Reflexo #296 2021-02

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Fevereiro de 2021 / Ano XXVIII / #296

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Em 2020 realizaram-se apenas dois casamentos em Caldas das Taipas p. 08

REPORTAGEM

Ecovia com 29 km cicláveis e pedonais na margem ribeirinha pp. 04 a 07

Miguel de Freitas brilha no Mónaco com jogadores de futebol

GD Longos e Os Sandinenses com novos sintéticos

Clubes taipenses recebem apoios de 140 mil euros em 2021

Pandemia deixa rope skipping sem condições para dar o salto

Emigrante, natural de Longos, dedica-se a dar apoio a grandes jogadores no Mónaco.

O Grupo Desportivo de Longos deverá iniciar a próxima época no novo sintético.

Clube de Ténis das Taipas é a associação que recolhe a maior verba dos clubes taipenses.

Clube está parado há quase um ano e as perspetivas de retoma são pouco motivadoras.

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CASA DE PARTIDA SOBE Eleições

Realizaram-se no pasNuma altura em que o sado dia 24 de janeiro as país continua numa situação Eleições Presidenciais. de confinamento geral, fruto Marcelo Rebelo de Sousa do agravamento dos casos da foi reconduzido no cargo, Covid-19, são revelados os daà primeira volta, com larga dos (DGS) relativos ao número maioria dos votos dos porde mortos em janeiro de 2021. tugueses. Num ambiente No total, morreram em marcado pela pandemia janeiro 18.748 pessoas, mais da Covid-19 e por todos 40% que no pior mês de Janeiro os receios e medos que tal (2015) dos últimos 12 anos. A levantou em torno dos eleiCovid-19 foi responsável por tores, estão de parabéns as 27,8% (5.207 casos) destas Juntas de Freguesia locais mortes, o que corresponde a e os inúmeros voluntários aproximadamente um em cada que, regra geral, foram quatro óbitos. Com 75 anos, exemplares na organização ou mais, faleceram em janeiro das assembleias de voto. de 2021, 14.199 pessoas, que corresponde a 74.8% do total de falecimentos.

EDITORIAL Alfredo Oliveira

A ecovia e a quebra nos casamentos Em vinte anos, de 1999 a 2019, os casamentos em Portugal caíram cerca de 53 por cento. Passou-se de 68.710 casamentos, nesse primeiro ano, para 22.404 enlaces matrimoniais em 2019. Num país onde a população é maioritariamente católica, o fenómeno desta realidade assume contornos mais dramáticos. Em idêntico período, os casamentos católicos registaram uma diminuição de cerca de 78 por cento, passando de 45.673, em 1999, para 10.037. Naturalmente que este registo nacional se vai replicando por todo o país, evidenciando mudanças profundas na sociedade. Esta realidade agravou-se profundamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus, como já demos conta nas páginas do nosso jornal e reforçamos num trabalho apresentado nesta edição. Verifica-se que em diversas paróquias circunvizinhas, em 2020, não se registou qualquer casamento e, em Caldas das Taipas, verificaram-se apenas dois casamentos, uma quebra de cerca de 88 por cento em relação a 2019. Se 12 casamentos já eram poucos, então quando se passa para dois, é uma evidência dos tempos conturbados que atravessamos. Infelizmente, os únicos valores que aumentam em todas as freguesias são os referentes aos números de óbitos. O destaque desta edição vai, contudo, para os 29km da ecovia que o município vimaranense pretende executar em parceria com as 14 juntas de freguesia atravessadas por esta infraestrutura. Se há assunto mais recorrente neste espaço é o dedicado ao nosso voltar de costas ao rio Ave. Nunca percebemos como é que os jovens de hoje não podem usufruir do rio Ave e das suas margens como a minha geração desfrutar desses locais. Este é um projeto que já há muito deveria estar no terreno. Fazemos votos para que estas novas gerações e a nossa possam usar toda essa extensão da ecovia de Guimarães a curto prazo. Cuidem-se.

reflexo O Norte de Guimarães

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PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 296/ Fevereiro de 2021 / Ano XXVIII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha, Bruno José Ferreira e Carolina Pereira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos FOTO DE CAPA Bruno José Ferreira ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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REPORTAGEM

Rio Ave será abraçado por ecovia de 29km em toda a extensão do concelho REFLEXO

Traçado de um projeto considerado como “a grande paixão” do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, contempla um percurso de Ecovia com 29 km cicláveis e pedonais na margem ribeirinha. O líder máximo do município acredita que com este projeto, que considera comunitário, a cidade vai abraçar o rio. Reportagem Bruno José Ferreira O Laboratório da Paisagem, em colaboração com a Câmara Municipal de Guimarães e com a UTAD (Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro), apresentou o possível traçado da Ecovia do Ave, um projeto do município em que se pretende envolver as freguesias na construção de um percurso pedonal e ciclável ao longo de toda a extensão do Rio Ave no nosso concelho. Isto traduz-se num enorme corredor à beira rio com sensivelmente 29 km de percurso que atravessará catorze freguesias, sendo várias do norte do concelho, nas quais também se enquadra, obviamente, Caldas das Taipas. Ao longo deste percurso haverá tramos alternados em ambas as margens do Rio Ave e inclusivamente zonas com tramos em ambos os lados simultaneamente, dependendo das condições geográficas de cada local. O percurso contará com a edificação de pontes e passadiços, de forma a ser o mais uniforme possível e serão aproveitados vários trechos já existentes, fazendo aí intervenções, sendo que 57% desta via terá percurso novo. A apresentação deste traçado foi feita por videoconferência, contando com a presença dos presidentes das juntas de freguesia do

concelho. Esta proposta da Ecovia do Ave surge com a intenção não só de aproximar o homem da natureza, mas também de a proteger, conservar, recuperar e valorizar, sendo que ao longo do seu traçado serão tidos em conta aspetos como a valorização do património natural, cultural e histórico, permitir a aproximação da população à galeria ripícola do rio Ave, criação de pontos de interesse ao longo do percurso, recuperação, de forma consciente, dos percursos já existentes; e sensibilização da população para a importância da preservação e promoção da biodiversidade de Guimarães. Domingos Bragança crê que esta obra permitirá a aproximação da população à natureza, mais propriamente ao rio, algo que nuca deveria ter deixado de acontecer. “O Rio Ave, e este projeto, será de uma riqueza enorme pela sua beleza, a sua estética, o seu deslumbramento. Sei que há sítios difíceis neste traçado, vamos redefinir, requalificar e beneficiar percursos. Trata-se de um trabalho imenso, mas entusiasmante e vamos conseguir fazer tudo isto. É um trabalho que só nos traz saúde e bem-estar. Nunca

deveríamos deixar de ter vivido em harmonia com a natureza, respeitando a biodiversidade e todas as outras espécies e os seus habitats”, referiu Domingos Bragança. “Vamos poder ver Guimarães de uma perspetiva completamente diferente”

A trabalhar em parceria com o Laboratório da Paisagem, também UTAD está envolvida em todo o processo de idealização da Ecovia do Ave, participando no estudo das margens do principal curso de água do concelho. Frederico Meireles, diretor do mestrado de arquitetura paisagista da UTAD, também participou na apresentação do traçado da Ecovia do Ave, referindo que “poderemos ver o município de Guimarães de uma perspetiva completamente diferente da que estamos habituados”. Para o docente um projeto deste tipo tem vários aspetos positivos que vão criar um parque linear a atravessar o concelho. “Aproveito para relevar a importância deste tipo de projetos. Poderemos ver o município de Guimarães de uma perspetiva completamente diferente da que estamos habituados. Estamos habituados a uma vista urbana, e

aqui vamos ver uma paisagem completamente diferente através destes percursos. Estamos perante um grande parque linear que atravessa todo o concelho e que, provavelmente, se vai unir a uma rede pedonal e ciclável de circulação alternativa. Provavelmente até vai ser utilizada no dia-a-dia por muitas pessoas que atualmente não o podem fazer e que usam apenas circuitos urbanos”, defende Frederico Meireles. Parabenizado o município de Guimarães pelo arrojo na aposta num projeto diferenciando e abrangente, que envolve várias freguesias, o diretor do mestrado de arquitetura paisagista da UTAD sublinha que foi feito um trabalho exaustivo nas margens do rio, com o precioso auxílio dos presidentes das juntas de freguesia envolvidas no processo. “Estre traçado só foi possível porque todo aquele terreno e margens do rio foram calcorreadas passo a passo, fotografadas, inventariadas, para se perceber qual é que era a melhor alternativa. No final as decisões tiveram muito a ver com essa experiência de campo. Há também as perspetivas dos presidentes de junta, que conhecem muito bem o terreno”, sustenta.


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Laboratório da Paisagem ambicioso com a envolvência das freguesias

Principal parceiro da Câmara Municipal de Guimarães na conceção da Ecovia do Ave, o Laboratório da Paisagem mostra-se ambicioso relativamente a toda a envolvência deste projeto. Tal como Frederico Meireles, também Carlos Ribeiro, diretor do Laboratório da Paisagem de Guimarães, começou por destacar a importância das freguesias envolvidas, explicando que mesmo numa fase embrionária do projeto em que ainda não há grande trabalho de campo visível “já há muito trabalho feito pelos vários presidentes de junta”. De resto Carlos Ribeiro defende que este é um projeto verdadeiramente estruturante. “Esta proposta de traçado da Ecovia do

Ave tenta cumprir os pressupostos técnicos, científicos e ambientais que se pretendem para este projeto, que é um projeto verdadeiramente estruturante”, disse o diretor do Laboratório da Paisagem na apresentação do traçado da Ecovia do Ave. A ambição do Laboratório da Paisagem vai para além desta apresentação, início de do projeto global da Ecovia do Ave. “A primeira fase termina com esta apresentação de um traçado para o percurso nas margens do Rio Ave, seguindo-se outras fases mais trabalhosas e desafiantes”, atira Carlos Ribeiro. Cafetarias, zonas de leitura para explorar e um miradouro nas Taipas

Para além do trajeto apresentado há a vontade de fazer mais por parte do município,

vontade essa acompanhada pelas juntas de freguesias, que projetam para as suas margens a construção de vários parques de lazer ribeirinhos para juntar aos já existentes. Apenas 20 por cento de todo este projeto se refere a empreitada de construção civil, sendo que o restante traçado será concebido com pavimentação ou reparação do pavimento, estabilização das margens, intervenções de limpeza e colocação de proteções em madeira, sinalética e equipamentos urbanos. Um dos principais calcanhares d’Aquiles de todo o projeto está na ligação entre Gondomar e Arosa, uma vez que o Rio Ave atravessa uma zona do território que pertence à Póvoa de Lanhoso. Outra das dificuldades encontradas é em Ponte, na zona de Campelos, com zonas de difícil acesso

Luís Soares “Que o pontapé de saída que demos nas Taipas possa dar frutos”

A margem do Rio Ave em Caldas das Taipas será toda ela acompanhada pela Ecovia do Ave, num percurso de 1193 metros. Parte deste percurso já existe, contempla a ligação entre o Parque de Lazer da Praia Seca e o Parque de Lazer das Taipas, fazendo parte também os próprios percursos existentes nos parques de lazer. Com a necessária intervenção é intenção da Junta de Freguesia fazer a ligação entre o pontilhão e as levadas, ou seja, as duas extremidades do Rio Ave nas Taipas.

Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, sublinha que para lá deste projeto do município há muito tempo que a vila das Taipas está a trabalhar na intervenção da margem do Rio Ave, mesmo antes da entrada deste executivo na junta de freguesia. “Começámos com a definição de um projeto, que foi elaborado pelo professor Pedro Teiga, e, portanto, a Junta de Freguesia de Caldelas está a trabalhar já há muito tempo neste objetivo, mesmo antes de ser eleito presidente de junta procurei sempre

sensibilizar para a importância de devolver o rio e as suas margens às populações. Aquilo que fizemos no último ano, primeiro com a inauguração do Parque de Lazer da Praia Seca, e depois com a construção da primeira fase do trilho, que está ainda em conclusão, foi precisamente devolver a margem do rio às pessoas, que há trinta anos que não conseguiam circular nesta zona da nossa freguesia”, refere. Neste momento já é possível fazer a passagem entre a Praia Seca e o Parque de Lazer das Taipas,

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e margens com construção próxima do rio. Mas, como se referiu, este projeto está a envolver as freguesias e o próprio município, sendo do agrado de todos a tal ponto de, inclusivamente, se pensar num projeto idêntico para o futuro no Rio Selho, tal como Domingos Bragança deixou escapar na aprensetação. O líder do município numa das suas intervenções disse que será possível fazer cafetarias ao longo do percurso, espaços de interpretação nos moinhos existentes e até espaços de leitura. Nas Taipas está previsto um arranjo urbanístico com a criação de um miradouro para a paisagem ribeirinha.

num trilho ecológico recentemente intervencionado. Luís Soares espera que esta espécie de pontapé de saída dado nas Taipas possa ser como que um a início simbólico deste projeto abrangente. “O nosso percurso é um percurso que começa na Praia Seca e que acaba nas levadas, tudo na nossa margem e que diz respeito à nossa área de intervenção. É isso que queremos fazer numa primeira fase, dando sequência ao compromisso que o presidente da Câmara Municipal de Guimarães tem, de recuperar toda a margem ribeirinha desde Donim até Serzedelo. Esperemos que o pontapé de saída que demos aqui na Vila das Taipas possa, de facto, dar frutos e se possa fazer esta ligação que é tão ambicionada por todos os vimaranenses e por nós taipenses, em particular”, sublinha em declarações ao Reflexo. No projeto apresentado pelo Laboratório da Paisagem conjuntamente com a UTAD foram apresentadas como fraquezas deste trecho das Taipas a necessidade de intervenção total na margem, e também o impacto visual provocado pelas Estações de Tratamento de Água existentes. Por outro lado, neste trecho são apontadas como forças a existência de parques de lazer e praia fluvial, assim como zonas de arbóreas de interesse paisagístico. Com a criação de um novo parque de lazer na margem oposta, junto à ponte romana, o presidente da Junta de Freguesia prevê a criação e um grande pulmão verde. “Queremos já no ano 2021 avançar

com a segunda fase deste trilho ecológico e a ideia é ligar quase desde o pontilhão até quase às levadas, em Sande São Clemente. Com isso conseguiremos ligar uma grande mancha verde nas duas margens do rio, na margem direita e na margem esquerda, que será, no fundo, um pulmão para toda esta zona norte do concelho e uma grande atração para quem nos quiser visitar”, aponta. Apesar de este projeto ser para se fazer por fases, Luís Soares recorda que o projeto inicial de Pedro Teiga, coordenador do Projeto Rios, está orçado em sensivelmente 100 mil euros e, para isso, há o compromisso por parte da APA (Associação Portuguesa do Ambiente) em financiar o projeto. “O projeto do professor Pedro Teiga tem um custo que ronda os cem mil euros. Para isso contamos com o apoio da APA, que se comprometeu, aqui na inauguração do Parque de Lazer da Praia Seca, com o financiamento desse projeto. Estamos já em grande avanço de maturidade da sua execução, iniciámos com a primeira fase e queremos, naturalmente com esse apoio da APA, continuar, designadamente com a recuperação das noras, da sinalética inerente ao próprio percurso, com a construção da segunda fase e, no fundo, criar todas as condições para que ao longo deste percurso, desde a Praia Seca até às levadas se possa garantir condições de fruição a todos aqueles que gostam da natureza e que gosta do Rio Ave”, aponta Luís Soares.


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REPORTAGEM “Foi sempre um sonho nosso “Pretendemos criar zonas aproveitar a margem do rio” de lazer”

Natália Fernandes

Presidente da Junta de Freguesia de Prazins Santa Eufémia

“Já tivemos abordagens com a Câmara Municipal de Guimarães no sentido de saberem qual era a nossa disponibilidade de colaborar. Naturalmente que fiquei logo disponível, até porque nos interessa que esta zona ribeirinha seja melhorada de forma a que, no fundo, possa ser aproveitada pela população. O dinamismo será eventualmente no sentido de contactar os proprietários dos terrenos que confinam com as margens do rio, que foi isso que nos pediram também no sentido de obtermos autorização para que seja possível a passagem da via. Ainda não houve contacto direto com os proprietários

porque ainda não nos disseram detalhadamente qual vai ser a zona. Ainda está a ser feito trabalho de campo para ser perceber o melhor traçado, para depois termos mais pormenores. Naturalmente que a junta de freguesia está disposta a colaborar, este foi sempre um dos nossos sonhos, por assim dizer, permitir que a margem do rio fosse aproveitada, porque é, de facto, um recurso natural que temos na freguesia e que acho que devemos aproveitar. Nos dias que correm há cada vez mais as pessoas aproveitar a natureza e o que ela oferece, pelo que a Ecovia do Ave será uma das formas de nós aproveitarmos o rio ave. Não faço ideia ainda de questões como orçamentos e prazos de execução desta obra porque, como já referi, esses dados ainda não nos foram fornecidos. Pela informação que nos foi prestada será um investimento da Câmara Municipal de Guimarães, naturalmente com um apoio e envolvimento das freguesias a nível de logística, mas terá de ser a câmara a investir em termos monetários”.

Fátima Saldanha

Presidente da Junta de Freguesia de Brito

“Na freguesia de Brito já desde outubro temos estado em contacto com os proprietários dos terrenos que ladeiam o Rio Ave e a reação tem sido positiva, embora haja um ou dois proprietários com os quais não estamos a conseguir chegar a acordo, pelo menos de forma pacífica. Estamos convictos de que iremos conseguir. O resto dos donos já temos os acordos estabelecidos e alguns até assinados. Para já, em termos de custos, ainda não temos uma ideia, até porque se trata de uma parceria com o município. Em Brito, para além da Ecovia, também temos um projeto do orçamento participativo de 2018 que ainda

não foi executado. Esse projeto contempla a requalificação dos pontilhões e de duas passagens entre Brito e Silvares; aliás, este foi um projeto do orçamento participativo entre Brito, Silvares e Ponte, e onde está também contemplada a limpeza da margem do rio, sendo de salientar a participação das Brigadas Verdes. Se por ventura não houvesse este projeto da Ecovia, mas ainda bem que há, já tínhamos a ideia e já queríamos ter as margens do rio limpas e desimpedidas para as pessoas poderem caminhar, fazer corrida e, no fundo, poderem aproximar-se do rio. No fundo este projeto vem aproximar as pessoas do rio e a promoção de atividades como a pesca. Pretendemos também criar zonas de lazer, porque é possível criar alguns espaços de lazer, onde o terreno assim o permita. Ainda não está completamente delineado o que será feito junto à ponte da estrada nacional, até porque uma parte é Brito e outra parte é Silvares, mas foi assumido aquando da visita do presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, e da vereadora Sofia Ferreira, ficou estabelecido o compromisso de, realmente, fazer uma requalificação daquela zona”.

“Em breve teremos mais dois “Projeto benéfico para toda parques de lazer em Barco” a população”

Sérgio Silva

Presidente da Junta de Freguesia de Barco

“É de salutar esta envolvência de todos os presidentes de junta neste processo, obviamente com o município a liderar. A ideia, muito feliz, do presidente da Câmara de projetar uma ecovia ao longo da extensão do Rio Ave, trata-se de uma excelente medida. Acredito que seja comungada por todos os vimaranenses, porque para além de permitir uma via alternativa ciclável e pedonal ao longo da margem do rio, que dará uma enorme visibilidade ao rio, acentua a sua proteção, pelo que penso que todos concordarão que é uma excelente medida.

No que à Junta de Freguesia de Barco diz respeito, já começámos a trabalhar na proteção do rio, mesmo antes de se falar deste projeto da ecovia. Temos um parque de lazer mas muito em breve vamos ter mais dois. Este início de construção destes dois novos parques de lazer são uma defesa ao Rio Ave; um dos terrenos já está adquirido, o outro está em fase de conclusão, e vai permitir uma mais fácil elaboração do projeto da ecovia. Vai permitir que a freguesia de Barco, em colaboração com o município, possa trabalhar num troço digno e que ofereça todas as condições. Obviamente que não teremos capacidade para fazer tudo de uma vez, pese embora grande parte do troço possa ser feito apenas com uma limpeza e terraplanagem, porque grande parque do terreno em Barco é plano e não haverá grandes custos para isso. Mas vamos fazer por fases, vamos fazer desde já aquilo que é de nosso domínio e, ao mesmo tempo, começar a avançar com as negociações com os privados, convencendo-os da excelente medida que é a construção desta ecovia, para as pessoas e, acima de tudo, para o rio e para a sua proteção”.

Bruno Oliveira

Presidente da JF da UF de Sande Vila Nova e Sande São Clemente

“A dinâmica das juntas de freguesia dependem muito da vertente financeira. Sabemos que não podemos ser nós, juntas de freguesia, a assumir os custos desta obra, não temos meios para isso. Mas, com os recursos financeiros põe-se isto rapidamente no terreno. A questão de colocar a obra propriamente dita no terreno penso que é uma questão simples, mas naturalmente que temos de ter os recursos financeiros inerentes a isso.

A ecovia vai passar, em grande parte, nos terrenos adjacentes ao rio e no qual tem de existir uma passagem, no entanto na nossa união de freguesias temos pouco terreno de rio, sensivelmente trezentos metros. A maioria do traçado diz respeito à Vila de Ponte, pelo que nós como freguesia temos pouco terreno a ser atravessado pela ecovia. Temos o rio perto, mas não no nosso território. De qualquer forma não haverá qualquer problema em efetivar isso e, caso necessário, em chegar a acordo com as pessoas, com os proprietários, porque será sem qualquer dúvida uma mais-valia para as pessoas, para toda a gente. O Presidente da Câmara de Municipal de Guimarães sabe que seremos os primeiros a colocar a dinâmica necessária no terreno, conhecemos as pessoas, conhecemos o território e, por isso, nada melhor do que nós para colocar isso em prática. Estou convicto que na nossa freguesia não existirá qualquer problema, será uma coisa muito benéfica para a população, não só para a nossa freguesia mas para todas, e para o concelho em geral, serão mais divulgados os parques de lazer, mesmo o nosso sendo um parque de lazer com muita utilização”.


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“O Rio Ave será mais limpo “Temos zonas lindíssimas que as pessoas não conhecem" em toda a sua extensão”

Vítor Pais

Presidente da JF da UF de Briteiros São Salvador e Donim

“Desde a primeira hora que aceitámos e quisemos dar andamento ao pedido do presidente da Câmara neste projeto da ecovia, tanto é que desde 2019 tínhamos um projeto em conjunto com a Brigada Verde, que é «Muda o rumo desta margem», que tem como objetivo conhecer a margem do Rio Ave, para alimentar um estudo prévio do traçado que, entretanto, já apresentámos ao presidente da Câmara em dezembro e foi vertido praticamente na sua totalidade no estudo prévio do Laboratório da Paisagem e da UTAD. Entretanto estamos no terreno, já fizemos contactos com alguns proprietários,

conhecemos bem a zona, sabemos quais são as zonas de maior implementação, as zonas que serão mais complicadas e já estamos a contactar com alguns proprietários, sendo que a ideia passa por apresentar o estudo prévio, o projeto, a ideia do traçado, garantido que estão abordo do projeto. O grande objetivo é fazer com que as pessoas, através da criação de condições na margem do rio, possam usufruir do rio e, ao mesmo tempo, com esse usufruto, sem pôr em causa nenhuma questão ambiental, haja uma maior proteção do rio. Uma das coisas que nos fomos apercebendo ao longo das nossas caminhadas pela margem do rio e das intervenções que entretanto fomos fazendo, existem situações de impacto ambiental, descargas de entulho e poluentes, que com a aproximação e tendo mais gente que possa passear na margem rio estarão mais atentos a este tipo de focos que, neste momento existem, mas estão escondidos e só mesmo quando a água tem uma cor diferente é que há perceção destes atentados ambientais. Se estivermos mais próximos do rio, se houver um equilíbrio entre o acesso das pessoas e a proteção do ambiente, o Rio Ave será mais limpo em todo a sua extensão”.

Fernando Cardoso

Presidente da JF da UF de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar

“Na nossa união de freguesias olhamos para este projeto como uma oportunidade única porque é uma coisa que penso que já devíamos ter há vários anos. Se já tivéssemos uma ecovia há anos, a água já teria uma qualidade melhor do que a que tem hoje, porque não há fiscalização melhor do que ter pessoas a passar à margem do rio. Já estamos a trabalhar com alguns proprietários, a tentar falar com eles e apresentar o projeto, isto ainda está um bocado numa fase embrionária porque não temos grandes informações sobre isso, mas temos já alguns proprietários que

“Temos já cerca de 2 kms prontos a serem inaugurados este ano” núncio Jornal Reflexo

EPETED

Sérgio Castro Rocha

Presidente da Junta de Freguesia de Ponte

“O Rio Ave tem cerca de noventa quilómetros de extensão e cerca de sete por cento confina com a Vila de Ponte, temos cerca de seis quilómetros de margem e julgo

que somos os únicos que temos margem em de Ponte irá prolongar-se até à Praia Seca. ambos os lados do rio. Este sonho do presiA par disso foram identificados alguns dente da Câmara de Guimarães, da Ecovia, percursos na zona de Campelos que a meu foi partilhado por mim há dois ou três anos ver são muito difíceis de serem executados. atrás, o que levou a Junta de Freguesia de Temos ainda outra questão da recuperação de Ponte a trabalhar de forma árdua para que uma ponte junto aos antigos aviários, neste este corredor verde fosse uma realidade. momento já está aberto um procedimento Aquilo que posso dizer é que temos cerca de para ser feito o projeto de requalificação dois quilómetros praticamente concluídos, dessa ponte, que foi interditada há um mês para ser inaugurados ainda este ano. Esta ou dois, dado o risco muito elevado de poder Ecovia, na parte, de Ponte irá desde os antigos ruir. aviários até ao limite de Santa Eufémia e da Num outro aspeto, acrescento que, na Praia Seca. Já andamos também há três anos minha opinião, o traçado que liga o Parque a comprar terenos para estender o Parque de Lazer da Ínsua ao Parque de Lazer de 255 mm de Lazer de Ponte, neste momento já temos Ponte não é o traçado que melhor favorece mais de um hectare, falta comprar apenas mil quem quiser percorrer aquela margem do metros de terreno, pelo que o Parque de Lazer rio. Toda a gente conhece a ponte Romana

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nos dão via verde para que possamos avançar com o projeto. Claro que ainda terá de ser apresentado um projeto para que as pessoas digam o sim, mas temos viabilidade para isso. Penso que servirá para ajudar a valorizar a freguesia porque temos aqui zonas na margem do Rio Ave que são lindíssimas, mas que grande parte das pessoas não sabem que existem, por diversos fatores. Com esta ecovia o rio vai estar muito mais acessível e próximo das pessoas. Penso que servirá também para intervir e beneficiar outro património existente nesta zona ribeirinha, como é o caso de vários açudes e até mesmo moinhos existentes. Nalguns casos estão já em estado de degradação, o que não é bom, não é benéfico e não é bonito para ninguém. Depois estamos a falar também de uma questão de segurança, porque temos aqui a levada, em Souto Santa Maria, que já devia ter recebido uma intervenção há anos, não levou e nós estamos um bocadinho preocupados porque esta zona no verão tem bastante afluência, o que acaba por nos deixar preocupados”.

de ligação entre Ponte e Taipas e sabe-se que basta chover mais um bocado para essa ponte ficar intransitável. Já encontrámos uma solução, há sensivelmente dois anos, fizemos inclusive diligências junto da Infraestruturas de Portugal, e foi demonstrada abertura para se criar uma passagem subterrânea na ligação dos dois parques de lazer, por baixo da Estrada Nacional 101, ficando sempre salvaguardado que o percurso poderá ser utilizado mesmo havendo cheias, não se ficando dependente da ocorrência de uma cheia ou não. Neste momento, esta questão está à espera do projeto de execução que é exigido mesmo estando a falar de uma estrutura pré-fabricada e que exige uma intervenção que se faz num dia.


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ATUALIDADE Em 2020 realizaram-se apenas dois casamentos em Caldas das Taipas A pandemia teve, e continua a ter, efeitos em todos os setores da sociedade e a Igreja Católica não é exceção. O Reflexo compilou os dados de dezassete paróquias circunvizinhas às Taipas e os indicadores evidenciam uma redução drástica do número de batizados e casamentos e o aumento dos funerais realizados. Texto Bruno José Ferreira Um dos principais indicadores que salta à vista em Caldelas é a realização de apenas dois casamentos no ano passado, quando em 2019 tinham sido doze os matrimónios realizados. O número de batizados foi, também como se perspetivava, inferior uma vez que de 38 batizados em 2019 este número baixou para onze batismos no ano transato. Em sentido inverso, como será fácil compreender, o número de funerais realizados aumentou. De 37 em 2019 passou-se para 48 no ano passado.

do que o que se verifica nos casamentos e batizados. Realizaram-se mais 10,75% de funerais, 270 em 2020 e 241 em 2019. Souto Santa Maria é a exceção à regra

Há uma paróquia que contraria toda esta tendência e, para além de diminuir os funerais realizados, em 2020 consegui realizar mais casamentos e batizados do que em 2019. Trata-se da paróquia de Souto Santa Maria, na qual se realizaram cinco batizados em 2020, mais um do que os quatro realizados em 2019, e realizou-se um casamento, quando no ano anterior não foi celebrado qualquer matrimónio. Mas, o principal indicador de exceção à regra é mesmo o número de funerais, uma vez que se realizaram apenas quatro em 2020 quando em 2019 se tinha realizado mais dez. De resto, as restantes exceções prendem-se essencialmente com a questão dos funerais. Nas paróquias de Sande São Martinho, Souto São Salvador, Divino Salvador – Briteiros, e Brito registaram-se menos funerais no ano passado do que em 2020. Outra exceção teve lugar em Balazar, com a realização de um matrimónio em 2020, quando em 2019 não se tinha realizado nenhum.

Menos 78% de casamentos e 54% de batizados realizados

A globalidade dos dados mostra-nos que no ano 2019 realizaram-se 261 batizados nas dezassete paróquias, enquanto que no ano seguinte, em 2020, apenas se realizaram 119 batizados. Uma queda na ordem dos 54 por cento, que se faz ainda mais sentir no que aos casamentos diz respeito. Na primeira vaga da pandemia o Reflexo realizou uma reportagem sobre a indústria dos casamentos, em que vários intervenientes neste processo reportaram o cenário de crise com as festas praticamente todas canceladas. A nível religioso isso foi sentido, sendo que no caso dos casamentos a redução foi na ordem dos 80 por cento. Nas dezassete paróquias apenas se realizaram quinze casamentos em todo o ano 2020, quando no ano anterior tinham sido celebrados 71 matrimónios. Em nove destas paróquias, nomeadamente Sande São Lourenço, Sande Vila Nova, Souto São Salvador, Briteiros Santa Leocádia, Divino Salvador Briteiros, Longos, Donim, Gondomar e Sande São Clemente não se realizou qualquer casamento. Tal como aconteceu nas Taipas, nos resultados de quase todas as paróquias o número de funerais realizados aumentou, ainda que com uma diferença menos acentuada

VARIAÇÃO ABSOLUTA no total das 17 paróquias

BATIZADOS

CASAMENTOS

FUNERAIS

-142

-56

+29

Área em destaque 1

Longos

2

Stª Leocádia de Briteiros

3

Divino Salvador Briteiros

4

Donim

5

Gondomar

6

Balazar

7

Sande S. Lourenço

8

Stº Estêvão de Briteiros

9

Souto Stª Maria

10 Sande S. Martinho 11 Taipas 12 Barco 13 Souto S. Salvador 14 Sande S. Clemente 15 Sande Vila Nova

VARIAÇÃO ABSOLUTA

16 Ponte

por paróquia

17 Brito

3

1

5

8

12

12

13

11

14

15

17

16

-33

-5

14

+1

15

16

-15

-2

+1

15

CASAMENTOS

BATIZADOS

17

17

Maiores variações absolutas

Maiores variações absolutas

13

10

11

14

9

7

6

10

11

5

8

9

12

13

3

1

7

6

10

5

8

9

4

2

3

1

7

6

4

2

4

2

16

-10

+2

FUNERAIS Maiores variações absolutas

2019 2020

2019 2020

+12

2019 2020

Souto Santa Maria

4

5

+1

Souto Santa Maria

0

1

+1

Souto Santa Maria

14

4

-10

Balazar

3

3

0

Balazar

0

1

+1

Souto S. Salvador

9

4

-5

Taipas

38

11

-27

Taipas

12

2

-10

Taipas

37

48

+11

Ponte

44

11

-33

Ponte

19

4

-15

Longos

10

22

+12


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Covid-19: “momento de felicidade” no Lar Alcide Felgueiras com o início da vacinação

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OPINIÃO Augusto Mendes

BRUNO JOSÉ FERREIRA

Teve início a 22 de janeiro o processo de vacinação contra a Covid-19 no Lar Alcide Felgueiras, do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, a estrutura residencial para idosos do Centro Social das Taipas. Com a azáfama de um dia diferente, foram administradas mais de uma centena de doses da vacina a um total de 113 pessoas, nomeadamente 58 utentes e 55 colaboradores. A diretora técnica Susana Martinho carregou o simbolismo de ser a primeira vacinada num “momento de felicidade” para a instituição, segundo Ricardo Costa. O presidente da direção do Centro Social das Taipas acompanhou o arranque da vacinação, juntamente com o tesoureiro Ricardo Mota, dando voz ao sentimento de esperança que este momento constitui. “Este momento de vacinação PUBLICIDADE

constitui um misto de significados. Primeiro partimos com uma expetativa para perceber como é que as coisas vão correr daqui para a frente, porque temos a instituição com zero casos de Covid-19, o que é importante uma vez que só assim podíamos iniciar o processo de vacinação. Depois gera também expetativa pelos nossos colaboradores e pelos nossos seniores”, referiu Ricardo Costa ao Reflexo. O líder da instituição considera que a vacinação reveste-se de enorme significado quer para utentes quer para colaboradores. “Pelos utentes e pelos colaboradores este é um dia muito importante, porque isto funciona como uma espécie de desconfinamento depois de um ano de trabalho árduo por parte de todos os colaboradores, que estão de parabéns. Mas também pelos nossos seniores, que estão num processo de proteção

total, em que não há relação interpessoal entre eles estando confinados nos quartos. Obviamente que têm as suas televisões, o seu conforto, mas não é igual e eles têm de se relacionar. Isto vai permitir que comecem a relacionar-se, a conviver”, sublinhou. Por estes factos Ricardo Costa olha para todo este processo, que agora se inicia, como um “momento de alegria e de felicidade” para todos. “Trata-se de um momento importante e que traz ainda mais responsabilidade. É um momento que tinha de acontecer, o que esperamos é que no fundo se comece um regresso à normalidade que estes idosos já não têm há um ano “, acrescenta. Dentro de 21 dias está programada a administração da segunda dose da vacina para que o processo de vacinação fique completo no Lar Alcide Felgueiras.

Presidenciais e os seus sinais Caro leitor, Tivemos, no passado dia 24 de Janeiro as eleições para escolher o Presidente da República para os próximos 5 anos. Não podendo nunca dar nada por adquirido, era mais do que certo que a eleição do atual presidente era garantida. Mas nestas eleições foi criada uma eleição à parte que opunha André Ventura a Ana Gomes. Ao contrário do que a propaganda quer fazer passar, ganhou Ana Gomes. É matemático! Mas isso, sinceramente, não é importante. O que importa perceber aqui é como é que um homem sozinho, apoiado em frases feitas e que ficam no ouvido, ainda mais nesta época de degradação social e económica, consegue ter uma votação acima de 10%. Digo isto pois acho sinceramente que o voto em André Ventura foi um voto de protesto e não ideológico. Voto de protesto contra os partidos políticos que nestas eleições foram todos derrotados e não perceberam a mensagem que lhes foi sendo dada, terminando pelas reações na noite eleitoral. O primeiro derrotado foi, sem dúvida, o Partido Socialista por não aparecer a jogo. Que erro! Mas pior do que não ir a jogo foi ainda tentar interferir no mesmo dando apoio, ainda que disfarçado, ao atual presidente. Foi deprimente ver algumas figuras do Partido Socialista mostrar apoio público a Marcelo Rebelo de Sousa. Depois tivemos um PSD que não percebeu que foi quem transferiu mais votos para a extrema-direita e ver Rui Rio, na noite das eleições, vangloriar-se com a vitória de André Ventura sobre o PCP no Alentejo ao invés de cantar a vitória do seu pretenso candidato com uma margem larguíssima foi também um momento triste para a democracia. Os partidos mais á esquerda, Bloco e PCP tiveram também eles uma derrota muito forte o que não é nada bom para uma sociedade que se quer solidária. A nossa democracia precisa que os partidos à esquerda do PS tenham a sua base de apoio consolidada e que possam interferir nas políticas do nosso país. Mas voltando a Rui Rio, foi ainda mais patético quando tentou extrapolar estas eleições para o nível dos partidos e reduziu a esquerda a 20% de eleitores. Que sonho o homem teve. O que vale é que durou pouco e uma sondagem no dia seguinte acordou-o com estrondo! Rui Rio, e digo-o com sinceridade pelo seu trabalho na câmara do Porto, pode até um dia ser um bom primeiro-ministro, mas mostra-se um líder de oposição muito limitado. Para concluir dizer que os partidos políticos têm de fazer uma reflexão destas eleições e mantenho para mim a máxima da democracia: “ O povo tem sempre razão”.


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ATUALIDADE Miguel De Freitas brilha no Mónaco com jogadores de futebol, mas longe dos holofotes DIREITOS RESERVADOS

por isso o trabalho que nós desenvolvemos é muito necessário. Por outro lado, permite-lhes ter uma pessoa de confiança com quem se possam apoiar e sabem que as coisas serão feitas sem os jogadores estarem preocupados”, aponta. Constituída no início de agosto do ano passado, a empresa da qual Miguel De Freitas faz parte tem ainda poucos meses de existência, mas a vontade passa por ir mais além, prestando este tipo de apoio a nível global e não só no Mónaco, onde a empresa MSC Sport está sediada. “Para já ainda não temos hipótese de acompanhar os jogadores para além daqui do Mónaco. Mas, no futuro, é a nossa ambição continuar a acompanhar os jogadores. Um jogador está aqui no Mónaco e amanhã vai para o Real Madrid, por exemplo, gostaríamos de no futuro poder acompanhar. Mas, temos de ir passo a passo, não podemos o carro à frente dos bois. Temos de

ir pouco a pouco, tentando crescer da melhor forma”, explica Miguel De Freitas. Mesmo tendo, então, em vista expandir a atividade, para já Miguel De Freitas continuará a desenvolver a sua atividade de forma mais centrada no Mónaco, ainda que, por exemplo, continue a prestar serviços a Adrien Silva, a jogar em Itália a 180km. Cimentar a sua posição, através da melhor publicidade possível, dos jogadores, é a missão imediata da empresa. “A nossa melhor publicidade são os nossos próprios clientes. Por exemplo, o Florentino foi o Carlos Vinícius que indicou: «Se vais para o Mónaco procura a MSC Sports que o Miguel trata de ti». O boca a boca e o facto de os jogadores estarem contentes leva a que a empresa, mesmo estando a começar, esteja a ter sucesso. Esperemos que possa crescer o mais possível”, conclui Miguel De Freitas.

Junta de Freguesia ofereceu equipamentos aos Bombeiros das Taipas Os jogadores marcam golos, fazem as fintas e dão nas vistas. Mas, na retaguarda, há sempre quem contribua para o sucesso dentro das quatro linhas. É o caso de Miguel De Freitas, emigrante que se dedicou a dar apoio a grandes jogadores no Mónaco. Texto Bruno José Ferreira Natural de Balazar, Miguel De Freitas tem atualmente residência em Longos. Quando vem a Portugal faz maioritariamente a sua vida das Taipas, como o próprio confirma ao Reflexo. Emigrante no Mónaco, Miguel De Freitas tem brilhado longo dos holofotes da fama. Dedica-se a prestar assessoria jurídica a desportistas, essencialmente jogadores profissionais de futebol, alguns deles bem reconhecidos. Mas comecemos pelo início. Miguel De Freitas emigrou ainda em tenra idade com os pais para o Mónaco, quando tinha três anos. Fez toda a escolaridade no principado francês e aventurou-se também desde novo no futebol, integrando as escolinhas do Mónaco até chegar à Academia, representando depois o Internacional Francês e o Bordeaux. Já em Portugal representou o Ponte e o Moreirense. Novamente no Mónaco Miguel De Freitas começou por trabalhar com

o presidente do clube, foi treinador no Mónaco e, inclusivamente, fez um estágio com uma das equipas do Mónaco nas Taipas. Foi a partir daí que ousou enveredar pela assessoria jurídica. “Associei-me a um empresário português, que é o Dr. Rebelo, na empresa MSC Sports, em que trabalhamos com desportistas, essencialmente jogadores profissionais de futebol, ajudando-os no dia a dia deles”, aponta. Na carteira de clientes constam nomes como os internacionais portugueses Gelson Martins ou Adrien Silva, entre outros jogadores. “A principal atividade que fazemos não é ser empresários dos jogadores, por assim dizer, gerir as suas carreiras; o que fazemos é aconselhamento jurídico, ou seja o apoio logístico no dia-a-dia dos desportistas, que vai desde uma reserva de um hotel, um restaurante a uma reserva de um jato privado. Fazemos reserva de

aviões, tratar de pagar as faturas, todo o dia-a-dia do jogador. Os jogadores quando trabalham e têm contrato com a MSC Sport só têm de se preocupar em jogar futebol. De resto, antes de se preocuparem ao surgir um problema ele já está resolvido. É isso que nós fazemos, mas não só, levámos os carros às revisões, inscrever os filhos na escola, nalgum desporto, todo o tipo de atividades”, reporta Miguel De Freitas em entrevista ao Reflexo. Empresa com poucos meses, mas com vontade de ir mais além

No entender do vimaranense o trabalho que a empresa MSC Sport desenvolve é cada vez mais procurado e necessário para ser um precioso auxílio aos jogadores profissionais. “Muitas vezes os jogadores têm dificuldades por causa da língua e mesmo de conhecimentos num país novo, muitas vezes uma cultura completamente diferente,

A Junta de Freguesia de Caldelas ofereceu equipamentos à Associação Humanitária dos Bombeiros de Caldas das Taipas, nomeadamente seis termómetros digitais sem contacto tipo IV, seis garrotes militares tipo CAT, seis cintos pélvicos, um desfibrilador automático externo e ainda um manequim Practi-Baby. No momento de entrega deste material, um momento no qual marcou presença o comandante dos Bombeiros das Taipas, Rafael

Silva, o presidente da junta de freguesia aproveitou para “agradecer toda a colaboração e empenho dos soldados da paz da nossa freguesia”. Esta iniciativa teve o apoio da Brigada Verde Caldelas, sendo que o seu coordenador, José Fonseca, vincou “o importante contributo dos Bombeiros das Taipas no desígnio ambiental”, relembrando que os bombeiros integram a Brigada Verde de Caldas das Taipas.


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reflexo

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Empresa de Vila Nova de Sande instala-se no Reino Unido para mitigar o efeito Brexit Município de Guimarães atribui subsídio de 15 mil euros ao projeto “Este lugar não é para velhos”

A Jomafe, empresa do setor das utilidades domésticas, instalada em Vila Nova de Sande, já está no Reino Unido, de onde passará a distribuir os seus produtos aos clientes locais. Num mercado importante para a empresa vimaranense, que exporta atualmente para mais de 22 países, nalguns mercados de forma consistente e continuada, noutros de forma mais esporádica, como nos adiantou o Diretor Geral da empresa, José Manuel Ferreira, a Jomafe encontrou um parceiro local, no Reino Unido, que lhe facilitará as operações comerciais. “Com o Brexit, as operações logísticas e as entregas aos nossos clientes passam a ser revestidas de burocracias aduaneiras que anteriormente não existiam. Para mitigar esse efeito e apresentar um serviço ampliado, resolvemos constituir, com um parceiro local, uma sociedade de direito Britânico, que assumirá todos esses tramites. Assim, toda a distribuição passará a ser assegurada pela Jomafe UK”, refere José Manuel Ferreira. Para aquele responsável, o Brexit, tornou as operações logísticas, “mais complicadas”, nomeadamente no que respeita aos custos e despachos aduaneiros, situação para a qual, diz, terem estado sempre atentos e a estudar alguns planos alternativos. Relativamente às vendas, refere

não se terem sentido ainda grandes quebras com a entrada do Brexit: “na última semana de 2020 efetuamos as últimas entregas com base na livre circulação de mercadorias. Neste momento estamos a entregar via Jomafe UK”. Contudo, o confinamento motivado pela Covid-19, que também se verifica no Reino Unido, levou a que muitos clientes se encontrem com as suas lojas encerradas originando, consequentemente, “uma redução de atividade em toda a cadeia de fornecimento”. É, aliás, o efeito Covid-19 que mais causa apreensão em José Manuel Ferreira. “O efeito Covid tem-se demonstrado enigmático em todas as vertentes. A imprevisibilidade dos seus efeitos nos diferentes contextos dificulta a tomada de decisão. Por essa razão, não conseguimos com rigor perceber o alcance do seu efeito no curto prazo. De notar que a todo o momento tudo se altera, mais restrições, menos restrições, confinamentos gerais, etc. Podemos sim, analisar o impacto que teve até ao momento, cujos efeitos foram diferentes em diferentes períodos. Numa primeira fase (em março de 2020), de repente, tudo pára. Todas as encomendas em curso, todas as operações são suspensas e outras canceladas. A partir de Abril/Maio, estas operações são retomadas e consegue-se ainda assim recuperar as semanas perdidas. Nos meses

seguintes, verificamos uma certa normalidade nas nossas vendas. Se é correto que as pessoas passam mais tempo em casa, necessitando por isso de mais utilidades domésticas, por outro lado, uma grande parte nos nossos clientes estão com a lojas encerradas. Como referi, estabelecer uma relação causa efeito nas vendas pode, por essa razão, levar a conclusões enviesadas. Efetivamente em 2020 crescemos as nossas vendas em aproximadamente 10%, mas acredito que teríamos crescido mais caso não existisse Covid”. Apesar de tudo, “num mercado maduro e com elevado número de players neste segmento”, o Diretor Geral da Jomafe acredita que há potencial de crescimento com as “soluções ajustadas e a competitividade” que a sua empresa apresenta, precisamente as convicções que levaram à realização desta parceria no Reino Unido. O mercado doméstico ainda representa a maior fatia de vendas da Jomafe sendo que, a exportação, tem tido um crescimento progressivo na empresa e já representa 30% do volume de operações. “Pretendemos aumentar este valor tanto em termos relativos como absolutos. Isto significa que pretendemos aumentar as exportações sem descuidar o mercado nacional”, concluiu José Manuel Ferreira.

Projeto tem-se revelado um recurso importante no acompanhamento de proximidade aos idosos, com particular relevância no contexto epidemiológico.

A Câmara Municipal de Guimarães deliberou, a 25 janeiro, em reunião da vereação, a atribuição de um subsídio no valor de 15 mil euros ao projeto “Este lugar não é para velhos”, da Junta de Freguesia de Caldelas. Devido à pandemia a iniciativa, que visa a promoção do envelhecimento saudável por via da prática de um conjunto de atividades promotoras do físico, cognitivo e emocional, precisou de ajustar os seus objetivos de intervenção de modo a corresponder às necessidades da sua população-alvo e passou a operacionalizar acompanhamento individualizado e apoios na realização de atividades da vida diária, tendo nesse sentido realizado 400 visitas

domiciliárias. O projeto “Este lugar não é para velhos” assume-se, portanto, como um recurso importante no acompanhamento de proximidade aos idosos, com particular relevância no contexto atual de pandemia, na medida em que permite o acompanhamento social individualizado de casos de acentuada vulnerabilidade social. Tendo isso em conta, o Município de Guimarães submete para aprovação da Câmara Municipal e, posteriormente, da Assembleia Municipal, a proposta de continuidade deste projeto, através da transferência do subsídio, correspondente ao período de 13 de março de 2021 a 12 de março de 2022.

Candidaturas abertas para recenseadores dos CENSOS 2021 Instituto Nacional de Estatísticas está a recrutar candidatos para ajudar na contagem. O Instituto Nacional de Estatística prepara-se para realizar o 16º Recenseamento Geral da População e o 6º Recenseamento Geral da Habitação durante o mês de abril. Além da recolha de dados,

os Censos exigem um alargado trabalho de planeamento e preparação, que já se iniciou e que, no momento, prossegue com o recrutamento dos Recenseadores. As candidaturas às funções de Recenseador dos Censos 2021 estão abertas e podem ser preenchidas no site do INE.


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ATUALIDADE Marcelo reeleito à primeira volta. Obteve quase 60% dos votos em Caldas das Taipas

Caldelas

Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito presidente da República nas eleições presidenciais realizados no domingo, 24 de janeiro, sendo o candidato que recolheu mais votos em todos os concelhos do país. Nas Taipas teve uma votação de quase 60%. Mais de três mil taipenses foram às urnas no passado dia 24, mais precisamente 3012, reelegendo Marcelo Rebelo de Sousa como presidente da República. Em plena pandemia a Escola do Pinheiral readaptou-se para que fosse possível realizar o ato eleitoral em segurança sendo que em Caldelas a taxa de abstenção foi inferior à média do país quase doze pontos percentuais, mas ainda assim ligeiramente superior à verificada no concelho de Guimarães. No que aos resultados diz respeito, Marcelo foi, sem surpresas, o vencedor das eleições, com 60,70% dos votos globais de todo o país. Nas Taipas esta percentagem foi inferior, Marcelo Rebelo de Sousa teve 59,93% dos votos e no concelho de Guimarães o presidente da República teve 61,80% dos votos. De resto, no alinhamento dos candidatos os resultados eleitorais nas Taipas são idênticos ao global nacional. Ana Gomes ficou em segundo nas intenções de voto, André Ventura em terceiro e João Ferreira em quarto. Ana Matias foi quinta candidata mais votada a nível nacional, sendo que nas Taipas teve menos votos do que Tiago Mayan Gonçalves. Vitorino Silva foi o candidato menos votado nos resultados totais, no concelho de Guimarães e na Vila das Taipas. Nas freguesias circunvizinhas às Taipas Marcelo Rebelo de Sousa saiu vencedor em todas, aliás, tendo sido o candidato mais votado em todas as freguesias vimaranenses. André Ventura bateu Ana Gomes e foi o segundo mais votado em cinco freguesias, nomeadamente Barco, Briteiros São Salvador e Santa Leocádia, Longos, Sande São Clemente e Sande Vila Nova e também Santa Eufémia de Prazins.

Brito

Ponte

Sto Estêvão e Donim

Vila Nova S. e S.Clemente de sande Barco

Briteiros, S. Salvador e Sta leocádia

Sande S. Lourenço e Balazar

Sande S. Martinho Souto S. Salvador, Sta Maria e Gondomar

Sta Eufémia Prazins Longos


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10 ANOS A CONQUISTAR NOVOS CLIENTES

Jorge Ribeiro e Isménia Ferreira fundaram em novembro de 2011 a JRDiesel. A ideia de negócio surgiu a partir de um convite realizado pela anterior entidade patronal do atual gerente, Jorge Ribeiro, para que pudesse desenvolver a sua carteira de clientes de forma independente. Inicialmente dedicavam-se apenas à compra e venda de peças auto. Com o evoluir das necessidades dos clientes, abriram uma loja de apoio, com alguns produtos complementares, que permitiu angariar mais clientes locais. Com uma carteira de clientes a aumentar, acompanhada poar diferentes necessidades dos seus clientes, a JRDiesel procurou investir num novo espaço, com maior capacidade, onde pudesse utilizar recursos próprios diminuindo, assim, a dependência de recurso a terceiros, satisfazendo, portanto, as necessidades de tempo dos seus clientes. A evolução continuou e em janeiro de 2018 a empresa agregou-se à rede oficinal Autocrew. Muito recentemente, a JRDiesel foi convidada a integrar a rede Bosch Car Service, tendo oficializado esta parceria em janeiro de 2021. Em cerca de 10 anos de existência a JRDiesel foi crescendo em função das necessidades dos seus clientes e atualmente presta serviço oficinal, desde diagnósticos, mecânica geral, eletrónica automóvel, climatização, chapa, pintura e pneus. Na parte laboratorial dispõe de serviços de teste, reparação e reconstrução de bombas injetoras, injetores e turbocompressores, serviço que pode ser prestado de forma independente da vertente oficinal, a empresas do ramo automóvel e que tenham este tipo de necessidade. A acompanhar a evolução dos seus serviços, também a equipa de trabalho foi aumentando contando, neste momento, com 9 profissionais dedicados, numa equipa jovem, dinâmica, devidamente formada e atualizada para que possa acompanhar a evolução do mercado automóvel. Nas suas instalações, na zona industrial de Vila Nova de Sande, paredes meias com a vila das Taipas, a JRDiesel dispõe também de uma confortável sala de formação, no in-

tuito de proporcionar formação no âmbito do ramo automóvel, bem como, de estabelecer parcerias com outras entidades formadoras acreditadas como, aliás, aconteceu recentemente, com a realização de uma formação de primeiros socorros, por entidade acreditada pelo INEM e pela DGERT, a AFPS, situação, entretanto, suspensa por via da normas estabelecidas decorrentes da pandemia COVID-19.

seus clientes um serviço atempado e eficiente acompanhado pelos melhores profissionais.

O mais recente passo da JRDiesel foi a sua integração na rede Bosch Car Service, uma solução Bosch conhecida e desenvolvida mundialmente, com parcerias em todo o

JRDiesel NA REDE BOSCH CAR SERVICE território português e que permite ao cliente um serviço de elevada competência multimarca e multisserviço, fiabilidade e garantia nacional. Um serviço de honestidade e transparência garantidos, com peças originais em todas as intervenções e excelente relação qualidade-preço. Proximidade e inteira disponibilidade são outras características que se mantêm garantidas por este novo serviço Bosch Car Service que, entre outras, também conta com a parceria da LeasePlan, uma empresa internacional de origem holandesa, especializada em leasing de automóveis e gestão de frotas. Transparência e qualidade no serviço, continuarão a ser os pilares da JRDiesel nos serviços a prestar aos seus clientes com uma oferta garantida pela qualidade Bosch. Para clientes que pretendam outras soluções, a JRDiesel garante a procura de material de qualidade equivalente que garanta um bom serviço. Associadas aos seus serviços oficinais habituais, a empresa liderada por Jorge Ribeiro, estão marcas como a Castrol, Purflux,UFI, Pierburg, INNA. Nos serviços associados à vertente da injeção diesel e turbocompressores, as principais marcas utilizadas são a Delphi, Denso, VDO Continental, CAT, Zexel, Bosch, Melett, Garrett, Mistsubishi, Holset e IHI, entre muitas outras. Para o futuro, as expectativas da JRDiesel são de continuar a crescer de uma forma sustentada, com maior foco na ampliação do conceito oficinal, continuando a garantir aos

"A EMPRESA SÃO OS NOSSOS CLIENTES" A satisfação dos seus clientes é, sem margem para qualquer dúvida, a principal prioridade da JRDiesel. “Os clientes são o elo fundamental que permite que se desenvolva negócio e se mantenha uma equipa empenhada, estável, dinâmica e motivada. A empresa são os nossos clientes” refere Jorge Ribeiro, gerente da empresa, a este propósito. Nas atuais circunstâncias, provocadas pela pandemia provocada pela COVID-19, a JRDiesel tem estabelecido nas suas instalações um protocolo de contingência para que todos se sintam confortáveis e seguros no agendamento da manutenção das suas viaturas e, assim, evitar quebras de serviço.

Rua Comendador Alberto Magalhães Sousa, lote 8

4805-668 Sande (Vila Nova) | GUIMARÃES 253 578 223 | 910 937 121 | geral@jrdiesel.pt


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FREGUESIAS Fernando Duarte assumiu a presidência do Centro Social D. Manuel Monteiro de Castro DR

Ministro do Mar visita empresa de processamento de pescado em Vila Nova de Sande DR

Fernando Duarte tomou posse no passado dia sete de janeiro, quinta-feira, como novo presidente da direção do Centro Social D. Manuel Monteiro de Castro, em Prazins Santa Eufémia. Ligado a esta instituição desde o seu início, sendo um dos fundadores, Fernando Duarte explicou ao Reflexo as motivações que estiveram na base da sua candidatura a este cargo. “Sendo eu um dos sócios fundadores, n.º 4, desta IPSS, Centro Social D. Manuel Monteiro de Castro, e estando sempre ligado aos órgãos que constituem a mesma direção, na qualidade de 1.º vogal e tesoureiro, estando já por dentro de toda a dinâmica da instituição, queria ver esta casa com uma direção capaz de a manter sempre com um bom desempenho e uma boa qualidade de serviço que tem vindo a prestar à comunidade e melhor se for possível, pois há sempre coisas a inovar”, aponta o novo presidente do centro social. O novo presidente, Fernando Duarte, sucede a Elvira Fertuzinhos, que dedicou 28 anos à instituição. Fernando Duarte pretende manter o que de bom foi feito durante esta liderança duradoura, inovando, se PUBLICIDADE

possível, como referiu. “Ao assumir a presidência desta casa, como tudo na vida, pondera-se os prós e os contras. Não foi fácil tomar esta decisão, visto que este cargo não estava nos meus horizontes, mas posso dizer que consegui uma excelente equipa que me acompanha na liderança para estes, o que me deu força para tomar esta decisão de aceitar a presidência desta casa. Aproveito esta oportunidade para enviar a todos os meus colegas de direção um forte abraço mesmo à distância e dizer-lhes que podem contar comigo e que eu conte sempre com eles. A nossa casa sempre funcionou muitíssimo bem, deve-se a toda a direção na pessoa da Sra. presidente cessante. Iremos dar continuidade ao trabalho e como disse, inovar sempre mais e melhor”, sublinha. Melhorar as instalações, que já têm duas dezenas de anos, e fazer com que todas as respostas estejam a cem por cento são os grandes objetivos de Fernando Duarte para

o mandato de quatro anos que tem pela frente. “Sendo nós uma instituição muito jovem, com apenas quinze anos de serviços à comunidade, o nosso edifício tem cerca de vinte anos, e, como pode entender, as coisas vão-se deteriorando, pois, estamos numa fase de conservação do edifício para dar melhores condições a todos os que dele se servem. Uma casa quase cheia, apenas com algumas vagas no Centro de Dia, devido ao momento em que nos encontramos. Mas, é de todo o nosso interesse trabalhar para que todas as respostas sociais estejam completas a cem por cento”, refere o novo presidente. A tomada de posse dos novos órgãos sociais da instituição teve lugar nas instalações do Centro Social D. Manuel Monteiro de Castro, contando com a vereadora municipal Paula Oliveira. O mandato de Fernando Duarte é válido para os próximos quatro anos.

A Soguima é uma referência no setor de pesca e contou com a deslocação do Ministro do Mar às suas instalações .

A Soguima, empresa sediada em Vila Nova de Sande e que há mais de três décadas dedica a sua atividade ao mercado de processamento de pescado, foi enquadrada numa visita a empresas do Norte do país por parte do ministro do mar, Ricardo Serrão Santos. Nesta visita marcaram também presença a Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, a Gestora do PO Mar 2020, Dina Ferreira, e a sub-diretora da DGRM, Isabel Ventura. À semelhança do que tem acontecido com os vários setores comerciais do país, o setor do pescado foi também afetado pela pandemia. Ricardo Serrão Santos reforçou a ideia de que, em Portugal, “um dos principais produtos de exportação é o peixe” e promete continuar a acompanhar o setor da pesca atendendo aos tempos conturbados, destacando a sua “resiliência”.

Em declaração ao Reflexo, a Soguima revela a sua satisfação com a visita do Ministro. “Ficamos muito satisfeitos e orgulhosos, com a deslocação do Sr. Ministro, uma vez que acreditamos que a inclusão da Soguima no programa da referida visita é o corolário de um esforço e o reconhecimento pelo caminho de crescimento sustentado pelo qual a empresa tem enveredado nos últimos anos”. António Guimarães, administrador da Soguima, acrescenta que são valores como “qualidade e a segurança” que estão na base do crescimento desta empresa vimaranense, que acaba por ser uma referência no setor. A Soguima é a primeira empresa de bacalhau demolhado ultracongelado certificada, estando presente em mais de trinta mercados internacionais. Apresenta um volume de negócios de 30 milhões de euros.


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reflexo

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CD Ponte celebrou 64.º aniversário com um misto de “tristeza e alegria” MANUEL SILVA

OPINIÃO Manuel Ribeiro

UM FUTURO SEMPRE ADIADO O resultado das eleições na freguesia de Caldelas, (Vila das Taipas) alinharam pela média nacional não exactamente nos valores apresentados, mas pela posição relativa de cada um dos candidatos com exceção de Mayan e Marisa que inverteram a posição: Marcelo, Ana Gomes, Ventura, João Ferreira, Mayan, Marisa e Vitorino Silva. De assinalar que Marcelo teve um resultado inferior (59,97%) ao resultado nacional e Ventura 1% superior (12,97%) O Clube Desportivo de Ponte celebrou no passado dia 2 de fevereiro, terça-feira, o seu 64.º aniversário com um misto de sentimentos. Com o clube num momento próspero, com a equipa no principal escalão da AF Braga e com as instalações renovadas, a pandemia impede que se organize o habitual jantar e que as pessoas estejam próximas do clube. Filipe Oliveira, presidente do CD Ponte, dá conta desse misto de sentimentos. “Assinalamos este aniversário com um sentimento de tristeza e de alegria. É mais um ano que o clube está a festejar, um sinal de vitalidade com obras, com o Pró-Nacional, mas não deixa de haver tristeza devido a toda esta situação da pandemia. Temos pena de não poder organizar o habitual jantar, que espelha a dimensão do clube, um jantar que tem juntado sempre mais de quatrocentas pessoas. Tínhamos programadas outras iniciativas, nomeadamente a inauguração do novo relvado sintético e uma homenagem ao Dr. João Afonso de Almeida, que acho que é justo, mas não é possível derivado ao confinamento”, refere em declarações ao Reflexo. Com vária sobras realizadas nos últimos anos, transfigurando por completo o Campo de Jogos Dr. João Afonso de Almeida, que passou a ter um novo relvado sintético, de dimensões mais reduzidas, Filipe Oliveira reconhece que ainda há obra a fazer, mas com ponderação dado o atual momento. “Não podemos fazer muito mais, já fizemos uma série de obras, como o relvado sintético, a cobertura da

bancada superior, remodelação de toda a bancada central, colocação de algumas cadeiras para os associados, criação de espaço e acesso para pessoas de mobilidade reduzida, pintura das instalações, entre outras coisas. Gastou-se muito dinheiro, nas obras gasta-se sempre mais do que o que está previsto, e neste momento o Ponte tem um grande investimento feito. Temos de parar um bocado e começar a trabalhar para no próximo ano poder fazer alguma coisa. Penso que ainda há obras importantes para se fazer, como a colocação e luzes led ou a remodelação do bar social. Mais à frente, podemos também remodelar os antigos balneários. Há sempre coisas a fazer. É preciso trabalhar, mas derivado ao que já fazemos e a situação da pandemia começa a ser complicado. Estamos a trabalhar para tentar que algumas das nossas ambições e concretizem. Isto depende sempre dos apoios municipais, vamos estando atentos, vamos trabalhando nesse sentido, mas tenho a certeza que a minha equipa, a minha direção, não está à espera disso. É uma ajuda preciosa, juntamente com a junta, mas temos feito mais obra com o nosso esforço do dia-a-dia”, assegura. Adeptos envolvidos e aposta para se fazer na formação

Em momento de aniversário Filipe Oliveira não esquece os associados do Ponte e agradece o envolvimento das pessoas mesmo numa fase em que não podem acompanhar os jogos. O líder máximo do clube agradece o esforço que tem sido feito para

manter a quotização regularizada. “Aproveito para agradecer, porque os associados do Ponte, com maior ou menor dificuldade, têm estado perto do clube, nomeadamente na regularização das quotas. Isso é muito importante para nós, nem tanto pelo valor em si, mas também porque isso demonstra que os nossos adeptos continuam por perto. Alguns ainda não o fizeram por falta de oportunidade, outros, por alguma necessidade, mas cá estamos para ver o que podemos fazer: se eles estão connosco o clube também está com eles. Continuem a acreditar que isto vai ser ultrapassado e que rapidamente vamos ter os adeptos a usufruir das melhorias que fizemos, porque muitas das obras são para os adeptos. Estou ansioso por ver os adeptos no campo”, ressalva. A maior aposta nesta fase ia ser feita na formação do clube, nas camadas jovens, algo que acabou por não ter o seguimento desejado em virtude da pandemia. “Os clubes estão a passar por dificuldades, mas o Ponte conseguiu estabilidade financeira e desportiva, temos tido grandes obras. Este ano a posta maior ia ser feita na formação, íamos trabalhar ainda mais esta vertente, até por força do protocolo assinado com o Berço, mas temo que a formação saia muito penalizada”, concluiu. De resto, mesmo numa situação atípica, o CD Ponte tem feito por interagir com a sociedade, sendo que ofereceu máscaras personalizadas e álcool gel aos seus associados, e fez ainda donativos à Cercigui e à Loja Social de Ponte.

É aceite pelos cientistas sociais que opção política/partidária de cada cidadão tem como determinantes as circunstâncias familiares, pessoais e profissionais do individuo a par com a situação sócio económica do país, concelho, freguesia. Os resultados das eleições premiaram a competência indiscutível de Marcelo Rebelo de Sousa e constituíram um forte protesto, embora em contexto inadequado e com eco nas Taipas, contra a corrupção, amiguismo, nepotismo, a governação dos “doutores”, a incompetência e imobilismo do estado e das suas instituições. A Vila, tutelada pelo Município de Guimarães, padece, como já muitas vezes denunciado, de níveis incomportáveis de incompetência e imobilismo que nem a propaganda socialista e os milhões gastos nessa forma de enganar o povo escondem. Os exemplos estão à vista: muito dinheiro gasto para requalificar o parque de lazer para ficar na mesma; um polidesportivo para envelhecer sem uso; uma Alameda a ser requalificada para ficar na mesma ou pior; uma cooperativa para empregar os amigos e clientela socialista que funciona sob a aparência de serviço público. Até os sabonetes e a linha de cosméticos, apregoada na Convenção autárquica do Partido Socialista no início de 2013, depois de tanto dinheiro gasto na concepção e promoção, resultou em ZERO. Nada se faz que verdadeiramente distinga a Vila, que a catapulte para um nível de ser obrigatório visitar. Não se faz uma obra de “bandeira”; é tudo muito poucochinho; mexer no que está feito, sem crescer, ganhar dimensão, escala e relevância. É necessário que as Taipas tenha um desígnio, ser a “cabeça” de alguma coisa; a capital de um oficio e que essa marca seja potenciadora de crescimento e importância. Enquanto nos ficarmos pela produção de sabonetes, o futuro escorregará das mãos dos taipenses. Característico dos socialistas do concelho: o futuro é o que menos interessa; o que importa é a ilusão do presente.


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reflexo

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FREGUESIAS GD Longos e Os Sandinenses apoiados pelo município para a construção de sintéticos MANUEL SILVA

O GD de Longos vai instalar no seu recinto desportivo um relvado sintético e Os Sandinenses verá o seu complexo desportivo ter um novo campo de relva artificial. Os dois clubes foram contemplados com apoio municipal para a melhoria das suas instalações. No caso do GD Longos trata-se de um passo importante e há muito aguardado pelo clube, que tem ainda o campo pelado, um dos últimos do futebol distrital em Guimarães. Mesmo já se vindo a preparar o apoio para a instalação do sintético há alguns meses, apenas na próxima segunda-feira o subsídio será deliberado em reunião de câmara. Foi atribuído ao Longos um subsídio no

valor de 200 mil euros a pagar em quatro anos, sendo que em 2021 o clube irá receber a primeira tranche de 50 mil euros. Notícia recebida com muita alegria em Longos

O presidente do clube, Manuel Gonçalves, assume que a notícia foi recebida com alegria por todos. “Claro que a notícia foi recebida com muita alegria por parte de toda a gente, todos nós estávamos ansiosos que isto acontecesse. Aproveito para agradecer a todas as direções que passaram pelo clube, que tudo fizeram para que isto fosse conseguido. Felizmente, com a ajuda da Câmara Municipal de Guimarães,

da Junta de Freguesia de Longos, foi conseguido. Era um objetivo que há muito tempo procurávamos e acho que para Longos, não só para o clube mas também para a própria freguesia, vai trazer benefícios, em termos de condições para dar aos nossos atletas”, refere em declarações ao Reflexo. Manuel Gonçalves está convicto que a obra vai orgulhar toda a gente da freguesia. “Já temos boas condições nos balneários, o que faltava era mesmo o sintético. Em conversa com os colegas de direção já comentei que o nosso sintético quando estiver colocado vai ficar muito bonito naquela zona envolvente que existe no recinto,

vai ficar com uma beleza enorme. Ideias temos nós e o objetivo era concluir as obras todas. Queremos, enquanto direção, fazer o nosso projeto, que é muito bonito, e fazemos votos para que seja possível alcançar. Precisamos do apoio de toda a gente, da câmara, da junta, dos associados, dos patrocinadores, de toda a gente. Todo o pessoal de Longos vai sentir orgulho nas nossas instalações”, sublinha o presidente, acrescentando que ambição de fazer mais do que apenas a colocação do relvado. Estando, obviamente dependente do município, Manuel Gonçalves conta iniciar as obras dentro de dois ou três meses. “Ainda é necessário assinar os protocolos, mas estou em crer que durante o mês de fevereiro a câmara deve dar-nos autorização, e, se não houver campeonato, provavelmente vamos iniciar as obras em abril ou maio”, disse.

Os Sandinenses foi também contemplado com um subsídio de 200 mil euros para a instalação de um novo relvado sintético nas suas instalações, um relvado de futebol 11 que irá nascer paralelamente ao Campo D. Maria Teresa. Tendo já um relvado natural, o Campo D. Maria Teresa, Os Sandinenses possui também um relvado sintético, pelo que passará a ter um terceiro relvado, dispondo de condições ímpares a este nível no concelho. Ainda na zona norte do concelho, o Santo Estêvão de Briteiros viu ser-lhe atribuído 75 mil euros em dois anos para proceder ao alargamento do campo, assim como o Ases de Santa Eufémia recebe 25 mil euros em dois anos para realizar obras em vários espaços, pintura dos muros, apetrechamento de ginásio e gabinete médico e colocação de borracha no relvado sintético.

BE questiona governo sobre a poluição do Rio Ave O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o governo sobre a investigação que decorreu numa pedreira de Gonça, pretensamente responsável por vários focos de poluição no Rio Ave. Em causa estão acontecimentos como os que o BE denuncia, ocorridos esta terça-feira, em que campos agrícolas e cursos de água da bacia hidrográfica do Rio Ave, nomeadamente em Souto Santa Maria e Donim, apareceram poluídos com pó de pedra.

Esta força partidária diz não compreender “a inércia da Agência Portuguesa do Ambiente no combate à poluição do Rio Ave. Mesmo depois de três autos de contraordenação levantados pela GNR, nos últimos dois meses, não desencadeou qualquer ação necessária à regularização da situação”. Em comunicado o BE exige ao Ministério do Ambiente e da Ação Climática que puna de forma exemplar a empresa responsável por estes episódios.

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coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XL

Caldas das Taipas, terra d’água - I O aproveitamento, a beleza da água no regadio e a sua engenharia

por Carlos Marques

Quando em finais do ano de 1987 me estabeleço na Rua de Santa António, com a actividade que ainda hoje exerço, lancei para o ano de 1988 uma série de calendários de bolso, com o título de “Caldas das Taipas-Monumentos desaparecidos”, suscitando e despertando aos taipenses, o interesse e a curiosidade pelo património com a intenção de o recuperarem e preservarem.

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Fonte: AMAP

Moinho do Milo

Fontaínhas

Imagem 2: Bois à nora. Caldellas. Taipas, 1919 Autor: Jorge Marçal Silva Direitos de reprodução cedidos a Carlos Marques pelos herdeiros em 04/11/2013

23/06/2019, de modo a acautelar o Aqueduto que passa no caminho público que sai no campo da Praia Seca, conforme imagem 1. Ponte do Rabelo

jal

E, quando do planeamento do passadiço/caminho ribeirinho do Rio Ave de ligação da Praia Seca ao Parque de Lazer e Turismo, tive ocasião de lembrar a Junta de Freguesia de dois elementos naturais de captação de água do Rio Ave para a rega dos mesmos campos, quando do estio do rio Febras, os dois engenhos de roda copeira puxada pela tracção animal, as noras lá existentes, pedindo em 20/05/2019 a sua revitalização, para assim, os passantes poderem observar as obras

o To

Mas, o que pretendo hoje mostrar, é parte da planta do Canal de Rega proveniente do Lugar das Fontainhas, captável a partir do penúltimo açude do Rio Febras/Rabelo/Antela/ Briteiros, que defendi em 23/10/2018 para a sua revitalização e funcionalidade na sessão pública de discussão do projecto da Praia Seca, como elemento que sempre serviu o regadio dos campos do Montinho e dos, do Tojal, correndo fronteiriço com toda a Rua do Tojal, a bem da Ecologia e da beleza natural para efeitos de Lazer e Turismo que ele proporcionará, e, que tive ocasião de enviar à Junta de Freguesia em

Caldas das Taipas, 31 de janeiro de 2021

Rua d

Mais tarde no ano de 1993, investido do poder administrativo que possuí, tentei, embora sem sucesso, a compra do elegante e garboso Chafariz de Taça que, outrora estivera na Praça Dr. João Antunes Guimarães junto do seu dono, o Snr. Abel Ribeiro da Silva na Quinta de Vila Verde da cidade de Guimaraes, onde ainda hoje se encontra e observável da rotunda na Avenida D. Joao IV. Não tendo sido possível a reposição daquilo que era nosso, no local donde tinha saído, foi posto um outro chafariz também de pedra, de granito rosado naquele mesmo ano de 1993, que entretanto tambem já foi retirado, estando agora parte da sua pedra na Praia Seca, a servir de escadaria para o rio. Em 02/02/2017 e em 17/09/2019 pedi ao Snr. Presidente da Câmara Municipal o esforço no sentido de, agora junto dos filhos do falecido Snr. Abel, consiga a compra do indicado Chafariz de Taça, e o seu transporte para o sítio de origem, que é o centro da vila de Caldas das Taipas, actualmente em processo de requalificação do seu centro cívico.

de engenharia hidráulica de tempos idos, e, se obrigarem a contorna-la, passando por debaixo do tão bonito aqueduto em granito, e, assim, impossibilitar o trânsito motorizado, como é desejo de todos, conforme mostra a imagem 2.

Imagem 1


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DESPORTO

Pandemia volta a parar o desporto amador MANUEL SILVA

para a Taça de Portugal, altura em que realizou o seu último jogo até agora, tendo sido derrotado pelo CTM Lousada. Este cenário de incerteza e indefinição leva a que sejam cada vez mais as pessoas que defendem

o fim dos campeonatos, por estar em causa a verdade desportiva, mas também pelas implicações financeiras que os clubes enfrentam nesta fase e até mesmo pela questão da física dos atletas, em virtude da época atípica.

Clube de Ténis das Taipas participou no torneio InterClubes Senior AT Porto

O agravar da pandemia, tal como noutros quadrantes da sociedade, teve também o seu impacto a nível desportivo. Com um novo confinamento o desporto amador volta a parar, o que tem as suas implicações em todas os clubes de Caldas das Taipas, como é o caso do Clube Caçadores das Taipas, CART e Clube de Ténis de Mesa das Taipas, que vinham a desenvolver uma atividade regular, ainda que adaptada à nova realidade. Em 2021 o CC Taipas fez apenas um jogo, frente ao vizinho Os Sandinenses, sendo que nos últimos dois meses fez apenas três jogos em horário matutino para adaptar a organização do jogo à impossibilidade de circular entre concelhos. Com as medidas restritivas impostas pelo governo em virtude de um novo confinamento,

a AF Braga suspendeu a sua atividade, primeiro até ao final do mês de janeiro e numa segunda instância até 14 de fevereiro. Tal cenário levou a que o CC Taipas suspendesse a sua atividade, referindo em comunicado que esta é uma “situação desoladora” para o clube. “A saúde pública é e continuará a ser a prioridade. Contamos, por isso, com a compreensão e com a colaboração de todos nestes momentos difíceis”, mencionou o CC Taipas. Esta medida poder ter implicações nos campeonatos desta associação, tal como Manuel Machado, presidente da AF Braga, referiu recentemente em entrevista ao Reflexo, colocando a hipótese de não se realizar a segunda volta dos campeonatos. Também no CART o cenário

é semelhante na equipa sénior de hóquei em patins, que está sem competir desde 19 de dezembro, altura em que jogou com a EL Azeméis para a Taça de Portugal de hóquei em patins. No campeonato Nacional da 3.ª Divisão o cenário é ainda mais devastador, uma vez que o CART não compete desde 22 de novembro, o que implica que não tenha realizado qualquer jogo num período superior a dois meses. Situação em tudo semelhante à que se vive no Clube de Ténis de Mesa das Taipas, que desde o arranque da temporada ainda só fez três jogos, dois do campeonato. O último jogo a contar para o campeonato pelo CTM Taipas foi disputado a 8 de novembro, frente ao ATM Pousada. Depois disso o emblema taipense apenas voltou a jogar a 29 de novembro, a contar

O Clube de Ténis das Taipas participou no torneio InterClubes Seniores Masculinos 3ª Divisão AT Porto. O emblema taipense foi o único do concelho de Guimarães a participar nesta que é a maior competição de equipas realizada em Portugal, reunindo 28 equipas de dezoito clubes com prémios monetários de 5 mil euros, 3500 para a vertente masculina., acabando a prova no quinto lugar. Capitaneada por Ricardo Granja a equipa do Clube de Ténis das Taipas foi composta pelos seguintes elementos: Hélder Silva, Diogo

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Cortez, João Pedro Cunha, Rodrigo Ribeiro, João Paulo Duarte, Pedro Guimarães, Luís Capela, José Almeida, Ângelo Pereira, André Dias de Castro. Foram disputadas seis jornadas por um período de sensivelmente dois meses de competição. A intenção do Clube de Ténis das Taipas passou por proporcionar “a rotação de todos os elementos a fim de ganharem ritmo competitivo, experiência e desfrutar do processo, independentemente do resultado final”, segundo frisou Ricardo Granja ao Reflexo.


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reflexo

Dezasseis anos depois o dérbi terminou empatado

1-1 CC TAIPAS

OS SANDINENSES

Jornada 6 - 10 de janeiro de 2021

Dezasseis anos depois, um dérbi histórico voltou a ter lugar no Campo do Montinho. O regresso dos confrontos entre CC Taipas e Os Sandinenses fez-se, contudo, em tempo de pandemia e sem o tradicional calor que normalmente nestes dueles resvala das bancadas para o relvado. Relvado no qual se registou um empate a uma bola, não saindo qualquer uma das equipas com os três pontos. Ao fim de contas a igualdade não será completamente saborosa para CC Taipas ou para Os Sandinenses, PUBLICIDADE

mas também acaba por não ser um grande mal, face ao que se passou nas quatro linhas. Isto porque o CC Taipas arrancou melhor e podia ter avolumado o resultado, mas, em contraponto, Os Sandinenses acabou a jogar em superioridade numérica por um longo período de tempo. Com uma entrada forte em jogo o CC Taipas rapidamente chegou ao golo. André Bicudo subiu pela direita com esférico, colocando-o em zona de finalização; perante a ameaça de Joel acaba por ser o

defesa Gonçalo a desviar a bola para a sua própria baliza. Na jogada imediatamente a seguir, entre festejos e o reatar da partida, a baliza d’Os Sandinenses voltou a ser visada numa jogada decalcada a papel químico, sendo que, desta vez, a bola acabou por embater no travessão. Aos treze minutos na sequência de um lance de bola parada Os Sandinenses chegou ao golo do empate, selando desde logo o resultado final. Tiago Martins colocou o esférico na área, com conta peso e medida, sendo que foi Eduardo a fazer o desvio subtil ao segundo poste para o fundo das redes. O empate acabaria por perdurar até ao final do encontro, que se pautou pelo equilíbrio, pela forte disputa pela posse de bola longe das zonas de discussão. Já na segunda parte o guarda-redes João Viana viria a ser expulso, deixando o CC Taipas a jogar em inferioridade numérica mais de meia hora. Ao sair dos postes o guarda-redes da equipa orientada por Rui Castro abalroou um adversário que seguia isolado, recebendo ordem de expulsão sem margem para dúvidas. Apesar dessa particularidade o resultado não sofreu alterações, terminando assim o dérbi empatado. O CC Taipas não conseguiu dar sequência à serie de dois triunfos com que se apresentou para este jogo, enquanto que Os Sandinenses somou o quinto jogo consecutivo sem vencer. A equipa de Pedro Adão apenas venceu na primeira jornada, somando depois disso dois empates e três derrotas.

Equipa do CC Taipas

Equipa do Os S andinenses

Jogo pautou-se pelo equilíbrio e sem casos

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DESPORTO

Clubes taipenses recebem apoios camarários de quase 140 mil euros em 2021 ARQUIVO REFLEXO

Num ano absolutamente difícil a camara conseguir atribuir quer novos apoios que aqueles que transitam é de satisfação. É importante percebermos que estes apoios têm critérios e, se fossemos a cumprir escrupulosamente os critérios, sabendo que há clubes e entidades que suspenderam a atividade desportiva, o município defende que independentemente desses critérios há questões da pandemia que obriga o município a ter uma responsabilidade acrescida e por isso manteve o apoio à formação em cerca de 468 mil euros, num sinal claro de responsabilidade para que os clubes se mantenham em atividade. A opinião do vereador Ricardo Araújo é demagógica e populista

com objetivos eleitorais. Queria que fechássemos o Multiusos, despedíssemos pessoas na Tempo Livre, fechássemos pavilhões e, no fundo, se gerasse o caos no concelho?”, frisou Ricardo Costa. Entre o milhão e meio de euros investido pela autarquia 468 mil euros destinam-se ao apoio à formação e 651 mil euros para melhorar as condições desportivas como a instalação de cinco novos relvados sintéticos, entre os quais um em Longos e outro em Sande São Martinho, conforme o Reflexo dá conta. Destaque também para a atribuição de um subsídio de 270 mil euros ao Vitória SC para a construção de um miniestádio na academia do clube.

APOIOS DO MUNICÍPIO AOS CLUBES TAIPENSES Clube de Ténis das Taipas - 58.000 euros

Clube Caçadores das Taipas - 57.221 euros CART - 15.000 euros

Núcleo de Atletismo das Taipas - 3.000 euros

Executivo vimaranense aprovou a habitual atribuição de apoios aos clubes e associações desportivas do concelho de Guimarães, sendo que os clubes taipenses receberão quase 140 mil euros. Vereação com interpretações diferentes do investimento de 1,5 milhões de euros. 139.471 euros é o valor que os clubes taipenses vão receber durante o ano 2021 da Câmara Municipal de Guimarães no âmbito dos já habituais subsídios atribuídos como fomento da formação desportiva, melhoria das infraestruturas e realização de eventos desportivos. Ao todo o município destina às coletividades desportivas cerca de 1,5 milhões de euros. O clube taipense que no decorrer de 2021 vai receber uma maior verba é o Clube de Ténis das Taipas, que vai beneficiar da primeira tranche do apoio concedido para a reabilitação das suas instalações. Receberá 48 mil euros de um total de 145 mil euros, para um investimento para três anos, montante ao qual se juntam mil euros para o apoio à formação desportiva. O Clube Caçadores das Taipas recebe quatro apoios, perfazendo um total de 57.221 euros. A maior fatia refere-se a 45 mil euros de um investimento plurianual de um total de 125 mil euros para a realização de obras nos balneários e zonas de apoio e colocação de luzes led, sendo que o CC Taipas receberá ainda 10 mil euros para o

apoio à formação desportiva, 750 euros para a ajuda à organização do Torneio Taipas Termal Cup e 1471 euros para a inscrição da equipa B. O Núcleo de Atletismo das Taipas foi contemplado com um total de 3mil euros, sendo 2mil referentes à formação desportiva e mil referentes à organização do Grande Prémio de Atletismo das Taipas. Os restantes clubes recebem verbas referentes à formação desportiva, como são os casos do CART (15mil euros), Clube de Ténis de Mesa das Taipas (2500 euros) e Clube de Rope Skipping das Taipas (2mil euros). Por sua vez o Moto Clube das Taipas recebe um apoio de 1750 euros para a organização da Concentração Motard das Taipas. Os apoios atribuídos no âmbito do apoio à organização de eventos transitam do ano anterior, uma vez que nãos e realizaram em virtude da pandemia. Oposição fala em desilusão, câmara em satisfação

Apesar de aprovado por maioria, o ponto referente aos apoios desportivos gerou discórdia. Ricardo Araújo, vereador eleito pelo PSD, considerou estes apoios

uma desilusão. “Constato a nossa desilusão com esta proposta. Desilusão pelo seguinte: em setembro do ano passado propusemos que o município estabelecesse um apoio extraordinário ao desporto em função das dificuldades que estão a ser sentidas devido à pandemia. Aguardávamos, se calhar ingenuamente, com expetativa a proposta que vinham a apresentar. A proposta tem o âmbito habitual, é um programa ordinário e nada de extraordinário. Tínhamos a expetativa que viesse aqui algum reforço de apoios financeiro aos clubes. O que constatamos é que isso não acontece. Apesar de o preambulo da proposta ser escrito com palavras alusivas a situação do Covid a proposta tem zero a ver com isso. Não há nenhum reforço do apoio financeiro da câmara os clubes desportivos”, referiu o vereador, dando como exemplo o reforço de verbas à Cooperativa Tempo Livre. Ricardo Costa, vereador municipal eleito pelo PS com o pelouro do desporto, destacou que estes apoios foram atribuídos de forma responsável. “Estava à espera que a palavra utilizada não fosse desilusão, mas sim satisfação.

Clube de Ténis de Mesa das Taipas - 2.500 euros Rope Skipping - 2.000 euros

Moto Clube das Taipas - 1.750 euros TOTAL - 139.471 euros

Campeonato da Europa TeamGym realiza-se em dezembro no Pavilhão Multiusos Guimarães será o palco da 13.ª edição do Campeonato da Europa TeamGym, uma prova desportiva de ginástica que se irá realizar entre os dias 1 e 4 de dezembro no Pavilhão Multiusos. Este evento desportivo internacional disputar-se-á em Guimarães fruto de uma candidatura conjunta entre a Câmara Municipal e Federação de Ginástica de Portugal, tendo como organizadora a European Gymnastics. Ricardo Costa, vereador com o pelouro do ambiente, destaca que a realização deste evento em Guimarães atesta, uma vez mais, a capacidade vimaranense para organizar iniciativas deste género. “Preparamos o futuro na perspetiva de ultrapassar o momento de pandemia. O Multiusos de Guimarães tem sido um dos palcos principais da atividade gímnica que vem acontecendo em Portugal, com uma forte tradição e aposta no

desporto, tanto nacional como internacional, sendo disso exemplos a realização do Campeonato do Mundo de Ginástica Aeróbica e 8ª Competição Mundial de Grupos, em 2018, a Taça do Mundo de Ginástica, em 2019 e as Superfinais de Ginástica, em 2018 e 2020. As excelentes condições que agora existem em Guimarães devem ser conhecidas no mapa da ginástica internacional, trazendo ao município e ao nosso país, a elite dos representantes da modalidade ao nível europeu”, referiu Ricardo Costa. O Campeonato Eurppeu em TeamGym trata-se de um dos mais jovens eventos europeus de ginástica e realiza-se de dois em dois anos, sendo que a primeir edição foi realizada em 1996 na Finlândia. Ao longo dos anos estes eventos têm reunido cada vez mais participantes de diversas nacionalidades, incluindo também equipas juniores.


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Pandemia deixa rope skipping sem condições para dar o salto BRUNO JOSÉ FERREIRA

Se nos casos do futebol ou de outras modalidades os efeitos da pandemia se fazem sentir, numa modalidade ainda recente como o rope skipping os efeitos são ainda menos animadores. O Clube de Rope Skipping das Taipas estava em franco crescimento, mas está parado há quase um ano e as perspetivas de retoma são pouco motivadoras. Texto Bruno José Ferreira “Não está fácil”. As palavras são de Sandra Freitas, presidente dos Molinhas, o Clube de Rope Skipping das Taipas. Um chavão dos tempos que correm, mas que, de facto, tem contornos mais severos no clube que dirige e na modalidade praticada. Entre confinamentos e dificuldades para arranjar infraestruturas para treinar, o clube está parado no que aos treinos presenciais diz respeito há quase um ano. “Temos tido algumas atividades online, no ano passado tivemos treinos bissemanais online desde abril até ao final de junho, em final de junho parámos para férias com esperança da retoma em setembro, mas em setembro não conseguimos autorização para treinar no Agrupamento de Escolas das Taipas. Conseguimos negociar com PUBLICIDADE

a Escola Secundária das Taipas um regresso em novembro, depois na altura entrámos em estado de emergência e adiámos para janeiro. Já fizemos algumas ações em novembro e dezembro, tivemos inclusive alguns atletas estrangeiros que são especialistas na modalidade, campeões mundiais, participaram nas nossas ações e deram treinos online à nossa equipa. Agora quando fomos retomar em janeiro, estava marcado retomar no dia 11 e no dia 12 o primeiro ministro ia anunciar novas medidas de confinamento e acabámos por não começar, porque já sabíamos que ia acontecer o que aconteceu”, refere Sandra Freitas ao Reflexo. Um resumo em traços gerais dos últimos tempos do clube, um pequeno resumo que à vista desarmada tem o efeito de camuflar

longos meses de uma agonia contra a qual pouco se pode fazer. “Não tem sido fácil gerir expetativas. Sempre que apontamos para uma nova data de reinício acabámos por nunca conseguir retomar”, aponta a líder máxima do clube. Dificuldades para treinar à distância

Entre as principais dificuldades da modalidade está a falta de espaços para treino, sendo que apesar de não parecer, mesmo sendo uma modalidade individual acaba por ser complexo treinar em casa. “Estávamos a perspetivar retomar a atividade em janeiro, mas dado o estado das coisas estamos a planear novas iniciativas online. Mas, sabemos que os treinos online não são a mesma coisa, são muito menos procurados. Mesmo sendo uma

modalidade que exige pouco espaço de treino há miúdos que vivem em apartamentos pequenos e não têm espaço para treinar, outros até que os pais não deixam treinar com uma corda na sala porque vai estragar o chão. Não tem sido mesmo fácil”, destaca Sandra Freitas. Para lá dos treinos à distância, quando a maioria dos clubes de rope skipping tentou regressar aos treinos nas instalações que normalmente utiliza sentiu dificuldades. Uma dificuldade que também o Clube de Rope Skipping das Taipas sentiu, dada a impossibilidade de utilizar as instalações da Escola EB 2/3 das Taipas. “Os clubes sentem na pele a falta de espaços, porque quase nenhum clube de rope skipping tem instalações próprias. Ou seja, dependemos sempre das autorizações e a exemplo de outros clubes tivemos sempre muitas dificuldades para treinar. A nível nacional são poucos os clubes que conseguiram treinar”, reporta. “Temos tido compreensão por parte da Escola Secundária das Taipas, e temos autorização para retomar sempre que houver essa autorização do governo”, acrescenta. Mundial posto de lado numa fase de crescimento

Neste caminho de perdas, o Clube de Rope Skipping das Taipas viu gorada a possibilidade de participar no campeonato mundial da modalidade, que se realizaria no Canadá e para o qual os Molinhas tinham apurado dezanove elementos. Isto leve a que o clube já tenha decidido não participar no mundial deste ano. “Ficou para trás uma participação no mundial, com a respetiva despesa que já tinha sido feita; ainda estamos a tentar recuperar algum dinheiro, que ainda não conseguimos. Este ano o modelo de participação no mundial será online, que não é cativante, de todo, e tem taxas muito altas para os miúdos. Pagar

para ir lá é uma coisa, pagar valores altos para ficar em casa a saltar não há muita motivação. Este ano não faz sentido participar, até porque não estamos a treinar. Sentimos que não temos condições para nos preparar para este mundial e, por isso, o Clube de Rope Skipping das Taipas decidiu não participar no próximo mundial. Sentimos que o clube vai perder uma grande parte dos seus atletas quando houver uma retoma, vai ser abaixo dos 40 por cento dos atletas que tínhamos”, lamenta a presidente. Isto acontece numa fase de crescimento da modalidade em geral e do clube em particular. “Estávamos a crescer enquanto modalidade e mesmo enquanto clube. Tivemos no ano passado um incremento de cerca de vinte miúdos do primeiro ciclo. Estávamos a entrar em força com miúdos do segundo e do terceiro ano com miúdos do Agrupamento de Escola das Taipas, já tínhamos feito alguns torneios com resultados muito bons e depois quando estamos a entrar com toda a força isto para. Tínhamos miúdos que estavam a entrar motivados na modalidade, mas isto para de forma abrupta quando anda não estavam enraizados. Estamos com expetativas muito baixas no que diz respeito a manter esses miúdos e mesmo nos que tínhamos sabemos que vai haver perdas. Se os outros se queixam, então nós que somos uma modalidade recente vamos sofrer”, desabafa. Por agora os Molinhas vão continuar a fazer os possíveis por manter a sua atividade online, pensando em novas alternativas para que os atletas esteja minimamente motivados para os saltos à corda. “Não temos alternativa, temos de apontar novamente para as atividades digitais, sabendo que não é a mesma coisa”, termina a presidente do Clube de Rope de Skipping das Taipas.


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Fevereirode 2021

reflexo

Obituário

Manuel dos Santos Nunes

No dia 2 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Manuel dos Santos Nunes, com 76 anos de idade, casado com Maria Arminda Santos Costa, residente que foi na Rua do Talho, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

José Maria Silva e Sousa

#296

João da Silva Fernandes No dia 19 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. João da Silva Fernandes, com 86 anos de idade, casado com Maria Arminda Marques Ribeiro Fernandes, residente que foi na Rua do Muro, Barco, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela Mortuária de Barco, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

João Salvador da Silva Valadares

No dia 4 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. José Maria Silva e Sousa, com 54 anos de idade, residente que foi na Rua António da Silva, Prazins (Santa Eufémia), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Santa Eufémia de Prazins, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

No dia 19 de Janeiro, no Centro Social Paroquial Divino Salvador, Ribas, Celorico de Basto, faleceu o Sr. João Salvador da Silva Valadares, com 82 anos de idade, casado com Olívia Marques de Abreu, residente que foi na Rua do Barroco, Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Emília das Neves Fernandes

Maria Filomena Graça de Almeida Cabecinha Leitão

No dia 6 de Janeiro, em França, faleceu a Sr.ª Emília das Neves Fernandes, com 85 anos de idade, viúva de António das Neves, residente que foi em Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Rosa Vaz da Mota

No dia 8 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu a Sr.ª Rosa Vaz da Mota, com 95 anos de idade, viúva de Adelino Marques, residente que foi em Sande (São Clemente), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São Clemente de Sande, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Luís Gonçalves da Mota No dia 10 de Janeiro, no Hospital de Santo António - Porto, faleceu o Sr. Luís Gonçalves da Mota, com 55 anos de idade, casado com Ana Maria Carvalho da Silva Maia, residente que foi na Rua Nossa Senhora de Fátima, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé de Caldelas, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Rosa de Freitas Ribeiro No dia 15 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu a Sr.ª Rosa de Freitas Ribeiro, com 82 anos de idade, viúva de Manuel Salgado Alves, residente que foi na Travessa do Talho, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de São João de Ponte, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

No dia 22 de Janeiro, na Unidade Sénior Residencial São Clemente, faleceu a Sr.ª Maria Filomena Graça de Almeida Cabecinha Leitão, com 85 anos de idade, viúva de José Maria Leitão, residente que foi na Rua 19 de Junho, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé de Caldelas, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Jorge Marques da Costa

No dia 24 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. Jorge Marques da Costa, com 64 anos de idade, solteiro, residente que foi no Centro Social de Brito – Polo do Paraíso, Selho (São Jorge), Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé de Caldelas, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.

Serafina Cristina da Cunha Marques

No dia 26 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu a Sr.ª Serafina Cristina da Cunha Marques, com 46 anos de idade, casada com Bento Francisco da Cunha Marques, residente que foi na Rua de Santa Marta, Caldelas, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Capela de São Tomé, Caldelas, indo depois a sepultar no Cemitério de Ponte - Guimarães.

António da Silva Salazar No dia 29 de Janeiro, no Hospital Senhora da Oliveira, faleceu o Sr. António da Silva Salazar, com 60 anos de idade, viúvo de Carmelina da Silva Lima Salazar, residente que foi na Rua do Talho, Ponte, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se no Cemitério de Ponte, indo depois a sepultar neste cemitério.

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