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Revista

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EDIÇÃO 229

ABRIL

BELÉM-PARÁ

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HACKEANDO O CÉREBRO OUVIR E SENTIR A NATUREZA 12

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COMA BEM, ENVELHEÇA MELHOR www.paramais.com.br

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

O sistema é alimentado com resíduos orgânicos

Bactérias decompõem o resíduo orgânico no biodigestor

O fertilizante líquido pode ser usado em jardins e plantações

O biogás é armazenado no reservatório de gás para ser usado em um fogão

O sistema tem capacidade de receber até 12 Litros de resíduos por dia.

O equipamento produz biogás e fertilizante líquido diariamente.

Totalmente fechado mantendo pragas afastadas.

Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

O QUE COLOCAR NO SISTEMA

O QUE NÃO COLOCAR NO SISTEMA

Carne, frutas, verduras, legumes e restos de comida. OBS: Máximo de duas cascas de cítricos por dia.

Resíduos de jardinagem, materiais não orgânicos (vidro, papel, plástico, metais). Resíduos de banheiro, produtos químicos em geral.

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REVISTA AMAZÔNIA

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

CONSTRUÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES VAI COLOCAR SANTARÉM NA ROTA DO TURISMO DE EVENTOS E NEGÓCIOS

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

EDITORA CÍRIOS

ÍNDICE

GOVERNO DO PARÁ E INVESTIDORES RUSSOS TRATAM SOBRE AMPLIAÇÃO PORTUÁRIA EM BARCARENA

07 COMA BEM, ENVELHEÇA MELHOR

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Thaynara,Ascom MMFDH, Brian Handwerk, Bruno Magno, Cláudio J. Costa, Frontiers in Aging Neuroscience, Ipsos, Jeanyung Chey, Jeff Merritt, Philippe Delorme, Ronaldo Hühn, Taiane M. Figueiredo, Universidade Nacional de Seul; FOTOGRAFIAS: Agência Brasil, Carlos Alfonso / Unsplash, Centro de Paisagens Sonoras Globais da Purdue University, Divulgação, Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, European Society of Cardiology, Felicity Marshall, Frontiers in Aging Neuroscience, Imperial College London, Ipsos, Longevity Project, Laboratório de Neurociência e Envelhecimento do USDA / Centro de Pesquisa em Nutrição Humana sobre Envelhecimento da Tufts University, Naphat via Getty Images), Marco Santos / Ag.Pará, NPS Natural Sounds, OMS, Piedmont Healthcare, Rachel Buxton, Rony Aires / Divulgação, Universidade de Harvard, Universidade de MichiganEUA, Universidade de Waterloo em Ontário-Canadá, University of Pittsburgh Medical Center, Universidade Nacional de Seul, Unplash, WEF, World Green Building Council; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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LEVANDO ENERGIAELÉTRICA AO MARAJÓ

22 PERSPECTIVA: UM HACK DO CÉREBRO QUE PODE AJUDÁ-LO A TOMAR MELHORES DECISÕES

Silhueta do Coração com frutas e vegetais para uma vida saudável. Ilustração em Harvard Health.edu.

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O caminho para um futuro mais verde começa em nossas cidades

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Ouvir e sentir a natureza

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Quando a vida voltará ao “pré-COVID normal”?

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FAVOR POR

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Construção do Centro de Convenções vai colocar Santarém na rota do turismo de eventos e negócios Obra que será executada pelo Estado, em parceria com a prefeitura, o Centro será o primeiro empreendimento de grande porte na região Texto *Ana Thaynara Fotos Rony Aires /Divulgação

Governador Helder Barbalho Barbalho durante a entrega da Escritura Pública de Doação de Área para a construção do Centro de Convenções de Santarém

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m agenda de trabalho na região Oeste do Pará, nesta sexta-feira (16), o governador Helder Barbalho entregou em Santarém a Escritura Pública de Doação de Área para futuras instalações do Centro de Convenções do município, que será construído em terreno localizado na Avenida Fernando Guilhon, próximo ao Aeroporto. Com a proposta de um espaço para grandes eventos, o projeto arquitetônico inclui acessibilidade e tecnologia avançada. Com a previsão de área construída superior a 10 mil metros quadrados, o projeto prevê a construção de auditório com 400 lugares, camarins, área VIP, sala de imprensa, banheiros, praça de alimentação com mais 350 lugares, ambulatório, estacionamento com mais de 500 vagas, salas de controle técnico e departamento administrativo. “A doação deste terreno permitirá com que o governo possa realizar uma obra importantíssima para região, que é a construção do Centro de Convenções. Vamos aproveitar as belezas naturais para estimular ainda mais o turismo. O processo de licitação já está em andamento, para que possamos iniciar as obras o mais rapidamente possível.

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Com isso, Santarém entra no circuito, junto com Belém e Marabá, das cidades que passam a ter grandes espaços de convenções para estimular e atrair o turismo na região”, destacou o governador. Turismo e negócios - Primeiro empreendimento desse porte a ser construído na região Oeste do Pará, o Centro de Convenções tem o objetivo de fomentar o turismo de eventos e negócios.

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Construção do Centro de Convenções vai colocar Santarém na rota do turismo de eventos e negócios.indd 6

Uma obra muito esperada pela população, que vai incrementar o desenvolvimento econômico e turístico. “A obra vai alavancar o turismo de negócios, o turismo educacional aqui na cidade. Sabemos que aqui já tem um potencial grande para o turismo de lazer, reconhecido internacionalmente, e agora queremos investir em um diferente segmento, no qual a pessoa vem para o turismo de negócios e estende para o lazer. Para isso, precisamos de infraestrutura, um centro de convenções que possa receber esses eventos”, disse o secretário de Estado de Turismo, André Dias. O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, disse que a construção do Centro de Convenções representa um avanço para o município, que poderá entrar na rota de eventos regionais, nacionais e internacionais. Ele também reforçou a importância de mais uma parceria entre município e governo do Estado. “Passamos a escritura da área ao governo do Estado para a construção de uma obra que será muito importante para Santarém e região. Mais uma parceria importante do município com o governo do Estado, para trazer mais desenvolvimento”, afirmou Nélio Aguiar. O ato também contou com a participação do secretário Regional de Governo do Oeste do Pará, Henderson Pinto; do deputado federal José Priante, e dos deputados estaduais Eraldo Pimenta e Victor Dias. (*) SECOM

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O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, assinando a Escritura Pública de Doação da Área. Helder Barbalho dá assim, início a uma importante obra para o Oeste do Pará

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Governo do Pará e investidores russos tratam sobre ampliação portuária em Barcarena

Objetivo é celebrar, em breve, um protocolo de intenções voltado à primeira Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Estado Texto *Bruno Magno Fotos Marco Santos / Ag.Pará

Helder Barbalho e o titular da Sedeme, José Fernando Gomes Jr

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or meio de videoconferência na manhã desta terça-feira (20), o governador do Estado, Helder Barbalho, participou de reunião com investidores russos para celebrar, em breve, um protocolo de intenções com objetivo de potencializar investimentos direcionados à primeira Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Pará, em Barcarena, nordeste do Estado. Os titulares da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) também estiveram na agenda de trabalho e destacaram as potencialidades portuárias do município. “Nós estamos buscando investidores que queiram apostar no Estado para suas atividades e, particularmente, este investimento russo na área portuária agrega valor para o porto de Barcarena. Essa é a perspectiva para nós consolidarmos a ZPE, a tão importante zona franca para área de Barcarena, que certamente atrairá diversas outras operações empresariais, gerando emprego e desenvolvimento para região”, frisou o governador Helder Barbalho. Durante a reunião, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), Lutfala Bitar, informou a disponibilidade de área para investimento no Distrito Industrial de Barcarena, reforçando o papel da Companhia em colaborar para a viabilização dos negócios.

“Dentro da área industrial de Barcarena, há disponibilidade de área de cerca de 400 hectares, que poderá perfeitamente atender esse projeto. Nesse caso, o empreendimento ficaria instalado a apenas cerca de 10 km do porto de Vila do Conde”, explicou ele. De forma prática, a ideia para ZPE do Estado é criar uma área especial de livre comércio para a intensificação das exportações de produtos paraenses, a partir do porto de Vila do Conde, uma das principais rotas de escoamento da produção paraense, situado nas proximidades do Distrito Industrial do município.

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Governo do Pará e investidores russos tratam sobre ampliação portuária em Barcarena.indd 7

“A ideia é fazer um grande porto na região, além do que já existe hoje, mas também fazer desse porto o âncora da ZPE (Zona de Processamento de Exportação). O governador Helder Barbalho já colocou o Estado a disposição para fazer essa construção e foi criado um grupo de trabalho com a secretaria russa e a secretaria de portos para dar andamento ao projeto. Futuramente, assinaremos um protocolo de intenções e mais à frente, teremos a materialização desses investimentos. Todos esses investimentos são para o povo do Estado, gerando emprego e renda para a sociedade paraense”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, José Fernando Gomes Jr. Participaram da reunião Tatyana Mashkova, membro do Comitê Organizador do Projeto Integrado e diretora-geral do Comitê Nacional de Cooperação Econômica com Países Latino-Americanos (CN CEPLA); Sergey Nyrkov, presidente da Comitê Organizador do Projeto Integrado, membro do Presidium do CN CEPLA e presidente do Conselho de Administração da Sociedad Anónima “RusTransAtlantic”; Sergey Mendoza, membro da Comitê Organizador do Projeto Integrado e diretor-geral adjunto da Sociedade Limitada “RusTransAtlantic”, além de Dmitri Dmitrievich Lobkov, representante da Casa Russa do Paraná. (*) CPH

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Participantes da reunião sobre investimentos na primeira Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Pará, em Barcarena

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Nossas Homenagens aos profissionais de Saúde

Coma bem, envelheça melhor A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu, em 1948, a data de 7 de abril como o Dia Mundial da Saúde. Desde então, a entidade busca difundir atitudes que contribuam para o desenvolvimento de corpos e mentes saudáveis. Agora, em meio ao isolamento social imposto pelo Coronavírus, a divulgação sobre a importância do tema tornou-se ainda mais necessária. Fotos Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, European Society of Cardiology, Felicity Marshall, Frontiers in Aging Neuroscience, Imperial College London, Longevity Project, Laboratório de Neurociência e Envelhecimento do USDA / Centro de Pesquisa em Nutrição Humana sobre Envelhecimento da Tufts University, OMS, Piedmont Healthcare, Universidade de Harvard, Universidade de Michigan-EUA, Universidade de Waterloo em Ontário-Canadá, University of Pittsburgh Medical Center, Universidade Nacional de Seul

Pense-se mais jovem para retardar o envelhecimento Quantos anos você sente é importante por quanto tempo você viverá

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melhor ferramenta antienvelhecimento é sentir-se mais jovem. Um novo estudo mostra como essa atitude pode melhorar sua saúde física e mental e diminuir a taxa de envelhecimento do cérebro.

Pessoas que se sentem mais jovens do que seus anos tendem a viver mais

Idosos que se sentem mais jovens do que sua idade apresentam menos sinais de envelhecimento do cérebro, em comparação com aqueles que sentem sua idade ou são mais velhos do que sua idade

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O envelhecimento está tudo na mente. Um novo estudo da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, mostra que sentir-se mais jovem não só pode melhorar sua saúde física e mental, mas também diminuir o envelhecimento do cérebro. Os resultados indicam que os idosos que se sentem mais jovens do que sua idade apresentam menos sinais de envelhecimento do cérebro, em comparação com aqueles que sentem sua idade ou mais velhos do que sua idade.“Temos a tendência de pensar no envelhecimento como um processo fixo, no qual nossos corpos e mentes mudam constantemente.

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No entanto, os anos que passam afetam a todos de maneira diferente. A idade que sentimos, que é chamada de nossa idade subjetiva, também varia entre as pessoas - com muitos se sentindo mais velhos ou mais jovens do que sua idade real”, disse Jeanyung Chey, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul.

A idade que sentimos, que é chamada de nossa idade subjetiva, varia entre as pessoas - com muitos se sentindo mais velhos ou mais jovens do que sua idade real

Outros benefícios de se sentir jovem Um estudo de 2017 mostrou que quanto mais as pessoas se aproximam de sua idade cronológica, menor é a qualidade de sua vida sexual . “Sentir-se mais jovem teve um grande impacto sobre como as pessoas se sentiam sobre a qualidade de sua vida sexual e como estavam interessadas em fazer sexo”, disse Steven Mock, professor associado da Universidade de Waterloo em Ontário, Canadá. Especialistas dizem que é bastante simples retardar o processo físico de envelhecimento também, com fatores como alimentação saudável, evitar açúcar, aumentar a ingestão de vitamina C e comer alimentos ricos em antioxidantes como chá verde, frutas, chocolate amargo, tomate e mirtilos, tendo precedência. Uma das melhores maneiras de prevenir o envelhecimento do cérebro é estimulá-lo por meio da aprendizagem ao longo da vida .

Outro estudo mostrou que a fragilidade relacionada à idade pode ser um problema de saúde evitável , assim como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Pesquisadores do Hospital Universitário de Opole, Polônia, aconselharam as pessoas a optar por um estilo de vida adequado e atividades físicas, mentais e sociais adequadas para prevenir ou retardar o estado de fragilidade. E o envelhecimento, para as mulheres, pode não ser tão ruim, afinal. Pesquisadores da Universidade de Michigan descobriram que as mulheres relataram sentir-se menos

O exercício em idosos aumenta a atividade antioxidante no sangue

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estressadas e desfrutar de uma qualidade de vida melhor durante a meia-idade. O estresse percebido - uma medida de confiança, controle e capacidade de lidar com os estressores da vida - também diminuiu para a maioria das m ulheres em um período de 15 anos.

O que este estudo mostra Para o estudo, da revista Frontiers in Aging Neuroscience, a equipe realizou exames de ressonância magnética do cérebro para observar os volumes de matéria cinzenta em várias regiões do cérebro. Os resultados mostram que as pessoas que se sentiam mais jovens do que sua idade tinham maior probabilidade de pontuar mais alto em um teste de memória, consideravam sua saúde melhor e eram menos propensas a relatar sintomas depressivos. Eles também mostraram aumento do volume de matéria cinzenta nas principais regiões do cérebro. “Descobrimos que as pessoas que se sentem mais jovens têm as características estruturais de um cérebro mais jovem”, disse Chey. “É importante ressaltar que essa diferença permanece robusta mesmo quando outros fatores possíveis, incluindo personalidade, saúde subjetiva, sintomas depressivos ou funções cognitivas, são levados em consideração”.

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Os pesquisadores levantaram a hipótese de que aqueles que se sentem mais velhos podem ser capazes de sentir o processo de envelhecimento em seu cérebro, pois a perda de massa cinzenta pode tornar as tarefas cognitivas mais desafiadoras. Uma possibilidade é que aqueles que se sentem mais jovens têm maior probabilidade de levar uma vida mais ativa física e mentalmente, o que pode causar melhorias na saúde do cérebro. No entanto, para aqueles que se sentem mais velhos, o oposto pode ser verdadeiro. O estudo sugere que os idosos que se sentem mais velhos do que sua idade devem considerar cuidar da saúde do cérebro.

Os que se sentem mais jovens têm maior probabilidade de levar uma vida mais ativa física e mentalmente

Hábitos de pessoas que parecem e agem mais jovens do que sua idade A maneira como trabalhamos, dormimos, passamos nosso tempo de lazer e até mesmo pensamos em envelhecer, tudo influencia na idade que sentimos. Aqui, dicas baseadas na ciência para ajudá-lo a parecer e se sentir mais jovem. O que as pessoas que vivem muito - e por meio de pandemias, guerras e muito mais - têm em comum. Pode ser uma combinação de genética, estilo de vida, atitude e um desejo de continuar Pessoas que vivem vidas bem organizadas tendem a viver mais do que tipos menos cuidadosos, talvez porque cuidem melhor de sua saúde e evitem comportamentos de risco, conclui o Longevity Project, com sede nos Estados Unidos, um estudo marcante de oito décadas.

Para ajudá-lo a parecer e se sentir mais jovem

*Coma mais proteína vegetal

Dieta baseada em vegetais fornece nutrição completa

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Um estudo recente de Harvard descobriu que pessoas que ingeriam uma dieta rica em carnes processadas, como salsichas e cachorros-quentes, corriam um risco maior de morte - mas aqueles que obtinham sua proteína de plantas tinham um risco menor, especialmente de mortes relacionadas a doenças cardíacas. “O estudo disse que para cada aumento de 3% nas calorias da proteína vegetal, houve uma redução no risco de morte em 10%”, diz Shayna Komar, RD, nutricionista da Piedmont Healthcare. As proteínas vegetais fornecem todos os nove aminoácidos que o corpo não pode produzir por conta própria e “ao contrário das proteínas animais, as proteínas vegetais podem ajudar a baixar a pressão arterial, diminuir o risco de doenças cardíacas e diminuir o risco de câncer”, diz ela.

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*Pegue mais sol, mas não muito

Ficar de 15 a 30 minutos de exposição ao sol por dia deve ser adequado para a produção de vitamina D

Qualquer pessoa que esteja se perguntando como viver mais precisa ouvir os benefícios da vitamina D, “a” vitamina do sol “. Foi demonstrado que ele combate doenças , melhora a saúde óssea e evita a depressão . Um estudo descobriu que prolonga a vida (de um verme, mas ainda assim) em 33 por cento. Mas como a vitamina D vem do sol e nossa vida moderna não nos deixa passar muito tempo ao ar livre, podemos não estar recebendo o suficiente. As preocupações com o câncer de pele são bem fundamentadas e, em geral, o protetor solar é uma boa ideia. Mas, “ficar de 15 a 30 minutos de exposição ao sol por dia deve ser adequado para a produção de vitamina D”, diz Jyotir Jani, MD, um clínico geral da Piedmont Healthcare. “Claro, isso não é por meio de banhos de sol, mas por estar ao ar livre com roupas normais.”

* Coma um pouco de curry O Curry tem propriedades antioxidantes, antiinflamatórias

O curry pode aumentar suas habilidades mentais, de acordo com uma pesquisa de Cingapura. Eles analisaram a dieta de mais de 1.000 moradores indianos de 60 a 93 anos e descobriram que aqueles que comiam curry, mesmo que apenas duas vezes por ano, obtiveram melhores resultados em testes de desempenho cognitivo do que aqueles que não comeram. A cúrcuma, a especiaria amarela usada na maioria dos curries, contém o químico vegetal curcumina, que tem propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, anticâncer e redutoras do colesterol.

*Beber café

Sua xícara diária de café pode realmente trazer benefícios à saúde

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Para o alívio dos amantes da cafeína em todos os lugares, veja como viver mais sem sacrificar sua bebida favorita. Sua xícara diária de café pode realmente trazer benefícios à saúde que podem prolongar sua vida.

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“Algumas pesquisas indicam que a ingestão moderada de café pode lutar contra o diabetes tipo 2 e pode até reduzir o risco de demência e doenças cardíacas”, disse Erin Palinski-Wade , RD, CDE e autora de Belly Fat Diet For Dummies. Um estudo de Harvard descobriu que quem bebia café regularmente tinha um risco reduzido de morte. Komar diz que o café também estimula o sistema nervoso, aumentando o metabolismo e aumentando a oxidação dos ácidos graxos, o que pode ajudar na perda de peso.

Elas têm um papel fundamental em como viver mais

*Comer nozes Embora você possa pensar que as nozes não são saudáveis porque são caloricamente densas, o oposto é verdadeiro - na verdade, elas têm um papel fundamental em como viver mais. Um estudo de Harvard descobriu que os comedores diários de nozes tinham 20% menos probabilidade de morrer durante o estudo. Especificamente, as taxas de morte por câncer, doenças cardíacas e respiratórias foram reduzidas.

Outra pesquisa mostrou que as nozes têm um grande papel na saúde do coração devido à quantidade de antioxidantes que contêm. Eles também podem melhorar a saúde do cérebro, diz Barbara Shukitt-Hale, PhD, cientista do USDA no Laboratório de Neuro-

Curcuma (açafrão) tem incríveis propriedades antiinflamatórias

ciência e Envelhecimento do USDA / Centro de Pesquisa em Nutrição Humana sobre Envelhecimento da Tufts University. Além disso, as nozes são uma grande fonte de proteína vegetal, diz Palinski-Wade.

*Curcuma Certas especiarias têm sido elogiadas por seus benefícios à saúde. “Curcuma tem incríveis propriedades antiinflamatórias, que podem lutar contra dores nas articulações e promover um coração mais saudável”, diz Palinski-Wade. “A inflamação pode acelerar o processo de envelhecimento, então qualquer coisa que reduza a inflamação pode ajudar a retardá-lo.” A pesquisa descobriu que um antioxidante na cúrcuma pode estender a vida (em moscas, pelo menos), embora uma revisão recente questione alguns de seus benefícios. Em qualquer caso, cozinhar com o tempero pode ser uma alternativa mais saudável ao sal ou ao açúcar. Outro substituto saudável é a canela. “A canela pode melhorar a sensibilidade à insulina no corpo, ajudando a reduzir o risco de diabetes tipo 2”, diz Palinski-Wade. “O consumo regular também pode diminuir os níveis de colesterol LDL”.

* Encha-se de peixe

Peixes saudáveis e indispensáveis

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Comer peixes saudáveis é uma parte importante de uma dieta que prolonga a vida. “Consuma peixes gordurosos pelo menos duas vezes por semana para aumentar a ingestão de ácidos graxos ômega-3 EPA e DHA”, diz Palinski-Wade. Um outro estudo de Harvard mostrou que pessoas com níveis mais altos de ácidos graxos saudáveis em óleos de peixe tinham 27% menos probabilidade de morrer durante o período de estudo e um risco 35% menor de morrer de doenças cardíacas.

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*As pimentas são ótimas Um estudo recente descobriu que as pessoas que comem pimenta picante têm 13% menos probabilidade de morrer do que aquelas que não comem. Embora a ligação não prove causa e efeito, existem alguns benefícios para a saúde em propriedades específicas das pimentas. “Pimentas podem reduzir os níveis de pressão arterial graças à capsaicina que contêm”, diz Palinski-Wade. “A pressão arterial elevada é um fator de risco para derrame, doenças cardíacas e até demência, então o consumo regular pode diminuir esse risco.”

Quem come pimenta picante têm 13% menos probabilidade de morrer

de doenças cardíacas e certos tipos de câncer, como o câncer de cólon”, diz Palinski-Wade.

*Cantem juntos

7,8 milhões de mortes em todo o mundo poderiam ser evitadas a cada ano se as pessoas comessem tantas frutas e vegetais

* Coma mais frutas e vegetais, ponto final A pesquisa é clara: se você quiser viver mais, coma mais frutas e vegetais. Um estudo recente do Imperial College London descobriu que aqueles que comeram 10 porções de frutas e vegetais por dia tiveram a maior redução no risco de doenças. Os autores do estudo estimam que 7,8 milhões de mortes em todo o mundo poderiam ser evitadas a cada ano se as pessoas comessem tantas frutas e vegetais - mas quantidades menores também são benéficas em como viver mais. “As vitaminas, os minerais e, o mais importante, as fibras ajudam a controlar a saciedade, para que você não precise comer tantos alimentos de origem animal”, diz Komar.

Além disso, o Dr. Dewar diz que a fibra estimula o funcionamento regular do intestino, o que pode manter o seu sistema digestivo funcionando sem problemas. “Descobriu-se que dietas ricas em fibras promovem níveis mais baixos de colesterol e reduzem o risco

Um estudo americano com 68 adultos mais velhos revelou que aqueles que se juntaram a um coral estavam com melhor saúde, usavam menos medicamentos, eram menos solitários e tiveram menos quedas após um ano do que um grupo semelhante de não cantores. Isso pode ser em parte devido ao impacto que o canto tem na respiração, mas os benefícios emocionais de dar voz em uma multidão podem ser tão importantes. Portanto, se você gosta, qualquer que seja a qualidade da sua voz, tente encontrar a chance de cantar em comunidade, seja em um coro formal, em um canto familiar, na igreja ou no templo, ou em uma multidão de milhares em um jogo de futebol. É assim que a música pode fazer você se sentir mais jovem agora.

Aqueles que se juntaram a um coral estavam com melhor saúde, usavam menos medicamentos

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Ative as regiões do cérebro que controlam a linguagem, a leitura, a memória e a capacidade visual

*Pesquisar Pesquise na Internet para manter seu cérebro ativo. Em um estudo, pessoas de 55 a 76 anos que realizaram uma série de pesquisas na web mostraram aumento de atividade em regiões do cérebro que controlam a linguagem, a leitura, a memória e a capacidade visual. Quem já surfou regularmente mostrou um impulso significativo nas áreas que tratam de tomada de decisão e raciocínio complexo.

*Brinque com os netos Um estudo com famílias em East London revelou os inúmeros benefícios para as gerações mais velhas e mais jovens desse tipo de interação, incluindo a oportunidade de transmitir valores e tradições familiares e de ensinar habilidades práticas.

Inúmeros são os benefícios

*Não fume

Parar de fumar é a ação mais importante que um indivíduo pode realizar

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Você provavelmente já conhece este segredo de como viver mais. “Parar de fumar é a ação mais importante que um indivíduo pode realizar independentemente da idade”, diz o Dr. Jani. É a principal causa de morte evitável nos Estados Unidos, de acordo com o CDC , e a causa de quase todos os problemas graves de saúde, de doenças cardíacas a câncer. “Sem falar que fumar faz você envelhecer mais rápido com aumento das rugas!” Dr. Jani diz. Além disso, “fumar causa literalmente danos internos ao seu código genético, bem como aos vasos sanguíneos e sistemas de múltiplos órgãos”.

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E embora a vaporização possa ser usada como uma ferramenta para ajudar os fumantes a parar de fumar, o júri ainda não decidiu sobre sua segurança, então é melhor não começar.

A liberação de partículas de radicais livres, podem causar danos aos órgãos, aumentar a pressão arterial

*Menos estresse O impacto do estresse em nossa saúde geral é enorme, portanto, reduzir o estresse é uma forma de diminuir o risco de muitas doenças mortais. Um estudo da Universidade da Califórnia descobriu que mulheres com estresse crônico tinham níveis significativamente mais baixos de klotho, um hormônio que regula o processo de envelhecimento. Em outro estudo descobriram que o estresse aumentou o risco de ataque cardíaco e derrame. Além disso, o Dr. Jani diz que o estresse leva a “mudanças químicas no corpo que causam a liberação de partículas perigosas chamadas radicais livres, que podem causar danos aos órgãos, aumentar a pressão arterial, resultar em mudanças emocionais e danificar genes

resultando em mutações que levantam a possibilidade de câncer ou psoríase”. Uau! Reduzir o estresse também pode ajudar a melhorar o sono e as relações interpessoais, reduzir o uso excessivo de drogas e

O treinamento regular é a chave para permitir que os músculos tenham força e resistência

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álcool e diminuir os hormônios do estresse, diz James Dewar, MD, vice-presidente de medicina familiar da University of Pittsburgh Medical Center.

*Exercícios Treinamento de força à sua rotina de exercícios o ajudará a viver uma vida mais longa, de acordo com a Harvard Medical School . Um estudo recente da Penn State mostrou que adultos mais velhos que faziam treinamento de força duas vezes por semana tinham um risco menor de morrer. “O treinamento com pesos constrói massa muscular magra, o que aumenta a taxa metabólica de repouso e também melhora o equilíbrio, protege nossas articulações e fortalece nossos músculos e ossos”, diz Hopper. Você pode usar seu próprio peso (treinamento de resistência), faixas, ginástica, pesos livres ou aparelhos de musculação para colher os benefícios. “O treinamento com pesos é a chave para permitir que os músculos tenham força e resistência para o corpo se mover durante as atividades da vida diária”, diz Kerry J. Stewart, EdD, diretor de fisiologia clínica e de pesquisa do exercício da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

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Aqueles que se engajaram em ajudar e apoiar os outros acabaram tendo uma vida mais longa

*Seja generoso e solidário com os outros Conectar-se com outras pessoas é um ótimo calmante, o que pode ajudar na sua saúde a longo prazo. E a melhor maneira de aproveitar esses benefícios é focando não em você, mas nos outros. “Um estudo realizado com uma população idosa mostrou que aqueles que se engajaram em ajudar e apoiar os outros acabaram tendo uma vida mais longa”, diz Emma Seppala, PhD, diretora de ciências do Centro de Pesquisa de Compaixão e Altruísmo da Universidade de Stanford e autora de The Happiness Track. “Esse não era o caso de pessoas que eram simplesmente recebedoras de cuidados e apoio.” Além de diminuir o estresse, ajudar os outros pode levar à redução da inflamação, que é um precursor de doenças, diz ela. “Indivíduos que vivem um estilo de vida ‘eudaimônico’ - uma vida rica em compaixão, altruísmo e maior significado - têm níveis surpreendentemente baixos de inflamação”, diz o Dr. Seppala.

Mas se você realmente quer ter mais dias em sua vida, você precisa de bastante sono. “As pessoas devem ter como objetivo ter pelo menos sete a oito horas de bom sono todas as noites - se menos isso diminuirá o sistema imunológico”, diz Sonya W. Thomas, médica, médica da PIH Health Family Medicine. Estudos mostram que dormir mal pode levar a todos os tipos de problemas de saúde, desde obesidade e doenças cardíacas até depressão, diz o especialista em sono Richard Shane, PhD, criador do Sleep Facilmente método. “Uma boa noite de sono pode ajudar a reverter todos esses efeitos prejudiciais, o que pode ajudá-lo a viver mais”, diz ele.

Uma boa noite de sono pode ajudar a reverter todos esses efeitos prejudiciais, o que pode ajudá-lo a viver mais

*Tenha um sono de qualidade Levamos uma vida agitada, e a parte do dia que muitas vezes acaba sendo cortada é o sono. Seu cérebro também precisa que você se exercite

Além disso, ele diz que um bom sono pode ajudar seu nível de energia, função cognitiva e relacionamentos pessoais. “Então você não apenas vive uma vida mais longa, você se sente bem e vive uma vida melhor”, diz o Dr. Shane.

*Mantenha seu cérebro ativo Seu cérebro também precisa de algum exercício, então faça um esforço mental para reduzir o risco de demência e Alzheimer. Estudos mostraram que manter o cérebro estimulado leva a um melhor funcionamento cognitivo por mais tempo. “A melhor maneira de manter o cérebro ativo e afiado é praticar atividades que focalizem a mente”, diz a Dra. Jani. “Aprender coisas novas constantemente ou expandir o conhecimento em sua profissão também ajuda tremendamente.” Dr. Dewar também sugere engajamento social, hobbies e quebra-cabeças. “A resolução de problemas mantém o cérebro funcionando”, diz ele.

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* Fique jovem no coração Você é tão velho quanto se sente, e sentir-se mais jovem pode realmente ajudá-lo a viver mais. Uma pesquisa da University College London descobriu que as pessoas que se sentiam três anos mais novas tinham uma taxa de mortalidade mais baixa do que aquelas que se sentiam mais velhas. Uma explicação pode ser que nossa atitude em relação à idade afeta a forma como vivemos saudáveis, disse o professor de psicologia de Harvard Ronald D. Diegel no blog de saúde de Harvard . “Quando as pessoas se veem como velhas, é mais provável que abandonem os desafios físicos que parecem difíceis, como, ‘Não acho que devo esquiar mais, sou um homem velho’”, diz ele. “Se nos sentimos velhos, é provável que tratemos os alimentos com uma atitude de ‘não viverei muito mais tempo, pelo que posso desfrutar’, que pode nos levar a comer de forma prejudicial à saúde”.

*Manter amizades Aqueles que se conectam com outras pessoas de maneiras significativas têm uma chance maior de uma vida longa, diz o Dr. Seppala. “Ter relacionamentos sociais fortes prevê um aumento de 50% nas chances de longevidade”, diz ela. “A pesquisa sugere que conectar-se com outras pessoas de

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Alongar pode ser um indicador de quão rígidas estão suas artérias, um fator de risco para doenças cardiovasculares

uma forma significativa nos ajuda a desfrutar de uma melhor saúde mental e física, até mesmo acelerando a recuperação de doenças.” Um estudo marcante da Universidade de Michigan mostrou um aumento do risco de morte entre pessoas que tinham uma baixa quantidade e qualidade de relacionamento social. “A conexão social está ligada a emoções positivas e muitos benefícios para

a saúde, incluindo uma melhor função imunológica”, diz o Dr. Seppala

*Esticar De acordo com a pesquisa, o quão longe você pode esticar pode ser um indicador de quão rígidas estão suas artérias, um fator de risco para doenças cardiovasculares.

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“Podemos prevenir uma série de problemas de saúde adotando um plano de atividades seguro e conveniente que inclui alongamento”, diz Hopper. Os exercícios de alongamento e flexibilidade também ajudam na saúde das articulações, minimizando o risco de artrite, o que leva a uma menor capacidade de exercício. Também é ótimo para a prevenção de quedas, diz o Dr. Stewart. “Cerca de uma em cada quatro pessoas com mais de 65 anos sofre uma queda grave a cada ano, o que é uma das principais causas de morte e invalidez”, diz ele. “As pessoas que realizam esses exercícios têm menos probabilidade de perder o equilíbrio ou ‘agarrar-se’ e reduzir a velocidade da queda se escorregarem ou tropeçarem.” Dr. Thomas sugere fazer dança ou ioga.

Perspectiva positiva aumenta a probabilidade de você se envolver em comportamentos saudáveis

*Pense positivo

Estilo de vida ativo pode ser mantido por muitos e muitos anos, ao mesmo tempo que se protege contra doenças cardíacas

Lembre SEMPRE: A melhor maneira de prevenir doenças é evitar a exposição a esse vírus

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Uma perspectiva positiva da vida em geral também demonstrou aumentar a expectativa de vida. Um estudo recente de Harvard observou como os níveis de otimismo afetaram diferentes problemas de saúde e descobriu que as pessoas mais otimistas tinham um risco 16% menor de morte por câncer, um risco 38% menor de morte por doenças cardíacas e respiratórias e um risco de 39%. por cento menor risco de morrer de acidente vascular cerebral. Os pesquisadores acreditam que ter uma perspectiva positiva aumenta a probabilidade de você se envolver em comportamentos saudáveis, como fazer exercícios e comer direito; mas que também pode estar relacionado a níveis mais baixos de inflamação.

*Andar Se você achar que correr muito intensamente, até mesmo dar uma caminhada rápida de 20 minutos por dia é benéfico. De acordo com uma pesquisa apresentada na European Society of Cardiology, 25 minutos por dia de exercícios moderados, incluindo caminhada rápida, podem adicionar de três a sete anos à sua vida. “Uma vantagem de caminhar em vez de correr é que quase os mesmos benefícios para a saúde podem ser obtidos, mas com um risco muito reduzido de lesão muscular e articular”, diz o Dr. Stewart. “Portanto, um estilo de vida ativo pode ser mantido por muitos e muitos anos, ao mesmo tempo que se protege contra doenças cardíacas, diabetes e câncer.” Hopper diz que seu hack favorito a pé é caminhar 15 minutos em uma direção. Em seguida, “vire-se e caminhe de volta para onde você começou - você terá 30 minutos de caminhada feitos antes que você perceba!” ela diz. Faça como nosso Editor que anda e faz exercícios na piscina. Já se curou até de artrose na cabeça do fêmur.

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A pandemia mudou muitos aspectos da vida cotidiana

Quando a vida voltará ao “pré-COVID normal”? As expectativas sobre quando a vida retornará ao normal pré-COVID variam amplamente em todo o mundo. Quase metade dos adultos afirma que sua saúde mental piorou durante a pandemia, mas quase um quarto afirma que melhorou desde o início de 2021. No entanto, existem grandes diferenças entre os países quanto a isso. Guedes Fotos Ipsos

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m novo levantamento da Ipsos para o Fórum Econômico Mundial conclui que, em média em 30 países e mercados pesquisados, 59% esperam ser capaz de retornar a algo como a sua vida normal pré-COVID no próximo 12 meses, incluindo 6% que acham que já é assim, 9% que acham que não levará mais de três meses, 13% de quatro a seis meses e 32% de sete a 12 meses (o tempo mediano). Cerca de um em cada cinco pensa que vai demorar mais de três anos (10%) ou que nunca vai acontecer (8%). As opiniões sobre quando esperar um retorno ao normal variam amplamente entre os países: Mais de 70% dos adultos na Arábia Saudita, Rússia, Índia e China continental estão confiantes de que suas vidas retornarão ao normal pré-COVID dentro de um ano.

Cardápio • • • • • • • •

A pandemia também afetou a saúde emocional e mental das pessoas

As expectativas sobre quando a vida pode retornar a algo como um ‘pré-COVID normal’ variam amplamente em todo o mundo, de acordo com uma nova pesquisa do Fórum Econômico Mundial-Ipsos.

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Em contrato total, 80% das pessoas no Japão acham que será mais longo- esperam que demore mais, com mais da metade concordando na França, Itália, Coréia do Sul e Espanha.

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Contrastes globais Diferenças surgiram em todo o mundo sobre o retorno a algo como um normal pré-COVID. Embora mais da metade pense que isso vai acontecer nos próximos 12 meses, um em cada cinco acha que vai demorar

mais de 3 anos, enquanto 8% não acha que vai acontecer. As opiniões sobre quando a pandemia será contida também coincidem com as opiniões sobre um retorno ao normal - sugerindo que as pessoas acreditam que os dois estão intimamente ligados. Em média, 58% dos entrevistados esperam que a pan-

demia seja contida no próximo ano. Alguns países - Índia, China continental e Arábia Saudita, por exemplo - estão mais otimistas. Mas, quatro em cada cinco no Japão e mais da metade em países como Austrália e Suécia estimam que levará mais de um ano para que a pandemia seja contida.

Impacto na saúde mental Quanto tempo antes que a pandemia de coronavírus seja contida? Semelhante à vida retornando ao pré-COVID normal, 58% em média em todos os mercados pesquisados esperam que a pandemia seja contida no próximo ano, incluindo 13% que pensam que isso já é o caso ou acontecerá dentro de 3 meses, 13% entre quatro e seis meses e 32% entre sete e 12 meses (tempo médio na maioria dos mercados). A maioria na Índia, China continental e Arábia Saudita acham que a pandemia já foi contida ou será nos próximos 6 meses. Em contraste, quatro em cada cinco no Japão e mais da metade na Austrália, França, Polônia, Espanha e Suécia esperam que demore mais de um ano.

Mudança na saúde emocional e mental desde o início da pandemia há cerca de um ano Em média, nos 30 países e mercados pesquisados, 45% dos adultos afirmam que sua saúde emocional e mental piorou desde o início da pandemia há cerca de um ano, três vezes a proporção de adultos que afirmam que melhorou (16%) em Em 11 países, pelo menos metade relatou um declínio em sua saúde emocional e mental, com a Turquia (61%), Chile (56%) e Hungria (56%) apresentando as maiores proporções. Apenas na China continental, Índia e Arábia Saudita mais adultos relatam uma melhora em sua saúde emocional e mental do que um declínio.

Mudança na saúde emocional e mental desde o início de 2021 Os adultos que afirmam que sua saúde emocional e mental melhorou superam aqueles que afirmam que ela piorou em pelo menos 40 pontos percentuais na China (51 pontos) e na Índia (41 pontos). Aqueles que afirmam que sua saúde mental e emocional melhorou desde o início de 2021 são mais superados pelos que afirmam que ela piorou na Hungria (30 pontos), França (29 pontos) e Itália (26 pontos).

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A “Global Country Average” reflete o resultado médio de todos os países e mercados onde a pesquisa foi realizada. Não foi ajustado ao tamanho da população de cada país ou mercado e não pretende sugerir um resultado total. Quando os resultados não somam 100 ou a ‘diferença’ parece ser +/- 1 mais / menos do que o real, isso pode ser devido a arredondamentos, respostas múltiplas ou a exclusão de não sabe ou respostas não declaradas.

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Levando energia elétrica ao Marajó

Governo Federal vai investir R$ 386 mi para levar energia elétrica ao Marajó Fotos Agência Brasil, Divulgação, MMFDH A chegada da energia elétrica é fundamental para a melhoria da qualidade de vida

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edida faz parte do Plano de Ação do programa Abrace o Marajó, coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e será executada pelo Ministério de Minas e Energia O Governo Federal vai iluminar o arquipélago do Marajó-Pará.

Serão investidos, inicialmente, R$ 386 milhões para levar energia elétrica para as comunidades isoladas de três dos 16 municípios do arquipélago.

Ministra Damares garantindo direitos para uma localidade historicamente esquecida

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Os municípios beneficiados nessa etapa são Curralinho, Melgaço e Portel. Os investimentos serão realizados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), por meio do Programa Mais Luz para a Amazônia, que se integrou ao programa Abrace o Marajó, coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Nesta primeira fase da iniciativa, serão atendidos 12,6 mil novos consumidores, isto é, aproximadamente 50 mil pessoas, com o serviço público de energia elétrica. O atendimento será realizado por extensão de rede elétrica de distribuição de energia elétrica, nas localidades com conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio de sistemas de geração de fontes renováveis, nas comunidades remotas. Para a ministra Damares Alves, titular do MMFDH, levar energia elétrica para o Marajó significa dignidade para a população. “Estamos falando de garantir direitos para uma localidade historicamente esquecida. Mas não é só isso: é promover o desenvolvimento regional daquela região”, afirma.

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Esta primeira fase tem prazo de execução até dezembro de 2022, por meio dos programas de Eletrificação Rural e Mais Luz para a Amazônia, em parceria com a Equatorial Energia Pará, distribuidora de energia elétrica responsável pela implementação dos programas no estado. Para o ministro Bento Albuquerque, titular do MME, com a execução do programa a população marajoara poderá usufruir do serviço público de energia elétrica, com qualidade, confiabilidade e continuidade, dando fim a um período de anos de exclusão elétrica e o início de uma nova jornada. “A chegada da energia elétrica (fundamental para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades) permitirá que a população marajoara tenha acesso aos demais serviços públicos, contribuindo de forma significativa para a redução da vulnerabilidade social e econômica, e para o fortalecimento do exercício da cidadania, proporcionando maior bem-estar e dignidade para a vida dessas pessoas”, afirmou.

Consumidor ribeirinho atendido com sistema fotovoltaico - Porto de Moz / Acervo Eletobras

Com o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica na Amazônia Legal – Mais Luz para a Amazônia (Decreto nº 10.221, de 2020), a população brasileira residente nas regiões remotas da Amazônia Legal será beneficiada com o fornecimento de energia elétrica gerada por fontes limpas e renováveis chegará às famílias e respectivas unidades de apoio socioeconômico, situadas em regiões remotas da Amazônia Legal.

Abrace o Marajó Criado pelo Governo Federal em março de 2020, o Abrace o Marajó busca o desenvolvimento socioeconômico dos 16 municípios que compõem a Ilha do Marajó (PA).

As ações são uma resposta estratégica para a recuperação da dignidade humana da população da localidade. O Marajó possui cerca de 550 mil habitantes. É o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta.

Formado por cerca de 2.500 ilhas e ilhotas, tem potencial de desenvolvimento e crescimento, mas, atualmente, conta com oito municípios na lista daqueles com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

Formado por cerca de 2.500 ilhas e ilhotas

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Ouvir e sentir a natureza Soa como o canto dos pássaros e água corrente pode aliviar o estresse, ajudar a baixar a pressão arterial e levar a uma sensação de tranquilidade

Texto *Brian Handwerk Fotos Centro de Paisagens Sonoras Globais da Purdue University, Naphat via Getty Images), NPS Natural Sounds, Rachel Buxton, Unplash Um riacho passa por rochas cobertas de musgo não muito longe de Sol Duc Falls no Parque Nacional Olímpico. Os pesquisadores descobriram que ouvir sons naturais como água corrente pode beneficiar a saúde humana

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ilhas de distância da estrada mais próxima em Colorado ‘ s Wheeler Geológico Área , o problema de bater em casa a poluição sonora para a conservação da bióloga Rachel Buxton. “Era um vale maravilhoso e remoto, e então um avião sobrevoou e você pôde ouvir o barulho por muito tempo, enquanto ele reverberava no vale”, diz ela. “Lembro-me de ter pensado: ‘uau, esse é um problema muito difundido’”. Buxton se juntou a pesquisadores do National Park Service e da Colorado State University para criar um estudo de 2019 que documenta o ruído causado pelo homem nos parques nacionais dos Estados Unidos. O estudo fez parte de uma pilha crescente de pesquisas que exploram os impactos negativos do ruído em animais e humanos. O ruído torna difícil para os animais encontrarem comida e companheiros e pode levar os humanos a sofrerem de estresse, pressão alta e outras doenças. Mas, ao estudar as consequências negativas do ruído, Buxton também começou a considerar o cenário oposto: poderiam os sons naturais pelos quais ela sempre se apaixonou, ter consequências positivas?

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“Se estou ouvindo muitos sons naturais agradáveis, ou muitos pássaros cantando, isso é melhor do que não ouvir nada?” ela imaginou. Para descobrir, Buxton e colegas de seis universidades e do Serviço de Parques Nacionais fizeram uma análise estatística de cerca de três dezenas de estudos anteriores explorando os benefícios mensuráveis do som natural para a saúde. Embora os objetivos e métodos dos estudos analisados variassem amplamente, alguns temas comuns emergiram - os vários grupos expostos ao som natural viram uma melhoria de 184% nos resultados gerais de saúde. A pesquisa de Buxton, publicado em março na Proceedings of the National Academy of Sciences , apresenta evidências de que agradáveis sons naturais pode ajudar a baixar a pressão arterial, melhorar o desempenho cognitivo e até mesmo reduzir a dor.

A bióloga Rachel Buxton colocando um gravador acústico e armadilha fotográfica

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“Os sons naturais típicos que consideramos agradáveis têm benefícios para a saúde ”, diz Buxton, professor da Carleton University em Ottawa, Canadá. “Acho que é uma mensagem muito poderosa”. Para explorar os possíveis benefícios do som natural para a saúde, a equipe analisou mais de uma década de estudos, conduzidos em todo o mundo, com uma ampla gama de métodos. Alguns pesquisadores mediram resultados ligados à saúde humana, como pressão arterial, frequência cardíaca e o hormônio do estresse cortisol. Outros cientistas estudaram as reações ao som que podem afetar a saúde para o bem ou para o mal - incluindo sentimentos de aborrecimento ou tranquilidade, consciência, relaxamento e função cognitiva. Cada estudo investigou os impactos que certos sons naturais tiveram sobre os sujeitos, e os resultados intrigantes variaram amplamente. Um grupo sueco , por exemplo, descobriu que humanos em ambientes naturais virtuais, completos com sons, se recuperavam melhor do estresse do que aqueles que viviam no mesmo ambiente sem som. Uma equipe de cientistas iranianos descobriu que pacientes de UTI em ventiladores relataram menos dor quando ouviram sons naturais por meio de fones de ouvido. Muitos dos estudos usaram sons naturais semelhantes, especialmente cantos agradáveis de pássaros e sons de água. A equipe de Buxton conduziu uma análise estatística que sintetizou os resultados e descobriu que os sons dos pássaros provaram ser os melhores para aliviar o estresse e o aborrecimento. Os sons da água, por outro lado, aumentaram os resultados gerais de saúde e emoções positivas, como a tranquilidade. Bryan Pijanowski, que dirige o Centro de Paisagens Sonoras Globais da Purdue University e não estava envolvido na pesquisa, diz que a maior parte do trabalho no passado foi sobre alguns dos impactos nocivos da poluição sonora urbana. “Então eles meio que mudaram isso e disseram que os sons naturais têm um efeito positivo.

Passarinhos cantando ao amanhecer

Sons naturais para aliviar o estresse e o aborrecimento

Não há muitos estudos sobre isso, então eles fizeram um trabalho excepcional de juntar tudo e mostrar como o som tem um efeito positivo sobre você no sentido psicológico e fisiológico”. Embora os sons fossem naturais, muito do trabalho que Buxton estudou foi feito em laboratórios ou hospitais. Mais estudos são necessários para explorar como os sons podem realmente impactar os humanos quando ouvidos em seu ambiente natural. E a maior parte das pesquisas existentes explora reações a apenas alguns sons comuns, como água corrente e canções agradáveis de diferentes pássaros. “Talvez uma gaivota grasnando às 6h da manhã possa produzir uma reação diferente”, diz Buxton.

Locais onde se desfrute de muito som natural e menos ruído, mesmo em parques mais movimentados

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Em uma segunda parte de seu estudo, Buxton e colegas exploraram paisagens sonoras em todos os parques nacionais dos Estados Unidos para descobrir onde esses sons benéficos poderiam ser apreciados. Identificar locais onde os ouvintes desfrutam de muito som natural e menos ruído, mesmo em parques mais movimentados, pode ajudar os administradores a proteger e melhorar as paisagens sonoras tão importantes para as experiências de visitação dos turistas aos parques e, como se constatou, possivelmente úteis para sua saúde. O Serviço Nacional de Parques provou ser um parceiro ideal nesse aspecto, porque seus especialistas já estão atentos para ouvir exatamente o tipo de som que os visitantes do parque ouvem. Nos últimos anos, o Programa NPS Natural Sounds monitorou mais de 892 locais exclusivos em 123 locais diferentes de parques em todo o seu sistema. Eles gravam e analisam todos os sons que os humanos ouvem nesses lugares especiais para ajudar a mitigar ruídos indesejados e ajudar os cientistas a entender como os sons naturais beneficiam a saúde. (Os visitantes podem experimentar algumas dessas paisagens sonoras, como as duas incorporadas neste artigo, na Sound Gallery com curadoria do NPS e da Colorado State University). (*) Em Smithsonianmag.Com

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Perspectiva: um hack do cérebro que pode ajudá-lo a tomar melhores decisões Texto *Michael Platt **Vera Ludwig ***Elizabeth Johnson ****Per Hugander Fotos Arquivo, Bournemouth Arts by the Sea, Divulgação, Seb Schofield, Unsplash, Wharton, WiN-SEB, Wikipedia Commons

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os negócios e na vida, muitas de nossas interações se beneficiam da tomada de perspectiva ou de nossa capacidade de nos colocar no lugar de outra pessoa. Em uma parceria corporativa única com o SEB, um banco corporativo sueco líder, The Wharton Neuroscience Initiative, explora a base neural da tomada de perspectiva e seus efeitos na colaboração e nos resultados de negócios. Neste artigo, o professor de marketing da Wharton e neurocientista Michael Platt , Vera Ludwig , Elizabeth Johnson e Per Hugander lançam luz sobre a base neural da tomada de perspectiva e por que ela pode levar a mais inovação e melhores resultados de negócios. De acordo com Martin Lorentzon, cofundador da Spotify and Tradedoubler, “O valor da sua empresa é igual à soma dos problemas que você é capaz de resolver”. Mas como podemos construir essa capacidade de resolução de problemas em nossas organizações? A neurociência sugere que uma estratégia-chave pode assumir a perspectiva de outras. Essa habilidade crucial não apenas nos fornece informações adicionais sobre situações complexas, mas também ativa regiões cerebrais ligadas à criatividade e à inovação.

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Na verdade, muitas estruturas e ferramentas para resolver problemas difíceis e complexos são centradas na capacidade de assumir a perspectiva dos outros.

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As estruturas de inovação começam com a perspectiva do cliente; as estruturas de colaboração e negociação são centradas na compreensão dos pontos de vista dos outros;

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e os modelos de diálogo recomendam adiar o julgamento a fim de adotar diferentes perspectivas para a solução de vários desafios, desde questões de negócios a problemas conjugais. Ao considerar a frequência com que a adoção de perspectiva aparece na literatura de solução de problemas, é surpreendente que tão poucos líderes invistam tempo e esforço no desenvolvimento dessa habilidade. Embora as organizações frequentemente usem as ferramentas e estruturas mencionadas acima, incluindo a conhecida abordagem de Design Thinking, os resultados podem ser abaixo do ideal se os indivíduos não forem hábeis em assumir a perspectiva.

Melhorando a Perspectiva nas Organizações Com base na premissa de que a capacidade de assumir perspectivas pode ser aprimorada com a prática, em 2018, o SEB, um banco corporativo sueco, lançou uma iniciativa de ponta. O objetivo é aprimorar as habilidades de tomada de perspectiva e aplicá-las aos desafios de negócios mais importantes do SEB (apresentado no estudo de caso de Amy Edmondson “ Leading Culture Change at SEB ”). Desde então, muitos líderes dentro do SEB participaram de um processo sistemático de treinamento em grupo para desenvolver habilidades de tomada de perspectiva.

Processo sistemático de treinamento em grupo para desenvolver habilidades de tomada de perspectiva

De acordo com o estudo de caso, a capacidade de resolver problemas e tomar decisões melhorou, assim como a inclusão, a colaboração cruzada e a gestão de riscos. Uma pesquisa realizada pela Wharton Neuroscience Initiative (WiN) com gerentes do SEB no verão de 2020 indicou que os líderes que haviam concluído várias sessões de treinamento antes da pandemia COVID-19 relataram que eram mais capazes de responder ao trabalho remoto e distribuído exigido por medidas de distanciamento social . Por exemplo, um participante comentou:

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“Fazer parte do ... processo antes do surto de Covid-19 tornou mais fácil para nosso grupo de gerenciamento enfrentar os desafios relacionados a uma forma distribuída de trabalho. Conseguimos mais ou menos atuar no mesmo nível de antes do surto”.

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Nos parágrafos a seguir, esclarecemos por que o treinamento da tomada de perspectiva pode ser benéfico, levando em consideração os achados neurocientíficos, e mostramos evidências de que a tomada de perspectiva e seus mecanismos neurais subjacentes podem ser aprimorados por meio da prática. É importante ressaltar que a tomada de perspectiva pode melhorar os resultados do negócio não apenas nos dando acesso a mais informações do que teríamos sem ela, mas também aumentando a atividade nas regiões centrais do cérebro envolvidas na solução criativa de problemas e na inovação. Quando estamos tentando resolver um problema, a rede de atenção frontoparietal é ativada, o que significa que as áreas na frente e na lateral do cérebro estão em funcionamento. No entanto, quando assumimos a perspectiva de outra pessoa, nos engajamos em uma rede diferente, geralmente chamada de rede “mentalizante” ou teoria da mente. Isso tem dois componentes principais: a junção temporoparietal, localizada logo acima e atrás da orelha, e o córtex pré-frontal dorsomedial, que fica logo atrás do meio da testa. Essas áreas nos ajudam a entender o que os outros sabem, querem, precisam ou acham importante. É importante ressaltar que a rede “mentalizante” se sobrepõe parcialmente à chamada rede de modo padrão. Esse termo foi escolhido inicialmente porque pesquisadores da Washington University em St. Louis descobriram que essa rede se tornou ativa quando as pessoas pararam de solucionar problemas.

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Depois de anos de pesquisa, sabemos agora que essa rede é ativada durante a exploração, imaginação, inovação, pensamento inovador e envolvimento na viagem mental no tempo, pensando no passado ou imaginando futuros possíveis.

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Por essas razões, costumamos chamá-la de rede de “exploração”. Assim, a tomada de perspectiva envolve tanto as redes mentalizantes quanto as de exploração, talvez porque entrar na cabeça de outra pessoa requeira sair da nossa. Nosso laboratório na Penn é um dos poucos que estudou a exploração, ou rede de modo padrão, usando outras técnicas além das imagens cerebrais, e investigou o que acontece quando aumentamos ou desativamos essa rede. Mostramos que a rede de exploração se engaja quando buscamos novas alternativas ou nos desviamos das rotinas. Aumentar a atividade nesta rede provoca uma seleção de opções que normalmente não levaríamos em consideração. Desligar temporariamente uma parte importante da rede de modo padrão prejudica o aprendizado sobre novas opções por meio da exploração, embora a memória para rotinas antigas permaneça intacta. Quando a rede de exploração é rejeitada, podemos ter dificuldades para aprender novos empregos ou gerar novas ideias. Essas descobertas estão de acordo com uma pesquisa recente realizada na Wharton . Os autores descobriram que, durante a atual pandemia, os trabalhadores eram tão produtivos trabalhando em casa (e às vezes mais) do que quando trabalhavam no escritório antes da pandemia.

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Infelizmente, eles eram muito menos inovadores. Essas descobertas são coerentes com a ideia de que nossas redes de “mentalização” e “exploração” são menos engajadas quando trabalham remotamente, talvez porque haja menos oportunidades para interações sociais de alta qualidade. Embora a execução produtiva de tarefas rotineiras ainda seja possível, a inovação está comprometida. Portanto, aumentar a rede de exploração por meio da tomada de perspectiva regular pode nos permitir ter melhores ideias e, portanto, tomar melhores decisões. Estudos experimentais mostram que desencadear uma mentalidade de exploração deixa as pessoas mais criativas, mas precisamente quanto tempo esses efeitos duram permanece desconhecido.

“A tomada de perspectiva pode melhorar os resultados de negócios não apenas nos dando acesso a mais informações do que teríamos sem ela, mas também aumentando a atividade nas regiões centrais do cérebro envolvidas na solução criativa de problemas e na inovação”.

A prática leva à perfeição Dados da neurociência mostram que investir tempo e energia na interação social muda o cérebro de uma forma que deve melhorar a tomada de perspectiva.

Vários estudos conduzidos na Universidade de Oxford descobriram que a rede do cérebro social - que inclui áreas envolvidas na mentalização - em macacos cresce quando os animais são desafiados a aprender como se relacionar com um grande número de parceiros sociais. E pessoas com redes cerebrais sociais maiores e mais bem conectadas, na verdade, têm mais amigos. A equipe de Tania Singer na Alemanha mostrou que, assim como nos macacos, a rede do cérebro social cresceu em resposta a nove meses de exercícios que incluíam tomada de perspectiva . Assim, a rede mentalizante é como um músculo: quanto mais você a usa, mais forte ela fica.

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Como você pode exercitar seus músculos que tomam perspectiva Um exercício desenvolvido por Per Hugander para melhorar a tomada de perspectiva encorajou os participantes a refletir sobre exemplos recentes e específicos de tomada de perspectiva e a compartilhá-los com os colegas. Em um segundo exercício, os participantes foram encorajados a visualizar situações potenciais no futuro em que poderiam se beneficiar da tomada de perspectiva (por exemplo, uma conversa com um cônjuge ou em uma reunião de negócios). Hugander instrui as pessoas a prestar atenção especial aos detalhes e anotá-los. Esses exercícios são repetidos duas vezes por semana. Esses procedimentos são úteis porque a imaginação e a memória podem ativar regiões cerebrais semelhantes às ativadas durante uma experiência real, e nosso cérebro aprende a repetir pensamentos e ações que levam a bons resultados. Em essência, o cérebro humano é o maior dispositivo de aprendizagem de padrões estatísticos da natureza. Isso significa que quanto mais você exercita a tomada de perspectiva (seja lembrada, imaginada ou real), mais ela será reforçada. Com o tempo, a tomada de perspectiva provavelmente se tornará mais automática. Outras atividades estimulantes como desenhar nossos problemas, bem como nossas oportunidades, na forma de imagens, ter conversas com estranhos, experimentar coisas novas e ler romances que nos transportam para a mente de um personagem, tudo parece ativar nossa exploração e mentalização de redes. A diretora executiva e bolsista sênior da WiN Elizabeth Johnson, que é neurocientista visual, conduz rotineiramente sessões sobre perspectiva visual para alunos de todos os níveis (graduandos,

alunos de MBA, ex-alunos e executivos corporativos) na Barnes Foundation da Filadélfia, uma coleção de arte extraordinária e educacional instituição. Em seu exercício, pequenas equipes discutem como cada indivíduo percebe uma obra de arte. No decorrer da discussão, eles começam a integrar as perspectivas dos outros e como elas podem ser diferentes das suas. Por meio desse processo, eles descobrem novas ideias, conexões e uma vontade de expandir seus pontos de vista, e esses benefícios muitas vezes se estendem para além do contexto do museu. Todas essas são maneiras poderosas de nos levar a pensar fora da caixa, aprimorando assim a inovação e a tomada de decisões.

Juntando tudo A tomada de perspectiva pode não apenas fornecer novos dados em situações complexas, mas também pode ativar redes em nossos cérebros que estão associadas ao pensamento criativo e à exploração. Pode-se especular que esse é um dos motivos pelos quais a probabilidade de ideias inovadoras aumenta durante a tomada de perspectiva. No longo prazo, a tomada de perspectiva frequente e habilidosa pode aumentar a capacidade de inovar, colaborar e tomar boas decisões. Em estudos em andamento, os bolsistas de pós-doutorado Vera Ludwig e Scott Rennie estão trabalhando com Hugander usando novas ferramentas desenvolvidas na WiN para medir o impacto do treinamento de tomada de perspectiva na tomada de turnos ao falar e na sincronia emocional durante a videoconferência online. Visto que muitas equipes continuarão a trabalhar remotamente após a pandemia, esses estudos fornecerão dados vitais para a compreensão de como otimizar equipes online, o que tem sido notoriamente desafiador durante o trabalho remoto. Se você, como líder, deseja começar a fortalecer suas habilidades de tomada de perspectiva ou ajudar sua equipe a melhorar as deles, a equipe WiN-SEB publicou uma ferramenta Nano que fornece instruções passo a passo com exercícios concretos que requerem apenas cinco minutos cada.

(*) Neurocientista e diretor da Wharton Neuroscience Initiative, professor da Perelman School of Medicine e do Departamento de Psicologia da University of Pennsylvania e autor de The Leader’s Brain . (**)Pesquisadora associada do Platt Labs e da Wharton Neuroscience Initiative. (***)Diretora executiva e pesquisadora sênior da Wharton Neuroscience Initiative. (****) Conselheiro estratégico e ex-chefe de liderança e desenvolvimento organizacional da SEB, bem como o fundador da iero Leaders Development e foi conselheiro anterior para ampliações de tecnologia como Truecaller, Fishbrain e Lifesum

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O caminho para um futuro mais verde começa em nossas cidades As cidades geram mais de 60% das emissões globais de CO2, e tornar nosso ambiente construído mais sustentável é vital se quisermos enfrentar as mudanças climáticas. As tecnologias digitais vinculadas a sistemas elétricos mais eficientes e amigáveis ao carbono podem impulsionar a mudança de que precisamos Texto *Philippe Delorme **Jeff Merritt Fotos Carlos Alfonso / Unsplash, WEF, World Green Building Council

O

s dados não mentem - e o que eles nos dizem é que as cidades consomem 78% da energia primária do mundo e geram mais de 60% de todas as emissões de carbono, com os maiores contribuintes sendo edifícios, produção de energia e transporte. Foi sugerido que as mudanças no comportamento individual e corporativo provocadas durante a pandemia COVID-19, como um aumento no trabalho remoto e menos viagens internacionais, poderiam impulsionar os esforços para combater as mudanças climáticas. Isso seria uma notícia bem-vinda - mas estudos recentes indicam que o impacto líquido do COVID-19 no aquecimento global será insignificante, a menos que ações muito mais agressivas, de longo alcance e sustentadas sejam tomadas. Isso significa não apenas olhar atentamente para nossas rotinas diárias e práticas de negócios, mas também repensar e transformar os lugares físicos onde vivemos e trabalhamos - com a experiência das pessoas, saúde pública e objetivos de sustentabilidade em sua essência.

As cidades são os maiores contribuintes para a mudança climática - e nossa melhor oportunidade para enfrentá-la

De acordo com a Aliança Global para Edifícios e Construções, 28% das emissões globais de CO2 vêm de operações de construção. Adicione os materiais de construção e construção e esse número sobe para 38%, tornando os edifícios a maior fonte de emissões de CO2. Esses números são profundamente preocupantes, mas contam apenas parte da história.Em 2050, espera-se que a população mundial chegue a quase 10 bilhões, com a grande maioria desse crescimento ocorrendo em nossas cidades. Para atender a essa

demanda, o estoque global de construção deverá dobrar nas próximas décadas . Muito desse crescimento ocorrerá em países onde os códigos de energia de construção obrigatórios são limitados ou inexistentes. No entanto, sabemos que os edifícios devem se modernizar. Devemos quebrar o ciclo vicioso em que as emissões urbanas aumentam a imprevisibilidade do tempo e, à medida que o frio e as ondas de calor persistem, mais energia está sendo usada para aquecimento e ar-condicionado.

28% das emissões globais de CO2 vêm de operações de construção

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Unindo forças A tarefa que temos pela frente é assustadora. O World Green Building Council estima que cada edifício no planeta deve ter “carbono líquido zero” até 2050 para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ° C - mas atualmente menos de 1% do estoque global de construção atende a esse padrão. A transformação da maneira como projetamos, construímos e operamos edifícios não pode ser deixada para uma única indústria. Em vez disso, devemos agir agora para unir forças em todos os setores e nos setores público e privado. Hoje, podemos reformar edifícios existentes de forma sustentável com a ajuda de soluções digitais interoperáveis baseadas em padrões. Não precisamos necessariamente construir estruturas totalmente novas.

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Os edifícios existentes podem ser transformados em edifícios resilientes e autossuficientes do futuro, capazes de gerar e gerenciar suas próprias necessidades de energia, apoiando a transição para frotas de EV e desbloqueando melhores experiências para as pessoas que os utilizam. Isso não é ficção científica. A convergência da eletrificação e digitalização em edifícios, enquanto apenas uma peça deste complexo quebra-cabeça, representa um importante ponto de partida - e tem potencial para ganhos rápidos e significativos. A separação das camadas externa e interna do edifício permite que a camada interna seja ativada digitalmente por meio de dados e análises, tornando imediatamente todo o edifício inteligente, com atualizações de software e design de layout disponíveis sob demanda.

Se as ferramentas digitais representam o sistema nervoso de um edifício, a eletricidade é a linha de sangue, com sinergias criadas em toda a linha. Os sistemas de aquecimento que usam bombas de calor elétricas, por exemplo, são em média três a quatro vezes mais eficientes do que as tradicionais caldeiras a combustível fóssil. Adicione a energia inteligente e sistemas de gerenciamento de edifícios e esses benefícios são compostos, reduzindo as contas de eletricidade em 20-30%. Além disso, as microrredes permitem a integração de energias renováveis em qualquer escala e nas proximidades de seu ponto de uso, oferecendo, portanto, outra camada de benefícios na redução da perda de transmissão, ajudando proprietários de edifícios e inquilinos em todo o mundo a obter maior resiliência e acesso à energia, e traçar um caminho para a sustentabilidade.

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Construindo conexões Até o momento, os esforços para reduzir as emissões de edifícios têm se concentrado amplamente em edifícios individuais, principalmente por causa da falta de uma estratégia integrada para todo o sistema. No entanto, para impulsionar um progresso mais rápido e maior eficiência, os edifícios devem interagir uns com os outros, com a rede elétrica e com outros setores. Isso pode mudar distritos e até cidades inteiras, um passo de cada vez. Na cidade de Grenoble, na base dos Alpes franceses, um novo complexo de negócios denominado IntenCity oferece um vislumbre de como os setores público e privado podem unir forças para construir comunidades mais limpas, saudáveis e vibrantes. O parque de escritórios inteligentes de 26.000 metros quadrados é o lar de 5.000 funcionários da Schneider Electric, mas visa consumir apenas 37 kWh / m² por ano quase 10 vezes menos energia do que a média dos edifícios europeus. Painéis solares no telhado, duas turbinas eólicas no local e soluções de tecnologia inteligente permitem que o complexo seja 100% autônomo em termos de energia, ao mesmo tempo que compartilha e coordena a energia com a comunidade ao redor por meio de uma parceria única de microrrede.

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No mês passado, na Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial, nove cidades e mais de 70 organizações que representam 10 setores diferentes lançaram uma nova estrutura para acelerar o movimento em direção a edifícios e cidades com zero de carbono líquido por meio de uma abordagem de energia mais integrada. Paralelamente, os principais executivos das principais empresas imobiliárias do mundo estão delineando uma nova estratégia para permitir edifícios e cidades mais habitáveis, acessíveis, resilientes e sustentáveis. Essas novas iniciativas são muito promissoras, mas não podem, por si só, gerar as mudanças necessárias. Em todos os setores, em todos os setores e em todas as regiões, é hora de assumir a

responsabilidade pelos lugares em que vivemos e trabalhamos. Isso significa insistir que os novos edifícios e construções sejam projetados para atender aos padrões de carbono líquido zero, fazendo investimentos de longo prazo para modernizar nossos edifícios e infraestrutura existentes e adotando uma abordagem mais holística de como planejamos e administramos nossas comunidades. Só então nossas cidades - e nosso planeta - podem retomar o controle e, por fim, vencer a luta contra as mudanças climáticas. (*) Vice-presidente executivo e CEO, Negócios de gestão de energia, Schneider Electric; (**) Chefe de IoT e Transformação Urbana; Membro do Comitê Executivo, Fórum Econômico Mundial

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