Nosso setor revista n 38

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SUMÁRIO

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EDITORIAL

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SAÚDE

Quatro xícaras de café por dia podem salvar seu fígado, ­segundo estudo

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PROFISSÃO

Descubra quais são as 10 profissões mais ­estressantes

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MERCADO

Demanda por coco d ­ ispara e preço do óleo sobe 20%

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MERCADO

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MERCADO

Onde investir R$ 5 mil com retorno acima da inflação e baixo risco?

Transportadoras de carga perdem até 1,58% do f­ aturamento, devido ao ­cálculo errado de impostos

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MENSAGEM

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HUB

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ARTIGO

Mensagem de Paz

O HUB da TAM

“Sepultar os mortos, cuidar Dos vivos e fechar os portos”

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CAPA

INDÚSTRIA

Ivens Dias Branco Uma história memorável

70

Fábrica de aviões é ­inaugurada em Paraíba

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MERCADO

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MERCADO

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VAREJO

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MERCADO

46

ENTREVISTA

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MERCADO

52

INDÚSTRIA

78

INDÚSTRIA

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LIVROS

80

MERCADO

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INDÚSTRIA

GOVERNO

A importância do fortalecimento de ­parcerias no ­setor industrial

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Distribuidoras de AL e PI devem ser as próximas a ir a leilão, diz ministro

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DESIGNER

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MERCADO

68

CONVENÇÃO

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GOVERNO

Rede Parceria de Supermercados lança campanha para alavancar as vendas

Supermercados Moranguinho

Café com Convidado

De pai para filhos. Uma história de ­negócios que virou tradição familiar

Paraíba arrecada R$ 6 ­bilhões em ­impostos; Brasil chega a R$ 1 trilhão

Microempreendedores individuais são 61% das empresas da Paraíba’

Preço de ferramentas varia 120,09% em João Pessoa, diz Procon-JP

No Piauí, associação p ­ roduz ­ cosméticos à base de leite de cabra

Picos Plaza Shopping já tem data para inauguração

Designer paraibano ­vence Prêmio Francal Top de Estilismo, em São Paulo

Preparativos para o CONSUPER 2016 Segue em ritmo acelerado

“Porto Seco” de Teresina deve injetar até R$ 15 milhões na economia do PI

Balança tem superavit de US$ 4,6 bi em julho


O trabalho em conjunto, uma via de mão dupla

H

REVISTA NOSSO SETOR - ANO 9 N° 38 | Julho 2016

EXPEDIENTE www.portalredebrasil.com.br

Email: jornalismo@portalredebrasil.com.br Periodicidade: Mensal Distribuição: Rede Brasil de Negócios Diretor Executivo: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 99138 4253 (Claro) (85) 98817-9855 (Oi) (85) 99653-5501 (Tim) Jornalista Responsável Rosa Sampaio Revisão Textual: Franzé de Lima Capas (Nacional e Centrais): Fabrizio Simões Diagramação: Fabrizio Simões Fotografia: Antonio Vieira e Rosa Sampaio Impressão: Tiprogresso Diretor: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br Diretora Comercial Rosa Sampaio 85 – 98864.0423 rosa.revistanossosetor@gmail.com

á muitos anos vivencio e observo o trabalho coletivo em ambientes corporativos. Durante esses anos consideráveis de experiência em variadas empresas de segmentos diversos, uma coisa é bastante perceptível, a importância da consciência coletiva. O grande sociólogo francês Émile Durkheim, definiu o termo como um conjunto cultural de ideias morais e normativas, a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo. A definição envolve crenças e Rosa Sampaio Jornalista responsável pela revista sentimentos comuns à maioria dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com “vida própria”. Mas como podemos ter “vida própria” dentro do ambiente de trabalho? É possível conviver nesse meio sem interferirmos a produção do outro, ou sem que o outro interfira na nossa? Esses são questionamentos muito pertinentes e que pode nos levar a uma longa reflexão. Fato é que não conseguimos ter um fluxo de realização no trabalho sem termos a necessidade da contribuição de outro indivíduo ou mesmo sem que seja necessário dar nosso auxílio a alguém em determinado aspecto. Assim como na vida de modo geral precisamos um do outro, no ambiente de trabalho não poderia ser diferente, precisamos sim estar em constante adaptação ao meio e na grande maioria das vezes, para que essa adaptação ocorra, é necessária uma troca de interesses e necessidades. Afinal, tudo na vida gira em torno de uma constante troca mútua de favores e favorecimentos. Outro grande e importante fato, é que só conhecemos a real necessidade de uma troca de favores quando precisamos de um. Então, por que não facilitarmos os processos sempre que necessário, sem que haja de fato uma real necessidade de nossa parte? Seria o caso de uma profunda análise de como estamos tratando nosso egoísmo? São questionamentos que podem parecer muito complexos, mas que devem ser feitos com urgência e com uma variedade muito grande de recorrência. Todos nós temos algum tipo de necessidade que muitas vezes só damos conta quando não temos mais nenhuma saída. Acredito que esgotar todas as possibilidades não é a melhor forma de testar nosso “inconsciente coletivo”. É possível sim termos e mantermos um boa e produtiva harmonia no ambiente de trabalho basta começar a pensar também nas necessidades do outro, que muitas vezes podem ser as mesmas necessidades que temos. Se podemos contribuir para um bom funcionamento e andamento das rotinas de trabalho, por que não ajudar ao próximo? O trabalho em conjunto é sim uma via de mão dupla, um dia seu colega precisa de você e pode acreditar, no mesmo dia você pode precisar dele e de muitos outros. Acredito que o segredo de tudo é basear-se na lei natural da vida, se imaginar nas inúmeras situações que você pode precisar de alguém. Afinal, é tão maravilhoso quando se recebe ajuda de onde menos se espera, não é verdade? Pois acredite, mais incrível e gratificante é ajudar ao outro, e fundamentalmente sem exigir ou esperar nada em troca, apenas fazer pensando que aquele alguém precisa e em suas mãos está o poder da transformação.


EDITORIAL

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atuação da Revista Nosso Setor no segmento supermercadista já virou tradição. Ao longo de todos esses anos nosso foco é o comprometimento em atender nosso público cada vez melhor. Quando lidamos com expectativas sempre muito positivas, temos o dever de superar nosso trabalho a cada edição, é isso que buscamos fazer sempre incessantemente. Defeitos todos temos, e procurar repará-los é o mínimo que podemos fazer. A Revista Nosso Setor passa atualmente por uma fase muito próspera de grandes mudanças, começando por toda a equipe e dando continuidade em um grande desafio que é tornar-se uma revista com periodicidade mensal. Esse desafio só é possível devido a uma grande confiabilidade depositada na nova equipe por parte da direção e evidentemente pelo apoio constante de grandes parceiros presentes nesta edição. Parceiros estes que incentivam de todas as formas para que nosso produto seja cada vez mais bem aceito no mercado, que é um mercado muito competitivo e cruel por natureza. Um dos grandes desafios e responsabilidade desta edição é trazer uma missão de peso emocional muito forte e valor sentimental inestimável. Fomos incumbidos de retratar a contribuição que o grande empresário Ivens Dias Branco deu ao setor varejista e industrial do nosso país e de modo especial ao nosso estado, e principalmente da honrosa pessoa que foi. O glorioso legado herdado de seu pai Manuel Dias Branco, sem dúvidas foi preservado e expandido com muita maestria por Ivens, que segurou firme as rédeas da admirável empresa, até seus últimos dias vividos. Trazemos também muitas outras histórias de grandes empresas que mantiveram seus pilares com bases familiar como no caso da Indústria pernambucana de transformação de papeis, Ondunorte, administrada pelo pulso forte de três irmãos. Sérgio Pontes, um dos Vice-Presidente, nos recebeu em visita técnica a sua empresa, onde tivemos a oportunidade de conhecer de perto todo o processo de transformação e produção de papel. Tudo feito com um rigoroso padrão de qualidade e com um profundo compromisso com a responsabilidade ambiental do nosso planeta. Temos também a presença forte de exemplos de parcerias que promovem o crescimento coleti-

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vo das redes, assim como o acompanhamento de negócios que começaram bem pequenos e sem muita pretensão, como foi o caso de um grande empresário do interior do estado do Ceará, José Albecir do Supermercados Moranguinho, que mais uma vez acredita forte em seu negócio e expande mais uma loja, desta vez em Cascavel. Mostramos também como estão os preparativos para a CONSUPER 2016. Damião Evangelista, Superintendente da Associação de Supermercados (ASPB), fala sobre o crescimento físico da feira e principalmente a amplitude de regiões que a feira está atingindo. A cada ano a feira vem ganhando mais admiradores e visitantes devido as grandes oportunidades de negócios que são gerados antes, durante e depois da do período da feira. Esse ano traz o tema “Gestão, Inovação e Ousadia”, que já é uma proposta bastante sugestiva, além de muitas outras novidades. Como já falei no início, esta edição foi produzida com base em grandes desafios, e o último deles foi conseguirmos concluí-la. Nos últimos dias da produção da revista, passei por sérios problemas de saúde, como a grande maioria deve ter tido conhecimento, devido ao um grau muito forte de amizade que tenho com a maior parte dos leitores e parceiros da nossa revista. Mas sou um homem de muita fé e tenho ao meu lado os melhores profissionais e a melhor família, a quem venho fazer um agradecimento especial, minha amada esposa e companheira, Sheila Amorim, que esteve ao meu lado em todos os momentos me apoiando de todas as formas que uma mulher forte e determinada pode fazer. A todos o meu muito obrigado, pelas orações, palavras de fé e carinho, e esse apoio sincero que só encontro ao lado de vocês. Por Antônio Vieira | Diretor Geral da Revista Nosso Setor e Portal Rede Brasil de Negócios


SAÚDE

Quatro xícaras de café por dia podem salvar seu fígado, segundo estudo Pesquisa da Universidade de Southampton atestou que o ­consumo diário da bebida diminui ­consideravelmente o risco de cirrose Prevenção eficaz para cirrose pode ser mais simples do que imaginávamos (Karsten Planz / Flickr)

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oenças no fígado são grandes causadoras de morte ao redor do mundo, com uma taxa de mais de um milhão de falecimentos por ano. Especialmente para quem costuma consumir álcool, a cirrose é um dos maiores inimigos da saúde quando pensamos no longo prazo. Segundo pesquisa da Universidade de Southampton, na Inglaterra, o café, quando consumido regularmente, pode ser um forte aliado contra esse mal. O estudo reuniu resultados de nove pesquisas sobre doenças no fígado e hábitos de consumo, com um total de mais de 400 mil participantes. O que os cientistas constataram foi que as pessoas que tomam quatro xícaras de café,

em média, ao dia, apresentaram incidência de cirrose 65% menor que aqueles que não costumam consumir a bebida. A partir de uma xícara diária, a doença já tem menos chance de atingir o fígado do usuário. Embora as informações tenham sido coletadas de uma ampla base de dados, não é possível dizer que elas são conclusivas. Isto porque o estudo levantou resultados de pesquisas anteriores, mas não fez análises clínicas dos pacientes. Portanto, ainda não há explicações sobre como o café agiria no corpo humano para diminuir o risco de doenças do fígado. Por: João Ortega


PROFISSÃO

Descubra quais são as 10 profissões mais ­estressantes

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rabalhar pode trazer muito prazer, ainda mais se o profissional trabalhar com aquilo que tem paixão de fazer. Mesmo assim, a carreira pode se tornar estressante devido à rotina corrida e problemas cotidianos. Todos os tipos de profissões podem ser estressantes, principalmente se o profissional não souber escolher a área certa para trabalhar. Se você ainda não decidiu qual carreira seguir, confira o teste vocacional que elaboramos para ajudar nesse processo. A pedido de uma empresa irlandesa, o Instituto SWNS realizou uma pesquisa com aproximadamente 3000 pessoas e constatou que as 10 profissões mais estressantes no mundo são: 1 - Profissional de TI A área de Tecnologia da Informação (TI) é uma das áreas que tem mais crescido nos últimos tempos. Por ser ainda uma nova carreira, ainda faltam profissionais para preencher as vagas. Problemas nessa área são comuns e muitas vezes os profissionais precisam fazer o papel de três ou quatro para suprir a falta de mão de obra qualificada.

no tem o seu tempo para aprender. Por ser uma rotina desgastante e por muitas vezes de jornadas longas, é uma carreira estressante. A preparação de aula, correção de provas e tarefas traz uma rotina difícil para esses profissionais, principalmente no final do ano letivo. 6 - Gerente Financeiro Como esta carreira lida direto com o dinheiro de uma empresa, certamente é um trabalho estressante. Esses profissionais precisam realizar o balanço, fechamento, relatórios e organizar todas as movimentações financeiras. 7 - Coordenador de Recursos Humanos O coordenador de RH possui a responsabilidade de demitir e contratar funcionários, independentemente do relacionamento que tem com eles.

2 - Médico Por ser um carreira que lida com a vida, gera no profissional um estresse maior. Tratar as pessoas, buscar pelo tratamento adequado para cada um ou descobrir o que está causando alguma dor em um paciente são funções de grande responsabilidade.

8 - Gerente de Operações Assim como os operários de uma fábrica, o trabalho de gerente de operações é ainda mais estressante, pois a responsabilidade é maior. Este profissional vai verificar qualquer erro que tenha na linha de produção, além de outras funções.

3 - Engenheiro A área de engenharia é ampla, porém, todas as funções são de grande responsabilidade, o que gera um estresse maior. Na engenharia civil, por exemplo, o profissional tem que estar à disposição para qualquer imprevisto que possa ocorrer em uma obra que está em andamento.

9 - Operário Trabalhar em qualquer tipo de fábrica é estressante. Os profissionais dessa área são obrigados a trabalhar por muitas horas, às vezes sem folga, para terem condições de fabricar a demanda que é pedida.

4 - Operador de Telemarketing Profissão difícil e muito estressante. Os profissionais devem lidar com pessoas e por muitas vezes precisam ligar em horas inoportunas ou passam horas recebendo só reclamações. 5 - Professor Lidar com o ensino requer paciência, pois cada alu10 /// Setembro 2016

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10 - Líder Religioso Por se tratar de uma pessoa importante, independentemente da religião, os líderes religiosos também têm um papel importante na sociedade. Além de terem que atender a muitos fiéis e dar conselhos, em muitos lugares influenciam em algumas ideias diante do governo. Por não terem uma rotina certa, isto gera um certo estresse para o líder. Guia da Carreira


MERCADO

Demanda por coco d ­ ispara e preço do óleo sobe 20%

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s preços do óleo de coco subiram cerca de 20% em um mês, em grande parte devido à crescente popularidade de produtos como água de coco. Nos supermercados, os cocos estão sendo vendidos em latas e embalagens longa vida. O açúcar de coco vem sendo apresentado como mais saudável para a diabetes. E a atriz americana Gwyneth Paltrow está entre as celebridades fãs de coco, revelando que usa óleo de coco virgem para a saúde bucal e o clareamento dos dentes. Esses produtos que vêm tendo maior demanda são feitos a partir do coco jovem verde, coco fresco e flores das árvores. Como consequência, sobra menos coco seco — a copra, a polpa seca do coco — para ser transformada no óleo convencional que é utilizado amplamente,

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MERCADO em produtos que vão desde detergente para lavar pratos até remédios. O resultado tem sido um salto nos preços desde fevereiro, para uma média em março de US$ 1.448 a tonelada, de acordo com dados do Banco Mundial divulgados recentemente. O valor supera em mais de 50% o preço médio de 2013. E o interesse por esses produtos especiais à base de coco só tende a crescer. O consumo global de água de coco aumentou 13% entre 2014 e 2015, seguindo um salto de 24% no ano anterior, de acordo com dados da firma de pesquisa especializada em bebidas Canadean. Essa tendência vem sendo sentida em toda a indústria de coco, indicando que os preços do óleo convencional não devem cair significativamente no futuro próximo, dizem analistas. Produtores nas Filipinas, maior produtor mundial de óleo de coco, por exemplo, estão cada vez mais recebendo pedidos para colher o coco mais cedo, já que os intermediários buscam os preços mais altos que vêm sendo oferecidos pelo fruto novo. Nas Filipinas, as exportações de água de coco mais que dobraram, para 66,3 milhões de litros, e as de óleo virgem de coco subiram 61%, para 34.227 toneladas entre janeiro e novembro do ano passado, de acordo com os dados mais recentes disponíveis da União das Associações de Coco das Filipinas. No mesmo período, as exportações de copra e óleo de coco caíram ligeiramente, e a entidade prevê que elas vão recuar este ano mais 6,9%, para 2,1 milhões de toneladas, em relação ao ano passado. “O aumento nos custos de produção reduziu as margens e os participantes do mercado natural12 /// Setembro 2016

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mente migraram para os produtos [de coco] com margens maiores”, diz Maduka Perera, proprietário da CeylonTropics, uma empresa de coco do Sri Lanka. No Brasil, a tendência se repete. As exportações de água de coco no ano passado somaram cerca de US$ 1 bilhão e vêm crescendo a um ritmo de aproximadamente 15% ao ano, segundo Francisco Porto, presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco. “Estimamos que 40% da produção de água de coco sejam exportados, principalmente para os Estados Unidos e a Europa”, diz ele. A pressão no mercado de óleo de coco deve continuar. As Filipinas ainda estão se recuperando do tufão Haiyan, que atingiu o país em 2013 e destruiu 44 milhões de palmeiras de coco — cerca de 15% das árvores. Vai demorar pelo menos até o próximo ano para as novas árvores darem frutos. E a Indonésia, maior produtora de coco do mundo, não adotou um programa para substituir velhos coqueiros que, devido à idade, estão gerando menos frutos. Em vez disso, o governo está concentrando esforços para ampliar a produção de arroz, milho e soja. Segundo analistas, os fabricantes não tendem a correr atrás de substitutos para o óleo de coco. Isso porque a substituição por meio de álcoois graxos baseados em petróleo, por exemplo, pode corromper fórmulas de produtos e ameaçar a imagem de itens apresentados como ambientalmente amigáveis. Já o óleo de palmiste, que é produzido a partir da semente do óleo de palma, deve ter um impulso. James Fry, presidente do con-

selho da firma britânica de investimentos especializada em agronegócio LMC International Ltd., vê um certo alívio ocorrendo no quarto trimestre deste ano, quando tiverem passado os efeitos do El Niño, que este ano foram os mais severos desde 1997-1998. O El Niño reduziu este ano as chuvas no sul e no sudeste da Ásia, o que fez com que os coqueiros gerassem menos frutos. O efeito El Niño ocorre quando os ventos no Pacífico equatorial desaceleram ou mudam de direção. Isso faz com que a temperatura das águas fique mais quente em uma vasta área, o que por sua vez pode causar mudanças no tempo no mundo todo. A PT Cargill Indonesia, que transforma a copra em óleo, afirmou que o abastecimento de copra foi o pior em 16 ou 17 anos, em grande parte devido à alta demanda por cocos inteiros. Segundo SatriaWardaja, gerente de comunicações da Cargill, a empresa está passando por um período difícil para obter copra. (Colaborou Silvana Mautone) Lucy Craymer


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MERCADO

Onde investir R$ 5 mil com retorno acima da inflação e baixo risco?

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e você tem acompanhado o noticiário, já deve saber que a cada mês a soma dos valores de retiradas da poupança só aumenta. Saber onde investir é essencial nesses tempos. Segundo dados do Banco Central, as retiradas superaram os depósitos em R$ 12 bilhões em janeiro, R$ 6,6 bi em fevereiro e R$ 5,37 bi em março deste ano. Se considerarmos janeiro, tal valor é a maior saída líquida mensal da poupança na série histórica, que teve início em 1995. E os principais motivos são: recessão econômica; aumento do custo de vida devido à inflação; e baixo rendimento da poupança.

Guardar dinheiro na poupança é ­fácil, difícil é ganhar dinheiro lá! Bom, a coisa mais fácil é transferir recurso da sua conta corrente para a poupança. Certo, mas não estamos em um período econômico tão afortunado para se ­acomodar com o caminho mais fácil. Para você ter ideia, em 2015 a ­poupança rendeu cerca de 8%, sendo que a inflação ­ficou na casa dos 10,5%. Perceba que o seu dinheiro parado lá perdeu mais de 2% em termos reais. Ou seja, você não consegue comprar as mesmas coisas com o mesmo dinheiro deixado na poupança, e isso é o que chamamos de perda do poder de compra. 1 ano de investimento • Tesouro Selic 2021: R$ 5.709,48; • Poupança: R$ 5.300,00; • Diferença de 7,17%.

Na dúvida, investir no Tesouro Direto Se você acompanha o Dinheirama, já deve ter lido aqui algum texto sobre o Tesouro Direto. Basicamente, trata-se de um investimento de renda fixa, conservador e seguro. Ele permite que você compre títulos do governo federal, que em troca devolve o valor investido mais juros. Vídeo recomendado: Invista no Tesouro Direto e garanta rentabilidade real na crise

Tesouro Selic 2021 Se você tem em torno de R$ 5 mil parados na conta (ou poupança) e não tem um objetivo claro para fazer uso dele agora, a opção ideal é o Tesouro Selic. Isso porque, diferente dos outros títulos disponíveis, esse pode ser resgatado sempre que precisar do dinheiro e sem perder a rentabilidade acumulada. Ou seja, não é necessário esperar a data do vencimento do título. Saiba que você pode investir em Tesouro a partir de R$ 80,00. Bem acessível e sem desculpas para não começar, não é mesmo?

Quanto rende o Tesouro Selic 2021? Apesar desse título ter vencimento em março de 2021, você pode vendê-lo quando quiser, sem perdas. Note que ele é indexado à taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano, ou seja, muito superior à poupança, mesmo depois de descontado o Imposto de Renda. Para ajudar você a entender a vantagem desse investimento, mostro algumas simulações com a aplicação de R$ 5 mil em três diferentes prazos (já descontadas taxas e impostos no caso do Tesouro Selic).

3 anos de investimento • Tesouro Selic 2021: R$ 7.429,02; • Poupança: R$ 5.955,08; • Diferença de 19,85%.

5 anos de investimento • Tesouro Selic 2021: R$ 9.686,90; • Poupança: R$ 6.691,13; • Diferença de 30,91%

Lembre-se que você não precisa deixar durante um período obrigatório, as comparações servem apenas para mostrar a diferença de rentabilidade durante determinados períodos. Viu só? Este artigo foi escrito por Daniella Gomes. Jornalista e especialista em Marketing Digital, trabalha no mercado financeiro desde 2010. Há um ano deixou o ­emprego fixo, mudou-se para os Estados Unidos e hoje atua como freelancer. Para Daniella, independência financeira é trabalhar de onde quiser, fazer o seu horário e nas horas livres planejar a sua próxima viagem. No Twitter: @daniellagomesmkt 14 /// Setembro 2016 | Revista Nosso Setor


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MERCADO Transportadoras de carga perdem até 1,58% do ­faturamento, devido ao ­cálculo errado de impostos No Brasil, apenas 3% das empresas não incorrem no ­equívoco de calcular seus fretes ­primeiro com os ­i­mpostos federais, embutindo, posteriormente, o ICMS

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espondendo por 62,4% das cargas transportadas, o modal rodoviário é o principal meio logístico de escoamento da produção agrícola e industrial do país. Frente à dinâmica deste setor, grande parte das empresas concentra seus esforços na solução dos problemas operacionais diários visando, sobretudo, o atendimento dos prazos assumidos com o cliente. Do ponto de vista fiscal, no entanto, acaba por não atentar para os riscos e oportunidades escondidos na complexa legislação tributária brasileira. E o resultado, na maioria das vezes, se reflete na não utilização de benefícios e na tributação incorreta. Um exemplo marcante ocorre com o ICMS, devido por todas as transportadoras que exercem a atividade de forma intermunicipal e interestadual. Quando as empresas precificam o frete sem incluir esse imposto – consequentemente não calculando as contribuições sociais (PIS/Cofins) sobre o valor do tributo –, elas amargam uma perda de 1,4% do faturamento nos fretes que têm 12% de ICMS, ou de 0,77% para os que têm 7% de ICMS. Problema que vem se arrastando – “Com o atual ritmo da economia em desaceleração e cada cliente sendo altamente disputado, o impacto desta perda de receita pode significar a diferença entre auferir lucros ou pagar para prestar o serviço”, observa o advogado tributarista Marco Aurélio Guimarães Pereira, autor do livro Manual do ICMS no Transporte Rodoviário de Carga no estado de São Paulo.

Ele estima que, no Brasil, apenas 3% das empresas transportadoras não incorrem no equívoco de calcular seus fretes primeiro com os impostos federais, embutindo, posteriormente, o ICMS. O especialista, que também responde pela diretoria da Paulicon Consultoria Contábil, empresa especializada no segmento de transporte de carga, acaba de elaborar um estudo de cálculo para evitar o prejuízo tributário. A propósito, a interpretação desta questão tributária tem sido objeto de erros recorrentes. Importante ressaltar que o ICMS sempre fez parte do valor da prestação do serviço, embora não haja unanimidade entre empresas de transportes na apuração desse tributo com base nos mesmos critérios interpretativos. Esse contexto prejudica a livre concorrência e merece atenção dos empresários. Vale a pena lembrar, por exemplo, que na época da Substituição Tributária (ST), ou seja, anterior a agosto de 2008, por desconhecimento, as transportadoras não embutiam o ICMS no preço do frete, incluindo no custo apenas os valores referentes a PIS, Cofins, IRPJ e CSLL. Quando o ICMS passou a ser destacado no documento fiscal Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) – emitido para cobrir legalmente as mercadorias entre o local de origem e o destinatário da carga –, as transportadoras se preocuparam em fazer apenas a “conta por dentro”, ou seja, dividindo o valor do frete por 0,88 – para fretes com 12% de ICMS – ou por 0,93 – para

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fretes com 7% de ICMS. Os impostos eram cobrados pelo valor final da nota, esquecendo-se de que o ICMS faz parte da base de cálculo do PIS e da Cofins. Assim, por calcularem seus fretes com os impostos federais e só depois embutirem o ICMS, quase a totalidade das empresas contabiliza prejuízos tributários, que podem corresponder a até 1,4% da receita. Para completar, o tratamento desta questão ganhou contornos ainda mais preocupantes a partir de 2014, já que a criação da desoneração da folha de pagamento acrescentou uma contribuição de 1% sobre o faturamento (inclusive sobre o ICMS). Marco Aurélio Pereira faz questão de salientar que a transportadora ganha ao calcular o ICMS corretamente, sem que isso implique em perda para o cliente, uma vez que a diferença no preço do frete será recuperada na forma de compensação de imposto. “Portanto, cabe aos administradores – que lidam com a gestão de tributos nas empresas – corrigirem esta distorção, minimizando os riscos para que não ocorram pagamentos indevidos e queda da rentabilidade”, conclui.


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MENSAGEM

Mensagem de Paz

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Jó, um pai diferente Texto - Jó 1: 1-5 Estamos mais uma vez passando pelo calendário de nosso País a comemorar o Dia dos Pais. E percebemos que no seio da família está faltando a figura de um verdadeiro pai. Os valores do mundo moderno têm forjado apenas o pai supridor, presenteador, online, que apenas se limita aos valores seculares que passam e não formam caráter de um cidadão preparado para a vida. A prova disso é que vivemos uma geração de filhos desobedientes, viciados, que não honram pai e mãe. Porém, a Bíblia Sagrada revela um pai diferente que, ao invés de apenas ser um pai que dá boas condições financeiras para seus filhos, se preocupava em ensinar valores morais, espirituais, que levariam para toda vida. Jó, como um pai diferente, pensava em formar o caráter de seus filhos dando exemplo, ensinando valores de integridade, retidão. Era visto por todos que lhe conheciam como um homem de bem, ensinava seus filhos a se desviar do mal, usando o diálogo que falta em muitos pais em nossa atualidade. Acima de tudo, era temente a Deus, que se preocupava em conduzir seus filhos nos caminhos dl Senhor Deus. “Provérbios 22:6” Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele”. Jó era um pai diferente dos pais atuais desta geração que se preocupa apenas com o mundo secular online, que não forma caráter para a vida. Jó, era um pai diferente, que orava pela sua família, sacerdote espiritual do seu lar e que continuamente procurava conduzir seus filhos aos ensinamentos do Deus Todo Poderoso. Pense nisso! Deus abençoe a todos os pais!

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HUB

O HUB da TAM

Se for aqui instalado Esse HUB da TAM, tão falado, Tenho certeza que trará Grande desenvolvimento Vamos torcer por esse momento Vamos pra frente Ceará

Nós não temos refinaria Muito menos siderurgia Só promessas do governo federal Gastamos uma nota alta Que, garanto, hoje nos falta E nos deixa economicamente mal

Essa luta não tem partido Todo mundo tem que estar imbuído Em realizar essa conquista Temos tudo que a TAM precisa Hoje Fortaleza é melhor do que Ibiza Lugar nenhum tem essa bela vista

Vamos usar todos nossos recursos Para não entrarmos em outros cursos E poder na nossa terrinha instalar Mostrar para a presidente da TAM Que o nosso estado é realmente bambambã E aqui o HUB terá seu melhor lugar.

Vamos usar o bom senso Para chegarmos a um consenso Que o Ceará, disparadamente É o melhor estado para sediar o HUB da TAM Pensando também no nosso amanhã Vamos defender isso acirradamente

Tenho certeza que todas as forças se unindo E decentemente com ética agindo Conseguiremos nosso intento Será uma vitória bonita e suada Igual uma guerra sem armas estudada Que nos trará grande contentamento.

O cearense é muito hospitaleiro Povo alegre e festeiro Honesto, bom e trabalhador Estamos prontos para receber E vamos fazer valer A nossa fama de receber com amor

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Por Rubenilson Bandeira


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ARTIGO

“SEPULTAR OS MORTOS, CUIDAR DOS VIVOS E FECHAR OS PORTOS”

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assado o terremoto de Lisboa (1755), o rei Dom José perguntou ao General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, o que se havia de fazer. Ele respondeu ao rei: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa vida empresarial e mesmo pessoal, “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva. Esses “terremotos” podem ser de toda ordem: um lote de produtos com defeito que saiu de nossa indústria para o mercado sem que tenhamos detectado a tempo; produtos contaminados que causaram problemas; erros incorrigíveis cometidos por nossos funcionários em relação ao nosso melhor cliente, etc, etc. Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida. Quem está competindo no mercado sabe que há “falhas geológicas” indetectáveis sob nossos pés e que podem gerar um “tremor” a qualquer instante sem que estejamos preparados. O que fazer? Exatamente o disse o Marquês de Alorna: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. E o que isso quer dizer para a nossa vida empresarial e pessoal? Que lições podemos tirar desse conselho a D. José? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso “sepultar” o passado. Colocar o passado debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado. Pouco ou nada resolve abrirmos uma “sindicância”

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para descobrir os culpados pelo terremoto. Também não adianta ficarmos discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido. Ou ainda se Lisboa estivesse situada fora da falha geológica que gerou o terremoto. Enterrar os mortos. E a verdade é que muitas empresas e pessoas têm enorme dificuldade em “enterrar os mortos”. Ficam anos e anos em atitude de um eterno velório. Passado o terremoto, lembre-se, a primeira coisa a ser feita é “enterrar os mortos”. Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto. Dar foco ao presente só será possível se enterrarmos os mortos, esquecermos o passado. Cuidar dos vivos significa reunir pessoas e bens que sobreviveram ao terremoto e rearranjá-los de forma a servirem para a reconstrução, para o novo. Muitas empresas e pessoas não conseguem dar foco ao presente para “cuidar dos vivos”. Vivem o tempo todo na ilusão do que poderia não ter ocorrido. Não conseguem se desligar. Não têm energia para “cuidar dos vivos” Fechar os portos significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa empresa ou de nossa vida. Significa

não permitir que novos problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”. Fechar os portos também é necessário porque quando você está passando por um “terremoto”, seus adversários e inimigos sabem de sua fragilidade e possível desesperança. E aí quererão aproveitar-se de sua fraqueza. Se você deixar seus “portos” abertos poderá ter que lutar contra os invasores, vampiros e abutres que virão espreitar a sua desgraça. Feche os portos! Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José são de uma sabedoria indiscutível. Serviram para a reconstrução de Lisboa em 1755 e servem para nossas empresas e nossas vidas pessoas neste século XXI. É assim que a história nos ensina. Por isso a história é “a mestra da vida”. Portanto, quando você ou sua empresa enfrentarem um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos! Pense nisso. Sucesso! Por Luiz Marins Antropólogo e escritor


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CEARร Ivens Dias Branco Uma histรณria Memorรกvel

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CAPA

Ivens Dias Branco Uma histรณria memorรกvel

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earense da cidade de Cedro, Francisco Ivens de Sá Dias Branco nasceu em 3 de agosto de 1934. Viveu pouco naquela cidade, pois mudou-se dois anos depois com a família para Fortaleza, onde passou sua infância e adolescência e tornando-se o memorável empresário e cidadão fortalezense. Naquele tempo havia o curso primário (educação infantil), ginasial (ensino fundamental) e científico (ensino médio). Ivens estudou apenas até o 2° ano científico, pois aos 19 anos foi convidado pelo pai, Manuel Dias Branco, para ser sócio na empresa da família, pois já enxergava no filho um grande potencial para os negócios. Apesar de não ter levado os estudos adiante, tinha uma boa base educacional e cultural. Era um homem curioso, gostava de saber como as coisas funcionavam. Ivens era um grande apreciador da boa literatura, mas também gostava muito de Geografia e Ciências, praticava bastante a leitura quando jovem. Suas leituras preferidas eram jornais e revistas, mas sempre que encontrava tempo lia obras históricas. Ivens era muito atento aos relacionamentos com os que o rodeavam, sempre gostou de valorizar as pessoas e manter aproximação, fossem parentes, amigos e principalmente seus funcionários. Fazia questão de responder a todos que enviavam e-mails, correspondências e presentes. Tinha um assistente para auxiliar na atividade, e as mensagens não podiam ser padronizadas nem muito menos vagas. Não usava computador e nem e-mail, mas orientava tudo que precisasse responder eletronicamente, e estas orientações sempre eram manuscritas ou ditadas. Era um homem muito detalhista, os textos deveriam transmitir seu vocabulário, seu conhecimento sobre o assunto central, tinha que ter em cada palavra seu modo de ser e seu estilo de vida. Ele mesmo abria e lia as correspondências, mas sempre usando uma tesoura para abrir, fazia isso porque dizia não querer “ferir” as cartas. Sua trajetória na indústria cearense foi muito marcante. Comandando a diretoria da M. Dias Branco, foi responsável pelas principais inovações tecnológicas da empresa, confirmando a sua vocação para o setor. Em 1972, assumiu o cargo de presidente, com a aquisição da marca Adria. Em 2003, a empresa passou a liderar o segmento de massas e biscoitos no País. A compra da Vitarella, em 2008, consolidou ainda mais essa liderança. Já no ano de 2011 ocorreram outras grandes aquisições, a NPAP (Alimentos Ltda.), Pilar, Pelágio e a J. Brandão Comércio e Indústria, objetivando fortalecer a marca por conta da força que detém no Norte e Nordeste.

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CAPA Como Presidente do ­Conselho de Administração da M. Dias Branco, continuava ativo, trabalhando e atento às novas oportunidades de negócios para a empresa. Atualmente, a empresa é líder de mercado em biscoitos e massas no Brasil, é a sexta maior empresa de massas e a sétima de biscoitos no ranking global por faturamento. Possui as marcas Fortaleza, Richester, Amorela, Adorita, Puro Sabor, Medalha de Ouro, Finna, Estrela, Pelaggio, Salsitos, Adria, Isabela, Basilar, Zabet, Vitarella, Pillar, Predilleto e Bonsabor. A companhia produz e comercializa biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras vegetais, snacks e bolos, mistura para bolos e torradas. Suas operações geram mais de 16 mil empregos diretos em diferentes regiões, refletindo o seu compromisso com fatores importantes para o desenvolvimento econômico e social do país. Atualmente, a M. Dias Branco possui um moderno parque industrial com equipamentos de última geração, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade, operando com um modelo de integração vertical que permite a produção de suas mais importantes matérias-primas, a farinha de trigo e a gordura vegetal, utilizadas no processo de produção de biscoitos e massas. Suas marcas são sinônimo de tradição e qualidade, estabelecendo um vínculo de confiança e respeito com o consumidor. A estrutura operacional da M. Dias Branco, com sede no estado do Ceará, conta com 12 unidades industriais, além de diversas oportunidades de comercialização e distribuição em diferentes estados do País, garantindo uma cobertura nacional que possibilita a presença de suas marcas em todo o território nacional. Casado com Maria Consuelo Saraiva Leão Dias Branco, tiveram cinco filhos, sendo duas mulheres, Maria das Graças Saraiva Leão Dias Branco e Maria Regina Saraiva Leão Dias Branco, e três homens, Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior, Francisco Marcos Saraiva Leão Dias Branco e Francisco Claudio Saraiva Leão Dias Branco. Um dos hábitos preferidos de Ivens era ouvir rádio, ele acordava todos os dias às cinco horas da manhã e ligava um radinho para ouvir o Programa Paulo Oliveira (Rádio Verdes Mares – AM 810). Muitas vezes já chegava à cozinha para tomar café da manhã com o radinho ligado. Ivens gostava de incentivar diretamente muitos projetos culturais em Fortaleza, tais como o Museu 26 /// Setembro 2016

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Barão de Studart, com o resgate dos valiosos documentos históricos e a informatização, climatização e ampliação do acervo da Academia Cearense de Letras (ACL). O Museu Barão de Studart, no centro de Fortaleza, é um projeto enxuto, mas de alto padrão. Também beneficiou o projeto Instituto do Ceará e o acervo do Barão Inglês, que foi um dos mais importantes documentalistas do Brasil. E, até mesmo, o Fortal (carnaval fora de época). Ivens apreciava bastante a História e era atento a projetos que pudessem preservar a cultura cearense. À frente da M. Dias Branco, também realizou diversas ações filantrópicas por meio de suas marcas, em todas as regiões em que atuam. O empresário foi e continuará sendo um exemplo de força, união, dinamismo e empreendedorismo. Um profissional de grande dedicação e firme comprometimento com a empresa. Em sua trajetória empresarial, recebeu diversas premiações, destacando-se, entre elas, o Troféu Sereia de Ouro, outorgado pelo Sistema Verdes Mares de Comunicação; Medalha Edson Queiroz, conferida pela Assembleia Legislativa do Ceará; Medalha do Mérito Industrial, outorgada pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará; Título Benemérito, conferido pela Academia Cearense de Letras; Ordem do Mérito Militar, no grau Cavaleiro e Oficial da mesma Ordem, conferido através do Exército Brasileiro; Medalha Nau Fenícia, outorgada pela Federação das Câmaras dos Diretores Lojistas do Ceará. Como Presidente do Conselho de Administração da M. Dias Branco, continuava ativo, trabalhando e atento às novas oportunidades de negócios para a empresa. Aos 81 anos, Ivens Dias Branco veio a falecer, em 24 de junho último, por complicações durante uma cirurgia cardíaca. Sua memória sempre estará presente no coração de seus familiares e amigos, assim como no cotidiano de muitos brasileiros, especialmente de seu povo cearense, a quem deixa o legado de uma história irretocável como o grande empresário e principalmente a pessoa que foi. FONTE: Press à Porter Gestão de Imagem


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MERCADO

Rede Parceria de Supermercados lança campanha para alavancar as vendas

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á 13 anos apostando no fortalecimento das bases, a Rede Parceria já está consolidada no mercado. Quem primeiro apostou no sucesso do empreendimento foram os empresários: Francisco José (Super Portugal), Mariano Feijó Neto (Sul Box), José Nazario (Mirely Supermercado) e Marcos Moreira (Varejão Supermercado), que foram também os primeiros associados. O propósito inicial era apenas se unirem no intuito de arcar com as despesas do encarte de suas lojas, com compras isoladas por loja. Mas as ideias foram surgindo aos poucos em benefício geral e o processo foi ficando cada vez mais organizado. Eram realizadas reuniões quinzenais em cada loja, na época cada membro tinha apenas uma loja. Atualmente a Rede Parceria de Supermercados é composta por 17 associados e 32 lojas de empresários cearenses, com atuação em diversos bairros de Fortaleza, e nas cidades de Aquiraz, Itaitinga, Guaiuba, Caucaia, Maranguape e São Gonçalo do Amarante. Os associados destacam que fazer parte da rede lhe trazem muitos benefícios, dentre elas as 28 /// Setembro 2016

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facilidades de compras, recebem informações do mercado com mais rapidez, além de adquirir um tratamento diferenciado por parte dos fornecedores. E foi esse bom relacionamento com os fornecedores que possibilitou uma expansão na rede durante esses últimos anos. Em entrevista concedida a Revista Nosso Setor, o Gestor Geral da Rede Parceria, Luiz Antônio, nos falou a respeito da importância das campanhas criadas para alavancar as vendas da rede. Ele disse que são criadas através de inúmeras reuniões com os associados com e que isso exige uma antecedência de planejamentos de até seis meses. Durante esse período é definindo orçamento, slogan, premiações, e posteriormente é feita uma apresentação do projeto para todos os fornecedores.

“As campanhas de vendas são de suma importância para a valorização e consolidação da associação, é preciso sempre estar buscando melhorias para a rede. Temos que buscar formas de impulsionar as vendas para fidelizar cada vez mais o cliente.” Em 2016, seguindo a tradição, haverá o 13º Aniversário da Rede Parceria. De 1º de outubro a 13 de janeiro de 2017, a rede terá 7 encartes com preços ainda mais agressivos, trazendo várias ofertas dos fornecedores parceiros. Também ocorrerão Carreatas, distribuição de brindes, ofertas internas e um sorteio principal de 32 motos Titan Honda. FONTE: Luiz Antônio, Gestor Geral da Rede Parceria.


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VAREJO Loja 01

Loja 02

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SUPERMERCADOS MORANGUINHO

Supermercado Moranguinho comemora 14 anos com ampliação da filial em Cascavel, município do estado do Ceará

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Super Moranguinho já faz parte do cotidiano dos cidadãos de Pacajus e Cascavel há 14 anos, e para comemorar mais um aniversário do empreendimento, José Albecir da Silva, popularmente conhecido pelos funcionários e clientes daquela região como Neném, amplia a filial em Cascavel. Albecir diz que a decisão de expandir sua loja foi para melhor atender seus clientes, a quem pretende oferecer cada vez mais conforto, lazer e qualidade de serviços, sempre agregado a um preço justo, segundo ele. Além de atender ao público local, Neném conta que a constante visita de turistas na sua loja está cada vez maior. A loja já contava com uma área de 680 metros, agora oferece um espaço de 1.500 metros de área de vendas. Albecir fala que para dar mais esse passo adiante, contou com a ajuda de muitas pessoas e principalmente a dedicação de seus funcionários ao trabalho. Ele conta que tem funcionários que estão com ele desde quando abriu sua primeira loja. “Sempre contei com a ajuda dos meus funcionários para tudo, tanto os que já trabalharam comigo quanto os que continuam. Tenho um funcionário de 20 anos de empresa, um senhor de 82 que até hoje frequenta a loja em Pacajus.” Neném fala que é preciso valorizar e preservar seus colaboradores. Ele disse que todos os seus funcionários são de Pacajus e Cascavel, inclusive os administradores. Atualmente emprega aproximadamente 700 pessoas, direto e indiretamente. “Apoiamos muito o programa

de incentivo ao menor aprendiz e estagiários, assim como damos muitas oportunidades também para pessoas com necessidades especiais. Gostamos e precisamos de pessoas que querem aprender e crescer dentro da nossa empresa. Acreditamos muito na juventude...”. O empresário conta que gosta muito de ouvir seus funcionários, para ter conhecimento real do funcionamento de suas lojas. Ele conta que sempre que pode faz visitas, conversa com eles, e dessa forma consegue saber a real necessidade de cada loja. Neném também relata que tem amizade de muitos anos com vários clientes e moradores das cidades onde ficam suas lojas. “Gosto de estar no meio das minhas lojas e conversando com meus clientes, até hoje tenho clientes que compram minhas mercadorias na caderneta, são os mesmo clientes da época em que tive minha primeira mercearia.” Em 1985, Albecir assumiu uma pequena mercearia que na época pertencia ao seu avô, em Pitombeiras. Vendia produtos da cesta básica, que supria a maior necessidade dos moradores locais. Contribuiu com o desenvolvimento do comércio local desde cedo, com apenas 17 anos conseguiu com sua visão empreendedora, inserir variedade no pequeno negócio de forma que novas mercadorias, que até então só eram encontradas na cidades vizinhas, chegassem até a pequena cidade. Além disso, incentivou a criação de uma pequena feira local. Três anos depois ele chegou a Pa-

cajus e contando com a ajuda do tio José Maria, que possuía um ponto comercial disponível, abriu um pequeno botequim onde permaneceu até o ano seguinte. Mas como o visionário que é, sempre almejava algo maior. A princípio, encontrou um ponto comercial no bairro Buriti, onde montou uma modesta mercearia. Em 1991, adquiriu um ponto próprio na mesma localidade, e foi o início de um crescimento que não parou desde então. Dez anos depois montou o Mercantil São Francisco em Horizonte que depois transformou-se no Mercantil Moranguinho em Pacajus. Durante sua trajetória Albecir contou com a ajuda de muitas pessoas, inclusive seus familiares a quem se julga eternamente grato a tudo que tem hoje. “Tenho uma família muito maravilhosa que sempre me apoiou e aconselhou tudo.” Praticar um excelente atendimento é uma das principais metas do Moranguinho. Para tanto, nas praças de alimentação, buscam desenvolver produtos que venham superar as expectativas dos clientes. Albecir diz que sua equipe busca proporcionar ao público uma alimentação saudável e saborosa, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade, alinhado a um ambiente agradável e familiar. Trabalham com carnes, verduras e legumes frescos e contam com um Chefe de Cozinha para preparar um cardápio variado e balanceado a cada dia. É com esse diferencial que o Restaurante, Padarias e Confeitarias do Supermercado buscam atender bem à clientela. Atualmente, disponibilizam uma padaria com confeitaria, frigo-

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VAREJO

rífico, hortifrúti, além de uma variedade de mais de trinta mil itens a disposição dos clientes. A Loja Conceito conta com Restaurante “Self Service”, o qual será expandido para as outras filiais. ”Temos lojas no interior do estado com o mesmo patamar de lojas da capital.” Os Supermercados Moranguinho fazem parte da Max Rede, que foi criada em 2006 por um grupo de empresários liderados por Flávio Macedo e Otacílio Rocha. Prontamente Albecir abraçou a nova ideia, aderindo ao associativismo e entendendo que a prática soma experiências para representar e defender os interesses coletivos, além de trazer melhorias técnicas, profissionais e sociais aos associados. Albecir fala que além disso, estimula a troca de ideias, trazendo para o empreendimento inovações do mercado, profissionalização e tornando o negócio mais competitivo. As reuniões semanais ajudam a identificar os problemas e as necessidades, promovem a troca de informações e realização de atividades de treinamentos e consultoria, melhorando o processo de negociação com fornecedores e clientes sobre bens e serviços, além de buscar soluções em conjunto. Os empresários também aprendem a importância do planejamento estratégico. “O Super Moranguinho deu mais um passo rumo ao sucesso depois da solidificação da Max Rede.” FONTE: José Albecir da Silva

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ENTREVISTA

Café com Convidado É possível expandir os negócios em momento de crise? Veja como enfrentar o monstro da recessão econômica.

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Enlu é uma empresa de origem argentina, que começou a ganhar espaço no território brasileiro com uma vasta variedade de frutas, inclusive as exóticas. Mas tudo começou em Rio Negro, uma província da Patagônia, na Argentina. A cidade, charmosa e de localização estratégica, foi eleita o lar da família Arno. No início do ano 2000, a família iniciou suas atividades de agronegócio constituindo, em Villa Manzano, a empresa Cachorrita. A proposta inicial era de oferecer frutas com variações das espécies e em grande quantidade. Walter Arno, filho caçula da família, na época gerente comercial na Cachorrita, abriu diversas frentes do mercado de exportação e suas safras, de número elevado e preço baixo, conquistaram rapidamente o mercado internacional. A consolidação da empresa no cenário mundial foi determinante para conquistar qualidade em sua produção, impressa atualmente em espécies diversas de peras, maçãs, ameixas e pêssegos. Em entrevista à Revista Nosso Setor, Walter conta como a Enlu chega ao Brasil. RNS: Como foi a decisão de estabelecer a empresa com sede no Brasil? Walter: Em 2002 decidi me mudar para o Brasil e fundar a sede da 46 /// Setembro 2016

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Enlu, em São Paulo. Fui motivado primeiramente pelo encanto que sempre tive por esta terra e pelo mundo corporativo daqui. Iniciamos nossas atividades trabalhando exclusivamente com a importação das frutas frescas produzidas em nossa fazenda na Argentina. Com o passar dos meses, nossa trajetória de conquistas continuou a todo vapor e a estrutura da empresa, voltada para compra, transporte e armazenagem em câmaras frias, gerenciamento logístico e distribuição, foi ganhando força. RNS: Como se deram os investimentos em mais segmentos do ramo? Walter: A satisfação em atender nossos clientes com uma solução completa de produtos e serviços de alta qualidade e atendimento eficiente nos incentivou a abrir outras frentes de importação e produtos, como a representação de frutas secas e as frutas exóticas, impor-

tadas dos EUA, Europa, América do Sul e Ásia Oriental. A Enlu possuía, desde a fundação, produtos de extrema qualidade e confiança, com preços altamente competitivos no mercado brasileiro. RNS: Como foi pensada a escolha do local da sede no Brasil? Walter: O CEAGESP-SP é um dos maiores centros de distribuição da América Latina, e não é um local fácil para se estabelecer uma empresa recém-chegada do estrangeiro. Mas, sem dúvida alguma, foi a melhor escolha que fizemos. Atualmente fornecemos aos nossos clientes todas as opções de FLV (frutas, legumes e verduras) do mercado nacional, além da importação de alho chinês e português. Nossa intenção no mercado brasileiro é abastecer, principalmente, supermercados, indústrias alimentícias, restaurantes, hotéis, sacolões, varejões e feiras.


pois estamos em um momento muito bom financeiramente falando, então temos que aproveitar que todo o mercado está passando por uma recessão. Essa é a hora certa de acreditar e avançar. Em breve também abriremos mais uma filial, dessa vez será em Alagoas, outra localidade muito boa para o nosso ramo.

RNS: Diante da atual situação econômica do país, que afeta direta e indiretamente grande parte do setor empresarial, será que seria mesmo uma boa hora para expandir os negócios? Walter: Pesquisa de mercado é a primeira coisa que se deve fazer, e todo empreendedor sabe que se

deve começar por aí. Aproveitamos também a grande vantagem da Enlu que é ter seu próprio produtor como um parceiro forte, sendo nós os produtores, temos a grande vantagem de ter preço. Já temos uma filial em Paraná e a decisão de abrir mais uma no Ceará, sem dúvidas, foi tomada na melhor hora,

RNS: Como você avalia a crise do mercado brasileiro? Walter: Toda crise é positiva para alguns e negativa para outros. Mas a partir do momento em que você está sólido no mercado, é hora de crescer. Tem que saber aproveitar esse momento da melhor forma possível, pois é um momento em que muitas empresas recuaram e devido à variação cambial, deixam de importar. Isso nos abre uma margem muito grande de crescimento, pois quem está sólido, se afeta muito pouco com essa variação.

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ENTREVISTA RNS: E como a Enlu conseguiu se manter sólida? Walter: Acredito que minha forma de administração sempre me ajudou bastante, pois não gosto de parcelamentos de pagamentos muito longos, tudo que faço é com recurso próprio. Sou muito centralizador com meus negócios, mas creio que isso não seja algo negativo para minhas finanças, muito pelo contrário, é dessa maneira que venho conseguindo manter tudo em ordem na minha empresa e não me sentir ameaçado diante de uma crise econômica no país onde faço meus investimentos. RNS: Quais os pontos fortes que você apontaria na sua empresa? Walter: Nosso compromisso em manter a excelência no relacionamento com produtores mundiais e a seleção criteriosa de nossas ofertas no mercado. Um atendimento honesto, transparente e eficiente

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também são de suma importância, são processos que vão de encontro com as necessidades de seus clientes. RNS: Quais os projetos futuros? Walter: Manter a qualidade, confiança, bom atendimento, pontualidade, preço e variedade é a nossa missão. A nossa intenção é ampliar cada vez mais nosso mercado e atender diretamente um grande número de supermercados, inovando em processos, prazos e logística. Queremos nos tornar referência no setor hotifrutigranjeiro na América Latina.


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INDÚSTRIA

De pai para filhos. Uma história de negócios que virou tradição familiar

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á 50 anos no mercado de transformação de papel, a Ondunorte foi fundada pelo empresário Aluísio Pedrosa Pontes, no estado de Pernambuco. É uma empresa que tem suas bases em uma estrutura familiar e atualmente continua sendo dirigida pela família. Sérgio Pontes, Vice-Presidente da Ondunorte, conta que seu pai foi um guerreiro, um homem forte, que veio de baixo, de uma família humilde, mas que sempre seguiu um alicerce baseado na ética e na moral, transformando isso em muito trabalho. “Meu pai venceu na vida em momentos muito adversos, trabalhou bastante para crescer, desenvolver seus negócios, educar seus filhos e nos dar uma vida digna. Nos orgulhamos 52 /// Setembro 2016

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muito dele, pois sempre nos ensinou coisas boas, sempre foi e continua sendo nosso exemplo a ser seguido.” A Ondunorte é uma grande indústria, produz em média, 120 mil toneladas de papel por ano, papéis higiênicos, guardanapos, toalhas de papel e caixas para embalagens. São seis plantas industriais distribuídas nos estados de Sergipe, Paraíba e Pernambuco, onde está localizada a sede, o parque industrial de Igarassu, equipado com o que existe de mais moderno em tecnologia e maquinário. É um dos conglomerados mais tradicionais do estado de Pernambuco e líder desse mercado nas regiões Norte e Nordeste do País. A produção de caixas de papelão é realizada em

um parque industrial de aproximadamente 30 mil metros quadrados. Esta divisão do Grupo Ondunorte atende empresas de diversos segmentos em todas as regiões do Brasil. A empresa preza em manter a qualidade dos processos no rápido atendimento. A a frota da Ondunorte é um componente fundamental de sua estrutura, são mais de 50 caminhões e veículos leves a serviço da agilidade e do pronto atendimento, que são características fundamentais do modelo de atenção aos clientes do grupo. Sérgio conta que sempre são realizados investimentos nos processos internos de produção, na capacitação dos colaboradores, no monitoramento do ambiente de trabalho


e na verificação da satisfação de clientes, colaboradores e fornecedores. “O empreendedorismo nos define, e inovação é a palavra de ordem, quando falamos de futuro. Tentamos manter a visão focada em um portfólio de produtos de qualidade e com preços competitivos, buscando sempre oferecer ao mercado ideias inovadoras que atendam às necessidades dos nossos clientes e consumidores.” Preocupação ambiental A Ondunorte é uma empresa que procura manter seu compromisso com o meio ambiente, buscando reduzir os impactos ambientais resultantes de sua atividade. Sérgio fala que o grupo investe fortemente no desenvolvimento sustentável dos seus negócios, e que isso é uma estratégia que alinha a empresa às melhores práticas de gestão do mundo. “A preocupação com o meio ambiente é uma constante para a Ondunorte, tentamos estimular investimentos em reflorestamento para fins energéticos e instalamos, em todas as unidades industriais, modernas estações de tratamento de efluentes, utilizando tecnologias avançadas, devolvemos à natureza águas tão ou mais puras do que quando coletadas.” O grupo tem uma meta ambiental, que é a substituição do BPF. Essa substância é um óleo combustível derivado do petróleo, utilizado em caldeiras para produzir vapor. Em seu lugar, a Ondunorte vem utilizando gás natural e lenha com guia florestal, madeira proveniente de podas de árvores de algaroba ou de áreas reflorestadas. Estes insumos reduzem a poluição atmosférica e contribuem para reduzir a concentração de dióxido de carbono na atmosfera.

Sérgio conta que a autonomia energética da Ondunorte é um sonho próximo de ser realizado, pois o grupo vem investindo em áreas cultiváveis na Zona da Mata de Pernambuco e no estado de Sergipe, onde desenvolve um programa de plantio de eucalipto, com o objetivo de produzir biomassa para gerar energia. “Cerca de dois mil metros quadrados em nossa planta industrial são destinados à Central de Tratamento de Efluentes. Todas as águas utilizadas na produção vão para esta central e os efluentes são tratados. Cerca de 70% dessas águas são reaproveitadas no processo industrial e o restante é utilizado na limpeza da fábrica. Nossa empresa é uma referência regional no tratamento de efluentes pelos órgãos ambientais.” Reflorestamento A Ondunorte, preocupada com a questão do reflorestamento, realiza anualmente plantio de eucalipto em suas fazendas, utilizando técnicas modernas que vão desde

a avaliação dos solos, aplicação de corretivos, herbicidas, subsolagem, até o plantio de mudas clonadas e adubações em quatro etapas. A empresa conta com cerca de cinco mil hectares plantados. As florestas de eucalipto, em constante crescimento e renovação, captam o gás carbônico (CO2) da atmosfera e liberam oxigênio (O2), contribuindo assim para a redução do efeito estufa e suas consequências nocivas ao meio ambiente. Sérgio fala que a madeira proveniente destes locais é utilizada como combustível nas caldeiras do grupo, a biomassa substitui os combustíveis fósseis tradicionais vindos do petróleo. Os resíduos sólidos do tratamento de efluentes, que contêm cargas minerais, e as cinzas das caldeiras, ricas em potássio, são distribuídos nesses plantios, proporcionando enriquecimento do solo. “O uso intenso de matérias-primas recicláveis proporciona um menor consumo de recursos naturais, como água, energia e produtos químicos. Além disso, o uso de reciclados impede que tais produtos se tornem

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INDÚSTRIA

resíduos que seriam descartados no ambiente. Seja pelo menor consumo de água e energia, seja pela redução de resíduos sólidos e também pela preservação de florestas, nossa produção de papel e embalagens promove uma enorme contribuição com a política de desenvolvimento sustentável do Grupo Ondunorte.” Responsabilidade social O grupo também vem desenvolvendo um trabalho social que foi dado início ainda durante a gestão de Aluísio Pedrosa. Sérgio Pontes fala que a Ondunorte entende que o público consumidor de seus produtos é cada vez mais exigente, não apenas em relação à qualidade dos produtos, mas também em relação às práticas que geram melhorias para o meio ambiente e a comunidade. “A responsabilidade social consiste, portanto, em uma vertente importantíssima da atuação da nossa empresa, que participa de ações comunitárias na região onde estamos mais presentes.” A Ondunorte ajuda o Instituto 54 /// Setembro 2016

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de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), o abrigo São Francisco de Assis, Fundação Terra e o Hospital Evangélico. Também está sempre próximo da comunidade, apoiando eventos, projetos, entidades de apoio a dependentes químicos, entre outros. A Associação de Assistência Técnica e Educacional Luiza Pedrosa Pontes (AATELPP) foi um legado criado por Aluísio Pedrosa e os filhos tentam dar continuidade. “Sempre procuramos, dentro do possível, contribuir e ajudar, fazendo nosso dever de cidadão. Tenta-

mos manter o que nosso pai fazia e nos ensinou a fazer.” Aluísio Pedrosa teve uma vida ativa dentro da empresa até seus 89 anos, vindo a falecer dia 31 de agosto de 2011. Sérgio conta que no mesmo dia seu pai acordou cedo, como de costume, e entrou em contato com a fábrica por meio de uma ligação. Apesar da idade já avançada, ele ainda tinha o controle de tudo que ocorria na empresa e acompanhava tudo dentro das suas limitações. FONTE: Sérgio Pontes


LIVROS

O PODEROSO CHEFÃO, de Mário Puzo. Um romance que conta a saga de um imigrante italiano, que chega aos Estados Unidos e consegue formar uma das famílias mais poderosas da Máfia, em New York. Este livro foi publicado em 1969 e depois adaptado para o cinema, em 1972, com direção de Francis Ford Coppola, e foi sucesso no mundo e considerado um clássico do cinema mundial.

A MENSAGEM, de Fernando Pessoa. Publicado em 1934, e chamado pelo poeta de “livro pequeno de poemas”. O mais célebre livro do mais universal poeta Português. Nasceu em Lisboa, 13 de junho de 1888, e faleceu em 30 de novembro de 1935. Do livro A MENSAGEM: Que enigma havia em teu seio Que só gênios concebia? Que arcanjo teus sonhos veio Velar maternos, um dia? Volve anos teu rosto sério, Princesa do Santo Graal Humano ventre do Império Madrinha de Portugal Fernando Pessoa


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INDÚSTRIA

A importância do fortalecimento de parcerias no ­setor industrial

É

fato que o setor industrial brasileiro teve o pior desempenho entre os principais países do mundo neste início de ano, mas economistas enxergam sinais de que o pior momento do setor pode ter ficado para trás. Houve uma perda de competitividade nos últimos anos com o real valorizado, o que incentivou importados, mas agora sofre com a forte queda da demanda, efeito da recessão econômica. Após dois anos cortando produção e empregos, o setor começa a se reorganizar. Os estoques estão menores e a produção mais ajustada ao tamanho da demanda do mercado. Rafael Cagnin, economista do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a queda no Brasil foi grande, mas há indícios de que a crise vem perdendo forças, sobretudo sob influência de alguma reativação das exportações. Segundo dados da FGV (Fundação

Getúlio Vargas), 19 segmentos da indústria tinham estoques acima do desejado no terceiro trimestre de 2015, mas de abril a maio deste ano nove se normalizaram. O reflexo de dados tão alarmantes está presente no dia a dia das empresas. E como reagir a tudo isso? Quais providências tomar? Por onde e como começar? Durante uma visita técnica realizada em Pernambuco pela Revista Nosso Setor à indústria de transformação de papel Ondunorte, tivemos a oportunidade de acompanharmos a rotina de negócios entre empresa e cliente. Na ocasião, a empresa recebia um parceiro de longas datas, Reginaldo Carvalho, do Grupo Carvalho, de Piauí, empresa do segmento supermercadista de varejo, atacado e cash & carry. Há 12 anos a parceria foi firmada entre a Ondunorte e o Grupo

Reginaldo Carvalho e Sérgio Pontes

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Carvalho. Em entrevista com ambas as empresas, foi relatado que, ao longo desses anos, foram realizados sempre bons negócios e o reencontro foi estabelecido em um momento de ampliação e fortalecimento da parceria. O Grupo Carvalho é uma empresa com 30 anos no mercado. A trajetória começou em 1986, com a inauguração da primeira loja. Atualmente conta com 46 filiais, ocupando a 18ª posição no ranking varejista nacional. Reginaldo Carvalho conta que isso é resultado de uma política de preços competitivos, prazos especiais e instalação de filiais o mais próximo possível de onde o cliente está, tendo uma forte atuação tanto em bairros de Teresina, quanto em muitas outras cidades do Piauí e Maranhão. O Grupo emprega atualmente mais de 5.000 colaboradores, distribuídos em 46 filiais e um complexo de distribuição composto por atacado, varejo, distribuição de frutas, legumes, verduras, carnes e laticínios em geral, além da indústria de panificação Casa da Massa. O Grupo tem uma participação no mercado de Teresina superior a 63%, segundo Reginaldo Carvalho. Em relação a Ondunorte, Reginaldo fala que é uma parceria que visa melhorias para os dois lados: “É uma boa parceria, com base no ganha-ganha. Disponibilizamos uma significativa exposição dos produtos da Ondunorte em nossas gôndolas e realizamos constantes divulgações na nossa TV Carvalho e promoções nas lojas.”


Reginaldo Carvalho e Sérgio Pontes

Sobre as perspectivas de crescimento, Reginaldo diz que visa um crescimento de aproximadamente 8% neste ano, no geral, e com a parceria com a Ondunorte, a meta é de 15%. Sérgio Pontes, vice-presidente da Ondunorte, diz que o Grupo Carvalho é referencia para o mercado no estado do Piauí, e com o fortalecimento da parceria, a Ondunorte está presente com toda a linha de produtos atendendo todo tipo de público do grupo. “Nós da Ondunorte estamos muito felizes com essa parceria, pois confiamos na seriedade e comprometimento do Grupo Carvalho.” Sobre a visita de Reginaldo à empresa em Pernambuco, Sérgio diz que receber o cliente dentro da própria indústria é de suma importância, pois é possível mostrar como funcionam os processos. O cliente pode ver como os equipamentos funcionam de perto e avaliar melhor o custo de produção, tendo em vista que as margens estão bastante apertadas para ambas as partes. Dessa forma, o cliente pode obter de fato um bom embasamento para avaliar se pode apostar ou não na capacidade, produtos e logística, podendo assim entender melhor e ter uma visão mais ampla e aprofundada do potencial da empresa. Sérgio também fala que uma crise abate muito toda a cadeia comercial, pois não se consegue vender o mesmo volume de antes e naturalmente os custos fixos ficam ainda mais altos, se passa a trabalhar no vermelho

e é chegada a hora de enxugar custos da empresa e se adaptar à realidade do mercado. O empreendedor tem que se tornar mais dinâmico, proativo e aumentar sua flexibilidade melhorando o nível de serviços. “Na verdade, é um conjunto de fatores que faz com que a empresa se adapte a uma nova realidade, acredito que saber fazer com que as qualidades e vantagens da empresa se sobressaiam em meio a um turbilhão de dificuldades é uma boa estratégia para sair de uma crise.” Sobre a experiência de mercado da Ondunorte, Sérgio conta que criar uma marca que consiga ganhar nome no mercado leva-se anos e que manter um cliente é tão difícil quanto conquistá-lo. Ele diz que é um conjunto de fatores que envolvem confiabilidade e também um preço justo, e que conseguir ser visto pelo cliente como parceiro, não somente nos bons momentos, mas principalmente nos difíceis, é o segredo de uma parceria duradoura. “É preciso estar presente no dia a dia do varejista com ações e gerando competitividade.” Segundo Sérgio, a indústria tem que ter um cuidado especial para manter um nível de competitividade em todos os canais e formatos do varejo. “O pior já passou, temos que acreditar e deixar o lado político de lado, pois vivemos da produção e do comércio, temos que olhar pra dentro do nosso negócio de forma eficiente e acreditar...” Setembro 2016 | www.portalredebrasil.com.br

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INDĂšSTRIA

Reginaldo Carvalho e Antonio Vieira

Carlos Fernandes, SĂŠrgio Pontes, Reginaldo Carvalho e Antonio Vieira

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GRĂ FICA

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ANO 9. Nº 38 - SETEMBRO 2016 - www.portalredebrasil.com.br

PARAÍBA Confira como estão os preparativos para a CONSUPER 2016

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DESIGNER

Designer paraibano ­vence Prêmio Francal Top de Estilismo, em São Paulo Abraão Cavalcante ficou em primeiro lugar na categoria Calçado Feminino”. Premiação a­ conteceu durante a Francal, maior evento do setor calçadista do país

A

Paraíba foi destaque no 21º Prêmio Francal Top de Estilismo, realizado durante a 48ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), iniciada no último domingo (26), em São Paulo. O designer paraibano Abraão Cavalcante ficou em primeiro lugar na categoria “Calçado Feminino” da premiação. Ele foi um dos nove vencedores do concurso e o único representante do Nordeste entre os premiados. O concurso contou com a participação de 117 estudantes e profissionais da moda e design em calçados e acessórios de 51 cidades de diversos estados brasileiros. As peças foram avaliadas por renomados estilistas e designers nas categorias Calçado Feminino, Calçado Masculino e Bolsa. Abraão Cavalcante explicou que a sandália foi desenvolvida a partir do tema “Culturas e fronteiras – explorando o seu repertório através de um novo olhar”. O designer disse que se inspirou no cacto coroa de frade, espécie muito comum na vegetação da caatinga, no semiárido brasileiro. Na peça, também foram utilizados materiais como couro atanado de bode para estruturar o cabedal, tecido para dar acabamento no couro, 66 /// Setembro 2016

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além da famosa renda renascença, fabricada no Cariri paraibano. “Eu fiz o protótipo com o modelista Edson Andriola, do bairro do José Pinheiro, de Campina Grande. Concorri com designers de 50 cidades brasileiras e já fiz um bom contato que poderá levar a um trabalho com um distribuidor de couro de Novo Hamburgo (RS). Ele trabalha com exportação, conversou comigo e vou criar sapatos com os materiais dele, provavelmente desenhando os seus produtos”, disse o designer. Para a gestora do projeto de Calçados do Sebrae Paraíba, Éricka Vasconcelos, a Francal oferece grandes negócios entre a indústria brasileira e o varejo nacional, além de arrojados lançamentos. “A Francal atrai compradores internacionais de todos os continentes, é um ótimo evento onde os empresários têm que estar todos os anos. Ficamos muito felizes em ver um participante da cadeia produtiva dos calçados da Paraíba ser escolhido como um dos melhores designers do prêmio”, disse. Abraão Cavalcante, assim como os primeiros colocados nas categorias Calçado Masculino e Bolsa, ganhou o prêmio em dinheiro de R$ 2 mil e assinatura anual de 12 meses do UseFashion, válido tanto para o portal de pesquisa de tendências

quanto para a revista impressa. Os segundos receberam 1,5 mil, e os terceiros R$ 1 mil. Participação da Paraíba - Nove marcas paraibanas do setor calçadista participaram da Francal expondo seus produtos ao longo dos quatro dias do evento, que teve fim dia 29 de julho. O grupo estima a venda de R$ 500 mil em peças, durante e pós-evento. A participação de empresas paraibanas no evento é resultado de uma parceria entre o Sebrae Paraíba, através do projeto de desenvolvimento da cadeia produtiva dos calçados, e do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep). A Franca promove o lançamento de peças da estação primavera-verão e atrai anualmente milhares de visitantes de todo mundo. A feira destaca-se também por ser um encontro anual que reúne entidades setoriais, indústria, varejo, importadores, representantes de classe, autoridades governamentais e demais esferas públicas. Conforme Éricka Vasconcelos, a Francal é reconhecida internacionalmente por gerar negócios e pela qualidade e design dos produtos apresentados. É o evento que coloca o Brasil como um influente parceiro comercial e entre os grandes players do mercado global.


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CONVENÇÃO

Preparativos para o CONSUPER 2016 Segue em ritmo acelerado Gestão, inovação e ousadia: esse é o tema da CONSUPER 2016, que promete muitas ­novidades esse ano.

A

primeira edição da CONSUPER (Convenção Paraibana de Supermercados da Paraíba) foi realizada na cidade de Campina Grande, Paraíba no ano de 2005. Já no primeiro ano de realização, a feira abrangeu uma área de aproximadamente 360 metros de área de stand. Ao longo dos anos, passou a ser realizada na capital, e hoje já atinge uma área de cinco mil metros, com um pavilhão total que chega em torno de 2.700 metros de área de stand. Na sua 12ª edição, a feira traz o tema “Gestão, inovação e ousadia”, algo bastante sugestivo, tendo em 68 /// Setembro 2016

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vista as reviravoltas que o mercado supermercadista vem enfrentando. Damião Evangelista, superintendente da Associação de Supermercados (ASPB), e idealizador da feira, fala sobre os desafios de manter um evento da dimensão da feira, ano após ano, e da importância que ela tem para o setor. “A CONSUPER tem contribuído bastante para o setor, até porque nós entendemos que a feira de supermercados é para estreitar e fortalecer relacionamentos.” Damião fala que na feira são realizadas questões comerciais, onde muitas negociações são fechadas.

É um meio onde se pode estar de frente com seus interesses. Ele também reforça que além de tudo, o fundamental é o pós-venda, afinal, é na feira que o fornecedor e o supermercadista resolvem suas questões e ficam sabendo de fatores relacionados a suas empresas, pois ali eles têm a oportunidade de se conhecerem melhor e desenvolverem esse trabalho. Apesar de uma real crise que rodeia a economia do país, o setor trabalha com um mercado volumoso de alimentos repleto de grandes oportunidades. Em 2015 a CONSUPER trouxe empresas e cara-


vanas de empresários do Ceará e Rio Grande do Norte. Apesar de ser uma feira na Paraíba, tem conseguido atrair visitantes de muitos outros estados, bem como indústrias até de outras regiões. Já participaram da feira empresas do Sudeste e do Sul, e este ano já estão confirmadas novamente mais indústrias do Sul e do Rio Grande do Norte. Existe a perspectiva de trazer também mais indústrias do Ceará, além das indústrias da Paraíba, e também os principais fornecedores da cadeia de abastecimento do Estado. O principal distribuidor de bebidas do Estado é um expositor da feira desde a primeira edição. Damião conta que a indústria São Braz é muito parceira do setor Supermercadista dA Paraíba também, inclusive está ajudando a trazer empresários de outros estados, realizando caravanas. Ele conta que ano passado trouxe integrantes da Rede Uniforça e esse ano já confirmou que irá trazer de outras localidades, como do Rio Grande do Norte e Alagoas. “A feira está consolidada. Nós temos no Nordeste, hoje, basicamente duas feiras de grande importância para o setor supermercadista, uma na Bahia e a nossa aqui da Paraíba, e isso é muito bom pra nós. Nosso foco tem sido atrair cada vez mais indústrias. Apesar de termos na Paraíba um grupo bom de distribuidores e de atacado, que faz bem esse trabalho junto ao pequeno varejo, mas temos que buscar atrair o setor industrial.” As principais perspectivas dessa edição é o setor industrial e, principalmente, os supermercadistas, conta Damião. A feira tem uma visita diária de aproximadamente três mil pessoas e tem mantido esses dados ao longo das edições, e a expectativa desse ano é um crescimento considerável. Damião diz que a feira vem buscando muito a

presença de dono de lojas e compradores de lojas, pois é um público que interessa bastante ao setor. “Precisamos muito de quem tem o poder de decisão, de quem pode, junto com o fornecedor, construir alternativas de negócios.” Os estados confirmados até agora são: Rio Grande do Norte Ceará Paraná São Paulo Pernambuco Alagoas Minas Gerais E fornecedores locais. Segundo Damião, o atual cenário paraibano no setor supermercadista acompanha uma média nacional, mas o que se tem notado é que, cada vez mais, existem muitas lojas sendo expandidas, outras sendo construídas, inauguradas. “Como um todo, o varejo não está acreditando ou absorvendo a palavra “crise”, muitos estão absorvendo a palavra “oportunidade”, essa é a realidade. E até de forma muito ousada, pois existem lojas sendo construídas de forma impecável.” Damião conta que existem

supermercadistas que estão indo a Fortaleza para se basearem em algumas lojas, pois, segundo ele, a capital cearense é uma referência em termos de conceitos de modelos de lojas na construção, para Paraíba. As novidades dessa edição é o foco na gestão, inovação e ousadia, pois em época de crise é preciso inovar e também ousar, diz Damião. A ASPB criou uma programação com workshops na área de gestão de loja, gestão de finanças e gestão tributária. Inclusive nesses últimos dois meses foi realizado, pela associação, um curso de gerenciamento por categoria, no qual participou, em cada um dos cursos citados, uma turma de 30 empresários donos de lojas. Damião conta que a cada evento realizado nesse âmbito, a classe empresarial é mobilizada a estar presente. “A feira é feita para esse público, para que tenham oportunidades de conversar com donos de empresas e diretores comerciais, e assim abrirem novos horizontes para novos negócios, além de conhecerem os lançamentos do mercado.” FONTE: Damião Evangelista – Superintendente da Associação de Supermercados (ASPB)

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INDÚSTRIA

Fábrica de aviões é ­inaugurada em Paraíba

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fábrica de aviões que foi instalada no município de Campina Grande, no Agreste paraibano, foi inaugurada com solenidade. A Stratus Indústria Aeronáutica, que está sendo construída no Distrito de São José da Mata, na Zona Rural, vai produzir aeronaves de pequeno porte Volato 400 e Volato 200, com capacidades para dois e quatro lugares. A instalação da fábrica em Campina Grande foi feita com uma parceria da empresa com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Paraíba, que vai disponibilizar colaboradores para desenvolver novos itens e componentes para a produção de aeronaves. Segundo o diretor da empresa, a instalação da fábrica deve atrair novos investimentos voltados para o setor de aviação, em Campina Grande. “Já temos a sinalização de empresas de manutenção de aeronaves querendo se instalar em Campina Grande, de manutenção de helicópteros também, então esse é um processo que vai culminar com a construção de um parque aeronáutico aqui na cidade”, disse Juan Pinheiro. Fonte: (PBVale/ G1) 70 /// Setembro 2016

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MERCADO

Paraíba arrecada R$ 6 ­bilhões em ­impostos; Brasil chega a R$ 1 trilhão

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montante pago pelos brasileiros em impostos atingiu a marca de R$ 1 trilhão em julho. Um equipamento instalado na fachada da Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa atualiza em tempo real os tributos recebidos pelo governo. De acordo com o site impostômetro, na Paraíba a arrecadação está em quase R$ 6 bilhões, o que representa 0,65% do total arrecadado no Brasil. Sendo que cerca de 50% da arrecadação no Brasil é sobre o que se compra, contra 25% da média mundial. Os impostos podem representar até mais de 80% do preço de um produto. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Brasil ocupa a 30ª colocação entre os países com maior carga tributária e o que proporciona o pior retorno dos valores

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arrecadados em prol do bem-estar da sociedade. De acordo com a pesquisa, o Brasil fica atrás de países da América do Sul, como Uruguai e Argentina. O trabalho levou em consideração a carga tributária, ou seja, a arrecadação tributária em relação à riqueza gerada através do Produto Interno Bruto (PIB) e se os valores arrecadados estariam retornando para a sociedade em serviços que pudessem gerar bem-estar à população. A pesquisa teve como base o ano de 2013, no qual Austrália, Coréia do Sul, Estados Unidos, Suíça e Irlanda ocuparam o topo da tabela, como países que melhor aplicam os tributos arrecadados para a melhoria de vida da população. Fonte: (Do PBVale, com Portal Correio)


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MERCADO

Microempreendedores individuais são 61% das empresas da Paraíba’

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s microempreendedores individuais (MEI) representam 61,39% das inscrições estaduais da Paraíba, conforme mostram dados do Núcleo de Manutenção Cadastral da Secretaria de Estado da Receita (SER) divulgados no último 15 de julho.. O número de inscrições desse regime de apuração cresceu 9,96% no primeiro semestre, passando de 60.896 para 65.094 empresas. A taxa de concentração em dezembro de 2015 era de 58,35%. A segunda maior participação é das empresas do Simples Nacional (26,51% ou 28.105 empresas). O regime Normal registrou alta de 9,96% de inscrições no primeiro semestre, passando de 10.078, em dezembro de 2015, para 11.82 inscrições, em junho de 2016, 74 /// Setembro 2016

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também registrou elevação na participação do Estado (9,66% para 10,45%). Apesar do cenário de recessão econômica, o número de inscrições estaduais encerrou o primeiro semestre com mais de 106 mil empresas ativas. A Receita mostra que houve crescimento de 1,60% em novas inscrições sobre a base de dezembro de 2015, que foi de 104.360 inscrições. Os setores de varejo e de serviços tiveram destaques no crescimento de novas inscrições no primeiro semestre em relação a dezembro de 2015. O setor de serviços registrou crescimento de 2,38% (de 11.962 para 12.247), enquanto o setor de varejo, que continua na liderança em números absolutos (68,69% do total), passou

de 71.705, em dezembro de 2015, para 73.001 inscrições, em junho de 2016, alta de 1,8% no primeiro semestre deste ano. O setor da indústria participa com 13,40% das inscrições estaduais em junho (14.213). O setor atacadista, com 2.193 inscrições ativas, forma 2,06% das empresas do Estado. Na distribuição dos estabelecimentos nos cinco núcleos da Receita Estadual, a 1ª Região, que tem como sede João Pessoa, fechou o primeiro semestre com 46.266 empresas ativas, o que representa 43,53% do número de contribuintes de ICMS do Estado. Em segundo lugar ficou a 3ª Região, que tem sede em Campina Grande, com 26.189 estabelecimentos com inscrição estadual, participando com 24,64% do total. A 2ª Região, que tem sede em Guarabira, concentra o terceiro maior volume de inscrições ativas no Estado (11.790), com participação de 11,10%. Já Sousa, na 5ª Região, com 11.765 (11,07%), e Patos, na 4ª Região, que registrou 10.246 inscrições ativas (9,64% do total), fecham as inscrições nas cinco regiões. Fonte: (PBVale/)


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MERCADO

Preço de ferramentas varia 120,09% em João Pessoa, diz Procon-JP Levantamento foi realizado nos dias 25 e 26 de julho Lavadora de alta pressão é o item com maior preço encontrado

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ma pesquisa de preços constatou uma variação de até 120,09% no preço das ferramentas em João Pessoa. O levantamento, feito pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor do Município (Procon-JP), foi divulgado no último dia 1º. O item com maior variação de preço foi a serra mármore 2 carvões 1200w, com preço variando entre R$ 219 e R$ 482, uma diferença de R$ 263. A pesquisa foi realizada em seis estabelecimentos comerciais da capital paraibana, levantando os valores de 95 itens entre vários tipos de ferramentas, seja em unidades ou em kit e jogos, nos dias 25 e 26 de julho. A menor variação de preço, de 3,38%, foi encontrada na furadeira 13mm ½ reversível, com preços entre R$ 282,81 e R$ 292,37. O item com o maior preço encontrado foi a lavadora de alta pressão, encontrada a R$ 1.678, em uma loja do Centro da cidade. O menor preço, R$ 13, é o do jogo de ferramentas com seis peças, na mesma loja. A pesqui-

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sa completa pode ser encontrada no site do Procon-JP. Segundo o levantamento, vários produtos foram encontrados com grande variação de preço, dependendo da loja. Além da serra mármore, também apresentaram grande variação a esmerilhadeira 1800w (variação de 95,46%), a furadeira profissional com maleta (86,07%), a furadeira ⅜ 10mm 580w (68,95%) e a parafusadeira dobrável 4,8V + 51 acessórios (59,71%). O secretário adjunto do Procon-JP, Ricardo Holanda, orienta aos consumidores que façam a avaliação dos valores de uma mesma marca antes de comprar os produtos. “Sabemos que os filhos querem presentear seus pais e um dos produtos mais procurados são as ferramentas, usadas para serviços domésticos. Como alguns produtos têm preços altos, vale à pena conferir a pesquisa antes de adquirir esse tipo de presente”, alerta. Fonte: (G1 PB)


ANO 9. Nº 38 - SETEMBRO 2016 - www.portalredebrasil.com.br

PIAUÍ Veja os detalhes da inauguração do Picos Plaza Shopping

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INDÚSTRIA

No Piauí, associação ­produz ­ cosméticos à base de leite de cabra Aovicapre produzia e comercializava carne do caprino, leite de cabra e queijo e agora passou também a produzir ­c­osméticos a partir do leite de cabra.

A

Associação de Ovinocaprinocultores de Esperantina, Aovicapre, que conta com cerca de 600 associados, é uma das entidades atendidas pelo Sebrae no Piauí e está avançando no mercado. Por meio de consultorias técnicas, a associação diversificou seus produtos e está conquistando inúmeros clientes. Inicialmente a Aovicapre produzia e comercializava carne do caprino, leite de cabra e queijo. Após o apoio técnico do Sebrae, a entidade passou a produzir cosméticos a partir do leite de cabra. “Desde 2014, participamos das ações que o Sebrae promove em prol 78 /// Setembro 2016

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dos pequenos produtores. Percebemos uma oportunidade de obter conhecimento e expandir o poder de comercialização da associação. Com as consultorias, aprendemos como fabricar hidratantes, cremes, esfoliantes e outros artigos cosméticos. Nossos novos produtos têm sido bem aceitos e são parte importante para a geração da nossa renda”, comenta a presidente da Aovicapre, Lauriana Rodrigues. A presidente destaca que a venda dos cosméticos, atualmente, corresponde a 80% do faturamento da associação. “Continuamos com a comercialização do leite e a produção de queijos sob encomenda.

Mas nosso carro-chefe têm sido nossos cosméticos. Nas feiras que participamos, o hidratante e o sabonete fazem bastante sucesso”, salienta Lauriana. O analista do Sebrae no Piauí, Robert Ferreira, destaca as ações da instituição para o fortalecimento da ovinocaprinocultura no Piauí. “O objetivo do Sebrae é desenvolver, organizar e fortalecer a atividade da ovinocultura e caprinocultura, visando a competitividade e o aumento da renda com foco nos elos da produção, beneficiamento e comercialização”, afirma Ferreira. O analista também pontua as formas de atuação da instituição. “Promovemos a participação dos produtores em diversas missões técnicas a estados como Paraíba, que tem bastante força no segmento de ovinos e caprinos. Também realizamos consultorias nas áreas gerenciais, de produção e na aquisição de animais reprodutores”, destaca. Outras ações realizadas pelo Sebrae são a viabilização da participação dos produtores em simpósios internacionais, capacitações na área de associativismo e planejamento estratégico, bem como, a realização de eventos e a criação de parcerias com outras instituições para o fortalecimento da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura.

Fonte: (Jeremias Carvalho/ Piauí Em Foco)



MERCADO

Picos Plaza Shopping já tem data para inauguração A gerente comercial Michelle Marine ­informou também que o Picos Plaza ­Shopping receberá ainda um boliche, uma das novidades mais recentes.

O

diretor comercial do Picos Plaza Shopping, Cláudio Pacheco, convidou os lojistas com pontos comprados no novo empreendimento comercial da cidade para informá-los sobre o andamento das obras e oficializar a data de inauguração para 06 de outubro. A solenidade aconteceu na noite de 27 de julho último, e serviu como oportunidade para inteirá-los sobre as mais recentes novidades.

“Estamos oficializando a data de inauguração do empreendimento. A data já foi acordada com os lojistas. Foi mandado um comunicado para eles, informando-os que será em 06 de outubro, quando, então, Picos ganhará esse presente”, comentou o diretor-comercial. Cláudio Pacheco informou que 40 lojas já estão em obras, com previsão de serem inauguradas 80 /// Setembro 2016

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Diretor comercial Cláudio Pacheco e a gerente comercial Michelle Marine

junto com a abertura do shopping. Essa quantidade corresponde a 50% da capacidade, mas a expectativa do diretor-comercial é de que chegue a 60%. Ele considera esse número uma vitória, uma vez que muitos shoppings têm aberto as portas com apenas 20% de suas lojas em funcionamento. “Através dessa reunião, estaremos em sintonia com os lojistas, saber quais estão com dificuldades, quais são essas dificuldades e saber de que maneira podemos os ajudá-los”, declarou. Dentre os grandes empreendimentos garantidos, citam-se as Lojas Americanas, Le Biscuit e Império, destacando-se o espaço de 1800 m² que estão em negociação. A novidade fica por conta do Amazon Fantasy, uma franquia na área de videogames de renome nacio-

nal, garantindo assim um espaço de 400 m² apenas para jogos. “Este também foi finalizado, contrato acertado e estão finalizando as suas obras, para que esteja aberto no dia da inauguração”, informou Cláudio Pacheco. Quanto ao cinema, Cláudio Pacheco disse que há uma visita agendada dos diretores para o dia 01 de outubro, uma vez que eles devem assumir as obras, pois a próxima etapa é totalmente técnica. A gerente comercial Michelle Marine informou também que o Picos Plaza Shopping receberá ainda um boliche, uma das novidades mais recentes. Novas ações deverão acontecer até o dia 06 de outubro para que os lojistas estejam inteirados. Fonte: (Jeremias Carvalho/ Piauí Em Foco)


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GOVERNO

Distribuidoras de AL e PI devem ser as próximas a ir a leilão, diz ministro Governo também pretende conceder distribuidoras em estados do Norte Empresas são controladas pela Eletrobras, que vem registrando prejuízos

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pós o leilão da distribuidora de energia que atende consumidores de Goiás (Celg-D), marcado para este mês, o governo deve promover a concessão das distribuidoras de energia de Alagoas (Ceal) e do Piauí (Cepisa), afirmou em entrevista ao G1 o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho. Segundo ele, as distribuidoras de Alagoas e Piauí são as “menos complicadas”. O governo também pretende conceder à iniciativa privada as distribuidoras que atendem Acre, Rondônia e Roraima. Essas empresas de distribuição são atualmente controladas pela estatal Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde 2012. “Primeiro, queremos ver o resultado [do leilão] da Celg. Mas já tem um grupo trabalhando para fazer um cronograma de leilões. [...] Depois da Celg, [...] Ceal e Cepisa são as menos complicadas”, disse. O edital do leilão da Celg-D foi publicado um dia depois de o governo do presidente em exercício, Michel Temer, publicar uma medida provisória que muda as regras para a privatização de empresas de energia. As alterações, segundo o Ministério de Minas e Energia, contribuem para desburocratizar os leilões de transferência de controle e também permitirão a redução de questionamentos na Justiça. Uma das mudanças é que, a partir de agora, em vez de checar previamente se todos os inscritos estão aptos a participar de um leilão, essa 82 /// Setembro 2016

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Ministro de Minas e Energia Fernando Bezerra Filho

verificação será feita apenas com a empresa vencedora. Se não estiver habilitada, a seguinte será classificada, e assim por diante. Belo Monte Além de leiloar distribuidoras, o governo também já anunciou que pretende vender a participação da Eletrobras em empresas do setor elétrico, como usinas de geração (hidrelétricas, termelétricas), transmissoras e distribuidoras de energia, para ajudar a estatal a sair de uma situação que o ministro classificou como “extremamente delicada”. “A Eletrobras está em situação extremamente delicada e precisa de recursos para poder sanar os problemas. Nós temos uma dificuldade grande do ponto de vista de o governo fazer aportes neste momento. Então, temos de encontrar soluções”, explicou. Segundo Bezerra, já foram mapeadas 179 Sociedades de Propósito Específico (SPE) com participação da Eletrobras que podem

ser vendidas por até R$ 20 bilhões. Não estão incluídas participações em empreendimentos “simbólicos”, como a usina de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Para o ‘futuro’, no entanto, o ministro não descarta a possibilidade de vender, pelo menos em parte, a participação da Eletrobras na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. “É muita coisa [a participação do governo em Belo Monte]. Talvez a gente possa diminuir a participação lá no futuro. Isso não está no radar porque tem coisa mais simples para ser encaminhada antes”, afirmou. O grupo Eletrobras tem uma participação de 49,98% em Belo Monte. Só no primeiro trimestre deste ano, a Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 3,894 bilhões. Nos três meses anteriores, as perdas foram de R$ 10,44 bilhões, impactadas pelo reconhecimento de baixas contábeis em ativos, principalmente a usina nuclear de Angra 3, e provisões bilionárias. Greve Questionado sobre a greve dos funcionários da Eletrobras, o ministro disse que “é um direito”, mas que a situação da empresa exige “esforço de todo mundo”. “Não dá para achar que a empresa tem condição de fazer tudo quando ela está fazendo o maior exercício para continuar de pé”, disse. Fonte: (Laís Alegretti e Fábio Amato, do G1, em Brasília)



MERCADO

“Porto Seco” de Teresina deve injetar até R$ 15 milhões na economia do PI

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instalação do Porto Seco em Teresina, além de facilitar o comércio das empresas do Piauí com o Exterior, deve injetar até R$ 15 milhões na economia do Estado, resultado dos impostos cobrados pelas transações. Esse valor é a expectativa, quando estiver em total operação. A primeira etapa do projeto deve ser entregue no primeiro semestre de 2017, que inclui a estrutura física que será construída pelo Governo do Estado, no terreno doado pela Prefeitura, no Polo Industrial Sul. A Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí, responsável pelo projeto, estima que apenas neste ano a arrecadação do Piauí com taxas de exportação e importação atinja a cifra dos R$ 260 milhões. Com a operacionalização do Porto Seco de Teresina, o Estado é diretamente beneficiado com impostos que ficam aqui. Após a conclusão da primeira etapa no ano que vem, será iniciada a parte que compete à Receita Federal para implantação da estrutura necessária para o funcionamento. Com investimentos iniciais de R$ 8 milhões, já garantidos pelo Governo do Estado, facilitará importação e exportação de vários setores da economia. Na assinatura da doação de terreno para o Porto Seco, o governador Wellington Dias destacou a importância da reunião dos executivos estadual e municipal para o desenvolvimento da infraes-

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trutura que vai viabilizar a abertura econômica do Estado e desenvolver o comércio com outros estados e países. “Não adianta ter uma grande produção industrial se não existe a aptidão para exportar. O Estado e a Prefeitura estão juntos, dando as condições de infraestrutura para escoar essa produção. Estamos fazendo a parte pública e o setor privado vai disponibilizar um conjunto de produtos que o mercado externo deseja comprar”, explicou. O presidente da Porto-PI, Ted Wilson, acrescenta que, atualmente, o tempo médio para trazer uma mercadoria de portos vizinhos para o Piauí é de até 120 dias. “Esses terminais são instalados em regiões de expressiva concentração de carga importada ou a exportar, funcionando como ponto de armazenagem, recebimento e despacho de mercadorias com o objetivo de dar mais operacionalidade a portos e aeroportos”, disse. Ted Wilson explicou ainda que a iniciativa privada do Estado vai administrar 40% do Porto Seco. Os outros 60% restantes vão ser de responsabilidade do poder público Fonte: (Portos e Navios/ 80 Graus (PE)/Jhone Sousa)


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GOVERNO

Balança tem superavit de US$ 4,6 bi em julho

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saldo da balança comercial brasileira, em julho, teve superavit de US$ 4,58 bilhões -maior valor para o mês desde julho de 2006, quando o saldo ficou positivo em US$ 5,65 bilhões, informou, último de 1º o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). No acumulado do ano, o superavit alcança US$ 28,23 bilhões, maior valor desde o início da série histórica, em 1989. Anteriormente, o melhor saldo foi alcançado em 2006, com US$ 25,19 bilhões. O MDIC estima que o saldo comercial deste ano deva alcançar US$ 45 bilhões. O Banco Central é mais otimista. A autoridade monetária espera um saldo positivo de US$ 50 bilhões para o ano. O superavit de julho é resultado de US$ 16,33 bilhões em exportações menos US$ 11,75 bilhões em importações. Em ambas as pontas do comércio exterior, o volume negociado foi menor do que no ano passado. O que explica o superavit é a queda maior das importações. Enquanto que as vendas de

mercadorias ao exterior em julho caíram 3,5% em relação a igual período de 2015, as compras registraram um tombo de 20,3%. Essa é uma tendência observada ao longo de todo o ano e é explicada em grande parte pela queda da atividade econômica. As exportações, no entanto, apresentam um declínio menor porque o câmbio tem deixado os preços de mercadorias brasileiras mais competitivos no mercado internacional. Apesar da valorização recente do real frente ao dólar, o MDIC entende que a balança não deve ser afetada tão rapidamente. “Acompanhamos de perto a questão do câmbio e, por enquanto, não prevemos uma influência. As exportações são contratadas com antecedência, e as importações estão mais ligadas à atividade econômica do que ao preço do dólar. Além disso, a média da taxa de câmbio deste ano deve ficar acima da do ano passado”, afirma Herlon Brandão, diretor do departamento de estatística do MDIC.

CONTA PETRÓLEO O saldo negativo da chamada conta petróleo – quanto o Brasil importa e exporta de petróleo e derivados – foi reduzido para US$ 26 milhões em julho. No mesmo mês do ano anterior, essa conta apresentou um deficit de US$ 170 milhões. A queda nos preços internacionais do petróleo, aliada ao aumento da exportação do produto pelo Brasil e à queda da atividade econômica, está fazendo com que o saldo, mês a mês, caia mais. Em junho, por exemplo, essa conta foi superavitária em US$ 241 milhões, o que reduziu bruscamente o saldo negativo. O MDIC explica que a operação de novas plataformas está impulsionando a produção e elevando o volume exportado. Com a queda dos preços e da atividade econômica, a importação tem tido cada vez menos peso. Assim, mesmo que no acumulado do ano o deficit esteja em US$ 983 milhões, cerca de 75% menor do que no ano passado, o MDIC não descarta que o sinal se inverta e a conta petróleo apresente um superavit até o final de 2016.

Fonte: Diário do Povo do Piauí (edição eletrônica)

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