Reflexo #286 2020-04

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Abril de 2020 / Ano XXVII / #286

Publicação Mensal

Diretor Alfredo Oliveira

Preço €1,00

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Sessão extraordinária da assembleia de freguesia em vídeoconferência p. 10 e 11

FOTO: LIMA PEREIRA

COVID - 19 provoca alterações profundas nas associações, comércio local, indústria e na vida social reportagem p. 4 a 9

Plano de Mobilidade concelhio vai chegar a Caldas das Taipas

Taipas Tour no Orçamento Participativo

Requalificação da centralidade da igreja de Santo Estêvão

Entrevista ao presidente do CC Taipas

Câmara Municipal de Guimarães aprova plano para os próximos 10 anos, no valor de 30 milhões.

Proposta pretende criar uma espécie de guia turístico para as Taipas

Cemitério de Briteiros e Donim começou a ser construído quase trinta anos depois

COVID-19 condiciona trabalho da Direção. Indefinição gera forte procupação quanto ao futuro

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CASA DE PARTIDA

SOBE EDITORIAL Alfredo Oliveira

Ultrapassar a pandemia Covid-19 Já na parte final do seu livro “Sapiens”, Yuval Noah Harari escrevia que a “doença diminui a felicidade a curto prazo, mas só é fonte de angústia a longo prazo se o estado da pessoa continuar a deteriorar-se ou se a doença provocar uma dor constante e debilitante”. Se substituirmos a palavra “doença” por “Covid-19”, essa reflexão poderá aplicar-se aos tempos que vivemos. O que se passa em Portugal e no mundo é algo que só víamos na ficção científica ou nos livros de história. Felizmente para estas gerações europeias mais recentes, nunca soubemos o que era a verdadeira fome, nunca soubemos o que era adormecer ao som de bombardeamentos, nem tão pouco sabíamos o que era isso do isolamento social alargado a toda a população. Vivemos tempos de muitas incertezas, marcados por uma quantidade de notícias sobre algo de que pouca gente tem certezas, ficando marcado por uma infindável sequência de “ses”. Se o vírus continuar a espalhar-se? Se o vírus começar também a afetar outros grupos da sociedade para além dos idosos? Se não tivermos uma vacina a curto prazo? Se... Tudo isto deixa uma população em sobressalto e o medo vai tomando conta da sociedade. Acreditamos que este seja um revés extremamente difícil de ultrapassar, mais não seja, por se tratar daquele que vivemos e sentimos “na pele”. Por outro lado, esta pandemia surge numa época em que queríamos e tínhamos direito a sempre mais, tal como descreve no seu livro o autor de “Sapiens”, em que a “economia cresceu exponencialmente e a humanidade desfruta, hoje em dia, o tipo de riqueza que costuma preencher os enredos dos contos de fadas. As revoluções científica e industrial deram à humanidade sobre-humanos e uma energia quase ilimitada”. Só que ninguém estava a contar com o Covid-19. No entanto, a sociedade não pode deixar que o Covid-19 se torne numa verdadeira e permanente fonte de angústia. O Homem, ao longo da história, tem mostrado sempre capacidade de dar a volta nos momentos mais “negros” da sua existência. Não temos dúvidas de que este será outro desses momentos.

reflexo O Norte de Guimarães

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A solidariedade

O isolamento social

Apesar da crise que se É uma das principais instalou também surgem medidas implementadas momentos que mostram que que vai deixar marcas pro“nem tudo está perdido” na fundas nas sociedades e sociedade. vai acentuar ainda mais o Para além de momentos isolamento social dos mais que alguns/muitos gosidosos. tam de partilhar nas redes Infelizmente, tudo indisociais, mais para outros ca, ainda estamos no início verem e comentarem, exisdesta crise pandémica. Se tem outros que não são tão muitos dos nossos pais visíveis. e avós viviam sozinhos Os casos de vizinhos ou num lar, pois a vida que pouco passavam do frenética que levávamos bom dia e boa tarde e, nestes nos impedia de os visitar momentos difíceis, batem regularmente, agora, com à porta dos mais idosos e uma vida mais pausada, perguntam se está tudo bem continuamos sem os visitar, e se precisam de alguma com o medo da propagação coisa da farmácia ou do do vírus. supermercado, é algo de É triste uma sociedade salientar. que chega a este ponto.

DESCE

PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 286 / Abril de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com


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REPORTAGEM

Covid-19 | Pandemia leva a Estado de Emergência, que gera preocupação sanitária e económica BRUNOFERREIRA

para avaliação e tratamento de doentes Covid-19 é o Centro de Saúde da Amorosa. Os contactos telefónicos têm acontecido de forma recorrente. “Estamos a receber diariamente vários telefonemas, sendo que dispomos de dois médicos, no horário de funcionamento da USF, que esclarecem as dúvidas clínicas dos utentes, referentes não só a esta pandemia, mas também a outra sintomatologia que apresentem”, assegura. GNR com postura pedagógica mas pronta a intensificar atividade

Novo coronavírus expandiu-se para a Europa e propaga-se a uma velocidade galopante. Sistema Nacional de Saúde posto à prova em contrarrelógio para salvar vidas enquanto se fazem contas à economia. Texto Bruno José Ferreira Num ápice tudo mudou e a sociedade ficou virada do avesso devido ao vírus SARS-CoV-2, conhecido como novo coronavírus, que deu origem à epidemia Covid-19. Com origem na China, mais propriamente na província de Wuhan, o vírus letal parecia ser um problema longínquo, mas desde o dia 17 de novembro, no qual foi reportado oficialmente o primeiro caso, expandiu-se para a Europa ao ponto de o velho continente ser agora o epicentro de uma epidemia que, entretanto, passou a pandemia em virtude da propagação a nível mundial do novo coronavírus. De transmissão fácil, nomeadamente ao nível do trato social, o vírus começou por espalhar-se em larga escala apelo continente asiático, fazendo também notar-se focos da sua existência noutros continentes. O primeiro caso confirmado em Portugal pela Direção Geral de Saúde aconteceu no dia 2 de março, pese embora já existissem casos suspeitos anteriormente, sendo que desde então a sociedade ficou virada do avesso. Aquando do fecho desta edição, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, estavam já contabilizadas mais de trinta mil mortes e quase 635 mil

casos espalhados por mais de duas centenas de países. Prevenir é a palavra de ordem, sendo que nesse sentido, e por forma a evitar o contágio, é imperativo que as pessoas fiquem em casa. Isso tem levado a que as ruas estejam praticamente desertas, um cenário que se agudizou com o decretar do Estado de Emergência no país no dia 18 de março, algo nunca visto na democracia portuguesa. Antes disso, o comércio começou a fechar, as escolas foram encerraram e as mais diversas atividades foram canceladas, nomeadamente feiras, espetáculos, eventos desportivos e até mesmo religiosos, como a suspensão de missas. Panorama que, obviamente não está a ser diferente em Caldas das Taipas. As principais ruas estão desertas, estabelecimentos comerciais e de restauração fechados, com exceção à venda de bens essenciais. Entre uma preocupação premente de evitar o colapso do Sistema Nacional de Saúde, impedindo o máximo possível de perda de vidas humanas, há também uma preocupação acentuada com a economia do país. É disso mesmo que o Reflexo dá conta nas próximas páginas, fazendo-se o ponto da situação junto das mais

diversas instituições e entidades da vila, assim como várias reportagens junto da economia local. USF tem dois médicos a prestar apoio telefónico

Sistema nevrálgico em toda esta pandemia, o Serviço Nacional de Saúde articula-se a todo o momento. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Ara de Trajano tem divulgado as medidas a adotar nas redes sociais. A Linha SNS24 continua a ser o meio mais indicado para reportar eventuais sintomas, podendo também ser comunicado para a USF taipense, no horário de expediente. Sílvia Neto-Sousa, diretora da USF Ara de Trajano, alerta para “necessidade de o utente não se deslocar presencialmente à USF”. “As recomendações têm sido acatadas pela maioria, contudo existem alguns utentes que continuam a dirigir-se pessoalmente à USF sem necessidade. É importante os familiares procurarem saber se os mais velhos, que não dominam as novas tecnologias, precisam de ajuda e disponibilizarem-se para o efeito”, explica. A USF das Taipas segue as recomendações da Direção Geral de Saúde, sendo que a área dedicada

Para fazer face à expansão da pandemia Presidente da República decretou Estado Nacional de Emergência, e o Governo indicou uma séride medidas restritivas. As medidas de confinamento social e limitação de circulação obrigam a que as saídas à rua sejam reduzidas ao mínimo indispensável, estando parques de lazer, clubes, associações e feiras encerrados. Em Caldas das Taipas as medidas estão a ser cumpridas, estando tudo “calmo e sereno”, segundo Paulo Campos, comandante do Posto Territorial da GNR (Guarda Nacional Republicana) das Taipas. O patrulhamento das ruas tem sido mais acentuado, inclusive com alertas sonoros a aconselhar o distanciamento social, não se registando ocorrências relacionadas com a pandemia. “Estamos a patrulhar mais as ruas, numa perspetiva pedagógica de prevenção. Há consciência de que se as pessoas estiverem em isolamento e andarem na rua são detidas. As pessoas acatando as ordens as coisas funcionam, depende muito da responsabilidade das pessoas”, refere, assegurando que nas Taipas está a ser cumprido. Ainda assim, o comando territorial da GNR das Taipas está pronto a intensificar a sua atividade nas ruas, algo que não está, para já, nos planos, nem havendo qualquer indicação que tal venha a ser necessário. “Estamos preparados, claramente, para reforçar a nossa atividade. Se não for com o efetivo daqui terá de ser com efetivos de fora, como está a acontecer em Ovar. No entanto, neste momento não é necessário”, assegura. Bombeiros das Taipas apetrecharam-se atempadamente

A corrida a materiais de proteção

individual, nomeadamente máscaras e desinfetantes, foi uma das consequências da evolução da situação. Os Bombeiros Voluntários das Taipas apetrecharam-se atempadamente, tendo disponíveis cinco dezenas de fatos completos de proteção e ainda desinfetantes para todas as ambulâncias e para as próprias instalações, num investimento de sensivelmente dois mil euros. De resto, ainda a pandemia estava longe de atingir as proporções atuais já os bombeiros taipenses realizaram duas ações de formação sobre o novo coronavírus. A atividade da corporação baixou consideravelmente, mas o plano de contingência está montado para convenientemente dar respostas à população, como elucida Rafael Amâncio, comandante dos Bombeiros das Tipas. “Está tudo a correr dentro da normalidade. Fizemos um plano interno de contingência e temos todo o material necessário. Já tivemos situações suspeitas de coronavírus, sendo seguido o que está protocolado”, refere. O quartel dos bombeiros conta com duas salas específicas de isolamento com todas as condições necessárias. Centro Social com equipas de retaguarda e atento à vertente económica

Grupo de risco, os idosos, e por inerência os lares, têm sido valências de particular atenção e escrutínio. Também no Centro Social das Taipas o panorama não é, e ressalva-se o para já, alarmante. O plano de contingência tem sido cumprido à risca no que às medidas preventivas diz respeito, como por exemplo através da proibição de visitas, mas está assegurado um plano de combate ativo que vai para além da prevenção. “As coisas estão tranquilas, mas não quer dizer que a qualquer momento deixem de ficar. Temos um grupo de crise, para estarmos em contacto constante e temos seguido o plano de contingência. Noto algum cansaço nas equipas, é verdade, mas temos uma equipa em casa de retaguarda para, se porventura acontecer algum caso, podermos substituir cada pessoa na sua função, e temos ainda uma terceira equipa, por força do encerramento da creche, do pré-escolar, e do ATL, que embora não seja igual ao serviço de geriatria, não deixa de ser uma terceira equipa de


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salvaguarda”, diz Ricardo Costa, presidente do Centro Social das Taipas. Neste momento o foco é garantir a saúde de todos e, por isso, Ricardo Costa deixa uma mensagem de “grande agradecimento à equipa do Centro Social das Taipas, que tem sido inexcedível, verdadeiramente incansável”, mas lança também um olhar para o futuro, não deixando de estar preocupado com a vertente económica.“Teremos, depois, de avaliar a questão económica, porque as receitas dependem quase que exclusivamente das contribuições dos pais das crianças. Temos cerca de uma centena de colaboradores, o que tem o seu impacto, como se compreende". Ensino à distância por parte das escolas taipenses

No que ao ensino diz respeito, as escolas foram os primeiros estabelecimentos a parar, logo no dia 16 de março. Ou seja, as escolas estão encerradas, sem alunos presencialmente, mas com duas preocupações presentes. Uma prende-se com situações de alunos mais vulneráveis, outra relacionada com a questão do ensino e da avaliação. É disso mesmo que João Montes, diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas, dá conta. “O contacto com os alunos tem sido feito através de meios diferenciados. Os diretores de turma têm sido um elo fundamental entre a escola e a família, para avaliar situações de vulnerabilidade social. Em termos pedagógicos temos criado plataformas de ensino à distância, que nos permite ter entradas diárias de mais de 2500 alunos, o que significa que os nossos alunos nestas duas semanas de suspensão letiva estiveram ligados à escola e ao trabalho escolar”, aponta. A direção do agrupamento criou uma linha telefónica exclusivamente dedicada a resolver problemas e dúvidas sobre esta temática. Já estamos a trabalhar no pós férias da Páscoa. Estamos a elaborar um plano de ensino e educação à distância que nos permita funcionar como escola de proximidade. Esse plano terá três pilares: plano multinível com aulas de apoio e de trabalho síncronas por videoconferência; terá uma componente de trabalho individual mais assíncrona que permite envio e receção de trabalhos pelos alunos; e terá uma componente de proximidade com

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as famílias, nomeadamente para quem não tem meios tecnológicos”, frisou. Na Escola Secundária das Taipas o cenário é semelhante, como explica o diretor Celso Lima: “A direção de escola está a trabalhar no sentido de acautelar três áreas fundamentais: a primeira foca-se nos alunos mais carenciados, situação que tem sido acompanha de perto pelo Gabinete de Apoio à Aluno e à Família; a segunda prende-se com o apoio pedagógico aos alunos, isto é, a direção e todo o corpo docente implementaram, desde o início, um conjunto de ferramentas digitais, como forma de otimizar o ensino à distância. Temos de otimizar processos, alinhar e uniformizar procedimentos e planos de ação, bem como assegurar que todos os nossos alunos possuem as condições de acessibilidade que lhes permita receber toda a formação ministrada; a terceira relaciona-se com as evidências e métricas que permitirão tornar todo este processo mais consistente em termos de avaliação. A escola está a trabalhar em rede, envolvendo nesta metodologia de aprendizagem não só o pessoal docente e discente, mas também as famílias, e a comunidade local. Temos de fazer chegar a todos os nossos alunos o ensino que lhes é merecido”, destaca Neste caso, do ensino secundário, há a ter em conta os exames nacionais de acesso ao ensino superior. A Escola Secundária das Taipas está a trabalhar de acordo com as diretrizes governamentais. “Estamos a trabalhar de forma dinâmica, na posse da informação que chega regularmente à Escola, emanada pelas Direções de Serviços e pelo Ministério da Educação. O que temos conhecimento, quanto aos exames nacionais, por enquanto é muito pouco, dado todo o processo, sobre esta matéria, se encontrar em fase de trabalho, para articulação, entre os Ministérios da Educação e do Ensino Superior, estando as escolas a aguardar por orientações, nesse sentido”, explicou Celso Lima, diretor da escola secundária das Taipas. Luís Soares preocupado com a saúde, mas também atento à vertente económica

Líder máximo da vila, Luís Soares tem acompanhado de perto a evolução da pandemia em Caldas

das Taipas. O presidente da Junta de Freguesia de Caldelas congratula-se pelo facto de, na generalidade, as indicações das autoridades de saúde estarem a ser cumpridas pela população. “Sinto que na comunidade há uma consciência apurada da responsabilidade individual de cada um em cumprir as regras e orientações das autoridades de saúde, nomeadamente da direção geral de Saúde. Há sempre pessoas que se excedem, mas na generalidade as pessoas têm cumprido. Isto tem-se notado individualmente, mas nas próprias empresas, associações e coletividades da vila”, refere o autarca em declarações ao Reflexo. A junta de freguesia adotou um conjunto de medidas com o intuito de prestar auxílio à população. “Fomos adotando um conjunto de medidas gradualmente, de controlo à pandemia e de apoio social. O atendimento presencial está encerrado, mas continuamos a fazer atendimento telefónico para as coisas mais urgentes. Lançámos um programa novo, que se chama ‘Nós vamos por si’, um programa de natureza social em que ajudamos as pessoas que estão isolamento, ou que fazem parte de grupos de risco, na aquisição e bens essenciais e até no pagamento de faturas., de forma a evitar deslocações destas pessoas. Depois temos os cabazes sociais, uma verba reforçadas no nosso orçamento para ajudar pessoas que estejam em vulnerabilidade económica”, frisa Luís Soares. Apesar de a preocupação estar centrada na saúde e em travar a pandemia, o autarca não deixa de lançar desde já um olhar atento à situação económica do comércio taipense, das empresas e até dos postos de trabalho. “Há muitos estabelecimentos que foram obrigados a encerrar, e por força disso terão de recorrer aos apoios do governo central. O que me preocupa é o que resultará depois. Nesta fase estamos a tentar controlar a questão de saúde, fazer com que mais pessoas possam continuar a viver, mas depois claramente que há preocupação económica e, por arrasto, as situações sociais que vêm daí e que vão deixar marcas. Temos de estar preparados para poder ajudar, dentro das nossas possibilidades. Neste momento esta questão não é prioritária, mas a curto prazo estas questões vão ser colocadas e temos de estar atentos”, vinca o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas.

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ASSOCIAÇÕES TAIPENSES ATRAMA Elisabete Abreu (presidente): “Esta situação afetou os nossos ensaios semanais, que se encontram suspensos. Aguardamos a evolução da situação para decidirmos se teremos de adiar espetáculos de junho. No nosso caso, felizmente, não estão em causa questões financeiras uma vez que somos uma associação sem fins lucrativos”. MOLINHAS – CLUBE DE ROPE SKIPPING DAS TAIPAS Sandra Freitas (presidente): “Todas as atividades do clube estão suspensas, assim como a competição a nível nacional. O Campeonato do Mundo do Canadá também foi cancelado, só se realizando para o ano. Temos planos individuais de treino para serem realizados em casa, mas as competições estão suspensas e sem previsão de alterações”. CNE TAIPAS Ernesto Martinho (chefe do agrupamento): “Temos todas as atividades canceladas, acampamentos e outras iniciativas. A nossa associação foi, de resto, a primeira a cancelar tudo, mesmo antes de chegarem diretrizes superiores. Temos feito algumas atividades pelas redes sociais, mas em casa. Aguardamos que isto melhore para regressar à normalidade”. CLUBE DE TÉNIS DAS TAIPAS José Remísio (presidente): “O clube está completamente fechado e sem atividade. As aulas estão suspensas, assim como toda a atividade desportiva, logo o aluguer de courts. Temos um torneio agendado para maio, mas dada a evolução da situação duvidamos que seja realizado. Vamos avaliando o evoluir de tudo isto, aguardando por dias melhores”. TAIBOMBAR Alberto Silva (presidente): “Tínhamos sido solicitados para atuar nas celebrações do 25 de abril, mas foram canceladas. A nossa atividade está suspensa, não temos realizado o ensaio semanal. Veremos como corre para o verão, altura para a qual temos marcadas algumas atuações”. CLUBE DE TÉNIS DE MESA DAS TAIPAS Domingos Marques (presidente): “Suspendemos toda a atividade. As competições encontram-se suspensas sem indicações para reinício e não temos treinado. No nosso caso estamos dependentes das escolas, locais onde desenvolvemos a nossa atividade. O nosso torneio anual está programado para 27 de junho, mas temos de ver como isto vai evoluir”. CART Ricardo Mota (presidente): “A competição está toda suspensa, por isso o clube está parado sem realizar qualquer atividade e sem qualquer convicção de quando poderemos regressar. Aliás, temos receio que este ano nem regresse o desporto. Vamos mantendo contacto através de redes sociais, à distância”. BANDA MUSICAL DAS TAIPAS Henrique Azevedo (presidente): “Todas as participações em espetáculos estão canceladas para a abril e maio, o que corresponde a 50% das nossas atividades anuais. As festas estão todas a ser anuladas, e nós obviamente temos tudo parado, ensaios, aulas e todas as atividades”. NAT Manuel Mota (presidente): “Em treinos de grupo estamos completamente parados. Cada atleta tem feito o seu treino de forma individual. Temos a corrida em Junho, vamos ver a evolução para avaliar se terá de ser adiada, porque neste momento está tudo muito indefinido”. CLUBE DE PETANCA DAS TAIPAS António Araújo (presidente) "Está tudo parado, neste momento não há treinos nem competição. Tínhamos jogo mas foi cancelado e temos também a sede encerrada.


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REPORTAGEM

Comércio local com dias muito difíceis pela frente BRUNO FERREIRA

Orlando Freitas – Gerente da Dom José Pastelarias (padaria e pastelaria)

1 e 3 - Esta situação da Covid-19 acabou por levar ao encerramento da nossa atividade por tempo indeterminado. Neste ramo de atividade, até poderíamos estar abertos mas, dado o pânico que toda a população vive, acabamos por decidir encerrar e aproveitar para higienizar o nosso espaço. 2- Inicialmente adotamos as medidas recomendadas pela D.G.S. mas notamos logo uma quebra de 60% pois, as pessoas, começaram a evitar espaços fechados, com aglomerado de gente.

O Estado de Emergência em que o país foi colocado em virtude da pandemia provocada pelo novo coronavírus, trouxe consigo um sem número de problemas, também ao pequeno comércio local. Texto Manuel António Silva Já antes da declaração do referido Estado de Emergência, o isolamento profilático a que a população foi aconselhada havia retirado grande movimento às ruas. Uma situação imprevisível e que apanhou todos de surpresa, como também é imprevisível o tempo

que a tudo demorará a voltar à normalidade. Todo o mundo está em sobressalto e expectante em relação ao futuro. No sentido de tentar conhecer as implicações que esta situação trouxe ao comércio local, fizemos uma ronda por estabelecimentos de diferentes ramos

de atividade e o cenário é de grande incerteza e até medo, pelos dias que se seguirão a esta pandemia. Ainda há quem consiga, por força do tipo de atividade que prestam, manter-se em atividade, mas, a baixa no negócio é notória. Há negócios completamente parados..

1 – De que forma esta situação da COVID-19 está a afetar o seu negócio? 2 – Que medidas tomaram para minimizar as formas de propagação do vírus? 3 – Continuam a trabalhar? Se sim, de forma normal ou com limitações (e quais?)? 4 – Verificam quebra no negócio? Conseguem adiantar os prejuízos que eventualmente possa estar a ter com esta situação? 5 – Algum comentário que queiram fazer sobre o assunto e que não esteja implícito nas questões acima?

4- Os prejuízos acumulam-se todos os dias com a porta fechada. Tínhamos serviços de catering agendados com empresas até Junho, que também foram desmarcados. Acabamos, assim, neste momento, por só acumular prejuízo todos os dias e a única coisa que temos como certo são os custos fixos para pagar inerentes à nossa atividade. Com a incerteza de não sabermos até quando os vamos conseguir pagar. 5- Após analisar todas as medidas de apoio à nossa atividade chegamos á conclusão (nós e todos os players do mesmo ramo) que são uma mão cheia de nada. Vemos um Layoff simplificado sem coerência pois, só o podemos usar como comprovativo de quebra dos últimos

dois meses mas o negócio só começou a cair há dua semanas. Ou seja, só a partir de Maio é que poderemos usar o Layoff simplificado e até lá temos que continuar a pagar salários e segurança social, como se estivéssemos a trabalhar. Os empréstimos que nos oferecem são ridículos e vergonhosos. Quererem lucrar com isto. Compram a taxa negativa e estão a querer vender a 2 e 3%?! Rafael Silva – Gerente da CaotinhoDosAnimais (animais de companhia e respetivos alimentos)

1- Sim afetou o negócio. 2- As medidas tomadas são: circulação pela loja (entrada por um lado e saída por outro, sem que os clientes se cruzem); colocamos uma proteção de acrílico no balcão de atendimento (proteção de colaborador e cliente ) colocação de álcool/gel e luvas à entrada do estabelecimento para o cliente poder calçar e desinfetar as mão à entrada e saída. Reforçamos as entregas gratuitas ao domicílio. 3 – Sim. Continuamos abertos com o nosso horário mais reduzido. De segunda a sexta das 9h às 12h30 e das 14h30 às18h30 e ao sábado das 9h às13h. Só podem estar duas pessoas em simultâneo na loja, com a distância recomendada pela DGS 4- Houve quebras, mas não conseguimos, de momento, apresentar valores exatos.

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Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga


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João Macedo – Sóciogerente do Príncipe Parque (Restaurante)

1 – O covid-19 levou ao encerramento do nosso estabelecimento, desde o dia 16 de Marco. 2 – Numa fase inicial tomamos as medidas impostas pelo Governo que passava pela diminuição de 1/3 dos lugares, mantendo um certo distanciamento das mesas e também colocando no nosso espaço gel desinfetante. Procedemos também à desinfeção das superfícies, por várias vezes. 3 – Neste momento temos o restaurante fechado. Porem vamos começar a trabalhar em serviço de take away, somente ao fim de semana, respeitando as normas impostas. 4 – Na semana em que surgiram os primeiros infetados notou-se uma quebra e logo a seguir, no fim de semana de 13/14/15 Março, registamos uma quebra de 90%, levando ao encerramento, por nossa iniciativa. Uma semana depois, por imposição das medidas de emergência tomadas pelo Governo, essa situação passou a ser obrigatória. 5 – Estamos a viver uma fase da nossa vida, impensável. As notícias que nos chegam de outros países faz com que tenhamos de ser rigorosos na prevenção. Temos de ter fé, esperança e acreditar naqueles que nos estão a comandar. Maria da Luz Duarte – Júlio Duarte (Sapataria)

1- O calçado, tal como o vestuário não é um bem essencial. Por isso, não estamos a trabalhar, porque a loja tem que permanecer fechada perante o estado de Emergência em que está o país. 2- Foi tudo tão rápido, que as medidas tomadas, foi o distanciamento aconselhado (na altura), PUBLICIDADE

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álcool disponível para quem pretendesse desinfetar as mãos, e ao fim de 3 dias nestas condições, encerramos. Os clientes não existiam. As regras diziam para não sairmos de casa. 3- Não estamos a trabalhar porque não podemos. A única coisa que fazemos, é facilitar os nossos contatos para atendermos pontualmente, por marcação, um cliente mesmo necessitado de alguma coisa. Sempre com a máxima prevenção. 4- Claro que a quebra de negócio vai ser enorme. As encomendas foram entregues, várias encomendas ainda para chegar (que já não podemos cancelar). Isto é uma roda. Se nós mandarmos para trás, o fornecedor também teria que mandar para trás e, claro que ninguém quer ficar com esse problema. Vai ser muito difícil e cada vez com mais certezas de que não vai ser fácil continuar. As ajudas para o pequeno comerciante não são quase nenhumas. O comércio tradicional está muito consciente da grande crise que aí vem e claro, para sobrevivermos a esta crise, de modo a não acabarmos, precisaremos da nossa gente, dos taipenses e das freguesias vizinhas de modo a conseguirmos, todos juntos, que o nosso comércio não acabe. Hilário Gomes – Gerente da Doce Rosinha (Panificação, Feiras, Cafetaria e Salão de Chá)

1 - A COVID-19 veio, em primeiro lugar, acabar com qualquer capacidade que um gestor tenha de planear a mais que um dia. Ou seja, não há planeamento, mas, apenas ação e, sobretudo, reação. Isto somado à perda de mais de 50% do volume de negócios em que maior parte dos custos são fixos, leva a um estrangulamento da tesouraria

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pondo em causa as responsabilidades da empresa. 2 – Tivemos de fechar duas lojas mais viradas para o turismo e encerrar a loja das Taipas, da parte de tarde, reduzindo assim, ao máximo, o número de trabalhadores por dia para termo a capacidade de substituição de quem possa estar doente. Terminámos com qualquer serviço à mesas e estamos apenas a vender o que produzimos para o dia-a-dia das pessoas. 3 - Há um conjunto enorme de limitações sendo que, num futuro próximo, não será possível saber quem conseguirá subsistir. Primeiro teremos, como sociedade, de resolver a questão da saúde. Pelo menos mitigar ao máximo efeitos desta situação. 4 - A perca será na ordem de 50% das vendas. Prejuízo, só no fim se saberá. Após saber se vão existir ajudas estatais. Uma coisa é certa, esta crise será o dito Cisne Negro da economia mundial. Algo que ninguém conseguiria prever nesta magnitude e, como tal, também ninguém sabe como se sairá?! Com esta incerteza, o risco da continuidade de todo o tecido empresarial aumenta para valores nunca imaginado. 5- Acho que neste momento negro terão que sair novas formas de pensar a sociedade e a sua forma de estar em grupo. Exemplo disso será o teletrabalho, o comércio online e o ensino à distância. É impensável alguém compreender o que será a sociedade que sairá desta situação, mas acho que o distanciamento social veio para ficar. Por isso, poderá haver neste verão muito menos negócios ligados ao turismo. Veremos muitos estabelecimentos que não vão voltar a abrir.

OPINIÃO Manuel Ribeiro

As perdas deveriam ser mais repartidas Supondo, por defeito, que, seguramente, a pandemia COVID 19 vai durar 2 meses; sendo certo que dois meses correspondem a 16.67% do PIB anual; e porque se mantêm a funcionar as empresas que fabricam e fornecem os bens e serviços essenciais, deverá esperar-se uma quebra no PIB na ordem dos 8 a 10%. O país vai empobrecer 8 a 10%. É também certo que o desemprego vai disparar na mesma proporção, mais 100.000 a 200.000 desempregados; Durante três meses, cerca de 1 milhão de trabalhadores portugueses vai ser posto no regime do chamado Novo Lay Off – suspensão do contrato de trabalho. Vai ter um corte no salário base mensal de 30%, o que dá, sensivelmente, num ano, a perda de um salário sem considerar o corte nos prémios e subsidio de alimentação, o que eleva a perda para valores superiores. As vitimas deste estado de emergência serão a esmagadora maioria dos trabalhadores e os pequenos e médios empresários. Agora, ao contrário da mais recente crise, não podem emigrar. Numa época em que, e muito bem, o Primeiro Ministro A. Costa pede solidariedade à União Europeia porque é um problema de todos e todos têm de contribuir para o resolver, será que, mais uma vez, os servidores do estado serão os que vão menos sofrer com a crise que se avizinha; ou teremos um Primeiro Ministro corajoso, justo, com sentido de estado, que vai tomar medidas para mitigar a crise com a colaboração dos servidores do estado. Tem que haver unidade nacional nos sacrifícios esperados. Nunca é demais lembrar que os trabalhadores do sector privado também são gente e tão portugueses como os outros; de carne e osso; têm filhos, rendas e compromissos para pagar. O Estado tem de ser equitativo: na altura de agir tem de canalizar recursos para quem fica praticamente desprotegido e à mercê da crise.


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REPORTAGEM

Pe José Agostinho Ribeiro, "Não é permitido o desânimo" BRUNO FERREIRA

José Agostinho Ribeiro está na paróquia de Caldas das Taipas desde 29 de setembro de 1991. Já passou por muitas situações nesta sua passagem pela vila, mas nunca, como refere, “nos pesadelos mais sombrios”, pensava viver uma situação como a causada pelo Covid-19. O isolamento social trouxe um conjunto de problemas a que a igreja tenta dar resposta. O Pe José Agostinho Ribeiro entende que esta nova realidade vai ajudar a Igreja a repensar alguns caminhos e lança o desafio à comunidade de que “não é permitido o desânimo”. Entrevista Alfredo Oliveira Como tem gerido, junto da paróquia, as determinações impostas pela gestão do Covid-19? Tratando-se de uma pandemia muito séria, procuramos dar seguimento às orientações do Arcebispo Primaz da nossa Diocese e das autoridades civis e de saúde, ou seja, suspendemos todas as atividades e celebrações comunitárias, no sentido de evitar a aproximação, o encontro ou contacto pessoal, aconselhando-se o acompanhamento dos diversos momentos formativos e celebrativos através dos meios de comunicação social, TV, Rádio ou Internet. Como têm reagido as populações, principalmente o setor com mais idade, mais vulneráveis ao vírus e, ao mesmo tempo, mais frequentadoras diárias das celebrações eucarísticas? Pelo que me tenho apercebido, as pessoas, de uma maneira geral, foram tomando consciência da gravidade da situação que estamos

a viver e compreenderam que estas suspensões ou cancelamentos eram inevitáveis. O Covid-19 era para levar a sério e, portanto, não deveríamos correr riscos. O isolamento social faz-se sentir com grande peso na paróquia? Existem casos assinalados e acompanhados? Felizmente, neste nosso território pastoral, existem instituições preferencialmente orientadas para o serviço social. No entanto, como um todo, também a comunidade paroquial tem procurado estar atenta e ajudado, quer individualmente, quer também através dos grupos de solidariedade que estão no terreno, de forma silenciosa, mas efetiva. Estamos em isolamento social, mas não afastados das pessoas, sobretudo das que mais possam precisar que nos aproximemos. Na altura da Páscoa, também se registava uma maior procura pelas confissões. Como será feita essa gestão?

Conhecedores da situação e interessados na contenção do coronavírus, cabe-nos a todos lutar contra as possíveis fontes de contágio. Por isso também, este serviço de confissões não se realizará nesta altura. Pela primeira vez, desde que há memória, na Páscoa não vamos ter (com público) as celebrações tradicionais, caso da Semana Santa e dos Compassos. Como é que este cenário está a ser preparado ou a ser encarado? Encontramo-nos numa situação extraordinária. A festa da Páscoa, vitória da vida sobre a morte, neste contexto, será também oportunidade para interiorizarmos os compromissos que daqui advêm. Este ano a Páscoa, nas suas manifestações, será diferente: mais em família, igreja doméstica. Cada família, no aconchego do lar, saberá, certamente, viver este momento como verdadeiro encontro com o ressuscitado. Para além das já conhecidas possibilidades de acompanhamento das celebrações

da Semana Santa e Festa Pascal, também a Conferência Episcopal Portuguesa irá apresentar mais algumas orientações para a vivência deste tempo solene e festivo, base da nossa fé. Entretanto, para que os fiéis tomem consciência da absoluta centralidade da Ressurreição para a nossa fé, no Dia de Páscoa, os sinos tocarão algumas vezes ao longo do dia, de acordo com a tradição. Como é que a população, os fiéis, têm reagido a todas estas medidas? Estas medidas das autoridades, que nos são recomendadas e impostas, são sempre difíceis e “dolorosas”... Mas, de um modo geral, acho que as mesmas estão a ser compreendidas como necessárias e praticadas com muita responsabilidade e solidariedade. A situação foi evoluindo (Covid-19), alguma vez pensou chegar a esta realidade? Como foi gerindo essa evolução? Acho que ninguém, “nem

nos pesadelos mais sombrios”, como refere o testemunho de um médico italiano, imaginava ver e viver tudo isto que tem vindo a acontecer, com o “pesadelo a fluir e o rio a ficar cada vez maior”. O momento é ainda de muita incerteza, e todos somos chamados à responsabilidade, “de cada um por todos e de todos por cada um”. Estão a ser usados os novos meios de comunicação, nesta ocasião concreta, como meio de exprimir a proximidade espiritual da Igreja com a Comunidade. Nestas contingências, há alguma forma de atenuar a situação, religiosamente pensando, ou que pensa desenvolver em termos concretos na paróquia? Não se pense que por terem sido suspensas as celebrações comunitárias acabou a oração e o culto. Entretanto, por outro lado, este momento será, certamente, ocasião para uma revisão de vida, em ordem a uma renovação também do ponto de vista cristão”. Algum “deserto” também pode ser purificador. Este ano, Deus chama-nos a viver a Páscoa em casa, em família, o que não quer dizer deixar de celebrar a Páscoa. Que consequências é que toda esta situação pode ter na Igreja? O Senhor Arcebispo pede que “perante o mal comum, nos apaixonemos verdadeiramente pelo bem comum”. E, insistindo, refere que “o bem comum é o bem de todos, que deve ser procurado por cada um, sabendo ler os sinais dos tempos». O Arcebispo Primaz salienta ainda que «há coisas que não podemos ignorar e devem conduzir à conversão das vidas e das estruturas”. D. Jorge Ortiga salienta a vulnerabilidade que todos agora vivem: «este vírus faz de todos nós semelhantes perante a morte, o direito à vida e à saúde. Todos somos vulneráveis». Com certeza, nem os responsáveis cimeiros sabem ainda o que vai acontecer. Sabe-se que a vida não será como foi até aqui. Também no âmbito eclesial, talvez, muita coisa possa e deva ser repensada ou reconstruída, priorizando o essencial e os verdadeiros valores... Mas, essencialmente, não nos é permitido o desânimo.


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Cristema, Herdmar e Serafim Fertuzinhos

Empresas apostadas na defesa do emprego e dos postos de trabalho O início do ano até estava a correr bem para a maioria das empresas, com aumento de vendas e de encomendas. Mas, de repente, tudo mudou. Entre incertezas e cenários atualizados de forma permanente, os empresários foram reagindo e tomando medidas. A dada altura, com o cancelamento e o adiamento de encomendas, foi inevitável a redução temporária da produção: no caso da Herdmar, com a redução do trabalho a metade e no caso da Cristema e da Serafim Fertuzinhos com o encerramento total da produção. Acontece que é tudo tão rápido que, desde o momento em que falámos com os empresários e a publicação deste artigo, já outras medidas podem ter sido tomadas. A cada uma das empresas, o Reflexo colocou um conjunto de perguntas, cujas respostas transcrevemos nesta página. 1. Qual o ponto de situação das encomendas de clientes? 2. Para além das medidas já tomadas pela empresa, que outras medidas ponderam tomar? 3. Há o risco de despedimentos? 4. O que esperam que aconteça, a nível económico, no setor e nesta região onde estamos inseridos?

CRISTEMA

SERAFIM FERTUZINHOS

Emanuel Fertuzinhos, Administrador

Jorge Silva, Conselho de administração

1. Algumas encomendas foram canceladas; outras adiadas. Estamos com uma quebra de 30% e sem perspetivas de novas encomendas. O cancelamento foi geral, chegando de Portugal, de Espanha, de toda a Europa e de fora da Europa. 2. No momento que atravessamos temos de estar mais unidos que nunca, temos de lutar pela nossa empresa, pela nossa família. Não sabemos o que acontecerá nos próximos dias ou meses. Sou otimista por natureza e tenho sempre um Plano B. Mas desta vez não tenho... Não sei… estou sem respostas. A crise económica está instalada na nossa empresa, no nosso sector, no nosso país, na europa, no mundo (e foi num piscar de olhos). 3. Lutarei sempre para que isso não aconteça. É importante manter cada posto de trabalho, uma vez que as pessoas são o valor maior das empresas. Os despedimentos nesta fase serão destruidores das empresas e das famílias. A situação catastrófica que vivemos e a que se avizinha preocupa-me bastante e será a alguém externo quem decidirá: o cliente. Uma empresa vive com os seus clientes, que trazem encomendas e deixam o seu dinheiro para pagar os nossos compromissos. Caso isso não aconteça, o dinheiro não chegará. 4. A nível económico espero que rapidamente a Europa tome medidas para a retoma da economia. Deveríamos de alguma forma ser protegidos, face à concorrência da China, da Índia e do Vietname. Não conseguimos medir forças com eles. Agora, mais do que nunca, espero que não se perca o pouco que ainda existe. A Europa tem de ser muito mais produtiva, não pensar viver de serviços. Todas as fábricas de cutelarias provaram ser heroínas, ultrapassando grandes crises com muito esforço, dedicação, empenho e trabalho. E agora, de um dia para o outro, estamos a perder o que conquistámos. Somos mundialmente conhecidos por fabricar cutelaria de qualidade e não podemos perder esse feito. Temos de estar unidos, mais do que nunca.

1. Nos últimos dias recebemos de diversos clientes pedidos de suspensão das encomendas, principalmente nacionais e espanhóis. Isto tornou também muito difícil a gestão da produção, pois estava a acontecer recorrentemente estarmos a trabalhar para uma encomenda que era suspensa. Focávamo-nos noutra e essa também era suspensa. Então decidimos parar e reorganizar… “contar espingardas”. Mas nos dois primeiros meses deste ano estávamos com um crescimento a rondar os 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Março também ia manter essa dinâmica… até que na semana passada vieram as suspensões de pedidos em massa! 2. Nesta altura estamos a reforçar ainda mais os pontos de lavagem das mãos e estamos também a encetar contactos para o fornecimento de máscaras a nível internacional, pois a oferta nacional nesta altura é inexistente, estando concentrada para os meios de “primeira linha de combate” que são os que mais precisam. O mesmo acontece com as luvas. Na empresa temos postos que usam este tipo de equipamentos de proteção e costumamos ter stock. Mas não é suficiente para as necessidades de um uso generalizado. A nível de gestão, estamos atentos às medidas do governo. E seguramente teremos necessidade de nos socorrer de algumas ajudas para que possamos manter-nos nesta fase e ter força para alavancar a produção quando isto passar… pois vai passar! 3. Não! Nem queremos pensar nisso, temos uma responsabilidade para com os nossos funcionários e a nossa função é arranjar formas e soluções para manter toda a gente a trabalhar, pois vamos precisar de todos! 4. Há muita indefinição ainda. Mas muita coisa vai mudar e vamos ter de nos adaptar a uma nova realidade! Não é uma guerra convencional mas tem efeitos económicos muito parecidos. Ainda é cedo para detalhes, mas haverá uma retração muito grande dos mercados, pelo menos.

HERDMAR José Avelino Marques, Administrador e Diretor Financeiro

1. Ao exportar 90% da nossa produção para 75 países estamos de alguma forma habituados a mudar o foco de acordo com as tendências de consumo e as oportunidades de negócio. Contudo, é obvio que o contexto crítico que hoje se vive é global e temos atualmente alguns pedidos suspensos e outros com expedições adiadas. Todos diretamente relacionados com as medidas aplicadas pelos governos dos respetivos mercados, havendo mesmo em alguns deles lugar a embrago de importação de bens não essenciais. Está claro que, diariamente, o paradigma altera e num curto prazo não se avizinham tempos prósperos. 2. Para além das atuais medidas de contenção e segurança e organização da estrutura de trabalho, a empesa não descarta a possibilidade de recorrer a medidas extremas, ou estratégias de atuação futura distintas. Na atual situação em que nos encontramos, todos os planos são a curto-prazo, e todos os dias são distintos, analisando a informação dia-a-dia, para que possamos agir o melhor possível. 3. As rescisões de contrato, são, como sempre foram para nós, a última via a optar face a situações críticas e cenários económicos desfavoráveis. Como média empresa, produtora de cutelaria e geradora de inúmeros postos de trabalho, enfrentamos e iremos enfrentar muitas mais dificuldades ao longo desta batalha, estando certos de que o caminho a percorrer não será, de todo, fácil. Contudo, se os agentes económicos, se toda a cadeia de abastecimento (como os fornecedores de matéria-prima) e clientes/mercados nos permitirem e se, essencialmente, os colaboradores cooperarem com os instrumentos aos quais a empresa possa recorrer, tudo iremos fazer para não correr esse risco, assegurando a viabilidade da empresa e os respetivos postos de trabalho. Essa é uma das nossas principais preocupações. 4. O cenário que se vive é semelhante ao de uma “guerra”, onde todos os dias enfrentamos várias batalhas e em que vamos planeando dia-a-dia. Ninguém estava preparado para isto: empresas, associações, instituições governamentais, parceiros económicos. As dificuldades no pós-pandemia também serão bastantes: esperamos uma economia frágil, onde não só o sector, mas o país e o mundo enfrentarão, cremos nós, uma grande recessão. Sentíamos desde o inicio do ano um ligeiro aumento de procura, devido ao encerramento obrigatório das empresas chinesas, o que “esbarra” agora no viver da mesma situação pela Europa e, de seguida, pelo continente Americano, indicando um sentido Oriente-Ocidente que pode e deve ser considerado no plano estratégico para o curto e o médio prazos. E é precisamente isso que estamos a fazer, estudando desde já alternativas para uma resposta forte às futuras oportunidades.


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ATUALIDADE

Sessão extraordinária da assembleia de freguesia em vídeoconferência Reflexo

Apreciação e votação dos documentos de prestação de contas relativas ao ano de 2019

A limitação de mobilidade e exigência de distanciamento social impostas pelo Estado de Emergência decretado devido ao surto do COVID 19, obrigaram os membros da assembleia de freguesia a reunirem-se por videoconferência Texto José Henrique Cunha

A sessão tinha início marcado para as 21 horas, mas dificuldades técnicas de ligação por parte do presidente da mesa, Sérgio Araújo, PUBLICIDADE

que acabaram por não serem ultrapassadas, protelaram o inicio dos trabalhos para as 22h05 tendo sido delegado no 1º secretário da

mesa, José Fonseca, a condução dos trabalhos.

Os relatórios de gestão e actividades apresentado pela Junta de Freguesia (JF) referem que o exercício de 2019 foi estável e que boa parte do orçamento corrente da freguesia foi aplicado no desenvolvimento de quatro áreas consideradas prioritárias: a acção social; a cultura, o ambiente e a requalificação e melhoramento no espaço urbano. Neste ponto da ordem de trabalhos, o presidente da JF, Luís Soares, defendeu ainda que estas áreas assentaram previamente em três premissas: Estabilidade orçamental: estabilidade de acção, e finalmente, cooperação institucional. No que toca a pagamentos aos fornecedores o executivo menciona que em 2019 foi possível atingir o prazo médio de pagamento de 30 dias contra os 60 dias registados em 2018. A obra da rua Tojal está concluída e devidamente dotada financeiramente com a transferência de verbas por parte da Câmara Municipal de Guimarães (CMG), contudo, e dado que continua por resolver o diferendo em Tribunal entre a JF e o empreiteiro sobre as despesas realizadas e não reconhecidas pelo anterior executivo, a JF mantém cativa o valor até que o Tribunal autorize o pagamento, determinado o montante em dívida,

obrigando o empreiteiro a corrigir eventuais defeitos deduzindo, se for caso disso, trabalhos realizados por outro empreiteiro. Luís Soares anunciou que está garantido apoio da CMG para a construção da casa mortuária. Juntos por Guimarães: Projecto da Casa Mortuária não resolve as necessidades da freguesia

Quanto à Casa Mortuário, o membro da coligação Juntos por Guimarães (JpG), Manuel Ribeiro, disse que o projecto previsto não resolve as necessidades da freguesia, nem merece concordância na sua localização. No que toca ao apoio às associações, Manuel Ribeiro defendeu a atribuição de apoios indirectos tal como acontecia no passado, no lugar dos apoios financeiros, considerados directos, referindo que muitas vezes as associações deparam-se com problemas de ordem burocrática junto das entidades que licenciam e autorizam a organização de eventos, situação que a JF consegue ultrapassar com relativa facilidade via canais privilegiados que tem à sua disposição. A bancada do Partido Socialista, através de Augusto Mendes, enalteceu o trabalho desenvolvido pela JF na organização e receita recolhida com a feira semanal, apesar da CMG ainda não ter aprovado o regulamento o que poderia potenciar ainda mais este evento. Quanto ao actual modelo de


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apoio directo às associações utilizado pelo executivo, Augusto Mendes notou que permite alcançar um maior número de colectividades. O socialista deixou uma palavra de apoio à comissão organizadora das festas de S. Pedro pelo sucesso conseguido com um orçamento mais reduzido e mostrou-se agradado com a previsão do início de obras da recuperação do antigo Mercado, da Casa Mortuária e da Alameda Rosas Guimarães. Luis Soares, em resposta às observações da coligação Juntos por Guimarães sobre a casa mortuária, relembrou que o projecto apresentado na última campanha eleitoral para as autárquicas mereceu o apoio de uma larga maioria dos taipenses pelo voto expresso nas urnas que deram a vitória ao Partido Socialista. Disse ainda que nenhum projecto será do agrado de todos, mas está certo que servirá todos, tendo merecido o acolhimento da CMG, com o respectivo financiamento da obra, e da Comissão Fabriqueira. Quanto à crítica da exiguidade do projecto, defendeu que o acha até arrojado e em relação ao estacionamento anunciou que a JF está já a trabalhar com a CMG numa segunda fase para resolver o problema. Na hora da votação do primeiro ponto da ordem de trabalhos, os relatórios de gestão e actividades referentes ao ano de 2019 foram aprovados com os votos do Partido Socialista tendo a coligação Juntos por Guimarães optado pela

reflexo

abstenção. Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências para concessão de subsídio para Obras de Requalificação do Antigo Mercado

Sobre a intervenção no antigo Mercado, Manuel Ribeiro diz que não recebe o acolhimento da coligação JpG. Não há interesse público naquela intervenção, justificando que o futuro espaço deveria desenvolver actividade de interesse publico e não a implantação de mais bares e restaurantes. Relativamente à intervenção no antigo Mercado, Luís Soares salientou aquilo que sempre foram os propósitos da candidatura vencedora nas últimas eleições. Tornar aquele espaço num local de usufruto público. O socialista não tem dúvidas que o projecto ganhou nas últimas eleições autárquicas e concluiu que os taipenses quiseram manter a traça e sabiam que iria ter três bares. Esclareceu ainda que a requalificação do antigo Mercado terá um espaço publico e de interesse publico tendo já recebido manifestações de interesse na ocupação daquele futuro espaço por parte de particulares e entidades privadas. Terminou enfatizando que não será um novo elefante branco. A minuta do contrato interadministrativo de delegação de competências por parte da CMG, na freguesia de Caldelas, para concessão

OPINIÃO

de subsídio para obras de requalificação do antigo Mercado foi aprovada por unanimidade Apreciação e votação da 1ª Revisão Orçamental do ano de 2020

O tesoureiro, Cristina Castro, explicou a revisão orçamental referindo que a mesma se deve a um procedimento habitual para acomodar a transferência do saldo de gerência do ano transacto e, neste caso, serviria também essencialmente para acomodar os subsídios da CMG para o antigo Mercado, 60.000 euros, e para ação social, 15.000 euros. Este ponto foi aprovado por unanimidade. . Alteração de Trânsito na Rua Professor Ilídio Lopes de Matos e Rua da Charneca e de Sinalização na Rua da Rabelo

Quanto às alterações de transito e postura de sinalética, o presidente da JF tomou novamente da palavra para dar a conhecer a proposta que prevê a proibição de circulação de veículos pesados na Rua Ilídio Lopes de Matos, no sentido ascendente, desde a entrada do estacionamento lá existente, bem como a colocação de um sinal de STOP na rua do Rabelo para cedência de prioridade a quem se desloca no sentido Barco-Taipas. Esta proposta também mereceu a unanimidade dos votos.

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ORGULHO Augusto Mendes

ORGULHO nos nossos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e administrativos que todos os dias saem para a guerra. Uma guerra com um inimigo invisível que dispara sem ser visto, que se passeia entre eles como se não existisse. ORGULHO nos nossos bombeiros que a cada saída, a cada ida ao hospital, a casa de qualquer um, enfrentam o inimigo com valentia mas ao mesmo tempo com o medo e respeito que o mesmo exige. ORGULHO em todas as pessoas que trabalham nos lares de idosos, onde o risco para os utentes é total. Uma responsabilidade inimaginável a de saber que o vírus não pode entrar, entrando será letal. Talvez aqui venhamos a ter a fase mais negra de toda esta guerra. Serão certamente os lares onde teremos menos condições de travar este monstro. ORGULHO em todos os profissionais que trabalham para que os bens essenciais cheguem a nossas casas. Desde produtores, armazenistas, distribuidores, camionistas, trabalhadores dos hipermercados e outros que arriscam o contágio devido à exposição pública que estes serviços acarretam. ORGULHO no nosso SNS que criamos ao longo dos últimos 41 anos mas que demonstra uma organização que nos dá a confiança necessária para enfrentar o bicho. Há falhas? Há. Mas numa situação como a que estamos a viver é impossível que não as haja. Estamos a viver o que nunca ninguém viveu até agora nos últimos 100 anos! ORGULHO em toda a estrutura do estado, desde poder central, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. Todos, de cima abaixo, se têm organizado para proteger os mais vulneráveis e criar condições para que ninguém fique para trás. O estado não falhou quando foi chamado, até onde não teria se calhar responsabilidades. Vejamos o exemplo dos lares privados, que quando a situação se descontrolou o estado é que teve de assumir o controlo. ORGULHO nos portugueses que têm demonstrado uma maturidade e uma responsabilidade comum e se têm confinado a suas casas o máximo de tempo possível saindo apenas para trabalhar, quem ainda o pode fazer e para a compra de bens essenciais. Por fim uma palavra de apoio para aqueles que foram obrigados a fechar os seus negócios para que tenham a força necessária para se reerguerem neste momento. Tenho orgulho em ser Português! Fiquemos em casa! .

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Transportes públicos em Guimarães com uma década para se modernizar e organizar BRUNOFERREIRA

Serão mais de três milhões de euros por ano de esforço financeiro municipal para a renovação da frota de veículos de transporte. A ideia de partida para a elaboração do plano foi conseguir uma melhor coesão do território e optimizar os recursos existentes. Na nova rede haverá uma linha que passará pela vila de Caldas das Taipas. Pelo menos desde 2015 que se fala do plano de transportes para o concelho de Guimarães. Esta é uma matéria recorrente ao nível da discussão política, que já atravessou várias eleições para os órgãos autárquicos. A mobilidade, associada à necessidade de alterações nas formas como a população se desloca, é considerado um tema central no planeamento das cidades e dos territórios na atualidade. Quando saiu o Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, em 2015, a Câmara Municipal de Guimarães avançou logo que iria trabalhar na constituição de uma autoridade Municipal de Transportes e num plano a implementar quando terminasse a concessão em vigor desde 1999. A Autoridade Municipal de Transportes foi constituída em 2016 e no final de 2018 foi apresentado o Plano Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), muito focado na pedonalização e na mobilidade clicável. Este último documento sublinhava ainda a importância da integração com um sistema de transportes rodoviários eficiente, que promovesse a oferta ajustada às necessidades e à coesão do território. De acordo com Domingos Bragança, estas eram mesmo as duas premissas essenciais para o plano municipal de transportes públicos de passageiros: chegar a todas as freguesias do concelho de Guimarães e implementar a renovação progressiva da frota de autocarros, que deveriam ser movidos a energia elétrica.

Estas terão sido as primeiras instruções apresentadas ao Professor Álvaro Costa, especialista em planeamento de transportes, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, aquando da encomenda para a elaboração do Plano Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros no Concelho de Guimarães. Esse mesmo plano foi alvo de análise e discussão na reunião do executivo de 9 março de 2020, onde as linhas gerais do plano foram atualizadas. A proposta foi aprovada por unanimidade e deverá avançar para concurso público, a fim de encontrar a melhor operadora para colocar em prática o conjunto de medidas defendidas pelo plano. Três novas linhas, com passagem pelas Taipas

O preço base da proposta é de 31 milhões de euros, para um período de vigência de 10 anos, a contar a partir de janeiro de 2021. Este valor foi apurado no processo de elaboração do plano, processo que decorre desde 2018 e que incluiu um diagnóstico da rede atual e a definição de um conjunto de medidas que configuram o desenho de uma nova rede de transportes públicos rodoviários. Na mesma deliberação da Câmara Municipal de Guimarães ficou definida uma repartição de encargos durante os dez anos (até 2030), com pagamento ao novo concessionário de uma verba média de 3,15 milhões de euros. O plano aponta para a melhoria da oferta do serviço de transportes

públicos através de três eixos. Primeiro, uma integração da chamada linha urbana, que é atualmente servida pelos veículos dos Transportes Urbanos de Guimarães (TUG), com as restantes linhas que operam à escala municipal. O segundo ponto respeita à reformulação das linhas existentes, nomeadamente a linha da cidade. O terceiro eixo aponta para a criação de três novas linhas, uma delas ligando o Avepark ao Espaço Guimarães, passando pela vila de Caldas das Taipas e pelo Parque Industrial de Ponte. As outras duas linhas ligarão uma a Estação da CP ao Espaço Guimarães e a outra cobrindo, a sul do concelho, Serzedelo, Gandarela, Moreira de Cónegos e Lordelo. Com este novo desenho de rede, segundo dados apresentados com o plano, serão percorridos mais 770 mil quilómetros, dos 2,8 para os 3,6 milhões de quilómetros por ano. O plano indica também a necessidade de aquisição de novos veículos. A transição aponta para que a frota passe a estar dividida entre veículos elétricos e veículos diesel, com um máximo de 16 anos. Esta renovação da frota deverá ficar a cargo da entidade que ganhar a concessão. Além destes, a frota será reforçada com veículos minibus, que servirão as três novas linhas a serem criadas, onde operarão veículos da atual frota com uma idade média de 10 anos. A primeira apresentação do plano de Álvaro Costa para os transportes públicos urbanos no município de Guimarães foi feita a 27 de março de 2019, na Escola

Francisco de Holanda, numa sessão aberta ao público. O documento apresentado sintetizava o trabalho feito desde 2018 ao nível do diagnóstico da rede atual e da reorganização do desenho da rede. Nessa altura o coordenador do plano apontava como problema o grande número de autoridades e serviços, que se sobrepunham quer ao nível municipal, quer ao nível intermunicipal ou regional. Esta realidade, sublinhava Álvaro Costa, dificultava a articulação e compatibilização de tarifários e de horários. Para além da rede municipal, operam em Guimarães três Comunidades Intermunicipais – do Ave, do Cávado e Tâmega e Sousa, para além da Área Metropolitana do Porto. Novo modelo de tarifário

O novo plano de transportes aponta ainda para uma alteração do modelo de tarifário, que atualmente é diferenciado entre os TUG e os restantes operadores. Este novo modelo prevê um único tarifário de base quilométrica, prevendo-se ainda a integração com a rede tutelada pela CIM do Ave, com um sistema integrado de bilhética, o que poderá permitir que o mesmo bilhete ou passe seja válido para viajar em qualquer operador. Este ponto não foi dado como definitivo, estando ainda em fase de negociação. A base quilométrica adotada para o novo tarifário implica que um passe de um passageiro de Longos ou Arosa e Castelões, possa ir além dos 70 euros, contrastando com os 17 euros que poderá custar um passe a utente na cidade, que acaba por ter uma oferta horária maior. A coesão territorial é uma das premissas do plano, no entanto, continua a não ter solução para algumas desigualdades decorrentes da interioridade e do afastamento ao centro dade cidade, onde se localiza a maior parte de comércio, serviços e equipamentos. Mesmo assim, segundo contas constantes no plano, o município comparticipará com 78 cêntimos por cada quilómetro percorrido por cada veículo. Esse valor deverá crescer até aos 94 cêntimos até ao final da concessão. A questão dos transportes é uma questão de fundo levada com frequência aos fóruns de discussão política. O modelo de transportes públicos de passageiros de Guimarães surgiu a partir da evidência há muito identificada, que o atual sistema de transportes não é eficiente, nem cobre todo o

concelho de Guimarães. Era uma questão de utilidade de política de Coesão do Território e mais recentemente uma questão ambiental, sobre a qual foram sendo lançadas ou reavivadas como a ligação de Guimarães a Braga por via ferroviária. Novo paradigma nos transportes públicos

Com a criação da Autoridade de Transportes, em 2017, foi prometida uma “revolução” ao nível do sistema de transportes de passageiros. Segundo declarações do vereador responsável à altura, Amadeu Portilha, a Câmara via-se impedida de ajustar as linhas de acordo com as necessidades. Nessa altura, a Arriva mantinha a concessão há vinte anos, situação que termina em 2021, após uma renovação da concessão em 2012. Na reunião do executivo da Câmara de Guimarães de 9 de março de 2020, a proposta levada a discussão por Domingos Bragança mereceu a unanimidade dos vereadores, apesar de algumas notas. André Coelho Lima falou do início de um novo paradigma nos transportes em Guimarães “defendido há muitos anos pelo PSD”, acrescentando que só com investimento público se conseguirá de forma capaz um serviço que sirva bem a população, garantindo a qualidade do serviço. O município terá de garantir três milhões de euros para cobrir o prejuízo que o operador terá ao garantir o funcionamento de algumas linhas que, de outra forma, seriam encerradas. Já Bruno Fernandes lamenta que não esteja prevista uma linha que sirva o Vale de S. Torcato, um território forte do sector da indústria e do turismo. O plano deverá entrar em vigor em janeiro do próximo ano, após a conclusão do procedimento de concurso público e do aval do Tribunal de Contas. A elaboração do Plano para o Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros no Concelho de Guimarães partiu de uma adjudicação à empresa Tremno Engenharia SA, de Álvaro Costa, em 18 de abril de 2018, pelo valor de 52.500 euros. Em março de 2019, foram ainda contratados os serviços do gabinete de advogados de José Pedro Aguiar Branco para, por 19 mil euros, prestar serviços no âmbito do acompanhamento jurídico para a contratualização do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, no concelho de Guimarães.


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Taipas Tour no Orçamento Participativo para colocar as Taipas no mapa LIMA PEREIRA

Proposta levada a votação na edição 2019 do Orçamento Participativo pretende criar uma espécie de guia turístico para as Taipas. Da autoria de José Inácio da Fonseca, esta iniciativa tem como objetivo valorizar o património taipense. Texto Bruno José Ferreira Chama-se Taipas Tour e é uma das propostas do Orçamento Participativo do ano 2019, estando agora em votação. A intenção é colocar, quase que literalmente, a Vila das Taipas no mapa com a conceção de um guia com conteúdos turísticos e de sinalética identificativa nos pontos de interesse da Vila de Caldas das Taipas, nomeadamente nos espaços naturais, históricos, desportivos e culturais, conforme pode ler-se na proposta que consta no sítio do município relativo a esta temática. José Inácio da Fonseca é o proponente deste projeto, explicando na primeira pessoa os principais traços da ideia que preconiza. “A PUBLICIDADE

nossa ideia é, no fundo, valorizar o património, neste caso material, da nossa freguesia, em termos de sinalética. Os pontos de interesse da vila não têm referenciação nem têm qualquer indicação informativa do seu contexto histórico, como por exemplo a Ara de Trajano, que não tem qualquer informação à semelhança do que existe, por exemplo, em Guimarães, onde se chega a um local ou a qualquer monumento e tem uma estrutura com a história e a indicação do nome do monumento. Fundamentalmente é esta a principal premissa deste projeto: nos locais, nos pontos de interesse da vila, colocar sinalética específica

que identifique”, começa por adiantar o proponente, ressalvando que este projeto colmata a inexistência de algo semelhante na vila. Para operacionalizar esta ideia, que se espera que possa ser depois desenvolvida em conjunto com as entidades locais, nomeadamente a Junta de Freguesia de Caldelas, José Fonseca candidata-se a um projeto orçado em 50mil euros. De modo mais prático, o taipense revela que a ideia passa por criar conteúdos digitais e em suporte físico. “Queremos associar códigos QR para que as pessoas através do telemóvel vejam uma realidade aumentada e informação mais abrangente de cada espaço natural,

histórico, desportivo ou cultural em questão. Pretendemos também elaborar um guia turístico, em suporte de papel, e depois também em formato digital, com os conteúdos turísticos a visitar. No fundo, um mapa em que seja possível fazer um roteiro pelos pontos de interesse da freguesia”, atira. Ferramenta para quem nos visita e para valorizar o comércio A valorização da vila, nomeadamente do seu património, com melhor apresentação para quem nos visita, é então o principal propósito deste projeto, mas José Fonseca acredita que pode ser também uma mais-valia para o próprio comércio taipense, com a canalização de turistas para a zona e também das próprias redondezas. “A ideia ser uma vila atrativa. Guimarães é Património da Humanidade e pensamos mesmo a nível do concelho, depois no Gabinete de Turismo de Guimarães pensamos em ter algo de qualidade que seja atrativo para que as pessoas que vêm ao centro de Guimarães possam vir também às Taipas e a esta zona norte do concelho, que até poderá, eventualmente, alargar-se à Citânia de Briteiros. Pensamos que se trata de uma iniciativa válida para os turista mas também para as próprias pessoas que nos visitam sem ser num contexto turístico propriamente dito. Taipas tem uma centralidade da zona norte do Rio Ave e, como tal, várias pessoas aqui da terra não conhecem bem a valia de histórica de vários locais das Taipas”, aponta. Este projeto enquadra-se

também no projeto Eco-Freguesias, uma vez que está pensada a inclusão de percursos que possa ser feitos a pé, ou de bicicleta, pelas zonas verdes, e não só, das Taipas, sendo um complemento à informação que se pretende transmitir com esta iniciativa, alargando a oferta apresentada. “Pretendemos fazer sinalização e percursos pedestres e cicláveis georreferenciados aqui pela zona. Temos a Praia Seca, em termos futuro teremos também a zona ribeirinha, sendo possível fazer propostas de percursos pedestres e cicláveis aqui pela vila”, sustenta. Esta proposta, denominada, então, Taipas Tour, foi aprovada após análise técnica e é uma das que concorre a votação. Os interessados em votar nesta proposta podem fazê-lo por mensagem de texto através do telemóvel (SMS) e também pela internet. No mínimo a proposta tem que receber quinhentos votos para poder ser aprovada. José Inácio da Fonseca, proponente deste projeto, alerta para o facto de ser simples e gratuito votar neste projeto de valorização das Taipas, referindo também que o voto pode ser feito por todos e não só pelos taipenses. “Para votar é muito fácil, um processo simples e gratuito. Basta apenas enviar um SMS. É importante referir que qualquer pessoa do concelho pode votar nesta proposta, não tem que ser só os taipenses, até porque podemos aqui abranger a zona de influência das Taipas”, assegura. O anúncio público dos vencedores será feito até ao dia 5 de maio.


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reflexo

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coisas de antanho

Caldas das Taipas a (des)propósito XXXI

IIIº Encontro Mundial das Capitais da Cutelaria Albacete-2020 (2)

por Carlos Marques

A indústria da cutelaria das Caldas das Taipas vendeu só no ano de 2018 € 39.791.536,00, do qual exportou € 25.521.569,00 tendo importado entre matérias-primas, subsidiárias, de consumo, incluído de máquinas e ferramentas o valor de € 3.365.342.00, contribuído assim para a acumulação nacional de crédito sobre o exterior, Balança de Transacções Correntes da cutelaria de Caldas das Taipas com o valor de € 22.156.228,00. Pagou a cutelaria de Caldas das Taipas de Imposto de Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) só referente à actividade do ano de 2018 a importância de € 1.975.655,00, e pagou para a Derrama Municipal de Guimarães € 125.171,00. Além do imenso dinheiro que entregou ao Estado em termos de Imposto retido aos empregados de Rendimento das Pessoas singulares (IRS). Distribuiu em Salários o montante de € 8.175.002,00, comparticipando para a Segurança Social, com a componente dos empregados só no ano de 2018 com o valor de € 2.840.812,00. O município de Guimarães se não der a atenção merecida ao sector da cutelaria, que directa e indirectamente envolve milhares de locais, correrá o risco de lhe acontecer o mesmo que com a indústria da curtimenta que a deixou fugir para Alcanena que, para que se possa perceber da sua

dimensão só no ano de 2018 vendeu só neste concelho € 207.775.684,00, e neste sector da curtimenta Guimarães apenas vendeu 1.401.144,00, cavando mais fundo as perdas sucessivas do peso na indústria e na população para outros concelhos. Se nos curtumes, ao criar o Campus de Couros, que o quer elevar a património cultural da humanidade, por extensão do intra-muros da cidade, já resolveu dar ocupação à arqueologia industrial, ocupando as fábricas de curtumes da Ramada, e da Âncora, designadamente com o Instituto de Design e o Centro da Ciência Viva, a par do que está a suceder com a construção da Unidade Operacional da Universidade das Nações Unidas na antiga Fábrica Freitas & Fernandes, Lda, e da Escola de Música e Artes Performativas e Visuais no antigo Teatro Jordão e na Garagem da Avenida, com investimentos a rondar os 100 milhões de Euros. Mas não teve sequer 1 cêntimo, para gastar nas unidades fabris que ficaram devolutas e lhe foram propostas para aquisição, designadamente das já extintas fábricas de cutelaria do Carregal, do Machadinho, do Escalheiro e do Marca 11.

A prática que se tem seguido nesta coluna é a de sugerir música feita em Portugal, tendencialmente por portugueses. Angélica Salvi é espanhola, mas vive no Porto, onde é professora. Em outubro do ano passado lançou um disco chamado ‘Phantone’, que foi o resultado de uma gravação de um concerto no festival Encontrarte, em Amares, e editado posteriormente pela Lovers & Lollypops. ‘Phantone’ não é um disco alegre, mas é um disco feliz, por convidar a uma reflexão dura e urgen-

te, tão necessária aos dias que correm. Angélica Salvi registou a sua própria reflexão em forma de improviso. O disco pode ajudar a redescobrir que a beleza das coisas simples. São sete temas instrumentais, num solo de harpa, imbuída em efeitos que poderão evocar um lado que transcende, que o título pode deixar adivinhar. Ironicamente, acaba por ser a almofada que amortece alguns dos pensamentos menos leve que nos assaltam por estes dias.

Texto Paulo Dumas

VER

Dois Papas de Fernando Meirelles (2019) com Anthony Hopkins e Jonathan Price 125 min. M/13

acentuar o seu compromisso social com a população da região onde se insere.

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Angélica Salvi Phantone (Lovers & Lollypops, 2019)

Caldas das Taipas, que é a capital da cutelaria, no quinto domingo de Março do ano do Covid-19

“O jornal Reflexo em cada casa”

Atendendo ao período de isolamento social que vivemos, a direção do jornal Reflexo decidiu que também devia

OUVIR

Nesse sentido, desenvolveu uma campanha, “O jornal Reflexo em cada casa”, onde todas as pessoas que fizeram o registo, recebem tranquilamente na sua habitação o jornal da edição de abril, de uma forma totalmente grátis.

Numa altura em que sair de casa não deve ser opção, a sugestão é um filme que poderá ser visto na plataforma Netflix. ‘Dois Papas’ segue o percurso do argentino Jorge Mario Bergoglio desde Buenos Aires até ter-se tornado do Papa que a Igreja Católica escolheu para suceder a Bento XVI. Não se trata de uma história contada de forma linear ou previsível.

O filme retrata os encontros entre Bergoglio e Ratzinger, em papéis brilhantemente interpretados por Anthony Hopkins e Jonathan Price (ambos nomeados para Orcars). Literalmente uma visão por dentro sobre o funcionamento da Igreja Católica, não deixando de abordar as suas debilidades mais cruéis.


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Abril de 2020

reflexo

#285

FREGUESIAS Cemitério de Briteiros e Donim começou a ser construído quase trinta anos depois BRUNO FERREIRA

Avançou finalmente a construção de um novo cemitério na União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim. Este finalmente deve-se ao facto de esta ser uma obra que estava em confeção há quase três décadas, esperando-se que o cemitério possa ficar pronto nos próximos três meses. Para trás fica então um historial de avanços e recuos, alguns deles que ainda não estão totalmente ultrapassados. Recorde-se que, tal como o Reflexo deu conta na sua edição de outubro do ano passado, decorria um processo de expropriação de uma parcela de terreno, situação que não se alterou. Por outro lado foi também necessário parecer da Comissão e Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) uma vez que se regista a existências de minas nos referidos terrenos. Vítor Pais, presidente da Junta PUBLICIDADE

de Freguesia mostra o seu agrado pelo avanço da obra, reconhecendo ao mesmo tempo que a mesma se arrastou durante demasiado tempo. “Trata-se de uma obra com um historial de necessidade de construção de um novo cemitério na freguesia, que já se arrastava há quase trinta anos. Na altura o cemitério foi dado como lotado. Foram apontados vários locais possíveis para a construção, mas nunca se efetivou a concretização do projeto. No último mandato, em conjunto com a Câmara Municipal de Guimarães, em 2017, foram adquiridos terrenos onde estamos agora a construir e foi apresentado o projeto em 2017. Tivemos uma série de formalismos a cumprir, documentação e pareceres a resolver, o que é sempre algo complexo, que teve de se ultrapassar, até que se chegou à altura do concurso. A obra foi adjudicada à CJR e, entretanto, começámos a

construção”, aponta. O processo de expropriação do terreno, que em tempos levantou problemas, nomeadamente em 2017 quando foi, inclusive, debatido em reunião de câmara, continua, mas a obra avança e o autarca acredita que as coisas serão resolvidas com naturalidade. “O terreno que foi adquirido há ainda uma parte, na implantação do projeto, que há a necessidade de expropriar. Está em curso uma expropriação de uma parcela de sensivelmente 600 metros quadrados e entretanto digamos que há essa situação a decorrer, mas tudo o resto, questão de minas, águas, isso conforme foi aparecendo foi sendo resolvido. Com naturalidade as coisas foram resolvidas”, vinca. Vítor Pais relata que se trata apenas do início de um projeto global mais abrangente. “Esta obra trata-se de uma primeira fase de um projeto mais alargado em termos urbanísticos, que tem a ver com a melhoria da centralidade da igreja de Santo Estêvão. Nas próximas fases terá a criação e um arruamento lateral ao cemitério e terá também um parque de estacionamento para cerca de 25 carros, junto à igreja, numa zona demasiado restringida e urbanizada, necessitando de um espaço com maiores condições a nível de estacionamento, acessibilidades e mesmo em termos de espaço para a comunidade se reunir. Quando chegarmos à conclusão da globalidade do projeto penso que as condições daquela zona serão muito melhores”, prevê.

Requalificação de uma das principais vias de Sande S. Martinho concluída As obras de requalificação da Rua Pedre António Ribeiro ficaram concluídas no decorrer do passado mês de março, melhorando assim significativamente uma das principais vias da rede rodoviária de Sande São Martinho. A empreitada, que durou alguns meses, causando constrangimentos ao trânsito automóvel, significou uma intervenção a vários níveis, nomeadamente reabilitação do pavimento, correção de infraestruturas e abatimentos, reforço da drenagem das águas pluviais, sinalização horizontal e uniformização das marcas rodoviárias. Ao todo a obra teve o custo de sensivelmente 150 mil euros, revestindo-se de especial importância para a freguesia, uma vez que se trata de uma zona nevrálgica, que permite o acesso a valências diversas, como a sede da junta de freguesia, a igreja, o centro social ou o jardim-de-infância. Armando Morais da Silva, presidente da Junta de Freguesia de Sande São Martinho, confirma isso mesmo, quer pelo tipo de intervenção, quer pelo local em questão. “Trata-se

praticamente da rua principal da freguesia, por isso foi, realmente, uma obra muito importante”, refere em declarações ao Reflexo. O autarca explica em que consistiu a obra, ressalvando a necessidade da mesma. “Tratava-se de uma intervenção necessária porque a via em questão estava já muito degradada, e não me refiro só ao que era visível, porque em termos de águas pluviais, saneamentos, tubagens e outras questões esta via estava realmente degradada, criando entupimentos constantes e até aluimentos de terras. Precisava de uma intervenção de fundo e foi isso que foi feito, com tubagens novas e intervenção de várias entidades, como a Vimágua”, aponta o líder máximo da freguesia. Com previsão de conclusão até ao final do último ano, as obras acabaram por se alongar no tempo até aos primeiros meses de 2020, muito por força das condições climatéricas, que fizeram com vários trabalhos tivessem de ser adiados. Ficou finalmente concluída em meados do mês de março.


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#285

reflexo

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“Luxo” das palmeiras em Ponte discutido em reunião de câmara BRUNO FERREIRA

A colocação de palmeiras numa obra pública na Vila de Ponte, junto à Rua do Parque Industrial de Ponte, foi um dos temas que levantou controvérsia na reunião de câmara do dia nove de março. O vereador Hugo Ribeiro, eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, solicitou ao presidente da Câmara Municipal de Guimarães, PUBLICIDADE

Domingos Bragança, um relatório detalhado das verbas atribuídas a cada uma das freguesias do concelho. Tratou-se, no fundo, do reforço de um pedido feito anteriormente na reunião do dia dez de dezembro, mas ainda sem resposta por parte da autarquia. Com um discurso mais acérrimo, Hugo Ribeiro deu então o exemplo

de Ponte: “O requerimento está feito, tal como fiz aqui verbalmente, mas o presidente da câmara referiu que dava esses dados de bom grado sem necessidade de ser solicitado requerimento. Trata-se de uma questão de justiça, de aferir se há justiça na atribuição de verbas. Em Ponte, por exemplo, estão a usar palmeiras numa obra num passeio. Parece-lhe uma árvore a usar?”, questionou o vereador, dirigindo-se a Domingos Bragança. Pouco agradado com o tema trazido a terreiro, Domingos Bragança referiu que o trabalho está a ser feito no sentido de disponibilizar à vereação dados efetivos sobre a distribuição de verbas pelas freguesias, mas trata-se de “um trabalho complexo e moroso”, pelo que logo que esteja pronto será disponibilizado. Domingos Bragança não deixou de se referir à questão levantada pela colocação de palmeiras em Ponte, no parque de estacionamento e parque de

lazer que está a ser edificado. “Qual é o problema de colocar palmeiras? Dez palmeiras? Trata-se assim de uma árvore tão exótica? Nunca impus regras nem tipos de árvores a colocar, nem podemos fazer caso

disso. Ainda recentemente, no âmbito das intervenções que estamos a fazer, fomos interpelados por querer deitar uma palmeira abaixo”, referiu Domingos Bragança.

Bombeiros das Taipas mobilizaram 18 elementos para incêndio em Sande S. Lourenço Os Bombeiros Voluntários das Taipas combateram ao final da manhã do dia dezassete de março um incêndio urbano em Sande São Lourenço, mobilizando para o local um total de dezoito elementos daquela corporação apoiados por cinco viaturas. Um efetivo considerável para aquele que ameaçava ser um incêndio de dimensões também elas consideráveis, mas tal acabou por não se verificar. Apesar do muito fumo que se escapulia pela casa e das chamas visíveis pela chaminé, tratou-se apenas de um incêndio de pequenas dimensões.

Foram várias as solicitações feitas à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas com uma descrição que exigia um combate musculado, mas acabou por ser só um susto com um pequeno foco de incêndio na chaminé de uma residência na zona de Currelos, em Sande São Lourenço. O alerta foi dado às 11h46 do dia dezassete de março, terça-feira, sendo então mobilizados dezoito elementos e cinco viaturas para o local, onde esteve também a Guarda Nacional Republicana para tomar conta da ocorrência.


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#285

FREGUESIAS Apresentação da Programação Cultural dos dez anos dos Banhos Velhos adiada BRUNO FERREIRA

A Programação Cultural dos Banhos Velhos, iniciativa que nos últimos anos tem enriquecido culturalmente os

meses de primavera e verão nas Taipas, completa este ano uma década de existência. Um número redondo

que será assinalado de forma especial, mas que está também a ser vítima da indefinição causada pela pandemia

Concentração Motard programada mas em stand-by

A organização da Concentração Motard do Moto Clube das Taipas está num impasse devido à pandemia Covid-19. O programa e o respetivo cartaz já foram divulgados, quando ainda nada fazia prever este Estado de Emergência que o país vive, mas a realização está agora a ser repensada. Sem certezas quanto ao futuro, há decisões que têm de ser tomadas no imediato e que condicionam muito o trabalho dos elementos da direção do clube, conforme dá conta o presidente Frederico Almeida. “O cartaz está pronto e foi divulgado, mas há muitas tarefas de logística e organização que têm de se fazer, algumas delas a esta distância do evento. Com fábricas paradas, não

podendo fazer essas coisas, ficamos de mãos e pés atados. Não sabemos o que a situação vai dar, pode até ser possível a realização da concentração, mas podemos não ter as coisas preparadas”, explica o líder máximo da associação, referindo que aspetos burocráticos têm de ser agora resolvidos mas há receio que a situação em que estamos mergulhados venha a não permitir a realização. “Temos também receio de avançar por não saber, precisamente o que fazer. Há licenças e outras burocracias, como seguros, por exemplo, que tem de ser tratado já e estamos a ver como podemos fazer”, sublinha. Para já, o evento (agendado para 11,12,13 e 14 de junho) não está cancelado,

mas há muitas limitações à sua realização. “Vamos deixar que isto evolua, faltam sensivelmente dois meses e meio, ainda não tomámos uma decisão definitiva. Claro que para meados de maio, sem avanços, temos de cancelar tudo, bandas e tudo. Não está cancelado mas estamos muito limitados. Muito dinheiro já foi gasto, outras coisas fomos a tempo de parar. Ainda bem que, por um lado, fomos salvaguardando algumas coisas e não avançámos, se não podia ser pior”, ressalva Frederico Almeida. Jaimão é uma das principais atrações do cartaz de um evento que este ano está previsto realizar-se num local diferente do habitual, no Parque de Lazer da Praia Seca.

associada ao novo coronavírus. Pela primeira vez estava projetada a realização de uma apresentação oficial do programa, agendada para o dia 26 de março na Taipas Termal, mas a mesma teve de ser adiada em virtude das medidas de confinamento impostas pelo Estado de Emergência decretado. O programa que será, oportunamente, divulgado contempla música, teatro, tertúlias e cinema, sendo claramente uma “oferta diferenciada à população, conferindo à vila dimensão cultural durante o período de primavera e verão”, segundo José Manuel Gomes, diretor artístico da Taipas Termal. O Reflexo falou com PUBLICIDADE

o principal responsável por esta iniciativa, que apontou alguns dos traços gerais do programa. “Haverá uma aposta clara na música, até porque se trata de um ano de celebração, tentaremos marcar esta edição com essa aposta”, frisou José Gomes, ressalvando que “a agenda preconiza uma aproximação clara às associações”. No entender do diretor artístico dos Banhos Velhos, esta programação cultural é uma prova inequívoca da descentralização cultural que há no concelho. “Nos dias de hoje a programação cultural dos Banhos Velhos é uma marca muito personalizada e muito própria, a verdadeira prova de que

a descentralização cultural acontece e feita quase de uma forma missionária”, refere. Os espetáculos e iniciativas que se inserem na Programação teriam início no final de abril e com maior incidência no início de maio, mas por força das contingências o programa está a ser reformulado e reavaliado. Para a cerimónia de apresentação a direção artística da Taipas Termal tinha prometida a apresentação de uma curta-metragem sobre os primeiros nove anos de programação; uma iniciativa que será realizada posteriormente.


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COVID-19 condiciona trabalho da Direção do CC Taipas Reflexo

problemas que esta situação do novo coronavírus veio trazer e que se refletirão na próxima temporada. Da atual Direção pode sair uma solução diretiva de continuidade para o Clube? Pode haver gente que não está atualmente nos órgãos sociais mas, com vontade de se juntar e tornar a equipa mais forte. Mas neste momento ainda só estamos a conversar entre nós, para definirmos o que se pretende para os próximos anos. Queremos dar continuidade ao nosso trabalho mas isso também depende de outros fatores.

Toda a atividade desportiva do CC taipas está suspensa por tempo indeterminado. A Associação de Futebol de Braga pode vir a seguir os passos da Federação Portuguesa de Futebol e terminar, no imediato, todos os campeonatos dos escalões de formação sem que se verifiquem descidas ou subidas de divisão. Entrevista Manuel António Silva Em final de mandato, Tiago Rodrigues, prevê ainda mais dificuldades na preparação da nova época e admite que a Direção q ue lidera não sabe ainda muito bem como preparar a estratégia para os tempos que se avizinham. Muitas dúvidas também na possibilidade da sua recandidatura na liderança do clube mais representativo da vila das Taipas. Na sequência de todos os desenvolvimentos ocorridos com a questão do novo coronavírus, como está a situação do Clube? Está toda a atividades suspensa. O Clube está praticamente parado. Temos vivido e avaliado a situação dia a dia. Não tem sido fácil. As coisas não estão a correr como planeamos e vamos ter de ir corrigindo dentro do possível. Tem havido algum tipo de articulação com a AF Braga? Já há algum tipo de indicação relativa ao reinício (ou não) dos campeonatos? Temos conversado com alguma regularidade. A Federação e a Associação de Futebol de Braga, acabaram por cancelar todos os campeonatos da formação. Relativamente ao futebol sénior ainda não há informações mas a todo o momento pode acontecer. Teremos de continuar a aguardar para ver o que nos reserva os próximos

tempos. Com é que a situação está a ser gerida, nomeadamente com os atletas da equipa sénior? Os atletas têm sido acompanhados pelo Clube, mesmo para situações em que exista algum tipo de necessidade. Temos tido uma maior atenção para com os nossos atletas estrangeiros, que se encontram deslocados do seu país de origem e longe das suas famílias. Estamos a desenvolver todos os esforços para que regressem, o mais rápido possível, aos países de origem mas, não se tem revelado uma tarefa fácil. Se regressarem ao Brasil e África do Sul, também sabemos que já não será fácil voltarem para representar o Clube, num eventual, final de campeonato. Sabemos disso mas, também já não faltam muitos jogos e o bem-estar dos atletas é o mais importante neste momento. Que implicações pode ter toda esta situação na preparação da nova temporada? Vai causar alguns problemas. Sem dúvida. Vamos ter eleições pelo meio e ainda estamos um pouco sem saber o que fazer. Ainda não falei com o presidente da Assembleia-geral sobre esse assunto. Por um lado não queremos arrastar esta situação muito para a frente mas, por outro, também

temos de esperar por aquilo que FPF e AF Braga irão decidir. Há vários cenários possíveis. Podem decidir realizar os jogos em falta para terminar esta época, o que, à partida atirará o início da próxima para mais tarde que o habitual. Ou, podem ter outro tipo de decisão. Vamos ver se em abril conseguimos definir essas coisas todas. Em todo o caso, estão já a ser tomadas algumas medidas concretas, por exemplo, para reparar uma das falhas cometido na presente temporada, que levou à não inscrição da equipa de juniores? Estão a ser delineadas estratégias para atuar nesse sentido. Na eventualidade de sermos nós a avançar com a próxima época, estamos a preparar algumas estratégias de atuação para reparar essa e outras situações. O mandato desta Direção termina no final de Junho. Os associados do Taipas podem contar com o Tiago Rodrigues para um novo mandato? É uma decisão que ainda não tomei. No entanto, estarei sempre disponível para ajudar o Taipas, independentemente de o fazer como presidente ou como membro de qualquer órgão diretivo. Será uma situação a analisar nos próximos dias tendo em conta também os

Tais como, por exemplo? Precisamos de mais apoios. Para estarmos cá a viver constantemente em grandes dificuldades, não faz muito sentido. Como somos ambiciosos, queremos sempre o melhor para o Clube e, por isso, andar por andar, não faz sentido. Requer outros apoios. Até nesse aspeto, pela situação que o país vive, não tem sido possível desenvolver grandes contactos. Temos passado para o papel aquilo que entendemos ser o melhor para o Clube e, a seguir, vamos ter de avançar para a fase de recolha de apoios para colocar em prática essas ideias. Dois anos de liderança, com toda a experiência já adquirida, não fornecem os dados suficientes para, nesta altura, já saber se vai ou não recandidatar-se? Tínhamos pensado fazê-lo até final deste mês de março. Estes últimos 15 dias não permitiram realizar os contactos que pretendíamos e, por isso, vamos ter de pensar noutras formas de atuação para darmos continuidade a esse trabalho. Como estão os processos do arrelvamento do campo de treinos nº 3 e a finalização das obras dos balneários? Está como se percebe tudo suspenso. Logo que possível vamos terminar o arrelvamento do campo 3. É uma situação que está dependente da Câmara desbloquear a verba necessária. Outra obra que também pretendemos levar a cabo e está prometida pelo presidente da Câmara, Dr. Domingos Bragança, é a renovação da iluminação dos campos. Vamos ver se o conseguimos antes da época terminar.

Esta Direção tem sido alvo de alguma contestação e críticas, relativamente à sua gestão, como o avolumar do passivo (situação que se constatou na última Assembleia-geral) e de ordenados em atraso a técnicos e atletas. Como é que vê essa contestação? Prefiro não comentar esse tipo de questões para não alimentar polémicas. Julgo que até final de Fevereiro se conseguiu reduzir o passivo. Sabemos também que daqui para a frente, a entrada de receitas será praticamente nula e as dificuldades vão ser maiores. Acho que quem faz esse tipo de críticas na praça pública e redes sociais devia ter um pouco mais de respeito pelas pessoas e, sobretudo, pela instituição. Não é o local mais indicado para tratar desses assuntos. Há locais próprios para isso. Algumas críticas são feitas por pessoas que também têm responsabilidades, precisamente, naquilo que criticam. É preciso ter algum cuidado com essas coisas. Estamos preparados e sabemos que há muita gente que quer ocupar o lugar de algumas pessoas que estão nos órgãos sociais do Clube e tem sido por aí que têm surgido mais essas críticas. Mas reconhece que possam existir dificuldades que estejam a impedir de ter os subsídios em dia com técnicos e atletas? É do conhecimento de todos que temos tido muitas dificuldades. É uma situação que acaba por ser normal no dia a dia das associações e que poderá haver pontualmente um ou outro atraso de alguns dias nessas situações. Às vezes temos tudo planeado para receber determinado apoio num dia e, nem sempre dá jeito a quem nos apoia libertar verbas nos dias que pretendemos. Isso faz com que também só consigamos resolver essas questões mais tarde. Acabam por ser situações normais na vida dos clubes. Consegue garantir que na próxima época o CC taipas vai ter todos os escalões de formação em competição? A única garantia que posso dar é que é um objetivo meu deixar as coisas planeadas nesse sentido. Quero o melhor para o clube e, sendo eu ou outra pessoa a liderar o CC Taipas na próxima temporada, quero que isso esteja devidamente acautelado.


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DESPORTO

Clubes desportivos taipenses com toda a atividade suspensa Com o país em suspenso devido à pandemia associada ao Covid-19, também o desporto está a sofrer, obviamente, desse estigma. Todos os clubes taipenses têm a sua atividade suspensa por tempo indeterminado. Atletas vão tentando manter a forma em casa. Não há competição, nem tão pouco treinos. Os clubes de Caldas das Taipas têm toda a sua atividade em suspenso em virtude da pandemia que se atravessa. Mesmo antes de ser decretado Estado de Emergência este cenário já era uma realidade, que foi ganhando forma com a suspensão das principais competições das mais diversas modalidades. Os primeiros sinais foram dados pelas camadas jovens, mas rapidamente esta iniciativa alastrou-se também aos seniores. A Associação de Futebol de Braga foi o primeiro organismo a suspender a sua atividade, emitindo um comunicado nesse sentido no dia dez de março, uma medida com implicações diretas para o CC Taipas. Com 26 jornadas disputadas no Campeonato Pró Nacional os taipenses estão no quarto lugar da tabela classificativa com 49 pontos, estando a nove da liderança. Também os campeonatos mais

jovens estão suspensos. Ainda longe de se imaginar as proporções que, na altura, a epidemia ia tomar, o CC Taipas suspendeu as atividades das camadas jovens, uma medida que se alargou aos seniores. No CART a decisão acabou por ser a mesma, ainda que com menos celeridade no processo. Seguindo as diretrizes da Federação de Patinagem de Portugal, da Federação Portuguesa de Voleibol e da Associação de Voleibol de Braga o CART suspendeu a atividade das camadas jovens. Inicialmente esta decisão não afetava, contudo, as equipas seniores de hóquei em patins e de voleibol feminino. Estas duas equipas continuaram a trabalhar normalmente, uma vez que os jogos não foram suspensos. No hóquei em patins foi decretada uma imposição de 50% da lotação dos pavilhões até a um limite máximo de mil espectadores, o que implicaria alterações num número reduzido de jogos. Esta medida foi revertida no dia seguinte, com a classificação da situação associada ao vírus Covid-19 como pandemia, suspendendo-se por completo a atividade do CART.

O mesmo acabou por acontecer com os Molinhas - Clube de Rope Skipping das Taipas, com o Clube de Ténis das Taipas, com o Clube de Ténis de Mesa das Taipas, com o Clube de Petanca das Taipas e com o Núcleo de Atletismo das Taipas (NAT), que suspenderam toda a sua atividade. Inicialmente algumas instituições ainda adiantaram datas para se reavaliar a situação, mas a suspensão acabou por passar a ter tempo indeterminado. De forma a ultrapassar esta fase diferenciada, os atletas das várias modalidades vão tentando manter a forma em casa, em alguns casos com monotorização do clube, com planos de treino específicos passíveis de ser desenvolvidos em casa. De resto, extrapolando a questão para além da esfera taipense, esta é uma realidade com impacto em todo o mundo do desporto. Inicialmente os jogos do principal escalão do futebol português projetaram-se para ser jogados à porta fechada, mas acabaram mesmo por ser suspensos, assim como o Campeonato da Europa de Futebol e até os Jogos Olímpicos, que foram adiados um ano, passando para 2021

O último jogo da época? 0-2 VIEIRA SC

CC TAIPAS

Jornada 26 - 8 de março de 2020

Passados 15 dias da vitória caseira frente ao Tocatense, o Taipas foi até Vieira do Minho defrontar a equipa local. Neste interregno do campeonato, o Taipas viu o seu melhor marcador (soma 23 golos, o que corresponde a mais de metade PUBLICIDADE

do total de golos dos taipenses), André Martins, ser transferido para Real Massamá. André Gémeo que esta época já jogou a defesa, foi a solução e José Augusto para substituir André Martins nesta partida. O Vieira, que vinha e uma derrota para Taça AF Braga, algo surpreendente, visto que foi com um adversário de divisão inferior, entrou melhor no jogo e nos primeiros 20 minutos dispôs de 2 ocasiões para marcar. O Taipas reagiu e chegou

ao golo por Filipe Gusmão. O defesa esquerdo taipense apareceu sozinho na área e, de cabeça, fez o 0-1. Com este golo o Taipas passou a controlar a partida. A confirmação do triunfo taipense, em Vieira Minho, apareceu aos 80 minutos. Excelente trabalho de Jota dento da área a assistir Best, que, sem oposição, só teve eu encostar para o 0-2 final. Vitória justa da equipa mais esclarecida em campo

PRÉMIO

Clube de Caçadores das Taipas

CRAQUE 2019-2020

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1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º

Filipe Gusmão na liderança

...

Nome

Pts

Filipe Gusmão Luís Rodrigues Basílio Joel Neto Best André Gémeo André Buraco Jota Nuno Almeida João Ribeiro Tiago Vieira Matheus Tácio Vinícius Bebé Kymen Diogo Melo Ritchi Jony João Sousa

76 73 63 62 60 58 51 50 49 42 40 16 15 13 10 10 5 3 3

Classificação Campeonato Pro-nacional - AF Braga - 2019-2020 # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

CLUBE Pevidém Brito Vilaverdense Taipas Forjães Joane Torcatense Arões Ribeirão Prado Santa Eulália Vieira Dumiense Santa Maria Porto d'Ave S. Paio d'Arcos Cabreiros Serzedelo

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58 54 51 49 45 37 36 36 35 35 32 31 31 28 27 26 21 15

26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26

18 16 15 15 13 10 10 10 8 10 9 7 8 7 7 6 5 3

4 6 6 4 6 7 6 6 11 5 5 10 7 7 6 8 6 6

4 4 5 7 7 9 10 10 7 11 13 9 11 12 14 12 15 17

47 31 43 45 42 36 38 39 36 35 29 40 25 28 26 31 22 19

18 17 23 28 29 31 38 44 27 38 43 40 26 40 33 42 37 58


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Mário Dias de Castro Uma personalidade sempre presente O médico, político e dirigente associativo, Mário Dias de Castro, faleceu na madrugada de 14 de março. Com 70 anos, o médico taipense tem a si associada uma vida de dedicação aos outros, quer pela inerência da sua profissão, quer pelo tempo que dispensou a diversas coletividades e à vida política locais. As cerimónias fúnebres, apenas para familiares, realizaram-se no dia 15 de março, pelas 10 horas na Capela de S. Brás, em S. Lourenço de Sande de onde seguiu para sepultar, em Jazigo de família, no cemitério de Caldas das Taipas. O último adeus a Mário Dias foi reservado apenas à sua família, fazendo-se cumprir as recomendações da Direção-Geral de Saúde, numa altura em que todo o país iniciava a sua luta contra a propagação da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Foram muitas as mensagens de condolências, sobretudo nas redes sociais, com destaque para o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e de Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas. A estes, juntaram-se um sem número de mensagens de pessoas que, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, usaram os meios digitais para o realizar. Mário Manuel Remísio Dias de Castro foi o primeiro presidente de Junta de Freguesia de Caldelas democraticamente eleito, nas eleições de dezembro de 1976, pela LIMC – Lista Independente Moradores de Caldelas. Foi também presidente da Assembleia de Freguesia, passou pela presidência da Assembleia Geral dos Bombeiros e do Clube Caçadores das Taipas, bem como, médico pro bono destas duas instituições. Foi, ainda, sócio fundador do clube de Pesca Desportiva de Caldas das Taipas. Foi presidente da mesa da Assembleia do CART, eleito em fevereiro de 1981, vindo a ser eleito presidente da direção, a 24 de outubro, desse mesmo ano. Relativamente ao Clube Caçadores das Taipas, será de salientar a homenagem prestada em abril de 2017, quando o clube associou o seu Gabinete Médico à pessoa de Mário Dias, reconhecendo a sua prestação médica gratuita entre 1979 e 2005. Em fevereiro desse mesmo ano, Mário Dias foi também alvo de uma homenagem do clube rotário taipense, precisamente passados 18 anos da homenagem prestada a Augusto Dias, seu pai, pela mesma associação, que reconheceu o seu trabalho de “excelência” na PUBLICIDADE

área da saúde e a sua participação cívica em Caldas das Taipas. Depois de ter integrado a Comissão de Revisão dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas (1977 e 1978), foi VicePresidente da Direção daquela instituição no triénio 1990/1992, tendo integrado, depois, durante alguns anos, o seu Corpo de Bombeiros, onde chegou a desempenhar funções como Adjunto Médico do Comando. Em 2017, por altura das comemorações do 130.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, foi descerrada uma fotografia sua no Salão Nobre da Associação e foi-lhe atribuída, por deliberação da Direcção, a “MEDALHA DE BONS SERVIÇOS – GRAU OURO” da Instituição, tendo como referencial “os serviços valiosos e transcendentes prestados à Associação”. Mário Dias de Castro, que desde janeiro de 1977, no hospital de Guimarães, iniciou uma carreira dedicada ao serviço médico, referindo que o complemento da sua vida no associativismo foi sempre natural, pois, como afirmou na homenagem dos rotários taipenses, “um profissional deve colaborar com as instituições da sua terra”. Sobre a sua atividade profissional e os princípios seguidos, sempre fez questão de salientar que se pautou “pelo espírito de servir o próximo e minorar ou resolver dentro dos possíveis o seu sofrimento”. Mário Dias também nunca esqueceu o apoio e a força sempre dada pelas mulheres da sua vida (esposa e filhas) nos bons e maus momentos, pois, como afirmava, conviver com um médico de família e uma pessoa ligada ao associativismo, não era uma tarefa fácil para os familiares mais próximos. Foi também distinguido, no passado mês de dezembro, na II Gala “A Terra onde a lua fala”, promovida pelo jornal Reflexo e Junta de Freguesia de Caldelas, na categoria de “Associativismo”. Com o jornal Reflexo, Mário Dias de Castro, manteve, em 1999, colaboração regular na rubrica “Ideias Trocadas” onde sobre determinado tema proposto se pretendia obter posições antagónicas, no plano da opinião. O Reflexo reitera, pois, a todos os seus familiares as mais profundas e sentidas condolências.

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Obituário João Manuel Neves da Silva

No dia 11 de Março, no Hospital Senhora da Oliveira - Guimarães, faleceu o Sr. João Manuel Neves da Silva, com 50 anos de idade, solteiro, residente que foi na Rua da Borralha, Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se na Igreja de Corvite, indo depois a sepultar no cemitério desta comunidade.


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Dos leitores

Pandemia COVID 19 e Assembleia Geral Taipas Termal: Irresponsabilidade ou Intenção? Vivemos tempos difíceis, dificuldades únicas nunca antes enfrentadas pela nossa geração. Mas juntos, com consciência, seguindo as regras e instruções das entidades sanitárias, VAMOS VENCER! Renovo o apelo de que FIQUEM EM VOSSAS CASAS, LAVEM AS MÃOS com frequência, respeitem o DISTANCIAMENTO SOCIAL, APOIEM OS GRUPOS DE RISCO, OS MAIS DESFAVORECIDOS e EVITEM QUAISQUER REUNIÕES DE GRUPO. Todavia, há EXEMPLOS DE IRRESPONSABILIDADE que são absolutamente DISPENSÁVEIS!!! No passado dia 17 de Março de 2020 teve lugar a Assembleia Geral da Taipas Termal (TT), incluindo na Ordem de Trabalhos a aprovação do relatório de contas do exercício de 2019. Como muitos de vocês sabem há várias dúvidas (ou certezas) sobre problemas na gestão da Cooperativa nos tempos recentes. Deixem-me fazer, uma nota prévia: escrevo aqui apenas na qualidade de cooperante da TT. Para aqueles que, como eu – quer como Taipense anónimo, quer como ex-diretor da TT –, dedicaram anos de esforço ao relançar da Cooperativa, este era um momento que requeria o máximo de participação para esclarecimento das dúvidas lançadas na comunicação social sobre a TT. Em devido tempo, alertei, por escrito, o Sr. Presidente da Assembleia Geral (AG) da TT que todas as entidades sanitárias e governamentais desaconselhavam fortemente a realização da mesma nessa data. O Senhor Presidente da AG, Dr. Miguel Oliveira, a quem a última palavra cabia na matéria em questão, decidiu indesculpavelmente desconsiderar o meu alerta. Chamei a sua atenção para a emergência de saúde pública de âmbito internacional, declarada pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, no dia 30 de janeiro de 2020, a classificação do vírus como uma pandemia, no dia 11 de março de 2020; a situação excecional do país e a proliferação de contágio de COVID-19; a eminência de declaração do Estado de Emergência Nacional, pelo Sr. Presidente da República, que se concretizou no dia seguinte ao da assembleia geral da TT; para o apelo que o Senhor Primeiro Ministro lançou, à mesma hora da realização da AG da TT, aos portugueses para recolherem a casa, e ADIAREM TODAS as REUNIÕES DE GRUPO; para o apelo que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães lançou aos vimaranenses para resguardem no domicílio; bem como para o próprio Plano de Contingência da Cooperativa com encerramento de todas as atividades, acionado na manhã do dia anterior, pelo facto do Diretor Clínico da Clínica de Saúde ter entendido (em minha opinião bem) que não estavam reunidas as condições de segurança para evitar a propagação da doença por COVID-19 dentro das instalações da TT.

Em relação à AG da TT assim não foi decidido. Pergunto ao Presidente da AG da TT: PORQUÊ? Mas se o Presidente da AG andou mal, mal andou igualmente o Sr. Presidente da Direção da Cooperativa, Eng. José Maia Freitas, que, como responsável máximo da TT deveria ter, de mote próprio, solicitado o adiamento daquela AG, seguindo o exemplo do encerramento da Clínica de Saúde, em nome da coerência! Pergunto ainda ao Presidente da TT: o porquê de ter encerrado a Cooperativa na 2ª feira, mas só ter publicitado esse facto na 4ª feira, depois da realização da dita Assembleia? Foi coincidência? Pergunto ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Dr. Luís Soares, que em representação da Junta de Freguesia, ocupa o cargo de Secretário da Mesa da AG da Cooperativa, se tem opinião sobre o sucedido e, se sim, qual? Pergunto ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. Domingos Bragança, o que se lhe oferece dizer sobre o assunto, em evidente desconformidade com os seus apelos? O facto é que a realização da AG da TT, na referida data e naquelas condições, padeceu do mais básico senso comum, sendo um ENORME DESRESPEITO pelos cooperantes, e pelos profissionais de saúde que, diária e incessantemente, lutam pelo seu próximo, expondo-se ao risco, e que veem o seu esforço desrespeitado por irresponsabilidades como a realização da AG da TT. FIQUEI PETRIFICADO COM A RESPOSTA ESCRITA QUE RECEBI DO Presidente da AG. Segundo o próprio, a razão para realizar a referida AG nas condições referidas foi “a necessidade de a Cooperativa ter as suas contas aprovadas.... A própria sustentabilidade, o equilíbrio financeiro da cooperativa poderá ser gravemente afetada se esta assembleia não se realizar, para que no final dos próximos meses todos os nossos colaboradores possam receber o sustento das suas famílias, isto é, o seu vencimento”. Fiquei incrédulo: EXISTE PERIGO PARA OS SALÁRIOS DOS MAIS DE 50 FUNCIONÁRIOS DA TT??!!? Tentou passar a ideia que, sem a realização da AG, no final dos próximos meses os colaboradores da TT não iriam receber os seus salários? Porquê? Como se justifica tal? Porque é que os colaboradores da TT correm esse risco e os colaboradores das instituições cujos órgãos de administração tenham adiado a realização das respetivas assembleias gerais de prestações de contas, por causa da Pandemia COVID-19, não correm tal risco? Tendo sido amplamente difundido na comunicação social concelhia as palavras do anterior Presidente da Direção, Dr. Ricardo Costa, e do próprio Ex.mo Senhor Presidente da CM Guimarães, Dr. Domingos Bragança, que a Cooperativa tem sido alvo de uma gestão exemplar, com aumento, inclusive, de recursos humanos, gozando, nas palavas dos mesmos, de saúde financeira, não se alcança a fundamentação do

Presidente da AG da TT. Aliás, CONTRADIZEM-SE! Esta atuação é, mais censurável quando os responsáveis pela TT têm ao seu dispor o Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março que permite a realização de AG das instituições para aprovação de contas até 30 de junho de 2020”. Questionei, o Dr. Miguel Oliveira, sobre que dados possui a suportar a sua afirmação, para contradizer tudo o que foi dito e publicitado pelo Dr. Ricardo Costa e pelo Dr. Domingos Bragança sobre a vitalidade das finanças da TT. Os órgãos sociais da Taipas Termal, transmitiram um terrível exemplo à população contrariando todos os apelos das autoridades sanitárias. Todas as outras cooperativas municipais e associações vimaranenses, adiaram as respetivas assembleias gerais de prestação contas... Todas menos a TT… Tenho verificado sucessivos incumprimentos do Senhor Presidente da AG no fornecimento da informação devida aos cooperantes e tenho fundamentadas dúvidas sobre alguns factos (entretanto algumas já esclarecidas), mas o que se passou neste caso em concreto, levantam-me sérias e legitimas dúvidas sobre muitas coisas que quero ver esclarecidas…e irei ver! Não posso nem quero acreditar que exista aqui uma concertação de ações para (num momento em que a TT tem sido o centro das atenções não pelos melhores motivos), afastar das decisões da TT os cooperantes e atuar sem qualquer tipo de escrutínio e/ou contraditório! É um mau sinal o facto de, passados 5 anos, a única Clínica Médica de Caldas das Taipas que não foi capaz de continuar a prestar cuidados essenciais e urgentes aos seus doentes foi a da TT. Ficou assim afastada de participar na luta contra esta Pandemia do COVID 19 e de aliviar, quando possível, a sobrecarga do Sistema Nacional de Saúde (ao contrário de todas as suas Clínicas concorrentes locais) e de acordo com os pedidos da Direção Geral de Saúde. A Clínica Médica, representa a maior fonte de receita da TT (segundo o relatório de contas que me foi apenas parcialmente cedido). Estes números têm de ser explicados! O atual presidente da Direção da TT, Eng. José Maia Freitas, que integrou as anteriores Direções do Dr. Ricardo Costa, pode explicar a presente falta de condições que motivou o encerramento da Clínica? Onde está o tão anunciado “investimento”? Não deixarei de pugnar por aquilo em que acredito, e eu acredito, como Taipense, que a Cooperativa Taipas Turitermas, Caldas das Taipas e Guimarães merecem o melhor. A irresponsabilidade ou as “intenções” têm de ter consequências! Recuso-me a aceitar a atitude do “vale tudo”!! SÓ VALE TUDO CONTRA O COVID 19! O arco-íris vai voltar! Vamos cumprir as normas e salvar vidas! Hélder Pereira, cooperante da Turitermas

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