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Maio de 2017 / Ano XXIV / #251
Diretor Alfredo Oliveira
Preço €1,00 PUBLICIDADE
Mãe da Carlota conta a história da sua luta
reflexo
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Juniores do CC Taipas campeões distritais e sobem aos nacionais p. 6 Bombeiros inauguram espaço museológico em dia de aniversário
Assembleia rejeita moção de censura à Junta de Freguesia
EB 2,3 entende ter cumprido a lei no caso de alegados maus tratos a menor
Dois terços do estacionamento irá desaparecer no centro das Taipas
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CASA DE PARTIDA EDITORIAL Alfredo Oliveira
Museu dos Bombeiros Já várias vezes fizemos menção neste espaço a José das Neves Machado. No entanto, acaba por ser muito difícil não fazer essas referências a uma personalidade que insiste em fazer história nos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas. Está na presidência da direção desta associação humanitária desde 15 de janeiro de 1993. Somente José Joaquim Machado Guimarães (1925 a 1952, com o hiato entre 1929 e 1930) o ultrapassa, até ao momento, em termos de longevidade na direção. Completando o seu 9º mandato à frente dos bombeiros, José das Neves Machado passará a ser o presidente da direção com mais tempo nesse cargo. Este quase quarto de século ficará na história como um dos melhores períodos da existência dos bombeiros taipenses, agora culminado com a inauguração de um novo espaço museológico que terá o nome de Pe. José Neves Machado. No entanto, o presidente da direção dos bombeiros fez questão de frisar, nas cerimónias do 130º aniversário da corporação, que o caminho de sucesso percorrido até ao momento só foi possível com a colaboração de todos os elementos da direção, dos comandantes e de todo o corpo operacional, num trabalho de equipa. Voltando ao projeto de requalificação do centro da vila, a Câmara Municipal de Guimarães, que tinha vindo a ser elogiada de uma forma unânime em todo este processo, viu, por um erro estratégico, que a discussão passasse, ainda que momentaneamente, para outras áreas que não a essencial. O jornal volta a dar o seu contributo para a discussão do principal problema que os comerciantes, e não só, colocam na linha da frente, a questão do estacionamento ou da falta dele. Ponto final. O Pe Luís Martinho decidiu colocar um ponto final na sua crónica “Juventude” publicada no Reflexo. Nosso colaborador desde a primeira hora, entendeu que estava na altura de terminar a sua colaboração. Da nossa parte só temos de agradecer a sua total disponibilidade e simpatia para connosco ao longo destes anos.
reflexo O Norte de Guimarães
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SOBE Taipas, capital dos supermercados
Taipas também é um café
O mês de abril ficou marcado pela iniciativa da Vamos alargar os horiCâmara Municipal de Guizontes um pouco, digamos marães em disponibilizar até cerca de 5km. Com este para consulta o projeto de raio, Caldas das Taipas tem requalificação da vila das ao seu dispor sete superfíTaipas, no Avô João. cies comerciais de média Concordamos com os dimensão. que apontam que foi um Para alguns será um erro camarário não ter lesinal de dinamismo demovado, desde o início, para gráfico e económico, se a Junta de Freguesia essa essas superfícies abrem é discussão. porque sabem fazer as conNo entanto, todo o circo tas e existirá, naturalmente, montado, principalmente mercado para todas elas. por alguns dos que raramenSegundo alguns rumote visitam a vila, foi lamenres, a coisa até poderá não tável, sobretudo quando ficará por aqui. pretenderam arrastar a casa Uma coisa também é anfitriã para os seus propócerta, com toda esta pressitos políticos. são, na famosa “variante” Sem querer escamotear acentuam-se as suas abertua realidade do segundo paras ou saídas para as consrágrafo, quase poderíamos truções que vão aparecendo dizer: o político que nunca ao longo do seu trajeto. Não organizou um evento num seria de pensar, desde já, café, num restaurante ou numa nova variante? num hotel, que atire a primeira pedra.
DESCE
PUBLICAÇÃO MENSAL / N.º 251 / Maio de 2017 / Ano XXIV Depósito Legal n.º 73224/93 - Registo n.º 122112 PROPRIEDADE e EDITOR RFX, Ld.ª - Empresa jornalística registada na E.R.C., em 13 de Abril de 2015, com o n.º 223926 NIF 513 082 689 REDACÇÃO / SECRETARIA / EDIÇÃO Av. da República, 21 – 2.º Esq. Apartado 4087 - 4806-909 Caldas das Taipas TEL./FAX: 253 573 192 - Email: jornal@reflexodigital.com GRAFISMO E PAGINAÇÃO Paulo Dumas / TIRAGEM 1500 EXEMPLARES EXECUÇÃO GRÁFICA IMPRESSÃO Diário do Minho - Braga DIRECTOR Alfredo Oliveira REDACÇÃO Catarina Castro Abreu; José Henrique Cunha; Manuel António Silva; Paulo Dumas e Pedro Vilas Cunha COLABORADORES António Bárbolo; Cândido Capela Dias; Carlos Salazar; Luís Martinho; Manuel Ribeiro; Nelson Felgueiras; Pedro Martinho; Teresa Portal; Vítor Neves Fernandes REVISÃO DE TEXTO Maria José Oliveira FOTOGRAFIA Lima Pereira; Reflexo; Fotografia Matos ESTATUTO EDITORIAL disponível em www.reflexodigital.com
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Intervenção no centro das Taipas irá suprimir dois terços do estacionamento PAULO DUMAS
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Ocupação dos parques de estacionamento aumentou em 2016 ALFREDO OLIVEIRA
O estacionamento tem sido o aspeto mais controverso do projeto para o centro da vila de Caldas das Taipas. Apesar de muitos lugares desaparecerem, não faltarão lugares para estacionar em dias normais. Texto Paulo Dumas
O projeto de requalificação do centro cívico da vila de Caldas das Taipas irá eliminar dois terços dos lugares atualmente existentes, dentro do perímetro da intervenção, definido pela Área de Reabilitação Urbana, que a Câmara Municipal de Guimarães apresentou em sede de PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) Com a pedonalização de uma grande parte do centro da vila, o lugar dedicado ao automóvel foi diminuído de forma significativa, quer no que toca à circulação automóvel, com o trânsito a passar a ser feito através de um só sentido; quer ao nível do estacionamento. Existem atualmente 210 lugares de estacionamento, dentro daquele perímetro, compreendido essencialmente pela Praça Dr. João Antunes Guimarães, a Avenida da República, a Rua Trajano Augusto e do eixo que liga as termas aos Banhos Velhos. Destes, restarão 66 lugares para estacionar, número que irá ainda ser reduzido, uma vez que alguns destes lugares serão reservados para cargas e descargas ou para praça de taxis. A redução da presença do automóvel foi desde o início da elaboração do projeto um elemento fundamental. Numa estrevista ao Reflexo, em Dezembro de 2015, numa fase inicial no processo de conceção do projeto, a arquiteta Marta Labastida falava já de um “papel preponderante do automóvel” na organização do espaço. Nessa mesma entrevista, a arquiteta da Universidade do Minho, coordenadora da equipa de projetistas deixava antever que alguns hábitos teriam que mudar: “A presença do automóvel é, de facto, uma evidência. Penso que como está, não está bem. As pessoas terão de deixar de poder fazer certos percursos de carro” - dizia na altura Marta Labastida. O projeto foi apresentado publicamente em duas sessões que decorreram no Centro Pastoral de Caldas das Taipas e, mais recentemente, os elementos do projeto estiveram disponíveis para consulta pública, juntamente com um técnico para esclarecer dúvidas. Desde a altura em que as opções
do projeto foram tornadas públicas, houve uma série de preocupações acerca da falta de estacionamento no centro da vila. As maiores preocupações vinham de comerciantes que receiam que a escassez de estacionamento afugente a clientela ou ainda que torne impraticável o seu negócio, por impossibilidade de fazer cargas e descargas a qualquer hora. É um facto que o estacionamento no centro vai diminuir - serão 143 lugares de estacionamento que serão suprimidos. Mas continuará a existir estacionamento nas áreas adjacentes. Nos arruamentos imediatamente adjacentes há 823 lugares de estacionamento, sem contar com o interior dos quarteirões qu, sendo públicos, poderão servir de estacionamento. O recinto da feira semanal foi apontado pela equipa do projeto como uma solução para o estacionamento. Estima-se que esse recinto tenha uma capacidade máxima para 400 automóveis. Mas que não poderão ser utilizados nos dias de feira ou por altura das festas de São Pedro, duas altura em que há um afluxo de pessoas à vila e por conseguinte de automóveis. No final do mês de Março, a Junta de Freguesia de Caldelas promoveu uma reunião com os comerciantes para fazer o levantamento de algumas dúvidas e das preocupações relativamente ao projeto. Nessa altura, foi praticamente unânime que o estacionamento iria ser um problema para os comerciantes do centro da vila, apesar de o projeto ser do agrado da generalidade dos presentes, inclusivamente do presidente da junta, Constantino Veiga. Após o período de consulta do projeto, que terminou no dia 27 de Abril, Marta Labastida ficou satisfeita com o interesse demonstrado pela população em querer conhecer a proposta. Algumas pessoas apresentaram dúvidas relativamente aos impactos que a intervenção poderá vir a ter para as suas rotinas. Para a arquiteta responsável pelo projecto, esta a ação de envolvimento direto com a população local foi muito positiva, uma vez que permitiu um melhor conhecimento de toda a intervenção.
Na avaliação da necessidade da instalação dos parques de estacionamento geridos pela empresa municipal Vitrus, vale a pena olhar para os números e as taxas de ocupação das infra-estruturas já existentes. Conheça as propostas dos partidos que correm às próximas eleições. Texto Catarina Castro Abreu A Vitrus gere 2072 lugares de estacionamento: 1270 parcómetros – 198 na zona vermelha, que alcança 11 ruas e 1072 na zona verde que contempla 26 ruas – e 802 lugares em parques públicos. Estas infra-estruturas estão na Plataforma das Artes (70 lugares), Estádio D. Afonso Henriques (269), Centro Cultural Vila Flor (144), Mercado Municipal (155) e Largo Condessa Mumadona (164 lugares). A utilização rotativa aumentou em três parques (Mumadona +14%; PAC+26% e CCVF +20%) e diminuiu nos parques do mercado municipal (-8%) e do estádio (-5%). A procura pelas avenças também tem aumentado, existindo neste momento uma lista de espera de cerca de 60 pedidos. Dados de 2016 fornecidos pela Vitrus revelam que a Mumadona tem 137 avenças (+15%), Mercado com 52 (+73%), Estádio com 255 (+39%), PAC com 54 (+8%) e CCVF com 62 (+55%). Vale lembrar que as avenças têm três vertentes: diurnas, noturnas e 24 horas. São os avençados com contrato de 24 horas que pesam mais nas taxas de ocupação dos parques: Mercado tem 34% de taxa de ocupação,
o Estádio 95%, a PAC 77%, e o CCVF tem 43%. Exceção do parque da Mumadona, com uma taxa de ocupação de 84%, sendo que a utilização é maior no período diurno (62%). Daniel Pinto tem dúvidas sobre a real necessidade de um novo parque de estacionamento em Guimarães. Para o gestor, “se a vontade for realmente retirar o trânsito do centro histórico então, sim, é realmente necessário um parque que responda a essas necessidades”. Sobre a disponibilidade automóvel no centro da cidade, Daniel Pinto aponta ainda para a existência dos parques de estacionamento geridos por privados, como é o caso dos que estão nos quatro centros comerciais mais próximos do centro: S. Francisco Centro, Santo António, Palmeiras e Triângulo. Com exceção do S. Francisco Centro, os parques destes três últimos centros encontram-se com uma taxa de ocupação abaixo da sua capacidade. Existem ainda as bolsas de estacionamento gratuito, como é o caso do Parque das Hortas e do recinto da feira semanal, que não funciona apenas às sextas-feiras. Neste momento há duas propostas que deverão integrar os pro-
gramas eleitorais. PS mantém a intenção de fazer o Parque Camões, com 400 lugares, e encomendou um estudo de viabilidade para a instalação de um parque de estacionamento subterrâneo no Largo República do Brasil e Alameda. Já a Coligação Juntos por Guimarães prometeu a edificação de parques no Toural, com 500 lugares e no largo da República do Brasil com 300 lugares, duplicando o número de lugares existentes geridos pela Vitrus (802). Por parte das duas outras candidaturas à Câmara Municipal, a CDU mostra-se preocupada com esta visão. Mariana Silva, candidata à AM, pontuou que “estes partidos escolhem para o centro da cidade o caos e o regresso das 780 mil toneladas de CO2, que desapareceram com a redução da circulação de autocarros no centro da cidade”. Já Wladimir Brito, candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara, afirma que é preciso estudar a questão. “Não me posiciono a favor nem contra às obras anunciadas pela Câmara e pela Coligação Juntos por Guimarães. Preciso de estudos que demonstrem que esses parques são realmente necessários”, sublinhou.
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Pe José das Neves Machado dá nome ao museu dos bombeiros das Caldas Taipas ALFREDO OLIVEIRA
Condecorações do 130º aniversário dos Bombeiros Voluntários das Taipas Medalha de “Assiduidade” da Liga dos Bombeiros Portugueses Grau Cobre – 5 anos Cláudia Angélica Ferreira Ribeiro João José Menezes Araújo e Silva José Manuel Silva Pereira Gomes Laura Cristina Campos Pereira Fátima Raquel da Silva Cunha
O próprio foi surpreendido pela decisão da direção em dar ao novo espaço museológico o nome de quem tem dirigido a Associação Humanitária dos Bombeiros desde 1993. José Neves Machado foi ainda agraciado com a Placa de Honra, a mais alta distinção honorífica dos bombeiros taipenses. Texto Alfredo Oliveira Distinção “justa, devida e oportuna”, foi desta forma que o presidente da assembleia geral, José Luís Oliveira, justificou a homenagem prestada a José Neves Machado no primeiro de maio, inserida nas comemorações do 130º da corporação taipense. Este sentimento foi partilhado por todas as intervenções ocorridas durante a sessão solene, com o presidente da Câmara, Domingos Bragança, a mostrar-se feliz pela “justíssima homenagem” prestada pela corporação taipense a José Machado, tal como a Câmara já o tinha feito, em 2016, com a atribuição da Medalha de Mérito Municipal, ao nível do mérito social. José Luís Oliveira considerou que a atribuição do nome de José das Neves Machado ao museu dos bombeiros e a Placa de Honra se trata de “um ato de inteira justiça”, para quem está a cumprir o seu 9º mandato como presidente da direção. Recordou a “estabilidade” que José das Neves Machado trouxe aos bombeiros taipenses, a
“política de proximidade do corpo dos bombeiros aos seus órgãos sociais”, realçou “o trabalho desenvolvido no aumento do quartel, na sede e seus anexos”, acrescentando que, “nunca como agora, os bombeiros estiveram tão bem dotados em materiais de equipamento de socorro, em termos de viaturas e espaços físicos”, sem esquecer a “situação financeira equilibrada” da associação. Por tudo isto, e por se tratar de uma pessoa especial, a distinção é “justa, devida e oportuna”. Sobre o primeiro museu que a vila passa a ter, José Luís Oliveira referiu que se tratava de um sonho do presidente da direção que se tornou realidade. José das Neves Machado, já no final da sessão solene, manifestou a sua satisfação pela forma como decorreram as comemorações do 130º aniversário, mas quanto à condecoração e ao nome do museu, de uma forma modesta, referiu que “teria ficado mais contente se não tivesse havido nada” e justificou, “somos uma equipa, trabalhamos
todos nos objetivos traçados e não é necessário sobressair ninguém, não sou mais do que os outros elementos da direção”. José das Neves Machado preferiu salientar o sucesso do espaço museológico, que terá custado cerca de 600 mil euros, e no qual, para além do museu, existem quatro salas no piso superior e uma outra, no rés do chão, que já estão alugadas para uma empresa da área da saúde. Reconhecidamente um homem inovador, José das Neves Machado acrescentou que novas ideias tem, o que lhe faltará agora é espaço para as implementar: “Gostaria ainda de deixar um marco na área da saúde, projeto que já vem de há anos atrás, ligado aos serviços paliativos ou cuidados continuados. Os que existem em Portugal são a um nível de excelência e faltam esses serviços para os mais carenciados. Sempre sonhei com a prestação desses serviços a um nível médio. Fica ainda esta ideia, vamos ver o que o futuro nos reserva”. Na sua intervenção, o presidente da direção dos
bombeiros taipenses referiu-se ainda ao regulamento municipal de concessão de direitos e benefícios aos bombeiros de Guimarães, recentemente aprovado pelo executivo vimaranense. José das Neves Machado deus os parabéns pela unanimidade do executivo pela iniciativa, mas considera que “é preciso mais”. Domingos Bragança não esqueceu esta referência na sua intervenção, salientando que seria necessário dar tempo para que esse regulamento seja aplicado, mas que está disponível para melhorar o documento em causa. Neste dia de aniversário destaca-se ainda a bênção de três novas viaturas de transporte de doentes e a atribuição de condecorações aos bombeiros taipenses. Foram ainda colocadas vinte fotografias de sócios honorários, sócios beneméritos e ex-presidentes da direção no salão nobre da corporação, passando, assim, a estar expostas fotografias de todos os presidentes da direção e todos os comandantes desde 1887.
Grau Prata – 10 anos Carlos André Gomes da Silva António Miguel Marques Silva Grau Ouro – 15 anos Luís Filipe Gomes da Silva Grau Ouro – 20 anos António José Machado Magalhães Manuel Joaquim Alves Abreu Dedicação – 25 anos José Luís da Silva Marques João Marques da Silva Medalha de “Assiduidade” da AHBVT Grau Prata – 12 anos Felicidade da Conceição Oliveira Gomes José Rafael Marques Matos Grau Ouro – 18 anos José Nelson Ferreira Martins Isaías Manuel Gomes Ferreira Henrique Manuel Macedo Fernandes Rui Manuel da Silva Gomes Outras condecorações Mário Manuel Remísio Dias de Castro medalha de Bons Serviços, Grau Ouro, pelos serviços valiosos e transcendentes prestados à Associação a Direção Comandante Rafael Amâncio Silva condecorado com a medalha “Serviços Distintos – grau ouro” da Liga dos Bombeiros Portugueses Hermenegildo Silvério de Abreu (Comandante do Quadro de Honra) Placa de Honra, pelo mérito excecionalmente relevante como desempenhou os diversos cargos que ocupou no Corpo de Bombeiros Pe. José das Neves Machado, Placa de Honra pelo mérito excecionalmente relevante como desempenhou a cargo de Presidente da Direção realizando uma gestão de rigor com uma ligação exemplar ao Corpo de Bombeiros apoiando-o de uma forma exemplar.
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Aprovado regulamento de concessão de direitos e benefícios aos bombeiros de Guimarães ALFREDO OLIVEIRA
290 mil euros para os bombeiros das Taipas e Guimarães O executivo municipal de Guimarães aprovou, por unanimidade, 180 mil euros para os bombeiros da cidade para um Veículo Tanque Tático Urbano e 110 mil para os da vila de Caldas das Taipas para a requalificação das instalações dos balneários e aquisição de equipamentos. Texto Alfredo Oliveira
O reembolso de 20% do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é um dos benefícios com que os bombeiros de Guimarães passam a contar com o regulamento municipal de concessão de direitos e benefícios, aprovado na reunião do executivo do dia 27 de abril. Nos benefícios inscritos, destaca-se ainda a redução de 50% das taxas inerentes às áreas de urbanismo, o acesso gratuito às piscinas municipais e a espetáculos culturais promovidos pelo município e o direito a um seguro de acidentes pessoais. Neste novo enquadramento, a Câmara poderá ainda agraciar os bombeiros PUBLICIDADE
com distinções honoríficas por serviços considerados relevantes e extraordinários, prestados à comunidade, no exercício do voluntariado e ainda pela assiduidade e dedicação reveladas por um serviço efetivo com exemplar comportamento. As distinções, a propor pelos comandantes das corporações de bombeiros e/ ou diretores, passam pela Medalha de Honra do Município; Medalha municipal de Coragem e Abnegação (aos que se distingam no salvamento de pessoas e bens realizado com o risco da sua própria vida); Medalha municipal de Serviços Distintos e Medalha municipal de Dedicação à Causa Pú-
blica (bombeiros com 25 ou 15 anos de serviço efetivo). Os bombeiros, para poderem ser beneficiários do presente regulamento, serão titulares do Cartão Municipal de Identificação do Bombeiro, emitido pela Câmara Municipal. Para isso, têm de ter mais de 16 anos, constar dos quadros da Autoridade Nacional de Proteção Civil e do quadro ativo ou quadro auxiliar das corporações de bombeiros de Guimarães. Recorde-se que este regulamento vinha sendo anunciado por Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, nas suas deslocações às corporações dos
bombeiros. Já no final da reunião do executivo vimaranense, que aprovou por unanimidade este novo regime, Domingos Bragança recordou isso mesmo: “Este regulamento tinha sido prometido e agora está formalizado. Tratava-se de um compromisso que tínhamos com os bombeiros de Guimarães, no sentido de valorizar e reconhecer o papel que desempenham no nosso território”. Por sua vez, Torcato Ribeiro, vereador eleito pela CDU, considerou que a aprovação deste regulamento “faz todo o sentido e é justa esta diferenciação em favor dos bombeiros”.
Este apoio extraordinário é justificado pelo elevado número de ocorrências e um cada vez maior desgaste dos recursos materiais existentes nas corporações de bombeiros. A Câmara Municipal entende que é fundamental reintroduzir uma política de renovação de meios e recursos, que permita uma melhor prontidão e intervenção destes agentes da proteção civil. A corporação dos Bombeiros Voluntários de Guimarães apresenta, como uma das suas principais lacunas em termos de meios, a referente aos meios de combate aos incêndios florestais e urbanos. Possui um veículo tipo VTTU (Veículo Tanque Tático Urbano), com mais de 25 anos, que é urgente substituir. Nesse sentido, a Câmara atribuiu a verba de 180 mil euros para aquisição de uma nova VTTU. Os 110 mil euros, atribuídos aos Bombeiros Voluntários das Taipas, serão
canalizados para a requalificação das instalações dos balneários, a aquisição de equipamentos, no valor de 20 mil euros, a aquisição de duas viaturas de socorro e salvamento (ABSC), no valor de 64 mil euros, e a aquisição de uma cisterna para reabastecimento de água, no valor de 26 mil euros. Domingos Bragança, já no final da reunião de Câmara de 27 de abril, afirmou que os subsídios atribuídos foram em conformidade com as necessidades manifestadas pelas duas corporações: “Foram os apoios acordados e correspondem aos legítimos anseios das duas corporações, não existe qualquer atitude de diferenciação para com os bombeiros e Guimarães e das Taipas. Devo acrescentar que, na corporação de Caldas das Taipas, fica por resolver uma situação que é o caso da aquisição de uma escada Magirus, eventualmente em segunda mão”.
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ATUALIDADE Rejeitada moção de censura à Junta de Freguesia ALFREDO OLIVEIRA
O PS absteve-se e a coligação JpG aproveitou e chumbou a moção de censura apresentada pela CDU à gestão da Junta de Freguesia, no processo Pensão Vilas. Texto José Henrique Cunha
A Pensão Vilas era o tema principal da moção, tema que serviu no passado recente para juntar a CDU e o PS na contestação e dúvidas, mas que desta vez não reuniu o consenso entre estes dois partidos para censurar a Junta de Freguesia (JF) no seu processo de aquisição, por estes mesmos partidos considerado, noutros tempos, um “negócio ruinoso”. A CDU, pela voz de Capela Dias, começou por dizer, antes de entrar no objeto da moção de censura à gestão da Junta de Freguesia de Caldelas, mormente no caso Pensão Vilas, que respeitava “todos os intervenientes nesse processo, não tendo o menor indício de que pessoalmente estejam envolvidos em atos menos lícitos, mas tenho as maiores reservas políticas relativamente aos atos por eles praticados e aos efeitos nefastos para a freguesia”. O texto da moção de censura que a CDU apresentou diz que “tudo no processo Pensão Vilas está errado. Desde a aquisição - que só se entende no contexto da guerrilha eleitoralista entre PSD e PS - até à criação propositada de uma instituição (Associação para o Desenvolvimento Integral das Taipas - ADIT) fechada a quem foi cedido o direito de superfície do terreno, num contexto político de maioria absoluta do PSD. O filme dos acontecimentos permite-nos afirmar que acima dos interesses da freguesia estiveram os interesses partidários e muita irres-
ponsabilidade”. Para situar os leitores, onde é referido PSD no texto da moção de censura, a visada será a Coligação Juntos por Guimarães (CJpG), coligação que se candidatou e ganhou as últimas autárquicas. Mas, neste documento, há outros visados para além da JF: “A propósito do suporte por parte da assembleia, corre por certos lugares mal frequentados e mentirosos a tese de esta assembleia ser muleta da junta. Nada melhor do que aqui e agora dizer aos que assim pensam e aos que fazem eco de argumentos com certificado de origem em certa loja maçónica, que o presidente da junta é, por força da lei, o primeiro cidadão da lista mais votada, logo, e no que às Taipas interessa, o presidente da junta é Constantino Veiga. Mas há que dizer mais alguma coisa aos utilizadores de linguagem ortopédica: os vogais da junta são da escolha do seu presidente com aprovação por esta assembleia. Ora daqui resulta que, não havendo consenso entre a junta e a assembleia, não havendo acordo entre PSD, PS e CDU, porque o PSD não aceitou a presença do PS no executivo, rejeitar a proposta de vogais do presidente da junta levaria a um impasse, à paralisia desta assembleia pelo menos durante seis meses, com prejuízos e transtornos para as pessoas, e do ponto de vista político a ganhar na secretaria o que se perdeu nas urnas, como alguns
desejavam. Para isso dizemos a esses democratas ignorantes das leis que não podem contar com a CDU”. Retomando as críticas ao PSD, vulgo CJpG, diz ainda o comunista Capela Dias: “Os pressupostos do negócio deixam sérias dúvidas iniciais, e os passos dados para a realização dele, com destaque para a cedência do direito de superfície por uma assembleia composta maioritariamente pelo PSD, agravou e aprofundou as dúvidas e suspeitas. É inegável que a criatura ADIT é um filhote do PSD e, se dúvidas houvesse, mas não há, bastaria consultar a listagem dos associados, a listagem dos fundadores, a listagem das pessoas que compõem os órgãos sociais: tudo ou quase tudo militantes ou simpatizantes do PSD.” Capela Dias sustenta ainda que “a vantagem política e até económica da proposta da CDU”, “apresentada na sessão de 7 de dezembro de 2016, não sofreu contestação. Bem pelo contrário, foi unanimemente reconhecida dentro e fora desta assembleia”. Em suma, a CDU discorda “na forma e no conteúdo como a Junta de Freguesia de Caldelas geriu o processo da aquisição e venda da Pensão Vilas”, e considera “que o preço de compra da Pensão Vilas condicionou negativamente a gestão da Junta de Freguesia de Caldelas, com o adiamento de obras necessárias e há muito sonhadas pela população”,
o que motivou a apresentação desta moção de censura à JF. A JF, na voz do seu presidente, Constantino Veiga, e do seu tesoureiro, Manuel Ribeiro, defendeu-se das supostas relações partidárias e prejuízo económico para a freguesia neste processo da Pensão Vilas, relembrando a falta de crítica da CDU e do PS no processo que levou à cedência graciosa do direito de superfície do terreno onde se situa atualmente o Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa (CSPMJS), terreno que era propriedade da JF e que foi doado, para o efeito, à Câmara Municipal de Guimarães. Nessa altura, o presidente da JF, eleito pelo PS, era também presidente do CSPMJS. Em contraponto, a ADIT pagou à JF para a cedência do direito de superfície da Pensão Vilas. Lembrou ainda que, em dezembro 2016, a JF solicitou autorização à Assembleia de Freguesia para se desfazer da Pensão Vilas, vendendo a propriedade do solo, sem qualquer
prejuízo para a freguesia, e sem encargos futuros, mas a CDU e o PS votaram contra. Segundo a JF, afinal o que era considerado um “negócio ruinoso” pela CDU e PS, deixou de o ser. O Partido Socialista, que se absteve na votação desta moção de censura, em declaração de voto e pela voz de Luís Soares, disse que todos os taipenses conhecem bem a posição de cada um dos partidos neste processo, sabem bem quem desde o início contestou este negócio, quem desde o início viabilizou este negócio e quem a meio do caminho apanhou a carruagem. Disse ainda não perceber a apresentação desta moção de censura, sem efeitos práticos, a menos de cinco meses das eleições, e pela mão do mesmo partido que há quatro anos viabilizou a constituição da JF só com elementos da CJpG, para este mandato. No entendimento dos socialistas seria uma irresponsabilidade votar favoravelmente esta moção.
Projeto urbanístico no Avô João: de quem é a responsabilidade? Ainda sobre a polémica originada pelo facto de a Câmara Municipal de Guimarães (CMG) ter colocado à disposição do público o projeto para o centro da vila num estabelecimento comercial, Constantino Veiga informou o plenário que contactou o presidente da CMG para manifestar a sua insatisfação com o sucedido. Ainda segundo Constantino Veiga, o presidente da Câmara respondeu-lhe que não pode ter todos os temas sobre a sua alçada e “declinou essa
responsabilidade no vereador Ricardo Costa”. O presidente da Junta de Freguesia (JF) disse ainda que o documento é demasiadamente importante para se discutir num café e reafirmou que desde o primeiro momento a JF disponibilizou a sua sede à CMG para qualquer ação considerada oportuna sobre o tema. Aproveitou ainda para informar que o projeto não deverá arrancar antes de fevereiro 2018.
PS propõe medalha de honra a Ferreira de Castro no próximo dia 19 de Junho Aproveitando o facto desta sessão ordinária ser a última antes do dia 19d de junho, data comemorativa do 77.º aniversário da elevação de Caldas das Taipas a vila, os socialistas sugeriram o nome de Ferreira de Castro para ser agraciado, a título póstumo, com a medalha de honra. O PS evoca o facto de Ferreira de Castro ter escolhido “como um dos seus vários destinos de férias Caldas das Taipas, vila que usou como inspiração para uma das suas obras e a quem dedicou
um dia um poema intitulado “A Terra onde a lua fala”. Referem ainda que passados “100 anos desde o início da sua obra literária voltar a reconhecer a importância de um homem que alguém um dia o designou carinhosamente como Taipense Honorário é um imperativo de todos os taipenses”. O presidente da JF, reagiu, a título pessoal, dizendo que vê com bons olhos essa possibilidade enaltecendo a importância do escritor na vila.
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A história de uma mãe incansável ALFREDO OLIVEIRA
OPINIÃO Cândido Capela Dias
Censura
A história da Carlota tem feito capas de jornais e sensibilizou toda uma comunidade que a ajudou a ir à Tailândia para receber um tratamento inovador. As melhorias na qualidade de vida desta menina são visíveis e maiores à medida que o tempo vai passando. Por trás dela está uma mãe incansável. É sobre Sónia Silva que vamos falar. Texto Catarina Castro Abreu Ter um segundo filho foi a realização de um pedido insistente de Beatriz, a primogénita de Sónia Silva. Tinha 39 anos e agora, à distância dos quatro anos, lê alguns sinais do passado. Trabalhava como auxiliar de ação médica no Hospital Senhora da Oliveira e ao entrar no elevador cruzou-se com uma mulher que acompanhava o filho com deficiência. Disse-lhe que não sabia como aguentava e Sónia sentenciou que nunca suportaria a carga emocional que significa ter uma criança com problemas de saúde graves. Nessa altura, já estava grávida da Carlota. A gestação correu normalmente, o parto também. Mas desde cedo que Sónia Silva notou que havia alguma coisa não estava bem. “A Carlota pegava mal na mama, sempre que a punha na mama esquerda o braço dela [o direito] não cedia. Além disso, chorava imenso e só dormia de vinte em vinte minutos”. Os pequenos sinais foram desvalorizados pelo pediatra da Carlota, que sentenciava que era a mãe que se preocupava demais. A intuição não deixou Sónia descansar. Procurou ajuda médica diferenciada, sobretudo quando Carlota começou a apresentar espasmos severos. Foi acompanhada por
neurologia e iniciou a fisioterapia. 2012 foi o ano de todos os pesadelos: no mesmo mês de maio em que Beatriz, com apenas 10 anos, perdeu uma das melhores amigas, vítima de um atropelamento, Carlota foi diagnosticada com paralisia cerebral. “Várias vezes perguntei à Beatriz se queria falar, porque todos estes eventos foram pesados para uma criança tão pequena”. A filha dizia-lhe que não. Mesmo em tempos de maior desespero garantia: “A Carlota é a melhor irmã que podia ter e não quero outra”. Sónia viveu o primeiro ano de vida da Carlota privada de sono e só quando o marido chegava a casa, ao fim do dia, é que conseguia tomar banho para trocar de pijama: “Sentia-me esgotada. Deixei de fazer o pequeno-almoço para a Beatriz porque tinha que aproveitar todos os momentos possíveis para dormir um pouco. Também deixei de ter o nosso momento especial, sempre adormeci a minha filha a ler-lhe uma história”, testemunha, confrontada com a “culpa” de a filha mais nova exigir mais atenção e cuidados. Sónia viu a vida a transformar-se, em si mesma mudou tudo. “Nunca pensei ter que pedir e agora é o que mais faço porque foi graças
à ajuda de toda a comunidade que a Carlota conseguiu fazer os tratamentos que precisava”, diz. Gostava de voltar a trabalhar mas o tempo que dedica às filhas é demasiado exigente em termos de horários. A Carlota, que agora frequenta o infantário do Centro Social de Vila Nova de Sande, faz várias terapias – nomeadamente acupunctura e hidroterapia – e é Sónia que se desloca com ela para os diferentes compromissos. Foi Sónia que descobriu os tratamentos com células tronco no Better Being Hospital, em Banguecoque, na Tailândia. No início desconfiou: “Tudo parecia demasiado perfeito e era tão caro que coloquei a hipótese de parte”. Até que conheceu uma família, em Madrid, quando a Carlota foi fazer um tratamento à capital espanhola. Testemunharam as melhorias evidentes do filho com paralisia cerebral da estadia na Tailândia. Ficou convencida e começou a luta para conseguir os 35 mil euros necessários. Regressou em abril de Banguecoque e as melhorias da Carlota ao nível motor e da fala são notórias. Mas o trabalho não cessou e Sónia continua em busca das terapias que podem mudar a vida de Carlota. “O céu é o limite”, garante.
A CDU apresentou uma moção de censura à Junta de Freguesia de Caldelas pelo seu procedimento aventureiro no processo da Pensão Vilas. A moção de censura é o mecanismo legal e regulamentar que embora limitado nas consequências melhor expressa a critica fundamentada e concreta a um procedimento. Tendo consciência que a moção de censura não fazia cair a Junta, entendeu-se ser necessário e oportuno dizer a todos que a Junta se portou mal e que havia outros caminhos, mais transparentes e até mais interessantes do ponto de vista económico e financeiro. Devido ao pecado original da compra, com o actual presidente então tesoureiro a fazer abortar um negócio entre particulares ao comprar para a Freguesia a pensão vilas para ali instalar um Lar para Idosos, o caso assumiu contornos de aventureirismo e irresponsabilidade à medida que foi avançando no tempo. O pecado original da compra deve-se ao facto de ela se ter concretizado da forma rocambolesca como se concretizou porque na vila está instalada uma guerra aberta entre PSD e PS pela construção do lar para idosos, valendo tudo incluindo o sacrifício dos interesses da Freguesia. De posse do imóvel, a Junta encomendou a elaboração do competente projecto para apresentar às entidades competentes para o licenciamento e para financiamento. Apanhado no meio da tal guerra eleitoralista, a candidatura foi reprovada pela Segurança Social com consequências desastrosas para a Junta. Convicta que o projecto seria aprovado, sem esperar, ela fez avançar as obras até ao dia que o empreiteiro as parou por falta de pagamento, deixando a nu a irresponsabilidade da Junta que avançou sem acautelar o risco, acumulando dívidas. Foi o sinal maior de uma gestão incompetente e perigosa. O tempo foi passando e a grua imobilizada durante meses a fio era a fotografia de uma colossal erro que foi parar à barra do tribunal, com a Junta condenada. Do baú das coisas obscuras emergiu um particular que se prontificou a emprestar o dinheiro necessário para evitar o pior, mas ao dinheiro por ele emprestado havia que somar o dinheiro necessário para as obras e para funcionamento nos primeiros meses e para disponibilizar a verba necessária o mesmo “benemérito nebuloso” pretendeu a propriedade plena, ou seja ele que já era proprietário do direito de superfície queria também a propriedade do imóvel. A Junta, solicita, inventou uma venda directa do imóvel por valor acordado entre as partes, dando com essa operação mais uma profunda machadada na transparência. De facto, toda a gente nas Taipas sabe e diz que este é um negócio nada transparente porque a entidade a quem a Junta de Freguesia vendeu directamente, sem concurso público, é uma entidade tipo pão fresco que o PSD concebeu, criou e domina, dos associados aos dirigentes. Por isso se ouve dizer que é um caso de negócio do PSD consigo mesmo, o que não abona quem nele participou. Portanto, o processo está ferido de suspeitas desde a origem e na perspectiva da CDU havia que interromper e inverter a sua marcha para o abismo. Foi assim que em oposição à proposta de venda do imóvel a CDU apresentou uma alternativa, o concurso limitado a três entidades da freguesia idóneas. Essa proposta, que mais uma vez por imposição legal só podia ser uma recomendação que a Junta aceitava ou não aceitava, foi aprovada pela assembleia de freguesia, sem votos contra, ou seja, até o PSD lhe reconheceu mérito bastante para não a chumbar, e o PS votou ao lado da CDU. A resposta da Junta tardou e foi sem espanto que após varias insistências junto da mesa da assembleia de freguesia, que teve papel imparcial digno de representante de todos os deputados, nos foi entregue um parecer em papel timbrado da ADIT dizendo que não abria mão do direito de superfície. Em resumo, o PSD da ADIT substituiu o PSD da Junta que nem se deu ao incómodo de dar uma resposta, como era de esperar. Esta foi mais uma afronta à assembleia de freguesia por parte do PSD e essa afronta e todas as afrontas, a somar ao acto aventureiro de começar as obras sem ter previamente assegurado o competente e necessário empréstimo fundamentam e justificam a oportunidade de uma chamada de atenção, fundamentam e justificam a crítica leal e frontal no lugar certo, a assembleia de freguesia. Somos frontais e leais, não somos hipócritas nem dissimulados. O que temos a dizer dizemos aqui, no lugar adequado, não andamos a sussurrar pelos cafés ou reuniões selectas. Ao contrário do PS, que se absteve, nós dizemos o que é justo e de interesse para as Taipas e não o que mais convém.
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#251
ATUALIDADE
Escola defende que cumpriu o seu dever ao denunciar violência sobre menor Texto Catarina Castro Abreu
Um rapaz que frequenta a EB1 do Pinheiral, de nove anos, foi encaminhado para o Hospital Senhora da Oliveira, no passado dia 13 de março, depois de apresentar nódoas negras na cara e no pescoço. Ao Reflexo, Mário Rodrigues, diretor da escola, esclareceu que “é o dever da escola comunicar situações quando entende que a criança está a correr riscos”. Paulo Magalhães desdobrou-se em entrevistas a vários meios de comunicação social e no seu perfil da rede social Facebook prometeu fazer de tudo para rever o menino de 10 anos. “Doa a quem doer tudo, irei fazer para ver o meu filho e fazer ver ao nosso país a injustiça que me estão a fazer”, escreveu a 11 de abril passado. O homem de 50 anos está divorciado da mãe da criança e diz que desde o primeiro ano de vida que cuida do filho. PUBLICIDADE
O homem insurgiu-se contra o Ministério Público defendendo que o juiz deveria sobrepor-se a “outros interesses” e dar “apoio às famílias” e “não tirar [as crianças] do aconchego dos familiares”, considerando esta medida de restrição parental “uma das maiores agressões que uma criança e os seus pais poder ter”. É a resposta à medida proposta pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Guimarães e aceite pelo Ministério Público, que decidiu retirar de casa o menino de nove anos, alegadamente pelo crime de maus tratos. Desde então que Paulo Magalhães não vê o filho, que foi acolhido pela Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais (ADCL). Mário Rodrigues adianta que “despertou a atenção o facto de a criança ter chegado à escola com marcas negras na face e no pescoço”, situação que foi reportada
pela professora da criança. Ao Reflexo, diz desconhecer “se foi a primeira vez ou não”. “É obrigação da escola denunciar as situações em que parece que os direitos das crianças parecem estar a ser sonegados e as instituições que estão incumbidas dessa protecção é que têm que fazer o encaminhamento”, esclareceu, sublinhando que “foi isso que aconteceu”. A criança já não frequenta a escola do Pinheiral e foi encaminhada para uma outra instituição de ensino em Guimarães. A medida foi tomada porque, no primeiro dia após a denúncia da escola – o menino foi encaminhado para o Hospital Senhora da Oliveira e esteve um dia internado -, o pai esteve nas imediações da escola para ver o filho. O pai reitera a esperança de ver a criança no próximo dia 15 de maio, altura em que o menino completará 10 anos.
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Continente abre nas Taipas em situação irregular MANUEL SILVA
OPINIÃO Nelson Felgueiras
O essencial e o acessório
Texto Catarina Castro Abreu*
O Continente Bom Dia, que abriu portas no passado dia 18 de abril, junto à rotunda do Arquinho, nas Taipas, está a trabalhar sem licença de utilização. Em causa está a instalação do empreendimento num terreno com uma parcela – 200 metros quadrados – que pertence ao município. A autarquia atesta que não houve má-fé por parte do dono do investimento e tudo está a ser tratado para que aquela superfície comercial possa funcionar na legalidade. Amadeu Portilha, vice-presidente do município, explicou aos jornalistas, depois de o assunto ter sido levantado na reunião de Câmara de dia 27 de Abril, pelo vereador da coligação Juntos por Guimarães, Monteiro de Castro, que “no dia a seguir” à solicitação da licença de funcionamento do Continente das Taipas, “é detetado que naquela zona há dois ou três terrenos que fazem parte do domínio privado da Câmara Municipal de Guimarães”. Trata-se de “uma pequena parcela de terreno de 200 m2, consequência de uma expropriação que se fez há mais de 20 anos para a construção da circular das Taipas”. Aquele responsável adianta ainda que “não havia nenhuma evidência” dessa situação e que “o promotor, de boa-fé, apresentou os documentos de escritura que comprovavam que os terrenos eram
todos, na sua integralidade” do mesmo proprietário e que “não havia marcas físicas no terreno que permitissem pensar de outra forma”. “Detetada essa desconformidade, a Câmara imediatamente iniciou o processo para a sua regularização. O promotor foi informado disso, comunicou que não tinha agido de má-fé e disponibilizou-se para adquirir essa parcela de terreno”, disse, sublinhando que são “200 m2 de 16 mil m2, que passa pela avaliação do terreno e a venda dessa pequena parcela para que a situação possa ser regularizada”. Com a detecção da irregularidade, a licença de utilização não podia ser emitida, trâmites que devem ser fechados nos próximos dias: “até sexta-feira da próxima semana decorre a licença do alvará, que permite que funcionem na legalidade”. Neste momento, o funcionamento é ilegal por conta e risco do promotor, na medida em que a Câmara, quando teve conhecimento da abertura e porque sabia que a licença não estava emitida, remeteu “o processo para o departamento de fiscalização que abriu o respectivo auto contra-ordenacional”. Foi a resposta do vereador responsável às questões de Monteiro de Castro, da coligação Juntos por Guimarães, que classificou a situação de “lamentável”, comparando-a com a da Ecoibéria: “Como se permite aprovar e emitir licença de construção de um terre-
no que é da Câmara? Não é uma situação admissível. Não são de um proprietário qualquer, são do município”. Sublinhou ainda que este é um “mau sinal ao promotor que fez este empreendimento”, num momento em que se deveria trabalhar para estimular este tipo de investimentos. O Reflexo contactou a Sonae MC sobre esta situação insólita. Mas até ao fecho desta edição não foi possível recolher qualquer depoimento. A loja Continente Bom Dia de Caldas das Taipas abriu portas na manhã desta terça-feira, 18 de Abril, na presença de José Fortunato, Administrador da Sonae MC e de Constantino Veiga, José das Neves Machado e Rafael Amâncio Silva, presidentes da Junta de Freguesia de Caldelas, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas e Comandante do Corpo de Bombeiros taipense, respetivamente, entre outros convidados e muitos populares que se quiseram associar ao momento. Com a abertura deste novo espaço comercial foram criados 55 novos postos de trabalho, dos quais, 20, correspondem a primeiro emprego. Os 1.380 m2 de área comercial disponibiliza também uma cafetaria interior e uma Loja Well’s num horário de funcionamento, de segunda a domingo, entre as 8.30 horas e as 21 horas. * com Manuel Silva
Não gosto de populismo nem de demagogia. Não gosto daqueles que deturpam um sentimento tão genuíno como gostar da sua terra para levar a água ao seu moinho. Não gosto de instrumentalização e de virgens ofendidas. Vivemos num tempo em que a informação chega de enxurrada e em que cada um de nós tem ferramentas para dar eco à sua voz e à sua opinião. Da parte do recetor da informação e da opinião tem que existir uma capacidade de filtro, de perceber o que é essencial e do que é acessório. De distinguir o que realmente é importante daquilo que alguns nos querem fazer crer ser essencial, eventualmente para desviarem as atenções das suas próprias fragilidades… Sem essa capacidade corremos o risco de ser instrumentalizados. Convictos que estamos a defender a nossa terra mas a lutar contra ela, e nas mãos daqueles que fazem da discórdia e da maledicência o seu modo de operar. Mas falemos de coisas concretas. No último mês muito se falou e escreveu acerca do local em que a Câmara Municipal de Guimarães colocou o projeto para a requalificação do centro cívico de Vila para consulta da população. Emitiram-se comunicados, escreveram-se textos de opinião e fizeram-se intervenções nos palcos democráticos do concelho adjetivando a iniciativa da CMG do mais vil que há. Sobre a escolha do local todas as palavras, sobre o facto de o projeto ser colocado para consulta pública nenhuma. Entretanto, a própria CMG veio manifestar a intenção de alargar a discussão a outros locais e instituições da Vila, tendo igualmente colocado o projeto para a requalificação do centro cívico de Vila na Junta de Freguesia. Mas vamos aqui colocar o filtro, vamos tentar perceber o que é essencial e o que é acessório. Essencial para os Taipenses é, desde logo, o facto da requalificação do centro cívico de Vila se tornar uma realidade. Essencial para os Taipenses é serem ouvidos acerca do projeto para a requalificação do centro cívico de Vila. Acessório para os Taipenses é a discussão sobre qual o melhor local para colocar o projeto. E sobre essa discussão acessória e estéril eu não contribuirei. Importa-me como Taipense é que a requalificação do centro cívico se cumpra. Importa-me como Taipense é que todos nós tenhamos, assim queiramos, a oportunidade de nos pronunciar sobre o futuro da nossa Vila. E tudo o que é essencial a CMG fez! Escolheu requalificar, porque as Taipas merecem e precisam, o centro cívico da Vila. Escolheu ouvir e envolver, porque não podia ser de outra maneira, todos os Taipenses. Tudo resto é fumo e fait divers. Todas as outras discussões resto são politiquices e jogo de convertidos. Ser Taipense também é isto. É ter a inteligência de ver além do que nos querem impingir. É defender a nossa terra e lutar por ela. Ser Taipense é lutar pela melhor intervenção possível no centro da Vila e garantir que as Taipas se faz com todos.
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#251
ATUALIDADE Agrupamento de Escolas de Briteiros vence prémio “O Minho e a Europa” Texto Paulo Dumas
O Agrupamento de Escolas de Briteiros venceu o primeiro prémio do Concurso de Fotografia/Vídeo “O Minho e a Europa”, no escalão B, para alunos do 2.º e do 3.º ciclos. Os alunos Ana Filipa Machado Ribeiro, Ana Luísa Alves Ribeiro, Beatriz Moreira Almeida e João Pedro Ribeiro Macedo apresentaram o trabalho “Citânia de Briteiros - Um Tesouro do Minho e da Europa. O concurso O Minho e a Europa foi promovido pelo jornal Diário do Minho, em parceria com o Centro de Informação Europe Direct de Ponte de Lima e o deputado
europeu José Manuel Fernandes. O primeiro prémio do escalão A, orientado para o ensino secundário e profissional, foi entregue aos alunos da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, de Vila Nova de Famalicão. O objetivo do prémio é promover a Natureza, infraestruturas ou edifícios construídos ou requalificados com o apoio da União Europeia através dos fundos comunitários. O prémio atribuído ao Agrupamento de Escolas de Briteiros foi um cheque brinde, no valor 250 euros. Os vencedores do escalão A terão como prémio uma visita ao Parlamento Europeu.
Curso de Multimédia da Escola Secundária recebe menção honrosa em Concurso Nacional de Vídeos Escolar O Curso Profissional de Técnico de Multimédia recebeu uma menção honrosa pelo trabalho em vídeo “Eu! Corrupto?”, no Concurso Nacional de Vídeos Escolar “Imagens contra a Corrupção”, promovido pelo Conselho de Prevenção da Corrupção e o Tribunal de Contas e aberto às escolas públicas e privadas de todo o país. Este é o quarto ano consecutivo em que a Escola Secundária Participa no concurso, sendo que no ano passado a equipa das Taipas recebeu o primeiro prémio do concurso. O PUBLICIDADE
vídeo concorreu na categoria de ensino secundário e foi realizado pela turma do 11.º ano do Curso Profissional de Técnico de Multimédia. De acordo com a nota enviada pela escola, a ideia do slogan “Eu! Corrupto?”, surgiu devido à dificuldade em perceber onde começa a corrupção, em perceber que atitudes rotineiras e aparentemente inofensivas também podem ser corruptas “Apontar o dedo ao “outro”, aos poderes públicos e empresariais, é a forma mais fácil de falar sobre corrupção, mas o ato de corromper
ou de ser corrompido, infelizmente, está em todas as camadas da sociedade. É necessário fazer uma auto-reflexão e analisarmos se as nossas atitudes são as mais corretas” - lê-se na nota enviada pela direção do curso. De acordo com a responsável pelo curso de multimédia da escola, Dalila Durães, Este prémio simboliza o reconhecimento externo da criatividade e da qualidade das competências técnicas e profissionais desenvolvidas pelos alunos destes curso.
Caminhada solidária para criação de sala de apoio a crianças com espetro de autismo
A Associação de Pais da EB1 de Motelo, em Fermentões, leva a cabo no próximo dia 7 de maio, uma caminhada solidária para recolha de apoios à criação de uma Sala Snoezelen, devidamente equipada para dar apoio a crianças com Necessidades Educativas Especiais daquela escola, nomeadamente crianças portadoras do Espetro do Autismo. A iniciativa está agendada para as 10 horas, junto à Escola EB1 do Motelo e nela podem participar todos os interessados em apoiar este projeto. A caminhada terá uma duração aproximada de 40 minutos e a sua realização é de dificuldade reduzida. Aquele estabelecimento escolar tem integrado uma Unidade de Ensino Estruturado, criada para apoiar alunos com autismo, despertou na associação de Pais a vontade de colaborar e contribuir para o processo educativo daquelas crianças. Nesse sentido, pretende, ainda durante o corrente ano letivo, criar uma Sala Snoezelen, numa das salas do edifício da EB1 de Motelo, de forma a dar assistência a alunos daquela
escola, mas também a alunos a frequentar as outras unidades de ensino estruturado do Agrupamento, nomeadamente da EB1/ JI Sra. Da Conceição e da escola EB 2,3 de Fermentões. Sala Snoezelen é uma sala equipada com materiais para estimulação sensorial. É um local feito de luz, sons, cores, texturas e aromas, onde os objetos são coloridos e disponibilizados para serem tocados e admirados. Os sentidos primários são estimulados para darem sensação de prazer e relaxamento. Atualmente, as salas Snoezelen são utilizadas nos campos da saúde, reabilitação, formação e terapia ocupacional. São também utilizadas em estruturas escolares e tratamento para crianças portadoras de deficiência e com autismo. A ajuda financeira necessária a que este projeto se torne realidade está acima das possibilidades orçamentais da Associação de Pais. Por isso, vieram para o terreno apelar à solidariedade de todos, com a realização desta caminhada solidária.
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Ponte aprova Condecoração de Honra ao Presidente da Câmara com abstenção da CDU e do PS ALFREDO OLIVEIRA
OPINIÃO Manuel Ribeiro
Empurrar as Taipas ainda mais para Braga
Sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de Ponte atribuiu condecoração Domingos Bragança, pelo contrinuto dado ao desenvolvimento da vila. A proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção do PS e da CDU. A Assembleia de Freguesia de Ponte de 28 de abril ficou marcada pela aprovação da Condecoração de Honra ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança e por uma recomendação da Assembleia de Freguesia para a atribuição do topónimo “Artur do Montinho” ao novo arruamento de ligação da Rua do Monte da Ínsua ao Centro Escolar de Ponte. No período antes da ordem do dia, Daniela Caldas, eleita pela coligação Juntos por Guimarães (JpG), enalteceu as obras que o executivo tem levado a cabo, designadamente a requalificação do Centro Cívico, da Rua Reitor Francisco José Ribeiro e da área envolvente à EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso. Daniel Salazar, eleito pela CDU, fez uma referência ao 25 de Abril tendo, para o efeito, recorrido a uma citação de Ary dos Santos. Para conclusão do período antes da ordem do dia, Sérgio Castro Rocha, presidente da Junta de Freguesia destacou a reabertura do caminho de Fonte Cova e o alargamento da fachada da Quinta dos Cascos como obras importantes para o bem-estar da população de Ponte. Por último, disse sentir orgulho na atribuição, à Junta de Freguesia, do Eco-Freguesias XXI – prémio
nacional que pretende reconhecer e divulgar as melhores práticas de sustentabilidade local nas vertentes social, económica e ambiental. Já no período respeitante à atividade e situação financeira da Junta de Freguesia, Paula Caldas, eleita pela coligação JpG, elogiou o trabalho desenvolvido pela Junta de Freguesia, tendo dado conta das iniciativas que ao nível cultural, social e de emprego forma tomadas pelo executivo no período em análise. Também Daniel Salazar evidenciou o trabalho do executivo designadamente com a recente instalação de moloks na freguesia, o reforço da iluminação pública e o restauro do património. Na sequência, a Assembleia de Freguesia aprovou, por maioria, o Relatório de Atividades e Prestações de Contas de Gerência de 2016, com os votos a favor dos membros eleitos pela coligação JpG e da CDU e votos contra dos eleitos do PS que apresentaram declaração de voto. A 1.ª revisão ao Orçamento do ano de 2017 e a 1.ª revisão ao Plano Plurianual de Investimentos do ano de 2017 foram igualmente aprovados por maioria, com votos favor dos membros eleitos pela coligação JpG e da CDU e abstenção do PS. Já a apreciação do inventário
dos bens, direitos e obrigações e respetiva avaliação foi aprovada por unanimidade. Antes de se iniciar o período aberto ao público, foi aprovada, por maioria, com abstenção dos eleitos pelo PS e CDU, a condecoração de Honra da Freguesia de Ponte ao presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança. A este propósito, Miguel Sousa, disse que os membros eleitos pelo PS continuam fiéis aos princípios orientadores relativamente a esta matéria, uma vez que sempre defenderam a necessidade de procurar o maior consenso possível a este respeito. Uma vez mais reforçou não estar em causa a pessoa, assim como nunca estiveram em causa as pessoas e entidades já condecoradas, mas antes o procedimento escolhido pela Junta de Freguesia neste assunto. Fundamentando a atribuição deste reconhecimento, a Junta de Freguesia de Ponte referiu o trabalho do presidente da Câmara Municipal de Guimarães nos últimos anos para o bem comum da Vila de Ponte, tendo contribuído para o seu crescimento nas mais diversas áreas, criando uma considerável melhoria de vida dos seus concidadãos.
É público que o actual Presidente de Junta da Freguesia de Ponte irá encabeçar uma lista do PS à Assembleia de Freguesia de Ponte. O actual Presidente da Junta, Dr. Sérgio Rocha, encabeça no actual que ainda não terminou, mandato a lista de “Juntos por Guimarães”, coligação do PSD/CDS e Partido da Terra. Está-se, portanto, em face de uma transferência de partido. E fala-se neste porque assumiu a dimensão mais mediática Perguntar-se-á porquê? Dizem uns que tal se deve ao facto de a Câmara ter feito muita obra na vila e freguesia de Ponte. E candidatar-se no mesmo partido do que foi eleito o Presidente da Câmara seria uma forma politica de agradecer. Está mais uma vez demonstrado que se a Câmara quiser fazer obra bem feita não precisa de junta da mesma cor partidária. Dizem outros que a mudança de partido tem a ver com outras ambições, mais pessoais, que se prendem com o desempenho de outros cargos, agora municipais. Outros ainda especulam que a mudança tem a ver com chantagem politica: isto é, se te candidatares e ganhares a junta de freguesia por essa coligação, a Câmara vai tentar esquecer-te de ti, da freguesia e dos teus fregueses num exercício de arbitrariedade difícil de fiscalizar. A minha ideia quanto ao verdadeiro animo desta dança é a de que o Dr. Sérgio Rocha está convencido de que o PS vai ganhar a Câmara; e se ele ganhar a Junta, ganha duas vezes. É neste mundo de conjecturas aparentemente certas e exequíveis que se movem os nosso políticos: que o PS ganha a Câmara de Guimarães. E se ganhar a coligação “Juntos Por Guimarães” a Câmara? E se realmente os eleitores derem uma prova de maturidade democrática ao quererem a mudança num concelho sovietizado pelo Partido Socialista? Perde o projecto pessoal do Dr. Sérgio Rocha e ganha o concelho. A vila e freguesia de Ponte ganhará, assim como as Taipas. Pois, o projeto, antigo e defendido de forma consistente para o concelho de “Juntos por Guimarães, contempla as freguesias como o destinatário das politicas de proximidade e de igualdade em todo o concelho; politicas de “coesão territorial” de modo a dotar as freguesias de equivalentes infra estruturas das que existem na cidade. Politicas de coesão territorial coerentes que a Via do Ave Park e o projeto idílico de transformar a Estrada nacional 101, na zona de Ponte, em rua urbana e assumidamente de transito lento, “empurra” os Taipenses e toda a zona Norte do concelho para a cidade e concelho de Braga, porque os afasta insidiosamente de Guimarães. E é este o projecto do PS Taipas que aplaude politicas hostis para as Taipas e para os Taipenses.
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ATUALIDADE Oposição critica apoios extraordinários, Domingos Bragança defende associações ALFREDO OLIVEIRA
CRO vai ser ampliado e irá receber mais animais O Centro de Recolha Oficial de Guimarães vai ser ampliado e poderá receber mais 50 animais, além dos cerca de 80 cães e 60 gatos que alberga atualmente. A informação foi avançada pelo vice-presidente da Câmara, Amadeu Portilha, que está convencido de que este projeto responderá às necessidades do município. A preocupação foi levada pelo vereador da CDU, Torcato Ribeiro, à reunião de Câmara que questionou a capacidade do CRO estar à altura da lei que entrou em vigor na passada quarta-feira, 26, que proíbe o abate de animais. Vincou que esta “é uma preocu-
800 mil euros. É o valor que António Monteiro de Castro, vereador do CDS, aponta como subsídios extraordinários atribuídos apenas durante a reunião de Câmara do último dia 27 de março. O presidente de Câmara nega o valor avançado pelo vereador e realçou que é a própria oposição que aprova estes subsídios. Texto Catarina Castro Abreu
O montante avançado por Monteiro de Castro é inflacionado pelos subsídios às corporações de bombeiros de Guimarães e das Taipas, que juntos, vão receber 290 mil euros. Mas o vereador da oposição não deixou de criticar a forma como algumas instituições se lançam nos investimentos: “Muitos são atrevidos”, sentencia. “Quando me lanço para um investimento tenho de ver se tenho dinheiro para ele, ou pelo menos, se tenho 80% do valor. Temos assistido a umas obras de entidades que começam sem dinheiro e depois trazem tudo para o município”, disse o responsável que integra a Coligação Juntos por Guimarães. Lembrou ainda PUBLICIDADE
uma regra que existia no passado: “Sabendo o subsídio do Estado, a Câmara dava 20% desse valor e era uma regra para todos”. Criticou ainda o timing em que estes subsídios são atribuídos: “A cinco meses de eleições, são subsídios que causam apreensão a nós e ao próprio presidente da Câmara. São subsídios atribuídos nesta fase e havia de haver mais respeito, com mais critério ao longo do ano”. A oposição aprova os montantes propostos pela Câmara “por respeito”. É este o argumento utilizado pelo presidente de Câmara, que referiu que António Monteiro de Castro votou favoravelmente todos os subsídios extraordinários apresentados durante a reunião.
Negou ainda o valor avançado pelo vereador: “Fez as contas muito por cima. Não tem nada a ver com 800 mil euros. O vereador só tem que dizer qual é o subsídio com o qual não concordou porque votou favoravelmente todos. Não foi competente para dizer que este subsídio não quero que atribua”. O presidente de Câmara acrescentou ainda que “todas as associações, os bombeiros,as associações desportivas e culturais e as juntas de freguesia que solicitaram apoio, fundamentaram esse pedido e, por isso, merecem esse apoio”. Deixou ainda uma achega à oposição: “Isto do período eleitoral era melhor olhar cada um olhar para o seu umbigo e depois pensa melhor.
pação normal de todas as pessoas que gostam de animais”. Na resposta, Amadeu Portilha disse que o Canil/ Gatil de Guimarães não pratica a eutanásia por norma e que a mesma só é realizada em “casos muito excecionais”. Em curso está o projeto de ampliação do canil, assim como o concurso público correspondente e a aquisição de equipamentos necessários. Ainda acerca da sobrelotação do CRO vimaranense, o vice-presidente focou que Guimarães continua a receber animais de outros municípios, sendo certo que “a situação ideal é que cada município receba os seus animais”.
Hipótese de construir mais uma superfície comercial na cidade foi afastada Hipótese de construir mais uma superfície comercial na cidade foi afastada “Houve um pedido de informação prévia (PIP) sobre a possibilidade de vir a ser equacionada a viabilização de uma superfície comercial” junto à rotunda da avenida D. João IV. Mas essa intenção foi afastada pela Câmara de Guimarães porque esses terrenos estão reservados para um projeto ainda não concretizado: a conclusão da circular de Guimarães, na variante sul-nascente. “Esse assunto deu entrada na Câmara, foi analisado pela equipa técnica, foi referenciada como sendo uma zona não viável para a construção dessa superfície comercial e notificado o requerente”, esclareceu Amadeu
Portilha, reconhecendo que “o processo existiu e não é viável por um conjunto de condicionantes relacionadas com o PDM, a especificidade e a tipologia daquele local”. O vice-presidente do município trouxe o assunto à reunião de Câmara depois de, numa sessão anterior, ter afirmado que não tinha existido nenhum PIP relativamente a esse investimento. “Com a mesma veemência que na altura contrariei os argumentos do vereador da CDU [que levou o tema à reunião Câmara a 13 de março], com a mesma veemência e humildade entendi pedir desculpa por ter sido induzido em erro”, declarou. A atitude foi elogiada pelos vereadores da oposição.
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Câmara distribui apoios para obras nas freguesias do concelho ALFREDO OLIVEIRA
O executivo vimaranense ratificou a proposta a apresentar à Assembleia Municipal de celebração de contratos de atribuição de subsídios, bem como a aprovação do mapa de repartição de apoios a conceder neste âmbito, com menção das obras a que se destinam e ainda a transferência das correspondentes verbas, no ano corrente. As verbas a conceder foram ponderadas de acordo com a área geográfica de cada freguesia e o seu número de eleitores. De destacar os cerca de 33 mil euros para Caldelas, 39 mil euros para Ponte e 18 mil euros para Sande S. Martinho, entre outras freguesias. Barco
Alargamento, construção de passeio, rede de drenagem de águas pluviais e pavimentação da rua de S. Martinho
12.200,60
Brito
Alargamento da rua S. Francisco e canto da rua do Conto, e pavimentação da rua do Armamilo
31.438,00
Caldelas
Pavimentação e construção de rede de drenagem de águas pluviais da rua da Lama, rua da Quintã, repavimentação da Travessa do Montinho e alargamento da rua do Azemel
33.310,12
Gonça
Aquisição do projeto de requalificação do centro cívico
Longos
Pavimentação e construção de rede de drenagem de águas pluviais da rua de Toraz e repavimentação da Travessa de Santo António
20.400,17
Ponte
Execução da obra de requalificação da envolvente da Escola E.B.2,3, acesso ao centro escolar, construção de um parque infantil e um parque de fitness ao ar livre, e requalificação do Largo Comendador Manuel Gonçalves
39.460,30
Prazins (Santa Eufémia)
Construção de parque infantil
17.227,72
9.501,64
Sande (São Martinho)
Pavimentação da Rua do Bacelo e Rua do Burgão
18.360,73
União das freguesias de Arosa e Castelões
Reabilitação paisagística do espaço das Charcas dos Três Moinhos, em Castelões, com instalação de mobiliário urbano e pavimentação do restante acesso
14.200,36
União das freguesias de Briteiros Santo Estêvão e Donim
Repavimentação da rua da Escola e rua Fernando Pessoa (Donim) e pavimentação da rua do Bocage (Sto. Estêvão)
21.423,05
União das freguesias de Briteiros São Salvador e Briteiros Santa Leocádia
Pavimentação da rua de Portela do Lobo e Travessa da Lomba (S. Salvador) e beneficiação do centro cívico (Sta. Leocádia
25.976,40
União das freguesias de Leitões, Oleiros e Figueiredo
Alargamento da rua de S. Paio, com construção de passeios e muro (Figueiredo)
22.949,23
União das freguesias de Prazins Santo Tirso e Corvite
Requalificação do parque de lazer de Prazins Sto. Tirso com construção de sanitários
16.559,19
União das freguesias de Sande São Lourenço e Balazar
Pavimentação da rua Sto. António, em Sande S. Lourenço, e rua da Granja e rua das Cruzes, em Balazar
20.203,77
União das freguesias de Sande Vila Nova e Sande São Clemente
Requalificação do ringue de Sande Vila Nova
28.997,58
União das freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar
Requalificação com desaterro da rua Manuel Alves Matos, em Souto S. Salvador
36.385,33
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50 mil euros para requalificação de instalações do GDRC Os Sandinenses A Câmara Municipal, na reunião do seu executivo de 27 de abril, aprovou um apoio de 50 mil euros ao Grupo Desportivo Recreativo Cultural Os Sandinenses para a requalificação das suas instalações para que permitam uma maior e melhor ocupação do
espaço para a prática desportiva. O GDRC Os Sandinenses é um clube reconhecido no panorama desportivo no concelho de Guimarães, nomeadamente na vertente formativa de crianças e jovens, contando com cerca de 200 atletas, na atualidade.
35 mil euros para apoio à construção dos balneários do C D de Ponte Na mesma reunião camarária foi deliberada a atribuição de um apoio extraordinário de 35mil euros ao Clube Desportivo de Ponte para a construção de novos balneários e requalificação dos existentes face ao crescimento do clube e do número de atletas.
O Clube Desportivo de Ponte é um clube reconhecido no panorama desportivo no concelho de Guimarães, nomeadamente na vertente formativa de crianças e jovens, contando com mais de 150 atletas, na atualidade.
Olimpíadas Castrejas com apoio de 5 mil euros A Câmara Municipal deliberou ainda atribuir uma verba de 5 mil euros para o desenvolvimento das já tradicionais Olimpíadas Castrejas. A Castreja Cooperativa tem vindo a realizar nos últimos anos um vasto conjunto de atividades culturais e desportivas, na sua zona geográfica de implantação, inseridas num projeto denominado Olimpíadas Castrejas, que têm resultado positivamente no acesso das suas populações a diversas atividades tradicionais culturais,
a uma prática desportiva regular e ao fomento da atividade física junto das populações que serve. O conjunto de atividades lúdico-desportivas que desenvolve, aproveitando as infraestruturas existentes na sua área de influência e o número significativo de voluntários que a integram, tem potenciado o desenvolvimento físico, motor e cognitivo dos seu público-alvo, numa tarefa que tem merecido generalizada aceitação e cujos resultados estão confirmados.
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ATUALIDADE
Requalificação da igreja de Corvite está prometida CATARINA CASTRO ABREU
O presidente da Câmara prometeu a requalificação da Igreja Velha de Santa Maria de Corvite. O edifício do XVI, no coração daquela freguesia vimaranense, está em avançado estado de degradação e guarda uma série de frescos que é urgente conservar. Texto Catarina Castro Abreux O presidente da Câmara anunciou da requalificação durante o lançamento do guia do património classificado de Guimarães, que aconteceu a 18 de abril. Chama-se “Guimarães cidade de património” e é um roteiro dos 51 monumentos classificados da cidade-berço. A PUBLICIDADE
publicação estará disponível no posto de turismo, welcome centre e loja interativa e terá distribuição gratuita. Há versões em português, inglês e espanhol. Domingos Bragança quer travar o “avançado estado de degradação” da igreja que por despacho publicado na
portaria 667/2012, do Diário da República, 2ª série, nº215, de 07 de novembro de 2012, está classificada como monumento de interesse público a Igreja Velha de Santa Maria de Corvite, no concelho de Guimarães. O mesmo documento procedeu ainda à fixação da respetiva zona
especial de proteção. Cinco anos passaram desde a classificação e pouco se faz por esta igreja: apenas o telhado está recuperado ainda que sem recorrer a técnicas condizentes com a antiguidade da infra-estrutura. “A igreja velha Corvite está em projeto e é para in-
tervenção”, disse Domingos Bragança, que reconheceu que “a igreja encontra-se muito deteriorada”. “Ou nós sustemos esta deterioração ou não temos monumento nenhum. Tem uns frescos de qualidade excepcional que temos que preservar”, constatou. Igreja degradada com caminhos ingremes A chegada à Igreja Velha de Corvite não é fácil. Ainda são umas boas dezenas de metros que separam a placa indicativa do local e a igreja. D. Amélia sempre viveu no sopé pequeno monte onde fica o templo e diz que por estes dias apenas os curiosos vêm à Igreja. Há muito que se deixou de fazer cerimónias religiosas. Apenas uma vez por ano, acontece a Via Sacra, que termina no cume do pequeno monte, mas apenas nas imediações da Igreja. O edifício há muito que não é aberto à população. Há dois caminhos que permitem o acesso à igreja: um deles é público mas atravessado por condutas de água para rega dos campos que rodeiam o edifício. O outro caminho é privado. “Inserido numa envolvente bucólica, de características vincadamente rurais, constituída por quintas, caminhos e cursos de água, o imóvel goza de uma localização privilegiada, a meia encosta sobranceira ao vale de Cor-
vite e Prazins Santo Tirso”, lê-se no guia lançado a 18 de abril. A publicação continua dizendo que “ainda que os primeiros registos de uma igreja em Corvite dedicada a Santa Maria datem do séc. XIII, o atual edifício é dos sécs. XVI e XVII. Na construção das suas paredes exteriores é visível o aproveitamento de elementos de origem visigótica do anterior edifício”. “O seu interior revela um magnífico conjunto de pinturas murais, postas a descoberto em 1988, apos a remoção, para restauro, do retábulo-mor e de dois retábulos colaterais. Na parede fundeira da capela-mor aparece a representação da Virgem, rodeada de anjos, entronada e com o menino ao colo. A Virgem está ladeada pelas imagens de São Bráz e Santo Antão. Na parede lateral do lado de Evangelho, descobre-se parcialmente a figura de um monge, encoberta por camadas de cal. Já na nave, ladeando o arco cruzeiro, identificam-se, do lado de Evangelho, as representações de santa Catarina de Alexandria e de Santa Bárbara e, do lado da Epístola, o martírio de São Sebastião. O arco é encimado por um calvário parcialmente encoberto por camadas de cal. As mesas de altar possuem vestígios de pintura mural”, termina.
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20 Anos de experiência: Sempre com técnicas inovadoras, na área da Medicina Dentária
Atendimento diferenciado
S
ão mais de 20 os anos de experiência que a Dra. Conceição Batista Ribeiro Medicina Dentária, Lda. dedicou à excelência da saúde oral. Tudo começou em 1997 quando abriu a sua primeira clínica nas Caldas das Taipas, onde sempre investiu na inovação: prova disso são as mais recentes técnicas na Implantologia, Endodontia, Ortodontia, Prótese fixa, Técnicas Restauradoras e Cirurgia Oral. O foco de Conceição Batista Ribeiro é prestar o melhor serviço possível ao paciente. Nesse sentido, o aperfeiçoamento da formação diferenciada e complementar sempre foi uma aposta ganha, realizada através de "pós-graduações nas variadas valências da Medicina Dentária". Vale a pena conhecer melhor esta especialista de saúde oral: "Quando terminei o ensino secundário, quis tirar um curso na área da saúde",
explica Conceição Baptista Ribeiro, licenciada em Medicina Dentária pelo Instituto de Ciências de Saúde-Norte. Assim que terminou o curso, lançou mãos ao trabalho, inicialmente “à percentagem num consultório”, em São Julião de Freixo, em Ponte de Lima. Depois das Taipas, também naquele concelho abriu um espaço próprio, em 2002. Parceiro na vida e no trabalho, o marido Alfredo Lopes, também formado em Medicina Dentária, e Conceição Batista Ribeiro enveredaram por especializações diferentes. O resultado é "uma equipa multidisciplinar", capaz de oferecer "um serviço de extrema qualidade". Trata-se de uma resposta ao “mercado de trabalho muito competitivo e, por vezes, até desleal”, esclarece. Garantido está o melhor atendimento, numa aliança perfeita entre a formação académica e experiência profissional.
Nem só de saúde oral se faz a clinica da Dra. Conceição Batista Ribeiro
O ano de 2010 foi tempo de mudança. A Clínica Medico Dentária do Largo funciona em "instalações modernas e funcionais", em pleno centro da vila das Taipas, na Praça Dr. João Antunes Guimarães, que inclui "dois gabinetes dentários, uma sala de esterilização e uma sala de Raio X". Um “espaço agradável” onde não falta uma receção e uma sala de espera bastante confortáveis. Existem ainda “dois gabinetes para prestação de serviços de Fisioterapia, Medicina Tradicional Chinesa e Psicologia”. “Com estas instalações podemos oferecer um melhor serviço aos nossos pacientes, aos quais prometemos manter sempre uma formação contínua de qualidade", assegura Conceição Batista Ribeiro, para quem a diversidade das valências disponibilizadas são garantia do bem-estar do paciente.
A utilização "das melhores técnicas e materiais, de forma a conseguir proporcionar as melhores respostas às sucessivas situações clínicas que nos vão surgindo" é um dos ex-libris da Dra. Conceição Batista Ribeiro Medicina Dentária, Lda. O segredo? É fazer “tudo por amor, compromisso e honestidade não só para com a profissão, mas também para com o paciente ”, resume, assumindo que “assim tudo se torna mais fácil e
Praça Dr. João Antunes Guimarães, 83 Caldas das Taipas
gratificante”. São profissionais realizados: a maior satisfação passa por devolver a função, a saúde e o sorriso aos pacientes. E eles reconhecem o trabalho desenvolvido por esta equipa de trabalho: “Faz-nos imensamente felizes vermos entrar pela porta da clínica pacientes que, ano após ano, nos são leais”. Conceição Batista Ribeiro e Alfredo Lopes agradecem a confiança que neles depositam. Com um sorriso. ●
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Novo dispositivo espera melhorar combate inicial e reduzir área ardida PAULO DUMAS
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, presidiu à sessão de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para o ano de 2017. Texto Paulo Dumas
O documento que define os meios e a estratégia operacional para as várias fases de prevenção, deteção e combate aos incêndios florestais foi apresentado pelo Comandante Distrital Hermenegildo Abreu, no seu primeiro ano a comandar as operações, especialmente a fase de perigo mais crítica, no que toca ao riscos de incêndio - a Fase Charlie, que vigora de 1 de Julho a 30 de Setembro. O ano de 2016 encerrou com uma área total ardida de 125.251 hectares. Para diminuir a expressão deste indicador a Proteção Civil está a executar um plano de formação especializada em incêndios florestais envolvendo 6822 formandos. Além
disso, está a ser executado um plano de treino operacional, contando com cerca de 4 mil formandos. O DECIF prevê uma maior celeridade na efetivação dos meios de combate. Em termos operacionais os objetivos são para que, entre a deteção e a deslocalização dos meios para o combate, o tempo máximo de resposta seja de, no máximo 2 minutos. Espera-se ainda que, em 20 minutos após a ordem do comando, esteja a ser dado o ataque inicial no evento. Em termos de disponibilidade de meios para o combate a incêndios florestais em 2017, a Proteção Civil contabiliza um total de 9740 efetivos, organizados em 2255 equipas,
além de 2065 meios técnicos a operar no terrenos e 48 por via aérea. A sessão de apresentação do DECIF para o distrito de Braga decorreu durante a manhã de sexta-feira, 28 de abril, no Museu Diogo de Sousa, Braga. Secretário de Estado defende mão pesada na repressão por parte das entidades fiscalizadoras
O secretário de Estado Jorge Gomes diz-se apreensivo perante os primeiros indicadores de 2017, no que toca aos fogos florestais. “Ainda estamos a começar o ano e parece que já estamos na Fase Charlie!” referiu o governante. O distrito de Braga é dos mais
problemáticos a nível nacional. Nos últimos dez anos, registaram-se anualmente, em média, 1900 ignições, que resultaram em 8050ha de área consumida. Em 2016, o distrito registou uma área ardida de 14741ha. Por esta altura, no ano passado tinham ardido 49ha, em 52 ocorrências. Este ano aqueles indicadores registam já 650 ocorrências e uma área ardida de 2372ha. Neste cenário, o secretário de estado quis sublinhar que é fundamental que não haja vítimas mortais no combate aos incêndios. Para evitar os grandes eventos é estratégico apostar na eficiência no combate inicial, para evitar incêndios de grande dimensão. Entre as novidades anunciadas pelo secretário de estado incluem uma presença mais efetiva das forças armadas. O exército sempre esteve disponível para o combate aos incêndios. No entanto, este ano há 1350 militares que estão a receber formação específica. O papel dos militares será assumir a fase de rescaldo nos incêndios, libertando os bombeiros para poderem descansar. Também a disponibilidade permanente de um helicóptero de comando, assim como a criação de brigadas de fogos controlados, em colaboração com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, são assinaladas como melhorias do dispositivo. O helicóptero de comando irá permitir a coordenação dos meios terrestres e aéreos, em incêndios de grandes dimensões. Os bombeiros vão passar a contar com alimentação garantida no teatro de operações, algo que antes não era previsto na fase de planea-
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mento. Na presente época, na fase de planeamento das operação vai ser dimensionadas refeições de reforço para os bombeiros, que passarão a deslocar-se em autocarros e não em viaturas das respetivas corporações, nas alturas em que vão apoiar outras corporações, fora das suas área de intervenção. A nível institucional o secretário de estado da Administração Interna anunciou um envolvimento mais efetivo e mais próximo dos presidentes de junta, que “são o elo mais forte e mais próximo do cidadão”. Os autarcas passarão a ser informados das ocorrências nas respetivas freguesias em tempo real. Por parte da GNR, foi pedido que, além da fiscalização que está a ser feita com “excelência”, esta força tenham um papel mais ativo na altura da repressão - “isto, se não vai a bem, vai a mal”, disse Jorge Gomes. As medidas anunciadas pelo secretário de estado já estão previstas no DECIF, algumas delas estão em fase preparatória para poderem ser executadas na entrada da fase charlie. O CODIS de Braga espera que os novos meios venham a representar uma maior eficiência no combate aos fogos florestais. No final da sessão de apresentação, o comandante distrital Hermenegildo Abreu saudou as diferenças mais substanciais relativamente aos anteriores dispositivos. Para o novo comandante a presença efetiva das forças do Exército Português e o helicóptero de coordenação aérea serão reforços importantes. Hermenegildo Abreu referiu ainda que estão a ser preparada a disponibilidade de mais equipas.
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Das Taipas para o Mundo
“Zeca e outros amigos” no auditório dos Bombeiros a 6 de maio DR
“apesar de Luzern ser uma cidade relativamente pequena, apresenta uma variedade cultural enorme, sendo possível encontrar gente oriunda de todos os cantos do mundo” CA R L O S D UA RT E Está em Lucerna, Suíça
A noite do próximo sábado, dia 6 de maio, está reservada para relembrar Zeca Afonso e outros cantores da música de intervenção que marcaram várias gerações antes e depois do 25 de Abril de 1974. O espetáculo “Zeca e outros amigos”, marcado para as 21h30min, percorre o universo musical e poético da designada música de intervenção. Completando-se 30 anos do desaparecimento de José Afonso
(faleceu a 23 de fevereiro de 1987), em palco juntam-se um conjunto de músicos e atores que revisitam o canta-autor, mas também José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire. À música juntam-se poemas de Ary dos Santos, Natália Correia e Manuel Alegre. Em palco, numa produção da “Astronauta – Associação Cultural” estará Tiago Simães, no piano;
Paulo Rodrigues, voz e guitarra; Francisco Leite Silva, voz, trompete e flauta; Ana Silva, voz; Luís Almeida, voz, adufe e cavaquinho e Nelson Xize, voz e percussões, contando ainda com a participação de Simão Barros. com leitura de poesia. Este espetáculo enquadra-se no projeto “Excentricidade”, promovido pela Câmara Municipal de Guimarães.
Programação dos Banhos Velhos em Maio
6 13
tertúlia Os Banhos Velhos no desenvolvimento da indústria hotelaria e temral no sec. XIX e XX 17 horas atelier infantil
Das imagens nascem filmes 10 e 15 horas
19
tertúlia
100 anos da vida literária de Ferreira de Castro 21.30 horas
26
tertúlia
As 25 edições do festival de Paredes de Coura 22 horas
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VERA MARMELO
27
concerto
Minta & The Brook Trout + Captain Boy 22 horas
Para esta edição deixamos o Tiago Martinho em Trento e fomos de comboio, para apreciar bem a paisagem, ao encontro do seu primo Carlos Duarte que vive em Lucerna. É desde a bonita cidade suíça que ouvimos o Carlos. “Nasci, vivi e estudei na Terra Onde a Lua Fala até à entrada na universidade, altura em que me mudei para Aveiro por forma a concluir a Licenciatura em Marketing pelo Instituto de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro”. “Há 2 anos mudei-me de malas e bagagens para o país dos alpes - mais precisamente para uma pacata cidade na Suíça central, Lucerna (Lozärn em suíço-alemão/ Luzern em alemão)”. O que o Tiago mais gosta “é seguramente o lago com água cristalina, ideal para um mergulho na época de verão, e um passeio de bicicleta nas suas margens. Aprecio também o facto de que, apesar de Luzern ser uma cidade relativamente pequena, apresenta uma variedade cultural enorme, sendo possível encontrar gente oriunda de todos os cantos do mundo em qualquer altura do ano. Isto torna fácil o acesso a restaurantes e produtos de diferentes partes do mundo”. “A cidade é também um dos maiores destinos turísticos do país e um dos maiores mercados relojeiros do mundo. Aqui a língua oficial é o alemão. No entanto o dialeto comum é o Suíço-Alemão (schweizerdeutsch). Apesar de cá viver há 2 anos ainda me vejo às aranhas com este dialeto, sendo que a “língua franca” que utilizo é frequentemente o alemão uma vez que toda a população local entende, apesar de não considerarem como língua materna ou principal. A maioria da população é capaz de escrever, ler e falar em alemão, pois é o idioma lecionado nas escolas. No entanto, por natureza, utilizam o dialeto”. Tiago trabalha “num escritório localizado no coração da “cidade velha”, a zona histórica de Luzern, sempre repleta de turistas”. No dia-a-dia faz “a gestão de toda a comunicação da empresa The Titan Academy Global AG, uma academia de desenvolvimento pessoal fundada pelo famoso autor canadiano Robin Sharma”. “As saudades de casa estão associadas, claro está, à família, amigos e à nossa gastronomia minhota. Apesar de ser relativamente fácil de encontrar um bom prato de comida tradicional portuguesa por terras helvéticas, infelizmente sem a companhia da família e amigos não tem o mesmo sabor”. “Para terminar gostava de convidar os taipenses a visitarem esta cidade, que vão gostar, e se entrarem em contacto comigo terei todo o gosto em servir de guia turístico e gastronómico”. Texto António Joaquim Oliveira
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Vila de Ponte inaugurou requalificação do centro cívico ALFREDO OLIVEIRA
“Parte do orgulho de Ponte foi restituído com a inauguração deste centro cívico digno da grandeza da nossa terra”, foi esta ideia forte transmitida por Sérgio Rocha, presidente da Junta de Freguesia, na sua intervenção durante a inauguração do novo centro da vila. Texto Alfredo Oliveira O presidente da Junta de Freguesia de Ponte referiu constantemente o apoio do presidente da Câmara nos projetos que estão a ser desenvolvidos e foi apontando o que ainda pretende implementar: “Temos o parque de estacionamento para fazer ao lado da igreja, a construção da avenida Tojal/ Igreja que ligará este centro à nacional 101, alargar a curva mesmo em frente à igreja do seu lado direito e, para o terreno agrícola que temos aqui ao lado esquerdo da igreja, criar outra zona de estacionamento, com uma via de ligação à rua Monte da Ínsua e um parque de lazer”. Sérgio Rocha foi elencando outras obras em curso na vila de Ponte e apontou ainda para a criação de uma Casa da Música a ser criada no antigo edifício da Junta de Freguesia.
Não deixou de referir, já na parte final, a sua recandidatura pelo Partido Socialista a um segundo mandato, mais concretamente como afirmou, “um candidato de Domingos Bragança”, por todo o apoio que teve ao longos destes quatro anos. Domingos Bragança teve, naturalmente, uma receção calorosa nesta inauguração do centro cívico. No seu discurso valorizou a qualidade da intervenção, classificando-a como o “espaço comunitário da vila”, onde todos os habitantes poderão partilhar um sentimento de “pertença à vila de Ponte”. Referiu-se às dificuldades que existem com a construção do parque de estacionamento ao lado direito da igreja, mas afirmou que esses obstáculos serão ultrapassados e que o parque será construído. “Vamos
continuar com a reabilitação da via até à nacional 101 e iremos continuar a apoiar os outros projetos enunciados, pois o que me move, enquanto presidente da Câmara, é o melhor para o concelho e, neste caso, é o melhor para a vila de Ponte”, acrescentou Domingos Bragança. Sobre o Clube Operário de Campelos, Domingos Bragança referiu que a Câmara também está a trabalhar para a resolução dos problemas das suas infraestruturas desportivas. Domingos Bragança quer transformar a 101 em Ponte numa rua urbana A ideia já vinha sendo aflorada noutras intervenções do presidente da Câmara que, na inauguração do novo centro de Ponte, voltou a referir-se a esse projeto. Domingos Bragança referia-se à necessidade de
se apostar na ampliação do parque industrial de Ponte e da necessidade “de desqualificar, no bom sentido, a nacional 101, desde Fermentões a Ponte”. A Câmara pretende tirar da tutela das Estradas de Portugal e transferir para a Câmara Municipal a gestão desse trajeto da nacional 101 e transformar esse troço numa rua urbana: “Com a nova estrada a construir junto ao acesso ao parque industrial de Ponte que chegará ao parque de Ciência e Tecnologia, pretendemos que a 101 passe para a competência municipal e, em vez de ser de atravessamento rápido em Ponte, essa estrada será uma rua urbana, uma avenida da vila, onde já não interessa a velocidade com que se atravessa essa via, mas o aparcamento, a ciclovia, a arborização, a comodidade para a vila de Ponte”.
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Liberdade foi evocada num 25 de Abril de homenagens A sessão solene da Assembleia Municipal (AM) evocou na manhã de 25 de Abril, os 43 anos do Dia da Liberdade. Os partidos que correm às próximas eleições autárquicas escolheram os seus cabeça-de-lista à AM para protagonizarem os discursos. Texto Catarina Castro Abreu Destaque para as palavras de António Magalhães, que presidiu pela última vez à sessão solene do 25 de Abril daquele órgão autárquico. Foi aplaudido de pé. Antes dos discursos, o Núcleo de Estudos 25 de Abril levou a cabo mais uma encenação evocativa da data com a performance “Livre como um livro”, protagonizada por cerca de 20 jovens. Registamos alguns excertos dos discursos de cada um dos intervenientes, por ordem de intervenção:
diciona. O poder impede. O poder persegue e tudo isto apenas para que se possa continuar a ser poder. E não propriamente para trabalhar em prol das populações. Num dia em que se comemora a liberdade, não podemos deixar de recordar a forma como na assembleia municipal, num episódio recente, se apelidou a oposição de má-fé, de cinismo, quando na verdade é o poder que não tem a humildade política de aceitar uma sugestão vinda da oposição.
Rita Caldas, Movimento Partido da Terra
Mariana Silva, CDU (candidata à AM)
Eu não consigo explicar este paradoxo de sermos a geração mais capaz com menos provas dadas. A quem lhes foi dado tudo e não consegue nem o que os anteriores conseguiram. Se liberdade é independência, nós não somos livres. Se liberdade é esperança no futuro, nós ainda estamos presos ao passado. Se liberdade é poder, nós não podemos. A luta pela liberdade não começou nem acabou com o 25 de Abril de 1974. Esta luta trava-se todos os dias. Esta luta trava-se em todo o lado. Esta luta trava-se dentro de cada um de nós, por cada um de nós e para todos nós. Sónia Ribeiro, Bloco de Esquerda (candidata à AM)
Hoje, 43 anos depois, dizemos é necessário afirma e repor Abril, contra a escalada neoliberal, contra o empobrecimento do país, contra o garrote da dívida, contra o saque da banca perpetrado pelos banqueiros, contra a subjugação e humilhação do país. Cumprir Abril… é preciso! Rui Correia, CDS A liberdade tão apregoada não é uma verdade absoluta. O poder conPUBLICIDADE
Termino fazendo a justa homenagem a todos quantos lutaram para que hoje pudéssemos comemorar. Aos valorosos militares de Abril, mas também ao povo que nunca deixou de lutar, e particularmente àqueles que deram tudo, incluindo a própria vida para que outros pudessem “não morrer sem saber qual a cor da liberdade”. Cumpra-se Abril, Cumpra-se Portugal! José Pedro Aguiar-Branco, PSD (candidato à AM)
A grilheta mais pérfida com que a ditadura encarcerou um povo inteiro não foi apenas do metal das armas nem do azul do lápis da censura, a grilheta mais pérfida está nesta ideia de país pequeno, pobre e periférico. De povo feliz por ser remediado, de gente que tem que se conformar com o seu lugar pré-determinado. E um Portugal condenado a ter mais passado do que futuro. 900 anos depois do português único que nunca deixou que lhe impusessem o seu lugar, as gentes de Guimarães são ainda hoje os principais herdeiros do seu legado e o exemplo do que o país precisa: a vontade de quebrar barreiras que só
existem nas nossas cabeças.
Em cada junta uma brigada verde e em cada munícipe um eco-cidadão CATARINA CASTRO ABREU
José João Torrinha, PS (candidato à AM)
Com aqueles homens bons de que vos falava e com outros que serviram Guimarães, aprendi que é possível estar na vida política jogando limpo, com elevação, com respeito pelo adversário. Recordo as palavras emocionadas de Cândido Capela Dias aquando do passamento de Joaquim Cosme, eles que ideologicamente estavam nos antípodas um do outro, mas que souberam construir uma amizade em cima disso. Não esqueço, igualmente o abraço que deram Fernando Alberto Ribeiro da Silva e António Magalhães na homenagem recentemente feita a este último. Naquele abraço sentido que uniu dois adversários políticos de décadas no nosso concelho estava condensado o verdadeiro espírito democrático de pessoas que sabem que acima do combate há valores que em caso algum podem ser postergados. O combate político feito assim, com princípios e elevação agrega, une, entusiasma, chama os jovens para a participação política. António Magalhães, presidente da Assembleia Municipal de Guimarães
Sumariamente, diria que somos outro país. Evoluímos em variadíssimos parâmetros da nossa sociedade, como é mister reconhecê-lo. Foram dados passos significativos quanto ao estatuto que é devido à mulher, na garantia dos direitos dos trabalhadores, no reforço do poder local. Ganhámos relevância no conceito das nações e, materialmente, conseguimos um salto qualitativo tal que, de fora, só acredita nele quem vem até nós.
Texto Catarina C. Abreu
Na data em que se assinalou o Dia Mundial da Terra, a 22 de Abril, os responsáveis pelas juntas de freguesia de todo o concelho assinaram esta declaração conjunta que suporta a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia. Na sua intervenção, Domingos Bragança enalteceu a criação das brigadas verdes – movimentos de voluntariado despoletados pelas juntas de freguesia que realizam acções de limpeza de terrenos e linhas de água do seu território – em quase metade das freguesias de Guimarães. Mas pediu mais: que cada freguesia tivesse a sua brigada verde. E afinou ainda mais o apelo ao pedir que cada munícipe se tornasse num eco-cidadão. O presidente de Câmara prometeu investimentos em todo o concelho com destaque para a concessão de autocarros de responsabilidade municipal a ser exclusiva-
mente eléctrico a partir de 2020. O tratamento de todas as linhas de água, a construção de percursos pedonais e cicláveis com a instalação de passadiços ao longo do rio Ave foram outras das medidas anunciadas. José Cunha, presidente da junta de Gondar eleito pela CDU, afirmou o empenho pela defesa do ambiente da força política que representa e o comprometimento da sua freguesia para com esta causa, “com o envolvimento de um todo e de todos”. Já Bruno Fernandes, presidente da junta de S. Torcato, eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, sublinhou a necessidade de reforçar as competências das freguesias no sentido de intensificar as acções de defesa do ambiente. Já Manuel Mendes, eleito pelo PS para Fermentões, foi ao encontro das declarações do edil ao enfatizar o trabalho das brigadas verdes, iniciativa que teve a sua estreia na junta de dirige.
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Maio de 2017
Partido Socialista apresenta publicamente candidato autárquico em Caldelas
Coligação propõe investimento de 31 milhões de euros em infra-estruturas viárias DR
Candidatura de Luís Soares é apresentada publicamente no dia 5 de Maio, na Escola Secundária de Caldas das Taipas. Nessa altura, o candidato anunciara as suas motivações, defendendo um “debate sério e esclarecido” sobre o futuro da vila de Caldas das Taipas. A candidatura do Partido Socialista, para a eleição à Junta de Freguesia de Caldelas, é apresentada publica-
mente a 5 de maio, sexta-feira, às 21.30 horas, no Pavilhão Multiusos da Escola Secundária de Caldas das Taipas. Luís Soares, o candidato que irá encabeçar a lista, fará a apresentação do programa base da candidatura socialista. O atual líder da bancada do PS na Assembleia de Freguesia de Caldelas foi anunciado como concorrente às autárquicas a 7 de Abril, após uma
reunião com o núcleo local do partido. Atualmente, Luís Soares é deputado na Assembleia da República, cumprindo um mandato na XIII legislatura, para o qual foi eleito pelo círculo eleitoral de Braga do PS, nas eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015. É ainda deputado municipal, na Assembleia Municipal de Guimarães.
CCA
São quatro os eixos de desenvolvimento rodoviário “privilegiando faixas para transportes públicos” e para a construção de ciclovias. André Coelho Lima repetiu a ideia da criação de uma “avenida urbana”, de 2700 metros da N101, para o eixo Guimarães - Taipas, à semelhança do que existe atualmente na avenida da Boavista, no Porto. Subli-
BE vai fazer programa eleitoral a partir dos contributos dos cidadãos O Bloco de Esquerda está a lançar um apelo a todos os cidadãos para que contribuam com ideias e medidas que gostavam de ver implementadas no concelho e na sua freguesia. Os primei-
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ros temas sobre os quais os vimaranenses são chamados a refletir são o ambiente, mobilidade e urbanismo. Em http://guimaraes.bloco.org/ há um formulário onde todos os cidadãos po-
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dem deixar as suas ideias. Também é possível contactar o Bloco por e-mail ou na sede concelhia. Esta foi a forma que o Bloco de Esquerda encontrou para fazer um programa eleitoral “absolu-
tamente participado”, atestou o candidato Wladimir Brito. Frisou ainda que este fórum de ideias culminará num programa eleitoral, com data de apresentação em inícios do próximo mês de junho. O
nhou ainda a necessidade de “lutar firmemente” por uma ligação da A11 às Taipas, o que resolveria o problema de ligação ao Avepark. Aliás, este projeto de 18 milhões de euros, traçado pela autarquia e aprovado pelo governo, voltou a merecer as críticas da atual oposição. A intervenção de maior envergadura será a que liga
a rotunda à saída Guimarães-Sul da A7 até à rotunda da avenida D. João IV, prosseguindo depois com “a variante já projetada e com terrenos descomprometidos” de sul-nascente até à circular em Mesão Frio. Implica a construção de um túnel de 700 metros no valor de sete milhões de euros. O eixo sudoeste foi pensado no sentido de “aumentar a malha urbana” para Pevidém e freguesias circundantes. A via proposta pela Coligação Juntos por Guimarães parte da cidade desportiva para a rotunda de Mouril. As intervenções apresentadas esta segunda-feira servem para “projetar o concelho para os próximos 30 anos”, um contributo, defende esta Coligação, para fazer de Guimarães o terceiro concelho do país. Reconhecendo que estas obras serão dificilmente concretizáveis em apenas um mandato, André Coelho Lima apontou para um investimento a 10 anos para “interligar o concelho”, aproximando a “cidade dos principais centros populacionais”.
convite bloquista é alargado também a associações e outras colectividades interessadas no desenvolvimento do concelho. Habitação, acção social, cultura e desporto e transpa-
rência são outros dos temas sobre os quais os vimaranenses serão chamados a pensar, , num processo que está a ser replicado nas candidaturas do Bloco de Esquerda noutros concelhos do distrito.
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coisas de antanho
Caldas das Taipas: a (des)propósito: A sua dimensão II VER
Carlos Marques
Jackie de Pablo Larraín com Natalie Portman, Peter Sarsgaard, Greta Gerwig
22-10-1919 O Chefe do Estado-Maior da GNR cria o sub-posto da Guarda Nacional Republicana das Caldas das Taipas, para assistência e disciplina das pessoas, das empresas e dos bens integradas nas freguesias de Barco, Balazar, Caldelas, Donim, Figueiredo, Leitões, Longos, Oleiros Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Souto, Santo Estêvão de Briteiros, Santo Tirso de Prazins, São Clemente de Sande, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande, São Salvador de Briteiros, São Salvador de Souto e Vila Nova de Sande. 11-05-1925 A Administração Geral dos Correios e Telégrafos de Portugal constrói as linhas telefónicas e de telégrafo, integradas no Grupo da Rede de Braga, e cria a Estação Semi-Automatizada e depois Automatizada de Telefones e Telégrafos de Caldas das Taipas, integrando-a na Estação Telégrafo-Postal e Telefónica de Caldas das Taipas, onde antes, desde o século XIX existia já a Estação Thelégrapho Postal. Todos os acessos começam inicialmente por 7, depois por 47, integra os assinantes das freguesias de Barco, Balazar, Brito, Caldelas, Corvite, Donim, Figueiredo, Gondomar, Leitões, Longos, Oleiros, Ponte, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Airão, Santa Maria de Souto, Santo Estêvão de Briteiros, Santo Tirso de Prazins, São Clemente de Sande, São João de Airão, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande, São Salvador de Briteiros, São Salvador de Souto, Vila Nova de Sande e Santo Emilião. 19-03-1944 Criação do Secretariado Regional das Taipas da Juventude Católica, composta pelas Secções Locais ao seu redor, designadamente, as secções de Barco, Caldelas, Donim; Santa Cristina de Longos, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Souto, Santo Estêvão de Briteiros, São Clemente de Sande, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande e São Salvador de Souto. 28-09-1972 Pela Portaria nº 562/72 é criada a Escola Preparatória de Caldas das Taipas e integra a comunidade das freguesias de Balazar, Barco, Brito, Caldelas, Corvite (integrada), Donim, Gondomar, Longos, Ponte, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Souto, Santo Estêvão de Briteiros, Santo Tirso de Prazins, São Clemente de Sande, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande, São Salvador de Briteiros, São Salvador de Souto e Vila Nova de Sande. 01-01-1978 A Administração dos CTT Correios e Telecomunicações de Portugal cria o Código Postal 4800 CALDAS DAS TAIPAS, e nele abarca os correspondentes das freguesias de Balazar, Barco, Brito, Caldelas, Donim,
Figueiredo, Gondomar, Leitões, Longos, Oleiros, Ponte, Ronfe, Salvador Briteiros, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia Briteiros, Santa Maria Airão, Santa Maria Souto, Santo Estêvão Briteiros, Santo Tirso Prazins, São Clemente Sande, São João Baptista Airão, São Lourenço Sande, São Martinho Sande, São Salvador Souto, Vermil, Vila Nova Sande. 31-12-1986 A Portaria nº 791/86 cria no Parque Escolar, e entra em funcionamento a 01 de Outubro de 1987 a Escola Secundária de Caldas das Taipas integrando a comunidade escolar das freguesias de Balazar, Barco, Brito, Caldelas, Corvite (integrada), Donim, Gondomar, Longos, Ponte, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Souto, Santo Estêvão de Briteiros, Santo Tirso de Prazins, São Clemente de Sande, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande, São Salvador de Briteiros, São Salvador de Souto e Vila Nova de Sande. 01-01-1998 A Administração dos Correios de Portugal cria o Código Postal 4805, e nele abarca os correspondentes das freguesias de Balazar, Barco, Brito, Caldelas, Corvite, Donim, Figueiredo, Leitões, Longos, Oleiros, Ponte, Ronfe, Salvador Briteiros, Santa Leocádia Briteiros, Santa Maria Airão, Santo Estêvão Briteiros, São Clemente Sande, São João Baptista Airão, São Lourenço Sande, São Martinho Sande, Vermil, Vila Nova Sande. 15-12-2003 É Constituída a Zona Pastoral das Taipas como Vice-Arciprestado de Guimarães e Vizela, pelo Arcebispado de Braga é constituída pelas paróquias de Divino Salvador de Balazar, Divino Salvador de Briteiros, Divino Salvador de Donim, Divino Salvador de Souto, Santa Cristina de Longos, Santa Eufémia de Prazins, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Corvite, Santa Maria de Souto, Santa Maria de Vila Nova de Sande, Santo Estêvão de Briteiros, Santo Tirso de Prazins, São Cláudio do Barco, São Clemente de Sande, São João Baptista de Ponte, São Lourenço de Sande, São Martinho de Gondomar, São Martinho de Sande e São Tomé de Caldelas. 24-04-2004 A Portaria nº 424/2004 de 24 de Abril do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas cria a Zona de Caça Municipal Vale do Ave, e transfere a sua gestão para o Clube de Caça do Vale do Ave em Caldas das Taipas, fazendo parte integrante os sítios nas freguesias de Balazar, Barco, Brito, Caldelas, Donim, Leitões, Longos, Oleiros, Figueiredo, Oleiros, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Airão, Santo Estêvão de Briteiros, São Clemente de Sande, São João Baptista de Airão, São Lourenço de Sande, São Martinho de Sande, São Salvador de Briteiros, Vila Nova de sande e Vermil.
A 12 de Setembro de 1953, a jovem Jacqueline Bouvier (19291994) casa-se com John Fitzgerald Kennedy, na altura senador. Em Janeiro de 1960, ele anuncia a candidatura à presidência dos EUA pelos democratas e, na eleição geral de 8 de Novembro desse mesmo ano, vence Richard Nixon, o candidato republicano, tornando-se o 35.° Presidente dos Estados Unidos e o segundo mais jovem presidente do país (depois de Theodore Roosevelt). Três anos depois, a 22 de Novembro
de 1963, Kennedy visita a cidade de Dallas (Texas) já em campanha para a reeleição. Durante o desfile, com Jackie a seu lado, é atingido mortalmente por uma bala. Apesar de destroçada, ela mantém a presença de espírito necessária para, antes de abandonar definitivamente a Casa Branca e o seu papel como primeira-dama, organizar os detalhes do funeral numa cerimónia que fica na lembrança do povo norte-americano e que merece a admiração pública internacional até aos dias de hoje.
este filme será exibido pelo Cineclube de Guimarães, no dia 21 de Maio, no Centro Cultural Vila Flor
LER
Bartleby Herman Melville Ed. Assírio & Alvim, 2005 96 páginas
Publicado pela primeira vez em 1853 na revista Putnam’s, Bartleby tem sido, ao longo dos tempos, alvo de múltiplas e multiformes interpretações, algumas mais sofisticadas do que outras. Já foi visto como um conto de afirmação de independência artística (com Melville a recusar-se a escrever para agradar ao gosto do público); de duplicidade (com Bartleby, a personagem, a funcionar como uma espécie de espelho negro do narrador); de patologia mental (com Bartleby a ser visto como um fascinante caso clíni-
co); de pungente crítica social (tomando como alvo a América do lucro económico, corporizada em Wall Street); de angústia metafísica; de estoicismo; etc. De facto, Bartleby parece ter sido artisticamente concebido de propósito para ir ao encontro dos paradigmas e dogmas de cada um, tão grandes são as possibilidades ideológicas que oferece em termos hermenêuticos. Como certo temos apenas que se trata de um dos contos mais intrigantes jamais escritos. E, seguramente, um dos melhores.
Texto Vítor Neves Fernandes
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Juniores do Taipas regressam aos nacionais ALFREDO OLIVEIRA
“Um grupo determinado e muito humilde”
Os juniores do Taipas selaram o regresso ao campeonato nacional da 2ª divisão no passado dia 29 de abril e conquistaram o título de campeões distritais da Associação de Futebol de Braga. Ainda com três jornadas para cumprir na divisão de honra da Associação de Futebol de Braga, os taipenses bateram o Maximinense (6-2) no Campo do Montinho nº 2 e garantiram a distância pontual para o segundo classificado, o Fão, que lhes permitiu festejar a subida de divisão. Duas épocas desportivas dignas de registo com a ascensão, em 2015-2016, à divisão de honra da AF Braga e, em 2016-2017, à 2ª divisão nacional, com-
petição de que os taipenses se viram arredados na já longínqua temporada de 2009-2010. A formação orientada por Lícino Zilhão, que tem ainda para disputar os jogos contra as formações do Fão (C), Martim (F) e Brito (C), somou até ao momento 66 pontos, em resultado das 27 partidas realizadas e fruto de 21 vitória e 3 empates. Até esta data, os taipenses apenas conheceram o sabor da derrota por 3 vezes e no total, já marcaram 75 golos, sendo que, mais de metade (42) foram divididos pelos dois artilheiros da equipa, o Joaquim Almeida (22) e o Tiago Ribeiro (20). Os dois avançados taipenses revelam que no
início da temporada, não estavam nada à espera deste desfecho. “Tínhamos acabado de subir o ano passado e ninguém pensava que isto podia acontecer. O certo é que aconteceu. Foi um sonho que se tornou realidade e agora vamos viver este momento”. Para ambos, a próxima meta, é poderem vir a integrar o plantel sénior do Clube, na próxima temporada. Na 2ª divisão Nacional, onde, à partida, integrará a série A, o Clube Caçadores das Taipas vai encontrar pela frente, numa prova bem mais competitiva, equipas como o Fafe, Famalicão, Merelinense, Varzim e Vizela, entre outras.
Hélder Marques capitão de equipa
Como é ser capitão de uma equipa que começa a lutar pela manutenção e acaba por subir de divisão? É um orgulho muito grande. Passamos a mensagem do ano passado que, com muita humildade e trabalho, íamos conseguir alguma coisa bonita e, este ano, voltou-se a repetir. Conseguimos passar bem a mensagem e isto é o resultado do nosso trabalho.
Qual é a chave do sucesso desta equipa? Humildade, trabalho, muito esforço e muita união. Há alguém a quem queiram dedicar esta subida de divisão? Principalmente ao treinador. Ele sempre acreditou em nós. Desde ao início, ao fim. Foi sempre o principal responsável pela nossa crença. A direção também nos apoiou sempre.
Flávio Novais guarda redes
Qual é o sentimento que tens neste momento? É inexplicável. Dentro deste grupo sempre acreditamos que era possível. O objetivo proposto pelo clube foi a manutenção e nós conseguimos a subida. É algo histórico para o clube, nunca antes conseguido. Somos bicampeões. Subimos dois anos seguidos. A união do grupo, foi a
base do sucesso? Sempre fomos um grupo unido ao longo da época. Foi sempre a chave deste grupo para conseguirmos ultrapassar as dificuldades. Para o ano continuas nos juniores? Não. Já sou sénior e vou continuar a trabalhar e, quem sabe, possa ficar no Clube e fazer parte também de outro projeto interessante.
Licínio Zilhão - treinador
O timoneiro do grupo de trabalho taipense foi Licínio Zilhão. Se no início, os objetivos passavam por assegurar a manutenção, na sequência da então recente subida à divisão de honra da AF Braga, com o desenrolar da época, a crença foi crescendo e o treinador taipense foi confirmando aquilo que, como diz, “já conhecia: o valor deste grupo”. Foi uma subida difícil? O nosso principal objetivo era a manutenção. Claro que conhecia o plantel quase todo. Com o desenrolar da época realmente constatamos aquilo que no início já se sabia, já se conhecia: o valor deste grupo. Um grupo determinado, muito humilde. É um grupo de miúdos que gostam de aprender, que gostam de estar no treino, que gostam de futebol e é a eles que se deve este título. A dedicação é, então, a chave desta alteração de objetivos? Sem dúvida. Quem trabalha como nós trabalhamos diariamente, quem acredita nas palavras que lhe são transmitidas e quem tem uma grande determinação em vencer, chega ao fim e consegue sempre alguns resultados. O nosso, em par-
ticular, foi muito difícil. Uma divisão muito complexa, com boas equipas, com bons jogadores mas, o campeonato é longo. Soubemos ser coerentes desde início até ao fim. E para a próxima temporada? O clube agora vive mais um momento histórico na sua vida. Para o ano vamos para a 2ª divisão nacional. O Clube certamente irá pensar nisso. Projetar já a época que vem. Tentar proporcionar melhores condições. Cada ano que passa o clube trabalha nesse sentido e para o ano será diferente. Será um nível de futebol diferente, com mais competitividade, com mais qualidade mas, tenho a certeza absoluta, que os jogadores que lá estiverem vão continuar com aquela máxima que eu sempre lhes transmiti e que vou continuar a fazer sempre: dedicação, humildade e grande determinação em vencer. O objetivo será a manutenção? Temos consciência disso e o clube também tem consciência que será uma divisão muito forte. É uma realidade distinta. O Taipas encontrará clubes que apostam muito na formação e apostam muito para ter os escalões lá em cima.
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Mário Dias dá nome a Gabinete Médico do Clube Caçadores das Taipas MANUEL SILVA
O nome do médio, Mario Dias, vai ficar associado ao Gabinete Médico do Clube Caçadores das Taipas, em resultado da homenagem que o Clube lhe dedicou no passado dia 22 de abril. Texto Manuel Silva
Mário Manuel Remísio Dias de Castro nasceu a 19 de janeiro de 1950, no edifício Termal das Taipas. Iniciou os seus estudos na escola primária do Pinheiral, passou pelo Liceu Nacional de Guimarães (o primeiro trimestre no mosteiro de Santa Clara – onde funciona atualmente a Câmara Municipal) e viria a licenciar-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, no ano de 1976. Iniciou a sua atividade profissional no Hospital de Guimarães, em Janeiro de 1977. O seu vasto percurso profissional foi acompanhado por uma vida associativa e política ativa, tendo sido, entre outros cargos desemPUBLICIDADE
penhados, o primeiro Presidente de Junta da Freguesia de Caldelas, eleito democraticamente, em Dezembro de 1976 e Presidente da Assembleia de Freguesia de Caldelas, durante vários mandatos. Esteve ainda ligado à Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas (onde também exerceu funções médicas, pro bono, durante 31 anos) e do Clube Caçadores das Taipas. Foi ainda sócio-fundador e Presidente da Direção do Clube de Pesca Desportiva de Caldas das Taipas. Entre 1981 e 1983 passou pelo Centro de Atividades Recreativas Taipense, onde exerceu o cargo de Presidente da Direção. De 1979 a 2005 colabo-
rou ativamente com o Clube Caçadores das Taipas, tendo presenciado e acompanhado alguns dos principais marcos desportivos do Clube. Vários títulos distritais, as primeiras subidas à 3ª divisão nacional (1980) e 2ª divisão B (1998), a conquista da 1ª Taça da Associação de Futebol de Braga (1982), assim como as melhores participações de sempre do Clube na Taça de Portugal, com a presença nos oitavos de final da prova em 1999 e 2002. Em 2001, foi campeão nacional da 3ª divisão nacional. Ingressou no Clube numa altura em que muitos clubes da 1ª divisão não tinham médico e sempre exerceu as suas funções com
o maior empenho, dedicação e profissionalismo. Foi esta sua colaboração ativa, totalmente gratuita, com o Clube Caçadores das Taipas que levou a que um grupo de ex- dirigentes (Avelino Marques, João Manuel Batista e João Silva) e ex-atletas (Dâmaso e Nené) tivessem proposto à Direção do Clube a realização desta homenagem. Iniciativa apoiada, desde o primeiro momento, pela Direção liderada por João Pedro Ribeiro e que depois de alguns meses de preparação, culminou com a dita homenagem ao médio Mário Dias, realizada no passado dia 22 de abril, em dois momentos distintos. Primeiro, no Campo do Montinho, na presença dos elementos da Comissão de Honra constituída para o efeito, com o descerramento de uma placa com o nome de Mário Dias no Gabinete Médico do Clube e com uma homenagem pública, em pleno relvado, antes do início da partida entre o CC Taipas e o Vieira SC, que os taipenses viriam a perder, por 2-1. Depois, a iniciativa assumiu a forma de convívio com a realização de um jantar no Restaurante Príncipe Parque, onde participaram mais de uma centena de simpatizantes, associados, dirigentes e atletas, desta e de outras épocas, do Clube Caçadores das Taipas.
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Terminar a época no melhor lugar possível O mês de abril não foi muito positivo para a formação do Taipas. Apesar de ter iniciado com uma vitória caseira (3-0) frente ao Porto d’Ave, as três partidas seguintes resultaram noutras tantas derrotas. Nesta altura, os taipenses continuam com possibilidade de melhorar (ou pelo menos igualar) a classificação da época transata (6º lugar) - principal objetivo para esta temporada. Até final da temporada, a fomação orientada por Vitor Pacheco, realiza duas partidas no Montinho (S. Paio d’Arcos e Amares) e uma fora de portas (Serzedelo). Texto Miguel Ribeiro
2-0
3-0 CC TAIPAS
PORTO d’AVE
ESPOSENDE
1-2 CC TAIPAS
CC TAIPAS
3-1 VIEIRA
Jornada 28 - 9 de abril de 2017
Jornada 29 - 15 de abril de 2017
Jornada 30 - 23 de abril de 2017
Vindo de uma importante vitória no terreno do Ninense, o Taipas recebeu no Montinho o Porto d’Ave. Tal como na jornada anterior a equipa de Vítor Pacheco voltou a efetuar uma boa exibição. Reflexo disso foi uma vitória, por 3-0, frente a um adversário que, àquela data, somava os mesmos pontos que os taipenses. Foi uma entrada no jogo a vencer. Aos 7 minutos, Diego, pela direta, cruzou para a área onde ao segundo poste apareceu Maka a assistir Ricardo Cruz que, de cabeça, fazia o 1-0. O 2-0 chegou aos 33 minutos. Outra vez Diego na jogada, a cruzar para a área para Maka, livre de marcação, fazer o segundo da tarde. O resultado final ficou estabelecido no início da segunda parte. Maka assistiu Ricardo Cruz que fez, assim, o seu segundo golo na partida.
Em sábado de Páscoa, o Taipas foi até Esposende com o objetivo de continuar na senda dos bons resultado e continuar a trepar na tabela classificativa. A partida não correu bem aos taipenses que efetuaram uma exibição muito aquém da que tinha feito nas últimas partidas. Depois de uma primeira parte com algum equilíbrio, o Esposende abriu o marcador aos 54 minutos numa jogada confusa onde ficou a sensação que Areais, foi o último a tocar na bola para a sua própria baliza. Com o Taipas em busca do empate, o Esposende sentenciou a partia aos 87 minutos com um golo de Diogo Carvalho. Um resultado comprometedor para o Taipas depois de, na jornada anterior, o seu treinador ter vaticinado a possibilidade de intromissão entre os três primeiros.
Em partida inserida na homenagem do Clube Caçadores das Taipas ao Dr. Mário Dias, médico do Clube durante 26 anos, o Taipas recebeu o Vieira, no Montinho. A eficácia dos visitantes, durante a primeira parte, acabou por decidir o jogo. Mesmo entrando melhor e criando mais oportunidades de golo, o Taipas acabou por ver o seu adversário adiantar-se no marcador aos 15 minutos. O Vieira demostrava grande eficácia e aos 40 minutos chegava ao 2-0. O Taipas ainda conseguiu reduzir na segunda parte. Aos 63 minutos, Ricardo Cruz, fez o 1-2. Até final o Taipas foi em busca da igualdade mas o resultado final acabou em 1-2, numa partida em que os taipenses viram dois golos anulados pela equipa de arbitragem.
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MARINHAS
CC TAIPAS
Jornada 31 - 30 de abril 2017 CCde TAIPAS
Nova viagem dos taipenses até Esposende, desta vez para defrontar o Marinhas. A equipa do Taipas voltou a não fazer uma boa exibição. O Marinhas controlou o jogo desde o início e o resultado final de 3-1 acaba por se ajustar. O Marinhas entrou praticamente a vencer. Aos 6 minutos fez o 1-0. Em cima do intervalo, e aproveitando o adiantamento taipense, fez o 2-0. O resultado ainda se avolumou mais aos 62 minutos com o Marinhas a fazer o 3-0. O melhor que o Taipas conseguiu nesta partida foi reduzir para 3-1, com um belo golo, de fora da área, de Rui Pereira. Com a terceira derrota consecutiva, o Taipas segue no 7º lugar ainda com possibilidade de conseguir subir um ou dois lugares na tabela classificativa.
Classificação Campeonato Distritital Pró-Nacional da AF Braga 2016/17 # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
CLUBE Arões Maria Fonte Ninense Joane Brito Vieira Taipas Porto D’Ave Santa Eulália Esposende Marinhas Serzedelo S. Paio D’Arcos Forjães Amares Santa Maria Terras Bouro Vila Chã
Prémio
Craque ... 2016-2017
Liderança já não deve fugir a Rui Pereira
P
J
V
E
D
GM
GS
61 57 57 55 52 49 46 46 44 41 37 34 34 32 31 28 28 20
31 31 31 30 31 31 31 31 31 31 31 31 30 31 31 31 31 31
18 16 17 14 14 13 12 10 11 11 9 8 9 9 8 5 6 4
7 9 6 13 10 10 10 10 11 8 10 10 7 5 7 13 10 8
6 6 8 3 7 8 9 9 9 12 12 13 14 17 16 13 15 19
42 45 54 41 43 39 47 30 40 42 41 35 36 36 27 30 19 24
22 26 43 24 31 32 31 30 28 40 51 48 42 56 44 42 44 47
Clube de Caçadores das Taipas #
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º
Nome Rui Pereira Sau Ricardo Cruz Machado Maka Diogo André Hugo Veiga Figueiras Tiago Marques Júnior Sílvio Peter Diego Rui Macedo Areias Saviola João Ferreira Flávio Dias Pedro Coelho Diogo Pinto Joaquim Jorge
Pts
89 79 75 70 69 68 67 68 57 49 41 37 29 25 23 20 19 18 10 5 4 3 3
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Juvenis e Iniciados próximos de subir à divisão de honra
Campeonato Distrital Divisão Pró-Nacional Da AF Braga 2016-17
Depois de carimbada a subida dos juniores à 2ª divisão nacional, as atenções dos responsáveis taipenses viram-se para a prestação das equipas de juvenis e iniciados. Ambas dependem exclusivamente de si para regressarem ao patamar maior do futebol distrital, a Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. Os juvenis estão em 2ª lugar (50 pontos), posição que dá acesso à subida de divisão, e contam com uma partida a menos (Fafe) que os seus adversários que, em caso de vitória, os coloca no primeiro posto da tabela classificativa. A três jornadas do final (quatro para o Taipas) estão ainda na luta pelo mesmo objetivo o Bairro (51 pontos), Os Sandinenses (48 pontos) e o Joane (44 pontos). Para além do jogo em atraso com o Fafe (C) os
taipenses ainda terão de defrontar as formações do Urgeses (F), Brito (C) e Louro (F). Nos iniciados, o cenário parece um pouco mais complicado mas, também neste escalão, o Taipas está apenas dependente de si para atingir o objetivo da subida. A vitória na última jornada no terreno dos Sandinenses (2-0) atirou a equipa do Taipas para a 2ª posição, em igualdade pontual com os vizinhos de S. Martinho de Sande mas, com vantagem conseguidas pelas duas vitórias dos jogos realizados entre ambos. Com o primeiro lugar entregue ao Arões, a luta pelo segundo posto vai realizar-se a quatro, sendo que destes, o Moreirense (31 pontos) parece ser o que menos possibilidades terá (tem menos seis pontos e nove para disputar) de chegar
ao único lugar de subida ainda em aberto. Restam, pois, o Taipas (38 pontos), Sandinenses (38 pontos) e Joane (34 pontos). Os taipenses, nas três partidas que faltam realizar vai descolar-se a Joane e Santa Eulália e recebe o Moreirense. O Sandinenses desloca-se ao terreno do Torcatense e Joane e na derradeira jornada recebe o Antime. Por seu turno, o Joane, recebe no seu terreno as formações do Taipas e Sandinenses e fecha o campeonato com uma deslocação ao terreno do Moreirense. Com este cenário, a luta pela subida de divisão tem tudo para se mater viva até final do campeonato. Com uma vitória no jogo em atraso com o Fafe, os taipenses podem fazer a diferença necessária para garantirem o segundo posto da tabela classificativa.
Clube Caçadores das Taipas passa a contar com um novo autocarro de 28 lugares
“Perante uma dificuldade surge uma oportunidade”. Foi assim que João Pedro Ribeiro, presidente da Direção se referiu ao novo autocarro do Clube. O veículo apareceu no final
do jogo disputado entre os juniores do CC Taipas e do Maximinense, no passado dia 29 de abril e que carimbou a subida dos taipenses à 2.ª divisão nacional da categoria, bem como, a
conquista de um novo título distrital de juniores. Segundo João Pedro Ribeiro, esta é já uma iniciativa a “pensar nas deslocações que a equipa terá que fazer no campeonato nacional na próxima época”. Em nota distribuída à imprensa, o CC Taipas dá conta que o anterior autocarro de que o Clube dispunha, já se encontrava muito desgastado. Por isso, dizem que “com a envolvência de alguns associados e amigos do Clube foi possível, em tempo record, juntar os apoios necessários para dar esta prenda ao Clube”. O autocarro terá direito, brevemente, a uma cerimónia de inauguração.
Data 21-08-16 28-08-16 05-10-16 11-09-16 18-09-16 25-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 06-11-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
RES. Clubes 2-1 Taipas Terras Bouro 1-2 Vila Chã Taipas 1-1 Taipas Maria Fonte 0-0 Santa Eulália Taipas 2-1 Joane Taipas 0-1 Taipas Forjães 2-2 Santa Maria Taipas 1-1 Taipas Brito 1-0 Arões Taipas 1-1 Taipas Ninense 1-0 Porto D’Ave Taipas 4-1 Taipas Esposende 1-1 Vieira Taipas 4-0 Taipas Marinhas 2-2 S. Paio D’Arcos Taipas 5-1 Taipas Serzedelo 0-1 Amares Taipas
Res. 2-2 0-2 1-1 1-0 3-0 0-2 1-1 0-1 1-0 3-1 0-3 0-2 2-1 1-3
J 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Data 08-01-17 15-01-17 29-01-17 05-02-17 12-02-17 19-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 02-04-17 09-04-17 15-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Juniores - Divisão de Honra AF Braga 2016-17 Data 10-09-16 17-09-16 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Res. 2-1 2-3 2-1 3-2 3-1 2-1 1-1 0-3 6-0 1-3 4-1 3-3 2-0 2-0 1-4
Clubes Taipas Urgeses Maria Fonte Taipas Taipas Vilaverdense Esposende Taipas Taipas Palmeiras Joane Taipas Taipas Santa Maria Marinhas Taipas Taipas Ferreirense Moreirense B Taipas Taipas Prado Maximinense Taipas Fão Taipas Taipas Martim Brito Taipas
Res. 7-3 1-3 1-0 1-6 2-1 0-2 2-1 0-1 2-1 2-3 1-1 2-6
J 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Data 05-02-17 12-02-17 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Juvenis - 1.ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res. 0-1 3-1 0-1 1-1 0-5 3-0 0-3 1-2 2-3 0-2 1-0 1-3 0-1
Clubes Fafe Taipas Taipas Vizela Famalicão Taipas Taipas Bairro Oliveirense Taipas Taipas Santa Eulália Celoricense Taipas Taipas Sandinenses Lousado Taipas Taipas Joane Taipas Urgeses Brito Taipas Taipas Louro
Res.
J 14 2-1 15 0-1 16 1-2 17 0-10 18 2-1 19 1-8 20 1-1 21 1-3 22 4-2 23 24 25 26
Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
Campeonato Distrital Iniciados - 1ª Divisão - Série “B” - 2016-17 Data 02-10-16 09-10-16 16-10-16 23-10-16 30-10-16 13-11-16 20-11-16 27-11-16 04-12-16 11-12-16 08-01-17 15-01-17 29-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res 1-3 0-1 4-2 0-5 2-0 1-2 2-0 1-1 1-0 3-1 2-1 1-1
Clubes Folga Taipas Arões Lousado Taipas Taipas Torcatense Antime Taipas Taipas Evolution S. A. Fafe Taipas Taipas Ruivanense Vizela Taipas Taipas Sandinenses Taipas Joane Moreirense Taipas Taipas Santa Eulália
Res 0-2 2-1 3-0 1-0 1-1 2-2 2-2 0-4 2-0
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Data 19-02-17 26-02-17 05-03-17 12-03-17 19-03-17 26-03-17 02-04-17 09-04-17 23-04-17 30-04-17 07-05-17 14-05-17 21-05-17
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reflexo
#251
DESPORTO
CART desceu para a 3ª divisão nacionail DR
Com quatro partidas para terminar o campeonato nacional da 2ª divisão de hóquei, a matemática dita a descida de divisão dos taipenses. Nos 22 jogos realizados, a formação do CART somou apenas 8 pontos, em resultado de duas vitórias, ambas
com a Escola Livre de Azeméis e de dois empates (Famalicense e Vila Praia). Até final do campeonato o CART ainda defrontará, em casa, as equipas do Infante Sagres e CD Póvoa e, fora do seu pavilhão, a Juventude Pacense e Pessegueiro do
Vouga. Quatro jogos que, de acordo com o presidente da coletividade taipense, Lima Pereira, são para cumprir da mesma forma que o têm feito sempre: “honrar o Clube e a modalidade. Entrar em campo com a mesma vontade e disponibilidade de sempre”. Para Lima Pereira, este resultado “não era bem o que estávamos à espera. Preparamos um plantel com o objetivo de jogar na 3ª divisão é certo, mas, no entender do treinador, quando fomos repescados, dava-nos garantia de conseguir a manutenção na 2ª. Não foi possível e não vamos esgrimir explicações na praça pública. A nossa análise está feita, detetamos alguns focos que contribuíram para tal desfecho. Um deles, sem dúvida, o mau estado do nosso piso, que dificultou e muito o trabalho do treinador. Mas, outros existiram que estão devidamente identificados e que serão corrigidos no futuro”. Com a garantia de participação
na 3ª divisão nacional na próxima temporada, a Direção do CART já está a prepara a nova época. Nesse sentido, já está garantida a continuidade do treinador Horácio Ferreira e, muito em breve, serão encetados contactos com os atletas no sentido de começar a estruturar o novo plantel. Mas, nem tudo é mau. E se em termos desportivos o CART sai a perder, o mesmo não se pode dizer pela questão financeira. Só em poupança com taxas federativas para inscrição
Campeonato Nacional Hóquei Em Patins - Ii Divisão - Zona Norte - 16-17 Data 15-10-16 22-10-16 29-10-16 05-11-16 12-11-16 19-11-16 26-11-16 03-12-16 10-12-16 17-12-16 07-01-17 21-01-17 28-01-17
J 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Res. 5-2 2-2 12-1 3-5 2-3 4-8 5-5 2-7 10-5 5-7 9-4 6-9 5-2
Clubes HC Marco CART/Superinertes CART/Superinertes
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queixar-se de alguma falta de sorte. Para o jogo dos quartos-de-final, o CART defronta a equipa da casa, o Ala Nun’ Álvares Gondomar. Para além de jogar em casa, o Ala de Gondomar é a principal candidata à conquista do título nacional. Além disso, esta equipa foi adversária das taipenses na 2ª fase e venceu os 2 jogos por 3-0. A tarefa não é fácil mas, há duas épocas, quando o CART também esteve nesta fase do campeonato, começou por defrontar
um dos candidatos ao título e acabou por vencer. Em caso de vitória nesta primeira partida, o CART defronta, nas meias-finais, o vencedor do jogo entre a Academia José Moreira (atual campeão nacional) e o CA Madalena. O jogo dos quartos-de-final está agendado para o dia 12 maio, às 21h, no Pavilhão do Ala de Gondomar. Ainda pelo voleibol, a equipa sénior masculina está com vida difícil na 3º fase do campeonato nacional da III divisão. O objetivo
Famalicense Ac
HC Braga CART/Superinertes CART/Superinertes
Acd Gulpilhares
Esc. Livre Azeméis CART/Superinertes CART/Superinertes
HA Cambra
Adj Vila Praia CART/Superinertes CART/Superinertes
CH Carvalhos
AA Espinho CART/Superinertes CART/Superinertes
CDC JUV. PACENSE
CI SAGRES CART/Superinertes CART/Superinertes
ACR PESS. VOUGA
CD PÓVOA CART/Superinertes
Cadetes garantiram apuramento para a final 8 nacional
A equipa de Cadetes do CART garantiu o apuramento para a Final 8 nacional em voleibol. As taipenses estão, assim, entre as melhores 8 equipas nacionais do seu escalão. Na 2º fase do campeonato nacional, as cadetes do CART garantiram o apuramento, classificando-se no 2º lugar da sua série tendo alcançando 8 vitórias e 2 derrotas. O Sorteio da Final 8, que se disputa nos dias 12, 13 e 14 junho, em Gondomar, realizou-se esta terça-feira e as taipenses podem
de atletas e organização de jogos, o CART vai poupar mais de 50% do que gastaria na 2ª divisão. Relativamente a objetivos, na próxima temporada, passarão por tentar andar lugares cimeiros e “com o decorrer da época veremos o que poderá ser possível”, revela Lima Pereira que também não quis adiantar muito mais, dada a “incerteza” e “casos pendentes que a Federação Portuguesa de Patinagem tem para resolver”.
de alcançar a final 4 e, consequentemente, a luta pelo título nacional e subida à II divisão está muito complicado. Dos 4 jogos desta fase, aos taipenses faltam jogar 2. Nos jogos já realizados (2) ainda não venceram. Em casa, com o Frei Gil, foram derrotados por 2-3 e, em Alcobaça, frente ao GD Martingança, somaram nova derrota, por 3-0. Neste momento o GD Martingança já garantiu o lugar de acesso a final 4. Falta ainda encontrar o melhor
Res. 5-2 2-5 5-4 1-4 2-3 1-10 8-6 0-8 11-0
J 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Data 04-02-17 18-02-17 25-02-17 04-03-17 11-03-17 25-03-17 08-04-17 22-04-17 29-04-17 13-05-17 20-05-17 27-05-17 03-06-17
segundo classificado das 2 series. O CART terá fazer 6 pontos nos 2 jogos que faltam e esperar que na outra série o AC Albufeira vença apenas 1 dos 2 jogos que ainda lhe falta disputar. Nos restantes escalões, no ano de estreia, as seniores femininas terminaram no 4º lugar da 2ª fase do nacional. As Infantis e Iniciadas, ainda disputam as segundas fases do Nacional, somando por derrotas os jogos já disputados.
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#251
reflexo
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Mais de 20 atletas apurados para o Nacional de Rope Skipping ARQUIVO
Passeio BTT dos Bombeiros das Taipas com inscrições abertas DR
O Clube de Rope Skipping das Taipas organizou, no passado dia 29 de abril, o 4º encontro do calendário competitivo da modalidade que contou com a participação de mais de duas dezenas de participantes oriundos dos diferentes Clubes que constituem a Associação Portuguesa de Rope Skipping. O evento realizou-se no pavilhão desportivo da Escola Secundária de Caldas das Taipas e resultou de uma parceria entre as duas entidades. Para além da cedência das instalações os alunos do Curso Profissional de Técnicos de Receção usufruíram de um momento de
formação, tendo feito a receção aos atletas participantes e auxiliando na organização dos atletas em prova. Este evento precedeu o Campeonato Nacional de Rope Skipping (27 e 28 de maio, em Leiria) e dos resultados alcançados serão apurados os 6 atletas por cada escalão/género que irão lutar pelo título de Campeão Nacional. Os 45 molinhas que participaram mantiveram o nível de resultados a que nos têm habituado e no conjunto de todas as provas disputadas conquistaram dezassete 1º lugares, dez 2º lugares e nove 3º lugares. No overall, somatório das
classificações individuais nas diferentes provas, os taipenses somaram quatro 1º lugares, dois 2º lugares e três 3º lugares. A lista de atletas apurados ainda não foi publicada mas o treinador Ângelo Santos estima que se apurem para o Campeonato Individual cerca de 23 atletas, entre as 54 vagas disponíveis. Para o Campeonato Nacional os responsáveis do clube taipense estão com as expectativas altas, já que os resultados alcançados ao longo da época têm apontado para um aumento dos títulos alcançados na época anterior.
A quinta edição da prova de B.T.T. (acrónimo de bicicletas todo o terreno) organizada pelos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas já tem data marcada, devendo realizar-se a 28 de maio. A participação no passeio está sujeita a uma inscrição, que já poderá ser feita na página oficial da prova, em www.bvtaipas. com. Há duas modalidades de inscrição, dependendo se inclui ou não almoço. Com almoço incluído a participação na prova
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ABERTO TODO O DIA
tem um custo de inscrição de 15 euros. Sem almoço fica-se pelos 10 euros. O percurso tem uma extensão aproximada de 35 quilómetros, sendo que a organização promete uma “oportunidade de percorrer os mais belos trilhos dos montes das redondezas da vila das Taipas e participar num magnífico convívio”. A partida está marcada para as 9 horas, do dia 28 de maio, junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas.
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reflexo
#251
DESPORTO
Brito SC vai ter novo relvado sintético DR
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães anunciou a construção de um novo campo de treinos sintético para o Brito SC, no âmbito da Gala Britinho D'Or 2017, que se realizou PUBLICIDADE
no passado dia 30 de abril, no auditório da Universidade do Minho. O anúncio da colaboração da Câmara Municipal de Guimarães para a construção de um novo campo sintético
para treinos no Parque de Jogos do Brito SC, nas palavras de Domingos Bragança, foi a grande prenda do 60.º aniversário do clube, assinalado com a terceira edição da Gala Britinho d'Or, iniciativa que contou com a participação e reconhecimento de todos os escalões de formação (atletas, treinadores e dirigentes), homenagem a todos os Presidentes do Brito Sport Clube e ex-atletas com feitos histórico para o clube. Nesta Gala, para além dos órgãos sociais do Clube e da Vila de Brito estiveram também presentes várias entidades representativas da região, nomeadamente o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães,
respetivamente, Domingos Bragança e Amadeu Portilha e o Presidente da Direção da Associação de Futebol de Braga, Manuel Machado. Ricardo Pizarro destacou a vitalidade da instituição perante cerca de 500 pessoas que assistiram a esta gala e fez questão de assumir a continuidade por mais um ano como presidente do clube. O Britinho d'Or 2017 foi ainda abrilhantado pela atuação de Luísa Lima e Vítor Fernandes, bailarinos de dança desportiva, que representaram Portugal em 2016 no campeonato do Mundo na China e venceram o ouro da modalidade na Taça de Portugal já este ano.
Obituário Júlio da Silva Neves
No dia 30 de Abril, na sua residência, faleceu o Sr. Júlio da Silva Neves, com 85 anos, e residente que foi na Rua Nossa Senhora da Conceição, Prazins (Santo Tirso), Guimarães. Era viúvo de Rosa Machado. O seu funeral teve missa de corpo presente na Igreja de Corvite e foi a sepultar no cemitério desta comunidade.
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Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 251 de maio de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 251 de maio de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 251 de maio de 2017
Jornal “Reflexo - O Espelho das Taipas”, nº 251 de maio de 2017
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