ANO 10. Nº 43 - ABRIL 2017 - www.portalredebrasil.com.br
"De olho nos Novos Documentos Fiscais do Varejo" MF-e
CF-e
NFC-e
HOMENAGEM A MILTON MONTEIRO Um grande ícone da implantação e facilitação de processos relacionados a proteção e registro de marcas e patentes no Estado
CAFÉ COM CONVIDADO
SERVCON
Os irmãos Carlos e Washington Garcia falam um pouco sobre a Imac, indústria de produtos congelados que inovou no mercado com a qualidade de seus pães e agora volta a surpreender inserindo seu mix de salgados no mesmo segmento
Sempre antenada aos assuntos pertinentes ao setor supermercadista, a Servcon realizou palestra com abordagem sobre os “Novos documetos fiscais do varejo”. Tema central desta edição
ARTIGOS | MATÉRIAS | COBERTURAS DE EVENTOS | ECONOMIA | ENTREVISTAS
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SUMÁRIO 16
10 SONETO | LIVROS ARTIGO 12 “Eu já fiz a minha parte.”
"De olho nos Novos Documentos Fiscais do Varejo"
CAPA 16 Documentos Fiscais Eletrônicos, a nova fronteira de inovação para o comércio varejista MENSAGEM 20 Mensagem de paz PERFIL 22 Milton Monteiro Uma história admirável no mundo das marcas e patentes ENTREVISTA 26 Setor para Resultados
Conheça a nova coluna “Setor Para Resultados”, que foi criada em parceria com o renomado palestrante Domingos Cordovil. E para iniciar com maestria, Cordovil teve um bate-papo muito bacana de “pai para filho” com Domingos Pires Cordovil.
TECNOLOGIA 30 Agricultor de Quixeré é o primeiro do Brasil a instalar turbina eólica em agricultura familiar
O agricultor Ednaldo Clementino, de 47 anos, utiliza a energia eólica como principal ferramenta de sustentação
ENTREVISTA 32 Café com Convidado
Conheça a história de sucesso da Imac
VAREJO 36 Rede Parceria comemora em grande estilo 13 anos de atuação no mercado varejista cearense e premia seus clientes MERCADO 46 Representantes do setor afirmam que ainda é cedo para avaliar se o consumo do produto terá aumento no Estado COM A PALAVRA 48 Palavra do Presidente
MF-e
VAREJO 50 Cinco dicas de como economizar na ida ao supermercado MERCADO Evento de vendas em João Pessoa 52 deve reunir representantes do varejo SAÚDE 54 Frutas da estação são mais baratas e saudáveis VAREJO Gôndola cheia: se não falta 58 produto, não falta cliente VAREJO 60 A força do pequeno varejo na economia do Nordeste VAREJO 62 Produtos diferenciados são bons para consumidores e supermercadistas TECNOLOGIA 64 RedeCompras Supermercados inaugura primeiro self-checkout da Paraíba TECNOLOGIA 68 Avicultor aposta no uso da tecnologia para driblar a crise econômica no PI
da Associação de Supermercados da Paraiba-ASPB, José Willame de Araújo: Como aproveitar as oportunidades da crise | O varejo em 2017
REVISTA NOSSO SETOR - ANO 10 N° 43 | Abril 2017
EXPEDIENTE www.portalredebrasil.com.br
Email: jornalismo@portalredebrasil.com.br Periodicidade: Mensal
CAPA
Granja em Valença do Piauí chega a produzir cerca de 200 mil ovos por dia Empresa também cria frango para abate, com venda de 120 toneladas ao mês
Distribuição: Rede Brasil de Negócios Diretoria geral: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 99138 4253 (Claro) (85) 98817-9855 (Oi) (85) 99653-5501 (Tim)
Jornalismo e comercial: Rosa Sampaio 85 – 98864.0423 rosa.revistanossosetor@gmail.com Jornalismo edição Paraíba: Leandro Ramalho leandro@pautacom.com.br
CF-e
NFC-e
GOVERNO 69 Estado promove intercâmbio sobre fruticultura irrigada no Vale do São Francisco MERCADO 70 Piauí e Maranhão discutem parcerias pela agricultura
Gestores consideram a troca de experiências e a integração importante porque os dois estados têm realidades muito parecidas
GOVERNO 72 Piauí recebe prêmio nacional por enfrentamento à violência contra a mulher
Núcleo de Feminicídio, Plantão de Gênero, Boa Noite Cinderela e o aplicativo Vazow foram ações consideradas pelos técnicos como positivas
ARTIGO 74 Produtos vencidos: Por que ocorrem na minha empresa? ARTIGO 76 Dos Efeitos Não-Lineares da Valorização Estética ARTIGO 78 Imposto de Renda e Felicidade podem caminhar juntos?
Revisão textual: Carlos Perdigão Diagramação e capas: Fabrizio Simões Fotografia: Rosa Sampaio e Ermesson Ferreira Impressão: Tiprogresso
Palavra do Presidente
O
tema central desta edição é algo muito pertinente aos empresários do segmento varejista. Se existe um tema que assusta o setor empresarial, esse assunto se chama “documentos fiscais”. Você conhece as diferenças entre os documentos fiscais brasileiros? Existe muita confusão entre os termos NF-e, CT-e, Cupom Fiscal, NFC-e e NFS-e e quais são suas funções. Então decidimos fazer uma matéria especial para tentar esclarecer um pouco das dúvidas. Outra novidade da Revista Nosso Setor é a coluna “Setor Para Resultados”, em parceria com o renomado palestrante Domingos Cordovil. Você poderá conferir um assunto diferente a cada edição. E para iniciar com maestria, Cordovil teve um bate-papo muito bacana de “pai para filho” com Domingos Pires Cordovil, profissional com experiência de mais de 25 anos no varejo como executivo de empresas como Makro, Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Seven Eleven, entre outros. Não deixe de conferir a coluna e nos enviar sugestões para as próximas edições. Temos também artigos diversos com temáticas bastante interessantes. Haroldo Ribeiro dá continuidade ao assunto abordado na edição passada que falava sobre a gestão das perdas nas lojas de supermercados, focando exatamente nos produtos da sua área de trocas. Nesta edição, Haroldo complementa falando sobre produtos vencidos engordam o volume de mercadorias nas áreas de trocas das empresas, fazendo-as ocupar mais espaço físico do que deveriam. Kelly Malheiros fala sobre a “falta de comprometimento” em reuniões empresariais, assunto que interessa tanto a operação, quanto gestores que também se esquivam de sua responsabilidade, causando grande transtorno. Já o Professor Marins fala um pouco sobre “efeitos não-lineares da valorização estética”, ele conta que um dos mais importantes estudos
da antropologia é o da “estética”. Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Uma leitura muito interessante, vale a pena conferir. E também tem o momento poético com o Soneto de R.C Bandeira, que fala sobre “Intensidade”. Bandeira também faz uma indicação de livro: “À Espera de Um Milagre” -1996 - Livro escrito por Stefhen King, originalmente lançado com o título: O Corredor da Morte. Na edição Ceará, fizemos uma homenagem ao renomado Milton Monteiro, um grande ícone da implantação e facilitação de processos relacionados a proteção e registro de marcas e patentes no Estado. Também tivemos um bate-papo muito interessante com os Irmãos Carlos e Washington Garcia da Imac, indústria de produtos congelados que inovou no mercado com a qualidade de seus pães e agora volta a surpreender inserindo seu mix de salgados no mesmo segmento. E na edição Paraíba você confere uma matéria sobre a Rede Compras Supermercados que inaugurou o primeiro self-checkout da Paraíba, a Consinco, empresa desenvolvedora de sistemas de gestão (ERPs) para redes de varejo e atacado, implementou na primeira semana de fevereiro o primeiro self-checkout da Paraíba, na principal loja do Rede Compras Supermercados, no centro de Campina Grande. Na edição Piauí você confere uma matéria que fala a respeito do intercâmbio sobre fruticultura irrigada no Vale do São Francisco. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), promoveu um intercâmbio para conhecer experiências exitosas de fruticultura irrigada nas cidades de Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia). Estas e muitas outras informações você confere aqui na Revista Nosso Setor. E para tirar dúvidas, sugerir matérias, coberturas de eventos e manter contato conosco, basta ligar para os nossos telefones ou enviar um e-mail, é sempre um prazer tê-los mais perto de nós!
Por Antônio Vieira | Diretor Geral da Revista Nosso Setor e Portal Rede Brasil de Negócios
Soneto
INTENSIDADE Tudo que faço é com intensidade
Pensando que o mundo vai acabar. Poderia agir mais devagar,
E não acompanhar a pressa da cidade. Pra que tanta pressa na vida?
Se o que nos espera no futuro
É vida debaixo da terra, e por trás do muro Talvez pensando n’alguma moça linda? Um dia a morte chega,
E inevitavelmente se aconchega Para nos levar com ela.
Enquanto puder me esconder Vou vivendo sem nada temer
E aproveitar para pintar uma aquarela. Por R.C. Bandeira
Livros “À Espera de Um Milagre” -1996 - livro escrito por Stefhen King, originalmente foi lançado com o título “O Corredor da Morte”. Paul Edgecombe, idoso que vive em um asilo, regressa em suas memórias e narra suas experiências como chefe dos guardas da penitenciária de Cold Moutain, durante a grande depressão. Ele e seus comandados acompanhavam os últimos dias de condenados à morte, assassinos cruéis e perigosos. Um caso que chamou a atenção de Paul foi o do estranho e misterioso John Coffey, que chegou ao corredor da morte em 1932 ao ser condenado pelo assassinato de duas meninas, as gêmeas Detterick. Entre Edgecombe e Coffey desenvolveu-se uma relação incomum, baseada na descoberta de que o prisioneiro possuía um dom mágico e misterioso. Na obra, o militar se debate num conflito moral entre o cumprimento do dever e sua consciência. Atormenta-o o aspecto de que o prisioneiro - que deve morrer em suas mãos - possa ser inocente. Esta página é uma colaboração de R.C. Bandeira
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Artigo
“Eu já fiz a minha parte.” porém, sempre precede a conquista. Michael Jordan, uma lenda da NBA, explica que “é o coração que separa o bom do maior.” Se você quer fazer a diferença na vida de outras pessoas como líder, olhe para o seu coração e veja se realmente está comprometido. 2 - O comprometimento é provado pela ação
M
uitos têm abordado o tema “falta de comprometimento” em reuniões empresariais. Tenho observado que este comportamento não é só inerente à operação, mas gestores também se esquivam de sua responsabilidade, causando grande transtorno. O resultado é a não-execução da estratégia da empresa e a falta de credibilidade em relação à sua liderança. O mundo jamais viu um grande líder desprovido de comprometimento. Mas, o que é comprometimento? Para cada pessoa, significa algo diferente: Para o boxeador, é o poder se levantar depois de ir ao chão. Para o maratonista, é correr mais 16 km depois que as forças já se foram. Para o soldado, é chegar ao topo do morro, mesmo sem saber o que há do outro lado. Para o missionário, é abandonar o próprio conforto para tornar melhor a vida de outros. 12 /// Abril 2017
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Para o líder, é tudo isso e mais, porque todos aqueles que você lidera dependem de você. Assim, se você deseja ser um líder eficiente, deve ter comprometimento. O verdadeiro compromisso inspira e atrai pessoas. Mostra a elas que você tem convicção. As pessoas acreditarão em você apenas se você mesmo acreditar em sua causa. Como afirma a Lei da Aquisição, as pessoas primeiro aceitam o líder, depois os seus planos. Qual é a verdadeira natureza do comprometimento? Veja as três observações abaixo: 1 - Comprometimento começa no coração Algumas pessoas desejam que tudo que esteja perfeito antes de estarem dispostas a se comprometer com qualquer coisa. O comprometimento,
Falar sobre comprometimento é uma coisa. Fazer algo acerca disso é outra. A única medida real do comprometimento é a ação. Arthur Gordon admite: “Não há nada mais fácil do que proferir palavras. Não há nada mais difícil do que vivê-las, dia após dia.” Alguém me falou sobre um juiz recém-eleito que conquistara o cargo em uma eleição especial. Em seu discurso de posse, o juiz disse: “Gostaria de agradecer às 424 pessoas que prometeram votar em mim. Gostaria de agradecer as 326 pessoas que me disseram que votariam em mim. Gostaria de agradecer às 47 pessoas que vieram votar em mim na última quinta-feira, e gostaria de agradecer também às 26 pessoas que realmente votaram em mim.” Como você se sai quando se trata de realizar o que você se comprometeu a fazer? 3 - O comprometimento abre a porta da conquista Como líder, você enfrentará muitos obstáculos e oposição – se é que já não enfrenta. Haverá momentos
em que o comprometimento será a única coisa que o levará adiante. David McNally disse: “O comprometimento é o inimigo da resistência, pois é a promessa séria de se levantar e seguir adiante, não importa quantas vezes você tenha sido derrubado.” Se você deseja qualquer coisa que valha a pena, precisa estar comprometido. Compartilho com vocês um incrível trecho de um artigo do John Maxwell sobre COMPROMETIMENTO: “Michelângelo teve uma vida incrível. Possivelmente o maior artista da civilização ocidental – e certamente o mais influente -, Michelângelo nasceu para esculpir. Certa vez, ele disse que enquanto mamava, ainda bebê, já crescia dentro dele um amor pelos instrumentos para esculpir. Esculpiu sua primeira obra-prima amadurecida aos 21 anos. Terminou Pietà e Davi antes dos 30 anos. E por volta dos 30 anos, Michelângelo foi chamado à Roma pelo Papa Júlio II para esculpir um magnífico túmulo papal, mas em vez disso foi contratado para um projeto de pintura. Em princípio Michelângelo queria recusar, não desejava pintar meia dúzia de figuras no teto de uma pequena capela no Vaticano. Embora tenha aprendido a atuar como pintor ainda quando criança, sua paixão era a escultura. Entretanto, pressionado pelo Papa, Michelângelo aceitou relutantemente a sua tarefa. Os historiadores acreditam que os rivais de Michelângelo o convenceram a aceitar o trabalho na esperança de que ele recusasse e perdesse os favores do Papa, ou aceitasse e desacreditasse de si mesmo. Michelângelo, porém, ao aceitar a tarefa, comprometeu-se com ela, expandindo o projeto de uma simples representação dos 12 apóstolos para a inclusão de mais de 400 figuras de nove cenas do livro do Gênesis. Durante quatro exaustivos anos, o artista pintou o teto da Capela Sistina, apoiado sobre suas costas. Pagou um
preço alto. O trabalho causou-lhe um problema permanente de visão e exauriu suas energias. Michelângelo disse: “Depois de quatro anos torturantes e mais de 400 figuras em tamanho maior que o natural, sentia-se tão velho e cansado como Jeremias. Tinha apenas 37 anos, mas meus amigos não reconheciam o homem velho em que me transformara.” O impacto do comprometimento de Michelângelo teve grande repercussão. Agradou o benfeitor, o Papa, e rendeu-lhe outras encomendas do Vaticano. O mais importante, porém, é que ele causou um enorme impacto na comunidade artística. Os afrescos da Capela Sistina foram pintados com tamanha ousadia, executados com tanta originalidade e refinamento, que fizeram muitos outros artistas, inclusive o talentoso Rafael, a alterar o próprio estilo. Historiadores de arte sustentam que a obra-prima de Michelângelo mudou para sempre o rumo da pintura na Europa e lançou as bases para o seu igualmente importante impacto sobre a escultura e a arquitetura. Sem dúvida o talento de Michelângelo criou o potencial para grandeza, entretanto, sem comprometimento, sua influência teria sido mínima. Seu nível de comprometimento pôde ser visto na atenção que ele dispensou tanto nos refinados detalhes como à obra em seu aspecto pleno. E quando perguntaram ao artista por que estava trabalhando com tamanho zelo em um canto escuro do teto da Capela Sistina, que ninguém jamais veria, ele respondeu simplesmente: - Deus verá. “ Por Kelly Malheiros, educadora e palestrante
Quando falamos de COMPROMETIMENTO, existem quatro tipos de pessoas: 1 - Evasivas: Pessoas que não têm nenhum objetivo e não se comprometem com nada. 2 - Reticentes: Pessoas que não sabem se podem alcançar seus objetivos e, por isso, têm medo de se comprometer. 3 - Desistentes: Pessoas que partem em direção ao objetivo, mas desistem quando a caminhada se torna difícil. 4 - Totalizadoras: Pessoas que definem os objetivos, se comprometem com eles e pagam o preço para alcançá-los. Que tipo de pessoa você é? É daqueles que diz sempre “Eu já fiz a minha parte” ou sempre faz mais do que te pediram? Como as pessoas o veem? Que impactos sua falta de comprometimento causa nas pessoas e na empresa que você trabalha? O quê você pode fazer para mudar, ainda hoje? Pense nisso. Um abraço.
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Capa
Documentos Fiscais Eletrônicos, a nova fronteira de inovação para o comércio varejista regras de construção de software que utilizem o ECF. Atualmente, poucos estados aderiram à proposta. NF-e: Nota Fiscal Eletrônica
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e existe um tema que assusta o setor empresarial, esse assunto se chama “Documentos fiscais”. Você conhece as diferenças entre os documentos fiscais brasileiros? Existe muita confusão entre os termos NF-e, CT-e, Cupom Fiscal, NFC-e e NFS-e e quais suas funções. O Brasil é conhecido pela complexidade do seu sistema tributário. Nos últimos tempos, com as frequentes inovações (como o SPED, por exemplo), é comum surgirem novos termos em adição aos que já eram utilizados dentro do contexto fiscal. Assim, muitas vezes acaba por existir confusão entre os termos NF-e, CT-e, Cupom Fiscal, NFC-e e NFS-e. Vamos então começar esclarecendo as dúvidas sobre alguns termos e suas funções. A Asseinfo – Sistema de Informação, fez um resumo muito interessante sore o assunto. 16 /// Abril 2017
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CF-e
NFC-e
Cupom Fiscal O cupom fiscal foi criado para substituir a nota fiscal de venda ao consumidor modelo 2, sendo que o seu propósito é contabilizar o ICMS das mercadorias comercializadas pelo varejo para o consumidor final. A obrigatoriedade da adoção deste documento pode variar de estado para estado. E como o ICMS é um imposto de interesse estadual, é natural que a regulamentação deste de documento também seja de responsabilidade do estado onde a empresa se localiza. Além disso, é emitido por uma impressora especial chamada ECF - Emissor de Cupom Fiscal. Alguns estados possuem regras especiais para o desenvolvimento de software de gestão que usam o ECF, e outros não. O PAF-ECF é uma iniciativa nacional com o objetivo de unificar as
NF-e é um dos integrantes do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED); foi criada para a substituição das notas fiscais modelo 1 e 1A, que eram utilizadas entre transações comerciais de pessoas jurídicas. Este documento é armazenado eletronicamente e faz parte da implantação de um modelo nacional de documentos eletrônicos que substituem a emissão em papel. Sua utilização visa a simplificação das obrigações acessórias do contribuinte e permite ao fisco que as operações comerciais sejam acompanhadas em tempo real, possibilitando uma fiscalização tributária mais eficiente. A NF-e possui um uso bem amplo nas relações entre as empresas. Ela pode ser utilizada tanto para registrar as transações de venda quanto para documentar outras movimentações como devoluções, remessas para consertos, baixas de estoque e outras operações. Além do ICMS, vários impostos são contabilizados através da NF-e, como por exemplo o PIS, a COFINS, o IPI e o Imposto sobre Importação. Nas operações de varejo, a NF-e também pode ser utilizada, porém, não para registrar vendas. É possível emitir uma NF-e com todos os itens de um cupom fiscal, mas neste caso o registro do ICMS acontece no cupom fiscal. Essa operação é comumente apelidada de “emissão de NF-e registrada anteriormente em cupom fiscal”. A NF-e é igual para todos os estados do Brasil.
NFC-e: Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica A NFC-e ou Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica, como o próprio nome diz, é um documento de existência eletrônica, assim como a NFe. Sua função é a mesma do cupom fiscal, e vem ganhando destaque nacionalmente e tomando o lugar do cupom fiscal aos poucos. A grande vantagem da NFC-e em relação ao cupom fiscal é que não é necessário nenhum tipo de equipamento especial, tornando assim a sua adoção muito mais barata. Ela pode ser impressa em qualquer tipo de impressora, e o software não requer toda a burocracia imposta pelo PAF-ECF. Para o fisco, a vantagem maior é que o documento é enviado quase que instantaneamente para os servidores do governo, permitindo uma fiscalização muito mais rápida e eficiente. CT-e: Conhecimento de Transporte Eletrônico O CT-e ou Conhecimento de Transporte Eletrônico também possui existência apenas digital. É emitido e armazenado de forma eletrônica, para que sejam documentadas as prestações de serviços de transporte de cargas e para que essas atividades sejam monitoradas do ponto de vista fiscal. De acordo com o website da Receita Federal, o CT-e pode substituir alguns outros documentos de transporte rodoviário, aquaviário e ferroviário. O CT-e é um projeto nacional, ou seja, todos os estados adotam o mesmo modo de operação. NFS-e: Nota Fiscal de Serviços Eletrônica A NFS-e ou Nota Fiscal de Serviços Eletrônica é também um documento emitido por meio de sistema informatizado e disponibilizado aos
contribuintes. Ela é usada por prestadores de serviço, e o maior interessado é o fisco municipal, pois o ISS, um dos impostos arrecadados pela NFS-e, é repassado para as prefeituras. O fato de as prefeituras regularem o uso de notas fiscais de serviço traz uma disfunção muito grande para a operação: cada prefeitura pode escolher se quer continuar a operar com o documento manual ou usar a NFS-e. O mais grave ainda é que cada prefeitura pode escolher um modelo de NFS-e diferente, obrigando assim os fornecedores de sistemas de gestão a ter que se adequar a centenas de formatos diferentes. Certificação Digital A certificação digital no Brasil, ainda em processo de implantação, gerou novos termos e novas obrigações, mas sua finalidade é tentar integrar tanto o fisco como os consumidores e contribuintes. A certificação digital visa diminuir o custo de emissão dos documentos fiscais, agilizar o processo de apresentação das informações sobre operações comerciais e diminuir a sonegação de impostos. Os certificados digitais são utilizados para assinar digitalmente os documentos. Existem diversos tipos desses certificados no mercado, e cada um deles possui uma finalidade diferente. A NF-e, a NFC-e e alguns modelos de NFS-e precisam ser assinadas digitalmente. Para essas operações, normalmente é usado o certificado A1, A3 ou e-CNPJ. Os termos ainda geram um pouco de confusão, mas essas novidades surgiram para simplificar a emissão e o entendimento dos documentos fiscais brasileiros.
E os novos documentos fiscais do varejo no Ceará, como funcionam?
A Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará já vem desenvolvendo há dez anos os projetos de SPED, NF-e, CT-e, MDFE, Portal SIGET, SISAGUA, dentre outros. Mas especificamente no setor varejista, vem tendo uma forte atuação recentemente. No último dia 31 de janeiro, a SEFAZ do Ceará divulgou uma instrução normativa sobre a obrigatoriedade de emissão do novo documento Cupom Fiscal Eletrônico. O CF-e é o documento fiscal emitido eletronicamente por meio de Módulos Fiscais Eletrônicos (MFE); assim, tendo existência apenas digital, deverá atender às especificações do Sistema de Autenticação e Transmissão (SAT) de Cupom Fiscal Eletrônico, bem como às especificações técnicas adicionais definidas em atos normativos específicos do Secretário da Fazenda, com assinatura digital gerada com base em certificado digital atribuído ao contribuinte. O objetivo é garantir a sua validade jurídica, com o intuito de documentar operações e prestações relacionadas com o imposto, em caso de venda ao consumidor final. No estado, o documento será emitido por equipamento MFE, uma espécie de SAT mais avançado, com chip de celular e GPS, além da NFC-e. Em São Paulo o documento já havia sido implantado, e também conta com as opções de emissão de CF-e SAT ou NFC-e para os contribuintes varejistas, mesmas alternativas disponíveis no Ceará. Os sistemas deverão ser bastante semelhantes, uma vez que as especificações do CF-e SAT do Ceará foram baseadas no documento implantado em São Paulo. Por sua vez, a documentação sobre o projeto e especificações sobre o hardware e o CF-e poderão ser encontrados no site da SEFAZ do Ceará. O Emissor de Cupom Fiscal que foi adquirido até 31 de janeiro pelas farmácias, terá prazo de um ano e seis
Capa meses para ser substituído pelo MFE, contado a partir da data de autorização de uso deste ECF. Quaisquer outras empresas poderão solicitar a utilização do Módulo Fiscal Eletrônico. A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica foi liberada para utilização pelos usuários de MFE, nos casos de contingência. As empresas revendedoras do MFE terão crédito presumido de 50% do valor de venda. E o crédito poderá ser concedido ao adquirente usuário quando a compra for feita direto do fabricante. Ainda: alguns fabricantes já estão fornecendo o Módulo Fiscal Eletrônico, como Elgin, Dimep e Tanca.
O SAT contém alguns requisitos adicionais somente no Ceará, tais como GPS, Comunicação via rede de celular e bateria adicional. Veja só quais documentos o CF-e pode substituir:
Atende à todas as especificações do SAT:
Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13; Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14; Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem, modelo 15; Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16.
-Memórias de Trabalho e de Parametrização; -Lacre eletrônico, e não permite intervenção técnica; -Números de Série e Segurança fornecidos pelo Fisco (controle da fabricação); -Relógio interno com Carimbo de Tempo; -Certificado Digital (da SEFAZ ou da empresa); -Conexão com computador via USB; -Não tem mecanismo impressor (impressão do extrato do CF-e em impressora não fiscal); -Código de Barras no padrão QR-Code, impresso no extrato do CF-e.
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) é um documento fiscal de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e pela autorização de uso. Tem uso concedido pela SEFAZ, com o intuito de documentar operações comerciais de venda no varejo. A NFC-e pode substituir uma Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, e o Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF).
A Servcon avança e toma a frente na empreitada dos novos documentos fiscais
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Equipe Servcon 18 /// Abril 2017
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setor supermercadista participa com mais de 13% em tudo o que o Ceará produz. Oferece oportunidade de emprego a aproximadamente 40 mil pessoas e indiretamente participa da vida de mais de 200 mil cearenses. Existem, aproximadamente, mais de 2.500 lojas nesse estado. Em tal contexto, os números impressionam e só crescem a cada ano. Eles refletem as mudanças econômicas no Brasil e o aumento do consumo de produtos mais caros por brasileiros das classes D e E. A participação no PIB e a significativa geração de emprego pelo setor devem ser seguidas também de uma profissionalização de toda a cadeia produtiva. Ou seja, são importantes
a profissionalização de colaboradores, gestores e também de empresários. O apuro da técnica minimiza erros, otimiza tempo e investimentos, o que resulta em mais lucro e possibilidade concreta de crescimento. Isso é bom para o setor, para o estado e para a sociedade em geral. Há 17 anos no mercado, a Servcon - Serviços Contábeis & CIA, nasceu da idealização de Beroaldo Dutra seus gestores, Beroaldo Dutra e Veridiana Bastos. O objetivo: oferecer serviços na área de contabilidade de forma diferenciada. A Servcon buscou se inserir no meio supermercadista e se especializou no atendimento desta área, oferecendo não somente a contabilidade tradicional, mas também a auditoria contábil. Veja os serviços oferecidos pela empresa: Assessoria e consultoria contábil Assessoria trabalhista Assessoria fiscal Capacitação profissional de gestores e colaboradores Legalização empresarial Planejamento tributário Auditoria Elaboração de projetos técnicos e investimentos financeiros A Servcon sempre está em busca de melhorias em atendimento, e pensando nisso, capacitou seu quadro de colaboradores sobre as novas normas internacionais de contabilidade, e as novas exigências do fisco em geral. Com o novo modelo de fiscalização digital, ampliou seu raio de ação, atuando em mais de 60 cidades do Ceará e do Rio Grande do Norte. Recentemente, a Servcon realizou uma palestra exclusiva para falar sobre os novos documentos fiscais eletrônicos no Hotel Seara em Fortaleza. A palestra foi ministrada por Eliezer Pinheiro, bacharel em Ciências Contábeis. Ele também é especialista em Administração Fazendária, mestre em Economia, auditor fiscal da Receita Estadual - Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. Atualmente no cargo de coordenador da Administração Tributária - CATRI, é responsável pelos Projetos SPED, NFE, CTE, MDFE, Portal SIGET, SISAGUA, dentre outros.
Eliezer conta que há mais de dez anos o projeto de Nota Fiscal Eletrônica (NFE), Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), entre outros, está sendo desenvolvido e trabalhado no mercado, mas recentemente passou a ser desenvolvido no segmento varejista. “Todo esse projeto vem sendo trabalhado só agora nos produtos de varejo, isso irá suprir uma carência que o fisco tinha e o próprio varejo também. Uma atualização que beneficiará ambas as partes”, explica Eliezer. Acrescente-se ainda que o interesse por um conhecimento mais aprofundado no assunto não parte mais apenas do setor financeiro das empresas, pois a palestra atraiu grande público do segmento supermercadista de muitas localidades do Ceará, inclusive os donos de lojas. Rodrigo Miguel, por exemplo, está à frente da administração do empreendimento de seu pai, José Auri, o Supermercado Nova Opção em Limoeiro do Norte. Mesmo com a distância e seus compromissos diários na empresa, Rodrigo fez questão de marcar presença no evento em Fortaleza. Ele conta que todo aprendizado é válido, e estar por dentro de assuntos tributários é essencial para o bom funcionamento de um supermercado. “A Servcon presta serviços contábeis para a minha empresa, me informaram do evento e da sua importância, assim, não pude deixar de vir. Neste momento em que o fisco está dando uma guinada, transformando os documentos fiscais mais acessíveis, é também o momento de aproveitar para nos atualizarmos e ficarmos atentos e preparados para um futuro muito próximo, com novas atualizações na área. Eventos como esses são de suma importância para nós, do setor supermercadista”, conclui Rodrigo. Beroaldo Dutra, um dos diretores da Servcon, conta como foi idealizado o evento. “Com a obrigatoriedade do uso do cupom eletrônico de dados e das novas metodologias a serem utilizadas, nós percebemos a importância de trazer esse assunto para o conhecimento do nosso maior cliente hoje, que é o segmento supermercadista. É nosso dever atender com excelência o nosso público”, explica Beroaldo.
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Mensagem
Mensagem de Paz
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CEARÁ
Mulher Sábia ou Mulher Tola? Provérbios 14 : 1
A
mulher foi criada para que o homem não estivesse só neste universo chamado planeta Terra, e para ser ajudadora, de acordo com o texto bíblico de Gênesis 2:18. Porém, nesta missão, poderá ser uma bênção em nossas vidas ou algumas vezes pode ser uma maldição? A Bíblia diz em Provérbios 14:1, “toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a derruba com as próprias mãos”. E não é uma grande verdade? Quantas mulheres por aí afora que, em vez de ser ajudadora, como diz a palavra, mas parece uma atrapalhadora. Tem um ditado popular que diz “antes só do que mal acompanhado”. Uma realidade nos muitos casos em que o amor e a felicidade são substituídos pela crueldade e ódio. Como diz Provérbios 31: 10-12, “Mulher virtuosa quem achará? O seu valor muito excede ao de rubis. O coração do seu marido está nela confiado, assim ele não necessitará de despojo”. Ela só lhe faz bem e não o mal todos os dias da sua vida. A mulher que promove a paz e sabe buscar fazer o bem é virtuosa e só traz benefícios. Perfeição não existe, mas Deus pode fazer com que o homem escolha bem quem deve estar ao seu lado em sua vida, e buscarem juntos, homem e mulher, o caminho em que ambos vivam desafios alegrias e tristezas, um ajudando o outro. Que Deus abençoe com sabedoria as todas as mulheres em seu dia para que tenham mais atitudes sábias e bem menos atitudes tolas na vida.
Por Pr. José Flávio 20 /// Abril 2017
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HOMENAGEM A MILTON MONTEIRO
CAFÉ COM CONVIDADO
Um grande ícone da implantação e facilitação de processos relacionados a proteção e registro de marcas e patentes no Estado
Os irmãos Carlos e Washington Garcia falam um pouco sobre a Imac, indústria de produtos congelados que inovou no mercado com a qualidade de seus pães e agora volta a surpreender inserindo seu mix de salgados no mesmo segmento
REDE PARCERIA Rede Parceria festeja mais um ano de atuação no mercado varejista cearense. Em comemoração, realiza campanha em parceria com seus fornecedores com uma mega premiação
Perfil
Milton Monteiro
Milton Monteiro
Uma história admirável no mundo das marcas e patentes
“Qualidade, seriedade e honestidade são os pilares básicos que fundamentam todo o nosso trabalho” Milton Monteiro
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ascido na Bahia em 07 de janeiro de 1947, Milton Gomes Monteiro veio de origem humilde. Filho de José Monteiro Filho e Alzira de Sousa Monteiro, sempre acreditou que o estudo lhe levaria muito longe, e assim aconteceu. Aos 10 anos foi para São Paulo morar com familiares. Enfrentou muitas dificuldades, pois Milton tinha que trabalhar para obter seu próprio sustento e mesmo assim não largou a escola. Ainda jovem, Milton foi para o Rio de Janeiro onde trabalhou como faxineiro no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Ele era um homem perseverante, nunca desistia de seus sonhos. Cursou Direito na Faculdade Cândido Mendes e, aquele que um dia fora faxineiro no INPI, de lá saiu como procurador federal. Se destacava em todos os desafios que se engajava, foi representante do governo brasileiro em vários países, conferencista e fundador de várias delegacias regionais do INPI no Brasil. Chegou ao Ceará em meados de 1988 para implantar a Delegacia do INPI em Fortaleza. Como delegado e procurador dessa instituição fez grandes avanços para todos aqueles inte-
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Dr. Milton e Familia
ressados em proteger suas invenções, facilitando no próprio Estado esse registro, pois o processo era muito mais complicado antes disso, o empresário que quisesse registrar sua marca tinha que se locomover para outros centros como Sul e Sudeste. Realizou também, junto ao SEBRAE, grandes parcerias na divulgação da proteção de marcas e patentes. E como palestrante e conferencista, atuou em vários seminários no âmbito do Direito de Propriedade Industrial/ Intelectual. Além disso, foi professor de cursos e de treinamentos voltados para essa mesma área, atendendo a uma série de convites de empresas privadas e públicas. Sua notoriedade só aumentava ao longo dos anos, recebeu o título de Expert das Nações Unidas em matéria de Propriedade Industrial/Intelectual da OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), com sede em Genebra, na Suíça. Quando representante do governo brasileiro junto a OMPI, teve suas ações voltadas para os países do Ístmo Centro Americano e América do Sul em geral, onde criou e organizou vários institutos voltados para a proteção e concessão das
matérias que envolvem o direito de Propriedade Industrial e Intelectual. Atuando como representante e fundador da Delegacia Regional do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (DEINPI/CE), atendeu a pessoas e a empresas de capitais e de grandes cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Como advogado atuante no ramo, também foi agente da Propriedade Industrial e procurador federal da União. Fundou a empresa MM - Milton Monteiro Marcas e Patentes, que é especializada em Direito de Propriedade Industrial e Intelectual, tendo ao seu lado a doutora Nancy Tínel, sua esposa e também empresária, profissional deste mesmo segmento de direito. Milton Monteiro sempre dizia que o sucesso da empresa é reflexo da excelência no atendimento. “Qualidade, seriedade e honestidade são os pilares básicos que fundamentam todo o nosso trabalho” A empresa MM Marcas e Patentes tem como objetivo intermediar o Registro de Marcas e Patentes no Brasil e no exterior, principalmente bem como presta assessoria em assuntos como Direito Autoral, Desenho Industrial,
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Perfil Software, nos mais diversos órgãos, em particular no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Seus familiares e pessoas que conviveram com Milton relatam que ele era um homem muito atento aos relacionamentos. Assim, sempre gostou de valorizar as pessoas e manter uma aproximação, fossem parentes, amigos ou funcionários. Apesar da sua rotina na profissão exigir que Milton usasse ferramentas do mundo digital, o empresário não era muito adepto de computador e outros equipamentos eletrônicos. Também não gostava muito de e-mails, mas como era necessário usar, orientava tudo que precisasse responder eletronicamente, escrevia o que desejava à mão ou as ditava. Além disso, fazia questão de responder a todos que o enviavam correspondências e presentes. Para auxiliá-lo nessas atividades, ele tinha assistentes. Milton fazia questão de que as mensagens não fossem padronizadas, pois sendo muito detalhista, dizia que seus textos deveriam transmitir seu vocabulário e conhecimento, em cada palavra havia seu modo de ser e seu estilo de vida. O grande legado que Milton deixou foi uma vida de integridade e caráter ilibado. Era um esposo e pai que amava a família, um cidadão que sempre estava preocupado com o próximo, e que não abria mão de estar envolvido em ações sociais. Segundo seus familiares, ele vivia intensamente e tentava fazer tudo com qualidade. Milton teve dois filhos, Leonardo Monteiro do seu primeiro casamento, e Milton Filho - com sua esposa, Nancy
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Dr. Milton e Filhos
Tínel. Primava estar com a família e amigos na grande maioria do seu tempo de lazer. Fazia questão de visitar constantemente seus familiares na Bahia, não abria mão de estar com os pais em datas comemorativas, principalmente o natal. Gostava muito de viajar, ler livros e ouvir música. Sua esposa, Nancy conta que ele era um homem religioso, cristão praticante que amava a Deus sobre todas as coisas. Foi um grande incentivador de muitos projetos voltados para a solidariedade e programas de restauração de crianças que vivem em estado de miséria, sendo vice -presidente da Casa Meninas dos Olhos de Deus em Fortaleza, onde fazia questão de estar com elas pessoalmente, sempre que possível. Na MM Assessoria Empresarial continuava ativo, trabalhando e atento às inovações do seu âmbito de trabalho. Enfrentou uma grande luta com problemas nos rins, quando veio a fazer sessões de hemo-
diálise durante quase dois anos, e mesmo assim não deixou de estar à frente da empresa. Mesmo que com pouca frequência, sempre decidia as questões primordiais. Aos 69 anos, Milton Monteiro faleceu em 08 de março de 2016, devido a uma parada cardiorrespiratória. Sua memória sempre estará presente no coração de seus familiares e amigos, assim como no cotidiano do empresariado cearense, onde deixou grandes ensinamentos nessa área, fixando a importância de se ter a marca registrada.
“Quem não registra não é dono” Milton Monteiro
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Entrevista
Setor para Resultados
Conheça a nova coluna “Setor Para Resultados”, que foi criada em parceria com o renomado palestrante Domingos Cordovil. E para iniciar com maestria, Cordovil teve um bate-papo muito bacana de “pai para filho” com Domingos Pires Cordovil.
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ensando sempre em inovar e trazer conteúdo relevante, a Revista Nosso Setor criou uma coluna especial em parceria com o renomado palestrante Domingos Cordovil. Portanto, na coluna Setor para Resultados, você poderá conferir um assunto diferente a cada edição. E, para iniciar com maestria, Cordovil teve um papo muito bacana de “pai para filho” com Domingos Pires Cordovil, formado em Administração pela FGV, pós-graduado em Finanças pela FGV e mestre pela UECE. É professor do MBA USP São Paulo, MBA UNIFOR, com experiência de mais de 25 anos de varejo como executivo de empresas como Makro, Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Seven Eleven, entre outras instituições. Confira agora todos os detalhes. Cordovil: Como você analisa o ano de 2017 para o setor supermercadista? Domingos Pires: Será um ano de grandes mudanças e transformações. Mudanças de empresas que saíram das 26 /// Abril 2017
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mãos de uns para mãos de outros. Ou seja: grandes oportunidades de fazer bons negócios para aquelas empresas que estão capitalizadas a comprar outras empresas que não souberam gerir tão bem o seu negócio. Então, esse deve ser um ano repleto de realizações. Cordovil: Para você, que tem uma grande trajetória no varejo, com passagens pelo Makro, Pão de Açúcar, SEVEN ELEVEN, Walmart, quais foram as grandes transformações do setor supermercadista nos últimos dois anos? Domingos Pires: O que eu tenho observado é que as grandes empresas multinacionais têm se afastado de certa forma do cliente local. Como assim? - devido aquelas políticas de redução de despesas em que as multinacionais controlam esses passivos em relação ao “Net Sales” - um índice chamado “Venda líquida” - como indicador de produtividade, e comparado esse indicador apurado no Brasil com o apurado nos EUA, Holanda
ou mesmo Chile. O que eu questiono é se esse é o indicador correto para efeitos de comparação. Digo isso porque no Brasil Vendas Líquidas não têm o mesmo significado econômico que Vendas líquidas possuem nesses países. Ou seja, nesses países Vendas líquidas representam as Vendas menos os impostos a pagar e no Brasil Vendas Liquidas significam as vendas menos os débitos do ICMS e do Pis e Cofins. Ainda: isso não é igual a impostos a pagar, a elas teriam que ser somados os créditos desses dois impostos em cascata para a maioria das empresas que se regem pelo Lucro Real quanto ao regime de Imposto de Renda. Mas como não fazem as contas corretamente, comparam alhos com bugalhos e, com a base de cálculo de Vendas Líquidas no Brasil fica economicamente falando menor, as despesas sobre essa base ficam maiores em termos porcentuais. Daí surge a pressão para o corte de pessoal e redução de custos. Essas multinacionais, ao compararem esse indicador, ficam desesperadas para reduzir funcionários a qualquer preço, daí cortam músculos a tal ponto de cortar resultados e fechar as portas, como várias já fizeram em Fortaleza. Assim, dentro dessa economia de pessoal, centralizam as compras ou em Recife ou em São Paulo e fecham o departamento de compras no Ceará. Realmente reduzem os seus custos, porém, por outro lado, ficam mais distantes de atender as necessidades do cliente regional, o qual exige padrões de consumos específicos. Por exemplo, como o supermercadista comprando por São
Paulo vai compreender que no Ceará vende-se muito mais banana prata do que nanica, se nesse estado do Sudeste se vende muito mais a nanica? Para não falar da inexistência de marcas regionais - tais como Tempero Lord - os quais deixam faltar, independentemente da marca, itens essenciais à cultura local tais como tapioca, sabonete líquido antibactericida Asseplyne ou Aceptol, cajuína ou até mesmo uma rapadura. Tudo isso acaba deixando muitos dessas multinacionais desalinhadas para atender as necessidades do consumidor local, o que dá espaço para o supermercadista local crescer com mais facilidade. Esse afastamento das grandes empresas traz a oportunidade para os menores e regionais; assim, o dono de um empreendimento que muitas vezes está no “chão” de loja tem maior oportunidade de conhecer o seu cliente e adequar a sua loja as suas preferências. O que observo é que o crescimento desses menores, principalmente quando pertencem a uma central de compras, está bem superior ao das grandes empresas - pelo que tenho lido em fontes secundárias. A evidência disso é que nos últimos tempos observamos o fechamento de lojas em grandes localidades, bem como também em vias movimentadas (como exemplo: Av. Santos Dumont) em que a princípio não teria outro motivo senão esse afastamento do cliente local. Tenho observado também multinacionais de perfil e posicionamento popular se colocarem num shopping sofisticado como o RioMar do Papicu. Sobre isso, a meu ver, esse erro de localização deve gerar um prejuízo muito
grande para a multinacional; ou seja: erros de localização têm sido também observados nessas multinacionais. Cordovil: Como grande especialista em finanças, quais os três maiores pecados financeiros que impedem o supermercadista de crescer? Domingos Pires: Em primeiro lugar, não diria pecado, e sim falta de informação do supermercadista: 1. Falta do conhecimento da sua DRE ou DLP: A maior parte das empresas não tem o conhecimento da DRE ou também do DLP – Demonstração de Lucros e Perdas, o que impossibilita o entendimento do seu estado financeiro. 2. Possuem dre ou dlp não confiáveis, pois não sabem controlar as perdas e quebras: É comum encontrar casos em que o supermercadista tem a DRE ou DLP, mas tais informações não são confiáveis, uma vez que não levaram em consideração a quebra real da loja, o que compromete a validade das informações para a tomada de decisão.
o “enchoval”, mas não dá o estoque. Uma loja de supermercado em média requer 25 dias de estoque, e a maior parte dessas operações só sobrevive com a venda a prazo, no cartão de crédito. Acontece que em lojas mais periféricas o cartão representa 30% do faturamento, e o dinheiro, 70%, mas essa proporção muda na medida em que as lojas se tornam menos rurais e passam a ser mais urbanas; em tal contexto, a participação do cartão pode subir para 70%. Além disso, em média, 50% das vendas são a crédito, e o restante, dinheiro ou débito em conta. Admitindo que se dá 15 dias de prazo médio de pagamento para o cliente, e a loja tem a necessidade de manter um estoque médio de 25 dias, há um ciclo de recebimento de dinheiro de 40 dias. Se o prazo de pagamento do supermercadista aos fornecedores for em média 30 dias, ou seja, se o ciclo de recebimento for de 30 dias, a empresa tem um ciclo de recebimento de dinheiro mais longo (40 dias) do que o de pagamento (30 dias), e nesse caso o volume do estoque médio a preço de custo é necessário na forma de capital de giro, e deve ser conside-
3. Falta de planejamento na expansão de novas lojas: Por vezes, subestima-se o capital necessário para a inauguração da segunda loja achando que basta ter o dinheiro para o investimento da construção civil, e dos equipamentos e instalações. Em tal quadro, há o esquecimento de botar na ponta do lápis o capital de giro para movimentação dos estoques, achando que quem vai fazer isso é o fornecedor, o qual dá Domingos Cordovil, palestrante Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Entrevista rado como investimento. Quando a conta não é feita, o supermercadista acaba investindo na construção, instalações e equipamentos, e esquece-se do estoque. Acaba comprometendo o capital de giro. Essa necessidade vai levá-lo a ter que usar os fundos da instituição financeira sem lastro, custando os encargos rotativos - que têm o efeito equivalente ao cheque especial - e podendo pagar juros de 12 a 14% ao mês. Em seguida, o aperto de caixa pode levá-lo a deixar de pagar o INSS do empregado e, em alguns casos, deixar de pagar os fornecedores, assinando assim seu “atestado de óbito”. 4. Falta de paciência para pegar capital com juros subsidiados: Um grande risco neste negócio é o alto nível de ansiedade. Muitos supermercadistas temem perder o timing do negócio achando que os seus concorrentes podem tomar a dianteira e, assim, sofrer a perda de espaço no mercado. Dessa forma, ao invés de esperar a chegada do capital a juros subsidiados mediante a entrega dos projetos aos bancos de financiamento, começam a fazer os investimentos usando o próprio capital de giro. Muitos supermercadistas não esperam o capital com juros adequados para investir, realmente pegar capital com boas taxas até 10% ao ano exige um projeto, uma analise de investimento consistente com a realidade, tudo isso dá trabalho e, talvez, investimentos com técnicos que possam fazer esses projetos, mas são compensados com o valor dos juros subsidiados. Assim, paciência para esperar o dinheiro a juros baixos é outra virtude necessária aos bons empresários. Muitas empresas pequenas diversas vezes desviam o dinheiro emprestado de suas finalidades iniciais, comprando carros de luxo ao invés de estoque. Mais tarde a conta chega... Cordovil: Quais dicas você daria 28 /// Abril 2017
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para o supermecadista crescer no ano de 2017? Domingos Pires: Para o supermercadista crescer ele precisar gerir o seu negócio, fixando metas e estabelecendo prioridades, deixar claro para toda equipe os objetivos a serem cumpridos. Também necessita criar fóruns de comunicação formal no interior da empresa, integrando as áreas de resultado (Operações, Comercial e Logística) com as de apoio (RH, Qualidade, Prevenção, TI, Manutenção etc.). É preciso fomentar o trabalho em equipe, fazer com que toda a empresa foque nas atividades que levam a resultados - comprar bem para se vender bem. Treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, com os gerentes e demais líderes sendo formadores de gente. É possível dentro desse contexto criar uma política de salários variáveis, vinculada ao atingimento de metas, objetivando uma política orquestrada pela meritocracia. Por exemplo, a área comercial teria como indicador: vendas, margem, dias de estoque, verba de marketing por locação de espaços e demais ações de cunho promocional, não ruptura e índice de competitividade de preço. Em tal quadro, seria importante colocar uma premiação em cima de todos esses indicadores, que teriam um peso relativo em relação à premiação máxima. Por exemplo, atingida a meta de vendas, se ganha 20% do prémio máximo (um valor a definir com a gestão); atingida também o objetivo da margem, se ganha mais 20%, e assim por diante. Outra coisa que podemos fazer para crescer é nos tornar mais profissionais formadores de gente. É trabalhar em equipe. É cativar pelo entusiasmo, justiça, honestidade e dignidade. Saber dividir para crescer criando em equipe projetos de premiação baseados na meritocracia. Temos uma serie de maneiras para poder melhorar essa gestão. Ouvir o cliente, se aproximar deles. Ao mes-
mo tempo, fazer uma reflexão do que poderia melhorar no espaço físico, no atendimento e na logística. Importante também reconhecer os colaboradores que estão trabalhando e gerando os melhores resultados da empresa, bem como conhecer seus feitos e contribuições particulares em cada loja; o objetivo: replicar as melhores práticas observadas. Além de tudo isso, chegar mais perto dos fornecedores, escolher os melhores parceiros no que se refere ao cumprimento de prazos, não rupturas, apoio operacional de promotores de vendas etc. Também: criar na empresa um fórum de celebração de resultados, reconhecendo e certificando os colaboradores quando atingem suas metas. E estabelecer com sequência e continuidade os momentos para poder reconhecer e celebrar as metas. Assim, vai crescer quem conseguir implantar na sua empresa um processo de gestão formal e organizada. Importa ainda começar a pensar em investir um pouco mais em informações e controles, criando e mensurando os indicadores necessários à gestão empresarial, além de desenvolver uma pessoa e depois uma equipe de controladoria para fazer a gestão efetiva do negócio. Advém desse quadro a compreensão de que é preciso medir para controlar e controlar para melhorar. E este vai ser um excelente ano para quem souber crescer em gestão técnica e liderança, tudo isso sendo consequência de um trabalho que acaba gerando resultado. Na próxima edição, a Coluna Setor Para Resultados trará uma entrevista exclusiva voltada para a área de Recursos Humanos. E se você quiser dar sugestões de assuntos, é só enviar um e-mail para:
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diretoria.cordovil@yahoo.com.br Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Tecnologia
Agricultor de Quixeré é o primeiro do Brasil a instalar turbina eólica em agricultura familiar O agricultor Ednaldo Clementino, de 47 anos, utiliza a energia eólica como principal ferramenta de sustentação
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ma ideia de um agricultor da localidade de Barreiras, em Quixeré, no Vale do Jaguaribe, vem inovando. Ele utiliza a seu favor o potencial de ventos da região para melhorar a sua vida e de sua família. Com a ajuda da energia eólica, consegue produzir frutas e tocar uma pequena fábrica de polpas. O agricultor Ednaldo Clementino, de 47 anos, utiliza a energia eólica como principal ferramenta de sustentação, transformando a força dos ventos em energia para abastecer as máquinas da sua fábrica de polpas. Ela é produzida por uma mini turbina e usada no plantio de acerola. Mas o microempresário não quer ganhar dinheiro sozinho não. Ele também compra de pequenos produtores outras frutas, como cajá, manga, caju e goiaba, ampliando o mercado de trabalho na região. Ele explica como surgiu essa alternativa que tem dado certo e contribuído para a economia de energia em sua fábrica. “Surgiu a primeira reunião com o pessoal, fomos amadurecendo a ideia e, graças a Deus que deu tudo certo. Fomos os primeiros da agricultura familiar a instalar uma turbina eólica no estado do Ceará. No Brasil foi a primeira instalada na agricultura familiar”, explica Ednaldo. O processo de captação da energia eólica gera cerca de 2.100 kilowatts por mês, equivalente a 72 kw por dia. A iniciativa foi financiada através de uma parceria com o Banco do Nordeste e Governo Estadual, assim o agricultor Ednaldo Clementino comprou e instalou uma mini turbina de energia na propriedade por R$ 83 mil. 30 /// Abril 2017
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Com isso, ele consegue economizar até R$ 1.200 por mês, 60% a menos do que gastaria utilizando a energia convencional. E um detalhe: o agricultor ainda transforma em créditos a energia que não é consumida. Ednaldo Clementino recomenda aos produtores da região a busca pelo uso correto da energia limpa e renovável para melhorar as atividades no campo. O agricultor se diz disponível para explicar e mostrar como funciona seu projeto. Para isso, basta procurá-lo na comunidade Barreiras, no município de Quixeré.
Com a instalação do sistema de energia eólica em sua fábrica de polpas, o agricultor, além de comercializar, garante a estabilidade da produção. Ele emprega atualmente dez pessoas, cinco trabalham na colheita e o restante na fábrica. A nova tecnologia permite que Clementino produza mil quilos de polpas de frutas por dia, com média de 20 mil quilos por mês. Um exemplo de inovação que serve de inspiração para muitos produtores. Fonte: Tribuna do Ceará
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Entrevista
Café com Convidado Conheça a história de sucesso da Imac
A Carlos Wandalberto Garcia- Diretor Comercial Imac
Washington César Garcia- Administrativo Imac 32 /// Abril 2017
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Imac é uma empresa inovadora no segmento de produtos alimentícios congelados, pães e salgados. Teve início devido a visão empreendedora dos cearenses e irmãos, Garcia e César, que estão à frente da empresa desde 1999. Eles sempre tiveram admiração pelo setor de panificação. Ná época compraram algumas padarias, mas depois venderam e em seguida montaram uma distribuidora. Naquela mesma época começaram a surgir as fábricas de pães congelados e os empresários passaram a observar a carência que havia no mercado de pão congelado com qualidade. César então fui a são Paulo, fez muitas pesquisas com pessoas do mesmo segmento. Quando retornou, com muitas ideias e planos, mostrou suas novas ideias ao seu irmão Garcia e começaram a arquitetar o projeto “piloto” de uma fábrica. No início os irmãos não tinham
intenção de montar uma fábrica de imediato, mas o negócio foi dando certo e foi tomando maiores proporções, foram buscando especialização na área e aos poucos o projeto foi tomando forma e crescendo rapidamente. A Imac conta com uma equipe de profissionais qualificada e permanentemente treinada, oferecendo segurança e atendimento para seus clientes. Disponibiliza técnicos em panificação para a instrução e melhoria na qualidade dos pães, juntamente com promotores de vendas e realiza visitas periódicas feitas por um supervisor nas lojas acompanhando as vendas e qualidade do produto. Também oferece um centro técnico para treinamento dos funcionários, assistência técnica 24 horas com um técnico em panificação e outro em manutenção. A empresa dispõe de serviços como manutenção de equipamentos, com três funcionários para pintura das câmaras, reformas dos fornos e freezers. A Imac atende diversos segmentos de negócios, dentre os quais se destacam, supermercados, padarias, lanchonetes, lojas de conveniências, restaurantes e churrascarias. Confira agora como é a trajetóri da Imac no mercado cearense. RNS: Como foram os primeiros passos para entrarem no mercado cearense? IMAC: Com sete nos de empresa, começamos a expandir nossa carta de clientes, começamos com o Pinheiro Supermercado, depois o Super Lagoa e posteriormente com os Mercadinhos São Luiz, desde então não paramos de crescer. Queremos desde já, fazer um agradecimento especial ao nosso primeiro cliente, o Pinheiro Supermercado, que acreditou no nosso trabalho e na qualidade dos nossos produtos desde o início, a parceria com eles nos abriu muitas portas.
RNS: Sabemos que existe muitas dificuldades para se implantar e também manter uma empresa/Indústria funcionando. Vocês tiveram algum incentivo governamental no início? IMAC: Não tivemos incentivo governamental. A burocracia é muito grande quando se dá início a abertura de uma empresa. A linha de crédito para financiamento de qualquer tipo de equipamento gera uma taxa de juros exorbitante, simplesmente não compensa investir na automação. O empresário fica muito limitado a ter uma mão de obra artesanal para
determinados segmentos. Sem falar que temos que comprar os equipamentos de automação de fora porque não temos no Brasil. Então é muito complicado ser empresário no nosso país, até o momento tudo que conseguimos foi com recurso próprio e muito esforço. RNS: Como está o relacionamento da Imac com o cliente? IMAC: Estamos presentes nas grandes Redes aqui do Ceará e valorizamos muito nossos parceiros aqui, pois é quem nos apoia desde o início. Re-
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Entrevista cebemos no final de 2016, a comenda do Mercadinhos São Luiz, como Fornecedor do ano. Isso nos envaidece muito e confirma nossas expectativas de que estamos no caminho certo e fazendo a nosso trabalho corretamente. RNS: A Imac está muito forte no segmento de salgados também, como foi iniciado esse processo? IMAC: A pedido do nosso cliente decidimos começar a inovar em mais um segmento, começamos fazendo pão de queijo e depois o mix não parou de crescer. Fizemos inicialmente uma pesquisa de mercado e trouxemos um profissional de outro estado para implantar as receitas e formar nosso próprio pessoal. Temos uma equipe competente e muito bem higienizada, o que garante a qualidade de nossos produtos. RNS: Como funciona a logística desde o preparo para saída do produto da empresa até a chegada e armazenamento no cliente? IMAC: O processo já começa antes de sair para o cliente, pois temos que ter uma área climatizada própria armazenamento sem oscilação no grau congelamento para uma conservação adequada do produto. E para que o produto chegue até o cliente com a mesma qualidade que sai da empresa, temos uma frota toda montada com os melhores equipamentos de conservação. Mesmo depois da chegada do produto nas lojas, nós também fazemos um acompanhamento que auxilia o armazenamento do produto naquele local, com um pessoal especializado para dar treinamento em ponto de venda. Pois o mesmo deve manter a temperatura correta e ter uma câmara exclusiva para cada tipo de produto para que não haja contato com outros tipos de produtos e desta forma evite a perda de qualidade e principalmente de sabor. 34 /// Abril 2017
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RNS: Quais os projetos da Imac para 2017? IMAC: Em breve iniciaremos a expansão da nossa fábrica para melhor atender a demanda dos nossos clientes. Também estamos investindo fortemente em um novo segmento, agora além da nossa linha
de pães, temos um mix completo de salgados. Pretendemos também investir em produtos de confeitaria, queremos atender todas as necessidades do nosso público.
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Varejo
Rede Parceria
Rede Parceria comemora em grande estilo 13 anos de atuação no mercado varejista cearense e premia seus clientes
Tharles Medeiros (Diretor da Rede Parceria)
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Rede Parceria iniciou 2017 com pé direito. Com treze anos de atuação no mercado varejista cearense, a Rede associativista de supermercados já é considerada uma das mais requisitadas do estado. Em comemoração a mais um ano de desafios superados, foi realizada uma campanha em agradecimento para premiar seus clientes. A campanha teve aproximadamente três meses de duração e todo consumidor que durante o período promocional adquiriu mercadorias nos estabelecimentos participantes da promoção, ganhou cupons para concorrer aos prêmios. Os ganhadores foram contemplados com 32 motos Honda CG 125 Fan zero quilômetro, avaliadas no valor de seis mil e trezentos reais cada. Para concorrer aos prêmios, o consumidor preenchia os cupons com seus dados pessoais e respondia a seguinte pergunta: “qual a rede parceira da sua economia?”. A resposta correta da pergunta era: “Rede Parceria”. O sorteio foi realizado dia no 13 de janeiro deste ano, ao vivo no programa Comando 22 da Tv Diário em Fortaleza. A estimativa de arrecadação da campanha foi de novecentos mil reais. A campanha foi muito bem 36 /// Abril 2017
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aceita pelos fornecedores e tiveram um aumento significativo nas vendas durante período da campanha. “O crescimento foi acima do proposto, esperávamos 10% e crescemos 19%. A satisfação de nossos fornecedores e clientes foi total com as metas alcançadas”, explica Tharles Medeiros, atual diretor da Rede. A premiação foi idealizada com um pensamento de beneficiar todas as lojas associadas a Rede. A meta era que houvesse pelo menos um ganhador em cada estabelecimento. A premiação foi realizada em grande estilo. Os ganhadores foram convidados a participar de um jantar em um buffet de Fortaleza, na ocasião, eles receberam o prêmio das mãos dos donos das lojas que costumam efetuar suas compras. Os relatos dos vencedores carregavam grande felicidade e histórias emocionantes.
emocionada que ultimamente não tinha tido mais alegria, pois seu esposo havia falecido há poucos meses e recentemente roubaram o único veículo que a família possuía. “Mas nunca devemos perder a fé em Deus e a alegria de viver. Depositei meu cupom um dia antes do sorteio ser realizado, quase não acreditei quando me ligaram dizendo que eu tinha ganhado uma moto”, conta Dona Maria, com os olhos cheios d’água. Carlos Ruimar é o atual gestor do Mercantil Pinheiro, e conta que todos os anos participa da campanha e acredita que é um incentivo para que os clientes sintam-se mais valorizados. “Durante a campanha, as lojas participantes se preparam para receber o cliente. Cartazes da campanha são espalhados pelas lojas e o prêmio fica exposto para que o cliente
dos fornecedores é a base da campanha. Alexandra Gonçalves da Ômega Distribuidora, fala da importância da aproximação com o cliente. “O envolvimento entre loja, cliente e fornecedor é primordial para o sucesso de uma campanha. Há um ano, aproximadamente, estamos desenvolvendo um trabalho mais voltado para as redes de supermercados, por conta do incentivo do nosso gerente geral, José do Carmo, que acredita muito na força das Redes associativistas e mudou nossa postura diante do mercado”, finaliza Alexandra. Luiz Antonio é o atual gestor da Rede Parceria, ele fala que os associados são muito presentes em todos os eventos da rede e que fazem de tudo para estarem mais próximos de seus clientes. Ele também enfatiza sobre a participação dos fornecedores nas campanha.
“Nossos associados são parceiros de verdade, apoiam nossas iniciativas e ajudam em todas as campanhas. Tivemos também uma participação muito ativa por parte de nossos fornecedores, todos fizeram com que a campanha fosse esse sucesso”, finaliza Luiz.
“A grande maioria das lojas associadas a Rede Parceria são localizadas na periferia de Fortaleza. Esse fato pode parecer dificultoso, mas somos tão fortes quanto qualquer outra loja existente na cidade”.
Jarbas e Irlandia (Anali Supermercados)
Irlandia Pinheiro do Anali Supermercado, é associada a Rede Parceria há onze anos e participou da organização da campanha. Ela fala um pouco da sua vivência com a campanha.
Ganhadores
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Dona Maria Antonete tem 70 anos e mora com a família há 47 anos no bairro Vila Peri em Fortaleza. É cliente assídua do Mercantil Pinheiro, localizado no mesmo bairro em que mora. Ela conta muito
saiba que a proposta é séria e já se imagine sendo dono do prêmio”, explica Carlos. Outro fator primordial em uma campanha é estabelecer uma boa conexão com o fornecedor. A adesão
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Rede Parceria
José Carlos (Produtos Precioso) e Quenes (Compre Max)
Vanuzia (CBL Alimentos), Franzé (Super Portugal) e Paulo (CBL Alimentos)
Paulo (CBL Alimentos)
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Ganhadores
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Carlos Ramos (Globo Representações) e João Batista (Empresa Ypê)
Adriano e Evilane Freitas (Freitas Supermercados)
Tharles Medeiros (Diretor da Rede Parceria)
Jarbas e Irlandia (Anali Supermercados)
Medeiros Supermercado
Medeiros Supermercado
Nelson (Avanti), Gerardo Albuquerque (Centerbox) e Franzé (Super Potugal) Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Rede Parceria
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Luiz Antonio (Gestor Rede Parceria)
Marcos Cabral (Supribem)
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Equipe Rede Parceria
Luiz Antonio e Aglaeh Lopes
Luiz Antônio e Família
Franzé (Super Portugal)
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Bitu Neto, Girão e Kátia Cisne (M. Dias Branco)
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Rede Parceria
Risovaldo (Supermercado Araripe)
Gerardo Albuquerque (Presidente Centr Box)
Caubi Pinheiro e Regina Pinheiro (Supermercado Ana Risolange)
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Mercado Representantes do setor afirmam que ainda é cedo para avaliar se o consumo do produto terá aumento no Estado
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inda é muito cedo para fazer uma avaliação se o consumo de frango deve aumentar em consequência da crise nacional da carne instalada no País, após a operação Carne fraca da Polícia Federal, afirma o presidente da associação Cearense de Avicultura (Aceav), João Jorge Reis. ‘’Esta situação que impôs na operação Carne Fraca atinge também a cadeia produtiva de frango. Estamos aguardando os acontecimentos’’, declara. Atualmente, no Estado, a produção é de 5 milhões de ovos por dia e 4 milhões de quilos de frango por semana. Mas o Ceará ainda importa o mesmo volume produzido de frangos do Centro-Sul. ‘’Nós, consumidores, não vimos nenhuma notícia de ninguém falar de passar mal por conta que comeu carne. São problemas localizados de alguns frigoríficos e não no Ceará’’ diz. Em relação aos valores de ovos e aves, Reis informa que o poder aquisitivo do consumidor tem mantido a estabilização dos preços com pequenas variações. ’’Esperamos um decréscimo no preço, devido à safra de grãos, mas não temos como falar do percentual de redução. Estamos no início da colheita da safra brasileira e vamos aguardar o comportamento do mercado e aguardar até junho e julho para ter uma resposta’’, afirma.
ANO 10. Nº 43 - ABRIL 2017 - www.portalredebrasil.com.br
PARAÍBA
O mercado está estável e toda a produção de ovos é consumidor no Ceará. O presidente do Aceav comenta que houve um pequeno acréscimo no valor do produto no último ano. ‘’Houve acréscimo (no preço) de 5% nos últimos 12 meses, devido à maior procura, principalmente neste período quaresma e, também, pelo repasse de custos’’, diz.
Frango ‘’Esta situação que impôs na operação Carne Fraca atinge também a cadeia produtiva de frango. Estamos aguardando os acontecimentos’’ João Jorge Reis
Produção Os principais polos avicultura estão localizadas na Grande Fortaleza, em cidades como Aquiraz e Maranguape, e, ainda, no interior, em municípios como Quixadá, Quixeramobim e Ubajara. A geração de empregos chega a 10 mil vagas diretas e cerca de 30 mil indiretas. 46 /// Abril 2017
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Já a produção de frango registrou uma queda em virtude dos altos custos na aquisição de insumos, como o milho e a soja. Este frango, de abate na hora, vai para as avícolas. Os supermercados recebem o frango resfriado de conservação rápida. Segundo Reis, esta produção, 4 mil quilos por semana, é toda para consumo interno e só atende 50%. ‘’O restante vem de outros locais, como Centro-Sul. O frango já vem em corte e congelado, diferente do nosso frango que é abatido na hora’’, explica.
Vantagem ‘’O frango abatido na hora tem melhor qualidade, A vantagem é que não tem introdução de gelo, nem mesmo os 8% permitidos’’ João Jorge Reis Presidente da Aceav
JOÃO PESSOA
PARAÍBA
Evento de vendas em João Pessoa reúne representantes do varejo. A KLA Educação Empresarial promoveu mais uma edição do Congresso Campeões em Vendas e Atendimento
Rede Compras Supermercados inaugura primeiro self-checkout da Paraíba, a Consinco.
GÔNDOLA CHEIA Se não falta produto, não falta cliente. A falta de produtos nas prateleiras dos supermercados tem um impacto fulminante nos resultados de vendas da loja
Com a palavra
Palavra do Presidente
da Associação de Supermercados da Paraiba-ASPB, José Willame de Araújo
Como aproveitar as oportunidades da crise | O varejo em 2017
Para 2017, o cenário previsto ainda é de dificuldades, mas já há sinais positivos no horizonte. A menor pressão inflacionária, por exemplo, vai gerar um aumento gradual do poder aquisitivo das famílias.
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brasileiro já se acostumou às crises econômicas. Esta não será a primeira nem a última recessão que iremos viver. Dessa maneira, o varejista paraibano não deve esperar a economia melhorar para voltar a investir no seu empreendimento. Portanto, o lojista não pode parar o seu negócio por causa de situações externas. E é bom entender que a crise não é só da economia. O varejo também vive uma mudança de formato. O consumidor de hoje é bastante diferente do de 20, 10 anos atrás. Mesmo que não houvesse uma parada na economia, já seria necessária uma adequação dos negócios por parte dos supermercadistas. Hoje, o varejista precisa entregar muito mais do que o produto para o cliente. As pessoas estão mudando seus hábitos de consumo, e ainda há muito lojista que quer apenas revender um produto com margem de lucro. Esse não é mais o negócio. 48 /// Abril 2017
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Diante dessas perspectivas, o foco das varejistas para prosperar nos seus negócios deve ser ajudar a resolver os problemas do cliente. Os consumidores devem ser tratados como pessoas e não como números, e os supermercadistas devem selecionar sua força de trabalho, buscando aqueles que tenham paixão pelo atendimento. Além disso, cada vez mais os varejistas deverão se esforçar para vender um “propósito”. Numa sociedade em que há tanto de tudo, os consumidores precisam de uma razão maior para comprar produtos ou criar ligação com uma loja ou uma marca. Por fim, as lojas não devem ser apenas pontos de venda, mas sim um local para solução dos problemas dos clientes. E para concorrer com a internet ou com os formatos focados em preço, os varejistas têm que atrair o consumidor pelo prazer da experiência de compra.
Mas o que fazer então para iniciar as mudanças e conseguir melhores resultados? O primeiro passo é entender bem o seu negócio, identificar o que é custo dentro da sua empresa e fazer esforços verdadeiros para enxugá-los o máximo possível. E depois disso, readequar investimentos com foco na melhoria dos negócios. A solução é investir em treinamentos, fortalecer a motivação da equipe, estabelecer novas metas de vendas e buscar ainda mais relacionamento com seus consumidores por meio da comunicação. Para 2017, o cenário previsto ainda é de dificuldades, mas já há sinais positivos no horizonte. A menor pressão inflacionária, por exemplo, vai gerar um aumento gradual do poder aquisitivo das famílias. Continuamos acreditando no trabalho e na força dos varejistas para alcançar os melhores resultados em 2017. 16 | MAIO/JUNHO 2016 « www.portalredebrasil.com.br
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Varejo Cinco dicas de como economizar na ida ao supermercado
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Troca de marcas
om a longa recessão da economia e a consequente diminuição do poder de compra, os consumidores brasileiros estão buscando alternativas para conseguir equilibrar as contas. Promoções, pontos que são convertidos em descontos e marcas mais baratas têm sido algumas das soluções encontradas. Com a premissa de garantir a melhor experiência de compra e preços mais competitivos aos seus clientes, as redes de supermercados oferecem diversas formas de o consumidor economizar. Assim, por meio de calendários promocionais fixos, produtos de marcas exclusivas e programas de fidelidade, os consumidores das redes podem economizar significativamente em suas compras. Confira cinco dicas para economizar nas compras do mês nos supermercados.
Quando o bolso aperta, a fidelidade às marcas diminui. Isso é o que mostra um levantamento da Kantar Worldpanel; tal análise aponta que cada vez mais brasileiros estão optando por marcas próprias de redes de supermercado ao fazerem as compras para casa. De junho de 2014 a junho de 2015, esses produtos chegaram a 61% dos lares no país, ou seja, mais de 31 milhões de domicílios. Com qualidade igual ou superior às grandes marcas da indústria por um preço mais baixo, como é o caso de Qualitá – maior marca de alimentos do Extra com mais de 1500 itens –, as marcas próprias têm se apresentado como uma opção econômica na hora de fazer as contas para as compras da casa.
Calendário de promoções
Programas de fidelidade
As redes de hiper e supermercados apostam fortemente em uma agenda agressiva de ofertas, promoções e mecânicas que buscam oferecer o melhor preço para o consumidor. Vale a pena ficar de olho nos dias em que determinadas categorias de produtos são mais baratas. A rede Extra, por exemplo, promove a 4ª Extra com descontos muito vantajosos em itens de hortifrúti (como frutas, verduras, folhagens e ovos), e possui ações promocionais fortes como o Detona Preço, com um dia inteiro de ofertas em todas as categorias. Além disso, a rede também cobre as ofertas anunciadas pelos concorrentes diretos, basta apresentar o folheto válido no caixa.
Em tempos de crise, toda e qualquer vantagem é importante para garantir economia. Os programas de fidelidade se apresentam como uma boa opção. Mais popular no segmento aéreo com os programas de milhagem, os descontos e promoções também merecem destaque nas redes de supermercado. Inclusive, ao acumular pontos, os clientes têm acesso a promoções exclusivas e a descontos médios de 50%, dependendo da categoria. O programa Pão de Açúcar Mais, por exemplo, é pioneiro neste segmento. Com quatro milhões de participantes, o programa representa 65% das vendas da rede e dedica 100% das suas ofertas aos clientes.
Datas promocionais
Produtos próximos da validade
A Black Friday costuma ser o momento mais esperado pelos consumidores para comprar aquele aparelho eletrônico de última geração em promoção. Mas as redes de supermercado também investem forte nesta data. Vale a pena conferir quais categorias serão as apostas das redes este ano e esperar até lá para comprar os itens desejados. Outra ação que rende boas economias nas compras são os aniversários das redes. Normalmente, essas datas são muito esperadas, e rendem promoções imperdíveis para o consumidor quase que diariamente.
Outra opção para os “caçadores de promoções” são as referentes a produtos próximos à data de validade. As redes de supermercado têm investido nessa iniciativa, que além de garantir ofertas vantajosas para o consumidor, também colabora para a diminuição do desperdício de alimentos. Nas redes Pão de Açúcar e Extra, por exemplo, há uma gôndola especial, com sinalização adequada, onde ficam expostos produtos com validade próxima do vencimento. Esses itens podem ser adquiridos com descontos de até 40%.
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Mercado
Evento de vendas em João Pessoa deve reunir representantes do varejo
to’, ‘Pra Valer – Inspirada em uma História Real’ e ‘O Vendedor na Era Digital’. Os participantes também assistirão as apresentações ‘Guerreiros não Nascem Prontos, a Vitória da Jornada Humana’, ‘Ideias Poderosas de Vendas’ e ‘Como a Automotivação Pode Alavancar suas Vendas’. De acordo com o diretor da KLA João Pessoa, Alberto Marinho, é fundamental que as empresas conheçam a importância de um planejamento de vendas para o seu crescimento. “É através do planejamento que a empresa identifica os seus clientes potenciais e define as estratégias ideias para cada mercado. Uma das principais formas das empresas aumentarem as suas receitas é através das vendas. Um planejamento comercial bem feito, com foco principalmente nos clientes potenciais é o caminho para as empresas que buscam resultados fora da curva”, afirma.
SOBRE OS PALESTRANTES Daniela Augusta
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ntender as técnicas de atendimento é fundamental para que as vendas ocorram, clientes fiquem satisfeitos e fidelizados, e as empresas obtenham lucro. A KLA Educação Empresarial João Pessoa promove mais uma edição do Congresso Campeões em Vendas e Atendimento. A proposta do treinamento é apresentar as possibilidades de vendas para empresários varejistas, vendedores, gestores, diretores, supervisores e líderes de vendas. O evento acontece no dia 25 de março, a partir das 9 horas, no Hotel Ouro Branco Praia. As inscrições 52 /// Abril 2017
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podem ser feitas no site http://klatreinamentos.com.br/joaopessoa/ ou por meio dos números (83) 99676-0197 / 3244-6387. O treinamento conta com seis palestrantes que abordarão temas relacionados à motivação de equipe, vender mais em menos tempo, estimular o desejo do cliente pelo seu produto, realizar uma gestão de vendas efetiva, aumentar a credibilidade dos colaboradores e como evitar a guerra dos preços. Além das palestras, o evento contará com um Talk Show sobre os Desafios da Gestão Empresarial. Assim, haverá a participação de importantes
empresários locais como Josuel Gomes, presidente do Programa Paraibano da Qualidade, e Ângela Medeiros, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos. A conferência será mediada pelo diretor da KLA João Pessoa, Alberto Marinho. Ao todo, serão nove horas de treinamento que contarão com palestras de seis especialistas em vendas e atendimento. Através delas, os participantes aprenderão as técnicas de vendas necessárias para um desempenho acima da média. As palestras têm como tema ‘A Experiência do Cliente como Estratégia de Vendas e Atendimen-
Graduada em Recursos Humanos, Especialista em Gestão de Pessoas, Especialista em Educação Distância, Extensão em Mercado e Desenvolvimento Sustentável pela Columbia University (EUA), Extensão em Neuroeconomia pela Higher School of Economics Moscow (Rússia), Membro do Neurobusiness Association. Possui mais de 15 anos de experiência em gestão de pessoas e business partner, apoiando diferentes segmentos como mercado financeiro, tecnologia, comunicação, serviços, educação, agronegócio, indústria e comércio. É criadora do método Jornada da Experiência. Maurício Louzada - Formado em Professional Coach pela Bridgestone AC (Londres), foi CEO da AmericanSat do Brasil, ministra cursos, palestras e treinamentos em empresas
e universidades em todo o território nacional. Recebeu o título “Palestrante do Ano” em 2007, 2008 e 2009 pelo instituto Pró-Treinare, cuja avaliação se baseia no índice de satisfação das empresas contratantes. Em 2010 recebeu o título “Top of Business” na categoria Palestrante. Por três vezes foi premiado com o maior reconhecimento da América Latina na área de treinamentos: o “Latin American Quality Awards” (2010 - Santa Marta, na Colômbia, 2012 – Lima, no Peru e 2013 na Cidade do Panamá). Em 2014 recebeu o título “Palestrante do Ano” pelo Latin American Quality Institute.
João Kepler Reconhecido como um dos grandes palestrantes de Comércio Eletrônico e Marketing Digital no Brasil, é também especialista em Venda Direta. É empreendedor serial, blogueiro, colunista de vários portais, revistas e jornais no Brasil e na Europa, investidor membro da Anjos do Brasil, palestrante e espalhador de ideias digitais e melhores práticas em negócios. Além disso, é CEO do Show de Ingressos, uma das melhores Plataformas B2B de Internet Ticketing do Brasil.
José Luiz Tejon É Mestre em Arte e Cultura pelo Mackenzie, Doutor em Pedagogia da Superação pela UDE/Uruguai; Jornalista e publicitário formado pela Casper Líbero. Além disso, é dministrador com ênfase em marketing, com especializações na Pace University/
EUA, Harvard/EUA, e MIT/EUA. Em liderança, tem especialização no INSEAD/França. É integrante do Hall da Fama pela Academia Brasileira de Marketing e obteve o prêmio Destaque Imprensa pela AEASP, em 2016. Alcançou o prêmio máximo na categoria de professor conferencista no Brasil, sendo eleito “Top Of Mind” pelo prêmio Estadão de RH.
Leandro Branquinho Graduado em Comunicação Social, pós-graduado em Gestão de Micro e Pequenas Empresas, possui MBA em Marketing Estratégico. Foi eleito, em 2014, como um dos gigantes das vendas no Brasil. É autor do programa Rádio Vendas, colaborador de grandes portais como A Magia do Mundo dos Negócios e Falando de Varejo, além de ser colunista da Revista VendaMais.
Naldo Gama Possui mais de 30 anos de experiência em vendas, com graduação em Administração de Empresas e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. É também empresário do segmento metalúrgico, professor, consultor, escritor e palestrante. Além disso, é autor dos livros ‘Estratégias Poderosas para uma Carreira de Sucesso’ e ‘Felicidade 360º’.
É através do planejamento que a empresa identifica os seus clientes potenciais e define as estratégias ideais para cada mercado. Alberto Marinho
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Saúde
Frutas da estação são mais baratas e saudáveis
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omer fruta é indispensável para o organismo. Afinal, a recomendação dos nutricionistas é consumir de duas a três peças ao dia. Mas tão importante quanto consumir é a escolha correta das frutas da estação. Elas, além de serem mais baratas, também são mais saudáveis. As frutas possuem um processo natural de nascimento e amadurecimento, e o desenvolvimento delas - em determinados períodos do ano - leva em conta condições climáticas como sol e chuva. Por sua vez, as frutas que não estão na época de amadurecer normalmente são criadas em estufas, perdendo parte de seus nutrientes. Em tal contexto, cada estação tem a safra de frutas e verduras específicas, e esse aspecto deixa mais fácil para o consumidor encontrá-las nos supermercados e feiras. Além da facilidade, outras vantagens de consumir esses alimentos nas suas épocas de colheita relacionam-se a melhor qualidade e menor preço. A nutricionista do Hapvida Saúde, Paula Trigueiro, dá dicas de como escolher a fruta na hora da compra nos supermercados. “O consumidor deve prestar atenção se o cheiro característico ainda permanece e observar a casca. Ela não deve estar com a cor alterada, machucada ou perfurada. Evitar, também, polpa amolecida e com mofo. Em relação às verduras, observar se as folhas estão verdinhas. Elas não podem estar amareladas”, explicou.
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Como escolher as frutas no supermercado: Banana Quanto mais arredondada a ponta, mais madura ela está. A casca deve ser bem amarela. Atenção para não comprar aquelas com manchinhas brancas. É sinal que foi colocada uma quantidade grande de produto químico. E se estiver muito escura é porque já passou do ponto.
Mamão Escolha um mamão que não tenha rachaduras ou furos. Pressione levemente. Se ele estiver muito duro é sinal que ainda está verde.
Pera A fruta estará doce quando a sua casca estiver amarelada e macia. Se tiver manchinhas marrons na casca, é sinal que está pronta para o consumo.
Abacaxi
Maçã
Quando está maduro, a casca começa a amarelar. Um truque é puxar uma folha da coroa. Se ela soltar-se facilmente é porque está pronto para consumir. Atente mesmo para a coroa de folhas. Se ela estiver com muitos espinhos significa que a fruta é doce.
Neste caso, a fruta bem vermelha não quer dizer que esteja madura. Descarte as que tenham furos ou machucados. O segredo é apalpar, com cuidado. Se afundar, está estragada.
Melão
90 anos. Neste período vimos muita coisa acontecer: guerra mundial,
Uva
Observar a cor da casca é uma das dicas. A fruta precisa estar com o fundo amarelado. Se o melão estiver maduro, ao pressionar levemente a extremidade oposta à haste ele irá ceder um pouco.
tivemos 8 papas e 20 presidentes, fomos 5 vezes campeões do
Os grãos da uva devem amadurecer parelhos. Além disso, devem estar firmes no cacho. As hastes devem estar verdinhas e flexíveis.
mundo no futebol, fizemos grandes clientes, parceiros e amigos. Enfim, é muita história vivida a ser contada. E continuamos acreditando no nosso país, mantendo nosso lema: a melhor impressão é a que fica no coração de todos.
Desde 1926
85 3464.2727 | Fortaleza - Ceará | www.tiprogresso.com.br
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Varejo Gôndola cheia: se não falta produto, não falta cliente
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falta de produtos nas prateleiras dos supermercado tem um impacto fulminante nos resultados de vendas da loja. Para o consumidor que está na ansiedade de comprar um produto ou que deixou para fazer isso de última hora, nada pior do que chegar ao ponto de venda e não encontrar exatamente aquilo que deseja. Para minimizar a ocorrência desse tipo de situação, supermercados devem investir, continuamente, num processo de reposição ágil e no controle de estoque para evitar o desabastecimento. De acordo com o consultor em gestão estratégica e logística, Yvies Teixeira, para otimizar o gerenciamento do estoque é preciso interligar o funcionamento de variados setores como recursos humanos, intelectuais, instalações, financeiros, equipamentos e, no caso do comércio varejista, a mercadoria a ser vendida. “O estoque é um recurso que depende da interligação de todos os outros recursos citados, dentro de um ciclo de dependência e sincronismo, ou seja, não pode ser gerido separadamente, e sim de forma sistêmica, principalmente com o departamento financeiro e de compras da empresa. Para isso, é importante que o varejista - ou o responsável por compras e estoque - tenha sempre em mãos o estudo dos itens de maior importância do mix da sua loja, considerando quantidade, valor agregado e margem líquida”, explica o especialista. 58 /// Abril 2017
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Outro ponto negativo para a falta de produtos para o consumidor, além da frustração, é a sensação de perda de tempo, o que, segundo pesquisa realizada pelo Ibope, consiste numa das maiores preocupações para ele. Inclusive, o levantamento divulgado pelo Ibope Inteligência mostrou que 35% das pessoas se sente escravizada pelo tempo. Para minimizar esses problemas, Yvies Teixeira explica que o supermercadista deve lembrar-se de que o perfil do consumidor mudou bastante nos últimos anos, seja pelo seu poder econômico, seja pela sua maior exigência no atendimento, e também principalmente pela sua necessidade de “conveniência”, ou seja, encontrar tudo, de boa qualidade e com preços justos no mesmo estabelecimento. “Investimentos em tecnologia e em melhoria de equipamentos têm que fazer parte do planejamento anual de toda e qualquer empresa, seja ela de pequeno ou de grande porte, pois não se pode esquecer que os equipamentos depreciam-se e que o mercado exige uma constante modernização da loja. O varejista precisa estar atento também à necessidade de aumentar, quando possível, a área de vendas de determinados departamentos geradores de fluxo, como - por exemplo - o de perecíveis e padaria, já que representam uma fração significativa quando se analisam
o valor agregado e lucratividade dos produtos”, explica. Empregos na Páscoa - A importância da promoção e reposição de produtos nas gôndolas é tão importante que, para a Páscoa deste ano, a indústria do chocolate deve criar 25 mil vagas de trabalho, segundo informações da Abicab – Associação Brasileira da Indústria do Chocolate, Cacau e Derivados. Dessas vagas, 15% são para trabalhar na linha de produção da indústria e a esmagadora maioria, 85%, para vagas de trabalho nas áreas de reposição nas lojas, promoção e vendas. Ou seja, quem quer vender, tem que expor e garantir o produto à mostra para os cliente. Ainda sobre a Páscoa deste ano, a Abicab está otimista e acredita que 2017 será bem melhor do que o ano passado, que registrou queda de 25% no faturamento do setor em relação ao ano anterior. O Brasil é o maior produtor de ovo de Páscoa e o quinto maior consumidor de chocolate do mundo. O Nordeste, por sua vez, não é um dos grandes mercados de consumo de chocolate do país. Enquanto a média brasileira é de 2,5kg/ano, a região fica apenas na terceira colocação, atrás do Sul – o primeiro lugar com 4,4kg/ano – e Sudeste, com 3,5kg/ano.
Para otimizar o gerenciamento do estoque é preciso interligar o funcionamento de variados setores. Yvies Teixeira
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Varejo
A força do pequeno varejo na economia do Nordeste
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ojas com poucos check-outs e áreas de vendas reduzidas, donos de estabelecimentos que conhecem o cliente pelo nome, lojas próximas aos locais de trabalho ou residência de seus clientes, os quais encontram nesses lugares as soluções de consumo para o seu dia a dia. O pequeno varejista trava uma luta diária para equilibrar as contas e fazer chegar ao consumidor produtos de maior variedade e qualidade. Mas nessa guerra pelas vendas, os pequenos comerciantes estão ganhando cada vez mais espaço junto aos consumidores. Tradicionalmente, o pequeno varejo é um canal fundamental para a indústria. Na Paraíba, onde as grandes redes estão concentradas na capital e nas principais cidades polos, o abastecimento nos municípios mais distantes depende, fundamentalmente, do pequeno varejista. É ele quem conhece o seu público e traz para as cidades os lançamentos da indústria. Mas mesmo nos grandes centros, o mini varejista também cumpre papel importante de atendimento imediato às demandas do cliente. É certo que as grandes redes possuem muitas vantagens no atendimento às demandas do consumidor, mas muitos clientes permanecem fiéis às lojas de pequeno porte, pois estas são mais flexíveis nas negociações e menos burocráticas no atendimento. Além disso, quem mora perto de um mercadinho ou pequeno supermercado sabe que aquele pode ser um lugar de abastecimento da casa ou das compras de conveniência, sem perda tempo ou preocupação com deslocamento. Por exemplo, numa pequena loja, o cliente pode falar diretamente com o dono do estabelecimento e 60 /// Abril 2017
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solicitar um produto, facilitar o pagamento ou conseguir descontos. A proximidade do comerciante com seu cliente favorece na percepção do que o público realmente quer comprar. “O pequeno comerciante sente a pulsação do varejo no dia a dia, no contato direto com seus clientes. É o dono do estabelecimento quem confere a boa exposição dos produtos e sabe quantos itens foram vendidos. É ele que conversa com o cliente e sabe se
consumo aquecendo a economia de maneira geral. E o setor industrial está pronto para abastecer cada vez melhor e com mais volume esse novo consumidor”, explica Walber Santos, diretor comercial da empresa.
Numa pequena loja, o cliente pode falar diretamente com o dono do estabelecimento e solicitar um produto, facilitar o pagamento ou conseguir descontos. José Willame Araújo
ele gostou deste ou daquele produto, o que acha sobre determinada marca, como o cliente pode e quer pagar. Para sobreviver nesse negócio é preciso ter foco constante em vendas e muita percepção de como está a economia”, comenta o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), José Willame Araújo. A indústria e os distribuidores já perceberam essa oportunidade de negócios, pois entendem que o pequeno varejo é um canal estratégico para seus produtos. É o caso da São Braz, indústria paraibana que enxerga no canal a grande oportunidade de ampliar a distribuição de seus produtos. “Essas regiões concentram uma significativa fatia da população. Nos últimos anos, esse público consolidou seu poder de
Mas os desafios do pequeno varejo ainda são muito grandes. “O pequeno comerciante está mais vulnerável às tormentas econômicas de pequena ou grande escala. Por exemplo, se uma prefeitura ou o governo do Estado atrasa o pagamento de salários, ou se há alguma complicação na entrega dos benefícios federais, o pequeno varejista sente o impacto imediatamente. E ele precisa regular seus estoques também de acordo com essas eventualidades. O pequeno varejista tem que ser mestre de macro e micro economia para fazer seu negócio prosperar”, analisa o presidente da Associação de Supermercados. Além disso, com a grande quantidade de pontos de venda, a indústria tem dificuldades de entender o tamanho e as oportunidades que os pequenos varejistas oferecem. O pequeno varejo exige uma abordagem diferenciada da indústria. E o primeiro passo talvez seja um melhor monitoramento que o pequeno varejo deve proceder, identificar os gargalos e executar ações englobando as diferentes marcas.
Varejo Produtos diferenciados são bons para consumidores e supermercadistas
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á foi o tempo em que a seção de produtos especiais eram privilégio apenas das grandes redes de supermercados. Atualmente, produtos integrais, orgânicos, livres de lactose e de glúten ganham cada vez mais espaço nos supermercados locais. Em alguns estabelecimentos, a venda destes produtos já corresponde a 20%. Um dos fatores que vem impulsionando o aumento na demanda por produtos especiais é a expansão do conceito de comer bem, o qual foca muito mais na qualidade do que se consome do que na quantidade. “O empresário que está atento ao mercado, percebe que o perfil de consumo do seu cliente está mudando, e saber identificar o potencial desse novo mercado é essencial para garantir uma vantagem competitiva e até mesmo para a manutenção do negócio”, destaca a consultora Luciana Rabay, especialista em varejo. Além de serem produtos que vendem a ideia de uma vida mais saudável, dietas de restrição calórica ou específicas para alergias e intolerâncias alimentares estão entre as principais motivações para o aumento da procura por produtos especiais. E para se ter uma ideia do tamanho do mercado, estima-se que pelo menos 70% da população desenvolva algum tipo de intolerância à lactose durante a vida. Já a população com algum tipo de alergia alimentar chega a 5% da população. Outro nicho importante para o mercado de especiais são os diabéticos, e cerca de 6,8% da população do país são de pessoas que estão acima do peso ideal, um número que chega a 51% com excesso de peso, sendo que 17,4% destes com algum grau de obesidade. Segundo José Willame de Araújo, presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, o supermercadista precisa consolidar a venda de produtos especiais. E esse é um esforço que vale a pena. “É um processo no qual o público ainda está descobrindo que há a oferta de produtos, e é normal que no início desse processo a saída fique um pouco abaixo da expectativa, mas uma vez consolidado, o supermercadista só tem a ganhar”, explica.
Consumidores aproveitam diversidade de produtos Na casa da aposentada Diva Furtado, que mora com a filha, uma mãe hipertensa e um neto intolerante à lactose, frutas, folhagens, alimentos integrais e sem lactose 62 /// Abril 2017
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representam cerca de 50% dos gastos com alimentação. Segundo ela, muitas vezes até o pão integral consumido pela família é feito com farinha e funcionais comprados no supermercado do bairro. “Minha filha sempre gostou de massas integrais, um gosto que passou para o meu neto, o que eu acho ótimo, já que possui mais fibras, ferro. Hoje até minha mãe prefere, tanto que muitas vezes nos reunimos para fazer nosso próprio pão integral. Já meu neto é intolerante à lactose, então já viu, nada de leite comum”, comenta a aposentada, que inclui em sua feira macarrão integral, arroz da terra e integral, iogurtes, leite sem lactose e leite de soja. Há cinco anos a aposentada Eulina França Cândido descobriu que era intolerante à lactose e teve que passar por um processo de reeducação alimentar. “Foi difícil porque no início, sempre que tinha que comer fora de casa ou preparar algo para a família em casa, tinha que estar atenta porque se qualquer prato levasse leite ou algum derivado era preciso tomar remédio para ajudar na digestão e evitar complicações e constrangimentos”, conta. Agora, a aposentada comemora a mudança no mercado, que melhorou a qualidade dos produtos, diversificou a oferta de derivados e reduziu os preços.
Orgânicos invadem mercado Um dos maiores produtores do Nordeste de alimentos orgânicos, a Paraíba tem 149 hectares de área plantada - via agricultura familiar -, além de duas grandes fazendas, as quais produzem orgânicos para abastecer os supermercados da região. Além disso, cada vez mais os orgânicos ganham espaço nos supermercados e carrinhos de compras, que hoje podem ser encontrados na maioria dos supermercados paraibanos, além das grandes redes. A enfermeira Nirvana Moura Williams morou por dez anos nos Estados Unidos. Segundo ela, uma das diferenças entre os dois países é a qualidade da alimentação. “Como eu morava na fronteira com o Canadá, nunca tínhamos frutas frescas. Embora fosse impossível encontrar uma só minhoquinha nas frutas e verduras por conta dos tratamentos químicos, o sabor nem de perto se compara às nossas. Vejo nos orgânicos, além do maior sabor, a segurança da ausência de agrotóxicos”, conta. Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Tecnologia
RedeCompras Supermercados inaugura primeiro self-checkout da Paraíba
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Consinco, empresa desenvolvedora de sistemas de gestão (ERPs) para redes de varejo e atacado, implementou na primeira semana de fevereiro o primeiro self-checkout da Paraíba, na principal loja do RedeCompras Supermercados, no centro de Campina Grande. A unidade, localizada na Rua Coronel João Lourenço Porto, 374, recebeu quatro terminais equipados com sistema antifraude, composto por câmeras e balanças. A implementação dos caixas inteligentes faz parte do projeto de expansão da loja do grupo, que ampliou o espaço de 1.700 para 2.700 metros quadrados de área para garantir mais conforto e comodidade aos clientes. E, além de receber os quatro novos equipamentos de autoatendimento com a expansão, a unidade aumentou o total de checkouts com atendimento humano - de 16 para 22. Cada self-checkout instalado na unidade do RedeCompras tem capacidade para o registro de 25 volumes, permitindo ao cliente realizar, sozinho, todas as etapas de compra, desde pesar os produtos e lançar os códigos de barras no leitor, até efetuar o pagamento no cartão.
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“Os terminais são fáceis de administrar e foram projetados com recursos de áudio para orientar os consumidores. Tudo pode ser identificado em um monitor touch screen”, explica Silvio Souza, diretor comercial da Consinco. “A facilidade garante uma redução de até 30% no tempo de espera nas filas dos supermercados”, garante o executivo. A tecnologia dos self-checkouts é fabricada pela empresa brasileira Laurenti, líder da América Latina em solução ATM bancário, com periféricos 100% nacionais.
A facilidade garante uma redução de até 30% no tempo de espera nas filas dos supermercados. Silvio Souza
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PIAUÍ O estado promove intercâmbio sobre fruticultura irrigada no Vale do São Francisco
PRÊMIO NACIONAL Piauí recebe prêmio nacional por enfrentamento à violência contra a mulher. O Núcleo de Feminicídio, Plantão de Gênero, Boa Noite Cinderela e o aplicativo Vazow foram ações consideradas pelos técnicos como positivas
TECNOLOGIA Avicultor aposta no uso da tecnologia para driblar a crise econômica no Piauí. A Granja em Valença do Piauí chega a produzir cerca de 200 mil ovos por dia
Tecnologia
Governo
Avicultor aposta no uso da tecnologia para driblar a crise econômica no PI
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Granja em Valença do Piauí chega a produzir cerca de 200 mil ovos por dia Empresa também cria frango para abate, com venda de 120 toneladas ao mês
crise afetou alguns setores da economia, mas no interior do Piauí um avicultor vem vencendo este momento difícil com uma ideia empreendedora. Ele apostou no uso da tecnologia para aumentar o seu negócio. No município de Valença do Piauí, a 210 km de Teresina, há um exemplo de empreendedorismo em pleno semiárido. São 40 galpões em que o forte é a produção diária de cerca de 200 mil ovos. A empresa também cria frango para abate, com venda de 120 toneladas de carne por mês, e a expectativa é aumentar para 170 toneladas até o final do ano. “Nós ficamos preocupados, um pouco receosos, mas eu senti que dava para continuar crescendo. E a gente não parou. Todo o investimento foi para a ave se sentir bem, ter conforto para ela se desenvolver da melhor forma possível”, declarou o produtor, Carlos José Moura. Todo esse crescimento acontece em um período complicado da economia. Além disso, uma pesquisa da
Associação Brasileira de Proteína Animal mostrou que o brasileiro vem comendo menos frango. Apesar de tal quadro, o produtor também não poupa esforços para utilizar tecnologia de ponta. Na granja em Valença, os bebedouros são automatizados, todo o percurso do ovo é feito por esteiras e mecanismos mais elaborados até chegar à primeira avaliação dos funcionários. Em seguida, o material vai a outro galpão para ser limpo e selecionado. No processo, os funcionários observam se ficou alguma impureza, e só depois é feita a pesagem. “Já na pesagem a máquina separa o ovo de acordo com o tamanho”, acrescentou o gerente da granja, Sílvio Iênio, que destacou que o controle de temperatura do ambiente também é climatizado. Fonte: G1 Piauí
Estado promove intercâmbio sobre fruticultura irrigada no Vale do São Francisco
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governo do estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), promoveu um intercâmbio para conhecer experiências exitosas de fruticultura irrigada nas cidades de Petrolina - Pernambuco, e Juazeiro - Bahia. Participaram da ação o secretário da SDR, Francisco Limma, a secretária de infraestrutura, Janaína Marques, o assessor do governo estadual, Getúlio Araújo Dias, a prefeita de Esperantina, Vilma Amorim, a prefeita de São João do Arraial, Vilma Lima, o prefeito de Joca Marques, Betão, além de representantes da Escola Família Agrícola - EFA Cocais, secretários municipais de agricultura e produtores com pretensão de investir na fruticultura irrigada no norte do Piauí. No primeiro dia do intercâmbio, o grupo conheceu a fazenda Geraldo Agrícola, que fica em Petrolina e tem suas atividades voltadas para a produção de uva. Na manhã do dia seguinte, a equipe assistiu a uma palestra ministrada pelo gerente executivo do Distrito do Perímetro Irrigado de Maniçoba, Valter Matias de Alencar, sobre o modelo de gestão adotado em sua região, que tem a Codevasf como gestora. Na parte da tarde, visitaram fazendas produtoras de melão e manga naquele distrito, referência na área. De acordo com o Francisco Limma, esse intercâmbio trouxe possibilidade de firmar parcerias e ainda transferir o aprendizado para as áreas de produção e gestão ao norte do Piauí e outros territórios. “O governo estadual já apoia, diretamente, a fruticultura irrigada na região de São João do Piauí com o projeto Marrecas, inclusive com a motivação e mobilização de produtores para investir nessa atividade. O governo piauiense igualmente incen-
tiva o desenvolvimento deste setor em João Costa, Simplício Mendes, na região de Oeiras, nos Platôs de Guadalupe, Tabuleiros Litorâneos, e também possui o interesse em recuperar os perímetros mais antigos como os de Lagoa do Piauí, em Luzilândia e do Vale do Gurgueia. São ações que visam potencializar as infraestruturas e as áreas que já produzem no estado”, ressaltou o secretário. Para a prefeita de Esperantina, Vilma Amorim, essas visitas estão sendo de grande importância para toda a equipe, por mostrar que é possível desenvolver esta atividade no Piauí. “Nosso estado possui um grande potencial natural, mais precisamente na região norte, que agrega todas as condições necessárias, em abundância, como água e terras; sendo os diferenciais dos lugares que conhecemos, onde tudo é regrado. Acredito que unindo forças poderemos, futuramente, estar convidando produtores de outros estados para conhecer os projetos exitosos do Piauí”, enfatizou. Como resultado imediato do intercâmbio, foi firmado um entendimento com a gestão do Distrito do Perímetro
Irrigado de Maniçoba onde, a partir de uma relação direta com a superintendência da Codevasf no Piauí e das superintendências de Petrolina e Juazeiro, será possível o estágio de técnicos e produtores piauienses naquela região, como também o envio de alguns técnicos de Juazeiro para auxiliar na implantação ou na recuperação de áreas que já produzem no Piauí. “É um entendimento prévio, mas que deve resultar, em breve, na formalização de um termo de cooperação técnica entre o governo do Piauí, a Codevasf e o Distrito de Perímetro Irrigado de Maniçoba”, antecipou o secretário da SDR. Em setembro de 2016, a Secretaria de Desenvolvimento Rural realizou outro intercâmbio com um grupo de 20 pessoas também para Petrolina, na região do Vale do São Francisco. Na oportunidade, foram visitadas experiências de produção de fruticultura irrigada de banana, uva, manga e goiaba, sendo uma propriedade produtora de frutas orgânicas. Fonte: Portal Sul do Piauí
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MKTP
Mercado
Piauí e Maranhão discutem parcerias pela agricultura
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Gestores consideram a troca de experiências e a integração importante porque os dois estados têm realidades muito parecidas
urante reunião de nivelamento das ações de assistência técnica realizado pelo Sistema SAF, na última semana, com os 19 Gestores Regionais da Agência Estadual de Pesquisas Agropecuárias e Extensão Rural – AGERP, o secretário de desenvolvimento rural do Piauí, Francisco Limma, dialogou e dividiu experiência sobre assistência técnica e extensão rural do estado vizinho. Os encontros integram a programação de alinhamento com os gestores, que objetiva manter o contínuo diálogo com a equipe, realizar um balanço das ações de 2016 e discutir os pontos positivos e negativos do trabalho desenvolvido pelos profissionais nas regionais em todos os 217 municípios do estado, além de promover a sistematização das atividades que serão realizadas pela Agerp neste ano em curso. Para o secretário do Piauí, Francisco Limma, a troca de experiências e a integração são importantes porque Maranhão e Piauí têm realidades muito parecidas, e para vencer os desafios o diálogo e a troca de experiência são fundamentais. Para o secretário, o foco da assistência técnica é o ser humano. ‘’Eu acredito que nosso papel é motivar as pessoas, para que elas possam acreditar nelas mesmo, sabendo que são capazes de se desenvolverem. Essa é a essência da assistência técnica, da extensão, do desenvolvimento rural como um todo’’, concluiu. 70 /// Abril 2017
Segundo o presidente da Agerp, Júlio César Mendonça, o órgão é responsável pela disseminação da assistência técnica, extensão rural e da pesquisa para os agricultores familiares em todo o Maranhão. Ainda de acordo com ele, tais ações são promovidas por meio dos 19 escritórios regionais, localizados nos municípios de Açailândia, Bacabal, Bolsas, Barra do Corda, Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Rosário, Santa Inês, São João dos Patos, São Luís, Timon, Viana e Zé Doca. Durante o encontro, o secretário Adelmo Soares apresentou o Plano mais IDH e as ações do Sistema SAF nos 30 municípios, as quais envolvem assistência técnica, fomento, comercialização, educação no campo e regularização fundiária. Segundo o secretário, o Instituto de Colonização e terras do Maranhão – ITERMA, órgão vinculado a SAF, vem trabalhando fortemente para proporcionar a regularização das terras familiares, garantindo seguridade jurídica e garantia de produção de alimentos por meio do cultivo da terra. Durante o encontro, os gestores de nove regionais - Açailândia, Balsas, Caxias, Bacabal, Pedreiras, São Luís, Imperatriz, Pinheiro e Timon - recebem GPS para emissão do Cadastro Ambiental Rural – CAR. Esses equipamentos também auxiliarão nas atividades em 05 municípios do mais IDH – Afonso Cunha, São Roberto,
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Lagoa Grande, Pedro do Rosário e Aldeias Altas. ‘’A emissão de CAR é uma prioridade na nossa gestão porque, por exemplo, para que uma associação ou cooperativa quilombola ou de pequenos agricultores possa ter a Licença Ambiental Rural (LAR), que normatiza as atividades rurais em sua área de produção, é preciso estar cadastrado e inscrito no CAR. Sem CAR e sem LAR, muitas das estratégias de sobrevivência de comunidades e pequenos produtores, inclusive via políticas públicas, ficam inviabilizadas’’, informou o secretário da SAF, Adelmo Soares. Criado pela Lei 12.651/12, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, formando base estratégica de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais. Para beneficiar os agricultores familiares e comunidades tradicionais com acesso ao crédito, o governo estadual, por meio do Sistema de Agricultura Familiar - SAF, Agerp, Iterma - tem realizado uma força tarefa para capacitar técnicos a efetuar o CAR nesse segmento social. Fonte: site O Imparcial
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Governo
Piauí recebe prêmio nacional por
enfrentamento à violência contra a mulher Núcleo de Feminicídio, Plantão de Gênero, Boa Noite Cinderela e o aplicativo Vazow foram ações consideradas pelos técnicos como positivas
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Núcleo de Estudo e Pesquisa em Violência de Gênero, desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, foi premiado com o Selo de Práticas Inovadoras 2017. O prêmio é realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP, e reconhece projetos desenvolvidos pelas instituições com potencial de transformarem cenários relacionados à violência. “Inicialmente, ficamos entre os 11 melhores projetos desenvolvidos no país, e agora recebemos a grata notícia de que o nosso projeto figura como uma das três principais estratégias práticas inovadoras de enfrentamento a violência contra a mulher”, disse a diretora de gestão interna da SSP e idealizadora do Núcleo, delegada Eugênia Villa. O Piauí divide o prêmio com projetos da Polícia Militar da Bahia e Polícia Civil do Mato Grosso. Antes de divulgarem os vencedores, técnicos do Fórum vieram ao Piauí conhecer as ações realizadas para o enfrentamento da violência contra a
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mulher, como a criação do Núcleo de Feminicídio, Plantão de Gênero, Boa Noite Cinderela e o aplicativo Vazow. “Mostramos todas as nossas ações que possibilitaram as mudanças nas estatísticas criminais, e isso nos ajudou a ver e a enfrentar os fenômenos que envolvem a violência contra a mulher”, destacou Villa. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 08 de março, em São Paulo. Além do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Violência do Gênero, outras experiências como “Rondas para homens da Bahia” e “Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica contra a Mulher”, do Mato Grosso, também foram premiados. O Selo também dará origem a uma Casoteca Digital, uma coleção on-line de casos de sucesso, visando promover o conhecimento e a multiplicação de boas práticas desenvolvidas em todo o território nacional.
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Fonte: Portal O Dia.com
Artigo
Produtos vencidos
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Por que ocorrem na minha empresa?
a edição passada, começamos a tratar do assunto relacionado à gestão das perdas das empresas de supermercados, focando exatamente nos produtos da sua área de trocas. Hoje queremos falar com nossos leitores sobre produtos vencidos, produtos esses que engordam o volume de mercadorias nas áreas de trocas das empresas, fazendo-as ocupar mais espaço físico do que deveriam.
É importante que toda a equipe entenda que o monitoramento do prazo de validade do produto deve ocorrer durante todo o seu trajeto dentro da empresa (no recebimento, na armazenagem e na exposição do produto na área de vendas). Somente assim será possível identificar a data crítica do produto a tempo de tomar medidas assertivas que possibilitem reduzir a quantidade desses produtos na sua área de trocas/avarias.
ras sobre os prazos mínimos de validade autorizados para o recebimento das diversas categorias de produtos na empresa. Hoje se percebe que, em muitos casos, as regras ou não existem ou estão somente na cabeça do colaborador que comanda este setor. Falando de forma prática: a área comercial define as regras (prazos mínimos de validade das categorias de produtos para o recebimento na empresa), e a área de prevenção de perdas sinaliza a área de recebimento com esses prazos. O objetivo: para que todos os colaboradores que atuam no setor conheçam as regras. Esse é o primeiro passo do processo que objetiva reduzir prejuízos com a perda de produtos por validade.
2° PONTO DE ATENÇÃO
Segundo as estatísticas das pesquisas nacionais de perdas, os produtos vencidos representam quase 30% das avarias em um supermercado. Porém, esse índice não é uniforme em todas as regiões do País. Somente para se ter uma ideia do tamanho do problema, em nossa região já chegamos a identificar lojas cuja avaria por vencimento representava 70% de seus prejuízos totais. Esse índice por si só já justifica o estudo mais apurado pela área de prevenção de perdas para que se entenda a razão desse elevado volume de produtos vencidos e, o principal de tudo, tentar identificar suas causas e origens. 74 /// Abril 2017
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1º PONTO DE ATENÇÃO O setor de recebimento de mercadorias, onde tudo se inicia fisicamente falando, precisa atuar com regras cla-
Qualquer empresa de supermercado sabe que no seu mix existem produtos que têm um giro muito rápido, e que por isso seu prazo de validade não se torna tão preocupante, mas também existem produtos que por algum motivo (baixa aceitação do cliente, faixa de preço, público-alvo, região, sazonalidade, etc.) não giram com rapidez. A varredura de validade entra como um processo contínuo de mo-
nitoramento e checagem das datas de validades de TODOS os produtos dentro da empresa, estejam eles na área de vendas ou na área de armazenagem. O mapeamento e a identificação de produtos ou lote de produtos com datas críticas permitem tratar o problema a tempo. Além disso, possibilitam a prática de políticas de venda mais agressivas sobre esses produtos com o intuito de evitar mandá-los para a área de avarias, gerando esforço e retrabalho da equipe e da operação no trato da recuperação desses produtos junto aos seus fornecedores. Outro ponto positivo da aplicação do processo de varredura de validade é focar no atendimento e satisfação dos clientes com a oferta de produtos de qualidade, além de evitar as pesadas multas aplicadas pelos órgãos de
fiscalização como Anvisa e Inmetro, que estão cada vez mais atuantes e atentos a tudo. Além das multas, a interdição da loja somente por um ou dois dias, dependendo do período da infração, pode comprometer todo o lucro do mês. Finalizando a nossa conversa, é importante ressaltar que, para que tudo isso que falamos surta os efeitos esperados, é fundamental que o processo de varredura de validade seja aplicado no depósito e área de vendas para identificar os produtos com data crítica, ou seja, que fugiram aos demais controles internos. Para tanto, é necessário que a toda a equipe esteja alinhada com as práticas dos conceitos ligados à área de prevenção de perdas e apliquem o PVPS - primeiro que vence é o primeiro que sai. Se isso for bem feito, certamente as empresas
terão muito menos produtos avariados por vencimento nas suas áreas de trocas. Em nosso próximo encontro, falaremos sobre como montar uma área de trocas organizada e sinalizada, ou seja, que facilite o registro e os indicadores de perdas que este setor pode proporcionar aos gestores.
Haroldo Ribeiro é Sócio na Max Result Consultoria e especialista em Prevenção de perdas no Varejo Brasileiro Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Artigo
Dos Efeitos Não-Lineares da Valorização Estética
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m dos mais importantes estudos da antropologia é o da “estética”. Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Assim, sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária, a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados “caras-pintadas” – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norte-americanos. Transpondo esses estudos para o mundo empresarial temos uma realidade semelhante, e com efeitos similares. Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas “respondem” ao meio-ambiente. Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade. O medíocre considera a valorização estética uma perda de dinheiro, uma perfumaria desnecessária. A ignorância só consegue enxergar o conteúdo e não compreende o valor do continente. O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra os bancos das praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô - considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do 76 /// Abril 2017
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mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente “conservam” o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô! A valorização estética aumenta a autoestima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor qualidade de vida. E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética. Um dos maiores exemplos dos efeitos não lineares da valorização estética em urbanismo é Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu transformar a capital paranaense. Assim, atraiu um novo polo automobilístico, e fez da cidade uma das mais belas e admiradas da América Latina por sua qualidade de vida e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética. Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida para a empresa. E a valorização estética nela ultrapassa os limites do ambiente físico. A partir daí, deve abranger a ética, as boas maneiras, a polidez, atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes, da música. Um dos grandes exemplos mundiais da valorização estética e sua importância para o sucesso empresarial é a Disney. A atenção aos detalhes na valorização estética em tudo é um dos pontos fundamentais da fórmula do sucesso dessa organização norte-americana. É preciso compreender que a valorização estética não é dinheiro jogado fora. É investimento! Ela traz – e somente ela poderá trazer de volta – a autoestima necessária para nossos funcionários, nossos clientes, e trazer até efeitos incrivelmente benéficos para a nossa marca. E belo não significa necessariamente caro. Belo não significa supérfluo. Pelo contrário, a valorização estética aumentando a nossa autoestima, aumenta o nosso comprometimento com a empresa, aumenta o nosso prazer em trabalhar e viver, além do nosso orgulho em representar uma marca e pertencer a uma empresa que compreende a importância da valorização estética, do belo, do bom e do que nos faz seres humanos. Você, empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará ela embrutecida pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem à limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos? Como as pessoas se trajam? Existe um “dress-code”? Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para o ser humano, para as cidades e para as empresas. Pense nisso. Sucesso! Por Luiz Marins - Antropólogo e escritor Abril 2017 | www.portalredebrasil.com.br
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Artigo Imposto de Renda e Felicidade podem caminhar juntos?
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ocê sabe qual é o país do mundo que mais paga Imposto de Renda? Acha que é o Brasil? Errou! Estamos diante de um paradigma enraizado, porém, totalmente errado! Os países que mais pagam IR são aqueles com alto nível de desenvolvimento. Nos países que ocupam as melhores posições no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo paga-se quase 50% de Imposto de Renda. Alguns chegam a superar esse percentual. Você tem conhecimento de qual é a realidade do Brasil? Hoje o nosso país ocupa a 9ª posição como potência mundial. Por outro lado, no quesito IDH, ocupamos a 75ª posição. Nesse ranking, o primeiro lugar é ocupado pela Noruega, seguido da Austrália e Dinamarca. Níger (África) ficou na posição de país menos desenvolvido do mundo, antecedido imediatamente por República Democrática do Congo, República Centro Africana e Chade. Criado em 1990, o IDH compara riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e demais fatores entre os países. Através do índice é avaliado o bem-estar de uma população e, assim, classifica-se o país em desenvolvido, em desenvolvimento ou subdesenvolvido. Com essas informações, você acha que felicidade e bem-estar podem ser aliados do Imposto de Renda? Durante toda a minha vida eu fui empreendedora autônoma e, quando me deparei com a necessidade de declarar Imposto de Renda, pedi orientação para o meu pai. Contador por formação, ele estava acostumado a fazer os cálculos necessários das deduções. Fazíamos a minha declaração juntos e quase sempre eu tinha que pagar. Diante da minha indignação, considerando-me “a injustiçada”, o meu pai alertava: “Você devia agradecer porque só paga Imposto de Renda quem ganha, quem não ganha não paga”. Diante disso, você prefere contribuir ou ser isento? A informação transmitida por meu pai passou a fazer parte da minha vida e, por isso, ao contrário da grande maioria, o meu paradigma é que “pagar imposto de renda é que é bom, o ruim é ser isento”. Você já pensou no que realmente significa ser contribuinte ou ser isento? Estar isento desse imposto está diretamente ligado a ganhar tão pouco que não dá para contribuir com parte dos seus recursos com a sociedade! Ao fazer essa reflexão, concluo que pagar Imposto de Renda é uma coisa boa! Recentemente eu dei uma palestra sobre felicidade para os auditores fiscais da Receita Federal, e você sabe qual é a grande “infelicidade” deles? Ao exercerem sua atividade profissional, eles são muito mal recebidos. A maioria dos empresários detesta a presença de um auditor e os recebe a contragosto. Imagine todos os dias você visitar pessoas que não conhece e, ao orientar e cobrar um posicionamento correto, ela passar a agredir, justificar, argumentar e responsabilizá-lo pelo percentual que deve ser declarado 78 /// Abril 2017
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ao governo com frases do tipo: “Pago e não recebo nada em troca. Para onde vai o meu dinheiro? Que retorno eu tenho com esses impostos? Por que eu devo pagar tudo isso? E essas fraudes, corrupções e blá, blá, blá...?”. E é exatamente aí que eu queria chegar! Poderosos e poderosas! Abram os olhos! Não dá mais para pensar em “dente por dente, olho por olho”! O roubo do outro não deve justificar as minhas atitudes. Ditos populares como “ladrão que rouba de ladrão tem 100 anos de perdão” devem ser extirpados do senso comum, e isso começa com a minha e a sua atitude. Usar a inteligência para sabotar, enganar e criar artimanhas para sonegar é corrupção tanto quanto o ato de desviar dinheiro público. O mais pobre dos pobres são os corruptos que recebem a missão de distribuir renda e desviam as contribuições, o que resulta em total falta de confiança. Afinal, um país com alto IC – Índice de Corrupção, nunca estará entre os primeiros do IDH. Mas, você está disposto a mudar posicionamentos para o bem comum? Outro dia ouvi um economista afirmar que para baixar a corrupção em um país é necessário aumentar a penalização. Será isso mesmo? Um erro não deveria justificar o outro – ao contrário do que está gravado no consciente coletivo, acertar é humano e devemos mudar a nossa mentalidade. Fazer a declaração do Imposto de Renda será encarado como um gesto correto, honesto e de felicidade quando as pessoas se conscientizarem que só paga quem ganha, e ganhos geram riquezas, e riquezas geram bem-estar e tantos outros benefícios. Você imagina o que seria o Brasil se todos pagassem o Imposto de Renda? Visualize o nosso país como um grande condomínio. Se cada um de nós tivesse que contribuir para manter e desenvolver essa grande comunidade, onde o respeito ao bem comum estivesse em primeiro lugar, certamente afirmações como “se é bom para todos é bom para mim” seria a nossa realidade, certo? Então, cabe a nós mudarmos a história de que brasileiro tira vantagem em tudo, e passar a concentrar nossas atitudes na afirmação “vantagem só se for para todos! ”. Nas minhas palestras, eu sempre digo que rico é aquele que valoriza o que tem e aproveita as oportunidades, e pobre é quem vive reclamando do que não tem. Mas, vou acrescentar outra informação relevante: “ser rico é ter gosto em contribuir, e ser pobre é se isentar diante da necessidade alheia”. De que serve ser rico de dinheiro e ser pobre de espírito? Assim, refletindo sobre tudo isso, só confirmo que o ensinamento do meu saudoso pai prevalece! Eu sou feliz por que pago IR; e você?
Por Leila Navarro, palestrante motivacional
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