Revista INFOTO Nº 08

Page 1

R E V I S T A B I M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O J A N E I R O / F E V E R E I R O J A N E I R O / F E V E R E I R O d e 2 0 2 3 | N º 8 | A N O 3 | R $ 1 9 , 9 0 d e 2 0 2 3 | N º 8 | A N O 3 | R $ 1 9 , 9 0 Fotógrafo Leo Mano IDENTIDADE VISUAL: SANTO GRAAL OU CAMISA DE FORÇA?
Este espaço está reservado para o seu anúncio Contato: contato.revistainfoto@gmail.com Celular (21) 98392-6661 2 INFOTO

Prezados

Leitores,

Antes, a equipe da Revista INFOTO deseja a todos os prezados leitores e amigos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Esperamos com muita fé e labuta que 2023 seja muito melhor que o anterior, repleto de realizações.

Como poderão analisar nas nossas informações, na coluna ACONTECENDO, já ultrapassamos 1.000.000 de leitores em potencial, todos os Fotoclubes do Brasil e alguns do Exterior, e mais fotógrafos, e empresas ligadas a fotografia estão recebendo a Revista de forma impressa, e todos os grupos de fotografia e mais todos os nossos contatos do Facebook a recebem de forma digitalizada.

Temos recebidos um Feedback muito positivo. Espero que gostem. Neste número contamos com a participação dos fotógrafos especialistas Davy Alexandrisky,Fabiano Cantarino, Fernando Talask, Herminio Lopes, Jully Gomes, Leo Mano, Luiz Ferreira, Margarida Moutinho e Ináh Garrantino, Renato Nabuco Fontes

Revista Bimensal de Fotografia e Vídeo

JANEIRO/FEVEREIRO 2023-Nº8 ANO 3 CNPJ : 21 030 750/0001-86 Colaboraram nesta edição:

Equipe de Redação Julle Rayane Lopes Campos Michelle Silveira Simão Fontes Designer Marcela de Oliveira Baptista Secretaria Aucilandia Azevedo Salviano Marcia Elizabeth Silveira Simão

Departamento Comercial Rodolfo Silveira Simão

Departamento de Relações Publicas Antônio Alberto Mello Simão

Nosso E-mail contato revistainfoto@gmail com Contato: Celular: (21) 98392-6661

3 INFOTO
A REVISTA INFOTO NÃO SE RESPOSABILIZA PELO CONTEÚDO DOS ANÚNCIOS E CLASSIFICADOS DE TERCEIROS, E NEM POR FOTOGRAFIAS INSERIDAS NOS ARTIGOS DE NOSSOS COLUNISTAS A T E N Ç Ã O
FOTO DA CAPA AUTOR Fotógrafo Leo Mano ANTONIO ALBERTO MELLO SIMÃO DIRETOR E EDITOR
Sumário 4 INFOTO Estrada da Vida Fotógrafa Michele Caraline 03Editorial 05GaleriadosLeitores 08- ExposiçãoIndividual FotógrafoWanderRocha 11-"Ondeaterraseacaba eomarcomeça " Fotógrafas Margarida Moutinho e InáhGarritano 14 - "Passeando na Máquina doTempo" FotógrafoDavyAlexandrisky 19-IdentidadeVisual: SantoGraalouCamisadeforça? FotógrafoLeoMano 22-Umlugarparase fotografar:Maricá-Partefinal FotógrafoHerminioLopes 26 -AHistóriadaminha Fotografia FotógrafaJullyGomes 27 - Fotografia só existe se forimpressa... FotógrafoFernandoTalask 30 - Kandinsky e Fan Ho - um encontro improvável? Parte 1pontoelinha FotógrafoFabianoCantarino 36-ColunaYourSelfie RenatoNabucoFontes 37-TantoFaz... FotógrafoLuizFerreira 39-ACONTECENDO Fotógrafo Antonio Alberto MelloSimão 43-LeitorEscreve FALECONOSCO +55(21)98392-6661 contato.revistainfoto@gmail.com

Galeria dos Leitores

Urban Sunset

Fotógrafo Fabricio Arriaga

Ela faz os meus dias mais bonitos Fotógrafo Alexandre F. Maciel

Niterói - RJ Fotógrafo Alexandre Nicolau

Outono Estação da Alma Fotógrafa Ana Fonseca

5
INFOTO
Silhuetas Fotógrafo Raul Ferreira Turistando no Rio Fotógrafo Luis Moras A Diversão de Domingo Fotógrafo Rodrigo Fuser Shivas Fotógrafo A Lucio Silva 6 INFOTO
7 INFOTO
Fotógrafo
Fotógrafa
Ave do Paraíso Fotógrafa Marcia Elizabeth Silveira Simão Vai dar namoro
Ronaldo Muylaert Serra de Frecheiras
Ezilani Rocha Praia de Pajuçara Fotógrafo Enéas Quintal

E X P O S I Ç Ã O

I N D I V I D U A L

Fotógrafo Wander Rocha

Wander Rocha, fotógrafo carioca, especialista em fotos de natureza, street e documental, tem seu trabalho publicado em sites, livros, jornais e revistas especializadas. Possui 59 premiações em concursos fotográficos nacionais e internacionais, 60 exposições coletivas, 2 individuais (esta será a terceira) e 2 curadorias.

Nesse trabalho "Se você não entende, não vê Se não me vê, não entende", Wander Rocha apresenta personagens diversos em cenas cotidianas, retratando figuras ímpares nas verdades de uma sociedade doente, levando e provocando o expectador a uma reflexão sobre o importante tema.

8 INFOTO
Paz O Sanfoneiro O Grito dos Excluídos
9 INFOTO Só Futuro? Afeto O Guri Meu banco, meu lar Extremos
A vida como ela é Desesperança Oh, mundo tão desigual!
Por uma migalha
Renascer das Cinzas
10 INFOTO
Olhar além d'alma

"Ondeaterraseacabae omarcomeça"

Há lugares que nos tiram o fôlego assim que os avistamos. A beleza é tanta, que nos inunda a uma velocidade que não conseguimos administrar em poucos segundos. Assim é o Cabo da Roca que, segundo nos diz Camões em Os Lusíadas, é "onde a terra se acaba e o mar começa".

Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano (Nossas correspondentes em Portugal)
11 INFOTO
12 INFOTO
O Cabo da Roca encontra-se no final da serra de Sintra, a cerca de 40 km de Lisboa.

Lugar de falésias e silêncio, lugar propício para perder o olhar na imensidão azul ou nos tons quentes do pôr do Sol. O silêncio é quebrado pelo vento que nos limpa energeticamente.

Diz a lenda que era para o Cabo da Roca que os lusitanos iam adorar a Lua.

O Cabo da Roca é o ponto mais ocidente da Europa, portanto é onde estamos mais perto do Brasil. E assim, mais perto queremos enviar o nosso abraço fraterno e o desejo de Feliz Natal e um Novo Ano de mais Esperança.

13 INFOTO

Passeando na máquina do tempo!

Fotógrafo Davy Alexandrisky

Apesar de não ser naturalmente nostálgico, lembro com alguma saudade dos “painéis expositores” da Sociedade Fluminense de fotografia, em Duratex furadinho, pintado de cinza, onde as fotografias eram presas com um grampo metálico enfiados nesses furinhos/buraquinhos, sem qualquer prejuízo para a foto.

A Fotografia acima, de autoria, do fotógrafo Walter Fialho Bittencourt, que posteriormente foi presidente da SFF, foi realizada na Exposição Internacional de Fotografia, de 1974, na Sociedade Fluminense de Fotografia. Nela aparecem o Expositor Dr. Chakibe Jabôr ( odontólogo e amante da fotografia) e o Dr. Jayme Moreira de Luna (advogado, amante da fotografia, e fundador da Sociedade Fluminense de Fotografia). No canto superior direito, em um painel de exposição (de Eucatex furadinho, fixada com grampos metálicos) aparece a fotografia com o título "Ângela", de uma linda modelo, com uma das mãos sob o queixo, de autoria de Davy Alexandrisky. Nota do Editor.

14 INFOTO

Ainda bem que consegui uma foto de arquivo da SFF para mostrar o que tentei explicar em palavras!

O Antonio Machado, tratado intimamente por todos os amigos como Toninho, Presidente da SFF, há quase 30 anos, adora usar uma expressão, cunhada por ele, para ressaltar que a Sociedade foi pensada originalmente com a intenção de ser um espaço de exposição de fotografias: “a Sociedade Fluminense de Fotografia foi a primeira galeria de fotografias construída em terra nua, no Brasil”.

Ou seja, esses painéis cinza furadinhos e o grampo metálico que prendiam as fotos nos painéis não eram uma improvisação. Mais do que isso, devia ser a solução mais moderna e arrojada de se montar uma exposição naquela época.

A lógica que presidia essas exposições fotográficas dos foto clubes mais importantes do País, à época, privilegiavam mostrar o máximo possível de fotos dentro dos seus respectivos espaços. Eram fotos de temas e “escolas fotográficas” muito variadas, mas fotos excelentes e de fotógrafos renomados.

No caso dos Salões Mundiais da Sociedade Fluminense de Fotografia, que conheci mais de perto, chegavam centenas de fotografias maravilhosas, vinda do mundo todo.

Sem esquecer que estamos na máquina do tempo visitando o século passado, quando essa era a regra geral na maioria dos espaços de exposição, vale destacar, sem qualquer demérito para o resultado da qualidade daquelas exposições, que a distribuição dessas fotos pelos painéis expositores estava subordinada à intuição dos membros das respectivas diretorias

dos foto clubes, que eram fotógrafos médicos, fotógrafos dentistas, fotógrafos advogados...

Num dado momento, a prática de expor as cópias fotográficas presa a parede dá lugar a uma nova concepção expositiva, quando as fotografias passaram a ser expostas devidamente emolduradas, impondo a redução da quantidade de fotos por exposição e um novo arranjo visual.

Mas, ainda assim, os critérios de escolha da ordem e posição das fotos na parede continuavam mercê da intuição dos abnegados voluntários foto clubistas de sempre.

Apesar da figura do Curador ter surgido nos anos 50, parece que a moda não pegara, em se tratando das recorrentes exposições de fotografias pelos foto clubes, não só do Brasil, mas do mundo, quando as fotografias eram enviadas em grandes envelopes pelos serviços de correios! Eventualmente, numa ou noutra exposição fotográfica, em instituições mais formais, como, por exemplo, museus, as montagens já eram feitas por profissionais especializados. Mas, de um modo geral, a gente só vai ter essa participação mais geral do curador nesse século. No caso, inclusive, o curador substitui as antigas Comissões Julgadoras, selecionando o material a ser exposto e criando o “desenho” da exposição, de acordo com os trabalhos selecionados, profissionalizando esse processo. Hoje, é impossível pensar em “ocupar” uma galeria com uma exposição de fotografia sem a prévia apresentação de um “projeto expográfico”, detalhando o que e como será mostrado esse material. Mas o que eu quero trazer para você nessa INFOTO vai um pouquinho além da viagem

15 INFOTO

no tempo, passeando pela “evolução” da concepção das exposições fotográficas tradicionais, entre o tempo das exposições montadas intuitivamente até a sua subordinação à figura do curador.

Porque, de uma forma ou de outra, em essência, salvo as exceções que justificam a regra, o resultado continua sendo fotos na parede. Sim, com uma leitura muito mais agradável e lógica, quando montadas profissionalmente por um especialista, mas... fotos na parede.

Nada contra!

Mas também, nada, necessariamente, a favor! Sempre que penso numa exposição é porque já tenho um tema na cabeça. Com o tema definido, vou em busca do local para realizá-la. E somente após ter o local escolhido é que vou pensar no “desenho” da exposição. Que, no meu caso, nunca será só de fotos penduradas na parede.

Repito: nada contra exposições de fotos penduradas na parede!

Aliás, nas minhas exposições, obviamente, as fotos também estarão penduradas nas paredes. Mas não só nas paredes e não só fotografias.

Assim, a ideia é apresentar outras possibilidades para quem estiver pensando numa exposição e quiser se aventurar fora da zona de conforto.

16 INFOTO
17 INFOTO

Considerando a limitação de espaço aqui na revista escolhi três exposições que fiz, mostrando meus trabalhos em função dos espaços ou ambientes disponíveis para a exposição, o que é chamado de “site specifc”.

Um dado curioso é que já aconteceu de eu expor o mesmo material em lugares distintos e, apesar de serem as mesmas fotos, as condições do novo local me obrigam a pensar numa exposição diferente.

Como também, em outra situação, eu fiz mais de uma exposição num mesmo espaço, mas a natureza do trabalho mudou inteiramente a forma de ocupá-lo.

18 INFOTO

Identidade Visual: Santo Graal ou Camisa de Força? FotógrafoLeoMano

Tive a sorte de colecionar vários professores de fotografia desde meus primeiros cursos básicos até os mais especializados (nos últimos anos). Um assunto que sempre foi recorrente nestas aulas é a tal da "identidade visual".

Na verdade, o assunto vinha à tona mais pela ansiedade dos alunos do que pela pauta curricular. Como posso criar um estilo próprio de fotografar? Como eu desenvolvo uma "assinatura visual" capaz de me distinguir de todos os demais fotógrafos?

Posso citar alguns nomes clássicos que são facilmente identificados por suas obras: Andreas Gursky (o macro e o micro), Claudio Edinger (foco e desfoque), William Eggleston (tratamento das cores) entre muitos outros. Portanto, a identidade visual é sim um aspecto real no trabalho de muitos fotógrafos. Mas isto é essencial?

Assistindo uma palestra do cineasta e fotógrafo Walter Carvalho, onde ele descrevia as soluções visuais que ele desenvolveu para cada filme, percebi que ele não repetia uma fórmula. Cada filme tinha um método diferente de lidar com a luz, enquadramento ou revelação. Perguntei a ele se, como fotógrafo, não se preocupava em estabelecer uma identidade visual própria. Ele respondeu que cada filme era um novo desafio no qual ele se aprofundava o máximo possível. Uma vez desenvolvida a solução, ele se cansava daquilo e buscava novas técnicas para o filme seguinte. Essa maneira de trabalhar também contaminou seu trabalho fotográfico fora do cinema. Ele estava constantemente buscando novas abordagens.

Percebi, então, que a necessidade de um estilo próprio não é uma unanimidade. Muito pelo contrário, a identidade visual pode se tornar (para alguns) um fator limitante da criatividade. A necessidade ou não de uma identidade visual vai depender muito do nicho fotogáfico escolhido, o marketing pessoal e os objetivos traçados por cada fotógrafo para sua carreira.

19 INFOTO

Eu mesmo me vi preocupado com minha própria identidade visual quando estava iniciando na carreira de fotógrafo. No meu caso particular, por ter escolhido o nicho de eventos (e nunca ter me visto como um artista de fato, mas sim um "operário" da fotografia), esta preocupação foi rapidamente suplantada pela necessidade de agradar o cliente. A preocupação com a qualidade do resultado final era muito maior do que qualquer outra questão.

Mesmo assim, quando se trabalha com fotografia constantemente, é inevitável que você desenvolva alguns "vícios" como, por exemplo, preferir uma lente em detrimento de outras, repetir enquadramentos que você já sabe que funcionam, edições sóbrias (no meu caso) que respeitam as cores e as texturas da cena real do evento, etc... Tudo isso acaba por estabelecer, naturalmente, um estilo.

Por isso eu aceito bem a ideia do surgimento de um estilo se ele for fruto de uma vivência do autor. Andreas Gursky, por exemplo, foi tremendamente influenciado pela escola de Dusseldorf e os equipamentos de grande formato. Já Claudio Edinger, teve acesso a uma Sinar 4x5", cujas sanfonas articuladas nos convidam a brincar com o tilt'n'shift (foco e desfoque seletivo típico em suas fotos). Enfim, seus estilos surgiram como desdobramento de uma rotina de trabalho muito intenso.

O grande perigo é quando existe a obsessão por alcançar um estilo próprio de maneira rápida (e a qualquer custo). Isto acaba por criar uma identidade artificial e até pode produzir situações constrangedoras como, por exemplo, o que ocorreu com um colega desesperado: Após uma atualização do seu software de edição favorito, um de seus filtros parou de funcionar. O desespero era devido ao fato deste colega ter construído toda a sua "identidade visual" em cima da aplicação daquele filtro em todas as suas fotos.

Fica claro, portanto, que não é possível se obter uma identidade visual da mesma forma que se compra um modelo de câmera ou uma lente nova. A identidade visual é o reflexo de todo o seu esforço, todo o seu estudo, a soma de todos os seus erros e acertos. É a rubrica que resume todo o seu envolvimento com a fotografia.

Por tudo isso, acredito que você não pode presentear a si mesmo com uma identidade visual planejada e totalmente sob controle. Ao invés disso, acredito que sua identidade visual virá da própria fotografia como uma recompensa por seu trabalho árduo. Seu estilo encontrará você (e não o contrário).

20 INFOTO

Foto 1: As obras do fotógrafo alemão Andreas Gursky são produzidas em grandes dimensões. “Montparnasse” (1993) tem 4 metros de largura por 2 metros de altura. Isso nos permite admirar o imenso condomínio em sua totalidade, revelando a proeza de sua construção, geometria e padronização. Em contraste a esta visão macro, cada janela revela uma intimidade microscópica e única. Roupas em um varal, um jarro de plantas, um quadro na parede são detalhes que nos permitem imaginar os personagens que ali habitam.

Foto 2: Tilt and Shift significa, literalmente, inclinar e empurrar o plano da lente em relação ao plano do sensor da câmera. Isso é possível em equipamentos que possuem articulações com esta finalidade. Ironicamente, o objetivo original deste recurso era manter a nitidez e perspectiva em toda a cena (mesmo quando o assunto estivesse inclinado em relação à câmera). Entortando o plano da lente, compensamos a inclinação do plano do assunto. Este recurso é muito utilizado em fotos de publicidade, por exemplo. O mesmo recurso pode ser usado com o objetivo inverso, ou seja, produzir desfoque ou distorções em regiões da cena. Na era digital, o efeito pode ser imitado por filtros de aplicativos ou potencializado por softwares de edição.

21 INFOTO
Andreas Gursky ("Montparnasse", 1993) Claudio Edinger, "Machina Mundi - As Engrenagens do Mundo", 2017

Um lugar para se Fotografar Maricá - Parte Final

Fotógrafo Herminio Lopes

Olá amigos da Infoto, vamos dar um salto sobre alguns dos bairros que compõe a Barra de Maricá e vamos falar sobre Ponta Negra e Jaconé, limite do municipio de Maricá com Saquarema.

Ponta Negra é um dos bairros badalados de Maricá por sua praia ser junto ao canal das lagoas que as interligam com o mar. O canal era natural, mas foi desviado para um artificial com mais largura e profundidade, permitindo a navegabilidade de pequenas embarcações. Em ponta Negra temos o farol de onde se pode, em dias limpos, observar a curvatura da terra no horizonte. No farol se consegue obter belas fotos, de um lado o oceano e do outro a praia e a lagoa e lindos pores do sol.

P A S S E I O F O T O G R Á F I C O
22 INFOTO
Ponta Negra vista da subida do farol Foto Herminio Lopes

Algumas fotos da praia, com suas ondas magnificas e a visão do farol ao fundo.

Praia de Ponta Negra ao fundo saida do canal e farol Foto Herminio Lopes

Dois angulos do canal de Ponta Negra - Fotos Herminio Lopes

Entrada do canal 1

Entrada do canal 2

Jaconé é o ultimo bairro entre os municipios de Maricá e Saquarema. Além do recante de Jaconé, onde está previsto a construção de um porto marítimo, temos a Sacristia e a praia de Jaconé que se extende até Saquarema.

23 INFOTO

A foto abaixo feita do alto da Sacristia, mostra a praia da Sacristia, famosa por seus “Beach rocks” e ao fundo a praia de Jaconé.

Praia da Sacristia Foto Herminio Lopes

Temos ainda a gruta da Sacristia, situada nos rochedos à beira mar. O aceso é pelos rochedos e requer muita atenção.

24 INFOTO
Gruta da Sacristia ao fundo na ponta do rochedo junto ao paredão Foto Herminio Lopes

Isso aí pessoal, Maricá é um lugar de lindas paisagens, belas praias, cachoeiras, montanhas e muitos, muitos lugares bons para se fotografar!

Segue uma sequência de fotos de alguns belos lugares.

Um grande abraço a todos!

Do Boqueirão ao Cristo RedentorFoto Herminio Lopes

25 INFOTO
Da Praia da Barra de Maricá à Pedra da Gavea Foto Herminio Lopes Sereia de Araçatiba - Lagoa de Araçatiba Foto Herminio Lopes Um passeio de Jet Ski - Ponte do Boqueirão Foto Herminio Lopes

AHistóriadaminha Fotografia

Fotógrafa Jully Gomes

"Eu estava iniciando no ramo da fotografia de formatura e fui contratada para fotografar 4 graduandas em antropologia, pela UFF. O local escolhido para as fotos foi o MACMuseu de Arte Contemporânea, de Niterói, localizado em Boa Viagem. Após fazermos a sessão tradicional, duas formandas me pediram para que fizéssemos umas fotos no chamado MACquinho, que é uma espécie de extensão do MAC. Esse anexo fica localizado na entrada da comunidade do Palácio, e havia um grupo de crianças carentes que ficaram encantadas com a câmera, com as becas, com as meninas que estavam bem arrumadas e aquele contraste me chamou muito a atenção. Resolvemos vestir as becas nas formandas, e foi quando esse menino chegou perto de mim e falou assim:Tia, pode tirar uma foto minha? Eu respondi que sim e ele, simplesmente, se abaixou e abraçou seu fiel companheiro, trazendo vida a essa linda foto. Não sei o nome do menino, que hoje já deve estar um rapazinho."

Fotografia realizada com uma câmera Nikon D7000, lente Nikkor 18-105 mm, em 75 mm, f/6.3, tempo de exposição 1/125s, ISO - 320, WB sol, sem flash.

26 INFOTO Envie também a história da sua fotografia, será um prazer contá-la. E-mail: contato.revistainfoto@gmail.com

Fotografia só existe se for impressa...

Fotógrafo Fernando Talask

- Antes de iniciar nossa conversa, gostaria de agradecer ao amigo Simão pela generosidade do convite para ocupar esse valioso espaço. Meus parabéns pela inciativa tão importante para nossa comunidade fotográfica.

- Um rebuliço tomou conta de um evento promovido em um encontro mundial de fotógrafos e lojistas que aconteceu nos E.U.A em 2000. Normalmente mais de 50.000 profissionais compareciam a P.M.A PHOTO MARKETING ASSOCIATION (E o Simão estava presente). Esse encontro só perdia em tamanho para a PHOTOKINA, em Colônia na Alemanha, onde o público em média era de 150.000 pessoas por edição. Todos os gigantes do mercado marcavam presença em uma época quando a fotografia digital já se mostrava uma ameaça real e a indústria, bem característica da era industrial, sem a menor familiaridade com o mundo digital e se sustentando no filme fotográfico, criou um consenso, que uma foto só seria real, ou seja, fotografia, se fosse impressa ou revelada nos termos da época, afinal na verdade cópia é a materialização da imagem latente e com a captura digital não poderia ser diferente. Achei muita graça da colocação, pois parecia que por decreto, os consumidores passariam a obedecer a decisão dos fotógrafos. Bem mais tarde o maior ícone da fotografia brasileira Sebastião Salgado, defendeu que com a advento do digital a fotografia tinha chegado ao fim. Entendi que essas colocações eram mais fruto de pessoas acostumadas ao seu mundo previsível, sendo ameaçadas pela revolução digital, um mundo completamente distinto do analógico.

Os consumidores da fotografia, esses sim senhores do mercado, passaram a não ver sentido em revelar suas fotos, afinal bastava comprar a câmera digital e o resto seria grátis por toda vida,” lembra da TEKPIX?”, assim, de fato, decretando o fim da indústria fotográfica centenária como conhecíamos.

Há mais de 20 anos acompanho a entrada no mundo fotográfico do não tão novo mundo dos pixels e acredito que a origem da palavra fotografia neologismo originário do grego, que em tradução bem literal quer dizer, escrever com a luz, não mudou em nada no seu espírito, afinal de contas, continua sendo a luz que atinge uma superfície sensível, criando uma imagem.

27 INFOTO

Substituímos as películas sensíveis à luz por sensores que realizam, exatamente, a mesma função da prata de maneira muito mais eficiente, o resto que fez a grande diferença foi a forma de compartilhar, mas questão que fica...... remete novamente ao título do nosso artigo, será que tirando o exagero impactante da chamada, a fotografia impressa é a materialização de algo que habita as nuvens que não sabemos exatamente onde ficam? ohhh dúvida cruel!!!!

Parece que a nova geração que nasceu enquanto a gente perdia tempo discutindo, o que é fotografia ,e onde vamos chegar, chegou rapidamente a uma conclusão óbvia, e o melhor sem a nossa ajuda, talvez motivada por ter sido a primeira leva de crianças que cresceram sem clássicos albinhos do bebezinho ,mas virtuais imagens instantaneamente compartilhadas e esquecidas , tenham descoberto desde cedo o valor de se imprimir, pelo menos, imagens dos momentos marcantes, ou as imagens mais incríveis, sejam domesticas ou artísticas, sob a pena de um dia, simplesmente, desaparecerem . Um famoso fabricante de computadores ainda naquele evento do ano 2000, quando questionado sobre a segurança das fotos arquivadas em HDs ou cartões de memória apresentou como solução mágica, para preservar para sempre, guardar tudo em um cofre a prova de fogo. No começo eu ri da resposta, mas depois entendi que era na verdade um choque de mundos e diferentes visões do que era realmente valioso. Para o jovem executivo de uma empresa de informática, informações são sempre atualizadas e

deletadas. Para nós que amamos essa arte os milhões de pixels que compõe as nossas fotos são muito mais que os códigos binários, são partes valiosas da nossa própria História e forma de expressão e arte. Em pleno 2021, passamos a redescobrir o valor e a satisfação em voltar a imprimir cada vez mais ,talvez em parte motivado pelo recolhimento forçado causado pelo COVID, que pelo enorme tempo recluso em casa, nos motivou a tirar das gavetas projetos por longos anos postergados de álbuns e scrapbooks ou de uma nova decoração usando porta-retratos ou azulejos, percebemos que o digital não limitou a revelação de fotos mas criou um mundo de opções quase ilimitadas de superfícies diferentes que passaram a ser opções de impressão , sejam em camisetas, canecas, garrafas, enfim tudo que a sua imaginação criar. A fotografia está mais viva do que nunca, fato que contraria as previsões do nosso amado Salgado. Hoje ele reconsiderou essa afirmação. Para a fotografia artística então, os novos tempos são a realização dos sonhos, a possibilidade que a impressão jato de tinta trouxe e elevou a categoria a verdadeiras obras de arte, já que com a enorme variedade de papeis e texturas aliados a qualidade de impressão, que já há muito tempo superou com folga, o centenário papel fotossensível ou fotográfico, ampliou as possiblidades de exibição a um patamar jamais imaginado, sem contar com a quase ilimitada escala de tamanhos. Sem falar em molduras. Concluindo, incrível como tem gente com saudade do passado, quando o clímax era uma foto ampliada no tamanho 30x40 em papel fosco, colada em uma chapa de

28 INFOTO

Eucatex - os mais velhos vão me entender.

UAU!! Jamais na história em quase 2 séculos da fotografia tivemos tantas razões para imprimir nossas fotos, e parece que esse movimento, imprimir, tem ganho adeptos a cada dia, lojas vem surgindo, oferecendo opções novas todos os dias e soluções cada vez mais personalizadas para cada fotógrafo. Estamos vivendo o oposto do passado, quando chamávamos o processo fotográfico das nossas fotos de foto-acabamento, quando recebíamos o filme revelado e copiado, era missão cumprida Hoje podemos chamar esse processo de foto - início, afinal depois do clique, que a diversão começa e fica garantida.

29 INFOTO
Fotografia retirada do site FotoRegistro

Kandinsky e Fan Ho - um encontro improvável? Parte 1 - ponto e linha

Fotógrafo Fabiano Cantarino

As conexões entre arte abstrata e a fotografia são, por vezes, difíceis de imaginar. Encontrei uma pista. Um livro de Wassily Kandinsky sobre composição em pintura abstrata serviu de base para um estudo de composição em fotografia. A ideia é conectar dois artistas (um pintor e um fotógrafo) de expressões e raízes culturais distintas e mostrar que suas inteligências visuais podem ter um sentido comum. Wassily Kandinsky nasceu em Moscou em 1866 e faleceu na França em 1944. Foi artista plástico e pioneiro da abstração. Lecionou arte e arquitetura na escola alemã Bauhaus de 1922 até o seu fechamento em 1933.

A tese de seu livro Ponto e Linha Sobre Plano é que existe uma “ciência da composição”, passível de ser compilada por uma “teoria geral”. Ainda que essa ideia da “teoria geral” não tenha prosperado com a força de uma nova “ciência”, diversos conceitos acabaram se configurando como uma base para o estudo da composição visual.

Nascido em Xangai em 1931, Fan Ho começou a fotografar aos 14 anos. Aos 18, ele adquiriu sua câmera Rolleiflex com a qual capturou todos os seus famosos trabalhos em Hong Kong. Apelidado de “Cartier-Bresson do Oriente”, Fan Ho criava uma atmosfera única com efeitos de contraluz, alto contraste de tons ou por meio da combinação de formas e texturas. Seus locais favoritos eram as ruas, becos, mercados e à beira-mar. Ele capturava a alma da cidade com base nas atividades corriqueiras dos seus habitantes. Fan Ho produziu a maior parte de suas fotografias antes de completar 30 anos. Ele faleceu em 2016. Na fotografia 1, vemos a janela compondo uma “moldura dentro da moldura” (subframe), recurso muito característico de Fan Ho. A imagem 1 mostra os pontos dentro do sub-frame. A placa escura na parte inferior à direita funciona como ponto e equilibra a composição, fazendo uma oposição aos pontos da janela. As linhas horizontais inferiores (linhas “frias”), bem próximas ao limite inferior do plano, trazem um peso visual “frio” para a composição na área “baixa”. O plano quase quadrado reforça a harmonia. Percebe-se que o predomínio do elemento ponto cria um “silêncio” na fotografia. Para Kandinsky, o ponto é o elemento primário da composição visual, confere um “silêncio” à imagem e uma espécie de pausa no tempo.

30 INFOTO

Além disso, ele considerava que definição de um elemento como ponto depende da relação das proporções entre este e os demais elementos da imagem.

Fotografia 1 Imagem 1

A fotografia 2 é a essência do minimalismo. Um ponto e uma linha em um cenário bastante simplificado pela falta de textura do chão e do céu. A imagem 2 destaca que tanto o ponto quanto a linha estão próximos à parte baixa da cena, reforçando a estabilidade da composição. O predomínio do ponto “desacelera” a passagem do tempo. Não há tensão.

Fotografia 2 Imagem 2

A fotografia 3 é um outro exemplo de minimalismo proporcionado pela superexposição das altas luzes, tirando a textura da superfície da água ー sequer a linha do horizonte aparece! A imagem 3 mostra os pontos distribuídos de forma equilibrada, com um pouco de tensão, proporcionada pelas poucas linhas quebradas (forças “alternas” que criam ângulos) do galho da árvore. Novamente, o predomínio do elemento ponto “silencia” a imagem. Não há ruído; de novo, a pausa no tempo.

31 INFOTO

Fotografia 3 Imagem 3

Na fotografia 4, há um aumento significativo de tensão causada pela maior quantidade de linhas quebradas (forças “alternas” em constante disputa). A superfície da água está superexposta, o dá uma sensação de tranquilidade e harmonia. Mas o tom negro dos galhos da árvore, traz uma boa dose de tensão. Fan Ho não exita em sacrificar a textura dos elementos da natureza. A imagem 4 mostra quatro pontos que estão em equilíbrio em relação ao eixo vertical. A ausência de linhas verticais e horizontais reforça o predomínio dos ângulos. Ainda há o recurso ao sub-framing privilegiando o ponto (barco com as pessoas) com maior peso visual para na parte “baixa”, tentando trazer um certo equilíbrio. Mas a imagem é muito mais dinâmica do que o exemplo da fotografia 3.

Fotografia 4

Imagem 4

A fotografia 5 apresenta um alto contraste de tons, escondendo as texturas das altas e das baixas luzes. O clima de calma e repouso da composição é reforçado pelo predomínio de linhas horizontais (as linhas “frias”, para Kandinsky). As altas luzes suavizam a foto. O que a torna mais interessante é o contraste de tecnologia e pesos visuais entre o navio de guerra e o veleiro tradicional. Ainda assim, pelo fato de estarem no mesmo sentido, a harmonia está presente. A imagem 5 destaca as linhas “frias” e o equilíbrio dos pontos (os “pesos visuais”) em relação ao centro da composição. ho de texto

32 INFOTO

Fotografia 5

Imagem 5

A fotografia 6 não tem linhas evidentes e os elementos de destaques são os pontos (as cabeças das pessoas) e as diversas molduras (sub-frames). O alto contraste de tons esconde as sombras para destacar as formas das “janelas”. A imagem 6 mostra uma maior concentração de pontos na parte inferior, enquanto que há um leve desequilíbrio (para a direita) na distribuição destes em relação ao eixo vertical, neutralizado, em parte, pela convergência para o centro dos movimentos das pessoas. Um outro contraste interessante é entre a forma dos sub-frames (retângulos com ênfase na direção vertical — “quente”) e a direção geral da imagem (retângulo na direção horizontal — “fria”).

Fotografia 6

Imagem 6

A fotografia 7 destaca as linhas verticais (“quentes”)e horizontais (“frias”) em relativo equilíbrio, com um leve domínio das verticais, reforçado pela orientação do plano da foto. A imagem 7 reforça essa “disputa” entre as linhas e acrescenta os pontos no limite interior, ou seja, as pessoas caminhando sobre a linha horizontal “fria”, compensando a direção geral “quente” da foto. Essas pessoas funcionam como uma referência para a escala dos elementos da fachada e “humanizam” a foto, que tendia a ser muito abstrata se não estivessem presentes.

33 INFOTO

Fotografia 7 Imagem 7

A fotografia 8 é essencialmente vertical, a direção “quente”. O contraste de tons é máximo (sacrificando todas as possibilidades de textura) e o recurso do sub-frame é usado com maestria. A imagem 8 destaca o dinamismo proporcionado pelas linhas verticais. As formas (pontos) que aparecem no fundo claro “povoam” as formas verticalizadas e dão a ideia de escala.

Fotografia 8 Imagem 8

34 INFOTO

A fotografia 9 é um clássico do sub-frame aliado ao uso mágico da neblina. A imagem 9 mostra como o sub-frame centralizado e a neblina trazem uma tranquilidade, quebrada pelo alto contraste de tons, pela a “compressão” do sub-frame. O barqueiro próximo do limite “baixo” e a predominância de linhas verticais deixam a fotografia mais “tensa” e dinâmica. Para onde vai o barqueiro?

Fotografia 9 Imagem 9

35 INFOTO Contato: +55 21 98392-6661 contato.revistainfoto@gmail.com

Coluna Your Self

Renato Nabuco

Fontes

Final do ano chegou, vamos avaliar e refletir?

Lembra daquelas promessas que você fez no réveillon de 2021 para 2022? Quantas você conseguiu cumprir? Quais as metas você atingiu? O que você deixou pelo meio do caminho?

Inicie a sua avaliação tentando responder essas perguntas! É um bom começo… Reserve um tempo e se concentre nessa tarefa, afinal é para você, é por você! Somente você pode fazer isso, pois se chama “prestação de contas” ou se preferir, encerramento de um ciclo para começar um novo.

Além disso, não deixe de escrever os porquês, os motivos que fizeram você alcançar seus objetivos e os motivos que levaram você a desistir ou a não priorizar a sua promessa/planos. Ah, e está tudo bem se você não conseguiu atingir tudo que planejou, afinal todo plano precisa ser muito bem estruturado para que se torne realidade. Isso servirá de lição para seus planos para 2023.

Outros aspectos necessários nessa avaliação:

1. Quais os lições aprendidas?

2. Como foi o processo?

3. Quais as habilidades foram utilizadas?

4. De todas as suas promessas, analise a relevância e o impacto de cada uma.

Anote tudo, não se esqueça, pois só assim você concluirá esse ciclo de uma forma completa!

Essa ação te ajudará a ter uma clareza enorme para que no réveillon de 2022 para 2023 você faça planos mais atingíveis, mais mensuráveis, mais específicos e de fato, que façam sentido de verdade para você!

E aí, fez sentido?

Vamos pra cima, vem comigo, vamos juntos!

36 INFOTO

Tantofaz... FotógrafoLuizFerreira

Sabe uma coisa que me dá saudade? O sentimento de ansiedade para ver o resultado dos meus primeiros cliques de fotógrafo iniciante, depois do filme revelado na loja KODAK que ficava na rua do lado da minha casa. Saudosismo pode soar “démodé”, mas também tem gosto de carinho dos avós, do cheirinho de pipoca na saída da escola, das arquibancadas de concreto do Maracanã, dos desenhos animados que nos divertiam nas tardes depois do dever de casa, das paixões juvenis... tanta coisa para sentir saudade... mas nada que atrapalhe as alegrias de hoje, renovadas pelo que podemos inventar, buscar e lembrar. E a fotografia, para mim, é assim, registrar renovando.

37 INFOTO

A alegria de inventar um motivo qualquer para sair com a câmera na mão, buscando alguma coisa que justifique seu registro em imagem fotográfica, para daqui a não sei quanto tempo poder lembrar deste algo que, sem sua imagem buscada e retida, não seria a lembrança que me evocaria a alegria daquele momento, a qualquer momento.

A fotografia tem sua magia na ausência de ordenação cronológica, me permitindo voltar no tempo Não que seja um tempo congelado em minhas mãos, mas funcionando como um ícone a me remeter às sensações e alegrias de um momento passado.

E esse espaço de tempo a mais, que a revelação do filme trazia entre o registro e a primeira visão de seu resultado impresso, me entregava pela primeira vez a sensação de retorno ao momento de seu registro.

Depois, quando comecei a revelar e ampliar minhas fotos, à essa ansiedade se somou o prazer da prática artesanal, que me deixava ver lentamente a imagem e suas evocações surgindo diante de meus olhos na banheira do laboratório, cheia da solução química quase mágica, cujo cheiro me vem imediatamente às narinas e à lembrança enquanto escrevo.

Tudo isso foi engolido pela voracidade do imediato da fotografia digital, que cá entre nós, tem seu charme instantâneo. E claro, a praticidade com que esta instantaneidade permite atender a pressa furiosa que a contemporaneidade exige. Mas, enfim, é bom ficar acariciando pequenas saudades, algumas delas provocadas por fotografias.

38 INFOTO
Extraído da internet: Lab-Profissional - Foto Célula

ACONTECENDO

Fotógrafo

Em homenagem aos 449 anos de Niterói, foi inaugurada, às 18h, no dia 16 de Novembro, no Teatro Municipal de Niterói, a MOSTRA FOTOGRÁFICA "NITERÓI POR ELAS" do COLETIVO LÜMINA, composto por 6 fotógrafas da cidade. Vale a pena conferir.

Aberta no Núcleo de Fotografia do Ateneu Popular de Montijo (f/Olha), a III MOSTRA COLETIVA. Casa cheia para conviver em torno das 26 fotografias expostas, e assistir à curta metragem de Bia D' Oliveira"Nicolau", terminando com fortes aplausos de todos e uma animada conversa com a jovem MontijensePortugal.

39 INFOTO

A CONFOTO Revista está imperdível, tem uma entrevista com o nosso querido amigo Roberto Soares Gomes, provavelmente o fotógrafo mais premiado do Brasil, ou um dos mais. Parabéns a Confederação Brasileira de Fotografia, por mais esse informativo.

Nos chamou atenção, a iniciativa do Presidente Carlos Gandara, que modificou o estatuto da CONFOTO e criou a figura do sócio aspirante que são entidades e coletivos que ainda não estão formalizados legalmentes, mas que já estão na ativa. Essas entidades, podem, juntar-se a CONFOTO.

Um passo muito importante para o Fotoclubismo Brasileiro.

No dia 03 de Novembro foi inaugurada a exposição BRASIL PENTACAMPEÃOImagens da Seleção Brasileira, no Auditório João Saldanha - Sindicato dos Jornalistas - Centro - Rio de JaneiroRJ.

A exposição foi organizada pela ARFOC - RJ, com o apoio da ARFOC - Brasil e Sociedade Fluminense de FotografiaNiterói.

40 INFOTO

Xiaomi coloca lente de câmera profissional em celular

Recentemente, a Xiaomi apresentou um protótipo do Mi 12S Ultra, mas com um grande diferencial: a possibilidade de conectar uma lente de câmera profissional da marca Leica.

Segundo as informações divulgadas o celular conceitual oferece dois sensores de uma polegada e a conexão com lentes profissionais. A compania Chinesa apresentou o Smartphone em uso com uma lente da linha M-series, da Leica

A Xiaomi trabalhou ao lado da Leica durante a construção do sistema de câmera do Mi 12S Ultra. Contudo, a nova possibilidade transformará o aparelho em uma ferramente profissional para fotografar, permitindo usar a profundidade de campo real e não o desfoque Software.

Atualmente somente o Motorola - Moto Z oferece uma opção semelhante com uma câmera da Hasselblad acoplada a ele.

Vamos aguardar para conferir.

INFOTO TEM MAIS DE 1 MILHÃO DE LEITORES

Como foi dito no editorial, a Revista INFOTO, já alcançou mais de um milhão de leitores em potencial.

No formato impresso a revista está sendo enviada, gratuitamente, para todos os seus colaboradores, para todos os Fotoclubes do Brasil, Museus de Fotografia e para Escolas de Fotografias e Cinema.

No formato digital estamos distribuindo a nossa revista para os seguintes Grupos de Fotografia:

41 INFOTO

Revista INFOTO enviadas para Grupos de Fotografia do Facebook

Grupos Membros

42 INFOTO

O leitor Escreve

Esta página esta à disposição dos nossos leitores para que se comuniquem conosco ou deem suas sugestões de matérias para as próximas edições.

Comunique - se: contato.revistainfoto@gmail.com

Envie a sua fotografia para ser publicada no próximo número da nossa revista(Galeria dos Leitores). E-mail - contato.revistainfoto@gmail.com

Anúncios e Classificados

43 INFOTO
ASSINE INFOTO Contato: +55 21 98392-6661 contato.revistainfoto@gmail.com Faça a sua assinatura semestral ou anual. Receba sua Revista INFOTO em casa sem despesa com frete Comunique-se conosco, pelos seguintes canais: Celular: +55 21 98392 - 6661 E-mail: contato.revistainfoto@gmail.com

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.