Reflexo #295 2021-01

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Janeiro de 2021 / Ano XXVIII / #295

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SUPLEMENTO

Força da juventude ao serviço do clube da terra pp. 13 a 17

REPORTAGEM

Primeiro período positivo, mas os efeitos da pandemia podem ser semelhantes a um "contexto de guerra" pp. 04 a 07

Praia Seca em processo de classificação de água balnear na APA

Marta Mestre quer tornar o CIAJG um "espaço plural"

Donim terá no Parque de Lazer dos Moinhos o início da Ecovia

CC Taipas chega-se aos lugares da frente do pró-Nacional

Agência Portuguesa do Ambinete avalia parque de lazer taipense.

Nova curadora do espaço cultural vimaranense fala das suas expetativas.

Junta adquiriu terreno para construir um novo parque de lazer junto ao Rio Ave.

Conjunto taipense venceu os dois jogos em dezembro e subiu na tabela classificativa.

p. 9

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Num ano que ficará na A pandemia causada história da humanidade, o pela Covid 19 tornou-se destaque vai mesmo para o acontecimento de 2021 algo que se espera ter um e marcante na história da peso significativo na soluhumanidade mais recente. ção do problema. A aprovaRevelou o que de melhor ção e consequente início da e pior tem um ser humano aplicação da vacina contra face a uma adversidade. o Covid 19 será o aconteciImpôs um cataclismo nas mento do ano pela positiva. economias que terão de reNão se vislumbra outra cuperar a curto prazo. Temos forma de os países retomauma geração mais nova que rem o seu crescimento ecosofreu (ainda que ao de leve) nómico e de as populações a sua primeira contrariedade. saírem da depressão em que Falta saber como vamos estão mergulhadas. ultrapassar isto tudo, bem como ultrapassar os problemas dos confinamentos.

EDITORIAL Alfredo Oliveira

2021 com muitas incertezas Raros são os setores que não estão a sentir a crise generalizada causada pela Covid 19. No entanto, há setores que tiram vantagens de quando tudo está em baixo. Num texto de opinião, Francisco Louçã, no jornal Expresso, afirma que os grandes beneficiadores da crise económica são os títulos financeiros. Refere que as pessoas estão a adiar aplicar o seu dinheiro na aquisição de novos produtos. Por outro lado, os juros bancários (como toda a gente sabe) estão baixíssimos (ou ainda se paga para ter o dinheiro nos bancos). As empresas, perante a redução do consumo, temem investir, o que pode levar ao desemprego. Perante esta realidade, Louçã afirma que estamos perante um cenário de deflação que empurrará os investidores para o mercado financeiro, que se irá autoalimentando até... a bolha rebentar. Ou seja, será difícil termos um 2021 pior que o ano que finalizou, mas não será tão improvável quanto isso. Nas questões sociais, apesar de alguns sinais pessimistas, podemos esperar melhores dias. A vacinação e o caminhar para a imunidade de grupo, acreditamos (ou queremos tanto acreditar), levará a que algumas medidas possam ser levantadas. Os jovens reclamam pela sua liberdade social (apesar de algumas vezes de uma forma demasiado egoísta). Os idosos merecem ter um tratamento mais pessoal e um contacto direto com os seus familiares. As pessoas precisam urgentemente de retomar o seu trabalho normal. Os serviços do estado, ainda mais urgentemente, e em todos os setores, precisam de abrir as portas aos seus utentes. As escolas, como vemos na reportagem desta edição, apesar de terem um desempenho abnegado e empenhado por parte dos seus profissionais, precisam que se regresse a um ensino presencial em pleno (sem alunos e professores em isolamento), para se terminar com um ensino à distância pouco eficaz e com resultados muito duvidosos. Temos de ter um ensino onde alunos e professores possam ver as expressões dos rostos, sem estes terem uma máscara que impede a comunicação plena. Tudo isto para se evitar o acentuar das desigualdades de oportunidades. Apesar de algum pessimismo do texto, sou dos que acreditam que seremos capazes de dar a volta a estes problemas.

reflexo O Norte de Guimarães

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PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 295/ Janeiro de 2021 / Ano XXVIII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha, Bruno José Ferreira e Carolina Pereira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos FOTO DE CAPA Bruno José Ferreira ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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REPORTAGEM Adelina Pinto

"Primeiro período com balanço positivo, ainda que os efeitos negativos possam ainda perdurar" BRUNO JOSÉ FERREIRA

Balanço do primeiro período letivo é feito de forma positiva pela vereadora com o pelouro da educação, Adelina Pinto, e pelos diretores dos agrupamentos de escolas da zona norte do concelho, assim como pelo diretor da Escola Secundária das Taipas. 182 alunos foram infetados neste período, uma percentagem residual, mas os feitos da pandemia poderão ser assemelhados aos de um contexto de guerra. Reportagem Bruno José Ferreira

Adelina Pinto

Vereadora da Educação

O primeiro período letivo do ano escolar 2020/2021 foi, sem dúvida, o mais diferenciado de sempre no que ao ensino diz respeito. Tal como nas restantes áreas, também nas escolas a pandemia teve os seus efeitos, sendo que as crianças e adolescentes regressaram à escola depois de meio ano de ausência do espaço físico escolar e em que se manteve o ensino à distância. Finalizado o primeiro período escolar o balanço traçado quer por Adelina Pinto, vereadora municipal e principal responsável pela

vertente do ensino em Guimarães, assim como por parte dos diretores dos estabelecimentos de ensino da zona norte do concelho é positivo. Segundo dados a que o Reflexo teve acesso, num universo de 3958 alunos da Escola Secundária das Taipas, Agrupamento de Escolas das Taipas, Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso (Ponte) e Agrupamento de Escolas de Briteiros, apenas 4,5% foram infetados pelo novo coronavírus, ou seja 182. Maior foi o número de alunos que esteve em isolamento 1321, o que significa praticamente um terço da comunidade escolar. Adelina Pinto traça um balanço positivo deste primeiro período em declarações ao Reflexo. “Quando nós abrimos o ano estávamos todos muito preocupados porque havia uma corrente que dizia que se abríssemos as escolas dias depois estavam a fechar. Três meses depois nós conseguimos ter as escolas abertas. Nunca nenhuma escola fechou, conseguimos ter uma resposta muito importante por parte das escolas e as

escolas adaptaram-se de uma forma fantástica às restrições. Tivemos muitas crianças infetadas, eu nunca soube o número real, acho que ninguém sabe, um dia destes a saúde pública vai-nos dar esse comunicado, mas tivemos umas centenas de alunos infetados e tivemos provavelmente milhares de alunos em isolamento ao longo deste tempo e houve escolas em que muitas dessas questões foram muito preocupantes em determinadas alturas. Os diretores e professores conseguiram, de alguma forma, assumir até muitas das fragilidades que a própria saúde pública tinha pela falta de resposta em tempo real. Portanto, eu acho que foi um balanço muito positivo e que aprendemos todos muito”, refere. Admitindo que se verificaram vários casos de infeções e de alunos em isolamento, a vereadora considera que “nunca houve um descontrolo” da situação, reforçando a ideia que as escolas tiveram de dar resposta a inúmeras situações, substituindo, inclusive, a saúde

pública. “Tivemos situações mais complicadas em escolas maiores, às vezes muito localizadas no tempo, lembro-me que a EB 2/3 das Taipas teve casos muito próximos que depois também se estenderam ao agrupamento. As escolas secundárias da cidade também tiveram, mas nunca houve um descontrolo. Havia muita preocupação de início, muita preocupação que houvesse infeção e contágio na escola, havia sempre essa preocupação de tentar reduzir ao máximo, mas acho que não foi assim nenhum caso catastrófico. Houve, efetivamente, tempos no princípio de novembro muito complicados, com muitos casos, em muitas escolas, casos de turmas, que iam duas ou três vezes para casa". Tínhamos de ensinar as crianças a partilhar e, agora, temos de ensinar a não partilhar

Havendo a consciência de que este período letivo não foi, de todo, normal, e o foco foi sobretudo o contexto pandémico e o cumprimento

dos planos de contingência de forma a prevenir o contágio. Adelina Pinto acredita que dentro das salas de aula foi possível esquecer a pandemia e apontar baterias à matéria. “A escola já está tão impregnada deste contexto de conhecimento curricular que é quase impossível não ter o ensino como prioridade. A escola respira essa parte do que é a sua missão. Houve um tempo, dos diretores e de eu própria, enquanto vereadora em que até dizia que era vereadora da Covid-19, porque grande parte do meu tempo foi a resolver questões Covid-19, nomeadamente declarações, fazer testes, mais funcionários, tudo isso. Não foi um 1.º período normal, não foi, porque tivemos meninos a entrar, meninos a sair, em que aconteceram coisas espantosas, como professores estarem em casa em isolamento a dar aulas por via digital com os meninos na sala da aula. Foi, seguramente diferente do que se as crianças estivessem em casa. Foi fundamental ter as crianças na escola, muitas questões sociais que tivemos na primeira fase, não se sentiram nesta fase. A escola já estava aberta e a dar resposta, recebendo os alunos, dando-lhes almoço, a refeição, há toda uma logística que a escola está preparada e que responde. Depois há a questão da saúde mental, em que muitas das crianças estavam a precisar de apoio psicológico, também, de alguma forma, fomos tendo agora respostas. Por outro lado, fomos desenvolvendo outras aprendizagens. Os meninos foram-se apercebendo que a vida é diferente do que estavam habituados. O digital cresceu imenso e veio muita coisa para ficar, a utilização de plataformas que já existiam e nunca foram tão utilizadas como agora. Se calhar não foram feitas as aprendizagens que deviam, mas foram muitas aprendizagens, significativas, e, seguramente muitas mais do que no terceiro período do ano passado". A este nível coloca-se outra questão: a avaliação. Com todas as vicissitudes deste período foi possível atribuir notas e seguir com a avaliação dos alunos de forma adequada? A vereadora da educação recorda que a avaliação é contínua, sublinhando que os professores têm diversos instrumentos para poder avaliar competências. “As escolas estão habituadas, sabem muito bem avaliar e sabem muito


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bem que esta avaliação tem de ser muito ponderada, porque houve aqui muitos fatores a ter em conta. Depois, há a própria insegurança que professores e alunos tiveram, de estar com máscara, o contacto visual que é feito, tudo isto teve de ser repensado. Até agora tínhamos de ensinar as crianças a partilhar e depois disso tivemos de ensinar a não partilhar. É tudo diferente. Tudo o que estamos a pensar é diferente. Claro que a avaliação é continua e contextualizada, cada turma tem o seu contexto e tem de ter em conta o que existiu alio à voltam, sendo que a criança não pode ser penalizada”, aponta Adelina Pinto. As crianças podem ficar com alguns problemas a nível mental

Para lá deste primeiro período, começa também a pensar-se no futuro. Apesar de poder ainda ser prematuro, começa a olhar-se para as implicações que podem ter nas crianças e adolescentes que, de forma abrupta, veem o contexto escolar, e não só, completamente alterado. Adelina Pinto tem dúvidas, mas assume que o município vai levar a cabo um estudo para avaliar a saúde mental dos alunos, reconhecendo que o cenário pode ser semelhante ao contexto de guerra. “A última pandemia foi em 1918, foi muito semelhante ao que se passou e está a passar agora, com as escolas fechadas, mas tínhamos um grupo restrito de pessoas nas escolas. Quem frequentava as escolas em 1918 e, agora, em 2020 é uma diferença abismal. O que estamos a fazer no âmbito do ProChild, o que os investigadores têm estado a estudar, é que esta pandemia se deve assemelhar a uma guerra. Quando vemos o que é que uma guerra faz às crianças, faz com que as crianças não andem à vontade na rua, que andem com medo, ou seja no fundo é uma guerra contra um inimigo invisível. Neste conceito de guerra, aquilo que achamos é que trinta por cento das crianças vão ter problemas complicados a nível da saúde mental. Vão aumentar os medos, as inseguranças e isso nós sentimos. Nós sentimos duas coisas: primeiro as crianças que ficaram em casa queriam ir para a escola, porque faz parte do seu ser social, dos amigos, do gostar da escola, do brincar, jogar à bola e de estar com o professor. E temos as

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crianças que ficaram em casa por precaução ou por por receio. Nós tivemos um grande aumento de pais a pedir ensino doméstico. Muitos pais, que eu fui tentando demover, porque sabemos que isto não é um processo que não vai acabar rápido, uma coisa é um mês ou dois, como foi na primeira fase que se tinha de estancar a pandemia, hoje todos sabemos que isto não vai acabar de um momento para outro e, portanto, todas estas regras vão continuar, não podemos ficar em casa um ano fechados. Mas, temos muitos pais a pedir ensino doméstico e são de certa forma os pais que estão a transmitir certos medos aos filhos, que os fazem sentir muito mais inseguros. Depois o facto de os miúdos estarem infetados é muito complicado. Eles vão para casa e ficam isolados e o facto de poderem infetar outros colegas, ou os pais, tudo isto preocupa-os. A grande preocupação que as pessoas infetadas têm é o infetar os outros. Depois houve um processo complicado nas escolas, que teve a ver com o bullying aos infetados - os miúdos que supostamente traziam o vírus para a escola - e que por isso passaram por alguma rejeição, mas que as escolas de alguma forma conseguiram trabalhar. Acho que estas crianças, todas elas, vai-lhes ficar bem presente a questão da pandemia”, aponta a vereadora. Ainda assim, Adelina Pinto crê que não só de coisas negativas esta pandemia será lembrada, dizendo que a Covid-19 levou a que tudo fosse questionado. “Não será tudo negativo, porque também acho que nos dá uma ideia de um mundo muito mais relativo, a ideia de que nem tudo está seguro. E é algo que grande parte das crianças, principalmente aquelas que têm contextos sociais económicos mais favorecidos, acham que têm a vida resolvida e de repente percebem, que a vida não está resolvida. Todos nós enquanto pais, enquanto professores, fomos dizendo aos miúdos que o comportamento que temos vai afetar os outros, mas a maior parte das vezes os miúdos não têm esta noção e com a pandemia perceberam isto. Por exemplo, o facto de eu estar aqui sem máscara, poder estar infetada e não ter cuidado, isto rapidamente pode transferir o vírus para alguém que pode ter um outro problema paralelo que eu não sei e por isso posso estar a causar uma doença grave ou a morte a alguém. Isto é muito realista".

Segundo período preparado em atualização constante

Com pouco tempo para balanço e com necessidade de preparar de imediato o segundo período, que arrancou na passada segunda-feira, 4 de janeiro, o regresso à escola foi preparado sem grandes alterações, até porque estamos a falar de uma questão em constante evolução. “Fomos adequando aquilo que íamos fazendo com as escolas à medida que as situações iam acontecendo. Acho que chegámos ao final do período com uma situação confortável. Claro que estamos todos muito preocupados do que irá resultar daqui até ao final de janeiro, de qualquer forma, achamos que estamos numa situação mais controlada agora do que estávamos, no início da pandemia. Todo o processo de aprendizagem que fizemos, os miúdos colocados em isolamento, como se trabalha a questão das bolhas, toda essa aprendizagem já está feita. Se nós tivermos uma eventual terceira vaga, estamos melhor preparados e os próprios pais também já colaboram melhor na contenção do vírus. Janeiro e fevereiro são meses de inverno, mais frios, com constipações e gripes, será mais mais complicado. Poderemos ter uma maior normalidade a partir de março, assim o espero. Vamos estar atentos aos miúdos e ver como é que eles evoluem. Ao nível psicológico, quando necessário, vamos ter de os encaminhar para serviços de psicologia. Uma das questões que nos preocupa tem a ver com os recreios cobertos. Nós temos vindo a fazer algumas intervenções, não temos vindo a ter capacidade para fazer mais, mas estamos agora a tentar fazer mais correções, porque efetivamente se vier um janeiro e fevereiro chuvosos preocupa-nos que os miúdos estejam permanentemente dentro da sala de aula. Será algo que vai trazer impactos muito grandes, nomeadamente ao nível das aprendizagens, porque os miúdos têm de ter um tempo de estar na sala de aula, têm de ter um tempo de sair, de jogar à bola, correr, saltar, para depois voltar. Se eles não conseguirem fazer isso, dia após dia, isto vai trazer efeitos para a sua própria aprendizagem, para o seu bem-estar físico e emocional e à sua capacidade de concentração”, conclui Adelina Pinto.

Dados COVID-19 nas escolas das Taipas, Ponte e Briteiros

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REPORTAGEM “Tivemos de nos readaptar constantemente”

Celso Lima

Diretor da Escola Secundária de Caldas das Taipas

“Foi um processo de adaptação permanente. A escola, em função do decorrer dos acontecimentos, teve de se ir adaptando. Começámos o ano letivo com a expetativa elevada, acreditando que seria melhor do que o período anterior. Mas fomos percebendo que as coisas iam acontecendo e havia necessidade de se ajustar toda a dinâmica de funcionamento. Já tínhamos passado, desde março até maio, por esta situação com o regresso às aulas do 11.º e 12.º ano pela adaptação do plano de contingência, tínhamos todo esse processo, à partida teríamos a escola adaptada às exigências, e neste processo já estávamos um pouco envolvidos. Fomos adaptando. Em regras de funcionamento foi uma aprendizagem, a própria autoridade de saúde foi alterando as formas ed atuar. Foi um processo em que houve adesãoReflexo por parte dos professores, da núncio Jornal comunidade e essas alterações implicaram mudanças grandes. Vimos que as coisas EPETED ainda não estavam bem ajustadas numa fase inicial, turmas que havia um caso e tiveram de ir para isolamento, depois esse processo foi melhorando com o controlo mais rigoroso, tivemos alguns casos de professores que inicialmente por contactos com familiares tiveram de ficar em isolamento. Tivemos de fazer adaptações no processo de aprendizagem de forma a quês os nossos alunos, de forma a que os nossos alunos acabaram por não perder em termos de aprendizagem. Nos casos em que foram alunos que ficaram em isolamento fez-se um processo de planos de trabalho semanais em que se envolveu

“Resiliência dos professores foi enormíssima”

os professores e os diretores de turma; foi sempre a medida pedagógica em que os alunos trabalhavam de forma autónoma, sendo o trabalho monitorizado semanalmente, sendo as aprendizagens verificadas. Quando o aluno regressava era feita uma avaliação rigorosa sobre o trabalho desenvolvido. Em termos de aulas presenciais, sempre que os professores tiveram de ficar em isolamento a escola, em parceria com os órgãos pedagógicos, definiu uma metodologia de aulas João Montes de substituição, com um mecanismo de Diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas permuta e reposição de aulas, um plano que resultou porque as perdas, se aconteceram, foram pouco expressivas. Claro que houve adaptação por parte dos professores, em “O balanço do 1.º período decorre daquilo termos de ferramentas, tiveram à distância que foi a aplicação da Covid-19. Tivemos que durante um longo período. Em bom rigor pegar na experiência do confinamento que foi nós temos alunos de ensino secundário, feito no 3.º período do ano letivo transato para mas três blocos de alunos completamente dar resposta ao que eventualmente pudesse diferentes. Os que estão no 12.º ano já se ser este período. Aqui com uma dificuldade adaptaram à exigências e o processo foi acrescida, porque no final do ano letivo mais simples, os de 11.º a partir de março anterior sabíamos com o que estávamos a estiveram em casa com aulas à distância lidar, tínhamos os alunos em casa e ainda em que o processo teve de se reorganizar, que tivéssemos um modelo estruturado de porque os contextos não são os mesmos, resposta a essa vigência respondemos com e depois tivemos as novas aquisições, que eficácia. A partir de setembro calcorreamos vieram do 9.º ano mudando o estabeleci- uma trajetória baseada na incerteza do dia mento de ensino, com regras diferentes, seguinte. Partimos do pressuposto que, e tudo isto, com estas perturbações, tem eventualmente, teríamos turmas em casa, efeitos que a escola tem de ir adaptando. Em tínhamos um modelo implementado de entermo de saldo é um saldo positivo, tanto sino à distância, estávamos preparados para mais que acho que estamos no rumo certo ter parte dos alunos na escola e outra parte em termos de rede, porque as escolas têm em casa, mas não estávamos à espera que trabalhado muito em articulação. uma terceira situação se vivesse impor de Apesar de tudo, os pais e encarrega- forma significativa: parte dos alunos de uma dos de educação terão oportunidade de se turma estarem na escola, parte estar em casa manifestar, entre 6 e 12 de janeiro decor- e isso acontecer quase de diariamente de rem reuniões à distância e teremos este forma sistémica. Isso trouxe-nos problemas feedback e uma noção mais rigorosa por crescidos ao nível da gestão organizacional parte dos pais, que estarão todos presentes da escola, tivemos de responder com eficáe participar nas reuniões com o diretor de cia, ao nível da prática pedagógica, em que turma, podendo expressar de forma mais a resiliência dos professores foi enormísdetalhada toda a sua perceção. Teremos sima porque tinham elaborado um quadro todo o cuidado a recolher essa informação de planeamento a pensar naquilo que era a e a analisá-la porque tudo isto não passou evolução da pandemia e a resposta adequada ainda, está cá, e temos de ir continuando a à situação. E foram confrontados com uma adaptar e ajustar às situações. Tenho de dar nova dinâmica, tendo de reagir em termos uma palavra de louvor, e de agradecimento, de ação pedagógica. Fizeram-no com grande 255 mm a todas as estruturas, porque foi feito um eficácia, com uma resiliência enorme e que trabalho árduo por parte de todos”. implicou um garante que esta escola oferece

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em termos de qualidade de ensino, estando próximo das famílias e das necessidades dos alunos. É evidente que não podemos partir do pressuposto que conseguimos chegar a todos os alunos, haverá sempre exceções, ou porque a tecnologia não funciona, porque os pais não oferecem a retaguarda necessária, porque não estão em casa, mas a resposta foi extremamente positiva, inclusive nas escolas do 1.º ciclo, aí a resposta foi mais simples porque quando os alunos eram colocados em isolamento profilático obrigatoriamente os pais estão presentes. Findo este período estamos bastante satisfeitos com o decorrer do trabalho que foi desenvolvido e com as repostas que foram dadas. Com eficácia, eficiência, trabalho estruturado, que permitiu aos alunos fazer o acompanhamento da atividade escolar. Em relação ao que são equipamentos de proteção individual não tivemos problema algum. Atempadamente, com financiamento da administração central, tivemos tudo aquilo que era necessário para implementar essa resposta, introduzindo em todos os espaços aquilo que eram fatores que permitiam combater a proliferação ou a infeção em contexto escolar. Não houve falta de material, bem pelo contrário, houve até um excesso na sua utilização. Preferimos pecar pelo excesso do que reservar aquilo que são recursos fundamentais para os dias seguintes. Os alunos também se foram ajustando e hoje vemos com uma satisfação enorme que vemos que os alunos fazem da máscara um objeto quase fundamental para a sua trajetória na escola, seja em convívio nos espaços de recreio, seja ela dentro da sala de aula. Daí que, e pese embora meia centena de infeções que ocorreram com alunos deste agrupamento, qualquer coisa como quatro por cento dos alunos que temos, só houve um caso de contágio intraescolar, e ocorreu, curiosamente, no último dia de aulas do primeiro período, de forma que, a este nível, da resposta e da eficácia de recursos necessários para fazer face à doença Covid-19 estivemos sempre bem, não houve falta de nada. Inclusive, ao nível das máscaras, fornecemos sempre aos alunos quando necessário, quando houve esquecimento, para que fosse possível fazer a atividade normal”.


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“A escola conseguiu cumprir a sua missão”

Luís Morais

Diretor do Agrupamento de Escolas de Briteiros

“O Agrupamento de Escolas de Briteiros começou por definir o seu plano de contingência, por restruturá-lo, porque já tínhamos um que vigorava desde março, no entanto face às novas orientações do ministério adaptamos-mos à nova realidade exigida e podemos fazer um balanço que eu considero positivo. Em primeiro lugar porque a forma como organizamos o ano letivo permite, de certa forma, a separação e a segregação, entre aspas, dos alunos das várias escolas. Ou seja, nós desde o pré-escolar ao terceiro ciclo que temos horas de entrada para as várias turmas diferenciadas, horas de intervalo também diferenciadas e horas de almoço também diferenciadas embora em algumas situações, e é aí que têm ocorrido alguns problemas, o facilitar, o abrandar um bocadinho, a exigência de cumprir exatamente o plano de contingência, é aí que por vezes se detetam alguns problemas e acabam por criar alguns constrangimentos. No pré-escolar a incidência, apesar dos alunos não usarem máscara, tem sido reduzida. No pré-escolar parece-me que temos, salvo erro, duas crianças positivas até agora. Mandámos isolar uma turma, por exemplo, num período em que a autoridade de saúde ainda não tinha um protocolo muito definido. A partir daí, os nossos alunos do primeiro ciclo começaram a usar máscara e felizmente os feriados que vieram e agora esta interrupção que veio, abrandaram um bocadinho a incidência de casos positivos. O que se nota é que realmente isto não para. Agora, na interrupção letiva, tínhamos a escola de Donim onde PUBLICIDADE

na última semana de aulas se detetou um caso de um adulto, e demos com o surto na escola: fizemos a testagem com o apoio da câmara municipal de todos os alunos e só se detetou um caso positivo, de 46 apenas um caso positivo e foi um adulto. Ou seja, o surto estava centrado naquela turma. Agora, eu considero que apesar de tudo, mesmo com os constrangimentos com os professores que ficaram em isolamento, o número de professores positivos, a escola conseguiu cumprir a sua missão. Os alunos mesmo estando em casa, ou tiveram aulas à distância, ou tiveram trabalhos via Classroom. Eu considero que foi um processo positivo, mas não desejável. Não sinto que o processo de aprendizagem tenha sido quebrado por causa dos constrangimentos da Covid-19. Claro que existiram alunos que tiveram maior incidência porque tiveram mais que um isolamento, e outros que não tiveram isolamento nenhum, mas as decisões têm-se revelado acertadas. O que nós notamos é que no momento em que fizemos o inquérito dos contactos próximos de alto risco, muita gente retrai-se. E este surto que tivemos na escola de Donim foi precisamente fruto disso e nós estávamos a olhar para os do primeiro ano e os infetados eram do quarto ano. Felizmente, o ministério da educação teve o cuidado de disponibilizar verbas para adquirirmos o essencial. Aliás, nós já temos comprados os kits para o segundo período. Relativamente ao álcool gel temos a reserva para o segundo período e também nas escolas do primeiro ciclo e pré-escolar, como já tínhamos a estrutura montada, deu-se continuidade. As juntas de freguesia têm sido parceiras extremamente importantes neste processo. Aquilo que é menos positivo neste processo é quando as pessoas começam a achar-se a autoridade da saúde pública, começam a desconfiar, ou a tecer ciência sobre o comportamento do vizinho e isso não me parece correto porque isso cria o caos. Muitas vezes não respeitarem as nossas orientações que estão em consonância com a saúde pública, acaba por criar de certa forma um ambiente nada benéfico junto da comunidade, junto daqueles núcleos, sobretudo quando as comunidades são mais pequenas”.

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“Período feliz para alunos pelo regresso à escola”

Artur Monteiro

Diretor do Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso

“Foi um período com muitas vicissitudes, com muitas problemas. Penso que a estruturação e a preparação do ano letivo, por toda a gente sabido que é um ano atípico com muitas dificuldades, algumas trazidas e derivadas já do ano letivo anterior, penso que com todo este enquadramento, com os meus colegas de direção, com os professores, muito importantes no processo, com os funcionários, com os assistentes operacionais e os assistentes técnicos, com as famílias também, e com os alunos, que foram irrepreensíveis na forma como acataram e assimilaram as regras sanitárias impostas perante esta pandemia conseguimos. Começámos o período logo a confinar assistentes operacionais, alguns colegas, poucos funcionários, poucos professores, e bastantes alunos, porque apesar de tudo as escolas estavam muito bem apetrechadas, muito bem protegidas, mas mesmo assim não conseguíssemos evitar que em algumas circunstâncias o vírus se propagasse. O facto de ter de enviar os alunos para casa, para o trabalho síncrono, foram situações pontuais e o último terço do primeiro período podemos dizer que foi suave e, acima de tudo, muito feliz para os nossos alunos. E isso é que importa realçar, o facto de sentirmos que

os nossos alunos estavam muito felizes no fim do período. Até em conversa com os alunos no fim do período nós perguntávamos o que tinha sido melhor, ou qual foi o seu sentimento perante dois modelos de ensino que tiveram em poucos meses, no final do ano letivo anterior e este primeiro período. Eles foram, todos perentórios a transmitir aos professores que a presença na escola lhes dá vida e lhes dá alma. Houve um investimento do nosso agrupamento de escolas em recursos eletrónicos e informáticos de forma a que quando os nossos alunos fossem para casa recebessem as aulas com a maior normalidade possível, e até proximidade, porque foi um investimento muito específico. O aluno que fosse para casa ter aulas síncronas em ensino à distância, porventura, é como se tivessem o sentimento de estar dentro da sala de aula, porque esse investimento foi feito com esse propósito, para que os alunos que estavam em casa pudessem intervir e falar com os professores e com os colegas em casa como se estivessem numa sala de aula, embora virtual. Houve esse investimento e também da Câmara Municipal de Guimarães, isso é importante realçar. Esteve sempre do nosso lado, dos agrupamentos de escolas, teve esse propósito de fornecer esse mesmo material. Penso que comungamos um propósito, escolas e Câmara Municipal, de proporcionar as melhores condições de segurança aos nossos alunos, mas também o máximo de condições para as aprendizagens dos alunos. Penso que aquilo que nós podemos aquilatar e evidenciar é que está tudo muito bem controlado a nível de escola, daquilo que são as necessidades para o segundo período e, porventura, até ao final do ano letivo, sendo que, e vou reforçar novamente, o facto de o município estar muito próximo dos agrupamentos só favorece o bem-estar dos nossos alunos e as suas aprendizagens.


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#295

ATUALIDADE Assembleia de Freguesia

Será nepotismo ou mera coincidência? DIREITOS RESERVADOS

como consta no plano de atividades e orçamento, de uma zona balnear, dado que, há grandes diferenças entre estas duas realidades. “Os requisitos para uma praia fluvial são muito apertados”. Luís Soares garantiu que continuará a proporcionar cultura gratuita para os taipenses. Quanto ao Fundo de Socorro Social, deu nota da vacinação de 35 idosos, 25 agregados familiares a ser seguidos pelo Fundo de Socorro Social, 31 agregados beneficiaram de apoio social Fundo Socorro Social, e por último, 32 utentes a beneficiarem respostas convivo sénior.

O momento mais quente da sessão aconteceu quando a oposição lançou dúvidas sobre o recrutamento e reforço do quadro de pessoal da Junta de Freguesia. Questionou também o serviço público prestado pela Taipas Turitermas. Luís Soares afirma que o executivo está a concretizar o seu programa e avança com projetos para um próximo mandato Texto José Henrique Cunha A Taipas Turitermas presta o serviço público exigível?

A coligação Juntos por Guimarães (JpG) entende que a cooperativa Taipas Turitermas não presta o serviço público que deveria tendo em conta as transferências anuais que recebe do Município de Guimarães, dando como exemplo, as sucessivas campanhas de redução de preços nos tratamentos de spa, desconhecendo-se a tabela de preços para o serviço público, nomeadamente, cuidados de saúde para as pessoas mais desfavorecidas. Luís Soares, o atual presidente da Junta de Freguesia, respondeu que todos se deveriam sentir satisfeitos com aquilo que é investido na vila de Caldas das Taipas, dando nota que o Município tem transferido anualmente para a cooperativa cerca de 500.000 euros. Na sua opinião a Taipas Turitermas tem servido a comunidade e também as Taipas. O membro da coligação

JpG, Franquelim Freitas, esclareceu que a questão que se coloca é se esse dinheiro é bem aplicado e se serve a população mais carenciada, pedindo exemplos em que o dinheiro vindo da Câmara Municipal de Guimarães (CMG) é “investido” em serviços para as pessoas socialmente mais vulneráveis. Luís Soares, após apontar alguns exemplos, sugeriu que se pedisse cópia do contrato programa celebrado entre o Município de Guimarães e a cooperativa Taipas Turitermas a fim de se aferir se as condições e os termos do mesmo estão a ser cumpridos. A coligação pediu então junto do presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia para que esta solicitasse cópia do contrato programa e tabela de preços praticados. “Estamos a concretizar o nosso plano”

Esta foi a frase utilizada pelo presidente da Junta de Freguesia para sintetizar a informação escrita do executivo relativa à atividade e situação financeira entre

sessões. Estávamos no 4º ponto do período da ordem do dia. Luís Soares fez uma intervenção onde se focou, essencialmente, nas grandes obras que se encontra em marcha na vila: antigo mercado, Alameda Rosas Guimarães e centro da vila, sem deixar de referir outras pequenas obras em curso como a drenagem de águas pluviais e a limpeza de espaços verdes. O presidente do executivo aproveitou este ponto para enaltecer a estreita colaboração com a Associação de Pais da Escola do Pinheiral e o papel da Brigada Verde, dando o mote, para a candidatura da Praia Seca à categoria de Praia Fluvial, situação que a concretizar-se, “será a primeira, no rio Ave, entre o Ermal e Vila do Conde”. No âmbito do combate à COVID-19, deu nota da continuidade dos trabalhos de limpeza das vias, bem como, na distribuição de gel desinfetante pelo comércio e escolas da vila. A bancada do Partido

Socialista (PS), lançou o repto para que em 2021 se faça o que está previsto e que se acrescente o que não se fez em 2020 a nível cultural devido às restrições impostas decorrentes da situação pandêmica vivida. O PS congratulou-se com a atual revolução em marcha na vila, numa alusão às obras em curso, tendo pedido uma especial atenção às arvores da vila, nomeadamente, a replantação das abatidas, e por último à questão do estacionamento, ou a falta dele, após a conclusão das obras no centro cívico. Praia Seca será Praia Fluvial ou zona balnear?

Por sua vez, o líder da bancada de JpG, Manuel Ribeiro, questionou quantas pessoas foram apoiadas pelo Fundo de Socorro Social e quantas pessoas foram vacinadas no Programa +65 anos. Relativamente à aludida candidatura da Praia Seca a Praia Fluvial, pediu esclarecimento sobre se se trata de uma candidatura a praia fluvial ou,

Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2021 e Plano Plurianual de Investimentos para o Quadriénio 2022-2025

Na apresentação do documento para 2021, Luís Soares assumiu 3 compromissos essenciais com as intervenções urbanísticas em curso: cuidar do espaço público; investir nas pessoas; mudar a freguesia. Na defesa destes compromissos, deu nota das intervenções realizadas e a realizar assentes “num espírito de colaboração com todos”. Já quanto ao plano para 20222025, disse que o mesmo assenta em 4 linhas de intervenção: Parque Urbano, Requalificação da Feira Semanal, beneficiação de ruas e uma nova biblioteca com o desejo de a instalar na casa da Quinta do Canto de Cima (situada em frente ao antigo marcadinho. Pela coligação JpG, Manuel Ribeiro, manifestou-se contra o atual projeto das obras em curso no antigo mercadinho, que segundo ele, “com o aumento de volume da construção, estão a descaracterizar aquele espaço”, bem como, ao facto do executivo promover naquele espaço a criação de bares, o que considera ser o “abastardar

o espaço público”. Sobre a Casa Mortuária, diz ser uma obra da paróquia e não da Junta de Freguesia, à qual o executivo dá apoio e naturalmente a sua bancada “também pode dizer que apoia”. Em defesa das obras do mercadinho, Luís Soares, lembrou a Manuel Ribeiro que o projeto que a sua candidatura apresentou nas últimas autárquicas, esse sim, na sua opinião, de enorme volumetria, perdeu nas urnas. Rematou dizendo: “Nós não vamos desvirtuar o nosso compromisso com as pessoas”. “Nepotismo do PS no nosso concelho”

Esta acusação foi feita pela coligação JpG, através de Sara Martins, no ponto para a apresentação, discussão e votação do Mapa de Pessoal para o ano de 2021. Sara Martins começou por questionar se há efetivamente trabalho para o número de pessoas previstas para a secretaria e lançou dúvidas quanto à seriedade do processo, achando muito estranho o facto das duas funcionárias, neste momento a recibo verde, estarem nos primeiros lugares com a mesma nota. Fez ainda alusão ao facto de a primeira classificada no concurso público para preenchimento de vaga no quadro de pessoal da Junta de Freguesia ser, supostamente, esposa de um amigo e camarada de partido do Presidente da Junta – Luís Soares. Disse ainda que no nosso concelho é muito comum estas coincidências. Esta intervenção irritou Luís Soares que ripostou de forma inflamada, dando nota não admitir que ninguém ponha em causa o presidente da Junta de Freguesia, o seu executivo, mas, sobretudo, o júri que tem a responsabilidade de avaliar e decidir. Lembrou que a responsabilidade da JF é a de homologar o resultado que o júri apresentar.


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#295

reflexo

Praia Seca em processo de classificação como nova água balnear BRUNO JOSÉ FERREIRA

A Junta de Freguesia de Caldelas submeteu recentemente à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o pedido de classificação do Parque de Lazer da Praia Seca como uma praia fluvial, algo que a acontecer será a primeira praia deste género no rio Ave, a seguir à barragem do Ermal. Ou seja, caso a candidatura da Praia Seca seja positivamente avaliada pela APA a Vila das Taipas terá a primeira praia fluvial devidamente certificada do concelho, possuindo aquilo a quem em termos técnicos se denomina uma nova água balnear. O Reflexo contactou a APA para perceber os trâmites deste processo que teve início até ao passado dia 30 de novembro, prazo limite para PUBLICIDADE

que a entidade proponente, neste caso o executivo da junta de freguesia, fizesse chegar os elementos necessários à Comissão Técnica de Acompanhamento (CTA) da Diretiva das Águas Balneares. “Para a identificação de uma nova água balnear devem ser apresentados um conjunto de elementos de entre os quais se destaca: a localização geográfica da pretensão, afluência de banhistas, indicação das fontes poluidoras potencialmente significativas, o histórico de monitorização da qualidade da água, entre outros elementos. A monitorização da qualidade da água deve decorrer durante o período equivalente à duração da época balnear, no local

que se pretende identificar como água balnear. A monitorização da qualidade da água deverá evidenciar uma qualidade dentro da classe de «excelente» ou «boa»”, indica a APA ao nosso jornal, referenciando que para o processo ficar completo é necessário também parecer favorável do Delegado de Saúde Regional. Nos primeiros dias do ano 2021 as propostas aprovadas pela CTA são alvo de consulta pública, normalmente entre 2 de janeiro e 2 de fevereiro. “Findo este prazo a CTA elabora uma proposta final de lista de identificação de águas balneares, tendo em consideração os contributos recebidos durante a consulta pública, entre outras sugestões, comentários ou queixas. Esta lista é posteriormente aprovada e publicada em Portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e do ambiente”, aponta este organismo. Depois da inauguração da primeira fase da intervenção no Parque de Lazer da Praia Seca em outubro de 2019, este ano a Praia Seca passou a contar com um bar e casas de banho de apoio. A referida inauguração, que teve lugar a 27 de outubro de 2019, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e também com o diretor da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, que elogiou o trabalho desenvolvido em Guimarães, comprometendo-se na altura a ajudar à classificação desta zona como praia fluvial.

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OPINIÃO Augusto Mendes

Bolsas de estacionamento necessárias e a já existente Com o início das obras do centro, embora nesta altura concentradas junto à igreja matriz no seguimento do planeamento entre a junta de freguesia e o empreiteiro para que os constrangimentos sejam minimizados ao máximo, o tema das bolsas de estacionamento de apoio aos locais mais movimentados saltou para a praça pública. Primeiro com a entrevista do Dr. Domingos Bragança ao Reflexo e depois na assembleia de freguesia com as explicações dadas pelo Dr. Luís Soares. Sabemos que agora vai ser um tema que por esta exposição pública terá mais visibilidade, mas para o Partido Socialista este assunto já está em cima da mesa desde 2016, e preocupante, ainda antes das apresentações públicas do projeto, no tempo em que para outros o projeto era esplêndido. Na minha opinião há três situações que precisam de atenção: a Alameda Rosas Guimarães, o centro e o largo das Termas. Mas há situações que necessitam de intervenção mais rápida do que outras. Baseio esta minha opinião no facto de neste assunto não partirmos da estaca zero. E não partimos da estaca zero pois para a zona mais central da Vila temos já como bolsa de estacionamento o recinto da feira semanal, que mesmo a prática nos diz, exceto à Segunda-Feira é já um apoio importante no que a estacionamento diz respeito. Não sendo uma solução que resolva todos os problemas é de grande utilidade. O recinto da feira semanal só não é ainda um apoio efetivo ao comércio local pelo facto de a partir de certas horas as pessoas terem receio de lá deixar os seus carros devido à falta de iluminação pública. Já foi proposta também uma solução pelo Partido Socialista à Junta de Freguesia, que a encaminhou para a Câmara Municipal tendo sido aprovada, faltando agora a sua execução. Esta solução propõe a duplicação de luminárias, com um foco virado para a feira, em todos os postes desde a entrada superior até à rotunda da Rua Padre Silva Gonçalves, o que iluminará uma parte da feira junto à estrada e ainda a colocação de novas luminárias no parque de estacionamento já existente na parte superior continuando junto a toda a fachada traseira do prédio da Rua Nova dos Bombeiros. Além disto a prática diz-nos também que o recinto da feira semanal é muito usado pela população como atravessamento entre os edifícios de habitação existentes na Rua 25 de Abril e as zonas comerciais e de lazer do centro da Vila. Penso que com esta solução o recinto da feira semanal será uma bolsa de estacionamento válida e funcional de apoio ao comércio local e trará a comodidade no seu atravessamento. Aguardemos que a Câmara Municipal seja sensível aos argumentos apresentados e possa resolver este problema com a maior celeridade possível. Desejo a TODOS um feliz 2021!!!


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#295

ATUALIDADE

Marta Mestre trabalha para afirmar o CIAJG como um “espaço plural” BRUNO FERREIRA

Anunciada em setembro como nova curadora do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), Marta Mestre fala ao Reflexo sobre as suas expetativas. Esperando um arranque lento na introdução de mudanças, a curadora tem como objetivo tornar este espaço mais plural e criar mais pontos de contacto entre o CIAJG e Guimarães, começando desde já pela universidade. Marta Mestre acredita no potencial da tarefa que tem em mãos e crê que será possível estabelecer parcerias importantes para o futuro. Texto Bruno José Ferreira O que a levou a propor-se a desempenhar este cargo de curadora do (CIAJG)? O CIAJG e o trabalho de José de Guimarães são uma referência no meio cultural e artístico. O CIAJG possui um acervo único não só do ponto de vista da qualidade, mas também da originalidade. O potencial de debate e construção de sentidos em torno a este acervo é muito grande e abarca questões do presente tais como a alteridade, a nossa relação com os outros, as assimetrias globais, a relação norte e sul, as hegemonias do conhecimento. As coleções de José de Guimarães, assim PUBLICIDADE

reforçando a necessidade de trabalhar e conhecer a cidade, as instituições, as escolas, os artistas. Ao longo de 2021 essas mudanças serão visíveis, e vamos começar pela Universidade. O programa artístico terá o seu início em março. Acredito que será um ano de arranque lento, mas que nos permitirá estabelecer parcerias importantes para o futuro. Que objetivos tem para o CIAJG? Em traços gerais quais são as suas grandes ambições? O meu principal objetivo é trabalhar para que o CIAJG seja um espaço plural, de encontro de diferentes vozes, sujeitos, identidades. Parece simples, mas é algo complexo. Os ingleses têm uma expressão que gosto – “entanglement” – e que significa “entrelaçar”. Entrelaçar valores, objetos, pessoas, afetos. O CIAJG tem um grande potencial de continuidade e maturação institucional... está a chegar o seu 10ª aniversário. É um balanço que deve ser feito

por todos e todas. Frisou o estatuto internacional do CIAJG aquando da sua apresentação. Internacionalizar quer a programação quer os próprios visitantes é o caminho ou um dos caminhos? Assim como o CIAJG precisa reforçar as zonas de contacto, de que falava há pouco, com o território, também precisa de fazer circular os seus valores no plano internacional. O CIAJG é um espaço que, embora localizado num território e contexto específicos, interpela a outras geografias e temporalidades, encena diferentes formas de narrar o mundo e, nesse sentido, não cristaliza a cultura local, mas estabelece pontes para fora. Destacou a ideia de pretender mudar-se para Guimarães. É importante esta proximidade? Sim, passarei a viver em Guimarães. Quero conhecer este território.

Perfil Marta Mestre como a sua obra, são alimento para refletir. Tudo isto são ingredientes que me interessam. E tudo isto existe em Guimarães. O facto de ter sido a aposta entre um número considerável de candidaturas leva a que tenha mais responsabilidade? A responsabilidade tem a ver com a importância do CIAJG e as expectativas que este cargo exige. Sei que tenho um trabalho exigente pela frente e isso motiva-me. Também sei que é um trabalho que não se faz sozinha. Ocupar-me-ei do programa artístico dentro de uma

visão de conjunto. É necessário que esse programa seja acompanhado por uma dimensão institucional mais ampla. No dia do anúncio prometeu um “programa de continuidade”, mas com a introdução de “mudanças”. Já tem isso mais estruturado e uma ideias mais concreta que seja possível anunciar? Trabalhar a continuidade, no caso de um museu, é um ponto essencial. Tratase de reforçar valores simbólicos e culturais na longa duração. As principais mudanças que irei fazer vão realizar-se ao nível das “zonas de contacto” entre o CIAJG e o território de Guimarães,

• Natural de Beja • Licenciatura em História da Arte pela Universidade de Lisboa • Mestrado em Cultura e Comunicacão/ Museologia pela Universidade de Avignon (França) • Curadora do Instituto Inhotim (Minas Gerais 2016-2017) • Curadora-assistente do Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro 2010-2015) • Curadora-convidada e professora da Escola de Artes Visuais Parque Lage (Rio de Janeiro 2016) • Curadora do Centro de Artes de Sines (2005-2008)


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COVID-19

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONSELHOS DE SEGURANÇA Mantenha contacto com pessoas da sua confiança. Identifique membros da família, vizinhança e pessoas amigas que a possam acolher ou ajudar se tiver de sair de casa. Combine códigos de emergência com estas pessoas: um sinal, gesto, palavra ou um objeto na janela, para que estes possam alertar as autoridades em caso de urgência. Se existirem crianças em sua casa, combine códigos - sinal, gesto, palavra - para utilizarem em caso de urgência e os comportamentos que devem adotar nessas situações. Avalie se pode fazer quarentena junto de familiares ou pessoas amigas em condições de segurança. Crie um plano de segurança que pode passar por: Identificar a divisão “mais segura” da casa, para onde possa ir e na qual tenha acesso ao exterior (porta e janela). Fazer cópias ou tirar fotografias de documentos importantes: cartão de cidadão, passaporte, seguros e partilhe com as pessoas da sua confiança. Preparar uma mala de emergência com chaves extra, roupa para si e para as crianças, medicamentos e cópias dos documentos. Se precisar de ajuda para fazer o plano de segurança, ligue para 800 202 148 ou envie uma SMS para 3060 (apague as SMS e e-mails que enviar). Use um computador ou telemóvel ao qual a pessoa agressora não tenha acesso.

NÚMEROS DE APOIO Tenha à mão os números de apoio, memorize-os no telemóvel ou, se isso não for seguro, tente decorar. Se é vítima de violência doméstica ou conhece quem seja, não hesite e peça ajuda. Linha Informação CIG 800 202 148

Linha de Emergência Nacional 112 Linha de Emergência Social 144 SOS Criança 116 111

Linha SMS 3060

Descarregue a APP Bright Sky Disponivel para Android Guia de Recursos CIG guiaderecursosvd.cig.gov.pt Repositório de contactos da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica


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ATUALIDADE Músico taipense Luís Ribeiro distinguido pela plataforma “Music and Stars Awards” João Gonçalves lança-se a solo como THEO com o disco Sinner

O músico taipensae Luís Ribeiro, saxofonista e professor na Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, foi distinguido com o galardão “Silver Star” na plataforma internacional “Music and Stars Awards”. Entre milhares de candidaturas a nível mundial, Luís Ribeiro conseguiu esta distinção na categoria “Best Instrumentalist CD” com o CD editado no ano passado de 2019, tendo como título “Quasi um Fantasia”. O trabalho de Luís Ribeiro foi avaliado por um júri composto por 104 elementos, sendo que seis são especialistas na área do saxofone de países como Portugal, Espanha, França, Grécia, PUBLICIDADE

Singapura, Tailândia. Esse foi o principal fator que levou o saxofonista taipense a submeter a sua candidatura. “A expetativa foi ser apreciado por estas individualidades que compõe o júri, sabermos de antemão que o nosso trabalho será escutado por estas individualidades e pode haver uma crítica, quer seja ela positiva ou negativa, acho que é aliciante”, refere Luís Ribeiro em declarações ao Jornal Reflexo. Atendendo ao nível do júri, esta distinção deixa Luís Ribeiro satisfeito. “Fico satisfeito por perceber que aquilo que ouviram foi do agrado deles, é sinal que se pode considerar que está

num patamar de aceitação perante as personalidades musicais internacionais. É mais isso do que o reflexo do que possa vir a trazer, porque sabemos que estamos perante um nicho de mercado, o âmbito da música clássica, portanto, não vai trazer muito mais do que isso a não ser o reconhecimento pelos pares, pelas pessoas desta área da música”, aponta o músico. O concurso “Music and Stars Awards” é aberto a músicos de proveniência de todo o mundo, tendo o apoio de referências do mundo da música tais como Lake, International Music Festival, MIMAS Music Festival ou Academia Musicale Europea”.

O músico taipense João Gonçalves, guitarrista e voz da banda “Fuzo”, outrora “The Stunts”, encontra-se a lançar um projeto a solo no mundo da música, enquanto THEO, tendo como disco de estreia Sinner. Trata-se de um trabalho composto por oito temas rock inspirados nos anos noventa. “Rock é a linha que cose todas as faixas do disco. Sonoridades que nos fazem lembrar um outro tempo em que ouvíamos músicas em volume alto, grunge dos anos 90 salpicado pelas novas ondas do new rock da primeira década do novo século”, aponta o

músico. Na mesma nota aponta que estamos perante “um disco que se desprende de tudo e pro-cura apenas encontrar a simplicidade sónica de guitarras com riffs fortes marcados pela voz e acima de tudo pelas letras do universo interior das experiências da vida” do músico. Sinner está disponível em todas as plataformas digitais desde o passado dia 18 de dezembro, sexta-feira, e também em formato físico apenas através de venda online. João Gonçalves conta com Pedro Conde, amigo de sempre, nesta nova aventura musical.


ESPECIAL

Grupo Desportivo

Souto e Gondomar A força da juventude ao serviço do clube da terra

Criado em outubro de 2016, há sensivelmente quatro anos, o Grupo Desportivo Souto e Gondomar é uma das mais recentes associações desportivas do concelho de Guimarães, conferindo à zona Castreja uma coletividade que fomenta o associativismo e dá vitalidade a uma união de freguesias que estava alheada destas andanças. De lá para cá o Souto e Gondomar tem subido degraus na sua afirmação e em relativamente pouco tempo passou do futebol popular para o futebol distrital, tendo renovado o seu campo de

jogos com a instalação de um relvado sintético no passado verão, que catapulta assim o clube e a própria união de freguesias para outros patamares quer a nível de infraestruturas quer no que à ambição e motivação para o futuro diz respeito. Para que o regresso do futebol a Souto São Salvador, Souto Santa Maria e Gondomar fosse uma realidade tem sido fundamental a vontade de um grupo de jovens que constituiu uma direção, formou um novo clube, mais abrangente, no

ESCULTURAS SEPULTURAS

antigo campo do Souto e tem o céu como limite. A força da juventude ao serviço do clube da terra, portanto. O presidente também joga, a exemplo do que acontece com outros elementos da direção, e a ambição é continuar a dar passos sustentados. Estabilizar a equipa nos campeonatos federados do futebol distrital, pensando em melhorar o recinto para ter camadas jovens e futebol feminino são as próximas metas do Souto e Gondomar.

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Grupo Desportivo

Souto e Gondomar Um clube abrangente de uma união de freguesias

Souto e Gondomar. Um estereótipo de nome pouco comum, com dois nomes, por assim dizer, que ajudam a entender a missão deste novo clube vimaranense, que recentemente completou quatro anos de história. O Grupo Desportivo Souto e Gondomar localiza-se na União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar, e pretende colmatar a inexistência de vida associativa na freguesia. O gosto pelo futebol e a vontade de dinamizar esta região levou então a que um grupo de jovens reativasse um espaço, o campo de jogos, onde outrora morou outro clube, entretanto extinto. André Ribeiro, 27 anos, é o presidente e um dos fundadores do clube, tendo Márcio Neves, 34 anos, como um dos vice-presidentes.

Ambos são também jogadores e explicam como surgiu o Souto e Gondomar. “Havia aqui uma equipa a treinar num campo de terra. Não havia clube, mas havia uma equipa de futebol aqui a treinar. Entretanto eu ingressei nessa equipa, comecei a ver como é que as coisas eram geridas, quem é que estava à frente do clube, e fiquei interessado por isso. Entretanto essa equipa acabou e eu queria continuar a jogar à bola e não queria ir para outro clube. O André, entretanto, apareceu e jogava nessa tal equipa, surgiu a ideia de formar um clube, até porque não era muito difícil participar no futebol popular. Começámos a pedir apoios e a dar passos no sentido de perceber se era possível, e assim surgiu o projeto.

Começámos a falar com mais pessoal, parte dessa equipa manteve-se no clube, também eram daqui, e aos poucos as coisas foram surgindo”, aponta Márcio Neves. O presidente, André Ribeiro, explica então a ideia de dar os dois nomes, que na prática até são três, ao clube. “A ideia de colocar estes dois nomes, que no fundo são três, porque Souto engloba São Salvador e Santa Maria, foi de forma a ter mais união e até alertar as pessoas que agora é uma união de freguesias. Ou seja, de forma a acabar com certas rivalidades que existiam entre as freguesias, passar uma mensagem de união e juntar o útil ao agravável, ter mais apoios e ser um clube mais abrangente”, refere o líder máximo do clube.

#295

ESPECIAL

Às voltas pela freguesia para explicar o projeto

A irreverência da juventude fez a jovem direção meter pés ao caminho, literalmente, como se diz na gíria. Se a ambição é criar um clube, essa tarefa está a ser realizada com empenho. Prova disso mesmo é o percorrer que foi feito, e continua a ser feito, para mostrar o projeto à população e angariar novos sócios. Para já o número de sócios é ainda residual, até porque a pandemia levou a que não seja possível assistir aos jogos, mas com o boom recente do clube existe a crença que esse cenário se altere. “A aceitação foi até melhor do que esperávamos. Quando se anda pelas portas a pedir ajuda e a angariar sócios é sempre incerto, mas correu bem. Demos a conhecer o projeto às pessoas, somos uma freguesia de faixas etárias mais altas, sem acesso a redes sociais, por exemplo. O nosso objetivo era esse, dar conhecimento a essas pessoas do que estamos a fazer, muita gente sabia que há aqui um campo, mas nem sabia que há atividade, quanto mais um clube e um relvado sintético. Demos conhecimento às pessoas e a

aceitação foi fantástica. Ficamos felizes por ver algumas pessoas que quando mostramos as fotos as pessoas ficam orgulhosas e ajudam. O pouco que dão é com orgulho e nós a receber dessa forma para nós é fantástico. A vontade com que dão é de assinalar, as pessoas gostam do projeto que aqui temos e estão a ajudar com aquilo que podem” enaltece André Ribeiro. “Para já, não há razão para grandes reclamações, não nos podemos queixar” continua o líder máximo do clube. “Dentro do que é possível as pessoas têm ajudado, claro que neste momento as empresas também não vivem folga financeira, mas temos tido algumas ajudas por parte das empresas da união de freguesias. Mesmo com dificuldades as empresas que estão a ajudar ao ver o seu nome ligado a um projeto que está a ter cada vez mais sucesso isso faz com que sintam orgulho e queiram ajudar cada vez mais porque percebem que há pessoas sérias no clube e estão a trabalhar para um objetivo comum que é a evolução da freguesia”, atira André Ribeiro.


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Grupo Desportivo

ESPECIAL

Souto e Gondomar Pandemia acelerou desejo antigo de federar o clube

A Associação de Futebol Popular de Guimarães, o futebol popular, foi o campeonato em que o Souto e Gondomar deu os primeiros passos, jogando a esse nível nos primeiros anos. A ambição, contudo, era outra e a jovem direção tinha ambição de jogar futebol federado na Associação de Futebol

de Braga. Uma opção que requer outro tipo de compromissos financeiros e que estava no horizonte, mas quando fosse possível dar esse passo. A pandemia acabou por acelerar esse processo. “Este passo foi dado em virtude da incerteza que havia por parte dos clubes que disputam o popular

e não da Associação de Futebol Popular de Guimarães. A associação queria iniciar o futebol, até primeiro do que o futebol federado, isso é certo, só que as imposições da Direção Gerald de Saúde e da própria Federação Portuguesa de Futebol levaram a que os clubes do futebol popular não quisessem iniciar a competição até que haja público nas bancadas, porque é isso que dá para gerar alguma receita. Os bares e bilheteiras são o que vão dando algum alento a estes clubes e não havendo isso os clubes não queriam começar. Apenas um ou dois clubes se mostravam abertos a começar a jogar, mas o resto manteve-se sempre irredutível, não querendo começar. Era quase impossível cumprir as normas recomendadas, como o distanciamento nos balneários, achavam que era impossível”, começa por explicar André Ribeiro. A falta de competição foi um dos fatores que acelerou o

processo, sedo a remodelação do recinto desportivo outro forte incentivo. “Devido ao facto de termos um campo com as condições que temos aqui, renovado e estar um ano completamente parado era inconcebível para nós. Por outro lado, tendo a Associação de Futebol de Braga baixando os custos das inscrições, tornou-se num impulso para se inscrever no futebol federado”, sublinham. A ideia foi amadurecida em conjunto entre a direção e o próprio plantel, que já estava a ser preparado antes da pandemia. O grupo já estava a ser preparado, a diferença monetária é grande quando se passa para o futebol federado, mas a vontade de dar o tal passo foi unânime e o Souto e Gondomar participa na Série C da 1.ª Divisão. “A equipa basicamente foi a que se manteve no ano anterior, com alguns ajustes, claro. Já nos estávamos a preparar para o futebol popular, já com ambições

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bastante superiores, a equipa foi-se formando. Perguntámos aos atletas se havia interesse e vontade de participar no futebol federado e acho que a resposta foi muito acolhedora da parte deles, demonstrando muita ambição e uma vontade enorme de trabalhar”, dá conta André Ribeiro. Apesar da diferença a nível financeiro, há aspetos positivos. “Há mais motivação por parte das pessoas. Mesmo as empresas externas ajudam muito mais facilmente agora, o clube tem outra visibilidade e participa num campeonato mais competitivo, as pessoas sentem mais motivação para apoiar o projeto, quando no futebol popular não era assim”, revela o presidente, sendo ajudado por Márcio Neves: “A partir do momento em que apareceu nas redes sociais e na comunic ação social que íamos disputar os campeonatos federados apareceram aqui atletas com mais qualidade”.

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Souto e Gondomar

ESPECIAL

Sintético que chegou antes do imaginado para revolucionar o clube

Em plena zona Castreja do concelho de Guimarães, o Souto e Gondomar foi rapidamente contemplado com um relvado

sintético por parte do município. Esse era outro dos objetivos da direção, assim que possível. O projeto foi apresentado, em conjunto

com a Junta de Freguesia, e rapidamente colheu atenção junto da Câmara Municipal. “Nunca estaria nos nossos sonhos que este tipo de projeto se pudesse concretizar tão rápido”, assume o presidente André Ribeiro. Márcio Neves brinca com a situação e admite que até teve de voltar atrás numa espécie de profecia antiga. “Às vezes, por brincadeira, comentávamos que se viesse para qui o relvado o nosso trabalho como jogadores estava feito e podíamos deixar de jogar futebol para nos dedicar só à presidência, mas veio muito mais rápido do que estávamos à espera e ainda é cedo para deixar de jogar futebol”, comenta com risos. Brincadeiras à parte, a obra total terá um custo superior a 260mil euros. Uma obra que apenas é possível graças aos diversos apoios obtidos. “Tivemos muito material que aqui está colocado que foi em forma de patrocínio. Várias empresas ajudaram-nos monetariamente, quando as abordámos e mostrámos o projeto, outras forneceram material, ficando como patrocínio”, atira André Ribeiro. Márcio Neves relembra o papel da Junta de Freguesia em todo este

processo. “Sendo nós jovens sem estarmos ligados à área da construção, sem perceber nada disso, temos de deixar sempre uma palavra de enorme agradecimento ao Fernando Cardoso, presidente da Junta de Freguesia, que se não fosse ele nada disto seria possível. Fez um trabalho incansável e sem ele nada disto seria possível, mesmo. A parte burocrática foi quase toda dele, o planeamento da obra, planeamento de todos os passos a ser dados, se não fosse ele era impossível”, refere. A realidade é que com o sintético, que ficou instalado em agosto, a dinâmica do clube alterou-se por completo, com outro tipo de compromisso. “Em termos futebolísticos nota-se uma diferença grande. Tem sido quase fantástico até à data de hoje, a equipa tem treinado bem, os jogos têm corrido bem, a equipa está confiante e competitiva. Em anos anteriores, no inverno, com chuva e frio era difícil ter gente para treinar. Nos primeiros anos acontecia o que é natural nestes clubes. Este ano ainda não tivemos nenhum treino com menos de vinte atletas”, elucida o presidente André Ribeiro.

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Grupo Desportivo

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ESPECIAL

Souto e Gondomar Rápido crescimento não retira mais ambições para o futuro

"O nosso ordenado são os três pontos”

Miguel Gomes

Treinador do GD Souto e Gondomar

Sem direito a grandes festejos ou a inaugurações devido à pandemia, o Souto e Gondomar deu um salto qualitativo nos últimos meses. Mas, com os pés assentes no chão, o futuro reveste-se de ambição e de mestas a cumprir e ambições para elevar ainda mais o nome do clube e, ao fim de contas, da freguesia. A primeira meta é estabilizar o clube em vários patamares depois de tempos e crescimento desmedido. “Queremos estabilizarmo-nos neste campeonato. Isto foi, como se costuma dizer, do oito para o oitenta, estamos agora ainda sem saber muito bem o que nos espera, por isso apontamos a estabilizar o clube”, refere Márcio Neves. O presidente complementa: “Queremos

estabilizar a todos os níveis, porque estes tempos têm sido de grande evolução e com tudo a ser vivido intensamente. Queremos estabilizar financeiramente, ir continuando a melhorar as infraestruturas, e ir melhorando a cada ano”, aponta. Entre esta ideia de ir melhorando a cada ano há alguns tópicos em agenda, tais como a formação e o futebol feminino. “Isso já foi assumido da nossa parte para este mandato que começou agora. Queremos a formação e também uma equipa de futebol feminino. Está nos planos, mas, como se percebe, sem grande comprometimento. Mas, entronca noutro objetivo, que é a remodelação dos balneários. Para ser possível ter essas duas apostas temos

que criar primeiro as condições para isso. Sem essas condições não vale a pena, porque é óbvio que os balneários não estão nas melhores condições e para ser ter equipas de formação e futebol feminino, principalmente este último, tem de haver balneários adjacentes, privacidade e outras condições. Não podemos meter na cabeça que vamos fazer as coisas já para o ano e, depois, não nos ser possível ter isso com o mínimo de condições. É isso que temos tido, cabeça no sítio e não pensar além da nossa realidade”, expõe André Ribeiro, demonstrando ambição, mas, ao mesmo tempo, consciência da necessidade de dar passos firmes.

Miguel Gomes é o técnico do Souto e Gondomar, sendo mais um dos rostos da ascensão do clube dos campeonatos populares para o futebol distrital. O técnico de 44 anos que já treinou também o Longos assume que esta mudança de patamar competitivo foi bem acolhida pelos seus jogadores, grande parte que transita da época anterior, apesar de o futebol da AF Braga ser mais competitivo. “Os jogadores aceitaram bem esta passagem para o futebol federado. Estar em divisões superiores é sempre melhor para quem anda neste meio. É diferente, é mais difícil, até, o andamento da bola é mais rápido, os índices de concentração têm de estar sempre em cima, mas sabíamos disso e todos os jogadores encararam bem a mudança”, refere Miguel Gomes. Em cinco jogos disputados o Souto e Gondomar soma dois triunfos, um empate e duas derrotas. Um trajeto que, para já, está dentro do projetado pelo

clube. “O arranque, para já, está a ser muito positivo, está dentro das expetativas e é assim que queremos continuar nesta senda. Trabalhamos toda a semana para ganhar ao fim-de-semana. O nosso ordenado são os três pontos nos jogos que disputamos ao fim-de-semana. Por isso, se queremos receber temos de trabalhar bem durante a semana para conseguir ter alegria no que fazemos”, aponta o técnico. O relvado sintético é, no entender, de Miguel Gomes um aspeto positivo, na medida em que as condições de trabalho são cada vez mais um aspeto diferenciador. “Se o campo fosse pelado, se calhar, não teríamos alguns jogadores que temos. É sempre uma atração para alguns atletas, já que não são remunerados, as condições de trabalho são tidas em conta, por isso este é, sem dúvida, um fator a ter em conta”, explica. O treinador de 44 anos é da opinião que, pelo menos para já, o clube não deve pensar em outros voos, mas, mesmo assim, acredita que dada a ambição da jovem direção no futuro o clube possa dar outro tipo de passos. “De imediato penso que não, não fará sentido pensar noutros patamares. Esta época serve, acima de tudo, para que os jogadores se possam ambientar a esta divisão, os jogadores e o próprio clube. Daqui para a frente, nas próximas épocas, se calhar, dependendo da ambição da direção, poder-se-á pensar noutras ambições. A direção deste clube é jovem, mas muito ambiciosa, sabe o que quer e os terrenos que pisa”, sublinha.


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ATUALIDADE Covid-19: taipense foi a primeira enfermeira a ser vacinada em Guimarães DR

OPINIÃO Manuel Ribeiro

Engana-me outra vez

Vacinação contra a Covid-19 começou num dos últimas dias do ano e a taipense Palmira Marques foi a primeira enfermeira vacinada. Em Portugal a primeira vacina foi adminsistrada por uma vimaranense. Texto Bruno José Ferreira Palmira Marques, enfermeira no serviço de otorrino do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, foi a primeira enfermeira do concelho a ser vacinada contra a Covid-19 e a segunda profissional desta unidade de saúde a quem foi administrada a vacina. A administração da primeira dose da vacina teve lugar no dia 29 de dezembro, quando chegaram as primeiras doses ao nosso concelho. Com 62 anos, Palmira Marques cumpre este ano quarenta anos de serviço no Hospital Senhora da Oliveira e mostra-se contente pelo simbolismo de ter sido a primeira enfermeira a ser vacinada. “A enfermeira diretora definiu que eu fosse a primeira enfermeira a ser vacinada, penso que quis, de certa forma, prestar homenagem pela minha antiguidade. Estou muito bem que ninguém tenha medo de tomar a vacina porque é um grande passo, mas as medidas de proteção têm de continuar como fizemos até agora, porque primeiro temos de tomar a primeira dose e mesmo assim ainda não conhecemos ao certo a eficácia da vacina”, refere Palmira Marques ao Reflexo. Considerando que “foi uma grande consideração” por parte da direção de enfermagem a sua escolha para tomar a primeira dose da

vacina entre os enfermeiros, ainda assim, Palmira Marques reconhece que “muita gente merecia ser a primeira a ser vacinada” no hospital de Guimarães, pelo que tem lutado contra a pandemia. A exercer a profissão desde 1981 no Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, sendo o único hospital no qual trabalhou, Palmira Marques não tem dúvidas que o surgimento da vacinação é um sinal de esperança. “Claro que estamos perante um sinal de esperança para o futuro, como se vê as coisas estão muito más, a mortalidade sempre a aumentar assim como os casos e, realmente, se a vacina tiver a eficácia que se espera vai ser bom para toda a gente”, aponta. Palmira Marques nunca deixou de trabalhar desde o início da pandemia, até agora não testou positivo ao novo coronavírus, apesar das dificuldades pelas quais estamos a atravessar. “Trabalho no serviço de otorrino e, como se pode imaginar, as pessoas que vão à urgência de otorrino, a primeira coisa que fazem é tirar a máscara para poderem ser consultadas. Trata-se de um serviço de grande risco, mas nunca baixámos ar armas, tivemos sempre bastante cuidado, houve pessoas no meu serviço que ficaram positivas,

eu felizmente não, era bom poder aliviar um pouco as medidas, mas para já nem pensar”, conclui. Enfermeira vimaranense administrou primeira vacina em Portugal

A primeira dose da vacina contra a Covid-19 administrada em Portugal teve como protagonista uma enfermeira vimaranense. Ana Isabel Ribeiro protagonizou o ato simbólico ao administrar a vacina no diretor de doenças infeciosas do Hospital de São João. Após administrar a vacina a António Sarmento, a vimaranense falou à comunicação social, referindo que a administração da vacina “representa uma esperança” para o combate à pandemia. Agradecendo o facto de ter administrado a primeira dose da vacina, a enfermeira de Guimarães que exerce funções no Hospital de São João frisou que este tem sido um ano muito duro, “o mais difícil” das carreiras dos profissionais de saúde. “Senti-me mais tranquila depois de uma longa caminhada de trabalho em conjunto. Foram meses muito duros, vimos doentes em muito mau estado, outros que não conseguimos salvar, felizmente vários estão a prosseguir as suas vidas”, desabafou Ana Isabel Ribeiro.

Em finais de 2006, o governo socialista de então criou o Indexante de Apoios Sociais que substituiu a retribuição mínima nacional garantida como referente determinante da fixação, cálculo e actualização dos apoios e outras despesas sociais. O art.º 1.º da Lei n.º 53-B/2006, 29/12, dispõe: “A presente lei institui o indexante dos apoios sociais (IAS) e fixa as regras da sua actualização e das pensões e de outras prestações atribuídas pelo sistema de segurança social. E porque substituiu como referente a retribuição mínima nacional garantida, comparemos a evolução dos dois indexantes: 01/01/2007 – salário mínimo - € 403,00; 01/01/2007 – IAS – € 397,86; 01/01/2021 - salário mínimo – € 665,00; 01/01/2021 – IAS – € 438,81; em 2020 o IAS era € 438,81, o mesmo de 2021: entre 2007 e 2021 o IAS subiu 10,29% e o salário mínimo 65,01%. Este indexante, IAS, se for actualizado leva a aumentos do rendimento social de inserção; do subsidio social de desemprego; ao valor mínimo e máximo do subsidio de desemprego; do subsidio de doença; do cálculo de pensões e tem a ver com variadas isenções. Esta diferença, cada vez maior, é criada intencionalmente de modo a provocar um aumento da receita da segurança social devido, também, ao número de trabalhadores que desconta pelo salário mínimo – está perto de um milhão – e, ao mesmo tempo, mantêm-se inalterados os valores das prestações sociais. Aumentando o salário mínimo e ficando o IAS inalterado, há muitas famílias que deixam de ter acesso às prestações sociais exactamente por passarem a não reunir a condição de recursos, isto é, passam a ultrapassar o limiar mínimo a partir do qual não têm qualquer direito. Ganham mais € 30,00 de salário mínimo e deixam de ter isenções ou prestações de mais de € 100.00. E isto é assim porque o IAS não acompanhou o aumento do salário mínimo. Belo negócio para quem usa a bandeira do estado social como principal trunfo eleitoral. Deste modo temos centenas de milhares de pensões de reforma que aquando do seu cálculo e atribuição ultrapassavam largamente o valor do salário mínimo e, agora, estão bem abaixo desse valor, devido à actualização em função do valor do IAS e não do salário mínimo, como o era antes de 2007. O governo, corado de vergonha, vem anunciar um aumento de € 10,00 para as pensões inferiores a € 658,00; quem ganhava em 2020, de pensão, € 645,00 - mais que o salário mínimo actual - passa auferir € 655,00 - menos que o salário mínimo para 2021. Cada ano que tem passado multiplicam-se exponencialmente as reformas ultrapassadas pelo salário mínimo. Se o salário mínimo, como o diz o Tribunal Constitucional, é o limiar mínimo de sobrevivência e tem de ser protegido, o governo socialista está a empurrar milhões de portugueses para a indigência. Não admira que à propaganda de criação de mais apoios sociais, a realidade responda com um número crescente e nunca visto de filas de cidadãos/pessoas para receber refeições gratuitas. Nada deixa os socialistas mais satisfeitos do que criarem e gerirem os cabazes e a distribuição de alimentos, mesmo que esse esforço venha dos privados que tanto abominam.


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Incomenda realizou espetáculo solidário de apoio ao comércio tradicional

A empresa taipense Incomenda, que criou uma plataforma digital exclusiva de vendas totalmente pensada para os profissionais da área do retalho alimentar, realizou no passado dia 23 de dezembro, quarta-feira, uma iniciativa de cariz solidário que teve como objetivo apoiar o comércio local. Durante mais de duas horas a empresa transformou-se no cenário a partir do qual foi transmitido um espetáculo em que marcaram presença artistas vimaranenses, nomeadamente Zé Amaro, Neno e o humorista Luís Vieira. Paulo Macedo, um dos mentores deste projeto, referiu ao Reflexo que este evento teve como grande objetivo, essencialmente, “incentivar os clientes a consumir mais no comércio tradicional”, vincando que os artistas estiveram e estão sensíveis a este tipo de iniciativas devido a toda esta situação, que também os afeta. Zé Amaro referiu isso mesmo: “É especial que se faça este tipo de eventos de apoio ao comércio tradicional; é grande dioso poder fazer o que gosto, e que atualmente não posso fazer, ajudando os outros”. Por sua vez, Neno alertou que “o comércio tradicional está a passar por uma fase má, e estas iniciativas são uma forma de chamar a atenção ao facto de nós passar a estas portas e nem nos lembrarmos deste tipo de comércio”. Ricardo Costa, vereador municipal, foi outra das presenças notadas nesta iniciativa que teve lugar nas instalações na Incomenda, junto ao centro das Taipas, reconhecendo que a pandemia traz grandes implicações para o futuro, ainda que seja possível tirar ilações positivas. “Veio acelerar o processo de transformação digital, que estava a acontecer de forma envergonhada”, disse.

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FREGUESIAS Parque de Lazer dos Moinhos será o ponto de partida da Ecovia em Donim BRUNO JOSÉ FERREIRA

A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim anunciou que chegou a acordo com os proprietários dos terrenos localizados na Rua do Moinho, em Donim, para a construção de um parque de lazer. Este acordo é o “ponto de partida para a concretização do Parque de Lazer do Moinho” segundo deu conta a Junta de Freguesia liderada por Vítor Pais, sublinhando a ideia de que esta obra irá ser uma mais-valia para potenciar o usufruto das margens do Rio Ave. O projeto ainda está numa fase embrionária, conforme explica o líder máximo da freguesia ao Reflexo. “Ainda estamos numa fase bastante preliminar. Estamos a preparar o projeto, esteve no terreno um técnico a fazer o levantamento

topográfico para preparamos o projeto. Aquilo que queremos e pretendemos que esteja incluído no projeto, e temos partilhado isso com o arquiteto responsável, tem a ver com uma parte de apoio à praia fluvial, que se quer potencial, uma área de lazer e de merendas, complementado depois com parque infantil e com equipamentos de ginástica”, dá conta Vítor Pais. Ao todo, entre o terreno adquirido pela junta de freguesia e uma outra parcela que já pertencia à freguesia, será intervencionada uma área de grandes dimensões, que poderá incluir um circuito. “Atendendo a que estamos a falar de uma grande área útil, juntando a praia fluvial, o terreno adquirido e mais um terreno que já era propriedade da junta de freguesia, são

sensivelmente quatro mil metros quadrados, o que permitirá até eventualmente ter um pequeno circuito para que as pessoas possam caminhar”, aponta. Este parque de lazer será o principal ponto de contacto com a Ecovia do Ave a norte do concelho, motivo pelo qual a obra se reveste ainda de maior importância. “Destaca-se o facto de esta obra ser uma primeira fase incluída num projeto mais alargado e mais amplo, que é a Ecovia do Ave, na qual apresentámos recentemente o nosso estudo prévio do percurso, que passa precisamente por ali e que teoricamente vai partir deste local, do parque de lazer, tanto para montante como para jusante a Ecovia do Ave”, sublinha Vítor Pais. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, esteve recentemente no futuro Parque de Lazer dos Moinhos. Um dos principais impulsionadores da Ecovia do Ave, Bragança ficou agradado com o que viu em Donim. “Ficou muito agradado. É um projeto que ele é um dos grandes impulsionadores, tem essa visão e tem incutido às pessoas a necessidade de recuperar o rio para o aproximar da população e nós temos feito isso. Este projeto que apresentámos agora é fruto de um trabalho de vários anos, porque já em 2019 a Brigada Verde recolhia informação, num projeto chamado «Muda o Rumo desta Margem», em que o objetivo era precisamente a Ecovia do Ave, através da limpeza da margem do rio, para que seja possível às pessoas usufruir”, conclui Vítor Pais.

Junta de Briteiros Santo Estêvão e Donim atribui apoio aos Bombeiros das Taipas

A Junta de Freguesia da União de Freguesias de Briteiros Santo Estevão e Donim atribuiu um apoio financeiro à Associação Humanitária dos Bombeiros de Caldas das Taipas. O referido apoio foi entregue este sábado pelo presidente da junta de Freguesia, Vítor Pais, acompanhado por alguns elementos do seu executivo, sendo recebido pelo

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presidente da instituição, José das Neves Machado, ea também pelo Comandante da corporação, Rafael Silva. Em nota publicada nas redes sociais da junta de freguesia Vítor Pais aproveita para “enaltecer e agradecer o serviço e a dedicação dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas no socorro, proteção e apoio às nossas comunidades”.


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SNS24 Balcão inaugurado em Brito com desejo de expansão pelo concelho Ponte cria zona de descanso para peregrinos do “Caminho de Santiago”

Foi esta terça-feira assinado o protocolo para a instalação de um novo serviço de saúde em Guimarães, um SNS24 Balcão, o primeiro do país, que já se encontra em funcionamento nas instalações da Junta de Freguesia de Brito. Assim, mais de noventa serviços digitais ficam ao dispor da população, sendo possível, entre outros, marcar consultas, realizar teleconsultas, renovar receitas ou consultar exames, otimizando-se a prestação de cuidados de saúde de proximidade à população. A cerimónia teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, contando com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, do PUBLICIDADE

Secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, na qualidade de coordenador da Região Norte no âmbito do Estado de Emergência, do Presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Carlos Nunes, do Presidente do Conselho de Administração da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, e do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, para além da Presidente da Junta de Freguesia de Brito, Fátima Saldanha. Domingos Bragança presidiu a sessão, fazendo votos para que “este seja o primeiro SNS24 Balcão”, na medida em que a vontade do município é “construir

uma rede que se estenda por todo o concelho”. Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade, destacou “o empenho” de Domingos Bragança parta trazer este projeto para Guimarães, enquanto que Diogo Serras Lopes, Secretário de Estado da Saúde, disse que este projeto em Guimarães “vai ser um sucesso”, sublinhando que para o Ministério da Saúde esta é uma “iniciativa importante porque proporciona o acesso à saúde”. Depois da assinatura do protocolo na Câmara Municipal, Domingos Bragança acompanhou os presentes numa visita a Brito às instalações do SNS24 Balcão, na sede da junta de freguesia.

A Junta de Freguesia de Ponte, conjuntamente com a Câmara Municipal de Guimarães, iniciou a construção de uma zona de descanso destinada aos peregrinos que habitualmente fazem o Caminho de Santiago, nomeadamente entre Guimarães e Santiago de Compostela. Esta zona de descanso está a ser já construída junto ao Centro Escolar de Ponte, na Rua dos Moinhos, e terá instalada várias valências tais como uma pequena zona de lazer com mesas, bancos, bebedouro e ainda outros equipamentos complementares. Na nota em que anuncia a criação

desta zona de descanso a Junta de Freguesia de Ponte dá conta que as peregrinações a Santiago de Compostela acontecem desde o século IX. “Desde essa altura, povos de todas as nacionalidades aventuraram-se por vários e diversos caminhos […]. Este agradável percurso composto ao longo de 205 quilómetros por entre trilhos, caminhos e estradas que nos levarão desde Guimarães, a cidade berço de Portugal, passando pela Vila de Ponte, até Santiago de Compostela, um dos principais centros da cristandade”, refere a Junta de Freguesia de Ponte.


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DESPORTO

CC Taipas chega-se aos lugares da frente MANUEL SILVA

Classificação | Futebol Campeonato Pro-nacional - AF Braga - 2020-2020 #

Com dois triunfos no mês de dezembro, em casa do Santa Eulália e na receção ao Ronfe, o Clube Caçadores das Taipas subiu na tabela classificativa e está agora nos lugares da frente da tabela classificativa, enquadrado nos objetivos propostos no início da temporada. A equipa orientada por Rui Novais venceu os dois jogos em atraso com personalidade, mostrando que pode lutar pelo topo da classificação.

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1 1 1 0 1 1 1 1 2 1

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10 7 8 10 6 7 5 6 7 7

2 3 6 7 5 3 4 7 9 13

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Joane Santa Eulália Ribeirão 1968 Taipas Ponte Serzedelo Vieira Arões Os Sandinenses Ronfe

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CC Taipas inscreve equipa na prova de sub-20 da AF Braga

ARQUIVO REFLEXO

Texto Bruno José Ferreira

1-2 GD SANTA EULÁLIA

4-1 CC TAIPAS

Jornada 2 - 13 de dezembro de 2020

No jogo de acerto de calendário referente à segunda jornada do Campeonato Pró-Nacional, o CC Taipas conseguiu aquela que foi a sua primeira vitória fora da presente temporada, ao vencer no terreno do Santa Eulália, atual segundo classificado, por duas bolas a uma. Zé Grande e André Bicudo foram os autores dos golos dos taipenses neste embate em que a equipa de Rui Castro demonstrou personalidade e competência, adaptando-se às várias fases do jogo. O conjunto orientado por Rui Castro adiantou-se no marcador a meio da primeira parte ao beneficiar de um brinde do guarda-redes adversário, sendo que o atacante Zé Grande não desperdiçou a oportunidade de colocar os taipenses na frente do marcador: mau passe do guarda-redes na saída de bola, o atacante focou-se de imediato na baliza e finalizou com sucesso Já na segunda parte a equipa vizelense chegou à igualdade, mas o CC Taipas voltou para a frente com um golo de cabeça do médio André Bicudo, chegando à vantagem com que acabaria por vencer o jogo. Tiago Vieira tirou as medidas certas no corredor direito, tirou o cruzamento para André bicudo corresponder da melhor forma no interior da área, carimbando-se assim a vitória num terreno difícil por parte do Clube Caçadores das Taipas.

CC TAIPAS

CCDD RONFE

Jornada 1 - 20 de dezembro de 2020

Em mais um jogo em atraso, referente à primeira jornada do principal escalão da Associação de Futebol de Braga, o CC Taipas goleou o Desportivo de Ronfe por contundentes quatro bolas a uma no Campo do Montinho, alcançando assim duas vitórias consecutivas pela primeira vez esta temporada. A equipa de Rui Castro entrou praticamente a vencer, marcando logo aos três minutos por Zé Grande. Contudo, a jovem equipa do Ronfe empatou à passagem da meia hora de jogo, numa fase em que o embate era intenso à flor do relvado, sendo essa mesmo a fase mais equilibrada do jogo. Demonstrou maior experiência a equipa taipense ao marcar três golos sem resposta na segunda parte do encontro. Joel voltou a colocar o CC Taipas na frente do marcador cedo na segunda parte, também aos três minutos, sendo que os defesas Pedro Campos e Basílio fizeram o resultado avolumar-se nos derradeiros minutos. Joel benificiou de uma má recolocação de bola do guarda-redes, fazendo um chapéu milimétrico, assinando um golo de belo efeito. Ao romper pela esquerda Pedro campos fez o terceiro de pé esquerdo e basílio fechou a contagem na sequência de um pontapé de canto, finalizando de cabeça. Triunfo sem contestação do conjunto taipense.

O CC Taipas inscreveu uma equipa na Prova Extraordinária sub-20 organizada pela Associação de Futebol de Braga, prova esta que tem como objetivo proporcionar a prática competitiva a jovens jogadores numa fase em que os campeonatos de formação não estão em funcionamento em virtude da pandemia. A faixa etária da prova extraordinária cifra-se entre os sub-16 e os sub-20, ou seja atletas desde o escalão juniores B, desde que possuam aptidão médica para sénior, nos termos regulamentares, até atletas no primeiro ano de sénior. Mesmo tendo avançado com uma equipa B, que está a competir na 1.ª Divisão distrital, o Departamento de Futebol do CC Taipas resolveu avançar com esta equipa sub-20. Filipe Eusébio, diretor desportivo, abordou a criação

desta equipa em declarações aos meios do clube, assumindo que com esta equipa será possível dar competição será possível dar competição a jogadores das camadas jovens, nomeadamente juvenis. “A situação dos sub-20 é um pouco diferente dos sub-23. Acho que foi uma ideia boa, porque ter aqui os miúdos, ainda mais nestas idades, só a treinar, mais cedo ou mais tarde vão desmotivando, porque eles querem é competição. Derivado à pandemia, certamente que não vai haver campeonato de juvenis, e uma forma de ter os miúdos em competição, que é o que necessitam nesta fase. Se calhar alguns miúdos já desistiram por causa disso, e até podem regressar. Tem de haver aqui uma combinação perfeita entre as três equipas, sub-20, Sub-23 e equipa principal”, referiu.


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CART afastado da Taça de Portugal pelo EL Azeméis apesar da boa réplica BRUNO JOSÉ FERREIRA

Classificação | Hóquei em Patins Seniores - 3ª divisão nacional - Norte - 2020/2021

Texto Bruno José Ferreira

Ainda sem derrotas no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, o CART foi afastado da Taça de Portugal ao ser derrotado no seu pavilhão pela Escola Livre de Azeméis, um adversário de escalão superior. Apesar de derrota, a equipa de Orlando Rodrigues confirmou o bom momento de forma e conseguiu uma prestação positiva,

dividindo o jogo com uma equipa que milita na 2.ª Divisão Nacional, um escalão acima daquele que o emblema taipense disputa neste momento. A Escola Livre de Azeméis adiantou-se no marcador e esteve por duas vezes em vantagem, mas Carlos Rodrigues e Alberto Martinho restabeleceram a igualdade, sendo que apenas na fase final do encontro o conjunto de Oliveira de Azeméis conseguiu fazer dois

golos e distanciar-se de forma definitiva no encontro, alcançando assim o triunfo. Destaque para o facto de o CART ter desperdiçado dois castigos máximos, tendo sido a equipa mais perigosa durante grande parte do período de jogo, equivalendo-se a uma equipa de escalão superior, sucumbindo apenas nos pormenores já na fase final do encontro, sendo assim afastado da Taça de Portugal apesar da boa réplica.

NAT é bicampeão nacional de corta-mato longo O Núcleo de Atletismo das Taipas (NAT) sagrou-se no passado dia 26 de dezembro, sábado, bicampeão regional de corta-mato longo, ao sair vencedor na prova organizada pela Associação de Atletismo de Braga no Parque de Souto Santa Maria. Este resultado foi alcançado na vertente masculina, sendo que o melhor classificado do NAT foi Paulo Fontão, que foi o terceiro mais rápido a percorrer os 7,5km da prova. De resto, para além de Paulo

Fontão o NAT contou com mais três atletas nos dez primeiros classificados, nomeadamente André Silva no quarto lugar, Henrique Pires no sexto lugar e Sérgio Salgueiro no oitavo lugar, completando-se a participação do NAT com o 17.º lugar alcançado por Henrique Costa. Com este resultado coletivo alcançado no Campeonato Longo Regional 2020/2021 o NAT revalida o título alcançado no dia 18 de janeiro em Barcelos, tornando-se bicampeão.

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

GDC Fânzeres CART/Guimagold HC Penafiel OS Limianos HC Braga B HC Maia CRPF Lavra Académico FC HC Marco ED Viana HC Fão HC Santa Cruz

18 10 9 7 7 6 6 3 3 3 1 0

6 4 4 4 5 3 4 3 2 5 4 6

6 3 3 2 2 2 2 1 1 1 0 0

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48 17 34 12 24 16 13 10 9 13 12 20

16 13 18 10 25 9 11 10 11 18 30 55

Associação de Ciclismo do Minho promove “ciclismo de lazer mais seguro” A Associação de Ciclismo do Minho (ACM), com sede em Guimarães, informa que estão abertas as inscrições e renovações da licença desportiva para a prática de ciclismo na via pública. Esta licença inclui seguro com as coberturas de acidentes pessoais e de responsabilidade civil e destina-se à prática diária de ciclismo na via pública (treino e deslocação), em estrada, BTT e cidade, contemplando também o uso de bicicletas com assistência elétrica (“pedelecs” com motor até 250W). Dá conta a ACM que as referidas licenças têm o custo de 25 ou 35 euros. “A licença convencional, ao preço de 35€ não

possui franquia, contempla a emissão de cartão de identificação da Federação Portuguesa de Ciclismo, reconhecido pela União Ciclista Internacional, e contempla a participação em Provas Abertas. Em alternativa, poderá optar pela filiação “Inspira Portugal”, no valor de 25 €, tendo esta licença a particularidade de ser emitida exclusivamente em formato digital, limite de idade de 75 anos e uma franquia de 60 € na cobertura de acidentes pessoais”, refere a ACM em nota enviada às redações. O seguro é válido de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2021 em Portugal e no estrangeiro e a adesão pode ser feita online através de um formulário no site da ACM.

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Obituário

José António No dia 5 de Dezembro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. José António, com 90 anos de idade, casado com Gracinda Castro Freitas, residente que foi na Rua da Borralha, Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

António Marques de Vasconcellos Cardozo No dia 8 de Dezembro, na sua residência, faleceu o Sr. António Marques de Vasconcellos Cardozo, com 51 anos de idade, solteiro, residente que foi na Avenida D. Afonso Henriques, Gondomar, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Gondomar, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Norberto Augusto Medeiros No dia 10 de Dezembro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Norberto Augusto Medeiros, com 65 anos de idade, residente que foi na Rua Rua Central, Prazins (Santo Tirso), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Maria Rosa de Freitas No dia 16 de Dezembro, no Hospital de Braga, faleceu a Sr.ª Maria Rosa de Freitas, com 73 anos de idade, solteira, residente que foi na Rua 25 de Abril, Santo Emilião, Póvoa de Lanhoso. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Santa Maria de Souto, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Camilo António Marques Dias da Silva No dia 24 de Dezembro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Camilo António Marques Dias da Silva, com 64 anos de idade, residente que foi na Rua do Real, Briteiros (Santo Estêvão), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Santa Cristina de Longos, indo depois a cremar no Crematório Central Vale do Ave.

Armando de Oliveira Ferreira

António José Marques Dias da Silva

No dia 14 de Dezembro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Armando de Oliveira Ferreira, com 86 anos de idade, casado com Rosa de Castro Rocha, residente que foi no Lar Alcide Felgueiras, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São Clemente de Sande, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

No dia 27 de Dezembro, no Hospital de Braga, faleceu o Sr. António José Marques Dias da Silva, com 71 anos de idade, casado com Maria do Carmo Oliveira Gonçalves Dias da Silva, residente que foi na Rua do Covinho, Longos, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Santa Cristina de Longos, indo depois a inumar no cemitério desta comunidade.

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Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga


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