Sumário
Destaques 30
Estado pode poupar 300 milhões de dólares
O estado moçambicano poderia poupar 300 milhões de dólares norteamericanos, por ano, na importação de combustíveis caso investisse cada vez mais na massificação e no uso do Gás natural veicular (Gnv), de acordo com o director executivo da companhia Autogás, João das neves.
44 Tema de Fundo
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CAPITAL comemora 9 anos e 100 edições
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30 DOSSIER Estado pode poupar 300 milhões de dólares
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Capa
Iniciativa para a Adaptação da Agricultura Africana (AAA)
CAPITAL comemora 9 anos e 100 edições Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz Emília Gomes - emiliagomes@mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga. nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@gmail. com – Secretariado Administrativo: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Ismail Essak / ºChairman; Gettyimages. pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Helena Manhenje; Paginação: Ricardo Timbe – 29timbe@gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.
CAPITAL comemora 9 anos e 100 edições A Capital é uma revista moçambicana que se dedica, em exclusivo, à informação económica. em novembro de 2016, chegou à sua 100a edição e faz 9 anos que publica mensalmente notícias, dossiers, estudos e análises. o seu já longo percurso revela uma preocupação em corresponder às expectativas dos seus leitores. este ano, e mais uma vez, a Capital é considerada uma Superbrand.
80 anos a transportar pessoas
Em 1936, entrava em funcionamento o serviço de transporte público em maputo com base em autocarros bUSSInG nAG, em substituição dos vulgos eléctricos. A evolução dos Transportes Públicos em maputo sofreu muitas vicissitudes, desde então, e ao longo de 80 anos. Sim! os TPm estão a comemorar este ano oito décadas de vida a transportar cidadãos.
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AGRI-ARENA impulsiona desenvolvimento agrícola
A Agri-Arena é uma empresa jovem moçambicana que se dedica ao ramo agrícola e tem impulsionado o desenvolvimento deste sector no distrito de Chókwè, na província de Gaza.
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Aston Martin AM37 efectua primeira viagem para águao
O Aston martin ‘Am37 hidroplano de trinta e sete pés fez a sua estreia no show the iates do mónaco, marcando a entrada da marca luxuosa britânica para o mundo náutico.
Capital Magazine Ed.100 · novembro 2016
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Editorial
Bem-vindo Celebrando a nossa 100ª edição
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C
TECNOLOGIA
Mozmedia junta-se a jumia Deals
57 BANCA Host to Host consolida parceria entre Standard Bank e Anadarko
53 PROFILE 80 anos a transportar pessoas
75 Estilos de visda Aston Martin AM37 efectua primeira viagem para a água
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Novembro 2016 · Capital Magazine Ed.100
aros leitores, um dos nossos objectivos para os próximos dois anos é promover a marca Capital além fronteiras, e ampliar o conhecimento do ambiete de negócios e economia Moçambicana. Estamos actualmente a implementar um sistema de gestão de conteúdos, que é mais moderno e esta em sintonia com plataformas digitais atuais, e que inclui tanto texto e imagens assim como audio, video e material interativo. O nosso principal objectivo é ganhar uma audiência maior, e por último complementar a distribuição convencional da revista através da utilização de ferramentas de marketing online para disseminar o nosso título em todo o mundo. Queremos transformar a Capital numa referência para informação no mercado Moçambicano a partir de qualquer parte do mundo. Quando a revista Capital iniciou as suas publicações em 2007, não havia concorrência directa no Mercado. Hoje, apesar de enfrentar alguns concorrentes, Capital ainda representa uma grande fatia do mercado no geral, e porque a publicação é distribuida nas capitais provinciais do país, conquistou milhares de leitores somente na sua versão impressa. Por outro lado, está a maximizar o leitor através do aproveitamento de canais de distribuição inovadores como aviões, autocarros, e as delegações de banca corporativa e vários eventos de modo a oferecer informação certa aos nossos leitores. A nossa circulação tem aumentado de ano para ano. A Capital dirige-se a um público adulto que é geralmente informado e inclui empreendedores, investidores, empresários, economistas e gestores assim como representantes de instituições financeiras, membros do governo e corpo diplomático. A nossa revista foi selecionada como uma Superbrand 2014 e 2015, e teve o privilégio de receber o Prémio Media Award 2013 na categoria Design. Ao longo dos anos, a Capital estabeleceu parcerias e a confiança de um público muito exigente que nos pediu edição após edição, que melhorassemos o nosso conteúdo com estórias mais abarangentes e interessantes. Produzir uma publicação bilingue oferece inúmeros desafios, visto que a escolha de temas que possam atrair a atenção de um público estrangeiro pode ser diferente de temas populares a nível nacional. Mas estamos no mercado Moçambicano há 9 anos e o nosso trabalho e esforços para reportar e analisar o conteúdo económico e de negócios pode ser admirado ao longo das nossas 100 edições. Próximo ano, completamos 10 anos no Mercado e esperamos ter as nossas plataformas digitais a funcionar a todo vapor, e esperamos continuar a formar os nossos jornalistas. Queremos ensiná-los técnicas de fotografia e video como uma forma de destacar a Capital no mundo digital. No geral, queremos expandir a nossa audiência. Queremos qualidade a qualquer custo.
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Contents
Highlights 32 Statemaypay
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Capital celebrates 9 years and 100 editions
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DOSSIER State may pay USD 300 million
18 Current Capa Capital celebrates 9 years and 100 editions
Initiative for the Adaptation of African Agriculture (AAA)
Property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Emília Gomes - emiliagomes@mozmedia.co.mz - Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga. nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Administrative Secretariat: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Ismail Essak / Chairman; Gettyimages. pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B.- Translation: Frans Hovens;Page make-up: Ricardo Timbe –29timbe@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.
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USD300million The mozambican State may save 300 million American dollars, per year, in the import of fuel in case it invested more and more in the spread and use of vehicular natural Gas (vnG), accord- ing to the executive Director of Autogás, João das neves.
Capital celebrates 9 years and 100 editions
Capital is a mozambican magazine that is dedicated exclusively to economic information. In november 2016, it reached its 100th edition and nine years that monthly publishes news, dossiers, studies and analysis. Its long journey reveals a concern to meet the expectations of its readers. This year and once more Capital is considered a Superbrand.
80 years transporting people In 1936, the maputo public transport service began its operations based on bUSSInG nAG buses, in replacement of the alias electrical ones. The evolution of Public Transport in maputo suffered many vicissitudes, ever since, and during the 80s. Yes TPm is celebrating this year eight decades transporting citizens.
68 AGRI-ARENA boosts agricultural development
The Agri-Arena is a young mozambican company dedicated to the field of agriculture and has been boosting the development of this sector in the Chókwè district, in the Gaza Province.
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Aston Martin AM37 makes first voyage into the water
The thirty-seven-foot Aston Martin ‘AM37 powerboat made its world debut at the Monaco yacht show, marking the luxury british brand’s entry into the nautical world.
Editorial
Welcome Celebrating our 100th edition
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TECHNOLOGY Mozmedia joints jumia Deals
60 BANK Host to Host consolidates partnership between Standard Bank and Anadarko
56 PROFILE 80 years transporting people
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LIFE STYLE Aston Martin AM37 makes first voyage into the water
ear readers, one of our goals for the next two years are to promote the Capital brand across borders, and amplifying awareness of the Mozambican business environment and economy. We are currently implementing a content management system, which is more modern and in tune with current digital platforms, and which includes both text and images as well as audio, video, and interactive material. Our main aim is to win over a broader audience, and ultimately to complement the conventional distribution of the magazine through the use of online marketing tools to disseminate our title around the world. We want to transform Capital into a reference for information on the Mozambican market from anywhere in the world. When Capital magazine began to be published in 2007, there was no direct competition in the market. Today, despite facing some competitors, Capital still represents a large slice of the overall market, and because the publication is distributed in the country’s provincial capitals, it has built up thousands of readers in its paper version alone. On the other hand, it is maximizing its readership through the leveraging of innovative distribution channels like on planes, buses, and at corporate banking delegations and various events in order to get the right information out to readers. Our circulation has been increasing year-on-year. Capital addresses an adult audience that is typically informed and includes entrepreneurs, investors, businessmen, economists, and managers, as well as representatives of financial institutions, members of the government, and the diplomatic corps. Our magazine was elected as Superbrand 2014 and 2015, and had the privilege of receiving the Best Media Award 2013 in the Design category. Over the years, Capital has established partnerships and trust from a highly demanding public that requested us, edition after edition, to improve our content with more comprehensive and interesting stories. Producing a bilingual publication comes with a number of challenges, as the choice of themes that might attract the attention of an audience from abroad may differ from popular topics on a national level. But we are on Mozambican market for 9 years already and our work and efforts to report and analyze the economic and business context can be admired through our 100 editions. Next year, we hope to have our digital platforms fully functioning, and hope to continue training our journalists. We want to provide them with the techniques of photography and video as a way to spotlight Capital in the digital world. Generally, we want to expand our audience. We want quality at any cost.
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Capitoon
EM BAIXA Espécies marinhas em risco A destruição do mangal ao longo da costa moçambicana coloca em risco não só a sua existência, assim como a de espécies marinhas e aves que dele dependem para sobreviver. Nos últimos tempos, tem-se verificado uma grande diminuição da sua área de distribuição, perda de habitat e capacidade de propagação, apesar do país possuir uma das florestas de mangais mais extensas de África.c
EM ALTA Porto de Maputo aumenta capacidade O porto de Maputo estará em condições de passar a receber navios com uma capacidade até 85 mil toneladas, mercê da conclusão, em Fevereiro de 2017, dos trabalhos de dragagem em curso desde Maio último. Trabalhos esses que visam aumentar a profundidade e largura do canal de acesso à infraestrutura portuária.c
Manhiça fareja petróleo Uma empresa norte-americana sediada em Nova Iorque pretende investir pelo menos 100 milhões de dólares para realizar estudos com o objectivo de verificar se o distrito da Manhiça, na zona de Palmeiras e província de Maputo, possui petróleo. A informação foi revelada pelo director-geral da companhia Warburg Pincus, Kenneth Juster, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), após um encontro de cortesia que manteve com o Presidente da República, Filipe Nyusi, em Nova Iorque.c
Conflito afecta produção Os níveis de produção do país estão a ser fortemente afectados principalmente pela tensão político-militar que está a reduzir os níveis de investimento e limitar a circulação de pessoas e bens. Como consequência, as receitas das exportações do país fixaram-se em metade das importações, facto que demonstra a prevalência da dependência externa, segundo o ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela.c
COISAS QUE SE DIZEM
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SOBRE AS POTENCIALIDADES DO PAÍS “Cabe a nós empresários, em particular com as autoridades públicas, a missão de transformar este potencial invejável em riqueza tangível e útil no combate à pobreza e na redução da dependência económica do nosso país face ao exterior”c
UM CONFLITO SEM FIM À VISTA “As negociações começaram em 1984, nós hoje estamos em 2016. É preciso perguntarmos, profundamente, o que é que está por detrás e o que é que nós, como moçambicanos, temos que fazer para nos reconciliarmos como família moçambicana, porque agora os rodesianos já foram embora, o Apartheid já foi embora, mas este conflito continua”.c
Rogério Manuel, presidente da CTA in “Jornal Notícias”.
Graça Machel, activista e presidente do FDC, in jornal “O País”.
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Capitoon
THERE ARE A LOT OF PEOPLE AT THE BASE OF THESE 10 YEARS AND 100 NUMBERS OF CAPITAL BUT WHAT IS IMPORTANT TO HIGHLIGHT IS OUR COMMITMENT TO INTEGRITY AND TO THE READERS.
ON THE BOTTOM Marine species in danger Destruction of the mangrove on the Mozambican coast puts at risk not only its existence, but also the existence of marine species and birds which depend on it to survive. Lately, a great decrease of its distribution area has been verified, loss of habitat and spread capacity, despite the fact that the country has one of the more extensive mangrove forests of Africa.c
AS OF NOW WE SAVE THE DATE FOR THE NEXT10 YEARS, AND THE 10 AFTER THAT, AND AFTER THAT, AND AFTER THAT AND AFTER THAT...
THANK YOU
Conflict affects production The country’s production levels are being strongly affected mainly by the political-military tension which is reducing the levels of investment and limiting the circulation of people and goods. As a consequence, export revenue of the country have fixed themselves in half of imports, fact which shows prevalence of external dependency, according to the Ministry of Agriculture and Commerce, Max Tonela. c
ON TOP Maputo Port increases capacity The Maputo Port will be able to receive new ships with the capacity of up to 85 thousand tons, pending the conclusion, in February 2017, of dredging works under way since last May. These works aim at increasing the depth and width of the access channel to the port infrastructure. c
Manhiça sniffs petroleum A North American company based in New York intends to invest at least 100 million dollars to carry out studies with the aim of verifying if the Manhiça district, in the Palmeiras area, Maputo Province, has petroleum. The information was revealed by the managing –director of Warburg Pincus, Kenneth Juster, quoted by the Mozambique Information Agency (AIM), after a courtesy meeting held with President Filipe Nyusi, in New York.c
THINGS BEING SAID “It is up to us businessmen, in ABOUT THE COUNTRY’S POTENTIAL particular with public authorities, the mission of transforming this enviable potential in tangible wealth and useful in the fight against poverty and reduction of economic dependency of our country on external agents”.c
CONFLICT WITHOUT END ON SIGHT “Negotiations began in 1984, today we are in 2016. We need to ask, deeply, what is behind and what do we, as Mozambicans need to do in order to reconcile ourselves as a Mozambican family, because now the Rhodesians have left, Apartheid has gone, but this conflict still prevails”.c
Rogério Manuel, CTA’s President in “Jornal Notícias”.
Graça Machel, activist and president of FDC, in jornal “O País”.
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ACTUAL
Iniciativa para a Adaptação da Agricultura Africana (AAA)
20 ministros africanos comprometem-se a reduzir a vulnerabilidade da agricultura africana em prol da mudança climática A 29 e 30 de Setembro 2016, cerca de 20 ministros africanos, em conjunto com representantes de instituições internacionais assim como cientistas e peritos, reuniram-se em Marraquexe (Marrocos), para participar na reunião de alto nível Internacional antes das negociações da COP22. O objectivo desta reunião é o de construir uma coligação de suporte à iniciativa para a Adaptação da Agricultura Africana em prol da mudança climática. No total, quase 30 países estão representados.
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ançado em Abril de 2016 sob o égide de Marrocos, a iniciativa para a Adaptação da Agricultura Africana (AAA) em prol da mudança climática nasceu da observação de que África, Agricultura, e Adaptação são somente marginalizadas e levadas em consideração nas negociações internacionais e alocações do fundo do clima. Enquanto que os três são particularmente vulneráveis a mudança climática, estes também podem, e acima de tudo, ter um papel importante na provisão de soluções. A iniciativa AAA tenciona agir em dois níveis principais. O nível de negociações, de modo a colocar a Adaptação da Agricultura Africana no coração dos assuntos e desafios da COP, e obter uma distribuição equitativa dos fundos do clima entre a adaptação e mitigação. O nível Solução, de modo a promover e fomentar a implementação de projetos concretos e inovadores em
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termos de gestão de solo, controlo da água, gestão de risco climático, reforço de capacidades e soluções de financiamento. Um Encontro de Alto Nivel para convocar África para a iniciativa para a mudança climática AAA Cerca de 20 ministros Africanos reuniram-se a 29 e 30 de Setembro, em Marraquexe (Marrocos), ao lado de representantes de instituições internacionais líderes (FAO, Banco Mundial, BDA, entre outros), asssim como cientistas e peritos. O objectivo deste Encontro a Alto Nível é de convocar todos os intervenientes – quer na área de desenvolvimento agrícola ou na luta contra a mudança climática – em torno da iniciativa AAA. No total, cerca de 30 países são representados nesta Reunião. O objectivo é que esta seja uma oportunidade para partilhar soluções agrícolas e boas práticas que possam
ser A iniciativa AAA adota uma abordagem com base no projeto que representa formas concretas de financiamento. Esta reunião irá também marcar o lançamento da campanha #weAAAre. Esta campanha irá focar-se na sensibilização do público e mobilização da comunidade internacional para que hajam a favor da iniciativa AAA na preparação para o COP22, que será realizado este ano em Marraquexe de 7 a 18 de Novembro. Em termos de implementação, a iniciativa pode-se apoiar na dinâmica que esta actualmente a energizar a cooperação sul-sul, assim como na continua reaproximação entre Estados Africanos, que é uma prioridade para sua Majestade Rei Mohammed VI. Alias, a AAA deseja servir os interesses de África de maneira a permitir que o continente se torne um interveniente chave em assuntos relacionados com o clima.c
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CURRENT
Initiative for the Adaptation of African Agriculture (AAA)
20 African ministers commit to reducing the vulnerability of African agriculture to climate change On September 29th and 30th, 2016, about 20 African ministers, joined by representatives from international institutions as well as scientists and experts, are gathering in Marrakesh (Morocco), to attend a High Level International Meeting ahead of the upcoming COP22 negotiations. The aim of this meeting is to build a support coalition for the initiative for the Adaptation of African Agriculture to climate change. In all, nearly 30 countries are represented.
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aunched in April 2016 under Morocco’s impetus, the initiative for the Adaptation of African Agriculture (AAA) to climate change was born out of the observation that Africa, Agriculture, and Adaptation are only marginally taken into account in international negotiations and climatefund allocations. While all three are particularly vulnerable to climate change, they can also, and above all, play a major role in providing solutions. The AAA initiative intends to act on two main levels. The Negotiations level, in order to place the Adaptation of African Agriculture at the heart of COP issues and challenges, and obtain an equitable distribution of climate funds between adaptation and mitigation. The Solutions level, in order to promote and foster the implementation of concrete and innovative pro-
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jects in terms of soil management, agricultural-water control, climaterisk management, capacity building and funding solutions. A High Level Meeting to rally Africa around the initiative for the AAA climate change About 20 African ministers met on September 29th and 30th, in Marrakesh (Morocco), alongside representatives from leading international institutions (FAO, the World Bank, ADB, among others), as well as scientists and experts. The aim of this High Level Meeting is to rally all stakeholders – whether in the area of agricultural development or in the fight against climate change – around the AAA initiative. In all, about 30 countries are represented in this Meeting. It is intended to be an opportunity to share agricultural solutions and good practices that can be extended across
the entire African continent. AAA initiative adopts a project-based approach that represents concrete ways to funding. This meeting will also mark the launch of the #weAAAre campaign. This campaign will focus on raising public awareness and mobilising the international community to act in favour of the AAA initiative in the lead-up to COP22, which will be held this year in Marrakesh from November 7th to 18th. In terms of implementation, the initiative can lean on the great dynamic that is currently energising southsouth cooperation, as well as on the ongoing rapprochement between African states, which is a priority for His Majesty King Mohammed VI. Indeed, AAA seeks to serve Africa’s interests in such a way as to enable the continent to become a key player in climate-related issues. c
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MUNDO
Fortuna de Trump cai 800 milhões de dólares Segundo a revista Forbes,
Multa à Apple desencadeia guerra O recorde foi atingido
Uma verdadeira guerra de sanções entre os Estados Unidos da América e a União Europeia deflagrou. Desde que a Comissão Europeia decidiu aplicar uma sanção de 13 biliões de dólares à Apple a decisão histórica deve-se ao facto de a empresa ter beneficiado, de forma ilegal, de um regime fiscal favorável na Irlanda que chovem sanções, multas, indemnizações judiciais entre os norte-americanos e a Europa. A abertura de uma investigação a companhias norte-americanas por parte da Comissão Europeia por alegada evasão fiscal, e em especial o caso da Apple na Irlanda, relançou uma batalha de sanções às respectivas empresas entre os dois blocos. Segundo o El Economista, a guerra não é nova, mas intensificou-se com o caso da Apple. Enquanto na Europa se ultimam também sanções contra companhias como a McDonalds, Amazon ou Google, em Washington actua-se contra a Volkswagen e o Deutsche Bank. A Volkswagen chegou a acordo de princípio para indemnizar os 650 concessionários norte-americanos na sequência do escândalo de manipulação dos motores a gasóleo. O fabricante automóvel alemão vai desembolsar mais um bilião de euros para compensar a perda de valor do negócio e os veículos que não podem ser vendidos.c
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a fortuna do bilionário e candidato às eleições norte-americanas, Donald Trump, baixou 800 milhões de dólares, no último ano, mas ainda assim soma 3.700 milhões de dólares. Já as dívidas do candidato republicano são de 1.130 milhões de dólares. A Forbes assegura que dos 28 activos que se calcula que tenha o empresário, a maioria deles imobiliários, 18 perderam valor nos últimos 12 meses, devido, entre outros motivos, ao enfraquecimento do mercado imobiliário em Nova Iorque. A jóia da coroa do seu império, o arranha-céus Trump Tower da Quinta Avenida de Manhattan, está avaliado em 471 milhões de dólares, 159 milhões menos que há um ano, enquanto a dívida ascende a 100 milhões de dólares. A Forbes destaca outras propriedades, como o edifício 40 de Wall Street, avaliado em 501 milhões de dólares, com uma dívida de 156 milhões, e, por outro lado, o seu clube privado Mar-a-Lago, na Flórida, que está avaliado em 150 milhões de dólares, 50 milhões menos que há um ano. A revista assegura também que sete dos seus activos subiram de valor nos últimos 12 meses, incluindo o segundo edifício mais alto de São Francisco, situado na 555 da Califórnia Street, e no qual possui uma participação de 30%. Além do mais, revela que a única operação imobiliária fechada este ano pelo empresário foi a compra de um armazém na cidade de Charleston, no estado da Carolina do Norte, avaliado em 3,5 milhões de dólares.c
BREVES
OPEP trava queda do preço do petróleo
Pela primeira vez em oito anos,
a Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP), responsável por cerca de 40% da oferta mundial da matéria-prima, decidiu, de acordo com fontes da organização, fazer recuar a produção para 32,5 milhões de barris por dia, cerca de 750 mil barris abaixo da produção do conjunto dos seus membros em Agosto. A notícia da decisão colheu de surpresa o mercado e a maioria dos analistas.c
Apple quer surpreender mercado em 2017 Em Setembro, a Apple lançou o seu último modelo (o iPhone 7) e ainda que existam algumas melhorias face ao iPhone 6S, são bastantes as críticas que apontam para uma semelhança em relação à geração 6 do smartphone. No próximo ano, assinala-se os 10 anos do iPhone e todos os rumores apontam para uma reformulação radical que irá marcar a data e o historial dos modelos até agora lançados da marca da maçã.c
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WORLD
than a billion euros to compensate the loss of business value and the vehicles that cannot be sold.c
SHORTS OPEP stops drop of oil price
Trump’s fortune drops 800 million dollars
Apple fine triggers war A true war of sanctions between the United States of America and the European Union has triggered. Ever since the European Commission decided to apply a sanction of 13 billion dollars to Apple – the historical decision is due to the fact that the company benefited, illegally, of a favorable tax regime in Ireland – so sanctions, fines, legal compensations between North Americans And Europeans have been showering. Opening of an investigation to North American companies from the Europeans Commission for alleged tax evasion, and specially the Apple case in Ireland, re-launched a battle of sanctions to the respective companies between the two blocks. According to the El Economista, the war is not new, but it has intensified with the Apple case. While in Europe sanctions against campaigns such as that from McDonald, Amazon or Google are coming to an end, in Washington they are acting against Volkswagen and the Deutsche Bank. Volkswagen reached the agreement to indemnify 650 North American dealers following the scandal of diesel engine manipulation. The German car manufacturer will disburse more
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According to Forbes, the billionaire’s and candidate to the North American elections fortune, Donald Trump, decreased 800 million dollars, in the last year, but still ads up to 3.700 million dollars. Now the debts of the republican candidate add up to 1.130 million dollars. Forbes ensures that out of the 28 assets calculated that the businessman owns, most of them in real State, 18 lost its value in the last 12 months, due, amongst, other reasons, to the weakening of the real estate market in New York. The crown jewel of his empire, the skyscraper Trump Tower in Manhattan’s Fifth Avenue, is valued at 471 million dollars, 159 million less than last year, while the debt rises to 100 million dollars. Forbes highlights other properties, such as the 40 building in Wall Street, valued at 501 million dollars, with a debt of 156 million, and, on the other hand, his private club Mara-Lago, in Florida, which is valued at 150 million dollars, 50 million less than one year ago. The magazine also ensures that seven of its assets have increased its value in the last 12 months, including the second tallest building of San Francisco, located at 555 Califórnia Street, where he has shares of 30%. Besides, it reveals that the only real estate operation closed by the businessman this year was the purchase of a warehouse in the city of Charleston, in the State of North Carolina valued at 3,5 million dollars.c
For the first time in eight years, the Organization of Oil Producing Countries (OPEC), responsible for about 40% world offer of the raw material, decided, according to organization sources, push back production to 32,5 million barrels per day, about 750 thousand barrels below the production of the group of its members in August. News about the decision caught the market and most of its analysts by surprise.c
Apple wants to surprise in 2017
In September,
Apple launched its last model (iPhone 7) and there are still some improvements against the iPhone 6S, a lot of critics point to similarities regarding the 6 generation of the smartphone. Next year, the iPhone will be 10 years and all rumors point to a radical reformulation which will set the date and history of the models of the apple brand launched until now.c
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ÁFRICA
destacar, igualmente, a contribuição do sector manufatureiro para o aumento registado. Ainda no segundo trimestre, as exportações aumentaram 294 biliões de rands e a África do Sul registou um superavit comercial com o resto do mundo na ordem de 23 biliões de rands. As exportações de metais preciosos e equipamentos de transporte foram em grande parte responsáveis por este cenário. Cerca de 33% dos produtos foram destinados aos mercados da China, Alemanha, EUA, Reino Unido e Botswana.c
África do Sul cresce 3.3% no segundo trimestre A Autoridade das Estatísticas
da África do Sul diz que a economia cresceu 3.3% no segundo trimestre de 2016, quando comparado com o período homólogo de 2015. Trata-se do maior crescimento desde os últimos três meses de 2016, evitando assim uma recessão técnica. É que no primeiro trimestre do ano em curso, a segunda maior economia do continente contraiu 1.2%. Não obstante, a mesma fonte garante que a economia tem sido resistente apesar do lento crescimento global, embora o país esteja a enfrentar, a nível doméstico, a seca e o aumento do custo dos produtos alimentares. Os números mostram ainda um crescimento positivo nos três maiores sectores, nomeadamente, no sector primário, com 8.8%, no secundário, com 5.3% e dois por cento no sector terciário. A indústria da transformação aumentou 8%, impulsionada pela produção de produtos químicos, automóveis e componentes. Há-que
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Volume de exportações da África do Sul China
(R 26 biliões)
Alemanha
(R 23 biliões)
Estados Unidos da América
(R 22 biliões)
Reino Unido
(R 16 biliões)
Botswana
(R 14 biliões)
Dangote na liderança do EUA-Africa Business Center A Câmara de Comércio
dos Estados Unidos da América (EUA) nomeou Aliko Dangote, o empresário mais bem-sucedido da África, como co-presidente do EUA-Africa Business Center. Dangote servirá ao lado de Jay Irlanda, presidente e CEO da General Electric-Africa, no Conselho de Administração do EUA-África Business Center. “Estamos honrados em ter Aliko Dangote a bordo para ajudar a orientar os esforços das comunidades de negócios em busca de uma nova era de crescimento sem precedentes, entre os Estados Unidos e África”, disse Scott Eisner, presidente do EUA-Africa Business Center. Ainda de acordo com o responsável, o futuro da criação de emprego reside nos corações e mentes de líderes de negócios e suas empresas em todo o continente.c
DESTAQUE
AVIAÇÃO EM ÁFRICA
Taxas de combustível são das mais caras do mundo As taxas de combustível,
para o sector da aviação, em África, são das mais caras do mundo chegando a custar até 2.5 vezes mais do que a média mundial, segundo a Associação das Companhias Aéreas de África (ACAA). Além da dificuldade no acesso a vistos, e dos entraves no repatriamento das receitas, nomeadamente em Angola, Nigéria, Sudão e
Egipto, as companhias aéreas que operam em África queixam-se do valor das taxas de combustível, as quais apontam como um entrave à expansão da sua actividade no continente. De acordo com a ACAA a média mundial das taxas de combustível neste sector é de 1.40 dólares por cada quatro litros, valor que em África se situa nos 3.78 dólares.c
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AFRICA
increased 294 billion rand and South Africa registered a commercial superavit with the rest of the world around 23 billion rand. Precious metals and transport equipment exports were greatly responsible for this scenario. About 33% of products were destined to the markets of China, Germany, USA, United Kingdom and Botswana.c
Dangote leads USA-Africa Business Center South Africa grows 3.3% in the second quarter The South African Statistical
Authority states that the economy grew 3.3% in the second quarter of 2016, when compared to the same period of 2015. It is the biggest growth of the last three months of 2016, avoiding in this manner a technical recession. The fact is that in the first quarter of this year, the continent’s second biggest economy contracted 1.2%. Nevertheless, the same source ensures that the economy has been resistant despite slow global growth, even though the country is facing, at global level, drought and increase of food products. The numbers also show positive growth in the three biggest sectors, namely, primary sector, 8.8%, secondary, with 5.3% and two per cent in the tertiary sector. Transformation industry increased 8%, boosted by chemical production, automobile and components. One equally needs to highlight, contribution of the manufacturing sector for the registered increase. Still in the second quarter, exports
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The United States of America Commerce Chamber (USA) appointed Aliko Dangote, the most successful business man in Africa, as the copresident of the USA -Africa Business Center. Dangote will serve next to Jay Irlanda, president and CEO of General Electric-Africa, in the Board of the
USA -África Business Center. “We are honored to have Aliko Dangote on board to help and guide the efforts of business communities in the search of a new era of unprecedented growth, between the United States and Africa”, stated Scott Eisner, president of USA-Africa Business Center. Still according to the responsible, the future of job creation resides in the hearts and minds of business leaders and their companies across the whole continent.c
South Africa’s export volume China
(R 26 billions)
Germany
(R 23 billions)
United States of America
(R 22 billions)
United Kingdom
(R 16 billions)
Botswana
(R 14 billions)
HIGHLIGHT
AVIATION IN AFRICA
Fuel rates are one of the most expensive in the world Fuel rates, for the aviation sector, in Africa, are one of the most expensive in the world and may cost up to 2.5 times more than the world average, according to the Association of Airline Companies of Africa (ACAA). Besides the difficulty in accessing visas, and the constraints in revenue returns, namely in Angola, Nigeria, Sudan and Egypt, airline companies that operate in Africa complain about the value of fuel rates, to which they indicate as an obstacle for the expansion of their
activity in the continent. According to ACAA the world average fuel rates in this sector is 1.40 dollars per four liters, amount which in Africa is situated in 3.78 dollars.c
MOçAMBIQUE
ENI mobiliza fundos para o Bloco 4 A petrolífera italiana ENI
FMI e Governo dão o primeiro passo A missão do Fundo Monetário
Internacional (FMI) que esteve em Moçambique, de 22 a 29 de Setembro, com o objectivo de avaliar a evolução económica do país e discutir as políticas do Governo para restaurar a confiança, afirmou que o país enfrenta um ambiente económico desafiador. Segundo o corpo técnico, liderado por Michel Lazare, o crescimento segue uma trajectória descendente e, este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) não poderá passar de 3.7%. A equipa liderada por Lazare acrescentou que o risco de deterioração continua mas saudou as medidas de política económica adoptadas pelo Governo, desde a última visita do FMI que decorreu em Junho. A missão também iniciou as discussões sobre os termos de referência para uma auditoria internacional e independente das empresas EMATUM, Proindicus e MAM, com o objectivo de reforçar a transparência, governação e prestação de contas. A missão reuniu-se com o primeiro-ministro, o ministro da Economia e Finanças, o governador do Banco de Moçambique, o Procurador-Geral da República, entre outros dirigentes. É importante referir que a Procuradoria Geral da República já elaborou uma proposta de termos de referência e enviou ao FMI.c
está a mobilizar um financiamento, no sentido de providenciar capitais para o desenvolvimento do gás em Moçambique, segundo a agência de notícias Reuters. Mais concretamente, a ENI reuniu alguns banqueiros em Londres para falar do financiamento dos seus projectos na área 4 da Bacia do Rovuma. Uma fonte ligada à Reuters revelou ainda que se tratava de um exercício que poderá culminar com a mobilização de biliões de dólares. Este processo, que ainda aguarda a uma resposta final por parte dos bancos, é que vai ditar a tomada de decisão final de investimento. Porém, a ENI poderá pagar a factura do conflito militar, que se regista no centro do país, e do recente escândalo de dívidas ocultas. É que algumas instituições de crédito receiam financiar um projecto instalado num país instável e com a confiança beliscada no cenário internacional. De destacar que a ENI fechou, recentemente, um acordo com a Samsung para fornecer uma plataforma flutuante de GNL para o processamento do gás que será vendido à BP. A ENI está, igualmente, embrulhada em longas conversações para vender parte das suas participações à Exxon Mobil.c
Anadarko prepara decisão sobre investimentos A Anadarko poderá tomar a decisão final de investimento, no próximo ano, para a implementação do seu projecto de gás natural na província de Cabo Delgado, segundo o director executivo da multinacional, Al Walker.
Há seis anos, a Anadarko descobriu enormes depósitos de gás natural na bacia do Rovuma, que, segundo alguns analistas, poderão colocar Moçambique na lista dos maiores produtores do mundo. Na altura, China, Índia e Japão encontravam-se envolvidos numa corrida desenfreada para fechar contratos para a importação do gás natural. Porém, agora, a Ásia e outras regiões do mundo registam excesso de produção de gás natural liquefeito (GNL), algo que acabou refreando drasticamente a apetência dos investidores pelo desenvolvimento de novos empreendimentos, à semelhança do projecto de Moçambique, orçado em várias dezenas de biliões de dólares.c
DESTAQUE
Quatro anos depois, combustíveis voltam a subir Através de um comunicado, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia informou que os preços dos combustíveis e outros produtos petrolíferos serão ajustados. A gasolina, que custava 47.52 meticais passa para 50.02 meticais o litro, o gasóleo passa de 36.81 meticais para 45.83 meticais o litro. O petróleo de iluminação sobe de 28.64 meticais o litro para 33.06 meticais, enquanto o gás doméstico passa de 55.45 meticais por quilograma para 58.54. Já o gás comprimido passa de 17.75 para 24.90 meticais .c
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MOZAMBIQUE
IMF and the Government take the first step
ENI mobilizes funds for block 4 The Italian oil company
The International Monetary
Fund mission (IMF) which was in Mozambique, from 22 to 29 September, with the aim of assessing the economic evolution of the country and discuss Government policies to restore the trust, stated that the country faces a challenging economic environment. According to the technical body, led by Michel Lazare, growth follows a declining trend and, this year, the Gross Domestic Product (GDP) cannot be more than 3.7%. The team led by Lazare added that the risk of deterioration continues but he welcomed the economic political measures adopted by the Government, since the last visit from the IMF which took place in June. The mission also initiated discussions about the terms of reference for an international audit and independent of companies EMATUM, Proindicus and MAM, with the aim of strengthening transparency, governance and accountability. The mission met with the Prime Minister, Minister of Economy and Finance, Central Bank Governor, the Attorney General, amongst other leaders. It is important to mention that the Attorney General has already drafted a proposal of terms of reference and sent to the IMF.c
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ENI is mobilizing funding, in the sense of providing capital for the development of gas in Mozambique, according to the news agency Reuters. Specifically, ENI has joined together some bankers in London to discuss funding of its projects in area 4 of the Rovuma Basin. A source connected to Reuters revealed that it was an exercise which could culminate with the mobilization of billions of dollars. This process, which still awaits a final response from banks, will dictate the final investment decision. However, ENI may pay the bill of the military conflict, taking place in the Center of the country, and of the recent scandal of hidden debt. The fact is that some credit institutions fear to finance a project in an unstable country and with its trust pinched in the international arena. It is important to highlight that ENI closed, recently, a deal with Samsung to offer a floating platform of LNG for processing of gas which will be sold to BP. ENI is, also, involved in long discussions to sell part of its shares to Exxon Mobil.c
Anadarko prepares decision on investments Anadarko
may take the final investment decision, next year, for the implementation of its natural gas in the Cabo Delgado province, according to the multinationals’ executive director Al Walker. Six years ago, Anadarko discovered huge deposits of natural gas in the Rovuma basin, which, according to
some analysts, may place Mozambique in the list of the biggest producers of the world. At the time, China, India and Japan were involved in a mad race to close contracts for importation of natural gas. However, now, Asia and other regions of the world are registering an excess of liquefied natural gas production (LNG), something which drastically restrained the appetite of investors for the development of new projects, similar to project Mozambique, estimated in a couple dozen billion dollars.c
HIGHLIGHT
Four years later, fuel rises again
Through a communiquĂŠ,
the Ministry of Mineral Resources and Energy informed that prices of fuel and petroleum products would be adjusted. Petrol, which cost 47.52 meticais now costs 50.02 per liter, diesel went from 36.81 meticais to 45.83 meticais per liter. Lamp oil will rise from 28.64 meticais per liter to 33.06 meticais, while domestic gas went from 55.45 meticais per kilogram to 58.54. Compressed gas went from 17.75 to 24.90 meticais.c
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DOSSIER
Uso de GNV
Estado pode poupar 300 milhões de dólares O Estado moçambicano poderia poupar 300 milhões de dólares norte-americanos, por ano, na importação de combustíveis caso investisse cada vez mais na massificação e no uso do Gás Natural Veicular (GNV), de acordo com o director executivo da companhia Autogás, João das Neves.
Gildo Mugabe (texto)
M
oçambique encontra-se mergulhado numa crise económica e financeira jamais vista desde a independência nacional. A derrapagem do metical face às principais moedas de transacção internacional, com destaque para o dólar norte-americano e o rand sul-africano, encarece ainda mais o custo de vida da nossa população.
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Esta situação atípica obriga o Estado a ter de adoptar medidas concretas no sentido de reduzir o impacto da crise. Uma delas passa por impulsionar a produção e a preferência pelos recursos locais com vista a reduzir o volume de importações. Um dos recursos a ter em conta neste processo, de acordo com João das Neves, director executivo da empresa Autogás é o Gás Natural
Veicular (GNV). “O gás natural é nosso. É produzido em Moçambique e os combustíveis líquidos que estamos a usar, neste momento, são todos importados”, recorda João das Neves. A importação destes combustíveis líquidos, tal como fez saber aquele empreendedor, é feita em divisas e em mercados extremamente voláteis. “Hoje, podemos ter um barril a 20 ou 40 dólares, mas, em algum momento, o preço pode subir até 100 dólares ou mesmo ultrapassar esse valor. Ou seja, estamos numa situação em que não temos qualquer controlo sobre o preço dos combustíveis importados, quer na origem ou mesmo no câmbio do dólar que devemos usar”, refere João das Neves. Face a todos estes factores, aquele responsável entende que substituir os combustíveis líquidos importados por combustíveis provenientes do subsolo moçambicano, à priori, manifesta-se como uma alternativa estrategicamente correcta e pertinente para o desenvolvimento da economia nacional. “Neste momento, o potencial existente, havendo uma série de medidas para maximizar o uso do Gás Natural, pode chegar a cerca de 300 milhões
de dólares por ano de poupanças para o Estado, com a importação de combustíveis”, vinca João das Neves. Para chegar a esse nível, o processo passa necessariamente pela tomada de decisões acertadas que estimulem o processo de adesão ao Gás Natural Veicular.
Nível de adesão e financiamento nos pratos da balança Por outro lado, é fundamental que se invista na rede de postos de conversão de viaturas a gás assim como na importação de viaturas que já contam o sistema instalado. Apesar das potencialidades do negócio, João das Neves deixa bem claro que a empresa que dirige não está satisfeita com o nível de adesão a este projecto. Aliás, segundo o mesmo, já era tempo de muitas viaturas em circulação no país estarem a usar o Gás Natural Veicular, mas
infelizmente apenas 1.800 delas é que o usam. “Quanto mais estímulos houver para que este processo de adesão seja fácil, mais rapidamente o projecto vai-se desenvolver”, e aquele empresário acrescenta que para a abertura de um posto de abastecimento de Gás Natural Veicular é necessário investir cerca de um milhão de dólares. Ao mesmo tempo, o gestor da Autogás reconhece que, se não existirem garantias de retorno do montante a investir, nenhum banco irá interessar-se em financiar, pelo que a própria Autogás terá de encontrar a energia financeira para dar vazão a esta operação – fazendo uso dos seus próprios recursos.
Projecto de expansão na calha No que se refere ao processo de expansão do projecto da Autogás, João das Neves deu a conhecer que,
neste momento, a empresa encontra-se mais orientada para questões de estruturação interna como forma de assegurar que o projecto de alargamento seja feito no sentido de melhorar a viabilidade empresa. “Neste momento, estamos a concluir o processo de ligação ao gasoduto em dois postos, sendo um em parceria com a Petromoc Sasol na EN4 – Mahlampsene e o outro na Matola, mais concretamente na estrada velha da Matola (Av. da União Africana), no terminal da Empresa Municipal de Transportes (ETM)”, revela. Aquele empresário adianta que a empresa está a trabalhar num projecto para Marracuene. Trata-se de um pequeno posto que irá servir de barómetro. A ideia será medir o pulsar da procura do Gás Natural Veicular naquele local. Para além daquele posto, a Autogás pretende construir outros em Ressano Garcia, Macia e Chokwé, mais concretamente em Macarretane.c
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DOSSIER
Use of VNG
State may pay USD 300 million The Mozambican State may save 300 million American dollars, per year, in the import of fuel in case it invested more and more in the spread and use of Vehicular Natural Gas (VNG), according to the Executive Director of Autogás, João das Neves. Gildo Mugabe (text)
M
ozambique is immersed in a financial and economic crisis never seen since the national independence. Slippage of the metical against the main currencies of international transaction, with highlight to the American dollar and South African rand, increases even more the population’s cost of living. This abnormal situation obliges the State to adopt concrete measures in the sense of reducing the impact of the crisis. One of them passes by boosting production and preference for local resources in order to reduce the volume of imports.
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control over the price of imported fuel, be in at origin or even the dollar exchange rate we should use”, mentions João das Neves. Before all these factors, that manager understands that replacing imported liquid fuel for fuel from the Mozambican subsoil, a priori, it is manifested as an alternative strategically and pertinent for the development of the national economy. “At the moment, existing potential, there being a series of correct measures to maximize the use of Natural Gas, it may reach about 300 million dollars per year of savings for the State, with the import of fuel”, stresses João das Neves. To reach this level, the process passes by necessarily making right decisions which encourage the process of adherence to Natural Vehicular Gas. One of the resources to take into account in this process, according to João das Neves, Managing Director of Autogás is Vehicular Natural Gas (VNG). “Natural gas is ours. It is produced in Mozambique, and the liquid fuels we are using, at the moment, are all imported”, reminds João das Neves. Import of these liquid fuels, as that entrepreneur mentioned, is done in currency and in extremely volatile markets. “Today, we can have a barrel at 20 or 40 dollars, but, at some point, the price may rise up to 100 dollars or even surpass this amount. That is, we are in a situation where we have no
Level of adherence and funding in the sides of the scale On the other hand, it is fundamental to invest in a network of posts of conversion of gas vehicles as well as in the import of vehicles which already have the system installed. Despite the business potential, João das Neves makes it very clear that the company he runs is not happy with the level of adherence to this project. Indeed, according to him, it was about time that many vehicles
circulating in the country started using Vehicular Natural Gas, but unfortunately only 1.800 of them use it. “The more incentives we have for this process of adherence to be easy, the faster the project will develop”, and that businessman adds that for opening a Vehicular Natural Gas filling station its necessary to invest about one million dollars. At the same time, Autogás manager recognizes that, if there are no return guarantees of the amount to invest, no bank will be interested in funding, so Autogás itself will have to find the financial energy to provide for this operation – using its own resources.
Expansion project in the pipeline With regards to the expansion project of Autogás, João das Neves informed that, at the moment, the company is more oriented to internal structuring issues as a way to ensure that the project of expansion be accomplished in the sense of improving the companies feasibility. “We are currently concluding the process of connection to the pipeline in two posts, one in partnership with Petromoc Sasol at EN4 – Mahlampsene and the other one in Matola, specifically at estrada velha da Matola (Av. da União Africana), at the terminal of Empresa Municipal de Transportes (ETM)”, he reveals. That businessman advances that the company is working in a project for Marracuene. It is a small post which will work as a barometer. The idea is to measure the pulse of Vehicular Gas Demand in that area. Besides that post, Autogás intends to build others in Ressano Garcia, Macia and Chokwé, more specifically in Macarretane.c
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ECONOMIA
RILs em queda livre As Reservas Internacionais Líquidas (RILs) de Moçambique conheceram uma redução de 29.2 milhões de dólares norte-americanos, em Julho. De acordo com o Banco de Moçambique (BM), só nos primeiros 15 dias de Julho, as Reservas Internacionais Líquidas reduziram 19,3 milhões, totalizando um saldo de 1.901,6 milhões de dólares.
A
queda das Reservas Internacionais Líquidas (RILs) coloca Moçambique numa situação de incapacidade de resposta a choques externos e os desafios das suas relações económicas com o Exterior, principalmente na sua capacidade de realizar importações. Ainda de acordo com dados tornados públicos pelo Banco Central, esta redução deveu-se a diversos factores, com destaque para as vendas líquidas de 9,6 milhões de dólares aos bancos comerciais. A amortização do serviço da dívi-
da pública externa, no valor de 7,9 milhões, e diversos pagamentos ordenados pelo Estado, no valor de 6,7 milhões de dólares, também contribuiu para tal redução. Entretanto, e na segunda quinzena do mês em alusão, a queda das reservas externas foi de 9,9 milhões de dólares, totalizando um saldo de 1.840,5 milhões. Esta redução deveu-se, essencialmente, devido à amortização da dívida pública externa no valor de 23,9 milhões de dólares e às vendas líquidas de 13,2 milhões pelo Banco de Moçambique
aos bancos comerciais. Por outro lado, notam-se ganhos cambiais líquidos no valor de 9,1 milhões de dólares e compras a empresas de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no valor de 8,7 milhões de dólares. Refira-se que a queda das Reservas Internacionais Líquidas acontece numa altura em que a economia moçambicana se depara com a escassez de divisas, o que limita a realização de importações, num contexto de alta dependência da economia em relação aos mercados externos.c
Situação das Reservas Internacionais Líquidas nos últimos 5 anos. RILs em 2010: 1.907.9 USD milhões 4.9 meses (de cobertura de importações de bens não factoriais) RILs em 2011: 2.239.7 USD milhões 5.8 meses de (cobertura excluindo as importações dos grandes projectos o saldo das reservas brutas cobre 5.8 meses) RILs em 2012: 2.605 USD milhões 5.7 meses de (cobertura em reservas brutas) RILs em 2013: 2.996 em USD milhões 4.8 meses de (cobertura quando excluídas as importações dos grandes projectos) RILs em 2014: 2.882USD milhões 4.1 meses de (cobertura quando excluídas as importações dos grandes projectos) RILs em 2015: 1.993.6 USD milhões 3.7 meses de cobertura quando excluídas as importações dos grandes projectos. Fonte: Banco de Moçambique.
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ECONOMY
NIR in free fall Net International Reserves of Mozambique (NIR) have met a reduction of 29.2 million American dollars, in July. According to the Central Bank (BM), in the first 15 days of July alone, International Liquid Reserves reduced 19,3 million, totaling a balance of 1.901,6 million dollars.
T
he drop of International Net Reserves (NIR) places Mozambique in a situation of incapacity of response to external shocks and the challenges of its economic relations with the Exterior, especially in its capacity of carrying out imports. Still according to data made public by the Central Bank, this reduction was due to various factors, with highlight to net sales of 9,6 million dollars to commercial banks. Amortization of the foreign public
debt service, in the amount of 7,9 million, and various payments ordered by the State, in the amount of 6,7 million dollars, also contributes to the said reduction. However, and in the second fortnight of the month in question, the drop of external reserves was of 9,9 million dollars, totaling a balance of 1.840,5 million. This reduction was, essentially due to the amortization of the external public debt in the amount of 23,9 million dollars and net sales of 13,2 million by the Central Bank to com-
mercial banks. On the other hand, net exchange gains in the amount of 9,1 million dollars can be noticed and purchases to Foreign Direct Investment (FDI) companies in the amount of 8,7 million dollars. It is important to mention that International Net Reserves happens at a time when the Mozambican economy faces foreign currency shortage, fact which limits the realization of imports, in a context of high dependency of the economy regarding external markets. c
Situation of Net International Reserves in the last 5 years. NIR in 2010: 1.907.9 million USD 4.9 months (of coverage of imports of non-factorial goods) NIR in 2011: 2.239.7 million USD 5.8 months of (coverage excluding imports of big projects the balance of gross reserves covers 5.8 months) NIR in 2012: 2.605 million USD 5.7 months of (coverage in gross reserves) NIR in 2013: 2.996 in million USD 4.8 months of (coverage when excluding the imports of big projects) NIR in 2014: 2.882 million USD 4.1 months of (coverage when excluding imports of big projects) NIR in 2015: 1.993.6 million USD 3.7 months of coverage when excluding imports of big projects. Source: Central Bank.
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BANCA
O sonho acabou? O Moza Banco, sonho concretizado por um grupo de moçambicanos, virou um pesadelo. Prakash Ratilal, em carta dirigida aos sócios, diz que o banco não resistiu à longa incerteza (dois anos) depois da Resolução do Banco Espírito Santo (BES) nem às alterações drásticas que estão a afectar a economia e as finanças das empresas e de particulares, cujo futuro de curto prazo é também incerto.
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undado em 2008 e intervencionado pelo Banco de Moçambique (BM), em Setembro último, o Moza Banco viveu oito anos escaldantes e cheios de certezas. Era visto como um empreendimento de sucesso e prova inequívoca de que os moçambicanos também são capazes de criar e colocar um banco a competir com colossos que têm casa-mãe na Europa e na África do Sul. A curta viagem do Moza começou a 16 de Junho de 2008. Prakash Ratilal, antigo Governador do BM, deu a cara pela instituição como Presidente do Conselho de Administração (PCA). Os donos do banco eram a Moçambique Capitais (com 400 accionistas), com 51%, e a Geocapital (representado pelo português Almeida Santos e pelo magnata do Macau Stanley Ho), com 49%. Em 2011, o BES, liderado por Ricardo Salgado investe 71 milhões de euros na aquisição de 25.1% do banco, uma fatia dos 49% da Geocapital. Este era um sinal de confiança e precipitava o Moza para a primeira liga da banca nacional. Em 2013, Ricardo Salgado deu a machadada final. Adquiriu o que restava das acções da Geocapital e o BES passou a controlar 49% do banco.
O que não sabíamos é que aquele era o primeiro passo do desmoronamento de um sonho. No final das contas, foi a queda do BES que precipitou o Moza para a lama. O Novo Banco, que resultou da fragmentação do BES, não teve dinheiro para injectar no Moza quando este mais precisava. O mesmo aconteceu com a Moçambique Capitais. A consequência directa disso foi a degradação do rácio de solvabilidade que não corresponde ao mínimo exigido
pelo regulador, que é de oito por cento. Na verdade, a intervenção do Banco Central foi a confirmação de rumores que davam como certa a falência do Moza. Em Maio passado, circularam informações que apontavam que o banco estava desesperado à procura de novos parceiros. Agora, o Banco de Moçambique tem seis meses para estabilizar o Moza para depois vendê-lo. É mesmo o fim de um sonho.c
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BANKING
Is the dream over? Moza Banco, dream fulfilled by a group of Mozambicans, turned into a nightmare. Prakash Ratilal, in a letter to shareholders, states that the Bank did not endure the long uncertainty (two years) after the Resolution of Banco Espírito Santo (BES) not even the drastic changes which are affecting the economy and finances of companies and individuals, whose short term future is also uncertain.
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Belizário Cumbe (Textt)
ounded in 2008 and intervened by the Central Bank, last September, Moza Banco lived eight hot years and full of certainties. It was seen as a successful endeavor and clear proof that Mozambicans are also capable of creating and competing with colossus who have the “mother-house” in Europe and in South Africa. Moza’s short trip began on June 16 2008. Prakash Ratilal, former Central Bank Governor, represented the institution as Chief Executive Officer (CEO). The owners of the bank were Moçambique Capitais (with 400 shareholders), with 51%, and Geocapital (represented by the Portuguese Almeida Santos
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and by the Macao mogul Stanley Ho), with 49%. In 2011, BES, led by Ricardo Salgado invests 71 million euros in the acquisition of 25.1% of the Bank, a slice of the 49% of Geocapital. This was a sign of trust and rushed Moza to the “first league” of the national Banking system. In 2013, Ricardo Salgado put the final nail in the coffin. He acquired what was left of Geocapital’s shares and BES now controlled 49% of the bank. What we did not know is that, that was the first step of the collapse of the dream. After all, it was BES’s demise which led Moza to the mud. The Novo Banco, which resulted from the frag-
mentation of BES, did not have money to inject in Moza when it needed the most. The same happened with Moçambique Capitais. The direct consequence of that was the degradation of the solvability ratio which does not correspond to the minimum demanded by the regulator, which is eight per cent. Truthfully, Central Bank’s intervention was the confirmation of rumors which pointed Moza’s bankruptcy as certain. Last May, information circulated which pointed that the Bank was desperately looking for new partners. Now, the Central Bank has six months to stabilize Moza to then sell it. It is indeed the end of a dream.c
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A face digital da nossa revista O crescimento e acesso das novas tecnologias de informação têm vindo a registar um considerável impacto na sociedade moçambicana. Os navegadores encontram nestas tecnologias a sua primeira fonte de informação, em tempo real, logo nas primeiras horas de actividade laboral ou de lazer, e ao longo do dia.
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nossa revista Capital não se encontra alheia a essa realidade. E como forma de se aproximar cada vez mais da sua comunidade de leitores, parceiros e clientes, tem vindo a adoptar
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– nos últimos anos – metodologias não só modernas como autosustentáveis. No ano de 2011, aderimos à plataforma Scribd.com. Através da mesma, fomos disponibilizando as nossas edições de forma gratuita, e os resul-
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tados desse esforço foram francamente positivos. Mais tarde, viríamos então a ser convidados a fazer parte integrante da plataforma recortes.cv, uma plataforma de publicações da CPLP, com sede em Cabo Verde. Contudo, e tendo em conta as exigências tecnológicas impostas, esta última plataforma foi-se acomodando e deixando-se ultrapassar pela realidade e exigências daquela altura, pelo que deixou de constituir um alvo de interesse para a comunidade da CPLP.
Nova fase da ‘Capital tecnológica’ Em resposta aos desafios tecnológicos de então, e movida pela necessidade de deter as suas próprias plataformas online, a revista Capital optou, em 2014, pela criação de uma página web com o link: www. revistacapital.co.mz, bem como de uma app Mobile para Android e iOS. Por outro lado, não excluiu também a sua presença na maior rede social do
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mundo, o Facebook. Aquelas plataformas têm vindo a ser o principal veículo de difusão de informação diária, com a actualização de notícias de interesse nacional e internacional. Tal actividade regista-se mais na página do Facebook (com a griffe da revista Capital). Não obstante, integrámos igualmente a rede social Instagram, e divulgamos as páginas das revistas de forma intercalada, de forma a despertar mais a atenção e o interesse dos leitores. O website tem vindo a assumir um papel integralmente corporativo face à revista, pois para além de ser uma fonte de informação, o website é uma montra dos anúncios dos clientes que já inserem publicidade na versão impressa da revista, bem como para os que também pretendem que os seus anúncios estejam apenas disponíveis na versão digital. Ao mesmo tempo, a equipa tecnológica da revista Capital, coordenada por Benigno Papelo e com a supervisão técnica de Miguel Chaúque, tem-se aplicado para que este website
se transforme numa fonte de receitas para a revista Capital. Como? “Diariamente, de segunda a segunda, e sem interrupção, temos vindo a enviar por e-mail a Capital Newsletter, uma publicação digital que comporta notícias actualizadas sobre economia e negócios que conduzem à leitura no website, bastando para tal clicar no link. Por outro lado, esta mesma Newsletter, por sua vez, vem acompanhada de publicidades dos clientes”, refere Benigno Papelo. Contudo, a existência destas plataformas próprias não implica a não adesão da revista Capital a outras plataformas abertas, geridas por outras entidades. Como tal, já aderimos à banca dos jornais da Sapo, e a nossa capa da última edição aparece na montra da Sapo linkada ao website da revista. Ao mesmo tempo, aderimos recentemente à banca de jornais da Jumia.co.mz, sendo que - através destes parceiros - o cliente pode também comprar a revista na sua versão impressa, ou em papel, e recebê-la no conforto do seu domicílio.c
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The digital side of our magazine Growth and access to new information technologies has been registering a considerable impact in the Mozambican society. Browsers find in this technologies their first source of information, in real time, in the first hours of work or leisure, and during the day.
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apital magazine is not alien to this reality. And as a way of becoming increasingly close to its community of readers, partners and clients, it has been adopting – in the last
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few years- methodologies not only modern but also self-sustainable. In the year 2011, we adhered to the platform Scribd.com. Through it, we have been making our editions available for free, and the results of the-
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se efforts were frankly positive. Later, we would then be invited to be an integral part of the platform recortes. cv, a platform of CPLP publications, with headquarters in Cape Verde. However, and taking into account the technological requirements imposed, this last platform became adjusted and allowed itself to be surpassed by reality and requirements of that time, so it stopped being a target of interest for the CPLP community.
New phase of ‘technological Capital’ In response to the then technological challenges, and motivated by the need to own its own online platforms, Capital magazine, opted, in 2014, for the creation of a web page with the link: www.revistacapital.co.mz, as well a Mobile app for Android and iOS. On the other hand, it also did not exclude its presence in the world’s biggest social network, Facebook. Those platforms have been the
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main vehicle of distribution of daily information, with the update of news of national and international interest. Such activities are more registered in the Facebook page (with the griffe of Capital magazine). Nevertheless, we also integrated the social network Instagram, and we have disseminated the pages of the magazines alternately, in order to arouse even more the attention and interest of readers. The website has been taking on an integrally corporate role before the magazine, because besides being a source of information, the website is a showroom of advertisements that already insert publicity in the printed version of the magazine, as well as for those who intend for their advertisements to only be available in the digital version. At the same time, Capital magazine’s technological team, coordinated by Benigno Papelo and with technical supervision of Miguel Chaúque, have been working hard for this website to become a source of income for
Capital magazine. How? “Daily, Monday to Monday, without disruption, we have been sending the Capital Newsletter via e-mail, a digital publication which has updated news about the economy and business, which lead to reading on the website, and for that one only has to click on the link. On the other hand, this same Newsletter, on its turn, comes with advertisements from clients”, states Benigno Papelo. However, the existence of these own platforms does not imply non adherence of Capital magazine to other open platforms, managed by other entities. As such, we have already adhered to Sapo’s newspaper stand, and the cover of our last edition is on Sapo’s showroom linked to the magazine’s website. At the same time, we have recently adhered to the newsstand of Jumia.co.mz, and – through these partners – the client can also buy his/her magazine in the printed version, or on paper, and receive it in the comfort of his/her home.c
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CAPITAL comemora 9 anos e 100 edições A Capital é uma revista moçambicana que se dedica, em exclusivo, à informação económica. Em Novembro de 2016, chegou à sua 100ª edição e faz 9 anos que publica mensalmente notícias, dossiers, estudos e análises. O seu já longo percurso revela uma preocupação em corresponder às expectativas dos seus leitores. Este ano, e mais uma vez, a Capital é considerada uma Superbrand.
Valores da marca
A marca Capital, propriedade da empresa Mozmédia, assume um posicionamento distinto no mercado, na medida em que produz uma informação que gera conhecimento para empreendedores, empresários, investidores, consultores, académicos, analistas e líderes de opinião. Na essência, a revista moçambicana enquanto publicação especializada em Economia e Negócios não procura apenas informar, mas igualmente formar e orientar o seu público-leitor para a concretização de projectos, dando uma visão do país e do mundo. Como tal, os seus leitores contam com uma marca credível que reflecte valores que passam pela defesa de uma informação especializada, um bom conhecimento do mercado e um networking pró-activo. A revista Capital sabe que não basta ser uma Superbrand. E que mais do que ser, é preciso manter esse estatuto e sobretudo honrá-lo. E esta trata-se de uma postura que é assumida em equipa, com um olho posto no Mercado e outro no Produto, onde a qualidade é um aspecto imprescindível e transversal. A qualidade da revista Capital baseia-se na produção de um
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Fonte: Banco de Moçambique
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conteúdo de reconhecido interesse público, objectivo e rigoroso. Ao mesmo tempo, a publicação enverga uma roupagem moderna ou um design atractivo. Como marca de informação económica, a Capital lida de perto com inúmeras outras marcas a quem deve o seu maior respeito, através da publicidade ou da celebração de parcerias. Marcas que contam com a revista para reforçar os seus próprios níveis de fidelização e notoriedade.
Vantagens competitivas
Mercado
Quando a Capital começou a ser publicada em 2007, o mercado a que se destinava - o moçambicano - era ainda aberto e não comportava uma concorrência directa. Hoje, e apesar de já contar com alguma concorrência, a quota de mercado que a Capital assume representa uma grande fatia, pois a revista vem, paulatinamente, fidelizando uma grande parte dos leitores porque aproveita canais de distribuição fora do vulgar como aviões, autocarros, eventos, salas vip, delegações de bancos, etc.
Comunicação
A revista Capital tem vindo a reforçar a sua imagem nos media above the line com uma postura que passa mais por informar do que por divulgar ou promover. Ou seja, as campanhas publicitárias que fez, até ao momento, na TV têm tido em atenção o próprio core da revista: informar. Assim sendo, a estratégia seguida pela Capital é a de publicitar a sua informação, e que os seus anúncios funcionem como o espelho de cada edição. Ao mesmo tempo, e numa aposta nos meios bellow the line, a equipa da revista tem vindo a participar em eventos de reconhecido prestígio e em iniciativas que comungam de uma forte ligação ao meio económico.
Produtos e desenvolvimentos futuros
No futuro, a Capital procura, estrategicamente, atingir um target mais alargado, bem como apresentar soluções ajustadas às expectativas de uma audiência não só nacional como internacional, daí a sua aposta numa versão bilingue, em temas mais especializados e nas plataformas digitais, garantindo outros suportes de comunicação. Actualmente, a sua equipa de ITs está a implementar um sistema de gestão de conteúdos, que é mais moderno e em sintonia com as plataformas digitais actuais. O principal objectivo da Capital é ganhar uma audiência maior, e, por último, complementar a distribuição convencional da revista através da utilização de ferramentas de marketing online para disseminar o lettering (CAPITAL) em todo o mundo. Ou seja, a equipa quer transformar a Capital numa referência enquanto fonte de informação do mercado moçambicano, a partir de qualquer parte do mundo.
Sempre com o foco orientado nos seus leitores, aponta como grandes conquistas: a fidelização da audiência, a capacidade de adaptação da marca ao mercado e o reconhecimento público por parte dos seus pares. Para gáudio da sua equipa, desde 2008 que a revista é uma das parceiras estratégicas do Mozambique Fashion Week, um movimento moçambicano de recorte internacional dedicado à Moda. E, em 2013, além da Capital ser distinguida como uma Superbrand, ganha igualmente um prémio de design, em Outubro, no concurso Best Media Awards. Além do reconhecimento enquanto revista de prestígio, a Capital possui excelentes relações com organismos ligados à área económica e possui um bom leque de especialistas na sua carteira de cronistas e entrevistados.c
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2007 Início da actividade da revista Capital, através da constituição de uma holding criada por empresários moçambicanos. Os mentores do projecto pretendiam desenvolver um meio de comunicação social que divulgasse notícias sobre economia e negócios.
2009 Reforço da sua equipa de jornalistas, fotógrafos e designers e aumenta o seu número de páginas e o seu leque de rubricas, com opiniões de especialistas.
2011 A Capital celebra uma parceria com o diário económico português OJE, que prevê a troca de conteúdos e a edição da revista “Investir em Moçambique”.
2012 A revista passa a ser bilingue, em Julho, contendo uma versão em português e outra em inglês.
2013 A Capital aposta num rebranding e ganha um prémio no Best Media Awards. É também sagrada uma das Superbrands de Moçambique.
2014 Realiza eventos de carácter académico, com a participação de oradores especialistas em Economia e Finanças (Capital Negócios), em parceria com a União Nacional de Estudantes (UNE).
2016 A Mozmedia e a Jumia Deals unem esforços para a promoção e divulgação da Capital a nível mundial, através de uma plataforma tecnológica online.
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Capital celebrates 9 years and 100 editions Capital is a Mozambican magazine that is dedicated exclusively to economic information. In November 2016, it reached its 100th edition and nine years that monthly publishes news, dossiers, studies and analysis. Its long journey reveals a concern to meet the expectations of its readers. This year and once more Capital is considered a Superbrand.
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BRAND VALUES The Capital brand, owned by Mozmedia company assumes a distinct position in the market as it produces information that generates knowledge for entrepreneurs, business owners, investors, consultants, academics, analysts and opinion leaders. In essence, the Mozambican magazine - a publication specializing in Economics and Business - does not seek only to inform, but also to train and guide their readers for the implementation of projects, giving a real perspective of the country and the world. As that, their readers have a credible brand which reflects values that pass through the defense of specialized information, a good knowledge of the market and a proactive networking. The Capital magazine knows that there is more than just being a Superbrand, we need to maintain this status and above all, honor it. And that it is a position assumed as a team with an eye on the market and the other on the product where quality is a vital and transversal issue. The quality of Capital magazine is based on the production of content of public interest, objective and rigorous. At the same time, the publication wears a modern guise or an attractive graphical design. As an economic information brand, Capital deals with numerous other brands who owes its greatest respect, through advertising or concluding partnerships. Brands that rely on the magazine to increase their own levels of identification, loyalty and awareness.
MARKET PLACE When Capital began the publication in 2007, the market for which it was intended - Mozambique - was still open and did not involve direct competition. Today, even though expecting some competition, the market that Capital takes is a large part, because the magazine has gradually a large portion of readers because it makes use of distribution channels out of the ordinary such as airplanes, buses, events, VIP rooms, bank offices, etc.
COMMUNICATION
The Capital magazine has strengthened its image in the media above the line with an approach that goes more to inform than to publicize or promote. The advertising campaigns that made so far on TV have had in mind the magazine’s own core: to inform. Therefore, the strategy followed by the Capital is to advertise the information, and the ads function as the mirror of each issue. At the same time, and a bet on the line bellowmeans, the magazine’s team has been participating in prestigious
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events and initiatives which share a strong connection to the economic environment.
PRODUCTS AND FUTURE DEVELOPMENTS In the future, Capital demands strategically to reach a broader target and deliver solutions tailored to the expectations of an audience not only national but international, and its investment in a bilingual version, more specialized subjects and digital platforms, ensuring other communications media. Currently, its ITs team is implementing a content management system, which is more modern and tuned with the current digital platforms. The main goal of Capital is to gain a wider audience and finally to complement the conventional distribution of the magazine through online marketing tools and to spread the lettering (CAPITAL) over the
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world. The team wants to make the Capital as a reference source of the Mozambican information market from anywhere in the world.
COMPETITIVE ADVANTAGES Always with the focus directed on their readers, points out the great achievements: the loyalty of the audience, the ability to adapt the brand to the market and the public recognition by their peers. For the delight of the team, since 2008 the magazine is one of the strategic partners of Mozambique Fashion Week - a Mozambican international movement crop dedicated to Fashion. And in 2013, besides Capital being distinguished as a Superbrand, also wins a design award in October at the Best Media Awards competition. In addition to recognition as prestigious magazine, the Capital has excellent relations with organizations linked to the eco-
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nomic area and has a good range of experts in its portfolio of chroniclers and interviewed.
UNKNOWN FACTS In response to technological challenges and driven by the need to have their own online platforms, Capital magazine chose in 2014 to create a web page with the link: www. revistacapital.co.mz, as well as a mobile app for Android and iOS. On the other hand, also it not excluded its presence in the world’s largest social network, Facebook. These platforms have been the main vehicle for the dissemination of daily information, with news of national and international interest. This activity takes place more on the Facebook page. And the Capital also uses the social network Instagram, and disseminates information in order to gain more attention and interest of readers.c
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2007 Start of the Capital magazine activity through the setting up of a holding company created by Mozambican businessmen. The project mentors wanted to develop a social communication way to disclose news about business and economics.
2009 Expanding its team of journalists, photographers and designers and increases its number of pages and its range of items, with expert opinions.
2011 Capital celebrates a partnership with the Portuguese business daily newspaper OJE, which provides content exchange of the “Investing in Mozambique” issue.
2012 The journal become bilingual in July, containing a version in Portuguese and other in English.
2013 Capital promotes its rebranding and wins a prize in the Best Media Awards. It is also sacred a Superbrand of Mozambique.
2014 Perfoms a academic nature events, with the participation of expert speakers in Economics and Finance (Capital Business), in partnership with the National Student Union (UNE).
2016 The Mozmedia and Jumia Deals unite efforts for the promotion and dissemination of capital all over the world, through an online technology platform.
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Tecnologia
Mozmedia junta-se a Jumia Deals A Mozmedia, proprietária da revista Capital, e a Jumia Deals, empresa presente em 36 países, celebraram em Setembro uma parceria que tem em vista a promoção e a divulgação da Capital a nível mundial e através de uma plataforma tecnológica on-line. Gildo Mugabe (texto)
divulgação dos nossos serviços numa plataforma on-line. A caminho dos 10 anos de existência no mercado moçambicano, a revista Capital tem servido de fonte credível de informação económica, quer do país quer do mundo”.
Conectar parceiros e criar sinergias
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Mozmedia, empresa proprietária da revista Capital, celebrou um acordo de parceria com a Jumia Deals que visa, fundamentalmente, divulgar numa plataforma on-line da Jumia Deals os produtos da Mozmedia, em particular a revista que trata de assuntos ligados à economia e negócios. Ao mesmo tempo, pretende-se com esta parceria que a revista Capital seja cada vez mais divulgada e exposta aos leitores a nível mundial. “A parceria com a Mozmedia é excelente. A ideia é mostrar que nós não somos simplesmente um website de trocas comerciais”, refere João Paulo Dzimba, director geral da Jumia Marketing.
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Para Dzimba, a parceria com a Mozmedia é bastante inteligente tendo em conta que a revista Capital é uma das melhores revistas económicas em Moçambique. “Os nossos parceiros que queiram investir no sector económico moçambicano, quer estrangeiros ou nacionais, terão muita informação na revista Capital, que estará disponível on-line”, informa Dzimba. Por sua vez, a directora executiva da Mozmedia, Emília Gomes, deu a conhecer que é chegado o momento de divulgar a revista Capital pelo mundo fora. “A parceria que celebramos hoje com a Jumia Deals é de extrema importância para nós, tendo em conta as ambições futuras viradas para a
Refira-se que a visão da Jumia no mercado moçambicano é conectar parceiros e criar sinergias para a troca de experiências entre empreendedores do ramo da comunicação e imagem. Numa altura em que o país se encontra mergulhado numa crise, é preciso encontrar formas inovadoras de fazer negócios. “É nos momentos de crise que se fazem bons negócios. É preciso entender que a Jumia não se limita apenas em mostrar o negócio electrónico, mas uma outra vertente do lado social, educacional e tecnológico”, disse Dzimba. De salientar que a Jumia Deals é uma holding que encorpora várias empresas como a Jumia Marketing, que é responsável por fazer a ponte entre o comprador e o vendedor, a Jumia House, entre outras. A Jumia Deals existe em mais de 36 países, em todo o mundo, e conta actualmente com 20 colaboradores em Moçambique onde opera há mais de quatro anos.c
chillout by
Polana
chillout by
PATROCINADOR OFICIAL
NDLOVERS
creative studio
PARCEIROS
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BRANDLOVERS
creative studio
CHARUTARIA DUNHILL AM, LDA
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TECHNOLOGY
Mozmedia joints Jumia Deals Mozmedia, owner of Capital magazine, and Jumia Deals company, present in 36 countries, celebrated in September a partnership that aims at promoting the dissemination of Capital magazine worldwide through an online technological platform. Gildo Mugabe (Text)
platform. On our way to 10 years of existence in the Mozambican market, Capital magazine has been serving as a credible source of economic information, both of the country and the world”.
Connecting partners and creating synergies
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ozmedia, owner of Capital magazine, entered into a partnership agreement with Jumia Deals which aims, fundamentally at, disseminating in the online platform of Jumia Deals products of Mozmedia, specially the magazine which deals with issues related to economy and business. At the same time, with this partnership the intention is that Capital magazine becomes increasingly distributed and exposed to readers worldwide. “The partnership with Mozmedia is excellent. The idea is to show that we are not merely a trade website”, mentions João Paulo Dzimba, Managing Director of Jumia Marketing.
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For Dzimba, the partnership with Mozmedia is very intelligent taking into account the fact that Capital magazine is one of the best economic magazines in Mozambique. “Our partners that want to invest in the Mozambican economic sector, be it foreign or nationals, will have a lot of information in Capital magazine, which will be available online”, informs Dzimba. On its turn, Mozmedia’s Executive Director, Emília Gomes, informed that the time has come to distribute Capital magazine around the globe. “The partnership we celebrated today with Jumia Deals is extremely important to us, taking into account future ambitions related to the dissemination of our services in an online
It is important to mention that Jumia’s vision on the Mozambican market is to connect partners and create synergies for exchange of experiences between entrepreneurs of the field of communication and image. At a time when the country is immersed in a crisis, it is important to find innovative ways of doing business. “It is in the moments of crisis that good businesses are closed. It is important to understand that Jumia does not just limit itself to showing the electronic business, but another component of its social, educational and technological side”, stated Dzimba. It is important to mention that Jumia Deals is a holding that incorporates many companies such as Jumia Marketing, which is responsible for establishing the connection between the buyer and the seller, Jumia House, amongst others. Jumia Deals exists in more than 36 countries, worldwide, and currently has 20 employees in Mozambique where it has been operating for more than four years.c
PROFILE
80 anos a transportar pessoas Em 1936, entrava em funcionamento o serviço de transporte público em Maputo com base em autocarros BUSSING NAG, em substituição dos vulgos eléctricos. A evolução dos Transportes Públicos em Maputo sofreu muitas vicissitudes, desde então, e ao longo de 80 anos. Sim! Os TPM estão a comemorar este ano oito décadas de vida a transportar cidadãos. Helga Nunes (texto)
-se incapaz de assumir as rédeas do negócio, devido aos elevados custos de manutenção. Conta-se que a actividade iniciou somente com cinco veículos que operavam em duas linhas, e que, no dia da inauguração, a operação correu bem, registando-se a venda total de 7.000 bilhetes. Contudo, e segundo reportam os jornais da época, nos dias subsequentes os utentes queixavam-se da não observância do horário. Um problema que ainda hoje se mantém.
A evolução da EMTPM
A
trajectória desta grande empresa - Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) - confunde-se com a história da própria cidade capital e do País. Aliás, foi olhando para este facto que a ‘companhia de machibombos de Maputo’ decidiu resgatar do baú das memórias o serviço de transporte público urbano que foi sendo prestado, durante 80 anos de existência. Podemos afirmar que a empresa TPM (como é conhecida) é a cara da história da cidade de Maputo. Ela passou por vários momentos desde a
altura da iniciativa do empreendedor e industrial Paulino Santos Gil (23 de Março de 1936). Segundo reza a história, foi a primeira empresa de serviços de transporte público urbano e ostentava na altura a designação de Empresa de Serviços Municipalizados de Viação (SMV). Na década 50 do ido século 20, a então Câmara Municipal de Lourenço Marques decidiu gerir o serviço de transporte público com o objectivo de conferir um maior dinamismo, através do subsídio aos custos de exploração. Tal sucedeu porque o sector privado de então mostrava-
Até à altura da Independência, a circulação das viaturas limitava-se à zona do Cimento com uma presença muito restrita na zona suburbana. No pós-Independência, a cidade de Maputo foi alargando a sua área de influência até atingir aquilo que se convencionou designar de’ Área do Grande Maputo’. Hoje, não só serve o município de Maputo como também cobre os municípios da Matola, Boane e Manhiça e a vila de Marracuene. Sob o ponto de vista da tecnologia, a sua frota procurou acompanhar a evolução da indústria de fabrico de autocarros, muito embora com algumas limitações. Por isso, os TPM têm vindo a operar com diferentes marcas como a Leyland, Mercendes Benz, Ikarus, AVM, VW, Man Diesel, Yutong, Tata, entre outras.
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Por outro lado, as alterações introduzidas na política pública de transportes deu espaço à liberalização do mercado nesta área e, nos últimos tempos, assistiu-se à entrada em funcionamento de outros operadores de transporte público de passageiros. Hoje, estima-se que a empresa detenha uma fatia de 15 a 20% da quota de mercado de transporte público urbano de passageiros.
Lacunas e soluções à vista Apesar do esforço que a empresa tem vindo empreender com vista a reduzir o défice de transporte público, ainda existe uma procura superior à oferta desses serviços. De acordo com Yolanda Wane, PCA da EMTPM, a solução passa por uma actuação integrada de todos os operadores de transporte público de passageiros tendo em vista a rentabilização dos meios existentes. A esse nível, o Governo e os municípios de Maputo e da Matola estão a desenvolver esforços para a aquisição de mais autocarros e um maior controlo sobre o funcionamento dos operadores. “A nossa contribuição tem sido feita através da melhoria da eficiência dos meios de que dispomos, de modo a transportarmos o maior número possível de passageiros”, revelou a PCA da companhia octogenária. Como tal, desenhou-se um conjunto de medidas no sentido de se melhorar a gestão das operações. A título de exemplo, decorreu a introdução de mais linhas de circulação (novas e intermédias) para a redução do tempo de percurso e consequente aumento da rotatividade, e um maior número de passageiros transportados. A empresa acompanhou o desempenho das rotas e fez um reforço de autocarros nas linhas, com maior pressão nos períodos de maior pico.
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Para além dos tradicionais Terminais (Praça dos Trabalhadores e Museu), prestou-se uma maior atenção aos pontos de reforço como estratégia de escoamento de passageiros, instalados em três pontos de observação: Praça dos Combatentes que cobre o fluxo da zona Norte apoiando-se nas linhas: Magoanine/Praça da Juventude, Albazine, Costa do Sol; Esquina das Avs. Guerra Popular e 24 de Julho que cobre o fluxo para a Matola (Mozal, Boane, Malhampsene, Tchumene, NKobe) e Costa do Sol-Matola-Gare, via Circular. Os TPM apostaram também na modernização da gestão das operações, através de um sistema de controlo em tempo real da circulação dos autocarros. Este sistema permite acompanhar o desempenho de cada unidade e tripulantes (velocidade, acelerações, travagens bruscas, localização exacta, percursos realizados, consumo do combustível, etc.), cujas informações são úteis para a planificação das actividades do dia-a-dia na distribuição das carreiras pelas diferentes rotas.
No centro das preocupações está o utente A segurança é um dos lemas dos TPM. “Nesse sentido, para além das actividades internas, associamo-nos à iniciativa dos nossos parceiros nas campanhas sobre Segurança Rodoviária. Este esforço rendeu-nos resultados encorajadores pois dos cerca de 650 acidentes que constam na nossa estatística de 2012, em 2015 reduzimos para cerca de 100 acidentes”, revela Yolanda Wane. Tem sido também uma preocupação na actuação dos TPM uma maior aproximação ao público utente. Por essa razão, a empresa fez um esforço para criar o Fórum do Passageiro,
onde participam organizações da sociedade civil (Fórum da Terceira Idade, Associação dos Portadores de Deficiência, Colaboradores dos Bairros, Ruth, etc.) onde colhe as preocupações dos utentes. Segundo consta, este conjunto de medidas estão a produzir resultados excelentes a partir deste ano, pois o número de passageiros transportados aumentou em 53% no 1.º semestre de 2016 em comparação com igual período de 2015 (ou seja, passou de 4.245.419 para 6.485.291 utentes).c
DESTAQUE Desafios para os próximos anos “Ao celebrarmos os 80 anos, renovamos o nosso compromisso de melhorar a prestação do serviço transportando mais passageiros com segurança, conforto e responsabilidade. Como tal, estão em elaboração projectos para a expansão do sistema integrado de gestão das operações; saneamento financeiro da empresa; melhoria da bilhética electrónica; modernização das oficinas e melhoria do aprovisionamento de peças e sobressalentes; entre outros”. Yolanda Wane, PCA da EMTPM.c PERGUNTA DIRECTA
Como é que a EMTPM irá interagir com o projecto BRT? Existe uma interacção com os projectos dos parceiros? Ainda não há muito que dizer sobre o projecto. Mas estamos convictos de que a EMTPM vai ser uma das operadoras de alimentação do BRT pela sua longa experiência no ramo do transporte público de passageiros. Yolanda Wane, PCA da EMTPM.c
ADICIONE UM NOVO COMPROMISSO À SUA AGENDA O jornal de economia da TV Miramar informa o telespectador sobre as notícias mais relevantes do panorama económico e empresarial nacional e internacional. Trazendo novidades, debates, opniões, análises e conselhos de entidades inspiradoras e influentes do meio.
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PROFILE
80 years transporting people In 1936, the Maputo public transport service began its operations based on BUSSING NAG buses, in replacement of the alias electrical ones. The evolution of Public Transport in Maputo suffered many vicissitudes, ever since, and during the 80s. Yes TPM is celebrating this year eight decades transporting citizens. Helga Nunes (text)
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he path of this great company - Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) – is confused with the history of the capital city and Country itself. Indeed, it was looking at this fact that the ‘Maputo buses company’ decided to rescue from the memories’ chest the service of urban public transport which has been rendered for 80 years.
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We can say that TPM (as it is known) is the face of the history of the Maputo City. It went through various moments from the time of the initiative of the entrepreneur and industrial Paulino Santos Gil (March 23 1936). According to the story, it was the first company of urban public transport service and at the time it had the name of Empresa de Serviços Municipalizados de Viação
(SMV). In the 50s decade of the gone 20th century, the then Lourenço Marques Municipality decided to manage the public transport service with the aim of granting greater strength, through subsidy to the exploration cost. This happened because the private sector at the time was not capable of taking the lead of the business, due to high maintenance costs.
it also covers the municipalities of Matola, Boane and Manhiça and the Marracuene village. From the point of view of technology, its fleet has sought to follow the evolution of the manufacturing industry of buses, despite some limitations. That is why, TPM has been operating with different brands such as Leyland, Mercedes Benz, Ikarus, AVM, VW, Man Diesel, Yutong, Tata, amongst others. On the other hand, changes introduced in the public policy of transports made room for the liberalization of the market in this area and, lately, we have been seeing the work of other public passenger transport operators. Today, it is estimated that the company has a slice of 15 to 20% of the market share of urban public passenger transport.
Gaps and solutions on sight It is said that the activity initiated with only five vehicles which operated in two lines, and that, on inauguration day, the operation went well, and a total of 7.000 tickets were sold. However, as reported by the newspapers at the time, on the days that followed users were complaining about the lack of compliance with the time schedule. A problem which lasts until today.
Despite the effort the company has been making in order to reduce the
deficit of public transport, there is still more demand than supply for these services. According to Yolanda Wane, CEO of EMTPM, the solution passes by an integrated action of all public transport operators aiming at the profitability of existing resources. At this level the government and the municipalities of Maputo and Matola are developing efforts for the acquisition of more buses and greater control over the functioning of operators. “Our contribution has been done by means of improvement of the efficacy of the means we have, in order for us to be able to transport the biggest number of passengers possible”, revealed the CEO of the octogenarian company. As such, a number of measures have been drafted with the aim of improving the management of operations. As an example, more circulation lines were introduced (new and intermediary) for the reduction of the time of the trip and consequently turnover increase and a bigger number of
The evolution of EMTPM Until the time of independence, circulation of vehicles was limited to the Cement zone with a very restricted presence in the suburban area. After independence, the Maputo city expanded its area of influence until it reached that which was called ‘Great Maputo Area’. Today, it not only serves the Maputo municipality but
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passengers transported. The company followed up on the performance of the routes and increased the number of buses in the lines, with more pressure in peak periods. Besides the traditional Terminals (Praça dos Trabalhadores and Museu), greater attention was paid to strengthening points as a strategy for the flow off of passengers, installed in three observation points: Praça dos Combatentes which covers the flow of the North supported by the lines: Magoanine/Praça da Juventude, Albazine, Costa do Sol; Corner of Avs. Guerra Popular and 24 de Julho which covers the flow to Matola (Mozal, Boane, Malhampsene, Tchumene, NKobe) and Costa do Sol-Matola-Gare, via Circular. TPMs have also betted in modernizing the management of its operations, through a system of control in real time of the circulation of buses. This system allows the follow up of performance of each unit and
crew (speed, accelerations, sudden braking, exact location, routes taken, fuel consumption, etc.), whose information are useful for everyday activity planning in the distribution of buses by the different routes.
At the center of the concerns is the user Safety is one of the mottos of TPM. “In this sense, besides internal activities, we associate ourselves to the initiative of our partners in campaigns about Road Safety. This effort has rendered us encouraging results since about 650 accidents which are part of our statistics of 2012, in 2015 we have reduced it to about 100 accidents” reveals Yolanda Wane. Also a concern in the role of TPM has been greater contact with users. For this reason, the company has made an effort to create the Passenger
Forum, where civil society organizations participate (Senior Citizen Forum, Disabled People Forum, Neighborhood worker, Ruth, etc.) where it collects the concerns of users. It is reported that, this group of measures is producing excellent results from this year, because the number of passengers transported has increased in 53% in the 1st semester of 2016 in comparison to the same period of 2015 (that is, it went from 4.245.419 to 6.485.291 users).c
HIGHLIGHT Challenges for the years to come “When celebrating 80 years, we renew our commitment to improving service provision by transporting more passengers with safety, comfort and responsibility. As such, projects for the expansion of the integrated system of management of operations; financial restructuring of the company; improvement of electronic ticketing; modernization of the workshops and improvement of procurement of spare parts; amongst others are being drafted. Yolanda Wane, CEO of EMTPM.c DIRECT QUESTION
How will EMTPM interact with project BRT? Is there an interaction with partner projects? There is not much still to say about the project. But we are certain that EMTPM will be one of the feeding operators of BRT for its long experience in the field of public passenger transport. Yolanda Wane, CEO of EMTPM.c
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Publireportagem BANCA
Host to Host consolida parceria entre Standard Bank e Anadarko O Standard Bank lançou com sucesso uma solução Host to Host para grandes empresas, em Moçambique, reafirmando-se como um banco focado nos seus clientes que está comprometido com a criação de soluções ajustadas às necessidades específicas das empresas.
H
ost to Host é um serviço automatizado de transferência de dados bidirecional que facilita as transacções bancárias das grandes empresas através da integração directa do sistema de ERP da empresa ao banco de forma segura. A segura e perfeita integração permite que as grandes empresas possam efectuar transacções bancárias a partir do seu sistema de gestão financeira, sem aceder às plataformas electrónicas do banco, e, ainda, receber extractos e relatórios das transacções no seu próprio sistema, conferindo maior rapidez, independência, confidencialidade e segurança na realiza-
ção das suas operações. O director da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank, André du Plessis, explica, a propósito, que a solução Host to Host já está a ser implementada por várias multinacionais parceiras do banco: “É implementada com padrões do primeiro mundo e ajusta-se às necessidades específicas de cada instituição”, frisou André du Plessis. A Anadarko, uma das maiores empresas mundiais de produção e exploração independente de petróleo e de gás natural, beneficia do Host to Host, desde Abril do corrente ano, através duma parceria com o Standard Bank. O Director Financeiro da Anadarko em
Moçambique, Wayne Rodrigs, explicou que a solução Host to Host permitiu a redução do tempo de processamento de pagamentos, o número de lançamentos contabilísticos manuais e melhorou o controlo de pagamento de fornecedores. Além disso, segundo referiu, faz igualmente a mitigação de riscos, através da transmissão de arquivos automatizados entre o SAP e os bancos locais moçambicanos. “Nos encontros iniciais com o Standard Bank onde a solução Host to Host foi discutida, o banco foi muito honesto na avaliação do tempo necessário para desenvolver e implementar a solução, em Moçambique, e cumpriu com esse cronograma”, afirmou Wayne Rodrigs,
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BANCA/BANKING
Wayne Rodrigs, Director Financeiro da Anadarko em Moçambique
acrescentando que a Anadarko identificou duas principais vantagens, sendo uma a eficiência do processo e a outra a mitigação dos riscos com a automatização de processos de pagamentos
manuais. “Com o Host to Host, geramos uma poupança de 50 por cento no número de passos necessários no processo de pagamentos. Os benefícios desta so-
lução de processo de pagamento automatizado irão tornar-se ainda mais importantes com o esperado crescimento significativo do nosso projecto de GNL (Gás Natural Liquefeito)”, assegurou. Num outro desenvolvimento, o director financeiro da Anadarko explicou que o banco investiu numa equipa muito profissional em todos os níveis da organização durante a concepção, desenvolvimento e implementação. “A equipa do Standard Bank demonstrou domínio sobre o sistema Host to Host e empenhou-se para tornar o projecto num sucesso. Além disso, durante a implementação, a equipa do banco ouviu atentamente as exigências da Anadarko e foi flexível em desenvolver o seu produto para atender às nossas necessidades”, indicou, destacando o facto de após a implementação, o gestor do projecto do Standard Bank ter continuado disponível para resolver qualquer problema que possa surgir. c
Host to Host consolidates partnership between Standard Bank and Anadarko Standard Bank has successfully launched an industry leading Host to Host solution for corporate clients in Mozambique further strengthening their credentials as a client centric bank that is committed to creating tailored solutions to meet the specific needs of clients.
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ost to Host is an automated, two-way data transfer service that facilitates corporate banking transactions by interfacing a corporate client’s ERP system directly to the bank in
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a secured manner. The secured and seamless integration allows corporate clients to carry out banking transactions from their financial management system, without having to access the bank’s electronic
platform. It also enables them to receive extracts and transaction reports on their own system, providing greater operational speed, independence, confidentiality and security. The Corporate and Investment Banking
Director at Standard Bank Mozambique, André du Plessis, explained that the Host to Host solution has already been implemented in several multinational organizations that have partnered with the bank. “It is implemented with first world standards and it is customized to each institution’s specific needs”, he said. Anadarko, one of the world’s leading independent oil and natural gas explorer and producers, has been benefiting from Host to Host since April this year, through partnership with Standard Bank in Mozambique. Anadarko Mozambique’s Financial Director, Wayne Rodrigs explained that the Host to Host solution has enabled a reduction in payment processing time and manual account entries; and has improved control of supplier payments. In addition, it also mitigates risk, through automated files transmission between SAP and Mozambican local banks. “During the preliminary meetings with Standard Bank where the Host to Host solution was discussed, the bank was very honest in assessing the required time to develop and implement the solution in Mozambique and it had complied with the set up schedule,” said Wayne Rodrigs, adding that Anadarko has identified two main advantages, one of them being the process efficiency and the other one the reducing of risks in the automation of manual payment processes. “With Host to Host, we are realizing a 50 percent saving in the number of payment process steps. The benefits of this automated payment process solution will become even more important with the expected significant growth of transactions during our LNG project (Liquefied Natural Gas) “ he said. In another development, Wayne Rodrigs explained that the bank has invested in a very professional team at all organizational levels during the Host to Host design, development and implementation. “The Standard Bank team showed inti-
André du Plessis, Director da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank
mate understanding of the Host to Host system and endeavored to make the project a success. In addition, during the implementation, the bank’s team listened carefully to Anadarko’s requirements and was flexible in devel-
oping its product to meet our needs,” he said, highlighting the fact that after its implementation, the Standard Bank project manager has remained available to solve any problem that may arise. c
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PUBLIREPORTAGEM
FDA e parceiros discutem Programa de Mecanização Agrária Com vista a discutir estratégias para a promoção da participação do sector privado e parceiros na operacionalização do Programa de Mecanização Agrária, o Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) reuniu associações de agricultores, empresários do sector agrário, membros do governo, sociedade civil em Quelimane, na província da Zambézia.
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ob o lema Fazer da Mecanização Agrária um Factor de Aumento da Produção e Produtividade, a cidade de Quelimane acolheu a 2a Reunião do Programa Nacional
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de Mecanização Agrária, implementado através dos Centros de Serviços Agrários (CSAs). Discursando na abertura do evento, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, afirmou que
o Programa Nacional de Mecanização Agrária é um imperativo para promover a agricultura sustentável no país. Acrescentou igualmente que o envolvimento do sector privado junto aos Centros de Serviços Agrários é
fundamental para garantir a funcionalidade de todos os elementos da cadeia de valor agrícola. Por sua vez, o PCA do FDA, Eusébio Tumuitikile, disse que os Centros de Serviços Agrários constituem uma grande oportunidade de negócio para os vários intervenientes do sector agrário, dado que até ao momento, grande parte dos Centros de Serviços Agrários comportam apenas a componente de parque de máquinas, sendo um grande desafio para os gestores atrair investidores ou parceiros para completar a cadeia de valores agrária, particularmente nos segmentos de financiamento, insumos, capacitação técnica, processamento e comercialização. Os gestores dos Centros de Serviços Agrários estabelecidos em todas as províncias do país apresentaram os resultados da campanha 2015/16 e partilharam as boas práticas para melhorar a sinergia entre os intervenientes. A Mozafrica trabalha desde 2008 em Chókwè e para ultrapassar as limitações de disponibilidade financeira dos agricultores, criou uma linha de crédito em que as lavouras são pagas após a colheita. Por sua vez, o Centro de Serviços Agrários sob gestão da AKA Comercial do Distrito de Mocuba, fornece os insumos agrários aos agricultores que pagam em forma de produto no final da campanha. Ainda neste encontro, o presidente da Associação de Gestores de Agronegócios (AGAS), Elias Mucavel, convidou os gestores dos Centros de Serviços ao nível nacional a participar da associação e anunciou que está em negociações com o Conselho Municipal da Matola para a instalação de um mercado de hortícolas paralelo ao mercado de Zimpeto. Os presentes no encontro reconheceram a oportunidade de se instalar lojas de insumos agrícolas nos 73
Centros de Serviços agrários a operar em todo o país, no entanto, salientaram a necessidade de encontros coordenados entre instituições do governo, sector privado e parceiros de cooperação para encontrar formas de suportar os custos inerentes ao crédito ao sector agrário. As instituições de financiamento apresentaram as linhas de crédito agrícola e os mecanismos de acesso. Nessa perspectiva o administrador do BCI, José Furtado, disse que a sua organização dispõe de seis linhas de crédito e fundos de garantia com montantes que alcançam 150 milhões de meticais, com taxas de juros que variam de 10 a 25%, virados para financiar negócios nas zonas rurais, pequenos agricultores, jovens e mulheres empreendedoras, pequenas e médias empresas. Por sua vez, a FINAGRO informou que a instituição financia projectos
agrícolas através do Programa de Apoio ao Investimento no Agro-negócio destinado ao sector privado moçambicano. Para o efeito, dispõe de 170 milhões de meticais de capital inicial, em forma de subvenções em espécie ou de subvenções até 2,6 milhões de meticais por beneficiário, exigindo-se a comparticipação de 30% do valor da subvenção. Ao abrigo da reunião, foram efectuadas visitas a empreendimentos agrícolas, como o Centro de Serviços Agrários de Nicoadala e a fábrica de processamento de arroz de Namacurra, visando evidenciar a ligação entre os elementos da cadeia de valor agrária e os mecanismos de participação dos múltiplos actores do sector agrário, desde o fomento das culturas, capacitação técnica, produção agrícola, processamento e comercialização. c
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PUBLIREPORT
FDA and partners discuss Program of Agrarian Mechanization In order to discuss strategies for the promotion of participation of the private sector and partners in the operationalization of the Program of Agrarian Mechanization, the Agrarian Development Fund (FDA) gathers associations of farmers, businessmen of the agrarian sector, members of government, civil Society in Quelimane, in the ZambĂŠzia province.
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nder the motto Make the Agrarian Mechanization a Factor of Increase of Production and Productivity, the city of Quelimane, hosted the 2nd Meeting of the National Program of Agrarian Mechanization, implemented through the Agrarian Services Centers. (CSAs). Speaking at the opening of the event, the minister of Agriculture and Food Security, José Pacheco, stated that the National Program
of Agrarian Mechanization is an imperative to promote sustainable agriculture in the country. He also added that the involvement of the private sector at the Agrarian Services Center is fundamental to ensure the functionality of all elements of the agricultural value chain. On its turn, the CEO of FDA, Eusébio Tumuitikile, stated that the Agrarian Services Center constitute a great business opportunity for the various stakeholders of the agrarian sector, given the fact that until now, great part of the Agrarian Services Center only has the component of machines park, and it is a great challenge for managers to attract investors or partners to complete the agrarian value chain, especially in the segments of funding, feedstock, technical training, processing and trade. Managers of the Agrarian Service Centers established in all provinces of the country wish to improve synergies between the stakeholders. Mozafrica has been working ever since 2008 in Chókwè and to overcome the limitations of financial availability of farmers, created a credit line were crops are paid after the harvest. On its turn, the Agrarian Services Center of Mocuba, supplies agrarian feedstock to farmers who pay in the form of product at the end of the campaign. Still at the meeting, the president of the Association of Agribusiness Managers (AGAS), Elias Mucavel, invited the managers of Service Centers at national level to participate in the association and announced the negotiation with the Matola Municipal Council for the installation of a market of vegetables parallel to the Zimpeto market. Attendees at the meeting recog-
nized the opportunity of installing shops of agrarian feedstock operating all over the country, however, they highlighted the need of coordinated meetings between government institutions, private sector and cooperation partners to find ways to support costs resulting from credit to the agrarian sector. Funding institutions present agricultural credit lines and access mechanisms. In this perspective BCI’s director, José Furtado, stated that his organization has available six credit lines and collateral provision with amounts that go up to 150 million meticais, with interest rates which vary between 10 to 25%, dedicated to funding businesses in rural areas, small farmers, young people and women who are entrepreneurs, small and medium enterprises. On its turn, FINAGRO informed that the institution funds agricultural projects through the Program of Support to Investment in Agribusiness destined to the Mozambican private sector. For this end, it has 170 million meticais of initial capital, in the form of grants in kind or grants up to 2,6 million meticais by beneficiary, demanding the co-funding of 30% of the grant amount. Under the meeting, visits were carried out to agricultural enterprises, such as the Center of Agrarian Services of Nicoadala and the factory of rice processing of Namacurra, aiming at emphasizing the connection between the elements of the agricultural value chain and the mechanisms of participation of various stakeholders of the agrarian sector, such as the development of crops, technical training, agricultural production, processing and trade. c
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Empreender
AGRI-ARENA impulsiona desenvolvimento agrícola A Agri-Arena é uma empresa jovem moçambicana que se dedica ao ramo agrícola e tem impulsionado o desenvolvimento deste sector no distrito de Chókwè, na província de Gaza. Gildo Mugabe (texto)
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ser humano sempre foi dependente da natureza e da produção proveniente do campo. Durante a maior parte de nossa história, a humanidade viveu de perto com os factores relacionados com a produção no campo e com a necessidade de arranjar estratégias de aumentar sua produtividade. Esse avanço conheceu novos rumos, sobretudo, quando foram inventadas máquinas capazes de potencializar as tarefas. Desde que as máquinas passaram a fazer parte da realidade no meio rural, este nunca mais foi o mesmo. Na agricultura moderna, o tractor é o grande símbolo de tecnologia aplicada à terra. Moçambique não se encontra alheio a esse processo de transformação, que tem ocorrido no sector agrícola a nível mundial. Aliás, vários programas que visam impulsionar a produção e a produtividade no ramo agrícola têm vindo a ser implementados quase em todo o país.
A aposta apesar do risco Das diversas iniciativas desenvolvidas, o destaque vai para a Agri-Arena, uma empresa jovem moçambicana cujas actividades iniciaram em Setembro do ano passado.
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De acordo com a directora-geral da Agri-Arena, Cinthia Nair Algy, nesta primeira fase a empresa está voltada para o apoio a pequenos produtores. “Damos assistência técnica aos pequenos produtores. Concretamente, fizemos a preparação, lavoura, gradegem e relaxamento da terra”, refere a gestora. Numa altura em que o sector agrícola é considerado um investimento de alto risco, o que faz a Agri-Arena direcionar os seus recursos para esse sector? “Realmente é de alto
risco. Mas as condições que o país oferece para o seu desenvolvimento transcendem qualquer risco”, garante Cinthia Algy. De acordo com a empresária, se o país investisse mais no sector agrícola teria argumentos mais do que suficientes para enfrentar a crise. No que tange ao plano de expansão da empresa, Cintia Algy deu a conhecer que, neste momento, a prioridade é a zona sul, sendo que brevemente a empresa estará representada na zona norte do País.c
Solution Overviews Vehicle Tracking Fleet & Mobile Resource Management Vehicle Security and Recovery system Assets and Personal Tracking Fuel Logging Solutions
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Entrepreneurship
AGRI-ARENA boosts agricultural development The Agri-Arena is a young Mozambican company dedicated to the field of agriculture and has been boosting the development of this sector in the Chókwè district, in the Gaza Province. Gildo Mugabe (text)
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he human being has always been dependent on nature and production from the field. During most of our history, humanity lived closely with factors related to production in the field and with the need to find strategies to increase its productivity. This advance met a new direction, especially, when machines capable of optimizing their tasks were invented. Ever since machines became part of the rural environment, this was never the same. In modern agriculture, the tractor is the great symbol of technology applied to the land. Mozambique is not foreign to this process of transformation, which has been taking place in the agricultural sector worldwide. Indeed, various programs which aim at boosting production and productivity in the agricultural sector have been implemented almost all over the country.
The commitment despite the risk Of the various initiatives developed, the highlight goes to Agri-Arena, a young Mozambican company whose activities began in September last year. According to Agri-Arena’s Managing
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Director, Cinthia Nair Algy, in this initial phase the company is dedicated to supporting small farmers. “We give technical assistance to small farmers. Specifically, we have made the preparation, farming, gradegem and relaxation of the land”, mentions the manager. At a time when the agricultural sector is considered a high risk investment, what does Agri-Arena do to guide the resources to this sector? “It is really of high risk. But the conditions offered by the country for the development transcend any risk”, ensures Cinthia Algy. According to the businesswoman, if the country invested more in the agricultural sector it would have more than enough
arguments to face the crisis. With regards to the expansion plan of the company, Cintia Algy informed that, at the moment, the priority is the South zone, and soon the company will be represented in the Northern part of Country. c
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SAÚDE
Polana Serena Hotel promove Saúde Mais de 90 pessoas marcaram presença na terceira edição da Feira da Saúde, organizada pelo Polana Serena Hotel, no âmbito da sua responsabilidade social. Gildo Mugabe (texto)
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alimentação correcta, com dieta variada, saudável e balanceada, é um dos factores que tem maior influência na saúde e no bem-estar. Para ser adepto de bons hábitos alimentares, nutricionistas fazem recomendações simples, como ingerir de seis a oito copos de água por dia. Por outro aldo, a prática de actividades físicas, sem exageros e com a orientação de um profissional de educação física, traz benefícios para a saúde das pessoas e melhora a qualidade de vida em qualquer idade.
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Em suma, deve existir um esforço adicional quando o assunto passa por cuidar da saúde. Uma saúde bem cuidada contribui de forma significativa para uma vida prolongada e vivida com maior satisfação. Foi a pensar nisso que o Polana Serena Hotel tem organizado, anualmente, uma Feira da Saúde, onde junta participantes de todas faixas etárias. Aliás, para esta edição, por sinal a terceira, foram até convidadas crianças dos 5 anos em diante num número que totaliza os 50.
De acordo com Ilda Tomás, coordenadora do evento, a prática de actividades físicas é de extrema importância para o bem da saúde. “Na verdade, queremos incutir bons hábitos alimentares não só para o nosso staff mas também para as demais pessoas interessadas”, disse Ilda Tomás. Ilda Tomás fez saber igualmente que na Feira da Saúde têm sido feitas várias consultas quer de HIV, glicemia, uma palestra sobre bons hábitos alimentares, cancro de mama, diabetes e doação de sangue. c
HEALTH
Polana Serena Hotel promotes Health More than 90 people were present at the third edition of the Health Fair, organized by the Polana Serena Hotel, in the context of its social responsibility.
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Gildo Mugabe (text)
ating right, with a varied diet, healthy and balanced, is one of the factors that has the biggest influence on health and well-being. In order to be a follower of good eating habits, nutritionists give simple recommendations, such as taking eight glasses of water per day. On the other hand, physical exercise, without excesses and with the guidance of a physical education professional, brings benefits for the health
of people and improves the quality of life at any age. In short, there must be added effort when the issue passes by taking care of health. Good health contributes significantly for an extended life which is lived with more satisfaction. It was with this in mind that the Polana Serena Hotel has been organizing, annually, a Health Fair, where it brings together participants of all ages. Indeed, for this edition, the third one, even children who are 5 years old
onwards were invited in a total of 50. According to Ilda Tomás, event coordinator, physical exercise is extremely important for the benefit of health. “In reality, we want to instill good eating habits not only for our staff but also for all who might be interested”, said Ilda Tomás. Ilda Tomás also informs that at the Health Fair many consultations take place be it HIV, blood sugar, a lecture on good eating habits, breast cancer, diabetes and blood donation. c
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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Business Coach PD Moz – Parcerias em Desenvolvimento
Balanço 2016 Aproxima-se o final do ano de 2016, em breve terão início os festejos onde se comemora, a família, o amor, a amizade e os resultados. E é sobre estes resultados que devemos reflectir de forma a comemorar com a devida circunstância. via telefónica e com suporte de um questionário. Quero que este plano esteja a funcionar em pleno, em Julho de 2016, e para isso vou envolver o Director Comercial, responsabilizando-o pelo resultado.
Aferição do objectivo:
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e começou o ano connosco lembra-se que definiu objectivos para a empresa, para a equipa, para os seus clientes e para si. Caso não nos tenha acompanhado certamente pensou nisso. E se não pensou está na hora de o começar a fazer! Quando definimos os objectivos, definimos também uma forma de os medir quantitativamente. A cada objectivo devemos realizar a seguinte pergunta: • Quão perto estou de realizar este objectivo? • O que fiz para chegar até aqui? Vamos recordar os passos que de-
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mos para a concretização desse objectivo. É tão importante projectar no futuro como reflectir sobre o passado. Pois é a memória que nos recorda os logros e os fracassos e nos ajuda a evitar os mesmos erros e a encontrar formas diferentes de ultrapassar os desafios. Vou dar-vos um exemplo para que seja mais simples.
Objectivo:
Aumentar a produtividade da equipa comercial, através da realização de relatórios de visita, reuniões quinzenais de feedback e boas práticas e medindo a satisfação dos clientes
O objectivo já foi realizado, desde Abril de 2016, e revela que o plano funciona em pleno e foram criadas e implementadas novas formas de apresentação do nosso produto e ideias para aumentar as vendas num mesmo cliente e trabalhar na sua fidelização e relação a longo prazo. As vendas aumentaram 18% face ao resultado no ano 2015. O envolvimento do Director Comercial foi essencial na implementação e alcance do objectivo. Quando ele acreditou que esta estratégia traria melhores resultados foi fácil trabalhar, pois ele fez com que todos acreditassem que era possível.
Tarefa: Balanço 2016
Lembre-se dos logros e fracassos deste ano, analise-os e retire as suas conclusões para que, no próximo ano, possa melhorar e testar novas estratégias. Lembre-se que parte da responsabilidade do que nos acontece é nossa e não adianta culpar só o exterior pelo menos bom e a nós pelos sucessos.
Sugestão: Seja verdadeiro e faça o balanço com a sua equipa e ou parceiros de negócio. c
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Detalhes do Produto
Composição de espelhos com estrutura em madeira e acabamento a folha de ouro. Um produto de design e Green Apple Home Style. Com possibilidade de personalização.
O Associative Design (AD) é um projeto promovido pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) que tem por missão desenvolver e dinamizar a promoção de produtos produzidos para a fileira casa, lançar desafios que contribuam para o desenvolvimento de novos projetos com clara diferenciação na inovação, na tecnologia e no design, por forma a impulsionar e apoiar as empresas que manifestem interesse em apostar na promoção e na comercialização do seu produto no mercado externo.
Projetos em desenvolvimento Projects under development
www.greenapple.pt
Associative Design (AD) is a project by the Portuguese Association of Wood and Furniture Industries (AIMMP) that aims to develop and promote the production of products from the home sector as well as launch challenges that will contribute to innovation in the use of both technology and design. AD will support and push companies that share this vision and take their products further into exciting new markets. www.associativedesign.com
Promotor
Cofinanced
www.aimmp.pt
Participação da Marca AD em Eventos Nacionais e Internacionais Participation of AD brand in national and international venues Selo AD que é atribuido após certificação de cada produto AD Seal awarded after product certification Exposições itenerantes com seleção criteriosa de peças Itinerary exhibitions featuring a premium selection of products Plataforma digital que integra os produtos certificados pelo selo Digital online platform for certified products Concurso Internacional AD - Guilherme Award que premeia o melhor do setor Casa International AD Competition - Guilherme Award for the home sector
COACHING Cristina Azinhal, Executive & Business Coach PD Moz – Partnerships in Development
Balance 2016 The year 2016 is coming to an end, soon there will be festivities where people celebrate, family, love, friendship and results. And it is regarding these results that we should reflect on in order to celebrate with the adequate circumstance. phone and with support of a questionnaire. I want this plan to be working in full force, in July 2016, and for that i will involve the Commercial Director, holding him accountable for the result.
Assessment of the objective:
I
f you began the year with us you remember that you defined goals for the company, for the team, for clients and for you. In case you did not follow us you certainly thought about it. And if you did not its time you start doing it! When we define goals, we also define a way to measure them quantitatively. At each goal we must realise the following question: • How close am i to fulfilling this goal? • What did i do to get here? Let’s remember the steps we took to
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fulfill this goal. It is as important to project the future as it is to reflect about the past. Because it is memory that reminds us the deceptions and failures and helps us avoid the same mistakes and find different ways to overcome challenges. I will give you an example to make it simpler.
Objective: Increase productivity of the commercial team, through realization of visit reports, quarterly feedback reports and good practices and measuring the satisfaction of clients through the
The objective was realized, since April 2016, and reveals that the plan works fully and new ways of presentation of our product were created and implemented and ideas to increase sales in a same client and work towards its retention and long term relationship. Sales have increased 18% against the 2015 result. Involvement of the Commercial Director was essential in the implementation and fulfillment of the goal. When he believed that this strategy would bring better results it was easy to work, because he made everyone believe it was possible.
Task: Balance 2016 Remember the deceptions and failures of this year, analyze them and remove your conclusions so that next year, you may improve and test new strategies. Remember that part of the responsibility of what happens to us is ours and it is useless to blame just the exterior for the less good and us for the successes.
Suggestion: be honest and do the balance with your team and or business partners.c
ESTILOS DE VIDA
Aston Martin AM37 efectua primeira viagem para a água O Aston Martin ‘AM37 hidroplano de trinta e sete pés fez a sua estreia no show the iates do Mónaco, marcando a entrada da marca luxuosa Britânica para o mundo náutico.
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novo cruzeiro é oferecido em duas versões e espera-se que o ‘AM37’s’ atinja velocidades de 50 nós. Isto é o resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, desafiando o status quo do mundo náutico e combinando tecnologia inovadora e artesanato personalizado. O hidro-
plano representou um verdadeiro trabalho em equipe, juntando os mais experientes criadores da Aston Martin para decorar e criar um produto verdadeiramente único. O fabricante de automóveis inglês que trabalhou em carros como o ‘one77; ‘vulcan’; e o novo ‘DB11, oferecem a sua experiência automobilística,
que foi reinterpretada no barco, com resultados brilhantes. O EVP da Aston Martin , Director Criativo, Marek Reichman e a sua equipa de design colaboraram com o arquiteto naval Mulder design de modo a garantir que todos os elementos do projecto fossem cuidadosamente considerados. Partilhando perícia
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criativa e habilidades especializadas, a quintessence yachts criou o design do Aston Martin e tranformou-o num hidroplano inovador para o mundo dos iates. O iate é um barco para ser usado durante o dia que pode ser transformado numa cabine durante a noite transformando a mesa numa cama confortável . A cabine está bem equipada com iluminação ambiente e ar condicionado. Com uma geleira, microondas e máquina de café – e um lavatório a bordo, o conforto absoluto está garantido. Feito do melhor couro, bancos traseiros elegantemente concebidos onde se sentam até oito pessoas.
Um barco muito bem concebido O exterior do ‘AM37 possui proporções dinâmicas em termos de design que são simples, e ao mesmo tempo executadas de forma perfeita. O barco destaca-se pela atenção ao detalhe em todos os elementos do design. O parabrisas envolvente foi criado de um só pedaço de vidro esculpido com fluidez sobre o convés de proa. Com um arqueamento duplo extremo define um novo padrão da indústria. A tecnologia de convés móvel permite que os proprietários cubram por completo a cabine do barco tocando simplesmente num botão. Os três paineis de carbono de baixo peso ligeiro, operados pela
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chave do ‘AM37, dobram na direcção da plataforma de popa quando a cabine está descoberta. O topo bimini electro-hidráulico de fibra de carbono está armazenado por baixo da portinhola do motor quando não está em utilização, que vai desde a plataforma de popa, uma prancha permite acesso fácil à água. No leme, um painel de fibra de carbono ecoa elementos de estilo dos carros desportivos mais avançados da Aston Martin. Inclui couro fino com características funcionais, tais como volante de direcção, alavanca joystick em metais polidos. A navegação do barco, monitor de controlo e sistemas de entretenimento estão todos integrados, com funções de multimédia avançadas. O modelo de 37 pés está disponível em duas versões – o ‘AM37 com uma velocidade máxima
estimada de 45 nós e uma escolha de dois motores 370 hp diesel mercúrio ou dois motores 430 hp de gasolina de mercúrio. E as duas versões do hidroplano com uma estimativa de 50 nós derivadas dos seus motores gémeos de gasolina de mercúrio de 520 hp. O PCA da Quintessence Yachts, Mariella Mengozzi, disse: ‘tem sido uma jornada muito excitante e tivemos muito gosto em estabelecer esta parceria com a Aston Martin num projecto tão especial que junta artesanato com tecnologia futurística - a mistura perfeita para este hidroplano único. Abraçamos o desafio de criar uma verdadeira revolução na água e um hidroplano extraodinário, e tenho o prazer de apresentar o AM37, uma nova forma de disfrutar a vida no mar.‘ c
LIFE STYLE
Aston Martin AM37 makes first voyage into the water The thirty-seven-foot Aston Martin ‘AM37 powerboat made its world debut at the Monaco yacht show, marking the luxury british brand’s entry into the nautical world.
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he new day-cruiser is offered in two versions with the ‘AM37’s’ expected to reach speeds of 50 knots. it arrives as the the result of two years of research and develop-
ment, challenging the status quo of the nautical world and combining innovative technology and bespoke craftsmanship. the powerboat was a true team effort, bringing in the most experienced aston martin designers
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LIFE STYLES
to style and create a truly unique product. the british-automaker’s master craftsmen who worked on cars such as ‘one-77; ‘vulcan’; and the new ‘DB11, provided their automotive experience, which was reinterpreted onto the boat with outstanding results. Aston Martin’s EVP & chief creative officer, marek reichman and his design team collaborated closely with dutch naval architect Mulder design to ensure every element of the project was carefully considered. Sharing creative expertise and specialist skills, quintessence yachts engineered the Aston Martin design into an innovative powerboat for the yachting world. The yacht is a day cruiser that can
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be transformed into an overnight berth by transforming the table into a comfortable bed. The cabin is well appointed with mood lighting and air-conditioning. With a refrigerator, microwave oven and coffee machine– and a lavatory on board, absolute comfort is guaranteed. Crafted from the finest leathers, elegantly laid out rear seating is available for up to eight people.
Super well designed boat The exterior of ‘AM37 features dynamic proportions in a design that is simple, yet immaculately executed. The boat is set apart by the atten-
tion to detail in every element of its design. The wraparound windscreen has been created from a single piece of sculpted glass fluidly draped over the foredeck. With extreme double curvature it sets a new industry standard. sliding deck technology allows owners to cover the cockpit of the boat completely at the touch of a button. The three lightweight carbon panels, operated by the ‘AM37′ key, fold under the aft deck when the cockpit is uncovered. An electrohydraulic carbon fibre bimini top is stowed under the engine hatch when not in use and, extending from the aft deck, a swim platform allows for easy access to the water. At the helm, a carbon fibre dashboard echoes styling elements from aston martin’s most advanced sports cars. It includes fine leather with functional features, such as the steering wheel, throttle handles and joystick in polished metals. The boat’s navigation, control monitor and entertainment systems are all integrated, with advanced multimedia functions. The 37-foot model is available in two versions–the ‘AM37′ with an estimated top speed of 45 knots and a choice of two 370 hp mercury diesel or two 430 hp mercury petrol engines. And the powerboats version with an estimated 50 knots derived from its twin 520 hp mercury petrol engines. CEO for quintessence yachts, mariella mengozzi said: ‘it’s been an exciting journey and we have relished partnering with aston martin on such a special project that blends craftsmanship with futuristic technology – the perfect mix for this unique powerboat. We took on the challenge to create a true revolution on the water and an extraordinary powerboat, and i’m delighted to present the AM37, a new way of experiencing life at sea.‘.‘ c
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