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Figura 55 – Pesquisa Conteúdo de marca

• Homens: 17,73%

Globoplay

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• Mulheres: 11,16% • Homens: 8,97%

Claro Video

• Mulheres: 2,75% • Homens: 2,37% Entre os consumidores mais conectados, 60% não conseguem ficar sem

conteúdo.

De acordo com o estudo do Futuro do Entretenimento, há uma discussão em relação a transformação na relação das pessoas com conteúdo e como as marcas podem se unir. 83% dos consumidores dessa pesquisa consideram o entretenimento uma necessidade vital. Essa parcela aumenta para 92% entre os “prosumers9” — faixa do público que dita tendências. Eles consultaram 17.411 pessoas acima de 13 anos em 37 países, incluindo Brasil, no primeiro trimestre. Os resultados que mais destaca são que seis a cada dez prosumidores admitem que não conseguem ficar sem conteúdo e 56% deste público sacrificaria uma boa noite de sono para maratonar uma série. Quatro a cada dez respondentes entre esse público conectado afirmam que hoje não viveriam sem Netflix — a Havas10 destaca que a amostragem inclui faixas etárias para as quais a plataforma sequer existia há 5 anos.

Figura 53 – Pesquisa Viver Conectado

9 São consumidores que buscam todas as informações sobre um produto ou serviço. Eles consumem e produzem conteúdo a todo momento. 10 Grupo francês de consultoria de comunicação, principalmente com a agência de publicidade.

Fonte: The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”

Seis a cada dez prosumers falaram que desejariam que o sistema educacional e o ambiente de trabalho tivessem mais elementos de entretenimento. Mais de um terço afirmou o mesmo sobre hospitais e casas de repouso. Eles também tendem a preferir conteúdos relacionados a empoderamento e que fornecem ferramentas para o desenvolvimento pessoal. Preferem, por exemplo, criadores de conteúdo que valorizam conexões menos superficiais em suas obras: 63% disseram que é importante que músicos tratem de questões sociais em seus trabalhos.

Figura 54 – Pesquisa Conexões Profundas

Fonte: The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”

93% consideram um conteúdo significativo quando gera impacto de longo prazo. Além disso, 78% concordam que as plataformas deveriam ter em seu portfólio conteúdos locais relevantes e em língua nativa. As marcas também podem se aproveitar melhor dessa paixão: 71% dos prosumers afirmaram se engajar melhor e se lembrar melhor de publicidades que também trazem entretenimento.

Figura 55 – Pesquisa Conteúdo de marca

Fonte: The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”

Entre os pesquisados, especialmente os mais jovens, consumir também é, em essência, produzir. Daqueles de 13 a 17 anos, 55% acreditam que sempre precisam, de alguma forma, entreter amigos e outras pessoas, e 43% se sentem pressionados a exibir um estilo de vida em que entretenimento tenha uma parte importante. Yannick Bolloré, CEO da Havas Group, afirmou no estudo que a pesquisa leva a entender que, para a maior parte dos consumidores hoje, o conteúdo é parte central de suas vidas, e não mais periférica. “Isso nos dá, como líderes do entretenimento, uma grande responsabilidade. Nosso papel hoje é construir valor de entretenimento”, disse. “São boas notícias para a nossa indústria.” Já segundo a Havas, esse público costuma representar de 15% a 20% dos consumidores de modo geral, é early adopter11 e costuma antecipar tendências de marketing em até 18 meses. É um público “de vanguarda”, “influente”, "proativo" e consciente “social e ambientalista”.

11 Pessoas que são mais adeptas à ferramenta para conexão em redes e comunidades.

Um fato curioso sobre essas tendências é que operadoras de telefone como a Claro, Vivo e Tim já identificaram essa tendência de consumo sobre conteúdos digitais e criaram plataformas com esse tipo de serviço para atrair cada vez mais o público da geração millenials para sua operadora e a Claro Video, nessa pesquisa, foi identificada como uma das favoritas. O que nos leva a crer que o mercado pede cada vez mais opções de plataformas alternativas e que é um público que cresce cada vez mais, ou seja, precisaria de mais plataformas para suprir essa necessidade para as gerações futuras que já vão ser conectadas. 6.3.2 Consumidor cinema Nos anos de 2019 e 2020 foi um marco na indústria cinematográfica pois foram os anos em que a pandemia, por conta do COVID-19, se manifestou e o governo teve que tomar medidas preventivas para evitar a proliferação do vírus e uma delas foi o distanciamento e o isolamento social, fazendo com que consequentemente todos as salas de cinema se fechassem. Entretanto tivemos também, alguns lançamentos marcantes no começo de 2019, como o Vingadores: Ultimato, que se tornou a maior estreia nacional e mundial e meses depois, o Coringa, que também bateu recorde como maior lançamento de outubro, desde que cinema é cinema. Por semana, cerca de 3,3 milhões de brasileiros foram ao cinema ver alguns dos 880 filmes em cartaz naquele ano, gerando um lucro que chega perto dos R$3 bilhões. Esse lucro se deu antes do isolamento começar e tivemos todas as salas fechadas para cumprir os protocolos de segurança. Em 2022, com a vacina e a flexibilização das medidas protetivas, a Marvel volta a apostar com um grande filme para as telonas: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Porém nesse ano fora das telonas nos leva a diversos questionamentos, como: se o brasileiro vai voltar aos filmes nas telas e se as mudanças e novos hábitos de consumo que a pandemia gerou não vai afetar essa indústria. Os frequentadores do cinema, atualmente, são as pessoas que têm uma condição de classe média que possui anos de escolaridade muito maior do que a média. Ou seja, uma parcela muito pequena da população brasileira vê filmes no cinema, mesmo que números oficiais digam que foram “172 milhões de ingressos vendidos” em 2019. Apenas 1 a cada 10 municípios brasileiros possuem uma sala de projeção. Essas regiões concentram 60% da população.

Nas cidades que não há cinema, metade da população não chegou a completar o ensino fundamental, nos levando a crer que o cinema é uma atividade cultural para municípios grandes como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santos e é considerado um lazer para as pessoas que estão em áreas mais urbanas. Entre 2018 e 2019 também ocorreu uma queda sutil no consumo de filmes nacionais no cinema: de 22,9 milhões foi para 22,6 milhões de espectadores. No ano de 2022, com a flexibilização das medidas e a volta de atividades culturais sendo liberadas pelo governo, trouxe um retorno positivo diante do público frequentador do cinema. No lançamento de Invocação do Mal 3, temos mais de 500 mil brasileiros genuinamente atraídos nesses primeiros dias, por conta de serem fãs da franquia – o anterior (de 2016) atraiu mais que o dobro, no mesmo período. É inegável dizer que parte do sucesso estrondoso também se deu por causa de uma euforia de poder retornar com as atividades presenciais. De acordo com Marislei Nishijima esse é um comportamento comum depois que passa uma pandemia; O público por ter a impressão de “estar seguro” acaba ficando eufórico. Segundo ela, “esse tipo de coisa aconteceu também por a gente estar há muito tempo trancado. Como nunca fizemos um lockdown efetivo (preciso do período de um mês, para ser efetivo) na totalidade, estarmos há um ano e meio em casa faz com que as pessoas fiquem ávidas para sair. É aquela coisa: quando há a oportunidade de lançamento, elas vão.”

E é nesse cenário que o novo normal após o isolamento obrigatório em 2021 o cinema brasileiro teve sucesso em suas bilheterias e com o público. No final de semana entre 18 e 20 de junho, por exemplo, mais de 340 mil pessoas frequentam os cinemas nacionais. Os mais assistidos somaram R$ 6,45 milhões em bilheteria, com a inclusão de Cruella (R$1,3 milhões) e Espiral – O Legado de Jogos Mortais (R$593 mil). Nishijima diz que o cinema é totalmente diferente de assistir algo no celular, em casa, porque ele oferece o passeio, a pipoca, a companhia, a diversão, é a experiência. Ele oferece exatamente esta experiência social e por conta disso, acima de qualquer outro motivo, as salas de cinema não vão deixar de existir. Pelo menos, não tão cedo. É importante também entender quem é o brasileiro que frequenta os cinemas e como está o seu comportamento agora que o isolamento não é mais obrigatório.

6.3.3 Perfil do frequentador do cinema

Pedro Sobreiro, colecionador de DVDs e crítico de cinema, sentiu falta de ver filmes nos cinemas por mais de 14 meses. Sobreiro diz que parte da diversão do duelo de gigantes está ligada ao “som alto, tela grande e os momentos de silêncio”. Há tempos, com seu trabalho de 2018 em meio período, o jornalista carioca criou o hábito de ir ao cinema quase todas as tardes, quase sempre sozinho. Quando estava acompanhado, neste e em outros momentos, seu maior deleite era póssessão. “Com a pandemia, o ‘comentar depois’ do filme não existe mais. Pela internet não é a mesma coisa: você não vê a reação da pessoa, nem a empolgação ou falta dela”. Emocionado, o cinéfilo diz: “Quando voltei para o cinema, pela primeira vez após um ano longe, foi difícil segurar as lágrimas”. Ele trata o cinema quase como um ritual, tendo grande apreço pela atmosfera: o ar-condicionado, a vinheta do IMAX e até uma região (ou assento) em específico. Em uma pesquisa do DataFolha feita com brasileiros entre 16 a 65 anos (de diversas regiões do país), descobriu-se que 44% das pessoas pretendem retornar à rotina de cinema quando as coisas ficarem mais seguras. Para 30% dos envolvidos na pesquisa, ver um filme em tela grande foi uma das atividades que mais fez falta durante a pandemia. Sobre o futuro, Nishijima diz: “acho que o cinema não precisa dessa coisa de ser reinventado por causa da característica de ele ser um bem de experiência. Se houver um filme que trouxer uma tecnologia diferente e ela for bacana, acho que há potencial de carregar outras produções. Mas o espaço também vai ter que mudar para comportar essa novidade”. Inevitavelmente uma ida ao cinema trará diferentes atrativos pela exigência do público, em inúmeras ocasiões de interatividade, seguindo o curso natural pré-pandemia. Porém, fundamentada na própria pesquisa, a doutora prevê que ele “pode caminhar para ser algo elitizado, pois para ser interativo também tem que ser caro”. Através dessas informações, levamos a crer que sociedade é participativa ativamente principalmente a geração Z e Y do segmento de audiovisual, visto que

eles buscam cada vez mais consumir os conteúdos que a Primeiro Olho Filmes e outras produtoras independentes produz, tanto de publicidade como de entretenimento e isso afeta diretamente esse negócio porque traz uma tendência a continuar produzindo conteúdos de qualidade, pois o público se torna cada vez mais exigente e também com assuntos que são importantes no dia a dia para eles. O mais importante também é que isso também traz para a produtora oportunidades de negócio que ela não tinha antes, como criar uma plataforma de streaming com produções autorais e que através dos pontos negativos das outras plataformas referente à catálogo, acessibilidade, funcionalidade e diversidade, ela possa se destacar e trazer mais um serviço alternativo que o mercado pede e possa suprir a demanda como a quantidade de pessoas conectadas e cada vez mais digitais nos próximos anos, baseado na Era da Informação que já estão inseridas. Além disso, esse mercado não possui nenhuma ameaça de estar estagnado, entretanto, a competição é grande e a demanda também.

6.4 Fator tecnológico

A tecnologia é uma força ambiental que oferece desafios para a empresa em sua implantação. Novas tecnologias ou inovações surgem a cada minuto e elas podem influenciar tanto nos processos internos como no mercado e nas pessoas envolvidas pelo negócio. As tecnologias criam mercados, e é necessária uma adaptabilidade por parte da Primeiro Olhos Filmes para não ser ultrapassada por seus concorrentes. Esse avanço das tecnologias mudou a forma de consumir da sociedade, que procura, cada vez mais, serviços cômodos, ágeis e práticos. Um exemplo disso são as comunicações que antes eram feitas por processos longos e por diversos meios, como cartas, fax, telefonema ou de forma presencial, hoje, podem ser realizadas por dispositivos móveis de qualquer lugar e a qualquer hora. Elas estão sendo cada dia mais implementadas para apoiar os novos modelos de negócios ao invés de criar um produto do zero, ou seja, elas são usadas para digitalizar produtos analógicos ao invés de reinventá-los para a Era Digital. Além disso, com a facilidade da computação em nuvem, os recursos tecnológicos estão disponíveis com baixo custo, reduzindo-o à menor escala possível para a produção ser eficiente, e com o uso da Inteligência Artificial, raciocínio similar ao humano exibido por mecanismos e software, as empresas são

capazes de saber o que o consumidor deseja, permitindo a adaptação de um produto ou serviço.

6.4.1 Tecnologia 5G

A tecnologia 5G no Brasil veio para mudar a vida das pessoas, empresas e ainda, aumentar a competitividade. A nova tecnologia é a quinta geração de conexões de internet móveis com maior alcance e velocidade. A nova rede 5G permite a interconexão de equipamentos e dispositivos, possibilitando o acesso a produtos inovadores e utilidades domésticas e desenvolvendo a chamada Internet das Coisas (IoT). Ela permite o uso em telefones celulares e gadgets* que não são conectados à rede Wifi ou Internet por cabo e possibilitará um tempo melhor no processamento de downloads e uploads, velocidade maior na transferência de dados por segundo e uma economia de até 90% no consumo de energia dos aparelhos. Essa tecnologia é extremamente importante para a Primeiro Olho Filmes porque ela traz a possibilidade de consumir conteúdos no aparelho móvel em todo o lugar e traz uma ideia de movimento. Além disso, oferece acesso ao nosso cliente que é consumidor digital a ter na palma da mão a possibilidade de assistir o que ele quiser com alta velocidade, afinal, sem internet ele não consegue ver nada. Na época de grande transformação digital, o setor audiovisual tornou- se uma das principais ferramentas para a comunicação eficaz com as pessoas e organizações, já que está diretamente ligada ao modo em como a sociedade cria e consome conteúdos. Em 2020, durante o isolamento social em decorrência da pandemia, os vídeos se tornaram uma escapatória de entretenimento e uma das formas de interlocução e conexão entre empresas e seus colaboradores, principalmente no meio da educação. De acordo com a pesquisa da Kantar IBOPE Media, 98% dos usuários de internet consomem algum tipo de conteúdo via streaming de áudio ou vídeo e 73% afirmam que o consumo de streaming de vídeo (pago ou gratuito) aumentou após o início da atual crise. Por isso, uma série de tendências surgiram neste período, que tendem a se fortalecer ainda mais em 2022.

6.4.2 Inteligência artificial

Deep Learning, Machine Learning, Neural TTS e Deep Fake são algumas das ferramentas de Inteligência Artificial mais utilizadas pelas produtoras audiovisuais atualmente. Com elas, é possível armazenar números absurdos de dados, construir roteiros personalizados para cada tipo de demanda, produzir vídeos utilizando serviços cognitivos de vozes neurais, capazes de criar vozes realistas em diversas entonações e em várias línguas a partir de qualquer texto. Além disso, temos o vídeo 360º, por exemplo, que usa uma câmera omnidirecional ou várias câmeras para filmar em todas as direções, imerge o usuário de forma que ele pode controlar o que está vendo, passando a sensação de interação com o vídeo, deixando o conteúdo muito mais interessante. A inteligência artificial colocada no segmento de audiovisual traz um desafio para as produtoras independentes, incluindo a Primeiro Olho Filmes, pois afeta diretamente na forma que os conteúdos são produzidos, roteirizados e entregues para o cliente final, que busca cada vez mais usar isso para atrair os consumidores em publicidade, filmes e outros conteúdos digitais. São oportunidades que trazem para os negócios formas de reinventar nos projetos e novos tipos de fotografias.

6.4.3 Direção remota

A quarentena imposta pela pandemia paralisou todas as filmagens e qualquer tipo de produção, além disso, o governo sancionou uma medida que quem gravasse poderia pagar uma multa altíssima, o que foi um impedimento da Primeiro Olho Filmes fechar mais trabalhos de produções. Uma das soluções encontradas pelas produtoras independentes foi a captação de vídeos com equipes remotas, principalmente se precisasse se locomover para gravar em outros estados e cidades.

A direção remota se tornou uma realidade que deve continuar crescendo, já que empresas e produtoras descobriram, dependendo da complexidade de um projeto, a praticidade, não só artística como em questões de custos, da contratação de equipes terceirizadas e que poderia ser uma oportunidade para ser implantada dentro da produtora, visto que o modelo de negócio já faz a contratação de equipes terceiras por projeto e traz uma redução de custo no orçamento e no tempo.

6.4.4 Acessibilidade audiovisual

Plataformas e conteúdos audiovisuais com audiodescrição, legendas e libras ganham destaque por, além de seguirem a fundo as normas de acessibilidade no audiovisual, trabalham pautas de inclusão e igualdade, ajudando pessoas com deficiência no convívio social. Segundo o IBGE, cerca de 28 milhões de brasileiros possuem graus de surdez e 6,5 milhões possuem deficiência visual. Os temas sociais estão em evidência e os usuários estão de olho em quem expressa preocupação e busca engajamento sobre a questão. Por isso, organizações que se dedicam às causas e praticam a comunicação acessível em projetos audiovisuais se tornam exemplo de comprometimento e respeito, e encontram nessa parcela da população novos consumidores.

6.4.5 Vídeos marketing

É uma estratégia de marketing digital que vem se consolidando como uma estratégia extremamente eficiente e que cada vez mais empresas estão utilizando em seus planejamentos de marketing. Segundo uma pesquisa feita pelo Hubspot, 91% dos profissionais de marketing acham que a pandemia tornou o vídeo mais importante para as marcas e as estratégias de marketing digital que envolvem vídeos, aumentam em até 97% a intenção de compra do cliente e em 139% a associação com a marca, além de que mais da metade dos consumidores disseram que os vídeos ajudaram a decidir qual marca ou produto específico comprar. Os vídeos aproximam seu público da sua empresa, melhoram seus resultados no google, geram leads, ampliam o branding e é capaz de reverter em crescimento de vendas.

6.4.6 Lo-fi vídeos

Vídeos produzidos especificamente para as redes sociais com uma produção menor e consequentemente mais barata que um vídeo de publicidade, por exemplo. A característica dele é justamente ser uma produção menor, feita com recursos simples, mas com muita criatividade, para manter a qualidade da informação passada.

Os Lo-fi vídeos viraram tendências justamente por serem os vídeos mais produzidos pelos influencers digitais. Hoje, muitas marcas já produzem seus próprios vídeos Lo-Fi como conteúdos próprios para o Instagram ou mesmo Youtube ADS.

6.4.7 EAD

Cursos e treinamentos adaptados para o universo EAD, que já era uma realidade antes da pandemia, porém, ela ajudou a quebrar alguns paradigmas que ainda giravam em torno do ensino EAD tanto para o ensino formal, quanto para os treinamentos empresariais. Com o home office cada vez mais presente na vida dos profissionais, muitos treinamentos precisaram ser realizados principalmente para as lideranças para gestão de equipe e de produtividade. E como muitas empresas já anunciaram manter suas equipes em home office mesmo após a pandemia, Mark Zuckerberg, por exemplo, previu que 50% da força de trabalho das empresas poderia estar trabalhando remotamente e que vai continuar sendo um recurso bastante utilizado em 2022 e anos seguintes.

6.4.8 Digital Signage

Vídeos walls utilizados em cenários de shows e eventos grandes e tem cada vez mais invadido cidades, fachadas de prédios ou lojas. Estas mega telas de LEDs utilizam de muita tecnologia audiovisual e altíssima resolução para criar imagens impactantes e criar uma forma de publicidade outdoor e indoor.

6.4.9 Touchless

O distanciamento oficial afetou também a era do touch. A grande maioria dos projetos de automação e experiências audiovisuais em atendimento ao público vinha sendo baseado no toque, ou touch screens. Com a pandemia e o perigo associado à proliferação do vírus ao tocar superfícies onde muitas outras pessoas também tocam, essas tecnologias precisaram ser repensadas. E a tecnologia hands free agora está com alta

popularidade com tecnologia viva-voz e sem toque. Apresentações sem fio, microfones sem contato e sistemas AV controlados de dispositivos móveis se tornarão a norma. Isso permite uma abordagem mais higiênica para áreas anteriormente de alto contato.

6.5 Fatores político e legal

Envolve leis, regulamentações e grupos de pressão que podem limitar as ações da organização na sociedade e afetam as decisões de marketing.

Em todo o momento surgem leis, medidas e rumores que afetam ou até limitam as ações da organização. Um exemplo disso, foi na pandemia com o isolamento social obrigatório e buscando evitar a proliferação da COVID-19, o governo sancionou uma medida que impediu as produtoras independentes de gravarem suas produções e que acarretaria multa alta. Nesse cenário, a Primeiro Olho Filmes seguiu às riscas à medida, parando suas gravações até surgir o documentário Linha de Frente, que retratava sobre a COVID-19. O submeter às leis trouxe um limite para a produtora, mas também uma oportunidade de falar sobre o que estava acontecendo no nosso país. Além disso, foi nesse cenário também que surgiram os teatros digitais, que foi uma oportunidade para as pessoas assistirem peças em casa. Entretanto, mesmo antes desse cenário a Ancine, já vinha enfrentando problemas burocráticos e gerou uma crise em 2019 e pôde ser uma ameaça para os lançamentos dos projetos da Primeiro Olho Filmes. No Brasil, o audiovisual é encarado como política pública de Estado desde, pelo menos, 1910, porém essas mesmas políticas têm sido descontinuadas, tendo um agravamento na pandemia. Em 2001, deu início a um novo projeto político para o audiovisual. A Medida Provisória 2.228-1/2001 criou a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e restabeleceu a ideia de que o Estado tem obrigações com a cultura e o audiovisual. A decisão foi fundamentada no artigo 145 da Constituição Federal de 1988, que afirma que o Estado “deverá garantir a todos o pleno exercício dos

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