Reflexo #141

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Director: Alfredo Oliveira

Ano XV

Mensal

N.º 141

Março de 2008

Preço € 1,00

REPORTAGEM

A OESTE

TUDO DE NOVO ROTARY CLUB

Rotary taipense prepara criação de Universidade Sénior

PARLAMENTO DOS JOVENS

Secundária das Taipas vai à Assembleia da República

RELIGIÃO

Celebrações da Quaresma e Semana Santa

DESPORTO

Juniores do CC Taipas à espera do sorteio da segunda fase


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abertura

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editorial

ALFREDO OLIVEIRA

alfredo@reflexodigital.com

A Escola Pública Vivem-se momentos conturbados no mundo das escolas públicas do ensino básico e secundário. De um lado temos o governo que tem vindo a legislar e a implementar uma série de reformas que têm afectado todos os intervenientes, desde alunos, professores e encarregados de educação, do outro, temos os professores e em casos mais específicos os alunos e também os encarregados de educação. Algumas das medidas, talvez as mais importantes, têm sido tomadas de uma forma que não deixam alternativas aos funcionários do estado. São decididas pelo poder central e vão sendo aplicadas indiferentes às eventuais contestações. Algumas também têm sido alteradas pelos tribunais, caso da repetição de exames a algumas disciplinas, das aulas de substituição até 2007 e ainda vamos ver no que vai dar o actual processo de avaliação dos professores. Na educação, tal como no futebol, todos têm uma opinião avalizada e de conhecimento profundo do meio. Basta ver os debates que vão passando na televisão, ler

as crónicas nos jornais, ler os seus comentários e ouvir a participação nos fóruns radiofónicos. Todos nós, de uma forma ou de outra, já tivemos uma participação activa nesta área, mais não seja, já fomos todos alunos e sabemos o que passámos e as dores de cabeça que também demos aos professores. A escola pública atravessa uma grande encruzilhada. O país quer resultados. O país quer mais alunos nas escolas. O país quer menos abandono escolar. O país quer mais sucesso escolar. O país quer uma maior qualificação profissional. O país quer mais participação dos pais nas escolas. O país quer gastar menos com o ensino público. (Onde está “país” pode-se substituir por “governo”). A questão principal é: como é que se consegue conciliar isto tudo? Por vezes, mais vale falar da realidade mais próxima. A Escola Secundária de Caldas das Taipas tinha na sua abertura, ano lectivo de 1987/88, 575 alunos e 22 turmas.

Passados vinte anos, esse mesmo espaço físico, passou a albergar 1043 alunos e 47 turmas! Como se consegue conciliar esta duplicação de utentes no mesmo espaço e lutar pelo sucesso escolar, lutar contra o abandono escolar e também lutar pela qualificação dos alunos? Para se atingir os objectivos acima referidos, as escolas têm de viver com serenidade, todos devem estar concentrados no que é fundamental, proporcionar aos alunos a melhor qualidade de ensino possível. Nas centrais, publicamos uma reportagem sobre os alunos provenientes dos países de leste. Não deixa de ser significativo e merecedor de reflexão o facto destes jovens serem unânimes ao referir que nas escolas dos seus países de origem existe mais disciplina, mais rigor e que os alunos manifestam um maior interesse por aprender.

Rectificações NA CAPA Nums mala de cartão coube para muitos emigrantes portugueses a esperança de uma vida melhor em países como França ou Alemanha. Hoje as malas já não são de cartão. Portugal recebe imigrantes sobretudo de países do leste europeu.

reflexo - o espelho das taipas ficha técnica PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 141 / MARÇO 2008 Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE: Associação Reflexo - Caldas das Taipas PRESIDENTE: Joaquim Pedro Martinho Silva SECRETÁRIO: Sandra Manuela Esteves Silva / TESOUREIRO: Manuel António Martinho Silva VOGAIS - Francisco Manuel Vieira Silva e Marco Emanuel Melo Ribeiro CONTRIBUINTE 503 353 230 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 1.º frente Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com COMPOSIÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho – Rua de Santa Margarida, n.º 4 4710-306 BRAGA - Telef: 253 609 460 - Fax: 253 609 465 DIRECTOR: Alfredo Oliveira REDACÇÃO: Jorge Silva; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Sousa, Pedro Vilas Cunha e Vera Freitas TRATAMENTO DE TEXTO: Maria José Oliveira COLABORADORES: António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Casimiro Silva; José Ribeiro; Leonel Ferreira; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Paulo Machado; Pedro Martinho; Teresa Portal e David Silva. BARCO Daniel Silva PRAZINS (Sta. Eufémia) Judite Dias FOTOGRAFIA: Lima Pereira; Reflexo; Foto Matos Os autores dos artigos assinados, são responsáveis pelas opiniões expressas, as quais podem não coincidir com as do “REFLEXO - O Espelho das Taipas”

No número de Fevereiro do jornal Reflexo, a notícia que dava conta do período de inscrições para os jardinsde-infância do Agrupamento de Escolas de Caldas das Taipas continha um erro. Nessa notícia, publicada na página 10, dava-se erradamente conta que as inscrições estavam abertas até 15 de Janeiro. Naturalmente essa informação não está correcta. As inscrições para o ano lectivo 2007/2008 estão sim abertas até ao dia 15 de Junho e deverão ser feitas na Escola EB 2,3 de Caldas das Taipas. Os encarregados de educação deverão apresentar a cédula ou

Bilhete de Identidade do educando, um atestado de residência, uma declaração de trabalho validada pela respectiva entidade patronal, uma declaração médica, o boletim de vacinas e cartão de utente do educando e ainda o cartão da Segurança Social. Também a notícia referente à experiência realizada na escola EB 2,3 de Briteiros, com a utilização de óleo vegetal para mover um automóvel, não foi publicada correctamente devido a um erro na paginação do jornal. Republicamos o texto nas páginas das escolas (página 10). Por estes erros pedimos aos nossos leitores as nossas desculpas.

Estatuto Editorial Nos termos do disposto na Lei de Imprensa, transcreve-se e publica-se o Estatuto Editorial do Jornal Reflexo – O Espelho das Taipas. O Jornal Reflexo – O Espelho das Taipas, publicação periódica resgistada sob o n.º 122112, propriedade da Associação Reflexo – Caldas das Taipas, é uma publicação de informação geral cuja orientação e principais objectivos são a divulgação de notícias ou informações respeitantes à vila de Caldas das Taipas, freguesia de Caldelas, do concelho de Guimarães e, subsidiariamente, às freguesias vizinhas. Os seus responsáveis comprometem-se respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poderem prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. Publicado no número 141, de Março de 2008


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Secundária representa distrito de Braga na Assembleia da República

Na sessão distrital do Parlamento dos Jovens, a Escola Secundária das Caldas das Taipas foi eleita para representar o distrito de Braga na Assembleia da República, onde irão defender várias medidas a apresentar aos deputados. Texto e foto Paulo Dumas

A Escola Secundária de Caldas das Taipas foi eleita para representar o distrito de Braga na Assembleia da República. A sessão distrital do concurso Parlamento dos Jovens decorreu durante o dia 19 de Fevereiro no auditório do Instituto Português da Juventude, em Braga. Alberto Fernandes, José Miguel Marques e Nelson Felgueiras farão parte da comitiva que se deslocará a Lisboa para defender a recomendação que resultou daquele dia de trabalhos. O Parlamento dos Jovens deste ano esteve dividido em dois concursos: um para o ensino básico, onde também participou a Escola EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso, de Ponte, e outro para o secundário. O concurso para o secundário tinha como tema “União Europeia: participação, desafios, oportunidades”. Serão cinco as medidas a apresentar pelos deputados de Braga. A primeira diz respeito à criação de uma Comissão Parlamentar vocacionada para a diversidade cultural europeia. A segunda consiste na criação, nas escolas, de uma disciplina de carácter opcional onde sejam tratadas as diversas culturas europeias. O “Projecto Gafanhoto”, apresentado pela Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, foi a terceira medida aprovada e tem o objectivo de disseminar a cultura portuguesa através de programas de voluntariado. As últimas medidas respeitam ao investimento em acordos ambientais ao nível da União Europeia assim como à criação de um sistema de penalizações aos países não aderentes a esses acordos. Finalmente, será proposta a criação de um sistema de educação comum em toda a União Europeia, de forma a facilitar o intercâmbio de estudantes entre

os estados-membros. A Escola Secundária de Caldas das Taipas, foi eleita juntamente com o Externato Infante D. Henrique (Braga) e do Externato Delfim Ferreira (de Riba d’Ave). Escola Arqueólogo Mário Cardoso ficou pela fase distrital Conforme noticiámos na última edição, a Escola EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso, de Ponte, participou igualmente no concurso Parlamento dos Jovens. Na vertente do concurso direccionada para o ensino básico, o tema está relacionado com as energias alternativas e preservação do ambiente. Aida Costa, Adriana Silva, Paula Salgado e Carlos Lima - os alunos eleitos para representar a escola na sessão distrital, não conseguiram convencer os seus colegas e o projecto que levavam para discussão não conseguiu reunir o consenso da assembleia. O círculo de Braga apresentará quatro recomendações na Assembleia da República. a primeira tem a ver com a criação de normas para que as escolas passem a funcionar com energias alternativas, como a energia solar. Outra medida seria a adesão das escolas ao programa CarbonoZero, no qual as escolas compensariam a emissões de gases com efeito de estufa com o enriquecimento da mancha florestal. A promoção da instalação de painéis solares nas habitações particulares, através de benefícios fiscais apelativos e o aproveitamento da energia das ondas, foram as outras duas medidas que completam o programa do círculo de Braga, que será representado pelas EB 2,3 de Lamaçães, Escola EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio e Escola Cooperativa de Vale de S. Cosme - Didáxis.


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q destaque Rotary Club das Taipas prepara formação de Universidade Sénior

D. Jorge Ortiga visitou paróquia

A informação foi transmitida na passada terça-feira, 19 de Fevereiro, aquando da visita do governador do distrito rotário 1970, Bernardino Pereira, ao clube de Caldas das Taipas. O Rotary Club de Caldas das Taipas passou a ter, desde a passada terça-feira, dia 19 de Fevereiro, mais rotários. Na visita do Governador do distrito 1970, o distrito ao qual pertence o clube, foram admitidos dois novos elementos, Margarida Pinheiro e José Ferreira. O actual presidente do clube, formado em Maio de 1999, José Matos, mostrou-se satisfeito por aumentar o número de rotários, pois é, segundo ele, um importante meio para a realização de mais acções em prol da comunidade. Em breve, José Matos espera conseguir admitir ainda mais elementos. O encontro dos rotários com o governador teve lugar na junta de freguesia de Caldelas. O presidente, Constantino Veiga, recebeu a comitiva e fez votos para que o clube continue a ajudar a população da região, como tem feito até aqui. Seguiu-se a reunião de trabalho, onde foram apresentados projectos

que o clube tem vindo a desenvolver no ano rotário, que teve início em Julho de 2007 e vai prolongar-se até Julho deste ano. Ao nível da educação, o clube tem atribuídas quatro bolsas de estudo e entregou, em Novembro, prémios escolares aos melhores alunos da Vila. Este ano foi também criado o banco de cadeiras de rodas do clube, que está a ser gerido pelos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas. A formação da Universidade Sénior está prestes a concretizar-se, assim como o apoio a uma organização religiosa de serviços humanitários e educacionais, em Moçambique. Em conjunto com clubes rotários da região Minho, os rotários de Caldas das Taipas estão a trabalhar num projecto denominado “A Bacia do Ave”, o qual contará ainda com a participação de várias escolas. Em Maio, realizar-se-á uma viagem ao clube contacto de Alcalá de Henares, em Espanha. O encontro terminou com um jantar festivo, no qual estiveram

presentes rotários de vários clubes do Minho. Foi entregue uma subscrição de mérito a José Antunes Ribeiro e títulos Paul Harris a Felismina da Silva, Neves Machado e José Santos, por doações para a Rotary Foundation. O clube contribuiu para a Fundação Rotária Portuguesa, que patrocina bolsas de estudo com as doações. Foi também entregue um donativo para o projecto da esposa do governador, Maria Isilda, que doará 1500 mochilas de alfabetização a crianças da Guiné-Bissau. O Rotary Club das Caldas contribuiu com o valor de 50 mochilas. No final, Bernardino Pereira felicitou os rotários pelo empenho e esforço na prossecução de iniciativas de solidariedade social. “É um clube com uma actividade rotária simples, concisa, intensa e interventiva em todas as áreas”, salientou.

D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, esteve nas Caldas das Taipas no fim-desemana de 16 e 17 de Fevereiro para uma Visita Pastoral. D. Jorge Ortiga visitou durante a tarde de sábado várias instituições da vila. O périplo passou pela Junta de Freguesia de Caldelas, pela sede da Associação Comercial e Industrial das Taipas, pelos Bombeiros Voluntários e foi ainda recebido no Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa. Nestas visitas D. Jorge Ortiga trocou algumas impressões com os responsáveis das várias instituições deixando a mensagem de que a Igreja se mantém atenta às várias realidades locais, manifestando por mais que uma vez a disponibilidade para o desenvolvimento de acções que

visem uma maior aproximação às comunidades. Esta parte do programa da visita pastoral alongou-se um pouco mais do que o previsto. Ainda no sábado D. Jorge Ortiga encontrou-se com as crianças, adolescentes e jovens crismandos. Às 19 horas, D. Jorge Ortiga presidiu à celebração da Eucaristia na Igreja Matriz. Ao início da noite (21.30 horas.) o Arcebispo Primaz de Braga esteve presente numa Assembleia Paroquial que se realizou nas novas instalações do Centro Pastoral. No Domingo, D. Jorge Ortiga, participou nas celebrações dominicais. Na celebração das 12 horas estiveram presentes representantes de diversas instituições e colectividades da vila das Taipas.


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taipas p Mau tempo não demoveu foliões nas Taipas fotossíntese

As manifestações do Carnaval foram este ano marcadas pelo mau tempo, que levou à alteração do programa inicial de três dias. Mesmo assim, várias centenas de pessoas assistiram ao programa da tarde de terça-feira e ao Enterro do Arturinho. Terça-feira de Carnaval amanheceu nublada e com períodos de chuva. Uma desilusão para aqueles que prepararam as festas do Carnaval deste ano na vila de Caldas das Taipas. Mesmo assim, a festa saiu à rua. A partir das 14 horas a programação decorreu ora nas ruas da vila, ora na Rua Professor Manuel

José Pereira, em frente à Escola Secundária, onde decorreram espectáculos de variedades. À noite, repetiu-se o tradicional Enterro do Arturinho, com a leitura do seu testamento no Largo Dr. João Antunes Guimarães. Várias centenas de pessoas assistiram a esta manifestação, cujo texto

focou este ano a actividade da ASAE e os buracos na vila. O programa oficial do Carnaval estendia-se por ter três dias, com início no domingo, dia 3 de Fevereiro. No entanto, o mau tempo impediu que os desfiles que estavam previstos saíssem à rua.

Testamento do Arturinho 2008 Comecem a passar coimas E não façam vista grossa Senão vem p’rai a ASAE E de certeza que há coça. Assim diz o primeiro-ministro Falando com clareza, Que enquanto for ministro, Deixa a malta toda tesa. O ministro da Saúde Teve umas boas tendências P’ra continuar a fechar Os serviços de Urgências. Ao abrir o testamento, Declaro o que está escrito Que o Arturinho vos saúda, Com um bestial manguito.

Há p’rai uma matilha, Que não era de rapazes E teve a ousadia, De andar a retirar cartazes.

A mudança dos ministros Já está a começar É bom que acabe já, Para isto melhorar.

É isto que acontece, Quando o corpo não reage Foi desta para melhor, Ao bater c’os ******* na lage.

Isto só podia ser, Ideia de um animal Que não queria que se fizessem, As festas de Carnaval.

Agora uma boa notícia, Muito boa p’ra você Vai passar aqui na vila O rápido T.G.V.

No reino da peidaria, Vejam o que aconteceu Foi uma desinteria, Deu três peidos e morreu.

Vão fazer o campo de golfe, E movimentar os tacos Que joguem aqui na vila, Que está cheia de buracos.

Vai ser uma maravilha, Com este Inverno bruto Daqui à Póvoa de Lanhoso Vamos lá estar num minuto.

E depois destas três buchas, É só mais um que lá vai Não acreditava em bruxas Pero que las hay, ASAE.

Quando Taipas for concelho, Os taipenses são reguilas Vão construir um hospital Na antiga pensão vilas.

Maravilha tecnológica Causadora de boa safra Fazer-nos uma visita No apeadeiro do Mafra.

Vai embrulhado na mortalha, Em sinal que há luto Mas que não apareça a ASAE, Julgando que é um charuto.

E nas termas dos banhos velhos, Também não ficará mal Aí irão construir Um belíssimo hospital.

Quanto ao estacionamento, Vão sair coisas bombásticas Ou a GNR age Ou tomo medidas drásticas.

Tenham cuidado amigos, Mi cague na sapatilha Não aconteça como o outro, A fumar a cigarrilha.

E tu amigo Castreja, Só porque és bestial Depois passarás a ser A câmara municipal.

Agora vou terminar As tesouradas de arrojo, Vamos levar o Arturinho Que já está a meter nojo.

E tu amigo Castreja, És o Rei de tantas brechas Ou pões tiragem p’ró fumo, Ou vem a ASAE e fechas.

No parque fluvial, Cúmulo da água branca, Aí vai ser construído O estádio da petanca.

Vamos lá levá-lo ao rio, Depois de ouvir o que ouviu Pois que vá lá meter nojo À **** que o pariu.

Ó museu, tu tem cuidado, Por ainda estares inteiro És o nojo desta vila, Vergonha do meu traseiro.

Até no estacionamento Continuam as asneiras, Estacionam nos passeios E até nas passadeiras.


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Solenidades da Semana Santa opinião de confissões durante a manhã, a aprtir das 10 horas e de tarde às 15 horas haverá a habitual Acção Litúrgica da Paixão do Senhor, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística. No seguinte, Sábado Santo, às 21 horas, está programada a Solene Vigília Pascal. No Domingo de Páscoa as Eucaristias serão celebradas às horas habituais: 8.30, 12 e 19 horas. Os compassos das visitas pascais sairão pelas 9.15 horas e a procissão pascal, com saída da Casa da Seara até à igreja, será às 18.30 horas.

Visita Pascal O Compasso visita as famílias em breve celebração, conforme o texto seguite: P.: Neste dia de Páscoa, alegremo-nos no Senhor! Aleluia!

As celebrações da Semana Santa e da Páscoa, que este ano será no dia 23 de Março, terão início no próximo dia 16 de Março com o “Domingo de Ramos na Paixão do Senhor”. Neste dia a Igreja recorda a entrada de Cristo em Jerusalém para consumar o Seu mistério pascal. Este será também o Dia Mundial da Juventude. Na quarta-feira seguinte, às 21 horas, será celebrada a

Eucaristia, a que se seguirá um período de atendimento de confissões. No dia seguinte, quinta-feira, celebra-se a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Será ainda promulgado o Mandamento Novo. Às 21 horas será celebrada a Missa Vespertina da Ceia do Senhor e cerimónia do lava-pés. Na Sexta-feira Santa, dia da Paixão e Morte do Senhor, haverá atendimento

Todos: Cristo Res-suscitou! Aleluia! Aleluia! P.: Que esta água nos recorde o Baptismo em que nascemos para a Ressurreição. Veneração individual da Cruz. Cumprimentos. P.: Que a bênção de Cristo ressuscitado assista este lar, e nele haja amor e paz, pão e saúde, hoje e para sempre. Todos: Amen.

Compassos 1.º Rabata, Bouçós, Largatal, Sequeiro e Rua N.ª Senhora de Fátima. 2.º Fontaínhas, Rabata, Rua N.ª S.ª dos Remédios e Trav. do Montinho. 3.º Rua do Montinho, Rabelo, Rua dos Cutileiros, Rua N.ª S.ª de Fátima, Banhos Velhos e Tojal. 4.º Charneca, Pinhel, Rua da Casa Nova, Rua N.ª S.ª de Fátima e Rua Prof. Ilídio Lopes de Matos. 5.º Largo Conde de Agrolongo, Av. da República, Pr. Dr. João A. Guimarães, Av. da República, Praça F. de Castro, Canto, Rua Dr. Alfredo Fernandes e Av. Trajano Augusto.

6.º Rua Pe. Silva Gonçalves, Bombeiros, Rua Pe. José M. Felgueiras, Rua da Banda da Música e Rua Nova dos Bombeiros. 7.º Rua Pe. S. Gonçalves, Rua de S. Tomé, Bacelo e Souto. 8.º Faísca, Rua da Baiona, Trav. do Souto, Rua da St.ª Marta e Rua do Souto. 9.º Lama, Penedo, Melre, Azemel, Bemposta e Sorrego. 10.º Rua St.ª Marta, Rua e Devesa da Quintã. 11.º Rua Pe. Silva Gonçalves, Monte das Cruzes e Seara. 12.º Rua do Monte, Pedraído e Alvite. 13.º Rua Com. Carvalho Crato,

Carregal, Ed.º Qt.ª do Monte, Trav. Costa e Silva e Rua Bento R. Salgado. 14.º Rua Pe. S. Gonçalves, Rua Nova dos Bombeiros, e Largo Ant. Gonçalves, Edº 31 de Janeiro e Pr.ª Banda da Música. 15.º Além, Trigal e Rua Prof. M. José Pereira. 16.º Rua de St.º António, Rua Prof. M. J. Pereira e Rua da Taipa. 17.º Calçada da Taipa, Rua 19 de Junho e Rua da Taipa. 18.º Rua A. de Barros, Rua Reitor Ant. Machado, Largo José de Sousa, Matinha, Rua de St.º António e Av. do Parque.

Associação Humanitária dos Bombeiros pondera alteração do valor das cotas A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas reúne-se no próximo dia 15 de Março, em Assembleia-Geral. A sessão está marcada para as 15 horas, no Salão Nobre da Associação. Em cima da mesa estarão a apreciação e a votação do Relatório de Contas e de Gerência do ano de 2007. De acordo com a convocatória, será igualmente discutida a alteração do preço mínimo das quotas mensais a pagar pelos sócios daquela instituição taipense.

taipas p CÂNDIDO CAPELA DIAS

Sem Reis nem Subditos Já poucos terão dúvidas quanto ao péssimo estado a que chegaram as relações políticas entre a Junta de Freguesia de Caldelas e a Câmara Municipal de Guimarães. Do que muitos ainda não se aperceberam foi das consequências nefastas daí resultantes para o inadiável progresso da Vila. Cotejando as Taipas com outras freguesias de idêntica dimensão territorial, populacional e económica, verificamos que não colhe o argumento dos que alegam discriminação, avaliada esta pelo volume de euros repartidos ao longo dos mandatos de Remísio Castro. Aliás, se a comparação for entre vilas, também nesse campeonato não podemos negar a evidência – as Taipas não foram esquecidas como algumas vozes alegam. A questão pertinente não é a da discriminação negativa, mas a da discriminação positiva. Eu explico melhor. Eu sou dos que entendo a Vila como cabeça e coração de uma área geográfica que ultrapassa as fronteiras da freguesia, abarcando comunidades vizinhas que gravitam em torno dela. Assumir isto não se confunde com sonhos autonómicos, nem com crescimento de uma freguesia à custa da fraqueza das situadas à sua volta. O que eu defendo há muito é uma ocupação racional do território, uma política municipal de obras e investimento que centralize nas Taipas um conjunto de equipamentos e valências projectados para uma conjunto populacional mais vasto que o da Vila e que pelo custo e importância não podem ser disseminados em nome da racionalidade económica. Como resulta óbvio, uma política desta natureza exige concertação estratégica com as freguesias vizinhas e não atitudes de sobranceria; exige respeito mútuo pelas diferentes identidades locais; e exige também definição rigorosa do lugar e papel de cada freguesia no contexto da comunidade vimaranense e de cada comunidade regional. A partir destas premissas, defendo que é do interesse de Guimarães dotar as Taipas de um tratamento privilegiado, investindo de modo a concretizar o objectivo principal que é, no meu modesto entendimento, potenciar as dinâmicas sociais e económicas capazes de a médio prazo a transformarem num pólo de desenvolvimento sustentado assente no descanso, no turismo, no desporto e na cultura. O que aqui digo disse-o antes na Câmara de Guimarães, na Assembleia Municipal, na Assembleia de Freguesia e na Assembleia da República, sempre que foi oportuno debater e aprovar planos e orçamentos ou o orçamento geral do estado, o que me dá autoridade política para rebater os que me acusam de ser igual aos que tendo estado onde eu estive ou estando ainda onde eu já estive antes primaram pelo silêncio e pelo alinhamento com as orientações das suas bancadas. A estratégia de confronto não serve o progresso das Taipas, como se está a ver. São bombas de Carnaval que só ferem os incautos. As Taipas precisam de cultivar o diálogo com a Câmara. Um diálogo respeitador, construtivo, sem reis nem súbditos.


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à volta opinião

Sande (S. Martinho) MANUEL RIBEIRO

Celebrações da Quaresma e da Semana Santa

D. Jorge Ortiga nas Taipas O mês de Fevereiro registou, nas Taipas e nas freguesias vizinhas, a presença de D. Jorge Ortiga. Esta personalidade representa a estrutura eclesiástica mais importante da arquidiocese de Braga, que, como se sabe, ultrapassa as fronteiras do distrito. Há poucos anos, a presença de um bispo nas freguesias só se daria por ocasião e por causa do “crisma”. Raramente, é a minha percepção, os “bispos” da igreja católica deslocavam-se às freguesias para uma missão evangelizadora e de formação. Num estado de direito democrático e num estado em que vigore a liberdade religiosa falar de uma confissão, em particular, pode susceptibilizar outras confissões. Não é isso que se pretende. Pretende-se sim, lembrar que, para o bem e para o mal, – muitas vezes para o mal – a igreja cristã e o no caso dos portugueses a católica é parte integrante e decisiva da nossa cultura. Os portugueses, independentemente da ideologia política que professem, estão inexoravelmente fundidos, com a cultura grecocristã. Isto é, a nossa maneira de pensar, viver, e de interagir, bem como os nossos códigos morais, assentam em princípios que se inscreveram arreigadamente na nossa cultura provindos da religião cristã. É a massa de que somos feitos. Negar tal evidência é quase intentar uma revolução cultural à imagem de que Mao Tse Tung tentou na China. Posto isto, a presença de D. Jorge Ortiga nas Taipas deverá ser entendida como a visita de um representante de uma instituição que pela sua grandeza e importância não poderia deixar de assinalar. No contexto dessa visita, foi proporcionado o contacto do representante da igreja católica com as organizações e associações sedeadas na Vila inclusivamente uma visita ao edifício da junta de freguesia. Nesse breve contacto, D. Jorge Ortiga teve a preocupação de referir que vivemos, felizmente, num estado laico: “à igreja o que é da igreja ao estado o que é do estado”, mantendo-se esse funcionamento sem interferências recíprocas. Melhor dizendo, as leis da igreja não são as leis do estado. Esta posição de principio fundamentante da actuação da igreja católica permite-lhe, com mais independência e vontade, voltar-se para ela própria e renovar-se. Foi essa a mensagem que D. Jorge Ortiga trouxe às Taipas: a renovação permanente da igreja para acompanhar o tempo dos homens. Para isso, o investimento na formação dos cristãos/católicos e na qualidade da catequese, são pilares orientadores. Para que a igreja se possa renovar, o testemunho da simplicidade – muito bem corporizado na pessoa de D. Jorge Ortiga – da proximidade, e da riqueza da sua mensagem, (sem deixar de ser simples e clara) terão um impacto significativo na comunidade dos homens cristãos. Mais do que nunca, e sempre assim será, a igreja terá que trazer para a sua actuação os valores do cristianismo: de igualdade, fraternidade e liberdade. E prosseguindo a sua actuação junto dos pobres, dos excluídos e daqueles que perderam o sentido da vida. É para esses que Cristo fundou a sua igreja.

À imagem dos anos anteriores, a freguesia de S. Martinho de Sande está a celebrar a passagem da Quaresma desde o passado dia 10 de Fevereiro. Todos os Domingos, a partir das 14.45 horas, têm-se realizado a Via Sacra e Sermões a cargo do pároco da freguesia, Padre Abel Faria. O significado destas celebrações passará a ter um maior enfoque com o aproximar da Páscoa, mais

precisamente com o início da Semana Santa. Assim, no Domingo de Ramos (16 de Março), pelas 10.30 horas, um cortejo automóvel percorrerá diversas artérias da freguesia no acompanhamento à imagem da Senhora da Soledade. Da parte de tarde, realizar-se-á, pelas 15 horas, a Majestosa Procissão do Senhor dos Passos. Na Quinta-feira Santa (20

de Março), dia de celebração da Última Ceia de Cristo, será realizada uma Missa Solene, pelas 20 horas, com cerimonial do “LavaPés”, a que se seguirá a Via Sacra ao vivo (Procissão “Ecce Homo”). No dia seguinte, Sexta-feira Santa (21 de Março) procederse-á à cerimónia da Adoração da Cruz (15 horas) e, mais tarde, às 21 horas, realizar-se-á a Procissão do Enterro do Senhor, seguida de Sermão alusivo ao acontecimento. Na Vigília Pascal, no Sábado Santo, realiza-se a bênção do “Lume Novo” e da água da Pia Baptismal, seguindo-se a Missa de Aleluia. Estas últimas cerimónias, a anteceder o Domingo de Páscoa, têm início marcado para as 20 horas. Refira-se ainda que todas as solenidades, promovidas pela Confraria do Santíssimo Sacramento daquela freguesia, serão acompanhadas pela Banda Musical e Bombeiros Voluntários das Taipas, Grupo de Escutas de S. Martinho de Sande e pela Guarda Nacional Republicana (a cavalo).

Concertos em Março no N101 Durante todo o mês de Março os concertos regulares mantêm-se no N101, um espaço que se vem assumindo cada vez mais como casa de concertos. Concertos estes que vêm crescendo em termos de quantidade e qualidade das bandas que lá se deslocam. No início de Março, o N101 recebe os d3ö. De Coimbra, estiveram presentes na última edição do Rock in Taipas. Os d3ö acabaram de editar um caixa que reúne os EP lançados pela banda, o último dos quais Seven Heartbeat Tracks, de 2005. Ainda no mesmo fim-desemana, na noite de Sábado, concerto com os Classified e dos Rendimento Mínimo, mais duas bandas provenientes de

Barcelos. O calendário continua no fim-de-semana seguinte, no sábado dia 15 de Março, tocam os The Guys From The Caravan. Uma abordagem original à música de base rock, mas pontilhada por motivos que lembram a música dos Balcãs. Seguem-se a festa temática da editora Lovers & Lollypops, no dia 20 e no dia seguinte, mais um concerto didáctico com a Jazz Ao Minho, que trará, uma vez mais Pedro Cravinho ao palco do N101. Desta feita está programada um jam session no final do concerto. A fechar o mês de concertos, no dia 29 de Março, de Vila Nova de Gaia chega-nos The Weatherman, que lançou em 2006 o álbum Cruisin’ Alaska.


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Briteiros (S. Salvador)

Animais abandonados na Citânia

Foram encontrados no passado dia 26 de Fevereiro, na Citânia de Briteiros, oito porquinhos-da-índia, abandonados junto da terceira muralha, a Norte. Os animais encontravam-se dentro de uma caixa de cartão, na qual devem ter sido transportados até ao local,

e foram encontrados por uma equipa de arqueólogos. Os mesmos recolheram os oito animais (entre os quais duas crias), que foram entregues ao canil/gatil da Câmara Municipal de Guimarães. Segundo os responsáveis pela preservação do local , “o abandono

de animais na Citânia de Briteiros tem-se verificado de forma recorrente, particularmente de canídeos, após as épocas de caça. Os animais vão-se mantendo por ali, alimentados pelos visitantes. Devemos aqui reprovar esta prática, não só pela falta de civismo que revela o abandono de animais domésticos, mas também porque os mesmos se podem tornar perigosos para os turistas”. Os porquinhos-da-índia (Cavia porcellus) são roedores originários da América do Sul. Ao contrário do que o nome comum possa sugerir, não são suínos, nem provêm da Ásia. Sendo animais domésticos, dificilmente podem sobreviver sozinhos em zonas selvagens.

Barco Romaria a Nossa Senhora dos Remédios Realiza-se de 28 de Março a 6 de Abril próximos, a Romaria a Nossa senhora dos Remédios. No primeiro dia das festividades, 28 de Março, haverá

lugar à Procissão de velas para as Taipas com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios estando o seu regresso a Barco agendado para dois dias depois.

Na vertente lúdica, destaques para os espectáculos de Zé Amaro (4 de Abril – 22 horas) e Ruth Marlene (5 de Abril – 23 horas)

Trilho pedestre no próximo domingo em Barco O Grupo Cultural e Recreativo de Barco levou a efeito, no passado dia 2 de Março, o quinto dos seus habituais trilhos pedonais, aproveitando esta época do ano, altura em que começam a despontar

os primeiros traços primaveris. No domingo a concentração foi junto à sede do Grupo Cultural, em Barco. O trilho ocupou apenas a manhã de Domingo e o seu percurso

rondou as imediações da freguesia de Barco. A chegada dos caminhantes ao ponto de partida, ocorreu já próximo do meio dia.

Longos Novas Oportunidades em Longos A Junta de Freguesia de Longos, celebrou um protocolo com o Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Secundária das Caldas das Taipas, no sentido de se constituir turmas com pessoas com mais de 18 anos interessadas em concluir o 9.º ano de escolaridade.

Este curso vai ser ministrado na Escola EB1 de Longos e a custo zero. Para frequentar o curso é necessário uma inscrição, que deverá ser feita na Junta de Freguesia de Longos. O curso inicia-se assim que existam no mínimo dez alunos

inscritos. A duração será, em média, de seis meses. A Ju n ta d e Fr e g u e s ia d e Longos promoverá uma acção de informação, em data a designar brevemente, para esclarecer as dúvidas dos potenciais interessados.

Reabriu Posto de atendimento dos CTT O Posto dos CTT existente em Longos e que havia encerrado em Maio do ano transacto, por solicitação da proprietária do estabelecimento comercial onde se encontrava instalado, na Rua da Murteira, reabriu no passado mês

de Janeiro. A Pastelaria Europa, situada na mesma rua do anterior estabelecimento, é o local onde passa a funcionar aquele posto de atendimento. Todo este processo foi desencadeado pela Junta de

Freguesia local que acabou por conseguir os seus intentos – reabrir o Posto de Atendimento dos CTT em Longos – e que agora conta com novos serviços, como por exemplo, o carregamento automático do telemóvel.

opinião

à volta JOSÉ LUÍS OLIVEIRA

jluisoliveira@clix.pt

Força Associativa local A vila das Taipas é conhecida e famosa pelo elevado número de associações que aqui existem; temos associações de quase todo o tipo, desde as de carácter religioso, desportivo, cultural, social e comercial, até mesmo às de carácter político. Não me atrevo a contá-las, sob pena de não acertar no número existente, mas todos reconhecem que temos, de facto, muitas associações. Há quem veja nisso um sinal positivo de pujança e inconformismo de toda uma população. Mas também há aqueles que consideram que tão elevado número de associações é excessivo para uma vila com a dimensão da nossa e que isso provoca uma dispersão de pessoas e de sinergias que juntas fariam mais e melhor. Pessoalmente, inclino-me mais para o lado daqueles que consideram positivo a existência de muitas associações. Penso que são o reflexo do inconformismo de pessoas que querem sempre fazer mais e melhor pela sua terra e pelos seus conterrâneos. Penso, todavia, que a criação de uma federação de associações, ideia que não é nova e que já foi antes discutida, traria vantagens para todas, desde que cada uma mantivesse a sua autonomia estatutária e de corpos sociais. Ainda há três meses atrás escrevi neste meu espaço um texto sobre uma recém criada associação local, a ACIT (Associação Comercial e Industrial das Taipas), que tem desenvolvido um trabalho muito positivo em prol do comércio e indústria locais. E trago agora aos leitores a notícia de mais uma nova associação que se prepara para aparecer com força na nossa vila. Refiro-me à AAESCT – Associação dos Antigos Alunos da Escola Secundária de Caldas das Taipas, que tem já agendado o seu primeiro acto eleitoral. Nascida da ideia lançada por alguns jovens da nossa vila, tratase de uma associação aberta a todos os ex-alunos desta Escola e que, portanto, terá um público-alvo de associados bastante numeroso. Os seus objectivos, no entanto, não serão servir apenas e só os seus associados, mas também a população em geral. Não obstante ainda não ter corpos sociais que a representem, esta associação já desenvolveu algumas importantes iniciativas, das quais destaco a publicação “Alumni Magazine”, o rastreio de hipertensão e diabetes, um “Photographic Paper”, dois jantares convívio e, mais recentemente, o curso de inglês para adultos, iniciativa que teve uma adesão e uma procura que superaram largamente as melhores expectativas. Ora, se mesmo sem órgãos sociais eleitos já desenvolveram todas estas iniciativas, pode adivinhar-se que será mais uma associação taipense virada para o sucesso e que engrandecerá o nome da vila e dos seus habitantes…


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março de 2008 |reflexo

escolas opinião

CASIMIRO SILVA

http://casimirosilva.blogspot.com

Projecto de Empreendedorismo «Viver o Verde» na EB 2,3

março: “piolhinho, piolhaço” * Os espaços públicos, mormente cafés e pastelarias, ficaram mais vazios depois da entrada em vigor da lei do tabaco? Um amigo de longa data (gerente de uma pastelaria de referência em Guimarães) diz-me que nos cafés de aldeia, talvez. Na cidade, as coisas ficaram muito diferentes. As pastelarias, por exemplo, tornaram-se mais inglesas. Porque há mais senhoras a tomar chá, enquanto comem cachorros. Num primeiro instante pensei que o meu amigo estava a falar de uma realidade estranha, de uma realidade que nada tem a ver com o Minho. Mas, depois de deixar que a nossa conversa se arrastasse vi o que estava em causa: cada vez mais gente faz contas e analisa o peso que o lugar onde entra tem sobre o seu orçamento pessoal. E tem isso bem presente antes de entrar no café ou na pastelaria. Ou seja, a proibição de fumar, tem um peso relativo no movimento financeiro de cada casa. Na verdade, o que as pessoas querem (cada vez mais e sem discussão) é um espaço onde possam cumprir o seu ritual diário do cafezinho, da tertúlia (cada vez menor) ou da ‘conversa em dia’ a um custo que, muito mais do que ser simpático, não ponha em causa um orçamento cada vez mais exíguo e com destinos muito cruzados. Apesar de estar de acordo com este meu amigo, acrescentaria uma cada vez maior concorrência. Porque é uma forma de os muitos desempregados irem tendo algum dinheirinho. Se é verdade que com a nova legislação que limita os locais de fumo, toda a gente perdeu clientes e a quebra na facturação é evidente – no caso da pastelaria do meu amigo (com esplanada e tudo) as pessoas continuam fieis ao espaço, mas, quando querem fumar, vão-se embora – a verdade é que, diz-me esse meu amigo, há outras realidades que nos deviam fazer pensar: muita gente espera pelo final da tarde para comprar bolos. Porque os preços são mais convidativos. O problema, diz ainda o meu amigo, é que o produto deixa dúvidas. Ou seja, pelos vistos, há pastelarias que ‘impigem’ bolos com qualidade mais duvidosa do que o fumo do tabaco em espaços fechados. Oportunismos, diz também o meu amigo, de empresários de pastelaria que se aproveitam de quem tem medo, cada vez mais medo, do desemprego e da falta de escrúpulos e que vão adiando o futuro de uma região plena de problemas. Mas há excepções saídas da lei do tabaco e da qualidade do produto: há um pequeno cafezinho, discreto, que ia tendo alguns clientes, que, de repente e com a aplicação da nova lei, passou a ter muito mais gente. Como não há fumo, as pessoas sentem-se bem a comer o seu bolo. Dentro do prazo e da qualidade que os doces de pastelaria merecem. Estamos em Março e ainda é cedo para entender os resultados de uma lei que, ao que consta, já fez diminuir o número de fumadores. E isso é bom para ao planeta! A qualidade dos bolos é que continua sem controlo. Por isso, eles esperam pelo final da tarde para ser impingidos. A metade do preço. * que saudades do tempo em que nos convencíamos de que passaríamos o ano a coçar a parte de trás do pescoço! Outros

O Projecto Educação para o Empreendedorismo arrancou, no presente ano lectivo de 2007/2008, com o envolvimento de quatro turmas: 5ºG, 7ºF, 9ºB e 1ºCEF – Electricista de Instalações. Sendo a Educação Ambiental uma das vertentes do Projecto Educativo do Agrupamento e um tema em foco pela sua actualidade e pela premência que as questões ambientais levantam no quotidiano das pessoas e para as quais se exigem respostas com alguma urgência, os projectos a serem concretizados pelos aluno seguiram essa via. «VIVER O VERDE» foi o nome global dado a este Projecto de Educação para o Empreendedorismo que, de igual forma, se inseriu no Projecto Curricular de Agrupamento «O Verde também se aprende». To r n a r os jovens empreendedores, exigindo-lhes que sejam criativos e inovadores e, acima de tudo, que sejam capazes de desenvolverem pequenos projectos o mais autonomamente possível é uma das grandes metas deste projecto a nível nacional, no momento em aplicação em apenas cem escolas a nível nacional- cerca de trinta na região norte. Entendase por escolas- escolas secundárias, básicas e profissionais, estas últimas em maior número. Até ao momento, já se

e s t a b e l e c e u u m Pr o t o c o l o de Parceria (9ºB) com a ACIT (Associação Comercial e Industrial das Taipas) e já se realizou uma actividade que envolveu não só as turmas envolvidas, mas também os alunos do ensino especial. Estivemos presentes na Campanha de Natal da ACIT com a promoção dos quivis através da criação do «quivieiro gigante» (7ºF), que teve direito a um local de exposição privilegiado, o bilhete de identidade do quivi (5ºG), cartazes (5ºG) e ainda as quadras natalícias, bem como a Feirinha dos Doceselaboração e venda da compota de quivi (Ensino Especial). Também já começou a actividade dos «Ecopontos» iniciada com um questionário às juntas de freguesia do agrupamento e um outro a uma amostragem de alunos da EB2,3 (cerca de 90 questionários). A necessidade de se colocarem mais ecopontos em locais estratégicos e o questionar a comunidade sobre o conhecimento que teriam para a correcta utilização dos mesmos esteve na base desta proposta dos alunos que vai continuar com outras medidas, após o estudo estatístico e análise aos questionários. As turmas não estão paradas e estão a escrever os seus planos e a prepararem novas tarefas. Para já, os alunos do 9ºB criaram

logótipos para o Projecto de Empreendedorismo da Escola e para o Concurso Eco-Verde, tendo sido seleccionados os que estão no título de cada uma das notícias. Este concurso já está, como se pode ver, em fase de lançamento. Ao longo do ano, o projecto continuará a ser divulgado, pois as actividades são do interesse de todos. De acordo com o Regulamento do concurso Eco-Verde: “uma das tarefas a ser desenvolvida no âmbito do Projecto de Empreendedorismo «VIVER O VERDE» pela turma do 9ºB, é um concurso de objectos decorativos feitos a partir de materiais recicláveis e reutilizáveis. O Concurso está aberto à comunidade em geral (adultos e alunos de todas as escolas), de acordo com os seguintes escalões: até aos 10 anos, dos 10 aos 15, dos 15 aos 20 e acima dos 20. A participação no concurso implica a aceitação do presente regulamento. Os participantes deverão entregar os trabalhos na escola - sede do Agrupamento Vertical de Escolas das Taipas - E.B 2,3 de Caldas das Taipas - ou na sede da ACIT. O prazo de entrega dos trabalhos termina no dia 7 de Maio de 2008, impreterivelmente.

Carro movido a óleo vegetal circulou na EB 2,3 de Briteiros A escola EB 2,3 de Briteiros apresentou algumas actividades relacionadas com o Programa Comenius, de âmbito europeu, das quais fez parte um teste de um automóvel movido a óleo vegetal usado. O Programa Comenius, de âmbito europeu, visa a promoção da aprendizagem ao longo da vida. O tema do projecto apresentado pela escola de Briteiros está relacionado com as questões ambientais, sendo que, nesta actividade em particular, as energias alternativas estiveram no centro das atenções. Segundo os professores Adriana Resende e Vítor Martins, a ideia foi trazer à escola questões que não faziam parte dos conhecimentos dos alunos. A avaliação de conhecimentos foi efectuada a partir de um inquérito dos alunos, que revelou um desconhecimento geral pela população escolar desta forma de aproveitamento energético, que é uma forma de minimizar a contaminação dos lençóis freáticos e das águas. A mensagem que os alunos aprenderam a passar dizia que uma gota de óleo evita a poluição de 25 litros de água.

Os alunos participaram activamente na experiência recolhendo os óleos usados de casa. O óleo foi posteriormente filtrado e utilizado no carro, que esteve exposto na escola e que foi disponibilizado por uma empresa da Póvoa de Lanhoso – a LandProject, que se associou desta forma ao projecto. Esta tecnologia, embora pouco conhecida, já está disponível no mercado, lembra o professor Vítor Martins, que lecciona Matemática e Ciências naquela escola. O kit de adaptação custa cerca de 600 euros e este investimento é rapidamente amortizado, devido ao elevado preço dos combustíveis. A grande preocupação dos alunos foi verificar não só se o carro andava, mas também se a performance do carro era a mesma do que quando movido a gasolina, o que foi comprovado. Aliás, os consumos chegam a ser inferiores. O mais estranho foi o cheiro a fritos que é libertado pelo carro. O projecto apresentado durante o ano de 2007 foi aprovado já no final do ano. Para além da escola de Briteiros, o projecto contou com a participação de mais duas escolas: uma de Ipswich,

na Inglaterra; e uma outra de Rostanga na Suécia. Um dos objectivos do projecto é a traça de experiências entre as escolas no espaço europeu. O projecto Comenius faz parte do conjunto de programas direccionados para a educação. Neste conjunto o programa Erasmus será o mais popular. Estes programas procuram a troca de experiências e culturas, com o intuito de fomentar a personalidade individual da população em idade escolar, assim como as competências e habilidades. De forma mais transversal estes programas têm o objectivo de cultivar a cidadania europeia, através da troca de conhecimentos entre os vários países do espaço comunitário. No âmbito do mesmo projecto a desenvolver pela escola EB 2,3 de Briteiros está a ser equacionada a possibilidade de construir um forno que funcionará a partir do aproveitamento da energia solar. As actividades do projecto poderão ser acompanhadas no site http://ecolearn. googlepages.com, ainda em construção. Paulo Dumas


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p reportagem g

A OESTE

TUDO DE NOVO Samuil, Brigitte e Vitáliy partilham uma história muito parecida. Os dois primeiros chegaram da Roménia. O terceiro veio da Ucrânia. Antes deles chegaram os pais procurando melhores condições económicas. Ambos os países ficaram durante muitos anos para lá da “cortina de ferro” que dividiu e, de alguma forma ainda divide, ideologicamente esses países da Europa ocidental. Os países de leste assistem agora a um período de transição, recompondo-se de uma década de descalabro. Aos poucos, as economias vão-se restabelecendo. A diversificação cultural europeia pode ser um pau de dois bicos: tanto pode servir para a tornar mais rica, como para tornar mais evidente e perigosas as diferenças entre os povos. Texto e fotos: Paulo Dumas Vitáliy pediu-me desculpa ao telefone, explicando que não poderia encontrar-se comigo para a entrevista porque tinha que estudar para os testes de avaliação para a semana seguinte. Durante a conversa, marcada por uma pausa entre as palavras para que nos pudéssemos perceber, lá encontrámos uma meia-hora para trocarmos algumas impressões para esta reportagem. Estranhei o sentido de disciplina e de força de vontade do Vitáliy e percebe-se agora porque fez parte dos grupos de alunos distinguidos pelo seu desempenho escolar. A escola para ele é coisa séria. Vitáliy veio da Ucrânia, de onde têm chegado muitos imigrantes. Vêm também de outros países como a Roménia. Portugal é hoje um país receptor de mão-de-obra. Desde o ano 2000 que se assiste a uma nova realidade com a chegada de imigrantes do leste europeu. A Ucrânia é, dentro deste grupo de países, aquele com maior presença em Portugal, logo a seguir a Cabo Verde e ao Brasil. Estes ucranianos estão concentrados sobretudo na área metropolitana de Lisboa. Segundo dados de 2006 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, havia nessa altura 65,5 mil cabo-verdianos e igual número de brasileiros, quanto aos ucranianos, esses chegavam aos 38 mil. Mas nem sempre foi assim. Portugal foi durante muitos anos um país de emigrantes. Na história portuguesa das migrações, nos últimos cem anos, há nitidamente três períodos. Primeiro, aquele que viu partir muitos portugueses

para as Américas, principalmente para o Brasil e para os EUA. Este período alongou-se até aos anos 1960, sendo as causas que serviam de justificação à emigração da população as crescentes dificuldades nas condições de vida e a pobreza, que começava a grassar na sociedade portuguesa do Estado Novo. A partir dos anos 1960, vários países começavam a recompor-se da segunda grande guerra e tornavam-se economias cada vez mais fortes e com necessidade de trabalhadores pouco qualificados, trabalhadores esses que não faltavam em Portugal. Estes passaram a ver a França, a Alemanha e a Suíça como saídas possíveis para as situações deploráveis em que viviam. Estes fluxos alteram-se, pela primeira vez, com a revolução de 25 de Abril de 1974 e com a chegada de população dos territórios ultramarinos principalmente de Angola e Moçambique – ficaram conhecidos como “retornados”. Entretanto, na Europa verificavam-se grandes transformações políticas, ainda resultantes da segunda grande guerra e da “guerra-fria”, que confrontavam os dois grandes blocos políticos que dominaram as décadas de 1970 e 1980, com o colapso na União Soviética, em 1991, e a queda da “cortina de ferro” que dividia a Europa e os países afectos aos dois blocos políticos e económicos. Durante a década de 1990, países como a Polónia, a então Checoslováquia, passariam por períodos difíceis do ponto de vista político, económico e social. A actual crise que se vive no Kosovo é, ainda, um resquício da conturbada

história europeia de leste vivida nos anos 1990. A integração na União Europeia por vários daqueles países foi um marco assinalável na chamada reconstrução europeia. A Roménia integrou a União Europeia no alargamento de 2007. Samuil Florin Sau está em Portugal vai para seis anos. Quando chegou tinha 10 anos. Veio da cidade de Reşiţa, no condado de Caras-Severin, no oeste da Roménia e que faz fronteira com a Sérvia, através do rio Danúbio. A viagem, feita de automóvel, demorou dois dias e meio, atravessando sete países. Primeiro veio o pai há sete anos, depois de a fábrica de metalurgia em que trabalhava ter fechado, a mãe viria um ano depois pelas mesmas razões e nessa altura, Samuil e a irmã, hoje com catorze anos, juntaram-se em Portugal. Quando chegou Samuil Sau não sentiu as normais dificuldades na adaptação a um novo idioma porque, conta, já sabia falar espanhol por ter tido aulas desde o ensino primário. Por isso, foi mais fácil aprender o português porque as duas línguas têm algumas semelhanças. Bastaram três meses. A cidade de Reşiţa, actualmente com uma população de pouco mais de 86 mil habitantes, transformou-se numa importante cidade industrial na segunda metade do século XVIII, em que as principais actividades eram a transformação de ferro e de aço. Durante a década de 1990, a Roménia mergulhava numa crise e a cidade foi afectada, com o encerramento das principais unidades fabris, obsoletas e


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“Continuo mais adaptado à realidade romena, apesar de me sentir bem aqui e de ter cá amigos. Mas continuo a pensar que é lá que pertenço” Samuil Sau (na página anterior, 16 anos, veio da Roménia há seis anos.

Aqui conseguimos ter uma vida muito melhor, por exemplo, se gosto de uma coisa posso comprar, ou os meus pais podem oferecer-ma”

Brigitte Chinilã, 16 anos. Está em Portugal há seis meses. Quer ser fisioterapeuta.

incapazes de gerar riqueza, o que levou depois à escalada do desemprego. A cidade tem perdido uma média de 5 mil habitantes por ano, desde 1989 – ano da revolução romena que derrubou Nicolae Ceausescu. Ultimamente, o panorama tem-se alterado, com sinais de estabilização económica. Quando chegou, Sau entrou directamente para o quinto ano, teve de se integrar num novo ambiente escolar e conhecer os seus colegas. No início sentiu o receio de não conseguir acompanhar os colegas, contudo, acabou por correr tudo bem. Para trás deixou o seu grupo de amigos que não voltou a ver. “Quando me disseram que viria para Portugal, fiquei muito contente, pois já não via os meus país há um ano e sentia muito a falta deles. Essa felicidade acabou por fazer passar para segundo plano o facto de deixar os meus amigos e tudo o resto. Sinceramente, nem tive oportunidade de lhes dizer, porque vim no mês de Agosto, numa altura de férias”. Alguns desses amigos, soube depois, vieram também para Portugal. Integrar-se num grupo de amigos em Portugal teve as suas vicissitudes. Por um lado, havia a dificuldade da comunicação que, mesmo sabendo o castelhano, não foi fácil. Por outro lado, havia uma certa curiosidade por parte das pessoas na escola – “devo ter sido dos primeiros a chegar à escola vindo de um país diferente e todos já se conheciam de anos anteriores”. Samuil travou primeiro conhecimento com um aluno proveniente de França. Hoje são amigos. “Durante o primeiro ano, eu não me misturava muito, depois, no sexto ano já havia maior convívio” – explica Samuil. De resto, o grupo de amigos foi-se alargando, principalmente a partir do sétimo ano. Determinante para o sucesso da sua integração, Samuil recorda o professor António Oliveira, director de turma que o acompanhou desde o início: “foi o meu professor de Português e de História, acompanhou-me desde o início e integrou-me. Sabia que tinha dificuldades acrescidas e ajudava-me bastante durante as aulas”.

Entre os dois sistemas de ensino, Samuil é da opinião de que na Roménia é exigido muito mais aos alunos e o sentido de disciplina é apurado desde muito cedo, o que mantém o estímulo e o interesse. “Lá é puxado, exige-se mais dos alunos. As matérias são dadas de uma forma mais rápida e os alunos procuram sempre saber mais” – explica. Quando Samuil deixou a Roménia havia muito desemprego, as pessoas andavam deprimidas com a situação do país, com fábricas a fechar todos os dias, recorda – “Aqui encontramos um país melhor para viver”. Samuil não se recorda da situação política da Roménia – “tinha apenas dez anos e não estava ainda muito atento às transformações do país”. A adaptação à realidade portuguesa, agora, vistas as coisas à distância de seis anos, não foi difícil, assegura Samuil – “adaptei-me bem a tudo. Gosto de tudo o que há aqui. Até a comida. Na minha casa só se faz comida portuguesa”. Contudo, quando lhe perguntámos se tem intenções de voltar para a Roménia, a sua resposta é categórica: “sim, pretendo voltar para a Roménia, porque continuo mais adaptado à realidade romena, apesar de me sentir bem aqui e de ter cá amigos. Mas continuo a pensar que é lá que pertenço”. No que toca ao futuro, as perspectivas de Samuil passam pela carreira ligada à medicina, embora reconheça que é muito difícil – “não sou muito bom aluno”, confessa. Os resultados na escola começaram a piorar a partir da altura em o pai veio para Portugal. Hoje os estudos carecem de alguma motivação, embora não sinta dificuldades em perceber as matérias. A abertura da Roménia ao exterior, com a adesão do país à União Europeia em 2007, é no entender de Samuil benéfico para o país, passou a haver uma maior noção dos direitos dos cidadãos, sendo agora possível sair do país sem a necessidade de passaporte. Reconhece que há várias vantagens em pertencer à União Europeia: “há toda uma transformação que está a ocorrer na Roménia, depois de ter passado por um período de grande depressão. Ouço falar que o desemprego está a diminuir e que há fabricas que se

voltam a instalar. Isso é possível devido à abertura do país” – refere Samuil Sau. Não tem dúvidas de que hoje faz parte de uma comunidade alargada, rica e diversificada. “Sinto-me um cidadão europeu. Às vezes olho à minha volta e reparo na quantidade de origens diferentes que há”. Brigitte Chinilã, 16 anos, veio também da Roménia, de Lugoj – uma cidade localizada a Norte de Reşiţa. Está em Portugal apenas há seis meses, altura em que se juntou aos seus pais, que já cá estavam vai para cinco anos. O pai trabalhava em carpintaria e a mãe na costura. Uma vez em Portugal, o pai de Brigitte trabalha em pintura e a mãe mantém a mesma actividade. Tinha apenas dez anos quando os pais decidiram emigrar para Portugal. Brigitte não se lembra exactamente desse episódio particular, recorda-se apenas de alguma tristeza na altura de receber a notícia. Durante os cinco anos que mediaram a partida dos pais da Roménia e a sua chegada a Portugal, Brigitte ficou com uma tia e na companhia dos seus avós. Durante esse período não voltaria a estar com os pais. Ao contrário de Samuil, que teve a vida facilitada por já saber falar espanhol, Brigitte não falava uma palavra de português. Foi através da televisão que foi aprendendo o idioma de Camões. Os pais, que já falavam bem português, também deram uma ajuda importante. Esta terá sido a primeira grande dificuldade que Brigitte teve de enfrentar num país estranho. Esse período aproveitou-o bem, já que fala português corrente de forma perfeitamente perceptível. Brigitte tem um ar franzino e uma estatura baixa, os cabelos são claros e os olhos não se conseguem fixar no mesmo ponto durante muito tempo. Responde de forma pronta e segura. Na escola, entrou para o décimo ano e frequenta o Curso Técnico-Profissional de Termalismo. Brigitte gostava de ser fisioterapeuta. Tem as aulas práticas nas termas, fruto do protocolo entre a Escola Secundária de


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“Na Europa, a Ucrânia não teria grandes condições para ser uma economia competitiva.” Vitáliy Platonov, 16 anos. Veio da Ucrânia. Faz parte do grupo de alunos que foi premiado pelo Rotary Club de Caldas das Taipas pelo seu desempenho escolar.

Caldas das Taipas e a Cooperativa Taipas-Turitermas. Está a aprender técnicas de duche e de hidromassagem. Quando chegou, pensava que iria ser mais complicado renovar o seu grupo de amigos: Afinal: “não foi assim muito difícil, as pessoas são muito simpáticas” – responde. Diz não ter muitos amigos, mas que os que tem são bons amigos. É com esse grupo que costuma passar os tempos livres – “vou até Guimarães às vezes com os meus amigos”. Com aqueles que ficaram na Roménia mantém contacto através da Internet. Quando Brigitte lhes comunicou que viria para Portugal – “ficaram um bocadinho tristes”. Todos os seus amigos andam na escola e na Roménia começa a ser vulgar as pessoas emigrarem. De Portugal, Brigitte gosta das paisagens: “é um país bonito” – diz ela, “e também gosto das pessoas e da sua personalidade”. Não lhe ocorreu nada que gostasse menos em Portugal. Face às mudanças que ocorreram na Roménia nos últimos anos, Brigitte é da opinião de que a situação não era sustentável. A economia encontrava-se em colapso, não havia emprego e o que havia era muito mal remunerado: “não era totalmente mau, mas também não era bom. Aqui conseguimos ter uma vida muito melhor, por exemplo, se gosto de uma coisa posso comprar, ou os meus pais podem oferecer-ma”. Ainda é difícil saber se ficará por cá o resto da vida. No futuro mais próximo assegura que é isso que está destinado. Gosta de cá estar e por isso é por aqui que pretende ir ficando, sem contudo deixar de visitar a Roménia “durante as férias”, porque continua a manter laços familiares e de amizade. Apesar da distância que separa os dois países, agora é tudo muito mais fácil. A Roménia é agora um estado membro da União Europeia e integra o acordo que permite a livre circulação de pessoas no espaço da união (o espaço Schengen). A moeda em circulação na Roménia é ainda o leu, mas espera-se que em breve venha a adoptar o euro.

As alterações após a adesão não são ainda perceptíveis. Brigitte testemunha que quando deixou o país as mudanças não se faziam sentir no dia-a-dia. A Roménia é um país com uma área terrestre de 230,3 km2 (2,5 vezes maior que o território português) e tem uma população jovem com pouco mais de 22 milhões de habitantes – 70% da população tem entre 15 e 64 anos. O Produto Interno Bruto per capita do país foi em 2007 de 7,3 mil euros (14,3 em Portugal). Apesar da inversão de alguns dos seus indicadores económicos no sentido do seu crescimento, a Roménia tem ainda grandes problemas de equilíbrio das contas públicas e de corrupção. Um dos países de maior proveniência dos estrangeiros residentes em Portugal é a Ucrânia, que faz fronteira com a Roménia. Foi daí, da cidade de Alchvsk, no leste da Ucrânia, que Vitáliy Platonov, 16 anos, chegou em 2003. De todos os entrevistados é, sem dúvida, o mais falador. O seu país está ainda profundamente dividido. O lado montanhoso, a leste do país, mantém ainda fortes ligações à Rússia (a Ucrânia foi um dos países fundadores da União Soviética) e só a margem mais ocidental tem mais afeições à Europa. O país não faz parte da União Europeia, embora haja já conversações, ao nível do Conselho e do Parlamento Europeu, no sentido do arranque de um processo de adesão. O país tem um papel relevante no quadro de uma Europa alargada. A Ucrânia tem uma área correspondente à península Ibérica, com uma população de 46 milhões de habitantes. Vitáliy, no entanto, entende que, entre um lado (a Europa) e o outro (a Rússia), o seu país ficaria a ganhar se se juntasse ao bloco russo. As razões económicas justificam a sua opinião: “na Europa, a Ucrânia não teria grandes condições para ser uma economia competitiva. Por outro lado, relativamente à Rússia teríamos outra capacidade de comprar as matérias-primas russas, de as transformar e depois de exportar os nossos produtos”. As transformações políticas na Ucrânia, a partir do

colapso da União Soviética precipitaram o país numa grave crise social. Vitáliy era muito pequeno para conseguir uma descrição do seu país à época: “eu lembro-me, mas era muito pequeno na altura. Não prestava muita atenção ao que se estava a passar” – diz ele. Era um aluno mediano até ao nono ano, hoje leva a escola muito a sério: “percebi que o meu futuro depende de mim”. Vitáliy foi um dos quatro alunos premiados pelo Rotary Club de Caldas das Taipas. O seu objectivo é a medicina, mas não está a gostar muito da Biologia. Não tem dificuldades na matéria, simplesmente não gosta, prefere as ciências mais exactas como a Matemática ou a Física. Há diferenças significativas na forma de ensinar nos dois países. Na opinião de Vitáliy, a escola portuguesa tem um ensino mais especializado. Na Ucrânia o 11.º ano é feito com dezassete disciplinas, o que é muito mais difícil. De uma forma geral o grau de exigência é muito superior nas escolas ucranianas. Os resultados são também melhores na Ucrânia: “as pessoas sabem que têm de tirar o curso superior e a maioria das pessoas tem o ensino superior. Mesmo assim o desemprego é muito grande” – explica-nos Vitáliy. A decisão de partir ou ficar ficou a cargo de Vitáliy, depois de essa possibilidade lhe ter sido apresentada, decidiu juntar-se aos pais. “Desde cedo que gosto de estudar outras culturas e já conhecia bem as culturas ocidentais. Optei por vir para Portugal porque sabia que tudo aqui era muito melhor. É incomparável, aqui é tudo melhor…”. Quando Vitáliy chegou a Portugal, os seus pais já se encontravam no país há três anos. Vieram por razões económicas. Não chegaram a ficar desempregados, no entanto aquilo que ganhavam não era o suficiente para sustentar a família. O pai era motorista, ocupação que mantém em Portugal; a mãe vendia em feiras e agora trabalha numa fábrica têxtil. Vitáliy não sabia falar o português: “demorou bastante tempo a aprender. Para falar ao nível dos portugueses precisei de cerca de três anos. Foi difícil porque a língua é


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p reportagem g PORTUGAL

ROMÉNIA

UCRÂNIA Capital Presidente 2

Área (km ) População (milhões) Esperança média de vida Literacia

(% da pop. c/mais de 15 anos)

PIB per capita em 2007 (euros) Taxa de Desemprego Taxa de Inflação

Portugal Lisboa

Roménia

Ucrânia

Bucareste

Kiev

Cavaco Silva

Traian Basescu

Viktor Yushchenko

92 391

237 500

603 700

10,6

22,2

46,3

78

72

68

93,3%

97,3%

99,4%

14 361

7 309

4 543

8%

4,5%

7%

2,4%

4,6%

11,3% mapas: National Geographic Society (2005)

fonte: Central Inteligence Agency - The 2008 World Factbook

muito diferente”. Menos difícil foi a integração num grupo de novos amigos: “eu consegui perceber a mentalidades e a forma de estar das pessoas. As pessoas são simpáticas e comunicativas. Têm uma forma mais aberta de se relacionarem. Por isso consegui uma boa integração. Não foi difícil”. Quanto ao prémio que ganhou do Rotary Club, o ucraniano diz ter ficado contente mas acrescenta não ter feito nada de extraordinário para merecer um prémio. E como é que alguém que vem para um país completamente estranho se junta, em pouco tempo, aos melhores? “Ainda tenho uma base ucraniana muito forte. Essa base é como uma escola que tem uma lógica bastante desenvolvida. Essa lógica é muito importante no estudo. É isso que quero dizer com a base ucraniana” – explica Vitáliy. A disciplina não é, no entanto, sinónimo de rigidez de horários. Há semanas que Vitáliy diz não pegar nos livros, como é capaz de estudar dias inteiros. Não tem um horário fixo para estudar: “é uma estupidez ter a vida planeada dessa maneira. Fica tudo muito monótono e deixas de ter surpresas na vida”. Nos tempos livres, Vitáliy joga futebol. Para namoros é que ainda não conseguiu arranjar tempo. Desde cedo, a parir de quando lhe ofereceram um mapa político do mundo, que se interessa por outras culturas. A cultura ocidental em particular. Gosta de ouvir música psicadélica e tem nos

Pink Floyd a sua banda de eleição. O seu álbum favorito é o “The Wall” (O Muro). Não gosta da música do seu país: “detesto a música da Ucrânia! É pior que a portuguesa.”. Em contrapartida, não vai muito com a comida portuguesa. Em casa é a mãe que cozinha e mantém as ementas que trouxe da Ucrânia. A presença crescente de alunos da Europa de leste nas escolas portuguesas é um reflexo das transformações que o continente tem vivido nas últimas décadas. Episódios como o derrube das barreiras políticas e o alargamento da Europa para leste foram determinantes. Mas se o fenómeno dos alunos de leste nas nossas escolas é um fenómeno crescente está longe de ser estável. O professor Mário Rodrigues, coordenador do Agrupamento Vertical de Escolas de Caldas das Taipas, nota que são alunos que tão de pressa chegam como partem logo a seguir, embora seja notório que são mais aqueles que ficam, já que os números apontam para o crescimento de alunos provenientes de outros países, que não só da Europa de leste. “Temos 55 alunos estrangeiros” – diz Mário Rodrigues. Este número representa 3 por cento da totalidade dos alunos entre os 7 e os 17 anos, do primeiro até ao nono ano de escolaridade. São quinze os países de proveniência dos alunos estrangeiros no agrupamento de escolas: Ucrânia e Roménia, Inglaterra, França e Espanha, são alguns desses países. Já na Escola Secundária de Caldas das Taipas, num

universo de cerca de mil alunos há oitenta alunos provenientes de outros países e que estudam do nono aos 12.º ano de escolaridade. A maioria destes é natural de países como França, Suíça e Alemanha. Da Roménia e da Ucrânia somam seis alunos. Quase todos possuem já a nacionalidade portuguesa. As constantes transformações geopolíticas e económicas serão os principais factores que ditam as tendências migratórias. Um novo capítulo começou a ser escrito com a abolição das limitações comerciais aos países asiáticos pela Organização Mundial do Comércio. A comunidade Chinesa já não passa despercebida. Nestas fusões há várias questões sensíveis que os políticos têm que ter em conta. Questões mal resolvidas que muitas vezes acabam mal, como os desacatos nos subúrbio de Paris. Ou a crescente hostilidade com que a comunidade indiana vem sendo tratada na Holanda. Neste caldeirão, em constante transformação, haverá com certeza lugar para todos. Mas alguns lugares serão sempre melhores que outros.


15

reflexo | março de 2008

p desporto

C.C. Taipas

Taipas está na frente

Os resultados obtidos pelo C. C. Taipas no decurso do mês de Fevereiro podem vir, no final do campeonato, a revelarem-se decisivos para uma possível ascenção à 3ª categoria nacional. Sem dúvida que o jogo que mereceu maior destaque foi a recepção ao Fão, pela importância que o seu desfecho assumia no futuro da equipa taipense. Apesar de alguma felicidade, o Taipas acabou por vencer a partida por 3-2 e ultrapassou o seu adversário directo na tabela classificativa. Desde essa altura até à presente data, nenhuma das duas formações cedeu pontos. O Taipas continua a liderar a tabela classificativa com um ponto a mais que a equipa fangueira. Os associados começam a acreditar e o entusiasmo vai crescendo nas hostes taipenses. 16.ª Jornada 3 Fevereiro 2008 Forjães 1 - 2 Taipas CC TAIPAS Miguel, Moreira, Hélder, Tozé e Paulinho, Joel (Lagoa - 67m), Berto, Dúnio e Raúl (Armando - 85m), Nuno Oliveira (Santos - 67m) e Davide.

No primeiro jogo da segunda volta o Taipas viajou até Forjães, equipa que apesar de pertencer ao concelho de Esposende, já foi campeã distrital por duas associações de futebol distintas. Pela de Braga e Viana do Castelo. Com um jogo para realizar na terça-feira seguinte (Carnaval) e a uma semana de receber o Fão, Toninho Mendes fez várias alterações na equipa inicial. Talvez, por isso, a equipa taipense não tenha entrado muito bem na partida, vendo uma bola esbarrar no ferro da sua baliza, logo aos 7 minutos de jogo. O Taipas criou o seu único lance de perigo, na primeira parte, à passagem dos 17 minutos. Davide, pela direita do ataque, cruzou para a área onde Dúnio, em antecipação à defensiva contrária, remata de cabeça com a bola a tirar tinta ao poste da baliza do Forjães. O restante tempo desta primeira parte teve sempre o sinal mais do Forjães que obrigou os taipenses a fazer um jogo cauteloso. A segunda parte começaria da forma como a primeira havia terminado. Sinal mais para o

Forjães. Moralizados com a boa primeira parte a equipa do Forjães procurou chegar cedo ao golo. Contudo e aproveitando o balanceamento ofensivo contrário, seriam os taipenses a inaugurar o marcador, iam decorridos 53 minutos. Numa jogada típica de contra-ataque, Dúnio isola-se e só com o guarda-redes contrário pela frente, atira a contar. Continuando a apostar na estratégia do contraataque o Taipas, por Nuno Oliveira, aos 60 minutos, perdeu uma grande oportunidade de elevar o marcador. Depois de ultrapassar o guardião do Forjães, desequilibrase no momento do remate e deixa-se antecipar pelo defensor contrário. No minuto seguinte o Forjães, na sequência da cobrança de um pontapé de canto, aproveita uma falta de marcação dentro da área taipense para fazer o golo da igualdade por intermédio de Káká. Ainda se festejava o golo do empate e o Taipas chagava novamente à vantagem. Nuno Oliveira aproveita da melhor forma uma falha do guarda-redes da casa ao não segurar uma bola de um pontapé de canto e fazia o segundo golo para os taipenses. Este golo foi um excelente tónico para os comandados de Toninho Mendes que, a partir dessa altura, passaram a controlar todas as acções do jogo. Vitória do Taipas, totalmente merecida, principalmente pelo

que a equipa fez na segunda parte do jogo.

17.ª Jornada 10 Fevereiro 2008 Taipas 3 - 2 Fão CC TAIPAS Miguel, Moreira, Hélder, Tozé e Paulinho (Armando - 45m), Xavi, Berto, Dúnio e Raúl, Nuno Oliveira (Lagoa - 75m) e Davide (Santos - 28m).

Numa excelente tarde de sol e com muito público nas bancadas, os dois mais sérios candidatos à subida de divisão encontravam-se no Campo do Montinho para uma partida onde se perspectivava muita emoção. Com uma desvantagem de 2 pontos em relação ao Fão, o Taipas tinha neste jogo uma boa oportunidade para regressar ao topo da classificação. A equipa taipense entrou melhor na partida e logo aos três minutos na sequência de um pontapé de canto, Tozé, dentro da pequena área, salta mais alto que a defensiva contrária mas o remate, de cabeça, sai ligeiramente por cima da baliza de Rui Manuel. A meio da primeira parte, o Fão equilibrou o jogo e aos 25 minutos chegou ao golo. Numa bola metida para as costas da defensiva do Taipas, Abílio foi mais rápido que Paulinho e, sem oposição, rematou para o fundo das redes de Miguel. O Fão voltou a criar perigo aos 38 minutos. Abílio a voltar a

ser mais rápido que a defensiva taipense mas, desta vez Miguel, com uma grande defesa, não permitiu o segundo golo à equipa fangueira. Aos 40 minutos, Raúl na sequência de um livre directo obriga Rui Manuel a uma defesa apertada para canto evitando, assim, a igualdade. Igualdade essa que chagaria precisamente na sequência do pontapé de canto originado pelo lance anterior. Nuno Oliveira aparece livre de marcação, dentro da área, e com um bom remate de cabeça empata a partida. O intervalo chegaria com um empate a uma bola. No segundo tempo, o Fão – equipa muito bem organizada e

recheada de grandes talentos -, voltava a colocar-se na frente do marcador, logo aos 50 minutos. Rui Filipe ganhou espaço na direita do ataque, cruzou largo ao segundo poste onde apareceu Magalhães a só ter de encostar o pé à bola para fazer o segundo golo da partida. O Taipas tentou reagir mas, só o conseguiu a partir dos 75 minutos, aquando da entrada em campo de Lagoa. À passagem do minuto 80 a formação taipense chegava ao empate por intermédio de Dúnio que correspondeu da melhor forma, de cabeça, a um cruzamento de Santos. O Fão voltou a procurar o golo e, aos 87 minutos, fruto duma excelente jogada de triangulação entre os seus avançados, esteve muito perto de o conseguir. Rui Filipe aparece na cara de Miguel mas este com uma grande defesa evita o golo. Quando já todos aguardavam o final da partida, o Taipas alcançava o golo da vitória. Aos 89 minutos, Berto conduziu um ataque taipense pela direita e, do cruzamento da bola para a área, surgiu o golo por intermédio de Lagoa que foi mais rápido que toda a defensiva adversária. Até ao final, Armando, avançado taipense, ainda enviou uma bola ao ferro da baliza contrária e, já no período de compensação, o guarda-redes Miguel, voltou a negar o empate ao Fão com uma intervenção de grande nível. Num grande espectáculo de futebol a eficácia Taipense e uma grande exibição do guardaredes, Miguel, fizeram com que o Taipas regressasse ao 1º lugar do campeonato. (as crónicas dos jogos do CC Taipas, continuam na página seguinte).

C. C. Taipas - SENIORES - 2007/2008 Divisão de Honra da A. F. Braga Data

J

Res.

Clubes

Res.

J

Data

16/09/07 1ª

3-0 Taipas

Forjães

2-1 16ª 03/02/08

23/09/07 2ª

2-0 Fão

Taipas

2-3 17ª 10/02/08

30/09/07 3ª

0-1 S. Paio

Taipas

0-2 18ª 17/02/08

07/10/07 4ª

4-0 Taipas

Laje

2-1 19ª 24/02/08

14/10/07 5ª

0-1 Louro

Taipas

1-3 20ª 02/03/08

21/10/07 6ª

1-1 Taipas

Esposende

28/10/07 7ª

0-2 Cabeceirense Taipas

22ª 16/03/08

21ª 09/03/08

11/11/07 8ª

1-1 Taipas

Alegrienses

23ª 30/03/08

18/11/07 9ª

1-2 Torcatense

Taipas

24ª 06/04/08

25/11/07 10ª

2-0 Taipas

Arões

09/12/07 11ª

2-2 Vilaverdense Taipas

16/12/07 12ª

2-1 Taipas

Ponte

27ª 27/04/08

06/01/08 13ª

0-0 Martim

Taipas

28ª 04/05/08

13/01/08 14ª

1-0 Taipas

Santa Maria

29ª 11/05/08

27/01/08 15ª

1-1 Santa Eulália Taipas

25ª 13/04/08 26ª 20/04/08

30ª 18/05/08


16

março de 2008 | reflexo

p desporto (continuação da página anterior)

18.ª Jornada 17 Fevereiro 2008 Taipas 2 - 2 São Paio

Berto lançou com excelência Nuno Oliveira que, com um remate colocado, ampliava o marcador e fazia o seu quinto golo no campeonato.

19.ª Jornada 24 Fevereiro 2008 Laje 1 - 2 Taipas

CC TAIPAS Clemente, Peixoto, Hélder, Tozé e Paulinho, Berto, Dúnio (Diego - 77m) e Raúl (Xavi - 70m), Armando (Lagoa - 65 m), Nuno Oliveira e Santos

Depois da importante vitória sobre o Fão, o Taipas voltava a jogar no Montinho. O adversário foi o São Paio de Vizela, equipa modesta, que ocupa os lugares de despromoção da tabela classificativa. Sem contemplações, o Taipas entrou muito forte na partida e logo aos 5 minutos Hélder, dentro da pequena área, salta mais alto que a defensiva do São Paio mas o remate de cabeça sai, ligeiramente, por cima da barra. Ao minuto 15, Nuno Oliveira completamente isolado remata para uma boa defesa do guardaredes contrário e na recarga, Santos, com a baliza deserta, acabou por rematar ao lado. Os Jogadores do São Paio apenas se limitavam a defender sendo raras as vezes que passavam do meio campo defendido pelos taipenses. Fruto desse comportamento, o Taipas começou a sentir muitas dificuldades em se aproximar da baliza dos vizelenses. Só em lances de bola parada é que foram conseguindo chegar à baliza do São Paio como é exemplo o remate à barra, por Tozé, na sequência da marcação dum pontapé de canto iam decorridos 35 minutos de jogo. Apenas a cinco minutos do intervalo é que o Taipas chegaria ao seu primeiro golo. E que golo! Santos foi servido na área por Nuno Oliveira e, num remate à meia volta, envia a bola direitinha para o ângulo superior esquerdo da baliza do São Paio. Sem duvida, o melhor momento do jogo, protagonizado pela estrela da companhia taipense. Para a segunda parte, o São Paio, mesmo a perder, continuou com uma postura muito defensiva. O Taipas, já sem a pressão de chegar ao golo, criou várias oportunidades tendo, inclusive, enviado duas bolas ao poste da baliza adversária. O golo da tranquilidade chegou surgiu a 15 minutos do final da partida.

procurar constantemente a baliza adversária. Aos 55 minutos Dúnio consegue isolar-se e na zona do penalty, remata colocado, proporcionando ao guarda-redes do Laje a defesa da tarde. Com o golo a não aparecer, o futebol dos taipenses foi perdendo clarividência. Já na parte final do jogo, decorria o quarto minuto dos descontos, dos cinco que o árbitro concedeu, Santos sofreu falta dentro da área depois de, em jogada individual, ter ultrapassado dois defensores contrários. Grande penalidade que Raul, chamado a converter, executou exemplarmente fazendo a bola anichar-se no ângulo direito da baliza do Lage. Vitória sofrida que permitiu ao Taipas continuar na liderança da prova.

CC TAIPAS Clemente, Peixoto, Hélder, Tozé e Paulinho (Diego - 83m), Berto, Dúnio, Xavi (Armando - 45m) e Raúl, Nuno Oliveira (Lagoa - 65m) e Santos

Depois de dois jogos em casa consecutivos, o Taipas deslocouse ao Municipal de Vila Verde, casa emprestada da Associação Desportiva de Laje para os jogos disputados na condição de visitado. Contra um adversário que, desde a entrada de Fernando Pires para o seu comando técnico, encetou uma recuperação considerável estando, actualmente, fora dos lugares de despromoção, o Taipas acabou por conseguir uma precisa vitória. Sobre um relvado sintético, os primeiros minutos do jogo foram equilibrados tendo a maior parte dos lances sido disputados a meio campo. Aos 15 minutos, uma desatenção defensiva Taipense faz com que um jogador da Laje se isole, pela direita do ataque, e só com Clemente pela frente faz o primeiro golo da tarde. Com um resultado desfavorável, os taipenses foram para a frente e chegaram à igualdade passados apenas 5 minutos. Peixoto, pela direita do ataque, cruza para a pequena área onde Santos, saltando mais alto que o seu adversário, de cabeça, faz o seu 8 golo no campeonato. Xavi aos 35 minutos perde uma bola, em zona proibida, para um jogador do Laje, que isolado, só com Clemente pela frente, acabou por atirar ao lado. A cinco minutos do intervalo foi a vez de Nuno Oliveira, aparecer cara a cara com o guardião contrário mas, o tempo que perdeu para preparar o remate, permitiu o corte de um defesa do Lage. O intervalo chegava com a igualdade a uma bola a revelar-se inteiramente justa. Para o segundo tempo, Toninho Mendes fez sair o médio Xavi fazendo entrar para o seu lugar Armando. Uma postura mais ofensiva que permitiu ao Taipas

Taça A. F. Braga - 4ª Eliminatória

Nos quartos de final Depois de ser conhecido o resultado do Processo Disciplinar instaurado ao Polvoreira (derrota por 3-0 e 100 euros de multa) como consequência das ocorrências registadas no jogo da 3ª eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Braga (Polvoreira-Taipas, jogo interrompido durante a 2ª parte, quando o Taipas vencia por 4-1, por inferioridade numérica da equipa da casa), a Associação de Futebol de Braga marcou o jogo da eliminatória seguinte (Taipas-Louro) para a 3ª feira de Carnaval. Uma decisão que não caiu bem nas hostes taipenses que entendiam que a data escolhida não era a que melhor defendia os interesses do Clube. Recorde-se que nessa semana o Taipas havia defrontado o Forjães (3 dias antes) e defrontaria o Fão, no Domingo seguinte.

4.ª Eliminatória Taça A. F. Braga 5 Fevereiro 2008 Taipas 4 - 1 Louro CC TAIPAS Clemente, Peixoto, Berto, Tozé (Romeu Avelino - 65m) e Paulinho, Xavi, Luís Manuel e Lagoa, Diego, Armando (Joel - 65m) e Santos (Davide - 75m).

20 .ª Jornada 2 Março 2008 Taipas 3 - 1 Louro CC TAIPAS Clemente, Peixoto, Hélder, Tozé e Paulinho, Berto, Dúnio (Xavia - 89m), Raúl (Luís Manuel - 77m) e Diego (Armando - 70m), Nuno Oliveira e Santos

O Taipas voltou a receber e a vencer a equipa do Louro depois de, há um mês atrás, a ter recebido no Montinho para a Taça AF Braga. Os 10 minutos iniciais revelaram-se fundamentais, com o Taipas a fazer dois golos sem resposta. Nuno Oliveira fez o primeiro (5m), correspondendo da melhor forma a um cruzamento de Santos e, cinco minutos mais tarde, o mesmo Nuno Oliveira, ofereceu o golo a Diego que, de cabeça, atirou a contar. Estreia auspiciosa do jovem avançado taipense no onze titular de Toninho Mendes. Reagiu o Louro e na primeira investida à baliza taipense, iam decorridos 15 minutos de jogo, o árbitro assinala grande penalidade a castigar falta de Tozé sobre um avançado contrário. Na conversão, Barreira, reduz o marcador para 2-1, resultado que se verificava ao intervalo. Na segunda parte o ritmo de jogo baixou. O Taipas foi controlando o seu adversário e só conseguiu ampliar a vantagem muito perto do apito final. Em cima do minuto 90, Santos marcava o terceiro golo taipense.

Após de ter eliminado o G. D. Longos e o Polvoreira, o Taipas recebeu no dia de Carnaval, 5 de Fevereiro, a equipa Famalicense, do Louro. Toninho Mendes, tal como tinha feito na partida anterior em Forjães, voltou a fazer várias alterações no onze inicial, já a pensar na partida do Domingo seguinte, ante o Fão, opositor directo na luta pela primeira posição da tabela classificativa. Numa tarde de chuva intensa, a equipa do Louro mais habituada a jogar em campos pelados, sentiu muitas dificuldades em se adaptar ao terreno de jogo. Mais familiarizados com as condições do terreno, os Taipenses, sem sentirem grande necessidade de jogar a um ritmo muito elevado, chegaram com facilidade aos golos. Logo à passagem do minuto 15, o jovem Diego remata de fora da área para defesa imcompleta do guarda-redes adversário. Lagoa ganha o ressalto e assiste Santos que, com a baliza à mercê, fez o primeiro golo da tarde. Dez minutos volvidos, o Taipas chegaria ao 2-0. Novamente Diego na jogada ao apontar um pontapé de canto a que Santos, de cabeça, correspondeu da melhor forma, aumentando a vantagem no marcador. Durante toda a primeira parte a formação famalicense nunca conseguiu

C. C. Taipas - INICIADOS - 2007/2008

C. C. Taipas - JUNIORES - 2007/2008

C. C. Taipas - JUVENIS - 2007/2008

Campeonato Nacional 2ª Divisão - Série A - 1ª Fase

Campeonato Distrital da 1ª Divisão da A. F. Braga - Série B

Data

J Res.

Clubes

Res. J

Data

Data

J Res.

Clubes

incomodou Clemente, o guardião taipense. À semelhança do que aconteceu no primeiro tempo, a segunda parte foi jogada a um ritmo baixo. O Taipas chagaria ao terceiro golo, iam decorridos 60 minutos, através daquela que terá sido a melhor jogada do encontro. Lagoa, em lance individual, ultrapassou dois adversários e serviu Diego que só teve de empurrar a bola para o fundo das redes. Um golo merecido pelo ex-junior do Vitória de Guimarães e Vizela que, chamado à titularidade por Toninho Mendes, disse “presente”. Com o resultado em 3-0, Toninho Mendes fez descansar Tozé. O único jogador do plantel taipense com todos os minutos do campeonato jogados. O Louro ainda esboçou alguma reacção à desvantagem e reduziu mesmo o marcador. De livre directo, Barreiras, introduziu directamente a bola na baliza de Clemente. O ponto final na partida chegou ao minuto 85. Romeu Avelino fazia o 4-1 a passe de Davide. Com este resultado o Taipas segue em frente na Taça da Associação de Futebol de Braga. Na próxima eliminatória, os quartos de final, o Taipas poderá ter como adversários as seguintes equipas: Palmeiras, Ronfe, Santa Maria, Vilaverdense, Forjães, Esposende e o vencedor do jogo entre Alegrienses e Pica. O sorteio dos quartos de final realiza-se no próximo dia 8 de Março pelas 18.30 horas no Auditório da sede da Associação de Futebol de Braga.

Res. J

Data

Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série E Data

J Res.

Clubes

Res. J

Data

14/10/07 1ª

1-2 Maria Fonte Taipas

0-3 14ª 10/02/08

07/10/07 1ª

4-1 Taipas

Delães

5-1 14ª 13/01/08

21/10/07 2ª

2-0 Taipas

Ribeirão

1-2 15ª 17/02/08

14/10/07 2ª

0-0 Pencelo

Taipas

0-4 15ª 28/01/08

28/10/07 3ª

1-1 Vitória

Taipas

0-1 16ª 24/02/08

21/10/07 3ª

7-0 Taipas

Bairro

2-1 16ª 03/02/08

11/11/07 4ª

1-1 Taipas

Moreirense

0-0 17ª 02/03/08

28/10/07 4ª

0-3 Oliveirense

Taipas

1-5 17ª 10/02/08

1-0 15ª 19/12/07

18/11/07 5ª

3-1 Vizela

Taipas

18ª 09/03/08

04/11/07 5ª

4-1 Taipas

Ribeirão

2-1 18ª 17/02/08

Taipas

0-3 16ª 05/01/08

25/11/07 6ª

2-1 Taipas

Gil Vicente

19ª 16/03/08

11/11/07 6ª

1-0 Ronfe

Taipas

0-2 19ª 24/02/08

Diogo Cão

1-2 17ª 12/01/08

02/12/07 7ª

1-3 Taipas

Fair-Play

20ª 30/03/08

18/11/07 7ª

6-0 Taipas

Campelos

9-0 20ª 02/03/08

09/12/07 8ª

2-1 Pevidém

Taipas

21ª 06/04/08

25/11/07 8ª 0-12 Porto D’Ave Taipas

21ª 09/03/08

16/12/07 9ª

3-0 Taipas

Arnoso

22ª 13/04/08

02/12/07 9ª

2-0 Ruivanense Taipas

22ª 16/03/08

08/09/07 1ª

1-0 Vila Real

Taipas

0-1 12ª 01/12/07

15/09/07 2ª

4-1 Taipas

Cachão

4-1 13ª 08/12/07

22/09/07 3ª

3-1 Gondomar

Taipas

5-1 14ª 15/12/07

29/09/07 4ª

2-1 Taipas

P. Ferreira

06/10/07 5ª

1-0 Famalicão

13/10/07 6ª

0-3 Taipas

20/10/07 7ª

1-2 Maia

Taipas

2-5 18ª 19/01/08

27/10/07 8ª

2-4 Taipas

Valdevez

1-3 19ª 02/02/08

06/01/08 10ª 5-2 Fafe

Taipas

23ª 20/04/08

09/12/07 10ª 2-3 Taipas

Sandinenses

23ª 23/03/08

10/11/07 9ª

2-3 Taipas

Chaves

1-4 20ª 09/02/08

13/01/08 11ª 1-0 Taipas

Sandinenses

24ª 27/04/08

16/12/07 11ª 0-3 Fair-Play

Taipas

24ª 30/03/08

17/11/07 10ª 3-3 Infesta

Taipas

4-2 21ª 16/02/08

27/01/08 12ª 1-1 Nogueirense Taipas

25ª 04/05/08

30/12/07 12ª 1-1 Taipas

Vitória

25ª 06/04/08

24/11/07 11ª 2-0 Taipas

Tirsense

4-0 22ª 23/02/08

03/02/08 13ª 0-2 Taipas

26ª 11/05/08

06/01/08 13ª 1-3 Brito

Taipas

26ª 13/04/08

Famalicão


17

reflexo | março de 2008

p desporto

C. C. Taipas - Escalões de formação

opinião

Juniores à espera da 2ª fase

O Juniores do Taipas terminaram a primeira fase do campeonato na sétima posição com 31 pontos. Um lugar que, contrariamente ao que era desejado pelos seus responsáveis (apesar de não ter sido esse o objectivo principal delineado no início da temporada), não dará lugar a disputar o acesso à subida de divisão. Sendo assim, os taipenses serão integrados numa segunda fase da prova, juntamente com mais 7 ou

Paços de Ferreira (16 pontos), Maia (12 pontos), Vila Real (9 pontos), Tirsense (9 pontos) e Cachão (3pontos). A estas poderá ainda vir a juntar-se a turma do Atlético de Valdevez com 21 pontos. Os jogos serão disputados a uma só mão em campo neutro e, descem aos campeonatos distritais os 5 ou 4 últimos classificados da série consoante a mesma seja constituída por 9 ou 8 equipas, respectivamente. Há, por isso, fortes expectativas dos taipenses se manterem no segundo escalão nacional de juniores tendo em conta a posição favorável em que partem para esta 2ª fase (3ª ou 4ª posição). O sorteio dos jogos está agendado para o próximo dia 13 de Março, às 16.30 horas, no Auditório Manuel Quaresma na sede da Federação Portuguesa de Futebol. A primeira jornada, também já tem data e realiza-se a 16 de Março.

8 equipas para disputar os jogos de permanência ou descida de divisão. O Taipas, fruto da pontuação obtida na 1ª fase do campeonato, transita para a 2ª fase com 16 pontos, correspondendo a metade dos pontos obtidos na primeira parte deste campeonato, arredondada por excesso. Farão parte da mesma série dos taipenses, as equipas do Chaves (19 pontos), Diogo Cão (19 pontos),

1:4:3:3 ou 1:4:2:3:1 Neste artigo, voltamos a falar das estruturas tácticas do mundo do futebol. Antes de abordarmos já o 1:4:3:3, convêm sabermos um pouco mais sobre as origens das estruturas e a sua evolução. Apesar de existirem estruturas anteriores, foi na década de 1930 que surgiu o ”WM”. Esta foi, na minha opinião, a primeira estrutura a marcar passo quanto ao equilíbrio ofensivo e defensivo. O “WM” era composto por 1 guarda-redes, 3 defesas, 4 médios (colocados em quadrado) e 3 avançados, muito semelhante a estrutura apresentada pelo F.C.P na conquista da super taça no estádio do Leiria, apesar das dinâmicas do “WM” da década de 30 ser completamente diferentes das de hoje. Depois surge o 1:4:2:4, como alternativa ao “WM” e na década de 70 aparece o 1:4:3:3. O 1:4:3:3 parece-me ser das estruturas mais fáceis de implementar nas equipas e principalmente nas camadas jovens devido ao seu equilíbrio, é claro que dependendo do modelo de jogo adoptado pelo clube as dinâmicas desta estrutura podem ser mais ou menos complexas. O 1:4:3:3 normalmente define-se pelo triângulo que é formado pelos jogadores do meio-campo, que pode ser um triângulo de vértice defensivo ou um triângulo de vértice ofensivo. De momento tem vindo a alterar-se a terminologia do 1:4:3:3 com vértice ofensivo e passou-se a falar num 1:4:2:3:1.Esta estrutura permite as equipas fazerem facilmente “campo grande” pois normalmente apresentam normalmente dois extremos encostados linha lateral e um avançado a dar profundidade. No meio-campo há um jogador que se torna fundamental para o bom funcionamento deste desenho táctico, o jogador da posição número 10 é, na minha óptica, o jogador chave da equipa, os seus colegas de equipa formam um pentágono a sua volta o que lhe permite ser o jogador em campo com mais linhas de passe. A posição do jogador da 10 é tão importante neste esquema que se a equipa adversária conseguir anular as suas dinâmicas ofensivas a equipa fica limitada ao jogo ou flanqueado ou ao jogo directo. Se uma equipa que joga num 1:4:2:3:1 apresenta dinâmicas ofensivas em que o jogador da posição 10 tende procurar zonas exteriores, a equipa fica desequilibrada momentaneamente na zona central do terreno. Como este esquema apresenta grandes facilidades em jogar em “campo grande” também manifesta maiores dificuldades em fazer transições e passar de “campo grande para campo pequeno” pois os jogadores estão usualmente afastados uns dos outros.

Faixas de campeões distritais

Os atletas juniores que na época 2006/2007 se sagraram Campeões Distritais, receberam no passado dia 10 de Fevereiro, as respectivas faixas campeões. A cerimónia decorreu no intervalo do jogo entre o Taipas e o

Fão e as faixas foram entregues por Domingos Bragança, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, Constantino Veiga, presidenta da Junta de Caldelas, bem como, por diversos directores do Clube. À cerimónia não faltaram

também Fernando Oliveira, patrocinador oficial do escalão de há uns anos a esta parte e o representante da Associação de Futebol de Braga, Manuel Machado.

Juvenis

Iniciados

O juvenis taipenses continuam a realizar um campeonato tranquilo e equilibrado. Com a possibilidade de atingir a 2ª fase afastada, os comandados de Miguel Matos ocupam a 6ª posição da tabela classificativa com 25 pontos somados.

Notável a ascensão da equipa de iniciados taipense. Depois de algumas oscilações na fase inicial da prova, parece terem encontrado o rumo das vitórias. Já são segundos classificados (apesar do Sandinenses – 3º - ter um jogo a menos), lugar que dará direito a disputar a fase de acesso aos nacionais. Perspectiva-se, até final, uma “luta” renhida entre as equipas do Taipas, Sandinenses e Ruivanense - as três formações que reúnem, no momento, melhores condições para se aproximar do segundo posto da tabela.

Data

LEONEL FERREIRA

Em suma, esta estrutura pode ter uma interpretação de dinâmicas ofensivas muito boas mas o seu calcanhar de Aquiles também pode estar nas transições defensivas caso os jogadores não consigam encurtar rapidamente as linhas.

C. C. Taipas - INFANTIS “A” - 2007/2008

C. C. Taipas - INFANTIS “B” - 2007/2008

C. C. Taipas - ESCOLAS - 2007/2008

Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série D

Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série E

Campeonato Distrital da A. F. Braga - Série D

J Res.

Clubes

Res. J

Data

04/11/07 1ª 0-15 EFA Almeida Taipas

0-17 14ª 24/02/08

11/11/07 2ª

6-1 15ª 02/03/08

2-4 Taipas

Fern. Pires

Data

J Res.

04/11/07 1ª

4-7 Vizela

Taipas

4-4 Taipas

Pencelo

3-1 Brito

Taipas

25/11/07 4ª 12-1 Taipas

Fintas

16ª 09/03/08 11/11/07 2ª 17ª 16/03/08 18/11/07 3ª

02/12/07 5ª

1-3 Realense

Taipas

18ª 23/03/08 25/11/07 4ª

3-3 Taipas

09/12/07 6ª

5-2 Taipas

Braga

16/12/07 7ª

7-0 Taipas

Sandinenses

19ª 30/03/08 02/12/07 5ª 20ª 06/04/08 09/12/07 6ª

06/01/08 8ª

4-2 Pevidém

Taipas

21ª 13/04/08

13/01/08 9ª

3-2 Taipas

Vitória

22ª 20/04/08

27/01/08 10ª 1-5 Maximinense Taipas

23ª 27/04/08

03/02/08 11ª 10-2 Taipas

Este FC

10/02/08 12ª 1-1 Vizela

Taipas

17/02/08 13ª 3-1 Taipas

Fair-Play

18/11/07 3ª

3-3 Porto D’Ave Taipas

Clubes

Res. J

Data

2-6 12ª 24/02/08

Data

J Res.

04/11/07 1ª

11/11/07 2ª 0-6 13ª 02/03/08 18/11/07 3ª

Clubes

Res. J

Data

1-7 Taipas

Vitória

1-5 14ª 24/02/08

3-2 Moreirense

Taipas

6-2 15ª 02/03/08

5-1 Taipas

Os Craques

16ª 09/03/08

2-1 Ronfe

Taipas

17ª 16/03/08

Ponte

14ª 09/03/08 25/11/07 4ª 15ª 16/03/08 02/12/07 5ª

5-3 Taipas

Urgeses

18ª 30/03/08

6-4 Serzedelo

Taipas

16ª 30/03/08 09/12/07 6ª

1-7 Airão

Taipas

19ª 06/04/08

6-3 Taipas

Moreirense

17ª 06/04/08 16/12/07 7ª

16/12/07 7ª

1-2 Taipas

Sandinenses

18ª 13/04/08 06/01/08 8ª

06/01/08 8ª

1-2 Joane

Taipas

19ª 20/04/08

24ª 04/05/08 13/01/08 9ª

2-7 Taipas

Ronfe

20ª 27/04/08

Taipas

21ª 04/05/08 10/02/08 12ª 22ª 11/05/08 17/02/08 13ª

25ª 11/05/08 27/01/08 10ª 3-3 Urgeses 26ª 18/05/08 02/02/08 11ª 6-2 Taipas

Airão

FOLGA

20ª 13/04/08

5-1 Taipas

Sandinenses

21ª 20/04/08

3-1 Pevidém

Taipas

22ª 27/04/08

27/01/08 10ª 2-3 Taipas

Brito

23ª 04/05/08

03/02/08 11ª

Taipas

24ª 11/05/08

9-4 Taipas

Serzedelo

25ª 18/05/08

6-2 Fair-Play

Taipas

26ª 25/05/08

13/01/08 9ª

Ponte


18

março de 2008 | reflexo

p desporto CART/Superinertes

A meio da tabela Eleições no CC Taipas

Orlando Ribeiro, treinador dos seniores do CART está a dois jogos de ver cumprido o objectivo a que se propôs. O CART/ SUPERINERTES ocupa a sexta posição da tabela classificativa, com 27 pontos, à frente do CD Póvoa, CF Perosinho, CP Sobreira, CDC Fânzeres e CD Ordem. A tabela classificativa é liderada pelo Infante Sagres com 45 pontos somados. Foi precisamente frente ao líder da prova que os taipenses disputaram o primeiro jogo do mês de Fevereiro. Perderam 2-1 mas, o resultado poderia ter sido diferente. O CI Sagres aproveitou o nervosismo dos taipenses e a 5 minutos de jogo já venciam por 2-0. O CART/

CART - Calendário Taça do Minho - Juniores - 2007/2008

Calendário (CART) - Época 2007/2008 Data

J

Res.

20/10/07 1ª

Clubes

1-2 Fanzeres

CART

Res.

Data

J

Data

1-4 12ª 05/01/08 13ª 12/01/08

27/10/07 2ª

CART

03/11/07 3ª

3-3 CART

CD Póvoa

3-3 14ª 19/01/08

10/11/07 4ª

0-2 Perosinho

CART

1-5 15ª 26/01/08

17/11/07 5ª

4-4

CI Sagres

1-2 16ª 02/02/08

24/11/07 6ª

4-1 Barcelinhos

CART

1-6 17ª 09/02/08

01/12/07 7ª

4-2 CART

Sobreira

1-4 18ª 16/02/08

08/12/07 8ª

5-3 Seixas

CART

2-0 19ª 23/02/08

15/12/07 9ª

CART

11-4 CART

(FOLGA)

CD Ordem

Tiago e Martins. Seguia-se no calendário uma deslocação ao CP Sobreira. Jogo teoricamente acessível que o CART/SUPERINERTES não soube aproveitar. Apesar de estar a vencer ao intervalo por 1-0, os taipenses deixaram-se ultrapassar no marcador e terminaram a partida com uma derrota por 4-1. A principal nota deste jogo vai para as inúmeras oportunidades de golo falhadas pelos jogadores do CART. Na recepção ao Seixas, equipa que ainda mantém aspirações de subir de escalão, o CART/SUPERINERTES somou mais uma derrota, desta vez por 2-0. A equipa continua a produzir bom jogo mas, as dificuldades de finalização, parecem assumir-se como a grande lacuna desta formação No primeiro fim-de-semana de Março, os taipenses deslocaram-se ao pavilhão do último classificado, o CD Ordem. Vitória do CART/SUPERINERTES por 5-3 mas, o adversário, à procura dos primeiros pontos na campeonato, dificultou muito a tarefa aos taipenses. A formação da casa começou melhor o jogo tendo-se adiantado no marcador. Só perto do intervalo é que o CART obteve a igualdade. No início da segunda parte seriam novamente os da casa a colocar-se em vantagem. Eduardo restabeleceu a igualdade e Nuno colocava o CART/SUPERINERTES, pela primeira vez, à frente do marcador, nesta partida. Até final, os taipenses ainda marcariam mais dois tentos por intermédio de Mota e Tiago.

SUPERINERTES reagiu bem e a meio da primeira parte reduziu para 2-1, resultado que se manteve até final. Contudo, durante a segunda parte do jogo, foi a equipa de Orlando Ribeiro que mais fez por chegar ao golo. Os jogadores taipenses proporcionaram ao guarda-redes contrário uma partida de muito trabalho e, perto do final do encontro, ainda desperdiçaram um livre directo que poderia ter valido o empate. Seguiu-se a recepção ao Vitória de Barcelinhos, terceiro classificado da prova. Vitória do CART/SUPERINERTES por 6-1 com os golos taipenses a serem apontados por Ricardo Lopes (2), Baltar, Ferreira,

Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Zona A

5-3 20ª 01/03/08

22/12/07 10ª

4-2 Olá Mouriz

CART

21ª 08/03/08

29/12/07 11ª

3-6 CART

Nortecoop

22ª 15/03/08

J Res.

28/09/07 1ª 30/09/06 2ª 06/10/07 3ª

8-2 2-4 6-3

Clubes

Seixas CART CART

J 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª

Res. 22-1 1-15 6-4 0-9 16-7 8-1 1-17 4-2 7-6

09/03/08 16/03/08 30/03/08 06/04/08 13/04/08

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª

3-13 3-7 3-2 13-1 3-11 7-1

Seixas Famalicense ADB/Campo CART ED Viana CART (FOLGA) CART HC Braga CART HC Fão

2-7

9-6 4-1

Famalicense CART

4-5

2-5

CART

1-6

8-2

J

4ª 5ª 6ª

Data

13/10/07 21/10/07 28/10/07

HC Braga

4-3 4-5

6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

23/12/07 29/12/07 06/01/08 12/01/08 19/01/08

CART - Campeonato Regional - Juniores - 2ª FASE

26/01/08 1ª 10/02/08 2ª 16/02/08 3ª 24/02/08 4ª 01/03/08 5ª

3-1

CART HC Fão Riba D’Ave CART CART AJ Viana

3-1

Famalicense CART

3-5

CART

6-4 4-1

Clubes Res. J Data Seixas CART 8-4 10ª 11/11/07 CART Famalicense 1-7 11ª 18/11/07 Limianos CART 7-3 12ª 25/11/07 CART HC Fão 1-3 13ª 02/12/07 ED Viana CART 6-4 14ª 09/12/07 HC Braga CART 7-5 15ª 16/12/07 CART OC Barcelos 1-11 16ª 23/12/07 Valença CART 2-5 17ª 30/12/07 CART Riba D’Ave 3-10 18ª 13/01/08

CART CART CART Riba D’Ave CART Valença CART Limianos CART OC Barcelos CART

3-6

3-8

CART - Calendário Taça do Minho de Infantis - 2007/2008

20/01/08 27/01/08 10/02/08 17/02/08 24/02/08 02/03/08

5-7

CART HC Fão Riba D’Ave CART CART AJ Viana

4-5

CART - Calendário Campeonato Regional de Infantis “A” - 2007/2008

Data 28/09/07 30/09/07 05/10/07 07/10/07 14/10/07 21/10/07 28/10/07 01/11/07 04/11/07

CART Riba D’Ave HC Braga

Res.

CART - Campeonato Regional - Juniores - 1ª FASE

17/11/07 1ª 25/11/07 2ª 01/12/07 3ª 09/12/07 4ª 15/12/07 5ª

12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª

Eleições no Clube Caçadores das Taipas A Comissão Administrativa do Taipas agendou para os próximos dia 7 e 28 de Março, duas Assembleias Gerais. A primeira sessão a realizar já na próxima sexta-feira (7 Março) destina-se a apresentar e aprovar o Relatório e Contas do Clube relativas ao período compreendido entre 1 de Julho e 31 de Dezembro de 2007. Para 28 de Março está agendada nova Assembleia, desta feita, para a Eleição dos Corpos Gerentes que passarão a dirigir o Clube desde do dia 1 de Junho do corrente ano até 31 de Maio de 2010. As listas candidatas a eleição deverão ser entregues até ao próximo dia 20 de Março na sede do Clube (caixa dos CTT) ou enviadas para o “Apartado 4115 – 4806-909 Caldas das Taipas”. Ambas as sessões estão agendadas para o Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários das Taipas com início previsto para as 21 horas.

20/04/08 25/04/08 27/04/08 01/05/08 04/05/08 11/05/08 18/05/08 25/05/08 01/06/08 08/06/08 15/06/08

HC Braga

6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

09/03/08 22/03/08 30/04/08 05/04/08 13/04/08

Troféu Disciplina da Divisão de Honra O Taipas subiu algumas posições no ranking da disciplina – troféu instituído esta época pela Associação de Futebol de Braga para premiar a formação mais disciplinada da Divisão de Honra. Os taipense ocupam agora, contabilizadas que estão 17 jornadas, a 3ª posição (51 pontos) da classificação geral que continua a ser liderada pelo Fão que soma a totalidade de 32 pontos. O segundo lugar é ocupado pelo Santa Eulália com menos dois pontos que os comandados de Toninho Mendes. As duas últimas posições são ocupadas por equipas vimaranenses. O Torcatense é penúltimo com 71 pontos e o Ponte continua a ser último classificado somando 84 pontos.

CART - Calendário Campeonato Regional de Iniciados - 2007/2008

Data 23/09/07 30/09/07 05/10/07 07/10/07 14/10/07 21/10/07 28/10/07 01/11/07 04/11/07

J 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª

Res. 7-6

4-2 10-6 5-1 3-10 2-4 1-1

Clubes Res. J Data (FOLGA) CART 10ª 11/11/07 CART Famalicense 2-7 11ª 17/11/07 (FOLGA) CART 12ª 25/11/07 CART HC Fão 2-3 13ª 02/12/07 ED Viana CART 6-3 14ª 09/12/07 HC Braga CART 9-1 15ª 16/12/07 CART OC Barcelos 1-10 16ª 23/12/07 Valença CART 2-2 17ª 30/12/07 CART Riba D’Ave 3-10 18ª 13/01/08

CART - Calendário Taça do Minho de Iniciados - 2007/2008

20/01/08 27/01/08 10/02/08 17/02/08 24/02/08 02/03/08

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

09/03/08 16/03/08 30/03/08 06/04/08 13/04/08 11ª

5-5

11-2 4-4 5-4

CART CART CART Riba D’Ave CART Valença CART (FOLGA) CART (FOLGA)

(FOLGA) Famalicense (FOLGA) CART ED Viana CART (FOLGA) CART HC Braga CART

CART

HC Fão

20/04/08 25/04/08 27/04/08 01/05/08 04/05/08 11/05/08 18/05/08 25/05/08 01/06/08 08/06/08 22ª 15/06/08

12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª


19

reflexo | março de 2008

Dupla “David Silva e Augusto Mendes” opinião voltam a apostar no Open

A dupla de pilotos taipense já iniciou o seu novo projecto automobilístico. A primeira prova realizou-se nos passados dias 16 e 17 de Fevereiro, em Fafe. Tratouse da prova inaugural do Open 2008. Aos comandos de um Fiat Punto David Silva e Augusto Mendes acabaram por alcançar um resultado que ultrapassou as próprias expectativas. Um décimo nono lugar na classificação geral e a quinta posição da respectiva

classe. Contudo, a prova não foi tarefa fácil para a dupla taipense. Como nos revelou David Silva, “logo à saída do parque de assistência tivemos um problema com a embraiagem. Vibrava demasiado, traduzindo-se numa reacção bruta sempre que tínhamos necessidade de reduzir”. Tal facto não os terá intimidado e o certo é que logo na primeira PEC foram os vigésimos terceiros da geral e os terceiros entre os Fiat.

Ao longo do rally rodaram sempre entre a décima sétimo e o vigésimo terceiro posto tendo, na segunda passagem por Montimm realizado o melhor tempo entre os carros da sua classe. Uma troca de pneus, quando ocupavam a terceira posição dos Punto, viria a relegá-los para a quinta posição com que haveriam de terminar a prova. Augusto Mendes salientou o resultado obtido como sendo “o melhor que obtivemos até à presente data. Fizemos um excelente trabalho. Toda a equipa esteve muito empenhad e unida”. Por seu turno, David Silva, apesar de contente com o resultado, mostrava-se consciente relativamente à necessidade do carro que conduz necessitar de alguns ajustes:”O carro precisa de ser desenvolvido em termos de travões e caixa. Estamos uns furos abaixo dos nossos directos opositores e, como tal, este resultado não podia ter sido melhor”. A finalizar, refira-se que esta dupla de pilotos, tem itenções de poder vir a realizar mais cinco provas. Três delas em asfalto e as restantes em piso de terra.

Basquetebol da UMinho carimba o passaporte para os CNU’s Os Pavilhões Desportivos Universitários da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foram o palco, nos dias 26 e 27 de Fevereiro, do II/III Torneio de Apuramento ( TA ) d e B a s q u e t e b o l masculino e feminino. A formação masculina da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), que tinha terminado os dois primeiros TA’s na segunda e terceira posições, respectivamente, repetiu novamente o resultado do último TA, vencendo no último jogo a equipa da casa,

a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Por seu lado, a equipa feminina, depois de ter conseguido um excelente terceiro lugar no I TA da modalidade, neste não foi além da quinta posição. Com estes resultados, as duas equipas da AAUMinho irão marcar presença em Aveiro, no dia 28 de Abril, para disputar os Campeonatos Nacionais Universitários da modalidade. Alexandre Carvalho

p desporto PAULO MACHADO

Regresso ao passado Emílio Macedo da Silva completa um ano de mandato como Presidente da Direcção do Vitória de Guimarães. O trabalho desenvolvido nestes últimos doze meses é notável. Há um ano, precisamente neste espaço, fazia alusão ao facto do clube necessitar de alguém com capacidade para apresentar e concretizar “projectos e ideias consistentes”. “O Vitória de Guimarães necessita é de alguém com capacidade de gestão e com ideias inovadoras, disposto a investir, e bem, no intuito de vir a colher frutos no futuro”, sublinhei nessa mesma altura. Emílio Macedo da Silva acabou por ser o eleito pelos sócios e veio dar razão às ideias partilhadas com os leitores. Garantindo a continuidade de Manuel Cajuda no comando técnico da equipa, rodeando-se de uma equipa que tem revelado competência — aqui tiro a chapéu a pessoas como Paulo Pereira, Manuel Almeida e Vasco Santos — lá fez renascer este “histórico” do futebol português. E convém lembrar que há um ano o Vitória estava mergulhado numa intensa luta pelo regresso ao escalão maior do futebol português, luta essa que veio a ganhar com as últimas braçadas, antes de pisar solo firme. A aposta, claramente, foi ganha. Hoje, no presente, o clube vitoriano está de volta à principal montra do futebol nacional. Luta pelos lugares de topo, contando sempre com o apoio incondicional da sua massa associativa. O combate ao passivo tem sido, outra, guerra assumida e com frutos positivos. No final da época, estima-se que a direcção de Emílio Macedo da Silva consiga abater perto de 6 milhões de euros. O património, também, está mais rico com a aquisição de autocarros (um para a equipa profissional e dois para o futebol de formação), o arrelvamento de um novo campo de treinos e, ainda, a criação (prometida) da Sala de Troféus. Junta-se a isso a vontade de explorar os espaços comerciais do Estádio D. Afonso Henriques, que garantirá uma nova dinâmica ao recinto — não só nos dias de jogos, mas durante toda a semana. O Vitória de Guimarães está a crescer e importa não ficar por aqui. Torna-se, agora, fundamental estruturar o clube na vertente mais profissional nas mais diversas áreas, no intuito de cimentar e expandir ainda mais o nome do clube. Convém não esquecer que, por este andar, muito em breve o clube vimaranense estará igualmente a dar passos além fronteiras, uma vez que se perspectiva o apuramento para as competições europeias. O estreitar de relações a este nível torna-se fulcral, até para extrair a dimensão de clube regional. É imperioso criar portanto, esse tipo de relações e entrar no comboio a tempo a horas.


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publicidade ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DAS TAIPAS

Campanha da Páscoa De 1 a 30 de Março decorrerá a nas Lojas Associadas da ACIT, a II.ª Campanha da Páscoa – “Esta Páscoa, compre no maior Shopping ao ar livre da Região”. Esta campanha consiste na realização de um sorteio de rifas distribuídas gratuitamente aos clientes que fizerem compras nos associados ACIT. Os Associados da ACIT vão oferecer as rifas, em função das compras que os clientes efectuarem nos seus estabelecimentos. A distribuição dos prémios, angariados e generosamente oferecidos pelos associados, realizar-se-à após a Páscoa, numa festa, no Coreto do Jardim Público da Avenida da República nas Caldas das Taipas, no dia 6 de Abril de 2008. O sorteio é autorizado pelo Governo Civil do Distrito de Braga. Estas iniciativas têm por missão transmitir à população da nossa região que “O Maior Shopping ao Ar Livre da Região “, está vivo e dinâmico e pretende ser um local onde oferecemos uma variedade de produtos e serviços com qualidade e atendimento personalizado, com cerca de 420 lojas de Comércio e Serviços, com áreas de lazer (Termas, Rio, e Monumentos Nacionais).

Campanha do Dia do Pai No próximo dia 19 de Março a ACIT, levará a cabo mais uma iniciativa denominada “DIA DO PAI”. Esta iniciativa será englobada na Campanha da Páscoa que decorrerá durante o mês de Março. A campanha do “Dia do Pai”, surge com o intuito de dinamizar o comércio tradicional. Por isso, esta campanha incidirá fundamentalmente numa campanha de sensibilização “porta à porta” aos nossos associados do comércio com vista a sensibilizar os

mesmos para a importância da data, e para realizarem montras alusivas ao Dia do Pai. A comunicação da campanha será feita através de spots publicitários nas duas rádios locais (Fundação e Santiago) que comunicarão à população os nossos “Conselhos para o dia do Pai” com o intuito de atrair o maior número de consumidores. A ACIT recomenda os nossos Associados da área do comércio para que durante este período, realizem

QREN Vimos por este meio, comunicar-lhe a abertura do Quadro de Referência Estratégico Nacional (denominado QREN). Este quadro comunitário de apoio, vem formalmente substituir o anterior PRIME e definir quais os apoios para as empresas portuguesas entre os anos de 2007 e 2013. Tal como os anteriores, visa dotar as empresas nacionais de maior competitividade, incrementando a inovação, a especialização dos recursos humanos e a modernização de estruturas, alguns equipamentos e processos. Estando consciente das dificuldades que as nossas empresas atravessam, em particular as que nos estão mais próximas, não podemos deixar de vos prestar todos os esclarecimentos essenciais para saberem se, como empresa, ou como membro desta associação poderão usufruir de algum destes apoios.

montras alusivas à Campanha ao Dia do Pai. Como sabem, as montras são um elemento de comunicação de extrema importância e muitas vezes esquecido. Elas são a primeira impressão do nosso ponto de venda. Permitem comunicar as novidades e as promoções e são geradoras do impulso de entrar – logo – estabelecem a ligação entre cliente e vender. Vamos promover as montras do nosso “Maior Shopping ao Ar Livre da Região”.

Curso de Língua Espanhola “Espanhol dos negócios” Consciente da importância da domínio da língua espanhola para o sucesso das transacções comerciais entre os países da Península ibérica, a ACIT pretende promover um curso de língua espanhola dirigido aos empresários, bem como caso surjam inscrições e fruto da parceria estabelecida com o Centro de Estudos de Espanhol, para alunos que pretendam conhecimentos da língua espanhola para fins académicos. As inscrições estão abertas na sede da ACIT. Horário: 4 horas/semana divididas em 2 sessões de 2 horas cada, em horário a combinar. *

Protocolo com o Centro das Novas Oportunidades da Escola Secundaria das Caldas Taipas Com o intuito de desenvolver uma actuação conjunta com o objectivo de promover a melhoria dos níveis de escolaridade e de qualificação dos activos das suas empresas associadas, em especial, dos trabalhadores de todas as micro e pequenas empresas a ACIT – Associação Comercial Industrial das Taipas, assinou um Protocolo com o Centro das Novas Oportunidades da Escola Secundaria das Caldas Taipas. Este protocolo visa estimular e valorizar o investimento pessoal dos seus associados e respectivos trabalhadores na melhoria dos seus níveis de qualificação escolar e profissional, e, sensibilizar todos os seus associados e respectivos trabalhadores para as ofertas das Novas Oportunidades para adultos. A ACIT aposta no investimento do potencial humano, como factor de valorização competitiva das empresas e do progresso económico e social da região. A “ Economia de Mercado “ em que vivemos exige um envolvimento colectivo na qualificação dos recursos humanos e na formação contínua dos activos empregados, nomeadamente, através da promoção da literacia digital, da capacitação para o uso de meios informáticos e equipamentos tecnologicamente avançados e do incremento do uso da Internet. Para obter mais informações contacte por favor a nossa sede. Estão abertas inscrições.

Higiene e Segurança Alimentar no Sector das Carnes (Talhos) A ACIT pretende promover Cursos de Higiene e Segurança Alimentar no sector das Carnes, dirigidos a todos os profissionais que operam no sector da comercialização e distribuição de carnes e produtos cárneos. Lembramos que este curso é obrigatório para a obtenção do Cartão de Manipulador de Carnes para os formandos e do certificado para as empresas. Estas acções necessitam de um numero mínimo de formandos, têm a duração de 15 horas e decorrem e horário pós laboral. Inscrições na sede da ACIT.


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temático QUID IURIS

O Sistema Judicial Português. Reflexão...

Por Pedro Martinho - Advogado

Hoje sinto-me um pouco desiludido, e ao mesmo tempo preocupado, com o estado em que se encontra a Justiça portuguesa, razão pela qual perdi até um pouco a vontade de abordar uma qualquer temática em concreto, mais útil para os nossos leitores. Perdoem-me, pois, mas a minha abordagem, desta feita, será mais em tom de desabafo, de uma certa revolta. Os problemas e as dificuldades que a Justiça (o sistema e a máquina judicial) vem atravessando são, de facto, muitos, e preocupantes, seja na óptica dos seus agentes – como é o meu caso – seja na dos seus “utentes”. São disso exemplo a cada vez maior desjudicialização da Justiça; o Mapa Judiciário; o Sistema do Apoio Judiciário; o novo Regulamento das Custas Judiciais; o corporativismo de alguns (muitos) magistrados; a instrumentalização da Justiça; as Reformas do Código Penal e do Código de Processo Penal, algumas delas efectuadas em função de interesses associados a processos mais mediáticos, etc, etc. Não esquecendo, claro está, que, sendo algumas das Reformas necessárias, as constantes e abundantes alterações legislativas com que somos bombardeados quase diariamente, seja no plano substancial seja no plano processual, nos obrigam a um esforço de actualização desmesurado e permanente, que quase nos absorve todo o nosso tempo. Alguns deles são de todos bem conhecidos, porque – justiça lhe seja feita – a comunicação social deles tem feito

JUVENTUDE Por Luís Martinho - Padre

a necessária divulgação e, nalguns casos, o inevitável alerta. Como outros aqui poderiam ser enumerados e abordados, o que, contudo, se tornaria inevitavelmente enfadonho. Não resisto, porém, a fazer uma alusão a uma das mais recentes polémicas, geradas pelo Ministério da Justiça, porque paradigmática da falta de bom senso e de equilíbrio com que são tratadas questões tão sensíveis para os cidadãos, como sejam as da Justiça, e nomeadamente as ligadas à problemática do acesso ao direito e do Apoio Judiciário, de decisões e medidas legislativas tomadas sem a necessária audição dos agentes (judiciários) envolvidos: a Portaria 10/2008, de 3 de Janeiro, que procedeu à nova regulamentação da admissão dos profissionais forenses no sistema de acesso ao direito, da nomeação de patrono e de defensor e do pagamento da respectiva compensação. É certo que o desempenho das funções de defensor oficioso e de patrono (dos mais desfavorecidos) tem uma componente social, e admito, consequentemente, que a prestação de tais serviços por parte dos advogados terá sempre um certo carácter de “prestação social”. Por essa razão é que alguns advogados (porque a tal não são obrigados) aceitam desempenhar tal tarefa com algum “espírito de missão”. Mas daí até à intenção de o Ministério da Justiça pretender atribuir tal tarefa aos advogados por lotes de processos (fazendo lembrar as “paletes” e uma espécie de trabalho à peça), ainda para mais mediante uma compensação que nem para o pagamento das despesas era suficiente (e não estou a exagerar), vai uma grande diferença. Não há espírito de missão que aguente. O que o M.Justiça pretendeu fazer é indigno de um estado de Direito Democrático: pretendia-se, por outras

Valores e projecto de vida Depois de termos desenvolvido a temática do Amor e da Sexualidade, passamos agora a abordar alguns Valores Humanos nos quais vale a pena alicerçar um Projecto de Vida. Uma vez assimilados e assumidos livremente, estes valores podem servir de bússola para toda a vida.

Sabemos que sempre houve, sempre haverá, e há, por variadíssimas razões, jovens inquietos. Interrogam-se acerca do sentido da vida, querem saber por quais valores devem orientar a sua vida, desejam propostas que os encham e lhes tragam a felicidade.

A felicidade está em termos valores de referência pelos quais vale a pena viver. A felicidade conquista-se lutando por ideais. Por isso, apresentamos esses quinze valores, que são para interiorizar e praticar. Aqui estão eles, apresentados ao jeito das bem-aventuranças.

É verdade que alguns enchem a sua vida de droga, álcool ou sexo, mas mesmo esses desejam ao mesmo tempo algo de mais consistente. Sentem que não é por aí que se caminha para a verdadeira liberdade, para a alegria de viver.

1. Felizes os que, vivendo entre pessoas tristes, apostam em irradiar uma grande ALEGRIA de viver. 2. Felizes os que procuram essa BELEZA que os anos não roubam, porque é uma beleza de alma, de espírito. 3. Felizes os que confiam que o DIÁLOGO é a melhor forma das pessoas se conhecerem cada vez melhor e se amarem. 4. Felizes os que vivem ECOLOGICAMENTE, porque são sensíveis à importância de manter a Terra habitável. 5. Felizes os que trabalham sinceramente pela PAZ, porque estão a preparar um mundo melhor. 6. Felizes os que se sentem RESPONSÁVEIS pelos outros, porque estes precisam de nós para terem vida abundante. 7. Felizes os SOLIDÁRIOS, porque o nosso tempo irá dar-lhes ocasião de o manifestarem em actos. 8. Felizes os que entenderam o valor da AUSTERIDADE, porque mais importante do que ter é ser. 9. Felizes os que estão sempre DISPONÍVEIS para servir, porque há maior alegria em dar do que em receber.

Foi a pensar nesta realidade que decidimos desenvolver, durante os próximos artigos, a temática dos valores humanos como pontos de referência que devem orientar a maneira de pensar, de sentir e de viver dos jovens e, evidentemente, dos adultos. Como fonte, seguiremos o livro de Pedrosa Ferreira, das Edições Salesianas, cujo título é: Valores Humanos, uma proposta para grupos de jovens. Este livro é um bom subsídio para a educação de alguns valores que nos ajudam a crescer como pessoas. Evidentemente que não se apresentam todos os valores. Apenas quinze e todos muito ligados entre si por um elo que se chama solidariedade ou amor fraterno.

palavras, que fossem os advogados a pagar, a sustentar o sistema de acesso ao Direito, na vertente do apoio Judiciário. E isso é inadmissível. Felizmente, o Bastonário da Ordem dos advogados, recentemente eleito, soube ser a voz dos advogados e “impor” ao Sr. Ministro a suspensão dos efeitos daquela portaria - que deveria entrar em vigor no dia 1 de Março - até ao dia 1 de Setembro próximo, em resultado de conversações e de um acordo alcançado entre o Governo e a Ordem dos Advogados. Aliás, a nova versão daquele diploma resultou na recentemente publicada Portaria n.º 210/2008, de 29 de Fevereiro, com significativas alterações ao regime naquele inicialmente previsto – embora, no meu modesto entendimento, ainda insuficientes. Estiveram bem, pois, o Sr. Bastonário e a Ordem dos Advogados. E um Ministério que não dialoga, em matérias tão sensíveis como a da administração da Justiça, é um Ministério de “surdos” e não pode, por isso, ser um bom Ministério. Pela minha parte, se tivesse persistido a sua “surdez, teria feito ouvir a minha voz retirando o meu nome, no dia 29 de Fevereiro, da lista dos advogados disponíveis para o desempenho das funções de defensor oficioso e de Patrono.

10. Felizes os que espalham no mundo sementes de ESPERANÇA, porque a colheita será abundante. 11. Felizes os que são GENEROSOS, disponíveis para partilhar os bens e a vida, porque serão verdadeiramente ricos. 12. Felizes os que têm fome e sede de JUSTIÇA, porque verão nascer uma sociedade mais igualitária e fraterna. 13. Felizes os que são SINCEROS de coração, porque só a verdade os fará verdadeiramente livres. 14. Felizes os TOLERANTES, porque nesta sociedade pluralista darão testemunho de respeito pela dignidade humana. 15. Felizes todos os que não se deixam escravizar pelo egoísmo, porque serão fermento de um mundo de LIBERDADE.


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efemérides

A vila de Caldas das Taipas e freguesias circundantes ao longo do mês de Março. Trabalho de pesquisa e recolha de Carlos Marques, abrangendo diversas áreas, desde a económica, política, comunicação, urbanismo, religiosa, saúde, ensino, desporto. 01/03/1900: Resolve-se pôr em praça pública, a obra de abertura duma rua da estrada municipal das ao Estabelecimento Thermal das Taipas. Projecto conduzido por António Martins Ferreira e approvado pelo Ministério do Reino em 19/06/1899. 02/03/1920: A vereação camarária reúne para discutir os anseios que os taipenses tinham reclamado dias antes, quando foram em grande número e em manifestação a casa do Presidente da Câmara. 03/03/668: Morre no Mosteiro Benedictino de São Martinho de Sande, o abbade do mesmo mosteiro, o famoso, Recesvvintho. Insigne poeta e orador, como testemunham as cartas que escreveu a Santo Ildefonso cheias de piedade e erudição. E, o elegante poema que compôs em louvor de Santa Engrácia e seus 18 companheiros no martyrio. Assistiu ao 10.º concílio de Toledo, pelos anos 660, tendo por companheiro o abbade Wamba, também benedictino do mosteiro de Santa Leocádia de Briteiros. Estes dois abbades morreram com fama de santos. 04/03/1931: Construção por parte da Câmara de paredes ao longo do caminho que vai do Lugar da Cancela ao Lugar ao Lugar de Sabroso na freguesia de São Lourenço de Sande. Pagamento efectuado a Cândido Ribeiro Capela de quarenta e cinco escudos 05/03/1908: Alberto da Silva Vasconcellos é nomeado vereador com o pelouro das Taipas. 06/03/1918: Arrematada a obra de reparação e melhoramentos no edifício escolar de São Salvador de Briteiros, pelo valor de sessenta e dois escudos. Adjudicada a Joaquim Silva Godinho. 07/03/1906: Obra de reparação e melhoramento do caminho municipal que vai do Lugar do Suigal ao Lugar do Lombo na freguesia de Santa Leocádia de Briteiros. Adjudicada ao empreiteiro Joaquim Ferreira pelo valor de noventa e oito mil réis. 08/03/1962: O deputado Costa Guimarães, traçando o panorama da divisão turística nacional, que se encontra posicionado por 44 comissões municipais e 33 juntas de turismo, entre as quais a de Caldas das Taipas à qual faz referência. Secundando o pedido de Guimarães para que se crie também a Comissão Municipal de Guimarães, que abrangeria os concelhos de Fafe, Felgueiras, Cabeceiras de Basto e Lousada, sem nunca o ter conseguido, pois ofuscaria a posição de Braga, e, na mesma sessão o deputado António Soares da Cunha, repudiou-o. O que é de realçar é que Caldas das Taipas, tal a sua importância nacional, entre 300 concelhos era uma das 77 localidades turísticas autónomas. 09/03/1486: El-Rei participa ao Duque de Braga, que a seu requerimento, o Papa annexa o Mosteiro de Souto à Collegiada de Santa Maria de Guimarães 10/03/1964: O deputado Nunes de Oliveira, em discurso na Assembleia Nacional, faz referência à Estância Hidrotermal das Taipas, que se impôs como termas cosmopolitas, permitindo circuitos turísticos de grande interesse, e, onde se encontram diversos vestígios romanos. 11/03/1931: Termo da construção de muros de suporte na estrada municipal que vai do Lugar da Ponte ao Lugar da Lomba, na freguesia de São Salvador de Briteiros, pelo valor de oitenta e oito escudos e cincoenta centavos. 12/03/1823: Por decreto é reformado o capitão da 12.ª companhia das ordenanças do Couto de Ronfe, pertencente à Capitania-Mor de Guimarães.

13/03/1690: João Pereira da Cunha e mulher Maria de Passos por escritura institui vínculo a favor de seu filho António Pereira da Cunha, de diversos haveres, designadamente, 3 alqueires de pão terçado proveniente do Casal do Couto de S. Thomé de Caldellas. 14/03/1928: A Câmara paga ao cobrador de impostos António Augusto Branco, a percentagem correspondente pela arrecadação do imposto ad-valorem no posto das Caldas das Taipas, a quantia de quarenta e cinco escudos e oitenta centavos. 15/03/1734: Provido para a paroquia de Caldellas, o vigário José da Costa Miranda. 16/03/1373: Nomeado reitor da igreja de Caldellas, o vigário Gonçalo Domingues. 17/03/1963: Última eleição dos corpos dirigentes do Turismo Hóquei Clube das Taipas. 18/03/1903: Admitida no hospício dos expostos como desvalida, Ana, filha de Teresa Ferreira da freguesia de Longos, vista a absoluta pobreza da mãe, e, presentemente achar-se doente. 19/03/1884: Com vista a não diminuir o movimento termal em Caldas das Taipas, a Câmara decide comprar um terreno para ali instalar um novo balneário. 20/03/1906: Recepção de cento e vinte metros cúbicos de pedra britada para empedramento duma parte do Largo da Alameda, junto o Estabelecimento Thermal de Caldas das Taipas. Custou oitocentos réis cada metro. 21/03/1840: O padre António José Lopes é restituído à Abbadia de Santo Thirso de Prazins. 22/03/1906: Autorização dada ao Reverendo José Custódio Ferreira Pinto, para este reformar uma parede duma propriedade, que este possui no lugar da Cancella da Veiga, na povoação de Caldas das Taipas. Com a condição do mesmo proprietário, ceder a título gratuito um terreno que possui do outro lado do muro, para a construção do mercado. O projecto fora superiormente approvado. 23/03/1934: Concedido o subsídio de lactação de quinze escudos mensais a cada um dos requerentes António Augusto Branco, ferrador e a Isabel da Purificação Castro, ambos da freguesia de Caldelas. 24/03/1858: A Banda de Música de Sande, acompanha com a sua filarmonia a procissão dos Passos em Guimarães. 25/03/1914: A Câmara confirma o atestado de pobreza passado pela Junta de Paróquia Civil de Caldelas, passado a Antónia Moreira, solteira, costureira, de vinte e sete anos de idade. 26/03/1917: Nomeada professora da Escola Feminina de São Martinho de Sande, Francelina Augusta Leite Moreira de Castro, da escola de Braga, que teve a classificação de dezasseis valores. 27/03/1951: O Turismo Hóquei Clube das Taipas, vence em Guimarães, no ringue da Amorosa, o Vitória Local, pela margem mínima. O clube das Taipas alinha com Lopes, Ferreira, Zéquinha, Macêdo, Eusébio e Mário. 28/03/1899: Manuel da Silva Mendes pede a demissão de tesoureiro da Junta de Freguesia da Paróquia de Caldelas, e é substituído por António Fernandes. 29/03/1359: O Cabido faz emprazamento, em duas vidas, da igreja de Sanhoane de Ponte, com suas dizimas primiciais, vados e com a sua lavra toda, salvo o Couto, que lhe fica reservada a Martim Annes, besteiro, morador em Guimarães, com a obrigação de pagar ao capellão e dar-lhe “moozinho (mocinho) que lhe ajude à missa e almoinha e

manceba que lhe cozinhe a carne e pescado e broa hi na igreja e nom lhi fazer outro serviço” e dar à igreja de Braga 14 libras por as vados e colheita a 2 cónegos e 90 libras ao Cabido e manter a igreja no temporal, não se escusando de pagar a renda por “geada nem por pestilência” 30/03/1904: Arremata a obra de reparação e melhoramento do caminho municipal que vai da Ponte de Donim para o Lugar do Passo, na freguesia de Santa Maria de Souto, pelo valor de setenta mil réis. Obra adjudicada a Justino Vianna. 31/03/1920: Em domingo de Páscoa, os fregueses de São Lourenço de Sande, inauguram com solenidade, o retrato do seu pároco, Padre José Ferreira Leite.

“Reflexo - O Espelho das Taipas”, Edição nº 141 de 3 de Março de 2008

JUSTIFICAÇÃO Avª de Londres, Bloco 1 C, F, Creixomil - 4810-100 Guimarães NOTÁRIO Lic. Carlos Manuel Forte Ribeiro Tavares Eu, abaixo assinada, Maria Madalena da Silva Mendes, expressamente autorizada pelo referido notário a praticar este acto, certifico para fins de publicação, quer por escritura lavrada hoje, exarada a folhas SETENTA E TRÊS, do Livro de notas para escrituras diversas número CENTO E QUINZE – A, MANUEL PEREIRA FERNANDES, NF 167 921 916 e mulher MARIA LÍDIA DA SILVA COELHO, NF 167 921 967, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes na Rua José Alves, nº 236, freguesia de Souto (S. Salvador), concelho de Guimarães, de onde ele é natural, sendo ela natural da freguesia de Rendufinho, concelho de Póvoa de Lanhoso, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico composto de terreno de mato, com a área de vinte mil e trezentos metros quadrados, situado no Lugar de Agras, freguesia de Souto (S. Salvador), concelho de Guimarães, a confrontar de Norte com caminho, do Sul e Poente com Conceição Freitas Alves e Francisco Alves e Nascente com Manuel António Cunha Fernandes e outra, inscrito na matriz rústica em nome do justificante marido sob o artigo 406, com o valor patrimonial tributário de € 2.500,00 e atribuído de quinze mil euros, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Guimarães. Que o identificado prédio veio à posse dos justificantes por compra verbal que fizeram em dia que não podem precisar do mês de Agosto do ano de mil novecentos e oitenta e seis, a Maria da Glória Araújo Malheiro de Sousa Meneses, viúva, residente que foi na Quinta das Flores, lugar de Merufe, freguesia de Santa Maria do Gerez, concelho de Viana do Castelo, já falecida, sem que tenha sido lavrado o competente título formal para titular a referida compra. Que na verdade os justificantes são quem de forma ininterrupta, se têm mantido na posse e fruição do identificado prédio há mais de vinte e um anos, sempre usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o, plantando árvores, procedendo ao corte de silvas e de mato, pagando os respectivos impostos, administrando-o por isso com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente porque sem violência, pública e continuamente, sempre à vista de toda a gente e sem oposição de ninguém, pois todos reconhecem nos justificantes os verdadeiros e únicos possuidores do identificado imóvel, posse que sempre foi exercida no convencimento e com a intenção de estarem a exercer os poderes correspondentes ao direito de propriedade sobre coisa própria. Que dadas as enumeradas características de tal posse os justificantes adquiriram o mencionado prédio por USUCAPIÃO, que invocam, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Guimarães, vinte e um de Janeiro de dois mil e oito, A COLABORADORA DO RESPECTIVO NOTÁRIO, Maria Madalena da Silva Mendes Conta registada sob o número 200/001/2008 - Factura recibo


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