Revista Capital

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SETEMBRO 2013 路 Capital Magazine


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Sumário

38 Foco Empresa Concorrência renhida em Tete

Destaques

40 Tema de Vida

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Governo de calculadora na mão

Construir, reabilitar e manter estradas constitui uma das maiores responsabilidades dos governos possuem. Em Moçambique, a fragilidade financeira expõe o sector a uma elevada dependência em relação ao exterior e a níveis bastante baixos de execução dos planos traçados.

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Pneus, um negócio à espreita!

O mercado da aquisição de veículos cresce a olhos vistos e com ele o negócio dos pneus. Há os novos, há também os usados, mas nenhum deles, de facto, é fabricado em Moçambique. Saiba mais sobre como o parque automóvel tem vindo a dinamizar o comércio deste produto.

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Compra de automóveis dispara

Tanto carro para tão pouca estrada. Sabe-se que um veículo está para apenas 4% das famílias moçambicanas e que 75% do parque automóvel se concentra na capital. O tráfego aumenta freneticamente bem como a distância que os condutores percorrem, em termos de tempo dispendido.

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Ajudar Moçambique a pedalar

A Mozambikes importa componentes de bicicletas, sobretudo da China, e monta aquele meio de transporte de forma a que se adapte às condições de transitabilidade das zonas rurais. A empresa já vendeu e distribuiu bicicletas em todas as províncias, desenvolvento uma filosofia de negócio social.

Compra de automóveis dispara

Capa Boom de automóveis marca crescimento económico

Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. MaoTséTung, 1245 – Telefone/Fax: (+258) 21 303188 – revista.capital@ mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre.dauane@mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Directora Executiva: VanizeManjate - vanize.manjate@mozmedia.co.mz co.mz – Redacção: ArséniaSithoye - arsenia.sithoye@mozmedia.co.mz;Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia. co.mz – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Capa: Evolution Studio– Paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia – Tradução: Nuno Santos – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, LoniMachava – loni.machava@mozmedia.co.mz ; – Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

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Editorial

Bem-vindo Automóveis, para que vos quero?

54 UP-GRADE Economia ainda espera pela ferrovia Norte-Sul

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E

m Moçambique, a indústria ainda é um sector pouco explorado. E no ramo automóvel não existe rigorosamente nenhuma. Como tal, as matérias-primas, disponibilizadas pelas empresas que prestam serviços no mercado, têm obrigatoriamente de ser importadas, sendo os serviços de pós-venda de representantes automóveis um exemplo manifesto dessa realidade.

O incremento dos intermediários, as taxas de desalfandegamento, o transporte, os seguros, entre outros, fazem com que o preço final dos componentes automóveis se tornem exorbitantes. Por outro lado, só a simples manutenção periódica da viatura pode custar mais do que o salário do mecânico que a executa. Ou seja, por um lado, não existe indústria automóvel nem de componentes para automóvel, e tudo o que existe vem de fora. Ainda assim, o número de veículos aumenta a cada dia que passa. Nesse contexto, existem algumas oportunidades de negócio à espreita. Os componentes e acessórios para veículos surgem num honroso terceiro lugar no top 10 das Oportunidades de Exportação para Moçambique segundo a UNComtrade, OCDE, e ES Research - Research Sectorial. Ao mesmo tempo, o investimento numa fábrica de pneus, a avaliar pela evolução do número de veículos adquiridos em Moçambique, seria seguramente uma boa aposta, tal como a produção de plásticos, vidros, borrachas, entre outros componentes. E aqui reside, à primeira vista, um nicho de mercado para os investidores nacionais.

Empreender Ajudar Moçambique a pedalar

Sabe-se que Moçambique irá tornar-se num produtor e exportador de automóveis com a aposta da China Tong Jian Investment numa nova fábrica. Ao mesmo tempo, a companhia tem vindo a atrair outras empresas do sector a instalarem-se no País, indiciando a busca de complementaridade de negócios e junção de sinergias. Portanto, vontade não falta, e investidores da Arábia Saudita e do Bahrain já demonstraram o seu interesse em investir na produção de pneus. O aumento do parque automóvel nacional pode assim ditar um bom nível de produção dos automóveis e seus componentes, e a demanda do mercado regional e consequentes exportações assumem-se como a ‘cereja no topo do bolo’. Mesmo a fábrica de automóveis da marca Matchedje, da China Tong Jian Investment, que, numa primeira fase, prevê produzir 10 mil viaturas por ano, avança que 30% das mesmas serão destinadas ao mercado nacional e que 70% irá destinar-se à exportação. E assim abre-se um imenso mercado pontilhado por milhões de consumidores.

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É inevitável que o parque automóvel continue a crescer em Moçambique, mas o seu ritmo poderá dinamizar tanto a economia como o investimento local e mais… o desenvolvimento de vias e infraestruturas necessárias à mobilidade dos moçambicanos.c

Estilos de Vida Abre-se o véu do VMFW`13

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Contents

39 Focus on Company Tough competition in Tete

Highlights 32

Government with calculator at hand

Build, rehabilitate and maintain roads is one of the major responsibilities that governments face. In Mozambique, the financial fragility exposes the sector to an elevated external dependency and also at very low execution levels of established plans.

37 Tyres, a thriving business!

42 Background Theme

The motor industry is visibly blossoming and the tyre business grows along with it. There are new and also old ones, but none of them is manufactured in Mozambique. Get to know more on how the motor industry has been stirring up the trade of this product.

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Car acquisition shoots up

So many cars for such few roads. It’s known that a car is commodity only affordable to 4% of Mozambican families, and that 75% of the vehicle assortment is concentrated in the capital. Traffic mounts frenetically, as much as the distances travelled by drivers, in terms of time consumed.

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Help Mozambique to pedal

The Mozambikes imports bicycles’ components, particularly from China, and then assembles that means of transport such that it is adapted to transitability conditions within rural areas. The company has sold and distributed bicycles throughout all the provinces and thus imparting a philosophy of social business.

Car acquisition shoots up

Cover Automobiles boom marks economic growth

Property and Edition: Mozmedia, Lda., 1245 MaoTséTung Av., – Telephone/Fax: (+258) 21 303188 – revista.capital@ mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@mozmedia.co.mz – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Executive Director:VanizeManjate - vanize.manjate@mozmedia.co.mz co.mz – Editorial Staff: ArséniaSithoye - arsenia.sithoye@mozmedia.co.mz; Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia. co.mz – Administrative Secretariat: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages. pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Cover: Evolution Studio– Page make-up: Arlindo Magaia – Design and Graphics: Mozmedia – Translation: Nuno Santos –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Loni Machava – loni.machava@mozmedia.co.mz ; – Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

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Editorial

Welcome Automobiles, why do I want you?

56 UP-GRADE The economy still awaits for the railway North-South

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n Mozambique, the industry is still an under-explored sector. As for the motor industry there is virtually none. As such, the raw materials made available by the companies that provide service to the market, have to forcefully be imported, thus the post-sale services from automobile dealerships is an evident example of this reality.

The increase of brokers, the customs’ fees, the transport, insurance, among others, make that the final price of vehicle components become exorbitant. On the other side, the mere periodic maintenance of vehicles may cost more than the salary of the mechanic that executes it. In other words, in one hand, there is no motor industry not even for the components of the vehicles, and all that is available comes from outside. Still as such, the number of vehicles increases each day that goes by. In this context, there are some business opportunities lurking by. The components and accessories for vehicles come in an honourable third place in the top 10 of Export Opportunities to Mozambique, according to UNComtrade, OCDE and ES Research – Research Sectoral. At the same time, the investment in a tyre manufacturer, taking into account the evolution of the number of acquired vehicles in Mozambique, would be a good venture, as well as the production of plastics, windows, rubbers, among other components. At first sight, here resides a niche of market for national investors.

Entrepreneurship Help Mozambique to Pedal

It is known that Mozambique will become a manufacturer and exporter of automobiles with the undertaking from China Tong Jian Investment for a new factory. Simultaneously, the company has been attracting other companies in the sector to establish themselves in the country, thus indicating the search for business complementarities and joining of synergies. Therefore, willpower is not in shortage, and investors from Saudi Arabia and the Bahrain have already demonstrated their interest in investing in the production of tyres. The increase of the national vehicle assortment may thus dictate a good level of production of automobiles and its components; and the regional market demand, as well as the subsequent exportations are perceived as the “cherry on top of the cake”. Even the automobile factory of the Matchedje make, from the China Tong Jian Investments, which in the first phase expects to produce 10 thousand vehicles per year, advises that 30% of the vehicles will be destined to the national market while 70% will be destined for exportation. As such, an immense market opens up spear-headed by millions of consumers.

75 Life Style

It is inevitable that the car assortment in Mozambique continues to grow and its rhythm may energize both, the economy and the local investment, and much more... The development of access routes and infrastructures that are necessary to the mobility of Mozambicans.c

The veil of the VMFW’13 is uncovered

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Capitoon

EM BAIXA

EM ALTA Fitch dá nota positiva a Moçambique A agência de rating Fitch reviu em alta a notação de risco de longo prazo em moeda estrangeira de Moçambique de B para B+ e manteve a notação de risco em moeda nacional em B+. Mantendo a perspectiva do país cotada em “estável”, a agência anunciou que a revisão em alta da notação de risco reflecte o facto de Moçambique continuar a manter uma política económica prudente, bem como um bom desempenho nas reformas, particularmente na condução das políticas monetária e fiscal. Do lado negativo, a agência menciona os riscos colocados pelos atrasos no desenvolvimento das infraestruturas, particu-

larmente as de logística; a queda dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais e a violência política no país. Surge plano estratégico para atum O Governo moçambicano acaba de aprovar um Plano Estratégico do Desenvolvimento da Pescaria de Atum para aumentar os níveis de captura e renda deste pescado, sendo que dos 60 milhões de dólares provenientes deste produto apenas um milhão fica no país. A pescaria do atum estima-se num milhão de toneladas, contudo apenas 800 mil são exploradas. Com este plano, o Governo pretende ainda criar mais emprego e contribuir para a segurança alimentar.

Banidos de novo do espaço aéreo Pela terceira vez consecutiva, as transportadoras nacionais foram chumbadas na avaliação da equipa técnica da Comissão Europeia e não podem voar para o espaço aéreo europeu. Os peritos da União Europeia (UE), defenderam, na última lista da aviação civil, que, em Moçambique, não há supervisão e formação, e que o quadro regulamentar não é adequado. Para superar, a situação, o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, articulou um cronograma de trabalho, em coordenação com a Organização Internacional de Aviação Civil e contratou quatro técnicos estrangeiros. Bens fora do prazo em Tete A Inspecção Nacional de Actividades Económicas destruiu, no primeiro semestre deste ano, diversos produtos alimentares fora do prazo que estavam a ser comercializados na província de Tete. Os produtos são avaliados em mais de um milhão de meticais. Trata-se de arroz, farinha de milho, frescos e outros bens que estavam a ser vendidos nos principais supermercados.

COISAS QUE SE DIZEM

Carvão encrava em Tete ““O escoamento do carvão é um problema muito sério. É um problema anterior à problemática das cheias e anterior à questão de Muxúngue, principalmente porque, na parte mineira, as mineradoras têm até ao fim do ano passado, uma capacidade instalada de quase 18 milhões de toneladas e em termos de escoamento, como sabemos, a única via é a Linha de Sena. Provavelmente, só este ano é que a mesma estará em condições técnicas de ter uma capacidade de seis milhões de toneladas”. Casimiro Francisco, presidente da Associação Moçambicana para o Desenvolvimento do Carvão, In Jornal Notícias.

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Dinheiro é caro, pessoas não credíveis “Aqui não se trata somente de garantias. A questão é que as pessoas não estão preparadas para serem eleitas ao crédito. A uma empresa que não tem uma contabilidade, não tem uma gestão prudente, não tem uma auditoria, dificilmente o banco empresta dinheiro, porque representa um alto risco e o risco tem um custo. É neste aspecto que é preciso trabalhar, pois é isto que agrava o custo do dinheiro “que é a taxa de juro”. Prakash Ratilal, PCA do Moza Banco, in Jornal O País. ”. “O que eu sinto é que há uma esPassam estradas pelas pessoas pécie de sentimento de desamparo e as pessoas precisariam - não é só a Estrada Nacional Número Um que precisa de ser protegida, mas há também uma estrada que passa por dentro de nós - a estrada da esperança, que também precisa ser protegida. Precisamos de vozes que assegurem que alguém está a tomar conta da situação”. Mia Couto, em entrevista à STV.


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Capitoon

In Low Banned again from the air space For the third consecutive time, the national transportation companies have failed in the evaluation from the technical team from the European Commission and shall therefore not fly to the European air space. The European Union (EU) experts defended, in the last list of civil aviation, that in Mozambique there is no supervision and training as well as that the regulatory framework is inadequate. To overcome the situation, the Minister of Transports and Communication, Paulo Zucula, issued a working schedule in liaison with the International Civil Aviation Organisation while also hiring four foreign experts.

In High Fitch gives positive rating to Mozambique The rating agency Fitch reviewed on high the long term risk marking in Mozambique’s foreign currency from B to B+ and sustained the risk marking in national currency as in B+. Thus upholding the country’s perspective listed as “stable”, the agency announced that the reviewed rating on high reflects the fact that Mozambique continues to maintain a prudent economic policy, as well as good performance on the reforms, particularly on the regulation of monetary and tax policies. On a negative note, the agency mentions the risks associated with the delay on the development of infrastructures, particularly the

logistics ones; drop on prices of raw materials in the international markets and political violence in the country. A strategic plan for tune emerges The Mozambican government has just passed a Strategic Plan for the Development of Tuna Fishing in order to augment the rate of capture and revenue of this fish, considering that from the 60 million dollars deriving from this product, only one million stays in the country. The fishing of tuna is calculated at one million tons yet only 800 thousand are explored. With this plan, the Govern intends to create more jobs and contribute to food security.

Expired goods in Tete In the first semester of the current year, the National Inspection for Economic Activities has disposed several expired food items which were been marketed in the province of Tete. The products are estimated on over one million Meticais. These entailed rice, maize meal, perishables and other goods that were being sold in main supermarkets.

Things Said “The outflow of coal is a very seCoal gets stuck in Tete rious problem. It is a problem prior to the floods event as well as the issue of Muxúngue, particularly so, on the mining side, as until the end of last year the mining companies stockpiled an existing capacity of nearly 18 million tons and in terms of outflow, as we know, the only route is the Sena Line. Probably only this year it will meet the technical requirements for a six million tons capacity”. Casimiro Francisco, President of the Mozambican Association for Coal Development, In Notícias Newspaper.

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Money is expensive, people not credible “This is not just about guarantees. The truth of the matter is that people are not ready to be credit worthy. A company with no accounting system in place lacks prudent management; with no auditing, banks will hardly loan money to; as it represents high risk and risk has a cost. It’s this aspect that needs to be worked on as it aggravates the cost of money – which is the interest rate”. Prakash Ratilal, President of the Board of Directors of Moza Banco, in O País Newspaper. “What I feel is that There are roads flowing through people there is a feeling of neglect and people would need – it is not only the National Road Number One that needs to be protected but there is also a road that streams inside us – the road of hope, which also needs to be protected. We need voices of assurance that someone is taking care of the situation”. Mia Couto, in interview at STV.


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Actual

LAM aposta na ‘força’ feminina

A

LAM apostou na formação de cinco novos pilotos do sexo feminino. Graduadas na Flight Academy da Etiopia, as cinco jovens moçambicanas regressaram ao País trazendo na sua carteira 250 horas de prática e uma licença de piloto de monomotores e instrumentos de voo. As cinco recém-graduadas da LAM juntam-se ao grupo de 10 pilotos formados na Academia 43 Air School da Africa do Sul e que em Junho regressou ao País. Com este investimento em capital humano moçambicano, a LAM reforça o seu quadro de tripulantes contando desta vez com mais seis novos pilotos do sexo feminino e com mais nove recém-pilotos do sexo masculino.c

Porque todas as pessoas têm um sonho…

O

Banco FNB lançou uma campanha de produto chamada FNB LEASING, os sonhos são seus e a solução é nossa. Esta campanha multimédia pretende ilustrar o país de norte a sul, através do sabor da música e dança Makwai, interpretada pela voz de Jomalú. A iniciativa estará presente durante um mês em TV, rádio, imprensa, ou-

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tdoor, on-line, balcões, atm’s e ainda a passear pelo aeroporto da cidade de Maputo. O objectivo do FNB LEASING é criar um produto com soluções à medida dos clientes, proporcionado o financiamento a maquinarias e veículos, satisfazendo as necessidades dos clientes em tempo útil, para que possam aproveitar a vida o melhor possível.

DESTAQUE

Mais uma linha para escoar carvão A ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, revelou que o Governo, através de uma iniciativa público-privada, está a projectar a construção de uma linha-férrea que liga Tete a Macuse (Zambézia), que poderá auxiliar as linhas de Sena e de Nacala. A governante avançou ainda que o Governo está a estudar formas de uso e aproveitamento do carvão extraído em Moçambique para a produção de energia eléctrica e combustíveis líquidos a nível local.c


CURRENT

HIHGHLIGHT

One more line to haulage coal The Minister of Mineral Resources, Esperança Bias, revealed that the Government, through the Public Private initiative, is projecting the construction of a railway that connects Tete to Macuse (Zambézia), and which may assist the Sena and Nacala lines. The state official further advanced that the Government is assessing ways of making use of the coal extracted in Mozambique for the production of electric power and liquid fuels, at local level.c

LAM bets on female “manpower”

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he LAM abetted the training of five new female pilots. Having graduated from the Flight Academy in Ethiopia, the five Mozambican youngsters return to the country bringing along in their records 250 hours of practice and a pilot license for monomotors and flights instruments.

The five recent graduates from LAM join a group of 10 pilots trained in the Academy 43 Air School from South Africa, who have returned to the country in June. With this investment on human capital, the LAM reinforces its line-up of flight crew and this time around counting on six more female pilots and nine freshly graduate male pilots.

Because everyone has a dream...

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he FNB Bank launched a product campaign called FNB LEASING, the dreams are yours and the solution is ours. This multimedia campaign aims at flaunting the country from north to south, through the taste of the makwai music and dance, interpreted by the voice of Jomalú. The initiative will be broadcasted for one month on the television, radio, media, outdoors, online, helpdesks, ATMs and also put on view at the airport in Maputo city. The objective of the FNB LEASING is to create a product with solutions within reach to clients, providing financing in machinery and vehicles and thus meeting the needs of clients on time, so that they may enjoy life as much as possible.

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Briefing MUNDO

Salários de parlamentares nigerianos superam os dos países ricos ranking divulgado pela revista britânica “The Economist” revela que o salário dos parlamentares nigerianos aparece como um dos mais altos do Um

mundo. Dos 29 países citados no ranking da revista britânica, a Nigéria aparece na segunda posição, com uma remuneração anual de 120.1 mil euros. Num top liderado pela Austrália (153,2 mil euros), a Nigéria ultrapassa países como o Canadá, Japão, Noruega , Alemanha , Reino Unido, Suécia, França, Espanha, Estados Unidos da América, Itália, Brasil e Israel. A lista mostra ainda o salário dos par-

lamentares em relação ao rendimento “per capita” dos países. Neste caso, a Nigéria lidera o ranking, com 116 vezes o valor do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. No Brasil, quinto classificado, os salários pagos aos parlamentares são também considerados altos, tendo sido um dos rastilhos das recentes manifestações naquele país sul-americano.c

Top 10 dos países que melhor salário dão aos parlamenteres

Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

País Austrália Nigéria Itália Estados Unidos de América Brasil Canadá Japão Noruega Alemanha Israel

Think tank britânico oferece 100 mil euros ao melhor plano de saída da UE

de Assuntos Económicos - Institute for Economic Affairs (IEA) – vai oferecer o Brexit Prize à melhor O Instituto

explicação a favor da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O melhor cenário de saída do Reino Unido

Salário (em euros) 153,2 mil 144,3 mil 138,6 mil 132,5 mil 120,1 mil 117,3 mil 114 mil 105,1 mil 91 mil 87,4 mil

da UE apresentado vai ser contemplado com cerca 100 mil euros. Os projectos, que podem concorrer a título individual ou colectivo, devem submeter uma proposta de duas mil palavras até 16 de Setembro. Após este período, as 20 melhores propostas terão quatro meses para produzir uma versão detalhada do plano. “Precisamos de considerar seriamente a forma como o Reino Unido poderia ter uma economia livre e próspera fora da UE, dado que a saída é uma possibilidade séria depois das próximas eleições”, refere o think tank, citado pela imprensa britânica. O júri que irá avaliar os melhores projectos é composto por figuras como Lord Lawson, antigo ministro das Finanças, que em Maio publicou um artigo onde defendia a saída do Reino Unido da UE.c

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Briefing MUNDO/WORLD

Banco russo resgata Strauss-Khan director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, vai ocupar um lugar no conselho de administração do Banco Russo de Desenvolvimento Regional, propriedade da petrolífera Rosneft, que é controlada por capitais públicos. Strauss-Khan saiu do FMI em 2011, na sequência de um escândalo sexual com uma empregada do Hotel Sofitel, em Nova Iorque. O então pretendente às presidenciais francesas viu a sua carreira política destruída, tendo sido substituído por François Hollande como candidato dos socialistas. Este é o seu primeiro posto depois de resolvidos os problemas com a justiça. Strauss-Khan deu recentemente uma entrevista à CNN em que O antigo

aponta falta de liderança na Europa e adverte que há muitos mais problemas do que se imagina no sistema bancário internacional. Dominique Strauss-Kahn admitiu, no entanto, que “alguns líderes na Eu-

ropa estão perfeitamente preparados e sabem o que têm de fazer”, mas “o sistema europeu está construído de tal maneira que não podem tomar decisões difíceis”.c

Salaries of Nigerian members of parliament outweigh those of rich countries A ranking published by the British magazine “The Economist” reveals that the salary of Nigerian members of parliament features as one of the highest in the world. From the 29

countries cited in the British magazine ranking, Nigeria comes in second position, with an annual remuneration of 120.1 thousand Euros. The top list headed by Australia

Top 10 countries with best salaries paid to members of parliament

Posição 1st 2nd 3st 4st 5st 6st 7st 8st 9st 10st

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País Australia Nigeria Itály United States of America Brazil Canada Japan Norway Germany Israel

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Salário (em euros) 153,2 thousand 144,3 thousand 138,6 thousand 132,5 thousand 120,1 thousand 117,3 thousand 114 thousand 105,1 thousand 91 thousand 87,4 thousand

(153,2 thousand Euros), Nigeria surpasses countries such as Canada, Japan, Norway, Germany, United Kingdom, Sweden, France, Spain, United States, Italy, Brazil and Israel. The list further shows the salary of members of parliament against the countries’ income “per capita”. In that regard, Nigeria leads that ranking on 116 times over the Gross Domestic Product (GDP) per capita. In Brazil, the fifth in the list, the salaries paid to members of parliament are also considered high; that being one of the fuses around the recent demonstrations in the south American country.c


Briefing WORLD

The Institute for Economic Affairs (IEA) – will award the Brexit Prize to the best argument towards the United Kingdom’s exiting off the European Union (EU). The best scenario presented on the United Kingdom’s exiting off the European Union will be granted with roughly 100 thousand Euros. The Projects, which may contend at personal or collective capacity, have to submit a proposal of two thousand words up to the 16th September. Following this period, the top 20 proposals will have four months to produce a detailed version of the plan. “We need to seriously consider how the United Kingdom may have a free and prosperous economy outside the EU, given that exiting is a serious possibility after the next elections”, referred the think tank, cited by the

British think tank offers 100 thousand Euros to the best EU exit-plan

British press. The jury which will evaluate the best projects is composed by characters such as Lord Lawson, the

Russian bank rescues Strauss-Khan

The former general director of the International Monetary Fund (IMF), Dominique Strauss-Khan, will take a post in the Board of Directors of the

Russian Bank for Regional Development, owned by the oil company Rosneft which is run by public capital.

former Minister of Finance, who has published in May, an article where he argued the United Kingdom’s egress off the EU. c

Strauss-Khan left the IMF in 2011, following a sexual scandal with worker from the Hotel Sofitel in New York. The candidate to the French Presidential elections then, saw his political career destroyed and therefore substituted by Francois Hollande as the socialists’ candidate. This is his first conscription after concluding the issues with the justice system. Recently, Strauss-Khan had an interview at CNN, where he contests on lack of leadership in Europe and cautions that there are more problems in the international banking system than what is anticipated. Dominique Strauss-Kahn admitted, however, that “some leaders in Europe are perfectly prepared and know what they have to do”, nonetheless “the European system is structured in such a way that they may not take difficult decisions”.c

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BCI apetrecha Pediatrias com receitas do Cartão Daki

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o seguimento das acções de Responsabilidade Social que tem vindo a promover associadas ao Cartão de Débito Daki, lançado no início deste ano, o BCI procedeu à oferta de jogos de lençóis infantis para o apetrechamento dos Serviços de Pediatria dos Hospitais Gerais de Mavalane e da Machava, e do Centro de Saúde da Polana-Caniço. Os actos formais que culminaram com a entrega daqueles donativos foram realizados em cada uma daquelas unidades hospitalares, tendo, nas ocasiões, o BCI sido representado pelo Dr. Paulo Sousa, Presidente da Comissão Executiva do BCI, que se fazia acompanhar por uma comitiva constituída por quadros superiores do Banco. Estas acções resultam do

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compromisso público assumido pelo Banco de afectar uma parte das receitas geradas pelo Cartão de Débito Daki no apoio a Instituições de Solidariedade Social moçambicanas vocacionadas, em particular, na assistência a segmentos da população mais frágeis e desprotegidos. Esse facto, aliás, foi reforçado pelo Dr. Paulo Sousa nas intervenções que proferiu, destacando, igualmente, a persistência do BCI na manutenção de um posicionamento virado ao apoio das Comunidades em que está inserido, “apesar de uma conjuntura internacional que recomenda particulares cuidados nos investimentos realizados pelas Empresas, e que, em muitos casos tem levado à diminuição de investimentos e mesmo ao desinvestimento

em causas de natureza social e humanitária”. O BCI, referiu, está aqui para dizer “PRESENTE” e retribuir a preferência dos seus Clientes também através destas acções que, esperamos, venham a contribuir em muito para a melhoria das condições de tratamento e recuperação de muitas e muitas crianças nestas unidades de Saúde. Os donativos foram unanimemente bem acolhidos e considerados oportunos pelos representantes das unidades hospitalares beneficiárias, que, nos actos da sua recepção, enalteceram a iniciativa do BCI e comprometeram-se a dar-lhes o melhor uso e conservação. Recorde-se que no decorrer do primeiro semestre deste ano, em acções similares realizadas no


Banca/ BCI

âmbito da excelente receptividade e adesão dos Clientes e do público em geral, à iniciativa do BCI de reforçar o seu compromisso no apoio a Instituições de solidariedade social, com receitas da utilização do Cartão de Débito Daki, o BCI destinou apoios ao INGC, para apoio às vítimas das intempéries que assolaram o Sul e o Centro do País nos no primeiro trimestre; ao Programa InterReligioso Contra a Malária (PIRCOM), através de uma doação monetária para reforço da sua capacidade institucional na execução dos seus programas de sensibilização e combate àquela doença; e ao Hospital Rural de Morrumbala, através da oferta de equipamento hospitalar.c

Paulina Chiziane lança “Na Mão de Deus” na Mediateca do BCI

A

Mediateca do BCI – Espaço Joaquim Chissano, em Maputo, acolheu a cerimónia de lançamento da mais recente obra literária da escritora moçambicana Paulina Chiziane intitulada ”Na mão de Deus”. O livro, escrito em co-autoria com a autora Maria do Carmo da Silva, é prefaciado pelo conhecido escritor e poeta Calane da Silva, sendo composto por 199 páginas, preenchidas com uma envolvente história real e autodiegética em que o narrador, a personagem principal de nome “Alice”, conta o seu drama vivencial – os sintomas físicos e psíquicos que levaram a psiquiatria e que, fundamentalmente, eram o aflorar da sua mediunidade (infelizmente não compreendida pelos familiares e amigos e tratada medicamente como se de uma mera doença mental se tratasse). A obra é patrocinada pelo BCI, em mais uma iniciativa enquadrada no âmbito da sua política de Responsabilidade Social, na vertente do apoio à promoção da Literatura e dos Valores Culturais de Moçambique.c

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Briefing ÁFRICA

Hotéis portugueses apostam em África

Obama anuncia programa para duplicar acesso à rede eléctrica na África subsaariana No último dia da visita oficial à África do Sul, Barack Obama desvendou o novo programa Power Africa, no valor de sete biliões de dólares, que nos próximos cinco anos promoverá a duplicação da capacidade de abastecimento eléctrico em seis países – Etiópia, Gana, Quénia, Libéria, Nigéria e Tanzânia, através da expansão da rede com recurso às energias alternativas geotérmicas, solares, hídricas e eólicas. Cerca de dois terços da população da África subsariana, incluindo 85% dos habitantes das zonas rurais, vivem sem electricidade. Obama prometeu-lhes que em breve “a luz tomará o lugar da escuridão” e informou que além do dinheiro público, o programa contará com o investimento de empresas privadas americanas, entre as

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quais a General Electric, num montante que poderá ascender aos nove biliões de dólares. Num discurso na cidade de Cabo, considerado a principal intervenção da visita africana, o líder norte-americano voltou a dizer que os Estados Unidos querem deixar de ser “doadores” para se converterem em “parceiros” do desenvolvimento de África. “O meu país também beneficiará enormemente se vocês alcançarem o vosso potencial”, argumentou Obama, afrontando claramente o progresso da China nas relações com África. A “sombra” de Nelson Mandela pairou durante toda a visita de Obama à África do Sul. Não há dúvidas que na terra dos zulus a visita do líder norte-americano foi mais emocionante do que no Senegal e na Tanzânia.c

A África lusófona continua a despertar o interesse dos grupos turísticos portugueses. A Amorim Turismo entrou em Angola com a exploração do Hotel Samba, que abriu em Fevereiro último, em Luanda, a Visabeira está a construir um hotel em Tete (o seu sétimo em Moçambique) e a Oásis Atlântico inaugurou, recentemente, mais um hotel na ilha do Sal, que será o seu quinto em Cabo Verde. A cadeia Sana abriu em 2012 um hotel de cinco estrelas em Luanda, que já é uma referência naquele país da África Austral, também devido ao seu centro de congressos. Moçambique e Angola são dois países africanos de expressão portuguesa que possuem um elevado interesse para os grupos hoteleiros portugueses que procuram alternativa à crise na Europa. Dados da Organização Mundial de Turismo (OMT) indicam que o turismo em Moçambique e Angola tem perspectivas de atingir cerca de sete milhões de turistas em 2020, o que mostra que há boas oportunidades de negócios no sector.c


Briefing ÁFRICA/AFRICA

COMMODITIES

Angola em vias de liderar produção de petróleo Angola está a caminho de se tornar o primeiro produtor africano de petróleo já no próximo ano, ultrapassando a Nigéria, devido às dificuldades internas deste país, de acordo com a consultora Energy Aspects. Segundo a Energy Aspects “a produção angolana tem vindo lentamente a subir devido às novas explorações, enquanto a produção da Nigéria tem caído devido a roubos de petróleo e a interrupções no fornecimento, o que levou a que a produção nigeriana tenha passado de 2,2 milhões de barris

por dia, em 2012, para menos de 1,9 milhão actualmente”. Angola, aliás, já tem ultrapassado a produção nigeriana em alguns meses deste ano. Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Maio, a Nigéria produziu 1,6 milhões de barris diários, ao passo que Angola chegou aos 1,7 milhões. Caso se concretize a previsão de produção de dois milhões de barris por dia, em 2012, Angola deverá levar ‘a coroa’ da Nigéria no mesmo ano. Na Nigéria, a Shell anunciou, por

duas vezes, o fecho de um dos principais pipelines, depois de ter localizado mais uma brecha no equipamento feita por ladrões. O roubo de petróleo na Nigéria é um problema sério para as autoridades, que estimam perder cerca de 6 biliões de dólares em receitas anuais, e têm ainda de lidar com os incêndios, explosões e prejuízos ambientais que surgem quando os ladrões tentam furar os pipelines para remover o petróleo que depois é vendido no mercado negro.c

Obama announces programme to double the access to electric network in the sub-Saharan Africa On the last day of the official visit to South Africa, Barack Obama unveiled the new programme Power Africa, estimated on seven billion dollars, which for the next five years will promote a twofold capacity of electric supply in six countries – Ethiopia, Ghana, Kenya, Liberia, Nigeria and Tanzania, through the expansion of the network based on alternative geothermic energies, solar power, hydro and eolian. Roughly two thirds of the population in sub-Saharan Africa, including 85% of rural areas inhabitants live with no access to electricity. Obama promised that soon “light will take place over darkness” and further informed that besides public funding, the programme will also be backed by private investment from American companies; among these the General Electric, with an amount which may sum up to nine billion dollars. On a speech in Cape Town, considered as the main intervention of the African visit, the American leader reiterated that the United States intends to refrain from being “donors” and move onto becoming “partners” of the African development. “My country will also greatly benefit if you unleash your potential”, uttered Obama, while clearly challenging the progress of China on its affairs with Africa. The “shadow” of Mandela hovered through the whole Obama’s visit to South Africa. There is no doubt that in the land of the Zulus, the visit of the American leader was even more emotional than in Senegal and Tanzania.c

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Briefing AFRICA

the lusophone Africa continues to spark interest among the Portuguese tourism groups. The Amorim Tourism ventured into Angola with the exploration of the Samba hotel, which entered into business last February in Luanda; Visabeira is building a hotel in Tete (its seventh in Mozambique) and the Oásis Atlântico launched recently, one more hotel in the Island of Sal, which will be the fifth in Cape Verde. In 2012, the chain Sana opened a five star hotel in Luanda, which is already a reference in that Southern African country, also due to its congress centre. Mozambique and Angola are two Portuguese speaking countries which sparkle high interest to Portuguese hotel groups who search for alternatives to the crisis in Europe. Data from the World Tourism Organi-

Portuguese hotels bet in Africa

zation (WTO) suggest that tourism in Mozambique and Angola have prospects of hitting seven million tourists

by 2020, which then indicates that there are good business opportunities in the sector. c

COMMODITIES

Angola on the path to lead the production of oil Angola is on the way to become the largest producer of oil in the African continent as from the coming year, taking over from Nigeria given the internal difficulties in that country, as reported by the consultant Energy Aspects. According to Energy Aspects “the Angolan production has been slowly increasing based on new explorations, while the Nigerian production has been falling due to oil pilferage and supply interruptions, which caused the production in Nigeria to shift from 2,2 million barrels per day, in 2012, to less than 1,9 million at present”. In fact, for a few months now, in the course of the current year, Angola has exceeded the Nigerian production. According to the Organization

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of the Petroleum Exporting Countries (OPEC), in May, Nigeria produced 1,6 million barrels per day, while Angola reached 1,7 million. In case the predictions for the production of two million barrels per day come to be, in 2012, Angola should take Nigeria’s “crown” still in the same year. In Nigeria, Shell has twice announced the shutdown of one of the main pipelines after identifying one

more breach in the equipment which was caused by robbers. The theft of oil in Nigeria is a serious concern for the authorities, where the loss is estimated to be roughly 6 billion dollars in annual revenues; and still have to deal with fires, explosions and environmental hazards which take place when thieves attempt to drill the pipelines to drain oil for further sale in the black market. c


Briefing MOÇAMBIQUE

Mitos e verdades sobre o carvão de Niassa ”O potencial de produção do carvão da província de Niassa tem sido alvo de cometários por parte de muitos moçambicanos. A ”Capital” traz a vedade sobre a quantidade e a qualidade do carvão que a província de Niassa possui. Mais, esta edição revela o potencial mineiro (para além do carvão) de uma das províncias mais pobres de Moçambique. ”

CARVÃO DE NIASSA “Os dados vão mais longe ao mostrar que o carvão que ocorre em Tete é de melhor qualidade e espessura que o de Niassa.”

A bacia carbonífica de Maniamba, na província de Niassa, não chega a representar 25% do espaço da bacia carbonífica de Moatize, na província de Tete, segundo dados revelados pelo geológo e consultor mineiro, Reinaldo Gonçalves. Em Moatize, as reservas conhecidas ultrapassam os 100 biliões de toneladas de carvão mineral. “Nem de longe, a bacia de Maniamba pode competir com a bacia de Moatize. Estamos a falar de uma das

maiores bacias carboníficas do mundo, sendo que Maniamba ainda não foi devidamente pesquisada. Mas um dado é certo, os estudos até aqui feitos nas duas bacias geológicas revelam que Moatize possui mais reservas de carvão mineral”, avançou Reinaldo Gonçalves. Os dados vão mais longe ao mostrar que o carvão que ocorre em Tete é de melhor qualidade e espessura que o de Niassa. Só para ter uma ideia, a bacia car-

bonífica de Moatize possui grandes quantidades de carvão metarlúgico (o mais procurado no mercado internacional), enquanto a bacia de Maniamba, até agora, só mostrou a ocorrência de carvão térmico. Este último é um tipo de carvão menos procurado no mercado internacional e é mais barato que o metalúrgico. Esta situação (de não existência de carvão metalúrgico) levou a que a mineradora brasileira Vale abandonasse a concessão de pesquisa e exploração de carvão na bacia de Maniamba. Tanto o consultor Reinaldo Gonçalves, como o director nacional de Minas, Eduardo Alexandre, confirmaram o facto da Vale ter desistido da concessão de carvão em Niassa pelos resultados não terem ido ao encontro das suas expectativas e pelo facto da concessão não ser economicamente viável. Ou seja, o preço de venda do carvão térmico não compensará a sua exploração e o seu transporte para o mercado. Por quê o carvão metalúrgico e não o térmico? A preferência pelo carvão metalúrgico por parte das companhias que exploram minérios é inquestionável, dada a procura que há por por este tipo de carvão e o preço aplicado no mercado intercional. O carvão metalúrgico é usado essencialmente na indústria de produção de metais, enquanto o térmico é usado na produção de energia, ou seja nas termoeléctricas. Dados do Ministério dos Recursos Minerais revelam que o carvão metalúrgico é comercializado, neste momento, a 150 dólares a tonelada, no mercado, contra os 60 dólares por tonelada do carvão de queima (térmico). Ou seja, o carvão de metalúrgico custa mais do dobro do preço do carvão térmico.c

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Briefing MOÇAMBIQUE/MOZAMBIQUE

Nova companhia deverá explorar o carvão deixado pela Vale moçambicano lançou um outro concurso público para a identificação de uma empresa que pretenda explorar o carvão térmico abandonado pela Vale, na medida em que já é conhecido o potencial de reservas e de produção carvão mineral no local. A ideia do Governo, segundo revelou o director nacional de Minas, Eduardo O Governo

Alexandre, é identificar uma empresa que pretenda explorar o carvão para fins viáveis, como é o caso da instalação de uma central de produção de energia eléctrica. “Para este fim, este carvão (térmico) pode ser explorado e é viável. Esperamos que, entre o fim deste ano e princípios do próximo, a nova empresa comece os trabalhos no local”, previu Alexandre.

Distrito

Principais Minérios

Lagos

Ouro, nióbio, tantâlo, gemas, argila, kimberlitos (indícios de diamante), carvão e ferro

Sanga

Ouro, granadas kimberlitos (indícios de diamante), calcário, bauxite, sientio nefelínico

Mavango

Corundo, sistos argilosos, sienitos, granite e granadas

Mandimba

Carvão, cal e granadas

Marrupa

Cobre, ferro, sienitos, ouro, granadas abrasive, grafite

Cuamba

Granitos, granadas, argilas, granada abrasivo

Myths and facts about coal from Niassa The production potential for coal from the province of Niassa has been subject matter to many Mozambicans. The “Capital” brings the truth on the quantity and quality of the coal available in the province of Niassa. Additionally, this edition reveals the mining potential (apart from coal) of one of the poorest provinces of Mozambique.

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Os recursos que Niassa tem Considerada uma das províncias mais pobres de Moçambique, no último Inquérito de Orçamento Familiar (IOF), Niassa não só possui ocorrência de carvão, mas também de ouro, grafite, kimberlitos (minérios muitas vezes associados a diamantes), granites, cobre, grafite, entre outros recursos. O distrito de Lagos, mais a norte da província, é dos mais ricos em minerais, porém é preciso construir infraestruturas de acesso e de apoio aos investidores, dado que é uma zona de difícil acesso. Neste momento, há uma exploração de pequena escala de ouro em alguns distritos, esperando-se que, nos próximos anos, a exploração decorra a níveis industriais. c

the carboniferous basin of Maniamba, in the province of Niassa, does not represent 25% of the space of the carboniferous basin of Moatize, in the province of Tete, as per data made available by the geologist and consultant, Reinaldo Gonçalves. The known reserves in Moatize surpass the 100 billion tons of mineral coal. “Not a chance that the Maniamba basin may compete with the Moatize basin. We are talking of one of the biggest carboniferous basins in the world, considering that Maniamba has not yet been properly assessed. However, it’s a given fact that studies conducted on the two geologic basins reveal that Moatize possesses even more reserves of mineral coal”, stated Reinaldo Gonçalves. The data further shows that the coal that occurs in Tete is of better quality and thickness than the one in Niassa. Just to have an idea, the carboniferous basin of Moatize


Briefing MOZAMBIQUE

holds large quantities of metallurgic coal (the mostly wanted in the international market) while the Maniamba basin so far, has only shown the occurrence of thermal coal. The latter is a quality of less interest in the international market and it’s cheaper than the metallurgic one. This situation (of non existence of metallurgic coal) has made the mining company Vale to let go of the concession for prospection and exploration of coal in the basin of Maniamba. Both, the consultant Reinaldo Gonçalves as well as the National Director for Mines, Eduardo Alexandre, have confirmed that the reason behind Vale’s desistance from

the coal concession in Niassa was because the results did not coincide with their expectations, and for the fact that the concession was not economically viable. In other words, the retail cost of thermal coal would not compensate its exploration and transport to the market. Why metallurgic coal and not thermal The preference for metallurgic coal by companies that explore minerals is unquestionable, given the demand that exists for this type of coal and the price practiced at the international market. The metallurgic coal is used essentially in the metal production industry, while the thermal one is used for

the production of energy, being in thermoelectric stations. Data from the Ministry of Mineral Resources reveal that at the moment, the metallurgic coal is traded in the market for 150 dollars per ton versus 60 dollars per ton for the burn coal (thermal). In short, the metallurgic coal costs more than double the price of thermal coal.c

New company should explore coal left behind by Vale the Mozambican Government launched another public tender for the identification of a company willing to explore the thermal coal rebuffed by Vale, considering that the potential of the reservoir and production of mineral coal are already known. As advised by the National Director of Mines, Eduardo Alexandre, the Government’s idea is to identify a company that is willing to explore the coal for viable purposes such as the implantation of an electric power plant. “In that sense, this coal (thermal) can be viably explored. We hope that by the end of this year and early next year, the new company starts site works”, envisages Alexandre.

Resources available in Niassa Considered one of the poorest prov-

inces in Mozambique, the last Family Budget Inquiry (FBI), Niassa does not only register the occurrence of coal but also gold, graphite among other resources. The district of Lagos, at the north of the province, is among the richest in Minerals; however, there is need

to build access infrastructure which will also assist investors, considering that it is an area of difficult access. At the moment, there is a small scale exploration of gold in some districts yet the hope remains that in the coming years it escalates to industrial capacity.c

District

Main Minerals

Lagos

Gold, niobium, tantalum, gemstone, clay, kimberlites (vestiges of diamond), coal and iron

Sanga

Gold, kimberlitic garnets (vestiges of diamonds), limestone, bauxite, nepheline syenite

Mavango

syenites, corundum, shale, syenites, granite and grenades

Mandimba

Coal, lime and grenades

Marrupa

Copper, iron, syenites, gold, grenades abrasive, graphite,

Cuamba

Granites, grenades, clay, grenades abrasive

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Governo de calculadora na mão Construir, reabilitar e manter estradas é das maiores responsabilidades que os governos têm em qualquer país do mundo. Em Moçambique, a fragilidade financeira expõe o sector a uma elevada dependência em relação ao exterior e a níveis bastante baixos de execução dos planos traçados.

N

úmeros lançados na última revisão anual do Programa Integrado do Sector de Estradas (PRISE), em Abril, indicam que são necessários perto de 18 biliões de meticais para a realização dos programas do sector este ano. Desses montantes, apenas cerca de seis biliões são recursos internos, e os restantes 12 biliões, correspondentes a 66.3% do total, virão dos diversos parceiros que apoiam o País nesse domínio. Este nível de dependência é ainda maior que a do ano passado, quando dos 15.1 biliões de meticais orçamentados 6.2 biliões eram internos e 8.9 biliões (41%) financiados pelo exterior. Os números relativos às metas de execução de planos também têm sido preocupantes. Em 2012, por exemplo, a asfaltagem de estradas nacionais foi realizada em apenas 25%, os planos de reabilitação e asfaltagem de estradas nacionais foram executados em 56%, e a asfaltagem de estradas regionais foi executada em 58%. O resultado disso é que o território nacional fica cada vez mais distante de poder ligar os pontos estratégicos do País e de criar condições para um crescimento que integre os diversos sectores de actividade.

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Estamos a falar num sector vital ao equilíbrio entre as demandas e necessidades da sociedade. Um sector que não pode ser contornado no processo de planificação e desenvolvimento, e cuja quantidade de obstáculos exige uma atenção redobrada bem como cálculos permanentes por parte do Governo. Aliás, durante a revisão anual do PRISE, quadros do sector que integram o Ministério das Obras Públicas e Habitação, a Administração Nacional de Estradas (ANE) e o Fundo de Estradas – acabaram por citar como principais contrangimentos os baixos índices de realização dos investimentos na reabilitação e asfaltagem de estradas; o fraco desempenho dos empreiteiros; a falta de matéria-prima como o betume e cimento no mercado e os atrasos nos pagamentos, entre demais factores. A propósito, o fraco desempenho dos empreiteiros é uma das causas apontadas para a baixa qualidade das estradas urbanas, em geral esburacadas um pouco por todos os troços das avenidas e ruas, apesar das constantes obras de manutenção.

Mais apoio internacional Para sorte das nossas estradas,

mais três parceiros devem entrar no complexo jogo das infraestruturas rodoviárias do País, contribuíndo com créditos para a realização dos planos traçados em 2013. Trata-se da China, Índia e Coreia do Sul, que se vão juntar ao Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Banco Inslâmico de Desenvolvimento e Governo português. Como resultado, os fundos em créditos vão dar um salto de 44%. Mais concretamente, dos 6.527 milhões de meticais, em 2012, para cerca de 9.416 milhões este ano. Os donativos, em geral concedidos pela JICA, Fundo Europeu de Desenvolvimento e Agência Sueca de Desenvolvimento, aumentarão de 1.882.151 milhões de meticais para 2.045.234 milhões (8.7%). Internamente, as receitas fiscais, a taxa sobre o gasóleo e a gasolina são os que mais recursos disponibilizam para o sector das estradas, sendo as taxas rodoviária, de portagem e receitas próprias, as menos contributivas.

Urge conceber estradas na perspectiva da agricultura “A questão das estradas distritais necessita de uma atenção imediata, pois


DOSSIER . Estradas

garante o acesso às mercadorias e serviços básicos à maioria da população, além de dinamizarem a economia no seu todo, com maior destaque para o desenvolvimento da agricultura, actividade que envolve a maior parte da população moçambicana”. Este é o conselho dado pelos parceiros de cooperação, através da directora interina do Banco Mundial em Moçambique, Laura Rose. “Um dos desafios imediatos, e por sinal consensual, é a necessidade de adoptarmos uma estratégia e política para as estradas distritais com maior brevidade”, sublinhou. Neste quadro, o Estado atribui a cada distrito dois

milhões de meticais para dotar as administrações distritais da capacidade de intervenção.

pleno

Pontes seguem em

Aqui as autoridades destacam a construção da ponte sobre o rio Zambeze, em Tete, inserida na concessão para a manutenção de cerca de 700 Km de estradas pavimentadas naquela província. No cômputo geral, as obras de construção da ponte estão a decorrer a um ritmo satisfatório, considera Francisco Pereira, vice-ministro das Obras Públicas e Habitação.

Em 2012, o programa previa a construção de seis pontes na província de Manica e três em Sofala. Os projectos de engenharia para a construção destas pontes foram concluídos e lançados os concursos para a selecção dos empreiteiros que vão executar as obras. A contratação do empreiteiro foi concluída em Novembro com a assinatura do respectivo contrato”, salientou o governante. Ainda no ano passado, foram lançados concursos para a elaboração dos projectos de engenharia para a reabilitação e/ou construção de sete pontes em todo o País.c

Comportamento dos recursos PES/PRISE Financiamento Interno Receitas fiscais Taxa sobre gasóleo Taxa sobre gasoline Taxa rodoviária Taxa de portage Receitas próprias Recursos externos Créditos Banco Mundial BAD JICA BID Governo português Banco Coreano de Investimento Banco Chinês de Investimento Banco Indiano de Investimento Donativos Fundo Europeu de Desenvolvimento Agência Sueca de Coop. e Desenv. JICA Fundo Comum de Estradas Delegação da União Europeia Agência Dinamarquesa de Desenv. Intern.

2012 (mil Mt) 5.902.115 1.795.282 3.012.287 649.059 401.967 43.207 313 8.906.927 6.527.000 586.919 2.668.377 683.430 108.925 2.479.349 0 0 0 1.882.151 943.354 839.363 99.434 497.775 203.527 94.365

2013 (mil Mt) 6.015.088 2.408.390 2.665.819 666.454 225.243 48.847 335 11.836.976 9.415.936 268.220 1.147.227 1.575.880 141.282 4.191.985 182.513 1.530.635 378.200 2.045.234 1.342.580 702.654 0 375.806 157.071 145.834

Crescimento (%) 1.9 34.2 -11.5 2.7 -44.0 13.1 7.0 32.9 44.3 -54.3 -57.0 130.6 29.7 69.1 0.0 0.0 0.0 8.7 42.3 -16.3 0.0 -24.5 -22.8 54.5

FONTE: PRISE 2013

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Government with calculator at hand Build, rehabilitate and maintain roads, are one of the major responsibilities that governments face in any country in the world. In Mozambique, the financial fragility exposes the sector to a high dependency to the outside and at extremely low execution levels of established plans.

N

umbers brought up in the last annual review of the Integrated Programme of the Roads Sector (IPRS), in April; indicate that close to 18 billion Meticais are required to carry out the programmes in the sector, for this year. From these amounts, only six billions are internal resources and the remaining 12 billion, corresponding to 66.3% of the total amount, will come from various partners supporting the country in that domain. This level of dependency is even higher than last year’s, where from the 15.1 billion Meticais budgeted, 6,2 billion were internal and 8,9 billion (41%) were financed by outsiders. The numbers pertaining the progress of the execution of plans are equally concerning. In 2012, for instance, the asphalting of national roads was carried out at 25% only; the plans for the rehabilitation and asphalting of national roads were executed at 58%. The result of this is that the national territory is further away from being able to connect strategic points in the country, and thus create an environment conducive for a growth that integrates the various sectors of activity. We are talking of a sector vital to the balance between the demands and the needs of the society. A

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine

sector which cannot be overlooked in the process of planning and development, for which the amount of obstacles calls for a doubled effort as well as permanent calculus by the Government. As a matter of fact, during the revision of the annual IPRS, senior staff members from the sector – comprising the Ministry of Public Works and Housing, the National Administration of Roads (NAR) and the Fund for Roads – have cited the low levels of investments’ implementations for the rehabilitation and asphalting of roads, as being among the main constraints; the poor performance of contractors; lack of raw materials in the market such as bitumen and cement, and the delay in disbursements, to name a few. Moreover, the poor performance of contractors is one of the causes hinted for the low quality of urban roads, generally potholed through scattered stretches of the avenues and streets, despite the constant maintenance works.

More international support As a strike of luck for our roads, three more partners will jump into the complex game of road infrastructures

in the country, contributing with credits for the implementation of the plans set up for 2013. Reference is made to China, India and South Korea, which will join the World Bank, the African Bank for Development (ABD), the Japanese International Cooperation Agency (JICA), the Islamic Bank for Development and the Portuguese Government. As a result, credit funds will leap on 44%. From 6,527 million Meticais in 2012, to roughly 9,416 million this year, to be more precise. The donations, overall bestowed by JICA, the European Fund for Development and the Swedish Agency for Development augmented the 1.882.151 million Meticais figure to 2.045.234 million (8.7%). Internally, the tax revenue, the tax on diesel and gasoline are the ones which made more resources available for the roads’ sector, and in turn, the road taxes, toll gates and own funds being the ones which contributed the less.

There is urge to conceive roads with the view on agriculture “The question of district roads needs immediate attention, as it secures access to merchandise and basic services to the majority of the


DOSSIER . Roads

Resources behaviour PES/PRISE 2012 (thousand Mt)

2013 (thousand Mt)

Growth (%)

Internal Funding

5.902.115

6.015.088

1.9

Tax revenues

1.795.282

2.408.390

34.2

Diesel taxes

3.012.287

2.665.819

-11.5

Gasoline taxes

649.059

666.454

2.7

Road taxes

401.967

225.243

-44.0

Toll gate charges

43.207

48.847

13.1

Own funds

313

335

7.0

External Resources

8.906.927

11.836.976

32.9

Credits

6.527.000

9.415.936

44.3

World Bank

586.919

268.220

-54.3

ADB

2.668.377

1.147.227

-57.0

JICA

683.430

1.575.880

130.6

BID

108.925

141.282

29.7

Portuguese Government

2.479.349

4.191.985

69.1

Korean Investment Bank

0

182.513

0.0

Chinese Investment Bank

0

1.530.635

0.0

Indian Investment Bank

0

378.200

0.0

Donations

1.882.151

2.045.234

8.7

European Fund for Development

943.354

1.342.580

42.3

Swedish Agency for Cooperation and Development

839.363

702.654

-16.3

JICA

99.434

0

0.0

Common Fund for Roads

497.775

375.806

-24.5

European Union Delegation

203.527

157.071

-22.8

Danish Agency for International Development

94.365

145.834

54.5

SOURCE: IPRS 2013 population, besides stimulating the economy as a whole, with particular emphasis for the development of agriculture, as being an activity that involves the largest number of the Mozambican population”. This is the advice brought forth by the cooperation partners, through the interim director of the World Bank in Mozambique, Laura Rose. “One of the immediate challenges, and seemingly consensual, is the need to have us adopting a political strategy for the district roads at the earliest”, she accentuated. In that sense, the state allocates each district with two million Meticais to enable the district

administrations with intervention capacity.

Bridges move on steady Here the authorities underscore the construction of the bridge over the Zambezi River in Tete, slotted within the concession for the maintenance of around 700Km of paved roads in that province. “On a general conjecture, the construction works for the bridge are moving on a satisfactory rhythm”, considers Francisco Pereira, vice minister for Public Works and Habitation. In 2012, the programme envisaged

the construction of six bridges in the province of Manica and three in Sofala. “The engineering projects for the construction of these bridges were concluded and the tenders issued for the selection of contractors who will assist the works. The adjudication of the contractors was concluded in November with the signing of the due contract”, stated the government member. Still last year, tenders were launched for the elaboration of engineering projects for the rehabilitation and/ or construction of seven bridges countrywide.

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Foco ECONOMIA

FMI reviu em baixa as perspectivas de crescimento económico mundial

P

revisões recentes publicadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Julho, sinalizam a prevalência de riscos e incertezas quanto à recuperação da economia global, em face da contínua recessão esperada para os países da Zona Euro. O FMI reviu em baixa as perspectivas de crescimento económico mundial para 2013, para 3,1%, menos 20 pontos base (pb), relativamente às projecções de Abril. Para as economias avançadas, o FMI prevê um crescimento de 1,2% em 2013, contra os anteriores 1,3%, enquanto para as economias de mercado emergentes e em desenvolvimento as previsões apontam para um crescimento de 5,0%, 30 pb inferiores às anunciadas em Abril. O crescimento nas economias da África Subsahariana em 2013 foram igualmente revistas em baixa em 40 pb, para 5,1%.

Economias desenvolvidas e emergentes Dados reportados ao mês de Maio indicam que nas economias desenvolvidas (Estados Unidos da América, Japão, Reino Unido e Zona Euro) observou-se um comportamento ascendente da inflação, caracterizado por uma aceleração nos EUA e na Zona Euro (1,4%, em ambas as economias) e redução da deflação no Japão (-0,7%). Por outro lado, informação preliminar referente ao mês de Julho, indica um agravamento da inflação na Zona Euro para 1,6%. O Dólar dos EUA

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine

continuou a registar ganhos nominais face à Libra e Yen e perdas em relação ao Euro, no mês de Junho. Dados do desemprego mostram um novo aumento nos EUA e nos países da Zona Euro. Os bancos centrais destas economias decidiram pela manutenção das suas respectivas taxas de juro de política monetária. Nas economias de mercado emergentes (Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, e Rússia), a inflação anual acelerou, no mês de Maio, no Brasil (6,5%) e na Rússia (7,4%), tendo desacelerado na China (2,1%), Índia (9,31%) e Coreia do Sul (1,0%), taxa que se manteve em Junho, de acordo com a informação preliminar. À excepção do Yuan da China, que prosseguiu a sua tendência para apreciação, as restantes moedas deste bloco de países registaram uma depreciação anual face ao Dólar americano, com destaque para Won da Coreia do Sul (0,1%) e Rublo da Rússia (1,2%), no mês de Junho, invertendo a tendência para a apreciação ocorrida em Maio. Os Bancos Centrais destas economias mantiveram as suas taxas directoras inalteradas.

Economias da SADC Nas economias da SADC (África do Sul, Angola, Botswana, Malawi, Maurícias, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe), dados provisórios indicam uma desaceleração da actividade económica no Botswana em 90pb, para 3,2%, no primeiro trimestre de 2013, comparativamente ao quarto de 2012. Em Maio, observou-se um comportamento misto da inflação, reduzindo na África do Sul (5,6%),

Botswana (6,1%), Malawi (31,0%), Tanzânia (8,3%) e Zimbabwe (2,2%), acelerando em Angola (9,25%) e na Zâmbia (7,0%) e mantendo-se estável nas Maurícias (3,6%). Dados mais recentes mostram que, em Junho, a inflação acelerou na Zâmbia para 7,3%. Nestas economias o Dólar norte-americano prosseguiu a sua tendência para fortalecimento face à maior parte das moedas da região. Por sua vez, as taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro para a maturidade de 91 dias registaram aumentos na África do Sul, na Tanzânia e em Moçambique e redução no Botswana.

Mercados internacionais Nos mercados internacionais, a maior parte dos preços médios das principais mercadorias com peso significativo na balança de pagamentos de Moçambique manteve, em termos anuais, a tendência para redução em Maio de 2013, com destaque para os preços do carvão metalúrgico (-18,6%), açúcar (-15,7%), ouro (-10,8%), arroz (-9,9%), brent (-9,8%), gás (-9,2%) e alumínio (-8,5%). Os produtos cujos preços registaram aumentos são o trigo (20,7%), o milho (9,9%) e o algodão (4,6%). Em termos mensais, destaca-se a redução dos preços de todos os produtos excepto o algodão, que aumentou em 11,1%. No último dia de Junho, o preço do barril de brent fixou-se em USD 102,5 e no dia 11 de Julho a sua cotação foi de USD 108,7.c


Focus on ECONOMY

R

ecent projections published by the International Monetary Fund (IMF) in July, signal for the prevalence of risks and uncertainties with regards to the recuperation of the global economy, in light of the continuous recession for the countries in the Euro zone. The IMF reviewed on low the prospects of world economic growth for 2013, as in 3.1% less 20 base points (bp), against the projections in April. For the advanced economies, the IMF predicts a growth of 1,2% in 2013, against the previous 1,3%, while for the economies of the emerging and developing markets, the predictions indicate a growth of 5,0%, 30 bp lower than those announced in April. The growth of the economies in the sub-Saharan Africa for 2013 were equally reviewed on low in 40 bp, for 5,1%.

Developed and emerging economies

Data reported in the month of May indicate that in the developed economies (United States of America, Japan, United Kingdom and the Euro Zone) there has been observed and ascending pattern for inflation, characterized by an acceleration in the United States and in the Euro Zone (1,4% in both economies) and reduction of the deflation in Japan (-0,7%). On the other side, preliminary information referring to the month of July indicate an aggravation of inflation in the Euro Zone for 1,6%. For the month of June, the USA dollar continued to register nominal gains before the Pound and Yen and losses in relation to the Euro. Unemployment data show a new increase in the USA and in the countries of the Euro Zone. The central banks of these economies decided for the maintenance of their

The IMF reviewed on low the prospects of world economic growth respective monetary policy interest rates. In the economies of emerging markets (Brazil, China, South Korea, India and Russia), the annual inflation accelerated in May, in Brazil (6,5%) and in Russia (7,4%), having decelerated in China (2,1%), India (9,31%) and South Korea (1,0%) and the rate maintained in June, according to preliminary information. With the exception of the Yuan from China, which proceeded with its tendency for appreciation, while the remaining currencies of this bloc of countries have registered an annual depreciation before the American dollar in the month of June, with emphasis for the Won from South Korea (0,1%) and the Russian Ruble (1,2%) and thus inverting the tendency for appreciation occurred in May. The central banks of these economies maintained their director interest rates unaltered.

SADC economies

In the SADC economies (South Africa, Angola, Botswana, Malawi, Mauritius, Mozambique, Tanzania, Zambia and Zimbabwe), provisional data indicate a deceleration of the economic activity in Botswana in 90bp, for 3,2% in the first trimester of 2013, compared to the quarter of 2012. In May, there has been registered a mixed pattern of inflation, reducing in South Africa (5,6%), Botswana (6,1%), Malawi (31,0%), Tanzania (8,3%) and Zimbabwe (2,2%), accelerating in

Angola (9,25%) and in Zambia (7,0%) and maintaining stable in Mauritius (3,6%). More recent data show that in June, the inflation accelerated in Zambia from 7,3%. In these economies the North American dollar proceeded with its tendency to strengthen before the majority of currencies in the region. In turn, the interest rates of the Treasure Tickets for a maturity of 91 days have registered an increase in South Africa, Tanzania and in Mozambique, while they reduced in Botswana.

International Markets

In the international markets, as of May 2013, the majority of average prices of main merchandises with significant weight in the scale of payments of Mozambique have maintained in annual terms, the tendency for reduction, with emphasis to the price of metallurgic coal (-18,6%), sugar (-15,7%), gold (-10,8%), rice (-9,9%), brent (-9,8%), gas (-9,2%) and aluminium (-8,5%). The products whose prices have registered an increase are wheat (20,7%), maize (9,9%) and cotton (4,6%). In monthly terms, it is noticeable a reduction of prices of all products except cotton which increased in 11,1%. On the last day of June, the price of a barrel of brent fixed itself in USD $102,5 and on the 11th July its quotation was that of USD $108,7.c

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Foco NEGÓCIO

Pneus, um negócio à espreita!

U

m pneu novo para veículos ligeiros custa entre 3.000 e 6.000 meticais, consoante a marca e a referência. Um pneu usado e que apresente as mínimas condições para uso, ronda os 1.300/1.500 meticais, mas há até os que podem ser adquiridos por 300 meticais. Em comum, os dois mercados têm a particularidade de assegurar o fornecimento a uma procura que cresce a cada dia que passa, num país que vê o seu parque automóvel ampliar de forma galopante. A Capital visitou alguns estabelecimentos de venda de pneus, tanto usados como novos, e concluiu que o negócio é promissor em Maputo e, provavelmente, em todo o País. O mercado dos usados aumenta todos os dias nas margens das avenidas

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine

de Maputo e arredores. São maioritariamente de origem japonesa e importados a partir da vizinha África do Sul. Ao longo das avenidas Joaquim Chissano, das FPLM, de Angola, Acordos de Lusaka, Milagre Mabote, e em praças como a dos combatentes, Magoanine, Missão Roque, entre outros pontos, as casas da especialidade chegam a vender 15 pneus em dias de pico, e os rendimentos atingem os 20 mil meticais. Os chapas “transportes privados de passageiros” são responsáveis por mais de 60% deste sucesso, por estarem em constante actividade. Paralelamente, as casas de pneus novos, na cidade de Maputo, vendem, obviamente, menores quantidades que os concorrentes de segunda mão, para um nicho mino-

ritário e mais rigoroso na solicitação de acessórios automóveis. Com uma venda diária de até sete pneus, o preço dos novos acaba por nivelar os rendimentos dos dois grupos de comerciantes. De acordo com os vendedores, a preferência pelo novo ou pelo usado é determinada pela diferença do preço, mas é consensual tanto para os automobilistas quanto para os próprios comerciantes, que a segurança e o tempo de vida dos pneus novos (calculado em cerca de cinco anos) é relativamente maior. Se as perspectivas de crescimento do parque automóvel se mantiver ao nível actual, o mercado de pneus pode inspirar a criação de uma outra fábrica de pneus, ou a restauração da Mabor, tudo no sentido de aproveitar as oportunidades que existem em torno deste negócio. Já para não falar nas perspectivas que a nova fábrica de automóveis da marca Matchedje, com capitais chineses, poderá vir a potenciar. Aliás, esta oportunidade já está a despertar o interesse de investidores estrangeiros. Em Fevereiro deste ano, o director geral do Gabinete das Zonas Económicas Especiais de Moçambique (Gazeda), Danilo Nalá, anunciou o interesse de investidores da Arábia Saudita e do Bahrain em investir na produção de pneus na cidade da Matola. A iniciativa integra-se no quadro de um projecto que se associa à fábrica de automóveis implementada pelos investidores chineses. Esperamos é que os empreendedores nacionais se imponham face à concorrência entrando também no negócio. O imenso mercado da SADC e a comunidade dos CPLP devem servir - neste caso da produção local de pneus - como grandes janelas de oportunidade em termos de comercialização.c


Focus on BUSINESS

A

new tyre for sedan vehicles costs from 3,000 to 6,000 Meticais, according to the brand and reference. A used tyre with minimum conditions for usage, goes for about 1,300/1,500 Meticais, but there are also those that can be acquired for 300 Meticais. In short, both markets have the mannerism to ensure the supply for an increasing demand growing by the day, in a country that sees its automobile assortment expanding at galloping pace. The Capital visited some of the tyre dealerships, both for used and new ones, and concluded that the business in thriving in Maputo, and probably in the whole country. The market for used ones swells everyday in the pavements of Maputo streets and surroundings. They are mainly of Japanese origin and imported from the neighbour South Africa. Along the avenues Joaquim Chissano, FPLM, Angola, Acordos de Lusaka, Milagre Mabote as well as roundabouts such as Combatentes, Magoanine, Missão Roque among other points, these specialised businesses may sell up to 15 tyres on a peak day, and the dividends reach up to 20 thousand Meticais. The chapas – private transport of passengers – are responsible for over 60% of this success rate, considering that they are always on the move. In parallel, the new tyre businesses in the city of Maputo, obviously sell less quantities than their second hand competitors for a minority faction which is more rigid on the selection of car accessories. With a daily sale up to seven tyres, the cost of new tyres ends up balancing the profit of both

Tyres, a thriving business!

groups of merchants. According to the sellers, the preference for new or used ones is determined by the difference on the price; it is however consensual both for drivers as well as sellers, that the safety and lifespan of new tyres (estimated on five years) is relatively higher. Should the growth prospects for the automobile industry maintain its current rate, the tyre market may inspire the creation of another tyre manufacturer, or the restoration of Mabor, all as means to take advantage of the existing opportunities around

this business. Not to mention the prospects that may be unleashed by the new vehicle manufacturer for the make Matchedje, with Chinese capital. In point of fact, this opportunity is already sparking interest among foreign investors. In February this year, the General Director for the Mozambique Cabinet for Special Economic Zones (MCSEZ), Danilo Nalá, announced that investors from Saudi Arabia and from Bahrain are interested in investing on the production of tyres in Matola City. The initiative is inserted in the framework of a project associated to the automobile manufacturer to be carried out by Chinese investors. We hope that national entrepreneurs impose themselves in light of the competition and also adhere to the business. The vast market within SADC and the CPLP should serve – for the local production of tyres in this case – as open windows for opportunities in terms of commercialization.c

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Foco EMPRESA

Concorrência renhida em Tete

T

ete está a assistir a um renhido despique entre os investidores na área de restauração e hotelaria. A concorrência que vibra acaba por privilegiar um número cada vez crescente de visitantes oriundos de várias partes do mundo. Cada vez mais, surgem empreendimentos turísticos e a tendência dos preços do alojamento será para baixar. Uma das estâncias a ter em conta é o hotel Park Inn, inaugurado em Novembro de 2012, e que se junta a outras referências hoteleiras tidas como tradicionais na província, nomeadamente o Hotel Zambeze, Hotel Kassuende, a Pousada Santo António do Zaíre, Motel Zobué, Cuchumano, entre outros. O hotel Park inn Tete revela-se uma

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine

resposta à altura dos padrões de exigência dos habitantes e visitantes numa província que conhece um desenvolvimento acelerado e uma contínua atracção de investimentos (nacionais e estrangeiros). O hotel Park inn – propriedade do grupo Rani e gerido pelo Grupo Carlson Rezidor Holdings, é preferido por hóspedes portugueses e brasileiros. Nos seus três pisos, o visitante encontra uma oferta de 117 quartos com suite, frigorífico, secretária, cofre, TV e outros electrodomésticos. Mais… Sala de conferências, espaço modular, equipamentos audiovisual, 113m² de área aberta de suporte, e um serviço de catering que exibe uma gastronomia com pratos internacionais e tradicionais. Nos espaços externos, o embondei-

ro é a vegetação predominante e a imagem de marca da região. Com 4.000m² de espaço, o recinto é apoiado por um ginásio, uma clínica para hóspedes e funcionários, e áreas de entretenimento ao redor de uma piscina tropical. Mas porque a concorrência é atenta e agressiva, o Park Inn colabora com outras estâncias no sentido de dar um leque de escolha maior aos seus visitantes. “Se as pessoas não quiserem ficar no Park inn, nós estamos dispostos a ajudá-las e a colaborar para ficarem na cidade porque Tete não é só Park inn”, afirma Sérgio Moreira, director-geral do hotel. Com efeito, um grupo de jornalistas e operadores turísticos, a convite do Park inn, teve a oportunidade de passear de barco na paradisíaca paisagem do rio Zambeze, em Songo, onde se localiza outra referência turística: o Uguezi Tiger Lodge. O Park Inn emprega, actualmente, 100 trabalhadores, dos quais apenas seis são estrangeiros. E a direcção ainda tem muito que batalhar no sentido de reter turistas ao fim de semana, uma vez que por esses dias as taxas de ocupação baixam de 80 para 20%. Outro problema passa pela construção de condomínios pelas mineradoras no sentido de alojar os seus funcionários. O mercado é competitivo e ainda vai exigir melhores naipes de cartas num futuro muito próximo.c


Focus on COMPANY

T

Tough competition in Tete

ete is witnessing a rough stampede among investors in the industry of refurbishment and hotels. The vigorous competition ends up favoring an increasing number of visitors from all walks of life. More and more, new tourism endeavors are settling in and the tendency is a drop on accommodation costs. One of the facilities to take into account is the Park Inn Hotel, inaugurated in November 2012 which joins other hotel references considered as traditional in the province, namely the Hotel Zambezi, Hotel Kassuende, Santo António do Zaíre Inn, Motel Zobué, Cuchumano, among others. The Park Inn hotel depicts a top notch response to the desirable standards from inhabitants and visitors to a province experiencing a hastened development, and continues to attract investments (national and foreign). The Park Inn hotel – property of the Rani Group and managed by the

Group Carlson Rezidor Holding, and is highly favored by Portuguese and Brazilian guests. On its three floors, visitors are offered 117 en-suite rooms, freezers, writing desk, coffer, TV set among other appliances. What is more … a conference facility, modulate area, audio-visual equipment, 113m2 of supportive open area as well as a catering service that lay bare a gastronomy with local and international dishes. On the outward spaces, the baobab trees are the dominant vegetation and a vista that embodies the region. With 4,000m2 of surface area, the premises are outfitted with a gym, a clinic for guests and staff members as well as leisure areas around the tropical swimming pool. However, noting that the competition is industrious and unrelenting, the Park Inn hotel cooperates with other resorts towards offering its visitors with a wider array of options. “If people are not ardent to check into

the Park Inn, we are prepared to assist them and ensure they stay in the city, considering that Tete is not confined to the Park Inn hotel alone”, stated Sérgio Moreira, the hotel’s General Director. With effect, the group of journalists and tourism operators, invited by the Park Inn, had the opportunity to take a boat ride through the idyllic panorama of the Zambezi River, in Songo, where another grand tourism reference is to be found: The Uguezi Tiger Lodge. The Park Inn currently employs 100 workers, from which only six are foreigners. The management still has a pathway ahead, towards retaining tourists along the week-ends as in those days, the occupation rates drop from 80 to 20%. The other problem gravitates on the construction of condominiums by the mining companies, intended to accommodate their staff members. The market is competitive and will still call for better card suits in a very near future.c

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Parque Automóvel Nas últimas duas décadas, o parque automóvel nacional evoluiu significativamente: em 1990 havia 52.239 viaturas, número que cresceu para 486.920 em 2012 (mais do que nove vezes).

Compra de automóveis dispara As marcas de crescimento sócio-económico nem sempre são perceptíveis num curto espaço de tempo. Gradualmente, a qualidade de vida dos moçambicanos foi experimentando uma franca evolução e os problemas já cá estão e vão piorar: há muito carro para tão pouca estrada. Paradoxalmente, um carro está para apenas 4% das famílias moçambicanas, o que revela a outra face da moeda.

Q

uem conhececeu a capital moçambicana na década de 90, hoje, certamente, não a reconhece mais! Com poucas mudanças estruturais, o crescimento exponencial do parque automóvel é o maior responsável por

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AGOSTO 2013 · Capital Magazine

uma completa viragem na paisagem urbana: pouca estrada para tanto carro; engarrafamento e congestionamento de trânsito por toda a parte; passeios tomados de assalto por veículos que não encontram parques para estacionar… Até há poucos anos, este era um problema de países desenvolvidos e emergentes, que os moçambicanos apenas ouviam falar. Hoje, empurrados por fenómenos particularmente económicos, estão a importar muitos carros, sobretudo a partir do Japão e de Durban. Por um lado, a indústria automóvel no mundo está a evoluir, a produzir e a vender a preços cada vez mais baixos. Por outro lado, uma franca subida no nível de rendimento das pessoas está a facilitar a aquisição, e o país assiste a um verdadeiro boom de viaturas. Nas últimas duas décadas, o parque


TEMA DE FUNDO FOTO Helga Nunes

automóvel nacional evoluiu significativamente: em 1990 havia 52.239 viaturas, número que cresceu para 486.920 em 2012 (mais do que nove vezes). Só nos últimos dois anos, entraram no país mais de 100.000 viaturas. Um ritmo que faz vislumbrar um quadro pior nos próximos anos, e que irá exigir, sem margem para dúvidas, um maior esforço financeiro para adicionar vias, principalmente nas cidades.

Maputo engole 75% de todo o tráfego

Não é por acaso que circular de carro nas cidades de Maputo e da Matola começa a ser menos rápido do que a pé. Também não é ao acaso que o Governo se desdobra em adaptações, introduzindo algumas mudanças no sentido das vias. Só na cidade e na província de Maputo, em 2012, havia 363.984 viaturas, perto de 75% de todos os carros existentes no País. E porque a presença de veículos automóveis é sinónimo de desenvolvimento, Sofala e Manica – províncias onde estão as maiores cidades do país depois de Maputo e Matola – são as que têm parte considerável dos restantes 25%. Sofala contava, em 2012, com 29.447 carros e Nampula com 30.833. Já Niassa, Cabo Delgado e Zambézia

estão ainda longe desses números. Aliás, no Centro e no Norte, para compensar, as bicicletas e motorizadas são os principais meios de transporte das pessoas.

A outra face da moeda

Olhar para a evolução dos números e para a situação nas cidades pode produzir a ilusão de fartura. Tão longe disso, o Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS 2011), recentemente divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revela que apenas 4% das famílias moçambicanas possuem carro. A tomar como referência a média de cinco membros por família, este número corresponde a um carro para mais de 120 pessoas. No meio rural a situação é ainda pior. Apenas 1% das famílias possui carro. Nas cidades, este número sobe para 10.3%, sendo ainda assim muito aquém do desejado, e revelando um preocupante nível de pobreza da população.

Acidentes em queda

parque automóvel sem mencionar a segurança rodoviária… e sem falar em acidentes de viação. Engana-se quem pensa que a ocorrência de acidentes tem alguma ligação com aumento do parque automóvel e com o tráfego complicado. É essa a informação que se pode tirar da leitura dos dados do Instituto Nacional dos Transportes de Terrestres (INATTER). De 2008 a 2012, por exemplo, enquanto a quantidade de carros aumentou de 290.607 para 486.920, o número de acidentes reduziu em 2.343. Isto é, houve um decréscimo de 5.438 para 3.095 acidentes. Ou seja, com muito mais carros a circularem no mercado, ocorreram muito menos acidentes! Ainda no quadro da segurança rodoviária, um aspecto preocupante ressalta à vista: a diferença abismal que há entre o número de condutores formados em escolas e a população condutora. Em Moçambique, a esmagadora parte das pessoas conduz ilegalmente. No ano passado, havia 13 vezes mais ilegais ao volante do que a população licenciada para conduzir. Eram 50.893 pessoas as que passaram pelas escolas de condução para um conjunto de 648.907 condutores em conflito com a lei.c

É difícil (senão impossível) falar em

Evolução do parque automóvel em Moçambique (1990-2012)

Fonte: Inatter

Parque automóvel por província em 2012

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Car assortment On the last two decades the national car assortment evolved significantly: in 1990 there were 52,239 vehicles, and the numbers now grew to 486,920 in 2012 (over nine times more).

Car acquisition shoots up

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he footprints of the socio economic growth are not always perceptible within a short period of time. Gradually the quality of life of Mozambicans has been experiencing a thriving evolution and along with it the problems arrived; and they will get worse: There are so many cars for such few roads. Paradoxically, one car is just for 4% of the Mozambican households, which in turn, unveils the other side of the coin. Those who knew the Mozambican capital in the 90s will certainly not recognize it anymore, nowadays. With very little structural changes, the exponential growth of the car assortment is the biggest responsible for a complete change in the urban landscape: few roads for so many cars; bottlenecks and traffic congestions all over; pavements commandeered by vehicles which cannot find a parking lot...

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AGOSTO 2013 · Capital Magazine

Until few years back, this was a problem for the developed and emerging countries which Mozambicans simply heard about. Nowadays, swayed particularly by economic phenomenon’s they are importing numerous cars, mainly from Japan and Durban. In one hand, a burgeoning growth of the people’s level of income enables the acquisition, and the country is therefore witnessing a rampant booming of vehicles. On the last two decades the national car assortment evolved significantly: in 1990 there were 52,239 vehicles, and the numbers now grew to 486,920 in 2012 (over nine times more). Just in the last two years, more than 100,000 vehicles entered the country. It is a rhythm that remits to a worse scenario in the coming years and which will undoubtedly require a greater financial effort to expand the access routes, particularly in the cities.

Maputo swallows 75% of the whole traffic

It’s no wonder why driving around the cities on Maputo and Matola became less fast than on foot. It’s equally not surprising that the Government bents its back in adaptations, thus introducing some changes on the direction of streets. Just in the city and province of Maputo, in 2012, there were 363,984 vehicles; close to 75% of all cars in the country. Because the presence of vehicles is a synonym of development, Sofala and Manica - being the provinces where the largest cities in the country are located, after Maputo and Matola – are the ones that have a considerable portion of the remaining 25%. In 2012, Sofala counted on 29,447 cars and Nampula 30,833. As for Niassa, Cabo Delgado


BACKGROUND THEME PHOTO Helga Nunes

Car assortment per province in 2012

and Zamb茅zia, they fall too far behind for these numbers. In fact, in the Center and North, to even out, bicycles and motorbikes are the main means of transport for the people.

The other side of the coin

Looking merely at the evolution of numbers and the situation in the cities, may lead to an illusion of abundance. Far from that, the Health and Demographic Inquiry (IDS 2011) recently divulged by the National Institute of Statistics (INE), reveals that only 4% of the Mozambican families own a car. Taking into account the average of 5 members per household, this figure corresponds to one car for more than 120 people. The situation is even worse in the rural environment. Only 1% of households own a car. In the cities this number

SOURCE: INATTER

Evolution of the car assortment on Mozambique (1990 - 2012)

rises to 10.3% which still too far from the desired, while also revealing a perturbing level of poverty among the population.

Accidents dropping down

It is difficult (if not impossible) to speak of car assortment without mentioning road safety... or road accidents. It is a misconstruction for those who think that the occurrence of accidents is of any connection with the increase of the car assortment and the complicated traffic. That is the information that can be drawn from the data released from the National Institute of Terrestrial Transportation (INATTER). From 2008 to 2012 for instance, while

the number of cars increased from 290,607 to 486,920, the number of accidents reduced by 2,343. This means that there was a drop from 5,438 to 3,095 accidents. In other words, with a lot more cars circulating in the market, there were lesser accidents! Still in the framework of road safety, one important aspect comes to light: the abysmal difference that exists between the number of drivers trained in schools and the driving population. In Mozambique, an overwhelming majority of people drives illegally. Last year there were 13 times more illegal drivers behind the wheel, than licensed drivers. There were 50,893 people who had been through schools versus a total of 648,907 in conflict with the law. c

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Mercados/Markets STANDARD BANK

Informação Económica Mensal

Economia Moçambicana / Mozambican Economy

Fáusio Mussá Economista do Standard Bank

Inflation Inflation continued to decelerate in July, with Mozambique’s Consumer Price Index (CPI) recording a monthly deflation -0.23%m/m (month on month) allowing for a 0.28pp (percentage points) decline in annual inflation to 4.58%y/y with the average up 0.22pp to 3.29%. Favorable food prices were key for the ease in CPI, reflecting on one hand, the recovery of agricultural output and on another hand, the MZAN stability to USD and strong gains to ZAR. The stability in administered prices, including fuels also contributed to a more stable inflation. These allowed inflation expectations to be revised downwards by 1pp to 6.5%.

Inflação - Moçambique (Moz Inflation) 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

Anual (Year on Year) Média (Average)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-13 Feb-13 Mar-13 Apr-13 May-13 Jun-13 Jul-13

%

Inflação A inflação continuou a abrandar em Julho, com o IPC Moçambique a registar uma descida mensal de preços de 0.23%m/m (mês a mês), a terceira deflação em três meses consecutivos, o que permitiu a redução de inflação anual em 0.28pp (pontos percentuais) para 4.58% a/a (ano a ano) e um ligeiro aumento da média anual em 0.22pp para 3.29%. Esta desaceleração reflecte essencialmente a descida de preços na classe dos alimentos, derivada por um lado, da retoma da produção agrícola e por outro lado, de uma relativa estabilidade cambial do Metical face ao Dólar e fortes ganhos contra o Rand. A manutenção de preços administrados estáveis, incluindo o dos combustíveis também contribuiu para a estabilidade da inflação. Estes desenvolvimentos permitiram rever em baixa as expectativas de inflação para este ano em 1pp para 6.5%.

The decreasing trend in prices was similar across the 3 cities were CPI is measured, with Beira recording the lowest annual

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine


Mercados/Markets STANDARD BANK

Communication Lazer, recreacao e cultura Leasure, recreation and culture Educacao Education Restaurantes, hoteis, cafes e similares Restaurants, hotels, coffe shops and others Bens e serv icos div ersos Other goods and serv ices Total (variacao anual %/ % annual change)

4,93

-0,09

9,89

2,16

3,46

-0,24

1,69

4,38

5,03

1,79

3,81

4,68

7,38

1,29

1,63

1,37

0,35

-0,22

4,84

-0,15

1,66

0,88

-2,12

9,59

11,51

2,70

3,53

4,83

3,91

3,88

10,75

2,77

2,48

0,12

5,56

4,58

4,95

1,90

5,31

Fonte(Source): Instituto Nacional de Estatistica (Nat. Statistics Institute)

A tendência decrescente da inflação anual foi similar nas 3 cidades onde o IPC é calculado, com a cidade da Beira a apresentar a menor inflação anual do país, de 1.9%, seguida de Maputo com 4.95% e Nampula 5.31% a/a. Similarmente, a média anual em Julho foi de 2.69% na Beira, 3.32% em Maputo e 3.53% em Nampula, prevendo-se que continue a subir para os níveis projectados. Mercado Monetário Contrariando as expectativas de mercado, o Banco Central cortou as suas taxas de juro de referência em 25pb (pontos base) em Agosto, após um corte de 50pb em Junho, fixando em 8.75% a taxa de juro dos empréstimos overnight aos bancos comerciais, FPC, e em 1.50% a taxa de juro da facilidade de depósito, FPD. A melhoria das perspectivas de inflação muito provavelmente poderá justificar outro corte de magnitude similar. Durante o mês de Julho as taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro (BT’s) subiram 13pb a 91 dias para o nível de 4.94% e 10pb a 364 dias para 7.02%, reflectindo a manutenção da correcção para preços de mercado, um ajustamento para cima que se mantém desde o início do ano, em simultâneo com a redução da liquidez em moeda nacional.

Similarly, Beira recorded the lowest average inflation of 2.69%, followed by Maputo, 3.32% and Nampula, 3.53%, with expectations of an increased trend to projected levels. Money Market Contrary to market expectations, Central Bank decided to cut by 25bp (basis points) their reference interest rates at the August MPC (Monetary Policy Committee) meeting with FPC - overnight lending facility interest rate down to 8.75%, and FPD, deposit facility interest rate down to 1.50%. As inflation outlook improves, another similar cut is likely to occur. During July, Treasury Bill (TB) interest rates increased 13bps to 4.94% on the 91 day tenor and 10bps on the 364 days to 7.02%, reflecting an adjustment to market prices as local currency liquidity dries up, an adjustment that started at the beginning of the year. Secondary money market remained characterized by rigid interest rates on both sides of the bank’s balance sheets, deposits and loans. This reflects essentially commercial banks increased “price” competition for “large” deposits to finance the strong credit expansion in a context of a limited liquidity pool in local currency. Agregados Monetários & Prime Rate Monetary Agregates & Prime Rate

30 25 20 15 10 5 0

Jun-13

Comunicacoes

5,79

Media (Average)

Abr-13

Transport

2,54

Mai-13

Transportes

3,69

Fev-13

Health

2,44

Mar-13

Saude

2,79

Anual (Year on Year)

2012

Furniture, decoration and domestic equipment

17,55

Jan-13

Mobiliario, artigos de decoracao, equipamento

10,13

2011

Housing, w ater, electricity , gas and other fuels

5,19

2010

Habit., agua, electric., gas e out. combustiv eis

8,73

Inflacao - Maputo (Maputo Inflation) 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

2009

Clothing and footw ear

6,51

2008

Vestuario e calcado

2,63

2007

Alcoholic bev erages and tobacco

5,53

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-13 Feb-13 Mar-13 Apr-13 May-13 Jun-13 Jul-13

Bebidas alcoolicas e tabaco

5,34

2006

Food and non-alcoholic bev erages

inflation of 1.9%, followed by Maputo with 4.95% and Nampula, 5.31%.

2005

Alimentos e bebidas nao alcoolicas

Moc. Maputo Beira Nam p.

%

Inflação anual (Annual inflation) y/y %

Crédito a Economia (Credit to Economy) y/y% M3 y/y% Prime rate %

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Mercados/Markets STANDARD BANK

5

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13

0

FPC

BT 91d (TB)

FPD

O mercado monetário secundário continuou caracterizado por uma rigidez das taxas de juro de financiamento e de depósito devido essencialmente a forte concorrência de “preço” dos bancos comerciais pela captação dos “grandes” depósitos para financiar a expansão do crédito, uma situação agravada pelas limitações regulamentares ao financiamento em moeda externa, que nalguns casos resulta na conversão para Meticais de financiamentos anteriormente denominados em moeda externa, pressionando a liquidez em moeda nacional. A prime rate média do mercado manteve-se estável em 15.4%, tendo-se verificado um aumento mensal de 61pb na taxa de juro média de empréstimos para 20.17% e uma descida de 84pb na taxa de juro média dos depósitos para 9.34% em Julho. Dados provisórios indicam que a massa monetária (M3) expandiu 21.8% a/a em Junho, convergindo para os níveis programados, mas com o credito a economia a crescer ainda muito acima do previsto, em torno dos 27% a/a. Mercado Cambial O Metical manteve-se relativamente estável em Julho, com uma variação mensal nula face ao Dólar, fechando ao nível de MZN/USD29.85 e perdas de 1.3% m/m e 1.1% m/m contra o Rand e Euro, para níveis de MZN/ZAR3.02 e MZN/EUR39.47. Em termos anuais, o Metical registou em Julho, depreciações de 5.8% a/a e 13.7% a/a face ao USD e EUR e ganhos de 12.5% a/a contra o Rand. As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) mantiveram uma tendência ascendente em Julho, pelo segundo mês consecutivo, contrariando a tendência dos primeiros cinco meses do ano, fechando o mês ao nível de $2401.0 milhões. Este aumento reflectiu essencialmente entradas de divisas para projectos do Estado ($30.7 milhões) e desembolsos da ajuda externa para apoio ao Orçamento Geral do Estado ($110.1 milhões), permitindo uma cobertura de importações de bens e serviços não factoriais de 5.6 meses pelas reservas

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SETEMBRO 2013 · Capital Magazine

Foreign Exchange Market Metical remained relatively stable in July with no m/m change to the US Dollar, closing at MZN/USD29.85 but losing to the Rand and Euro 1.3% m/m and 1.1% m/m, respectively to closing levels of MZN/ZAR3.02 and MZN/EUR39.47. At an annual basis, the Metical depreciated in July 5.8%y/y and 13.7%y/y to the USD and EUR but gained 12.5% to the Rand. Net International Reserves (NIR) balance maintained the upward trend for the second consecutive month in July, after a decreasing trend since the beginning of the year, closing at U$2401.0million. Reservas Internacionais vs Cobertura Imp. (Net International Reserves vs Import Cover) 3.000 2.500

7 6

2.000 1.500

5

1.000

4

500 0

Meses (Months)

%

10

3 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13

15

The restrict enforcement of foreign currency lending regulations which translates in some cases in conversion of loans from foreign currency to local currency adds to the Metical liquidity squeeze. Market average prime lending rate remained stable at 15.4%, with average lending interest rates up 61bps to 20.17% and deposit interest rates down 84bps to 9.34%. Although we expect prime lending interest rates to follow Central Banks recent interest rate cuts, average lending and deposit interest rates could move up as margins are likely to reflect the market current liquidity position. Provisional data reported to June indicates a deceleration of M3 expansion to 21.8%, converging to the targeted levels, however, private sector credit extension continued to grow strongly at 27% y/y.

mio USD (USD millions)

20

Taxas de Juro (mercado primário) (Primary market interest rates)

RIL (NIR) USD

Meses Cob.Import.(Import Cover Months)

This reflects essentially the inflow of foreign currency (fx) to Government projects ($30.7 million) and disbursement of donor support to Government Budget amounting (U$110.1 million), allowing for an import cover of 5.6 months by gross reserves, adding to the expectations of Metical stability. Economic Activity As expected, Government revised downwards its real GDP growth projections from 8.4% y/y to 7% this year.


Mercados/Markets STANDARD BANK

brutas, alimentado assim, perspectivas de estabilidade cambial. Actividade Económica Tal como esperado, o Governo reviu em baixa a expectativa de crescimento para este ano, de 8.4% para 7%, ainda assim, um nível considerado robusto, que toma em consideração o impacto positivo da reconstrução após cheiras, colocando o país entre as economias que mais crescem em África perspectivando-se uma aceleração para 8% em 2014. Importa referir que este crescimento económico continua insuficiente para causar melhorias significativas no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que continua dos mais baixos do mundo, e tem sido criticado por não ser considerado suficientemente inclusivo. A manutenção da paz constitui um importante pilar para a prosperidade do país, recentemente ameaçada pelo aumento da instabilidade política e pelos relatos de aumento generalizado de crimes violentos nos centros urbanos, o que poderá ter um impacto negativo no Investimento Directo Estrangeiro. As reservas de gás natural da bacia do Rovuma poderão transformar Moçambique num importante exportador mundial de gás natural liquefeito (LNG), estando previsto para o próximo ano, o fecho do pacote financeiro para o financiamento do desenvolvimento dos projectos de exploração de gás natural pela Anadarko e Eni, para que a produção possa ter inicio em 2018/19. Recentemente, o mercado mundial de gás natural tem-se caracterizado por importantes descobertas de recurso e pela potencial entrada de novos grandes produtores, incluindo os EUA, o que aumenta o risco de ser mobilizado para Moçambique, um menor investimento do que o inicialmente previsto.

Nota Este documento foi preparado com base em informação de fontes que o Grupo Standard Bank acredita e são confiáveis. Apesar de todo o cuidado ter sido tomado na elaboração deste documento, nenhum analista ou membro do Grupo Standard Bank fornece qualquer garantia ou aceita qualquer responsabilidade sobre a informação contida neste documento. Todas as opiniões, previsões e estimativas contidas neste documento podem ser alteradas após a sua publicação e a qualquer momento, sem aviso prévio. O desempenho histórico não é indicativo de resultados futuros. Os investimentos e estratégias discutidos aqui podem não ser adequados para todos os investidores ou qualquer grupo particular de investidores. Este documento foi elaborado para efeitos informativos, apenas para clientes do Standard Bank ou potenciais clientes e não deve ser reproduzido ou distribuído a qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio de um membro do Grupo Standard Bank. O uso não autorizado deste documento é estritamente proibido. Ao aceitar este documento, concorda ser guiado pelas limitações que existem ou que venham a existir. Copyright 2013 Standard Bank Group. Todos os direitos reservados.

Despite the downward revision, this level remains robust and reflects the expected recovery of post flooding reconstruction, keeping the country as one of the fastest growing economies in Africa, and is projected to accelerate to 8% by 2014. Nonetheless, these levels remain insufficient to produce meaningful improvements on Human Development Index (HDI), which remains one of the poorest in the world and is criticized for not being enough inclusive. The peace preservation remains key for the country’s prosperity but is currently under threat by recent political instability and reported increased violent crimes in urban areas, which could impact negatively on FDI (foreign direct investment) inflows. Rovuma basin natural gas world class reserves are likely to turn Mozambique into an important LNG (liquefied natural gas) exporter. Financial closure for the funding of the development of Anadarko and Eni LNG projects is scheduled for 2014 with initial production expected by 2018/19. Recently, the world’s natural gas market is being characterized by new important discoveries and the emergence of new potential large producers, including the USA, which could result in a smaller than expected investment in Mozambique’s LNG projects.

Disclaimer This research report is based on information from sources that Standard Bank Group believes to be reliable. Whilst every care has been taken in preparing this document, no research analyst or member of the Standard Bank Group gives any representation, warranty or undertaking and accepts responsibility or liability as to the accuracy or completeness of the information set out in this document. All views, opinions, estimates contained in this document may be changed after publication at any time without notice. Past performance is not indicative of future results. The investments and strategies discussed here may not be suitable for all investors or any particular class of investors. This report is intended solely for clients and prospective clients of members of Standard Bank Group and may not be reproduced or distributed to any other person without the prior consent of a member of the Standard Bank Group. Unauthorized use or disclosure of this document is strictly prohibited. By accepting this document, you agree to be bound by the foregoing limitations. Copyright 2013 Standard Bank Group. All rights reserved.

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O

Código de IRPS em vigor adoptou um conceito bastante abrangente de remuneração, o qual inclui ordenados, salários, vencimentos, gratificações, percentagens, comissões, participações, subsídios ou prémios, senhas de presença, emolumentos, participações em coimas ou multas e outras remunerações acessórias, ainda que periódicas, fixas ou variáveis, de natureza contratual ou não. A remuneração é classificada e tributada como rendimento de trabalho dependente, nos termos definidos por lei. Para além da remuneração, o Código do IRPS refere ainda que serão consideradas rendimento de trabalho dependente as remunerações acessórias definidas como todos os direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remuneração principal que sejam auferidos devido à prestação de trabalho ou em conexão com esta e constituam para o respectivo beneficiário uma vantagem económica. Nos termos do acima exposto, resulta claro que o legislador pretendia tributar, como rendimento de trabalho dependente, toda e qualquer vantagem económica atribuída pelo empregador aos seus colaboradores, em virtude da relação laboral. Se por um lado o legislador quis tributar as remunerações acessórias como rendimento de trabalho dependente, por outro lado, devido à sua natureza, o legislador estabeleceu uma forma diferenciada para a tributação deste tipo de remuneração. Assim, há alguns benefícios que não serão tributados na totalidade, ficando apenas sujeito à tributação uma parte do benefício. A título exemplificativo, temos os abonos para falha, os subsídios de residência, subsídio de transporte, entre outros. E há ainda alguns benefícios em espécie, cujo valor monetário deverá ser determinado para efeitos de tributação. O presente artigo versa sobre os tipos de remunerações acessórias e a sua forma de

Rendimentos de – A Tributação d tributação, nos termos do Código do IRPS. Tipos de remuneração acessória e formas de tributação O Código do IRPS enumera as remunerações acessórias e a respectiva forma de tributação. Passamos a descrever de seguida alguns tipos de remuneração acessória mais frequentes e a respectiva forma de tributação a) Subsídio de alimentação Este subsídio é geralmente pago aos colaboradores, com o objectivo de ajuda-los com os encargos de alimentação nos dias de trabalho. No que se refere à forma de tributação deste benefício, foi estabelecido um limite – o limite do salário mínimo. Assim, ficará isento de tributação o montante do subsídio de alimentação até o limite do salário mínimo, o qual irá depender do sector de actividade. Contudo, a parte que exceder o limite legalmente estabelecido, ficará sujeito à tributação. b) Utilização de residência paga pela entidade empregadora No que toca à utilização de residência paga pela entidade empregadora, há três situações a considerar, nomeadamente – ll Atribuição de renda de casa Nos casos em que a entidade empregadora paga ao colaborador um subsídio de renda de casa, será considerado como remuneração acessória a totalidade do valor da renda pago, devendo, para efeitos de tributação, ser adicionado à remuneração do colaborador, para efeitos de tributação. ll Utilização de casa da empresa localizada nas instalações da empresa No caso da utilização, pelo colaborador, de casa pertencente à entidade empregadora e desde que esta se localize dentro das ins-


FISCALIDADE

e Trabalho Dependente de Remunerações Acessórias talações da empresa, o beneficiário ficará isento de tributação em sede de IRPS. ll Utilização de casa da empresa localizada fora nas instalações da empresa Situação contrária acontece quando é atribuído ao colaborador uma casa pertencente à empresa, quando esta se localiza fora das instalações da empresa. Nestas situações, já não haverá isenção de tributação, devendo o respectivo beneficiário ser tributado pelo benefício. Por se tratar de um benefício em espécie, torna-se necessário obter o respectivo valor monetário. Para o caso em análise, estabelece o Código do IRPS que o valor a ser considerado para efeitos de tributação será o valor da renda determinado segundo o valor do mercado, em condições de concorrência, contudo o referido valor não deverá exceder um sexto do total das remunerações auferidas pelo beneficiário. c) Utilização de viatura da entidade empregadora Outro benefício em espécie resulta da atribuição ao trabalhador, por meio de documento escrito, do uso ilimitado de viatura pertencente à entidade empregadora. Tendo o uso ilimitado da viatura, o colaborador passa a usar a viatura concedida pela entidade empregadora para fins profissionais e privados, sendo que todas as despesas relativas à utilização da viatura ficam por conta da entidade empregadora. Nestes casos, e por forma a determinar o valor monetário do uso da viatura pelo colaborador, estabelece Código do IRPS que constitui rendimento anual do beneficiário o valor equivalente a 0,25% do valor de aquisição ou de produção da viatura, multiplicado pelo número de meses de utilização da mesma. Isto significa que se o colaborador tiver utilizado uma viatura, cujo valor de aquisição foi MTN 900.000,00, por um período de 1 ano, o valor do benefício

sujeito a tributação será obtido com base na seguinte fórmula : 900.000,00 x 0,25% x 12. O resultado será o valor do benefício que deverá ser adicionado ao salário para efeitos de tributação. Por outro lado, caso o colaborador adquira a viatura da entidade empregadora, o rendimento sujeito à tributação será o valor correspondente à diferença positiva entre o respectivo valor médio de mercado, considerado pelas associações do sector automóvel e o somatório dos rendimentos anuais tributados como rendimentos decorrentes da atribuição do uso, com a importância paga a título de preço de aquisição. d) Ajudas de custo pela utilização de viatura própria ao serviço da entidade empregadora Outro benefício concedido pelo empregador aos seus colaboradores resulta da atribuição de ajudas de custo pela utilização pelos colaboradores de viaturas próprias ao serviço da entidade empregadora. Ficam isentos de tributação o valor até ao limite dos quantitativos estabelecidos para os funcionários do Estado, com remunerações fixas equivalentes ou mais aproximadas, e o valor que exceder tal limite, ficará sujeito à tributação. Contudo, até a data não são conhecidos os limites estabelecidos para os funcionários públicos, o que torna difícil a tributação deste benefício, uma vez que ainda não existem limites para efeitos de equiparação. e) Subsídio de falha Este subsídio é geralmente atribuído a funcionários que no desempenho das suas funções, tem de movimentar numerário, tal como é o caso dos caixas dos bancos. Estabelece o Código do IRPS que a parte do subsídio de falha que exceder 5% da remuneração mensal fixa, será considerado rendimento de trabalho dependente e consequentemente, sujeito a tributação em

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sede de IRPS. Portanto, até ao limite de 5% da remuneração mensal fixa do colaborador beneficiário o subsídio de falha estará isento de tributação, contudo, a parte excedente deverá ser tributada juntamente com os restantes rendimentos de trabalho dependente. f) Empréstimos No caso da entidade empregadora conceder aos seus colaboradores empréstimos sem juros ou a taxas de juro reduzidas, o rendimento em espécie sujeito à tributação corresponde ao valor obtido da aplicação ao respectivo capital da diferença entre a taxa de juro de referência para o tipo de operação em causa, a qual corresponde, para este efeito, à taxa de redesconto do Banco de Moçambique em vigor no início de cada ano civil, e a taxa de juro que eventualmente seja suportada pelo beneficiário. Nota Final Pelo exposto acima é evidente a necessidade de se determinar uma forma diferenciada de tributação das remunerações acessórias, até porque, em certos casos, os benefícios são atribuídos em espécie, tornando-se necessário converter e obter o respectivo valor monetário, daí a importância de se determinar com clareza as fórmulas e formas de tributação de tais rendimentos. Dado que há alguns limites que ainda não estão determinados, dificultando desta forma a tributação dos rendimentos em espécie, tal como é o caso do limite para as ajudas de custo pela utilização de viatura própria do trabalhador para fins de trabalho, urge determinarem-se tais limites por forma a evitar que a tributação seja a mais ou a menos do que deveria ser se tais limites já estivessem em vigor.c

Carolina.balate@mz.pwc.com

PricewaterhouseCoopers Legal PwC Este artigo é de natureza geral e meramente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profissional adequado para um caso concreto. A PricewaterhouseCoopers Legal não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de uma decisão tomada (ou deixada de tomar) com base na informação aqui descrita.

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T

he current IRPS Code adopted a new concept of remuneration largely inclusive, which consists on earnings, salaries, wages, gratifications, percentages, commissions, participations, subsidies or premiums, attendance tickets, emoluments, participations in penalties or fines and other accessory remunerations, even if periodic ones, fixed or variable ones, contract based or not. The remuneration is categorized and taxed as income from dependent work, as ascribed by the law. Apart from the remuneration, the IRPS Code further advises that additional income from dependent work also entails the accessory remunerations here defined as all the rights, benefits, privileges not included in the core remuneration earned as a result of service provision or in association to it, and therefore represent economic advantage to the beneficiary. In terms of the aforementioned, it’s clear that the legislator intended to tax – as income from dependent work – all and whatever economic advantage dispensed from the employer to its collaborators in corollary to work relations. If in one hand the legislator intended to tax the accessory remunerations such as income from dependent work, on the other hand, given its nature, the legislator also established a differentiated way for the taxing this type of remuneration. Hence, there are some benefits that may not be taxed in total, and therefore only part of the benefit may be taxed. As an example, there are the allowances for failure, housing allowances, transport subsidies, among others. There are also other in-kind benefits for which the pecuniary value will have to

Income from Depen – Taxing of Acce be determined for tax purposes. The current article addresses the type of accessory remuneration and its taxing procedure, in terms of the IRPS Code. Types of accessory remuneration and taxing procedures: The IRPS Code outlines the accessory remunerations and the due taxing method. We hereby describe some of the most common types of accessory remuneration as well as its due taxing formula. a) Food Allowance This subsidy is usually paid to workers and aimed at supporting them with food costs during working days. As far as the taxing method for this benefit is concerned, a limit was established – the limit of the minimum wage. Hence, it is exempted from taxing, the amount of the subsidy up to the limit of the minimum wage, which will depend on the sector of activity. However, the portion beyond the limit legally established, is bound to taxing. b) Residing in house paid for by the employing entity With regards to housing paid for by the employing entity, there are three situations to consider, as follows: ll Provision of rent allowance In cases where the employing entity pays the staff member a rent allowance, it will be considered as accessory remuneration the total amount of the rent paid, and therefore for taxing purposes, it will be added to the remuneration of the staff member and taxed wholly. ll Use of company house located in


FISCALITY

Dependent Work essory Wages the company premises In case the staff member uses a house belonging to the employing entity and as long as it is located in the premises of the company, the beneficiary is exempted from taxing, in the light of the IRPS Code. ll Use of company house located outside the company premises The contrary situation happens when the staff member is allocated a house belonging to the company and the house is located outside the company premises. In this situation there will be no taxing exemption and the beneficiary will therefore be taxed for the benefit. Considering it is an in-kind benefit, it becomes necessary to establish the pecuniary value. In such case, the IRPS Code stipulates that the amount to be considered for taxing purposes will be the rent cost determined according to market rate, under competition circumstances, yet the referred amount shall not exceed one sixth of the total remunerations earned by the beneficiary. c) Use of company car Another in-kind benefit unfolds from the entrustment to the staff member, through a written document, the unlimited use of a vehicle belonging to the employing entity. Given the unlimited use of the vehicle, the staff member uses the vehicle assigned by the company for professional and personal purposes and therefore, all expenses associated to the use of the vehicle are incurred by the employer. In these cases, and as means to ascertain the money value for the use of the vehicle by the staff member, the IRPS Code ascribes that the annual income of the beneficiary is constituted by the

amount equivalent to 0.25% of the acquisition or production cost of the vehicle, multiplied by the number of months the vehicle is used for. This means that if a staff member has used a vehicle for which the total cost of acquisition was 900,000.00MTn, for a period of one year, the value of the benefit subject to taxing will be established through the following formula: 900,000.00 X 0.25% X 12. The result will be the value of the benefit which will be added to the salary, for taxing purposes. On the other hand, in case the staff member acquires the vehicle from the employing entity, the income subject to taxing will be the amount corresponding to the positive difference between the respective average market cost, established by the associations in the motor industry, and the sum up of the annual incomes taxed as income unfolding from the entrustment, along with the amount paid in view of the acquisition cost. d) Car allowance for the use of own vehicle at the service of the employing entity Another benefit offered by the employer to its staff members unfolds from the provision of an allowance for the use of the staff members’ own vehicle for work purposes. The amount up to the limit of the established quantitative for public workers is exempted from taxing, with fixed remunerations equivalent or closely approximated, and the amount exceeding such limit will be subject to taxing. However, to date, the limits established for public workers are not yet known, which makes it difficult for the taxing of this benefit, considering that there are still no limits for comparison purposes. e) Failure subsidy This subsidy is generally allocated to workers who in the pursuit of their activities have to handle monies such as bank tellers. The IRPS Code establishes that the portion of the failure subsidy that exceeds 5% of the fixed monthly remuneration will be considered income from dependent work and consequently subject to taxing in terms of the IRPS. Thus, the failure subsidy is exempted from taxing up to the limit of 5% of the fixed monthly remuneration of the beneficiary staff member; however, the surplus portion will be taxed

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along with the remaining incomes from dependent work. f) Loans In cases where the employing entity provides loans to the staff members with no interest or then low interest rates, the in-kind income to be taxed corresponds to the amount obtained from the application of the respective capital from the difference between the reference interest rate for such transactions, which tallies, for that matter, with the rediscount rate in force at the Bank of Mozambique in the beginning of each civil year, and the interest rate which is eventually supported by the beneficiary. Final Note Given the abovementioned, the need to determine a differentiated approach of taxing the accessory remunerations becomes evident, as in fact, in some cases, the benefits are provided in-kind and thus the need to convert them and obtain the respective pecuniary value; hence the importance of clearly establishing the formulas and procedures for taxing such incomes. Given that there are some limitations which are not yet determined and thus posing difficulty for the taxing of inkind incomes, as it is the case for the subsidy for the use of own car by the staff member towards work related purposes, it is urgent that such limitations are established in order to avoid that the taxing is higher or lower than what it should be if the limitations were in force..c

Carolina.balate@mz.pwc.com

PricewaterhouseCoopers Legal PwC This article is of a general nature and purely informative, and not intended for any particular situation or entity, and it does not replace professional advice for a particular case. Cool PricewaterhouseCoopers shall not be liable for any damages or loss arising from a decision made (or lack of) based on the information herein.

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UP-GRADE

Economia ainda espera pela ferrovia Norte-Sul

N

o quadro do fortalecimento da frágil rede de infraestruturas de transportes, o Governo concebeu, em 2010, um projecto de construção de uma ferrovia que liga o norte ao sul do País, avaliada em quatro biliões de dólares norte-americanos. Em Janeiro de 2011, o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, assegurou que já decorriam estudos de viabilidade para a materialização do empreendimento e que daria início, no mesmo ano, à elaboração do plano espacial e à definição do traçado da linha férrea Norte-Sul, nos termos do Plano Económico e Social para 2011. O Governante avançou, aliás, que a ferrovia ligaria Maputo à cidade de Nacala, em Nampula, e incluíria a construção de quatro troços para assegurar a ligação com as principais linhas existentes nas três regiões do país, viabilizando

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o escoamento da produção agrícola e dos minerais à escala nacional, além de galvanizar a área do turismo. Na altura, a pertinência do empreendimento dividiu opiniões. Alguns empresários defenderam que uma linha férrea seria menos viável que uma boa rede de estradas, tanto em termos de custos quanto pela possibilidade de explorar zonas do interior com grande potencial agrícola, e que, eventualmente, estariam distantes da infraestrutura. Ainda assim, o Governo apostou na iniciativa e, em finais de 2010, procurava investidores interessados em financiar o projecto, contudo ainda não há respostas. Cauteloso, em nenhum momento Paulo Zucula revelou uma eventual data para o arranque das obras, pelo que a economia vai continuar a ansear pela sua realização, bem como de outros projectos de infraestruturas de transporte.

A área mineira é a que mais constrangimentos enfrenta pela insuficiência de vias de escoamento. A linha de Sena tem uma capacidade inferior a dois milhões de toneladas por ano, muito abaixo dos planos das mineradoras. A brasileira Vale, por exemplo, quer exportar cerca de cinco milhões de toneladas este ano, quantidades que pretende elevar gradualmente. Face às dificuldades, a multinacional já está a construír a linha Moatize-Nacala, passando pelo Malawi - um empreendimento avaliado em cerca de 1.7 biliões de dólares norte-americanos. Face às dificuldades, a Rio Tinto tentou persuadir o Governo a introduzir barcaças no rio Zambeze, decisão rejeitada por razões ambientais. A empresa tem estado a enfrentar momentos difíceis em Moçambique devido à insuficiência de transportes, e já pondera desfazer-se de parte da sua concessão carbonífera.c



UP-GRADE

The economy still awaits for the railway North-South

I

n light of the reinforcement of the fragile transport infrastructure network, the Government has conceived, in 2010, a project for the construction of a railway that connects the North of the country to the South, estimated in four billion American dollars. In January 2011, the Minister of Transports and Communications, Paulo Zucula, assured that assessment studies were on track for the materialization of the undertaking, and still in the same year, the elaboration of the space plan would kick start, as well as the establishment of the delineation of the North-South railway, in terms of the

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AGOSTO 2013 ¡ Capital Magazine

Economic and Social Plan 2011. The Government hinted, in fact, that the railway would connect Maputo to the city of Nacala, in Nampula, and would include the construction of four transshipments to secure the connection with the main lines in place on the three regions of the country, thus enabling the outflow of agricultural produce and minerals at national scale, apart from also galvanizing the tourism industry. At that moment, the relevance of the undertaking divided opinions. Some businessmen argued that a railway would be less viable than a network of good roads, both in terms of cost as well as the opportunity to explore the hinterland

with enormous agricultural potential, and that eventually it would be far away from main infrastructures. The Government still contended on the initiative and by the end of 2010, it was looking for investors interested in financing the project, for which no responses have been obtained as yet. Paulo Zucula, was cautious enough not to advance any dates for the possible commencement of construction works and the economy is yet to await for its execution as well as for other projects for transport infrastructures. The mining sector is the one facing more constraints due to the insufficiency of outflow infrastructures. The Sena line has a capacity two million tons short, per year, which is way below the plan of the mining companies. The Brazilian Vale, for instance, would want to export five million tons this year and intended to gradually increment this capacity. Given the difficulty, the multinational is already building the Moatize-Nacala line, going through Malawi – an undertaking estimated at 1,7 billion American dollars. In light of the challenges, Rio Tinto attempted to persuade the Government to introduce barges in the Zambeze River, and this was declined due to environmental concerns. The company has been enduring difficult moments in Mozambique due to the paucity of transportation and may possibly let go of its carboniferous concession. c


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De acordo com um relatório apresentado pela Accenture

Metade do crescimento económico mundial até 2017 ocorrerá nos países emergentes, com 40% a partir da Ásia - África e América Latina representam ainda menos de ¼ desse valor, com reflexo nos fluxos mundiais de comércio e de investimento;

América Latina, Europa e África necessitam de acelerar as condições de concretização de um efectivo T riângulo Estratégico

S

ob o título Triângulo Estratégico: América Latina - Europa - África: Realidade e potencial de expansão, a Accenture analisou o potencial económico e geoestratégico do triângulo composto pelas áreas referidas, de modo a suportar um debate actual, alargado e multidisciplinar nas dimensões política, social, académica e cultural. Apesar do entusiasmo sobre vários projectos nas geografias sul-americanas e africanas, estas áreas representam menos de ¼ da dimensão económica da Ásia e, até 2050, estima-se que contribuam com menos

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de 10% do crescimento mundial. Quando examinados os fluxos comerciais, de investimento e de aquisições, constata-se que a Ásia continuará a ser indiscutivelmente o motor de crescimento. “Evoluir no sentido de um Triângulo Estratégico é reconhecer a necessidade de conquistar competitividade num mundo multipolar, equilibrando um sistema em que o eixo do Pacífico, liderado pela China, ganha um peso determinante. Competir exige uma dinâmica mais complexa, que conduza a uma nova normalidade, defende Luís Pedro Duarte, managing director da Accentu-

re, responsável pela área de Estratégia em Portugal, Angola e Moçambique. De acordo com as conclusões deste relatório, existem razões de optimismo numa perspectiva integrada de três geografias complementares, constituindo um mercado de dimensão relevante e equilibrado: Capital Humano - o Triângulo apresenta um claro potencial demográfico, contando com 38% da população jovem e 32% da população activa mundial (em que a pirâmide integrada das regiões é equilibrada). Ou seja, elementos geradores de novos mercados de consumo e trabalho, onde deve ser reconhecido


GESTÃO ESTRATÉGICA

1 - África e LATAM apresentam um potencial que deve ser considerado em perspectiva 40% Ásia

=1x 10% África e LATAM

Na veloci crescimento económico mundial até 2017 ocorrerá nos países emergentes, com 40% a partir da Ásia; África e LATAM representam menos se valor

que os temas da saúde e educação serão sujeitos à pressão adicional causada pelo movimento de urbanização. “Recursos Naturais - América Latina e África assumem um papel determinante nesta variável, tornando o eixo emergente do Triângulo incontornável, onde existem mais de 1/4 das reservas de petróleo, 50% da água potável e 50% da terra arável não explorada no mundo. “Proximidade Cultural - aspecto mais importante e menos replicável do Triângulo Estratégico, devido à interligação histórica, sobretudo através da Europa. Se promovido efectivamente, pode constituir um factor de vantagem competitiva face a outras áreas económicas (eg. uma antiga relação histórica e uma língua comum potenciam o comércio em mais de 900% e mais de 200%, respectivamente, factores significativamente mais impactantes do que a distância geográfica). “A materialização de relações trilate-

3x

9x

Na dimensão de base: economia asiática = 3x LATAM e 9x África

rais pode tomar uma forma mais célere nas empresas, sobretudo naquelas que reconhecem a vantagem de incorporar a multipolaridade - neste caso, dos três vértices do triângulo - no desenho do seu modelo operativo ao longo de várias localizações ou na diversificação de risco do seu portfolio de negócios, em mercados com maturidades e ciclos distintos. E, nessa perspectiva, são frequentemente as multinacionais de origem em países emergentes que apresentam casos de referência, refere ainda o responsável. Essas organizações conseguem capitalizar as vantagens competitivas do seu conhecimento local, flexibilidade na adaptação, apresentam um maior conforto com o risco e estratégias de alcance de novos segmentos da procura, por exemplo, as bases-da-pirâmide. Ao longo das cadeias de valor, do financiamento à inovação, estas organizações começam a explorar complementaridade entre as três geografias

de um triângulo estratégico, que constituem mercados de dimensão relevante e equilibrado. No entanto, aproveitamento de alguns dos factores competitivos, como o dividendo demográfico ou poder das marcas ocidentais, subsistirá apenas numa janela temporal limitada, sugerindo um sentido de urgência nas transformações necessárias. Este relatório é parte integrante do posicionamento estratégico da Accenture enquanto parceiro para a internacionalização das organizações, sustentado num programa de longo prazo para a pesquisa e estudo sobre a globalização das economias. Os conteúdos apresentados baseiam-se na revisão e sistematização de dezenas de estudos, a partir da investigação e experiência nos mercados locais, realizados de forma autónoma ou em continuidade com organizações internacionais como o Fórum Económico Mundial.c

Factores competitivos do Triângulo Estratégico 30% jovem

Com 30% da população activa mundial e jovem, a pirâmide demográfica conjunta é equilibrada, devendo ser reconhecidos os temas de saúde, educação e urbanismo

Forte interdependência

1/4

+90% das exportações da LATAM para a China foram produtos primários, nos quais se incluem produtos alimentares importados pelo país asiático

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Half the world economic growth until 2017 will take place in emerging countries, with 40% coming from Asia – Africa and Latin America still represent less than ¼ of that amount, with reflex in the world flows of commerce and investment;

According to the report presented by Accenture

Latin America, Europe and Africa need to accelerate the conditions for the materialization of an effective “Strategic Triangle” Commercial flows of merchandise from Europe, Africa and Latin America (2008-2011) in US$ Millions

8%

3%

7% 7%

3%

6%

9%

Exp. 23.706

2%

13% 2%

72%

7%

3%

Imp.6% 24.566 13% 69%

2%

69% 7%

12%

18%

Europe

6% 3% 25%

Exp. 2.044 19% 3% 3%

Exp. 2.385

Latin America

21%

26%

Africa

16%

37% 10%

23% 3%

7%

27%

Imp. 2.355 27% 24%

13%

Imp. 1.839

28%

39% 4%

Asia North America Others

Source: WTO e Accenture Analisis

U

nder the title “Strategic Triangle: Latin America – Europe – Africa: Reality and expansion potential”, the Accenture analysed the economic and geostrategic potential of the triangle composed by the referred regions, in order to

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support the current expanded and multidisciplinary debate, in the political, social, academical and cultural dimensions. Despite the enthusiasm over various projects in the South American and African geographies, these regions represent less than ¼ of the economic dimension of Asia,

and up to 2050 it is estimated that they contribute with less than 10% of the world growth. When we examine the commercial flows of investment and acquisitions, the findings are that Asia will unquestionably remain the engine of growth. “Evolve in the spirit of a Strategic


MANAGEMENT STRATEGIC

Triangle is to acknowledge the need to conquer competitiveness in a multipolar world, thus balancing a system where the Pacific axle, led by China, amasses a determining weight. Competing requires a more complex dynamic which leads to a new normality”, argues Luis Pedro Duarte, the managing director of Accenture; responsible for the area of strategy in Portugal, Angola and Mozambique. According to the conclusions of this report, there are reasons for optimism in an integrated perspective of three complementing geographies, thus constituting a balanced market of relevant dimension: “Human Capital” – the triangle presents a clear demographic potential, counting with 38% of young population and 32% of the active world population (on which the regions’ integrated pyramid is balanced). In other words, generating elements of new markets of consumption and labour, where there has to be recognition that the issues of health and education will be subject to additional pressure caused by the movement of urbanization. “Human Resources” – Latin America and Africa take on a determining role in this variable, making the emerging axle of the triangle inescapable, where ¼ of the world’s oil reserves, 50% of potable water and 50% of non-exploited arable land are located. “Cultural

Proximity” – most important aspect and less replicable in the Strategic Triangle, due to the Historic Integration, particularly through Europe. If promoted effectively, it may constitute a factor of competitive advantage given the other economic areas (i.e. an old historic relationship and a common language potentiate commerce in more than 900% and more than 200%, respectively; factors significantly more impacting than the geographic distance). “The materialization of the trilateral relations may take a more expeditious form among enterprises, particularly among those that acknowledge the advantage of incorporating the multi-polarity – in this case, of the three vertices of the triangle – in the design of their operative model along the various locations or in the diversification of risk of their business portfolio in markets with distinct maturities and cycles. Therefore, in that perspective, it is frequently the multinationals with origin in emerging countries which represent reference cases”, the director further utters. These organizations manage to capitalize the competitive advantages of their local knowledge, flexi-

bility in the adaptation, present more comfort with the risk and strategies to attain new segments of the search, for example, the “pyramid-bases”. Along the value chains of the financing to innovation, these organisations start to explore complementarities between the three geographies of a strategic triangle, which constitute balanced markets of relevant dimensions. Meanwhile, taking advantage of some of the competitive factors, such as the “demographic dividend” or the force of occidental brands, will only substitute in a limited temporal window, suggesting a sense of urgency in the necessary transformations. This report is part and parcel of the strategic positioning of Accenture while being a partner for the internationalization of organizations, sustained in a long term programme for the research and study of the globalization of the economies. The presented contents are based on the review and systematization of dozens of studies with basis on investigation and experience in local markets, carried out in an autonomous form, or in continuity with the international organizations such as the World Economic Forum.c

Importance of china in the exportation of commodities from African and Latin America countries

China

Mali Chad Burkina Faso Sudão Nigeria Ghana Gabão Congo R.D. Congo Perú

Angola

Brasil Bolívia

África do Sul Chile Argentina

Metals

Soybean

Cotton

Petrol

82% Source: ITC Deutsch Bank Research e Accenture Analisis

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EMPREENDER

Ajudar Moçambique a pedalar sentando uma alternativa à falta de transporte público. Segundo o sócio-gerente da Mozambikes, Rui Mesquita, as bicicletas são vendidas a um preço abaixo do que é praticado no mercado, sendo que os compradores, das zonas rurais, passam por uma selecção, na qual o mais necessitado é que deve ficar com a bicicleta. “A bicicleta é um meio de transporte indispensável e de grande valor para muitas famílias rurais, em Moçambique. A Mozambikes foi criada para encurtar a distância e o tempo que muitos percorrem quando vão à machamba, ao trabalho, assim como as viagens para a escola e unidades sanitárias. Enfim, queremos que a vida seja mais facilitada”, explicou Rui Mesquita.

A

Mozambikes nasceu há três anos e já distribuiu bicicletas em todas as províncias de Moçambique. Trata-se de uma empresa social, que viabiliza o objectivo de ajudar os moçambicanos a pedalar, juntando-se a outras empresas do género que actuam no país. Segundo a “Capital” apurou, a filosofia adoptada passa por ir buscar aos que têm e dar aos que mais necessitam. A empresa resulta de uma ideia de dois cidadãos estrangeiros, que viram o sofrimento passado por muitos residentes nas zonas rurais, quando têm de se deslocar de um ponto para o outro. Hoje, o empreendimento já conta

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Bicicletas customizadas sustentam projecto

com a participação de moçambicanos. Cerca de 10 nacionais montam e pintam bicicletas nas oficinas da Mozambikes. Este número de trabalhadores, de acordo com as projecções da companhia, deverá duplicar até ao fim deste ano, na medida em que há cada vez mais encomendas por parte de empresas e particulares. O negócio é simples. A Mozambikes importa componentes de bicicletas, na sua maioria da China, e, nas suas oficinas, localizadas na cidade da Matola, faz a montagem adaptada às condições de transitabilidade das zonas rurais, para posterior venda das bicicletas. Nas zonas recônditas, sobretudo a do Norte, a bicicleta ainda é um objecto de grande valor, repre-

Como forma de tornar sustentável o projecto de venda de bicicletas adaptadas às condições das zonas rurais, a Mozambikes conta com uma linha de montagem de bicicletas corporativas ou customizadas, a partir da qual os lucros resultantes servem para financiar a distribuição de bicicletas em diversos pontos do país. Cerca de 50 empresas moçambicanas aderiram à iniciativa das bicicletas customizadas da Mozambikes, tendo pouco mais de 80% das 1.200 bicicletas, já disponibilizadas, sido adquiridas por empresas que atribuíram, posteriormente, aos seus colaboradores e clientes, no âmbito das suas acções de responsabilidade social.c


ENTREPRENEURSHIP Perspective COAL

Help Mozambique to Pedal

T

he Mozambikes came to be three years ago and has distributed bicycles in all provinces of Mozambique. It is about a social company which enables the objective of helping Mozambicans to pedal, and thus joining other similar companies operating in the country. As per the findings from “Capital”, the adopted philosophy entails collecting from those who have and give to those who need the most. The company unfolds from an idea of two foreign citizens who witnessed the challenges faced by many residents of rural areas whenever they have to move from one point to another. Today, the undertaking already counts with the participation of Mozambicans. Around ten nationals assemble and paint bicycles in Mozambikes workshops. This number of workers, according to the company’s projections, will duplicate until the end of the current year considering that there are more and more orders from companies and individuals. The business is simple. Mozambikes imports components of bicycles, mainly from China and in their workshops located in the city of Matola, carries out the assembling adapted to the transitability conditions of the rural areas, towards further selling of bicycles. In the remote areas, particularly in the North, bicycles

are still an item of enormous value, representing an alternative to the lack of public transport. According to the managing shareholder of Mozambikes, Rui Mesquita, the bicycles are sold at a lower price than what is practiced in the market, where the buyers, from rural areas, go through a selection process in which the main requirement is that they stay with the bicycle. “The bicycle is an indispensable means of transport and of great value for many rural families in Mozambique. The Mozambikes was created to shorten the distance and time that many travel whenever going to the crop-fields, to work as well as the trips to school and health centers. In short, we want that life is made easier”, explained Rui Mesquita.

Customized bicycles sustain the project

As means of ensuring the sustainability of the project for the sale of bicycles adapted to the rural areas’ conditions, the Mozambikes counts with an assembly line of corporative and customized bicycles, from where the profits serve to finance the distribution of bicycles in various points of the country. Around 50 Mozambican companies adhered to the initiative of customized bicycles, having slightly more than 80% of the

1,200 bicycles already made available and acquired by companies which further allocated to their laborers and clients, in light of their social responsibility actions. According to Mesquita, the Mozambikes makes a point to explain to the companies that the customized bicycles don’t only help the awarded collaborators and clients, but are also a strong vehicle for advertisement as being a means of transport which circulate in regions where newspapers, magazines and radio and television signals don’t reach. Despite showing special attention to the rural areas, the Mozambikes intends through their project, to seize interest of residents in the cities, showing that besides being healthy, bicycles are environmentally sustainable compared to motorized vehicles. “People use cars for all situations, even to travel short distances, thus polluting the air and increasing even more the congestion of roads. For instance, during weekends, city residents could well opt in riding a bicycle. They would save on fuel and would be green”, emphasized Rui Mesquita. At the moment, the Mozambikes is assembling and customizing 2,400 bicycles already ordered by companies and individuals. The idea of the company is to until 2014, have distributed five thousandbicycles in the whole national territory.c

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Índico, o seguro que nasceu da velha experiência

A

empresa Índico Seguros completou, a 1 de Setembro deste ano, dois anos de actuação no mercado moçambicano. Apesar do pouco tempo, a experiência que a seguradora oferece, trazida pelos seus colaboradores, é secular. Comprova a existência deste know-how, as prestigiosas distinções internacionais arrecadadas em dois anos consecutivos. Em 2012, em Paris, a Índico Seguros arrebatou o prémio Gold Star For Quality em reconhecimento da qualidade e excelência, inovação e tecnologia e em cumprimento dos

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princípios estabelecidos no QC100 TQM model (modelo de Gestão de Qualidade Total). Mas a distinção francesa não contribuiu para acomodar a empresa. Pelo contrário, impulsionou a mesma a ambicionar desafios ainda maiores. Desafios que foram alcançados na íntegra, atendendo a que nos primeiros sete meses de 2013 a Índico Seguros foi distinguida com mais dois prémios. O primeiro prémio foi o “Platinum Award For Excelence and Business Prestige” atribuído em Nova Iorque, em reconhecimento da sua qualidade, que resulta da implementação

dos princípios do Business Initiative Directions (BID). O segundo prémio foi atribuído em Julho pela Sociedade Europeia de Pesquisa de Qualidade (ESQRS) e recebido em Londres, onde a Índico Seguros venceu na Categoria de Ouro. Para a distinção contou fundamentalmente a elevada performance da empresa na gestão de qualidade e desenvolvimento de soluções. Este trajecto coloca a Índico Seguros bem focada no seu objectivo: A liderança do mercado moçambicano, em termos de protecção financeira, que no fundo é a sua principal actividade. c


PANORAMA TEXTO Yves Gounin *

Onde está a Françáfrica?

A

França sempre manteve com África e nomeadamente com as suas antigas colónias da África Ocidental e da África Central uma relação muito particular. Há quem preze tal relação; há quem a deplore. É curioso constatar que aqueles tenham encontrado um neologismo para caracterizar esta simbiose cujo significado estes últimos desviaram. Com efeito, a palavra Françáfrica foi inventada por Félix Houphouët-Boigny nos anos 50 para exaltar as excelentes relações entre a metrópole e as suas colónias. Foi apenas nos anos 90 que a palavra mudou de sentido, passando a caracterizar relações marcadas por um forte passivo feito de tramóias e de intervenções político-militares. Este termo resumia as ingerências excessivas da França na política interna das suas antigas colónias: intervenções militares para defender um regime desacreditado (como nas Ilhas Comores com Bob Denard), relações financeiras opacas (os diamantes de Bokassa), desvio de verba da ajuda pública (os “elefantes

brancos” da Costa do Marfim e do Zaire). U m homem simbolizou a Françáfrica durante muito tempo: Jacques Foccart que exerceu, junto ao General de Gaulle e aos seus sucessores, as funções ocultas de “Senhor África” na Presidência da República. Jacques Foccart trabalhou com presidentes de direita. Mas a esquerda também recorreu às mesmas práticas. Eleito em 1981, François Mitterrand, após ter feito campanha pelo fim da Françáfrica, rapidamente relançou o “foccartismo”, confiando ao seu próprio filho as funções de “Senhor África”. S arkozy reproduziu o mesmo esquema. Também preconizou durante a sua campanha o fim da Françáfrica; ora ele também manteve uma relação excessivamente personalizada e pouco transparente com a “coutada” francesa, através da personalidade controversa de Robert Bourgi. E quanto a François Hollande? Como os seus predecessores, prometeu normalizar a relação franco-africana. Apostamos que o vai conseguir. Não porque seja mais virtuoso que os

outros. Mas porque se assiste em França a uma mudança de geração. Os Antigos, amarrados à preservação de uma relação peculiar entre a França e a África, estão a ceder lugar aos Modernos, que desejam normalizar essa relação. Os primeiros focavam-se nas antigas colónias francesas. Os segundos, geralmente mais jovens, falam línguas estrangeiras, integraram a dimensão européia da diplomacia e encontram-se mais abertos à África anglófona e lusófona. A evolução não será feita num dia. Verificar-se-ão avanços mediatizados (como a viagem de François Hollande à Etiópia, em Maio último) e recuos crassos (como o encerramento estúpido da missão económica francesa de Maputo). Mas, a mais ou menos longo prazo, ela será inevitável. (*) Antigo aluno da Sciences-Po Paris e da ENA, Yves Gounin é Conselheiro de Estado em França. Assessor Jurídico do Presidente do Senegal de 2006 a 2009, é autor do livro La France en Afrique (ed. De Boeck, 2009).c

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PANORAMA TEXT Yves Gounin *

Where is the FranceAfrica?

F

rance has always maintained a very specific relationship with Africa, and namely with its former colonies in West and Central Africa. There are those who like it and those who deplore it. It is rather interesting to note that the former created a neologism to characterize this symbiosis and that the latter altered the meaning of this new term. The word Françafrique was in fact invented by Félix Houphouët-Boigny in the 50s, in order to exalt the excellent relations between France and its colonies. It was only in the 90s when the word gained a new meaning, and started referring to conditioned relations with a heavy set of liabilities made resulting from racketeering and black operations. This term summarised France’s excessive interference in its former colonies’ internal politics: military operations to defend a discredited regime (like Bob Denard’s in the Comoros), dodgy financial relations (Bokassa’s diamonds), massive misappropriation of official development assistance funds (Ivory Coast’s and Zaire’s “white elephants”).
 For a long time, one man symbolized the Françafrique: Jacques Foccart who served as general de Gaulle’s “Mr. Africa” and was confirmed by his successors in this obscure position

at the French Presidency. Jacques Foccart worked with conservative presidents. However, the socialists also used similar methods. Elected in 1981, after campaigning in favour of the end of the Françafrique, François Mitterrand promptly revived the “Foccartism” by appointing his own son as his “Mr. Africa”. Sarkozy recreated the same model. He also campaigned in favour of the end of the Françafrique practices; he also maintained an excessively personalized and poorly transparent relationship with the French “turf” with the assistance of so controversial an individual as Robert Bourgi. How about François Hollande? Fol-

lowing his predecessors, he promised to normalize the Franch-African relations. We take the bet that he will succeed. Not because he is more virtuous than the others but because France is experiencing a generation change. The Ancients, who are attached to the perpetuation of a peculiar relationship between France and Africa, are giving way to the Moderns, who are eager to normalize such relationship. The former were focused on the former French colonies. The latter, generally younger, speak foreign languages, have embraced the European dimension of diplomacy and are more gladly open to Anglophone and Lusophone Africa. The transition will not be achieved in a day. There will be notable broadcasted progress (such as François Hollande’s trip to Ethiopia last March) as well as appaling steps back (such as the stupid shutdown of the French economic mission in Maputo). Nonetheless, with time, it will become inevitable. (*) A Sciences-Po Paris and ENA alumnus, Yves Gounin is a French Councillor of State, who served between 2006 and 2009 as the President of Senegal’s Legal Advisor. He is the author of La France en Afrique, De Boeck ed., 2009.c

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PLATAFORMA EMPRESARIAL

Janela única o que os consumidores e

não apenas os produtores devem saber

E

m geral, o sector privado saúda o novo sistema aduaneiro Janela Única (JU) que irá, ao longo do tempo, aumentar a transparência, a velocidade e a flexibilidade nos procedimentos de desembaraço aduaneiro. No entanto, o custo do uso da JU tem sido suportado pelas empresas, em vez da Administração Pública, o que pode provocar uma subida nos preços do consumidor. Um relatório encomendado pela ACIS que avalia o JU desde o seu lançamento, há um ano, indica que as taxas cobradas para o seu uso não são os únicos custos que as empresas suportam. Há muitos outros custos «ocultos», tais como as taxas de inspecção não-intrusiva (scanning), que são cobradas ainda que um contentor não seja inspeccionado, e as taxas para as inúmeras licenças e procedimentos que a empresa precisa para operar. A ACIS está profundamente preocupada com os aumentos recentes de muitas taxas e encargos impostos pelos diferentes órgãos governamentais, que terão o efeito combinado de um aumento dos preços dos bens e

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serviços para os consumidores locais, tornando as produções e exportações não competitivas. O Diploma Ministerial 25/2012, de 12 de Março, estabelece taxas até 0,85% do valor FOB (Free on Board) para importações acima de 50.000,00 USD, que são pagas pelos utilizadores da JU. É evidente que há uma necessidade de gerar receitas para o Estado. O aumento das taxas existentes, ou a aprovação de novas que são propostas, vai ter, provavelmente, um efeito adverso sobre o desenvolvimento da economia. Ao longo do tempo, isto pode corroer a base fiscal, complicando a actividade de produtores e exportadores locais. Pode, também, aumentar os custos dos consumidores, alargando a informalidade e exacerbando factores desestabilizadores na sociedade e na economia. É provável que os pequenos importadores e transportadores locais descubram que os seus negócios ficaram mais difíceis na sequência do aumento dos custos, que deverão reflectir-se no preços dos consumidores. Isto, num mercado com capacidade limitada para

absorver aumentos de preços. Os produtores locais nos sectores da agricultura e da indústria fabril vão verificar que os preços dos seus inputs aumentam juntamente com o custo de levar os seus bens aos mercados, retirando competitividade à produção local. Somos da opinião que estes aumentos não servem o objectivo de garantir que os consumidores locais tenham acesso a comida, transportes, etc., a preços acessíveis, nem estimulam a produção local, para que, com a passagem do tempo, se assegure a substituição das importações.c


ENTREPRENEURIAL PLATFORM

Why consumers not just producers should know about Janela Única

I

n general the private sector welcomes the new Janela Única customs system which will, over time, increase speed, transparency and flexibility in customs clearance procedures. However, the cost of using the Janela Única is carried by business rather than public administration, which ultimately will trigger a hike in consumer prices. A report commissioned by ACIS to evaluate the Janela Única system from its launch a year ago indicates that the fees charged for using the Janela Única are not the only costs to business. There are many other “hidden” costs of doing business, such as scanning fees, which are charged whether or not a container is scanned, and fees for the myriad licenses and procedures which business needs in order to operate.

Ministerial Diploma 25/2012 of 12th March establishes ad valorem fees of up to 0.85% of the FOB (“Free on Board”) value for imports over US$50,000 payable by users of the Janela Única. Clearly there is a need to generate revenue for the State, and broadening the fiscal base and promoting private sector growth are essential. However increased fees and charges which have been made or are proposed will without doubt have an adverse effect on the development of the economy, and will in fact over time erode the fiscal base by making it more difficult for local producers and exporters, while at the same time increasing costs to consumers and thus increasing informality and exacerbating destabilizing factors in society and the economy as a whole.

Small local importers and transporters are likely to find their business more difficult as a result of rising costs which will be reflected in an increase in prices to consumers. This takes place in a market with limited ability to absorb price rises. Local producers in the agriculture and manufacturing sectors will find the cost of their inputs increasing along with the cost of getting their goods to market, thus making local production uncompetitive. Therefore, in our opinion, these increases in fact serve neither the purpose of ensuring that local consumers have access to affordable food, transport and so on, nor of stimulating local production to ensure import substitution over time.c

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PERSPECTIVA . Banca

Banco Único tem o melhor Internet Banking de Moçambique Depois do Presidente do Conselho de Administração e CEO do Banco Único, João Figueiredo, ter sido distinguido recentemente como o melhor CEO do sector financeiro em África pela prestigiada revista African Banker, o Banco Único é agora eleito como o Banco com o melhor site e serviço de Internet Banking em Moçambique pela publicação Global Finance.

O

Banco Único foi distinguido pela prestigiada revista Global Finance com os prémios de melhor site e serviço de Internet Banking para Particulares e para Empresas em Moçambique. Após ter sido consi-

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derado pela prestigiada revista The Banker como um dos 13 bancos mais promissores do mundo, ter visto o seu presidente do Conselho de Administração e CEO eleito pela revista African Banker como o melhor CEO de África, o Banco é agora distinguido com este prémio pela sua forte estratégia de serviço on-line aos seus clientes, pelas funcionalidades e pelo vasto leque de produtos on-line e pelo excelente design do seu website. O Banco Único, sedeado em Moçambique, é um banco universal, com forte vocação de retalho, inaugurado há menos de 2 anos, a 30 de Agosto de 2011. Liderado por João Figueiredo e contando com accionistas portugueses e moçambicanos de referência, como Américo Amorim, o Grupo Visabeira, o Instituto Nacional de Segurança Social, a Rural Consult, a DHD e a SF Holding, o Banco Único conseguiu desde a sua abertura triplicar o

seu número de balcões e posicionar-se entre os maiores e mais antigos bancos a actuar em Moçambique. Neste momento, o Nedbank, um dos maiores bancos sul africanos, aguarda apenas o parecer das autoridades sul-africanas e moçambicanas para concretizar a aquisição de 36.4% do capital do Único.

Um banco com vocação de retalho

O Banco Único é um banco universal com forte vocação de retalho, dirigido a todos os clientes empresas e particulares que valorizam um serviço de qualidade, personalizado e distinto. A sua aposta decorre na oferta de um serviço próximo, íntimo e disponível, em que a excelência e o perfeccionismo assentam numa base de extrema confiança pessoal entre o cliente e o banco. Com 13 balcões, 9 na cidade de Maputo, 1 na cidade da Matola, 1 na cidade da Beira, 1 na cidade de Tete e 1 na cidade de Nampula, o Banco Único nasceu com a ambição de, a médio prazo, se posicionar entre os bancos de referência no País e contar com a presença em todas as províncias.c


Perspective . Banking

Bank Único has the best Internet Banking of Mozambique After the president of the board of directors and CEO of the Bank Único, João Figueiredo, had been distinguished recently as the best CEO in the financial sector in Africa, by the prestigious magazine African Banker, the bank Único is now elected the bank with the best site of internet banking service in Mozambique, by the Global Finance publication.

with this prize for its strong strategy of online service to its clients, based on the functionalities and the vast array of online products as well as the excellent design of the website. The Bank Único, based in Mozambique, is a universal bank with strong retail vocation, inaugurated in less than two years, on the 30th of August 2011. Led by João Figueiredo and counting with Portuguese and Mozambican shareholders of note such as Américo Amorim, the Visabeira Group, the National Institute of Social Security, the Rural Consult, the DHD and the SF Holding, the Bank Único managed to triple its number of branches since its launch and position itself amidst the biggest and oldest banks operating in Mozambique. At the moment, the Nedbank, one of the largest South African banks, merely awaits for the dispatch from the South African and Mozambican authorities to materialize the acquisition of 36.4% of the Único’s capital.

A bank with a vocation for retail

T

he bank Único was distinguished by the prestigious magazine Global Finance with the prizes of the best site and internet banking services for individuals and companies, in Mozambique. After having been con-

sidered as one of the 13 most promising banks in the world by the prestigious magazine The Banker; having seen its president of the board of directors and CEO elected as the best CEO of Africa by the magazine African Banker, the bank is now distinguished

The Bank Único is a universal bank with a strong vocation for retail, oriented to all clients - companies and individuals that value a quality service, personalized and distinct. Its wage unfolds from the offer for a close service, intimate and available, where the excellence and perfectionism gravitate in a base of extreme personal trust between the client and the bank. With 13 branches, 9 in the city of Maputo, 1 in the city of Matola, 1 in the city of Beira, 1 in the city of Tete and 1 in the city of Nampula, the bank Único was born with the ambition of positioning itself among the acclaimed banks in the country, within a short period of time, and count with presence in all provinces.c

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ESTILO DE VIDA

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Abre-se o véu do VMFW`13

O

Mozambique Fashion Week teve a sua 1ª edição no ano de 2005. Ao longo de todos estes anos, tem vindo a desenvolver um conceito que o diferencia face aos demais, trabalhando diferentes plataformas como a moda, arte, música, educação e responsabilidade social. Este ano, conta já com a realização da sua 9ª edição, com data prevista de realização entre 29 de Novembro a 7 de Dezembro. Esta edição, para além das vertentes social e cultural assinaladas desde o seu lançamento, vai dar continuidade

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aos projectos lançados há dois anos, o MFW School e o Mozambeat. Nesta edição, o evento dá mais um passo e vai ainda mais longe, o VMFW ruma a outros países marcando presença em eventos na mesma categoria a nível internacional. Em Julho, o VMFW vai a Itália, representado com um estilista moçambicano num desfile na RMI – Ricerca Moda Innovazione. Em Outubro o VMFW vai a Portugal, fruto de uma parceria fechada com o Portugal Fashion , participando com três estilistas moçambicanos, que vão ver as suas colecções desfilar


que Fashion Week (VMFW) vai actuar, a nível internacional, levando consigo Moçambique rumo à Europa.

Calendário - Abertura das Inscrições, 8 de Julho, que deverão ser efectuadas nas instalações, na DDB Moçambique; - Deverá efectuar a sua inscrição de 8 de Julho a 6 de Setembro, sendo que após 6 de Setembro não serão aceites mais inscrições. . Inscrições para o VMFW´13 . Inscrições para o MFW School . Inscrições para o Mozambeat - Data a anunciar aos participantes para o concurso MFW School, depois de uma avaliação exaustiva dos candidatos, .13 de Setembro - Workshop para concorrentes ao MFW School:

. 14 de Setembro a 19 de Outubro, em que 6 sessões serão lideradas por estilistas conceituados moçambicanos. Estas sessões serão realizadas apenas aos Sábados, e decorrerão durante todo o dia. no “catwalk” da semana da moda portuguesa. A título de intercâmbio, em Dezembro, três estilistas portugueses conceituados farão desfilar as suas colecções na “red carpet” em Moçambique. Sob esta nova vertente o Mozambi-

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. Datas de realização: 14 de Setembro, 21 de Setembro, 28 de Setembro, 5 de Outubro, 12 de Outubro e 19 de Outubro. - Casting para Modelos que queiram participar nos desfiles do VMFW´13; . 13 de Setembro. . Trainning para modelos: de 14 a 20 de Setembro. - Casting para Crianças, modelos que queiram participar no desfile das crianças; . 21 de Setembro. - Lançamento oficial do VMFW’13, Lançamento da Campanha e Conferência de Imprensa; . 8 de Outubro. . Será anunciado todo o programa a decorrer, de 29 de Novembro a 7 de Dezembro, e os parceiros oficiais da 9ª Edição do VMFW .c

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he Mozambique fashion week had its 1st Edition in the year 2005. All along these years, it has been developing a concept that differentiates it from the others; working in different platforms such as fashion, art, music, education and social responsibility. This year, it already counts with the realization of its 9th edition which is scheduled from the 29th November to 7th December. Besides the social and cultural aspects underpinned since its launch, this edition will ensure continuity to the projects launched two years back; the MFW School and the Mozambeat. In this edition, the event gives one more step and goes even further; the VMFW is en route to other countries and thus setting foot in events of the same category at international level. In July, the VMFW heads to Italy represented by a Mozambican fashion designer in a RMI Parade – Ricerca Moda Innovazione In October, the VMFW goes Portugal as a result of a closed partnership with Portugal Fashion, participating with three Mozambican fashion designers who will see their collections parade in the catwalk of the Portuguese fashion week. In December, in view of the exchange, three Portuguese fashion designers of repute will stage their collections in the red carpet in Mozambique. Under this new approach the Mozambique Fashion Week (VMFW) will perform at international level and taking along Mozambique through to Europe.

Schedule

- Opening of registrations, 8th July, which have to be done in DDB Mozambique Premises; - Registrations ought to be done

The veil of the VMFW’13 is uncovered

from 8th July to 6th September, considering that as from 6th September onwards, no more registrations will be accepted; o Registrations for the VMFW’13; o Registrations for the MFW School; o Registrations for the Mozambeat; - Date to be announced to participants of the MFW contest following exhaustive scrutiny of candidates, 13th September - Workshop for contestants to the MFW School: 14th September to 19th October, in which 6 sessions will be led by renowned Mozambican fashion designers. These sessions will take place only on Saturdays and will go for the whole day. Dates to be held: 14th September, 21st September, 28th September, 5th

October, 12th October and 19th October; - Casting of models willing to participate in the parade for the VMFW’13; .13th September. - Training of models: from 14th to 20th September. - Casting for children models willing to participate in the children’s parade; .21st September - Official launch of the VMFW’13, launch of the campaign and Press Conference; .8th October; - The whole programme to take place will be announced, from 29th November to 7th December as well as the official partners of the 9th Edition of the VMFW.c

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