Nosso setor revista n 39 alterado pela grafica

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ANO 9. Nº 39 - OUTUBRO 2016 - www.portalredebrasil.com.br

GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES EMPREENDEDORISMO

LEITURA

Conheça 9 gráficos que mostram como o varejo atravessa a crise

Mulheres Empreendedoras: Mulheres marcantes no mundo do empreendedorismo

Presenteie crianças com livros: A importância de incentivar crianças com o hábito da leitura

CEARAPÃO 2016

CONFIRA OS DETALHES

Ca E fé NT Ze com REV va zão C IS re í on TA jo co vi no ne da Ce do do : ar á

VAREJO


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SUMÁRIO EDITORIAL

07

CAFÉ COM CONVIDADO

58

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO PARA A PERPETUAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS FAMILIARES

08

A HISTÓRIA DO SUPER CANTINHO DAS FRUTAS NO SEGMENTO FLV

64

CELULAR DESBANCA COMPUTADOR COMO ­DISPOSITIVO PRINCIPAL DE ACESSO À INTERNET

PALAVRA DO PRESIDENTE

10

74

CONSUPER INVESTE NO RELACIONAMENTO COM INDÚSTRIA EM BUSCA DE NOVOS NEGÓCIOS

75

CINCO EMPREENDEDORES PARAIBANOS ESTÃO ENTRE OS 100 MAIORES ARTESÃOS DO BRASIL

76

COMÉRCIO DA PB ATINGE R$ 34,541 BILHÕES EM FATURAMENTO E EMPREGA 121 MIL PESSOAS, REVELA IBGE

78

PREÇO DA CESTA ­BÁSICA VARIA 39,68% EM JOÃO PESSOA, ­SEGUNDO PROCON-PB

79

PESQUISA PROCON-PB: PREÇO DO GÁS DE COZINHA VARIA DE R$ 42,00 A R$ 60,00 EM JOÃO PESSOA

80

ALUNOS DA REDE ESTADUAL SE DESTACAM NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA

80

ALÉM DA PB, PORTO DE CABEDELO ABASTECE MERCADO DE ­COMBUSTÍVEIS DE MAIS TRÊS ESTADOS DO NE

82

STARTUPS PARAIBANAS SÃO FINALISTAS DO INOVATIVA BRASIL

84

AGRONEGÓCIO NO ESTADO DO PIAUÍ GANHA DESTAQUE

86

AVANÇOS DO PORTO SECO SÃO APRESENTADOS EM FÓRUM

88

CEAPI TEM RECORDE NA COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIFRUTIS

90

COOPERATIVAS COMEMORAM EXTRAÇÃO DO MEL APÓS APL

92

PIAUÍ É A NOVA FRONTEIRA DA MINERAÇÃO DO BRASIL

94

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ADOTA NOVAS REGRAS PARA USUCAPIÃO NO PIAUÍ

96

UNILEVER CRIA E-COMMERCE PARA LOJAS DE BAIRRO

12

MENSAGEM DE PAZ

14

NOVE GRÁFICOS QUE MOSTRAM COMO O ­VAREJO ATRAVESSA A CRISE

16

PRESENTEIE CRIANÇAS COM LIVROS

18

MULHERES EMPREENDEDORAS

20

A NOITE

22

“EU SÓ TRABALHO AQUI...”

24

O QUE EU SOU

25

12 MANEIRAS PARA MELHORAR A DISPONIBILIDADE DO FLUXO DE CAIXA E GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA COMO MANTER A SAÚDE MENTAL

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28

LIVROS

30

REDEMAIS SUPERMERCADOS

31

GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES

34

CEARAPÃO 2016

44

FRASES

48

AMPLIAÇÃO DA LOJA AKI VARIEDADES EM LIMOEIRO DO NORTE

50

REVISTA NOSSO SETOR - ANO 9 N° 39 | Outubro 2016

Email: jornalismo@portalredebrasil.com.br

(85) 98817-9855 (Oi) (85) 99653-5501 (Tim)

Revisão textual: Franzé de Lima

www.portalredebrasil.com.br

Periodicidade: Mensal

Jornalismo e comercial: Rosa Sampaio 85 – 98864.0423 rosa.revistanossosetor@gmail.com

Diagramação e capas: Fabrizio Simões

EXPEDIENTE

Distribuição: Rede Brasil de Negócios Diretoria geral: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 99138 4253 (Claro)

Jornalismo edição Paraíba: Leandro Ramalho leandro@pautacom.com.br 83 – 98812.8020

Fotografia: Rosa Sampaio, Antônio Vieira e Shayene Andrade Impressão: Tiprogresso


geral. A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras. Isso tornará a criança mais bem preparada para o futuro e com certeza irá assegurar um melhor desempenho nos estudos e na vida profissional. E no nosso Café com Convidado tivemos uma ótima manhã no Hotel Meridional e tomamos um delicioso café da manhã com o grande Zezão, que nos contou sua trajetória como empresário do setor supermercadista e seus novos planos agora como candidato a vereador da cidade de Fortaleza. E confira a cobertura de mais uma edição da Cearapão, feira da indústria da panificação, confeitaria, gastronomia e Food Service. O evento recebeu empreendedores de diferentes perfis e diversas localidades do país, inclusive empresas estrangeiras. Participaram algumas empresas iniciantes e muitas outras já consolidadas no mercado, que buscam informações, parcerias, novas ideias, tendências, fornecedores e compradores. A feria abrange toda a cadeia produtiva da indústria alimentícia, desde maquinários, insumos até serviços, que agregam valor e otimizam a produção. Veja também o que está acontecendo no mundo. Nove gráficos que mostram como o varejo atravessa a crise. Em 2015, por conta da inflação elevada, do crédito restrito e do desemprego crescente, o nível de consumo caiu. O reflexo disso no varejo foi evidente: o volume de vendas encolheu 4,3% no ano – o pior resultado desde 2001, início da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), feita pelo IBGE. Celular desbanca computador como dispositivo principal de acesso à internet. Uso exclusivo do telefone celular ocorre especialmente entre os usuários de classes sociais menos favorecidas; para coordenador, o tradicional PC é fundamental para o aprendizado tecnológico. Conheça casos de mulheres empreendedoras que levantaram negócios praticamente do zero e que conquistaram espaço, desenvolvendo não apenas seus negócios, mas também contribuindo para o desenvolvimento de outros empreendedores e empoderando mulheres dos mais diversos segmentos. E leia também um artigo muito interessante do Professor Luiz Marins, que fala sobre pessoas que são colocadas a trabalhar sem que passem por um treinamento de integração com os demais funcionários, o que a empresa pretende ser no futuro, se faz ou não parte de uma cadeia, de franquia. Se franquia ou filial, quem é o franqueador, de onde vem, como funciona em outros lugares, etc. Confira nosso espaço poético com a colaboração de R.C. Bandeira. A palavra de paz com o Pastor José Flávio. Veja algumas frases motivacionais bem interessantes. E ainda temos dicas de livros para aprimorar seus conhecimentos. Espero que gostem dessa edição, tenham todos uma boa leitura!

Por Antônio Vieira | Diretor Geral da Revista Nosso Setor e Portal Rede Brasil de Negócios

EDITORIAL

É com muito prazer que lhes apresento mais uma edição da Revista Nosso Setor. Com um tema bastante instigante e que gera muitas discussões positivas, apresentamos uma visão muito interessante sobre Gestão de Empresas Familiares. Nossa equipe se empenhou e vivenciou como funciona a rotina de trabalho de três casos de empresas que estão passando pelo processo de sucessão familiar. Foram entrevistados os pais, filhos e funcionários de três supermercados do estado do Ceará, para compreender como se iniciou o processo e como está sendo realizada essa adaptação. Temos também os preparativos para a CONSUPER 2016, que já está bem próxima. A Convenção de Supermercados da Paraíba, que acontece entre os dias 18 e 20 de outubro, no Centro de Convenções de João Pessoa, vai reunir cerca de 8 mil empresários do setor, entre supermercadistas, fornecedores de diversos estados e representantes da indústria. Com cerca de 40 expositores, o evento vai apresentar as últimas tendências em produtos, serviços e tecnologias para o setor supermercadista. Falaremos sobre uma temática muito interessante, você conhecerá um pouco mais sobre FLV e acompanhará o depoimento de um grande empresário do ramo hortifrúti em Fortaleza. A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de frutas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja. Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consumidores. Saiba mais detalhes na matéria completa cobre o tema. Fique por dentro de um pouquinho do que está acontecendo nos nossos estados parceiros Paraíba e Piauí. Cinco trabalhos do artesanato paraibano foram selecionados entre os 100 melhores do Brasil. Eles foram escolhidos pelo Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato, entre mais de dois mil inscritos em todo o país. Os vencedores serão reconhecidos em novembro, em uma cerimônia no Rio de Janeiro. Na Paraíba, 84 artesãos se inscreveram na premiação e os escolhidos entre os 100 melhores do país foram: Lenita Fernandes Maia (Gurinhém), Valci Oliveira (Campina Grande), Elizabeth Paz (João Pessoa), Rosineide Gonçalves (João Pessoa – Associação Sereias da Penha) e Maria da Conceição Emiliano (Boa Vista – Cooperativa Artesanal As Cabritas). O Piauí é apontado pelos sites nacionais especializados em mineração como a nova fronteira do minério. Essa afirmação é confirmada com os números do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, que mostram o Estado como o segundo do Nordeste e entre os dez maiores do país com incidência de minérios. Veja essas e muitas outras matérias interessantes nas edições a seguir. Na edição de outubro trazemos uma matéria muito bacana sobre uma opção bem diferente de presentear as crianças, dê livros. Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma


ARTIGO A importância do planejamento sucessório para a perpetuação das sociedades empresárias familiares “Bastam três gerações para sair do nada e a ele voltar”

A

história de uma empresa com êxito mercadológico, na maioria das vezes, inicia-se com a idealização das atividades econômicas centrada no empreendedorismo de seu fundador, apesar de que, com o decorrer do tempo e, principalmente, nos dias atuais, nem sempre a respectiva sucessão é feita diretamente aos descendentes imediatos. Em razão das sutilezas que envolvem a transferência de poder no ambiente das sociedades familiares, o tema Governança em Empresas Familiares se torna cada vez mais fascinante, despertando crescente interesse junto à comunidade acadêmica e agentes do mercado. Pesquisa em 2007, pela Consultoria Prosperare, sediada em São Paulo, evidenciou que um terço das mil maiores empresas, no Brasil, é familiar; 54% estão na primeira geração, ainda sob o controle dos fundadores, 9% figuram no rol da terceira ou posteriores gerações e apenas 2% são empresas com mais de 100 anos. No que diz respeito às empresas familiares, há uma máxima mundialmente reveladora conhecida: “Bastam três gerações para sair do nada e a ele voltar”. As principais causas para esse desfecho incluem a falta de inovação (concentração num só produto), a falta de planejamento estruturado (profissionalização da empresa com a criação de um sistema de Governança) e os conflitos gerados pelo processo sucessório. Segundo pesquisa da Höft Consultoria, anualmente, 70% das sociedades empresárias brasileiras deixam de existir em razão da guerra de interesses entre parentes. Conflitos envolvendo a parentela podem conduzir um próspero negócio à bancarrota. Uma maneira de se evitar que isso ocorra é separar a família da propriedade e da gestão do negócio. 08 /// Outubro 2016

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Estudos indicam quanto é difícil combinar “sentimentos, afetos e relacionamentos familiares” com “trabalho, dinheiro e propriedade”, visto que o padrão de comportamento da família tem como base a emoção e é influenciado pelo subconsciente, ao passo que o ambiente empresarial persegue a superação de tarefas e metas sob a ótica de um comportamento racional. A Prosperare assinala que o crescimento e a perpetuidade das empresas familiares têm íntima correlação com a valorização do “capital financeiro” e do “capital emocional”, cujos pressupostos básicos são: gestão empresarial, governança, planejamento, organização e comunicação intensa entre os membros familiares. Parece haver consenso entre pesquisadores do tema que a empresa familiar, para ganhar porte e se desenvolver, precisa de executivos externos, pois raramente existem talentos em quantidade e qualidade para acompanhar e gerir o crescimento da organização, em alinhamento às exigências do atual e dinâmico mundo dos negócios. Por outro lado, enfatiza-se que a instalação de fóruns de conselho de administração, de sócios, conselho familiar ou consultivo com o objetivo de discutir o futuro da família no negócio, seus valores, sua missão, ajuda a desenvolver uma cultura de sociedade, no momento em que se persuade o fundador a compartilhar com os demais agentes organizacionais responsabilidades sobre decisões difíceis, minimizando riscos operacionais e de convivência. A presença, nesses órgãos, de membros externos independentes, possuidores de pensamento ético e vivência no âmbito empresarial, agregará valor, mediante novas percepções,

Por Wilton Daher Mestre em Administração de Empresas e vice-presidente de Desenvolvimento do Ibef-CE.

sobre velhos problemas, ao mesmo tempo em que serve de sustentáculo para amenizar o ambiente solitário que muitos empreendedores experimentam no dia a dia de suas atividades. A MESA Corporate Governance, destacada consultoria em Empresas Familiares, evidencia que a formalização de acordo de sócios, combinada com os pactos familiares que estabelecem regras gerais de convivência e de conduta dos membros familiares, com vista a alinhar expectativas, auxilia a prevenir conflitos latentes, por serem mecanismos harmonizadores das relações família/propriedade/negócio. A consolidação do núcleo familiar é salutar à preservação do patrimônio econômico da família empresária, bem assim à estabilização de seu patrimônio emocional, fator este essencial para sustentar os laços familiares em momentos de turbulência. Sem dúvida, as sociedades empresárias familiares que adotam entre seus membros a sistemática prática de dialogar, em clima de confiança mútua, estruturam preventivamente o presente e o futuro da organização facilitando a obtenção de resultados positivos, sempre alinhados à perspectiva de sucesso do negócio. O planejamento sucessório bem pensado, tempestivo, construído com paciência, moderação e diálogo, ajuda a estabelecer regras facilitadoras à transferência do patrimônio e da gestão, de forma equilibrada e coerente com os interesses do negócio, e em benefício de sua perpetuação.


Quem somos. Somos uma consultoria de inteligência e inovações em gestão no varejo, com foco prático em resultados. Uma empresa fundamentada na experiência de um time de consultores que atuam em grandes empresas varejistas. Também atuamos como assessoria e coaching, desenvolvendo planejamento estratégico através de um módelo diferenciado, com execução aplicada no dia a dia dos nossos clientes.

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MERCADO

Celular desbanca computador como ­dispositivo principal de acesso à internet Uso exclusivo do telefone celular ocorre especialmente entre os usuários de classes sociais menos ­favorecidas; para coordenador, o tradicional PC é fundamental para o aprendizado tecnológico.

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bom e velho computador de mesa já não é mais o dispositivo preferido dos brasileiros para acessar a internet. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2015, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em 2015 o telefone celular ultrapassou o computador como aparelho mais utilizado para acessar a rede mundial. Entre os usuários da rede que correspondem a 58% da população com dez anos ou mais, 89% acessam a internet pelo telefone celular, enquanto 65% o fazem por meio de um computador de mesa, portátil ou tablet. Na edição anterior, eram 80% pelo computador e 76% pelo telefone celular. No ano passado, 35% dos usuários de internet acessaram a rede apenas pelo telefone celular, sendo que em 2014 essa proporção era de 19%. O uso exclusivo do telefone celular ocorre especialmente entre os usuários de classes sociais menos favorecidas e aqueles da área rural. Um exemplo disso é que, entre os indivíduos de classes D e E, 28% utilizam internet, e a maioria deles (65%) usa a rede apenas pelo telefone celular. O mesmo acontece com as áreas rurais: 34% da população dessas áreas é usuária de internet, e a maioria dessas pessoas (56%) utiliza apenas pelo celular. “O computador desempenha um papel fundamental para apropriação efetiva das tecnologias digitais pelos cidadãos — o que fica mais difícil para

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aqueles que somente acessam a rede pelo celular”, afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. Esta realidade coloca desafios importantes para o desenvolvimento de habilidades digitais requeridas para a nova economia digital. Entre os usuários de internet que acessam apenas por telefone celular, a proporção dos que realizam atividades ­online, relativas ao trabalho ou a governo eletrônico, por exemplo, é menor do que aqueles usuários que acessam a rede também por computadores. “As atividades de maior valor agregado são justamente as mais requeridas pela nova economia digital. No entanto, elas pressupõem habilidades digitais mais complexas, que vão além do uso instrumental das aplicações corriqueiras como as de rede social ou de envio de mensagens, demandando uma maior apropriação das novas tecnologias e aplicações. Neste sentido, o computador desempenha um papel fundamental para apropriação efetiva das tecnologias digitais pelos cidadãos — o que fica mais difícil para aqueles que somente acessam a rede pelo celular. É a partir da combinação do uso de diversos dispositivos, cada um com suas peculiaridades, e de aplicativos de maior complexidade, que se possibilita o desenvolvimento de habilidades digitais mais sofisticadas”, destaca Alexandre Barbosa. Fonte: Administradores.com



MERCADO

Unilever cria e-commerce para lojas de bairro A Unilever lançou um comércio eletrônico voltado a pequenos lojistas, que têm dificuldade na reposição de estoque

O

projeto Compra Unilever ainda está disponível apenas em São Paulo e deve ser expandido para o resto do Brasil nos próximos meses. O objetivo é alcançar 300.000 vendedores. Por terem baixo volume de vendas, as lojas pequenas e de bairro não são visitadas com tanta regularidade por representantes de grandes fornecedores. Por isso, os varejistas precisam ir a atacados e correm o risco de ficar desabastecidos de certos produtos. “Com frequência, o lojista não pode deixar o seu negócio para ir a um atacado, muitas vezes em outra cidade”, afirmou Cris Souza, diretora dos Canais Diretos e Indiretos da Unilever. Com o novo site Compra Unilever, ele não precisa esperar pela visita do representante da marca para realizar seu pedido. “Garantimos que essa loja sempre tenha disponibilidade de produtos, para que eles cheguem mais rápido ao consumidor”, diz Patrícia Amaro, diretora de e-commerce da Unilever. A distribuição será feita por parceiros aprovados pela Unilever, que já faziam o serviço de entregas a varejistas. Para se cadastrar no site, é necessário ter um CNPJ. Além dos produtos, a plataforma ainda oferece promoções exclusivas e dicas sobre como aumentar a rentabilidade do negócio, como instruções sobre posicionamento de produtos nas prateleiras e como melhorar o mix de itens. “Não tínhamos como desenvolver esse tipo de relacionamento com o varejista, pois não tínhamos equipe para isso”, afirmou Patrícia Amaro. O comércio eletrônico foi desenvolvido pela Infracommerce, que também tem clientes como Ray-Ban, Oakley, Brasil Kirin, Aramis, Morena Rosa, Olympikus, entre outros. A Infracommerce será responsável pela manutenção do portal, cadastro de produtos e pelo serviço de atendimento ao cliente. Ela incluiu dois meios de pagamento que normalmente não são oferecidos ao varejista: cartão de crédito e boleto. “O mais comum é que o distribuidor dê crédito ao varejista para as compras. Mas o pequeno lojista muitas vezes não foi analisado pelo distribuidor e não tem acesso a esse meio”, afirmou Gregory Perez, gerente de contas da Infracommerce. Fonte: Revista Exame.com

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MENSAGEM

Mensagem de Paz

Criança feliz Provérbios 22:6

Mais uma vez estamos passando pelo calendário brasileiro no mês de outubro, onde se comemora o Dia das Crianças. E temos contemplado nos dias atuais uma geração pervertida em meio à falta de investimentos em relação às nossas crianças. É comum presenciarmos crianças drogadas, cometendo crimes, abandonadas nas praças, nos sinais, escravizadas pela falta de estrutura familiar. Aliás, essa falta de estrutura familiar e falta de investimentos na família têm trazido sérios problemas sociais para nossa sociedade. Porém, ao examinar as Escrituras Sagradas, percebo que para tal problema há salvação. A Bíblia relata em “Provérbios 22:6”, categoricamente: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele” Este caminho é o Senhor Jesus se, verdadeiramente, a nossa nação investisse em ensinar os seus preceitos e vivenciássemos, na prática, com certeza as nossas crianças teriam um futuro promissor. A Bíblia afirma em “Salmos 33:12”: Feliz a nação cujo Deus é o Senhor e o povo que Ele escolheu para sua herança Que Deus abençoe as crianças de nossa nação! Pense nisso

Por Pr. José Flávio 14 /// Outubro 2016

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VAREJO

Nove gráficos que mostram como o ­ varejo atravessa a crise

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m 2015, por conta da inflação elevada, do crédito restrito e do desemprego crescente, o nível de consumo caiu. O reflexo disso no varejo foi evidente: o volume de vendas encolheu 4,3% no ano – o pior resultado desde 2001, início da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), feita pelo IBGE. Para se ajustar à demanda, muitas empresas do setor precisaram demitir e fechar lojas. Mas, uma pesquisa divulgada recentemente pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), em parceria com a Serasa Experian e o Insper, mostra que os efeitos da crise variam (e muito) para cada nicho dentro do comércio varejista. O “Ranking NOVAREJO Brasileiro 2016” compila as 300 maiores empresas da área, de acordo com o

faturamento que tiveram em 2015. Ele só foi concluído em julho, porque muitas companhias demoram para divulgar seus balanços anuais, segundo o CIP. Extenso e diverso Poucos setores dentro do varejo conseguiram crescer acima da inflação, que fechou 2015 em 10,67%. O aumento médio da receita das 300 maiores empresas, inclusive, ficou abaixo, em 9,2%, ou seja, houve uma queda real. Um dos especializados que teve destaque, porém, foi o “atacarejo”, cujo faturamento avançou 18,2% e cujas lojas tiveram uma expansão de 11,8%. “Ao oferecer produtos por preços inferiores àqueles praticados nor-

malmente em super e hipermercados justamente pelo modo como são comercializados, os ‘atacarejos’ atraíram consumidores que estavam preocupados em reduzir gastos sem necessariamente renunciar a alguns produtos de suas cestas de compras”, explica o CIP, em nota. Já as livrarias e papelarias, que tiveram a segunda maior taxa de aumento nas vendas, de 14,7%, aproveitaram a redução do número de pontos de venda (de 2,8%) para aumentar a rentabilidade por loja. Outras áreas como o varejo de eletroeletrônicos e móveis, o de vestuário e lojas de departamento e também o de materiais de construção, registraram recuo nas vendas mesmo desconsiderada a inflação.

Nos gráficos abaixo e ao lado, veja outros indicadores sobre o desempenho das 300 maiores varejistas no ano passado

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Fonte: Revista Exame.com


* A rentabilidade por loja é calculada dividindo-se o faturamento líquido pelo número de lojas. ** A rentabilidade por funcionário é calculada dividindo-se o faturamento líquido pelo número de funcionários. *** O endividamento é calculado dividindo-se o capital de terceiros pelo patrimônio líquido, ou seja, mede o quanto as empresas dependem de financiamentos em relação ao capital próprio.


LIVROS

Presenteie crianças com livros

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esquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor, de forma geral. A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras. Isso tornará a criança mais bem preparada para o futuro e com certeza irá assegurar um melhor desempenho nos estudos e na vida profissional. Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda. Dúvidas de qual a idade ideal para comprar livros para os filhos sempre surgem. Vocês não sabem, mas desde os primeiros meses de idade, a criança já pode se maravilhar com os livros, desde que eles tragam imagens em cores vivas, sons e impressões táteis. Os livrinhos de tecido, plástico ou com texturas são os ideais para os bebês, pois estimulam os sentidos e a inteligência 18 /// Outubro 2016

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dos pequenos, sem entediá-los com textos que ainda não conseguem compreender. Os de plástico são perfeitos para a hora do banho, e os que têm sons ajudam a criança a interagir com o livro, começando a considerá-lo como um brinquedo como os demais. Os benefícios são muitos. Então não perca tempo e comece hoje mesmo a incentivar seu filho a ler. Confira algumas dicas sobre como estimular o hábito da leitura: * Propicie o contato com o livro. Desde pequeno, é importante manusear o objeto. Hoje há publicações feitas em materiais especiais para os bebês, como tecido e plástico. Tudo com cores, sons e texturas variadas e chamativas. * Depois de ler, converse com a criança sobre a história. Pergunte se ela gostou, se alguma parte chamou

mais atenção, se ela daria outro final, se gostaria de ser um dos personagens etc. Isso incita a capacidade de compreender mensagens. * Ofereça livros adequados para cada idade. Para os que ainda não sabem ler, há títulos com várias ilustrações. Já as publicações destinadas aos que estão aprendendo a ler vêm com frases curtas e letras grandes. Atente-se à faixa etária indicada no livro. * Presenteie seus filhos com livros. Se as notas escolares estiverem boas, se eles tiverem se comportado bem em casa, se prometeu uma lembrança de uma viagem, se já estiverem grandes para ganhar brinquedos no Dia das Crianças, dê livros ligados a temas dos quais eles gostam.


Confira os tipos de livros para cada idade: 0-3 anos Nessa idade, as crianças não se interessam muito por livros, não é mesmo?! Ainda não sabem ler nem escrever, mas mesmo assim é importante ensiná-los o que é um livro. Os livros para essa faixa etária precisam conter muitas ilustrações chamativas para despertar o interesse das crianças. Os textos são geralmente curtos ou inexistentes e você precisa ler para eles as palavras e pode também ensiná-los o que está ilustrado em cada imagem. Por exemplo: Isso é um pássaro, isso é um leão… etc. Livro de Histórias Autor: Georgie Adams Editora: Companhia das Letras Esse livro conta com vários contos já conhecidos pelas crianças, tais como “Chapeuzinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos”, “Cachinhos Dourados”, e aborda uma versão diferente desses contos que estamos habituados e estimula a criança a ter um ponto de vista diferente do conto, ajudando no desenvolvimento do senso crítico. Classificação Indicativa: 2 anos O Ursinho Apavorado Autor: Keith Faulkner Editora: Companhia das Letrinhas Um ursinho, que acorda assustado no meio da noite, é o protagonista desta historinha linda. As dobraduras que saltam das páginas deste livro colorido e engraçado também fazem com que o enredo se torne especialmente emocionante. Classificação Indicativa: 3 anos Coleção da Ninoca Autor: Lucy Cousin Editora: Ática Crianças pequenas adoram essa coleção. Basta manipular as abas nos sentidos indicados para ajudar Ninoca a trocar de roupa, a escrever, dançar… Os livros desta série também ensinam as cores e os números de um jeito muito divertido.

4-6 anos A criança normalmente começa a ler a partir dos 5 anos. Alguns são mais tardios, sendo alfabetizados a partir dos sete anos. O importante nessa fase é possuir livros com repetição de frases que ajudam a criança a memorizar as palavras mais facilmente. Os enredos devem ser curtos e podemos abordar vários temas, tais como humor, aventura e mistério. Por Favor, Obrigado, Desculpe Autor: Becky Bloom e Pascal Biet Editora: Brinque Book O livro mostra que aprender boas maneiras, que vão desde o respeito com os colegas até como se comportar em um jantar, pode ser divertido. Classificação: 4 anos Ou Isto ou Aquilo Autora: Cecília Meireles Editora: Nova Fronteira Um dos mais belos clássicos da poesia brasileira, ‘Ou Isto ou Aquilo’ aborda os sonhos e as fantasias do mundo infantil – a casa da avó, os jogos e os brinquedos, os animais e as flores, tudo ganha vida nos poemas de Cecília Meireles. Indicação: 6 a 7 anos Lúcia Já Indo Autor: Maria Heloísa Penteado Editora: Ática A lesminha Lúcia é muito devagar. Para ir a uma festa, tem de sair com uma semana de antecedência. Se alguém a apressa, ela responde: “Já vou indo”. 9-12 anos Essa é uma fase muito importante, pois ela pode influenciar diretamente no hábito da leitura na vida adulta. Os livros continuam a ser ilustrados para estimular a linguagem verbal e não verbal. O Cachorrinho Samba Autor: Maria José Dupré Editora: Ática No colo da vovó, lambendo a orelha dos donos ou brincando com a garotada, o cachorrinho Samba era a alegria

da casa. Até o dia em que ele, curioso, resolveu dar uma saidinha… e acabou se perdendo na cidade grande, cheia de perigos, pessoas ameaçadoras e lugares desconhecidos. Trata-se de uma coleção da Editora Ática com vários contos sobre o cachorrinho Samba; Indicação: 11 anos O Pequeno Príncipe Autor: Antoine Saint-Exupéry Editora: Agir O Pequeno Príncipe é uma fábula. Ou, se preferirmos, uma parábola. Não é um livro para crianças, porque traz justamente a mensagem da infância, a mensagem da criança. Essa criança que irromperá de repente no deserto do teu coração, a milhas e milhas de qualquer região habitada. Vamos Salvar a Baleia Autor: Thomas Brezina Classificação Indicativa: 11 anos Lina, Lu e Bastian recebem férias de dez dias devido a um imprevisto no colégio interno. A mãe de Lina, que trabalhará num voo, não tem como ficar com eles, a não ser levando-os junto. O destino: Havaí! Onde descobrem perigos e a viagem se transforma numa imensa aventura, quando uma baleia está sendo perseguida. 12 ou mais A partir dos 12 anos, os filhos já entram na fase da pré-adolescência e são capazes de estabelecer um aprofundamento na leitura. Nessa idade, eles já são capazes de formular reflexões e críticas a respeito de diversos assuntos. Eles podem escolher qualquer livro, de acordo com o interesse e o gosto pessoal. Ainda é importante o estímulo ao hábito de leitura, para que o jovem continue lendo até a vida adulta. Algumas dicas: – A Culpa é das Estrelas; – Extraordinário; – Saga Harry Potter; – Saga Percy Jackson e os Olimpianos;

Julho 2016 | www.portalredebrasil.com.br

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VAREJO

Mulheres Empreendedoras Por Lyana Bittencourt

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m um mundo ainda dominado por lideranças masculinas, precisamos ressaltar a força e a resiliência de algumas mulheres empreendedoras que ganharam seu espaço mesmo numa sociedade que ainda pode ser considerada machista. Não é novidade que mulheres em cargos de liderança nas empresas costumam ganhar menos, mesmo que na mesma função, do que homens. Paradoxalmente, empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos executivos seniores tendem a ser pelo menos 15% mais rentáveis (segundo pesquisa do Peterson Institute for International Economics, instituto que investiga o impacto da diversidade de gênero nas empresas). Pensando nisso, gostaria de apresentar para vocês, mulheres que levantaram negócios praticamente do zero e que conquistaram espaço, desenvolvendo não apenas seus negócios, mas também contribuindo para o desenvolvimento de outros empreendedores e empoderando mulheres dos mais diversos segmentos. Zica Assis Quem ouve falar de Zica Assis, com toda a sua elegância e mais de 32 salões de beleza especializados em cabelos crespos e ondulados, não pode imaginar que uma empresária de tanto sucesso tenha tido uma origem tão humilde. Heloisa Helena de Assis, que prefere ser chamada de Zica, começou a trabalhar cedo para ajudar a família a cuidar dos irmãos. Juntou essa necessidade com um desejo forte de cuidar de seus cabelos, que eram volumosos e dificultavam sua atividade profissional. Zica fez cursos para entender como domar os fios e levou dez anos para desenvolver uma fórmula, até então caseira, 20 /// Outubro 2016

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que fosse exatamente aquilo que precisava - ajudasse a domar o volume, mas mantendo a beleza dos cachos. Com a grande descoberta, ela patenteou o produto e abriu seu primeiro salão que, com a novidade, foi cada vez mais ganhando adeptos, e hoje se tornou uma potência do segmento. O sucesso foi tão grande que criou o projeto Caravanas, que leva mulheres de várias partes do país para cuidarem dos fios em suas unidades. O salão não presta apenas um serviço de beleza, mas devolve o senso de autoestima e poder para mulheres que muitas vezes são marginalizadas por sua aparência. Dra. Carla Sarni Dra. Carla é a fundadora de uma das maiores redes de franquias de clínicas odontológicas do Brasil. E também nesse caso, o sucesso não caiu do céu. Foi em razão de muito trabalho e um propósito claro que Carla começou uma clínica para atendimento das classes C e D. Durante seu período de faculdade, Carla fez trabalho voluntário na faculdade para conquistar os créditos para se formar. Foi aí que ela viu a oportunidade na sua frente. Criar um modelo de negócios que possibilitasse um atendimento digno e de qualidade a pessoas de baixa renda. Com essa missão de vida, nasceu a Sorridentes, que é um modelo de sucesso, pois possibilita à dentista ter um negócio estruturado com marca forte. Hoje a rede possui mais de 160 unidades de franquia e a dra. Carla continua à frente, com um espírito forte de liderança e de inspiração para toda a rede. Claudia Bittencourt Também nesse caso, a história é de superação. Claudia era executiva

de uma grande empresa de fertilizantes, e após a falência dessa empresa, se viu recém-viúva, com duas filhas pequenas e com uma única alternativa: superar todas as dificuldades e empreender. Claudia decidiu montar sua própria empresa de consultoria, que iniciou suas atividades em 1982, no estado de Goiás, com foco em reestruturação de empresas e hoje, já com as atividades concentradas em São Paulo, o Grupo Bittencourt é responsável pelo desenvolvimento de mais de dois mil projetos de estruturação e formatação de empresas para atuarem no sistema de franquias. Um propósito claro foi também o que fez com que Claudia construísse uma das mais conceituadas empresas do mercado de franquias, ajudar empresários a construírem negócios prósperos que gerem empregos e melhor qualidade de vida para a comunidade onde estão inseridas. O que faz com que essas mulheres sejam exemplos, para mim, é muito claro. Superação de dificuldades, propósito claro de vida e a certeza de que são capazes. É claro que nesse processo surgiram dúvidas e anseios, e tiveram muitas quedas, mas a capacidade de se levantar e seguir em frente foram maiores. Meu convite é para que as mulheres se inspirem nessas histórias, e saibam que o que muda o curso de uma vida é a atitude que se toma em relação às adversidades. Entre sentar e chorar ou erguer a cabeça e seguir em frente, elas escolheram a última opção. Fonte: Site Falando de Varejo


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A Noite

Amo a noite na sua escuridão, às vezes só estrelas no céu a cobrir como um véu a terra na sua imensidão Quando a lua aparece encanta os enamorados, inspira os poetas e apaixonados e induz alguém a uma prece. Os ébrios e poetas, sempre estão dispostos a uma confissão pensando n’algum amor perdido Amo o clima que a noite cria, o cansaço, a ternura que propicia e tudo no recôndito escondido.

Por Rubenilson Bandeira 22 /// Outubro 2016

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“Eu só trabalho aqui...”

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u não acreditava no que estava ouvindo! Eu perguntei à pessoa que atendeu uma coisa, duas coisas, três coisas a respeito da empresa e da loja, dos produtos que vendia. Ela não sabia quase nada! Quando disse a ela que ela parecia não conhecer muito sobre a própria empresa, ela respondeu: “- Eu só trabalho aqui...” Parece mentira, mas há pessoas que realmente são colocadas nas empresas e não recebem sequer um mínimo de treinamento. Quando muito são “adestradas” em dizer “bom dia” ou “boa tarde”. Ou mesmo no uso de um equipamento telefônico, mas não se lhes é explicado o que é a empresa, qual a sua linha completa de produtos ou serviços, o que ela realmente faz, quem são seus principais clientes, quem são as pessoas com as quais mais se relaciona, quem são os principais fornecedores, etc. As pessoas são colocadas a trabalhar sem que passem por um treinamento de integração com os demais funcionários, o que a empresa pretende ser no futuro, se faz ou não parte de uma cadeia, de franquia. Se franquia ou filial, quem é o franque-

ador, de onde vem, como funciona em outros lugares, etc. Se tem filiais, onde estão, como são, etc. Não são apresentadas formalmente à própria marca, não fazem degustação ou experimentam os produtos que a empresa fabrica e comercializa. São simplesmente jogadas em situação de trabalho e por isso não se sentem comprometidas com a empresa e só podem dar a resposta que a atendente me deu: “- Eu só trabalho aqui...”. E é assim que realmente se sentem. Não vêm a hora em que o expediente acabe para ir embora. Não se interessam por nada, pois que não sabem sequer pelo quê deveriam se interessar. Ficam como verdadeiros autômatos que no final do dia vão para casa e no final do mês recebem um salário. E aí o patrão reclama, a patroa reclama dizendo: “Não se faz mais empregados como antigamente...”. A verdade é que antigamente as pessoas sabiam mais sobre a empresa, sobre a loja em que trabalhavam, os produtos eram em menor número, os concorrentes também. Hoje o número de concorrentes, produtos, marcas, fornecedores é imenso. Tudo mudou!

Por Luiz Marins Antropólogo e escritor 24 /// Outubro 2016

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Sempre ouço que os funcionários de hoje não são comprometidos com a empresa e nem mesmo com os clientes. Muitas vezes isso é realmente verdade. Há funcionários ruins mesmo. Mas por que são tão ruins? Será só má vontade? Muitas vezes os patrões e chefes inferem que os subordinados saibam as mesmas coisas que eles patrões e chefes sabem. Isso é um grande erro. O patrão, o empresário, o chefe tem contatos o dia todo que seus funcionários não têm. Têm um nível e gama de informação que seus funcionários não têm. Sem comunicar constantemente essas informações, visão de futuro, etc., aos seus funcionários, como exigir que eles se comprometam? Para que seus funcionários sejam realmente comprometidos é preciso que sejam treinados, treinados e treinados. Do contrário você terá em sua empresa um time que “só trabalha lá” e que dará a seus clientes “momentos trágicos” ao invés de “momentos mágicos”. Pense nisto. Sucesso!


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O que eu sou

Empreender não é uma escolha, é quem você é de verdade Este é o meu império. O exército pode ser de um homem só, ou dois, quem sabe três ou quatro, não importa. O que realmente importa é o prazer da criação. É compreender que eu posso concretizar o meu sonho, viabilizar minhas ideias, ser quem eu sou. Posso interagir com o mundo sem amarras, sem proteção, sem respaldo, usando como escudo somente o que aprendi e aquilo em que acredito. Empreender para mim é como ser pai e, por eu já ser pai de duas crianças, acreditem, eu sei do que estou falando. Quero que o meu filho cresça, ganhe maturidade, aprenda a fazer contas, seja capaz e interagir com as pessoas, seja reconhecido e, quem sabe, em algum momento no futuro, possa me dar algum orgulho. Se bem que já me orgulho desde agora. Isso é algo que eu mesmo fiz, minha obra prima, meu

pequeno desejo, pensado e repensado inúmeras vezes, resultado de sacríficios incalculáveis. Aquilo que, com as pernas trêmulas, abri as portas (realmente rezando para alguém vir me procurar). Empreender não é uma ocupação, nao é uma opção, é quem eu sou de verdade. É onde me encontro, é o que me dá o prazer da realização e onde cada migalha de avanço é uma montanha de alegria. Sigo lutando, acreditando, chorando, suando, mas sempre confiante. Hoje eu sou a minha escolha mais importante, e isso é o que me faz sentir vivo e, feliz. Por Darci Santos Administrador especializado em Gestão Financeira e Educação Corporativa


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12 maneiras para melhorar a disponibilidade do fluxo de caixa e garantir a sobrevivência Diante de uma crise tão avassaladora, ter opções para sobreviver vale muito, por isso neste artigo enumeramos 12 maneiras eficazes para melhorar o fluxo de caixa da empresa e ajustar os resultados econômicos

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m um momento caótico como esse que estamos vivendo, onde os indicadores econômicos refletem crise econômica com redução do consumo, vendas no comércio e na indústria, aumento do número desempregados e diminuição da renda, é muito normal que as empresas se preocupem com a sobrevivência de seus negócios, criando alternativas para eliminar os riscos de quebra, mas todas estão diretamente relacionadas com o caixa. Por isso, acho importante discutir alternativas de melhoria de resultado que não seja a de redução exclusiva de empregos nas indústrias. Assim, segue 12 simples sugestões de redução de custos e despesas para melhorar o desempenho do lucro e do caixa.

1-Adote um modelo de gestão de resultado eficaz, onde todas as áreas são envolvidas com foco na produtividade, fazendo mais com menos; 2-Tenha gente inovadora, competente e engajada nas novas diretrizes; 3-Estreite o relacionamento com clientes, fornecedores, bancos, funcionários e parceiros, pois formam a base da operação dos negócios; 4-Mantenha o foco da equipe e dos gestores em ações que proporcionem geração de caixa no curto e médio prazo; 5-Estabeleça um plano de metas exequível para reduzir seus custos, excesso de estoque, despesas e tributação, ajustando-os permanentemente a realidade projetada de vendas, lucro e caixa e, monitore frequentemente; 6-Reduza o ciclo financeiro das operações de sua empresa;

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7-Analise as margens de seus contratos, avaliando a geração de lucro e caixa e, tome providências. 8-Renegocie preços e condições com fornecedores e parceiros; 9-Elimine ativos obsoletos, desperdícios e de atividades operacionais sem relacionamento com um objetivo especifico, ou seja, eventos, reuniões, programas e projetos; 10-Simplifique a gestão, usando a tecnologia para reduzir processos complexos e integrar áreas; 11-Elimine as vaidades de diretores, gerentes e coordenadores; 12-Assuma a liderança na gestão das mudanças;

Por Manoel Quintino Junior Consultor de empresas e especializado em gestão financeira



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Como manter a saúde mental

s estudos realizados pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos sugerem que uma pessoa em cada cinco sofrerá de uma doença mental diagnosticável, em qualquer período de seis meses. Isto representa 30 a 45 milhões de pessoas, incluindo 8 a 12 milhões de crianças e adolescentes com menos de 18 anos. Só 20% tomará a iniciativa de procurar ajuda profissional. Estima-se que a sociedade norte-americana perde aproximadamente

247 000 milhões de dólares por ano como consequência direta ou indireta de doenças mentais e o uso de drogas ilegais. Todos os dias suicidam-se 15 a 18 jovens, o que faz do suicídio a terceira causa de morte entre a juventude dos Estados Unidos. Estatísticas como estas obrigam-nos a reconhecer que a nossa sociedade moderna enfrenta um sério problema de saúde mental. Causas do Problema Várias condições mentais são o produto de mudanças bioquímicas ocorridas no cérebro. Outras são o resultado de traumas psicológicos e emocionais experimentados no passado. Algumas poderiam desenvolver-se como resultado de fatores genéticos e propensões herdadas. Um acidente que cause danos cerebrais também poderia induzir sintomas de perturbações mentais. Embora seja certo que a ciência moderna tenha descoberto que algumas dessas condições representam doenças mentais (ou doenças biológicas do cérebro), as descobertas científicas também confirmam que o ambiente (sociedade, família, etc.) e a forma como nos relacionamos com ele, exerce uma marcada influência na nossa saúde mental. Uma vez que fomos dotados de inteligência e sentimentos, estamos constantemente a reagir, consciente ou inconscientemente, ao nosso meio ambiente. Experimentamos reações emocionais quando, por exemplo, entramos em contato com problemas sociais (criminalidade, drogas, pobreza, desastres), quando enfrentamos problemas familiares, ou quando pensamos em dificuldades financeiras. Perante situações como estas, a nossa reação emocional poderia ser de ansiedade, depressão, ira, confusão; também de violência ou ideias suicidas. As exigências e pressões do dia-a-dia – ou stress – a nossa autoestima e a forma como os outros nos compreendem, também exercem um efeito sobre a nossa saúde mental. O Que É a Saúde Mental? A saúde mental consiste numa relação equilibrada entre as emoções (sentimentos), atitudes (pensamentos) e ações (comportamento). Sem negar a realidade de que em algum momento todos experimentamos pensamentos e sentimentos negativos, a pessoa que procura uma boa saúde mental esforça-se por cultivar pensamentos positivos e emoções edificantes. O terceiro elemento mencionado, a ação, deve estar em harmonia com os dois primeiros; quer dizer, a pessoa que goza de uma boa saúde mental agirá de forma positiva apesar das circunstâncias. A saúde mental é o resultado de um processo contínuo: vai-se desenvolvendo dia a dia. É necessário trabalho e esforço

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consciente da nossa parte para poder desenvolver os hábitos positivos que forjarão uma boa saúde mental. Vejamos novamente estes três elementos: 1. Atitudes. A boa saúde mental requer uma atitude de optimismo. O optimista, apesar do passado, vê esperança tanto para o presente como para o futuro; sobre essa base enfrenta os desafios do dia-a-dia. Pelo contrário, a pessoa pessimista tende a recordar apenas o negativo e prevê que o presente e o futuro serão negativos. Desta forma continua a alimentar o ressentimento (devido a ofensas passadas, reais ou imaginárias) e/ou fomenta a sua sensação de culpa (devido às faltas do passado, reais ou imaginárias). 2. Emoções. Em muitas ocasiões as nossas emoções são o resultado dos nossos pensamentos e atitudes. Por exemplo, ao cultivar um sentimento de satisfação na vida por ter alcançado os nossos objetivos, experimentamos orgulho e aceitação própria; quando resolvemos perdoar sentimos paz, e quando acreditamos nas nossas capacidades sentimo-nos confiantes. Por outro lado, se os nossos pensamentos são negativos, também o serão as nossas emoções. 3. Comportamento. Tanto os pensamentos como as emoções afetam o comportamento. Por exemplo, a pessoa que se considera extrovertida tende a agir de forma extrovertida, e a que pensa que é tímida atuará com timidez. Da mesma forma, quem experimenta ira intensa agirá iradamente, mas quem sente paz criará uma atmosfera de paz à sua volta. Dez Sinais de Advertência Ora bem, como podemos saber se a saúde mental se encontra afetada? A Associação Norte Americana de Psiquiatria publicou uma lista de sintomas que poderiam sugerir uma quebra na saúde mental. São os seguintes:

1. Mudanças marcadas de perso­ nalidade. 2. Incapacidade de adaptar-se aos problemas e atividades do dia-a-dia. 3. Ideias estranhas ou grandiosas. 4. Ansiedade excessiva. 5. Depressão prolongada e apatia. 6. Mudanças marcadas nos hábitos de dormir ou comer. 7. Pensar ou falar acerca do suicídio. 8. Altos e baixos emocionais extremos. 9. Abuso de drogas ou álcool. 10. Ira excessiva, hostilidade ou comportamento violento. Quando algum ou vários destes sintomas se manifestam, convém que a pessoa afetada receba assistência profissional. Como vivemos num mundo imperfeito, às vezes a nossa saúde física vai-se, inevitavelmente, a baixo. O mesmo pode acontecer com a nossa saúde mental; não podemos evitar cada reação emocional em qualquer circunstância. Contudo, temos a responsabilidade de fazer o que está ao nosso alcance para evitar todas as doenças. Ao cultivarmos hábitos positivos e evitarmos os negativos podemos desenvolver e manter uma boa saúde mental. Mantendo a Saúde Mental Tal como a saúde física depende de uma boa higiene, de uma alimentação saudável, do exercício e da abstinência de substâncias nocivas, também a saúde mental depende de elementos similares: Alimentação: Alimentemos a nossa mente com boa leitura; escutemos mensagens positivas e música edificante. Exercício: Pratiquemos a arte de pensar de forma positiva; visualizemos o futuro com optimismo e cultivemos o domínio próprio. Abstinência: Não usemos os cinco sentidos para alimentar hábitos ou tendências negativas.

Ao cultivar a boa saúde mental, consideremos os seguintes pontos: - Seja honesto consigo mesmo. Enumere as suas qualidades positivas e negativas, e estimule as positivas. - Aprenda a reconhecer e a expressar as suas ideias e sentimentos. - Desenvolva uma disposição de mudar. Visualize que é capaz de superar as suas fraquezas e faltas. - Estabeleça objetivos de acordo com as suas capacidades. Seja realista. - Tente fazer sempre o melhor, mas aprenda a ser flexível. - Tente controlar o stress. Organize o seu tempo estabelecendo prioridades. Aprenda técnicas de relaxamento, se necessário. - Mantenha um corpo saudável. Evite o uso de substâncias nocivas (álcool, tabaco, drogas, etc.). Siga uma alimentação saudável. Exercite-se com regularidade. Procure ter, todas as noites, um sono reparador. Uma boa saúde, na sua totalidade, compõe-se de quatro elementos básicos: saúde mental, física, social e espiritual. Estes estão intimamente ligados entre si e são indispensáveis se se deseja gozar de saúde plena. Há milhares de anos foram deixados princípios que contribuem para se viver com saúde mental também neste tempo. O optimismo está patente nas palavras d o sábio Salomão ao advertir que “o coração alegre serve sempre de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” Provérbios 17:22. Cuidemos por isso bem da nossa mente, desenvolvendo optimismo, estabelecendo boas relações com os que nos rodeiam, e aprendendo a gerir o medo pelo futuro, pois “basta a cada dia o seu mal”!

Por Wilfredo Rodríguez

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LIVROS A INOVAÇÃO DO IMPROVISO, de Simone Ahuja, Jaideep Prabhu, Navi Radjou. Este livro vai além dos livros convencionais sobre negócios que descrevem o crescimento do consumo nos países emergentes. Com base na sua profunda experiência em práticas de inovação em empresas nos Estados Unidos e no mundo os autores mostram como a mentalidade Jugaad está gerando enorme crescimento em países como China Índia Rússia e Brasil. Segundo os autores apesar da escassez generalizada em grande escala de água alimento energia educação e saúde na Índia sua economia cresce fortemente através de inovações engenhosamente simples e eficazes porque todos os inovadores frugais compartilham uma única mentalidade: a mentalidade Jugaad. Jugaad é uma palavra em híndi que significa uma solução nascida do improviso e da engenhosidade. Em português poderia ser traduzida como gambiarra o nosso famoso ‘jeitinho’ que quando utilizado em prol de boa finalidade acaba favorecendo muitas pessoas que têm poucos recursos. Ao longo dos capítulos os autores apresentam empreendedores Jugaad da Argentina Brasil China Costa Rica Índia Quênia México Filipinas e outros países que criaram soluções simples porém eficazes para resolver problemas difíceis enfrentados por seus cidadãos. Além disso descrevem e fornecem dicas práticas sobre como empresas ocidentais com visão de futuro como 3M Apple Renault-Nissan Facebook GE Google IBM e PepsiCo aplicam tal princípio. Trata-se de um livro em si mesmo inovador que mostra aos líderes de todo o mundo por que este é o momento certo para a Jugaad surgir como poderosa ferramenta de negócios no Ocidente.

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PLANO DE NEGÓCIOS. EXEMPLOS PRÁTICOS, de José Carlos Assis Dornelas . Plano de negócios - Exemplos práticos complementa o livro anterior, Plano de negócios - Seu guia definitivo e propicia a empreendedores, professores, estudantes e demais públicos um aprofundamento prático na elaboração do plano de negócios de sucesso. O livro tem um design inovador, propiciando ao leitor um guia prático e definitivo de exemplos dos melhores planos de negócios. Tendo como referência a máxima de que nada substitui a prática, o objetivo do livro é, fazendo uso dos conceitos e exemplos apresentados, permitir ao leitor ter a referência correta de um plano de negócios que faz a diferença. Seja você um empreendedor do próprio negócio, executivo ou empreendedor em potencial, a ideia que permeia todo o livro é a do aprender com exemplos práticos. Dicas e conceitos-chave são destacados para facilitar o entendimento e permitem ao leitor a aplicação imediata do que se lê. Além do livro, diversos recursos on-line são fornecidos para complementar o aprendizado e o conhecimento. LEADER. MELHORES MOMENTOS DE UMA GESTÃO. DO FAMILIAR AO VAREJO PROFISSIONAL, de Carlos Alberto Machado Correa. Mais de 60 anos de vida, 8 mil colaboradores, 7 milhões de cartões emitidos, 60 milhões de clientes circulando por 165 lojas localizadas em 10 estados brasileiros, faturamento anual de mais de R$ 2 bilhões. Esses números representam o sucesso da Leader, empresa que começou modesta, conduzida por familiares, no interior de Minas Gerais, e que, ao longo desses anos, graças ao esforço, à dedicação e a estratégias de seus administradores, alcançou o topo e se firmou como uma das maiores lojas de departamentos do país. Carlos Alberto Machado Corrêa narra com propriedade a história da empresa, fundada por seus tios, na qual trabalhou por 40 anos. Sua dedicação por todo esse tempo lhe permitiu reunir aqui, além de memórias, ensinamentos de vida profissional e ética no varejo, ações que possibilitaram à empresa se expandir e se consolidar no mercado do varejo nacional, despertando o interesse de investidores. Neste livro, o leitor verá que, ainda que hoje a Leader seja uma grande rede de lojas, mantiveram-se os pilares que sempre a sustentaram e que a ajudaram a construir essa trajetória de sucesso: a dimensão humana do negócio, com o respeito ao empregado, ao colaborador e ao cliente sempre em primeiro lugar.


VAREJO

RedeMAIS Supermercados

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RedeMAIS é uma bem sucedida experiência de associativismo no Rio Grande do Norte. Pioneira no setor de supermercado no estado, a RedeMAIS foi fundada em 1997, como um central de compras denominada RN Super. Desde o início, a proposta da RedeMAIS sempre esteve pautada na cooperação e união entre seus associados. Em 97, os empresários se uniram em prol de um objetivo, aumentar o poder de compra. Mas o mercado foi crescendo e a associação teve que acompanhar o ritmo acelerado do setor. Em 2001, a denominação passou a ser RedeMAIS e o foco passou a ser o fortalecimento do grupo, com unificação da bandeira e investimento de marketing e gestão de pessoas para fixação da marca. A RedeMAIS, atualmente, é composta por 12 empresas associadas contabilizando no total 19 estabelecimentos com a bandeira RedeMais, localizadas em Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Cruzeta, Currais Novos, Macau, Nova Cruz, João Câmara e Santa Cruz. O presidente atual do grupo é o associado Nelson Leiros e o Diretor Executivo, Ricardo Sobral. Referindo-se a capacidade de faturamento, a expectativa é de 400 milhões em 2016. No que concerne aos empregos gerados no estado, a rede possui um quadro de aproximadamente 1.500 empregos diretos e 700 indiretos. Além das lojas, a RedeMAIS conta com um escritório central que tem a finalidade de operacionalizar as compras de produtos pelo menor preço e melhor qualidade junto aos fornecedores, possibilitar a troca de experiências bem sucedidas e decisões cruciais entre os associados em reuniões, treinar seus colaboradores para o aperfeiçoamento contínuo

Nelson Leiros | Presidente

Ricardo Sobral | Diretor Executivo

Escritório central

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RedeMAIS Planalto1

classes, proporcionando satisfação e calor humano no atendimento”. E os seus valores são respeito e união, ética e Honestidade, comprometimento, disciplina e profissionalismo. Responsabilidade social é uma marca da RedeMAIS Supermercados desde os primeiros anos de sua fundação. A rede desenvolve vários trabalhos referentes à projetos sociais, qualidade de vida e meio ambiente. Um grande exemplo é o RedeMAIS em Ação, projeto que oferece às comunidades serviços gratuitos na área de saúde, lazer e cidadania. Informações gerais da rede: CNPJ: 04.447.190/0001-40 Nome da Rede/Associação: RN SUPER CNTRAL DE COMPRAS LTDA

RedeMAIS Planalto2

RedeMAIS Santa Cruz

através de cursos oferecidos em nosso auditório e resolver questões administrativas visando o melhor funcionamento integrado e padronizado das lojas. A RedeMAIS dispõe também de uma central de distribuição própria e um atacado que têm como objetivo a redução de custos e a maior 32 /// Outubro 2016

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eficiência na distribuição dos produtos. Ainda em 2016, será aberta uma nova estrutura que integrará os dois centros, com uma melhor localização, espaço físico moderno e equipamentos sofisticados. As lojas da rede comungam da mesma missão: “Fornecer produtos e serviços com qualidade para todas as

Nome Fantasia: REDE MAIS SUPERMERCADOS Endereço: Rua Antomar de Brito Freitas, 3678 – Candelária Cep: 59.064-590 Cidade: Natal Contato: (84) 3205-1051 Site: www.redemaisrn.com.br E-mail: rsobral@redemaisrn.com.br Gestor: Ricardo Sobral Presidente: Nelson Leiros Número de Associados: 13 Número de Empresas (associadas/ Filiadas): 12 empresas com 19 lojas Número de check-outs: 185 Possui Depósito Central/ Centro de Distribuição: Sim Número de Funcionários: 1.400 Área de Vendas (M2): 14.725 m2 Faturamento Bruto Total ANO 2016: R$ 400.000.000,00 - Estimado Percentual de compras realizado através da Rede/ Associação de Negócios: 70% Em quantas cidades a rede está presente: 9 cidades


ANO 9. Nยบ 39 - OUTUBRO 2016 - www.portalredebrasil.com.br

CEARร

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“Queremos crescer junto com nosso bairro atendendo sempre as necessidades dele.”. “Sempre que realizamos ações solidárias, procuramos meios de servi-los bem e alertá-los quanto à responsabilidade que todos temos de cuidar do planeta.”

Gestão de empresas familiares Um modelo de administração que vem ultrapassando séculos

“Por mais que seja um ramo muito concorrido de negócios, se focar em um objetivo e trabalhar firme diariamente é possível ter sucesso.”

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o analisarmos a temática de imediato temos uma visão plena do que se trata. Gestão familiar é um dos modelos administrativos mais antigos que existe e que continua sendo seguido por grande parte dos empresários. No Brasil, de acordo com estatísticas do SEBRAE, a quantidade de empresas familiares chega em torno de 85%. Sendo assim, estas são responsáveis pela grande concentração de mão-de-obra, geração de empregos, sustentação da economia e aquecimento do mercado do país. As empresas familiares podem ser consideradas como predominantes nos diferentes setores de atividade. É muito comum que grandes empresários tenham expectativas que seus familiares, mais especificamente seus filhos, possam assumir os negócios da família de forma duradoura. Essa cultura é vista e seguida no mundo inteiro. Um exemplo bem comum e marcante é o caso dos reis e rainhas da idade média, os filhos já carregavam a responsabilidade de dar continuidade ao legado dos pais antes mesmo de nascerem. Vários estudos sobre empresas familiares fazem diferentes suposições a respeito do número de empresas controladas por famílias, mas mesmo as mais conservadoras estimativas colocam a proporção dessas empresas entre 65% e 80% do total. Sendo assim as empresas familiares têm uma expressiva participação no cenário mundial, tanto economicamente, com grande participação do PIB, quanto socialmente, por gerarem milhões de empregos. É importante ressaltar que as organizações familiares possuem características que as diferenciam das outras, sendo uma das mais primordiais o processo sucessório, o qual envolve situações complexas e vem sendo estudado intensamente ao longo dos anos. Robert H. Brockhaus um

ícone no mundo do empreendedorismo, expõe em suas reflexões que o processo sucessório é um momento significativo no ciclo de vida da empresa familiar, sendo que o início de uma nova gestão pode propiciar melhorias à organização, ou mesmo o fracasso do projeto instituído pelo fundador. Diante disso, a maioria das empresas familiares sentem dificuldades em passar o comando ao seu sucessor. As empresas familiares possuem um papel fundamental na sociedade, pois representam uma força importante para a economia de um país, fazendo com que cada vez mais surjam estudantes da área de administração e profissionais interessados em pesquisá-las e melhor compreendê-las. Outro ponto muito importante em organizações familiares é a profissionalização da gestão e da sociedade, o qual é uma ferramenta essencial para que o processo sucessório ocorra de maneira satisfatória, e as empresas familiares alcancem efetivamente o sucesso do seu negócio. Pois sabemos que talento e visão empreendedora são qualidades que muitos demonstram ter, mas que sempre é necessário estar em constante aprendizagem e em busca de conhecimento para aperfeiçoar as técnicas. Principalmente em uma sociedade e um meio que está em constante modificação, e pra acompanhar esse ritmo é preciso estar preparado. O tema principal dessa edição motivou estudos e pesquisas em relação ao assunto. E tivemos a oportunidade de conhecer três casos de empresas que estão passando pelo processo de sucessão familiar. Nossa equipe de reportagem entrevistou os pais, filhos e funcionários de três supermercados do estado do Ceará, para compreender como se iniciou o processo e como está sendo realizada essa adaptação.

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ascida na cidade de Jaguaretama no estado do Ceará, Regina Pinheiro veio para Fortaleza no intuito de estudar. Com a ajuda de Rivando Pinheiro e Ozenira Pinheiro, seus padrinhos, Regina começou a trabalhar no mercadinho do casal e foi adquirindo experiência no comércio. Caubi Pinheiro era um amigo de infância da cidade de Jaguaretama, quando veio também para Fortaleza reencontrou Regina e começaram a namorar. Anos depois se casaram e decidiram abrir uma pequena mercearia na varanda de casa no bairro Parque São José, com a ajuda de seu tio Manoel Clécio que emprestou todas as mercadorias para dar início ao sonho do casal. No ano de 1997 mudaram o mercadinho para o bairro Parque Santo Amaro, com o passar do tempo foram adquirindo mais espaço, mercadorias e a clientela 36 /// Outubro 2016

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Supermercado Ana Risolange

sempre pedindo mais. No início era tudo muito simples, nada informatizado, as contas ainda eram feitas na calculadora. A primeira filha do casal foi Ana Beatriz. Nasceu quando a mercearia ainda era na varanda de casa. Cresceu vendo os pais trabalharem exaustivamente para sustentar a família. Alguns anos depois veio o segundo filho do casal, William. Mesmo com a família crescendo e o espaço ficando cada vez menor para manter o negócio ali, ainda havia quem tirasse proveito da situação. Beatriz conta que a pequena mercearia era um parque de diversões para ela, seus irmãos e primos. “Fazíamos a maior bagunça, era o local que tínhamos para nos divertir dentro de casa, mas adorávamos.”. Aos poucos a pequena mercearia foi crescendo e se tornando um

dos principais comércios do bairro. Foi expandindo ao longo dos anos até tornar-se o Supermercado Ana Risolange, nome dado devido a uma homenagem que Regina fez a sua irmã. Regina e Caubi agora não podiam mais ser tão presentes na rotina dos filhos em casa devido estarem sobrecarregados tomando de conta do supermercado. Ana e William já estavam na adolescência e não tinham mais aquele encanto de estar entre as mercadorias como quando eram crianças, eles passaram a frequentar muito pouco a loja dos pais. Mas muito sabiamente, Regina e Caubi não os forçavam a vontade dos filhos para que eles tivessem obrigação de frequentarem o supermercado, nem muito menos para que tivessem a obrigação de darem segmento nos negócios. Mas mesmo assim os incentivavam para


que sempre que possível visitassem a empresa para terem conhecimento do funcionamento e logística de tudo. Regina conta que para ela é muito importante deixar os filhos cientes de que eles também são donos da empresa e que irá chegar um dia que precisarão tomar decisões importantes sobre o futuro dos negócios da família. “Mesmo que meus filhos não queiram tomar conta de tudo, eles precisam conhecer e serem presentes na loja, pois será um aprendizado que só irá somar na vida deles...”. Aos 13 anos, Beatriz era a filha que mais frequentava a loja, mesmo assim naquela época ela idealizava outra carreira profissional a seguir, e ao contrário do que os pais esperavam, ela não tinha intenções em dar segmento na área comercial, seu grande sonho era cursar Faculdade de Medicina. Beatriz já estava amadurecendo e percebia que aquela rotina de trabalho dos pais estava os deixando cada vez mais sobrecarregados. Ela conta que sempre os via chegar em casa estressados com a vida atribulada no comércio e sentia-se inquieta com aquela situação. “Eu via que eles precisavam de ajuda e ficava me perguntando... Meu Deus, o que eu posso fazer para ajuda-los?”. Decidida a ajudar os pais, Beatriz resolveu começar a frequentar a loja diariamente. Ela estudava no período da tarde e ficava no supermercado pela manhã. Começou a conhecer o funcionamento dos processos da empresa, ajudava da forma que podia e dessa forma ela sentia-se feliz em poder contribuir com algo. Beatriz acabou não realizando o sonho de criança, não se formou em Medicina como ela queria e todos esperavam. O interesse em estar sempre dentro da empresa dos pais foi aumentando cada dia mais, ela começou a se identificar com as atividades do comércio e passou a gostar cada vez mais de fazer parte daquele meio. Decidiu então

estudar Administração e formou-se aos 23 anos em julho de 2016. Sempre muito tímida, ela foi aos poucos aprendendo a conviver com os funcionários e clientes do supermercado. Beatriz conta que admirava muito a forma que sua mãe interagia com todos, e confessa que tinha vontade de espelhar nela. “Minha mãe chega dando bom dia para todo mundo, e eu sempre muito acanhada ia tentando seguir a forma de tratamento dela com as pessoas.”. A jovem fala que não demorou para que ela se sentisse pertencente aquele mundo e que seu prazer em estar presente ali diariamente foi aumentando cada dia mais. Ela relembra uma frase que sempre ouviu de sua mãe desde que era criança, e entre risos, conta que seu interesse em dar segmento aos negócios da família foi estimulado devido boa parte da sua infância ter sido dentro do comércio com seus pais. “Minha mãe costuma dizer que cresci entre os fardos de arroz...”. A jovem Administradora passou a aplicar seus conhecimentos ex-

clusivamente em benefício da empresa e conta que se sente muito feliz e realizada por estar à frente dos negócios da família. Ela diz que a partir do momento que passou a trabalhar na empresa dos pais foi por ter consciência de que era necessário conhecer os processos e principalmente para ajudá-los, mas que aos poucos tornou-se a sua escolha profissional, após ter amadurecido e entendido que na verdade poder seguir adiante com o que a família construiu é um privilégio. “Quando fazemos algo que gostamos, deixa de ser uma obrigação e passa a ser um prazer.”. Ela fala que as dificuldades e desafios que enfrenta com essa escolha, são primordiais para que não se sinta em uma zona de conforto e dessa forma pode crescer profissionalmente e buscar meios para expandir o patrimônio da família. Beatriz revela que tem interesse de passar um tempo fora do país para conhecer novas culturas e aprender novas línguas. Ela pen-

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sa também em conseguir alguma experiência profissional enquanto estiver por lá, mas conta que esses planos não irão afastá-la dos negócios da família, muito pelo contrário, ela quer obter toda essa bagagem cultural e profissional, para aplicar na empresa quando retornar ao Brasil. “Experiência de mundo é algo que podemos trazer para nossa realidade e fazer várias adaptações...”. A jovem explica que quer dar um retorno de tudo que seus pais investiram nela até hoje, e que tudo que aprender quer trazer para sua empresa e dividir com todos. Ter um bom relacionamento com os clientes é o segredo do negócio, segundo Beatriz. Ela conta que até hoje muitos dos clientes que frequentam o supermercado são os mesmos da época em que tudo começou, e quando os cumprimentam, eles dizem ainda lembrarem-se dela quando criança. Beatriz acha muito importante a questão de expandir os negócios e investir mais na estrutura da empresa, mas não tem pretensão de que seu negócio tome dimensões muito maior do que já construíram. Ela acredita que manter o padrão de loja de bairro é suficiente para atender as expectativas 38 /// Outubro 2016

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dela e da família, pois eles querem manter as raízes e querem sempre estar presentes e atendendo as necessidades dos clientes locais. A meta é oferecer produtos e serviços que sejam acessíveis aos moradores do bairro e que estejam de acordo com a realidade de todos. “Queremos crescer junto com nosso bairro atendendo sempre as necessidades dele.”. Devido ao tempo que já está a frente da empresa e acompanhando de perto todos os processos, a moça apegou-se aos seus funcionários e conta que se sente muito feliz por ter pessoas que “vestem a camisa da empresa”. Ela diz que cada setor é muito bem administrado e que as pessoas que estão à frente deles são altamente capacitadas e conseguiram chegar onde estão com muito trabalho e competência. Ela cita muitos exemplos de colaboradores de chegaram na empresa com pouca ou quase nenhuma experiência profissional e hoje exercem cargos de alta responsabilidade. Beatriz também elogia os colaboradores pela parceria que tem uns com os outros, pela forma respeitosa que tratam os clientes e pelo cuidado que tem com a loja. A jovem conta

que a empresa sente-se responsável por cada um desses colaboradores e que buscam sempre reconhecer o trabalho realizado por eles. “Temos o maior prazer em investir em nossos profissionais, pois todos são merecedores de muitas oportunidades.”. Regina e Caubi revelam que se sentem encantados com o gosto e habilidade que a filha demonstra ter para dar segmento nos negócios da família. Wiliam tem 19 anos e os pais dizem que ele parece não ter intenção de seguir o mesmo caminho da irmã Beatriz. O rapaz cursa Arquitetura e Urbanismo, mas da mesma forma que a irmã foi orientada a conhecer a empresa dos pais mesmo que não fosse para trabalhar dentro dela, William recebe a mesma orientação. O casal ainda teve mais um filho, João Lucas, que por enquanto quer apenas aproveitar a adolescência. Regina e Caubi desejam que seus filhos sejam felizes com a profissão que escolherem livremente, pois independente de optarem gerir a empresa da família, o importante é que sejam pessoas realizadas e profissionais de sucesso trabalhando onde acharem melhor.


Medeiros Supermercado

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ascido e criado em Fortaleza, José Medeiros, mais conhecido pelos seus conhecidos como Zezinho, começou seu pequeno negócio no ramo do comércio no bairro José Walter, em 1980, onde morava com sua esposa Rosemary Medeiros. Na época, ela trabalhava no centro da cidade em uma sapataria, mas, à medida que a pequena mercearia foi crescendo, Rosemary deixou seu emprego e passou a ajudar seu esposo na modesta mercearia, que tinha apenas 20 metros quadrados. Mas o negócio foi dando certo e o casal começou a investir os lucros na compra de imóveis no bairro. Em 1992, houve a primeira reinauguração. O Medeiros Supermercado agora era uma loja mais vistosa,

localizada na Avenida J, uma das mais movimentadas do bairro José Walter. À medida que a clientela ia exigindo, Sr. Medeiros começou a expandir a loja e em 2013 o supermercado já atingia a estrutura de 1.250 metros quadrados. O casal vivia praticamente em função, do trabalho no supermercado e, aos poucos, Tharles Medeiros, o mais velho dos três filhos, foi se aproximando do ramo dos pais. Aos 12 anos começou frequentar mais ativamente o negócio da família. Estudava a semana toda, e nos finais de semana, sempre gostava de ajudar os pais no comércio. Cada vez mais, o interesse em estar presente no supermercado foi aumentando e passou a ir todos os dias, após che-

gar do colégio. Começou a aprender a lidar com operação de caixa, empacotamento, entregas de mercadorias e também ajudava na recepção. Com o passar do tempo, foi surgindo uma necessidade maior na área de informática do supermercado, foi quando Tharles começou a se interessar pela área e começou a implantar um setor de TI. À medida que a empresa foi crescendo, também foi aumentando a necessidade de ter mais pessoas voltadas especificamente para um determinado setor, e dessa forma foi necessária a contratação de um profissional para cada área. Ao longo dos anos, Tharles foi pegando cada vez mais gosto em trabalhar no ramo, foi adquirindo

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mais responsabilidade e dominando mais os setores da empresa. Logo foi preciso dar um foco maior e acompanhar mais de perto as rotinas do financeiro e comercial. Mas não demorou muito para que ele ficasse sobrecarregado com o acúmulo de funções que demandavam muita atenção. Foi quando um de seus irmãos, Rômulo Medeiros, passou a tomar de conta da área financeira. Tharles então se torna responsável apenas pelo setor administrativo e comercial, no qual se dedica integralmente durante todos esses anos. Passou a ser mais ativo nas reuniões da Rede Parceria, à qual o Medeiros Supermercado é associado. À medida que o supermercado foi crescendo, foram sendo contratados mais funcionários, aumentando também o número de fornecedores para serem atendidos e passou a surgir uma demanda considerável na área de marketing. Foi quando precisaram pedir reforço de mais um irmão para dar conta do fluxo constante de ativi40 /// Outubro 2016

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dades da empresa. Nesse momento, chegou a irmã mais nova, Rosalya Medeiros, para fortalecer e agregar seus conhecimentos à empresa. Rosalya implantou o setor de Recursos Humanos na empresa que, aos poucos, ia tomando forma e tornando-se cada vez mais organizada e bem direcionada. Apesar de sua formação ser em Publicidade e Propaganda, logo após se formar passou a trabalhar na empresa da família, devido ao crescimento dos negócios e à necessidade de ter mais um irmão para gerenciar as demandas. Rosalya conta que a decisão de trabalhar com a família também foi uma forma de poder estar mais perto de seus pais, pois devido eles estarem a grande maioria do tempo trabalhando no supermercado, sobravam poucos momentos pra família conseguir se reunir. Mas quando ela começou a conhecer a realidade e as necessidades da empresa, entendeu que, de fato, aquela ausência dos pais foi necessária, devido à rotina deles exigir

uma maior atenção e dedicação do que uma jornada de trabalho convencional. Posteriormente, Rosalya passou a se interessar cada vez mais pela área de RH e começou a fazer cursos voltados para o setor, para que dessa forma tivesse uma maior compreensão no desenvolvimento do trabalho que realiza na empresa. Ela também usa seus conhecimentos em Publicidade e Propaganda para ajudar sua cunhada Silvania, esposa de Tharles, que é responsável pela área de marketing na empresa. Tharles também tinha outros planos para sua vida profissional, chegou a pensar em seguir uma carreira voltada para o ramo da advocacia, mas, devido a se considerar uma pessoa tímida, ele acreditou que não teria um bom desempenho nos tribunais. Também cogitou a possibilidade de dar prosseguimento na área contábil, por já ter intimidade com certas demandas da rotina financeira da empresa, mas por fim escolheu se dedicar ao que de fato


já estava habituado a desempenhar com maior propriedade e deu início ao curso de Administração de Empresas e Gestão Comercial, para ter uma base teórica mais aprofundada e aplicar os novos conhecimentos na sua rotina habitual nos negócios da família. Apesar de conhecer as dificuldades do mercado no qual está inserido, Tharles conta que segue firme no comando do Medeiros Supermercado. “Por mais que seja um ramo muito concorrido de negócios, se focar em um objetivo e trabalhar firme diariamente é possível ter sucesso.” Um dos funcionários mais antigos do Medeiros Supermercado é o Madson Anjos, que já está a 12 anos acompanhando a trajetória da empresa. Madson começou como estagiário na área de TI. Inicialmente acompanhava o trabalho de informatização da loja que Tharles estava desenvolvendo e aos poucos foi se interessando cada vez mais e buscando se profissionalizar na área. Tharles conta que a empresa sempre busca investir na capacitação de seus colaboradores para que eles se tornem profissionais motivados. Rosemary Medeiros, mãe de Tharles, já trabalhava com comércio quando decidiu ajudar seu esposo na pequena mercearia. Aos poucos foram crescendo, adquirindo imóveis no bairro onde moram e investindo na expansão da empresa. Atualmente Rosemary trabalha no financeiro e se sente muito realizada vendo todos os filhos trabalhando com dedicação no intuito de fazer o negócio da família crescer cada vez mais. Ela relembra dos tempos difíceis e conta que nos primeiros anos tiveram que superar muitos obstáculos. “Nós só tínhamos horário para abrir, trabalhávamos enquanto tivesse cliente dentro da loja e entregas pra fazer.” Mas, acima de tudo, Rosemary fala que os momentos felizes sempre prevaleceram e reconhece a dedica-

ção de seus colaboradores, os que fizeram parte dessa história desde o começo, tanto os que não fazem mais parte do quadro de funcionários, quanto os que estão firmes na empresa. Ela conta que quando se dá conta de tudo que já construíram até hoje, ainda se surpreende. “Às vezes me pego distraída olhando a loja daqui de cima da janela do escritório e fico abismada com o resultado de todo aquele esforço e dificuldades que tivemos no passado.” Sr. Medeiros, apesar de ter todo o apoio necessário para que sua empresa funcione corretamente, ainda é o administrador geral dos negócios da família e está diariamente percorrendo a loja. Ele conta que mesmo tendo os filhos responsáveis pelas decisões, quem dá a palavra final ainda é sempre ele. Aos 63 anos, Sr. Medeiros sente-se tranquilo em ver seus filhos todos profissionalizados e trabalhando juntos e conta que o segredo de ter sucesso nos negócios é sempre acompanhar de perto e conhecer os processos da empresa, “o que engorda o gado é o olho do dono”, afirma.

O Medeiros Supermercado é associado à Rede Parceria há sete anos. Ao longo do tempo, Tharles passou a se entrosar, tornando-se cada vez mais atuante na Rede. Hoje é o atual presidente da Rede e sente-se muito satisfeito com os resultados da associação. Ele conta que a Rede Parceria está em constante crescimento e isso serve de motivação para que ele busque meios de expandir os negócios da família. “À medida que a Rede Parceria vai se desenvolvendo, nós tentamos acompanhar o crescimento e expandir também.” Os irmãos Medeiros desde muito jovens aprenderam a valorizar o patrimônio que seus pais construíram com muito esforço. E mesmo que cada um deles tenha idealizado outras carreiras profissionais a seguir, perceberam que juntos poderiam dar continuidade a um legado familiar e construir algo ainda maior e que certamente dariam muito orgulho e felicidade aos seus pais. A perspectiva da família Medeiros de abrir a segunda loja já está prevista para 2017.

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Supermercado Nova Opção

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Supermercado Nova Opção teve uma origem bastante humilde, o pequeno negócio deu início em 1995 na sala da casa do casal José Auri e Maria Ivonilce. Devido à falta de recursos iniciaram as atividades vendendo apenas algumas frutas e verduras. Ivonilce, uma mulher de fibra e com um grande talento para vendas, decidiu sair de um emprego com renda fixa, pois sentiu que era a hora de se dedicar ao seu pequeno comércio junto ao esposo José Auri. Rodrigo Miguel é o filho mais velho de José Auri e Maria Ivonilce. Aos 14 anos, seu pai já convidava pra ajudar com as atividades no supermercado, situado na cidade de Limoeiro do Norte, estado do Ceará. Apesar da insistência do pai, Rodrigo conta que não gostava muito de atender ao pedido, mas acabava indo. Aos poucos foi se acostumando com a realidade do negócio da família e seguindo o exemplo dos pais, passou a se dedicar as necessidades da empresa. Começou a aprender com os próprios funcionários o ofício de todos os setores da loja, trabalhando em cada um deles de acordo com a necessidade e demandas do supermercado. Desempenhou a função de empacotador, Operador de Caixa, Repositor, fazia também a entrega de compras dos clientes nas residências, mas como naquela época ainda não possui habilitação para dirigir veículos, ele fazia as entregas em uma bicicleta cargueira. Rodrigo afirma que, sem dúvida nenhuma, toda essa experiência na prática dessas funções em setores de atendimento aos clientes da loja, foi o que lhe fez ter a real noção de como funciona a rotina de um supermercado. “A loja era pequena, mas fui crescendo junto com ela e aos poucos aprendendo a logística de cada setor, com isso fui ganhando a confiança e reconhecimento do meu pai...”. 42 /// Outubro 2016

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Com o crescimento da empresa, foi surgindo a necessidade de organizar a área administrativa. O escritório foi tomando forma e o primeiro computador a ser utilizado para questões financeiras, era de uso pessoal de Rodrigo. E desde então ele tornou-se responsável pelas funções administrativas. Desde adolescente já havia decidido cursar administração, e seguindo seus instintos e preferências, começou a estudar Administração de Empresas e formou-se pela Universidade Potiguar de Mossoró em Rio Grande do Norte no final de 2015. Rodrigo fala que se sente muito realizado em poder dar continuidade ao legado da família, e conta que está sempre buscando novas oportunidades de negócios para o crescimento da empresa. Ele diz que sua cidade natal, Limoeiro do Norte, está se desenvolvendo muito e ele enxerga isso com um ótimo momento para investir também na expansão dos negócios. Rodrigo tem a veia empreendedora e também é um articulador, ele fala que é preciso estar sempre inovando e buscando atender as necessidades dos clien-

tes, para que esses vejam o Supermercado Nova Opção não somente como mais uma loja da localidade, mas também como uma empresa que se preocupa com o bem estar e satisfação da população como um todo. Ele conta que a empresa busca realizar ações que beneficie a população e o meio ambiente. Rodrigo explica que a conscientização é um fator muito importante. Todos os clientes que adquirirem o cartão de compras da loja ganham uma bolsa ecológica para incentivar a redução do uso de sacos plásticos. “Sempre que realizamos ações solidárias, procuramos meios de servi-los bem e alertá-los quanto à responsabilidade que todos temos de cuidar do planeta.” Além do compromisso com causas sociais e ambientais, o Supermercado Nova Opção sempre busca meios de profissionalizar e motivar seus colaboradores. Rodrigo fala que aos poucos a empresa foi se tornando mais organizada e com isso tiveram condições de começar a se dedicar mais a proporcionar melhores condições do ambiente de trabalho dos seus funcionários. Ele explica que


um funcionário muitas vezes reflete a forma como é tratado pela empresa e isso impacta diretamente não somente na forma de atendimento ao cliente, mas também no rendimento e crescimento da empresa. E complementa dizendo que investir em um colaborador é investir em dobro na empresa. “Nós sabemos que nossos colaboradores dedicam boa parte do seu dia em função do trabalho, é missão da empresa tornar essa rotina mais agradável e proveitosa...”. Rodrigo diz que a empresa procura estar sempre presente da vida de seus colaboradores para tentar ter conhecimento tanto de suas necessidades profissionais quanto pessoais. Sempre proporcionam momentos de interação entre os setores e descontração dentro e fora do ambiente de trabalho. A empresa busca fazer parte de momentos especiais como aniversários, nascimento dos filhos, datas comemorativas, bonificações por avaliação de desempenho, entre outros. Rodrigo conta que tem funcionários que já estão há muitos anos na empresa e que são exemplos para os novos e os futuros contratados. “Temos muitos exemplos de pessoas que estão trilhando uma carreira exemplar dentro da empresa, pessoas que começaram como estagiários e hoje exercem cargos de alta responsabilidade. Apostamos em todos e damos oportunidades, queremos que eles estejam em constante evolução.” José Auri e Maria Ivonilce são os gestores da empresa e também

desempenham um papel comercial muito forte. Apesar de ainda terem uma atuação muito presente dentro da empresa como um todo, eles já deram total liberdade e autonomia ao filho para administrar tudo. Eles sentem-se abençoados por Rodrigo ter abraçado os negócios da família e estar dando seguimento com tanta maestria. O casal também aposta que ocorra o fortalecimento dessa união familiar quando o filho mais novo, Luiz Eduardo de 17 anos, identificar suas aptidões profissionais e desejar se engajar na empresa. Eduardo diz ter interesse pelas áreas de Ciências da Computação e Administração, assim como o irmão Rodrigo, mas ainda não decidiu qual carreira deseja trilar. Rodrigo revela que sempre desejou um irmão, e tê-lo ao lado como parceiro de trabalho e principalmente como parceiro para dar continuidade e expandir o patrimônio da família, seria de fato uma grande realização e felicidade tanto para ele quanto para os pais. Após conhecer as histórias que foram apresentadas, podemos perceber que são muito similares em alguns aspectos. São histórias que estão começando a serem trilhadas ao comendo de sua segunda geração. As três empresas tiveram uma origem humilde e com muitas dificuldades. Seus percussores foram pessoas que não tinham nenhuma formação acadêmica, mas que trazem o sangue empreendedor na veia e não tiveram medo de arriscar e trabalhar muito

para ver o sucesso e crescimento de seus negócios. Essas empresas agora estão passando para o comando dos filhos dos donos. Jovens que acompanharam os pais trabalhando noite e dia para dar uma vida mais confortável para a família. O mais interessante é perceber que esses jovens tiveram uma forte influência dos pais para que seguissem dando continuidade aos negócios da família, mas todos optaram em seguir o exemplo dos pais por vontade própria, por de fato gostarem da área que atuam. Esses jovens tiveram a oportunidade de estudar e obter uma formação acadêmica, e hoje buscam aplicar seus conhecimentos em um negócio próprio. Muitos podem julgar que esses jovens já “pegaram tudo pronto”, mas eles buscaram se inserir no mundo dos negócios e hoje tem a difícil missão de dar segmento ao legado de suas famílias, e esse também é um desafio muito grande. Muitos deles poderiam ter optado em apenas desfrutar dos benefícios que seus pais lhe proporcionaram, mas ao contrário disso, eles preferiram assumir agora o posto de seus criadores e dar aos pais a melhor de todas as recompensas, a gratidão. E essa gratidão se apresenta em forma de trabalho, para que seus pais possam agora ter um pouco mais de tranquilidade para desfrutar dos resultados obtidos após tanto trabalho e dedicação à família.

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VAREJO

Cearapão 2016

Feira da indústria da panificação movimenta a economia do estado e apresenta inovação para o setor gastronômico.

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Centro de Eventos de Fortaleza sediou durante três dias mais uma edição da Cearapão, feira da indústria da panificação, confeitaria, gastronomia e Food Service. O evento recebeu empreendedores de diferentes perfis e diversas localidades do país, inclusive empresas estrangeiras. Participaram algumas empresas iniciantes e muitas outras já consolidadas no mercado, que buscam informações, parcerias, novas ideias, tendências, fornecedores e compradores. A feria abrange toda a cadeia produtiva da indústria alimentícia, desde maquinários, insumos até serviços, que agregam valor e otimizam a produção. Com data estratégica no Calendário de Feria de negócios no Brasil, a Cearapão dispõe de três dias de feira rotativa, gratuita e aberta ao público. Havia dois auditórios exclusivos para patrocinadores onde foram ministrados palestras, minicursos e lançamentos de novos produtos. O evento apresentou a Padaria Show, um espaço institucional que recebeu inúmeras padarias para participar do Concurso de Pães, Tortas e Sanduiches. O concurso é uma iniciativa da ACIP com o objetivo de desenvolver e premiar o talento dos profissionais da panificação e confeitaria. As receitas inscritas no concurso foram preparadas e julgadas durante os três dias da Feira. Um dos destaques dessa edição foi a palestra do presidente do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), Márcio Rodrigues falou sobre indicadores de performance do setor de alimentação, panificação e confeitaria, como perdas na produção e distribuição de pro44 /// Outubro 2016

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dutos. Foi apresentado um balanço do setor, custos e faturamento, indicadores de produtividade, além da apresentação das tendências de consumo dos brasileiros e fatores de sucesso para as empresas de panificação.

Sobre a divulgação do evento, Bandeira acredita que massificar nos principais meios de comunicação direcionados para o setor, seria interessante e possivelmente atrairia mais expositores e visitantes. Ele também enfatiza que seria interes-

Rubenilson Bandeira

AGB A AGB, indústria de refrigeração e comércio de móveis, participa da feira há muitos anos por acreditar na importância e força que um evento agrega ao setor. Rubenilson Chaves Bandeira, Diretor da empresa, afirma que durante todos esses anos de atuação a feira vem obtendo muitos avanços e evoluindo a cada edição. Bandeira diz que o evento gera grandes oportunidades de negócios e traz benefícios significativos para a economia do estado e afirma que é muito importante o apoio da classe empresarial para a feira. “É nosso dever apoiar e incentivar as melhorias para o setor, já que estamos juntos temos que trabalhar juntos.”

sante trazer mais outros setores que compartilham do mesmo segmento da feira, para fortalecer os negócios durante o evento. Tendo em vista que já é feito isso em outros estados que também realizam feiras do mesmo segmento da Cearapão, e tem-se obtido muito sucesso. O stand da AGB levou para exposição ao público móveis projetados e equipamentos de refrigeração para atender empresas o ramo de padarias, supermercados, lojas de conveniências e similares. Entre outras novidades que o público teve a oportunidade de conferir em primeira mão. Bandeira revela que o saldo de negócios durante a feira foi muito positivo para sua empresa e que os contatos realizados podem trazer


grandes lucros. Ele também elogia a organização e os trabalhos de gastronomia realizados durante os dias do evento.

Carlos Brandão Presidente da ACIP O Ceará desponta como o estado do Norte e Nordeste que promove o maior número de feiras de negócios. Com sua localização privilegiada e conhecida como Terra do Sol, belezas naturais e um povo acolhedor, Fortaleza é a cidade com maior PIB do Nordeste. A Cearapão é realizada pela Associação Cearense da Indústria de Panificação (ACIP), e em sua 7ª edição, vem promovendo as negociações entre empresários e fornecedores. O evento é considerado democrático e impulsiona os pequenos negócios, além de levantar debates voltados para a necessidade do fortalecimento da capacitação para os atuantes na área. Carlos Brandão, Presidente da ACIP, fala a respeito da evolução feira durante os anos de realização, e enfatiza que mesmo em tempos de crise é importante apostar no fortalecimento do setor e buscar sempre novidades para cada edição. O Presidente ressalta que nem todos têm condições de poder fazer viagens para fora do estado ou do país, e por conta disso a Cearapão

tem a preocupação de sempre trazer expositores de fora e lançamentos de equipamentos. O evento tem em sua característica a missão de dar oportunidade para todos os empresários e empreendedores do ramo. Carlos Brandão fala da importância de abrir as portas da feira para todos os interessados na área. “Da mesma forma que incentivamos a presença de empresas estrangeiras, também damos todo apoio para que pequenas empresas estejam firmes conosco a cada edição, inclusive as locais”. Outro ponto forte do evento é o fato de ter acesso gratuito para os visitantes durante os três dias de feira. O público presente vem de todas as partes, inclusive do interior do estado. Um fato que também chama muita a atenção dos expositores é a presença significante do público jovem, nota-se pessoas de todas as idades, principalmente estudantes que demonstram interesse pela área. O Presidente afirma que o evento traz uma importância significativa para a economia do estado. Avine Um dos stands de grande notoriedade da feira foi o de uma empresa muito renomada no estado e

parceira da Revista Nosso Setor, a Avine. Empresa cearense que vem se destacando pela qualidade dos produtos e do atendimento oferecido. A Avine está aumentando sua área de distribuição ano após ano, abrangendo toda Região Nordeste e parte da Região Norte. Inicialmente voltada para a produção de ovos de galinha, a empresa expandiu o horizonte de trabalho e atualmente trabalha também nos mercados de ovos de codorna, frango de corte e incubação de ovos férteis. E hoje, além de comercializar produtos com a marca Avine, a empresa também oferece aos seus consumidores produtos em grandes redes, como Pão de Açúcar (Qualitá), G. Barbosa, Super Rede, Nordestão, Comercial Carvalho, Y. Yamada, Fortaleza, Rede Parceria, Uniforça, Super Nossa, Rede Amigos, dentre outras. Mario Carvalho Melo, Gerente Comercial da Avine, estava à frente do estande da empresa e contou como foi participar pela segunda vez da Cearapão. Ele conta que o evento é uma ótima oportunidade de negócios e de divulgação, tendo em vista a diversidade do público visitante e principalmente os empresários da área. Nesta edição a Avine traz novidades para o mercado, o sucesso do mix de ovo líquido

Oliveira Cunha | Mário Carvaljo Outubro 2016 | www.portalredebrasil.com.br

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pasteurizado agora está completo com as opções de só clara e só gema em caixinha, que vem atender a indústria em geral. Mário conta que a empresa fez grandes investimentos na participação da feira, inclusive a contratação de novos colaboradores para alavancar as vendas durante o evento. Oliveira Cunha foi uma das apostas da empresa, ele conta que a feira abre caminhos bastante positivos para a área comercial da empresa e que os resultados estão sendo bem positivos. Mário conta que os avanços tecnológicos da empresa na indústria estão em constante ascensão e que os resultados estão sendo bastante satisfatórios.

empresa familiar no cenário atual. Ele dá dicas importantes por meio de estratégias e revelando as estatísticas do segmento. Revela também que dar segmento aos negócios da família é uma tarefa muito desafiadora. Destaques

Wilton Daher Palestrante Nessa edição a Cearapão teve a presença marcante de palestrantes renomados que trouxeram temas instigantes para o setor. Wilton Daher abordou a temática da Gestão de Empresas Familiares, tema esse que é o foco central desta edição da Revista Nosso Setor. Wilton tem um estilo de apresentação bastante descontraída que prende a atenção do público que lotou o auditório. De forma direta e trazendo os exemplos para a realidade dos empreendedores, ele conta como se estabelece a 46 /// Outubro 2016

| Revista Nosso Setor

A feira também teve a presença de chefs da França que demonstraram técnicas de produção utilizadas na panificação e o uso de farinhas diversificadas. Mr. Jacques Paulin reconhecido pela tradição e pelo compromisso em garantir uma matéria prima sustentável, saborosa, saudável e sem aditivos químicos e Mr. Philippe Lanié, parceiro da France Panificação, que trabalha com formação e treinamento, e dispõe ainda de um “Atelier de Pães” no Rio de Janeiro, onde ministra aulas particulares de panificação artesanal. Outro destaque foi a participação do SENAI CERTREM com uma da unidade móvel. Durante os três dias de feira, foram ministrados cursos de capacitação em panificação e confeitaria. Visitantes e expositores da feira foram entrevistados pela Revista Nosso Setor e afirmaram que o evento gera fatores muito importantes para o setor, tais como: -O estreitamento de relações com os clientes: Oportunidade de

interação entre fornecedor e consumidor, além de geração de empatia. -Apresentação de produtos e serviços ao seu mercado-alvo: Atingir um maior número de público dirigido, portanto há maior possibilidade de assimilação das mensagens emitidas. -Ganho de novos clientes e geração de um mailing de prospecção, não somente clientes, como também clientes em potencial. A feira é uma excelente oportunidade de se apresentar e assim atrair novos contatos que podem tornar-se clientes. -Obtenção de informações sobre as inovações do mercado, concorrentes, técnicas, produtos, serviços mais atuais.


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FRASES Só existe um chefe: o cliente. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente do conselho até o faxineiro, simplesmente levando o dinheiro para gastar em outro lugar. Sam Walton

Compartilhar o torna mais do que você é. Quanto mais você der para o mundo, mais a vida poderá retribuir. Jim Rohn

Não sei qual será seu destino, mas há algo que posso lhe garantir: os únicos dentre vocês que serão realmente felizes são aqueles que buscaram e descobriram uma forma de servir. Albert Scweitzer

Se você não puder alimentar cem pessoas, alimente ao menos uma. Madre Teresa

Se eu tivesse que escolher uma qualidade, uma característica que considero ser a mais correlacionada ao sucesso, seja em qual área for, eu optaria pela perseverança, pela determinação. A disposição de aguentar até o fim, de ser derrubado 70 vezes e ao se levantar do chão, dizer: Aqui vai a queda número 71. Richard M. Devos

Todos nós devemos sofrer uma dessas duas dores: a dor da disciplina ou a do arrependimento. A diferença é que a da disciplina pesa gramas, enquanto o arrependimento pesa toneladas. Jim Rohn

Uma das marcas das pessoas bem-sucedidas é serem voltadas para ação. Uma das marcas das pessoas medianas é serem voltadas para a fala. Brian Tracy

O que há de melhor no que diz respeito a ser generoso é que recebemos sempre algo melhor do que damos. A reação é maior do que a ação.

A integridade é o compromisso de fazer o que é certo independente das circunstancias, não ter segundas intenções, não fazer politicagem. É fazer o que é correto e ponto final.

Orison Swett Marden

Ken Carnes

O problema que a maioria de nós tem é que preferimos ser arruinados por elogios do que salvos por críticas.

Para ser bem-sucedido, você tem que colocar o coração nos negócios e ter os negócios no seu coração.

Norman Vincent Peale

Lembre-se, se as pessoas falarem por suas costas, quer dizer apenas que você está dois passos à frente. Fannie Flagg

Quase nada no mundo pode deter uma pessoa com atitude positiva que tenha meta bem clara. Herbert Casson

Há pouca diferença entre as pessoas. Mas essa pequena diferença faz uma grande diferença. A pequena diferença é uma atitude. A grande diferença é se ela é positiva ou negativa. W.Clement Stone

Se estiver disposto a aceitar o fracasso e aprender com ele, se estiver disposto a considerar o fracasso uma benção disfarçada e recuperar-se dele, você tem potencial para dominar uma das fontes mais potentes do sucesso. Joseph Sugarman 48 /// Outubro 2016

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Thomas Watson

As pessoas sempre culpam as circunstâncias por serem como são. As pessoas que obtêm êxito nesse mundo são as que se erguem, buscam as circunstâncias que desejam e, caso não consigam encontrá-las, as criam. George Bernard Shaw



VAREJO

Ampliação da loja Aki Variedades em Limoeiro do Norte A realização de um sonho

“Os causadores de tudo isso, são vocês!” Essas foram as primeiras e quase únicas palavras de Antonio Evandir Dos Santos Cunha, durante a cerimônia. Com o rosto em lágrimas, a voz quase não sai, mesmo assim Evandir insiste em dar as boas vindas e agradecer aos seus amigos e clientes que estavam presentes na comemoração da ampliação da pequeno mercearia, que agora é o mercadinho Aki Variedades. Francisco de Assis, irmão de Evandir, tenta afagar a emoção do irmão e toma a frente das palavras de agradecimento aos presentes e aos que não puderam participar daquele momento. De Assis como é conhecido, fala da trajetória do irmão para conseguirem atingir seus objetivos em meio a muitas dificuldades e perdas de pessoas queridas que tiveram recentemente. E finaliza com palavras de fé e incentivo ao irmão. Evandir conta que tudo começou em Fortaleza, ele morava em um apartamento no centro da cidade, vizinho uma padaria. Todas as noites era aceso o forno da padaria e isso causava muita fumaça em seu apartamen50 /// Outubro 2016

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to. Evandir sentindo-se prejudicado com aquela situação decidiu tomar uma procidência e mudou-se para Limoeiro do norte. Com a negociação feita pelo seu antigo apartamento, ele adquiriu uma casa e um terreno. No início da vida na nova cidade Evandir tentou outras fontes de renda, tentou se inserir no ramo de lava jato, mas não obteve muito sucesso. Posteriormente houveram outras negociações que resultaram no início da vida de comerciante. Ele conta que o atual comércio no bairro Cidade Alta, foi o resultado de outras experiências que teve ao longo dos últimos anos. “Tive algumas experiências até chegar onde estou, todas foram muito importantes para conseguirmos realizar esse sonho que estamos vivendo hoje...” Durante o evento é notório o carinho dos clientes para com Evandir e sua esposa Maria do Carmo, que se dedica muito no crescimento do empreendimento do casal. Evandir ressalta que conhece de um por um dos seus clientes e tenta atender ao pedido de todos. Homem religioso, ele conta que tudo que faz é com a permissão de Deus. “Meus clientes é quem mandam na loja, eles pediram para crescer e Deus permitiu eu acontecesse”. Essa nova etapa para o comerciante é desafio muito grande, o quadro de funcionários foi dobrado para atender a nova demanda do mercadinho, que tem a mesma estrutura de supermercados de médio porte localizados no centro daquela cidade. Mas Evandir afirma que todo esse investimento que está sendo feito, é possível pelo fato dele se sentir apoiado por todos, inclusive seus funcionários, a quem ele os chama carinhosamente de “colegas de trabalho”. Levando em consideração a localização do mercadinho, podemos notar que o empreendimento é a principal fonte de trabalho para os

moradores do bairro, e Evandir sente-se muito feliz em poder ajudar a população e contribuir com o crescimento da economia naquela localidade. O Mercadinho Aki Variedades é associado à Rede Limo Força. Evandir ressalta a importância de poder contar com grandes parceiros devido o fortalecimento e apoio que a rede proporciona aos associados. Maria do Carmo, esposa de Evandir, é professora, mas no tempo livre que tem faz questão de estar ao lado do marido ajudando como pode nas demandas do mercadinho. O casal tem duas filhas, de 10 e 15 anos. Eles dizem que no momento a prioridade delas é a dedicação aos estudos, mas caso futuramente elas queiram conhecer e fazer parte da empresa dos pais, eles ficariam imensamente realizados com essa decisão delas. Maria do Carmo também ressalta da importância do casal poder parar um pouco e tentar aproveitar mais a vida em família, pois devido a rotina atual de dedicação ao comércio, falta pouco tempo para o lazer. Além da presença de familiares, clientes e amigos na inauguração da loja, também estiveram no evento grandes parceiros de negócios como o empresário Gutemberg Costa da Frut Biss. Gutemberg fala da satisfação em ver que os empresários do ramo supermercadista não estão se deixando abater com o recuo do comércio em geral por conta do momento delicado que a economia do país está enfrentando. “Ver uma loja expandir nesse nível no interior do estado é uma inovação muito

grande. Os verdadeiros guerreiros não estão se deixando abater, não estão olhando para trás e sim para um horizonte bem a frente e próximo. É importante levantar a cabeça para termos uma economia saudável, pois se ficarmos presos ao medo, iremos afundar nele”. Ele afirma que não se pode esperar somente pelos momentos bons para fazer investimentos, é necessário ter o pé firme ao chão e enfrentar os obstáculos. Gutemberg acredita que os empresários brasileiros se dão bem em toda parte do mundo, pois enfrentar as dificuldades do país os deixa preparados para qualquer situação. Ele também fala da parceria de três anos com Evandir, reforçando que em eventos como esse, ele faz questão de marcar presença para prestigiar o amigo, além de enviar representantes de sua empresa para dar todo apoio necessário na realização da comemoração. “Gosto de estar junto aos meus clientes, pois também somos parceiros além de tudo. Fico feliz em ver que essa região está em constante crescimento”.

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ENTREVISTA

Café com Convidado Zezão, o homem do povo

ganhar melhores preços para todos. E assim surgiu a ideia de implantarmos o associativismo no setor. Começamos então com uma salinha pequena que serviria de escritório e ponto de encontro para todos. Assim surgiu a Rede Uniforça, pioneira no segmento, e atualmente uma das maiores do Brasil.

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ma trajetória que iniciou em um pequeno bairro de Fortaleza e tomou rumos inesperados. Em entrevista a Revista Nosso Setor, Zezão abre seu coração e conta com orgulho cada passo de sua estrada. José Joacy Fonseca, o tão querido Zezão nascido em Apuiarés (CE), começa sua história no comércio aos 21 anos de idade em Fortaleza. Zezão já passou por altos e baixos, aos 12 anos já trabalhava em três empregos para conseguir ajudar nas despesas de casa. Como dono de supermercado ele teve a experiência necessária para atuar no ramo durante muitos anos de sua vida. Atualmente o empresário se pretende ingressar na carreira política, está trabalhando firme para candidatar-se como vereador da cidade de Fortaleza. RNS: Como foi o começo de tudo? ZEZÃO: Eu tive muita ajuda de várias pessoas no início da minha trajetória, 58 /// Outubro 2016

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uma dessas pessoas foi Sr. Leonidas que hoje é meu compadre, e o outro foi o outro foi o Dedezinho. Os dois foram comerciantes nos quais me inspirei para seguir no ramo. Graças a Deus tive sempre boas pessoas no meu caminho que me ajudaram muito. Mas trabalhar e prosperar sempre foi minha rotina. Acordar cedo e ter conhecimento de tudo que era necessário para meu comércio funcionar era meu café da manhã de todos os dias. RNS: Nessa época já se pensava em associativismo? ZEZÃO: Não, ainda não existiam as redes de supermercados. Mas quando coloquei meu negócio próprio, comecei a ter mais conhecimento e intimidade com os outros comerciantes locais e percebi que isso não era comum entre eles. Aos poucos fui me aproximando cada vez mais deles e foi quando em uma conversa surgiu a ideia de nos unir para bar-

RNS: Você que já foi um pequeno empreendedor, qual é o segredo para o sucesso? ZEZÃO: Sem dúvida as dificuldades são muitas e grandes. Mas sempre busquei me espelhar em grandes nomes para buscar meios de crescimento. Não adianta pensar pequeno, é preciso ter noção da realidade, mas é fundamental arriscar. RNS: Existe uma real perseguição contra os pequenos varejistas? ZEZÃO: Acredito que o que realmente existe é uma desorganização em ambas as partes. Tanto dos órgãos da prefeitura quanto por parte do setor também. Pois é necessário que as duas partes comecem a falar a mesma linguagem. É preciso que os comerciantes busquem e lutem por seus direitos, não é aceitável que as pessoas se acostumem com o “jeitinho brasileiro”. A minha luta hoje se baseia nesse sentido, venho fazendo o papel de intermediário da classe com o poder público. As pessoas me procuram contando seus problemas e vou às regionais identificar onde está a raiz do problema. Muitas vezes o problema é de quem está reclamando, e isso ocorre por falta de orientação. Alguns comerciantes abrem seus negócios e não buscam a regularização de documentações por falta de conhecimento mesmo.


RNS: Qual a principal dificuldade dos comerciantes que você identifica? ZEZÃO: Um grande problema que vejo que ocorre com muita frequência é a questão da metragem das áreas de lojas dos supermercados. No registro é uma metragem que na realidade a loja é bem menor. Então isso prejudica muito o pequeno empreendedor que irá pagar por algo que na realidade não dispõe daquilo que está no registro. Por isso é necessário olhar para os dois lados e avaliar onde começou a falha. RNS: Como essa questão poderia ser amenizada? ZEZÃO: Os pequenos empresários tem uma necessidade maior no início, obviamente. Por isso é necessária uma orientação mais aprofundada para esse setor. Os órgãos que dão esse apoio tem que focar mais na

capacitação de seus consultores para que eles façam um trabalho mais eficaz de preparação para os microempreendedores. Esses pequenos empresários precisam de um acompanhamento a longo prazo, não basta montar a loja, é preciso acompanhar os primeiros passos e dar continuidade ao longo do crescimento até que possam caminhar com suas próprias pernas. RNS: Faça uma avaliação a respeito do associativismo atual, já que você teve a oportunidade ser um dos pioneiros na área. ZEZÃO: Houve um grande crescimento e evolução na criação e dentro das redes de negócios, mas acredito que as ainda precisam melhorar mais. Não se trata apenas de lucratividade, apesar de ser um dos pilares do associativismo, mas como o pró-

prio nome sugere é a união em si, é necessário que as redes sejam mais unidas entre elas e menos competitivas. Na troca de informação entre elas é possível sanar mais os erros em geral. Outro ponto muito importante é começar a identificar o que os clientes querem... Eles querem ser bem atendidos, querem variedade de produtos, procuram preço sim, mas procuram acima de tudo qualidade. O consumidor final é a parte mais frágil em meio a tudo. RNS: E como é o Zezão se lançando no mundo da política? ZEZÃO: Quero lutar pelos menos favorecidos e por todos os comerciantes em geral. Conheci as dificuldades de ser um pequeno comerciante de perto e o que eu puder fazer para evitar que eles passem pelos problemas que passei, farei isso. Quero fazer com que esse setor cresça cada vez mais. Pois dessa forma a economia cresce junto, o estado cresce também e as oportunidades aumentam para a sociedade em geral. É minha primeira experiência nesse meio e quero fazer a diferença para todos. Minha vida inteira foi voltada para ajudar a quem precisa, quem me conhece sabe disso. Hoje não tenho

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mais tantos recursos como antes, para ajudar da forma que eu fazia. Então quero ser um representante justo e quero dar orgulho em cada pessoa que confiar seu voto a mim. RNS: Qual seu conselho para o setor? ZEZÃO: Aproveitando o gancho do tema desta edição, quero deixar um recado para as empresas familiares... Não queiram forçar seus filhos a dar continuidade aos seus negócios, pois isso não ajudará em nada no resultado final para a empresa e ainda os tornará pessoas frustradas na vida. O primordial para os empresários é procurar profissionais capacitados para cuidar de sua administração, caso você mesmo não possa fazer isso. E quero dizer também que uma pessoa sozinha pode não conseguir fazer grandes coisas, mas se cada um fizer sua parte, com certeza o resultado final beneficiará a todos.

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A história do Super Cantinho das Frutas no segmento FLV

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ascido em Itapajé interior do estado do Ceará, Márcio Matos começou a dar seus primeiros passos no segmento de frutas, legumes e verduras (FLV), com a ajuda dos pais. Na década de 90 a família decidiu levar a vida do campo para a cidade de Fortaleza e continuar investindo no ramo de FLV. Passaram a ser pequenos distribuidores de banana, devido a pequena plantação que cultivava no sítio em Itapajé. Márcio estava decidido a dar continuidade no ramo e começou com uma pequena banca de frutas no bairro, que aos poucos foi se desenvolvendo e crescendo gradativamente. Ao longo dos anos, Márcio decidiu investir mais nos negócios e começou a agregar mais serviços ao seu ponto comercial, que já era conhecido por todos os moradores 64 /// Outubro 2016

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do local como o “Cantinho das Frutas”. Márcio sempre teve o apoio do irmão Marcelo, que após algum tempo abriu mais uma loja com o mesmo nome e no mesmo segmento. O Super Cantinho das Frutas começa então a ganhar mais notoriedade a partir do momento que se associou a Rede Uniforça. Desde então Márcio conta que os negócios começaram a tomar um norte e o desenvolvimento passou a ser algo constante. Com a parceria da rede, o empresário diz que passou também a ter acesso mais direto com os distribuidores das mercadorias, tornando assim mais as negociações mais fáceis e rentáveis. Mesmo com o crescimento da loja e ampliação para agregar mais setores, o Cantinho das Frutas continua priorizando seu setor FLV, e

ainda é procurado no bairro pela qualidade dos seus produtos e preços acessíveis. FLV A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de frutas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja. Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consumidores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Agência


Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a legislação do Ministério da Agricultura e Abastecimento. O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao nível social dos consumidores. Minimercados localizados na região metropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos. O projeto de expansão do estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifrúti. Ações adotas por muitos varejistas envolvem também o aperfeiçoamento da qualidade do produto fornecido. A contratação de profissionais capacitados e investimento em cursos de manejo de FLV para funcionários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”. A combinação de cores, a montagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os compradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti dentro dos supermercados estão tomando a freguesia das feiras livres. Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar. As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não perecíveis. Apesar de ser consi-

derado ultrapassado, o sistema de abastecimento de FLV no Brasil está lentamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum. A DEVOLUÇÃO DE HORTIFRUTIS DANIFICADOS Sistema de fidelidade garante rapidez na substituição de FLV rejeitados pelos supermercadistas. As redes de supermercado são grandes compradores dos atacadistas da Ceagesp. Receber do entreposto de São Paulo frutas, legumes e verduras danificados é pouco comum. Mesmo que aconteça, a troca ou devolução do produto avariado é feita de forma rápida e sem empecilhos. Isso acontece porque existe um grau de fidelidade entre fornecedor e varejista que impede que produtos fora do padrão da loja cheguem até ela. O permissionário entra com o hortifrúti “perfeito” para aquele determinado estabelecimento e recebe em troca a exclusividade do supermercadista. As contaminações microbiológicas elevadas são os principais problemas dos alimentos perecíveis.

Fatores como refrigeração, armazenamento e manipulação são essenciais para conservá-los aptos para a comercialização. Cada vez mais, a rede varejista exige que seu fornecedor/produtor atenda a determinadas normas e políticas de controle de qualidade, que estão mais rígidas. Se uma caixa de FLV chegar fora dos padrões de determinado supermercado, ela pode ser facilmente substituída ou renegociada diretamente no box de onde partiu. A rede varejista investe cada vez mais na qualificação de fornecedores e funcionários da área de FLV. A atenção na hora da compra é o primeiro passo para evitar prejuízos. Depois, os cuidados dentro da loja são fundamentais. Veja alguma dicas: -Separar por tamanho, cores e estado de maturação; -Transportar em veículos e embalagens apropriados; -Fazer o controle de qualidade na hora do recebimento; -Dispor de embalagens adequadas na frente de caixa para não haver manipulação. REDISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS EVITA DESPERDÍCIO Programas de reaproveitamento de hortifrútis que seriam descartados combate à fome e conscientiza empresas de São Paulo . Quando o FLV é rejeitado nas gôndolas do supermercado, ele pode ser reaproveitado para a alimentação de animais, e a mercadoria que estiver apta para o consumo humano, pode ser doada para programas de combate ao desperdício e à fome, como o Banco de Alimentos da Ceagesp, que reaproveita as frutas, legumes e verduras descartados diariamente no entreposto, destinados a diversas entidades assistenciais.


Outra iniciativa do gênero é o Mesa Brasil Sesc São Paulo, que recolhe doações feitas por inúmeros atacadistas e imediatamente redistribui o alimento que seria desperdiçado. Pessoas físicas também podem participar doando diretamente às instituições cadastradas. Para ser um doador desse projeto, é preciso seguir as seguintes regras: -Separar os alimentos por gênero; -Doar somente alimentos próprios para consumo; -Solicitar recolhimento com, no mínimo, 48h de antecedência do prazo de validade do alimento; -Manter os alimentos armazenados adequadamente até a chegada da coleta; -Exigir recibo de doação do Mesa Brasil Sesc São Paulo. Instituições beneficentes interessadas em receber doações devem ser cadastradas e só serão incluídas no programa após entrevista, visita técnica às instalações e disponibilidade de doação. No momento da distribuição dos alimentos, o primeiro fator a ser considerado é a localização das instituições receptoras em relação aos roteiros logísticos de distribuição, realizados diariamente pelo programa. Paralelamente, leva-se em conta o grau de necessidade de cada instituição para cada tipo de alimento. Depois disso, é calculada a quantidade a ser enviada, considerando o número de pessoas atendidas, o tipo de refeição servida no dia, o sexo e a faixa etária de quem vai consumir os alimentos, além de seu valor nutricional. É muito fácil reduzir o desperdício e ainda ajudar a combater a fome. Grandes redes atacadistas já possuem sistemas de coleta e separação de alimentos descartados e diversas campanhas visam cons66 /// Outubro 2016

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cientizar a ação de cada cidadão, como a lançada pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, chamada “1/3 de tudo o que você compra vai direto para o lixo”. ADEQUAR O SETOR DE FLV NÃO É TAREFA FÁCIL, MAS PODE JUSTIFICAR O INVESTIMENTO O envolvimento entre produtores e varejistas, embalagem e exposição correta podem ser o segredo para o setor de frutas, legumes e verduras. É crescente a busca de diferenciação, de identidade própria, pelos varejistas em todo o mundo. O supermercado, entretanto, é um negócio que trabalha com a revenda de produtos em sua maioria idênticos, ao menos em itens industrializados como: sabonete, detergente, macarrão, Óleo, refrigerante, entre outros. Como então promover a diferenciação, fazer da loja um local especial, ao qual o cliente queira voltar sempre? Claro que a resposta é complexa, e envolve questões que vão desde a localização, facilidade de acesso, estacionamento, horário de funcionamento, serviço oferecido, simpatia dos funcionários etc. Mas há algo mais: a experiência sensorial que traz sensações únicas e marcantes por

meio da visão, do olfato, da audição e da degustação. Para isto, prestam-se de maneira extraordinária os produtos não industrializados, especialmente FLV: permitem arranjos visuais únicos, trabalhando o frescor, as cores, aromas e sabores, criando ambientes ‘marcantes e oferecendo produtos de características individuais únicas de embalagens contendo FLV, quando os produtos chegam à loja na maioria das vezes são empilhados, simplesmente despejando o conteúdo da caixa sobre um monte já existente, para em seguida os produtos serem apalpados pelo comprador, que pela pressão de seus dedos e pelo pegar e largar uma fruta várias vezes acaba deteriorando sua qualidade (quanto mais madura, pior será o impacto). Vivemos, portanto, em uma situação paradoxal: tratamos da pior forma os produtos que mais nos ajudam a marcar nossa imagem e trazem importante contribuição para os resultados. Do ponto de vista da cadeia, faltam ainda padrões de classificação de muitos produtos (tipo / variedade, tamanho, grau de maturidade, aspecto), exigindo muita manipulação nas áreas de retaguarda para prepará-los para sua exposição no


ponto de venda, desde a limpeza até o eventual reempacotamento. Processos que envolvem tempo, custo e degradação física dos itens manipulados. A solução para tais questões envolve um projeto amplo, começando pelo ponto de venda e se estruturando até o produtor, analisando cada atividade que ocorre ao longo de toda a cadeia, considerando ainda o fato de os produtos serem delicados e terem tão e em vista do volume demandado pelo varejo muitas vezes superar em muito a capacidade de fornecimento de agricultores individuais, faltando-lhes a massa critica para viabilizar os níveis de serviço demandados por uma cadeia ágil de reposição de itens de alto giro. Assim, muitas das soluções de maior sucesso envolvem um terceiro, especializado em FLV, que assume todo o processo de compra e abastecimento do varejo da linha completa de FLV, servindo como integrador dos produtores e centralizador da logística e dos processos administrativos, envolvido também no processo de desenho das embalagens de cada item e do controle de qualidade dos itens fornecidos, assim dispensando o varejista de toda estrutura operativa do setor. Quando da análise das embalagens para cada produto, é preciso considerar as funções de quantidade de itens e de proteção ao conteúdo, bem como o giro de cada item no ponto de venda, as condições de transporte, a perecibilidade do produto e ainda os custos, processo de produção e de descarte do material de embalagem, buscando sempre minimizar o impacto ambiental. Exemplos disto podem ser observados em todo o mundo, até mesmo em lojas especializadas, desde sofisticados hortifrútis no Brasil até lojas como a Whole Foods e outras no hemisfério norte, onde se dá crescente

atenção a frutas, legumes e verduras, ou mesmo carnes, peixes e flores, que representam parcelas crescentes do faturamento e do lucro do varejo. Do ponto de vista logístico, entretanto, a operação com esta linha de produtos ainda é extremamente rudimentar, faltando, em nosso meio, os elementos mais simples de especificação técnica de classes de produtos até embalagens padronizadas e adequadas a todas as operações de manipulação e transporte desde o produtor até a gôndola. Estas limitações se traduzem em enormes desperdícios, manuseio desnecessário de produtos e embalagens e consequentes danos na aparência e vida útil. Não bastassem as dificuldades citadas, o problema é ainda agravado pelas práticas de exposição pelo varejista e de compra pelo consumidor. Mesmo que os responsáveis pela logística ao longo de toda a cadeia tomem grande cuidado na manipulação vida útil extremamente restrita, e que suas compras são feitas preferencialmente no período da manhã. É imperativo definir as características de produtos e embalagens adequadas à venda, oferecendo ao consumidor os itens mais perfeitos e idênticos entre si (tomates, laranjas, mamões, mangas, cenouras, pepinos, alcachofras... da mesma variedade, tamanho e grau de maturidade), em baladas em caixas que os protejam e sirvam como unidade de reposição da gôndola - ou mesmo de compra pelo consumidor - evitando qualquer manipulação do produto entre o produtor e o ponto de venda, agilizando a cadeia (assegurando o

frescor e qualidade do que se oferece na loja), e na medida do possível encurtando a cadeia (e seus custos). Alguns casos de grandes progressos na área de FLV, conforme relatos dos varejistas envolvidos consideram ainda como um dos fatores críticos de sucesso a questão da parceria entre o supermercadista e seu fornecedor, de sorte a assegurar que os produtos colhidos de madrugada (especialmente verduras) estejam na loja quando de sua abertura. Na maioria das vezes, é complexo o abastecimento direto da loja em um sem-número de pequenos produtores rurais, em especial pelas diferenças entre seus modelos de gestão. Não basta, porém, a embalagem: o sucesso nesta iniciativa está fortemente respaldado na mudança dos processos vigentes, quando o produto deve ser embalado pelo produtor já na situação de venda, limpo, posicionado na caixa em sua posição de exposição e obedecendo a todos os padrões visuais e de higiene estabelecidos, o que remete ao primeiro elo da cadeia uma responsabilidade adicional. O bom cumprimento permite significativos ganhos de tempos e reduções de custo nesta cadeia, permitindo remunerar corretamente as novas funções exigidas do produtor, uma vez que ninguém mais colocará a mão nos produtos até a outra ponta da cadeia. Mudanças desta natureza são complexas, exigem tempo e planejamento. Os resultados qualitativos e quantitativos, entretanto, são interessantes, beneficiando os envolvidos e justificando os investimentos.

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GRÁFICA

90 anos. Neste período vimos muita coisa acontecer: guerra mundial, tivemos 8 papas e 20 presidentes, fomos 5 vezes campeões do mundo no futebol, fizemos grandes clientes, parceiros e amigos. Enfim, é muita história vivida a ser contada. E continuamos acreditando no nosso país, mantendo nosso lema: a melhor impressão é a que fica no coração de todos.

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85 3464.2727 | Fortaleza - Ceará | www.tiprogresso.com.br 72 /// Outubro 2016

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CONVENÇÃO

Palavra do Presidente

Associção de Supermercados da Paraiba-ASPB | Jose Willame de Araujo

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Cenário positivo à vista

odos nós estamos cientes que o momento econômico do país ainda inspira cuidados e que a crise, política e econômica, ainda está longe de acabar. Mas o que nós, supermercadistas, já vislumbramos é um cenário mais positivo para os próximos meses, pois já percebemos uma leve estabilização da economia brasileira. E para quem tem o varejo na alma, quem vive de vendas, isso já é motivo de comemoração. Pois acreditamos que a curva agora tende a ser ascendente. E isso a gente já sente no olhar e na emoção dos colegas supermercadistas, do Sul ao Nordeste, do Litoral ao Sertão. É lógico que ainda falta muita coisa e ainda precisamos muita precaução com nossa operação no dia a dia da loja. Mas, se não há contratação, pelo menos o setor parou de demitir. Se ainda não há crescimento de vendas, pelo menos já percebemos uma estabilização dos números na comparação com períodos anteriores. Começamos o ano tensos e instáveis, mas já vemos um cenário que as empresas estão estabilizadas e outras poucas estão, inclusive, conseguindo progredir. O nosso maior desafio agora é estarmos prontos para o que vem depois da crise. Com o objetivo de apresentar aos lojistas as principais novidades do setor, vamos realizar em outubro o edição 2016 da Consuper - con-

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venção supermercadista. Esperamos empresários de vários estados do Brasil, especialmente os da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. Uma oportunidade para troca de ideias, contatos com empresários, conhecer novas tecnologias e, logicamente, fazer negócios. Dentro dessa linha de recuperação da economia, percebemos esse ano um cenário mais positivo, com uma maior aceitação das empresas no fechamento da feira, especialmente dos representantes da indústria, que enxergaram na convenção uma oportunidade de conversar direto com os varejistas. Em resumo, o que a gente vê é o empresário do varejo mais confiante, ou menos pessimista em relação ao Brasil. Quando os níveis da empregabilidade voltarem a subir e houver uma retomada de confiança do consumidor, temos a convicção que os empresários paraibanos estarão mais preparados, com equipes mais qualificadas, com ganhos de produtividade e eficiência na operação e custos mais enxutos. Assim, teremos totais condições de transformar essa crise em verdadeira oportunidade. Acreditamos que as empresas que prosperam são as que existem por uma razão maior que vender e gerar lucro. Mas para crescer é indispensável ter propósito, cultura, liderança e engajamento.


CONSUPER investe no relacionamento com indústria em busca de novos negócios

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edição deste ano da Consuper, 12ª Convenção de Supermercados da Paraíba, que acontece entre os dias 18 e 20 de outubro, no Centro de Convenções de João Pessoa, vai reunir cerca de 8 mil empresários do setor, entre supermercadistas, fornecedores de diversos estados e representantes da indústria. Com cerca de 40 expositores, o evento vai apresentar as últimas tendências em produtos, serviços e tecnologias para o setor supermercadista. Além do relacionamento e troca de informações sobre novidades do setor, o que os participantes mais buscam num encontro como a Consuper é a possibilidade de realizar negócios e estreitar parcerias entre varejo e setor produtivo. E uma das marcas da convenção deste ano é a força da indústria dentro da feira. Ao contrário das outras edições, com forte presença do segmento de distribuição e atacadista, a feira deste ano foi remodelada e quase a totalidade dos estandes foi fechada com indústrias, não só da região Nordeste, mas com representantes do Centro-Oeste, Sul e Sudeste. “A necessidade de aumentar suas vendas fez com que a indústria partisse para uma ação de relacionamento direto com os supermercadistas, o que possibilita muitas vantagens para o consumidor”, explica o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), José Willlame de Araújo. A associação é a responsável pela realização da Consuper. Uma das consequências diretas da maior presença de expositores industriais é o interesse maior de varejista de toda a região pela Consuper. Vários expositores vão promover

caravanas de empresários de outros estados, como Alagoas, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. “A Consuper é uma oportunidade das indústrias apresentarem novos produtos, com qualidade superior e melhores preços. Por isso, fazem questão que supermercadistas de toda a região estejam por aqui para otimizar a estratégia de relacionamento”, avalia o presidente da ASPB. Mesmo com um ano difícil para o setor varejista, que vem sofrendo quedas sucessivas há três anos, os empresários estão com forte expectativa pela Consuper. A parceria com as indústrias é a prova clara que o público da convenção busca, prioritariamente, a concretização de negócios. Isso é bom para as indústrias, os supermercadistas e principalmente para os consumidores, que em breve vão encontrar novas opções de produtos e preços nos supermercados. “Estamos fazendo vários esforços para garantir a competitividade das empresas do nosso setor. Durante todo o ano promovemos capacitações e treinamentos para os empresários e propusemos uma Convenção focada na gestão, inovação e ousadia. Estamos certos que é possível resistir à crise econômica”, analisa Araújo. Histórico - A primeira edição da

Consuper foi realizada na cidade de Campina Grande, na Paraíba, no ano de 2005, com 360 metros quadrados de área de exposição. Atualmente, ela acontece numa área de cinco mil metros quadrados, sendo 2.700 de área de estande. “A Feira está consolidada. Nós temos no Nordeste, hoje, basicamente duas feiras de grande importância para o setor supermercadista, uma na Bahia e a nossa aqui da Paraíba, e isso é muito bom para nós. Nosso foco tem sido atrair cada vez mais indústrias. Apesar de termos na Paraíba um grupo bom de distribuidores e de atacado, que faz bem esse trabalho junto ao pequeno varejo, fomos em busca também do setor industrial”, comenta Damião Evangelista, superintendente da ASPB e responsável pela montagem da convenção. A Consuper tem uma visita diária de aproximadamente três mil pessoas e a expectativa desse ano é um crescimento considerável. Damião diz que a feira vem buscando muito a presença de donos de lojas e compradores das empresas, pois é o público que negocia as compras das empresas. “Precisamos muito de quem tem o poder de decisão, de quem pode junto com o fornecedor construir alternativas de negócios”.

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DESIGNER Cinco empreendedores paraibanos estão entre os 100 maiores artesãos do Brasil As peças escolhidas são das cidades de João Pessoa, ­Campina Grande, Gurinhém e Boa Vista

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inco trabalhos do artesanato paraibano foram selecionados entre os 100 melhores do Brasil. Eles foram escolhidos pelo Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato, entre mais de dois mil inscritos em todo o País. Os vencedores serão reconhecidos em novembro, em uma cerimônia no Rio de Janeiro. Na Paraíba, 84 artesãos se inscreveram na premiação e os escolhidos entre os 100 melhores do país foram: Lenita Fernandes Maia (Gurinhém), Valci Oliveira (Campina Grande), Elizabeth Paz (João Pessoa), Rosineide Gonçalves (João Pessoa – Associação Sereias da Penha) e Maria da Conceição Emiliano (Boa Vista – Cooperativa Artesanal As Cabritas). “Esta premiação é mais uma oportunidade de reconhecimento do nosso artesanato. Nas três últimas edições, a Paraíba já teve 25 trabalhos premiados”, disse a analista técnica do Sebrae Paraíba, Maísa Duarte. Ela explicou que esta é a quarta edição do prêmio que reconhece as 100 melhores unidades de produção artesanal, não somente pela qualidade dos seus produtos, mas também por suas práticas de gestão.

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As 100 unidades artesanais vencedoras terão o direito de uso do selo “Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato – 4ª edição” por três anos. Além disso, os vencedores terão divulgação de três produtos nos sites do Sebrae Nacional e de sua região, no CD promocional e no catálogo. Os vencedores ainda participarão da Feira “Mãos de Minas” e da Fenearte (PE), além de rodadas de negócios. As melhores unidades produtoras foram escolhidas com base nos critérios de práticas de inovação, qualidade dos produtos, identidade e compromisso cultural, embalagem, condições de trabalho, sustentabilidade ambiental, organização da produção, adequação econômica dos produtos, práticas comerciais, responsabilidade social, planejamento e gestão. Vencedores paraibanos Lenita Fernandes Maia, da Terra do Sol, da cidade de Gurinhém, foi escolhida por sua peça de tecelagem e trançados com fibras naturais. Já Elizabeth Paz, de João Pessoa, foi

reconhecida pelo seu artesanato de objetos de adorno e acessórios de moda. O outro reconhecimento para João Pessoa foi para Rosineide de Oliveira Gonçalves, da Associação de Artesãs Sereias da Penha, que inscreveu um colar produzido com escamas de peixe. Da cidade de Boa Vista, a vencedora foi a artesã Maria da Conceição Emiliano, da Cooperativa Artesanal As Cabritas, com objetos com matérias-primas industrializadas. Já a vencedora de Campina Grande foi Valci Oliveira, na categoria objetos frágeis, com um São João em cerâmica. “Foi o primeiro prêmio que recebi. Fiz minhas primeiras esculturas em 2014, para expor no Salão de Artesanato e agora recebo esse reconhecimento sem igual”, disse Valci. Estímulo à produção artesanal O Top 100 de Artesanato foi criado em 2006, a partir da necessidade de apontar novas abordagens de estímulo à produção artesanal brasileira. Na sua primeira edição, o prêmio recebeu 585 inscrições. A segunda edição, em 2009, contou com 1.000 inscritos e, na última, em 2011, foram 1.826 inscritos, sendo 90 da Paraíba. Agora, na quarta edição, foram 2.145 inscritos nacionalmente e 84 na Paraíba.


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VAREJO

Comércio da PB atinge R$ 34,541 bilhões em faturamento e emprega 121 mil pessoas, revela IBGE

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s receitas brutas das empresas do comércio da Paraíba atingiram R$ 34,541 bilhões e empregavam 121 mil pessoas em 2014, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 26 de agosto, com a divulgação dos resultados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC). O faturamento das empresas do setor apresentou crescimento nominal de 8,5% sobre o ano anterior (R$ 31,836 bilhões), descontados os efeitos da inflação, o que representa um crescimento real. Na comparação de 2007 a 2014, a expansão das receitas do setor chegou a 167,8%. Por segmento, o comércio varejista liderou na receita bruta, com R$ 17,161 bilhões, quase metade do total (49,7%), alta de 8,8% sobre o anterior. O comércio atacadista apresentou maior crescimento nas receitas (10,4), na comparação com o ano anterior, atingindo R$ 13,776 bilhões (39,9% do total), enquanto o comércio de veículos, peças de veículos e motocicletas cresceu apenas 0,4% e detinha 10,4% das receitas do setor comercial em 2014 (R$ 3,6 bilhões). De acordo ainda com os dados da Pesquisa Anual do Comércio, quanto ao número de empresas do setor, as unidades cresceram 2,6%, passando de 23.555 estabelecimentos na Paraíba, em 2013, para 24.168 empresas, no ano seguinte. O setor varejista concentra 85,3% (20.670 do total), enquanto os segmentos de peças de veículos (7,4%) e de atacado (7,1%) tiveram participações menores. EMPREGOS GERADOS - No quesito de empregos, o comércio apre78 /// Outubro 2016

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sentou 10,11% de crescimento de pessoas ocupadas no setor, de 2013 para 2014, na Paraíba, passando de 109,981 mil trabalhadores para 121,1 mil. A expansão de 2007 para 2014 chegou a 44,67%, um amento de 37,3 mil postos. O comércio varejista concentra 74%, seguido do comércio de veículos e peças, com 17% do total (20.568) e, em terceiro, por atacadistas (8,9% do total), atingindo 10,303 mil pessoas ocupadas no Estado. Já a remuneração média do setor comercial cresceu 9,3% de 2013 para 2014 (de R$ 908 para R$ 993). Levando em consideração o período de 2007-2014, o índice cresceu 108,4%. DADOS NACIONAIS - No país, o comércio ocupou 10,7 milhões de pessoas em 2014. Em 2013, esse valor foi de R$ 2,7 trilhões, segundo dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC). A receita do setor, com 1,6 milhão de empresas comerciais, cresceu 7,3% em termos reais, aumento impulsionado pelo desempenho do segmento do comércio atacadista, cuja contribuição para o crescimento da receita foi de 3,7 pontos percentuais. O aumento,

no entanto, é menor que em 2013 (8,9%), 2011 e 2012 (11,9%). Para o gerente da pesquisa, Luiz Andrés Ribeiro, um dos dados que merecem destaque é o que aponta aumento da participação do comércio varejista ao longo dos anos da pesquisa, iniciada em 2007. “A participação passou de 39,8%, em 2007, para 43,4%, em 2014. Por outro lado, o comércio atacadista, que respondeu pela maior parcela da receita, apresentou pequena queda, passando de 44,9% para 44,4%, bem como o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, cuja participação passou de 15,4%, em 2007, para 12,2%, em 2014”, disse. Ribeiro destacou que esses resultados tiveram impacto, principalmente, pela dinâmica do mercado de trabalho, do mercado de crédito e pela elevação da renda média da economia brasileira no período. O comércio varejista respondeu por 78,8% do número de empresas, com 1,3 milhão, e empregou 7,9 milhões de pessoas (73,7% do total). Fonte: Site Governo da Paraíba.


MERCADO Preço da cesta ­básica varia 39,68% em João Pessoa, ­segundo Procon-PB Preços da cesta vão de R$ 272,91 a R$ 381,20. Feijões carioca e preto tiveram maior variação

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preço da cesta básica em João Pessoa apresentou uma variação de até 39,68%, segundo mostrou uma pesquisa da Autarquia do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado da Paraíba (Procon-PB), feita nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em supermercados populares da cidade. O menor preço para a compra da cesta é de R$ 272,91, no supermercado BemMais, nos Bancários. Enquanto isso, no mesmo bairro, o Carrefour apresentou o maior valor da cesta básica na capital, R$ 381,20. A diferença de preço chega a R$ 108,29, uma variação de 39,68%. Os produtos que apresentaram maior diferenciação de preços foram os feijões carioca e preto, com valores que variaram de R$ 8,79 a R$ 13,43 e de R$ 7,69 a R$ 9,38, respectivamente. Os itens que compõem a cesta básica são carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/ óleo, manteiga e pão francês. A pesquisa completa pode ser consultada no site do Procon-PB. FONTE: G1/Paraíba


MERCADO

Pesquisa Procon-PB: preço do gás de cozinha varia de R$ 42,00 a R$ 60,00 em João Pessoa A Autarquia do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PB), através do Setor de Pesquisa e Estatística, comparou, entre os dias 1º e 5 de setembro, preços cobrados pelo gás de cozinha em 18 estabelecimentos de João Pessoa. A pesquisa identificou preços à vista e a prazo nos estabelecimentos. O gás comprado à vista varia de R$ 42,00 a R$ 60,00. Já a prazo, está estabelecido em R$ 60,00. Considerando apenas o pagamento à vista, o estabelecimento SOS Gás (Torre) tem o menor preço dos 18 pesquisados. Já Neto Gás (Bancários) e Emerson Gás (Bancários) têm os menores preços, quando o pagamento é a prazo. Os estabelecimentos SOS Gás e Ezequiel Gás cobram preços diferenciados, quando o gás de cozinha é comprado por telefone. O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode procurar o Procon-PB ou o núcleo de atendimento mais próximo, bem como outros canais. Orientações: 151 Sede: Das 8 às 16h30 (na sede situada no Parque Solón de Lucena) Casa da Cidadania – Shopping Manaíra: das 10h às 18h Secom PB

EDUCAÇÃO

Alunos da rede estadual se destacam na Olimpíada Brasileira de Robótica A participação dos alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino na etapa Paraíba da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que aconteceu de 23 a 27 de agosto, em João Pessoa, foi considerada positiva pelos participantes e organizadores do evento. O que chamou a atenção do coordenador estadual da OBR, Ramon Souza, foram o empenho e a dedicação de todos, principalmente dos alunos das escolas do interior do Estado. “O ensino da robótica está sendo desenvolvido de forma bastante positiva, principalmente nas escolas do interior do Estado”, contou Ramon Souza. Cento e sessenta equipes e 68 professores de dez Gerências Regionais de Educação (GREs), da Secretaria de Estado da Educação (SEE) participaram do evento. A equipe JGQ, da Escola Estadual Prof. José Gonçalves de Queiroz, de Sumé, se destacou conquistando a Medalha de Dedicação, destinada às escolas públicas. Já a Escola 80 /// Outubro 2016

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Odilon Bezerra Cavalcante, de Cuitegi, se destacou com a medalha na área de Inovação, também destinada às escolas públicas. “Ficamos felizes porque vimos que os nossos alunos estão conseguindo acompanhar o ritmo da competição e até superando equipes de escolas particulares e do IFPB”, contou Ramon Souza. Participaram da competição alunos das escolas estaduais dos municípios de João Pessoa, Itabaiana, Itaporanga, Lagoa de Dentro, Cuitegi, São José de Caiana, Sumé e Diamante. Secom PB



MERCADO Além da PB, Porto de Cabedelo abastece mercado de ­combustíveis de mais três estados do NE

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Porto de Cabedelo, por sua localização estratégica, recebe por mês toneladas de combustíveis para abastecer o mercado paraibano e parte de municípios de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. No mês de agosto, atracaram no porto seis petroleiros. Os navios de combustíveis chegam semanalmente no Porto de Cabedelo. Em média, atracam seis navios petroleiros por mês. “O Porto de Cabedelo possui uma posição geográfica privilegiada tanto do ponto de vista marítimo quanto do ponto de vista rodoviário. Nós estamos integrados com a BR-230 e a BR-101”, destacou a presidente da Companhia Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, argumentando ser este um dos principais atrativos do porto, tendo em vista ser o mais próximo da Ásia, África e Europa, além de ocupar uma posição estratégica em relação aos demais estados do Nordeste, situando-se no centro geográfico da região. Por causa dessa posição estratégica, mais empresas já manifestaram interesse em arrendar áreas para estocagem de combustíveis. “O Porto tem áreas disponíveis para arrendamento para estocagem de combustíveis e algumas empresas estão interessadas, já protocolaram propostas na Companhia Docas, mas depende de liberação por parte do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil a licitação das áreas disponíveis no Porto”, explicou Gilmara Temóteo. O Porto de Cabedelo tem foco na questão de cabotagem de combustíveis, que é o translado de mercadorias em porto do mesmo país. 82 /// Outubro 2016

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Atuam no Porto de Cabedelo quatro terminais de combustíveis: Transpetro, BR Distribuidora, Tecab e Raízen, empresas arrendatárias e clientes do Porto. Os navios petroleiros atracam no berço 101, exclusivo para descarregar os combustíveis por meio de mangotes que transportam os produtos para os tanques localizados dentro do complexo portuário. O Porto administra tudo, mas a distribuição dos combustíveis é feita por essas quatro empresas. Hoje uma empresa já importa combustível por meio do Porto de Cabedelo. Em julho passado, um navio fretado trouxe 5.600 toneladas de gasolina de Houston, Estados Unidos. Atualmente, o Porto de Cabedelo dispõe de um cais acostável público, com 602m de comprimento. Este cais é dividido em quatro berços de atracação com profundidade homologada pela Marinha do Brasil em 9,14 metros. Esse cais possibilita a atracação de três navios, simultaneamente, de até 200 metros de comprimento cada. Arrendamento de áreas - No que tange aos tanques referentes a graneis líquidos, são inclusas no espaço do Porto áreas que são arrendadas a empresas de armazenagem. As áreas denominadas AE-2, AE-3 e AE-4 estão disponíveis ao Tecab – Terminais de Armazenagens de Cabedelo Ltda, com área total de 24.783m² e capacidade de armazenagem de 30.284m³, divididas em nove tanques. Esta empresa tem um projeto de expansão para a criação de mais cinco tanques. A Raízen Combustíveis S.A. utiliza a área AI-1 com 19.051,80m²,

dispondo de seis tanques com capacidade total de armazenagem de 19.000m³ para graneis líquidos. Na área AE-13 podem-se encontrar dois tanques com capacidade de armazenagem para 2.900 m³ e o Porto está tentando autorização do MTPA para licitar. A Petrobras Distribuidora, Base de Cabedelo (Bacab), utiliza a área denominada AE-11 da zona portuária, possuindo uma topografia plana que dispõe dos seguintes dados para armazenagem e movimentação de combustíveis: seis tanques verticais com capacidade total de armazenagem de 11.600m³ de gasolina, diesel e alcoóis, e três tanques horizontais com capacidade total de 75m³ para armazenagem de biodiesel. Localização - O Porto de Cabedelo está localizado no município de Cabedelo, estado da Paraíba, na margem direita do estuário do Rio Paraíba, vizinho ao Forte Santa Catarina, monumento histórico do século XVI, em frente à ilha da Restinga. Suas coordenadas geográficas são: Latitude: 6º 38’ 40” S (Sul) e Longitude: 34º 50’ 18” W (Oeste). O Porto de Cabedelo está interligado com os modais hidroviário, rodoviário, ferroviário, aeroviário e dutoviário. A Companhia Docas da Paraíba, responsável pela administração, tem sua sede dentro da área portuária, na Avenida Presidente João Pessoa, sem número, CEP 580310-000, no centro da cidade de Cabedelo. O endereço eletrônico é http://portodecabedelo.com.br/docas-e-porto e PABX (83) 3250-3001. Fonte: PB Agora Online.



MERCADO

Startups paraibanas são finalistas do InovAtiva Brasil Empresas apresentaram seus projetos para quase 120 investidores, na Escola de Negócios do Sebrae em São Paulo

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inco startups paraibanas são finalistas do primeiro ciclo de aceleração 2016 do InovAtiva Brasil, o maior programa de aceleração e capacitação para novas empresas de base tecnológica no país. O evento final do programa, chamado de DemodayInovAtiva, reuniu quase 120 investidores, para que as empresas apresentassem seus projetos em pitchs de cinco minutos, recentemente, na Escola de Negócios do Sebrae em São Paulo. Das cinco empresas paraibanas que apresentaram seus projetos, três são apoiadas pelo projeto StartPB do Sebrae Paraíba. “Estimulamos a participação das empresas e oferecemos orientações de como captar recursos e conquistar clientes, o que aumentou as chances de aprovação”, destacou a gestora do projeto StartPB do Sebrae Paraíba, Danyele Raposo. Ela destacou que, em fevereiro, foram mais de 1,3 mil projetos submetidos ao InovAtiva, em todo o País. As startups paraibanas selecionadas e apoiadas pelo Sebrae Paraíba são a GlocalArts, o Grupo e-Gen e a Sinapse Virtual. Esta última ainda foi premiada pelo Facebook com 80 mil dólares em produtos e serviços para sua aceleração. O InovAtiva Brasil foi criado em 2013 pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços com a proposta de apoiar empreendedores iniciantes com potencial para desenvolver ideias tecnológicas, mas com pouco conhecimento de como gerir seu negócio. Em fevereiro deste ano, o Sebrae tornou-se co-realizador do programa. Para Marcos Vinícius de Souza, secretário de Inovação e Novos Negócios do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o evento consolida todo o trabalho e dedicação dos participantes. “O interesse de mais de uma centena de investidores anjo, executivos de fundos de investimento, representantes de aceleradoras e de grandes empresas é prova de que o InovAtiva se consolidou como uma das principais fontes de startups de qualidade para o mercado. Eles sabem que aqui têm grande chance de encontrar excelentes oportunidades de investimentos e negócios”, ressalta. Para o CEO e fundador da GlocalArts, Luciano Moreira, o InovAtiva é uma importante iniciativa para o desenvolvimento do empreendedorismo. “Foi incrível estar, conhecer e trocar experiências com promissores empreendedores de todo o Brasil. Foi um evento de altíssimo nível e de muito aprendizado”, afirmou. A GlocalArts é o primeiro marketplace de artes do Brasil e que tem por 84 /// Outubro 2016

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missão aproximar a arte das pessoas, potencializando o alcance dos artistas através da tecnologia. Anderson Teixeira, diretor de tecnologia do Grupo e-Gen, destacou que o evento superou suas expectativas. “Fechamos importantes contatos para a consolidação do nosso produto no mercado. O nível das mentorias e a convivência com outros empreendedores ajudaram a reposicionar nossa visão de negócio”, completou Anderson. Criado pelo Grupo e-Gen, o YpControl é uma plataforma computacional que auxilia gestores a controlar os processos críticos das empresas e instituições de forma simples e intuitiva. Já a Sinapse Virtual, além de ter sido uma das finalistas do InovAtiva Brasil, foi uma das 14 premiadas pelo Facebook, com o programa FbStart, que irá oferecer desde mentorias com funcionários do Facebook a um pacote de benefícios de 80 mil dólares, que inclui anúncios na rede social e soluções e serviços de tecnologia e gestão de parceiros. A empresa criou o “Sinapse nas Escolas”, plataforma online que avalia, planeja e corrige problemas de aprendizagem de crianças do Ensino Infantil e Fundamental. Fonte: Sebrae Paraíba.


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PIAUร

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MERCADO

Agronegócio no estado do Piauí ganha destaque

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e maneira geral, as bases que sustentam o agronegócio são terras produtivas, infraestrutura e logística para escoamento da produção, além de uma política eficaz de incentivos fiscais, bem como acesso ao crédito. É seguindo esses pilares que o Piauí tem atingido resultados elevados em produção e, principalmente, em produtividade nas últimas safras agrícolas. Segundo dados do 6º Levantamento de Grãos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção agrícola no Estado referente à safra 2010/2011 deve ser superior a 2,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 68,4% em relação à safra anterior, que fechou com 1,384 milhões de toneladas produzidas. A produtividade deverá passar de 1,370 mil quilos por hectare para mais de 2 mil quilos. O crescimento maior se deu na região dos Cerrados Piauienses, onde os produtos obtiveram índices de aumento consideráveis em relação à safra 2009/2010: feijão, 253,1%; algodão, 183,1%; arroz, 159, 2%; milho, 102,3%; e soja, 34,4%. O agronegócio soja e seu arranjo produtivo no Piauí deve ser visto com mais atenção, uma vez que o Esta86 /// Outubro 2016

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do é considerado a última fronteira agrícola do país. Isso fica evidente quando se comparam números, já que no ano de 1985 foram produzidas 142 toneladas em 221 hectares. Em dez anos, a produção cresceu para 20.296 toneladas em 8.635 hectares, e no ano de 2006, a produção chegou a 528.459 toneladas em 216.209 hectares. A expectativa é que em 2016 a produção seja de 1.167,3 toneladas. A área atrai produtores de todo o Brasil, principalmente do sul do país, que já se estabeleceram na região e estão aproveitando as políticas públicas e incentivos fiscais desenvolvidas pelo Estado e a excelente localização da região, que facilita o desenvolvimento da cadeia produtiva desde a plantação até a sua chegada ao mercado externo. A diversidade da florada da Caatinga do Piauí é um dos motivos que garante a qualidade do mel produzido no Estado. A procura pelo mel piauiense está cada vez maior, principalmente depois que o produto conquistou a certificação orgânica, concedida pela certificadora alemã Flor-Cert, líder no mercado. Na região de São Raimundo Nonato, sul do Piauí, a apicultura está

mudando a forma de pensar do sertanejo, que hoje tem na produção e comercialização do mel a sua principal atividade econômica. De acordo com dados da Cepro – Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí, em 2006 foram exportadas 1.939,92 toneladas de mel, enquanto em 2009, esse número subiu para 2.533.519. O Governo do Estado incentiva essa atividade através de programas como a Casa do Mel, que oferece infraestrutura para que o apicultor possa garantir sua produção. Piscicultura Outra frente de trabalho que está ganhando cada vez mais espaço no Piauí é a piscicultura. O município de Bocaína, a 330 quilômetros de Teresina, é um bom exemplo disso. O lago de 1,1 mil hectares é utilizado como criatório, principalmente da tilápia, e já conta com uma produção de 300 toneladas de peixe, de acordo com a Cooperativa Aquícola da Região de Picos, que reúne criadores de peixes que trabalham na barragem de Bocaína.

Fonte: Site do Governo do Estado do Piauí



MERCADO

Avanços do Porto Seco são apresentados em fórum

O foco do debate foram os cenários do desenvolvimento industrial no Piauí e no Maranhão.

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s conquistas e avanços para a instalação do Porto Seco em Teresina foram apresentados no Fórum de Gestão Industrial, que reuniu gestores regionais para difundir no meio acadêmico e profissional a importância dos polos industriais para o desenvolvimento econômico-social de uma cidade. O foco do debate foram os cenários do desenvolvimento industrial no Piauí e no Maranhão. Um dos assuntos discutidos foi o Impacto da Industrialização, o Incentivo à industrialização, focando no Programa de Apoio ao Setor Industrial do Nordeste, à Gestão na Área Financeira - destacando a importância dos incentivos bancários à indústria e Indústria, o Emprego e Desenvolvimento na região de Timon/MA e Gestão nas áreas Pública e Industrial. Ted Wilson, presidente da Porto PI, foi um dos palestrantes do evento. Durante sua fala, o gestor destacou os avanços que o Estado terá com a instalação do empreendimento no Polo Industrial Sul, as conquistas na gestão pública e empreendedorismo. “O Porto Seco funcionará dentro de um Centro Logístico Industrial Aduaneiro (CLIA), uma estrutura que ampliará o poder de negociação do empresariado local, aumentando consideravelmente a receita do Estado, com o fortalecimento da economia e maior visibilidade para a indústria”, pontuou Wilson. 88 /// Outubro 2016

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Ainda de acordo com o presidente da Porto PI, a instalação atrairá mais indústrias para o Estado. “Com a instalação do porto, teremos a migração de novos empreendimentos e outras indústrias pelas inúmeras facilidades que elas encontrarão aqui, já que ganharão em custos, como logística e também no alfandegamento, já que ficará fácil importar produtos necessários para o seu negócio, bem como exportar seus artigos para alcançar mercados externos”, explanou o presidente. Compartilhou experiências com os acadêmicos, ainda, representantes da Gestão Pública como Fiepi, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdec). O representante da Sedet, Tiago Patrício, que é diretor da Unidade de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, detalhou o modelo de gestão realizado pelo Estado, que por meio da secretaria, trabalha o tripé Governo-Academia-Indústria, com a proposta de criar um ambiente favorável para que indústrias tenham um relacionamento mais efetivo com a academia. Além de empresários, o evento contou com a presença de acadêmicos dos cursos de Contabilidade, Economia, Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia da Produção, de instituições privadas e públicas. Fonte: Site do Governo do Estado do Piauí


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MERCADO

Ceapi tem recorde na comercialização de hortifrutis

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mês de julho deixou resultados positivos para a comercialização na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi). O alcance de 38.335,5 toneladas de alimentos comercializados no entreposto de Teresina representa um recorde histórico no comércio do entreposto. Os dados foram divulgados na manhã de 18 de agosto, pela Diretoria de Técnica do mercado do órgão. Segundo a diretora técnica operacional da Central de Abastecimento, Justina Vale, a safra de produtos como a cebola, laranja, abacaxi e melancia puxou a comercialização no mês das férias escolares. “A safra desses produtos aumentou as vendas porque eles entraram em uma quantidade maior. É um ciclo onde uma coisa leva à outra”, explicou a diretora. “Se está na safra, há uma produção maior, e isto faz com que entrem mais produtos aqui e, consequentemente, aumente a comercialização. Os produtos na safra têm mais uma vantagem interessante, que são os preços mais atrativos. Ficamos muito

felizes em alcançar o recorde histórico no mercado”, acrescentou Justina Vale. De acordo com o relatório divulgado, no mês de julho, as frutas e verduras com volume maior de comercialização foram: a banana, seguida da laranja, da abóbora, cebola, melancia, tomate, melão, maçã, cenoura e uva. No mercado da Ceapi, as frutas compõem o grupo de maior comercialização no entreposto teresinense. Só em julho, de acordo com o relatório, foram comercializadas 19.534,6 toneladas de frutas nacionais e 3.268 toneladas de frutas importadas. As vendas de pescado também se destacaram, chegando a um volume de 18 toneladas do produto. Confira abaixo os 15 produtos que mais foram comercializados no mês de julho na Central de Abastecimento do Piauí:

1) Banana- 3.919 toneladas 2) Laranja- 3.256 toneladas 3) Abóbora- 2.548 toneladas 4) Cebola- 2.112 toneladas 5) Melancia- 1.742 toneladas 6) Tomate- 1.664 toneladas 7) Melão- 1.385 toneladas 8) Maçã- 1.324 toneladas 9) Cenoura- 1.282 toneladas 10) Uva- 1.188 toneladas 11) Repolho- 974 toneladas 12) Batata- 912 toneladas 13) Alho- 894 toneladas 14) Beterraba- 688 toneladas 15) Mamão- 686 toneladas

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Fonte: Teresina Diário Online.



MERCADO

Cooperativas comemoram extração do mel após APL

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ooperativas e associações que desenvolvem atividade comercial em diversos municípios do Piauí são contempladas pelo projeto dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), que, coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet), tem sido um instrumento de desenvolvimento econômico para o Estado. Para acompanhamento dos trabalhos realizados pelas associações cadastradas no programa, a Sedet tem enviado técnicos que analisam o andamento das ações e dão orientações aos participantes. Na oportunidade, são instaladas placas de identificação nos locais beneficiados com o projeto nos editais I, II e III. Um dos locais visitados foi a Cooperativa dos Apicultores dos Produtores Rurais do Território Serra da Capivara, no município de Anísio de Abreu. De acordo com o presidente da associação, Sidney da Roca, antes do projeto, a cooperativa não tinha sede. “Antes eram alugados depósitos em

qualquer lugar, sem qualidade e segurança. Depois do projeto, a cooperativa já possui a própria casa, num local onde permite termos uma produção bem elevada. Com isso, conseguimos agregar valor, isto é, segurar o preço do nosso mel. Nosso maior objetivo é o apicultor ganhar o seu dinheiro, valorizando o seu produto e, assim, melhorar a renda do homem do campo”, disse o presidente. Sidney informou ainda a Central de Cooperativas Apícolas do semiárido Brasileiro – Casa Apis é o principal comprador da cooperativa. “Este ano de 2016 foram enviadas, somente para a Casa Apis, 86 toneladas de mel, onde tem semanas que são fornecidas de duas a três carretas de mel. Desta forma, o mel produzido na nossa cooperativa pode ser encontrado nas grandes redes de supermercados como Walmart e Pão de Açúcar. Além disso, o nosso mel é exportado para os Estados Unidos e Alemanha”, declarou. Só no ano passado, a cooperativa exportou 900 toneladas de mel e a expectativa para este ano é ultrapassar esse número. Fonte: Site do Governo do Estado de Piauí

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MERCADO

Piauí é a nova fronteira da mineração do Brasil O Piauí é apontado pelos sites nacionais especializados em mineração como a nova fronteira do minério.

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Piauí é apontado pelos sites nacionais especializados em mineração como a nova fronteira do minério. Essa afirmação é confirmada com os números do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, que mostram o Estado como o segundo do Nordeste e entre os dez maiores do país com incidência de minérios. Um dos pontos que chama a atenção é a diversidade da riqueza mineral piauiense, uma vez que não há apenas um minério específico em destaque, mas vários tipos, como ferro, diamantes, fósforo, níquel, mármore, calcário, argila, opala e outros. Atualmente existem no Estado em torno de 3,5 mil títulos concedidos para pesquisas dos mais diversos minerais e muitas reservas já foram confirmadas e dimensionadas. Um exemplo é a região de Paulistana (a 474 km de Teresina), que 94 /// Outubro 2016

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tem uma reserva de ferro estimada em 400 milhões de toneladas, com projetos de pesquisas e exploração em evolução. Já no município de Coronel Gervásio Oliveira (a 545 km de Teresina), o principal atrativo é o níquel, com reservas estimadas em 88 milhões de toneladas, onde está sendo investido algo em torno de US$ 50 milhões em pesquisa e instalação de usina piloto. É na região de Pedro II, a 195 km ao norte de Teresina, que se localiza a única reserva de opala nobre do Brasil. A pedra, que reflete as cores do arco-íris, chama a atenção pela qualidade, cuja similaridade é encontrada apenas em áreas da Austrália. No extremo sul do Estado, na cidade de Gilbués, a cerca de 830 km da capital, já está sendo explorada uma mina de diamantes, com uma jazida estimada em dois milhões de quilates. A exploração segue a todo vapor e já exportou quase três mil

quilates de diamantes certificados. O mármore extraído no município de Pio IX, mais precisamente na localidade de Quixaba, é de excelente qualidade, tanto na textura quanto na cor. As pesquisas indicam a existência de vários tipos de mármores, com destaque às de cores azul, platinado, dourado, branco e misto. Pesquisas realizadas em 22 municípios do Médio e Alto Parnaíba por órgãos como o Serviço Geológico do Brasil e a Agência Nacional de Petróleo apontam para fortes indícios da existência de gás na Bacia do Rio Parnaíba. Investimentos da ordem de 50 milhões já foram feitos para perfuração de poço no sul de Floriano, para conhecer o potencial comercial da área. Isso sem falar na vasta quantidade de água no subsolo piauiense. Fonte: Site do Governo do Estado do Piauí


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JUSTIÇA

Tribunal de Justiça adota novas regras para usucapião no Piauí Novas regras permitem fazer registro de imóveis no próprio cartório. Medida visa agilizar a regularização fundiária nas zonas urbana e rural.

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ribunal de Justiça adota novas regras para usucapião no Piauí. Novas regras permitem fazer registro de imóveis no próprio cartório. A medida visa agilizar a regularização fundiária nas zonas urbana e rural. O Tribunal de Justiça do Piauí regulamentou uma nova regra para procedimentos de serviços de registro de imóveis do Estado em relação ao usucapião. A partir de agora, os interessados em regularizar esse tipo de situação não precisam mais procurar um juiz, podendo resolver diretamente nos cartórios. O juiz auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça, Júlio César Garcez, explica que o usucapião é um modo originário de se adquirir a propriedade, na qual o interessado deve solicitar a posse do terreno que nunca foi reclamado por um terceiro. De acordo com ele, trata-se da adoção do usucapião extrajudicial introduzido pelo Novo Código de Processo Civil. “A nova regra visa desburocratizar este instituto do usucapião, visando a regularização fundiária urbana e

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rural. O interessado deve procurar um notário para fazer uma ata notarial, que por meio de um advogado irá fazer uma petição não mais para um juiz e sim para um oficial de registro de imóveis”, explicou. Julio César Garcez esclareceu ainda que as pessoas precisam ter atenção sobre os contratos. “O indivíduo pensa que fazer aquele contrato simples com o anterior proprietário serve como base para o registro, entretanto, o contrato do imóvel acima de 30 salários mínimos deve ser por escritura pública. Apenas com contrato simples a pessoa não é proprietária”, enfatizou. O juiz ressaltou também que a medida é muito importante, porque ajuda a reduzir o acúmulo de casos no Judiciário, principalmente no que se refere à regularização fundiária na área urbana. Fonte: G1 Piauí


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