Revista Press

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ALMANAQUE O antes e o depois da Fundação Piratini

Com a extinção da Fundação Piratini, aprovada na tensa madrugada de 21 de dezembro em meio ao embate entre o governo estadual e o funcionalismo, o futuro da TVE e da FM Cultura depende de um novo modelo de gestão, a ser definido pela Secretaria de Comunicação. As emissoras não seriam extintas, mas a estrutura desativada, com demissões de funcionários e leilão de equipamentos. Uma das possibilidades cogitadas é reproduzir a programação da TV Brasil.

TinEye Para evitar armadilhas no uso de fotos capturadas na internet, assim como para qualificar a pesquisa, o TinEye é imbatível. É um site com um motor de busca reversa. Em www.tineye.com, ao subir um arquivo de foto, ou simplesmente colocar a URL (o endereço da imagem), você pode descobrir se já foi usada, se existem versões modificadas dela, ou em alta resolução, e o contexto em que entrou na rede. É útil para qualificar até mesmo a apuração de informações, desmontar montagens e conferir direitos autorais

É curioso que, na própria origem, a TVE tinha um modelo bem diferente, com uma parceria com universidade. Inaugurada em 1974, ligada à Secretaria da Educação, operava no prédio da Famecos, no campus da PUCRS. Servia como um laboratório para os alunos do curso de Jornalismo. Em 1989, ganhou a companhia da Rádio FM Cultura – 107.7 Mhz. A organização como fundação, com representação da sociedade, ocorreu em 1995.

DITO POR AÍ

"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos." Anaïs Nin (1903-1977)

"Escrevo porque não sei o que penso até ler o que digo." Flannery O'Connor (1925-1964)

"Acabou aquela história de escrever palavrão nas paredes dos mictórios públicos. Blogueia-se, ao invés." Ivan Lessa (1935-2012)

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VIOLÊNCIA

Diretor da Press é agredido ao vivo em programa de televisão

A

palavra "lamentável" sozinha não expressa com exatidão o que aconteceu na noite do dia 12 de dezembro passado, nos estúdios da TV Ulbra, em Canoas. A ela teriam que se juntar outras, como: incompreensível, estarrecedor, brutal, bárbaro e outras do gênero. Nesta noite, após falar por pouco mais de um minuto, o jornalista Julio Ribeiro, diretor geral desta revista, foi, covardemente, agredido com um soco pelo ex-presidente do Internacional, Fernando Miranda. O fato, pelo inusitado — pelo que se sabe, é a primeira vez na tevê brasileira que um jornalista é agredido desta forma, ao vivo — ganhou grande repercussão em toda a mídia nacional e em vários veículos de imprensa da Europa e da América Latina. A história já é amplamente conhecida do grande público. O que nos resta aqui é repudiar com a máxima veemência esse tipo de atitude que depõe contra a civilização. Igual repúdio foi expresso em notas públicas divulgadas pela Associação Riograndense de Imprensa - ARI, pela Associação de Cronistas Esportivos do Rio Grande do Sul - ACEG e pelo Clube de Opinião do RS. Os seus desdobramentos serão, a partir de agora, nos tribunais e na esfera do Conselho de Ética do Sport Club Internacional. Para quem ainda não assistiu ao vídeo com a integra e o contexto da agressão, basta acessar o Youtube e pesquisar "Ex-presidente do Inter agride jornalista - integra). Confira as notas das entidades representativas da imprensa gaúcha.

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NOTA DE REPÚDIO À AGRESSÃO AO JORNALISTA JULIO RIBEIRO O Clube de Opinião do RS vem a público repudiar da forma mais veemente a agressão covarde e sem sentido sofrida pelo nosso Presidente, jornalista Julio Ribeiro, pelo ex-dirigente do Sport Club Internacional, Fernando Miranda, durante o programa Cadeira Cativa, do colega Luiz Carlos Reche, transmitido pela Ulbra TV na noite da ultima segunda-feira, 12 de dezembro. A agressão foi contra a liberdade de imprensa e a sociedade como um todo. É inadmissível que depois de tanto tempo lutando por um Estado democrático de direito, a sociedade ainda tenha de ser confrontada por gente que pretende estar acima da lei e das normas de conduta, tentando ditar regras através do uso da força bruta. O Clube de Opinião do RS não aceita essa violência contra o sagrado direito à opinião e livre expressão de pensamento. A força de um homem não está na coragem de atacar, mas na capacidade de resistir aos ataques e a força do direito sempre há de superar o direito da força. CLUBE DE OPINIÃO DO RS Subscrevem: Alexandre Appel, Ana Cássia Henrich, Antonio Goulart, Bibo Nunes, Danilo Teixeira, Diego Casagrande, Felipe Vieira, Fernando Albrecht, Fernando Di Primio, Flavio Pereira, Gilberto Simões Pires, Guilherme Baumhardt, Jaime Cimenti, José Antonio Vieira da Cunha, José Enedir Francisco, José Luiz Prévidi, Jurandir Soares, Karim Miskulin, Leonardo Meneghetti, Marco Poli, Paulo Cesar Flores, Paulo Gilvane, Paulo Sergio Pinto, Percival Puggina, Rogério Amaral, Rosane Oliveira A Associação Riograndense de Imprensa - ARI manifesta indignação e denuncia mais um ato violento de desrespeito à liberdade de expressão e a profissão de jornalista. Condenável, sobre todos os aspectos, a agressão física do ex-presidente do Internacional Fernando Miranda ao jornalista Julio Ribeiro, diretor da revista Press, durante programa de televisão, sob o comando de Luiz Carlos Reche, da Ulbra TV, ultrapassou todos os limites, demonstrando intoler ância e incivilidade. Estamos solidários com o colega em todas as medidas que venha adotar para que este episódio triste não resulte impune. Atos de selvageria não têm qualquer relação justificável com o tempo em que vivemos. O público que acompanhava o programa foi também ofendido. Batista Filho- Presidente da ARI

Ercy Pereira Torma- Presidente do Conselho Deliberativo

A diretoria da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg) repudia a agressão protagonizada pelo ex-presidente do Sport Club Internacional Fernando Miranda ao jornalista Julio Ribeiro, na noite de segunda-feira, durante o programa Cadeira Cativa, da Ulbra TV. A entidade trabalha diariamente para que o futebol seja um motivo de entretenimento e união entre as pessoas, condenando qualquer ato de violência. O tipo de atitude tomada por Miranda não colabora em nada para pacificar o ambiente cada vez mais bélico em que o futebol está inserido. Defendemos que debates esportivos sejam um espaço para o confronto de ideias, nunca para a afronta física. Atitudes como essa não condizem com alguém que ocupou um cargo de tamanha relevância na sociedade gaúcha e brasileira e que, de uma maneira ou de outra, terá o Internacional vinculado à sua imagem. A Aceg presta solidariedade e apoio ao jornalista Julio Ribeiro e se coloca à disposição para qualquer tipo de ajuda. Edgar Vaz- Presidente (Porto Alegre, 14 de dezembro de 2016)


N OSSO MAIOR PRÊ MIO É INFORMAR E T R ANSFORMAR A VIDA DAS P E SSOAS TO DOS OS DI AS. O Grupo RBS foi premiado em cinco categorias do Prêmio Press 2016: Repórter de Rádio do Ano – Mateus Ferraz (Gaúcha) Repórter de Jornal/Revista do Ano – Humberto Trezzi (ZH) Melhor Programa de Rádio do Ano – Timeline (Gaúcha) Colunista de Jornal/Revista do Ano – Paulo Germano (ZH) Melhor Apresentador de Televisão do Ano – Carla Fachim (RBS TV)

É um grande orgulho ver nossas marcas e profissionais sendo reconhecidos, reforçando o compromisso de informar, entreter e transformar a vida de todos.

Informar é transformar.

gruporbs.com.br

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MIX Villas-Bôas (1923-2016) Luiz Antonio Villas-Bôas Corrêa, “o último sobrevivente da geração que cunhou o modelo de reportagem política que ainda hoje se pratica” (como se definiu), morreu em 15 de dezembro, aos 93 anos. Com problemas respiratórios, estava internado havia uma semana no hospital São Lucas, no Rio. Carioca, Villas-Bôas Corrêa começou no jornalismo em 1948, no extinto A Notícia. Trabalhou também nos veículos Diário de Notícias, O Dia, Jornal do Brasil (30 anos), O Estado de S. Paulo (23 anos na sucursal do Rio), Rádio Nacional, TV Bandeirantes e TV Manchete.

Uma chamada de capa que traduz um ano Não era a intenção, mas a revista Poder resumiu em sua última edição de 2016 o momento tragicômico da política brasileira com a chamada para uma matéria de utilidade pública. O "alerta" é direcionado não à população em geral, mas específico para a classe AAA, alvo da publicação da jornalista Joyce Pascowitch: "O que dizer às crianças quando os pais são levados para a Polícia Federal". Como outras tantas notícias

no mundo da política e dos negócios ao longo do ano, parecia brincadeira do Sensacionalista, mas não era. “Em tempos de Lava Jato, em que prisões muitas vezes se dão de maneira ostensiva, Poder entrevistou uma psiquiatra especializada em bullying infantil. Aqui, ela explica como lidar com as crianças que têm o pai levado pela polícia”, explica a revista, que se tornou pauta involuntária nas redes sociais.

Plus size na Playboy

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A condenação de Celso Nascimento, da Gazeta do Povo, de Curitiba, é "um grave equívoco", classificam as associações Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Nacional de Jornais (ANJ). O jornalista havia denunciado o atraso em um parecer no Tribunal de Contas do Paraná sobre o edital do metrô em Curitiba. Condenado a nove meses e 10 dias de prisão, o profissional, por ter mais de 70 anos, teve a sentença substituída por multa de 10 salários mínimos, além de suspensão dos direitos políticos. Mas as entidades esperam que a Justiça reforme a sentença, "um ataque à liberdade de expressão e ao livre exercício do jornalismo".

RBS sem Tigre

Playboy Brasil/Divulgação

Na edição especial que encerra o seu primeiro ano na casa nova (PBB Entertainment), a Playboy Brasil destaca na capa uma modelo plus size. A modelo brasileira Fluvia Lacerda, 36 anos, mora em Nova York, onde é conhecida como a “Gisele plus size”. Como é uma revista para colecionadores, não tem chamadas, nem código de barras e foi colocada à venda exclusivamente pelo site da publicação. A diretora de redação, Tabata Pitol, comenta: “O bonito da vida é que há diferentes tipos de beleza no mundo, e eu me sinto orgulhosa de estar à frente de uma Playboy que tem a coragem de mostrar isso”.

Punição equivocada

Depois de 25 anos de RBS, metade deles na Diretoria Executiva, o vice-presidente de Televisão e Pessoas, Antonio Tigre, se despede da empresa em 2016. É eliminada uma cadeira na cúpula. O CEO, Claudio Toigo Filho, passa a acumular a gestão da Televisão, e na Gestão de Pessoas a ele se reporta diretamente a gerente-executiva Andressa Giongo.


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CARTA AO LEITOR

Altair Nobre

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Um desejo para 2017

ão tive nenhuma influência na eleição da Jornalista do Ano (Grand Prix) Troféu Sinduscon-RS, no Prêmio Press. Primeiro pela lisura do processo, uma das responsáveis por construir a credibilidade dessa distinção em seus 17 anos. Segundo pelo fato de eu ser novo na casa. Fui apresentado como editor da revista na cerimônia, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa. Portanto, tenho liberdade para compartilhar o quanto me pareceu acertada a escolha. A constatação, sem demérito aos quatro concorrentes, foi reforçada depois de eu ter entrevistado Rosane Marchetti para a presente edição. Imune ao contagioso narcisismo televisivo, a eleita dedicou os 60 minutos da entrevista a uma defesa da empatia. Suas declarações, seus testemunhos ressaltam os descaminhos da comunicação nas últimas décadas. Pontuam o quanto os veículos se distanciaram do papel básico. Como a própria palavra sugere, um meio de comunicação serve para fazer a intermediação entre a fonte e o leitor. Compreender um e o outro e conectar ambos. Essa função se perdeu, engessada pela planilha de gestores ou consumida pela fogueira das vaidades de comunicadores. A tecnologia e as redes sociais, saudadas como uma ferramenta para aproximar, fazem o inverso. Mais desumanizam, como alertara o filósofo Zygmunt Bauman ao abrir o ano de 2016, em declaração a Ricardo de Querol, para El País: As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha. Ao encerrar 2016, a sensação é de uma crescente intolerância, demonstrada não só na disseminação de agressões virtuais mas até mesmo em episódios de violência física, como testemunhamos neste mês de dezembro. Para 2017, se me oferecerem a possibilidade de fazer um pedido, em vez de um iPhone 7 Plus, serei muito mais ambicioso: desejo que o jornalismo valorize a empatia.

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SUMÁRIO 3

Almanaque

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Repúdio à violência

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Mix

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Carta ao Leitor

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Entrevista: Rosane Marchetti

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Clube de Opinião: Osmar Terra

20 Galeria: Um time para jamais esquecer ENCARTE PRÊMIO PRESS A cobertura do Prêmio Press 2016

Diretora-Executiva NELCI GUADAGNIN

RUA SALDANHA MARINHO, 82 PORTO ALEGRE - RS CEP 90160-240 FONE/FAX (51) 3231 8181

Editor ALTAIR NOBRE

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Diretor-Geral JULIO RIBEIRO

Diagramação/ Arte Final ESPARTA DESIGN Imagens: Agência Preview Assinaturas atendimentoad@terra.com.br Impressão COMUNICAÇÃO IMPRESSA

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Comercialização PORTO ALEGRE: (51) 3231 8181 e (51) 9971 5805 com NELCI GUADAGNIN PRESS e ADVERTISING SÃO PUBLICAÇÕES MENSAIS DA ATHOS EDITORA, COM CIRCULAÇÃO NACIONAL, SOBRE OS MERCADOS DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA BRASILEIROS. OS ARTIGOS ASSINADOS E OPINIÕES EMITIDAS POR FONTES NÃO REPRESENTAM, NECESSARIAMENTE, O PENSAMENTO DA REVISTA.


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ENTREVISTA

ENTREVISTA ROSANE MARCHETTI

“Tenho pavor da cultura do chefete” Por: Altair Nobre Fotos: Gustavo Roth/Agência Preview

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ENTREVISTA Com aparência jovem e a empolgação de uma estudante, Rosane Marchetti construiu em três décadas de jornalismo uma relação de identificação com milhões de telespectadores. Com eles compartilhou não apenas histórias de interesse coletivo, mas também seus dramas e causas. Não por acaso essa gaúcha nascida em Nova Prata há 56 anos se formou em Sociologia e, concursada do Magistério, deu aulas na Vila Bom Jesus, uma das mais pobres de Porto Alegre. Depois da primeira graduação, entrou no Jornalismo, com aproveitamento de cadeiras. Ainda na faculdade, na PUCRS, começou a trabalhar na TV. Nesta entrevista, ela refaz sua trajetória na profissão, que no início, nos anos 1980, quase foi abreviada por um concurso mas chega ao fim de 2016 reconhecida com o prêmio de Jornalista do Ano (Grand Prix) Troféu Sinduscon RS no Prêmio Press. Como foi o começo no Jornalismo? Comecei a trabalhar na TV Pampa, na época da Rede Manchete. Eu fazia Jornalismo na PUCRS, e havia uma moça que trabalhava na TV Pampa, a Nanci, e ela iria embora para São Paulo. Ela me disse: “Vai fazer um teste lá”. Fiz, e à noite me ligaram. O meu chefe era o Paulo Henrique Amorim, que era chefe da Manchete em Brasília. Eu fazia esporte nacional aqui. Fiquei dois anos na Pampa. Nesses dois anos eu estudei taquigrafia, porque queria fazer um concurso. Fiz o concurso, me chamaram na Assembleia, pedi demissão. Pensei “Jornalismo foi um rio que passou em minha vida”. Mas a RBS me chamou uns meses depois para trabalhar de noite no lugar da Ananda Apple, que foi embora daqui. Eu fazia muita cultura, peça de teatro, vernissage, à noite. Quando eu fui para o dia, comecei a fazer polícia. Aí fiquei na RBS para sempre, até me demitirem. Isso foi neste ano. É. Na RBS eu entrei como repórter, depois passei a ser repórter do núcleo da Globo, fazendo reportagens para o Jornal Nacional, o Fantástico. Éramos eu, o Gilberto Lima, o Flávio Porcello, o Alexandre Kieling. Eles foram saindo, e eu fiquei, até este ano (2016). Aquela época, com esse time, rendeu matérias muito boas...

A gente tinha uma preocupação muito grande com o conteúdo, de contextualizar. Hoje, sem querer criticar, porque tudo é muito rápido, é muito superficial e deixa a desejar. O Flávio Porcello era muito comprometido, o Alexandre Kieling fazia matéria investigativa… Eu tinha uma admiração muito grande por eles. Na época o nosso chefe era o Roberto Appel, depois foi o Raul Costa Júnior. Fiquei nesse núcleo da Globo durante muito tempo. Aí me acidentei de moto. Fiquei um ano parada. Quase morri. Quando voltei, eu não conseguia fazer reportagem, então me colocaram na apresentação. Comecei a apresentar tudo o que é programa da TVCOM, tinha turismo, na RBS tinha Campo & Lavoura… Acabei no Bom Dia Rio Grande e no Jornal do Almoço. Acabei na apresentação por acaso, e fiquei mais de 10 anos. Depois comecei a fazer de novo reportagem para a Globo, mais Globo Repórter. Era o que eu estava fazendo ultimamente quanto me tiraram da apresentação para ser repórter especial. Foi na gestão do Eurico Meira, agora chefe em Santa Catarina. Assumiu o Cezar Freitas, e em março eu tinha dois programas para fazer, e ele me chamou, achei que fosse uma reunião para tratar dos programas, e ele disse “Não precisa mais vir a partir de amanhã”. Não sei até agora por quê. Não é por causa de salário alto, porque nunca ganhei salário alto. A Globo acabou me acolhendo. Eu faço free para eles, de programas especiais. Continuo fazendo do que gosto. Com mais estrutura. Ganho melhor do que eu ganhava. Só fiquei com muita mágoa porque a RBS é uma empresa que prega muito essa coisa da comunidade. Eu tinha um respeito muito grande, ainda tenho, pelo fundador da empresa. Inclusive eu estava preparando a saída minha. Tinha marcado uma reunião com o atual presidente. Quando me dei conta, o dia em que eu marquei a reunião, foi o dia do show dos Rolling Stones. Liguei para a secretária e desmarquei porque imaginei que ele pudesse estar envolvido com o show. E o que eu iria falar com ele: que eu estava pensando em sair. Queria fazer uma saída legal, respeitosa com a empresa, com os telespectadores, porque fiquei durante muitos anos entrando na casa das pessoas, aí fiquei doente, então as pessoas

sempre acompanharam a minha vida de perto. Tive câncer, fiquei quase um ano afastada. Depois tive um problema cardíaco. Tenho um stent. Então pensei “Quando eu sair, não vai ser de um dia para o outro, sem explicar”. Mas não aconteceu dessa forma. Isso me deixou muito triste. Essa forma de tratamento não é uma exclusividade para a tua dispensa. Mas talvez chame ainda mais a atenção pela exposição que tu tinhas… Eu sei. Mas até por causa da doença, até hoje eu dou muita palestra. Estou sempre indo para vários lugares, fazendo palestras, e sempre de graça. Por quê: ou é para falar para as famílias, ou para quem está doente, ou para quem também superou como eu e tem medo da doença… Eu tenho com a comunidade essa ligação. Como é a vida depois da RBS? Descobriu algo novo nessa nova vida? Ainda não deu tempo… Porque eu fiz dois programas, logo que me demitiram. Fiz a Serra da Mantiqueira e depois Ganhando a Vida nas Ruas. Como freela para a Globo? Serra da Mantiqueira eu ainda fiz ligada à RBS porque que eu pedi para o (Antonio) Tigre: “Pelo menos um dos programas eu vou fazer.” Mas fiz toda com a equipe do Rio. O programa foi ao ar. No dia seguinte, segunda-feira, eu fui lá, porque eles me chamaram para assinar a minha demissão. Logo em seguida a Silvia Sayão me chamou para fazer o Ganhando a Vida nas Ruas. Agora estou esperando porque eles estão fazendo a retrospectiva. Possivelmente em janeiro eu vá fazer outro. O último eu demorei três meses para fazer, em função das Olimpíadas. Depois disso, eu viajei. Fui para a África, de férias. Ficamos lá eu e o meu marido quase um mês. Depois disso fiquei em função da doença da minha mãe, ela tem um problema sério. Faço o que eu gosto. Gosto da reportagem. Gosto de fazer para o Globo Repórter. Tenho orgulho, porque é um programa muito legal. Eu tive propostas de outros canais, que eu não aceitei porque eu não consegui sentar para esfriar o que aconteceu.

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ENTREVISTA Como bateu em ti, ao final deste ano de transformação na tua carreira, ser escolhida a Jornalista do Ano no Prêmio Press? Tem uma coisa muito bacana que eu vejo na Bandeirantes. Eles passam o comercial institucional de quem ganhou o Prêmio. E eu apareço atrás com um sorriso. Aquilo foi o que eu senti na hora. Porque eu não esperava. Eu fui por uma questão de agradecimento às pessoas que me indicaram. Eu até estava com a minha mãe na CTI. Mas eu disse “Este ano, eu vou, porque é uma questão de agradecer a quem reconhece a gente”. Quando me chamaram, eu não acreditei. Eu me levantei da cadeira, fui lá para a frente e continuei incrédula. Tanto que, quando apareço naquela imagem da Band, é a cara do que eu estava sentindo na hora. Para mim aquilo foi uma graça, um milagre, um presente. Com tudo o que aconteceu de ruim, ter isso não é pouco. Pra mim foi muito, pessoalmente, profissionalmente. Eu fiquei muito feliz, muito exibida. As tecnologias mudam bastante a comunicação, mas parece que a TV continua tendo um forte impacto. O impacto da TV tem se mantido forte. Mas o jeito que a minha geração pensou jornalismo está acabando. A gente jamais poderia pensar que um dia eu poderia escolher o programa que eu quisesse assistir à hora que eu quisesse assistir. Pra mim isso era ficção pura. Mas o fato de fazer TV, a prática de os profissionais saírem para fazer reportagem, vai continuar acontecendo. Ah, sim. Não tem como (deixar de fazer isso). Muda a forma de distribuição. Muda a forma. Mas, por exemplo, eu não gosto de uma coisa: fazer câmera como se tu estivesses andando para dizer que é moderno. Para mim, é lixo. Televisão tem que ter imagem. Aquela coisa da câmera andando, sem horizonte, e entorta, uma coisa meio Bruxa de Blair, pra mim é horrível. Não é moderno. É cafona. Tem gente que faz porque acha que é bonito e é moderno. E tem gente que usa disso para economizar. A gente teve a época do repórter abelhinha

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que fazia tudo. Dirigia, filmava… Ainda tem. E não é o caminho. Contribui para a superficialidade. Exatamente. Qual é o principal argumento da concorrência? Além do conteúdo, é a qualidade. Tu tens de vender qualidade. Porque a televisão é comercial. Tu tens de oferecer um produto bom, e para oferecer um produto bom tu não tens que ter apenas tecnologia, tu tens que ter pessoas preparadas. Eu fui a um seminário do Jornal Nacional, e o (William) Bonner pediu que se levantassem os editores com menos de 40 anos. Não havia nenhum. Claro que passou algum tempo, há pessoas mais jovens. Mas o que ele quis dizer é que eles trabalham com uma Redação experiente. Não adianta ter apenas tecnologia. É preciso ter gente que saiba como fazer, que conheça história, pelo amor de Deus. Na TV, a imagem puxa, mas quando o texto também é bom, o impacto é maior. Como é a tua relação com o texto? Quando faço palestras para estudantes, costumo dizer o seguinte: a gente tem de ler. Tudo. Política, história, atualidades, fofocas, moda, porque como jornalistas temos a obrigação de olhar para alguma coisa tendo a informação do que estamos vendo. É como olhar uma obra de arte. Se não tens informação, não consegues sentir, entender aquilo. Ao fazer uma matéria sobre a Colômbia, peço para a produtora me cercar de todas as informações: qual é a principal comida, a religião, do que eles gostam, o que é moda lá, o que não é. Cinquenta por cento eu posso não usar mas, se precisar, eu tenho. Vou saber o que estou olhando. Poderia citar alguma reportagem que tenha sido muito difícil fazer, um drama? Santa Maria. Boate Kiss? Sim. Eu fui a primeira repórter de Porto Alegre a chegar lá. Foi horrível. Eu fui de carona no helicóptero da Unimed. Quando eu cheguei, me largaram no pavilhão, vi o movimento, entrei e dei

de cara com as crianças, as pessoas deitadas no chão. O meu cinegrafista chegou depois em outro helicóptero. Quando chegou o meu cinegrafista, e as pessoas me reconheceram, olha como é essa coisa da doença, uma mãe chegou para mim: “Rosane, tu viu o meu filho lá dentro? Eu, que rezava tanto por ti”. Acabei me sentindo culpada. Como segurar a emoção num momento desses? Ela se agarrou em mim e chorava. Por essa e por outras manifestações, acabei ficando mais em Santa Maria do que eu deveria ficar, porque eu me achei responsável por aquelas pessoas. Um momento profundo, de muita dor. Outro foi quando eu cheguei a Erechim, de madrugada, quando caiu o ônibus escolar. Com o cinegrafista, cheguei ao salão de festas, no Interior, era um caixãozinho do lado do outro, as famílias sentadas, tinha cachorro junto sentado, e o cheio de flor. Me lembro até hoje do cheiro da flor, porque era quente. Aquilo acaba demolindo um pouco a gente. Foram as duas situações mais difíceis. E a terceira mais difícil foi o acidente da TAM. Eu fiquei com as famílias, quando foram anunciados os nomes. As famílias foram para o aeroporto, a TAM retirou os familiares do aeroporto, levou para o Plaza. Não vinha notícia nenhuma até que resolveram dar os nomes, pela rádio. Eu vi aqueles pais, irmãos, namorados, os parentes, os amigos, ter que ouvir aquela tragédia toda. Tens vontade de fazer alguma coisa diferente na TV? Eu sei contar histórias. Gosto de ser repórter. Apresentação, eu fiz. Fui obrigada por circunstâncias. Eu gostava de dar opinião, dar pitaco, porque eu acho que a gente tem de se posicionar, não acho que o âncora tem de ser aquela coisa insípida, inodora, incolor. Mas o meu negócio mesmo é reportagem. E, mesmo editando, quando eu fui editora executiva do Jornal do Almoço, cheguei a ser editora-chefe do JA Notícias, eu pegava material que vinha do Interior, trabalhava texto com eles. Mas não é a mesma coisa. Não sou eu que estou vendo. Não aumentava a tua frustração de repórter?


ENTREVISTA

P R O T E Ç Ã O:

Rosane (no colo, com Pedrinho, um dos quatro gatos) é identificada com a defesa dos animais Às vezes a gente sente falta de alguma coisa. Até pela experiência. Eu tinha como compensar isso, porque eu pedia para complementar a matéria. E, quando chega a imagem de um repórter perguntando para a mãe que perdeu três filhos “O que a senhora está sentindo”? É sem noção. É as pessoas não terem noção do que estão vendo. O problema do jornalismo não é só a inexperiência de muitos, mas também a falta de percepção de que nós jornalistas não somos os outros. Somos todos. Não são os outros que ficam doentes de câncer,

e eu vou lá contar a história. Os outros também sou eu. É um exercício de empatia. É um exercício de empatia. Igualar-se àquela pessoa no sentido de ser humano. Se a gente conseguir fechar esse ciclo, a gente consegue uma boa entrevista, sem fazer uma pergunta idiota. A gente tem o hábito de não se colocar no lugar do outro. Isso é lamentável. Porque o mundo caminha para a preocupação com o outro. Há aquele filósofo australiano, o Peter Singer. Ele é ateu, e ele diz “Se eu tenho bastante e tu tens bastante, e o cara que está do meu lado

não tem, e o que está do teu lado não tem, e não te fizer falta, tu vais ajudar”. Não tem de ficar esperando os outros. O mundo caminha para esse tipo de generosidade. Vai demorar, mas as próprias comunidades estão se unindo, organizam-se em forma de cooperativas. Existem várias formas disso. Até formas de matar os animais. Foi esse cara que na Europa conseguiu que se matassem sem tanto sofrimento os animais abatidos para a alimentação. A gente como jornalista não está aqui só para contar uma história. O que ela está acrescentando para quem está ouvindo? Além de saber o que está acontecendo na votação da

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ENTREVISTA

R E F L E X Ã O:

"Contaminados por outros interesses, não fazemos um jornalismo que a gente poderia fazer" Assembleia, o que isso vai representar na vida dele. É a questão da informação e a utilidade, não serviço básico. Como começou a identificação como defensora de animais? Desde pequena, na minha casa. A gente encontrava algum animal abandonado, a gente pegava. Hoje em dia eu ajudo ONGs compartilhando no meu Face, tenho 100 e poucos mil seguidores, me

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posiciono. Quando posso, ajudo. Domingo passado eu fui lá no zoológico dar um abraço. Sou contra que acabem com esse zoológico e que cerca de 900 animais a gente não saiba para onde vão, porque no Brasil não existem santuários suficientes para receber todo tipo de animal. Outra coisa que fiz: não sei se tu lembras de uma preguiça encontrada em um caminhão. Ela ficou um tempo sendo tratada na Universidade de Passo

Fundo. Eu estava fazendo o Globo Repórter, e me ligou a veterinária: “Rosane, está chegando o inverno, e ela não vai viver, porque o Ibama não vai mandar ela de volta para o Norte, porque eles não têm dinheiro”. E eu perguntei: “E a Base Aérea?”. Gastou todo o dinheiro extra com a Dilma, não me lembro em quê. Resumo da ópera: eu comprei uma passagem pela TAM, e mandei a preguiça. Ela está no Tocantins. Está


ENTREVISTA lá. Não desce da árvore. Só desce de vez em quando, porque só eles descem para fazer xixi ou cocô. Eles ficam praticamente sempre na mesma árvore. Eu acabo me envolvendo com as coisas. Empatia é um pouco raro na televisão, onde a carga de narcisismo, até pela própria natureza do meio, é grande. Como lidar com isso? Eu mesma me policio. Não sei como se sente um artista. Mas eu senti em televisão o ego de colegas muitas vezes de causar espanto. Porque não era só gente nova. Era também gente que tinha chegado aos 60. E ainda vejo. Não estou falando da RBS. Estou falando de um modo geral em televisão. O problema é muito sério. Não sei se alguém faz palestra de graça como eu faço. Sei de colegas que dizem “Eu não arredo o pé de Porto Alegre de graça para ninguém, seja aluno, seja hospital”. E eu acho que nós temos obrigação de fazer. Se é para ajudar alguém, uma comunidade, uma associação, nós temos obrigação. Porque, se a gente está ali, é conhecida, e tem o respeito do telespectador e a credibilidade, a gente tem de ajudar a espalhar isso. Por conta desse ego gigante, e eu conheço muitos, as pessoas não vão. Como é o feedback que tu tens do trabalho nacional? As pessoas gostam bastante, então me escrevem pelas redes sociais. Acho bacana, porque tem muito gaúcho fora do Rio Grande do Sul. Hoje em dia eu tenho, entre os meus seguidores, gente praticamente de todo o Brasil, e muitos protetores, que são meus amigos. Andei ajudando as capivaras da Barra da Tijuca, no Rio. Em Belo Horizonte também. Eles me conhecem pela TV. Eu já fiz Globo Repórter de proteção animal, de inteligência animal. Acabam se fechando um círculo. Também tem a questão do câncer. “Eu também sou uma vitoriosa”, as mulheres me escrevem. Procuro responder às minhas mensagens. Quando não consigo, pois são muitas, como no caso de parabéns, ou quando é sobre os programas, quando passam de 2 mil, 3 mil, então mando uma mensagem geral. Mas eu leio todas. O que me escapa é o que vem quando tem Globo Repórter, porque aí são muitas, às vezes eu não consigo ver, passa, não sei se de-

saparece. As que vêm inbox para mim, todas eu leio, todas eu respondo. E tu vês alguma diferença na cultura da RBS e a da Globo em relação à forma de trabalhar? A diferença é que hoje em dia, nem vou falar na questão de poder tecnológico, a RBS peca muito no conteúdo e na qualidade, embora tenha colegas que admiro. Faltou aquela mistura necessária dentro de uma Redação para que possa ter discussão. Tenho pavor da cultura do chefete. Aquela coisa do “Eu sou chefe, então eu sou melhor do que tu”. Tem chefe para quem o cara que faz o produto, o repórter, o apresentador, é lixo. Eu chamo de chefete. Trata o repórter que está na rua se ralando, e às vezes não faz direito porque não recebe bem lá de dentro. Antes de sair da Redação, o repórter tem de ter discutido com o chefe dele, deve ter apoio sobre o que o material que vai fazer, não só o que a Produção tenha apurado, mas coisas que também ele tenha oportunidade de apurar, tempo para ler, discutir, e não “Vai lá, faz e traz o que for”. O que vejo na Globo é um cuidado muito grande com isso. Claro que não estou no dia a dia lá. Mas eu posso falar do Globo Repórter. A gente não sai se a produção não estiver com tudo apurado. E, depois que a produção apura, a gente se reúne, o produtor, o repórter, o diretor, o cinegrafista, e mais a diretora do programa, a Silvia Sayão, e discute o que foi apurado pela produção. São tantos personagens para falar sobre isso, e aí se começa a questionar cada um, se vai render, se não vai. Aí vais dizer “é porque não é no dia a dia”. Mas o Jornal Nacional também tem essa preocupação. Eu vejo porque eu já trabalhei para o JN. E, aqui, me parece que tem muita inexperiência e muito a cultura do chefete. Não seria um predomínio de gestores em detrimento de quem produz conteúdo? É exatamente isso que acontece. É uma forma de administrar: os gestores são mais importantes. Hoje eu vejo uma imprensa pouco comprometida… É muita empresa e pouca imprensa? É. É muita empresa e pouca imprensa.

E acostumada a bater no mais fraco só. Onde é mais forte não se bate, ou se bate muito pouco. Ou se bate quando a pessoa que manda já não manda mais nada. Isso é proposital. A imprensa do Rio Grande do Sul tem medo. Não generalizo, mas posso afirmar que eu vejo muitos colegas com medo. Mas, por exemplo, no caso da Globo, que é nacional, consegue-se elevar o nível de jornalismo, de investigação, e que tenha coragem de bater em instituições? Assisto à Globo, à Bandeirantes, à Record, e acho que são todas iguais na preocupação com o padrão de informação. Mas eu te afirmo: a imprensa do Rio Grande do Sul tem muito medo. Não sei do quê. Não bate. E, quando bate, é uma coisa dirigida. Tem seus interesses (abre o segundo "e", imitando o sotaque de Brizola). O medo de ser demitido é muito grande, ou o fato de o mercado ser restrito? Uma questão é essa: o mercado restrito. Jornalistas com pouca coragem porque podem ser demitidos e também porque podem ser criticados por um poder, seja político, seja empresarial. Existe esse constrangimento. Por que se criticam algumas coisas, e outras que são mais aberração não se criticam? Quando tu começaste, era diferente? Era, porque eu peguei o fim do regime militar. E a gente tinha uma preocupação muito grande em contar as coisas, mas a gente tinha de esconder ao mesmo tempo. Tinha de contar sem esbarrar na censura. A gente procurava forma. Talvez essa facilidade que a gente tenha hoje de falar mais abertamente seja censurada por outros poderes, que não a ditadura militar. Estamos muito contaminados por outros interesses e não fazemos um jornalismo que a gente poderia fazer. Existia essa relação com os chefetes? Ou aumentou? Aumentou. Não era assim. Antigamente os chefes que a gente tinha eram de discutir mesmo. Era todo mundo junto discutindo.

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Foto: Gustavo Roth/Agência Preview

CLUBE DE OPINIÃO

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, ao lado do presidente do Clube de Opinião, Julio Ribeiro, falou sobre o futuro do Bolsa Família

Clube de Opinião recebe ministro Osmar Terra

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o último dia 19 de dezembro, o Clube de Opinião do RS, promoveu reunião-almoço, tendo como convidado o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra. O encontro ocorreu no salão de honra do Palácio do Comércio, tendo como anfitriã a Associação Comercial de Porto Alegre, representada pelo seu presidente, Paulo Afonso Pereira. O encontro durou mais de duas horas e teve a participação de três dezenas de jornalistas com espaços em rádio,

tevê, jornal, revista e internet. Um dos seus temas principais do ministro foi o Bolsa Família. Compartilhou números e novidades sobre os rumos do programa, com a criação de um banco de dados destinado a evitar fraudes e de uma recompensa para prefeitos eficientes em emancipar famílias. O Clube de Opinião do RS, lançado em 2002, reúne comentaristas e apresentadores de rádio e tevê, colunistas de mídia imprensa e blogueiros, sempre tendo algum personagem importante como convidado. A ideia do

Clube, segundo seu presidente, Julio Ribeiro, é poder qualificar a opinião de seus membros por meio de informações exclusivas e tomadas com profundidade diretamente da fonte. Confira a seguir uma síntese do conteúdo produzido no encontro com o ministro, entre a sua fala inicial e o momento das respostas às perguntas dos jornalistas. As declarações estão organizadas por temas. Quadro à parte destaca os tweets da cobertura do evento realizada pelo especialista em redes sociais Marco Poli.

TWEETS O Bolsa Família passa a contar com uma gigantesca base de dados, visando eliminar fraudes. "400mil famílias já foram bloqueadas" "Bolsa Família é um programa pra socorrer quem vive em pobreza extrema" "Bolsa Família não acabou nem vai acabar. Vamos criar um prêmio aos prefeitos parceiros que os motive a fiscalizar melhor o sistema" "O maior programa de transferência de renda não é o Bolsa Família mas o Programa de Aposentadoria do Trabalhador Rural" "Outro grande programa de transferência de renda é o que compra a produção agrária e coloca os alimentos na merenda escolar" "O Criança Feliz visa dar apoio às gestantes e às crianças até 2 anos de idade. É neste período da vida que tudo se resolve" "Não existe política pública que atenda dependente químico no país, porque até agora quem teria de fazer isso é a favor da liberação das drogas" "A Bolívia é um narco-Estado e seu presidente é o maior plantador de coca do mundo"

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Arma eleitoreira

Fotos: Gustavo Roth/Agência Preview

"Tem uma incógnita. Na propaganda, o PT dizia que diminuiu a pobreza. Porém, tínhamos 6 milhões de famílias no Bolsa Família e, em 2012, o número aumentou para 14 milhões. Que redução foi essa? Belágua, no Maranhão, o lugar em que a Dilma foi mais votada, tinha 95% da população sobre o Bolsa Família."

Pente-fino "Como o Cadastro Único é autodeclaratório e tem uma série de contradições, criamos uma grande base com uma série de dados cruzados. Com o primeiro pente-fino tirou 1 milhão de famílias, e outras 1,5 milhão têm de se explicar. Então, são 2,5 milhões das 14 milhões de famílias. Entre os absurdos, havia funcionário público, vereador recebendo Bolsa Família."

O futuro dos programas "Vamos dar um prêmio ao prefeito por faixa de emancipação do Bolsa Família. " "O Pronatec em sido inócuo. Exemplo: o município precisa de um torneiro mecânico, e o Pronatec é para cabeleireiro."

Primeira infância "As competências humanas não se desenvolvem na escola, e sim nos dois primeiros anos de vida. Até o padrão de estresse." "A desigualdade começa no útero. Uma mãe pobre e uma de classe média têm muita diferença no acompanhamento da gestação." "Estamos criando um programa chamado Criança Feliz, focado nessa fase."

Encontro do ministro com jornalistas ocorreu no Palácio do Comércio, tendo como anfitriã a Associação Comercial de Porto Alegre, presidida por Paulo Afonso Pereira

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GALERIA

Um time para jamais esquecer Ao acompanhar 22 jogadores da Chapecoense, 21 profissionais de imprensa são o rosto da maior tragédia do jornalismo

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omo uma forma de homenagem para vigorar até o último dia de 2017, a Fox Sports alterou seu logotipo. O escudo ganhou seis estrelas e, em vez do tradicional "Torcemos juntos", presente desde sua chegada ao Brasil, em 2012, a emissora passou a assinar "Sempre juntos". A constelação representa os profissionais da emissora entre os 71 mortos na queda do Avro RJ-85 com a Chapecoense em 29 de novembro na Colômbia. É um símbolo da maior tragédia do jornalismo brasileiro. No mesmo voo dos 22 jogadores rumo à decisão da Sul-Americana, a bordo estava outro time com quase o mesmo número de integrantes, o de profissionais de imprensa. Além dos seis enviados especiais da Fox Sports, entre eles Mário Sérgio, comentarista que à época de jogador fascinou colorados e gremistas, morreram cinco da RBS, três da TV Globo e seis de outros veículos. Dos 21 passageiros a serviço do jornalismo, apenas um sobreviveu, Rafael Henzel Valmorbida, nascido em São Leopoldo e criado em Santa Catarina. Recebido na cidade catarinense, o repórter da rádio Oeste Capital de Chapecó compartilhou o desejo de narrar o jogo do retorno da Chapecoense em janeiro: "Todos nós temos a responsabilidade de levar mensagem que é preciso ir adiante".

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ESTAGIÁRIO DE JORNALISMO DO ANO – Troféu CIEE-RS

Prêmio Press

relação dOs Premiados

Em uma celebração à diversidade de talentos do jornalismo no Rio Grande do Sul, a cerimônia do Prêmio Press produziu uma noite emocionante no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, em 22 de novembro. A maior e mais concorrida distinção do jornalismo brasileiro premiou em sua 17ª edição, entre suas 17 categorias, profissionais de 11 veículos, consagrados em uma votação com quase meio milhão de indicações e mais de 23 mil votantes. A relação dos cinco finalistas em cada categoria passou por um júri de convidados formado por 60 personalidades do meio empresarial, político, institucional e do mercado de Comunicação do Estado. Além de conceder os troféus para os melhores do ano, a cerimônia reservou emoção em homenagens póstuma a profissionais que marcaram o jornalismo gaúcho, como Antoninho Gonzalez, lembrado por seus serviços prestados como professor e ex-diretor da Famecos/PUCRS, e Danilo Ucha, que havia conquistado o Grand Prix de Jornalista do Ano na edição de 2015 do Prêmio Press e faleceu em julho deste ano. O Prêmio Press é grato aos patrocinadores Sistema Fiergs, Sistema Fecomércio-RS, CIEE-RS, Sicredi, Sinduscon e STICC e aos nossos apoiadores SBT-RS, da Abap-RS, KRIM Bureau e Assembleia Legislativa.

Catharina Signorini - Jornal do Comércio

REPÓRTER DE RÁDIO DO ANO – Troféu STICC Mateus Ferraz - Rádio Gaúcha

REPÓRTER DE TELEVISÃO DO ANO Luciane Kohlmann - SBT

REPÓRTER DE JORNAL/REVISTA DO ANO Troféu Sistema FECOMÉRCIO-RS Humberto Trezzi - Zero Hora

COLUNISTA DE JORNAL/REVISTA DO ANO – Troféu Fernando Albrecht Paulo Germano - Zero Hora

COMENTARISTA DE TELEVISÃO DO ANO André Machado – Band TV

COMENTARISTA DE RÁDIO DO ANO – Troféu Ruy Carlos Ostermann Luiz Carlos Reche – Rádio Band

APRESENTADOR DE TELEVISÃO DO ANO – Troféu SICREDI Carla Fachim - RBS TV

APRESENTADOR DE RÁDIO DO ANO

Milton Cardoso - Rádio Band 640

JORNALISTA DE WEB DO ANO

José Luiz Prévidi - previdi.blogspot.com.br

REPÓRTER FOTOGRÁFICO DO ANO

Freddy Vieira - Jornal do Comércio

REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO DO ANO Gerson Paz – TV Record

LOCUTOR/APRESENTADOR DE NOTÍCIAS – Troféu Milton Ferreti Jung

Maria Luiza Benitez - Rádio Guaíba

JORNALISTA DESTAQUE DO INTERIOR – Troféu SICREDI

Rodrigo Giacomet - Rádio ABC 900/Novo Hamburgo

MELHOR PROGRAMA DE RÁDIO DO ANO Timeline - Rádio Gaúcha

MELHOR PROGRAMA DE TELEVISÃO DO ANO Rio Grande no Ar – TV Record

JORNALISTA DO ANO (Grand Prix) – Troféu SINDUSCON-RS Rosane Marchetti - TV Globo



Rosane Marchetti recebe o Troféu Sinduscon Jornalista do Ano das mãos do presidente da entidade, Ricardo Sessegolo

JORNALISTA DO ANO O ano de 2016 foi de sentimentos contraditórios para a jornalista Rosane Marchetti. Depois de produzir um dos programas Globo Repórter de maior audiência dos últimos anos, Rosane foi demitida da RBS TV (leia a entrevista nesta edição da Press). Foi de Rosane a reportagem sobre as belezas e as histórias da Serra da Mantiqueira, que rendeu 24,2 pontos na Grande São Paulo, mesma audiência do Jornal Nacional, transmitido duas horas antes. A jornalista, nascida em Nova Prata há 56 anos, continua a serviço da Globo, onde produziu depois Ganhando a Vida nas Ruas. Com três décadas de jornalismo iniciadas na Pampa na época da antiga Rede Manchete, ela construiu uma relação de identificação com milhões de telespectadores. Com eles compartilhou não apenas histórias de interesse coletivo, mas também seus dramas e causas, como a defesa de animais. É reconhecida com o prêmio de Jornalista do Ano (Grand Prix) Troféu Sinduscon RS no Prêmio Press. Rosane teve suas três décadas de jornalismo reconhecidas pelo júri do Prêmio Press

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O reitor da PUC-RS, Joaquim Clotet, e o diretor da Famecos, João Guilherme Barone recebem a homenagem pelos 50 anos de fundação da faculdade

HOMENAGEADOS ESPECIAIS A 17ª edição do Prêmio Press homenageou os 50 anos da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da PUCRS. A instituição receberá o Troféu Sistema Fiergs Homenagem Especial pelo seu meio século de fundação, período em que formou mais de 5 mil jornalistas. Subiram ao palco o reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, e o diretor da Famecos, João Guilherme Barone. O Troféu também homenageou Antoninho Gonzalez, professor e diretor da Famecos por várias décadas, e cuja morte completou 20 anos em 2016. Para receber o troféu, a viúva subiu ao palco na companhia do filho e, emocionada, agradeceu pelo reconhecimento, sendo aplaudida de pé. Barone ressaltou que a conquista é de todos os funcionários, professores e alunos que ajudaram a construir a história da faculdade: “É muito importante para o reconhecimento da Famecos. Na verdade, é um selo de qualidade, e os alunos precisam ter a consciência de que estão em um lugar especial e qualificado”.

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Dona Myrthes Gonzalez e seu filho recebem a homenagem póstuma ao professor Antoninho Gonzalez, cuja morte completou 20 anos em agosto passado


Construindo e Desenvolvendo

A Construção Civil é um dos principais motores do desenvolvimento, devido à sua extraordinária capacidade multiplicadora nas diversas etapas da atividade econômica, gerando emprego, renda e riqueza. O Sinduscon-RS, desde 1949, orgulha-se de fazer parte deste esforço da sociedade, em busca do bem estar de todos os gaúchos.


Luis Cruz, diretor regional do SBT e Mauro Dorfmann, representando a ABAP-RS, entregam o Troféu Advertising ao empresário Clovis Tramontina

TROFÉU ADVERTISING Para ter independência editorial, sem depender de governos nem de governantes, a imprensa precisa da participação de anunciantes privados. Como forma de reconhecer e agradecer a empresas e empresários gaúchos que compreendem a importância disso, foi instituído o Troféu Advertising, com o patrocínio do SBT e da Abap-RS. O agraciado em 2016 é Clovis Tramontina. Neto dos fundadores Valentin e Elisa, desde 1992 ele preside a Tramontina, com sede em Carlos Barbosa. A empresa, fundada em 1911, produz mais de 18 mil itens diferentes, em 10 fábricas espalhadas pelo país, sendo oito delas em solo gaúcho, e conta com 8 mil colaboradores. Os produtos com a marca Tramontina são exportados para mais de 120 países. Ao agradecer o troféu, Tramontina reforçou sua crença, formada desde que assumiu o comando da empresa, da importância da independência das empresas de comunicação. Clovis Tramontina: "A nossa empresa só cresceu, porque sempre foi verdadeira com seus consumidores. Tudo que a nossa propaganda prometeu, nós cumprimos"

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A foto oficial com todos os vencedores e todos os homenageados da 17ª edição do Prêmio Press

Catharina Signorini, recebeu do superintendente do CIEE-RS, Luiz Carlos Eymael, o troféu de Estagiário do Ano

Gelson Santana, presidente do STICC entrega o troféu de Repórter de Rádio do Ano a Mateus Ferraz, da Rádio Gaúcha

Luciane Kohlmann, do SBT, recebe de Alexandre Gadret, o troféu de Repórter de Televisão do Ano

Simone Barañano, gerente de comunicação da Fecomercio-RS, entrega o troféu de Repórter de Jornal/Revista do Ano à editora de ZH, Martha Gleich, que representou o vencedor Humberto Trezzi

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Que mundo vamos deixar para nossos filhos? Se depender das novas ideias e tendências, um mundo melhor. Mais coletivo, conectado, solidário. Esse é o jeito moderno de pensar, fazer e viver. Que nós, no Sicredi, praticamos há 114 anos. Somos uma instituição financeira cooperativa mais humana, com uma forma mais justa de ter produtos financeiros como conta-corrente, cartão de crédito, poupança, investimento. Se você também acredita neste mundo cooperativo, venha com a gente. Venha pro Sicredi e junte-se a mais 3,4 milhões de pessoas.

SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.


Patricia Comunello (Jornal do Comércio) entrega o troféu de Colunista Jornal/Revista do Ano a Paulo Germano (ZH)

André Machado (Band) recebe o troféu de Comentarista de TV do no, das mãos do secretário de Comunicação do Estado, Cleber Benvegnu

Luiz Carlos Reche foi o vencedor na categoria Comentarista de Rádio do Ano. Nelson Cerqueira, vice-presidente da ACEG, fez a entrega do troféu

Ivan Novello, gerente de comunicação do Sicredi entrega o troféu de Apresentadora de Televisão do Ano à Carla Fachim (RBS TV)

Milton Cardoso (Band) recebe do presidente da ARI, Batista Filho, o troféu de Apresentador de Rádio do Ano

José Luiz Prévidi recebe, pela quinta vez, o troféu de Jornalista de Web do Ano. O jornalista Flavio Dutra fez a entrega

Freddy Vieira (Jornal do Comércio) foi o vencedor na categoria Repórter Fotográfico do Ano. Ele foi representado na festa pela colega Cristine Pires, que recebeu o troféu de Jefferson Bernardes, fotógrafo da Press e representante da Arfoc-RS

Gerson Paz (TV Record) recebe o troféu de Repórter Cinematográfico do Ano das mãos do editor da revista Press, Altair Nobre

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Maria Luiza Benitez recebe o troféu Milton Ferreti Jung de Melhor Locutora de Noticias de 2016, das mãos do próprio

O Jornalista Destaque do Interior neste ano foi Rodrigo Giacomet (atualmente, na rádio União/NH). Ele recebeu a honraria do gerente de marketing promocional do Banco Sicredi, André Assis

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, entrega o troféu ao Timeline (Gaúcha) como Melhor Programa de Rádio do Ano. Aqui, a equipe do programa foi representada pelo colega Mateus Ferraz

Carla Seabra e equipe recebem da vereadora Mônica Leal o prêmio de Melhor programa de TV, pelo Rio Grande no Ar, da Record

Rodrigo Giacomet é bi... pelo segundo ano consecutivo vence como Jornalista Destaque do Interior

Jefferson Bernardes, fotógrafo da Press há 16 anos, posa com o jornalista e especialista em marketing político Marcos Martinelli, que pelo segundo ano apresentou a cerimônia do Prêmio Press

Marcos Martinelli faz selfie com a esposa, Carla Khalil e apresentadora da Gabriel Aneres, Ana Ligia Espuny, Nelci Guadagnin e Adrian Guadagnin cuidando de todos os detalhes da festa RBS, Carla Fachim

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Os premiados da Band comemoram as conquistas junto com os colegas de empresa

Marta Gleich (diretora de Redação da Zero Hora), Caroline Torma (gerente da Comunicação Corporativa da RBS) e Soraia Hanna (da Critério)

Julio Ribeiro todo feliz com a filha Caroline, o genro Alejandro e a netinha Dara

A Jornalista do Ano, Rosane Marchetti com a diretora Executiva da Press Nelci Guadagnin

Soraia Hanna, da Critério e a jornalista Jacqueline Guedes

Martinelli e Alessandra, uma dupla de apresentadores competentes e simpáticos

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Julio Ribeiro no meios das belas Carla Fachim e Sandra Castro


Os premiados André Machado (Band) e Rodrigo Giacomet (União FM/NH)

Luciane Kohlmann (SBT) toda feliz com o troféu conquistado

O fotógrafo João Mattos com a esposa Carla Santos e a filha

Marcelo Rubim e a esposa Ana Laura Visentini

Os casais Eduardo Hadler e Fabricia Dias e Julio Ribeiro e Sandra Castro com a Jornalista do Ano, Rosane Marchetti

Ricardo Sessegolo, presidente do Sinduscon-RS, anuncia o Grand Prix da noite

Os jornalistas Julio Ribeiro, José Luiz Prévidi e Milton Cardoso com o simpático empresário Clovis Tramontina, homenageado com o troféu Advertising

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Mais uma vez, a cerimônia do Prêmio Press proporcionou momentos de alegria e muita emoção

RBS em peso: Mateus Ferraz, Carla Fachim e Paulo Germano

Julio Ribeiro e a esposa Sandra Castro com o casal Milton Cardoso e Patricia De Conto

O prefeito José Fortunati abre envelope com nome de um dos vencedores da noite

Sandra Castro, Ricardo Garay e a esposa Mara Laux

Julio Ribeiro em meio aos irmãos Lia Mara, Antonio Carlos, Mari Lane e Regina Helena

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André Assis representou o Sicredi na entrega de um dos troféus

Mari Lane Rochel, Regina Gomes e Lia Manna prestigiando o irmão Julio Ribeiro

Milton Ferreti Jung, o "The Voice" da imprensa gaúcha empresta seu nome ao troféu de Locutor/Apresentador de Notícias do Ano

A viúva de Antoninho Gonzalez, dona Myrthes, se emocionou ao destacar que, mesmo depois de 20 anos de sua morte, o marido continua sendo lembrado e homenageado

Julio Ribeiro se emocionou ao lembrar do entusiasmo e da dinâmica que o ex-diretor da Famecos e ex-presidente da ARI empregava em tudo que fazia

Claudio Bier, representando a FIERGS, entrega o troféu Homenagem Especial à FAMECOS-PUC pelos seu cinquentenário de fundação

Público acompanha a cerimônia do Prêmio Press

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O prefeito José Fortunatti em momento de descontração durante a entrega dos troféus

O troféu Advertising, entregue neste ano ao empresário Clovis Tramontina, busca destacar a contribuição de empresas anunciantes ao desenvolvimento dos veículos de imprensa

Sandra Castro e Amanda Castro

Paulo Germano (Zero Hora) vencedor do troféu de Colunista de Jornal/ Revista do Ano é filho do publicitário Paulo Boa Nova, um dos profissionais mais queridos do mercado publicitário gaúcho

Rosane Marchetti e José Luiz Prévidi são só sorrisos

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Ricardo Garay e a esposa Mara Laux e o jornalista Marco Poli


Gelson Santana, presidente do STICC, um dos patrocinadores do Prêmio Press, abre o envelope para anunciar o Repórter de Rádio do Ano

Luiz Carlos Eymael é superintendente do CIEE-RS, um dos patrocinadores do Prêmio Press

Os músicos Gean Veiga e Luiz Mauro Filho abriram o evento em grande estilo

As gurias Andressa Riquelme, Nelci Guadagnin, Ana Paula Franco e Ana Paula Dixon

Os disputadíssimos troféus do Prêmio Press 2016

O fotógrafo Jefferson Bernardes e o diretor da Press AD, Julio Ribeiro

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O "Anonymus Gourmet" José Antonio Pinheiro Machado (SBT) com o sobrinho "Alarico" durante o coquetel

O jornalista Guaracy Andrade mais uma vez realizou uma cobertura completa da festa do Prêmio Press

Os colegas de Jornal do Comércio Paulo Serpa Antunes e Cristiano Vieira

Alessandra Bergmann e o homenageado Clovis Tramontina

Julio Ribeiro lembrou que esta 17ª edição do Prêmio recebeu mais de 440 mil indicações nos votos Popular e Profissional

A Estagiária do Ano, Catharina Signorini carrega o troféu CIEE-RS

Na chegada da festa uma edição quentinha da Press começou a circular

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O Prêmio Press reúne profissionais de imprensa de várias gerações

José Vieira da Cunha com os colegas jornalistas Ana Paula Dixon e Carlos Eugênio Gonçalves

Marcos Martinelli e Carla Khalil com o superintendente de Comunicação da Assembleia Legislativa, jornalista Flávio Dutra

Altair Nobre e Nelci Guadagnin com o Paulo Ceccon e Catia Bandeira

José Luiz Prévidi com Pinheiro Machado e Ayres Cerutti

O repórter cinematográfico Hugo Ramires (TV Record) com familiares e o colega Voltaire Porto

Nelci Guadgnin e Sandra Castro

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O coquetel do Prêmio Press foi mais uma vez fornecido pela Bendito Gosto

Os fotógrafos Emmanuel Denaui e Gustavo Roth com o editor da Press, Altair Nobre, ao centro

A Press, tão essencial quanto um smartphone

Paulo Ceccon, Luiz Carlos Reche e Andressa Riquelme

Nelci Guadagnin e sua equipe na organização de mais uma grande festa

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A equipe de comunicação da RBS marcou presença na festa

O casal Paulo Germano e Marcela Blum

O diretor de Cena da Mythago, Claudio Catota, e Vanessa Mattos

Um brinde à vida!

Maria Luiza Benitez (Rádio Guaíba), Fernando Postal, José Antonio Pinheiro Machado e Soraia Hanna

Pessoal da TV Record na expectativa por mais um Prêmio Press

Julio Ribeiro e Nelci Guadagnin ladeados pelos apresentadores Alessandra Bergmann e Marcos Martinelli

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Mais uma vez o Teatro Dante Barone lotou para a grande festa do Prêmio Press

...e aqui todo bobo com a netinha Dara, que fez sua estréia nos eventos da revista

Julio Ribeiro saudando os mais de 450 convidados do Prêmio Press 2016...

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Miguel Angelo Castro, o "Alarico", com sua mãe Marcia Lutz


O Teatro Dante Barone foi mais uma vez o palco das grandes emoções do Prêmio Press

Os jornalistas Ayres Cerutti e Sergio Dillemburg

Guaracy Andrade entrevista o secretário de Comunicação do Estado, Cleber Banvegnu

Maíra Gatto e Leo Saballa Jr com a filhinha Malu

A vereadora Mônica Leal (PP) representou a Câmara Municipal na festa do "Oscar da Imprensa Gaúcha"

Jefferson Bernardes, Nelson Cerqueira e Itamar Aguiar

Rodrigo Giacomet, Mateus Ferraz e Carla Fachim no já tradicional selfie

PRÊMIO PRESS 2016 I 23


Carla Seabra, editora do Rio Grande no Ar, e seus colegas comemoram a conquista pela segunda vez do prêmio de Melhor Programa de Televisão do Ano, no RS

Marco Poli, as irmãs Visentini, Sandra Castro e Marcelo Rubim

Gladis Berlato, Luiz Borges e Angela Caporal

O público pode acompanhar o roteiro da cerimônia de premiação pelo encarte especial que circulou junto com a revista Press AD

Eduardo Pires, finalista da categoria Jornalista de Web e esposa, Aline

Público vibrou, riu e se emocionou com cada momento da cerimônia de premiação

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Julio Ribeiro, Clóvis Tramontina, Luiz Carlos Reche e José Luiz Prévidi

Gerson Paz, da TV Record, exibe o troféu de Repórter Cinematográfico

Descontração à espera da premiação dos melhores do ano

Julio Ribeiro concede entrevista para Guaracy Andrade, da TV Urbana

PRÊMIO PRESS 2016 I 25


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