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Revista

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EDIÇÃO 220

BELÉM-PARÁ

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VERÃO 2020 capa 220.indd 1

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220 - JULHO - 2020

GOVERNO DO PARÁ ANUNCIA NOVO CRONOGRAMA DE OBRAS DA NOVA BR-316

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

OPERAÇÃO VERÃO 2020

08 DETRAN REALIZA AÇÕES EDUCATIVAS DURANTE OPERAÇÃO VERÃO 2020

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Annabelle Timsit, Iman Ghosh,Isa Arnour, Laís Menezes, Leandro Oliveira, Michelle Daniel , Ronaldo Hühn; FOTOGRAFIAS: Alcance Jamaica, Alex Ribeiro - Ag. Pará, Bruno Cecim, Capitalista visual, Detran / Ascom, Globalteacherprize, Jader Paes/ Agência Pará, Leandro Santana / PCPA, Marco Santos / Ag.Pará, OMS, Unicef, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

ALUNORTE E UFPA ASSINAM ACORDO PARA PESQUISA SUSTENTÁVEL COM RESÍDUO DE BAUXITA

16 DIRETRIZES PARA CUIDADOS INFANTIS: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

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Agentes de segurança do Estado garantem verão seguro em Salinópolis Lilia Melo, embaixadora de educação da Teach the Future

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Você calculou a idade do seu cão ERRADO

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O Livro de oração de Maria, rainha da Escócia

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COVID-19: Quando a vida voltará ao normal?

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2020: O futuro da aprendizagem. Como o coronavírus mudará a educação

Praia de Araruna em Soure no Marajó Foto Flavio Contente Imagememovimento

FAVOR POR

CIC

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O novo mundo do trabalho após a pandemia

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ST A

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I LE ESTA REV

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

homebiogasamazonia www.paramais.com.br

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Governo do Pará

anuncia novo cronograma de obras da Nova BR-316 Texto *Michelle Daniel Fotos Marco Santos / Ag.Pará

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ecentemente, em visita às obras da Nova BR-316, o governador Helder Barbalho anunciou que o novo cronograma de execução dos trabalhos deve se estender até o ano que vem. O chefe do executivo estadual explicou que a mudança foi necessária devido ao cenário da pandemia provocada pelo novo coronavírus e que afetou diretamente o ritmo dos serviços. “Trabalhamos no sentido de estarmos com o centro de operações pronto em março do ano que vem, viaduto e terminais de integração em julho e todas as obras em conclusão ainda até o final de 2021. Portanto, essas obras são fundamentais para a reorganização do transporte coletivo e da vida das pessoas que trafegam na região metropolitana. Por isso, estamos focados, inclusive, para recuperar o tempo perdido por conta da pandemia, das necessidades de diminuição do ritmo e, por isso agora, é acelerar para aproveitar o verão e trabalhar para que essas obras fiquem logo prontas” - governador Helder Barbalho.

Helder visitou as obras - serviços executados pelo Estado na rodovia, ao lado do diretor do NGTM, Eduardo Ribeiro, e do presidente da Alepa, Daniel Santos

O chefe do executivo falou da importância e necessidade da nova rodovia, que, segundo ele, requalifica toda a estrutura do transporte coletivo da Região Metropolitana de Belém, como também permite uma nova condição de tráfego na BR e nos municípios que estão envolvidos diretamente.

Serviços vão transformar a estrutura do transporte coletivo da Grande Belém

“A partir do terminal de ônibus municipal e intermunicipal em Marituba e em Ananindeua, as obras do viaduto que estão sendo executadas, a interligação com o centro de Ananindeua, através do Guajará e Cidade Nova, não necessitando apenas do viaduto do Coqueiro para a intersecção com a área urbana da cidade e, claro, chegando até Belém, já que este transporte do BRT estará interligando até a capital”, reforça Helder.

Ajustes

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Governo do Pará anuncia novo cronograma de obras da Nova BR-316.indd 5

As obras contam com 78% de financiamento da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que acompanha mensalmente o avanço e etapas dos serviços. De acordo com o diretor do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), engenheiro Eduardo Ribeiro, o Governo também tem sido transparente quanto à situação da pandemia no Estado e seus prejuízos. “Os últimos três meses foram bastante afetados pela pandemia. A cadeia produtiva também foi penalizada e ainda não houve normalização disso. Então, diante de um cenário de incertezas, houve uma sugestão da Jica para que o Governo solicitasse uma prorrogação do contrato de financiamento e das obras”, esclarece Ribeiro. www.paramais.com.br

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Ainda segundo ele, as obras civis e viárias estão avançando. As próximas etapas são serviços de drenagem e pavimentação. “Também estamos pedindo a prorrogação do contrato com a Jica para execução de obras que não estavam previstas no contrato, que são os viadutos na Alça Viária e Independência, além de outras complementares para melhorar a eficiência do sistema”, afirma Eduardo Ribeiro. Para atender a população usuária do transporte coletivo na RMB, os sistemas BRT Metropolitano e Belém serão futuramente integrados. Com isso, pequenos ajustes deverão ser feitos na avenida Almirante Barroso para que haja melhorias no sistema, a fim de atender a demanda dos moradores de Ananindeua e Marituba. Todo o andamento do projeto que está sendo executado e que futuramente entrará em operação está sendo acompanhado pela Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). De acordo com o presidente da Casa, deputado Daniel Santos, uma comissão fiscaliza a execução orçamentária e os prazos das obras na região. “Sem dúvida, é uma obra extremamente importante para toda a Região Metropolitana de Belém, que vai facilitar o tráfego de pessoas, de ônibus e de todos aqueles que precisam se locomover na nossa região.

Obras civis e viárias estão avançando. As próximas etapas são serviços de drenagem e pavimentação

O andamento do projeto é acompanhado por uma comissão da Assembleia Legislativa

Em Ananindeua, por exemplo, que só possui uma via de acesso praticamente, a partir dessa obra, teremos outra via que é a interligação da BR com o Guajará, através da avenida Ananin, facilitando a vida dos moradores”, avalia o parlamentar.

Emprego

Atualmente, em torno de 900 postos de trabalho diretos e indiretos são gerados nas obras do Governo, que dá prioridade aos trabalhadores que moram na região metropolitana e que também serão beneficiados com a conclusão dos trabalhos. (*) NGTM

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Operação Verão 2020

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Fotos Bruno Cecim e Jader Paes/Agência Pará, Leandro Santana / PCPA

Em Salinas

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Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) coordena a “Operação Verão Seguro: saúde, segurança e responsabilidade por todo o Pará”, que abrange de forma integrada cerca de 40 localidades. As ações ocorreram e ocorrerão ao longo de seis finais de semana consecutivos, sendo encerradas em 3 de agosto. A Operação Verão 2020 conta com um efetivo de 3.546 agentes de segurança, 319 viaturas (de duas e quatro rodas), 50 viaturas (entre auto rápido, auto busca salvamento e unidades de resgate do Corpo de Bombeiros, sete ônibus, 56 embarcações, seis quadriciclos, três aeronaves, um caminhão e uma delegacia móvel). A ação visa garantir a segurança de veranistas em praias e balneários no período das férias de julho. Neste ano, a operação também pretende evitar aglomerações e atuar para cumprir decretos municipais no sentido de evitar a proliferação do novo coronavírus. As restrições serão estabelecidas pelos próprios municípios. O monitoramento da pandemia será avaliado semanalmente.

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Em Mosqueiro

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No Marajó

Na a única praia que abriu ao público é a praia da Barra Velha

Policlínica Itinerante

Entre as localidades que já começaram a receber o reforço na segurança preventiva e ostensiva estão: Os distritos de Outeiro e Mosqueiro (em Belém); municípios de Vigia de Nazaré, Colares, Curuçá, Marapanim (praias de Marudá e Crispim), Salinópolis, Bragança, Soure, Salvaterra, Santarém (vila de Alter do Chão), Tucuruí, Maracanã (Praia de Algodoal) e Barcarena (Praia do Caripi). A Polícia Civil vai reforçar as Delegacias de Polícia dos balneários mais procurados pelos veranistas. A DPA fiscalizará registros e licenciamentos de estabelecimentos, realizando a Operação Disque-Silêncio e fazendo o atendimento à mulher. A cada final de semana, a Operação Verão terá o reforço de 158 policiais civis, que atuarão conjuntamente com os policiais civis lotados nas Delegacias dos municípios. A operação será coordenada pelos titulares da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), Diretoria de Polícia Especializada (DPE), Diretoria de Polícia do Interior (DPI) e Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), e da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor).

A Policlínica Itinerante esteve em alguns Municípios, durante a Operação Varão 2020, atendendo moradores que estivessem com sintomas leves e moderados da Covid-19. Os mesmos passavam por triagem e consulta, sendo atendidos e consultados nas suas necessidades. Se tivessem algum medicamento prescrito, eram-lhes entregues pela equipe médica para que o tratamento fosse iniciado e assim, evitar o agravamento do quadro.

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Detran realiza ações educativas durante Operação Verão 2020 Orientação de condutores, passageiros e pedestres é realizada em Salinópolis, Santarém, Marabá e Mosqueiro

Agentes de educação e fiscalização atuam em municípios paraenses para garantir segurança nas estradas e melhor acesso a balneários

Texto *Leandro Oliveira Foto Detran / Ascom

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Departamento de Trânsito do Estado (Detran), em paralelo às ações de fiscalização, também realiza trabalhos educativos em quatro municípios durante a Operação Verão, que ocorre neste mês de julho. Salinópolis, Santarém, Marabá e o distrito de Mosqueiro, locais de grande circulação neste período, contam com equipes deslocadas da capital para a orientação de condutores, passageiros e pedestres sobre comportamento seguro no trânsito e a necessidade da manutenção do distanciamento social para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. O Detran deslocou cerca de 30 agentes de educação, que trabalham em parceria com os agentes de fiscalização do órgão e demais órgãos de segurança pública, além dos departamentos municipais de trânsito.

Agentes do Detran nas estradas fiscalizando condutores e veículos

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Detran realiza ações educativas durante Operação Verão 2020.indd 12

Em Marabá, as ações serão em conjunto com a fiscalização, de caráter educativo e preventivo, portanto, semelhante ao que

será feito em Santarém, com trabalho preventivo nas rondas, além de ações mais voltadas aos cuidados sanitários realizados junto aos parceiros locais. Na manhã do sábado (4), as ações no distrito de Mosqueiro foram concentradas na PA-391, na altura da barreira da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), onde cerca de 1.600 pessoas que seguiam para o balneário foram orientadas. Os agentes desenvolvem, pela tarde, ações na orla do Chapéu Virado e Farol. “Observamos como infrações mais cometidas o não uso do cinto de segurança no banco de trás e o uso inadequado do dispositivo de segurança para crianças, dois fatores de risco altíssimo, que podem custar a vida das pessoas no trânsito” , disse Maria Inêz Lopes, agente de educação.

Cerca de 30 agentes de educação foram deslocados e vão atuar durante a fiscalização

Com o aumento do fluxo de veículos, os agentes estão atentos para os cuidados necessários que os condutores precisam tomar para que cheguem ao destino final em segurança. Atenção à segurança dos veículos também é imprescindível, assim como a verificação de pneus, freios e farol, além dos documentos obrigatórios do veículo e condutor em mãos. Nas estradas, usar o cinto de segurança, obedecer aos limites de velocidade, observar as sinalizações, evitar falar ao telefone ou manusear o aparelho, e não misturar bebida alcoólica e direção, são fatores importantes para não colocar vidas em risco. Para o diretor Técnico-operacional do Detran, Bento Gouveia, essas e outras medidas de segurança, além do respeito às leis, são importantes para um trânsito mais seguro neste veraneio. “Todas essas medidas são importantes. Não trafegue pelo acostamento, essa atitude vem crescendo; é perigoso tanto pra você, quanto para ciclistas e pedestres. Vá com tranquilidade nas estradas, use o cinto de segurança, tome todas essas medidas para que você tenha férias tranquilas”, reforçou Bento Gouveia. www.paramais.com.br

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As blitz educativas, são realizadas nos locais de maior concentração de pessoas no veraneio, como Mosqueiro, Salinas, Marabá e Santarém

Salinas Já em Salinópolis, ações educativas foram realizadas na PA-124, com atenção especial na orientação acerca dos fatores de risco para condutores e passageiros. Na PA-444, via de acesso à praia do Atalaia, abordagens são feitas aos condutores para um trabalho voltado à combinação entre álcool e direção, além de cuidados neste período de pandemia. Outras ações também estão sendo realizadas na rampa do Atalaia e nos atalhos do Mazola e Sofia, em parceria com as equipes de fiscalização. Paralelamente às ações de fiscalização, agentes de educação também promovem orientação e conscientização em quatro municípios. Apenas na manhã do domingo (5), na praia do Atalaia, em Salinópolis, cerca de 161 veículos foram abordados e mais de 500 condutores e passageiros orientados quanto aos fatores de risco, saúde e segurança no trânsito. Deste total, 45 passageiros estavam sem o cinto de segurança; 19 condutores conduziam o veículo usando sandálias; 9 veículos com bebidas

alcoólicas; 81 condutores sem máscara e 153 passageiros sem o equipamento essencial de proteção em época de pandemia. O Detran também faz o controle dos protocolos sanitários de segurança em decorrência da Covid-19. As ações seguem até o final do mês de julho nestes municípios e diversos

outros atendidos pelas equipes de fiscalização, que também estão aptas a realizar um trabalho preventivo e com vistas ao incentivo do isolamento social nas localidades. (*) DETRAN

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Em Salinópolis, ações educativas são realizadas na PA-124 e PA-444

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Agentes de segurança do Estado garantem verão seguro em Salinópolis

Ao todo, cerca de 200 homens e mulheres de vários órgãos reforçam as ações na cidade Texto *Laís Menezes Fotos Alex Ribeiro - Ag. Pará

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Operação Verão Mais Seguro: saúde, segurança e responsabilidade por todo o Pará vai até o dia 2 de agosto

s órgãos de segurança pública integrados intensificaram a atuação no município de Salinópolis para dar mais proteção aos veranistas, no primeiro final de semana de julho. Ao todo, mais de 200 agentes reforçam as ações na cidade. Entre os órgãos estão as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Centro de Perícia Científicas Renato Chaves (CPC), Centro Integrado de Operações (Ciop) e Defesa Civil. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) coordena a Operação Verão Mais Seguro: saúde, segurança e responsabilidade por todo o Pará, que vai até o dia 3 de agosto

Corpo de Bombeiros conta com 67 militares que vão fazer o monitoramento de banhistasvai até o dia 2 de agosto

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Para o secretário adjunto de Operações da Segup em exercício, cel. Alexandre Mascarenhas, apesar de algumas cidades estarem abertas para o verão, como é o caso de Salinas, ainda é necessário que os banhistas tomem alguns cuidados devido à pandemia do novo coronavírus. “Vivemos uma situação atípica, pois acabamos de sair de um pico de infecção da Covid-19 e os veranistas precisam ter os cuidados necessários de acordo com o decreto estabelecido em cada município. No caso de Salinas, é necessário manter distanciamento de pelo menos 3 metros entre as barracas, são permitidos apenas grupos de no máximo dez pessoas da mesma família, entre outras medidas.

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Detran coordena o fluxo de trânsito, realiza a operação Lei Seca, para coibir a mistura de álcool e direção, além de ações educativas Na praia do Atalaia, coordenando o fluxo de trânsito e a segurança

Os órgãos de segurança estão atuando na fiscalização, mas é necessário a consciência de todos” - cel. Alexandre Mascarenhas, secretário adjunto de Operações da Segup em exercício. Na praia do Atalaia e Farol Velho, o Corpo de Bombeiros conta com 67 militares para realizar o monitoramento de banhistas. O Detran, que levou 60 agentes de trânsito e 11 de educação, coordena o fluxo de trânsito, realiza a operação Lei Seca, para coibir a mistura de álcool e direção, além de ações educativas. Já a Polícia Civil, com 40 agentes, fiscaliza o funcionamento de bares e estabelecimentos comerciais. O CPCRC destacou equipes de peritos aos locais escolhidos pela Segup, como pontos estratégicos nessas férias, para eventuais situações de locais de crime, apreensão de drogas e lesão corporal. Uma equipe do Ciop está presente no Centro Integrado de Operações fazendo o monitoramento das câmeras espalhadas pelas praias. (*) SEGUP

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A mina de bauxita, da Hydro, é uma parte importante da estratégia como fornecedora global de soluções inovadoras e sustentáveis em alumínio. A aproximadamente 70 km do município de Paragominas, no nordeste do Pará, no Planalto Miltônia 3

Alunorte e UFPA assinam acordo para pesquisa sustentável com resíduo de bauxita

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rojeto integra convênio assinado pela Hydro em 2019. Objetivo é desenvolver cimentos com viabilidade técnica, energética e ambiental a partir da mistura do resíduo de bauxita e outras matérias-primas abundantes na região. A Alunorte e a Universidade Federal do Pará (UFPA) assinaram em junho acordo para a realização de pesquisa sobre a viabilidade de produção de cimento de baixo carbono a partir do resíduo de bauxita. O projeto integra o convênio entre a Hydro e a Universidade, iniciado em 2019 para a realização de diversas linhas de pesquisa, entre elas com o resíduo resultante das operações da Hydro em Barcarena e Paragominas. A pesquisa visando a produção sustentável de cimento com baixo carbono está diretamente associada à meta de sustentabilidade para o resíduo de bauxita estabelecida pela Hydro. A companhia busca utilizar parte deste resíduo para a geração de novos produtos até 2030. Esse percentual equivale a aproximadamente 500 mil toneladas de resíduo de bauxita ao ano. 16

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Por meio deste projeto, a companhia objetiva desenvolver soluções tecnológicas sustentáveis para os produtores locais de cimento de modo a reduzir não somente o seu custo de produção, mas principalmente o seu impacto ambiental, por meio da redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e da preservação de recursos naturais.

Alunorte e UFPA assinam acordo para pesquisa sustentável com resíduo de bauxita.indd 16

Laboratórios da UFPA e P&D da Hydro A estimativa de duração é de 18 meses. O projeto de pesquisa de cimento de baixo carbono conta com cinco pesquisadores do Laboratório de Tecnologia das Construções da UFPA . E outros cinco profissionais do Departamento de Tecnologia, que inclui a área de Pesquisa & Desenvolvimento da Hydro. www.paramais.com.br

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O diretor Industrial da Alunorte, Michel Lisboa, afirma que o projeto é a oportunidade de a Alunorte aplicar na prática todo o conhecimento da universidade. A fim de desenvolver tecnologias sustentáveis e duradouras. “A Hydro buscar ser referência em sustentabilidade na indústria do alumínio. Para isso, a parceria em busca de inovação junto à academia é fundamental. A pesquisa é uma oportunidade de promover avanços globais e locais na nossa gestão ambiental. Com redução da emissão de carbono e o reaproveitamento do resíduo da bauxita. Uma busca incessante de toda a indústria do alumínio”, afirma Michel Lisboa.

Colaboração O convênio foi celebrado em maio de 2019. Com o instrumento, as duas instituições podem ampliar a interação entre a academia e as indústrias instaladas no Pará. O gerente sênior de Pesquisa & Desenvolvimento de Bauxita & Alumina da Hydro, Erik Araújo, explica que a Hydro montou um time de governança para construir o relacionamento com a universidade para os projetos tecnológicos. Dois workshops já foram realizados com os profissionais, que elencaram projetos nos quais a universidade poderia atender a demandas tecnológicas da Hydro.

A pesquisa sobre a utilização de resíduo de bauxita é o primeiro projeto do convênio. “A assinatura do primeiro convênio simboliza a concretização de uma parceria, que é resultado dos esforços dos dois lados. O projeto abre um leque de iniciativas, além de trazer benefícios futuros e associar a empresa a instituição acadêmica mais importante do Pará. Esse resíduo se transformará em matéria-prima para a indústria de cimento e a etapa de processamento tem potencial para a geração de emprego”, afirmou. A Hydro e a UFPA já são parceiras desde 2013 no Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC), em Paragominas, que também é integrado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Universidade de Oslo e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). O Consórcio busca alcançar o nível mais alto de desenvolvimento em reabilitação ecológica e ambiental, a partir da ciência, além de fomentar a educação e pesquisa. Cerca de 100 profissionais estão envolvidos em todos os programas de pesquisa do Consórcio. O BRC já implementou diversos estudos inéditos, como de algas e crustáceos, entre outros. (*) Diretor de Programas, Fundação Laudes

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Lilia Melo, embaixadora de educação da Teach the Future Fotos Globalteacherprize

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professora paraense Lilia Melo, atua como professora desde 2008, após passar no concurso para ser professora da Seduc (Secretaria de Estado de Educação do Pará) sendo lotada na Escola de Ensino Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, no bairro da Terra Firme. Em 2014, após trágica ocorrência nas ruas do bairro Terra Firme – quando 11 pessoas foram mortas – entre elas alunos seus, vítimas de uma chacina envolvendo grupos de extermínio, ela criou, em parceria com coletivos periféricos, o projeto “Juventude Negra Periférica – Do Extermínio ao Protagonismo” para promover a autoestima dos alunos. 20

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Já em 2018, a professora Lília Cristiane Barbosa de Melo foi eleita pela 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil – MEC (Ministério da Educação), como a melhor professora do país na categoria Ensino Médio, em reconhecimento ao trabalho que ela desenvolve dentro de uma escola da periferia de Belém, na Escola Estadual de Ensino Infantil Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, no bairro da Terra Firme. Nessa instituição de ensino a professora desenvolve o

projeto que incentiva a produção de conteúdo audiovisual criado pelos próprios alunos da rede pública a partir da observação da realidade e do cotidiano onde vivem. O Professores do Brasil é a maior premiação voltada à educação básica no país e tem por objetivo reconhecer, divulgar e estimular trabalhos e práticas inovadoras e bem exitosas de profissionais de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem dentro das salas de aula. www.paramais.com.br

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Prêmio Global para Professores 2020! “O Prêmio Global para Professores foi criado para aumentar o respeito, a recompensa e a celebração de professores em todo o mundo. Ele faz isso destacando grandes professores e compartilhando suas histórias notáveis. Por fim, queríamos inspirar os melhores candidatos possíveis para ingressar na profissão de professor e estamos entusiasmados com o fato de que essas metas compartilhadas agora estejam se enraizando com sucesso em países individuais”. Sunny Varkey, Fundador, Fundação Varkey. O Prêmio Global para Professores serve para sublinhar a importância dos educadores e o fato de que, em todo o mundo, seus esforços merecem ser reconhecidos e comemorados. Ele procura reconhecer os impactos dos melhores professores não apenas em seus alunos, mas nas comunidades ao seu redor. O Teach the Future é uma rede global, com o propósito de disseminar os Estudos do Futuro/Futurismo nas escolas, através de ferramentas e metodologias tecnológicas e tem o apoio da Unesco. A paraense Lilia Cristina Barbosa de Melo, ficou entre os “extraordinários 50 principais finalistas do Prêmio Global para Professores, que estão preparando o caminho para garantir que todas as crianças tenham uma boa educação” junto a professores de todos os cantos do globo. Do ensino em cidades e vilas remotas às escolas do centro da cidade, eles defendem a inclusão e os direitos da criança, integram os migrantes nas salas de aula e nutrem as habilidades e a confiança de seus alunos. Eles são todos campeões pela mudança e estão inspirando seus alunos e comunidades ao seu redor.

Embaixadora do Teach The Future no Brasil Teach The Future da as boas vindas a sua mais nova embaixadora no Brasil, a professora Lilia Melo. A professora Lilia Melo se une a rede global Teach the Future com o propósito de disseminar os Estudos do Futuro/Futurismo nas escolas, através de ferramentas e metodologias disponibilizados na biblioteca TTF e também do novíssimo playbook Pensar Futuros, já disponibilizado em português. Nossa gratidão a professora Lilia Melo por aceitar o desafio de ajudar os nossos jovens a construir seus futuros desejáveis. Ensinar o futuro é tão importante quanto ensinar a história. Teach The Future

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A Teach The Future é um movimento fundado em 2014 nos USA por Peter Bishop, atualmente possui hubs em 23 países. Futurismo também conhecido como Estudos do Futuro é uma disciplina que surgiu após a segunda guerra mundial onde foram chamados cientistas para projetar cenários com visões do que poderia acontecer, ou seja, cenários prospectivos. O futurismo ajuda a preparar pessoas para as mudanças através de informações e análises suportadas por ferramentas e metodologias específicas do futurismo.

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COVID-19: Quando a vida voltará ao normal? O COVID-19 mudou a vida normal, pondo fim à maioria de nossas atividades cotidianas. Dados de mais de 500 epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas (nos EUA e no Canadá) mostram quando podemos começar a ver um retorno ao normal

Texto *Iman Ghosh Fotos Capitalista visual, WEF

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esde batalhas na linha de frente até o distanciamento social de amigos e familiares, o COVID-19 causou uma grande sacudida em nossas vidas diárias. Depois de adivinhar tudo, desde abraçar nossos entes queridos até adiar a viagem, há uma grande questão em que todos provavelmente estão pensando: voltaremos ao status quo? A resposta pode não ser muito clara.

Vida no futuro próximo, de acordo com especialistas

Especificamente, foi perguntado a esse grupo de epidemiologistas quando eles poderiam começar a se envolver pessoalmente em 20 atividades diárias comuns novamente. As respostas, com base nos dados mais recentes disponíveis publicamente e com suporte científico, variaram com base em suposições em torno dos planos locais de resposta a pandemia.

Os cabeleireiros podem ser um dos primeiros serviços a reabrir

Os especialistas também observaram que suas respostas mudariam dependendo de possíveis tratamentos e taxas de testes em suas áreas locais.

O desejo de estar ao ar livre é bastante claro, com 56% dos entrevistados esperando fazer uma viagem antes do final do verão. Enquanto isso, 31% consideravam que

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Atividades que a maioria dos profissionais veem iniciar dentro de um ano

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poderiam caminhar ou fazer um piquenique com os amigos neste verão, citando a necessidade de “ar fresco, sol, socialização e atividade saudável” para ajudar a manter o controle de sua saúde física e mental durante desta vez. O transporte público e as viagens de qualquer forma são um aspecto que foi suspenso, seja de avião , trem ou automóvel. Muitos dos epidemiologistas pesquisados também lamentaram a tensão que a pandemia teve nos relacionamentos, como evidenciado pelas situações sociais que eles esperam reiniciar mais cedo ou mais tarde. Por outro lado, há certas atividades que eles consideraram arriscadas demais para se envolver no momento. Grande parte está adiando participar de celebrações como casamentos ou shows por pelo menos um ano ou mais, devido à percepção de responsabilidade social.

A pior vítima da epidemia é a perda de contato humano.- Eduardo Franco, Universidade McGill

Menos pessoas estão participando de celebrações como casamentos, por pelo menos um ano ou mais, por causa da responsabilidade social percebida

Talvez a descoberta mais surpreendente seja que 6% dos epidemiologistas não esperam abraçar ou apertar as mãos como uma saudação pós-pandemia. Além disso, mais da metade considera as máscaras necessárias pelo menos para o próximo ano.

O vírus define a linha do tempo

Uma das obras de arte da exposição virtual Connections, apresentada pelo Clay Art Center em Port Chester, com obras de artistas que documentam esse período do COVID-19

Obviamente, essas estimativas não pretendem representar todas as situações. Os especialistas praticamente consideraram se certas atividades eram evitáveis ou não - como a ocupação de alguém - que afeta os níveis de risco individuais. Enquanto muitos lugares estão fugindo do bloqueio e da reabertura para apoiar a economia, alguns funcionários ainda estão alertando contra o levantamento prematuro das restrições antes que tenhamos controle total sobre o vírus e sua propagação. (*) Capitalista visual

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O novo mundo do trabalho após a pandemia A resiliência do modelo de negócios assumirá uma nova urgência no mundo do trabalho pós-pandemia

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ara que as mudanças incorporem resiliência e sejam sustentáveis, a flexibilidade e uma abordagem baseada em portfólio da estratégia de trabalho devem estar no centro. Precisamos usar a automação para criar mais trabalho para os seres humanos, para não tirá-lo. À medida que a pandemia do COVID-19 diminui, os mercados e as economias reabrem, nosso foco de longa data na eficiência e no crescimento no local de trabalho provavelmente dará lugar a um modelo de resiliência de negócios. Isso ocorre porque vimos o quão volátil o mundo é e agora apreciamos as inúmeras descontinuidades potenciais por aí. Quando se trata de força de trabalho e resiliência, mais especificamente, as empresas terão que equilibrar a grande dicotomia dos funcionários que buscam certeza e estabilidade com as próprias organizações, buscando flexibilidade e agilidade. Consequentemente, precisaremos de uma redefinição sustentável do local de trabalho, não de curto prazo. 24

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Isso exigirá uma nova cultura e deve ser dominado por dois temas principais: flexibilidade e uma abordagem baseada em portfólio para a estratégia de trabalho.

Trabalho flexível como estratégia de capital humano Enquanto falamos sobre trabalho flexível (geralmente traduzido como “remoto”) há mais de 50 anos, isso se tornou uma necessidade com esta crise. A flexibilidade agora é um dado, embora permaneçam questões sobre a rapidez com que fazemos a transição de volta e até que ponto. Uma pergunta a ser feita é: quem deve retornar ao trabalho no local? Como as organizações operam com quase 100% de produtividade, muitas perguntam por que precisam voltar aos seus escritórios quando as coisas melhorarem. Qual é a justificativa para esse escritório de US$1.000 a pé quadrado, se ele não desempenhar um papel essencial na forma como fazemos nosso trabalho?

Os escritórios em um mundo pós-COVID. O novo local de trabalho fisicamente distanciado. Além da maior distância entre as mesas, o local de trabalho pós-pandemia pode incluir máscaras obrigatórias, turnos e alinhamentos para pegar elevadores sem multidões ou fazer uma verificação de temperatura www.paramais.com.br

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proporcionados pela automação: a substituição de muitas tarefas repetitivas, um aumento do trabalho mais variável e a criação de novos trabalhos para os seres humanos.

As empresas que prosperarem serão as que obterem a nova equação de trabalho flexibilidade, agilidade e resiliência – corretamente Depois, há a questão de como deve ser o trabalho no local. A nova estratégia de capital humano precisará estabelecer claramente o trabalho que deve ser feito pelos funcionários localizados em conjunto com as novas regras de distanciamento social e o trabalho que deve continuar sendo realizado remotamente. Será necessário considerar explicitamente onde há um retorno do investimento da inovação e colaboração presenciais versus trabalhar remotamente para preservar quaisquer ganhos de produtividade alcançados durante a crise. Em outras palavras, a estratégia de capital humano precisará refletir muito mais o trabalho que está sendo executado e não o trabalho.

As indústrias que estão vendo um aumento na demanda durante esta crise estão dando uma nova olhada no talento do show, que se vincula à idéia de trabalhar de forma flexível e livre e oferece eficiência em momentos de demanda incerta. Sabemos pelas recessões anteriores que as empresas geralmente adotam mais automação em tempos difíceis, pois se concentram na redução de custos. Mas, à medida que emergimos da crise, olhar além dessa tática será fundamental; caso contrário, corremos o risco de uma recuperação sem emprego. Em outras palavras, os líderes de negócios precisarão aplicar a criatividade e a inovação que demonstraram diante dessa crise às formas pelas quais empregam automação. Nesse sentido, as empresas farão bem em se concentrar em três benefícios principais

A estrutura funcional da organização será diferente?

Sabemos que o mundo pós-COVID terá uma aparência diferente e que haverá um enorme prêmio em entender o novo normal. As empresas que prosperarem serão as que obterem a nova equação de trabalho - flexibilidade, agilidade e resiliência - corretamente. Poucas organizações, se houver alguma, poderão atender às demandas de sua força de trabalho por segurança e estabilidade. O que eles podem e devem prometer, no entanto, é clareza e relevância contínua em um mundo em mudança.

Uma abordagem de trabalho baseada em portfólio

O ponto central para alcançar a resiliência acima mencionada será uma abordagem baseada em portfólio para a estratégia de trabalho; um que explora continuamente várias opções, como automação, talentos, alianças e terceirização. Além disso, precisaremos que os funcionários tenham as habilidades certas para difundir riscos, otimizar custos e acessar os recursos necessários.

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A pandemia em Portugal Texto *Anete Costa Ferreira

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população mundial assiste preocupada a infecção causada pelo Coronovirus, o Covid-19. Cientistas, médicos, físicos, biólogos, botânicos e tantas outras pessoas das mais diversas áreas da Natureza debruçam-se em estudos na tentativa de descobrir a origem dessa doença que está dizimando milhões de vidas. Há estudos comprovando ter havido outros surtos associados ao Coronovirus, destacando-se o de 2002/2003, identificados como SARS-Cov, que foi responsável pela síndrome respiratória aguda grave; em 2012, Coronovirus MERS-Cov, outra síndrome respiratória qeu assolou o Médio Oriente. A atual Corona-virus, identificada como Covid-19, que tem feito grande número de vítimas, surgiu na China, na cidade de Wuhan, espalhando-se em vários países. Há indícios de que a infecção tem origem animal, estando associada a pessoas que frequentaram determinado mercado de alimentos e animais vivos como, peixe, mariscos e aves. Está comprovada que a transmissão do virus é de pessoa para pessoa por via respiratória, através de espirros em gotículas aéreas, espirros secos ou tosse. Daí a razão de 26

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ser mantida a distância de 1,5 metros e até 2 metros entre as pessoas. Outro meio de transmissão é pelos objetos que foram contaminados por pessoas infectadas. A primeira vítima mortal foi um homem de 61 anos de idade, no dia 9 de Janeiro de 2020, na China. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde, informou que o primeiro caso surgiu em 31 de Desembro de 2019. Referido órgão informa ainda que há suspeitas da origem ter sido em 1960, quando foram identificados os primeiros casos. Também, em Dezembro de 2019, a Comissão de Saúde de Wahan, registrou 27 casos de pneumonia de causa desconhecida. Mas o alerta só foi dado em Janeiro de 2020, através do referido órgão de saúde, que o denominou inicialmente como o novo Corona-virus, registrado cientificamente de COVID-19, agente causador de 15 dos 59 casos de pneumonia cadastrados. O virus fica incubado até 14 dias, onde muitas vezes há pessoas infectadas que não apresentam sintomas e nem se sentem mal, as quais têm recuperação de 80%, sem necessidade de tratamento especial. Em Portugal, a doença entrou através de pessoas infectadas, procedentes da Itália e da Espanha. O alarme soou quando o escritor chileno Luís Sepúlveda, palestrante no Festival. Literário Corrente de Escrita, realizado na cidade Póvoa do Varzim, em Fevereiro de

2020, sentiu-se mal. Foi medicado, em seguida viajou para Espanha, onde faleceu, vítima da Corona-virus. A partir de então Portugal, envidou todos os esforços para controlar a pandemia, usando todos os meios que outros países já estavam utilizando. O Primeiro Ato do Presidente da República, foi criar o “Estado de Emergência”, logo nos primeiros casos da infecção, durante duas semanas com determinações severas para que a população se precavesse contra da doença. Quando as autoridades sanitárias mandaram iniciar o confinamento, os portugueses já estavam de quarentena desde 12 de Março de 2020 até Abril, quando foi decidido mudar para “Estado de Calamidade”, no dia 18 desse mês com a principal ordem “manter uma enorme disciplina”, o que tem sido cumprido pelos habitantes, seguindo o slogan “Fique em casa.” A 4 de Maio paulatinamente, a vida reinicia com a liberação dos primeiros estabelecimentos: pequeno comércio, cabeleleiros e stand de carros. Continuam farmácias, supermercados e restaurante tay-way, com o uso obrigatório de máscaras e luvas e a distância de 2 metros no exterior e no interior das lojas. As creches, colégios primários, secundários e universidades, abrirão dia 18. www.paramais.com.br

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Também transportes públicos com assentos reduzidos, número limitado de passageiros, obrigatório o uso de máscaras, foram instaladas em todas as estações, lojas especialmente para venda desses produtos, a fim de evitar o autuamento e prisões, uma vez que consta da Lei recém criada. A circulação de pessoas só é permitida desde que comprovado por escrito, o motivo. Veículos só dentro do bairro. Cidades como Ovar, São Miguel dos Açores, estiveram isoladas. Todas as fronteiras aérea, rodoviária, marítima e ferroviária, fechadas. Intensivo e ostensivo o policimento em todo o país. Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Estadual e Municipal, assim como os Bombeiros, sem olhar patentes e categorias, são presenças permanentes em todas as atividades qualquer que seja o serviço necessário. Médicos, enfermeiros e auxiliares da medicina, técnicos de saúde, serventes e voluntários, bem como os de todas as especialidades, largaram seus postos e suas patentes e dedicam-se à luta para salvar vidas numa pandemia sem registro no país. Indústrias vinícolas e de aguardente, doaram milhões de litros de alcool para desinfetar aparelhos e pacientes nos hospitais; costureiras produzindo máscaras e tocas em toneladas para atender as exigências prementes nos

Praça da Figueira, em Lisboa, quase vazia: alta adesão popular ao isolamento e uso de máscaras foram essenciais no combate ao coronavírus

hospitais, casas de saúde e lares de idosos; hotéis além de oferecer hospedagem ao pessoal que faz serão diuturnamente, oferece as refeições. Portugal está procedendo a testes retrospectivos para saber se houve casos de Corona-vírus antes da identificação formal no país. O confinamento continua obrigatório, sob pena de serem aplicadas multas aos infratores, como já tem ocorrido. Hoje, a estatística da Direção Geral de Saúde, forneceu estas informações sobre

a doença em Portugal. Casos confirmados=28.132; Recuperados=3.182; Óbitos=1.175; Suspeitos=282.961; Profissionais de saúde recuperados=658; Exames diários nas prisões= 250. Digno de louvor a dedicação, a solidariedade que une o povo lusitano nessa batalha que ninguém sabe até quando vai durar, quando terminará e a que porto chegará (*) Correspondente em Portugal

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2020: O futuro da aprendizagem. Como o coronavírus mudará a educação Texto *Isa Arnour

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uando a crise do COVID-19 terminar, como a educação mudará? Teremos aproveitado ao máximo esse momento? Estamos no meio do maior momento de aprendizado da história da educação. O COVID forçou todos nós - estudantes, professores, administradores, formuladores de políticas, pais - a lidar com perguntas e desafios estrondosos. Na tempestade, não tivemos escolha a não ser tentar aprender o caminho. A terrível perda e precipitação da pandemia é inconfundível, mas para muitos na educação, essa é uma crise que simplesmente não pode ser desperdiçada. Historicamente, a transformação ocorre principalmente quando há condições forçadoras - quando o modelo atual simplesmente não pode ser sustentado.

Específico à educação, nos últimos meses todos fomos forçados a fazer algo radicalmente diferente. Fomos forçados a fazer uma pausa, a pensar de novas maneiras sobre como a aprendizagem pode e deve ser.Quando o céu finalmente acabar, como veremos a proposta de valor das escolas de maneira diferente? Quais construções pré-COVID durarão? O que será vencido? O que teremos aprendido ? Para tomar emprestado de um antigo provérbio chinês: “A melhor época para plantar uma árvore foi há 20 anos. A segunda melhor época é hoje”. Não é segredo que a concepção tradicional de “escola” implora por um repensar por muitas décadas. Agora poderia ser o ponto de inflexão que muitos esperavam? A terrível perda e precipitação da pandemia é inconfundível, mas para muitos na educação, essa é uma crise que simplesmente não pode ser desperdiçada. Parece que algumas das questões mais urgentes e prementes da

educação estão agora em primeiro plano para todas as partes interessadas. Pode-se até dizer que são questões existenciais. Essas são perguntas que dizem respeito a todos nós. Qual é o ingrediente mais essencial para uma ótima educação? Quais são as condições do aprendizado ideal? Como os criamos? Quais superpotências humanas são mais importantes? Como podemos criar oportunidades para os jovens se envolverem em projetos reais, significativos e relevantes da vida real? Quais são os problemas que estamos tentando resolver? Pelo que vale a pena lutar? Em uma época de incerteza, como nos tornamos à prova de futuro? Nos últimos dois meses, o Z-17 colocou essas mesmas perguntas para 100 dos mais interessantes pensadores em educação que pudemos encontrar, de todo o mundo. Conversamos com educadores inspiradores, líderes de escolas, formuladores de políticas, pesquisadores, autores, pais e, é claro, jovens. O ponto culminante é uma nova série: O Futuro da Aprendizagem. Embora cada líder de pensamento educacional traga suas próprias lentes e experiências para essas meta-perguntas, surgiram algumas linhas poderosas: a educação deve ser mais humana e humana, mais criativa em relação ao design e à experiência, colaborativa e intencional em relação aos desafios pelos quais os alunos são apaixonados resolver. Outro tema inconfundível: todos estamos buscando aprender com o que a experiência nos ensinou nos últimos meses. Essas conversas formaram o futuro da aprendizagem e, nas próximas semanas, em colaboração com a Big Think, lançaremos o que aprendemos com essas conversas. Todos queremos imaginar um caminho melhor para as comunidades que servimos. Esta é, afinal, a maior oportunidade deste momento. (*) Diretor executivo da Z-17, a organização global sem fins lucrativos de educação focada em inovações educacionais que impactam positivamente a maneira como aprendemos. Autor do livro, Learning 2.0.2.0 .

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Você calculou a idade do seu cão ERRADO Novo gráfico revela os verdadeiros ‘anos humanos’ do seu cão Os cientistas afirmam ter criado uma fórmula que compara com mais precisão as idades de humanos e cães, comparando seus genomas à medida que envelhecem

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escobrir a idade do seu cão em “anos humanos”, multiplicando-a por sete, está errado, de acordo com cientistas que criaram um novo método. Eles afirmam ter criado uma fórmula que compara com mais precisão as idades de humanos e cães, comparando seus genomas à medida que envelhecem. O método foi criado por pesquisadores amantes de cães da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA. É baseado na mudança de padrões de grupos metil que podem ser encontrados em cães e humanos. À medida que os seres humanos e os cães envelhecem, grupos metil são adicionados às nossas moléculas de DNA, que podem alterar a atividade de um segmento de DNA sem alterar o DNA.

É uma parte essencial do desenvolvimento normal e trabalha para reprimir o envelhecimento repentino e a formação de células cancerígenas. Os cientistas acham que sua nova fórmula pode ser útil tanto para veterinários quanto para donos de animais. O autor sênior do estudo, Trey Ideker, disse: “Existem muitos produtos antienvelhecimento por aí hoje em dia - com graus bastante variados de apoio científico. “Mas como você sabe se um produto realmente prolongará sua vida sem esperar 40 anos ou mais? “E se você pudesse medir seus padrões de metilação associados à idade antes, durante e após a intervenção para ver se está fazendo alguma coisa?” Os pesquisadores usaram amostras de sangue de 105 labradores. Após a análise, eles foram capazes de criar um gráfico que pode ser usado para comparar a idade do seu cão com a idade humana comparável.

Isso mostra a rapidez com que os cães envelhecem. Diz-se que um cachorro de um ano é um humano semelhante de 30 anos. Um canino de quatro anos é comparável a um humano de 52 anos. Quando um cão atinge os sete anos de idade, acredita-se que seu envelhecimento diminua. Ideker disse: “Isso faz sentido quando você pensa sobre isso - afinal, um cachorro de nove meses pode ter filhotes, então já sabíamos que a proporção de 1: 7 não era uma medida exata da idade”. Ele acrescentou: “Eu tenho um cachorro de seis anos - ela ainda corre comigo, mas agora percebo que ela não é tão ‘jovem’ quanto eu pensava”.

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Diretrizes para cuidados infantis: tudo o que você precisa saber Diretrizes para cuidados infantis: tudo o que você precisa saber Texto *Annabelle Timsit FOTOS Alcance Jamaica,OMS, Unicef

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les enfatizam a que ciência prova que as crianças precisam de carinho e carinho. É assim que levou 70 anos para passar de ‘sobreviver’ para ‘prosperar’. Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um documento de 67 páginas com diretrizes para melhorar o desenvolvimento e o bem-estar de crianças de 0 a 3 anos. Sua conclusão: para apoiar as crianças, precisamos apoiar seus cuidadores, porque seu amor e carinho são o que as crianças realmente precisam para prosperar. Se isso parece óbvio, é porque é é. Mas representa uma revolução na forma como os governos e as organizações pensam em apoiar as criaturas mais vulneráveis do planeta: bebês e crianças pequenas.

Fazer com que o principal organismo de saúde pública do mundo apoiasse as diretrizes de apoio ao cuidado com amor e carinho era uma façanha das décadas de ciência e advocacia em formação: Annabelle Timsit 30

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Isso marca uma mudança drástica de se concentrar no que as crianças pequenas precisam para sobreviver - calorias e remédios - para a ciência que prova que, tanto quanto a comida, elas precisam de cuidados consistentes, calorosos e amorosos. Isso significa conversar com eles, mesmo que pensemos que eles não podem entender; brincando com eles, mesmo quando não vemos o ponto; e ser gentil e presente, tanto quanto possível, e mesmo em circunstâncias difíceis, quando parece que eles não percebem. A abordagem pode parecer “piegas”. Mas fazer com que o principal organismo de saúde pública do mundo apoiasse diretrizes que apóiam os cuidados com amor e carinho foi uma façanha de décadas de ciência e advocacia em formação. Os apoiadores esperam que isso dê aos países pobres, e até alguns mais ricos, o impulso necessário para realmente investir na proteção e melhoria dos primeiros anos das crianças.

Quando se trata de crianças e famílias, a ajuda internacional há décadas vem principalmente em dois baldes: nutrição e saúde. Um estudo recente constatou que, entre 2007 e 2016, US $ 79,1 bilhões em assistência ao desenvolvimento registrados no banco de dados do Sistema de Relatórios de Credores da OCDE foram gastos na ampla categoria de desenvolvimento na primeira infância (ECD). Mas 78%, ou US $ 61,9 bilhões, foram para programas de saúde e nutrição. Entre outras coisas, as novas diretrizes da OMS podem ajudar a convencer os doadores de que seu dinheiro seria bem gasto em programas mais holísticos que visam o desenvolvimento e o ambiente das crianças, e não apenas o seu peso em escala. As diretrizes, diz Bernadette Daelmans, coordenadora do departamento de saúde materna, neonatal, infantil e adolescente da OMS, mostram que “criamos um movimento”. www.paramais.com.br

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A comida é apenas uma parte da história No final dos anos 80, Sally Grantham-McGregor, professora emérita de saúde internacional da criança na University College London, liderou uma equipe de pesquisadores em Kingston, Jamaica, que queriam reverter ou impedir os efeitos da pobreza nos resultados da vida a longo prazo das crianças. “Reach Up “, como era chamado o experimento, visava crianças carentes entre 9 meses e 2 anos de idade, algumas das quais sofriam de déficit de atenção e desnutrição. (As crianças são definidas como atrofiadas se a proporção altura / idade for superior a dois desvios-padrão abaixo da mediana dos Padrões de Crescimento Infantil da OMS.) Os pesquisadores compararam grupos que receberam suplementos nutricionais, estímulo social ou uma combinação dos dois. Somente as crianças que receberam suplementos nutricionais e estímulo social alcançaram seus pares não atrofiados nos indicadores de desenvolvimento. Os efeitos foram duradouros: vinte anos depois, os grupos que receberam estímulo social tinham QI e desempenho educacional mais altos e melhores habilidades de saúde mental e socioemocional do que aqueles que receberam apenas os suplementos. Não houve efeito sobre as crianças que receberam apenas suplementos nutricionais depois de completar sete anos.

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Somente as crianças que receberam suplementos nutricionais e estímulo social alcançaram seus pares

O trabalho de Grantham mostrou que o fornecimento de nutrição não era suficiente para ajudar crianças pobres e provou ser um ponto de virada importante em como organizações internacionais como a OMS ou a Unicef pensavam em apoiar as famílias e quebrar o ciclo da pobreza. As crianças também precisam de

atenção e carinho - como quando uma criança faz um som e o pai canta uma canção de ninar para que ela volte a dormir, ou quando um bebê balança palavras ininteligíveis para a mãe dele, e ela responde como se estivesse tendo uma conversação. Nesses cenários, pode não parecer que muita coisa esteja acontecendo.

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Governantes e centímetros são infinitamente mais explicáveis do que medidas de múltiplos domínios do neurodesenvolvimento infantil. Annabelle Timsit Mas essas trocas estão moldando a arquitetura do cérebro de um bebê . Essa é a idéia fundamental do campo do desenvolvimento da primeira infância: o melhor momento para intervir na vida de uma criança para melhorá-lo é antes que completem cinco anos. O “Reach Up”, que agora foi adaptado para cinco países diferentes , provou que é possível melhorar as chances das crianças pobres de terem uma vida saudável, apoiando as famílias antes mesmo do nascimento do bebê. Por meio de visitas domiciliares mensais de profissionais treinados, os pais aprenderam a ajudar seus filhos a desenvolver habilidades cognitivas, de linguagem e psicossociais, o que ajuda no autocontrole, na capacidade de trabalhar com outras pessoas em busca de uma meta e na regulação emocional. Até muito recentemente, quase não havia grandes investimentos na vida de crianças muito pequenas, exceto em países onde porções significativas estavam morrendo de doenças evitáveis ou desnutrição. Os governos consideraram amplamente que suas responsabilidades em relação às crianças deveriam começar quando elas entrassem na escola aos cinco ou seis anos de idade; todos os anos anteriores foram considerados preocupações dos pais (e principalmente das mães). A fome e a doença também eram problemas mais imediatos e dramáticos. Em um mundo imperfeito, com recursos escassos, alimentar crianças famintas e imunizá-las teve precedência sobre a melhoria da qualidade do ambiente em que cresceram. Mas estudos após estudos começaram a mostrar que “intervenções únicas não dão necessariamente o efeito que se pode esperar do crescimento”, diz Daelmans.

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De fato, diz Debjeet Sen, especialista regional em DPI e nutrição da PATH, uma organização sem fins lucrativos de saúde global, “menos de um terço da nanismo pode ser evitado através do aumento de intervenções específicas da nutrição”. Os outros dois terços “são essa caixa preta incrivelmente nebulosa que inclui tudo, desde ... o status das mulheres na sociedade, o acesso aos cuidados de saúde, a exposição a patógenos e práticas de WASH [Água, Saneamento e Higiene]”. Intervenções nutricionais também são mais fáceis de implementar. Eles tentam descobrir que tipo de suplemento dar a um grupo de crianças e, em seguida, projetam um estudo que lhes dá o suplemento regularmente e mede o efeito na altura e no peso ao longo do tempo (spoiler: Dar comida às crianças com fome geralmente ajuda, em geral). pelo menos a princípio). “O foco na nanismo não é um acidente”, escreveu Rob Hughes, membro sênior do Fundo do Ar Limpo e especialista em ECD, no Twitter .

“[H] oito gráficos, réguas e centímetros são infinitamente mais explicáveis do que as medidas de múltiplos domínios do neurodesenvolvimento infantil para todos, desde uma mãe (ou pai) a um ministro.” Programas destinados a melhorar a qualidade dos relacionamentos em casa, por exemplo, ou expor as crianças a mais aprendizado e alfabetização, são mais caras e complicadas. Eles também não são uma ciência exata, diz Sen. “Você não pode simplesmente dizer: ‘Dê a uma criança 21 brinquedos e nem uma a menos e nem mais uma’ ‘ou’ Você precisa conversar com uma criança por quatro minutos e 32 minutos. segundos a cada seis horas. É para ser um processo contínuo de troca de ideias, em que você capta os sinais da criança, responde aos interesses da criança e promove seu desenvolvimento. ” Esse tipo de troca intangível, que vem da paciência, amor e apoio de uma criança, é muito mais difícil de ensinar ou medir - e, como diz o ditado, você valoriza o que mede. Hoje, nos corredores da OMS, Banco Mundial ou Unicef, aceita-se que “se você gosta de capital humano e resultados de desenvolvimento cognitivo, então o mais sério a se fazer é conversar, cantar, tocar, contar histórias, ”Diz Rachel Machefsky, especialista em DPI. “E isso é tão essencial, se não mais essencial do que [uma] boa dieta”. Por trás dessa realidade, há décadas de esforços para reformular o desafio de ajudar crianças pobres, de modo que apenas sobreviver à guerra, pobreza ou doença não seria mais suficiente.

De sobreviver para prosperar

A Segunda Guerra Mundial deixou muitas crianças traumatizadas e órfãs. Quando a Organização das Nações Unidas organizou sua terceira sessão em 1948, pediu a especialistas que estudassem as necessidades de crianças que haviam sido separadas de seus pais por causa da guerra. Eles concluíram duas coisas (pdf): que, para crescer saudável e bem, “a criança pequena deve experimentar um relacionamento caloroso, íntimo e contínuo com sua mãe (ou mãe substituta), na qual ambos encontram satisfação e prazer”, e que “se uma comunidade valoriza seus filhos, deve valorizar seus pais”

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Entre as décadas de 1960 e 1980, os programas públicos voltados para crianças se concentravam principalmente em assistência à infância - como uma maneira de atrair mais mulheres para o local de trabalho - e nutrição e saúde como uma maneira de corrigir a crise de déficit nos países pobres. Mas, eventualmente, diz Daelmans, a comunidade global começou a perguntar: “Se ajudamos as crianças a sobreviver, elas prosperam?” Instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde se envolveram. Em 1980, por exemplo, a OMS publicou um relatório chamado “ Prevenção na infância dos problemas de saúde na vida adulta “ (pdf), que começou declarando o que hoje pode parecer óbvio: “A saúde e o bem-estar humanos são o objetivo final do desenvolvimento”. Enquanto esses esforços políticos estavam em andamento, o estudo de Grantham e outros mostraram que havia mais apoio às crianças do que calorias. Isso incluiu o projeto Abecedarian na Carolina do Norte , o High / Scope Perry Preschool Project em Michigan, os testes da Nurse-Family Partnership em Nova York, Tennessee e Colorado e, mais recentemente, o estudo Educare em Chicago. Todos eles mostraram que programas de alta qualidade para a primeira infância podem mudar a vida de crianças pobres e, às vezes, de seus pais também.

As décadas de 1980 e 1990 assistiram a um movimento de governos e organizações internacionais para implementar programas integrados de larga escala voltados para a saúde e o desenvolvimento das crianças, incluindo programas como Educa

a tu Hijo (“educar seu filho”) em Cuba, uma organização doméstica e comunitária. programa para cuidadores de crianças entre o nascimento e os seis anos de idade. Em 1994, o Congresso dos EUA autorizou o Early Head Start , uma extensão do programa

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Head Start de US $ 10 bilhões, que disponibilizou serviços de aprendizado e assistência precoce a crianças pobres menores de três anos e mulheres grávidas. Nos anos 2000, três importantes séries de pesquisas sobre a primeira infância foram publicadas no The Lancet, uma renomada revista médica - uma em 2007 , outra em 2011 e a mais recente em 2016 . Juntos, eles defenderam o investimento em crianças e famílias, concentrando-se em “cuidar de crianças” em 2016. Quando as duas primeiras séries foram publicadas, houve muito pouca reação fora da comunidade de especialistas, diz Linda Richter, professora ilustre do Centro de Excelência em Desenvolvimento Humano da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul. Mas a série de 2016 “realmente parecia ser a coisa que acendeu o fogo”. Isso porque, em 2012, a comunidade global lançou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Enquanto seu antecessor, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, conseguiram reduzir a mortalidade infantil e expandir a educação primária, os valores que os ODS promoveram alinharam-se particularmente bem aos objetivos de melhorar o desenvolvimento das crianças pequenas e o interesse em um investimento alimentado no outro, diz Richter.

De repente, o mundo estava assistindo e medindo.

Em 23 de maio de 2018, na 71ª Assembléia Mundial da Saúde em Genebra, a OMS, a Unicef e o Banco Mundial lançaram a estrutura de cuidados , uma maneira de os governos pensarem em apoiar as crianças além dos investimentos em saúde, nutrição ou segurança infantil. A melhor maneira de cuidar das crianças, afirma, é garantir cinco “componentes inter-relacionados e indivisíveis”, a saber: “boa saúde, nutrição adequada, segurança e proteção, cuidado responsivo e oportunidades de aprendizado”. “Pela primeira vez, existe uma estrutura global que diz muito explicitamente que os serviços de saúde materno-infantil precisam expandir seu mandato”, diz o senador. Agora, “eles precisam incluir a promoção do desenvolvimento infantil, não se trata apenas de promover a maternidade e a criança. sobrevivência.” A estrutura de cuidados de nutrição e as novas diretrizes da OMS não são a mesma coisa, embora elas se baseiem umas nas outras. A estrutura convenceu muitos países a ampliar o escopo de seus programas de nutrição e saúde. O Vietnã está pilotando um programa de Desenvolvimento Integrado da Primeira Infância para promover a paternidade holística em algumas províncias e, no Quênia , o governo está planejando lançar serviços de cuidado mais abrangentes para crianças entre o nascimento e os cinco anos de idade em todo o condado. Na África do Sul, as au-

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toridades acrescentaram o “amor” como um dos cinco temas principais do cartão “Caminho para a Saúde” , um livreto entregue aos novos pais para registrar informações sobre seu bebê para os profissionais de saúde. E a OMS e um grupo de financiadores e pesquisadores internacionais estão trabalhando em medidas do desenvolvimento da primeira infância que vão além da atrofia . Isso ajudará a arrecadar dinheiro para intervenções de DPI de doadores ansiosos por referências mensuráveis e permitirá que os cientistas descubram o que funciona melhor para ajudar as crianças a prosperar. As diretrizes fazem algo que a estrutura de assistência nutricional não faz, diz Nigel Rollins, pesquisador em saúde materna, neonatal, infantil e adolescente da OMS. Eles “nos dizem a qualidade e a natureza das evidências por trás de uma recomendação”. E ajudam os governos a escolher quais intervenções são viáveis, eqüitativas e acessíveis, de modo a finalmente decidir: “isso é algo que [devemos] fazer e que comunidades e famílias desejam?” Os programas que se baseiam na estrutura de assistência nutricional podem se beneficiar da legitimidade que as novas diretrizes da OMS trarão. Isso é especialmente verdade em países de baixa e média renda , onde existem poucos ou nenhum especialista e pesquisa local. Grantham-McGregor diz que, quando ela chega a um novo país para criar uma versão de “Reach Up”, uma de suas maiores lutas é conseguir que os governos participem. Agora, “quando você vai para outro país, pode dizer: A OMS está dizendo isso, [o] Banco Mundial está dizendo isso, a Unicef está dizendo isso. Tudo ajuda. “Se a OMS diz, é mais provável que as pessoas prestem atenção.”

Próximos passos

Demorou cerca de 70 anos para obter atendimento responsivo e desenvolvimento infantil nas agendas dos países, juntamente com nutrição ou mortalidade infantil.

“Os investimentos nos primeiros anos são uma maneira possível de quebrar um ciclo que condena algumas crianças a problemas de saúde e maus resultados na vida”. Annabelle Timsit

Em um contexto de crescente desigualdade global, os investimentos nos primeiros anos são uma maneira possível de quebrar um ciclo de pobreza que condena algumas crianças desde cedo a problemas de saúde e maus resultados na vida. Isso poderia levar os países a “ ultrapassar a desigualdade “, significando “acelerar rapidamente” o progresso, “talvez pulando etapas, mas certamente terminando em um novo lugar”, de acordo com Rebecca Winthrop, diretora do Centro de Educação Universal de Brookings. Por trás do jargão e da política estão famílias e crianças que precisam de ajuda. O Covid-19 aumentou drasticamente essas necessidades. Centenas de milhões de pais são recém-desempregados . Os países onde creches e pré - escolas particulares são a principal opção para cuidar de crianças estão saindo do confinamento apenas para descobrir que muitos deles foram encerrados. A maioria das crianças do mundo ainda está presa em casa, muitas sem o suficiente para comer porque sua família perdeu seu sustento. A OMS alertou recentemente que “as crianças vão morrer”porque eles não estão sendo vacinados contra doenças evitáveis como poliomielite e cólera. Embora essa crise possa representar uma oportunidade para investir em crianças pequenas e famílias, é mais provável que recursos escassos signifiquem que as crianças continuem a ficar em segundo plano. Nada acontece da noite para o dia, diz Richter. “Há uma expressão em africâner chamada padkos, que é o alimento para a jornada. Eu diria, leve seus padkos, será uma longa jornada. ” (*) Repórter, Desenvolvimento da Primeira Infância, Quartzo

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