Revista nexialistas 8

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REVISTA

edição 8 • ano 2 • jan – fev/2018

A melhor maneira de aprender é aprendendo. Então coloque seu cérebro para se exercitar!

Fique por dentro das novidades disruptivas da ATD Techkowledge Assista nossas lives. Vire a página e saiba como

- Tendências de RH para 2018 - Flipped Learning - Design Instrucional - Treinamentos a distância


A CAPA DA PRIMEIRA EDIÇÃO DE 2018 DA REVISTA NEXIALISTAS É INTERATIVA: VAMOS VER! Para interagir com ela e ficar por dentro das últimas novidades apresentadas na ATD Tk, no Vale do Silício, basta baixar gratuitamente em seu smartphone ou tablet o aplicativo ZAPPAR. Após fazer o download você deve abrir o app e direcionar seu dispositivo para a capa da nossa revista. Aguarde carregar o conteúdo virtual e seja bem-vindo à experiência da realidade aumentada. Você terá a oportunidade de ver a capa em movimento e assistir às lives gravadas direto da ATD TK. Aqui, na Nexialistas, a gente vai atrás das tecnologias e apresenta pra você assim: na prática! Que tal uma experiência assim na sua empresa?

FALE COM A GENTE! contato@nexialistas.com (11) 3068-0054


R icardo Fazzi

EDITORIAL

A

qui na Nexialistas inovação é a palavra mais falada. Nos perguntamos o tempo todo se o que estamos fazendo é diferente, vai ter um resultado que surpreenda e se a novidade realmente acrescenta no processo de aprendizagem e consequentemente na performance, que é, afinal, o nosso maior interesse. Nossa busca obstinada pela inovação diz respeito a conseguir os meios mais eficientes para atingir as pessoas, ajudá-las a absorver, apreender e resolver problemas que irão potencializar seu desempenho no trabalho e na vida. Mas como é que se dá esse processo no qual buscamos interferir – positivamente – o tempo todo? Como é que as pessoas aprendem? Como o cérebro seleciona as informações que irá gravar? Por que algumas são escolhidas em detrimento de outras? Você vai descobrir as respostas a estas e outras perguntas na reportagem sobre neurociência aplicada à educação, com participação da cientista Marina von Zuben de Arruda Camargo, consultora Associada White Fox, a venture norte americana que controla a Nexialistas e a BMI, Blue Management Institute Consultoria. E por falar em aprendizagem e inovação, nossa reportagem de capa é sobre a ATDTk 2018. Alberto Roitman e Anderson Bars começaram o ano no Vale do Silício, mais especificamente em San José, na Califórnia. Nossos chiefs assistiram dezenas de palestras, trocaram informações e descobriram novas formas de ensinar e desenvolver no maior congresso de tecnologia

em aprendizagem do mundo. Mas a melhor parte foi terem sido surpreendidos na palestra sobre projetos interativos criativos, da cientista Debbie Richards, com a apresentação da Nexialistas como referência em inovação. A palestra parou, todo mundo queria saber quem eram esses Brasileiros que tomaram a cena com um projeto de Realidade Aumentada... E olha que isso não se compara nem à metade do que a gente vem fazendo para nossos clientes. Bom demais não é? A que você, caro leitor, acha que se deve tamanho reconhecimento? Nós arriscamos uma resposta. Propósito! A gente sabe para que existe, sabe claramente o motivo que nos faz levantar cedo todos os dias, engolir sapos, trocar momentos de lazer para se dedicar mais a um projeto, fazer sempre um pouco melhor, pouco que seja... sempre melhor. Mas isso só é possível porque estamos cercados de pessoas que pensam da mesma forma, gente que não mede esforços para fazer tudo acontecer. Esperamos que esta primeira edição da Revista Nexialistas em 2018 te inspire a crescer, ajudar às pessoas e a ser feliz. Afinal, para que mesmo que a gente corre tanto? #vamosemfrente #tamojunto #pracima Abraços, Alberto Roitman / Amanda Costa / Anderson Bars / Daniel Motta / Walter Kuroda

EXPEDIENTE Revista Nexialistas Publicação da Nexialistas Consultoria em Desenvolvimento e Treinamento

Jornalista Responsável Amanda Costa MTB 26554

Textos: Luciana Alves – MTB 26276 Designers: Douglas Rocha e Thiago Frotscher Capa: Felipe Bragatto

Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição Gratuita

NEXIALISTAS CONSULTORIA EM DESENVOLVIMENTO E TREINAMENTO Fones: +55(11) 3068-0054/ 3061-2545 – Av. Doutor Gastão Vidigal, 1132 – 7 andar – Bloco B – Vila Leopoldina – São Paulo/ SP | www.nexialistas.com


ATD TECHKNOWLEDGE As impressões dos Chiefs da Nexialistas, Alberto Roitman e Anderson Bars, sobre a maior feira de inovação em Tecnologia para Educação Corporativa do mundo!

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ois grandes eventos movimentam anualmente a indústria de treinamento e desenvolvimento mundial. A ATD, Association for Talent Development, realiza um encontro de grande porte, sobre os diversos temas que envolvem a educação, geralmente em maio e em um evento mais exclusivo, específico para tecnologias de aprendizagem, sempre no começo de cada ano. Desta vez o ATD Techknowledge, como é conhecido, foi realizado em San Jose, na Califórnia. Mil e quinhentos profissionais tiveram a oportunidade de discutir assuntos de extrema relevância sobre educação. Mas antes de dizermos quais são as principais conclusões deste encontro, um primeiro aspecto já chama muito a atenção. Ambos os congressos acontecem, neste ano, na Califórnia, especificamente no Vale do Silício. Isso passa a ser uma importante interpretação que a ATD faz e, ao mesmo tempo, passa um recado direto. Não se trata de uma coincidência, mas sim, a afirmação de que não se pode separar educação corporativa da tecnologia. O Vale do Silício é a maior referência mundial em tecnologia e inovação, e se precisamos realizar um congresso de educação corporativa, nada melhor do que escolher a fonte da geração de bites e bytes para oficializar esse casamento. Trata-se de colocar uma pá de cal no pensamento old fashion de que treinamento precisa ser à moda antiga: professor, sala de aula, aluno e provinha no final.

As plenárias acompanharam bem essa linha de raciocínio. Debates em torno do verdadeiro papel do instrutor, a real utilidade de e-Learning, LMS com pouco valor agregado e processos de gamificação que divertem muito mais do que ensinam foram duramente criticados. Em uma das sessões, com três diretores de RH das maiores empresas do setor de telecomunicações americano, ouviu-se uma frase que poderia se tornar um meme. ‘’Se o LMS da sua empresa desaparecer, ninguém vai notar”. Isso abre um precedente importante, se o LMS passa a ser um sistema sucateado de tecnologia, rapidamente superado, qual poderia ser o seu aproveitamento? Uma das alternativas mais viáveis seria tornar-se uma intranet mais avançada, conciliando um processo de formação com comunicação. Falou-se muito sobre como tangibilizar a inteligência artificial no processo educacional. Aqui, um consenso foi alcançado rapidamente, Watson se materializa pelo chatbot, uma caixinha, literalmente, posicionada no canto inferior da tela, que provoca o usuário a desafiar a inteligência da comunicação. Isso é o futuro. Mas o futuro já chegou. Acompanhe ao lado outros temas que vêm tirando o sono dos profissionais de RH das empresas e aproveite para discutir internamente como aplicar esses conceitos no learning strategy da sua companhia. Caso você queira se aprofundar em um dos temas, assista às lives que a Nexialistas realizou diretamente do evento por meio das redes sociais. Para isso basta interagir com a nossa capa!

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Para pensar... Realidades Aumentada e Virtual: Como baratear e tornar sob medida para as empresas? Endo training marketing: A equipe de T&D está preparada para ensinar os líderes a se comunicarem melhor? Microlearnings: Apenas treinamentos curtos ou que vêm alcançando o objetivo de ensinar rapidamente os profissionais? Aprendizagem: Curva do processo de aprendizagem já começa no momento do recrutamento e seleção. Gestão da Mudança: O mundo vem mudando rapidamente e precisamos assumir que nossas equipes não vão acompanhar essa mudança se não tiverem o suporte adequado!


NOS EUA

Nexialistas como referência de inovação em plenária da ATDTK!!!

essoal rquivo p Fotos: A

A Nexialistas foi citada na palestra da cientista Debbie Richards, que falava a respeito de novas metodologias, como referência de inovação por utilizar realidade aumentada. É isso. A gente vai a um congresso buscar novidade e acaba aparecendo como a própria novidade! No momento em que nossos exemplos foram citados a palestra veio abaixo, todo mundo queria entender mais sobre os exemplos que levamos e isso porque a amostra nem se compara com o que estamos fazendo para nossos clientes no Brasil. É demais! Uma empresa Brasileira, feita por gente boa, verdadeira, competente, a fim de se dedicar e de trabalhar, que se torna referência em um congresso no Vale do Silício!

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TK D T A a n i #nex


CANTINHO DOS 70 AUTODESENVOLVIMENTO

Que tal começar 2018 aprendendo e se divertindo ao mesmo tempo? Nesta coluna você vai encontrar ótimas dicas para potencializar seu autodesenvolvimento de forma leve e descontraída. São livros, filmes, peças de teatro, cursos, shows e metodologias que ajudam a desenvolver alguma competência. Confira as dicas, compartilhe com os amigos e os convide para entrar dessa divertida forma de aprender!

SÉRIE AJUDA NA TOMADA DE DECISÃO

Fotos: Divulgação

Quântico é uma série americana eletrizante que conta a história da agente do FBI Alex Parrish que tem a vida mudada quando é acusada de um atentado terrorista. Entre revelações e cenas do passado (flashbacks) o desafio é descobrir o verdadeiro responsável por essa terrível conspiração. Fique atento a todos os detalhes e perceba como a Visão Sistêmica é um diferencial para quem precisa tomar decisões.

MÚSICA PARA TREINAMENTO Certamente você já ouviu falar do Spotify, serviço de streaming de música, podcast e vídeo mais popular e usado do mundo. Lá você tem acesso a músicas de qualidade, vídeos de forma gratuita. Uma novidade agora é a playlist da Nexialistas com músicas especialmente selecionadas para treinamento. Se você perde muito tempo pensando em qual música

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escolher e quer algo específico e assertivo, você vai encontrar nesta playlist opções desde o momento da chegada da equipe, para atividades específicas, para o momento do coffee break, entre outros. Acesse www.spotify.com.br, cadastre-se, procure por Nexialistas e pronto!


CANTINHO DOS 70

MULHERES DE PEDRA

O SEGREDO DAS 4 EMPRESAS MAIS INFLUENTES DO PLANETA A Amazon, a Apple, o Facebook e o Google são as quatro empresas mais influentes do planeta. Quase todo mundo acha que sabe como eles chegaram lá – e quase todo mundo está errado. Apesar de tudo o que foi escrito sobre Os Quatro nas últimas duas décadas, o professor Scott Galloway explica em seu livro The Four, com tradução de Cristina Yamagami, o poder e o incrível sucesso dessas organizações sob um novo olhar. Em vez de engolir os mitos que essas empresas tentam divulgar, Galloway prefere se basear nas respostas a algumas perguntas instigantes. Como as quatro conseguiram se infiltrar em nossa vida a ponto de ser quase impossível evitá-las? Por que o mercado financeiro as perdoa por pecados que destruiriam qualquer outra companhia? E quem seria capaz de desafiar as Quatro na corrida para se tornar a primeira empresa trilionária do mundo? No mesmo estilo irreverente que fez dele uns dos professores de administração mais famosos do mundo, Galloway decifra as estratégias que se escondem sob o verniz reluzente das Quatro.

O fotógrafo e jornalista Alexandre Augusto passou os últimos dois anos convivendo com as trabalhadoras de Itatim e Itaetê, cidades da Chapada Diamantina, que, para sustentarem suas casas, quebram blocos de pedras gigantes em troca de R$ 55 a cada mil paralelepípedos talhados. A exposição Mulheres de Pedra, na Unibes Cultural, é fruto dessa intimidade, que apresenta mais

do que a realidade das mulheres cortadoras de pedra. Coloca-nos diante de algo que não está apenas nas pedreiras, está na grandeza do feminino. São 22 fotos unidas por um sentimento: dignidade. A exposição fica até 10 de março com visitação de segunda a sábado, das 10h às 19h, no primeiro andar. A entrada é gratuita e a Unibes Cultural fica na rua Oscar Freire, 2.500, ao lado do metrô Sumaré.

COPACABANA PALACE VIRA MUSICAL A história do icônico e mais famoso hotel do Brasil vai virar musical. Idealizado pelo ator Gustavo Wabner e pelo diretor Sérgio Módena, “Copacabana Palace” tem previsão de estreia para 2018 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os atores Marcelo Serrado, Vanessa Gerbelli e Suely Franco estão confirmados no elenco, que será composto por 20 artistas. 7

A produção do espetáculo é da Sábios Projetos e a dramaturgia do musical será assinada pelas atrizes e produtoras Ana Velloso e Vera Novello e pelo jornalista e escritor Luis Erlanger. Gringo Cardia, Ronaldo Fraga, Alex Neoral e Alexandre Elias serão responsáveis pela direção de arte, pelos figurinos, pelas coreografias e pela direção musical, respectivamente. Serão investidos mais de quatro milhões no espetáculo, que promete!


OS DESAFIOS

DA GESTÃO DA

DIVERSIDADE

Ricardo Fazzi

Estudos da Universidade de Cornell apontam dez falhas durante a implementação de programas de diversidade nas empresas; informe-se e faça diferente em sua organização

Alessandra H. V. Miyazaki é Associada Senior na BMI Blue Management Institute. Tem mestrado em Gestão Humana, com foco em diversidade e Cultura e especialização em Marketing. Também é professora de Estratégia, Marketing, Negociação e Gestão Estratégica de Pessoas do curso de pós-graduação Lato Sensu (MBA) da FGV-Fundação Getúlio Vargas e alumini da Georgetown University, Washington D.C.

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iversidade é um tema que está sendo cada vez mais discutido. Nas organizações, percebe-se um discurso favorável ao tema entre a alta liderança e engajamento dos times de RH, quer seja por questões de imagem e reputação (alinhamento da organização com novos padrões sociais), preocupações com impactos econômicos (impacto de potenciais custos com processos trabalhistas), assim como pelos aspectos positivos da diversidade (melhor tomada de decisões e maior criatividade, pela multiplicidade de pontos de vista). A maior parte dos programas de diversidade, porém, não têm atingido os objetivos esperados. Estudos da Universidade de Cornell explicitam dez falhas em implementação de programas de diversidade, explicitadas abaixo:

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Avaliações superficiais com relação a vieses inconscientes – muitas auditorias e assessments baseiam-se em questionários e ferramentas simplistas, que ignoram como o funcionamento usual do cérebro humano (neurociência) engendra cotidianamente heurísticas e vieses, que dificultam a aceitação do diverso. Falha em perceber que diversidade requer gerenciamento da mudança – muitas organizações conseguem tecer apenas modificações cosméticas, no tocante à diversidade e inclusão, por não perceberem que uma política efetiva de diversidade mudará

normas do grupo, estruturas sociais, e o mapa mental coletivo.

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Diagnósticos simplistas sobre o quanto (e quando) a organização deve mudar para chegar ao aprimoramento desejado – muitas vezes líderes têm expectativas pouco realistas sobre esforços em relação à diversidade, gerando engajamento em um momento inicial, mas suscitando frustrações ao longo do percurso. Programas bem estruturados reconhecem que é necessário tempo e esforços adequados para a mudança organizacional. 8

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Abordagem inadequada de questões sistêmicas – muitos programas de diversidade focam apenas no nível individual, perdendo de vista as questões sistêmicas – por exemplo, como práticas, políticas e procedimentos contribuem para inclusão ou exclusão dos colaboradores. É necessário um olhar político e psicossocial para endereçar a diversidade de forma abrangente. Articulação incompleta ou elusiva do porquê a organização está dedicando recursos às iniciativas ligadas à diversidade – O tema diversidade está ligado a questões sócio-políticas e valores pessoais, o que pode gerar


ARTIGO

Shutterstock/Rawpixel

uma série de manifestações emocionais. Cabe à alta liderança articular com clareza o porquê do engajamento com a causa. Uma racionalização simplista do porquê da diversidade não será suficiente para sustentar a iniciativa a médio prazo.

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Falta de engajamento das maiorias – se maiorias (usualmente homens brancos, heterossexuais) não compreenderem o que podem ganhar com a diversidade, não se envolverão com o processo e perceberão iniciativas de diversidade como um fardo (ou ameaça). Treinamentos superficiais e padronizados – usualmente, treinamentos de diversidade têm sido percebidos como opressivos e/ou pouco estimulantes. Metodologias

bem desenhadas devem ser capazes de acessar aspectos profundos dos mecanismos de cognição, trazendo insights relevantes e patrocinando o engajamento.

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Falta de interesse autêntico das lideranças – muitos líderes apresentam discursos bem articulados e boas intenções com relação ao tema, mas faltam-lhes autenticidade para atuar sobre questões polêmicas e garantir a execução estratégica. Consultores incompetentes – organizações comprometidas com diversidade têm obrigação de selecionar consultores experientes, capazes de suportar o gerenciamento da mudança e articular o pacto das lideranças. 9

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Falta de responsabilização pelos objetivos esperados – finalmente, em algumas organizações, a falta de responsabilização pelo fomento de um ambiente diverso inclusivo, pela criação e promoção de produtos e serviços diversos e pelo gerenciamento da mudança organizacional levaram iniciativas de diversidade ao descrédito.

Em resumo, diversidade não é assunto trivial. É preciso articulação do tema com o propósito da organização, assessment da cultura inclusiva, gerenciamento da mudança. A atuação estratégica do RH e o suporte de profissionais que tenham conhecimento profundo sobre dinâmicas organizacionais são fatores-chave de sucesso na sustentação da transformação organizacional.


QUEM NÃO SE

COMUNICA, SE...

Mesmo na era digital, a máxima do comunicador Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica” continua atual e dentro das organizações é essencial; mas parece que muitas ainda não entenderam isso...

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ocê certamente já ouviu a frase: “Quem não se comunica, se trumbica”. Se já passou dos 40 anos deve ter ouvido diretamente da boca do apresentador de TV Chacrinha nas tardes de sábado na Globo. Se faz parte da geração Millennials, já viu essa figura em matérias, documentários e mais recentemente no cinema. A máxima daquele que é considerado um dos maiores e mais irreverentes comunicadores brasileiros permanece muito atual. Em tempo de informação em real time e a um clique de acesso, a comunicação – ou melhor, a falta dela – continua sendo um problema em muitas corporações. Isso é o que revela a pesquisa “Comunicação Interna em 2017”, realizada pela pesquisadora Dra. Cristina Pannella, Consultora Associada Sênior da BMI Blue Management Institute, que ouviu executivos de 94 empresas de diferentes setores e segmentos econômicos do país. Quando o setor é comparado a outros departamentos de acordo com o seu desempenho, apenas 28% dos executivos o classificam como bom. A grande maioria não está nem um pouco satisfeita com as ações e atividades de comunicação com os colaboradores. Isso ocorre, de acordo com os gestores, porque a área costuma exercer uma função meramente operacional. Atividades que são direcionadas apenas para a produção de materiais ou ferramentas. “A comunicação interna tem que alinhar-se aos propósitos e objetivos do negócio, antes de mais nada. Seu planejamento deve estar em consonância com as metas da empresa. Além disso, a comunicação interna tem um papel relevante na criação e manutenção da comunidade que reúne os colaboradores, propiciando, também, condições para a atração e retenção dos talentos”, explica a antropóloga, doutora em sociologia e Consultora Associada Sênior BMI, Dra. Cristina Panella, responsável pela pesquisa.

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40%

dos entrevistados acham que há uma forte tendência que a comunicação interna se envolva cada vez mais nas estratégias da companhia

É só em momentos de crise que a comunicação passa a ser considerada como artífice e aliada

20%

dos entrevistados consideram como bastante desenvolvidas as atuais competências e habilidades do setor

A comunicação interna tem um papel relevante na criação e manutenção da comunidade que reúne os colaboradores


PESQUISA

A pesquisadora ressalta que a falta de envolvimento ou destaque ao papel das lideranças no processo comunicativo, assim como iniciativas para engajar os funcionários são alguns dos fatores que levam a esta avaliação pouco favorável. “A pesquisa reflete a opinião dos líderes: muitos ainda consideram a comunicação como uma função acessória. A comunicação nas empresas, na verdade, tem que ser entendida em sua função estratégica em direção aos públicos externos e internos – para além das necessidades do RH. Nesse sentido, ocupa um lugar central no relacionamento com os stakeholders”, avalia. De acordo com 40% dos entrevistados há uma forte tendência que a comunicação interna se envolva cada vez mais nas estratégias da companhia. No entanto, para 53% dos gestores ainda há resistências nesse processo, com dificuldades em conciliar as necessidades de ambas as áreas. Uma das possíveis causas para essa dificuldade de integração pode estar na fase em que se encontra a comunicação interna nas empresas. Apenas 20% dos entrevistados consideram como bastante desenvolvidas as atuais competências e habilidades do setor. 58% acreditam que as habilidades estão em desenvolvimento e 20% pouco desenvolvidas. Além da já citada necessidade de alinhamento com a estratégia empresarial, apontada por 18% dos entrevistados, a adoção de ferramentas de mídias digitais e do papel do líder como influenciador interno são as principais tendências para o setor, de acordo com a pesquisa. As mídias digitais ganham papel de destaque e aparecem como importante

canal de comunicação para o público externo e também como forma de aproximar as organizações dos colaboradores. Esse canal se destaca entre os principais investimentos indicados como primeira opção para o setor. O estudo ainda traz informações sobre a importância do monitoramento da internet e intranet e mensuração das ações no ambiente digital. Cristina revela que o alto índice de insatisfação dos executivos em relação à comunicação interna não a surpreendeu, pois em sua atividade de consultoria já ouviu muitas queixas. “Considero que essa situação tem origem nos líderes empresariais que não dedicam verba ou tempo ao desenvolvimento da área. Quando tudo vai bem, os executivos raramente dão atenção à comunicação, cujos profissionais são muitas vezes percebidos como aqueles que fazem o “jornalzinho” ou promovem comemorações. É só em momentos de crise que a comunicação passa a ser considerada como artífice e aliada. Mas a área, repito, tem que estar, seja qual for o momento, posicionada estrategicamente e ser empoderada pela liderança. Há necessidade de um duplo esforço para que essa situação evolua: por um lado, maior percepção das lideranças sobre a necessidade de aproximar a comunicação da estratégia das empresas; por outro, um esforço dos profissionais de comunicação em formar-se nas disciplinas que orientam a gestão das empresas. A meu ver, esse duplo movimento contribuirá para a formação de líderes e comunicadores plenos”, garante a pesquisadora, indicando o caminho para que o resultado da próxima pesquisa sobre o tema traga números mais positivos.

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DICAS PARA MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERNA

Como melhorar a Comunicação Interna nas empresas? A Nexialistas preparou algumas dicas para você:

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O responsável pelos processos de comunicação precisa conhecer profundamente não apenas as atividades, produtos e serviços da empresa. É preciso estar alinhado à estratégia da companhia em cada material produzido.

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Seja fiel aos canais internos de comunicação. Seja um boletim digital enviado por e-mail, um jornal mural ou um podcast, não importa. É preciso que a frequência seja respeitada.

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Inove o tempo todo. Crie novas mídias, mude a forma, tenha bom senso, mas não deixe de ousar sempre.

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Provoque a interação entre o seu público e o meio. As pessoas gostam de se ver. Faça comunicações vivas, com fotos atuais das pessoas.

Esqueça banco de imagem. Essa prática afasta os colaboradores das comunicações pois eles não se sentem representados. A equipe precisa se ver em todos os materiais.

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Não é porque se trata de uma comunicação empresarial que ela precisa ser chata! Faça deste canal um ponto de encontro prazeroso entre empresa e colaborador. É possível transmitir a informação de uma forma simples e interessante sem perder a profundidade.


PESQUISA

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Não tenha medo de perguntar o que você não entendeu! Se você não entendeu, imagine o colaborador! Coloque-se no papel de “tradutor”. A comunicação não aceita nada além da clareza e da objetividade. Para ser simples e direto, é preciso ter informações e entendimento verdadeiro do cenário.

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Evite o uso de palavras complicadas, siglas ou expressões que não são comuns para todos. Se for muito prolixo, você perde a conexão com seu público.

Valorize seu trabalho e ele será mais valorizado pelo grupo. Lembre-se que os maiores problemas das empresas estão relacionados à falta de comunicação. A solução está em suas mãos... Faça acontecer!

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Como contaria isto para meu filho adolescente? Faça este exercício sempre que tiver algo complexo para comunicar. Tente explicar de um jeito que todos entendam.


NEXIALIZANDO POR AÍ... A equipe Nexialistas não para. Em treinamentos presenciais inovadores, palestras marcantes, e-learnings interativos, Curso de Formação... O objetivo é formar para transformar e para isso não tem distância. É o Brasil Nexializado de ponta a ponta, confira:

Enquanto a maioria dos “mortais” curtia um merecido descanso entre a semana do Natal e Ano Novo, o incansável sócio da Nexialistas, Anderson Bars estava em Belo Horizonte, com a Nexialista Associada, Cristiane Costa, para mais uma importante missão. Ele foi falar para um seleto grupo de profissionais sobre o impacto das rápidas mudanças na área de Recursos Humanos. O tema foi DisruptionNow: o RH em um mundo de mudanças.

MG: MUDAR É PRECISO PE: MISSÃO EM RECIFE O ano começou com o time da Nexialistas aterrisando em Recife para mais uma importante entrega a um grande banco. O treinamento de dois dias para 250 profissionais teve como tema clínica de objeções. A equipe enviada para esta importante missão foi: David Dantas, Kleber Donady, Anderson Cabral e Julio Campos.

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PELO BRASIL

RJ: EMPATIA NO FOCO Ainda na primeira semana do ano, a Nexialistas foi escalada para uma importante missão no Rio de Janeiro, com aqueles temas que a gente ama: a importância de entender o outro. Com foco no atendimento ao cliente interno, o treinamento foi voltado para a equipe operacional e áreas de atendimento e controle. Esses colaboradores atendem mais de 400 colegas de trabalho, por isso a importância de capacitálos e tornar esta convivência ainda melhor! Foi um sucesso.

RJ II: DNA LIDERANÇA Também na cidade maravilhosa, nossos Nexialistas ministraram treinamento de liderança para uma importante empresa do setor de varejo. Quem levou o DNA Liderança para as equipes foi o consultor Anderson Cabral!

SP II: CONSTRUÇÃO COLABORATIVA SP: TIME DE GIGANTES E na Convenção Consumer de uma grande multinacional, o time capitaneado por Anderson Bars com os reforços de Vanessa Lotti, Victor Bacchi e David Dantas, deixaram impressa a marca Nexialistas para começar o ano com uma energia contagiante! 15

Na capital paulista, a equipe Nexialistas ajudou outro grande banco a trabalhar a integração e construção da área de e-commerce. Os participantes receberam informações sobre os produtos do banco e puderam treinar o atendimento a diferentes estilos comportamentais, comunicação e assertividade!


FLIPPED LEARNING OU...

SALA DE AULA

Fazer diferente é a única forma de atrair a atenção e fixar a informação. Virar de ponta cabeça o tradicional espaço de aprendizagem potencializa o aprendizado. Parece brincadeira? Nada disso, a eficácia deste conceito já foi confirmada por estudos científicos!

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ma sala, um quadro, um professor à frente dos alunos. Mesmo com o acelerado avanço tecnológico registrado em todas as áreas do conhecimento nas últimas décadas, este ainda é o ambiente e o formato em que se dá a maior parte das aulas e treinamentos em todo o mundo. Infelizmente. Pois este é o modelo secular de aulas expositivas. No mundo corporativo, é preciso transmitir informações e treinar habilidades e atitudes o tempo todo. E as empresas já sabem que é preciso buscar novas formas de levar o aprendizado aos seus times, mesmo em treinamentos mais

tradicionais, como os presenciais, muitas vezes inevitáveis. Mas até na boa e velha sala de aula, é possível fazer diferente. O conceito de flipped learning surgiu com professores norte-americanos que gravaram apresentações e disponibilizaram na internet para estudantes que haviam faltado à aula. Outros alunos, de diferentes escolas, também assistiram e gostaram. Outros professores gostaram da ideia, adotaram o método e passaram a gravar suas aulas em vídeos também. Assim surgiu o flipped learning ou flipped classroom. Um modelo pedagógico no qual o ensino com 16

o professor em sala e a tradicional lição de casa são invertidos. Vídeos curtos sobre a aula são enviados para os alunos antes da aula presencial e o tempo em sala de aula é dedicado à realização de exercícios, projetos e discussões. Os vídeos são ingredientes chave da abordagem do flipped learning. De acordo com pesquisadores educacionais e cientistas cognitivos o modelo de “exploração em primeiro lugar” é uma maneira melhor de aprender. Além disso, vídeos permitem uma maior absorção do conteúdo do que textos. O conceito de sala de aula invertida é utilizado por instituições de ensino


TENDÊNCIA

de todo o mundo, como por exemplo pela Escola de Medicina de Stanford, pelo curso de contabilidade da Penn State University e de Física de Harvard, entre outros. Anderson Bars, Chief Revolution Officer e sócio da Nexialistas Consultores, explica que os profissionais da Educação Corporativa já haviam observado a assertividade deste método no dia a dia do treinamento profissional, mas faltavam pesquisas para validar a experiência. “Todo mundo sabe que o adulto aprende fazendo e esse é um dos princípios da Andragogia, mas a gente não tinha tanta pesquisa para mensurar tecnicamente e afirmar que a sala de aula invertida é de fato eficiente. Agora com importantes organizações educacionais olhando para este tema, é um sinal que a sala de aula invertida vai ganhar ainda mais força”, reflete Anderson que já teve oportunidade de debater o tema com profissionais do mundo todo durante importantes eventos de T&D nos Estados Unidos. “Participei de sessões sobre o tema sala de aula invertida com pessoas do mundo todo falando a respeito dos resultados desse conceito. Cheguei a conversar com um pesquisador que está à frente dessa ação e observei como este conceito tem ganhado força nas universidades”, ressalta. O interessante é que não é preciso lançar mão de recursos de alta tecnologia ou complexas plataformas de aprendizagem para este tipo de experiência. É possível utilizar recursos disponíveis nas mãos de todos,

como um smartphone por exemplo! É claro que até uma criança é capaz de fazer um vídeo, mas é possível criar conteúdos sofisticados não só em termos técnicos mas também em relação à eficácia de aprendizagem que ele pode alcançar, por meio de metodologias que podem ser aplicadas na sua elaboração. “A educação através dos vídeos está ganhando cada dia mais força. A Nexialistas desenvolveu muitas soluções de vídeo nos últimos anos, ultrapassando, inclusive a quantidade de e-learnings contratada. Isso porque o vídeo suporta a aprendizagem conceitual de uma maneira mais simples e rápida. Ele facilita a antecipação dos conceitos da aula. Hoje é possível enviar vídeos por Whatsapp e outras plataformas de maneira simples e rápida. Na Educação Corporativa, 70% das ações são direcionadas à prática e apenas 30% do tempo para a explicação de conceitos, mas segundo Anderson, caminhamos para um cenário de sala de aula 100% dedicado à prática. “O tempo presencial é um investimento alto e por isso deve ficar dedicado para a prática. Já o embasamento teórico fica para as novas tecnologias, as novas ferramentas. Mas estas não precisam ser totalmente expositivas ou apenas em formato de vídeo. É possível utilizar plataformas online que antecipam os conceitos para os participantes através de recursos de gamificação por exemplo, onde é possível despertar o interesse para o conteúdo por meio de uma

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competição entre os participantes. Na sala de aula eles investem na prática”, exemplifica Anderson. Um bom exemplo dessa nova forma de aprender é observar como a geração Millennials busca os vídeos tutoriais na internet para aprender a fazer as mais diversas atividades: desde uma receita no dia a dia até montar projetos complexos. Ou seja, eles trocam os livros pelos vídeos de forma natural. Dentro desse conceito, a Nexialistas tem realizado em muitas companhias simulações de negócios. “Já fizemos inúmeras intervenções em congressos e workshops usando um simulador online de negócios, onde as pessoas têm acesso a casos que elas precisam resolver utilizando as informações técnicas. Formam-se grupos que competem entre si e podem acompanhar a pontuação por meio de um painel online. Os profissionais analisam um caso e respondem às questões. Ganham mais pontos aqueles que agem de acordo com a estratégia da empresa. Fizemos isso nos maiores bancos, seguradoras, indústria do mercado de papel e celulose. Ao invés de ouvir o que é o certo eles praticam o que é o certo com base nos conhecimentos que a organização já tem em um ambiente de competitividade e a informação é absorvida de forma mais rápida e simples”, explica Anderson, exemplificando uma das muitas formas que a sala de aula invertida pode ser explorada no ambiente corporativo.


FLIPPED LEARNING

O que é? Flipped Learning é um modelo pedagógico no qual o típico ensino com o professor em sala e os elementos da tarefa de casa são invertidos. Os alunos recebem vídeos curtos que devem ser assistidos antes da aula presencial. O tempo em sala de aula é dedicado à realização de exercícios, projetos e discussões.

Como funciona Não existe um modelo único para sala de aula invertida. O grande diferencial é disponibilizar aulas ou insights em vídeo antes do encontro presencial. Na sala de aula, os participantes podem criar, colaborar em grupo e colocar em prática o que aprenderam com o conteúdo que assistiram com atencedência.

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TENDÊNCIA

Para onde está indo? À medida que o flipped classroom torna-se mais popular, novas ferramentas vão surgindo para auxiliar na produção do material fora de sala. A rápida evolução dos recursos disponíveis nos gadgets proporciona uma infinidade de possibilidades e de recursos que podem ser aplicados na educação corporativa nas horas e lugares mais convenientes aos profissionais.

Facilidades A união entre tecnologia e atividades de aprendizagem no modelo sala de aula invertida permite que os estudantes acompanhem às aulas no seu próprio ritmo, pausando para fazer anotações ou retrocedendo a gravação para retomar algum conteúdo. A sala de aula transformase em um ambiente realmente colaborativo, permitindo maior interação com o professor e também entre os alunos, favorecendo a apreensão do conteúdo e o engajamento dos estudantes no processo de aprendizagem. 19


Ricardo Fazzi

VIDA DE CONSULTOR

DESAFIOS E CRESCIMENTO

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ocê certamente conhece pessoas de sucesso e que aparentemente tudo o que fazem parece dar certo e outras que por mais que tentem, parecem não avançar. Se todos somos submetidos a desafios por que alguns parecem avançar enquanto outros parecem retroceder? Para apresentar uma possível resposta para esta pergunta, quero compartilhar uma experiência recente. Em nossa festa de comemoração de 2017 e também de alinhamento para 2018, assim como outros amigos, tive o prazer de receber o troféu Tarsila do Amaral das mãos de nosso diretor Anderson Bars, com direito a fotos com toda a diretoria. Este foi um momento marcante, onde recebi o prêmio com muita alegria, satisfação e um pouco de constrangimento, pois temos ótimos consultores na equipe. Posso dizer que um filme de anos de história passou em minha cabeça nos segundos entre ouvir meu nome e chegar ao palco, confesso que ouvi tudo o que foi dito, mas não tenho certeza sobre o que falei, pois precisei controlar minhas emoções. Boa parte do filme, que durou segundos, diz respeito ao desafio ao qual somos submetidos em nosso dia a dia e lembrei-me de grandes experiências, passando pelas viagens, do entendimento das necessidades dos clientes, da construção de um material aderente e que agregue valor, de estar à frente de um grupo de pessoas com diferentes expectativas de ser avaliado a cada encerramento, dos Team Buildings que conduzi, dos treinamentos que apliquei, das reuniões de planejamento estratégico, etc.

Lembrei-me de minha primeira experiência há quase dez anos em uma grande montadora. Eu havia acabado de fazer a entrevista na consultoria e fui levado para a reunião para assumir o desenvolvimento do treinamento de toda a equipe comercial da empresa e ao final da reunião, ouço a cliente dizendo para o gerente que tinha acabado de conhecer: – Você vai deixar este coitado neste projeto? Lembro que respirei fundo e já pensei nas próximas entrevistas que teria que fazer. Fui pego de surpresa e lembro de sentir meu rosto ferver. Não disse nada, o gerente conversou comigo explicando a situação, seguimos em frente e felizmente o lançamento foi um sucesso, os treinamentos superaram as expectativas, eu ganhei experiência e uma amiga. Também me lembrei das noites mal dormidas, dos finais de semana trabalhando, dos passeios que não fiz e do crescimento e aprendizados incríveis que estas experiências me proporcionaram! Um dos grandes desafios de atuar em consultoria é o desenvolvimento da capacidade de se conectar com diferentes clientes e negócios, sempre com a mesma dedicação, energia, determinação, aportando valor em conhecimento e experiência. Felizmente estes desafios são constantes na vida de um consultor e logo após nossa festa de confraternização, fui alocado para um projeto muito importante com o dever de colaborar com o processo de implementação de uma 20

Henrique Gomes, consultor de T&D Nexialistas

área em uma grande empresa. Nossa gerente, Simone Rodrigues, conduziu brilhantemente o trabalho, mas como você pode imaginar, em um processo de construção de uma área, ainda que o objetivo seja claro e fascinante, ajustes importantes são necessários porque as expectativas muitas vezes são diferentes e divergentes. Fizemos diversas reuniões, construímos uma abordagem que atendesse às expectativas as vezes concorrentes, alteramos e alteramos novamente, trabalhamos no final de semana, para que todos pudessem ter um momento único de aprendizagem e crescimento.Todo o esforço foi recompensado com a participação dos presentes, com o desenvolvimento e crescimento e com os feedbacks que recebemos durante e após o evento!


DIA A DIA

E agora volto à pergunta que fiz no início, se todos somos submetidos a desafios em nosso dia a dia, por que alguns parecem avançar e outros não evoluem? 1° Propósito Quem tem um porquê pelo qual viver pode suportar quase qualquer como. (Nietzche) Ter um propósito significa ter clareza a respeito do porque fazemos o que fazemos. É ter clareza da razão, do motivo, do por que. Quando sabemos o porquê, nossa energia se renova, não vemos obstáculos como impedidores, mas como alavancas para o sucesso. Um propósito claro, cria as condições para o desenvolvimento dos comportamentos e habilidades necessários.

2° Comportamento Você certamente tem em seu círculo de relacionamento próximo, pessoas que admira pela competência técnica, mas não entende suas atitudes. Alguns profissionais são competentes tecnicamente, mas parecem distantes, desanimados, são intolerantes, fazem por obrigação e não por prazer, parecem não se importar e isso impede que alcancem o resultado desejado. É preciso ter dedicação, resiliência, força de vontade, não desistir nunca, continuar em frente, aprender a aprender, determinação e garra.

3° Competência

Ricardo Fazz

Como profissional é importante que você assuma uma perspectiva integradora, tendo clareza de seu propósito para, assim, produzir a energia necessária para seguir em frente diante dos desafios e obstáculos, ao mesmo tempo que desenvolve habilidades para superá-los e aprender com eles, desenvolvendo conjuntamente as competências necessárias para a realização de suas tarefas e atribuições de maneira eficiente e eficaz. Espero que de alguma maneira este texto te alcance, provocando reflexões a respeito do porque e como você pode se tornar um profissional ainda melhor agora!

i

É a capacidade de realizar aquilo para o qual você foi contratado. Ter conhecimento técnico específico para a tarefa e entregá-la com qualidade. Ser competente é fundamental, mas não o suficiente! Tenho visto muitos profissionais capacitados tecnicamente, mas desmotivados e apáticos, afetando sua entrega. Por outro lado, tenho visto profissionais motivados, engajados, com visão de dono, mas sem habilidade técnica para desempenharem suas funções eficientemente, mas como se esforçam, esperam ser reconhecidos pelo esforço! Ledo engano, pois como diz nosso diretor Alberto Roitman, você é o que você entrega.

Henrique G omes receb eu o prêmio Tarsila do A maral da W hite Fox

21


TABELA DE COMPETÊNCIAS

NEXIALISTAS COMPETÊNCIAS PESSOAIS

COMPETÊNCIAS SOCIAIS

COMPETÊNCIAS COMERCIAIS

COMPETÊN TÉCNICAS

Forte apelo atitudinal, contendo atributos necessários para a aceitação coletiva e o bom convívio. Se faltantes, inviabilizam a vivência corporativa.

Contribuem para o melhor clima de trabalho, potencializam as características da equipe e harmonizam as relações corporativas em todos os níveis.

Necessárias para a eficiência comercial, alinhando o respeito à necessidade do cliente e as metas de crescimento da empresa. Trabalham todas as Fases da Venda.

São aquelas através de ed formal, que p profissional a determinada ou potenciali sua execução

1

X

Nexialismo

Pr

2

Proatividade

Sp

3

4

5

Criatividade

Ac

10

Et

6

Ri

11

Ep

Empreendedorismo

O

12

13

Q

15

Marketing Pessoal

Ag

16

Re

19

20

Redação empresarial 17

M

Motivação

In

22

Influência

Auto gerenciamento

Qualidade

Mp

Gt

18

Gestão de tempo

Organização

Relacionamento interpessoal 7

Ow

14

Ownership

Ética

Comunicação

Cr

9

Acabativa

Humildade

C

It

Nome da competência

Nexialismo

Iniciativa

Persuasão

H

X

Código

Integridade corajosa

Solução de problemas

P

Ic

8

Número

1

Co

Flexibilidade 23

Colaboração

A

Fn

Formação de networking

Bc

24

25

Sc

27

Integração funcionários

Ie

28

As

31

Or

Orientação ao resultado

Pc

32

Ng

35

Nv

Negociação avançada

Ea

36

Pv

Bancos

Fi

Financeiras

Se

Seguros

Te

Telecom

En

Energia

Cn

Consumo

Au

Automotivo

In

Indústria

40

Performance improvement 37

Tv

Técnicas de vendas

Segmentos de atuação e especialização Bc

39

Escuta ativa

Negociação 33

Pp

38

Prospecção de clientes

Plano de contas

Assertividade 29

Ci

34

Customer impact

Inteligência emocional

Solução de conflitos

If

Te

30

Trabalho em equipe

Business Culture

Accountability 21

Fx

26

Fr

Farma

41


COMPETÊNCIAS

As competências abaixo estão divididas por afinidade e podem ser desenvolvidas isoladamente ou em conjunto. Em todas elas as ações formativas serão estruturadas sob medida diante da realidade do cliente. As dinâmicas e metodologias que as compõem serão criadas levando em conta a necessidade de desenvolvimento e alinhadas entre o contratante e a Nexialistas

NCIAS

obtidas ducação preparam o a executar tarefa izam a o.

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS

COMPETÊNCIAS LIDERANÇA

Estão focadas na gestão e no controle. Permitem o alcance dos objetivos por meio do gerenciamento eficiente dos mais diversos aspectos do trabalho.

Direcionadas para a gestão de pessoas e construção de equipes de alta performance. Podem ser voltadas para aspectos técnicos ou comportamentais.

COMPETÊNCIA X É a Nexialista, também chamada de 7ª. Competência. Trabalha com a sobreposição de duas ou mais competências potencializando diversos aspectos humanos.

E

82

Empatia

Gh

58

Gestão de contas chave

Gi

Gestão de stakeholders 59

Gestão da informação

π

42

Pi

Bd

Ciclo de vida cliente/produto 43

Bigdata

Ga Vc

Ad

Advocacia

Ta

47

Técnicas de Apresentação 44

Gestão de carteiras

Vendas consultivas

Cv

46

Gj

Gq

Gestão da qualidade

Ht

Hotelaria

Excelência operacional

Gr

48

Dt

51

I

Inovação

Cn

Construtoras

On

52

W

55

Id

Inteligência digital

Pq

PMEs

60

4p

61

Preço/Produto Promo/PV 56

Web 2.0 53

Gc

Rl

62

Raciocínio lógico 57

Ix

Execução impecável

Pu

Setor público

Gk Ca

65

66

67

Bp

Business Plan

Sf

Gn

68

Pe

72

Gl

Global mindset

77

Td

73

Gd

78

Ge

79

80

Gestão de incompetentes

75

Gm

Gestão da mudança

Rs

85

Resiliência

Gestão de equipes à distância 74

Li

84

Liderança inspiradora

Tomada de decisões

Pensamento estratégico 69

F

Fs

83

Formação de sucessores

Fascinação

Gestão do negócio

Leadership strategy 63

71

Sustainable focus

Market insight

Ls

Pl

Gp

76

Gestão de pessoas

Planejamento

Capacidade analítica

Mi

Mu

70

Manage Up

Gestão do caos

Gestão do Conhecimento

Orientação ao negócio

Design Thinking 49

Oc

54

Orientação ao cliente

Gestão de recursos

Gestão de projetos 45

Eo

50

Gs

64

81

Dt

86

Desenvolvimento de talentos

Tb

87

Team Building

En

Entropia

88


84

Li

Liderança Inspiradora

Estímulo constante do trabalho em equipe.

LIDERANÇA INSPIRADORA Para que o líder possa desenvolver uma liderança inspiradora em seu time, são necessários diversos comportamentos observáveis no dia a dia.

Sensação do time de proximidade do líder.

Apoio e incentivo à inovação. Construção de parcerias estratégicas com colaboradores.

Demanda de trabalho de acordo com a capacidade da equipe.

Combate a figura da liderança lenta.

Apoio ao desenvolvimento dos funcionários.

Promoção de marketing dos funcionários para outras áreas.

Equilíbrio de rigor com generosidade. Flexibilidade imparcial.


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MAIS PEDIDAS


RH 2018 RH 2018

TENDÊNCIAS E DESAFIOS

O que esperar de 2018? Profissionais de grandes empresas falam sobre os desafios e tendências na área de RH para este ano

O

s desafios para 2018 são grandes. Além da economia que se recupera de forma gradual, este ano teremos eleições para presidente, governadores, deputados e senadores, o que impacta em todas as áreas. Na área de Recursos Humanos, 2018 é o ano de implementar as mudanças da Reforma Trabalhista, que entrou em vigor em 11 de novembro de 2017. A lei deve impactar nas novas contratações para a maioria das empresas. Tem ainda questões que não saem de pauta, como acompanhar o rápido avanço tecnológico, as questões comportamentais de cada profissional, valores essenciais para a alta performance e a busca por uma Educação Corporativa cada vez mais estratégica. Ou seja, os desafios para os profissionais de Recursos Humanos são muitos e continuam exigindo cada vez mais aprimoramento nas competências e desenvolvimento de novas habilidades. Fomos ouvir a opinião dos próprios profissionais da área sobre as tendências para este ano que já começou com pique total!

PARA 2018, AS PERSPECTIVAS DE CONTINUIDADE DA RETOMADA DO MERCADO de O&G são bem positivas, não só pelo crescimento nas atividades exploratórias, como também em Produção. Neste cenário de reaquecimento e de agilidade, a área de RH precisa gerir seus processos de forma cada vez mais rápida e eficiente. O RH como parceiro do negócio, precisa desenvolver uma estratégia de pessoas de longo prazo, que suporte de maneira sustentável o crescimento organizacional. Essa estratégia permeia tanto processos internos da organização, como a identificação das competências técnicas e de liderança necessárias, para conseguirmos desenhar o futuro do mercado de energia, assim como uma estratégia de comunicação externa, desenvolvendo e fortalecendo nossa marca como empregador no Brasil.” GABRIELLE BOTELHO

Gerente de RH da Statoil Brasil

UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS DOS RH´s EM 2018, independente do porte da organização, é a adaptação de seus processos internos visando a chegada do eSocial. Mais do que nunca às áreas de administração de pessoal, financeira e saúde e segurança das empresas deverão otimizar seus processos visando o cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Se por um lado, as empresas serão obrigadas a se planejar mais e ter mais controle e gestão de seus processos internos, com a implantação do eSocial, o número de fiscalizações tende a aumentar gradativamente no Brasil, afinal a expectativa do governo é de aumentar sua arrecadação em cerca de R$ 20 bilhões. Quem não se antecipar aos impactos, poderá ter grandes surpresas. ”

HENRIQUE MARQUES

Gerente de Segurança e Saúde do Trabalho da Serede Serviços de Rede S/A

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PERSPECTIVAS

Fotos: Arquivo pessoal

2018 PEDE A AÇÃO DO RH e dos líderes nas organizações para reescreverem suas jornadas. A tecnologia tem avançado velozmente e, individualmente, as pessoas acompanham e se adaptam rapidamente de acordo com suas necessidades individuais, cada um a seu modo. No entanto, as organizações como um todo, se movem mais lentamente e isso traz oportunidades para o RH auxiliar os líderes e as organizações a se adaptarem a novos modelos de trabalho e novos modelos de carreira que estão despontando. As tendências futurísticas para o mundo do trabalho já batem à nossa porta: automação, computadores cognitivos, era da digitalização de processos e assim vai. Logo, o grande desafio, à medida que uma empresa se torna mais digital, é o imperativo de se redesenhar para ser mais ágil e mais adaptável. Estamos construindo a história que será o divisor de águas para os modelos de empresas que subsistirão e farão parte do futuro. Quem viver verá!” SUSANA PAES

Gerente de Desenvolvimento de Pessoas – HDI

ACREDITO QUE 2018 REPRESENTA UMA LEVE MUDANÇA em relação ao que fizemos em 2017. Conseguir administrar a ansiedade das pessoas em realizar progressos em relação aos resultados pessoais no âmbito profissional em um ambiente ainda cheio de incertezas é como navegar com pressa em um mar de águas escuras e agitadas, e sem todos os instrumentos para uma navegação sem total visibilidade, mas o RH ainda cuida para que todos façam o melhor para conseguimos cruzar este oceano de oportunidades. Manter os marujos motivados, cuidar para que estejam bem alimentados e felizes e façam o seu melhor para que todos possam cruzar o mar de incertezas e chegar ao destino sem avarias e com boas histórias para contar.” RICARDO ZOLIN

Diretor de Recursos Humanos na Smurfit Kappa

QUANDO PENSAMOS NO FUTURO, nosso grande desafio continua sendo criar uma conexão entre a área de Recursos Humanos e o coração do negócio, além de atuar como parceiros estratégicos dos gestores. Acreditamos que não basta olhar somente as pessoas. Devemos conciliar isso à maneira como elas geram os resultados e estão conectadas com suas funções. Dentro disso, o RH precisa trabalhar para que os colaboradores mantenham em consonância os objetivos individuais e o propósito da empresa. Sabemos que, para isso acontecer da melhor forma possível, é necessário que todos os pontos estejam claros e sejam compartilhados sempre. Em relação ao desenvolvimento organizacional, nos empenhamos para conseguir transformar a forma de aprendizagem. Acreditamos que o método tradicional, que oferece uma extensa carga horária não funciona mais. Por isso, precisamos utilizar a agilidade da tecnologia para gerar interesse, transmitir conteúdo diferenciado por meios menos usuais, como pílulas, podcasts, vídeos, gamificação, entre outros.” SIMONY FERNANDA

Coordenadora de Desenvolvimento Organizacional Locaweb

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SOLUÇÕES REMOTAS SIM

FUNCIONAM?

NÃO

As novas tecnologias para trabalhos remotos muitas vezes auxiliam, mas também têm suas restrições. Confira a opinião de profissionais da área de RH sobre os prós e os contras e tire as suas conclusões

A

remota são um exemplo. Para diminuir distâncias, as empresas investem em tecnologias que possibilitam reuniões e até treinamentos a longas distâncias. O WebEx Training Center é umas das ferramentas mais utilizadas em grandes empresas e possibilita desde simples reuniões até sessões de treinamento interativas, com

vídeo, áudio, compartilhamento de multimídia e ferramentas de feedback instantâneo. A ferramenta reduz custos, mas será que tem promovido uma aprendizagem verdadeira? Ouvimos alguns profissionais da área de Recursos Humanos que já trabalharam com a ferramenta, para saber os prós e os contras do uso desse tipo de tecnologia. Confira.

“NÓS FAZEMOS VÁRIAS PALESTRAS PARA AUTODESENVOLVIMENTO, palestras de empreendedorismo com foco em carreira, enfim. Recentemente tivemos uma palestra sobre Mindfulness com 100 pessoas inscritas por videoconferência. Como ponto forte vejo a inclusão de todas as pessoas da empresa. Isso proporciona a possibilidade de desenvolver um número maior de pessoas da empresa e impactar positivamente. Já o ponto fraco é a questão do sinal da internet e das pessoas não terem tanta oportunidade como no presencial de perguntar no momento que quiserem, porque a palestra que fazemos hoje é focada no público presencial. Por isso estamos pensando em desenvolver algumas trilhas de desenvolvimento para treinamentos focados na câmera, específico para o público da videoconferência, que vai melhorar a comunicação com essas pessoas. Hoje essa relação é mais passiva. Particularmente, não gosto muito de participar de reuniões via vídeo. Mas, pensando em quem está longe acho que é muito bom. Outro fator é a redução do custo, essencial para viabilizar palestras e treinamentos em diversas localidades, possibilitando a participação da maioria da equipe.”

“UTILIZO WEBEX PARA CONFERÊNCIAS com autores de artigos do Gartner. Essa leitura me apoia e me orienta na condução do Núcleo de Transformação Digital da Unimed Vitória, mas sempre tenho questões para levar aos autores. O consultor do Gartner abre essas seções de WebEx diretamente com os autores dos artigos para avançarmos no debate. É uma experiência sensacional. E, ao longo de minha carreira, como PMO e Gerente de Projetos, fiz, e faço, muitas seções de WebEx com clientes, parceiros e fornecedores”.

s novas tecnologias têm mudado a nossa forma de se relacionar, trabalhar e também de aprender. A forma de realizar treinamentos, reuniões, aulas, videoconferências, entre outras atividades, passaram por muitas mudanças nos últimos anos com o surgimento de novas ferramentas, as de videoconferência

DÉBORA FERIOZZI,

Psicóloga, coordenadora de Educação Corporativa na CPFL

28

ELIZABETH MERLO

Gestora do Programa de Transformação Digital da Unimed Vitória. É economista e trabalha com Tecnologia da Informação


TREINAMENTO

“UTILIZEI A FERRAMENTA WEBEX em duas principais situações: reuniões gerais ou para treinamento e desenvolvimento de participantes de localidades e filiais diferentes. A empresa inteira costumava utilizar o WebEx para reuniões semanais, como forma de estar “presente” e ser “pessoal”, mas com redução de custos de deslocamento em viagens. Tratamos diferentes assuntos em RH através do WebEx: avaliação de desempenho, pesquisa de clima, desafios de mudanças organizacionais e até mesmo uma divulgação “ao vivo” de um projeto que tínhamos de novas ideias. Foi muito bacana! Apesar dos participantes estarem distantes fisicamente, é uma ferramenta que proporciona a pessoalidade, pois conseguimos ter o vídeo dos participantes, todos os microfones ligados ao mesmo tempo e o controle do administrador em todas as ferramentas. O ponto fraco é ainda depender 100% do participante querer se envolver no treinamento, pois não vemos de fato o que todos estão fazendo no momento por não ter a visão macro. Mas, temos esse grande desafio em treinamentos ou reuniões presenciais também!” ALINE PANDOLFO

Psicóloga com MBA em Recursos Humanos e Business Partner.

“EU TENHO OS TRÊS LADOS DA MOEDA. Como aluno, desde 2007, tenho participado de sessões WebEx com treinamentos, cursos de uma hora e até mais longos com aulas de quatro horas em cursos de longa duração. Como professor ministrando aulas de curta duração, quatro horas ou menos e como curador e tutor, preparando material para EAD. Os assuntos foram os mais variados em todos essas ocasiões, desde aulas teóricas, até nas aulas práticas. Minha experiência mostra que os alunos de EAD são mais propensos a dedicação, são mais comportados e têm um melhor desempenho, pelo menos é o que revelam as avaliações. Outro ponto forte é a falta de deslocamento dos alunos para o local da aula, que pode ser na empresa ou em casa. A vantagem em treinamentos corporativos é a sala de aula criada, ou seja, os profissionais envolvidos no mesmo treinamento se reúnem para participar, isso gera uma empatia e comprometimento maior do que quando separados em suas residências. Posso destacar que o ponto mais vulnerável é o próprio treinando, o comprometimento é peça fundamental, já presenciei profissionais que participaram do treinamento apenas para obter o certificado de participação, pois ao fazer isso em suas casas, corre-se o risco dos familiares interromperem e distraírem o aluno. Atualmente não tenho condições de participar como aluno de treinamentos presenciais. O deslocamento (ida-volta), trânsito entre outros dissabores desestimulam esse tipo de prática”. DELERMANDO BRANQUINHO FILHO

Formado em Física pela PUC, com MBAE em gestão e economia pela UFRJ, Mestre em Engenharia Elétrica e de Computação pela UFG. Data Scientist pela Jonhs Hopkings. Atualmente é Assessor de Informações Corporativas na Unimed Vitória

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“JÁ PARTICIPEI TANTO DO LADO DE TREINAR, quanto do de fazer o treinamento. Do lado de treinar é uma ferramenta fantástica, mas precisa ter um link de internet muito bom, porque senão quem está do outro lado não consegue compreender. É possível conectar diversas pessoas do mundo todo e do Brasil. Já participei de um treinamento online que era necessário assistir dentro da empresa e toda hora alguém batia na porta e fiquei picotando o treinamento. Então, tem que ir para um local apropriado para assistir e conseguir focar. Eu não consegui e depois precisei revisar o conteúdo. Já um treinamento físico é diferente, pois vamos para um local e se o telefone tocar você não atende.” ARTUR GUIDONI GOMES PEREIRA

Gestor de TI na Sereng Engenharia e Gerente de Projetos no PMIES. Formado em Gestão de TI com Pós Graduação em Gestão de Projetos


ciência Quanto mais exercitamos nosso cérebro e o expomos a situações novas, maiores e melhores serão suas respostas e mais rápido vamos aprender. Então vamos colocar o cérebro em ação!

A

prender é o resultado da interação entre o cérebro e o ambiente. Parece simples, mas não é. A aprendizagem envolve inúmeros fatores para que possa ocorrer de forma adequada. E esse elaborado processo é um dos objetos de estudos da neurociência. A aprendizagem é o processo por meio do qual as pessoas adquirem informações, habilidades, comportamentos e valores, a partir de suas experiências. “O cérebro é o órgão responsável pela aprendizagem, o que significa dizer que, enquanto temos novas experiências, o processamento dessas informações gera mudanças em nossos circuitos neurais, provocando reorganizações da estrutura cerebral, resultando em novos comportamentos”, explica a neuropsicóloga, Mestre em Neurociência e Comportamento pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP e Doutoranda em Psiquiatria, Marina von Zuben de Arruda Camargo. O verdadeiro desafio de quem se propõe a ensinar é encontrar a melhor forma de viabilizar o funcionamento ideal desses circuitos neurais, provocando aprendizado. Da mesma forma, ao aprendiz cabe buscar maneiras de estudar e refletir que favoreçam seu próprio aprendizado e registro das informações. “Nessa reorganização criam-se novas conexões entre os neurônios, o que proporciona a comunicação entre áreas cerebrais diferentes. Além disso, a plasticidade pode promover o aumento da velocidade de comunicação entre esses neurônios, otimizando o processamento de

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APRENDIZAGEM

informações. Estudos demonstraram que duas horas de repetição de algumas tarefas podem gerar a criação de novas conexões quer você esteja realizando a tarefa, pensando em realizá-la, dando ou recebendo feedbacks a respeito da tarefa”, explica a especialista. Embora nem todas as tarefas causem exatamente

o mesmo efeito sob o mesmo número de horas de repetição, esses resultados significam que a aprendizagem pode levar à ocorrência de modificações estruturais no cérebro, sendo assim, quanto mais se exercita o cérebro e o expomos a situações novas, maiores e melhores serão suas respostas.

Linguagem

Ricardo Fazzi

Marina destaca que a linguagem é outra importante ferramenta do processo de aprendizagem. Utilizamos a linguagem para transmitir e interpretar informações, apoiando nossa experiência em palavras, números e seus significados, de maneira que o significado das palavras contribui para a construção do significado da experiência. Quando buscamos compreender algo ou conhecer algo novo, usamos fragmentos de linguagem para armazenar temporariamente os resultados desse processamento mental ou para recuperar pedaços de dados armazenados anteriormente. “Sendo assim, o domínio da língua e de seus usos (formal, coloquial, etc) pode contribuir não apenas para a compreensão racional do que se diz, mas para que o aprendiz possa se apropriar daquele conteúdo, dominando-o completamente e dispondo dele para desempenhar suas ações futuras. Àquele que se propõe a ensinar, cabe adequar a língua ao

contexto e à realidade do aprendiz, permitindo que o conhecimento possa ser verdadeiramente compreendido e absorvido”, explica a especialista em Neurociência. É importante destacar que a linguagem funciona como um auxiliar do processo central de aprendizagem, não como um meio de pensamento. Nosso vasto armazém de conhecimento não é expresso nas palavras e orações em que aprendemos os fatos. Por exemplo, quando tentamos nos lembrar de algo que aprendemos, podemos perceber que não nos lembramos das palavras exatas que lemos ou ouvimos, mas sim de seu significado. O mesmo acontece quando recordamos um filme ou história, não nos lembramos das palavras exatas ou de detalhes específicos das cenas, a não ser que elas guardem em si um significado essencial para a compreensão do significado da história. As histórias são ótimas para

A aprendizagem é uma das principais responsáveis pelo processo de plasticidade cerebral, que é o mecanismo por meio do qual o cérebro se reorganiza em função de experiências ” Dra. Marina destaca que a linguagem é uma importante ferramenta do processo de aprendizagem

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aprender porque possuem padrões, engajamento, relacionamentos, emoção e significado. As palavras apenas transmitem esses elementos importantes. “O que fica armazenado em seu cérebro é uma rede de proposições, imagens, sons e padrões semelhantes aos que estavam lá antes. Sendo assim, o uso de situações práticas, a contextualização dos conteúdos de maneira a permitir ao aprendiz que ele crie conexões entre as informações e sua vida prática favorecem sensivelmente a aprendizagem”, explica Marina. Durante a aprendizagem, relacionamos o conteúdo atual com aquele previamente armazenado e preenchido de significados decorrentes de nossas experiências anteriores. Nesse sentido, quanto mais diversificadas forem as nossas experiências, quanto maior o repertório de informações armazenadas, mais facilmente extraímos da experiência nova conteúdos e significados que nos façam sentido, contribuindo para a aprendizagem e memorização. Considerada um dos aspectos da aprendizagem, a consolidação da memória é o processo de transferência de informações ao longo do tempo e por meio da repetição, para a memória de longo prazo. A consolidação requer tempo entre as sessões de aprendizagem: informações que são armazenadas permanentemente sofrem constantes mudanças conforme as memórias são reprocessadas e consolidadas. Por esta razão, dois períodos de estudo de quatro horas promovem melhor aprendizagem do que oito horas consecutivas, o que revela a importância de se criar estratégias de aprendizagem que incluam períodos de descanso para que as informações aprendidas possam ser armazenadas de maneira sólida.


A importância da memória “Podemos afirmar que somos aquilo que recordamos, literalmente (...). O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é, com que sejamos, cada um, um indivíduo, um ser para o qual não existe outro idêntico”. Nesse texto do livro Memória, Ivan Izquierdo ressalta a importância dos processos de memória para a constituição das pessoas enquanto indivíduos, dotados de características únicas. “Somos o que somos graças à nossa capacidade de recordarmos nossa própria história e usar dessas informações para nos comportarmos diante de situações novas: uma experiência que se assemelhe a outra anterior que tenha sido prazerosa, nos fará desejá-la e nos colocarmos mais abertos e disponíveis para vivenciá-la. Já aquela que nos remeta a um episódio

Saúde física

Alimentação saudável e prática regular de atividade física favorece a circulação cerebral e, consequentemente, a aprendizagem.

traumático ou desagradável, nos fará nos esquivarmos e evitarmos a todo custo reviver o incômodo anterior”, explica a neuropsicóloga, Mestre em Neurociência e Comportamento pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP e Doutoranda em Psiquiatria, Marina von Zuben de Arruda Camargo. É também a memória que nos proporciona o senso de continuidade que temos em relação a quem somos e o mundo que nos cerca: é porque nos lembramos do que aconteceu há alguns anos, meses ou horas que somos capazes de estabelecer relações entre esses eventos e experiências atuais, dando sentido a eles e moldando nossos comportamentos. A memória não é um fenômeno único e envolve muitos componentes em regiões diferentes do cérebro conectadas entre si, constituindo uma rede complexa de fluxo de informações que envolve milhares de células. Quando somos expostos a uma experiência pela primeira vez, o conjunto de informações que a compõe pode se consolidar como um registro robusto e perene ou durar apenas alguns poucos segundos e desaparecer após esse período. Parte do que determina se essas informações serão armazenadas de maneira duradoura ou temporária diz respeito à maneira como acessamos essa informação. Sendo assim, quando aprendemos algo novo, a maneira como esse processo de aprendizagem se dá pode interferir positiva ou negativamente em nossa capacidade de manter um registro dessa informação para utilizá-la quando for necessário.

Saúde mental

Situações estressantes, quadros depressivos ou ansiosos atrapalham o seu dia a dia e também podem interferir na sua capacidade de aprender. Quando estamos assim prestamos menos atenção e nos distraímos com facilidade.

32

Sono

O sono altera o ritmo de funcionamento do cérebro e favorece a fixação de informações aprendidas. A privação do sono inibe o funcionamento adequado do cérebro e pode dificultar a aprendizagem.


APRENDIZAGEM

Sono e emoções O sono é também importante fator de contribuição para a consolidação da memória. Ele provoca alterações no padrão das ondas cerebrais, momento em que as informações passarão da memória de curto prazo para a de longo prazo. Além disso, o sono tem função reparadora: a privação de sono interrompe e corrompe a consolidação da memória. Outro importante elemento para favorecer a aprendizagem e a memória diz respeito às emoções. As emoções exercem influência substancial sobre os processos cognitivos humanos, incluindo a percepção, atenção, aprendizagem, memória, raciocínio e solução de problemas. “As emoções têm uma influência especialmente importante sobre a atenção, modulando a capacidade que temos de selecionar estímulos alvo em meio às distrações, bem como interferindo em nossas ações e comportamentos. Este controle da atenção está intimamente relacionado aos processos de aprendizagem, já que pode interferir na capacidade da

pessoa de dirigir sua atenção a informações verdadeiramente relevantes”, esclarece a especialista. Estudos atuais em neurociências já estabeleceram uma relação direta entre os sistemas de recompensa e medo na aprendizagem, estando o primeiro relacionado ao reforço da aprendizagem e o segundo ao bloqueio dessa capacidade. Além disso, outras pesquisas demonstraram que a resposta emocional subsequente a uma aprendizagem pode interferir na força da memória desse evento e sua retenção. A motivação para a aprendizagem também diz respeito ao engajamento emocional do aprendiz com a proposta de aprendizagem. Cabe a quem se propõe a ensinar explorar aspectos que favoreçam ou inibam a aprendizagem, buscando criar um ambiente motivador, avaliando todos os fatores que possam interferir negativamente neste processo, visando neutralizá-los.

Quando se trata da aprendizagem, o acúmulo de experiências pessoais e profissionais contribui para a constituição de um repertório robusto de informações e saberes. Como indivíduos maduros, esse repertório permite que as pessoas abandonem uma postura dependente de guias e orientações para uma autodirigida e confiante, que dispõe de recursos suficientes para a aprendizagem e a busca do novo. Neste sentido, a melhor maneira de proporcionar a aprendizagem é a aprendizagem em si! Quanto mais se aprende, mais apto se está a aprender, mais rico é o repertório adquirido e mais ferramentas se possui para aprender.

Para turbinar seu cérebro

Descanso

O descanso também é importante! Dedique-se a atividades de lazer, tenha um hobby, descanse entre jornadas cansativas de trabalho e/ ou estudo. Sem isso, seu cérebro terá mais dificuldade de rearranjar as informações que acaba de aprender e poderá não conseguir retê-las.

Aprendizado

Quando estiver aprendendo alguma coisa, busque relacionar essas informações com outras que você já conhece, tente trazer esse conteúdo para o seu contexto de vida, familiarizarse com ele. Tente se apropriar dessas informações de forma que seu cérebro tenha mais facilidade de tomar posse delas e entendê-las como suas! 33

Leitura

Leia! Sim, sempre que você exercita seu vocabulário, treina formas diferentes de compreender a sua própria língua, criam-se em seu cérebro novos caminhos para refletir, raciocinar e compreender.


APRENDIZADO

NO DNA

A

Unimetro é uma das primeiras Universidades Corporativas do Brasil e foi inaugurada no final da década de 1990. Mas muito antes do surgimento dela a Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô, já investia alto em Treinamento & Desenvolvimento.

O conceito de Universidade passou a existir em 1999, como um departamento ligado ao RH com o nome Unimetro. “Naquela ocasião, o cenário apontava para as novas demandas de educação continuada, de educação tecnológica, de especializações e formações específicas, estimulando ações mais aderentes e sintonizadas aos objetivos estratégicos da empresa e, principalmente, que poderiam potencializar o capital intelectual do Metrô. Na linha dos pensadores em evidência, como Peter Senge, a preocupação era “aprender a aprender”, “aprender mais e mais rápido” e isso exigia aumentar os níveis de interação e de compartilhamento”, explica Valéria que trabalha há 17 anos no Metrô e participou da fusão entre a Unimetro e o Departamento de Treinamento & Desenvolvimento Humano e teve a missão de contemplar todas as vertentes de capacitação, desenvolvimento, educação corporativa e gestão do conhecimento. Em entrevista exclusiva para a Revista Nexialistas, a gerente de RH do Metrô, conta os desafios de estar à frente da capacitação contínua de milhares de profissionais. Professora universitária com mestrado em Comunicação Interna pela USP e cursos de especialização em Gestão de Pessoas e Mudanças, Negociação Coletiva, ela já ganhou prêmios e sabe da importância da Educação Corporativa para alcançar os objetivos estratégicos da companhia.

A gerente de Recursos Humanos da Companhia, Valéria Cabral, conta que desde o início da empresa, que completa 50 anos em 2019, investiu-se em conhecimento de ponta. “Desde a constituição da empresa, no final da década de 60, e início das atividades de operação nos primeiros anos da década seguinte, o Metrô teve que construir, literalmente, todo o conjunto de conhecimentos necessários, posto que não havia no mercado nacional quaisquer parâmetros, experiências e nem tão pouco profissionais já preparados para atuar neste tipo de transporte. Tudo era novidade”, relembra. Valéria ressalta que esse processo foi um marco não apenas para São Paulo e para o país. “Foi um período intenso de aprendizado, de novas experiências e busca de novas tecnologias e de sistematização de novos conhecimentos e práticas em um novo setor de prestação de serviços. Esse intenso processo de desenvolvimento passou a fazer parte do cotidiano dos nossos profissionais”, explica. 34


ENTREVISTA

Valeria Cabral, gerente Recursos Humanos da Companhia do Metropolitano de São Paulo, fala sobre os desafios de treinar cerca de dez mil profissionais para atender milhões de usuários todos os dias

momento para resgatar o espaço do Centro de Treinamento, que funciona no Jabaquara para viabilizar, de fato, um projeto de uma Universidade Corporativa, capaz de congregar expertises e esforços da Companhia e agregar novos parceiros para ampliar, solidificar, sistematizar e compartilhar conhecimentos e práticas relevantes relacionadas à empresa, à mobilidade urbana e ao setor metroferroviário.

Nos últimos anos, com a expansão das linhas do Metrô, o número de contratações tem aumentado, assim como o de usuários. Como a área de RH se organiza para fazer essas contratações e treinar esses profissionais, mesmo os terceirizados? O Metrô realiza concursos públicos para admissão de novos metroviários. Quanto ao treinamento, a aprendizagem organizacional é um dos pilares estratégicos do Metrô de São Paulo. Atualmente, cabe à Universidade Corporativa – Unimetro – uma unidade da Gerência de RH – essa responsabilidade, que tem uma parceria muito estreita com todas as áreas de eficácia da organização. Quais os ganhos de ter uma Universidade Corporativa? Em 2011, fui convidada para viabilizar a fusão entre a Unimetro e o Departamento de Treinamento & Desenvolvimento Humano. Começávamos a entrar uma era de maior conectividade, muitas organizações já mantinham universidades corporativas bem delineadas e aproveitamos o

Já que são pessoas que implementam as estratégias, é muito comum identificar gaps em competências para uma perfeita execução. Como aplicar um plano de desenvolvimento de pessoas, que em geral é de longo prazo, para uma estratégia, que em geral é de curto prazo? Esse é um paradoxo com o qual todas as organizações que buscam uma liderança contínua se defrontam. É preciso manter um pé bem fincado no presente e um no futuro. Mais ainda. Na medida em que estamos inseridos nesta realidade VUCA, temos que ter planos não somente considerando prazo mas também diferentes cenários. No Metrô temos um plano de negócios para os próximos quatro anos, que orienta nossa direção. Certamente que saber identificar gaps de competências nos fornece informações relevantes para definição de planos de ação de desenvolvimento dos nossos profissionais. Acredito que a correta identificação das competências para atender o plano de negócios é elemento de vantagem competitiva, assim como estabelecer um processo sistemático de aprendizagem e desenvolvimento dessas competências. E, falando em competências, ter um mapeamento de competências e colocar a pessoa certa no lugar certo é uma das preocupações do Metrô? Certamente. Está em implementação na cia, o Programa de Sucessão para os cargos de liderança, que tem como objetivo assegurar uma fonte de

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potenciais sucessores e atender às demandas atuais e futuras de líderes, de modo que sejam compatibilizadas às necessidades da organização e às aspirações pessoais. Como o Metrô São Paulo vem se adaptando às novas metodologias para desenvolvimento de seus colaboradores? Os programas presenciais ainda são os mais solicitados e aceitos. A sala de aula convencional ainda é uma presença forte no imaginário das pessoas quando se pensa em aprendizagem. Entretanto, estamos inserindo contundentemente a cultura da educação a distância. Esse processo tem tido avanços importantes. Hoje temos em quase todos os nossos programas de desenvolvimento e capacitação modelos híbridos, adotando a sala de aula invertida, vídeo aulas, palestras on-line, ambiente virtual de aprendizagem. A participação ativa do aprendiz em modelos de aprendizagem colaborativa, a exemplo de design thinking, está em franco progresso. Além da metodologia 70/20/10. Todo mundo adora mudança, mas quando ela chega, sempre gera um desconforto. Quais suas dicas para que gerentes de Recursos Humanos possam tratar as mudanças com visão positiva em suas empresas? Como o Metrô SP trata este tema? A questão da Gestão da Mudança tem sido um grande desafio. Estamos, neste momento, em alguns processos que implicarão em importantes transformações no dia a dia da empresa. Ampliar os níveis de informação, de conexões é fundamental. Um importante estrategista do assunto frisa que as pessoas não resistem à mudança, elas resistem em ser mudadas. Assim, elas precisam sentir que estão sendo envolvidas, engajadas nos processos de mudança. Devidamente mobilizadas, podem ajudar, efetivamente, “fazer acontecer”.


DESIGN INSTRUCIONAL

Fundamento para planejar, criar e aplicar treinamentos para o mundo corporativo 36


TÉCNICA

“Todas as vezes que contratamos um consultor fazemos uma pergunta chave que decide se ele está pronto para executar a grande responsabilidade de assumir um projeto na Nexialistas. Acredite, ouvimos as mais variadas respostas. A maior parte dos candidatos começa dizendo que fazem boas entrevistas com o cliente e já vão direto para o slide. Quando isto acontece percebemos que falta para o consultor a verdadeira base para a execução da atividade: conhecer e dominar os fundamentos do design instrucional.” Alberto Roitman –

quase um desabafo do Chief Creative Officer da Nexialistas Consultores

Mas afinal, o que é Design Instrucional?

O DI é a essência para se construir uma instrução

Uma ferramenta para a criação de treinamentos. Surgiu da necessidade de instruir o exército norte americano durante a segunda guerra mundial. De tão eficiente, o design instrucional passou a ser utilizado na indústria e nos negócios a partir dos anos 60. Nesta época, baseado em estratégias behavioristas – que levam em conta o comportamento – o escritor Robert Gagné publicou o livro Condições de Aprendizagem e, assim como Benjamin Bloom, criou uma taxonomia para resultados de aprendizado, com uma classificação de cinco categorias: habilidades intelectuais, estratégia cognitiva, informação verbal, atitude e habilidades motoras. Cada um desses resultados está ligado a condições de aprendizagem que formam a base da teoria instrucional. Para facilitar a obtenção destes resultados, foram criados por Gagné nove eventos de instrução para a transferência de conhecimento.

Este instrumento traduz as fases de aprendizagem de um adulto para sua concretização. A este aspecto somam-se as variáveis do que precisa ser desenvolvido. Invariavelmente estamos falando de conhecimento, habilidade ou atitude. Desta forma, se um profissional começa a trabalhar em uma área de vendas e trata-se do seu primeiro emprego, é necessário focar em metodologias muito mais específicas para desenvolver o conhecimento. Já um profissional que já trabalha com vendas mas precisa melhorar seus indicadores, o design instrucional privilegiará metodologias focadas na habilidade. “Assim o design instrucional pode ser considerado uma grande forma de bolo, as metodologias são os ingredientes e a ordem com que estes ingredientes são inseridos, o modelo andragógico. A ausência de um desses elementos torna o processo de aprendizagem ineficaz.”, conclui Alberto Roitman. 37


Mapa da taxonomia de Bloom CRIAR Planejar, construir, produzir, inventar, projetar, elaborar

ANALISAR Comparar, organizar, desconstruir, atribuir, delinear, encontrar, estruturar, integrar

AVALIAR

LEMBRAR

Examinar, formular hitóteses, criticar, experimentar, julgar, testar, detectar, monitorar

Reconhecer, listar, descrever, identificar, recuperar, nomear, localizar, encontrar.

APLICAR

COMPREENDER Interpretar, resumir, inferir, parafrasear, classificar, comparar, explicar, exemplificar

Implementar, realizar, usar, executar

Profissão A atividade de design instrucional foi regulamentada pelo ministério do trabalho em 2009, com o nome de “designer educacional”. Estes profissionais são capacitados para planejar, avaliar, coordenar, desenvolver e implementar projetos instrucionais nas modalidades de ensino presencial ou à distância.

PEDAGOGIA ANDRAGOGIA Educação Corporativa nada – mas nada mesmo – tem a ver com pedagogia. Este termo se refere à educação de jovens, adolescentes e crianças. Ensino para adultos é andragogia. Há uma diferença brutal entre estes dois conceitos. A pedagogia estuda o cérebro das crianças e como se dá o aprendizado neste momento da vida, quando a constituição biológica é muito diferente da de um adulto, nesta fase o processo de aprendizagem se dá na base da autoridade, da repetição e em uma única direção: professor – aluno. Se bem que nem para as

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crianças isso vem funcionando com eficiência! Imagine para os adultos?! Os adultos aprendem por meio da troca e da vivência, devem estar no controle de sua experiência de aprendizagem e precisam ser motivados a aprender. A andragogia estuda estas especificidades. Para garantir que o processo de aprendizagem na vida adulta ocorra, é preciso usar técnicas específicas, que levam em consideração teorias como o ciclo de Kolby. Segundo o qual, o processo deve partir das fases de ignorância inconsciente até chegar ao conhecimento consciente.


TÉCNICA

Guia de primeiros socorros sobre Design Instrucional Confira o passo a passo do processo: Definir objetivos de Aprendizagem

Construir Mind Map do projeto

Construção de Plano de Aula

Construção de apresentação

Criação de ações de engajamento e Pré-work

Construção de Caderno de Aprendizagem

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Definição e criação de Pós-work


RIO DE JANEIRO

DE BRAÇOS ABERTOS PARA A

INOVAÇÃO! A capital fluminense é sede de um dos seis escritórios da Nexialistas no Brasil

O

Rio de Janeiro é lindo e, não por acaso, um dos principais destinos turísticos do mundo. Mas nem só de samba e lindas praias vive o Estado que é a segunda maior economia do Brasil. A colocação se deve à presença de indústrias metalúrgicas, de siderurgia, dos setores alimentício e de produção de petróleo, de consumo e telecom. Sedes de grandes empresas que atuam no Brasil estão no Rio, como a Tim, Oi, SulAmérica, Petrobrás, Transpetro, Vale, B2W (Submarino, Americanas.com, Shoptime), Lojas Americanas, Shell, Ipiranga, Neoenergia, Light, Dufry, Chevron, Rede Globo de Televisão, Laboratórios como Roche, Glaxo SmithKlein, Merck e Farmoquímica. Mas, mesmo com este belo catálogo de grandes empresas instaladas na cidade, o Rio vem tendo que se reinventar nos últimos anos para sobreviver à alta taxa de desemprego e subempregos – que ano passado atingiu meio milhão de pessoas segundo dados da Pnad, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. E a gente sabe que é na crise que se cresce e desenvolve novas habilidades. Assim, empresas e profissionais tiveram que readequar suas rotas, repensar suas habilidades 40

e desenvolver competências. A aprendizagem corporativa ganhou destaque entre os cariocas, tanto para as empresas que passaram por profundas mudanças, reduziram equipes e realinharam processos e estratégias, quanto para profissionais que tiveram que se reinventar para conseguir uma recolocação. Foi neste cenário que Nexialistas atracou no Rio de Janeiro. Uma equipe de profissionais extremamente qualificada internalizou o DNA da inovação, da agilidade e da simplicidade para navegar neste mar de oportunidades de desenvolvimento. A Nexialistas levou soluções para empresas de telecomunicações, seguros, varejo e bancos, conquistou uma legião de fãs com o evento de disseminação de metodologias inovadoras em aprendizagem, Cabeça de Hyperlink, duas edições do Curso de Formação de Consultores e deixou o mercado de queixo caído com uma maré alta de produtos de treinamento e desenvolvimento que não falam mais do mesmo. “O carioca é descontraído, fácil de fazer amizades, mas quando o assunto é trabalho é extremamente exigente e perfeccionista. Em 2017 entregamos grandes projetos no Rio de Janeiro, desde Decision Making Learnings, e-Learnings, Whiteboard Animations


EXPANSÃO

Na foto acima, nossas associadas Úrsula Bandeira, Anna Pedro, Fabíola Palo e Fernanda Melo estão com nosso CEO Daniel Motta. Nas fotos abaixo, posam com os diretores de vendas David Dantas e Núbia Rezende

até treinamentos presenciais e convenções. Foi gratificante ver como surpreendemos positivamente as empresas que escolheram nossas soluções. Um dos motivos foi o fato de termos profissionais capazes de produzir conteúdos e estratégias de aprendizagem rapidamente e sem perder a profundidade. Isso encantou os fluminenses.”, conta Amanda Costa, Chief Relationship Officer da Nexialistas. Nossa equipe também estabeleceu uma parceria com a ABRH-RJ, produzindo conteúdos de interesse dos profissionais de RH. Estão à frente da operação no Rio de Janeiro a mestre em Marketing e professora de pós graduação, Fabíola Palo, a publicitária e MBA em gestão empresarial com mais de dez anos de experiência nos segmentos de Varejo,

bens de consumo e serviço, Anna Carolina Pedro; a administradora de empresas e psicóloga pós graduada em marketing, Úrsula Bandeira e a Coach, com formação em PNL, Fernanda Graça Melo, profissional experiente na estruturação de programas de treinamento para força de vendas na indústria farmacêutica e de bens de consumo. “Gente competente no lugar certo é um dos pilares de qualquer operação bem sucedida. Nós somos apaixonados pelo Rio de Janeiro na Nexialistas e estamos muito felizes de ter conseguido reunir um time tão fantástico como esse, com carreira desenvolvida em posições estratégicas em grandes Companhias do estado para atuar conosco.”, resumiu o Diretor de Vendas da Nexialistas David Dantas. 41


RAIO X NEXIALISTA ASSOCIADO

“ACREDITO NA

INOVAÇÃO” Psicóloga com mais de 20 anos de experiência no mercado de RH, Inês acredita que a Nexialistas está construindo uma história de sucesso, com propriedade de conteúdo e de estudos complexos que vão agregar ainda mais valor ao mercado corporativo

P

sicóloga organizacional, com mais de 20 anos na área de desenvolvimento em recursos humanos, Inês Cristina Carboni gosta de estar antenada às novidades do mercado de T&D e foi o jeito inovador e disruptivo da Nexialistas que chamou sua atenção. “Acredito na inovação e que sempre existe a oportunidade de construir soluções disruptivas. Ser um Nexialista significa poder fazer links entre conceitos, processos e pessoas”, explica os motivos que a fizeram querer fazer parte da equipe

Juntos iremos construir uma nova história de sucesso, com propriedade de conteúdo e de estudos complexos em diferentes mercados que já agregam valor ao mercado corporativo e executivo.” Inês Cristina Carboni – Nexialista Associada de associados da Nexialistas. Outro fator que chamou a atenção de Inês foi um post no Facebook de Nubia Rezende, nossa diretora de venda. “Nubia é uma profissional que sempre admirei e no post ela dizia que estaria saindo do mundo corporativo para ir para uma startup, de imediato a acionei e

disse que gostaria de saber o que era a Nexialistas e me encantei com o significado, valores e desafios. Além disso, participei do curso de Formação de Consultores da Nexialistas, o que me permitiu ampliar ainda mais o repertório e me tornar uma associada foi uma consequência”, explica. A experiência na área de desenvolvimento profissional, com atuação em empresas multinacionais e em instituições financeiras, contribui para que Inês feche bons negócios. Para ela, além de sólida formação, saber se relacionar com o cliente faz toda a diferença. “É preciso ser relacional, ter como foco o cliente, saber ouvir e construir soluções que de fato façam seu cliente se encantar”, explica. Com especialização em Orientação Vocacional/Profissional, e formação em Psicodrama pela Escola Paulista de Psicodrama, a psicóloga conta que gosta muito da determinação incansável pela busca da inovação, que ela vê no time Nexialistas. “São profissionais que não se intimidam com as dificuldades”. Essa energia de toda a equipe resulta em cases de sucesso. Um citado por Inês foi conquistar como cliente um dos maiores e mais expressivos laboratórios de análises e diagnósticos do Brasil, onde a Nexialistas aplicou treinamentos na Academia de desenvolvimento para líderes em formação. Sobre o futuro, Inês quer continuar acompanhando as novidades e a energia em fazer 42

Nome completo: Inês Cristina Carboni Local de atuação: São Paulo Formação: Graduada em Psicologia Organizacional, com Especialização em Orientação Vocacional/Profissional, Formação em Psicodrama pela Escola Paulista de Psicodrama. Formação em Grafologia e orientação para carreira, além de vários cursos de especialização orientados para o desenvolvimento e avaliação de comportamento. Porque estou na Nexialistas: “Por acreditar na inovação e de que sempre existe a oportunidade de construir soluções disruptivas, considerando que o mercado necessita de soluções que possam validar uma nova maneira de se preparar para a revolução digital”

acontecer da equipe Nexialistas, principalmente neste momento em que a empresa passou a fazer parte do grupo de Venture Capital Norte Americano White Fox, o mesmo que controla a BMI – Blue Management Institute.


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