UNIVERSIDADECRUZEIRODOSUL CURSODEJORNALISMO
SãoPaulo 2021
ASAÚDEDAMULHEREODESCASODAMÍDIA: asfalhasdacomunicaçãotelevisivaaoabordarasaúdefeminina.
CAROLINEMIRELALEITEDEOLIVEIRA
SãoPaulo 2021
CURSODEJORNALISMO
CAROLINEMIRELALEITEDEOLIVEIRA
ASAÚDEDAMULHEREODESCASODAMÍDIA: asfalhasdacomunicaçãotelevisivaaoabordarasaúdefeminina.
UNIVERSIDADECRUZEIRODOSUL
Relatório de Fundamentação Teórico-Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação da Profa. A Dra.MirianMeliani.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais Gabriela e Valdson pelo carinho, atenção e apoioqueelesmederamaodecorrerdetodaaminhajornadaduranteesses4anosdeestudos
Sou grata também aos professores pelo apoio técnico prestado durante todo o desenvolvimentodoprojetoeaosanosquesepassaram.
Agradeço aos meus colegas Caroline Gouveia, Nicole Matos e Henrique Pierri por teremmeapoiadoemantidofirme
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4 SUMÁRIO 1. RESUMO 5 2. INTRODUÇÃO 6 3. APRESENTAÇÃO 7 3.1 Objetivo geral 7 3.2 Objetivos específicos 7 4. ASPECTOSTEÓRICOS-METODOLÓGICOS 9 5. RESULTADOS 11 6. CONSIDERAÇÕESFINAIS 12 7. REFERÊNCIAS 13 APÊNDICE:ProjetoExperimental 14 CRONOGRAMADEEXECUÇÃOEINVESTIMENTO 68 ANEXOS 73
Este trabalho apresenta, através de uma pesquisa exploratória de campo aprofundada em saúde pública feminina, as falhas da comunicação televisiva quando é abordado tal tema. Destacamos a relevância da comunicação promover a visibilidade da mulher, compreendida não como produto mas também como meio, ou seja, como método de educação informativa sobre a saúde feminina. As discussões realizadas no decorrer deste trabalho de conclusão de curso têm como objetivo clarear de forma singularizada a amplitude e importância dessa abordagem.Foramutilizadosautoresqueapresentamcomoainformaçãoeacomunicaçãosão distintas, embora complementares. A pesquisa analisou a abordagem sobre o tema no Fantástico, programa semanal da Rede Globo de Televisão, em um recorte de tempo que vai de1995até2020.
PALAVRAS-CHAVE:SaúdedaMulher;JornalismoTelevisivo; ComunicaçãoeSaúde.
KEYWORDS:Women'sHealth;TelevisionJournalism;Communication andHealth.
RESUMO
2 Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e-mail: mirelalima008@gmail.com
ASAÚDEDAMULHEREODESCASODAMÍDIA:
CarolineMirelaLeitedeOLIVEIRA2 UniversidadeCruzeirodoSul,SãoPaulo,SP
ABSTRACT
This paper presents, through an exploratory research of in-depth field in, women's public health, the failures of television communication when it is addressed to women's health in television media. We highlight the relevance of communication to promote the visibility of women, understood not as a product but also as a means, that is, as a method of informative teaching on women's health. The discussions held during this course conclusion work aimto clarify in a singularized way the breadth and importance ofthistheme.Intheresearchlineof this study, authors who present how information and communication are different, although similar, were used. The research analyzed the approach on the subject in Fantástico, the weeklyprogramofRedeGlobodeTelevisão,inatimecutthatrunsfrom1995to2020.
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asfalhasdacomunicaçãotelevisivaaoabordarasaúdefeminina1
1 Artigo apresentado como parte do TrabalhodeConclusãodeCurso RFTM/Paper,derivadodoNúcleodeEstudos emTelevisão-Documentário
Os telejornais, portais de notícias e até mesmo impressos contribuem com a falta de informação sobre a saúde da mulher e isso é algo crítico a ser levantado, pautado e estudado,paraque,porfim,sejaresolvido.
Atualmente, a ideia de um processo completo de comunicação tem sido involuntariamente erradicada em diversos campos, e um deles é o jornalismo. Quando se fala em jornalismo, vem à mente do receptor e telespectador temas de notícias prontas, ou seja, o que já é falado continua sendo falado sem dar espaço a novos tipos deinformação.Contudo,
a finalidade deste projeto na qual tem sido realizada uma pesquisade 1995 até 2020, em território nacional para produção de um documentário, é a visão de expor e acrescentar de maneira positiva as falhas comunicativa e informativa do atual jornalismo.Mesmo
6 INTRODUÇÃO
Com isso, é possível imaginar também o quão perdida essa mulher se sente e é dessa forma que milhares de mulheres vivem todos os dias com a escassez de informaçõessobreasaúdefeminina.
estando no século XXI, aindatemosmuitosassuntospoucoexploradosnos veículos de comunicação. Imagine-secomoumamulher,faixaetáriaentreseus20anos de idade, sem acesso ao SUS ou ao Sistema de Saúde Privado: onde seria o primeiro lugar ao qual essa mulher buscaria informações? A resposta é simples: internet,portais de notícias, telejornais; entretanto não é onde ela procuraqueestáoproblema,massim oqueelaprocura,poisnãoestáasuadisposição.
O documentário que será realizado como Projeto Experimental através desta pesquisa tem como enfoque arelaçãoentreemissorereceptor,estudandoamaneiraque a comunicação emerge entre esses dois é possível criar uma ponte para que a informação seja levada erecebidadeformacompreensivaeclara.Darvisibilidadeéum foco,maslevarsoluçõeséoobjetivodesteprojeto.
Osprincipaisobjetivosdoestudoeram:
● Objetivogeral
Oprimeirofatorvistoquandofaladodasaúdedamulheréquesuaimageméusadaem forma de marketing para sempre promover algo secundário, comoalgumremédioouproduto queobjetificaaprópriamulhercomomeioenuncacomofoco.Com apesquisaconcluída,foi possíveltentarmudarestefatoratravésdoProjetoExperimental.
3.1Objetivosespecíficos
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● A saúde da mulheré,ainda,umgrandetabu Aexpectativaeointuitodessetemaé mostrar para a sociedade que o cuidado feminino vai além do anticoncepcional. Muitos meios de comunicação usufruem da imagem da mulher como propaganda, mas de modo geral e específico a intenção deste trabalho é passar informações reais sobre a saúde feminina e como isso não deriva apenas dooutubrorosaoudo usodeanticoncepcionais
● Apresentar soluções para que o jornalismo possa de maneira coesa e clara comunicareinformarmelhorseusreceptores
● A pesquisa foi realizada com materiais de estudos relacionados a reportagens veiculadas entre janeiro de 1995 a dezembro de 2020, visando questionar a ausência desse temanosveículostelevisivos.Oobjetodeestudoé oprogramadeTVFantástico. A abordagem buscou um embasamento completo, com início,meioefim, semcortes, deixandodeformaexplícitaanecessidadedehaverinformaçõesprimáriasesecundárias sobreasaúdedamulhernoscanaisdecomunicaçãoquemaistemalcancedopúblico
O jornalismo e o jornalista em si precisam recapitular as maneiras de se comunicar, principalmente com a mulher, que de maneira mais abrangente seria o
APRESENTAÇÃO
O jornalismo está em todososmeioseemtodososcanais,seriaamelhoremais adequada maneira para que mulheres de todas as idades e classes sociais tivessem alcanceainformaçõessobresuasaúde.
Acomunicaçãoéaponteprimordialparaoconhecimentoereconhecimentode informações,masparaqueissoaconteçaesejaplausívelénecessárioterconsciênciade informação,métodoselinguagem.
15) Informar não é Comunicar. Essa citação de Wolton é perspicaz, aoconfirmarqueo jornalismo está literalmente indo contra a maré, e que talvez com o sistema da comunicação social sendo cada vezmaispolitizadoesetornandodemaneirasutilainda mais patriarcal, o que dificulta essa visibilidade, não só para a saúde feminina tanto quantoparaoutrostemasrelacionadosà mulher
No Brasil, a estimativa para 1999 era de 31200 novos casos de câncer no seio e 7000 mortes A cura continua misteriosa, mas já se sabeosfatoresquecontribuemparaa doença: poluição ambiental, alimentação inadequada, estresse, genética e excesso de hormônios, sobretudo estrogênio (HIRSCH,1995 p,66)
público receptor alvo de tal notícia. “A informação esbarra no rosto do outro. Sonhava-se com a aldeia global. Estamos na torre de Babel’’ (WOLTON, 2010 pág,
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Assim como muitas mulheres portadoras de endometriose e outrasdoenças,não tão conhecidas ou até mesmo faladas em meios de comunicação, é notável a necessidadedevermaissobreasaúdedamulhernosmeiosdecomunicação.
No livro escrito pela jornalista e escritora Sonia Hirsch, fala-se sobre a importância da mulher ter autoconhecimento do seu próprio corpo e como a saúde feminina é de extrema importância. Trata-sedeumlivroparapromoverparaamulhera autonomia da sua própria saúde. Mas o questionamento é: como mulheres com acesso restrito à saúde pública ou privada podem ter conhecimento dessa autonomia? Esta perguntafoirespondidacomaconclusãodestapesquisa.
O rumo da pesquisa e os métodos de estudoparaamesmativeramcomofunção levar essa visão ampla de que é necessário saber lidar com a informação e a comunicação para que assim haja uma notícia de qualidade para quem atua nesses meiosdeFoicomunicação.analisadoo
programa de revista televisiva semanal Fantástico, e, embora haja um grande número de temporadas (41 temporadas), foi muito difícil encontrar entrevistas e reportagens a respeito da saúde da mulherforadomêsdeoutubro,queéo mêsdavisibilidadedocâncerdemama.
A partir disso, podemos notar que o jornalismo tem deixado de cumprir certas funções sociais pouco a pouco, pois se a informação deixou de estar ao lado da comunicação, temos aíumafalhanoprocesso,eéatravésdessafalhaqueenxergamoso descasomidiáticocomasaúdeeocorpodamulher.
9 REFERENCIALTEÓRICO-METODOLÓGICO
O processo de estudo foi iniciado com o usodemétodonetnográfico,atravésde grupos de mulheres presentes na rede social Facebook e com questionários realizados
O atual estudo tem como foco apresentar e levar maior visibilidade e análise para a saúde da mulher na mídia televisiva, mostrando como esse assunto é pautado somentequandorelevanteparavendadealgumamarca.
Segundo um artigo postado em 2009 pelos alunos Mariella Silva de Oliveira, Lucia Helena Costa Paiva, José Vilton Costa e AarãoMendesPinto-Neto(SAÚDEDA MULHER NA IMPRENSA BRASILEIRA: ANÁLISE DA QUALIDADE CIENTÍFICA NAS REVISTASSEMANAIS. 2009 PÁG,13):“Amídianãodevese limitarasersomenteferramentaparalazer,massertambémporta-vozparareivindicara preocupação social pelos temas de saúde.’’. Através dessa citação, é notável que os autores apontam de forma coerente a seleção de temas que a mídia realiza para levar aos grandes telejornais, revistas impressas ou portal de notícias, levando em consideração que todos os canais de comunicação possuem um grande alcance de público. Talvez não fosse necessário haveressetipodeexclusividade,vistoqueasaúde damulherpode,eé,umtemaricoeminformaçõesecomumgrandepúblicodemassa.
Tendo como objetivo uma simplicidade na linguagem para o documentário, foram realizadas entrevistas com profissionais da área da saúde, jornalistas especializados em política e saúde e, claro, mulheres que vivenciam e sofrem com os obstáculos impostos quando trata-se de sua saúde. Entre essas mulheres, estão aquelas que usufruem do SUS Sistema Único de Saúde e as que usufruemdaRedePrivada deSaúde,paraqueassimsejafeitaumacomparaçãoentreambossistemas.
Umadasprincipaisbasesdoestudofoiolivroescritopor SoniaHirsch, Só Para Mulheres, (1995). Ainda como fundamentação teórica, utilizamos Dominique Wolton (2010).Noprimeiromomento,foirealizadaumaleituraparaconhecimentogeraldaobra e a partir disso foi realizada uma pesquisa de análise e construção de conteúdos para seremapresentadosdeformacoesanodecorrerdoprojeto.
10 no Google Forms. A abrangência de aplicação do estudo não delimitou o recorte geográfico em uma cidade,masaceitourespostasdetodasasregiõesdoPaís. Poroutro lado, o estudo direcionado às reportagens veiculadas pelo Fantástico analisou um recortede janeirode1995adezembrode2020.
Também foi realizada pesquisa bibliográfica em portais de cunho informativo e servidores com embasamentos em dissertações, teses, artigos e livros com aprofundamento comunicacional e sobre teorias relevantes para a comunicação e informação. Também foram utilizadas reportagens relacionadas ao tema e debates em mídias como Instagram. Entrevistas sobre a saúde da mulher e a falta de informação também foram estudadas. Todos os materiais utilizados para pesquisa tiveram em comumoobjetivodeapresentarasoluçãodoproblemaapresentado.
Conforme o estudo bibliográfico foram vistos argumentações dos próprios autores, ora conflitiva e ora repetitiva, mas nada que de grande forma mudasse o objetivodeestudoeconclusão.Porsetratardeumestudocomembasamentosteóricose prático para a produção de umdocumentário,foinecessáriamuitaanáliseerecortepara que nada de ligeira e extrema importância fosse descartado, levando em consideração quetodasasobrasseintercalameformamumamaneiradepensarmuitocomplementar
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Ao longo do trabalho, foi possível terapercepçãodequeamulher,suasaúdee seu status são meros meios convidativos. Com o estudo realizado e entrevistas qualificadas, foi possível pontuar onde e como esses fatos podem mudar e passarater maisrelevânciainformativaecomunicacional.
Portanto, no produto final, após ser realizadatodapesquisadecampo,oproduto tenta responder a algumas das ausências que ojornalismoaindacarregaquandosetrata da saúde da mulher. Também é exposto no documentário experiências demulheresque passaram por situações constrangedoras devido à falta de acesso à informação e até mesmo em visita ao próprio ginecologista. É necessário que as mídias, principalmente as grandes mídias de massa, saibam lidar melhor com seus receptores paraqueassima informaçãonãosetorneseletivaaosolhosdopúblico.
Se tivesse mais visibilidade, mais coisas na mídia, natelevisão,narádio, não só em outubro, mas o ano inteiro, para as mulheres procurarem o clínico, procurarem a ginecologista e cuidar da saúde, teria muito mais visibilidade e diminuiria muito os casos de câncer demama,descobertos pra lá de avançado. Acredito que muitas das empresas que fazem campanha do outubro rosa querem se sobressaircomacampanha.Então, não há tanta visibilidade fora disso e quando chega o mês de outubro você vê aquela maré de publicidade, de empresas, você vê até empresas de roupas falando sobre oassunto.Passououtubro,jánãotemmaisnada, então eles querem se sobressair como se fosse uma marca. (SOUSA, EntrevistaOral,ApêndiceDecupagem,p 51)
RESULTADOS
Baseado em pesquisa realizada com 41 mulheres através de formulário com 6 questões pelo Google Forms, 90,2% das mulheres sente a necessidade de ver mais informações a respeito do seu corpo nos canais de informação, e somente 9,8% acredita que nãoénecessáriomostrarmaissobreasaúdedamulhernosveículosdecomunicação.
Com isso, é perceptível que a ausência do assunto não é resultadododesinteressedo público-alvoreceptor,massimdafaltadeimportânciaqueamídiadáparaessetema.
Neste trabalho, foi abordado como os meios de comunicação, especialmente os televisivos, ocultam de maneira sútil um assunto necessário e importante como a saúde da mulher O descaso que a ausência desse assunto gera como resultado, com muitas mulheres ainda desinformadas sobre métodos simples de prevenção e autocuidado, mostrou a importânciadaabordagemadotada.
CONSIDERAÇÕESFINAIS
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Se a atenção para a saúde da mulher fosse a mesma que se dá para um jogador de futebol ou para um creme emagrecedor,talveztaldebate,estapesquisaeestequestionamento não fossem necessários. Se as mulheres não lutassem todos os dias para ter direitos assegurados sobre o seu corpo e sua saúde e bem-estar, não se sabe se o descaso da mídia seria o único problema a questionar. A pesquisa obteve um bom impacto no público e proporcionou uma perspectiva surpreendente sobre o tema, na qual as próprias protagonistas do documentário mostram que é necessário, sim, falar sobre a saúde e o corpodamulherem todosequaisquerveículosdecomunicaçãocapazesdeatingirograndepúblico.
Fonte:PesquisaGoogleForms ASAÚDEDAMULHER EODESCASODAMÍDIA: ASaúdedaMulhernaRedePrivada (2021)
OLIVEIRA,Mariella.(Des)informaçãoSobreSaúdedaMulher:InvestigaraImprensaé Preciso.Brasília,2014,p.288.
OLIVEIRA,S. Mariella.PAIVA,C.H.Lucia.COSTA,V.José.PINTO NETO,M.Aarão. SaúdedaMulhernaImprensaBrasileira:AnálisedaQualidadeCientíficanasRevistas Semanais.Botucatu,2009,p.13.
HIRSCH,Sonia SóParaMulheres 1ed SãoPaulo,1995,p 66
MENDES,Adilson ConhecerParaPrevenireCuidar: Pesquisa AçãoParaPromovera SaúdedaMulherComIncontinênciaUrinária SãoPaulo,2017,p 08
WOLTON,Dominique InformarNãoéComunicar. 1ed SãoPaulo:EditoraSulina,2010,p 15
REFERÊNCIAS
13 Os objetivos propostos desde o início foram alcançados, embora alguns obstáculos, como a dificuldade de materiais disponíveis a respeito do tema, tenham sido enfrentados. Aindaassim,foipossívelconcluirarealizaçãocompletadestetrabalho.
MEIRELES,Emile.ModosdeFormar,AçõesParaDivulgar :EducandoMulheresParaa ManutençãodaSaúde,Curitiba1917 1931.Paraná,2019,p.10.
TEIXEIRA,A Tainá AViolênciaContraasMulheres ComoUmProblemanaSaúde Pública:OAcessoeaInterfacedeGeneronaSaúdeemParitins AM.Amazonas,2018,p. 08.
O Projeto foi muito importante para que ocorresse um desenvolvimento pessoal e profissional do grupo a respeito do tema, da própria mulher e do papel do profissional de jornalismo.Odesejoquevaialémdestetrabalhodeconclusãodecursoéquesejapossíveldar maiorvisibilidadeelevaradianteessetemadegrandeimportânciasocial.
COSTA,A Ana PASSOS,Elizete BRITO,Mário ManualdeOrientaçãoàSaúdeda Mulher Bahia,2016,p 05
O projeto é feito em forma de documentário com entrevistas com especialistas na área da saúde e jornalistas. Também entram como convidados mulheres que sofrem dificuldadescomautilizaçãodaredepúblicaeprivada.
LinguagemDocumentalTelevisivo.
Sinopse:
O documentário''ASaúdedaMulhereoDescasodaMídianaRedePúblicaena Rede Privada'' tem como intuito mostrar as vertentes que o tema desperta. O ponto de partida desta produção é: a saúde é um direito da população feminina e o acesso à informaçãoéoúnicomeioparaalcançá-lo.
ASaúdedaMulhernaRedePúblicaenaRedePrivada.
Área:Televisão
Linguagem:
APÊNDICE
Formato:Documentário
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Descriçãodoprojeto:
ASAÚDEDAMULHEREODESCASODAMÍDIA:
15
Responsável pelo planejamento de identidade do documentário. Kimberly
Ferraz.Responsável
pela adaptação de textos e imagens para auxiliar no planejamento visual.-CarolineMirela Revisor:
O projeto será em formato de documentário, com reportagens aprofundadas e narradas com objetivo de chegar a uma linguagem simples e informativa junto ao públicofeminino.
ProduçãoeEdição:
O projeto tem como objetivo em sua linha editorial apresentar tópicos relacionados à saúde da mulher e a comunicação televisiva. Essa linha editorial tem o objetivo de informar sobre a saúde feminina no SUS e nas redes privadas, através de umdocumentário.
Responsável pela revisão do conteúdo antes da publicação. Caroline Mirela e KimberlyFerraz. Linhaeditorial
Responsáveis pela elaboração e montagem do projeto Caroline Mirela e KimberlyFerraz. PlanejamentoVisual:
Funçãoindividual
Duração:27minutos13segundos
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DAMULHEREODESCASODAMÍDIA:
O projeto foi escolhido de acordo com um formatodefácilentendimentoparao públicoalvo,sendoutilizadasimagens,entrevistas,dadoserelatos.
APauta:SAÚDE
A equipe está composta por duas pessoas que desenvolvem grande parte das funções em conjunto, dividindo tarefas, inspecionando e organizando projetos. As funções foram determinadas conforme habilidadesepreferênciasdeambas,comintuito de desenvolver um documentário que dê visibilidade a um tema tão importante queéa saúde feminina. As duas partes ficarão responsáveis pela produção, edição e revisão; separandoapenasadiagramaçãoeoplanejamentovisual.
A proposta é noticiar ao público feminino o direito à saúde, dando livre acesso aodocumentárioviainternet:plataformasdigitais.
Cleanedetalhado/melodrama,cançãodeanimação.
Este projeto será documentado por duas mulheres que querem mostrar e evidenciarodescasocriadohátantosanospelamídiaeoEstado.
Visual/Identidadesonora/Outrositens:
Formato/Modalidade:Documentário
Otemairáabordardemaneiraamplaeobjetivacomoasaúdedamulhersofrecoma precarizaçãodeinformaçãonosveículosdecomunicaçãoecomoissodemodoindireto afetaavidademilharesdemulheresquenãotêmacessoaumsistemadesaúdede qualidadeouacessoainformaçõesbásicassobreseucorpo.
Contudoesseprojetotemcomoobjetivosódarvisibilidadeaessetematão negligenciadopelamídia,mastambémlevardeformaclaraecoesa,ondeecomoas mulherespodemseinformarsobreseucorpo.
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Afaltadevisibilidadeparaasaúdefemininanosmeiosdecomunicação.
APauta:SAÚDE
Enfoque:
Comopúblicoalvosendoogênerofeminino,osprincipaispossíveis entrevistadossãomulheresquenoseudiaadiaencontramdiversosobstáculosdurante suasconsultasmédicasouatémesmoparachegaraterumaconsulta,sejanarede privadaounaredepública;jornalistasespecializadosempolíticaesaúdepúblicae profissionaisdasaúdequetrabalhamtantonosetorpúblicocomonosetorprivado.
ASaúdedaMulhernaRedePúblicaenaRedePrivada.
Tema:
Otemacontaafaltadeinformaçãosobreasaúdedamulhernomeiojornalístico televisivoemostracomoissopodeafetarafaltadeautonomiadamulhersobreoseu própriocorpo.Oenfoqueprincipaléapresentarondeessasfalhasseencontramede quaismaneiraselaspodemsercorrigidas.
CarolineMirelaeKimberlyFerraz -25/08/202102:22
DAMULHER:EODESCASODAMÍDIA
Perguntas:
Alimitaçãomidiáticaemaspectosinformativosnãosóexistecomotambém ocorreotempointeiro,comtudoumassuntopoucoabordadomascomototaleclara importânciaéasaúdefeminina.Dadoaescassezdeinformaçõessobreocorpoda mulheredasinúmerasdoençasquepodemserdesenvolvidapelamesmaénotávelquea contribuiçãodosveículosdecomunicaçãosãomínimassenãoinexistentes,pois, contandoqueéatravésdainformaçãoqueacuriosidadeécausadaosprincipaismeio informativosdeveriamcausaressaintrigantecuriosidadenoespectadorparaqueele possairatrásetermaisacessoeconhecimentosobreseuprópriocorpoesaúde.
PossíveisEntrevistados:
(Mulheresdaredeprivadaedaredepública,seráelaboradoumjogode entrevistascomparativas)
● Quantosanosvocêtinhaquandofoiaoginecologistapelaprimeiravezeoque temotivouair?
Mulheresquesãoatendidastantopelaredepública quantopelaredeprivada, jornalistasespecializadasnaáreadasaúde(nãoéumcritério)eginecologistas.
Sinopse:
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Contarcomoafaltadeinformaçãoinexploradapelamídiapodeafetaravidade muitasmulheres.
(Mulheresdaredeprivadaedaredepública,seráelaboradoumjogode entrevistascomparativas)
● Vocêtemconhecimentodaimportânciadocheckupginecológico?
(Mulheresdaredeprivadaedaredepública,seráelaboradoumjogode entrevistascomparativas)
● Sefosseparavocêcitarhojesuamaiordificuldadeparapoderrealizarum exameouconsulta,qualseria?
Josefa Gilvania Ferreira, 47 anos Dona de casa, usuária da Rede Privada e Pública
Gabrielly Oliveira, 20 anos Estudante de Psicologia
Katharyn Tamara Passos Callado, 29 anos Desempregada
Claudia Ferraz Médica Mariella Oliveira Jornalista
Profissionais:
● Vocêachaqueosveículosdecomunicaçãoetodoomeiomidiáticotemum deveracumprirquandosetratadasaúdedamulher?Vocêacreditaquecomas informaçõescertassendopassadasnahoracertamelhorariaaatualsituação sobreasaúde (Ginecologista)ginecológica?
Maria Isabela Moreira de Oliveira, 21 anos Bailarina, usuária do SUS
(Des)https://acervodigital.ufpr.br/informaçãosobresaúde da mulher: investigar a imprensa é preciso
19
● Ondeseencontraaprincipaldeficiêncianosveículosdecomunicaçãoparaque nãohajatantasnotíciasoureportagenssobreasaúdefemininaquandoestamos forademêsdecampanhascomooutubrorosa? (Jornalistasmulheres)
Fontes:
● Comomédicaginecológica,ondevocêachaqueestáamaiorfalhanafaltade acessoàinformaçãoàsaúdedamulher? (Ginecologista)
● Vocêachaqueexistemuitodopatriarcadoedomachismoquandosetratade notíciasinformativassobreasmulheres? (Jornalistasmulheres)
Cicera Nathalie Ferreira de Sousa, 23 anos Auxiliar Administrativa, usuária da Rede Privada e Pública
GC2: DOCUMENTÁRIOTÍTULO
VIDEOILUSTRATIVO: TVCHIANDO
MUDO
INICIAL:00:26 FINAL:00:36
INICIAL: SEGUNDOS00 FINAL: SEGUNDOS00:07
Revisado por: Caroline Mirela/ Kimberly Ferraz Tempo estimado: 30 minutos
BARULHO DE RELÓGIO
INICIAL00:09 FINAL: 00:24
Status: Edição
SEM SONORATRILHA BARULHO CHIANDO
VÍDEO CENA ÁUDIO
Vídeo de aberturaRelógio
MULHERNOALTO FALANTE
Título: Eu Não SouApenas Um Mês: A Saúde da Mulher e o Descaso da Mídia
EU NÃO SOUAPENAS UM MÊS:ASAÚDE DA MULHER E O DESCASO DAMÍDIA
ROTEIRO
GC1:RELÓGIO BARULHO DE RELÓGIO
20
Produção: Documentário
COMCLIPETRILHA
Apresentação: Dezembro/2021
VÍDEOILUSTRATIVO
SOBENARRAÇÃOTRILHA
1 SONORA2: VOZDE DEUS
FINAL: SEGUNDOS00:09
FINAL: SEGUNDOS01:20
INICIAL: SEGUNDOS0 FINAL: SEGUNDOS00:30
GC5:CÍCERANATHALIE PASSAGEM
TRILHABAIXA
SONORA:CÍCERA
MUSEU SOBEPASSAGEMTRILHA
VÍDEOILUSTRATIVO: METRÔ
INICIAL:NATHALIE SEGUNDOS00:01
FINAL:00:49
MARCAS
TRILHASOBE
GC4: APRESENTAÇÃO DAS GINECOLOGISTVEZFENTREVISTADASALANDOAPRIMEIRAINDOAOA BAIXA TRILHA
VÍDEOILUSTRATIVO: OUTUBRO
21 GC3:GAIVOTA
INICIAL: SEGUNDOS00
VÍDEOILUSTRATIVO:
INICIAL: SEGUNDOS00:00
FINAL: SEGUNDOS00:06
VIDEOILUSTRATIVO:
PASSAGEMSOBETRILHA
INICIAL: SEGUNDOS00:00
INICIAL: SEGUNDOS00:00
MULHERESCOM MANIFESTCARTAZESANDO
ROSA
FINAL: SEGUNDOS00:09
GC6:MARIELLA
INÍCIO:0:01
FINAL:1:08
“Bom,é entenderprecisooscritériosde noticiabilidadeda imprensa,porquenem tudooqueagente consideraqueé
“Setivesse televisão,coisasvisibilidade,maismaisnamídia,nanarádio,não sóemoutubro,maso anointeiroparaas mulheresprocuraremo clínico,procurarema ginecologistaemsipra cuidardasaúde,teria muitomaisvisibilidade ediminuiriamuitoos casosdecâncerde mamaquandoé descobertopraláde avançado.Acreditoque muitasdasempresas quefazemcampanha dooutubrorosaelas queremsesobressair comacampanha,então nãotem visibilidadetantaforado
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outubro,deoutubrono caso,entãoquando chegaomêsdeoutubro vocêvêaquelamaréde publicidade,de empresas,vocêvêaté empresasderoupas,né nocasoepassou outubrojánãotem maisnada,entãoeles queremsesobressair comosefosseuma marca.”
23 OLIVEIRA VÍDEO4106
IMAGEMDAS REVISTAS
TRILHABAIXA
importantevaiser importanteparaum veiculo comunicação.deTodosos veículoselestêmsua linhaeditorialprópria, elestêmosseus valores,elestêmos valoresde anunciantes.seusEufiz meumestradoem2008 naUnicampenaminha dissertaçãoumacoisa queobservei,analisei hátrês generalidades.”nessaseramcâncerdoençamulheresnacionais,epidemiológicosindicadoresfordaimportantesdeestética,focoreprodutiva,erasaúdemaiorquandoparahaviaquerevistas.apareciaaÉpocageneralistasrevistasVeja,eIstoÉ;ecomosaúdedamulhernessasEeuobserveinessasrevistaspoucoespaçosaúdedamulhereaparecia,apartedosensodedamulherofocoemsaúdeseguidododebelezaeemdetrimentooutrostemasquesãoparasaúdemulher,seagentepegarosdoqueasmaismorrem,cardiovascular,.Essestemasnãotãotratadosrevistasde
VÍDEOILUSTRATIVO: IMAGEMOUTUBRO ROSA INICIAL: SEGUNDOS0
GC JOSEFAGILVANIA
SONORA:CICERA NATHALIE
GC JOSEFAGILVANIA
8:
SONORA:JOSEFA GILVANIA
INICIAL: SEGUNDOS00
TRILHATRILHABAIXABAIXABAIXATRILHA
FINAL: mulherdescasoquesobrevivido.públicativessecertezacancerdecasosadaiqueSUS,tiveacompanhamento,fizentendeu?tenhofoi..SUSMinhapepelaquandotinhaginecologistaprimeiradeprofissão,tenhoGilvania‘’MeuSEGUNDOS00:43nomeéJosefaFerreira,eu46anos;eusoudonacasa,dolarné.Avezaoeujáuns19anos,foieufuimãeprimeiravez.experiêncianonocomeço,numeraótimo,eunãonemoquedizer,Eraboa,eupré-natal,eufizeuaminhafilhanoeunãotenhodoreclamar,sóqueaopassardotempocoisapiorou.TemnaminhafamiliaumapessoacomeeutenhoqueseelaidopraredeelanãotinhaEuachomídiatemumcomasaúdeda.‘’
8:
7:
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GC EUSOUUMMÊS? TRILHABAIXA
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25 GC9:CÍCERANATHALIE
GC9:CÍCERANATHALIE
TRILHATRILHABAIXABAIXA
INICIAL: SEGUNDOS00:49
FINAL:01:00 MINUTOE
pagueiprodepoiseureceitasetoreuqualestavaanarealizeinovezfeminina.entenderfazercontraceptivos,sobrederotinasevezafins.grávidez,preventivosoutrosanticoncepcionalfazeranosquandoginecologistaquesaúde.privadaeusuáriaadministrativa,anos,Nathalie,SEGUNDOS00:45Oi,meunomeéCiceraeutenho23souauxiliaredaredepúblicaagoraatualmentedadosetordeAprimeiravezeufuinofoieutinha14pracomeçaraousodoemétodoscontraDST’seEntão,aprimeiraqueeufuifoicomofosseumexamedené,umaconsultarotinaprasabermétodospraexames,prasobreasaúdeAprimeiraqueeupasseifoiSUS,depoiseuprocedimentosredeprivadaporquedemoradoSUSgrandeprasaberanticoncepcionaldeveriausar,fuiproprivado,pegueiadoremédioquedeveriausaretorneiavoltarSUS,nocasoeuconsultas
GC10:MARIAISABELA
INICIAL: SEGUNDOS00
GC10:MARIAISABELA
SONORA:MARIA ISABELA
Oi, meu nome é Maria Isabela, eu tenho 21 anos e eu vim contar um pouco da minha experiência no SUS na questão ginecológica. E Aí ele me falou ‘’Você prefere injeção?‘’e eu falei que preferia e aí ele me passou uma injeção e eu achei estranho porque eu achei que faria alguns exames antes, aí não fiz nada, tomei a injeção e comecei a menstruarde15em15 dias, no mês eu ficava 10 dias menstruada, minha menstruação vinha muito e eufalei, meu, isso aqui não tá me fazendo bem, vou ver se consigo uma consulta novamente; a eu mais três meses na fila… Passei com ele, expliquei, ele falou: Quer trocar pra
TRILHATRILHABAIXABAIXA
particulares,aindanão tinhaconvênionessa época.
‘’
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FINAL:05MINUTOS E56SEGUNDOS
INICIAL:
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GC10:MARIAISABELA
GC10:MARIAISABELA
pílula?, e eu falei, ‘’Mas a gente nãotem que fazer nenhum exame pra tentar entender?’’eelefalou, ‘’Não, às vezes seu corpo não se adaptou, vamos… vamos trocar para a pílula’’.Troquei para apílulaetambém não me adaptei, vomitavamuito,fiquei muito inchada, e… sentia muitas dores e eu sempre tive cólica mas era uma cólica muito maior doqueeu tinha, aí eu olhei e falei assim: ‘’Ó mãe, eu passei no médico pra acha…énãocamisinhaeeusimplesmenteDepoisdeveriaporquenãoentender‘’vamosexame,realizeieufezelatôanticoncepcionaltomarenãomeadaptando‘’-aifalou‘’Masvocêalgumexame?’’efaleiquenão,nãonenhumentãofaloucortareporquevocêpodetausando,eraoqueeleterfeito.’’.dissoagentedesistiu,comeceianamorartinharelaçõescomeeuopteipassarnovamente,queàsvezesagenteachaquenãoé
FONTE:SUSILUSTRAIMAGEMFINAL:SEGUNDOS00:0000:05SEGUNDOSTIVAportalgn1.com
SEGUNDOS00:00 TRILHABAIXA
importante, né?. Eu sempre realizei muita atividade física e aíde repente quando eu parei minha barriga incha de uma forma anormal, cresce muitas estrias em mim, eu fiquei com muito medo e falei, vou para o hospital, aí elesmeencaminharam para a parte ginecológica, falaram que eu tinha que falar com o ginecologista porque é, nos exames não deu nada que eu tinha que passar com ele. Quando eu passei com ele, ele me passou uma ultravaginal, aiagente descobriu que eutinha um acúmulo de hormônio porque eu não produzo o hormônio que quebra gordura, e antes eu fazia atividade física e eu conseguia fazer esse sistema funcionar, com eu nunca fiz exame eu não sabia disso, eu fazia muita atividade física eu não que também eu não podia anticoncepcionaltomar por causa disso, porque eu
28 FINAL:00:05SEGUNDOS online.comFONTE:SUSILUSTRAIMAGEMTIVAperfeitos GC10:MARIA BARRIGAIMAGEMISABELA TRILHABAIXA
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não quebrava gordura, tudo virava energia ou tudo virava gordura e eu ficava com sono o diainteiro,tinhaépoca que eu achava até que era um sintoma da depressão, era muito confuso é… você não ter informação, e aí ele me passou pra mim repor hormônio só e falou que ia dar certo, eu repuz esse hormônio sozinha, refiz o exame no particular de ultra, porque foi uma experiencia muito ruimfazerultravaginal no sus porque era muitas pessoas, uma atrás da outra… é, tinha gente na sala e um incomodo… pra mim é um incomodo, éumavergonhaassim, alheia, porque a gente faz teste de urina carrega aquelepotinho fechado, enrolado no plástico, masvocêtem que vir com um copinho, enrolado em nada, passar na frente de todo mundo, aí você chega na sala de medicação eles falam o resultado na frente de todo mundo, tinha uma vez que tinha um
MARIAISABELA
GC10:MARIAISABELA
conhecido lá e eu olhei pra cara dele‘’ai que vergonha’’ e ele tipo ‘’Ah deu negativo’’ e eu tipo, gente, é uma coisa tão íntima, que é exposta pra todo mundo quetá ali no hospital, e ele falou ‘’Ó não é gravidez, tá tudo bem’’ ai eu falei ‘’Tá, não tá tudo bem, ta45 dias atrasados, se não é grávidez é alguma coisa’’, aí ele falou ‘’Não, mas cê não queria saber se não ta grávida?’’ É tipo, como se o único problema fosse eu engravidar, só que se eunãotôgrávidaeutô com alguma outra coisa né, aí ele ‘’Tá bom’’ aí ele encaminhou o exame que foi todo aquele problema que eu tive lá no ultravaginal, que eu fiquei com vergonha, ai euleveio exame e descobri, repor o hormônio, o hormônio foi embora, depoiseudescobrique eu tenho que fazer essa reposição de tempo em tempo, mesmo fazendo atividade física para
30 GC10:MARIAISABELA
TRILHATRILHABAIXABAIXA
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não encher dnv a barriga, ou voltar esse cisto, e assim, foi muito vergonhoso pra mim todas essas experiências que eu tive na questão ginecológica, tanto que eu passei 5 vezes no máximo e as 5 vezes eu falei, gente, eu tenho 21 anos e nunca fiz um papanicolau, eufizum ultravaginal mas eu nunca fiz um papanicolau, pra mim era uma coisa assim, eu to passando no ginecologista, eu vou ter que fazer, minha mãe me ensinou desse jeito, ela fazia desse jeito. Só que é tanta mulher, agenteficana fila horas até chegar a nossa vez que ele não tem tempo de atender a gente direito, de entender nosso caso, de dá atenção pra gente e também não é culpa do médico, e tanta gente que passa lá que a preocupação deve ser grávidez que ele não tava me entendendo, que eu queria saber o que tinha acontecido comigo. Hoje eu
SONORA:DRA. CLAUDIAFERRAZ
FINAL: acabammuitascompoderiacolotambémfacilmente.dadiagnosticadasífilisginecológicas,tantasincidênciahojeumnão“SeSEGUNDOS00:44asaúdedamulherfossetratadacomotabu,comcertezaagentenãoteriatãoaltadedoençascomoaquepoderiasernoiniciodoençaetratadaComoocâncerdedeúteroeuserprevenidoPapanicolau,mulheresnãofazendo
MULHERILUSTRAVÍDEOTIVO:REFLEXIVA
GC11:DRA.CLAUDIA FERRAZ
TRILHABAIXA
32 engordei 30 quilos porque eu descobri muitotardequeeunão quebrava esse hormônio, então a maioria tava virando gordura, eu engordei em 2 meses 30 quilos, graças a Deus hoje eu já sei o que é e me cuido direitinho,tenho algumas sequelas, porque a gente engorda, a gente é mulher, a gente cuida da beleza e assim vai.’’
INICIAL: SEGUNDOS00:01
FINAL: 01:00 MINUTOS 00:22 SEGUNDOS
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GC12:TAMARAPASSOS EGABRIELLYOLIVEIRA VÍDEO194
INICIAL: SEGUNDOS00:01
Tamara: Então Gabi, a minha maior dificuldade para eu conseguir marcar uma consulta com o ginecologista é pela demora, quando tem demora, quando não tem a demora vocêtem que tem que tentar u ma vaga de encaixe isso torna o processo tão mais dificultoso assim, por não conseguir, aí hoje não tem vaga, não tem o
atepordivulgaçãoou ateporumadificuldade deacesso,vaiaoposto desaúdequedeveria seraportadeentrada dosus,elanãotemesse acessofácil,então acabaperdendoesse diagnosticoetendoque tratardepoisumcâncer jádisseminadoem mulheresjovens.”
TRILHABAIXA
TRILHABAIXA
GC12:TAMARAPASSOS EGABRIELLYOLIVEIRA VÍDEO194
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ginecologista, as vezes demora um prazo de seis meses. Aí eu prefiro as vezes deixar pra lá, eu acabo deixando de lado a situação de não passar no demora.infelizmenteginecologista,poressa Gabrielly: Também
tem o caso de que as vezes não tem ginecologista mulher, você não se sente à vontade com um homem, é muitodifícil.
Na UBS que eu passo demora messes para poder marcar e quando marca só tem um homem lá e a última vez que eu fui atendida o atendimento não foi bom,nãorendeu.
Tamara:Jánomeu caso,euprefiroser atendidaporhomemdo quepormulherpelos simplesfotoqueeu achoohomemmais cuidadoso,eletemuma
GC13:DR.CLAUDIA
INICIAL: SEGUNDOS00:00
FINAL: SEGUNDOS00:05
TRILHABAIXA
INICIAL: SEGUNDOS00:00
FINAL: mídiaprincipalmenteinformado,mascritériosbanal,serserprogramagarotosgruposutilizadatempodesenvolvidasprevenirantirretroviraischamaPrEPexemplomédica.acompanharsocial,importante“UmSEGUNDOS00:43outropontoéquemídiaeladeveaevoluçãoUmgrandedissoéa,queagentequeéasdrogasparaoHIV,apoucoehojemuitoemalgunssociais,comoegarotasdeeissodevedivulgado,nãoparautilizadodeformatemosseusdeutilização,devesernasocial.”
35 cautelamaiorpormedo deseapacientese sinta,seilá,invadida dealgumaforma. Entãoeuachoum poucomaiscauteloso comohomem.
VÍDEOILUSTRATIVO:
VÍDEODASÁRVORES SOBEPASSAGEM/TRILHANOVA
VÍDEOFERRAZ068
INICIAL:1MINUTOS 10SEGUNDOS
ILUSTRATIVO: EXAME TRILHASOBE
INICIAL:
FINAL:2MINUTOS25
DE VOLUMEDEUSMÉDIO FINAL:INICIAL: GC15: VIDEOOLIVEIRAMARIELLA07 GC15: VIDEOOLIVEIRAMARIELLA07 TRILHATRILHABAIXABAIXA
SEGUNDOS00:01
FINAL: SEGUNDOS00:12 PARATRILHA VOZ
2
“ESEGUNDOSaimprensaémuito importanteporqueelafaz circularideiasquevão influenciardealguma maneiranasconversas,no cotidianodaspessoas,a imprensaéumdosespaços ondeseprodutossentidos sobresaúdeeseconstrói versõessobreoqueéa boasaúde.Atualmente,a gentetemcomadventodas redessociais,agentenão temmaisomonopólioda imprensa,existeumasérie deprofissionaisdasaúde, médicos, interessanteentendointegraltrazemtrazerdecomcomconversandoáreasprofissionaisginecologistas,dasdiversasdasaúdequeestãodiretamenteassuaspacientes,asusuáriasdosistemasaúdeonlineetentandooutrasvisõesqueumaideiadesaúdedasmulheres,queémuitoopapeldessas
GC14:RESULTADODE PESQUISASEVOZDEDEUS MUDA
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VÍDEO
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FINAL:1MINUTOS 25SEGUNDOS
INICIAL: SEGUNDOS0:45
FERRAZ
TRILHABAIXA
pessoasquefuncionam quasecomo influenciadoresquedesaúde, exatamenteporqueapartir dodiscursodelesagente consegueteruma circulaçãodeideias diferentesenãosóas ideiaspautadaspela indústriafarmacêutica, pelaindústriamedica, indústriadenutrição.”
“Outradoençatambém queamulherétratada comobanalidadeéa cólicamenstrualquede grandeintensidadeeeu podeserrealmenteuma doença,comoa endometriose,muitas mulheressódescobrem quandodesejagestarjá emmaioridadeeaquela dorintensaeelanão procurouoginecologista porqueparaelaera naturalsentiracólica menstrual.Entãovarias doençaspoderiausar comoexemplo,sea saúdedamulhernão fossevistacomoalgo quenãopodeser naturalmente,conversadopoderiase prevenido,sertratadode formamuitomaisfácile
Vídeo: 1:29
GC16:Dr.CLÁUDIA
Fontes:
ILUSTRAIMAGENSTIVAS:
ILUSTRAÇÃODE:
FINAL:01:00 MINUTOS SEGUNDOS00:24
ENDOMETRIOSEADENOMIOSEtuasaude.com.brE
fazfarmarnet.com.brrdrogariaminasbrasil.com.bBBC.com.br
GC17: VIDEO:OLIVEIRAMARIELLA09-10
REMÉDIOS
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precisarimaginaqueotercólica,tomarcorporespeitarrespeitarconhecermulherimaginoufelicidade,quemulhereshormonais,anticoncepcionaismulheresmuitoanunciante,farmacêuticatambém.anunciantesAindústriaéumgrandeelalucraviciandoasemviciandoasempromessasnãosãogarantiadevocêjásetodaasouberseuciclo,seuciclo,oseuciclo,oritmodoseueelanãoprecisarmaisremédioparaporqueelanãovaicólica,elavaientenderciclodela,vaientendercólicanãoénormal,seelanãotomarmais
TRILHABAIXA
“quandovocêdizqueas grandesmídiasinvestem poucosobreotemada saúdedamulheragente precisasemprelembrarde estudarmídiaeolharpra mídianasperspectivas dosseus
trariamaiorqualidadede vidamulher.”
Fonte:
INICIAL: SEGUNDOS0:00
INICIAL:01:00 MINUTOS SEGUNDOS00:08
TRILHABAIXA
39 GC17: VIDEO:OLIVEIRAMARIELLA09-10
FINAL:01MINUTOS 00:44SEGUNDOS
nenhumremédiopara bloquearamenstruação, nenhumremédioparador decabeça,para enxaquecaquesãofrutos deumsistemareprodutor desregulado,jáimaginou. Entãotemmuitos interessesportrásdessa medicalizaçãodasaúde damulhereeuentendo quecadavezmaisé necessárioeufaça pesquisaparagente compreenderoqueestá sendoditosobreasaúde damulher,masem especialtambémoque nãoestásendodito,como eudisseanteriormente porqueéqueaimprensa falatãopoucoounãofala demétodosnaturaispara mulherreconheceroseu ciclo.”
Eoanticoncepcionalele falseiaasaúdedamulher, elemascarapossíveis problemas,vejamnãoé normalqueumamulher sintadornoperíodo menstrualoqueaindústria eoque ginecologistamuitosfazédizero seguinte,ahtomaum remedinhoquepassa, cólicaénormal.Cólica nãoénormal,ecólica
GC18:GABRIELLYE TAMARAVÍDEO:096 C18:GABRIELLYE
“Gabrielly: Então, eu fui no ginecologista quando eu tinha 18 anos, eu sempre quis desde que eu tive minha primeira relação sexual, com 16. Mas ai eu ficava com aquela coisa de, ah se eu for eu vou ter que ir com alguém, agoravocêpodeir com a partir de 16 anos você pode ir sozinha, mas eu não sabia disso. Então eu ficava tendo de levar alguém e eu não tenho coragem, eu tenho medo sabe de a pessoa ver a minha parte intima, eu ficava com muito medo disso. Eu fui, estava com
FINAL:4MINUTOS 57SEGUNDOS
TRILHATRILHABAIXABAIXA
TAMARAVÍDEO:096
podeserumindiciode problemasgravespor exemplo, mulhergestaçãoinclusivecontroladostratadosendometrioseadenomiose,quesenãonoinício,senãoelespodemdificultarumanofuturodessaquiser.”
G
INÍCIO: 0:05 SEGUNDOS
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infecção urinária, fui para poder tratar, foi meu primeiro check up que fiz, foi meu primeiro Papanicolau, fiz um ultrassom, mas fiz esses exames, mas minhas dúvidas não foram sanadas. Fui atendida por um médico que não consegui desenvolver e depois eu acabei voltando no médico para poder ver os exames com outra médica eu nem era ginecologista para poder mostrar os exames, ver se tava tudo certo no final, mas eu me senti mais à vontade com ela do que com medico, talvez pelo fato de ser homem e pela atenção que ela me deu, além de eu eraumapessoa bem mais jovem, tinha vinte e poucos anos, então conversava muito de boa, falava sobre vários tipos derelaçõeseissofoimuito esclarecedorpramim.
42 GC18:GABRIELLYE TAMARAVÍDEO:096 GC18:GABRIELLYE
TRILHABAIXABAIXA
Tamara: A minha primeira vez foi com 14 anos que eu fui para o ginecologista, para fazer acompanhamento, a minha menstruação veio com 12 anos, eu comecei a ficar um pouquinho com curiosidade. Por esse motivo a minha mãe me acompanhou no ginecologistacom14anos, para saber se estava tudo bem, para saber como estavam as minhas coisas, se estava tudo certinho.
Mas eu sempre tive esse tabu, igual você falou que foi ao ginecologista pelo simples fato que estava com uma infecção urinária, eu tive uma infecção urinária no começo desse ano, eu nunca tive uma infecção urinária, quando tive minha primeira infecção urinária, foi agora com 29 anos, e esse ano, e eu fiquei de uma forma que eu falei assim, isso não
43 TAMARAVÍDEO:096
TRILHA pode estar acontecendo comigo porque eu não sou uma mulhersuja.Pramim, a informação de que ter uma infecção urinária é simplesmente pelo fato da mulher não se cuidar Ai minha primeiravezquefui foi com um homem e ao contrario da sua experiência, a minha foi muito boa,porqueeuachei mais tranquila a forma com que ele me tratou, fiquei um pouco assustada porque eu tinha 14 anos e eu não tinha muita malícia em algumas coisas, fiquei assustada, mas a minha mãe ela estava ali do meu ladinho me acompanhando, graças a Deusdeutudocerto.
Gabrielly: Sobre essas doenças,igualacandidíase é muito comum, eu nunca tive, mas eu tenho muitas amigas que tiveram, quem tem. Que é um fungo comum da vagina por
44 GC18:GABRIELLYE TAMARAVÍDEO:096 TRILHABAIXA
causa da flora, de muitos aspectos e temmuitagente que tem, é uma coisa comum e tido com algo sujo, de impureza,denojo, e tem vários tipos de tratamento. Se fosse mais divulgado, se fosse conversado na televisão, na internet, não importa o meio, seria mais fácil a pessoa buscar o tratamento.
Tamara: É o que eu falei, volto a dizer, infelizmente a saúde da mulher ela não é tão explicita para poder ter um meio de comunicação que possa informar sobre esse assunto, não tem um assunto que fala sim, olha aqui a gente pode ter essa informação sobre a candidíase, sobre a infecção urinaria, que é uma coisa muitocomum,é uma coisa super normal. Eufiqueiindignadaporque eu fiquei morrendo de
medo, meu Deus eu tenho uma infecção urinária, como que cuida, até para eu chegar no pronto socorro para passar no médico e ele me dar um remédio, eu fiquei totalmente constrangida porque eu estava sentindo uma ardência na parte intima, eu falei meu Deus, eu não fiz nada, eu não apronto, porque que isso acontece comigo. Porque eu só fui duas vezes no ginecologista e essas duas vezes que fui eu não tive essa informação que isso poderiaacontecer
TRILHABAIXA
Gabrielly:Vocêsepuniu pelofatoqueestava acontecendoumacoisa queénatural.Epoderia seralgodivulgadonasua escola,qualquermeio. Poderiaveratelevisãoe teralguémconversando sobreesseassuntoporque éumacoisaqueacontece todososdiascomamulher enomundointeiro,nãoé sónoBrasil.”
GC19:DRA.CLAUDIA
INÍCIO: SEGUNDOS00:01
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SEGUNDOS
FINAL: aproveitados.”essesdainformaçõesserpopulaçãomeiosendoalgumasalgunsdentrocomoaproveitada,mídiacotidiano.realidade,impregnadaqueparacomohojedivulgação.hoje,“ASEGUNDOS00:38faltadeinformaçãoépelafaltadeAmídiasocialpoderiaserusadaumgranderecursoatingirasmulheres,jáamídiasocialestánanossanonossoSóqueessaelanãoéagentetemexemplocomodometro,comolocaisquevocêvêinformaçõesdivulgadas,éumquegrandepartedautilizaepoderiadivulgadomaissobreasaúdemulher.Noentantorecursosnãosão
BAIXABAIXATRILHATRILHA
INÍCIO:3MINUTOS38
46 FERRAZ VIDEO:0:41 GC19:DRA.CLAUDIA FERRAZ
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BAIXABAIXATRILHATRILHA
VÍDEO10
GC20:MARIELLA OLIVEIRA
GC20:MARIELLA OLIVEIRA VÍDEO10
FINAL:5MINUTOS21 “ESEGUNDOSprafinalizarachoqueé importantequeas informaçõesemsaúde quandoelassãodivulgadas deumamaneiraadequada pelamídiaelaspodem contribuir conscientizarparaapopulação, sabe,elaspodem promoverhábitosdevida saudáveis,podemprevenir doenças,podeminformar sobretratamentoscorretos, massefeitodeumaforma equivocadaaimprensa podealarmarapopulação semnecessidade,pode fazercomqueaspessoas busquemcaminhoscomo sefosse busquemmilagrosos.caminhosEnfim,ilusõesaoinvés debuscaraverdade,ao invésdebuscaro conhecimentosobreoseu corpo.Émuitoimportante queagenteinvistaem pesquisasqueanalisama saúdedamulherna imprensaedigomais,não sóasaúdedamulherna imprensa,massaúdeda mulherquetemsido veiculadanasredes sociais,acreditoquecom esseadventodosmédicos
influenciadorestemmuita coisaboasendopropagada equechegaatéaspessoas semprecisarpassarpela imprensa,mastambém temmuitailusãosendo vendida,achoqueé importantequeos pesquisadorestenhamum olharprasaúdedamulher, porqueéumcampomuito vastodepesquisaeque interferediretamentena vidadetodosnós.”
EDIÇÃO:GABRIEL QUERINO
TRILHA 4 FINAL
Claudia Ferraz - Médica
PROFISSIONAIS:
Maria Isabela Moreira de Oliveira - 21 anos
Katharyn Tamara Passos Callado - 29 anos
Mariella OliveiraJornalista
Josefa Gilvania Ferreira 47 anos
ROTEIRO:
SONORA
ENTREVISTADAS:
Gabrielly Oliveira 20 anos
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Cicera Nathalie Ferreira de Sousa 23 anos
CRÉDITOS
KIMBERLYFERRAZ REPORTAGEM: CAROLINEMIRELAE KIMBERLYFERRAZ DECUPAGEM: CAROLINEMIRELAE KIMBERLYFERRAZ DIREÇÃODE GRUPO:CMKF PRODUÇÕES
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CAROLINEMIRELAE
Folha de Decupagem Data 05 /10 / 2021 Mídia/SaúdeEditoria:
Tempo in / out Conteúo
ATema:saúde da mulher e o descaso da mídia. ApresentarAssunto: as falhas na comunicação quando trata-se da saúde da mulher.
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Mídia/SaúdeEditoria: ATema:saúde da mulher e o descaso da mídia. ApresentarAssunto: as falhas na comunicação quando trata-se da saúde da mulher.
Folha de Decupagem Data 05 /10 / 2021
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R1:MeunomeéJosefaGilvaniaFerreira,eutenho46anos; profissão,eu soudonadecasa,dolarné.Aprimeiravezaoginecologistaeujátinhauns 19anos,foiquandoeufuimãepelaprimeiravez.MinhaexperiêncianoSUS nocomeço,numfoi..eraótimo,eunãotenhonemoquedizer,entendeu?Era boa,eufizpré-natal,eufizacompanhamento,eutiveaminhafilhanoSUS, eunãotenhodoquereclamar,sóquedaiaopassardotempoacoisapiorou. Temcasosnaminhafamíliadeumapessoacomcâncereeutenhocerteza queseelativesseidopraredepúblicaelanãotinhasobrevivido.Euachoque mídiatemumdescasocomasaúdedamulher.
Tempo in / out Conteúdo
Mídia/SaúdeEditoria:
ApresentarAssunto:asfalhasna comunicaçãoquandotrata-seda saúdedamulher/SUS.
ATema:saúdedamulhereo descasodamídia.
FolhadeDecupagem
Data 07/10/2021
00:49 00:49/ 01:45
00:01/
52
R1: Setivessemaisvisibilidade,maiscoisasna mídia,natelevisão,narádio, nãosóemoutubro,masoanointeiroparaasmulheresprocuraremoclínico, procuraremaginecologistaemsipracuidardasaúde,teriamuitomais visibilidadeediminuiriamuitooscasosdecâncerdemamaquandoé descobertopraládeavançado.Acreditoquemuitasdasempresasquefazem campanhadooutubrorosaelasqueremsesobressaircomacampanha,então nãotemtantavisibilidadeforadooutubro,deoutubronocaso,entãoquando chegaomêsdeoutubrovocêvêaquelamarédepublicidade,deempresas, vocêvêatéempresasderoupas,nénocasoepassououtubrojánãotemmais nada,entãoelesqueremsesobressaircomosefosseumamarca.
R2:Oi,meunomeéCiceraNathalie,eutenho23anos, souauxiliar administrativa,eusuáriadaredepúblicaeagoraatualmentedaprivadado setordesaúde.Aprimeiravezqueeufuinoginecologistafoiquandoeu tinha14anospracomeçarafazerousodoanticoncepcionaleoutrosmétodos preventivoscontragrávidez,DST’seafins.Então,aprimeiravezqueeufui foicomosefosseumexamederotinané,umaconsultaderotinaprasaber sobremétodoscontraceptivos,prafazerexames,praentendersobreasaúde feminina.AprimeiravezqueeupasseifoinoSUS,depoiseurealizei procedimentosnaredeprivadaporqueademoradoSUSestavagrandepra saberqualanticoncepcionaleudeveriausar,fuiprosetorprivado,pegueia receitadoremédioqueeudeveriausaredepoistorneiavoltarproSUS,no casoeupagueiconsultasparticulares,aindanãotinhaconvênionessaépoca.
Médica-Dra.ClaudiaFerraz
00:01/ 00:38
“Um outro ponto importante é que mídia social, ela deve acompanhar a evolução médica. UmgrandeexemplodissoéaPrEP,queagentechamaque é as drogas antirretrovirais para prevenir o HIV, desenvolvidas a pouco tempo e hoje muito utilizada em alguns grupos sociais, como garotos e garotas de programa e isso deve ser divulgado, não para ser utilizado de forma banal, tem os seus critérios de utilização, mas deve ser informado, principalmentenamídiasocial.”
Tempo in/out Conteúdo
“A falta de informação hoje, é pela falta de divulgação.Amídiasocialhoje poderia ser usada como um grande recurso para atingirasmulheres,jáquea mídia social está impregnada na nossa realidade, no nosso cotidiano.Sóque essa mídia ela não é aproveitada,agentetemcomoexemplocomodentrodo metrô, como alguns locais que você vê algumas informações sendo divulgadas, é um meio que grande parte da população utiliza e poderia ser divulgado mais informações sobre a saúde da mulher No entanto, esses recursosnãosãoaproveitados.”
00:01/ 00:43
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“Como exemplo, nós temos a questão do padrão do corpo feminino, como ele é divulgado na mídia. A mulher é divulgada ter aquele padrão que deve ser seguido, a mulher magra, gostosa, que muitas, usando um termo mais informal e há muitas mulheres que incorporam como se aquilo fosse o correto e quando não é adquirido, ela se sente mal. E isso é uma demonstração decomoamídiainfluencianosnossoshábitos,eassimagente poderia aproveitar esse recurso que a mídia tem para influenciar de forma maissaudávelnavidafeminina.”
00:01/ 1:29
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“A falha hoje na falta de informação das mulheres é uma das grandes culpadas é a mídia social. Hojeelaestátotalmenteimpregnadananossavida e poderia ser usada com recurso. A gente pode usar como exemplo isso quando eles aproveitam folders ou aquelas divulgações no metrô que coloca comerciais, mas poderia ser mais divulgado sobre a saúde da mulher ou em outras redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter que poderiam ser usados paradivulgaçãosobreasaúdedamulhereessesmeioshojeaindanão muitoaproveitados.”
“Se a saúde da mulher não fosse tratada como um tabu, com certeza hoje a gente não teria incidência tão alta de tantas doenças ginecológicas, como a sífilis que poderia ser diagnosticadanoiníciodadoençaetratadafacilmente. Como também o câncer de colo de útero eu poderia ser prevenido com Papanicolau, muitas mulheres acabam não fazendo atépordivulgaçãoouaté por uma dificuldade de acesso, vai ao posto de saúdequedeveriaseraporta de entrada do sus, ela não tem esse acesso fácil, então acaba perdendo esse diagnóstico e tendo que tratar depois umcâncerjádisseminadoemmulheres jovens. Outra doença também que a mulher é tratada como banalidade é a cólica menstrual que de grande intensidade e eu pode ser realmente uma doença, como a endometriose, muitas mulheres sódescobremquandodeseja gestar já em maior idade e aquela dor intensa e ela não procurou o ginecologista porque para ela era natural sentir a cólica menstrual. Então várias doenças poderiamserusadascomoexemplo,seasaúdedamulhernão fosse vista como algoquenãopodeserconversadonaturalmente,poderiaser prevenido, ser tratado de forma muito mais fácil e traria maior qualidade de vidaàmulher."
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“Bom, na imprensa em geral a gente não encontra de fato pautas, assuntos que apresentem as mulheres como protagonistas da sua própria saúde. Quando eu analisei textos de um jornal brasileiro, lá no meu doutorado, eu percebi que os textos associavam informações de origem cientifica sobre a alimentação, mas associavam muito a dietas, a procedimentos médicos, a procedimentos estéticos, e exemplos estereotipados de beleza, de saúde e de
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Jornalista-MariellaSilvadeOliveiraCosta
“Bom, é preciso entender os critérios de noticiabilidadedaimprensa,porque nem tudo o que a gente considera que é importante vai ser importante para um veículo de comunicação. Todos os veículos têm sua linha editorial própria, eles têm os seusvalores,elestêmosvaloresdeseusanunciantes.Eu fiz meu mestrado em 2008 na Unicamp e na minha dissertação uma coisa que observei, analisei há três revistas generalistas Veja, Época e IstoÉ; e como a saúde da mulher aparecia nessas revistas. E eu observei que nessas revistas havia poucoespaçoparasaúdedamulherequandoaparecia,amaior parte do senso de saúde da mulher o foco era emsaúdereprodutiva,seguido do foco de beleza e estética, em detrimento de outros temas que são importantes para saúde da mulher, se a gente for pegar os indicadores epidemiológicos nacionais, do que as mulheres mais morrem, doença cardiovascular, câncer Esses temas não eram tão tratados nessas revistas de generalidades. Uma pesquisa que fiz no inicio do meu doutoradofocavanos textos sobre saúde da mulher e no principal jornal do país, principal jornal em tiragem na época, isso foi em 2014/2015 e esse jornal trazia uma saúde da mulher uma vida muito medicalizada, a saúde da mulher muito como mercadoria. Aquela ideia de uma pílula mágica quevaivenderbenefíciosde uma boa saúde, vai vender a perda de peso de uma forma rápida e fácil, sempre atrelada a saúde da mulher a saúde de consumo, o anticoncepcional hormonal para trazer uma certa liberdade. A gente sabe que não é isso que resumeasaúdedamulher;asaúdedamulhernãoéresumidaaisso.”
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estilo de vida; que não condizem com a realidade de todas as mulheres. Assim, tinha uma abordagem jornalística muito baseada na exceção, numa solução instantânea,muitoassociadaaoconsumodeumbem,aoconsumode um serviço que vai ser oferecido pela imprensa médica, pela indústria farmacêutica, pela indústria de alimentação, de nutrição. E a imprensa é muito importante porque ela faz circular ideias que vão influenciar de alguma maneira nas conversas, no cotidiano das pessoas, a imprensa é um dos espaços onde se produtos sentidos sobre saúde e se constrói versões sobre o que é a boa saúde. Atualmente, a gente tem com advento das redes sociais, a gente não tem mais o monopólio da imprensa, existe uma série de profissionais da saúde, médicos, ginecologistas, profissionais das diversas áreas da saúde que estão conversando diretamente com as suas pacientes, com as usuárias do sistema de saúde online e tentando trazer outras visões que trazem uma ideia de saúde integral das mulheres, entendo que é muito interessante o papel dessas pessoas que funcionam quase como que influenciadores de saúde, exatamente porque a partir do discurso deles a gente consegue ter uma circulação de ideias diferentes e não só as ideias pautadas pela indústria farmacêutica, pela indústria medica, indústria de nutrição. Acho uma coisa que é importante trazer também para vocês, éque asinformaçõesquecirculamnaimprensa…”
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“É importante ter isso em conta, as informações que circulam na imprensa sobre saúde da mulher, sobre alimentação, elas não são isentas, mas elas estão sim atreladas a compromissos e a interesses diferentes de diferentes níveis, diferentes fatores e esse fatores, esses diferentes níveis vão ditar os sentidos sobre saúde, sobre qualidade de vida, sobre feminilidade. Deixa te perguntar uma coisa por exemplo, você já leu em alguma noticia ou algum jornal ou já viu alguma reportagem na tv sobre métodos naturais para se espaçar uma gestação? Mas e sobre anticoncepcionais? Você já leu? Os anticoncepcionais orais, anticoncepcionais hormonais. Em geral, o que a
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gente vê na imprensa osanticoncepcionaissãoalgoquelibertaamulher,que dáaelaumaautonomiasobreoprópriocorposobreopróprioprazer,masem gral não se fala dos riscos, dos efeitos colaterais dos anticoncepcionais hormonais, pouco se fala. Eu ainda quero investigar um pouco sobre essa circulação de sentidos, de métodos naturais e métodos artificiais de espaçamento de gestação. Por que acho que só agora com esse advento de ginecologista influenciadores digitais, a gente tem visto que mais mulheres estão acessando informações sobre método bilins, método creiton que são dois métodos que têm estudo cientifico mostrando os padrões do período de fertilidade da mulher e do ciclo da mulher, não estou dizendo da tabelinhaé ummétodobastantefalho,porqueaquelaideiadecontatrezedias,nodécimo quarto com certeza é o dia que você vai liberar o ovulo, não é disso que eu estou falando, estou falando do método bilins e do método creiton que possibilitam que a mulher observe o seu próprio corpo para identificaroseu período fértil e não é só, acho que a gente tem que ampliar essa ideia,nãoé só identificaroseuprópriocorpoparasaberaiquediaeuvoutransarparater filho, que dia não vou transar pra não ter filho se eu não quiser, não, não é pra isso. Na verdade, quandovocêentendeoseuciclocomomulhervocêvai entender as mudanças hormonaisquealteramoseuhumor,quealteramoseu sono, que alteram até sua disposição ao longo do dia e você vai poder lidar com isso. Esse tipo de informação deve ser comunicado às mulheres, elas não podem ser reduzidas só a tome pílula para não engravidar, seja livre, porque a pílula aprisiona a mulher, a pílula castra a mulher Existem uma serie de estudos que correlacionam o uso de anticoncepcionais oral ao aumento de chance de contrair mais series de doenças, como trombose, câncer e pouco se fala disso. Mas porque pouco se fala disso? claro que existe um interesse da indústria farmacêutica em vender remédio e não em vender saúde. Se a gente for pensar é muito mais simples eu escravizar as mulheres a uma pílula desde a adolescência, prometendo pra ela que ela vai ter uma liberdade sexual. Mas quando os novos problemas surgirem se eu opto pra ela todo risco aumentado que ela tem de uma serie de doenças, a
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indústria vai fazer o que, a indústria traz mais remédio, traz mais medicamento. E assim a saúde da mulher vai sendo medicalizada desde a adolescência quando alguém oferece um anticoncepcional para uma adolescente ao invés de mostrarparaelaqueelapodeteracessoaoseuciclo, o ciclo menstrual dela e ela pode conhecer ocorpodelaapartirdomomento queelaconheceocicloquesabedetectarasfasesdociclo.” “Quando você diz que as grandes mídias investem pouco sobre o tema da saúde da mulher, agenteprecisasemprelembrardeestudarmídiaeolharpra mídia nas perspectivas dos seus anunciantes também. A indústria farmacêutica é um grande anunciante, ela lucra muito viciando as mulheres em anticoncepcionais hormonais, viciando as mulheres em promessas que não são garantia de felicidade, você já imaginousetodaamulhersouberseu ciclo, conhecer seu ciclo, respeitaroseuciclo,respeitaroritmodoseucorpo e ela não precisar tomar mais remédio para cólica, porque ela não vai ter cólica, ela vai entender o ciclo dela, vai entender que cólica não é normal, imagina se ela não precisar tomar mais nenhum remédio para bloquear a menstruação, nenhum remédio para dor de cabeça, para enxaqueca que são frutos de um sistema reprodutor desregulado, jáimaginou.Entãotemmuitos interesses por trás dessa medicalização da saúde da mulhereeuentendoque cada vez mais é necessário eu faça pesquisa para gente compreender o que está sendo dito sobre a saúde da mulher, mas emespecialtambémoquenão está sendo dito, como eu disse anteriormente porque é que a imprensa fala tão pouco ou não fala de métodos naturais para mulher reconhecer o seu “Entendociclo.”
quetodaamulherprecisaassumirocontroledasuafeminilidade,e não simplesmente deixar que a indústria farmacêutica dite o ritmo da sua vida, o ritmo do seu corpo. A mulher precisa ser vista pela imprensa na sua
integralidade, como alguém que é capaz de entender sobre seu corpo. Nós não somos burras, gente, é possível para qualquer uma de nós receber instruções sobre métodos naturais, por exemplo, e optar por eles se ela quiser. Muito mais do quesódizerassim,vouaprenderparasaberquandoeu vou transar, não. É para você viver de uma maneira plena, sabendo que por exemplo se estou no período pré-menstrual, eu estou com hormônios diferentes ali naquele período, e aí por isso eu vou ficar mais sensível mesmo, vou ficar mais frágil mesmo. E nesse período então porexemploeu tenho que evitar gente chata, eu tenho que respirar antes de explodir com minha família, antes dejogarumacadeiranacabeçadealguém,seeuseique estou nesse período eu consigo ter temperança, eu consigo me controlar digamos assim. E o anticoncepcional ele falseia a saúde da mulher, ele mascara possíveis problemas, vejam não é normal que uma mulhersintador no período menstrual o que a indústria e o que muitos ginecologista faz é dizer o seguinte, ah toma um remedinho que passa, cólica é normal. Cólica não énormal,ecólicapodeserumindíciodeproblemasgravesporexemplo, adenomiose, endometriose que se não tratados no início, se não controlados eles podem inclusive dificultar uma gestação no futuro dessa mulher quiser Outra questão que também é bastante propagada na imprensa, que muitas vezes faz com que muitas mulheres acreditem que elas vão ser férteis para sempre, isso é um mito. Nós temos prazo de validade para gestar e a imprensa fala pouco disso, mais uma vez porque, sobmeupontodevistaea partir do que eu observo, a indústria lucrar muito vendendo fertilização em vidro, vendendo inseminação artificial, que são procedimentos invasivos e que requerem muito dinheiro, muita ingestão de recursos físicos, recursos financeiros e muita medicação. Pouco se fala pelo índice baixíssimo de sucesso desses procedimentos, eles são vendidos na verdade como se maternidade fosse pra todo mundo, como se não importa a sua idade, não importa, ésóagentefazerasmedicaçõesequandonãotemsucessoaculpaé de quem, da mulher que não ficou na posição que o médico tinha dito, que não fez isso. Há uma grande culpabilização da mulher quando toda essa
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60 medicalização dá errado. Aí a gente vê mulheres que buscam a maternidade de uma forma até desenfreada, descontrolada, porque para o médico é só mais uma mulher, mas para aquela mulher é uma frustração, uma frustração atrás da outra. Quando ela tem quecompreenderquenaverdade,elaémuito mais, caso ela não consiga engravidar ela não é menos mulher por isso. Se fala muito pouco sobre, como se todas as mulheres tivessem o direitodeser mãe, e maternidade não é um direito. Então, conhecer-se, acho que se a imprensa apresentasse forma das mulheres se conheceremmais,conhecerem mais a sua saúde, seria um grande serviço que os jornalistas prestaram para nós mulheres e para sociedade. Se a gente for pensar que cada fase do ciclo menstrual temsuaspotencialidades,éinteressantequeamulhervaiorganizar a sua rotina com base nos momentos do seu corpo, isso é uma informação, ancestral nas nossas avós, bisavós faziam muito isso. * 3:38 E pra finalizar acho que é importante que as informações em saúde quando elas são divulgadas de uma maneira adequada pela mídia elas podem contribuir para conscientizar a população, sabe, elas podem promover hábitos de vida saudáveis, podem prevenir doenças, podem informar sobre tratamentos corretos, mas se feito de uma forma equivocada a imprensa pode alarmar a população sem necessidade, pode fazer com que as pessoas busquem caminhos como se fosse caminhos milagrosos. Enfim, busquem ilusões ao invés de buscar a verdade, ao invés de buscar o conhecimento sobre o seu corpo. É muito importante que a gente invista em pesquisas que analisam a saúde da mulher na imprensa e digo mais, não só a saúde da mulher na imprensa, mas saúde da mulher que tem sido veiculada nas redes sociais, acredito que com esse advento dos médicos influenciadores tem muita coisa boa sendo propagada e que chega até as pessoas sem precisar passar pela imprensa, mas também tem muita ilusão sendo vendida, acho que é importante que os pesquisadores tenham um olhar pra saúde da mulher, porque é um campo muito vasto de pesquisa e que interfere diretamente na vidadetodosnós.”
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“Gabrielly: Bom,entãoeuachomuitoimportanteeutiveconhecimento,mas para mim semprefoiumacoisamuitotabusobreocheckupginecológicopor mais que minha mãe fosse enfermeira e ela me apresentava muito mais coisas sobre doençasdoqueoautocuidado,sabe,aquilocausouumpoucode medo. Assimachomuitoimportantedeveserfeitoanualmente,maseuacabo por não fazer tanto pela dificuldade, ou às vezes pelo medo de descobrir algumacoisa,éporumreceio.
“Tamara: Então Gabi, a minha maior dificuldade para eu conseguir marcar uma consulta com o ginecologista é pela demora, quando tem demora, quando não tem a demora você tem que tem quetentarumavagadeencaixe isso torna o processo tão mais dificultoso assim, por não conseguir, aí hoje não tem vaga, não tem o ginecologista, as vezes demora um prazo de seis meses. Aí eu prefiro as vezes deixar pra lá, eu acabo deixando de lado a situaçãodenãopassarnoginecologista,infelizmenteporessademora.
Gabrielly: Também tem o caso de que às vezes não tem ginecologista mulher, você não se sente à vontade com um homem, é muito difícil. Na UBS que eu passo demora meses para poder marcar e quando marca só tem um homem lá e a última vez que eu fuiatendidaoatendimentonãofoibom, nãorendeu.
Tamara: Já no meu caso, eu prefiro ser atendida por homem do que por mulher pelas simples fotos que eu acho o homem mais cuidadoso, ele tem uma cautela maior por medo de se a paciente se sinta, sei lá, invadida de algumaforma.Entãoeuachoumpoucomaiscautelosocomhomem.”
GabriellyOliveiraeTamaraPassos
Tamara: Deveria ser algo comum, eu acho que isso devia vir já da escola, porém todas as pessoas, por mais que o mundo eleestáficandocadadiaque passa mais moderno, mas infelizmente a saúde da mulher ela sempre mais escondida,eunãoseiporqualmotivo.
Tamara: No meu caso check up ginecológico tem todo um tabu pelaminha opção sexual setornarumpoucomaisdifícil.Eutenho29anoshojeeeunão tenho conhecimento total sobreumcheckupginecológico,entãoeuachoum pouco mais difícil para mim eu não consigo entender muito bem como funciona e não tenho curiosidade pelosimplesfatodequeeununcativeuma abertura. A minhamãe,elasempredeixoumuitoexplícitoaquestãodecomo se prevenir de doenças, de gravidez, como se prevenir na situação de escorrimento, alguma coisa que possa acontecer com a nossa saúde, mas nunca tive essa para falar assim, olha ocheckupquandovocêvaifazervocê tem de fazerisso,exame,aqueleoutroexame.Essainformaçãoeununcative e eu não tenho curiosidade porque não é uma coisa, como posso te dizer, corriqueira na minha vida. Eu tenho 29 anos e eu só fui duas vezes ao ginecologista.Entãopramimjáéumtabu.
Gabrielly: Acho que é o machismo, aquilo que a mulher tem que ser mais reservada, tem que ser pura, tem de ser virgem, tudo isso éumestiga,ofato de você ir no ginecologistajátemtetornaumapessoaimpura,porqueaquilo
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Gabrielly: Ah, eu sei da importância,principalmenteporcausadocâncerde colo de útero, eu sei disso, mas ainda parece que tem algo que me segura, e falta muito para as mídias divulgarem essas coisas. Era pra seralgocomum, era para ter algumas chamadas.Entãoachoquefaltaissononossocotidiano, o cuidado com a mulher, o cuidado com a sua sexualidade, independente da opção sexual. Eu acho que deveria ser mais abrangente na mídia em geral sobre como se cuidar, como se prevenir, educação sexual, deveria ser algo comumparatodos.
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Tamara: No meu caso, eu me sinto mal e com vergonha de saber que eu estou indo naquele local para ser examinada, acho que um dos motivos que euatéevitoir.
Tamara: A minha primeira vez foi com 14 anos que eu fui para o ginecologista, para fazer acompanhamento, a minha menstruação veio com 12 anos, eu comecei a ficar umpouquinhocomcuriosidade.Poressemotivo
Gabrielly: Como eu fico tentando estudar algumasteoriasfeministas,eume percebo fazendoissoeeumecritico,masaqueletabucontinuaalipareceque estáenraizado,sabe.”
“Gabrielly: Então, eu fui no ginecologista quando eu tinha 18 anos, eu sempre quisdesdequeeutiveminhaprimeirarelaçãosexual,com16.Masai eu ficava com aquela coisa de, ah se eu for eu vou ter que ir com alguém, agora você pode ir com a partir de 16anosvocêpodeirsozinha,maseunão sabia disso. Então eu ficava tendo de levar alguém e eu não tenho coragem, eu tenho medo sabe de a pessoa ver a minha parte intima, eu ficava com muito medo disso. Eu fui, estavacominfecçãourinária,fuiparapodertratar, foi meu primeiro check up que fiz, foi meu primeiro Papanicolau, fiz um ultrassom, masfizessesexames,masminhasdúvidasnãoforamsanadas.Fui atendida por um médico que não consegui desenvolver e depois eu acabei voltando no médico para poder ver os exames com outra médicaeunemera ginecologista para poder mostrar os exames, ver se tava tudo certo no final, mas eu me sentimaisàvontadecomeladoquecommédico,talvezpelofato de serhomemepelaatençãoqueelamedeu,alémdeeueraumapessoabem mais jovem, tinha vinte e poucos anos, então conversava muito de boa, falavasobreváriostiposderelaçõeseissofoimuitoesclarecedorpramim.
caracteriza uma mulher que teve uma relação sexual, na maioria das vezes, entendeu.
64 a minha mãe me acompanhou no ginecologista com 14 anos, para saber se estava tudo bem, para saber como estavam as minhas coisas, se estava tudo certinho. Mas eu sempre tive esse tabu, igual você falou que foi ao ginecologista pelosimplesfatoqueestavacomumainfecçãourinária,eutive uma infecção urinária no começo desse ano, eu nunca tive uma infecção urinária, quando tive minha primeira infecção urinária, foi agora com 29 anos, e esse ano, e eu fiquei de uma forma que eu faleiassim,issonãopode estar acontecendo comigo porque eu não sou uma mulher suja. Pra mim, a informação de que ter uma infecção urinária é simplesmente pelo fato da mulher não secuidar.Aiminhaprimeiravezquefuifoicomumhomemeao contrário da sua experiência, a minha foi muito boa, porque eu achei mais tranquila a forma com que ele me tratou, fiquei um pouco assustada porque eu tinha 14 anos e eu não tinha muita malícia em algumas coisas, fiquei assustada, mas a minha mãe ela estava ali do meu ladinho me acompanhando,graçasaDeusdeutudocerto.”
Tamara: É o que eu falei, volto a dizer, infelizmente a saúde da mulher ela não é tão explicita para poder ter um meio de comunicação que possa informar sobre esse assunto, não tem um assunto que fala sim, olha aqui a gente pode ter essa informação sobre a candidíase,sobreainfecçãourinaria, que é uma coisa muito comum, é uma coisa super normal. Eu fiquei indignada porque eu fiquei morrendo de medo, meu Deus eu tenho uma infecção urinária, como que cuida, até paraeuchegarnoprontosocorropara passar nomédicoeelemedarumremédio,eufiqueitotalmenteconstrangida
Gabrielly:Sobreessasdoenças,igualacandidíaseémuitocomum,eununca tive, mas eu tenho muitas amigas que tiveram, quem tem. Que é um fungo comum da vagina por causa da flora, de muitos aspectos e tem muita gente que tem, é uma coisa comum e tido com algo sujo, de impureza, de nojo, e tem vários tipos de tratamento. Sefossemaisdivulgado,sefosseconversado na televisão, na internet,nãoimportaomeio,seriamaisfácilapessoabuscar otratamento.
Tamara: uma coisa que acho bacana é que se você for nosprontossocorros das unidades básicas de saúde, todos esses prontos socorros sempre tem aquele muralzinho com várias informações sobre essas coisasbásicas,masé único lugar que tem essas informações pelo meu conhecimento, agora você precisa já estar doente para você ir ate esse local para você ver essa informação sendo que essa informação deveria ser passada de uma outra forma.
65 porque eu estava sentindo uma ardência na parte intima, eu falei meu Deus, eu não fiz nada,eunãoapronto,porquequeissoacontececomigo.Porqueeu só fui duas vezes noginecologistaeessasduasvezesquefuieunãotiveessa informaçãoqueissopoderiaacontecer.
Gabrielly: isso se você for uma pessoa alfabetizada, se você tiver conhecimento, porque é difícil sabe, no brasil a gente tem muitas pessoas analfabetas e não tem condição de nada,vãonaUBSmalconseguemfazero exame que tem que fazer, as vezes não consegue pegaroremédioparaoseu tratamento. Então tem essa dificuldade ainda com as pessoas que são de classe baixa. Então, é difícil porque a informação nunca chega pra todo mundoequandochegaéumacoisarala,básica.”
Folha de Decupagem Data 07 /10 / 2021 Editoria: Tema: Assunto:
Gabrielly: Você se puniu pelo fato que estava acontecendo uma coisa queé natural. E poderia ser algo divulgado na sua escola, qualquer meio. Poderia ver a televisão e ter alguém conversando sobre esse assunto porque é uma coisa que acontece todos os dias com a mulher e no mundo inteiro,nãoésó noBrasil.
R1:Oi,meunomeéMariaIsabela,eutenho21anoseeuvimcontarum poucodaminhaexperiêncianoSUSnaquestãoginecológica.Meuprimeiro contatofoicom17anosquandoeuperdiminhavirgindade,eupedipara minhamãemelevar,eunãotinhacontatopraelaqueeutinhaperdido[...] (risos)aíelamelevoulá,maselamepreparou,porqueeununcatinha passadoeelafalou‘’Òelevaiteolhar,vai…é,nãoficaconstrangida,eleé ummédico, tudo‘’,eeuacheiestranhoporqueeufuimorrendodemedoné, tiponossa,ele…alguémvaimeolhardessamaneira,chegandoláele perguntouseeutinha,minhamãeestavajuntonéporqueaíqueela descobriu,porqueeufalei‘’Voufalarnafrentedomédico,queémais seguro‘’,elesimplesmentemedeuumasdicas,sóperguntouseeutinhame prevenido,é,explicoualgumascoisasqueeujátinhaescutadoemaulae falou‘’Tudobem,podeir.‘’.Ai,eufuiembora,depoisdissoeuqueriatomar anticoncepcionalmasaíeujáerademaioremarqueiumaconsultasozinha.
EAíelemefalou‘’Vocêprefereinjeção?‘’eeufaleiquepreferiaeaíeleme passouumainjeçãoeeuacheiestranhoporqueeuacheiquefariaalguns examesantes,aínãofiznada,tomeiainjeçãoecomeceiamenstruarde15 em15dias,nomêseuficava10diasmenstruada,minhamenstruaçãovinha muitoeeufalei,meu,issoaquinãotámefazendobem,vouverseconsigo umaconsultanovamente;aeumaistrêsmesesnafila…Passeicomele, expliquei,elefalou:Quertrocarprapílular?,eeufalei,‘’Masagentenão temquefazernenhumexamepratentarentender?’’eelefalou,‘’Não,às vezesseucorponãoseadaptou,vamos…vamostrocarparaa pílula’’.Troqueiparaapílulaetambémnãomeadaptei,vomitavamuito, fiqueimuitoinchada,e…sentiamuitasdoreseeusempretivecólicamasera umacólicamuitomaiordoqueeutinha,aíeuolheiefaleiassim:‘’Ómãe, eupasseinomédicopratomaranticoncepcionalenãotômeadaptando‘’-ai elafalou-‘’Masvocêfezalgumexame?’’eeufaleiquenão,nãorealizei nenhumexame,entãofalou‘’vamoscortareentenderporquevocênãopode tausando,porqueeraoqueeledeveriaterfeito.’’.Depoisdissoagente simplesmentedesistiu,eucomeceianamoraretinharelaçõescomcamisinha eeuopteinãopassarnovamente,équeàsvezesagenteacha…achaquenão éimportante,né?.Eusemprerealizeimuitaatividadefísicaeaíderepente quandoeupareiminhabarrigainchadeumaformaanormal,crescemuitas estriasemmim,eufiqueicommuitomedoefalei,vouparaohospital,aíeles meencaminharamparaaparteginecológica,falaramqueeutinhaquefalar comoginecologistaporqueé,nosexamesnãodeunadaqueeutinhaque passarcomele.Quandoeupasseicomele,elemepassouumaultravaginal, aiagentedescobriuqueeutinhaumacúmulodehormônioporqueeunão produzoohormônioquequebragordura,eanteseufaziaatividadefísicaeeu conseguiafazeressesistemafuncionar,comeununcafizexameeunãosabia
Mídia/Saúde
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Asaúde da mulher e o descaso da mídia. Apresentar as falhas na comunicação quando trata-se da saúde da mulher. Tempo in / out Conteúdo
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67 disso,eufaziamuitaatividadefísicaeunãoquetambémeunãopodiatomar anticoncepcionalporcausadisso,porqueeunãoquebravagordura,tudo viravaenergiaoutudoviravagorduraeeuficavacomsonoodiainteiro, tinhaépocaqueeuachavaatéqueeraumsintomadadepressão,eramuito confusoé…vocênãoterinformação,eaíelemepassoupramimrepor hormôniosóefalouqueiadarcerto,eurepuzessehormôniosozinha,refizo examenoparticulardeultra,porquefoiumaexperienciamuitoruimfazer ultravaginalnosusporqueeramuitaspessoas,umaatrásdaoutra…é,tinha gentenasalaeumincomodo…pramiméumincomodo,éumavergonha assim,alheia,porqueagentefaztestedeurinacarregaaquelepotinho fechado,enroladonoplástico,masvocêtemquevircomumcopinho, enroladoemnada,passarnafrentedetodomundo,aívocêcheganasalade medicaçãoelesfalamoresultadonafrentedetodomundo,tinhaumavez quetinhaumconhecidoláeeuolheipracaradele‘’aiquevergonha’’eele tipo‘’Ahdeunegativo’’eeutipo,gente,éumacoisatãoíntima,queé expostapratodomundoquetáalinohospital,eelefalou‘’Ónãoégravidez, tátudobem’’aieufalei‘’Tá,nãotátudobem,ta45diasatrasados,senãoé grávidezéalgumacoisa’’,aíelefalou‘’Não,mascênãoqueriasabersenão tagrávida?’’Étipo,comoseoúnicoproblemafosseeuengravidar,sóquese eunãotôgrávidaeutôcomalgumaoutracoisané,aíele‘’Tábom’’aíele encaminhouoexamequefoitodoaqueleproblemaqueeutiveláno ultravaginal,queeufiqueicomvergonha,aieuleveioexameedescobri, reporohormônio,ohormôniofoiembora,depoiseudescobriqueeutenho quefazeressareposiçãodetempoemtempo,mesmofazendoatividadefísica paranãoencherdnvabarriga,ouvoltaressecisto,eassim,foimuito vergonhosopramimtodasessasexperiênciasqueeutivenaquestão ginecológica,tantoqueeupassei5vezesnomáximoeas5vezeseufalei, gente,eutenho21anosenuncafizumpapanicolau,eufizumultravaginal maseununcafizumpapanicolau,pramimeraumacoisaassim,euto passandonoginecologista,euvouterquefazer,minhamãemeensinoudesse jeito,elafaziadessejeito.Sóqueétantamulher,agenteficanafilahorasaté chegaranossavezqueelenãotemtempodeatenderagentedireito,de entendernossocaso,dedáatençãopragenteetambémnãoéculpado médico,etantagentequepassaláqueapreocupaçãodevesergrávidezque elenãotavameentendendo,queeuqueriasaberoquetinhaacontecido comigo.Hojeeuengordei30quilosporqueeudescobrimuitotardequeeu nãoquebravaessehormônio, entãoamaioriatavavirandogordura,eu engordeiem2meses30quilos,graçasaDeushojeeujáseioqueéeme cuidodireitinho,tenhoalgumassequelas,porqueagenteengorda,agenteé mulher,agentecuidadabelezaeassimvai.
Diáriodecampo
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DeiníciootrabalhoseriafocadonaSaúdedaMulher:Endometriose,naqualéumadoençamuito poucofaladaedifícildeserdiagnosticada,masquepoderesultaremproblemasirreversíveisporémo materialvoltadoparaotemaeramuitoescasso,entãodecidifalaraotodosobreasaúdedamulhereas falhasnacomunicação,vistoquetiveproblemasemacharconteúdosobreaminhaprimeiraopçãode tema Foiumprocessodepesquisabemlongo,naqualconseguiencontrarosmateriaisimportantes paradarinícioapesquisa,noprocessoderecorteacabeieliminandoalgunslivrosetesesquenão faziammuitosentidocomaminhapesquisa.Duranteaprocuradefontesparaodocumentáriotivemos umagrandedificuldadeemacharojornalistaquetemcomoespecializaçãoasaúdedamulher,mas nadaquenosatrapalhou Foiumprocessonãosódefinalizaçãodecursocomodeevoluçãotambém, emboraosdesafiosfoipossívelalcançaroobjetivodesejadonoinício
Transporte 2 4,30 57,07
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Fontes Equipamentos Roteiro Edição Recursos Revisãode Produção Entregade Produto
INVESTIMENTO
Ediçãodo Documentário 1 80,00 80,00
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CRONOGRAMADEEXECUÇÃO
Revisão profissional 1 80,00 80,00
Elaboraçãode pauta Planejamento dedesign Captação Diagramação Edição
Alimentação 1 20,00 47,80
Total 6 196,60 289,47
Pesquisade campo Pré roteiro roteiro Produção Roteiro
Item Quantidade ValorUnitário ValorTotal
Impressão relatórios 2 12,30 24,60
70 OUTROSPRODUTOSDASUAPESQUISA Mg/edithttps://docs.google.com/forms/d/1SgAf1aeiN1hVyjVxExyo0hwyJIBRJD1bTUNr6DJOU
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da mulher: investigar a imprensa é preciso
ANEXOS
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(Des)https://acervodigital.ufprhttps://tede.ufam.edu.br/https://teses.usp.br/.br/informaçãosobresaúde
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