infância.”




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