CAPITAL

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Sumário

Destaques 25

A Administração do Trabalho em Moçambique apurou um total de 302.188 empregos criados em 2015, dos quais 79.074 (26,2%) destinados às mulheres, um número bastante insignificante quando comparado com os 223,114 de empregos gerados para o universo masculino.

36

Falta de produção encolhe Receita

40 4921

6058

8443

29760

422 19443

20516

Tema de Fundo

BiG: Um banco com o investimento na mira

16122 282

104158

40

2216 4 1016 2760

6993

57

Compradores de automóveis preparados para aquisição totalmente online

12 Actual

Sector de Serviços acumula mais trabalhadores

BiG: Um banco de investimento Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Frans Hovens; Paginação: Ricardo Timbe – 29timbe@gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

BiG: Um banco com o investimento na mira

O BiG entrou recentemente no mercado moçambicano e posiciona-se como um banco de investimento especializado, com um grande enfoque na inovação. O Banco, de origem portuguesa, decidiu apostar na internacionalização e está a operar em três áreas de negócio em Moçambique: Retalho Especializado, Clientes Institucionais e Empresas e Tesouraria e Mercados de Capitais. Em Moçambique o Banco é presidido pelo Dr. Salvador Namburete sendo Joel Rodrigues e Sérgio Magalhães os membros da Comissão Executiva. Segundo o seu administrador, Joel Rodrigues, o BiG oferece um leque de serviços de poupança, investimento, intermediação financeira e assessoria a clientes particulares e institucionais.

Dossier

Capa

A presidente da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Amélia Nkhare, diz que a instituição que dirige sempre cumpriu as metas de arrecadação da Receita desde a sua fundação. Em relação a 2015, ano em que, pela primeira vez, a AT não alcançou as metas inicialmente traçadas, Nkhare justifica que a revisão em baixa do PIB, de 7.5% para 6.3%, ditou o cenário, mas mesmo assim garante que a instituição arrecadou o que havia por arrecadar.

25 Emprego envolve só 26,2% das mulheres

Emprego envolve só 26,2% das mulheres

Segundo um estudo encomendado pela Accenture, 80% dos clientes que pretendem adquirir um novo veículo estão a utilizar tecnologias digitais para saber mais sobre as suas preferências de compra e existe uma necessidade crescente de todas as marcas e concessionários de automóveis reforçarem a sua relação online com os clientes.

Capital Magazine Ed.96 · MAIO/JUNHO 2016

3


Editorial

Bem-vindo Níveis de emprego e pagamento de impostos deixam algo a desejar

32

Economia Salário mínimo é incompatível com o mercado

M

aio. Mais um mês dedicado ao trabalhador, que pela sua simbologia levanta de imediato uma série de questões. A CAPITAL foi estudar o pulsar do país em termos de emprego e descobriu que o Sector Privado emprega mais do que o Público, que o sector dos Serviços é o que mais emprega, e que o acesso ao emprego não é só dificultado pelas exigências do mercado mas também pela falta de transparência no processo de absorção da força de trabalho.

48 EMPREENDER Operação Caco, o meio ambiente agradece

PROFILE ‘Polana’ brilha nos “Óscares” da indústria de viagens

Lançando outro olhar atento ao mecanismo tributário, a presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Amélia Nakhare, diz que a falta de produção interna encolhe a Receita. Não obstante, Nakhare garante que a instituição atingiu sempre as metas de arrecadação da Receita. Contudo, estima-se que da população economicamente activa em Moçambique somente 0.58% paguem impostos. Ou seja, muito pouca gente cumpre com as suas obrigações tributárias.

75 Estilos de Vida Obras de Mia em mandarim

MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96

Ao que tudo indica, o sector informal é alimentado sobretudo por jovens e mulheres. Um grupo que, por sua vez, se caracteriza pelos baixos níveis de escolaridade e pela falta de qualificação. Uma problemática que urge resolver. Aliás, e do lado do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional, um dos grandes desafios que se é justamente o alinhamento da oferta formativa às necessidades do sector produtivo. De um universo de 25 milhões de indivíduos, a população economicamente activa em Moçambique ascende a mais de 11 milhões, ao passo que 3 milhões se encontra desempregada. Por outro lado, informações revelam que cerca de dois terços da população empregada trabalha por conta própria no sector agrícola, sendo que no que tange ao universo feminino o emprego abrange apenas 26% das mulheres.

53

4

Tendo em conta que o acesso ao sector formal ainda é difícil, o informal assume-se como uma alternativa possível para muitos dos agregados familiares. Famílias que lutam diariamente contra acentuados níveis de pobreza e desemprego e com um alto nível de percepção de exclusão social e económica.

Por último, o BiG abre a sua sede em Maputo, posicionando-se no merdado financeiro como um banco especializado no investimento. O BiG chega esgrimindo vantagens como uma oferta especializada de soluções de gestão de liquidez, poupança e investimento, acesso aos mercados de capitais e assessoria financeira, mantendo uma ligação aos principais mercados internacionais e à economia global.



Contents

Highlights 26

Employment Administration in Mozambique as ascertained a total of 302.188 jobs created in 2015, out of which 79.074 (26,2%) destined to women, a pretty insignificant number when compared with the 223,114 of jobs generated for the male universe.

38

Lack of production shrinks Revenue

44 INEFP, 15.194, 12%

The president of the Mozambique Tax Authority (AT), Amélia Nkhare, says that the institution that she runs satisfied the targets of Revenue collection since its foundation. In relation to 2015, year that, for the first time, the AT did not reach the targets that were initially established, Nkha- re justifies that the low review of the GDP, from 7.5% to 6.3%, dictated the scenario, but still she ensures that the institution collected the revenue that it had to collect.

44

BiG: A bank with investment on sight

Background Theme

Other Public Centers except INEFP, 15.236 12%

BiG: A bank with investment on sight

Private Centers98.613, 76%

26

Dossier Employment involves only 26,2% of women

14 CURRENT Capa

Service Sector accumulates more employees

Big, an investment bank

Property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Administrative Secretariat: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B.- Translation: Frans Hovens;Page make-up: Ricardo Timbe –29timbe@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

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MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96

Employment involves only 26,2% of women

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BiG recently entered into the Mozambican market and is positioning itself as a bank of spe- cialized investment, with great focus in innovation. The Bank, of Portuguese origin, decided to bet in internationalization and is operating in three business areas in Mozambique: Speciali- zed Retail, Corporate Clients and Companies and Treasury and Capital Markets. In Mozambi- que the Bank is presided by Dr. Salvador Namburete and Joel Rodrigues and Sérgio Magalhães are members of the Executive Commission. According to its Director, Joel Rodrigues, BiG offers a variety of savings products, investment, financial intermediation and advisory to individual and corporate clients.

Car buyers prepared for complete online acquisition

According to a study ordered by Accenture, 80% of clients who intend to acquire a new car are using digital technologies to find out more about their purchase preferences and there is a growing need from all brands and car dealerships to strengthen their online relationship with clients.


Editorial

Welcome 33 Economy Minimum wage is incomparable with the market

49 ENTREPRENEURSHIP Caco operation, the environment appreciates

Employment levels and payment of taxes leave something to be desired

M

ay. Another month dedicated to the employee, which for its symbolism immediately raised a series of questions. CAPITAL went to study the pulse of the country in terms of employment and found out that the Private Sector employs more than the Public, that the Services sector is the one that employs the most, and that access to employment is not only made difficult by market demands but also for the lack of transparency in the process of absorption of the work force. Taking into account that access to the formal sector is still difficult, the informal take itself on as a possible alternative for many households. Families that fight daily against the accentuated levels of poverty and unemployment and with a high level of perception of social and economic exclusion. It seems that, the informal sector is fed above all by young people and women. A group, which on its turn, is characterized by low levels of education and by lack of qualification. A problem that needs to be resolved. What is more, and from the perspective of the National Institute of Employment and Professional Training, one of the greatest challenges is in fact the alignment of training offer to the needs of the productive sector. Out of a universe of 25 million individuals, the economic active population of Mozambique rises to more than 11 million, while 3 million is unemployed. On the other hand, information reveals that about two thirds of the employed population is self-employed in the agriculture sector, and with regards to the female universe employment comprises only 26% of women.

54 PROFILE ‘Polana’ shines at the “Oscars” Of the travel industry

Taking another closer look at the fiscal mechanism, the president of the Mozambican Tax Authority, Amélia Nakhare, says that the lack of internal production shrinks revenue. Nevertheless, Nakhare assures that the institution always reached their targets of Revenue collection. However, it is estimated that from the population that is economically active in Mozambique only 0.58% pay taxes. That is, very few people comply with their tax obligations.

62

LIFE STyLES

Lastly, BiG opens its head office in Maputo, positioning itself in the financial market as a bank specialized in investment. BiG arrives wielding advantages such specialized offer of liquidity management solutions, savings and investment, access to capital markets and financial advisory, keeping a connection to the main international markets and global economy.

Mia’s book in mandarin

Capital Magazine Ed.96 · MAIO/JUNHO 2016

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Capitoon To produce or not to produce That is the question

If i do not produce I do not pay tax

And if i produce Taxes are increased

But if i do not pay taxes The country does not move forward

But if the country moves forward too fast We have time to rest

Nor thinks about the future

EM BAIXA

And he who does not rest nor thinks about the future Is not able to produce

ANADARKO LIMITA INVESTIMENTO NO ROVUMA

A Anadarko prevê inves­timentos mínimos em Moçambique, durante este ano, no projecto de Gás Natural Liquefeito em que está envolvida, o qual se espera que comece a operar em 2021, na melhor das hipóteses. A Bloomberg escreve que a Anadarko pondera vender acti­ vos de até 3 biliões de dólares, este ano, bem como cortar gastos em novos poços e noutros projectos em quase 50%, devido às baixas perspec­tivas de retorno no mercado pe­ trolífero.c

The best is to rest today think about the future tomorrow and leave the rest for later

EM ALTA NAMPULA: TODOS OS DISTRITOS TERÃO AGÊNCIAS BANCÁRIAS ATÉ 2019 A expansão dos serviços da banca comercial privada para a totalidade dos 23 distritos da província de Nampula estará completa até meados de 2019. A informação foi divulgada pelo governador da província, Victor Borges, que acrescentou que o seu Executivo decidiu avançar com a construção de infraestruturas adequadas para acolher os serviços da banca, como forma de atrair os investidores a fixarem-se nos distritos.c

EDM APLICA 36 MILHÕES DE DÓLARES NA REDE ELÉCTRICA

O Programa de Desenvol­vimento e Acesso à Energia (EDAP) que está a ser imple­mentado pela Electricidade de Moçambique (EDM), na provín­cia de Maputo, vai custar cerca de 36 milhões de dólares norte­-americanos. O projecto, cuja execução tem a duração de 18 meses, prevê a construção de uma subestação em Muhalaze, bem como 297 quilómetros de rede de distribui­ção de energia eléctrica de média tensão, 845 de rede de baixa tensão e a montagem de 331 Pos­tos de Transformação (PT).c

SHOPRITE ADULTERA PESO DE AÇÚCAR O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) encontrou açúcar com peso abaixo do normal a ser comercializado na Shoprite da Matola, na província de Maputo. Os técnicos do IN­NOQ conseguiram descobrir que o açúcar castanho de um quilo que estava na prateleira da Shoprite da Matola pesava, afinal, cerca de 930 gramas. O supermercado será sancionado pela instituição tutelada pelo Ministério da Indústria e Comércio por prejudicar os consumidores.c

COISAS QUE SE DIZEM O PARCEIRO CERTO “Existem muitos comentários sobre a cooperação sino-africana, mas os africanos sabem melhor. A China nunca colonizou África, mas sim se preocupou em apoiar no desenvolvimento económico e na redução da pobreza. África esteve à procura de um verdadeiro parceiro de cooperação e encontrou na China.”c

POR QUE É QUE OS GRUPOS TEATRAIS TENDEM A TER MENOS PESSOAS? “É o despertar de uma consciência. Percebemos que é difícil organizar espectáculos teatrais com muita gente, por falta de recursos financeiros. E quando temos de ter alguma mobilidade internacional para participar em festivais, as coisas tornam-se mais complicadas. Ninguém está disposto a ceder passagens para mais de 10 pessoas. Agora duas, ainda que não consigamos patrocínio, é fácil tirarmos do nosso próprio bolso.”c

Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China, in “Jornal Notícias”.

Dadivo José, actor, in jornal O País .

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DESENVOLVIMENTO

É CRESCIMENTO Crescer significa ser maior, andar para a frente, construir as pontes, os caminhos e as ligações para o futuro. O BNI faz Moçambique crescer. Este é um Banco diferente de todos os outros. 100% moçambicano, é o Banco que faz desenvolver o país, apoiando e investindo em projectos – IInfra-estrutura,Recursos RecursosNaturais, Naturais,Energia, Energia,Agricultura, Agricultura, Infra-estrutura, Indústria e Comércio – que desenvolvem Moçambique

.

BNI. Juntos desenvolvemos Banco de Desenvolvimento Moçambique.

Saiba mais sobre nós Saiba mais sobre nós www.bni.co.mz


Capitoon

ON THE BOTTOM ANADARKO LIMITS INVESTMENT IN THE ROVUMA

Anadarko foresees minimum investments in Mozambique, during this year, in the Liquefied Natural Gas project in which it is involved, which is expected to begin operating in 2021, in the best of hypothesis. Bloomberg writes that Anadarko is considering selling assets up to 3 billion dollars, this year, as well as cut costs in new wells and other projects in almost 50%, due to the low return perspectives in the oil market.c

ON TOP NAMPULA: ALL DISTRICTS WILL HAVE BANK BRANCHES UNTIL 2019 Expansion of private retail banking services for the total of 23 districts of the Nampula province will be complete until mid-2019. The information was disseminated by the province’s governor, Victor Borges, who added that his Executive decided to move forward with the construction of adequate infrastructures to house banking services, as a way to attract investors to fix themselves in the districts.c

EDM INVESTS 36 MILLION DOLLARS ON THE ELECTRICAL NETWORK

The Development Program and Energy Access (EDAP) that is being implemented by the Electricidade de Moçambique (EDM), in the Maputo province, will cost about 36 million American dollars. The project, whose execution will last for 18 months, forecasts the construction of a substation in Muhalaze, as well as 297 kilometers of electrical power distribution network of medium voltage, 845 low voltage network and assembly of 331 Transformer Posts (TP).c

SHOPRITE ADULTERATES SUGAR WEIGHT

The National Institute of Quality and Normalization (INNOQ) found sugar with weight below the normal being traded at Matola’s Shoprite, in the Maputo province. IN­NOQ technicians managed to find out that the one kilo brown sugar that was at Matola’s Shoprite shelf weighed, in fact, about 930 grams. The supermarket will be sanctioned by the Institution under the Ministry of Industry and Commerce for harming consumers.c

THINGS BEING SAID “There are a lot of comments about the ChiTHE RIGHT PARTNER nese-African cooperation, but Africans know better. China never colonized Africa, but instead it was concerned with supporting it in the economic development and poverty reduction. Africa was looking for a true cooperation partner and found it in China”.c

Wang Yi, Minister of China’s Foreign Affairs, in “Jornal Notícias

WHY IS IT THAT THEATER GROUPS TEND TO HAVE LESS PEOPLE? “It is the awakening of a consciousness. We understand that it is difficult to organize theater shows with a lot of people, due to a lack of financial resources. And when we need to have some international mobility to participate in festivals, things become complicated. No one is willing to give away plane tickets to more than 10 people. Now two, even if we do not get sponsorship, it is easy to take it out from our own pocket”.c Dadivo José, actor, in jornal O País .

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ACTUAL

Sector de Serviços acumula mais trabalhadores O sector de Serviços é o que mais emprega no país de acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), instituição tutelada pelo Ministério de Trabalho, Emprego e Segurança Social. Só neste sector encontram-se a laborar mais de 90.500 trabalhadores em todo o País. Gildo Mugabe (texto)

C

om o acesso ao sector formal cada vez mais difícil, o informal continua a ser a única alternativa para a sobrevivência de muitas famílias com níveis acentuados de pobreza, desemprego e com alto nível de percepção de exclusão social e económica. Aliás, o sector informal é alimentado maioritariamente por mulheres e jovens, habitualmente com baixos níveis de esco-

laridade, sem qualificações profissionais e com responsabilidade por enormes agregados familiares. E mais, o acesso ao emprego não é apenas dificultado pelas exigências do mercado, mas também pela falta de transparência no processo de absorção da força de trabalho. Outro factor coloca-se com contratos precários que rapidamente levam as pessoas à situação de desemprego. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o sector privado emprega

cerca de 32,7 por cento da força de trabalho, enquanto o público representa apenas 23,3 por cento. O INE avança ainda que as organizações não-governamentais e associações empregam 4,5 por cento, e os remanescentes 39,5 por cento são garantidos pelo sector informal. Em termos de tamanho de empresas, as pequenas absorvem cerca de 78,7 por cento, as médias e grandes empresas representam 8,5 por cento e 12,8 por cento de empregos, respectivamente.c

Distribuição dos empregos criados ao longo do Ano 2015 por sectores de actividades (secções do CAE) Niassa

Cabo Delgado

Nampula

Zambézia

Tete

Manica

Sofala

Inhambane

Gaza

Maputo Província

Maputo Cidade

Total

Sector de Actividade/Total

4733

14767

40460

55911

23613

17572

32870

17145

14100

16679

29657

267507

A

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

1834

1969

11143

4599

4017

2553

11028

383

6

13104

570

51206

B

Indústrias Extractivas

22

297

4489

146

2292

198

686

41

0

0

101

8272

C

Indústrias transformadoras

10

765

3387

417

189

83

452

50

79

373

1698

7503

D

Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio

1

527

0

45

10

0

507

16

60

90

808

2064

E

Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição

F

Construção

G

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos

H

Transportes e armazenagem

I

Alojamento, restauração e similares

J

Província

6

0

0

0

0

129

0

1

19

59

214

172

2238

13758

6374

6100

2245

7317

1325

57

1004

1996

42586

1006

2717

1294

2766

6069

5285

2610

1045

200

262

4439

27693

4

436

378

1308

25

4529

16

11

125

2433

9265

136

679

2485

1090

406

100

619

91

38

2463

8107

Actividades de informação e de comunicação

0

0

0

0

0

0

32

0

5

0

227

264

K

Actividades Financeiras e de seguros

5

103

0

458

6

0

12

8

2

0

782

1376

L

Actividades imobiliárias

0

1651

893

238

18

206

17

0

4

0

2761

5788

M

Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares

0

0

0

156

0

0

138

0

15

0

129

438

N

Actividades administrativas e dos serviços de apoio

0

0

0

0

0

0

139

0

51

37

782

1009

O

Administração Pública e defesa; Segurança Social Obrigatória

90

87

2714

53

0

4005

12

0

0

946

7907

P

Educação

930

73

0

183

890

0

81

19

1

0

240

2417

Q

Actividades de saúde humana e acção social

53

192

124

0

0

0

0

136

0

126

631

R

Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

S

Outras actividades de serviços

464

2879

2782

37542

1554

6571

1079

13611

13368

1624

9052

90526

T

Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e actividades de produção das familias para uso próprio

0

92

0

0

0

0

0

0

13

3

45

153

U

Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

0

62

0

0

17

0

9

0

0

0

0

88

12

MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96


Capital Magazine Ed.96 · MAIO/JUNHO 2016

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CURRENT

Service Sector accumulates more employees The Services sector is the one that employs the most in the country according to data made available by the National Institute of Employment and Professional Training (INEFP), institution that is managed by the Ministry of Labor, Employment and Social Security. Only in this sector there are more than 90.500 employees across the Country.

W

Gildo Mugabe (text)

ith access to the formal sector being ever more difficult, the informal continues to be the only alternative for the survival of many families with high levels of poverty, unemployment and with high level of perception of social and economic exclusion. Indeed, the informal sector is fed in its majority by women and young people, usually with low levels of education,

without professional qualification and who are responsible for big households. Furthermore, access to employment is not only made difficult by market demands, but also by the lack of transparency in the process of absorption of the work force. Another factor is the issue of short term contracts that quickly put people in a position of unemployment. According to the National Statistics Institute (INE), the private sector employs

about 32,7 per cent of the workforce, meanwhile the public represents only 23,3 per cent. INE also stated that non-government organizations employ 4,5 per cent, and the remaining 39,5 per cent are guaranteed by the informal sector. In terms of size of companies, the small ones absorb about 78,7 per cent, the medium and large companies represent 8,5 per cent and 12,8 per cent of jobs, respectively.c

Distribution of jobs created during the Year 2015 by sector of activity (sections of the CAE) Niassa

Cabo Delgado

Nampula

Zambézia

Tete

Manica

Sofala

Inhambane

Gaza

Maputo Província

Maputo Cidade

Total

Sector of Activity/Total

4733

14767

40460

55911

23613

17572

32870

17145

14100

16679

29657

267507

A

Agriculture, animal production, hunting, forestry and fishing

1834

1969

11143

4599

4017

2553

11028

383

6

13104

570

51206

B

Mining Industries

22

297

4489

146

2292

198

686

41

0

0

101

8272

C

Manufacturing Industries

10

765

3387

417

189

83

452

50

79

373

1698

7503

D

Electricity, gas, steam, hot and cold water and cold air

1

527

0

45

10

0

507

16

60

90

808

2064

E

Collection, treatment and distribution of water; sanitation, waste management and clean up

F

Construction

G

Wholesale and retail trade; vehicle and motorcycle repair

H

Transport and storage

I

Housing, hospitality and similar

J

Province

6

0

0

0

0

129

0

1

19

59

214

172

2238

13758

6374

6100

2245

7317

1325

57

1004

1996

42586

1006

2717

1294

2766

6069

5285

2610

1045

200

262

4439

27693

4

436

378

1308

25

4529

16

11

125

2433

9265

136

679

2485

1090

406

100

619

91

38

2463

8107

Activities of information and communication

0

0

0

0

0

0

32

0

5

0

227

264

K

Financial and Insurance activities

5

103

0

458

6

0

12

8

2

0

782

1376

L

Real Estate Activities

0

1651

893

238

18

206

17

0

4

0

2761

5788

M

Consultancy,scientific, technical and similar activities

0

0

0

156

0

0

138

0

15

0

129

438

N

Admnistrative activities and support services

0

0

0

0

0

0

139

0

51

37

782

1009

O

Public Admnistration and Defense;Social Security

90

87

2714

53

0

4005

12

0

0

946

7907

P

Education

930

73

0

183

890

0

81

19

1

0

240

2417

Q

Actividades de saúde humana e acção social

53

192

124

0

0

0

0

136

0

126

631

R

Artistic, shows, sportive and recreational activities

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

S

Other service activities

464

2879

2782

37542

1554

6571

1079

13611

13368

1624

9052

90526

T

Activities of families that employ domestic staff and activities of production of families for their own use

0

92

0

0

0

0

0

0

13

3

45

153

U

Activities of international bodies and other extra-territorial institutions

0

62

0

0

17

0

9

0

0

0

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88

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Novos Contratos Olá Sorriso Chamadas e SMS’s ilimitados a partir de 1.700 MT Vai já a uma loja mcel ou contacta o gestor de clientes pelos números 82111/ 822172972 ou envia email para corporate@mcel.co.mz Termos e condições aplicáveis. válido para clientes novos e renovações.


MUNDO

Angola e Brasil tiraram mais de um bilião às exportações de 2015

As vendas de bens

portugueses para Angola caíram 33,8% durante o ano passado. Foram 1.074 milhões de euros a menos para a economia portuguesa, só à conta deste parceiro comercial, segundo mostram os dados trabalhados pelo Gabinete de Estatísticas e Estudos, do Ministério da Economia daquele país europeu. Para o Brasil, o ano não correu tão mal, mas a queda das exportações ainda superou os 10%, subtraindo mais 70 milhões às vendas. Com os mercados lusófonos em crise, as exportadoras portuguesas saem a

perder. Em 2014, Angola era o quarto principal cliente das exportações nacionais. Comprava 3,2 mil milhões de euros de bens a Portugal. Com a crise do petróleo e a desvalorização cambial, a economia reduziu drasticamente as compras ao exterior. As empresas lusas sentiram o impacto: no último ano, Angola caiu para a sexta posição no ranking dos maiores clientes da economia portuguesa. Os primeiros dados deste ano são igualmente preocupantes. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE),

Nestlé manda recolher produtos por conterem vidros A Nestlé nos Estados

Unidos da América (EUA) anunciou (na sua página da Internet) a recolha voluntária de um número limitado de produtos, entre os quais pizzas e lasanhas congeladas, por conterem pedaços de vidro. A empresa norte-americana adiantou que a recolha inclui cerca de três milhões de produtos de lasanha “Stouffer”, refeições congeladas “Lean Cuisine” e pizzas “DiGiorno”. A Nestlé disse “lamentar a situação” e adiantou que ainda não recebeu nenhuma queixa relativa a algum

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tipo de incidente com pedaços de vidro naqueles alimentos. Na sua página da Internet, a Nestlé adiantou ainda estar já em curso uma investigação para detectar a origem do problema. É importante destacar que a Nestlé é uma das principais empresas de produtos alimentares que opera no mercado moçambicano, porém as autoridades nacionais não chegaram a se pronunciar sobre a existência, ou não, dos produtos em alusão nos supermercados.c

de Portugal, as exportações para Angola caíram 45% só em Janeiro. As estatísticas do Ministério da Economia mostram que mais de um quarto (26%) das vendas de bens para Angola em 2014 diziam respeito a máquinas e aparelhos, bem como material eléctrico. O segundo grupo de produtos mais vendidos foi o de bens alimentares e bebidas. Os dados mostram ainda que cerca de um terço dos produtos industriais transformados vendidos para Angola foi de média tecnologia e 8,2% de alta intensidade tecnológica.c

AGENDA Evento: Cimeira do G7 Data: 26 e 27 de Maio Local: Shima, Japão

DESTAQUE O transporte

aéreo russo registou um modesto crescimento de 0.2%, em Fevereiro de 2016, segundo a agência Federal Russa do Transporte Aéreo (Rosaviation), o que acontece pela primeira vez em cinco meses. As transportadoras aéreas daquele país movimentaram 5.121 milhões de passageiros, em Fevereiro de 2016, contra 5.112 milhões registados no mesmo mês de 2015. Os dados revelam ainda que, em Fevereiro, o transporte de carga cresceu 0.1%, para pouco mais de 73 mil toneladas­.c


WORLD

Angola and Brazil took out more than one billion from 2015 exports Sales of Portuguese goods to Angola dropped 33,8% during last year. It was less 1.074 million for the Portuguese economy, from this commercial partner alone, according to the data compiled by the Office of Statistics and Studies, of that European country’s Ministry of Economy. For Brazil, the year was not that bad, but the drop in exports still surpassed the 10%, subtracting sales more than 70 million. With the Portuguese speaking markets in crisis, Portuguese exporters lose out. In 2014, Angola was the fourth main client of national exports. It used to buy 3,2 thousand million euros of goods from Portugal. With the oil crisis and currency depreciation, the economy reduced drastically its purchases abroad. Portuguese compa-

nies felt the impact: in the last year, Angola dropped to the sixth position in the ‘ranking’ of the biggest clients of the Portuguese economy. The first data from this year is equally disturbing. According to the Portuguese National Statistics Institute (INE), exports to Angola dropped 45% in January alone. Statistics from the Ministry of Economy show that more than one quarter (26%) of sales of goods to Angola in 2014 were related to machines and appliances, as well as electric material. The second group of products that had the most sales was food and beverages. Data shows that about a third of transformed industrial products sold to Angola was of average technology and 8,2% of high intensity technology­.c

Nestlé orders collection of products for containing glass

Nestlé in the United States of America (USA) announces (in its internet page) the voluntary collection of a limited number of products, amongst which frozen pizzas and lasagnas, for containing pieces of glass.

The North American company informed that the collection includes about three million “Stouffer” lasagna products, “Lean Cuisine” frozen meals and “DiGiorno” pizzas. Nestlé has stated that it “regrets the situation” and has also stated that it has not yet received any complaint regarding any type of incident with pieces of glass in those food products. In its internet page, Nestlé stated that an investigation is underway to detect the source of the problem. It is important to highlight that Nestlé is one of the main food stuff companies that operate in the Mozambican market, however national authorities did not present any statement regarding the existence, or not, of similar products in supermarkets.c

AGENDA Event: G7 Summit Date: 26 and 27 May Place: Shima, Japão

HIGHLIGHT O transporte Russian air transport registered a modest growth of 0.2%, in February 2016, according to the Russian Federation of Air Transport (Rosaviation), fact which has happened for the first time in five months. That country’s air carriers have transported 5.121 million passengers, in February 2016, against 5.112 million registered in the same month of 2015. Data further reveals that, in February, cargo transport grew from 0.1%, to a little more than 73 thousand tons­.c

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ÁFRICA

Apesar da crise...

Investimento chinês prossegue em África

formalização de uma tendência, lentamente a ganhar ritmo, embora a partir de uma base baixa, de as empresas chinesas estabelecerem bases de montagem e produção em África, à medida que os custos operacionais aumentam em províncias orientais industrializadas da China, adiantou Corkin­.c

Economia sul-africana sinaliza tempos difíceis O nível de investimentos

da China em África deverá manter-se elevado nos próximos tempos, mesmo na actual conjuntura de abrandamento económico, de acordo com analistas das relações sino-africanas. Em Dezembro de 2015, durante a Cimeira China-África de Joanesburgo, o presidente Xi Jinping anunciou a consignação de 10 biliões de dólares de capital adicional ao Fundo China-África para o Desenvolvimento, de 10 biliões de dólares para lançamento do Fundo de Cooperação Industrial China-África e ainda de 6 biliões de dólares para o fundo do Banco de Desenvolvimento da China para as pequenas e médias empresas africanas. A investigadora da Universidade de Londres Lucy Corkin, que tem analisado as linhas de crédito da China a Angola, afirmou em recente entrevista à revista The Diplomat que uma leitura atenta do Plano de Acção de Joanesburgo (2016-2018) e de comentários do presidente chinês parecem indicar a intenção de aplicar fundos ao desenvolvimento de infra-estruturas, pedra angular da relação China-África, mas também ao desenvolvimento de capacidade industrial e de projectos agrícolas. O lançamento do Fundo de Cooperação Industrial China-África representa a

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A economia da África do Sul teve um arranque lento este ano, sinalizando tempos difíceis pela frente para um país em risco de perder o seu status como um país de grandes investimentos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Estatísticas local. É que, a produção industrial da economia mais avançada de África contraiu 2.5% em Janeiro, contra todas as expectativas, depois de um crescimento de 0.5% em Dezembro de 2015. Economistas que falaram à agência de notícias Reuters esperavam que a produção das fábricas crescesse pelo menos 0.2% em Janeiro. O Instituto de Estatísticas justifica este cenário com a fraca demanda e custos mais elevados de insumos, para além de uma quebra de confiança em manter a indústria transformadora acima dos níveis de recessão verificados em 2015. Por seu turno, a produção do sector de mineração caiu 4.5% no primeiro mês do ano em curso­.c

Fraco crescimento económico aumenta receios O fraco crescimento

económico da África do Sul está a aumentar os receios da classificação de crédito, pelas agências de rating, para sub-ivestiment grade e enervar ainda mais os investidores. Dados divulgados pelo Tesouro apontam que a economia poderá crescer 0.9% este ano, o que seria o crescimento mais baixo desde 2009­.c AGENDA Evento: Fórum Económico Mundial para África Data: 11-13 de Maio Local: Kigali, Ruanda Evento: Conferência da Organização Africa de Seguros Data: 8-11 de Maio Local: Marraquexe, Marrocos Evento: Encontro Anual do Banco Africano de Desenvolvimento Data: 23-27 de Maio Local: Lusaka, Zâmbia

DESTAQUE

Aeroporto africano é o primeiro a funcionar com energia solar Aeroporto George

na cidade do Cabo Ocidental, na África do Sul, acaba de se tornar no primeiro a funcionar com energia solar em África, segundo fontes locais. A maioria das necessidades energéticas destas infraestruturas são satisfeitas por 200 metros quadrados de placas fotovoltaicas (PV) que produzem electricidade a partir de raios solares. De acordo com o Ministério do Ambiente da África do Sul, o projecto foi realizado graças a uma frutuosa colaboração entre o Governo e o sector privado­.c


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AFRICA

Despite the crisis...

Chinese investment proceeds in Africa

dustrial Cooperation Fund represents the formalization of a tendency, slowly gathering pace, despite coming from a low base, of Chinese companies to establish assembly and production bases in Africa, at a time when operational costs are increasing in East industrialized provinces of China ”, advanced Corkin­.c

Weak economic growth increases concern

South African economy gives signs of tough times The economy

The level of investments

of China in Africa shall maintain itself high in the next few years, even in the current environment of economic slowdown, according to analysts of Chinese-African relations. In December 2015, during the Johannesburg China-Africa Summit, the President Xi Jinping announced the consignation of 10 billion dollars of additional capital to the China-Africa fund for Development, 10 billion dollars for the launch of the China-Africa Industrial Cooperation Fund and 6 billion dollars for the China Development Bank for small and medium African enterprises. The researcher from London University, Lucy Corkin, who has been analyzing the credit lines from China to Angola, stated in a recent interview with The Diplomat that a close reading of the Johannesburg Action Plan (2016-2018) and of comments from the Chinese president seem to point to the intention of applying funds to the development of infrastructures, “cornerstone of the Africa-China relationship”, but also to the development of industrial capacity and agricultural projects. “The launch of the China-Africa In-

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of South Africa had a slow start this year, giving signs of tough times ahead for a country at risk of losing its status as a country of great investments, according to data released by the local Statistics Institute. The fact is that, industrial production of the most advanced economy in Africa contracted 2.5% in January, against all expectations, after a growth of 0.5% in December 2015. Economists who spoke to Reuters expected that production in factories would grow at least 0.2% in January. The Statistics Institute justifies this scenario with poor demand and higher costs of inputs, besides a breach of trust in keeping the manufacturing industry above the levels of recession verified in 2015. On its turn, production of the mining sector dropped 4.5% in the first month of this year.c AGENDA Event: World Economic Forum for Africa Date: 11-13 May Place: Kigali, Rwanda Event: Conference of the African Insurance Organization Date: 8-11 May Place: Marrakesh, Morroco Event: Africa Development Bank Annual Meeting Date: 23-27 May Place: Lusaka, Zambia

South Africa’s weak economic growth is increasing concerns of credit assessment, by rating, agencies to sub-investment grade and upsetting investors even more. Data disclosed by Treasury points that the economy may grow 0.9% this year, which would be the lowest growth since 2009.c

HIGHLIGHT

African airport is the first to operate with solar power Aeroporto africano George Airport in Easter cape, in South Africa, just became the first to operate with solar power in Africa, according to local sources. Most of the power needs of this infrastructure are done by 200 square meters photovoltaic plates (PV) that produce electricity from sunbeams. According to the South African Environment Ministry, the project was carried out thanks to a fruitful cooperation between the Government and the private sector.c


MOÇAMBIQUE

Abertura para investimento

Moçambique destaca-se na CPLP

-CPLP, sublinhado neste encontro em Dili, é contribuir para o desenvolvimento dos países membros. Isso, segundo Salimo Abdula, passa por ver como é que os países da ASEAN superaram as suas dificuldades, assim como ultrapassar a visão de colono e colonizador para assumirem-se como parceiros­.c

EDM aponta saída para crise energética

Moçambique registou

um maior grau de abertura para investimento nos últimos anos, atingindo 112.9 % entre os países de língua oficial portuguesa. Estes dados foram avançados no I Fórum Económico Global da CPLP, realizado em Díli, Timor Leste, que juntou a Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Em termos de captação de comércio internacional, o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tem uma média de 920 biliões de dólares por ano, deste valor Moçambique representa mais de 17 biliões. Estes números representam um crescimento que se tem verificado no mercado da CPLP. O Presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula, justifica este crescimento com a competitividade que se verifica neste espaço. Ao discursar no Fórum Económico Global, Abdula chamou a atenção para a necessidade de que os empresários têm de observar os critérios dessa competitividade que é a capacidade que as empresas têm de se inserir no mercado e ombrearem com as outras. Um dos maiores desafios da CE-

Uma Central Termoeléctrica de Ciclo Combinado a Gás Natural com capacidade aproximada de 100 MW será construída na Cidade de Maputo até 2018. Para o efeito, a Electricidade de Moçambique e o consórcio constituído pelas empresas japonesas Sumitomo Corporation e a IHI Corporation assinaram, recentemente, um contrato de empreitada para a construção desse empreendimento. O projecto está orçado em 151 milhões de dólares, valor financiado pelo Governo japonês através da Agência de Cooperação Internacional (JICA), num acordo assinado em Janeiro de 2014. Este financiamento, para além de custear a construção da infraestrutura, inclui a formação de quadros na operação e manutenção de equipamento e assistência técnica durante seis anos, assegurando-se assim a transferência gradual da tecnologia e de práticas e modelos de gestão de padrões internacionais. Segundo deu a conhecer o Presidente do Conselho de Administração da EDM, Mateus Magala, a Central, cuja construção iniciará em breve, irá garantir maior disponibilidade de energia eléctrica e assegurar o acesso a mais moçambicanos, bem assim, a segurança no fornecimento

à Região Sul do País, com particular, destaque para as Cidades de Maputo e Matola. Trata-se de uma Central com uma tecnologia que permite o uso mais eficiente do gás natural e contribui para a redução das emissões de carbono, preservação do ambiente, bem como para o desenvolvimento económico sustentável do nosso País­.c

DESTAQUE

Investimento cai 74%

Os projectos de investi­mento

autorizados no território moçambica­no caíram 74,5% em 2015 face ao ano anterior. No ano passado, o valor dos investimentos atingiu 1,7 biliões de dólares, dos quais Portugal representa 88 milhões de dólares, segundo revelam os da­dos do Centro de Promoção de Investimentos (CPI). Segundo dados do CPI, o in­vestimento directo estrangeiro (IDE) sofreu uma redução de 60% e o nacional diminuiu 83,2%. En­tretanto, a rubrica suprimentos e empréstimos baixou 94,1%­.c

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Vodacom Tudobom pra ti

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MOZAMBIQUE

Opening for Investment

Mozambique stands out at CPLP

ment of member countries. That, according to, Salimo Abdula, passes by seeing how ASEAN countries overcome their difficulties, as well as overcome the vision of settler and colonizer to take on as partners­.c

EDM points an exit to the energy crisis A Thermoelectric Central

Mozambique registered a greater degree of openness for investment in the last few years, reaching 112.9 % amongst the countries who have Portuguese as its official language. These data was advanced at the CPLP I Economic Global Forum, held in Díli, Timor Leste, that put together CPLPs Business Confederation (CECPLP) and the Association of South East Asian Nations (ASEAN). In terms of capturing international commerce, the space of the Community of Portuguese Speaking Countries, has an average of 920 billion dollars per year, from this amount Mozambique represents more than 17 billion. These numbers represent a growth that has been verified in the CPLP’s market. The CE-CPLP’s President, Salimo Abdula, justifies this growth with competition that is verified in this space. When talking at the Global Economic Forum, Abdula called attention to the need that businessman have to observe the criteria of this competition which is the capacity that companies have to insert themselves in the market and compare themselves to others. One of the CE-CPLP biggest challenges, underlined at this meeting in Dili, is to contribute to the develop-

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of Natural gas Combined Cycle with approximate capacity of 100 MW will be built in the Maputo City until 2018. For that end, the Electricidade de Moçambique and the consortium constituted by Japanese companies Sumitomo Corporation and IHI Corporation recently signed, a contracting agreement for the construction of this endeavor. The project budgeted at 151 million dollars, amount sponsored by the Japanese Government through the International Cooperation Agency

(JICA), in an agreement signed in January 2014. This funding, besides meeting the costs of the construction of the infrastructure, includes staff training on the operation and maintenance of equipment and technical assistance for six years, and in this manner ensuring the gradual transfer of technology and of practices and international management models. According to the Chairman of EDM’s Board Mateus Magala, the Central, whose construction will begin shortly, will ensure greater availability of electrical energy and ensure access to more Mozambicans, as well as, the safety in the supply to the Southern Region, especially, the cities of Maputo and Matola. It is a Central with a technology that allows more efficient use of natural gas and contributes to the reduction of carbon emissions, environment protection, as well as the Country’s economic sustainable development­.c

HIGHLIGHT

Investiment drops 74% Authorized investment projects in the Mozambican territory dropped 74,5% in 2015 against the previous year. Last year, the value of investments reached 1,7 billion dollars, out of which Portugal represents 88 million dollars, according to the data revealed by the Investment Promotion Center (CPI). According to CPI’s data, foreign direct investment (FDI) suffered a reduction of 60% and the national reduced 83,2%. However, the item supplies and borrowings dropped 94,1%­.c


DOSSIER

Emprego envolve só 26,2% das mulheres A Administração do Trabalho em Moçambique apurou um total de 302.188 empregos criados em 2015, dos quais 79.074 (26,2%) destinados às mulheres, um número bastante insignificante quando comparado com os 223,114 de empregos gerados para o universo masculino. Gildo Mugabe (texto)

Distribuição do volume do emprego criado em 2015 pelas suas fontes e medidas 4921

6058

8443

282

Colocações do INEFP Colocações APE

16122

Admissões Directas

29760

Admissões Sector Público

422

Auto-Emprego

19443

Estagios Profissionais Associações Produtivas

20516

104158

FDD PERU FALJ FFP

2216

Contratação de Estrangeiros

4

Contratados para as Minas da RSA

1016 2760

D

Contratados para as Farmas da RSA

6993

o total dos empregos criados em 2015, cerca de 205.774 (68,0%) empregos foram gerados pelo sector privado, nomeadamente em admissões directas, colocações, estágios pré-profissionais e contratação de estrangeiros. De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), através do Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (INEFP), este número representa o cômputo dos dados recolhidos de diversas fontes adminis-

Outras acções

Fonte: MITES

trativas, programas, projectos ou fundos, medidas ou actividades produtivas em regime de associação, auto-emprego e de outras acções geradoras de emprego. Comparativamente com 2014, em que se registou a criação de 209.816, houve um incremento de cerca de 3,9% de empregos criados. No que tange à formação, em 2015 foram formados em diversas especialidades 129.043 cidadãos, dos quais 41.160 ou 32% são mulheres. Do total dos beneficiários, 98.613 ou 76,4% foram formados pelo sector

privado e os restantes 30.430 pelo sector público, sendo que destes, 15.194 foram formados pelos centros de formação profissional do INEFP. As estimativas apontam que a população economicamente activa em Moçambique ascende a mais de 11 milhões de pessoas e desta pouco menos de 3 milhões está desempregada, num universo de mais de 25 milhões de pessoas. Por outro lado, sabe-se que cerca de dois terços da população empregada trabalha por conta própria no sector agrícola. Formação para o mundo do trabalho

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DOSSIER

Contribuição dos Diferentes Intervenientes na Formação Profissional Outros Centros públicos, excepto INEFP, 15.236 12% INEFP, 15.194, 12%

Centros Privados INEFP

Centros Privados, 98.613, 76%

Outros Centros públicos, excepto INEFP

Fonte: MITESS

Tal como avança o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional, um dos grandes desafios que se coloca às instituições de formação profissional é o alinhamento da oferta formativa às necessidades do sector produtivo. Neste âmbito, o Governo criou a Autoridade Nacional da Educação Profissional que enquadra e gere a educação profissional e os seus desafios, estando em desenvolvimento curriculas baseados em competências e programas formati-

vos desenvolvidos em módulos. Dado o desequilíbrio do género verificado na distribuição de emprego no país, sendo que há poucas mulheres com acesso ao emprego, quando comparado com os homens, questionamos a directora nacional do Emprego, Domingas Mosse, sobre que políticas o Governo tem vindo a tomar no sentido de reduzir esta desproporcionalidade. “O instrumento de política pelo qual o Governo busca as soluções aos desafios

e obstáculos que entravam o desenvolvimento económico e social é o Programa Quinquenal do Governo 2015-2019. Neste instrumento estão definidos os objectivos centrais, prioridades e acções prioritárias por objectivo estratégico para os próximos cinco anos”. Outrossim, de acordo com Domingas Mosse, no quadro deste instrumento foi criada a Direcção de Observação do Mercado de Trabalho com a missão de assessorar o Governo sobre os desequilíbrios de trabalho e a apresentação de propostas de solução. “Moçambique tem desenvolvido diversas acções no âmbito da administração do trabalho, visando a acessibilidade ao emprego através da promoção de seminários de divulgação do Decreto dos estágios pré-profissionais, de formação profissional focalizados para o saber fazer, apoio às iniciativas e empreendimentos individuais”, concluiu Domingas Mosse­.c

Employment involves only 26,2% of women Employment Administration in Mozambique as ascertained a total of 302.188 jobs created in 2015, out of which 79.074 (26,2%) destined to women, a pretty insignificant number when compared with the 223,114 of jobs generated for the male universe.

O

Gildo Mugabe (text)

f the total of jobs created in 2015, about 205.774 (68,0%) of jobs were generated by the private sector, namely direct admissions, allocations, pre-professional internships and hiring of foreigners. According to data made available by the

26

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Ministry of Labor, Employment and Social Security (MITESS), through the National Employment Institute and Professional Training (INEFP), this number represents the calculation of data collected by various administrative sources, programs, projects or funds, measures or productive activities

in association regime, auto-employment and other employment generating actions. Comparatively to 2014, were the creation of 209.816 jobs was registered, there was an increase of about 3,9% jobs created. With regards to training, in 2015 129.043 citizens were trained in various specialties,


Distribution of the volume of jobs created in 2015 by its sources and measurements 4921

6058

8443

282

- INEFP’s placements - APE’s placements

16122

- Direct admissions

29760

- Public Sector admissions

422

- Auto- Employment

19443

- Professional Internships - Productive Associations

20516

104158

- FDD - PERU -FAIJ - FFP

2216

- Hiring of foreigners

4

- Hired for RSA’s Mines

1016 2760

- Hired for RSA’s Farms

6993

- Other actions

Source: MITES

out of which 41.160 or 32% are women. Out of the total beneficiaries, 98.613 or 76,4% were trained by the private sector and the remaining 30.430 by the public sector, and from these, 15.194 were trained by INEFP’s professional training centers. Estimates point that the economically active population in Mozambique amounts to more than 11 million people and out of these less than 3 million is unemployed, in a universe of more than 25 million people. On the other hand, it is known that two thirds of the employed population is selfemployed in the agricultural sector.

Training for the employment world As advanced by the National Institute of Employment and Professional Training, one of the greatest challenges faced by professional training institutions is the alignment of formative supply to the needs of the productive sector. In this context, the Government created the Professional Education National Authority which accommodates and manages professional education and its challenges, and curriculums based in competencies and formative programs developed in modules

are being developed. Given the unbalance of gender verified in the distribution of jobs in the country, being that there are few women with access to jobs, when compared to men, we questioned the national director of Employment, Domingas Mosse, about which politics the Government has been adopting in the sense of reducing this disproportionality. “The politics instrument with which the Government seeks solutions to the challenges and obstacles which hinder the economic and social development is the Government’s Five Year Plan 2015-2019. In this instrument the central objectives, priorities and actions are defined by strate-

gic objective for the next five years”. However, according to Domingas Mosse, in the context of this instrument the Department of Observation of the Job Market was created with the mission of advising the Government about the unbalances of work and presentation of solution proposals. “Mozambique has been developing various actions in the context of employment administration, aiming at creating access to employment through the promotion of seminars of dissemination of the Decree of pre-professional internships, of professional training focused on know-how, support of initiatives and individual ventures”, concluded Domingas Mosse. c

Contribution of Different Stakeholders in Professional Training Other Public Centers except INEFP, 15.236 12% INEFP, 15.194, 12%

Private Centers INEFP

Private Centers98.613, 76%

Other Public Centers except INEFP

Source: MITESS

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EMPRESA

Tatos Botão

PME com alma de gigante Nasceu na Beira e cresceu, estendendo-se ao resto do País. Em 2015, conquistou o prémio ‘100 melhores PME’. É a única empresa moçambicana que constrói e faz manutenção de ferrovias. Felisberto Botão revela que desde 2012 que a companhia não cresce abaixo dos 100%. Belizário Cumbe (texto)

A 28

MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96

Tatos Botão é uma empresa baseada na cidade da Beira que está a escrever a história no sector ferroviário moçambicano. A sociedade (100% moçam-

bicana) é a única companhia de capitais nacionais que se dedica à manutenção e construção de ferrovias. O engenheiro ferroviário Felisberto Botão foi o fundador e é o propri-


etário da empresa, que se encontra voltada igualmente para a construção civil e o sector imobiliário. Porém, Felisberto Botão garante que o seu foco é a construção e manutenção de linhas férreas. Quando entrou no mercado, a estratégia de actuação da Tatos nome de infância do seu fundador – consistiu em se transformar no subempreiteiro preferido das multinacionais até ganhar o seu próprio espaço. Hoje, a empresa é dona de si. Felisberto Botão revela que a Tatos chega a construir linhas de raiz, começando pelo tratamento de plataformas, construção de aquedutos e pontes de pequena dimensão. Mais... A Tatos Botão estende as suas actividades para a colocação da pedra, travessas, para além do fornecimento e colocação de carris. Entre as obras levadas a cabo pela Tatos Botão, o destaque vai para a montagem da insfraestrutura ferroviária do actual terminal de carvão no Porto da Beira que está ao serviço da Vale, Gindal e ICVL entre outras infraestruturas.

“Primeiro, trabalhando nas nossas empreitadas e, segundo, ajudando na especialização dos nossos técnicos, uma vez que em Moçambique não há formação direcionada para esta área”, explica.

Uma indústria de altas somas A indústria ferroviária movimenta altas somas de dinheiro e a ausência de empresas moçambicanas especializadas no sector, segundo Botão, faz com que as multinacionais “entrem e levem tudo consigo”.

Para o engenheiro, se a Tatos fica com parte destes fundos, poderá investir na capacidade local gerando efeitos multiplicadores na economia. Porém, a Tatos Botão apresenta limitações na sua actuação uma vez que não possui equipamento pesado – que exige avultados investimentos – necessário para levar a cabo empreitadas de vulto. A solução para esta contrariedade, de acordo com o responsável, passa, numa primeira fase, por identificar parceiros com capacidades para actuarem em conjunto com a empresa moçambicana até a Tatos ganhar “asas”.c

Projectos na calha e sua entrada no Malawi Neste momento, a Tatos Botão está envolvida em projectos na Beira, Tete e Corredor do Norte. A empresa está a fazer a manuten-

ção da linha em Nacala, Nampula, Chumba e Moatize. Por outro lado, está igualmente a negociar a sua entrada no Malawi.c

DESTAQUE Aposta na formação Formado em Engenharia Civil pela Universidade Eduardo Mondlane e especializado em Engenharia Ferrroviária na Índia, Felisberto Botão diz que um dos factores de sucesso da empresa é a aposta na formação. A companhia aposta nos profissionais reformados nos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) para especializar e potenciar a sua mãode-obra. Segundo Botão, os CFM formaram muita gente que hoje está reformada e a sua estratégia de desenvolvimento da mão-de-obra passa por reaproveitar esses profissionais.

Prémio BCI Em 2015, a Tatos Botão conquistou o prémio BCI no concurso 100 Pequenas e Médias Empresas” promovido pelo Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME) e pelo grupo Soico. Para Felisberto Botão a empresa, que em 2015 registou um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de meticais e que, este ano, espera dobrar o montante, foi distinguida principalmente pelo elevado nível

de organização. “Acreditamos na organização, principalmente na componente financeira. E, este ano, pelo facto da Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique (OCAM) ter sido envolvida na avaliação, temos quase certeza que a nossa organização financeira pesou bastante”, destacou o engenheiro. Aliás... Desde 2012, a empresa tem registado um crescimento igual ou acima de 100%, segundo o responsável.c

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COMPANY

Tatos Botão

SME with a giant soul Born and raised in Beira, expanding to the rest of the Country. In 2015, it conquered the prize ‘100 best SME’. It is the only Mozambican company that builds and services railways. Felisberto Botão reveals that ever since 2012 the company has not grown below 100%. Belizário Cumbe (text)

30

MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96

T

atos Botão is a company based in the City of Beira that is writing a history in the Mozambican railway sector. The company (100% Mozambican) is the only com-

pany with national capitals that is dedicated to servicing and building railways. The railway engineer Felisberto Botão was the founder and is the owner of the company, which is


equally dedicated to the construction industry and real estate sector. However, Felisberto Botão ensures that his focus is construction and servicing of railways. When he got into this market, Tatos acting strategy – childhood name of its founder – consisted in transforming itself into the favorite subcontractor of multinationals until it conquers its own space. Today, the company stands on its own two feet. Felisberto Botão reveals that Tatos builds new railways, starting from the treatment of platforms, construction of aqueducts and small bridges. Futhermore... Tatos Botão extends its activities to stone placement, sleepers, besides the supply and placing of railway tracks. Amongst the works carried out by Tatos Botão, the highlight goes to the assembly of the railway infrastructure of the current coal terminal of the Beira Port – that is working for Vale, Gindal and ICVL – amongst other infrastructures.

Investment in Training With a degree in Civil Engineering from the Eduardo Mondlane University and specialized in Railway Engineering in India, Felisberto Botão states that one of the factors for the success of the company is the investment in training. The company invests in professionals that have retired from the Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) to specialize and strengthen its work force. According to Botão, the CFM has trained a lot of people that is retired today and its workforce development strategy passes by reusing these professionals. “First, by working in our contracts, and secondly by assisting

in the specialization of our technicians, since in Mozambique there is no training that is directed to this area”, explains.

A high addition industry The railway industry is an industry that moves high volumes of money and the lack of specialized Mozambican companies in the sector, according to Botão, make multinationals “come in and take everything with them”.

For the engineer, if Tatos retains part of these funds, it may invest in local capacity creating multiplying effects in the economy. However, Tatos Botão has limitations in its acting field since it does not have heavy equipment – which demands big investments – needed to carry out big contracts. The solution for this contradiction, according to the responsible, passes by, in a first phase, identifying partners with capability to act together with the Mozambican company until Tatos can have its “wings”.c

Projects in the pipeline and its entrance into Malawi At the moment, Tatos Botão is involved in projects in Beira, Tete and the North Corridor. The company is servicing the railway

in Nacala, Nampula, Chumba and Moatize. On the other hand, it is equally negotiating its entrance in Malawi.c

HIGHLIGHT

BCI aWARD Em 2015, a Tatos Botão

In 2015, Tatos Botão conquered the BCI award in the contest “100 Small and Medium Enterprises” promoted by the Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises (IPEME) and by Grupo Soico. For Felisberto Botão the company, that in 2015 registered a business volume of around 50 million meticais and that, this year, expects to double the amount, was distinguished mainly by the high level

of organization. “We believe in the organization, mainly in the financial component. And, this year, for the fact that the Mozambican Association of Accountants and Auditors (OCAM) was involved in the assessment, we are almost certain that our financial organization had a positive effect”, highlighted the engineer. What is more... Since 2012, the company has been registering a growth that is equal or above 100%, according to the manager.c

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ECONOMIA

Salário mínimo é incompatível com o mercado A evolução do salário mínimo, nos últimos cinco anos, em quase todos os sectores de actividade económica continua longe das expectativas, tendo em conta o custo de vida que tende a aumentar a cada dia que passa no País. Gildo Mugabe (texto)

O

preço praticado na compra de alguns produtos de primeira necessidade (como a cebola, óleo, açúcar, arroz, tomate e pão) actualmente é proibitivo para muitas famílias moçambicanas que dependem do salário mínimo pago na função pública, e cujo valor não ultrapassa os 3.152 meticais, de acordo com o ajuste salarial de 2015. Fica difícil ou quase impossível para um chefe de família, que trabalha no Sector

SECTOR DE ACTIVIDADE

Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura

Salários em vigor em 2011

Público (o que mais emprega no país), manter a vida dos seus familiares condigna a auferir apenas 3.152 meticais por mês, que equivale a menos de 100 dólares mensais. Em abono da verdade, o salário mínimo continua longe de suprir as necessidades básicas dos cidadãos moçambicanos. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o ideal seria que o salário mínimo totalizasse 7 mil meticais na função pública.

Salários em vigor em 2012

Valor em %

Valor MT

Valor em %

Valor MT

19.3% 21.2%

2.005.MT 2.075.MT

8.7

2.300MT

6.3 6.4

2.680MT 2.480MT

2.890MT

31.9 18.0

3.100MT 2.850MT

Lembre-se que, em Moçambique, os salários mínimos são determinados por sectores de actividade económica, com destaque para a Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura; Pescas; Indústria Extractiva; Indústria Transformadora; Electricidade, Gás, Água; Construção; Actividade dos Serviços não Financeiros; Actividade financeira; Função Pública. Confira de seguida os ajustes feitos em cada um dos sectores, nos últimos cincos anos. c

Salários em vigor em 2013 Salários em vigor em 2014 Valor em %

Valor MT 2.500MT

Valor em %

Valo MT

Salários em vigor em 2015 Valor em %

Valor MT

3010MT

3.183MT

2.850MT 2.645MT

3167MT 2857MT

3.500MT 3.000TM

3.526MT 3.295MT

4.651MT 388 MT

5350MT 4316MT 4010MT

5643MT 4539MT 4,176MT

10 5.8

3585MT 3021MT

3.943.5MT 3.195MT

4.400MT 3.495MT

4,815MT 3790MT

3.222 MT 3.116MT

7.6

3817MT

4768MT

5,402MT

9

2.779MT

10.0

3177MT

17.5

2.996MT

9.0

Actividade Financeira

52

5.320MT

Administração Pública

8

2.368MT

Pescas

12.5 10

Indústria e extracção de Minerais

20.4

Indústria Transformadora Produção, Distribuição de Electricidade, Gás e Água Construção Actividade dos Serviços não Financeiros

32

24 14 21 17.4

2.475MT 2.300MT

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4.107MT

4480MT

4,815MT

3.495MT

3953MT

4,483MT

3510MT

3826MT

4228MT

4,676MT

10.5

6171MT

6817MT

6817MT

8.050MT

7241MT

7800MT

7.0

2522MT

2780.0MT

3002MT

3,152MT


ECONOMY

Minimum wage is incomparable with the market The evolution of the minimum wage, in the last five years, in almost all sectors of economic activity continues far from expectations, taking into account the cost of life that tends to increase every day in the Country. Gildo Mugabe (text)

T

he price practiced on the purchase of some basic necessity products (such as onions, oil, sugar, rice, tomatoes and bread) is currently prohibitive for many Mozambican families that depend on minimum wage paid in public office, and whose amount does not exceed 3.152 meticais, according to the salary adjustment of 2015. It is difficult or almost impossible for a head of a family, that works in Public

Office (the one that most employs in the Country), to sustain a dignified life for his family members earning only 3.152 meticais per month, which is equivalent to less than 100 dollars per month. Truthfully speaking, the minimum wage is still far from satisfying the basic needs of Mozambican citizens. According to the National Statistics Institute (INE), the ideal would be that the minimum wage could total 7 thousand meticais in

Salaries in force in 2011 Salaries in force in 2012

Salaries in force in 2013

public office. Remember that in Mozambique, minimum wages are determined by sector of economic activity, with highlight to Agriculture, livestock, Hunting and Forestry; Fishing; Mining Industry; Manufacturing industry; Electricity, Gas, Water; Construction; Non-Financial Services Activity; Financial activity; Public Service. Next check the adjustments done in each of the sectors, in the last five years. c

Salaries in force in 2014

SECTOR OF ACTIVITY

Agriculture, Livestock, Hunting and Forestry

Amount in %

Amount in MT

Amount in %

Amount in MT

19.3% 21.2%

2005.MT 2.075.MT

8.7

2.300MT

6.3 6.4

2.680MT 2.480MT

2.890MT

31.9 18.0

3.100MT 2.850MT

Amount in %

Amount in MT 2500MT

Amount in %

Amount in MT

Salaries in force in 2015 Amount Amount in MT in %

3010MT

3.183MT

2.850MT 2645MT

3167MT 2857MT

3.500MT 3.000TM

3.526MT 3.295MT

4651MT 388 MT

5350MT 4316MT 4010MT

5643MT 4539MT 4,176MT

10 5.8

3585MT 3021MT

3943.5MT 3195MT

4400MT 3495MT

4,815MT 3790MT

3.222 MT 3.116MT

7.6

3817MT

4768MT

5,402MT

9

2.779MT

10.0

3177MT

Non financial services activity

17.5

2.996MT

9.0

Financial Activity

52

5.320MT

Public Administration

8

2.368MT

Fishing

12.5 10

Industry and mining

20.4

Manufacturing Industry Production, Distribution of Electricity, Gas and Water Construction

24 14 21 17.4

2.475MT 2.300MT

4.107MT

4480MT

4,815MT

3.495MT

3953MT

4,483MT

3510MT

3826MT

4228MT

4,676MT

10.5

6171MT

6817MT

6817MT

8.050MT

7241MT

7800MT

7.0

2522MT

2780.0MT

3002MT

3,152MT

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ECONOMIA

Falta de produção encolhe Receita A presidente da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Amélia Nakare, diz que a instituição que dirige sempre cumpriu as metas de arrecadação da Receita desde a sua fundação. Em relação a 2015, ano em que, pela primeira vez, a AT não alcançou as metas inicialmente traçadas, Nakare justifica que a revisão em baixa do PIB, de 7.5% para 6.3%, ditou o cenário, mas mesmo assim garante que a instituição arrecadou o que havia por arrecadar. Belizário Cumbe (texto)

A Dra. Amélia Nakare lidera os destinos da Autoridade Tributária desde Setembro de 2015, uma instituição que desde a sua fundação, há 10 anos, era dirigida por Rosário Fernandes. Como é que encontrou a instituição? A principal missão da AT é a captação da Receita com vista a garantir a execução cabal das despesas do Estado. O que observamos na história da AT é que a instituição sempre procurou aprimorar esta componente, de tal sorte que nos últimos 10 anos sempre registou uma execução cabal na captação da Receita. Ou seja, em relação aquilo que é a sua atribuição, a nossa instituição está e esteve sempre saudável. Em 2015, a cobrança de impostos não alcançou as metas previstas, contrariando a tendência dos últimos anos. O que é que esteve na génese desse desempenho? Foram nove anos de Receita igual ou superior a 100%. Mas atenção, não se analisa a economia de uma forma isolada, 2015 teve uma grande particularidade. Veja que os resultados da actividade económica são trazidos através de indicadores macroeconómicos agregados, onde o Produto Interno Bruto (PIB) é o

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principal. Na previsão inicial do Governo o PIB deveria crescer 7.5%. Quando chegamos ao final do ano o PIB estava em 6.3%. Ora, vai-se buscar a receita naquilo que a economia produz. O que significa que, tendo em conta o desempenho da economia, a AT fez o seu trabalho em pleno. Por isso, digo mais uma vez que a AT alcançou os 100%. Estamos quase a fechar o primeiro semestre do ano. Quais são as perspectivas? As pespectivas são boas. Mas temos que ter em conta que a economia tem desafios. Desde 2014, registamos uma situação macroeconómica caracterizada por alguma inquietação. Em Setembro de 2014, começámos a registar uma derrapagem das reservas internacionais. Ora, estas são fundamentais para as importações, principalmente num país que depende muito delas, com destaque para os produtos de primeira necessidade. Esta situação também tem consequências directas sobre o fisco e a matéria colectável diminui. O que é que deve ser feito para se ultrapassar esta situação? A solução é produzir. A economia deve produzir muito mais. Afinal de contas, é na produção onde se gera dinheiro. Não se busca matéria colectável onde ela não existe. Moçambique conta com mais de quatro milhões de contribuintes - cidadãos portadores do Número Único de Identificação Tributária. Quantos destes efectivamente pagam impostos? De uma proporção de 4.2 milhões de contribuintes registados, 98% são pessoas singulares (um grupo que engloba todas as idades, incluindo crianças e idosos que não pagam impostos). Contudo, procuramos os pagadores de impostos da população economicamente activa.

Em Moçambique esta (população economicamente activa) é estimada em 13 milhões de indivíduos. Mas destes somente cerca de 0.58% pagam impostos. Como se pode constatar, na verdade, pouca gente paga impostos. A que se deve este cenário? As razões são diversas. Mas tal pode decorrer principalmente do facto de percentagem significativa destes não terem rendimentos fixos ou formais.

O pesadelo da fuga ao fisco A fuga ao fisco é um mal que parece difícil de combater. Quais são os seus planos em relação a este assunto? Este trabalho não começpu hoje. Mas é preciso ter em conta que ao mesmo tempo que as nossas técnicas de captação da sonegação de impostos ou contrabando se aperfeiçoam, também o sindicato do crime fiscal se aperfeiçoa. Quando falamos de sindicato do crime fiscal referimo-noss a uma máfia internacional. Extravasa as fronteiras de Moçambique. Por isso, não podemos dizer que a AT deve ter uma política para o combate a este crime. Já a Organização Mundial das Alfândegas, a SADC e outras instituições com as quais temos articulado e com quem estabelecemos relações de protocolo têm este tema como preocupação primordial, não apenas por causa da Receita mas, sobretudo, por causa da soberania dos estados. Afinal de contas, estamos a falar de um sindicato que fragiliza as economias e introduz produtos, alguns dos quais não certificados e que não são saudáveis para o consumo humano. Então, quando olhamos para a fuga ao fisco, não encaramos apenas como um problema da Receita.

Estamos a olhar também como um problema da soberania do Estado e não é apenas um problema do nosso País. O que é que será feito em coordenação com as outras instituições no sentido de estancar este problema? Estamos a articular com a SADC e os esforços estão concentrados na questão das bebidas alcoólicas e do tabaco. Estamos a trabalhar no sentido de selarmos estes dois produtos. O objectivo é garantir que os mesmos sejam identificados e darmos a conhecer o seu destino. Em função disso, podemos identificar aqueles que estão em trânsito e os que vão ao mercado nacional. Outro desafio que Moçambique tem neste capítulo é na componente dos combustíveis. Estes são muito vulneráveis ao contrabando, por isso queremos garantir uma marcação dos combustíveis. Esta iniciativa vai permitir que saibamos qual é o combustível ao consumo interno e qual o que se encontra em trânsito.

Ano do IVA A AT elegeu 2016 como o ano do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). O que se encontra por detrás desta iniciativa? Quando olhamos para a estrutura dos impostos, notamos que o ponto de entrada é a facturação. A partir do IVA consigo captar o IRPS e o IRPC, por isso podemos dizer que o IVA é um imposto-mãe e, ao longo do tempo, notamos que um dos grandes desafios do nosso País é a captação deste imposto. Qual é o peso do IVA nas receitas fiscais? A média geral encontra-se à volta de 30%, mas sentimos que há espaço para a captação de mais IVA. Mas é importante destacar que cobramos mais IVA das importações do que a nível interno. c

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ECONOMY

Lack of production shrinks Revenue The president of the Mozambique Tax Authority (AT), Amélia Nkhare, says that the institution that she runs satisfied the targets of Revenue collection since its foundation. In relation to 2015, year that, for the first time, the AT did not reach the targets that were initially established, Nkhare justifies that the low review of the GDP, from 7.5% to 6.3%, dictated the scenario, but still she ensures that the institution collected the revenue that it had to collect. Belizário Cumbe (text)

Dr. Amélia Nkhare has been leading the destiny of the Tax Authority since September 2015, an institution which since its foundation, 10 years ago, was managed by Rosário Fernandes. How did you find the institution? AT’s main mission is the collection of Revenue in order to ensure the comprehensive execution of the State’s expenses. What we observed in the history of AT is that the institution has always strived to improve on this component, in such a way that in the last 10 years it always registered a comprehensive execution in the collection of Revenue. That is, with regards to that which is its attribution, our institution is and has always been healthy. In 2015, tax collection did not reach the targets predicted, contradicting the tendency of the last few years. What was at the genesis of this performance? We had nine years of Revenue that was equal or above 100%. But beware, one cannot analyze economy in an isolated form, 2015 was pretty particular. Results of

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MAIO/JUNHO 2016 · Capital Magazine Ed.96


the economic activity are brought by aggregated macroeconomic indicators, where the Gross Domestic Product (GDP) is the principal. On the initial prediction of the Government the GDP should grow 7.5%. When we got to the end of the year the GDP was at 6.3%. That said, one gets revenue in that which the economy produces. This means that, taking into account the performance of the economy, the AT did its job in full. That is why, I once again say that the AT reached 100%. We are almost at the end of the first semester of the year. What are the perspectives? The perspectives are good. But we need to take into account that the economy has challenges. Since 2014, we registered a macroeconomic situation characterized by some concern. In September 2014, we began registering a slide in international reserves. So, these are basics for imports, especially in a country that depends on them, with highlight for staple products. This situation has direct consequences on the revenue and the tax base reduces. What can be done to overcome this situation? The solution is to produce. The economy shall produce much more. After all, it is in production where one generates money. One cannot look for a tax base where it does not exist. Mozambique has more than four million tax payers – citizens that have a Tax Paying Number. How many of these actually pay tax? Out of a proportion of 4.2 million registered tax payers, 98% are individuals (one group that involves all ages, including children and elders

that do not pay tax). However, we look for tax payers from the population that is economically active. In Mozambique this (economically active population) is estimated at 13 million individuals. But out of this only 0.58% pay tax. As one can attest, truthfully, very few people pay tax. What is the cause of this scenario? The reasons are diverse. But that could mainly be due to the fact that the significant percentage of these individuals do not have fixed or formal revenue.

The nightmare of tax evasion Tax evasion is an evil that seems hard to fight. What are your plans with regards to this issue? This work did not begin today. But one needs to take into account that while our tax evasion attraction or smuggling techniques improve, so does the tax crime syndicate. When we talk about a tax crime syndicate we refer to an international mafia. It goes beyond the Mozambican borders. Therefore, we cannot say that the AT must have a policy to fight this crime. Now the World Customs organization, the SADC and other institutions with which we have established protocol relationships have this issue as a very big concern, not only because of Revenue, but above all, because of the sovereignty of the states. After all, we are talking about a syndicate that weakens economies and introduces products, some of which are not certified and that are not sound for human consumption. Therefore, when we look at tax evasion, we not only look at it as a Revenue issue. We are also looking

at it as a problem of State sovereignty and not only a problem of our Country. What will be done in coordination with other institutions to mitigate this problem? We are articulating with the SADC and efforts are being concentrated on the issue of alcoholic beverages and tobacco. We are working in the sense of sealing these two products. The goal is to ensure that they are identified and make its destination known. With that in mind, we can identify those that are in transit and those that are going to the national market. Another challenge that Mozambique has on this chapter is on the fuel component. These are highly vulnerable to contraband, which is why we want to ensure a marking of fuel. This initiative will allow us to know which fuel is for internal consumption and which one is in transit.

Year of th VAT The AT has elected 2016 year of the Value Added Tax (VAT). What is behind this initiative? When we look at the tax structure, we notice that the entrance point is invoicing. From the VAT i am able to capture IRPS and IRPC, that is why we can say that the VAT is a mother tax, and, as time passes, we notice that one of the great challenges of our country is the collection of this tax. What is the weight of VAT in tax revenue? The general average is around 30%, but we feel that there is space to collect more VAT. But it is important to highlight that we charge more VAT to imports than at internal level. c

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Tema de fundo

BiG:

Um banco com o investimento na mira O BiG entrou recentemente no mercado moçambicano e posiciona-se como um banco de investimento especializado, com um grande enfoque na inovação. O Banco, de origem portuguesa, decidiu apostar na internacionalização e está a operar em três áreas de negócio em Moçambique: Retalho Especializado, Clientes Institucionais e Empresas e Tesouraria e Mercados de Capitais. Em Moçambique o Banco é presidido pelo Dr. Salvador Namburete sendo Joel Rodrigues e Sérgio Magalhães os membros da Comissão Executiva. Segundo o seu administrador, Joel Rodrigues, o BiG oferece um leque de serviços de poupança, investimento, intermediação financeira e assessoria a clientes particulares e institucionais. Helga Nunes (texto)

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O

Banco de Investimento Global, S.A. ou BiG já opera em Moçambique, sendo a sua sede no Millennium Park em Maputo. Trata-se, originalmente, de um banco de investimento

especializado, com sede em Lisboa, Portugal. Fundado em 1999, o Banco está autorizado a operar em todas as áreas de negócio abertas ao sector bancário português. Ao longo da sua história, o Banco BiG


tem mantido um foco na inovação, procurando sempre seguir uma estratégia prudente e de independência face aos mercados de financiamento, consistente alavancagem reduzida, reduzida exposição a riscos de liquidez e altos níveis de solvabilidade e adequação de capital. De acordo com Joel Rodrigues, o Banco opera em três áreas de negócio – Retalho Especializado, Clientes Institucionais e Empresas e Tesouraria e Mercados de Capitais – oferecendo um conjunto de serviços de poupança, investimento, intermediação financeira e assessoria a clientes particulares e Institucionais. Para clientes institucionais, o banco oferece serviços de assessoria financeira e corporate finance, soluções de gestão de risco, negociação em mercados regulamentados, a estruturação de produtos e a gestão de activos. Em virtude do desenvolvimento e resultados obtidos pelo BiG em Portugal a Equipa Executiva decidiu iniciar o processo de internacionalização do Banco. A entrada do Banco de Investimento Global, S.A., em Moçambique, através da sua subsidiária, Banco BiG Moçambique, S.A., é a consequência lógica do acompanhamento feito ao

longo dos anos ao mercado moçambicano e da maturidade atingida pela operação no país de origem. As linhas principais da estratégia de negócio do BiG Moçambique consistem em desenvolver uma oferta especializada e direccionada para

Institucionais, Empresas e Individuais, de soluções de gestão de liquidez, poupança e investimento, acesso aos mercados de capitais e assessoria financeira, mantendo sempre a forte ligação aos principais mercados internacionais e à economia global. c

VALORES BIG

1

2

Inovação e criatividade

Independência

3

4

Valorização dos recursos humanos

Defesa dos clientes

5 Melhores Práticas internacionais

COMPÊNCIAS BIG

1 Vasta experiência em deal making

2 Domínio da teoria e Prática financeira

3 Valorização dos recursos humanos

4 Capacidade de estruturação financeira e negociação

5 Acesso a rede de Investidores necionais E internacionais

NÚMEROS

Performance do BiG Em 31 de Dezembro de 2015, o Banco apresentava Activos sob gestão de € 2,8 mil milhões, Fundos Próprios de € 276 milhões e rácio Core Tier 1 de 33,2%. No mesmo período, o resultado líquido do Banco ascendeu a € 74,5 milhões.

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Uma experiência acumulada em serviços de assessoria financeira em favorecer uma abordagem mais flexível e com base na tecnologia e na internet para endereçar as necessidades bancárias básicas, em detrimento de técnicas bancárias tradicionais. Sendo um mercado de grande dimensão geográfica, Moçambique poderá beneficiar ainda mais deste tipo de abordagem, suportada em tecnologia online e mobile, complementada com uma presença física selectiva de agências. Nesta área, o Banco pretende disponibilizar os serviços bancários tradicionais, que incluem: produtos de poupança, corretagem, custódia, gestão de patrimónios, serviços bancários gerais e de pagamentos e crédito especializado.

A que nível a área de retalho especializado irá funcionar com o BiG em Moçambique?

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Num mercado bancário como o Moçambicano, em transição, o Banco BiG encontra ainda maior valor acrescentado

No que diz respeito às áreas de Banca de Investimento e de Tesouraria e Mercados, é provável que o BiG tenha uma palavra a dizer no mercado moçambicano. Como prevê estrategicamente que essas duas realidades venham a funcionar? As áreas de Banca de Investimento Institucional e de Tesouraria e Mercados são áreas onde o Banco apresenta uma vasta experiência e onde pretende apostar fortemente. Para esse efeito, constituiu uma equipa altamente especializada de profissionais moçambicanos, focados em apoiar clientes institucionais na gestão de activos, bem como em apoiar empresas na organização de operações de financiamento em Meticais e eventualmente noutras moedas de referência na modernização dos seus negócios. Outras linhas de negócio nestas áreas serão os serviços de corporate finance, M&A, project finance, operações de mercado primário como


OPVs, OPTs, aumentos de capital e reestruturações de passivo, gestão de tesouraria e gestão de activos. Nos últimos o Banco teve um papel importante enquanto assessor do Estado Português no âmbito da reorganização da sua carteira de participações, particularmente em processos de privatização e avaliação de empresas participadas. Acreditamos que também nesta área poderemos dar o nosso contributo.

A escolha de internacionalização recaiu sobre Moçambique. Que razões levaram a essa decisão? Após 10 anos de crescimento orgânico, sustentado, em Portugal começou-se a avaliar oportunidades de internacionalização. A ligação aos mercados lusófonos e o constante screening de oportunidades de expansão, levaram a equipa de gestão a optar por Moçambique. As projecções macroeconómicas para o país, o plano de

negócios desenhado para captar parte do potencial identificado e o conhecimento do mercado local por parte da Equipa Executiva, há mais de vinte anos, foram as razões da nossa aposta. Num momento em que a economia moçambicana se encontra numa mudança de paradigma, o BiG identificou uma oportunidade para entrar e estabelecer-se como um contraparte para o tecido empresarial, clientes institucionais e o retalho afluente.c

PERFIL

Historial do Banco foi fundado em 1998 por uma equipa de gestão com extensa experiência nacional e internacional em banca, em conjunto com um grupo de investidores chave, com uma base inicial de capital de € 25 milhões. No conjunto de fundadores do Banco incluem-se os actuais Presidente/CEO e Vice-Presidente/COO, que iniciaram as suas carreiras bancárias em Nova Iorque há mais de 30 anos, e ascenderam a posições sénior no management do Manufacturers Hanover Trust/Chemical Banking Corporation, antecessores do actual JP Morgan Chase. Estes, e outros ainda ligados ao BiG, foram responsáveis pelo lançamento do primeiro novo banco privado - Banco Manufacturers Hanover, posteriormente conhecido como Banco Chemical.

Dois anos após a venda do Banco Chemical Portugal ao grupo de banca de retalho Champalimaud em 1996, onde os principias elementos da Administração do BiG ocuparam cargos de Administração até 1998, os mesmos, juntamente com um grupo de accionistas, juntaram forças para fundar o BiG. Com um foco na tecnologia, canais de distribuição integrados e uma equipa de vendas com formação sólida e responsável, o BiG construiu uma cultura única. O BiG iniciou as suas operações a 1 de Março de 1999, foi pioneiro na introdução da primeira plataforma integrada de serviços bancários, poupança e investimento e lançou o primeiro serviço de corretagem online em Portugal. Desde a sua fundação, o BiG

tem mantido uma sólida posição financeira. Mesmo durante os momentos mais difíceis da crise económica e financeira dos últimos anos, o Banco tem mantido uma sólida posição de capital e liquidez, sem aumentos de capital dos seus accionistas ou apoios do Estado. De facto, o BiG nunca pediu, necessitou ou recebeu assistência do Estado Português ou programas de garantias públicas. Em 2015, pela 8.ª vez nos últimos 9 anos, o BiG foi distinguido pela revista Exame com o prémio de Melhor Banco, na categoria de Médio e Pequeno Banco. Também em 2015, pela 6ª vez e desde que o prémio foi criado, o BiG foi novamente distinguido como o Banco Mais Sólido.Joel Rodrigues, administrador do BiG. c

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BACKGROUND THEME

BiG:

A bank with investment on sight BiG recently entered into the Mozambican market and is positioning itself as a bank of specialized investment, with great focus in innovation. The Bank, of Portuguese origin, decided to bet in internationalization and is operating in three business areas in Mozambique: Specialized Retail, Corporate Clients and Companies and Treasury and Capital Markets. In Mozambique the Bank is presided by Dr. Salvador Namburete and Joel Rodrigues and Sérgio Magalhães are members of the Executive Commission. According to its Director, Joel Rodrigues, BiG offers a variety of savings products, investment, financial intermediation and advisory to individual and corporate clients. Helga Nunes (text)

T

he Banco de Investimento Global, S.A. or BiG is already operating in Mozambique, and its head office is in Millennium Park in Maputo. It is, originally, a specialized investment bank , with head office in Lisbon, Portugal. Founded in 1999, the Bank is authorized to operate in all business areas opened to the Portuguese banking sector. During its history , Banco BiG has been keeping its focus in innovation, always seeking to follow a careful and independent strategy before funding markets, consistent reduced leverage, reduced exposure do liquidity risks and high levels of solvability and capital adequacy. According to Joel Rodrigues, the Bank operates in three business areas – Specialized Retail, Corporate Clients and Companies and Treasury and Capital Markets – offering a group of savings services, investment, financial intermediation and

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advisory to individual and corporate clients. For corporate clients, the bank offers financial advisory services and corporate finance, risk management solutions, negotiation in regulated markets, structuring of products and asset management. In virtue of development and results

obtained by BiG in Portugal the Executive Team decided to initiate the process of internationalization of the Bank. The entrance of the Banco de Investimento Global, S.A., in Mozambique, through its subsidiary, Banco BiG Moçambique, S.A., is the logical con-

BIG VALUES

1

2

Innovation and creativity

Independence

3

4

Valuing of human resources

Client defense

5 International best practices

Extended experience in deal marketing

NUMBERS

BiG Performance

BIG COMPETENCIES

1

sequence of the follow up done for years to the Mozambican market and of the maturity reached by the operation in the country of origin. The main business strategy lines of BiG Moçambique consist in developing a specialized offer and directed to Corporates, Companies and Individuals, of liquidity management solutions, savings and investment, access to capital markets and financial advisory, and always keeping a strong connection to the main international markets and to the global economy. c

2 Financial structuring and negotiation capacity

3

4

Mastery of financial practice and theory

Capacity to identify the sources of value of the Company

5 Access to the national and international investor’s network

On December 31 2015, the bank had Assets under management of € 2,8 thousand million, Own Funds of € 276 million and Core Tier 1 ratio of de 33,2%. In the same period, the Bank’s net result rose to € 74,5 million.

PROFILE

Bank’s history The Bank was founded in 1998 by a management team with a vast national and international experience in banking, together with a group of key investors, with an initial base of capital of € 25 million. In the group of founders of the Bank are the current Chairman/CEO and Vice-Chairman/COO, who initiated their banking careers in New York more than 30 years ago, and ascended to positions of senior in the management of Manufacturers Hanover Trust/Chemical Banking Corporation, predecessors of the current JP Morgan Chase. These, and others still connected to BiG, were responsible for the launch of the first new private bank - Manufacturers Hanover Bank, previously known as

Chemical Bank. Two years after the sale of the Chemical Bank Portugal to the retail banking group Champalimaud in 1996, where the main elements of BiG’s Management occupied Management roles until 1998, and these, together with a group of shareholders, joined forces to establish BiG With focus in technology, integrated distribution channels and a sales team with solid and responsible training, BiG constructed a unique culture. BiG initiated its operations on the 1st of May 1999, it was a pioneer in the introduction of the first integrated platform of banking services , savings and investment and launched its first service of online brokering in Portugal.

Ever since its establishment, BiG has been keeping a solid financial position. Even during the toughest times of the financial and economic crisis of the last few years, the Bank has been keeping a solid position of capital and liquidity, without capital increases from its shareholders or support from the State. In fact, BiG never requested, needed or received support from the Portuguese State or from the public surety programs. In 2015, for the 8th time in the last 9 years, BiG was distinguished by Exame magazine with the Best Bank award, in the category of Medium and Small Bank. Also in 2015, for the 6th time and since the award was created BiG was again distinguished as the most solid Bank. Joel Rodrigues, BiG’s Director.c

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With an accumulated experinece in financial advisory services At what level will specialized retail work with BiG in Mozambique? In a banking market such as the Mozambican, in transition, Banco BiG finds even more added value in favoring a more flexible approach and based in technology and on the internet to address basic banking needs, in detriment of traditional banking techniques. Being a market with big geographic dimension, Mozambique may benefit even more from this type of approach, supported in online and mobile technology, complemented with a selective presence of branches. In this area, the Bank intends to make available traditional banking services, which include: savings products, brokerage, custody, asset management, general banking services and payments and specialized credit.

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With regards to Investment Banking and Treasury and Markets, it is probable that BiG has something to say in the Mozambican market. How do you foreseen strategically that these two realities will work? The areas of Corporate Investment Banking and Treasury and Markets are areas were the Bank has vast experience and were it intends to invest strongly. For that end, it put together a highly specialized team of Mozambican professionals, focused in supporting corporate clients in the management of assets, as well as supporting companies in the organization of credit operations in Meticais and eventually in other reference currency in the modernization of their businesses. Other business lines in these areas will be

the services of corporate finance, M&A, project finance, operations of primary market such as OPVs, OPTs, capital increases and restructuring of liabilities, treasury management and asset management. In the last few years the Bank had an important role as advisor to the Portuguese State in the context of reorganization of its share portfolio, especially in processes of privatization and assessment of invested companies. We believe that also in this area we can give our contribution. The choice of internationalization fell on Mozambique. What reasons contributed to this decision? After 10 years of organic growth, sustained, in Portugal, we began assessing internationalization opportunities. The connection to Portuguese speaking markets and constant screening of expansion opportunities, led the management team to choose Mozambique. Macroeconomic projections for the country, the business plan conceived to attract part of the identified potential and the knowledge of the local market by the Executive team, for more than twenty years, were the reasons for our choice. At a time when the Mozambican economy is in a change of paradigm, BiG identified an opportunity to enter and establish itself as a counterpart for the business tissue, corporate clients and affluent retail. c


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EMPREENDER

Operação Caco, o meio ambiente agradece Com o intuito de preservar e conservar o meio ambiente em Moçambique tendo como principal enfoque a consciencialização e sensibilização ambiental da comunidade, a Operação Caco tem levado a cabo inúmeras acções de limpeza em diferentes locais públicos. Gildo Mugabe (texto)

T

odos sabemos que o meio ambiente oferece aos seres vivos as condições essenciais para a sua sobrevivência e evolução. Diga-se, em abono da verdade, que a sociedade humana não se sustenta sem água potável, ar puro, solo fértil e sem um clima ameno. Aliás, não há economia sem um ambiente estável. Ou seja, precisamos de um ambiente saudável para desempenhar quaisquer que sejam as actividades no nosso dia-a-dia.

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Foi a pensar nessa contingência que o ambientalista Carlos Serra Jr. decidiu unir esforços com os seus parceiros, tendo por intuito desenvolver acções concretas que, de facto, contribuíssem para um meio ambiente saudável através da Operação Caco. Com actividades de limpeza de vias públicas, praias e afins - iniciadas na capital do país, hoje a Caco é uma referência nacional, na medida em que outras iniciativas do género são desenvolvidas em todo o país.

As principais praias, em Maputo e nos arredores, os locais históricos como o bairro da Mafalala, ou o município de Vilankulos, já foram alvo da Operação Caco só para citar alguns exemplos. Actualmente, encontram-se limpas e com um aspecto agradável. Em todo o país, garrafas de vidro são recolhidas nas praias, sacos de plástico são apanhados em locais de grande concentração populacional por voluntários, entre outro tipo de lixo. Ao mesmo tempo, cartazes específicos com mensagens voltadas para a sensibilização e educação sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente são colocados em todos os lugares visitados pela Caco. Dos diversos parceiros que apoiam a Operação Caco, o destaque vai para o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Rural, Cooperativa Ntumbuluko, Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Terra Viva, Associação Moçambicana de Reciclagem, Construa, FUNAB, entre outras entidades viradas para a preservação do ambiente. É caso para se dizer que, felizmente, o ser humano começa a tomar consciência do seu lar, o planeta Terra, e que a Operação Caco é um bom exemplo dessa consciencialização. c


EntrEPrEnEurSHIP

Caco operation, the environment appreciates With the objective of preserving the environment in Mozambique having as its main focus the environmental awareness and sensitization of the community, the Caco operation has been carrying out various cleaning actions in different public places. Gildo Mugabe (text)

W

e all know that the environment offers living beings the essential conditions for their survival and evolution. One must truthfully admit that human society does not sustain itself without drinking water, fresh air, fertile soil and without a pleasant climate. Indeed, there is no economy without a stable environment. That is, we need a sound environment to carry out any activities in our dayto-day. It was thinking of this contingency that the environmentalist Carlos Serra Jr. decided to join forces with his partners, with the intent of developing concrete actions that in fact, contribute for a sound environment through the Caco operation. With activities such as cleaning of public roads, beaches and the like – initiated in the country’s capital, today Caco a national reference, in the sense that other similar initiatives are developed all over the country. The main beaches, in Maputo and surroundings, historical places like the Mafalala neighborhood, or the Vilankulos Municipality, have already been the target of the Caco operation, just to mention a few examples. Currently, they are clean and with a

pleasant aspect. All over the country, glass bottles are collected at beaches, plastic bags are collected by volunteers in places of high population concentration amongst other type of garbage. At the same time, specific posters with messages related to sensitization and education about the need to preserve the environment are placed in all places visited by the Caco. From the various partners that support the Caco operation, the highlight

goes to the Ministry of Environment and Rural Development, Ntumbuluko Cooperative, Maputo City Municipal Council, Terra Viva, Mozambican association of Recycling, Construa, FUNAB, amongst other entities that deal with the protection of the environment. It could be said that, fortunately, the human being is beginning to become conscious of its home, planet Earth, and that Operation Caco is a good example of that awareness. c

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MARKETING

Uma Cidade, Uma Marca (IV)

Uma Marca para Maputo? A crescente integração das questões relacionadas com o marketing das cidades na agenda global advém do reconhecimento que as técnicas de marketing e promoção podem dar no alcance e na implementação de culturas territoriais competitivas e posturas pró-activas. Através da marca territorial – ou da Marca Cidade - fomenta-se a atractividade, a conquista de confiança e credibilidade posicionando a cidade e contribuindo para uma dinâmica de desenvolvimento, pois face aos novos paradigmas de competitividade, as urbes que não tiverem capacidade para se posicionarem no mercado e de se auto-promoverem correcta e eficazmente entrarão em processos de declínio potenciados por estratégias de marketing mais agressivas desenvolvidas por territórios concorrentes. Helga Nunes* (texto)

R

econhecida a importância da integração do branding na equação da competitividade e da sustentabilidade dos lugares, novos desafios se impõem. Torna-se pertinente,

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entre outros desafios, reflectir sobre os recursos e instrumentos disponíveis ao serviço da Marca Cidade, bem como os factores críticos de sucesso que contribuem para o processo de definição das estratégias de construção das marcas,


MARKETING

proporcionando a um dado território os mecanismos de competitividade que mobilizem no seu contexto actividades económicas e sociais que, por sua vez, permitam ao território existir a uma escala global. Nesse sentido, e tendo em conta que um dos objectivos que o ‘Observatório do Turismo da Cidade de Maputo’ persegue é promover a cidade de Maputo enquanto destino estratégico para investimentos de índole turística, seria um desafio particularmente interessante participar no levantamento dos traços distintivos e simbólicos da cidade de Maputo (ou na identificação de expressões identitárias singulares), através do recurso a um estudo de mercado como

forma de auxiliar a futura construção da sua Marca ou do seu brand. Torna-se conveniente acrescentar ao exercício em causa uma série de aspectos imprescindíveis ao desenvolvimento sustentado da cidade de Maputo, nomeadamente, a definição de um plano estratégico actualizado e elaborado a partir de um diagnóstico específico e de uma análise concreta, a nível externo e interno; a elaboração de um plano de marketing para a cidade, que sustente as suas acções diversificadas em termos temáticos e espaciais; a definição de uma estratégia de comunicação para a cidade, que permita uma identificação com as reais necessidades dos públicos-alvo e que vá ao encontro

dos objectivos da urbe; e criar redes de cooperação de forma a combater os pontos fracos da cidade, e que, ao mesmo tempo, permitam aproveitar as oportunidades identificadas. Maputo, enquanto principal pólo de atracção turística do País e em posse de informação privilegiada (proveniente de análises e estudos de mercado), irá desempenhar um papel estratégico em benefício da geração de empregos, de rendimentos e divisas internacionais, atraindo capital e diversas oportunidades de negócios que seguramente irão beneficiar todos os moçambicanos. c (*) Mestranda do Curso de Marketing e Comunicação da Escola Superior de Gestão da Guarda e Directora Editorial da CAPITAL

One City, One Brand (IV)

A Brand for Maputo? The growing integration of questions related to marketing from cities in the global agenda come from the acknowledgement that marketing and promotion techniques may lead to the reach and implementation of competitive territorial cultures and pro-active attitudes. Through the cultural brand – or the City Brand – one encourages attractiveness, building of trust and credibility positioning the city and contributing to a development dynamics, because before the new competitiveness paradigm, cities that do not have the capacity to position themselves on the market and of self-promoting themselves in a correct and effective manner will enter into processes of decline made possible by more aggressive marketing strategies developed by competing territories. Helga Nunes* (text)

O

nce the importance of integration of branding in the competitiveness equation and sustainability of places is recognized, new challenges are imposed. It becomes

pertinent, amongst other challenges, to reflect about the resources and instruments available for the City Brand, as well as critical success factors that contribute for the process of definition of strategies of brand

construction, making available to a certain territory competitive mechanisms that can mobilize in its environment economic and social activities, that in turn, allow the territory to exist on a global scale.

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MARKETING

In this sense , and taking into account that one of the purposes that the ‘Maputo City Tourism Observatory’ chases is to promote the city of Maputo whilst strategic destination for investments of a tourist character, would be a particularly interesting challenge to participate in the survey of distinctive and symbolic traces of the city of Maputo (or the identification of single identity expressions), by resorting to a market survey as a way of supporting the future construction of its Brand. It is convenient to add to the current

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exercise a series of aspects that are crucial to the sustainable development of the City of Maputo, namely, the definition of a strategic plan updated and conceived from a specific diagnosis and concrete analysis, at external and internal level; conception of a marketing plan for the city, that allows the identification with the real needs of target-audiences and that satisfies the objectives of the city; and create cooperation networks in order to fight against the weaknesses of the city, and that at the same time, allow the seizure of

identified opportunities. Maputo, whilst main center of tourist attraction of the Country and in possession of privileged information (from analysis and market surveys), will play a strategic role for the benefit of job creation, revenue and international currency, attracting capital and various business opportunities that will clearly benefit all Mozambicans. c (*) Currently attending the Masters in Marketing and Communication from the Escola Superior de Gestão da Guarda and CAPITAL’s Editorial in Chief


profile

‘Polana’ brilha nos “Óscares” da indústria de viagens O Polana Serena Hotel, a unidade hoteleira mais famosa de Maputo e igualmente conhecida como “A Dama” de África, recebeu dois prémios de nível internacional: o Leading Hotel e o Leading Hotel Suite de Moçambique.

A

s distinções foram atribuídas na cerimónia “2016 World Travel Awards”, que se realizou no Diamonds La Gemma dell’Est, em Zanzibar, na Tanzânia, no que se traduziu

numa noite vitoriosa para os Hotéis Serena, grupo de hotelaria líder no leste africano. O grupo foi distinguido com mais 10 prémios, incluindo o top Award, “Africa’s Leading Hotel Brand”.

Distinções dos Hotéis Serena no “2016 World Travel Awards” 1

Africa’s Leading Hotel Brand 2016: Hotéis Serena

2

Africa’s Leading Green Hotel 2016: Nairobi Serena Hotel, Kenya

3

Kenya’s Leading Business Hotel 2016: Nairobi Serena Hotel

4

Tanzania’s Leading Hotel 2016: Dar es Salaam Serena Hotel

5

Tanzania’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite Dar es Salaam Serena Hotel

6

Tanzania’s Leading Boutique Hotel 2016: Zanzibar Serena Hotel

7

Zanzibar’s Leading Hotel 2016: Zanzibar Serena Hotel

8

Uganda’s Leading Hotel 2016: Kampala Serena Hotel

9

Uganda’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite @ Lake Victoria Serena Resort

10

Rwanda’s Leading Hotel 2016: Kigali Serena Hotel

11

Mozambique’s Leading Hotel 2016: The Polana Serena Hotel

12

Mozambique’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite @ The Polana Serena Hotel

Considerado como os “Óscares” da indústria de viagens, de acordo com o Wall Street Journal, The World Travel Awards reconhece, recompensa e celebra a excelência de todos os sectores do turismo global e da indústria de viagens. Os Hotéis Serena tiveram honras de topo com o seu Nairobi Serena Hotel nomeado como Africa’s Leading Green Hotel. Esta é a segunda vez que o hotel em causa ganha este prémio, um reconhecimento do compromisso que unidades hoteleiras e grupos devem manter face a práticas de negócios sustentáveis. Mahmud Janmohamed, director-geral, após receber os prémios afirmou: “É a nossa equipa que faz tudo isto acontecer, o seu compromisso com a excelência vai além de qualquer dúvida e a administração aprecia os seus esforços contínuos. Gostaríamos de agradecer a todos os nossos estimados clientes, parceiros de negócio e simpatizantes por votarem em nós e por acreditarem em nós. Prometemos que vamos continuar a esforçar-nos para erguer a ‘experiência Serena’ cada vez mais alto.”c

PORTFOLIO

O Grupo O portfólio do grupo Serena engloba 24 Campos de Safari, Pousadas, Hotéis e Resorts localizados no Quénia, Tanzânia, Zanzibar, Uganda, Ruanda e Moçambique, e em alguns dos destinos mais evocativos, exóticos e encantadores do mundo. O grupo também oferece 11 propriedades no Afeganistão, Paquistão e Tajiquistão.

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profile

‘Polana’ shines at the “Oscars” Of the travel industry Polana Serena Hotel, Maputo’s most famous hotel unit and also known as Africa’s “Dame”, received two international level awards: Leading Hotel and Leading Hotel Suite of Mozambique.

D

istinctions were attributed at the ceremony “2016 World Travel Awards” that took place at the Diamonds La Gemma dell’Est, in Zanzibar, in Tanzânia, in what was trans-

lated in a victorious night for Serena Hotels, leader hotel group in Eastern Africa. The group was distinguished with another 10 awards, including the top Award, “Africa’s Leading Hotel Brand”.

Distinctions of Serena Hotels at the “2016 World Travel Awards” 1

Africa’s Leading Hotel Brand 2016: Serena Hotels

2

Africa’s Leading Green Hotel 2016: Nairobi Serena Hotel, Kenya

3

Kenya’s Leading Business Hotel 2016: Nairobi Serena Hotel

4

Tanzania’s Leading Hotel 2016: Dar es Salaam Serena Hotel

5

Tanzania’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite Dar es Salaam Serena Hotel

6

Tanzania’s Leading Boutique Hotel 2016: Zanzibar Serena Hotel

7

Zanzibar’s Leading Hotel 2016: Zanzibar Serena Hotel

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Uganda’s Leading Hotel 2016: Kampala Serena Hotel

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Uganda’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite @ Lake Victoria Serena Resort

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Rwanda’s Leading Hotel 2016: Kigali Serena Hotel

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Mozambique’s Leading Hotel 2016: The Polana Serena Hotel

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Mozambique’s Leading Hotel Suite 2016: Presidential Suite @ The Polana Serena Hotel

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Considered the “Oscars” of the travel industry, according to the Wall Street Journal, The World Travel Awards recognizes, rewards and celebrates the excellency of all sectors of global tourism and of the travel industry. Serena Hotels had top honors with their Nairobi Serena Hotel elected as Africa’s Leading Green Hotel. This is the second time that the said hotel wins this award, a recognition that hotel units and groups must keep before sustainable business practices. Mahmud Janmohamed, managingdirector, after receiving the awards stated: “It is our team that makes all of this happen, their commitment to excellence goes beyond any doubt and management appreciates their continued effort. We would like to thank all our clients, business partners and supporters for voting in us and for believing in us. We promise to continue to strive to rise the ‘Serena experience’ higher and higher.”c

PORTFOLIO

The Group The portfolio of the Serena group comprises 24 Safari fields, Lodges, Hotels and Resorts located in Kenya, Tanzania, Zanzibar, Uganda, Rwanda and Mozambique, and in some of the world’s most evocative, exotic and charming places. The group also offers 11 properties in Afghanistan, Pakistan and Tajikistan.


TECNOLOGIAS

Portugueses criam sistema 3D para ajudar doentes epiléticos Uma equipa internacional liderada por investigadores portugueses criou um novo sistema que pode ajudar os médicos no diagnóstico e na definição de terapêuticas para a epilepsia e outras doenças neurológicas, como o Parkinson.

“U

ma equipa liderada por portugueses criou o primeiro sistema do mundo que usa tecnologia vídeo-3D, com baixo custo, para extrair movimentos durante crises epilépticas”, revela o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). O novo sistema pode ajudar os profissionais de saúde no diagnóstico e na definição de terapêuticas para a epilepsia e outras doenças neurológicas, como o Parkinson. Este Sistema, segundo a publicação ‘Mundo Português’, está a ser testado há um ano no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique, na Alemanha, mas a equipa de investigadores quer agora disponibilizá-lo a outras unidades de monitorização de epilepsia. “O facto de se tratar de um sistema de baixo custo faz com que tenha potencial de generalizar o seu uso em unidades de diagnóstico e tratamento de epilepsia em todo mundo, mesmo nos países em desenvolvimento”, explica o INESC TEC. “O nosso sistema 3D consegue extrair trajetórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados e, em conjunto com o EEG (electroencefalograma), oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e decisões terapêuticas em epilepsia”,

explicou João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do INESC TEC, e responsável pelo projecto. O sistema não requer nenhum tipo de intervenção nem no doente nem na cama onde estes doentes são monitorizados, uma vez que junta vídeo de grande qualidade (HD) a um radar de infravermelhos de alta velocidade para obter 30 imagens 3D por segundo. Os sensores 3D fo-

ram sincronizados com a actividade cerebral (EEG) do doente monitorizado e estão a ser utilizados em ambiente real hospitalar, em Munique, num centro médico que serve oito milhões de habitantes só nesta área da neurologia. Este trabalho desenvolvido por investigadores do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique foi publicado a 22 de janeiro, na revista ‘PLoS ONE’.c

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TECNOLOGIES

Portuguese create 3D systems to aid epileptic patients An international team led by Portuguese researchers created a new system that may aid doctors in the diagnosis and definition of therapies for epilepsy and other neurological diseases, like Parkinson.

“A

team led by the Portuguese created the first system of the world that uses 3D- video technology, with low cost, to extract movements during epileptic crisis”, reveals the Institute of System and Computer Engineering and Science (INESC TEC). The new system may aid health professionals in the diagnosis and in the

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definition of therapies for epilepsy and other neurological diseases, like Parkinson. This system, according to the publication ‘Portuguese World’, is being tested for one year at the Center of Epilepsy of the Department of Neurology of the University of Munich, in Germany, but the team of researchers desires to make it available to other units that monitor epilepsy.

“The fact that it is a low cost system makes it have potential to generalize its usage in units of diagnosis and treatment of epilepsy all over the world, even in developing countries”, explains the INESC TEC. “Our 3D system is able to extract paths of body movement faster than 2D systems that were previously used and, together with the EKG (electroencephalogram), offers more quantitative information for diagnosis and therapy decisions in epilepsy”, explained João Paulo Cunha, coordinator of the Center of Investigation in Biomedical Engineering (C-BER) of INESC TEC, and responsible for the project. The system does not want any type of intervention from the patient nor from the bed where these patients are monitored, since it combines high quality video (HD) to a high speed infrared radar to obtain 30 3D images per second. 3D sensors were synchronized with the monitored patient’s brain activity (EKG) and are being used in a real hospital environment, in Munich, in a medical center that serves eight million inhabitants only in this area of neurology. This work developed by investigators from INESC TEC, of the University of Aveiro, from the University of Munich and Technical University of Munich was published in 22 January, on ‘PLoS ONE’ magazine. c


CONSUMO

Compradores de automóveis preparados para aquisição totalmente online Segundo um estudo encomendado pela Accenture, 80% dos clientes que pretendem adquirir um novo veículo estão a utilizar tecnologias digitais para saber mais sobre as suas preferências de compra e existe uma necessidade crescente de todas as marcas e concessionários de automóveis reforçarem a sua relação online com os clientes.

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maioria dos consumidores estão a fazer pesquisas online para os ajudar na tomada de decisão sobre compra de automóveis, e grande parte deles fá-lo antes de visitar o concessionário, revela um novo estudo da Accenture. Esta pesquisa mostra também que 75% dos condutores inquiridos considerariam avançar com um

processo de compra de veículos completamente online. O estudo, no qual foram inquiridos 10.000 condutores de 8 países, indica que 80% dos clientes que pretendem adquirir um novo veículo estão a utilizar a tecnologia digital para saber mais sobre as suas preferências de compra, sendo que 62% estão a iniciar o processo de compra online,

incluindo a consulta de redes sociais, antes de entrarem num concessionário. Adicionalmente, 75% dos inquiridos disseram que se tivessem oportunidade considerariam realizar todo o processo de compra do carro através de canais online, incluindo o financiamento, negociação de preço, documentação e entrega. 69% afirmaram ter já adquirido um automóvel

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online ou que considerariam fazê-lo. Este estudo revela também que os consumidores estariam receptivos a usar canais online emergentes para aquisição de um automóvel. Por exemplo, 63% dos inquiridos disseram que estariam interessados em comprar um carro novo através de um leilão virtual. Segundo a Accenture, as conclusões deste estudo apontam para uma necessidade crescente de todas as marcas e concessionários de automóveis reforçarem a sua relação online com os clientes. Mais de metade dos condutores manifestaram interesse em que a indústria automóvel melhorasse os seus canais digitais de forma a tornar mais fácil a pesquisa de um novo veículo. Especificamente, estão interessados em obter informações mais detalhadas, demonstrações virtuais e aceder a sites que possibilitem a comparação de preços. Esta consistência vai ao encontro do estudo da Accenture sobre B2C Commerce, onde os retalhistas consideram que uma marca se diferencia cada vez mais pela experiência omni-canal que proporciona aos seus consumidores. Relativamente aos concessionários, mais de metade (53%) dos inquiridos gostariam de ter acesso a um touch screen que os informasse sobre os modelos disponíveis, e 48% gostariam de fazer um test drive virtual durante a visita a um stand. “O impacto do consumidor digital está a tornar-se universal, obrigando a uma disrupção com a tradicional experiência de aquisição de automóvel e com o mercado”, afirmou Christina Raab, responsável Mundial da Accenture pela área de Digital Consumer Services para a indústria Automóvel. “Isto é claramente sustentado pelo facto de muitos clientes considerarem efectuar todo o processo de compra de um carro online. A fim de expandir o negócio neste novo contexto, as marcas e os concessionários precisam de procurar e encontrar uma estratégia digital agressiva, tanto durante o processo de procura como no pós-venda, criando uma experiência integrada que

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vá ao encontro das necessidades dos consumidores”. Ainda segundo este estudo, os clientes consideram que o processo de pós-venda e a disponibilização online de valores e extras são os pontos mais fracos da experiência digital na aquisição de automóvel, e cerca de 50% dos inquiridos acredita que estas áreas precisam de ser melhoradas. A Accenture acredita que a melhoria do serviço pós-venda é fundamental uma vez que um desempenho fraco nesta área pode criar ou destruir a lealdade a uma marca. “O interesse dos consumidores em comprar um carro totalmente online ou através de novos mecanismos como leilões virtuais sugere que os fabricantes e os concessionários devem explorar estas opções”, declarou Christina Raab. “A indústria automóvel tem oportunidade de desenvolver uma presença multicanal para responder a uma maior procura, aumentando a rentabilidade”.

Compra de automóvel está a mudar em todo o mundo Apesar do estudo indicar que a tecnologia digital está a influenciar cada vez mais o mercado automóvel em todo o mundo, os resultados também mostram que há diferenças marcantes nas preferências por país: . Os inquiridos chineses são os mais interessados em comprar um novo carro online, com 92% a afirmar que já o fizeram ou considerariam fazê-lo. Pelo contrário, os condutores japoneses expressaram o nível de interesse mais baixo, sendo que 80% não considerariam uma opção de compra online. 
 . 82% dos condutores inquiridos na Índia e 83% na China estão interessados em negociar online o financiamento num processo de compra de carro. 
 . Os condutores norte-americanos estão particularmente interessados em sites de comparação de opções, enquanto os chineses revelam-se mais entusiasmados

com a hipótese de terem acesso imediato à informação sobre um determinado modelo. 
 . Quando estão a tomar a decisão de adquirir um automóvel, os condutores da Índia são mais influenciados por sites e publicações especializadas online. Pelo contrário, os condutores japoneses são os que mais facilmente comprariam um veículo sem fazer qualquer pesquisa online, e os condutores italianos são mais influenciados pela visita a um stand do que qualquer outra coisa. 
 . Na China, 90% dos inquiridos estariam interessados em participar em leilões online para comprar um carro novo. Os condutores do Japão, França e Alemanha revelaram pouco interesse, com 80%, 65% e 55%, respetivamente, dizendo “não” a esta opção. 
 Em relação às áreas mais fracas do processo de compra através de uma experiência digital, os condutores alemães consideraram o aconselhamento pré-venda das equipas de venda online ineficaz, enquanto os condutores dos EUA sentem que o valor de mercado de um veículo corrente é o que precisa de ser mais melhorado. “Seja na China, na Alemanha ou nos Estados Unidos, cada vez é mais usual recorrer a processos online para adquirir um automóvel, estando a tornar-se uma norma e não uma excepção. Os fabricantes e os concessionários que queiram ser bem-sucedidos no futuro terão de ajustar os seus modelos de negócio de forma a aproveitar a realidade digital emergente que está a transformar o processo de compra de carro”, explica Christina Raab. c

Metodologia Este estudo foi encomendado pela Accenture à empresa de research Coleman Parkes, tendo sido inquiridos 10.000 titulares de automóveis provenientes de oito países: Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália e Japão.


CONSUMPTION

Car buyers prepared for complete online acquisition According to a study ordered by Accenture, 80% of clients who intend to acquire a new car are using digital technologies to find out more about their purchase preferences and there is a growing need from all brands and car dealerships to strengthen their online relationship with clients.

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he majority of consumers are doing online research to assist them in making decisions regarding the purchase of cars, and a great number of them do it before visiting the dealership, reveals a, new study from Accenture. This research also shows that 75% of drivers inquired would consider moving forward with a process to completely acquire their

cars online. The study, in which 10.000 drivers from 8 countries were inquired, indicates that 80% of clients that intend to acquire a new car are using digital technology to know more about their purchase preferences, and 62% are initiating their online purchase process, including consultation of social networks, before walking into a dealership.

In addition, 75% of people inquired stated that if they had the chance they would consider doing the whole process of car purchase through online channels, including funding, price negotiation, documentation and delivery. 69% stated that they have already acquired a car online or that they are considering doing it. This study also reveals that consumers would be responsive to using

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emerging online channels to acquire a car. For example, 63% of those inquired stated that they would be interested in purchasing a new car through a virtual bid. According to Accenture, conclusions from this study point to a growing need from all car brands and dealerships to strengthen their online relationship with clients. More than half of drivers manifested their interest that the car industry improves their digital channels in order to facilitate the research for a new vehicle. Specifically, they are interested in obtaining detailed information, visual demonstrations and access sites that allow for price comparisons. This consistency is aligned with Accenture’s study on B2C Commerce, where retailers consider that a brand differentiates itself for the omni-channel experience it offers its consumers. With regards to dealerships , more than half (53%) of those inquired would like to have access to a touch screen that would inform them about models available, and 48% would like to do a virtual test drive during a visit to a stand. “The impact of the digital consumer is becoming universal, making it compulsory a disruption with the traditional car acquisition experience and with the market”, stated Christina Raab, World Head of Accenture for the area of Digital Consumer Services for the Car Industry. “This is clearly sustained by the fact that many clients consider making the whole process of car purchase online. With the intent of expanding the business in this new context, the brands and dealerships need to seek and find an aggressive digital strategy, be it during the search process as well as in aftersales, creating an integrated experience that meets the

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needs of consumers”. Moreover according to this study, clients considered that the aftersales process and online availability of amounts and extras are the weakest points of the digital experience in the acquisition of cars, and about 50% of those inquired believe that these areas need to be improved. Accenture believes that aftersales service improvement is fundamental since weak performance in this area may create or destroy the loyalty of a brand. “The interest of consumers in purchasing a car completely online or through new mechanisms such as virtual auctions suggests that manufacturers and dealerships must explore these options”, declared Christina Raab. “The car industry has the opportunity of developing a multichannel presence to respond to a bigger demand, increasing profitability”.

Car purchase is changing all over the world Despite the fact that the study is indicating that digital technology is ever more influencing the automobile market all over the world, results also show that there are striking differences in preferences per country: . The Chinese inquired are more interested in purchasing a new car online, with 92% stating that they have already done it or would consider doing it. On the other hand, Japanese drivers expressed a lower level of interest, and 80% would not consider an online purchase option. 
 . 82% of drivers inquired in India and 83% in China are interested in negotiating the funding online in a process of car purchase. . North-American drivers are particularly interested in option compari-

son sites, while the Chinese prove to be more excited with the option of having immediate access to information regarding a certain model. 
 . When making a decision to acquire a car, drivers from India are more influenced by sites and specialized online publications. On the contrary, Japanese drivers are those that would easily purchase a car without making any sort of online research, Italian drivers are more influenced by a visit to a stand than anything else. 
 In China, 90% of those inquired would be interested in participating in online auctions to purchase a new car, Drivers from Japan, France and Germany revealed little interest, with 80%, 65% and 55%, respectively, saying “no” to this option. 
 With regards to weaker areas of the purchase process through a digital experience, German drivers considered pre-sale care from online sales teams ineffective, while US drivers feel that market value of a current car is what needs to be improved. “Be it in China, Germany or in the United States, it has become very common to resort to online processes to acquire a car, and this is becoming a norm and not an exception. Manufacturers and dealerships that wish to be successful in the future will have to adjust their business models in order to take advantage of the emerging digital reality that is transforming the car purchase process”, explains Christina Raab.

Methodology This study was ordered by Accenture to the research company Coleman Parkes, and 10.000 car owners from eight countries were inquired: Germany, Brazil, China, United States, France, India, Italy and Japan. c


ESTILOS DE VIDA

Obras de Mia em mandarim

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livro “Confissão da Leoa”, de Mia Couto, será o primeiro de um escritor moçambicano a ser publicado e lido em mandarim. A edição será da secção chinesa do prestigiado grupo editorial mundial Penguin Books, responsável pela publicação de muitos clássicos da literatura universal. O romance sai este ano na China, devendo ser publicado também, ao longo de 2016, na Hungria e no Uruguai. Este mês, “Confissões da Leoa” saiu em Espanha, merecendo destaques elogiosos da imprensa. O suplemento literário “Babelia”, do “El País”, referiu-se ao livro do escritor moçambicano como uma “fábula misteriosa e fascinante”. Com a edição na China, Hungria e Uruguai, Mia Couto verá os seus livros publicados em 35 países, para além de Moçambique. A obra de Mia já é lida em Angola, Andorra, África do Sul, Cuba, Grécia, Brasil, Canadá, Espanha, Eslovénia, Estónia, França,

Itália, Estados Unidos da América, Sérvia, Grã-Bretanha, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Israel, Portugal, Croácia, República Checa, Ucrânia, Uruguai, Bulgária, Chile, Bélgica, México, Hungria, China, Polónia, Macedónia e Ucrânia. “A Confissão da Leoa”, editado pela Ndjira em 2012, é uma narrativa em que Mia Couto se inspirou nas difíceis condições de vida dos habitantes de determinada zona de Cabo Delgado, sujeitos a martírios diversos, como ataques de leões que se saldavam em sucessivas mortes. As gentes de Kulumani, o lugar fictício descrito por Mia Couto mas cuja história leva-nos a lugares e factos reais, são levadas a sustentarem-se de superstições para interpretarem factos e sentimentos. Vencedor de vários prémios no país e no estrangeiro, Mia Couto vai publicar ainda este ano um novo romance, o segundo da trilogia “As Areias do Imperador” que iniciou o ano passado com “Mulheres de Cinza”.

A trilogia vai abordar os últimos dias do Império de Gaza, dirigido por Ngungunyane e que ficou conhecido como o segundo maior em África liderado por um africano. Este imperador, que praticamente dominou a metade sul do que é hoje Moçambique, ainda é personagem de histórias e lendas. c

PERFIL

Mia Couto e seus prémios literários Mia Couto nasceu na cidade da Beira em 1955. Venceu a edição inaugural (ex-aequo, com Paulina Chiziane) do Prémio José Craveirinha, o maior galardão da literatura moçambicana. A sua obra Terra Sonâmbula faz parte dos 12 melhores livros africanos do século XX. Foi galardoado, pelo conjunto da sua obra, com o Prémio Virgílio Ferreira

e com o Prémio da União Latina de Literaturas Românicas, 2007. Mia foi ainda distinguido com o Prémio Zaffari & Bourbon de Literatura, pelo seu romance O Outro Pé da Sereia. Jesusalém foi considerado um dos 20 romances de ficção mais importantes da «rentreé» literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da re-

vista Télérama. Em 2011, Mia Couto venceu o Prémio Eduardo Lourenço pelo seu contributo para o desenvolvimento da língua portuguesa. Em 2013 foi distinguido com o Prémio Camões, o maior galardão da Língua portuguesa e o prémio norte-americano Neustadt International Prize for Literature. Em 2015, foi finalista do Man Booker Prize. c

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LIFE STYLES

Mia’s book in mandarin

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ia Couto’s book “Confession of the Lioness” will be the first of a Mozambican writer to be published and read in mandarin. The edition will be from the Chinese section of the world prestigious editorial group Penguin Books, responsible for the

publication of many classics of universal literature. The romance will be published in China this year, and shall also be published during 2016, in Hungary and Uruguay. This month, “Confession of the Lioness” was released in Spain, and deserved compliments from the press. The literary supplement “Babelia”, from “El País”, referred to the Mozambican writer’s book as a “mysterious and fascinating tale”. With the edition in China, Hungary and Uruguay, Mia Couto will see his books published in 35 countries, besides Mozambique. Mia’s work is already read in Angola, Andorra, South Africa, Cuba, Greece, Brazil, Canada, Spain, Slovenia, Estonia, France, Italy, United States of America, Serbia, Great –Britain , Norway, Denmark, Finland, Sweden, Israel, Portugal, Croatia, Czech Republic, Ukraine, Uruguay, Chile, Belgium, Mexico, Hungary, China, Poland, Macedonia and Ukraine.

“Confession of the Lioness”, edited by Ndjira in 2012, is a narrative in which Mia Couto got inspired by the difficult life conditions of the inhabitants of a certain area of Cabo Delgado, subjected to various martyrdom, such as lion attacks which resulted in various deaths. People from Kulumani, the fictitious place described by Mia Couto but whose story takes us to real places and facts are carried to be sustained by superstition to interpret facts and feelings. Winner of various awards at home and abroad, Mia Couto will publish still this year a new romance, the second from the trilogy “The Sands of the Emperor” which began last year with “Women of Ash”. The trilogy will discuss the last days of the Gaza Empire, led by Ngungunyane and that was known as the second biggest in Africa lead by an African. This Emperor, who practically dominated half of the south of what is Mozambique today, is still a character of stories and tales. c

PROFILE

Mia Couto and his literary awards Mia Couto was born in the city of Beira in 1955. He won the inaugural edition (ex-aequo, with Paulina Chiziane) of the José Craveirinha award, the biggest award of Mozambican literature. His book Sleepwalker Land is part of the 12 best African books of the XX century. He was awarded, for the set of his work, with the Virgílio Ferreira Award

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and with the Latin Union Award for Romantic Literature, 2007. Mia was also distinguished with the Zaffari & Bourbon Literature Award, for his romance The Mermaid’s Other Foot. Jesusalem was considered one of the most important 20 fiction romances of the French literary «rentreé» by a jury from the French radio station France Culture and the magazine

Télérama. In 2011, Mia Couto won the Eduardo Lourenço Award for his contribution to the development of the Portuguese language. In 2013 he was distinguished with the Camões Award, the biggest award of the Portuguese language and the NorthAmerican Neustadt International Prize for Literature. In 2015, he was a finalist of the Man Booker Prize. c


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