Novembro de 2020 / Ano XXVII / #293
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SUPLEMENTO
Grupo Desportivo de Longos pp. 11 a 14
Segunda vaga da Covid-19 está aí com números preocupantes REPORTAGEM
pp. 04 e 05
Leandro Neves é Rafael Silva faz o novo chefe dos balanço positivo do Escuteiros das Taipas DECIR 2020
Trombonista taipense Covid-19 atrasa João Martinho brilha entrada do CC Taipas no campeonato na Alemanha
Em entrevista ao Reflexo aponta a nova sede como fundamental para o Agrupamento 666.
Comandante dos Bombeiros das Taipas revela que a área ardida baixou 80 por cento.
Primeiro Trombone Solo da Orquestra Filarmónica de Hamburgo.
Com vários jogadores infetados, o jogo da primeira jornada teve de ser adiado.
pp. 06 e 07
p. 08
p. 15
p. 18
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
SOBE
Retomar do estado de emergência O país atravessa, neste momento, o período mais grave desde o início da pandemia causada pela Covid 19, com tendência para a situação se agravar nas próximas semanas. Estamos inseridos num concelho com uma das maiores taxas de infetados (é o 5º concelho da região norte e o primeiro no distrito com mais infetados na semana de 20 a 26 de outubro). A 25 de outubro, Guimarães registava 2996 paciente infetados com o vírus, a que correspondia, até esse momento, uma taxa de mortalidade a rondar os 1,5%. Se olharmos para os centros de saúde da proximidade (dois de Caldas das Taipas, Ponte e Ronfe), verifica-se que, na semana de 16 a 22 de outubro, os casos em vigilância ativa duplicaram, rondando os 300 casos. 25% dos casos ativos entre Guimarães, Fafe, Vizela, Cabeceiras e Mondim localizam-se no âmbito geográfico das referidas unidades de saúde. Nesses centros de saúde da área de Caldas das Taipas, a 29 de setembro, registavam-se 108 casos de vigilância ativa e esse número de infetados passa a 300 casos, como já foi referido, a 22 de outubro, contra 462 dos centros de Guimarães, 290 de Vizela e 150 de Fafe. A esta data, 2 de novembro, Portugal regista 60.026 casos ativos e 2.544 óbitos para um valor global de 144.341 casos confirmados de Covid 19. Neste contexto, surge novamente um conjunto de medidas que visam conter a propagação do vírus, para, como dizem, “salvar o Natal”. Sabemos que os “prognósticos são mais fáceis nos finais dos jogos”. No entanto, não é preciso entrar nesse tipo de argumentos, para se saber que o governo e, principalmente, a Direção Geral de Saúde (DGS) estão constantemente a ter intervenções nos “finais dos jogos”. O primeiro-ministro demorou cerca de 90 minutos para elencar um conjunto de medidas que não ficaram claras. Tudo indica, para que não fiquem dúvidas, o país terá de avançar para o “estado de emergência”. De todas essas medidas, tendo todas elas graves implicações, a que irá ter mais contestação popular na vila de Caldas das Taipas será novamente o eventual encerramento da sua feira semanal. NB: Os dados apresentados são da ARS Norte, ACES do Alto Ave e da DGS que, curiosamente, não são totalmente coincidentes.
reflexo O Norte de Guimarães
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Dia 20 de outubro
Medidas de contenção
A Câmara e Junta de Como alguém diz, é fácil Freguesia anunciam o início falar dos resultados dos jogos das obras do novo centro depois de eles terem acontecívico de Caldas das Taipas cido. O mais difícil é prever a 20 de outubro de 2020. o que se vai passar. Será uma data relevante Sendo isto uma verdade do início de uma grande à La Palice, não a podemos transformação, para melhor, aplicar totalmente ao que toda a gente assim o espera, se está a passar no combate do que significa o centro à pandemia Covid 19. Se de uma vila na promoção temos os melhores especiade um dinamismo sóciolistas nas organizações e en-cultural, sem esquecer o tidades de saúde, apesar das aspeto fundamental que é o pressões políticas, espera-se comércio. deles algo mais do que reaNão podemos esquecer girem aos acontecimentos. que o próprio projeto apreSe muito do combate à senta ou defende uma área pandemia passa pela atitude mais ligada aos serviços e cívica das próprias pessoas, uma área mais comercial. o comportamento delas tamO problema será resolbém é condicionado por um ver a questão do estacionacerto desnorte e indefinição mento e, neste caso, esperadas medidas que têm sido -se uma certa abertura para tomadas. se ouvirem as preocupações dos taipenses.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 293/ Novembro de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha, Bruno José Ferreira e Carolina Pereira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos FOTO DE CAPA Teste à Covid 19 Fotografia Reflexo ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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REPORTAGEM
Segunda vaga da Covid-19 chega com números preocupantes DIREITOS RESERVADOS
Problemas psiquiátricos estão a aumentar
Patrício Ferreira
A prevista segunda vaga da pandemia está aí com úmeros preocupantes. Guimarães está entre os concelhos com maior taxa de propagação do vírus, sendo que a transmissão está na comunidade e numa fase de difícil acompanhamento das cadeias de contágio. O Reflexo teve acesso a números oficiais que demonstram a curva ascendente da pandemia. Reportagem Alfredo Oliveira com Bruno José Ferreira
Confinar deixou de ser uma hipótese, a economia dita as suas leis e um pouco por toda a Europa a segunda vaga da Covid-19 tem sido combatida com menos restrições do que aquelas que se verificaram em março. Contudo, a ameaça nesta fase é muito mais severa e os números comprovam-no. O número de novas infeções tem subido de uma forma geral, sendo que no caso de Guimarães os números requerem especial atenção. O Reflexo teve acesso a documentos oficiais onde estão expressos números preocupantes. Desde o início da pandemia o concelho de Guimarães já teve mais de 3700 casos de infeção (última confirmação oficial a 30 de outubro: 3771 infetados desde o início da pandemia), e, sabe o Reflexo, desde o início da pandemia até ao dia 25 de outubro registaram-se 46 óbitos em Guimarães. Entre 21 de setembro e 27 de outubro registaram-se 1889 novos casos no concelho, o que significa uma média superior a 52 casos por dia nestes 36 dias, segundo os dados fornecidos pela Câmara Municipal de Guimarães de Acordo com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alto Ave. Na informação recolhida pelo nosso jornal sabe-se também que no
dia 22 havia 132 casos ativos nas Taipas, 77 na Unidade de Saúde Familiar (USF) Duovida e 55 na USF Ara de Trajano. Com estes números Guimarães era no dia 26 de outubro o quinto concelho da região norte do país com mais casos registados nos últimos sete dias, apenas suplantado por Paços de Ferreira, Porto, Matosinhos e Gaia. Neste período Guimarães foi o concelho do distrito de Braga que mais novos casos registou, 815 novos casos, seguindo-se Braga com menos de metade, 394 casos. Saindo do plano estatístico, mais do que os números, esta segunda vaga da Covid-19 vai por à prova o Serviço Nacional de Saúde e a sua capacidade de resposta, sendo já notória a falta de capacidade de reposta nas USF, estando também os hospitais a atingir níveis de ocupação que geram preocupação. Hospital Senhora da Oliveira: aumento do número de casos pode gerar sérios problemas
O Reflexo falou com Hélder Trigo, diretor clínico do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães (HSOG), principal unidade hospitalar da região. Sendo Guimarães um dos concelhos mais afetados nesta segunda vaga, a preocupação
aumenta relativamente ao nível de preparação do hospital. Hélder Trigo deu conta ao nosso jornal que “o HSOG continua empenhado em responder não só aos doentes Covid-19, como a todos os outros que nos procuram e têm necessidade dos nossos serviços”, acrescentando que “não é fácil nas circunstâncias atuais” agilizar a organização dos recursos humanas, garantindo, no entanto, que “tem sido conseguido equilibrar a nossa atividade, dando resposta a esses dois níveis, Covid-19 e não Covid-19". Em declarações à Agência Lusa o mesmo responsável clínico informou que a “taxa de ocupação é, necessariamente, elevada, mas, até ao momento ainda não foi adiada nenhuma consulta, nenhuma cirurgia ou meio auxiliar de diagnóstico por causa da pandemia, nesta segunda onda". Salvaguardando sempre que “o hospital tem conseguido dar resposta”, Hélder Trigo considera que os números recentes “inspiram uma certa preocupação” e que, a manterem-se, poderão causar problemas. “Se se mantiver o atual ritmo de crescimento de novos casos obviamente poderá haver problemas”, aponta o responsável máximo .
Para além de todas as problemáticas de saúde que são conhecidas, não só no que a doentes Covid-19 diz respeito, mas também a outras patologias, há outra cujos danos podem não ser vislumbrados à vista desarmada mas que cada vez mais começam a ser uma realidade, crescente, e tem preocupado os profissionais do setor. É o caso dos problemas psicológicos, que se começam a sentir e não se sabe ao certo que evolução poderão vir a ter. Patrício Ferreira, médico psiquiatra e diretor clínico da Casa de Saúde de Guimarães, em Caldelas, considera que “há vários pilares que de uma forma geral têm contribuído para um agravamento da saúde mental da população mundial”, revelando ao Reflexo que na clínica que dirige “as queixas têm aumentando” a este nível. O psiquiatra aponta alguns dos fatores que estão na origem destas queixas. “Não sabemos onde estamos, o que cria uma situação de incerteza a todos os níveis que tem criado nas pessoas aumento significativo dos níveis de ansiedade, o que depois se traduz em muitas
outras queixas: pelo que temos visto na nossa clínica isso provoca depois muitas alterações no sono, muitas preocupações, muitas queixas dolorosas, de uma forma geral. Depois temos sensações que muitos de nós nunca experienciamos, este afastamento das pessoas. As pessoas estão habituadas a socializar muito e não o fazem, mesmo com as tecnologias, porque já percebemos que um telemóvel não substitui um abraço. Temos experiências de solidão terríveis de pessoas que estão literalmente isoladas. Por outro lado, estaremos na chamada segunda vaga e sente-se outra coisa que em termos psicopatológicos será um conflito. Todos os dias notamos as pessoas ambivalentes: por um lado percebe-se que isto não pode parar, por outro lado acham que deveriam fazer alguma coisa”, explica. Assegurando que “os médicos estão a trabalhar mais do que nunca sobre pilares que ninguém domina muito bem”, Patrício Ferreira assume que é difícil encontrar mecanismos para atenuar estas dificuldades, defendendo, ainda assim, que não é recomendada a procura profilática de ajuda a este nível. Ainda assim, deixa alguns conselhos: “Se as pessoas tiverem estratégias de poderem não estar completamente fechadas em casa, se puderem ter rotinas e este hábito de, com cuidado e responsável, ter os seus momentos ao ar livre é importante, porque de facto ficar em casa fechado é complicado”.
Governo decreta medidas para os concelhos de risco mais elevado e Guimarães é um deles Para fazer face a esta evolução da pandemia, o conselho de ministros deliberou em reunião extraordinária no sábado, dia 31 de outubro, um conjunto de medidas a aplicar nos concelhos em que o risco de propagação é mais elevado. Assim sendo, 121 concelhos, nos quais Guimarães está incluído, enfrentam um novo confinamento. São essencialmente seis as medidas a seguir, nomeadamente dever cívico de recolhimento domiciliário, eventos e celebrações limitados a cinco pessoas, teletrabalho obrigatório, encerramento até às 22horas dos estabelecimentos
comerciais, encerramento até às 22h30 dos restaurantes e proibição da realização de feiras e mercados de levante. Estas medidas entram em vigor a partir de 4 de novembro em mais de uma centena de concelhos, aplicando-se a mais de 7milhões de portugueses, sendo que, tal como os números comprovam, Guimarães teria de estar presente face ao cavalgar dos números de novas infeções. O primeiro ministro, António Costa, vai abordar com o presidente da repúblicaMarcelo Rebelo de Sousa sobre um novo estado de emergência.
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Cronologia do avanço da pandemia MARÇO 5 | Quando a pandemia começava a dar sinais preocupantes na Europa, apenas três dias depois de ser detetado oficialmente o primeiro caso em Portugal, uma reportagem do Reflexo deu conta que o vírus começava a fazer soar alarmes silenciosos. As máscaras, ainda praticamente desconhecidas, esgotaram nas farmácias da vila. 11 | Câmara Municipal de Guimarães anuncia o encerramento de vários espaços públicos e a suspensão das feiras. 11 | Várias instituições tomam medidas: os clubes taipenses suspenderam a atividade, a Taipas Termal suspendeu os tratamentos no balneário termal, e o Agrupamento de Escolas das Taipas vedou o acesso às instalações de coletividades e associações. 12 | Conselho de Ministros decreta o encerramento das escolas a partir do dia 16 de março, anunciando uma série de medidas para evitar a propagação do vírus, naquilo a que chamou “a luta pela nossa sobrevivência”. 13 | Conferência Episcopal Portuguesa determina a suspensão da celebração de missas. 17 | Canceladas as celebrações do 25 de abril levadas a cabo pelo Núcleo de Estudos 25 de abril em articulação com a Junta de Freguesia de Caldelas e outras associações locais. 19 | O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decreta Estado de Emergência Nacional, sendo a proposta aceite pela Assembleia da República. Trata-se de uma situação nova, que se vive pela primeira vez desde 1976 e com a democracia em vigência. 26 | Hospital Senhora da Oliveira cria estrutura para reforçar capacidade de resposta e reforçar as medidas de prevenção relativas à pandemia Covid-19. 26 | Centro de rastreio à Covid-19 entra em funcionamento no Pavilhão Multiusos de Guimarães. 27 | Comissão Municipal de Proteção Civil cancela realização do mercado hortícola nas Taipas, decretando também o encerramento da ecovia/ciclovia, de todos os parques de lazer do concelho, municipais ou das freguesias, e dos
cemitérios municipais e das freguesias. 31 | Guimarães atinge uma centena de casos, de acordo com o ACES Alto Ave. ABRIL 1 | Festas da Fé e da Primeira Comunhão foram adiadas pela Paróquia de Caldas das Taipas. 2 | Festas da Vila e São Pedro canceladas pela comissão de festas. 8 | Concelho de Guimarães ultrapassa as duas centenas de casos confirmados da Covid-19. 8 | Taipas Termal coloca 37 colaboradores no regime lay-off com o intuito de garantir a liquidez da cooperativa. 14 | Terceiro período letivo arranca em regime de ensino à distância sem os alunos nas escolas. 20 | Taipas Termal adia a sua programação cultural para 2021. 21 | Concelho de Guimarães ultrapassa a barreira dos quinhentos casos confirmados. 25 | Colocada uma Caixa Solidária em pleno centro da vila das Taipas, na Praça Dr. João Antunes Guimarães. 20 | Portugal passa do Estado de Emergência a Estado de Calamidade. MAIO 5 | Sete casos positivos na Casa da Sagrada Família em São Clemente evacuados para o Seminário do Verbo Divino. 7 | Prepara-se o desconfinamento com a reabertura dos parques de lazer. 18| Alunos do secundário que preparam exames nacionais regressam à escola sob medidas apertadas de higiene e segurança. 20 | Pela primeira vez desde que registado o primeiro caso, Guimarães não regista novas infeções. 29 | Hospital Senhora da Oliveira remarca consultas médicas que foram adiadas devido à pandemia. JUNHO 1 | Feira semanal das Taipas volta a realizar-se.
Número de casos entre 19 e 26 de outubro nos concelhos do distrito
Fonte: ARS Norte
4 | Apesar da diminuição da ocorrência de novos casos Guimarães atinge os oitocentos casos. 16 | Pandemia deixa Bombeiros das Taipas com “futuro sombrio” em virtude da queda das receitas. 18 | Concelho de Guimarães está pelo 13.º dia consecutivo sem conhecer novos casos de infeção. AGOSTO 28 | Seis novos casos em dois dias fazem anunciar a segunda vaga da Covid-19, registando-se 874 casos confirmados. SETEMBRO 26 | Utente do Lar Alcide Felgueiras, do Centro Social das Taipas testa positivo e obriga a que seja feita uma testagem a todos os funcionários e utentes. 27 | Guimarães ultrapassa a barreira dos 1500 casos, tendo médias diárias galopantes que colocam o concelho entre os que têm mais novos casos por dia. OUTUBRO 13 | Atingida a marca dos 2mil casos. 14 | Governo volta a decretar Estado de Calamidade e adota medidas restritivas. 15 | Ocorrência de casos Covid nas escolas das Taipas obrigam a que se acione o plano de contingência, pondo diversas turmas em quarentena. 19 | Após reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil é decretado o encerramento dos cemitérios no Dia de Todos os Santos. 20 | Casos de Covid-19 no plantel do CC Taipas obrigam o emblema taipense a adiar as duas primeiras jornadas do campeonato. 28 |Números preocupam. Guimarães tem em média 125 novos casos por dia nesta fase. 28 | Passa a ser obrigatório usar máscara nos espaços públicos quando não for possível manter o distanciamento social. 31 | Guimarães entre os 121 concelhos que enfrentam um novo confinamento.
Evolução do número de casos no concelho de Guimarães
Fonte: ACES Alto Ave e CMG
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ENTREVISTA Leandro Neves
"Nova sede é fundamental para o funcionamento do Agrupamento" BRUNO JOSÉ FERREIRA
Aos 34 anos, Leandro Neves sucede no cargo de Chefe de Agrupamento, a Ernesto Martinho. Uma herança que se pode considerar “pesada”, tendo em conta o longo período de liderança, de mais de trinta anos, que Ernesto Martinho, desempenhou no destino do Agrupamento. O trabalho realizado terá por base uma Direção que, para Leandro Neves, será o porto seguro da sua liderança. Texto Manuel António Silva Leandro Neves ingressou no Agrupamento de escuteiros das Taipas em 1996, ainda com idade de Lobito mas passou a integrar a secção dos exploradores. Fez todo o seu percurso escutista nas diferentes secções e, ainda como Caminheiro, desempenhado funções em Comissão de Serviço, teve uma passagem fugaz no apoio à secção dos exploradores. Investido como Dirigente em 2011, começou PUBLICIDADE
por integrar a equipa de animação da primeira secção, dos lobitos, onde permaneceu durante 5 anos. A emigração de uma dirigente para França conduziu à necessidade de captar Leandro Neves para chefe de unidade dos pioneiros, onde se manteve até ser recentemente eleito chefe de Agrupamento, única função que exercerá cumprindo com aquilo que as normas escutistas aconselham para um Chefe de
Agrupamento. No seu ingresso e mesmo durante o seu percurso escutista, alguma vez se imaginou a chegar a Chefe de Agrupamento? Quando entrei, obviamente que não. Depois, na fase da adolescência, até tive um período em que estive para me afastar do escutismo. Só depois é que senti que poderia
vir a tornar-me dirigente do CNE. No imediato, nunca pensei chegar a Chefe de Agrupamento, quer eu, quer os meus colegas, porque pensávamos que o Chefe Ernesto ia ser intemporal. Mesmo quando se colocou essa necessidade, nunca pensei que pudesse ser já eu a substituí-lo no cargo. Claro que pensei que pudesse a vir a ser eu um dia mas, não já, em substituição direta do chefe Ernesto. Sente-se preparado para os novos desafios que lhe serão colocados no cargo? Preparados, nunca estamos. O desfio e a responsabilidade são enormes. Não tenho medo e mesmo que não me sinta preparado, sei que temos uma equipa que me ajudará no que for preciso. Já com o chefe Ernesto era assim. Trabalhamos muito à base do trabalho de equipa, por onde passam todas as decisões. Isso dá alguma segurança, tendo em conta que as coisa não mudaram assim tanto. Eu já fazia parte da Direção anterior e houve apenas uma troca de lugares já que o chefe Ernesto continuará a integrar a Direção do Agrupamento. Claro que este novo cargo vai implicar que dedique mais tempo e que tenha de assumir outras funções e responsabilidades, mas, não me parece uma mudança assim tão grande. As decisões não se centrarão numa pessoa, mas, sim, numa Direção. Sabe-se que, normalmente, nestes processos de eleição, tenta-se sempre apresentar uma solução que reúna
consenso, como parece ter sido o caso. Apesar disso, o que é que o motivou e esteve na base da sua aceitação para assumir este novo cargo? No Agrupamento das Taipas estivemos sempre muito acomodados e seguros com a liderança do Chefe Ernesto. São muitos anos. Todos nós, atuais dirigentes, crescemos com a presença dele e, ainda hoje tenho a convicção que é a pessoa que reúne todas as qualidades para assumir a liderança do Agrupamento. Contudo, a sua opção pessoal foi de deixar o cargo e compreende-se. Para além de acomodados, era também um pouco por egoísmo nosso estarmos sempre a exigir que continuasse naquela função. Desta vez foi intransigente. Há muitos anos que vinha a dizer que seria o último mandato e a nossa dose de egoísmo foi sempre conseguindo mantê-lo. Desta vez, foi mesmo irredutível na sua decisão e tivemos de resolver a questão da forma que é conhecida. Foi um processo longo e cheguei a pensar que com esta questão da pandemia ele se iria esquecer do assunto. Mas, não. Tivemos mesmo de avançar para a sua substituição. Percebi também que as razões profissionais apontadas pela Marta Mendes para não assumir o cargo eram mais fortes que as minhas e acabei por ser eu a aceitar avançar. Considera esta uma herança pesada, assumir um cargo ocupado durante tanto tempo pelo Chefe Ernesto? É uma herança pesada pelo cargo em si, porque ser escuteiro
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já é um cargo prestigiante. Não é pesado porque o camião que vai transportar esta carga está bem mantido pela Direção. Trabalhamos em equipa. O Chefe Ernesto pelo bom trabalho que fez exige de quem vem a seguir, não só eu como sucessor direto, mas os próximos chefes terão sempre a responsabilidade de manter o trabalho, porque vai ser sempre comparado. Em trinta anos terá sempre tempo para equivaler o trabalho do Chefe Ernesto?!… Não conto estar no cargo tanto tempo (risos). O mandato é de três anos, é quanto espero permanecer, depois nas próximas eleições se verá. Espero que seja outra pessoa. Que linhas orientadoras tem para este mandato? Temos uma linha que foi imposta, que é transversal a todas as associações, que é como sobreviver ou manter a atividade neste tempo de pandemia. É desafiante. Temos de apelar à criatividade. Nunca parámos. Num primeiro momento fizemos reuniões online. Em julho fizemos uma retoma. Em setembro sentimos a necessidade de voltar às reuniões presenciais, depois das férias, até para tentar chamar de novo os nossos miúdos. Conseguimos fazer isso, mas vamos ter de abrandar novamente. Depois temos os problemas normais do Agrupamento, que são públicos, a falta de espaço, um problema que a nossa Direção vai continuar a tentar resolver. O grande objetivo do Agrupamento passa por manter o trabalho que o Chefe Ernesto tem realizado. Resolver o problema do espaço, uma vez que a atual sede não se adequa ao número de elementos que temos e às atividades em tempo de Covid-19. De que forma será possível conseguir manter os miúdos PUBLICIDADE
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motivados nesta fase? Temos algumas orientações a nível nacional, que nos são transmitidas através do Núcleo de Guimarães. Temos algumas linhas que devemos seguir de acordo com as regras da DGS. É sugerido fazer práticas com grupos reduzidos, o que para nós é simples porque temos o sistema de equipas, que vão de cinco a oito elementos na vertente presencial, porque o escutismo baseia-se muito na prática, ao livre, e é muito difícil trabalhar isso online. Temos de mesclar presencial com online. São permitidos acampamentos. Mas, por exemplo, exigem apenas um elemento por tenda, coisas que ao nível da logística se torna complicado. Será uma liderança de continuidade, ou tem algumas ideias de rutura? Rutura não porque eu fazia parte da anterior Direção. Temos maneiras de pensar diferentes, formas diferentes, mas as decisões eram da Direção que se mantém a mesma. Nós até tentamos que as decisões sejam tomadas para além da Direção e, que todos os dirigentes sejam tidos em conta nas tomadas de decisão. Há coisas que tenho uma forma de pensar que poderíamos trabalhar de outra forma, mas é mais isso, a forma de trabalhar, do que na decisão. Podemos delegar muito mais tarefas, até porque eu não tenho a capacidade que o Chefe Ernesto tinha de liderar todos os departamentos. Penso muito mais que ajudem, até para não cair toda a responsabilidade num só elemento, o que é muito esgotante. Eu via o quanto isso era esgotante para o chefe Ernesto. Em termos de decisão não será diferente. Sinto, por exemplo, e sugeri isso após a última Feira das Associações, que podemos melhorar a comunicação entre associações nas Taipas. Há pouca
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interajuda. Há muita rivalidade entre tudo. Sinto uma rivalidade que não faz sentido. Relativamente à nova sede há algum desenvolvimento? Mantém-se tudo igual. Tivemos uma reunião em julho com o Presidente da Câmara, em que nos foi reafirmada a vontade de nos apoiar na construção da sede. Estamos a tentar desbloquear uma situação burocrática com a Taipas Termal, que ainda não foi desbloqueada, porque tal como tivemos oportunidade de dizer ao Presidente das Câmara, é uma promessa que fez e tem de ser cumprida neste mandato. O mandato termina para o ano e não sabemos se ele será reeleito. Acredito que será possível resolver esta situação. É primordial para o bom funcionamento do agrupamento? Completamente. Mesmo antes da pandemia já o era, agora ainda pior, com a obrigação de respeitar distanciamento. É impossível ter uma reunião de secção na atual sede, no espaço que temos. Neste momento, respeitando as regras, deveremos ter lugar para oito pessoas. Temos secções com mais de vinte elementos, o que torna impossível reunir. Antes da pandemia já notávamos isso. Se tivéssemos de fazer algum trabalho de valor que tivesse de ser aproveitado no futuro, não podemos armazenar, temos de deitar fora. Em termos de reunião é impossível ter várias secções reunidas à mesma hora, o que obriga os dirigentes a reunir em horários diferentes, em horários menos convenientes. Depois não há cruzamento entre secções, os miúdos não se identificam, não conhecem os escuteiros das outras secções.
OPINIÃO
COVID 19 - MEDIDAS DEVEM TER COERÊNCIA Augusto Mendes
Caro Leitor, Nestes tempos malditos em que vivemos, devido à pandemia COVID 19 todos temos tido de tomar decisões muito rapidamente. Sejam as famílias, as empresas ou as instituições. Mas aquelas que afeta a todos nós são as que são tomadas pelas instituições públicas. E na realidade algumas delas não têm sido coerentes entre si. Sabemos que para a tomada de decisões pesam por vezes fatores que passam ao lado da sociedade, mas têm de ser explicados para que possam ser percebidos pelas pessoas. No fim-de-semana do dia de Todos os Santos, por exemplo, onde houve limitação à circulação de pessoas entre concelhos, não se entendem algumas das exceções criadas para as pessoas puderem ou não circular. Ninguém entende que possamos circular para um espetáculo cultural em espaço fechado e não possamos circular para a habitual romagem aos cemitérios ao ar livre. Como não se consegue assim justificar que sejam cancelados todos os eventos desportivos das atividades chamadas “Não Profissionais” mesmo sendo estas sem público. Com estas decisões ficamos todos com a ideia que queremos prejudicar menos uns do que os outros. Sim, porque no final todos saem prejudicados. Com todos os custos inerentes à situação as medidas deveriam ser coerentes e na impossibilidade de controlo numas situações as outras deveriam ter tratamento igual. Todas estas limitações se irão sentir, a breve prazo, e noutras já se sentem, em alguns setores de atividade que estão a ser fortemente afetados e que correm sérios riscos de desaparecer aumentando ainda mais as desigualdades sociais que vivemos. Mas na minha opinião os principais atores nesta situação não deviam ser as instituições mas sim as pessoas. Todas estas medidas não seriam necessárias se cada um de nós entendesse o momento que vivemos e fizesse a sua parte. Se aqueles que têm de ser mais expostos devido à sua vida profissional o fazem por dever, há aqueles que não têm de o fazer expondo-se assim mais do que era desejável. Vencer esta batalha vai depender mais das pessoas do que das instituições, isso não tenhamos qualquer dúvida.
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ATUALIDADE
Bombeiros das Taipas "corresponderam da melhor forma" ao DECIR 2020 ARQUIVO REFLEXO
Bombeiros das Taipas registaram menos fogos na sua área de intervenção, mas em contrapartida foram a corporação que mais auxílio prestou por todo o distrito. Área ardida baixou significativamente, na ordem dos oitenta por cento, graças à intervenção dos bombeiros e às medidas de prevenção. Texto Bruno José Ferreira Rafael Silva, comandante da corporação de bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros das Taipas, faz um balanço satisfatório da fase mais crítica do DECIR 2020 (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais). Entre as principais conclusões a que salta de imediato à vista é a redução drástica da área ardida na zona de influência dos Bombeiros das Taipas. Entre 1 de janeiro e 15 de outubro arderam 14.553hectares de floresta, um número significativamente inferior aos 87hectares que arderam em igual período do ano anterior. Uma redução de área ardida superior a oitenta porcento. Na origem da obtenção deste resultado estão vários fatores, entre PUBLICIDADE
os quais a pronta reação e atuação do corpo de bombeiros às poucas ignições de fogo que se registaram e também, por outro lado, as medidas de prevenção adotadas conjuntamente entre os Bombeiros das Taipas, única corporação vimaranense com dispositivo DECIR 2020, e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Guimarães. No entender de Rafael Silva o DECIR 2020 correu “bastante bem”, com muita atuação em auxílio de outras corporações. “No DECIR 2020 tivemos menos ignições na nossa área de atuação própria, mas demos muito apoio a nível distrital. Tivemos 157 ocorrências fora da nossa área em vários concelhos vizinhos, como Celorico, Cabeceiras, Vila Verde, Amares,
Terras de Bouro, Póvoa de Lanhos e vários outros concelhos em que demos apoio. Aqui na nossa área foi, então, um ano com poucas ignições e tivemos menos área ardida: em 2019 tivemos cerca de 80hectares de área ardida, enquanto que em 2020 tivemos 14 hectares. Foi um ano bastante calmo. Correu bastante bem, o corpo de bombeiros correspondeu da melhor forma com o pessoal a ser incansável derivado a estes apoios, aos GRIF (Grupos De Apoio a Incêndios Florestais), fizemos vários destes grupos para Chaves, Mondim de Basto, entre outros; os Bombeiros das Taipas estiveram sempre presentes e o corpo de bombeiros esteve à altura”, aponta o comandante. Com os vários GRIF criados
para apoiar corporações de bombeiros um pouco por todo o distrito, tal como descreveu Rafael Silva, os bombeiros taipenses foram os que mais auxílios prestaram em todo o distrito. Neste período os Bombeiros das Taipas tiveram um total de 267 ocorrências, dentro e fora da sua área de atuação, mobilizando quase dois mil bombeiros, mais precisamente 1907, apoiados por 447 veículos. Nestas 267 ocorrências apenas se registaram dois feridos ligeiros, “coisas mínimas” num incêndio em Longos. Pandemia dificultou, mas não evitou prevenção
Para além da intervenção em caso de ocorrência, os Bombeiros
das Taipas atuaram de forma preventiva, sendo esse um fator que contribuiu, tal como já foi referido, para os resultados obtidos. “A prevenção de incêndios é planeada com o Serviço Municipal d e Proteção Civil. Fizemos uma cerca de sensivelmente seis quilómetros de faixas de caminhos que estavam intransitáveis em Sande São Clemente, tem vindo a ser feito este tipo de trabalho em Longos nos últimos anos, este ano fizemos em Sande para o ano será feito noutros locais de risco. Tentamos fazer o máximo possível para ter acesso imediato à montanha, para fazer um combate mais fácil. Esta metodologia ajuda a evitar que haja mais área ardida, assim como ajuda o auxílio do Serviço Municipal de Proteção Civil com os caminhos devidamente abertos e limpos, as faixas nas bermas que foram feitas junto das estradas aqui na parte norte do concelho; tudo é importante. Tudo que é prevenção é importante”, assegura Rafael Silva. Tal como a restante sociedade também a corporação de bombeiros teve de se readaptar a uma nova realidade em virtude da pandemia, alterando as rotinas diárias. Também disso mesmo dá conta Rafael Silva em declarações ao Reflexo. “Tivemos de dividir o grupo, havia pessoal que dormia nas camaratas principais, outros foram dormir para o salão nobre, pusemos lá os colchões das camaratas, e houve um período em que durante o dia uma equipa foi para o parque de campismo. Foi a primeira vez que isto aconteceu, esta divisão, é a primeira vez que lidamos com isto e é muito complicado lidar com esta situação a nível interno, a nível de formações e outras atividades que temos anulado para evitar aglomerados de pessoas aqui no quartel”, reconhece.
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Deucalion é o supercomputador da UE que será instalado no Avepark REFLEXO
Ostrava (República Checa), Kajaani (Finlândia), Bolonha (Itália), Bissen (Luxemburgo), Maribor (Eslovénia) e Barcelona (Espanha), representando um investimento total de 840milhões de euros. Este supercomputador produzido pela Universidade do Texas e que será sediado em Guimarães terá o peso de sensivelmente 26 toneladas, sendo instalado num espaço de 5mil metros quadrados. Spinpark em insolvência
Um dos oito supercomputadores da União Europeia será instalado em Portugal, no Avepark, num investimento inicial de 30milhões de euros. Produzido no Texas, o supercomputador é visto como nevrálgico para a computação avançada em Portugal. O pre sidente da C âmar a Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, anunciou no passado dia 12 de outubro, em reunião de câmara, a instalação de um supercomputador da União Europeia no Avepark. “Tenho estado reunido com o Ministro da Ciência, Manuel Heitor, e com a Fundação da Ciência e da Tecnologia e tenho um protocolo em que está patente que vamos ter sediado já no próximo ano o supercomputador da União Europeia para o norte e até para todo o país, que irá ficar instalado no Avepark com um investimento inicial de 30 milhões de euros; a supercomputação europeia em Portugal fica no Avepark”. Posteriormente a esse anúncio decorreu no Campus de Azurém da Universidade do Minho um seminário sobre a nova estratégia PUBLICIDADE
para a expansão do MACC - Minho Advanced Computing Center, na qual o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior participou por videoconferência, vincando o “grande avanço de Portugal, nos últimos dez anos, na área da computação”. Manuel Heitor frisou também a “enorme colaboração do Município de Guimarães para a instalação do supercomputador no Avepark”. Com o nome Deucalion, o supercomputador é considerado como central para a estratégia nacional de computação avançada, que irá fortalecer a área científica, capacidades tecnológicas e competitividade industrial. O supercomputador estará ligado a Barcelona, sendo que estes instrumentos são utilizados para simulações de sistemas químicos e físicos, com capacidade para realizar trabalhos em horas ou dias, o que num computador convencional demora semanas ou meses. Para além do supercomputador que vai ser instalado no Avepark a União Europeia vai investir em mais sete supercomputadores que serão instalados em Sófia (Bulgária),
Na mesma reunião de câmara em que foi anunciado o supercomputador que será instalado no Avepark foi abordada a insolvência do Spinpark. Depois de notícias vindas a público sobre este tema, a oposição, nomeadamente o vereador Ricardo Araújo, mostrou a sua preocupação relativamente a insolvência da incubadora tecnológica. Ricardo Araújo questionou o que está a ser feito pelo município relativamente às nove empresas que integram o Spinkpark e se esta situação de insolvência e ameaça de despejo das referidas empresas podia ter sido evitada pelo município. Em resposta, o vereador Ricardo Costa referiu que o Spinpark é da responsabilidade da Universidade do Minho e da Portus Park, mas que isso “não desresponsabiliza o que o Câmara Municipal de Guimarães tem de fazer”. Anunciando que o município tem estado em contacto quer com as empresas quer com a responsável pelo processo de insolvência, Ricardo Costa garantiu que o processo não tem os contornos que têm vindo a público. Após as referidas reuniões, estando outras reuniões marcadas, Ricardo Costa frisou que o município está “tranquilo”, revelando que já há solução para sete das nove empresas instaladas no Spinpark, também no Avepark, no TecPark.
OPINIÃO Manuel Ribeiro
O CONSUMIDOR/ CONTRIBUINTE A propósito da nacionalização da TAP e do aumento da taxa de saneamento anunciada pela VIMÁGUA, impõe-se questionar se alguma empresa 100% pública, a funcionar com as regras do mercado, sobreviveria. Toda a gente sabe que em Portugal é extremamente difícil gerir uma empresa que esteja numa faixa de mercado altamente concorrencial devido a muitas e muitos factores, dentre deles, um dos principais, o garrote tributário do Estado. E se essa dificuldade de gestão existe para os privados, para as empresas com capital exclusivamente público, a desgraça é certa. E quais os factores que distinguem negativamente as empresas públicas das privadas. A primeira é que o gestor é nomeado pelo poder politico, por sua natureza efémero. Ao ser o poder politico a nomear, os critérios de nomeação, não são necessariamente de competência, dedicação e provas de manifesta honestidade. São critérios de confiança politica que implicam lealdade e objectivos de sectarização politica. Quando os critérios de nomeação são estes, expressos ou subjacentes, a fiscalização da gestão e da sua responsabilização vai ser tudo abaixo de pouco. Por outro lado, os funcionários apercebem-se de que a empresa é de todos e não é de ninguém e que basta um apoio politico tácito na altura das eleições para que a situação do trabalhador seja consolidada e bem vista. È a gestaão de carreira por ciclos políticos. O empenho, a produtividade são relegados para um lugar subalterno. Nas empresas públicas não existem despedimentos, ou se existem, dizem que são por motivos politico/partidário. Nas empresas públicas, o ciclo eleitoral condiciona a tomada de decisões como foi o caso de uma Câmara Municipal que no ano das eleições “encostou” todos os processos de contra-ordenação. Numa empresa pública um responsável mais exigente está condenado pelas intrigas e pela ameaça do ciclo eleitoral. Numa empresa pública, a eficiência, a redução de custos, o aumento da produtividade, não é uma preocupação dos gestores quando podem definir unilateralmente o preço. Na TAP, não podem impor unilateralmente o preço das viagens, não fazem reestruturações porque implica despedir coercivamente, a desgraça está à vista – custa, para já, via orçamento de estado, € 170,00 a cada português. Na Vimágua, como podem impor o preço indo ao bolso dos cidadãos, a desgraça é dos Vimaranenses e dos Vizelenses.
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ATUALIDADE Junta de Freguesia submeteu pedido para tornar a Praia Seca numa praia fluvial classificada
A Junta de Freguesia de Caldelas, liderada por Luís Soares, submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente o pedido de classificação do Parque de Lazer da Praia Seca como uma praia fluvial, algo que a acontecer será a primeira praia deste género no Rio Ave, a seguir
à barragem do Ermal. Numa nota enviada às redações, a Junta assinala que a 30 de outubro se cumpriram três anos deste executivo à frente dos destinos da vila, sendo esta medida também uma forma de destacar essa data. Para que a o Parque de Lazer da
Praia Seca possa ser considerado uma praia fluvial é necessária a monitorização da água, algo que está a ser feito conjuntamente com o Laboratório da Paisagem de Guimarães e com a Vimágua. Luís Soares destaca que uma das preocupações do seu executivo tem sido o ambiente, acreditando que será possível devolver o rio aos taipenses. “A defesa do nosso património natural é a nossa paixão. Estamos confiantes que vamos finalmente devolver o Rio aos Taipenses obtendo a classificação da primeira praia fluvial ao longo do Rio Ave e concluindo a limpeza e o trilho na margem do Ave”, frisa o presidente da Junta. Recorde-se que após vários melhoramentos que foram feitos nos últimos tempos, este verão o Parque de Lazer da Praia Seca contou com a implementação de um bar e casas de banho, sendo frequentado por vários banhistas.
Pe. Eduardo Duque tomou posse como novo cónego O Pe. Eduardo Duque, natural de São Martinho de Sande, tomou posse esta quinta-feira, 22 de outubro, como novo cónego do Cabido Metropolitano e Primacial Bracarense, numa cerimónia que teve lugar na eucaristia da Solenidade de São Martinho de Dume, na Sé Catedral de Braga. Nomeado capitular da Sé de Braga a 12 de março, Eduardo Duque é director do Departamento Arquidiocesano da Pastoral PUBLICIDADE
Universitária e Departamento para a Cultura, Diálogo Ecuménico e Inter-religioso, assim como assistente na Fraternidade Nuno Álvares e assistente espiritual na Universidade do Minho Nascido em 1974, no dia 26 de julho, o Pe. Eduardo Duque entrou para o seminário da arquidiocese de Braga em 1989, tendo sido ordenado padre dez anos depois, em 1999. Depois disso exerceu serviço pastoral em paróquias de Terras de
Bouro. Juntamente com Eduardo Duque tomou também posse como novo cónego o Pe. Mário Martins, natural de Esposende, diretor do Seminário de Nossa Senhora da Conceição, do Departamento Arquidiocesano para as Vocações e vigário judicial do Tribunal Eclesiástico e Metropolitano Bracarense.
Associação de Pais promove voto de louvor à Secundária em tempos de pandemia A Associação de Pais da Escola Secundária das Taipas, corporizando a voz dos pais por si representados e reiterando os agradecimentos e a opinião que repetidamente tem verbalizado em todos os órgãos da Escola, em todas as reuniões em que tem participado, avançou na última reunião do Conselho Geral da escola da vila de Caldas das Taipas, com um voto de louvor à Escola Secundária das Caldas das Taipas “pelo trabalho de excelência que os seus professores, assistentes operacionais e direção vêm desenvolvendo desde o início do atual quadro pandémico”. Na sustentação do voto de louvor apresentado pela Associação de Pais da Escola Secundária das Caldas das Taipas, salienta-se ainda “a resposta rápida, exemplar e louvável que foi dada pela Escola aos desafios de adaptação ao Ensino à Distância – que soube aproveitar e maximizou todo um sistema organizativo de
comunicação que já havia implementado na Escola – e, depois, na adaptação às novas condicionantes de trabalho no presente ano letivo, que resultaram de um notório esforço de superação e acréscimo de trabalho de todos os profissionais envolvidos, o que tem sido enaltecido por todos quantos lidam e trabalham com a Escola Secundária”. A finalizar a proposta, foi ainda salientada “a genuína preocupação com a segurança, o bem-estar, estabilidade e aprendizagem dos alunos, corporizam o que de melhor se pode esperar na construção de uma Escola de excelência, o que deve ser parabenizado e constituir motivo de orgulho para toda a comunidade educativa da Escola Secundária das Taipas”. A proposta deste voto de louvor viria a ser aprovada, por unanimidade, no Conselho Geral da secundária da vila, no dia 23 de outubro.
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Equipa com espírito de família à espera de um relvado sintético
Fundado em 1993, mesmo antes disso já se praticando futebol em Longos, o Grupo Desportivo de Longos é a principal referência desportiva da freguesia, tendo na sua génese e nos seus traços identitários a camaradagem e o espírito de família que normalmente se constrói no seio de cada grupo. Após um interregno na competição, o clube voltou à atividade no início da época passada tendo como presidente o seu sócio número um, antigo presidente, e um dos homens que mais deu ao GD Longos: Manuel Gonçalves. Este regresso
à atividade faz-se de olhos postos no futuro e com metas definidas. Sendo um dos poucos clubes em Guimarães que ainda tem o seu campo de jogos pelado, a convicção é que a breve trecho se concretize o sonho de ver o Campo de Jogos do Longos ter um relvado sintético. Mais do que um desejo, na estrutura do clube e um pouco por toda a freguesia há a convicção que o sintético será uma realidade no próximo ano, razão pela qual o GD Longos está já até a intervencionar alguns espaços envolventes ao terreno de jogo.
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Com a instalação do relvado sintético, passase para a ambição de voltar a ver os miúdos a correr pelas instalações, reativando-se também a formação no clube. Foi precisamente na formação que o GD Longos conseguiu o seu maior feito até hoje, sagrando-se Campeão Distrital de Iniciados em 2001. Para além destes objetivos, certo é que o GD Longos continuará a sua atividade sem perder esta essência. Ser um clube com um espírito de família.
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Longos
Clube fundado oficialmente em 1993 nasce da paixão pelo futebol
MANUEL SILVA
O Grupo Desportivo de Longos foi oficialmente fundado em 1993 como um anseio de um grupo de jovens da freguesia de Longos. A “paixão” pelo futebol, como refere Manuel Gonçalves, um dos fundadores do clube, sócio número um e atual presidente, está na génese do clube. Passemos, então, à história do GD Longos que, apesar de oficialmente ter começado em 1993, oficiosamente começa antes disso. “O clube começou por paixão. Gostávamos de futebol, de praticar, juntámos uma série de amigos para jogar futebol”, refere Manuel Gonçalves ao Reflexo, relembrando que o Longos começou por participar nos campeonatos da Associação de Futebol Popular de Guimarães.
Depois de dois ou três anos neste campeonato, o GD Longos enveredou pelos campeonatos da Fundação INATEL até surgir no seio deste grupo de jovens a vontade de federar o clube na Associação de Futebol de Braga. Foi aí que se deu a necessidade de registar oficialmente o GD Longos. “Em 1993 decidimos registar oficialmente o clube, já como uma coisa mais sólida e não tão amadora como era, e então federámos o Longos na AF Braga. Éramos um clube amador, por assim dizer, e em 93 registámos e federámos o clube”, aponta. Antes de jogar nas instalações que possui nos dias de hoje, e que ainda estão num processo de legalização, na sua fase final, o GD
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Longos andava com a casa às costas. Chegou a jogar no campo do Micaelense e também no campo do Sobreposta. Sem certeza quanto à data, o emblema de Santa Cristina de Longos começou a jogar no seu campo de jogos entre 1995 e 1996. “Inicialmente já existia aqui um campo de futebol, em que organizávamos uns torneios e umas brincadeiras. Entretanto surgiu a possibilidade de, eu e o Fernando Araújo, que também fazia parte da direção na altura, fazer aqui o campo. Foi nessa fase que resolvemos fazer o campo numa configuração parecida com a que ainda hoje tem”, aponta o líder máximo do clube.
Sócio número um reativa futebol e o espírito de família
Depois de participar ininterruptamente nas provas da AF Braga, há quatro anos o GD Longos passou por um período menos positivo no seu histórico, enfrentando um interregno na atividade. Um período sobre o qual Manuel Gonçalves não se alonga muito, mas aproManuel Gonçalves Presidente do GD Longos veita para vincar o imenso trabalho que dá estar à frente de um clube como o GD Longos. “Só quem passa por cá é que sabe o trabalho que isto dá. Às vezes há pessoas que criticam estando de fora, mas depois quando vêm para cá percebem que não é como se pensa. Requer organização e trabalho. Nesse período vieram outras pessoas para aqui, o que é normal, outros colegas de direção, que não estariam preparados para dar continuidade, porque estiveram cá pouco tempo, pararam o clube, muito também por força da crise que se atravessou”, sublinha Manuel Gonçalves. No início da última época desportiva o GD Longos voltou novamente a figurar no panorama do futebol distrital, precisamente pela mão de Manuel Gonçalves que, tal como em 1993 decidiu avançar para a federação do Longos. “Regressei pelo gosto que tenho pelo clube. Fui um dos fundadores, sou o sócio número 1 e, como é óbvio, custa ver as instalações a ficar degradas como estavam a ficar e, então, na perspetiva de melhorar e junto de várias pessoas, como a presidente da Junta, Isilda Silva, fomos para a frente com a ambição de tentar levantar o clube. Com maior ou menor dificuldade cá estamos para dar continuidade ao trabalho e ao clube”, assegura, agradecendo à Junta de Freguesia de Longos e à Câmara Municipal de Guimarães. Este reativar do futebol não foi simples, mas o GD Longos orgulha-se de ter conseguido montar uma equipa com relativa facilidade mesmo tendo para oferecer a prática de futebol num campo pelado. Na génese disto está o espírito de família criado no seio do grupo. “Até podemos dizer que temos facilidades em ter atletas, derivado ao convívio que aqui implementamos. No último treino da semana fazemos sempre aqui uma borga e é dentro desse espírito que vamos dar continuidade ao que tem vindo a ser desenvolvido. Só assim é que conseguimos criar um grupo forte e unido. Várias pessoas que por aqui passaram pedem para que não se deixe acabar este convívio e esta mística própria, tanto é que os atletas que saem daqui dizem maravilhas disto, que nunca passaram em clubes como o Longos, precisamente por esta camaradagem”, aponta o líder máximo do clube.
JUNTA FREGUESIA DE LONGOS
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Longos
Direção acredita no sonho cada vez mais real do sintético
burocrático está em trânsito junto do município, com o auxílio da Junta de Freguesia de Longos, sendo a presidente Isilda Silva, parte bastante ativa neste processo. Manuel Gonçalves é taxativo, com um ar visivelmente emocionado, ao dizer que a breve prazo o sonho poderá ser uma realidade. “Conto que para o ano será aqui colocado um relvado sintético. As partes burocráticas, já se sabe, são sempre difíceis de alcançar, ainda para mais o campo estava e numa zona ecológica e de reserva agrícola, uma série de processos para se resolver; tem sido uma batalha aguerrida. Mas penso que essa batalha está a chegar ao fim. A parte da legalização do terreno está em vias de ser concluída. Portanto, à partida, para o ano quase de certeza vamos ser contemplados
Regressado o futebol a Santa Cristina de Longos, com uma época atípica que acabou a meio em virtude da pandemia, o foco do clube está agora na temporada 2020/2021. Um foco corrente, uma vez que o foco principal está no relvado sintético.
Com um dos poucos campos pelados que ainda há no concelho no patamar distrital, em Longos há poucas dúvidas que a breve prazo a instalação do tão almejado sintético será uma realidade no Campo de jogos do Grupo Desportivo de Longos. O processo
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com o relvado sintético”, atira o presidente. Não há dúvidas que, mesmo com facilidade em arranjar jogadores e em constituir o plantel devido à mística e ao tal espírito de família que se tem implementado em Longos, com o sintético será “muito diferente, não só para os atletas mas para toda a gente”. A ambição passa por, para além do sintético, tentar construir um muro de suporte, vedar o recinto e colocar iluminação led. Para já, enquanto nos bastidores se trabalha na burocracia do sintético, a direção vai trabalhando de forma visível nas instalações, melhorando as condições em vários aspetos. “Em termos de balneários fizemos uns arranjos e temos aqui condições invejáveis, arranjámos a bancada e estamos a intervir aos poucos nas instalações”, ressalva.
Saudades da azáfama dos miúdos
Crença na evolução do clube
Jorge Leite Diretor Desportivo do GD Longos
Já fez um pouco de tudo no Longos, estando há vários anos no clube. Jorge Leite é atualmente o diretor desportivo do GD Longos e um dos rostos do novo projeto desportivo do emblema da freguesia de Longos, que reativou o futebol há sensivelmente um ano. Para já as energias do clube centram-se na preparação da próxima época e a construção do plantel agrada a Jorge Leite. “Muitos jogadores aceitaram ficar connosco, depois tivemos jogadores que nos interessavam e que realmente gostaram da proposta que lhe fizemos e vieram para aqui,
jogadores pedidos pela equipa técnica, nomeadamente ex-jogadores da atual equipa técnica. Temos um plantel vasto por causa da Covid-19 e acho que temos tudo para fazer uma época tranquila”, defende o diretor desportivo. A construção do plantel correu de feição mesmo sem o clube possuir um relvado sintético, o que leva Jorge Leite a pensar que com o sintético, que se espera que venha a ser uma realidade já no próximo ano, possa ajudar o GD Longos a dar um salto qualitativo. A ideia é alargar horizontes e ir mais além. A equipa técnica e a direção têm como objetivo principal que o sintético seja uma realidade. Trata-se de um processo de aprendizagem, porque temos percebido que os jogadores apesar do pelado não se preocuparam e integraram o projeto do Longos. Claramente era melhor jogar no sintético, e
esperemos que tudo corra dentro da normalidade e que para o ano tenhamos um sintético, mas não tivemos dificuldades em concluir o plantel por não ter sintético, mesmo jogadores que estavam e clubes com sintético”, aponta. Em sintonia total com a direção, Jorge Leite aponta a formação como o caminho a seguir, confiando na captação da juventude da terra. “O Longos já teve muita juventude, muitas crianças aqui a treinar, antes de ter feito o interregno de dois anos. É isso que queremos recuperar, ter um sintético para recuperar os miúdos da terra, logo que tenhamos o sintético tentar avançar logo para uma equipa de miúdos para ter outros horizontes. Esta época será tranquila, temos um bom plantel e uma equipa técnica fortíssima, se o sintético for uma realidade será mais simples segurar jogadores e até atrair outros”, assegura.
Num futuro próximo, para além, claro está, do sintético, o GD Longos tem mais um sonho em mente: voltar a ter formação no clube, a exemplo do que sucedeu no passado. Aliás, estas são duas questões que estão intrinsecamente ligadas, uma vez que nos dias que correm não faria sentido pensar nas camadas jovens sem ter um relvado sintético para que os miúdos possam ter condições. No passado, em tempos em que os pelados eram a realidade geral, o GD Longos teve cinco equipas a competir, algo que o presidente Manuel Gonçalves recorda com nostalgia. “Era uma coisa que eu adorava ter, a formação novamente, dá conta o presidente do clube". “Chegámos a ter aqui cinco equipas a jogar futebol neste campo. O que era mais
difícil era quando havia dois e três jogos em casa no mesmo fim-de-semana, por vezes mais do que um jogo por dia. No tempo de chuva, com o campo enlameado, marcar o campo de futebol 11 para futebol 7 dava mesmo muito trabalho. Só por quem aqui passou nesta fase sabe o trabalho que dava, mas quando se anda por gosto não cansa”, aponta Na sua história o GD Longos conta com um título de Campeão Distrital de iniciados, alcançado na temporada 2000/2001, sendo este o maior feito da história do clube a nível de títulos. Manuel Gonçalves sente falta disso “dos miúdos a correr pelo campo”, uma saudade que em breve pode ser colmatada com o regresso da formação.
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Longos
“Expetativas estão mais elevadas” Serginho, um dos capitães e caso de longevidade no Longos António Pereira Treinador do GD Longos
Um jogador com créditos firmados no futebol distrital, António Pereira abraçou recentemente a carreira de treinador, estando no comando técnico dåo GD Longos desde o final da temporada passada. Na antecâmara do arranque da época, mesmo tratando-se de “uma época atípica e com uma pré-época também ela atípica”, António Pereira parte com as expetativas elevadas para a temporada 2020/2021. “As expetativas estão mais elevadas devido ao facto de termos segurado todos os jogadores que nos interessavam da época passada, e de termos ido buscar todos os jogadores que eram nossas primeiras opções para reforçar o plantel. Há equipas com outras argumentos, temos noção disso, mas vamos pensar jogo a jogo percebendo que temos todas as condições para lutar de igual para igual e para andarmos nos primeiros lugares, sem falar em subida, mas com consciência que temos condições para andar nos cinco primeiros lugares da tabela
classificativa”, aponta o treinador do GD Longos. Para o técnico o cerne da questão está na forma como os jogadores são tratados no clube para que seja possível construir uma equipa competitiva mesmo sem contrapartidas financeiras e sem oferecer as condições ideias, nomeadamente no que ao terreno de jogo diz respeito. “Os dezasseis jogadores da época transata mostraram o amor que têm ao clube, um clube que sabe receber, que quem por cá passa acaba por perceber que se trata de um clube diferente, com uma mística muito própria. Isso nota-se na forma de a direção lidar com o grupo de trabalho, sempre muito presente junto do grupo; em todos os treinos temos cinco ou seis diretores a acompanhar, para nos proporcionar tudo o que precisarmos, o que não é normal”, assegura. Para um futuro não muito distante António Pereira projeta o GD Longos para outros patamares,
pensando nos benefícios que o sintético pode trazer, quer a aliciar outros jogadores quer no avanço para a implementação de camadas jovens no clube, o que a seu ver pode alavancar o GD Longos para outro tipo de projeto. “A chegada do sintético terá outras perspetivas mais aliciantes, como a criação de camadas jovens, que neste momento não é impossível, mas pedir a um jovem, mesmo sendo da terra, para jogar num pelado quando a escassos quilómetros tem outras condições torna tudo mais difícil. Daí o sintético ser tão importante para um clube como o Longos. Na equipa sénior temos muitos jovens da terra e podemos ter mais no futuro. Vai trazer muita coisa boa para o clube, é o principal objetivo desta direção que está a fazer um grande trabalho, a provocar uma grande mudança no clube, sem fugir da sua humildade”, atira António Pereira.
Dúnio, estaleca de um filho da terra
Dúnio Jogador do GD Longos
Entre o plantel do GD Longos salta à vista Dúnio, um nome com história no futebol distrital e até com várias passagens pelos nacionais. Com um passado ligado ao CC Taipas, onde completou a formação e fez sensivelmente catorze temporadas na equipa principal, chegando a ser o capitão, Dúnio está agora numa
realidade diferente. O filho da terra acrescenta estaleca e explica o que o motivou a reforçar o plantel do GD Longos. “O que me levou a vir para aqui para o Longos é o facto de eu ser natural daqui. Os meus irmãos jogaram no clube e como somos de cá recebi esse convite das pessoas e aceitei por bem. Já tinha quase que esse compromisso estabelecido, porque sempre disse que um dia vinha para aqui”, explica o médio. Com a sua experiência, passando por Joane, Ruivanense e Bairro depois de uma carreira quase dedicada exclusivamente ao CC Taipas, Dúnio espera poder ser uma mais-valia também no balneário, transmitindo a sua experiência aos mais novos.
“Quando se está tantos anos no futebol chega cá e tem sempre alguma coisa para acrescentar; o objetivo é mesmo esse. Notase que os mais novos olham de forma diferente, mas passadas duas ou três semanas normaliza”, refere. Quanto a objetivos para a presente temporada, apesar de se tratar de um ano atípico em virtude da pandemia, o jogador de 36 anos acredita que o espírito é o mesmo. “Foi um ano atípico, este regresso está a ser diferente de anos anteriores, mas o espírito é o mesmo. Vamos tentar ser uma equipa organizada, com processos definidos. A nível de classificação vamos tentar a melhor classificação possível”, assegura.
Serginho Capitão do GD Longos
Serginho preconiza exatamente aquilo que é defender o GD Longos. Um dos elementos que faz parte do conjunto de capitães, o extremo foi formado precisamente no GD Longos e vestiu sempre a camisola do clube. Apenas na interrupção competitiva de dois anos no GD Longos Serginho vestiu outra camisola que não a do clube da sua freguesia, reprensetando o campelos e o Sobreposta. Um caso de longevidade no clube raro nos dias que correm e nem o pelado serve como desculpa ou atenuante. “Sempre jogámos no pelado. O pessoal mais novo não quer a terra e até acredito que seja mais difícil fazer planteis por causa disso, mas nós aqui no Longostemos conseguido reunir bons grupos. A mim o que me faz estar no GD Longos tanto tempo é o carinho que tenho pelo clube, ser o clube da minha terra, a amizade e tudo isso. Tentamos acolher sempre bem quem cá chega, sou natural
aqui de Longos, sempre honrei esta camisola e assim espero que continue”, aponta o jogador de 32 anos. Com um regresso ao trabalho “dentro dos possíveis” devido à pandemia, Sérgio Gonçalves, filho do presidente do clube, assume que já havia saudades da bola, dos treinos e da camaradagem que se vive no GD Longos. “Toda a gente tem que cumprir as normas, e assim tem tudo para andar para a frente. Temos sentido saudades e treinar, obviamente que sim, todos sentem falta disto e sentem que é benéfico, ainda que não seja a mesma coisa, mas com todos os cuidados que são recomendados e que temos cumprido acho que o futebol é possível”, sublinha. Em relação à presente época, num discurso alinhado com a direção e com a equipa técnica, o extremo espera poder lutar pelos lugares cimeiros da classificação. “O que se pode esperar da equipa do Longos para esta época é tentar somar os três pontos passo a passo, jogo a jogo, sempre a encarar os jogos cara a cara com toda a gente, sempre em procura da vitória mesmo respeitando todos os adversários. Seremos uma equipa ambiciosa na luta pelos pontos em todos os jogos. Pensamos sempre em fazer o melhor possível e vamos tentar andar pelos primeiros lugares”, conclui Sérgio Gonçalves em declarações ao Reflexo.
Reformulação dos balneários
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João Martinho, arte taipense em forma de sopro na Alemanha DR
Começou na Banda Musical de Caldas das Taipas e hoje integra a Orquestra Filarmónica de Hamburgo como Primeiro Trombone Solo, para além de lecionar na Universidade das Arte de Berlim. Aos 29 anos o trombonista taipense fala ao Reflexo sobre o seu percurso e sobre as sensações dos feitos alcançados. Texto Bruno José Ferreira Como se dá a entrada na música, o que levou a enveredar por esse caminho? O meu pai toca guitarra, pertenceu muitos anos ao Conjunto Rio Ave, das Taipas, e em casa sempre tive contacto com a música. Sempre que havia festas de aniversários, casamentos e batizados, quando se juntavam muitas pessoas da família eu percebi que uma pessoa com uma guitarra podia fazer quase uma festa, isto numa altura em que não havia colunas com bluetooth e outras tecnologias. Quando o meu irmão, que também é músico, o Carlos Martinho, entrou no ciclo o professor de música era o presidente da Banda das Taipas, Fernando Matos, que entretanto faleceu. O meu irmão tinha algum talento, tinha bom ouvido, e foi convidado a entrar para a banda. Sempre foi um exemplo para mim e queria fazer tudo o que ele fazia e foi aí que entrei para a música, pela mão dele. E o trombone, como se dá a escolha deste instrumento em particular? Foi também no seguimento do meu irmão e pelo facto de eu querer fazer aquilo que ele fazia. Ele começou com trompete, eu também. Lembro-me que aos seis ou sete meses de estar a tocar trompete não estava a gostar; não
tinha muito jeito. Lembro-me de o Fernando Matos chegar à minha beira e dizer que eu tinha cara para tocar trombone e acabei por aceitar. Deu os primeiros passos na Banda das Taipas. Recordo esses tempos com uma grande nostalgia. Tenho muito boas memórias e muito a agradecer à Banda das Taipas, naquilo que ela significa. Entrei com sete anos e havia lá pessoas com setenta anos. Uma associação deste género ensinou-me a crescer, neste caso musicalmente, mas também como pessoa, transmitiu-me valores, como o respeito. Tinha um grupo mais da minha idade e continuamos a ser amigos, sendo a banda como um ponto de encontro para nós. Ainda bem que as Taipas tem uma instituição desta importância quase com duzentos anos de história. Continua a frequentar a Banda das Taipas? Sempre que estou em Portugal falo com o Charles Piairo, o maestro, pergunto se posso ir ao ensaio, se posso participar. Às vezes também ensaio a orquestra juvenil, também para estar em contacto com os mais pequenos. Seguiu-se o Conservatório Calouste Gulbenkian e Escola
Superior de Música e Artes do Porto. Custou muito abdicar de algumas coisas para seguir a carreira musical? Custou-me ir para Braga aos dez anos, quando ainda era pequeno, tinha os meus amigos da Charneca, e fui para um sítio diferente. Como era uma criança os meus pais disseram que era o melhor para mim. Dois dias depois de chorar um pouco acabei por ir, mas custou porque tinha de ir autocarro muito cedo e chegava muito tarde. Estudei no Conservatório até ao 12.º ano e depois fui para o Porto e vinha todos os fins-de-semana a casa. Quando comecei lá a estudar ganhei um contrato na Orquestra do Porto e tinha muitos concertos, o que me fez perder um pouco a vida de estudante, uma vez que tinha a responsabilidade de trabalhar numa das melhores orquestras do país. Ganhei muita experiência profissional e consegui poupar algum dinheiro para vir para a Alemanha, porque no primeiro ano, quando vim, não tinha nenhuma bolsa. Como se dá a ida para a Alemanha? Quando estava no Porto o meu professor era meu colega na orquestra, o espanhol Severo Martinez, que tinha estudado na Alemanha. Ia-me dizendo que como era ainda
novo tinha potencial e deveria ir estudar para a Alemanha. Foi um pouco a partir daí que começou a curiosidade pela Alemanha, pelos excelentes músicos, pelo ambiente cultural que tem e pelos apoios financeiros que a cultura tem, o que faz com que seja um trabalho seguro. Tentei conhecer o professor de Berlim, fiz duas masterclasses com ele em Espanha, e a partir daí disse que queria estudar com ele e ele disse-me para ir fazer a prova. Correu bem, entrei, fiz mais dois anos de licenciatura e depois o mestrado. Conseguiu ser o Primeiro Trombone Solo da Orquestra Filarmónica de Hamburgo? Depois de ir para Berlim ainda estive um ano e meio em Dusseldorf, fui academista de uma orquestra de ópera, foi aí que ganhei o lugar em Hamburgo. Em Berlim há três trombonistas com trabalho em casas de ópera, na Áustria há outro. A Alemanha está a ficar bastante bem representada com músicos de Portugal. Fiz provas em vários sítios, em Barcelona, na Suíça, e acabou por resultar em Hamburgo. É fruto de muito trabalho, muitas horas que não se veem, um trabalho solitário que se faz numa sala com um instrumento. Mas, estou numa cidade fantástica, adoro estar aqui. Tenho uma grande sala onde tocar, a Elbphilarmonie de Hamburgo, onde fazemos programas sinfónicos. A minha orquestra é de ópera e, uma vez por mês, temos programas sinfónicos, aqueles concertos que as pessoas estão habituadas a ouvir no palco. Qual a sensação de poder estar num palco como a Elbphilarmonie? É uma sensação ótima de realização profissional, a todos os níveis. A sensação de subir ao palco numa sala enorme, acusticamente bem preparada que te ajuda na performance, estar com aquela adrenalina, aquele nervosismo bom, aquela ansiedade. Depois o aplauso final, muitas vezes com as pessoas de pé, os gritos de bravo da plateia é uma satisfação enorme. Tem dado aulas numa universidade conceituada em Berlim. O que significa aos 29 anos estar já a transmitir conhecimentos? Apanhou-me um pouco de
surpresa. Desde 2017 estou em Hamburgo e a atividade pedagógica tem sido feita a alguns alunos particulares. Fiz algumas masterclasses em Portugal, uma delas na Universidade do Minho, em Lisboa, no Porto, mas era uma área que nunca pensei muito. Estava de férias, a falar com o meu professor, ele disse-me que tinha dois alunos que tinham feito masterclasses comigo. Passado dois dias enviou-me uma mensagem a questionar se queria ser professor um semestre. Fiquei, claro, muito contente. É para mim um privilégio. É, como disse, um privilégio enorme trabalhar com esta classe de trombone de Berlim, uma das melhores classes da Europa. Quando será possível ouvi-lo nas Taipas? Este ano era para ir tocar no São Pedro, na banda, mas não foi possível. Culturalmente as Taipas não é muito forte. O concelho de Guimarães está cada vez mais forte, o que se deve ao facto de em 2012 ter sido Capital Europeia da Cultura, deu para ver que as pessoas apreciam cultura, gostam de música, e têm vontade. Nas Taipas, curiosamente, a cultura é um bocado como o rio: está morta. É difícil organizar qualquer coisa nas Taipas. Onde costumo tocar maioritariamente é na banda, até porque quando vou às Taipas não é em trabalho, é mais uma visita a casa, mas tinha todo o gosto em tocar nas Taipas, apresentar um projeto de música de câmara, fazer um recital a solo, seja o que for. Que sonhos e objetivos tem para o futuro? Não sei (risos). Neste momento sinto-me realizado, dou muito valor ao que tenho e sei a importância que isso tem para mim. Há coisas que gostava de experimentar, coisas novas, outro tipo de projetos, música de câmara, coisas diferentes, algo fresco no mercado e que possa ter um grande impacto. Tenho alguns objetivos, de tocar em algumas orquestras, para mim a Filarmónica de Berlim sempre foi um sonho, adoraria e se algum dia houver a possibilidade de me apresentar numa prova irei. Penso que o importante será mesmo não parar, ir apanhando aquilo que o caminho traz e até agora tenho ido bem neste sentido.
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FREGUESIAS Município dá luz verde à construção da Capela Mortuária de Vila Nova de Sande DR
uma pessoa ao mesmo tempo e não termos outro espaço que proporcionasse a homenagem por parte dos entes queridos.” Nesse âmbito, o Município de Guimarães aprovou na reunião de Câmara de 12 de outubro, a atribuição de um novo subsídio no valor de 40. 203,45 euros para apoiar a construção da Casa Mortuária e Área envolvente de Prazins Santa Eufémia. O novo apoio aprovado por Domingos Bragança, resulta das dificuldades que a Junta encontrou em pagar o valor das intervenções necessárias. Na altura em
que a Freguesia de Prazins Santa Eufémia realizou as obras na Casa Mortuária, interveio também no seu espaço exterior não só por harmonização do espaço ao redor, como pela ligação do Centro Cívico, onde se estaciona, Igreja e Casa Mortuária. Com o peso de duas obras distintas, faltou pagar parte dos trabalhos de construção da Casa Mortuária e concluir parte do pagamento dos arranjos exteriores. Nesse sentido, o subsídio atual, vem servir como reforço do anterior apoio do Município, que ajudou ao início da construção.
Lixo grosso nas ruas preocupa Junta de Freguesia de Brito Texto Carolina Pereira
Capelas Mortuárias são equipamentos que faltam em várias freguesias. Vila Nova de Sande está finalmente a caminho de ter uma. O Município vai contribuir com o subsídio de 96. 525,22 €. Depois de anos à espera, a última reunião de câmara trouxe avanços à obra da Capela Mortuária de Vila Nova de Sande, a ser construída de raiz, na zona envolvente do Parque de Lazer da freguesia. A Junta solicitou o apoio orçamental de 182.123.070€ +IVA e dessa forma o Município, “tendo em conta o interesse público inerente de que esta obra se reveste” aprovou a atribuição de um subsídio no valor de
96. 525,22 € já com IVA incluído. O facto do terreno em questão se tratar de um solo incluído na Reserva Agrícola Nacional (RAN), o que restringe a utilização desse tipo de terreno à utilidade pública, impediu o processo de prosseguir com outra velocidade. Ao evocar o interesse público da obra, a Câmara Municipal de Guimarães permitiu a desafetação desse terreno à RAN e, consequentemente, o empreendimento que a freguesia tanto tem aspirado. Bruno Oliveira, presidente da junta de freguesia de Vila Nova de Sande revela-se satisfeito com a realização deste objetivo. “É uma obra extremamente necessária para
a Freguesia de Sande Vila Nova, pois após a sua conclusão, as famílias terão um espaço digno para se despedirem dos seus familiares, composto por um espaço para se velar os defuntos e sala de apoio”, frisou. Vila Nova de Sande não é única freguesia com ausência de uma Casa Mortuária. A freguesia de Prazins Santa Eufémia era, até há pouco tempo, outro exemplo de quem não tinha onde se despedir daqueles que partiam. Natália Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Santa Eufémia, sublinha a necessidade da obra: “A freguesia só tinha a igreja e já tinha acontecido falecer mais do que
A Junta de Freguesia de Brito tem-se deparado com um problema que tem deixado o executivo preocupado face à sua evolução. Nos últimos tempos a colocação de lixo grosso nas ruas, mais especificamente junto a Moloks e Ecopontos, tem sido uma realidade crescente que levou a Junta de Freguesia liderada por Fátima Saldanha, juntamente com a Brigada Verde, a operacionalizar uma ação de sensibilização para evitar que tal suceda. “É incompreensível que isto aconteça nos dias de hoje com os meios que as pessoas têm à disposição. Voltamos a apelar ao civismo e a que as pessoas cumpram as regras”, desabafou Fátima Saldanha ao Reflexo, informando
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que a Junta de Freguesia se disponibiliza a fazer a recolha do lixo, bastando para isso entrar em contacto telefónico com a Junta de Freguesia ou então por email. A autarca informa que há em Aldão, Ponte ou Guardizela locais apropriados para o depósito deste tipo de lixo, apelando por isso à população para cumprir essas regras e também para não colocar o lixo doméstico e reciclado no chão quando os ecopontos e Moloks se encontrarem cheios. “É bom para todos, para a vila, que fica mais limpa e mesmo para as próprias condições de higiene em geral. Não se compreende, com todos os alertas que isto continue a acontecer”.
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coisas de antanho
Caldas das Taipas a (des)propósito XXXVIII
Relatório de escavações nas Caldas das Taipas
por Carlos Marques
Como por diversas vezes aqui nesta página tenho afirmado e historiando o valor da nossa vila, que além dos banhos termais, tem uma ara de homenagem ao Imperador romano Trajano Augusto, além de 2 Marcos Miliários, sendo que quer a ara como os marcos são Monumentos Nacionais. Por me sentir um dos responsáveis, ter requerido ao Snr. Presidente da Câmara Municipal de Guimarães por diversas vezes, e, mais especificamente a propósito da Intervenção Urbana para o centro da vila, o estudo geológico ao subsolo da área a intervencionar, pela vinda a Caldas das Taipas dos arqueólogos que, agora estão a produzir o seu trabalho no terreno, pena que não o façam noutros locais, e com mais profundidade. Penhoradamente se descreve o Relatório das Escavações do Projecto Banhos Velhos das Caldas das Taipas-Caldelas realizado pela equipa da responsabilidade do arqueólogo Ricardo Erasun Cortés no ano de 2010, publicado no portal do Arqueólogo que era procurado por muitos, designadamente arqueólogos cá da praça, para desta forma, poder ser apreciado por todos os taipenses. “Ano de 2010. Objetivos: Acompanhamento da retirada de 360m2 de terras numa área aproximada de 600m2 por 0.6m de profundidade no logradouro dos Banhos Velhos das Caldelas das Taipas. Resultados: Foram identificadas duas estruturas de carácter antrópico sitas a uma cota aproximada de 0.6m da cota actual do piso de circulação do edifício dodecagonal identificadas como uma conduta capeada de datação incerta e de uma secção de um muro circular de grandes dimensões, identificado como pertencente a uma estrutura associada às termas romanas encontradas e escavadas nos anos 40 do século XIX pela Câmara Municipal de Guimarães. Foram identificados e recolhidos um conjunto de azulejos fabricados maioritariamente na fábrica das Devezas, entre o século XIX e inícios do século XX pertencentes a 57 motivos decorativos que constituíam o revestimento azulejar dos três edifícios
balneares, picados das paredes aquando da última recuperação do edifício nos anos 30 do século XX.” “Julho de 2010. Objetivos: No decorrer dos trabalhos de acompanhamento constataram-se estruturas associadas às termas romanas durante as campanhas de pesquisas encomendadas pela Câmara Municipal de Guimarães nos anos de 1844 e 1867 (PINTO: 1875). Considerando que a recuperação do edifício visava não só, travar a forte degradação que estava sujeito, mas também converter a ruína num local de dinamização cultural das Caldas das Taipas, a Direção da Cooperativa Taipas Turitermas manifestou o máximo interesse na escavação integral, consolidação/restauração e valorização dos vestígios romanas sitos na área correspondente aos denominados como Banhos Velhos das Caldas das Taipas.” “Resultados: Foram documentados dois muros pertencentes ao grande poço ou tanque de captação das águas sulfurosas e uma piscina de 20 metros quadrados, ambas estruturas identificadas durante os trabalhos de acompanhamento arqueológico e já escavadas nas campanhas camarárias de 1844 e 1863. Os muros, com uma largura de 0,9m levantados com pedra de granito, estão construídos com recurso a opus vitatum. O bom estado de conservação das estruturas documentadas aponta para que, no geral, as estruturas descobertas das campanhas de escavação realizadas pela CM de Guimarães nos anos de 1844, 1863 e 1875, ainda se encontrem num relativo bom estado de conservação. Após comparar o levantamento desenhado da sondagem 1 com o levantamento desenhado, publicado em 1875 no Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Arqueólogos Portuguezes, comprova-se que este último está feito com maior rigor a nível da proporção e escala, pelo que será um elemento importante a utilizar para a localização das estruturas, casos seja dada continuidade aos trabalhos de escavação previstos no PATA. Como consequência das escavações realizadas no século XIX, o contexto arqueológico associado a estruturas escavadas durante a presente intervenção e
as representadas na planta 1875, está totalmente perdido. Dadas as circunstâncias é conveniente realizar sondagens da área ocupada pelos Banhos Velhos, nomeadamente na praceta Ferreira de Castro, localizada a oeste dos banhos, com o intuito de documentar uma coluna estratigráfica que permita contextualizar material e historicamente as termas terapêuticas em estudo.” "Período: romano Descrição: Os banhos Velhos, edifício singular das Taipas que se encontrava até agora abandonado, em estado de pré-ruina, situa-se num campo murado de 700 metros quadrados onde se encontram os dois corpos do balneário, cuja última reforma remonta a 1939, ocasião em que além da remodelação interior dos edifícios se construiu o passadiço de ligação entre os dois corpos. A edificação mais interessante é o balneário, construído em 1875 de forma dodecagonal, ao centro do qual havia um poço para o qual davam nove salas de banhos. Associa-se a este um edifício mais antigo de planta retangular com nove piscinas e dividido em dois corpos construídos em 1818 e 1844. Prévio aos trabalhos de construção do balneário, foram descobertas as ruínas das termas romanas, sendo escavadas parcialmente devido ao pedido da Câmara Municipal de Guimarães em 1844 para melhor compreensão da circulação das águas sulfurosas. Resultado destes trabalhos é a publicação de 1844 por Pereira Caldas e posteriormente em 1875 por Cezario Augusto Pinto no Boletim n.º 5 da real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portuguezes de uma planta das termas romanas desenhada a rigor, acompanhada de um pequeno texto introdutório onde define e descreve as diferentes estruturas redescobertas, mencionando a sua destruição parcial, aquando das obras de 1844 e da ampliação doa banhos 1875. A este monumento acrescenta-se ainda a referência, na vila de Caldelas, a um monólito gravado com uma inscrição ao Imperador Trajano. Conhecido como "Penedo de Trajano" foi classificado como Monumento Nacional. Espólio: Azulejos de padrão séc. XIX, tijoleira romana." Caldas das Taipas, 29 de Outubro de 2020
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DESPORTO Casos de Covid-19 no plantel adiam estreia do CC Taipas no campeonato BRUNO JOSÉ FERREIRA
Ténis de mesa vence na primeira jornada
Texto Bruno José Ferreira
O CC Taipas teve de adiar os seus jogos das duas primeiras jornadas do Campeonato Pró-Nacional da AF Braga depois de terem sido detetados vários caos de jogadores infetados pela Covid-19. O primeiro caso foi detetado no dia dezasseis de outubro, sendo que a direção do clube decidiu então testar todos os jogadores, o que aconteceu na segunda-feira seguinte, dia dezanove, precisamente no arranque da semana do primeiro jogo do campeonato. Os resultados fizeram soar o alarme, uma vez que, sabe o Reflexo, mais de uma dezena de jogadores testaram positivo. De PUBLICIDADE
imediato o CC Taipas informou a AF Braga do sucedido, sendo que, seguindo as orientações das autoridades de saúde, o jogo entre o Taipas e o Ronfe acabou por ser, naturalmente, adiado. “Já sabíamos que isto poderia acontecer e acredito que vá acontecer com mais equipas. Decidimos fazer testes a todo o plantel, já sabemos que fazendo testes em massa poderíamos ter mais casos; infelizmente nesta fase isto é uma realidade”, referiu o técnico Rui Castro ao Reflexo, frisando que “a equipa está ansiosa por competir”. Após o adiamento do primeiro jogo, as normas da Direção Geral de Saúde ditaram que apenas no dia trinta o plantel pôde regressar aos treinos, na véspera do jogo da
segunda jornada, o que inviabilizou também a deslocação a Santa Eulália que estava agendada para o dia 31 de outubro. Com mais de metade do plantel em recuperação, caso a AF Braga não fosse sensível aos argumentos taipenses, o CC Taipas teria de ir a jogo apenas com um treino realizado após duas semanas sem atividade. Ao que tudo indica o CC Taipas entrará em campo na terceira jornada na deslocação a Arões. Rui Castro admite que a competição pode estar desvirtuada em virtude deste tipo de casos. “Isto pode desvirtuar a competição, não tenho dúvidas que este ano vai ser atípico. Vamos esperar que isto não aconteça mais, que não seja preciso adiar mais jogos”, desabafou o treinador.
O Clube de Ténis de Mesa das Taipas venceu o encontro da primeira jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão Zona Norte, impondo uma derrota por 1-4 ao Grupo Desportivo Bairro da Misericórdia. Neste jogo alinharam em representação do CTM Taipas João Gomes, João Ribeiro e Joaquim Magalhães. a estreia em casa do CTM Taipas está marcada para o dia 7 de novembro, frente ao Pousada. O jogo terá lugar nas novas instalações do CTM Taipas,
na Escola Secundária das Taipas. Noutro âmbito, o CTM Taipas reuniu em Assembleia Geral no passado dia 27 de outubro nas instalações da Junta de Freguesia de Caldelas com o intuito de discutir e votar o plano e orçamento para a temporada 2020-2021. O presidente do clube, Domingos Marques, apresentou uma proposta de orçamento para a época desportiva no valor de 10.450 mil euros, que foi aprovada pelos associados presentes.
Seniores - Camp. Nacional Ténis Mesa - Norte - 2020-2021 Data 24-10-20 07-11-20 14-11-20 21-11-20 05-12-20 19-12-20 09-01-21
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
RES. 1-4
Clubes Bairro Miseric. CTM Taipas CTM Taipas ATM Pousada NCR Valongo CTM Taipas CTM Taipas ACTM Navais São Cosme CTM Taipas CTM Taipas GD São Cibrão CTM Lousada CTM Taipas CTM Taipas AD J. Antunes FOLGA CRC Neves CTM Taipas CTM Taipas CCR Arrabães
Res.
J 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Data
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CO Campelos quer manutenção na Honra e melhorar infraestruturas DR
nomeadamente pelas infraestruturas, pelas dimensões do recinto de jogo como pelo plano financeiros”, referiu na apresentação oficial da equipa à Comunicação Social. Continuar a apostar nas infraestruturas
PLANTEL CO CAMPELOS 2020-2021 Guarda-redes: Martins, Bruno Ribeiro (ex-Ronfe) e João Costa (ex-Pinheiro); Defesas: Gabi, Marco, André, Rocha, Dani (ex-CC Taipas), Vilas (ex-Serzedelo), Vítor Hugo e Lima; Médios: Paulo (ex-Brito), Carlos, Cristiano, Trigo, Jota (ex-Pevidém B) e Gomes; Avançados: Nandinho, Diogo, Filipe (ex-Ponte), Cris, Nuno (ex-Prazins/Corvite) e Manel.
De regresso à Divisão de Honra da AF Braga, o CO Campelos mantém a equipa técnica e vários elementos da temporada passada a pensar na manutenção. Texto Bruno josé ferreira O CO Campelos está de regresso à Divisão de Honra da AF Braga, após alcançada a subida de escalão na temporada passada. Trata-se de um regresso a uma divisão onde o CO Campelos já esteve vários anos, lutando mais recentemente na 1.ª Divisão pela subida. Conseguido esse objetivo, o emblema de Ponte pensa agora na manutenção e, nesse
sentido, manteve a estrutura da época passada. Rui Nogueira permanece no comando técnico e da temporada passada mantêm-se quinze elementos, aos quais se juntam oito reforços para compor o plantel de 23 elementos. Segundo o presidente do CO Campelos, José Pimenta, o objetivo passa apenas e só pela manutenção,
até porque o clube não tem condições para jogar na divisão acima. “No plano desportivo estamos a pensar, é o nosso objetivo, tentar a manutenção na Divisão de Honra. Sei que não podemos ir acima deste campeonato, mas se isso por eventualidade acontecesse nós não subíamos porque não tempos condições para estar no Pró-Nacional,
À margem da vertente desportiva, o CO Campelos, nomeadamente o presidente José Pimenta, pretende continuar a apostar nas infraestruturas. A principal prioridade é reforçar o muro de sustentação do campo. “Temos um subsídio da Câmara para reforçar o muro de suporte do campo, já esteve cá o empreiteiro para fazer o orçamento, mas o subsídio não deve chegar. Mediante o que o empreiteiro puder fazer com o que nos deram nós vamos fazer. Acima disso tentaremos que ver alguém que nos possa ajudar, um apoio, alguém que nos empreste dinheiro e depois no próximo ano a Câmara Municipal poderá atribuir novo subsídio”, aponta o líder máximo do clube.
“É fundamental fazer o nosso trabalho em casa”
“O processo está a ser bem assimilado por todos” Nogueira acredita que, apesar de difícil, há condições para conseguir atingir o objetivo. Como tem corrido a pré-época? Tem sido uma pré-época positiva. A entrega que os atletas têm tido tem sido bastante satisfatória. Só há a lamentar uma lesão de um atleta, que em princípio será de gravidade, que vamos ver o resultado de teste e se for rotura de ligamentos teremos de fazer um reajuste nesse setor. De resto, o processo está a ser assimilado positivamente por todos. Rui Nogueira – treinador
Depois de garantida a subida à Divisão de Honra da AF Braga, o treinador Rui Nogueira permanence no comando técnico do CO Campelos com o intuito de ajudar o clube a manter-se neste escalão. Rui
Estão preparados para esta divisão? Esperamos e acreditamos que sim. Estamos a trabalhar para que quando a temporada iniciar estejamos preparados para as adversidades que iremos ter pela frente numa série com muitos dérbis, o que será
um fator importantíssimo, embora a situação que vivemos, sem adeptos, venha tirar mística a esses jogos. Gostaríamos de caminhar com os nossos adeptos durante esta época, porque são parte integrante deste clube. A juventude que transita da época passada e os reforços mais experientes garantem equilíbrio ao plantel? Sabemos que a juventude e a irreverência que transita da época passada necessitaria de reajustes a todos os níveis. Procurámos incutir no grupo mais alguma experiência, que era importante. Conseguimos ir buscar esses atletas, que nos garantem condições para fazer uma boa época, embora sabemos que a forma como as séries estão estabelecidas é complexa. Estamos cá para competir.
Outra ambição de José Pimenta é a colocação de luz led no Campo José Maria Machado Vaz. “Outra aspiração que nós temos é a luz led, já temos três orçamentos para ver se conseguirmos colocar luz led. Não faz sentido estar a despender tanto dinheiro de luz por mês, estes holofotes têm trinta anos, são obsoletos. Com luz led economizaríamos cerca de 60 por cento, o que daria para fazer sempre melhoramentos”, assegura. Para conseguir essas melhorias José Pimenta conta com a colaboração da Câmara e da Junta. “O Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, e o Presidente da Junta de Freguesia, Sérgio Castro Rocha, são duas pessoas compreensivas, com uma dinâmica muito grande e que querem sempre ajudar as instituições. Sei que é difícil para eles como é para nós, mas como o nosso clube é histórico é uma pena se tivesse de acabar um clube como o CO Campelos”, atirou.
Cris – capitão
Já com doze anos de casa, o atacante cris é um dos mais experientes do plantel do CO Campelos. Acredita que a chave do sucesso para a equipa será o desempenho no Campo José Maria Machado Vaz, fazendo assim do fator casa determinante para o Campelos neste regresso à Divisão de Honra. Doze anos de Campelos, como se explica tantos anos no clube? Fui bem recebido aqui e, por isso, não havia hipótese de sair daqui. Cheguei a sair do clube, mas regressei sempre. Nem eu sabia que estava cá há doze anos,
só soube o ano passado no jantar de aniversário. Quais serão as metas do CO Campelos? Este ano vai ser mais complicado, perante equipas melhores e com campos muito melhores. O Campelos tem de fazer o campeonato em casa, procurar sempre resultados positivos e ir buscar pontos fora, o máximo possível. O facto de haver muitos dérbis vai tornar este campeonato mais apelativo? Sim, é óbvio. Vai haver mais dureza, mas garra. A manutenção é o principal objetivo? Certo. O Campelos já deveria estar nesta divisão há muitos mais anos. Há competitividade no plantel para isso. Do ano passado transitaram quase todos os jogadores e chegaram jogadores com muita qualidade, temos de os entrosar nos treinos para nos jogos as coisas fluírem. Estamos cá é para ganhar, jogo a jogo. Sabemos que as coisas não vão correr sempre bem, mas temos de fazer melhor na resposta. O fundamental é fazer o nosso trabalho em casa, mostrar que nós é que mandamos aqui.
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CART com entrada positiva no campeonato BRUNO JOSÉ FERREIRA
O CART registou uma entrada positiva no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão – Zona A, com uma vitória e um empate nas duas primeiras jornadas. A competir novamente neste escalão, a equipa orientada por Orlando Ribeiro mantém praticamente a mesma equipa do ano passado, registando apenas a entrada de dois reforços. Na primeira jornada o CART venceu o Hóquei Clube de Braga B por quatro bolas a três num embate intenso que teve incerteza no marcador até ao final. Os tentos do
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emblema taipense foram apontados por Alberto Martinho, Pedro Nuno Batista, e Carlos Rodrigues, que bisou na partida. Na jornada seguinte, na deslocação ao terreno do Hóquei Clube de Fão, os comandados de Orlando Ribeiram arrancaram um empate a quatro em mais um jogo eletrizante. Marcaram pelo CART Afonso Ferreira, Nelson Silva, Alberto Martinho e Carlos Rodrigues. Apesar de vários jogos não se terem realizado, em virtude da pandemia, neste momento o CART
está na terceira posição com quatro pontos, em igualdade pontual com Os Limianos, que soma igualmente quatro pontos, e menos dois pontos do que o líder Fânzeres, que somou duas vitórias. Na próxima jornada o CART recebe no seu pavilhão Os Limianos. O jogo estava agendado para o dia 1 de novembro, mas acabou por ser adiado em virtude da proibição e se realizaram jogos nesse fim-de-semana.
Hélder Pereira com artigos destacados no Journal of Foot and Ankle Surgery
Um dos mais importantes jornais do mundo na área da Traumatologia Desportiva que acaba de publicar dois artigos do médico taipense, Hélder Pereira, no âmbito do desenvolvimento de técnica inovadora de tratamento de patologias do tendão de Aquiles. Texto Manuel António Silva Hélder Pereira, médico taipense, especialista em Ortopedia e Traumatologia Desportiva, acaba de ver publicados os seus artigos – " Endoscopic FHL transfer to augment Achilles disorders" e “Endoscopic Flexor Hallucis Longus Transfer for the Management of Acute Achilles Tendon Ruptures: A Prospective Case Series Report With a Minimum of 18 Months’ FollowUp”, num dos publicado num dos mais importantes jornais do mundo de Traumatologia Desportiva (JISAKOS), num trabalho que reuniu alguns dos maiores especialistas internacionais da área. Os trabalhos agora publicados relacionam-se com uma técnica inovadora de tratamento de patologias do tendão de Aquiles que faz parte do desenvolvimento de uma abordagem global aos problemas crónicos e agudos do tendão de Aquiles (incluindo tratamento de
roturas), lesões que habitualmente causam longas paragens e prolongado tempo de recuperação e que já foi aplicada com sucesso em alguns atletas de renome internacional como como Fernando Gago (Boca Juniores, Real Madrid), André André (futebolista internacional português do Vítória SC) ou o atleta olímpico Ricardo Ribas. Para Hélder Pereira, "Os problemas do tendão de Aquiles, da tendinopatia à rotura requerem uma abordagem integrada e global. É sempre um trabalho de equipa e realço aqui a parceria com o Dr. Jorge Batista (ortopedista responsável do Boca Juniores) neste projecto e os trabalhos de investigação em curso do português Dr. Pedro Dinis que penso que vão trazer novas opções para futuro. Melhorar os resultados dos pacientes e acelerar a retoma desportiva e da actividade são o objectivo de toda a equipa".
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A 'Terra Treme’ sensibiliza a população para a atuação em caso de sismo
A Terra Treme’ trata-se de uma atividade que se tem realizado anualmente pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), cumprindo em 2020 a sua oitava edição. Tentando sensibilizar a população sobre a forma como agir antes, durante e depois da ocorrência de um sismo, a ANEPC programou para cinco de novembro uma iniciativa preventiva, agendada para as 11h05. Em declarações ao Reflexo, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Braga dá conta que “os sismos contam-se entre os fenómenos naturais com maior poder destrutivo”, e que “ao longo dos séculos Portugal, cujo território tem um grau de sismicidade moderada, foi várias vezes assolado por grandes sismos”. Assim sendo, a iniciativa ‘A Terra Treme’ tem como
grande missão prevenir a população caso se dê ocorrência sísmica. “A proteção civil, enquanto atividade desenvolvida pelo Estado, pelas regiões autónomas e autarquias locais, por todas as entidades públicas, privadas e associativas, mas também por cada um dos cidadãos, visa prevenir os riscos coletivos suscetíveis de provocar acidentes graves ou catástrofes, como é o caso dos sismos, atenuar os seus efeitos, reduzindo o seu impacto na comunidade, e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, sempre que aqueles ocorram”, aponta. Este ano ‘A Terra Treme’ coincide com o Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami, efeméride instituída pela ONU. “Cabe à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, enquanto serviço público, planear, coordenar
e executar ações de prevenção e reação destinadas a incrementar a resiliência individual e coletiva dos portugueses às catástrofes, nomeadamente as que possam ser originadas por sismos. Trata-se de um exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico e é uma das medidas integrantes da Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva. Visa capacitar a população para saber como agir antes, durante e depois de um sismo, sensibilizando o cidadão para o facto de viver numa sociedade de risco, e desafiando-o a envolver-se no processo de construção de comunidades mais seguras e resilientes”, refere o CODIS. Em traços gerais a atuação em caso de ocorrência de um sismo deve comportar três ações, nomeadamente baixar, proteger e aguardar.
Obituário Maria de Lurdes Mendes
Ilda Maria de Oliveira
No dia 27 de Setembro, na Unidade de Cuidados Continuados de Nespereira, faleceu a Sr.ª Maria de Lurdes Mendes, com 87 anos de idade, viúva de Francisco Mendes, residente que foi na Rua José de Oliveira “Vilas”, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé, indo depois a sepultar no Cemitério de Caldelas - Guimarães.
No dia 16 de Outubro, no Lar de São Clemente de Sande, faleceu a Sr.ª Ilda Maria de Oliveira, com 96 anos de idade, viúva de Manuel de Oliveira, residente que foi na Avenida da Igreja, Sande (Vila Nova), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se no Salão Paroquial de Vila Nova de Sande, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
Ana Marques da Silva
Carlos de Carvalho Nogueira
No dia 7 de Outubro, na sua residência, faleceu a Sr.ª Ana Marques da Silva, com 82 anos de idade, residente que foi no Centro Social de Brito – Polo do Paraíso, Selho (São Jorge), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São José de Campelos, indo depois a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.
Luíz Marques
No dia 23 de Outubro, na sua residência, faleceu o Sr. Carlos de Carvalho Nogueira, com 60 anos de idade, casado com Maria das Dores da Silva Nogueira, residente que foi na Rua de São Cristóvão, Gondomar, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Gondomar, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
Joaquim Adriano Lourenço da Guia
No dia 7 de Outubro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Luíz Marques, com 87 anos de idade, residente que foi na Rua 1.º de Janeiro, Prazins (Santa Eufémia), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Santa Eufémia de Prazins, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
No dia 26 de Outubro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Joaquim Adriano Lourenço da Guia, com 67 anos de idade, casado com Maria Taiz Arada Carvalho, residente que foi na Rua das Cortes, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no Cemitério de Valadares – Vila Nova de Gaia.
Maria da Silva
Crisóstomo Marques da Costa
No dia 10 de Outubro, na sua residência, faleceu a Sr.ª Maria da Silva, com 93 anos de idade, viúva de Joaquim Dias, residente que foi na Travessa da Bouça de Cima, Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.
No dia 26 de Outubro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Crisóstomo Marques da Costa, com 81 anos de idade, viúvo de Maria Amélia Fernandes Novais da Costa, residente que foi na Travessa de Silvares, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no Cemitério de Atouguia – Guimarães.
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