CAPITAL

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Sumário

Destaques 30

Salve-se quem puder!

44

A importância do licenciamento

42 Tema de Fundo

Soluções para financiar PMEs

30 Dossier

42

Um tomba-gigantes à vista?

16

Actual

Capa

Orçamento de Estado pouco transparente

Soluções para financiar PMEs Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Frans Hovens; Paginação: Ricardo Timbe – 29timbe@gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

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Foi sol de pouca dura. Tete está novamente assombrada pela pobreza, que antes da chegada das mineradoras, sempre a caracterizou. A retoma depende do futuro que o mercado internacional reserva ao preço do carvão. Enquanto isso, é preciso socorrer-se da imaginação para sobreviver.

Moçambique está a crescer e, em paralelo, aumentam as oportunidades de negócio. Em 2010, um grupo de empreendedores, liderados por Joaquim Freitas, criou o Centro de Formação e Consultoria (CFC), uma empresa vocacionada sobretudo para a formação de operadores de máquinas pesadas, uma vertente bastante solicitada nos sectores industrial e mineiro. Cinco anos depois, Freitas conta como tudo aconteceu.

Soluções para financiar PMEs

O economista e gestor Oldemiro Belchior lançou recentemente a obra “Financiamento PME”. Um guia prático para as micro, médias e pequenas empresas na sua relação com o mercado financeiro. Em conversa com a nossa Revista, no clássico pergunta-resposta, o também gestor bancário explica as linhas de força da obra que promete mudar o status quo.

GNL à beira do pesadelo

O pesadelo do carvão mineral pode ter uma réplica no gás? Só o futuro dirá. Mas as perspectivas estão longe de serem animadoras. O gigante mundial da consultoria em Energia, Metais e Recursos Minerais, Wood Mackenzie, diz que o mercado global do Gás Natural Liquefeito (GNL) poderá registar um excesso de oferta, em 2015 e 2016, mas que a procura obedecerá ao sentido inverso.


Editorial

Bem-vindo Financiamento e mercado à prova

36

Economia

FINANCIAMENTO

O

Salve-se quem puder!

48 UP- Grade EDM a ferro e fogo

acesso ao financiamento ainda é apontado como um dos principais constrangimentos para as PMEs em Moçambique. Tudo porque os empreendedores, quando têm de recorrer a empréstimos para alavancar os seus projectos de investimento, perdem a coragem perante as altas (senão intransponíveis) taxas de juro. A problemática do acesso ao crédito mantém-se na ordem do dia e o economista e gestor Oldemiro Belchior, ciente das dificuldades inerentes aos empresários, escreveu a obra “Financiamento PME”. Trata-se de um guia prático destinado às micro, pequenas e médias empresas que congrega informações relevantes à manutenção de uma melhor relação dos empresários com as instituições financeiras. Belchior, em entrevista à CAPITAL, revela que procurou criar uma ferramenta de trabalho e de consulta que, além de apresentar uma abordagem prática sobre a forma como os empresários devem lidar com a banca no que diz respeito à solicitação de crédito, disponibiliza soluções e mecanismos alternativos de financiamento. Assim sendo, o economista refere algumas directrizes sobre como as empresas podem recorrer ao financiamento da Bolsa de Valores, do Banco Nacional de Investimento e das sociedades de capital de risco. MERCADO

55 EMPrEEnDEr A importância do licenciamento

80 Estilos Chef Graça, o expoente máximo da nossa gastronomia

A política de preços baixos do carvão prejudicou tanto o mercado internacional como o nacional. Tete é um exemplo sintomático sobre como a queda do negócio de uma commodity pode prejudicar um sonho. A imagem das grandes mineradoras – entre as quais a Vale e a Rio Tinto - a tomarem de assalto a província, com milhares de empregos associados, foi abalada por uma longa e tensa pausa económica. A seguir ao boom da exploração do carvão em Tete, surgiu o reduzir das encomendas e a rescisão de contratos, sendo que a retoma da actividade irá depender sobretudo de uma boa relação entre a procura e oferta daquela matéria-prima. Agora, e depois dessa má experiência, ocorre perguntar: O pesadelo do carvão mineral não irá ter uma réplica no mercado do gás natural liquefeito? O futuro o dirá, embora as perspectivas não sejam nada animadoras. Aliás, a consultora em Energia, Metais e Recursos Minerais Wood Mackenzie diz que o mercado do gás natural liquefeito (GNL) poderá vir a registar um excesso de oferta, em 2015 e 2016, e que a procura irá reduzir. Ou seja, se assim for, mais uma vez os preços do GNL irão cair e, provavelmente, prejudicar o mercado daquela commodity.

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Contents

Highlights 33 Run for your lives!

45 Background Theme Solutions for financing SMEs

It was short lived. Tete is again haunted by the poverty that used to characterize it before the arrival of the mining companies. Recovery depends on what the international market has sin store for the coal price. Meanwhile, we need some imagination to survive.

48

The importance of licensing

Keeping pace with Mozambique’s growth is the increase in business opportunities. In 2010 a group of entrepreneurs led by Joaquim Freitas created the Training and Advisory Centre (CFC), a company dedicated above all to training heavy machinery operators, for which exists considerable demand in the industrial and mining sectors. Five years later, Freitas tells how it all came about.

45

Solutions for financing SMEs

33

Dossier I have no idea what you want to say here

17 Current Capa

State Budget not very transparent

Solution for SME financing

Property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Administrative Secretariat: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B.- Translation: Frans Hovens;Page make-up: Ricardo Timbe –29timbe@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

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The economist and manager Oldemiro Belchior recently launched the book “Financing SMEs”. It is a practical guide for micro, medium and small enterprises in their relationships with the financial market. In a question and answer session with our Magazine, Mr. Belchior, who is also a bank manager, explains the main thrust of the book, which is set to change the current situation.

LNG turning into a nightmare?

Will we see a repeat of the coal nightmare in the gas business? Only the future can tell. But the prospects are far from encouraging. The global consulting giant Energy, Metals and Mineral Resources, Wood Mackenzie, says the global market of Liquefied Natural Gas (LNG) is likely to report an oversupply in 2015 and 2016 while demand will decrease.


Editorial

Welcome

37

Financing and markets being tested

Economy

FINANCING

A

run for your lives!

51 UP- Grade EDM under fire

ccess to financing is still being touted as one of the major constraints for SMEs in Mozambique. The reason is that entrepreneurs who have to rely on loans to leverage their investment projects are discouraged by the high (if not insurmountable) interest rates. The problem of having access to credit remains on the agenda and the economist and manager Oldemiro Belchior, aware of the difficulties faced by entrepreneurs, wrote the book “Financing SMEs”. It is a practical guide for micro, small and medium enterprises offering relevant information for maintaining better relations with financial institutions. In an interview with CAPITAL Belchior states that he tried to create a tool that can be used and consulted and that, apart from offering a practical approach to how entrepreneurs should deal with banks when it comes to applying for credit, provides alternative financing solutions and mechanisms. The economist offers some guidelines on how companies can resort to financing from the Stock Exchange, the National Investment Bank and from venture capital companies. MARKET

57 EntrEPrEnEurSHIP The importance of licensing

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LifeStyles

Chef Graça, the best representative of our gastronomy

The low prices of coal have affected both the international and the national market. Tete is a symptomatic example of how the downturn in trading of a commodity can open one’s eyes. The tale of the big mining companies - including Vale and Rio Tinto – taking the province by storm, with thousands of jobs being created, has been rocked by a long and tense economic interlude. The coal exploration boom in Tete has been followed by a decrease in demand and the termination of contracts, and the rebound of activities will depend above all on a good balance between the demand and supply of the raw material. Now after this negative experience, the question is being asked: Will we see a repeat of the coal nightmare in the liquefied natural gas market? The future will tell, but the prospects are not encouraging at all. As a matter of fact, the consulting firm Energy, Metals and Mineral Resources Wood Mackenzie says that the liquefied natural gas market (LNG) is likely to report an oversupply in 2015 and 2016 while demand will decrease. In other words, if this is the case then LNG prices will fall further and probably adversely affect the market of this commodity.

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Capitoon

EM BAIXA ABANDONO DA TERRA De 2002 a 2012, o número de pessoas que trabalham a terra caiu 15%, segundo uma pesquisa feita pelo economista e docente Paulo Mole, divulgada durante as jornadas científicas da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane. Em média, saem do sector todos os anos cerca de 400 mil pessoas.c

EM ALTA DDB VENCE FESTIVAL DE PUBLICIDADE A DDB Moçambique dominou a décima edição do Festival Internacional de Publicidade de Maputo, ao arrecadar 19 prémios entre os quais um Grand Prix, dois ouros, oito pratas e dois bronzes. A estes juntam-se mais seis prémios técnicos para melhor director de Arte, melhor layout, melhor ilustração, melhor ilustração 3D, melhor design e melhor direcção de fotografia.c

MAIS DINHEIRO PARA AS PMEs O ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, anunciou numa reunião com empresários em Pemba, província de Cabo Delgado, a existência de uma linha de crédito para Pequenas e Médias Empresas (PME) moçambicanas num montante de 13 milhões de dólares americanos. O financiamento às empresas interessadas é feito através do Fundo Empresarial de Cooperação Portuguesa.c

SECA COMPROMETE METAS DE PRODUÇÃO

A província de Maputo não alcançou as metas de produção agrícola e pecuária na campanha 2014-2015, devido à seca e às enxurradas, segundo revelou o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco. Contudo, Maputo não é um caso isolado. Gaza foi o ponto do país mais afectado, mas o timoneiro não avançou dados sobre as implicações .c

COISAS QUE SE DIZEM O DESABAFO “Sinto-me repugnado, mas não me arrependo de haver entregado quase toda a minha vida à causa da libertação da terra e dos homens, à causa da Pátria e do Povo. Moçambique merece honestidade, dirigentes e servidores honrados no Estado, nas forças políticas. Basta de ganância… de abuso dum povo que merece melhor!...basta de explicações mal dadas, de fugas à verdade, de desculpas com falta de orçamento. A falta de orçamento faz parte das desculpas que chovem… sobre nós quando se esbanjam rios de dinheiro em ostentações e pouco se reserva para o essencial”.c

QUANDO SE PERDE O NORTE… “Para uns, a política é uma panela. É preciso comer muito e rápido porque a colher é muito disputada e a refeição pode durar pouco. Para outros, contudo, a política ainda é a nobre arte de servir os outros, a política ainda é a missão de colocar acima de tudo os interesses de todos. Possivelmente quem tanto reclama contra a partidarização não está contra o princípio em si mesmo. Quer, sim, partidarizar a dois”.c

Sérgio Vieira, combatente da Luta de Libertação Nacional, in jornal “O País”.

Mia Couto, escritor, na cerimónia de atribuição do Honoris Causa em ‘A Politécnica’.

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O valor é todo teu. O Moza reconhece as tuas qualidades, o valor do teu trabalho, da tua dedicação, da tua inspiração e força de vontade. Os valores certos são os mais importantes. É por isso que o nosso maior investimento é em ti. Visita o Moza ou o nosso site e descobre o banco que te dá mais valor. www.mozabanco.co.mz


Capitoon This is a very religious entrepreneurship! It will be inaugurated God willingly.

ON THE BOTTOM LAND BEING ABANDONED Between 2002 and 2012 the number of people working in agriculture saw a decrease of 15%, according to a survey by the economist and professor Paulo Mole, published in the scientific reviews of the Faculty of Economics of the University Eduardo Mondlane. On average, every year about 400 thousand people leave the sector.c

ON TOP DDB WINS ADVERTISING FESTIVAL DDB Moçambique dominated the tenth edition of the International Advertising Festival of Maputo and gained 19 awards, including First Price, two gold, eight silver and two bronze medals. In addition it won six technical awards for best art director, best layout, best illustration, best 3D illustration, best design and best direction of photography.c

MORE MONEY FOR SMEs The Minister of Industry and Trade, Max Tonela, announced at a meeting with businessmen in Pemba, Cabo Delgado province, the existence of a credit line for Mozambican Small and Medium Enterprises (SMEs), amounting to 13 million US dollars. The financing of companies that are interested is done through the Enterprise Fund of the Portuguese Cooperation.c

DROUGHT AFFECTS PRODUCTION TARGETS

Maputo province did not achieve the agricultural and livestock production goals in the 2014-2015 campaign, due to drought and mudslides, according to the minister of Agriculture and Food Security, José Pacheco. However, Maputo is not an isolated case. Gaza was the province most affected, but the minister did not offer any concrete data.c

THINGS BEING SAID O DESABAFO “I feel disgusted, but I do not regret having spent almost my entire life to the cause of liberating this country and its people, the cause of the Homeland and the People. Mozambique deserves honesty, dignified officials and servants working for the state, in the political sphere. Enough with greed ... with abusing a people that deserves better! ... Enough with the poor explanations, the lies, the pretexts of budgets falling short. The lack of budgets is part of the excuses being showered upon us ... while heaps of money are being squandered on pomp and display, and little remains for what is essential”.c Sérgio Vieira, veteran of the National Liberation Struggle, in newspaper “O País”.

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“For some, politics is a pan. WHEN ONE LOSES DIrECTION… You have to eat a lot and fast because the spoon is hard fought over and the meal may only last for a short while. For others, however, politics is still the noble art of serving others, politics is still the task of putting first and foremost the interests of all. Maybe those who complain so much about politicization are not against the principle itself. Maybe they want to politicize both”.c Mia Couto, writer on the occasion of being awarded a honorary doctorate from the Polytechnical Institute”.



ACTUAL

Orçamento de Estado pouco transparente O país caiu nove pontos no ranking do Inquérito de Orçamento Aberto em relação à transparência no processo orçamental. Apesar das reformas implementadas pelo Governo quanto à gestão das finanças públicas, o OE continua a ser pouco transparente e a gozar da fraca participação dos cidadãos. Comparação Regional

Gildo Mugabe (texto)

D

e acordo com o relatório apresentado recentemente em Maputo pelo Centro de Integridade Pública (CIP), e realizado pela International Budget Partnership, Moçambique revela uma fraca participação dos cidadãos no processo de elaboração do Orçamento de Estado (OE), sendo que não é devidamente fiscalizado pelo Parlamento. No que toca à transparência, Moçambique é superado pela África do Sul com 86 pontos; Malawi, 65; Botsuana, 47; Namíbia, 46 e Zâmbia com 39. Moçambique surge na sexta posição com 38, e o Zimbabwe, com todos os problemas económicos e políticos que possui ocupa o sétimo lugar com 35 pontos, sendo que na cauda encontramos Angola com 26 pontos. Entretanto, é importante realçar que Botsuana e Namíbia encontram-se posicionados acima da média global recomendável que é de 45 pontos, embora não tenham conseguido atingir os 100 pontos possíveis. Na participação pública, Moçambique está na cauda com apenas 2 pontos, depois segue-se Angola com 12, Namíbia, 15; Zimbabwe, 15; Botsuana, 19; Zâmbia, 40; Malawi, 44 e África do Sul, com 65 pontos.

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45

Média Global

86

África do Sul Maávi

85

Botsuana

47 46

Namíbia

39 38

Zâmbia Moçambique

35

Zimbabué

26

Angola Escasso ou Nenhum

Mínimo

Limitado

Significativo

Exaustivo

Fonte: International Budget Partnership

A média global para este sector é de 25 pontos e Botsuana encontra-se próximo da meta com 19. África do Sul, Malawi e Zâmbia superam a média exigida. No controlo orçamental realizado pelo corpo legislativo, Moçambique ocupou 33 pontos. Já na questão da auditoria feita pelo Tribunal Administrativo, o País atingiu os 42 pontos. Posto isto, recomenda-se ao País que passe a publicar atempadamente o relatório do final de ano e a revisão semestral. Por outro lado, convém que Moçambique aumente a abrangência da proposta de Orçamento do Executivo, apresentando mais informações sobre a classificação das despesas de anos futuros e a classificação das despesas registadas em anos anteriores.c

Alteração na Transparência ao longo do Tempo

Exaustivo

Significativo

47

Limitado

Mínimo

Escasso ou Nenhum

2010

2012

Fonte: International Budget Partnership

2015


CURRENT

State Budget not very transparent The country dropped nine points in the Open Budget Survey ranking of transparency of the budget process. Despite the reforms implemented by the Government in the management of public finances, the state budget remains non-transparent while citizen participation is low.

A

Gildo Mugabe (text)

ccording to the report recently presented in Maputo by the Center for Public Integrity (CIP), and conducted by the International Budget Partnership, Mozambique shows poor citizen participation in the process of drafting the state budget (OE), which is not properly monitored by Parliament. With regard to transparency, Mozambique is surpassed by South Africa with 86 points; Malawi, 65; Botswana, 47; Namibia, and Zambia with 46 and 39 respectively. Mozambique comes sixth with 38 points and Zimbabwe, with all its economic and political problems, occupied the seventh place with 35 points. Last is Angola, with 26 points. However, it is important to note that Botswana and Namibia surpassed the recommended global average of 45 points, although they have not been able to achieve the full 100 points. [??] When it comes to public participation, Mozambique is last with a mere 2 points, followed by Angola with 12, Namibia 15; Zimbabwe, 15; Botswana, 19; Zambia, 40; Malawi, 44 and South Africa, with 65 points. The global average for this sector is 25 points and Botswana is close to

Regional Comparison 45

Média Global

86

África do Sul Maávi

85

Botsuana

47 46

Namíbia

39 38

Zâmbia Moçambique

35

Zimbabué

26

Angola Escasso ou Nenhum

Mínimo

Limitado

Significativo

Exaustivo

Fonte: International Budget Partnership

the target with 19. South Africa, Malawi and Zambia exceed the required average. As far as budgetary control by the legislative is concerned Mozambique scored 33 points, while the country achieved 42 points for audits by the Administrative Court. That said, it is recommended that the country timely publishes the year-end report and the mid-year review. On the other hand, Mozambique would do better to increase the scope of the executive’s budget proposal, and offer more information about the classification of expenses for future years and the classification of expenditure recorded in previous years.

Change in Transparence over the Years Exaustivo

Significativo

47

Limitado

Mínimo

Escasso ou Nenhum

2010

2012

2015

Source: International Budget Partnership

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Briefing MUNDO

Batota da VW penaliza sector automóvel As acções da VW

caíram quase 40% desde as primeiras revelações, a 18 de Setembro, sobre a batota do fabricante alemão nos testes de emissões de veículos a diesel nos EUA. As acções de outros fabricantes de automóveis europeus - BMW, Daimler, PSA Peugeot, Citroën e Renault - também baixaram, embora de forma menos dramática, mostrando os receios dos investidores de que o escândalo VW vá acelerar o declínio do diesel. Algumas dessas empresas investiram milhares de milhões de dólares em carros movidos a diesel e aumentaram a quota de mercado dos veículos até 53% das vendas na Europa Ocidental. Isto reflecte, em parte, as preocupações dos governos da UE com a forma como os veículos a gasolina geram mais emissões de dióxido de carbono do que os seus equivalentes a diesel. A demonização do diesel, como se diz na indústria, já estava em andamento antes de ter rebentado o escândalo da VW. Relatórios sucessivos tinham já salientado os efeitos nocivos dos óxidos de azoto e das partículas em suspensão - poluentes dos veículos a diesel, que são conhecidos por causarem problemas respiratórios e são responsáveis por mais de 52.000 mortes prematuras por ano no Reino Unido, de acordo com um relatório recente do governo britânico. A marca VW já se comprometeu a recolher 11 milhões de automóveis considerados poluentes.c

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Escândalo VW afecta outras marcas

Indigestão no sector diamantífero Foi um ano

difícil para o sector diamantífero. A procura de jóias de diamantes, a nível global, desacelerou em finais de 2014, principalmente nos mercados emergentes. Como resultado, regista-se agora uma indigestão na cadeia de valor, segundo Philippe Mellier, CEO da De Beers, grupo responsável por 34% do mercado desta commodity a nível mundial. Mas, apesar do fortalecimento do

dólar em relação às principais moedas globais e da desaceleração da economia chinesa, espera-se que em alguns mercados o sector consiga maior estabilidade este ano. As vendas totais de jóias de diamantes, em 2014, cresceram 3% atingindo um recorde de 80 biliões de dólares. Porém, a produção seguiu no sentido contrário, caindo 3% para 142 milhões de quilates.c


Briefing MUNDO/WORLD

Negócio milionário entre cervejeiras O maior fabricante

de cerveja do mundo, a AB InBev, está a ponderar a aquisição da SABMiller, seu grande rival, num negócio que pode movimentar 245 biliões de dólares. A informação foi confirmada pelo grupo britânico SABMiller, em comunicado,

divulgado recentemente. A empresa AB InBev deu a conhecer uma queda acentuada nos seus lucros, no segundo trimestre deste ano, devido às fracas condições económicas em diversos mercados onde actua. A SABMiller produz as marcas Foster’s,

Miller e Grolsch, enquanto a AB InBev – que nasceu em 2008 através da fusão do grupo belgo-brasileiro InBev e do gigante norte-americano Anheuser-Busch – coloca no mercado cervejas como Budweiser, Stella Artois e Corona.c

DESTAQUE

Taxa de desocupação de escritórios ainda mais baixa na Europa A economia

mundial irá crescer acima de 3% este ano e no próximo, mas com taxas mais reduzidas do que o antecipado actualmente pelo Fundo Monetário Internacional. Em entrevista ao Les Echos, Christine Lagarde afirmou que as taxas de cres-

Cheating at VW penalizes car sector VW shares fell

nearly 40% since the first revelations on 18 September about the German manufacturer’s cheating on US diesel vehicle emissions testing. The shares of other European car manufacturers - BMW, Daimler, PSA Peugeot Citroën and Renault - also fell, though less dramatically, showing investors’ fears that

cimento previstas actualmente pelo FMI (3,3% este ano e 3,8% em 2016) já não são realistas, embora a instituição continue a apontar para taxas de crescimento em torno de 3%. “Estamos num processo de recuperação”, embora o ritmo tenha desa-

the VW scandal will hasten the decline of diesel. Some of these companies have invested billions of dollars in diesel cars and increased their share in car sales up to 53% in Western Europe. This partly reflects the concerns of EU governments with the fact that petrol powered vehicles generate more carbon dioxide emissions than their diesel equivalents. The demonization of diesel, as they say in the industry, was already underway before the VW scandal came to light. Successive reports already had highlighted the harmful effects of nitrogen oxides and particulate matter - pollutants from diesel vehicles, which are known to cause respiratory problems and are responsible for more than 52,000 premature deaths per year in the United Kingdom,

celerado, refere Lagarde ao jornal francês, destacando que estamos numa alteração de ritmos entre as economias emergentes e desenvolvidas, uma vez que as primeiras estão a abrandar e as segundas a acelerar.c

according to a recent report by the British government. VW has pledged to call back 11 million cars considered polluting. EU manufacturers generate most revenue fro diesel cars in Europe… DIESEL AS % OF EUROPEAN SALES …but diesel is less important for car manufacturers on a global scale DIESEL AS % OF EUROPEAN SALES.c

Indigestion in de Diamond sector It has been a difficult year for the diamond industry. Global demand for diamond jewelry, slowed in late 2014, mainly in the emerging markets. As a result, the value chain is suffering from indigestion, according to Phi-

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Briefing WORLD

lippe Mellier, the CEO of De Beers, the group that accounts for 34% of the world market for this commodity. But despite the strengthening of the dollar against the main global currencies and the slowdown of the Chinese economy, it is expected that in some markets the sector will start to stabilize this year. Total sales of diamond jewelry in 2014 grew 3% to a record 80 billion dollars. However, production went in the opposite direction, declining 3% to 142 million carats.c

Multibillion dollar deal between breweries The world’s

biggest brewer AB InBev is considering the acquisition of its great rival SABMiller, in a deal that could be worth245 billion dollars. The information was confirmed by the British group SABMiller in a statement released recently. AB InBev reported a sharp drop in its profits in the second quarter of this

Fabricators EU generate the majority of the income of diesel cars in Europe...

...but the diesel is less significant to the car factories on a global scale

% of diesel sold in Europe

% of diesel sold globally

VW Scandal affects other brands __VW __OTHER EUROPEAN MANUFACTURERS

18 September American regulator reports VW scandal

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22 September VW assumes that 11 m cars have been affected

25 September VW appoints Matthias Müller as new CEO

year, due to poor economic conditions in several markets where the company operates. SABMiller produces the brands Foster’s Miller and Grolsch, while AB InBev – which resulted from the 2008 merger of Belgian-Brazilian group InBev and US giant Anheuser-Busch – sells beers such as Budweiser, Stella Artois and Corona.c

HIGHLIGHT

Global economy may grow less than predicted The world economy will grow more than 3% this and next year, but these are lower rates than initially anticipated by the International Monetary Fund. In an interview with LesEchos, Christine Lagarde said the growth rates currently foreseen by the IMF (3.3% this year and 3.8% in 2016) are no longer realistic, although the institution continues to expect growth rates of around 3%. “We are in a recovery process”, although the pace has slowed, says Lagarde in the French newspaper, noting that we are in a change of pace among emerging and developed economies, given that the former are slowing down and the latter are picking up speed.c


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Briefing ÁFRICA

“New Deal” para África O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) lançou O “New Deal para Energia em África”, uma iniciativa que visa reduzir o défice energético no continente até 2025. Porém, antes de arrancar com a iniciativa, o BAD pretende reforçar a sua musculatura financeira, enquanto os países membros aumentam igualmente as suas quotas no financiamento ao sector, uma prova de vontade política que o BAD exige dos seus membros. O défice de energia na África subsaariana precisa de um financiamento na ordem de 55 biliões de dólares, segundo o presidente do BAD, Akinwumi Adesina. Adesina mostrou como a mobilização dos recursos internos pode desempenhar um papel importante no “New Deal”, através do aumento das receitas fiscais – avaliadas em 500 biliões de dólares por ano – em pelo menos 10.c

Agricultura é a porta de salvação A agricultura tem colocado imensos desafios ao continente africano. Nos últimos anos, só a África do Sul se debateu com a reforma agrária, comercialização e fixação de salários. Mesmo assim, o sector continua a despertar o interesse de homens de negócios.

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Investidores do sector privado, que participaram no Grow Africa Investment Forum, relatam que o doing business está a evoluir de forma significativa, principalmente no que diz respeito à combinação das políticas governamentais, acesso ao financiamento, transporte e infraestruturas. Em 2050, África vai representar um quarto da população mundial, fazendo do continente um actor a ter em conta em termos demográficos, mas continuará a registar bolsas de fome e desnutrição crónica. Ou seja, irá representar um desafio, cada vez mais, em termos de segurança alimentar. Deste modo, é contra esse pano de fundo que a agricultura, que emprega actualmente 65% da força de trabalho em África, é vista como uma mina de ouro ainda por explorar. De acordo com a FAO, a produção agrícola mundial precisa crescer 70%, tendo como base o desempenho de 2006, para alimentar perto de 10 biliões de pessoas que existirão em 2050, das quais 25% serão africanas.c

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DESTAQUE

Nigéria volta a ter companhia aérea nacional

Doze anos depois a Nigéria voltará a ter uma companhia aérea nacional. A iniciativa é do presidente recentemente eleito, Muhammadu Buhari. É que, em 2003, a Nigeria Airways parou de operar depois de 45 anos de existência. Para Buhari, a necessidade de uma companhia nacional é justificada não só por considerações económicas, mas também por um interesse estratégico, orgulho nacional e o potencial de criação de emprego.c

SABIA QUE

África do Sul atrai mais investimento no continente A África do Sul continua a ser o país que mais atrai investimento no continente. Porém, o seu estatuto está a deslizar devido ao fraco ambiente de negócios e às titubeantes perspectivas de crescimento, segundo o estudo “Onde Investir em África 2015-2016” da Rand Merchant Bank.c


Briefing ÁFRICA /AFRICA

“New Deal” for Africa The African Development Bank (AfDB) has launched the “New Deal for Energy in Africa”, an initiative that aims at reducing the energy deficit on the continent by 2025. However, before starting the initiative the ADB seeks to increase its financial muscle, with the member countries having to increase their share in financing the sector, a test of the political will that the ADB demands from its members. The energy deficit in Sub-Saharan Africa needs financing of around 55 billion dollars, according to the president of the ADB, Akinwumi Adesina. Adesina showed how the mobilization of domestic resources can play an important role in the “New Deal” by increasing tax revenue - estimated at 500 billion dollars a year - with least 10 [10 what?].c

access to finance, transport and infrastructure. By 2050 Africa will represent a quarter of the world’s population, making the continent an actor to be taken into account in demographic terms, but it will still report hunger pockets and chronic malnutrition. In other words, it will increasingly present a challenge in terms of food security. It is against this background that agriculture, which currently employs 65% of the workforce in Africa, is seen as a gold mine yet to be explored. According to the FAO, global agricultural production has to grow 70%, based on its performance of 2006, to feed around the 10 billion people that will exist in 2050, of which 25% will be African.c

HIGHLIGHT

Agriculture is part of the salvation

Nigéria again has a national airline

Agriculture is placing immense demands on the African continent. In recent years, only South Africa discussed land reform, marketing and the fixing of wages. Even so, the sector continues to attract the interest of businessmen. Private sector investors who participated in the Grow Africa Investment Forum report that doing business is evolving significantly, especially with regard to the combination of government policies,

After an interlude of twelve years Nigeria again has a national airline. The initiative is from th ethe newly elected president, Muhammadu Buhari. In 2003, Nigeria Airways stopped operating after 45 years in existence. For Buhari, the need to have a national airline is justified not only by economic considerations but also by strategic interest, national pride and the potential for job creation.c

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DID YOU KNOW THAT?

South Africa attracts most investment of the continent South Africa remains the country that attracts most investment on the continent. However, its status is slipping due to the poor business environment and faltering growth prospects, according to the study “Where to invest in Africa 2015-2016” of Rand Merchant Bank.c

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Briefing MOÇAMBIQUE

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Previsão (Forecast)

Fonte: Standard Bank

Crescimento económico em 2016

Standard Bank pessimista O Standard Bank projecta um cenário de uma contínua deterioração do crescimento da economia moçam­bicana até 2016. Dados preliminares anunciados pelo Governo, indicam que o PIB cresceu 6.1% no primeiro semestre deste ano, abaixo dos 7.5% previstos para o ano como um todo e abaixo das projecções do Standard Bank (SB) e do FMI, de 6.5% e 7%, respectivamente. Segundo o boletim económico referente ao mês de Agosto, do Standard Bank, espera-se que o ajustamento fiscal e monetário este ano, a par da forte depreciação da moeda e da necessidade de conter a expansão da dívida pública externa e da dívida das empresas públicas tenham um impacto negativo sobre a actividade económica podendo estender-se para 2016. A estes factores, adiciona-se o risco de seca e seu provável impacto negativo sobre a agricultura, a maior actividade económica do país, e o declínio do investimento directo estrangeiro (IDE), que reflecte o

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impacto negativo do baixo preço dos commodities e o actual estágio de desenvolvimento dos projectos de gás natural da Bacia do Rovuma, o que pode traduzir-se numa actividade económica mais fraca. Considerando os riscos e os factores acima mencionados, o SB projecta, no cenário mais provável, uma expansão do PIB de 5.5% para 2016 e no cenário menos provável um crescimento de 8%.c

Desaceleração da China penaliza Moçambique A economia moçambicana poderá vir a sofrer um impacto negativo do abrandamento do crescimento económico da China, segundo adverte um relatório compilado pela Fathom Consulting, uma empresa de consultoria baseada no Reino Unido. Nos últimos anos, a China vinha registando uma taxa de crescimento anual superior a 8% e, por isso, usava o seu forte poderio económico para investir fortemente no continente africano e adquirir matérias-primas. O documento, citado pela AIM, destaca que as exportações deste país asiático para África aumentaram

quase 15% nos 12 meses que antecederam a 2014, superando assim as exportações para a Ásia, Europa e Estados Unidos da América. O relatório precisa ainda que o comércio entre a China e África disparou de apenas 10 biliões dólares americanos em 2000 para 220 biliões de dólares em 2014, um valor três vezes superior ao volume do comércio entre o continente africano e os EUA . Contudo, prossegue, desde Junho deste ano as bolsas de valor chinesas entraram em queda livre, forçando o Governo a desvalorizar a sua moeda, o que denota sintomas da existência de problemas estruturais profundos na economia chinesa. Deste modo, as estatísticas divulgadas em Julho revelam uma queda de 40% no volume das importações da China para África, face ao mesmo período do ano anterior. O estudo coloca Moçambique na oitava posição em termos de vulnerabilidade. Porém, o país está menos exposto em relação à Zâmbia e à Libéria, pelo facto do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) da China equivaler a apenas 2% do PIB.c


Briefing MOÇAMBIQUE /MOZAMBIQUE

CAPITAL HUMANO

Radisson Blu conta com nova liderança para a cidade de Bratislava, na Eslováquia. De referir que o Rezidor Hotel Group é uma das mais dinâmicas empresas mundiais de hotelaria e faz parte do Carlson Rezidor Hotel Group. O Grupo tem mais de 430 hotéis em funcionamento, com mais de 95.600 quartos em 73 países. O Grupo Rezidor explora várias marcas de topo, como a Radisson Blu e a Park Inn by Radisson na Europa, no Médio-Oriente e em África, bem como o programa de fidelização Club Carlson, destinado aos seus hóspedes mais frequentes.c

O Grupo Hoteleiro Rezidor, proprietário do Radisson Blu Hotel Maputo, nomeou Niklas Jonsson como director-geral do estabelecimento. Vindo do Radisson Blu Tala Bay Resort, Aqaba, na Jordânia, Niklas Jonsson é um veterano na hotelaria, com vasta experiência na área de restauração e banquetes. Jonsson juntou-se ao Grupo em Janeiro de 2004, como director de banquetes do Hotel Radisson SAS em Malmo, na, Suécia. Foi promovido a director-geral do Park Inn Cardiff City Centre, no Reino Unido, em 2007, antes de se tornar director-geral

PIB Anual 10%

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Nominal (MT10-6 Fonte: Standard Bank

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Previsão (Forecast)

Economic growth in 2016

Standard Bank pessimistic Standard Bank predicts a further deterioration of the growth rate of the Mozambican economy by 2016. Preliminary data reported by the Government indicate that GDP grew 6.1% in the first half of this year, down from the 7.5% forecast for the year as a whole, and lower than the 6.5% and 7% projections

of Standard Bank (SB) and the IMF respectively. According to the Standard Bank economic report for the month of August, it is expected that fiscal and monetary adjustment this year, along with the sharp depreciation of the currency and the need to curb the expansion of public ex-

ternal debt and the debt of public enterprises will have a negative impact on economic activity that may extend to 2016. Added to these factors are the risk of drought and its likely negative impacts on agriculture and on the increased economic activity in the country, and the decline in foreign direct investment (FDI), which reflects the negative impact of low commodity prices, and the current stage of development of the natural gas projects in the Rovuma Basin, which could translate into weaker economic activity. Considering the risks and the factors mentioned above, SB foresees that a GDP growth of 5.5% for 2016 is most likely while the least likely scenario would show a growth of 8%. 5.5% The economic growth of Mozambique predicted for 2016 by Standard Bank 7% The economic growth of Mozambique predicted for 2015 by Standard Bank .c

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Slowdown in China penalizes Mozambique Mozambique’s economy could suffer a negative impact from the slowdown of China’s economic growth, according to a report compiled by Fathom Consulting, a consulting firm based in the United Kingdom. In recent years, China has been registering an annual growth rate exceeding 8% and therefore used its economic strength to invest heavily in Africa and acquire raw materials. The document, quoted by AIM, points out that exports from this Asian country to Africa increased by almost 15% in the 12 months leading up to 2014, thus surpassing exports to Asia, Europe and the United States. The report also states that trade between China and Africa increased from a mere 10 billion US dollars in

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2000 to 220 billion dollars in 2014, a figure three times the volume of trade between Africa and the US. However, the report continues, since June this year the Chinese stock exchanges went into freefall, forcing the government to devalue its currency, something which points to the existence of deep structural problems in the Chinese economy. Thus, statistics released in July show a 40% drop in the volume of imports from China to Africa compared with the same period last year. The study puts Mozambique in eighth place in terms of vulnerability. However, the country is less exposed than Zambia and Liberia, due to the fact that foreign direct investment (FDI) from China only amounts to 2% of GDP.c

HUMAN CAPITAL

Radisson Blu counts on new leadership The Rezidor Hotel Group, owner of the Radisson Blu Hotel Maputo, appointed Niklas Jonsson as Managing Director of the hotel. Coming from the Radisson Blu Tala Bay Resort in Aqaba, Jordan, Niklas Jonsson is a veteran in the hotel industry, with extensive experience

in catering and banquet services. Jonsson joined the Group in January 2004 as banquet director of the Radisson SAS Hotel in Malmö, Sweden. He was promoted to Managing Director of the Park Inn Cardiff City Centre in the United Kingdom in 2007, before becoming managing director inthe city of Bratislava, Slovakia. It should be noted that the Rezidor Hotel Group is one of the most dynamic global hospitality companies and that it is part of the Carlson Rezidor Hotel Group. The Group is operating more than 430 hotels with over 95,600 rooms in 73 countries. The Rezidor Group operates several top brands such as Radisson Blu and Park Inn by Radisson in Europe, the Middle East and Africa as well as the Club Carlson loyalty programme, intended for their most frequent guests.c


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Briefing MOZAMBIQUE

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DOSSIER

Um tomba-gigantes à vista? O turismo “hospitalar” – visto pelo músico Moreira Chonguiça – e de compras que os moçambicanos praticam em Nelspruit, na África do Sul, pode chegar ao fim. Na Matola está a florescer um mega-empreendimento que promete atrair parte importante dos produtos e serviços que fazem do outro lado da fronteira um destino de eleição.

A

Belizário Cumbe (texto)

primeira pedra foi lançada em 2010, quando Arão Nhancale era edil e Maria Jonas governadora. Nada entretanto aconteceu. Cinco anos depois, a pedra, sempre ela, foi relançada e não tardou que os motores desatassem a roncar na cidade da Matola. A abertura de vias de acesso e de valas de drenagem está a riscar do mapa um matagal que já era visto como parte do adorno da cidade. O local até nome tinha: Centro Emissor da Rádio Moçambique, embora fosse do conhecimento comum que a infraestrutura era insignificante perante uma área total de 54 hectares. No próximo mês, ou seja em Dezembro, os acessos já estarão operacionais dando lugar à etapa subsequente deste projecto de dimensões faraónicas e que promete fazer mossa aos maiores centros comerciais da região, com destaque para os da África do Sul e da Suazilândia, solicitados por muitos consumidores moçambicanos.c Trata-se da Cidadela da Matola, uma Central Business Distrit que, a propósito ou não, se encontra localizada precisamente na intercessão das estradas que ligam Moçambique, África do Sul e Suazilândia. Lúcio Sumbana, um dos gestores da iniciativa, revela que já foram investidos, até ao momento, pouco mais de 890 milhões de meticais. O montante representa aproximadamente um quarto dos quatro biliões de meticais planificados só para a primeira fase. Entre Fevereiro e Março de 2016, depois da época chuvosa – sempre imprevisível

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e “disposta” a deixar marcas – arranca a segunda etapa que inclui principalmente a construção do Centro Comercial (Mall) que vai ocupar uma área de 60 mil metros quadrados. Será um espaço multiusos, de dimensão e qualidade de nível internacional. Uma infraestrutura que propõe fazer uma ligação entre o factor cultural, as compras e os produtos locais. No centro dos objectivos está a satisfação da demanda de bens e serviços que só podem ser encontrados ao atravessar da fronteira. Basta dizer que os clientes-âncora do mega-empreendimento já incluem grupos como o Shoprite, Carrefour, Game, Edgar, Mr. Price, Woolworths, Truworths, entre outros retalhistas bem conhecidos na África do Sul e em todo o continente africano. Só na primeira fase, o centro comercial promete colocar à disposição dos clientes mais de uma centena de lojas.

Nova ordem urbana dita novos desafios A Cidadela da Matola, uma iniciativa conjunta de empresários moçambicanos e sul-africanos, vai alterar o figurino da cidade. Composta por apartamentos, centro comercial, hotéis, clínicas, restaurantes, museus e espaços desportivos, a Central Business Distrit será sem dúvida o coração da cidade e poderá beliscar o protagonismo da capital do país, Maputo. Porém, há desafios que se colocam à urbe que conta com pouco mais de 700 mil habitantes. É que o muni-

cípio enfrenta problemas no abastecimento de água, fornecimento de energia eléctrica e pior… uma vez que a Matola não dispõe de nenhum sistema de esgotos. O Estudo de Impacto Ambiental, elaborado pelas empresas Impacto Lda. e Lis Moçambique, aponta que o projecto dispõe de planos ambiciosos para atacar os problemas de saneamento, e de fornecimento de energia e água. O novo centro urbanístico será abastecido pela água proveniente da rede operada pela empresa Águas de Moçambique. A demanda do precioso líquido na fase da operação é estimada em 790 mil litros por dia, dos quais 240 mil serão destinados apenas ao Centro Comercial. Para satisfazer as necessidades, será instalada uma conduta que irá sair do centro de distribuição para um reservatório que, por sua vez, será erguido no empreendimento. No que diz respeito ao fornecimento de energia eléctrica, a Cidadela estará conectada à rede de distribuição da Electricidade de Moçambique (EDM). O empreendimento receberá energia da subestação local e será reticulada através de um cabo subterrâneo de 1 Kv. A mesma será fornecida a cada talhão individual, que terá o(s) seu(s) próprio(s) transformador(es), dependendo do desenvolvimento no talhão. No que tange ao saneamento, é importante referir que o Município da Matola não dispõe de nenhum sistema de esgotos. Assim sendo, os efluentes serão conduzidos para uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), a ser construída fora da área da Cidadela.c


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DOSSIER

T

he first stone was laid in 2010, when Aaron Nhancale was mayor and Maria Jonas governor. Nothing happened since then. Five years later, the stone was laid again and soon the engines started running in the city of Matola. The opening of access roads and drainage ditches is removing a thicket that already was seen as part of the city environment. The place even had name: Broadcasting Centre of Radio Mozambique, although it was common knowledge that the infrastructure on a total surface area of 54 ​​ hectares was insignificant. Next month, i.e. in December, the access roads will be operational, giving way to the next stage of this project of gigantic dimensions, which promises to seriously compete with the largest shopping centers in the region, especially those of South Africa and Swaziland, frequented by many Mozambicans consumers. We are talking about the Matola Citadel, a Central Business District which, incidentally or not, is located precisely at the intersection of the roads linking Mozambique with South Africa and Swaziland. Lucius Sumbana, one of the managers of the initiative reveals that just over 890 million meticais shows have been invested so far. The amount represents about a quarter of the four billion meticais planned for the first phase alone. Between February and March 2016, after the rainy season - always unpredictable and prone to posing problems - starts the second stage, which basically includes the construction of the Shopping Center (Mall) which will occupy an area of ​​60 thousand square meters. It will be a multipurpose space, of world-class size and quality. An infrastructure that intends to link culture, shopping and local products. The main objective is to satisfy a demand for goods and services that can only be found

I have no idea what you want to say here The “hospital” and shopping tourism - seen by musician Moreira Chonguiça – practiced by Mozambicans in Nelspruit, South Africa, may come to an end. Matola is the backdrop of a mega-project that promises to attract a large part of the products and services that turn the other side of the border into a destination of choice. Belizário Cumbe (text)

after crossing the border. Suffice it to say that anchor candidates for the mega-project already include groups such as Shoprite, Carrefour, Game, Edgars, Mr. Price, Woolworths, Truworths, among other retailers well-known in South Africa and throughout the African continent. In the first phasealone the shopping center promises to make available over one hundred shops to customers.

New urban order leads to new challenges The Matola Citadel, a joint initiative of Mozambican and South African entrepreneurs, will change the face of the city. Consisting of apartments, a shopping center, hotels, clinics, restaurants, museums and sports venues, the Central Business District will undoubtedly be the heart of the city and may nib at the role of the country’s capital, Maputo. However, there are challenges facing the town with just over 700 thousand inhabitants. The municipality faces problems with regard to water and energy supply, supply of electrical energy and worse... Matola does not have a drainage system. The Environmental Impact Study pre-

pared by the companies Impacto Lda. and Lis Moçambique, points out that the project has ambitious plans to deal with the problems of sanitation and energy and water supply. The new urban center will get its water from the network operated by the company Águas de Moçambique. Water demand in the operational phase is estimated at 790 thousand liters per day, 240 thousand liters of which will be allocated only to the Mall. In order to meet the needs, a pipeline will be built between the distribution center and a reservoir that, in turn, will be built on site. As far as electricity supply is concerned, the Citadel will be connected to the distribution network of Electricidade de Moçambique (EDM). The project will receive power from the local substation and will be cross-linked via an underground 1kV cable. Energy will be provided to each individual plot that will have its own transformer(s), depending on the development of the plot in question. It should be noted that the City of Matola does not have a drainage system. Therefore, wastewater will be led to a wastewater treatment plant (WWTP) to be built outside the area of Citadel.c

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ECONOMIA

Salve-se quem puder! Foi sol de pouca dura. Tete está novamente assombrada pela pobreza, que antes da chegada das mineradoras, sempre a caracterizou. A retoma depende do futuro que o mercado internacional reserva ao preço do carvão. Enquanto isso, é preciso socorrer-se da imaginação para sobreviver. Belizário Cumbe (texto)

inquilino. Contudo, Luís Ferreira, director de Operação e Manutenção da Estradas do Zambeze, diz que nem tudo está perdido. Entende que a expansão da mina da Vale, a construção da barragem de Mpanda Kkuwa e da Central Norte da HCB, bem como o desenvolvimento das centrais térmicas, podem relançar a economia. Segundo o responsável, a implantação de novos empreendimentos como é o caso do supermercado Shoprite, é exemplo inequívoco de que o futuro não é tão sombrio quanto se imagina.

Negócio do futuro

C

onhecida como a eterna terra do gado. O caprino. Há quem diga que em Tete o número de cabras e bodes supera o de seres humanos. Porém, nos primórdios deste século, com a descoberta de importantes bacias carboníferas, ganhou espaço nos meios de comunicação social como a terra do carvão mineral. As mineradoras tomaram de assalto a província. Mexeram com tudo e com todos. Os empregos eram anunciados aos milhares, a cidade cresceu, os empresários reforçaram os seus investimentos e os parques imobiliário e automóvel dispararam. Foi sol de pouca dura. Quatro anos depois da inauguração da primeira mina - em Julho de 2011 - explorada pela Vale,

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o sonho desmoronou. O jovem empresário e economista Edson Lino conta que, de há dois anos a esta parte, Tete, onde as temperaturas ultrapassam facilmente os 40 graus centígrados, confundiu as expectativas. De uma província pobre e quase esquecida passou para um potencial motor da economia nacional, e não passou disso mesmo, de um potencial. O empresário revela que com a entrada das multinacionais em Tete, o catering, o transporte e o sector imobiliário ganharam um novo rumo. As empresas viram as encomendas a crescer e as casas eram arrendadas antes mesmo da conclusão das respectivas obras. Entretanto, hoje, muitas delas estão desocupadas e ninguém sabe quando chega o próximo

Edson Lino é director-geral da GEL Investimentos – opera nos sectores do Turismo, Tecnologias e Importação do Alcatrão – e socorreu-se do boom do carvão para crescer. Chegou a prestar serviços à Rio Tinto e à Vale. Mas, nos últimos anos, as encomendas caíram e, em outros casos, os contratos foram rescindidos. Hoje, o cenário é o do ‘salve-se quem puder’. Por isso, Edson Lino decidiu investir naquele que apelida de negócio do fututo: o alcatrão. Agora, a GEL importa o material da África do Sul para alimentar os seus clientes, mas o plano passa por vir a produzir o alcatrão a nível local, facto que, segundo as suas expectativas, vai permitir uma redução de custos na ordem dos 42%. O plano é ambicioso, pois a fábrica poderá custar a módica quantia de quatro milhões de dólares. Mas nada é impossível.c


Economy

Run for your lives! It was short lived. Tete is again haunted by the poverty that used to characterize it before the arrival of the mining companies. Recovery depends on what the international market has sin store for the coal price. Meanwhile, we need some imagination to survive. BelizárioCumbe (text)

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t is known as the land of cattle. And goats. Some say that in Tete goats and billy goats outnumber humans. But in the early days of this century with the discovery of large coal fields, it became known in the media as the land of coal. Mining companies took the province by storm. They changed everything and everyone. The jobs were advertised by the thousands, the city grew, businesses increased their investments and real estate and the number of cars soared. It was short lived. Four years after the inauguration of the first mine - in July 2011 - operated by Vale, the dream collapsed. The young entrepreneur and economist Edson Lino says that in two years Tete, where temperatures easily exceed 40 degrees centigrade, confounded expectations. From a poor and almost forgotten province it turned into a potential engine of the national economy, but it never did go beyond being potential. The entrepreneur reveals that with the entry of multinationals in Tete, catering, transport and the real estate sector boomed. Companies saw orders grow and houses were leased even before being completed. However, today, many are unoccupied and no one knows when the next tenant arrives. However, Louis Ferreira, Director of Operations and Maintenance of Estradas do Zambeze says all is not lost. He believes that the expansion of the Vale mine, the construction of the dam MpandaKkuwa

and the North Plant of HCB, as well as the development of thermal power stations, can revive the economy. According to Ferreira, the implementation of new projects such as the Shoprite supermarket is an unequivocal example showing that the future is not as bleak as many think.

Business of the future Edson Lino is general director of GEL Investimentos, which operates in the sectors of Tourism, Technology and Tar Imports, and capitalized on the coal boom

to grow. It started to provide services to Rio Tinto and Vale. But in recent years, orders have fallen and in some cases contracts have been terminated. Today, the scenario is ‘run for your lives’. So Edson Lino decided to invest in what he calls the business of the future: bitumen. At present GEL imports it from South Africa to supply its customers, but the plan is to eventually produce bitumen locally, something which, according to his expectations, will lead to a cost reduction of about 42%. The plan is ambitious, because the factory could cost the ‘modest’ sum of four million dollars. But nothing is impossible.c

Capital Magazine Ed.92 · NOVEMBRO 2015

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negócios

MSC Cruzeiros quer entrar em Maputo e Luanda

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MSC Cruzeiros está preparada para explorar os mercados africanos, com especial enfoque, numa primeira fase, para os portos de Maputo e Luanda. “Estamos disponíveis para reunirmos com empresas ou consórcios

de Angola e Moçambique que queiram potenciar o sector dos cruzeiros através do fretamento dos navios MSC Cruzeiros que se vão posicionar no sul de África”, anuncia em comunicado Eduardo Cabrita, director geral da MSC Cruzeiros Portugal.

Sendys abre novos escritórios em Moçambique A Sendys está a preparar a abertura de mais dois novos escritórios em Moçambique, mais concretamente na Beira e em Tete, tendo em vista o reforço do investimento no país. Presente no mercado moçambicano há dez anos, com sede em Maputo, bem como em Angola, Cabo Verde e Brasil, a tecnológica portuguesa revela que 2015 está a ser o melhor ano de sempre. O primeiro semestre foi de cresci-

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SABIA QUE...

mento e, segundo dados da empresa, o mercado moçambicano aumentou 13% durante este período, representando já 35% do volume total de negócios da empresa. O forte da Sendys consiste no apoio a empresas portuguesas na transição para Moçambique, razão pela qual Fernando Amaral, managing partner da empresa, aponta a visita do presidente de Moçambique a Portugal como um episódio positivo.c

O objectivo é aproveitar as escalas realizadas, todos os anos, em Cape Town, Walviz Bay e Durban, na África do sul, para criar uma temporada com itinerários com saída e chegada em Luanda e Maputo, durante os meses que vão de Novembro a Maio, nos próximos três anos. A companhia italiana garante, no mesmo documento, que foi anunciada líder de mercado na Europa, já que foi responsável pelo transporte de 1,67 milhões de passageiros em 2014. Além da expansão em África, a MSC Cruzeiros planeia também duplicar a sua capacidade de frota até 2022, por meio de um plano de investimento de 5,1 milhões de euros, que consiste na construção de sete navios.c

DESTAQUE

Software da Primavera lidera nos Palop A Primavera BSS

é a primeira escolha das empresas de Moçambique, Angola e Cabo Verde no que toca a software de Gestão. Um estudo da IDC revela que as soluções de Gestão da empresa portuguesa lideram o mercado nos PALOP.c

IDE português em Moçambique Em 2014, o investimento directo português em Moçambique foi de aproximadamente 330 milhões de euros.c

NOVEMBRO 2015 · Capital Magazine Ed.92


BUSINESS

MSC Cruises wants to enter Maputo and Luanda

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SC Cruises is prepared to explore the African markets, with an inititial special focus on the ports of Maputo and Luanda. “We are available to meet with companies or consortia of Angola and Mozambique who want to strengthen the cruise industry by chartering MSC Cruises ships that will be positioned in southern Africa”, stated Eduardo Cabrita, general manager of MSC Cruises Portugal. The objective is to take advantage of the stopovers made each year in Cape Town, Walvis Bay and Durban, South Africa, to create itineraries that have their departure and arrival in Luanda and Maputo, during the period November - May in the next three years.

The Italian company guarantees in the same statement that it was announced market leader in Europe, transporting 1.67 million passengers in 2014. In addition to expanding in Africa, MSC Cruises also plans to double its

Sendys opens new offices in Mozambique Sendys is preparing to open two more new offices in Mozambique, specifically in Beira and Tete, with a view to strengthening investment in the country. Being present in the Mozambican market for ten years and based in Maputo, as well as in Angola, Cape Verde and Brazil, the Portuguese technological company reveals that 2015 is to be the best year ever. The first six months saw growth

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DID YOU KNOW THAT...

and, according to company data, the Mozambican market increased 13% during this period, accounting already for 35% of the total company business. Sendys’ strength consists in supporting Portuguese companies in the transition to Mozambique, which is why Fernando Amaral, managing partner of the company, considers the Mozambican president’s visit to Mozambique to be positive sign.c

fleet capacity by 2022, through an investment plan of 5.1 million Euros involving the construction of seven ships.c

HIGHLIGHT

Primavera software leads in Palop Primavera BSS is the first choice of companies in Mozambique, Angola and Cape Verde when it comes to management software. An IDC study reveals that the management solutions of the Portuguese company are leading in the PALOP market.c

Portuguese FDE in Mozambique In 2014, Portuguese direct investment in Mozambique was approximately 330 million Euros.c

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EMPRESA

Banco Terra muda de marca O Banco Terra passou a ser Banco Terra Moçambique, ou simplesmente BTM. A mudança da marca deveu-se à necessidade de voar rumo a novos horizontes em termos de negócios. Gildo Mugabe (texto)

O

Banco Terra decidiu mudar a sua marca para Banco Terra Moçambique (BTM) com o intuito de alterar a percepção que o mercado moçambicano tinha daquele banco. “Este banco já tem cerca de oito anos no mercado e durante estes anos não teve o desenvolvimento que seria expectável porque foi um banco mui-

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to virado para a agricultura e o sector do agronegócio. Aliás, a percepção que o mercado em geral tinha era de que o banco se dedicava em exclusivo ao sector agrícola”, disse António Almeida Porto, Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BTM. Para Almeida Porto, era importante alterar a forma como o banco era visto no mercado moçambicano.

“Não se trata de marcar alguma ruptura relativamente ao passado, mas apenas uma transformação. Queremos continuar a ser vistos como um banco dotado de um “know how” no sector dos agronegócios”. Mais adiante, o PCE disse que o BTM pretende penetrar de forma mais forte em outros sectores de actividade. De acordo com o presidente da Comissão Executiva, é preciso transmitir a ideia de que o banco não está somente virado para as populações rurais e peri-urbanas. “Queremos dizer que temos muito por oferecer às populações urbanas. Por essa razão, também resolvemos ampliar a nossa presença no maior mercado do país, e, neste momento, estamos a abrir mais agências na capital”. Questionámos o presidente da Comissão Executiva daquele banco sobre quais as áreas que pretendem abordar com a nova marca, ao que o mesmo respondeu nos seguintes termos: “É do interesse do BTM apoiar todos os sectores que possam contribuir para o desenvolvimento económico do país. Devido à experiência de um dos nossos accionistas destaco o apoio ao Terceiro Sector (ONG e Associações sem fins lucrativos) e ao sector imobiliário.” Importa referir que o BTM está na maioria das províncias do país, marcando presença em nove localidades.c


Company

Banco Terra changes brand Banco Terra has changed its name into Banco Terra Mozambique, or simply BTM. The change of the brand is due to the need to open new horizons in terms of business. Gildo Mugabe (text)

B

anco Terra decided to change its brand name into Banco Terra Mozambique (BTM) in order to change the way the Mozambican market perceives the bank. “This bank is already about eight years present in the market and over the years did not develop as expected because it was a bank very much focusing on agriculture and the agribusiness sector. Indeed, the general perception in the general market was that the bank only served agriculture”, according to António Almeida Porto, Chief Executive of BTM. For Almeida Porto, it was important to change the way the bank is seen in the Mozambican market. “This is not about presenting a break with the past, it is only a transformation. We want to be seen as a bank with “know-how” concerning the agribusiness sector”. In addition the CEO said that BTM plans to enter more forcefully in other sectors. According to the president of the Executive Board it is necessary to inform people that the bank is not only serving rural and peri-urban populations. “We want people to know that we have a lot to offer to the urban population. That is why we

António Almeida Porto

also decided to expand our presence in the country’s largest market, and right now we are opening more branches in the capital”. Asked which areas they wish to address with the new brand, the CEO replied as follows: “BTM is interested in supporting all sectors that can contribute to the economic develop-

ment of the country. Due to the experience of one of our shareholders we focus on support for the Third Sector (NGOs and non-profit associations) and the real estate sector”. It should be noted that BTM is present in most provinces of the country, having branches in nine locations.c

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Tema de FUNDO

OLDEMIRO SOVERANO PETERSBURGO BELCHIOR Licenciado em Economia e Pós-graduado em Gestão Bancária pela Universidade Catolica Portuguesa (Catolica Lisbon - School of Business & Economics). Carreira: Colaborou em várias instituições bancárias nacionais, designadamente: BCI - Banco Comercial e de Investimentos; BDC Banco de Desenvolvimento e Comércio; Barclays Bank Moçambique e Moza Banco. Ocupou cargos de gestão nas áreas de banca de empresas, banca de investimento, análise de crédito, recuperação de crédito e controle de riscos. Posição actual: Chief Economist da AMB - Associação Moçambicana de Bancos.

Soluções para financiar PMEs O economista e gestor Oldemiro Belchior lançou recentemente a obra “Financiamento PME”. Um guia prático para as micro, médias e pequenas empresas na sua relação com o mercado financeiro. Em conversa com a nossa Revista, no clássico pergunta-resposta, o também gestor bancário explica as linhas de força da obra que promete mudar o status quo. Belizário Cumbe (texto)

As Pequenas e Médias Empresas em Moçambique (PMEs) têm perguntas e preocupações quanto bastem. Neste momento, a inquietação consiste em encontrar respostas que além de urgentes devem ser de qualidade. Quais são as principais linhas de orientação da obra “Financiamento PME”?

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A relação entre os Bancos e as Empresas é ambivalente. São agentes económicos que necessitam uns dos outros para crescer. Deste modo, nesta procura de intersectar estes dois agentes económicos inseparáveis, o livro “Financiamento PME” procura disponibilizar um conjunto de informação útil e relevante aos


empresários para que melhor entendam os Bancos e, dessa forma, melhor se relacionem com eles. E como corolário desse melhor conhecimento e relacionamento, deverá resultar uma maior eficiência, traduzível em melhores condições negociais. Desta forma, negociar com a Banca terá de ser sempre uma arte volúvel, mas que tem alguns pontos de orientação que se vai tentar escalpelizar neste livro. Este manual constitui uma ferramenta de trabalho e consulta permanente, figurando-se como um guia prático para apoio às empresas no acesso ao financiamento. Na prossecução dos seus objectivos, a obra pretende contribuir para promover a educação financeira e a capacitação profissional de gestores de empresas e empreendedores, dirigindo-se também aos profissionais da banca e da classe académica. Quais são as mais-valias esperadas com o lançamento da obra “Financiamento PME”? O livro foi escrito com o foco na problemática do acesso ao crédito e proporciona uma mais-valia aos empresários e empreendedores em termos de conhecimento sobre a banca – apresenta uma abordagem muito prática e instrumental sobre a forma como os empresários devem lidar com a Banca para efeitos de pedidos de financiamento. Disponibiliza, igualmente, informação sobre as fontes alternativas de financiamento para a alavancagem de projectos de investimento. Procura descodificar conceitos teóricos em casos práticos, tornando a linguagem financeira perceptível. Aponta, do mesmo modo, como elaborar um plano de negócios viável, rentável e bancável – um guia prático para apoio à gestão empresarial com a vantagem de obter modelos financeiros estruturados à dimensão

de cada empresa (micro, pequena e média empresa). Em suma, a obra tem um carácter pedagógico, uma vez que ajuda as empresas no entendimento da linguagem bancária e financeira. De que forma o livro vai potenciar o crescimento das PME nacionais e melhorar o acesso ao crédito? O crescimento das empresas pressupõe a mobilização de mais recursos, ou seja, financiamento e, por conseguinte, a interacção com as diversas fontes possíveis. E sendo verdade que os empresários bem-sucedidos compreendem bem os mercados em que actuam, têm muita dificuldade em lidar com a Banca ou com os mercados financeiros de que conhecem pouco. Podem facilmente, por desconhecimento, cometer erros que comprometem o desenvolvimento da empresa, ou mesmo pôr

em causa a sua solvência. Dar-lhes a conhecer os diferentes instrumentos de financiamento, explicar-lhes o funcionamento do sistema bancário é, por isso, da máxima importância. A obra fornece elementos informativos em diferentes temáticas tais como: a assistência empresarial, o mercado de capitais, as soluções financeiras e de investimento, o ambiente de negócios, a contabilidade empresarial, consideravelmente importante e estruturante para fortalecer o conhecimento das PME, facto que permite aos vários intervenientes de mercado obterem mais informação para acederem às fontes alternativas de financiamento. Michael Porter define três ingredientes essenciais que compõem o ADN de uma empresa de sucesso: o conhecimento; a criatividade e a inovação. Desta forma, o livro “Financiamento PME” tenta responder a estes três requisitos de modo a contribuir para o empoderamento das competências do tecido empresarial nacional.

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O acesso ao financiamento é, sem dúvida, o principal constrangimento das PME nacionais. Quais são as fontes alternativas de financiamento existentes no mercado? O mercado financeiro moçambicano já dispõe de mecanismos alternativos de financiamento às empresas, nomeadamente a Bolsa de Valores através do mercado de capitais, o Banco Nacional de Investimento e as sociedades de capital de risco. Para acederem a estas fontes alternativas de financiamento, as empresas devem adoptar valores como a idoneidade, conhecimento, transparência e organização. Idoneidade manifesta-se no carácter e conduta do empresário que é um elemento-chave para conquistar a confiança dos financiadores, investidores e parceiros de negócio. Quanto ao conhecimento, uma empresa bem informada sobre os instrumentos financeiros disponíveis, obviamente que estará melhor preparada para negociar e decidir a opção mais adequada para satisfazer a sua necessidade financeira. Transparência significa prestar informação actualizada, credível e fiável às entidades financiadoras e de fiscalização. E, por último, a organização que está intimamente associada aos métodos utilizados na gestão dos negócios. Podemos afirmar que estes seriam os pilares centrais para o acesso ao financiamento. Como aceder a outros mecanismos de financiamento disponíveis para apoiar as PMEs, (casos do mercado de capitais e capital de risco)? Embora o conceito do mercado de capitais ainda seja pouco conhecido ou utilizado no financiamento às PMEs, a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) criou o mercado de bolsa para as pequenas e médias empresas (também designado por segundo

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mercado), com o objectivo de permitir o acesso destas ao mercado de capitais, de modo a conseguirem financiar as suas necessidades de investimento a um custo mais baixo que o financiamento concedido pelos bancos comerciais, tendo em conta a importância deste segmento de empresas para o desenvolvimento sustentável da economia. A Bolsa de Valores tem vindo a fazer um trabalho reconhecido na divulgação do mercado de capitais. Exemplo disso, temos assistido no anterior e presente ano a conferências sobre “Financiamento às Empresas” com a finalidade de promover e dinamizar as fontes alternativas de financiamento à economia. Do ponto de vista de capital de risco, as pequenas e médias empresas poderão contar com o “BNI Capital – Sociedade de Capital de Risco” que entra em funcionamento este ano. As principais vantagens de se recorrer ao financiador de Capital de Risco são as seguintes: participação directa no capital social, apoio à gestão empresarial; o financiador de capital de risco figura-se como business partner, cujo retorno é obtido em função dos resultados gerados; fomenta uma relação win-win assente na criação de valor; eleva o grau de autonomia financeira e contribui para sinergias empresariais. As altas taxas de juro praticadas no mercado nacional desencorajam as PMEs. Como colmatar esta problemática? Quando analisamos a problemática das elevadas taxas de juro praticadas no mercado nacional, torna-se necessário compreender as variáveis que concorrem para este cenário adverso no desenvolvimento das PMEs. O custo de financiamento depende, essencialmente, de três factores: o

custo de funding (captação de recursos no mercado, tendo como principal fonte os depósitos dos clientes); o risco implícito na operação de crédito e outro aspecto está relacionado com a rendibilidade exigida pelos accionistas. Estes três factores influenciam a decisão dos bancos na formulação do preço final dos empréstimos. Para colmatar esta problemática as empresas devem, entre outros factores, diversificar as fontes de financiamento, procurar enquadrar os empréstimos nas linhas de crédito bonificado. O plano de negócios constitui uma ferramenta de gestão crucial na planificação empresarial. De que forma o livro vai ajudar os empresários e empreendedores a tornar os seus planos de negócio elegíveis ao financiamento? As decisões de investimento devem utilizar os fundamentos teóricos como base de actuação. Ou seja, todo o empresário ou empreendedor deve utilizar “o melhor conhecimento disponível” para uma decisão de investimento, já que este é o melhor garante de que “a probabilidade de sucesso aumente”. É por isso que o processo de investimento se inicia na fase de planeamento estratégico, e é também por este facto que se torna necessário um manual com esta amplitude, que sirva de guia prático para o apoio às empresas na elaboração de um Business Plan. O livro apresenta um guia prático para elaborar um Plano de Negócios assente numa abordagem “aprender fazendo”. O modelo que se apresenta no livro vai apoiar as micro, pequenas e médias empresas a organizarem e sistematizarem toda a informação (qualitativa e quantitativa) necessária para tornar os seus projectos elegíveis ao financiamento bancário.c


BACKGROUND THEME

Solutions for financing SMEs The economist and manager Oldemiro Belchior recently launched the book “Financing SMEs”. It is a practical guide for micro, medium and small enterprises in their relationships with the financial market. In a question and answer session with our Magazine, Mr. Belchior, who is also a bank manager, explains the main thrust of the book, which is set to change the current situation. Belizário Cumbe (text)

Small and Medium Enterprises (SMEs) in Mozambique face quite a number of problems and concerns. At present they have to find solutions that are not only urgent but that also have to be adequate. Which are the main guiding principles of the book “Financing SMEs”? The relationship between banks and companies is ambivalent. Both are economic agents who need one another to grow. In trying to join these two inseparable agents the book “Financing SMEs” seeks to make available a set of useful and relevant information to entrepreneurs, so that they better understand the banks and hence can establish better relations with them. And as a corollary to this better understanding and better relations it should lead to more efficiency, which can result in better business conditions. Now negotiating with a bank is always a voluble business, but the book tries to outline some guiding points. This manual is a tool that can be used and consulted, a practical guide to help companies to get access to financing. In pursuing these objectives the book seeks to contribute to improving financial literacy and the professional capabilities of managers of companies and business people, and it is also directed at banking professionals and academics.

OLDEMIRO SOVERANO PETERSBURGO BELCHIOR PhD in Economics and post graduate in Management Banking in the Lisbon Catholic University School of Business & Economics. Career: Was part of various national banking institutes, as the following: BCI- Commercial bank of investments; BDC- Commercial bank of development; Barclays Bank Mozambique and Moza Bank. Titled as the manager of business banking, investment banking, credit analyst, credit recovery, and risk control manager. Present position: The Chief Economist of AMB – Mozambican Banks Association.

What are the gains to be expected by the publication of this book? The book was written with a view to address the problem of access to credit and supports entrepreneurs

and business people by offering knowledge about banking – it presents a very practical and instrumental approach to the way entrepreneurs have to deal with banks when they

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are looking for financing. It also offers information about alternative funding sources for leveraging investment projects. It tries to decode theoretical concepts in practical cases and thus makes financial jargon understandable. It also points out how to prepare a business plan that is feasible, profitable and acceptable for a bank – a practical guide that supports business managers by offering financial models tailored to the size of each enterprise (micro, small and medium). In short it is a kind of textbook, because it helps companies in understanding the language used by banks and

financial institutions. How will the book stimulate the growth of national SMEs and improve access to credit? The growth of companies presupposes the mobilization of additional resources, in other words, financing and therefore the interaction with several potential sources. It is a fact that successful entrepreneurs who understand the markets they operate in well have difficulties in dealing with banks or with financial markets they know little about. Due to a lack of knowledge they are prone to make errors, which compromise the devel-

opment of their company o even may put their solvency at risk. Therefore it is of the utmost importance to familiarize them with the various instruments used in financing and to explain the way the banking system works. The book contains informative parts on various issues, such as: corporate assistance, the capital markets, financial and investment solutions; the business environment, the keeping of accounts, which is especially important and offers a structure that can increase the knowledge of SMEs, something that allows the various stakeholders in the market to obtain the extra information needed to actually get access to alternative financing sources. Michael Porter defines three essential ingredients that make up the DNA of a successful enterprise: knowledge, creativity and innovation. So this is how “Financing SMEs” tries to respond to these three requirements, so as to contribute to increase the skills of the national business class. Access to financing is without doubt the main constraint faced by national SMEs. Which are the alternative financing sources available in the market? The financial market in Mozambique already has alternative financing mechanisms for companies in particular the capital market of the Stock Exchange, The National Investment Bank and the venture capital companies. In order to have access to these financing alternatives companies must adopt values such as honesty, knowledge, transparency and organization. Honesty shows in the character and the conduct of the entrepreneur, who is a key element in gaining the confidence of financiers, investors and business partners. As far as knowledge is concerned, a company must be well informed about available financial

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instruments, it is evident that that enables it to better negotiate and decide on the most appropriate option to meet its financial needs. Transparency means proving information to financial and supervisory entities that is up to date, credible and reliable. And finally, organization is intimately linked to the methods used in managing a business. We can say that these are the central pillars for access to financing. How to have access to other financing mechanisms available to support SMEs (such as the capital market and venture capital)? The concept of the capital market is still little known or used in financing SMEs, the Mozambique Stock Exchange (BVM) established the stock market for small and medium enterprises (also named the second market), in order to allow these companies to have access to the capital market for financing their needs in terms of investment, at a lower cost than the financing granted by the commercial banks, taking into account the importance of this segment of companies for the sustainable development of the economy. The Stock Exchange has done a good job in disseminating the capital market. For example, we have had last year and this year conferences about “Financing companies”, aimed at promoting and stimulating alternative financing sources for the economy. From the point of view of venture capital, small and medium enterprises may count on “BNI Capital – Sociedade de Capital de Risco” which start functioning this year. The main advantages of taking recourse to venture capital are: direct participation in the share capital, support to company management; the venture capital financier is a business partner whose return is obtained on the

basis of the results made; it stimulates a win-win relationship based on the creation of value; it increases financial autonomy and contributes to synergies among companies. The high interest rates prevalent in the national marker discourage SMEs. How to overcome this problem? When analyzing the problem of the high interest rates it is necessary to understand the variables that make up this adverse situation for the development of SMEs. The costs of financing basically depend on three things: the cost of funding (capturing the market resources, the main source of which are the deposits of clients); the risks implicit in granting credit, and a third aspect is related to the profitability demanded by shareholders. These three factors influence decision-making by banks in formulating the final price of loans. In order to overcome this problem the companies have, among other things, to diversify their financing sources and try to accommodate their loans in subsidized credit lines

The business plan is a crucial management tool in business planning. How will the book help entrepreneurs and business people to make these plans eligible for financing? Investment decisions have to use a theoretical framework to act upon. In other words, every entrepreneur or business man has to use “the best knowledge available” in making investment decisions, because it offers the best guarantee for “the highest success rate”. That is why the investment process starts in the strategic planning phase and that is also why it is necessary to have a manual that broad, which serves as a practical guide for supporting companies in elaborating a Business Plan. The book offers a practical orientation for elaborating a Business Plan, based on the approach called “learning by doing”. The model presented in the book will help micro, small and medium enterprises to organize and systematize all information (qualitative and quantitative) needed to make their projects eligible for financing by a bank.c

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UP-GRADE

EDM a ferro e fogo A Electricidade de Moçambique (EDM) tem vindo a receber diversas reclamações dos seus clientes. Os mesmos acusam aquela empresa pública de prestar mau serviço e entre as queixas surgem os cortes sistemáticos que, por vezes, acontecem sem pré-aviso. Mexidas são feitas, PCAs substituídos, mas ao que tudo indica ainda há muito por fazer naquela organização. Gildo Mugabe (texto)

Acesso de electricidade nos paises da SAPP (em %) 90.0 80.0

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Fonte: Centro de Integridade Pública (CIP)

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á se sabe que a EDM tem vindo a prestar um mau serviço aos seus clientes. Sabese também que a EDM não se encontra na sua melhor forma. Não será, aliás, por acaso que esta empresa, em tão pouco tempo, teve dois presidentes de Conselho de Administração, sem contar com o actual que foi empossado no mês passado. Augusto de Sousa Fernandes foi exonerado em Outubro de 2014 e para o seu lugar foi indicado Gildo Abílio Sibumbe, que já foi técnico responsável pela pro-

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e bia bw m na Za Zim

dução de energia na Hidroeléctrica de Cahora Bassa. Pensava-se que Gildo Sibumbe carregava consigo o antídoto para solucionar os problemas de energia. Mas desengane-se quem assim pensou. Sibumbe não chegou a ficar um ano na liderança da EDM, e depois foi substituído pelo economista Mateus Magala. Todas estas mexidas, em tão pouco tempo, revelam sem dúvida a preocupação do Governo em dinamizar este sector. Por outro lado, levantam questões profundas sobre o futuro da EDM.

O que está a acontecer com a Electricidade de Moçambique? Lembre-se que, recentemente, o Centro de Integridade Pública (CIP) produziu um relatório intitulado “Electricidade de Moçambique: Mau serviço, não transparente e politizado”. Neste documento, o CIP avança alguns motivos que estarão por detrás do mau serviço prestado por esta empresa. Lê-se no referido relatório que com a capacidade instalada para produzir 2.233 MW (2013/14), Moçambique supera países como Angola, Zâmbia e Tanzânia. Esta elevada produção energética deve-se, quase em exclusivo, à Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que é responsável por cerca de 2.075 MW da produção total (em 2014), sendo que a EDM produz o remanescente. Contudo, a HCB depara-se com o paradoxo de exportar electricidade barata para vir a reimportá-la cara. E por quê? Porque - de acordo com o relatório do CIP - a HCB encontra-se presa a acordos comerciais celebrados com a ESKOM que a obrigam a vender mais de metade da sua produção àquela empresa sul-africana. Entretanto, e no território nacional, os consumidores debatem-se com o problema dos cortes de electricidade sistemáticos. Este é um dos motivos das queixas, mas existem mais, e o acesso à energia eléctrica em Moçambique situa-se bem abaixo da média dos países da SADC.c


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UP-GRADE

EDM under fire Electricidade de Moçambique (EDM) has received several complaints from its customers. They accuse the public company to provide poor services and part of the complaints concern the systematic cuts that sometimes happen without notice. Changes are being made, CEOs replaced but it seems there is still much to be done in the organization. Electricity Access in SAPP Countries (%)

Gildo Mugabe (text)

I

t is wellknown that EDM has been doing a disservice to its customers. It is also known that EDM is not in top form. And in fact it is no coincidence that this company in such a short period of time had two presidents of the Board of Directors in addition to the present one who was sworn in last month. Augusto de Sousa Fernandes was dismissed in October 2014 and in his place was appointed Gildo Abilio Sibumbe, a former technician responsible for energy production in the Cahora Bassa Hydroelectric Dam. It was thought that Gildo Sibumbe would be able to solve the energy problems. But the people who thought that were mistaken. Sibumbe lasted less than a year leading EDM, and was then replaced by economist Mateus Magala. All these changes in such a short time, undoubtedly reveal the concern of the Government to get this sector going. On the other hand, they raise profound questions about the future of EDM What is happening with Electricidade de Moçambique? Recall that recently the Center for Public Integrity (CIP) produced a report entitled “Electricidade de Moçambique: poor service, non-

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Fonte: Centro de Integridade Pública (CIP)

transparent and politicized”. In this document, CIP puts forward some reasons for the poor services provided by this company. The report states that with an installed capacity of 2,233 MW (2013/14), Mozambique surpasses countries such as Angola, Zambia and Tanzania. This high energy production is almost exclusively due to the Cahora Bassa Hydroelectric Dam (HCB), which is responsible for about 2,075 MW of total production (in 2014), while the remainder is produced by EDM.

However, HCB is faced with the paradox that it exports electricity cheap to import it again at a higher price. And why? Because - according to the CIP report - HCB is tied to trade agreements with ESKOM which require it to sell more than half of its production to that South African company. Meanwhile national consumers are faced with the problem of systematic power cuts. This is one of the reasons for the complaints, but there are other ones, and access to electricity in Mozambique is well below the SADC average.c

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GESTÃO

O sono é um recurso estratégico Pesquisas revelam que a falta de sono traz consequências negativas no desempenho profissional. Uma constatação que vem colocar em causa os locais de trabalho, cujas práticas condenam bons horários de sono.

O

s gestores assumem que obter simplesmente o melhor talento nas suas organizações basta para atingir altos níveis de produtividade. Mas esta hipótese ignora o facto de que as pessoas não funcionam a 100% na maior parte dos dias. Quando as exigências profissionais são muitas, ficam naturalmente ansiosas, esgotadas e, geralmente, cansadas. Facto que resulta num desempenho menos bom. Por muito simples que pareça, o sono regular é o melhor antídoto para um trabalhador cansado ou ansioso. Claro que como o sono faz parte da vida privada dos colaboradores, as organizações não tentam sequer influenciar por meio do encorajamento de comportamentos preventivos. Pior, muitas organizações têm líderes que exemplificam activamente comportamentos que não se coadunam com práticas de sono saudáveis. Se um líder, chega regularmente muito cedo e fica a trabalhar até tarde da noite, cria a expectativa de que os outros precisam de estar longas horas no escritório. Mas o sono, segundo estudiosos, é um recurso estratégico. Trabalhar com poucas horas de sono pode ser altamente ineficaz e até perigoso (por exemplo, quando se trata de um operador de máquinas) e até os pequenos défices de sono podem assumir consequências adversas ou negativas. Apesar de alguns colabores acharem que perder umas horas aqui e ali

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pode não fazer grande diferença no seu estado físico e mental, o facto é que estudos sugerem que essa prática pode causar problemas. Perder menos de uma hora de sono numa noite leva a um declínio na memória e a um aumento de acidentes.

Sono perdido Ainda que as necessidades de sono individuais variem, a Fundação Nacional do Sono nos EUA nota que normalmente os adultos precisam entre 7 a 9 horas por noite. Contudo, 29,9% dos norte-americanos reportaram que dormiam menos de 6 horas. Ao mesmo tempo, detectaram-se níveis semelhantes de falta de sono na Coreia, Grã-Bretanha, Finlândia e Suécia. A falta de sono pode levar a níveis mais baixos de esforço, de comportamento interpessoal e uma maior prevalência de comportamentos pouco éticos ou desviantes. Além disso, leva a níveis mais baixos de confiança e cooperação nos processos de negociação. De igual modo, enfraquece o desempenho polivalente: as pessoas sonolentas têm mais dificuldade em concentrar-se numa tarefa em particular, sendo que o seu desempenho fica minimizado. Tendo em conta a relevância que as empresas dão aos cortes nos custos, também é importante reiterar a ligação entre bons padrões de sono e de saúde. As pessoas que sofrem de sono crónico têm mais probabilidade

de ficarem doentes, de se sentirem deprimidas e de serem obesas.

Como gerir o recurso A perda de sono é influenciada pelas exigências do local de trabalho e pelas expectativas dos empregadores. Quer os colaboradores viajem por diversos furos horários para uma reunião, estejam em videoconferências à noite com um cliente global ou respondam a mensagens depois da hora de trabalho, os seus empregos estão inextricavelmente ligados à sua capacidade de estabelecer hábitos de sono saudáveis. É por isso que se sugere que os gestores tomem medidas activas para protegerem e preservarem o recurso estratégico do sono.c

MEDIDAS ACTIVAS 1. Protecção e preservação do sono 1. Criar uma cultura de trabalho que valorize o sono 2. Aproveitar o programa de bem-estar para promoverem bons hábitos de sono 3. Permitir aos colaboradores afastarem-se do trabalho quando o dia de trabalho termina 4. Criar sala de sesta e encorajar o seu uso 5. Limitar o número de horas de trabalho 6. Tentar reduzir o trabalho por turnos 7. Certificar-se de que os planos contra problemas incluem descansos rotativos



MANAGEMENT

Sleep is a strategic resource Research shows that lack of sleep has negative consequences for professional performance. A finding that calls into question workplaces that affect proper sleeping.

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anagers assume that simply getting the best talent in their organizations is enough to achieve high levels of productivity. But this assumption ignores the fact that people do not work 100% during most parts of the day. When the job demands are many, they are of course anxious, exhausted and generally tired. Something which results in less performance. As simple as it sounds, regular sleep is the best antidote to a tired or anxious worker. Of course, given that sleep is part of the private lives of employees, organizations do not try to influence this by encouraging preventive behaviour. Worse, many organizations have leaders who actively exemplify behaviour that is not consistent with healthy sleeping practices. A leader who regularly arrives very early and works late into the night creates the expectation that others need to be

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long hours in the office. But sleep, according to scholars, is a strategic resource. Working with little sleep can be highly ineffective and even dangerous (for example in the case of a machine operator) and even small sleep deficits can have adverse or negative consequences. Although some employees feel that losing a few hours here and there can not make a big difference to one’s physical and mental state, the fact is that studies suggest that its can cause problems. Losing less than an hour of sleep per night leads to a decline in memory and to an increase in accidents

Lost sleep While individual sleep needs vary, the National Sleep Foundation of the USA notes that adults typically need between 7 to 9 hours sleep per night. However, 29.9% of Americans reported sleeping less than 6 hours. At the same time, there were found similar levels of lack of sleep in Korea, Britain, Finland and Sweden. Lack of sleep can lead to lower levels of strength and of interpersonal behaviour and to a greater prevalence of deviant or unethical behaviour. In addition, it leads to lower levels of trust and cooperation in negotiation processes. Similarly, it weakens allround performance: sleepy people have more difficulty focusing on a particular task, and their performance is reduced.

Given the importance that companies give to cutting costs, it is also important to reiterate the link between good sleep patterns and health. People who suffer from chronic sleep problems are more likely to get sick, to feel depressed and to be obese.

How to manage a resource Sleep loss is influenced by the demands of the workplace and the expectations of employers. Whether employees travel for several hours to a meeting, participate in videoconferences in the evening with a global client or respond to messages after working hours, their jobs are inextricably linked to their ability to establish healthy sleep habits. That is why it is suggested that managers take active steps to protect and preserve the strategic resource called Sleep.c

ACTIVE MEASURES 1. Sleep protection and preservation 2. Create a working culture that values sleep 3. Take advantage of the wellness programme to promote good sleeping habits 4. Allow employees to turn away from work when the work day ends 5. Create a nap room and encourage its use 6. Limit the number of working hours 7. Try to reduce shift work 8. Make sure that plans against problems include rotating rest periods


EMPREENDER

A importância do licenciamento Moçambique está a crescer e, em paralelo, aumentam as oportunidades de negócio. Em 2010, um grupo de empreendedores, liderados por Joaquim Freitas, criou o Centro de Formação e Consultoria (CFC), uma empresa vocacionada sobretudo para a formação de operadores de máquinas pesadas, uma vertente bastante solicitada nos sectores industrial e mineiro. Cinco anos depois, Freitas conta como tudo aconteceu. Belizário Cumbe (texto)

O

desenvolvimento do país, que encontra no sector dos recursos naturais um importante pilar, está a criar oportunidades para os empreendedores atentos à

dinâmica do mercado. Neste contexto, há cinco anos (em 2010), Joaquim Freitas e parceiros criaram o Centro de Formação e Consultoria (CFC), uma empresa virada, principalmente para a formação de

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operadores de máquinas pesadas, nomeadamente, empilhadeiras, gruas­, pás escavadoras, niveladoras, tractores de esteira e articulados, guindastes, camiões basculantes, entre outro equipamento industrial, solicitado sobretudo na mineração e nas operações portuárias. Joaquim Freitas, director da Área de Formação da CFC, conta que com a explosão do sector dos recursos minerais, o mercado nacional passou a exigir mais dos operadores deste equipamento. Se antes bastava ter carta de condução e possuir noções básicas, agora, a técnica e o domínio dos manuais, para além da respectiva licença (equivalente a uma carta de condução) são requisitos quase que indispensáveis. Há mais de cinco anos, todas as empresas que prestavam estes serviços no mercado nacional eram estrangeiras, porém já havia uma abertura

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legal para o licenciamento de entidades nacionais. “Por isso, identificamos uma oportunidade de negócio e decidimos apostar, mesmo conscientes das dificuldades que poderíamos enfrentar, destaca Freitas. Para não ombrear com as multinacionais estabelecidas e com bastante experiência no ramo, a CFC optou por trabalhar com pequenas e médias empresas oferecendo contratos competitivos. “Enquanto as multinacionais trabalhavam com os megaprojectos, nós apostamos e ganhamos experiência com as empresas de pequena e média dimensão, revelou. Mesmo assim, engana-se quem pensa que foi fácil. Joaquim Freitas entende que muitos gestores nacionais (principais clientes no princípio) olham para a formação dos seus operadores como uma forma desnecessária de gastar dinheiro. Mas

alerta que este ramo está em constante sofisticação e que as regras de Higiene e Segurança no Trabalho, por exemplo, devem ser actualizadas constantemente, sendo que empresas como a CFC jogam um papel preponderante. Mais… O equipamento moderno é extremamente caro e deve fazer parte das prioridades dos gestores a contratação de pessoal competente e licenciado para o manuseamento do mesmo”, disse o responsável.

Clientes são sobretudo do ramo industrial e mineiro Hoje, a CFC acumulou experiência e ganhou credibilidade no mercado. Por via disso passou a contar na sua carteira de clientes com importantes empresas dos ramos industrial e mineiro. Trata-se de companhias como a Barloworld (onde faz a formação pós-venda), MPDC – Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo, Grindrod (logística), Kenmare (areias pesadas), Kentz (manutenção industrial) e DP World (concessionária do terminal de contentores no Porto de Maputo). Apesar deste nível de penetração no mercado, Joaquim Freitas queixa-se da concorrência desleal por parte das multinacionais (com maior arcaboiço financeiro e técnico) e vai mais longe ao afirmar que as autoridades nacionais pouco ou quase nada fazem para protegerem os operadores moçambicanos. Neste momento, a CFC (baseada em Maputo) dá emprego a um total de 14 pessoas, das quais cinco são formadores. De acrescentar que a empresa opera igualmente nos sectores dos Recursos Humanos, Finanças e Contabilidade, Auditoria e Formação Administrativa.c


ENTREPRENEURSHIP

The importance of licensing Keeping pace with Mozambique’s growth is the increase in business opportunities. In 2010 a group of entrepreneurs led by Joaquim Freitas created the Training and Advisory Centre (CFC), a company dedicated above all to training heavy machinery operators, for which exists considerable demand in the industrial and mining sectors. Five years later, Freitas tells how it all came about. Belizário Cumbe (text)

T

he development of the country, for which the natural resources sector is an important pillar, is creating opportunities for entrepreneurs attentive to market dynamics.

Within this context, five years ago (in 2010), Joaquim Freitas and partners created the Training and Advisory Centre (CFC), a company mainly geared towards the training of heavy machinery operators, including,

forklifts, cranes, excavators, graders , crawler and articulated tractors, cranes, dump trucks, among other industrial equipment, used mainly in mining and port operations. Joaquim Freitas, director of the Train-

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ing Department of CFC, ​​ says that with the boom of the mineral resources sector, the domestic market began to require more operators of this equipment. While previously it was enough to have a driving license and have some basis knowledge, nowadays technical knowledge and mastery of manuals, as well as the respective license (equivalent to a driving license) are almost indispensable requirements. Five years ago all companies providing these services in Mozambique were foreign, so there was a legal

opening for licensing by national entities. “Thus we identified a business opportunity and decided togo forward, while being aware of the difficulties that we might face”, according to Freitas. So as not to rub shoulders with established multinationals and with enough experience in the business, CFC has chosen to work with small and medium-sized companies offering competitive contracts. “While the multinationals were working with the megaprojects, we focused and gained experience with

small and medium-sized enterprises”, he said. Still, it would be wrong to think that it has been easy. Freitas understands that many national managers (main customers initially) look at the training of their operators as an unnecessary waste of money. But he warns that this branch is constantly developing and that the rules of hygiene and safety at work, for example, have to be updated constantly, so that companies such as CFC play an important role. More ... “Modern equipment is extremely expensive and it should be part of the priorities of managers to hire competent staff licensed for operating it”, says Freitas. Clients are mainly from industry and mining Nowadays CFC has gained experience and credibility in the market. In this way it now has a client portfolio with major companies in the industrial and mining sectors. Companies such as Barloworld (where does the after-sales training), MPDC - the Port of Maputo Development Company, Grindrod (logistics), Kenmare (heavy sands), Kentz (industrial maintenance) and DP World (concessionaire of the Maputo port container terminal). Despite this level of market penetration, Joaquim Freitas complains of unfair competition from multinationals (with more financial and technical clout) and goes on to state that the national authorities do little or nothing to protect Mozambican operators. At present CFC (based in Maputo) employs a total of 14 people, five of whom are trainers. The company also operates in the areas of Human Resources, Finances and Accounting, Audit and Administrative Training..c

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MERCADOS

GNL à beira do pesadelo O pesadelo do carvão mineral pode ter uma réplica no gás? Só o futuro dirá. Mas as perspectivas estão longe de serem animadoras. O gigante mundial da consultoria em Energia, Metais e Recursos Minerais, Wood Mackenzie, diz que o mercado global do Gás Natural Liquefeito (GNL) poderá registar um excesso de oferta, em 2015 e 2016, mas que a procura obedecerá ao sentido inverso. Belizário Cumbe (texto)

A

oferta global está, actualmente, em torno dos 250 milhões de toneladas métricas por ano (mtpa), mas existe uma capacidade de 140 mtpa em desenvolvimento. Dados da Wood Mackenzie apontam que a China, um dos maiores clientes desta matéria-prima no mundo, reduziu as suas importações em quatro por cento no primeiro semestre de 2015. A consequência imediata deste cenário – que causa calafrios e dúvidas – pode ser o adiamento de projectos como forma de evitar uma queda do preço da commodity à semelhança do que sucedeu com o petróleo e o carvão mineral. Moçambique – com os sonhos mergulhados no gás – pode sentir os efeitos na pele. É que os dois projectos de construção de fábrica para a produção de GNL na Bacia do Rovuma – onde foram descobertos cerca de 200 triliões de pés cúbicos de gás – podem vir a ser adiados. Numa altura que os principais mercados asiáticos, com destaque para a China e Coreia do Sul, registam uma forte queda na produção industrial, a consultora Wood Mackenzie aponta para o adiamento como a melhor saída para se evitar um pesadelo.

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ENI e Anadarko convictos A Anadarko vai construir uma fábrica de GNL em terra na península Afungi, em Cabo Delgado, e a ENI manifestou a intenção de edificar uma unidade flutuante. As duas multinacionais mostram convicção e garantem não haver motivos de alarme. Segundo a Bloomberg, o director da Anadarko em Moçambique, John Peffer, disse que aquela empresa já garantiu a venda antecipada de 90% da sua produção, o que comprova a viabilidade da iniciativa e assegura o financiamento. Para a ENI, o excesso da oferta não constitui problema devido à reduzida dimensão do seu projecto que, numa primeira fase, prevê uma fábrica com capacidade para quase três milhões de toneladas métricas, o que facilitará de algum modo a sua comercialização.c

Mercado do Gás Natural Liquefeito Oferta global do GNL – 250 milhões de toneladas métricas Capacidade em desenvolvimento a nível global – 140 milhões de toneladas métricas Capacidade em construção nos EUA – 60 milhões de toneladas métricas

GNL em Moçambique Reservas descobertas – 200 triliões de pés cúbicos

Projectos de exploração em Moçambique por ano Anadarko – 12 milhões de toneladas métricas ENI – 3 milhões de toneladas métricas


MARKETS

LNG turning into a nightmare Will we see a repeat of the coal nightmare in the gas business? Only the future can tell. But the prospects are far from encouraging. The global consulting giant Energy, Metals and Mineral Resources, Wood Mackenzie, says the global market of Liquefied Natural Gas (LNG) is likely to report an oversupply in 2015 and 2016 while demand will decrease. Belizário Cumbe (text)

G

lobal supply is currently around 250 million metric tons per annum (mtpa), but there is a capacity of 140 mtpa under construction. Data from Wood Mackenzie show that China, one of the largest customers of this raw material in the world, reduced its imports by four percent in the first half of 2015. The immediate consequence of this scenario – which is cause for concern and doubts - may be the postponing of projects as a way to avoid a commodity price decline similar to what happened with oil and coal. Mozambique - with dreams based on gas – is clearly feeling the effects. The two construction projects for LNG production in the Rovuma Basin - where about 200 trillion cubic feet of gas have been discovered – may be postponed. At a time when the major Asian markets, especially China and South Korea, record a sharp drop in industrial production, the consultancy firm Wood Mackenzie points to postponement as the best solution to avoid a nightmare. ENI and Anadarko convinced Anadarko will build an LNG plant onshore on the Afungi peninsula in Cabo Delgado, while ENI indicated its intention to build a floating unit. The two multinationals show con-

viction and ensure that there is not reason for alarm. According to Bloomberg, the director of Anadarko in Mozambique, John Peffer, said that the company has secured the advance sale of 90% of its production, which proves the feasibility of the

initiative and guarantees funding. For ENI excess supply is not a problem because of the small size of its project, which initially foresees a unit with a capacity of almost three million metric tons, a size which will somehow facilitate marketing.c

Liquified Natural Gas Market Global GNL supply – 250 million metric tons Capacity being developed globally – 140 million metric tons Capacity under construction in the USA – 60 million metric tons

LNG in Mozambique Discovered reserves – 200 trillion cubic feet (TCF)

Exploration projects in Mozambique per year Anadarko – 12 million metric tons ENI – 3 million metric tons

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PROFILE

O Homem por detrás da Marca Num contexto de febre generalizada pelos holofotes da fama, ele prefere o anonimato. Garante que ser anónimo é confortável, por isso nunca aceita entrevistas, apesar de receber imensos convites. Porém, como há sempre uma primeira vez, a revista Capital revela o homem por detrás da marca Faizal António, e o patrocinador dos principais espectáculos musicais que acontecem no País. Belizário Cumbe (texto)

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uem é Faizal António? Sou eu. É a resposta de quem cujo nome ventila, frequentemente, na comunicação social, da rádio à televisão, dos jornais às revistas. Mas

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ninguém conhece seu rosto, muito menos a história. O nome Faizal António alimenta animadas e apaixonadas conversas de cafés, restaurantes, bares, e até de esquinas. As perguntas são quase sempre as mesmas. Quem é? O que


faz? Qual é a sua idade? O que todos sabem é que ele é o “patrocinador platina” dos principais espectáculos musicais que acontecem do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico. O que não é do domínio comum é que Faizal é economista de profissão, tem 32 anos de idade e reside em Nacala-Porto. Por que corre o seu nome meio mundo, embora ninguém associe uma cara ao nome? Tudo porque Faizal prefere o conforto do anonimato à luz dos holofotes da fama. Todas as semanas voo, pelas Linhas Aéreas de Moçambique, pelo menos duas vezes. O que a maioria do pessoal de bordo sabe é que há um senhor que sempre voa connosco, mas não sabem de quem se trata. Já presenciei situações em que há pessoas que colocam perguntas a meu respeito e na minha presença, sem se darem conta que o tal Faizal António está ali presente. Isso já aconteceu em restaurantes e hotéis, e sinto que é bom, revelou. Mas a história de Faizal António começa em 1983 em Nacala-Porto, na província de Nampula. É o segundo filho de um total de cinco irmãos. Os seus estudos começaram na sua terra natal, onde fez o ensino primário. Porém, os níveis básico, médio e superior frequentou e concluiu em Blantyre, no Malawi. Conta que regressou ao país em 1999, ano em que fixa residência na cidade da Beira à procura de oportunidades de trabalho. O seu primeiro emprego, que durou pouco mais de seis meses, foi numa fábrica de sumos e água mineral, um trabalho de recurso visto que as oportunidades escasseavam. No mesmo ano, foi contratado pela Manica Fleet Service, uma empresa que opera na área marítima, como secretário e assistente comercial. Trabalhou cinco anos até seguir para Maputo em 2004, cidade onde criou uma companhia que actua no mesmo sector. Qual é a empresa? O mesmo prefere não revelar. Diz que seria demasiada exposição para quem aceitou a en-

trevista para revelar, apenas, parte da sua história. Verdade, porém, é que Faizal António trabalha com a exportação e importação de mercadoria a granel e cotentorizada faz 15 anos.

A sua paixão Gosta de cantar mas falta-lhe o talento. Mas a música é a sua paixão, daí que tenha decidido estender a mão aos mais dotados. Por isso, hoje, garante que despende perto de 60% dos seus rendimentos no apoio aos músicos, entre novos e velhos talentos. Como cavalo de batalha registou a marca Faizal António, em 2012. Numa primeira fase, empenhava-se na promoção do turismo cultural levando músicos da alta-roda para Nacala, com destaque para os estrangeiros. Hoje, alimenta os sonhos dos artistas de todo o país. Recebo pedidos de apoio das cinco da manhã até à meia-noite. Infelizmente não consigo atender a todos eles, mas sinto que tenho dado o que posso, destaca.

O que é que ganha com estas iniciativas? “A minha satisfação. Sinto que muitos empresários não abraçam a cultura e eu decidi fazer diferente”.

Jovem bem-sucedido Apesar de ter apenas 32 anos de idade, Faizal António revela que é um jovem bem-sucedido. Mas além de bem-sucedido, é também um empresário positivo. Não admito que as minhas preocupações de hoje transbordem para o dia seguinte. O jovem empresário diz que, no dia-a-dia, não prescinde de grandes máquinas, bons relógios e perfumes. Revela que marcas como a BMW e a Rolex são as suas grandes paixões. Mas, ao mesmo tempo, aprecia boas fragrâncias, e quanto menos conhecidas forem melhor. Por isso, é dono de uma colecção de mais de mil unidades, uma enfermidade que começou em 1996. Esta é parte da história do patrocinador platina, Faizal António. Um jovem muito bem casado, pai de dois filhos.c

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PROFILE

The Man Behind the Mask He prefers to be anonymous rather than being under the spotlight. Guarantees that being anonymous is comforting, although he receives plenty of requests, he never accepts any interviews. So, since there is always a first time, the Capital magazine reveals the man behind the mask, Faizal Antonio, and the main sponsor of the musical concerts that occur in the country. Belizario Cumbe (text)

W

ho is Faizal Antonio? “It’s me”. That’s the answer of the man whose name is frequently on the social communication, from radio stations to television, from newspaper to magazines. Yet nobody has known his history,

nor his past. The name Faizal Antonio is the topic of fun and lovely coffee conversations, bars, and even word on the street. The questions still remain the same. Who is he? What does he do? How old is he? All we know is that he’s the “platinum sponsor” of the main musical shows that

occur from Rovuma to Maputo and from Zumbo to the Indian ocean. But what isn’t known, is that his profession is an economist, 32 years of age and lives in the port of Nacala. Although his name is known through out, does anyone have a face to go with the name? Well that is mainly

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because Faizal prefers the comfort in being anonymous than being under the spotlight of fame. “I travel with the Mozambican Airlines (LAM) at least twice a week every week. What most personnel onboard know is that there is a man that is always flying, but they don’t know who. I’ve witnessed situations in which people have asked questions about me without knowing that I’m present. This situation has happened in restaurants and hotels, and I feel it’s good,” he revealed. The story of Faizal Antonio starts in 1983 in the port of Nacala, in the province of Nampula. The second born with a total of five brothers. His education was in his hometown at first, where he did a part of primary school. However, he did the remainder of primary, secondary, and tertiary in Blantyre, Malawi, and graduated there. He reveals to us that he returned to Mozambique in 1999, the year in

which he had a fixed residence in Beira in search of job opportunities. His first job, which lasted a little over six months, was in a water and juice factor, a resource work showed in which the opportunity was scarce. He was then contracted by Manica Fleet Service, a company that operates in the coast area, as an assistant commercial secretary. He worked for five years until he moved to Maputo in 2004, the city where he created a company where he works in the same sector. Which company is it? Prefers not to reveal. He says it’s too much exposure for someone who accepted the interview to reveal, better off a part of his story. Nevertheless, Faizal Antonio is in the importing and exporting business of merchandises in bulk for 15 years.

His passion He loves singing but unfortunately

he doesn’t have the talent. Music is his passion, that’s why he helps and motivates the ones gifted with the talent. That is why today, he withdraws 60% of his income to support the musicians, young talent as well as old talent. In 2012, he registered the label “Faizal Antonio”. In the first stages of the label, he engaged more in the cultural tourism, taking musicians through to Nacala, as a highlight for the tourists. Today, he feeds the musician’s dreams across the country. “I receive phone calls asking for support at 5o’clock in the morning, even at midnight. Unfortunately, I can’t answer all of them, but I feel that I’ve done my best,” he said. What do you get with these initiatives? “Personal satisfaction. I feel that a lot businessmen don’t embrace the culture so I decided to be different”.

Young and successful Although he’s just 32 years of age, Faizal Antonio reveals that he’s young and successful. Besides being successful, he’s also a positive businessman. “I admit that the weight of worries of today are carried to the next day”. The young businessman states that day by day, he doesn’t need fancy cars, high quality watches and cologne. He reveals that names like BMW together with Rolex are his greatest passion. Although, at the same time, he appreciates good colognes, the less known, the better. Thus, being the owner of more than a thousand units, a habit that started in 1996. This is part of the story of the “platinum sponsor”, Faizal Antonio. A young and married, father of two children.c

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MARKETING

Yupi! Chegou a moda do Streefood! O Streetfood é um conceito global que está na moda e que representa a distribuição de produtos alimentares fora dos formatos de retalho tradicional da restauração. Neste conceito, a venda surpreende o consumidor na rua e não depende da sua deslocação a um determinado ponto de venda. Há alguns meses, surgiu no mercado a Yupi Foods SA que lançou a marca Yupimeal – Ready to Bite! Um projecto que nasce com o objectivo de modernizar, legalizar, estruturar e inovar o Streetfood em Moçambique. Helga Nunes (texto)

E

m Moçambique, existe um enorme movimento de venda de rua, que engloba o sector das comidas e bebidas. No entanto, a mesma é, nalguns casos, desorganizada, sem o recurso a licenças, sem o devido pagamento de impostos ou controlo

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de higiene, segurança e qualidade. Perante tal cenário, surgiu quem quisesse fazer a diferença, tendo criado para o efeito a Yupi Foods SA, uma empresa que lançou, há poucos meses, a marca Yupimeal – Ready to Bite! A ideia surgiu no seio da Tropigalia,

através do seu principal accionista, Adolfo Correia, e foi maturando até chegar a um modelo inicial com o qual toda a equipa se sentiu confortável, entre Abril e Maio deste ano. Adolfo Correia convidou posteriormente Fernando Mendes a integrar o projecto como accionista e adminis-


trador-delegado e juntos nomeiam Ricardo Rendeiro director geral da empresa e integram-no no projecto, devido a uma relação profissional de confiança, estabelecida na Tropigalia quando Ricardo era então o director Comercial. “A Tropigalia tem sido um alicerce essencial nesta fase porque nos permitiu começar de forma rápida, investindo no projecto em todas as suas vertentes e dando-nos condições logísticas, humanas e financeiras”, refere Fernando Mendes. O investimento inicial ronda os 8 milhões de meticais e a Yupi Foods espera atingir um volume de negócio de 40 milhões de meticais, no primeiro ano de actividade. Qual irá ser a estratégia de ataque ao mercado moçambicano e de expansão aos países vizinhos? Ricardo Rendeiro adianta que a Yupi, actualmente, se encontra sobretudo concentrada no mercado interno embora o externo não esteja propriamente ‘longe da sua vista’. “Temos muito por fazer em Moçambique antes de expandirmos para outros países. E, de facto, essa ambição está revelada na nossa marca e assinatura”, explica, acrescentando que estão a operar no mercado de Maputo e que, até ao primeiro trimestre de 2016, tencionam entrar no mercado da Matola. A meta de expandir para outras cidades do País encontra-se prevista para a segunda metade de 2016. A de entrar em outros países ainda não foi revelada.

“Neste momento, estamos a lançar apenas duas versões de sandes, mas se há coisa que acontece na nossa cozinha é tudo menos monotonia. Todas as semanas experimentamos pelo menos dois novos conceitos, sejam novas sandes ou novos modelos de comida de rua, de doces e salgados”, adianta Ricardo Rendeiro, que promete em breve vir a introduzir novos produtos no mercado. Para o director geral da Yupi Foods, para já torna-se fundamental solidificar a marca e o conceito, facto que exige alguma estabilidade ao nível do produto. Por falar em produto, houve muita preocupação na Yupi com a vertente da embalagem, do preço, dos canais de distribuição (praça) e da promoção. Face ao critério de escolha que precedeu esses 4 P’s (produto, preço, praça, promoção), Rendeiro explica à CAPITAL: “Queríamos vender na rua, mas de forma diferenciada dos vendedores ambulantes que já temos na cidade. O preço (50 meticais) foi afixado porque queremos que a transacção seja rápida, sem perder tempo com a procura de trocos. O produto de lançamento surgiu através duma pesquisa em focus groups. Tínhamos vários sabores, demos a provar a alguns grupos-alvo e escolhemos frango-queijo e chouriço

porque foram os que revelaram ter uma aceitação mais generalizada. É provavel que lancemos a médio prazo outros produtos com outros preços, mas iremos sempre ser fiéis à nossa identidade e manter uma excelente relação qualidade/preço”. A empresa irá vender dois tipos de Yupimeals! O Yupimeal de Chouriço + Sumo Compal 200 ml ou o Yupimeal de Frango com Queijo + Sumo Compal 200 ml por apenas 50 Mt. A própria embalagem que serve para acondicionar o produto foi alvo de estudo e de testes e é siliconizada, por forma a não deixar passar a gordura para o exterior, além de conter informação nutricional, data de produção e selo de protecção de fecho. Até ao momento, houve uma clara aposta na promoção ou comunicação do Yupimeal. Sabe-se que somente em duas semanas, a marca foi do zero aos 3.500 likes no facebook, além de ter registado uma forte presença na FACIM e atingido um nível de notoriedade acima da expectativa para esta fase do projecto. Portanto, o leitor, ao andar pelas ruas de Maputo, poderá vir a ser surpreendido, a qualquer momento, pelos vendedores ambulantes da Yupi nos semáforos da cidade, e saciar-se com um ‘lanche’ por apenas 50 meticais..c

Da ideia à prática

A empresa Yupi Foods criou uma cozinha industrial com o seu parceiro Profoods. Por outro lado, a sua gama de produtos nasce da experimentação constante de novos conceitos.

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MARKETING

Yupi! Streetfood

fashion arrived! Streetfood is a global concept that is fashionable and distributes food products outside the traditional retail formats of catering. According to this concept, the sale surprises the consumer in the street and does not depend on him/her visiting a particular point of sale. A few months ago Yupi Foods SA appeared on the market, and launched the brand Yupimeal - Ready to Bite! A project aimed at modernizing, legalizing, structuring and innovating Streetfood in Mozambique. Helga Nunes (text)

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n Mozambique, many things are sold in the streets, including drinks and food. However, in some cases street vending is disorganized, unlicensed, without payment of taxes due, hygiene

control, safety and quality. Faced with such a scenario someone emerged who wanted to make a difference and to that end set up Yupi Foods SA, a company that a few months ago launched the brand


Yupimeal - Ready to Bite! The idea is from the main shareholder of Tropigalia, Adolfo Correia, and between April and May this year it was developed into an initial model with which the entire team felt comfortable. Adolfo Correia subsequently invited Fernando Mendes to join the project as a shareholder and managing director, and together they appointed Ricardo Rendeiro as general director of the company. They asked him because of a professional relationship of trust going back to the time when Ricardo was commercial director of Tropigalia. “Tropigalia has been an essential foundation at this stage because it allowed us to start quickly, investing in the project in all its aspects and giving us logistical, human and financial conditions”, according to Fernando Mendes. The initial investment is about 8 million meticais and Yupi Foods expects to achieve a turnover of 40 million meticais in its first year of activity. What is the strategy to approach the Mozambican market and expand into neighboring countries? Ricardo Rendeiro says that Yupi currently is above all concentrated on the domestic market although the external market is not really ‘out of sight’. “We have a lot to do in Mozambique before we expand to other countries. And indeed, this ambition is revealed in our brand and signature” he explains, adding that they will operate in the Maputo market and that by the first quarter of 2016 they intend to enter the market of Matola. The expansion to other cities of the country is scheduled for the second half de2016. Plans to expand to other countries have not yet been revealed.

From idea to practice Yupi Foods has srt up an industrial kitchen with its partner Profoods. Moreover, its range of products is based on constantly experimenting with new concepts. “Right now, we are launching just two versions of sandwiches, but if something happens in our kitchen it is anything but monotonous. Every week we try out at least two new concepts, be these new sandwiches or new street food models, sweet and snacks”, adds Ricardo Rendeiro, who promises to soon introduce new products on the market. For the CEO of Yupi Foods, for now it is fundamental to build up the brand and the concept, something that requires some stability at the product level. Speaking of products, Yupi gave much thought to packaging, price, distribution channels (locally) and promotion. With respect to choosing these 4 Ps (product, price, place, promotion), Rendeiro explains to CAPITAL: “We wanted to sell in the street, but in a different way from the street vendors we already have in the city. The price (50 meticais) was fixed because we want the transaction to be fast, without wasting time looking for loose change. The product launch was chosen on the basis of researching focus groups. We had several flavors, we let some target groups taste and we chose chicken-cheese and chouriço because they were the ones most generally accepted. In the medium term we will probably launch other products with other prices, but we will always be faithful to our identity and maintain an excellent quality / price ratio”. The company will sell two types of Yupimeals! The Yupimeal of Chouriço

and 200ml Compal juice or Yupimeal Chicken with Cheese and 200 ml Compal juice for 50 Mt only. Its own packaging to keep the product fresh was the target of study and tests, and has a silicon layer so that fat does not leak to the exterior, and it contains nutritional information, date of production and a protection seal. So far, there has been a clear focus on promotion or communication of Yupimeal. In two weeks only the brand went from zero to 3,500 likes on facebook, it was strongly present at the FACIM and reached a level of notoriety above expectations for this stage of the project. Therefore, the reader who walks the streets of Maputo is likely to be surprised at any one moment by Yupi vendors at traffic lights, and indulge in a ’lunch’ for a mere 50 meticais.c

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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Bussiness Coach PD Moz – Parcerias em Desenvolvimento

E a mim, quem me compreende? “ Sou a Directora, tenho que compreender todos, tenho que ouvir todos, tenho que fazer das tripas coração para levar este barco para a frente, tenho de… e a mim? Quem me compreende?”

A

fortaleza, a dureza de carácter, de espírito, a determinação, são algumas das características que as equipas esperam encontrar nas chefias, nos líderes, nos que estão hierarquicamente acima. Quantos colaboradores param para pensar na chefia? Compreender o porquê das suas acções, das normas, das decisões? Se és um colaborador que procura compreender a pessoa que está hierarquicamente acima de ti, parabéns. Se não o és, talvez este artigo te faça pensar e compreender que essa pessoa acima de ti é como tu, com mais responsabilidades, com mais contas a prestar e que diariamente se desdobra para conseguir levar o barco a bom porto. As chefias são na maioria das vezes incompreendidas, sacrificadas e alvo de mal dizer e raramente se lhes reconhece o mérito de conseguirem, com os meios que têm, de fazer com que a organização continue de pé. Todos nós já tivemos alguém hierarquicamente acima, alguém que teve a ideia de fundar uma organização, de criar um projecto, de contratar pessoas, de procurar mercado para vender o seu produto/serviço, de pagar impostos, salários, dar prémios, lidar com despedimentos e

enfrentar a dureza de ter de ser um líder exemplar. Ao líder não se lhe reconhece a possibilidade de errar, de ser menos correcto, de não ter sempre uma palavra de encorajamento, uma solução na ponta de língua para cada problema. Muito lemos sobre a liderança, todos os dias: o líder é o que cria outros líderes, o líder é assertivo, persistente, trabalhador, esforçado, curioso, arrojado, proactivo, bem humorado, firme, decidido, etc, etc. Será mesmo o líder tudo isto? É o líder um super-herói infalível? Quem és tu líder? Há de tudo nas organizações, bons e maus, preguiçosos e trabalhadores e cada um escolhe que tipo de profissional quer ser. Este artigo é dedicado aos meus clientes que me perguntam: Como posso fazer para ser melhor? A Tarefa: Auto-Feedback Pense, que tipo de líder aprecia? Que tipo de líder é? O que gostaria de fazer melhor, ou diferente? Consegue? Trace um plano para si, para ser o que deseja. Sugestão: Fale consigo, admita-se errar e aprender e permita-se ser melhor. Procura um Executive Coach que lhe facilite esse trabalho e o ajude a alcançar o seu melhor resultado.c

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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Bussiness Coach PD Moz – Partnerships in Development

And what about me, who understands me? “I’m the director, I have to understand everything, I have to listen to all, I have to work my as off to get this thing going, I have to ... and what about me? Who understand me?”

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trength, toughness, spirit and determination are some of the features that teams expect to find in leadership, in us leaders who are their superiors. But how many employees stop and think about their leaders? Understand the reasons behind their actions, the rules, the decisions? If you are an employee who tries to understand the person who is his or her superior, congratulations. If you are not, maybe this article makes you think and understand that the person above you is like you, but with more responsibilities, with more bills to pay, who works tirelessly every day in order to get things done. Most superiors are misunderstood, sacrificed and the target of gossip and rarely they are acknowledged for succeeding, with the means they have at their disposal, in keeping the organization afloat. We have all had someone above is, someone who had the idea of creating an organization, a project, of hiring people, looking for a market to sell the product/ service, paying taxes, wages, giving awards, dealing with redundancies and facing the difficulty of having to be an exemplary leader. The leader is not allowed to make

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mistakes, to be less accurate, to not always have a word of encouragement, an immediate solution for every problem. We read a lot about leadership every day: the leader is the one who creates other leaders, the leader is assertive, persistent, hardworking, keen, curious, bold, proactive, humorous, firm, decisive, etc, etc. Is the leader all of this? Is the leader an infallible superhero? Who are you leader? There are all kinds of people in organizations, good and bad, lazy and hardworking and everyone chooses what kind of professional he or she wants to be. This article is dedicated to my clients who ask me: What can I do to be better? The Task: Self-Feedback Think, what kind of leader do you appreciate? What kind of leader are you? What would you like to do better, or different? Can you? Make a plan for you, in order to be what you want to be. Suggestion: Talk to yourself, admit making mistakes and learn and allow yourself to be better. Look for an Executive Coach to facilitate this work and it will help you achieve your best results.c


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TECNOLOGIA

Internet conecta mais pessoas Cerca de 3,2 biliões de pessoas no mundo se encontram conectadas à Internet, de acordo com o último relatório da União Internacional das Telecomunicações (UIT), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Gildo Mugabe (texto)

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inda existem 4 biliões de pessoas desconectadas em todo o mundo e o abismo é maior nos países menos desenvolvidos, onde apenas 89 milhões de pessoas possuem conexão de um total de 940 milhões. A lista do ranking dos países com mais pessoas ligadas à Internet é liderada pela Islândia, um país situado no norte do Atlântico, com cerca de 98.2 por cento da população conectada. Noruega ocupa o segundo lugar com 96.3%, Dinamarca (96.0%), Andorra (95.9%), Liechtenstein (95.2%), Luxemburgo (94.7%), Suécia (92.5%), Mónaco (92.4%) e Finlândia com 92.4%. Moçambique ocupa 171ª posição com 5.9%. O que significa que dos 24 milhões de habitantes que o país tem, menos de 1,5 milhões é que possui acesso à Internet e os restantes 22,5 milhões não estão conectados. A nível da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), a lista é liderada por Portugal com 64.6%, seguido pelo Brasil (57.6), Cabo Verde (40.3%), São Tomé e Príncipe (24.4%), Angola (21.3%,) Moçambique ocupa a sexta posição com 5.9%,

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e depois vem a Guiné Bissau (3.3%) e na cauda Timor-Leste com 1.1%. A nível do continente africano lidera a África do Sul com 49.0%, e seguem-se a Tunísia (46.2%), Quénia (43.4%), Nigéria (42.7%), sendo que a quinta posição é assumida pelas Maurícias com 41.4% e que a décima posição pertence a São Tomé e Príncipe. A UIT também divulgou dados referentes à Internet móvel. Se em 2000, eram 738 milhões de assinaturas de conexão móvel em todo o mundo, em 2015 passaram a ser 7 biliões. Segundo a entidade, essa é a forma de acesso mais ampla e que atende actualmente a mais gente. Os planos 3G, por exemplo, irão cobrir 69% da população mundial até finais de 2015. Proporção de domicílios com acesso à Internet: Países desenvolvidos ---81,3% Mundo ----46,4% Países em desenvolvimento ---34.1% Países menos desenvolvidos ----6.7% Proporção de domicílios com acesso à Internet (Regiões continentais) Europa---82.1%

América ---60.1% Comunidade de Estados Independentes -----60% Estados Árabes Unidos -----40.3% Ásia Pacífico ---39.0% África ----10.7% Proporção de indivíduos com acesso à Internet (Mundo) América ----66% Comunidade de Estados Independentes ----59% Estados Árabes Unidos ----37% Ásia Pacífico ----36.9% África ---20.7% Proporção de pessoas on line no mundo/por ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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TECHNOLOGY

Internet connects more people About 3.2 billion people worldwide are connected to the Internet, according to the latest report of the International Telecommunication Union (ITU), an agency linked to the United Nations (UN) Gildo Mugabe (text)

T

here are still 4 billion people disconnected worldwide and the gap is greater in less developed countries, where only 89 million people are connected from a total of 940 million. The ranking of countries with most people connected to the Internet is headed by Iceland, a country located in the North Atlantic, with about 98.2 percent of the population connected. Norway ranks second with 96.3%, Denmark (96.0%), Andorra (95.9%), Liechtenstein (95.2%), Luxembourg (94.7%), Sweden (92.5%), Monaco (92.4%) and Finland with 92.4%. Mozambique ranks 171st position with 5.9%. This means that of the country’s 24 million inhabitants less than 1.5 million have Internet access and the remaining 22.5 million are not connected. Within the Community of the Portuguese Speaking Countries (CPLP), the list is led by Portugal with 64.6%, followed by Brazil (57.6), Cape Verde (40.3%), São Tomé and Principe (24.4%), Angola (21.3% ,) Mozambique ranks sixth with 5.9%, followed by Guinea Bissau (3.3%) and East

Timor is last with 1.1%. On the African continent South Africa leads with 49.0%, followed by Tunisia (46.2%), Kenya (43.4%), Nigeria (42.7%), while fifth place is occupied by Mauritius with 41.4% and the tenth position belongs to Sao Tome and Principe. The ITU also released data on the mobile Internet. In 2000, there were 738 million mobile connection subscriptions worldwide, in 2015 there were 7 billion. According to the ITU, it is the broadest form of access and currently serves most people. 3G plans, for example, will cover 69% of the world population by the end of 2015. Insert tables Proportion of households with internet access: Developed countries -----81,3% World -----46,4% Developing countries -------34.1% Least developed countries-----6.7% Proportion of households with internet access (per continent) Europe---------------82.1% America ---------60.1% Community of Non-aligned

Countries ------60% United Arab States -----40.3% Asia Pacific ---39.0% Africa ---10.7% Proportion of individuals with internet access (World) America ------66% Community of Non-aligned Countries ------59% United Arab States -------37% Asia Pacific -----36.9% Africa ---20.7% Proportion of persons online in the world /per year 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

--------------0,4% --------------0,6% --------------0,7% --------------0,8& --------------1% --------------1,1% --------------1,3% --------------1,5% -------------1,7% -------------2% -------------2,2% ----------- 2,4% ---------- 2,7% ------------ 2.9% ------------ 3,1%

Source: UIT

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ESTILOS DE VIDA

Chef Graça, o expoente máximo da nossa gastronomia O exímio cozinheiro Carlos Graça diz que a gastronomia moçambicana não goza de boa saúde. Segundo o Chef, a mesma carece de maior divulgação dentro e fora do País. Mas, ao mesmo tempo, elogia a frescura dos alimentos moçambicanos. Gildo Mugabe (texto)

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e te pedissem para responder em poucas palavras o que é comer bem, o que dirias? É verdade que existe uma certa relatividade ao responder à pergunta. Mas para o chef Carlos Graça, um exímio cozinheiro que o país se orgulha de ter, comer bem é mais do que meramente variar os alimentos. É aproveitá-los ainda frescos, é desfrutar dos mesmos no seu estado natural. Enfim… é comer de modo saudável.

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Aqui em Moçambique temos a particularidade de ter muitos alimentos frescos que outros países não têm, avança Carlos Graça. Por oposição, Graça recorda que era bastante difícil encontrar alimentos frescos em Macau, uma vez que aquele país importa quase tudo o que come. Temos muito peixe e camarão na nossa costa. Temos muita terra arável onde plantamos muita coisa boa. Apenas precisamos saber preparar”, explica o chef Graça. O mesmo entende que os moçambicanos precisam de começar a dar valor e a pro-

mover os seus próprios pratos. Quando fores à China, terás a oportunidade de comer uma boa massa chinesa. Quando fores à Itália vais degustar de uma boa pizza. Então, por que é que isso não acontece aqui em Moçambique?”, questiona. E fala da boa matapa feita com ou sem coco, feita com ou sem amendoim, mas que não deixa de ser matapa. Do frango à zambeziana, confeccionado com coco das terras de Quelimane ou de Inhambane, e quiçá de Nampula, mas que não deixa ou não perde aquele gostinho ou sabor tradicional. “No hotel onde trabalho fazemos quase todos os dias dois pratos do dia com comida tradicional moçambicana e são os pratos mais consumidos”, precisou Carlos Graça. Refira-se que Carlos Graça participou recentemente no Primeiro Festival de Mariscos que decorreu em Maputo. O certame contou com a presença de 13 expositores de mariscos e outros pratos alternativos. Com 30 anos de experiencia, Carlos Graça é cozinheiro de profissão e já representou Moçambique em grandes festivais internacionais nomeadamente em Itália, Brasil, Alemanha, Tanzânia, Malásia, Portugal, África do Sul e Macau, promovendo sempre a ‘nossa gastronomia’.c


A Agência mais premiada em Moçambique acaba de conquistar, na pesquisa PMR.africa, cinco Diamond Arrow Awards: melhor Agência de Publicidade em Print, TV e Rádio; melhor Agência de Publicidade em Outdoor; melhor empresa de Marketing; empresa mais inovadora; e empresa com as melhores iniciativas em responsabilidade corporativa e investimentos. Segundo esta pesquisa especializada em estudos de mercado, e na opinião dos líderes empresariais, anunciantes e profissionais de marketing, a Agência GOLO é, pelo 10º ano consecutivo, a melhor Agência de Publicidade no País. Uma década de inspiração, empenho, respeito e dedicação a Moçambique. Com campanhas que geram resultados e caem sempre no gosto popular: quem mais conta.

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LIFE STYLES

Chef Graça, the best representative of our gastronomy The eminent chef Carlos Graça says that the Mozambican cuisine is not in good health. According to the Chef, it needs further dissemination within and outside the country. But at the same time he praises the freshness of Mozambican food. Gildo Mugabe (text)

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f you were asked to answer in a nutshell what eating well is, what would you say? It is true that there is something relative about answering this question. But for chef Carlos Graça, an eminent cook the country is proud of, eating well is more than merely varying food. It is using food products when they are still fresh, it is enjoying them in their natural state. In a word ... is eating healthily. “Here in Mozambique we have this unique situation of having many

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fresh foods that other countries do not have”, according to Graça. He recalls that it was quite difficult to find fresh food in Macau, because that country imports almost everything which is eaten. “We have a lot of fish and shrimp on our coast. We have a lot of arable land where we plant a lot of good foodstuff. We just need to know how to prepare it”, explains the chef. He also feels that Mozambicans need to start to value and promote their own dishes.

“When you go to China, you will have the opportunity to eat good noodles. When you go to Italy you will enjoy a good pizza. So why is it that this does not happen here in Mozambique?” he asks. And he speaks of good matapa made with or without coconut, with or without peanuts, but anyhow it is matapa. The chicken made the Zambezian way, with coconut of the land of Quelimane or Inhambane, and quiçá of Nampula, whichever way, it does not lose its traditional taste or flavour. “At the hotel where I work we prepare almost every day two dishes of the day with traditional Mozambican food and these are the most popular dishes”, according to Graça. Carlos Graça recently participated in the First Seafood Festival held in Maputo. The event was attended by 13 exhibitors of seafood and other alternative dishes. With 30 years of experience, Carlos Graça is a professional cook and he has represented Mozambique at major international festivals in Italy, Brazil, Germany, Tanzania, Malaysia, Portugal, South Africa and Macau, always promoting ‘our gastronomy’.c


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