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Sumário
Destaques 30
Os jovens da África Subsaariana olham para o emprego como o principal tema para o futuro da Região. O empreendedorismo é visto como o sector que mais irá contribuir para que mais pessoas tenham trabalho. Porém, a corrupção, a falta de transparência e o crónico problema do acesso ao financiamento podem comprometer o empreendedorismo.
40 Tema de Fundo
Soluções para financiar PMEs
34
30
40
Dossier Emprego na rota das prioridades do futuro
16 Actual
Capa Queda do carvão e ascensão do gás
Nobel das Ciências Económicas distingue mais a macroeconomia
Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. 25 de Setembro nº 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Director Geral: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Frans Hovens; Paginação: Ricardo Timbe – 29timbe@gmail.com – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribuição:Ímpia– info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.
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DEZEMBRO/JANEIRO 2015/16 · Capital Magazine Ed.93
Emprego na rota das prioridades do futuro
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Habitantes e desafios duplicam em Maputo até 2030
A cidade de Maputo irá duplicar o número de habitantes até 2030. Projecta-se que venha a haver cerca de 5 milhões de habitantes até ao referido período contra os actuais 2.5 milhões, segundo os cálculos de Álvaro Sousa, académico da Universidade de Coimbra (Portugal).
Queda do carvão e ascensão do gás
O prestigiado economista Luís Magaço Jr. faz uma radiografia exaustiva sobre a situação macroeconómica do País. Nesta entrevista, em exclusivo para a Capital, Magaço aborda temas que fazem ou fizeram parte do dia-a-dia da economia. A queda do preço do carvão mineral no mercado internacional, o futuro do gás natural, a dívida externa moçambicana e o crédito mal parado são apenas alguns dos diversos temas abordados.
Cola-Cola reforça investimento e veste armadura para festas
As vendas da Coca-Cola poderão crescer 12%, em Novembro e Dezembro. Mas para garantir os resultados, a empresa passou a operar 24 horas por dia, instalou geradores nas suas fábricas – uma vez que a EDM deixou de merecer confiança – e quer autorização para colocar o pessoal a operar em dias “impróprios”, caso necessário.
Editorial
Bem-vindo Análise e perspectivas para o futuro
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Economia
O
Habitantes e desafios duplicam em Maputo até 2030
46 UP- Grade Mulher deve aproveitar oportunidades do mercado
53 EMPrEEnDEr Candeeiro solar ganha prémio Ueuropeu deempreendedorismo
75 Publireportagem Presidente da República lança Programa de Mecanização Agrária
emprego em África constitui material de estudo e é foco de muitas atenções. Por quê? Porque o continente é o mais jovem do mundo, contando cerca de 200 milhões de habitantes e porque se destacarmos a Região Subsaariana, chegamos à conclusão de que dois terços do tecido social é constituído por indivíduos com menos de 30 anos. E esses jovens querem emprego. De acordo com a pesquisa “Criação de Emprego na África Subsaariana: Empreendedores, Governo, Inovação”, elaborado pela Forbes Insights, quase metade da juventude desta região de África entende que a criação de emprego está acima de temas como o combate à corrupção, o crescimento económico, a saúde, o saneamento ou a estabilidade política. Para a maior parte dos inquiridos, oriundos de Angola, Gana, Moçambique e Nigéria, os principais impulsionadores da criação de emprego são o Empreendedorismo e as PMEs, juntamente com a Tecnologia e a Educação. No canto oposto, a corrupção, a falta de transparência e de acesso ao capital/sistema financeiro, constituem as principais barreiras ao empreendedorismo. Entre outros temas abordados pela Pesquisa surge a referência de que os sectores que irão gerar a maior parte do emprego jovem - nos próximos cinco anos - serão a Agricultura e os Recursos Naturais. Em jeito de fecho do ano, a revista Capital convidou o economista Luís Magaço Jr. a fazer uma radiografia exaustiva sobre a situação macroeconómica do País. Na entrevista, Magaço aborda temas como a queda do preço do carvão mineral no mercado internacional, o futuro do gás natural, a dívida externa moçambicana e o crédito mal parado, entre outros. O economista refere que Moçambique está a cair em quase todos os indicadores dos rankings internacionais e que existe de facto uma desaceleração da actividade económica. O especialista em Economia aborda a queda do carvão e a ascensão do gás natural e considera o aumento da produção e da produtividade agrícola um imperativo por duas razões: o combate ao desemprego rural e à pobreza e segurança alimentar. Contudo, alerta para o facto de que nenhum país, até hoje, conseguiu tornar a agricultura uma actividade por si só rentável e sustentável. Os habitantes da cidade de Maputo irão duplicar até 2030. Prevê-se que a capital venha a contar 5 milhões de habitantes contra os actuais 2.5 milhões. Esse crescimento certamente que acarreta análises e sérios desafios em termos de investimento, como o trânsito intenso; a infraestrutura de saneamento urbano insuficiente e o aumento das edificações inseguras. Para uns constitui um problema, para outros uma oportunidade.c
Capital Magazine Ed.94 DEZEMBRO| JANEIRO 2015/16
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Contents
Highlights 32
The sub-Saharan African youth see employment as the principal key for the future of the Region. Entrepreneurship is looked as the most contributing factor for more job opportunities. However, corruption, the lack of transparency and chronic problem of financial access to finance, may compromise entrepreneurship.
43 Background Theme Solutions for financing SMEs
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Population and challenges double in Maputo until 2030
The city of Maputo will double the number of population until 2030. It is projected to have a population of about 5 million until the referred period compared to the actual 2.5 million, judging from Alvaro Sousa’s calculations, University of Coimbra, Portugal.
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Dossier
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Employment on route of being future priorities
17 Current Capa
The Economy Science nobel pmrize distinguish
The dip of coal and rise of oil
Property and Edition: Mozmedia, Lda. 25 de Setembro n- 1462 - Edificio dos Correios de Moçambique (Túnel) – Telephone: +258 84 3015641 | +258 82 6567710 – revista.capital@mozmedia.co.mz – Managing Director: André Dauane – andre.dauane@ mozmedia.co.mz – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - belizariocumbe@yahoo.com.br, Sérgio Mabombo – sergio.mabombo@mozmedia.co.mz, Gildo Mugabe - gildomugabi@ gmail.com – Administrative Secretariat: Indira Mussá – indira.mussa@mozmedia.co.mz; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B.- Translation: Frans Hovens;Page make-up: Ricardo Timbe –29timbe@gmail.com – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – neusa.simbine@mozmedia.co.mz, Distribution: Ímpia – info@impia.co.mz; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.
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Employment on route of being future priorities
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The dip of coal and rise of oil The prestigious economist Luis Magaço Jr. does a comprehensive radiography about the macro economy situation in the country. In this exclusive interview with Capital, Magaço addresses topics that occur or occurred in the day-to-day of the economy. The fall of coal price in the international market, the future of natural gas, the Mozambican foreign debt and bad loans are just a few of the topics addressed.
LNG turnin g into a nightmare?
Will we see a repeat of the coal nightmare in the gas business? Only the future can tell. But the prospects are far from encouraging. The global consulting giant Energy, Metals and Mineral Resources, Wood Mackenzie, says the global market of Liquefied Natural Gas (LNG) is likely to report an oversupply in 2015 and 2016 while demand will decrease.
Editorial
Welcome
Analysis and hope for the future
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A
Economy Population and challenges double in Maputo until 2030
49 UP- Grade Women should take advantageof the market opportunities
54 EntrEPrEnEurSHIP Solar lamp wins the European entrepreneurship prize
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AdReport President of the Republic Launches an Agraraian Mechanization Program
Employment in Africa is the topic of study and focus of attention. Why? Because the continent is the youngest in the world, with a population of about 200 million and why they stand out in the sub-Saharan region, we came to a conclusion that two thirds of the social capital is made up of individuals below the age of 30 years old. And the youth want jobs. According to the research “Job Creation in sub-Saharan Africa: Entrepreneurs, Government, Innovation”, composed by Forbes Insights, almost half of the youth in the African region understands that job creation is above topics like fight against corruption, economic growth, health, sanitation, or the political stability. For most part of the respondents, coming from Angola, Ghana, Mozambique, and Nigeria, the main boosters of job creation are entrepreneurship and Small and Medium businesses (PME), together with Technology and Education. On the opposite end, corruption, the lack of transparency and capital access/ financial system, are looked as the main obstacles in the way of entrepreneurship. Amongst the other topics covered from the research, shows the sectors referenced would generate most of the jobs for the youth – in the next five years – would be Agriculture and Natural Resources. As the end of the year draws near, Capital magazine invited economist Luis Magaço Jr, to make an exhaustive radiography about the macroeconomic situation in the country. In the interview, Magaço introduced topics like the price drop of mineral coal in the international market, the future in natural gas, the extreme debt Mozambique has, bad loans, and so on. The economist refers that Mozambique is falling in all of the indicators in the international rankings, and that the economic downturn is existent. The specialist in Economy addressed the decline of coal and the rise of natural gas, and considers the raise of production and agricultural productivity are two vital reasons: the fight against rural unemployment, and poverty and food security. Yet, no country until today has managed to make agriculture a profitable and sustainable activity in Itself. The population of Maputo will duplicate until 2030. The forecast sees the capital with an estimate population of 5 million, more than the actual 2.5 million. This growth certainly shows serious challenges in terms of investment, like intense traffic; the insufficient infrastructure reparations and the raise of unsafe buildings. For some it raises issues, for others an opportunity.c
Capital Magazine Ed.93 · DEZEMBRO/JANEIRO 2015/16 Capital Magazine Ed.94 · DEZEMBRO / JANEIRO 2015/16
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Capitoon
EM BAIXA POBREZA EXTREMA DE PEDRA E CAL NA ÁFRICA SUBSAARIANA
A África subsaariana progrediu muito pouco no combate à fome e à pobreza extrema. Quase metade da sua população continua paupérrima, com maior concentração nas zonas rurais. A informação é avançada no relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, FAO, sobre o estado da alimentação e da agricultura no Mundo.c
EM ALTA CFM ATACA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Em duas cerimónias, nas cidades de Maputo e da Beira, a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) inaugurou 29 carruagens novas para o transporte de passageiros nas regiões centro e sul do país. Trata-se do primeiro lote de um total de 70 carruagens que a empresa encomendou da China, num investimento de 4.9 milhões de dólares.c
SUBSÍDIO À HABITAÇÃO SOCIAL O Governo moçambicano poderá conceder incentivos fiscais a empresas que pretendam investir na construção de habitações para populações de baixo rendimento, como forma de permitir que mais cidadãos tenham acesso a uma habitação de qualidade.c
CRESCIMENTO NA SADC ABRANDA O ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das economias da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) abrandou no segundo trimestre de 2015. Com efeito, a taxa de crescimento reduziu para 2,5% no Botswana, 3,0% nas Maurícias, 1,2% na África do Sul e 5,9% em Moçambique .c
COISAS QUE SE DIZEM A SeNA DE ESTAR ARMADO “O que faz com que haja violência, essa violência que vivemos hoje e que nos preocupa todos, é o facto de haver muitas pessoas que têm armas, mas que não as deviam ter…se você tem arma, tem que criar um inimigo. Se não tem um inimigo verdadeiro, tem que inventar um, que pode ser sua filha, seu irmão e por aí em diante. E se não consegue uma vítima ao seu redor, terá que disparar contra si mesmo.”c
DESABAFO DA MINISTRA “Ainda persistem as notáveis e crescentes queixas de alegado mau atendimento, falta de respeito, falta de zelo e até mesmo de cobranças ilícitas são também frequentes as queixas ligadas à linguagem rude, insensibilidade e frieza, chegando por vezes ao desprezo, longos tempos de espera para marcar uma consulta, para intervenção cirúrgica e para ser atendido no dia da consulta marcada.”c
Dom Dinis Singulane, in jornal O País ..
Ministra da Saúde, Nazira Abdula, na abertura da 9ª reunião do Conselho Hospitalar.
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Capitoon
Damn! I don’t even have space to park the car.
Damn, i don’t even have space to rest my feet.
ON THE BOTTOM EXTREME POVERTY LIMESTONE IN SUB-SAHARAN AFRICA
Sub-Saharan Africa hardly overcame the fight against extreme poverty. Almost half of the population is still very poor, with the biggest concentration in the rural areas. The information was shown in the report from the United Nations Organization for the Food and Agriculture, FAO, about the food and agriculture in the world.c
ON TOP CFM GOES AFTER PASSENGER TRANSPORTATION In two ceremonies, in the city of Maputo and Beira, the railway and Ports of Mozambique (CFM) inaugurated 29 carriages for passenger transportation in the center and south of the country. This is the first batch giving a total of 70 carriages the company ordered from China, giving an investment of 4,9 million dollars.c
SUBSIDY IN HOUSING
The Mozambican government may grant tax incentives to businesses that wish to invest in construction and housing for the low income population, as a way to permit accessibility to better living conditions for the citizens.c
GROWTH IN SADC SLOWS DOWN The growth rhythm of the Gross Domestic Product (GDP) in the SADC economy slowed in the second term of 2015. In effect, the tax raise was lowered to 2.5% in Botswana, 3.0% in Mauritius, 1.2% in South Africa, and in Mozambique 5.9%.c
THINGS BEING SAID “What provokes the violence, this THE DESTINY OF BEING ARMED violence we’re living today that worries us, is many gun carriers that shouldn’t have guns…. If you have a gun, you must have an enemy. If you don’t have a true enemy, then come up with one, which can be your daughter, your brother and so on. If you can’t find an enemy around you, you’ll then have to shoot yourself”.c
“There are still noticeable THE MiNISTER’S OUTBURST and continuous complaints concerning bad attendance, disrespect, lack of dedication and even illegal charges… and even frequent complaints about foul language, insensibility and coldness, at times to the point of contempt, the long lines wait for appointment, for surgery on the same day of the appointment.c
Dom Dinis Singulane, “O Pais” newspaper”.
Minister of Health, Nazira Abdula, in the opening of the 9th Hospital Council meeting.
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ACTUAL
Nobel das Ciências Económicas distingue mais a macroeconomia
T
em o peso e o significado de um Nobel, é o último dos seis galardões a ser conhecido todos os anos, é atribuído em memória de Alfred Nobel, mas o único que não é formalmente um Nobel. O galardão que há mais de 40 anos premeia investigadores em ciências económicas – mais conhecido como Nobel da Economia, mas formalmente designado Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel – já reconheceu mais de 70 investigadores. Este ano, foi a vez do microeconomista escocês Angus Deaton. Desde 1969, o primeiro ano em que o banco central da Suécia (o Sveriges Riksbank) atribui o prémio, já foram laureadas 76 pessoas, porque muitos dos prémios reconheceram dois e três economistas no mesmo ano. Desde então, só uma vez foi esco-
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Economia a título póstumo. As regras da Fundação Nobel – que o Sveriges Riksbank acompanha – impedem desde 1974 que assim seja, salvo quando a pessoa morre depois do anúncio do vencedor, que é conhecido antes da cerimónia. Antes desta regra, só aconteceu com um Nobel da Literatura (Erik Axel Karlfeldt, em 1931) e com um Nobel da Paz (Dag Hammarskjöld, em 1961).c lhida uma mulher, ao ser premiada Elinor Ostrom (em 2009). A origem do prémio vem de uma doação feita em 1968 pelo banco central da Suécia à Fundação Nobel e foi até olhada com algumas reticências pelos herdeiros de Alfred Nobel pelo facto da Economia não ser uma ciência exacta, como outras áreas onde há distinções da Academia (Física, Medicina e Química). Já foram distinguidas investigações em áreas que vão da econometria à governação económica, teoria dos jogos, passando pelo crescimento económico, história económica, finanças públicas ou psicologia económica. Mas a área de pesquisa em que mais houve distinções é a macroeconomia, com nove galardões. O primeiro aconteceu em 1974 – a Gunnar Myrdal – e o mais recente a Edmund S. Phelps, em 2006. Nunca foi entregue um Nobel da
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SABIA QUE…
Já foram distinguidas pessoas da mesma família No universo dos vários prémios Nobel, já foram galardoadas pessoas da mesma família, em áreas do saber distintas. E aconteceu logo nos primeiros anos do Nobel da Economia. Jan Tinbergen, distinguido em Ciências Económicas em 1969, veria o seu irmão Nikolaas Tinbergen ser distinguido em 1973 com o Nobel da Medicina. Há mais um cruzamento familiar: Gunnar Myrdal foi galardoado 1974 com o prémio da Economia e a sua mulher, Alva Myrdal, receberia em 1982 o Nobel da Paz.c
CURRENT
The Economy Science Nobel prize distinguishes more of the macro economy
A
Nobel has its significant weight, it is the last of six awards to be known every year, it is assigned in memory of Alfred Nobel, the only thing that is not formally a
Nobel. The award that has been around for 40 years, premieres researchers in science economy- mostly known as the Economy Nobel, but formerly indicated Economic Science prize in memory of Alfred Nobel – has recognized more than 70 researchers. This year was the Swiss micro economist’s turn, Angus Deaton. Since 1969, which was the first year the central bank of Switzerland (Sveriges Riksbank) assigned the prize, there have been 76 people awarded, because there were more than two and three economists recognized in the same year. Since then, only once has a woman been awarded, Elinor Ostrom (in 2009). The origin of the prize came from a donation made in 1968 by the central bank of Switzerland to the Nobel Foundation. It was looked at with a few suspension points by Alfred Nobel’s heirs for the fact of Economy not being an exact science, unlike the other areas in which there are distinctions of the Academy (Physics, Medicine, and Chemistry). They were distinguished investigations in areas that abide by the econometric for economical gov-
erning, gambling theory, economic growth, the economic history, public finances or economic psychology. The area researched that had the most distinctions is macro economy, with nine awards. The first occasion was in 1974 – Gunnar Myrdal – and the most recent Edmund S. Phelps, in 2006. An Economic Nobel has never been given to a posthumous title (awarded after one’s death). The Nobel Foundation rules -that Sveriges Riksbank follows – since 1974 prevent that it happens, except when the person dies after the announcement of the winner, which is known before the ceremony. Before the rule, it has only happened with the Nobel of Literature (Erik Axel Karlfeldt, in 1931) and the Nobel of peace (Dag Hammarskjöld, in 1961).c
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DID YOU KNOW…
There have been people from the same family distinguished In the universe of the various Nobel prizes, they were people who were awarded from the same family, in areas of distinct knowledge. This happened in the first years of the Nobel of Economics. Jan Tinbergen, awarded in Science Economics. in 1969, and saw his brother being awarded in 1973 with the Nobel of Medicine. There are more occasions where family members are awarded: Gunnar Mydal was awarded in 1974 with the economy award, whereas his wife received a Nobel peace prize in 1982.c
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Briefing MUNDO
Emergentes abrandam, Zona Euro treme O presidente
Volkswagen arrasa confiança de investidores O índice que mede a confiança dos investidores alemães caiu mais do que era esperado pelos economistas, para o valor mais baixo do último ano, penalizado pelo escândalo da Volkswagen e pelo abrandamento dos mercados emergentes. O índice Zew que mede as expectativas dos investidores e analistas alemães caiu de 12,1 pontos, em Setembro, para 1,9 pontos, em Outubro. Os economistas consultados pela Bloomberg estimavam uma descida menos acentuada para 6,5 pontos, de acordo com a agência de informação. Este indicador tem o objectivo de antecipar a evolução da economia com seis meses de antecedência. A confirmação da Volkswagen, a 18 de Setembro, da manipulação dos testes de emissões poluentes em 11 milhões de automóveis a diesel custou à empresa cerca de 29 mil milhões de euros em valor de mercado e empurrou o índice germânico Dax para uma queda de 3,5% nos dois dias seguintes. Por outro lado, as exportações alemãs caíram 5,2% em Agosto, a maior descida desde 2009. As encomendas à indústria e a produção industrial diminuíram inesperadamente, e as principais instituições económicas do país reviram em baixo as suas estimativas de crescimento para 2015.c
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do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considera que a economia da Zona Euro tem demonstrado ser resiliente ao abrandamento das economias dos países emergentes. Mas alerta que este contexto representa um novo risco para a região. Em causa estão as notícias que apontam para o abrandamento de economias como a China ou o Brasil, com as previsões económicas a apontarem para que algumas delas entrem mesmo em contracção. Draghi reiterou que a autoridade está “preparada para usar todos os instrumentos disponíveis dentro do seu mandato”, isto à luz dos desenvolvimentos recentes que revelam um abrandamento das economias emergentes.c
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DESTAQUE
Crescimento da Alemanha cai para 1.8%
A maior economia europeia deverá crescer neste ano 1,8%, contra os 2,1% que os principais institutos económicos do país previam no relatório da Primavera. O arrefecimento da economia global é a causa apontada. O “Diagnóstico conjunto” de Outono, que prevê a mesma taxa de crescimento para 2016, considera que o principal pilar da economia alemã nos dois exercícios vai ser o consumo interno, que beneficiará do bom comportamento do emprego, das subidas salariais e da conjuntura de baixa inflação e taxas de juro em níveis mínimos.c
SABIA QUE…
Ford investe 1.5 biliões de euros na China A empresa
norte-americana anunciou esta segunda-feira, 12 de Outubro, que irá investir cerca de 1.5 biliões de euros na China nos próximos cinco anos com o objectivo de expandir o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (R&D) no país, segundo a Reuters. Em declarações feitas num evento corporativo em Xangai, Mark Fields, CEO da Ford, adiantou ainda que a marca irá introduzir os veículos híbridos C-Max Energi e o Ford Mondeo no mercado Chinês no próximo ano. O responsável disse ainda que até 2020 a empresa vai “oferecer aos clientes na China um leque de híbridos” e de “veículos totalmente eléctricos”.c
Briefing MUNDO/WORLD
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Briefing WORLD
Growth reduces, Eurozone shakes O presidente
Volkswagen crushes their investors trust O índice
The index measuring the German investors dropped more than what was expected from the economists, to its lowest in the last year, regarding the Volkswagen scandal and the slowdown in emerging markets. The Zew index that measures the German’s investors and analyst dropped 12.1 points in September, and 1.9 in October. The economists consulted by Bloomberg estimated a less decline to 6.5 points, according to information agency. This indicator is intended to anticipate the economy’s evolution six months in advance. Volkswagen confirmed, on the 18th September, about the manipulation of the emissions test in 11 million diesel automobiles cost the company about 29 billion euros in market value, and pushed the German Dax index to a drop of 3.5% in two whole days. On the other hand, the German explorations dropped 5.2% in August, the biggest fall since 2009. The industrial orders together with the industrial production lowered unexpectedly, and the country’s main economic institute revised their growth estimates for 2015.c
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The president of the European Central Bank (ECB), Mario Draghi, considers that the Eurozone economy has demonstrated flexibility towards the economy’s reduction in emerging countries. However, this represents a new risk for the region. At hand are news that point at the economic reduction like Brazil and China, with the economic forecast pointing out that one of them goes in recession. Draghi emphasized that the authority is “ready to use all available instruments under his command”, this is the light of recent developments that reveal a slowdown in emerging economies..c
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HIGHLIGHT
Germany’s growth falls to 1.8%
The biggest European economy should grow 1.8% this year, against the 2.1% the country’s economic institute predicted in the report last spring. The global economy cooling is to blame. The “diagnosis set” of Autumn, that predicts the growth rate for 2016, considers that the main pillar of the German economy in the next two years will be domestic consumption, which will benefit the good employment rate, from low interest rates and raise in wages.c
DID YOU KNOW…
Ford invests 1.5 billion euros in China The North-American company announced this Monday,12th of October, that it will invest an estimate of 1.5 billion euros in China in the next five years, with the objective of expanding the Research and Development department (R&D) in the country, according to Reuters. In statements made at a corporate event in Shanghai, Mark Fields, CEO of Ford, said in addition that the company will introduce Ford Mondeo, and C-Max Energi hybrid vehicles to the Chinese market in the coming year. Furthermore, he said that the company will “offer their clients in China a set of hybrid cars” and “fully electric vehicles” in 2020.c
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Briefing ÁFRICA
Angola de rastos recebe lições do FMI A economia
em Angola está a enfrentar uma crise, provavelmente, a pior desde a independência. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para 2015-2016, um crescimento económico para Angola de 3.5%, e acredita que o país só deverá começar a recuperar em 2017. A economia angolana tem sido gravemente afectada pela queda acentuada do preço do barril de petróleo, ao longo do último ano. Porém, o nível confortável de reservas internacionais tem permitido à mesma suportar as consequências da baixa da cotação do petróleo melhor que a registada entre 2008 e 2009, quando teve que recorrer a um empréstimo do FMI. Para o ano em curso, a previsão do FMI, baseada no preço médio do barril de petróleo a 53 dólares, aponta para um crescimento na ordem dos 3,5%, sendo para o sector petrolífero o crescimento de 6,8% e para o não petrolífero de 2,1%. Em 2016, o crescimento geral é o mesmo projectado para este ano (3,5%) e sustentado em igual preço do barril de petróleo (53 dólares), e para o sector petrolífero regista-se um decréscimo (3,9%), já para o não petrolífero, um aumento (3,4%) comparativamente a 2015. A organização financeira prevê igualmente um acentuado aumento da dívida pública, para cerca de 57% do Produto Interno Bruto (PIB), dos quais 14% do PIB corresponde à petrolífera estatal Sonangol, no final de 2015. Para o Orçamento Geral do Estado de 2016, o FMI recomenda ao Governo angolano um pressuposto de preço de petróleo “bem conservador”.c
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‘Plano Marshall’ para a Líbia Falando da nova estratégia do Banco no Médio Oriente e na África do Norte, Ghanem disse que ela visa “restaurar na região a estabilidade, a paz e a luta contra a pobreza e o desemprego”. Quatro anos depois da revolução que destituiu o regime do coronel Muamar Kadafi, a Líbia é um país devastado e a maioria das suas cidades foi destruída pelos combates e confrontos armados que continuam. Mas apesar dos biliões de dólares gastos pelas novas autoridades, nenhum projecto de reconstrução foi iniciado na Líbia, o que levanta enormes suspeitas de corrupção e delapidação de fundos públicos.c
O Banco Mundial
revelou que a operação de reconstrução da Líbia necessita de 100 biliões de dólares norte-americanos, tendo em conta o estado de devastação do país. A Síria por seu turno exigirá 170 biliões de dólares. Falando em Washington, o vice-presidente do Conselho de Administração do Departamento para o Médio Oriente no Banco, Hafez Ghanem, disse que para o Iémen a instituição bancária “trabalha em colaboração com o Banco Islâmico de Desenvolvimento e a União Europeia para avaliar o montante requerido para a reconstrução”.
Taxa de crescimento anual do PIB líbio (%) 150 100 50 11.87
6.5
6.35
6.1
2.67
0
-7.9
-13.7
-21.8
-50
-52.5
2006
2008
2010
2012
2014
-100
Fonte: Bloomberg
África Austral instada a melhorar a pecuária Os países da África
Austral e Oriental foram convidados a melhorar o seu sector da pecuária, através da intensificação e da produção comercial, para a região aproveitar as oportunidades emergentes na Europa e no Extremo Oriente. A pecuária no seio do Mercado Comum da África Oriental e Austral e da Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral (COMESA/SADC) representaria uma actividade de vários biliões de dólares americanos, mas que não beneficia ainda os 70 e 80% por cento das pessoas que vivem no meio rural. Esta constatação foi feita durante a reunião em Addis Abeba, na Etiópia, da Comissão sobre a Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável e da reunião regional de
Briefing ÁFRICA /AFRICA
aplicação de África (Africa-RIM) para a 20ª sessão da Comissão para um Desenvolvimento Sustentável (CSD20), que discutiu um relatório sobre a pecuária na África Austral e Oriental, numa perspetiva regional. Youssouf Camara, economista na Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) que apresentou o relatório, notou que cerca de 76 milhões de produtores de gado pobres vivem na região COMESA, o que indica que o sector da pecuária está orientado para a subsistência.c
Angola in state of despair receives lessons from FMI The economy in Angola is going through a crisis, probably, the worst since the independence. The International Monetary Funds (FMI) forecasts an economic growth for 2015- 2016 of 3.5% for Angola, and believes the country will only begin recovering in 2017. The Angolan economy has been seriously affected by the massive drop of the petroleum barrel in the last year. However, the level of comfort of international reserves have permitted to support the same consequences of the price drop of petroleum better than registered in 2008 and 2009, when they had to file for a loan from FMI. In the course of the year, the FMI forecast, based on the medium price of petroleum barrel for $53, there
DESTAQUE
Ethiopian Airlines eleita a melhor companhia aérea em África Ethiopian Airlines obteve da Associação das Companhias Aéreas para a Experiência de Passageiro (APEX) o Prémio “Passenger Choice” de melhor companhia aérea em África. Esta é a terceira distinção consecutiva da Ethiopian Airlines.c
has been a growth of 3.5%, whilst the petroliferous grew 6.8%, and the non petroliferous 2.1%. In 2016, the general growth is the same projected for this year (3.5%) sustaining the same petroleum price per barrel (53 dollars), and petroliferous registers a decrease (3.9%), and for the non petroliferous, a raise of (3.4%) comparatively to 2015. The financial organization foresees equally marked rise of public debt, about 57% of Internal Gross Product (PIB), in which 14% of the (PIB) corresponds to the petroliferous state of Sonangol, in the end of 2015. For the General State Budget of 2016, the FMI recommends the Angolan government a petroleum price assumption “very conservative”.c
‘Marshall Plan’ for Libya
of the Department for the Medical of the East Bank, Hafez Ghanem, told Yemen’s institutional bank “work in collaboration with the Islamic Development and the European Union to evaluate the amount requested for the reconstruction”. Speaking about the new strategy of the Bank in the Middle East and in North Africa, Ghanem said she will help “restoring the regional stability, peace and fight against poverty and unemployment”. Four years after the revolution that dismissed coronel Muamar Kadafi’s regime, Libya is a devastated country and the majority of their cities were destroyed by the battles and armed forces taking place at the moment. Although the billions of dollars spent for the new authorities, no reconstruction project was initiated in Libya, which raises enormous suspicions of corruption and excessive spending of the public funds..c
The Global Bank reveals that the Libya reconstruction operation needs 100 billion north American dollars, keeping in mind the relatively bad state of the country. Syria will need 170 billion dollars. Talks in Washington, the vice-president of the Administration Counsel
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Taxa de crescimento anual do PIB líbio (%) 150 100 50 11.87
6.5
6.35
6.1
2.67
0
-7.9
-13.7
-50
-52.5
2006
2008
2010
2012
-21.8
2014
-100
Fonte: Bloomberg
Southern Africa urged to improve livestock The Southern African
and Eastern countries were invited to better their livestock sector through infestation and commercial product, for the region to enjoy the emerging opportunities in Europe and in far East. The livestock in the heart of the Common Market of East Africa and the Development of Southern Africa (COMESA/SADC) represent various North American dollar activity, but the 70 to 80% of the people that live in the rural areas don’t benefit from it. This information was found during a meeting in Addis Ababa, in Ethiopia, from the Commission about Secured Feeding and Sustainable Development and the regional meetings of the African application (Africa-RIM) for the 20th session for the Sustainable Development (CSD-20), that debated an article about livestock in Southern
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and Eastern Africa, in a perspective region. Yousouff Camara, an economist in the Commission Economy of the United Nations that presented the article, noted that about 76 millions of cattle producers live in the COMESA region, which indicates that the livestock sector is on its way to sustenance.c
HIGHLIGHTS
ETHIOPIAN AIRLINES elected as the best African airline
Ethiopian Airlines
received from the Airline Companies Association for the Passenger Experience (APEX), the award “Passenger Choice” the best African airline company. This is their third consecutive award.c
Briefing MOÇAMBIQUE
Evolução da Facilidade Permanente de Cedência (%) Dezembro Junho Agosto Outubro Novembro Outubro
2012 2013 2013 2013 2014 2015
9.5 9.0 8.75 8.25 7.5 7.75
Facilidade Permanente de Depósitos (%)
Banco Central tenta travar queda do metical O Banco Central
decidiu subir as taxas de juro de referência para conter a queda do metical face ao dólar. Por via disso, as taxas directoras – variáveis usadas pelos bancos comerciais para a fixação do custo do dinheiro – foram agravadas nos seguintes termos: A Facilidade Permanente de Cedência de liquidez foi agravada em 0.25%, para 7.75% aproximando os níveis Outubro de 2013; a Facilidade Permanente de Depósitos subiu 0.5% para 2%. Trata-se de uma taxa que fica muito próxima dos 2.25% praticados em finais de 2012. Já o Coeficiente de Reservas Obrigatórias apreciou 1% para 9%, representando um recuo de quatro anos visto que em Janeiro de 2011 este coeficiente estava mesmo fixado em 9%. A decisão do Comité de Política Monetária do banco emissor teve em conta os desenvolvimentos recentes da economia doméstica e internacional, bem como dos respectivos riscos prevalecentes e, tendo em consideração as projecções de inflação para o país referentes a 2016, que apontam para um nível superior à média dos últimos três anos.c
Março Abril Novembro Junho Agosto Outubro
2012 2012 2012 2013 2013 2015
3.5 3.0 2.25 1.75 1.5 2.0
De acordo com uma sondagem levada a cabo pela Skytrax em 2015, a Turkish Airlines foi escolhida como a “Melhor Companhia Aérea da Europa” pelo quinto ano e a “Melhor Companhia Aérea da Europa do Sul” pela sétima vez consecutiva. Depois de ter ganho em 2010 o prémio “Best Economy Catering Service” e, em 2013, o prémio “Best Business Catering Service” do mundo e em 2014 o prémio “Best Business Catering Service”, a Turkish Airlines foi este ano, distinguida com os prémios “Best Business Class Lounge” e “Best Business Airline Lounge”.c
Coeficiente de Reservas Obrigatórias (%) Janeiro Agosto Março Abril Junho Outubro
2011 2011 2012 2012 2012 2015
9.0 8.75 8.5 8.25 8.0 9.0
Gigante mundial voa para Maputo
A Turkish Airlines
inaugurou a rota Istambul-Maputo em Outubro passado. Trata-se do primeiro voo ligando os dois destinos. Fundada em 1933 com uma frota de cinco aviões, a Turkish Airlines é actualmente uma companhia aérea de quatro estrelas, membro da Star Alliance, e detém uma frota de 296 aparelhos (passageiros e carga) que voam para 277 destinos em todo o mundo, dos quais 229 internacionais e 48 domésticos.
DESTAQUE
Empresariado nacional confiante O Banco de Moçambique
diz, citando o Instituto Nacional de Estatísticas, que a confiança empresarial no país, expressa pelo indicador de clima económico, melhorou à entrada do segundo semestre de 2015, impulsionada pela avaliação favorável do emprego actual e suas perspectivas pela maior parte dos empresários. Trata-se de um cenário que subsistiu algum pessimismo em relação às perspectivas de procura e de preços. A melhoria das probabilidades de emprego reflecte as avaliações optimistas dos empresários de todos os sectores, com a excepção dos sectores de comércio e construção. Avaliações desfavoráveis apenas foram registadas nos sectores de alojamento e restauração e de produção industrial.c
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Briefing MOÇAMBIQUE /MOZAMBIQUE
Evolution of the Permanent Ease of Liquidity supply (%) December June August October November October
2012 2013 2013 2013 2014 2015
9.5 9.0 8.75 8.25 7.5 7.75
The Permanent Ease of Deposit (%) March April November June August October
2012 2012 2012 2013 2013 2015
3.5 3.0 2.25 1.75 1.5 2.0
Coefficient Mandatory Reserves (%)
Central Bank tries to stop the metical drop The Central Bank
decided to raise the reference interest rate to contain the decrease of metical to the dollar. In addition, the interest rates – variables used by commercial banks for the fixation of the cost of money – got worse in the following terms: The Permanent Ease of Liquidity supply worsened from 0.25% to 7.75% approaching the levels of October 2013; The Permanent Ease of Deposit increased from 0.5% to 2%. This is a rate that is very close to the 2.25% charged at the end of 2012. But the reserve requirement coefficient appreciated 1% to 9%, presenting a four-year deficit seeing that in January of 2011, this level was fixed the same in 9% The decision of the Monetary Policy Committee of the issuing bank kept in mind of the the recent national and international economic development, and the respective prevailing risks, taking into account of the inflation projections of the country for 2016, that point towards a superior level in the last three years.c
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Janeiro August March June October
2011 2011 2012 2012 2015
9.0 8.75 8.5 8.0 9.0
Global giant flies to Maputo
Turkish Airlines
inaugurated the Istanbul – Maputo route past October. It is the first flight linking the two destinations. Founded in 1933 with a fleet of five airplanes, Turkish Airlines is a fourstar airline, a member of the Star Alliance, now owns 296 planes (cargo and passenger) that fly to 277 destinations across the world, in which 229 are international and 48 domestic. According to a survey conducted
by Skytrax in 2015, Turkish Airlines was chosen as the “ Best Airline in Europe “ for the fifth year and “ Best Airline Southern Europe “ for the seventh consecutive time. Having won in 2010 the prize “ Best Economy Catering Service” and in 2013 the prize “ Best Business Catering Service ‘of the world and in 2014 the prize” Best Business Catering Service ‘, Turkish Airlines was this year awarded “ Best Business Class Lounge “ and “ Best Business Airline Lounge“ awards.c
HIGHLIGHT
National Entrepreneurship confident The Bank of Mozambique
says, referring to the National Institute of Statistics, that the business confidence of the country improved entering the second semester of 2015, driven by the favorable evaluation of their actual jobs and businessmen. It’s a scenario that substituted a few pessimists in connection to prices and search prospects. The improved probability of employment reflects the optimistic assessments of businessmen from all sectors, except the construction and commercial. Unfavorable assessments were registered in the storage and restoration sectors, and industrial production.c
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Briefing MOZAMBIQUE
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DOSSIER
África Subsaariana
Emprego na rota das prioridades do futuro Os jovens da África Subsaariana olham para o emprego como o principal tema para o futuro da Região. O empreendedorismo é visto como o sector que mais irá contribuir para que mais pessoas tenham trabalho. Porém, a corrupção, a falta de transparência e o crónico problema do acesso ao financiamento podem comprometer o empreendedorismo. Belizário Cumbe (texto)
ÁFRICA SUBSAARIANA Temas prioritários do futuro Criação de emprego jovem
48%
Erradicação da corrupção
40%
Crescimento económico
30%
Saúde e saneamento
30% 24%
Estabilidade política
O
continente africano é o mais jovem do mundo com cerca de 200 milhões de habitantes, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, segundo o African Economic Outlook – 2014 do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Na África Subsaariana, quase 65% do tecido social é constituído por indivíduos que estão abaixo de 30 anos de vida, de acordo com a mesma fonte, por isso a criação de emprego é o tema mais importante para o futuro da Região. Segundo a pesquisa “Criação de Emprego na África Subsaariana: Empreendedores, Governo, Inovação” elaborado pela Forbes Insights – grupo de pensadores da Forbes Media – em parceria com a Djembe Commu-
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nications agência de consultoria em comunicação – 48% da juventude desta região de África entende que a criação de emprego está acima de temas como o combate à corrupção, saúde, saneamento ou estabilidade política. Ou seja, num continente onde 15 milhões de jovens entram no mercado de trabalho todos os anos, a fonte de renda deve estar acima de todas as prioridades. Quem deve impulsionar o emprego? A publicação, que inquiriu quatro mil jovens (com idade compreendida entre os 16 e 40 anos) oriundos de Angola (quase metade do total), Gana, Moçambique e Nigéria, revela que para a população jovem, os empreendedores estão entre os principais impulsionadores da criação de
emprego (36%), porém, a tecnologia e a educação assumem igual importância. Mas a corrupção e a falta de transparência nos negócios são vistos como os principais nós de estrangulamento para o empreendedorismo (45%). Outro factor que desencoraja a quem queira ter o seu próprio negócio na África Subsaariana é a falta de financiamento, segundo 35% dos inquiridos. Dito de outra forma, para garantir um bom ambiente para a criação de emprego, os governos destes países devem partir para uma acção enérgica no combate à corrupção, na garantia da transparência nos negócios e na flexibilização de mecanismos de acesso ao financiamento. Quais são os sectores mais influen-
Principais impulsionadores da criação de emprego Empreendedorismo/PME
36%
Tecnologia
36%
Educação
36% 28%
Governo
23%
Inovação
tes? A agricultura e os recursos naturais são os sectores que, nos próximos cinco anos, irão criar a maioria dos empregos de acordo com 43% e 35% dos inquiridos, respectivamente. Aqui importa ressalvar o facto da agricultura, definida como base de desenvolvimento de muitas economias e prioritária ao combate à insegurança alimentar, estar posicionada em primeiro lugar. O que dizem os moçambicanos? Em Moçambique, 50% dos jovens dizem que a criação de emprego é o tema prioritário e os empreendedores são vistos como principais impulsionadores, segundo 39% dos inquiridos. O sector dos recursos naturais tem um papel ainda mais importante no
futuro do país. Há esperança de que este sector crie a maior parte do emprego jovem nos próximos cinco anos (49%) e de que crie também o maior número de empreendedores (50%), sendo, igualmente, considerado como o principal impulsionador do empreendedorismo (38%). O presidente do Conselho de Administração (PCA) do Moza Banco, Prakash Ratilal, diz que é fácil entender porque é que a criação de emprego é o assunto mais importante nas cabeças dos jovens. O sector privado cria menos de 18 mil novos postos de trabalho por ano. A economia moçambicana depende dos megaprojectos nas indústrias de alumínio e nas extractivas, e dos
sectores energéticos, e a natureza do capital intensivo não gera emprego suficiente para providenciar oportunidades satisfatórias ao crescimento rápido da população jovem. A mesma linha de pensamento é partilhada por André Almeida Santos, principal economista no BAD, para quem o grande desafio de Moçambique é a diversificação da economia através da variação do tecido produtivo e aqui as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) são parte fundamental. Para Prakash Ratilal, as vantagens do crescimento ainda não chegaram a uma grande faixa da população, por isso é crucial combinar o sector público e o privado no impulsionamento da economia.c
Principais barreiras ao empreendedorismo Corrupção e falta de transparência
45%
Sem acesso a capital/sistema financeiro
35%
Burocracia
29% 27%
Sistema de educação inadequado
25%
Falta de negócios Sectores que irão criar a maioria do emprego jovem nos próximos cinco anos Agricultura e actividade agrícola 43
43%
Recursos naturais – 35
35%
Tecnologia – 33%
33% 28%
Educação 28% Construção de infra-estruturas
21%
Saúde
21%
Fonte: Pesquisa Criação de Emprego na África Subsaariana: Empreendedores, Governo, Inovação
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DOSSIER
Sub-Saharan Africa
Employment on route of being future priorities The sub-Saharan African youth see employment as the principal key for the future of the Region. Entrepreneurship is looked as the most contributing factor for more job opportunities. However, corruption, the lack of transparency and chronic problem of financial access to finance, may compromise entrepreneurship. Belizario Cumbe (text)
Sub-Saharan Africa Future priority themes Job creation for the youth
48%
Corruption abolition
40%
Economic growth
30%
Health and hygiene
30% 24%
Political stability
T
he continent of Africa is the youngest in the world with a roughly estimated population of 200 million, in the age groups of 15 to 24 years old, according to African Economic Outlook – 2014 from the African Development Bank (BAD). In sub-Saharan Africa, almost 65% of the society is constructed by individuals below the age of 30 years old, therefore the job creations is the most important for the region’s future. According to the “Job Creation in sub-Saharan Africa: Entrepreneurs, the government, innovation” prepared by Forbes Insights – the think tank of Forbes media- in partnership with Djembe Communication- com-
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munication consultation agency-48% of the youth in this African region have the knowledge that job creation is above other topics such as anti- corruption, health, and political sanitation and stability. So, the source of income should be above all priorities in this continent, where 15 million of the youth enter the work environment every year. Who should boost employment? The publication that surveyed four thousand youths (in the ages of 16- 40 years) from Angola (almost half of the total), Ghana, Mozambique and Nigeria, shows that entrepreneurs are amongst the protagonist of the (36%) of job creations. Technology and education assume the same importance.
However, corruption and lack of transparency in business are obstacles for entrepreneurship (45%). Another factor that discourages the youth to start an own business in the sub- Saharan is lack of financial aid, according to the 35% of the respondents. In other words, to guarantee a clean environment for job creation, the government from these selective countries must take action against corruption to guarantee the ease of financial access and transparent businesses. Which sectors are most influential? According to the 43% and 35% of the respondents, agriculture and natural recourses are sectors that will create majority of jobs in the next five years. It matters
that agriculture, defined as the basis for development of many economies and priority to combating food insecurity, being placed first. What do the Mozambicans say? In Mozambique, 50% of the youth confirmed that job creation is proprietary, and entrepreneurs are seen as the main boosters, according to 39% of the respondents. The natural resource sector has an important role on the country’s future. There is hope that this sector creates the majority of youth employment in the next five years (49%) and also
creates a larger number of entrepreneurs (50%, being, equally considered as the main entrepreneurship booster (38%). The president of Moza Banco board of directors (CEO), Prakash Ratilal, says that it is easy to understand the importance of job creations in the youth’s mind. The private sector creates about 18 thousand new employment posts per annum. The Mozambican economy depends on megaprojects in aluminium and extractives, and energetic sectors, and the intensive capital nature doesn’t
generate enough jobs to provide stability due to the rapidly increasing youth population. The same view is shared with André Almeida Santos, main economist of BAD, for whom the biggest challenge in Mozambique is the economy’s diversification through productive tissue, and Small and Medium businesses (PME) are fundamental. For Prakash Ratilal, the growth advantage hasn’t reached the majority of the population, so it’s crucial for the private sector and public sector plan on boosting the economy.c
Main boost for job creation Entrepreneurship/ PME
36%
Technology
36%
Education
36% 28%
Government Innovation
23%
Main obstacles of entrepreneurship Corruption and lack of transparency
45%
No capital access/ financial system
35%
Bureaucracy
29% 27%
Inadequate educational system
25%
Lack of business
Sectors that will create majority of youth jobs in the next five years
Agriculture and agricultural activity
43%
Natural resources
35%
Technology
33% 28%
Education Infrastructure construction
21%
Health
21%
Font: Research “Job creation in sub- Saharan Africa: Entrepreneurs, Government, innovation”
Capital Magazine Ed.93 · DEZEMBRO/JANEIRO 2015/16
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ECONOMIA
Habitantes e desafios duplicam em Maputo até 2030 A cidade de Maputo irá duplicar o número de habitantes até 2030. Projecta-se que venha a haver cerca de 5 milhões de habitantes até ao referido período contra os actuais 2.5 milhões, segundo os cálculos de Álvaro Sousa, académico da Universidade de Coimbra (Portugal). Sérgio Mabombo (texto)
O
crescimento dos habitantes da cidade de Maputo traz análises e projecções distintas. Para Álvaro Sousa, o crescimento exponencial coloca desafios gigantescos em termos de investimento: O trânsito intenso; a infraestrutura de saneamento urbano insuficiente e o aumento das edificações inseguras. Estes são os principais problemas que já se fazem sentir devido à actual e rápida densificação urbana. Mas para Victor Fonseca, vereador do pelouro de Infraestruturas do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, a densificação urbana é bem vinda no sentido de viabilizar o mercado dos transportes. O próprio Plano de Estrutura de Transportes da cidade de Maputo revela que ainda há espaço para a densificação da urbe. Para o verador, o transporte de massas, uma das grandes necessidades da cidade, só será sustentavel com a densificação e a ligação desta com os grandes corredores e centros urbanos. “Isto é o que rentabi-
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liza o investimento”, explica Fonseca. Por outro lado, o vereador defende que os transportes de massa só se tornam viaveis quando circulam com base na frequência e não nas horas de pico da procura. Assim, sente-se a necessidade de mais prédios e mais gente a deslocar-se nas zonas estratégicas. A avenida Eduardo Mondlane é uma delas, que densificada, pode justificar um investimento em transporte público com retorno garantido.
Acção urgente Alvaro Sousa, adverte que com a densificação em curso, o município de Maputo dificilmente irá superar alguns desafios se não agir hoje. Uma das acções a ser feita, urgentemente, é a reserva de espaços para o parqueamento de viaturas. Com efeito, o número de automóveis cresce aceleradamente acompanhando o actual desenvol-
vimento económico. «Teremos problemas sérios no parqueamento», adverte Álvaro Sousa. A advertência é perceptível tomando em consideração a projecção segundo a qual até 2030 a cidade terá dois milhões de viaturas, contra as actuais 270 mil. Assim, devido aos referidos números, mesmo com o término da construção da estrada circular de Maputo, a cidade irá precisar do segundo empreendimento da mesma dimensão, segundo projecta Augusto Fernando, membro da Ordem dos Engenheiros de Moçambique. Contudo, o maior problema apontado pelos engenheiros reside em conseguir financiamento para as referidas infraestruturas. Com o passar do tempo, o preço de uma estrada será três vezes mais caro devido aos reassentamentos das famílias que, gradualmente, fixam residências em espaços estratégicos da cidade. Assim, se os 74 quilómetros de extensão da Circular de Maputo custam, actualmente, 315 milhões de dólares, em 2030 o montante a ser desembolsado para a construção de uma infraestrutura similar será de 945 milhões, ou seja o triplo do valor actual.c
PROJECÇÕES Automóveis em Maputo Ano 2015 2030
Viaturas 275.000 2.000.000
Economy
Population and challenges double in Maputo until 2030 The city of Maputo will double the number of population until 2030. It is projected to have a population of about 5 million until the referred period compared to the actual 2.5 million, judging from Alvaro Sousa’s calculations, University of Coimbra, Portugal. Sergio Mabombo (text)
T
he population growth in Maputo brings distant projections and analysis. For Alvaro Sousa, the exponential growth brings humongous challenges in terms of investment: the intense traffic; insufficient sanitation of urban infrastructure, and a rise in unsafe and unsecured buildings. These are the main problems we’re facing due to the rapid urban densification. For Victor Foncesa, councilman of the County Counselor of Maputo, says urban densification is a welcoming start to enable the transportation market. The Transportation Structure Plan of Maputo itself reveals there is still space for densification in the city. For the councilman, transportation in mass, one of the great necessities of the city, will only be sustained with densification, connection with big roads and urban centers. “This is what
monetizes investment”, explains Fonseca. On the other hand, the councilman defends the fact that transportation in mass are more viable when circulating in a frequent base, but not in the peak of demand time. Therefore, its necessary to have more buildings and more people dislocating in strategic areas. The Eduardo Mondlane Avenue is one of them, if densified, could justify an investment in public transportation with guaranteed positive feedback.
Urgent Action Alvaro Sousa, warns that with densification in course, the county of Maputo will struggle to overcome some challenges if they don’t act today. One of the actions taking place, urgently, is space reservation for parking of
vehicles. In effect, the number of vehicles grows rapidly accompanied by the actual economic development. “We will have serious problems in parking”, says Alvaro Sousa. The warning is taken into consideration through projections second to which in 2030, the city will have two million vehicles, more than the actual 270 thousand. Therefore, due to referred numbers, the city will need more enterprise in the same dimension even after finishing the road construction circling Maputo, according to August Fernando member of the of the Engineering Order in Mozambique. Yet, the major problem pointed by the engineers resides in obtaining financing for the referred infrastructures. With time passing, the price of a road construction will be three times more expensive due to the families being resettled because of their prior residence in strategic places in the city. Therefore, if the extension of 74 kilometres circling Maputo costs 315 million dollars, in 2030 the amount being disbursed for the construction for a similar infrastructure would cost 945 million dollars, or being triple the actual value.c
PROJECTIONS Vehicles in Maputo Year 2015 2030
Vehicles 275.000 2.000.000
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negócios
Casamento único entre cervejeiras rivais AB Inbev melhorou mais uma vez a oferta sobre a SABMiller e conseguiu acordo com os accionistas. Juntas produzem um terço da cerveja mundial e representam metade dos lucros da indústria.
A
AB InBev, a maior produtora de cerveja do mundo, e a sua maior rival em quota de mercado, a SABMiller, concordaram finalmente em unir destinos e criar o maior gigante do sector, responsável pelo fabrico de um terço da cerveja em todo o mundo e por metade do lucro da indústria. Depois de quatro tentativas falhadas da AB InBev, que produz marcas como a Budweiser ou Corona, à quinta foi de vez. A SABMiller, dona da Peroni e Grolsh, aceitou o pacote de acções e dinheiro oferecido pela belga-brasileira, no valor de 69 mil milhões de libras (92,3 mil milhões de euros) pelas contas da Reuters, uma melhoria face aos 67 mil milhões de libras oferecidos uns dias antes (90,5 mil milhões de euros). A proposta inicial era, aliás, de 65 mil milhões (87,8 mil milhões de euros), o que significa que o valor foi mel-
horado em quatro mil milhões de libras. A SABMiller anunciou que as duas gigantes cervejeiras chegaram a um acordo de princípio sobre os termos da oferta, segundo o qual os “accionistas da SABMiller teriam direito a receber 44 libras por acção, em dinheiro, com um pacote alternativo de acções disponível para aproximadamente 41% das acções”. A oferta em dinheiro representa um aumento de perto de 50% face ao valor das acções da empresa no fecho da bolsa de 14 de Setembro. Acordo finalmente tem luz verde Em meados de Outubro, a AB InBev tinha aumentado de 42,15 libras para 43,50 libras o valor a oferecer (em dinheiro) por cada acção da rival, podendo os investidores, se assim o desejassem, receber uma parte em dinheiro (por um valor inferior por acção, de 3,56 libras que foi aumentado para
Receitas da SABMiller em Moçambique
DESTAQUE
Fusão histórica
14.00 12.00 10.00 8.00 6.00 4.00 2.00 00 2003 10.000.000 9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0
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3,7788 libras) e outra em acções da nova empresa. Foi assim que a gigante cervejeira convenceu o conselho de administração da SABMiller. A tabaqueira Altria (proprietária da Marlboro) é a maior accionista e já tinha dado luz verde ao negócio e, neste período profícuo em tentativas por parte da Ab InBev, apelou ao conselho de administração para se envolver sem demoras de forma construtiva com a AB InBev para que chegasse a acordo sobre os termos da oferta. A segunda maior produtora de cerveja, de origem britânica e sul-africana (SABMiller), e presente com a Cervejas de Moçambique, pediu uma extensão do prazo de duas semanas para que a rival apresentasse formalmente ao regulador de mercado a oferta. O prazo final era até dia 14 de Outubro, mas com este pedido estendeu-se até 28 de Outubro.c
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A fusão é a maior na história empresarial do Reino Unido, ultrapassando a do BG Group com a Shell, no valor de 47 mil milhões de libras. Segundo a Bloomberg é, até agora, a maior de 2015. Entra ainda para o terceiro lugar do ranking das maiores concentrações do mundo, depois da da Vodafone com a Mannesmann em 1999 e da Verizon Communications e Verizon Wireless em 2013, segundo a consultora Dealogic.c
BUSINESS
A happy marriage between rival breweries AB InBev improved the offer previously made to SABMiller and struck a deal with the shareholders. Together, they produce a third of the beer worldwide and represent half of the industry’s profit.
A
B InBev, the biggest brewer in the world, and its arch rival SABMiller, finally agreed on joining forces and create a major sector that will produce a third of beer globally and obtain half of the industry’s profit. After AB InBev failed four consecutive times, the same company that produces labels as Budweiser and Corona, the fifth try was a charm. SABMiller, owner of Peroni and Grolsh, accepted the package of money and shares offered by the Belgian- Brazilian, for the amount of 69 billion pounds (92,3 billion euros) from the calculations by Reuters, better than the offer given eight days prior which was 67 billion pounds (90,5 billion euros). The first proposal was 65 billion
pounds (87,8 billion euros), meaning that the value increased by 4 billion pounds. SABMiller announced that the two brewer giants got into an agreement of the terms offered, “SABMiller shareholders are to receive 44 pounds per share in money with an alternative package available for approximately 41% of the shares”. The offer in money presents a raise close to 50% in the companies shares in the stock closing on the 14th of September. The agreement finally has the green light In mid October, AB InBev had raised from 42,15 to 43,50 pounds to offer their rivals in cash per share, if they wish to, receive a part in money (for a low price per share of 3,7788 pounds which was raised from 3,56 pounds) and others in exchange of
SABMiller income in Mozambique 14.00
their own shares. This was how the major brewery convinced the Administrative counselor of SABMiller. The tobacco label Altria (property of Marlboro) is the major shareholder and had already given the green light on the business, appealing to the Administrative Counsellor to accept the profitable offer made my Ab InBev, and to get involved with the brewer mogul in a rapid yet constructive manner to come into an agreement on the terms and offers. The second biggest brewer production, British and southern African (SABMiller), together with Cervejas de Moçambique (Beers from Mozambique), asked for two weeks of extension on the deadline so that the rival company can revisit their offer. The deadline was on the 14th of October, but with the request offered, it was extended to the 28th of October.c
HIGHLIGHT
12.00 10.00
Historic fusion
8.00 6.00 4.00 2.00 00 2003
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The fusion is the best in the United Kingdom, surpassing BG Group and Shell, valued at 47 billion pounds. Second to Bloomberg, till today, is the biggest of 2015. It is also ranked top three in the most concentrated worldwide, after the likes of Vodafone and Mannesmann in 1999, and Verizon Communications and Verizon Wireless according to Dealogic consultant.c
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EMPRESA
OLOGA deixa marca no African Entrepreneurship Awards A OLOGA, uma empresa jovem moçambicana virada para sistemas de informática, foi a única que representou o País na fase final do African Entrepreneurship Awards, realizado em Marrocos. Apesar de não ter conseguido o primeiro lugar, o conhecimento e a experiência obtido foi a maior conquista. Gildo Mugabe (texto)
D
iz o provérbio que “toda a ideia inovadora precisa de ser acarinhada”, ou seja, mais do que apoio financeiro, alguns projectos inovadores precisam de mentores para aconselhá-los, incentivá-los, consolá-los e ajudá-los a persistir no mercado. Foi com esta impressão que o júri da African Entrepreneurship Awards ficou da OLOGA. Apesar de não ter atribuído o grande prémio à empresa moçambicana, o jurado entendeu que a OLOGA cresceu, está madura e com um horizonte
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claramente definido no mercado. Tal como conta Mulweli Rebelo, director geral da OLOGA, não foi por falta de mérito do Projecto que o grande prémio não veio para Moçambique. Foi por ter sido considerado um projecto maduro que o júri decidiu alocar a ajuda a outras ideias ainda em incubação. “Fomos superiores em vários aspectos. Passamos por três categorias de selecção, nomeadamente; ideias e negócios com mais sucesso local, ideias com mais chance de ter sucesso em África bem como na categoria
de ideia mais significante e sustentável”, disse Mulweli Rebelo. Mas qual foi a ideia ou projecto que a OLOGA levou a Marrocos? Questionamos o director-geral da OLOGA, tendo este respondido que foi uma ideia de Registo Médico Electrónico em implementação no Hospital Central de Maputo. Trata-se de uma ideia nova que visa a captação dos dados clínicos dos pacientes para formato digital, facilitando assim a gestão das consultas, reduzindo o tempo de espera e melhorando o nível de serviço ao cidadão. Com as actividades iniciadas em 2010, a OLOGA tem vindo a consolidar-se no mercado a cada ano que passa. De lembrar que foi a vencedora do prémio empresa mais inovadora de Moçambique, no concurso “100 Melhores Pequenas e Médias Empresas de Moçambique. Promovida pelo GAPI, a OLOGA iniciou actividade com um investimento de 20 mil meticais e hoje conta com 500 mil meticais de capital social.c
Volume de negócios desde 2010 (em meticais) 2010 2011 2012 2013 2014
3.025.927 4.168.219 7.391.170 8.004.969 11.490.407
Company
OLOGA leaves a mark in the African Entrepreneurship Awards OLOGA, a young Mozambican business focused on IT software and systems, was the only company to represent the country in the African Entrepreneurship awards final phase in Morocco. Although they didn’t get first place, knowledge and experience was their best prize. Gildo Mugabe (text)
T
here’s a proverb that goes like “every innovative idea must be nurtured”, more important than financial aid. Some innovative projects require mentors to delegate them, encourage them, comfort them, and help them be persistent in the market. It was with this impression the judges from the African Entrepreneurship Awards were moved by, and sided with OLOGA. Despite the Mozambican company not being awarded with the grand prize, the judges took into consideration the growth of the company, and its maturity and horizon in the market. Just as Mulweli Rebelo tells, general director of OLOGA, it wasn’t because of lack of merit for the project that the big prize didn’t come to Mozambique, it was because the judges saw the maturity of the project and decided to help other projects who are still in the beginning phase. “We were superior in various aspects. We were nominated in three selective categories; Business and ideal local success, ideas with more chances of being successful in Africa same with the significant and sustainable idea category”, said Mulweli Rebelo. But which project or idea did OLOGA take to Morocco with? We asked the general director of OLOGA, and he
told us. It was an idea that came from an Electric Medical Register installed at the Central Hospital of Maputo. It’s a new idea that obtains clinical data from patients in a digital format, simplifying consultant management reducing the waiting time and improving the citizen’s service level. With activities initiated in 2010, OLOGA has consolidated the market as the years go by. Just a reminder that OLOGA was awarded the best innovated company in Mozambique.
Promoted by GAPI, OLOGA started operating with 20 thousand meticais, and today has more than 500 thousand meticais in social capital.c
Graph with the volume of business since 2010 (in meticais) 2010 2011 2012 2013 2014
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Tema de FUNDO
Visão macroeconómica do país
Queda do carvão e ascensão do gás O prestigiado economista Luís Magaço Jr. faz uma radiografia exaustiva sobre a situação macroeconómica do País. Nesta entrevista, em exclusivo para a Capital, Magaço aborda temas que fazem ou fizeram parte do dia-a-dia da economia. A queda do preço do carvão mineral no mercado internacional, o futuro do gás natural, a dívida externa moçambicana e o crédito mal parado são apenas alguns dos diversos temas abordados. Gildo Mugabe (textos) Isaías Uamba (fotos)
Dr. Luís Magaço é economista e tem ocupado cargos de gestão em diversas empresas de topo no país. Que avaliação faz do estágio actual da economia moçambicana face ao contexto global?
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Penso que estamos a passar por um período complexo, onde os fenómenos associados com um novo ciclo governativo estão a dilatar-se de forma atípica. Por um lado, o início de um novo consulado de Presidente e Governo desencadeou uma normal
demora na aprovação do Orçamento e na normal lentidão da volta de aquecimento do Governo. Essa situação ainda não está concluída, levando em consideração as mexidas recentes no Governo e nas empresas e institutos públicos. Que impacto estes fenómenos trouxeram à economia moçambicana? Novos fenómenos surgiram no país, uns de origem doméstica e outros de origem externa, nomeadamente, a queda dos preços das principais commodities que exportamos (à excepção do gás e do alumínio) resultam numa significativa redução de receitas de exportação; o desembolso tardio da ajuda externa pelos doadores reduziu a disponibilidade de divisas no sistema financeiro nacional; e a persistente instabilidade política, que se crê cíclica e resistente a todos os anticorpos convencionais - afasta os investidores, os turistas e degrada a confiança e o ambiente de negócios. E isso reflectiu-se também nas projecções de crescimento económico do País? Claro, todas as revisões das projecções de crescimento do país são de optimismo mais conservador, são sempre de decrescimento. Nos rankings internacionais, estamos a cair em quase todos os indicadores. De facto, desde o ano 2000 que não passávamos por um período de tamanha desaceleração da actividade económica, que esperemos seja passageira mas infelizmente já dura há dois-três anos. O Banco Mundial reviu em baixa o crescimento da economia moçambicana de 7% para 6.5% devido às calamidades naturais, entre outros factores macroeconómicos. Na sua opinião, e como economista, como é que analisa este dado? Essa revisão foi recebida com naturalidade, até porque meses depois,
essa taxa foi revista em baixa para 6%. As cheias e a seca são fenómenos recorrentes em Moçambique e sempre afectaram as projecções de crescimento. A adicionar às cheias, tivemos um apagão na Zona Norte que durou 3 semanas e meia. Isso afectou de forma significativa a economia mas o que veio a seguir, que são fenómenos originados pelos homens, teve consequências muito piores. Para o próximo ano deveremos crescer entre 5.5 e 6.0 por cento nas projecções mais conservadoras, em consequência das actuais adversidades. Esperemos que não tenhamos surpresas adicionais e que os actuais problemas se resolvam em vez de piorarem. Em 2010, Moçambique deu início à exploração do carvão mineral numa maior escala em Tete e nesse período todas as atenções estiveram viradas para este sector, recursos foram movimentados, quer humanos quer financeiros. Entretanto, cinco ou seis anos depois, tudo indica que o carvão de Tete perdeu ou está a perder importância face ao gás da bacia do Rovuma. Na sua opinião, o mercado do carvão mineral ainda pode vir a beneficiar o país?
Não acha que o mesmo cenário de baixa de preços e desistência das empresas poderá vir a acontecer com o gás natural? O carvão teve um momento de glória, na década de 2000 a 2010, e até mais ou menos 2012. O preço do carvão, por tonelada, rondava os 310 dólares. A China e a Índia compravam o carvão de forma crescente e a pressão por novas fontes de fornecimento era grande. Infelizmente, a partir de 2011, o preço começou a cair de forma consistente, até atingir os actuais níveis de 75-80 dólares. Obviamente que o incentivo para a exploração do carvão reduziu bastante porque as perspectivas do lucro também caíram. O tempo passou e o sonho dourado virou peadel0? Infelizmente, não conseguimos aproveitar o período de glória por causa de um debate de surdos em torno das melhores opções logísticas para o escoamento do carvão. Os operadores defendiam a exportação por Nacala ou pelo rio Zambeze, e o Governo, através dos CFM, defendia a opção do porto da Beira. Esse diálogo de surdos atrasou decisões estratégicas que visavam colocar o custo do transporte do carvão a 25 dólares por
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tonelada no porto, a forma mais viável para tornar a actividade atractiva. Que dizer então do futuro desta commodity? Relativamente ao futuro, tenho muitas dúvidas e até receios do que poderá vir a acontecer. A agenda do Presidente Obama sobre a energia limpa prevê a redução da produção da energia através do carvão em 38% nos Estados Unidos. Ora, isso seria a morte do artista que leva o nome do carvão. A ver vamos. Com o carvão mineral aparentemente esquecido, a fé fica depositada no gás natural. Que futuro nos reserva o gás em Moçambique? Sobre o gás, não me parece que o cenário seja o mesmo, por duas razões: primeiro o gás é uma energia muito mais limpa e leve, fácil de transportar, armazenar e distribuir. Vai levar muito tempo até se encontrarem fontes alternativas ao gás, que o tornem redundantes. Depois, o nosso gás está localizado no alto mar, o que significa que os problemas logísticos por que passou o carvão não ocorrem. Há até alguns operadores que nem querem uma LNG em solo firme, porque podem liquefazê-lo no mar e exportá-lo directamente. Apesar de haver um excedente de depósitos de gás no mundo, ele ainda tem um fortíssimo potencial uma vez que o consumo de energia não pára de aumentar. Com a descoberta dos recursos naturais, a agricultura passou para um segundo plano, ao invés de ser encarada como base para o desenvolvimento do país, de acordo com a Constituição da República. O que pode ser feito no sentido de se alavancar ou dinamizar este sector? O aumento da produção e da produtividade agrícola é um imperativo nacional por duas razões: o combate ao desemprego rural e à pobreza e a segurança alimentar.
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Nenhum país conseguiu até hoje tornar a agricultura uma actividade por si só rentável e sustentável. Os países ricos injectam volumosos subsídios financeiros, tecnológicos e de conhecimento na agricultura de modo a viabilizá-la. Um país como o nosso não pode escapar à mesma abordagem. Qual seria o antídoto para tornar a agricultura mais rentável em Moçambique? A agricultura tem de ser subsidiada e apoiada, se quisermos ir para algum lado. Até no que tange ao acesso aos mercados, o Governo deve criar condições de acessibilidade. Quando 75% da população produz 25% da riqueza nacional, a inversão do gráfico não se fará por via da agricultura rudimentar e familiar, sendo que a mecanização e a sofisticação tecnológica não estão ao alcance da maioria dessa população. É aí que entra o Governo. A questão da dívida pública tem dividido opiniões na esfera económica do país, alguns dizem que a mesma está dentro dos padrões internacionais aceitáveis e outros defendem que não. Gostaria de saber a sua opinião sobre este assunto. Pelas contas apresentadas pelo ex-ministro das Finanças, Dr. Manuel Chang, estávamos a níveis sustentáveis (abaixo dos 45%) do PIB. Pelas contas actuais, parece-me que estamos a níveis insustentáveis. Muitos até tentam isolar o fenómeno EMATUM, a Ponte da Catembe da equação, de modo a reduzirem o impacto da dívida mas eu não acho isso prudente. É preciso meter no mesmo saco todas nossas responsabilidades. O Banco de Moçambique referiu que está preocupado com o crédito mal parado. Entretanto, e apesar dos dados avançados, os bancos comerciais continuam a registar lucros acima da média. Como se explica
este fenómeno? Penso que há uma grande utopia quando se fala da lucratividade da Banca e do seu papel social. A Banca desempenha um papel social visivelmente importante, levando serviços financeiros aos locais mais recônditos do país. E tem de fazer investimentos, alguns dos quais imposto por requisitos internacionais e segurança das operações, para além de outros que são regulamentares. Tudo isso tem de ser pago, nada é de graça. Mais, se olhar para o gráfico das taxas de juro, vai perceber que ela tem uma tendência contínua a baixar, o que é resultado da grande competição que há no sistema financeiro.c
BACKGROUND THEME
The country’s macro economic vision
The dip of coal and rise of oil The prestigious economist Luis Magaço Jr. does a comprehensive radiography about the macro economy situation in the country. In this exclusive interview with Capital, Magaço addresses topics that occur or occurred in the day-to-day of the economy. The fall of coal price in the international market, the future of natural gas, the Mozambican foreign debt and bad loans are just a few of the topics addressed. Gildo Mugabe (text)
Dr. Luis Mugabe is an economist and has worked in diverse managerial spots in majoring companies in the country. What evaluation would you give on the Mozambican economy in the global phase? I think we are going through a complex period in which the phenomena associated with the new governing
cycle are amplified in an abnormal way. On one hand, the beginning of a new Presidential and Government consulate unleashed a fashionably delay of budget approval, and the usual slowness overturns the government heat. This situation is not yet concluded, taking into consideration the recent changes in the govern-
ment, businesses, and in public institutes. What impact has the phenomena bring to the Mozambican economy? New phenomena have emerged in the country, some from domestic origins and others from external origins, namely the price dip of the main
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commodities that we export (except for gas and aluminum) resulting in a reduction in exporting numbers; the late disbursement of foreign aid reducing availability of foreign exchange in the domestic financial system; and the persistent political instability which can’t be neutralized drift investors and tourists away, and affects the business environment and trust. Did this reflect on the projection of the country’s economic growth? Of course, all revisions of the country’s growth projection are optimistic yet conservative, always decreasing. In the international rankings, we are lowering on almost every indicator. In fact, we haven’t gone through such slow economic activity since 2000, and we hope that it’s a passing phase, but unfortunately it has lasted for three years. The World Bank has lowered the Mozambican economy growth from 7% to 6.5% due to natural disasters and other macro economic factors. In your opinion as an economist, how do you analyze this data? This information was received naturally, actually, months after the percentage lowered to 6%. The flood and the drought are frequent phenomena in Mozambique and has always affected the growth projections. In addition to the floods, there was a blackout in the Northern region that lasted for 3 and a half weeks. This affected the economy in a significant way, but what happened next were phenomena originated by humans, and had its consequences. In the next year, we are projected to grow between 5.5 to 6 per cent in a more conservative projection, due to the actual adversities. Just hope we don’t
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get any more surprises, and that the present issues are resolved instead of it getting worse. In 2010, Mozambique initiated mineral coal exploration in a bigger scale in Tete. In this period, all eyes
were on this sector. Resources were needed, from employees to financial aid. So, five to six years pass, and it appears that Tete is losing the important phase to the gas basin in Rovuma. In your opinion, can the mineral coal company be beneficial
to the country? Do you think that the same scenario of price dip and business quitting happen to natural gas? Coal had its glorious days, in the 2000 to 2010 decade, until at more or less 2012. The price per ton was in the price range of 310 dollars. China and India bought coal in an increasingly matter, and the pressure of new supply was huge. Unfortunately, since 2011, the price began to drop in a consistent form until it reached the present levels of 75-80 dollars. The incentive of coal exploration reduced due to the profit dip. Time passed and golden dreams became nightmares Unfortunately, we can’t enjoy a joyful period because of a debate amongst the deaf concerning coal logistics. The operators defended the exportation from Nacala through Zambeze, and the government, defended the Beira port. This blind dialogue delayed the strategic decision that was seen to put the transportation price of coal to 25 dollars per ton in the port, a more viable way to make the activity more attractive. So what is there to say about the future of this commodity? I have many doubts on what will happen in the future. President Barack Obama’s agenda on clean energy foresees a reduction energy through coal in 38% in the United States. Then, this would be the end of the coal era. We’ll see. With mineral coal basically forgotten, the faith is deposited into natural gas. What future will gas serve for Mozambique? Concerning the gas, itt doesn’t appear to me that the scenario will be
the same, for two reasons: Firstly, gas is a much lighter and cleaner energy, easy to transport, store and distribute. It will be while until they find alternative energy to gas, which makes it redundant. Secondly, our gas is located deep in the sea, which means that the logistic issue the coal companies had will not be a factor. There are a few operators that don’t want a LNG in solid ground, because it can be liquefied in the sea and directly transported. Although there are an exceeding number of gas deposits worldwide, it still has a strong potential since the consumption of energy never exceeds growing. With the discovery of natural resources, agriculture moved into second place, rather than being seen as the basis for the country’s development, according to the Republic Constitution. What can be done in order to leverage or momentum this sector? The raise of production and agricultural productivity is a national imperative for two reasons: combating rural unemployment, and poverty and food security. Not one country managed to make agriculture an activity in itself profitable and sustainable until today. Rich countries inject massive financial subsidies , technology and knowledge in agriculture in order to make it viable. A country like ours can’t use the same method. Which antidote will serve to turn the agriculture more profitable in Mozambique? Agriculture has to be subsidized and supported in order to move towards the right direction. Even in terms of accessing the markets, the government has to provide accessible conditions. When 75% of the population produces 25% of the nations riches,
the reversal of the graphic will not be made via the fundamentals and family farming, making the mechanism and technological sophistication far fetched for the majority of the population. That’s where the Government comes into play. The issue of public debt has divided opinions concerning the country’s economy, some say that it’s within acceptable international standards and others argue that it isn’t. I would like to know your opinion concerning this matter. Judging by the accounts presented by former minister of Finances, Dr. Manuel Chang, we were in substantial levels (below 45%) of the GDP. In the recent accounts, it appears to me that we are in unsustainable levels. Many even tried to isolate the phenomena EMATUM, the equation of Catembe bridge, in attempt to reduce the debt impact, but I don’t think it’s prudent. It’s a need to put all our responsibilities in the same bag. The Bank of Mozambique said it is concerned about the bad loans. However, although advanced data, commercial banks continue to register above-average profits. How do you explain this phenomenon? I think it’s a bug utopia when it comes to lucrative banking and its social role. The bank displays an important visible social role, taking financial services to more recognized places in the country. Investments must be done, some of which imposed by international requirements and safety of operations, as well as others that are regulatory. All of it must be paid, nothing is for free. However, if you look at the interest rate graph, you will understand that it has the tendencies of lowering, which results in great competition in the financial system.c
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UP-GRADE
Mulher deve aproveitar oportunidades do mercado A mulher empresária deve estar atenta e saber aproveitar ao máximo as oportunidades que o mercado tem oferecido. É preciso lutar pelo seu empoderamento através de competência, rigor e profissionalismo. Gildo Mugabe (texto)
gráfico, indústria extractiva e turismo. Por exemplo, a visão da industrialização, segundo Nyussi passa necessariamente por explorar, agressivamente, o sector energético como principal motor deste processo. No que tange ao sector da indústria extractiva, a transformação do gás natural em líquido trará, no seu entender, um impacto significativo na balança de pagamentos e nas políticas monetárias moçambicanas. Quanto a este aspecto, projecções do Governo dão conta que Moçambique passará de importador para exportador líquido de combustíveis.
Barreiras por ultrapassar
A
mulher moçambicana tem trilhado há bastante tempo o tão longo e difícil caminho rumo ao seu efectivo empoderamento e igualdade de género. Entretanto e enquanto segue o seu caminho, é preciso que ela saiba aproveitar as oportunidades de negócio que o mercado tem oferecido em várias áreas.
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A constatação foi feita pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyussi, na cerimónia de abertura do I Fórum Empresarial Mulher PME que se realizou em Maputo. Nyussi entende que existem sectores-chave de desenvolvimento do país onde a mulher pode encontrar enormes oportunidades, nomeadamente nos sectores da agricultura, energia, hidro-
Por sua vez, Íris de Brito - que falava em representação das PMEs - reconheceu que ainda existem muitas barreiras por ultrapassar rumo ao empoderamento da mulher. A empresária entende que o empoderamento da mulher não pode ser encarado como uma luta entre homens e mulheres. É preciso que, na base das suas competências, a mulher lute para conquistar o seu próprio espaço. Íris de Brito defendeu igualmente que o empoderamento da mulher consiste em realçar a importância desta no controlo do seu desenvolvimento, devendo o Governo e a sociedade criarem condições para que tal seja possível.c
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UP-GRADE
Women should take advantage of the market opportunities A businesswoman should be aware of the opportunities the market has to offer and take advantage of it. It’s necessary to fight for your empowerment through proficiency, rigor and professionalism. Gildo Mugabe (text)
M
ozambican women have threshed for a long and hard time in search for their empowerment and gender equality. While they follow the path, it’s important to take advantage of the opportunities the market has to offer. The finding was done by the President of the Republic, Filipe Jacinto Nyusi, at the opening of the Women’s Business forum PME ceremony that took place in Maputo. Nyusi has the knowledge that there are key-sectors in the country’s development in which women find plenty of opportunity, namely in the agricultural sector, energy, hydrographic, extractive industry and tourism. For example, the industrialization vision, according to Nyusi, necessarily involves thorough exploration of the energy sector as a key driver of this process. With all do respect to the extractive industry sector, the transformation of natural gas into liquid will significantly impact the balance of payments and monetary. Through this aspect, government projections note that Mozambique will become the exporter instead of the importer of fuel.
Barriers to surpass In turn, Iris Brito- who spoke on behalf of PME- acknowledged the fact that there
are many barriers to overcome towards women empowerment. The businesswoman believes that women empowerment should not be portrayed as a battle between men and women. It is important for women to fight and earn their rightful
space. Brito Iris also argued that women’s empowerment is to highlight the importance of the control of its development, with the Government and society to create conditions to make this possible.c
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GESTÃO
Coca-Cola ganha mais 20% Pesquisas revelam que a falta de sono traz consequências negativas no desempenho profissional. Uma constatação que vem colocar em causa os locais de trabalho, cujas práticas condenam bons horários de sono. analistas. A Coca-Cola conseguiu ultrapassar as previsões devido ao aumento dos preços em 4%, na América do Norte, mercado em que a s vendas subiram, tornando-se responsável por quase metade do volume total.c
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O
segundo trimestre foi de subida para a Coca-Cola a nível mundial. As vendas globais dos seus refrigerantes cresceram 1%, face ao mesmo período de 2014, beneficiando do aumento da procura da Coca-Cola Zero, da Sprite e da Fanta. Já as vendas globais das suas bebidas sem gás apresentaram um crescimento de 5%, com especial
enfoque para a gama dos chás prontos a beber e para a água. O lucro no segundo trimestre deste ano foi de 2,9 biliões de euros, mais 20% do que no mesmo período de 2014. Contudo, as receitas operacionais apresentaram uma queda de 3% relativamente ao segundo trimestre de 2014, chegando aos 11,2 biliões de euros. Ainda assim, os resultados superaram as expectativas dos
Google bate expectativas em termos de receitas As receitas da Google face ao segundo trimestre deste ano aumentaram 11% quando comparadas com igual período de 2014, chegando aos 16,3 biliões de euros, excluindo as vendas transitadas para sites parceiros. Os resultados superam as expectativas atnto dos analistas da Bloomberg como da Thomson Reuters. A maior fonte de receitas para a tecnológica norte-americana é a
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publicidade, sobretudo a que advém dos anúncios que surgem nas pesquisas realizadas no motor de busca Google, já que os anúncios que estão presentes no YouTube, plataforma que a Google detém, têm vindo a desapontar em termos de rentabilização. Ao todo, a receita publicitária somou 14,7 biliões de euros, representando uma subida de 11% face ao período homólogo anterior.c
SABIA QUE…...
Maiores Empresas do Mundo (2015) Empresa / Sector / Sede Walmart / Retalho / EUA Sinopec Group / Petróleo / China Royal Dutch Shell / Petróleo / Holanda CNPC / Petróleo / China Exxon Mobil / Petróleo / EUA BP / Petróleo / Reino Unido State Grid / Utilities / China Volkswagen / Automóvel / Alemanha Toyota Motor / Automóvel / Japão Glencore / Mineração / Suiça Total / Petróleo / França Chevron / Petróleo / EUA Samsung Electronics / Electrónica de Consumo / Coreia do Sul Berkshire Hathaway / Gestão de Activos / EUA Apple / Electrónica de Consumo /EUA McKesson / Retalho de Saúde / EUA Daimleer / Automóvel / Alemanha ICBC / Banca / China Exor Group / Automóvel / Itália Axa / Seguros / França
MANAGEMENT
Coca-Cola gains more 20% In the second semester, Coca-Cola rose on a global level. The global refrigerator sales rose 1%, over the same period of 2014, benefiting the raise of Coca-Cola Zero, Sprite, and Fanta. The global sales of its non carbonated beverages grew by 5%, with particular focus on the range of teas ready to drink and water.
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DID YOU KNOW...
Biggest companies in the World (2015)
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he profit on the second semester of this year was 2.9 billion Euros, 20% more than the period of 2014. Yet, the operational revenue presents a fall of 3% on the second quarter of the semester, reaching 11.2 billion Euros. Therefore,
the results overcame the analysts’ expectations. Coca-Cola managed to surpass their previsions due to the price raise of 4%, in North America, markets where the price has raised, being responsible for the half the total volume.c
Google beats expectations in terms of receipts Google’s revenue over the second quarter increased 11 % compared to the same period of 2014, reaching 16.3 billion Euros, excluding carried sales to partner sites. The results exceed expectations of Bloomberg analysts as of Thomson Reuters. he biggest source of revenue for the US technology is advertising , especially
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that comes from advertisements that appear on searches performed in Google search engine , since the ads that are present on YouTube , a platform that Google owns , have been to disappoint in terms of profitability . In all, the advertising revenues totaled 14.7 billion Euros, representing an increase of 11 % over the previous corresponding period.c
Company/ Sector/ Headquarters Walmart / Retail / EUA Sinopec Group / Petrol/ China Royal Dutch Shell / Petrol / Holland CNPC / Petrol / China Exxon Mobil / Petrol / EUA BP / Petrol / United Kingdom State Grid / Utilities / China Volkswagen / Automobiles / Germany Toyota Motor / Automobile / Japan Glencore / Mining / Switzerland Total / Petrol / France Chevron / Petrol / USA Samsung Electronics / Consumer Electronics / South Korea Berkshire Hathaway / Active Management / USA Apple / Consumer Electronics /USA McKesson / Health Retail / USA Daimleer / Automobile / Germany ICBC / Bank / China Exor Group / Automobile / Italy Axa / Insurance / France
EMPREENDER
Candeeiro solar ganha prémio europeu de empreendedorismo
U
m dos candeeiros é um boião de iogurte. Poderia ser pendurado no tecto ou montado num suporte que o transformasse num candeeiro de secretária. Tem dois interruptores, um para cada lâmpada LED. “A luz deste LED é focada, é boa para estudar. Esta é mais...”, refere Govinda Upadhyay, o criador dos kits que permitem construir estes rudimentares candeeiros, enquanto abre os braços para exemplificar como a luz da segunda lâmpada se espalha pela sala. A estrutura de todos os candeeiros que Upadhyay tem para mostrar foram montados com o que poderia ser lixo. O que interessa são os poucos componentes essenciais: uma lâmpada LED, um pequeno painel solar, um interruptor e uma bateria. Este conjunto, bem como o manual com instruções de montagem, custa cinco dólares. O projecto, chamado LED Safari, ganhou o prémio Change (“mudança”), do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, um organismo da União Europeia, que já tinha apoiado financeiramente a ideia. “Há muitas soluções diferentes para fornecer iluminação aos países menos desenvolvidos, a áreas desfavorecidas economicamente e a povoações. Mas o projecto de Govinda destacou-se porque tinha a combinação perfeita entre forte inovação, educação e um modelo de marketing muito inteligente”, afirmou o júri. Por ora, foram vendidos cerca de dois
mil kits, em países como o Quénia, Ruanda e Tanzânia, e também na Suíça, onde Upadhyay, um indiano de 27 anos, está a fazer um doutoramento. Há muitas ideias diferentes por trás do conceito do LEDSafari, explica o criador. Por um lado, é um candeeiro barato e que pode ser facilmente reparado, se alguma peça se avariar. Por outro, permite aos utilizadores criarem um objecto personalizado. E pretende também ensinar os rudimentos de electrónica – será, por isso, usado também em escolas suíças. A meta de Upadhyay é ambiciosa. O
projecto-piloto arrancou na Índia, há quatro anos e o criador quer agora massificar a ideia. O objectivo é vender 500 milhões de kits nos próximos anos. Na conferência de apresentação dos prémios, em Budapeste, Upadhyay disse ser várias vezes confrontado com a questão das vendas. “É aqui que entra o fundamental. Mantemo-nos fiéis ao que é fundamental. Isto não é para vender o produto, é para criação de conhecimento. Eles [as populações dos países em desenvolvimento] devem ser parte da sua própria inovação”.c
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ENTREPRENEURSHIP
Solar lamp wins the European entrepreneurship prize
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ne of the lamps is a yoghurt jar. You can hang it on the ceiling or you can mount it on a stand and it becomes a desk lamp. It has got two switches, one for each LED lamp. “The light from this LED is bright, and good to study with. It’s more…”, addresses Govinda Upadhyay, the creator of the kits permitted to use these fundamental lamps, while he stretches his arm to show how the second lamp bright-
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ens the room. The structure of every lamp Upadhyay has to highlight, were created with what could’ve been garbage. What is interesting are the few essential components: an LED light bulb, a small solar panel, a switch and a battery. All this together, with the instruction manual, costs five dollars. The project, called LEDSafari, won the Change award of Change, from the European Institute of Technol-
ogy and Innovation, a European Union organization that previously aided financial support for the idea. “There are many different ways to supply light to less developed countries, economically disadvantaged areas and their settlements. The Govinda project was a highlight because it had a perfect combination between strong innovation, education and a very smart marketing model”, said the judge. For the time being, two thousand kits were sold in countries like Kenya, Ruanda, Tanzania, and Switzerland, where Upadhyay, a 27 years old Indian, is on course od getting his PhD. There are many different ideas behind the LEDSafari concept, explains the creator. On one hand, it allows the users to create a personalized object. And also aims to teach the rudiments of electronics - will therefore also used in Swiss schools. Upadhyay has ambitious goals. The pilot project took off in India four years ago and now the creator wants to popularize the idea. The goal is to sell 500 million kits in the coming years. In the awards conference in Budapest, Upadhyay said was repeatedly questioned about sales. “ This is where the fundamental enters. We remain true to what is essential. This is not to sell the product; it is to create knowledge. They [the population of developing countries] should be part of their own innovation.”.c
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MERCADOS
Shoppings em bear market na África do Sul Na última década, a África do Sul passou a contar com uma nova geração de multimilionários, parte importante dos envolvidos no desenvolvimento e gestão de grandes centros comerciais. Estes, acumularam riqueza por detrás do maior boom de supermercados da história do país. Belizário Cumbe (texto)
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e 2005 a esta parte foram inaugurados, na terra do rand, novos espaços comerciais que ocupam uma área de cinco milhões de metros quadrados, passando o país a contar com 23 milhões de metros quadrados em shoppings – um crescimento na ordem dos 29%. Porém, o mercado está a abrandar. Entre 2009 e 2011, a construção de novos empreendimentos, na sequência da crise económica global, diminuiu, segundo o Conselho de Centros Comerciais da África do Sul (SACSC, sigla em inglês).
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Crescer acima da média O primeiro shopping center inaugurado em Joanesburgo (o Southdale) data de 1969. Mas, neste momento, o país conta com a sexta maior rede a nível global. Porém, esta pujança representa apenas metade dos espaços comerciais existentes na Austrália e em Singapura, e não passa de um quinto da maior rede global que é a dos Estados Unidos da América. É importante referir que o forte crescimento do espaço de retalho deveu-se às mudanças pós-apartheid, à urbani-
zação, ao crescimento populacional, bem como à rápida ascensão da classe média negra. O relatório “20 years of Shopping Centre Success’’ da SACSC diz que a crescente pressão sobre a renda dos consumidores, o aumento das taxas de juro - com o rand enfraquecido - e os problemas de abastecimento de electricidade não resolvidos poderão afectar os retornos do investimento em centros comerciais. Por isso, não há dúvidas que o risco de fracasso está a aumentar. Especialistas apontam que há dois cenários prováveis. Os centros comerciais mais salientes do mercado vão-se tornar cada vez mais fortes e os de menor expressão correrão o risco de desaparecer do mapa. A África do Sul ainda não registou a “morte” de nenhum centro comercial – que se caracteriza pela queda do volume de venda em mais de 30% - mas a maior parte dos retalhistas estão a registar uma desaceleração nas receitas este ano. Este cenário pode levá-los a reconsiderar os seus planos de expansão. Aliás, uma pesquisa da EY (Ernst & Young) sobre o mercado retalhista indica uma deterioração acentuada das condições do comércio no terceiro trimestre. A pesquisa sugere que o crescimento no volume de vendas diminuiu mais do que se esperava.c
“In 2014 alone, we approved about 500 projects with a total value of $7 billion.” LOURENÇO SAMBO Director General, Investment Promotion Centre (CPI) In an exclusive interview with The Business Year
Find out more in The Business Year: Mozambique
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MARKETS
Bear market in shopping in South Africa In the last decade, South Africa has generated new multimillionaires, playing an important role in development and management of big commercial centers. They accumulated riches through through the biggest boom in supermarkets in the history of the country. Belizário Cumbe (text)
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rom 2005 till this day, the land of rand has had new commercial space inaugurated that covers around 5 million square feet, summing up the total amount of 23 million square feet in shopping centers – a growth of 29%. However, the market is reducing. According to the Council of Shopping Centers in South Africa (SACSC), between 2009 to 2011, the construction of new establishments, in sequence with the global economy crisis, reduced.
Growing above medium The first shopping center inaugurated in Johannesburg (Southdale) was in 1969. At the moment, the country is the sixth biggest global network. However, this power represents only half of the commercial spaces Australia and Singapore have, and it doesn’t pass a fifth of the biggest global network which is the United States of America. Its important to refer that the strength in retail growth is owed to the post apartheid, the urbanization, demographic growth, as well as the rapid growth of the black middle class. The report “20 years of Shopping Centre Success” from
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SACSC says the growing pressure of consumer rent, the raise of interest rate – with the rand weakened – and the unresolved electricity consumption will affect the investment profit in commercial centers. Therefore, the risk of weakening is amplifying. Specialists point out two probable scenarios. The commercial centers in good from will grow in strength and the weak will be at risk of disappearing off the map. South Africa hasn’t registered any defunct commercial
centers - characterized by sales volume decrease by more than 30 %but the biggest problem is the retailers presenting decrease in orders this year. This scenario can make them reconsider plans of expansion. Moreover, a research done by EY (Ernst & Young) about the retail market indicates a sharp deterioration in trading conditions in the third quarter. The research suggests that the growth in volume of sales reduced more than expected.c
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BANCA
Capital Bank focado nas PMEs Através do seu website institucional – www.capitalbank.co.mz – é possível consultar toda a informação do Banco relativa a produtos, serviços, informação de mercado e informação corporativa.c
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epois da primeira campanha de comunicação em que o Capital Bank firmou o seu posicionamento ímpar de mercado, estando focado nos negócios dos seus clientes, em Outubro lançou uma nova campanha institucional. A mais recente campanha tem como objectivo transmitir positivismo, reafirmando o foco no activo mais importante do Banco, os seus clientes. Segundo Nuno Guimarães, director de Marketing do Capital Bank: “Queremos que os nossos Clientes renovem diariamente a sua confiança na instituição, certos de que nela encontrarão o parceiro seguro e positivo para os acompanhar no desenvolvimento e crescimento dos seus projectos.” O sucesso alcançado nas parcerias estabelecidas no decorrer de 2015, firmemente justificado nos resultados obtidos pelos diversos projectos apoiados, indicam que a estratégia inicialmente elegida - a aposta nas
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PME’s - deve ser ainda mais intensificada. “Esta campanha é o espelho do nosso posicionamento. Um posicionamento focado nas PME’s, que representam mais de 90% do tecido empresarial do País. Trabalhamos assim diariamente focados nos projectos dos nossos clientes tendo em conta os mais pequenos pormenores, para que estes cresçam com sucesso, hoje e sempre. Continuamos a desafiar todas as pequenas e médias empresas a aproximarem-se e sentirem a diferença de um serviço ímpar”, explica Nuno Guimarães. Recentemente, o Capital Bank lançou também os serviços de pagamento das contribuições sociais, INSS, das imposições aduaneiras, JUE e o serviço de Internet Banking (CAPITAL eBANK). O Capital Bank possui ainda uma rede comercial segmentada, composta por três balcões e um Centro de Negócios em Maputo, assim como um balcão na Matola.
SABIA QUE…...
Capital Bank faz parte do grupo FMB O Capital Bank SA começou a operar em Moçambique em Julho de 2013, quando assumiu as operações do International Commercial Bank. O Capital Bank SA é de propriedade conjunta do First Merchant Bank Malawi (Grupo FMB) e de accionistas estrangeiros. O FMB é uma sociedade anónima Malawi cotada na Bolsa de Valores, constituída e registada em 13 de novembro de 1994. O FMB consolidou a sua posição como um banco comercial líder no Malawi e a sua presença na SADC é crescente (Botsuana, Moçambique e Zâmbia). Serve as necessidades bancárias transfronteiriças das empresas que operam na região Subsaarariana. O FMB está classificado no Longo Prazo com A + e no Curto Prazo com A1 pela “Global Credit Rating Co” – uma agência de rating internacional independente.c
Bank
Capital Bank focused in the PME
A
fter the first communication campaign in the Capital Bank signed its unique market positioning, and is focused on its customers’ business in October launched a new institutional campaign. The latest campaign aims to transmit positivism, reaffirming the focus on the most important asset of the Bank, its customers. According to Nuno Guimarães, Director of Marketing of Capital Bank said, “We want our customers to renew their confidence in the institution, certain that it will find a safe and positive partner to accompany them in the development and growth of their projects.” The success achieved in partnerships during 2015, firmly justified on the results achieved by the various projects supported, indicate that the strategy initially elected - the bet in SMEs - should be further intensified. “This campaign is the mirror of our position. A positioning focused on SMEs, which account for over 90 % of the business fabric of the country. We work daily focused on projects of our customers, taking the smallest details into account that they grow successfully today and forever. We continue to challenge all small and medium businesses to approach and feel the difference of an odd service”, explains Nuno Guimarães. Recently, Capital Bank also launched social contribution payment services, INSS, of customer tariffs, JUE and the Internet Banking service (CAPITAL eBANK). Capital bank still has a segmented commercial, composed by three branches and a Business Center in Maputo, as
well as a balcony in Matola. Through its corporate website – www. capitalbank.co.mz – you can browse
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all of the Bank’s information on products, services, market information and corporate information.c
DID YOU KNOW…...
Capital Bank is part of the FMB group Capital Bank SA started operating in Mozambique in July of 2013, when it took over the operations of the International Commercial Bank. Capital Bank is a joint property of First Merchant Bank Malawi (Group FMB) and foreign shareholders. The FMB is a public company listed on the Malawi Stock Exchange, incorporated and registered on November 13, 1994.
The FMB has consolidated its position as a leading commercial bank in Malawi and its presence is growing in SADC (Botswana, Mozambique and Zambia). It serves cross-border banking needs of companies operating in Sub-Saharan region. The FMB is classified as long-term with A + and A1 short-term with the “Global Credit Rating Co” - an international independent rating agency.c
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PROFILE
Donald Trump
O DDT à moda americana Donald Trump, bilionário e pré-candidato à presidência dos Estados Unidos da América (EUA), considera-se o dono disto tudo (DDT), como ficou conhecido Ricardo Salgado antes de cair na desgraça. Longe de ser o mais rico dos EUA, é o mais mediático, arrasta multidões e mexe com as audiências televisivas. Belizário Cumbe (texto)
É
o mais rico de sempre a entrar na corrida à Casa Branca. Na mesma medida, é o mais polémico e controverso. Donald Trump tem uma fortuna avaliada em quatro biliões de dólares e uma imagem de sucesso nos negócios. O magnata avalia a sua imagem pessoal, que chama “Marca Trump”, em três biliões de dólares, mas o mercado aponta para apenas 114 milhões de dólares, o que também não é pouco. Fundou e construiu o arranha-céus Trump Tower, um dos mais emblemáticos de Manhattan, em Nova Iorque. Por tudo isso, e mais alguma coisa, Trump não teve receio em afirmar, no lançamento da sua candidatura, para
quem quisesse ou não ouvir que “sou realmente muito rico”.
A caminhada milionária
Porém, engana-se quem pensa que a vida do magnata, Donald Trump, sempre foi um “mar de dólares”. Donald Cesar John Trump nasceu a 14 de Junho de 1946, em Nova Iorque, tendo quatro irmãos. A mãe era escocesa e o pai, construtor e dono de uma empresa de imobiliário, tinha ascendência de imigrantes alemães. Licenciado em Economia, entrou nos negócios familiares nos anos 60, acabando por assumir o controlo. Numa das suas primeiras iniciativas lucrativas recuperou um complexo
de apartamentos, investindo meio milhão de dólares para receber, dois anos mais tarde, 6.7 milhões. Em 1971, quando já vivia em Manhattan, comprou o degradado Penn Central Hotel e rubricou um lucrativo contrato com o grupo Hyatt que lhe rendeu enormes vantagens no renovado projecto, em 1980, sob a designação de Grand Hyatt. A Trump Tower, edifício luxuoso no qual se instalaram lojas de marcas e alguns famosos, como Cristiano Ronaldo, após a inauguração em 1982 resultaria de um vasto programa de reabilitação que consumiu um investimento de 200 milhões de dólares. Contudo, nem sempre os negócios do empresário tiveram sucesso: entre os contratempos estão os planos de expansão imobiliária rejeitados pela Justiça ou as perdas nos negócios dos casinos, designadamente com o Taj Mahal, em Atlantic City, algo que o deixou perto da falência em 1991. Seis anos mais tarde, a fortuna já rondava os dois biliões de dólares, mas, no ano seguinte, o Trump Plaza Hotel faliu, episódio que se repetiria em 2004 e 2009 com outras empresas - em todos os casos reestruturou as dívidas através da cedência de partes de outros negócios e saiu-se sempre bem.c
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PROFILE
Donald Trump
The DDT in the American Fashion Donald Trump, a billionaire and a candidate for the Presidency of the United States of America (USA), is the owner of all this (DDT), as Ricardo Salgado became known before falling in disgrace. Far from being the richest in USA, he is more newsworthy, drags crowds and moves with the television ratings. Belizario Cumbe (Text)
H
e’s the richest man to ever to enter the race for the White House. In equal measure, he is the most controversial and polemic. Donald Trump has a fortune valued at four billion dollars and an image of success in business. The Tycoon evaluates his personal image, which calls “Trump Brand”, at three billion dollars, but the market points to only 114 million dollars, which is not too little. He founded and built the skyscrapers Trump Tower, one of the most essential signs of Manhattan, in New York. For all this, and anything else, Trump
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had no fear in saying at the launch of his candidacy, to whoever wasn’t listening that “I’m actually very rich”.
The millionaire journey
Well, don’t be fooled by the life of the mogul, Donald Trump, because it wasn’t all a “sea of dollars”. Donald John Trump was born on June 14, 1946 Cesar, in New York, having four brothers. Her mother was Scottish and his father, Builder and owner of a real estate company, was of German immigrants. With a degree in economics, he entered the family
business in the 1960’s, eventually taking over. In one of his first profitable initiatives he regained an apartment complex by investing $ 500,000 to receive, two years later, 6.7 million. In 1971, when he lived in Manhattan, he bought the run down Penn Central Hotel and initialled a lucrative contract with the Hyatt group that earned him huge advantages in the renovated project, in 1980, under the name of Grand Hyatt. The Trump Tower, luxury building in which settled some famous brands and stores such as Cristiano Ronaldo, after opening in 1982 would result in a vast program of rehabilitation that consumed an investment of 200 million dollars. However, not always did the business have success: among the setbacks are real estate expansion plans rejected by Justice or the losses in the Casino business, particularly with the Taj Mahal in Atlantic City, something that left him close to bankruptcy in 1991. Six years later, the fortune estimated two billion dollars, but the following year, the Trump Plaza Hotel went bankrupt, an episode that happened again in 2004 and 2009, with other companies-in all cases, he restructured his debts through the transfer of parts of other business and always came out well..c
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MARKETING
Quais as marcas com maior notoriedade? A MultiDados® – Fieldwork and Marketing Research, em parceria com a Superbrands Moçambique realizou um estudo no âmbito da Superbrands Moçambique 2015, reflectindo a opinião dos consumidores e empresas moçambicanas sobre as suas marcas de referência ou com maior notoriedade no mercado.
A
parceria estabelecida entre a Superbrands e a MultiDados resultou do conjugar de interesses e valências que se complementam tendo em vista a valorização das marcas. A Superbrands é uma organização internacional e independente, que se dedica à promoção da política do branding e a reconhecer as marcas de excelência em 89 países. A MultiDados está presente em Portugal, Rio de Janeiro, São Paulo, Milão, Mumbai, Caracas e Luanda, tendo sido constituída em 1998 e tem desenvolvido a sua actividade na área dos estudos de mercado em diversas áreas de negócio. Moçambique constitui um dos países com maior crescimento, não só no continente africano como no mundo, onde
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marcas nacionais e internacionais de excelência procuram posicionar-se num mercado em expansão, constituindo um mercado onde os estudos de mercado e a valorização das marcas poderão contribuir para o fortalecer do desenvolvimento da economia. O estudo sobre as marcas referência ou com maior notoriedade no mercado englobou 50 sectores de actividade, tendo-se destacado diversas empresas do sector da banca, telecomunicações, média, comércio e serviços, e que vieram a ser premiadas na Gala Superbrands, realizada a 30 de Junho deste ano.
Âmbito da iniciativa
Esta iniciativa constituiu um forte impulso e motivação para as diversas marcas
procurarem a excelência e o potenciar dos seus valores. O mercado moçambicano estando em franco crescimento, onde vai emergindo uma classe média com superior capacidade de consumo, abre excelentes perspectivas ao incremento dos negócios das empresas que hoje operam neste mercado, e, consequentemente, uma excelente oportunidade para as mesmas irem ao encontro das necessidades dos seus clientes com maior precisão. Para este potenciar das vendas, os estudos de mercado, nas suas diversas vertentes e diversidade de serviços, podem constituir um factor estratégico determinante para o sucesso, não só para empresas moçambicanas como para aquelas que têm vindo a investir na internacionalização da sua actividade no mercado de Moçambique.c
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MARKETING
Which are the major notoriety brands? MultiDados® – Fieldwork and Marketing Research, in partnership with Superbrands Mozambique showed studies in a scope from Superbrands Mozambique in 2015, reflecting consumer’s and Mozambican companies’ opinions about their reference brands or the most known brand in the market.
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he established partnership between Superbrands and MultiDados resulted in joint interest bearings that complete keeping appreciation of the brands in sight. Superbrands is an international and independent organization, that dedicates the branding of political promotion and recognizing the brands of excellence in 89 countries. MultiDados present in Portugal, Rio de Janeiro, Sao Paulo, Milan, Mumbai, Carcacas and Luanda, and was made in 1998 and has developed its activities in marketing knowledge in diverse areas of business. Mozambique is one of the countries in rapid growth, not only in the African continent, but the world, where national and international brands of excellence look to position themselves in an expanding market creating a market in which the marketing studies and the brand appreciation could be a contribute to strengthen the economic growth. The studies of brand referencing and the majority of the well known brands in the market surrounded 50 active sectors, having deactivated diverse business sectors from the shelves, telecommunications, media, trade
and services, and were awarded in the Superbrands Gala, that took place in on the 30th of June this year.
The initiative scope
This initiative consists of strong motivation and impulse for the diverse brands to search for potential excellence and boost their value. The Mozambican market is in a natural growth, where the middle class will emerge with a superior consu-
ming capacity, giving prospective increase in company businesses that take part in the market and consequently, they may also find the clienteles necessity with the most precision. For this sales boost, the marketing studies in their diverse strands and services, it can consist of a strategic factor determination of success, not only for Mozambican businesses but also those that invest in internalizing their activity in the Mozambican market.c
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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Bussiness Coach PD Moz – Parcerias em Desenvolvimento
Lid(er)ar com o (in)sucesso “Hoje, estou cansado. Esforcei-me por melhorar a gestão da equipa, por motivar os trabalhadores, investi em formação, aumentei salários, falei com as pessoas e ainda vi melhoria mas passado um tempo, tudo volta ao antigamente. As pessoas não se esforçam por fazer parte da equipa, por serem melhores, escondem ou não partilham a informação, fazem sem pensar, são conflituosas entre elas. Desisto!”
J
á alguma vez se viu neste cenário? Cansado da sua equipa? Se sim, és artigo é para si. Se não, aproveite para reflectir e evitar que algum dia o seja! Parece que faz parte do caminho do sucesso sentir e viver o insucesso, assim como, às vezes, para sentirmos alegria primeiro temos que sentir tristeza. Perante este insucesso a maior frustração é o que se sente, as forças que se perdem, a cara amarrada que fica (e todos conhecemos o que é uma cara amarrada e o efeito que esta, tem em nós) a pouca vontade de fazem, de repente são como se estivéssemos sozinhos e tivéssemos sido abandonados. A receita é fácil e o grau de dificuldade elevado. Requer muita humildade, ou o mesmo que saber pôr-se no lugar do outro. Muita compreensão e muita auto-confiança. Então, se eu tenho a certeza que me esforcei, que fiz a minha parte, que me esforço por melhorar e que investi em melhorar a performance da minha equipa. O que é que impede a equipa de melhorar e/ou manter as melhorias? O primeiro que importa saber: quem é que na equipa está a prejudicar o funcionamento? Quem é que não
conseguiu manter o que se tinha comprometido? Foram todos? Ninguém na equipa conseguiu melhorar? Não! Normalmente há elementos resistentes à mudança na equipa e que perante o medo do novo, mesmo que o novo lhe tenha dado um bom resultado, rapidamente voltam ao velho hábito de fazerem da forma que sabiam fazer, porque essa, mesmo que não gere resultados, sempre lhe funcionou. Ou seja, mesmo sabendo e tendo gostado de fazer exercício todos os dias, deixo de o fazer. A pergunta é: O que motiva esse abandono? A Tarefa: Reflectir (cenário no qual já investiu em melhorar a performance da sua equipa) Está em momento de “desespero” com a sua equipa. Então, pense. Quando a sua equipa tem uma performance de sucesso, o que é que eles fazem bem? Há tarefas nas quais a sua equipa tem uma boa performance? E em que momento permitiu que a sua frustração aparecesse? O que é que aconteceu? O que é que não foi respeitado ou feito? É com a equipa toda a sua frustração? Que situações lhe provocaram a frustração? Quem são os prota-
gonistas do cenário? O que impede esses elementos da equipa de serem melhores? Qual o novo plano que vai traçar para que a equipa persista na mudança? Pense, quando se esforça o que é o motiva a melhorar? Sugestão: Só sabemos que a performance da equipa pode ser melhor, porque em algum momento o foi ou porque idealizamos um plano.c
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COACHING Cristina Azinhal, Executive & Bussiness Coach PD Moz – Partnerships in Development
Dealing with failure “I’m tired today. I gave my best to better the group management, motivate the employees, I invested in formation, raised salary, spoke with staff and I saw improvement, but after a while it all goes back to how it was before. People don’t force themselves in group work, because they’re better, they hide themselves or don’t share information, they act without thinking, confrontational at times. I quit!”
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ave you ever seen yourself in this scenario? Tired of your work group? If yes, this article is for you. If not, bask in reminisce and avoid being this person someday! It feels like the road to success comes with being a failure and feeling like a failure, whereas sometimes, to be joyful we first have to be initiated by sadness. Towards failure, the more frustrated you feel, loss of energy, tied up facial expression (we all know what is a tied up facial expression and what it means) laziness, the feel of being lonely and abandoned. The recipe is easy when in elevated difficulty and frustration. It requires being humble, putting yourself in another person’s shoes. A lot of understanding and self confidence. So, if I’m sure I have given my all, that I did my part, that I work on getting better each day and invested in improving the group. What is withholding the group from maintaining at its best? The first thing to know: who in the group is harming the function of the group? Who couldn’t maintain what was promised? Was it everyone? Nobody in the group managed to get better? NO! There are normally elements resist-
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which they feel most comfortable doing, because this way, even if it doesn’t bring good results, has always functioned. So, even if you have liked doing exercises everyday, stop doing it. The question is: what motivates this abandonment? The Task: Reflect (in a scenario when you have invested to better the performance of your team) In a moment of despair with your team. So, think. When your team has a successful performance, what do they do well? Are there tasks in which your team has a good performance? What moment did you allow your frustrations to show? What happened? What wasn’t respected or done? Is your frustration with the whole group? What situations provoke your frustrations? Who are the ones to blame? What is preventing from the group to get better?
ant to change in a team towards the fear of change, even if the new condition has shown good results, they tend to go back to the old habits in
Suggestion: We all know that the group performance can be better, because at some moment it was gone or because we came with a new plan.c
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Publireportagem
Presidente da República lança Programa de Mecanização Agrária
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Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi lançou oficialmente o Programa Nacional de Mecanização Agrária, no final de Outubro, em Bandeze, Distrito do Lago, Província de Niassa. A cerimónia de lançamento do programa realizou-se ao abrigo do Lançamento da Campanha agrária 2015/2016, que decorreu sob o lema “Pela Produtividade Agrária,
Segurança Alimentar, Nutricional e Geração de Riqueza”. O Presidente da República fez-se acompanhar pelo Governador da Província de Niassa, Arlindo Chilundo, pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, altos dignatários do Governo, embaixadores do Brasil e Áustria e pelos representantes da JICA e da FAO. No evento, o Presidente Nyusi apelou aos moçambicanos para uma época
agrícola mais intensa e ao empenho de todos com vista a garantir a autosuficiência alimentar, destacando que tudo passa pela promoção da modernização dos pequenos agricultores e aumento das áreas de cultivo em todas as regiões do país. Na ocasião, o Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, afirmou que a prioridade para esta campanha é a implementação do Programa Nacional de Mecanização
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Agrária, de forma a aumentar os níveis de produtividade agrária junto aos agricultores do sector familiar. Para o efeito, o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, através do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), iniciou a instalação dos Centros de Prestação de Serviços Agrários (CPSA) em todas as províncias do país, com o objectivo de facilitar o acesso a maquinaria e aos serviços complementares à cadeia de produção agrária.
Centros de Prestação de Serviços Agrários Trata-se de unidades de agro-negócio, criadas para assegurar o provimento de insumos, assistência técnica, preparação de solos, sementeira, irrigação, colheita, armazenamento, transporte e comercialização de produtos agrícolas. Estas unidades estão ser equipadas, numa primeira fase, com 513 tractores 4X4 de 80HP e 2.623 implementos, compostos por equipamento para preparação de solos e sementeira. Na segunda tranche, deve chegar equipamento para colheita e irrigação. A terceira tranche é composta por equipamento para limpeza de canais de drenagem, suplementação do gado, produção de leite e processamento de hortícolas e cereais. O programa é financiado com recursos do governo brasileiro, ao abrigo do programa “Mais Alimentos” e conta com o apoio da FAO, no âmbito da cooperação internacional para o reforço da estratégia do governo moçambicano de reduzir a pobreza e aumentar os níveis de produção e produtividade na agricultura familiar. Para a PCA do FDA, Setina Titosse, o programa de instalação dos Centros de Prestação de Serviços Agrários é
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diferenciado porque será operado pelo sector privado, cujos gestores foram selecionados por concurso público em Junho de 2015. “Neste momento decorre o processo de redimensionamento das propostas dos planos de negócio, que será seguido da assinatura dos contratos, previsto para Novembro de 2015”, avançou a PCA. Conforme Titosse, os Centros de Prestação de Serviços Agrários estão a ser instalados em todas as províncias do país, onde se prevê a extensão das áreas de cultivo em cerca de 175 mil hectares nos próximos cinco anos, beneficiando cerca de 122.000 agricultores do sector familiar.
Alocação de Equipamento às Instituições Públicas Quarenta tractores e respectivas alfaias foram alocados pelo FDA aos institutos de investigação agrária, regadios sob gestão do Estado e às unidades produtivas dos centros prisionais e serviços cívicos no âmbito da implementação do Programa Nacional de Mecanização Agrária. O equipamento foi alocado às unidades do Serviço Nacional Penitenciário do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, assim como ao Serviço Cívico do Ministério da Defesa Nacional com vista a aumentar os níveis de produtividade e garantir a autossuficiência alimentar nestas unidades. O programa apoia, igualmente, os projectos de investigação do Instituto Superior Politécnico de Manica e dos Centros Zonais do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique. As empresas públicas Hidráulica de Chókwè (HICEP) e Regadio do Baixo Limpopo (RBL) beneficiaram de equipamento para manutenção dos canais principais e secundários assim
como para prestação de serviços de preparação de solos, sementeira e colheita para os pequenos e médios agricultores instalados nos regadios. Posteriormente à entrega do equipamento, o FDA organizou uma acção de formação de mecânica e operação de máquinas para 60 técnicos das instituições que beneficiaram de equipamento, visando dotá-los de condições para a correcta operacionalização das máquinas e garantir a longevidade do equipamento.
Formação de Mecânicos e Operadores de Máquinas A formação de mecânicos e operadores de máquinas agrícolas realizou-se em dois momentos, sendo a primeira, no inicio do mês de Outubro, em Chókwè, Província de Gaza e no fim do mesmo mês, no Distrito de Lago, Província de Niassa. Os formandos aprenderam as técnicas de manutenção periódica de tractores, montagem de implementos agrícolas e as operações de lavoura, gradagem, sementeira, rega e colheita. A formação foi conduzida pela empresa responsável pela manutenção do equipamento agrícola em representação do fabricante, que, para o efeito, montou três oficinas móveis estabelecidas nas regiões norte, centro e sul na perspectiva de estar mais próximo das unidades dos Centros de Prestação de Serviços Agrários. O FDA pretende que até Junho de 2016 sejam formados 1200 operadores de máquinas agrícolas, 100 mecânicos e 47 gestores para os Centros de Prestação de Serviços Agrários. Prevê-se que ao abrigo deste programa sejam criados mais de 3.200 postos de trabalho, entre 800 empregos directos e 2400 empregos indirectos.c
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AdReport
President of the Republic Launches an Agrarian Mechanization Program
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he President of the Republic, Filipe Jacinto Nyusi, officially launched the National Agrarian Mechanization program towards the end of October in Bandeze, Lake District (Distrito do Lago), Niassa province.
The program launching ceremony was held to over the agrarian campaign launch 2015/2016, which took place under the theme “For the Agrarian Productivity, Food Security, enrich nutrition and generation.” The President of the republic was
accompanied by the Governor of the Niassa Province, Arlindo Chilundo, the Minister of Agriculture and Food Safety, Jose Pacheco, Government dignitaries, Brazilian and Austrian ambassadors, and JICA and FAO representatives.
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At the event, President Nyusi appealed to Mozambicans to a much more intensive agricultural season and the commitment of all to ensure food self-sufficiency, noting that it is to promote the modernization of small farmers and increased crop areas in all regions of the country. In the occasion, the Minister of Agriculture and Food Security, José Pacheco, affirmed that the campaign’s priority is the implementation of the National Program of Mechanization, as a way to increase the agrarian productivity levels together with the farmers in the family sector. In effect, the Agriculture and Food Security Ministry has initiated the installation of Agrarian Services Delivery centers (CPSA) in all provinces through the Agricultural Development Fund (FDA), with the aim of facilitating access to machinery and additional services to the agricultural production chain.
Agrarian Service Centers These units are to be equipped in the first stage with 513 4x4 80HP tractors and 2,623 implements, comprising equipment for harvesting and irrigation. In the second phase, the harvesting and irrigation equipment are expected to arrive. The third lot is composed of equipment for cleaning drains, supplementation of cattle, milk production and processing of vegetables and cereals. The program is being financially aided by the Brazilian government under the program “More Food” and has the support of FAO, within the framework of international cooperation for strengthening the Mozambican government’s strategy of reducing poverty and increasing production levels and productivity in the agricul-
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tural family. For the CEO of FDA, Setina Titosse, the installation program of Agrarian Service Delivery Centers is different regarding the fact that it will be operated by the private sector, whose managers were selected by public tender in June 2015. “At this time, the proceedings took place resizing the business proposals, which will be followed by the signing of the contracts, scheduled for November 2015,” explained the CEO. As Titosse said, the Agrarian Service Delivery Centers are being installed in all provinces of the country, where it provides the extension of cultivation areas in about 175,000 hectares in the next five years, benefiting some 122,000 farmers in the family sector.
Equipment Allocation to the Public Institutions Forty tractors and related tools were allocated by FDA to agrarian research institutes, irrigated lands under state management, and production units of the prison centers and civil services, in the context of the implementation of the National Program of Agricultural Mechanization. The equipment has been allocated to the units of the National Penitentiary Service of the Ministry of Justice, Constitutional Affairs and religious, as well as the Civic Service of the Ministry of national defense, with a view to increasing the levels of productivity and ensure food self-sufficiency in these units. The program also supports research projects of Instituto Superior Politécnico (Superior Polytechnic Institute) of Manica and Zonal centers of Agrarian Research Institute of Mozambique. Public Hydraulic companies of Chókwè (HICEP) and Irrigation of the low-
er Limpopo (RBL) benefited from equipment for maintenance of main and secondary channels as well as to provide services for soil preparation, sowing and harvesting for small and medium-sized farmers installed on irrigated lands. After the delivery of the equipment, the FDA held a training about mechanics and operation of machines to 60 in situations that benefited from technical equipment, in order to provide them with conditions for the proper operation of the machines and ensure the longevity of the equipment.
Training of Mechanics And Machine Operations Training of mechanics and farm machinery operators took place in two phases, the first being at the beginning of the month of October in Chókwè, Gaza Province, and at the end of the same month, in the District of the province of Niassa Lake. The trainees have learned the techniques of periodic maintenance of tractors, agricultural implements and farm operations, harrowing, sowing, watering and harvesting. The training was conducted by the company responsible for the maintenance of agricultural equipment on behalf of the manufacturer, which, for this purpose, set up three mobile workshops established in the North, Center, and South to be closer to the units of the Agricultural service delivery centers. The FDA wants until June 2016 are formed of farm machinery operators, 1200 100 mechanics and 47 for the provision of Agricultural Services centers. It is expected that under this program are more than 3200 jobs created, between 800 and2400 indirect jobs direct jobs.c
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