Revista Nosso Setor - Edição 55

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ANO 12. Nº 55 - FEVEREIRO 2019

ARTIGOS

Confira assuntos diversos com os melhores especialistas em varejo abordando temáticas variadas

ENTREVISTA

Café com Nosso Setor entrevista José Ribamar Alves Lima, presidente da Kaçan Industrial Produtos Limpa Fácil


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LAVA LOUÇAS

LIMPA FÁCIL

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limpafacil.com.br


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(85) 3215.1476 • 99925.8505


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SUMÁRIO TECNOLOGIA 14 POR MUDANÇA DE COMPORTAMENTO, COBRANÇA DE DEVEDORES POR WHATSAPP GANHA FORÇA

MERCADO 16 LABORATÓRIO DO SIDIA RECEBE CERTIFICAÇÃO INÉDITA PARA AS REGIÕES NORTE E NORDESTE

MERCADO 18 DESAFIOS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR

48

DO BRASIL EM 2019

CAPA

3ª EDIÇÃO DO PRÊMIO MAIS UNIFORÇA HOMENAGEIA 12 FORNECEDORES

TECNOLOGIA

20 5 MOTIVOS PARA USAR A TELEMETRIA

12

NAS EMPRESAS

MERCADO 22 EMPRESÁRIO: EXPECTATIVA

FINANÇAS 42 COMO COMEÇAR 2019 DIFERENTE NAS

ENTREVISTA 76 JOSÉ WILLAME DE ARAÚJO FAZ

NOTÍCIA 24 COMO ELEVAR A PERFORMANCE DE

NEGÓCIOS 44 TRÊS TIPOS DE NEGÓCIO QUE VÃO

ENTREVISTA 80 VENDAS NO VAREJO DA PB CRESCERAM

X REALIDADE

SEUS COLABORADORES

MERCADO 26 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS EMPRESAS

ARTIGO 28 PORQUE AS RESTRIÇÕES SÃO NA

VERDADE OPORTUNIDADES: ONDE COLOCAMOS NOSSO FOCO FAZ TODA A DIFERENÇA

MENSAGEM

30 MENSAGEM DE PAZ

FINANÇAS

FAZER SUCESSO NO E-COMMERCE EM 2019

MERCADO 46 COMO INTERAGIR DE FORMA EFICIENTE COM O CLIENTE

VAREJO 86 OVOS DE GALINHAS CRIADAS LIVRES DE

VAREJO

VAREJO 62 REDE PARCERIA COMEMORA 15 ANOS

NA FRENTE E CRIA BANCO QUE FAZ FINANCEIRO E CONTABILIDADE DAS EMPRESAS DE FORMA INTEGRADA

ARTIGO

38 2018, UM ANO DE TURBULÊNCIAS E APRENDIZADOS!

MERCADO 40 COMO MELHORAR O RELACIONAMENTO COM O CLIENTE A PARTIR DE DADOS

MELHORAM A VIDA DE CONSUMIDORES E O FATURAMENTO DE SUPERMERCADISTAS

54 POESIA | LITERATURA

HOMENAGEIA 12 FORNECEDORES

NOTÍCIA 34 DO CAMPO PARA A WEB: COMO O

NOTÍCIA 36 NA ONDA DAS FINTECHS, BRASIL SAI

NOTÍCIA 82 PRODUTOS DIFERENCIADOS

MERCADO 84 UM BRINDE AO VERÃO - AUMENTA O

56 A REDE MERCADINHOS SÃO LUIZ SEGUE

CAFÉ SE TORNOU UM SUCESSO DO E-COMMERCE

2,8% EM NOVEMBRO

CAPA 48 3ª EDIÇÃO DO PRÊMIO MAIS UNIFORÇA

MERCADO 32 A BATALHA DOS PREÇOS NOS MARKETPLACES

BALANÇO DA SUA GESTÃO NA ASPB

EM EXPANSÃO E INAUGURA MAIS UMA LOJA EM FORTALEZA

NO MERCADO E O CRESCIMENTO ARREBATADOR EM 2018

ENTREVISTA 70 CAFÉ COM NOSSO SETOR ENTREVISTA JOSÉ RIBAMAR ALVES LIMA, PRESIDENTE DA KAÇAN INDUSTRIAL PRODUTOS LIMPA FÁCIL

ARTIGO 72 OS QUE NÃO FAZEM E NÃO DEIXAM FAZER

ARTIGO

74 PERDAS EM HORTIFRUTI

CONSUMO DE VINHOS NA PARAÍBA

GAIOLA

NOTÍCIA 87 SUSTENTABILIDADE DA

EMPRESA FAMILIAR NO SETOR SUPERMERCADISTA

MERCADO 88 CONSUMO DE ORGÂNICOS CRESCE E

PARAÍBA É DESTAQUE NA PRODUÇÃO

VAREJO 92 REDE DE SUPERMERCADOS ELIZEU MARTINS COMEMORA 45 ANOS DE SUCESSO

TECNOLOGIA 94 PRIMEIRO TRECHO DE FIBRA ÓTICA

SERÁ IMPLANTADO EM TERESINA E NORTE DO PIAUÍ

NOTÍCIA 96 OBRAS DO POLO TÊXTIL DE PIRIPIRI SERÃO ACELERADAS


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REVISTA NOSSO SETOR - ANO 12 N° 55 | FEVEREIRO 2019

EXPEDIENTE Diretoria Geral: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 98817-9855 (Oi) (85) 99653-5501 (Tim) Editora Chefe: Rosa Sampaio (85) 98864-0423 rosa.revistanossosetor@gmail.com Comercial: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 98817-9855 (Oi) (85) 99653-5501 (Tim) Administrativo: Shayene Andrade (85) 98641-2944 Administrativo@portaredebrasil.com.br Comunicação: Altina Suely comunicacao@portalredebrasil.com.br Fotografia: Shayene Andrade Beatriz Bley Vesar Silva Edson Aparecido André Lúcio Francisco Ermesson Ferreira Bezzerra Revisão Textual: Regina Amorim regina@portalredebrasil.com.br Edição Paraíba: Jornalista: Leandro Ramalho Fotografia: Wal Cavalcante Edição Piauí: Jornalista: Luzia Paula Fotografia: Renato Farias Edição Ceará: Jornalistas: Marília Pedroza Rosa Sampaio Diretor de Arte: Fabrizio Simões (85) 9.9624.8540 Impressão: Unigráfica Periodicidade: Mensal Distribuição: Rede Brasil de Negócios

PALAVRA DO

PRESIDENTE

N

esta edição temos muitas novidades do mercado e comemorações de grandes resultados alcançados em 2018. Na capa principal, temos a presença da Rede Uniforça com o Prêmio Mais Uniforça, entregue na festa de fim de ano da rede. A noite solene aconteceu no Buffet Palatium, reunindo associados, fornecedores e convidados. Veja também assuntos diversos com os melhores especialistas em varejo abordando temáticas variadas. Na Edição Ceará, você acompanhará no Café Com Convidado, uma entrevista com o presidente da indústria de produtos químicos Limpa Fácil, José Ribamar. A grande festa da Rede Parceria, que comemora 15 anos no mercado, e muitas outras novidades. A Edição Paraíba traz: uma novidade chega ao Nordeste do Brasil. A marca Qualitá acaba de lançar na região sua linha de ovos de galinhas criadas livres de gaiola. Produtos diferenciados melhoram a vida de consumidores e o fa-

Por Antônio Vieira | Diretor Geral da Revista Nosso Setor e Portal Rede Brasil de Negócios

turamento de supermercadistas. Consumo de orgânicos cresce e paraíba é destaque na produção. E não deixe de conferir a Edição Piauí ,rede de supermercados, Elizeu Martins, comemora 45 anos de sucesso. Primeiro trecho de fibra ótica será implantado em Teresina e norte do Piauí, e mais, obras do Polo Têxtil de Piripiri serão aceleradas. Essas e muitas outras informações, você confere aqui, na Revista Nosso Setor. E para tirar dúvidas, sugerir matérias, coberturas de eventos e manter contato conosco, basta ligar para os nossos telefones ou nos enviar um e-mail, é sempre um prazer tê-los mais perto de nós!


Trasmissão 100% on line, não cai nunca Teste e surpreenda-se

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Sistema moderno e interrativo | Músicas a sua escolha | Previsão do Tempo Horóscopo | Hora Certa | Notícias | Novelas | Famosos | Futebol Cultura | Esporte | Lazer | Locução Virtual | Controle Remoto Fevereiro 2019 | www.portalredebrasil.com.br /// 13 Gravações Ilimitadas e outras funções disponíveis


TECNOLOGIA

POR MUDANÇA DE COMPORTAMENTO, COBRANÇA DE DEVEDORES POR WHATSAPP GANHA FORÇA Mudança segue transformação do hábito do consumidor, que utiliza cada vez menos a interação por voz como meio de se relacionar com empresas

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mudança de comportamento de consumidores pelo uso da tecnologia está levando muitas empresas que realizam cobrança a adotar o WhatsApp para se aproximar dos devedores. Com isso, diversas assessorias de cobrança estão optando por priorizar esse canal para aumentar a conversão em acordos com pessoas endividadas, seguindo a tendência do omnichannel. Exemplo disso é uma assessoria que atua na área de cobranças para diversas empresas do setor financeiro. A assessoria utiliza o canal de forma estruturada há cerca de um ano. “Em pesquisas que realizamos, 70% dos clientes preferem ser atendidos pelo WhatsApp, 13% preferem realizar negociações em sites de autoatendimento, 9% em chat e 8% pelo convencional telefone”, diz o gerente de Canais Digitais da companhia, Paulo Pagani. A mudança vem em linha com a troca de hábito do consumidor, que passa a utilizar cada vez menos o telefone como meio de comunicação com empresas. “O feedback positivo que temos é a respeito da disponibilidade da interação ao longo do dia. Deste modo, o 14 /// Fevereiro 2019

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consumidor não fica restrito, como é o caso do atendimento telefônico, em que ele fica preso àquela atividade”, afirma Pagani. A tendência do chamado omnichannel (integração do relacionamento entre empresa e clientes em diferentes canais) também é responsável por essa mudança. Nessa empresa, o WhatsApp possui 75% dos acessos, sendo responsável por 80% do resultado de recuperação digital. O gerente de Canais Digitais da assessoria conta que há sete meses, isso representava 8,5% de todas as áreas de cobrança. Hoje, esse valor passou para 16%. “Os percentuais variam de acordo com o público e produto do cliente contratante. Em alguns casos conseguimos chegar em 35% de representatividade”, ressalta. Os ganhos de eficiência na cobrança realizada por meio do WhatsApp também são observados em outra assessoria de cobrança. Essa companhia percebeu que o índice de efetividade no Contato com a Pessoa Certa (CPC) era superior em relação a outros canais. “Quando esse público foi acionado por meio do WhatsApp, tivemos 15% de resposta, sendo que mais

de 10% era o próprio cliente e 7% firmaram um acordo de pagamento”, diz Wesley Carvalho, Coordenador de Telecomunicações da empresa. Muitas empresas que contratam o serviço de cobrança vêm percebendo o ganho de eficiência no uso do WhatsApp, diz Carvalho. “Hoje, as empresas contratantes olham esse canal como fundamental na esteira de cobrança para aumentar a efetividade da carteira. Isso acontece devido ao alto índice de resposta, à localização da pessoa certa e ao baixo custo”, afirma. Segundo ele, algumas empresas clientes do contact center possuem mais de 40% da operação atuando diretamente com WhatsApp.

INOVAÇÃO O acompanhamento em tempo real do envio e retorno das ações, mensurando a efetividade e comparando com demais canais, também faz do WhatsApp um meio mais vantajoso como ferramenta de cobrança pelas empresas, de acordo com Gabriel Camargo, sócio-fundador da Deep Center, empresa especializada em Big Data


Analytics e soluções tecnológicas para o setor de cobranças. A companhia vem percebendo uma demanda muito grande pelo uso do WhatsApp tanto pelos contact centers e assessorias de cobranças, como pelas próprias empresas que possuem estruturas internas que fazem esse tipo de serviço. “Quando passamos a oferecer as devidas integrações e tecnologias para inserir este canal em uma plataforma omnichannel, o meio se torna definitivamente um ‘must have’ no mercado”, afirma Camargo. O executivo da Deep Center conta que além de ser um canal cada vez mais requisitado e favorito do consumidor, o WhatsApp pode proporcionar o autoatendimento por meio de chatbots. “Isso reduz custos operacionais significativos como os de telecom, que representam boa parte das despesas de uma Posição de Atendimento”, diz Camargo. “Isso proporciona ainda atendimento fora do horário comercial, o que pode representar um incremento potencial na receita da ordem de 5%”, complementa. Outro aspecto que favorece a implementação desse canal, diz o executivo, é a possibilidade de aferir a atividade do devedor, garantindo pelo contact center se o um número cadastrado no sistema existe e está ativo.

cobrança, SAC e contact centers. Surgiu em 2015 para romper com a forma tradicional em que todo o ecossistema analisa dados, sendo a primeira empresa no país a unir a alta tecnologia em Big Data com o skill do segmento de contact centers e cobrança para realizar a gestão da informação para a tomada de decisões. Com mais de 6 milhões de dados processados diariamente, a empresa tem solu-

ções que vão desde a apresentação de monitoria e diagnósticos até o desenvolvimento de modelos analíticos e preditivos. Tem entre seus clientes Rodobens, Viavarejo, DXC, Banco Votorantin, Honda, CSU, Recovery, Banco Pan, Yamaha, Omni, Flex, System Interact, CobCred, Grupo Multicobra, Orcozol, TRC-Taborda, Advocacia Antônio Samuel da Silveira. Mais informações no site: www.deepcenter.com.br

“O feedback positivo que temos é a respeito da disponibilidade da interação ao longo do dia. Deste modo, o consumidor não fica restrito, como é o caso do atendimento telefônico, em que ele fica preso àquela atividade”.

Paulo Pagani

SOBRE A DEEP CENTER: A Deep Center é uma empresa de gestão da Informação para escritórios de cobrança, gestão de ativos, financiamentos, renegociação de dívidas, seguros, vendas, Fevereiro 2019 | www.portalredebrasil.com.br

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MERCADO

LABORATÓRIO DO SIDIA RECEBE CERTIFICAÇÃO INÉDITA PARA AS REGIÕES NORTE E NORDESTE TVs de LED, LCD e plasma testados no Laboratório de Medições Elétricas (Labenc) do SIDIA têm garantia de respeitarem padrões de consumo de energia estabelecidos pelo Inmetro

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SIDIA – Instituto de Ciência e Tecnologia - acaba de obter mais um importante reconhecimento para a excelência dos trabalhos desenvolvidos no local. O Laboratório de Medições Elétricas (Labenc) foi reconhecido pela ISO/IEC 17025, que é responsável pela validação de valores de consumo energético informados pelos fabricantes. Com isso, o local é o único das regiões Norte e Nordeste a contar com esse importante reconhecimento. A ISO/IEC 17025 especifica os requisitos gerais para a competência, imparcialidade e operação consistente dos laboratórios e pode ser aplicada a todas as organizações que realizem essas atividades. No Sidia, o Labenc tem a função de avaliar a eficiência energética de televisores LCD/LED e Plasma. Os testes realizados no local dão ao consumidor a garantia de que o produto adquirido está dentro dos padrões estabelecidos pelo Inmetro, que classifica os eletrodomésticos de acordo com uma escala de A (mais eficiente) a D (menos eficiente). Durante o processo de planejamento de um novo produto, toda empresa precisa submeter o projeto para análise de eficiência energética em um laboratório acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (GCGRE). 16 /// Fevereiro 2019

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SOBRE O SIDIA Os produtos só podem ser comercializados após a realização desses testes e com o aval do laboratório. Assim, o Labenc tem papel fundamental para o desenvolvimento tecnológico de diversas marcas do segmento. “Esse reconhecimento atesta a excelência e eficácia de nossas operações, além de mostrar que o Sidia desenvolve o que há de mais moderno em tecnologia no coração da Amazônia”, afirma Eric Ferraz, gerente técnico do time de desenvolvimento de hardware e responsável pelo Labenc. “Contamos com uma equipe altamente qualificada e disposta a evoluir, o que faz toda a diferença nas soluções finais apresentadas”, ressalta. O Labenc integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios (RBLE) e está apto a atender fabricantes de todas as marcas e de qualquer parte do País.

O Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia é um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação, sediado em Manaus, Amazonas - Brasil, responsável por implementar soluções digitais inovadoras para o mercado local e global. Criado em 2004, atua no desenvolvimento e qualidade de software embarcado para celulares, tablets, novas tecnologias vestíveis (wearables) e smart TVs, aplicações para óculos de realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e criação de games de classe mundial. O SIDIA é uma entidade privada formada por pessoas incríveis, das mais variadas formações intelectuais e culturais, com diferentes visões de mundo e apaixonadas por inovação: nosso DNA! É este potencial humano aliado à tecnologia que nos move a contribuir para uma sociedade melhor, tornando a vida das pessoas muito mais fácil e divertida.



MERCADO TECNOLOGIA

DESAFIOS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL EM 2019

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despeito de uma política externa que, pelo que tudo indica, será pouco convencional, a comunidade empresarial tem boas expectativas com o novo governo. O momento econômico do Brasil levou empreendedores a pensarem a venda de seus produtos e serviços no exterior. Historicamente, os índices de exportação registram crescimento durante as crises, sobretudo em países emergentes. Para 2019, a aposta é pela continuidade do foco nas exportações como estratégia de negócio e não mais como alternativa emergencial. Ao que parece, a palavra de ordem será abertura. E, desde que acompanhada das reformas domésticas que tanto impactam nosso desenvolvimento, será mui18 /// Fevereiro 2019

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to bem-vinda. Hoje, a presença do Brasil no comércio exterior mundial é inexpressiva, algo em torno de 1%. Somos um gigante tímido. Timidez, essa, também fruto da burocracia, da infraestrutura deficitária e da mão-de-obra, em geral, improdutiva. No quesito macroeconômico internacional, precisamos olhar para além da América Latina, e assumir um papel mais relevante entre os BRICS (grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – enquanto houver contexto para isso, e avançarmos rumo à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Quando a pauta é o BRICS, a instabilidade política pela qual

o Brasil passou nos últimos anos nos deixou em pé de desigualdade em relação aos demais países do grupo. A China, por exemplo, está a um passo de se tornar a maior economia do mundo. Fora isso, deveria haver facilitação no trânsito de pessoas entre essas potências. Nesse sentido, o único movimento que registramos, ainda insuficiente, foi entre Brasil e Índia, com o e-Visa. Precisamos simplificar o trânsito de capital intelectual entre esses países e não perder de vista nações como Canadá, Estados Unidos, Israel, Japão e Reino Unido, que tanto nos agregariam em ciência, tecnologia e inovação. Sobre a OCDE, México e Chile podem ser bons exemplos. Desde a entrada para esse seleto grupo,


ambos têm registrado crescimentos expressivos no produto interno bruto ano após ano. Nossos vizinhos: Argentina, que conta com o apoio declarado dos Estados Unidos, e Peru, já se movimentaram nessa direção, assim como Croácia, Bulgária e Romênia. A chancela da organização favorece, entre outros aspectos, a atração de investimentos ao país, já que seus membros possuem um alto padrão de transparência nas relações e na gestão pública. A longo prazo, fazer parte do grupo pode corroborar a competitividade das empresas brasileiras e posicionar o país em um patamar internacional relevante, mais digno de nossa grandeza. No cenário doméstico, são necessários mais bons exemplos como o da Camex (Câmara de Comércio Exterior do Brasil), que acabou de lançar um guia de Boas Práticas Regulatórias que culminou na eliminação de 249 burocracias no comércio exterior, estabelecendo

um marco regulatório consistente e transparente, bastante alinhado aos padrões internacionais. Outro ponto importante são os obstáculos para empreender no Brasil. Hoje, ainda perde-se boa parte do tempo preenchendo papéis, indo a cartórios e/ou reclamando da telefonia, da internet, dos bancos. O empreendedor deveria concentrar seus esforços exclusivamente no desenvolvimento do seu negócio e o governo, de fato, precisaria ser parceiro das empresas, papel que o Sebrae tem desempenhado muito bem para as micro e pequenas. Quando o assunto é importação e exportação, precisa haver simplificação cambial, nos financiamentos, no recolhimento de tributos, nas adequações jurídicas. Não faz muito sentido que o empreendedor domine, tecnicamente, as equações tributárias ou tenha despesas administrativas em função delas. Uma alternativa, já aplicada em Hong Kong, seria a tributação de empresas com menos de dois anos de operação, exclusivamente sobre o lucro auferido, e/ou a criação de um imposto único e mais barato, espécie de VAT, amplamente difundido no exterior, sendo a União, a responsável pelo repasse aos estados e municípios. Na infraestrutura, é sabido que o fluxo de cargas no Brasil se dá majoritariamente pelas rodovias, das quais apenas 13% são pavimentadas. A ampliação da malha ferroviária, que representa apenas 15% do mapa logístico do país, facilitaria o transporte agrícola, carro chefe do Brasil nesse momento, e geraria uma economia de mais de 15 milhões de reais ao ano, além

de melhorar o trânsito nos grandes centros urbanos, ser menos poluente e mais seguro. A situação nos 37 portos em operação no Brasil também não é fácil. Em 2017 foi registrado o menor repasse portuário em 14 anos. Mas, além de recursos incipientes, falta gestão. Não há governança corporativa, o que abre precedente para corrupção e diminui o interesse do investidor estrangeiro. Nesse contexto, a licitação dos portos seria uma alternativa. Que seja bem-vindo o pragmatismo, a presença de profissionais técnicos em áreas-chave, e a disposição para negociação com grandes nações. E que venham também as reformas estruturais que nos permitirão crescer para além da subjetividade das expectativas e que tenhamos um projeto de país consistente a longo prazo, com uma pauta de exportação de alto valor agregado - não escorada no agro - e com pequenos e médios empreendedores que, mais do que ouvir falar, saibam da importância da internacionalização para a perpetuidade de seus negócios.

Kaio Cezar de Melo é Chief Executive Officer da Braver, empresa especializada em comércio exterior estratégico e relações internacionais

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TECNOLOGIA

5 MOTIVOS PARA USAR A TELEMETRIA NAS EMPRESAS Muito usado como solução de gestão de frotas, o sistema é voltado para monitorar o desempenho de carros e motoristas

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m dos grandes desafios das empresas que atuam com gestão de frotas é manter o monitoramento de desempenho de seus carros e motoristas. Um recurso desenvolvido que também ajuda a solucionar esse problema é a telemetria, tecnologia de comunicação remota que faz a captação e acompanhamento de dados importantes dos veículos, de forma detalhada. O sistema funciona da seguinte forma: o aparelho instalado no veículo capta os dados e envia via satélite para computadores que reportam informações, como controle de consumo do combustível, quilometragem, velocidade média e rotas percorridas, e que podem ser acessadas diretamente pelo gestor de frota, em tempo real. A ValeCard, empresa de meios de pagamentos e gestão de frotas, por exemplo, oferece o serviço de telemetria aos seus clientes, por meio de seu Sistema Integrado de Auto Gestão (SIAG), onde o acesso é feito de forma remota pelo gestor de frotas. “Buscamos oferecer o melhor e mais moderno tipo de serviço aos nossos clientes e a telemetria provou oferecer muitos benefícios para empresas de frotas, como o aumento da produtividade, diminuição de custos e segurança 20 /// Fevereiro 2019

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nas estradas”, explica Alan Ávila, Diretor de Produtos na ValeCard. Pensando nisso, a equipe da ValeCard elencou cinco motivos para usar a telemetria na gestão de frotas. Veja abaixo:

1. REDUÇÃO DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL As empresas que atuam com frotas sentem diretamente as va-

riações de valores nos postos de combustíveis. Portanto, é importante monitorar com frequência de que forma o combustível está sendo usado. Com a telemetria é possível acompanhar, por exemplo, a quantia gasta por quilômetro rodado e, desta forma, saber, por exemplo, se o veículo ficou parado com o motor ligado. A prática pode gerar um alto custo para a empresa.


2. CUSTO MENOR COM MANUTENÇÃO É possível acompanhar a velocidade média do veículo, acelerações, localização geográfica, desgaste das pastilhas dos freios e a forma como

Incentivar o motorista a dirigir conscientemente traz efeitos positivos no longo prazo e ajuda a evitar acidentes nas estradas. Os gestores podem observar a forma de condução dos veículos e dar feedbacks aos colaboradores estimulando aqueles que têm um bom desempenho e alertando os motoristas que estão praticando uma direção perigosa, podendo até mesmo aplicar treinamentos.

4. AUMENTO DA DISPONIBILIDADE E EFICIÊNCIA DA FROTA O acompanhamento correto de informações coletadas pela telemetria aumenta a disponibilidade dos veículos. Ao serem monitorados detalhadamente pelo sistema, menor é a quantidade de carros em manutenção e maior a disponibilidade e eficiência da frota.

5. GERENCIAMENTO E TOMADA DE DECISÕES

o veículo está sendo conduzido. O monitoramento ajuda a gerar uma redução de custos, já que será possível corrigir pequenas falhas, evitando que sejam feitas manutenções fora do tempo adequado.

Com a telemetria, as informações que são extraídas podem ser organizadas em planilhas e relatórios, o que permite o acompanha-

mento e decodificação dos dados, que são extremamente importantes na tomada de decisões. Os gestores conseguem ter um controle assertivo, identificar com facilidade se há necessidade de mudanças estratégicas nos processos e ressaltar os pontos fortes e de melhorias na empresa.

SOBRE A VALECARD A ValeCard é uma instituição 100% nacional que está entre as maiores empresas de meios de pagamento eletrônicos do Brasil, a ValeCard oferece soluções completas e integradas para Gestão de Frotas, Benefícios e Financeira. Desde 1995 no mercado e atuando em todo o território nacional, a empresa está entre as três maiores empresas de gerenciamento de frotas do país e entre as 100 empresas mais inovadoras no uso de TI. Com mais de 3 milhões de cartões emitidos pelo Brasil, a ValeCard conta com mais de 115 mil estabelecimentos credenciados. Para atender a demanda, possui 5 regionais e 12 filiais e mais de 1 mil funcionários entre diretos e indiretos. http://www.valecard.com.br

3. CONDUÇÃO SEGURA Melhorar os hábitos e condução dos motoristas é uma das principais preocupações das empresas. Fevereiro 2019 | www.portalredebrasil.com.br

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MERCADO

EMPRESÁRIO: EXPECTATIVA X REALIDADE

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er empresário não é a coisa mais simples do mundo, como alguns pensam. Você vai ter que cuidar do seu negócio todos os dias, é como se fosse um filho que nunca cresce. Vai exigir também decisão e postura. Se quer conquistar o sucesso, é necessário se dedicar 100% e acreditar no seu sonho e esteja preparado, porque não é todo mês que vai ter dinheiro para pagar as contas. Esqueça essa história de salário, porque nem sempre ele virá, então tem que deixar um caixa reserva. Por todos esses motivos citados acima, empresas abrem e fecham no mundo inteiro, o tempo todo, e nos Estados Unidos não poderia 22 /// Fevereiro 2019

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ser diferente. Inclusive algumas que encerraram suas atividades são bem conhecidas pelos brasileiros. No Brasil, devido à crise, esse movimento foi ainda mais intenso, mas também sei de casos em que empresas aparentemente saudáveis, em Portugal, não operam mais. Mas porque será que isso acontece? Muitas vezes os donos são pessoas experientes, dotados de ótima capacidade gerencial e intuitiva. Eu já ministrei palestras em seis países, e eu nunca aceito ter um tempo menor do que duas horas porque gosto de interagir com quem foi me ouvir. E durante algumas conversas, quando questiono para as pessoas por que elas

querem abrir uma empresa, o que eu mais ouço são frases como “quero ganhar mais dinheiro”, “quero liberdade profissional”, “quero mais tempo para mim”, “quero mais possibilidade de estar com a minha família”. Serei muito sincero, empresários podem até me corrigir, mas as coisas não são exatamente assim. Quanto mais eu me envolvo com os meus negócios, menos tempo eu tenho. E muitas vezes, se for olhar proporcionalmente, quanto mais projetos, menos eu ganho devido às despesas desses investimentos novos. As cobranças deixam de ser do seu “chefe”, e passam a ser do seu cliente, fornecedor ou parceiro de negócio.


As pessoas iniciam um negócio com expectativas erradas, o que gera um monte de frustrações. Boa parte não está sequer preparada para lidar com pressões. Enquanto você é empregado, muitas vezes, não tem a preocupação com folha de pagamento, imposto, terceiros, prestação de serviços, responsabilidade civil e uma série de questões que qualquer empresário tem. E quando você vai para outro país, essas questões se agravam porque muitas vezes as pessoas realmente não sabem o que fazer, e ainda tem que lidar com a barreira do idioma. Então, precisa estar claro que este momento vai exigir muito mais do que você imagina. Pensar desta forma já é o primeiro passo para o sucesso. Aceite e compreenda que não vai ser fácil, é preciso ter persistência, competência e auxílio profissional que irá orientar e direcionar. Presenciei dois casos em Madri, de dois brasileiros distintos, sem relação alguma, que abriram empresas, mas de forma totalmente inexperiente. Um parceiro do nosso escritório de lá ofereceu para esses investidores 5 mil euros para cada um com o intuito de ajudar com toda a estruturação e obter as licenças necessárias. Eles preferiram economizar esse dinheiro e o negócio não durou nem oito meses. Precisaram lidar com muitas questões com as quais não estavam acostumados e, lógico, não deram conta. Há um ano atendi um desembargador aposentado do tribunal de justiça de São Paulo, que veio para Miami e quis abrir um negócio. Ele já possuía outras empresas, mas aqui preferiu se aventurar em outros

*Daniel Toledo é advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty. miami. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 57 mil seguidoreshttp://www.youtube.com/loyaltymiami com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.

segmentos e eu tive que ser honesto sobre o que poderia acontecer. Com todo seu histórico de ser concursado e ter trabalhado sempre com a mesma coisa, desde sua formação, questionei com todo respeito com a capacidade dele, sobre qual era sua experiência empresarial. Ele me respondeu que não tinha nenhuma, então para que a gente não tivesse muitos riscos, eu aconselhei a adquirir uma franquia. Isso porque eu sempre penso em diversas oportunidades. Em casos que a pessoa não tem expertise, a franquia pode ser uma grande solução porque o sistema fornece todo o passo a passo de como funciona e do que é preciso fazer. Além disso, há um suporte quando necessário. Com certeza você vai ganhar menos do que se abrisse um negócio próprio, mas se prefere iniciar uma atividade econômica sem ter amparo, con-

sultoria e mentoria, a melhor opção para este cenário seria a franquia. Quando pensar em abrir um negócio, em empreender, seja no Brasil ou qualquer outro lugar, busque informação de pessoas que já estão no ramo, que conhecem e têm experiência para compartilhar. Tenho escutado muito sobre coach e mentoria. Recentemente fui à palestra de um especialista sobre o tema, ele é realmente muito inteligente e atua de forma didática, mas ainda assim o achei experiente o bastante para orientar um empresário, pois ele simplesmente nunca foi um, ou seja, tem apenas a teoria. Então, se você for fazer alguma coisa, tenha cautela, faça o passo a passo, busque informações reais sobre o negócio, área e afins que possam te trazer certa estabilidade e não perder dinheiro.

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NOTÍCIA

COMO ELEVAR A PERFORMANCE DE SEUS COLABORADORES Por Rafael Carvalho, CEO da Edools

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xpressar seus sentimentos e ser ouvido, principalmente no ambiente de trabalho, tornou-se escasso. Todavia, demonstrar interesse pelo que os funcionários têm a dizer gera impacto na rotina do mundo corporativo. Entre as funções exercidas por um líder, uma delas é motivar - por meio de ações e até mesmo palavras as pessoas que estão ao seu redor. Eu costumo dizer que somos os mesmos no escritório, na faculdade, em casa e na vida, então, se não estivermos bem, isso transparecerá e influenciará de forma pejorativa em algum momento. Incentivar a equipe e impulsionar nossos colaboradores a caminharem juntos com a empresa, é impossível se eles não se sentirem à vontade para falar o que pensam e desenvolver suas habilidades. Por isso, a cultura organizacional é um dos pilares que sustenta a performance das empresas, externalizando sua eficiência para os clientes e impactando internamente no dia a dia. É importante frisar que, muitas vezes, valores individuais se

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sobressaem aos funcionais e, por isso, é preciso deixar claro pontos estratégicos que devem ser seguidos e preservados pelo líder ao longo do tempo. Na prática, a construção de uma cultura organizacional pode ser lenta, e até estar propagada no ambiente leva tempo, mas, até lá, é interessante parabenizar e premiar atitudes ou exemplos relacionados aos principais valores da organização. Já faz algumas semanas que decidi abrir um novo canal de comunicação na Edools, plataforma de ensino a distância, no qual toda segunda-feira pela manhã compartilho uma mensagem com o time. O objetivo é fazer a equipe refletir a respeito de temas simples e a iniciativa foi muito bem aceita pelo grupo. Outra maneira de demonstrar minha abertura aos funcionários é me colocar à disposição para receber qualquer tipo de feedback. Recebo questionamentos, ideias, sugestões e críticas de qualquer um que trabalha comigo. Uma simples conversa pode tirar o peso dos ombros de

uma pessoa e mudar completamente a visão de outra. A troca de informações é essencial para nos tirar da zona de conforto e evitar a famosa “cegueira coletiva”, que é um grave problema que acomete diversas corporações pelo medo de mudar. Um dos pontos fortes gerado pela cultura organizacional é criar um ambiente agradável, evitando a vulnerabilidade e estimulando a criatividade.

SOBRE RAFAEL CARVALHO Rafael Carvalho é co-fundador e CEO da Edools, plataforma de ensino a distância direcionada para empresas que desejam construir e distribuir cursos online. Recebeu o Prêmio Empreendedor de Sucesso, em 2016, dentro da categoria Startups, da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, além de ter participado da criação do primeiro banco de dados de startups do Brasil. Rafael é Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense e atua como palestrante, mentor e educador.


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MERCADO

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS EMPRESAS

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jornada de consumo das pessoas passa pela experiência que elas encontram ao se relacionarem com as empresas. E isso vem se tornando cada vez mais claro com o advento das tecnologias. O consumidor deixou de ser uma figura anônima, escondida atrás das grandes corporações. Hoje, são eles que determinam como as empresas devem se comportar para atender aos seus anseios. O consumidor, no centro das decisões, passa então a balizar todas as estratégias criadas pelas marcas, que, por sua vez, precisa estar cada vez mais próximo do cliente. Mas como as empresas podem cada vez mais buscar a compreensão necessária do público? A resposta é uma só: dados. Em meio ao seu uso constante, os smartphones e as redes sociais cada vez mais colocam à disposição informações estratégicas fornecidas pelos consumidores, que podem ser entendidas como parte das vontades não expostas desses usuários. Com mais rapidez

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na coleta e um volume maior de informações em mãos, as empresas precisam ter em mente como isso auxilia na busca da melhora da experiência. O uso de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, somada à análise e compreensão desses dados, têm papel fundamental nessa mudança. Sobretudo companhias que oferecem produtos e serviços, o uso de sistemas e softwares focados em Analytics permite às empresas acesso a uma enorme variedade de informações relacionadas a registros de compras, buscas na internet, pesquisas de satisfação, entre tantas outras. E é por meio do Big Data que as informações são caracterizadas em tempo real e de forma universal, independente de limitações de espaço e tempo. Com essa compreensão de conhecimento a partir da análise de dados, o entendimento do comportamento do consumidor passa a ter uma nova dimensão de interpretação por parte das empresas. E aqui, abordamos um aspecto


*Gabriel Camargo é CEO da Deep Center, empresa de gestão da Informação para escritórios de cobrança, gestão de ativos, financiamentos, renegociação de dívidas, seguros, vendas, cobrança, SAC, e contact centers. www.deepcenter.com.br

muito importante, que é o atendimento cada vez mais assertivo. A forma como as empresas se comunicam diretamente com o consumidor também mudou. Tanto o atendimento presencial, quanto o contato por telefone passam a ser entendidos de forma secundária, e os novos canais de comunicação ganham espaço. A chamada omnicanalidade contempla os novos canais, como as redes sociais e o WhatsApp, e são elas as novas protagonistas nesse modelo de atendimento integrado. Com isso, o consumidor passa a ser o centro das diferentes estratégias buscadas pelas empre-

sas - seja para comercializar um produto que ele busca, seja para prestar consultoria e assistência, ou até mesmo para realizar uma cobrança. O entendimento de necessidade é o mesmo, a despeito da natureza da ação. Cada vez mais há uma necessidade de entregar uma abordagem direta e personalizada, e grande parte disso depende de a empresa conhecer o seu público. A tecnologia também pode auxiliar no relacionamento constante das empresas com seus consumidores. Empatia e persuasão do capital humano ainda são características insubstituíveis. A tecnologia, entretanto, pode simplificar e agilizar

o processo, desempenhando um papel significativo nessa atividade. Com soluções específicas, é possível automatizar o contato com o consumidor e ampliar as possibilidades de comunicação, integrar o sistema a uma base de dados atualizada para identificar perfis específicos, como de devedores, de acordo com seu histórico de créditos, e também de clientes que consomem determinado produto com recorrência. Sendo assim, as empresas devem adotar soluções tecnológicas que permitam a otimização das operações com o objetivo de atender melhor o seu cliente. Essas plataformas, se bem utilizadas, permitirão que as companhias aumentem a eficiência dos seus diferentes departamentos, ganhando maior assertividade, reduzindo custos e aumentando os ganhos com o uso dessas tecnologias. Com os consumidores cada vez mais exigentes, as companhias precisam utilizar diferentes estratégias para ter sucesso em seus negócios e contornar situações complexas.

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ARTIGO

PORQUE AS RESTRIÇÕES SÃO NA VERDADE OPORTUNIDADES: ONDE COLOCAMOS NOSSO FOCO FAZ TODA A DIFERENÇA

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m seu livro “A Síndrome do Palheiro”, o Dr. Eli Goldratt escreveu: “identificar uma restrição significa que já temos uma apreciação sobre a magnitude de seu impacto no desempenho geral. Caso contrário, poderíamos também acabar com algumas trivialidades na lista de restrições; ou como eu os chamo, alguns choopchiks”. O termo “choopchick” tornou-se, de alguma forma, onipresente entre os praticantes da Teoria da Restrição. Essencialmente, é um termo hebraico informal para um artefato e, muitas vezes, se aplica ao dispositivo em um bule que produz o apito. Nas comunidades de melhoria de processo, choopchicks são aquelas coisas que nos fazem perder tempo e esforço. Portanto, o apito do bule faz muito barulho, atrai a atenção, mas não contribui para o aroma ou sabor do chá. Em geral, choopchick denota tempo de concentração e energia em atividades triviais ou insignificantes que nos distraem de se concentrar na “restrição” ou atividade que gerará os maiores ganhos em melhoria. Por exemplo, um investidor pode ter duas contas: uma para um total de US$ 1.000 e outra para US$ 100.000. Com tempo limitado, o investidor pode acompanhar de perto e atender apenas uma das contas. Embora seja desejável obter um retorno sobre ambos os in28 /// Fevereiro 2019

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*Kristen Cox é diretora executiva do Escritório de Administração e Orçamento do Governador de Utah (EUA), coautora do livro “Stop Decorating the Fish”e ganhadora do prêmio de melhor gestora pública dos EUA em 2016.

vestimentos, os maiores benefícios obviamente virão do incentivo à conta com US$ 100.000. Assim como os investidores gastam mais tempo e atenção nos investimentos que gerarão maior retorno, as organizações devem concentrar tempo, atenção e dinheiro nas atividades que farão o mesmo. Em contraste, quando entendemos qual é a real restrição em uma organização, podemos concentrar nosso escasso tempo e atenção na área que produzirá o maior impacto. As restrições são simplesmente oportunidades ocultas. Se apren-

dermos a descobri-las e, então, tirar vantagem delas, elas podem se tornar nossas melhores aliadas. A disciplina de não tentar melhorar tudo, mas incansavelmente concentrar-se em melhorar a restrição, é uma diferença fundamental entre a Teoria das Restrições e muitas outras práticas - mas é transformadora. Concentrar-se na restrição pode ser difícil porque as ideias “boas” são abundantes. A oportunidade de melhorar existe em toda parte em nossas organizações. No governo, os choopchiks estão por toda parte. Embora seja fácil obter


uma lista de ideias para melhorar, o truque é identificar em quais investir tempo e energia. Às vezes, os choopchicks são camuflados em ideias que não necessariamente são ruins, mas que têm um alto custo de oportunidade. Uma ideia “boa” pode acabar sendo inimiga do melhor uso do tempo e do dinheiro. As premissas nas quais baseamos nossas decisões operacionais contribuem diretamente para a maneira como o tempo e os recursos são gastos. A seguir, cinco premissas que podem ajudar a gerência a buscar choopchicks em vez das atividades que mais influenciam o sucesso organizacional:

1) AUTOMAÇÃO É UMA BALA DE PRATA Gastar dinheiro e tempo automatizando serviços ineficientes gera implementação de software e hardware caros. Um foco mais crítico deve ser primeiro melhorar o processo e depois automatizar apenas o que realmente beneficiará o sistema.

2) TODAS AS MELHORIAS SÃO EQUIVALENTES Desperdício e oportunidades de melhoria existem em toda parte em uma organização. Saber o que focar e o que não focar é um dos insights mais críticos que a gerência deve colocar na mesa. Ao procurar uma nova ideia ou estratégia, o gestor deve perguntar sobre o custo de oportunidade. O que a organização não pode fazer colocando tempo e recursos nessa atividade? O investimento trará os maiores ganhos para o cliente e o contribuinte de imposto?

3) TODAS AS DESPESAS SÃO IGUAIS Concentrar-se em pequenas categorias de despesas, em comparação com a compreensão do custo total necessário para fornecer um serviço de qualidade, pode induzir em erro o geren-

ciamento e desviar tempo e energia limitados. O custo de fazer negócios e fornecer serviços é relativo e só faz sentido quando é considerado quanto a organização pode realmente fazer e a qualidade do serviço prestado. As organizações podem acabar gastando muito tempo para economizar alguns centavos apenas para perceber que eles levaram dólares para fazê-lo.

4) TODOS OS DADOS SÃO IMPORTANTES Capturar, rastrear e relatar dados que têm pouco ou nenhum valor consomem recursos e criam trabalho. Uma organização pode criar uma grande quantidade de dados e ainda ter poucas informações para gerenciar estrategicamente. Os dados devem esclarecer a tomada de decisão, não confundi-la. As organizações devem garantir que o gerenciamento de dados esteja alinhado com as questões críticas necessárias para mover a agulha e operar de maneira mais eficaz.

5) NÃO EXISTEM INDICADORES DEMAIS As medições afetam o comportamento organizacional. Muitos indicadores podem enviar mensagens conflitantes à equipe e podem promover a otimização local, a prática de melhorar algo localmente às custas do desempenho geral do sistema. As métricas dizem à gerência quando e onde intervir. Muitos indicadores podem fornecer muitos sinais enganosos e podem desperdiçar tempo e atenção gerencial. Da mesma forma, se os indicadores são irrelevantes ou de menor importância, tempo e atenção críticos ainda podem ser desperdiçados. Evitar os “choopchicks” e manter o foco nas atividades que produzem mais alavancagem é um aspecto fundamental do processo de melhoria de desempenho do SUCCESS Framework do Estado de Utah.

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MENSAGEM

Mensagem

Paz de

Ele está Voltando! João 14: 3

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stamos vivendo tempos difíceis, você talvez não acredite mais na volta de Jesus. Porém, a verdade que não podemos negar de acordo com os últimos acontecimentos, é que a volta de Jesus está bem Próxima. Foi ele mesmo que categoricamente afirmou no evangelho segundo Mateus 24:35 “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”. E Segundo as profecias bíblicas, está escrito em I TIMÓTEO 3:1-4 sobre os males e as corrupções dos dias atuais. “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, inimigos, violentos, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, cheios de si, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus.” Caro leitor a verdade bíblica está se cumprindo a cada dia, e você precisa entender que o tempo da salvação pela graça, através da fé em

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Jesus Cristo, está chegando ao seu final. O julgamento de Deus sobre os pecados da humanidade e sua sentença de condenação eterna estão próximos. Enquanto há tempo arrependa-se dos seus pecados e converta-se ao Senhor Jesus Cristo. Ele é o único meio para a salvação eterna da humanidade. Assim afirmou o Apóstolo Pedro Atos 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. Não somos salvos pela religião, por pertencer a uma igreja, só através da fé em Jesus. Prepare-se ele está voltando! Medite nisso!

Por Pr. José Flávio



MERCADO

A BATALHA DOS PREÇOS NOS MARKETPLACES

Ricardo Ramos é CEO da Precifica – precifica@nbpress.com

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a hora de montar uma estratégia de vendas no ambiente digital, o empreendedor não pode mais ignorar a força dos marketplaces. Conhecido como shopping center virtual, o conceito compreende a disponibilidade de vários vendedores em uma mesma página, competindo entre si pela atenção do consumidor. Tendência há poucos anos atrás, o marketplace já é uma realidade incontestável para o comércio eletrônico brasileiro, tornando-se uma importante ferramenta de vendas. Segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), esse tipo

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de negócio já corresponde a quase um terço das vendas realizadas por lojistas virtuais no país (31,5%). Em muitos casos, consiste na porta de entrada de empresários que desejam vender seus produtos online. Contudo, o crescimento das vendas por meio desse modelo negócios contribuiu para a consolidação de uma nova dinâmica de preços em produtos vendidos no e-commerce. A disputa é ainda maior pelo Buybox, posição de destaque na página e. Se para o consumidor é um atrativo poder visualizar diferentes opções de aquisição para o item desejado, para o vendedor é um desafio a mais deixar sua oferta mais atrativa. Quanto maior o número de lojistas concorrendo pelo mesmo produto, maior será a quantidade de alterações no preço. Isso porque os empreendedores monitoram os valores praticados pelos concorrentes e reagem rapidamente. Uma pesquisa realizada com base nos dados de monitoramento da Precifica, com 2864 brinquedos, entre setembro e outubro de 2018, indica que os vendedores presentes nas últimas posições brigam de forma mais acirrada pelo preço. Eles chegam a modificar o valor quase duas vezes ao dia (1,7), enquanto

que os líderes da lista fazem uma alteração a cada dois dias (0,6). Realizar essas alterações de forma manual toma tempo e, pior, é um processo arriscado que pode comprometer a rentabilidade do negócio e levar a loja virtual à falência. A boa notícia é que existem softwares específicos que realizam o monitoramento e a precificação dinâmica também nos marketplaces, fazendo com que suas ofertas sejam sempre competitivas e, principalmente, lucrativas. Ter uma ferramenta deste tipo é imprescindível em um cenário de intensa competitividade entre as empresas. Hoje, posicionar sua loja nestes centros de compras virtuais é uma decisão estratégica importante para quem deseja aumentar as vendas. Contudo, não basta apenas inscrever seu e-commerce e começar a vender: é preciso ter um planejamento para enfrentar a concorrência e garantir que suas ofertas sejam notadas pelos consumidores. A melhor forma para isso é justamente a precificação adequada de seus produtos, com o acompanhamento constante e a identificação de oportunidades para aumentar ou abaixar o valor de acordo com a demanda e o estoque. Com preços vantajosos, sua marca sempre estará na lembrança de seu público-alvo.



NOTÍCIA

DO CAMPO PARA A WEB: COMO O CAFÉ SE TORNOU UM SUCESSO DO E-COMMERCE

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ssim como todo o mercado digital, o e-commerce está sempre em transformação e ampliando seus campos de atuação e hoje conta com inúmeros modelos diferentes, entre eles, o B2B, que, atualmente aponta para um novo cenário na indústria. Se antes ela não se relacionava diretamente com seu consumidor, hoje ela pode realizar negócios tanto via distribuidores e varejo, quanto com seu público final. Um dos primeiros setores industriais a ingressar no universo do e-commerce, o café, paixão nacional, tem demonstrado que esse pode ser um caminho promissor. O comércio de monodose (cápsulas) começou no Brasil em 2006 com uma única marca, importada da Suíça e que operava com o conceito de boutique, focada no consumidor premium. Quando em 2013

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ocorreu a quebra de patentes das cápsulas e máquinas e esses itens começaram a ser produzidos no país, o preço reduziu significativamente, possibilitando a popularização do produto e, consequentemente a procura. Mas por que comprar online um produto facilmente encontrado em supermercados e lojas? Capilaridade é o primeiro ponto. No varejo, a gama de produtos pode ser muito restrita, uma vez que existem dezenas de marcas de multibebidas competindo por espaço nas gôndolas, o que pode acabar impedindo que sua marca oferte todo o seu portfólio. Outra questão importante é que fora dos grandes centros, as redes distribuidoras nem sempre têm força de compra suficiente para adquirir e vender a quantidade e variedade ofertada pela indústria. Contribui também a popularização do consumo e o crescimento das categorias: cápsulas, torrado, moído, solúvel e filtrados aumentou também o interesse do consumidor. Se antes o café era apenas um complemento, hoje ele tomou o protagonismo nas reuniões sociais e ganhou status de gourmet, o que expandiu seu alcance geográfico. Exemplo disso são os resultados pelos termos mais buscados no Google: nos últimos 12 meses, os resultados de busca pelos ter-

mos “café” e “cafeterias” aumentou significativamente nos estados do Norte e Nordeste, refletindo a mudança de comportamento deste consumidor. Com um e-commerce, é possível suprir essa demanda e trabalhar a cauda longa do portfólio da marca, além de entregar em todo país e ainda poder fidelizar o cliente através de programas de assinatura e pontos. Mas não é só o B2C que ganha, há incremento de vendas também no B2B, já que o e-commerce atende também as compras corporativas e de pequenos varejistas que pode, inclusive, programar a entrega diretamente em suas respectivas filiais, além das opções de compra recorrente, que possibilitam programar o recebimento dos produtos mês a mês. Outro impacto positivo do e-commerce de café foi para o pequeno produtor de grãos especiais, que agora consegue ter penetração nacional com uso da tecnologia. Assim como o café, outros segmentos na área de Foods começam a surgir, como é caso dos kits de carnes e produtos especiais para a ceia de Natal e Ano Novo vendidos online. Cada vez mais, ter um e-commerce deixa de ser algo suplementar e passa a ser essencial para o crescimento das marcas, tanto em venda, quanto em alcance de público.

Laura Schneider, Gerente de E-commerce da Infracommerce Com mais de 10 anos de experiência no mercado e passagens por empresas como Submarino, Leroy Merlin e Grupo RBS, a especialista em negócios digitais conta com expertise nas áreas de Food Service, Automotivo, Consumo, Home Center e Moda. Formada em Publicidade e Propaganda e pósgraduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), atualmente desempenha importante papel na gestão e operação das lojas online de marcas como Perdigão, Sadia, 3M, Três Corações, Pilão e L’OR.

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NOTÍCIA

NA ONDA DAS FINTECHS, BRASIL SAI NA FRENTE E CRIA BANCO QUE FAZ FINANCEIRO E CONTABILIDADE DAS EMPRESAS DE FORMA INTEGRADA Proposta da nova fintech brasileira ROIT BANK é eliminar os departamentos fiscal, contábil e financeiro das empresas

Lucas Ribeiro, sócio-fundador da Roit

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radicionalmente a contabilidade é a etapa final do processo financeiro de uma empresa. Ela contrata um serviço, por exemplo, lança os documentos em um sistema próprio e realiza os pagamentos junto ao banco. E somente por último, esse processo repercute nas apurações fiscais e nos lançamentos e classificações contábeis. Contudo, esta lógica de contabilização tem os seus dias contados. Está prestes a ser lançada no mercado brasileiro uma nova Fintech que oferece todos esses serviços de uma vez só e que é baseada em softwares com Inteligência Arti-

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ficial, uma verdadeira revolução na forma como as empresas farão contabilidade. A automatização elimina boa parte das atividades dos departamentos fiscal, contábil e financeiro das empresas. Trata-se da Fintech ROIT BANK – O Banco que Contabiliza, lançada pela Startup curitibana ROIT Consultoria e Contabilidade, que já processa contabilidade em todos os regimes tributários usando a inteligência artificial. “A ROIT BANK elimina as atividades burocráticas das empresas, como por exemplo, um funcionário agendando pagamentos no banco. Os setores de Contas a Pagar e


Contas a Receber passam a ser gerenciados pela ferramenta de forma automatizada e com total rastreabilidade, com validações fiscais, apurações em tempo real e classificação contábil”, explica Lucas Ribeiro, diretor da ROIT. A Fintech atua da seguinte forma: a empresa, cliente da ROIT BANK, faz o envio de maneira rápida e diária de todos os tipos de documentos, como contratos, notas fiscais, boletos, faturas, etc., e a Inteligência Artificial faz o reconhecimento do documento, interpreta-o, faz a análise fiscal, classifica-o contabilmente, faz análises gerenciais (vínculo

com contrato, divergência de valores históricos, possibilidade de fraude, etc.), e se tudo estiver correto, o documento segue para agendamento de pagamento, por boleto ou por TED, sem interação humana e cabe à empresa apenas a autorização de pagamento. Ao final do processo, a ROIT BANK leva os dados fiscais, contábeis e financeiros para o ERP (software de gestão) da empresa. É uma facilitação do processo de gestão financeira, que garante velocidade e segurança às empresas. “A ROIT BANK passa a ser uma auditora em tempo real das empresas, com um fluxo

inovador e que possibilita grande segurança fiscal às empresas, com a checagem e correção de documentos fiscais no momento em que chegam, não mais ao final do processo, quando muitas vezes já estão no ERP ou já foram pagos”, afirma Ribeiro. Caso os documentos apresentem divergências, sejam elas fiscais, contábeis ou contratuais, o próprio sistema entra em contato com o fornecedor do cliente, solicitando a correção, para que novos lançamentos ocorram. A Fintech também já gera automaticamente as guias para recolhimento dos impostos e agenda os seus pagamentos. Previsto para ser lançado no primeiro trimestre de 2019, a ROIT BANK já tem quatro de suas seis etapas concluídas. Segundo Ribeiro, neste momento, profissionais estão alimentando o sistema com conhecimento técnico, ou seja, ensinando os robôs sobre as regras fiscais e classificações contábeis. “A ferramenta fica mais inteligente ao longo do tempo, pois será continuamente alimentada com informação. Prevemos uma expressiva mudança cultural e de processos contábeis, fiscais e financeiros nas empresas”, conclui Lucas Ribeiro.

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ARTIGO

2018, UM ANO DE TURBULÊNCIAS E APRENDIZADOS!

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empre digo em minhas palestras que me sinto motivada nos 365 dias do ano e que cada dia é uma estreia em minha vida. Ao longo deste ano de 2018, rodei pelo Brasil e pelo mundo para realizar palestras em empresas e também para observar o que estava acontecendo fora da minha realidade aqui no Brasil. O exercício de me automotivar durante o ano todo seguiu intacto 38 /// Fevereiro 2019

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porém como qualquer outro ser humano, fui impactada por muitas questões sociais, profissionais e pessoais que por um lapso de segundo colocaram a minha automotivação à prova. Como não acredito em desgraça e acho que tudo que acontece vem para aprendermos, comecei a fazer uma retrospectiva interna deste ano que passou e percebi que ele foi muito importante para o meu autoconhecimento.

Estive falando de virada de jogo nos últimos meses com foco na reta final deste ano. Ouso dizer que 2018 veio com muitas turbulências mas trouxe grandes aprendizados, afinal, são em momentos desafiadores que nos superamos, mudamos muitas vezes a rota das nossas estratégias e passamos a enxergar o lado positivo de todo e qualquer conflito que possamos encontrar ao longo do caminho. Comigo não foi diferente e certamente dentro da sua realidade, com você também não foi.


O OBJETIVO DESTE ARTIGO É UM BREVE MOMENTO DE REFLEXÃO: • Quais momentos foram mais desafiadores para você ao longo deste ano? • Quais providências você tomou para aquilo que não deu certo? • Como tem sido a sua postura perante os percalços da vida? • Quais resoluções tem enxergado para 2019? É muito importante pensarmos que nada é por acaso. Talvez em muitos momentos ao longo deste ano você tenha se perguntando porque uma situação X aconteceu ou porque uma consequência Y influenciou positivamente ou negativamente o seu ano. É enriquecedor para o seu desenvolvimento pessoal questionar as experiências e consequências que teve ao longo deste ano justamente para se preparar e se conscientizar de que na vida nem sempre as coisas acontecem da forma que queremos, mas elas podem acontecer ainda melhor do que imaginamos um pouco mais à frente se fizermos uma reavaliação interna do nosso cenário atual, seja ele no âmbito profissional, seja no âmbito pessoal. Olhe para si mesmo, em silêncio, sem interferências e comece a relembrar este ano que passou:

SE VOCÊ FIZESSE UMA OBRA DE ARTE DE TUDO QUE ACONTECEU COM VOCÊ EM 2018, COMO SERIA A PINTURA FINAL? BONITA? FEIA? COLORIDA? CINZENTA? Caso enxergue a obra de arte final do seu ano como feia ou cinzenta, procure mudar a perspectiva das análises que te levaram a pensar assim. Passe a olhar o feijão bom das coisas que conquistou e descarte o feijão ruim, ou seja, aquilo que de alguma maneira não te serviu.

PORÉM: Seja sincero consigo mesmo: será que tais situações que para você parecem não terem servido na verdade foram justamente o que você estava precisando passar? Talvez você não enxergue isto agora, mas provavelmente mude de opinião quando encontrar o lado benéfico dos obstáculos que enfrentou. Quando encaramos nossas frustrações, fica muito mais fácil enxergarmos o lado bom, produtivo e construtivo das coisas e este exercício é muito eficaz para que o universo conspire a nosso favor. Nada muda se você não mudar. Pense nisto!

Leila Navarro é conferencista comportamental e motivacional, escritora, empresária. Contato: paradigma@ paradigmaassessoria.com.br

Leila Navarro

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MERCADO

COMO MELHORAR O RELACIONAMENTO COM O CLIENTE A PARTIR DE DADOS

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Rafael Albuquerque é CEO da Unitfour, empresa brasileira referência em fornecimento de dados para as áreas de cobrança, call centers, risco, crédito, antifraude, CRM e marketing.

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empresa pode ter tecnologia de ponta, oferecer bons produtos e serviços e ter um time talentoso de colaboradores que sempre desenvolvem soluções inovadoras. Entretanto, nada disso é suficiente para potencializar as vendas se a companhia falha em um tópico simples, mas altamente decisivo para o sucesso de um negócio: o atendimento ao cliente. Sem um bom suporte às pessoas que entram em contato com a marca é impossível manter um relacionamento duradouro e, consequentemente, torna-se inviável manter uma rentabilidade a longo prazo. Uma pesquisa realizada pela Opinion Box mostra que mais da metade dos consumidores brasileiros (53%) já se sentiu desrespeitado por empresas das quais comprou algum produto. Além disso, 79% dos brasileiros deixaram de comprar de alguma marca após sofrerem com mal atendimento na loja, telefone, site ou em redes sociais. Os números negativos mostram que as empresas do país ainda pecam no relacionamento com seus clientes e acabam, dessa forma, desperdiçando ótimas oportunidades de vendas. É preciso entender que o atendimento eficiente é simplesmente a base de construção de um bom relacionamento entre empresas e clientes. Logo, não basta oferecer uma experiência superficial ou, pior, incompleta ao usuário. Com o avanço da tecnologia e o surgimento de novos


canais de comunicação, como redes sociais, ele quer algo a mais de suas marcas preferidas. Esse consumidor espera ser atendido de forma personalizada e ver seus problemas e dúvidas serem resolvidos rapidamente. Tecnologia para isso não falta. Hoje, há diversos recursos que ajudam as corporações a personalizar o serviço de atendimento ao cliente. A quantidade de canais cresceu significativamente nos últimos anos, o que resultou em inúmeros dados que, quando combinados, fornecem um perfil único das pessoas. O desafio, portanto, é reunir todas essas informações em uma única solução para facilitar a tomada de decisões. Assim, a aposta deve ser em uma plataforma omnichannel, capaz de oferecer ao profissional a possiblidade de estreitar o relacionamento com o público independentemente do canal em que ele estiver. Contudo, para essa estratégia atingir os resultados esperados, é essencial manter informações atualizadas de cada cliente. A base de dados dos usuários é vital para o sucesso do negócio. Com dados recentes, a empresa consegue montar uma verdadeira linha do tempo de cada pessoa e sabe em qual etapa da jornada ela se encontra no relacionamento com a marca. Caso contrário, a empresa corre um grande risco de fazer um

atendimento inadequado, comprometendo a sua imagem perante seu público-alvo. Sem cliente, nenhum negócio sobrevive – mesmo se tiver investimento em tecnologia de ponta e desenvolvimento de produtos. As companhias precisam estar atentas à forma como atendem os usuários, oferecendo condições para que seus colaboradores possam realizar um ótimo de trabalho de contato, oferecendo novas experiências e garantindo um engajamento maior. O primeiro passo é contar com os dados corretos e atualizados. Afinal, todo relacionamento fica mais fácil quando já conhecemos as pessoas, não é mesmo?

SOBRE A UNITFOUR: Criada em 2007, a UnitFour é referência como empresa brasileira fornecedora de dados para as áreas de cobrança, call centers, risco, crédito, antifraude, CRM e marketing. Com 5 mil clientes atendidos, entre grandes bancos, fintechs, operadoras de telefonia e empresas de prevenção à fraude no e-commerce, a UnitFour conta com uma das bases mais completas do mercado, com mais de 208 milhões de CPFs e 30 milhões de CNPJs cadastrados. Faz parte da Associação Brasileira de O2O. Mais informações no site: www.unitfour.com.br

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FINANÇAS

COMO COMEÇAR 2019 DIFERENTE NAS FINANÇAS

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om o inicio do ano é normal as pessoas fazerem diversas promessas e traçarem objetivos, que por muitas vezes tem a necessidade do dinheiro. Então como fazer diferente e em 2019 ter maiores chances de viabilizar? A primeira coisa é entender a sua realidade financeira de hoje e traçar os objetivos futuros transformando-os em valores. Pensando em ver a sua realidade: a sugestão é traçar os 12 meses do ano e colocar nesse período a quantidade de receita que terá e em 4 caixinhas de saídas que somadas são iguais as receitas. Sendo: • Caixinha 1: Fixas (luz, água, convênio, condomínio, IPVA, IPTU, escola, diarista etc.); • Caixinha 2: Consumo Variável (Mercado, padaria, farmácia, combustível, farmácia, vestuário, presentes, estética, restaurante etc.) • Caixinha 3: Dívidas e compras parceladas (compras parceladas no cartão de crédito, financiamento do carro, empréstimos etc.) • Caixinha 4: Investimentos (financiamento do imóvel, previdência privada, consórcio etc.) Esse primeiro rascunho do seu orçamento do ano de 2019 será muito importante, você verá o quão saudável está seu orçamento no

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sentido de o quanto vai para dívidas e o quanto vai para investimentos; ou então o quanto de despesa fixa você tem e este faz com que já tenha uma fatia considerável comprometido no decorrer do mês e ano. Traçar objetivos e colocar valores neles é a segunda parte, cada objetivo que tiver entrará na caixinha do investimento. Naturalmente, conforme essa caixinha fica mais “gorda” as demais terão que ser readequadas. Significa às vezes abrir mão do plano completo de TV a cabo, reduzir tarifas de bancos, deixar de consumir tanto restaurantes, etc. Uma vez que já está ciente do seu orçamento futuro e colocou dentro dele mais peso dos investimentos, será preciso ter uma espécie de “gestão de prioridades”. Será necessário, por vezes, optar entre salvar para a reserva de emergência contra a troca de celular pelo último modelo ou a viagem com curso contra consumos exagerados no fim de semana. Agora vem a parte mais importante, como executar o que está no papel e tornar isso realidade? Lá vão as dicas que vejo com mais resultados: Evite compras parceladas sempre que possível, essas várias parcelinhas futuras dificultam as pessoas saberem o limite do orçamento e exige muita disciplina para saber o quanto irá para cada caixinha; • A caixinha do consumo variável costuma ser a vilã, então isole o valor que irá consumir nela, como

talvez em um banco digital que não terá custos ou dentro de um único cartão de crédito; • Registre por alguns períodos os seus consumos variáveis. Assim você saberá para onde vai o seu dinheiro e com o que consome. Afinal, terá que tomar decisão do que mudar para encaixar a salva dos objetivos, como aquela grande viagem com a família. • Faça um pente fino nas despesas fixas a cada 6 meses: sempre tem taxas no banco desnecessárias, pacote de tv, celular e academia sem uso, seguros contratos sem saber para que servem. • Compre à vista e peça desconto. • Aprenda sobre investimentos para acelerar os ganhos e conquiste independência na escolha de onde aplicar sem a figura do gerente ou assessor de corretora. Combinando todas essas informações acima e desenvolvendo suas próprias técnicas sei que verá o quanto possível é atingir objetivos futuros com organização, planejamento, disciplina e conhecimento. Isso será muito motivador para mudanças de hábitos e confortos que não são bons no curto prazo, por isso enxergar o retorno será fundamental. Além disso, reflita sobre o que realmente é importante e verá que muitas coisas desnecessárias consumiram muito tempo, energia e dinheiro. Enquanto outras foram sempre adiadas. Bom 2019.

Ricardo Hiraki Maila é administrador, pós-graduado em gestão financeira pela FGV e pós-graduado em gestão de negócios pelo Mackenzie. Trabalhou por mais de cinco anos como diretor de planejamento e financeiro de um grande grupo do Brasil. Fundou a Plano Consultoria há dois anos, empresa de consultoria de finanças pessoais, que hoje conta com 15 colaboradores.

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NEGÓCIOS

TRÊS TIPOS DE NEGÓCIO QUE VÃO FAZER SUCESSO NO E-COMMERCE EM 2019

2.SEX SHOP Thiago Mazeto é head de experiência do cliente da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb

A

partir de agora, todas as atenções estão voltadas para 2019. Chegou o momento de fazer o balanço do ano que passou e colocar na ponta do lápis aquilo que se espera para os próximos meses. Pensando nisso, separei três tipos de negócios que vão fazer sucesso no e-commerce em 2019 para se inspirar.

1.PERFUMES Na segunda posição do ranking mundial sobre o mercado de fragrâncias, de acordo com pesquisa da Euromonitor International, o Brasil segue atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de US$ 6,8 bilhões em vendas no ano passado. E o comércio desse tipo de produto não para de crescer, acompanhando 44 /// Fevereiro 2019

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a expansão contínua do mercado da beleza. Seguindo essa ideia, abrir um e-commerce de perfumes torna-se bastante rentável para quem deseja buscar uma segunda renda ou mesmo a independência financeira em 2019. Para iniciar é preciso levantar fornecedores, custos e riscos, além de contar com o suporte de uma plataforma de e-commerce capaz de atender todas as necessidades da loja.

DICA DE OURO PARA ABRIR UM E-COMMERCE DE PERFUMES: Compre poucos produtos por vez para evitar estoque parado ou mesmo problemas com a alfândega, em caso de perfumes importados.

Hoje, o Brasil tem 11 mil pontos de vendas de produtos eróticos, que geram mais de 100 mil empregos diretos ou indiretos e movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano, de acordo com dados da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual). Mesmo com todos esses números de encher os olhos, antes de abrir um sex shop online é preciso analisar riscos, buscar fornecedores e traçar seu público-alvo. Entretanto, neste caso, há pontos bem específicos que devem ser levados em consideração. Por ser um nicho que gera muita curiosidade e dúvida do consumidor, é importante sempre manter um chat online (ou outro canal) para responder as perguntas da forma mais natural possível. Para reforçar esse ponto, ofereça também conteúdos informativos sobre os produtos em um blog, por exemplo.


DICA DE OURO PARA ABRIR UM SEX SHOP ONLINE: Assegure máxima discrição na compra e na entrega. Não coloque, por exemplo, a logo da sua loja na caixa de envio dos produtos. Isso pode deixar o cliente desconfortável no momento do recebimento e fazer com que ele nunca mais volte a comprar de você.

3.SUPLEMENTOS PARA MUSCULAÇÃO Quem achou que a “onda fitness” não passaria de uma marolinha com certeza se impressiona ao ver o crescimento desse segmento por aqui. Segundo dados do IHRSA Global Report 2018, relatório promovido por uma das maiores representantes do fitness mundial, o Brasil possui quase 35 mil academias e, tudo o que tange esse universo, movimenta US$ 2,1 bilhões por ano.

Vender suplementos para musculação online vai ao encontro do sucesso desse mercado e o público é garantido. Assim como no e-commerce de perfumes e no sex shop, é preciso avaliar riscos, fornecedores e buscar uma plataforma que atenda todas as demandas da nova loja virtual.

DICA DE OURO PARA ABRIR UM E-COMMERCE DE SUPLEMENTOS: Aposte em conteúdos ricos e mídias pagas para criar sua reputação e gerar vendas. Por ser um nicho atrativo, muitos empreendedores apostam nele. A concorrência é grande, mas uma estratégia de marketing bem pensada fará com que o seu produto chegue no cliente certo, aumentando suas chances de conversão. 2019 promete! Sucesso, sempre!

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MERCADO

COMO INTERAGIR DE FORMA EFICIENTE COM O CLIENTE

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ão há dúvida de que a sobrevivência das marcas está diretamente relacionada à forma com que elas se comunicam com seus clientes. A consolidação dos dispositos móveis e das redes sociais oferece grandes oportunidades para que empresas façam campanhas personalizadas, exatamente de acordo com as necessidades dos consumidores. Essa é uma oportunidade que nunca deve ser desperdiçada, porque, cada vez mais, ter estratégias de marketing eficientes significa fazer o cliente se sentir único e especial. A partir dessa premissa é que entra em cena a comunicação omnichannel, uma estratégia simples, mas altamente eficaz em termos de personalização de conteúdo e

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TIMING

*Yuri Fiaschi é head das Américas da Infobip, uma das maiores plataformas próprias de mensageria e comunicação do mundo, com receita anual de US$ 430 milhões.

marketing móvel, considerando que há 236 milhões de linhas de celulares em operação no Brasil, o que revela um mercado de grande potencial. O omnichannel também oferece muitas possibilidades de personalização de conteúdo de acordo com os hábitos do cliente e da mensagem a ser transmitida. Enquanto o público mais idoso prefere mensagens por voz, os mais jovens gostam de ser contatados por meio de Facebook Messenger e notificações via push. Já as mensagens por SMS são a melhor opção para enviar cupons de desconto, ao passo que o e-mail é o canal ideal para enviar documentos. Para realizar campanhas personalizadas e eficientes usando omnichannel, é necessário que as organizações trabalhem com iteligência os seguintes aspectos:

Entregar a mensagem certa no momento certo é cada vez mais crucial para campanhas de marketing de sucesso. Um meio surpreendentemente eficaz para alcançar essa meta é o SMS. Com a ajuda de uma funcionalidade conhecida como geolocalização, é possível mandar mensagens de acordo com a localização do seu cliente. Outra ferramenta muito eficiente nesse aspecto são as notificações via push.

CANAL DE CONTATO De maneira geral, todas as empresas precisam se comunicar com seus clientes para fazer ofertas e mensurar taxas de satisfação. Com o omnichannel, seu público consumidor pode entrar em contato com sua marca por meio de diferentes canais, e o contrário também é verdade. Dessa forma, a omnicanalidade ajuda as empresas a oferecer sempre um conteúdo feito sob medida para seus clientes, ao mesmo tempo em que lhes permite receber suporte rapidamente, o que aumenta a satisfação do consumidor.

RASTREABILIDADE DE DADOS Utilizando uma plataforma integrada, a comunicação omnichannel permite que as equipes

de marketing e vendas obtenham métricas para avaliar a penetração de suas campanhas. É possível rastrear esses dados utilizando técnicas simples, como a adição de uma UTM no fim de um link. Métodos mais sofisticados de análise de dados incluem big data e inteligência artificial. De qualquer forma, o objetivo é o mesmo: aproximar-se do cliente e fidelizá-lo. Por fim, podemos concluir que a comunicação omnichannel é uma estratégia que tem potencial enorme, porque oferece diversos canais de contato eficientes e personalizados, com a possibilidade de obter métricas para aperfeiçoar ainda mais suas campanhas de marketing.

SOBRE A INFOBIP A lnfobip opera uma das maiores plataformas próprias de mensageria e comunicação do mundo, projetada para conectar operadoras de redes móveis e empresas. Nossos escritórios em seis continentes e nossas parcerias estratégicas com os maiores grupos de telecomunicações garantem integração e entrega perfeitas. Sempre buscando inovar, promovemos uma filosofia que coloca o negócio do cliente em primeiro lugar. Por estarmos presentes mundialmente, somos um provedor de confiança para milhares de clientes ao redor do globo.

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CAPA

3ª EDIÇÃO DO PRÊMIO MAIS UNIFORÇA HOMENAGEIA 12 FORNECEDORES Em 28 de novembro passado, a Rede Uniforça celebrou seus 25 anos e fez a entrega solene do prêmio Mais Uniforça

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empresas foram agraciadas com o Prêmio Mais Uniforça, entregue na festa de fim de ano da Rede Uniforça. A noite solene aconteceu no Buffet Palatium, em 28 de novembro de 2018, reunindo associados, fornecedores e convidados. Na ocasião, houve também a celebração das

Bodas de Prata da Rede, que conta com 31 associados, 5300 colaboradores e mais de 50.000m² de área de venda. Seus mais de 1 milhão de reais de faturamento em 2017 a credenciam atualmente como a maior rede de supermercados do Nordeste e a segunda maior do Brasil, o que bastante felicita a comunidade.

“Pra gente é um orgulho muito grande ver e premiar os fornecedores, porque eles passam o ano todo construindo esse trabalho, feito a quatro mãos e com muita conversa. A gente não quer um fornecedor para nos atender por alguns meses, apenas. A gente quer um trabalho contínuo, e isso que a gente tem

DIRETORIA UNIFORÇA E TODOS OS VENCEDORES DO PRÊMIO MAIS UNIFORÇA

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“Depois que recebemos o prêmio em 2017, aumentou a responsabilidade de buscar melhorar a prestação de serviços, estar mais próximo dos acionistas, procurar saber quais indicadores a gente poderia melhorar em relação ao ano anterior, para que estivéssemos presentes novamente. Para nós foi uma confirmação e uma consolidação”. João Paulo Feitosa

SERGIO BEZERRA, ANA CLARA, SERGIO ALVIN E TODOS OS ASSOCIADOS UNIFORÇA

feito é exatamente reconhecer o trabalho com os fornecedores”, comenta Nidovando Pinheiro, presidente da rede supermercadista. “Essa é a nossa festa de confraternização, que a gente junta com os 25 anos da Rede e com o Prêmio Mais Uniforça, que já está na sua terceira edição. Ele surgiu de uma ideia de fazer uma festa de confraternização e, ao mesmo tempo, premiar os fornecedores que foram destaque no ano”, acrescenta Sérgio Bezerra, diretor executivo da Rede Uniforça. Sérgio conta que a ideia da premiação surgiu numa conversa e hoje é sucesso. “Então todo ano nós juntamos uma comissão, fazemos um levantamento, levantamos os números, analisamos critérios como atendimento, qualidade na entrega e não deixar faltar mercadoria na loja. Depois mostramos ao mercado que fornecedores se destacaram naquele ano. Essa foi uma ideia inovadora que deu certo. Hoje o prêmio é disputado entre os fornecedores em diversas categorias”, pontua o diretor executivo.

AGRACIADOS A primeira categoria anunciada foi Limpeza, na qual o vencedor foi a Química Amparo Ltda, representada pelo diretor regional da mesma, Sérgio Bengard. “É muito gratificante participar do crescimento e do amadurecimento de uma rede tão forte. Esse prêmio é fruto do alinhamento entre as empresas, da vontade de crescer de ambas e da forte sinergia entre Ypê e o consumidor que frequenta as lojas da Rede Uniforça”, relata o agraciado. Ele aposta que a manutenção dessa união de forças trará mais crescimento para 2019. Em seguida, Khallyl Nagib recebeu o prêmio Mais Uniforça na categoria Bebidas em nome da Ambev Fortaleza. Para ele, a homenagem é a consolidação de um trabalho de dois anos no qual a empresa agraciada vem se aproximando da Rede Uniforça no intuito de crescer o segmento de bebidas. E não só este segmento cresceu como também a Ambev

junto com ele. “Estou superfeliz com esse prêmio. Foi muito difícil estar aqui, e graças a Deus a gente recebeu essa coroação. Foi muito bacana! 2019 vai ser espetacular, tanto quanto 2018”, celebra Nagib. Na categoria Perfumaria, a J. Sleiman Ltda foi a premiada. O gerente comercial do grupo J. Sleiman, Arthur Sleiman, fala sobre a homenagem. “Pra gente é um orgulho muito grande receber esse reconhecimento do nosso profissionalismo, dos nossos esforços e de estar junto com eles investindo no crescimento da Rede. Somos parceiros do pessoal da Uniforça há muitos anos. Então nos orgulha bastante porque crescemos junto com eles, ano a ano”, avalia o gerente. Já na categoria Serviços, a agraciada foi a Rede Uze, que trabalha com soluções para crediário e cartões de crédito no segmento varejista.Segundo Genário Vasconcelos, diretor da empresa, ela é líder de mercado no Norte, no Nordeste e no Centro Oeste, com

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CEREAIS - DIRETOR LIRA PINHEIRO, Sra MARILAINE MOTTA, Sr FRANCISCO WELLINGTON E Sr ELZENIR PINHEIRO

aproximadamente 500 parceiros lojistas só no Ceará. Para o diretor, receber o prêmio Mais Uniforça é uma honra. Ele também considera importante estar ao lado da rede supermercadista, que começou pequena e hoje está em crescimento e com grande potencial, no auge dos seus 25 anos.

ALIMENTÍCIOS A BR-Sul Indústria e Comércio Ltda foi agraciada na categoria Cereais. Marilaine Motta, gerente comercial da empresa – conhecida pelo Arroz Bem Caseiro –, diz que quer crescer muito neste ano, incluindo o lançamento de outros produtos, já no primeiro semestre de 2019.“E a Uniforça com certeza será o nosso parceiro forte”, afirma. Por fim, ela conta que a empresa e seus colaboradores ficam muito gratos, pois foram acolhidos no Nordeste.“Então receber esse prêmio pra nós foi uma honra muito enorme. A gente tá muito feliz”, avalia. Outra empresa que não é cearense, a Fazenda Dois Irmãos, teve destaque no prêmio Mais Uniforça, levando a melhor na categoria Hortifruti. Luiz Carlos Berti, proprietário da companhia gaúcha, descreve que é um prazer imenso fazer parte da Uniforça. “E com fé 50 /// Fevereiro 2019

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em Deus será a primeira de muitos. A gente vai querer fazer parte dessa premiação muitos e muitos anos”, sugere o gestor. Mas muitas organizações cearenses também se destacaram em 2018 na comenda da Rede Uniforça. Entre elas a M. Dias Branco Indústria e Comércio de Alimentos e a Betânia Lácteos, respectivamente nas categorias Mercearia e Lácteos. “Pra M. Dias Branco é um prazer fazer parte desses 25 anos. A Uniforça é uma parceira. Estamos juntos desde o começo. Pra nós, como empresa cearense, embora estejamos atuando nacionalmente hoje, é muito importante ter a Uniforça como parceira, sendo ela a segunda maior rede do Brasil. Muito nos envaidece e nos dá ainda força pra mais 25 anos”, revela Wilson Freire, gerente comercial da M. Dias Branco Ceará. Vanúzia Araújo, supervisora de vendas da Betânia Lácteos Nordeste, diz ser muito gratificante poder fazer parte dessa história, ser homenageado e poder estar cada vez mais unindo as forças. “A Betânia vem num crescimento, é uma empresa que se destaca. Nós somos líderes no Nordeste em leite UHT e já temos a vice-liderança em iogurte também. Queremos seguir crescendo e fazendo um

bom trabalho na Rede”,contextualiza a gestora.

NORDESTE Outras cearenses homenageadas com o prêmio Mais Uniforça foram as empresas Tijuca Alimentos Ltda, na categoria Perecíveis, e Milfrios Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda, na categoria Bazar. Patrícia Vasconcelos, diretora comercial da Tijuca Alimentos, diz que a comenda representa o reconhecimento de um trabalho árduo. “Esse prêmio aumenta a nossa responsabilidade, porque nós sabemos que cada vez mais temos que melhorar”, argumenta a diretora. O proprietário da Milfrios, José Nogueira Militão – conhecido como Zeca Militão –, comenta sobre o trabalho reconhecido. “Esse prêmio diz que estamos no caminho certo. Não sou eu somente, é a equipe, e junto com a simplicidade deles”, agradece o proprietário. Outra empresa cearense agraciada foi a Tete Distribuidora Atacadista de Alimentos Ltda. João Paulo Feitosa, supervisor de vendas da organização, lembra do prêmio recebido em 2017, configurando um bicampeonato à distribuidora.


“Depois que recebemos o prêmio em 2017, aumentou a responsabilidade de buscar melhorar a prestação de serviços, estar mais próximo dos acionistas, procurar saber quais indicadores a gente poderia melhorar em relação ao ano anterior, para que estivéssemos presentes novamente. Para nós foi uma confirmação e uma consolidação”, opina João Paulo Feitosa, que aproveitou para parabenizar a Rede Uniforça pela festa, ainda melhor e mais bonita que a do ano anterior.

BAZAR - DIRETOR CARLOS VASCONCELOS, Srs NILTON DE ARAUJO JUNIOR E JOÃO PAULO FEITOSA

EXTRA Além das 11 categorias citadas, todo ano a Rede Uniforça escolhe um fornecedor para ser o fornecedor especial. “Esse ano nós escolhemos a 3corações porque ela cresceu junto com a gente. Ela patrocinou a nossa corrida, ela esteve junto das lojas fazendo nosso crescimento. É uma empresa que faz parte já do nosso dia a dia”, defende Sérgio Bezerra, diretor executivo da Rede. Paulo de Tarso, um dos gestores da organização, enviou mensagem relatando que a união das forças, da Uniforça com a 3corações, fez com que as duas empresas crescessem e se desenvolvessem. “E hoje vocês da Uniforça são uma grande empresa. Todos vocês vivem em função dos negócios, como a gente, por isso que deu certo, está dando certo. Pra nossa companhia é um privilégio muito grande receber esse prêmio com que vocês estão nos honrando”, detalha o gestor. Por Marília Pedroza

BEBIDAS - DIRETOR JOSEMAR CHAVES E Sr KHALLYL

DISTRIBUIÇÃO - DIRETOR ANTONIO NOBRE E Sr JOSE NOGUEIRA MILITAO

ESPECIAL - CARLOS SARAIVA, Sr ELY CHAVES, Srta PAULA CAMPOS, Sr GUILHERME LIMA, Sr CLEDSON LEITE, Sr ALEXANDRO BARBORA E Sr MANOEL NETO

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HORTIFRUTI - DIRETOR VALDEILTON VASCONCELOS, Sr LUIZ CARLOS BERTI E Sr CICERO PAULO NEVES

LACTEOS - DIRETORA LEA PORTO, SR VANUZIA ARAUJO, SR JULIO CESAR MONTE E SRA CYNTHIA SERRETTI

LIMPEZA - VICE-PRECIDENTE MURILO TAVARES, Sr JOSÉ RUBENS CASSIANO FILHO E Sr SERGIO BENGARD

MERCEARIA - PRESIDENTE NIDOVANDO PINHEIRO, Srs ARI MARTINS, WILSON FREIRE E BITU ALVES

NIDOVANDO PINHEIRO, ANA CLARA, SERGIO ALVIN E CLIMAR ANDRADE

PERECÍVEIS - DIRETOR RONNY YURI, Sra PATRÍCIA VASCONCELOS e Sr MARDEN VASCONCELOS

PERFUMARIA - DIRETOR CLIMAR ANDRADE, ARTHUR SLEIMAN E ANDRÉ SLEIMAN

SERVIÇOS - DIRETOR ERNANDES, Sr GENARO VASCONCELOS, Sr TANIA UCHOA E Sr LUCIANO

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Fotos disponivéis no ste: http://portalredebrasil.com.br/s_galeria.asp?id=1


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POESIA

MATÉRIA LITERATURA

ENIGMA Sou o sol, a terra e a lua Sou a criança que brinca na rua Sou o amor e a alegria Sou o animal que vive na mata Sou o rio e a cascata Sou o choro e a melodia

O GRANDE GATSBY de F. Scott Fitzgerald

Indicamos o livro, O Grande Gatsby, do escritor F. Scott Fitzgerald, uma obra-prima , da literatura Norte Americana. O livro retrata a alta sociedade de Nova York nos anos de 1920, com sua riqueza sem precedentes, festas nababescas e o encanto das melindrosas ao som do jazz. O sol em ascensão desse universo musical, e o milionário Jay Gatsby, ao redor do qual orbitam três casais glamorosos e descontraídos, numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos que precipitam o trágico eclipse. Um abraço e sucesso

Por R.C. Bandeira 54 /// Fevereiro 2019

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Sou as estrelas e o espaço O ouro, a prata e o aço O vale, a montanha e a serra Sou a poeira que vem do chão alguém no meio da multidão O meteoro que cai na terra Sou a camada de ozônio O aço inox , o argônio Sou a larva do vulcão Sou o vento que vem do norte Sou o fraco e o forte Pulsante igual a um coração Sou o preto e o amarelo O sofisticado e o singelo O sangue que corre nas veias Sou a relva e a floresta Sou uma cidade em festa Sou o mar, a praia e as areias Sou a poeira da estrada Das aves a debandada Da noite, a escuridão Do dia, a claridade Da vida a felicidade Do céu a imensidão Sou o instrumento musical Sou o maracatu e o carnaval Sou uirapurú, que canta tão bem Sou o individual e o coletivo Sou a terra que cultivo Afinal, não sou ninguém. Autor R C BANDEIRA


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VAREJO

A REDE MERCADINHOS SÃO LUIZ SEGUE EM EXPANSÃO E INAUGURA MAIS UMA LOJA EM FORTALEZA


VAREJO

A REDE MERCADINHOS SÃO LUIZ SEGUE EM EXPANSÃO E INAUGURA MAIS UMA LOJA EM FORTALEZA

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á mais de 40 anos no mercado, a marca se consolida ano após ano e segue em expansão. A mais nova loja, localizada na Avenida Edilson Brasil Soares, 920, no Bairro Sapiranga, traz o conceito de praticidade e pretende atender as demandas do entorno da região. Com uma área total de 2.340,72m², a loja dispõe de bastante espaço, modernidade e praticidade para os clientes, que contam com o atendimento convencional dos colaboradores nos caixas e também com doze terminais de autoatendimento. Com um salão de vendas medindo 1300 m², a loja foi projetada para atender todos os clientes com conforto e agilidade. A praça de alimentação conta com o buffet self service para almoço e jantar, a cafeteria 3 Corações e o açaí Whaka. Todo ambiente mede em torno de 166,34m². Além das seções já conhecidas pelos frequentadores do Mercadinhos São Luiz, como a seção Costume Saudável e a padaria com os pães especiais, uma adega diversificada, com 30m², também estará disponível aos apreciadores de bebidas e uma seção de hortifruti com produtos fresquinhos, com aproximadamente 150m². Um outro destaque é a seção com o 56 /// Fevereiro 2019

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conceito de “Grab and Go”, que quer dizer comidas prontas ou pré prontas para tornar o dia a dia dos consumidores mais prático. São saladas de frutas, sobremesas, refeições completas, sanduíches, entre outros. Além de tudo isso, os clientes também terão 89 vagas de estacionamento disponíveis.

INOVAÇÃO Também foi inaugurada recentemente uma loja dos Mercadinhos São Luiz, em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. O endereço fica no Pátio Água Fria, na Av. Washington Soares, 3690 Loja 04, Parque Manibura. A loja traz uma grande novidade, os self check-out, caixas de autoatendimento, um diferencial no mercado.

Com o novo serviço, os clientes terão mais praticidade e evitarão filas, já que podem optar por uma das quatro máquinas ao lado dos caixas tradicionais, que servem como caixas rápido, atendendo clientes com até quinze volumes. A nova loja oferece self checkout, um formato moderno, com espaço para cafeteria e buffet no segundo piso, que também conta com uma self check-out exclusiva para comandas, além de estacionamento do próprio Pátio, e da variedade do mix de produtos.

LOJA DO SHOPPING DEL PASEO Lojas em shoppings da cidade também são um dos diferenciais

da rede. A unidade fica no shopping Del Paseo, piso L1 e funciona de 7h às 22h, todos os dias. Com o conceito de praticidade, a loja pretende atender as demandas dos bairros próximos e do entorno do shopping. Com uma área de 727 m², a unidade dispõe de modernidade e praticidade para os clientes, que contam com o atendimento convencional dos colaboradores nos caixas e também com dois terminais de autoatendimento. Além das seções já conhecidas pelos frequentadores do Mercadinhos São Luiz, como a seção Costume Saudável e a padaria com os pães especiais, uma ampla adega também está disponível aos apreciadores de bebidas.

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CEARÁ ENTREVISTA

REDE PARCERIA COMEMORA 15 ANOS NO MERCADO E O CRESCIMENTO ARREBATADOR EM 2018

Café com Nosso Setor entrevista José Ribamar Alves Lima, presidente da Kaçan Industrial Produtos Limpa Fácil


VAREJO

REDE PARCERIA COMEMORA 15 ANOS NO MERCADO E O CRESCIMENTO ARREBATADOR EM 2018 Com muita música e animação, a rede recebeu seus clientes, fornecedores e parceiros para a entrega de prêmios e homenagens

O vice-presidente da Rede Parceria, Marcos Cabral, fala da noite de premiação. “É uma alegria muito grande podermos realizar uma noite como esta,juntamente com a colaboração de todos que estão aqui. A Rede Parceria, no ano de 2018, teve um crescimento extraordinário e isso é reflexo da credibilidade diante dos nossos fornecedores e principalmente dos nossos clientes”, conclui Cabral.

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m comemoração dos seus 15 anos no mercado a Rede Parceria realizou uma grande festa para receber seus clientes, fornecedores e parceiros para a entrega de prêmios e homenagens. O crescimento da Rede Parceria em 2018 foi de 93%, iniciando o ano com 34 lojas e 17 associados e finalizando com 21 associados e 47 lojas. Em 2018 a rede cresceu 18% sem a entrada de novos associados, e com a chegada dos novos teve o acréscimo de 38% em seu faturamento. Marcos Moreira, presidente da Rede Parceria, comenta sobre 62 /// Fevereiro 2019

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o crescimento da rede. “Essa grande noite é fruto da conclusão de um trabalho realizado com muito esforço por todos os componentes da rede. É um momento para agradecermos a todos os fornecedores pela parceria conosco, pois o ano de 2018 foi fundamental para as realizações de hoje. Estamos superando nossas projeções apesar de toda a crise que o setor vem enfrentando durante os anos anteriores, e para este ano a projeção de crescimento da sede é de 60%”, expõe o presidente da rede.

FORNECEDORES A campanha teve a adesão de muitos fornecedores e a arrecadação total foi de um milhão e 450 mil reais. Entre os participantes da campanha, estavam presentes


na premiação a Três Corações, Brasilux (Tachibra), Itaipava, Indaiá, Avine, Donizete, Frosty, JJ Distribuidora (Precioso), Betânia, Ibiapina, Itambé, J.A Distribuidora (Mondelez), J.A Distribuidora (Bunge), Mil Frios, Tete (Havainas), J.Sleiman (DAG), J.Sleiman (Merchat), Pole Alimentos e M. Dias Branco. Ely Chaves, gerente de vendas, fala em nome do Grupo Três Corações. “Foi uma parceria comercial muito forte durante 2018 que rendeu laços duradouros com a rede. Foram ótimas negociações que alcançaram bons frutos tanto pra rede como para o Grupo. Foi uma campanha de muito sucesso para todos com uma potencialização muito grande em vendas e execuções. Para o Grupo sempre é importante ser homenageado, pois mostra nossa grandeza e um sentimento de dever de casa foi cumprido”, comenta. O músico, cantor e compositor cearense, Waldonys, foi uma das atrações musicais da noite, à convite da empresa Tijuca Alimentos, agraciada com o prêmio de melhor fornecedor do ano no seu segmento. Sérgio Caetano, da Tijuca Alimentos, fala sobre a campanha e premiação. “É um prazer enorme receber essa premiação da Rede Parceria e queremos dividir este prêmio com todos os nossos colaboradores, pois é algo muito importante e valioso para nós receber essa premiação. A campanha foi muito boa, superamos nossos objetivos e pretendemos incrementar ainda mais em 2019 para obtermos maiores resultados”, expõe Caetano.

Eduardo Serpa, também da Tijuca Alimentos, comenta sobre o trabalho que realizou na Rede Parceria durante o ano de 2018. “A responsabilidade só aumenta.Temos que trabalhar ainda mais forte para intensificar nossos objetivos para mais um ano que se inicia. Acreditamos muito no potencial da Rede Parceria e continuaremos firmes e fortes com nossa parceria”, finaliza. João Darlan, foi o colaborador destaque em vendas da Tijuca Alimentos em 2018 e esteve durante todo o ano marcando presença dentro da Rede Parceria. “É muito prazeroso receber esse reconhecimento tanto da rede quanto da empresa a qual me dedico diariamente. Isso me dá forças para me superar neste ano que se inicia”, informa Darlan. José Carlos, presidente da JJ Distribuidora, fala sobre a parceria com a rede. “É uma grande honra participar de um evento com essa grandiosidade e ainda receber uma premiação dessas. Agradeço a todos da rede pelo privilégio de estar dentro deste grupo de campeões e somar esforços fortalecendo a marca no mercado. São grandes parceiros dos fornecedores e clientes e dessa forma não tem como dar errado”, reforça o empresário. Francisco Wellington, da BR Sul, também foi um dos homenageados pela rede. “É muito gratificante ter seu esforço diário reconhecido por uma entidade tão admirada como a Rede Parceria. Tenho um relação de muito carinho, respeito e admiração pelos associados da rede e isso reflete na minha dedicação pelo trabalho que realizo com todos”, encerra.

ASSOCIADOS A Rede Parceria já inicia este ano com mais associados, contando agora com 51 lojas e a projeção é de um crescimento ainda maior ao longo do ano de 2019, abrangendo as localidades de Redenção, Eusébio, Maracanaú, Paracuru, Pacatuba, entre outras. O supermercado Mais Compras, representada por Socorro, integrante do marketing da loja, conta sobre a nova experiência com o associativismo. “É muito importante aproveitar as oportunidades oferecidas pela Rede Parceria e premiar também nossos clientes, que são as chaves do negócio. É a primeira rede que nos associamos e está sendo uma experiência maravilhosa com grandes resultados”, relata.

PREMIAÇÃO Todas as lojas da rede foram decoradas para recepcionar seus clientes e anunciar a campanha que empolgava a todos com a premiação. Foram sorteados 45 kits contendo um refrigerador inox, um fogão inox, um micro-ondas inox e um carro 0 Km. A campanha teve uma adesão muito forte, gerando o total de um milhão e 400 cupons. Paulo Ricardo foi o vencedor do grande prêmio da noite, um Fiat Mobi 0 km, pelo supermercado Supribem e fala sobre a sua satisfação. “É a primeira vez que ganho um prêmio dessa magnitude e isso me traz uma imensa felicidade. Eu e minha família frequentamos a loja com bastante assiduidade pelos preços e produtos atrativos, assim como a qualidade e também o bom atendimento oferecido”, conclui.

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ENTREVISTA

Café com Nosso Setor

Café com Nosso Setor entrevista José Ribamar Alves Lima, presidente da Kaçan Industrial Produtos Limpa Fácil R

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aranhense, José Ribamar Alves Lima, presidente da Kaçan Industrial Produtos Limpa Fácil Ltda, está há 41 anos em Fortaleza inovando no setor químico. Ribamar chegou à cidade com o intuito de ser um empreendedor, logo buscou conhecimento para dar força ao seu objetivo e capacitou-se pelo SEBRAE. O empresário montou um armarinho, um modelo de comércio muito procurado na cidade, em que se vendem tecidos, aviamentos de

costura e outras miudezas. Posteriormente, Ribamar montou uma tinturaria de roupas com serviços voltados para o lar, chegando a ter doze postos de coleta em Fortaleza, e foi então que surgiu a ideia de trabalhar com saneantes, produtos de limpeza. RNS: Como está a atuação regional da Limpa Fácil no mercado? RIBAMAR: Estamos atuando fortemente no Nordeste e pretendemos atender toda a região


agora em 2019. Já estamos atendendo também ao Norte, no Estado do Pará e pretendemos continuar expandindo pela região. RNS: A qual público o grupo se direciona? RIBAMAR: Trabalhamos com todos os canais de distribuição, porém, buscamos atender às necessidades específicas de cada público. RNS: Como a Limpa Fácil atuou em 2018? RIBAMAR: 2018 foi um ano de transformação para o nosso grupo. No início da nossa trajetória, começamos com uma área de 30m², que era praticamente o quintal da minha casa em Fortaleza. Fomos ampliando e chegamos a 1.600m². Nos mudamos em 2018 para a região da Itaitinga e estamos atuando em uma área de 20.000m², com um galpão industrial de 5.000m². RNS: Como foi o acolhimento por parte da prefeitura de Itaitinga para que a Kaçan se instalasse na região? RIBAMAR: Temos um relacionamento muito bom com a atual administração de Itaitinga. O prefeito Abel, juntamente com o secretário

municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Dulcynardo Honorato. Itaitinga está em uma região estratégica, tendo a BR 116 como acesso, e tende a se desenvolver muito ainda. RNS: Em relação ao incentivo fiscal, como você avalia? RIBAMAR: Tivemos um bom incentivo, mesmo com as limitações, a gestão de Itaitinga desenvolve um bom trabalho. RNS: Como está sendo a contribuição da Limpa Fácil para a região da Itaitinga? RIBAMAR: Estamos gerando emprego e renda para a região, também estamos trabalhando em melhorias na estrutura da localidade. RNS: Quais os projetos para 2019? RIBAMAR: Estamos focando no desenvolvimento da Kaçan, mantendo sempre a qualidade dos nossos produtos, mas sempre estudamos novas formas de aprimoramento para melhor atender ao nosso consumidor final. Continuaremos também em expansão para outras regiões.

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ARTIGO

OS QUE NÃO FAZEM E NÃO DEIXAM FAZER

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á pessoas que não fazem e não deixam os que querem fazer, fazer. Tudo elas criticam, acham erros, em tudo colocam obstáculos. Não conte com elas. Elas não fazem nada e o que é pior fazem tudo para que as coisas não aconteçam. Conheço administradores, públicos e da iniciativa privada, que têm como característica principal não fazer e não deixar fazer. Além de não fazerem, não deixam fazer. Colocam dificuldades, empecilhos, motivos esdrúxulos, enfim toda forma de desculpa para não fazer e impedir os que querem fazer de agir. São administradores paralisados e paralisantes. Tudo impedem, tudo acham melhor esperar, tudo postergam, para tudo pedem “muito cuidado”. Não sei se pelo medo de enfrentar as consequências que qualquer ação com certeza traz ou por pura preguiça, esses gestores são enormes focos de desalento entre os colaboradores e acabam gerando um clima geral de desmotivação na organização, seja ela pública ou privada. Sua inércia se espalha como um vírus e o “não fazer” fica sendo a regra geral. A maioria desses administradores que estudei tem em comum querer fugir de qualquer responsabilidade ou comprometimento. Eles passam semanas e meses 72 /// Fevereiro 2019

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analisando exaustivamente uma situação e nunca decidem, a não ser por não fazer, não permitir, não comprar, enfim, deixar como está. Como eles não se envolvem com a ação e têm consciência disso, impedem que outros ajam com medo de que as ações deem certo e quem as fez apareça, seja elogiado, prestigiado e considerado melhor que eles. Esses administradores não correm riscos porque são medrosos e até covardes e querem apenas manter seus cargos, funções e privilégios intactos. Não fazendo e não deixando fazer, tudo fica como está e a culpa será sempre de alguém externo - a crise, a lei, o mercado, os concorrentes, o Ministério Público, etc. Só não erra, quem não faz. E essas pessoas, com medo da crítica, com o seu eterno ficar em cima do muro, preferem o conforto de uma gestão medíocre a um protagonismo dos verdadeiros líderes que os empurra para a ação, para o testar, para o permitir, para o acreditar, para o sim em vez do não, enfim para o fazer consciente e consequente que sabe que toda unanimidade é burra e que sempre haverá riscos para aquele que faz e permite o fazer.

Pense nisso. Sucesso!

Prof. Marins é antropólogo, escritor, consultor e conselheiro de empresas e organizações nacionais e internacionais. Contato: diretoria@ marins.com.br

Prof Marins



ARTIGO

PERDAS EM HORTIFRUTI

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evido à perecibilidade e a fragilidade, o ciclo de vida dos produtos de hortifruti é muito curto. No Brasil existe excesso de manipulação tanto por clientes, como por funcionários, o que contribui para um número elevado de perdas nesse setor. O armazenamento inadequado também contribui para elevar esse número, principalmente quando se negligencia a questão da temperatura, mantendo esses alimentos em depósitos ou galpões, cujo calor e mormaço é prejudicial até mesmo para produtos de mercearia ou de maior resistência. O custo que a sociedade paga pelo estrago de frutas e hortaliças necessárias à dieta alimentar da população é muito elevado. 40% da produção mundial de alimentos é perdida. Essa perda representa só no Brasil perto de 26 milhões de toneladas de alimentos que deixam de chegar às mesas dos consumidores. Por esse e outros tantos motivos, é que o Brasil é considera74 /// Fevereiro 2019

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do o País dos desperdícios e parte sempre na frente desse título. Especificamente no caso das hortaliças, estudos realizados constatam que no Brasil os níveis médios de perdas pós-colheita são da ordem de 35%, chegando a atingir até 40%, enquanto que nos Estados Unidos não passam de 10%. Comprar bem e adequadamente à sua demanda, observar o estado de maturidade dos alimentos, entender e conhecer a velocidade de amadurecimento de cada item, e investir em embalagens que elevam a proteção aos alimentos, são ações fundamentais para reduzir esses índices alarmantes de perdas que ocorrem diariamente nos supermercados do Brasil. Partindo desse princípio é que muitos estabeleci-mentos poderiam oferecer preços melhores e mais competitivos aos seus clientes. A ineficiência operacional das empresas acaba custando caro aos consumidores também.

Haroldo Ribeiro é consultor especialista em prevenção de perdas e gestão de estoques para o Varejo Brasileiro e sócio na Max Result - Consultoria de Resultados. haroldo@maxresult.com.br

Haroldo Ribeiro


ANO 12. Nº 55 - FEVEREIRO 2019

PARAÍBA ENTREVISTA

PALAVRA DO PRESIDENTE JOSÉ WILLAME DE ARAÚJO FAZ BALANÇO DA SUA GESTÃO NA ASPB

VAREJO

VENDAS NO VAREJO DA PB CRESCERAM 2,8% EM NOVEMBRO

NOTÍCIA

PRODUTOS DIFERENCIADOS MELHORAM A VIDA DE CONSUMIDORES E O FATURAMENTO DE SUPERMERCADISTAS


ENTREVISTA

PALAVRA DO PRESIDENTE JOSÉ WILLAME DE ARAÚJO FAZ BALANÇO DA SUA GESTÃO NA ASPB

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o longo dos últimos quatro anos, o empresário José Willame de Araújo esteve à frente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB). Foi um período de mudanças profundas na cultura e na gestão da entidade. Também foi nesse período que o varejo nacional enfrentou imensas dificuldades, devido à crise econômica que se estabeleceu definitivamente no país, depois de uma década de crescimento em todos os setores da economia.

RNS: O senhor assumiu a presidência da ASPB num momento bastante conturbado. Mesmo assim, muitos analisam sua gestão como um momento importante de profissionalização da entidade. Como foi esse processo? JOSÉ WILLAME: Primeiro é preciso destacar que a diretoria da Associação de Supermercados da Paraíba não é feita apenas pelo presidente e os diretores. Tem muito mais gente que também participa desse processo. Entendo que poderíamos ter participado até mais, mas vejo hoje que demos alguns passos importantes nas causas mais relevantes para os associados. 76 /// Fevereiro 2019

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José Willame de Araújo

“Foi preciso que os supermercadistas olhassem profundamente para os seus negócios. O modelo de gestão vigente nos últimos anos não era adequado para enfrentar a crise que ainda estamos ultrapassando. Os que conseguiram se manter, certamente sairão mais fortes”. Agora, às vésperas de encerrar o seu segundo biênio como presidente da Associação de Supermercados, Willame faz um balanço da gestão e fala um pouco dos desafios à frente da associação.

RNS: Quais seriam essas causas mais importantes? JOSÉ WILLAME: Procuramos estreitar uma parceria muito boa com os órgãos de fiscalização, como os Procons Municipais e Estadual, Ministério Público, além de ampliarmos nosso relacionamento com parlamentares no âmbito estadual e federal. Por exemplo, neste período dois deputados paraibanos tiveram participação fundamental na Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Varejo, na Câmara dos Deputados. E isso foi fundamental, por exemplo, para aprovação e promulgação do decreto federal que reconheceu os supermercados como atividade essencial da econo-

mia. Essa era uma pauta da categoria que vinha patinando há mais de 30 anos e se tornou realidade, muito graças ao trabalho do deputado paraibano Efraim Morais, que abraçou de forma grandiosa a nossa causa, trazendo segurança jurídica para o setor supermercadista de todo país. Outra causa importante, a nível estadual, foi a liminar que derrubou a cobrança instituída pelo governo da Paraíba de 3 centavos pela emissão dos cupons fiscais. Dessa vez, com o suporte de grandes redes varejistas que atuam no nosso estado, conseguimos essa vitória. Foi uma conquista importante, pois somos um dos setores que


mais emite notas fiscais e essa cobrança trouxe grande apreensão aos nossos associados, já que estávamos num momento de dificuldades do setor, com quedas consecutivas de vendas. RNS: Quais os maiores desafios do varejo paraibano? JOSÉ WILLAME: Nós somos um estado com problemas sócio-econômicos, meramente importador de produtos e com baixa produção local e industrialização. Existe uma mão de obra ociosa muito grande, especialmente nesse período, que teve ainda um apagão de algumas indústrias existentes, como a da construção civil, um dos maiores empregadores do estado, que trouxe bastantes dificuldades para o setor. Mesmo analisando que o varejo supermercadista na Paraíba foi das atividades que menos perdeu nesse período, a gente registrou crescimento minúsculo em 2016, 2017 e 2018. Tivemos nesse período um índice de inadimplência muito grande e uma migração do consumo, com clientes deixando de consumir produtos de maior valor agregado, trocando por produtos mais baratos, em busca de economia. Quando o cliente está com poder de compra bom, ele sempre migra para comprar as melhores marcas. O preço, aliás, virou o principal fator decisivo de compras nos últimos anos, deixando atendimento e prestação de serviços em segundo plano. Ou seja, tudo isso impacta nos resultados das empresas do varejo. RNS: Como enxerga o nível de maturidade dos empresários paraibanos? Como sua gestão colaborou com os empresários? JOSÉ WILLAME: A gente ainda tem muito o que fazer, mas o setor se profissionalizou muito nos últimos anos. É preciso que a gente melhore a forma de enxergar o nosso negócio de um modo geral, para cobrarmos do governo

as coisas corretas. Por exemplo, a questão de apresentação dos tributos estaduais e federais, que deveriam ser unificados, de forma ao empresário ter tempo de estar à frente do negócio e não se preocupando apenas com a parte fiscal e tributária, especialmente para os pequenos empresários. Nosso setor é bastante regularizado por vários órgãos e isso exige um conhecimento mais aprofundado das leis que regem o segmento. Só que os pequenos negócios têm dificuldades de contratar um contador e um advogado. Isso dificulta e deixa o pequeno empresário receoso. É necessário que este empreendedor então se capacite no Sebrae, participe das feiras e eventos, como a nossa Consuper, que traz novidades para acompanhar o que está acontecendo no nosso setor. RNS: Por fim, como pretende continuar colaborando com a Associação de Supermercados? JOSÉ WILLAME: Da mesma maneira que sempre fiz nesses 27 anos como supermercadista. Eu sempre procurei colaborar com o setor, trazendo conhecimento para os companheiros supermercadistas e discutindo a nossa atividade com os colegas de outros mercados. É necessário que todos os supermercadistas se deem as mãos, que a gente fortaleça os elos dessa cadeia empresarial. A gente está vivendo um momento interessante com um governo que quer facilitar a vida do empreendedor com desregulamentação. Eu estou bastante esperançoso que isso facilite a vida do empresário supermercadista, porque a gente sabe o nosso papel: atuar com responsabilidade para trazer para os clientes uma loja limpa, organizada, com produtos dentro dos prazos de validade e que atenda às necessidades do consumidor.

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VAREJO

VENDAS NO VAREJO DA PB CRESCERAM 2,8% EM NOVEMBRO

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s vendas no comércio varejista da Paraíba cresceram 2,8% no último mês de novembro, na comparação com o mês anterior. Com isso, o comércio paraibano acumulou alta de 2,5% em 2018 e de 1,8% nos últimos 12 meses. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comércio varejista ampliado, que inclui material de construção e veículos, motos, partes e peças teve alta de 1% em relação ao mês anterior, 4,1% no acumulado do ano, e 3,7% no acumulado dos 12 meses anteriores. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Paraíba (Fecomércio), Marconi Medeiros, a alta se deve em grande parte ao índice de confiança da sociedade e do empresariado, que, segundo ele, aumentou sensivelmente em novembro.

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Marconi ressaltou, porém, que as promoções da Black Friday também foram fundamentais para esse crescimento. Ele explicou que a data se tornou a terceira melhor do ano para o comércio varejista, ficando atrás apenas do dia das mães e do Natal. “Acredito que essa alta em novembro já foi um indicativo para o crescimento de dezembro também”, disse. Medeiros observou que os números das últimas pesquisas do IBGE são condizentes com a realidade e têm mostrado um crescimento pequeno, porém seguro, mês a mês. No Brasil, o crescimento nas vendas em novembro foi de 2,9% em relação ao mês anterior, a segunda maior alta na série histórica da PMC, iniciada em 2000. Essa alta interrompe duas taxas negativas consecutivas, período em que o varejo acumulou perda de 1,8%. Fonte: Correio da Paraíba


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NOTÍCIA

PRODUTOS DIFERENCIADOS MELHORAM A VIDA DE CONSUMIDORES E O FATURAMENTO DE SUPERMERCADISTAS

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rodutos integrais, orgânicos, livres de lactose e de glúten não são mais exclusividade das grandes redes de supermercados ou das lojas especializadas. Pequenos supermercados e redes locais. Um dos fatores que vem impulsionando o aumento na demanda por produtos e especiais é a expansão conceito de comer bem que foca muito mais na qualidade do que se consome do que na quantidade. “O empresário que está atento ao mercado percebe que o perfil de consumo do seu cliente está mudando e saber identificar o potencial desse novo mercado é essencial para garantir uma vantagem competitiva e até mesmo para a manutenção do negócio”, destaca a consultora Luciana Rabay, especialista em varejo. Para se ter uma ideia do tamanho do mercado, estima-se que pelo menos 70% da população desenvolvam algum tipo de intolerância à lactose durante à vida. Já a população com algum tipo de alergia alimentar chega a 5% da população. Outro nicho importante para o mercado de especiais são os diabéticos, cerca de 7% da população do país. Busca por uma vida saudável - O ideal de cuidar da saúde através da alimentação sempre foi um hábito brasileiro, refletido por muitos anos no aumento do consumo de produtos diet - sem açúcar - e light -com reduzido teor de gordura - , principalmente por grupos de consumidores que não possuíam restrição alimentar de açúcares ou gordura. Segundo a especialista em Varejo Luciana Rabay, esse apelo por uma vida saudável está muito mais presente na vida dos

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consumidores. “O mercado evoluiu para atender às necessidades do público, e o supermercadista também”, afirm. Hoje, além dos Diet e Light, produtos como farinhas integrais, gérmen de trigo, cookies e biscoitos integrais, adoçantes culinários, frutas desidratadas, além de produtos capazes de aumentar a quantidade de fibras e vitaminas das refeições, como linhaça, quinoa, Chia e Goji são alguns dos queridinhos da alimentação saudável facilmente encontrados nos supermercados paraibanos. Para o empresário Evandro Barbosa, proprietário do supermercado Ideal, o crescimento das vendas dos produtos especiais não deve parar, pois os adultos de hoje não querem repetir as más escolhas das gerações anteriores e a renovação dos hábitos de consumo, uma atitude que, segundo ele, terá um impacto direto nos futuros consumidores. “Vejo jovens famílias preocupadas com a qualidade da alimentação, e este é um hábito que já vem sendo absorvido por sus filhos pequenos, um estímulo a mais para que, na faze adulta, as crianças de hoje continuem preferindo este tipo de produto”, analisa. Consumidores aproveitam diversidade - Na casa da aposentada Diva Furtado, que mora com a filha, uma mãe hipertensa e um neto intolerante à lactose, frutas, folhagens, alimentos integrais e sem lactose representam cerca de 50% dos gastos com alimentação. Segundo ela, muitas vezes até o pão integral consumido pela família é feito com farinhas e funcionais comprados no supermercado do bairro.


“Minha filha sempre gostou de massas integrais, um gosto que passou para o meu neto, o que eu acho ótimo, já que possui mais fibras, ferro. Hoje até minha mãe prefere, tanto que muitas vezes nos reunimos para fazer nosso próprio pão integral. Já meu neto é intolerante à lactose, então já viu, nada de leite comum”, comenta a aposentada que inclui em sua feira, macarrão integral, arroz da terra e integral, iogurtes, leite sem lactose e leite de soja. Há cerca de dez anos a aposentada Eulina França Cândido descobriu que era intolerante

à lactose e teve que passar por um processo de reeducação alimentar. “Foi difícil, porque no início, sempre que tinha que comer fora de casa ou preparar algo para a família em casa tinha que estar atenta porque se qualquer prato levasse leite ou algum derivado era preciso tomar um remédio para ajudar na digestão e evitar complicações e constrangimentos”, conta. Agora, a aposentada comemora a mudança no mercado, que melhorou a qualidade dos produtos, diversificou a oferta de derivados e reduziu os preços.

“O empresário que está atento ao mercado percebe que o perfil de consumo do seu cliente está mudando e saber identificar o potencial desse novo mercado é essencial para garantir uma vantagem competitiva e até mesmo para a manutenção do negócio”.

Luciana Rabay


MERCADO

UM BRINDE AO VERÃO - AUMENTA O CONSUMO DE VINHOS NA PARAÍBA

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em o clima tropical espanta o consumo de vinhos na região Nordeste. Os bons resultados no aumento das vendas e consumo per capita mostram que cada vez mais os fermentados têm saído das vinícolas importadas à mesa dos nordestinos, em especial a dos paraibanos. De público intimista à grande consumidor, o Nordeste se destaca no consumo dos vinhos importados, principalmente dos chilenos, argentinos e portugueses. De acordo com Anderson Melo, gestor de compras do Menor Preço, 75% das vendas dos supermercados da Rede são de rótulos importados e 25% são de vinhos brasileiros. “Os franceses, espanhóis e italianos ainda são apreciados por um público mais seleto e restrito”, fala o gestor. O setor varejista tem investido em adegas com vinhos de todo 84 /// Fevereiro 2019

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mundo, principalmente as redes locais. “Temos mais de 600 rótulos de vinhos tintos e brancos em nossa adega. Observamos esta necessidade do consumidor paraibano e investimos em parceria com importador para oferecer mais produtos em nossas prateleiras”, resume Anderson. Consumo no verão A temporada mais quente do ano dá as caras no litoral do Nordeste e traz novamente um debate para as mesas de restaurantes, bares e varandas das casas de praia: vinho é uma boa pedida para o Verão? Os amantes e especialistas da bebida garantem que sim. Segundo Carlos Cabral, consultor em vinhos da rede Pão de Açúcar, o Brasil ainda está aprendendo a beber vinho e descobrindo novas possibilidades, como os vinhos brancos, rosés e espumantes, acompanhantes ideais para os dias de temperatura mais quente “O consumo do tinto ainda é bem maior no Brasil, mesmo no Verão, mas isso vem mudando aos poucos e as pessoas estão conhecendo outros rótulos e novidades. Em geral, vinhos brancos, rosés e espumantes podem e devem ser consumidos em qualquer época do ano, não havendo necessidade

de esperar um momento especial por exemplo para se abrir um espumante, ou esperar o verão para se tomar branco ou rosé. São bebidas bastante versáteis para se consumir em qualquer ocasião”, explica o consultor. Por serem servidos mais gelados, esses vinhos trazem mais refrescância para os dias e noites quentes do Nordeste. Por exemplo, brancos, rosés e frisantes devem ser servidos com temperatura entre 6° a 9° e o ideal é sempre usar um balde de gelo para manter a temperatura. “Eles são refrescantes e leves, e podem ser a companhia ideal para o seu verão”, ressalta Carlos Cabral. Mas além da bebida, para a mesa estar completa é preciso também bons pratos para harmonizar com os vinhos. O churrasco, querido da maioria dos brasileiros, também pode ter um vinho leve como acompanhamento. Geralmente as carnes vermelhas pedem um vinho tinto de corpo médio ou encorpado para lidar com a gordura, mas os vinhos frisantes tintos, brancos e os espumantes também caem muito bem. “Bem gelados na temperatura certa, esses vinhos podem acompanhar toda a refeição. Vivemos num país tropical, por isso recomendamos os vinhos leves com churrasco no verão”, explica o especialista do Pão de Açúcar.


VINHOS E GASTRONOMIA NORDESTINA CARNE DE SOL

Esta carne é refogada na manteiga com cebola roxa, que é mais ardida. Um espumante Demi-Sec acompanha bem este prato, devido a sua leveza e uma forte presença do sabor ao fruto (uvas bem maduras).

QUEIJO DE COALHO

É um prato de gosto bem acentuado e salgado, aqui um espumante Brut portou-se bem, pois neutralizou a lactose deste produto.

FEIJÃO VERDE

Prato com aromas herbáceos muito pronunciados, comportou-se bem quando acompanhado com um Prosecco, os sabores se respeitaram e se completaram.

BAIÃO DE DOIS

Elaborado com arroz agulhinha e feijão de corda verde. Um bom vinho branco elaborado a partir da uva Chardonnay com muita personalidade e estrutura é a pedida.

PAÇOCA

É um prato rico em sabores, elaborado a partir de carne seca, farinha de mandioca, manteiga da terra, cebola roxa e coentros, tem na manteiga um sabor acentuado, portanto também combina bem com o vinho branco da uva Chardonnay.

DOCES REGIONAIS

Uma bateria de doces regionais composta por uma banana frita temperada com muito cravo, caju em calda bem grossa, doce de leite e cocada com cravo, podem ser acompanhados de vinhos de colheita tardia ou espumante tipo Moscatel.

LINGUIÇA DE CARNEIRO

Temperada com alecrim e com pouca gordura, muito bem assada, tostada por fora e bem cozida por dentro, portou-se bem com um vinho Demi Séc, elaborado a partir da uva Chardonnay.

GALINHA CABIDELA

Acompanhada de um cuscuz de milho e macaxeira, esta riqueza da culinária regional combinou em 100% com um vinho tinto da uva Gamay. Os aromas herbáceos do vinho são o seu ponto alto.

RABADA COM ABÓBORA

Este prato é temperado levemente com coentros, daí sua combinação eficaz com vinho da uva Shiraz.

“Temos mais de 600 rótulos de vinhos tintos e brancos em nossa adega. Observamos esta necessidade do consumidor paraibano e investimos em parceria com importador para oferecer mais produtos em nossas prateleiras”.

Anderson Melo

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VAREJO

OVOS DE GALINHAS CRIADAS LIVRES DE GAIOLA

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ma novidade chega ao Nordeste do Brasil. A marca Qualitá acaba de lançar na região sua linha de ovos de galinhas criadas livres de gaiola. As opções estão disponíveis nas prateleiras do Extra e do Pão de Açúcar nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Sergipe. O produto é pioneiro no país, pois representou uma novidade na categoria de ovos de galinha: trata-se da primeira linha de ovos comuns provenientes de galinhas livres a um preço mais acessível do que as categorias Caipira e Orgânica. A bandeja, com dez ovos, pode ser encontrada com preços a partir de R$ 9,66. Criadas soltas, este formato de produção contempla o bem-estar das aves, garantindo liberdade para ciscar, empoleirar e bater as asas. Além de receberem uma alimen-

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tação balanceada e água à vontade, elas são tratadas com todos os cuidados necessários para que possam se desenvolver de forma saudável, expressando seu comportamento natural. Esses atributos no método de produção garantem o bem-estar animal e atendem as liberdades reconhecidas internacionalmente pela OIE – Organização Mundial de Saúde Animal. O Grupo GPA, controlador das redes Extra e Pão de Açúcar, divulgou em 2017 um compromisso para comercializar exclusivamente ovos de galinhas criadas livres de gaiola em suas marcas exclusivas até 2025, como parte de sua estratégia de Sustentabilidade. Este lançamento da Qualitá reforça, portanto, os esforços da companhia no cumprimento desse objetivo nas várias regiões do Brasil.


NOTÍCIA

SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA FAMILIAR NO SETOR SUPERMERCADISTA

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setor varejista é formado, em sua imensa maioria, por empresas familiares. Gente que começou do zero e com muito suor e perseverança conseguiu erguer um bom negócio. Com o passar do tempo e o crescimento da empresa, pais, filhos, primos e agregados deixam os caixas e corredores de lojas e passam para a área administrativa, financeira e de tomada de negócios. Afinal, poucos conhecem tão bem o funcionamento da máquina quanto seus fundadores. Mas para garantir que todo trabalho árduo permaneça sólido e perene para todos, é preciso investir e pensar no futuro. Embora as empresas familiares representem 80% das quase 20 milhões de companhias de todos os tipos que existem no país, apenas 12% desses negócios chegam à terceira geração. Esse é um dado assustador. Afinal, como criar um processo sustentável de negócio numa empresa familiar, que garanta que a transição ocorra sem sobressaltos e desavenças? Esse processo tem que ser gestado e colocado em prática pensando sempre no médio e longo prazo, pois garante que o comando será dado à pessoa mais preparada,

após aval dos demais membros da direção da empresa. O primeiro e fundamental passo é criar processos de profissionalização. Os herdeiros precisam ter consciência de toda história da empresa, conhecer os processos de gestão e de planejamento estratégico. Os mais jovens precisam saber como o negócio cresceu e que a empresa que eles estão assumindo foi erguida do zero. Um negócio familiar tem aspectos bastante positivos, como a união de todos por um único

objetivo, mas situações também delicadas, afinal de contas, alguns membros da família vão se destacar mais do que outros e é preciso ter um equilíbrio emocional para gerir certas situações. Independente do tamanho da empresa e do tamanho da família, este processo precisa ser enfrentado. Para o bem da empresa e também das relações familiares. Juntos e de maneira profissional, os familiares devem definir as regras do jogo e seguir critérios meritocráticos.

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MERCADO

CONSUMO DE ORGÂNICOS CRESCE E PARAÍBA É DESTAQUE NA PRODUÇÃO Produtos invadem supermercados da Paraíba

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m dos maiores produtores do Nordeste de alimentos orgânicos, a Paraíba tem 149 hectares de área plantada - via agricultura familiar -, além de duas grandes fazendas, que produzem orgânicos para abastecer os supermercados da região. A preocupação com uma alimentação saudável, livre de agrotóxicos, associado ao crescimento do interesse do consumidor criam um ambiente favorável para o consumo de alimentos orgânicos. Além dos benefícios para os consumidores, é uma grande oportunidade para a agricultura familiar, que tem mais vocação para esse tipo de sistema produtivo. A enfermeira Nirvana Moura Williams é brasileira mas morou por dez anos nos Estados Unidos. Segundo ela, uma das diferenças entre os dois países é a qualidade da alimentação. “Como eu morava na fronteira com o Canadá, nunca tínhamos frutas frescas. Embora fosse impossível encontrar um único defeito aparente nas frutas e verduras por conta dos tratamentos químicos, o sabor nem de perto se compara às nossas. Vejo nos orgânicos, além do maior sabor, a segurança da ausência de agrotóxicos”, conta. A busca por alimentos orgânicos, sem embalagens plásticas e a preços mais baixos tem alavancado negócios. O aumento da demanda por orgânicos é um fator que tem contribuído para aquecer o setor da economia colaborativa. No mundo, faturam-se U$ 50 bilhões com produtos orgânicos. No Brasil, o mercado de produtos frescos orgânicos cresceu de R$ 4,7 bilhões para R$ 6,3 bilhões em um período de

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cinco anos, de 2012 a 2017: uma alta de 35,5%, segundo a empresa de pesquisa Euromonitor International. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estima que o Brasil possua mais de 50 mil agricultores que não praticam a agricultura convencional. O Brasil é considerado pelos principais importadores de orgânicos – EUA, União Européia e Japão – como o país de maior potencial de produção orgânica para exportação: cerca de 60% da produção orgânica brasileira vai para fora do país. Outros 30% dos orgânicos são vendidos no mercado brasileiro e o restante segue para consumo próprio.

PARAÍBA É O MAIOR PRODUTOR De acordo com informações do Sebrae, a Paraíba hoje é a maior produtora de orgânicos do Nordeste, graças às 350 famílias cadastradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que somam 149 hectares de área plantada, além de duas grandes fazendas, que produzem orgânicos para abastecer os supermercados de Campina Grande e João Pessoa. A produção está concentrada na Zona da Mata, em Jararaú, Rio Tinto, Pedras de Fogo, Alhandra e Pitimbu, e na Serra da Borborema, em Remígio, Lagoa Seca e Alagoa Seca. Embora a procura por alimentos livres de agrotóxicos, produzidos apenas com a utilização de insumos orgânicos, seja relativamente nova, na Paraíba, já há, desde 1997, uma iniciativa bem sucedida, fruto da visão do


suíço Pierre Landolt. A Fazenda Tamanduá é a maior produtora de gêneros orgânicos da região. A Moco Agropecuária é a marca pela qual a fazenda distribui seus produtos. Localizada no município de Santa Terezinha, em pleno sertão paraibano, a propriedade explora o potencial da própria Caatinga para diversificar cada vez mais sua produção. São queijos, frutas, carnes, cereais e hortaliças todos produzidos e beneficiados de maneira sustentável. A adoção de uma postura sustentável desde a produção até a distribuição garante um mercado receptivo e uma demanda que a Fazenda ainda não é capaz de atender. Segundo Zaida Lucena, engenheira agrônoma que também articula contatos comerciais na empresa, a procura por esse tipo de produto é muito grande e em razão da sazonalidade climática há uma procura maior que a capacidade produtiva. “Temos os períodos de seca, que não nos permitem obter uma produção tão grande quanto seria necessário para atender a todos os pedidos.” Atendendo desde grandes redes de supermercados a padarias, lanchonetes e pequenos mercados, a Fazenda também exporta e reconhece algo comum a todos os compradores: a preocupação com a rastreabilidade dos produtos. “Tradicionalmente, quando exportamos nossos produtos os compradores do exterior fazem questão das garantias de uma

produção sustentável. Em todo o país e também aqui na região, é algo de que as grandes redes não abrem mão. Eles querem garantias, selos, certificados que comprovem a procedência dos produtos. Modo de produção, envolvimento com a comunidade, preservação do meio ambiente tudo conta. Porém, como essa já é uma preocupação do consumidor final, até os pequenos mercados estão se preocupando com isso”, complementa.

PEQUENOS PRODUTORES PODEM SER A SOLUÇÃO Apesar de a Paraíba ocupar o posto de maior produtor de orgânicos do Nordeste, os supermercados do estado ainda têm dificuldades de atender à demanda dos consumidores, que cresce cada dia mais. Segundo Sandra Caires a maior dificuldade na comercialização desses produtos é encontrar fornecedores certificados, com

Fevereiro 2019 | www.portalredebrasil.com.br

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estrutura logística e comercial capaz de atender às lojas. Mas se o Estado produz tanto, por que o que chega às lojas é insuficiente? Além da Fazenda Tamanduá que, já estruturada, conhece o caminho das pedras até os supermercadistas, a Paraíba também conta com pequenos produtores de gêneros orgânicos que se organizam em associações e cooperativas para escoarem seus produtos em feiras que eles mesmos promovem. É o caso da Ecosul, uma associação composta por produtores que plantam seus insumos em um assentamento na zona rural de Pitimbu, litoral sul paraibano. Os associados vendem seus produtos em uma feira que acontece todos os sábados no bairro do Bessa, na capital paraibana.

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A agricultora e secretária da associação, Etiene Cândido, diz que a feira é um bom meio de escoar a produção, porque elimina atravessadores, mas também conta que o método traz desafios de logística que acarretam prejuízos. “Às vezes volto com caixas de hortaliças que irão se perder, estragar. Se as pessoas não compram naquele dia nossa produção se perde, muito se estraga pelo caminho”. Uma das metas da Ecosul é comercializar para os supermercados e a associação vem aumentando a produção para atender ao setor. O interesse, por parte dos supermercados, de aumentar o fornecimento desses produtos é tanto que muitos disponibilizam técnicos para ajudar a desenvolver as deficiências técnicas dos pequenos produtores.


ANO 12. Nº 55 - FEVEREIRO 2019

PIAUÍ VAREJO

REDE DE SUPERMERCADOS ELIZEU MARTINS COMEMORA 45 ANOS DE SUCESSO

TECNOLOGIA

PRIMEIRO TRECHO DE FIBRA ÓTICA SERÁ IMPLANTADO EM TERESINA E NORTE DO PIAUÍ

NOTÍCIA

OBRAS DO POLO TÊXTIL DE PIRIPIRI SERÃO ACELERADAS


VAREJO

REDE DE SUPERMERCADOS ELIZEU MARTINS COMEMORA 45 ANOS DE SUCESSO

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á 45 anos no mercado varejista e atacadista de Parnaíba e Luís Correia, a rede Elizeu Martins Supermercados vem se consolidando cada vez mais como uma das empre92 /// Fevereiro 2019

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sas mais sólidas e conceituadas do litoral piauiense. As sete lojas, sendo seis em Parnaíba e uma em Luís Correia, atendem toda a região local e parte das cidades que compreendem a Planície Litorâ-

nea do Piauí, além da população flutuante do interior do Ceará e Maranhão. Diariamente cerca de 9.500 clientes circulam pelas lojas que primam pela qualidade dos produtos e pelo bom atendimento. A rede conta com 870 funcionários diretos que constantemente passam por cursos de reciclagem. O empreendimento é dirigido pelo empresário Francisco Fontenele, mais conhecido como Mano, que assumiu a direção dos negócios da família no lugar do pai dele, o senhor Elizeu Raimundo de Oliveira, fundador da primeira loja, na época um pequeno comércio situado na Rua São Pedro n° l38, no Bairro São Francisco da Guarita. Com início tímido, neste período as modestas instalações contavam com apenas dois funcionários, algo inimaginável para o futuro Império que viria pela frente com o sucesso da rede Elizeu Martins Supermercados. Fazendo uma retrospectiva da grande alavancada que a empresa conquistou no mercado da região, Mano atribui tamanho sucesso a muito trabalho, respeito com o cliente e qualidade dos produtos, além de preços baixos e bom atendimento. “Em todas as nossas lojas primamos pelo bom atendimento e respeito ao cliente. Nossos colaboradores passam constantemente por cursos de aperfeiçoamento, palestras, além de incentivos e pre-


MARCAS PRÓPRIAS Com o nome já conceituado, a empresa começou a investir em produtos com marca própria, como arroz, farinha de mandioca, flocão de milho, ovos e água sanitária. Todas estas produções integram o projeto de marketing da empresa, visando oferecer preços altamente competitivos, além de estabelecer uma identidade entre o cliente e o produto. Tais artigos passam por um rígido controle de qualidade e fisca-

lização sanitária. O Arroz Branco Tipo 1 do Elizeu, por exemplo, é um dos mais vendidos entre as marcas próprias, agradando em cheio ao paladar dos clientes.

INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO O Elizeu Martins Supermercados possui ainda uma indústria de panificação que fabrica diariamente diversos tipos de pães, bolos, panetones, pizzas e salgados diversos. Após a produção, os alimentos saem da indústria de panificação para abastecer as lojas espalhadas pelo litoral. Anexo as padarias também existem rotisserias abertas ao público funcionando como restaurante e lanchonete, onde são servidos diariamente café da manhã, almoço e lanche.

NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO A partir de 2019 a rede se expandirá com a chegada de mais

uma loja de vendas a atacado, onde atualmente funciona o Centro de Distribuição do Elizeu (CD), sendo que também será construído um novo CD. No Centro de Distribuição situado às margens da BR 402, na saída de Parnaíba sentido ao Ceará, o ritmo é frenético, com a circulação diária em torno de 20 caminhões descarregando mercadorias, sendo que cada veículo comporta 30 toneladas de alimentos e produtos . O Elizeu Martins Supermercados também mantém e patrocina projetos e iniciativas sociais, como o Lar de Maria, o projeto Mesa Brasil, além de abrir espaço para projetos de aprendizagem entre os jovens e vagas destinadas a pessoas com limitações físicas, colaborando desta forma com o engrandecimento da sociedade onde a rede está inserida. Por Luzia Paula

Fotos: Renato Farias

miações aos que mais se destacam. Além do mais, oferecemos preços baixos e trabalhamos com muito amor e todos estes ingredientes juntos dão muito certo”, assegura Mano ao informar ainda que a maioria das lojas são climatizadas, sendo que o plano é no futuro ter 100% das unidades com ar-condicionado. “Nossas lojas também possuem estacionamentos amplos, tudo pensando no bem estar e conforto dos nossos clientes”, completa.


TECNOLOGIA

PRIMEIRO TRECHO DE FIBRA ÓTICA SERÁ IMPLANTADO EM TERESINA E NORTE DO PIAUÍ

O

projeto é realizado por meio de Parceria Público Privada e viabilizará a oferta de internet de maior qualidade aos órgãos da administração pública estadual, aumentando a capacidade de atendimento às demandas dos cidadãos e prestando serviços com mais eficiência e celeridade. Inicialmente, cerca de 500 km de fibra chegarão a Teresina e aos municípios da região norte. Ao todo, serão 5 mil quilômetros de fibra ótica no estado. “O que tiver de melhor no Canadá, Estados Unidos e China, teremos nesse projeto do Piauí. Estamos falando de investimentos que vão gerar emprego e renda e colocar o Piauí como um estado moderno na área de comunicação. É um passo muito importante, pois não existe estado desenvolvido sem uma boa e eficiente comunicação”, disse o governador Wellington Dias.

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Para a implantação da rede em quase todo o Piauí, estão sendo investido recursos de R$ 214 milhões. “Estamos esperando apenas que a ordem de serviço seja assinada para que a rede comece a ser construída no Piauí. O projeto se somará ao que temos hoje. Mais um cabeamento de fibra será estendido, para atender, prioritariamente, as unidades administrativas do Governo do Estado. São hospitais, escolas, delegacias, postos policiais que precisam de conectividade com alta velocidade para prestar serviços de forma eficaz”, destacou o diretor da Agência de Tecnologia, Avelino Lopes. Fonte: Ccom



NOTÍCIA

OBRAS DO POLO TÊXTIL DE PIRIPIRI SERÃO ACELERADAS

A

s obras do Polo Têxtil de Piripiri (PI) seguirão a todo vapor nos próximos meses. O assunto foi tratado durante uma reunião entre o Governo do Estado do Piauí e a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet), nessa quarta-feira (09), no Palácio de Karnak. O projeto tem o objetivo de alavancar a economia do município e gerar empregos diretos e indiretos, por meio da comercialização da mercadoria local. De acordo com o gestor da Sedet, Igor Neri, o Polo Têxtil de Piripiri, é um espaço de valorização do comércio e integração entre a comunidade. “O município já se destaca como segundo maior polo têxtil do Piauí. Nada mais justo que incentivar o comércio e produtos da região, com o incentivo de uma boa estrutura”, destaca o secretário. O Polo Têxtil de Piripiri impulsionará o forte potencial criativo da região. As pessoas consomem 96 /// Fevereiro 2019

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de uma maneira diferente a cada período, por isso vem a necessidade de inovar e, mais que isso, proporcionar uma experiência de venda e compra diferenciada para a cidade. O Governo do Estado do Piauí investiu cerca de um milhão e meio de reais. O espaço é de 1300 m², com 27 pontos comerciais, sendo que 4 lojas serão concedidas à cidade de Pedro II. “A preciosidade da opala e o artesanato de Pedro II merecem ser valorizados no polo, movimentando a economia da região”, avalia Igor Neri. A ideia é levar aos comerciantes e produtores uma infraestrutura que incluirá lojas, restaurante, banheiros, wifi, estacionamento, tudo de forma acessível. A projeção é que a cidade de Piripiri torne-se uma referência de produção têxtil na região Nordeste, acarretando na melhoria das condições de vida da população, em geral. Fonte: Portal do Governo do Estado do Piauí

“A preciosidade da opala e o artesanato de Pedro II merecem ser valorizados no polo, movimentando a economia da região”.

Igor Neri





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