Junho de 2020 / Ano XXVII / #288
Publicação Mensal
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00
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Feira semanal regressou após doze semanas, mas com medidas de contenção pp. 10 e 11
FOTO: LIMA PEREIRA
COVID - 19
A vila tenta retomar a sua vida comercial reportagem pp. 4 e 5
A história de um Pandemia deixa Freguesias a norte Bombeiros das Taipas casal que se curou da do concelho com com “futuro sombrio" Covid-19 novas intervenções
CC Taipas reformula estrutura do futebol e aponta ao play-off
Principais fontes de receita impedidas de funcionar, casos da piscina e do transporte prescrito.
O casal passou cinco semanas confinado, um em cada quarto, seguindo as normas da DGS.
Diversas obras marcam este período do ano e os clubes preparam nova época desportiva.
Com eleições marcadas para 13 de junho, o clube pretende imprimir uma nova dinâmica.
p. 6
p. 8
pp. 14 a 16
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CASA DE PARTIDA
SOBE EDITORIAL Alfredo Oliveira
Antes de depois de 22 de março A 18 de março foi decretado, pelo Presidente da República, estado de emergência em Portugal, face à situação excecional provocada pela pandemia COVID-19. No dia seguinte, o Conselho de Ministros aprovou um decreto, a entrar em vigor às 00:00 de dia 22 de março, que nos levou a uma série de medidas de confinamento e isolamento social que teve, naturalmente, consequências económicas e sociais nunca vistas. Passados 71 dias, o país tenta retomar o que lhe foi tirado por um vírus, de que muito se fala, mas para o qual não há uma solução à vista. O dia 1 de junho marca uma nova viragem na evolução das medidas que o país tem implementado para se ultrapassar a crise da pandemia. Depois do confinamento, o tempo é de recuperar a economia. O povo português gosta de viver sob pressão. Quando ela existe, as respostas aos problemas são tomadas e assumidas mais rapidamente. Numa linguagem popular, somos um povo do “desenrasca”. No início da pandemia, ninguém estava preparado para tal. O quê? Um vírus na China? Eles que se entendam, nunca chegará a Portugal e ainda podemos ganhar com isso. Depois, foi o custar a reconhecer o que se estava a passar, precisamente porque não estávamos preparados. A história das máscaras é o mais exemplificativo, “não serviam para nada” porque não as tínhamos e tivemos de ficar em casa. Agora que as temos, fica-se com a ideia que funcionam como vacina e, como tal, podemos regressar em força à vida normal. Vamos todos para a rua, pois temos de pôr a economia a funcionar o mais rapidamente possível, pois há negócios que não podiam continuar muito mais tempo encerrados. O que se espera dos governantes, pois são os líderes, é que saibam liderar e que informem as populações, algo que não tem funcionado como deveria ser. O aparecer constantemente não é sinónimo de uma informação credível, ainda por cima, quando em tão pouco tempo, apresenta sinais contraditórios. É nas crises que se conhecem os grandes líderes, esperemos que em Portugal e na União Europeia eles se revelem. É também nas grandes crises que se fazem grandes fortunas. Esperemos que esses líderes também estejam atentos aos oportunismos sem controlo.
reflexo O Norte de Guimarães
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Centro Cívico e antigo Mercado
Pensão Vilas
Duas obras estruturanUm silêncio ensurdetes que, sem discutir mérito cedor à volta de um projeto e função das mesmas, vão, que deu que falar durante ao que tudo indica, avançar uns bons anos e que agora, muito em breve. ninguém parece querer falar O Centro Cívico das do assunto. Taipas vai sofrer uma proDepois de inúmeras trofunda remodelação. Uma cas de argumentos entre obra de quase 5 milhões de os partidos políticos com euros, a realizar num prazo assento na Assembleia de de dois anos, a que falta Freguesia, dos quais à data apenas o visto do Tribunal das discussões mais quentes, de Contas para avançar. ainda fazia parte a CDU O antigo Mercado, tem (a par de PS e CJpG), os intervenção de remodelação últimos desenvolvimentos anunciada para o corrente “oficiais” remontam a demês de junho. Um inveszembro de 2016 quando a timento de 172 mil euros Assembleia de Freguesia de para refrescar e transformar Caldelas não permitiu que a um espaço icónico da vila Freguesia vendesse a Pensão das Taipas, numa praça de Vilas à Associação para o convívio. Desenvolvimento Integrado das Taipas (ADIT). O silêncio, por parte da ADIT e da Junta de Freguesia de Caldelas, tem sido a “alma do negócio”.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 288/ Junho de 2020 / Ano XXVII Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 // PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Lybra Ibts, Sociedade Unipessoal Lda.; Pedro Filipe de Azevedo Oliveira Marques Vieira; José Henrique Fernandes da Cunha; Alfredo Jorge Salazar Rodrigues de Oliveira; Manuel António Martinho da Silva; António Paulo Duarte Marques de Sousa DIRECTOR Alfredo Oliveira REDAÇÃO José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Pedro Vilas Cunha e Bruno José Ferreira CONTACTO Av. da República, 21 – 1.º Dto. - Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@ reflexodigital.com TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga Rua de Sta. Margarida, 4 A - 4710-036 Braga COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Manuel Ribeiro; Augusto Mendes; Pedro Martinho; Teresa Portal REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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REPORTAGEM
Desconfinamento dá confiança mas ainda não afasta o medo REFLEXO
nos táxis, pelo menos aqui, nem com máscara nem sem máscara. Ainda há muito receio”, garante, enumerando o leque de despesas que se mantêm mesmo sem estar a ter rendimentos. “Esplanada foi uma lufada de ar fresco”
Estabelecimentos comerciais e de serviços voltaram a abrir portas. A retoma do comércio é tida como um passo para a normalidade que, no entanto, ainda não é uma realidade. A reabertura serve como balão de oxigénio para os proprietários, mas o medo ainda assombra. “Nova realidade” é uma expressão que nos últimos tempos tem assumido papel de destaque na sociedade, tal como a palavra desconfinamento que, com as medidas de contingência adotadas nos espaços públicos, levam a que o panorama que vivemos nos dias que correm seja diferenciado daquilo que se vivia antes da pandemia. A tal nova realidade. Um ato simples, banal até, como ir a uma esplanada ganhou novas regras, a entrada em estabelecimentos comerciais obedece também a novos padrões e até andar na rua parece diferente, com a desconfiança estampada em cada rosto e um distanciamento a sair quase instantâneo e receoso a cada cruzamento com outras pessoas. O Reflexo foi sentir o pulso a vários setores de atividade com o intuito de perceber como está a ser encarada esta fase de
desconfinamento e de abertura de vários serviços que até agora estiveram inativos. A abertura de portas é encarada como positiva, mas não deixa de ser um mal menor para os proprietários de estabelecimentos. “Retoma? Esta tarde não fiz nenhum serviço”
“As Taipas está como nunca esteve” atira Manuel Oliveira para início de conversa. Taxista com a sua praça de táxis no coração da vila, na Avenida da República, Manuel Oliveira é natural de Vila Nova de Sande e reside atualmente em Ponte, fazendo do centro das Taipas a sua base de trabalho. As horas acumuladas no centro da Avenida da República nos últimos quarenta anos levam-no à tirada de partida, catalogando este momento como ímpar. O taxista teve de parar a sua
atividade ao perceber que dia após dia não tinha qualquer corrida para fazer. “Nunca fui obrigado a parar, mas tive de parar por vontade própria devido à falta de clientes. Tive dias em que vim para aqui de manhã e fui embora à noite sem realizar um único serviço. Vendo como as coisas estavam, fiquei em casa, deixei-me estar em casa. À noite a mesma coisa. Vinha sempre para aqui à noite, mas ultimamente nem tenho vindo. Vou jantar e acabo por ficar em casa”, revela. Neste momento a movimentação nas ruas tende a aproximar-se do normal, mas nos primeiros tempos de pandemia a situação atingiu proporções difíceis de imaginar. “Agora já anda mais gente na rua, à noite não sei que nem venho cá, mas os colegas dizem que anda bastante gente nas caminhadas. Mas ao fim-de-semema, venha aqui por exemplo no domingo de tarde
que vai perceber. Não se vê carros, não se vê pessoas, não se vê nada. Tive aí domingos em que não via uma única pessoa a andar por aqui a pé. Passava um carro ou outro, mas pessoas não se viam. Acho que isto nunca mais chega ao que era”, desabafa. Em relação ao deconfinamento, e áquilo que se perspetivava que fosse uma retoma económica, no caso do ramo de atividade de Manuel Oliveira essa retoma ainda não se faz sentir, até porque trata de uma atividade que implica a convivência num espaço limitado, explica. “Retoma? Isto continua igual. Estive aqui esta tarde inteira sem sair, eu e outros colegas. Não está a ser retoma nenhuma. Por agora está igual. Se alguém precisar disto para comer, destes dois ou três meses, não se safa. Passa fome”, aponta. “As pessoas têm de vir com máscara, é obrigatório, mas
Na mesma rua central da vila, uns metros abaixo, a Pastelaria Doce Partícula retomou a sua atividade após ter fechado. Numa primeira fase a opção foi reduzir o horário de funcionamento, mas a evolução da pandemia levou a que o estabelecimento fechasse mesmo antes de tal ter sido obrigatório. Pelo meio, a gerente Juliana Silva apostou no serviço de take-way e entregas ao domicílio, abrindo apenas para vender pão à porta do estabelecimento. “Pensámos que quinze dias fechados seria suficiente para que se controlasse o vírus, possibilitando retomar desde logo. Mas fomos percebendo que se trata de um processo em que cada passo é uma coisa nova e sentimo-nos com reticências. A realidade é que as pessoas têm medo de estar cá dentro, preferem sempre a esplanada”, refere ao nosso jornal, assegurando que “a abertura de esplanadas foi uma lufada de ar fresco”. O volume de negócio continua longe de ser o desejado, aquele que se verificava antes da pandemia e aquele que por norma já se fazia nesta fase do ano. A quebra de faturação é uma realidade, assim como a adaptação à tal nova realidade. “Temos o processo de trabalhar com tabuleiro, as pessoas vêm buscar para não haver contacto com o cliente. Mas é um processo complicado. Sinto que as pessoas têm medo, principalmente de entrar cá dentro”, aponta, já nem se falando da questão da máscara, do álcool gel e do distanciamento, hábitos que parecem estar a enraizar-se de forma simples. Mas, mesmo assim, o processo não está a ser propriamente simples. “Estamos a tentar por alguns hábitos nos clientes, para não haver complicações, mas isso é um processo difícil porque alguns clientes não aceitam muito bem. Fechámos as casas de banho, por ser um foco de maior probabilidade de poder haver contágio, mas há pessoas que não entendem, assim como o facto de deixarmos de ter o jornal, que anda de mão em mão e nós não queremos isso. Mesmo na questão
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A “nova realidade” está aí, não se sabe por quanto tempo, nem as marcas que irá deixar para o futuro. da máscara, há sempre um ou outro cliente que não respeita, que vinha sem máscara, obrigando-nos a exigir isso”, assegura. Na opinião de Juliana Silva a preocupação maio de alguns clientes nem é tanto o vírus e a questão de saúde pública, mas sim as coimas que podem ser aplicadas. “Não acho que os clientes tenham medo do vírus, o que me vou apercebendo é que alguns clientes têm medo das multas. Temos apelado à consciência dos clientes para que cumpram as normas, para o bem de todos, porque não queremos voltar a fechar”, alerta. Take-away “não dá para manter uma casa”
A adaptação tem sido outra das palavras-chave dos tempos que correm, com a necessidade de fazer ajustes às normas impostas pelas autoridades competentes. Também O Diplomata, reconhecido snack-bar situado na Rua Professor Manuel José Pereira, passou por esse processo de adaptação, sendo o serviço de take-away uma das medidas implementadas. O confinamento levou a que este serviço tivesse mais procura, inclusive com o Primeiro-ministro, António Costa, a incentivar a sua prática, mas a realidade é que não é suficiente. “A seguir à Páscoa, logo no fim-de-semana seguinte, abri em take-away e até tem corrido bem mas não chega para manter uma casa nem para pagar as despesas. Dá jeito, mas não chega”, começa por explicar David Marques, gerente d’O Diplomata. Neste caso, foi optado por aderir ao lay-off parcial e o estabelecimento está aberto apenas ao fim-de-semana. “Ainda só tenho trabalhado ao fim-de-semana, ou seja abro à sexta-feira, ao sábado e ao domingo. Timidamente as pessoas começam a sair de casa, mas isto ainda não está nada de especial. É sempre melhor do que está parado, mas estando em lay-off parcial cheguei à conclusão que não se justificava estar aberto à semana”, aponta. Também neste caso a esplanada tem sido um importante aliado para ajudar as pessoas a fintar o medo do vírus. O tempo tem ajudado, mas até esse fator pode influenciar a retoma esperada. “Só tenho trabalhado com a esplanada, nem tenho aberto a sala. O tempo tem convidado e pelo que percebo as
pessoas procuram mais a esplanada e não querem estar em espaços fechados, têm esse receio. Adaptámos a esplanada, conseguimos manter o mesmo número de mesas mas com uma configuração diferente, mais afastadas e esperemos que o tempo também dê uma ajuda, porque assim as pessoas procuram mais. Não pode vir frio e chuva, se não a história vai ser diferente”, atira David Marques. Na ótica do empresário do ramo da restauração nem foi assim tão complicado como se perspetivava aplicar as medidas da Direção Geral de Saúde, mas “não deixa de ser constrangedor” repetir cetos rituais. “No princípio fiquei assustado com tantas medidas que eram faladas. Na prática até tem sido relativamente simples. Obviamente que não é a mesma coisa, aumentámos as distâncias, colocámos o gel à porta, andámos com material de proteção e temos tentado, por exemplo, colocar os talheres em sacos e colocar poucas coisas na mesa para não contactar com tantos objetos. Penso que as restrições não foram assim tantas, quando abrir a sala o cuidado terá de ser maior, mas vários dos cuidados recomendados já tínhamos como desinfeção de talheres e outros utensílios. Não deixa de ser constrangedor, mas é aplicável”, assegura. “É preciso uma casa estável para pôr a segurança em primeiro lugar”
Durante o confinamento quase chegou a pegar moda cortar o cabelo em casa, especialmente na vertente masculina. Com as barbearias fechadas, desenrascar foi a palavra de ordem, numa corrente incentivada até por figuras públicas que aderiram a cortar o cabelo em casa. Sendo este ramo de atividade de risco elevado, pela exigência de contacto direto que não permite manter a distância recomendada, os cuidados são redobrados. É assim que se tem trabalhado no salão Barbosa Cabeleireiros & Estética, situado na Alameda Rosas Guimarães, junto ao Parque das Taipas. Medidas que não permitem laborar na plenitude. “Não podemos trabalhar a 100 por cento, porque com estes cuidados todos só se pode servir metade das pessoas que servíamos anteriormente. Nos primeiros dias o medo era maior, se calhar até da nossa parte também. É importante
termos consciência do trabalho que temos de fazer, perceber o porquê de o fazer e não só para cumprir regras, porque senão, no caso destes estabelecimentos, tenho dúvidas que funcione. Duvido que toda a gente cumpra os cuidados, porque é fácil haver descuidos. Para se ter todos os cuidados é necessário que a casa esteja estável, para olharmos para a segurança como primeira prioridade e não o lucro”, assegura José Barbosa, proprietário. Depois de dois meses sem atividade, a reabertura foi feita com várias preocupações. Os barbeiros operam de máscara, luvas, óculos e até uma capa, assim como as cadeiras estão forradas a película para permitir a desinfeção. Para já só se corta cabelo, tendo a barba de ficar para uma fase posterior. “Ao olhar pela saúde do cliente estou a olhar pela minha saúde, pela da minha família e por quem trabalha comigo, o que é o mais importante. Há clientes que dizem que estamos a exagerar, mas mais vale prevenir do que remediar porque não temos o conhecimento total disto. No dia antes de fechar, ainda tinha clientes e não era obrigatório fechar, mas notei que havia medo por parte dos clientes: poucas falas e um cenário atípico”, atira. Pouco tempo antes da pandemia, no Barbosa, como é conhecido o salão, passou a cortar-se o cabelo apenas por marcação através de uma aplicação móvel. Uma inovação que acabou por ser crucial nesta fase. “Há clientes que até brincam, dizendo que eu já estava a prever isto tudo, preparando uma aplicação com antecedência. Foi na hora certa, porque caso contrário teria agora de alterar o funcionamento para trabalhar por marcação. Alterar à pressa o modo de trabalho, a juntar a tudo isto, seria complicado. Com as marcações online estamos a trabalhar e a agenda gere-se quase automaticamente, porque nesta fase é impensável estar a atender o telefone, até porque nem convém. Cheguei a ter uma fila de espera de sensivelmente três semanas, mas neste momento já está tudo a voltar à normalidade”, assegura. Cortar o cabelo, andar de táxi, ir a uma pastelaria ou a um snack-bar não é, definitivamente, igual. A “nova realidade” está aí, não se sabe por quanto tempo, nem as marcas que irá deixar para o futuro.
REFLEXO
José Barbosa passou a cortar o cabelo por marcação através de uma aplicação
David Marques abriu, para já, a esplanada com todas as condições de segurança.
Manuel Oliveira nunca viveu nada assim. Teve dias sem um único serviço.
Juliana Silva acredita que as pessoas vão começar a utilizar mais vezes a esplanada
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REPORTAGEM
Pandemia deixa Bombeiros das Taipas com “futuro muito sombrio" REFLEXO
permanente, temos um piquete permanente de doze homens, temos de lhes pagar as refeições, enfim, é sempre uma despesa extra. Para já promessa de subsídios ainda não há. Ao que parece iremos ter 5mil euros de subsídio por todo o trabalho relacionado com a Covid-19, mas é manifestamente insuficiente”, revela. Da parte do município, José das Neves Machado falou com Domingos Bragança antes do início da pandemia, que se comprometeu a auxiliar. “A um mês, talvez, do início da pandemia falei com o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, foi ele que me telefonou, e disse-lhe que a situações estava mesmo muito feia. Disse para contarmos com a Câmara Municipal de Guimarães, que o município teria de assumir alguma coisa. Perguntou quanto precisaria, mas o que disse é que naquela altura não sabia. Só quando isto entrar na nova normalidade, porque sabemos que como era nunca mais será”, aponta. Um apelo para aumentar o número de associados
Para fazer face a esta
As despesas mantêm-se e as receitas caíram abruptamente. Fugir aos despedimentos será uma missão hercúlea na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas uma vez que pela frente há “uma enorme incerteza”. Serviços à população ainda não falharam. Um pouco por todos os setores da sociedade a pandemia Covid-19 tem deixado a sua marca e até instituições nevrálgicas como os bombeiros estão a sentir fortemente o impacto do momento atual que atravessamos. Com uma situação estável até à pandemia, perspetivando até obras de fundo na piscina, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas têm pela frente “um futuro sombrio”. Com as principais fontes de receita impedidas de funcionar, nomeadamente a piscina e o transporte prescrito, o presidente dos Bombeiros das Taipas, José das Neves Machado, olha com grande incerteza para os tempos vindouros. Os pilares da receita dos Bombeiros estão comprometidos
Em declarações ao Reflexo, o líder máximo da instituição há sensivelmente 27 anos dá conta da situação. “Olho para o futuro
dos Bombeiros Voluntários das Taipas como sendo um futuro muito sombrio, porque os dois pilares de receita que tínhamos deixámos de ter; os transportes e a piscina, no caso da piscina encontra-se encerrada e não sabemos até quando, e os transportes começaram a funcionar mas para já com muita gente. Nos dias em que começámos a trabalhar os transportes estão a dar prejuízo, seria melhor estar parados. Quando iniciámos estes transportes estávamos a fazer um quinto dos transportes considerados normais. Não sabemos o que vai ser o futuro, porque as despesas, essas, são certas, e a receita está como referi”, explica, acrescentando que apenas no dia 18 de maio começaram a ser feitos os primeiros serviços de transporte. Este cenário leva a que a manutenção de todos os postos de trabalho não possa ser um dado adquirido. “Estamos numa enorme incerteza; não podemos prever o
que vai ser o futuro. Não sei se poderemos evitar o desemprego. Temos uma despesa considerável em salários”, assume José das Neves Machado, assegurando que “para já ainda não falhou nada, nos serviços prestados à população, nomeadamente socorro”. No que ao material de proteção diz respeito, os Bombeiros das Taipas tiveram de comprar material mesmo tendo recebido muitas ofertas por parte de particulares, contrariamente ao que tem acontecido do Estado. “Do Estado não recebemos praticamente nada, recebemos há dias umas pequenas coisas a nível de material. Nesse aspeto os particulares têm sido exemplares, como têm sido sempre ao longo da história. Já nos deram muitas máscaras, viseiras e fatos. Mas mesmo assim tivemos de comprar também como despesas nossas. Mas nunca faltámos a serviços pela circunstância da Covid-19, felizmente nunca falhámos. Mas claro, é uma despesa
situação complicada, José das Neves Machado apela à população para aumentar o número de associados. “A angariação de mais sócios seria sempre uma das formas de conseguirmos alguma coisa. Infelizmente não vamos poder contar muito com o tecido empresarial, porque sabemos como algumas empresas vão ficar, e esta era uma receita que tínhamos anualmente bastante considerável”, argumenta. Obras na piscina em stand-by Projetadas para e iniciarem durante o mês de maio as obras de fundo a que a piscina dos bombeiros seria sujeita estão, para já, em stand-by. Tal como o Reflexo deu conta, esta obra que inicialmente estava orçada em sensivelmente um milhão de euros ia reformular por completo esta valência, mas não irá avançar como estava inicialmente previsto. “Está tudo em stand-by, porque não há dinheiro. Uma bolsa que tínhamos razoável para começar as obras, nunca daria para pagar tudo, obviamente, nem metade, mas aproximava-se dos 50 por cento, vamos gastar esse dinheiro em transportes”, diz José das Neves Machado.
Covid-19: Bombeiros das Taipas retomaram cobrança de quotas
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas retomou a cobrança de quotas. Esta ação por parte dos bombeiros taipenses estava suspensa devido à pandemia Covid-19, mas foi, entretanto, retomada. “Informamos os nossos Associados que retomamos a cobrança das quotas através dos nossos cobradores devidamente
identificados”, pode ler-se nas redes sociais da corporação taipense de bombeiros. Tal como é referido, a cobrança é feita pelos cobradores habituais, que se apresentam devidamente identificados para fazer a cobrança aos associados da Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas.
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Caixa solidária tem ajudado várias famílias nas Taipas BRUNO JOSÉ FERREIRA
Câmara Municipal entregou máscaras de proteção aos Bombeiros das Taipas e de Guimarães
BRUNO JOSÉ FERREIRA
A Câmara Municipal de Guimarães, nomeadamente a vereadora Sofia Ferreira, que tutela a Proteção Civil no concelho, procedeu à entrega de material de proteção aos Bombeiros das Taipas e de Guimarães, nomeadamente máscaras de combate a incêndio florestal e, ao mesmo tempo, de proteção devido à pandemia. Ao todo o município adquiriu três centenas de máscaras para distribuir pelas corporações vimaranenses, mas também pelos Bombeiros de Vizela, Riba D’Ave e Vila das Aves, bombeiros que também operam em Guimarães. As referidas máscaras, conhecidas como máscaras florestais, proporcionam um elevado nível de proteção ao utilizador, com o benefício de bloquear a inalação de fumo e partículas de cinzas, sendo resistente a temperaturas até 1400 graus. Rafael Silva, comandante dos Bombeiros das Taipas, esteve na entrega destes equipamentos, referindo a sua importância. “Este equipamento é muito importante para os elementos do corpo de bombeiros, PUBLICIDADE
trata-se de um equipamento caro, que o município adquiriu, e muito bem, para proteção individual do corpo de bombeiros. Nesta fase do DECIR 2020 (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais) é complicado o combate estando a atravessar esta pandemia, propusemos a compra deste equipamento, sendo que logo na primeira hora o município colaborou e é uma grande ajuda para os bombeiros do concelho de Guimarães. Trata-se de um apoio enorme ter esta máscara para cada elemento, cada elemento vai ter a sua própria máscara”, disse. Sofia Ferreira, destacou a “estreita colaboração entre o Município e os Bombeiros, no sentido de criar e disponibilizar as necessárias condições para o desempenho na nobre função em protegerem os nossos cidadãos”, acrescentando que este apoio tem como objetivo “ajudar os nossos bombeiros com equipamentos essenciais para o combate aos incêndios rurais, devidamente adequados ao momento que vivemos por causa da pandemia da COVID-19”.
“Leve o que precisar, deixe o que quiser”. A mensagem que consta na caixa solidária das Taipas é esta, replicada de outros locais com mais vírgula ou menos vírgula. A ideia é simples, consiste em colocar caixas em pontos estratégicos de forma a que a população seja capaz de fazer face aos constrangimentos sociais provocados pela pandemia. Assim, quem puder deixar bens alimentares, ou outros, tem nestes locais um sítio para o fazer, assim como quem tiver necessidade pode recorrer aos bens lá depositados. Maria da Luz, comerciante taipense que tem um estabelecimento na Praça Dr. João Antunes Guimarães está diretamente ligada à implementação deste movimento nas Taipas e conta ao Reflexo como é que tudo de processou. “Muito sinceramente, não me apercebi do que se estava a passar. Como fechei a loja e não vinha cá, não percebi que a necessidade era tanta. Mas quem passa por cá à noite
percebe que é diferente. Outra das pessoas que está envolvida nisto, que tem um estabelecimento comercial de restauração, começou a perceber que havia pessoas a pedir comida. Comentou comigo esta situação da caixa solidária, que estava já a ser falada nas redes sociais e nos órgãos de comunicação, sugerindo que podíamos fazer uma caixa solidária nas Taipas. Ao princípio não estava a perceber muito bem a ideia, não sabia se deveria ser alguma organização ou instituição a fazer isto, mas fomos percebendo que era mesmo assim, pessoas anónimas a colocar a caixa solidária”, revela. As dúvidas eram muitas quanto à implementação da iniciativa, mas a vontade de fazer algo imperou e bastou uma caixa e uma tabuleta para a caixa solidária
DR das Taipas entrar no ativo de uma forma que surpreendeu as próprias autoras. “Com algumas dúvidas lá avançámos, tínhamos a caixa em casa, não foi preciso muito. Não esperava é que isto estivesse neste ponto. Quando começou e vi os casos a aumentar vi que está mesmo complicado. Quando se vê estes casos percebe-se que há pessoas com dificuldade na alimentação, o que está a ser surpreendente. Dizer que isto está mau é uma coisa, perceber a aflição de quem não tem o que por na mesa é muito diferente. Às vezes são pessoas que conhecemos, nalguns casos até já temos o contacto e até vamos levar a casa. Já fizemos isto a seis ou sete famílias. Também há pessoas que vão à caixa que são toxicodependentes, que normalmente já passam dificuldades mas agora ainda é pior”, conta, revelando que é também no período noturno que as pessoas mais tiram bens. No reverso da medalha, Maria da Luz reconhece que “as pessoas têm sido solidárias” e têm ajudado a manter sempre a caixa com alguma coisa, acrescentando que muitas vezes os bens essenciais estão a ser colocados e há já pessoas a questionar se podem tirar. “Já tive situações de estar a colocar bens na caixa e ser abordada por pessoas a perguntar se podiam pegar. É tudo dado de coração, de pessoas anónimas que vêm nesta iniciativa a possibilidade de dar o seu contributo, uma vez que não estão envolvidas em nenhuma instituição”. A meias com este auxílio prestado a título individual, as promotoras da ideia de implementar a caixa solidária nas Taipas têm apelado às famílias com quem têm tido contacto para reportar a situação às entidades competentes, nomeadamente a junta de freguesia, para que possam ser referenciadas convenientemente.
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REPORTAGEM
A história de um casal que se livrou da Covid-19, após 5 semanas em casa Bruno Ferreira
Preferem manter o anonimato, mas não se escusam a contar a história, quase interminável, de cinco semanas em que estiveram confinados, um em cada quarto, seguindo as normas dos serviços médicos. Os sintomas foram ligeiros, mas o receio foi inquietante. Texto Bruno José Ferreira A Covid-19 alterou hábitos de uma forma geral, com um impacto estrondoso na sociedade. Mas teve ainda mais peso na vida de um casal que foi infetado pelo novo coronavírus. Contam a sua história o Reflexo, preferindo manter o anonimato. Uma história em que nunca um período de cinco semanas foi tão longo. As regras parecem ser do conhecimento geral, toda a gente parece ter presente a forma de fazer isolamento mas a sua operacionalização não é tão simples como pode parecer, garantem. O vírus entrou em casa por via do emprego de um dos conjugues, e num dos casos foram necessários três testes de despiste para que fosse possível gritar liberdade. Ainda numa fase embrionária desta pandemia, a garganta teve um ligeiro arranhar, mas nada que os tradicionais comprimidos para o efeito não resolvessem. A cabeça também doeu ligeiramente mas o descanso atenuou tudo. A vida seguia normal, até que um telefonema do delegado de saúde fez juntar as peças. Um trabalhador próximo
estava infetado e havia a possibilidade de contágio. Quando à partida nada fazia suspeitar de um caso da Covid-19, após esse telefonema os sintomas, afinal, pareciam dar sinal. “Nuca pensei que fosse o vírus. Os sintomas eram todos normais, até a tosse seca que normalmente tenho nesta altura do ano. Mas quando juntei tudo no decorrer do telefonema percebi que podia estar infetada. Tive de ir fazer o teste a Braga, foi na fase de maior aperto em que era difícil arranjar testes e para fazer em Guimarães só conseguiam três dias depois”, conta a esposa, que de imediato se confinou a um quarto. O contágio do marido foi inevitável e a nova rotina também, ele que antes de saber o resultado da esposa deixou também de ir trabalhar por precaução. Sintomas foram ligeiros mas a rotina tornou-se penosa
“Nuca tive dores insuportáveis, ou sintomas que se possam considerar verdadeiramente incomodativos. Na realidade a doença nunca foi um grande mal para nós, mas
o confinamento a meias com as notícias constantes sobre o tema levaram a que houvesse receio, ainda para mais quando havia tanta e tão diversificada informação. É óbvio que, mesmo não sentido grande coisa a nível físico, tive receio. Afinal, mesmo a percentagem sendo baixa, diariamente era, e é, feito o balanço do número de mortes e nós estávamos a passar pelo mesmo. Estávamos no meio daquele número de infetados, mesmo sem sentir grandes dores a realidade é que estávamos doentes. O que víamos diariamente? Centenas de mortes em Itália, ventiladores necessários em Espanha, hospitais de campanha a serem montados e os cemitérios a fazerem-se curtos. Como não haveríamos de pensar em tudo isto?”, questiona o marido. Ambos testaram positivo, seguindo-se cinco semanas em que estar em casa foi como uma prisão. Cada um esteve confinado num quarto, a casa de banho não pode ser partilhada e a desinfeção dos espaços tinha de ser constante, da loiça, da bandeja das refeições que
eram feitas nos quartos, dos talheres. Como a imunidade não era, e continua a não ser, uma certeza absoluta, não contactaram durante cinco semanas, para evitar que quem se livrasse primeiro do vírus não corresse o risco de voltar a ser infetado. “Há muita informação mas também muita incerteza. Quando isto começou diziam-nos que teríamos de fazer dois testes negativos. Volvidas cinco semanas com apenas um teste foi possível retomar a nossa vida, regressar ao trabalho. A médica de família ligava-nos todos os dias, para perceber a evolução da situação e dar indicações, prescrever os testes. Felizmente não passou disso, mas o arrastar do tempo começou a ser penoso, principalmente quando os testes de despiste, dois meus e um da minha esposa, deram positivos. Tínhamos quem nos trouxesse as compras, nunca nada nos faltou, mas ver as pessoas da janela e até dentro de casa, para sair do quarto, andar de máscara tornou-se uma rotina demasiado pesada”, recorda.
Respira-se melhor mas o receio ainda não passou
Ao segundo teste de despiste a esposa ficou positiva, o marido ainda teve de esperar. A garganta de vez em quando arranhava, perderam ligeiramente o paladar. As dores do corpo também foram sentidas, a nível muscular e dores de cabeça. Mas o que mais inquietou foi estar fechado dentro de quatro paredes. “A internet pode levar-nos a qualquer lugar e a televisão mostrava-nos o que se passava lá fora, mas não deixávamos de estar dentro daquelas quatro paredes. A família foi importante, claro, nunca faltou uma palavra e tudo o que necessitámos. Mas não é a mesma coisa e o desgaste foi enorme”, atiram. Já retomaram a vida que tinham antes de terem sido infetados e respiram melhor nesta fase. “Nem imaginam o que uma simples caminhada pode significar”, diz o marido, mas o receio ainda não passou. “Já nos disseram que a máscara não é necessária em algumas situações, mas mesmo assim ainda tenho muito receio de sair à rua sem máscara”, assegura. Durante este período as únicas saídas que tiveram foi mesmo para a realização dos testes. Um medo aterrador a sair, parecendo não pertencer ao mundo lá de fora. “Até para fazer os testes era um misto de sentimentos, Por um lado saímos de casa, mas por outro lado saímos com medo de tudo o que mexia, com medo quase de trocar no próprio carro. Não se pode dizer que fazer o teste com a zaragatoa seja algo muito difícil, ou aflitivo, mas a verdade é que causava algum desconforto momentâneo” Quase sexagenários, não estavam enquadrados nos grupos de risco, passaram por isto ao de leve, mas ao mesmo tempo não esquecem as cinco semanas fechados em casa. “Penso que não ficamos com qualquer sequela, a nível da doença não podemos dizer que realmente tivesse sido algo doloroso. Mas o confinamento aliado ao receio, esse sim, foi duro. Uma coisa é estar em casa, poder andar livremente em toda a casa, sair para uma caminhada ou para ir às compras. Mas, outra coisa é estar sempre no mesmo quarto, quase já sem posição para estar e com receio do que poderia estar para vir porque na realidade ainda ninguém sabe muito bem como isto é e, mais importante, como irá embora”, atira.
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Junta de Freguesia de Caldelas distribuiu desinfetante pelos clubes e associações
A Junta de Freguesia de Caldelas está a distribuir material desinfetante, nomeadamente álcool gel, pelos clubes e associações da vila
como mais uma forma de combate à propagação do novo coronavírus. Prevenindo a retoma por parte dos clubes e associações, por forma
a que esta mesma retoma se processe de forma mais segura e cumprindo as normas da Direção Geral de Saúde, a Junta de Freguesia de Caldelas tem, então, distribuído desinfetante. Neste grupo de clubes e associações incluem-se: Clube de Ténis de Mesa das Taipas; Clube Caçadores das Taipas, Cart Taipas; CNE – Agrupamento 666 Caldas das Taipas; Moto Clube das Taipas; Clube de Petanca das Taipas; Núcleo de Atletismo das Taipas; Clube de Ténis das Taipas; Taibombar; Rotary Clube de Caldas das Taipas; Banda Musical de Caldas das Taipas; Molinhas – Clube de Rope Skipping das Taipas.
Junta de Freguesia recolheu 1800 kg de alimentos
Para dar resposta às necessidades da população, nos dia nove e dez de maio a Junta de Freguesia de Caldelas promoveu uma recolha de alimentos para o Banco de Bens de Necessidade da Vila, recolha esta que se realizou em quatro estabelecimentos comerciais: Intermarché, Villa T, Supermercado Teresinha e Novidade. Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, esteve presente nesta recolha e destaca a forma entusiasta como a população aderiu. “Para nós foi uma alegre surpresa porque a comunidade respondeu de forma muito entusiasta e solidária ao apelo que dirigimos. Recolhemos 1800kg de produtos alimentares, e foi um sucesso, porque nos permitiu criar uma bolsa de PUBLICIDADE
bens de primeira necessidade para as pessoas que estão em situação de fragilidade. Foram dois dias de muito trabalho, mas foi também recompensador. Tivemos quarenta voluntários a trabalhar connosco, entre escuteiros, bombeiros, escolas, e outros, e também cidadãos que se juntaram a nós nesta recolha e deram o tempo por bem entregue. O resultado foi muito positivo e estamos ajudar muitas famílias, houve uma procura substancial de famílias a pedir apoio”, refere em exclusivo ao Reflexo. A ambição da junta de freguesia passa agora por dar uma resposta mais alargada, complementando os cabazes de forma equilibrada. “A ideia é que as famílias que necessitam beneficiem de um cabaz
para um mês. Pretendemos dar outras respostas, do governo e do município, para que não se esteja a sobrecarregar o Banco de Bens da nossa freguesia nem o nosso orçamento. Uma das deliberações que tivemos é que a junta de freguesia vai completar os cabazes com peixe, fruta, legumes e carne, para que os cabazes sejam equilibrados. Pedimos a uma nutricionista para fazer esse cabaz, para que possa ser compatível com o número de pessoas do agregado familiar, se são adultos ou crianças, para poder proporcionar uma dieta equilibrada e não só à base de massa, arroz ou feijão, os produtos que normalmente são recolhidos nestas iniciativas”, frisa Luís Soares.
OPINIÃO
A PANDEMIA E O ENSINO COMO ACELERADOR Augusto Mendes
Caro leitor, Todos nós, direta ou indiretamente estamos a viver uma nova fase de ensino com a qual sequer tínhamos sonhado. Ver, no ano de 2020, os nossos filhos voltarem à telescola era impensável antes desta pandemia. Então vê-los ter aulas com o professor, na presença de todos (QUASE TODOS) os colegas de turma era uma utopia. Mas está a acontecer, e na generalidade a avaliação que faço, até pelo exemplo caseiro, está a ser muito positivo. Os professores e os Pais que acompanham os filhos em casa têm tido aqui um trabalho de acompanhamento que, não substituindo o presencial, ameniza muito esta falta que a escola faz às nossas crianças. Nota-se ainda assim a falta que eles sentem dos amigos, das brincadeiras, dos recreios e do seu ambiente natural. Mas esta pandemia tem sido um grande acelerador tecnológico não só no ensino, mas também a nível empresarial. Dizem alguns estudos que estão a ser feitos investimentos em tecnologia nas empresas pensados apenas para daqui a 5 ou 10 anos. Mas no que diz respeito ao ensino o acelerador tem sido em dois sentidos, completamente opostos. Se por um lado temos o acelerador tecnológico a proporcionar todas as condições para as aulas on-line, do outro lado temos o acelerador da desigualdade social a acelerar à mesma velocidade. No que diz respeito às escolas da nossa Vila assistimos a um trabalho fantástico de todos. Comunidade escolar, Associações de Pais, Câmara Municipal, Junta de Freguesia e população em geral uniram-se e conseguiram que todos os nossos alunos tivessem acesso a um dispositivo que lhes permite ter as aulas on-line. Mas não foi suficiente. O acelerador da desigualdade social acelerou aqui a grande velocidade e os alunos que não tinham ligação à Internet em casa estão ainda sem acesso às aulas. Passado mais de um mês. Devemos aqui todos meter a mão na consciência e assumir que falhamos. Uma falha irreparável infelizmente. Não consigo imaginar uma família com um filho nesta situação. Estamos a viver um mundo novo para o qual, em nenhum setor, alguém estaria preparado, mas temos de ser nesta altura ainda mais fortes na luta contra a desigualdade social e tomar, se necessário, medidas extraordinárias.
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REPORTAGEM Nova vista sobre a feira retalhista: regresso com a esperança que se volte ao que era antes REFLEXO
Feirantes e clientes voltaram a poder fazer a Feira Semanal das Taipas no primeiro dia de junho, após quase três meses de suspensão devido à pandemia. A organização foi elogiada, mas o negócio nem por isso. Há o receio que nada volte a ser como antes. Texto Bruno José Ferreira
Doze semanas depois da última feira semanal das Taipas, realizada a 6 de março, o primeiro dia de junho significou uma nova fase de desconfinamento com o regresso da feira retalhista. Não é uma novidade nestes tempos, mas continua a ser algo a ter em conta. O regresso da feira retalhista fez-se com novas regras, com álcool gel sempre presente, acesso restrito permitindo apenas a presença de três centenas de pessoas em simultâneo no recinto, obrigatoriedade de usar máscara ou viseira, e atendimento a um único cliente de cada vez. Novas regras que se fizeram cumprir através de segurança privada, estando também a Guarda Nacional Republicana (GNR) atenta a um possível aglomerar de pessoas. Com os devidos distanciamentos PUBLICIDADE
entre feirantes, a feira esteve bem composta e contou com um número considerável de clientes, obrigando, por vezes a um pequeno período de espera para proceder à entrada. Para a maioria dos feirantes a feira semanal das Taipas não foi a primeira desta fase de desconfinamento, uma vez que em locais vizinhos a respetiva feira já tinha sido retomada na semana anterior, tal como em Guimarães e em Fafe. Atendendo às circunstâncias atuais a organização da feira semanal das Taipas correu dentro do perspetivado, mas o volume de negócios ainda é motivo de receio. Foi isso mesmo que o Reflexo percebeu desde as primeiras horas de feira, em que o ambiente foi diferente. A azáfama esteve como que amordaçada, assim como o
apregoar tradicionalmente virtuoso por parte dos feirantes. Tudo parece mais tímido, mais apreensivo e apressado. Dois meses sem feira provocaram um “enorme rombo”
Maria Júlia é feirante há sensivelmente meio século, vendendo artigos de pronto a vestir para homem e senhora. Em tantos anos de feiras, em tantos quilómetros de estrada e tantas montagens e desmontagens da banca, nunca pensou viver uma situação semelhante, ainda que os primeiros indicadores vindos das China tenham provocado, de imediato, um certo receio. “Nunca na minha vida passei por uma situação destas, nem perto de imaginar. Como em tudo,
há altos e baixos, passámos por fazes menos boas, algumas crises, mas como o que estamos a passar agora não. Longe de prever que isto ia acontecer. Se bem que, quando vi na televisão como as coisas estavam na China temi que se ia estender para outros lados”, revela. Ao fim de contas foram dois meses completamente parada, sem fazer uma única feira. “Um enorme rombo, sem dúvida alguma; não se ganhou nada e continuámos a ter, naturalmente, as nossas despesas”, aponta. Esta segunda-feira lá estava, como sempre, na feira da sua terra. Uma retoma lenta, em que o negócio está longe de ser atrativo. “Ainda é muito recente, poucas vendas. Vai-se fazendo alguma coisa, em casa é que não se faz nada e o pouco que vem é melhor do que nada. Mas, a verdade é que neste momento não faz falta comprar roupa, é uma realidade, até porque o dinheiro vai escasseando, não há poder de compra”, atira Maria Júlia. Entre uns primeiros indicadores que não deixam um sorriso de orelha a orelha, resta a esperança de que as coisas vão melhorar. “Creio que isto vai voltar à normalidade, mas não vai ser já. Por isso, temos de nos habituar a conviver com isto, com máscara e desinfetante. Estou convencida que, descobrindo-se a vacina ou outro meio, isto voltará à normalidade”, remata. “Vamos alternando entre máscara e viseira para descansar”
O preço quase que é secundário. Quase. Para já as prioridades vão sendo outras, como discutir que utensílio será mais eficaz, máscara ou viseira. Sara vende nas feiras há quinze anos e vai alternando entre viseira e máscara, para descansar um pouco. A exemplo do que aconteceu em Fafe e em Guimarães as coisas estão bem organizadas, mas
é um processo cansativo. “Está a correr bem este regresso, a nível de organização. As pessoas usam máscara e distanciam-se, mas para nós é complicado estar um dia de trabalho de máscara. Vamos alternando entre máscara e viseira, para descansar também um pouco. As coisas estão bem organizadas, mas não há dinheiro”, revela. Vendedora de utensílios de moda, nomeadamente bolsas de senhora, cintos e outros, reconhece que as vendas não estão famosas. Ainda para mais, admite, os artigos que vende não são de primeira necessidade. “Este ano vai ser complicado, já deu para ver isso. Para comer toda a gente procura, é a última coisa à qual se falha, mas para nós é complicado. São mais artigo de vaidade e não estamos nesse tempo”, sublinha. Pelo meio sobram, naturalmente, lamentações pelo interregno e dúvidas para o futuro. “Foram quase três meses, desde o diz onze de março, que a mercadoria ficou na carrinha. Foi muito difícil. Estivemos em casa sem ter por onde ganhar dinheiro. As despesas continuaram na mesma e são certinhas”, destaca Sara. “Não há festas, as pessoas não precisam de sapatos”
Natural de Guimarães, Urano Silva tem nas Taipas a sua segunda-feira após o confinamento. Esteve em Guimarães na sexta-feira e a perspetiva não foi animadora com a primeira amostra. “Não se vende”, garante, até porque não houve muita gente para comprar em Guimarães. O relato deste vendedor de artigos de calçado assemelha-se no que toca à feira das Taipas. “Até agora as pessoas vinham, falavam, matavam saudades, viam amigos. Agora as pessoas vêm com destino ao que têm de comprar e nem olham para o resto. Nem apreciam o que há para
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BRUNO JOSÉ FERREIRA
como já disse”, assegura o feirante de Santo Estêvão Briteiros. Torce para que esteja enganado, mas não antevê facilidades para o regresso à normalidade. “Isto está a ser péssimo. As pessoas não têm dinheiro, também não deixam entrar as pessoas à balda para as feiras, o que condiciona sempre. Estamos preparados, temos o gel desinfetante e tudo, mas não é a mesma coisa. Espero estar enganado, mas vai ser difícil regressar ao normal. As pessoas têm receio, não há dinheiro. Muita gente não ganhou, por
isso também não tem para gastar”, assegura Alberto Silva. Fica a certeza de que os últimos três meses foram penosos para quem vive das feiras, mantendo as carrinhas apetrechadas sem poder montar a banca. A organização das feiras convence, permite regressar ao ativo em segurança, mas daí a significar uma retoma restam dúvidas. Não há dinheiro, nem abertura para espreitar os artigos que não sejam essenciais.
Luís Soares faz balanço positivo da reabertura da feira
ver”, aponta com um encolher de ombros esclarecedor. Tal como no caso de Sara também os seus artigos parecem não ser necessários nesta fase. “Este ano as senhoras não precisam de tacões para nada. Não há festas, não há casamentos, batizados, não há nada, as pessoas não precisam de sapatos. E também, tem que se dizer, não há dinheiro. Se por vezes as coisas já não estava muito bem, o poder de compra não era o melhor, então agora ainda pior”, deixa escapar. Um cenário que leva o feirante vimaranense a duvidar dos tempos vindouros. “Foi um tempo difícil estar sem feiras, e continua a ser, porque parece-me que isto não vai PUBLICIDADE
ser como era. Os sapatos estiveram na carrinha, agora temos as recomendações, o álcool gel está visível, as pessoas só não tomam as precauções se não quiserem. Com isto tudo não é a mesma coisa, com todos os cuidados, quase que nos preocupamos mais com isso do que com o essencial e aquilo que nos trouxe cá, que é vender”, frisou ao Reflexo. “Se não se ganha não há para gastar”
Ali ao lado os utensílios de cozinha são dispostos de forma alinhada. A banca está praticamente ao lado, mas mandam as novas regras que ainda se notem alguns metros de distância para o brilho
das panelas na banca de Alberto Silva, feirante de Santo Estêvão de Briteiros. Esteve em lay-off, mas na realidade não se tratou de uma ajuda considerável para quem continuou a ter de pagar diversas despesas sem ver entrar qualquer cêntimo. “Foi difícil estar três meses, menos uma semana, sem fazer uma única feira. Para quem vive das feiras, é extremamente complicado”, relata. “Continuámos a ter as nossas contas para pagar: água, luz, gás… Metemos no lay-off, mas aquilo que deu… Pagámos a caixa e depois é que recebemos, mas o que sobra para pouco dá. Continuámos a ter despesas, menos o lugar nas feiras. De resto, mantivemos as despesas,
Operando um plano logístico diferenciado, de forma a garantir todas as exigências impostas pelas autoridades competentes, a Junta de Freguesia de Caldelas, nomeadamente o presidente Luís Soares, faz um “balanço positivo” deste regresso, destacando que a feira semanal é muito importante para a centralidade da vila. “Faço um balanço positivo, primeiro porque pudemos assegurar que os vendedores retomassem a sua atividade depois de um período em que aquilo que é o seu sustento para o dia-a-dia foi interrompido; uma segunda nota para aqueles que estavam habituados a comprar na feira semanal e podem retomar a sua vida com produtos com qualidade e, sobretudo, em condições de segurança; uma terceira nota para agradecer à Câmara Municipal de Guimarães, à Associação de
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Feirantes do Porto, a todos os feirantes e a todos os clientes que ajudaram a que a feira pudesse retomar em segurança, sem grande alterações e, sobretudo, contribuindo para que este caminho seja um caminho de não regresso”, aponta. Reorganizar a dinâmica da feira foi um processo árduo mas ao mesmo tempo satisfatório. “Trabalhámos para garantir todas as condições necessárias, como a reorganização dos feirantes para haver distanciamento. Apresentámos uma proposta equilibrada, foi um trabalho difícil mas de muita proximidade em que reunimos duas vezes com os feirantes. Estamos satisfeitos, para a vila das Taipas é importante porque esta centralidade faz-se também com a feira semanal, hoje tivemos muita gente na vila”, conclui Luís Soares em declarações ao Reflexo.
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ATUALIDADE Pavimento voltou a aluir junto à feira e provocou danos materiais num automóvel MANUEL ANTÓNIO SILVA
Novo quartel da GNR das Taipas em validação por parte do MAI O pavimento voltou a aluir na Rua Padre Silva Gonçalves, junto ao recinto da feira semanal das Taipas, provocando danos materiais numa viatura que passava no local no preciso momento em que se de verificou o aluimento. Devido às chuvas fortes que se fizeram sentir no dia 31 de maio, o aluimento verificado é de grandes dimensões, tendo cerca de quatro metros de profundidade. Recordese que após a intempérie do final do ano esta mesma rua esteve vários dias com um pequeno buraco precisamente neste local. Na noite deste domingo, cerca das 22h30, voltou a aluir, desta feita criando uma cratera no solo. “Foi um estrondo enorme, inimaginável. Vinha no carro com a família e,
sem perceber como, senti o carro a bater no chão, o quadro; felizmente consegui passar para o outro lado”, reportou, no local, o proprietário do veículo que sofreu danos. Para além de sofrer danos visíveis em ambos os pneus da frente, dado o impacto e a sinalização da própria viatura, a mesma teve de ser rebocada do local. “Pode ser um grande estrago, não sei, o estrondo foi enorme e acendeu a luz do motor de imediato. Foi um grande susto, podia ter corrido muito pior”, revelou, prometendo apurar responsabilidades. No local esteve a Guarda Nacional Republicana (GNR) das Taipas, que de imediato interditou a passagem de trânsito nesta rua central das Taipas.
A junta de Freguesia de Caldelas pronunciou-se sobre a situação, informando que reportou o sucedido às autoridades responsáveis. “Apesar das intervenções levadas a cabo pela Câmara Municipal de Guimarães e Vimágua no passado, esta noite voltou a aluir parte do pavimento na Rua Padre Silva Gonçalves (junto ao recinto da feira semanal), devido à forte chuva verificada. A Junta de Freguesia já comunicou às entidades competentes assim como à Polícia Municipal”, pode ler-se na comunicação. No dia seguinte a este incidente a Câmara Municipal de Guimarães mobilizou uma equipa para a Rua Padre Silva Gonçalves com o intuito de reparar o pavimento.
A Câmara Municipal de Guimarães espera poder ver as obras do novo quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) avançarem até setembro, após ter sido votada a minuta de contrato de cooperação interadministrativo para execução da obra na reunião de câmara de segunda-feira, 1 de julho. O Reflexo questionou Domingos Bragança sobre o estado do processo referente ao posto territorial da GNR de Caldas das Taipas, que referiu que o processo está em fase de validação junto do Ministério da Administração Interna. “Neste momento estamos a validar o programa funcional. Este programa funcional não é definido pela câmara; trata-se de um programa que contempla várias fases, nomeadamente de arquitetura. Acho que o que interessa
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é fazer bem, todos estes procedimentos são demorados, não só para o município de Guimarães mas para todos os municípios, é a legislatura que temos de cumprir, e neste caso entre acordos, quem paga a obra é o Ministério da Administração Interna, e são eles que definem o programa funcional, porque eles é que sabem”, referiu Domingos Bragança após a reunião do executivo. Logo que a situação avance, o procedimento será o mesmo que se está a verificar em relação a Lordelo, e a autarquia irá dar andamento ao processo. “O quartel da GNR das Taipas está, então, em fase de validação de programa funcional. Vai acontecer o mesmo que está acontecer com o posto de Lordelo, quando tivermos acordo vamos fazer a execução da obra”, frisou Domingos Bragança.
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Remodelação do Antigo Mercado avança em junho após adjudicação da obra DR
OPINIÃO Manuel Ribeiro
REPUGNANTE
O concurso público da obra de remodelação do Antigo Mercado das Taipas já foi concluído, pelo que a empreitada terá início no decorrer do mês de junho. A empresa Monteiro Queiroz, Unipessoal será a responsável pela remodelação deste espaço central da vila, obra que terá o custo de sensivelmente 172 mil euros (172.400,00 euros). Sabe o Reflexo que foram apresentadas sete propostas para a adjudicação da obra e tal como foi dado conta na edição de maio, o projeto do Antigo Mercado terá
uma exposição da Vila das Taipas e receção a turistas. Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas dá conta que este será um espaço com história. “Este é mais um compromisso que tínhamos com a população e que será cumprido. Será um espaço de história, porque não destruímos nada que tenha que ver com a memória do Mercado da Vila das Taipas e acrescentamos valor porque albergará uma exposição sobre a nossa identidade coletiva, a identidade dos taipenses”, assegura.
A Junta de Freguesia de Caldelas está já a trabalhar no conteúdo funcional que será implementado na exposição sobre a Vila das Taipas e também no posto de acolhimento e receção que será criado para turistas, assim como nos espaços de convívio. A intenção é “privilegiar atividades que acrescentem valor para que o espaço seja uma praça de convívio” nestes espaços que serão concessionados.
Subida da temperatura "abre época balnear" na Praia Seca
A subida da temperatura nos últimos dias levou a que a época balnear fosse aberta precocemente no
Parque de Lazer da Praia Seca. Tal como a imagem documenta, têm sido várias as dezenas de jovens,
e não só, que têm usufruído do espaço recentemente remodelado. A procura tem sido feita, tal como referido, essencialmente por jovens, à boleia do interregno das aulas presenciais em virtude da pandemia, mas ainda assim é possível ver pessoas de várias faixas etárias na Praia Seca. De resto, este espaço foi alvo de intervenções no decorrer da semana, uma vez que estiveram a ser realizadas pequenas reparações junto ao rio para corrigir estragos provocados pela subida do caudal do rio no período de inverno. Para além das idas a banhos nas águas do Rio Ave, os banhos de sol no areal são outros dos atrativos, assim como a recreação com a bola, que continua a ser uma realidade mesmo em tempo de pandemia.
Em tempos de pandemia houve um surto de necessidades de géneros alimentícios, para uma camada da população, que não é explicável numa sociedade que respira – dizem – economia em crescimento e de um estado social – dizem – tão abrangente quanto as politicas dirigidas a conquistar consciências com míseros euros que se limitam a satisfazer o limiar da sobrevivência. Quando as necessidades básicas são aproveitadas pelo poder politico para conquistar e condicionar consciências, não há nada mais de repugnante. Como foi amplamente noticiado, a necessidade de géneros alimentícios, de refeições não emergiu dos funcionários públicos que não perderem um tostão e uma qualquer regalia; não emergiu da grossa turba de reformados cuja pensão não faltou nos moldes habituais; nem daqueles que, trabalhando no sector privado, mantiveram o emprego e a retribuição. A nova “horda de esfomeados” surgiu naqueles que trabalham por conta própria; dos que ficaram desempregados, dos que não receberam o salário devido, dos que trabalham a recibos verdes; dos que dependem doutros para terem que fazer; dos que dependem da sua iniciativa e da normal actividade económica. Sim, esses que trabalham por conta própria, em nome individual ou sob a fachada de uma sociedade comercial cuja actividade gerem com o nome pomposo de gerente, fundindo essa condição com a de único trabalhador, afinal, um trabalhador e gerente dele próprio, ou, na maior parte das vezes, com mais um trabalhador e com a família incluída. Só agora, no raiar do mês de Junho, em fase de despegamento da pandemia, depois de quase três meses de míngua e sob a muita pressão, lá aprovaram um apoio de € 219,00 que pode chegar aos € 635,00. Eles, que pagam IVA, IRS/IRC, taxas, selos, segurança social, por eles e pelos colaboradores, só depois de se clamar pela injustiça do seu esquecimento são contemplados com o “milho” sobrante. Para reforçar que não foram os “famintos” crónicos, os “sem abrigo” que reclamaram refeições para si e para a sua família. Foi um novo tipo de desprotegidos que não carecem de classificação, de registo, de apreciação em tempos de “normalidade”, abordados por assistentes sociais burocráticas, essas que fazem perguntas a quem não quer ser perguntado. Foram esses, essa nova gente, que o Padre Rubens – ilustre Taipense – invocou para justificar o aumento exponencial das refeições que distribuía na sua paróquia. Ali, ninguém pergunta quem és, o que fazes, o que precisas, na certeza de que entrar numa fila a céu aberto, com jornalistas e televisões por todo o lado, já é um castigo severo para quem se sente humilhado por passar no limbo de tão triste destino. A sociedade civil das Taipas compreendeu esse fenómeno e implementou a “Caixa Solidária” que abastecia de forma anónima quem necessitasse e recolhia de quem doava. Surpreendida com tal iniciativa, a Junta de Freguesia reagiu tarde. Em bom rigor, quem necessitasse e não tivesse outros apoios, quando a Junta chegou já tinha falecido. E chegou com a carga burocrática que não é admissível em tempos de pandemia: com hora marcada; com entrevista, com identificação, com, afinal, humilhação acrescida não compaginável com a emergência da situação. E o local escolhido não foi um qualquer local recatado; foi na sede transformada em mercearia. Repugnante abusar das necessidades mais prementes da sobrevivência para retirar apoios políticos. Como dizia o chefe deles todos: REPUGNANTE.
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FREGUESIAS Quinta da Ribeira, em Ponte, será considerada Património Cultural Bruno Ferreira
A Quinta da Ribeira, também conhecida como Casa da Ribeira, em Ponte, está em vias de ser classificada como Património Cultural Imóvel pela DireçãoGeral do Património Cultural do Departamento de Cultura do Governo, sendo o primeiro espaço da freguesia com tal designação. PUBLICIDADE
São quase quatro dezenas de hectares onde se combina a floresta com terreno agrícola, contando com a passagem do Rio Ave pelo meio, dotando esta quinta de características particulares e difíceis de encontrar paralelo. Ao centro a casa senhorial do séc. XIV, com o seu estilo típico e traços de fino recorte
histórico, impõe a sai imponência. Domingos Menezes é o atual proprietário, seguindo a tradição de família e preparando-se também ele para dar sequência ao legado, deixando a responsabilidade de zelar por tão delicado espaço aos filhos. Em conversa com o Reflexo dá conta do agrado com o evoluir
do processo de certificação. “Será a primeira casa aqui na região com esta certificação. O pedido já foi feito há bastante tempo à Direção-Geral de Cultura do Norte, mas por diversos fatores o processo arrastou-se no tempo. É com agrado que vemos que está a evoluir favoravelmente . Estamos impressionados com a rapidez do processo e com as possibilidades que isto têm”, revela o proprietário. Estas “possibilidades” são percetíveis a cada recanto da quinta, a cada virar de esquina e em cada ínfimo pormenor. Desde a decoração aos jardins cuidados, passando pela piscina ou pela capela sempre por entre vegetação própria e, por vezes, até desalinhada tal como a natureza se encarregou de definir o aspeto da referida quinta. A produção de vinho é a principal atividade da Quinta da Ribeira, onde se pratica agroturismo. “Aquilo que praticamos aqui é agroturismo, porque isto é uma unidade agrícola que tem turismo. Originalmente esta é uma casa agrícola, uma quinta, e é nessa base que foi pedida a classificação. A nível de agroturismo esta casa já está
classificada desde 1995. Na altura pensou-se que seria uma maneira de ajudar a manter a quinta, porque como se pode imaginar, manter um espaço destes acarreta muitos custos. Para manter os traços e o aspeto, por exemplo, qualquer intervenção que se faça aqui é uma intervenção complicada”, aponta Domingos Menezes. Com a classificação como Património Cultural, cujo processo de certificação já foi publicado em Diário da República, este espaço terá mais um motivo de interesse a juntar a classificação de agroturismo e também à mata da quinta e algumas árvores que também se encontram devidamente classificadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Para já, tal como vários ramos de atividade, também a vertente turística está posta um pouco em causa nestes tempos devido à pandemia; os meses de abril, maio e junho estavam repletos de marcações que acabaram por ser canceladas. No processo de produção vinícola, a aposta é para manter, sendo que a vinha será reformulada.
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Domingos Bragança visitou obras na União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim Bruno Ferreira
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, esteve na União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim para acompanhar o desenvolvimento das obras em curso naquela freguesia. Juntamente com Vítor Pais, presidente da referida união de freguesias, Domingos Bragança visitou as obras de requalificação e ampliação da Escola de Fafião e esteve também nas obras de construção do novo cemitério, uma obra há vários anos desejada. Na visita à E scol a EB 1 / JI de Fafião o edil vimaranense PUBLICIDADE
demonstrou a sua satisfação pelas condições que estão a ser criadas. “As condições de ensino, segurança e de sustentabilidade são muito importantes para ajudar na construção do futuro das nossas crianças”, referiu Domingos Bragança. Adelina Pinto, vereadora com o pelouro da Educação, marcou também presença na visita. Este novo edifício está dotado de condições de habitabilidade e sustentabilidade energética, num só piso, onde alberga a biblioteca, sala para ATL, gabinete administrativo e ainda apoio ao jardim-de-infância, com
destaque para o espaço exterior, com parque de jogos equipado com piso sintético Em relação ao cemitério, Vítor Pais, presidente da junta de freguesia, sublinhou a necessidade que há pela conclusão desta obra, reforçando a ambição de vários anos de poder contar com um novo cemitério que contará com 122 novas sepulturas, o que permitirá solucionar um problema que se arrastava. “Trata-se de uma obra há muito ansiada pela população”, sublinhou Vítor Pais.
Via “muito importante” requalificada em Souto São Salvador
A Rua 24 de Junho e a Rua da Saudade, na União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar estão a ser requalificadas pela Câmara Municipal de Guimarães. Dois importantes acessos à freguesia, as referidas ruas estão a receber um novo pavimento, assim como a rede de águas pluviais e construção de passeios. Fernando Cardoso, presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar, referiu em declarações ao Reflexo que esta se trata de “uma obra muito importante” para a freguesia. “Para quem vem de Selho é
uma das vias principais de acesso à freguesia e é também uma via essencial para quem se desloca para o centro de Guimarães, não tendo de passar pelo trânsito na zona de Ponte”, refere. Recentemente Domingos Bragança visitou o andamento da empreitada, juntamente com o presidente da junta de freguesia. O líder máximo do município considerou esta obra um exemplo. “Este é mais um exemplo de uma obra que pretendemos implementar e servir a população a cem por cento, com o cuidado da segurança rodoviária e segurança dos peões”, frisou.
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FREGUESIAS Drenagem de águas residuais aumentada em Briteiros S. Salvador e S. Leocádia e em Souto S. Maria, S. Salvador e Gondomar BRUNO FERREIRA
A Vimágua encontra-se a proceder à extensão das Redes de Drenagem de Águas Residuais na União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia e também na União de
Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar. Nesta obra serão instalados sensivelmente 870ml de coletores para prestar serviço a três dezenas de habitações, o que beneficiará cerca
de 90 habitantes destas freguesias, nomeadamente na Rua do Serrado na União de Freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia e também Rua Emília Fernandes Ribeiro, Rua da Carreira e Rua do Falcão na União de Freguesias de Souto, Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar. A referida obra de extensão das Redes de Drenagem de Águas Residuais representa um custo global superior a 74mil euros. A rede de saneamento de águas residuais a instalar constitui uma ampliação da rede existente a jusante, sendo feita a ligação à rede existente que está ligada ao sistema em alta, que encaminha os efluentes para a ETAR de Serzedelo”, explica a Vimágia e comunicado.
Escola EB1/J1 de Casais, em Brito, será requalificada
O executivo vimaranense deliberou na última reunião de câmara, no dia 1 de junho, o início do procedimento de requalificação da Escola EB1/JI de Casais, em Brito. “Há muito a necessitar de uma intervenção”, conforme confidencia PUBLICIDADE
a o Reflexo a presidente da Junta de Freguesia de Brito, Fátima Saldanha, a referida requalificação contemplará “uma obra considerável de fundo”, orçada em sensivelmente 880 mil euros mais IVA, mais precisamente 879.792,39 +
IVA. A vigência do contrato a celebrar para a realização da obra será́ de 270 dias. “Fui acompanhado as várias fases do processo, será uma remodelação considerável”, complementa Maria Cardoso. Na mesma reunião foi também deliberada outra obra de interesse para a vila de Brito, nomeadamente a requalificação da Estrada Municipal 584, que faz a ligação com a freguesia de Leitões. A empreitada não deverá exceder 1.327.110,71€ + IVA, sendo que Fátima Saldanha destaca a necessidade de intervenção nesta via. “A par de outras vias está a precisar, trata-se de uma boa notícia, uma vez que é uma obra muito ansiada na freguesia”, reconhece.
Freguesias unem-se para disponibilizar transporte gratuito até ao centro de Guimarães
Três freguesias circunvizinhas uniram esforços para proporcionar à população transporte até ao centro de Guimarães. Atendendo ao estado de calamidade em que o país se encontra, com os transportes públicos a não estar ainda a funcionar em pleno, foi operacionalizada esta solução conjunta. Assim, a partir desta segunda-feira, 25 de maio, um autocarro fará a ligação entre a União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar, Prazins Santa Eufémia e União das Freguesias de Prazins Santo Tirso e Corvite e o centro da cidade de Guimarães. Devidamente identificado com o nome das três freguesias, o autocarro “começará o seu trajeto às 7h da manhã na rotunda em Garfe e apanhará toda a gente que se situar nas paragens até à fronteira da União das Freguesias de Prazins
Santo Tirso e Corvite com a Vila de Ponte”, anunciam estas freguesias. Este serviço funcionará enquanto os transportes públicos não forem retomados, sendo que não está estabelecido um horário de passagem em cada uma das paragens de cada freguesia, pelo que os interessados devem deslocar-se atempadamente para cada paragem. Este transporte é gratuito e assegurado pelas freguesias referidas. “O principal objetivo é que as nossas populações, já muito afetadas pela falta de transportes nesta zona do concelho, possam retomar parte da sua atividade diária e resolver muitos dos problemas que se foram acumulando ao longo do tempo em que estiveram em confinamento e sem nenhum tipo de transporte público”, referem em comunicado.
coisas de antanho
Caldas das Taipas a (des)propósito XXXIII
Caldas das Taipas atenta nas comemorações do duplo centenário de Portugal
por Carlos Marques
Aproveitou bem, e esteve mais uma vez no seu melhor a Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, sabendo da grande apoteose que é sempre o ano 40 de cada século, quando Portugal comemora o seu duplo centenário, o da fundação no século XII e o da restauração no século XVII.
OUVIR
TRÊS TRISTES TIGRES Mínima Luz (edição de autor, 2020)
Há muito tempo que não recebíamos um novo disco dos Três Tristes Tigres. ‘Mínima Luz’ veio por fim a esse espaço de tempo que vinha já desde o ano de 1998, altura em lançaram ‘Comum’. Costuma dizer-se que o tempo é bom conselheiro. Porém, neste caso, esta estreita a margem de erro expectável. ‘Mínima Luz’ é uma síntese de um tempo presente, mas que sintetiza também o passar
A Junta de Turismo, que até tinha poder para lançar impostos sobre todo o negócio ao redor do turismo que só depois de arrecadado atribuía uma parte à Câmara, a instituição que mais fez pelas Taipas no século passado e que tanta falta lhe fez e faz. Com ela não teríamos tantas perdas desde logo o acesso às estradas de primeira ordem que sempre tivera, obviamente não deixaria perder o acesso directo à Auto Estrada. Para obtenção do então muito difícil título administrativo de VILA a toda a povoação de CALDAS DAS TAIPAS, em requerimento com a Junta de Freguesia, sabendo do seu real valor e poder toma a dianteira e requere-o ao Ministro do Interior, só mais tarde, e, apenas por mero formalismo este pede pareceres a Câmara Municipal, ao Governo Civil do Distrito e à Junta de Província do Minho. O Povo das Caldas das Taipas ansiava a aura invisível do seu progresso, na perspectiva da aurora redentora do seu ressurgimento, sabia da existência dum escuro véu a tapar-lhe a luz da sua fogueira esperança. Eram estes os seus votos ardentes, e as pessoas manifestam-se exactamente nos termos destas palavras ao poder de então, porque afinal de contas o título de vila não lhe trouxe, como ainda hoje não lhe confere poder algum.
do tempo. Foi assim com ‘Guia Espiritual’ e com ‘Comum’ - ouvidos hoje soa perfeitamente atuais e atualizados. Mantém a voz sinusoidal de Ana Deus e as palavras afiadas de Regina Duarte. O tratamento sonoro é obra meticulosa de Alexandre Soares. Poderemos voltar a falar daqui a 20 anos, que continuaremos a falar de um disco extraordinário.
Texto Paulo Dumas
VER
MISTÉRIOS DE LISBOA de Raúl Ruiz (2010), com Maria João Bastos, Adriano Luz, Ricardo Pereira, Catarina Wallenstein entre outros.
Documento do Ministro do Interior, Mário Pais de Sousa
Naquelas comemorações, quinze dias antes da atribuição do título de 19 de Junho, o nosso Presidente da Junta de Turismo, José Eduardo de Carvalho Crato aloja na sua casa de Caldas das Taipas, o seu amigo Eng. Duarte Pacheco, ministro das Obras Públicas, e traz para estadia no melhor hotel concelhio, o Hotel das Termas das Taipas, as personalidades mais representativas
da Nação Portuguesa, onde pontificava a família da mais importante figura do Estado, o Presidente da Republica, General Óscar Carmona, de todo o ilustre Corpo Diplomático sedeado em Portugal, como ainda da Embaixada Extraordinária do Brasil, tendo todos saído daqui lisonjeando o carinho recebido e das belezas observadas na região de Caldas das Taipas.
Continuando o confinamento, vemo-nos forçados a fazer em casa o que fazíamos fora dela, em circunstâncias normais. A sugestão deste mês vai para a ‘A Herdade’, filme de Tiago Guedes, que sai para os cinemas em 2019, mas que foi transmitido recentemente em quatro episódios na RTP1. Trata-se de um épico, que acompanha uma família desconjuntada na defesa das suas terras,
desde a década de 1940 até à atualidade. A vastidão do horizonte como metáfora de um poder, que não é suficiente para contrariar o orgulho nos laços de sangue. Este filme (assim como um conjunto de outros conteúdos, do documentário ao entretenimento) poderá ser visto através da aplicação RTP Play, disponível para os vários dispositivos.
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#287
DESPORTO CC Taipas reformula estrutura do futebol e Rui Castro aponta aos play-off DR
Rui Castro foi oficializado como treinador principal do clube e Filipe Eusébio passa a diretor desportivo. Carlos Lima passa a diretor geral e Diogo Pinto assume a coordenação da formação. Plantel está a ser preparado independentemente do processo eleitoral que se avizinha. Texto Bruno José Ferreira O CC Taipas reformulou por completo a sua estrutura do departamento de futebol, estando já a preparar a nova época com os novos elementos, que já estavam no clube, assumindo, no entanto, novas funções. Carlos Lima, que nos últimos anos foi o diretor desportivo do clube, passa abraçar a função de diretor geral, sendo o principal rosto do futebol do clube. Filipe Eusébio, que na época passada era treinador de guarda-redes
assume o cargo de diretor desportivo. Tal como o Reflexo deu conta na última edição, o clube taipense confirmou Rui Castro como novo treinador principal do clube, ele que na temporada passada foi adjunto de José Augusto. A maior mudança ocorre na formação, com Diogo Pinto a assumir a coordenação das camadas jovens, regressando aos 25 anos ao CC Taipas, clube que representou enquanto jogador. Rui Castro abraça pela primeira
Três reforços e quatro renovações
Bruno Costa e Maga são reforços do CC Taipas para a próxima temporada. A dupla já se comprometeu com o emblema taipense, que tem por missão segurar o núcleo dura da época passada. Após dez temporadas no Santa Eulália, Maga, de 30 anos, reforça o meio
campo da equipa de Rui Castro. Formado no CC Taipas, o defesa Bruno Costa regressa ao clube proveniente da União Desportiva de Airão, clube pelo qual marcou quatro golos em 21 jogos na última época. Também com a sua formação iniciada no Taipas, chega
vez a função e técnico principal depois de um currículo relevante enquanto adjunto, dizendo em declarações ao Reflexo estar preparado para o desafio. “Creio que estou preparado para este passo. Apesar de não ser o que eu sempre desejei, porque a realidade é que me apanhou um bocado desprevenido; já firmei várias vezes que me sinto tranquilo a fazer o que gosto, que é ser preparador físico e adjunto. Se a parte integral do
o avançado Zé Pedro de 20 anos. Na última época esteve ao serviço do Ponte, onde realizou 13 jogos apontando 2 golos. Para além destes três reforços, o CC Taipas oficializou a renovação de contrato com quatro jogadores da última época, o defesa Pedro Basílio e o médio Best e os avançados João Ribeiro e André. De resto, Rui Castro já sabe que não poderá contar com o contributo de Nuno, André Buraco e Bebé, que rumaram a outras paragens. O reforço do ataque é também uma prioridade, uma vez que André Martins foi transferido pouco antes da época terminar.
treino for ouvida, e é sempre, por parte do mister principal, sinto-me tranquilo e nada melindrado em querer ser um dia treinador principal. Aconteceu, pela experiência que tenho nesta divisão, penso que estou preparado”, revela o treinador de 37 anos. A primeira experiência acontece num clube histórico, habituado a lutar pelos lugares cimeiros, uma responsabilidade acrescida até pela época realizada na temporada que terminou precocemente. “É uma grande responsabilidade começar logo num histórico da AF Braga, habituado aos lugares cimeiros; mas também pelo que fizemos o ano passado, muitas vezes sem as melhores condições, sendo que mesmo assim conseguimos fazer um bom trabalho. Há quem pense o contrário, mas eu acho que fizemos um bom trabalho, desenvolvemos muitos jovens, a equipa evoluiu e melhorou muito ao longo da época, não só ao nível de resultados mas principalmente da nossa filosofia de jogo. Obviamente que se trata de uma responsabilidade acrescida”, reconhece Rui Castro. A ideia do treinador é manter a
base da época passada e, dentro das limitações orçamentais, acrescentar qualidade à equipa. “O objetivo é manter a base da época passada, creio que vamos conseguir ficar com doze jogadores do ano passado, dentro dessa média, e depois tentar, dentro do nosso orçamento, alguma qualidade com jogadores que terão de vir para jogar porque já tivemos pelo menos quatro que saíram, um no decorrer do ano passado, o André Martins, e agora o Nuno, o André Buraco e o Bebé, por isso vamos ter de colmatar essas saídas”, assume o técnico. No que a objetivos diz respeito, o novo treinador do CC Taipas mostra ainda algumas reservas, na medida em que não são conhecidos os moldes em que se vai disputar o Campeonato Pró Nacional. “Depois de sabermos como vão ser os quadros competitivos, porque isso ainda está um pouco em análise e não está fechado, é que poderemos definir metas. Se for nos contornos que disseram, com as séries de doze equipas e depois os play-off o nosso objetivo tem de ser passar ao play-off, sem dúvida”, refere.
Eleições marcadas para o dia 13 de junho
O ato eleitoral dos órgãos sociais do CC Taipas está agendado para o dia 13 de junho, de acordo com a nota divulgada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, Daniel Castro. A apresentação de listas concorrentes aos órgãos sociais deve ser feita no dia 5 de junho à Mesa da Assembleia Geral, na Loja do Javali, situada no Estádio do Montinho, entre as 21 horas e as
22horas. As eleições ocorrerão entre as 18horas e as 20horas no Campo do Montinho, sendo que este período pode ser alargado caso existam associados que se encontrem na mesa e ainda não tenham votado. Para poder exercer o direito de voto, os associados devem ter a quota referente ao mês de junho. Atendendo à pandemia Covid-19, a Mesa da Assembleia Geral do CC Taipas assegura que o ato eleitoral será realizado com as devidas medidas, sendo obrigatório o uso de máscara e o distanciamento social, devendo os associados comparecer munidos de caneta própria. Ao que tudo indica o atual presidente, Tiago Rodrigues, vai recandidatar-se ao cargo de líder máximo do clube taipense, estando ainda a recolher apoios para esse efeito.
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“Criar uma base sustentada” é a ambição de Diogo Pinto para a formação DR
Um dos setores do clube que no último ano denotou mais problemas, não tendo inclusive equipa de juniores, a formação do CC Taipas é agora liderada pelo jovem Diogo Pinto, ex-jogador do clube. Criar uma base sustentada na formação do Taipas, para a longo prazo conseguir formar mais jogadores até aos seniores é a missão que se propõe cumprir. “Em primeiro lugar, não podia tecer qualquer tipo de comentário sem antes fazer um agradecimento público ao Presidente do Clube, Tiago Rodrigues, e em particular ao Diretor Geral, Carlos Lima. Pessoas muito competentes e que têm feito um excelente trabalho ao serviço do clube. Sinceramente, quando surgiu o convite fui apanhado de surpresa, não pensava em abraçar um projeto desta natureza nesta altura. Nos últimos PUBLICIDADE
dois anos estava a desempenhar funções como treinador adjunto e pensava continuar nesse caminho, até que surgiu o convite para ser coordenador da formação do CC Taipas, um clube que conheço bem, uma vez que em 2015/2016 e 2016/2017 defendi este símbolo enquanto jogador. Sou uma pessoa que gosta de desafios, este pareceu-me um desafio muito aliciante pelo seu todo. Não só pelas funções que terei de exercer, pelas experiências e aprendizagens inerentes, mas também por aquilo que quero para o meu caminho enquanto agente desportivo”, refere Diogo Pinto sobre este novo projeto na sua carreira. O novo coordenador da formação taipense diz estar ciente das dificuldades que tem pela frente, até pelo momento atual das camadas jovens do clube. “É certo
que a formação do clube está num momento fragilizado, essa foi uma das razões para a minha contratação. Obviamente temos um longo caminho pela frente. O CC Taipas é dos clubes com mais história na AF Braga e, como tal, tem de ter uma formação que acompanhe a sua grandeza”, aponta. Apesar disso, Diogo Pinto escusa-se a indicar objetivos concretos, preferindo primeiramente analisar todos os processos e organizar a formação do CC Taipas. “Penso que ainda é demasiado precoce falarmos em metas. Neste momento o objetivo passa por perceber qual o ponto de situação na formação do clube, perceber qual o seu contexto. Saber o que está em falta, o que pode ser melhorado e de que forma podemos proporcionar aos nossos atletas as melhores condições possíveis. Aquilo que queremos é criar uma base sustentada na formação do clube, para que depois possamos pensar mais à frente e ser ainda mais ambiciosos. Claro que todos gostávamos que o Clube Caçadores das Taipas tivesse equipas de todos os escalões nos campeonatos nacionais e que no final de todas as épocas 4, 5, 6 jogadores chegassem aos séniores. Nesta fase temos de ser mais racionais, não podemos ter uma ambição desmedida. Vamos criar uma base sustentada com o objetivo de permitir ao clube crescer, com uma organização e estrutura sólidas. Não podemos querer dar um passo maior que a perna. Este é um processo demorado, as mudanças não ocorrem de um dia para o outro. Ninguém pode esperar ter resultados positivos amanhã, quando se começou a trabalhar hoje. Aquilo que queremos é que os nossos atletas estejam preparados, quando a altura chegar, para as exigências daquilo que é o futebol sénior”, refere.
Filipe Eusébio quer “fazer uma equipa competitiva”
Treinador de guarda-redes, acumulando essa função com a de coordenador dos treinadores de guarda-redes, foram as funções de Filipe Eu sébio na última temporada, abraçando também ele um novo cargo no futebol ao assumir a função de diretor desportivo. Uma função “diferente” mas “aliciante” ao mesmo tempo, refere ao Reflexo. “É diferente, sem dúvida nenhuma, trata-se de um projeto aliciante. Não estava nas minhas previsões assumir um projeto destes a curto prazo, mas depois de reunir com a estrutura do clube, com o Carlos Lima, que me deu uma força enorme, tem sido uma muleta muito grande para mim, acabei por aceitar este cargo. É um desafio”, assume Filipe Eusébio, que acrescenta que se trata também de “uma responsabilidade enorme, com os jogadores e para com o clube; é completamente diferente das minhas anteriores funções, mas gosto de desafios e este será, sem dúvida, um desafio
muito importante”. A grande missão de Filipe Eusébio, enquanto parte integrante do núcleo que está a construir a equipa, é formar um grupo competitivo para dar continuidade à temporada passada. “Vamos tentar fazer uma equipa competitiva, como tínhamos no ano passado. Vamos tentar dar continuidade ao trabalho que a equipa teve. Estamos num processo de renovações e aqui tenho de dar uma palavra aos jogadores doa no passado, que têm sido aliciados por vários clubes e têm mantido a palavra deles que vão ficar connosco. Estamos numa fase de conclusão com os jogadores e as coisas estão no bom caminho. Vamos tentar dar a continuidade, andar sempre lá em cima, mas ainda é subjetivo falar. Vamos fazer uma equipa para dar muitas alegrias à massa associativa”, assegura. O processo de construção do plantel está a correr a bom ritmo, independentemente do processo eleitoral que o clube vai passar. “Independentemente de aparece ou não uma lista, estamos a fazer o nosso trabalho para não deixar o clube chegar ao ponto que chegou há dois anos. O plantel vai ficar formado, depois as eleições os sócios é que vão decidir. Estamos a fazer o nosso trabalho. Em relação à pandemia, andamos a apalpar terreno, não sabemos muito bem como irá começar, está a ser um pouco atípico, mas os clubes estão precavidos e já têm os planteis bem constituídos e nós em breve teremos o nosso plantel definido”, conclui
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DESPORTO Clube de Ténis das Taipas reabriu “com grande procura” CD Ponte com quatro reforços garantidos para a próxima época
REFLEXO
Os courts de ténis do Parque de Lazer das Taipas, geridos pelo Clube de Ténis das Taipas, reabriram ao público no último dia 25 de maio, sendo um dos primeiros clubes a retomar a sua atividade no contexto pandémico. Dado que o ténis é um desporto praticado maioritariamente em pares e sem necessidade de contacto físico, a Direção Geral de Saúde (DGS) e a Federação Portuguesa de Ténis (FPT) definiram um plano de contingência para possibilitar a retoma desta atividade. José Remísio, presidente do Clube de Ténis das Taipas, mostra-se agradado com a “grande procura” que se verificou nos primeiros dias de reabertura dos courts de ténis, que estão disponíveis não só para associados mas também para outros praticantes. “Reabrimos com grande procura.
Já perspetivávamos que ia ser assim, porque as pessoas já não jogam ténis há dois meses ou três, a época por norma começa em março, quando muda a hora, mas este ano foi diferente. Com a reabertura, após um período considerável sem jogar, a procura tem sido elevada, temos tido um acréscimo considerável de jogadores. Os courts têm tido bastante ocupação, mesmo a horas pouco aconselháveis numa semana de calor”, dá conta. Obviamente que este regresso obedece a novas regras, tal como acontece um pouco em todos os setores da sociedade. “Reabrimos com o uso de gel desinfetante, que a Junta de Freguesia de Caldelas teve a gentileza de oferecer, os balneários estão fechados, não há cadeiras dentro dos campos porque assim determina a Direção Gerald e Saúde e a Federação Portuguesa
Os guarda-redes João Nuno e Zé Carlos, o médio Nené e o atacante Rodrigo Mota são reforços do CD Ponte para a temporada 2020/2021, que assinala o regresso do clube ao Pró-Nacional da AF Braga. João Nuno chega a Ponte proveniente do Santa Eulália, enquanto que Zé Carlos representou o Sobreposta. Já o médio Nené representou o Torcatense nas últimas temporadas e Rodrigo Mota alinhava no Vieira. Para além destes quatro
de Ténis, as bolas não podem ser trocadas, cada um tem de trazer as suas bolas de ténis e o seu material. Dentro destas regras, está a correr bem. Como o ano passado já em temos a hipótese de igualar a ocupação dos courts, mas estamos a ter muita procura, num sinal de que as pessoas estão a aderir”, aponta José Remísio. Mais recentemente, no dia 1 de junho, voltaram as aulas de ténis, também em moldes diferentes, com devidos cuidados. “Minimizámos ao mínimo os contactos, que são apenas entre professor, alunos e encarregados de educação dos alunos. Será feito em moldes diferentes, com um máximo de quatro alunos, e cumprindo as regras”, explica ao Reflexo o líder máximo do Clube de Ténis das Taipas.
reforços o técnico José Faria contará também com os ex-juniores José Freitas e Viegas, que sobem à equipa principal, registando-se ainda treze renovações da época passada. O Ponte vai poder continuar a contar com David, Faria, Benjamim, Pesca, João Pedro, Martins, Soares, Pablo, Nando, Nelsinho, Freitas, Diego e Huguinho, o que leva a que neste momento José Faria tenha já dezanove elementos confirmados para a próxima temporada.
Afonso Ferreira reforça equipa do CART Afonso Ferreira é o primeiro reforço da equipa sénior de hóquei em patins do Centro de Atividades Recreativas Taipense (CART). O jovem defesa regressa ao CART, clube onde iniciou a sua formação, tendo depois representado o HC Braga até ao escalão sub-19. Para a primeira experiência enquanto sénior vai representar o CART, que voltará a disputar a Zona Norte da 3ª Divisão Nacional de Hóquei em Patins. Para além da aquisição de Afonso Ferreira, o plantel do CART conta já com uma dezena
de renovações de jogadores que integraram a equipa na época passada, estando plantel quase fechado. São os casos de Alex Pontes, Nélson Silva, Daniel Pontes, Pedro Nuno, Alberto Martinho, Carlos Rodrigues, João Martinho, Tomás Ferreira, Diogo Machado e Pedro Rúben. A prioridade é a contratação de um guarda-redes. No comando técnico continuará Orlando Rodrigues, coadjuvado pelo preparador físico José Silva. Quando a época 2019/2020 foi interrompida o CART estava na 6ª posição da tabela classificativa.
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José Pimenta recandidata-se à presidência do Campelos GD Longos melhorou a bancada e espera pelo sintético O GD Longos melhorou o seu campo de jogos com pequenas intervenções na bancada, dando seguimento ao trabalho que desde o ano passado tem vindo a ser feito. Após um período sem atividade, o clube regressou ao ativo e, desde então, a direção presidida por Manuel Gonçalves tem vindo a melhorar as condições do Campo de Jogos do Longos. A bancada, que já era coberta, foi agora intervencionada a nível lateral com a colocação de chapa, que torna agora o recinto mais atrativo para o público, sendo mais resguardado das condições climatéricas, tanto a chuva e o vento como o próprio sol. “Tapámos a parte de trás e parte lateral para fechar a bancada, ficando com outras condições para receber as pessoas”, aponta Manuel Gonçalves, presidente do clube. Um sonho antigo, no horizonte da direção está a colocação de um relvado sintético, mas ainda há
muito trabalho pela frente para que isso seja possível. “O que as pessoas dizem é que agora falta o sintético. Estamos a trabalhar para isso. Tenho estado em contacto com a Câmara Municipal de Guimarães, nomeadamente o vereador responsável, e dentro de pouco tempo teremos uma reunião para falar sobre isso. O projeto está em andamento. Quando o PDM for revisto, que vai ser brevemente, esperamos conseguir legalizar o campo, para depois avançar para o sintético. Seria outra coisa, para os jogadores, para conseguir outros objetivos, mesmo para a própria organização do clube”, afirma. De resto, o GD Longos já prepara a nova época, participando pelo segundo ao consecutivo na 1.ª Divisão da AF Braga. António Pereira, treinador que acabou a época anterior no comando técnico, mantém-se como treinador, sendo que o grupo de trabalho será similar ao da temporada passada.
Plantel do Sandinenses ganha forma para o regresso ao Pró-Nacional De regresso ao escalão maior da AF Braga, o plantel do Sandinenses está a ganhar forma para a próxima época, contando já com dezanove elementos confirmados, entre os quais três são reforços para a equipa de Pedro Adão, treinador que continua no comando técnico. Os três reforços já garantidos acrescentam qualidade e experiência ao plantel, são os casos do defesa
Obituário
José Pimenta, atual presidente do Clube Operário de Campelos, vai recandidatar-se à presidência dos órgãos sociais do clube. No cargo desde 2014, o sócio número oito do Campelos já tinha manifestado intenção de não continuar no cargo, mas o final precoce do campeonato e a subida de divisão levaram José Pimenta a ponderar a decisão inicialmente tomada. Nesse sentido, o atual presidente será candidato nas eleições
Agostinho, que nas últimas épocas representou o Torcatense, e ainda os atacantes Maka e Zézé. Estes dois últimos, o extremo Maka e o avançado Zézé contam no currículo com passagens pelo CC Taipas. Para além destes três reforços, o emblema de Sande São Martinho garantiu já a continuidade de quinze elementos da época passada, que conseguiram a subida de divisão.
que se devem realizar em julho. “Olhando à situação que estamos a atravessar, devido ao facto de o campeonato acabar mais cedo, vou ter de continuar. Não tinha essa pretensão, mas até pela subida as coisas ficaram um pouco mais complexas e vou ficar mais um ano. A minha intenção era ficar na retaguarda para ajudar no que fosse necessário, mas assim assumirei mais um ano”, refere José Pimenta em exclusivo ao Reflexo. Esta ideia ainda não foi
maturada com a restante direção, mas José Pimenta conta com a sua equipa e pretende até alargar os dirigentes. Nuno Castro, que esta época era o capitão de equipa, integrará o departamento de futebol. “Ainda não fiz grandes abordagens à restante direção. Tenho dois novos elementos para integrar a estrutura, um deles é o Nuno Castro, o capitão de equipa, que acaba o futebol e vai para a direção para o departamento de futebol. Tenho outra pessoa para nos ajudar, mas ainda não está completamente definido. Foi diretor do Campelos há vinte anos, deve regressar como diretor de campo, trata-se de uma pessoa competente, é organizado, tem traquejo e sabe desta área”, revela. De regresso à Divisão de Honra da AF Braga, o Campelos irá fazer mais mexidas do que o que estava inicialmente previsto na equipa. “Já tínhamos o plantel mais ou menos organizado, mas com a subida temos de fazer alterações. Esta divisão requer um punhado de jogadores com mais qualidade para conseguirmos a manutenção”, assegura José Pimenta, acrescentando que esta é a divisão certa para o Clube Operário de Campelos. No comando técnico do Campelos Continuará Rui Nogueira.
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Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
Sãos casos de Manu, Vitinha, Muna, China, Pedro Simão, Tanta, Pedro Alex, Luisinho, Tiago Martins, Jesus, André Machado, Francisco, Márcio Sousa e o capitão André Silva. Da formção ascende à equipa principal o guarda-redes Ângelo. De saída do clube estão Pedro Costeado, Hugo, Mika, João Filipe e Bruno Machado.
João Fernandes da Costa
No dia 1 de Maio, na sua residência, faleceu o Sr. João Fernandes da Costa, com 57 anos de idade, casado com Maria da Conceição Alves da Mota, residente que foi na Rua Souto das Ribas, Corvite, Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se no Cemitério de Corvite, indo depois a sepultar neste cemitério.
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Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
Paula Alexandra Castro – Notária
INSTRUMENTO DE REVOGAÇÃO No dia vinte e oito de Abril de dois mil e vinte, perante mim, Paula Alexandra de Castro Magalhães dos Santos, Notária, no meu Cartório Notarial, sito na Avenida D. João IV, Edifício Vila Verde, nº 612 E, freguesia de Urgezes, concelho de Guimarães, compareceu como outorgante: António Alves, viúvo, natural da freguesia de Briteiros (Santo Estevão), Concelho de Guimarães, residente na Rua da Liberdade, nº 2040, união das freguesias de Briteiros Santo Estevão e Donim concelho de Guimarães, NIF 133 068 463. Verifiquei a identidade do outorgante por conhecimento pessoal. E POR ELE FOI DITO: Que, pelo presente instrumento, revoga e considera nula e de nenhum efeito, a partir desta data, qualquer procuração que passou a favor de Maria Emília Silva Alves Fonseca, casada, natural da freguesia de Briteiros (Santo Estevão), concelho de Guimarães, residente na Rua do Cruzeiro, nº 180, união das freguesias de Briteiros Santo estevão e Donim, concelho de Guimarães NIF 215 909 402, e de Maria Madalena da Silva Alves, divorciada, natural da freguesia de Briteiros (Santo Estevão), concelho de Guimarães, residente na Rua do Cruzeiro, nº 180, união das freguesias de Briteiros Santo estevão e Donim, concelho de Guimarães, NIF 204 599 806, nomeadamente a outorgada em vinte e um de Março de dois mil e dezoito, neste Cartório Notarial. ASSIM O OUTORGOU. Adverti o outorgante de que a presente revogação só produz efeitos em relação às procuradoras quando cumprida a notificação prevista no artigo 258º do Código de Processo Civil. Ao outorgante fiz eu, Notária, a leitura e explicação deste instrumento.
Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
Jornal "Reflexo - O Norte de Guimarães" - n.º 288 de junho de 2020
O outorgante: António Alves A Notária: Paula Alexandra Castro Conta registada sob o nº FAC 1/2020001/631 ESTÁ CONFORME O DOCUMENTO ORIGINAL
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Manik Mané com Steven Gerrard, treinador do Rangers, na conferência de imprensa do jogo com o SC Braga
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