CAPITAL

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Sumário

Destaques 60

44 Tema de Fundo

É tempo de Agronegócio

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33 DOSSIER

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Hora de reestruturar, alienar e sanear

14 ACTUAL

Capa

Tensão sombreia PAz

É tempo de Agronegócio Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre. dauane@mozmedia.co.mz Emília Gomes - emiliagomes@mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Secretariado Administrativo: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Amor Amor; Gettyimages.pt, Google. com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Helena Manhenje; Paginação: Ricardo Timbe – 29timbe@gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

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Subida de preços arrasa com consumo O preço dos produtos básicos atingiu níveis insustentáveis para o consumidor nacional. Vários factores - entre externos e internos - convergem para essa situação, nomeadamente a descida das exportações, a derrapagem do metical face ao dólar, a redução do Investimento Directo Estrangeiro e a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto.

Hora de reestruturar, alienar e sanear

O Sector Empresarial do Estado (SEE) está num processo de reestruturação. Adriano Maleiane, ministro da Economia e Finanças, diz que a estrutura é bastante pesada e há necessidade de reestruturar, alienar assim como sanear algumas empresas do sector.

Mistolin quer ser líder nos detergentes

A Mistolin, empresa especialista em soluções de higiene e bem-estar, investe no mercado moçambicano desde 2011 e vem protagonizando uma grande aposta no continente africano, com unidades industriais a funcionar em Angola, Argélia, e agora também em Moçambique.

É tempo de Agronegócio

O embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Soares, lança dados optimistas sobre a cooperação entre os dois países mesmo depois da recente mudança governamental. Para o diplomata, a relação bilateral continua de pedra e cal. Rodrigo Soares acrescenta ainda que depois da corrida das mineradoras e construtoras brasileiras a Moçambique, na última década e meia, chegou a vez de uma nova geração de empresários: os agricultores.

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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Editorial

Bem-vindo O Brasil que mora em nós

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F

TECNOLOGIA WhatsApp abre caminho para área empresarial

60 MERCADO Subida de preços arrasa com consumo

62 EMPrEEnDEr Chaveiro de dia e de noite

69 PROFILE Eduardo Mondlane júnior é o novo PCA do BancABC

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

az quatro décadas em Novembro que Moçambique e o Brasil mantém relações bilaterais. O estado brasileiro tem vindo a ser notícia, um pouco por todo o mundo, graças ao escândalo de corrupção no governo de Dilma, devido aos níveis de insegurança aquando das Olimpíadas e à fragilização da sua economia. Mas do Brasil não sopram apenas más notícias. Os nossos irmãos, que se relacionam connosco, desde um período anterior à declaração de independência de Moçambique, estão entre nós de pedra e cal. O seu interesse, segundo o seu embaixador, Rodrigo Soares, é transmitir conhecimentos, técnicas e experiências. Se, ao longo dos últimos tempos, se encontram a apostar em áreas-chave como a construção civil e a mineração, hoje a tónica pende sobretudo para o investimento no mundo dos agronegócios, e aqui as potencialidades são enormes. Independentemente do produto a explorar, o Brasil dá cartas no que diz respeito à produção de açúcar, gado, café, fertilizantes, cereais e hortícolas diversos, entre outros bens não menos importantes. O mercado moçambicano pode, sem dúvida, ganhar com o seu know how. Neste momento, os projectos em curso são diversos mas ocorre destacar os da área da Educação, Agricultura, Saúde, Providência Social, Formação Profissional e Desenvolvimento Urbano. Por outro lado, as semelhanças entre ambos os países são inequívocas em termos língua, cultura e de características climáticas e morfológicas. Por exemplo, o serrado brasileiro é em tudo semelhante à savana moçambicana. Como diz o embaixador brasileiro em Moçambique e bem: há muitos ‘Brasis’ em Moçambique e muitos ‘Moçambiques’ no Brasil. Essas são as boas notícias pois a crise continua a prejudicar a economia e a subida de preços tem vindo a arrasar com o consumo. O preço dos produtos básicos atingiu níveis insustentáveis e apontam-se vários motivos externos e internos como a descida das exportações, a derrapagem do metical face ao dólar, a redução do Investimento Directo Estrangeiro e a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto. E para agravar este estado de situação, além da subida de preço dos produtos de primeira necessidade, a população debate-se também com o aumento do preço do gás doméstico, da energia eléctrica e da água. O nível de preços está de tal forma alto que, ultimamente, muita gente volta-se para a auto-subsistência, produzindo bens alimentares nas machambas como alternative. Uma vez mais, a agricultura parece estar em alta.



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ESTADO

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Contents

Highlights 60 Price rise destroys consumption

Price of basic products has reached unbearable levels for the national consumer. Many factors – between external and external – converge for this situation, namely drop of exports, slippage of the metical against the dollar, reduction of Foreign Direct Investment and slow down of growth of the Gross Domestic Product.

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Time to restructure, alienate andclean

48 Background Theme It is time for Agribusiness

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DOSSIER

Time to restructure, alienate andclean

16 Current Capa

Tension shades PEACE

It is time for Agribusiness

Property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Emília Gomes - emiliagomes@mozmedia.co.mz - Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga. nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Administrative Secretariat: Yolanda Machado - yolandamachado97@gmail.com; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Amor Amor; Gettyimages. pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B.- Translation: Frans Hovens;Page make-up: Ricardo Timbe –29timbe@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

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The State’s Business Sector (SEE) is in a process of restructuring. Adriano Maleiane, Minister of Economics and Finance, says that the structure is pretty heavy and there is a need to re- structure, alienate as well as clean some companies of the sector.

Mistolin wants to be a leader in detergents Mistolin, a company specialized in hygiene and well-being solutions, invests in the Mozambican market since 2011 and has been betting big on the African continent, with industrial units working in Angola, Algeria, and now also in Mozam- bique.

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It is time for Agribusiness

TheBrazilianEmbassadorinMozambique, RodrigoSoares,givesoptimi sticdataregardingthe cooperation between the two countries even after the recent change in government. For the diplomat, suspension of donation of Aerial means to the Mozambican army is only an isolated case, since the bilateral relationship continues to be of brick and mortar. The diplomat adds that after the race of Brazilian mining and construction companies to Mozambique, in the last decade and a half, it’s time for a new generation of businessmen: the farmers.


Editorial

Welcome

The Brazil that lives in us

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I

TECHNOLOGY

t will be four decades in November that Mozambique and Brazil have bilateral relationships.

The Brazilian State has been in the news, a little all over the world thanks to the corruption scandal in Dilma’s government, due to the levels of insecurity at the time of the Olympics and the weakening of its economy.

WhatsApp paves way for business area

60 MARKET Price rise destroys consumption

But from Brazil its not only bad news. Our brothers, who interact with us, ever since a time before the declaration of Mozambican independence, are among us with brick and mortar. Their interest, according to ambassador, Rodrigo Soares, is to pass on knowledge, techniques and experiences. If, lately, they have been betting in key areas such as construction and mining, today the emphasis is on investment in the world of agribusiness, and here the potential is enormous. Regardless of the product to explore, Brazil thrives with regards to production of sugar, cattle, coffee, fertilizers, cereal and various vegetables, amongst other less important goods. The Mozambican market may, without a doubt, win with its know how. At the moment, projects underway are various but it is important to highlight those from Education, Agriculture, Health, Social Welfare, Professional Training and Urban Development. On the other hand, similarities between both countries are unquestionable in terms of language, culture and climate and morphological features.

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As the Brazilian Ambassador in Mozambique states and well: there are a lot of ‘Brazils’ in Mozambique and a lot of ‘Mozambiques’ in Brazil.

EntrEPrEnEurSHIP Locksmith day and night

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PROFILE Eduardo Mondlane júnior is the new CEO of BancABC

These are the good news since the crisis continues to jeopardize the economy and price rise has been crushing consumption. Basic product prices have reached unsustainable levels and various internal and external reasons are indicated such as decrease of exports, slippage of the metical against the dollar, reduction of Foreign Direct Investment and slow down of growth of the Gross Domestic Product. And to aggravate the situation, besides the price increase of basic products , the population still struggles with the increase of domestic gas price, electricity and water. Price levels are so high that, lately, many people are choosing self-sufficiency, producing food stuffs in farms as an alternative. Once again agriculture seems to be on the high.

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Capitoon

EM BAIXA Economia cresce menos A economia moçambicana cresceu menos no primeiro semestre deste ano, quando comparada com o mesmo período de 2015. Nestes seis meses, a economia restringiu-se a crescer 4%, 2.3% menos do que no primeiro semestre do ano passado.c

Ilegais intensificam corte de madeira em Tete

O corte ilegal de madeira associado à falta de reposição das árvores tem vindo a intensificar-se nos últimos tempos na província de Tete, com os furtivos a adoptarem técnicas cada vez mais sofisticadas para ludibriar as autoridades, segundo a Associação de Operadores Florestais da província de Tete.c

EM ALTA Há mais rubis em Moçambique A australiana Mustang Resources descobriu um novo depósito de rubis em Montepuez, na província de Cabo Delgado, após a recolha de amostras em diversos pontos da concessão. A empresa anunciou, em Julho, ter descoberto dez rubis no decurso da recolha inicial de amostras. Há pouco tempo descobriu mais 19 pedras, elevando a descoberta para 29 rubis com um peso combinado de 5,79 quilates.c

Ligação Cuamba-Lichinga torna a funcionar A ligação por caminho-de-ferro entre as cidades de Cuamba e Lichinga, capital provincial do Niassa, será retomada em Novembro próximo após uma interrupção de seis anos devido à degradação da via, segundo o gestor do projecto de recuperação daquele troço do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), Carlos Mucave.c

COISAS QUE SE DIZEM É PRECISO ATITUDE “É importante mostrar que queremos resolver os problemas do país, primeiro mostrando uma atitude firme de combate ao esbanjamento, à corrupção, à burocracia, penalizar os infractores e trabalhar para que o ambiente de negócio seja cada vez mais promissor, não só para os parceiros internacionais, mas também para o investidor privado. Sinto que temos condições, mas temos todos de apoiar o Governo e aceitar que só com trabalho árduo o país pode ir para a frente”c

José Chichava, economista, in jornal O País

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AINDA SOBRE EMPRESÁRIOS PORTA-CARTÕES “O economista Ragendra de Sousa - Vice-Ministro da Indústria e Comércio -, disse que, em Moçambique, não há empresários - só tem pessoas com cartões-devisita e mais nada. Isto é caricato e acho que é esta percepção que alguns governantes têm e tendo essa maneira de ver as coisas sobre o empresariado nacional, não vamos a lugar nenhum. No entanto, quando esse mesmo Governante se sente aflito, principalmente num momento de crise que estamos a passar, manda inspecções regulares não a outras pessoas, mas sim a esses empresários que só têm cartões nos bolsos.”c Rogério Manuel, Presidente da CTA, in jornal O País



Capitoon I go! I go! Work the land i Go!!

ON THE BOTTOM

Brazilian cooperation The back and forth

Economy grows less The Mozambican economy grew less in the first semester of this year, when compared with the same period of 2015. In these six months, the economy restricted itself from growing 4%, 2.3% less than in the first semester of last year.c

Ilegals intensify wood cut in Tete Oil legal wood cut together with the lack of restitution of trees has been intensifying lately in the province of Tete, with furtives adopting more sofisticated techniques to deceive authorities, according to the Association of Forestry Operator in the province of Tete. c

ON TOP There is more ruby in Mozambique The Australian Mustang Resources discovered a new deposit of rubies in Montepuez, in the Province of Cabo Delgado, after collection of samples in various points of concession. The company, announced, in July, that it discovered ten rubies during the initial collection of samples. Not too long ago it discovered more than 19 stones, elevating the discovery to 29 rubies with a combined weight of 5,79 carats. c

Connection Cuamba-Lichinga works again

Connection by railway between the cities of Cuamba and Lichinga, Niassa’s provincial capital, will be resumed next November after an interruption of six years due to degradation of the road, according to the project manager responsible for the recovery of that section of the North Development Corridor (CDN), Carlos Mucave.c

THINGS BEING SAID PEOPLE NEED TO HAVE ATTITUDE “It is important to show that…we want to solve the country’s problems, first by showing a firm attitude to the fight against waste, corruption, and bureaucracy, penalize offenders and work so that the business environment becomes promising, not only for international partners, but also to the private investor. I feel that we have what it takes, but we all have to support the Government and accept that only with hard work the country can move forward”.c

José Chichava, economist, in jornal O País

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STILL ABOUT CARDHOLDER BUSINESSMEN “The economist Ragendra de Sousa - Vice-Minister of Industry and Commerce -, stated that in Mozambique, there are no businessmen – there is only people with business cards and that is it. This is funny and i think that this is the perception that some leaders have and with this way of seeing things about the national business community, we will not go anywhere. However, when that same Leader is in distress, especially in this time of crisis we are facing, he/ she sends regular inspections not to other people, but to these businessmen that only have business cards in their pockets”.c Rogério Manuel, President of CTA, in jornal O País


  Aeroporto de Nacala é Destaque Internacional

A Engineering News-Record (ENR) distinguiu o Aeroporto Internacional de Nacala com o prémio de mérito de engenharia no 2016 Global Best Projects, na categoria de Aeroportos, levando em consideração factores como saúde e segurança, inovação, design, processo de construção e diversidade das equipas. A Odebrecht tem orgulho de ter participado nesta história e de ter construído, em parceria com a Aeroportos de Moçambique e com a força e empenho do Governo e do povo Moçambicano, mais uma página de destaque no cenário internacional. Continuamos a contribuir para o desenvolvimento do país, dia a dia, unidos numa só força e numa só vontade. Parabéns Moçambique por mais esta Conquista!

www.odebrecht.com


ACTUAL

Tensão sombreia PAZ Comemorou-se a 4 de Outubro 24 anos da paz e reconciliação nacional, alcançadas com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, entre o Governo moçambicano e a Renamo, em 1992. O acordo colocou fim à guerra que devastou a economia nacional. Hoje, a tensão político-militar que se vive em Moçambique fragiliza, uma vez mais, a economia.

A

Gildo Mugabe (Texto)

Paz designa um estado de espírito isento de ira, de desconfiança, de guerra e de violência. Infelizmente, nos últimos quatro anos, a Paz tem sido ameaçada no país. Desde 2013 que o barulho das armas voltou a ouvir-se no país com maior incidência na zona norte. O recrudescimento da tensão político-militar tem contribuído para a desaceleração do crescimento económico nacional. A título de exemplo, em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento na rodem dos 7,3%. Em 2012 a economia moçambicana manteve uma apreciável resiliência a este ambiente internacional adverso, tendo o Produto Interno Bruto registado um crescimento real de 7,2%. Entretanto, a economia começa a registar uma queda no seu crescimento

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em 2013, quando a tensão político-militar atingiu o seu clímax. Este ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto registou o abrandamento no seu crescimento tendo caído de 7.3%, registados em 2012, para 6.9%. Quando em 2014 o líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dlhakama, decidiu sair de “parte incerta” e surgiu publicamente, a economia volta a registar um incremento para 7.2%. Já no ano passado, ou seja em 2015, o crescimento económico voltou a abrandar desta vez para 6.6%. Estes dados deixam claro que a Paz é fundamental para um desenvolvimento sustentável.

Turismo em queda Para além de inviabilizar o cresci-

mento económico global do país, a ausência de uma paz efectiva contribui também para o fraco desenvolvimento do turismo. Por exemplo, depois do fim da guerra dos 16 anos, o número de turistas em Moçambique atingiu o seu pico em 2012 quando foram registadas 2.205.853 chegadas internacionais. Contudo, em 2013 este número registou uma queda significativa para se situar em 1.969.716 turistas internacionais, dos quais 872.017 sul-africanos, um número que representa 44,3 por cento do volume global. Estes números revelam uma redução de 99.852 turistas sul-africanos (que representam um peso considerável no sector do turismo em Moçambique) entre os anos de 2012 e 2013, uma variação negativa de quase 10 por cento.c



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CURRENT

Tension shades PEACE On the 4th of October we celebrated 24 years of peace and national reconciliation, achieved with the General Peace Agreement, signed in Rome, between the Mozambican Government and Renamo in 1992. The agreement put an end to the war which devastated the national economy. Today, the political-military tension in Mozambique, weakens the economy once again. Gildo Mugabe (Text)

gest opposition party in Mozambique, Afonso Dlhakama, decided to leave his “undisclosed location” and appear publicly, the economy registered an increase to 7.2%. Now last year that is in 2015, economic growth slowed down again and this time to 6.6%. These data makes it clear that Peace is key to sustainable development.

Tourism on the fall

P

eace designates a state free from anger, distrust, war and violence. Unfortunately, in the last four years, Peace has been threatened in the country. Since 2013 the noise of guns has been heard again in the country with greater incidence in the North. The rise of the political-military tension has been contributing to the slowdown of national economic growth. As an example, in 2011 the Gross Domestic Product (GDP) registered growth of around 7,3%. In 2012 the

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Mozambican economy kept a certain resilience to this adverse international environment, and the Gross Domestic Product registered a real growth of 7,2%. However, the economy begins to register a drop in its growth in 2013, when the political-military tension reached its climax. This year, according to the National Statistics Institute (INE), the Gross Domestic Product registered a slowdown in its growth having dropped from 7.3% registered in 2012 to 6.9%. When in 2014 the leader of the big-

Besides hindering the country’s global growth, absence of effective peace also contributes to weak development of tourism. For example, after the end of the 16 years’ war, the number of tourists in Mozambique reached its highest in 2012 when 2.205.853 international arrivals were registered. However, in 2013 this number registered a significant drop to situate itself at 1.969.716 international tourists, out of which 872.017 South Africans, a number which represents 44,3 per cent of the global volume. These numbers reveal a reduction of 99.852 South African tourists (who represent a considerable weight in the sector of tourism in Mozambique) between the years 2012 and 2013, a negative variation of almost 10 per cent. c


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MUNDO

AB InBev vai despedir 3% da sua força de trabalho A cervejeira AB InBev,

que foi recentemente adquirida pela SABMiller (accionista maioritária da Cervejas de Moçambique) pretende cortar três por cento da sua força de trabalho como forma de maximizar a poupança. Como paliativo, a Cervejeira salienta que esta iniciativa só será levada a cabo quando a fusão terminar com êxito. Uma fonte da empresa diz que os funcionários a serem demitidos poderão chegar ao número de 5.500.

A AB InBev, com sede na Bélgica, possui cerca de 150 mil funcionários e a sua homóloga, SABMiller, tem cerca de 70 mil. Conforme informações da própria Cervejeira, as demissões atingirão principalmente as áreas administrativas e de venda. Em Julho passado, a AB InBev avaliou que a união entre as duas companhias deverá ser finalizada até ao final de 2016, uma iniciativa orçada em mais de 100 biliões de dólares­.c

Bill Gates está cada vez mais rico O recorde foi atingido

em Agosto passado. Bill Gates viu a sua fortuna atingir os 90 biliões de dólares. A título de exemplo, o património do fundador da Microsoft corresponde a 0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos da América. O impulso no bolso deste empresário foi justificado pelos ganhos de companhias em que este é investidor, como a Canadian National Railway Company (que gere os caminhos de ferro do Canadá) ou a Ecolab (ligada à área da energia e ambiente). Gates reforça a liderança depois de,

em finais de 2015, ter chegado a perdê-la para Amâncio Ortega. O espanhol (dono da Zara) surge agora na segunda posição, com uma diferença de 13,5 biliões de dólares em relação ao fundador da Microsoft. O pódio na lista divulgada pela agência Bloomberg é fechado com Warren Buffett: o dono da Berkshire Hathaway que tem uma fortuna avaliada em 66 biliões de dólares. Mesmo com o reforço de 15 biliões de dólares na carteira de Bill Gates ao longo do último ano, a imprensa norte-americana tem destacado o lado

solidário do empresário. Em 2000, em conjunto com a esposa Melinda, o empresário abriu uma fundação: a Bill & Melinda Gates Foundation que possui acções de filantropia inclusivamente em Moçambique­.c

DESTAQUE

”Trumpismo” não é alternativa O prémio Nobel

da Economia em 2008, Paul Krugman, faz críticas a Donald Trump, candidato republicano às eleições presidenciais dos Estados Unidos, considerando que “o ‘Trumpismo’ não é alternativa”. Krugman diz que a sociedade de delinquência organizada nas cidades norte-americanas de que fala

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Trump não existe e contesta a afirmação do candidato de que “até as zonas de guerra são mais seguras do que viver em algumas das áreas marginais” nas cidades dos Estados Unidos da América. “Quando começou a campanha, Trump centrava-se na perda de postos de trabalho da classe mé-

dia, pelo menos um problema real. De facto, o emprego na indústria está a diminuir e os salários reais dos operários sofreram uma quebra. Podia dizer-se que o ‘Trumpismo’ não é a resposta (e não o é), mas não que o tema fosse produto da imaginação do candidato, finalizou Krugman­.c


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WORLD

AB InBev will dismiss 3% of its work force The brewery AB InBev,

which was recently acquired by SABMiller (major shareholder of Cervejas de Moçambique) intends to cut three per cent of its work force as a way of maximizing savings. As a palliative, the brewery stresses that this initiative will only be finalized once the fusion is concluded with success. A company source states that employees to be dismissed may reach the 5.500 figure.

AB InBev, with head office in Belgium, has about 150 thousand employees and its counterpart SABMiller, has about 70 thousand. According to information from the brewery itself, dismissals will hit mainly the areas of administration and sales. Last July, AB InBev assessed that the union between the two companies must be finalized until the end of 2016, an initiative estimated in more that 100 billion dollars­.c

Bill Gates is becoming increasingly rich The record was reached last August. Bill Gates saw his fortune reach 90 billion dollars. As an example, assets of Microsoft’s founder correspond to 0,5% of the United States of America GDP. Boost in this businessman pocket was justified by gains in companies he is an investor, such as Canadian National Railway Company (which manages Canada’s railways) or Ecolab (connected to the area of energy and the environment). Gates strengthens his leadership after, at the end of 2015, having lost it to Armâncio Ortega. The Spaniard

(owner of Zara) now occupies the second position, with a difference of 13,5 billion dollars when compared to the founder of Microsoft. The podium of the list disseminated by Bloomberg is closed by Warren Buffett: owner of Berkshire Hathaway who has a fortune estimated at 66 billion dollars. Even with the strengthening of 15 billion dollars in Bill Gates wallet in the last year, the North American press has been highlighting the charitable side of the businessman. In 2000, together with his wife Melinda, the businessman opened the founda-

tion: Bill & Melinda Gates Foundation which has philanthropy actions in Mozambique as well­.c

HIGHLIGHT

“Trumpism” is not an alternative The Economy Nobel

prize in 2008, Paul Krugman, criticizes Donald Trump, republican candidate to the United States of America Presidential election, considering that “the ‘Trumpism’ is not an alternative”. Krugman says that the organized

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delinquency in north-American cities Trump talks about does not exist and he challenges the candidate’s statement that “even war zones are safer than living in some marginal areas”. “When he began his campaign, Trump was focused in the loss of job posts by the middle class, at

least a real problem. Indeed, employment in the industry is reducing and worker’s real salaries have suffered a drop. One could say that ‘Trumpism’ is not an answer (and it is not), but not that the theme was a product of the candidate’s imagination”, finalized Krugman­.c


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ÁFRICA

Ethiopian Airlines a bordo do A350 XWB A Ethiopian Airlines

África do Sul volta ao topo África do Sul voltou a ser, pelo menos por enquanto, a maior economia do continente africano, de acordo com os úlltimos números do Fundo Monetário Internacional (FMI). A liderança estava com a Nigéria, elevada ao posto há dois anos após uma revisão estatística revelar que o seu PIB era quase duas vezes maior do que se imaginava. O terceiro lugar, esse pertence agora ao Egipto, que chegou a ficar em segundo por um breve período, de acordo com uma estimativa da consultora KPMG. Os últimos cálculos colocam o PIB da África do Sul em 301 biliões de dólares norte-americanos, o da Nigéria em 296 biliões e o do Egipto com 270 biliões. O grande responsável pela ultrapassagem é a força recente do rand sul-africano, que valorizou 15% só nos últimos três meses. O processo também aconteceu com outras moedas de países emergentes, especialmente o real brasileiro, impulsionadas pela liquidez internacional num cenário de incerteza na Europa e adiamento da subida de juros nos Estados Unidos da América. A naira nigeriana foi uma excepção e perdeu muito valor desde meados de 2014 quando começou a queda do preço do petróleo, principal produto de exportação do país.c

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

já está a explorar o Airbus A350 XWB. A aeronave baptizada como “Monts Simien”, faz a ligação Addis Abeba-Londres. O A350 XWB é o primeiro avião Airbus na frota da Ethiopian Airlines e o primeiro deste tipo em África. A aquisição do Airbus 350 XWB vai permitir melhorar a qualidade de serviço, em particular nos voos de longo curso, reforçar a conectividade e ser um percursor com a mais baixa taxa de emissão de carbono, segundo o presidente da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebre Mariam. No início de Agosto deste ano, a Ethiopian Airlines concluiu com a Lufthansa Technik um contrato de assistência para 10 anos, visando fornecer componentes da sua próxima frota de Airbus A350. O A350 XWB dispõe de assentos equipados com ecrãs tácteis de alta definição mais recentes, com uma maior selecção de filmes, de séries de televisão e de cadeias de rádios. É importante referir que no total, a Ethiopian Airlines encomendou 14 aviões A350 XWB. A frota da Ethiopian Airlines compreende aviões ultramodernos e favoráveis ao ambiente como os Boeings 787, 777-300ER, 777-200LR, 777-200 Freighter e o Bombardier Q-400 de dupla cabina.c

BREVES

Carga reduz 35% no porto de Luanda O Porto de Luanda

registou no primeiro semestre deste ano uma produção geral de pouco mais de três biliões de toneladas de carga contentorizada, um decréscimo na ordem de 35% em relação ao período homólogo de 2015. A redução na produção geral é consequência do fraco poder de importação que se verifica no país, segundo o departamento de controlo estatístico e logística da instituição do Porto.

África do Sul nega terceirização do Call Center O Sindicato dos Trabalhadores das Comunicações (CWU) da África do Sul pretende travar a intenção do gigante de telefonia móvel, MTN, de terceirizar os serviços de call center. A MTN diz que a adopção do modelo tem como objectivo a optimização das suas operações assim como a melhoria dos serviços destinados aos seus clientes. Porém, a CWU entende que esta iniciativa pode resultar em despedimentos massivos naquela empresa. c

AGENDA Evento: Conferência África.com Data: Data: 5-6 de Outubro de 2016 Local: Kigali, Ruanda


Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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AFRICA

Ethiopian Airlines on board of A350 XWB Ethiopian Airlines

South Africa back at the top South Africa is once again, at least for now, the biggest economy of the African continent, according to the last numbers from the International Monetary Fund (IMF). The leadership was with Nigeria, elevated to the post two years ago after a statistical review revealed that its GDP was almost twice the size it was sought to be. The third place, which belongs to Egypt who occupied the second place for a short while, according to an estimate from the Consulting Company KPMG. The last calculations place South Africa’s GDP in 301 billion American Dollars, and Nigeria’s in 269 million and Egypt’s with 270 million. The big reason for this take over is the recent strength of the South Africa Rand, which appreciated 15% in the last three months alone. The process also happened with other currencies of emerging countries, specially the Brazilian real, driven by international liquidity in a scenario of uncertainty in Europe and advancement of the rise of interest in the United States of America. Nigerian Naira was the exception and it lost a lot of value since mid-2014 when the price of oil began falling, main export product of the country.c

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

is already exploring the Airbus A350 XWB. The plane baptized as “Monts Simien”, makes the connection between Addis Ababa-London. The A350 XWB is the first Airbus plane in Ethiopian Airlines fleet and the first of this type in Africa. Acquisition of the Airbus 350 XWB will allow improvement of service quality, especially in long distance flights, reinforce connectivity and be a precursor with the lowest rate of carbon emission, according to the President of Ethiopian Airlines, Tewolde Gebre Mariam. At the beginning of August this year, Ethiopian Airlines concluded with Lufthansa Technik a maintenance contract of 10 years, aiming at supplying parts for its next fleet of Airbus A350. The A350 XWB has seats equipped with the most recent high definition touch screens, with a bigger selection of movies, television series and radio chains. It is important to mention that in total Ethiopian Airlines ordered 14 planes A350 XWB. Ethiopian Airlines fleet is composed of ultra-modern planes and environmentally friendly such as the Boeings 787, 777-300ER, 777-200LR, 777200 Freighter and the Bombardier Q-400 double cabin.c

BRIEF

Cargo reduces 35% at the Luanda port

The Luanda port

registered in the first semester of this year general production of a little more than three billion tons of containerized cargo, a decrease of around 35% against the similar period of 2015. Reduction in general production results from the weak power of import verified in the country, according to the department of statistics and logistics of the Port’s institution.c

South Africa denies outsourcing of Call Center South Africa’s

Communication Worker’s Union intends to stop the intention of the mobile communication giant, MTN, to outsource call center services. MTN says that adoption of the model aims at optimizing its operations as well as improve services destined to its clients. However, CWU undertsands that these initiatives may result in mass dismissals in that company. c

AGENDA Event: Conference África.com Date: 5-6 October 2016 Place: Kigali, Ruwanda


MOçAMBIQUE

Primeiro semestre de 2016

China foi o maior investidor em Moçambique A China foi o maior investidor

em Moçambique no primeiro semestre de 2016 com 154 milhões de dólares. Este montante representa quase 60% do total do investimento directo estrangeiro, de acordo com dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI). Em segundo lugar está a África do Sul com 45 milhões de dólares, as Maurícias, posicionam-se em terceiro lugar com 29 milhões de dólares. Os restantes países na lista dos dez principais investidores são a Turquia, Itália, Índia, Espanha e Estados Unidos. Segundo o CPI, o investimento directo aprovado por Moçambique no primeiro semestre cifrou-se em 478 milhões de dólares. Os dados revelam que daquele montante 304 milhões de dólares foram de investimento directo estrangeiro, 52 milhões de dólares de investimento directo nacional e 122 milhões de dólares tiveram origem em suprimentos e empréstimos. Os mesmos dados revelam que todas as formas de investimento sofreram descidas acentuadas, com o estrangeiro a baixar 54% e o nacional 56%. Do investimento estrangeiro aprovado pelo CPI, quase 80% está concentrado no sector da construção e obras públicas, indústria, agricultura e agro-indústria e mais de metade (55%) abrange as províncias de Maputo e cidade de Maputo, a que se segue, com 21%, a província de Sofala. c

Ranking do IDE no primeiro semestre de 2016 País

Montante (em milhões USD)

China

154

África do Sul

45

Maurícias

29

Reino Unido

22

Portugal

14

Fonte: CPI

Electrificar todo o país até 2030 A Electricidade de Moçambique

(EDM), a Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia (ENPCT) e o Fundo de Energia (FUNAE) assinaram um Memorando de Entendimento que preconiza a aceleração ao acesso universal à energia moderna e o aumento da segurança no fornecimento eléctrico através do uso de fontes renováveis e de medidas de eficiência energética. Entre os vários aspectos, o documento assinado estabelece os termos de colaboração entre as partes para a implementação de programas de instalação e promoção de tecnologias e sistemas de micro-energia que incluem a micro-geração e as micro-redes de distribuição de energia. O Presidente do Conselho de Administração da EDM, Dr. Mateus Magala, diz que esta parceria surge numa altura em que a EDM está embalada num processo de transformação que visa posicioná-la como um pólo de geração de energia eléctrica na África Austral. Neste contexto, um dos desafios da empresa é garantir que, até 2030, todos os moçambicanos tenham acesso à energia eléctrica. Neste momento, apenas 26% da população está ligada à Rede Eléctrica Nacional e para se atingir a meta estabelecida urge o recurso a fontes alternativas de energia. c


MOÇAMBIQUE/ MOZAMBIQUE

FDI’s Ranking in the first semester of 2016

BREVES

HCB busca soluções

Country

para conteúdo local

South Africa

45

Mauritius

29

United Kingdom

22

Portugal

14

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa

(HCB) procedeu, recentemente, à assinatura de um Memorando de Entendimento com bancos comerciais (Millennium bim, BCI, Standard Bank, Barclays Bank, Banco Único, Moza Banco, BancABC, FNB e BNI) no domínio do programa de desenvolvimento de conteúdo local, sobretudo no que diz respeito ao acesso ao financiamento por parte dos fornecedores locais. A iniciativa visa permitir que os fornecedores locais da HCB tenham acesso ao financiamento e a adiantamentos nos bancos comerciais para a aquisição de bens e serviços.c

BCI é o melhor banco comercial do país O Banco Internacional e de Investimentos foi distinguido como o “Melhor Banco Comercial em Moçambique-2016”, pelo 6.º ano consecutivo e pela revista World Finance, uma das mais prestigiadas referências entre as publicações do mundo financeiro. Noutros países, foram também distinguidas nesta categoria instituições como o Banco do Brasil, o Banco da China, a Societé Générale, em França, ou o Commerzbank, na Alemanha.c

Standard Bank premiado pela Global Finance O Standard Bank arrecadou,

recentemente, nos “Worlds Best Securities Services Providers 2016 Awards”, da prestigiada revista Global Finance, o prémio de Melhor Banco de Custódia de Valores Mobiliários em Moçambique. Os vencedores dos “Worlds Best Securities Services Providers 2016” serão galardoados numa cerimónia a ter lugar, no final deste mês, em Genebra, Suíça, durante o Swift International Banking Operations Seminar 2016.c

28

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

Amount (in millions USD)

China

First Semester of 2016

China was the biggest investor in Mozambique China was the biggest investor in Mozambique in the first semester of 2016 with 154 million dollars. This amount represents almost 60% of the total foreign direct investment, according to data from the Center for Investment Promotion (CPI). In second place is South Africa with 45 million dollars, Mauritius is in third place with 29 million dollars. The rest of the countries on the list of the ten main investors are Turkey, Italy, India, Spain and the United States. According to CPI, direct investment approved by Mozambique in the first semester amounted to 478 million dollars. Data revealed that from that amount 304 million dollars were from foreign direct investment, 52 million dollars from national direct investment and 122 million dollars were from supplies and loans. The same data reveals that all forms of investment suffered significant drops, with the foreign dropping 54% and the national 56%. From the foreign investment approved by CPI, almost 80% is concentrated in the construction and public works sector, industry and agriculture and agribusiness and more than half (55%) comprises the provinces of Maputo and Maputo City, which is followed, with 21%, by

the province of Sofala.c

154

Source: CPI

Electrify the whole country until 2030 The Mozambican Electricity (EDM), the national Company of Science Parks and Technology (ENPCT) and the Energy Fund (FUNAE) have signed a Memorandum of Understanding which proposes the acceleration of universal access to modern energy and increase of security in power supply through the use of renewable sources and of measures of power efficiency. Amongst the various aspects, the signed document establishes the terms of cooperation between the parties for implementation of programs of installation and promotion of technologies and micro-power systems which include power distribution micro-generation and micronetworks. EDM’s Chairman of the Board, Dr. Mateus Magala, says that this partnership comes at a time when EDM is shaken in a transformation process which aims at positioning it as a pole of electric power generation in Southern Africa. In this context, one of the challenges of the company is to ensure that, until 2030, all Mozambicans have access to electric power. At the moment, only 26% of the population is connected to the National Electric Network and to reach the target set there is a need to resort to alternative sources of power.c


IN SHORT

Standard Bank awarded by Global Finance

HCB looks for solutions for local content Hydroelectric (HCB) recently proceeded with the signature of a Memorandum of Understanding with commercial banks (Millennium bim, BCI, Standard Bank, Barclays Bank, Banco Único, Moza Banco, BancABC, FNB and BNI) in the context of the program of local content, especially with regards to access to funding from local suppliers. The initiative aims at allowing local HCB suppliers to have access to funding and advances at commercial banks for acquisition of goods and The Cahora Bassa

Standard Bank won, recently, at the “World’s Best Securities Services Providers 2016 Awards”, of the prestigious magazine Global Finance, the award for Best Bank of Custody of Securities in Mozambique.

The winners of the “World’s Best Securities Services Providers 2016” will be awarded at a ceremony to be held, at the end of this month, in Geneva, Switzerland, during the Swift International Banking Operations Seminar 2016.c

PUB

services.c

BCI is the best commercial Bank of the Country e de Investimentos was distinguished as the “Best Commercial Bank of Mozambique 2016”, for the 6th year in a row and by “World Finance” magazine, one of the most prestigious references amongst the publications of the financial world. In other countries, institutions such as Banco do Brasil, Banco da China, Societé Générale, in France, or the Commerzbank, in Germany were also distinguished in this category.c The Banco Internacional

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EMPRESA

Mistolin quer ser líder nos detergentes A Mistolin, empresa especialista em soluções de higiene e bem-estar, investe no mercado moçambicano desde 2011 e vem protagonizando uma grande aposta no continente africano, com unidades industriais a funcionar em Angola, Argélia, e agora também em Moçambique.

A

empresa de origem portuguesa encontra-se igualmente presente com a sua marca em países da Europa, Ásia e América, e, actualmente, conta com 25 países no seu leque de negócios, sendo que em Portugal a Mistolin é líder com o seu ‘TiraNódoas’. Este ano, e ao abrigo de uma estratégia de expansão, a Mistolin adquiriu, em Moçambique, as marcas de detergentes ACTY e de higiene e cuidados pessoais NATHURA. E assumiu a gestão de uma fábrica com cerca de 40 fun-

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

cionários moçambicanos no Língamo (Matola). No âmbito de uma forte aposta no mercado nacional, a Mistolin Moçambique participou de forma activa na FACIM 2016, que decorre de 29 de Agosto a 4 de Setembro. Com um expositor orientado tanto para o público em geral como para organizações profissionais, o destaque foi para a apresentação dos detergentes da marca Mistolin e Acty, que abrangem tanto a gama profissional como doméstica. O Administrador da Mistolin, SA, Paulo Mendes, esteve presente no certame,

onde a Mistolin Moçambique apresentou a nova imagem da marca Acty e relançou a gama de produtos Mistolin Profissional. A Mistolin, empresa especialista em todo o tipo de detergentes líquidos e em soluções de saúde e bem-estar promote dar cartas em termos de expansão. De acordo com a Administração, Mistolin acredita em Moçambique, veio para ficar, expandir as suas marcas e tornar-se líder de mercado no ramo da detergência e mais… a ideia da empresa é poder exportar os seus produtos, a breve trecho, a partir de Moçambique.c


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Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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COMPANY

Mistolin wants to be a leader in detergents Mistolin, a company specialized in hygiene and well-being solutions, invests in the Mozambican market since 2011 and has been betting big on the African continent, with industrial units working in Angola, Algeria, and now also in Mozambique.

T

he company of portuguese origin is equally present with its brand in countries of Europe, Asia and America, and currently, has 25 countries in its business spectrum, and in Portugal Mistolin is leader with its ‘Stain-Remover’. This year, and under an expansion strategy, Mistolin has acquired, in Mozambique, the brands of ACTY detergents and hygiene and personal care NATHURA. And took on the management of a factory with close to 40 Mozambican employees in Língamo (Matola). In the context of a strong bet in the national market, Mistolin Moçambique actively participated in FACIM 2016, which takes place from 29 August to 4 September. With an exhibitor oriented both for the general public and for professional organizations, the highlight was the presentation of detergents of the brand Mistolin and Acty, which comprise

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

both the professional and domestic range. Mistolin, SA, Manager Paulo Mendes, was present at the event, where Mistolin Moçambique presented the new image of the Acty brand and relaunched the range of Mistolin Professional products. Mistolin, company specialized in all kinds of liquid detergents and health and well-being solutions promises to give letters in terms of expansion. According to the Board, Mistolin believes in Mozambique, it came to stay, expand its brands and become market leader in the field of detergency and more… the idea of the company is to be able to export its products, soon, from Mozambique. c


DOSSIER

Sector Empresarial do Estado

Hora de reestruturar, alienar e sanear O Sector Empresarial do Estado (SEE) está num processo de reestruturação. Adriano Maleiane, ministro da Economia e Finanças, diz que a estrutura é bastante pesada e há necessidade de reestruturar, alienar assim como sanear algumas empresas do sector. Belizário Cumbe (texto)

F

alando no XXI Conselho Consultivo do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, revelou que o Sector Empresarial do Estado (SEE) é actualmente composto por 13 empresas públicas, 109 empresas participadas pelo Estado e duas empresas estatais. Entre as participadas, 45 são potencialmente viáveis e 64 estão

em processo de alienação, liquidação e dissolução.

Receita do SEE atinge 688 milhões As receitas do SEE ainda são insignificantes, de acordo com o ministro. Mesmo o IGEPE faz um balanço positivo da arrecadação de 688 milhões de meticais em 2015, dos quais 499 milhões resultam de dividendos e 88 milhões

de alienações de participações. Já no primeiro semestre deste ano, 2016, o Estado arrecadou 286 milhões de meticais dos quais 277 milhões de dividendos e oito milhões de alienações de participações do Estado, no âmbito do saneamento da carteira. Até finais de 2016, as receitas poderão atingir cerca de 371 milhões de meticais. No âmbito da reestruturação, foi feito um diagnóstico e adoptadas medidas

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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DOSSIER

de reestruturação de seis empresas, nomeadamente, Linhas Aéreas de Moçambique, Telecomunicações de Moçambique, MCEL, Silos e Terminal Graneleiro da Matola (STEMA), Correios de Moçambique e Aeroportos de Moçambique. Este processo irá catalisar o desenvolvimento da economia nacional através de parcerias público-privadas que irão permitir a viabilização de participações de Estado em grandes projectos de desenvolvimento. No que diz respeito ao saneamento, até Dezembro de 2016 deverão ser alienadas, dissolvidas ou liquidadas 20 empresas, número que poderá atingir 40 em 2017. Este processo, de acordo com o responsável pela pasta da Economia e Finanças, deve-se traduzir numa racionalização, tornando o sector

empresarial do Estado mais robusto, capar de competir com as demais empresas no mercado, quer em termos de rendimento e qualidade, quer em termos de uma governação corporativa virada para a transparência, eficiência e equidade.

Fórum empresarial na forja Um dos temas exaustivamente debatidos no XXI Conselho Consultivo do IGEPE é a criação do Fórum do Sector Empresarial do Estado. Trata-se de uma iniciativa que integrará o Sector Empresarial do Estado e que será coordenado pelo IGEPE. O mesmo visa promover a participação do Sector Empresarial do Estado na formulação, monitoria e avaliação das políticas públicas empresariais,

programas, projectos e iniciativas de impacto no SEE. Pretente, igualmente, assegurar um espaço de interacção entre as empresas que integram o braço empresarial do Estado, tendo em vista identificar sinergias que potenciem parcerias empresariais. É que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o sector empresarial do Estado tem um volume de vendas correspondente a 24% do Produto Interno Bruto (PIB). Os capitais próprios representam 31% do PIB nominal e os resultados operacionais correspondem a nove por cento das receitas totais do Estado. Mais. O braço empresarial do Estado emprega mais de 44 mil trabalhadores, correspondentes a 15% do emprego na função pública e 0.4% da população economicamente activa. c

Mapa de Execução Orçamental da Receita Total (Janeiro a Junho de 2016)

Descrição

Orçamentado/Jan-Dez 2016

Realização

Grau de realização

Receitas de dividendos

498.525.596.85

276.882.473.69

55.54%

Receitais de alienações

87.990.800.00

8.568.515.40

9.74%

Financiamento bancário

4.889.067.44

0.00

0.00%

Aplicação de Resultados

15.250.000.00

0.00

Outras receitas

5.862.000.00

524.076.93

8.94%

Total das receitas

612.517.464.29

285.975.066.02

46.69%

Mapa de Execução Orçamental da Receita IGEPE (Janeiro a Junho de 2016)

Descrição

Orçamentado/Jan-Dez 2016

Realização

Grau de realização

Receitas de dividendos

103.322.422.56

22.155.278.47

21.44%

Receitais de alienações

8.799.080.00

961.553.70

10.93%

Financiamento bancário

4.889.067.44

0.00

0.00%

Aplicação de Resultados

7.625.000.00

0.00

Outras receitas

5.862.000.00

524.076.93

8.94%

Total das receitas

130.497.570.00

23.640.909.10

18.12%

Mapa de Execução Orçamental da Receita do Estado (Janeiro a Junho de 2016)

Descrição

Orçamentado/Jan-Dez 2016

Realização

Grau de realização

Receitas de dividendos

394.459.143.92

254.727.159.22

64.58%

Receitais de alienações

79.191.720.00

7.606.961.70

9.61%

Aplicação de Resultados

7.625.000.00

0.00

Total das receitas

481.725.863.92

262.334.156.92

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

54.51%


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Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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DOSSIER

State’s Business Sector

Time to restructure, alienate and clean The State’s Business Sector (SEE) is in a process of restructuring. Adriano Maleiane, Minister of Economics and Finance, says that the structure is pretty heavy and there is a need to restructure, alienate as well as clean some companies of the sector. Belizário Cumbe (text)

S

peaking at the XXI Advisory Council of the Institute of Management of State Shares (IGEPE), the Minister of Economics and Finance, Adriano Maleiane, revealed that the State’s Business Sector (SEE) is currently composed of 13 public companies, 109 companies with State shares and two state companies. Amongst those with state shares, 45 are potentially viable and 64 are in the process of alienation, liquidation and winding-up.

SEE’s revenue reaches 688 million SEE’s revenue is still insignificant, according to the Minister. Even IGEPE makes a positive assessment of the collection of 688 million meticais in 2015, out of which 499 million results from dividends and 88 million of alienation of shares. In the first semester of this year, 2016, the State collected 286 million meticais out of which 277 million dividends and eight million alienations of State shares, in the context of cleaning of the portfolio. Until the end of 2016, revenue may reach about 371 million meticais.

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99


In the context of restructuring, a diagnosis was conducted and restructuring measures of six companies were adopted, namely Linhas Aéreas de Moçambique, Telecomunicações de Moçambique, MCEL, Silos e Terminal Graneleiro da Matola (STEMA), Correios de Moçambique and Aeroportos de Moçambique. This process will catalyze the development of national economy through public-private partnerships which will allow the fruition of State shares in big development projects. With regards to cleaning, until December 2016, 20 companies shall be alienated, dissolved or liquidated number which may reach 40 in 2017. This process, according to the responsible for the portfolio of Economics and Finance, must be translated in

streamlining, making the State’s business sector more robust, capable of competing with other companies in the market, be it in terms of corporate governance turned to transparency, efficiency and equity.

Business Forum in the making One of the themes exhaustively debated at IGEPE’s XXI Advisory Council is the creation of the State’s Business Sector Forum. It is an initiative which will integrate the State’s Business Sector and which will be coordinated by IGEPE. It aims at promoting participation of the State’s Business Sector in the formulation, monitoring and assessment of business public policies, programs,

projects and impact initiatives at SEE. It also intends, to reassure an interaction space between companies that are part of the State’s business branch, with the objective of identifying synergies which may lead to business partnerships. The fact is that, according to data from the National Statistics Institute (INE), the State’s Business sector has a sales volume corresponding to 24% of the Gross Domestic Product (GDP). Own funds represent 31% of nominal GDP and operational results correspond to nine per cent of total State revenue. Furthermore the State’s business branch employs 44 thousand employees, corresponding to 15% of employment in public service and 0.4% of economically active population. c

Total Revenue Budget Execution Map (January to June 2016) Description

Budgeted/Jan-Dez 2016

Realization

Degree of realization

Dividend Income

498.525.596.85

276.882.473.69

55.54%

Retirement revenue

87.990.800.00

8.568.515.40

9.74%

Bank Loan

4.889.067.44

0.00

0.00%

Application of results

15.250.000.00

0.00

Other revenue

5.862.000.00

524.076.93

8.94%

Total revenue

612.517.464.29

285.975.066.02

46.69%

IGEPE’s Budget Revenue Execution Map (January to June 2016) Description

Budgeted/Jan-Dez 2016

Realization

Degree of realization

Dividend Income

103.322.422.56

22.155.278.47

21.44%

Retirement revenue

8.799.080.00

961.553.70

10.93%

Bank Loan

4.889.067.44

0.00

0.00%

Application of results

7.625.000.00

0.00

Other revenue

5.862.000.00

524.076.93

8.94%

Total revenue

130.497.570.00

23.640.909.10

18.12%

State’s Revenue Budget Execution Map (January to June 2016) Description

Budgeted/Jan-Dez 2016

Realization

Degree of realization

Dividend Income

394.459.143.92

254.727.159.22

64.58%

Retirement Revenue

79.191.720.00

7.606.961.70

9.61%

Application of results

7.625.000.00

0.00

Total revenue

481.725.863.92

262.334.156.92

54.51%

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

37


ECONOMIA/ ECONOMY

Indústria contribui com 13.5% para o PIB O sector industrial contribui com cerca de 13.5% para o Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com Mumbaraque Abdul Razac, o presidente do Pelouro da Indústria, Comércio e Serviços Públicos da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). Gildo Mugabe (texto)

O

sector industrial foi o que mais registou incremento depois do ramo agrícola, de acordo com Mumbaraque Razac, presidente do Pelouro da Indústria, Comércio e Serviços Públicos da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). O sector industrial conta actualmente com mais de 2850 indústrias registadas em todo o país e dados disponibilizados por aquele dirigente indicam que as grandes indústrias absorvem mais de 75% da mão-de-obra nacional contra 25% da absorvida pelas Pequenas e Medias Empresas (PMEs). Mumbaraque Abdul Razac deu a conhecer igualmente que no que tange ao volume de produção, as grandes empresas representam 64%, as médias e pequenas empresas 14% e as micro-empresas 23%. Como pode isto ser se a soma dá mais de 100%? Entretanto, nem tudo vai bem para a Indústria em Moçambique. Segundo Mumbaraque Razac, a indústria moçambicana encontra-se desprovida de uma política nacional que a proteja e o mesmo diz que a ausência deste instrumento contribui para a sua fragilidade. “A ausência de uma política de

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

protecção industrial clara e eficiente mina o desenvolvimento do sector industrial no país”, refere. E mais, sem este instrumento o sector industrial fica mais vulnerável, frágil e concorre com deficiência em relação a outras economias da Região. Aliás, essa fragilidade competitiva reflecte-se na comercialização de alguns produtos ao nível da Região. A titulo ilustrativo, Mumbaraque Razac, diz ser difícil introduzir produtos moçambicanos em alguns países da região austral de África, dado que estes estados dispõem de uma polí-

tica forte e eficaz no que concerne à protecção da sua indústria. A política de protecção industrial - quando é bem implementada - garante a preferência local dos produtos, o que por sua vez contribui para o incremento da produção. Para este dirigente, numa situação de crise como esta (que vivemos em Moçambique), a política de protecção industrial tornaria o sector mais forte e aberto no sentido de aproveitar as novas oportunidades de investimento que a crise oferece. Contudo, além deste instrumento regulador, o sector


Distribuição das indústrias por sectores

90%

63% 30%

31% 4%

fundamental para o desenvolvimento de qualquer indústria num determinado país. Tal como fez saber a fonte que temos vindo a citar a indústria agro-alimentar depende muito da agricultura e não se faz agricultura com instabilidade.

Possíveis soluções Micro e pequenas empresas

Micro empresas

Pequenas empresas

Medias empresas

Grandes empresas

Fonte: Pelouro da Indusrtria, Serviços e Comercio da CTA

industrial clama ainda por uma política que incentive a produção nacional.

Empresas fecham devido à crise Ainda na esteira desta entrevista, o presidente do Pelouro da Indústria,

Comércio e Serviços na CTA revelou que algumas empresas têm vindo a fechar as portas devido à crise que assola o país. Um outro motivo que contribui para a falência das empresas é a ausência de uma política que incentive a produção nacional. A Paz, de cordo com Mumbaraque é

Urge, segundo Mumbaraque, criar políticas que incentivem as indústrias nacionais a produzirem cada vez mais. “O sector privado deve fazer parte da solução, investindo cada vez mais no sector industrial nacional”. Quanto ao Governo, cabe o papel de garantir que haja um financiamento subsidiado para o sector industrial. Aliás, não só garantir o financiamento mas também um acompanhamento para ver de perto o que está a ser feito em concreto.c

Industry contributes with 13.5% to the GDP The industrial sector contributes with about 13.5% to the Gross Domestic Product (GDP), according to Mumbaraque Abdul Razac, President of the Area of Industry, Commerce and Public Services of the Confederation of Economic Associations of Mozambique (CTA).

T

Gildo Mugabe (text)

he industrial sector registered an increase after the agricultural industry, according to Mumbaraque Razac, President of the Area of Industry, Commerce and Public Services of the Confederation of Economic Associations of Mozambique (CTA). The industrial sector has currently more than 2850 registered industries

all over the country and data made available by that manager indicates that big industries absorb more than 75% of the labor against 25% of that absorbed by Small and Medium Enterprises (SMEs). Mumbaraque Abdul Razac also informed that with regards to the volume of production, big companies represent 64%, medium and small

enterprises14% and micro-enterprises 23%. How can this be if the sum adds to more than 100%? However, not everything is going well for the Industry in Mozambique. According to Mumbaraque Razac, the Mozambican industry is deprived of a national policy which protects it and he also says that absence of this instrument contributes for its

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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ECONOMY

weakness. “Absence of a clear and efficient policy of industrial protection jeopardizes the development of the industrial sector in the country”, he mentioned. Furthermore, without this instrument the industrial sector, becomes more vulnerable, fragile and competes with deficiency against other economies of the Region. Indeed, this competitive weakness is reflected in the commercialization of products at Regional level. As an illustration, Mumbaraque Razac, says that it is difficult to introduce Mozambican products in some countries of the Southern Africa Region, due to the fact that these States have a very strong and effective policy with regards to protection of their industry. Industrial protection policy – when well implemented- ensures local preference of products, which on its turn contributes to the increment of production. For the manager, in a crisis situation such as this one (we are living in Mozambique), industrial protection policy would make the sector stronger and more open in the sense of seizing new investment opportunities which the crisis offers. However, besides this regulating instrument, the industrial sector still claims for a policy that encourages national production.

Companies close due to the crisis Still on the path of this interview, the President of the Area of Industry, Commerce and Services at CTA revealed that some companies have been closing its doors due to the crisis the country is facing. Another reason which contributes to the bankruptcy of companies is the absence of a policy which encour-

40

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

ages national production. Peace, according to Mumbaraque is fundamental for the development of any industry in a any country. As informed by the source we have been citing the agro-food industry depends a lot on agriculture and one cannot do agriculture with instability.

Possible solutions It is essential, according to Mum-

baraque, to create policies which encourage national industry to produce more and more. “The private sector must be part of the solution, increasingly investing in the industrial sector”. With regards to the Government, it has the role of ensuring that there is subsidized funding to the industrial sector. Indeed, not only ensuring funding but also follow up to see closely what is being done specifically.c

Distribution of industries by sector

90%

63% 30%

31% 4%

Micro and small enterprises

Micro enterprises

Small enterprises

Medium enterprises

Não entendo este gráfico.... isto está completo?? Qual a fonte. Mostra de onde tiraste.

Big enterprises


Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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BANCA

Bancarização distrital continua abaixo de 50% O número de instituições financeiras que operam no país aumentou de 12 para 18 nos últimos 8 anos, entretanto a cobertura bancária distrital continua abaixo dos 50 por cento, com apenas 81 dos distritos bancarizados dos 150 existentes em todo o país. Gildo Mugabe (texto)

12.7

11.7

10.5

9.9

9.5 2006

2008

Ao nível nacional

4.1 1.3

2010

Na área urbana

2011

2012

Na área rural

2009

2010

2011

7.2

50.9

38.6

39.3

35.5 2008

6.8

2007

6.0

2006

4.9

3.8

4.4

32.4

28.6 3.3

18.8 3.3 ATM

65.5

POS e ATMS

2005

Standard Bank inova com M-Pesa 1.3

3.8

3.5

2009

1.2

1.0

3.1

2.7

2007

0.6

0.6

2.5

2.2

2005

0.5

0.5

2.2

8.2

8.1

Outrossim, constitui porta de entrada para que cidadãos e empresas locais possam beneficiar de produtos básicos financeiros, tais como o acesso ao crédito bancário, particularmente para os pequenos agricultores e para as micro, pequenas e médias empresas.

13.8

Agências Bancárias

2012

POS

C

erca de 90 por cento dos moçambicanos não tem uma conta numa instituição financeira formal, sendo que o crédito formal está disponível para apenas três por cento da população adulta. Estes dados deixam claro que ainda há muito por se fazer no processo da bancarização do país. Aliás, a bancarização rural visa estrategicamente assegurar o desenvolvimento sustentável das comunidades, através da colocação de instituições monetárias nas localidades, de forma a garantir transacções financeiras mais acessíveis, rápidas e seguras.

42

Entretanto, enquanto os bancos não se fazem presentes nas zonas rurais, o Standard Bank e o M-Pesa celebraram, um memorando de entendimento, visando a transferência de dinheiro entre os clientes das duas instituições. Trata-se do primeiro acordo no quadro da interoperabilidade das instituições bancárias e de telefonia móvel. Espera-se que o mesmo vá facilitar o pagamento de salários ou a transferência de dinheiro entre as contas do Standard Bank e M-Pesa, de forma rápida, segura e, em tempo real, especialmente a trabalhadores localizados nas zonas rurais’. A título de exemplo, com a implementação deste acordo, professores e outros funcionários deixarão de se deslocar de um distrito para o outro para levantar os seus salários, visto que poderão receber dinheiro através do M-Pesa e levantar em qualquer agente M-Pesa. Por outro lado, os trabalhadores sazonais das plantações e outras indústrias agro-pecuárias, que não tenham conta bancária, poderão receber dinheiro nos seus telemóveis com M-Pesa. No fundo, trata-se de um produto do Standard Bank que pode vir a facilitar a vida de muita gente, face à nítida ausência de balcões nas zonas rurais, e não só. Segundo dados do Banco de Moçambique, Moçambique possuía uma taxa de cobertura geográfica de pontos de acesso ou agências na ordem dos 21% (27 distritos) em 2005 e em, 2012 garantia uma taxa de 49% com a cobertura de 63 distritos apenas.c

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

Fonte: Banco de Moçambique


BANK

District Banking remains below 50% The number of financial institutions which operate in the country increased from 12 to 18 in the last 8 years, however district banking coverage remains below 50 per cent, with only 81 districts with Banks out of the 150 existent in the whole country.

A

Gildo Mugabe

bout 90 per cent of Mozambicans do not have an account at a formal financial institution, and formal credit is only available to three per cent of the adult population. This data makes it clear that there is still a lot to do in the process of banking of the country. Indeed, rural banking aims strategically at ensuring sustainable development of communities, through placement of monetary institutions in villages, in order to ensure more accessible, fast and safe financial transactions. Furthermore, it is a way for citizens and local companies to benefit from basic financial products, such as access to bank credit, especially for small farmers and for micro, small and medium enterprises.

However, while banks are not present in rural areas, Standard Bank and M-Pesa entered into a memorandum of understanding, with the aim of transferring money between clients of both institutions. It is the first agreement in the context of interoperability of banking institutions and mobile companies. It is expected that it will facilitate salary payment or money transfer between Standard Bank and M-Pesa accounts, fast, safely and, in real time, to employees especially the ones located in rural areas. As an example, with the implementation of this agreement, teachers and

Bank agencies

ATM

2008

2009

2011

7.2

38.6

2010

6.8

2007

6.0

2006

39.3

35.5 4.9

3.8

4.4

32.4

28.6

18.8 3.3

2005

3.3

2012

50.9

13.8

2011 Na área rural

1.3

4.1

12.7

2010

1.3

3.8

11.7

2009

Na área urbana

1.2

3.5

10.5

2008

1.0

3.1

9.9 0.6

2007

0.6

2.7

9.5

2006

Ao nível nacional

65.5

ATMS and POS

2.5

8.2 0.5

2.2

8.1 0.5

2.2

2005

other employees will no longer have to go from one district to another to withdraw their salaries, since they will be able to receive money through M-Pesa and withdraw it at any M-Pesa agent. On the other hand, seasonal employees in plantations and other farms, which do not have bank accounts, will be able to receive money on their cellphones with M-Pesa. It is a Standard Bank product that may facilitate many people’s lives, since there is a clear lack of branches in rural areas, and more. According to data from the Central Bank of Mozambique, Mozambique had a geographical coverage rate of access points or agencies of around 21% (27 districts) in 2005 and in, 2012 it ensured a rate of 49% with coverage of only 63 districts.c

Standard Bank innovates with M-Pesa

2012

POS

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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TEMA DE FUNDO

Cooperação Brasil-Moçambique

É tempo de Agronegócio O embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Soares, lança dados optimistas sobre a cooperação entre os dois países mesmo depois da recente mudança governamental. Para o diplomata, a suspensão da doação de meios aéreos ao exército moçambicano trata-se apenas de um caso isolado, uma vez que a relação bilateral continua de pedra e cal. O diplomata acrescenta ainda que depois da corrida das mineradoras e construtoras brasileiras a Moçambique, na última década e meia, chegou a vez de uma nova geração de empresários: os agricultores. Belizário Cumbe (texto)

A cooperação entre o Brasil e Moçambique tem quase 40 anos. Qual é o estágio desta relação que em Novembro completa precisamente quatro décadas?

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

A cooperação Moçambique-Brasil tem uma longa história. Começou precisamente com o estabelecimento das Relações diplomáticas entre os dois países, em Novembro de


1975. Mas há-que destacar que a nossa presença da FACIM é anterior à independência de Moçambique.

Brasil. Como tal, não há prova maior do fortalecimento dos laços que ligam os dois países.

Quais são os princípios que nor-

O Brasil tem um forte desempenho na agricultura e no agro-processamento. Moçambique tem um potencial enorme, mas pouco aproveitado. Em que medida a cooperação com o Brasil pode ser útil neste

teiam esta cooperação? A cooperação é baseada nos princípios da cooperação Sul-Sul. Como por exemplo, a não ingerência em assuntos internos. Não temos condicionalismos e preocupamo-nos, acima de tudo, com a cooperação técnica. É uma cooperação horizontal. Há uma ideia de parceria e benefícios mútuos. Em suma, o nosso objectivo não é impor os modelos brasileiros em Moçambique, mas sim transmitir histórias de sucesso que tiveram lugar no Brasil. Nesse sentido, temos importantes programas de cooperação a decorrer em Moçambique. Ao todo, e em marcha, possuímos cerca de 40 projectos.

sector particular?

Temos uma experiência de êxito no âmbito do agro-negócio e na agricultura familiar. E conseguimos conciliar muito bem estes dois sectores. Só no agro-negócio o Brasil exporta cerca de 200 milhões de toneladas em grãos por ano. Na agricultura familiar conseguimos elaborar projectos de desenvolvimento agrário de forma integrada. Em cada um incluímos técnicas agrí-

Mas há que ter sempre em conta que Moçambique e Brasil têm realidades muito próximas… Sim. É verdade. Como costumo dizer, há muitos brasis em Moçambique e muitos moçambiques no Brasil. Por isso, sentimo-nos confortáveis ao transmitir conhecimentos, técnicas e experiências. Disse que há cerca de 40 projectos em andamento. Quais são os sectores abrangidos? São vários. Mas há-que destacar a Educação, Agricultura, Saúde, Providência Social, Formação Profissional e Desenvolvimento Urbano. Porém, em cada um destes sectores temos mais do que uma iniciativa. Estou em Moçambique há um ano e não passa uma semana que seja sem recebermos uma missão técnica do

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tezas no seio da sociedade. O que

colas, saúde e educação. Há regiões no Brasil que do ponto de vista geológico são parecidas com algumas de Moçambique. A título de exemplo, o serrado brasileiro possui características em tudo semelhantes às da savana moçambicana. Por isso, acreditamos que a nossa experiência pode ser determinante no desenvolvimento da agricultura de Moçambique. É possível atrair grandes produtores brasileiros para investir na agricultura em Moçambique? É preciso lembrar que apenas 15% das terras aráveis em Moçambique estão de facto a produzir, o que quer dizer que há um potencial enorme por aproveitar. No âmbito da Feira Internacional de Maputo (FACIM) recebi dois agricultores brasileiros. Um pretende

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

investir no sector da agricultura na província de Maputo e outro em pecuária no Niassa. Quer isto dizer que os brasileiros estão interessados em aproveitar este potencial. Aliás, em breve, havemos de assinar um acordo trilateral entre Moçambique, Brasil e FAO, para o estímulo da agricultura familiar, em algumas províncias, avaliado em 232 mil dólares. Uma das grandes iniciativas agrícolas onde o Brasil está envolvido em Moçambique é o projecto Prosavana, que pretende fomentar o desenvolvimento agrícola no corredor de Nacala, lançado em 2011, ocupando uma área total de 11 milhões de hectares. Porém, este projecto não colhe consenso e cria muitas incer-

está a falhar? O Prosavana é um projecto de cooperação técnica, sem fins comerciais. Não tem nenhuma agenda oculta. Não há nada por detrás. O nosso objectivo ao elaborar este projecto, em conjunto com os governos do Japão e de Moçambique, foi o de capacitar moçambicanos a trabalharem a terra. Este projecto tem três vertentes: inovação (onde há uma participação destacada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária), extensão rural (que está a todo vapor com a presença de extensionistas brasileiros) e o diálogo com as comunidades locais, e penso que está num bom caminho. Sabemos que é importante falar com as comunidades locais. Elas têm algo a dizer e o Governo moçambicano está à frente desse diálogo. Penso que este é um projecto que tem tudo para dar certo. É mais uma contribuição brasileira para a capacitação técnica dos moçambicanos. CORRIDA PARA MOÇAMBIQUE Nos últimos 10/15 anos muitas empresas brasileiras, com destaque para as mineradoras e construtoras correram para Moçambique em busca de oportunidades. As mesmas investiram neste período cerca de 10 biliões de dólares. Volvidos estes anos o que se pode dizer destas companhias? De facto, houve aquilo a que eu chamaria de primeira geração de empresas brasileiras em Moçambique, que se concentrou na área da mineração, com a presença da Vale que explora uma mina de carvão mineral em Moatize, na província de Tete. Tivemos também empresas de


construção civil, como é o caso da Odebrecht que construiu o Aeroporto de Nacala. Neste momento, penso que a segunda geração devia-se concentrar na agricultura e a embaixada tem tentado estimular os agricultores a investir em Moçambique dado o potencial existente e graças ao apoio que o Governo moçambicano tem prestado às empresas brasileiras interessadas neste sector. É importante recordar que a agricultura é um dos quatro pilares da governação do Presidente Filipe Nyusi, por isso este é o momento para virarmos as atenções. Neste momento, qual é o nível da presença brasileira neste sector? Não posso precisar os números. Mas posso garantir que tem crescido. Quero lembrar que no âmbito da FACIM, três das empresas que se apresentam aqui na embaixada, fabricam máquinas e suplementos agrícolas. A chegada da primeira geração de empresas brasileiras em Moçambique, como disse, foi muito forte dado o enorme potencial mineiro que o país ostentava. Hoje, será que o potencial agrícola está suficientemente publicitado? Claro que sim. Afinal de contas, há um grande potencial em termos de terras aráveis e há importantes projectos na área energética. Há água suficiente e os estudos favorecem a presença de empresas brasileiras. Para a chegada desta primeira geração de empresas brasileiras em Moçambique, os últimos governos (liderados por Lula da Silva e Dilma Rousseff) desempenharam um papel fundamental. Com a entrada do Governo de Michel Temer, o que

podemos esperar? A mudança do Governo do Brasil, feita de forma democrática e constitucional, não terá nenhuma implicação na relação entre os dois países. A cooperação vai continuar estável e de grande nível. Estamos a falar de uma relação com 40 anos de história, por isso nada vai mudar, pelo contrário, vai ganhar mais força, como sempre aconteceu apesar de sucessivas mudanças. Mas dados divulgados na imprensa brasileira apontam a primeira decisão que o novo Governo tomou em relação a Moçambique foi a suspensão de uma doação de meios aéreos para o exército… Veja bem. Essa é uma questão que está a ser discutida mas não tem nada a ver com a relação como um todo. A relação segue bastante positiva e eu não vou fazer comentários adicionais. Isso não representa nenhuma mensagem específica.

cer outras áreas como a empresarial, com destaque para a cooperação comercial. Um dos temas que está na mesa da CPLP é a isenção de vistos a nível da comunidade. Qual será o tratamento? Nós assinamos com Moçambique um acordo em que prorrogamos a duração do visto para empresários, de três meses para um ano. Esta é uma iniciativa bilateral, mas a nível da comunidade olhamos essa questão com bons olhos. Afinal de contas, é importante garantirmos a livre circulação de pessoas e bens.c

O Brasil vai assumir, ainda este ano, a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Como é que o Brasil encara esta missão? Encaramos esta presidência com responsabilidade. Como sabe, a ideia inicial da CPLP é brasileira, inclusive eu participei na primeira reunião dos ministros da Cultura dos países de língua portuguesa, em 1989, em Maranhão, no Brasil. Portanto, a nossa ligação com a comunidade é desde a origem. Juntamente com os outros países construímos uma comunidade sólida, não só nos aspectos culturais, mas também na Educação, Saúde e Justiça. Temos reuniões especializadas em diversas áreas e acreditamos que podemos prosseguir e fortale-

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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BACKGROUND THEME

Cooperation Brazil – Mozambique

It is time for Agribusiness The Brazilian Embassador in Mozambique, Rodrigo Soares, gives optimistic data regarding the cooperation between the two countries even after the recent change in government. For the diplomat, suspension of donation of Aerial means to the Mozambican army is only an isolated case, since the bilateral relationship continues to be of brick and mortar. The diplomat adds that after the race of Brazilian mining and construction companies to Mozambique, in the last decade and a half, it’s time for a new generation of businessmen: the farmers. Belizário Cumbe (text)

Cooperation between Brazil and Mozambique has almost 40 years. What is the stage of this relationship which in November will be precisely four decades long? The Mozambican-Brazil cooperation has a long history. It began precisely with the establishment of diplomatic relationships between the two countries. In November 1975. But it is important to highlight that our presence at FACIM precedes the Mozambican independence. What are the principles which guide this cooperation? Cooperation is based in the principles of South-South cooperation. For example, non-interference in internal affairs. We do not have constraints and we are above all concerned, with technical cooperation. It is a horizontal cooperation. There is an ideia of partnership and mutual benefits. Summing it up, our goal is not to impose Brazilian models in Mozambique, but to pass on stories of success which took place in Brazil. In this sense, we have important programs of cooperation taking place in Mozambique. Overall and undergoing we have 40 projects.

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99


But one needs to always take into account that Mozambique and Brazil have very close realities‌ Yes. It is true. As I always say, there are a lot of Brazils in Mozambique and a lot of Mozambiques in Brazil. That is why we are so comfortable to transmit knowledge, techniques and experiences. You stated that there are about 40 ongoing projects. What are the sectors comprised? There are a lot. But one needs to highlight Education, Agriculture, Health, Social Welfare, Professional Training and Urban Development. However, in each of these sectors we have more than one initiative. I have been in Mozambique for one year and a week does not go by without us receiving a technical mission from Brazil. As such, there is no bigger proof of the strengthening of ties that connect the two countries. Brazil has strong performance in agriculture and agro-processing. Mozambique has great potential, but it is little used. In what way can the cooperation with Brazil be useful in this sector in particular? We have experiences of success in the context of agribusiness and family agriculture. And we have managed to accommodate these two sectors very well. In agribusiness alone Brazil exports about 200 million tons in grains per year. In family agriculture we have managed to draft projects of agrarian development in an integrated manner. In each one we have included agricultural techniques, health and education. There are regions in Brazil which from a geological point of view resemble some of Mozambique’s. As an example, the Brazilian serrado

has similar characteristics to the Mozambican Savannah. Therefore, we believe that our experience may be fundamental in the development of agriculture in Mozambique. Is it possible to attract big Brazilian producers to invest in agriculture in Mozambique? It is important to remember that only 15% of arable land in Mozambique is in fact producing, which means that there is great potential to be taken advantage of. In the context of the Maputo International Fair (FACIM) i welcomed two Brazilian farmers. One intends to invest in the agriculture sector in the Maputo province and the other in cattle breeding in Niassa. And this means that Brazilians are interested in taking advantage of this potential. Indeed, soon, we will sign a trilateral agreement between Mozambique,

Brazil and FAO, to boost family agriculture, in some provinces, valued at 232 thousand dollars. One of the great agricultural initiatives where Brazil is involved in Mozambique is the Prosavana, which intends to encourage agricultural development in the Nacala corridor, launched in 2011, occupying a total area of 11 million hectares. However, this project is not consensual and creates a lot of uncertainty within society. What is not working? Prosavana is a technical cooperation project, without commercial gains. It does not have any hidden agenda. Our goal when elaborating this project, together with the governments of Japan and Mozambique, was to train Mozambicans to work the land. This project has three parts: innovation (where there is highlighted par-

Capital Magazine Ed.99 ¡ OUTUBRO 2016

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ticipation of the Brazilian Company of Agricultural Research), rural extension (which is at full throttle with the presence of Brazilian extensionists) and the dialogue with local communities, and i believe that it is well on track. We know that it is important to talk with local communities. They have something to say and the Mozambican Government is leading that

dialogue. I think that this is a project that can work out well. It is another Brazilian contribution for technical training of Mozambicans. RACE TO MOZAMBIQUE

In the last 10/15 years many Brazilian companies, with highlight to mining and construction companies

raced to Mozambique looking for opportunities. They invested in this period about 10 billion dollars. After all these years what can one say about these companies? Actually, there was that which i would call the first generation of Brazilian companies in Mozambique, which were focused in mining, with Vale which explores a mineral coal mine in Moatize, in the Tete province. We also had civil construction companies, such as Odebrecht which built the Nacala Airport. Currently, i think that the second generation should focus in agriculture and the embassy has been trying to encourage farmers to invest in Mozambique given the potential that exists and thanks to the support the Mozambican government has been giving to Brazilian companies who are interested in the sector. It is important to remember that agriculture is one of the four pillars of President Filipe Nyusi’s government, so this is the time to turn our focus. Currently, what is the level of Brazilian presence in this sector? I cannot specify the numbers. But I can assure you that it has been growing. I would like to remind you that in the context of FACIM, three companies who have presented themselves here at the embassy manufacture machines and agricultural supplements. The arrival of the first generation of Brazilian companies in Mozambique, as you stated, was strong given the great mining potential the country had. Today, do you thing the agricultural potential is sufficiently advertised? Of course. After all, there is great potential in terms of arable land and there are important projects in the area of power. There is enough water

50

OUTUBRO 2016 ¡ Capital Magazine Ed.99


ments. This does not represent any specific message.

For the arrival of this first generation of Brazilian companies in Mozambique, the last governments (lead by Lula da Silva and Dilma Rousseff) have played a fundamental role. With entrance of the Government of Michel Temer, what can we expect? Change of the Brazilian Government, done in a democratic and constitutional manner, will not have any implication on the relationship of the two countries. Cooperation will continue to be stable and at the highest level. We are talking about a relationship with 40 years of history, which is why nothing will change, on the contrary, it will gain more strength, as has always happened despite the continuous changes. But data disseminated by the Brazilian press indicate that the first decision that the new Government made regarding Mozambique was the suspension of a donation of aerial means for the army … Look, this is an issue that is being discussed but has nothing to do with the relationship as a whole. The relationship continues to be positive and I will not make any additional com-

Brazil will still this year, take on the rotating Presidency of the Community of Portuguese speaking Countries (CPLP). How is Brazil looking at this mission? We look at this presidency with responsibility. As you know, the initial idea of CPLP is Brazilian, and as a matter of fact I was part of the first meeting of Ministers of Culture of Portuguese Speaking Countries, in 1989, in em Maranhão, in Brazil. Therefore, our connection with the community is from inception. Together with the other countries we have built a solid community, not only in cultural aspects, but also in Education, Health and Justice. We have specialized meetings in various areas and we believe that we can proceed and strengthen other areas such as business, with highlight to commercial cooperation. One of the themes which is on CPLP’s table is the visa waiver at the level of the community. What will be the treatment? We have signed with Mozambique an agreement where we extend the duration of visas for businessmen,

from three months to one year. This is a bilateral initiative, but at community level we welcome this issue. After all, it is important to ensure free movement of people and goods.c PUB

and the studies favor the presence of Brazilian companies.

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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Tecnologia

WhatsApp abre caminho para área empresarial O WhatsApp está a mudar a sua política de privacidade de modo a permitir que as empresas enviem mensagens a mais de 1 bilião dos seus usuários. Abre assim um fluxo de receita potencial para o aplicativo, controlado pelo Facebook.

A

Por Hannah Kuchler, do Financial Times de San Francisco

drástica reformulação da política - a primeira desde que o WhatsApp foi adquirido pelo Facebook no início de 2014 - permitirá que as empresas enviem as mensagens

52

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

recebidas actualmente por muitas pessoas pelo SMS. O WhatsApp pretende testar, nos próximos meses, esses novos serviços, que incluem alertas de fraude emitidos por bancos e actualizações das companhias


aéreas sobre atrasos de voos. O WhatsApp informa, no entanto, que não colocará os anúncios conhecidos como “banners” nas mensagens. Reiterou que a sua criptografia impede o acesso da empresa ao conteúdo das mensagens e que não armazena regularmente metadados sobre quem contacta quem. “Queremos explorar formas do utilizador se comunicar com empresas que também são importantes para o mesmo, proporcionando, ao mesmo tempo, uma experiência sem ‘banners’ e ‘spams’ de terceiros”, disse um porta-voz do WhatsApp em mensagem de blog.

amigos e para fazer o rastreamento a fim de verificar se um usuário tem os aplicativos tanto do WhatsApp como do Facebook no seu telefone. “Mesmo quando entrarmos numa operação mais coordenada com o Facebook, nos próximos meses, as mensagens criptografadas enviadas pelo utilizador continuarão privadas, e ninguém mais poderá lê-las. Nem o WhatsApp, nem o Facebook, nem qualquer outro”, disse o porta-voz. “Não vamos postar ou compartilhar o seu número do WhatsApp com outros, nem no Facebook, e ainda assim não vamos vender, compartilhar ou dar o número do seu telefone a anunciantes.”

Privacidade a toda a prova

WhatsApp domina comunicações on-line nos mercados emergentes

Esta é a primeira vez que o WhatsApp, gerido separadamente da sua controladora, compartilha dados do usuário com ela. Quando o Facebook comprou o WhatsApp, por 22 biliões de dólares, alguns temeram que a rede social mudasse a política de privacidade, usando dados dos internautas [para possível uso comercial], ou começasse a exibir anúncios aos usuários no seu fluxo de mensagens. A nova política de privacidade permite que o aplicativo principal do Facebook utilize o número de telefone fornecido pelo usuário ao WhatsApp para permitir que as agências de publicidade direccionem anúncios. O número usado pelo WhatsApp vai-se tornar parte de um banco de dados pré-existente que poderá ser combinado anonimamente com as próprias listas de clientes das empresas como forma de criar um público sensível à recepção de determinada mensagem de marketing. O Facebook poderá, além disso, usar o número para sugerir a adesão de

Jan Koum, cofundador e executivo-chefe do WhatsApp, disse que proteger a privacidade é um valor essencial para a empresa, em parte devido à sua experiência pessoal de ter sido criado na União Soviética.

Ele disse que a ideia da criptografia ponta a ponta, que a empresa acabou de adoptar para todos os usuários e todos os serviços em Abril, é “simples”: Nenhum criminoso virtual, nenhum regime opressor e nem mesmo o WhatsApp conseguem abrir a mensagem. Embora o WhatsApp esteja apenas a começar a cortejar as empresas intensivamente, muitas já usam o aplicativo para contactar os clientes, principalmente os dos mercados emergentes, onde o aplicativo domina as comunicações on-line. O Facebook Messenger, o outro aplicativo de mensagens do Facebook, também está a dar acesso às empresas, e incentiva a montar “chatbots”, que empregam inteligência artificial para se comunicar com os usuários, simulando seres humanos. Nessa fase inicial, o WhatsApp parece estar a implementar uma resposta mais básica, adequada à sua concepção enxuta e ao seu foco em usar muito poucos dados móveis, a fim de atender portadores de conexões de baixa velocidade.c

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Technology

WhatsApp paves way for business area

WhatsApp is changing its privacy policy in order to allow companies to send messages to more than 1 billion of its users. In this manner it opens a potential revenue flow for the application, controlled by Facebook.

T

By Hannah Kuchler, from San Francisco’s Financial Times

his radical redesign of the policy – the first since WhatsApp was acquired by Facebook at the beginning of 2014 – will allow companies to send messages received currently by many people through SMS. WhatsApp intends to test, these new services, in the next few months which include fraud alerts issued by banks and updates by Air Carriers regarding flight delays. WhatsApp informs, however, that it will not display adverts known as “banners” in the messages. It has stressed that its cryptography prevents company access to message content and does not store metadata regularly about who contacts who. “We want to explore forms for the user to communicate with companies that are also important for him/her, and at the same time provide an experience without ‘banners’ and ‘spams’ from third parties”, said a spokesperson from WhatsApp in a blog message.

Absolute Privacy This is the first time WhatsApp, managed separetly from its owner, shares data with it. When Facebook bought WhatsApp, for 22 billion dollars, some feared that the social network would change its privacy policy, using users data [for possible commercial use], or began showing adverts to users in their message flow. The new privacy policy allows Facebook main application to use the phone number supplied by the user to WhatsApp to allow advertising agencies to direct adverts. The number used by WhatsApp will become part of a pre-existing database which can be anonymously combined with the lists of company clients as a way to create an audience that is sensitive to receiving certain marketing messages. Besides this, Facebook may, use the number to suggest adhe-

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

sion of friends and to do a screening to verify if the user has the WhatsApp as well as Facebook applications on his/her phone. “Even when we go into a more coordinated operation with Facebook, in the next few months, encrypted messages sent by the user will remain private, and nobody can read them. Neither WhatsApp, nor Facebook, and not any other”, stated the spokesperson. “We will not post or share your WhatsApp number with others, neither on Facebook, and still we will not sell, share or give your phone number to advertisers.”

WhatsApp dominates on-line communications in emerging markets Jan Koum, co-founder and WhatsApps Chief-executive, said that to protect privacy is an essential value for the company, in part due to his personal experience of having been raised in the Soviet Union. He said that the idea of end-to-end encryption, which the company just adopted for all users and all services in April, is “simple”: No hacker, no oppressing regime and not even WhatsApp are able to open the message. Even though WhatsApp is just beginning to court companies intensively, many are already using the application to contact clients, especially those from emerging markets, where the application dominates on-line communications. Facebook Messenger, Facebook’s other message application, is also giving access to companies, and encourages them to have “chatbots”, which use artificial intelligence to communicate with users, simulating human beings. In this initial phase, WhatsApp seems to be implementing a more basic response, suitable to its lean conception and its focus in using very few mobile data, in order to cater to bearers of low speed connections.c


Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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ESTUDO Walter Anatole Marques

Comércio internacional de mercadorias de Moçambique Um estudo sobre o Comércio internacional de mercadorias de Moçambique com o mundo e de Portugal com Moçambique (2014-2015 e 1º Trimestre 2015-2016) foi escrito por Walter Anatole Marques. O autor do document tece uma visão profunda sobre as importações e exportações nos últimos tempos, que elucida os investidores sobre o pulsar da economia nacional. 1 – Comércio internacional de Moçambique face ao Mundo 1.1 – Balança comercial de mercadorias (2011 a 2015)

A Balança Comercial de Moçambique é deficitária, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a oscilar entre 40% e 57% ao longo dos últimos cinco anos. Em 2015, de acordo com dados divulgados pelo International Principais mercados de origem e de destinos das importações e exportações moçambique IMPORtação Origin Total

100,00

1.2 - Principais mercados de origem e de destino

EXPORTação

2014

2015 100,00

Destination Total

2014 100,0

2015 100,0

África do sul

33,1

P. Baixos

23,5

29,8

China

8,0

África do sul

20,1

18,3

P. Baixos

6,9

7,3

Índia

8,2

10,6

Portugal

5,2

5,8

Singapura

10,0

4,6

Bahrain

9,3

5,2

Itália

1,6

3,1

Emiratos

5,5

4,3

Bélgica

1,3

2,8

Índia

3,8

4,0

China

4,3

2,7

França

0,8

3,4

Reino Unido

4,4

2,5

Japão

3,1

3,1

Zimbabwe

2,3

2,5

EUA

1,8

2,5

Namíbia

0,0

2,2

Singapura

1,3

1,9

EUA

1,1

1,8

Tailândia

1,6

1,6

Luxemburgo

0,6

1,5

Reino Unido

1,4

1,2

Emiratos

2,5

1,1

Zimbabwe

0,3

1,2

Roménia

0,1

1,0

Alemanha

1,4

1,2

França

1,1

1,0

Vietname

1,4

1,0

Portugal

1,1

0,9

Paquistão

0,8

0,8

Hong-Kong

0,1

0,9

Itália

1,1

0,8

Espanha

1,2

0,8

Indonésia

0,6

0,8

Rússia

0,4

0,8

Espanha

0,6

Alemanha

1,3

0,7

% of the Total >> 85,5

89,6

% of the Total >> 87,9

0,7 89,2

Fonte: ITC, a partir da base de dados CONTRADE (ONU).

56

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

Trade Centre (ITC), as importações cresceram +8,3% face ao ano anterior, a par de um decréscimo das exportações de -19,0%. Não foram encontrados dados estatísticos para 2015 de fonte Instituto Nacional de Estatística de Moçambique. Para os anos de 2011 a 2014, à excepção dos dados da importação para 2012, que se encontram inflacionados face aos do ITC, todos os restantes se podem considerar consentâneos entre si.

O principal mercado de origem das importações moçambicanas de mercadorias em 2015 foi a África do Sul (30,1% do total). Portugal terá ocupado a 4ª posição (5,8%), precedido da China (12,5%) e dos Países Baixos (7,3%). Na vertente das exportações, os principais mercados de destino foram os Países Baixos (29,8%), a África do Sul (18,3%) e a Índia (10,6%), que no seu conjunto pesaram cerca de 60% no total. Portugal terá ocupado aqui a 16ª posição (0,9%). 1.3 – Importações e exportações por grupos de produtos

Para uma análise do tipo de produtos transaccionados em 2014 e 2015, as 97 posições a dois dígitos do Sistema Harmonizado de designação e codificação de mercadorias foram agregadas em 11 grupos de produtos. Em 2015, os grupos de produtos dominantes nas importações moçambicanas foram “Máquinas e aparelhos” (19,8%), “Minérios e metais” (15,2%), “Energéticos” (13,0%), “Agro-alimentares” (12,1%), “Químicos” (11,9%) e “Material de transporte terrestre” (10,9%), grupos que chamaram a si 85,9% das importações totais. Do lado das Exportações destacaram-se os grupos


Exportação de mercadorias de Moçambique por grupos de produtos

1000 Euros

Grupos de Produtos

SH-2

2014

2015

Estrutura (%)

TOTAL

01-24 A Agrio-alimentares 27 E Energéticos 28-40 C Químicos 44-49 D Madeira, coertça e papel

2014

TVH

2015

%

3 554 893

2 879 367

100,0

-19,0 100,0

535 741

577 334

20,1

7,8 15,1

1 067 805

875 034

30,4

-18,1 30,0

30,4

362 201

15 720

0,5

-95,7 10,2

0,5

100,0 20,1

96 890

46 651

1,6

-51,9 2,7

1,6

50-63,65-67 E Vestuário e seus acessórios

85 951

54 440

1,9

-36,7 2,4

1,9

41-43,64 F Calçado, peles e couros

2 132

1 668

0,1

-21,8 0,1

1 310 340

1 212 935

42,1

-7,4 36,9

42,1

84-85 H Máquinas e aparelhos

37 633

43 293

1,5

15,0 1,1

1,5

86-87 I Material transp, terrestre

8 426

11 581

0,4

37,4 0,2

0,4

88-89 J Aironaves e embacarções

32 414

23 098

0,8

-28,7 0,9

0,8

15 360

17 613

0,6

14,7 0,4

0,6

25,26,71-83 G Minérios e metais

68-70,90-99 K Produtos acabados diversos

0,1

Fonte: A partir de dados de base ITC calculados com base COMTRADE (ONU).

“Minérios e metais” (42,1%), “Energéticos” (30,4%) e “Agro-alimentares” (20,1%), que concentraram 92,6% das exportações totais. 2 – Comércio internacional de Portugal com Moçambique

Na análise da evolução do comércio internacional de Portugal com Moçambique vai ser utilizada a base de dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal para os anos de 2014 e 2015 e primeiro trimestre de 2015 e 2016.

37,7% no 1.º trimestre de 2016). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (13,7% e 15,2%, respectivamente), “Químicos” (11,8% e 11,2%), “Produtos acabados diversos” (11,3% e 14,6%) e “Agroalimentares” (9,9% e 9,6%). Em 2015, as exportações registaram um acréscimo de +38 milhões de Euros (+11,9%), ocorrendo os maiores aumentos nos grupos “Máquinas e aparelhos” (+19 milhões de Euros) e “Energéticos” (+15 milhões de Euros). No primeiro trimestre de 2016 verificaram-se decréscimos em todos os grupos de produtos, à excepção do grupo “Produtos acabados diversos”. O decréscimo global totalizou -28 milhões de Euros, cabendo as maiores quebras aos grupos “Energéticos” (-15 milhões de Euros) e “Minérios e metais” (-5 milhões de Euros). De acordo com dados constantes das estatísticas portuguesas, o peso das exportações lusas (Cif) nas importações moçambicanas representou 5,1% do total em 2014 e 5,2% em 2015 (5,2% e 5,8% segundo o ITC). As maiores quotas incidiram nos grupos de produtos “Calçado, peles e couros” (13,4% em 2014 e 17,6% em 2015), “Madeira, cortiça e papel” (14,0% e 13,8%), “Produtos acabados diversos” (13,5% e 13,6%) e “Máquinas e aparelhos” (8,2% e 9,5%).c Exportação de mercadorias de Moçambique por grupos de produtos

2.1 – Balança comercial de mercadorias Portugal-Moçambique

A balança comercial de Portugal com Moçambique é amplamente favorável a Portugal, com elevadas taxas de cobertura das importações pelas exportações. No 1.º trimestre de 2016, as importações portuguesas com origem em Moçambique cresceram +106,5%, a par de um decréscimo das exportações de -30,6%.

Em 2015, e no 1º trimestre de 2016, o grupo de produtos dominante nas exportações portuguesas para Moçambique foi “Máquinas e aparelhos” (35,7% em 2015 e

2015

Estrutura (%)

2015

%

3 554 893 2 879 367

100,0

-19,0 100,0

535 741

577 334

20,1

7,8 15,1

20,1

1 067 805

875 034

30,4

-18,1 30,0

30,4

28-40 C Químicos

362 201

15 720

0,5

-95,7 10,2

0,5

44-49 D Madeira, coertça e papel

96 890

46 651

1,6

-51,9 2,7

1,6

50-63,65-67 E Vestuário e seus acessórios

85 951

54 440

1,9

-36,7 2,4

1,9

41-43,64 F Calçado, peles e couros

2 132

1 668

0,1

-21,8 0,1

0,1

1 310 340

1 212 935

42,1

-7,4 36,9

42,1

84-85 H Máquinas e aparelhos

37 633

43 293

1,5

15,0 1,1

1,5

86-87 I Material transp, terrestre

8 426

11 581

0,4

37,4 0,2

0,4

88-89 J Aironaves e embacarções

32 414

23 098

0,8

-28,7 0,9

0,8

15 360

17 613

0,6

14,7 0,4

0,6

TOTAL

01-14 A Agrio-alimentares 27 E Energéticos

25,26,71-83 G Minérios e metais

68-70,90-99

K Produtos acabados diversos

2014

TVH

100,0

Source: From ITC’s database calculated based on COMTRADE (ONU).

-2011 a 2015(milhões de Euros) 400 Milhões de Euros

2.3 – Exportações portuguesas para Moçambique por grupos de produtos

2014

SH-2

2.2 – Principais produtos moçambicanos importados por Portugal, desagregados a 4 dígitos do Sistema Harmonizado

A quase totalidade das importações, desagregadas a 4 dígitos do Sistema Harmonizado, em 2014, 2015 e 1º trimestre de 2015 e 2016, resumem-se a menos de uma dezena de produtos, com prevalência do açúcar de cana, lagostas, caranguejos, camarões e outros crustáceos, tabaco não manufacturado, fios de algodão e chocos, lulas, polvos e outros moluscos.

1000 Euros

Grupos de Produtos

328

318

265

283

287

300

217

271

200

356 318

175 100

63

42

35

16

38

0 2011 Importação (CIF)

2012

2013 Exportação (FOB)

2014

2015 Saldo (FOB- CIF)

Fonte: A partir de dedos de base do INE-Portugal -(http://www.ine.pt)

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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STUDY Walter Anatole Marques

Mozambican International Trade A study about the Mozambican International Trade with the world and from Portugal with Mozambique (2014-2015 and the 1st Quarter 2015-2016) was written by Walter Anatole Marques. The author of the document shares a profound vision about imports and exports latterly, which enlightens investors about the pulse of national economy. 1 – Mozambican International trade against the World 1.1– Balance of trade in goods (2011 a 2015)

The Mozambican Trade balance is deficient, with a degree of coverage of imports by exports raging between 40% to 57% during the last five years. In 2015, according to data disclosed by the International Trade Centre (ITC), imports grew +8,3% against the previous year, similarly to a decrease in exports of -19,0%. Statistical data was not found for 2015 from source

National Institute of Statistics of Mozambique. For the years 2011 and 2014, with the exception of import data to 2012, which are inflated against those from ITC, all the rest can be considered consistent amongst them. With regards to exports, the main destination markets were The Netherlands (29,8%), South Africa (18,3%) and India (10,6%), which together weighed about 60% in total. Portugal occupied here the 16th position (0,9%). 1.3 – Imports and exports by group of products

Main markets of origin and destination of Mozambican imports and exports IMPORT Origin Total

EXPORT 2014

2015

100,00

100,00

Destination Total

2014 100,0

2015 100,0

South Africa

33,1

Netherlands

23,5

29,8

China

8,0

South Africa

20,1

18,3

Netherlands

6,9

7,3

India

8,2

10,6

Portugal

5,2

5,8

Singapore

10,0

4,6

Bahrain

9,3

5,2

Italy

1,6

3,1

Emirates

5,5

4,3

Belgium

1,3

2,8

India

3,8

4,0

China

4,3

2,7

France

0,8

3,4

United Kingdom

4,4

2,5

Japan

3,1

3,1

Zimbabwe

2,3

2,5

USA

1,8

2,5

Namibia

0,0

2,2

For an analysis of the type of products traded in 2014 and 2015, the 97 positions at two digits of the Harmonized System of designation and coding of goods were aggregated in 11 groups of products. In 2015, the group of dominating products in Mozambican imports were “Machines and appliances” (19,8%), “Minerals and metals” (15,2%), “Energetics” (13,0%), “Agri-business” (12,1%), “Chemicals” (11,9%) and “Land transport material” (10,9%), groups which called for themselves 85,9% of the total of imports From the Exports side the following groups were highlighted: “Minerals and metals” (42,1%), “Energetics” (30,4%) and “Agri-business” (20,1%), which concentrate 92,6% of total exports

Singapore

1,3

1,9

USA

1,1

1,8

Thailand

1,6

1,6

Luxemburg

0,6

1,5

2 – International Trade from Portugal with Mozambique

United Kingdom

1,4

1,2

Emirates

2,5

1,1

Zimbabwe

0,3

1,2

Romenia

0,1

1,0

In the analysis of evolution of international trade from Portugal with Mozambique the data base from the National Statistics Institute of Portugal will be used for the years 2014 and 2015 and the first quarter of 2015 and 2016.

Germany

1,4

1,2

France

1,1

1,0

Vietnam

1,4

1,0

Portugal

1,1

0,9

Pakistan

0,8

0,8

Hong-Kong

0,1

0,9

Italy

1,1

0,8

Spain

1,2

0,8

Indonesia

0,6

0,8

Russia

0,4

0,8

Spain

0,6

0,7

Germany

1,3

0,7

% of the Total >> 85,5

89,6

% of the Total >> 87,9

89,2

Source: ITC, from the database CONTRADE (ONU)

58

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

2.1 – Balance of Trade Portugal-Mozambique

The balance of Trade Portugal-Mozambique is widely favorable to Portugal, with high rates of coverage of imports by exports. In the 1st quarter of 2016, Portuguese imports originating from Mozambique grew +106,5%, besides a decrease in exports of -30,6%.


Import of Merchandise in Mozambique by group of products

1000 Euros

Group of Products

2014

SH-2

2015

Structure (%)

TOTAL

01-24 A Agri-business 27 E Energetics 28-40 C Chemicals

2014

TVH

2015

%

3 554 893

2 879 367

100,0

-19,0 100,0

535 741

577 334

20,1

7,8 15,1

1 067 805

875 034

30,4

-18,1 30,0

30,4

362 201

15 720

0,5

-95,7 10,2

0,5 1,6

100,0 20,1

44-49 D Wood, cork and paper

96 890

46 651

1,6

-51,9 2,7

50-63,65-67 E Clothing and its accessories

85 951

54 440

1,9

-36,7 2,4

1,9

2 132

1 668

0,1

-21,8 0,1

0,1

41-43,64 F shoes, fur and leather 25,26,71-83 G Minerals and metals

1 310 340

1 212 935

42,1

-7,4 36,9

84-85 H Machines and equipment

37 633

43 293

1,5

15,0 1,1

42,1 1,5

86-87 I Land transport material

8 426

11 581

0,4

37,4 0,2

0,4

88-89 J Airplanes and ships

32 414

23 098

0,8

-28,7 0,9

0,8

68-70,90-99 K Various finished products

15 360

17 613

0,6

14,7 0,4

0,6

Source: From ITC’s database calculated based on COMTRADE (ONU).

2.2 – Main Mozambican products imported by Portugal, disaggregated at 4 digits of the Harmonized System

and 37,7% in the 1st Quarter of 2016). Next were the groups of “Minerals and metals” (13,7% and 15,2%, respectively), “Chemicals” (11,8% and 11,2%), “various finished products” (11,3% and 14,6%) and “Agribusiness” (9,9% e 9,6%) In 2015, exports registered an increase of +38 million Euros (+11,9%), and the biggest increases occurred in the groups of “Machines and equipment” (+19 million Euros) and “Energetics” (+15 million Euros). In the first quarter of 2016 decreases were noticed in all groups of products, except the group of “Various finished products”. Global decrease totaled- 28 million Euros, and the biggest break to the groups “Energetics” (-15 million Euros) and “Minerals and metals” (-5 million Euros).c Merchandise export from Mozambique by groups of products

Almost all imports, disaggregated at 4 digits of the harmonized System, in 2014,2015 and 1st quarter of 2015 and 2016, can be summed up to less than a dozen products, with prevalence of cane sugar, lobster, crab, prawns and other crustaceans, non-manufactured tobacco, cotton thread and cuttlefish, calamari, octopus and other shellfish.

SH-2

2014

Structure (%)

2015

%

100,0

-19,0 100,0

535 741

577 334

20,1

7,8 15,1

20,1

1 067 805

875 034

30,4

-18,1 30,0

30,4

28-40 C Chemicals

362 201

15 720

0,5

-95,7 10,2

0,5

44-49 D Wood, cork and paper

96 890

46 651

1,6

-51,9 2,7

1,6

50-63,65-67 E Clothing and its accessories 85 951

54 440

1,9

-36,7 2,4

1,9

2 132

1 668

0,1

-21,8 0,1

0,1

1 310 340

1 212 935

42,1

-7,4 36,9

42,1

84-85 H Machines and equipment

37 633

43 293

1,5

15,0 1,1

1,5

86-87 I Land transport material

8 426

11 581

0,4

37,4 0,2

0,4

88-89 J Airplanes and ships

32 414

23 098

0,8

-28,7 0,9

0,8

15 360

17 613

0,6

14,7 0,4

0,6

01-14 A Agri-business 27 E Energetics

25,26,71-83 G Minerals and metals

68-70,90-99

K Various finished products

2014

TVH

3 554 893 2 879 367

TOTAL

2.3 – Portuguese exports to Mozambique by groups of products

2015

41-43,64 F shoes, fur and leather

In 2015, and in the 1st quarter of 2016, the group of dominating products in Portuguese exports to Mozambique was “Machines and equipment” (35,7% in 2015

1000 Euros

Group of Products

100,0

Source: From ITC’s database calculated based on COMTRADE (ONU).

-2011 to 2015(Millions of Euros) Thousands of Euros

400

318

300

217

271

265

283

200

356

328

287

318

175 100

63

42

35

16

38

0 2011 Import (Cif)

2012

2013 Export (Fob)

2014

2015 Balance (Fob-Cif)

Source: From INE-Portugal’s data base - (http://www.ine.pt)

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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MERCADO

Subida de preços arrasa com consumo O preço dos produtos básicos atingiu níveis insustentáveis para o consumidor nacional. Vários factores - entre externos e internos - convergem para essa situação, nomeadamente a descida das exportações, a derrapagem do metical face ao dólar, a redução do Investimento Directo Estrangeiro e a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto. Gildo Mugabe (texto)

Gráfico 2 -Inflação Acumulada (%) 12.0

2015

2016

10.0

8.0

6.0

4.0

calculadora não sai das mãos dos cidadãos. O aperto do cinto ficou cada vez mais inevitável. O poder de compra do consumidor ficou ainda mais débil, sobretudo para os cidadãos que auferem entre um a pouco mais de três salários básicos nacionais. Para além da subida de preço dos

60

OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

Dez

Nov

Out

Set

Ago

Jul

Jun

Mai

Abr

Mar

A

Fev

0.0

Jan

2.0

produtos de primeira necessidade, o pacato cidadão moçambicano depara-se ainda com o aumento do preço do gás doméstico, da energia eléctrica e da água. De acordo com dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), de Janeiro a Julho deste ano, o País registou uma inflação acumulada de 10,27%.

Desagregando a inflação acumulada por produto, o INE conclui que a Farinha de milho, o Arroz, a Cebola, o Óleo alimentar, o Açúcar amarelo, o Amendoim e o Feijão Nhemba, são os que mais influenciaram o comportamento geral. Concretamente, a sua contribuição foi de 5,68 pontos percentuais (pp) positivos. De igual modo, relativamente a igual período de 2015, o País registou um aumento de preços na ordem de 20,68%, sendo que a divisão da Alimentação e Bebidas não alcoólicas foi a que acusou um maior agravamento de preços, com cerca de 35,84%. Analisando os dados por cidade, o INE aponta que as três cidades tiveram aumentos nos respectivos níveis gerais de preços. A cidade de Maputo liderou com cerca de 1,26%, seguida da cidade de Nampula com 0,70% e, por último, a cidade da Beira com 0,22%. Esta situação, aliada à subida do rand sul-africano e à crise politica militar que o País vive desde as últimas eleições gerais, faz com que o pacato cidadão seja obrigado a ter que apertar ainda mais o cinto.c


MARKET

Price rise destroys consumption Price of basic products has reached unbearable levels for the national consumer. Many factors – between external and external – converge for this situation, namely drop of exports, slippage of the metical against the dollar, reduction of Foreign Direct Investment and slow down of growth of the Gross Domestic Product. Gildo Mugabe (text)

Alcoholic Beverages is the one that caused the greatest price increase, with about 35,84%. Analyzing data by city, INE points that three cities registered increases in their own levels of general prices. The City of Maputo led with 1,26%, followed by the city of Nampula with

0,70% and, lastly, the city of Beira with 0,22%. This situation allied with the rise of the South African Rand, and the political military crisis the country has been facing since the last general elections, makes the citizen have to tighten the belt even more.c

Gráfico 2 -Inflação Acumulada (%) 12.0

2015

2016

10.0

8.0

6.0

4.0

Dez

Nov

Out

Set

Ago

Jul

Jun

Mai

Abr

Mar

0.0

Fev

2.0

Jan

T

he calculator does not leave the hands of citizens. Tightening of the belt has become increasingly inevitable. Consumer’s purchase power has become increasingly weak, especially for citizens who earn a little more than three national basic salaries. Besides the price increase of staple products, the Mozambican citizen is also faced with the increase of domestic gas price, electricity and water. According to data disseminated recently by the National Statistics Institute (INE), from January to July of this year, the Country registered accumulated inflation of 10,27%. Disaggregating inflation accumulated by product, INE concluded that Maize meal, Rice, Onion, Cooking Oil, Brown sugar, Peanuts and Beans, are the ones that influenced general behavior the most. Specifically, its contribution was 5,68 positive percentage points (pp). Similarly, regarding the same period of 2015, the Country registered a price increase of 20,68%, being that department of Food and Non

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Empreender

Chaveiro de dia e de noite Narciso Jorge Honwana é um chaveiro que trabalha 24 horas por dia. Sediado na cidade de Maputo, Honwana abre todo o tipo de fechadura, seja de residências ou de viaturas. O curioso é que o chaveiro colocou o seu anúncio nas plataformas digitais e os resultados do seu esforço publicitário já se fazem sentir com os contactos de pessoas aflitas. Gildo Mugabe (texto)

o gosto e talvez seja por isso que trabalha e está disponível para actuar 24 horas por dia.

O profissional é exímio na sua arte

É

comum as pessoas carregarem um molho de chaves ao sair de casa, desde chaves do carro e da residência, até às chaves do armário da empresa ou do escritório e, por vezes, até do cofre. Perder um conjunto de chaves, seja por distracção ou devido a um furto, são problemas que podem acontecer a qualquer um e a qualquer hora. A ocorrência desse tipo de facto traz, desde logo, a necessidade de se fazer uma cópia da chave ou trocar o segredo de um cadeado ou fechadura. Não há hora e nem lugar, basta um segundo de descuido, para acontecer alguma situação como uma porta que não abre, ou uma chave perdida, ou até fechar a porta com as chaves dentro de casa. Nessas ocasiões,

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

nada como ter o contacto de um bom chaveiro. Um profissional de confiança, que seja eficiente e zeloso no seu trabalho. De tantos chaveiros existentes na capital do país, destaca-se Narciso Jorge Honwana, pela sua eficiência e amor ao trabalho. Enquanto todos fecham as suas portas depois da hora normal de expediente, Narciso Honwana, sai do seu local de trabalho directo para casa onde fica sempre alerta e disponível para uma ligação de emergência. “Trabalho 24 horas por dia. Saio do meu escritório às 17h30 e fico à espera de qualquer emergência para poder socorrer”, conta Honwana. Com 59 anos de idade, Honwana diz amar o seu trabalho. Fá-lo com todo

Honwana iniciou a sua carreira profissional na extinta Casa das Chaves, nos idos anos de 1969. Nessa altura, tinha apenas 12 anos de idade mas aprendeu a arte e o ofício das chaves. Mas como consegue dormir sendo chaveiro de dia e de noite? Narciso Honwana respondeu nos seguintes termos, “Eu durmo, mas às vezes não é algo fácil. Por exemplo, as pessoas vão à discoteca e lá perdem as chaves das suas viaturas. Nessas alturas, eu tenho que estar lá para ajudar”. A esse propósito, Honwana recorda-se que no último espectáculo do músico angolano Matias Damásio, um senhor perdeu as chaves da sua viatura e ele foi contactado para socorrer a vítima. Narciso Honwana abre a fechadura de qualquer porta de carro e não só, “eu abro mesmo fechaduras de residências até mesmo a fechadura H, a mais difícil das fechaduras, e a I”, clarificou. Pai de sete filhos, Honwana orgulha-se da sua profissão e diz que criou os seus seis filhos trabalhando sempre como chaveiro.c


Entrepreneurship

Locksmith day and night Narciso Jorge Honwana is a locksmith who works 24 hours a day. Headquartered in the city of Maputo, Honwana opens all types of locks, be it house or car locks. What’s curious is that the locksmith placed his announcement in digital platforms and the results of his advertising effort are already being felt with contacts from people in distress. Gildo Mugabe (text)

I

t is common for people to carry a bunch of keys when leaving the house, from car and house keys, to keys from the company’s filing cabinet or the office and, sometimes even the safe’s. Losing a bunch of keys, be it by distraction or due to theft, are problems that may happen to anyone and at any time. Occurrence of this type of fact brings, from the onset, the need to make a copy of the key or change the code of a padlock or lock. There is no time or place, all it takes is a second of carelessness, for a situation such as a door that does not open to happen, or a lost key, or even closing the house door with the keys inside. In these occasions, there is nothing better than having the contact of a good locksmith. A reliable professional who is efficient and serious at his job. Of the many locksmiths in the country’s capital, Narciso Jorge Honwana stands out, for his efficiency and love for the job. While all the others close their doors after close of business, Narciso Honwana, leaves his workplace and goes straight home where he stays on standby and available for an emergency call. “I work 24 hours a day. I leave my office at 17h30 and i wait for any emergency to assist”, tells Honwana. At 59, Honwana says that he loves

his job. He does it with pleasure and maybe that is why he works and is available to act 24 hours a day.

The professional is skilled in his art Honwana initiated his professional career at the former Casa das Chaves, in 1969. At that time, he was only 12 years old but he learnt the art and craft of keys. But how is he able to sleep being a locksmith by day and night? Narciso Honwana responded in the following terms, “I sleep, but sometimes is not

something easy. For example, people go to clubs and there they lose their car keys. At those times, I have to be there to help”. On that note, Honwana remembered that in the last show of the Angolan musician Matias Damásio, a man lost his car keys and he was contacted to help the victim. Narciso Honwana opens any car locks and more, “i even open home locks, even H locks, the hardest is the I lock”, he clarified. Father to seven kids, Honwana is proud of his profession and he says that he has raised his children working as a locksmith.c

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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Business Coach PD Moz – Parcerias em Desenvolvimento

Se sou contratado, sou líder? “Sou Director Executivo de uma empresa, que não sendo minha, me entrego de corpo e alma como se o fosse, procurando sempre satisfazer os interesses dos investidores e administradores e orientando a minha acção sempre na procura de melhores estratégias e práticas para melhorar os resultados. Infelizmente, as coisas nestes tempos têm corrido menos bem e os resultados não são os que a administração esperava. Assim, aguardo há 2 meses que a administração decida sobre o futuro da empresa e consequentemente o meu futuro. A reunião já esteve para ser várias vezes mas é sempre adiada e os dias passam e eu vou continuando a fazer o meu melhor e a fazer das tripas coração de um projecto que parece que só eu é que acredito.” de si? Pode mudar algo? Ou a única hipótese é ficar parado à espera do resultado, como se assistisse a um jogo de futebol? A escolha é nossa. O futuro é nosso e de nós depende ficar parados à espera ou agir proactivamente na procura de alcançar os nossos objectivos. Falo, para os que escolheram lutar, para os que escolheram o projecto de outrém como sendo seu e para os que escolheram permanecer e acreditam que é possível. Este artigo é para os que acreditam que vale sempre a pena lutar por aquilo em que acreditamos e que sabem que deixar as coisas nas mãos do tempo não é a resposta.

Tarefa: Análise da situação

E

ste cenário, real para muitos dos gerentes de empresas por conta de outrém que veêm a sua liderança limitada e os seus futuros hipotecados à espera de reuniões de administração que se adiam e sobre as quais pouco importa especular sobre qual será o resultado. Será mesmo assim? A liderança, na forma como a entendíamos no passado, remetia o papel exclusivamente para o dono, o

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OUTUBRO 2016 · Capital Magazine Ed.99

chefe, o patrão. A liderança como é entendida hoje, é transversal e não obedece a papéis sociais e sim a um elevado estado de consciência e auto-conhecimento. Ser um bom líder, nos dias de hoje, é uma tarefa mais árdua, requer muito mais trabalho e acima de tudo muita compreensão e respeito por si mesmo e pelos outros. Então, se está a viver esta situação, o que é que pode fazer que depende

Agi sempre com foco nos objectivos propostos pela administração? Entendi e concordei sempre com os objectivos e estratégias acordadas? Consegui os resultados que me propus, face ao cenário? Há algo mais que eu possa fazer? De quem depende o meu futuro? E a viabilidade do projecto? Sugestão: Ser sincero comigo mesmo traz-me sempre dor, aprendizagem, crescimento e acção - não necessariamente por esta ordem - e nem sempre passo por todos os processos. c


COACHING Cristina Azinhal, Executive & Business Coach PD Moz – Partnerships in Development

If i am hired, am i leader? “I am an Executive Director of a company, that not being mine, i give my all to as if it were, always striving to satisfy the interests of investors and managers and guiding my action always looking for the best strategies and practices to improve results. Unfortunately, lately things have not been going so well and results are not those the Board was expecting. Hence, i have been waiting for 2 months for the Board to decide about the company’s future and consequently my future. The meeting has been postponed a couple of times and the days go by and i am still doing my best and doing everything i can in a project where it seems like i am the only one who believes in.”

T

his scenario, a real one for many managers of company’s owned by third parties who see their leadership limited and their futures mortgaged waiting for Board meetings that are postponed and about which little matters to speculate about the result. Is it really this way? Leadership, in the way we understood it in the past, remitted the role exclusively to the owner, the director, the boss. Leadership the way it is understood today is cross-sectional and does not obey social roles but an elevated state of consciousness and self-knowledge. To be a good leader today, is the hardest role, it requires a lot more work and above all a lot of understanding and respect for you and for others. Therefore, if you are going through this situation, what can you do that depends on you? Can you change anything? Or the only hypothesis is to stand still and wait for a result, as if you were watching a football match? Its your choice. The future is ours and it is up to us to stand still and wait or act proactively hoping to accomplish our objectives. I speak for those, who have chosen to fight, for those who have chosen somebody else’s project as being their own and for those who have chosen to stay and believe that

it is possible. This article is for those who believe that it is always worth fighting for what we believe in and that know that to leave things in the hands of time is not an answer.

Task: Analysis of the Situation Did i always act focused in the objectives proposed by the Board? Did i understand and always agreed with the objectives and strategies

agreed? Did i manage to achieve the results i proposed to myself, before the scenario? Is there anything else i can do? My future depends on whom? And the feasibility of the project? Suggestion: Being true to myself always brings me pain, learning, growth and action – not necessarily in this order – and i do not always go through all the processes. c

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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MARKETING

SUPERBRANDS desafiam em tempos de crise A crise é um fenómeno negativo mas, ao mesmo tempo, pode catalisar novas ideias, criatividade e muitas oportunidades para as marcas que não se deixam afectar e continuam a investir em si mesmas, gerando mais valor. A Superbrands apresenta as super-marcas do ano e, mais uma vez, a revista CAPITAL é uma delas.

CDN

A

titude e lucidez são, nestes momentos de crise, comportamentos essenciais à sobrevivência das marcas, pois a inércia e a falta de confiança em si próprias poderão levar as mesmas ao fracasso. Esta é a hora de reagir, e em vez de parar para responsabilizar elementos externos e a crise internacional, é o momento de ser criativo e buscar novas ideias e alternativas para o desenvolvimento do seu negócio e fortalecimento da sua marca. Conflitos e crises mundiais trouxeram não apenas efeitos negativos às economias e sociedades. Foi em tempos difíceis que surgiram as maiores inovações e desenvolvimentos

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Moreira Chunguiça

científicos, provando que é possível empreender mesmo quando o cenário parece não ser o mais propício. É preciso continuar a investir, trilhando um caminho definido, sempre com foco num futuro e objectivos traçados. Foi o que fizemos nesta edição Superbrands, desafiando as marcas a participarem, criando mais propostas de valor, como o programa de televisão e a conferência Superbrands, onde as marcas poderão apresentar as suas estratégias em tempos de crise e como vão trabalhar para se destacarem da sua concorrência. Algumas das marcas que em 2016 continuamente se têm destacado no mercado foram eleitas Superbrands: Seja por estarem sempre presentes,

Flor Real

pela forma como se relacionam com os seus clientes, como conquistaram o seu mercado, por serem referências para os seus pares ou pelas suas acções e o impacto que deixam na comunidade, estas marcas, mesmo em tempos difíceis, fazem a diferença em Moçambique. Sabemos que é tempo de reflectir antes de qualquer tomada de decisão. A crise apresenta momentos de perigo, mas também, muitas oportunidades. Na verdade, essas duas coisas realmente andam juntas, porque só nos momentos mais difíceis encontramos forças e identificamos oportunidades para nos excedermos. E este é o momento certo para as marcas reflectirem e pensarem nisso.c


“In 2003, we introduced the modality of bilingual training in 23 schools. Currently there are more than 500 schools teaching in the modality.” JORGE FERRÃO Minister of Education and Human Development In an exclusive interview with The Business Year

Find out more in The Business Year: Mozambique 2016

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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MARKETING

SUPERBRANDS challenge in times of crisis Crisis is a negative phenomenon but, at the same time, it can enable new ideas, creativity and many opportunities for brands that do not let them get affected and continue to invest in themselves, creating more value. Superbrands present the Super brands of the year and, once again, CAPITAL magazine is one of them.

A

ttitude and clarity are, in these moments of crisis, essential behaviors for survival of brands, because inertia and lack of confidence in them can lead them to fail. This is the time to act, and instead of stopping to blame external elements and the international crisis, is the time to be creative and look for new ideas and alternatives for the development of your business and strengthening of your brand. Conflits and world crisis have not only brought negative effects to economies and societies. It was in difficult times that the biggest innovations and scientific developments appeared, proving that it is possible to undertake even when the scenario does not seem the most adequate. It is important to continue to invest, paving a defined path, always with focus in a future and defined objectives. This is what we have done in this edition of Superbrands, challenging brands to participate, creating more value proposals, with

a television program and the Superbrands conference, where brands may present their strategies in times of crisis and how they will work to stand out from the competition. Some of the brands that continuously have been standing out in the market and were elected Superbrands: Be it because they are always present, because of the way they relate with their clients, how they have conquered their market, because they are references for their peers or for their actions and the impact they leave in the community, these brands, even in difficult times, make a difference in Mozambique. We know it is time to consider before making any decision. The crisis presents moments of danger, but also, many opportunities. In reality, these two things really go together, because only in difficult times we find the strength and identify opportunities to exceed ourselves. And this is the right moment for brands to consider and think about that. c

CDN 68

OUTUBRO 2016 ¡ Capital Magazine Ed.99

Moreira Chunguiça

Flor Real


PROFILE

Eduardo Mondlane Júnior é o novo PCA do BancABC Eduardo Chivambo Modlane Júnior está confirmado como o novo presidente do Conselho de Administração (PCA) não executivo do BancABC, em Moçambique. Mondlane Júnior possui um percurso professional invejável tendo sido administrador do do ABSA Group (Barclays Africa) e consultor sénior da petrolifera Anadarko em Houston, nos EUA. Helga Nunes (texto)

M

ondlane Júnior assume o cargo de PCA do BancABC, substituindo assim Benjamin Alfredo, que por mais de uma década desempenhou um papel fundamental no fortalecimento daquela instituição financeira e que facilitou a criação de um posicionamento destacável entre os bancos comerciais que operaram no País. Eduardo Chivambo Mondlane Júnior abraça este desafio numa época em que esta instituição financeira se encontra a implementar estratégias tendo em vista ampliar os seus horizontes, e atrair e alcançar clientes de diversos segmentos. Eduardo Mondlane Júnior é administrador do Grupo Atlas Mara, accionista maioritário do ABC Holding, e foi Administrador do ABSA Group (Barclays Africa), Barclays Bank Mozambique e do Banco Comercial Angolano igualmente como administrador não-executivo. Por outro lado, conta também no seu currículo com uma experiência enquanto consultor sénior da petrolífera Anadarko em Houston, nos Estados Unidos da América, entre outros cargos em instituições e empresas multinacionais.

facto de actualmente o BancABC ser o Banco das PME’s - Pequenas e Médias Empresas, criando para tal, facilidades de financiamento a diversos empreendedores. Orlando Chongo disse ainda, que “a gestão do Banco e os trabalhadores no geral, estão expectantes em receber e trabalhar com o novo PCA do Banco, Eduardo Chivambo Mondlane Júnior, a quem endereçam desde já as boas vindas”. Sendo parte do Atlasmara, o BancABC é já uma referência em todos mercados onde opera. E, até ao momento, foi um Banco inovador na medida em que criou o crédito para a habitação com financiamento de 100%.c

Papel de Benjamin Alfredo é enaltecido Orlando Chongo, administrador delegado do BancABC, enalteceu o papel desempenhado pelo anterior PCA, Benjamin Alfredo, destacando o seu incansável cometimento para a conquista da actual posição do Banco no Mercado. Ao mesmo tempo, destacou e os feitos alcançados pelo anterior PCA, como por exemplo o

SABIA QUE? ABC regista maior fluxo de clientes O fluxo de clientes, que beneficiam dos serviços do BancABC, tem vindo a aumentar significativamente, e um dos indicadores para o efeito é a eleição do Banco com a melhor campanha dos cartões Visa, em 2015.c

Capital Magazine Ed.99 · OUTUBRO 2016

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PROFILE

Eduardo Mondlane Júnior is the new CEO of BancABC Eduardo Chivambo Modlane Júnior is confirmed as the new Chief Executive (CEO) non-executive of BancABC, in Mozambique. Mondlane Júnior has an outstanding professional career having been a Director of ABSA Group (Barclays Africa) and senior consultant of oil company Anadarko in Houston, in the USA. Helga Nunes (text)

M

ondlane Júnior takes on the job of CEO of BancABC, replacing Benjamin Alfredo, who for more than a decade played a fundamental role in strengthening that financial institution and who facilitated the creation of a prominent position amongst other commercial banks which operate in the Country. Eduardo Chivambo Mondlane Júnior embraces this challenge at a time when the financial institution is implementing strategies aimed at expanding its horizons, and attract and reach clients of various segments. Eduardo Mondlane Júnior is the CEO of Group Atlas Mara, the biggest

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shareholder of ABC Holding, and was CEO of ABSA Group (Barclays Africa), Barclays Bank Mozambique and of the Banco Comercial Angolano equally as non-executive Director. On the other hand, in his curriculum he also has experience as a senior consultant of oil company Anadarko in Houston, in the United States of America, amongst other roles in institutions and multinational companies.

Role of Benjamin Alfredo is praised Orlando Chongo, managing Director of BancABC, praised the role played by the previous CEO, Benjamin

Alfredo, highlighting his tireless commitment to conquer the current position of the Bank in the Market. At the same time, he highlighted the deeds conquered by the former CEO, such as the fact that currently BancABC is the Bank of SMEs – Small and Medium Enterprises, creating in this manner credit facilities to many entrepreneurs. Orlando Chongo also said, that “the Board of the Bank and its employees in general, are anxious to receive and work with the new CEO of the Bank, Eduardo Chivambo Mondlane Júnior, whom they want to welcome”. Being part of Atlasmara, BancABC is already a reference in all markets where it operates. And, at the moment, it is an innovative Bank in the sense that it has created home loans with 100% funding.c

DID YOU KNOW THAT?… ABC registers the highest flow of clients Client flow, who benefit from BancABC services, has been increasing significantly, and one of the indicators is the election of the Bank as the Bank with the best Visa cards campaign in 2015.c


ESTILOS DE VIDA

Jimmy Dludlu, o imparável O mais recente álbum de Jimmy Dludlu (“In The Groove”) foi apresentado em Agosto, em Maputo, num evento organizado com o alto patrocínio do Standard Bank. O concerto foi uma lufada de ar fresco e o músico irradiou uma energia abslutamente inesgotável em palco, que certamente vai deixar resquícios na memória de muitos.

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Helga Nunes (text)

evento de lançamento do álbum “In The Groove”, contou com a presença de mais de cem pessoas na platéia, e realizou-se com o alto patrocínio do Standard Bank, no quadro da responsabilidade social corporativa, voltada para o apoio à cultura moçambicana. O “In The Groove” é o sétimo trabalho discográfico de Jimmy Dludlu e tem a particularidade de ter sido gravado essencialmente em Maputo, contando com a participação de vá-

rios músicos e grupos moçambicanos e sul-africanos. O desfile de nomes destaca Nelton Miranda, Lukas Khumalo, Hélder Gonzaga, Stélio Mondlane, Tony Paco, Isabel Novela, Judith Sephuma, Ivan Mazuze, Thapelo Motshegwe, Xixel Langa, Kaketa Jazz e Majeschoral. Ao longo das 15 faixas, para além de render homenagem à música e aos músicos moçambicanos, à sua filha mais nova, bem como ao bairro de Chamanculo, seu berço, Jimmy procura reavivar o seu passado, a sua

história e a sua infância. “É isto que nos faz ser africanos e principalmente moçambicanos. É importante ir buscar as nossas raizes. Foi a nossa história como moçambicanos que documentei neste disco”, garantiu Jimmy Dludlu, que disse estar muito feliz por ter regressado à sua terra natal para gravar um álbum. “In The Groove” não é apenas uma linguagem ou um simples nome atribuído ao álbum. É, segundo Jimmy Dludlu, a celebração da cultura moçambicana. “A nossa alegria

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A cultura moçambicana não está em crise Intervindo no evento, o presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, Tomaz Salomão, destacou o envolvimento desta instituição bancária na apresentação do sétimo álbum de Jimmy Dludlu. “Sentimo-nos orgulhos por estar associados a este evento, que ocorre numa semana em que o País celebra o festival nacional da cultura. Tal como sabem, a cultura e o desporto são duas áreas que nos unem bastante”, explicou Tomaz Salomão, que na ocasião garantiu que o Standard Bank, no âmbito da sua responsabilidade social corporativa, vai continuar a apoiar estas duas vertentes. Egídeo Leite, representante da Mikhateko, empresa produtora de Jimmy

Dludlu em Moçambique, refere que este é o primeiro de muitos passos no âmbito da promoção cultural e perante a questão colocada sobre se esta seria a melhor altura para se apostar na cultura tendo em conta a crise, foi peremptório ao afirmar: “A cultura moçambicana não está em crise”. E a julgar pela vivacidade de Dludlu em acção, a cultura está mesmo em alta. O protagonista da noite desceu do palco uma série de vezes para tocar, cantar e dançar junto do público. Aliás, se existe um músico com energia, ele chama-se Jimmy Dludlu. Importa referir que o lançamento deste álbum acontece num momento em que Jimmy Dludlu celebra 50 anos de vida, 33 dos quais dedicados a uma carreira musical que produziu 7 álbuns e arrecadou mais de 30 prémios internacionais. c

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não se exibe sentados. Tem de haver animação e muita dança, a principal característica da nossa cultura, que é o que significa o título deste álbum”, afirmou o guitarrista. Jimmy Dludlu decidiu gravar o “In The Groove” na sua terra natal, Maputo, também para provar ao mundo que, em Moçambique, afinal é possível fazer-se um trabalho de qualidade e, sobretudo, com músicos nacionais. “Temos coisas muito boas dentro do nosso País e julgo que deveríamos reconhecer e apoiar isso. O que pretendo, com este álbum, é demonstrar fundamentalmente que os músicos moçambicanos também conseguem e são muito bons, tanto quanto os outros”, assegurou Jimmy Dludlu, acrescentando que, “havendo crença, na vida tudo é possível”, pelo que o seu sétimo álbum, gravado em Moçambique, já é uma realidade.

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LIFESTYLES

Jimmy Dludlu, the unstoppable Jimmy Dludlu’s most recent album (“In The Groove”) was presented in August, in Maputo, in an event organized with high sponsorship from Standard Bank. The concert was a breath of fresh air and the musician irradiated absolutely endless energy on stage, which certainly will leave traces in the memory of many. Helga Nunes (text)

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he album launch event of “In The Groove”, counted with more than 100 people in the audience, and was highly sponsored by Standard Bank, in the context of corporate social responsibility, dedicated to support of the Mozambican culture. “In The Groove” is Jimmy Dludlu’s seventh album and has the peculiarity of having been essentially recorded in Maputo, and features a lot of Mozambican musicians and Mozambican and South African groups. The group of names highlights Nelton Miranda, Lukas Khumalo, Hélder Gonzaga, Stélio Mondlane, Tony Paco, Isabel Novela, Judith Sephuma, Ivan Mazuze, Thapelo Motshegwe, Xixel Langa, Kaketa Jazz and Majeschoral. Over the 15 tracks, besides rendering homage to Mozambican music and musicians, his youngest daughter, as well as the Chamanculo neighborhood, his birthplace, Jimmy seeks to revive his past, his history and his childhood. “This is what makes us Africans and especially Mozambicans. It is important to go get our roots. It was our history as Mozambicans which I documented in this album”, ensured Jimmy Dludlu, who said that he was very happy to be back to his motherland to record an album. “In The Groove” is not only a language or a simple name given

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LIFE STYLES

to the album. It is, according to Jimmy Dludlu, the celebration of Mozambican culture. “Our joy is not reflected when we are seated. There has to be joy and a lot of dancing, our culture’s main characteristic, which is what this album’s title”, stated the guitarist. Jimmy Dludlu decided to record “In The Groove” in his homeland, Maputo, also to show the world that, in Mozambique, it is possible to do quality work, and above all, with national musicians. “We have very good things in our Country and i believe that we should recognize and support it. My intention, with this album, is to fundamentally show that Mozambican musicians are actually pretty good, as much as the others.” ensured Jimmy Dludlu, adding that, “when you have faith, in life everything is possible”, hence his seventh album, recorded in Mozambique, is already a reality.

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Mozambican culture is not in crisis Intervening at the event, Standard Bank’s Chairman of the Board, Tomaz Salomão, highlighted the involvement of this banking institution in the presentation of Jimmy Dludlu’s seventh album. “We are proud to be associated

with this event, which took place in a week the Country celebrates the national culture festival. As you know culture and sports are two areas which unite us a lot”, explained Tomaz Salomão, who at the occasion ensured that Standard Bank, in the context of its corporate social responsibility, will continue to support these two components. Egídeo Leite, representative of Mikhateko, Jimmy Dludlu’s production company in Mozambique, mentioned that this is the first of many steps in the context of cultural promotion and before the question about this being the best time to bet in culture taking the crisis into consideration, it was peremptory to state: “Mozambican culture is not in crisis”. And judging by Dludlu’s liveliness in action, culture is on the high. The night’s leading man got down from the stage a couple of times, singing and dancing close to the public. Indeed, if there is a musician with energy, his name is Jimmy Dludlu. It is important to mention that launching of this album takes place at a time when Jimmy Dludlu celebrates his 50 anniversary, 33 of which dedicated to a musical career which produced 7 albums and raked in more than 30 international awards. c


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