R$ 9,90
Tiragem auditada
[+] Especial educação
Os desafios do século 21
entrevista com
rui costa
Novo reitor da Ufba
“Ensino superior privado não é o mais desejado”
Política
Quanto custa a campanha de um candidato
NEGÓCIOS
Gerações de empreendedores compartilham experiências
NOVA BARRA
O que muda na vida empresarial da região
w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m O U T U B R O / N O V E M B R O 2 0 1 4 Revista [B ] 1 OS PLANOS DO NOVO GOVERNADOR PARA TORNAR A BAHIA MAIS COMPETITIVA +
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A BAHIA DOS SEUS OLHOS 10 ONLINE E MURAL 16 FÓRUNS DE LIDERANÇA [B+] 18 BLOCO DE NOTAS 22 IMÓVEIS+ 30 SAÚDE+ 32 MÍDIA+ 38 NEGÓCIOS 39 Diferentes gerações, várias experiências 40 [C] Momento X Tendência 44 James Hunter: guru dos líderes 46 Quanto custa uma campanha politica? 48 Nova Barra 52 [C] Indústria baiana em 2015 54
GESTÃO POR COMPETÊNCIAs 56 ENTREVISTA: RUI COSTA 64 EDUCAÇÃO 69 Especial Educação A nova reitoria da Ufba 70 Ensino Integral 72 Qualidade do Ensino Médio 74 educação a distância 76 Carlos Joel, Abames 78
SUSTENTABILIDADE 79 [B] BIKE EM SALVADOR 80 Comportamento dos ciclistas 82
LIFESTYLE 83 Sabor 84 [C] Dicas de viagem: Capri 86 [C] Comunicação em crise 88 Decoração 90 [C] A decadência das compras coletivas 92 Autos&Motos+ 94 Notas de TEC 96
ARTE & ENTRETENIMENTO 97 Música de concerto na Bahia 98 Homenagem a Cedraz 102 CONTE AÍ 104
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Baixe o app EY Insights gratuitamente na Apple Store ou no Google Play e conheça nossos estudos e publicações. OUTUBRO/NOVEMBRO 2014
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Paleta de cores 1
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A tela do smartphone é muito pequena para abrigar tantas belezas. Selecionamos algumas fotos que mostram a Bahia através dos olhos dos nossos leitores.
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Quer participar? Tire uma foto da sua cidade e marque com a hashtag #revistabmais. As melhores serão publicadas na próxima edição.
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[Conselho Institucional] Aldo Ramon (Júnior Achievement), António Coradinho (Câmara Portuguesa), Antoine Tawil (FCDL), Felipe Arcoverde (Abedesign-BA), Jorge Cajazeira (Sindipacel), José Manoel Garrido Gambese Filho (ABIH-BA), Mário Bruni (ADVB), Laura Passos (Sinapro), Pedro Dourado (ABMP), Renato Tourinho (Abap), Wilson Andrade (Abaf)
Outubro/novembro de 2014
[Periodicidade] Bimestral [Impressão] Halley SA
R$ 9,90
Tiragem auditada
[Presidente] Rubem Passos Segundo (rubem.passos@grupobmais.com.br ) [Diretor de Publicações] Claudio Vinagre (claudio.vinagre@grupobmais.com.br)
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Novo reitor da Ufba
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Política
Quanto custa a campanha de um candidato
NEGÓCIOS
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O que muda na vida empresarial da região
[Diretora Comercial] Adriana Mira (adriana.mira@grupobmais.com.br)
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OS PLANOS DO NOVO GOVERNADOR PARA TORNAR A BAHIA MAIS COMPETITIVA
[Diretora de Marketing] Bianca Passos (bianca.passos@grupobmais.com.br))
[Conselho Editorial] César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho, Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques de Andrade Filho, Maurício Magalhães, Marcos Dvoskin, Masuki Borges, Reginaldo Souza Santos, Renato Simões Filho, Rubem Passos Segundo e Sérgio Nogueira [Diretor Executivo] Renato Simões Filho (renatosimoesfilho@grupobmais.com.br) [Editora-chefe] Núbia Cristina (nubia.cristina@grupobmais.com.br) [Editor Assistente] Pedro Hijo (pedro.hijo@grupobmais.com.br) [Repórter] Carlene Fontoura (carlene.fontoura@grupobmais.com.br) [Diretor de Arte] Leandro Maia (leandro.maia@grupobmais.com.br) [Coordenadora de Arte] Rafaela Palma (rafaela.palma@grupobmais.com.br)
[Gerente Comercial] Ana Carolina Pondé (carol.ponde@grupobmais.com.br) [Gerente de Planejamento] Rafael Abreu (rafael.abreu@grupobmais.com.br) Reserva de anúncio publicidade@revistabmais.com 71 3012-7477 Realização Editora Sopa de Letras Ltda. Av. ACM, 2671, Ed. Bahia Center, sala 1101, Loteamento Cidadela, Brotas CEP: 40.280-000 Salvador - Bahia Tel.: 71 3012-7477 CNPJ 13.805.573/0001-34 tiragem auditada 10 mil exemplares
[Designer] Gabriel Cayres (gabriel.cayres@grupobmais.com.br) [Projeto Gráfico] Person Design
Pontos de Venda
[Colaborador – diagramação] Edileno Capistrano
A Revista [B+] pode ser lida no site (www.revistabmais.com.br), tablets, smartphones e encontrada nas principais livrarias e bancas da cidade. Encontre a [B+] nos seguintes pontos de venda: Livraria Aeroporto; Livraria Cultura (Salvador Shopping); Livraria Leitura (Salvador Norte Shopping e Shopping Bela Vista); Livraria Rodoviária; Livraria Saraiva (Salvador Shopping, Shopping Barra, Shopping Iguatemi e Shopping Paralela) e bancas selecionadas.
[Fotografia] Studio Rômulo Portela [Revisão] Ivete Zinn [Colunistas] Armando Avena, Guilherme Baruch, Glenda Zaine, Luiz Marques de Andrade Filho, Monique Melo, Núbia Cristina, Roberto Nunes e Maurício Lins.
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O reconhecimento
aumenta nossa vontade de melhorar a cada edição No meio da tarde, em 9 de setembro, o time da [B+] era surpreendido por uma notícia magnífica. A revista venceu o Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014, na categoria Veículo Impresso do Ano. Euforia total, comemoração interna, correria para propagar a novidade no portal do grupo, nas redes sociais e na imprensa local. Depois da festa, a reflexão: o que levou a revista de negócios da Bahia a conquistar a etapa regional da mais antiga e tradicional premiação de comunicação e marketing do Brasil? O jornalista, publicitário e escritor Nelson Cadena, responsável pelo Colunistas Norte e Nordeste desde 1991, deu algumas pistas, ao destacar que o amadurecimento da revista, em pouco tempo de mercado, e a diversificação de atividades, com o surgimento do Fórum de Liderança [B+], foram fatores decisivos para a escolha dos jurados. Algumas revelações deixaram a equipe ainda mais feliz com o reconhecimento. Em 2014, houve alteração na composição do júri, que passou a contar com dez jurados da área de criação. Existiu muito debate em torno dos trabalhos concorrentes e foi estabelecido um critério de seleção rigoroso, cujo objetivo era não premiar trabalho algum que pudesse ser questionado quanto à originalidade e adequação. E ainda: a [B+] concorreu com veículos impressos, jornais e revistas, de vários estados do Norte e Nordeste. Tamanho reconhecimento aumenta nossa responsabilidade e compromisso em melhorar a cada edição. Renovamos o propósito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do estado da Bahia. O Grupo [B+] tornou-se uma plataforma multimídia, de relacionamento, debates e fóruns. Essa também é uma boa notícia. A você, leitor, queremos agradecer a conquista do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014. Afinal, ao acolher nosso trabalho, você nos legitima. E mais uma novidade: a EY passa a auditar a tiragem da [B+] a partir desta edição. Nesta edição, arregaçamos as mangas para refletir sobre um tema cada vez mais importante para a sociedade
brasileira: a gestão pública. Entrevistamos especialistas e gestores, a fim de investigar quais são os modelos de administração mais eficazes para garantir a qualidade dos serviços públicos essenciais. O resultado você vai ler em nossa matéria de capa. Entrevistamos o governador Rui Costa, eleito no primeiro turno com 54,5% dos votos válidos. Ele ressalta que interiorizar o desenvolvimento econômico do estado é uma das principais metas do seu governo. Outro destaque desta edição é a entrevista com o filósofo João Carlos Salles, novo reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que passeia por vários temas, do orçamento apertado, que limita a execução de novos projetos, às parcerias com a iniciativa privada. Não perca ainda o melhor da nossa conversa com o escritor James Hunter, que esteve em Salvador para lançar o livro “De volta ao mosteiro”. No Especial Educação, saiba o que pensa o presidente da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel. A instituição está em processo para se tornar um sindicato. Você vai ler também reportagens sobre ensino integral, educação a distância e saber mais sobre a qualidade do ensino médio no Brasil. Educação e arte bebem da mesma fonte, por isso, após degustar o Especial, curta nossa reportagem sobre a música erudita feita na Bahia, que procura caminhos para garantir a viabilidade econômica de novos projetos. Agora, vire as páginas e tenha o prazer de ler uma nova edição da [B+], nosso time teve o maior prazer em criar esta revista para você.
Núbia Cristina, editora-chefe da Revista [B+] 14
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Revista [B+] é eleita o veículo impresso de 2014 Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014 repercutiu entre líderes empresariais
Lideranças empresariais de vários setores da economia baiana celebraram a conquista do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014, na categoria Veículo Impresso do Ano, pela Revista [B+]. Todos foram unânimes ao destacar a importância da publicação no apoio ao desenvolvimento regional. “Nosso compromisso é com o crescimento sustentável da Bahia. Hoje, esse projeto é muito mais que uma publicação. Trata-se de uma plataforma multimídia, de relacionamento, debates e fóruns”, destaca o diretor de publicações, Claudio Vinagre, fundador da revista. A história da [B+] começou com a Business Salvador, criada em 2009, com foco em economia e negócios, voltada para o público-alvo do centro financeiro de Salvador. Foram oito edições, com tiragem de 10 mil exemplares. Em 2011, com a incorporação de novos parceiros, houve reformulação da marca e projeto e assim surgia a [B+].
“Esse reconhecimento demorou a acontecer, prêmio merecido”. Paulo Coelho, sócio da agência Mago
“A [B+] é a revista que representa o jovem empresário baiano não só no impresso, mas também com os Fóruns de Liderança que propõem debates de altíssimo nível”. Ivo D´Aguar, presidente da AJE Bahia
“Sou tiete de carteirinha da [B+]! Parabéns! Continuem inovando sempre!”. Mônica Burgos, sócia fundadora da Avatim
“A [B+] é fonte de leitura fundamental para o público interessado no desenvolvimento econômico e social da Bahia. A conquista do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014 é o reconhecimento desse tipo de jornalismo engajado na veiculação e discussão de temas relevantes para o desenvolvimento do estado”. Edival Passos, superintendente do Sebrae
“Parabéns pelo justo reconhecimento da qualidade da melhor revista da Bahia”.
“A nossa crença é de que tudo que é feito com empenho, dedicação e competência possui um enorme potencial para o sucesso. E esse pressuposto, estendemos ao Grupo [B+]”. Marcio Lopes, Organiza - Consultoria de Gestão Empresarial
Geraldo Machado, superintendente da Federação da Agricultura (FAEB)
“A Revista [B+] representa o surgimento de um novo momento do jornalismo de negócios na Bahia”.
“A conquista do prêmio é o reconhecimento do excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pela Revista [B+], fundamental para consolidar o conhecimento da economia baiana em seus diferentes segmentos”.
Luciano Muricy Fontes, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia, Ademi-BA
Carlos Henrique Passos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA)
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“A Bahia está bem representada no Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2014”.
As mais curtidas da última edição em nossa fanpage [01] A Bahia precisa de mais shoppings? [02] Salvador não é um ovo [03] O legado de Norberto Odebrecht
Antônio Coradinho, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Bahia “A [B+] vem cumprindo o seu papel, oferecendo um conteúdo comprometido com a boa informação, no que conta também com o reforço de uma equipe de colunistas reconhecidos”. Carlos Gilberto Farias, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb)
“Uma revista de altíssimo nível, vocês merecem”. Américo Neto, sócio da Viamídia
“Acompanho a Revista [B+] desde seu lançamento. Ela é motivo de orgulho para o mundo dos negócios da Bahia. Parabéns!” Denis Guimarães (Grupo André Guimarães)
“Merecido prêmio, avante para a premiação nacional”. Antoine Tawil, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL) e diretor-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL)
“A Revista [B+] ganhar o Prêmio Colunista N/NE traduz o propósito de estimular a causa e a cultura do empreendedorismo ético, sustentável em nosso estado, tão distante desta cultura”. Maurício Magalhães, presidente da agência TUDO
As obras que ilustram a [B+] 26 são de Hildebrando de Castro, artista autodidata que já expôs no Brasil e fora do país. O acervo do artista está disponível na Paulo Darzé Galeria de Arte, que fica na rua Dr. Chrysippo de Aguiar, Corredor da Vitória, em Salvador.
Queremos te ouvir A Revista [B+] abre espaço para que você, leitor, dê a sua opinião, crítica e sugestão sobre as nossas matérias. O que lhe agradou? O que poderíamos melhorar? Qual a sua dúvida? Queremos saber o que você tem a dizer para que o conteúdo da [B+] esteja sempre alinhado com o que você quer ler. Existem diversos canais pelos quais Site podemos manter este contato: www.revistabmais.com.br
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Para inspirar o empresariado baiano Fóruns de Liderança [B+] chegam ao interior do estado e discutem sobre desenvolvimento urbano, indústria naval, gestão em saúde e inovação na indústria
[15º] DESENVOLVIMENTO URBANO
salvador FOTOs: Paulo Souza
“Cada incorporador deve pensar na cidade, não dá para colocar toda a responsabilidade para o poder público”, Eduardo Pedreira, Odebrecht Realizações Imobiliárias, durante o 15º Fórum de Liderança [B+]. O 15º Fórum de Liderança [B+] contou com as participações do diretor-regional da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), Eduardo Pedreira, e do arquiteto André Sá para discutir sobre o desenvolvimento de Salvador. O evento foi patrocinado pela Odebrecht Realizações Imobiliárias e realizado pela Duetto Eventos e RSF Soluções Empresariais. O Fórum contou com apoio da Central de Outdoor, Uranus2, Cidadelle, Enseada Indústria Naval, São Salvador Hotéis e Convenções e Lume Comunicação, além de contar com a Band News FM e o Jornal A Tarde como mídias parceiras.
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[01] Eduardo Pedreira (Odebrecht Realizações), Maiara Liberato (Duetto Eventos), Renato Simões (Grupo [B+]) e André Sá (AFA); [02] André Blumberg (A Tarde); [03] Carlos Alberto Vieira Lima (MVL Engenharia); [04] Alexander Galante (Ideale Telecom); [05] Francisco Pessoa (Odebrecht Realizações); [06] Ilnah Oliveira (Juceb); [07] José Azevedo (RE/MAX Brasil e Ello Imóveis); [08] Mauricio Lins (Home Design) e Franklin Mira (Odebrecht Realizações); [09] Rafael Valente e Gabriela Sá (Civil); [10] Sérgio Silva (Desenbahia); [11] Silvio Pinheiro (Sucom); [12] Wilson Andrade (ABAF).
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[16º] GESTÃO EM SAÚDE
feira de santana
“Todo o capital da empresa foi investido em desenvolvimento de produtos”, Marconi Sampaio, Natulab, 16º Fórum de Liderança [B+]. FOTOs: Humberto Filho
Os convidados do 16º Fórum de Liderança [B+] prestigiaram palestras de empresarios baianos de sucesso: Marconi Sampaio, da Natulab, e Delfin Gonzalez, do Grupo Delfin. O evento, realizado pela RSF Soluções Empresariais e Duetto Eventos, patrocinado pelo Desenbahia Inovacred e Grupo Natulab, contou com o apoio do Cidadelle, Enseada Indústria Naval, Lume Comunicação e teve o Jornal A Tarde como parceiro de mídia.
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[01] Renato Simões Filho, Marconi Sampaio e Delfin Gonzalez; [02] Aline Miranda, Morgana Queiroz, Fabíola Castro, Jones Freitas (Hospital Otorrinos); [03] André Pinheiro (Sesi); [04] Antônio Cunha (Canaã Logística e Distribuição); [05] Claudio Vinagre (Grupo [B+]) e Cláudio Neves (Natulab); [06] Geórgeton Rios (Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento); [07] Júlio Mendonça (VM2 Publicidade); [08] Maridelia Sampaio (Centro Otorrino de Feira de Santana); [09] Marta Bastos (Sesi); [10] Maurício Dourado (Unifacs); [11] Alexandre Simas (Procon). w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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[17º] ÓLEO, GÁS E INDÚSTRIA NAVAL “Setor de óleo e gás movimentará R$ 8,6 bilhões por ano até 2024”, Eduardo Rappell durante o 17º Fórum de Liderança [B+].
salvador
Os palestrantes Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Enseada Indústria Naval, e Eduardo Rappel, consultor nas áreas de petróleo, indústria naval e mineração, traçaram um panorama do segmento que movimenta bilhões de reais. O 17º Fórum de Liderança [B+] contou com o patrocínio da Caixa, Enseada Indústria Naval, Desenbahia Inovacred e Fieb e o apoio da Central de Outdoor, Uranus2, Cidadelle, Lume Comunicação e São Salvador Hotéis e Convenções . O evento é uma iniciativa do Grupo [B+] e da editora Sopa de Letras, com realização da Duetto Eventos e RSF Soluções Empresariais. FOTOs: Paulo Souza
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[01] Renato Simões, Eduardo Rappel, Humberto Rangel e Rubem Passos; [02] Aline Lobo e José Élio (Sebrae); [03] Antônio Coradinho (Câmara Portuguesa); [04] Antônio Rivas (Secretário de Planejamento); [05] Cláudio Vinagre (Grupo [B+]) e Roberval Luânia (Central de Outdoor); [06] Cristina Barude, João Maurício Maltez (Vitalmed) e Raimundo Correia; [07] Gisele Cravo (Caixa); [08] Luiz Henrique Barreto (Sebrae); [09] Marcelo Gentil (Enseada); [10] Miguel Andrade (Fieb); [11] Adary Oliveira (ACB) e Eduardo Giudice (BBoss); [12] Rômulo Machado (Fieb)
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[18º] INOVAÇÃO: A VISÃO DA INDÚSTRIA “Nossa indústria investe pouco em pesquisa e inovação”, Jefferson Gomes, durante o 18º Fórum de Liderança [B+].
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+ no site:veja fotos e palestras na íntegra
18º Fórum de Liderança [B+] reuniu empresários para assistir a um debate sobre inovação na indústria. O evento contou com as participações do diretor de Tecnologia e Inovação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Jefferson Gomes, e do sócio fundador da Daten Computadores, Sílvio Comin. O 18º Fórum de Liderança [B+] é uma iniciativa do Grupo [B+] e da Editora Sopa de Letras, realizado pela RSF Soluções empresariais e Duetto Eventos. O evento contou com o patrocínio do Desenbahia Inovacred e do Cidadelle, com o apoio institucional da AJE, Enseada Indústria Naval, Fapesb, FIEB e Lume Comunicação, e teve o jornal A Tarde como media partner. FOTOs: Clodoaldo Ribeiro
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[01] Renato Simões (Grupo [B+]), José Humberto Martins (Sictur), Wenceslau Júnior (vice-prefeito de Itabuna), Jefferson Gomes (Senai) e Rubem Passos (Grupo [B+]); [02] Glaucia Gama (EY); [03] Diego Garcia (EY); [04] Eduardo Pedrosa (EY); [05] Elio Silva Nascimento Filho (Grupo Sul da Bahia em Ação); [06] Luiz Ribeiro (Associação Comercial); [07] Mônica Burgos (Avatim); [08] Público durante a palestra; [09] Roberto Garcia (Prefeitura de Ilhéus); [10] Silvio Comin (Daten Tecnologia); [11] Teodoro Ares (Prefeitura de Itabuna); [12] Wenceslau Augusto (Vice-prefeito de Ilhéus) w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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Grupo baiano investe R$ 51 milhões em nova sede do Colégio Villa Lobos
FOTO: divulgação
FOTO: divulgação
O primeiro campus de educação infantil será inaugurado em Salvador no ano que vem. Villa, a nova sede do Colégio Villa Lobos, localizada na Avenida Paralela, é fruto de um investimento de R$ 51 milhões do Grupo Sagarana financiados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O colégio atenderá 1.550 alunos, oferecerá ensino bilíngue e terá estrututa de 20 mil metros quadrados.
logística
Novo centro logístico é inaugurado na região metropolitana Camaçari ganhou um novo empreendimento voltado para o setor industrial, no fim de setembro. O BA51 é um condomínio logístico com aproximadamente 390 mil m2 e 227 mil m2 de área locável e previsão de gerar 2.400 empregos diretos. “Apesar de a Bahia produzir três vezes mais do que o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, identificamos, através de pesquisa, que havia apenas 6% em infraestrutura de logística industrial instalada no estado. O Polo Industrial de Camaçari, em especial, enfrenta assim diariamente um desafio e o BA51 é a resposta a esse desafio”, explica Roberto de Abreu Pereira, um dos diretores da Etoile Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora responsável pelo projeto, em parceria com a Prospecta Negócios Imobiliários. 22
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foi o valor investido pela empresa de callcenter, Telematic Solutions, no município de Itabuna. O empreendimento terá mil posições de atendimento e o governo estadual, através do Sine Bahia, vai atuar no recrutamento, seleção e capacitação de pessoal. Esperase que 2,5 mil empregos sejam gerados diretamente.
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LICITAÇÃO
Grupo Boticário aumenta capacidade de produção em 50% com nova fábrica na Bahia
Sedur publica PMI para Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Dois anos depois do início das construções, o Grupo Boticário inaugurou a nova fábrica de produtos cosméticos e perfumaria em Camaçari. A entrega marca o maior investimento em um empreendimento já feito pela empresa: R$ 380 milhões foram aplicados na unidade. A fábrica pode produzir até 150 milhões de itens por ano, elevando a capacidade produtiva do grupo em 50%, dos 315 milhões de itens por ano, que é a capacidade atual da fábrica de São José dos Pinhais (PR), para até 465 milhões de itens por ano.
varejo
Convenção reúne representantes do comércio lojista em Costa do Sauípe Evento que envolveu empresários de todo o Brasil e alguns países da América do Sul, a 54º Convenção Nacional do Comércio Lojista foi realizada em Costa do Sauípe, região ao norte da capital baiana, de 17 a 20 de setembro. Durante a ocasião, o presidente da rede cearense de farmácias Pague Menos, Deusmar Queirós, anunciou abertura de capital no segundo semestre de 2015/2016. Queirós afirmou não acreditar que a economia brasileira vai mal. “Essa história de que 2015 será ruim, esquece”, disse. “Pode ser ruim para os outros, não para os varejistas. Nós que seguramos este país nas costas”, completou.
FINANCIAMENTO
BNB vai investir R$ 2,9 bilhões na Bahia em 2015 A Bahia deve receber em 2015 o aporte de R$ 2,9 bilhões oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operacionalizado pelo Banco do Nordeste (BNB). Os setores beneficiados serão agricultura, pecuária, indústria, agroindústria, turismo, infraestrutura, comércio e serviços. Até setembro deste ano, a instituição financeira injetou R$ 2,02 bilhões na economia baiana. 24
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A Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur) publicou no dia 11 de outubro, no Diário Oficial, um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), a fim de dotar o estado de um sistema técnico e logístico para a Gestão e o Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos. O objetivo é promover a destinação final de forma ambientalmente correta e de acordo com a legislação vigente. Os interessados em participar do processo podem se manifestar até o dia 10 de novembro. Os estudos devem ser enviados até 19 de dezembro. O PMI é um importante instrumento legal utilizado para obter as melhores propostas de estudos e projetos que possam ser objetivo de uma futura licitação. Inicialmente, o projeto envolverá a Região Metropolitana de Salvador (RMS), Portal do Sertão (19), Litoral Sul (26), Vitória da Conquista (24), Sertão do São Francisco (10) e Oeste Baiano (14), respeitando sempre os contratos ou ajustes já existentes. As regiões selecionadas correspondem a aproximadamente 50% da população da Bahia e são responsáveis por cerca de 65% de todo o resíduo sólido urbano gerado.
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bloco de no ta s AGRONEGÓCIO
Estado amplia área de soja para safra 2014-15 A Bahia deverá plantar 1,4 milhão de hectares de soja para a safra 2014-15, área 6,8% maior do que na safra passada. A ampliação se deve à abertura de novas áreas e à redução de lavouras de milho e algodão. A previsão é do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Com a ampliação da área da soja, estima-se colher 4,7 milhões de toneladas do grão, ao passo que na safra passada foram colhidos 3,3 milhões de toneladas. Isso se deve ao fato de a soja ainda representar melhor rentabilidade em relação a outras culturas. Já o milho tem perspectiva de baixa de preço em razão do aumento da produção mundial e recuperação dos estoques. Com isso, a área plantada sofrerá uma redução de 10%, passando de 265 mil hectares para 240 mil hectares. Porém, a produtividade de 165 sacas/ha deverá ser mantida. A cultura do algodão deverá ter 5% de redução de área plantada, passando de 308 mil hectares para 292,5 mil hectares, motivada também pelo alto volume dos estoques mundiais que fizeram os preços da pluma caírem. Para a safra 2014-15, a expectativa é que o Oeste da Bahia colha 1,1 milhão de toneladas de algodão, mantendo a posição de 2º maior produtor nacional.
investimento
Nova unidade do Grupo Votorantim na Bahia A unidade de argamassa do Grupo Votorantim, localizada no município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), entrará em funcionamento em janeiro de 2015. Com capacidade de produção de 200 mil toneladas/ano, a fábrica vai gerar cerca de 80 empregos diretos e produzir toda a linha de argamassas colantes Votomassa, com destaque para a linha colante piso sobre piso. A unidade baiana do grupo, onde foram investidos R$ 25 milhões, foi fundada em 1918 e integra o maior plano de investimentos da história da empresa, que começou em 2007 e deve chegar a R$ 11 bilhões até 2016.
FOTO: divulgação
comércio
Varejo tem crescimento moderado durante primeiro semestre
arte
Dica de arte A baiana Marlice Almeida é artista plástica formada pela Universidade Federal da Bahia e, há 30 anos, encantou-se pela cerâmica. Desde então, produz peças que já foram expostas em diversos países como Argentina e Portugal. Em Salvador, Marlice aprofunda-se no estudo da cerâmica enquanto ministra aulas no Museu de Arte Moderna da Bahia e agrada aos palestrantes do Fórum de Liderança [B+] quando os presenteia com algumas de suas obras. Para saber mais sobre a arte de Marlice, procure por sua fanpage no Facebook: Marlice Almeida Ceramista. 26
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Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da Bahia aponta que o primeiro semestre de 2014 terminou em desaceleração para o faturamento do varejo da Bahia. Comparado com o mesmo período do ano passado, em seis meses, o crescimento foi de apenas 0,6%, descontada a inflação. O resultado pode ser considerado como de estabilidade e confirma a tese de que eventuais recuperações não estão se confirmando ao longo dos meses. O resultado acende a luz amarela entre analistas. O mau desempenho do setor de Supermercados (-2%) vendas de veículos (-15,7%), eletrodomésticos e eletrônicos (-5,3%) impactou negativamente nos resultados. A pesquisa é fruto de uma parceria entre a Fecomércio-Ba, Sefaz-BA (Secretaria Estadual da Fazenda) e SICM-BA (Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia).
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bloco de no ta s PRÉ-SAL
Enseada Indústria Naval tem sinal verde para operar
INFRAESTRUTURA
Ponte Salvador Ilha de Itaparica Foi publicada a relação dos pesquisadores de universidades baianas vencedores do Edital de Apoio a Projetos de Pesquisa para o Sistema Viário Oeste (SVO) – Ponte Salvador - Ilha de Itaparica. Sete projetos foram classificados. A lista pode ser conferida no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), responsável pela iniciativa em parceria com a Secretaria do Planejamento (Seplan). Os projetos selecionados são das áreas de geociências, administração, economia, politécnica, ciências humanas e química. As linhas temáticas a serem pesquisadas são ‘Impacto ambiental de obras viárias’, ‘Impacto socioeconômico e análise de custo/ benefício de grandes projetos viários’, ‘Planejamento urbano associado a grandes intervenções viárias’ e ‘Geologia do Recôncavo e da Baía de Todos os Santos’. Foram destinados R$ 700 mil para o edital.
O Enseada Indústria Naval, localizado no município de Maragogipe, no Recôncavo baiano, recebeu a Licença de Operação (LO) concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no dia 10 de outubro. O empreendimento é fruto do planejamento dos governos federal e estadual para a exploração do pré-sal, através de recursos da iniciativa privada e, a partir de agora, já pode iniciar a operação da sua primeira atividade, a construção de navios-sonda para a Petrobras. Além dos navios, o Enseada atua na construção de plataformas e também realiza manutenção, reparos e consertos, sobretudo nos municípios de Maragogipe, Saubara, Salinas da Margarida, São Félix e Cachoeira. Na operação, o empreendimento vai gerar 4,5 mil empregos diretos. A obra contou com um investimento orçado em R$ 2,6 bilhões.
COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações registram crescimento As exportações baianas alcançaram, em setembro, US$ 1,038 bilhão, recorde em 2014, superando em 1,8% o volume de igual mês do ano passado. A boa safra agrícola colhida na Bahia, este ano, contribuiu para o incremento das exportações no mês, de acordo com informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). Em setembro, houve aumento no embarque de soja (113%), algodão (83%), café (29%), cacau (4,5%) e fumo (2,3%), mesmo com a forte queda nas cotações dos grãos no mercado internacional. A recuperação, mesmo que tímida, da economia americana, nos últimos meses também favoreceu o aumento das vendas dos produtos químicos/petroquímicos de 30%, no mês, e de 33% no terceiro trimestre.
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Living
PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO
PROJETO ARQUITETÔNICO E DECORAÇÃO:
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(71) www.hortobarcelona.com.br Responsável Técnico: Sidney Quintela Oliveira, CAU 56527-0. Imobiliárias: BrasilBrokers Brito & Amoedo - CRECI PJ 1063, Ponto 4 - CRECI PJ 1195, Lopes - CRECI PJ 1122. Projeto Sidney Quintela. Em conformidade com a Lei n°w. 4591/64, peça são meramente ww r e v i sas t afotos b m ae iimagens s . c o m utilizadas O U T Unesta BRO /NO VE M B R O 2ilustrativas. 0 1 4 Revista [B +] Alvará de licença de construção n° 20830. Registro de Incorporação Imobiliária protocolado sob n°322.062, no Cartório do 3° Registro de Imóveis de Salvador.
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i móve is + Caramelo Arquitetos é destaque no maior Prêmio de Arquitetura da América Latina Com o projeto do Orizon View Houses, da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, o escritório Caramelo Arquitetos Associados foi um dos vencedores do XI Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, na categoria Residencial Predial Obra Concluída. A premiação aconteceu em setembro, durante a 15ª Office Solution Arquishow Facility Show, em São Paulo.
Mediterrâneo Fase II O Iberostate Golf, Villas & Condos, divisão imobiliária do Grupo Iberostar, acaba de lançar o Mediterrâneo Fase II, empreendimento instalado no Iberostar Praia do Forte. Há opções de apartamentos funcionais de dois e três quartos, com área privativa de 79,93 m2 a 97,26 m2. São quatro blocos de três andares e 12 apartamentos cada. As 48 unidades se distribuem ao redor da piscina, com deck de madeira e churrasqueira, garantindo design e exclusividade integrados à natureza. Os proprietários poderão desfrutar de toda a estrutura do Complexo Iberostate – Praia do Forte.
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Defensora apaixonada do Centro Antigo de Salvador por Núbia Cristina
O Centro Antigo de Salvador é bom para morar, trabalhar e visitar. A arquiteta Beatriz Lima, diretora da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), trabalha incansavelmente para que empresários do mercado imobiliário, turistas e moradores da primeira capital do Brasil percebam que o caminho para a revitalização dessa área - rica em cultura e monumentos históricos - passa pelo investimento em projetos que garantam a ocupação permanente, e não apenas a atração de turistas na alta temporada. No momento, ela está envolvida com um novo projeto capaz de alavancar a área. “Em parceria com um banco, estamos desenvolvendo um estudo para a criação do fundo de investimento imobiliário, que vai dar suporte financeiro à construção de empreendimentos residenciais na região”. Cabe à instituição financeira o aporte de recursos, ao passo que o governo do estado tem de garantir a desapropriação e legalização dos imóveis abandonados. Beatriz comanda o Projeto de Reabilitação do Centro Antigo desde 2008, na época no então Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador (ERCAS), que em 2013 ganhou status de diretoria. Para ela, a preservação da área deveria envolver todos os atores da sociedade: a população, os governos federal, estadual e municipal, a iniciativa privada, as entidades empresariais, o terceiro setor e as populações de menor poder aquisitivo que habitam a região. FOTO: Rômulo Portela
Para Beatriz Lima, o Centro Antigo de Salvador é um bom lugar para morar, trabalhar e visitar
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Apoio:
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) classifica o Centro Antigo de Salvador como uma região formada por 11 bairros em sete quilômetros quadrados. Declarado Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1985, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Centro Histórico é o sítio mais rico dessa região – pródigo em monumentos arquitetônicos dos séculos XVII a XIX -, que também engloba áreas como Avenida Sete, Carlos Gomes, Nazaré e Comércio, dentre outras. O projeto liderado por Beatriz prevê a recuperação de todos os casarões abandonados e a requalificação dos imóveis que estão abandonados no Centro Antigo e a partir disso a construção de empreendimentos residenciais. “Queremos atrair as empresas do mercado imobiliário como parceiras, já que o estado não tem condições de investir tudo sozinho”, comenta a arquiteta. “A ideia é criar empreendimentos para atender as necessidades de várias classes sociais, não apostar em baixa ou alta renda”. Ela lembra que várias cidades ao redor do mundo, a exemplo de Madri, transformaram o Centro Antigo em regiões de moradia, comércio e serviços, sem perder a vocação turística.
“Existe viabilidade em projetos residenciais voltados para moradores de maior poder aquisitivo. É possível desapropriar conjuntos de casarões, a fim de destinar áreas maiores para a construção”, destaca Beatriz. Estrangeiros e brasileiros de alta renda, com maior acesso à cultura, seriam o público-alvo, mas também há viabilidade em projetos para as classes média e baixa. A maioria dos imóveis da região é privada e não pública. “O governo pretende disponibilizar alguns dos seus imóveis, atraindo capital privado para recuperar todos eles”, afirma a diretora da Conder. A fim de dar vida a esse projeto, que aos poucos foi se transformando em missão pessoal e profissional para Beatriz, ela quer a participação de todos. “A iniciativa privada precisa descobrir a importância disso”. Com clareza, ela resume o trabalho: “Trata-se de reabilitar, preservar e valorizar o Centro Antigo e estamos caminhando, temos uma direção, não é um projeto de uma quadra, de um equipamento, é um projeto de um sistema e a gente tem que articular os atores para seguirmos juntos, em sintonia, para que todos possam ganhar”.
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saúde + saúde
FOTO: Rômulo Portela
Adoecemos por necessidade de autoconhecimento
favorece olhar pra si, pra sua vida psíquica e emocional. Repare que à medida que trabalhamos em excesso, sem pausa para o ócio criativo, por exemplo, manifestam-se sintomas que nos obrigam a parar e a olhar pra nós mesmos. Todo e qualquer sintoma tem um recado a dar, por isso precisamos começar a nos perguntar: “O que essa gastrite quer me dizer?”, por exemplo.
Por Núbia Cristina
A velocidade das mudanças tecnológicas, o excesso de informação e de trabalho têm levado as pessoas ao estresse e ao adoecimento. Em entrevista à [B+], a terapeuta junguiana e fisioterapeuta, Francine de Oliveira, aponta caminhos para combater esse que é considerado o mal do século 21.
Qual o caminho para levar uma vida equilibrada e adoecer menos? Buscar o equilíbrio é uma questão de olhar e cuidar de todos os aspectos do nosso Eu, à medida que cuidamos também de todas as dimensões da nossa vida: profissional e financeira, afetiva e sexual, familiar e social etc, sem ignorar qualquer uma delas. O que precisamos estar cientes é que não adianta cuidar só do físico e acumular lixo emocional sem fazer a devida reelaboração dos conflitos existentes e a busca de um significado que faça sentido. Cuidar do corpo físico sem cuidar do psíquico emocional é garantia de adoecimento, sem sombra de dúvida.
As pessoas estão estressadas e adoecendo mais? Sim, na realidade a pressa por buscar informações e a obrigatoriedade em estar conectado com o mundo externo o tempo todo favorecem a manifestação do estresse, que, por sua vez, facilita a manifestação dos sintomas físicos. É necessário ter um tempo para pausar, exercitar o silêncio e a introspecção, a fim de não permitir que essa confusão que está acontecendo no mundo externo continue nos contaminando de maneira prejudicial.
Dedicar tempo e esforço ao desenvolvimento espiritual, considerando que existe um trinômio mente, corpo e espírito (ou alma) ajuda a manter a saúde? Para iniciar um processo de cura é importante sim. Estar ciente desse trinômio e dedicar uma atenção especial às mensagens que nosso corpo emite a todo instante. Para compreender é preciso tempo, cuidado e persistência. Mergulhar em si mesmo dá muito trabalho, pois mergulhar na própria sombra exige coragem e sinceridade, e por mais que evitemos isso, essa é uma jornada sem volta. O autoconhecimento aliado à superação das nossas limitações pessoais é o melhor remédio para a manutenção da saúde.
As pessoas estão adoecendo mais em decorrência do excesso de trabalho e do aumento da competitividade? Também. Estamos adoecendo mais por necessidade de autoconhecimento. O adoecer
Hemoba tem aplicativo para doadores de sangue Graças a um aplicativo para smartphones, tablets e computadores, os doadores de sangue da Bahia estão interligados em rede. O Hemoliga foi criado pelo Hemoba para interagir com o público em potencial e aumentar o número de doadores e a frequência das doações. A ferramenta permite compartilhar dados sobre bancos de sangue, necessidades por tipo sanguíneo e até criar um cadastro virtual de doadores. O aplicativo informa aos usuários sobre próximas doações, tipos sanguíneos que estão em baixa e os convida para participar de campanhas pródoação nas redes sociais. 32
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Novas tecnologias A Otorrino Clin acaba de investir 60 mil reais na aquisição de um equipamento para diagnosticar a labirintite, doença que provoca sintomas como tonturas, perda de equilíbrio e zumbidos no ouvido. O exame, conhecido como eletrococleografia, é realizado de maneira prática e confortável.
Precisão em cirurgia vascular Comandada pela angiologista e especialista em cirurgia vascular, Miriam Takayanagi, a Clínica Takayanagi aposta em três novos aparelhos para proporcionar maior precisão cirúrgica, além de um pós-operatório mais tranquilo. Os investimentos superam 450 mil reais.
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Crédito: Humberto Filho
Outubro Rosa
Ana Mametto e Banda Didá: show de abertura da campanha
A cantora Ana Mametto é a madrinha da campanha Outubro Rosa na Bahia este ano. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) disponibiliza três unidades móveis para a realização gratuita de mamografias, em mulheres de 40 a 69 anos durante todo o mês. A ação é promovida em parceria com o Ministério Público Estadual, Grupo Delfin Imagem e Philips. O principal objetivo é mobilizar a população para a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama, uma das causas mais frequentes da morte em mulheres.
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Interiorização do Diagnóstico de alta complexidade Grupo Meddi completa 16 unidades instaladas em Salvador e em mais 10 cidades da Bahia Jose Antônio Barbosa Diretor Presidente do Grupo Meddi
O segmento de diagnóstico por imagem teve um grande crescimento tecnológico nos últimos anos, mas que se restringia à capital do estado da Bahia, deixando a população das cidades do interior sem acesso a diagnósticos médicos mais precisos, que necessitassem da utilização de tecnologia de ponta. Foi um grande desafio que começamos a enfrentar há 10 anos, quando nos propomos a levar a medicina diagnóstica de alta complexidade a todas as regiões da Bahia. Em 2004, quando fizemos o planejamento estratégico do Grupo Meddi, as metas estabelecidas contemplavam a implantação de Diagnóstico por Imagem de Alta Complexidade em centros econômicos do estado, definidos pelas suas potencialidades e por serem polos regionais de saúde. Agora, em 2014, com a inauguração da Multimagem Vitória da Conquista, e, no fim do ano, com a abertura da Multimagem Oeste, em Luís Eduardo Magalhães, completamos 16 unidades instaladas, distribuídas em Salvador e em mais 10 cidades da Bahia, cobrindo todas as regiões do estado. Todavia, o mais importante na concretização desse projeto foi definir um modelo e uma estratégia clara de atuação, respeitando a especificidade de cada região e implementando novos conceitos de gestão. Este conceitos partiram inicialmente da implantação de um CSC (Centro de Serviços Corporativos), que coordena os processos operacionais em todas unidades, com o objetivo também de reduzir o custo operacional dos serviços. Este núcleo central conta com todos os serviços de apoio necessários ao bom funcionamento 34
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das unidades e onde funcionam a Superintendência e as gerências financeira, contábil, faturamento, comercial, TI, marketing, manutenção e compras. A implantação do nosso conceito de negócio passa necessariamente pelo relacionamento construído com cada novo mercado em que atuamos, trazendo para o nosso Grupo sócios locais que, por conhecerem as particularidades da sua região, influenciam decisivamente na rápida maturação do serviço. Essa é, na verdade, a boa prática de mercado que o Grupo Meddi desenvolve, a grande responsável pela sua solidez e rápida expansão. “Dividir para multiplicar” é a nossa filosofia. Outro conceito que priorizamos é buscar sempre a melhor qualidade, trazendo para cada cidade a mais nova tecnologia disponível no mercado, além de projetos arquitetônicos diferenciados, sempre adaptáveis às necessidades regionais. Associado a isso, fixar na própria cidade um médico especialista em radiologia que possa viver intensamente a unidade, discutindo com os colegas todos os casos clínicos existentes. Certamente promovemos um ciclo virtuoso onde ganham a classe médica, a sociedade local e a economia regional. Mas, com certeza, o melhor conceito que temos desenvolvido, e muito nos orgulha, se relaciona a identificar e valorizar as pessoas em cada cidade onde atuamos. Conseguimos dessa forma fazer com que 100% dos profissionais que trabalham conosco sejam selecionados na própria cidade onde vivem. Assim, descobrimos grandes
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Petrolina (Breve)
Juazeiro
Irecê Luís Eduardo Magalhães (Breve)
Alagoinhas Feira de Santana Camaçari
Santo Antônio de Jesus
Salvador Vitória da Consquista Itabuna Ilhéus
talentos que, motivados e treinados adequadamente, se capacitam, tornando-se excelentes profissionais. Com isso, é desenvolvido em todos eles um grande sentimento de orgulho, por participarem de um projeto vitorioso para suas vidas. Aliado a tudo, a política desenvolvida pelo Grupo Meddi, de participação dos colaboradores no lucro das empresas e um projeto de complementação salarial por meritocracia, em função de metas alcançadas, os tornam verdadeiros aliados no nosso crescimento. Este conceitos formam a grande “cultura” do Grupo Meddi. E manter viva essa cultura, onde a meritocracia e o “dividir para multiplicar” devam continuar sendo nossa prática diária, é o nosso maior desafio. Esse modelo de gestão saudável e sólido vem transformando o Grupo Meddi num grande “case” de sucesso. Em 2015, com a implantação de novas unidades no interior de Pernambuco, já estamos começando a levar a cultura do Grupo Meddi para outros estados do Brasil. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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Prevenção é saúde Cehon aposta no Outubro Rosa para maior prevenção do câncer de mama
Drª Márcia Amaral, Oncologista Graduada em medicina pela Faculdade de Medicina de Petrópolis em 1979 – Petrópolis - RJ Pós-Graduação em clínica de dor – UNIFACS – Salvador-BA Título de Especialista em Cancerologia – Área de Oncologia Clínica Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica Membro da ASCO – American Society of Clinical Oncology Membro da Câmara Técnica de Cancerologia do CREMEB
No ano de 2011, aproximadamente 13.230 mulheres morreram no Brasil por câncer de mama. Para 2014, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou que 57.120 novas mulheres serão diagnosticadas com a doença. O câncer de mama é o segundo tipo mais comum da doença no mundo e o mais frequente entre o sexo feminino. Por isso, médicos oncologistas e mastologistas do Centro de Hematologia e Oncologia da Bahia – Cehon aproveitam a campanha Outubro Rosa para destacar a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer, para aumentar, assim, a expectativa de cura. Para a oncologista Márcia Amaral, um diagnóstico no início da doença é de suma importância, já que aumenta as chances de cura. “Como o índice de câncer de mama é muito alto, queremos que as mulheres se cuidem cada vez mais para que possamos descobrir os casos quando ainda são passíveis de serem combatidos”, explica a médica. “Desta forma, conseguimos oferecer melhor prognóstico e qualidade de vida às pacientes em face à doença. É preciso que as mulheres passem a ir aos consultórios e realizem a mamografia de rotina, uma forma de diagnosticar o problema precocemente”, completa. A rotina mamográfica deve ser feita a partir dos 40 anos de idade, uma vez por ano, passando a cada dois anos de acordo com a orientação médica. “Para mulheres a partir dos 35 anos, a melhor forma de prevenção é o autoexame das mamas, com investigação de qualquer sintoma suspeito. Se a mulher apresentar histórico de câncer de mama na família, como mãe ou irmã, ela é considerada paciente de alto risco e a atenção deve ser ainda maior”, comenta a oncologista. 36
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Dra. Márcia Amaral lembra também que, além dos exames periódicos, é necessário adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação e sem sedentarismo. “Quanto mais a pessoa buscar ter uma vida equilibrada e se afastar de cigarros e bebidas alcoólicas, por exemplo, as chances de ter doença são bem menores, assim como facilita o seu tratamento”, pontua a médica.
Outubro Rosa O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos na década de 90 e hoje é um movimento comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades de todos os segmentos.
Cehon Rua Araújo Pinho, 439, Canela (71) 3496-3744 unidades:
Barreiras Rua Planalto, 580, Sandra Regina, Barreiras - BA. (77) 3613-5960 Juazeiro Travessa Napoleão Laureano, 02, Santo Antônio, Juazeiro - BA. (74) 3614-7300 Fax: (74) 3614-7303 Teixeira de Freitas Rua Dr Osvaldo Cohin, 116, Recanto do Lago, Teixeira de Freitas - BA (73) 3263-9250
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Globo de cara nova Diretor da Globo, o baiano Sergio Valente lidera as mudanças de posicionamento da emissora e ressalta que esta é a hora para apostar no crescimento do mercado local FOTO: Natália Reis
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az pouco mais de um ano que Sergio Valente trocou uma bem-sucedida carreira à frente da DM9 pelo cargo de diretor da Central Globo de Comunicação. A contratação coincide com o reposicionamento da emissora, que tenta se aproximar de um público cada vez mais exigente e digital, sem perder o “Padrão Globo de Qualidade”. Em entrevista a [B+], Sergio, que é soteropolitano, pontua que o mercado publicitário local é um terreno fértil para o plantio de grandes empresas. Otimista, ele enxerga grandes oportunidades no estado, um dos mais importantes da região que mais cresce no Brasil.
Desde que você assumiu o comando da Globo Comunicação, o contato da emissora com o público mudou, está mais afinado. De que forma essa mudança de posicionamento é rentável para a emissora? A maior rentabilidade de uma emissora é a relevância, é a forma como ela chega no consumidor final. Apesar de indireta, esta é uma forma de se rentabilizar. Quanto mais relevância 38
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se tem ou mais bem-recebido você é, surge uma maior oportunidade de relacionamento das marcas com o público. O único cliente da Globo no mercado publicitário são as marcas, então, se a emissora é relevante para o consumidor final, ela se torna uma via para marcas com o consumidor final.
A Rede Globo é conhecida por ser uma emissora mais conservadora em sua grade de atrações. Como inseri-la no meio digital, uma área sem barreiras? O mundo digital é extremamente tentador, mas é um mundo em que você, se não tiver uma estratégia clara e um entendimento correto da ferramenta, pode fazer vários estragos na marca. A Globo pensou muito antes de fazer e já tem uma atuação no mundo digital muito significativa há mais de um ano. Comigo, a presença da emissora nesse universo ganhou um pouco mais de agilidade, mas os princípios já estavam lá.
Como você avalia o mercado de comunicação local? O mercado publicitário baiano é uma área extremamente fértil para plantar grandes empresas. A Bahia é um lugar que exporta grandes publicitários, tem escola. O que eu acho é que o mercado precisa se desenvolver mais, o mercado anunciante precisa se desenvolver mais. Não se pode ficar olhando só para o que se tem, é importante enxergar o que você pode fazer. O Nordeste, hoje, cresce mais do que o Brasil, então, não olhar para as oportunidades que esta região tem a oferecer é uma miopia. Eu acho que vai acontecer muita coisa aqui. Se eu fosse publicitário na Bahia, estaria extremamente empolgado. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
negócios Gerações empreendedoras 38 [C] História de fada sem bruxa não tem graça 42 Entrevista: James Hunter 44 Quanto custa a campanha de um governador 46 As mudanças na Barra 50 [C] A Chesf, indústria baiana e o ano de 2015 52
negócio s | e xpe ri ê n ci a
Espírito empreendedor, idade à parte
Diferentes gerações de empresários compartilham experiências e contribuem para que a Bahia seja o terceiro estado com maior número de empreendedores Por Carlene Fontoura Fotos Rômulo portela
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Difusão do conhecimento
e acordo com a pesquisa Empreendedores Brasileiros 2013, da organização Endeavor Brasil, 76% dos brasileiros preferem ser empreendedores a empregados. Essa é a segunda maior taxa do mundo, ficando atrás somente da Turquia. Em relação às avaliações de todo o Brasil, os empreendedores nordestinos se queixam mais de dificuldades financeiras para montar ou manter um negócio, como falta de investimento (36%) e problemas de fluxo de caixa (33%). As taxas chegam a ser superiores às nacionais: 26% e 25%, respectivamente. Mesmo inserida nesse cenário, a Bahia se destaca na região Nordeste, pois aparece como terceiro estado brasileiro com maior número de empreendedores - 1,8 milhão. Muitos dos negócios liderados por jovens baianos são gestados ainda na faculdade, por experiências vividas na própria graduação. Mas há empreendedores que iniciam suas atividades próprias a partir dos 34 anos, preferindo vivenciar o mercado de trabalho antes.
“Apesar de termos seis anos, ainda somos uma startup em busca do modelo de negócio que esteja de acordo com o impacto que geramos”. É assim que Rafael Costa, 31, define a JusBrasil, plataforma online que organiza e viabiliza o acesso a informações brasileiras de naturezas política e jurídica. Junto com cinco sócios - Gustavo Maia (35), Osvaldo Matos (29), Rodrigo Barreto (31), Daniel Murta (34) e Luís Paulo Pinho (34) -, Rafael coordena uma equipe com mais de 40 profissionais, de diferentes formações, que cuidam das áreas de programação, desenvolvimento de softwares e gerenciamento de comunidades virtuais, dentre outras.
JusBrasil Sócios: Rafael Costa, Daniel Murta, Gustavo Maia, Osvaldo Matos, Rodrigo Barreto e Luís Paulo Pinho Tempo de atuação: seis anos Receita: crescimento de 100% de 2013 até então Meta: instalar uma base em Lisboa para ter trânsito livre pela Europa
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Três Pontos Apresentações Sócios: Augusto Frazão, Eduardo Grossman e João Pedro Tourinho Tempo de atuação: seis meses Faturamento: R$ 23 mil Meta: Se juntar a outras empresas para montar uma holding
“Temos muitos talentos aqui e nosso desafio é retê-los. Mas, pra isso temos que gerar receita suficiente, porque viver em Salvador é muito caro”, relata Rafael. Atualmente a publicidade responde por 50% do faturamento. Para angariar recursos, a startup está sendo testada na modalidade freemium (junção das palavras free e premium) que consiste na oferta gratuita do serviço - pesquisa e acesso ao conhecimento - e cobrança para usufruir de funcionalidades extras, como a criação de pastas para guardar arquivos. “Se depender da gente, o acesso às informações será sempre livre”, defende Rafael. Antes mesmo de investir no modelo freemium, a receita da startup apresentou crescimento de cerca de 100%, do ano passado pra cá, além do aumento do número de visitas ao site (40%) e tempo de navegação (200%). Esses últimos resultados, segundo Rafael, devem-se ao fomento de uma comunidade dentro do portal, onde os usuários podem produzir e publicar conteúdo. Baseado na filosofia do crowdsourcing (criação e/ou produção coletiva para desenvolver soluções e criar produtos), o projeto foi lançado há 10 meses. “Hoje, a JusBrasil é uma ferramenta ativa e ainda mais integrada ao seu propósito maior: troca de conhecimentos”.
Ferramenta de comunicação Ocupar posições estratégicas na Empresa Júnior da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) inspirou Augusto Frazão (22), João Pedro Tourinho (23) e Eduardo Grossman (23), que descobriram o caminho do empreendedorismo. Ao concluir a graduação, eles uniram forças e propósitos para criar a Três Pontos Apresentações. A empresa presta um serviço profissional com demanda crescente em Salvador: a criação de apresentações para divulgar produtos, ideias e/ou projetos. “Buscamos referências de outros lugares, como São Paulo, Estados Unidos e Israel. Oferecemos algo novo, o que tem surpreendido os clientes”, explica Augusto. As apresentações contemplam as etapas de roteiro (com base em storytelling, estratégia de marketing que apresenta um produto, ação ou campanha promocional por meio de uma narrativa), da identidade visual e de treinamento do apresentador. “Esses elementos se complementam e são feitos de acordo com o briefing do cliente, do estudo da audiência, do objetivo da exposição”, reforça Eduardo. Em apenas seis meses de atuação, a empresa registra faturamento de R$ 23 mil, realização de 15 projetos e atendimento a 10 empresas de médio e grande portes, como Unentel e Braskem. “Fizemos investimento inicial de R$ 12 mil e viramos o mês de agosto com a conta positiva”, declara João Pedro. Um dos desafios é atrair micro e pequenos empresários, que chegam a mais de 86 mil na capital baiana. Para sensibilizar esse público a valorizar as apresentações como ferramenta de comunicação, os sócios investem na realização de cursos e workshops. “Chamamos essa frente de educacional corporativa. A gente sempre quis trabalhar com educação e o cenário agora é favorável”, conta Eduardo.
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Inovação e pioneirismo Com 12 anos de estrada, a Quantas Biotecnologia ganhou destaque no mercado baiano por extrair a goma xantana da algaroba, uma planta do semiárido nordestino. Tradicionalmente, a goma é originada do açúcar e chega ao Brasil via importação. “Queremos produzir o biopolímero internamente, para acabar com a dependência de outros países”, destaca Edson Buzanelli, presidente da Quantas. Para tornar viável a produção em grande escala, uma fábrica será instalada no Polo Industrial de Camaçari, com previsão de ser construída até o final do ano. “Seremos o primeiro fabricante de goma xantana no Hemisfério Sul”, revela. A planta industrial terá capacidade para produção anual de 6.400 toneladas, com crescimento projetado de 10% a 15% ao ano. Hoje, a Quantas tem faturamento de R$ 118 mil e 105 funcionários. O projeto de desenvolvimento da goma xantana começou em 2006, fruto de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e em novembro de 2007 o produto foi certificado e aprovado para comercialização no mercado. O biopolímero tem utilização nas indústrias de petróleo e gás, alimentícia, farmacêutica, cosmética e têxtil, dentre outras.
A saga do empreendedorismo
Quantas BioTecnologia Diretor-Presidente: Edson Buzanelli Tempo de atuação: 12 anos Faturamento: R$ 118 mil Meta: instalar fábrica com produção anual de 6.400 toneladas de goma xantana
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Para João Pedro, da Três Pontos, o empreendedor identifica oportunidades de mercado para agregar valor, inovar e resolver problemas antigos com produtos novos, além de não ter medo de arriscar. “Há, no Brasil, um sentimento de derrota quando um negócio falha. O que não acontece em outros países, que enxergam essa questão como experiência”. Já Rafael, da JusBrasil, avalia que o empreendedor deve ter visão de mundo. “Buscamos as referências e aspiramos estar no mesmo nível de quem é top mundial. Infelizmente essa não é a cultura brasileira. Aqui, a gente está rodeado de pessoas que nos puxam para baixo”, opina. Edson Buzanelli traz outro ponto de vista. Ele acredita que o Brasil tem muito espaço para o empreendedorismo, mas carece de bons projetos para angariar recursos. “Contamos com diversas fontes governamentais de incentivo à inovação tecnológica, com recursos financeiros a fundo perdido”, comenta. Juliana Queiroga, da Endeavor Nordeste, compartilha a mesma opinião: “Sabemos que 2/3 dos universitários querem empreender, mas apenas 25% desses se preparam para tal. Inúmeras instituições financeiras têm capital disponível para investir, mas não recebem projetos consistentes”.
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História de fada sem bruxa não tem graça O Mundo vive uma tendência de descentralização da atividade econômica. Isto por Luiz Marques pode ser intuitivamente de Andrade Filho observado por diversas formas: desde os programas sobre economia e negócios que são oferecidos globalmente por canais de TV fechada dos EUA e Reino Unido, mas que são produzidos e gerados em Hong-Kong, até a oferta de cursos de pós-graduação off-shore de universidades americanas e britânicas ministrados em capitais da Ásia e Oriente Médio (e que, aos poucos, chegam à Cidade do México e a São Paulo). Mas é olhando o comportamento do PIB que observamos isto com mais precisão. Dados coletados no site do FMI demonstram que, de 2007 a 2014, as 10 maiores economias já desenvolvidas (países com IDH acima da média) reduziram sua participação relativa no total do PIB mundial: elas caíram de 61,6% para
GRÁFICO 1 PARTICIPAÇÃO % SOBRE O TOTAL DO PIB GLOBAL, 2007 E 2009. FONTE: FMI. 70,0%
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10 MAIORES ECONOMIAS EMERGENTES
GRÁFICO 2 TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB. DIVERSAS ECONOMIAS. 2014. FONTE: FMI. 10,00
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Luiz é economista, superintendente da FEA-Ufba, empresário e professor de finanças e economia.
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BRA si l
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Os 10 maiores PIBs com IDH acima da média são (ordem decrescente): EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Espanha, Austrália e Coreia do Sul. 2 Os 10 maiores PIBs com IDH abaixo da média são (ordem decrescente): China, Brasil, Rússia, Índia, México, Turquia, Indonésia, Polônia, Arábia Saudita e Taiwan. 1
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52,2% do total do PIB global neste período. De forma oposta, as 10 maiores economias emergentes aumentaram no conjunto esta sua participação, saindo de 18,4% para 27,5% do total do PIB mundial. É um aumento muito significativo do PIB emergente dentro do PIB mundial total, isto em um intervalo de apenas sete anos! Escolheu-se 2007 por ter sido o ano pré-crise, ver Gráfico 1. Os países emergentes (China e Brasil incluídos), mesmo em ambiente de crise, com queda do comércio internacional e redução do crescimento global, conseguiram crescer. O Oriente foi o epicentro, e nosso país gerou forte crescimento econômico no período agregado (em particular em 2007, 2008 e 2010), movido por variáveis como o estímulo às exportações (fator Ásia), incremento do crédito para as famílias e aumento dos gastos correntes do governo. Contudo, este modelo se esgotou, e, em 2014, estamos com as menores taxas de crescimento pós Plano Real. Este ano, teremos um crescimento econômico inferior a todas as comparações relevantes (ver Gráfico 2). Na América Latina, ganharemos apenas da Argentina e Venezuela, ambas em estagflação, em situação muito difícil. Vivemos um empoçamento de recursos bancários, pois as famílias já estão endividadas e os empresários pararam seus investimentos devido às dúvidas sobre a condução da macroeconomia. A afirmação de que nosso baixo crescimento econômico em 2014 é culpa da crise mundial não se sustenta na observação empírica, pois o mundo está crescendo acima dos nossos números: o crescimento do PIB global será de 3,76%; a América Latina crescerá 3,12%. Este ano, vamos crescer 0,75%, com muito otimismo e boa vontade, o que é menos que a Zona do Euro e o Japão: absolutamente incrível. Contudo, considerando o movimento de aumento da dinâmica econômica nos países emergentes, a tendência do Brasil é voltar a crescer sim, nos próximos anos, em função do vasto mercado a ser explorado (a quinta maior população mundial) e das classes D e C, que serão aos poucos incorporadas ao aumento do consumo. Ou seja, nossos problemas de crescimento são conjunturais: a dinâmica global e nossas características nos levarão para frente, só não podemos atrapalhar este movimento.
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“Temos poucos líderes porque a maioria das pessoas é preguiçosa” Com a experiência de quem veio 25 vezes ao Brasil - em sua maioria para divulgar o best seller “O monge e o executivo” -, James Hunter conversa com a [B+] sobre política, negócios e a dificuldade de ser um líder em meio a tantos chefes
ouvir os outros, apreciar os outros, reconhecer, dizer não. Eu ouço muita gente dizendo que liderança é uma habilidade, mas não vejo muita gente acreditando nisso. Uma empresa tem futuro se não tiver um líder em seu comando? Depende do conceito de sucesso. É possível fazer dinheiro sem um líder servidor. Em Detroit, onde nasci, fizeram muito dinheiro produzindo carros para nazistas. Os tempos mudaram e quebramos. Não é possível criar uma empresa de excelência sem liderança. Você pode ter uma empresa medíocre? Sim, o mundo está cheio de negócios medíocres. Então, é preciso se perguntar: você quer ser excelente? Se sim, então, você precisa servir. O líder deve se moldar a partir do contexto onde se insere? Às vezes, é preciso ser mais chefe do que líder? Liderança é caráter. Os bons líderes que eu conheço são bons líderes independentemente de onde estejam, porque é assim que eles são. Sabem como construir relacionamentos, são objetivos, honestos, congruentes. Eles não tentam ser quem não são.
Qual é a melhor definição para a liderança servidora? Liderança é a habilidade de influenciar pessoas a agir, inspirá-las a ir longe. Se eu sou um líder, eu devo lhe servir, conhecer suas necessidades, não os seus desejos, porque eu não vou ser seu escravo. Eu devo lhe ouvir, me comunicar contigo, reconhecê-lo, e dar uma bronca quando merecer. Os grandes líderes abraçam, mas também batem. É como um pai de família. A ideia é extrair do colaborador o melhor que ele possa dar. O teste é fazer com que aquele funcionário deixe a minha empresa melhor do que quando chegou. Algumas pessoas acham que servir quer dizer ser fraco, o que não tem nada a ver.
Nós vivemos um momento de eleições no Brasil recentemente. Com a experiência de quem veio mais de 20 vezes para o Brasil, você acha que o Brasil precisa de líderes ou de gestores públicos? O Brasil precisa dos dois. Para estar à frente de um país, é preciso ser gestor e líder ao mesmo tempo. Gestão é o que você faz, sendo estratégico, programando, planejando, por exemplo. Liderança é a habilidade de inspirar as pessoas. Há quem seja bom líder e péssimo gestor, e o contrário também. Então, se um político não tem essas habilidades, é preciso que esteja acompanhado de pessoas competentes. Mas eu acho que as pessoas se preocupam muito com política e se esquecem de perguntar sobre elas mesmas. Como você se comporta como pai? Como você se comporta como esposa? Como você se comporta como líder? Todo mundo quer mudar o mundo, mas ninguém quer mudar a si mesmo.
O líder servidor é um modelo que todos acham ideal para os novos tempos, então, por que esse estilo de liderança ainda é tão raro entre os CEOs? Porque é difícil. Temos poucos líderes porque a maioria das pessoas é preguiçosa. É muito mais fácil gritar com um funcionário e delegar funções, sem colocar a mão na massa também. “Eu sou o chefe, você não é, então faça o que eu mando”. Mas, assim, eu nunca vou ter a sua excelência, seu coração, mente, espírito, criatividade. Ser um líder servidor demanda muito trabalho e tempo. Um chefe pode se tornar um líder apenas praticando? Sim. Liderança é uma habilidade, tal como aprender a jogar futebol. Não se aprende lendo livros ou assistindo a apresentações em Power Point. É preciso praticar. Pratique 46
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FOTO: divulgação
por Pedro Hijo
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Campanha política,
negócios à parte Um balanço sobre os gastos das campanhas eleitorais de 2014 Por Murilo Gitel
ilustrações Gabriel cayres
Se há quem diga que “dinheiro não traz felicidade”, ao menos no campo da política, o entendimento vigente diz que ele ajuda (e muito) a trazer a vitória nas eleições. A lógica nessa realidade é simples: se meu adversário vai gastar X, tenho que me antecipar e investir mais do que ele. Quanto mais gastar, mais chance de ser visto e, consequentemente, eleito. Enquanto o Brasil deixa de aprovar uma reforma política na qual o financiamento das campanhas eleitorais seria público, em vez de privado, partidos e seus candidatos contam com pomposos recursos de empresas na tentativa de obter êxito nas eleições. Só para se ter ideia, até a primeira semana de setembro, seis empresas já haviam doado R$ 14 milhões para campanhas ao governo da Bahia, segundo levantamento feito pela [B+] junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As construtoras OAS e UTC Engenharia, a Cervejaria Petrópolis, Candeias Energia S/A, o frigorífico JBS e a Suzano Papel e Celulose S/A apareciam como os principais financiadores.
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De acordo com a segunda prestação parcial de contas apresentada pelos candidatos baianos à Justiça Eleitoral, as doações oficiais feitas a Rui Costa (PT) e aos candidatos Paulo Souto (DEM), Lídice da Mata (PSB) e Renata Mallet (PSTU) somaram mais de R$ 22,7 milhões. Marcos Mendes (PSOL) e Da Luz (PRTB) apresentaram a prestação sem lançamento de receita.
Valores Rui Costa, candidato eleito como governador da Bahia pelo PT, foi o que mais arrecadou, com um total de R$ 14,6 milhões, contra R$ 1 milhão registrado na primeira prestação parcial. O maior doador da campanha de Rui Costa é a Construtora OAS com a contribuição de mais de R$ 3,3 milhões, seguida pela UTC Construtora, com quase R$ 3 milhões; Cervejaria Petrópolis, que doou R$ 1 milhão; e a Candeias Energia, com valor igual. Paulo Souto reuniu R$ 5,6 milhões, ante R$ 1,5 milhão da prestação de agosto. O democrata obteve boa parte das doações das direções nacional e estadual do partido (sem
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“Existem estudos que indicam que, de cada R$ 1 doado em campanha, as empresas conseguem outros R$ 8,5 em contratos públicos” – Gil Castelo Branco – ONG Contas Abertas. definir a origem dos recursos). Contudo, foi favorecido com financiamento da Suzano Papel e Celulose S/A (mais de R$ 3,9 milhões); da Fibria Celulose S/A (R$ 500 mil); e da Construtora Odebrecht S/A (R$ 200 mil). Lídice da Mata, que já havia arrecadado R$ 1,4 milhão, no início de setembro contabilizava mais R$ 2,5 milhões. O Frigorífico JBS S/A aparecie como o principal patrocinador da campanha da candidata socialista, com doação de mais de R$ 1 milhão. A CR Almeida Engenharia doou R$ 450 mil e os empresários Carlos Seabra Suarez e Maria Paula Lanat Suarez, R$ 150 mil cada. Renata Mallet obteve doações de mais de R$ 28,8 mil. Na primeira prestação, a candidata do PSTU recebeu pouco mais de R$ 22 mil em recursos, originados de pessoas físicas e da direção estadual do partido. A Construtora OAS e o Frigorífico JBS, ao lado da Construtora Andrade Gutierrez, também foram os principais financiadores da campanha presidencial. As três empresas doaram quase R$ 64 milhões, 39% do total de recursos que entraram na contabilidade oficial dos três principais concorrentes ao Planalto no primeiro turno - Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
Opiniões A legislação eleitoral brasileira permite que empresas privadas façam doações a candidatos e partidos políticos. O limite imposto pela lei é de 2% do faturamento das empresas. As exceções são empresas concessionárias de serviços públicos, como operadoras de telefonia, rodovias e de serviços de saneamento básico. Para Mauro Campos, autor de um estudo sobre os custos do sistema partidário no Brasil, o volume de recursos para campanha cresce a cada eleição porque os pleitos tornaramse mais competitivos a partir de 2002. O professor explica que o aumento das cifras gera um círculo vicioso, porque inflaciona cada vez mais os preços das peças publicitárias. Segundo ele, falta critério ideológico. “Não há preferência ideológica. Elas doam sempre para quem tem capacidade de ganhar. Qual é o propósito disso? É sempre aquela lógica de se receber alguma compensação pela doação. Ou então é aquilo: eu doo e você não mexe comigo”, afirma. O diretor executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo, sugere que uma forma de reduzir o poder de cooptação das grandes empresas é pelo estabelecimento de
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A soma do limite de gastos das campanhas de todos os candidatos registrados na Justiça Eleitoral em 2014 é de R$ 73,9 bilhões. O dinheiro seria suficiente para organizar três Copas do Mundo.
73,9 bi Gastos com campanhas eleitorais em 2014
48,4 bi Gastos com campanhas eleitorais em 2010
28,8 bi Gastos com a Copa do Mundo de 2014 (União, estados e municípios)
Fonte: TSE
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um teto nacional e de tetos regionais determinados a partir dos PIBs de estados (para eleições gerais) e municípios (para pleitos neste âmbito). “Isso teria como consequência uma distribuição menos concentrada do poder de influência das doadoras, com consequente enfraquecimento das maiores”, defende. Abramo pontua três motivos concebíveis para que empresas doem dinheiro a campanhas eleitorais: influenciar decisões dos eleitos no sentido de beneficiar diretamente o seu negócio (o que pode ocorrer lícita ou ilicitamente); fortalecer uma posição ideológica; e fortalecer um programa administrativo visto como mais eficiente. Na opinião do secretário-geral e fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, as doações de campanhas no Brasil criam uma relação de promiscuidade entre as doadoras, partidos e políticos. “Não é doação, é investimento. Existem estudos que indicam que, de cada R$ 1 doado em campanha, as empresas conseguem outros R$ 8,5 em contratos públicos”, ressalta. Um levantamento recente aponta que sete das dez maiores empresas doadoras de campanha nas eleições de 2010 foram ou estão sob investigação devido a indícios de corrupção envolvendo contratos públicos ou por conta dos seus relacionamentos com partidos e políticos. A maioria dos crimes investigados envolve o desvio de recursos públicos, superfaturamento de obras contratadas por governos ou empresas públicas e a não contabilização de recursos utilizados em campanhas eleitorais, o chamado “caixa dois”. As poucas empresas que aceitam falar sobre suas doações afirmam que as contribuições são feitas de acordo com a lei brasileira e têm como base a representatividade política de cada beneficiado.
Custo de campanha dos principais candidatos ao Governo da Bahia:
PT
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15,6 milhões
DEM
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paulo souto R$
7,1 milhões
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LÍDICE DA MATA R$
3,9 milhões
FOTOS: Divulgação
Dados do TSE apontam que a soma do limite de gastos das campanhas de todos os candidatos já registrados na Justiça Eleitoral será de R$ 73,9 bilhões. Há quatro anos, a soma dos tetos de despesa foi de R$ 48,4 bilhões. O montante equivale ao orçamento de 2014 do estado do Rio de Janeiro (R$ 75,9 bilhões), o terceiro maior do país, atrás dos orçamentos da União e do estado de São Paulo. O dinheiro seria suficiente para organizar três Copas do Mundo. Levando-se em conta as disputas para todos os cargos (presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual), o limite médio de gastos com campanha é de R$ 2,9 milhões por candidato. A campanha mais “barata” é a de deputado estadual, com limite médio de gastos de R$ 2,4 milhões, seguida da de deputado federal (R$ 3,6 milhões), deputado distrital (R$ 5,4 milhões) e senador (R$ 5,6 milhões). Uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no STF pediu a proibição das doações de empresas para campanhas e, apesar de a ação ter os votos da maioria dos ministros do STF, a restrição não vai vigorar neste ano.
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A Barra D mudou. E agora? Requalificação do bairro divide opiniões. Empresários tentam se adaptar às mudanças por Carlene Fontoura
FOTO: Gabriel Lima
FOTO: Max Haack (Agecom)
e cara nova, a orla da Barra é o novo point de convivência ao ar livre de Salvador. Passada a euforia inicial da inauguração, a [B+] conversou com empresários do bairro para saber as dores e as delícias de ter um projeto de 45 mil metros quadrados e investimento de R$ 60 milhões a seu dispor. “Há um mês, transferimos nosso restaurante para a Barra e tivemos uma surpresa positiva: o faturamento triplicou. Sabemos que temos de lidar com desafios cotidianos, mas a reforma melhora a cidade, permite que as pessoas frequentem as ruas”, defende a empresária Maria Carmem Barros. “Alugo quatro lojas no bairro e o movimento caiu cerca de 80%. Agora, o fluxo tende a normalizar. Já tenho planos de usar alguns imóveis para locação também”, registra o arquiteto e urbanista Aloisio Messeder. Enquanto alguns empresários se ajustam à nova dinamização do bairro, outros amargam prejuízos. “Como os clientes não tinham como chegar aqui, tive perda de faturamento. Espero retomar o ritmo de antes. O que me deixa insegura é não ter vagas de estacionamento para disponibilizar aos clientes”, reclama Izaura Campinho, proprietária de um restaurante. Local para estacionar também é um fator que preocupa Adauto Prazeres, sócio de um dos hotéis da região. “Se aqui não entra táxis, como poderei receber hóspedes idosos ou que cheguem à noite?”, questiona. Guilherme Bellintani, secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, alega que há planos para instalar estacionamentos privados, além de requalificar o setor hoteleiro. “Mais do que a parte estrutural, se realizamos eventos interessantes, chamamos as pessoas para ocuparem as ruas”. No mês passado, o Diário Oficial do Município publicou portaria que regulamenta as áreas para estacionamento rotativo Zona Azul. São 187 vagas em sete vias do bairro, sendo 5% disponibilizadas para portadores de necessidades especiais. De acordo com o gestor, para tratar de outras questões, a conversa com a comunidade já vem sendo realizada no escritório permanente de gestão, composto por representantes de todas as pastas do município. Instalado, a princípio, na própria Secretaria de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme confirma que até o fim do ano a sede será transferida para a Barra. O secretário ainda revela que, até junho de 2015, serão inaugurados cinco quiosques para comercialização de comidas e bebidas, o Museu Náutico da Bahia passará por reforma e os fortes Santa Maria e São Diogo abrigarão exposições permanentes de Pierre Verger e Carybé.
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“Sabemos que temos de lidar com desafios cotidianos, mas a reforma melhora a cidade, permite que as pessoas frequentem as ruas” Maria Carmem Barros, empresária 52
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Para Lourenço Mueller, arquiteto e urbanista, a requalificação da Barra vai mostrar aos moradores que é possível viver sem automóvel. “A população vai perceber o carro como um meio de transporte que pode ser substituído. Mas, é necessário colocar em prática um plano mais amplo de mobilidade urbana”, expressa. Já Neilton Dórea acredita que o projeto tem fins políticos. “É imediatista porque não propõe mudanças significativas dos paradigmas da sociedade”, sinaliza o arquiteto e urbanista. Mesmo com posicionamento crítico, Dórea compartilha da opinião de Mueller quando revela que “o ponto positivo da reforma é priorizar o ser humano em relação ao veículo”. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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A Chesf, indústria baiana e o ano de 2015 por Armando Avena
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Armando é economista, jornalista e escritor
Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
indústria baiana tem um problema pela frente e as lideranças políticas e empresariais precisam estar atentas, pois, caso não haja uma solução, poderá haver uma grave crise no setor. Trata-se dos contratos assinados entre as empresas eletrointensivas sediadas na Bahia e em Alagoas e a Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco para fornecimento de energia elétrica. Esses contratos, que foram firmados há mais de 30 anos com um preço diferenciado, para dar maior competitividade às empresas que estavam se instalando no Nordeste, vencem em junho de 2015 e precisam ser renovados a preços
competitivos, sob pena de gerar uma forte crise na indústria baiana. Frente à escassez de energia que existe no país, a Chesf acena com a possibilidade de renovação desses contratos em outras bases, ou então da não renovação, o que significaria que as empresas teriam de comprar energia no mercado. Na Bahia, algumas das principais empresas do Polo Industrial de Camaçari, a exemplo da Dow Química, Braskem, Paranapanema, Ferbasa e outras, são eletrointensivas, ou seja, a participação nos custos do insumo eletricidade na fabricação de produtos pode chegar até a 70% do total em alguns setores fabris e, se esse custo se elevar desproporcionalmente, a competitividade dessas empresas será afetada. Trata-se, em sua maioria, de indústrias de base, que estão na base das cadeias produtivas e fornecem matéria-prima para outras fábricas da matriz industrial baiana. Se esses contratos não forem renovados todos sairão perdendo, pois as empresas eletrointensivas da Bahia e Alagoas terão de comprar energia junto às distribuidoras, já que no mercado livre, voltado para os grandes consumidores, não existe energia disponível nos próximos dois anos. Assim, as eletrointensivas baianas terão de comprar energia no chamado mercado cativo, ou seja, diretamente das distribuidoras, como a Coelba. Com isso, essas empresas estarão demandando a energia que hoje é destinada aos pequenos consumidores, inclusive os domésticos. Como não dispõe de energia adicional, a distribuidora vai ter de comprar energia mais cara no mercado livre, aumentando o preço médio de sua energia, seja ela destinada à indústria ou ao consumidor doméstico. Ou seja, o preço médio da energia elétrica vai aumentar, e o aumento pode parar na conta de luz do leitor. Mesmo que o aumento fique concentrado na indústria, ela repassará este aumento aos consumidores através dos preços dos produtos. Se este assunto não for resolvido todos perderão: o consumidor final, que poderá ver sua conta de luz aumentar, as empresas, que terão custos maiores e se tornarão menos competitivas, e a indústria baiana, que poderá ter um ano de 2015 dos piores de sua história.
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Gestão pública com efetividade A solução para os problemas crônicos do serviço público no Brasil e na Bahia, que afetam a população e as empresas por Núbia Cristina e Teófilo Henrique
Os planos de governo estiveram no centro dos debates
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Brasil precisa colocar a eficiência e a eficácia do serviço público, em especial nas áreas de saúde, educação e segurança, no centro das discussões. Na verdade, para resolver o drástico problema da baixa qualidade dos serviços públicos no país, a saída seria o investimento na gestão efetiva. O guru da administração, Peter Drucker, define o conceito de efetividade. “Eficiência é fazer as coisas de maneira correta, eficácia são as coisas certas. O resultado depende de fazer certo as coisas certas”. Ou seja, para obter êxito, ser efetivo, faz-se necessário escolher a melhor estratégia a seguir. Fazer o que é correto, com maior produtividade, de forma sustentável. Com mais acesso à informação, o cidadão brasileiro consegue perceber que a qualidade da gestão está diretamente associada à qualidade do serviço. Os debates entre os candidatos à presidência da República e aos governos estaduais, com ênfase nos programas de governo - destacando erros e acertos de quem está ou esteve no comando, demonstram que os atores da cena política percebem que o eleitorado tende a dar mais credibilidade para o confronto de propostas objetivas e não vê com bons olhos as agressões entre os oponentes. Está em xeque qual o modelo de gestão é capaz de tirar o país da estagnação e levar os estados ao crescimento sustentável, com melhoria do ambiente de negócios e da qualidade de vida. “O eleitor brasileiro está mais maduro, estamos construindo uma cultura na qual a qualidade da gestão pública é avaliada pela população. É algo muito recente, mas trata-se de uma tendência”, resume o professor de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGVSP), Marco Antônio Carvalho Teixeira. Ele acredita que
os debates acalorados em torno de metas e projetos de governo, e até mesmo a pauta dos programas exibidos, no horário eleitoral gratuito, demonstraram que o país caminha para o amadurecimento da cultura da gestão pública. “É muito nova a discussão em torno de índices que entregam resultados, como é o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mas isso é um ótimo sinal”. Para ele, a tendência de valorização da gestão pública de qualidade “caminha de uma forma segura. Se olharmos o passado, veremos que já avançamos muito, mas se olharmos o futuro, constatamos que temos muito ainda a caminhar”, diz Teixeira. Na opinião do presidente da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos Andrade, “as eleições trazem à tona um cenário de mudanças, criando em toda a sociedade a expectativa de que dias melhores virão, com elevação da qualidade dos serviços públicos e boas condições para o desenvolvimento do setor produtivo”.
“
“Estamos construindo uma cultura na qual a qualidade da gestão pública é avaliada pela população. É algo muito recente, mas trata-se de uma tendência”
Bem-vindo à gestão por competências A gestão por competências, um modelo cada vez mais utilizado pela iniciativa privada, é apontada por especialistas como o caminho mais curto para a conquista da efetividade na gestão pública no Brasil. Essa prática administrativa passou a ser obrigatória nas instituições federais, a partir do decreto nº 5.707, de 2006. Ela é vista como uma ponte para a melhoria dos serviços prestados à população e para assegurar os direitos garantidos pela Constituição, tais como educação, saúde e segurança. O modelo corresponde a uma prática de integrar a gestão de pessoas numa organização. De forma geral, as organizações que optam por introduzi-la procuram definir quais são as competências que gostariam de desenvolver em seus colaboradores. Elas servem de parâmetro para os vários processos de gestão de pessoas tais como: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, remuneração, desenvolvimento de carreira, dentre outros.
É crescente o número de organizações públicas que adotam modelos de competências, até por força do Decreto 5.707, segundo o qual as instituições públicas federais devem pautar sua gestão pelo conceito de competências. “Os benefícios são inúmeros. Na ausência de um modelo desse tipo, as organizações correm o risco de pautar cada prática de gestão de pessoas em um referencial diferente e, no final, se tem uma ‘Torre de Babel’ corporativa, em que uma prática não conversa com a outra, criam-se um monte de formulários que buscam as mesmas informações de modo diferente, toma-se um monte de tempo das pessoas e elas não se entendem”, explica o professor de Estratégia e Gestão de Pessoas, Bruno Fernandes, associado à Fundação Dom Cabral. De acordo com ele, a gestão por competências simplifica e unifica processos. Definem-se aquelas competências, poucas e fundamentais, para os colaboradores e, a partir
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daí, se estruturam todos os processos de gestão de pessoas. Há outro benefício, que é reforçar as estratégias organizacionais, ou levá-las às pessoas e às práticas cotidianas. “Por exemplo, suponha uma organização pública que queira aumentar significativamente seu nível de atendimento. Uma maneira de fazer isso é definir uma competência chamada ‘atendimento de qualidade’, descrevê-la com itens como ‘resolve o problema do público no primeiro atendimento’, dentre outros. Depois se avalia em que medida cada pessoa em seu trabalho realiza ou não aquilo que a competência estabelece. Se não o faz, por quê? E o que pode ser feito para isto ser corrigido”, explica Fernandes.
O modelo que se tornou obrigatório em organizações públicas federais pode se tornar uma imposição para os governos estaduais e municipais. “A tendência é que isso ocorra. Nesse sentido, várias organizações públicas federais e mesmo municipais estão se adiantando para implantar a gestão por competências. Elas têm plenas condições de adotar o modelo, pois tais conceitos são absolutamente versáteis e sensíveis às peculiaridades de cada organização”, ressalta o professor associado da Fundação Dom Cabral. Fernandes destaca que a gestão pública no Brasil ainda é um enorme desafio e “muitas organizações que trabalham bem um aspecto podem não ser referência em outros”.
Casos de sucesso Existem casos de sucesso no Brasil na utilização do modelo de gestão por competências no setor público. O professor Bruno Fernandes cita o Banco Central do Brasil como exemplo. “A instituição vem investindo em uma série de práticas de gestão, com grande foco em ações de desenvolvimento, que orientam a Escola de Liderança do Bacen”, afirma. Fernandes destaca: “Uma evidência de que o modelo está funcionando é o fato de o Banco Central ter sido escolhido uma das cinco melhores organizações públicas para se trabalhar, segundo o ranking da ExameVocê S.A., numa pesquisa conduzida pela FIA-USP”. O Tribunal de Contas do Estado do Paraná também aderiu a essa ferramenta de gestão, com a finalidade de identificar as competências técnicas, comportamentais e gerenciais dos servidores, mensurando-as, a fim de avaliá-las, para permitir o desenvolvimento do capital intelectual interno, garantindo a identificação dos talentos para melhor posicioná-los em funções compatíveis com as necessidades do órgão.
A Bahia tem O estado da Bahia passou a adotar a gestão por competências para as carreiras dos servidores estaduais a partir de 2009. O modelo foi efetivado pelo Decreto Estadual 13.341/2011, institucionalizando a ascensão do servidor e seu plano de vencimentos, através da avaliação de competência. “Trata-se de um padrão de extrema importância para a qualificação e profissionalização do serviço público, sendo deveras salutar a sua implantação por parte dos demais entes federativos”, opina o secretário da Administração, Edelvino da Silva Góes. O governo da Bahia reestruturou 90% das carreiras do estado e instituiu a avaliação por desempenho como um critério para desenvolvimento nas carreiras. “Outro modelo adotado foi na área de segurança pública, através do prêmio de desempenho policial, que consiste no pagamento de pecúlio aos servidores em exercício na Secretaria de Segurança Pública que alcancem metas de redução da 58
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criminalidade”. O servidor só recebe uma gratificação, que pode chegar a R$ 4 mil, se consegue reduzir a criminalidade com médias pré-estabelecidas. Isso, inclusive, atingiu 28 mil policiais e o estado alocou recursos de R$ 42 milhões para o pagamento desse prêmio. “A gestão por competências pressupõe uma forte atuação no desenvolvimento dos servidores públicos. Nesse sentido, a adoção, pela Secretaria da Administração, de uma lógica de escola de governo, na forma de Universidade Corporativa – UCS, possibilitou a organização das ações de educação em torno de um projeto político-pedagógico próprio e de programas estruturados de desenvolvimento de competências”, explica o secretário da Administração. Apesar dos bons exemplos, o professor associado à Fundação Dom Cabral alerta que alguns cuidados devem ser tomados na concepção do modelo de gestão por competências. “O projeto deve envolver e escutar diversos grupos numa organização. Se é introduzido de maneira unilateral, sobretudo em organizações públicas, que tendem a ser mais ‘igualitárias’ e as pessoas usufruem de estabilidade, há resistência, e a chance de fracassar aumenta”, ensina.
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Banco Central adotou modelo de gestão por competências
Maioria dos municípios baianos tem baixa capacidade de gestão Estudo da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) revela fragilidade da gestão municipal no estado
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penas 76 municípios baianos, dos 417 existentes, têm alta capacidade de gestão pública, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O estudo realizado a partir de uma demanda da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) mostra que a imensa maioria dos municípios baianos (318) tem baixa capacidade de gestão pública. Outros 23 ficam em um patamar intermediário. Coordenadora do estudo, a professora Elizabeth Matos, doutora em Ciência Política e da Administração, explica que a pesquisa é quantitativa, ou seja, usou apenas dados do IBGE, do estudo do Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) e da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A metodologia identificou três aspectos do município que podem ser analisadas para definir o nível da gestão. O primeiro é a capacidade institucional, que avalia a gerência, direção e administração do município. O segundo, a capacidade organizativa, analisa as condições de funcionamento do poder público, e o terceiro, a capacidade administrativa, refere-se às estruturas, ao quadro pessoal, parcerias e às finanças do município.
O município de Pitubaçu é um dos piores em capacidade de gestão pública
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Desempenho dos Municípios Índice de Capacidade da Gestão Pública Municipal (ICGPM)
0,24
Pindobaçú
0,22
Coronel João Sá
0,21
São José do Jacuípe
0,96
Alagoinhas
1,00
0,96
São Sebastião do Passé
Luis Eduardo Magalhães
0,98
Feira de Santana
0,97
0,17
Camaçari
Itamari
Municípios Melhor Situados Municípios Pior Situados
0,20
Barra do Rocha
Com os dados e a metodologia desenvolvida foi possível identificar os dez municípios com alta capacidade de gestão e os dez com baixa capacidade de gestão. Para a professora, o pior quadro é visível nos municípios de baixa renda. “A qualidade da gestão pública nos municípios de menor receita se manifesta na baixa redução de quadros efetivos, no rodízio e na baixa qualificação dos funcionários. Eles também não geram renda, impostos e vivem do dinheiro da federação”, diz. “Mesmo com a autonomia para a gestão que os municípios têm, garantida pela Constituição de 1988, eles não conseguem gerar receita devido, principalmente, aos entraves políticos”, diz. “Então a capacidade de financiamento é muito limitada para gerar inovação e melhoria contínua da gestão pública”, analisa a pesquisadora. 60
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*Fonte: Escola de Administração da Ufba, a partir de dados do estudo Perfil dos Municípios Brasileiros (2001, 2005, 2006 e 2008), do IBGE. Bases teórico-metodológicas para avaliação da capacidade de gestão pública em municípios baianos.
Os números recentes do Índice de Desenvolvimento da Escola Básica (Ideb) e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) reforçam o resultado da pesquisa da Escola de Administração. Eles demonstram que os municípios apontados com alta capacidade de gestão pública têm, consequentemente, melhores índices na área social e na educação. Por outro lado, as cidades avaliadas com menor capacidade gerencial têm pior desempenho nessas áreas. Para a diretora de Planejamento Social da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia, Cláudia Monteiro, os municípios citados na pesquisa da Escola de Administração da Ufba têm realidades distintas e seria preciso analisar as questões específicas da realidade local de cada um deles para comentar caso a caso.
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“Temos observado um aumento no esforço dos gestores municipais em melhorar a qualidade dos serviços prestados à população, através da implantação cada vez maior dos processos de planejamento local e de pactuação. De acordos entre as esferas de governo (estadual e federal), de forma a priorizar o alcance de metas e resultados efetivos das políticas públicas”, afirma. Para ela, “o caso do Ideb é um claro exemplo disso: são pactuadas metas, os recursos para a educação são definidos no orçamento e a gestão municipal se organiza para atingir essas metas”, completou a diretora.
Baixa qualidade e parcos resultados O diretor e professor da Escola de Administração da Ufba, Francisco Teixeira, segue a linha da colega Elizabeth Matos e é mais crítico com a gestão pública. “Qualquer diagnóstico que se faça da gestão pública identificará uma série de incoerências que resultam em baixa qualidade e parcos resultados. Os procedimentos são inadequados, os gestores despreparados, os funcionários desqualificados, quando não descomprometidos com o serviço público”, opina. Para ele, o planejamento, “quando realizado, não sai do papel. O trabalho, na sua maior parte, está centrado na área meio, desvinculado de resultados concretos que possam efetivar a ação pública. A imensa burocracia sufoca qualquer iniciativa”.
E a inovação?
IDHM* dos municípios com Alta Capacidade de Gestão
32º 5º 6º 160º 369º 374º São Sebastião do Passé
Feira de Santana
Camaçari
IDHM* dos municípios com baixa Capacidade de Gestão
Itamari
Barra do Rocha
De acordo com Teixeira, é impossível desenvolver um padrão de gestão minimamente condizente com o papel do estado em uma sociedade como a nossa, dado o labirinto regulatório enfrentado pelo gestor público. O professor destaca duas leis, entre muitas, que são, na opinião dele, entraves para a gestão pública. A primeira da lista é a Lei de Licitações (8.666/93). “É impossível assegurar o giz na escola e o algodão no posto de saúde, trabalhando nos limites dessa lei. Por outro lado, o regulamento do servidor público (Lei 8.112/90) não cria as condições para que o gestor possa realizar as ações dentro de um padrão mínimo de eficiência. Ele simplesmente não tem em mãos instrumentos de gestão de pessoas”. A professora Elizabeth é mais categórica ao afirmar que não há inovação na gestão pública. Para ela, a grande inovação está no marco institucional, ou seja, na Constituição de 1988. “A Constituição Federal de 1988 define o que a administração deve ser, ela desenha um modelo ideal de administração pública, inclusive define os seus princípios. A Emenda Constitucional 19 (de 1998) também agrega novos princípios à administração pública. Mas o grande nó, para mim, é que tudo está muito bem construído teoricamente na Constituição, mas, desde 88 até 2014, nada disso vem funcionando do jeito que se espera. E esse é o nosso desespero”, conclui.
São José do Jacuípe
*Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
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Apenas 76 municípios baianos, dos 417 existentes, têm alta capacidade de gestão pública, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) OUTUBRO/NOVEMBRO 2014
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Planejamento de longo prazo para Salvador O projeto Salvador 500 estabelece metas e ações para a capital baiana até 2049
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FOTO: Ângelo Pontes - Agecom
prefeito ACM Neto lançou em março deste ano o projeto Salvador 500, que estabelece um processo de planejamento de longo prazo, com metas e ações até 2049, quando a cidade completa 500 anos. Para o economista e escritor Armando Avena, a iniciativa é muito importante, não apenas por pensar nos rumos da cidade no longo prazo, mas também porque pretende ser um plano multidisciplinar, avaliando aspectos urbanísticos e econômicos e buscando uma vocação para a cidade. “Aliás, tenho alertado que Salvador tem perdido dinamismo econômico e que seu PIB já foi superado por Fortaleza, sendo urgente repensar a vocação econômica da cidade”, diz. Na opinião do economista, Salvador precisa ampliar a base produtiva e atrair indústrias não poluentes, potencializando sua especialização em serviços portuários, industriais, tecnológicos, médicos, educacionais etc. “Precisa também destravar o PDDU, e espera-se que o plano Salvador 500 entregue esse projeto em 12 meses como está prometido, para assim estimular o setor de construção civil e atrair investidores imobiliários, inclusive de outros estados”. Titular da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom),
ACM Neto: foco no Salvador 500
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“Salvador tem perdido dinamismo econômico e seu PIB já foi superado por Fortaleza. É urgente repensar a vocação econômica da cidade”
Silvio Pinheiro ressalta que o projeto está em construção e será amplamente discutido com a sociedade. A Sucom, responsável pelo Salvador 500, realiza fóruns, oficinas e audiências públicas em vários bairros da cidade, a fim de promover essas discussões. Por meio do site do Plano Salvador 500, a população pode tirar dúvidas, acompanhar o andamento do programa e fazer sugestões. O acesso pode ser feito através do endereço eletrônico plano500.salvador. ba.gov.br. “O site representa mais uma ferramenta para assegurar a ampla participação popular ao processo de discussão do planejamento da cidade”, destaca Pinheiro. A ferramenta permite acompanhar as datas das oficinas, audiências e fóruns nos bairros. O superintende explica que a intenção é estimular o crescimento da cidade, identificando o perfil de cada área de Salvador e desenvolvendo a atividade econômica local. Sendo um projeto de longo prazo, não há como obrigar as futuras gestões a seguirem o que será definido. Apenas a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos) e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que serão revistos no Plano Salvador 500 anos, devem ser seguidos. “Cada gestão vai decidir se vai fazer ou não os projetos desenvolvidos. Mas a Louos e o PDDU têm de ser seguidos. Claro que podem ser revistos, mas vamos deixar premissas para isso”, explica o superintendente.
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AMSTERDAM
LONDRES
BRUXELAS FRANKFURT MUNIQUE
PARIS MILÃO
PORTO
ROMA
NOVA YORK LISBOA
MIAMI
MADRI
CORUNHA
ASTÚRIAS
HAVANA CANCÚN
SANTIAGO DE COMPOSTELA
PORTO RICO
BILBAO
VIGO
SANTO DOMINGO LA ROMANA PUNTA CANA
ZARAGOZA BARCELONA
DAKAR MADRI VALÊNCIA
CARACAS
IBIZA
BADAJOZ
GRANADA
PALMA DE MAIORCA
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“A Bahia não pode viver de espasmos de crescimento” Eleito no primeiro turno com 54,5% dos votos válidos, o governador Rui Costa (PT) afirma, em entrevista à [B+], que interiorizar o desenvolvimento econômico do estado é uma das principais metas do governo dele. A desconcentração das atividades produtivas seria apoiada por novos investimentos em infraestrutura, logística e qualificação de mão de obra. O governador fez ainda o exercício de enumerar algumas ações prioritárias para estímulo aos vários setores produtivos, que reivindicam ações efetivas para elevar a competitividade do estado. No entanto, não respondeu com objetividade sobre os planos de apoio ao turismo e a reforma do Centro de Convenções, uma medida urgente para o segmento, já que a capital baiana tem deixado de atrair grandes eventos por não disponibilizar equipamento adequado. por Núbia Cristina
FOTO: Divulgação
Apesar do crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, superando a média nacional (2,3%), a economia baiana foi afetada por fatores como a seca, que castigou o estado e atingiu o auge entre 2012 e 2013. Além disso, a crise no turismo e no setor da construção fez estragos. Que projetos e ações o senhor pretende implementar para acelerar o desenvolvimento do estado? A única forma de tornar a Bahia mais competitiva é investir em infraestrutura, logística e capacitação de mão de obra. Nosso caminho será aportar recursos nos setores vinculados ao circuito econômico, consolidando o sistema de ferrovias, portos, aeroportos, rodovias e telecomunicações. Vamos investir, ainda, no adensamento das cadeias produtivas do estado: química e petroquímica, petróleo e gás, produção de alimentos (agrícola e industrial), papel e celulose, agricultura familiar, tecnologia e informação, turismo e cultura. Outras prioridades são viabilizar a entrada em funcionamento dos parques eólicos e o planejamento e construção de dez novas barragens, disponibilizando água para consumo humano e irrigação. Daremos continuidade aos programas Água para Todos, Luz para Todos e Minha Casa Minha Vida.
Apesar do crescente desenvolvimento do interior, a maior concentração de riqueza continua na Região Metropolitana de Salvador, responsável por 70% do PIB baiano. Qual a estratégia do seu governo para estimular o crescimento do interior do estado? Uma das principais metas do meu governo é interiorizar o desenvolvimento econômico. A desconcentração não passa apenas pela atração de novas empresas, porque isso pode se tornar um empecilho em algumas regiões. É todo um processo que vai da infraestrutura a novas universidades e ampliação da rede de serviços públicos. E um fator fundamental nesse processo é a geração de novos empregos. Vamos promover a desconcentração regional das atividades econômicas, apoiada numa estrutura consolidada de novas vias logísticas de transporte de carga e escoamento da produção. Importante ressaltar o grande esforço de integração interna do governo Wagner, como também com outras regiões do Brasil, através da consolidação de grandes eixos de infraestrutura de transporte, como a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), Hidrovia do São Francisco, a readequação da FCA Sul e Centro, associados ao Complexo Portuário da Bahia de Todos os Santos, Porto de Ilhéus, Porto Sul e Porto de Juazeiro. Completando a rede principal de circulação, vamos investir nos aeroportos das maiores cidades do estado, como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Barreiras, Ilhéus, Teixeira de Freitas e Guanambi, além de centros logísticos em cidades do interior.
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FOTO: Manu Dias (Agecom)
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Novos investimentos virão para a expansão do Porto de Aratu
Lideranças do agronegócio baiano apontam a necessidade de ampliar estradas estaduais, além de realizar recuperação de trechos importantes para escoamento da produção do estado. Quais são suas prioridades nesse sentido? O estado exige um grande esforço de integração interna e com outras regiões do Brasil. Entre as prioridades está a duplicação da BR-101 na Bahia. Na impossibilidade de realizá-la através de concessão ao setor privado, serão necessários investimentos federais. Há ainda a mudança do traçado da BR-242, requalificação nos trechos do estado e a construção da Ponte Salvador-Ilha de Itaparica. O novo Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) já prevê a transferência do atual marco zero, localizado em São Roque do Paraguaçu, para o Porto de Salvador. Também é estratégica, a ser realizada em parceria com o governo federal – DNIT, a ampliação de capacidade no entorno de Feira de Santana (conclusão da duplicação do contorno de Feira de Santana, Perimetral Norte - BR-116-Norte/BR-324 - e ampliação de capacidade da BA-502 - Feira de Santana/São Gonçalo dos Campos/Conceição de Feira/BR-101/Cachoeira/São Félix/Muritiba/BR-101).
Produtores do oeste baiano acreditam que é preciso haver alguma intervenção do estado em obras federais, como a Hidrovia do São Francisco e a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol). Qual a sua 66
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opinião a respeito? Entre os aspectos de atenção prioritária estão a implantação da Fiol e a revitalização do ramal ferroviário Belo Horizonte/Feira de Santana/Aratu (antiga FCA), que criam corredores de exportação para a produção de minérios do sudoeste e para os grãos do oeste do estado e da região centro-oeste, além da produção da região do norte de Minas Gerais. Em paralelo à implantação da FIOL, vamos dar continuidade também aos programas estaduais de construção e pavimentação de rodovias e dos programas de adensamento das redes de estradas vicinais, além de programas que incentivem a ampliação da capacidade de estocagem e a verticalização do beneficiamento, condições básicas para assegurar o crescimento do setor.
A Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia) considera crítica a situação dos portos e aponta que o estado vem perdendo grandes oportunidades de investimento por causa disso. Quais são os seus projetos para minimizar o problema no médio prazo. Meu compromisso, registrado no Programa de Governo Participativo, é de que a Bahia terá, no curto prazo, dois complexos portuários de uso múltiplo e diversificado: o Complexo Portuário da Bahia de Todos os Santos (Porto de Salvador/Porto de Aratu) e o da Costa do Cacau (Porto Sul/ Porto do Malhado), na região de Ilhéus. O Complexo Portuário de Salvador tem se expandido nos últimos anos, em especial com a ampliação do
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Terminal de Contêineres e com a nova estação de passageiros, que cria as condições para atração de um maior número de navios cruzeiros para a capital. O Porto de Aratu também tem conhecido sucessivas expansões, ampliando sua vocação inicial de porto para o escoamento de produtos petroquímicos (do Polo de Camaçari), para novas atividades, em especial para a importação de trigo e exportação de grãos e o apoio à indústria automobilística.
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Em relação a outros estados, a exemplo de Pernambuco, a infraestrutura portuária da Bahia deixa a desejar.
Um para minério e outro de uso misto para grãos e contêineres, ampla retroárea com imensa capacidade de estocagem, o que define como suas principais vocações a exportação de minério de ferro, a exportação de grãos e a movimentação de contêineres.
O comércio varejista, por sua vez, aponta que problemas como a deficiência na infraestrutura básica e de mobilidade urbana no entorno dos centros comerciais e de serviços afetam a competitividade dos negócios. Como o seu governo pretende sanar essas dificuldades? O programa Mobilidade Bahia vem redefinindo o transporte de massa na Região Metropolitana de Salvador e Feira de Santana, com reflexos positivos em novos locais de expansão de negócios, geração de renda e emprego. Vamos ampliar a política de incentivos diferenciados para melhoria da infraestrutura
FOTO: Elói Corrêa (GOVBA)
Temos vários projetos nessa área. Com as recentes descobertas de importantes reservas no pós-sal na costa de Sergipe, a próxima expansão do Porto de Aratu deverá ter como eixo a prestação de serviços para essa nova demanda especializada, com atividades que poderão ir da construção de barcos de apoio (em estaleiros de porte médio) à manutenção de plataformas e outros navios de grande porte da indústria de O&G no mar. O Complexo Portuário da Costa do Cacau tem, também, um caráter complementar. Ao passo que o Porto do Malhado, que já foi temporariamente utilizado para a exportação de grãos, não tem nem a profundidade ou as condições de estocagem necessárias para desenvolver essa atividade de forma permanente. Sua vocação principal, hoje, é a cabotagem. O Porto Sul, que será um Terminal de Uso Privado (TUP), obteve o licenciamento ambiental e está em fase final de licitação para definir a composição acionária de seus controladores. Terá, no mínimo, dois berços.
Vamos apoiar a criação das universidades Federal do Sudoeste da Bahia, Federal da Chapada Diamantina, Federal do Nordeste Baiano e Federal da Serra Geral”
Governo pretende ampliar investimentos em mobilidade urbana em Salvador e Região Metropolitana
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“A Bahia terá, no curto prazo, dois complexos portuários de uso múltiplo e diversificado: o Complexo Portuário da Bahia de Todos os Santos (Porto de Salvador/Porto de Aratu) e o da Costa do Cacau (Porto Sul/ Porto do Malhado), na região de Ilhéus”
criar o Programa Estadual de Segurança com Defesa Social, que prioriza a participação ativa da sociedade, prevenção social e repressão qualificada, transversalidade e integração, além das políticas de proximidade e ocupação de território. Entre as propostas imediatas está a implantação do Sistema Estadual de Inteligência, com ampliação do Comando de Operações Especiais, tecnologia e controle em cidades estratégicas e criação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado.
Em Salvador, o turismo de negócios e de convenções tem perdido muito com a precariedade do Centro de Convenções. Hoje, não há instalações adequadas para a realização de eventos de grande porte na capital baiana. O que será feito em relação a isso? Vamos investir na infraestrutura e melhoria da oferta e qualidade dos serviços, na capital e interior do estado. Entre as ações prioritárias, compartilhar com municípios, consórcios e colegiados territoriais o processo de gestão do turismo. Ampliar responsabilidades com a qualidade do produto, limpeza, ordenamento urbano, preparação da mão de obra e cuidados ambientais.
E quanto à qualificação da mão de obra? Como pretende elevar a qualidade da escola pública no estado, que, de acordo com o Ideb 2013, teve menor desempenho no ensino médio? necessária ao fortalecimento da economia também nas cidades de pequeno e médio portes. Implantar o Plano Estadual e o Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana, priorizando a racionalização e integração entre os diversos modais de transporte. Temos investimentos importantes como a Via Expressa Bahia de Todos os Santos, o Complexo Viário 2 de Julho, na região do aeroporto, as marginais da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela), os viadutos do Imbuí e Narandiba, as alças de ligação da Avenida Luis Eduardo com a BR-324 e com a Estrada do Curralinho, a duplicação da Av. Pinto de Aguiar e a Avenida Noide Cerqueira, em Feira de Santana. Além das entregues, já estão em obras os dois grandes corredores transversais que ligarão a orla Atlântica à orla do Subúrbio de Salvador, com as avenidas Orlando Gomes, 29 de Março, Gal Costa e a ligação Pirajá/Lobato, além da Ligação entre a Avenida Paralela e o Estádio Barradão. Também destaque especial para o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, que já começou a operar entre as estações da Lapa e Retiro e segue em obras aceleradas.
As empresas da cadeia do turismo reivindicam maior eficácia na segurança pública do estado. A violência crescente na capital baiana, na Região Metropolitana e nas cidades do interior afugentou os turistas, afetando o setor. Quais seus principais projetos e ações nessa área? A eficácia na segurança pública é importante não só para as empresas de turismo, mas para toda a sociedade. Nós vamos 68
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A meta é universalizar o ensino médio e dobrar o número de matrículas no sistema estadual de educação profissional. Atingir 150 mil matrículas em cursos técnicos de nível médio. Hoje, temos a segunda maior rede estadual de educação profissional no país, com 25 campi federais, três núcleos IFs, além de 68 centros estaduais de educação profissional. Seis universidades federais e instituições estaduais que se destacam em pesquisa, formação profissional e inclusão, com política de cotas e assistência estudantil. Vamos unificar as ações, criando um Sistema Estadual de Educação Superior, para planejamento integrado. Avançar com educação integral em mais 20% das escolas estaduais e implantar uma política de assistência estudantil nas universidades públicas estaduais. Apoiar a criação, em ação articulada com o governo federal, das universidades Federal do Sudoeste da Bahia, Federal da Chapada Diamantina, Federal do Nordeste Baiano e Federal da Serra Geral.
Qual a estratégia do seu governo para a atração de novos investimentos? Para atrair investimentos de forma continuada é preciso investir em infraestrutura, logística e capacitação de mão de obra. O estado não pode viver de espasmos de crescimento, sem uma estratégia clara, definida. Defendo a desconcentração regional das atividades econômicas, apoiada na estrutura consolidada de novas vias logísticas de transporte de carga e escoamento da produção.
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educação Apoio: Especial Educação Com a palavra, o novo reitor da Ufba 68 As vantagens do ensino integral 70 A qualidade do ensino médio 72 EAD muda a cara do ensino presencial 74 Carlos Joel, o presidente da Abames 76
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
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Construção coletiva de soluções O novo reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o filósofo João Carlos Salles, é adepto da gestão participativa e democrática FOTO: Rômulo Portela
por carlene fontoura
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efensor da autonomia universitária, aberto ao diálogo e engajado com a construção coletiva de soluções, o filósofo João Carlos Salles, novo reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), falou francamente com a [B+] sobre vários assuntos. Do orçamento apertado, que limita a execução de novos projetos, às parcerias com a iniciativa privada e com vários setores da sociedade. Para ele, “o ensino superior privado não é o mais desejado e a universidade pública é mais rica culturalmente. Se os estudantes recorrem a instituições privadas porque se baseiam no tempo para obter o diploma, considero isso uma má aposta”. No entanto, uma coisa ficou clara durante a conversa: ele pretende implementar uma gestão democrática e participativa.
Orçamento a desejar “Temos um orçamento de R$ 1,3 bilhão e desse montante a maior parte é destinada ao pagamento dos funcionários. Sendo assim, ficam disponíveis R$ 200 milhões, já impactados por uma série de obrigações, principalmente por serviços terceirizados. Os recursos estão abaixo do que é necessário para expandir nosso espaço físico, ampliar as condições para atender à comunidade, melhorar os cursos etc. Vivemos um quadro recessivo, com déficit de custeio. Fechar o ano de 2014 desse jeito é um problema grave. Recorremos ao Ministério da Educação para ter uma suplementação que equacione o orçamento. Para 2015, a previsão deixa a desejar, com aumento de 6%. Temos que analisar nossas necessidades com cuidado, mas não iremos jamais recuar com as políticas de assistência estudantil e qualidade do ensino, pesquisa e extensão”. 70
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Parceria com empresas, sem perder autonomia “A Ufba é uma universidade autêntica, mas isso não significa que é isolada. Tem que haver um diálogo com todas as dimensões da sociedade. Porém, a universidade não pode subordinar-se aos interesses do mercado, sempre imediatos. O lugar da universidade é privilegiado para a reflexão, maturidade crítica e defesa de valores elevados. Não há porque temer o diálogo com as empresas, mas essa conversa vai acontecer com a preservação da autonomia da universidade”
Processo de construção coletiva “Quando a universidade dialoga com a comunidade, deve ter uma relação de vizinhança, troca de saberes. Temos muitas pesquisas de ponta nos cursos da área de saúde e química, que já conversam com a sociedade. Vamos dar visibilidade maior a essas iniciativas. Enquanto filósofo, afirmo que o sonho e a utopia são fundamentais, além do espírito prático decisivo. E ter sentimento prático nos leva a avaliar as obras que estão sendo feitas, a melhorar o atendimento em nossos hospitais, a rever a comida servida nos restaurantes universitários. Mas, isso num processo de construção coletiva. A medida prática é oxigenada pelo diálogo”.
Ensino privado x ensino público “A meu ver, o ensino superior privado não é o mais desejado. A instituição pública é mais rica culturalmente, sem interesse pecuniário. É aqui onde se realiza o que há de mais autêntico no ensino superior. Só uma universidade verdadeira associa ensino à pesquisa. Se os estudantes recorrem a instituições privadas porque se baseiam no tempo para obter o diploma, considero isso uma má aposta”.
Rendimento dos cotistas “Identificamos que há uma diferença significativa de rendimento entre alunos cotistas e não cotistas, em cursos com maior concorrência e em que o conhecimento de matemática tem papel decisivo. Temos que investigar por que há essa diferença, quais as maneiras de apoiar os estudantes, de facilitar a integração entre os alunos. Ainda há outros elementos importantes a serem revistos, como a falta de uma boa política de póspermanência, que permita ao estudante ter acesso à formação plena”. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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O desafioda educação integral Escolas aumentam o tempo de permanência do aluno em sala de aula, para o alívio dos pais que trabalham o dia todo por Pedro Hijo
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té 2014, 50% das escolas públicas brasileiras terão que oferecer ensino integral. É o que prevê o Plano Nacional de Educação (PNE), documento aprovado em junho que estabelece as estratégias das políticas de educação para o Brasil para a próxima década. Pode parecer tempo suficiente para cumprir a meta, mas o desafio ainda é grande. De acordo com Ana Penido, diretora do Inspirare, instituto de inovações para a educação, o problema é que o que é posto em prática nas escolas ainda está longe do ideal. Na teoria, o ensino integral desenvolve o aluno de forma completa, reorganizando espaços, conteúdos e o tempo em sala de aula, de modo que a educação seja dividida entre os pais e a comunidade. No entanto, segundo Ana, na prática, esse conceito é distorcido. “A questão não é só aumentar o tempo de permanência do aluno na escola, é preciso pensar no que será feito com esse tempo a mais”, diz Ana. Em Salvador, o ensino integral é algo novo para muitas escolas. Mirando nos pais que passam mais tempo no trabalho do que em casa, colégios da rede privada e pública aumentaram o tempo de permanência dos alunos para sete horas e remodelaram seus conteúdos pedagógicos para oferecer mais do que o ensino regular. Há um ano, o Vitória Régia Centro Educacional experimentou implementar o ensino integral e a aceitação 72
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por parte dos pais foi imediata. “Seja pela falta de uma pessoa em casa para olhar por seus filhos, seja pela insegurança nas ruas, os pais preferem deixá-los dentro da escola, porque sabem que estão protegidos e na companhia de educadores”, conta Andréia Politano, especialista em Educação Infantil e diretora pedagógica no colégio. Regra geral, o currículo em uma escola de ensino integral é dividido entre turno e contraturno. Pela manhã, são oferecidas aulas regulares e, no turno da tarde, oficinas que vão desde gastronomia até dança. O colégio estadual Alfredo Magalhães, no Rio Vermelho, que oferece ensino integral há sete anos, aproveita a multiplicidade do bairro onde está localizado para trabalhar a integralidade do aluno. Inserido na comunidade da Santa Cruz, o colégio promove oficinas de hip hop, dança afro e capoeira com profissionais locais. “Uma vez que o aluno está na unidade escolar ele está protegido, e está em contato com o conhecimento”, conta Orlando Souza Gois, vicediretor do Alfredo Magalhães. No estado, 71 escolas da rede pública são de tempo integral, sendo 59 da rede estadual (participantes do Programa de Educação Integral do Governo Estadual, Proei) e 12 da rede municipal.
Custo benefício De acordo com a Federação Nacional das Escolas Particulares, a mensalidade pode ser até 80% maior quando os pais optam pelo período integral. Isso se dá, principalmente, por conta da infraestrutura oferecida ao aluno, para que ele tenha mais aulas, possa se alimentar e tomar banho nas dependências do colégio. Em alguns casos, os pais podem customizar a agenda do filho conforme as suas necessidades. No colégio Tempo de Criança, voltado para alunos do ensino infantil e fundamental, os pais podem escolher se o filho ficará por dois, três ou cinco dias em período integral. “Vimos que o número de matrículas aumentou em torno de 40% de 2013 para cá e creditamos isso, principalmente, à nova lei das empregadas domésticas, que diminuiu a presença da babá dentro de casa, e ao movimento social da mulher no mercado de trabalho”, comenta Larissa Machado, vice-diretora pedagógica do colégio. “Outro ponto positivo de uma escola com ensino integral é a concentração de atividades no mesmo lugar. O pai não precisa ir de um lugar ao outro para levar o filho para o balé, depois para a natação, depois para o reforço escolar. Tudo está no mesmo ambiente”, opina.
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Bahia recua e qualidade do ensino médio deixa a desejar Fortalecer o papel do professor e alfabetizar o estudante na idade certa são soluções apresentadas para gerar avanços significativos na educação por Carlene Fontoura
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Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente ao ano de 2013, mostra que a qualidade da educação no Brasil não vai bem. Principalmente quando se avalia o cenário do ensino médio: 16 estados brasileiros apresentaram queda nas taxas. A Bahia, que obteve nota 3,2 no Ideb em 2011, chegou a 3 este ano e ocupa a décima posição, junto com os estados do Maranhão, Alagoas e Amapá. “A busca de soluções para elevar a qualidade da educação passa pelo fortalecimento do papel do educador”, afirma o professor doutor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Nelson Pretto. Coordenador do grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias, Pretto lembra que no passado a qualidade da escola pública no estado era inquestionável, porque era estruturada para formar a elite econômica e política. Com a universalização, há o desafio de garantir excelência para muitos. “Tem que haver a negociação das diferenças, dos saberes populares, das tecnologias. Trabalhar a multiplicidade de linguagens para ir além da sala de aula”, reforça.
Entenda o Ideb Indicador da qualidade da educação básica brasileira, que revela a situação do ensino em instituições públicas e privadas. A aplicação do Ideb é atribuição do Inep, órgão subordinado ao MEC. 74
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O professor acredita que a formação dos docentes deve ser permanente e continuada, já que é preciso se adaptar a um cenário de rápidas transformações. Além disso, é urgente melhorar as condições de trabalho, com reformulação das escolas, do ponto de vista tecnológico, de arquitetura e infraestrutura. “Precisamos valorizar a carreira do professor no Brasil para que ela se torne atraente para jovens de todas as classes sociais”, diz. Marilene Betros, presidente do APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, reforça esse ponto: “Nossa jornada de trabalho não permite que tenhamos tempo para estudos ou realizar alguma ação complementar. O ente federado – estadual ou municipal - tem que investir no profissional de educação”. Por sua vez, Osvaldo Barreto, secretário de Educação do estado, alega que não haverá avanços significativos na educação se o estudante não for alfabetizado no tempo certo. “Na minha avaliação, os problemas do ensino médio têm origem no ensino fundamental. O aluno chega nessa etapa com muitas deficiências, carregando uma imensa distorção de idade-série”, afirma. Ele destaca o projeto Pacto com os Municípios, desenvolvido pelo estado desde 2010, para apoiar as prefeituras – responsáveis pelo ensino fundamental – no sentido de melhorar o processo de alfabetização. O secretário ressalta que entre 6 e 8 anos, no máximo, a criança precisa estar alfabetizada, saber ler, escrever, assimilar conteúdos e dominar as operações matemáticas. Em 2013, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Pacto pela Educação na Idade Certa, com o mesmo objetivo. Este ano, os dois programas, do estado e do governo federal, foram unificados.
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ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO)
Metodologia A nota do Ideb é calculada a partir da combinação das médias obtidas em exames nacionais (Prova Brasil ou Saeb) e das taxas de aprovação: o resultado varia de 0 a 10. Os exames são aplicados a cada dois anos e divulgados no ano seguinte.
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Total Rede Estadual Rede Privada
Números do ideb na Bahia
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ENSINO FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO)
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ENSINO MÉDIO
Quem participa dos exames Alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas. Todas as escolas públicas com mais de 20 alunos são consideradas no levantamento. Entre as privadas, apenas uma amostragem.
Rafael Dias Cunha
A partir de 2015, o Colégio Villa Lobos passa a se chamar VILLA e se torna o primeiro Campus de Educação do Infantil ao Médio da Bahia. Um conceito trazido do Ensino Superior para expressar a excelência pedagógica, a qualidade dos serviços oferecidos, assim como a grandiosidade da estrutura física e das oportunidades disponibilizadas para se aprender. Imagem meramente ilustrativa da fachada
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Educação a distância deve provocar mudanças no ensino presencial Especialistas acreditam em uma educação híbrida e cada vez mais tecnológica por Pedro Hijo
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resente em grande número das instituições de ensino, as matrículas em cursos a distância aumentaram 58% entre 2010 e 2011, segundo Censo da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). Atualmente, a modalidade representa 25% do total de matrículas de ensino superior. A presença nas universidades é tão forte que alguns especialistas apontam que nos próximos cinco anos o número de matrículas em graduação EAD deve superar o ensino presencial. De acordo com Ronaldo Mota, reitor da Universidade Estácio de Sá, a alta carga tecnológica da educação a distância e a inovação constante nos métodos de ensino devem influenciar cada vez mais o ensino presencial. Para Ronaldo, a tendência mundial é que o ensino presencial e a distância se aproximem. “O ideal é que no início de cada semestre o aluno possa optar por algumas matérias em EAD e outras presenciais. Ao fazer isso, uma modalidade pode ser influenciada pela outra, de modo que o ensino seja mais híbrido”, opina. “O mundo caminha para uma educação mais flexível e adaptada a cada realidade”, completa. Atualmente, a Estácio tem 12 polos de educação a distância na Bahia e pretende ampliar a rede de municípios contemplados. Universidades baianas já instituíram a EAD em suas grades curriculares. A Unijorge tem um núcleo voltado para a área e um setor somente para a formação de profissionais de EAD. Para Karen Sazac, coordenadora da área de Educação A Distância do centro universitário, a modalidade a distância contribui para gerar transformações na sala de aula. “Vemos que a
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EAD aprimora a docência, e o incremento da tecnologia na sala de aula é extremamente favorável ao aluno, ele se sente mais motivado”, opinou. A Unijorge planeja abrir novos cursos a distância (graduação e pós) em, pelo menos, 30 cidades baianas em 2015.
Dificuldade na infraestrutura Apesar da alta procura, alguns números vão de encontro à ideia de futuro promissor da EAD. Estudo realizado pela ONG Todos pela Educação aponta que metade das escolas públicas do país não dispõe de computadores nem de acesso à internet para os alunos. Segundo a pesquisa, na Bahia, 23,9% das escolas têm acesso à banda larga, 30,7% contam com laboratório de informática, 39,9% têm computador para uso dos alunos, 32,2% têm acesso à internet, sendo que 45,2 é o número de alunos por computador. De acordo com Ronaldo Mota, estes baixos índices mostram uma realidade nacional. “Assim como em outros itens, o país tem carências, isso acontece com as tecnologias digitais”, comenta. “Estamos no meio de um processo de transição, de transformação”, conclui.
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comparativo, no orçamento de estatais, um aluno não custa menos de R$ 3 mil, enquanto que numa instituição particular custa R$ 600. E quem paga a manutenção do aluno numa instituição pública é a sociedade. Esse custo diminuiria se os estudantes ingressassem em instituições privadas? Somos um dos poucos países com a presença do estado na vida das pessoas. É preciso promover o ingresso de estudantes ao ensino superior. O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) é uma grande alavanca do sistema, pois o estado financia o estudo do aluno que, após a graduação, paga os valores desse investimento.
“Queremos ter legitimidade para representar todas as instituições privadas de ensino superior na Bahia” O presidente Carlos Joel afirma que a Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior irá se tornar sindicato ainda este ano por Carlene Fontoura
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m processo de formalização para se tornar sindicato, a Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames) lidera projetos com o propósito de fortalecer o setor. Em entrevista à [B+], Carlos Joel Pereira, presidente da instituição, destaca investimentos e desafios da educação superior privada. Qual o cenário do ensino superior na Bahia? Hoje, as instituições particulares ofertam 80% das vagas em todo o estado, sendo 90% somente em Salvador. Isso acontece porque o próprio estado é incapaz de ofertar mais vagas. E há motivos que influenciam a decisão do estudante em investir na educação privada: qualidade e tempo de conclusão do curso. Quanto o setor emprega e movimenta na economia baiana? É preciso entender que a educação é o único segmento que tem concentração absoluta de mão de obra. Isso tem custo muito elevado e representa 40% do orçamento. Para um 78
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Quais os principais investimentos das instituições particulares? A cada três anos, temos que renovar o acervo de biblioteca e equipamentos de laboratórios. Isso equivale de 8% a 10% da receita. É preciso ter uma gestão cuidadosa, pois a margem de lucro é pequena e a empresa pode não se sustentar. Isso seria minimizado com os investimentos de empresas internacionais? Os grandes grupos investem em instituições de grande porte, com 100 mil alunos. Isso porque o custo do investimento é menor e o retorno é maior e melhor. Os investidores têm interesse no ingresso de um maior número de pessoas no ensino superior. Em comparação com os países da América Latina, o Brasil está muito aquém, pois somente cerca de 14% da população têm curso superior. Para chegarmos a 40%, a média encontrada nos países latinos, vai ser preciso incluir 25% da sociedade brasileira, o que representa 50 milhões de pessoas. Qual o papel da Abames para as instituições privadas? Entre 2012 e 2013, realizamos seminários e avaliações técnicas, a fim de capacitar as instituições para entenderem os índices de avaliação do Ministério da Educação e apresentarem bons resultados. Principalmente as unidades de menor porte. O cenário já está mudando: em 2014 mais de 70% das instituições privadas baianas tiveram conceito superior a 3 no IGC – Índice Geral de Cursos, que é um indicador de qualidade das universidades, centros universitários e faculdades e considera tanto os cursos de graduação, quanto os de pós-graduação. Quais os planos da Abames no curto e médio prazos? Estamos em processo de nos tornar sindicato, o que nos dará legitimidade para representar todas as instituições da educação superior privada no estado. Isso está previsto para ser realizado ainda este ano. Em 2015, iremos realizar o I Fórum de Educação Superior do Norte e Nordeste, para discutir o setor, suas matrizes e metodologias. Queremos envolver os gestores, corpos administrativos e acadêmicos. Não tenho a definição do local, mas priorizamos que seja em Salvador.
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
sustentabilidade Apoio: [C] Bikes em Salvador 78 Vá de bike, mas vá com segurança 82
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mpresas, pessoas e o meio ambiente são diretamente afetados pela forma como escolhemos nos mover pela cidade. Não só o crescimento econômico, mas sobretudo a qualidade de vida da cidad, está intimamente ligada a um sistema de transporte limpo e eficiente, que traz benefícios para todos. As empresas podem contribuir muito para a qualidade de vida na cidade e à saúde das pessoas também. Como líderes de negócios, suas ações podem fazer uma diferença real. Adotar uma política empresarial que contemple a utilização de meios de transporte limpos e sustentáveis, nos deslocamentos, é um grande desafio das metrópoles da atualidade fato que, não só contribui para maior eficiência da logística empresarial, como também afeta, para melhor, o ar que respiramos e o trânsito da nossa cidade. É preciso que os setores empresariais comecem um processo de engajamento quanto aos benefícios do uso da bicicleta nas empresas. Melhorar o trânsito, reduzir a poluição e buscar qualidade de vida tudo isso depende de ações conjuntas de governo, empresas e cidadãos. No início de setembro, começamos a contribuir com esse processo de engajamento, reunindo as principais entidades empresariais do estado na Casa do Comércio, onde convidamos importantes especialistas do Brasil para dialogar com os baianos sobre como as empresas podem estimular o uso da bicicleta no dia a dia da organização. Disponibilizamos um farto material prático que pode ser adotado por empresas de qualquer tamanho. Estamos convencidos que inserir a bicicleta na política de transporte das empresas é o tipo de investimento certo, que motiva um ambiente de trabalho saudável e demonstra maior responsabilidade social, financeira e corporativa. O prefeito ACM Neto estabeleceu uma meta ambiciosa de prover a cidade com 350 quilômetros de circuitos cicloviários até o final de 2016. Estamos avançando, criando novos espaços para os ciclistas e, ao mesmo tempo, iniciamos um processo consistente de estímulo ao uso da bicicleta em nossa cidade por meio do Movimento Salvador Vai de Bike, além de forte atuação em ações de educação e conscientização permanentes desde setembro de 2013, usando todas as plataformas de comunicação (rádio, jornal, internet, redes
As empresas, a bicicleta e a cidade Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
por isaac edington
sociais e digitais, mobiliário urbano, outdoors e materiais gráficos promocionais). Esse é um processo importante, pois, mesmo com toda infraestrutura que está sendo criada, é necessário uma ampla conscientização de todos para compartilhamento das vias entre motoristas e ciclistas. A bicicleta é um veículo e, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), pode circular livremente pelas ruas e estradas assim como carros e motos. Tá na lei, e a mesma precisa ser respeitada por todos, para o benefício de todos. Muitos dirigentes empresariais já estão conscientes de que investir no bem-estar dos funcionários traz benefícios diretos para as empresas, que também, registram ganhos reais quando adotam bicicletas como parte da sua cadeia de transporte e logística. Incentivar o uso da bicicleta melhora a saúde e o bem-estar da equipe, pois pedalar é reconhecido como um dos principais fatores para reduzir doenças e ausências ao trabalho. As empresas podem apoiar o uso da bicicleta por meio de: instalação ou melhoria de estacionamento de bicicletas, vestiários, horários flexíveis, empréstimos para a compra de bicicletas e a disponibilização de uma frota de bicicletas entre outras iniciativas. Muito pode ser feito, é provável ainda em muitos casos que seja mais rápido usar a bicicleta para distâncias curtas, atender clientes, fazer entregas. Evita-se tempo perdido e gastos com estacionamento, entre outros benefícios. Há, portanto, interesses diretos para a empresa incentivar sua equipe a se deslocar de forma mais ativa. O desafio de transformar a nossa cidade para melhor é de todos, e o uso da bicicleta tem um papel importante nessa jornada, acreditamos que está na hora de as empresas também começarem a pedalar por esses caminhos. Isaac Edington é secretário de Projetos Especiais da Prefeitura de Salvador e coordenador do Movimento Salvador Vai de Bike.
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Vá de bike,
mas vá com segurança Pesquisa aponta direção arriscada de ciclistas, mas adeptos alegam que motoristas e pedestres também devem mudar comportamento no trânsito por Carlene Fontoura
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alvador é a capital brasileira que registra a maior taxa de acidentes com ciclistas: 56%. Esse número foi apresentado pela Proteste Associação de Consumidores em pesquisa sobre o comportamento de ciclistas no trânsito. De acordo com o levantamento, realizado em julho deste ano, imprudência e direção perigosa são fatores que explicam o alto índice de acidentes. “É uma informação coerente com a realidade, pois não existe um projeto para educar os ciclistas. As pessoas utilizam a bicicleta sem conhecer o Código de Trânsito Brasileiro”, argumenta Lúcia Saraiva, coordenadora do grupo Amigos de Bike. A pesquisa da Proteste revelou que de 1.857 pesquisados, 21% afirmaram avançar o semáforo e 10% trafegam na direção contrária a dos carros. Além disso, o uso de acessórios de segurança não é prioridade para 88% dos brasileiros. “Realizo passeios ciclísticos educativos e a segurança pessoal é reforçada. Durante as pedaladas, percebo que 98% dos participantes passaram a usar os equipamentos”, avalia Maurício Cruz, coordenador da Associação dos Bicicleteiros do Estado da Bahia. Apesar de ser ciclista há mais de 40 anos, Lúcia não se locomove de bicicleta em Salvador. Até já tentou, mas desistiu, depois de vivenciar experiências desagradáveis. “Ninguém se respeita e sofre quem é o mais frágil. Motoristas, ciclistas e pedestres não sabem se relacionar. Por causa disso, muitas vidas correm risco”. FOTO: Max Haack (Agecom)
Sustentabilidade sobre duas rodas A bicicleta é considerada o veículo mais sustentável do planeta, porém, somente o Rio de Janeiro aparece no ranking das 20 melhores cidades do mundo para andar de bike, segundo a Copenhagenize, consultoria de planejamento e marketing especializada em transporte sobre duas rodas. E Salvador? “Nosso principal desafio é torná-la uma cidade mais amigável para os ciclistas”, destaca o secretário Isaac Edington, da Secretaria de Projetos Especiais, da Prefeitura municipal. No ano passado, o Movimento Salvador Vai de Bike foi inaugurado para estimular os soteropolitanos a adotar hábitos saudáveis e inserir a magrela no cotidiano. Em um ano, 40 estações de compartilhamento de bicicletas foram instaladas e mais de 30 mil viagens realizadas. “Agora, estamos concentrados em outros objetivos, como ampliar a oferta de ciclovias nas ruas e desenvolver campanhas para melhorar a convivência entre ciclistas e motoristas”, completa Isaac.
comportamento de ciclistas no trânsito
21%
avançam o semáforo
10%
trafegam na direção contrária a dos carros
88%
não priorizam o uso de acessórios de segurança 1.857 ciclistas foram entrevistados Fonte: Proteste
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lifestyle Sabor 84 [C] Destino: Capri 86 [C] Comunicar para evitar crises 88 Decoração 90 [C] O fim dos sites de vendas coletivas 92 Autos&Motos+ 94 Notas de Tec 96
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
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Saúde: elemento indispensável à mesa Manoel Heleno, empresário e chef, preza por ingredientes mais saudáveis, sem abrir mão do bom gosto e refinamento por Carlene Fontoura fotos luciano oliveira
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ilho de italiana e português, a infância do empresário Manoel Heleno ficou marcada por festas em família, regadas a muita comida boa. Esses encontros despertaram o gosto por cozinhar. “É uma atividade que me acalma. Gosto de me envolver com as misturas, com o ritual de preparar, montar os pratos”, revela. Heleno nasceu no interior de São Paulo, no município de Orlândia, a 354 km da capital. Veio para Salvador por conta do trabalho e vive na cidade há 20 anos. Assim que se aposentou, investiu em um negócio próprio na área imobiliária e pôde se dedicar mais à culinária. Ao viajar por diferentes países, o empresário observou que a gastronomia está adquirindo uma nova roupagem, em que a preocupação com a saúde aparece como elemento fundamental. “A sociedade tem adotado hábitos mais saudáveis e isso inclui o ato de comer. Os chefs precisam se renovar para oferecer uma alimentação com gosto, mas que não seja prejudicial”. Foi com essa proposta 84
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que Heleno, a convite da Revista [B+], decidiu preparar camarões ao molho de frutas. “Essa receita traz ingredientes da culinária local, como fruto do mar, coentro e azeite de dendê, mas o molho de frutas e água de coco dão leveza ao prato, sem perder o sabor”, explica. Outro ponto defendido pelo chef é a aproximação que a comida proporciona entre as pessoas. “Na Itália, comer é um ato coletivo, que reúne a família em torno da mesa”. Para manter a tradição, Heleno está formando um sucessor, seu filho Pedro, que já cozinha e realiza reuniões em casa para convidar os amigos e familiares para degustarem suas preparações. “Promover esses encontros traz de volta o espírito de fraternidade e união. Isso poderá influenciar a construção de uma sociedade mais integrada”, avalia Heleno.
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RECEITA
Modo de preparo
1 pimenta dedo-de-moça pequena sem sementes e picada 1 colher de sopa de coentro 1 colher de azeite de dendê 1 colher de chá de açúcar Azeite de oliva Sal a gosto
Modo de Preparo
[01] Para o camarão
[02] Para o molho de frutas
1 kg de camarão rosa grande sem casca e com rabo 1 colher de chá de raspas de casca de limão siciliano 2 colheres de sopa de manteiga 2 dentes de alho Pimenta do reino Azeite de oliva Sal a gosto
2 cocos verdes com polpa mole Água de coco 3 goiabas vermelhas e maduras sem sementes 5 morangos 1 carambola 2 dentes de alho picados 1 colher de sopa de cebola picada 1 colher de chá de gengibre picado
Camarões ao molho de frutas
Temperar os camarões com dois dentes de alho amassados, um fio de azeite e uma colher de chá de raspas da casca de um limão siciliano. Reservar por 10 minutos. Refogue os camarões em uma frigideira antiaderente em fogo alto com duas colheres de sopa de manteiga, um fio de azeite, pimenta do reino e sal a gosto.
Tirar a polpa dos cocos e bater com um pouco da própria água. Acrescentar as goiabas, os morangos e meia carambola. Em uma panela refogar com azeite de oliva, alho, cebola, gengibre, pimenta e coentro. Acrescentar o molho e adicionar sal a gosto. Cozinhe até o molho ficar cremoso. Adicionar o azeite de dendê e desligar o fogo.
[03] Para o cuscuz marroquino 250g de cuscuz marroquino 50g de amendoim torrado e sem casca
Modo de preparo
Seguir as instruções do fabricante acrescentando o amendoim triturado no final.
[04] Para as frutas grelhadas Goiabas Carambolas Morangos 2 colheres de sopa de manteiga Azeite de oliva Açúcar mascavo
Modo de preparo
Cortar o restante das goiabas e carambolas em rodelas de 1 cm e os morangos ao meio em sentido vertical. Grelhar as frutas em uma frigideira antiaderente com manteiga e um fio de azeite. Acrescentar pitadas de açúcar mascavo.
[05] Para arrumação do prato
Coloque o cuscuz numa forma pequena redonda e coloque no prato. Acrescente os camarões e coloque por cima deles. Use as frutas e temperos verdes para enfeitar.
Rendimento: cinco porções. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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Por GLENDA ZAINE CEO do site JustStyleMag
Guia de viagem: CAPRI O que fazer, onde comprar e onde comer na ilha italiana O que fazer Localizada à beira do Golfo de Nápoles, a ilha de Capri é famosa por suas belezas naturais. Não deixe de visitar o Faraglioni - os três penhascos de calcário que emergem do mar a poucos metros da costa - e as ruínas das Villas Romanas Imperiais. O local principal para começar a desbravar a cidade de Anacapri é a Villa San Michele. Seus jardins têm vista panorâmica da ilha e seu porto, da Península de Sorrento e do Monte Vesúvio. A moradia dispõe de muitas relíquias e obras de arte da época do Egito antigo e da arte clássica. Outras antigas vilas romanas valem uma visita, como a Villa Jovis. Para os admiradores de arte, a Casa Rossa abriga uma exposição permanente de pinturas, que retratam imagens da ilha entre os séculos 19 e 20. Outra atração turística de Capri é a Gruta Azul. O tom azul da água da gruta é criado pela luz solar que entra na caverna através de uma passagem submersa. Se você prefere ir ao centro badalado, visite a La Piazzetta. Para visitar o Monte Solaro del Anacapri, você pode ir de teleférico (a estação fica na Via Caposcuro) e a viagem dura aproximadamente 15 minutos. A volta pode ser feita a pé, por uma trilha. O percurso tem a duração de quase uma hora, e, no caminho, não se esqueça de visitar a capela de Santa Maria de Cetrella. Uma dica para os de espírito aventureiro é desbravar as belezas de Capri com uma motocicleta. O site caprirentascooter.com disponibiliza o aluguel do veículo. 86
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Onde comprar Capri é pequena, mas que pode se orgulhar de uma alta concentração de lojas de grife. La Parisienne - Uma boutique multimarcas localizada na Piazzetta, que oferece roupas de vários designers e também onde podemos encontrar modelos da tão famosa calça Capri. Amima Rubinacci - Considerada a melhor loja de cashmere da Itália, é chamada pelos parisienses de “rainha da Lã”. Via Camarelle - Esta é a rua comercial mais exclusiva para comprar sandálias. Basta entrar em uma das lojas, falar com o artesão e comprar suas sandálias em menos de uma hora. Tel Anacapri - O lugar ideal para comprar o Limoncello Di Capri - licor tradicional, que ainda é feito de acordo com a antiga receita, utilizando a casca macerada dos limões cultivados na Ilha – é na Via Roma, 79. Onde comer A peculiaridade dos restaurantes é um dos diferenciais de Capri Da Paolino Lemon Trees - Um restaurante, literalmente, imerso em um pomar de limoeiros. A cozinha é tradicional, simples e muito saborosa. Eles também organizam piqueniques a bordo do barco da família, é só agendar. Fica perto da Marina Grande, um pouco afastado da cidade. La Fontelina - Ideal para um almoço após um passeio de barco, possui uma prainha particular e uma excelente gastronomia local. Add’o Riccio - Aberto para almoço, de março a outubro, e também para o jantar, de junho a setembro. Ideal para uma parada após a visita à Gruta Azul. Gelateria Buonocore - Prepare-se para saborear o melhor sorvete de Capri!
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
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O bom comunicador é o antídoto para prevenir e solucionar a crise por Monique Melo
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a maternidade, o choro! O ser humano já nasce se comunicando, depois começa a falar, aprende a ler e ao longo de sua vida vai se aprimorando, descobrindo os meios e principalmente a força desta capacidade. Afinal, é um animal social, que precisa do contato com os outros e aprende através da observação dos demais. O célebre apresentador de TV Chacrinha já dizia a famosa frase: “Quem não se comunica, se trumbica!” E olha que ele não viu a previsão do filósofo canadense Marshall McLuhan se concretizar: “O mundo é uma aldeia global”. Sim, com os avanços tecnológicos, mudamos rapidamente a maneira de trocar informações e a cada hora surgem novas ferramentas, que aliadas ao frenético ritmo da vida moderna têm criado muitos ruídos, gerando crises, no âmbito interpessoal, empresarial e governamental. Alerta vermelho! Para a comunicação ser bem-sucedida ela necessita da relação de entendimento, conhecimento e respeito entre as partes. E isso muitas vezes é negligenciado pelas lideranças, gerando os conflitos. O que se fala nem sempre é entendido da forma desejada. Cada indivíduo possui sua história de vida, bagagens culturais e emocionais diferentes. O caminho assertivo é conhecer o outro para possibilitar o entendimento. O mesmo vale para agrupamentos, lembrando que nunca é demais checar a compreensão dos fatos. Daí a necessidade do feedback ou das pesquisas, como as que são feitas nas
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campanhas eleitorais. Não se pode falar para um baiano e para um gaúcho da mesma forma, nem com os mesmos exemplos, pois existem as peculiaridades regionais. A experiência mostra que geralmente apenas uma palavra mal empregada é suficiente para ser considerada um insulto e provocar a discórdia. Todo cuidado é pouco. Um bom comunicador precisa entender de gente, de psicologia e observar bastante para saber acionar as teclas que movem ou inspiram o seu interlocutor. De que adianta dar dados, fatos objetivos e enumerados para uma pessoa sensível e emocional? Por isso, a empatia é a grande aliada. Ou seja, a capacidade de compreender o sentimento ou reação do outro, imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Colocar-se no lugar do outro é fundamental para solucionar qualquer conflito. É claro que respeitando todas as diferenças, sejam sociais, religiosas, econômicas, de gênero, identidade e políticas. Nesta alquimia, o autoconhecimento e autocontrole também são fundamentais, não se pode agir por impulso ou emoção. Em época de email, whatsapp e mídias digitais, a regra básica é não responder imediatamente, principalmente críticas ou problemas. É preciso pensar antes, avaliar e criar a estratégia que pode ser, inclusive, o silêncio. Já na conversa, uma boa tática de oratória são as perguntas, em vez de afirmações, que induzem com sutileza, evitando as verdades absolutas e o confronto aberto. Quem trabalha com gerenciamento de crise sabe a importância de não cair na tentação de entrar em sintonias inadequadas, como a da agressividade, mas sim manter a postura calma, compreensiva e fazê-la imperar no diálogo que sempre pode ser decorado com o velho e bom sorriso, que faz parte da linguagem universal e sempre cria um clima afetuoso. Vale a pena exercitar! Monique é diretora da Texto&Cia – Assessoria de Comunicação e TXT Agência Digital & Conteúdo
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vivendo em cores A advogada Fernanda Barretto abre as portas de casa para mostrar que é possível encontrar harmonia no colorido por Pedro Hijo
fotos Luciano Oliveira
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nquanto não está ocupada defendendo os direitos de novos arranjos familiares, a advogada baiana Fernanda Barretto descansa em seu apartamento de 220 metros quadrados localizado no bairro do Canela, em Salvador. Todos os cantinhos foram escolhidos com o cuidado de alguém que tem, por prazer, o hobby de garimpar objetos de arte por onde quer que vá. Foram muitos meses de procura até achar um apartamento que pudesse abrigar sua família e todas as suas mais variadas coleções. Foi o marido, Cláudio Bittencourt, que avistou o prédio, enquanto caminhava pelo bairro. “É um prédio de mais de 40 anos e tivemos que mudar todo o apartamento,
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só deixamos o piso de madeira, que estava muito bem conservado”, conta Fernanda. O diferencial da decoração está nos detalhes. Para cada canto que se olha, é possível enxergar uma referência artística, que reflete a personalidade dos donos. A coleção de vinis mistura-se com as gravuras de Carybé e com bonecos de pano de Jimmy Hendrix e Freddie Mercury. “Eu sou muito ligada à arte e às cores, precisava que o meu apartamento mostrasse quem eu sou”, conta. “Gosto dessa sensação de redescobrir a minha casa sempre”, completa. Até mesmo a cachorrinha do casal tem um nome artístico: Frida. Foram oito meses de obra para que o apartamento ficasse do jeito que o casal desejava. As ideias mais criativas surgiram a partir da parceria do casal com as arquitetas Lívia Salém e Camila Brasileiro. A porta da cozinha ganhou uma escotilha, para que as visitas possam ver de fora o espaço interno, além disso, uma geladeira antiga virou bar. Agora, o casal planeja um espaço dedicado à coleção de toy art e uma galeria de fotos no corredor. “Queremos reunir fotografias de pessoas talentosas e de grandes amigos”, diz Fernanda.
Indiano O biombo é herança de uma tia-avó de Fernanda que, assim como ela, também tem afinidade com peças antigas Sofá de palha Herança da avó de Cláudio, o espaço ganhou modernidade com as almofadas Missoni, vindas de Paris De cara nova A geladeira antiga foi remodelada e virou bar. “É um dos pontos altos da sala”, diz Fernanda w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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O fim dos sites de compras coletivas: eu já sabia por Guilherme Baruch
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
u nem acompanho muito o futebol, mas sempre ouço os comentaristas dizerem: eu sabia isso, eu sabia aquilo . Pois bem, vou dar uma de cronista esportivo e dizer: eu já sabia que os sites de compras coletivas não tinham futuro, mas não pelos motivos agora alardeados até pelos próprios operadores, e sim pelo fato de eles representarem claramente a ansiedade dos empresários brasileiros por dinheiro novo. Até parece que os reais deixados pelos clientes frequentes valem menos quando depositados nos bancos. Especialmente quando o empresário contrata serviços de marketing, direto ou de massa, ele espera e exige que as receitas venham de novos clientes, como se fosse garantida a sua capacidade de retirar dos atuais clientes o máximo de faturamento possível, o que normalmente não é a realidade. “Investir” em sites de compras coletivas representou esse furor, quase insano, em função dos cursos da operação, de trazer um cliente novo porta a dentro a qualquer custo, e pior, alguns ainda divulgavam as promoções coletivas no seu próprio banco de dados. Ora, se existe a capacidade de
comunicação direta, por que não oferecer o mesmo benefício para os próprios clientes no mês de seu aniversário, por exemplo? Não estava claro o bastante que quem vai ao seu estabelecimento apenas por conta da promoção buscará uma nova promoção na semana seguinte? Com você mesmo ou em outro lugar. Se pensarmos bem, as compras coletivas são o oposto do marketing de relacionamento. Desprezamos o que temos, oferecendo condições especialíssimas para quem não conhecemos. Eu chamo isso de traição! É como aquela escola de inglês que oferece 50% de desconto para alunos novos. Pera-lá! E eu? Se for verdade, quem está dentro sai se for mentira, não atrai verdadeiramente nenhum aluno novo. Vamos lembrar que não existe mágica e aumentar o faturamento através da comunicação ou de promoções no marketing de massa é tão bom quanto aumentar o faturamento através da fidelização dos clientes atuais. Cada negócio deve procurar o seu melhor caminho ou mesmo dividir sua verba de marketing entre as duas opções na proporção dos resultados obtidos. As ações de curto prazo, fruto da ansiedade por dinheiro novo, dificilmente trazem o resultado esperado, ou, se trazem, apenas adiam para o mês seguinte aquela decisão mais dolorosa que precisa ser tomada. A riqueza da empresa está principalmente em seus clientes e é lá que devemos procurar as receitas adicionais tão esperadas, caso contrário, seremos como aquele jogador de buraco que sempre cava no monte e nunca pega na mesa, esperando uma carta milagrosa que resolverá os problemas de uma só vez e não construindo as peças que se juntarão adiante em belas canastras. Guilherme é bacharel em processamento de dados pela Ufba, especialista em Administração pela Unifacs e em marketing pela FTE. Tem 13 anos à frente da Agente Marketing de Relacionamento.
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BMW i3,
elétrico e altamente conectado
O modelo chega em duas versões e está disponível em oito cidades brasileiras, inclusive em Salvador
Por roberto nunes
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alemã BMW - que começa a venda do Série 3 produzido na sua nova fábrica de Araquari (SC) a partir de novembro - deu um passo largo para garantir que o futuro no Brasil é realmente agora. Sem esperar algum tipo de plano de subsídios do governo federal para carros movidos a energia alternativa, a marca bávara desembarca com o elétrico i3, menos de nove meses depois do lançamento do modelo na Europa, Estados Unidos e no Japão, mercados que estimulam fortemente os carros com tecnologias renováveis. De quebra, confirmou também o superesportivo elétrico i8 para novembro. A capital baiana é uma 94
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das oito cidades escolhidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Joinville, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Recife) para a venda dos elétricos i3 e i8. O i3 é um monovolume “verde”. Aqui, o modelo chega em duas versões exclusivas: a Rex Entry (R$ 225.950) e a Rex Full (R$ 235.950), ambas com tecnologia elétrica/híbrida e um extensor de autonomia que garante rodar cerca de 300 km, sem usar um pingo de combustível gerador de poluição. Inicialmente, haverá uma estação de abastecimento em Salvador (na revenda Haus, na Avenida Luiz Viana Filho - Paralela). O carro elétrico pode ser carregado por meio do acessório BMW i Wallbox, que será capaz de carregar a bateria (íons de lítio) de forma mais rápida (cerca de três horas). Esta estação custa R$ 7.450 e será instalada por uma equipe técnica da BMW i na residência de quem adquirir o veículo. O i3 pode receber recarga por meio de tomadas convencionais aterradas de 220v e 110v (cerca de oito horas e 16 horas, respectivamente). Além disso, a BMW está empenhada para fechar parcerias com os governos locais, a fim de oferecer estações públicas em shoppings e locais de grande circulação, por meio de empresas que deverão logicamente cobrar uma taxa pela recarga. O elétrico i3 tem bateria com 96 células de íon/lítio e um motor que gera até 170 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque instantâneos, com tração traseira. Assim, empurra o monovolume na distância de zero a 100 km/h em 7,9 segundos.
Conectividade Os modelos elétricos i3 e i8 já saem de fábrica com o exclusivo BMW Connected Drive. Os carros possuem um SIM Card, que mantém o w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
veículo totalmente conectado à internet. Sem precisar parear o smartphone do motorista, é possível obter uma série de facilidades, como o aplicativo BMW i Remote (que permite acessar funcionalidades do veículo pelo celular, ligando o ar-condicionado ou definindo rotas para o GPS). O BMW i3 vem equipado ainda com seis airbags, ar-condicionado, controle de estabilidade e tração, freios com sistema ABS (antitravamento) e anticolisão (frenagem automática), teto solar, som premium, faróis de LED, sensor de estacionamento traseiro, rodas aro 19 polegadas, central multimídia com tela de 10,25” e navegador GPS, e controle de cruzeiro. Chega nas cores branco Capparis, prata Ionic, prata Andesit, cinza Arravani e cinza Laurus. Já o i3 Rex Full tem rodas aro 20, sensor de estacionamento frontal e traseiro, câmera de ré, controle de cruzeiro adaptativo, acabamento interno diferenciado e opção exclusiva de cor laranja Solaris. O modelo tem garantia de dois anos, e deve, de fato, se transformar no xodó entre os consumidores modernos e ecologistas de plantão.
8, um superesportivo Baseado na plataforma do Série 8, o elétrico BMW i8 é um superesportivo que será vendido a partir de novembro sob encomenda no País. Com visual futurista, o i8 tem preço lá na estratosfera - R$ 799.500 - e garante uma exclusividade ao estilo dos carrões de grifes renomadas, como o Porsche e a Ferrari. O i8 segue a linha do pequeno i3 e vem equipado com um motor turbo a gasolina de três cilindros e outro propulsor 1.5 litro, que gera potência e torque de 223 cavalos e 32,6 kgfm sobre suas rodas traseiras. De quebra, as rodas dianteiras são movidas pelo motor elétrico de 133 cavalos e 25,4 kgfm, para garantir emissões de poluentes zero. Com a dupla de propulsores, o esportivo i8 se garante em performance, fazendo a distância de 0 a 100 km/hora em apenas 4,4 s. Se é grande em performance, o esportivo da BMW também é animador no consumo de combustível: faz 30 km/l, um número impensável para modelos da categoria que gira abaixo dos 6 km/litro. Não restam dúvidas, o futuro é agora.
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nota s de te c timeline acabou em setembro • Como viveremos sem as comunidades e • •
depoimentos? O Orkut foi oficialmente encerrado em 30 de setembro. Quem está descansando em paz também é a versão clássica do iPod. Não se preocupe, iPod Classic, sua clickwheel sempre girará em nossos corações. O serviço de compartilhamento de fotos Twitpic encerrou as atividades no fim do mês. O motivo: o Twitter alegou uso indevido da marca.
5 apps gratuitos para tornar o seu dia a dia mais prático Skiplock
Deixe de ter que digitar a senha do seu celular quando estiver em casa. O app, gratuito, desabilita o seu padrão de bloqueio quando o celular se conecta ao wi-fi da sua casa.
SnapPea
O aplicativo gratuito permite que o usuário receba e envie mensagens de texto direto do computador. Ainda dá para transferir fotos, editar contatos e gerenciar apps.
nasceu em setembro • Com a Apple é assim: você pisca e ela lança uma
•
nova versão do iPhone. Desta vez, chegaram às lojas os iPhones 6 e 6 plus, com displays de 4,7 e 5,5 polegadas, respectivamente. Tão grande que poderia ser chamado de Samsung Galaxy. A Apple aproveitou o lançamento do iPhone 6 e Plus para revelar o Apple Watch, seu 1º relógio inteligente.
Vocal camera
O aplicativo permite que o usuário controle a câmera do celular com a própria voz. Comandos vocais também podem ser personalizados.
Trigger
O seu celular pode trabalhar a seu favor e ficar no modo silencioso quando você estiver no escritório ou desativar alguns apps quando a sua bateria estiver acabando.
Onde parei?
Chega de se perder no estacionamento! Assim que estacionar, acesse o app e defina onde o carro ficou parado. Assim, na volta, basta abrir o aplicativo e ser guiado de volta ao carro.
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Obra: Hildebrando Castro / Paulo DarzĂŠ Galeria de Arte
arte & entretenimento MĂşsica erudita na Bahia 98 A turma do Cedraz 102
a rte & ent r eten imento | orq u est ras
Viabilidade econ么mica para a m煤sica erudita Grupos de m煤sica de concerto e orquestras sinf么nicas da Bahia apostam no profissionalismo e em novos formatos, para garantir a viabilidade financeira dos projetos
Arena Cia de Artes / Leonardo Barouh
por Ana Camila
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Orkestra Rumpillezz /Fernando Eduardo
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ue a Bahia se destaca no cenário musical, especialmente no chamado “mercado independente”, já não é novidade. A música baiana tem se expandido em diversos níveis, e também a música erudita está apresentando novos formatos e atraindo numerosas plateias. Neojiba, Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e a Orquestra Rumpilezz são exemplos de grupos baianos que conseguiram se firmar no mercado com formatos de gestão bem diferentes entre si. Longe de abordarem a música erudita como uma linguagem hermética, essas orquestras, como muitas outras na Bahia, misturam gêneros e circulam entre diferentes espaços e públicos. Na Bahia, muitos grupos compõem esse panorama extenso e diverso, mas a verdade é que todos eles dependem de incentivos do estado para se manter, e pouquíssimos são aqueles que entraram em um mercado sólido e estável. No âmbito acadêmico, definir a música de concerto não parece uma tarefa fácil. “Essa identidade atravessa alguns aspectos como o ritual do concerto, que envolve uma audiência parar quieta de frente para alguns músicos e escutar a música que é feita, e uma valorização da música escrita (partitura)”, opina Paulo Rios, formado pela Escola de Música da Ufba, atualmente doutorando em Composição e professor na Universidade Federal do Maranhão. Para ele, o que mantém viva a música de concerto é a constante fragmentação de suas marcas tradicionais, que permite o improviso, a experimentação de novos formatos, além de valorizar o processo de composição e suas sensibilidades.
“Essa identidade atravessa alguns aspectos como o ritual do concerto, que envolve uma audiência parar quieta de frente para alguns músicos e escutar a música que é feita, e uma valorização da música escrita (partitura)”
Financiamento público Uma das mais famosas, a Orquestra Sinfônica da Bahia representa o que de mais viável se pode esperar do mercado erudito no estado. Financiada pelo governo, através do funcionalismo público, músicos desfrutam de estabilidade em suas carreiras como instrumentistas e compositores. Atualmente, sob a regência e direção do maestro Carlos Prazeres, a Osba promove concertos didáticos, temáticos e a preços populares, além de investir na persona carismática do maestro, que dialoga com a plateia de forma muito espontânea. O NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) é outro caso que chama a atenção. Criado em 2007, é o primeiro programa governamental de formação de orquestras infanto-juvenis, beneficiando diretamente mais de 900 crianças e jovens. Por seu ineditismo e resultados de performances que surpreendem a plateia, o Núcleo já levou sua Orquestra Juvenil da Bahia para os Estados Unidos e, agora, para a Europa. No mês de setembro deste ano, o grupo passou por sete cidades na Itália, Inglaterra e Suíça, como orquestra residente do Festival de Musique Classique de Montreux-Vevey, tornando-se a primeira orquestra brasileira residente em um festival na Europa. A turnê foi viabilizada através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Seria essa a única forma de manter vivo um projeto de música de concerto? No concorrido mercado de editais públicos, um projeto de música de concerto disputa com outros gêneros em igualdade, e enfrenta o mesmo desafio de se manter após o término do financiamento. A produtora Dayane Sena, responsável pela Orquestra Afrosinfônica, regida pelo maestro Ubiratan Marques, afirma que, além dos editais públicos, o financiamento vem de outras ações no âmbito artístico, como produção de trilhas sonoras e apresentações contratadas, o que confere ao grupo uma natureza privada, por não se sustentar a partir de nenhum investimento externo continuado. O mesmo acontece com a Orkestra Rumpilezz, regida pelo maestro Letieres Leite, que em poucos anos de história já circulou dentro e fora do Brasil, tanto a partir de editais como de ações de gestão interna, fazendo parcerias de produção em outros estados. Nesse ponto, não se diferencia muito dos projetos musicais autorais independentes que existem aos montes na Bahia. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m
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a rte & ent reten imento | o rqu est ra
A Sanbone Pagode Orquestra, regida pelo maestro Hugo Sanbone, sobrevive nas mesmas condições, com uma considerável trajetória de apresentações em eventos patrocinados, bem como temporadas em Salvador e premiações em festivais. Apesar de a Sanbone, a Rumpilezz e a Afrosinfônica apresentarem formatos não convencionais, e sonoridade que dialoga diretamente com as raízes da música baiana, seus produtores são categóricos ao afirmar que essa não é uma estratégia de aproximar-se do público, mas uma escolha estética. “O grande objetivo é desenvolver um tratamento sinfônico voltado para o nosso quintal, assim como todos os grandes compositores fizeram, traduziram em suas obras o seu cotidiano”, afirma Dayane Sena. Já Hugo Sanbone conta que sua ideia foi “propor um diálogo entre os sistemas já pré-estabelecidos culturalmente na música erudita e no jazz com a música feita nas periferias e nos guetos de Salvador”, referindo-se ao pagode, ritmo que pesquisa em suas composições.
Erudito x popular? A companhia lírica Arena Cia de Artes foi criada em 2010 com o desafio de ser uma companhia independente focada em ações e estratégias autoempreendedoras com vistas à promoção do cantor lírico. Foi assim que se apresentaram no subúrbio e já cantaram em cima do trio elétrico, no interior, igrejas e teatros. “Fizemos um concerto em Paripe e o público foi maravilhoso, tanto em quantidade quanto na recepção ao repertório erudito”, conta Verônica Santos, uma das sopranos do grupo. Depois de passar pelas dificuldades de uma produção independente, hoje, a cantora tem uma percepção mais clara de onde pode estar o problema da sustentabilidade do mercado de música erudita. “Existe uma tradição de associar a música de concerto à música burguesa, de elite, o que é péssimo, porque perdemos a oportunidade de movimentar uma parcela importante da indústria criativa”. Para Verônica, isso impede que os investidores, incluindo o governo, acreditem no alcance que a música de concerto tem sobre o público. 100
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Orquestra Afro Sinfônica / Sora Maia
“Existe uma tradição de associar a música de concerto à música burguesa, de elite, o que é péssimo, porque perdemos a oportunidade de movimentar uma parcela importante da indústria criativa” Perspectivas de mercado Gilberto Santiago, há 12 anos percussionista da Osba, acredita que o único mercado de fato existente é o de orquestras profissionais, mas ressalva que não existem ainda ações que movimentem a música erudita de maneira constante, a ponto de assim ser chamada. O meio acadêmico continua sendo o mais promissor, com escolas que oferecem cursos de formação para músicos profissionais (ensino de instrumentos de orquestra e de música de câmara, com enfoque na leitura musical) e licenciatura. Graduando em Composição pela Escola de Música da Ufba, Vitor Rios acredita que as perspectivas para a profissão não são nada animadoras. Além de profissionalizar-se em compor e fazer arranjos por encomenda para grupos, somente o meio acadêmico oferece possibilidades de carreira como compositor. “Quando entrei na faculdade, já sabia o que esperar, minha vontade foi mesmo de pensar e conhecer mais sobre música”, conta Vitor. “Mas viver da composição não dá mesmo”.
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a rte & ent r eten imento | homenag em
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Maria Tarrafa
Cau Gomez
Luis Augusto
ão há quem tenha nascido em solo nordestino que não tenha lido pelo menos uma tirinha criada pelo baiano Antônio Cedraz. Xaxado, seu personagem mais famoso, neto de cangaceiro que vivia com o bando de Lampião, nasceu da vontade de honrar suas origens nordestinas e foi a partir dele e de sua turma que Cedraz falou sobre a seca, religião e política, sem perder a alegria e o bom humor. O talento de Cedraz foi reconhecido com diversos prêmios, entre eles quatro troféus HQ MIX e o título de “Mestre do Quadrinho Nacional” pelo Prêmio Ângelo Agostini. O baiano, morto em setembro deste ano, influenciou uma geração de artistas, que aproveitam a [B+] para prestar uma homenagem ao mestre.
Ruy Carvalho
Doce Cedraz
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conte aí
A Simplicidade da Diferenciação por mauricio lins
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ecentemente fui a um congresso de administração e o palestrante colocou um slide com a frase: “O que você tem que ninguém mais tem no mercado?”. Apesar de ser uma pergunta simples, ela me estimulou bastante a querer respondê-la. Fiquei alguns dias refletindo e fazendo anotações sobre tecnologia, serviço, atendimento etc. Anotei alguns segredos, daqueles bem secretos, que não gostaria que nenhum concorrente soubesse. Eram tão secretos que cheguei até a apaga-los. Mas, pensei melhor e comecei a reescrevê-los novamente. Os meus diferenciais foram todos mapeados e colocados em ordem de hierarquia: desde aqueles que eu julgava que tinha altíssima prioridade, Obra: Hildebrando Castro / Paulo Darzé Galeria de Arte
àqueles de menor importância. Conhecendo o mercado como eu conheço e sabendo as fraquezas e ameaças existentes, eu tinha anotado a verdadeira fórmula do sucesso do meu negócio. O fluxograma que tracei era tão genial que bastava uma rápida análise para ser compreendido. Relatava sobre clientes, mercado, serviços, fatores internos e externos, programa de fidelidade e relacionamento, as várias ferramentas que foram empregadas, focando no que seria a percepção do cliente referente à minha empresa. O objetivo principal era fazer com que os meus diferenciais fossem notados pelos formadores de opinião e clientes finais, na verdade, por todos ao redor, ou seja, os stakeholders. Agora, eu gostaria de saber qual é a percepção atual do cliente sobre a minha empresa e para isso eu teria que envolver toda equipe de vendas, afinal era ela que lidava diretamente com o consumidor final. Foi aí que, para minha surpresa, ou melhor, máxima surpresa, eles replicaram alguns testemunhos de clientes como “essa é uma empresa honesta”, “eles entregam exatamente aquilo que nós compramos”, “eles são éticos...”, ou, “posso confiar nessa empresa”. Fiz questão de conversar com cada um em separado, para que não houvesse influência, e todos convergiam para o mesmo direcionamento: VALORES. Espere aí! Tenho que conversar com minha gerente! Comprovei o que tinha ouvido: alguns dos meus concorrentes estavam falhando nos princípios básicos da existência humana. E aí? Aí, eu descobri que ter valores hoje é diferencial no mercado. Portanto, vamos guardar todos aqueles sofisticados fluxogramas que tracei e vamos divulgar os nossos valores. Mauricio Lins é formado em Finanças e Marketing Internacional pela Universidade de Miami, USA, e é diretor Grupo Home Design
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