Nº 24 | Março 2007 | Distribuição Gratuita aos Sócios
Associação Nacional de Professores de Educação Visual e Tecnológica
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FORMAR
UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu
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José Alberto Rodrigues jarodrigues@gmail.com Sónia Paula Santos soniapmsantos@gmail.com Gil Maia Sara Bento Botelho Capa, Ficha técnica e Sumário: João Vaz de Carvalho José Alberto Rodrigues nts
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APEVT - Associação Nacional de Professores de Educação Visual e Tecnológica Largo de Noeda - EB 1 nº. 14 U 4300-352 Porto U + Fax 225102547 e-mail: apevt@esoterica.pt U website: www.apevt.pt
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103793/96
ISSN Tiragem
156322-65878 1500 exemplares - cd8
editorial Colegas, Voltamos com mais uma inFORMAR. Acabámos de completar a edição 24 desta revista/boletim da nossa Associação e preparamos já o nosso novo número. Comemoraremos a edição inFORMAR25 com um número especial, lá para Outubro de 2007. Nessa altura, incluiremos um artigo de destaque para a nossa nova página da Internet (que está a ser integralmente reformulada - ver em www.apevt.pt) e iremos presentear todos os associados com uma retrospectiva de todos os número da inFORMAR: do 1 ao 25, sendo que se se recordam algumas edições foram de número/edição dupla. Nesta época conturbada e de grande agitação para a comunicade docente, estamos atentos a tudo o que se vai passando à nossa volta. O clima de grande agitação vigente não nos deixará imóveis. Pelo contrário, estaremos atentos e vigilantes e tentaremos manter uma lucidez e coerência que sempre nos norteou, adequando sempre, e cada vez mais, o nosso trabalho às necessidades reais dos associados. E uma preocupação inerente a isto mesmo é a clara indefi nição reguladora do que diz respeito à formação contínua na nossa área científi ca. Nesta inFORMAR24 apresentamos uma artigo científi co do colega Paulo Morais e outra abordagem do colega Nuno Cardoso. Propostas de utilização das TIC em contexto de EVT. Mostramos também uma prática educativa em EVT e o novo espaço do Centro Lúdico da Imagem Animada, nossos parceiros Institucionais. Podem também consultar o nosso plano de formação TIC e as notícias mais importantes. Apesar de mantermos este meio de comunicação, a partir de agora, e mais do que nunca, estejam atentos ao nosso site. Muitas novidades vão chegar dentro em breve, num visual mais dinâmico e apelativo e sempre com coerência e rigor científi co. José Alberto Rodrigues
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A disciplina de Educação Visual e Tecnológica face às tecnologias na Escola: dinâmicas e contextos da utilização das TIC Paulo Alexandre Morais Professor na Escola EB 2,3 Rosa Ramalho, Barcelinhos pauloevt@portugalmail.pt
Resumo É elucidativo que estamos perante uma sociedade em mudança acelerada, onde a aprendizagem, a informação e conhecimento ganham foros de indispensabilidade que a escola tem de considerar enquanto processo. Assumimos para a escola um papel decisivo na formação inicial do indivíduo/aluno, no quadro de uma escola informada, atribuindo igual responsabilidade ao processo individual de formação ao longo da vida. Uma e outra, facilitadoras do sucesso individual e do progresso das sociedades, se apoiadas numa utilização competente das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Esta investigação analisa a realidade da disciplina de Educação Visual e Tecnológica (E.V.T.) do 2º Ciclo do Ensino Básico da Coordenação Educativa (C.E.) de Viana do Castelo, face às tecnologias na escola, dinâmicas e contextos da utilização. Procurar-se-á fundamentar a mesma, abordando a relação entre a Tecnologia, a Educação, a Escola e as TIC, onde se procura perceber a importância dessa relação face à necessidade da escola proporcionar e mobilizar novas competências. Seguidamente aborda-se a questão da problemática da disciplina de E.V.T., desde a sua génese, organização, construção e desenvolvimento do programa e competências essenciais. Dar-se-á conta das opções metodológicas assumidas ao longo do trabalho a desenvolver e da sua adequação ao objecto em estudo. Introdução A forma como hoje contactamos uns com os outros, foi o resultado de várias inovações que ocorreram, sobretudo, nesta última década e meia e que permitiram que cada vez mais pessoas tenham computadores, modems, telemóveis 3G, sistemas de cabo e ligações à Internet, se chegue cada vez mais longe, cada vez mais depressa e a preços cada vez mais acessíveis. Certo é, sem dúvida, que estas tecnologias se assumiram, em poucas dezenas de anos, como ferramentas poderosíssimas de informação e comunicação que vieram para ficar e para modificar o nosso dia a dia para sempre em todas as dimensões. Ninguém pode já alhear-se desta realidade, nem mesmo a escola, os alunos ou os professores, num momento em que o nosso país e o governo estão a implementar políticas, e a realizar um esforço significativo para conquistar um lugar na frente da Sociedade 4
da Informação e do Conhecimento. Nesse sentido hoje é sabido que existem linhas orientadoras e importantes sobre a aprendizagem e o uso da tecnologia que podem ajudar os estudantes e os professores a desenvolver as competências necessárias para o século XXI. Sendo assim, a tecnologia deve e pode colaborar activamente nesses processos criados pelo próprio sistema educativo, no entanto, a sua integração estará dependente das suas próprias possibilidades e do reconhecimento que as pessoas implicadas em todo o processo educativo lhe atribuam, porque “o desenvolvimento da tecnologia em todos os campos que constituem a vida do homem moderno é um facto evidente, aspecto a que também não escapa o terreno educativo” (Silva, 1998:31). Nesse âmbito, compete à escola fornecer as bases e as condições para o posterior desenvolvimento nos campos que cada aluno vier a escolher, enquanto que ao professor, compete constituir para os seus alunos a referência social indispensável no processo de construção de atitudes que a escola tem de promover. Será nessa escola, num dado momento do percurso escolar do aluno que surge a disciplina de Educação Visual e Tecnológica. Esta denominação leva-nos a pôr em prática as explorações plásticas que utilizam intencionalmente os elementos visuais, em articulação com os instrumentos específicos de compreensão e reflexão do mundo técnico e da acção sobre ele. Segundo Porfírio 5
(2004), o programa de Educação Visual e Tecnológica é um programa aberto e de grande flexibilidade, permitindo que se possam conjugar as aprendizagens e sequências de ensino em função das diferenças inerentes a cada local, região, escola, alunos e professores. Sendo assim, será pertinente abordar e caracterizar a forma como está a ser implementada a disciplina de EVT a nível do currículo do 2º Ciclo, em termos de realidade de trabalho e em termos de uso e recurso às tecnologias, centrando-nos no papel desempenhado pelos os professores, verificando factores e recursos que são inerentes e contribuem para o seu desempenho e uma melhor relação com a disciplina. Será a partir da interacção do professor com os alunos, com as experiências por eles vividas sobre situações concretas, que devem surgir os assuntos, e desenvolverem-se de forma a integrar as atitudes e os valores que se pretendem incentivar. Será necessário ter em conta as competências essenciais que orientam a disciplina de E.V.T., que por sua vez surgem dissociadas no documento CNEB (2001). Agora, as competências, ao mobilizarem os saberes e saber-fazer, exigem a criação de recursos e situações de aprendizagem que permitam a realização do princípio de mobilização. Para que haja transferência de competências é indispensável que estas sejam postas em acção e treinadas de forma sistemática. Será necessário que o professor oriente as actividades, que contextualize as situações de aprendizagem, que seja um mediador permitindo aos alunos realizar aprendizagens significativas. Isto implica formação e conhecimentos, equipamentos nas escolas e uma atitude tecnológica. Estes factores, aliados ao facto desta disciplina resultar de uma fusão, levaram-me às razões de escolha deste tema, ou seja, querer perceber melhor a disciplina na sua génese, atestar a realidade que a disciplina de E.V.T. vive nos dias de hoje, em função do tipo de recursos e do papel desempenhado pelos professores, destacando a importância e o uso da vertente comunicacional e tecnológica, onde se inserem várias tecnologias possíveis de serem usadas no processo ensino/aprendizagem. É partindo destas ideias, aliado ao meu interesse pessoal em querer perceber melhor a realidade disciplinar e profissional na qual me insiro, que se procurará
constatar o tipo de recursos usados, suas causas, suas implicações, atribuindo-se especial atenção à importância atribuída às novas tecnologias, como veículo de comunicação, de aprendizagem e de inovação, sendo importante procurar avaliar junto dos professores de E.V.T. do Ensino Básico, as atitudes face a essas tecnologias e o uso que fazem delas na sua sala de aula, como forma de promover a motivação e a aprendizagem. Finalidades e objectivos Perante a realidade tecnológica e enriquecedora que hoje vivemos, e na qual a escola e a educação se inserem, uma das finalidades deste estudo, prende-se com a sensibilidade dos professores de E.V.T. perante o uso e recurso às novas tecnologias no processo de ensino aprendizagem. Este estudo tem como objectivo geral caracterizar a relação, os contextos e as dinâmicas do ensino da Educação Visual e Tecnológica no 2º Ciclo do Ensino Básico face às tecnologias, incidindo-se sob a constatação dos recursos que se usam na aula, pretendendo verificar, também, o índice de utilização e recurso às novas tecnologias ao qual não será alheio, a realidade e o cariz da própria disciplina, bem como o perfil do próprio professor. Articulando-se com o objectivo geral, e tendo em conta a caracterização deste estudo, definiram-se os seguintes objectivos específicos, com os quais se pretende: . Caracterizar a realidade da disciplina de EVT em termos de génese e em relação aos próprios professores que a leccionam. . Auscultar os professores sobre o que sabem e pensam acerca do uso das TIC, e a sua relação com o programa da disciplina de E.V.T. . . Constatar se a formação inicial foi suficiente no âmbito das TIC, se há necessidade em aprofundar esses conhecimentos e se tem havido procura de formação. . Constatar se os professores sentem necessidade de formação sobre a utilização e exploração de documentos áudio-visuais, documentos multimédia e Internet. . Auscultar a opinião dos professores acerca da utilização das novas tecnologias em termos de eficácia no processo de ensino – aprendizagem. . Verificar quais são os tipos de recursos e documentos que os professores consideram mais eficazes no ensino da disciplina. Enquadramento teórico Não nos podemos esquecer que desde sempre o ser humano se relacionou com a tecnologia no sentido e na necessidade de ampliar os seus sentidos e capacidades, apesar que essa relação seja mais marcante na socieda6
de contemporânea, onde o impulso tecnológico do séc.XX marca as instituições sociais e interfere em todos os sectores da actividade humana. A evolução das tecnologias, não só tem implicações sociais, como resultam e são produto das condições sociais e sobretudo económicas de uma época, contribuindo também fortemente, segundo Silva (2001.840), para condicionar e estruturar a ecologia comunicacional das sociedades, referindo ainda que cada época histórica e cada tipo de sociedade possuem uma determinada configuração que lhes é devida e proporcionada pelo estado das suas tecnologias de informação e comunicação. A tecnologia pode assim surgir como uma forma cultural, no entanto, dependendo do contexto, poderá assumir diferentes definições e usos. No seu uso mais comum, surge associada a uma imensidão de ferramentas e máquinas que podem ser usadas para ajudar a resolver problemas. Pode também ser associada a uma técnica e neste uso implicará o estado actual do nosso conhecimento de modo a podermos conjugar e combinar recursos para produzir algo, resolver problemas ou para suprimir e responder a necessidades ou até, simplesmente, para satisfazer as mesmas. A tecnologia neste sentido inclui métodos teóricos, habilidades, processos, técnicas, ferramentas e matérias. O “desenvolvimento da tecnologia em todos os campos que constituem a vida do homem moderno é um fac7
to evidente, aspecto a que também não escapa o terreno educativo” (Silva, 1998:31). Nesse sentido, hoje é sabido que existem linhas orientadoras e importantes sobre a aprendizagem e o uso da tecnologia que podem ajudar os estudantes e os professores a desenvolver as competências necessárias para o século XXI. No entanto, a sua integração estará dependente das suas próprias possibilidades e do reconhecimento que as pessoas implicadas em todo o processo educativo lhe atribuam. Certo é que os recursos tecnológicos já foram incorporados no dia a dia dos indivíduos, e disso não devemos ter dúvidas, agora, que a missão dos docentes é criar as condições para que esses recursos sejam utilizados adequadamente nos meios educacionais, de modo a poder proporcionar-se um ensino com qualidade e com resultados positivos e frutuosos em termos de aprendizagem. Agora, também queremos aqui expor a nossa ideia e o nosso conceito de tecnologia ao “serviço da educação”, ou “na educação”, no sentido de podermos aflorar a uma questão que, para muitos, pode-se resumir ao uso da informática. Neste sentido partilhamos da ideia exposta por Chaves (1999) quando o mesmo diz que tradicionalmente se privilegia o uso de computadores na sala de aula, ou, mais recentemente, o uso de computadores em rede para conectar a sala de aula com o mundo externo a ela, através da Internet. No entanto e segundo o mesmo autor (idem) a expressão “tecnologia na educação” abrange a Informática na Educação, mas não se restringe a ela, incluindo também, o uso da televisão, do vídeo, e do rádio (e, por que não, do cinema) na promoção da educação. Lógico que estas poderão ser algumas das tecnologias possíveis e passíveis de serem utilizadas, como outras mais existem, capazes de desempenhar um papel importante no processo de ensino/aprendizagem. Nesta relação que se estabelece, e cria, não podemos esquecer o papel do professor, e aqui vamos de encontro ao que Valcárcel Muñoz-Repiso (2003) menciona, quando refere que os mesmos deverão aprofundar os seus conhecimentos em relação ao mundo em que vivem, aos avanços nos processos tecnológicos e sociais por forma a adaptar as instituições educativas com as condições dos novos tempos, melhorando-
as e aumentando assim a sua qualidade. Mas, todo este processo, só terá sentido de resposta e funcionalidade se a escola e os professores acompanharem a evolução das tecnologias e da sociedade, porque se a escola não se reestruturar face às implicações das tecnologias e não possuir professores competentes, não existe tecnologia alguma que resolva os problemas (Silva, 2001:842). Este facto, ganha consistência quando constatamos que as tecnologias são interlocutores constantes e reconhecidos, da maioria da população, especialmente da mais jovem. Esse reconhecimento significa que os processos educacionais convencionais e formais como a escola não podem voltar as costas para os mesmos. Isto, no sentido em que a escola tem tendência a desvalorizar a imagem e as linguagens audiovisuais e multimédia, em detrimento de uma exigência que priveligia mais o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico. Entendemos que a tecnologia (TIC) tem um conceito abrangente no sentido ASV (audi-scripto-visual, Cloutier,1975), não desvalorizando a imagem, linguagens audiovisuais e multimédia. Esta “preocupação” parte do princípio que o uso das TIC em contexto educativo é hoje uma mais valia para os professores delas entusiastas, em comparação com aqueles que ainda lhes resistem. É uma verdade que, tanto no âmbito educativo como no organizacional, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm vindo a assumir um papel cada vez mais influente e imprescindível, sendo notória uma evolução permanente nos paradigmas relacionadas com a sua utilização, daí, a “Necessidade” em desenvolver competências que acompanhem e respondam a uma mudança que se verifica na cultura educativa acompanhada pela introdução de novas pedagogias. Esta necessidade a que aludimos, ou esta educação, propõe uma nova forma de alfabetização. Existem os que falam de uma primeira alfabetização (Moreira 1998, Pinto 2002) protagonizada pelo livro e pela cultura letrada, e uma segunda alfabetização que nos abre às múltiplas escritas que hoje constituem e formam o mundo audiovisual e informático. Esta pluralidade de discursos pela qual passa, hoje, a construção de cidadãos que saibam ler tanto livros como jornais, revistas, videojogos, videoclipes e CD-Roms, Internet, implicará, e requer uma escola capaz de fazer um uso criativo e crítico dos meios audiovisuais das tecnologias multimédia e tecnologias do on-line. Há que considerar os conceitos de educar para e educar com, porque, como Martin (1997:187 apud Pais, 2002:47) refere, o papel do professor “não é tanto o ministrar ou ampliar a informação desses documentos, mas adaptá-los à estrutura cognitiva dos alunos, à sua experiência e conhecimentos prévios, às suas formas de perceber, de processar a in8
formação de pensar e de aprender”, porque, como Pinto (1994:16) diz, “não faz grande sentido educar para os media enquanto tais, mas para aspectos e dimensões de que eles são ao mesmo tempo”. É importante que os professores percebam as dimensões associadas ao conceito da educação para os media, porque, como Pais (2002:51) o diz, “o importante é que os alunos adquiram competências no uso dos meios, conheçam as suas reais potencialidades e sejam capazes de os seleccionar em função da sua adequação à tarefa a realizar”. Será preciso uma alfabetização dos docentes no sentido de alterar posturas que se limitam a utilizar as tecnologias de informação e comunicação como complemento informativo/ilustrativo ou como estratégia de motivação/ sensibilização, devendo antes desenvolver-se com os alunos projectos inovadores. Será assim importante, segundo Cabero et al (2000:16), evitar o que é habitual, ou seja, que a escola seja a última a incorporar as novas descobertas tecnológicas, daí a necessidade em se permitir que a mesma as integre no sentido em que estas permitem: - aceder a mais informação; - relacionarmo-nos com pessoas de forma mais rápida e segura; - romper barreiras temporais e espaciais para a comunicação; - aceder a diferentes tipos e formas de apresentação de informação. As TIC, não vão resolver os problemas da Escola, mas, decerto, pelas 9
suas enormes potencialidades, poderão ajudar a melhorar substancialmente o processo de ensino/aprendizagem. Será necessário que os professores estejam abertos à inovação e à mudança e que lhes seja dada a formação que lhes permita utilizar as melhores estratégias na integração dessas novas tecnologias nas actividades lectivas. Uma outra questão prende-se com a necessidade de tornar os alunos mais reflexivos e dotados de uma capacidade conhecedora justa sobre as suas competências e capacidades. Neste aspecto assume particular relevância o conceito de aprender a aprender, no qual as competências transversais, desenvolvidas nas diversas áreas disciplinares e o uso das tecnologias em contextos educativos, têm uma influência preponderante. Assim, a inserção das TIC na educação constitui uma das preocupações primordiais da escola actual tanto ao nível dos objectivos como ao nível dos conteúdos, estratégias e domínios de referência. A ideia das TIC em contexto escolar, passa pela utilização das mesmas nas mais diversas situações e contextos de aprendizagem de modo a que possam conduzir a uma formação inicial sólida, ao desenvolvimento de competências da sua utilização e à autonomia do aluno na pesquisa, recolha, tratamento e gestão da informação - bases para a aprendizagem ao longo da vida e pilares da Sociedade da Informação e do Conhecimento. Esta nova sociedade (denominada Sociedade da Informação), gera “novos” alunos, nascidos no seio da tecnologia, onde diariamente se vêm rodeados por imagens, cor, som, movimento, tornando-se esses os motivos que os fazem querer participar, colaborar, tornarem-se importantes e assumirem-se. Será face a este aluno, e à realidade que hoje vivemos que, será necessário um novo perfil de professor, uma vez que há uma alteração no paradigma professor – aluno. Isto obriga o mesmo ajustar-se a novos modelos de ensino e a desenvolver novas práticas em consonância com as exigências e expectativas que sobretudo os alunos criam e necessitam, e que a própria sociedade “impõe”, no sentido da escola não se desajustar à realidade que hoje se vive. Isto implicará a necessidade em ter que se perceber e basear as práticas em função, e com uma base de sustentação em teorias que nos ajudarão a perceber e actuar da melhor maneira com as tecnologias face aos alunos.
O professor deverá tornar-se naquilo que Moreira (1998) designa de pessoa culta e alfabeta em relação ao acesso da informação, neste caso através das novas tecnologias, o que requer por sua vez que possua determinadas destrezas e requisitos. Fácil será perceber que se quisermos utilizar as novas tecnologias, devemos evidentemente dominar os conceitos básicos e certos conhecimentos informáticos e tecnológicos, e assim sendo, apela-se à necessidade e importância dos professores desenvolverem e mobilizarem competências. Este é um facto que não deve ser esquecido na especificidade da disciplina de E.V.T., já que na mesma, trabalhando-se segundo a metodologia centrada no processo de resolução de problemas, permitirá ao aluno, de uma forma construtiva, mais do que acumular conhecimentos, compreender a forma de atingir esses conhecimentos. Neste sentido, o uso de meios apoiados sobretudo no computador permitirá desenvolver e aproximar a disciplina de E.V.T. da nova era do multimédia e das tecnologias do on-line. Esta questão adquire contornos específicos, uma vez que as características práticas da disciplina podem contribuir para uma aproximação dos meios tecnológicos por parte dos docentes, já que em termos de comunicação visual (que representa o primeiro contacto com o receptor) as “novas” tecnologias vieram abrir novos horizontes, passando agora a ser o único limite a capacidade, o conhecimento e imaginação de cada um. No entanto, analisando o que está estipulado em termos de lei e organização curricular na disciplina de E.V.T., ao nível do uso e recurso às TIC (de modo a que se possa perceber a orientação e as directrizes que são facultadas aos professores para a caracterização desse fim) cremos que o programa de E.V.T. em vigor revela dificuldades em se enquadrar na realidade e no mundo das tecnologias em que hoje vivemos, já que é parco em referências aos média, reflexo provavelmente do facto de em 1991 (data da sua elaboração), a geografia tecnológica do país ser completamente diferente: na altura havia uma pequena minoria de escolas ligadas à rede e a formação de docentes era escassa, daí que não seja de espantar essa ausência e referência. O que é de espantar é a sua não actualização! Por outro lado, constatamos que as experiências e as vivências destes anos têm fomentado opiniões e pareceres em artigos que vão num sentido que na realidade nem tudo está bem, que nem tudo será coerente. Vários testemunhos foram surgindo ao longo destes anos em relação à origem conceptual da disciplina e em relação à concepção do próprio programa. No entanto, a ausência em relação ao uso das TIC foi de certa maneira colmatada com o decreto-lei nº 6/2001 e o documento “Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais”, que esclarece no seu 10
preâmbulo que a utilização das TIC constitui uma formação transdisciplinar, a par do domínio da língua e da valorização da dimensão humana e do trabalho. Contudo, o próprio Ministério da Educação, nesse mesmo documento, cria antagonismos e contradições sobre o quadro conceptual de E.V.T., que é uma mera soma de Educação Visual mais Educação Tecnológica, ou seja, modelo curricular centrado na organização pluridisciplinar em contraponto com o modelo interdisciplinar em que se baseia a fusão da E.V.T.. Esta é uma situação que se torna perturbadora para os professores e para as escolas, no sentido em que emana uma incompreensão face à desarticulação das competências e as orientações curriculares proclamadas pelo programa da disciplina. Não seria de se perspectivar a resolução da situação através da elaboração de um documento específico para E.V.T. a integrar o Currículo Nacional do Ensino Básico. No entanto, em que ficamos?! Para já, a espera ainda perdura. Enquanto isso, o professor terá, ou pelo menos deverá ou deveria ter, a percepção que poderá ser induzido numa ou outra estratégia, mas deverá também saber e perceber que não existe uma estratégia de ensino absoluta, e o importante será possuir uma estrutura operacional que o ajude a determinar as estratégias adequadas aos objectivos a alcançar e às condições em que o ensino se desenvolve. Procura-se assim um professor capaz 11
de diferenciar o ensino, que deixe de ser um mero transmissor de conhecimento e que proporcione a oportunidade ao aluno de aprender e elaborar o seu conhecimento, tornando-se um professor da contemporaneidade. Apela-se a um “novo professor”, mais vulnerável à dúvida, que aprenda a investigar os contextos em que actuam, que saiba lidar coma a heterogeneidade dos seus alunos, aberto ao diálogo, receptivo à crítica, adequando os conteúdos, métodos e materiais à realidade com que se deparam. Investir na profissão, agir de modo responsável, definir metas para o seu progresso, fazer balanços sobre o percurso realizado, reflectir com regularidade sobre a sua prática, não fugir às questões incómodas mas enfrentá-las de frente, são atitudes que importa valorizar. Com o crescimento do modelo de gestão centrado no local de trabalho e com as iniciativas curriculares nacionais e de reforma da avaliação, direccionado para aumentar os padrões de ensino na sala de aula, constata-se que a natureza do ensino exige que os professores procurem uma actualização, que se empenhem num processo de desenvolvimento profissional ao longo da carreira. Espera-se que ao longo de todo esse percurso os professores tenham oportunidades para participar em muitas actividades formais e informais, capazes de promover a sua evolução com base em processos de revisão, renovação, aperfeiçoamento dos seus modos de pensar e agir em relação ao seu compromisso profissional. É necessário, assim, construir saberes a partir dos problemas em vez de desenvolver a transmissão do saber, confrontandose os alunos com situações inéditas e avaliar a sua capacidade de pensar autonomamente. Devemos considerar que “os processos de interiorização e de integração serão tanto mais importantes quanto mais significativas e progressivas as situações de aprendizagem forem para o aluno e desenvolverão as mais diversas competências que, estritamente, são objectivos de integração” (Alves, 2003:206). Neste processo, importa ainda referir que os sistemas de avaliação são importantes no desenvolvimento dos professores, mas só por si não garantem o êxito dos resultados. É necessário que haja uma mudança, uma mudança que passará sempre por um processo de formação. Alves (2004:74) refere que a avaliação para ser eficaz e contribuir para a regulação
das aprendizagens, deverá tornar-se auto-avaliação e ela própria, ser formadora. Segundo a mesma autora (idem), a avaliação deve ser entendida como uma actividade cognitiva onde o professor explicite e negoceie os critérios das produções escolares e que construa, com os alunos, os indicadores que permitirão objectivar os critérios. Esta atitude fará com que o aluno se torne ele próprio auto-regulador e co-responsável na regulação das actividades e sua aprendizagem. Isto só é possível face a uma atitude profissional e competente por parte do professor, daí que, antes de ter competências técnicas, o professor deveria(á) ser capaz de identificar e de valorizar as suas próprias competências dentro da sua profissão e dentro de outras práticas sociais, o que exigirá um trabalho sobre a sua própria relação com o saber (Perrenoud, 2000). Na disciplina de E.V.T., dever-se-á trabalhar para que o aluno passe a exercitar habilidades, para através delas adquirir as competências, isto no sentido de desenvolver as habilidades através dos conteúdos, deixando deste modo de ter que memorizar os conteúdos. O professor deverá mediar a construção do processo de aprendizagem, procurando a sua promoção e desenvolvendo condições para que os alunos participem e se venham a inserir na sociedade do conhecimento. Será necessário um compromisso entre ambos (professor e aluno), de modo que se possa contribuir para a transformação da realidade, no sentido da mudança, da inovação e da própria educação. A disciplina de E.V.T. pode dar o seu contributo, uma vez que as expressões artísticas e as tecnologias valorizam a organização do mundo das crianças e dos jovens, a sua auto-compreensão, assim como o relacionamento com os outros e com o meio (Pires, 2005: 8). Segundo o mesmo autor, o ensino destas áreas tem como proposta pedagógica centrar o desenvolvimento global da personalidade, através das formas mais diversificadas e complementares de actividades expressivas, criativas e sensibilizadoras. Isto leva a com que o professor domine as competências e os conhecimentos, no sentido de exercer as habilidades necessárias e correctas em consonância com a acção, favorecendo uma ruptura com as práticas tradicionais e avançar em direcção aquilo que Bordoni (2003) denomina de uma educação “competente”, flexível, aberta e processual. Isto vai de encontro ao que Brito (2005) menciona em relação ao que deve ser o papel do Professor de E.V.T., ou seja, deverá conseguir promover não só a interacção social, como o crescimento intelectual dos alunos, tornando-se assim coresponsável na formação de verdadeiros Seres Humanos. Isto, obviamente implica, uma atitude “competente”, no sentido de se evi12
denciar uma total disponibilidade intelectual, abertura a novas experiências, espírito inovador, predisposição para os riscos sem medo de cometerse erros ou de se ser criticado. Em E.V.T. (ou em outra qualquer área) cabe aos professores ter uma atitude de mudança, inovação, assumindo a noção de competência como, “(…) um instrumento estruturador útil para a reconceptualização dos saberes e do seu ensino na aprendizagem escolar” (Roldão, 2003a). Metodologia Traçados os propósitos para a realização deste estudo, propusemo-nos desenvolver um projecto que permitisse perceber melhor a disciplina de E.V.T. na sua génese, atestar a realidade que se vive nos dias de hoje, em função do tipo de recursos e do papel desempenhado pelos professores, destacando-se a importância do uso da vertente comunicacional e tecnológica, onde se inserem várias tecnologias possíveis de serem usadas no processo ensino/aprendizagem. Pretendemos conhecer a situação actual relativamente à integração das TIC na disciplina de E.V.T., ou seja, entender, compreender e explicar a situação actual relativamente ao próprio objecto de estudo. Sendo assim, a metodologia desta investigação é do tipo descritivo, o qual descreve e interpreta o que é, daí que poderemos classificar o presente estudo do tipo survey, o qual é referido por Coutinho (2004:281) como um estudo 13
que, visa analisar a incidência, distribuição e relação entre variáveis que são estudadas tal qual existem, num contexto natural, sem manipulação, podendo quase sempre ser classificados em função desses três objectivos: descrever, explicar ou explorar. Segundo Carmo e Ferreira (1998:213) este tipo de investigação incluiu a recolha de dados para testar hipóteses ou responder a questões que lhe digam respeito, sendo esses dados, recolhidos normalmente mediante a administração de um questionário, a realização de entrevistas ou recorrendo à observação da situação real. Centrando-nos na relação da disciplina de E.V.T. face às tecnologias na escola, dinâmicas e contextos da utilização das TIC, este estudo propõe-se questionar professores que leccionem a disciplina visada, nas escolas pertencentes ao C.E. de Viana do Castelo. Neste estudo serão utilizados dois tipos de inquéritos para a recolha de dados: o inquérito por questionário, que permitirá realizar a aferição atitudinal dos professores de E.V.T., face à relação das TIC com a disciplina, bem como a sua utilização; e o inquérito por entrevista a um pequeno grupo de professores que permitirá a recolha de informação crucial para o esclarecimento de algumas dúvidas que surjam, isto, tendo em conta que existem limitações nos próprios inquéritos por questionário, que poderão ver agora algumas respostas esclarecidas. De forma a ultrapassar algumas limitações impostas pela utilização de uma única metodologia, Carmo e Ferreira (1998, 123-124) falam na combinação (triangulação) de metodologias, onde a lógica surge, no facto que cada método revela diferentes aspectos da realidade empírica e consequentemente devem utilizar-se diferentes métodos de observação da realidade. Em relação à selecção da população e da amostra, sempre foi uma preocupação para a maioria dos investigadores o tamanho ideal que deve ter uma amostra de forma a garantir a qualidade dos resultados da investigação. Como não se conseguiu saber o número total da população alvo do estudo, baseados na nossa experiência, sabendo que o grupo disciplinar de E.V.T. pode variar em número de professores de escola para escola, optámos por enviar 4 questionários para as vinte e quatro escolas do 2º ciclo do C.E. de Viana do Castelo, perfazendo assim um total de 96 questionários. Os
respondentes, em número de 43, constituem a amostra desta investigação que, em termos percentuais (44.7%), se enquadra nos valores e na média que é normal existir neste tipo de sondagens, na medida em que “um inquérito postal bem planificado deverá obter pelo menos uma percentagem de respostas de 40% (…)” (Cohen & Manion, 1990:150). Quanto aos instrumentos de recolha de dados, o estudo apresenta uma abordagem mista, na medida em que há uma utilização de instrumentos com características diferentes. Numa primeira fase o estudo caracteriza-se como sendo descritivo, numa segunda fase, em que utilizamos o inquérito por entrevista, assume contornos de estudo exploratório. Em relação ao tratamento da informação, no caso das questões abertas no questionário, e no caso das entrevistas procedeu-se à categorização das mesmas, aplicando-se um tipo de análise que segundo Gliglione e Matalon (1993:258) passa pela codificação das respostas, na perspectiva de uma análise de conteúdo que aplica as técnicas e as mesmas orientações metodológicas. Em relação às questões fechadas do questionário, procedemos ao tratamento estatístico envolvendo estatística descritiva (frequências, percentagens e médias) e análise inferial (cruzamentos, e/ou concordâncias existentes), recorrendo ao programa SPSS, versão 13, e ao programa Office Excel 2003, sendo os dados introduzidos segundo as diferentes questões. Cada questão foi analisada separadamente, sendo os resultados obtidos apresentados por meios de gráficos, elaborados de forma a permitir uma fácil leitura e interpretação. Foram efectuados testes de significância considerando as variáveis independentes de sexo, idade, formação académica de base e tempo de serviço, tendo em conta o nível de significância de 0,05, o nível usualmente usado em Educação e Ciências Sociais. • Síntese da análise de dados Esta síntese que se apresenta permite compreender melhor os resultados proporcionados pelo questionário e entrevistas realizadas. Os dados são apresentados em função dos objectivos do estudo. Sendo assim, verificamos que: • A disciplina é leccionada na sua maioria por professores do sexo feminino (67% vs 33% Masculino). • Estabilidade e experiência profissional (Idade média 44 anos; 91% dos professores são do Q.N.D.; 47% dos professores encontra-se a leccionar na mesma escola entre um período 9 – 20 anos). • Heterogeneidade na formação académica de base (47% outras forma14
ções; 46% E.V.T.; 7% Belas Artes). • 93% dos professores respondentes concordaram que as TIC são uma componente a valorizar na disciplina de E.V.T. • 71% dos professores concordaram que o programa apela ao uso das TIC, 29% discordaram dessa opinião. • 84% dos professores teve uma formação insuficiente em TIC. • 93% dos professores sente necessidade em aprofundar os seus conhecimentos. • 77% tem procurado formação (maioritariamente formação contínua) • 86% sente necessidade de ter formação sobre a utilização de documentos audio-visuais, documentos multimédia e Internet. • 69,8% dos professores são da opinião que não se recorre ao uso das TIC nas aulas de E.V.T.. • As TIC em E.V.T. são vistas como: - um bom recurso; - bom meio de motivação; - ajuda para actualização do saber e do conhecimento; - deve haver mais formação por parte dos professores; - salas mais apetrechadas (computadores, software, Internet). Materiais considerados como os mais eficazes no ensino da disciplina: - materiais retirados a partir de diversos manuais; - documentos vídeo (cassetes, DVDs); 15
- Internet. • Como menos eficaz referiram o manual escolar. • Os materiais retirados a partir de diversos manuais, para além de serem considerados os mais eficazes são igualmente os mais utilizados nas aulas, especialmente pelos professores do sexo feminino (o manual aqui surge em 4º lugar em oito hipóteses). Variável sexo: • Constatamos que as mulheres apresentam uma maior utilização das tecnologias ditas “tradicionais”, como o manual e revistas e uma menor utilização das novas tecnologias como software e Internet. • Verificamos também que são as mulheres que mais importância atribuem ao desejo de receber formação para conceber e produzir materiais didácticos (relacionados com as novas tecnologias). Nos homens já não existe uma discrepância tão grande em termos de utilização dos diferentes materiais. Aliado a esta questão, verificamos também que são as mulheres que mais importância atribuem ao desejo de receber formação para conceber e produzir materiais didácticos. Sentir-se-ão as mulheres menos capazes para construir e conceber materiais? Haverá algum género de discrepância entre as formações que os homens e mulheres receberam que as fará pontuar desta maneira? Podem ser sugestões para um estudo que vise analisar a oferta de formação em função do género. Em termos gerais verificamos que nesta disciplina se privilegiam os materiais que se caracterizam primordialmente por texto e imagem, que se cingem à componente visual. Num segundo agrupamento, com um menor valor médio de frequência surgem os recursos e documentos que combinam texto, imagem, vídeo e som, sendo a internet a que apresenta uma menor frequência de utilização nas aulas, uma situação, segundo a qual apuramos nas entrevistas, que pode ser explicada pelo facto de esta surgir só mais em fases de investigação
e pelas dificuldades que surgem no acesso à mesma, nomeadamente por falta de recursos ou disponibilidade dos meios. Conclusões Com o desenvolver deste estudo, foi possível verificar que a Tecnologia no seu uso mais comum surge associada a uma imensidão de ferramentas e máquinas que podem ser usadas para ajudar a resolver problemas, podendo também ser associada a uma técnica, o que implicará o nosso conhecimento de modo a podermos conjugar, e combinar recursos para produzir algo, resolver problemas ou para suprimir e responder a necessidades, ou até simplesmente para satisfazer as mesmas. A tecnologia neste sentido inclui métodos teóricos, habilidades, processos, técnicas, ferramentas e matérias, o que deverá ser visto como um meio e um apoio, não podendo converter-se numa finalidade em si. Em relação às TIC, houve todo um percurso tecnológico que se construiu, que teve a sua história, mas sobre esta questão, constatamos que passa por um problema de terminologia. Ponte (2000:64) refere que durante muitos anos falava-se apenas no computador, depois, com a proeminência que os periféricos começaram a ter (impressoras, plotters, scanners, etc) começou a falar-se em Novas Tecnologias de Informação (NTI). Com a associação entre informática em telecomunicações generalizou-se o termo tecnologias de informação e comunicação (TIC). A designação TIC está, assim, em geral associada ao tratamento genérico da informação pela via informática e da sua criação, procura e distribuição em termos de rede (Pinto, 2002a:41). As TIC oferecem potencialidades imprescindíveis à educação e formação, o que leva a que essa aprendizagem ao longo da vida seja reequacionada em função do desenvolvimento dessas, novos objectivos educacionais e novas formas de trabalho para o processo de ensino-aprendizagem. As TIC contemporâneas podem proporcionar um espaço de profunda renovação às estruturas educativas e em particular à escola, o que implicará, no entanto, a adaptabilidade ou a criação de novas formas de trabalho para o processo de ensino-aprendizagem. É essencial a procura da mudança qualitativa nos processos de aprendizagem, sobretudo para aqueles que ainda não se reveram nessas mudanças. Adaptar o nosso papel às condições e às necessidades da sociedade, da educação e da própria escola é uma tarefa de grande alcance e responsabilidade pedagógica que nos cabe. Antes de relacionarmos esta temática com a realidade da disciplina de E.V.T., sentimos necessidade em perceber a conjectura desde a sua génese. Quando surgiu, em 1989 com a Reforma Curricular, concerteza 16
que se pretendeu criar uma disciplina inovadora, com a introdução de algo de novo, o que pressupunha um programa novo e reformulado. Hoje, segundo o que constatamos, as críticas de uma maneira geral são dirigidas e recaem sobre os objectivos e a conjugação dos dois programas. Foca-se a questão de ter surgido um programa extenso para o tempo de aulas que tem vindo a ser reduzido ao longo dos últimos anos, chamando-se também à atenção para a falta de lógica como os conteúdos se organizam, agrupando, por exemplo, elementos da linguagem visual (estrutura, forma, luz/cor) com conceitos do âmbito da Física (energia, movimento), propondo-se, por outro lado, áreas de exploração onde o desenho e pintura estão em pé de igualdade com alimentação, hortofloricultura e recuperação e manutenção de equipamentos. Será esse um critério viável, perceptível e coerente? Pensamos que a diferenciação de níveis de conteúdos permitirá uma melhor integração, desde que haja uma organização em função dos saberes considerados e das competências susceptíveis de potencializar. Ainda no âmbito das questões relacionadas com o programa, gostávamos de deixar no ar uma observação, ou seja: face à realidade tecnológica com que nos deparamos, não seria desejável incluir de uma forma mais abrangente e perceptível o recurso às TIC nas áreas de exploração do programa? Por outro lado, o programa em vigor 17
é datado de 1991! E as necessidades, serão ainda as mesmas?! Podem dizer que as TIC surgem como recurso e que os professores as usam quando o entenderem e sempre que precisarem, certo! Cremos, no entanto, que seria importante incluir de forma clara e perceptível o seu uso no programa, porque assim também os autores de manuais teriam uma base de sustentação institucionalizada para incluir a abordagem das TIC nos seus manuais. Por outro lado, ao fazer parte integral do programa, talvez os professores, na sua generalidade, prestassem mais atenção e valorizassem mais o seu uso e potencial, porque é muito normal e usual os professores seguirem o que está no programa, e depois dizerem, eu cumpri o programa! No entanto, apesar de os professores considerarem as TIC como uma componente a valorizar na disciplina de E.V.T., essa deverá ser feita sob a forma de um complemento, de um auxiliar do processo de ensino-aprendizagem e nunca se tornando numa finalidade. A prática, no entanto, revela outra realidade, quando vemos que 70% dos professores considera que não se recorre ao uso das TIC nas aulas de E.V.T.. Surgem evidências como a falta de recursos, que depende do professor, ou que é devido à falta de formação. Cremos, no entanto, face às percentagens obtidas através dos dados, que a questão pode passar mais pela formação, ou a falta de conhecimentos ao nível de certas tecnologias, nomeadamente as mais recentes, como o computador multimédia e uso da Internet. Esta questão faz-nos pensar que o colocar de novas exigências ao professor pressupõe por parte deste uma disposição para uma aprendizagem permanente no sentido de acompanhar o desenvolvimento tecnológico e social, mas também para que possa colmatar algumas falhas ao nível da formação inicial. A nosso ver, há necessidade em se considerar a formação no âmbito das TIC mais para o desenvolvimento das competências de integração pedagógica, de modo a que em qualquer momento seja permitido colocá-las ao serviço da aprendizagem. Devem-se procurar formar professores não só “experts” no conhecimento técnico, mas sobretudo “experts” em utilizar as TIC na criação de oportunidades de aprendizagem.
Cremos que se deve partir das necessidades evidenciadas e das propostas que se façam a nível das escolas para se apostar na qualidade da formação contínua como promotora da utilização das TIC. A gestão escolar, por sua vez, tem que estabelecer políticas de desenvolvimento aos professores, que têm que conhecer as suas potencialidades e adquirir competências para as utilizar, enquanto que os alunos têm que perceber que as TIC podem ser usadas para aprender. Por outro lado, e para além do que foi referido, cremos que a renovação nalgumas práticas, metodologias e estratégias de ensino, ocorrerá à medida que as escolas forem sendo convenientemente apetrechadas de modo que os professores se possam sentir envolvidos e estimulados, assumindo-se como autênticos tecnólogos em educação. Fruto também da reflexão deste trabalho, cabe-nos dizer que será necessário também uma mudança nas concepções e em algumas práticas vigentes, sendo preciso que os professores evitem e deixem de recorrer com frequência à solução mais imediata e menos trabalhosa, num processo de acomodação, onde se integram os novos elementos em consonância com as estruturas conceptuais já existentes. Esta ideia surge no âmbito que “o uso fluente de uma técnica envolve mais do que o seu conhecimento instrumental, envolve uma interiorização das suas possibilidades e uma identificação entre as intenções dessa pessoa e as potencialidades ao seu dispor” (Ponte, 2000:74). Em relação à disciplina de E.V.T., a experiência vivida neste trabalho feznos perceber que as características práticas podem contribuir para uma aproximação dos meios tecnológicos por parte dos professores. Somos da opinião que todas as técnicas são, em si, possíveis e viáveis, mas em termos de comunicação visual, que representa o primeiro contacto com o receptor, as novas tecnologias vieram abrir novos horizontes, passando agora o único limite a ser a nossa capacidade, conhecimento e imaginação. Óbvio que qualquer inovação, alteração no sentido de se promover uma nova aprendizagem, dependerá sempre da qualidade da intervenção pedagógica do professor no processo de aprendizagem, o que implicará o conhecimento e domínio de certas linguagens, de modo a que se possa seleccionar temas e conteúdos, discutir métodos e estratégias assim como desenvolver competências comunicativas. Percebe-se que as tecnologias devem fazer parte do quotidiano educacional, e que se quisermos utilizá-las, devemos evidentemente dominar os conceitos básicos e certos conhecimentos informáticos e tecnológicos, apelando-se à necessidade e importância dos professores desenvolverem e mobilizarem competências. O professor deverá, assim, perceber e as18
sentar as práticas numa base de sustentação em teorias que ajudará a perceber e actuar da melhor maneira com as tecnologias face aos alunos. Desde as teorias behavioristas, passando pelas cognitivistas até à visão construtivista, julgamos que todas possuem vantagens e desvantagens, daí que, ao professor caberá adoptar a estratégia(s) de um ou mais modelos de acordo com os alunos que tem, com o nível que lecciona e com as tecnologias existentes e disponíveis. Por outro lado, cremos ser importante haver uma pedagogia de projecto com objectivos bem definidos, uma boa coordenação entre os centros de recursos educativos, mediatecas, bibliotecas, salas de informática, de modo a que todas as acções desenvolvidas estejam devidamente integrados num Projecto Educativo com objectivos pedagógicos. Não podemos ter uma escola onde só se ensina e não se aprende. Devemos conceber uma escola onde é necessário preparar os alunos para aprender a aprender, e para aprender ao longo da vida. Bibliografia ALMEIDA, Leandro; FREIRE, Teresa (2000). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Baga: Psiquilíbrios. ALVES, Maria (2004). Currículo e Avaliação, uma perspectiva integrada. Porto: Porto Editora. BORDONI, Thereza (2003). Saber e Fazer…Competências e Habilidades? 19
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PLANO DE FORMAÇÃO 2007
Acções de Formação Contínua para Professores na área de formação específica Como já deve ser de conhecimento para a grande maioria dos professores, também a APEVT não obteve financiamento para as acções de formação contínua de professores, mesmo para acções de formação destinadas a docentes das áreas científicas de EVT, EV e ET, neste ano de 2007. Neste contexto, a APEVT, como entidade formadora acreditada pelo CCPFC - Conselho Científico - Pedagógico da Formação Contínua, poderá realizar quaisquer acções do plano anteriormente elaborado ou da sua carteira de formação. No entanto, dado não existir financiamento, os custos destas acções de formação terão que ser suportados pelos formandos. O plano de formação e as propostas a apresentar estarão disponíveis em www.apevt.pt e são aceites inscrições com um número mínimo de formandos por acção. Os valores e demais instruções encontrar-se-ão também descritos na mesma página da Internet. Brevemente, a APEVT divulgará um plano de formação para professores que incluirá uma vasta oferta formativa para acções de formação creditada e outras, de curta duração (workshops) que conferirão atribuição de certificado (mas não creditadas). Aconselhamos os associados e não associados a estarem atentos a 21
UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu CENTRO DE FORMAÇÃO
estas iniciativas. No âmbito da formação contínua na área das TIC, foram finaciadas 7 (sete) Oficinas de formação nesta área para a APEVT. Correspondentes ao AN2 - Área B - “A utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem”, a APEVT realizará a partir do mês de Fevereiro e até final do ano de 2007 duas destas oficinas de formação na zona Norte, duas na zona Centro, duas no Algarve e uma na zona de Lisboa e Vale do Tejo. Refira-se que estas acções de formação, mais propriamente, Oficinas de Formação, incluem-se na formação coordenada pela Equipa do CRIE - Computadores, Redes e Internet na Escola. Têm uma duração de 50 horas, sendo que 25 são componente presencial e as restantes de trabalho autónomo. Utilizar-se-á a plataforma MOODLE para gestão da aprendizagem e, para o efeito, a APEVT celebrou um acordo/parceria com o Centro de Competência da Universidade do Minho para utilização desta plataforma alojada nos seus servidores, não obstante, os formadores e professores poderão opcionalmente ou cumulativamente utilizar as plataforma Moodle das suas Escolas. Nas páginas seguintes serão descritos os objectivos e os conteúdos desta Oficina de formação que, em qualquer caso, poderão ser complementados com toda a informação que está disponibilizada na página do CRIE em www.crie.min-edu.pt
A Utilização das TIC nos Processos de ensino/aprendizagem RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA ACÇÃO: PROBLEMAS/NECESSIDADES DE FORMAÇÃO IDENTIFICADOS A escola, enquanto organização social, apresenta uma complexidade natural própria a que se juntam todas as valências de ordem educativa, curricular e pedagógica. Tanto no âmbito educativo como no organizacional as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm vindo a assumir um papel cada vez mais influente e imprescindível, sendo notória uma evolução permanente nos paradigmas relacionados com a sua utilização. Se encararmos os diversos componentes das organizações escolares de ensino não superior numa perspectiva sistémica, se houver um conhecimento integrador das realidades e necessidades e a esta visão aplicarmos os recursos tecnológicos adequados, poderemos dar um salto qualitativo enorme na produtividade e eficiência do uso educativo das TIC, o que se tenderá a reflectir nos resultados educativos da instituição cujo beneficiário principal é o aluno. Pretende-se, com esta acção de formação promover o desenvolvimento curricular, a integração transdisciplinar das TIC, a elaboração de recursos educativos digitais e a sua aplicação no processo de ensino/aprendizagem, de forma a fomentar o desenvolvimento de mais e melhor ensino e aprendizagem. Pretende-se ainda promover a reflexão sobre metodologias de aplicação das TIC no processo de ensino/aprendizagem, incentivar a produção, pelos professores, de materiais de apoio ao ensino e sua disponibilização online, prolongando os momentos de aprendizagem no tempo e no espaço. As ferramentas de comunicação e interacção à distância proporcionados pelas TIC podem ser potenciadas na promoção de boas práticas nos vários contextos e modelos de aprendizagem, de que são exemplo o trabalho colaborativo e as comunidades virtuais de aprendizagem. A implementação de novos modelos curriculares com maior ênfase em competências transversais e na realização de tarefas de uma forma autónoma por parte do aluno e ainda a inclusão de novas áreas curriculares não disciplinares, justifica a formação de professores de forma a dar resposta a estes paradigmas, incluindo as TIC como ferramentas potenciadoras e geradoras de novas situações de aprendizagem e metodologias de trabalho.
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Esta Acção é desenvolvida no âmbito do quadro de referência para a formação contínua de professores na área das TIC, definido pelo CRIE – ME, dando resposta às necessidades de formação dos professores e devendo estar articulada com as iniciativas TIC nas Escolas. DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO Professores de todas as áreas e níveis de ensino EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇAS DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁCTICOS • Utilização de metodologias activas e participativas, com recurso às TIC, no processo de ensino e aprendizagem; • Utilização crítica das TIC como ferramentas transversais ao currículo; • Partilha de experiências/recursos/ saberes no seio da comunidade educativa; • Valorização de uma prática avaliativa indutora de melhoria da qualidade dos processos educativos; • Estimulo a estratégias pedagógicas promotoras de metodologias inovadoras; • Adopção de práticas que levem ao envolvimento dos alunos em trabalho prático com TIC; • Produção, utilização e avaliação de recursos educativos digitais potenciadores da construção do conhecimen23
to; • Mudança de práticas, com a integração de ferramentas de comunicação e interacção à distância, no processo de ensino e aprendizagem; • Prolongamento dos momentos de aprendizagem no tempo e no espaço, fomentando a disponibilização on-line de recursos educativos; • Desenvolvimento de projectos/actividades que potenciem a utilização das TIC em contextos inter e transdisciplinares; • Promoção de momentos de reflexão decorrentes da prática lectiva. CONTEÚDOS DA ACÇÃO 1. Apresentação de experiências, por parte dos formandos e do formador, de utilização das TIC como instrumento didáctico; 2. Potencialidades das TIC no processo de ensino aprendizagem – apresentação de boas práticas; 3. Metodologias de integração das TIC, com particular destaque para a Internet, no processo de construção e produção do conhecimento. As TIC como: a. Meio de informação que suporte o aprender pesquisando, descobrindo e confrontando; b. Contextos que ofereçam meios seguros de exploração para aprender fazendo; c. Meio de comunicação que sustentem o aprender comunicando e colaborando. 4. Estratégias de utilização das TIC numa perspectiva de reorganização e gestão de sala de aula, adaptadas aos espaços e equipamentos disponíveis nas escolas; 5. Produção e utilização de recursos para o ensino e aprendizagem: a. Concepção de recursos de suporte à actividade dos professores; b. Concepção de recursos para o apoio à aprendizagem dos alunos. 6. Capacidade de produção de produtos e recursos pelos alunos; 7. Construção de uma ou duas actividades a realizar em con-
texto de sala de aula, por parte de cada um dos formando/grupo de formandos; 8. Intervenção no terreno/aplicação das actividades; 9. Avaliação da/s actividade/es realizada/as – reflexão, análise e discussão em grupo. Algumas sugestões de trabalho (tabela anexa mais detalhada) Cada formando elaborará um portfólio que poderá consistir em: • Planos de Unidades/ projectos; • Apresentações multimédia; • Publicações (boletim informativo, folheto,…); • Recursos educativos digitais; • Planeamento de “WebQuests” e de “caça ao tesouro”; • Produção de “WebQuizes”; • Fichas e testes em formato digital; • Ferramentas de avaliação dos materiais elaborados. Utilizar ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona Cada formando colocará on-line o portfólio disponibilizando os materiais aos alunos e colegas.
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UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu CENTRO DE FORMAÇÃO
FICHA DE INSCRIÇÃO DO FORMANDO Nº ORDEM___________ REGIÃO ____________________ ACÇÃO __________ _____________________________________________________________ NOME ____________________________________________________________________________________________ DATA DE NASCIMENTO ___/___/______ B. IDENTIDADE Nº _________________ ARQUIVO ________________ Nº CONTRIBUINTE ___________________ BAIRRO FISCAL _____ _________________ GRUPO/DISCIPLINA ___/_______ MOD. DE FORm. PROFISSIONAL ______________ NÍVEL ENSINO __________ SITUAÇÃO PROFISSIONAL (QU/QG/QND/QV/QZP/QNP/CONTRATADO) _________ ANOS DE SERVIÇO ______ NO CASO DE SER PROF. DO 1º CICLO OU ED. INFÂNCIA INDIQUE O CAE A QUE PERTENCE _______________ ESCALÃO _________ INDÍCE _________ DATA DE MUDANÇA PARA O ESCALÃO SEGUINTE ___/___/_______ SE FOR SÓCIO DA APEVT INDIQUE O Nº ____________ RESIDÊNCIA _______________________________________________________ LOCALIDADE _________________ CODIGO POSTAL ________-_____ TELEFONE ___________________ TELEMÓVEL _________________ EMAIL ___________________________@____________________ ESCOLA ______________________________________________________ LOCALIDADE ______________________ TELEFONE(S) ____________________________ FAX ___________________________ Data ______/______/_______ (Assinatura)_________________________________________________________ .................................................................................................................................................................................................... Os critérios de selecção dos Formandos são: 1- Ser docente da Escola onde se realiza a acção 2- Coordenadores de Projectos TIC nas Escolas 3- Participantes de Projectos na área das TIC nas Escolas 4- Ordem de chegada da inscrição 5- Outros Professores.
O preenchimento indevido ou incompleto da ficha implica a anulação da mesma. 25
OFICINAS DE FORMAÇÃO 2007 REGIÃO NORTE Turma
Nome da Acção
Local
Meses
1
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 de Argoncilhe
Fevereiro Março Abril Maio
Turma
Nome da Acção
Local
Meses
2
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 de Milheirós de Poiares
Outubro Novembro Dezembro
......................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................
* 25 Horas Presenciais e 25 Horas Trabalho Autónomo Formação Contínua de Professores na área das TIC, definido pela Equipa CRIE - ME Endereço : Largo de Noeda - Escola EB1 nº 14 4300-352 Porto Telefone: 225107244
Fax : 225102547
e-mail : ap
...................................................................................................................................................................................................................... 26
UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu CENTRO DE FORMAÇÃO
Dias
Horas Créditos
Público Alvo
Formador
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mestre João Paulo Silva
....................................................................................................................................................................................................................
FEVEREIRO 50* Dia 27 MARÇO Dias 6, 13, 20, 27 ABRIL Dias 17 e 24 (sessões das 18 às 21 Horas) MAIO Dia 8 (sessão das 17 às 21 Horas)
2.0
Dias
Horas Créditos
Público Alvo
Formador
OUTUBRO Dias 10 e 24 NOVEMBRO Dias 7 e 21 DEZEMBRO Dia 5
50*
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mestre Susana Pinho
....................................................................................................................................................................................................................
2.0
Todas as sessões das 14:30 às 19:30 Horas
....................................................................................................................................................................................................................
pevt@esoterica.pt
Endereço electrónico : http://www.apevt.pt
.................................................................................................................................................................................................................... 27
OFICINAS DE FORMAÇÃO 2007 REGIÃO CENTRO Turma
Nome da Acção
Local
Meses
1
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 Prof. Dr. Egas Moniz - Avanca
Março Abril Maio Junho
Turma
Nome da Acção
Local
Meses
2
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 Prof. Dr. Egas Moniz - Avanca
Setembro Outubro Novembro Dezembro
......................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................
REGIÃO LISBOA E VALE DO TEJO Turma
Nome da Acção
Local
Meses
1
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 de Álvaro Velho Lavradio
Março Abril Maio
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* 25 Horas Presenciais e 25 Horas Trabalho Autónomo Formação Contínua de Professores na área das TIC, definido pela Equipa CRIE - ME Endereço : Largo de Noeda - Escola EB1 nº 14 4300-352 Porto Telefone: 225107244
Fax : 225102547
e-mail : ap 28
UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu CENTRO DE FORMAÇÃO
Dias
Horas Créditos
Público Alvo
Formador
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Drª. Isabel Couto
Público Alvo
Formador
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mestre João Paulo Silva
Público Alvo
Formador
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Dr. Teodósio Faria
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MARÇO - Dia 16 ABRIL Dias 13 e 27 MAIO - Dia 11 JUNHO - Dia 1 Todas as sessões das 14:30 às 19:30 horas Dias
50*
2.0
Horas Créditos
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SETEMBRO - Dia 26 50* OUTUBRO - Dia 17 NOVEMBRO Dias 14 e 28 DEZEMBRO - Dia 13 Todas as sessões das 14:30 às 19:30 Horas
Dias
2.0
Horas Créditos
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MARÇO 50* 2.0 Dias 1, 8, 15 e 22 ABRIL Dias 12, 19 e 26 (sessões das 18:30 às 21:30 Horas) MAIO - Dia 3 (sessão das 18:30 às 22:30 Horas)
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pevt@esoterica.pt 29
Endereço electrónico : http://www.apevt.pt
OFICINAS DE FORMAÇÃO 2007 REGIÃO ALGARVE Turma
Nome da Acção
Local
Meses
1
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 de Algoz
Fevereiro Março Abril
Turma
Nome da Acção
Local
Meses
2
“A Utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem” Modalidade Oficina de Formação
Escola EB 2,3 de Algoz
Março Abril Maio
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* 25 Horas Presenciais e 25 Horas Trabalho Autónomo Formação Contínua de Professores na área das TIC, definido pela Equipa CRIE - ME Endereço : Largo de Noeda - Escola EB1 nº 14 4300-352 Porto Telefone: 225107244
Fax : 225102547
e-mail : ap
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UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu CENTRO DE FORMAÇÃO
Dias
Horas Créditos
Público Alvo
Formador
FEVEREIRO Dias 14 e 28 das 14:30 às 19:30 Horas MARÇO Dia 14 das 14:30 às 19:30 Horas ABRIL Dias 11 e 27 das 14:30 às 19:30 Horas
50*
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mestre Renata Silva
Dias
Horas Créditos
Público Alvo
Formador
MARÇO Dias 9 e 23 das 15:30 às 20:30 Horas ABRIL Dia 20 das 15:30 às 20:30 Horas MAIO Dias 4 e 11 das 15:30 às 20:30 Horas
50*
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mestre Renata Silva
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2.0
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2.0
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pevt@esoterica.pt
Endereço electrónico : http://www.apevt.pt
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n o t í c l a s
CONSELHO NACIONAL
O Conselho Nacional da APEVT reuniu no passado dia 13 de Janeiro de 2007 no IPJ – Instituto Português da Juventude na cidade de Aveiro com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Aprovação da Acta número vinte e um 2- Eleição do Secretariado Nacional a) Delegação de poderes 3- Informações (últimos seis meses) a) Destacamentos 2006/2007 b) Função do Professor Manuel Porfírio c) Acompanhamento, análise e propostas ao ECD d) Actividade do SIAP e) Acção Reivindicativa f) Organização Curricular e Programas g) Centro de Formação h) Direcções Regionais 4 – Indigitação do Director do Centro de Formação (de acordo com o Regulamento do Centro de Formação a indigitação é por dois anos). a) Voto de Congratulação b) Plano de Formação 2007 - Área TIC c) Apresentação de Candidatura 2007 d) Aprovação do Plano de Formação apresentado: Região Norte: - 2 Turmas; Região Centro: - 2 Turmas; Região LVT: - 1 Turma; Região Algarve: - 2 Turmas 5 - Plano Actividades 2006/2008 a) Revista Informar – APEVT b) Eventos c) Processo Reivindicativo d) Situação Financeira APEVT 6 – Revisão dos Estatutos da APEVT a) Reapreciação da proposta do último Conselho Nacional e reflexão da mesma, para discussão. 7 – Outros assuntos Procedeu à eleição do Secretariado Nacional cuja constituição é a seguinte: Presidente – David Pereira Marques Rodrigues – Sócio nº 0005 Vice-Presidente – António Manuel Lopes Oliveira – Sócio nº 2572 Secretária – Lígia Gonçalo Lopes Oliveira – Sócia nº 2562 Tesoureira – Sónia Paula Marques Santos – Sócia nº 2246 Vogal – António Silva Reis – Sócio nº 0232
Indigitou para Director do Centro de Formação o Professor José Alberto Braga Rodrigues por um período de dois anos. Aprovou um Voto de Congratulação à Professora Maria Margarida Pinto que cessa funções de Directora do Centro de Formação. Aprovou o Plano de Actividades para os próximos dois anos até 2008. Aprovou o Plano de renovação e nova imagem da Página Internet da APEVT cujo projecto está a ser concluído pelo professor Porfírio. As condições operacionais foram avaliadas e concluiu-se que a sustentabilidade de meios humanos e financeiros para o funcionamento e actualização devem ser equacionados face à situação financeira da APEVT, este processo deve estar concluído até Junho de 2007. Retomou a discussão em torno do desempenho das Direcções Regionais no actual quadro tendo em vista o futuro dos professores e da disciplina. Retomou o debate sobre a necessidade de alterar os Estatutos adequando-os às novas exigências. Quanto aos pontos da O.T. não referenciados neste espaço, e analisados no C.N., estão no Plano de Actividades 2007/2008. 32
n o t í c l a s VOTO DE CONGRATULAÇÃO
O Conselho Nacional da APEVT – Associação Nacional de Professores de Educação Visual e Tecnológica, reunido em Aveiro – IPJ – Instituto Português da Juventude no dia 13 de Janeiro de 2007, congratula-se pela gestão rigorosa, de estabilidade administrativa e financeira, conseguida pela Professora Maria Margarida Pinto Directora do Centro de Formação cargo que agora termina. O clima de confiança que conseguiu, permitiu que a APEVT seja hoje uma Associação respeitada por todos os intervenientes no processo de formação FSE/PRODEP, Formadores e Formandos. As respostas ao actual quadro de exigências processuais é para nós motivo de grande regozijo. Por isso na hora em que cessa as funções de Directora do Centro de Formação, O Conselho Nacional manifesta-lhe o seu apreço pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos em que desempenhou o referido cargo. A Direcção da APEVT, agradece o seu importante contributo enquanto membro do Secretariado onde desempenhou o cargo de Tesoureira. À Professora Margarida o nosso muito obrigado. 33
Participação da APEVT no SIAP
A nossa participação no SIAP tem sido regular de acordo com o calendário das reuniões. Temos apresentado as nossas posições sobre as várias temáticas em análise e contribuído para a discussão de questões resultantes do novo ECD. O trabalho tem sido orientado pelo grupo coordenador que reúne as opiniões dos colegas para o aprofundamento do debate em reunião plenária. As posições assumidas pelo SIAP, foram motivo para que a Senhora Ministra da Educação convocasse as Associações representadas no órgão para uma reunião que se realizou no passado dia 16 de Janeiro em Caparide/Lisboa. Da reunião com a Senhora Ministra da Educação no dia 16 de Janeiro – Caparide – Lisboa, registamos: 1-Reconhecimento do SIAP-Secretariado Inter-Associações; 2-Reconhecimento da importância das Associações no Processo de Regulamentação dos diplomas; 3- Reconhecimento da importância dos Centros de Formação das Associações na formação contínua dos professores; 4-Reconhecimento da importância social das Associações Científicas e Pedagógicas para a promoção e desenvolvimento do serviço público que prestam; 5-Reconhecimento da necessidade de recorrer às Associações para contratar serviços e estabelecer protocolos, financiando as Associações tendo em conta as requisições que venham a ser requeridas.
Parcerias/Protocolos
A APEVT, mantém os protocolos com a clínica do Bonfim – Porto, reduções nas consultas/ exames foram actualizadas. Sempre que solicite estes serviços deve apresentar o cartão de sócio.
Serralves Projectos com escolas; Aulas no parque; Actividades do projecto; Oficinas de expressão plástica; Dar corpo e voz ao espaço; Debates, Encontros e Cursos;
n o t í c l a s Oficinas e Workshops, Cartão professor amigo Condições oferecidas: - Inclusão no mailing Fundação Serralves - Entrada nas exposições e acesso ao parque com 50% de desconto - Acesso gratuito às visitas guiadas
Ergovisão Grupo óptico - Consultas gratuitas; - Desconto em vários serviços Locais: Porto, Viseu, Nelas, Tondela, Mortágua, Sátão, Aguiar da Beira.
Outros
De acordo com o prometido no jantar convívio realizado em Matosinhos aquando o nosso Encontro Nacional, a APEVT, está a preparar um programa convívio com a duração de 1 dia. A data prevista é 01 de Setembro de 2007 – Porto – Régua (barco) Régua – Porto (comboio). Os nossos colegas aposentados caso estejam interessados podem também inscreverem-se. Inscrições até ao dia 30 de Junho de 2007 Contactos: 919505294 (David Marques) 912355500 (Sede) 225107244 (Sede) Preço p/pessoa €85,00 (P/almoço + almoço incluído)
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ASSOCIAÇÃO DE LUDOTECAS DO PORTO Centro
Lúdico
da
Associação de Ludotecas do Porto Centro Lúdico da Imagem AnimadaANILUPA Rua da Boa Viagem, nº 11 Escola de Gólgota – 4150- 290 Porto Tel/Fax: 22 208 12 13 anilupa@sapo.pt
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Imagem
Animada
-
ANILUPA
Mostrar aquilo que é o mundo do cinema de animação através de um processo que toca no imaginário de qualquer criança ou adulto, é o mote do projecto Centro Lúdico da Imagem Animada (Clia-Anilupa), o qual ganhou vida com o sucesso do trabalho desenvolvido, desde 1990, pelo ANILUPA – Estúdio de Cinema de Animação da Associação de Ludotecas do Porto (ALP), na realização de curtas-metragens. Actualmente a filmografia do Estúdio já se estende a mais de 80 filmes produzidos por crianças e jovens do norte do país, nos quais são empregues as mais variadas técnicas. O Clia_ANILUPA, equipamento cultural, lúdico e formativo da ALP, vem desenvolvendo, desde 1998, um conjunto de modalidades de intervenção no âmbito da animação da imagem dirigido a instituições educativas e população em geral. Associando a componente lúdica, o carácter de interactividade presente, tanto ao nível dos equipamentos e materiais colocados à disposição dos grupos para manipulação e exploração directa, como ao nível das sinergias relacionais que se vêm estabelecendo, tornam o CLIA_Anilupa um espaço diferente, cuja finalidade é a de proporcionar formas variadas de conhecimento, que incentivem a descoberta de marcos significativos da história do aparecimento do cinema e da sua evolução.
Actividades Regulares 9.30- 12.30 h / 14.00-18.00 h
Visitas Animadas 2ª a 6ª feira Nesta actividade é possível: • Visitar a sala de exposição onde se pode explorar/manipular réplicas de objectos que estiveram na origem do aparecimento do cinematógrafo. • Assistir à projecção de 2 filmes de cinema de animação realizados por crianças e jovens do nosso estúdio ANILUPA. • Criar as imagens para um Thaumatrope. Para Escolas e grupos organizados (por marcação): 1 turma ( máx. 25 elementos) por sessão Duração de 2 horas Tarifário: 0.50€ por participante
Oficinas de Construção de Brinquedos Ópticos 2ª a 6º feira (Construção de objectos, idênticos aos que se encontram presentes na Sala de Exposição, cada visitante constrói um) Para escolas e grupos organizados (por marcação): Construção do aparelho óptico, 3 alternativas: Preços individuais - ZOOTROPE: € 2.00 - CALEIDOSCÓPIO: € 2.50 - FENAKISTISCÓPIO: € 1.00 1 turma (máx. 25 elementos) por sessão Duração de 2 horas
Oficinas de Cinema de Animação (a combinar com o Coordenador do CLia) A realização cinematográfica de curtas- metragens com crianças e jovens, é uma das componentes mais requisitadas do Projecto. Filmes produzidos e realizados por crianças e jovens com um fundamento pedagógico real, que contemplam a participação e a implicação activas, dos grupos envolvidos, desde a primeira à última fase do processo, têm sido concebidos e premiados ao longo dos anos.
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Mostra de Cinema de Animação O trabalho desenvolvido no contexto das oficinas de cinema de animação e a necessidade de valorização e criação de públicos, criadores e espectadores, sustentam a importância e o interesse em realizar mostras de Cinema de Animação, que se realizam anualmente desde 1999. (sem data prevista)
Acções de Sensibilização/Formação de agentes educativos As sessões de sensibilização/ formação, visam a experimentação de processos básicos da animação da imagem pelos agentes educativos, procurando que os mesmos possam dinamizar e explorar diferentes vertentes desta actividade nos respectivos contextos profissionais. (sem data prevista)
Contactos e Informações Associação de Ludotecas do Porto Rua Alcaide Faria (antiga escola de Aldoar) 4100-034 Porto Tel./Fax: 22 610 34 18 E-mail: ass.ludo.porto@clix.pt Centro Lúdico da Imagem Animada Rua da Boa Viagem, 11 (escola de Gólgota) 4150-290 Porto Tel./Fax: 22 208 12 13 E-mail: anilupa@sapo.pt 37
Associação de Ludotecas do Porto Centro Lúdico da Imagem Animada- ANILUPA Local: Rua da Boa Viagem, nº 11 (Escola de Gólgota – 4150290 Porto Tel./ Fax: 22 208 12 13 Email: anilupa@sapo.pt
“UM DIA DIFERENTE NA ESCOLA” COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA CRIANÇA
Ana Maria Viana Luísa Martins Sónia Paula Santos AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE RIO TINTO Nº 2 ESCOLA E.B. 2,3 DE RIO TINTO Nº 2 ANO LECTIVO 2004/2005
Atelier “Pintura de Lenços e T’shirts”
Estação “Olfacto”
A Escola preparou um dia especial para comemorar o “Dia Mundial da Criança” – 1 de Junho. Neste dia as actividades lectivas foram substituídas por actividades de carácter lúdico, que percorreram vários saberes, pensadas e organizadas por Professores e Alunos. A “Comemoração do Dia Mundial da Criança” foi uma das actividades que o Departamento de Expressões apontou no início do ano lectivo como uma das principais a desenvolver, pelo que se encontrava inserida no Plano Anual de Actividades. No primeiro momento em que a actividade foi pensada, pretendia-se promover situações de carácter lúdico, que por si só, são factores motivadores para trazer os alunos ao encontro da escola como um todo. Esta proposta surgiu também associada à realidade que “Somos” – Agrupamento Vertical, deste modo o Departamento sugeriu, que este fosse também o Dia/Momento em que os alunos do 4º ano do 1º ciclo tomassem um primeiro contacto com a sua futura escola. As actividades desenvolvidas no Dia Mundial da Criança, assentaram basicamente na apresentação/exploração de actividades que pretendiam promover de forma activa, para todos os intervenientes, um desenvolvimento das competências no âmbito das aprendizagens das diferentes áreas curriculares. A inter e transdisciplinaridade esteve sempre presente no desenvolver de todo o processo, pelo que a colaboração de alguns docentes na planificação de determinadas actividades foi uma mais valia para a concretização
Estação “Tiro à Lata” 38
Estação“Destreza Física”
Atelier “Físico-Química”
Estação “Pintar os Direitos da Criança”
Estação “Labirinto”
Atelier “Jogos de Mesa/Enigmas”
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Estação “Flor Colorida”
“Reciclos de Percussão”
do projecto final. As actividades consistiram nos seguintes focos de interesse: Percurso de Actividades; Ateliers; Reciclos de Percussão e Entrega de Prémios. O Percurso de Actividades funcionou como uma “Gincana” interdisciplinar localizada no espaço exterior (recreio) da escola, com diversas estações onde os alunos participaram por equipas. Cada turma pré-inscreveu entre seis a dez alunos, atribuindo um nome de identificação à equipa. A cada equipa foi entregue um “Passaporte”, que funcionou como documento de registo, controle e avaliação das diferentes estações, por onde a equipa passou obrigatoriamente. Cada Estação (puzzle gigante; labirinto; trava-línguas; enigma; tiro à lata; destreza física; diferenças; olfacto; flor colorida; pintar os direitos das crianças) possuía regras de funcionamento próprias e cada uma tinha as suas especificidades. Os Ateliers (Poesia; físico-quimica; pintura de lenços/T´shirts; jogo 24; jogos de mesa/enigmas; reciclagem; mergulho na Europa) foram diversificados na sua temática, por forma a responderem aos diferentes interesses dos alunos. O espaço físico, desta vez, foi o interior do edifício escolar, onde os alunos frequentaram os ateliers de forma livre. Reciclos de Percussão (actividade situada na sala de convívio dos alunos) foi um momento de expressão musical onde os animadores culturais despertaram a criatividade, motivando todos os participantes para uma actuação onde a comunicação foi feita através de instrumentos de percussão. Os Reciclos de Percussão não pretendem ser uma actuação, mas um motivo de convívio onde a comunicação entre as pessoas é feita através de instrumentos de percussão. Com a orientação de um facilitador executam-se vários jogos rítmicos. Por último, a Entrega de Prémios das actividades do dia e de outras actividades desenvolvidas ao longo do ano lectivo (Corta Mato e Torneios) funcionou como reconhecimento do empenho dos alunos. Para a concretização desta actividade foi necessário um grande trabalho de organização, planificação e elaboração de materiais onde um grupo de professores e alunos trabalharam empenhadamente. No dia das actividades, viveu-se todo um clima propício ao sucesso das mesmas. Os alunos participaram de forma activa e empenhada nas actividades propostas e todos os docentes colaboraram de forma excelente na preparação e apresentação das mesmas. Toda a Escola se Envolveu com muito optimismo e entusiasmo, o que transformou este dia num dia diferente “De Todos” e “Para Todos”. Resta-nos continuar a acreditar que sempre que quisermos é possível “Fazer” um dia diferente, onde se “Ensine” diferente. 40
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Trabalho Colaborativo para Professores de Educação Visual e Tecnológica
Nuno Cardoso Professor de EVT e Mestre em Novas Tecnologias e Multimédia nucard@gmail.com
“A nossa tarefa é abraçar a riqueza da revolução das comunicações e dirigi-la em direcções positivas e produtivas para benefício de todos que habitem o planeta.” V. Cerf
A digitalização mudou o suporte básico da Informação, do saber e do conhecimento. Inevitávelmente está a alterar a forma como interagimos uns com os outros criando novos hábitos, novos espaços e novas formas de pensar. Assim como as Sociedades Industriais tinham a ambição de que os cidadãos deveriam possuir conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo, o desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento pressupõe que cada cidadão deva possuir uma cultura digital e aptidões básicas neste domínio para dispor de igualdades de oportunidades num mundo onde se multiplicam as comunicações digitais. Neste avanço, onde a Informação corre a um ritmo alucinante, é necessário obter ferramentas cognitivas que nos permitam saber seleccionar a Informação e gerar Conhecimento. E aqui foco um ponto muito importante que é a distinção entre estes dois conceitos. Indiscutivelmente, Informação é a matéria com que se constrói o Conhecimento. Mas o facto de possuirmos Informação não nos torna detentores de Conhecimento. A informação está em todo o lado, mas é fundamental desenvolver as tais ferramentas cognitivas que referi há pouco. A construção de conhecimento pressupõe: 1- Apreender a Informação; 2- Processá-la; 3- Relacionar essa Informação e dar-lhe significado; 4- Aplicar na solução de situações e problemas emergentes. As redes, Internet e as TIC armazenam e trocam dados, mas 41
é preciso saber transformar esses dados em Informação e esta em Conhecimento. Caminhamos assim para um futuro risonho, um futuro onde é imperativo organizar a própria comunidade para reinventar uma nova sociedade e economia baseadas no Conhecimento, para preparar os seus cidadãos a tomarem uma parte activa e para educar os seus futuros lideres num ambiente de partilha de Conhecimento e resolução dos problemas globais. O Sistema Educativo também necessita de acompanhar esta evolução. Se a Escola é um local de transmissão de Informação e supostamente de Conhecimento, todos nós temos um compromisso para com esta nova Sociedade, para com o futuro. Uma adaptação à utilização quotidiana das TIC, ao acesso e selecção da Informação é essencial para potenciar as fases de construção de Conhecimento e torna-se vital para o professor do futuro. Como surge o EducaVisual “A Internet é o motor que permite a mudança do ensino tradicional para o construtivismo”. Robert McClintock
O EducaVisual surgiu pela primeira vez como um pequeno website onde pretendiamos disponibilizar conteúdos de Educação Visual e Tecnológica. No entanto, sentimos que o nosso objectivo não era apenas esse. Pretendiamos o feedback, as opiniões, a troca de informações com outros colegas. Pretendiamos interacção... não com os programas, não com a web mas com as pessoas, com a comunidade.
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É uma ferramenta tecnológica com modernas aplicações de comunicação que permitem potenciar a introdução e continuidade das TIC no quotidiano dos professores de Educação Visual e Tecnológica, disponibilizando conteúdos, debates, troca de experiências com o objectivo de melhorar as nossas práticas pedagógicas. É baseado no conceito de comunidade virtual, onde se aprende em comunidade e se criam novas atmosferas relacionais, onde se trabalha colaborativamente, onde se comunica! E aqui está um factor muito importante. O professor deve ter a possibilidade para trocar ideias e conhecimentos através das Tecnologias da Informação e Comunicação. E deve poder fazê-lo num mundo global, não apenas na sua escola ou comunidade mas com todas as outras comunidades. Quanto mais diversificadas forem as variáveis e os estímulos comunicativos, mais criativo e dinâmico poderá ser na sua prática lectiva. A nível pessoal tornar-se-á um utilizador das novas tecnologias, a nível da docência actuará como um facilitador na transmissão de conhecimento e aprendizagem do aluno e a nível profissional trocará conhecimentos com colegas da mesma área e explorará destrezas em ambientes virtuais. Com o tempo surgirão novas formas de entender o Ensino e o professor deve acompanhar essa evolução. Ele tem um papel primordial.
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Onde encontrar o EducaVisual Existem milhares de páginas web com informação importante para professores de Educação Visual e Tecnológica, páginas essas que necessitam de uma estruturação entre elas, de uma ligação. As bases de dados ajudam-nos a ordenar essa informação, a catalogá-la para um fácil acesso e de uma forma sistemática. O EducaVisual permite isso e muito mais. Permite que uma comunidade se organize e se entre-ajude na solução de problemas desta natureza. Nunca lhe aconteceu guardar links importantes nos favoritos do seu computador e chegar à escola, necessitar deles e não ter acesso aos mesmos porque estão no computador de casa? Pode sempre recordarse do endereço, mas para quê memorizar links que podem estar à distância de um nome...? Educavisual. Basta escrever Educavisual num motor de busca e poderá ter acesso a essa selecção de links, notícias de interesse, chats, fóruns de discussão, trabalhos que puderá utilizar na sua prática lectiva. É importante também ter a noção que o EducaVisual existe a partir da colaboração dos intervenientes, é dinamizado pelas pessoas que o utilizam. O Educavisual somos todos nós. Utilizadores activos e passivos Ao longo de muitos anos de navegação tenho reparado que existem cibernautas que buscam o que já está feito. É muito fácil entrar no EducaVisual ou em qualquer outro portal e retirar uma determinada apresentação sobre, digamos o Rosto Humano. Podemos utilizar a apresentação nas nossas aulas, os miúdos como sabemos adoram aulas multimédia e corre tudo muito bem. Mas se essa apresentação multimédia tiver sido elaborada por uma comunidade, da qual o professor também faz parte e para a qual colaborou, não sentirá um prazer maior ao utilizar a aplicação? E se detectar falhas ao longo da apresentação, poderá voltar ao portal, informar a comunidade e juntos resolverem o problema, promovendo a partilha de informação e a criação de conhecimento colectivo. Não estaremos a trabalhar para nos tornamos melhores professores e para a melhoria do ensino? Neste campo poderemos falar nos utilizadores activos e os
passivos. Os activos aqueles que participam nos diálogos, que dão opiniões e ajudam a desenvolver novas estratégias, novas formas de ver as coisas. Os utilizadores passivos estão por perto, vão ao portal e observam mas não se manifestam, não contribuem mas estão presentes e vão recolhendo as informações que os activos produzem. Pois bem, os utilizadores passivos também são muito importantes para o Educavisual. Com o passar do tempo vão-se manifestando e como estão “fora” do ambiente activo têm uma visão diferente das coisas. Em breve activos e passivos começam a trocar informações. Esta troca/interacção é fundamental para que ambos se possam enriquecer. Não tenha receio de avançar para projectos desta natureza. Se é activo óptimo, se é passivo, óptimo na mesma. O que interessa é caminharmos todos na mesma direcção, na melhoria das nossas práticas lectivas, e dos nossos alunos. O EducaVisual também pretende potenciar uma série de passos, entre os quais: -A reflexão – dialogo sobre a Sociedade da Informação, sobre a tecnologia na sociedade e da aprendizagem na disciplina de Educação Visual e Tecnológica. -Conhecer as possibilidades dos meios didácticos e das novas tecnologias. -Desenvolver habilidades profissionais melhorando a alfabetização tecnológica entre docentes. -Clarificar o papel da tecnologia e as suas possibilidades no prática construtiva. -Identificar as estratégias mais convenientes para a integração significativa das tecnologias nas metodologias. -Implementar a planificação e colocar em prática produtos multimédia desenvolvidos pelos utilizadores. Os professores conhecerão as vantagens que a utilização das TIC colocam ao alcance do ensino-aprendizagem. Como profissionais que são, desenvolverão aptidões que permitam construir as suas ferramentas didácticas atendendo aos seus objectivos pedagógicos imediatos. Características do EducaVisual O EducaVisual utiliza a plataforma de e-learning Moodle. O que é o Moodle?
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Moodle é um pacote de software para produzir cursos baseados na Internet e sítios Web. Trata-se de um projecto em desenvolvimento que visa criar a base para um esquema educativo baseado no construtivismo social. É uma ferramenta que pode ser utilizada, sem grandes custos, pelas escolas, e pelos professores, de forma a estender a sala de aula para fora da escola, com a disponibilização de conteúdos, de fomentar a interacção e o diálogo. Moodle distribui-se livremente na forma de Open Source (sob a licença de Sofware Livre GNU Public License). A palavra Moodle referia-se originalmente ao acrónimo: “Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment”, que é especialmente significativo para programadores e investigadores da área da educação. Em inglês a palavra Moodle é também um verbo que descreve a acção, que com frequência conduz a resultados criativos, de deambular com preguiça, enquanto se faz com gosto o que for aparecendo para fazer. Assim, o nome Moodle aplica-se tanto à forma como foi feito, como à forma como um aluno ou docente se envolve numa aprendizagem “online”. Assim, o EducaVisual tem como base uma dinâmica social construtivista que envolve a possibilidade de troca de informações e de colaboração em actividades cujas reflexões e críticas podem ser compartilhadas entre to45
dos os utilizadores da plataforma ou mais propriamente, da comunidade virtual. Gestão de utilizadores: Cada utilizador requer apenas uma conta para todo o portal, sendo que cada conta possui diferentes acessos/permissões, ou seja, perfis de acesso diferenciados. A conta de administrador controla a criação de conteúdos e cria permissões para os dinamizadores, sendo que uma conta de dinamizador permite apenas a dinamização dos conteúdos, sem acesso às configurações da plataforma. Gestão dos conteúdos: O dinamizador de um conteúdo possui controle sobre toda a configuração do mesmo, permitindo inclusive a escolha do formato seu formato como: semanal; focado em tópicos; formato social. As actividades do conteúdo são: Fóruns, Notícias, Quizzes, Recursos, Escolhas, Exercícios, Avaliações, Chats, Workshops que também são programados pelo dinamizador. A maior parte das áreas de texto (fontes, recursos, fóruns, notícias) podem ser editados usando um editor HTML incorporado. A integração do correio electrónico permite que as cópias dos tópicos dos fóruns, feedback do dinamizador, possam ser enviados por e-mail em formato HTML ou texto plano. Para concluir Poderia continuar e prolongar-me sobre o potencial da plataforma, mas não há nada como dar uma espreitadela e envolver-se no espírito do trabalho colaborativo. Vai ver que conhecerá pessoas interessantes e que esperam pelo seu contributo. Existe uma frase de Manuel Castells que diz. “Internet ha irrumpido con tal fuerza en la sociedad que no puede considerarse ya como futuro; es presente. [...]Es mucho más que una tecnología: es un medio de comunicación, de interacción y de organización social”. Está à espera de quê para fazer parte do presente? Encontramo-nos no Educavisual...
[O Conhecimento torna-nos pessoas interessantes.] Mestre Nuno Cardoso Coordenador do Projecto
Bibliografia ALVES, Lynn. NOVA, Cristiane(Orgs). Educação a Distância: uma nova concepção de aprendizagem e interatividade. São Paulo: Futura, 2003. (UE, 2000: 4). (Borja y Castells, 1997). BARTOLOMÉ, A.: “Sistemas Multimedia en Educación”. En Pablos, J. y J. Jiménez (Coord.): Nuevas Tecnologías. Comunicación Audiovisual y Educación. Barcelona: Cedecs Editorial, 1998. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. LÈVY, Pierre. Cibercultura. Editora 34. São Paulo, 1999. PALLOF, Renan; PRATT Keith. Construindo Comunidades de aprendizagem no Ciberespaço. Estratégias Efetivas para Cursos Online. Porto Alegre: Artmed.2002. KEMBER, D.: “Instructional design for meaningful learning”. En Instructional Science. 20, 1991. Pp. 289-310. RHEINGOLD, Howard. La Comunidad Virtual: Una Sociedad sin Fronteras. Gedisa Editorial. Colección Limites de La Ciência. Barcelona, 1994. STEIBEL, M. J.: “Análisis crítico de tres enfoques del uso de la informática en la educación”. CLINTOK, R.M., Streibel, M.J. y Vázquez, G. (Eds.): Comunicación tecnológica y diseño de la instrucción: la construcción del conocimiento escolar y el uso de los ordenadores. Madrid: CIDE, 1993. ROBERTS, Romm y Jones: Current practice in web-based delivery of IT courses. 2000 JONASSEN, Peck y Wilson (1999) WELLMAN, Barry e GULIA, Milena. Virtual Communities as Communities: Net Surfers don’t ride Alone. In KOLLOCK Peter. e Marc Smith. (organizadores) Communities in Cyberspace. Routledge. New York, 1999. WILSON, B. y Cole, P.: “A review of cognitive teaching models”. En Educational Technology Research and Development. 1991
WEB http://edutec.rediris.es/ http://es.wikipedia.org/wiki/Vinton_Cerf http://www.lmi.ub.es/te/any95/cabero_hipertext/ http://www.moodle.org 46
sumário 2
Ficha Técnica
3
Editorial
4
A disciplina de EVT face às Tecnologias na Escola: dinâmicas e contextos de utilização das TIC PAULO ALEXANDRE MORAIS
21
Plano de Formação 2007 Oficinas de Formação TIC
32
Notícias
35
Associação de Ludotecas do Porto CENTRO LÚDICO DA IMAGEM ANIMADA
38
Um Dia diferente na Escola Comemoração do Dia Mundial da Criança ANA MARIA VIANA, LUÍSA MARTINS E SÓNIA PAULA SANTOS
41
EducaVisual Trabalho Colaborativo para Professores de EVT NUNO CARDOSO
47
Sumário
24