Sumário
Destaques 28
Produção de veículos eléctricos catapulta grafite do país A produção de veículos eléctricos no mundo poderá atiçar a procura de grafite em Moçambique, um minériochave nos ânodos das baterias de iões de lítio que alimentam aquele tipo de viaturas. A grafite é, desse modo, uma commodity que pode vir a catapultar a mineração e a economia moçambicana, nos próximos anos, e já se perfilam duas concessões mineiras na corrida.
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44 Tema de Fundo
Desempenho do Porto da Beira abranda em ano de crise
44
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90.0% 80.0% 60.0% 50.0% 82.7%
40.0%
Apiex prevê investimento de 9 biliões de dólares
30.0% 20.0% 10.0%
17.3%
0.0% Vida
Não Vida
16 Capa Desempenho do Porto da Beira abranda em ano de crise
ACTUAL ig4 das seguradoras nacionais têm 74.7% da quota de produção
propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: Emília Gomes - emiliagomes@ mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@gmail.com – Secretariado administrativo: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Shanna Chicalia; Gettyimages.pt, Google.com; – ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - tradução: Sónia Almeida Santos; paginação: Ricardo Timbe – timbedesign@ gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia. co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.
Num acto de coragem e quase que improvável, o Presidente da República, Filipe Nyusi, visitou a serra da Gorongosa para “apertar a mão” do líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Este acto caiu como um balão de oxigénio para a economia do país.
Desempenho do Porto da Beira abranda em ano de crise Nos primeiros seis meses deste ano, atracaram no Porto da Beira 246 navios, movimentando cerca de quatro milhões de toneladas de mercadoria diversa. Em igual período de 2016, o Porto recebeu 278 navios que movimentaram cerca de 4.3 milhões de toneladas, incluindo o Carvão. Este ano, a Cornelder espera superar o desempenho de 2016 e retomar a média dos últimos 15 anos.
70.0%
DOSSIER
O aperto de mão corajoso que fortaleceu os títulos de tesouro moçambicanos
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Montepuez Ruby Mining
Gigante da mineração no negócio dos rubis
Gopal Kumar, director geral da Montepuez Ruby Mining (MRM), lidera uma empresa de extracção de rubis que resulta de uma ‘joint venture’ entre a Gemfields (75%), líder mundial em pedra preciosa de origem responsável e a Mwriti Lda (25%), uma empresa moçambicana. Desde 2011, altura em que emitiu as suas primeiras licenças de mineração, a MRM optou pela mineração em larga escala e já foi associada à desdoberta de rubis mais promissora da história actual. Saiba como funciona o negócio dos rubis, os seus leilões e valores de venda expressos em milhões de dólares.
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Editorial
Bem-vindo 36
‘Aperto de mão’ transmite sinais de Confiança
ECONOMIA Economia moçambicana revela sinais de recuperação
U
ma lufada de confiança foi enviada aos investidores pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aquando da sua visita inesperada ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama. O acto de coragem teve lugar na serra da Gorongosa, ficou simbolizado por um aperto de mão e surpreendeu a comunidade internacional, impulsionando uma economia que se encontrava - para muitos empresários – em estado de ‘Banho Maria’ ou numa pausa algo prolongada.
56 BANCA Global Finance e Visa distinguem Banco Único
EMPRESA Nifiquile: Energia e Hotelaria serão as próximas apostas
89 ESTILOS DE VIDA Chonguiça e o lado ‘business’ da Arte
AGOSTO 2017 · Capital Magazine Ed.108
Até ao final deste ano, o processo da paz será concluído e o encontro funcionou como um balão de oxigénio para a economia do país. Outra boa notícias é que a produção de veículos eléctricos em termos mundiais poderá aguçar a procura de grafite em Moçambique, um minério-chave nos ânodos das baterias de iões de lítio que alimentam aquele tipo de viaturas. A grafite é, desse modo, uma commodity que pode vir a impulsionar a mineração e a economia moçambicana, nos próximos anos, e já se perfilam duas concessões mineiras na corrida. O Banco Mundial conclui que depois de um 2016 difícil para o país, que assistiu a uma desaceleração acentuada no crescimento económico e à manifestação de choques, tanto no que se refere à moeda como à inflação, as primeiras tendências de 2017 mostram sinais de melhoria. Paralelamente, as reservas internacionais estão a recuperar, uma vez que as exportações aceleraram ao mesmo tempo em que as importações se mantiveram moderadas. A melhoria dos preços das matérias-primas e uma indústria de carvão em recuperação são factores centrais para estas tendências, contribuindo também para as perspectivas de crescimento.
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4
O encontro lançou bases importantes para o restabelecimento efectivo da paz e da confiança entre o maior partido da oposição e o Governo de Moçambique, e os dois líderes concordaram em acompanhar de perto os trabalhos das duas comissões criadas.
Entretanto, a revista Capital decidiu averiguar qual é o ponto de situação do Porto da Beira, cujo desempenho abrandou. Nos primeiros seis meses deste ano, atracaram no Porto da Beira 246 navios, movimentando cerca de quatro milhões de toneladas de mercadoria diversa. No mesmo período de 2016, o Porto recebeu 278 navios que movimentaram cerca de 4.3 milhões de toneladas, incluindo o carvão. Contudo, e até ao final de 2017, a Cornelder espera superar o desempenho de 2016 e retomar a média dos últimos 15 anos. Ao mesmo tempo, os negócios dos agentes portuários, transportadores e empresas que se dedicam à importação e exportação acompanham o ritmo do desempenho do Porto e, nesta edição, a Manica Freight Services Moçambique, a Transcom Sharaf e a AMA Equipamentos falam sobre o seu desempenho num contexto de crise e incertezas no mercado. ND: A notícia publicada na Capital de Julho, com o título “Yara e Shell dão mais um passo rumo à exploração de gás”, continha uma informação incorrecta ao divulgar a compra da Cove pela Shell. A Cove não foi comprada pela Shell mas sim pela companhia PTTEP. Apresentamos as nossas mais sinceras desculpas às empresas envolvidas pelo lapso.
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Contents
Highlights 30
Production of electric vehicles catapults the country’s graphite
The production of electric vehicles in the world could fuel the demand for graphite in Mozambique, a key ore in the anodes of the lithium-ion batteries that power that type of vehicles. Graphite is thus a commodity that may come to catapult mining and the Mozam- bican economy in the coming years, and two mining concessions are already outlined in the race.
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50
The Ministry of Mineral Resources and Energy (MIREME) and Yara International, through Minister letícia Klemens and Jim Eilertsen, vice-president for the same business area of the Norwegian company, signed a memorandum of understanding on 3 July in Maputo to produce fertilizers from natural gas extracted in the Rovuma basin, Cabo Delgado.
Background Theme Beira Port performance slows in crisis year
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90.0% 80.0%
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70.0% 60.0%
DOSSIER
50.0%
The courageousHandshake that strengthened Mozambican treasury bonds
30.0% 20.0% 10.0%
17.3%
0.0% Vida
Capa
Não Vida
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Beira Port performance slows in crisis year
“Big 4” national insurance companies have 74.7% of the market
property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: Emília Gomes - emiliagomes@ mozmedia.co.mz - Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@gmail.com – administrative Secretariat: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperation: Bolsa de Valores; CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Levi Muthemba; Maria Uamba; Paulo Deves; Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; photography: Shanna Chicalia; Gettyimages.pt, Google.com; – illustrations: Ricardo Botas; Rui Batista; translation: Sónia Almeida Santos; page make-up: Ricardo Timbe –timbedesign@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia – Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.
AGOSTO 2017 · Capital Magazine Ed.108
Beira Port performance slows in crisis year
On the first six months of this year, 246 ships landed at Beira Port, handling about four million tons of mixed commodities. In the same period of 2016, the Port received 278 ships moving about 4.3 million tons, including Coal. This year, Cornelder expects to surpass its 2016 perfor- mance and return to the average for the past 15 years.
82.7%
40.0%
Current
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The courageous Handshake that strengthened Mozambican treasury bonds
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Montepuez Ruby Mining
Mining giant on the Rubies Business Gopal Kumar, General Manager of Montepuez Ruby Mining (MRM), leads a Ruby Extraction Company that a result of a joint venture between Gemfields (75%), the world’s leader in precious stones of certified origin and Mwriti Lda (25 %), a Mozambican company. Since issuing its first mining licenses in 2011, MRM has opted for large-scale mining and has been associated with the most promising rubies exploration in current history. Learn how the ruby business works, its auctions and revenue amounting in millions of dollars.
Editorial
Welcome
‘Handshake’ gives trust signals
40 ECONOMY
A
Mozambican economy shows signs of recovery
57 BANKING Banco Único awarded by Global Finance and Visa
85 COMPANY Nifiquile: Energy and Hospitality will be the next challenges
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LIFE STYLE
flurry of confidence was sent to investors by the President of the Republic, Filipe Nyusi, during his unexpected visit to Renamo leader Afonso Dhlakama. The act of courage took place in the Gorongosa mountain, symbolized by a handshake and surprised the international community, boosting an economy that was, for many businessmen, in a state of in “bain marie” or a prolonged pause. The meeting laid an important foundation for the effective restoration of peace and trust between the largest opposition party and the Mozambican government, and the two leaders agreed to follow closely the work of the two committees set up. By the end of this year, the peace process will be concluded and the meeting functioned as an oxygen balloon for the country’s economy. Another good news is that the production of electric vehicles in world-wide terms could sharpen the demand for graphite in Mozambique, a key ore in the anodes of the lithium-ion batteries that feed that type of vehicles. Graphite is thus a commodity that can boost mining and the Mozambican economy in the coming years, and two mining concessions are already outlined in the race. The World Bank concludes that after a difficult 2016 for the country, witnessing a marked slowdown in economic growth and the manifestation of shocks in both currency and inflation, the first trends of 2017 show signs of improvement. At the same time, international reserves are recovering, as exports accelerated at the same time as imports remained subdued. The improvement in commodities’ prices and a recovering coal industry are central factors in these trends, also contributing to growth prospects. Meanwhile, Capital magazine decided to find out what is the situation in Beira Port, whose performance slowed down. In the first six months of this year, 246 vessels offloaded there, handling about four million tons of mixed commodities. In the same period of 2016, the Port received 278 ships handling about 4.3 million tons, including coal. However, by the end of 2017, Cornelder expects to surpass its 2016 performance and return to the average for the past 15 years. At the same time, the business of port agents, transporters and companies engaged in import and export following Port’s pace performance. In this edition Manica Freight Services Mozambique, Transcom Sharaf and AMA Equipamentos talk about its performance regarding crisis and market’s uncertainty. ND: News published in July’s Capital edition entitled “Yara and Shell take another step towards gas exploration”, contained incorrect information when it disclosed the purchase of Cove by Shell. Cove was not bought by Shell but rather by the PTTEP company. We sincerely apologize to the companies involved in this lapse.c
Chonguiça and the business side of Art
MAIO 2017 · Capital Magazine Ed.104
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Capitoon
EM BaiXa COLECTA DE IMPOSTOS NO PRIMEIRO SEMESTRE ABAIxO DE 50%
O valor total de impostos cobrados na primeira metade do ano é inferior a 50% do que é previsto arrecadar de Janeiro a Dezembro de 2017. Este ano, a meta de cobrança de impostos é de 186.3 mil milhões de meticais. A falência de algumas empresas, prejuízos financeiros de outras e corte de despesas do Estado afectaram negativamente na colecta de impostos no primeiro semestre.c
BANCO MUNDIAL DENUNCIA TAxAS DE jURO PROIBITIVAS
EM alta EDM INVESTE NA MELHORIA DA qUALIDADE DA ENERGIA ELéCTRICA
A Electricidade de Moçambique (EDM) está a investir pouco mais de 60.5 milhões de dólares na melhoria da qualidade da energia eléctrica nas províncias de Maputo, Manica, Tete e Cabo Delgado, segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM). Em quase todas as províncias, os trabalhos incluem a expansão das redes de transporte e distribuição de energia eléctrica, o que permite a ligação de novos consumidores.c
NEGóCIO ENTRE ENI E ExxON MOBIL: AT PODERá COBRAR RECEITAS DE MAIS-VALIAS ATé OUTUBRO
Na sua mais recente análise sobre a Actualidade Económica de Moçambique, o Banco Mundial conclui que as taxas de juro médias praticadas pelos bancos comerciais nos empréstimos são proibitivas, ou seja, sufocam grande parte das empresas e famílias. Como soluções, os economistas do Banco Mundial propõem que haja maior fortalecimento da taxa de câmbio, redução geral dos preços e das taxas de juro nos créditos, que no momento se situam nos 30%.c
A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) poderá cobrar, até Outubro próximo, as receitas de mais-valias de 350 milhões de dólares resultantes da operação da venda de activos da empresa italiana Eni à empresa norte-americana de petróleo e gás Exxon Mobil. Para o efeito, a AT depende de uma autorização do Governo. c
COISAS QUE SE DIZEM FILIPE NYUSI DESPIU-SE DE TODOS OS SEUS PODERES “O Presidente da República despiu-se de todos os seus poderes de mais alto magistrado da nação Não me lembro que isto tenha acontecido alguma vez no diálogo entre os Presidentes da República de Moçambique, Joaquim Chissano e Armado Guebuza, um acto em que o Chefe de Estado é que vai ter com Afonso Dhlakama no mato.”c Tomás Vieira Mário, jornalista, in jonal O País .
INAE NãO FOI CRIADA PARA ENCERRAR ESTABELECIMENTOS “Eu fiquei surpreendida porque nunca imaginei o estado que tínhamos atingido pelo nível de serviços prestados pelos restaurantes, sobretudo. A área de restauração e de panificadoras foram as que me deixaram mais consternada. Não consigo perceber como os responsáveis por estes estabelecimentos permitiram que se chegasse a estes níveis. É preciso que eles não olhem para a INAE como uma instituição criada pelo Estado para encerrar ou multar os estabelecimentos. A INAE só encerra as organizações, quando estão em estado crítico”.c Rita Freitas, inspectora-geral da INAE, in jornal “O País”.
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Capitoon
ON thE BOttOM TAx COLLECTION IN THE FIRST SEMESTER BELOW 50%
The total amount of taxes collected in the first half of the year is less than 50% from the expected to be collected from January to December 2017. This year, the tax collection target is 186.3 billion meticals. The bankruptcy of some companies, financial losses of others and cut of State expense affected negatively in tax collection in the first semester.c
It’s so good to see someone working But it was better to have work
WORLD BANK DENOUNCES PROHIBITIVE INTEREST RATES
ON thE tOp EDM INVESTS IN IMPROVING THE qUALITY OF ELECTRIC POWER
Electricity of Mozambique (EDM) is investing just over US $ 60.5 million to improve the quality of electricity in the provinces of Maputo, Manica, Tete and Cabo Delgado, according to the Mozambican Information Agency (AIM). In almost all provinces, works include the expansion of electricity transmission and distribution networks, which allows the connection of new consumers. c
BUSINESS BETWEEN ENI AND ExxON MOBIL: AT WILL BE ABLE TO COLLECT CAPITAL GAINS TAx UNTIL OCTOBER
In its most recent analysis of Mozambique’s economic situation, the World Bank concludes that the average interest rates charged by commercial banks on loans are prohibitive, meaning that they overwhelm most companies and households. As solutions, World Bank economists are proposing a stronger exchange rate, general price reduction of interest rates on loans, which are currently at 30%.c
Mozambican Tax Authority (AT) may charge capital gains tax of US $ 350 million, resulting from the assets sale of the Italian company Eni to the North American oil and gas company Exxon Mobil until next October. In order for this to happen, AT depends on a Government authorization. c
THINGS BEING SAID FILIPE NYUSI STRIPPED HIMSELF OF ALL HIS POWERS “The President of the Republic abdicated all his powers as the highest magistrate in the nation ... I don’t remember this ever happening in the dialogue between the Presidents of the Republic of Mozambique, Joaquim Chissano and Armado Guebuza, when the Head of State is the one going to meet Afonso Dhlakama in the bush.“ c Tomás Vieira Mário, jornalista, in jonal O País .
“I INAE WASN’T CREATED TO CLOSE DOWN ESTABLISHMENTS was surprised because I never imagined the state we had attained by the level of service provided by restaurants, especially. The area of catering and bakery were the ones making me more upset. I can’t understand how those responsible for these establishments allowed it to reach these levels. It is necessary that they don’t look to INAE as an institution created by the State to close or fine establishments. INAE only closes down establishments when they are in critical condition” c Rita Freitas, inspectora-geral da INAE, in jornal “O País”.
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ACTUAL
B ig 4 das seguradoras nacionais têm 74.7% da quota de produção A Global Alliance tem a maior quota de produção (medida pelo total de serviços subscritos) do país e juntamente com a EMOSE, SIM e Hollard dominam o mercado. Ao todo, operam em Moçambique 19 seguradoras que mesmo num ano de condições económicas adversas se mantiveram firmes e registaram um crescimento de 13.3%, superando largamente os 3.2% de 2015. Belizário Cumbe (texto)
Repartição da produção 90.0% 80.0% 70.0% 60.0% 50.0% 82.7%
40.0% 30.0% 20.0% 10.0%
17.3%
0.0%
E
Vida
m 2016, a situação económica e financeira de Moçambique foi caracterizada por uma forte pressão inflacionária sobre os principais indicadores macroeconómicos, com destaque para a inflação, taxa de câmbio e índice de preço ao consumidor. Entretanto, o sector dos seguros conseguiu, mesmo no meio de uma
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Não Vida situação adversa, lograr bons resultados ao crescer 13.3%, superando os 3.2% registados em 2015, segundo o relatório anual do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM). Trata-se de dados que representam o desempenho de 18 das 19 seguradoras que estão registadas no país - a décima nona instituição foi licencia-
da em 2016 não tendo feito parte das contas. É importante destacar que 58% destas 18 seguradoras exploram exclusivamente os ramos Não Vida. Este segmento, por sua vez, registou um crescimento de 14.3%, enquanto o ramo Vida, que tem estado a crescer nos últimos anos, sofreu uma desaceleração no nível da produção de 29%. Ou seja, a subscrição de serviços reduziu aproximadamente um terço do verificado no ano anterior.
As “Big 4” do sector segurador O sector dos seguros em Moçambique é dominado por quatro seguradoras, nomeadamente, a Global Alliance, EMOSE, SIM e Hollard. No ano passado, a produção destas quatro instituições representou 74.7%% do total, ou seja, as restantes 12 empresas produziram apenas o equivalente a 25.3%. Todavia, a produção de 2016 (74.7%) represen-
ACTUAL
Estrutura da carteira dos ramos Não Vida
Mercadorias Transportadas 1.1%
Respons. Civil Geral 2.8% Aéreo 1.5%
Acidentes de Trabalho 9.2% Acidentes Pessoais 11.7%
Diversos 13.5%
Maritimo 1.2%
Incêndio e Elementos da Natureza 23.9%
Automóvel 35.1%
Segmento Não Vida com crescimento de 14.%
Produção global Posicionamento
Empresas seguradoras
Quota de Mercado
2015
2016
Denominação
Natureza
2015
2016
1º
1º
Global Alliance
Mista
26.8%
23.2%
2º
2º
EMOSE
Mista
22.8%
20.3%
3º
3º
SIM
Mista
19.3%
18.5%
4º
4º
Hollard
Não Vida
12.5%
12.7%
peso da produção das quatro primeiras empresas
81.4%
74.7%
10º
5º
ICE
Não Vida
0.6%
4.8%
7º
6º
MCS
Mista
4.0%
4.0%
6º
7º
Indico
Não Vida
3.7%
3.7%
5º
8º
Austral
Não Vida
2.6%
3.1%
8º
9º
Holllard
Vida
2.8%
2.8%
9º
10º
Britam
Não Vida
2.2%
1.6%
peso da produção das dez primeiras empresas
97.3%
94.7%
Produção global das seguradoras em 2015 e 2016
tou uma redução quando comparada com os 81.4% registados no ano anterior, em 2015. A Global Alliance é a líder da quota do mercado apesar de ter reduzido a sua produção de 26.8%, em 2015, para 23.2% em 2016. A segunda instituição do ranking, a
to Vida apresentaram um incremento de 104.7 milhões de meticais, resultante de uma variação positiva em cerca de 8.3%, atingindo o montante de 1.8 milhões de meticais contra os 1.6 milhões de meticais de 2015. A Global Alliance destaca-se, pelo segundo ano consecutivo, como líder da quota neste segmento, tendo crescido 4.6%, passando de 33.7% para 38.3%, seguida pelas seguradoras SIM e EMOSE que trocaram de posições em relação a 2015.
A produção neste ramo, em 2016 registou um crescimento na ordem dos 14.3%, como resultado da variação positiva de 8.8% face a 2015. O seguro automóvel bem como o de incêndios e elementos da natureza dominaram a carteira do segmento Não Vida, com 35.1% e 23.9%, respectivamente, seguindo-se o seguro de acidentes pessoais com 11.7%. Comparativamente ao ano de 2015, o ramo incêndios e elementos da natureza foi o único que registou uma variação positiva, acima de um ponto percentual, tendo passando de 18.1%, em 2015, para 23.9% no exercício em análise. c
Estrutura da carteira do ramo Vida Rendas 7.1%
EMOSE, registou uma produção de 20.3%, em 2016, contra os 22.8% de 2015. Ou seja, uma redução na ordem dos 2.5%.
Ramo Vida cresce 8.3%
Capitalização 3.8%
Diversos 40.2% Vida Risco 48.9%
Os resultados financeiros do segmen-
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CURRENT
“Big 4” national insurance companies have 74.7% of the market Global Alliance has the largest market share (measured based in total subscribed services) in the country and together with EMOSE, SIM and Hollard dominate the market. In total, 19 insurance companies operate in Mozambique, which, even in a year of adverse economic conditions, remained firm and grew 13.3%, well above the 3.2% of 2015. Belizário Cumbe (text)
Breakdown of production 90.0% 80.0% 70.0% 60.0% 50.0% 82.7%
40.0% 30.0%
Insurance sector “Big 4”
20.0% 10.0%
17.3%
0.0%
I
Life
n 2016, Mozambique’s economic and financial situation was characterized by strong inflationary pressure on the main macroeconomic indicators, with emphasis on inflation, exchange rate and consumer price index. However, even in the midst of an adverse situation, the insurance sector was able to achieve good results
18
It is important to note that 58% of these 18 insurers exclusively explore the Non-Life branches. This segment, on the other hand, registered a growth of 14.3%, while the Life branch, which has been growing in recent years, has suffered a 29% deceleration in production. Meaning, the subscription of services reduced approximately one third of the one verified in the previous year.
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Non Life by growing 13.3%, surpassing the 3.2% recorded in 2015, according to the annual report of the Institute of Insurance Supervision of Mozambique (ISSM). These figures represent the performance of 18 of the 19 insurers that are registered in the country - the nineteenth institution was licensed in 2016 and was not part of the figures.
Mozambican insurance sector is dominated by four insurance companies, namely Global Alliance, EMOSE, SIM and Hollard. Last year, the production of these four institutions represented 74.7 %% of the total, meaning, the remaining 12 companies produced only the equivalent of 25.3%. However, production in 2016 (74.7%) was down from 81.4% in the previous year,2015. Global Alliance is the market leader in share despite having reduced its
CURRENT
Structure of Non-life insurance Segment Work accidents
9.2%
Civil responsibility 2.8%
transported goods 1.1%
personal accidents
Various 13.5%
aerial 1.5%
11.7%
Maritime 1.2% Fire and forces of Nature 23.9%
automobile 35.1%
ante de uma variação positiva em cerca de 8.3%, atingindo o montante de 1.8 milhões de meticais contra os 1.6 milhões de meticais de 2015. Life segment’s financial results increased by 104.7 million meticals, resulting in a positive growth of 8.3%, reaching 1.8 million meticals against 1.6 million meticals in 2015. Global Alliance stands out for the second consecutive year as the leader in the segment having grown by 4.6%, from 33.7% to 38.3%, followed by SIM and EMOSE insurers that changed their positions towards 2015.
Non-Life Segment with 14% growth
Global Production Ranking
Insurance Companies
Market Share Mercado
2015
2016
Name
type
2015
2016
1st
1st
Global Alliance
Mixed
26.8%
23.2%
2nd
2nd
EMOSE
Mixed
22.8%
20.3%
3rd
3rd
SIM
Mixed
19.3%
18.5%
4th
4th
Hollard
Non-Life
12.5%
12.7%
% of production of the 1st 4 companies 10thº 7
th
5th 6
th
81.4%
74.7%
ICE
Non-Life
0.6%
4.8%
MCS
Mixed
4.0%
4.0%
th
6
7th
Indico
Non-Life
3.7%
3.7%
5th
8th
Austral
Non-Life
2.6%
3.1%
8th
9th
Holllard
Life
2.8%
2.8%
9th
10th
Britam
Non-Life
2.2%
1.6%
% of production of the 1st 10 companies
97.3%
Structure of Life insurance Segment 94.7%
Global production of insurance companies in 2015 and 2016
production from 26.8% in 2015 to 23.2% in 2016. The second institution of the ranking, EMOSE, registered a production of 20.3% in 2016, against the 22.8% of 2015. That is, a reduction of 2.5%.
In 2016, production in this sector grew 14.3%, as a result of the positive change of 8.8% over 2015. Motor vehicle insurance, as well as fire and nature insurance, dominated the non-life portfolio with 35.1% and 23.9%, respectively, followed by personal accident insurance with 11.7%. Compared to 2015, fire and nature elements sector was the only one that registered a positive variation, above a percentage point, going from 18.1% in 2015 to 23.9% in the year under analysis. c
Life grows 8.3% Os resultados financeiros do segmento Vida apresentaram um incremento de 104.7 milhões de meticais, result-
income 7.1%
Capitalization 3.8%
Diversos 40.2% life risk 48.9%
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MUNDO
Frankfurt pode substituir Londres como capital financeira da Europa Os mais poderosos grupos financeiros sedeados em Londres (entre eles o Citigroup, JP Morgan e Lloyd’s) estão-se a movimentar para outras cidades europeias como forma de continuarem a servir o bloco europeu depois do Brexit. A cidade alemã de Frankfurt está bem posicionada para se tornar na futura capital financeira da Europa, ao invés de Londres. Belizário Cumbe (texto)
O
Brexit está a provocar um êxodo massivo de postos de trabalho de Londres para algumas cidades do bloco europeu. Com a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) as empresas, com destaque para o
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AGOSTO 2017 · Capital Magazine Ed.108
sector financeiro, temem perder um mercado importante para os seus negócios. Com a Grã-Bretanha bloqueada em negociações com a União Europeia em relação à sua relação pós-Brexit, as empresas financeiras que domi-
nam a economia londrina avançam, ansiosas para garantir que possam continuar atendendo clientes em todo o continente. A seguradora Lloyd`s pretende transferir 100 dos 600 empregados que mantém em Londres para Bruxelas,
MUNDO/ WORLD
capital da Bélgica, como forma de continuar a gozar dos privilégios estabelecidos na EU depois do Brexit. A Lloyd’s quer continuar a atender os clientes europeus e manter o rendimento de três biliões de euros por ano, cerca de 11% da sua facturação global. Por seu turno, o grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs, que emprega seis mil pessoas em Londres, pretende mover centenas de funcionários para Frankfurt e Paris, enquanto o HSBC vai movimentar mil postos de trabalho para Paris. Outra empresa que escolheu Frank-
furt é o gigante bancário (também americano) Citigroup. O grupo quer reduzir a dependência de Londres e já decidiu abrir um segundo centro comercial na cidade alemã. O banco emprega cerca de 19 mil pessoas na União Europeia, incluindo cerca de seis mil em Londres. A grande maioria dos seus empregos de banca de investimento e comércio em Londres não será movimentada. Mas o banco obterá uma licença em Frankfurt para continuar a negociar e oferecer serviços bancários de investimento em toda a União Europeia. Outras companhias, como é o caso da
JP Morgan, ainda não tomaram uma decisão sobre a sua saída de Londres, mas a JP Morgan já advertiu que quatro mil dos seus 19 mil funcionários que estão no Reino Unido poderão ser transferidos. Segundo a Associação de Bancos Estrangeiros na Alemanha, a cidade de Frankfurt poderá ter mais três ou cinco mil empregos nos próximos dois anos como resultado do Brexit. Já a Frankfurt Main Finance estima que cerca de 10 mil novos empregos poderão vir a mudar-se para a cidade nos próximos cinco anos. c
DESTAqUE
Questões a ponderar A ADESãO DA GRã-BRETANHA ao bloco de 28 países reforçou a posição de Londres como um centro financeiro global, em parte porque as regras europeias permitem “passaportes”, segundo os quais uma licença bancária num único membro-estado permite que um credor funcione em toda a União Europeia.
Mas não está claro se a Grã-Bretanha será capaz de reter esse acesso depois do Brexit. Outra questão que afecta os bancos, mas que continua sem resposta, é se os cidadãos europeus poderão continuar a viver e a trabalhar na Grã-Bretanha, e, se continuarem, sob que tipo de visto. c
Frankfurt may replace London as financial capital of Europe The most powerful London-based financial groups (including Citigroup, JP Morgan and Lloyd’s) are moving to other European cities as a way to continue serving the European bloc after Brexit. The German city of Frankfurt is well positioned to become the future financial capital of Europe, replacing London. Belizário Cumbe (text)
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WORLD
B
rexit is causing a massive exodus of jobs from London to some cities in the European bloc. With the exit of the United Kingdom from the European Union (EU) companies especially the financial sector, are afraid of losing a significant market of their business. With Britain locked in negotiations with the European Union over its post-Brexit relationship, financial firms dominating
London’s economy are eager to ensure they can continue to serve customers across the continent. Insurance company Lloyd`s plans to transfer 100 of its 600 employees in London to Brussels, Belgium’s capital, as a way to continue to enjoy the privileges established in the EU after Brexit. Lloyd’s wants to continue to serve European customers and maintain revenue of three billion euros per year, about 11% of its global turnover.
US financial group Goldman Sachs, which employs six thousand people in London, plans to move hundreds of employees to Frankfurt and Paris, while HSBC will move a thousand jobs to Paris. Another company that chose Frankfurt is the banking giant (also American) Citigroup. The group wants to reduce dependence of London and has already decided to open a second sales center in the German city. The bank employs about 19,000 people in the European Union, including 6,000 in London. The vast majority of their investment banking and trading jobs in London will not be moved. But the bank will obtain a license in Frankfurt to continue negotiating and offering investment banking services throughout the European Union. Other companies, such as JP Morgan, have yet to make a decision on their exit from London, but JP Morgan has already warned that four thousand of its 19,000 employees in the UK may be transferred. According to the Association of Foreign Banks in Germany, Frankfurt may have three or five thousand jobs in the next two years as a result of Brexit. Frankfurt Main Finance estimates that around 10,000 new jobs may be moving to the city over the next five years. c
HIGHLIGHT
Issues to consider the 28-nation bloc has strengthened London’s position as a global financial center, partly because European rules allow for “passports,” whereby a single-member bank license allows a creditor to operate throughout the European Union. Mas não está claro se a Grã-Bretanha será capaz de reter esse acesso depois do Brexit. Outra questão que afecta os bancos, mas que continua sem resposta, é BRITAIN’S ENTERING
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se os cidadãos europeus poderão continuar a viver e a trabalhar na Grã-Bretanha, e, se continuarem, sob que tipo de visto. But it is unclear if Britain will be able to withhold such access after Brexit. Another issue that’s affecting banks, but that remains unanswered, is whether European citizens will be able to continue to live and work in Britain, and if they continue, under which kind of visa. c
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ÁFRICA
10 milhões de dólares para startups africanas O director executivo do grupo Alibaba, Jack Ma, anunciou recentemente a disponibilização de um fundo de 10 milhões de dólares norte-americanos para apoiar startups africanas que queiram expandir-se em termos internacionais. A boa nova foi tornada pública em Kigali, capital Ruandesa, à margem da realização do Fórum Youth Connect 2017. Gildo Mugabe (texto)
O
fundo no valor de 10 milhões de dólares será aplicado em diferentes iniciativas, com destaque para a formação em Tecnologias de Informação, Protecção Ambiental em África,
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AGOSTO 2017 · Capital Magazine Ed.108
Internet, entre outras. No âmbito do Fórum Youth Connect 2017, o director executivo da empresa Alibaba, Jack Ma, anunciou igualmente que pretende convidar cerca de 200 jovens empresários africanos para
ÁFRICA/ AFRICA
trabalhar na sede da Alibaba com o objectivo de transmitir experiência em campos como o comércio eletrónico e a inteligência artificial. Mais adiante, Jack Ma revelou que a Alibaba trabalhará juntamente com universidades e governos em África para fornecer capacitação e cursos específicos, incluindo Internet, Inteligência Artificial e Comércio Electrónico. No que tange à proteção ambiental em África, Jack Ma elucidou que pretende promover e apoiar esforços de conservação ambiental, especialmente a protecção de elefantes e outros animais preciosos, numa parceria entre a Alibaba e a Paradise Foundation da China. A Alibaba Group Holding Limited, fundada em 1999, é uma empresa chinesa de comércio electrónico que fornece serviços de vendas de consumidores para consumidores, negócios para consumidores e negócios para empresas através de portais da web. O valor de mercado da Alibaba
encontra-se estimado em mais de 231 biliões de dólares.
Sobre Youth Connekt Africa 2017 Três objectivos fundamentais nortearam a realização deste evento, nomeadamente, discutir políticas, programas e parcerias para potencializar o empreendedorismo dos jovens africanos. Apadrinhado pelo presidente da república do Ruanda, Paul Kagame, o encontro inaugural da Youth Connect Africa reuniu funcionários do governo e convidados especiais, com destaque para Jack Ma, também fundador do Grupo Alibaba. E mais, contou com a presença de Mukhisa Kituyi, secretário-geral da UNCTAD e Abdoulaye Mar Dieye, Administrador Assistente do PNUD e Director do Escritório Regional para África. Decorrido entre os dias 19 a 21 de julho de 2017, no Ruanda, a organização contou com 2.500 convidados que
incluem altos executivos de empresas multinacionais que operam em África, líderes de organizações da sociedade civil, parceiros de desenvolvimento africanos, entre outros. Refira-se que a Youth Connect tem como objectivo principal criar 10 milhões de empregos até 2020 em ambientes de trabalho sustentáveis em indústrias emergentes. No que concerne à educação e habilidades profissionais, a instituição tenciona criar 25 milhões de oportunidades através de treinamento e inscrição nos locais de trabalho. Até 2020, a iniciativa pretende identificar cerca de um milhão de líderes africanos que fornecem soluções, participem da advocacia e se tornem modelos nas suas comunidades. Fortalecer 5.000 embaixadores digitais em cada país para ajudar colectivamente a conectar e capacitar digitalmente 100 milhões de africanos, permitindo que as habilidades sejam transferidas para as suas comunidades locais.c
USD $ 10 million for African startups Alibaba Group’s CEO Jack Ma recently announced the availability of a USD $ 10 million fund to support African startups wishing to expand internationally. The good news were made public in Kigali, Rwandan capital, during 2017 Youth Connect Forum. Gildo Mugabe (text)
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he fund worth USD $ 10 million will be used in different initiatives, with emphasis on training in Information Technology, Environmental Protection in Africa, Internet,
among others. As part of the 2017 Youth Connect Forum, Alibaba’s Executive Director Jack Ma also announced that he intends to invite about 200 young African entrepreneurs to work at
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AFRICA
Alibaba’s Headquarters with the aim of conveying expertise in fields such as e-commerce and artificial intelligence. Later, Jack Ma revealed that Alibaba will work with African universities and governments to provide training and specific courses, including Internet, Artificial Intelligence and E-Commerce. Regarding environmental protection in Africa, Jack Ma explained that he intends to promote and support environmental conservation efforts, especially the protection of elephants and other animals, in a partnership between Alibaba and China’s Paradise Foundation. Alibaba Group Holding Limited, founded in 1999, is a Chinese e-commerce company that provides sales services consumer to consumers, business to consumers and business to business through web portals. The
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market value of Alibaba is estimated at more than 231 billion dollars.
About Youth Connect Africa 2017 Three key objectives guided this event, namely, discuss policies, programs and partnerships to enhance the entrepreneurship of young Africans. Hosted by the President of the Republic of Rwanda, Paul Kagame, the inaugural Youth Connect Africa meeting brought together government officials and special guests, including Jack Ma, also founder of the Alibaba Group. Also present was Mukhisa Kituyi, Secretary-General of UNCTAD and Abdoulaye Mar Dieye, Assistant Administrator of UNDP and Director of the Regional Office for Africa. From July 19 to 21, 2017, in Rwanda, the event was attended by 2,500 guests including senior execu-
tives from multinational companies operating in Africa, leaders of civil society organizations, African development partners, among others. It should be noted that Youth Connect’s main goal is to create 10 million jobs by 2020 in sustainable work environments on emerging industries. With regard to education and professional skills, the institution intends to create 25 million opportunities through workplace training and enrollment. By 2020, the initiative aims to identify about one million African leaders who provide solutions, participate in advocacy, and become role models in their communities. Strengthen 5,000 digital ambassadors in each country to collectively help connect and digitally empower 100 million Africans by allowing skills to be transferred to their local communities.c
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MOçAMBIQUE
Produção de veículos eléctricos catapulta grafite do país A produção de veículos eléctricos no mundo poderá atiçar a procura de grafite em Moçambique, um minério-chave nos ânodos das baterias de iões de lítio que alimentam aquele tipo de viaturas. A grafite é, desse modo, uma commodity que pode vir a catapultar a mineração e a economia moçambicana, nos próximos anos, e já se perfilam duas concessões mineiras na corrida.
A
revolução dos automóveis eléctricos pode vir a ser mais incisiva do que os governos e as companhias de petróleo acreditam. Uma pesquisa da Bloomberg New Energy Finance sugere que haverá maiores reduções nos preços das baterias, e
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que durante a década de 2020, os veículos eléctricos vão-se tornar uma alternativa mais económica do que os automóveis a diesel ou gasolina na maioria dos países. Numa autêntica senda de mudança de veículos, o Reino Unido já anunciou que vai banir os automóveis
movidos a gasolina e diesel, no seu território, até 2040. Como a vida útil dos motores a gasolina e diesel geralmente não excede os 10 anos, o objectivo do governo britânico é retirar os veículos que usam essas motorizações das vias de circulação até 2050. Na França, o ronco do motor movido a combustível também tem os dias contados. Tudo porque também o Governo francês anunciou que não irá vender mais veículos movidos a diesel ou gasolina até ao mesmo período (2040). Paralelamente, houve outros países que se revelaram ainda mais drásticos nas suas decisões. A Índia e a Alemanha pretendem ter uma frota 100% eléctrica 10 anos antes, ou seja, em 2030 e a Noruega em 2025. A previsão mostra que as vendas de veículos eléctricos em todo o mundo vão crescer de forma constante nos próximos anos, do recorde de 700 mil unidades em 2016 para 3 milhões até 2021. Aliás, estudos prevêm que as vendas de veículos elétricos venham a alcançar as 41 milhões de unidades até 2040, representando 35% das vendas de novos carros ligeiros. A partir da observação dos movimentos de grandes empresas automobilísticas,
MOçAMBIQUE
um relatório da Consultora Morgan Stanley de 2016 estima que em 2025 os carros eléctricos já representem 15% do mercado mundial, ao passo que actualmente eles representam apenas 0,86%. Esta mudança projectada entre o presente ano e 2040 terá certamente implicações que irão além do mercado de automóveis. A pesquisa estima que o crescimento dos veículos eléctricos irá representar um quarto dos automóveis nas estradas até essa data, substituindo 13 milhões de barris de petróleo bruto por dia, mas utilizando 1.900 KWh de electricidade. Valor esse que seria o equivalente a cerca de 8% da demanda global da electricidade em 2015. Este cenário demonstra claramente a perda de terreno do petróleo perante a energia eléctrica, com o recurso ao uso das baterias. E a ajudar à revolução eléctrica nos automóveis, eis que os custos das baterias de ion-lítio (usadas nesses engenhos) já caíram
65% desde 2010, chegando ao valor de US$ 350 por KWh, esperando-se que chegue a atingir os US$ 120 por KWh até 2030.
Boom dos automóveis eléctricos coloca grafite moçambicana em alta A demanda de grafite deverá aumentar 500 por cento nos próximos 10 anos devido ao crescimento exponencial esperado no mercado de veículos eléctricos, segundo David Flanagan, director da Battery Minerals. De acordo com a West Australian, Flanagan diz que o projecto ‘Montepuez Graffite’ da sua empresa em Moçambique está preparado para fazer parte da solução global de fornecimento. Isto porque o grafite é um ingrediente-chave nos ânodos das baterias de iões de lítio que alimentam os veículos elétricos. A Battery Minerals espera iniciar a
construção do seu projecto, investindo entre 57 a 67 milhões de dólares no primeiro semestre de 2018, com as primeiras exportações previstas para os primeiros quatro meses de 2019. Por seu turno, a Syrah Resources pretende fazer com que a sua exploração mineira de Balama “seja o maior produtor mundial de grafite a um preço baixo, ultrapassando a China, e colocando num mercado em expansão um produto de elevada qualidade”. A concessão de Balama, que cobre uma área de 106 quilómetros quadrados, fica localizada a 265 quilómetros da cidade de Pemba (Cabo Delgado). Segundo o seu último relatório (Julho-Agosto de 2017), a construção do projecto encontra-se em 90% e é expectável que a primeira actividade venha a ter lugar em Outubro. Tendo em conta as oportunidades expostas, Moçambique precisa de se preparar para mais um desafio, além do do carvão e do gás natural.c
PRODUTOS
Custo Preço atual
Moçambique 1) Based on Syrah’s market inquiries (2) Syrah internal economic assessment – refer to ASX announcement dated 18th June 2015 for coated figures (3) Based on Benchmark Minerals 2017 price data (4) Based on Benchmark Minerals 2017 price data for 15μm (D50) spherical graphite product
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MOzAMBIQUE
Production of electric vehicles catapults the country’s graphite The production of electric vehicles in the world could fuel the demand for graphite in Mozambique, a key ore in the anodes of the lithium-ion batteries that power that type of vehicles. Graphite is thus a commodity that may come to catapult mining and the Mozambican economy in the coming years, and two mining concessions are already outlined in the race.
T
he electric car revolution may turn out to be more incisive than governments and oil companies believe. A Bloomberg New Energy Finance poll suggests that there will be further reductions in battery prices, and that during the 2020s, electric vehicles will become a cheaper alternative than diesel or gasoline cars in most countries. On a genuine path of vehicle change, the UK has already announced that it will ban gasoline and diesel cars in its
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territory by 2040. As the life of petrol and diesel engines generally does not exceed 10 years, the objective of the British government is to remove the vehicles using those motorisations from the roadways by 2050. In France, the roar of the fuelpowered engine also has its days counted. All because the French Government also announced that it will not sell more vehicles powered by diesel or gasoline until the same period (2040). At the same time, other countries were even more drastic in
their decisions. India and Germany plan to have a 100% electric fleet 10 years earlier, in 2030 and Norway by 2025. The forecast shows that sales of electric vehicles worldwide will grow steadily in the coming years, from a record 700,000 units in 2016 to 3 million by 2021. Incidentally, studies predict that sales of electric vehicles will reach the 41 million units by 2040, accounting for 35% of new car sales. Looking at the movements of major auto companies, a report by
MOzAMBIQUE
Morgan Stanley Consultant in 2016 estimates that by 2025 electric cars already account for 15% of the world market, while they currently represent only 0.86%. This projected change between this year and 2040 will certainly have implications that will go beyond the car market. The survey estimates that the growth of electric vehicles will account for a quarter of the cars on the road by that date, replacing 13 million barrels of crude oil per day but using 1,900 kWh of electricity. This would be equivalent to around 8% of global electricity demand by 2015. This scenario clearly demonstrates the loss of oil to electricity, through the use of batteries. And to help with the electric revolution in automobiles, here is the cost of lithium-ion batteries (used in these vehicles) have already dropped 65% since 2010, reaching US $ 350 per KWh,
and it is expected to reach US $ 120 per KWh through 2030.
Boom of electric vehicles puts mozambican graphite on up Demand for graphite is expected to rise 500 percent over the next 10 years due to the expected exponential growth in the electric vehicle market, according to David Flanagan, manager of Battery Minerals. According to West Australian, Flanagan says his company’s ‘Montepuez Graffite’ project in Mozambique is ready to be part of the global supply solution. This is because graphite is a key ingredient in the anodes of lithium-ion batteries that power electric vehicles. Battery Minerals expects to start
construction of its project, investing between US $ 57 million and US $ 67 million in the first half of 2018, with the first exports expected for the first four months of 2019. On the other hand, Syrah Resources intends to make its Balama mining “the world’s largest producer of graphite at a low price, surpassing China, and placing a high-quality product in a growing market.” The Balama concession, which covers an area of 106 square kilometers, is located 265 kilometers from Pemba city (Cabo Delgado). According to its latest report (July-August 2017), the construction of the project is at 90% and the first activity is expected to take place in October. Given the opportunities presented, Mozambique needs to prepare for one more challenge, in addition to coal and natural gas.c
1) Based on Syrah’s market inquiries (2) Syrah internal economic assessment – refer to ASX announcement dated 18th June 2015 for coated figures (3) Based on Benchmark Minerals 2017 price data (4) Based on Benchmark Minerals 2017 price data for 15μm (D50) spherical graphite product
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DOSSIER
O aperto de mão corajoso que fortaleceu os títulos de tesouro moçambicanos Num acto de coragem e quase que improvável, o Presidente da República, Filipe Nyusi, visitou a serra da Gorongosa para “apertar a mão do líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Este acto caiu como um balão de oxigénio para a economia do país. Belizário Cumbe (texto)
o carbonífero. As empresas que exploram carvão na província de Tete, com destaque para a Vale Moçambique, viram as suas operações serem interrompidas devido aos ataques frequentes aos comboios das mineradoras. Nesse sentido, o aperto de mão entre o Presidente da República e o líder da Renamo é um sinal importante e um voto de confiança lançado ao mercado nacional e internacional.
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o último dia seis de Agosto, o Presidente da República (PR) Filipe Nyusi visitou a serra da Gorongosa para se encontrar com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. O encontro, imprevisível, teve lugar longe dos holofotes da comunicação social e lançou bases importantes para o restabelecimento efectivo da paz e da confiança entre o maior partido da oposição e o Governo de Moçambique. Os dois líderes acordaram que vão acompanhar de perto os trabalhos das duas comissões criadas e, até
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O que está em jogo? finais do ano em curso, o processo da paz será concluído. O anúncio deste encontro foi um balão de oxigénio para a economia do país. Afinal de contas, muitas empresas viram a sua facturação a cair a pique devido ao confronto militar, registado em 2016, cujo epicentro foi a zona centro do país. Muitas companhias que se dedicam ao transporte de carga no centro do país (do Interland para o Porto da Beira) sofreram com as escoltas militares que chegavam a dobrar o tempo normal de cada viagem. Outro sector que respira de alívio é
Desde 2015 na floresta de Gorongosa, Afonso Dhlakama já manifestou a vontade de regressar ao convívio familiar e participar de forma activa nos pleitos eleitorais de 2018 e 1019. Porém, Dhlakama, apresenta uma série de condições para o efeito, nomeadamente, a reintegração das forças residuais da Renamo nas Forças de Defesa e Segurança; a descentralização (que inclui a eleição dos governadores provinciais) bem como a despartidarização do Aparelho do Estado. De referir que estes temas estão a ser discutidos nas duas comissões que foram criadas pelo PR e pelo líder da Renamo.c
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DOSSIER
The courageous Handshake that strengthened Mozambican treasury bonds In an act of courage and almost unlikely, the President of the Republic, Filipe Nyusi, visited the Gorongosa mountain to shake hands with Renamo’s leader Afonso Dhlakama. This act was like an oxygen balloon for the country’s economy. Belizário Cumbe (text)
country (from Interland to Port of Beira) suffered with military convoys doubling the normal time of each trip. Another sector that breathes relief is coal. Companies operating coal in Tete province, notably Vale Mozambique, saw their operations halted due to frequent attacks on miners’ trains. In this sense, the handshake between the President of the Republic and the leader of Renamo is an important signal and a vote of confidence was released to the national and international market.
What’s at stake?
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n August 6, President of the Republic Filipe Nyusi visited Gorongosa mountainto meet Renamo leader Afonso Dhlakama. The meeting, unpredictable, took place far from the spotlight of the media laid important groundwork for the effective restoration of peace and trust between the largest opposition party and the Mozambican government. The two leaders agreed that they will
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closely monitor the work of the two set up committees set up, and that by the end of this year the peace process will be completed. The announcement of this meeting was an oxygen balloon for the country’s economy. After all, many companies saw their turnover plummet due to this military confrontation, recorded in 2016, and the epicenter of this was the central zone of the country. Many companies engaged in cargo transportation in the center of the
Since 2015 in Gorongosa’s forest, Afonso Dhlakama has already expressed the desire to return to family life and participate actively in the elections of 2018 and 2019. However, Dhlakama presents a number of conditions for this to happen, namely the reintegration of Renamo’s residual forces into the Defense and Security Forces; decentralization (which includes the election of provincial governors) as well as the de-politicization of the State apparatus. It should be noted that these issues are being discussed in two commissions created by the PR and Renamo’s leader.c
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ECONOMIA
Economia moçambicana revela sinais de recuperação O Banco Mundial lançou em Julho um documento intitulado “Actualidade Económica de Moçambique – Uma Economia a duas Velocidades”, onde chega à conclusão de que após um 2016 difícil para o país, que assistiu a uma desaceleração acentuada no crescimento económico e à manifestação de choques, tanto no que se refere à moeda como à inflação, as primeiras tendências de 2017 mostram sinais de melhoria. helga Nunes (text)
A
série bianual Actualidade Económica de Moçambique (MEU, Mozambique Economic Update), do Banco Mundial, foi concebida para apresentar avaliações oportunas e concisas quanto às tendências económicas
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actuais em Moçambique, à luz dos desafios de desenvolvimento mais alargados do país. Nesse contexto, o documento em causa, assinado por espelialistas do Banco Mundial (BM), revela que em 2017, o crescimento do PIB no primeiro
ECONOMIA
O crescimento no primeiro trimestre de 2017 mostra sinais de melhoria, impulsionado pelo sector extractivo...
O qual continua a desempenhar um papel fundamental na modelação da economia moçambicana.
10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4%
Agricultura Ind. Transformadora Serviços Financeiros
Serviços excl SF Impostos
Fonte: INE
trimestre chegou aos 2,9 %, mais do que o dobro da taxa de crescimento do trimestre anterior. O metical, que tinha vindo constantemente a depreciar-se face ao dólar durante os primeiros dez meses de 2016, encontra-se agora mais estável, após ter subido 28% nos últimos 9 meses relativamente ao dólar americano. Uma forte resposta a nível de política monetária foi fundamental para essa mudança, a qual também ajudou a inflação a abrandar lentamente até meados de 2017. Além disso, as reservas internacionais estão a recuperar, uma vez que as exportações aceleraram ao mesmo tempo em que as importações se mantiveram moderadas. A melhoria dos preços das matériasprimas e uma indústria de carvão em recuperação são factores centrais para estas tendências, contribuindo também para as perspectivas de crescimento. O fortalecimento dos preços do carvão, alumínio e gás, uma recuperação pós
“El Niño” na agricultura e o progresso nas conversações de paz poderiam orientar o crescimento no sentido de atingir os 4,6% em 2017 e7% até ao final da década.
Condições económicas continuam a constituir um desafio Mesmo com as melhorias evidenciadas, a economia moçambicana mantém-se enfraquecida e exposta a riscos significativos. Apesar de ser mais elevado do que no trimestre anterior, o crescimento do primeiro trimestre de 2017 continua abaixo dos níveis observados nos últimos anos. E com muitas das perspectivas de crescimento pendentes da evolução do sector extractivo, as flutuações nos preços das matérias-primas vão continuar a representar grandes riscos para a economia. A inflação continua muito alta, nos 18%,
com implicações directas para as famílias moçambicanas e para a política monetária, a qual visa assegurar um ambiente de estabilidade relativamente aos preços. A política monetária manteve-se firme e ajudou a que ocorresse um ajuste significativo no sector externo. Não obstante, a taxa de juro de referência de Moçambique encontra-se agora entre as mais elevadas da África subsariana e as taxas médias de crédito da banca comercial, na ordem dos 30%, são proibitivas para grande parte do sector privado. De acordo com o Banco Mundial, é necessário fazer mais no sentido de ajudar a recuperar a economia de Moçambique, mas o ciclo do aperto monetário pode ter alcançado o seu auge. Uma taxa de câmbio mais forte, o atenuar da inflação e os níveis de crédito mais reduzidos sugerem que o ciclo de política monetária pode estar a começar a aliviar, à medida que o ajustamento da economia prossegue. No entanto, para que esta transição possa ser
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ECONOMIA
Apoiar o sector privado ao longo da crise
feita sem incidentes, é necessário haver uma resposta coordenada e robusta por parte da política fiscal. É necessária uma resposta mais incisiva a nível de política fiscal Apesar de terem sido feitos progressos, a situação fiscal de Moçambique, segundo analistas do Banco Mundial, continua a ser insustentável e o ajuste fiscal, a nível geral, tem sido limitado. Não havendo progressos no processo de reestruturação da dívida do país até à data, a posição da mesma continua a ser insustentável. As reformas a nível de subsídios, uma área difícil de tratar, têm avançado, e vão contribuir para aliviar as pressões socais. Mas o aumento das dívidas em atraso e o financiamento doméstico estão a impedir o ajuste fiscal. Os custos salariais continuam a ser uma fonte significativa de pressão, enquanto os recentes cortes orçamentais, no que se refere ao investimento, estão a afectar os sectores económicos e sociais e, potencialmente, a piorar a composição orçamental. Além disso, os riscos fiscais, principalmente os de algumas das grandes empresas públicas de Moçambique, estão a materializar-se, podendo vir a comprometer os esforços de recuperação fiscal, se não forem geridos de forma
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proactiva. Claramente, e no entender do BM, no que se refere a restaurar a saúde das finanças públicas de Moçambique, temos uma agenda de grandes dimensões pela frente. O progresso nas negociações de reestruturação da dívida é fundamental para restabelecer a estabilidade fiscal e travar a acumulação de dívidas em atraso junto aos credores. Reformas de consolidação, para controlar os custos salariais e reforçar a administração de receitas, também ajudariam a aliviar as pressões sobre o orçamento e a limitar a acumulação de dívidas em atraso junto aos fornecedores. Igualmente importante para restaurar a sustentabilidade seria um compromisso por parte das autoridades no sentido de exercerem políticas que ajudem Moçambique a criar sistemas de amortecimento fiscal e a enraizar a prudência na gestão das finanças públicas a longo prazo. Tal agenda política envolveria perseguir objectivos conducentes a um superavit primário e a um perfil de dívida sustentável a longo prazo. Envolveria também reformas com vista a fortalecer as estruturas legais para a gestão da dívida e dos riscos fiscais das empresas públicas e outras entidades do sector público.
O relatório sobre a “Actualidade Económica de Moçambique” explora também o perfil do sector privado formal e o impacto da crise económica em curso no seu desempenho. Refere o desenvolvimento e maior dinamismo entre as empresas enquanto Moçambique passou por uma aceleração do crescimento orientada para os recursos. Desde 2002, o número de empresas no sector formal duplicou, empregando agora essas entidades o dobro dos trabalhadores que empregavam em 2002, sendo que grande parte dessa expansão ocorreu nas indústrias não-extractivas do sector privado. Além disso, a participação das pequenas e médias empresas está a aumentar, sendo este um fenómeno que favorece o crescimento da produtividade em geral. São sinais positivos. No entanto, é provável que a crise económica em curso tenha um impacto desproporcionalmente negativo sobre estas micro, pequenas e médias empresas emergentes. Uma análise das evidências emergentes indica que, enquanto as indústrias extractivas, outros megaprojectos e as grandes indústrias mostram alguma resiliência, o resto do sector privado, os “rebentos” da economia, enfrenta a redução no crescimento da procura, custos mais elevados e acesso mais difícil ao crédito. Por conseguinte, restabelecer a estabilidade macroeconómica, através de uma combinação equilibrada de políticas monetárias e fiscais, é prioritário para o crescimento do sector privado. Por último, considerando a abertura e exposição contínua aos choques externos por parte do sector privado, se Moçambique pretende aproveitar o seu potencial no que se refere à diversificação e ao crescimento do emprego, é importante realizar reformas no sentido de aumentar a resistência a longo prazo deste sector. c
ECONOMIA
Taxa de Câmbio e Inflação
A taxa de câmbio aumenta em função do ajustamento da economia, mas a inflação permanece elevada. O metical começou a recuperar em Outubro de 2016...
m as a inflação insiste em permanecer, uma vez que as pressões por parte dos preços da electricidade e dos combustíveis são pronunciadas...
transacções (variação percentual desde Janeiro de 2016)
Fonte: BdM
O metical obteve ganhos consideráveis, desde o último trimestre de 2016, suportados pelo aumento das receitas da exportação e pela austeridade da política monetária. Entre Outubro de 2016 e Junho de 2017, a moeda moçambicana valorizou 28 % face ao dólar dos EUA e quase 29 %, no mesmo período, face às principais moedas utilizadas nas transacções. O aumento das receitas de exportação, devido à recuperação dos preços das matérias- primas, é essencial para esta tendência. A liquidez reduzida - resultante de um aumento das
(variação percentual a 12 meses)
Fonte: INE
exigências de reservas - também tem vindo a diminuir o fornecimento do metical. Nos 12 meses que antecederam Junho de 2017, a inflação global diminui para 18,1%, descendo do pico de 26,3% em que se encontrava em Novembro de 2016, uma vez que o metical mais forte ajudou a reduzir o custo das mercadorias importadas. A valorização do metical em relação ao dólar e ao rand sul-africano constitui um dos principais contributos para o abrandamento da inflação, dada a dependência dos produtos
importados, incluindo alimentos, por parte de Moçambique. Como resultado, a inflação dos produtos alimentares começou a arrefecer, em Novembro de 2016, orientada pela redução no custo das importações (incluindo as de arroz e trigo) e pela melhoria das condições climáticas após a seca provocada pelo “El Niño”, o que tem ajudado a orientar a inflação global no sentido descendente. De referir que os alimentos são responsáveis por 33 % do cabaz de mercadorias no Índice de Preços do Consumidor. Por outro lado, os aumentos de pre-
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ECONOMIA/ ECONOMY
ços de energia e itens de combustível conduziram, desde Fevereiro, a um aumento da inflação dos produtos não alimentares. Um pacote de reformas fiscais visando a reversão dos subsídios e preços administrativos conduziu a inflação dos produtos não alimentares a uma tendência ascendente desde o início do ano.
As tarifas da electricidade subiram, em Outubro de 2016, e a partir dessa data, num esforço para eliminar os subsídios, os preços dos combustíveis nas bombas, que se mantinham fixos desde 2011, foram aumentados duas vezes. Isto, combinado com um aumento acentuado nos preços do carvão vegetal, levou a uma subida
de 66 %, até Abril de 2017, no índice de preços da electricidade, gás e outros combustíveis. Durante esse período, os preços dos combustíveis também aumentaram, tendo uma parte significativa desse aumento coincidido com as revisões em alta dos preços dos combustíveis.
Mozambican economy shows signs of recovery The World Bank issued in July a document entitled “Mozambique Economic Update - A Two-Speed Economy”, which concludes that after a difficult 2016 for the country, which witnessed a marked slowdown in economic growth and the manifestation of shocks , both in terms of currency and inflation, the first trends of 2017 show signs of improvement. helga Nunes (text)
T
he World Bank’s biennial Mozambique Economic Update (MEU) series is designed to provide timely and concise assessments of current economic trends in Mozambique in light of the country’s broader development challenges. In this context, the document in question, signed by World Bank (WB) experts, shows that in 2017 GDP growth in the first quarter reached 2.9%, more than double the growth rate of the previous quarter. Metical, which has been steadily declining against the dollar during the first ten months of 2016, is now more stable after rising 28% in the last 9 months against the US dollar. A strong monetary policy response was paramount for this change, which also helped inflation to slow down until mid-2017.
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ECONOMY
First quarter growth in 2017 shows signs of improvement driven by the extractive sector
which continues to play a key role in shaping the Mozambican economy.
2011-16 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4%
Source: INES
In addition, international reserves are recovering, as exports accelerated at the same time as imports remained subdued. The improvement of commodities prices and a recovering coal industry are basic factors in these trends, also contributing to growth prospects. Strengthening coal, aluminum and gas prices, post-“El Niño” recovery in agriculture and progress in peace talks could drive growth to reach 4.6 percent in 2017 and 7 percent by the end of the decade.
Economic conditions continue to be a challenge Even with the improvements showing, Mozambican economy remains weak and exposed to significant risks. Despite being higher than in the previous quarter, growth in the 2017’s first quarter remains below the levels ob-
ource: INE, BdM
served in recent years. And with many of the growth prospects pending in the evolution of the extractive sector, fluctuations in the prices of commodities will continue to pose great risks to the economy. Inflation remains very high, at 18%, with direct implications for Mozambican households and for monetary policy, which aims to ensure a stable price environment. Monetary policy remained firm and helped to bring about a significant adjustment in the external sector. Nonetheless, Mozambique’s benchmark interest rate is now among the highest in sub-Saharan Africa and the average commercial bank lending rate of around 30% is prohibitive for much of the private sector. According to the World Bank, more needs to be done to help recover Mozambique’s economy, but the cycle of monetary tightening may have reached its peak. A stronger exchange rate, lower inflation and lower credit
levels suggest that the monetary policy cycle may be starting to ease as economic adjustment proceeds. However, in order for this transition to be seamless, it needs to be a coordinated and robust response from fiscal policy.
A more incisive tax policy response is needed Although progress has been made, the tax situation in Mozambique, according to World Bank analysts, remains unsustainable and overall fiscal adjustment has been limited. With no progress in the country’s debt restructuring process to date, its position remains unsustainable. Subsidy reforms, a difficult area to deal with, had some advances, and will help alleviate social pressures. But rising arrears and domestic financing are impeding tax adjustment. Wage costs continue to be a significant
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ECONOMY
source of pressure, while recent budget cuts in investment are affecting economic and social sectors and potentially worsening the budget composition. In addition, fiscal risks, particularly those of some of Mozambique’s large public enterprises, are materializing and could jeopardize fiscal recovery efforts it’s not managed proactively. Clearly, and in the World Bank’s opinion, in terms of restoring the health of public finances in Mozambique, we have a large agenda ahead. Progress in debt restructuring negotiations is critical to restoring fiscal stability and curbing the accumulation of past due debts to creditors. Consolidation reforms, to control wage costs and strengthen revenue management, would also help relieve pressures on the budget and limit the accumulation of arrears to suppliers. Equally important for restoring sustainability would be a commitment on the part of the authorities to pursue policies that help Mozambique to create tax-depletion systems and to root prudence in the management of public finances in the
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long run. Such a politic agenda would involve pursuing goals leading to a primary surplus and a long-term sustainable debt profile. It would also involve reforms to strengthen the legal frameworks for debt management and fiscal risks of public enterprises and other public sector entities.
Supporting the private sector throughout the crisis The report about “Mozambique Economic Update” also explores the profile of the formal private sector and the impact of the ongoing economic crisis on its performance. It refers to the development and greater dynamism among companies while Mozambique underwent an acceleration of resource-oriented growth. Since 2002, the number of companies in the formal sector has doubled, these entities now employing twice as many as they employed in 2002, with much of this expansion occurring in non-extractive industries of the private
sector. In addition, there’s an increase of small and medium-sized enterprises participation and this phenomenon favors productivity growth in general. These are positive signs. However, the ongoing economic crisis is likely to have a disproportionately negative impact on these emerging micro, small and medium sized companies. An analysis of the emerging evidence indicates that while extractive industries, other megaprojects, and large industries show some resilience, the rest of the private sector, the “offspring” of the economy, faces reduced demand growth, higher costs and difficulty in obtain credit. Therefore, restoring macroeconomic stability through a balanced mix of monetary and fiscal policies is a priority for private sector growth. Finally, given the openness and continued exposure to external shocks by the private sector, if Mozambique is to seize its potential for diversification and employment growth, it is important to undertake reforms to increase long-term resilience of this sector.c
ECONOMY
Exchange Rate and Inflation
The exchange rate increases as the economy adjusts, but inflation remains high. The metical began recovering in October 2016
b ut in ation remains sticky as pressures from electricity and fuel prices are pronounced
Exchange rate against key trading currencies (% change since Jan 2016)
gas and fuel, 2015-17 (12-month % change)
Source: BdM
Source: INE
Mozambican Metical has made considerable gains since the last quarter of 2016, supported by higher export revenues and monetary policy austerity. Between October 2016 and June 2017, the Mozambican currency appreciated 28% against the US dollar and almost 29% over the same period against the main currencies used in transactions. The increase in export earnings due to the recovery of commodities prices is essential for this trend. The reduced liquidity - resulting from an increase in reserve requirements - has also been decreasing the metical supply. In the 12 months leading up to June 2017, global inflation declined to 18.1%, down from the 26.3% peak it was in November 2016, as the stronger
metical helped to reduce the cost of imported goods. The appreciation of the metical against the dollar and the South African rand is one of the main contributors to the slowdown in inflation given the dependence of imported products, including food, on Mozambique. As a result, food inflation began to cool in November 2016, driven by a reduction in imports cost (including rice and wheat) and by improved weather conditions following the drought caused by “El Niño”, which has helped guide global inflation downward. It should be noted that food accounted for 33% of the food basket in the Consumer Price Index. On the other hand, increases in energy prices and fuel items have led, since
February, to an increase in non-food inflation. A package of tax reforms aimed at reversing subsidies and administrative prices has led non-food inflation to an upward trend since the beginning of the year. Electricity price rose in October 2016, and since then, in an effort to eliminate subsidies, fuel prices at the gas stations, which have remained stable since 2011, have increased twice. This, combined with a sharp rise in charcoal prices, led to a 66% rise in the price index for electricity, gas and other fuels by April 2017. During this period, fuel prices also increased, with a significant part of this increase coinciding with upward revisions in fuel prices.c
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TEMA DE FUNDO
Desempenho da Porto da Beira abranda em ano de crise Nos primeiros seis meses deste ano, atracaram no Porto da Beira 246 navios, movimentando cerca de quatro milhões de toneladas de mercadoria diversa. Em igual período de 2016, o Porto recebeu 278 navios que movimentaram cerca de 4.3 milhões de toneladas, incluindo o Carvão. Este ano, a Cornelder espera superar o desempenho de 2016 e retomar a média dos últimos 15 anos. Belizário Cumbe (texto)
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Cornelder de Moçambique (CdM) é concessionária do Porto da Beira há 19 anos. Desde 1998, a companhia soma anos de bons resultados e já investiu pouco mais
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de 100 milhões de dólares na aquisição de equipamentos modernos, sistemas de gestão e monitoria de carga, formação do capital humano, expansão das áreas de manuseamento e acondicionamento de carga.
TEMA DE FUNDO
Porém, os 19 anos da concessão não foram isentos de períodos de instabilidade a nível nacional e regional. Jan Laurens de Vries, administrador delegado da Cornelder, conta que o primeiro revés foi registado nos primeiros anos da concessão, entre 1999 e 2000, como resultado do agravamento da crise económica no Zimbabwe. Em 2016, a CdM ressentiu-se dos efeitos de fenómenos como a descida do preço das commodities, a nível mundial, e da desaceleração da economia regional. Paradoxalmente, a seca severa que assolou a região da SADC constituiu uma oportunidade para a CdM de incrementar os volumes de manuseamento de ajuda alimentar (constituída por cereais) destinada aos países do Interland com vista a fazer face ao défice alimentar. Para compreender os contornos da crise que fez com que o Porto da Beira registasse a primeira queda do volume de carga manuseada em 15 anos, a Revista Capital visitou a infraestrutura e conversou com alguns intervenientes do sector logístico.
vezes mais. Outro dado a ter em conta é que em 1998 o terminal de contentores tinha capacidade para receber 100 mil contentores. Hoje, o Terminal foi ampliado para receber 450 mil contentores de 20 pés. O grande impulso veio, principalmente, da dragagem realizada em 2010 que aumentou a profundidade do canal de navegação para 14 metros, permitindo a entrada de navios de grande calado. Mas em 2016 o volume de contentores reduziu 7%, mais concretamente de 211 mil para 198 mil. A quantidade do carvão mineral movimentado no Porto caiu de 4.5 milhões de toneladas, em 2015, para 2.5 milhões de toneladas no ano passado, uma redução de aproximadamente 50%. Este cenário deveu-se, em primeiro lugar, à queda do preço do carvão no mercado internacional e, em segundo lugar, ao encerramento da linha de Sena durante um determinado período do ano passado por causa das hostilidades militares.
A Revista Capital não teve acesso aos dados concretos, mas Jan Laurens de Vries assegura que o desempenho aquém das expectativas se estendeu para a carga geral, onde a importação dos adubos um dos principais produtos de importação - reduziu significativamente por causa da seca que assolou a região. Apesar deste cenário pouco animador, o administrador delegado da CdM diz que o Porto da Beira conseguiu minimizar as perdas visto que não depende de um único produto ou país para equilibrar as contas.
Primeiro trimestre de 2016 O Porto da Beira recebeu, de Janeiro a Junho deste ano, 246 navios, movimentando cerca de quatro milhões de toneladas de mercadoria diversa. No mesmo período do ano passado, a infraestrutura recebeu 278 navios que movimentaram cerca de 4.3 milhões de toneladas, incluindo o carvão mineral.
Resiliência e diversificação Quando em 1998 a Cornelder decidiu apostar no Porto da Beira, o segundo maior do país, Moçambique acabava de sair de uma guerra civil que durou 16 anos. Porém, o potencial da infraestrutura, como a sua localização estratégica e as oportunidades que o Zimbabwe oferecia ditaram a aposta. Na altura, os volumes manuseados pela infraestrutura eram modestos. Em 2002, por exemplo, o Porto manuseou 30 mil contentores, um volume que em 2015 cresceu para 211 mil contentores, ou seja, sete
jan Laurens de Vries, administrador delegado da Cornelder
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TEMA DE FUNDO
TERMINAL DE CONTENTORES Carga Total (em toneladas)
Total da carga em Transito
2014 – 2.983.771
2014 – 951.965 2015 – 1.100.712
2015 – 3.293.249
2016 -1.175.499
2016 – 3.238.842
I Semestre de 2017 – 804.956
I Semestre de 2017 – 1.637.170
Carga em trânsito por país (principais utilizadores) Zimbabwe
Malawi
Zâmbia
2014 – 307.607
2014 – 316.808
2015 – 336.790
2015 – 379.128
2014 – 274.116 2015 – 335.841
2016 – 474.625
2016 – 358.923
I Semestre de 2017 – 345.956
I Semestre de 2017 – 240.450
2016 – 321.058 I Semestre de 2017 – 213.499
TERMINAL DE CARGA GERAL (excluindo o carvão) Carga Total (em toneladas)
Total da carga em Transito
2016 – 2.218.463
2016 -1.253.677
I Semestre de 2017 – 1.289.587
I Semestre de 2017 – 640.844
Carga em trânsito por país Zimbabwe
Malawi
Zâmbia
2016 – 639.071
2016 – 427.781 I Semestre de 2017 – 194.575
2016 – 186.825 I Semestre de 2017 – 157.527
I Semestre de 2017 – 286.728
Os dados do desempenho do Porto da Beira, na carga geral, no primeiro semestre de 2017 indicam que de Janeiro a Junho, foram manuseadas pouco mais de 2.3 milhões de toneladas, contra as 2.8 milhões de toneladas movimentados no mesmo período de 2016. Ou seja, uma redução na ordem de aproximadamente 500 mil toneladas. Entretanto, há que ter em conta que o volume da carga geral movimentada pelo Interland aumentou de forma significativa. De Janeiro a Junho de 2016, o total da mercadoria em trânsito foi de 459 mil toneladas, contra as 640 mil toneladas do mesmo período de 2017. No mesmo intervalo, o Zimbabwe aumentou o volume de carga de cer-
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ca de 252 mil toneladas para pouco mais 286 mil toneladas. Já o Malawi viu a sua carga subir de 157 mil toneladas para 195 mil toneladas. Em contrapartida, a quantidade de carvão manuseada no primeiro semestre de 2017, cerca de um milhão de toneladas, esteve muito longe dos pouco mais de dois milhões de toneladas que foram movimentadas no mesmo período de 2016. Ou seja, a redução foi de 50%. Interland movimenta mais de 50% da carga Mais de 50% da carga manuseada no Porto da Beira vai para o Interland (Zâmbia, Zimbabwe, RDC e Malawi). Em 2016, por exemplo, dos quase dois milhões de toneladas de carga diversa movimentados (entre impor-
tações e exportações), pouco mais de 1.1 milhões tinham como destino ou proveniência o Interland. Só o Zimbabwe movimentou mais de 40% deste volume, seguido pelo Malawi e pela Zâmbia. Porém, em 2016 alguns utilizadores do Porto, vindos do Interland, decidiram abandonar a infraestrutura (passando o usar os portos de Durban e Dar-es-Salam) por questões de segurança, de acordo com Jan Laurens. Entretanto, Laurens não sabe dizer o número desses utilizadores, muito menos o impacto deste êxodo nas contas do Porto da Beira. O facto é que, depois da trégua no conflito militar, a Cornelder foi obrigada a fazer uma cruzada pelos países vizinhos para convencer as empresas que as condições de segurança foram reestabelecidas. Posto isto, vale dizer que os números do desempenho da CdM no primeiro semestre deste ano apontam para uma retoma do crescimento médio dos últimos 15 anos. Porém, e para o efeito, precisa de uma economia regional enérgica e de uma paz efectiva em Moçambique. c
DESTAqUE
Produtos mais movimentados no Porto ENTRE OS PRODUTOS mais movimentados no Porto da Beira há que destacar, nas importações, os adubos, o trigo, viaturas, electrodomésticos e material de construção. Já nas exportações, os principais são o algodão, chá, gergelim, feijão, crómio, manganês e a madeira. c
TEMA DE FUNDO
A crise de 2016 sob o ponto de vista das empresas O Porto da Beira é o coração de parte importante das transações comerciais que se fazem na província de Sofala. Os negócios de agentes portuários, transportadores e empresas que se dedicam à importação e exportação estão sempre ao ritmo do desempenho do Porto. A Manica Freight Services Moçambique, a Transcom Sharaf (um porto seco) e a AMA Equipamentos (importação e exportação) falam do seu desempenho num contexto de crise e incertezas no mercado. Belizário Cumbe (texto)
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TEMA DE FUNDO
AMA Equipamentos
“Procura de material hospitalar e máquinas pesadas não abrandou A AMA Equipamentos é uma empresa de venda de material hospitalar e máquinas pesadas. Augusto Álvaro, director-geral da mesma, afirma que o ano passado não foi fácil para qualquer importador. O Limite de uso de cartões de crédito e de débito moçambicanos no exterior a 700 mil meticais por titular foi o principal entrave dos negócios da companhia. Se, por um lado, a demanda pelo material hospitalar e máquinas pesadas não abrandou, por outro, a empresa enfrentou dificuldades no processo de importação. Com efeito, se a AMA Equipamentos fazia entre quatro a cinco compras no exterior por mês, esta média baixou para uma importação em cada dois meses. Augusto Álvaro revela que, nos últimos seis meses, o ambiente de negócios melhorou bastante, principalmente depois da revogação do limite de pagamentos no exterior e do estabelecimento de uma trégua sem prazo nas hostilidades militares.c
Augusto álvaro
Manica Freight Services
C hegamos a ter os armazéns vazios
A Manica é o agente portuário da Vale Moçambique. Por isso, a redução do volume do carvão mineral movimentado no Porto contribuiu significativamente para um desempenho muito aquém do planificado. Ahmad Ali Haffejee, Branch Manager da Manica a nível da província de Sofala, revela que a instituição que dirige chegou a ter os armazéns sem mercadoria devido ao fraco movimento no Porto. Por isso, em 2016, a Manica não atingiu as metas uma vez
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que o manuseamento de algumas mercadorias chegou a reduzir em 50%. Porém, mesmo no tempo da crise algumas iniciativas evitaram males maiores. Haffejee conta que, devido à seca, o Zimbabwe importou, em 2016, 700 mil toneladas de farinha de milho para além de outras quantidades não especificadas de trigo. O manuseamento desta mercadoria ajudou a amortecer a queda das contas da Manica. Este ano, a situação tende a voltar à normalidade. Neste contexto, mais de 300 mil toneladas de fertilizantes já passaram do Porto com destino aos países vizinhos. Entretanto, Ahmad Ali Haffejee aponta alguns constrangimentos. O Porto da Beira é importante e estratégico para os países vizinhos, principalmente a Zâmbia, o Zimbabwe e o Malawi. Mas a estrada deve melhorar (a N6 está em reabilitação), bem como a linha de férrea de Machipanda. Na zona da Munhava, na cidade da beira, ainda há roubos e alguma coisa deve ser feita”, afirmou.c
TEMA DE FUNDO
Transcom Sharaf
P rodutos de importação caíram 50% A Transcom é o primeiro porto seco da cidade da Beira. Existe desde 2004 e surgiu da necessidade de se descongestionar o Porto criando um espaço alternativo para o transbordo de mercadoria diversa. A área total do porto seco é de 20 mil metros quadrados e tem capacidade para receber cerca de 1.500 contentores. Elton Nthinda, director operacional da Transcom, conta que a infraestrutura tem a maior quota do tabaco que é exportado através do Porto da Beira (com origem no Malawi e na província de Tete). Ou seja, movimenta perto de 38 mil toneladas de tabaco por ano, que representam 85% do total da carga exportada. Neste segmento, Nthinda diz que os efeitos da crise de 2016 não tiveram um impacto significativo, além do aumento do tempo médio de viagem (do Porto até a fronteira com o Malawi), via terrestre, de quatro para dez dias. Contudo, já não se pode dizer o mesmo das importações cujo volume de carga chegou a cair mais de 50%. Uma das principais mercadorias de importação movimentada
pela Transcom são os adubos, cujo volume reduziu em 20%. Este ano, a companhia acredita que o sector vai virar a página e espera retomar a média de crescimento da última década, que se situava entre os 15% e 25%.c
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BACKGROUND THEME
Beira Port performance slows in crisis year On the first six months of this year, 246 ships landed at Beira Port, handling about four million tons of mixed commodities. In the same period of 2016, the Port received 278 ships moving about 4.3 million tons, including Coal. This year, Cornelder expects to surpass its 2016 performance and return to the average for the past 15 years. Belizário Cumbe (text)
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ornelder de Moçambique (CdM) has been a concessionaire of Beira Port for 19 years. Since 1998, the company summed years of good results and has invested just over US
$ 100 million in the acquisition of modern equipment, cargo management and monitoring systems, human resources training and expansion of handling and cargo areas. However, the 19 year concession
register the first fall in cargo volume handled in 15 years, Capital Magazine visited the infrastructure and talked with some players in the logistics sector.
Resilience and diversification
wasn’t free of instability periods at national and regional levels. Jan Laurens de Vries, Cornelder’s GM, says the first setback was recorded during concession’s first years, between 1999 and 2000, as a result of the worsening economic crisis in Zimbabwe. In 2016, CdM felt the effects of phenomena such as the fall in commodity world prices and the slowdown in the regional economy. Paradoxically, the severe drought in the SADC region provided an opportunity for CdM to increase the volumes of food aid handling (consisting of cereals) intended for the Interland countries to meet their food deficit. To understand the contours of the crisis that caused Beira Port to
When in 1998 Cornelder decided to bet on Beira’s Port, the second largest in the country, Mozambique had just emerged from a civil war that lasted 16 years. However, the infrastructure’s potential, as its strategic location and the opportunities offered by Zimbabwe dictated the challenge. At the time, the volumes handled by the infrastructure were modest. In 2002, for example, the Port handled 30,000 containers, a volume that in 2015 grew to 211,000 containers, meaning, seven times more. Another thing to note is that in 1998 the container terminal had the capacity to receive 100,000 containers. Today, the terminal has been expanded to receive 450,000 20-foot containers. The great impulse came mainly from the dredging carried out in 2010 that increased the depth of the navigation channel to 14 meters, allowing the entry of ships of great draft. But in 2016 the volume of containers decreased 7%, more concretely from 211 thousand to 198 thousand. The amount of coal mined in Porto fell from 4.5 million tons in 2015 to 2.5 million tons last year, a reduction of approximately 50%. Due primarily to the fall of coal price on the international market and secondly to the closure of the Sena line last year, during a given period because of military hostilities. Capital Magazine didn’t have access to concrete data, but Jan Laurens de Vries says that the lowest performance has been extended to general
cargo, where import of fertilizers - one of the main import products has reduced significantly due to the drought that has affected the region. Despite this somewhat encouraging scenario, CdM’s delegate administrator says that Beira Port has managed to minimize losses since it does not depend on a single product or country to balance its accounts.
2016’s First quarter The port of Beira received 246 ships, from January to June this year, handling about four million tons of mixed commodities. In the same period last year, the infrastructure received 278 vessels that handling about 4.3 million tons, including coal. In the first half of 2017, performance data, Beira port indicates that from January to June, a little over 2.3 million tons were handled, compared to 2.8 million tons handled in the same period of 2016. In other words, a reduction of approximately 500 thousand tons. However, it should be noted that the volume of general cargo handled by Interland has increased significantly. From January to June 2016, the total of goods in transit was 459 thousand tons, against 640 thousand tons in the same period of 2017. At the same time, Zimbabwe increased cargo volume from about 252,000 tons to just over 286,000 tons. Malawi has seen its cargo rise from 157,000 tons to 195,000 tons. On the other hand, the quantity of coal handled in the first half of 2017, about one million tons, was very far from the two million tons that handled in the same period of 2016. In other words, the reduction was of 50% . Interland handles more than 50% More than 50% of the cargo handled
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BACKGROUND THEME
in the Port of Beira goes to Interland (Zambia, Zimbabwe, DRC and Malawi). In 2016, for example, of the almost two million tons of miscellaneous cargo handled (between imports and exports), just over 1.1 million had either destination or provenance Interland. Only Zimbabwe handled more than 40% of this volume, followed by Malawi and Zambia. However, in 2016 some Port users from Interland decided to abandon the infrastructure (using the ports of Durban and Dar-es-Salam) for security reasons, according to Jan Laurens. But, Laurens doesn’t know texact number of these users, much less the impact of this exodus on the Beira Port accounts. The fact is that, after the truce in the military conflict, Cornelder was forced to crush the neighboring countries to convince the companies that security conditions were reestablished. It is worth noting that the figures of CdM’s performance in the first half of this year point to a recovery of the average growth of the last 15 years. However, it needs an energetic regional economy and a longlasting peace in Mozambique.c
HIGHLIGHT
Port’s most popular AMONG THE BUSIEST products in the Beira Port, we must highlight fertilizers, wheat, vehicles, electrical appliances and construction material. In exports, the main ones are cotton, tea, sesame, beans, chromium, manganese and wood. c
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GENERAL LOAD Container Terminal (in tons)
Total Load in transit
2014 – 2.983.771
2014 – 951.965 2015 – 1.100.712
2015 – 3.293.249 2016 – 3.238.842
2016 -1.175.499
First Half of 2017 – 1.637.170
First Half of 2017 – 804.956
Country’s Total Load in transit (main user’s) Zimbabwe
Malawi
Zâmbia
2014 – 307.607
2014 – 316.808
2015 – 336.790
2015 – 379.128
2014 – 274.116 2015 – 335.841
2016 – 474.625
2016 – 358.923
First Half of 2017 – 345.956
First Half of 2017 – 240.450
2016 – 321.058 First Half of 2017– 213.499
GENERAL LOAD (excluding coal) Total Load (in tons)
Total load in transit
2016 – 2.218.463
2016 -1.253.677
First Half of 2017 – 1.289.587
First Half of 2017 – 640.844
Country’s Total Load in transit (main users) Zimbabwe
Malawi
Zâmbia
2016 – 639.071
2016 – 427.781 First Half of 2017 – 194.575
2016 – 186.825 First Half of 2017 – 157.527
First Half of 2017 – 286.728
BACKGROUND THEME
2016 crisis from the companies point of view The Port of Beira is at the heart of an important part of the commercial transactions occurring in Sofala province. The port agents, transporters and companies engaged in import and export are always at the pace of the Port’s performance. Manica Freight Services Mozambique, Transcom Sharaf (a dry port) and AMA Equipamentos (import and export) speak of their performance in a context of crisis and uncertainty in the market. Belizário Cumbe (texto)
AMA Equipamentos
“Demand for hospital supplies and heavy machinery didn’t slow down” AMA Equipamentos is a company selling hospital supplies and heavy machinery. Augusto Álvaro, the company’s GM, says last year wasn’t easy for any importer. The limits on the use of Mozambican credit and debit cards abroad at 700 thousand meticais per holder was the main obstacle to the company’s business. If, on one hand, the demand for hospital equipment and heavy machinery didn’t slow down, on the other hand, the company faced difficulties in the import process. In fact, if AMA Equipamentos made between four and five purchases abroad per month, this average fell to one import every two months. Augusto Álvaro reveals that in the last six months the business environment has improved significantly, especially since the overseas payments limit was lifted and the indefinite truce in military hostilities was reached.c
Augusto álvaro
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BACKGROUND THEME
Manica Freight Services
“We had our warehouses empty”
Manica is the port agent of Vale Moçambique. Therefore, the reduction of mineral coal volume reaching the Port contributed significantly to a performance that was much less than planned. Ahmad Ali Haffejee, Manica’s Branch Manager at Sofala province, reveals that the institution he runs had warehouses without merchandise due to the weak movement in Port.
Therefore, in 2016, Manica didn’t reach the targets as the handling of some goods got reduced by 50%. However, even at the time of crisis some initiatives avoided greater consequences. Haffejee says that due to the drought, Zimbabwe imported, in 2016, 700,000 tons of maize flour in addition to unspecified quantities of wheat. The handling of this commodity helped cushion the downfall of Manica’s accounts. This year, the situation tends to return to normal. In this context, more than 300 thousand tons of fertilizers have already passed from Port to the neighboring countries. However, Ahmad Ali Haffejee points out some constraints. “The Port of Beira is important and strategic for the neighboring countries, especially Zambia, Zimbabwe and Malawi. But the road must improve (the N6 is in rehabilitation), as well as the railway line of Machipanda. In the Munhava area, in the border town, there are still robberies and something must be done, “he said.c
Transcom Sharaf
“Import products fell 50%” Transcom is the first dry port in Beira city. It exists since 2004 and arose from the need to decongest the Port, creating an alternative space for the transhipment of diversed merchandise. The total area of the dry port is 20 thousand square meters and has capacity to receive about 1,500 containers. Elton Nthinda, Transcom’s chief operating officer, says the infrastructure has the largest share of tobacco exported through the Port of Beira (from Malawi and Tete provinces). That is, it moves around 38 thousand tons of tobacco a year, representing 85% of the total cargo exported. In this segment, Nthinda says that the effects of the 2016 crisis didn’t have a significant impact, besides the increase of the average travel time (from the Port to the border with Malawi), by road, from four to ten days. However, the same can not be said of imports whose cargo volume fell more than 50%.
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One of the main import goods handled by Transcom is fertilizers, whose volume reduced by 20%. This year, the company believes that the sector will turn the page and expects to resume the average growth of the last decade, which was between 15% and 25%.c
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BANCA
Global Finance e Visa distinguem Banco Único O Internet Banking do Banco Único foi premiado pelo quinto ano consecutivo pela publicação financeira Global Finance, como o “Melhor de Moçambique para Particulares e Empresas”. Este é o décimo sexto prémio que o Internet Banking do Único ganha em seis anos de actividade. Por outro lado, a redução dos níveis de fraude, o esforço em alcançar níveis de segurança acima da média e as boas práticas e métodos tidos pelo Único no que se refere à prevenção da fraude e segurança com os seus cartões, foram igualmente premiados pela VISA, na edição deste ano dos Visa Global Services Quality Awards 2017.
Único recebe prémio pelo seu serviço de Internet Banking O Banco Único foi novamente distinguido pela prestigiada revista financeira
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Global Finance com os prémios de Best Consumer Digital Bank e Best Corporate Digital Bank pela qualidade e inovação do seu site, Internet Banking e demais plataformas digitais. Estes prémios foram atribuídos pelo quinto ano consecutivo
BANCA / BANKING
pela Global Finance Magazine, depois de já ter sido igualmente distinguido este ano pela revista International Finance Magazine na mesma categoria e de ter sido premiado, entre outros, em 2016 como o “Melhor Banco de Moçambique” pela publicação financeira The Banker do Grupo Financial Times e, por dois anos consecutivos na mesma categoria, pela revista Euromoney. António Correia, CEO do Banco reitera que o prémio demonstra o sucesso na materialização do compromisso que assumiram desde a primeira hora de ser um Banco diferente e inovador na abordagem ao mercado e na relação com os Clientes, em todos os canais de contacto com os mesmos. “Apostámos numa forte conjugação de factores distintivos e valores como a confiança, a personalização, a disponibilidade permanente, a interacção e a proximidade na construção de relações de longo prazo com os nossos clientes e esta consistência no reconhecimento internacional é a prova de que temos trilhado este caminho com
sucesso”, refere o CEO. Desenhados com base no conhecimento profundo da realidade do mercado e especificamente concebidos para responder às exigências dos clientes do Único, oferecendo soluções inovadoras, boa performance das suas funcionalidades e uma lógica de navegação userfriendly, o Internet Banking, o Mobile Banking e demais plataformas digitais do Banco Único constituem uma referência no mercado moçambicano.
Mais um prémio por práticas de segurança nos cartões Por outro lado, a poucos dias de completar seis anos de actividade, o Banco Único vê os seus esforços de prevenção de fraude e adopção das melhores práticas de segurança na gestão dos seus cartões bancários serem distinguidos pela VISA com o prémio “Visa Managing Risk Award 2017”. António Correia, CEO do Banco a propósito deste prémio disse: “Para
nós a segurança dos nossos Clientes é fundamental, por isso temos uma equipa multidisciplinar dedicada única e exclusivamente a alinhar processos e boas práticas no que toca à segurança dos nossos produtos. Para além disso, estamos cada vez mais alinhados com os procedimentos do nosso accionista maioritário, o Grupo NedBank, o que também optimiza em muito a nossa capacidade de resposta”. Esta distinção da VISA é o 34.º prémio internacional que o Banco Único recebe em menos de seis anos de actividade. Liderado por António Correia, o Banco Único é uma subsidiária do Grupo Nedbank, um dos quatro maiores grupos financeiros sul-africanos e uma instituição de referência no continente africano. Com presença nas oito cidades economicamente mais importantes de Moçambique, o Banco Único encontra-se entre os maiores bancos a actuar em Moçambique, sendo o quinto maior Banco em termos de cota de mercado.c
Banco Único awarded by Global Finance and Visa Banco Único’s Internet Banking was awarded for the fifth consecutive year by the financial publication Global Finance, as “Best of Mozambique for Private Customers and Companies”. This is the sixteenth prize that Banco Unico Internet Banking wins its six years of existence. On the other hand, the reduction in fraud cases fraud, the effort to achieve above-average levels of safety and the best practices and methods taken by Banco Unico regarding fraud prevention and security with their cards were also awarded by VISA , in this year’s edition of the Visa Global Services Quality Awards 2017.
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BANCA
Unico receives a prize for its Internet Banking service
Banco Unico was once again honored by the prestigious financial magazine Global Finance with the Best Consumer Digital Bank and Best Corporate Digital Bank awards for the quality and innovation of its website, Internet Banking and other digital platforms. These awards were given for the fifth consecutive year by Global Finance Magazine, after having been equally honored this year by International Finance Magazine in the same category and having been awarded, amongst others, in 2016 as the “Best Bank of Mozambique” by Financial publication The Banker of Financial Times Group and, for two consecutive years in the same category, by Euromoney magazine. António Correia, the Bank CEO states that the award demonstrates the success in materializing the commitment they assumed since the first moment of being a different and innovative Bank in the market approach and in the Clients’ relation-
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ship by using all channels of communication with them . “We have put in place a strong combination of different factors and values such as trust, personalization, constant availability, interaction and closeness in building long-term relationships with our clients, and this consistency in winning international recognition is proof that we have been successful in our path”, says the CEO. Designed on the basis of in-depth knowledge of market’s reality, they are specifically designed to meet the unique needs of our customers, offering innovative solutions, good performance of their functionality and user-friendly navigation logic, Internet Banking, Mobile Banking and other platforms Banco Único is therefore a reference in the Mozambican market.
Another award for card security practices On the other hand, a few days after completing six years of activity, Banco Único sees its efforts to prevent fraud
and adopt the best security practices in the management of its bank’s cards to be distinguished by VISA with the “Visa Managing Risk Award 2017 “. António Correia, the Bank’s CEO, said: “For us, the safety of our Customers is paramount, so we have a multidisciplinary team dedicated solely and exclusively to align processes and good practices regarding the safety of our products. In addition, we are increasingly aligned with the procedures of our majority shareholder, the NedBank Group, which also greatly enhances our ability to respond. “ This VISA distinction is the 34th international award that Banco Único receives in less than six years of activity. Led by António Correia, Banco Unico is a subsidiary of the Nedbank Group, one of South Africa’s four largest financial groups and a benchmark institution in Africa. Present in the eight economically most important cities in Mozambique, Banco Único is among the largest banks operating in Mozambique, being the fifth largest Bank in terms of market share.c
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ANÁLISE
MERCADO BOLSISTA
Volume de Transacções Volume de Transacções do 1º semesTre - 2016 e 2017
SALIM CRIPTON VALá,
PCA DA BOLSA DE VALORES DE MOçAMBIQUE
O DESAFIO DE MOÇAMBIqUE INCREMENTAR O VOLUME DE NEGóCIO E O ÍNDICE DE LIqUIDEZ NO MERCADO BOLSISTA
2.851
Valores em Milhões de MT
3.000 2.500 2.000
835
1.500 1.000 500 Total
Junho de 2016
Junho de 2017
O
volume de transacções corresponde ao valor das transacções de títulos (acções, obrigações e outros), realizadas na Bolsa de Valores de Moçambique. Este indicador é resultante do produto da quantidade de títulos transaccionada pela sua cotação (preço da transacção). Ao longo do primeiro semestre de 2017, a BVM registou um volume de transacções de 2.851 Milhões MT. O volume de transacções observou uma evolução positiva, tendo o seu crescimento sido de 241%, comparativamente ao período homólogo de 2016, que apresentou um volume de transacções de 835 Milhões de MT. Este crescimento do volume de transacções é justificado por várias razões, dentre as quais se destacam: • Níveis de taxas de juro no Mercado de Capitais atractivas, tanto para títulos de rendimento fixo, bem como para títulos de rendimento variável;
•
Intensificaram-se os trabalhos de divulgação do conceito, produtos do mercado de capitais e serviços da Bolsa de Valores junto dos diversos segmentos da população moçambicana (empresários, potenciais investidores, classes profissionais, académicos e estudantes, jovens, mulheres), que alcançaram um universo de 7.592 beneficiários, correspondente a um grau de cumprimento de 74% da meta planificada para 2017, que é de 10.300 beneficiários.
Durante o semestre em análise, as acções e as obrigações foram os títulos que mais contribuíram para o volume de transacções da BVM. No quadro seguinte temos a evolução do volume de negócios da BVM de 2011 a 2016, assim como os valores do Índice de Liquidez (Turnover):c
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Variação 2011-2016
2017 1º semestre
Capitalização Bolsista (Milhões MT)
16 998
30 126
35 196
42 215
55 463
61 897
264,1%
64 109
Volume de Negócios (milhões MT)
374
1 795
2 026
4 607
14 863
2 787
645,2%
2 851
Índice de Liquidez ("Turnover ")
2,2%
6,0%
5,8%
10,9%
26,8%
4,5%
104,6%
4,4%
Indicadores Bolsistas
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O
volume de negócio numa Bolsa de Valores corresponde ao valor das transacções de valores mobiliários que são negociados num mercado bolsista dentro de um determinado período de tempo, normalmente anual. No caso específico de Moçambique, corresponde essencialmente ao valor das transacções de acções e obrigações, os títulos mais líquidos do nosso mercado. O conceito de liquidez está intrinsecamente ligado com o volume de negócios, da mesma forma que na edição anterior, tínhamos a relação entre a capitalização bolsista e o PIB de Moçambique. O volume de negócios é um valor absoluto, e enquanto indicador directo não é de grande relevância, porque o que é um valor de negócio elevado para uma determinada Bolsa, pode ser quase insignificante para outra Bolsa de Valores. Assim, a relevância do indicador volume de negócios é avaliado na sua comparação com a capitalização bolsista, rácio esse que se designa por índice de Liquidez do Mercado, ou na nomenclatura técnica internacional, como Turnover. O que permite afirmar que quanto maior é o valor do Indice de Liquidez, maior é o volume de negociação dessa Bolsa. Um Turnover de valor 1 (100%) significa que o volume de negócio é igual ao valor da capitalização bolsista. Na BVM, o Turnover no final de 2016 foi de 0,045, significando que o valor do volume de negócios da BVM foi de 4,5% do valor da capitalização bolsista nesse ano. As Bolsas de Valores da SADC têm Índices de Liquidez de 8-9%, com excepção das Bolsas de Valores da Namíbia e África do Sul, onde ultrapassam os 50% da capitalização bolsista, enquanto que em mercados bolsistas mais desenvolvidos, como o NYSE, a Euronext ou a China, o Turnover é de várias vezes o valor da Capitalização Bolsista. Como se pode depreender do exposto, é vital que Moçambique incremente o volume de negócios e o índice de liquidez para assim robustecer o seu mercado de capitais, e isso é possível fazer significativamente nos próximos 5-10 anos.c
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ANÁLISE
STOCK MARKET
Value of Trades olume of Trades during The 1sT semesTer - 2016 and 2017
SALIM CRIPTON VALá,
PCA DA BOLSA DE VALORES DE MOçAMBIQUE
THE CHALLENGE FACED BY MOZAMBIqUE TO INCREASE VOLUME OF TRADES AND TURNOVER
2.851
T
Valores em Milhões de MT
3.000 2.500 2.000
835
1.500 1.000 500 Total
Junho de 2016 June - 2016
T
he value of trades of securities listed at the Mozambique Stock Exchange (Equity, Bonds and others) corresponds to the product of the quantity by the price of securities traded. During the first half of 2017 BVM registered a value of trades of 2,851 million MT. The value of trades registered a growth rate of 241% when compared to the same period of 2016 (at 835 Million MT). The growth in the value of trades is justified by several reasons, namely: •
•
Attractive interest rates’ levels in the Capital Market, both for fixed income securities, as well as for variable income securities; Intensified dissemination activi-
Junho de 2017 June - 2017
ties of the concept, products and services of the Capital Market and the Stock Exchange to various segments of the Mozambican population (entrepreneurs, potential investors, professional classes, academics, students, youth and women) having reached 7,592 people, equivalent to 74% of the planned target for 2017 (10,300 people). During the six-month period under review, Equity and Bonds were the securities with the biggest contribution to the value of trade. The following table shows BVM value of trade’s growth from 2011 to 2016, as well as the Turnover:c
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Variação 2011-2016
2017 1º semestre
Capitalização Bolsista (Milhões MT)
16 998
30 126
35 196
42 215
55 463
61 897
264,1%
64 109
Volume de Negócios (milhões MT)
374
1 795
2 026
4 607
14 863
2 787
645,2%
2 851
Índice de Liquidez ("Turnover ")
2,2%
6,0%
5,8%
10,9%
26,8%
4,5%
104,6%
4,4%
Indicadores Bolsistas
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he Value of Trades corresponds to the Value of securities traded on a stock Market within a certain period of time, usually presented annually. In the specific case of Mozambique, it corresponds essentially to Equity and Bonds’ Value of the Trades, which are the most liquid securities in our Market. The concept of liquidity is intrinsically linked to the Value of Trades, likewise the previous edition when we presented the relation between Market Capitalization and GDP in Mozambique. The Value of Trades is an absolute Value and cannot be considered of great relevance as a direct indicator because what entails a high trading Value for one Exchange might be almost insignificant for another Exchange. Thus, the relevance of the Trading Value’s indicator is evaluated by comparing it with the Market Capitalization, which results in the Turnover. Therefore, the greater the Turnover the greater the Value of Trades in the Stock Exchange. A Turnover of 1 (100%) means that the trading Value equals the Market Capitalization. At the end of 2016, BVM Turnover was 0.045, meaning that the Exchange’s Value of Trades was 4.5% of the Market Capitalization in that year. The SADC Stock Exchanges have Turnovers of 8-9%, with the exception of the Namibian and South African Stock Exchanges, where it exceeds 50% of the Market Capitalization, while in more developed stock Markets, such as the NYSE, Euronext or China, the Turnover is several times the Value of the Market Capitalization. Taking all this information into account it is undeniable that Mozambique has to increase its Value of Trades and Turnover in order to strengthen the capital Market, which will be possible during the upcoming 5-10 years. c
BANCA
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1.
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA 1.
Evolução dos Preços das Commodites
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
Evolução dos Preços das Commodites
Alimentos
DepoisDepois de uma queda consistente ao longo do de uma queda consistente ao longo do primeiro trimestre, a confiança empresarial primeiro trimestre, a confiança empresarialfechou fechou no segundo trimestre 2017, tendo em altaem noalta segundo trimestre de de 2017, tendo melhorado no mês de Junho. Foram melhorado 0.32%0.32% no mês de Junho. Foram determinantes para a melhoria do clima económico determinantes para a melhoria do clima económico as boas perspectivas de emprego (0.11%) e procura as boas(0.65%), perspectivas de emprego (0.11%) e procura que suplantaram as más perspectivas de preços (4.91%). No entanto, apesar desta evolução, (0.65%), que suplantaram as más perspectivas de confiança fecha o primeiro semestre preçosa(4.91%). Noempresarial entanto, apesar desta evolução, de 2017 2.06% abaixo do registado no período a confiança empresarial homólogo em 2016. fecha o primeiro semestre de 2017 2.06% abaixo do registado no período Evolução dos Índices de Confiança Empresarial homólogo em 2016. 115 110 105 100
115 110
Evolução dos Índices de Confiança Empresarial
95 90 85
105 100 95
Perspectivas do Em prego Perspectivas da Procura Fonte: Instituto Nacional de Estatística
Clima Económico Perspectivas de Preços
85
Em Julho, persistiu a tendência de queda dos preços iniciada em Maio. Os preços caíram em 0.50% em Perspectivas do Emprego Clima Económico Perspectivas da Procura Perspectivas de Preços Julho, resultante da redução dos preços dos Fonte: Instituto Nacional de Estatística alimentos e bebidas não alcoólicas (1.87%) e habitação, água, electricidade, gás e outros Em Julho, persistiu(0.60%) a tendência depeso queda dos preços combustíveis com um negativo conjunto de 0.64pp. Assim, a inflação e iniciada em Maio. Os preços caíram emhomóloga 0.50% em acumulada desaceleraram 1.43pp e 0.51pp, Julho, resultante da redução dos preços dos respectivamente, fixando-se em 16.17% e 3.31%.
alimentos e bebidas não alcoólicas (1.87%) e habitação, água, electricidade, gás e outros A nível das cidades, Maputo registou a maior queda de preços (0.60%),com seguida Beira (0.54%) e por combustíveis (0.60%) um da peso negativo último Nampula (0.25%). conjunto de 0.64pp. Assim, a inflação homóloga e acumulada desaceleraram 1.43pp e 0.51pp, Inflação Mensal (%) das principais classes do índice de preço ao consumidor por respectivamente, fixando-se em 16.17% e 3.31%. cidade no mês de Julho de 2017 Moçambique
Maputo
Beira
Nampula
-1,87
A nível das cidades, Maputo registou a maior queda de preços (0.60%), seguida da Beira (0.54%) e por último Nampula (0.25%). Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas
-2,47
-2,57
-0,97
Bebidas Alcoólicas e Tabaco
0,45
0,44
1,71
0,00
Vestuário e Calçado
-0,08
-0,27
0,23
0,01
Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros Combust.
-0,60
-1,33
Mobiliário, Artigos de Décor., Equip. Doméstico
-0,49
-0,96
0,00
0,22
Serviços
0,18
0,19
0,18
0,18
Inflação Total
-‐0,5
-‐0,6
-‐0,54
-‐0,25
1,68
0,21
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
Inflação Mensal (%) das principais classes do índice de preço ao consumidor por
Continuoucidade a ser no determinante, mês de Julho de 2017 a nível interno, para estabilidade de preços os efeitos da política Classes Moçambique Maputo Nampula monetária restritiva, revisão em baixaBeira dos preços Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas -1,87 -2,47 -2,57 -0,97 de combustível, estabilidade cambial e1,71política, Bebidas Alcoólicas e Tabaco 0,45 0,44 0,00 entre outros factores. -0,08 Vestuário e Calçado -0,27 0,23 0,01 Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros Combust.
-0,60
-1,33
1,68
1,43%
1,43%
Bebidas
Energia
Bebidas
2,24%
Matérias-Primas
3,03% Matérias-Primas
Energia 1,72%
2,24%
3,03%
0,58%
1,72% 0,58%
-0,77% -0,77% -0,54%
-0,54%
-0,48%
-0,48%
-2,15%
-2,15% -4,13%
-4,13% -6,08%
mai-17
-6,08%
jun-17
jul-17
Fonte: Banco Mundial mai-17 & FAO (Preços dos Alimentos) jun-17
jul-17
Fonte: Banco Mundial & FAO (Preços dos Alimentos)
2.
MERCADO FINANCEIRO NACIONAL
2.
MERCADO FINANCEIRO NACIONAL O Banco de Moçambique, reunido em Comité de Política Monetária no dia 10 de Agosto, reviu em O Banco de Moçambique, reunido em MIMO, Comité de baixa as taxas directoras. Assim, a FPC, taxa FPD e a Taxa de Reserva foram reviu em Política Monetária noObrigatórias dia 10 de Agosto, ajustadas para 22.50%, 21.50%, 16.00% e 15.00%, baixa as taxas directoras. Assim, a FPC, taxa MIMO, respectivamente. FPD e a Taxa depara Reserva Foi determinante a novaObrigatórias orientação daforam política ajustadasa forte para estabilidade 22.50%, 21.50%, 16.00% e 15.00%, monetária de preços e o bom desempenho da economia no primeiro semestre. respectivamente. Foi determinante para a nova orientação da política
90
Classes
Alimentos
2,25% 2,25%
0,21
-0,49 -0,96 0,22 A nível internacional, contribuiu para o0,00 0,18 0,19 0,18 0,18 arrefecimento da deflação a subida nos preços de Inflação Total -‐0,5 -‐0,6 -‐0,54 -‐0,25 energia (3.03%), alimentos (2.24%), bebidas (1.74%) e Fonte: Instituto Nacional de Estatística matérias-primas (0.58%). Mobiliário, Artigos de Décor., Equip. Doméstico Serviços
Continuou a ser determinante, a nível interno, para estabilidade de preços os efeitos da política monetária restritiva, revisão em baixa dos preços de combustível, estabilidade cambial e política, entre outros factores. A nível internacional, contribuiu para o arrefecimento da deflação a subida nos preços de 2017 · Capital Magazine Ed.108 energia alimentos (2.24%), bebidas (1.74%) e 64 AGOSTO(3.03%), matérias-primas (0.58%).
Durante o mês de Julho, as taxas de juro dos monetária a fortedeestabilidade de preços Bilhetes de Tesouro 91, 182 e 364 dias subirame o bom desempenho da economia no primeiro semestre. para 25.39%, 26.35% e 27.52%, respectivamente. As taxas de juro sobre os empréstimos e depósitos de um ano registaram uma subida de Maio para Junho, Durante o mês de Julho, as taxas de juro dos tendo-se fixado em 29.12% e 18.09%, Bilhetes de Tesouro derate 91,registou 182 e 364 dias subiram respectivamente. A prime uma queda de 0.08pp, tendo26.35% se fixado em 28.17% no mesmo para 25.39%, e 27.52%, respectivamente. As período. taxas de juro sobre os empréstimos e depósitos de Para os próximos meses, como resultado da revisão um ano registaram uma subida de Maio para Junho, em baixa das taxas directoras, espera-se que as tendo-se fixado em 29.12% e 18.09%, taxas de juro do mercado tenham uma tendência de queda. respectivamente. A prime rate registou uma queda
de 0.08pp, tendo se fixado em 28.17% no mesmo período. Para os próximos meses, como resultado da revisão em baixa das taxas directoras, espera-se que as taxas de juro do mercado tenham uma tendência de queda. Depois de sucessivas quedas desde o início do ano, Taxas de Juro do Mercado Monetário
Taxas de Juro
Jan-17
Fev-17
Mar-17
Abr-17
Maio-17
Jun-17
Jul-17
ago-17
FPD
16,25%
16,25%
16,25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.00%
FPC
23,25%
23,25%
23,25%
22.75%
22.75%
22.75%
22.75%
22.50%
15.50%
15.00%
21.75%
21.50%
Reservas Obrigatórias(MZN) Taxa MIMO
15,50% -
15,50% -
15,50% -
15.50% -
15.50%
21.75%
15.50%
21.75%
Permuta de Liquidez Overnight
23,16%
23,16%
21,85%
21,79%
21.68%
21.75%
21.75%
BT's de 91 dias
24,15%
24,98%
25,87%
25.69%
25.25%
25.23%
25,39%
BT's de 364 dias
28,00%
29,20%
28,63%
28.45%
27.81%
27.45%
27,52%
-
Activo (1 Ano)
28,02%
27,40%
29.72%
29.41%
28.60%
29,12%
-
-
Tendência
-
-
Passivo (1 Ano)
15.46%
16,20%
17,18%
17,33%
17,17%
18,09%
-
-
Prime Rate
26,70%
27,43%
26.93%
27.64%
27.29%
28,17%
-
-
Fonte: Banco de Moçambique
Taxas de Juro dopela Mercado Monet ário o crédito à economia cresceu primeira vez em Taxas de Juro Jan-17 Fev-17 Mar-17 Abr-17 Jun-17 Jul-17 2017 0.71% em Junho fixando-se emMaio-17 MT 238.33 mil FPD 16,25% 16,25% 16,25% 16.25% 16.25% 16.25% 16.25% milhões em Junho. do crédito foi alocado FPC 23,25% 49.25% 23,25% 23,25% 22.75% 22.75% 22.75% 22.75% Reservas Obrigatórias(MZN) 15,50% 15,50% 15,50% 15.50% 15.50% 15.50% 15.50% aos meios circulantes e os restantes 50.75% às Taxa MIMO 21.75% 21.75% 21.75% Permuta de Liquidez Overnight 23,16% 23,16% 21,85%Por 21,79% 21.75% despesas de investimento. outro21.68% lado,21.75% 21.44% BT's de 91 dias 24,15% 24,98% 25,87% 25.69% 25.25% 25.23% 25,39% do crédito foi alocado em28,63% moeda e os 27,52% BT's de 364 dias 28,00% 29,20% 28.45% externa 27.81% 27.45% Activo (1 Ano) 28,02% 27,40% 29.72% 29.41% 28.60% 29,12% restantes 78.56%15.46% em16,20% moeda nacional. Passivo (1 Ano) 17,18% 17,33% 17,17% 18,09% Prime Rate
26,70%
27,43%
26.93%
27.64%
27.29%
28,17%
-
ago-17
Tendência
16.00% 22.50% 15.00% 21.50% -
Fonte: Banco de Moçambique Os sectores que mais beneficiaram do crédito Depois sucessivas(14.30%), quedascomércio desde o(13.26%) início do ano, foram os de da construção eotransportes e comunicações (10.33%). os vez em crédito à economia cresceu pelaPorém, primeira particulares maior acesso ao em MT 238.33 mil 2017 0.71%tiveram em Junho fixando-se financiamento com o peso de 18.03%.
milhões em Junho. 49.25% do crédito foi alocado
No Mercado durante de Julho, o aos meiosCambial, circulantes e oso mês restantes 50.75% às Metical contrariou a tendência de apreciação dos 21.44% despesas de investimento. Por outro lado, últimos 6 meses, tendo depreciado face ao Euro do crédito foi alocado em moeda externa e os (3.35%), Libra (2.19%) e Dólar norte-americano restantes 78.56%face emao moeda nacional. (0.67%), e apreciou Rand (1.16%). Assim, de Janeiro à Julho, os ganhos acumulados do Metical fixaram-se em que 14.39%, 11.11%, 8.39% e 3.63% Os sectores mais beneficiaram doem crédito
foram os da construção (14.30%), comércio (13.26%) e transportes e comunicações (10.33%). Porém, os particulares tiveram maior acesso ao financiamento com o peso de 18.03%. No Mercado Cambial, durante o mês de Julho, o Metical contrariou a tendência de apreciação dos
1.
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
Evolução dos Preços das Commodites
relação ao Dólar, Rand, Libra e Euro, respectivamente. Depois de uma queda consistente ao longo do primeiro trimestre, a confiança empresarial fechou Taxa de Câmbio do Metical em Relação às Principais Moedas Taxa de Câmbio Média Variação (%) Moedas 31-Jul-17 em alta no segundo trimestre de 2017, tendo Jun-17 Jul-17 Mensal Acumulada Homóloga Meticais por Rand no mês 4,68 -1,16% -11,11% 1,18% melhorado 0.32% de4,62 Junho.4,64Foram Meticais por Dólar 60,32 60,72 61,11 0,67% -14,39% -7,66% determinantes para a67,73 melhoria do72,36 clima Meticais por Euro 70,00 3,35% económico -3,63% 8,00% Meticais por Libra 77,22 78,92 80,74 2,19% -8,39% -4,03% as boas perspectivas de emprego (0.11%) e procura Fonte : Bloomberg (0.65%), que suplantaram as más perspectivas de No Mercado de Capitais, no dia 31 de Julho, estavam preços (4.91%). No entanto, apesar desta evolução, cotados na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) a confiança empresarial fecha o primeiro semestre 39 valores mobiliários, dos quais 19 obrigações de de 2017 2.06% abaixo do registado no período tesouro, 14 obrigações privadas, 5 acções e 1 título homólogo 2016. com uma capitalização bolsista total de em reembolso
115 110 105
de MT 63.19 mil milhões, 1.43% abaixo da registada em Junho, sendo resultado redução da Evolução dos Índices de Confiançada Empresarial capitalização das acções (1.96%) e das obrigações (1.20%).
100
Evolução da Capitalização Bolsista da BVM (em Milhões de Meticais)
Cap. Bols. Obrigações de Tesouro
Cap. Bols. Obrigações Privadas
Cap. Bols. Acções
Títulos de Reembolso
70.000,00 60.000,00 50.000,00 40.000,00 30.000,00 20.000,00 10.000,00 Jul-17
Jun-17
Apr-17
May-17
Clima Económico Perspectivas de Preços Mar-17
Jan-17
Dec-16
Sep-16
Jul-16
Aug-16
Perspectivas da Procura Fonte: Instituto Nacional de Estatística
Oct-16
85
Nov-16
35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 Perspectivas do Emprego -
90
Feb-17
95
Capitalização Bolsista Total (Eixo Dto)
Em Julho, persistiu a tendência de queda dos preços iniciada Oem Maio. preços caíram emcotados 0.50% em volume deOs transacções dos títulos na Julho, resultante da redução dos preços dos em MT Bolsa de Valores de Moçambique situou-se 283.51 milhões,não 98.33% acima do (1.87%) nível registado em alimentos e bebidas alcoólicas e Junho, resultante da expansão nas transacções das habitação, água, electricidade, gás e outros acções (348.25%) e obrigações (96.32%) que foram combustíveis (0.60%) com para um peso negativo mais que suficientes anularam a redução nas dos títulos a deinflação reembolso (11.29%). e conjuntotransações de 0.64pp. Assim, homóloga acumulada desaceleraram 1.43pp e 0.51pp, 3. MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL respectivamente, fixando-se em 16.17% e 3.31%. Fonte: Bolsa de Valores de Moçambique
O Fundo Monetário Internacional, no seu World
Economic Outlook de Julho, reviu em alta o queda A nível das cidades, Maputo registou a maior crescimento das economias emergentes, para de preços (0.60%), seguida da Beira (0.54%) e por 4.60% em 2017 e manteve as projecções de das último Nampula (0.25%). economias desenvolvidas em 2.00% como resultado da revisão em baixa em 20pb e 30pb nos EUA e na Inglaterra e revisão em alta de 60pb e 50pb no Canada e Espanha, Nas por Inflação Mensal (%) das principais classes respectivamente. do índice de preço ao consumidor economias emergentes, a 2017 China e a Índia cidade no mês de Julho de continuarão a ser os maiores impulsionadores do Classes Moçambique de Maputo Nampula grupo com um crescimento 6.70% Beira e 7.20% em Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas -2,47 -2,57 -0,97 2017, respectivamente.-1,87 Bebidas Alcoólicas e Tabaco Vestuário e Calçado
0,45
0,44
1,71
0,00
-0,08
-0,27
0,23
0,01
Descrição
Serviços Inflação Total Fonte: Instituto
ITrim 17
0,00
0,22 Desemprego Maio Junho
-0,49 PIB II Trim 17*
-0,96 Inflação
0,18
Maio
-‐0,5
1,90% 1,40% 0,40% 2,90%
0,19
Junho
0,18
-‐0,6
1,60% 1,30% 0,10% 2,60%
-‐0,54
Economias Desenvolvidas Estados Unidos Zona Euro Nacional Japão de Estatística Inglaterra
2,10% 1,90% 1,30% 2,00%
2,40% 1,80% 1,30% 1,70%
6,90% 1,00% -0,30% 0,50% 6,10%
6,70% 0,40% -0,20% 1,10% 7,00%
0,18
4,30% 9,30% 3,10% 4,50%
-‐0,25
4,40% 9,10% 2,80% -
Economias Emergentes China África de sul Brasil Russia
1,50% 5,40% 3,60% 4,10% 2,20%
1,50% 5,10% 3,00% 4,40% 1,54%
3,97% 27,70% 13,30% 5,20% -
3,95% 27,70% 13,00% 5,10% -
Continuou a ser determinante, a nível interno, para estabilidade de preços os efeitos da política Durante o mês de Junho, em a inflação o desemprego monetária restritiva, revisão baixaedos preços registaram quedas significativas economias de combustível, estabilidade cambialnas e política, desenvolvidas, tendo os EUA e a Inglaterra registado entre outros factores. Índia
-6,08%
mai-17
jun-17
jul-17
Nos Mercados Financeiros, durante o mês de Julho, constituiu destaque o corte nas taxas de referência do Brasil, Índia e África do Sul, tendo sido fixadas em 9.25%, 6.00%, 6.75%, contra os anteriores 2. MERCADO FINANCEIRO NACIONAL 10.25%, 6.25% e 7.00%, respectivamente. A Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu O Banco deasMoçambique, reunido em em1.25% Comité mantiveram suas taxas de referência e de 00.00%, a Políticarespectivamente. Monetária no Como dia 10consequência, de Agosto, reviu em Euribor de 3 meses manteve-se no campo negativo baixa as taxas directoras. Assim, a FPC, taxa MIMO, de 0.33% e a de 6 meses registou uma queda de FPD e fixando-se a Taxa deem Reserva Obrigatórias foram 0.60pb 0.27% negativo. Por outro lado, a Libor de 3 e 22.50%, 6 meses subiram 1.31%ee15.00%, ajustadas para 21.50%,para 16.00% 1.46%, respectivamente. Fonte: Banco Mundial & FAO (Preços dos Alimentos)
respectivamente. Foi determinante nova orientação da política Taxas depara Juros eaIndexantes monetária a forte estabilidade de preços e o bom desempenho da economia no primeiro semestre. Taxas M édias
Taxas de Juros e Indexantes
31-Jul-17
Variação M édia
Jun-17
Jul-17
Fed Funds Tardet Rate (EUA)
1,250%
1,250%
1,250%
0,00
ECB Refi Rate (Zona Euro)
0,000%
0,000%
0,000%
0,00
Repo Rate (Inglaterra)
0,250%
0,250%
0,250%
Call Rate (Japão)
-0,100%
-0,100%
-0,100%
0,00
Repurchase Rate (Africa de Sul)
7,000%
6,750%
7,000%
-25,00
Policy Rate (Nigéria)
14,000%
14,000%
14,000%
Euribor 3 meses
-0,330%
-0,330%
-0,330%
0,00
Euribor 6 meses
-0,267%
-0,273%
-0,271%
-0,60
Libor USD 3 meses
1,262%
1,307%
1,311%
4,47
Libor USD 6 meses
1,432%
1,457%
1,455%
2,44
M ensal (Pb)
0,00
Durante o mês de Julho, as taxas de juro dos Bilhetes de Tesouro de 91, 182 e 364 dias subiram para 25.39%, 26.35% e 27.52%, respectivamente. As No Mercado Cambial, o dólar contra todas e depósitos de taxas de juro sobre os empréstimos expectativas depreciou face ao Euro (2.57%), Libra um ano registaram uma subida de Maio para Junho, (1.46%) e Franco Suíço (0.80%), e apreciou face ao tendo-se Iene (1.28%).fixado em 29.12% e 18.09%, respectivamente. A prime rate registou uma queda Taxa de Câmbio do Dolár Norte-Americano em Relação as Principais Moedas de 0.08pp, tendo se fixado em 28.17% no mesmo Taxa de Câmbio Média Variação (%) Moedas 31-jul-17 jun-17 jul-17 Mensal Acumulada Homóloga período. 1,124 1,153 1,184 2,57% 12,60% 4,18% Dólares Americanos por Euro 1,281 meses, 1,300 1,322 1,46% 7,09% -1,13%da revisão Dólares Americanos Libra Para osporpróximos como resultado 1,033 1,042 1,034 0,80% 5,37% 2,28% Dólares Americanos por Franco Suiço 110,970 112,390 110,260 1,28% -5,37% 7,97%que as Ienes por Dólar Americano das taxas em baixa directoras, espera-se taxas de juro do mercado tenham uma tendência Nos próximos meses, prevê-se apreciação do dólar resultando de queda.do influxo de capitais nos EUA dadas as 0,00
Fonte : Bloomberg
Fonte: Bloomberg
elevadas taxas de juros. No entanto, o Taxas de Juro do Mercado Monetário desinvestimento emFev-17 áreas produtivas, resultante Taxas de Juro Jan-17 Mar-17 Abr-17 Maio-17 Jun-17 Jul-17 FPD encarecimento 16,25% do 16,25% 16,25% 16.25% 16.25% 16.25% 16.25% do capital, poderá condicionar a FPC 23,25% 23,25% 23,25% 22.75% 22.75% 22.75% 22.75% perspectiva Reservas Obrigatórias(MZN) de apreciação. 15,50% 15,50% 15,50% 15.50% 15.50% 15.50% 15.50% Taxa MIMO
ago-17 22.50% 15.00%
-
-
-
-
21.75%
21.75%
21.75%
Permuta de Liquidez Overnight
23,16%
23,16%
21,85%
21,79%
21.68%
21.75%
21.75%
BT's de 91 dias
24,15%
24,98%
25,87%
25.69%
25.25%
25.23%
25,39%
-
BT's de 364 dias
28,00%
29,20%
28,63%
28.45%
27.81%
27.45%
27,52%
-
Activo (1 Ano)
28,02%
27,40%
29.72%
29.41%
28.60%
29,12%
-
Tendência
16.00%
21.50% -
-
Passivo (1 Ano)
15.46%
16,20%
17,18%
17,33%
17,17%
18,09%
-
-
Prime Rate
26,70%
27,43%
26.93%
27.64%
27.29%
28,17%
-
-
Fonte: Banco de Moçambique
Tabela: PIB, Inflação e Desempregro por Grupo de -0,60 -1,33 1,68 0,21 Economias
Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros Combust. Mobiliário, Artigos de Décor., Equip. Doméstico
a maior queda na taxaBebidas de inflação (60pb) e o JapãoMatérias-Primas a Alimentos Energia 3,03% maior redução na taxa de desemprego (30pb). As 2,25% 2,24% 1,72% 1,43% 0,58% economias emergentes tiveram também uma tendência de desinflação, tendo o Brasil e África do -0,48% -0,77% -0,54% -2,15% Sul liderado com uma redução de 60pb e 30pb, -4,13% respectivamente.
Fonte: Bloomberg
* Dados Previsionais
A nível internacional, contribuiu para o arrefecimento da deflação a subida nos preços de energia (3.03%), alimentos (2.24%), bebidas (1.74%) e matérias-primas (0.58%).
Depois de sucessivas quedas desde o início do ano, o crédito à economia cresceu pela primeira vez em 2017 0.71% em Junho fixando-se em MT 238.33 mil milhões em Junho. 49.25% do crédito foi alocado aos meios circulantes e os restantes 50.75% às despesas de investimento. Por outro lado, 21.44% do crédito foi alocado em moeda externa e os restantes 78.56% em moeda nacional. Os sectores que mais beneficiaram do crédito foram os da construção (14.30%), comércio (13.26%) e transportes e comunicações (10.33%). Porém, os particulares tiveram maior acesso ao AGOSTO · Capital Magazine Ed.108 65 financiamento com o peso de2017 18.03%. No Mercado Cambial, durante o mês de Julho, o Metical contrariou a tendência de apreciação dos
1.
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA 1.
Evolução dos Preços das Commodites
2. Alimentos NATIONAL FINANCIAL Bebidas MARKET
EVOLUTION OF ECONOMIC ACTIVITY
Depois de uma queda consistente ao longo do a consistent decline over the first quarter, the primeiro After trimestre, a confiança empresarial fechou business confidence closed improved at the end in em alta no segundo trimestre de 2017, tendo the second quarter by increasing 0.32% in June. The melhorado 0.32% no mês Junho. Foram improvement was a de result of good prospects of employment and demand (0.65%), which determinantes para(0.11%) a melhoria do clima económico surpassed the weak price perspectives (4.91%). as boas perspectivas de emprego (0.11%) e procura (0.65%), que suplantaram as más perspectivas de However, despite this evolution, the business preços (4.91%). No entanto, confidence closed the apesar first half desta of 2017 evolução, 2.06% below a confiança empresarial semestre its level of the samefecha periodoinprimeiro 2016. de 2017 2.06% abaixoBusiness do registado no período Confidence Index Evolution homólogo em 2016. 105 100 95
115 110
Evolução dos Índices de Confiança Empresarial
90 85
105 100
Employment Prospects
95 90
Economic Climate
Demand Prospects
Price Prospects
Source: National Statistic Institute
85
In July, the price level consolidated the decreasing Perspectivas do Emprego trend initiated in May. In JulyClima theEconómico price level Perspectivas da Procura Perspectivas de Preços Fonte: Institutodecreased Nacional de Estatística by 0.50% due to the reduction in prices of food and non-alcoholic beverages (1.87%) and water, electricity, gas and other fuels Em Julho,housing, persistiu a tendência de queda dos preços (0.60%) with a joint negative weight of 0.64pp. iniciada em Maio. Os preços caíram em 0.50% em Consequently, the annual and accumulated Julho, resultante da redução dos0.51pp, preços dos at inflation slowed 1.43pp and settling alimentos16.17% e bebidas nãorespectively. alcoólicas (1.87%) e and 3.31%,
habitação, água, electricidade, gás e outros From the Cities perspective, Maputo recorded the combustíveis (0.60%) com um peso negativo highest drop in prices (0.60%), followed by Beira conjunto (0.54%) de 0.64pp. Assim, a inflação homóloga e and finally Nampula (0.25%). acumulada desaceleraram 1.43pp e 0.51pp, Monthly Inflation (%) of the main classes of the consumer price index per city in July respectivamente, fixando-se 2017 em 16.17% e 3.31%. Classes
Mozambique
Maputo
Beira
Nampula
Foodcidades, Products and non-alcoholic beverages -1,87 -2,57 queda -0,97 A nível das Maputo registou a-2,47maior Alcoholic beverages and tobacco 0,45 0,44 1,71 0,00 and footwear seguida da Beira -0,08 -0,27 0,23 0,01 de preçosClothing (0.60%), (0.54%) e por Housing, Water, Electricity, Gas and other fuels -0,60 -1,33 1,68 0,21 Furniture, Decor and Domestic Equipment -0,49 -0,96 0,00 0,22 último Nampula (0.25%). Services
0,18
0,19
0,18
0,18
Total Inflation
-0,50
-0,60
-0,54
-0,25
Source: National Statistic Institute
Inflação Mensal (%) das principais classes do índice de preço ao consumidor por
In internal side, the price was driven by the cidade no mês de Julho destability 2017 restrictive monetary policy effects, fuel prices Classes Moçambique Maputo Beira Nampula downward revision, exchange rate and political Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas -1,87 -2,47 -2,57 -0,97 At the international side, rise in0,00 energy Bebidas Alcoólicas estability. Tabaco 0,45 0,44 the1,71 Vestuário e Calçadoprices (3.03%), food (2.24%), -0,08 -0,27 0,23(1.74%) 0,01 and beverages Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros (0.58%) Combust. -0,60 -1,33 to the 1,68 slowdown 0,21 raw materials contributed Mobiliário, Artigos de Décor., Equip. Doméstico -0,49 -0,96 0,00 0,22 in deflation. Serviços 0,18 0,19 0,18 0,18 -‐0,5
Inflação Total Fonte: Instituto Nacional de Estatística Food 2,25%
-‐0,6
-‐0,54
-‐0,25
Evolution of Commodties Prices Beverages
Energy
Raw Materials 3,03%
2,24%
Continuou a ser determinante, a nível interno, para estabilidade de preços os efeitos da política monetária restritiva, revisão em baixa dos preços de combustível, estabilidade cambial e política, entre outros factores. 1,43%
1,72%
0,58%
-0,48%
-0,77% -0,54%
-2,15%
-4,13%
-6,08%
mai-17
jun-17
2,25%
1,43%
Energia
Matérias-Primas
3,03%
2,24%
1,72%
The Bank of Mozambique Monetary Policy th Committee revised downwards, on August 10 , the -0,48% -0,77% -0,54% -2,15% benchmarks rates. Thus, the Outstanding Lending -4,13% Facility, Mozambique Interbank Money Market Rate, -6,08% mai-17 Facility and jun-17 jul-17 Outstanding Deposit Legal Reserves Fonte: Banco Mundial & FAO (Preços dos Alimentos) Coefficient were adjusted to 22.50%, 21.50%, 16.00% and 15.00%, respectively.
0,58%
MERCADO INANCEIRO NACIONAL It was 2. decisive for theFnew monetary policy stance the strong price stability and the good economic performance first semester. reunido em Comité de O Banco deinMoçambique,
Política diaof10 Agosto, In July, theMonetária Treasury Billsno rates 91,de 182 and 364reviu em baixa as taxas directoras. a FPC, taxa MIMO, days increased to 25.39%, 26.35%Assim, and 27.52%, respectively. Thede one-year interest rates on loans FPD e a Taxa Reserva Obrigatórias foram and deposits para rose from May to21.50%, June, settling at e 15.00%, ajustadas 22.50%, 16.00% 29.12% and 18.09%, respectively. The prime rate respectivamente. dropped by 0.08pp, settling at 28.17% in the same Foi determinante para a nova orientação da política period. monetária a forte estabilidade de preços e o bom
For the coming months, as a resultno of primeiro downward semestre. desempenho da economia revision on benchmark rates, is expected a fall in market interest rates.
Durante o mês de Julho, as taxas de juro dos Bilhetes de Tesouro de 91, 182 e 364 dias subiram para 25.39%, 26.35% e 27.52%, respectivamente. As taxas de juro sobre os empréstimos e depósitos de um ano registaram uma subida de Maio para Junho, tendo-se fixado em 29.12% e 18.09%, respectivamente. A prime rate registou uma queda de 0.08pp, tendo se fixado em 28.17% no mesmo período. After declines since the beginning of theda revisão Parasuccessive os próximos meses, como resultado year, the credit the economy grew for the first que as em baixa dastotaxas directoras, espera-se time in 2017 by 0.71% in June settling at MT 238.33 taxas de juro do mercado tenham uma tendência billion in June. On the overall credit, 49.25% was de queda. allocated to working capital and 50.75% to the Money Market Interest Rates
Interest Rates
Jan-17
Fev-17
Mar-17
FPD
16,25%
16,25%
16,25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.00%
FPC
23,25%
23,25%
23,25%
22.75%
22.75%
22.75%
22.75%
22.50%
15.50%
15.00%
21.75%
21.50%
Required Reserves
15,50%
MIMO rate
-
15,50% -
15,50% -
Abr-17
15.50% -
Maio-17
15.50% 21.75%
Jun-17
15.50% 21.75%
Jul-17
Aug-17
Overnight Liquity Exchange
23,16%
23,16%
21,85%
21,79%
21.68%
21.75%
21.75%
TB´s of 91 days
24,15%
24,98%
25,87%
25.69%
25.25%
25.23%
25,39%
-
TB´s of 364 days
28,00%
29,20%
28,63%
28.45%
27.81%
27.45%
27,52%
-
Loans (1 year)
28,02%
27,40%
29.72%
29.41%
28.60%
29,12%
-
Trend
-
-
Deposits 1 Year)
15.46%
16,20%
17,18%
17,33%
17,17%
18,09%
-
-
Prime Rate
26,70%
27,43%
26.93%
27.64%
27.29%
28,17%
-
-
Source: Bank of Mozambique
investment expenses. OnTaxas the other de Juro do Mercadohand, Monetário 21.44% of Taxas de Juro Jan-17 Fev-17 inMar-17 Abr-17 currency Maio-17 Jun-17 Jul-17 the credit was allocated foreign and the FPD 16,25% 16,25% 16,25% 16.25% 16.25% 16.25% 16.25% remaining 78.56% in national The 22.75% sectors FPC 23,25% 23,25% 23,25% currency. 22.75% 22.75% 22.75% Reservas Obrigatórias(MZN) 15,50% 15,50% 15,50% 15.50% 15.50% 15.50% 15.50% that benefited the most from the credit were Taxa MIMO 21.75% 21.75% 21.75% Permuta de Liquidez Overnight(14.30%), 23,16% 23,16% 21,85% 21,79%(13.26%) 21.68% 21.75% 21.75% construction commerce and BT's de 91 dias 24,15% 24,98% 25,87% 25.69% 25.25% 25.23% 25,39% transport and communications (10.33%). BT's de 364 dias 28,00% 29,20% 28,63% 28.45% 27.81% However, 27.45% 27,52% Activo (1 Ano) 28,02% 27,40% 29.72% 29.41% 28.60% 29,12% individuals had greater access to financing with a -Passivo (1 Ano) 15.46% 16,20% 17,18% 17,33% 17,17% 18,09% Prime Rate weight of 18.03%.26,70% 27,43% 26.93% 27.64% 27.29% 28,17%
ago-17
Tendência
16.00% 22.50% 15.00% 21.50% -
Fonte: Banco de Moçambique
Depois de sucessivas quedas desde o início do ano,
In the foreign exchange market, in July, the Metical o crédito àthe economia cresceu pela primeira vez em contradicted last 6 months appreciation trend, 2017 0.71% em Junho MT 238.33 mil having depreciated againstfixando-se Euro (3.35%),em Pound (2.19%) andem US Dollar (0.67%), anddo appreciated milhões Junho. 49.25% crédito foi alocado against Rand (1.16%). However, from January to July, às aos meios circulantes e os restantes 50.75% Metical’s cumulated gains reduced to 14.39%, despesas de investimento. Por outro lado, 21.44% 11.11%, 8.39% and 3.63% against the Dollar, Rand, do crédito foi alocado em moeda externa e os Pound and Euro, respectively.
restantes 78.56% em moeda nacional.
jul-17
Source: World Bank and FAO
A nível internacional, contribuiu para o arrefecimento da deflação a subida nos preços de 2017 · Capital Magazine Ed.108 energia alimentos (2.24%), bebidas (1.74%) e 66 AGOSTO(3.03%), matérias-primas (0.58%).
Os sectores que mais beneficiaram do crédito foram os da construção (14.30%), comércio (13.26%) e transportes e comunicações (10.33%). Porém, os particulares tiveram maior acesso ao financiamento com o peso de 18.03%. No Mercado Cambial, durante o mês de Julho, o Metical contrariou a tendência de apreciação dos
1.
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
Evolução dos Preços das Commodites
Metical Exchange against Main Currencies
Depois de uma queda consistente ao longo do primeiro trimestre, a confiança empresarial fechou em alta no segundo trimestre de 2017, tendo melhorado 0.32% no mês de Junho. Foram In thepara Capital on July were listed at the determinantes a Market, melhoria do31, clima económico Mozambique’s Stock Exchange (BVM) 39 securities, as boas perspectivas de emprego (0.11%) e procura of which 19 were treasury bonds, 14 corporate (0.65%), quebonds, suplantaram as1 treasury más perspectivas de a 5 shares and refund bond, with total No market capitalization of MT 63.19evolução, billion, 1.43% preços (4.91%). entanto, apesar desta of June’s, as a result of decrease on shares a confiançaless empresarial fecha o primeiro semestre (1.96%) and bonds capitalization (1.20%). de 2017 2.06% abaixo do registado no período homólogo em 2016. Evolution of BVM Market Capitalization (Millions of Metical) Average Exchange Rate
Currencies
Variation (%)
31-Jul-17
Jun-17
Jul-17
Monthly Accumulated
Homologous
Metical/Rand Metical/Dollar
4,68 60,32
4,62 60,72
4,64 61,11
-1,16% 0,67%
-11,11% -14,39%
1,18% -7,66%
Metical/Euro Meticail/Pound
67,73 77,22
70,00 78,92
72,36 80,74
3,35% 2,19%
-3,63% -8,39%
8,00% -4,03%
Source: Bloomberg
40.000
80.000,00
30.000
60.000,00
Evolução dos Índices de Confiança Empresarial 20.000 115
40.000,00
10.000
110
20.000,00
95
Market Capitalization Tresury Bonds
Market Capitalization Private Bonds
90
Refund Bonds
Total Market Capitalization (Right Axis)
85
Jul-17
Jun-17
Apr-17
May-17
Mar-17
Jan-17
Feb-17
Dec-16
Oct-16
Nov-16
100
Sep-16
Jul-16
Aug-16
-
105
Market Capitalizations Share
Source: BVM
Julho, resultante da redução dos preços dos 3. INTERNATIONAL FINACIAL MARKETS alimentos e bebidas não alcoólicas (1.87%) e habitação, água, electricidade, gás e outros The International Monetary Fund, in its July World combustíveis (0.60%) com revised um peso negativo Economic Outlook, upwards the growth of an expansioneof conjunto deemerging 0.64pp.economies, Assim, a forecasting inflação homóloga 4.60%. Developed economies’ economic projections acumulada were desaceleraram 1.43pp e 0.51pp, kept on 2.00% in 2017, as a result of the respectivamente, fixando-se em and 16.17% downward revision of 20bp 30bp e in3.31%. the USA and English economies combined with the upward
revision of Maputo 60bp and 50bp in the a economies of A nível das cidades, registou maior queda Canada and Spain, respectively. In emerging de preços (0.60%), seguida da Beira (0.54%) e por economies, China and India continue to be the último Nampula biggest(0.25%). drivers of the group with growth of 6.70% and 7.20% in 2017, respectively. GDP
Classes
USA
2,00%
Euro Zone
1,80%
Japan Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas 1,60% England
1,90%
China
6,80% 0,70%
Bebidas Alcoólicas e Tabaco Vestuário e Calçado
South Africa
Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros Combust. Brazil -2,50% Russia Equip. Doméstico0,30% Mobiliário, Artigos de Décor.,
Serviços
India Source: Bloomberg
Inflação Total
*Estimated Data
7,00%
Inflation
Developed Countries 2,10% 1,90%
Moçambique 1,60% 1,40% -1,87
Maputo 1,40% 0,40% -2,47
2,30% 2,90% 0,45 0,44 Emerging Countries 6,90% -0,08 1,10%
-0,60 -1,10% 0,80% -0,49 6,70%
0,18
-‐0,5
1,50% -0,27 5,40%
-1,33 3,60% 4,10% -0,96 2,20%
0,19
-‐0,6
Unemployment
June
May
June
1,60%
4,30%
4,40%
2,60%
4,50%
1,30%Beira 0,10%-2,57
1,71
1,50%0,23 5,10% 3,00%1,68 4,40%0,00 1,54%
0,18
-‐0,54
Nampula 9,10% 9,30% 3,10%-0,97 2,80% 0,00
3,97% 0,01 27,70% 13,30%0,21 5,20% 0,22 -
0,18
0,58% -0,48% -2,15%
Interest and Benchmark Rates O Banco de Moçambique, reunido em Comité de Política Monetária no dia 10 de Agosto, reviu em baixa as taxas directoras. Assim, a FPC, taxa MIMO, FPD e a Taxa de Reserva Obrigatórias foram ajustadas para 22.50%, 21.50%, 16.00% e 15.00%, respectivamente. Foi determinante para a nova orientação da política Inmonetária the Foreign Exchange Market, the dollar, a forte estabilidade deagainst preços e o bom all expectations, depreciated against Euro (2.57%), desempenho da economia no primeiro semestre. Pound (1.46%) and Swiss Franc (0.80%), and Interest Rate and Index
Averages Rates
Monthly
31-Jul-17
Jun-17
Jul-17
Fed Funds Tardet Rate (EUA)
1,250%
1,250%
1,250%
0,00
ECB Refi Rate (Zona Euro)
0,000%
0,000%
0,000%
0,00
Repo Rate (UK)
0,250%
0,250%
0,250%
Call Rate (Japan)
-0,100%
-0,100%
-0,100%
0,00
Repurchase Rate (South Africa)
7,000%
6,750%
7,000%
-25,00
Policy Rate (Nigeria)
14,000%
14,000%
14,000%
Euribor 3 months
-0,330%
-0,330%
-0,330%
0,00
Euribor 6 months
-0,267%
-0,273%
-0,271%
-0,60
Libor USD 3 months
1,262%
1,307%
1,311%
4,47
Libor USD 6 months
1,432%
1,457%
1,455%
2,44
Averages
0,00
0,00
appreciated against Yen (1.28%).
Durante o mês de Julho, as taxas de juro dos Dollar Exchange Rate against Main Currencies Bilhetes de Tesouro de 91, 182 eVariation 364 dias subiram Average Exchange Rate (%) Currencies 30-jun-17 mai-17 jun-17 MonthlyAccummulatedHomologous para 25.39%, 26.35% e 27.52%, respectivamente. As Dollar/Euro Dollar/Pound taxas de juro sobre os empréstimos e depósitos de Dollar/CHF Yen/Dollar um ano registaram uma subida de Maio para Junho, tendo-se fixado em 29.12% e 18.09%, In the coming months, the dollar is expected to respectivamente. A prime rate registou appreciate because of the strong perspectives of uma queda de 0.08pp, tendo seHowever, fixado disinvestment em 28.17% no capital inflow to the USA. in mesmo productive período.areas, resulting from the increase in capital value, could affect the prospect of Para os próximos meses, como resultado da revisão appreciation. em baixa das taxas directoras, espera-se que as taxas de juro do mercado tenham uma tendência de queda.
-
3,95% 27,70% 13,00% 5,10% -
-‐0,25
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
In June, inflation and unemployment recorded significant decline in developed economies, with the United States and England registering the Continuou alargest ser determinante, nível interno, para fall in the inflationarate (60bp) and Japan the estabilidadelargest de preços osinefeitos da política reduction the unemployment rate (30bp). Emerging economies a disinflationary monetária restritiva, revisãoalso emhad baixa dos preços trend, with Brazil and South Africa leading with a de combustível, estabilidade cambial e política, reduction of 60bp and 30bp respectively
entre outros factores.
A nível internacional, contribuiu para o arrefecimento da deflação a subida nos preços de energia (3.03%), alimentos (2.24%), bebidas (1.74%) e matérias-primas (0.58%).
1,124 1,281
1,153 1,300
1,184 1,322
2,57% 1,46%
12,60% 7,09%
4,18% -1,13%
1,033 110,970
1,042 112,390
1,034 110,260
0,80% 1,28%
5,37% -5,37%
2,28% 7,97%
Source: Bloomberg
Taxas de Juro do Mercado Monetário Taxas de Juro
Jan-17
Fev-17
Mar-17
Abr-17
Maio-17
Jun-17
Jul-17
ago-17
FPD
16,25%
16,25%
16,25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.25%
16.00%
FPC
23,25%
23,25%
23,25%
22.75%
22.75%
22.75%
22.75%
22.50%
Reservas Obrigatórias(MZN)
Table: GDP, Inflation and Unemployment - June 2017
Inflação Mensal (%) das principais classes do índice de preço ao consumidor por cidade no IVTrim mês 16 de Julho de 2017 I Trim 17* May
Matérias-Primas
Source: Bloomberg
The volume transaction on the Mozambique Stock Perspectivas do Emprego Clima Económico Exchange amounted MT 283.51 million, 98.33% Perspectivas da Procura Perspectivas de Preços Fonte: Instituto Nacional de Estatística higher than the level registered in June, due to the increase in share transactions (348.25%) and bonds (96.32%) which were sufficient to more than Em Julho, persistiu a tendência de queda dos preços compensate the reduction in the transactions of the iniciada emrefund Maio.bonds Os preços (11.29%).caíram em 0.50% em
Description
In the Financial in July, there wasEnergia a cut on Alimentos Markets,Bebidas 3,03% the benchmark 2,25% 2,24%rates in Brazil, India and South 1,72% 1,43% Africa standing at 9.25%, 6.00%, 6.75%, against the previous 10.25%, 6.25% and 7.00%, respectively. The -0,54% -0,77% USA Federal Reserve Bank and the European Central -4,13% Bank kept their benchmark rates at 1.25% -6,08% and 0.00%, respectively. As a consequence, the 3-month mai-17 jun-17 jul-17 Fonte: Banco Mundial & FAO (Preços dos Alimentos) Euribor remained in the negative field of 0.33% and the 6-month Euribor registered a fall of 0.60bp, settling at a negative rate of 0.27%. On the other hand, the 6 month Libor rose to and 2. 3 and MERCADO FINANCEIRO N1.31% ACIONAL 1.46%, respectively.
15.50%
15.00%
-
-
-
-
21.75%
21.75%
21.75%
21.50%
Permuta de Liquidez Overnight
23,16%
23,16%
21,85%
21,79%
21.68%
21.75%
21.75%
BT's de 91 dias
24,15%
24,98%
25,87%
25.69%
25.25%
25.23%
25,39%
-
BT's de 364 dias
28,00%
29,20%
28,63%
28.45%
27.81%
27.45%
27,52%
-
Taxa MIMO
Activo (1 Ano)
15,50%
28,02%
15,50%
27,40%
15,50%
29.72%
15.50%
29.41%
15.50%
28.60%
15.50%
29,12%
-
Tendência
-
-
Passivo (1 Ano)
15.46%
16,20%
17,18%
17,33%
17,17%
18,09%
-
-
Prime Rate
26,70%
27,43%
26.93%
27.64%
27.29%
28,17%
-
-
Fonte: Banco de Moçambique
Depois de sucessivas quedas desde o início do ano, o crédito à economia cresceu pela primeira vez em 2017 0.71% em Junho fixando-se em MT 238.33 mil milhões em Junho. 49.25% do crédito foi alocado aos meios circulantes e os restantes 50.75% às despesas de investimento. Por outro lado, 21.44% do crédito foi alocado em moeda externa e os restantes 78.56% em moeda nacional. Os sectores que mais beneficiaram do crédito foram os da construção (14.30%), comércio (13.26%) e transportes e comunicações (10.33%). Porém, os particulares tiveram maior acesso ao AGOSTO · Capital Magazine Ed.108 67 financiamento com o peso de2017 18.03%. No Mercado Cambial, durante o mês de Julho, o Metical contrariou a tendência de apreciação dos
COMMODITIES
Montepuez Ruby Mining
Gigante da mineração no negócio dos rubis Gopal Kumar, director geral da Montepuez Ruby Mining (MRM), lidera uma empresa de extracção de rubis que resulta de uma joint venture entre a Gemfields (75%), líder mundial em pedra preciosa de origem responsável e a Mwriti Lda (25%), uma empresa moçambicana. Desde 2011, altura em que emitiu as suas primeiras licenças de mineração, a MRM optou pela mineração em larga escala e já foi associada à desdoberta de rubis mais promissora da história actual. Saiba como funciona o negócio dos rubis, os seus leilões e valores de venda expressos em milhões de dólares. helga Nunes (texto)
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descoberta de rubis mais promissora na história actual”. qual foi o lucro da companhia no último ano? Os números finais para este ano ainda não estão disponíveis. No entanto, as receitas agregadas totais geradas pelos oito leilões desde Junho de 2014 até ao momento são de USD 280,5 milhões. Como funciona a indústria da exploração de rubis em Moçambique e na região? Aquando das primeiras descobertas de rubis na região, esta actividade estava sem regulamentação em Moçambique e era dominada por produtores artesanais de pequena escala, que operavam sem qualquer capacitação ou equipamento de segurança adequado. Houve um influxo significativo de comerciantes ilegais que se beneficiaram dessas práticas perigosas, aproveitando os mineiros artesanais e oferecendo preços bem abaixo do que era aceitável. Os impostos não estavam a ser pagos, o que significa que o Governo e os moçambicanos não estavam a receber a sua legítima parte.
O que foi feito para contariar esse estado de coisas? Os governos nacional e provincial estão a trabalhar muito para regular a actividade de mineração ilegal de rubis em Cabo Delgado. Nos últimos anos, e em particular com a Gemfields e outras empresas que investem na área, tal aconteceu desenvolvendo a indústria, introduzindo boas práticas, criando empregos e projectos de intervenção social no local, incluindo escolas, clínicas de saúde e projectos de subsistência. Ou seja, a mineração dos rubis agora está a a ser transformada numa actividade em grande escala, organizada, social, economicamente responsável e ambientalmente sustentável, que paga impostos. que medidas a companhia toma no sentido de solucionar o problema relacionado com a competição imposta por exploradores ilegais? A Montepuez Ruby Mining tem segurança no local para proteger a sua área de concessão, seus funcionários e contratados. E possibilita formação extensiva no sentido de garantir que isso seja feito de maneira segura, não violenta e respeitosa.
qual é a situação actual da MRM Operations? A Montepuez Ruby Mining (MRM) é uma ‘joint venture’ entre a Gemfields (75%), líder mundial em pedra preciosa de origem responsável e a Mwriti Lda (25%), uma empresa moçambicana. A MRM emitiu as suas primeiras licenças de mineração em 2011 e, desde então, definiu e implementou consistentemente a melhor abordagem estratégica para a mineração em grande escala na sua área de concessão. Tem produzido alguns resultados excepcionais e foi amplamente reconhecida como “a
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Por que é que os leilões ainda não são organizados em Moçambique? Para atrair os maiores clientes do mundo, sentimos que é importante que os leilões tenham lugar numa plataforma internacional, numa região que lhes seja facilmente acessível. Como a maioria das empresas de lapidação e polimento se encontram baseadas na Ásia, torna-se lógico que os leilões ocorram lá. Como todo o imposto de produção é pago, independentemente de onde a extracção aconteça, para Moçambique não faz diferença em relação ao rendimento. Parte da abordagem da Gemfield é promover e comercializar os rubis
como commodities moçambicanas. Isso tem o efeito de aumentar a compreensão de que os rubis moçambicanos podem ser da melhor qualidade, igualando os da Birmânia, por exemplo, e isso está a gerar uma maior procura de rubis a nível global. que tipo de clientes surgem neste tipo de leilões e quais os principais mercados a que os rubis se destinam? Os clientes convidados a participar do leilão não são apenas os melhores lapidadores e polidores do mundo, mas também aqueles que se associam ao código de conduta da Gemfields; suas políticas sobre práticas comerciais, sociais e ambientais.
Os mesmos estão predominantemente baseados na Ásia, no entanto, os Estados Unidos da América (EUA) também estão a assistir actualmente a um aumento na procura de rubis. O leilão, em Singapura, gerou uma receita de cerca de USD 44 milhões. Que parte dessa receita foi para a empresa e quanto se destinou ao Estado moçambicano? O leilão mais recente, realizou-se em Junho deste ano, e gerou uma receita de US $ 58 milhões. O Estado moçambicano recebe cerca de 10% de impostos por cada leilão, além dos impostos empresariais obrigatórios.
Rubis existentes na MRM Resumo da produção para 75% de propriedade da Montepuez Ruby Mining Limitada (“Montepuez”), Moçambique, para o ano: Produção anual de 10,3 milhões de quilates de rubi e corindo (2015: 8,4 milhões de quilates), o aumento nos volumes processados deveu-se principalmente às atualizações contínuas do projeto da lavagem; - qualidade de 35 quilates por tonelada (2015: 26 quilates por tonelada); e - os custos operacionais unitários foram ligeiramente mais baixos em US $ 2,54 por quilate em comparação com US $ 2,57 por quilate para o exercício
anterior, com o aumento dos volumes de produção, e melhoria na eficiência de escala. Maiden JORC Resource and Reserve Statement para Montepuez anunciado em julho de 2015 pela SRK (com base em 100%): Um recurso mineral total declarado e induzido de 467 milhões de quilates; - Reservas Prováveis de Minério de 432 milhões de quilates de rubi e corindo, com um LoM projetado de 21 anos; e Um VAL de US $ 996 milhões (com base numa taxa de desconto de 10%).
DESTAqUE
Gemfields plc - Relatório Anual e Demonstrações finaceiras 2016 Receita US $ 193,1 milhões (2015: US$171.4 milhões)
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Montepuez Ruby Mining
Mining giant on the Rubies Business Gopal Kumar, General Manager of Montepuez Ruby Mining (MRM), leads a Ruby Extraction Company that a result of a joint venture between Gemfields (75%), the world’s leader in precious stones of certified origin and Mwriti Lda (25 %), a Mozambican company. Since issuing its first mining licenses in 2011, MRM has opted for large-scale mining and has been associated with the most promising rubies exploration in current history. Learn how the ruby business works, its auctions and revenue amounting in millions of dollars. helga Nunes (text)
What is the current situation of MRM Operations? Montepuez Ruby Mining (MRM) is a joint venture between Gemfields (75%), the world’s leader in precious
stones of certified origin and Mwriti Lda (25%), a Mozambican company. MRM issued its first mining licenses in 2011 and has consistently defined and implemented the best strategic
approach to large-scale mining in its concession area. It has produced some exceptional results and has been widely recognized as “the most promising discovery of rubies in current history”.
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COMMODITIES
What was the company’s profit in this last year? Final numbers for this year are not yet available. However, total aggregate revenues generated by the eight auctions since June 2014 to date are USD 280.5 million. How does the ruby industry works in Mozambique and in the region? At the time of the first discoveries of rubies in the region, this activity was unregulated in Mozambique and was dominated by small-scale artisanal producers who operated without adequate training or safety equipment. There was a significant influx of illegal traders who benefited from these dangerous practices, taking advantage of artisanal miners and offering prices below acceptable. The taxes were not being paid, which means that the Government and the Mozambicans were not receiving their legitimate part. What was done to contradict this
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situation? The national and provincial governments are working hard to regulate the activity of illegal ruby mining in Cabo Delgado. In recent years, and in specially with Gemfields and other companies investing in the field, this has been developing the industry, introducing good practices, creating jobs and social intervention projects on site, including schools, health clinics and livelihood projects. In other words, ruby mining is now being transformed into a large-scale, organized, socially, economically responsible and environmentally sustainable activity that pays taxes. What measures does the company take to solve the problem related to the competition imposed by illegal explorers? Montepuez Ruby Mining has on-site security to protect its concession area, its employees and contractors. And it enables extensive training to ensure that this is done safely, nonviolently and respectfully.
Why are the auctions still not organized in Mozambique? Para atrair os maiores clientes do mundo, sentimos que é importante que os leilões tenham lugar numa plataforma internacional, numa região que lhes seja facilmente acessível. Como a maioria das empresas de lapidação e polimento se encontram baseadas na Ásia, tornase lógico que os leilões ocorram lá. Como todo o imposto de produção é pago, independentemente de onde a extracção aconteça, para Moçambique não faz diferença em relação ao rendimento. Parte da abordagem da Gemfield é promover e comercializar os rubis como commodities moçambicanas. Isso tem o efeito de aumentar a compreensão de que os rubis moçambicanos podem ser da melhor qualidade, igualando os da Birmânia, por exemplo, e isso está a gerar uma maior procura de rubis a nível global. To attract the world’s largest customers, we feel it’s important that auctions take place on an international platform, in a region that is easily accessible to them. As most cutting and polishing companies are based in Asia, it makes sense for auctions to take place there. As the entire production tax is paid regardless of where the extraction takes place, for Mozambique it makes no difference regarding the income. Part of Gemfield’s approach is to promote and market rubies as Mozambican commodities. This has the effect of increasing the understanding that Mozambican rubies may be of the best quality, matching those of Burma, for example, and this is generating a greater demand for rubies globally. What kind of customers come up in these types of auctions and what are the main markets for
rubies? The customers invited to participate in the auction are not only the best cutters and polishers in the world, but also those who follow Gemfields code of conduct; its policies on commercial, social and environmental practices. They are predominantly based in Asia, however, the United States of America (USA) is also currently seeing an increase in the rubies demand.
The auction in Singapore generated revenue of about USD 44 million. What part of this revenue went to the company and how much was destined for the Mozambican state? The most recent auction took place in June this year, generating revenue of $ 58 million. The Mozambican state receives about 10% of taxes for each auction, in addition to mandatory corporate taxes.
Rubies at MRM • Production summary for 75% owned Montepuez Ruby Mining Limitada (“Montepuez”), Mozambique, for the year: – annual production of 10.3 million carats of ruby and corundum (2015: 8.4 million carats), the increase in processed volumes was primarily due to ongoing upgrades to the wash plant design; – grade of 35 carats per tonne (2015: 26 carats per tonne); and – unit operating costs were marginally lower at US$2.54 per carat compared with US$2.57 per carat for the previous nancial year with increased production volumes delivering improved e ciencies of scale. • Maiden JORC Resource and Reserve Statement for Montepuez announced in July 2015 by SRK (on a 100% attributable basis): – a total Indicated and Inferred Mineral Resource of 467 million carats; – Probable Ore Reserves of 432 million carats of ruby and corundum, giving a projected 21 year LoM; and – an NPV of US$996 million (based on a 10% discount rate).
HIGHLIGHTS
Gemfields plc – Annual Report and Financial Statements 2016 Revenue US$193.1million (2015: US$171.4 million)
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COMMODITIES por Eng. Guilhermino Fortes
O impacto macroeconómico da flutuação do preço do petróleo Parece incrível como o funcionamento do mundo moderno permanece tão intimamente dependente do preço do barril do petróleo.
A
começar pelo impacto mais directo no custo dos transportes, da energia e dos combustíveis, expandindo logo em seguida para os produtos industriais, produtos químicos, produtos de manufacturas, plásticos, metais, automóveis, electrodomésticos, roupas, calçado, produtos agrícolas, e até alimentos, está tudo de uma ou de outra forma dependente do preço do barril do petróleo. De facto, é quase impossível encontrar mercadorias, bens e serviços (commodities) cujo valor não esteja directa ou indirectamente
influenciado pelo preço do crude. Sem combustíveis, transportes e energia, simplesmente não se pode conceber um mundo moderno e como é obvio, estes ingredientes determinam toda a actividade material humana do mundo moderno, sendo este um fenómeno de abrangência global. Hoje em Moçambique, muitas são as vozes que pretendem acreditar que o tão almejado “Milagre Económico” vai acontecer com o desenvolvimento dos recursos minerais energéticos, isto é, dos combustíveis fósseis, nomeadamente o Carvão e o Gás
Natural. Sim, isso é bem possivel, mas nada de excessivos entusiasmos, nada de festas antecipadas e muito menos embarcarmos em orgias de despesismos quando os ovos de ouro ainda estão longe da cloaca da galinha. Lembramo-nos bem da euforia dos anos 2011 a 2013 quando todo mundo andava embriagado com o aparente “El Dorado” de Moçambique. Mas as expectativas desmoronaram-se quando a partir de Maio de 2014 o preço do Crude colapsou, caindo dos 110 para menos de 50 usd/barril em principios de 2015, situação essa que prevalece até aos dias de hoje.
Lição a Aprender A importante lição a aprender é que economias demasiado dependentes de um só produto de exportação ficam muito vulneráveis e perigosamente dependentes do comportamento dos preços desse produto na arena internacional. Note-se os casos críticos da Nigeria e de Angola. Note-se também que à escala global quase todas as pequenas e grandes companhias de petróleo tiveram que entrar rapidamente em “modo económico”, encerrando ou suspendendo centenas de projectos, reduzindo substancialmente a exposição dos seus capitais
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e lançando para o desemprego centenas de milhares de trabalhadores. Em Moçambique, curiosamente, assistimos a dois tipos de efeitos com o colapso recente no preço das “commodities”. Na perspectiva de Importador e Consumidor terão certamente acontecido benefícios inesperados (windfall profits). São menos dólares para adquirir o mesmo volume de produto importado e consumido e sendo Moçambique um “net importer” de combustíveis, estaríamos claramente numa situação de vantagem. Porém, na perspectiva de Investidor, Financiador e Exportador o processo tem efeitos opostos. Com os preços em queda, os exportadores deparam-se com margens de lucros substancialmente reduzidas, podendo até estar em causa a viabilidade do negócio. Naturalmente “fecham-se as torneiras do investimento”. Paralelamente as companhias de prestação de serviços, operadores de logística, construção industrial, bem como todas iniciativas de “conteúdo local” ressentem-se profundamente e caem na frustração face à situação adversa do mercado.
Antídotos: 1. Procurar estudar e compreender o melhor possível o comportamento e a dinâmica dos mercados das “Commodities”. Quanto melhor estiver estudada a lição, melhor preparados estaremos para lidar com as crises. 2. As crises são cíclicas, alternando-se com períodos de bonança e estabilidade. Nestes períodos, há que saber aprovisionar reservas suficientemente robustas para a utilização em tempo de crise. O exemplo do Fundo Soberano da Noruega é certamente uma importantíssima
lição a ser estudada. 3. Diversificação das fontes de receitas, não dependendo apenas de um recurso, geralmente esgotável e exposto aos sabores do mercado externo. Hoje, cada vez mais os países
grandes exportadores de petróleo têm com mais frequência levantado a questão: O que fazer depois do petróleo? Soluções alternativas têm que ser previstas e testadas hoje e não quando fôr tarde demais.c
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COMMODITIES By Guilhermino Fortes
The macroeconomic impact of oil price fluctuations It looks incredible how the functioning of the modern world remains so closely dependent on the price of oil barrel. Yes, that is quite possible, but no excessive enthusiasm, no anticipated parties, much less embark on orgies of expense when the golden eggs are still far to get out of the chicken. We remember well the euphoria of the years 2011 to 2013 when everybody was drunk with the apparent “El Dorado” of Mozambique. But expectations collapsed when, as of May 2014, the price of the crude collapsed, falling from 110 to less than 50 usd / barrel in early 2015, a situation that prevails to this day. Lessons to Learn
S
tarting with the most direct impact on the cost of transport, energy and fuel, going to industrial products, chemicals, manufacturing, plastics, metals, automobiles, household appliances, clothing, footwear, agricultural products, and even food products, one way or another all is dependent on the price of a oil barrel. In fact, it is almost impossible to find goods and services (commodities) whose value is not directly or indirectly influenced by the price of
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crude oil. Without fuels, transport and energy, modern world cannot be imagined and of course, these ingredients determine all human material activity of the modern world, this being a global phenomenon. Currently in Mozambique, many want to believe that the much-desired “Economical Miracle” will happen with the development of mineral energy resources, i.e. fossil fuels, namely Coal and Natural Gas.
The important lesson to be learned is that economies that are too dependent on a single export product are very vulnerable and dangerously dependent on the price behavior of this product in the international arena. Note the critical cases of Nigeria and Angola. It should also be noted that on a global scale almost all small and large oil companies have had to enter rapidly into “economic mode” by shutting down or suspending hundreds of projects, substantially reducing the exposure of their capitals and throwing hundreds of thousands of workers.
In Mozambique, curiously, we see two types of effect due to the recent collapse in the commodities price. In the perspective of Importer and Consumer will have had certainly happened windfall profits. It is less dollars to buy the same volume of imported and consumed product and Mozambique being a net importer of fuels, we would clearly be in a situation of advantage.However, from the perspective of Investor, Financier and Exporter the process has opposite effects. With falling prices, exporters are faced with substantially reduced profit margins, and the viability of the business may even be put in question. Of course “shut down the investment taps”. At the same time, service companies, logistics operators, industrial construction, as well as all “local content” initiatives are deeply resentful and fall into frustration in the face of the adverse market situation.
Countries that hold the largest gas reserves in the world Mozambique with approximately 200 tcf is in good condition to achieve the seventh position
Antidotes: 1. Try to study and understand the behavior and dynamics of Commodity markets as best as possible. The better the lesson is studied, the better prepared we will be to deal with crisis. 2. Crisis are cyclical, alternating with periods of bonanza and stability. In these periods, it is necessary to know how to provision reserves sufficiently robust for use in times of crisis. The example of the Norwegian Sovereign Fund is certainly a very important lesson to be studied. 3. Diversification of income sources, not only depending on a resource, usually exhaustible and exposed to the flavors of the external
market. Today, more and more oilexporting countries have more often raised the question: What to do after
oil? Alternative solutions have to be planned and tested today and not when it is too late.c
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PUBLIREPORTAGEM
BCI lança Bot Daki O BCI, o Banco inovador que oferece as melhores soluções de banca electrónica no mercado, acaba de lançar o Bot Daki, o primeiro chatbot institucional em Moçambique. Este serviço permite aos utilizadores interagir com o BCI de uma forma simples, prática e rápida.
O
chatbot é um software inovador e moderno capaz de estabelecer uma conversa automática utilizando ferramentas de chat disponíveis na internet Esta plataforma de comunicação, cujo principal objectivo é informar e esclarecer dúvidas relacionadas com os produtos e serviços do Banco sem necessidade de criação de filas para atendimento, permite ampliar as soluções que promovem a satisfação plena dos Clientes e futuros Clientes do BCI.
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Sendo ou não cliente do BCI, pode iniciar uma sessão de chat através do Facebook Messenger do BCI ou directamente através da App do Messenger, a partir de qualquer Computador, Smartphone ou Tablet. Assim que inicia a conversação, o Bot Daki envia uma mensagem de boas vindas: “Olá [nome do utilizador], sou o Bot Daki. Estou aqui para o ajudar.” Através do Bot Daki pode obter informações, em fracção de segundos, sobre a rede de Agências e respectivos horários de funcionamento e
localização, requisitos de adesão aos produtos e serviços do BCI, informações genéricas sobre depósitos a prazo, financiamentos, câmbios, meios de pagamento e Canais Daki. Pode ainda receber informação institucional, conhecer Campanhas, notícias e actualizações de relevo, em forma de texto, links, vídeos ou imagens. O Bot Daki é de acesso gratuito, sem necessidade de autenticação, e está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. O melhor da tecnologia vem daqui .c
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do Ribatejo 19, R/C ∎ Tel: +258 21416152 ∎ Fax: +258 21416151 ∎ firstmetical@firstmetical.co.mz ∎ www.firstmetical.co.mz
PUBLIREPORTAGE
BCI launches Bot Daki BCI, the innovative bank that offers the best electronic banking solutions in the market, has just launched Bot Daki, the first institutional chatbot in Mozambique. This service allows users to interact with BCI in a simple, convenient and fast way.
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hatbot is an innovative and modern software capable of establishing an automatic chat using internet chat tools This communication platform, whose main objective is to inform and clarify doubts related to the Bank’s products and services without the need to queue for information, allowing the expansion of solutions that promote full satisfaction of presente and future BCI’s Customers. Whether or not you are a BCI cus-
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tomer, you can start a chat session through BCI Facebook Messenger or directly through the Messenger App, from any Computer, Smartphone or Tablet. As soon as the conversation starts, Bot Daki sends a welcome message: “Hello [user name], I am Daki Bot. I’m here to help you. “ Through Bot Daki, you can obtain information on the branch network and its opening and closing hours, adhesion requirements to BCI’s products and services, generic information on
time deposits, financing, currency exchange, payment methods and Daki Channels. You can also receive institutional information, know about promotional campaigns, news and important updates, in text format, links, videos or images. Bot Daki is free of charge, with no need for authentication, and is available 24 hours a day, 7 days a week. The best of technology comes from here.c
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EMPRESA
Nifiquile: Energia e Hotelaria serão as próximas apostas A Nifiquile é uma empresa que começou a sua actividade na área dos transportes, em 2010, e que hoje é um marco incontornável no que diz respeito ao sector da construção. No mesmo Grupo, a Nifiquile junta hoje unidades de negócio vocacionadas para os Transportes e Logística, os Equipamentos e a área do Betão. Zuber Anifo quando criou a empresa tinha apenas 22 anos mas uma garra empresarial que possibilitou a evolução de uma marca, que promete mais investimentos no mercado e nas áreas da Energia e Hotelaria. helga Nunes (texto) . Shanna Chicalia (fotos)
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O
Grupo Nifiquile foi criado há sete anos pelo empresário Zuber Anifo e hoje é um marco no sector da construção em Moçambique, sobretudo na área dos transportes e logística e do betão. Na altura, Zuber contava apenas 22 anos, mas já cultivava uma enorme vontade de enveredar no mundo dos negócios. “Não recomendo isto a nenhum jovem. Mas um dia estava numa aula de Direito Internacional e levantei a mão e pedi licença à professora para sair porque tinha decidido montar uma empresa. E no dia a seguir montei a Nifiquile. Tive o prazer e tenho o orgulho de ser um dos fundadores da Nifiquile, de ter acompanhado não só o início mas também a sua evolução que tem sido certamente o maior desafio da minha vida”, recorda o empreendedor, com um tom saudosista. O outro fundador da Nifiquile foi o seu pai, Mamad Anifo, que ainda hoje continua na empresa. Segundo o filho, o mesmo chegou ao projecto mais tarde, mas deu o apoio necessário para que a empresa pudesse arrancar e hoje é um dos administradores da Nifiquile. Aliás, Mamade Anifo é o responsável máximo pela Produção e Zuber gere os destinos da área Comercial. “Eu queria algo novo na minha vida porque estava a sair da escola e queria abraçar um projecto que elevasse o meu crescimento e que um dia deixasse me permitisse deixar um legado”. Curiosamente, e aquando do arranque da empresa, a equipa não possuía conhecimento nem na área dos transportes e logística nem do equipamento. Contudo, e de acordo com Zuber, rapidamente descobriram que existia uma grande necessidade no mercado da construção para empresas que fizessem trabalhos compostos. “Detectámos, no início da nossa actividade, que havia muitas empresas que
se dedicavam aos transportes, outras que forneciam apenas equipamentos e poucas que conseguissem conciliar estes dois serviços sob o mesmo tecto. E isso fez com que tivéssemos um critério de diferenciação perante o resto do mercado. Após isso, foi focar muito em serviços, em qualidade, em honrar compromissos e devo confessar com um grão de sorte que tivemos os parceiros certos na hora certa – o que permitiu que vencêssemos e remássemos contra a maré”, explica o jovem administrador do Grupo.
As empresas do Grupo No nosso início de tudo, ou seja em 2010 a jornada da Nifiquile arrancou
com os transportes e a logística de forma muito cautelosa, e a intervenção no mercado começou com apenas um camião. Actualmente, a Nifiquile Transportes opera na zona centro e sul de Moçambique com uma frota que conta com cerca de 80 camiões. A empresa possui uma frota especializada em basculantes, em porta-máquinas para transporte de equipamentos e transportes de produtos a granel e de líquidos. A divisão de transportes movimenta em média entre 20 a 40 mil metros cúbicos de inertes por mês, dezenas de máquinas da Nifiquile e dos seus parceiros. E, por vezes, a divisão de transportes fica igualmente afecta à divisão de movimentos de terra, optimizando assim os recursos do grupo.
Augusto álvaro
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EMPRESA
Betão: A menina dos olhos a par dos Transportes
Por outro lado, a unidade de negócios voltada para a área dos equipamentos detém perto de 100 máquinas todas orientadas para a construção. Nesta divisão, a Nifiquile conta com uma equipa especializada e com experiência na área de equipamentos para a construção civil, encarregando-se de serviços tais como terraplanagem, movimento de terras, aterros, escavações e nivelamento de terras e demolições. Um género de serviços que envolve uma série de equipamentos tanto pesados como valiosos. “Temos retroescavadoras, niveladoras, telescópicas, cilindros, escavadoras, entre as quais a maior de Moçambique, com a qual conseguimos fazer escavações até 10 caves. Na divisão de movimentos de
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terra focamos muito do nosso serviço na construção de estradas e movimentos de terra e tivemos que assumir no mercado o serviço de demolições pelo facto de haver na altura pouca oferta”, explica Zuber Anifo. Em paralelo a esse investimento, o grupo – que conta com perto de 200 colaboradores - teve de encetar uma séria aposta na especialização e na busca de know how, isto porque foram surgindo projectos tecnicamente complicados que exigiam equipamento adequado e pessoal qualificado. E essa aposta foi sendo sempre feita na perspectiva da satisfação das necessidades e lacunas que existiam no mercado. Perspectiva que motivou também o aparecimento da Nifiquile Betão.
A área de betão foi criada no sentido de poder satisfazer todas as necessidades dos clientes da Nifiquile e possui uma central de betão situada nas instalações da Nifiquile. Trata-se de uma área que tem vindo a registar muita procura conferindo um nível de visibilidade similar à área dos transportes e logística. A divisão de betão foi criada há cerca de 3 anos e, de acordo com o administrador Zuber Anifo, procurou-se imprimir na mesma competitividade, qualidade e a oferta de pacotes interessantes aos parceiros sob o ponto de vista comercial. “Não tínhamos a ideia da dimensão que isto iria assumir: mandamos vir a primeira central na perspectiva de começar pequeno e de satisfazer aquele pequeno construtor que não via os seus intentos chegarem a bom porto em termos de entregas devido à falta de articulação da concorrência na altura, que, por sua vez, não tinha mãos a medir”, conta o empresário. Após a abertura da Central, o Grupo foi procurar o know how necessário e montou um laboratório. Laboratório esse que se dedica ao controlo da qualidade do betão, realiza diversos ensaios para o controlo da conformidade do betão produzido na Central conforme a norma Europeia EN 206 – 1. A aceitação dos clientes foi tão grande e tão boa que o laboratório que esperava contar com cerca de 4 profissionais, possui hoje 25. Só na área da Qualidade, desde engenheiros a técnicos de campo e director de qualidade são todos moçambicanos. O departamento de qualidade já desenvolveu até à data trabalhos dos quais a Nifiquile colhe frutos muito positivos. E essa aposta fez com que o Grupo se desviasse um pouco do seu foco inicial que passava por satisfazer as pequenas obras e clientes. “Hoje, Maputo representa
COMPANY
60/70% da produção de betão no país e dessa percentagem devo dizer (sem acesso a números) que possuímos 60 a 70% dessa fatia de mercado”, garante o administrador.
Zuber não entra em pormenores mas, recentemente, a Nifiquile ganhou um contrato com uma das maiores empresas de construção japonesas, a Somitomo. A mesma encontra-se, neste momento, a construir uma central de produção de energia a gás combinada de 100 MegaWatts na Matola. E devido ao grau de exigência e à cultura organizacional diferente que a Somitomo desenvolve, tem sido extremamente motivador o facto da Nifiquile ter preenchido todos os requisitos. “Eles têm um standard muito elevado de exigência e o ganhar por mérito a obra foi certamente um marco na minha carreira. Significa também que em Moçambique faz-se e já se faz bem”, afirma o jovem empreendedor orgulhoso. Quais são as perspectivas da Nifiquile
Projectos previstos Entre uma série de projectos e clientes, Zuber prefere não falar muito, apenas adiantando que têm estado presentes em 70 a 80 por cento das grandes obras que são feitas na região sul de Moçambique, desde hotéis, habitação e prédios residenciais, a centros comerciais. “O nosso público-alvo é muito vasto. Trabalhamos para o indivíduo que quer construir a sua residência tal como para o que constrói uma barragem, ponte ou central de produção de energia”.
para o futuro? A esta questão, Zuber responde adiantando que os interesses da sua marca andam muito próximos da hotelaria e do sector da energia, o qual considera que será o expoente máximo do continente. “Isso sim mexe o nosso coração. E, em breve, vai haver muito mais Nifiquile nesses dois sectores. Se calhar, fazer, construir, desenvolver mas ainda não há certezas”. Para já encontra-se na calha a construção de bombas de abastecimento de combustível. Entre este ano e o próximo, Zuber tem o plano de construir uma série de postos de abastecimento só em Maputo. “Será o nosso pezinho para testar o mercado”, adianta o administrador, enquanto o Grupo soma e segue perspectivando algumas novidades para breve.c
Nifiquile: Energy and Hospitality will be the next challenges Nifiquile is a company that started its activity in the transport in 2010, and today it’s an unforgettable landmark regarding the construction sector. In the same Group, Nifiquile today joins business units focused on Transport and Logistics, Equipment and Concrete area. Zuber Anifo when he founded the company was only 22 years old but a corporate eye that allowed the evolution of a brand that promises more investments in the market and in the Energy and Hospitality areas. helga Nunes (text) . Shanna Chicalia (photos)
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he Nifiquile Group was created seven years ago by entrepreneur Zuber Anifo and today is a milestone in the construction sector in Mozambique, especially in the area of transport and logistics
and concrete. At that time, Zuber was only 22 years old, but he was already cultivating a huge desire to go into business. “I don’t recommend this to any young person. But one day I was in an International Law class and I raised my hand and
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asked the teacher to leave because I had decided to start a company. And the next day I set up Nifiquile. I was delighted and proud to be one of the founders of Nifiquile, to have accompanied not only the beginning but also its evolution, which has certainly been the biggest challenge of my life “, recalls the entrepreneur with a nostalgic tone. The other founder of Nifiquile was his father, Mamad Anifo, who still remains in the company. According to the son, he arrived at the project later, but gave the necessary support so that the company could start and is now one of the administrators of Nifiquile. In fact, Mamade Anifo is the maximum responsible for Production and Zuber manages Sales. “I wanted something new in my life because I was leaving school and wanted
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to embrace a project that would increase my growth and one day allowed me to leave a legacy.” Interestingly, at the time of the company’s start-up, the team had no knowledge of transport and logistics nor equipment. However, according to Zuber, they quickly discovered that there was a great need in the construction market for companies doing compound jobs. “At the beginning of our activity we found that there were many companies involved in transportation, others that only supplied equipment and few that could manage to combine these two services under the same roof. And that made us have a differentiation criterion in the face of the rest of the market. After that, we focused a lot on services, quality, honor commitments and I must confess with a grain of
luck that we had the right partners at the right time - which allowed us to beat and row against the tide, “explains the young manager of the Group .
Nifiquile’s Group companies On the beginning of everything, in 2010, Nifiquile’s journey started with transport and logistics very cautiously, and entered the market with only one truck. Currently, Nifiquile Transportes operates in central and southern Mozambique with a fleet of about 80 trucks. The company has a fleet specializing in dump trucks, in machinecarriers for transporting equipment and transporting bulk and liquid products. Transport division moves on average between 20 and 40 thousand cubic
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meters of inert monthly, dozens of machines from Nifiquile and its partners. And sometimes the division of transport is also affected by the earthmoving division, thus optimizing the resources of the group. On the other hand, the business unit focused on equipment area owns close to 100 machines for construction. In this division, Nifiquile counts on a specialized team with experience in the equipment field for the construction building, in charge of services such as earthmoving, landfills, excavations and land leveling and demolitions. A type of service that involves a series of both heavy and valuable equipment. “We have backhoe, leveling, telescopic, cylinders, excavators, among which the largest in Mozambique, with which we can excavate up to 10 cellars. In the land movements division we focused a lot of our work on the road construction and earthmoving and we had to take demolition because there was little availability in the market at the time, “explains Zuber Anifo. In parallel to this investment, the group which has close to 200 employees - had to embark on a serious commitment to specialization and search of know-how, because technically complicated projects required adequate equipment and qualified personnel. And this chalenge was always made from the perspective of meeting the needs and gaps that existed in the market. Perspective that also motivated the arising of Nifiquile Concrete.
Concrete: the apple of the along withTransport The concrete area was created in order to satisfy all of Nifiquile’s customers needs and has a concrete plant located in Nifiquile’s premises. It’s an area that has been registering a lot of demand giving a level of visibility similar to the area
of transport and logistics. The concrete division was created about 3 years ago and, according to the administrator Zuber Anifo, it has been printed with the same standards of competitiveness, quality and the offer of interesting packages to the partners from the sales point of view. “We had no clue of the dimension that this would take: we had the first plant coming with a perspective of start-
ing small and satisfying those small constructors that had saw their attempts failing in terms of deliveries due to the competition’s lack of articulation at the time, which didn’t have enough response capacity, “says the businessman. After the Plant opening, the Group went looking for the necessary know-how and set up a laboratory. This laboratory is dedicated to the concrete quality control. It carries out several tests to check the
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conformity of the concrete produced in the Plant according to the European standard EN 206-1. The customers acceptance was so big and so good that the laboratory initially with 4 professionals, today has 25. In the Quality Control area alone, from engineers to field technicians as well as Quality Manager all are Mozambicans. The Quality Control department has developed to date works of which Nifiquile had very positive results. And this bet made the Group deviate a little from
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its initial focus that was to satisfy small works and constructors. “Today, Maputo accounts for 60% to 70% of concrete production in the country, and of that percentage I have to say (without access to numbers) that we have 60 to 70% of this market share,” said the administrator.
Planned Projects Amongst a number of projects and clients, Zuber prefers not to talk much, just adding that 70 to 80
percent of the great works that are done in the south of Mozambique, from hotels, housing and residential buildings, to shopping centers, they have been present. “Our target audience is very wide. We work for the individual who wants to build their home as well as those that build a dam, a bridge or a power plant. “ Zuber doesn’t get into detail, but recently Nifiquile won a contract with one of the largest Japanese construction companies, Somitomo. It is currently building a 100 MegaWatts combined gas power plant in Matola. And due to the degree of demand and the different organizational culture that Somitomo develops, it has been extremely motivating that Nifiquile has fulfilled all requirements. “They have a very high standard of requirements and winning this work was certainly a milestone in my career. It also means that Mozambique is doing it and doing it well, “says the proud young entrepreneur. What are Nifiquile’s prospects for the future? Regarding this question, Zuber responds by saying that the interests of his brand are very close to the hotel industry and the energy sector, which he believes will be the main exponent of the continent. “That does stir our heart. And, soon, there will be much more Nifiquile in these two sectors. Maybe build, develop but there are still no certainties. “ The construction of gas stations is already in the pipeline. Between this year and the next, Zuber has the plan to build a series of gas stations only in Maputo. “It will be our baby step to test the market”, says the administrator, while the Group continues anticipating novalties soon.
ESTILOS DE VIDA
Chonguiça e o lado ‘business’ da Arte O conceituado músico moçambicano Moreira Chonguiça encara a arte como um motor impulsionador da economia em qualquer parte do mundo. Em Moçambique, terra que o viu nascer, Chonguiça defende um esforço integrado e congregador de todas as forças vivas da sociedade para que a arte, e mais concretamente o Jazz, se converta num instrumento dinamizador e gerador de riqueza. Gildo Mugabe (texto) . Shanna Chicalia (fotos)
É
do conhecimento geral que a economia moçambicana é diversificada. Entretanto, poucos sabem ou entendem que nessa diversificação reside também a Cultura ou a Arte e que esse eixo
pode vir a ser um elemento fundamental na geração de riqueza. Para o músico Moreira Chonguiça, a arte expressa-se através da música. E numa óptica mais específica, o Jazz assumese como um género que se for bem
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ESTILOS DE VIDA
é uma organização que promove o Jazz do Mundo em Moçambique e o Jazz de Moçambique no Mundo. A sua sede na Sommerschield transmite uma áurea serena e ao mesmo tempo ‘vintage’, onde a sala de trabalho é um ‘open space’ que desenvolve um espírito Think Tank. Em abono da verdade, trata-se de um local onde a atmosfera que se respira é o Jazz, e para muito contribui a colecção única de imagens e de instrumentos de som, que são alvo constante de elogios.
More jazz Promotion em acção
acompanhado pela implementação de políticas estratégicas integradas, e no âmbito de uma indústria criativa fértil e profissionalmente robusta, poderá rentabilizar as empresas ligadas ao mundo da produção de espectáculos e catalisadoras de produtos associados como por exemplo os CDs, assim como as empresas ligadas ao turismo. Não há dúvida de que a indústria criativa da Arte pode catapultar as empresas de restauração, hotelaria e de gestão de eventos, mas torna-se crucial criar pacotes turísticos que sejam atractivos e garantir uma oferta de produtos integrada. E esse é um
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desafio que faz parte das actividades de Moreira Chonguiça, enquanto investidor e empresário. “Somos um negócio e funcionamos de modo semelhante ao da indústria da Comunicação”, defende Moreira Chonguiça. Nessa senda, o músico depois de passar alguns anos em Cape Town (na África do Sul) e de voltar para a cidade de Maputo – sua terra Natal – começou a encarar a possibilidade de fazer negócio com a música. E foi assim que, nos idos anos de 2004, fundou a empresa ‘More Jazz Promotion’. A More, como carinhosamente a chama,
Como investidor, Chonguiça é da opinião de que se deve fazer da crise uma oportunidade para iniciar bons negócios. Aliás, para o fundador da More este é um momento ímpar e ideal para os empresários dos diferentes sectores se reinventarem e acreditarem nas suas capacidades, e os músicos não são excepção à regra. “A More Jazz Promotion faz acreditar. É uma empresa teimosa. A nossa grande missão é fazer acreditar que quando tudo parece estar mal, podemos dar a volta por cima e fazermos a diferença”, disse Moreira Chonguiça. De acordo com o saxofonista, não se pode hipotecar tudo como responsabilidade do Governo, embora o Estado tenha a obrigação de criar políticas no sentido de proteger os autores (garantindo a defesa dos seus direitos) e de combater a pirataria – uma pandemia que afecta o negócio da música no País. “A vontade de investir numa editora ou numa academia não nos falta, mas quem nos protege? Aqui estamos a falar da cadeia de valores. Tem que se respeitar a cadeia de valores, tem que haver políticas para o sector privado, cujo espectro abranja quem cria e quem produz, quem distribui e quem consome”, sublinha Chonguiça. Num outro desenvolvimento, Moreira
ESTILOS DE VIDA
Chonguiça fez menção à necessidade de se aliar o negócio da música a outras diversidades culturais do País. A título de exemplo, e de acordo com Chonguiça, Moçambique tem uma diversidade cultural invejável que vai desde a gastronomia, à timbila, ao xigubo, sem esquecer os 1.700 km de costa que garantem uma componente turística à altura. E todos os ingredientes juntos e integrados podem gerar uma alquimia rentável. “Então, como é que a gente empacota isto para que possamos ter 20 milhões de pessoas por ano a visitar o nosso País?”. Eis a dúvida levantada por Chomguiça. Questionado sobre se não haveria a necessidade de se mobilizar os agentes turísticos para integrar este movimento, respondeu nos seguintes termos: “Os operadores turísticos vão começar a reagir a esta pressão. É assim que as coisas fun-
cionam. Se existe uma grande procura, os operadores turísticos terão necessariamente de criar condições para garantir a sua oferta. Então, antes de tudo, temos que consciencializar o corporate moçambicano no sentido de financiar as nossas actividades, e falo mais concretamente da Banca “.
Maputo jazz International Festival no Dia da Cidade de Maputo A capital moçambicana vai acolher o ‘Maputo Jazz International Festival’ entre o final de Outubro e início de Novembro e esta iniciativa é a menina dos olhos de Chonguiça. Trata-se de um evento que se insere nas comemorações dos 130 anos da Cidade de Maputo, cuja data da efeméride é 10 de Novembro. Para a materialização
deste sonho, a More Jazz Promotion celebrou uma Parceria Público Privada (PPP) com o Conselho Municipal da Cidade de Maputo e embora o organizador não queira avançar com o cartaz do evento, o momento promete vir a ser inesquecível. “Já existe o London International Jazz Festival, o Cape Town International Jazz Festival, entre outros festivais. Por que não termos o Maputo Jazz Internacional Festival? Pretendemos com esta iniciativa elevar a cidade de Maputo”, sublinhou Chonguiça congratulando-se com o apadrinhamento do ícone incontornável, Sr. Hugh Masekela. Quanto ao segredo para tanto sucesso, Chonguiça foi categórico ao apontar que a determinação, astúcia, audácia, resiliência e paciência, e saber acreditar, são as chaves para o sucesso de qualquer jovem empreendedor.
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Marketing musical a todo o vapor Um dado não menos importante prendese com o domínio da criatividade e do marketing por parte de Moreira Chonguiça e que é um denominador comum em todas as suas criações. Quando o músico lançou o seu primeiro registo sonoro, em 2004, intitulado ‘The Moreira Project Volume 1’, o também etnomusicólogo moçambicano não quis que o CD divulgasse o seu nome na capa. Tomou essa decisão por diversos motivos. Por um lado, pelo facto de nesse período a indústria de Jazz se encontrar numa fase crítica. Ou seja, nessa altura, as lojas de Jazz na África do Sul só vendiam 10% deste género musical. Por outro lado, o crescimento do processo da digitalização e dos canais de rádio online, com fácil acesso a música em formato Mp3 e Mp4, conduziu à diminuição das vendas de CDs. “Justamente por isso é que tive de apostar na inovação. Na capa do meu CD eu apareço com a barba e cabelo supercompridos, numa foto pouco visível.
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Fizemos uma capa verde e no meio disso o Gonçalo Mabunda esculpiu uma arma com a qual fui fotografado de costas. Então, as pessoas antes de saberem que música era, queriam saber de que músico se tratava. E foi com este álbum que ganhei o prémio de melhor produtor em África em 2005”, revelou. E mais, no segundo disco, Chonguiça voltou a apostar na criatividade, um factor que lhe rendeu o melhor ‘Álbum de Jazz Contemporâneo’, e mais do que isso... o álbum arrebatou também o galardão pela ‘Melhor Capa’. Nada como unir o esforço do negócio da música à criatividade e ao marketing, e Moreira Chonguiça sabe perfeitamente que uma boa imagem além de um bom conteúdo fazem as deícias dos seus ouvintes. E foi nessa perspectiva que o músico aceitou também pousar para as fotografias da revista Capital num ambiente completamente diferente. Em vez do cenário ter sido o seu escritório, a escolha recaiu sobre o ambiente natural do ‘Botânica’, onde além de termos conversado, Chonguiça tocou jazz para os presentes. Um autêntico ‘delicatéssen’ musical.
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SABIA qUE
think tanks... ãO ORGANIZAÇõES S ou instituições que actuam no campo dos grupos de interesse, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos, tendo em vista influenciar as transformações sociais, políticas, económicas ou científicas sobretudo em assuntos sobre os quais as pessoas comuns (leigos) não encontram facilmente base para análises de forma objectiva. Os think tanks podem ser independentes ou filiados em partidos políticos, governos ou corporações privadas.
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LIFE STYLE
Chonguiça and the business side of Art Renowned Mozambican musician Moreira Chonguiça sees art as a driving force for the economy in any part of the world. In Mozambique, his homeland, Chonguiça defends an integrated and all-encompassing effort of all living forces in society so that art, specially Jazz, becomes a dynamic and wealth-generating instrument. Gildo Mugabe (text) . Shanna Chicalia (photos)
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t’s common ground that Mozambican economy is diversified. However, few know or understand that this diversification also includes Culture or Art and that this axis can become a fundamental element in wealth generation. For musician Moreira Chonguiça, art is expressed through music. And in a more specific perspective, Jazz assumes itself as a genre that if accompanied by the implementation of integrated strategic policies, and within the scope of a fertile and professionally robust creative industry, it will be able to make companies show production related and Catalysts of associated products such as CDs, as well as companies linked to tourism profitable. There is no doubt that the creative art industry can catapult catering, hospitality and event management companies, but it is crucial to create attractive tour packages and ensure an integrated product offering. And this is a challenge that is part of the activities of Moreira Chonguiça, as an investor and entrepreneur. “We are a business and we operate in a similar way to the communication industry,” Moreira Chonguiça states. On this path, after spending a few
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years in Cape Town (South Africa) and returning to the city of Maputo - his hometown - the musician began to face the possibility of doing business with music. And that’s how, in long gone year of 2004, he founded the company ‘More Jazz Promotion’ A More , as it fondly calls it, is an organization that promotes World Jazz in Mozambique and Mozambican Jazz in the World. With Its headquarters in Sommerschield conveying a serene and at the same time ‘vintage’ aura, where the work place is an ‘open space’ developing “Think Tank” spirit. In truthfulness, it is a place where the breathed atmosphere is Jazz, and to a large extent contributes the unique collection of images and sound instruments, which are constant target of praise.
More jazz Promotion in action As an investor, Chonguiça’s opinion is that the crisis must create an opportunity to start good deals. Incidentally, for A More’s founder this is an odd and ideal time for businessmen from different sectors to reinvent themselves and believe in their capabilities, and musicians are no exception to the rule. “A More Jazz Promotion makes believing, it’s a stubborn company, our great mission is to make people believe that when everything seems to be wrong, we can go around and make a difference,” said Moreira Chonguiça. According to the saxophonist, one cannot put everything as government’s responsibility, although the state has the obligation to create policies to protect authors (guaranteeing the defense of their rights) and to combat piracy - a pandemic that affects Music business in the country. “The desire to invest in a record company or a music school exists, but who’ll protects us? Here we are talking about
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the value chain. The value chain must be respected, there must be policies for the private sector, whose spectrum encompasses those who create and those who produce, who distributes and who consumes, “says Chonguiça. In another development, Moreira Chonguiça mentioned the need to align music business with other cultural diversities in the country. For example, according to Chonguiça, Mozambique has an enviable cultural diversity ranging from gastronomy, timbila, xigubo, not forgetting the 1,700 km of coast that guarantees a rising tourist component. And all the ingredients integrated and together can generate a profitable alchemy. “So how do we pack it so we can have 20 million people a year to visit our Country?” This is the doubt raised by Chonguiça.
Asked if there would be a need to mobilize tourist agents to integrate this movement, he replied in this terms: “Tour operators will start reacting to this pressure. This is how things work. Will have to create conditions to guarantee their offer. So, first of all, we have to raise the awareness in Mozambican business corporate in order to finance our activities, and specifically Banking. “
Maputo International jazz Festival on Maputo City Day A capital moçambicana vai acolher o ‘Maputo Jazz International Festival’ entre o final de Outubro e início de Novembro e esta iniciativa é a menina dos olhos de Chonguiça. The Mozambican capital will host the ‘Maputo International Jazz Festival’
between the end of October and the beginning of November and this initiative is Chonguiça’s brainchild. It’s an event on the celebrations of the 130 years of the City of Maputo, taking place on the 10th of November. More Jazz Promotion celebrated a Public Private Partnership (PPP) with the Municipal Council of Maputo City and although the organizer does not want to go ahead with the poster of the event, the moment promises to be unforgettable. “We already have the London International Jazz Festival, the Cape Town International Jazz Festival, among other festivals, why not have the Maputo International JazzFestival?” Said Chonguiça, congratulating himself on the being the godfather of the iconic Maputo Jazz Festival. Icon, Mr. Hugh Masekela. As for the secret to such success, Chon-
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LIFE STYLE
guiça was categorical pointing out that determination, audacity, resilience and patience, and knowing how to believe, are the keys to the success of any young entrepreneur.
Full-throttle music marketing No less important is the domain of creativity and marketing by Moreira Chonguiça, which is a common denominator in all his creations. When the musician released his first sound record in 2004, titled ‘The Moreira Project Volume 1’, the Mozambican ethnomusicologist also did not want the CD to have his name on the cover. He made that decision for several reasons. On the one hand, because the Jazz industry was at a critical stage during this period. Meaning, at that time, the Jazz stores in South Africa only sold 10% of this type of music. On the other hand, the growth of the digitization process and the online radio channels, with easy access to music in Mp3 and Mp4 format, led to a
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DID YOU KNOW...
think tanks... ORGANIZATIONS or institutions that act in the field of interest groups, producing and disseminating knowledge on strategic issues, with a view to influencing social, political, economic or scientific transformations, especially in issues regarding ordinary people (the people) concerning analysis. Think tanks may be independent or affiliated with political parties, governments or private corporations.c
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decrease in CD sales. “That’s exactly why I had to bet on innovation.” On the cover of my CD, I have a beard and long hair, in a photo that is barely visible. We made a green cover and in the middle of it Gonçalo Mabunda carved a weapon with which I was photographed on the back so people before they knew what song it was, they wanted to know what musician it was, and it was with this album that I won the best producer award in Africa in 2005, “he revealed. And, on the second album, Chonguiça invested in creativity again, a factor that earned him the best ‘Contemporary Jazz
Album’, and more than that ... the album also won the award for Best Cover. There is nothing like linking the effort of the music business to creativity and marketing, and Moreira Chonguiça knows perfectly well that a good image, besides good content, delights the listeners. And it was from this perspective that the musician also agreed to land for the photographs of Capital magazine in a completely different environment. Instead of the setting having been his office, the choice fell on the natural environment of Botanica, where in addition to talking, Chonguiça played jazz for those present. An authentic musical delicatessen.c
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