Pará+ 253

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PARAGOMINAS INVESTE EM PISCICULTURA

FORTALECIMENTO DE FLORESTAS PRODUTIVAS NO PARÁ

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MAIS CARBONO NO SOLO EDIÇÃO 253 BELÉM-PARÁ WWW.PARAMAIS.COM.BR R$ 19,99 ISSN 16776968 7 71677 69 6 124 93 5200
INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA ACUMULA

Paragominas é destaque na produção de soja, na pecuária, na agroindústria, e também na piscicultura. É o município campeão de produção de pescado em cativeiro, em todo o estado do Pará. Durante a Semana Santa, Paragominas forneceu toneladas de pescado para diversos municípios do estado, e ainda realizou feiras de peixe vivo, que garantiram excelente oportunidade de comercialização aos produtores de todos os tamanhos. Assim, as famílias paragominenses levaram para as suas mesas pescado farto, de qualidade, a preços acessíveis. Com o apoio em todas as direções, a Prefeitura de Paragominas fortalece a economia do município. Afinal, nossa missão é cuidar das pessoas.

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Integração lavoura-pecuária acumula mais carbono no solo que sucessão de culturas de grãos

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EDITORA CÍRIOS

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Aline Saavedra, Braúlio Bessa, Bruno Roberto, Christopher Damman, Daniel Stolte, Embrapa Arroz e Feijão, Giovanna Abreu, Ideflor-Bio, Koda Benavidez, McKinsey, Rodrigo Peixoto, Ronaldo G. Hühn, Shyam Bishen, Vinícius Leal; FOTOGRAFIAS: Arquivo Pará+, Ascom Prefeitura de Paragominas, Bruno Cecim/ Ag.Pará, Divulgação, Divulgação / Sectet, Fabio Paiva, Francisco Lins, Internet, Marcelo Seabra / Ag.Pará, Maria Eugênia, Nopparit/iStock via Getty Images Plus, Pedro Guerreiro/Ag. Pará, Precisão no Unsplas, McKinsey, Sebastião Araújo, Universidade de Washington, Unsplash, WEF, Wikipédia; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

CAPA

Em Homenagem às Florestas: Bacurizeiro nativoPlatonia insignis, um dos gigantes do Utinga. Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará

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NESTA EDIÇÃO 253 - ABRIL - 2023 Geração Z 22 Alimente bem seu microbioma intestinal para tornar as células mais felizes e um corpo mais saudável 32 IA e a saúde digital estão moldando o futuro da Saúde 27 18 16 INVESTIMENTO CHINÊS DE R$ 10 BILHÕES PARA NOVA FERROVIA NO ESTADO REGULARIZA PARÁ INCENTIVA AÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO FLORESTAL PARA A AGRICULTURA FAMILIAR Bendita sois vós! 05 Resíduo de biomassa tem grande potencial como fertilizante 20 13 08 06 ESTADO FORTALECE O DESENVOLVIMENTO DE FLORESTAS PRODUTIVAS NO PARÁ 3ª FEIRA DE NEGÓCIOS DO COOPERATIVISMO PARAENSE MOVIMENTOU A ECONOMIA PARAENSE PARAGOMINAS APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA E SE DESTACA TAMBÉM NA PISCICULTURA PUBLICAÇÃO
POR FAVOR
RECICLE ESTAREVISTA
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Vez por outra ela duvida até do nosso amor, fazendo drama e falando como quem sente uma dor:

– “Um dia, quando eu morrer, é que tu vai aprender e talvez me dar valor”.

Por mais que exista amor, por mais que exista afeto, um fato que deixa a gente preocupado e inquieto é quando a mãe pronuncia sem nenhuma alegria o nosso nome completo!

Quando a gente quer sair, bate um receio profundo. Pede à mãe cheio de medo e nesse exato segundo diz que “todo mundo vai” e a resposta dela sai:

– “Você não é todo mundo!”

Por mais que a gente estude, que tenha dedicação, o boletim todo azul ela olha com atenção e fala sem gaguejar:

– “Tem mesmo é que estudar. Não fez mais que a obrigação!”

Se acaso a gente perder coisa boba ou coisa rara, ela ativa um radar potente que nunca para e diz: – “Se eu for procurar, garanto que vou achar e esfregar na sua cara”.

Quando a gente chega perto, faz um carinho qualquer, e diz: – “Mãe, vou te amar enquanto vida tiver!” Ela responde ligeiro:

– “Hoje eu não tenho dinheiro. Diga logo o que tu quer!”

Coisa de mãe é dizer:

– Você vai se machucar.

– Cadê o troco, menino?

– Mais tarde vai esfriar.

– Só vou contar até três!

– Bagunçou, vai arrumar.

– Já pegou o guarda-chuva?

– Eu não sou sua empregada.

– Engole esse choro agora!

– Eu nunca estou enganada.

– Na volta a gente compra.

– Você não ajuda em nada!

Coisa de mãe é ser cura pra aliviar qualquer dor. Coisa de mãe é o abraço mais forte e mais protetor. Coisa de mãe é cuidar, coisa de mãe é Amor.

05 Pará+
Aqui todo dia é Dia das Mães Aqui todo dia é Dia das Mães @casacontente /casacontente @casa_contente (91) 3222-4751 Boaventura esquina com Quintino Av. Senador Lemos, 1560. próximo aos CORREIOS Padre Eutíquio, 1198. Próximo ao Shopping. Pedro Miranda, 1433. Esq. com a Barão do Triunfo. A esquina mais Contente do Umarizal. DIA DAS MÃES MUITO MAIS CONTENTE Coisas de Mães *Bráulio Bessa vós! Bendita In memoriam

Paragominas aposta na diversificação da economia e se destaca também na piscicultura

Cada atividade econômica desenvolvida no município de Paragominas vem se transformando em grande sucesso

Omunicípio é destaque no cenário econômico do Pará, através dos volumes da sua mineração e valores resultantes da sua produção de soja, pecuária, agroindústria e também da piscicultura.

Os resultados mostrados no período da Semana Santa, quando tradicionalmente cresce o consumo de pescado no pais, colocaram Paragominas como o município campeão de produção de pescado em cativeiro, em todo o estado do Pará.

A pesca, que se iniciou como simples atividade extrativista para atender a demanda dos moradores ribeirinhos, recebeu incentivos e investimentos, ganhou tecnologia através de dois grandes produtores pioneiros e transformou-se em uma sólida e lucrativa atividade econômica.

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Fotos Ascom Prefeitura de Paragominas O Prefeito de Paragominas Dr. Lucídio Paes, acompanhado de secretários municipais e técnicos, comprovou pessoalmente os execelentes resultados da Feira do Peixe Vivo

Expansão da atividade

Da comercialização dentro do município, para atender a peixarias locais, a produção do pescado em Paragominas cresceu tanto que houve a necessidade de expansão das vendas para outros municípios e estados. Paragominas detém atualmente a liderança, com cerca de 40% da produção de pescado em cativeiro em todo o estado do Pará.

O município conta com cerca de mil hectares de lâmina d’água dedicados à produção de pescado, além da sua própria fábrica de ração. A prefeitura de Paragominas tem dedicado especial atenção à sua área rural e ofereceu incentivos aos pequenos produtores, para ampliar ainda mais a capacidade de produção no município.

Através da Prefeitura Municipal foi garantida a escavação de tanques, realizada a doação de tanques de geomembrana, assim como foram oferecidos cursos de capacitação na área.

Feira do Peixe Vivo

Chamaram a atenção os resultados da comercialização de pescado durante a Semana Santa, quando pequenos produtores conseguiram faturar mais de R$ 40 mil, na Feira

do Peixe Vivo realizada recentemente no município. O prefeito de Paragominas, Dr. Lucídio Paes acompanhou o funcionamento da Feira do Peixe e mostrou-se empolgado com os resultados. “Nesse momento constatamos os efeitos positivos do apoio que a Prefeitura oferece às nossas atividades econômicas”, avaliou Dr. Lucídio. “Os pequenos produtores ampliaram e melhoraram a produção, e conquistaram espaço no mercado, enquanto as famílias paragominenses levam para casa produtos de qualidade a preços justos”, concluiu.

Atividade lucrativa

Atualmente, Paragominas conta com cinco grandes produtores, dez produtores de médio porte e cerca de setenta pequenos produtores, produzindo espécies como tambaqui e tilápia, que são os destaques na comercialização, mas também, são criadas espécies como pirarucu, lambari, carpa, pintado, entre outros, que já conquistaram o mercado paraense.

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Paragominas conta com cinco grandes produtores, dez produtores de médio porte e cerca de setenta pequenos produtores Produtos da piscicultura de Paragominas foram sucesso na Feira do Peixe Vivo Grandes áreas dedicadas à piscicultura fortalecem a economia rural de Paragominas , além da sua própria fábrica de ração.

3ª Feira de Negócios do ParaenseCooperativismomovimentou a economia paraense

O movimento intenso de visitantes e a presença de diversas autoridades durante os 3 dias da Feira de Negócios do Cooperativismo reafirmaram uma realidade: o cooperativismo é a grande tendência de negócio para as cadeias produtivas do Estado. O evento também reafirma o Sistema OCB/PA como o representante máximo das cooperativas paraenses, cooperativismo no estado e gerando negócios.

Oobjetivo da 3ª FENCOOP, única neste formato em todo o Brasil, foi mostrar à sociedade paraense a potencialidade e a diversidade das cooperativas, desde chocolates premiados a soluções de crédito inteligente. A programação ocorreu entre os dias 26 e 28 de abril, na Estação das Docas, e recebeu cerca de 25 mil visitantes.

A terceira feira evidenciou a grandeza do cooperativismo no Pará, com a presença de grandes autoridades políticas e assinaturas de termo de cooperação entre o Sistema OCB/PA e entidades estaduais e federais, que marcou a cerimônia de abertura. Durante o momento solene, estiveram presentes os Secretários Estaduais Giovanni Queiroz, da SEDAP, Paulo Bengtson, da SEDEME,

juntamente com a Presidente da Jucepa, Cilene Sabino. Também se fizeram presentes os Deputados Estaduais parceiros do cooperativismo, Fábio Freitas e Wescley Tomaz.

Representante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (FRENCOOP), o Deputado Fábio Freitas, apresentou 14 pautas em defesa do cooperativismo durante os seus quatro anos de exercício na ALEPA.

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Fotos Ascom OCB/PA O evento movimentou cerca de 25 mil pessoas durantes os 3 dias de evento

Fabio “São quatorze pautas que eu tenho que lutar até o final do mandato, nesses 4 anos, para que o setor venha desburocratizar e descomplicar para que vocês venham produzir muito mais ainda”, afirmou o deputado durante sua fala na cerimônia de abertura.

O titular da Sedeme, Paulo Bengtson, ressaltou a importância da FENCOOP. “A Feira de Negócios para dar visibilidade e incentivar o cooperativismo no Estado. A Sedeme é parceira do Sistema OCB/PA e cria instrumentos que potencializam o contínuo crescimento do setor”, afirma Paulo Bengtson.

Com o tema “A Diversidade no Negócio Cooperativo”, cooperativas de diversos municípios do estado apresentaram produtos e serviços, e como empreender de forma coletiva pode ser uma solução econômica. Além disso, a feira possibilitou o fomento de acordos e negócios entre as cooperativas.

Durante a feira, estiveram presentes cooperativas de todos os ramos de atividades econômicas distintas presentes no Pará, como as cooperativas que trabalham com turismo ecológico, energia renovável, coleta seletiva, compras coletivas, mineração, educação, transporte, saúde, crédito e agricultura familiar. Dessa forma, a feira se torna a principal vitrine do cooperativismo no Pará.

O evento é uma realização do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (Sistema OCB/PA) e conta com a coordenação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Pará (SESCOOP/PA).

Ao longo dos três dias, além da exposição de produtos e serviços das cooperativas, foi realizada uma programação diversificada com seminários, palestras, encontros e apresentações culturais regionais. A novidade foi o 1º Workshop Nacional das Cooperativas de Consumo da Construção Civil, que reuniu cooperados da Coopercon de todo o Brasil, os Encontros de Mulheres e Jovens Cooperativistas. Outro momento, de suma importância, foi a presença da equipe técnica do Sistema OCB/PA realizando atendimento na unidade móvel, para atender da melhor forma as cooperativas e pessoas interessadas em saber mais sobre o cooperativismo.

“A realização da FENCOOP é um momento singular para o cooperativismo paraense. A sociedade consegue conhecer em um só lugar o que está sendo produzido, além da geração e realização de negócios entre si, promovendo a intercooperação. Durante os três dias conseguimos mostrar a força que o cooperativismo tem, o quão é importante para a geração de empregos e negócios, além do seu potencial desenvolvimento.” frisa o Presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

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O espaço da Agricultura familiar reuniu cooperativas de diversos municípios Equipe do Sistema OCBPA, realizador da FENCOOP Abertura da 3ª edição da Fencoop, na Estação das Docas

Ideflor-Bio destaca o papel da botânica na preservação da biodiversidade paraense

Instituto trabalha em parceria com diversas entidades para garantir a proteção dos ecossistemas presentes no estado

Na segunda-feira (17/04), foi celebrado o ramo da Biologia que estuda as plantas, fungos e algas: a Botânica. Instituído há quase 30 anos, a comemoração evidencia a importância desta ciência e, principalmente, dos profissionais que se dedicam a estudar a morfologia, classificação, identificação, reprodução, fisiologia, distribuição e ecologia ou relações mútuas e com outros seres vivos.

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), como órgão do Executivo Estadual responsável pela conservação dos ecossistemas paraenses possui, em seu corpo técnico, diversos profissionais nessa área que são chamados de botânicos. Esses especialistas empregam seu tempo em estudos para desvendar o vasto campo do mundo vegetal.

Um desses exemplos é o ‘Flora do Utinga’, desenvolvido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em parceria com o Ideflor-Bio. A iniciativa já identificou, em quatro anos de trabalho, quase 900 espécies de plantas e fungos na Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral Parque Estadual do Utinga “Camilo Vianna”, em Belém, sendo alguns inclusive inéditos na Amazônia.

À frente desse trabalho de pesquisa está o biólogo do MPEG, Leandro Ferreira, que comentou a importância de celebrar esta data e a grande biodiversidade presente na UC. “Para vocês terem uma ideia, o Parque tem 1.400 ha. Contudo, apesar dessa pequena área, ele tem uma grande representação de ambientes, tais como florestas de terra firme, florestas inundadas, vegetações abertas e lagoas naturais”, detalhou.

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Texto *Vinícius Leal Fotos Bruno Cecim/ Ag.Pará, Marcelo Seabra / Ag.Pará Parque do Utinga, na área urbana de Belém, contribui para a qualidade do ar, agrega valor e qualidade de vida às comunidades

O especialista ressalta, ainda, que toda essa gama de diferentes ambientes proporcionam uma grande riqueza de espécies de plantas e fungos. “Tudo isso demonstra a importância que essa UC tem, principalmente porque é um dos últimos remanescentes de vegetais nativos do município de Belém. Portanto, sua preservação é fundamental para que nós mantenhamos a rica história da flora belenense”, concluiu Leandro Ferreira.

Árvores gigantes

Para o diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, o Dia Nacional da Botânica é de grande relevância para todo o bioma amazônico. Ele destaca que o Pará possui 27 UCs que equivalem a aproximadamente 17% de toda a extensão territorial do estado, com áreas maiores que muitos estados brasileiros e até mesmo países.

Platonia insignis, nome científico do bacurizeiro nativo, um dos gigantes do Utinga O biólogo do MPEG, Leandro Ferreira, comentou a importância de celebrar esta data e a grande biodiversidade presente na Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral Parque Estadual do Utinga “Camilo Vianna”

“Nesses 17% de áreas conservadas, a variedade de ecossistemas e vegetais é muito grande, e é justamente onde a representatividade da flora se sobressai. Destaco o “Santuário das Árvores Gigantes da Amazônia”, localizado no município de Almeirim, mais especificamente na Floresta Estadual (Flota) do Paru, que abriga o angelim vermelho (Dinizia excelsa), maior vegetal já identificado na América do Sul e o quarto maior do mundo, com 88,5 metros de altura”, detalha o diretor.

Crisomar conta, ainda, que o Instituto está trabalhando com diversas entidades ao norte da Flota do Paru e, também, próximo da Reserva Biológica Maicuru, onde pretende-se recategorizar aproximadamente 500 mil hectares para UC de Proteção Integral, visando garantir a preservação total do “Santuário das Árvores Gigantes da Amazônia” no estado do Pará.

Crisomar Lobato é o diretor de Gestão da Biodiversidade (DGBioIdeflor-Bio) (*) IDEFLOR-BIO << Com 88,5 m de altura, arvore gigante de angelin na Floresta Estadual do Paru, oeste do Pará

Estado fortalece o desenvolvimento de florestas produtivas no Pará

Aprodução e o desenvolvimento da cadeia florestal no Pará estão entre o foco das políticas do Governo do Pará desenvolvidas por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio), com a atuação nas florestas públicas produtivas destinadas à produção de madeiras, produtos não-madeireiros e serviços ecossistêmicos no Estado. O objetivo é a valorização dos recursos naturais por meio da concessão florestal, que permite que instituições privadas possam colher a madeira nativa e outros produtos por meio do manejo sustentável.

Cerca de 463 mil hectares já foram concedidos pelo Estado, com oito contratos ativos na Floresta Estadual (FLOTA) do Paru, nos municípios de Monte Alegre e Almeirim e, no Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, na Região de Integração do Baixo Amazonas, nos municípios de Santarém e Juriti, e na RI Tapajós, no município de Aveiro.

A previsão é de que até 2026 cerca de 2 milhões de hectares estejam disponíveis para concessão florestal no Pará. “A floresta reúne os diversos recursos naturais que ocupam um determinado espaço e interagem entre si, gerando bens, que, em florestas produtivas são produtos e subprodutos que o ser humano pode se beneficiar dessas interrelações, a exemplo de madeira, sementes, fibra, resina, óleos, entre outros; e serviços ecossistêmicos, como liberação de oxigênio, sequestro de gás carbônico, contemplação de paisagem. Diferente das florestas preservadas, onde essas interações acontecem, mas têm seu uso limitado, nas florestas produtivas podemos movimentar a economia, gerar emprego e renda, estimular a produção de comunidades que vivem nesses espaços ou no entorno, mantendo a floresta viva em pé, ou seja, conservada”, explica Gracialda Ferreira, diretora de Gestão de Florestas Públicas de Produção (DGFLOP) do Instituto.

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Texto *Giovanna Abreu Fotos Agência Pará, Bruno Cecim/Ag. Pará, Pedro Guerreiro/Ag. Pará
A expectativa é alcançar, até 2026, cerca de 2 milhões de hectares de florestas manejadas por concessão florestal no estado
Floresta Estadual (FLOTA) do Paru, abrange os municípios de Almeirim (58%), Monte Alegre (18%), Alenquer (18%), Óbidos (4%) e Prainha (2%)

Por meio da diretoria especializada são realizados estudos e levantamentos de informações sobre a capacidade de produção em cada área de floresta, incluindo taxas de produtividade e demais informações por meio de diagnósticos ambientais, sociais, econômicos, que geram as informações necessárias para subsidiar políticas públicas e a elaboração de novos editais para concessão de florestas públicas.

Somente nas áreas das florestas produtivas, cerca de 86 mil m³ de madeira legal são produzidos por ano. “Esse setor, que é o nosso principal ativo nessas florestas, está entre os 10 que mais contribuem para o PIB da economia estadual, impactando na geração de empregos, levando qualificações nas áreas de manejo florestal”, comenta Gracialda Ferreira. Em 2020, a extração de madeira no estado do Pará gerou R$ 968 milhões, representando 34% da produção nacional.

As atividades de manejo florestal, desenvolvidas nas florestas públicas, por meio da concessão florestal, resultam em arrecadação para o Estado do Pará, da qual 30% vai para manutenção do órgão, 30% é repassado proporcionalmente aos municípios e 40%

destinado à execução de projetos que permitam desenvolvimento social, econômico e ambiental nas regiões de realização das concessões. Além disso, com a concessão, as empresas repassam ainda um recurso

financeiro que é para ser aplicado em atividades sociais nas comunidades no entorno das áreas. Este recurso é aplicado anualmente a partir das demandas das comunidades, aprovadas em reuniões específicas para esse fim.

Produtos extrativistas

O IDEFLOR-Bio, que completou no último domingo (16), 16 anos da sua criação, desenvolve projetos junto às comunidades que moram nas áreas de concessão e no entorno, para garantir qualificação para o manejo de produtos como óleos, castanha, sementes, fibra, resina, entre outros, com o objetivo de fomentar a economia de produtos da sociobiodiversidade e criar melhores condições de vida dos extrativistas.

A iniciativa segue as diretrizes do Plano Estadual de Bioeconomia, que vai além da produção sustentável e da resiliência climática, contemplando ações relacionadas à infraestrutura verde, geração de empregos e potencial de crescimento socioeconômico de baixo carbono.

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Fomentar a economia de produtos da sociobiodiversidade e criar melhores condições de vida dos extrativistas
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86 mil m³ de madeira legal são produzidos por ano nas áreas das florestas produtivas
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Restauração florestal

O Instituto já mapeou aproximadamente 600 mil hectares de áreas degradadas por desmatamento, fogo e exploração ilegal com o intuito de desenvolver modelos para concessão de áreas para recuperação, por meio de restauração florestal ou de reflorestamento.

O PROSAF é outra iniciativa da instituição que vem agregando resultados positivos à recuperação de áreas degradadas ao promover

Ideflor-Bio investe na produção de mudas para áreas degradadas por desmatamento a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), a partir da coleta de sementes e produção de mudas em viveiros fomentados pelo Instituto que são utilizadas nos arranjos produtivos de agricultores no Estado do Pará. “A floresta é um recurso sustentável, e não inesgotável. Se a gente não cuidar, ela vai se esgotar. Se eu mantenho a floresta em pé, evito a emissão de carbono. Se quando eu restauro a floresta, introduzo vegetais que vão capturar carbono no corpo, crio possibilidade de

acelerar o sequestro de carbono e contribuir para o meio ambiente. O manejo florestal possibilita a liberação de espaço para que novas plantas se desenvolvam, capturando mais carbono da atmosfera. Então nossas ações não são locais, mas envolvem o planeta como um todo, tendo em vista que as mudanças climáticas afetam a todos”, ressalta Ferreira.

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O Prosaf possui uma rede de mais de 200 viveiros, implantados em 75 municípios paraenses (*) SECOM <<

Regulariza Pará incentiva ações de conservação e restauração florestal para a agricultura familiar

Durante o mutirão do Regulariza Pará, os agricultores familiares foram atendidos sobre o processo de regularização ambiental a partir do CAR

OPrograma Regulariza Pará promoveu mutirão de regularização ambiental nos municípios de Bragança, Augusto Corrêa e Viseu realizando mais de 300 atendimentos a agricultores familiares, orientando-os sobre regularização ambiental, benefícios e formas de adesão às políticas públicas de pagamento por serviços ambientais (PSA).

Nessa perspectiva, o mutirão Regulariza Pará em parceria com o Projeto Floresta+ Amazônia também inscreveu 240 agricultores familiares como potenciais beneficiários de recursos monetários pelo desenvolvimento de atividades que potencializam a conservação ou a recuperação da floresta nativa e, consequentemente, contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa e manutenção da biodiversidade dos ecossistemas. A ação ocorreu no período de 10 e 14 de abril.

O mutirão de ação integrada com foco na restauração florestal foi realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater),

com a parceria das Secretarias Municipais de Meio Ambiente de Augusto Corrêa e Viseu e do Projeto Floresta+ Amazônia, executado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Durante o mutirão do Regulariza Pará, os agricultores familiares foram atendidos sobre o processo de regularização ambiental a partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com oferta de assistência técnica rural para resolução de pendências

identificadas na análise do CAR. Semas e Emater, também realizaram apoio técnico nas retificações necessárias à regularização ambiental do imóvel rural.

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Texto *Aline Saavedra Fotos Divulgação, Divulgação / Sectet Mutirão de regularização ambiental nos municípios de Bragança, Augusto Corrêa e Viseu realizou mais de 300 atendimentos a agricultores familiares

A ação de campo resultou na inscrição de 240 pequenos agricultores no Projeto Floresta+ Amazônia, os quais poderão ser elegíveis aos recursos por pagamento de serviços ambientais, por atenderem requisitos como: possuírem imóveis rurais com áreas de até quatro módulos fiscais com vegetação nativa conservada além do mínimo exigido pelo Código Florestal, não apresentarem auto de infração e apresentarem CAR validado pela Semas. Desta forma, o Regulariza Pará realiza validações de CAR nos mutirões de campo, aplicando a metodologia simplificada de validação dos cadastros dos agricultores familiares. Assim, a parceria de implementação permite que os beneficiários selecionados, ao se comprometerem com as regras do Projeto Floresta+ Amazônia, possam receber o pagamento de, no mínimo, R$ 400 reais por hectare de excedente de vegetação nativa por ano. Os órgãos municipais ajudam na mobilização, logística e apoio na orientação dos agricultores.

O Secretário adjunto de gestão e regularidade ambiental da Semas, Rodolpho Bastos, expõe a importância de parcerias para a efetivação da restauração florestal. “Nos mutirões regionalizados do Regulariza Pará, nosso foco é o engajamento de agricultoras e agricultores familiares no campo, mostrando que a regularização ambiental é possível, que prioriza a pequena posse ou propriedade familiar rural e, sobretudo, pode recompensar por pagamento por serviços ambientais aqueles que vivem da terra e promovem a melhoria, conservação, recuperação ou recomposição da vegetação nativa. A parceria Semas, Emater, Municípios e Floresta+ Amazônia é um movimento que soma esforços em prol da conservação e restauração florestal.

Estamos na década Década da ONU da Restauração de Ecossistemas e devemos ampliar o alcance das iniciativas individuais dos órgãos e engajar agricultores familiares como parte da solução para a crise climática e perda de biodiversidade”. A estratégia de pagamento por serviços ambientais do Floresta+ Amazônia, até 2026, prevê que a iniciativa reconheça os esforços de pequenos agricultores, além de apoiar projetos de povos indígenas e de comunidades tradicionais e ações de inovação com o foco no desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal.

“O resultado do mutirão regionalizado fortaleceu o engajamento dos agricultores e agricultoras, com mais de 200 inscrições ao projeto de pagamento por serviços ambientais REDD+. Os esforços conjuntos permitiram avançar na regularização ambiental na região de integração do Caeté. É importante destacar que a regularização ambiental é fundamental para a conservação dos recursos naturais, e o Programa Regulariza Pará, em parceria com os produtores rurais, tem desempenhado um papel crucial nesse processo, garantindo a segurança do atendimento da legislação ambiental às posses ou propriedade de terra e incentivando práticas sustentáveis de produção” explica Catarina Sanches, coordenadora local do projeto Floresta+ Amazônia.

O Programa Regulariza Pará é instrumento de gestão pública, que possui como objetivo promover a regularização ambiental e fundiária dos imóveis rurais, estimular a recomposição das áreas rurais degradadas e incentivar a manutenção da vegetação nativa, por meio da aplicação dos instrumentos de regularização previstos na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, objetivando garantir a integridade de espaços territoriais especialmente protegidos. Para saber mais acesse o Portal do Programa: www.semas.pa.gov.br/analisecar/index.php

(*) SEMAS <<

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Ampliando o alcance das iniciativas individuais dos órgãos e engajar agricultores familiares como parte da solução para a crise climática e perda de biodiversidade Agricultores familiares com o documento da terra entregue pelo governo do Estado

Investimento chinês de R$ 10 bilhões para nova ferrovia no Estado

Governador Helder Barbalho e parceiros assinaram recentemente Memorando de Entendimento em Pequim, capital da China. Documento pode levar à construção de importante modal ferroviário no Pará

Ogovernador do Pará, Helder Barbalho, o presidente adjunto da Communications Construction Company (CCCC), - maior construtora da China-, Sun Liqiang, e o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre Silva D’Ambrosio, assinaram nesta sexta-feira (14) um Memorando de Entendimento da Ferrovia do Pará, sobre a intenção da construção da Ferrovia do Pará integrando Marabá ao porto de Vila do Conde, em Barcarena.

O documento foi assinado em Pequim, capital da China. O chefe do Poder Executivo Estadual paraense detalha que os investimentos necessários são da ordem de US$ 2 bilhões, cerca de R$ 10 bilhões, para interligar os municípios de Barcarena, na região nordeste do Estado com municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até o município de Açailândia, no Maranhão, com a ferrovia Norte-Sul.

“Esse é um momento muito relevante para o Estado do Pará possa ver concretizado um projeto histórico para estrutura logística do nosso Estado. Assinamos o projeto para a Ferrovia do Pará. Isso representará investimentos ao nosso Estado, geração de empregos, desenvolvimento para vários municípios ao longo do trajeto do projeto e, claro, agregando logística ao nosso Estado”, disse o chefe do Executivo Estadual.

Helder Barbalho complementou ainda que “O projeto faz com que o Pará, integrado à ferrovia Norte-Sul, hidrovias e Porto, possa ser um Estado mais competitivo para o desenvolvimento da economia voltada à mineração e o agronegócio, fortalecendo geração de emprego e renda para o nosso Estado. Momento histórico para construir a viabilização e transformar o projeto em realidade para gerar oportunidades ao Estado do Pará”.

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Texto *Lilian Guedes Fotos Marco Santos / Ag. Pará Governador Helder Barbalho assina termo de intenção com futuros parceiros para construção de ferrovia no Pará durante cumprimento Possibilidade de integração representará investimentos ao Pará, geração de empregos, agregação logística e desenvolvimento para vários municípios ao longo do trajeto do projeto

Já o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre Silva D’Ambrosio, analisa que a convergência de interesses do Governo do Pará com as empresas brasileira e chinesa são fundamentais para viabilizar o projeto. “A Vale tem uma parceria histórica com o Estado do Pará e acreditamos que com esse acordo poderemos estudar a viabilidade e fazer grandes projetos de infraestrutura”, ponderou.

“Essa é uma parceria fundamental que nos traz enorme valor tanto do ponto de vista de tecnologia como também de parcerias para o futuro. Nós acreditamos que esse acordo que celebramos hoje é um passo importantíssimo para fortalecimento dos relacionamentos futuros com o Governo do Estado e a empresa chinesa”, com o objetivo de promover o crescimento de oferta logística no Estado e acelerar o desenvolvimento da região, gerando novos postos de trabalho e promovendo a qualificação da mão-de-obra local, destacou.

O vice-presidente

de

D’Ambrosio ressalta que na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira (13/04) Helder Barbalho esteve reunido com o presidente do Conselho da China Communications Construction Company (CCCC), Wang Tongzhou.

A CCCC é a maior empresa de construção civil na China. A empresa investe em obras de infraestrutura no Brasil. Na oportunidade, o presidente do Conselho da empresa disse ao presidente brasileiro que deseja expandir a cooperação com o mercado brasileiro.

Agendas diplomáticas

O Governador Helder Barbalho integrou a comitiva diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China, maior parceiro comercial do Brasil. Na sexta-feira (14/04), além da assinatura do Memorando de Entendimento da Ferrovia do Pará, o chefe do Poder Executivo Estadual paraense também cumpriu agenda com o presidente chinês, Xi Jinping, além de participar de reuniões bilaterais com segmento empresarial de diferentes áreas.

Entre os compromissos do dia, estiveram o encontro com diretores da Zhongtong Bus, uma das principais fabricantes chinesas de ônibus; reunião com Ming Chung Liu, CEO da Nine Dragons Paper, que é grande fabricante de papel no mundo e que demonstrou o interesse em abrir uma planta industrial no Pará. O governador do Pará também se encontrou com os dirigentes da CITIC Group, empresa especialista em reforma econômica, desenvolvimento e tecnologias avançadas.

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(*) SECOM << Complexo Vila do Conde no Porto de Barcarena – o inicio da nova ferrovia executivo Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre Silva D’Ambrosio, no Seminário de Negócios Brasil-China, realizado pelas autoridades brasileiras e chinesas em Pequim O governador do Pará, Helder Barbalho entre o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre Silva D’Ambrosio e o presidente adjunto da Communications Construction Company (CCCC), Sun Liqiang A malha proposta irá interligar o porto de Vila do Conde, em Barcarena, no nordeste do Pará, a municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até Açailândia, no Maranhão, com a Ferrovia Norte-Sul

Resíduo de biomassa tem grande potencial como fertilizante

OBrasil enfrenta um problema em relação à dependência de fertilizantes. Sendo uma potência agrícola, o país demanda uma grande quantidade desses insumos, que provêm nutrientes para o crescimento das plantas. Porém, em 2021, 85% dos fertilizantes consumidos vieram do exterior, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), representando uma alta demanda de recursos e deixando o Brasil em uma posição vulnerável a questões externas. Outro fator que gera mais consumo de fertilizantes é o crescimento da bioenergia. De 2010 a 2020, a oferta interna de energia elétrica da biomassa subiu de 4,7% para 9,1%, no Brasil, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Portanto mais insumos são necessários para a produção de matéria-prima, que será queimada no processo de geração de energia.

Esse cenário envolve outros problemas, a formação de cinzas vegetais pela queima de biomassa e a dificuldade de manejo deste resíduo mineral. Pensando em soluções para reutilizar as cinzas e sabendo que elas apresentam boa capacidade de fornecer nutrientes essenciais para as plantas, o geólogo Alan Rodrigo Leal de Albuquerque analisou o potencial das cinzas como fertilizante na tese Resíduo mineral a partir de biomassas amazônicas como uma fonte alternativa de nutrientes para a agricultura, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG/IG) da UFPA. O pesquisador coletou amostras de cinzas de biomassas amazônicas na Viso Fertilizantes, indústria de fertilizante de fosfato calcinado, no município de Bonito (PA). Em seguida, foi feita a caracterização química e mineralógica do resíduo por meio de equipamentos analíticos, como o difratômetro de raios X. “Para avaliar a eficiência agronômica das cinzas, como disponibilidade e absorção de nutrientes nos solos e plantas, foram aplicados ensaios de incubação com solo e cultivo de aveia (Avena sativa) em câmara de crescimento”, completa Alan de Albuquerque.

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Texto *Bruno Roberto Fotos Fabio Paiva, Unsplash

Bons resultados tanto em solo ácido quanto em solo orgânico

Os resultados da caracterização indicam uma produção de cerca de 4,7 a 9,9 toneladas de cinzas por dia pela indústria de fertilizante e apontam que o resíduo não apresenta variações composicionais significativas ao longo do ano. No quesito mineralógico, as cinzas são compostas por materiais amorfos, anortita, quartzo, clinopiroxênio e espinélio.

O solo utilizado no experimento de incubação foi o Latossolo Amarelo distrófico, que apresenta caráter ácido e baixos teores de nutrientes extraíveis. Os dados mostram que a aplicação de cinzas resultou em uma elevação moderada do pH do solo (diminuição da acidez), um aumento na disponibilidade de nutrientes essenciais para as plantas, como fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K), além da redução da toxicidade do alumínio (Al³+) trocável.

No outro experimento, a aveia foi cultivada em três solos ácidos, com diferentes teores de matéria orgânica e com três dosagens de fertilização mineral.

O estudo concluiu que as cinzas afetaram positivamente a disponibilidade de macronutrientes (P, Ca, Mg e K) e micronutrientes (boro, cobre e ferro). Mesmo com elevada quantidade de resíduo mineral, não houve risco de toxicidade por metais pesados nem aumento da salinidade dos solos e das águas.

Nos solos orgânicos, as cinzas favoreceram a transformação de fósforo inorgânico (Pi) em fósforo orgânico (Po), estimulando a produção e nutrição das plantas.

Logo a tese sugeriu misturar as cinzas com fontes de matéria orgânica e materiais de calagem. “A sugestão visa aumentar, quando necessário, a eficiência agronômica desse resíduo mineral, pois as cinzas não têm capacidade de fornecer todos os nutrientes importantes para o bom desenvolvimento de uma planta, que, além de macronutrientes, exige teores adequados de carbono, nitrogênio e micronutrientes”, explica Alan Rodrigo Leal de Albuquerque.

Portanto a pesquisa verificou que as cinzas vegetais, produzidas da queima de biomassa para produção de energia, têm potencial como fertilizante alternativo para o solo.

Por sinal, segundo a pesquisa, há relatos do uso desses resíduos na agricultura desde o período antes de Cristo. Enquanto isso, no Brasil, há desafios a serem enfrentados. “Um dos principais gargalos para a reutilização em larga escala das cinzas vegetais em sistemas agrícolas ou florestais no Brasil está, sobretudo, em nossa precária condição logística, ainda mais desafiadora na região amazônica. A principal saída é investir em pesquisa e desenvolvimento de sistemas produtivos que considerem o contexto local”, conclui o geólogo.

Sobre a tese: Resíduo mineral a partir de biomassas amazônicas como uma fonte alternativa de nutrientes para a agricultura foi apresentada por Alan Rodrigo Leal de Albuquerque, em 2021, no Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG/IG) da UFPA, sob orientação dos professores Simone Patrícia Aranha da Paz e Rômulo Simões Angélica.

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(*) Em Beira do Rio/UFPA << Caroços de Açai para produção de biomassas e Caroços de Açai para produção de biomassas
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Cinza vegetal têm potencial como fertilizante alternativo para o solo

Geração Z

O que é uma geração?

Sem dúvida você já está familiarizado com o conceito de geração dentro das famílias. Seus avós, pais, filhos e netos constituem uma geração distinta em relação a você. Mas cada um deles também pertence a uma categoria difusa de seus pares, agrupados com base em quando nasceram e o que vivenciaram durante suas vidas. Cientistas sociais estudaram gerações – em teoria e de forma mais prática – por milênios. Mais recentemente, pensadores como August Comte argumentaram que a mudança geracional é o motor por trás da mudança social. Mais especificamente, cada geração que entra em uma nova etapa da vida mais ou menos ao mesmo tempo é o pulso que cria a história de uma sociedade.

Ageração Z é atualmente a segunda geração mais jovem, com a geração do milênio antes e a geração alfa depois. Como toda geração, os comportamentos da Geração Z são moldados pela forma como cresceram. Os jovens de hoje atingiram a maioridade à sombra da desgraça climática, bloqueios pandêmicos e temores de colapso econômico. Os primeiros Gen Zers nasceram quando a internet tinha acabado de ser amplamente utilizada. Eles são chamados de “ nativos digitais ” – a primeira geração a crescer com a internet como parte da vida diária. A geração abrange uma ampla gama: os mais velhos da Geração Z têm empregos e hipotecas, enquanto os mais jovens ainda são pré-adolescentes. Globalmente, a Geração Z está crescendo rapidamente: a Geração Z representará um quarto da população da região da Ásia-Pacífico até 2025.

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Z
digital
Geração
da era
Fotos McKinsey, Wikipédia
A Geração Z compreende as pessoas nascidas entre 1996 e 2010. A identidade dessa geração foi moldada pela era digital, pela ansiedade climática, por um cenário financeiro em mudança e pela COVID-19

Eventos específicos de grande escala também podem moldar a perspectiva de uma geração e muitas vezes são refletidos em como são nomeados. A Geração Perdida, por exemplo, recebeu esse nome devido ao mal-estar e à desilusão experimentados por pessoas que viveram durante a Primeira Guerra Mundial.

Mais tarde, a Geração Maior foi nomeada pelo sacrifício heróico que muitos fizeram durante a Segunda Guerra Mundial. Seus filhos, nascidos logo após o fim da guerra, são chamados de baby boomers; sua visão, por sua vez, foi influenciada pela Guerra do Vietnã e pelas convulsões sociais da década de 1960. Mais recentemente, as visões de mundo da geração do milênio foram moldadas pelos ataques de 11 de setembro e pela proliferação da internet.

Claro, essas são generalizações: cada chamada geração compreende uma multidão de indivíduos únicos com suas próprias opiniões, valores, comportamentos e planos para o futuro. Alguns cientistas sociais até acreditam que a prática de estudar gerações pode ofuscar o que motiva as pessoas em um nível individual.

Cada geração que entra em uma nova etapa da vida mais ou menos ao mesmo tempo é o pulso que cria a história de uma sociedade

O que há de único na Geração Z?

Embora existam diferenças substanciais dentro da coorte conhecida como Geração Z, existem alguns pontos em comum que seus membros compartilham. Como os primeiros verdadeiros nativos digitais, os Gen Zers – falando em geral – são extremamente online. Os Gen Zers são conhecidos por trabalhar, fazer compras, namorar e fazer amigos online; a Geração Z passa seis ou mais horas por dia em seus telefones.

Os nativos digitais costumam recorrer à internet quando procuram qualquer tipo de informação, incluindo notícias e avaliações antes de fazer uma compra . Eles navegam entre sites, aplicativos e feeds de mídia social, cada um formando uma parte diferente de seu ecossistema online. Tendo crescido com a mídia social, os Gen Zers organizam seus eus online com mais cuidado do que as gerações anteriores, e são mais propensos a recorrer a tendências de anonimato, feeds mais personalizados e uma presença online menor, mesmo quando consomem mídia vorazmente. online.

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Pontos em comum na Geração Z A teoria geracional deve ser entendida com essa ressalva e usada apenas como uma forma de pensar sobre a sociedade, e não sobre a verdade do evangelho.

Os sites de mídia social de compartilhamento de vídeo tiveram uma ascensão meteórica à medida que a Geração Z atinge a maioridade. Atualmente, o TikTok rege tendências, sentimentos e cultura para a Geração Z, que representa 60% dos mais de um bilhão de usuários do aplicativo. Os Gen Zers lotam os cantos da internet onde podem discutir suas paixões e interesses com aqueles que os compartilham - de jogos a K-pop - se relacionando com pessoas que conhecem na vida real e outras que conheceram apenas online.

A Geração Z também enfrenta uma saúde comportamental sem precedentes Crise: a Geração Z dos EUA pesquisada pela McKinsey relata a perspectiva menos positiva e a maior prevalência de doenças mentais de qualquer geração, e os entrevistados europeus relatam lutar contra o autoestigma. Esse pessimismo é alimentado pela crescente agitação global , guerras e interrupções , crises financeiras e interrupções educacionais devido à pandemia do COVID-19 . Sentimentos de “ansiedade climática” também são amplamente relatados : muitos Gen Zers relatam que pensam sobre o destino do planeta diariamente.

Eles já estão vendo a diminuição das oportunidades econômicas e não assumem que uma rede de segurança social estará lá para pegá-los quando as pensões diminuírem, economizar para a aposentadoria ficar mais difícil e a população mais velha crescer. Em uma pesquisa recente da McKinsey, 58% da Geração Z já relatou não ter uma necessidade social básica atendida — a maior porcentagem de longe de qualquer geração.Mas os Gen Zers também relatam uma perspectiva mais sutil sobre o estigma da doença mental do que outras gerações. Os Gen Z europeus parecem menos inclinados a discriminar pessoas com doenças mentais ( embora eles se estigmatizem ).

No entanto, a Geração Z também é geralmente conhecida por seu idealismo – eles fazem parte de uma nova onda de “ consumidores inclusivos ” e sonhadores socialmente progressistas. De um modo geral, os Gen Zers acreditam em fazer sua parte para ajudar a deter a intensificação da mudança climática e estabelecer maior equidade para todos.

Mais do que qualquer outra geração, a Geração Z exige coletivamente propósito e responsabilidade , a criação de mais oportunidades para pessoas de origens diversas e sub-representadas e práticas sustentáveis e ecológicas rigorosas.

Como os da Geração Z são diferentes dos Mileniais?

Aqueles que estão à beira da geração Z e da geração do milênio - pessoas que nasceram pouco antes da virada do milênio - às vezes são chamados de “Zilleennials” ou “Zennials”. Isso inclui os Gen Zers mais velhos que estão no mercado de trabalho há alguns anos e os jovens millennials que se identificam mais com a Gen Z. No entanto, a Geração Z geralmente tem suas próprias experiências formativas distintas daquelas da maioria dos millennials . Aqui estão algumas maneiras pelas quais os Gen Zers diferem de suas contrapartes mais antigas:

Quais são os valores da Geração Z?

Os Gen Zers geralmente têm fortes valores relacionados à justiça racial e sustentabilidade. Mobilizações como a Marcha Global pelo Clima, liderada pela ativista da Geração Z Greta Thunberg, prosperam no ativismo dos jovens. A mudança climática é uma das questões com as quais a Geração Z mais se preocupa. Eles frequentemente pedem reformas em escalas pessoal, pública e global para prevenir futuras catástrofes. Muitos Gen Zers se descrevem como ambientalmente conscientes, e a maioria dos Gen Z espera ver compromissos de sustentabilidade de empresas e organizações.

A Geração Z também está vivendo em uma época marcada pelo rápido aumento da inflação e problemas financeiros.

O aumento da dívida com empréstimos estudantis também atormenta muitos membros desta geração.

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Quais são as tendências da moda da Geração Z?

A Geração Z adora roupas expressivas, quer se destacar em vez de se encaixar e tem um estilo em constante mudança - o que estava na moda há um mês pode já estar na moda hoje. Seus hábitos de busca de tendências são apoiados por varejistas de moda rápida que fornecem maneiras acessíveis de mudar. Uma loja básica da Geração Z, a gigante chinesa

*Eles geralmente são mais pragmáticos , com idealismo complicado e preocupações com o futuro. Os Gen Zers sonham com a realização pessoal na carreira, mas esperam dificuldades econômicas.

*Eles têm perspectivas de vida menos positivas , com níveis mais baixos de bem-estar emocional e social do que as gerações mais velhas.

*Eles estão mais interessados em pertencer a uma comunidade inclusiva e solidária.

*Eles são mais individualistas, com um forte senso de expressão pessoal.

*Eles são mais ativos política e socialmente , defendendo o que acreditam nas redes sociais.

de moda rápida Shein, adiciona 6.000 novos produtos ao seu site por dia. Isso pode parecer contraditório com os valores de sustentabilidade da geração, mas a velocidade com que as tendências da Geração Z mudam e seu desejo por um estilo único às vezes pode superar seus escrúpulos ecológicos.

Os Gen Zers também adoram estilos econômicos e vintage, que estão muito mais alinhados com seus apelos à moda circular. As roupas dos anos 90 e

do ano 2000 tiveram um grande retorno, incluindo roupas de moda rápida e roupas desenterradas de armários e brechós. A revenda de moda experimentou um crescimento maciço graças aos revendedores e influenciadores da Geração Z, e é normal que um guarda-roupa da Geração Z seja uma mistura de fast fashion barato e peças vintage valiosas. A internet mudou o varejo para sempre e moldou os gostos dos nativos digitais. Veja como:

* O consumo é mais sobre acesso do que sobre propriedade – a Geração Z assina plataformas de streaming em vez de comprar filmes ou músicas. Essa tendência se estende até mesmo a serviços como compartilhamento de carros ou aluguel de roupas de luxo.

* Os Gen Zers aceitam que seus gostos podem mudar, e eles são mais propensos a gastar em experiências que enriquecem suas vidas cotidianas do que os millennials, que são mais propensos a gastar dinheiro com luxo.

* Os membros desta geração se preocupam com a facilidade de uso: pagamento móvel, serviços baseados em aplicativos e transações online simples são importantes, e as marcas obtiveram grande sucesso ao se reestruturar para atender aos gostos da Geração Z.

* A Geração Z gosta mais de lojas físicas do que a geração do milênio, mas ainda quer uma ótima experiência de compra on-line . Algumas marcas até obtiveram sucesso por meio de lançamentos online , geralmente apoiados por consumidores da Geração Z.

* Os anúncios estão por toda parte; Os Gen Zers experimentam as marcas “ a cada momento ” à medida que se movem por seus mundos digital e físico.

E como uma geração comprometida com seus valores, a Geração Z espera o mesmo de seus varejistas – a Geração Z geralmente escolhe marcas que tenham uma história ou propósito forte , bem como aquelas comprometidas com práticas ecológicas . Em um estudo da McKinsey, 73% da Geração Z relataram tentar comprar de empresas que consideram éticas, e nove em cada dez acreditam que as empresas têm a responsabilidade de abordar questões ambientais e sociais. No entanto, eles podem dizer quando uma marca está apenas fingindo e não está apoiando reivindicações de diversidade ou sustentabilidade com mudanças reais. Muitos Gen Zers em toda a Ásia veem a internet como o primeiro lugar para ir ao pesquisar novos produtos para comprar; nos Estados Unidos, 40 por cento dos Gen Zers admitem ser influenciados online , muitas vezes pelas marcas apresentadas nos vídeos que assistem. Os membros filtram muitas informações, de influenciadores, familiares e amigos, para decidir onde e como querem gastar .

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Eles têm fortes valores relacionados à justiça racial e sustentabilidade

IA e a saúde digital estão moldando o futuro da Saúde

A automação e aumento de IA e uma variedade de outras tecnologias inteligentes estão revolucionando o fornecimento de saúde e assistência médica. Soluções como telemedicina e ferramentas e sensores remotos – apoiados por big data – podem reduzir os custos de saúde e melhorar equitativamente o acesso, os resultados e a eficiência, segundo um novo relatório do Fórum Econômico Mundial. Mas mais de um terço da população global vive sem acesso à internet, o que continua sendo um desafio para soluções inteligentes de saúde

Uma onda de dados de saúde e tecnologias digitais – como inteligência artificial (IA) e telemedicina – está varrendo preconceitos de longa data sobre saúde global e acesso e provisão de cuidados de saúde. Como exatamente essas inovações mudarão o futuro setor de saúde – e como elas podem criar um melhor acesso e beneficiar a todos?

Essas questões estão no cerne do relatório “Saúde Global e Perspectivas Estratégicas de Cuidados de Saúde” do Fórum Econômico Mundial , que estabelece uma visão para a saúde global e assistência médica até 2035.

Um futuro de saúde habilitado para

As tecnologias focadas na saúde têm um vasto potencial de crescimento para trazer mudanças positivas, incluindo novos tratamentos, melhores resultados para os pacientes, diagnósticos e prevenção melhores e mais precoces, tratamento mais precoce e melhorias na qualidade e eficiência da prestação de cuidados de saúde, diz o relatório.

A inovação também pode ajudar a preencher a lacuna de financiamento da saúde, reduzindo os gastos gerais com saúde e aumentando a eficiência, observa.

O National Health Service (NHS) da Inglaterra diz que a telemedicina – diagnóstico remoto e tratamento de pacientes usando soluções de telecomunicações – poderia reduzir a carga de atendimento ao paciente em 25%, por exemplo.

Nos EUA, metade da população é afetada por doenças crônicas, que contribuem para mais de 85% dos custos gerais de saúde. Esse problema é global, no entanto, com a Organização Mundial da Saúde estimando que doenças não transmissíveis ceifam 41 milhões de vidas anualmente – 77% das quais ocorrem em países de baixa e média renda a um custo de mais de US$ 2 trilhões por ano.

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Texto *Shyam Bishen Fotos Internet, Precisão no Unsplas, WEF O papel da tecnologia digital na melhoria da saúde global e do acesso e provisão de cuidados de saúde requer um plano de ação abrangente

Para enfrentar esses desafios, melhorias na prevenção, monitoramento e consulta por meio de abordagens de saúde digitais e habilitadas por IA podem aumentar significativamente o acesso à saúde e reduzir custos, afirma o relatório. E o campo está evoluindo rapidamente com a recente chegada de plataformas generativas de IA como ChatGPT e Med-PaLM. Embora os impactos potenciais dessa tecnologia na medicina ainda estejam sendo determinados, a inovação digital está garantindo uma caixa de ferramentas cada vez maior de novas soluções e oportunidades.

Falta de acesso à internet é uma barreira

Mas a inovação tecnológica por si só não pode impulsionar totalmente a mudança –a infraestrutura e as políticas subjacentes também devem ser abordadas. Em 2020, uma pesquisa constatou que a parcela da população na África Subsaariana (30%) que usou a Internet nos três meses anteriores era menos de um terço da América do Norte (91,5%), de acordo com o Our World em Dados. Atualmente, quase três bilhões de pessoas – mais de um terço da população do planeta – não possuem conexão com a internet. Juntamente com a necessidade de forte compartilhamento de dados, segurança e confidencialidade, um maior acesso à Internet é um importante facilitador necessário para garantir o acesso equitativo a novas inovações digitais em saúde.

Um plano de ação para a saúde digital

O papel da tecnologia digital na melhoria da saúde global e do acesso e provisão de cuidados de saúde requer um plano de ação abrangente que abranja o curto, médio e longo prazos, diz o relatório.

É necessária uma ação imediata para incentivar o investimento que impulsiona a inovação no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos, otimizando as cadeias de suprimentos e a prestação de cuidados de saúde. Olhando para o futuro, o uso e os aplicativos de dados devem ser harmonizados em todo o setor global de saúde,

tornando diferentes sistemas e ferramentas de saúde interoperáveis para que possam “falar” entre si e utilizar diferentes conjuntos de dados, diz o relatório.E a longo prazo, a profissão médica deve trabalhar com os formuladores de políticas para criar uma estrutura regulatória que promova a inovação em todas as partes do sistema global de saúde.

Implantando soluções digitais de saúde em escala

Parcerias multissetoriais, como entre provedores de soluções digitais, formuladores de políticas e partes interessadas, como o setor civil e a filantropia, podem ajudar a implantar rapidamente soluções digitais em grande escala. Para fornecer apenas um exemplo do poder de tais parcerias, quando a pandemia atingiu, tanto o Centro de Controle de Doenças da Nigéria quanto o Serviço de Saúde de Gana recorreram à plataforma móvel de saúde eletrônica de código aberto da Sormas Foundation para gerenciar a doença. O Sormas já estava a ser implantado nos dois países, mas mais de 400 distritos ativaram um novo módulo da plataforma, que se desenvolveu rapidamente para detetar e controlar o vírus, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Olhando para o futuro, modelos de big data, telemedicina, medicamentos preditivos, sensores vestíveis e uma variedade de novas plataformas e aplicativos podem nos ajudar a repensar como o mundo fornece, acessa e gerencia saúde e assistência médica. Mas é necessária uma tempestade perfeita de investimentos, inovação e políticas para aumentar o acesso global à prestação de serviços de saúde de qualidade para pessoas com e sem conexão à Internet.

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Mais de um terço da população do planeta – não possuem conexão com a internet (*) Membro do Comitê Executivo, Fórum Econômico Mundial <<

lavoura-pecuária acumula mais carbono no solo que sucessão de culturas de grãos

Arranjos com integração lavoura-pecuária apresentaram taxa de acúmulo de 0,6 t e 0,9 t de carbono por hectare. Resultado representa aumento em mais de três vezes de carbono retido no solo, quando comparado aos mais altos desempenhos dos sistemas de sucessão entre soja e milho. As taxas registradas são superiores às preconizadas pela Iniciativa Internacional 4 por 1000, rede de instituições comprometidas com a obtenção de solos sadios e ricos em carbono (em prol da segurança alimentar e climática) em todo o mundo. Parte do resultado é explicado pela presença da braquiária, forrageira que apresenta forte enraizamento em profundidade no solo

Uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão (GO) estimou a taxa de acúmulo de carbono em solo de cerrado em Goiás considerando o sistema de integração lavoura e pecuária (ILP) comparado ao sistema de sucessão de cultura de grãos (soja-milho), tanto em plantio direto quanto em plantio convencional. O resultado aponta para um incremento de carbono retido no solo em ILP, ao longo de 20 anos, projetados para o período entre 2019 e 2039.

A projeção do acúmulo de carbono foi estipulada para o perfil de solo até a profundidade de 30 centímetros e o resultado é que os maiores valores de carbono acumulado foram para os sistemas em ILP, em plantio direto, sendo que dois arranjos (ILP1 e ILP2, veja detalhes abaixo) apresentaram taxa de acúmulo de carbono no solo entre 0,60 e 0,90 tonelada por hectare ao ano.

Isso representa um aumento em mais de três vezes de carbono retido no solo, quando comparado aos mais altos desempenhos dos sistemas de sucessão

entre soja e milho, que alcançaram taxa de acúmulo de carbono no solo em torno de 0,11 e 0,21 tonelada por hectare ao ano em plantio direto.

Trabalho de simulação

O estudo valeu-se da série histórica de dados de plantio e manejo de área em ILP na Fazenda Capivara, pertencente à Embrapa e localizada em Santo Antônio de Goiás (GO).

O banco de informações de manejo registrado desde 1990 abasteceu um modelo, conhecido por CQESTR, que simula o comportamento de carbono em solo de lavouras e é utilizado para projetar como diferentes práticas de manejo afetam a dinâmica do carbono. No trabalho, dois sistemas em ILP foram simulados dentro do CQESTR e repetidos ao longo do tempo de avaliação.

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Integração
Os resultados dos experimentos mostram que os maiores valores de carbono acumulado foram para os sistemas em ILP, em plantio direto. Na foto acima, soja em plantio direto Sistemas de sucessão entre soja e milho foram considerados nos estudos Texto *Rodrigo Peixoto Fotos Karen Robinson

O primeiro (ILP1) incluiu o cultivo do milho na safra de verão, seguido de quatro anos e meio de pastagem de braquiária. O segundo (ILP2) foi de soja na safra de verão, sucedida por pousio no primeiro ano, com posterior semeadura de arroz de terras altas, seguida de pousio novamente no segundo ano; e em sequência o plantio de milho com, por fim, três anos e meio de pastagem de braquiária. Em relação à sucessão de culturas (soja-milho), foram consideradas alternâncias de cultivos anuais no verão, assim como com períodos de pousio; ou ainda sucessões entre as duas culturas (safra e safrinha).

Rede Internacional

O resultado alcançado pelo trabalho científico pode ser comparado ainda com outras pesquisas acerca do acúmulo de carbono no solo. Uma das principais organizações no mundo sobre o tema é a Iniciativa 4 por 1000 – solos em prol do clima e da segurança alimentar. A Iniciativa reúne uma rede internacional de colaboradores, abrangendo instituições de ensino e de pesquisa, associações de agricultores, governos, organizações internacionais, e segmentos da agroindústria e empresarial. Ela preconiza práticas sustentáveis de manejo do solo para o alcance de uma taxa média de acúmulo anual de carbono de 0,4% (ou 4 por mil) do estoque de carbono atualmente presente no solo. Para as condições da área experimental no Cerrado brasileiro isso significa em torno de 0,26 tonelada por hectare ao ano. Esta taxa, entretanto, pode variar, dependendo das condições de clima e solo regionais. De acordo com a pesquisadora Madari, como os resultados obtidos na pesquisa realizada foram superiores, isso sinaliza que o manejo sustentável do solo e de culturas no Cerrado pode desempenhar um papel muito importante para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2). A Iniciativa 4 por 1000 foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21), em Paris (França). A Embrapa é uma das instituições que integra essa organização e a pesquisadora Beata Madari faz parte do comitê técnico-científico.

A pesquisadora da Embrapa Beata Madari é uma das responsáveis por esse trabalho. Ela contou que esse resultado vai ao encontro de outros estudos da área e pode ser explicado pela presença da forrageira braquiária, que apresenta forte enraizamento em profundidade no solo, o que, além de reciclar nutrientes, ajuda a aumentar o estoque de carbono no sistema pelo aporte de biomassa radicular e também aérea em sistemas ILP. Ainda segundo Madari, uma taxa de acúmulo de carbono de 0,9 tonelada por hectare ao ano surpreendeu os pesquisadores, pois trata-se de um valor alto levando em consideração a situação diagnosticada inicialmente nas condições da fazenda da Embrapa em Goiás, que apontou para um solo argiloso (mais de 50% de argila) e com teor entre baixo e médio de carbono, aproximadamente 2%.

Mercado de carbono

A taxa anual de acúmulo de carbono em ILP, em plantio direto, obtida nesse trabalho traz também novos elementos para o debate científico.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Pedro Machado, existem outros estudos que chegam a valores até maiores de captura de carbono em ILP: taxas anuais de acúmulo de até uma tonelada por hectare ao ano.

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Sistemas de sucessão entre soja e milho foram considerados nos estudos

Porém, segundo o cientista, são pesquisas conduzidas geralmente em pequena escala, em parcelas, e com duração de poucos anos ou safras. Nesse sentido, ele ponderou que o uso do modelo CQESTR foi um diferencial. “Essa ferramenta de simulação foi fundamental, pois nos permitiu utilizar virtuosamente a base de dados de quase trinta anos sobre os cultivos na fazenda da Embrapa e projetar ao longo do tempo a dinâmica de acúmulo de carbono em função do preparo de solo e manejo agrícola. Com isso, podemos estender o tempo de análise sobre o efeito da ILP em relação ao sequestro de carbono e alcançar um resultado que acreditamos predizer melhor o comportamento do sistema de produção”, comentou o pesquisador. Machado complementou que o CQESTR é um programa empregado para investigações científicas dentro e fora do Brasil, só que aqui no País foi utilizado apenas para situações em regiões tropicais do Nordeste e Sudeste, e agora foi testado e aprovado para as condições do bioma Cerrado.

Melhor para saúde do solo

Na pesquisa realizada, o acúmulo de carbono no solo para todas as situações, seja em ILP, seja em sucessão de culturas, foi maior em plantio direto, em comparação aos sistemas de preparo convencional do solo (aração e gradagem). A pesquisadora da Embrapa Márcia de Melo Carvalho, que participou desse estudo, observou que práticas conservacionistas, como o plantio direto, contribuem para o acúmulo do carbono em relação a sistemas convencionais, pois o não revolvimento do solo favorece maior estruturação, com a formação de agregados (pequenos torrões de solo) que “empacotam” matéria orgânica protegendo-a da rápida decomposição. E, quanto mais matéria orgânica, mais aproxima-se de um estado de saturação do solo com carbono. Entretanto, tão importante quanto a saturação do solo com carbono é a proteção que o plantio direto proporciona ao solo. Ela explica que a prática promove uma camada protetora do solo (palhada) contra o impacto de gotas de chuva, permitindo a infiltração da água, além da regulação da temperatura no solo. Complementarmente, ainda segundo a cientista, as práticas de manejo que resultam em acúmulo de carbono no solo melhoram a qualidade e a produtividade, por meio da adaptação a mudanças ambientais que já são uma realidade no Cerrado goiano.

Outra questão mencionada pelo pesquisador foi que o estudo, além de abrir a possibilidade de quantificar mais apuradamente o acúmulo de carbono por um sistema de produção agrícola, permite projetar no futuro o quanto de carbono será armazenado pelo solo. Nesse trabalho, por exemplo, a projeção foi estipulada para o período de 2019 a 2039. Essa perspectiva, conforme Machado, insere a pesquisa como um ponto de apoio e de qualificação para o debate que vem sendo feito no Brasil sobre a regulamentação de um mercado de crédito de carbono, assim como para o estabelecimento de estratégias fundamentais para a sustentabilidade da agropecuária e para o desenvolvimento de políticas públicas nacionais.

O estudo é parte da tese de doutorado, defendida na Universidade Federal de Goiás (UFG) pela pesquisadora Janaína de Moura Oliveira, intitulada: “Carbono no solo em sistemas integrados de produção agropecuária no Cerrado e na transição Cerrado – Amazônia”. Esse trabalho contou ainda com participações do escritório da Embrapa Labex-Estados Unidos e Universidade do Arkansas (UARK), dos Estados Unidos. O estudo pode ser baixado neste endereço.

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Arroz em plantio direto (*) Embrapa Arroz e Feijão <<

Alimente bem seu microbioma

intestinal para tornar as células mais felizes e um corpo mais saudável

Sou um médico cientista e gastroenterologista que passou mais de 20 anos estudando como os alimentos podem afetar o microbioma intestinal e a saúde de todo o corpo. Os alimentos ultraprocessados que compõe cada vez mais a dieta americana tem retirado nutrientes vitais da alimentação. Adicionar esses nutrientes de volta pode ser importante para a saúde, em parte, alimentando o microbioma e as mitocôndrias que transformam os alimentos em combustível.

Doenças crônicas relacionadas à dieta atingiram um momento crítico em boa parte do planeta, mas principalmente nos Estados Unidos. Lá quase metade da população tem pré-diabetes ou diabetes. Mais de 40% estão acima do peso ou obesos . Uma em cada nove pessoas com mais de 65 anos tem a doença de Alzheimer, cujo desenvolvimento os pesquisadores estão explorando o papel potencial da dieta. A má alimentação também está ligada a problemas de saúde mental , doenças cardiovasculares e câncer . Foi responsável por quase 1 em cada 5 mortes nos EUA e foi responsável por mais de US$ 140 bilhões em gastos com saúde nos EUA em 2016.

O butirato (ácidos graxos de cadeia curta que beneficia a saúde do intestino) é o herói mais desconhecido da saúde intestinal! Alimente sua fibra intestinal e libere o superpoder do seu microbioma para regular o metabolismo, a inflamação e o humor

Sua saúde é o que você come

que compõe cada vez mais a dieta americana tem retirado nutrientes vitais da alimentação

Embora as cinturas americanas estejam ficando maiores, a pesquisa mostra que o microbioma intestinal – as bactérias que vivem em nossos tratos digestivos – e os compartimentos produtores de energia das células, as mitocôndrias, continuam famintos pelos nutrientes que faltam na dieta americana.

A pesquisa mostrou consistentemente que a dieta mediterrânea e outras dietas de alimentos integrais estão associadas a uma melhor saúde e uma vida mais longa, e alimentos e bebidas ultraprocessados, como refrigerantes, batatas fritas e fast food, entre outros, estão associados a resultados ruins para a saúde , como diabetes, doenças cardiovasculares , câncer e outras doenças. Mas melhorar a dieta de um indivíduo, quanto mais de uma população, é um desafio. Alimentos integrais às vezes são menos convenientes e menos saborosos para estilos de vida e preferências modernas. Além disso, o processamento de alimentos pode ser benéfico, evitando a deterioração e prolongando a vida útil. O processamento de grãos integrais, em particular, prolonga a vida útil, removendo o germe e o farelo que, de outra forma, estragam rapidamente. O armazenamento a longo prazo de calorias acessíveis ajudou a resolver a insegurança alimentar, um desafio primário na saúde pública.

Alimentos ultraprocessados O microbioma intestinal pode desempenhar um papel na regulação do apetite, cognição e respostas imunes do corpo

Grande parte da conversa de saúde pública em torno da dieta se concentrou no que evitar: adição de açúcares e carboidratos refinados, algumas gorduras, sal e aditivos. Mas o processamento moderno de alimentos, ao mesmo tempo em que aumenta a concentração de alguns nutrientes, removeu outros nutrientes essenciais, produzindo potenciais custos de saúde a longo prazo. Igualmente importante é o que adicionar de volta às dietas: fibras, fitonutrientes , micronutrientes, gorduras em falta e alimentos fermentados.

Apenas 5% da população dos EUA obtém fibra suficiente , um nutriente prebiótico ligado à saúde metabólica, imunológica e neurológica. Os americanos provavelmente também são deficientes em fitonutrientes , potássio e certas gorduras saudáveis ligadas a taxas mais baixas de doenças cardiovasculares e câncer. A fermentação é a versão natural do processamento, criando alimentos com conservantes, sabores e vitaminas naturais. Pesquisas recentes sugerem que alimentos fermentados podem melhorar a diversidade do microbioma intestinal e diminuir a inflamação sistêmica.

Descobrir quais nutrientes bioativos contribuem para doenças pode ajudar indivíduos e instituições a desenvolver dietas e alimentos personalizados para diferentes condições de saúde, restrições econômicas e preferências de sabor. Também pode ajudar a maximizar os nutrientes de uma forma conveniente, acessível e familiar ao paladar moderno.

No intestino inferior, as bactérias transformam nutrientes bioativos não digeridos em sinais bioquímicos que estimulam os hormônios intestinais para retardar a digestão. Esses sinais também regulam o sistema imunológico, controlando quanto da energia do corpo vai para a inflamação e combate à infecção e cognição , influenciando o apetite e até o humor.

De microbiomas e mitocôndrias

Compreender como os nutrientes afetam o microbioma intestinal e as mitocôndrias pode ajudar a determinar quais ingredientes adicionar à dieta e quais temperar.

Os sinais bioquímicos do microbioma também regulam o crescimento e a função das mitocôndrias produtoras de energia em muitos tipos de células, incluindo as de gordura, músculos, coração e cérebro. Quando essas dicas estão faltando em dietas ultraprocessadas, as mitocôndrias funcionam menos bem , e sua desregulação tem sido associada à obesidade , diabetes , mal de Alzheimer , transtornos de humor e câncer . Uma melhor compreensão de como a dieta pode melhorar a função do eixo microbioma-mitocôndria pode ajudar a reduzir a carga de doenças crônicas. O médico grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, supostamente disse uma vez: “Deixe o alimento ser seu remédio”, e uma crescente pesquisa corporal sugere que, sim, o alimento pode ser remédio. Acredito que esclarecer a conexão entre dieta, saúde e microbioma e mitocôndrias pode ajudar as sociedades a alcançar um futuro brilhante no qual o envelhecimento não saudável não seja uma inevitabilidade do envelhecimento.

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Microbioma e intestino, o segundo cérebro. Vários fatores estão envolvidos no envelhecimento. Deixe o alimento ser seu remédio A microbiota intestinal pode influenciar no desenvolvimento e na progressão de distúrbios neurodegenerativos As fontes mais comuns de amido resistente incluem: batata crua, banana verde, grãos integrais, legumes e amidos cozidos e resfriados, como arroz, macarrão e batata O que você come muda a composição do seu microbioma intestinal. (*) Professor Associado de Gastroenterologia, Universidade de Washington <<

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