Revista [B+] - Edição 24

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S UM ÁR IO

EDITORIAL 12 ONLINE E MURAL 14 FÓRUM DE LIDERANÇA [B+] 16 BLOCO DE NOTAS 20 IMÓVEIS+ 26 MÍDIA+ 28 NEGÓCIOS 31 OS HOTÉIS APROVEITAM A COPA 32 [C] SALVADOR, COPA E O TURISMO 36 SÃO JOÃO ATÍPICO EM 2014 38 A FEBRE DAS FIGURINHAS 44 [C] DESENVOLVIMENTO SOCIAL 48 SETOR DE SERVIÇOS CRESCE 50 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS NO CHILE 53 FINANCIAMENTO DE CAMPANHA 54 [C] COM O BUMBUM DE FORA 56 SERVIÇOS DE CONSULTORIA 58

E DEPOIS DA COPA? 60 EDUCAÇÃO 67 ESPECIAL SERVIÇOS: Por que servimos mal? 68 A opinião dos leitores 71 Entrevista: Ordep Serra 72 [C] FUNCIONÁRIO COMO CARTÃO DE VISITA 76

SUSTENTABILIDADE 77 BANCOS COMUNITÁRIOS 78 [C] O LEGADO DE LELÉ 82

LIFESTYLE 83 SABOR 84 [C] OS DIVERSOS USOS DO QR CODE 86 COPA NAS QUATRO RODAS 88 CONSULTÓRIO MÉDICO DECORADO 90 O QUE FAZER EM MONTE CARLO 92 OS MAIS BONITOS ESTÁDIOS 94 NOTAS DE TEC 96

ARTE E ENTRETENIMENTO 97 POR QUE NÃO VAMOS AO MUSEU? 98 A BAHIA ALÉM DO AXÉ 102

CONTE AÍ 104

FOTO: David Campbell

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E X PE DIE NT E

A edição 24 traz na capa a criação do baiano Cristiano Franco.

[Tiragem] 10 mil exemplares [Periodicidade] Bimestral [Impressão] Gráfica Plural [Conselho Institucional] Aldo Ramon (Júnior Achievement), António Coradinho (Câmara Portuguesa), Antoine Tawil (FCDL), Felipe Arcoverde (Abedesign-BA), Jorge Cajazeira (Sindipacel), José Manoel Garrido Gambese Filho (ABIH-BA), Mário Bruni (ADVB), Laura Passos (Sinapro), Pedro Dourado (ABMP), Renato Tourinho (Abap), Wilson Andrade (Abaf) [Realização] Editora Sopa de Letras Ltda. [Conselho Editorial] César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho, Isaac Edington, Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques, Maurício Magalhães, Marcos Dvoskin, Masuki Borges, Reginaldo Souza Santos, Renato Simões Filho, Rubem Passos Segundo, Sérgio Nogueira [Diretor Executivo] Claudio Vinagre (claudio.vinagre@grupobmais.com) [Editora--chefe] Núbia Cristina (nubia.cristina@grupobmais.com) [Repórteres] Carolina Coelho, Murilo Gitel e Pedro Hijo (redacao@grupobmais.com) [Projeto Gráfico e Diagramação] Person Design

[Presidente] Rubem Passos Segundo (rubem.passos@grupobmais.com) [Diretora de Marketing] Bianca Passos (bianca.passos@grupobmais.com) [Diretor Financeiro] Luiz Marques Filho (luiz.marques@grupobmais.com) [Gerente Comercial] Ana Carolina Pondé (carol.ponde@grupobmais.com) [Gerente de Planejamento] Rafael Abreu (rafael.abreu@grupobmais.com) RESERVA DE ANÚNCIO publicidade@revistabmais.com 71 3012-7477 CNPJ 13.805.573/0001-34

[Fotografia] Stúdio Rômulo Portela [Revisão] Rogério Paiva [Colaboradores] Ana Camila, Ana Paula Paixão, Carlene Fontoura, Carlos Eduardo Freitas, Edileno Capistrano Filho, Luciano Oliveira, Maria Clara Tarrafa, Renato Ato, Uilma Carvalho, Verena Paranhos [Colunistas] Antônio Caramelo, Armando Avena, Guilherme Baruch, Glenda Zaine, Luiz Marques Filho, Monique Melo, Mila Peixoto, Núbia Cristina, Roberto Sá Menezes, Roberto Nunes

REPRESENTAÇÃO EM OUTROS ESTADOS Grupo Pereira de Souza www.grupopereiradesouza.com.br

PONTOS DE VENDA A Revista [B+] pode ser lida no site (www.revistabmais.com.br), tablets, smartphones e encontrada nas principais livrarias e bancas de revista da cidade. Pergunte na banca mais próxima da sua casa. SALVADOR - BAHIA 71 3012-7477 Av. ACM, 2671, Ed. Bahia Center, sala 1101, Loteamento Cidadela, Brotas CEP: 40.280-000

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E D I TO R IAL

O QUE MUDA DEPOIS DO APITO FINAL Presença marcante em todas as 20 edições da Copa do Mundo, alcançando a vitória em cinco delas, o Brasil sedia pela segunda vez o campeonato de futebol que desperta paixões em todo o mundo. Esse acontecimento histórico não poderia passar ao largo do planejamento editorial da [B+], por isso a equipe da revista começou a pensar em como abordar o tema de forma peculiar, meses antes da abertura do torneio. Depois de algumas reuniões, debates e pausas para o café, estava definido o tema da capa desta edição. A tarefa da equipe de redação era trazer reflexões sobre o legado da Copa para Salvador, uma das 12 cidadessede, avaliando como esse grande evento contribuiria para melhorar a qualidade de vida na capital baiana, se realmente teria o potencial de aprimorar o ambiente de negócios, tornando a cidade e seu entorno mais atraentes para novos investimentos. Nesta edição você terá um panorama do que foi feito para melhorar a infraestrutura e a mobilidade em Salvador e na região metropolitana, com a opinião de especialistas e empresários. Qual a expectativa dos setores mais impactados pela Copa? Turismo, comércio e serviços fizeram a lição de casa e terão retorno significativo com o mundial? Em que medida o treinamento de pessoas, realizado antes da Copa, nos ajuda a combater um dos problemas que arranham a imagem da Bahia: a baixa qualidade no atendimento? Qual a origem desse problema? Todas essas provocações estão nesta edição da revista. 12

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Junho é o mês da abertura da Copa, mas é, principalmente, dedicado a São João, santo muito popular em todo o Nordeste, que mobiliza milhões de pessoas em homenagens e festejos. Em reportagem especial, você vai saber mais sobre os investimentos e a programação das festas juninas na capital e nas principais cidades do interior do estado. Como estamos em um ano de eleições majoritárias, decidimos trazer ao debate um assunto que divide opiniões: o financiamento público de campanha. Segundo a lei em vigor, pessoas jurídicas podem doar até 2% do faturamento bruto correlato ao ano que precede as eleições. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) moveu uma ação direta de inconstitucionalidade, na qual solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) mudar parte da legislação eleitoral vigente no Brasil, que autoriza a doação por empresas privadas. Leia a matéria, com a opinião de especialistas, e tire suas próprias conclusões. Nesta edição, o premiado arquiteto Antônio Caramelo assina um artigo em homenagem a Lelé, João da Gama Filgueiras Lima, que nos deixou um grande legado, através de suas obras espalhadas pela cidade: Centro Administrativo da Bahia (CAB), Estação da Lapa, Hospital Sarah, Tribunal de Contas da União, Mercado Municipal de Paripe, Convento de Brotas e as passarelas, memórias de concreto e aço.

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Você sabia que Salvador é a terceira cidade brasileira com maior número de museus? Apesar disso, o total de visitações por ano ainda é muito baixo. Leia nossa reportagem e descubra que o investimento na programação cultural é uma estratégia dos museus para atrair o público. Finalmente, e depois da Copa? Essa provocação tem o desejo de ampliar o debate para depois do apito final. Quando então conheceremos os campeões do mundo. Quem tem paixão pelo futebol sente arrepios só de pensar no que ocorreu em 1950, quando o Brasil sediou pela primeira vez uma Copa do Mundo. A derrota da Seleção Brasileira para o Uruguai, no estádio do Maracanã, por 2x1. Chega de história: em 2014, levantando ou não a taça, a gente quer é seguir em frente, rumo ao crescimento do estado. As mudanças podem ser impulsionadas a partir desse superevento, que muitos quiseram e outros não, mas acontece, e não abrimos mão do legado que nos cabe, a fim de transformar a Bahia em um lugar melhor para fazer bons negócios.

Núbia Cristina, editora-chefe da Revista [B+]



O NLINE E MUR AL

COMENTÁRIOS ED.23

BAHIA DIVERSA Com uma câmera na mão e uma [B+] na outra, nossos leitores nos enviaram fotos que mostram a Bahia a partir dos seus olhos. Selecionamos algumas. Quer participar? Envie sua foto para contato@revistabmais.com

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MATÉRIA AS LIÇÕES DA NOVA GERAÇÃO Para mim, foi um privilégio fazer parte da Revista [B+]. Nesta edição 23, as mulheres tiveram um destaque especial. É um prazer dividir o espaço da revista com pessoas por quem tenho profunda admiração.

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CLARISSA MADAFFERI, CEO do Grupo Lena Brasil, por e-mail

12º FÓRUM DE LIDERANÇA [B+] Excelente evento, em especial a palestra do consultor Alberto Serrentino. Parabéns à Revista [B+], pela iniciativa!

GEOVANI BRITTO, pelo site

MATÉRIA COPA ESTIMULA MOBILIDADE A Copa não funcionou como um catalisador de projetos em infraestrutura? Novidade. A Copa serviu para capitalizar algumas contas bancárias.

ADRIANO OLIVEIRA, pela fanpage

CONTE AÍ Recebi a minha @Revista_Bmais hoje e, folheando, na última página encontro uma matéria linda sobre antigomobilismo.

MARYANNA NASCIMENTO, via Twitter 14

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[01] Arisrosa Santana se encantou pelos orixás do Dique do Tororó em Salvador; [02] O leitor Dan Nascimento enxerga a Bahia a partir de sua parte arquitetônica; [03] e [04] Fernando Lopes e Josias Almeida Jr. fotografaram a Baía de Todos os Santos; [05] Michelle Oliveira recomenda uma visita ao Parque de Pituaçu, em Salvador; [06] Quem não se encanta pelo litoral baiano? Foto do leitor Ramon Brandão; [07] Rodrigo Lopes contribuiu com uma foto do Pelourinho

QUEREMOS TE OUVIR A Revista [B+] abre espaço para que você, leitor, dê a sua opinião, crítica e sugestão sobre as nossas matérias. O que lhe agradou? O que poderíamos melhorar? Qual a sua dúvida? Queremos saber o que você tem a dizer para que o conteúdo da [B+] esteja sempre alinhado com o que você quer ler.

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Existem diversos canais pelos quais podemos manter este contato: /revistabmais

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As obras que ilustram as colunas e as capas dos pilares desta edição são do artista baiano Rodolfo Carvalho. Graduado pela Ufba, o artista visual, designer e ilustrador produz trabalhos que carregam parte de sua personalidade e referências regionais e internacionais. Para ver mais obras de Rodolfo, basta acessar atelierrodolfocarvalho.blogspot.com.

AS MAIS CURTIDAS EM NOSSA FANPAGE [01] Empreendedor de Salvador cria salão de beleza que é chopperia ao mesmo tempo [02] Educação para a liderança [03] Quem são os líderes da história do futebol baiano? [04] Fórum de Liderança [B+] [05] Especial Copa do Mundo

O melhor curso de coaching da Bahia, em sua 10ª edição.

COACHING

PARA LÍDERES EMPREENDEDORES CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: - Liderança sustentável e de alta performance - O segredo do sucesso do empreendedor - Uma ponte para gerar negócios - Planejamento Estratégico - Coaching Profiler - avaliação de perfil comportamental - Gestão de resultados - 10 ferramentas de Coaching aplicadas à liderança empreendedora - Acerelação de resultados

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FÓR UM D E LIDE R ANÇA

12º E 13º FÓRUNS DE LIDERANÇA [B+] DEBATEM SOBRE VAREJO E EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA Grupo [B+] reúne empresários para cafés-palestras de nomes como Alberto Serrentino, da Varese Retail, e Mirela Oliveira, da Endeavor Nordeste

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“O Brasil não é um mercado atrasado. Muitas empresas internacionais vieram para o Brasil e quebraram por conta da concorrência local” Alberto Serrentino O evento trouxe Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail, para explanar suas ideias sobre a importância do varejo para o desenvolvimento regional, tema do evento. Realizado na manhã do dia 29 de abril, no Hotel Matiz, em Salvador, o 12º Fórum de Liderança [B+] teve patrocínio da Caixa Econômica, da Desenbahia e do Sebrae. O evento contou também com a presença de David Lee, vice-presidente da Le Biscuit, que falou sobre o case da empresa baiana, que expandiu 61 lojas para 12 estados.

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+ no site: confira outras fotos do eventos e as palestras na íntegra

FOTOS: Paulo Sousa

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[01] Adolfo Moury (Salvador Norte Shopping); [02] Ana Coelho (TV Aratu); [03] Camila Dias e Frutos Dias (FrutosDias); [04] Cristina Barude (Lume Comunicação) e Thiago Cunha (Shopping Bela Vista); [05] Cynthia Medeiros (Agencia de Texto), Juliana Marinho (Salvador Shopping) e Suely Temporal; [06] David Lee e Alberto Serrentino (palestrantes); [07] Franklin Mira (Organizações Odebrecht); [08] Márcia Mota (Sebrae); [09] Helide Borges (HB), Laise Castro e Potyra Lavor (Sou Comunicação); [10] Henrique Medeiros e Fernando Rocha (Salvador Shopping); [11] Ivan Vieira Gradin; [12] Luiz Claudio Premoli (Sodexo); [13] Luzia Novis (Mundo Plaza) e Georgia Gonçalves (Enashop); [14] José Élio de Souza (Sebrae); [15] Mirela Cubilhas (Enashop); [16] Paulo Damaceno (Totvs); [17] Roberval Luania, José Linhares e Paulo Lima (Central do Outdoor); [18] Victor Gradin (Gran Chergeme); [19] Alice Gabriela Costa (Alfredissimo); [20] André Blumberg (Grupo A Tarde) Vera Passos (RP2) e Rubem Passos (Revista [B+]); [21] Cristiane Pedreira (Oi) ; [22] Jussara Barcilo (Dendê Brands); [23] Rosana Ramos e Leticia Martins (Morya Comunicação); [24] Rose Souza e Flávia Luongo (Leiaute); [25] Vera Rocha (Rocha Comunicação); [26] David Lee (Le Biscuit) fala sobre o desenvolvimento da empresa w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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FÓR UM D E LIDE R ANÇA FOTOS: Paulo Sousa

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“Empresas com bons mercados, bons produtos e boas ideias muitas vezes quebram por serem vítimas do seu próprio sucesso” Daniel Freuler Para debater sobre o tema “Educação Empreendedora para Negócios”, os palestrantes Mirela Oliveira, gerente de comunicação da Endeavor Nordeste, e os sócios Daniel Freuler e Guilherme Costa, da FarolPar, fizeram um panorama do cenário empreendedor brasileiro no 13º Fórum de Liderança [B+], realizado no dia 27 de maio, no Hotel Matiz, com patrocínio da Caixa Econômica e Unijorge. Na ocasião, empresários baianos puderam conferir as competências e habilidades necessárias para uma organização gerar ou aumentar a sua produtividade.

[01] Renato Simões, Mirela Oliveira, Guilherme Costa, Maiara Liberato, Daniel Freuler; [02] Mário Calmon (Unijorge); [03] Maria Cristina Marques (Caixa); [04] Lúcia e Paulo Rocha (Colégio Integral); [05] Daniel Lopes (Futura Investimentos) e Camilo Telles (Agilize on Line); [06] Sylvia Borges (Desenbahia); [07] Ébano Lima (Grupo Aldeia); [08] Ilnah Oliveira (Juceb); [09] Carlos Alberto Negrão (Colégio Anchieta); [10] Adriano Miranda e Márcia Barros (Unifacs); [11] Fernando Passos (Engenhonovo) e Pedro Dourado (Uranus2); [12] Décio Faria (Ucsal); [13] Carlos Nunes e Emerson Ferreira; [14] Marcelo Cavalcanti (consultor); [15] Ivo D’Aguiar (Forme Fardas)

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+ no site: confira outras fotos do eventos e as palestras na íntegra

À PROCURA DE NEGÓCIOS PROMISSORES NA BAHIA Endeavor Brasil quer ampliar atuação no Nordeste e está em busca de empresas baianas com alto potencial de crescimento A Endeavor Brasil, uma organização que identifica e apoia negócios com alto potencial de crescimento, quer ampliar a atuação no Nordeste. Por isso planeja abrir um escritório em Salvador nos próximos dois anos. Com a ajuda de mentores - empresários e gestores experientes, que selecionam empreendedores de sucesso e compartilham sua experiência com eles -, a instituição está à procura de empresas promissoras no estado da Bahia. No time de mentores da Endeavor figuram nomes como Emílio Odebrecht, da Construtora Norberto Odebrecht; Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza, e Pedro Passos, do conselho de administração da Natura. A gerente de comunicação da Endeavor Nordeste, Mirela Oliveira, palestrante do 13º Fórum de Liderança [B+], aposta no crescimento da região e explica que a organização dá suporte a empreendimentos promissores em qualquer segmento. A Endeavor planeja ampliar a atuação no Nordeste? Sabemos que o Nordeste está se destacando economicamente. A região tem crescido mais do que a média nacional, então a meta é que nos próximos dois anos a gente estruture um escritório na Bahia. Com a ajuda de nossos mentores, que são empresários, gestores e formadores de opinião com experiência, nós estamos em busca de empreendedores com alto potencial de crescimento não apenas na Bahia, mas nos demais estados da região. A quantos empreendimentos a organização dá suporte no Nordeste? Temos dois anos de operação no Nordeste e três empresas apoiadas, duas em Pernambuco e uma no Ceará. Ainda não selecionamos empreendedores com perfil de alto crescimento na Bahia, mas, com a ajuda dos mentores, que são nossos olhos e ouvidos, estamos identificando alguns empreendedores em potencial no estado.

Quem são esses mentores? A maioria dos nossos empreendedores é identificada através dos nossos mentores. Um mentor pode ser um empresário, empreendedor ou qualquer outro formador de opinião que tenha o desejo de contribuir para o país, e para o crescimento do empreendedorismo. Aqui na Bahia temos 20 mentores, entre eles Norberto Odebrecht. De que forma o instituto identifica negócios em potencial? A Endeavor trabalha com empreendedores de alto potencial de crescimento, com perfil inovador. A empresa pode atuar em qualquer segmento de negócio, mas precisa ter um plano de negócio maduro, apresentar uma solução diferenciada, que agregue valor para o mercado e para a sociedade. Que tipo de suporte presta após aprovar empreendedores? Analisamos as dificuldades do empreendedor e onde ele quer chegar. A partir daí, estruturamos os projetos junto a ele para capacitá-lo ainda mais. Se precisa de capital, analisaremos o porquê dessa necessidade, se realmente há, e quem são as pessoas ou empresas para onde ele buscar esse capital, e então construímos essa ponte. Muitas vezes o empreendedor quer o capital, mas não sabe onde aplicá-lo, então damos a base para o empreendedor se estruturar e o apoiamos na gestão dos seus projetos. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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bloco de no ta s

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bilhões Foi o valor movimentado pelo segmento de franquias no Nordeste em 2013. A região ficou em segundo lugar em número de franquias, com 14,5% do segmento. Os dados são do levantamento feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF)

Extremo sul baiano é o maior produtor de mamão do Brasil Com 45% da produção brasileira de mamão, a Bahia é o maior produtor da fruta no país e o segundo maior exportador. Cultivado em nove municípios do extremo sul, o mamão baiano voltará a ser exportado para os Estados Unidos a partir de setembro. Uma das maiores exportadoras, a empresa Bello Fruit está dobrando a área plantada, de 60 para 120 hectares, em Ibirapuã, e tem expectativa de enviar entre dez e 20 toneladas, por semana.

EMPRESÁRIO BAIANO ESTÁ ENTRE OS 20 MAIORES DO MUNDO ENTRE NEGÓCIOS E TACADAS Em sua sexta edição, o Brasil Summer Golf foi realizado em maio na Praia do Forte. O evento voltado para os amantes do golfe trouxe 150 golfistas brasileiros e internacionais. Saiba algumas curiosidades sobre o esporte:

A revista Exame elegeu os 20 empresários do mundo que realizaram grandes vendas, promoções e negócios bilionários em 2013. Na lista, o engenheiro baiano Carlos Suarez, com negócios no setor de geração de energia e distribuição de gás em diversos estados, aparece ao lado de nomes como Bill Gates e os brasileiros Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz. Suarez fez negócios multimilionários nos últimos sete anos, e acumulou lucro de 1.300%, um deles foi a compra de 45% da Controlar.

DE CARA E BOLSOS PINTADOS

O golfe gera cerca de US$70 bilhões em investimentos por ano US$1 bilhão só no Brasil Turistas de golfe gastam em média US$500 por dia em suas viagens 100% a mais do que gasta o turista convencional 20

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MANIFESTAÇÕES DE RUA MUDARAM A FORMA COMO O BRASILEIRO CONSOME Pesquisa feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos mostra que as manifestações populares iniciadas em junho de 2013 mudaram a rotina de 58% dos brasileiros entrevistados. Segundo o levantamento, 39,3% dos entrevistados alteraram seus hábitos de consumo. Na área de lazer, a rotina foi modificada para 28,9% das pessoas. Essa é a sétima edição da pesquisa, que ouviu mil pessoas em 70 municípios de nove regiões metropolitanas. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m


A BARBEARIA DO HOMEM MODERNO

LEITURA IRÔNICA “O camelo” é uma compilação dos comentários semanais de Fernando Peixoto na rádio Metrópole, durante o período de junho de 2012 a dezembro do ano passado. O livro, lançado em abril, aborda assuntos diversos, como politica, questões da cidade, sempre com uma pitada de ironia e bom humor.

CAETITÉ TERÁ COMPLEXO HÍBRIDO DE ENERGIA EÓLICA E SOLAR Com investimento de R$130 milhões, a Bahia terá o primeiro complexo híbrido de geração de energia do país, que será construído pela Renova Energia em Caetité, no sudoeste baiano. O complexo, previsto para entrar em operação em 2016, prevê a instalação de cerca de 20 mil placas fotovoltaicas, que serão ligadas a quatro inversores e, em seguida, a uma subestação. A estação também receberá a energia que será produzida pelos parques eólicos.

FOTO: Manu Dias/SECOM

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Professor de filosofia, João Carlos Salles vence consulta pública para reitor da Ufba

02 de Junho Rede 4G da TIM chega em 21 cidades, entre elas, Feira de Santana

Ruaa Ba R Barr Barros r sd de Fa Falc Falcão, lcãã 95 Matatu de Brotas - Salvador/BA

Tel.: (71) 3381-4253 www.cabeloebarba.com.br

SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA


bloco de no ta s ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS FATURA PRÊMIO ADEMI-BA 2014 EM TRÊS CATEGORIAS A Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) foi a grande vencedora do Prêmio Ademi-BA 2014, da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), levando os troféus de Empresa do Ano; Empreendimento do Ano, Acima de 15 mil m2, com o Hangar Business Parki, e Gestão Sustentável. A OR foi consagrada com o Prêmio Ademi-BA 18 vezes ao longo de sua história. Eleita a Imobiliária do Ano de 2014, a Ello Imóveis é tricampeã do Prêmio Ademi-BA. O sócio-diretor da empresa, José Azevedo Filho, explica que a imobiliária se reinventou, para crescer em um cenário de crise, investindo na interiorização, com foco em empreendimentos horizontais. A Ello já havia conquistado a premiação em 2006 e 2008. A categoria Melhor Empreendimento com até 15 mil m2 foi vencida pela Fator Realty, com o Da Vinci Residenziale. Em 2013, A Fator Realty foi premiada na categoria Empresa do Ano e também vencedora em 2012, na categoria Lançamento Imobiliário do Ano, com o DUO. O empreendimento Mansão Wildeberg foi vencedor da categoria Lançamento do Ano Acima de 15.000 m2; Fernando Frank levou o troféu de Arquiteto do Ano e a Morya venceu na categoria Agência de Publicidade do Ano.

FOTO: Hermes Carvalho

BAHIA PASSA A INTEGRAR MAPA MUNDIAL DA PRODUÇÃO DE VANÁDIO A empresa canadense Largo Resources inaugurou a Vanádio de Maracás, primeira mineradora desse metal nas Américas, fundamental para a fabricação do aço. Com investimentos de R$555 milhões pela combinação de capital levantado pela Largo do Toronto Venture Stock Exchange e financiamento do BNDES, a planta baiana conta com o maior teor mundial de vanádio (1,34%). Nos três primeiros anos, serão produzidos anualmente 800 toneladas do minério, sendo que os primeiros seis anos de produção já estão comercializados por meio de um acordo off take com a gigante de commodities Glencore. 22

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bloco de no ta s FOTO: divulgação

DÉCIMA EDIÇÃO DA BAHIA FARM SHOW AINDA MAIS FORTE As perspectivas favoráveis para a safra 2013/2014 no oeste da Bahia, com previsão de sete milhões de toneladas de grãos e fibras, contribuíram para o aumento do volume de negócios durante a Bahia Farm Show. A décima edição do evento ocorreu de 27 a 31 de maio, no município de Luis Eduardo Magalhães, oeste do estado. Durante a abertura da feira, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, reafirmou a expectativa de quebrar os recordes, ao atingir R$1 bilhão em negócios e receber um público de 75 mil pessoas. A edição de dez anos marca o crescimento de 170% em volume de negócios fechados, nos últimos cinco anos. A maior feira de negócios e tecnologia agrícola do Norte/Nordeste se posiciona como a segunda no Brasil em vendas, por visitante. “Não resta dúvidas de que a Bahia Farm Show está consolidada como uma atraente vitrine, onde todos compram, investem e saem satisfeitos”, afirma Júlio Busato. Na programação, mais de 30 eventos, incluindo palestras, cursos e seminários. “Custos de produção: entraves ao desenvolvimento agrícola nacional” foi o tema central do tradicional Fórum do Canal Rural, que abriu o ciclo de palestras da feira. Temas ligados à sustentabilidade e a novas tecnologias na produção agrícola do oeste baiano entraram como um dos eixos centrais da programação de palestras. 24

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MERCADO EXTERNO A Rodada Internacional de Negócios, que aconteceu durante a feira, deve gerar um volume de aproximadamente US$250 mil, envolvendo alimentos e bebidas, além de soja, milho e algodão. Isso porque potencializou o contato entre produtores rurais e grandes empresas compradoras. Foram realizados encontros, previamente agendados, entre 31 empresas do oeste baiano e traders que atuam em mercados internacionais, selecionados pela Apex-Brasil, através do Programa Brasil Trade. NOVAS CULTIVARES DE SOJA Os produtores de soja do oeste da Bahia poderão contar com três novos materiais de elevada produtividade – um convencional e dois transgênicos – para a safra 2014/2015. As cultivares BRS 7980 (convencional), BRS 8180 RR e BRS 8280 RR foram desenvolvidas a partir da parceria entre Embrapa e Fundações Bahia e Cerrados e lançadas durante a Bahia Farm Show 2014.



i móve is +

OBRAS DO HOTEL FASANO DEVEM COMEÇAR EM JULHO por NÚBIA CRISTINA FOTO: Rômulo Portela

A Prima fez investimento inicial e aguarda liberação de crédito do Banco do Nordeste para dar continuidade ao projeto Paraibano, natural do município de Cajazeiras, o diretor geral da Prima Empreendimentos, Nilson Nóbrega, vive uma história de amor com a Bahia. Com o entusiasmo peculiar aos que amam o trabalho, ele se dedica a projetos turísticos e imobiliários de alto valor agregado. O planejamento estratégico da incorporadora baiana contempla a construção de dois hotéis da bandeira Fasano no estado. O primeiro será erguido na Praça Castro Alves, Centro Histórico de Salvador, ao passo que o Fasano Resort vai se tornar um vetor para o desenvolvimento turístico de Baixio, no município de Esplanada, Litoral Norte. Defensor apaixonado do Centro Histórico, Nóbrega tem a meta de iniciar as obras do Hotel Fasano da Praça Castro Alves no mês de julho deste ano. Até o momento, a Prima investiu R$16,8 milhões de reais no projeto, cujo objetivo é transformar o prédio que abrigou por mais de quatro décadas a primeira sede do jornal A Tarde em um empreendimento turístico com 26

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Nilson Nóbrega: foco no desenvolvimento turístico e imobiliário


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a sofisticação e a excelência da marca Fasano. O investimento total está estimado em R$60 milhões. “Nós estamos na etapa de estruturação financeira, investimos e nos habilitamos para acesso à linha de crédito do Banco do Nordeste, que sinalizou para a liberação dos recursos em breve”, explica o diretor geral da Prima. O Fasano da praça do poeta será um indutor da revitalização daquela área da cidade, atraindo equipamentos e serviços de um padrão mais alto. “Turistas do mundo inteiro visitam aquela região, que concentra a história e a cultura da Bahia, suas maiores riquezas”. Nilson Nóbrega conta que a escolha da bandeira Fasano não foi por acaso. “A gente fez questão de selecionar uma marca brasileira, reconhecida pelo seu alto padrão de requinte, contemporaneidade e sofisticação”. NOVO DESTINO TURÍSTICO DE LUXO A Prima tem o propósito de transformar a localidade de Baixio, em Esplanada, no melhor destino turístico e imobiliário do país. “Por isso planeja construir o Fasano Resort, até 2017, nas proximidades do Rio Mamucabo. No entorno do hotel, serão estruturadas vilas residenciais. “Estamos em fase de licenciamento do projeto, que tem a sustentabilidade como ponto central”, explica o executivo. “Será desenvolvido dentro de uma área verde protegida por cinco mil hectares de reserva florestal”. Na Ponta de Inhambupe, a Prima planeja integrar um hotel (bandeira ainda não definida), unidades residenciais e comerciais, com toda a infraestrutura de lazer e serviços. “Nossa meta é que Baixio se transforme em uma nova Praia do Forte”, resume Nóbrega. HORTO BARCELONA Sucesso de vendas, com 65% de comercialização 45 dias após o lançamento, o Horto Barcelona tem os diferenciais de um empreendimento de alto luxo. Está sendo comercializado por aproximadamente R$1,4 milhão e por isso tem boa relação custobenefício. Localizado no Horto Florestal, o empreendimento tem projeto assinado pelo premiado arquiteto Sidney Quintela.

A MAIOR DO BRASIL A RE/MAX, maior rede de franquias imobiliárias do mundo, tem hoje o maior número de unidades franquedas no Brasil: cerca de 200 no total. Em maio deste ano, a organização inaugurou a sede brasileira em São Paulo, que tem o status de universidade corporativa. “Quanto mais você aprende, mais você ganha, essa é a mensagem-chave que levamos aos nossos corretores, ressaltando a importância da qualificação para o sucesso”, comenta Azevedo Filho, acionista da RE/MAX Brasil, cuja meta é atingir a marca de 1.000 franquias em operação até 2017. Em 2013, a rede chegou a R$1 bilhão de VGV (valor geral de vendas) e em 2014 a expectativa é superar R$2 bilhões em VGV.

FOTO: Kin Kin/Divulgação

PANORAMA, NA LADEIRA DA BARRA A Dona acaba de lançar o Panorama, um empreendimento localizado na Ladeira da Barra, próximo ao Yacht Clube da Bahia. São unidades de 194 metros quadrados de área privativa, quatro suítes e total infraestrutura de esporte e lazer. As obras foram iniciadas.

CARAMELO ARQUITETOS CHEGA AO RECÔNCAVO A Caramelo Arquitetos Associados assina mais um projeto no interior da Bahia. O talento dos profissionais do escritório comandado por Antonio Caramelo já havia chegado às cidades de Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, agora o time dá vida a um projeto de loteamento às margens do rio Jaguaripe, em Nazaré das Farinhas. O empreendimento será construído em uma área de 101 mil metros quadrados, em frente a uma ilha fluvial, dois quilômetros da cidade. O projeto é mais uma parceria com a Fabio Braga Empreendimentos Imobiliários. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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TAREFA DIFÍCIL Considerada pela revista Fast Company a agência mais inovadora do mundo, a Pereira & O’Dell, tem um brasileiro em seu comando. PJ Pereira conversou com a [B+] e escolheu três campanhas que resumem o espírito inovador da agência

PJ é sócio e presidente da Pereira & O’Dell, agência americana, sediada em São Francisco, que faz parte do Grupo ABC

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STAY TOGETHER “Foi uma campanha muito emocional, feita em formato de documentário, sem roteiros. A ideia, visualmente, é muito impressionante: nós gravamos toda a preparação de uma família posando para uma fotografia em uma projeção de Skype familiares que moram longe” A campanha conta com uma série de três filmes que celebram os diferentes modos de estar em família e o Skype é a plataforma de união.

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TWITTER SOCHI “Os problemas estruturais dos hotéis russos motivaram muitos tweets revoltados dos jornalistas enviados para cobrir as Olimpíadas de Inverno em 2014. A agência respondeu a alguns jornalistas importantes sugerindo que eles utilizassem os serviços da Airbnb, empresa mundial de hospedagem e aluguel de quartos. Resultado: a Airbnb foi considerada pela imprensa, a marca mais presente nas Olimpíadas de Inverno. Tudo isso com apenas cinco tweets bem direcionados”

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THE POWER INSIDE “Gastamos 60% da verba em produção e 40% em mídia, um nível de produção que não existe no mercado. Nós tratamos a propaganda como conteúdo” A produção seguiu a fórmula de “The Beauty Inside”, também da Pereira & O’Dell, campanha de 2013 que virou webhit e foi premiada com os GPs de Branded Content, Film e Cyber em Cannes. A trama do filme é sobre a invasão alienígena de uma raça de bigodes e monocelhas extraterrestres que aparecem sobre os lábios superiores e olhos de pessoas ao redor do mundo.

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bloco de no ta s

ONDE SER BRASILEIRO É SINÔNIMO DE DECEPÇÃO Fomos até a China para visitar a maior feira de negócios do mundo e descobrimos que o cartão de visita brasileiro não é um dos mais queridos

A Canton Fair é a porta de entrada para quem pensa em identificar um novo segmento de negócio ou achar novos fornecedores na China. Lá, estão reunidas empresas representantes dos diversos segmentos da indústria chinesa. Circular por entre os estandes é uma tarefa exaustiva. Não é difícil registrar um mínimo de 10km de caminhada por dia. O assédio nos estandes é constante. Mesmo dizendo que não tem interesse no produto, seu cartão de visita certamente será pedido. Quando respondo que sou do Brasil para algum vendedor, a decepção é certa. O chinês sabe que a chance de realizar negócios com brasileiro é menor do que com outros estrangeiros. E, assim, simplesmente deixamos de ser tão interessantes e a prioridade para o atendimento logo é transferida para o próximo comprador. Um deles me confessa algumas razões: centenas de brasileiros visitam a Canton Fair em todas as edições e muitos vendedores já tiveram a experiência de vender para o Brasil. Embora a venda seja FOB 30

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por CARLOS HENRIQUE BARRETO

(quando o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria), a dificuldade do brasileiro em efetivar a importação muitas vezes significa que a compra, sempre um pequeno pedido por precaução, poderá ser uma experiência única para o comprador. Ou seja, a menos que o negócio se demonstre muito bom, as tributações astronômicas somadas à burocracia absurda são custos que tornam o negócio menos interessante. Só para dar um exemplo, um quadriciclo sai de fábrica, na China, com preço médio de US$1.000. E olha que são equipamentos muito bem montados e equipados. Para os compradores com mais experiência na China, além da Canton Fair é possível aventurar-se diretamente nas regiões e cidades que são como polos setoriais. Se o seu interesse é eletrônica, vá para Shenzhen, ou se o seu interesse são calçados, vá para Dongguan.

+ no site: confira o diário de bordo completo da nossa visita à Canton Fair


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ARTE: Rodolfo Carvalho

NEGÓCIOS Os hotéis aproveitam a Copa 32 [C] Salvador, Copa e o turismo 36 São João atípico em 2014 38 A febre das figurinhas 44 [C] Desenvolvimento social 48 Setor de serviços cresce 50 Oportunidades de negócios no Chile 53 Financiamento de campanha 54 [C] Com o bumbum de fora 56 Serviços de consultoria 58



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N E G Ó CIO S | ho te l ari a

PODE CHEGAR! Rede hoteleira registra mais de 85% de ocupação em junho, um mês em que essa taxa, historicamente, não passa dos 60% por NÚBIA CRISTINA e CAROLINA COELHO

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música “Carnaval de Salvador”, do cantor e compositor Saulo Fernandes, traduz o sentimento de empresários do setor de turismo em relação à Copa do Mundo: “Que bom você chegou, tava te esperando. Coração chamou, vem pra cá voando. Tudo vai dar certo, vem pra balançar. Tudo vai ser tão bom”. A maioria reconhece que as obras de mobilidade e infraestrutura poderiam ter avançado mais, no entanto, todos concordam que a exposição para o mundo das belezas naturais, cultura e riqueza histórica da capital baiana e das cidades do entorno será fundamental para o fortalecimento do turismo na Bahia no médio e longo prazos.

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“Salvador, uma das mais belas cidades do mundo, com inquestionável riqueza cultural e um povo acolhedor, será vitrine por alguns dias. A imprensa global não vai apenas falar de futebol, mas também mostrar nossos diferenciais. No Verão de 2015, veremos o reflexo positivo de tudo isso”, opina o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens da Bahia (Abav-BA), José Alves, sócio-diretor da Salvatur. Ele não tem a menor dúvida sobre o retorno positivo da Copa para o trade turístico e destaca que não apenas a capital baiana será beneficiada. “Turistas brasileiros e de outros países, bem como jornalistas, devem visitar as cidades da região metropolitana de Salvador (RMS) e até municípios do interior com maior tradição cultural e belezas naturais”, pontua. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-Bahia), Manolo Garrido, afirma que é boa a expectativa dos hoteleiros. “Num período considerado de baixa estação, que é o mês de junho, temos uma média de 85%, uma ocupação significativa, quando historicamente não passa dos 60%”. A Copa mudou o cenário no mês dedicado a São João, no qual a procura é maior pelos hotéis do interior. Este ano os meios de hospedagem da capital baiana e da RMS têm demanda ampliada e perspectiva de maior lucratividade. Graças ao mundial de futebol, o Governo do Estado ampliou o investimento nas festas juninas da capital e do interior. “O montante investido em 2014 ultrapassou os R$10 milhões, no ano passado foram cerca de R$6 milhões”, afirma o secretário de Turismo, Pedro Galvão. “Nós caprichamos na programação do Centro Histórico”, diz. A estimativa é que entre R$4 e 5 milhões sejam investidos apenas nas festas do interior via Edital de Chamamento Público da Empresa de Turismo da Bahia S/A (Bahiatursa). FOTO: Divulgação

JOSÉ MANOEL GARRIDO Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia

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CONFUSÃO DOS NÚMEROS Não há consenso quando o assunto é a expectativa de visitantes em Salvador durante a Copa. As estimativas divergem em instituições públicas ou privadas. A Secretaria Estadual da Copa (Secopa) estima que a capital baiana deva receber 200 mil visitantes durante o mundial. Projeções do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), indicam que Salvador será a sexta cidade mais procurada pelos turistas, recebendo 48,7 mil turistas estrangeiros e 250 mil turistas nacionais. No total seriam quase 300 mil turistas. De acordo com o estudo do Ministério, feito com base na Copa das Confederações, a movimentação financeira resultante seria de R$543 milhões. “Nem mesmo as reportagens na imprensa internacional sobre a insegurança do Brasil conseguem afastar os turistas. No entanto, nossa expectativa é receber cerca de 50 mil visitantes estrangeiros, essa estimativa leva em conta os dados da Bahiatursa”, explica Manolo Garrido. O presidente da ABIH-Bahia ressalta que a Copa atrai grande número de turistas estrangeiros, com poder aquisitivo mais alto. “O maior evento midiático do mundo deve gerar para Salvador e para a Bahia bons dividendos em marketing. Se tudo ocorrer sem imprevistos graves, a projeção da imagem positiva do estado vai fortalecer a hotelaria e o turismo em geral”. Entretanto, nem tudo são flores quando o assunto é Copa do Mundo. Em 2009, a rede hoteleira assinou contrato de hospedagem com a Fifa, mas entre janeiro e abril deste ano, a Match, empresa subsidiaria da Fifa, responsável pelos contratos com os hotéis, devolveu aproximadamente 40% de todos os apartamentos contratados para o mundial. “Isso deixou a hotelaria em uma

posição difícil, muitos lançaram promoções de vendas nas redes sociais, sites e operadoras, correndo contra o tempo e, pior, tendo de cobrar tarifas mais baratas”. O secretário Pedro Galvão destaca que a reforma do Aeroporto Internacional de Salvador, o investimento de mais de R$8 bilhões em projetos de mobilidade urbana na capital e região metropolitana e a qualificação de trabalhadores, empresários e prestadores de serviços do setor são legados importantes da Copa de 2014. “Além é claro, da Arena Fonte Nova, um equipamento de primeira, multiuso, capaz de colocar Salvador na rota dos grandes eventos internacionais”. “Poderia ser melhor, o ideal seria que todas as obras previstas fossem concluídas, mas é preciso reconhecer os benefícios que esse grande evento nos traz”, resume.

FOTO: Luciano Oliveira

BEM-VINDO AO PELOURINHO Uns acham o lugar inseguro, outros acham mágico. As avaliações dos turistas sobre o cartão de visita de Salvador deixam o patrimônio histórico em dívida no quesito segurança, mas satisfazem quem quer sentir de perto a cultura da cidade. O hostel Hospeda Salvador já atingiu a média de 80% de ocupação durante os jogos esportivos. Se a devolução da Fifa não prejudicou o dono David Costa, que não havia feito contrato com a federação, tampouco a segurança do Pelourinho atrapalha o bem-estar do seu negócio. “Preocupamos-nos em fazer um bom trabalho de receptividade ao turista, com orientações de cautela e boas dicas de lugares para visitar”, explica David. Cobrando em média R$150 por diária no período dos jogos, tarifa 70% maior do que a comum, o hostel terá a maioria das ocupações feitas por torcedores estrangeiros vindos da Europa, África e Israel. Otimista com o legado da Copa para o setor hoteleiro do Pelourinho, David aponta a falta de qualificação profissional como um desafio para Salvador. “A Copa é uma faca de dois gumes, depende muito do que o turista vai viver aqui. Temos as obras estruturantes como legado, mas o setor de serviços ainda é um ponto crítico que não favorece nossa imagem”, opina.

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DAVID COSTA Dono do Hospeda Salvador


FOTO: Luciano Oliveira

DE OLHO NO TURISMO DE NEGÓCIOS

ABDOU FARAH Gerente do Sotero Hotel

Longe das atrações turísticas tradicionais, os hotéis Sotero e Matiz, localizados um em frente ao outro no bairro do Stiep, em Salvador, têm como foco o perfil do turista executivo, que viaja com interesse profissional. A proximidade com o Centro de Convenções e também com o centro financeiro da Avenida Tancredo Neves dá visibilidade para o segmento de turismo de negócios e eventos, que tem expectativa para crescer 12,6% em 2014, quase o dobro da média mundial, segundo estudo anual desenvolvido pela Global Business Travel Association (GBTA). O momento oportuno do país ainda não reflete a realidade soteropolitana, que está na 9ª posição das cidades preferidas para o turismo de negócios, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, recebendo apenas 2,8% dos turistas que vieram ao país para este fim em 2012. Após a notícia sobre a devolução de cinco mil leitos pela Match Hospitality AG, os dois hotéis que fizeram parceria com a federação tentam captar novos turistas para minimizar os prejuízos. Às vésperas do megaevento, o Sotero Hotel ocupou 63% dos quartos para o período da Copa do Mundo, enquanto o Matiz ainda tem 52% de vagas livres. “O governo e o empresariado brasileiros subestimaram o mercado do turista nacional, e agora o setor hoteleiro depende desse mercado interno”, diz Abdou Farah, gerente do Sotero Hotel. Os estrangeiros lideram o quadro de hóspedes, em sua maioria vindos do Chile, Espanha e Alemanha. Discordando do discurso do governo de que essa seria a “Copa das Copas”, o segmento hoteleiro reclama que não houve atualização das políticas públicas relacionadas ao turismo. “Seja na atuação pública ou privada, falta capacitação e reciclagem dos profissionais envolvidos no setor turístico”, argumenta Soraya Torres, gerente do Hotel Matiz. Sobre o legado da Copa, o setor está desacreditado. “É um evento curto para trazer mudanças. O legado vai ficar para os destinos que conseguirem deixar uma boa imagem aos turistas”, argumenta Abdou.

300 mil turistas? 200 mil? 50 mil? Não há consenso quando o assunto é a expectativa de visitantes em Salvador durante a Copa

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SALVADOR, COPA E O TURISMO por ARMANDO AVENA

A Copa do Mundo vai ser um evento da maior importância para a Bahia tanto pelo impacto direto que o evento vai ter em termos de movimentação financeira, como também pela exposição que a cidade terá em alguns dos maiores mercados emissores turistas do mundo. Levando em conta os números da Copa das Confederações, a movimentação financeira resultante da mobilização dos vários segmentos envolvidos com a Copa do Mundo deve superar com facilidade a casa do R$2 bilhões. O montante de turistas estrangeiros esperados será superior a 20 mil, só de portugueses já estão confirmados 4,5 mil, e mais de 50 mil nacionais e o evento vai ter uma repercussão extremamente positiva em setores como comércio, alojamento, locação de automóveis, serviços e outros. Mas esse não será o grande legado da Copa, tampouco serão as prometidas obras de infraestrutura, que na sua maioria não ficarão prontas para o evento. O legado maior será apresentar Salvador ao mundo como um destino turístico importante e, mais que isso, usar esse momento para dar uma virada na política de turismo na Bahia. Nos últimos anos, a Bahia perdeu posição no turismo nacional e é hora de recuperar o que ficou p ara trás. A última pesquisa Fipe/Ministério do Turismo, mostra, por exemplo, que Salvador, com 2,2% das viagens no país, teve, pela primeira vez, de, praticamente, dividir o terceiro lugar entre os destinos mais visitados com Fortaleza, que teve 2,1% das viagens e, o mais grave, a mesma pesquisa diz que Fortaleza superou Salvador como o destino mais visitado entre os turistas que ganham entre quatro e 15 salários mínimos, turistas com maior potencial de gastos. Como se não bastasse, entre janeiro de março deste ano, pesquisa em que os passageiros avaliaram os 15 principais aeroportos do país, realizada pela Secretaria da Aviação Civil (SAC-PR), mostrou 38

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que 41% dos turistas vão a Fortaleza por motivo de negócios, enquanto em Salvador, que tem uma economia muito maior e mais internacionalizada, esse percentual foi de apenas 26%. Tudo isso mostra que a Bahia, e Salvador em particular, precisa de mais investimentos no setor turístico. Salvador precisa, por exemplo, de um novo Centro de Convenções, moderno e com as tecnologias indispensáveis a uma cidade que quer liderar o turismo de negócios do Nordeste. E aqui vale dizer que a modernização do atual Centro de Convenções ajuda, mas não torna a cidade competitiva. É preciso um novo centro, moderno, tecnológico preparado para o Século XXI. Outros investimentos na própria malha urbana e de serviços da cidade se fazem necessários e, felizmente estão em curso, tanto do lado do governo do Estado, quanto da Prefeitura de Salvador, ações que estão modernizando a infraestrutura de Salvador, melhorando-a mobilidade urbana, e recuperando os serviços básicos da cidade, como a limpeza e conservação de ruas e monumentos. Mas Salvador precisa pensar grande e elaborar uma engenharia financeira que permita construir uma casa de shows, museus e outros equipamentos que a coloquem no mapa do turismo mundial. Foi assim, com a construção do Museu Guggenheim, que a cidade de Bilbao tornou-se um grande player do turismo. No mais, é dar seguimento à exposição que a Copa do Mundo vai gerar com promoções e ações diretamente nos países que terão jogos na cidade, potencializando a exposição da Bahia nesses mercados turísticos. Armando é economista, jornalista e escritor



N E G Ó CIO S | e s pe ci al s ã o joão

SÃO JOÃO ATÍPICO

FOTO: Rita Barreto/Bahiatursa

Em ano de Copa do Mundo, os investimentos e acertos para a maior festa do estado ficam para os 45 do segundo tempo por VERENA PARANHOS

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ípico é uma palavra que costuma acompanhar o São João, suas manifestações culturais, culinária e música. No entanto, o adjetivo atípico caracteriza melhor as festas juninas na Bahia em 2014. Se os anos de Copa do Mundo, em geral, já são difíceis para que prefeituras e produtores de festas particulares atraiam investimentos e público, com a realização do mundial de futebol na capital, a arrumação da casa ficou mesmo para os 45 minutos do segundo tempo. Este ano, a estimativa é que entre R$4 e 5 milhões sejam investidos pelo Governo do Estado nas festas do interior via Edital de Chamamento Público da Empresa de Turismo da Bahia S/A (Bahiatursa). O valor deve ser distribuído entre 120 cidades, que tiveram até 13 de maio para submeter projetos orçados entre R$20 mil e R$100 mil. O prazo de inscrição para o produto turístico “São João da Bahia” foi prorrogado quatro vezes, o que implica dizer que muitas prefeituras não tinham certeza sobre o apoio do governo estadual 18 dias antes do início do mês de junho. “Este ano é completamente atípico. A gente sabe que a maioria das cidades ainda não conseguiu assinar contratos de São João, um evento que, se não dá rentabilidade financeira, gera mídia”, afirma Sílvio Pessoa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS). Este é o caso da cidade de Serrinha (a cerca de 173km de Salvador). Ano passado, por causa da forte seca que atingiu o estado e forçou municípios a cancelar suas festas juninas, a cidade reduziu o investimento no São João para aproximadamente R$300 mil (a maior parte bancada com verba própria). w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m


FOTOS: Rita Barreto/Bahiatursa

“Em 2014, vamos gastar algo em torno de R$500 mil. Faremos a festa, mas não como a gente gostaria. Este ano, a realidade não deverá ser muito distante do ano passado, que foi bem singela. Mesmo com algumas chuvas, a gente continua com dificuldade em Serrinha, com o que chamamos de seca verde. As chuvas que caíram deixaram a paisagem verde, mas não tiveram força para encher as aguadas e os reservatórios”, afirma o prefeito do município, Osni Cardoso de Araújo. Senhor do Bonfim (a aproximadamente 374km da capital) também não tinha sua grade de atrações fechada na primeira quinzena de maio. Segundo Ary Urbano, secretário de Cultura do município, o investimento em 30 dias de festa deve ser em torno de R$1,8 milhão. Trabalhando nos festejos juninos desde a primeira semana de janeiro, a prefeitura contratou uma produtora para fazer a captação de recursos junto a empresas, como cervejarias e Petrobras, e assim reduzir os investimentos próprios e a dependência do Governo do Estado.

R$500 MIL

R$1,8 MILHÃO

é o valor que a prefeitura de Serrinha investirá no São João da cidade

é o valor do investimento em 30 dias de festa em Senhor do Bonfim

Show de Gilberto Gil no Terreiro de Jesus

(em cima) Concurso de quadrilha no Pelourinho, (embaixo) Val Macambira e show de Gereba na Praça Tereza Batista, em Salvador

A estimativa é que R$4 a 5 milhões sejam investidos pelo Governo do Estado nas festas do interior w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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“O São João é o principal evento que movimenta a economia da cidade. A população de 80 mil habitantes dobra neste período. Aumentam os ganhos no comércio e no setor hoteleiro, que não consegue atender à demanda. Em relação à hospedagem, o que dá sustentabilidade aos festejos são as casas alugadas pela população local”, diz Ary Urbano. As limitações da rede hoteleira das cidades do interior do estado são um problema enfrentado pelo setor do turismo no período junino, que se vê obrigado a buscar alternativas. Em Amargosa (a 235km de Salvador), um dos mais procurados no São João, uma das opções encontradas pela Veromundo, agência de viagens especializada em pacotes de bate-volta, foi alugar um seminário com 40 quartos que tem toda estrutura para acomodar o turista de suas excursões.

DEMORA E DIFICULDADES DAS FESTAS PRIVADAS Para Lea Souza, sócia-diretora da Veromundo, a expectativa para este São João ainda é uma incógnita devido à demora de muitas cidades divulgarem as programações de shows gratuitos e dos eventos fechados acertarem os detalhes das já tradicionais festas de camisa. “Por conta do histórico dos últimos anos, vamos trabalhar com uma média de 100 ônibus, distribuídos entre excursões e viagens bate-volta. Achei que este ano ia ser de crise no São João, mas a procura pelas excursões, que já estão bem organizadas desde março, está sustentando o mercado. O feriado prolongado pelo Corpus Christi também favorece esse tipo de viagem para cidades mais distantes, que se organizaram primeiro do que os destinos mais perto de Salvador”, explica a empresária, que se mantém otimista mesmo em relação à procura inferior pelos passeios no esquema bate-volta, carro-chefe da agência. “O bate-volta estimula o folião da capital e turista a sair de Salvador e conhecer a festa do interior de forma rápida. São viagens vantajosas para os eventos próximos, em cidades num raio de até 300km de distância da capital. Estamos na expectativa das festas que deixaram para lançar a programação para a última hora. Também houve muitas mudanças este ano nos eventos fechados, surgiram algumas festas novas e outras vêm com nomes diferentes”. Cruz das Almas (a 142km de Salvador), por exemplo, em vez do tradicional Forró do Bosque, vai contar com dois novos eventos privados, o Forroça e o Melhor Forró do Mundo. O Forró da Margarida, em Jequié (a 365km de Salvador), por exemplo, só foi confirmado no dia 10 de maio, cerca de 40 dias antes de sua

FOTO: Jota Freitas/Bahiatursa

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São João em Cruz das Almas. Este ano a cidade contará com dois eventos, o Forroça e o Melhor Forró do Mundo

realização. Segundo o produtor Clóvis Magno, a demora se deu porque a intenção era proporcionar uma festa à altura dos 15 anos do evento. “A principal dificuldade é conseguir negociar com as atrações e seus cachês, já que existe um grande número de eventos e poucas bandas de forró em um bom momento. Não sei se estamos vivendo uma crise ou se os cachês das atrações subiram muito nos últimos anos, de modo que a gente não consegue sustentar o custo aumentando o preço do ingresso, porque atrapalha a nossa venda. Uma saída dos produtores do interior é fechar parcerias com empresas que fazem um número maior de festas nas capitais. Assim, a banda já não vem com o preço cheio e o produtor local tem uma facilidade maior”, afirma Magno. Paulinho Sfrega, produtor executivo do Forró do Sfrega, em Senhor do Bonfim, concorda que a dificuldade do setor vem principalmente do alto custo de produção e dos cachês dos artistas. De acordo com ele, nos últimos anos a estratégia usada pelas festas para conseguir se sustentar é investir no conceito de mistura e tentar atingir diferentes tribos, como fãs de forró, axé, sertanejo e arrocha. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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NE G ÓC I OS | e s pe ci al s ão joão FOTO: Rita Barreto/Bahiatursa

“A gente faz esse mix para agradar as várias tribos e tem dado certo. O custo aumentou e o patrocínio está cada vez mais difícil. Hoje, o Sfrega tem basicamente patrocínio de uma cervejaria e uma pequena cota de uma empresa de telefonia. O patrocínio não chega a 10% do custo, que geralmente gira em torno de R$1 milhão para dois dias de festa. Quando são três dias, esse custo é de R$1,5 milhão mais ou menos”, avalia Paulinho Sfrega. Para Diego Lomanto, sócioprodutor do Forró do Piu Piu, em Amargosa, e presidente da União das Festas de Forró da Bahia, o momento é de ter mais prudência e cautela. O Piu Piu, que já chegou a ter três dias de festa, nos últimos anos tem apostado em apenas um. “É um processo natural. Assim, o público tem tempo para curtir a festa privada e a festa da praça. O mercado tem ditado de uma forma diferente. Fazer três dias de festa é concorrer com dois, três eventos em outras cidades”, defende o empresário, que não quis revelar o montante total de investimento no evento. “Em ano de Copa, a gente tem que fazer um investimento razoável. Embora se pense que a Copa do Mundo é um grande atrativo, ela historicamente não tem representado uma maior venda para as festas de São João. A situação este ano é mais diferente por conta de a Copa ser na Bahia. A gente não sabe como isso vai refletir no mercado”, afirma Lomanto. A MAIOR FESTA DO ESTADO Eventos juninos de médio e grande portes são realizados em mais de 200 dos 417 municípios da Bahia, o que faz do São João a maior festa popular do estado. Conforme informações da Secretaria do Turismo, os festejos chegam a movimentar mais de R$120 milhões. 44

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“São João chega a movimentar mais de R$120 milhões” Apesar da demora nos investimentos, José Alves, presidente da Associação Brasileira de Agência de Viagens da Bahia (Abav), tem boa expectativa em relação ao São João. Segundo ele, as festas que já existiam melhoraram diante da perspectiva de o estado receber mais visitantes por causa do mundial de futebol. “O São João é uma festa maior do que o próprio Carnaval, porque acontece no estado todo. Este ano, com um feriado maior por causa da Copa, existe a possibilidade de as pessoas aproveitarem para viajar mais, tanto para destinos na Bahia, quanto em outros estados”. Segundo Alves, nas cidades do interior no período de 19 a 25 de junho, a taxa de ocupação é de 100%, incluindo hotéis, pousadas e aluguel de casas e demais espaços. “A festa existe nos 417 municípios, é o período do ano em que mais se vende cerveja e roupas”, completa Sílvio Pessoa, da SHRBS. Ele reconhece o potencial do São João no estado e critica o modo como a festa é trabalhada dentro e fora do estado. “A Bahia deveria seguir o exemplo de Sergipe, que desde fevereiro está divulgando fora do estado sua programação, na prateleira dos operadores de turismo e no imaginário popular”, exemplifica Pessoa, que também é diretorpresidente da Rede Sol Express de Hotéis e Resorts. De olho no potencial do mercado em torno do São João e do forró, o empresário Pedro Cordier resolveu apostar na marca São João na Bahia e desenvolver um conjunto de meios de comunicação (site, Facebook e Instagram) para suprir a falta de um local que concentre as informações relativas à festa durante todo o ano. “Identificamos que todo o mercado de São João fica órfão durante a maior parte do ano, sem ter onde gerar informações. O São João tem um grau de rejeição baixíssimo, engana-se quem pensa que a maior festa da Bahia é o Carnaval. O Carnaval tem uma rejeição muito grande, mais de 70% dos soteropolitanos saem da cidade no período, por exemplo”, afirma o CEO da Equilibra Digital, que investiu R$100 mil no projeto São João na Bahia. “O Carnaval já está embalado, é um produto pronto, por mais que esteja num momento que também precisa se reinventar. O São João ainda não é explorado mercadologicamente como deveria ser. Tem um potencial útil gigantesco para atrair grandes marcas, anunciantes de diversos segmentos”, avalia Cordier. [B+]

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N E GÓ CIO S | col e ção

A COMMODITY MAIS COBIÇADA DA COPA As figurinhas da Copa viraram febre nas mãos de adultos e jovens na capital baiana

Mania internacional, colecionar figurinhas movimenta negócio milionário e vira programa de domingo para famílias baianas fotos RÔMULO PORTELA

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que começou como brincadeira de criança ganhou os adultos, virou fenômeno mundial e movimenta milhões de dólares para o Grupo Panini, empresa italiana que imprime os álbuns da Copa do Mundo desde 1970. Neste mundial, a companhia espera alcançar oito milhões de consumidores somente no Brasil, país que tem liderado o mercado colecionador, seguido de Alemanha e Suíça. No começo deste ano, a empresa investiu R$ 2,5 milhões em sua fábrica em São Paulo para dar conta das oito milhões de figurinhas empacotadas diariamente e distribuídas, sendo 70% delas no Brasil e o restante para a América Latina. Desde o lançamento, em 4 de abril, mais de 8,5 milhões de álbuns já foram distribuídos no Brasil, a maior tiragem da história da Panini. 46

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O fenômeno quadrienal transforma as bancas de jornal - responsáveis por 94% das vendas dos livros ilustrados e das figurinhas, em pontos de encontro para negociação das figurinhas faltantes. “Os vetores de crescimento de vendas são observados nos bairros onde há concentração de escolas”, pontua Marcos Gomez, proprietário da Dica, empresa distribuidora da Panini em Salvador e região metropolitana. É o caso da banca News Magazine, no bairro da Pituba, em Salvador. “Vivemos um momento bom com a Copa. Os pais chegam para trocar figurinhas e acabam comprando outros produtos”, confirma Edmilson Barreto, proprietário. Nos fins de semana, avós, pais e filhos se reúnem ao lado da banca com um único objetivo: conseguir completar o álbum antes do final dos jogos. Na animação, o troca-troca acontece de forma democrática. “Boa parte do álbum completado foi à base de trocas, mas ainda assim gastei mais de R$ 200”, diz Raul Possolo, 53 anos, junto com seu filho Matheus, de 10. Em meio à comoção nacional, Salvador movimenta 3,5% do total do mercado nacional de álbuns e cromos. A Panini não revela o número de vendas, mas a expectativa é que o mundial deste ano bata vários recordes para a companhia. “Visivelmente houve um aumento significativo. A expectativa é que dobre o volume de vendas em relação à Copa anterior”, revela Marcos Gomez. [B+]



N E G Ó CIO S | de s e nvol vi mento social

ARTE: Rodolfo Carvalho

ENSINAR A PESCAR por ROBERTO SÁ MENEZES

Ao tomar posse no início deste ano como provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, assumi a responsabilidade de manter e expandir o secular trabalho de promoção e desenvolvimento social da instituição, cuja relevância e magnitude ficaram para mim ainda mais nítidas quando tive de responder aos desafios cotidianos. Desde que foi fundada há quase cinco séculos, a trajetória da Santa Casa da Bahia é marcada pela efetiva ação social e o cumprimento ininterrupto da nobre missão de servir ao próximo com responsabilidade social e plena consciência cidadã. Hoje, nossa secular instituição consolidou-se como organização social com estrutura administrativa profissionalizada e 5.300 colaboradores, que operam equipamentos de grande porte nas áreas da saúde, educação, cultura e assistência social. Destaco especialmente as ações realizadas no Bairro da Paz, onde desenvolvemos projeto pedagógico, por meio do qual beneficiamos em tempo integral mais de 700 crianças em seis centros de educação infantil, com assistência psicológica, médica e nutricional, e mais outro em funcionamento na Pupileira, em Nazaré. As ações desenvolvidas contemplam também o núcleo familiar. Ainda no Bairro da Paz, desenvolvemos outras iniciativas de impacto social, como o Avançar, um centro destinado à promoção da cidadania e capacitação para o mercado de trabalho e mais a Banda Sinfônica da Paz, formada por 111 crianças e adolescentes, moradoras da localidade. Implantada em 2012, com apoio e orientação do Neojiba, a Banda Sinfônica cumpre o objetivo de formar jovens músicos em instrumentos de sopro e percussão. 48

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Ao citar tais realizações, destaco que a nossa proposta de “ensinar a pescar, em vez de dar o peixe” cada vez mais se consolida - como comprovam os resultados da pesquisa da Universidade Federal da Bahia (Ufba), realizada no Bairro da Paz em novembro de 2012, sob a coordenação do professor doutor Cláudio Amorim - e demonstra o amadurecimento da ação social no país. É uma satisfação constatar que, com o apoio da Santa Casa, os jovens moradores da comunidade estão descobrindo o valor do aprendizado contínuo, por meio de um processo estratégico que reforça o protagonismo juvenil, a autoestima e a adoção de posturas que favorecerão ações empreendedoras ou mesmo o sucesso no primeiro emprego formal. As ações de estímulo à geração de emprego e renda também visam o fim da antiga relação paternalista entre instituições, sejam elas filantrópicas ou privadas, e comunidades socioeconomicamente mais vulneráveis. É, portanto, a partir da prática de uma filantropia sintonizada com os tempos atuais e a necessidade e os anseios da população, que reafirmo aqui a proposta institucional da Santa Casa da Bahia de expandir e continuar incentivando as ações de impacto social que geram autonomia e sustentabilidade. Por fim, aproveito essa ocasião para reafirmar aqui o nosso compromisso de continuar promovendo intervenções que contribuam para o desenvolvimento social e econômico dos menos favorecidos. Roberto é economista, provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia e presidente da diretoria executiva do Grupo de Apoio à Criança com Câncer da Bahia (Gacc-BA)


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N E G Ó CIO S | s e r vi ço

A GENTE NÃO QUER

SÓ COMIDA por PEDRO HIJO

Empresários baianos aproveitam a boa fase do setor de serviços para expandir e abrir negócios voltados para uma classe que descobriu o que é o luxo

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orte impulsionador da economia baiana, o setor de serviços costuma figurar entre os segmentos que mais crescem no estado. Nos últimos dez anos, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 45%, o setor de serviços subiu próximo de 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A explicação está no aumento do poder aquisitivo da população nesta última década, ancorado no programa de bolsas do governo federal e no aumento do salário mínimo. Descontada a inflação, desde 2004, o salário mínimo cresceu 70%, um número que evolui enquanto acompanha o também crescente número de empregos. É no setor de serviços que esta transformação da pirâmide social desemboca, de acordo com Luiz Mário Ribeiro, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Com as necessidades básicas atendidas, esta classe que antes não tinha acesso a itens de luxo, ascende e deseja consumir mais e melhor. Esta mudança interfere no mercado, que passa a acompanhar o surgimento da demanda com serviços que atendam aos desejos deste público. Especialmente no Nordeste, um setor do comércio cresce mais do que em outras regiões como Sul e Sudeste. O setor de serviços ligados ao cuidado pessoal que inclui tratamentos de beleza, atividades de apoio à educação (como cursos de idioma, cursos para concurso), alimentação, entre outros serviços pessoais tem puxado o segmento. Em 2014, de janeiro a março, segundo dados da pesquisa mensal do IBGE, este grupo acumulou expansão de 17,7%, resultado bem acima das variações observadas durante 2012 (6,9%) e 2013 (7,5%). “Este valor expressivo é 50

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Bahia representa 5,5% do consumo nacional (Dados da Varese Retail)

o acumulado dos primeiros meses e o crescimento é puxado pelo aumento do preço desses serviços que interfere na receita desses estabelecimentos”, opina Luiz. O chef de cozinha Leot Ramos, dono de um bufê em Salvador, notou não só a demanda crescendo a cada mês, mas uma mudança no perfil dos clientes. Acostumado a atender à classe A, Leot percebeu um mercado novo em Salvador e abrirá, ainda neste semestre, um restaurante que possa abrigar diversas funções e públicos. “Quero que o cliente possa tomar um vinho, provar uma boa comida, ter um happy hour no terraço e até se hospedar no restaurante”, diz o chef, que ainda oferecerá workshops de gastronomia voltados para clientes da classe A e almoço executivo para o público emergente. Ao notar um espaço de mercado dentro do setor de educação, as amigas Elisa Sangiovani e Maria Alice Farias abriram na capital uma unidade da rede Ensina Mais. A psicóloga e a pedagoga investiram R$60 mil para a abertura da franquia de reforço escolar e a instalaram em um bairro nobre de Salvador. Apesar de ter como vizinhas um número considerável de escolas particulares, as sócias pretendem abraçar o público A e B sem esquecer da classe C, que, segundo levantamento do IBGE de março deste ano, está cada vez mais interessada na qualificação educacional. Para abraçar este filão, as sócias fazem um trabalho específico nas escolas públicas e firmaram parceria com o grupo Prepara (proprietário da Ensina Mais) para baixar o valor da mensalidade em 30% para alunos da rede pública. “Nós ainda estamos em busca de empresas parceiras que possam oferecer bolsas para um público que não possa pagar”, comenta Elisa.


UMA NOVA POSTURA Roberta Cardoso, proprietária do Barber Beauty, vê o aquecimento no setor se refletir no aumento do número de clientes que visitam o salão. Conhecida pelas unidades dentro de shoppings da capital, a tradicional empresa separou os serviços oferecidos para agradar os públicos e investiu na qualificação dos funcionários para melhorar o que já tem. Segundo Roberta, os shoppings são destinados para atendimentos tradicionais de salão, como manicure e corte, e a unidade de rua dá mais ênfase a serviços para noivas. “Não temos a intenção de expandir no momento, queremos crescer dentro de cada unidade, investir na estrutura, nos serviços e nos profissionais”, pontuou. FOTO: Leto Carvalho

BOM DE PRATO

Ideia O chef Leot Ramos abrirá um restaurante que oferece diversas atividades. Achou mercado na capital para um modelo de negócio que surgiu em Paris.

Clientela O público majoritário é das classes A e B. Incluiu o almoço executivo para atrair a classe C.

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N E G Ó C I OS | s e r vi ço FOTO: Rômulo Portela

COMPLEMENTO ESCOLAR

Franquia As sócias, Elisa e Maria Alice, abriram uma escola de complemento educacional na capital.

Estratégias Diminuíram o valor da mensalidade para atrair a rede pública. “Se os pais não pagam a escola, terão renda para investir em um reforço”, comenta Elisa.

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A postura da Barber Beauty é reflexo de um novo momento para o comércio, segundo Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail. Se antes o aumento da renda e a explosão do crédito impulsionaram a abertura de um grande número de lojas, hoje é o momento de focar na produtividade. “As empresas se preocupam em aumentar o grau de eficiência, fazer mais com menos, fazer com que os recursos rendam mais”, opinou. O crescimento do número de shopping centers no estado é um reflexo do aquecimento que o setor de serviços vem sentindo. Renata vê a movimentação com bons olhos. “Estar em um shopping é ótimo porque a sua empresa está presente em um lugar com circulação de diferentes públicos”, opina. [B+]

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N E GÓ CIO S | o po rtun i dad es

A BAHIA QUER O CHILE CAMINHO DOS VINHOS

Vizinho sul-americano representa boas oportunidades econômicas para a Bahia. Essa relação tende a ficar mais estreita com a inauguração recente do voo Salvador-Santiago por MURILO GITEL

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Bahia tem procurado estreitar cada vez mais suas relações com o Chile, país cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,1% em 2013, liderado pela atividade de mineração e forte contribuição do comércio e dos serviços empresariais. Em maio tiveram início as operações do voo direto de Salvador para Santiago, por meio da Air Europa, o que representa uma oportunidade a mais para a Bahia seduzir os vizinhos sul-americanos. “O voo vai dar oportunidades para vários negócios, turismo corporativo e cargas, o que resultará em uma movimentação grande de recursos”, destaca Rosana Decat França, diretora de relações internacionais da Bahiatursa. Para divulgar o “destino Bahia” na terra do vinho, até mesmo uma festa de São João foi realizada em Santiago no dia 20 de maio. O evento foi promovido em parceria com a Air Europa, Embratur e Setur. “Fizemos uma capacitação geral durante o Salão do Turismo com os municípios baianos. A ideia agora é formar oficinas de roteirização turística para trabalharmos as demandas chilenas”, projeta a executiva da Bahiatursa.

O PIB do Chile, 43ª economia do mundo, foi de US$276 bilhões em 2013, um crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior

Atualmente, a Bahia recebe cerca de dez mil visitantes do Chile. Segundo Rosana França, o estado espera um crescimento de 20% ou mais no fluxo de turistas chilenos. Um dos objetivos é mostrar que a Bahia possui produtos de qualidade, como o vinho do Vale do São Francisco. Pouca gente sabe, mas o espumante Moscatel é elaborado pelo Miolo Wine Group, sob a marca Terra Andina, na Vinícola Ouro Verde, situada no Vale do São Francisco. De lá, a bebida é distribuída pela Viña Santa Rita (empresa chilena) no mercado internacional.

INVESTIMENTOS O mercado de vinhos chilenos tem um grande potencial para ser explorado pelos empresários baianos. Em 2013, por exemplo, a Carballo Faro fechou uma parceria com a famosa vinícola chilena Tabalí, que começou sua produção no ano de 1993 no Vale do Limarí, próximo ao deserto do Atacama. A região é conhecida pelos dias quentes e noites frias, que ajudam na produção de cabernet sauvignon, merlot e carmenère. Uma relação Bahia-Chile já bem conhecida diz respeito ao Cencosud, companhia chilena que controla as redes Mercantil Rodrigues e Perini, além da sergipana G Barbosa, que têm forte atuação no estado. A Cencosud irá investir US$41 milhões no Brasil em 2014. A companhia, que está no país desde 2007, anunciou que vai abrir dez lojas e ampliar seu centro de distribuição. A fortuna de Horst Paulmann, alemão naturalizado chileno que preside o grupo, é estimada em cerca de US$10 bilhões.

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N E G Ó CIO S | pol í ti ca

FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA OU PRIVADO? EIS A QUESTÃO... por CARLOS EDUARDO FREITAS ilustração MARIA CLARA TARRAFA

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No Brasil, o “cabo de guerra” tem pendido mais para a proibição de doações eleitorais por pessoas jurídicas

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m ano eleitoral, a relação quase que acrobática entre política e economia escancara a existência de duas tendências de interesses quando o assunto é financiamento de campanha: a “moeda de troca” e o investimento com vistas na efetivação de um projeto político-econômico. Obscura ou transparente, a extinção das doações privadas entrou na ordem do dia do meio político, econômico e tramita no Judiciário. A exclusividade do financiamento público das eleições, item constante no projeto de Reforma Política, passou a ser defendida. “As duas coisas obviamente existem, pois tanto a troca imediata (obscura ou transparente) como as estratégias programáticas de mais longo prazo fazem parte do nosso mundo. Não se pode pensar em política, nem em economia, sem admitir a realidade – e a necessidade – dessas duas coisas”, afirma o cientista político Paulo Fábio Dantas Neto.


Para ele, a proibição do financiamento privado colocaria “um freio” capaz de permitir que as desigualdades aparecessem no mundo da política de um modo “menos avassalador”. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) moveu uma ação direta de inconstitucionalidade, na qual solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) mudar parte da legislação eleitoral vigente no Brasil, que autoriza a doação por empresas privadas. Segundo a lei em vigor, pessoas jurídicas podem doar até 2% do faturamento bruto correlato ao ano que precede as eleições. O processo começou a ser julgado no fim de 2013, com votos favoráveis do relator, ministro Luiz Fux, do presidente do STF, Joaquim Barbosa, e dos ministros Roberto Barroso e Dias Toffoli, mas foi interrompido naquela ocasião devido ao pedido de vistas do ministro Teori Zavascki. Foi retomado em abril deste ano com voto contrário de Zavaski e dois votos favoráveis – de Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. O placar está seis a um. Devido a outro pedido de vistas, dessa vez por Gilmar Mendes, o julgamento foi adiado novamente e ainda está sem previsão de recomeço. Faltam votar quatro ministros. O economista Oswaldo Guerra defende que o financiamento público “democratiza o acesso a recursos para as campanhas”, pode reduzir os custos e inibir o “caixa dois”, que na opinião dele é a causa da maioria dos últimos grandes escândalos envolvendo políticos, empresas e partidos no Brasil. “Mas, como tudo na vida, sempre por trás de qualquer decisão existem custos e benefícios. Em uma sociedade na qual os gastos públicos já se situam em patamares elevados, será criado mais um item de despesa que terá que ser compensado por um aumento nos impostos ou no endividamento público”, previne. Já o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Elmar Nascimento (DEM), diverge completamente da proposta: “Com tanta coisa que precisa ser prioridade, seja na saúde ou na educação, na infraestrutura, na segurança pública, tirar mais dinheiro para usar para eleição eu sou absolutamente contra”. “Tem muita gente hipócrita”, contesta o líder da bancada de governo, deputado Zé Neto (PT). “Se não tiver nenhum financiamento, como é que vai fazer a política? Como é que vai fazer campanha? Ou você tem

o financiamento público ou você tem o privado. Nos Estados Unidos, o financiamento privado é largo, aberto, irrestrito. Inclusive lá você pode doar e não precisa dizer quem, e nem a quem, e nem com quem se fez as transações de doação. Seria isso, no Brasil, uma coisa criminosa pela lei eleitoral”. EXCLUSIVIDADE Paulo Fábio elenca, contudo, um fator “crucial” dessas discussões: “É bom lembrar que financiamento público a campanhas e partidos já existe, através do Fundo Partidário Nacional e da isenção de pagamento pela veiculação de propaganda eleitoral. A discussão é sobre se o financiamento deve ser exclusivamente público”. O dinheiro deste Fundo vem das doações de pessoas físicas, até 10% de suas rendas, Orçamento da União e multas - pagas por eleitores ou oriundas de condenações judiciais de candidatos. Esse recurso é distribuído para as legendas da seguinte forma: 5% são repartidos igualitariamente entre os partidos registrados no TSE e 95% divididos com base na representatividade na Câmara dos Deputados. “Colocar na clandestinidade a promiscuidade que tem sido ostensiva é um passo para diminuir a assimetria dos recursos hoje disponíveis aos diferentes competidores políticos. Isso naturalmente implica em aumento na destinação de recursos públicos, mas vejo isso como um investimento na democratização da nossa democracia, sem falar que esse aumento tende a ser bem menor do que o montante que sai pelos ralos da atual relação promíscua entre financiadores e financiados”, afirma o cientista político Paulo Fábio. REFORMA O projeto de Reforma Política, em discussão no Brasil, caminha mais no campo dos movimentos sociais, já que em julho do ano passado, no esfriar das manifestações populares que tomaram o país, o Congresso Nacional rejeitou proposta da presidente Dilma Rousseff, que previa a realização de um plebiscito. Na ocasião, a chefe do Executivo federal, que defendia que as mudanças já vigorassem nas eleições deste ano, afirmou que não haveria reforma política sem a participação da população no processo. [B+]

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N E G Ó CIO S | e co n o m i a

DE OLHOS FECHADOS: BEM VESTIDOS, MAS COM O BUMBUM DE FORA [GRÁFICO I] OS 7 MAIORES DÉFICITS EM CONTA CORRENTE EM 2013, EM BILHÕES DE DÓLARES

por LUIZ MARQUES DE ANDRADE FILHO

Fonte: FMI

Dos desequilíbrios atuais da economia brasileira, existe um que é pouco comentado: o déficit em conta corrente, o buraco externo do Brasil em relação ao comércio, serviços e doações com o resto do mundo. O maior déficit em conta corrente do mundo é o dos EUA. Mas eles são 1/4 da economia global, imprimem a moeda que todo o planeta cobiça, e se financiam com o resto do mundo sem dificuldade. Já nós, país em desenvolvimento, ostentamos em 2013 a perigosa medalha de terceiro maior déficit externo do planeta, já que chegamos a um saldo negativo externo de US$81,3 bilhões, o maior de nossa história. O fato é que somos um país de classe média que achou que ficou rico. Somente países ricos tendem a possuir um saldo externo negativo tão grande (além de nós, a Turquia também sofre desta estranha síndrome, ver o Gráfico I). Parece que a tão falada ascensão da Classe C chegou à macroeconomia. A sensação é que estamos muito bem vestidos, mas com o bumbum de fora. Recentemente fomos apelidados de um dos cinco frágeis (ao lado de Turquia, África do Sul, Índia e Indonésia): países com grandes economias, mas com relevantes déficits externos e dívida pública em proporção aos seus PIBs, portanto vulneráveis a choques internacionais. O saldo negativo externo médio do período Dilma é consideravelmente maior do que o observado nos períodos Lula e FHC. Na média dos anos Dilma, este valor é de US$64,5 bilhões (Gráfico II). Do que decorre esta situação? Do fato de nossa balança comercial estar perdendo competitividade e também do saldo externo na conta de serviços e rendas, histórica e cronicamente negativa. Quanto ao primeiro aspecto acima, lembremos que nossa indústria sofreu nos últimos anos, via câmbio, logística ruim e burocracia. Ademais, nosso pouco pragmatismo diplomático comercial nos deixou amarrados à caveira de burro do Mercosul enquanto nossos vizinhos – México, Chile, Colômbia e Peru – incrementam suas exportações através de acordos bilaterais e da Aliança do Pacífico, focando o mercado asiático. Todo déficit precisa ser financiado, e o nosso vem sendo mediante a entrada de investimentos estrangeiros diretos e de 56

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-44.161

FRANÇA

-44.217

AUSTRÁLIA

-58.942

CANADÁ

-65.004

TURQUIA

-81.374

BRASIL

-84.624

REINO UNIDO EUA

-379.278 -400.000 -300.000 -200.000 -100.000

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[GRÁFICO II] CONTAS EXTERNAS DO BRASIL E MÉDIA ANUAL DO DÉFICIT EM CONTA CORRENTE POR PERÍODO PRESIDENCIAL EM BILHÕES DE DÓLARES Fonte: BC 100.000

Superávit

80.000 60.000

FHC média 23.3 bi

LULA média 6.9 bi

DILMA média 64.5 bi

40.000 20.000 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

-20.000 -40.000 -60.000 -80.000 -100.000

Balanço Comercial Déficit

Transações Correntes 81.3 bi em 2013

aplicações para o mercado financeiro (buscando a taxa Selic). Devido a isto conseguimos acumular um razoável estoque de reservas internacionais nos últimos anos, e fechamos 2013 com US$358 bilhões de reservas. Isto minimiza o impacto do déficit, contudo não devemos continuar indefinidamente com esta necessidade externa tão grande, pois uma reversão no ambiente internacional – em particular ligada ao incremento da taxa de juros norte-americana – poderá levar à saída de dólares do nosso país e pressionará ainda mais nosso balanço de pagamentos. E 2015 não será fácil. Este tema precisa ser seriamente discutido nos debates presidenciais que se avizinham. Como disse Stanley Kubrick na sua fantástica obra-prima póstuma: parece que estamos todos de olhos bem fechados.

Luiz é superintendente da Fundação Escola de Administração da Ufba (FEA) e professor de finanças e economia



N E G Ó CIO S | co n s ul to ri a

DESAFIOS DAS CONSULTORIAS

FOTO: Rômulo Portela

Fundamentais para o desenvolvimento das empresas, as consultorias que atuam na Bahia mostram como lidar com os desafios de um mercado tão competitivo, no qual o cenário econômico do estado e do município tem grande influência por MURILO GITEL

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á três anos, a consultoria Accenture, especializada na área de tecnologia da informação, estudou dez cidades antes de se instalar no Porto Digital, em Recife. A empresa analisou fatores como capacidade de crescimento, custos, excelência universitária e qualidade dos profissionais. “Recife é a cidade que oferece a melhor combinação”, afirmou Flávia Picolo, diretora da Accenture, que em 2013 abriu outro escritório na capital pernambucana, e tem planos de crescer 50% em relação ao ano passado. Por quais razões a empresa não decidiu se instalar em Salvador? E como sobrevivem as consultorias com DNA baiano? A [B+] ouviu quatro consultorias (de grande, médio e pequeno portes) que atuam hoje na Bahia para entender melhor essa realidade. Para Eneida Leite, sócia da Tyno, um dos problemas é que as empresas instaladas no estado têm seus centros de decisão fora da Bahia. “Segundo dados da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), entre as empresas situadas aqui com faturamento acima de R$50 milhões, apenas quatro ou cinco têm capital baiano. Elas têm centros de operação na Bahia, mas os centros de inteligência estão fora”, aponta. Na visão de Eneida, a Tyno tem uma tranquilidade hoje em razão da maturidade que conquistou no mercado, por ter projetos em grandes empresas, como a Shell. “Lamento muito, até por ser baiana, que os últimos governos não tenham conseguido gerar nenhum tipo de iniciativa de geração de capital baiano, com inteligência baiana. Estamos subordinados a benefícios fiscais de capital estrangeiro, que acaba não ficando por aqui”, critica. Para Carlos Coutinho, um dos sócios da PwC na Bahia, a grande indústria baiana hoje é formada por multinacionais, o que demanda um determinado tipo de serviço de consultoria. “Isso faz com que elas procurem, naturalmente, consultorias de fora, ou grandes que tenham escritório na Bahia”, afirma. De acordo com Coutinho, quando o tomador de decisão está fora, ele tende a conhecer menos o consultor independente situado na Bahia. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m


Empresa

OUTRAS EMPRESAS

Tyno Consultoria

LX-360

Criada em

cresceu 60% em 2013 e pretende dobrar de receita até o final deste ano

TYNO

2005

Colaboradores são 32 funcionários e uma carteira de clientes com cerca de 30 empresas, entre elas Caraíba Metais e Ferbasa

Faturamento a empresa registrou crescimento de 20% em 2013

Deloitte cresce o mesmo que a média nacional e conta com cerca de 150 colaboradores em Salvador, além de 250 a 300 clientes ativos

PwC tem cerca de 200 colaboradores em Salvador e pretende contratar mais 25 em junho. A empresa cresce de 15% a 20% ao ano

“NAMORADA” Indústria (principalmente logística), tecnologias da informação e governança são, na opinião do sócio da PwC, alguns dos setores que oferecem as melhores oportunidades para as empresas que atuam com consultoria na Bahia, atualmente. Sobre os desafios, Coutinho pontua que Salvador é uma cidade “bastante desigual, em que a taxa de desemprego está entre as mais altas do país, o nível educacional é baixo, e os problemas de infraestrutura e falta de mão de obra especializada dificultam a atração de investimentos.” Para se destacar nesse mercado, o sócio da PwC defende que é preciso tratar o cliente como aquela namorada que você deseja ter. Ele explica: “É preciso entregar tudo o que se promete com qualidade. Esse é um desafio em que a gente pensa todos os dias. É preciso ter excelência na prestação de serviços. Ganhar o cliente é difícil, mantê-lo é mais difícil ainda”, completa. GESTÃO Profissionalizar a gestão e a relação das empresas com o mercado é a filosofia da LX-360 Desenvolvimento Organizacional. Com atuação em marketing, finanças, processos, estratégias e treinamentos, a consultoria dos sócios Renata Nascimento, Sara Sobral e Sérgio Guimarães cresceu 60% em 2013, e espera dobrar de receita até o fim deste ano. “Na maioria das empresas de serviços o foco está na venda e na gestão comercial, quando, na verdade, seu negócio central, que é a base de geração de valor, está no treinamento e desenvolvimento de pessoas capazes de atender os clientes seguindo um padrão de qualidade, facilitando assim todo o processo de negócio. Esse é um aspecto geral e fundamental que precisa mudar no nosso mercado”, defendem os sócios. Com 12 clientes ativos entre micro, pequenas e médias empresas (setores de serviço, comércio e indústria), a consultoria considera que há oportunidades em diversas áreas, como serviços médicos e clínicas odontológicas, escolas e cursos profissionalizantes, agências de publicidade, comércio varejista e pequenas indústrias. “Esses segmentos buscam agora profissionalizar suas gestões”, acrescentam os sócios da LX-360.

COPA José Luiz Sampaio, sócio-líder da Deloitte (regional Bahia), define como “interessante” o mercado de consultoria na Bahia. “Tem a grande empresa que compra de olho fechado porque já tem tudo estruturado, mas quer resolver um problema específico. Ela te compra uma consultoria de sistemas, ou te pede uma revisão de logística. No caso das pequenas empresas, nós temos que montar os sistemas para elas”, exemplifica. A Deloitte trabalha com consultoria tributária, empresarial, de serviços financeiros e auditoria. Para Sampaio, em 2014 esse mercado vai sofrer um pouco por conta das eleições e da Copa do Mundo. “Quando se tem Copa, os investimentos são feitos antes ou depois do mundial. Normalmente, quando se faz pós-Copa, você tem todo um período de maturação”, enumera. QUALIDADE Sampaio observa que a Copa está muito mais voltada para os setores de turismo e infraestrutura, e que não influenciou diretamente na estratégia de negócios da empresa. “Alguns trabalhos de infraestrutura nós ajudamos a fazer (modelagem financeira), mas o nosso carro-chefe dentro da Bahia não foi focado na Copa. Trabalhamos para o setor hoteleiro, de entretenimento, empresas de serviços preocupadas em atender melhor aos turistas”, enumera. Para o sócio da Deloitte, embora Salvador tenha perdido muito na questão turística nos últimos anos, não faltam oportunidades na capital baiana. “Elas existem, mas tem que saber ser criativo, saber negociar. Sobrevivem as empresas que têm qualidade e rapidez no atendimento.” [B+]

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CA PA

A COPA DO MUNDO É NOSSA METRÔ Custo previsto: R$300 milhões Custo real: R$780 milhões Status: 7,5 km entregues – Etapa 1: Lapa/Retiro

ARENA FONTE NOVA Custo previsto: R$591,7 milhões Custo real: R$688,7 milhões Status: entregue

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Salvador recebe novos investimentos para o mundial de futebol, mas a Copa coloca o desenvolvimento da Bahia no centro do debate por NÚBIA CRISTINA

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m outubro de 2013, a assinatura do contrato entre o Governo do Estado da Bahia e a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) efetiva a parceria público-privada (PPP) para implantação e operação do Sistema Metroviário de SalvadorLauro de Freitas. Na véspera da abertura da Copa, 14 anos depois do início das obras, a Linha 1 (Lapa-Retiro) do Metrô de Salvador entra em operação assistida. Trata-se de um trecho de apenas 7,5 quilômetros, mas a meta é que as obras sejam concluídas em abril de 2017. O mundial de futebol tirou do papel alguns projetos de infraestrutura, essenciais para melhorar a qualidade de vida e o ambiente de negócios na capital baiana e na região metropolitana. Há ainda muito que fazer na área de mobilidade, na qualificação de mão de obra, dos portos e aeroportos, no entanto, além de estimular os setores de turismo e serviços, a Copa coloca no centro do debate a necessidade de um planejamento de longo prazo para tornar o estado mais competitivo. A coordenadora do curso superior de tecnologia em transporte terrestre da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ilce Marília Dantas Pinto, não tem dúvida de que a Copa do Mundo e as eleições deste ano impulsionam obras estruturantes com potencial para minimizar os problemas de mobilidade em Salvador e região, mas admite que existe ainda um longo caminho a percorrer. “Esse grande evento esportivo fez surgirem os recursos, a maioria oriunda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), e acabou destravando alguns projetos”. Em abril de 2013, a Prefeitura de Salvador e o Governo do Estado firmaram um acordo que previa a transferência para o Estado da CTS - Companhia de Transporte de Salvador, que passou a administrar não apenas o metrô, mas o trem do Subúrbio, que liga a Calçada ao Subúrbio Ferroviário. A professora da Escola Politécnica ressalta que a Copa foi a grande motivadora desse acordo. “A solução para os problemas de mobilidade em Salvador e região está no investimento em um sistema multimodal, que integre metrô, ferrovia, corredores de ônibus, ciclovias, automóveis e até o transporte marítimo pela Baía de Todo os Santos”, destaca Ilce. O professor da Escola de Administração da Ufba Marcus Alban concorda que é preciso ter foco no transporte público multimodal e afirma que “a estratégia de priorizar o metrô foi um equívoco, porque não avançamos no metrô e em uma série de obras”. Segundo Alban, o sistema BRT - bus rapid transit, por exemplo, poderia ter avançado e isso não ocorreu porque o governo optou por jogar todas as forças no metrô. “E não faltou tempo para realizar o que foi prometido”, pontua. O projeto BRT - corredor estruturante Aeroporto/Acesso Norte, com orçamento de R$567,7 milhões, foi retirado da Matriz de Responsabilidades. Em 2010, o governo brasileiro lançou um documento no qual figuravam 50 obras de mobilidade urbana, que deveriam estar prontas até o início da Copa do Mundo. O BRT de Salvador foi retirado da Matriz porque não teve as

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“Com a Copa, uma janela se abriu para as intervenções em mobilidade urbana, que infelizmente não ficarão prontas a tempo, mas serão de enorme importância para a população de Salvador. Também a construção da Arena multiuso, colocando nossa cidade na rota dos grandes shows internacionais. Por fim, a projeção internacional que nossa cidade terá, contribuindo para o aumento do fluxo de visitantes e movimentando a indústria do turismo” Luciano Muricy Fontes, presidente da Ademi-BA

obras iniciadas. “Acho louvável a decisão de priorizar o metrô, na Avenida Luiz Vianna Filho, em detrimento do BRT. Até porque esse sistema deve ser implantado no longo prazo em outras áreas da cidade”, afirma o arquiteto e urbanista Carl Von Hauenschild. Ele lembra que os projetos de mobilidade de alta capacidade são eixos de expansão e desenvolvimento urbano, no médio e longo prazos. “Por isso, deveriam estar inseridos em um planejamento de longo prazo”. O arquiteto vê com bons olhos o projeto Salvador 500, lançado em março pelo prefeito ACM Neto, cujo objetivo é estabelecer metas e prioridades de ações para o desenvolvimento sustentável da capital baiana, até o ano de 2049, quando a cidade completa 500 anos. “Acho louvável que o prefeito crie um projeto que pretende estabelecer diretrizes, por exemplo, para orientar a construção do novo Plano Diretor

de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos). Os gestores públicos do Brasil precisam adotar o planejamento estratégico sustentável de longo prazo, com foco nas necessidades da população, na viabilidade econômica e social”. Sob encomenda da revista Exame, a consultoria Urban Systems, especializada em temas urbanos, realizou um estudo em centenas de cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, no último semestre de 2013. Em um ranking das melhores cidades para fazer negócios, Salvador aparece na 28ª posição. Recife tem a melhor colocação do Nordeste, figurando na oitava posição. Integrante do fórum “A cidade também é nossa”, Hauenschild destaca que as cidades com infraestrutura adequada, bons índices econômicos e sociais acabam atraindo mais investimentos.

“Ainda que muitos dos projetos prometidos para a Copa do Mundo não tenham sido concluídos a tempo da realização do mundial, a sua realização no Brasil trouxe investimentos que estão beneficiando setores importantes da economia, gerando empregos e renda, principalmente nas cidades que sediarão os jogos. Um desses setores é a indústria da construção, em razão das grandes obras estruturantes que vêm sendo tocadas em Salvador. São obras de infraestrutura que, graças à Copa, vão ficar como legado para a cidade” Carlos Gilberto Farias, presidente da Fieb 62

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AEROPORTO Início das obras: janeiro de 2013 Previsão de término: Primeira parte concluída. Segunda etapa ficará para depois da Copa Custo: R$109,67 milhões (aeroporto e torre de controle)

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ENTRA EM CAMPO O PLANO DIRETOR DE MOBILIDADE URBANA As cidades brasileiras com mais de 20 mil habitantes devem elaborar e aprovar o plano, que prioriza a sustentabilidade e o transporte público

PROGRAMA MOBILIDADE SALVADOR Custo: R$8,5 bilhões O que foi feito: Via Expressa, Complexo Viário 2 de Julho, Viadutos do Imbuí, duplicação da Pinto de Aguiar, Viaduto Narandiba-Doron e Metrô de Salvador (Etapa 1)

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“A capital baiana ou qualquer outra cidade brasileira acima de 20 mil habitantes que descumprir a regra ficará sem acesso a recursos do governo federal”

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té abril de 2015 o município de Salvador precisa elaborar e aprovar na Câmara Municipal, depois de ampla discussão com a sociedade, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana Sustentável. A capital baiana ou qualquer outra cidade brasileira acima de 20 mil habitantes que descumprir essa regra ficará sem acesso a recursos do governo federal para implementar projetos nessa área. A obrigatoriedade foi estabelecida pela Lei 12.587, de 2012, que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. A nova lei prioriza o transporte não motorizado e o transporte público coletivo, interligando mobilidade às políticas de habitação, saneamento básico e planejamento. A coordenadora do curso superior de tecnologia em transporte terrestre da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ilce Marília Dantas Pinto, ressalta que a esta altura os debates com a sociedade em torno do Plano Diretor de Mobilidade já deveriam ter começado. “Não acho que esteja havendo o debate necessário com a sociedade. Esse é um tema muito importante, que exige atenção de todos. A gente precisa saber junto à Prefeitura qual o status da elaboração do plano”, comenta Ilce. O professor da Faculdade Politécnica da Ufba Francisco Ulisses Rocha, que também é coordenador de planejamento de transportes da Prefeitura Municipal de Salvador, afirma que já está em curso a implantação de uma rede multimodal de transporte, integrada e sustentável. Ele cita como exemplos os dois corredores transversais que cortam a capital baiana, do Subúrbio até a Orla Atlântica. O primeiro vai da Avenida Suburbana até a Orla de Patamares, passando pela Avenida Pinto da Aguiar, que está sendo duplicada. O segundo corredor parte de Águas Claras, pela BR 324, atravessa a Luiz Vianna Filho (Paralela) e chega à Orlando Gomes. Além dos corredores, o projeto prevê a construção integrada de viadutos, túneis, faixas para BRT – bus rapid transit, para carros e ciclovias. “Todos esses projetos serão costurados dentro do Plano de Mobilidade, até porque eles foram desenvolvidos à luz da nova Política Nacional de Mobilidade, levando em conta as questões de sustentabilidade”. O arquiteto e urbanista Carl Von Hauenschild destaca que, antes da aprovação pelos vereadores, o plano precisa ser alvo de debates em audiências públicas. “Não pode ser um plano retirado da gaveta, uma costura de alguns projetos já em andamento. É preciso partir do planejamento estratégico da cidade para definir quais são os eixos adequados, o que é mais viável no médio e longo prazo”, pondera. Concluída em 2013, a mais recente pesquisa Origem e Destino de Salvador e Região Metropolitana traz um levantamento do volume e das características atuais dos deslocamentos realizados pela população em suas atividades diárias. É ferramenta indispensável no planejamento de ações e projetos de mobilidade na região. “Esse levantamento é fundamental para nortear a elaboração do plano”, comenta Ulisses. O último estudo havia sido realizado em 1995. A região metropolitana de Salvador, que cresceu sem o devido investimento em transporte público, hoje enfrenta sérios problemas de mobilidade, tem cerca de 3,8 milhões de habitantes, distribuídos numa superfície de 4.337,72km2² (IBGE, 2010), em 13 municípios. A capital da Bahia abriga 2,99 milhões de habitantes, (IBGE, 2010), é a terceira mais populosa do país, com 80% da população, a sétima cidade mais populosa da América Latina. A segunda maior região metropolitana nordestina e a sexta maior do Brasil.

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BOAS VINDAS AOS CRUZEIROS MARÍTIMOS Novo Terminal Marítimo chega à etapa final

Com obras em fase de conclusão, o novo Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Salvador depende de uma licitação, que será realizada pela Secretaria Especial dos Portos, para a escolha de um operador privado. De acordo com a assessoria de comunicação da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), a data da inauguração do terminal é de responsabilidade da Presidência da República, já que se trata de uma obra federal. A Codeba informa que a obra chegou à etapa final, com a realização do acabamento físico, conclusão das redes elétrica e hidráulica e sistema de refrigeração.

TERMINAL MARÍTIMO Custo previsto: R$34,6 milhões Custo real: R$36 milhões Status: Não ficou pronto antes da Copa

A ÁREA A obra faz parte do projeto de revitalização do bairro do Comércio. Consiste na construção de um prédio com três pavimentos, sendo 2.876,85m2 de área construída, uma esplanada com 3.393,48m2, que vai descortinar para a Avenida da França o mar da Baía de Todos os Santos, com vista do Forte de São Marcelo, além de um sistema viário com 3.519,42m2.

CUSTO R$36 milhões (o custo inicial era de R$34,6 milhões). Os recursos são do Governo Federal, oriundos PAC da Copa, com execução a cargo da Codeba. A concepção do projeto é da Prefeitura Municipal de Salvador, através de concessão à iniciativa privada.

ENTREGA A previsão era que as obras do novo terminal marítimo fossem concluídas em 2013. Porém, segundo a Codeba, vários fatores motivaram o atraso. Houve dificuldades junto aos fornecedores para o recebimento de alguns materiais especiais, como os vidros da fachada, algumas peças da estrutura metálica e as escadas rolantes. O andamento das obras foi também prejudicado por duas greves dos trabalhadores da construção civil e exigências burocráticas por parte de órgãos fiscalizadores, segundo a Companhia.

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“Logo que foi definido que o Brasil sediaria a Copa, tive uma preocupação, pois considerei que a nossa infraestrutura não estava adequada para tão importante evento. Um legado muito importante será a mídia espontânea que o Brasil terá, de grande abrangência. Contudo, também poderá ter efeito contrário se as nossas autoridades não tomarem as devidas providências para que o evento transcorra de forma pacífica e festiva”, Ernani S. Pettinati, ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia – ABIH-BA


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ARTE: Rodolfo Carvalho

EDUCAÇÃO Especial serviços: Por que servimos mal? 68 A opinião dos leitores 71 Entrevista: Ordep Serra 72 [C] Funcionário como cartão de visita 76


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E D U CAÇÃO | qual i f i caçã o

POR QUE NOSSOS SERVIÇOS SÃO RUINS? Quando o assunto é a qualidade dos serviços, a fama da Bahia não costuma ser das melhores. Entre as causas do problema estão o déficit educacional e a falta de qualificação. Mas algumas ações pretendem melhorar essa imagem por MURILO GITEL

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secretária executiva Aida Sampaio foi a um bar na Pituba para um happy hour em uma noite de junho. Ao sentar à mesa, precisou esperar 15 minutos para ser atendida por um garçom. Em seguida, pediu um drinque, que só foi providenciado 25 minutos depois – e não estava devidamente gelado. Para completar, a porção de peixes solicitada estava mais para queimada do que frita. O relato de Aida, publicado como um desabafo em uma rede social, faz parte da realidade de muitas pessoas que sofrem com o mau atendimento de restaurantes, bares, lojas e demais prestadores de serviços na Bahia, salvas raras exceções. O que há de errado com nossos profissionais, estabelecimentos e instituições? Para entender os reais motivos, é preciso ir além da concepção preconceituosa e simplista que atribui o problema a nossa origem baiana e nordestina. 68

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Para a gerente de qualificação da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Leolina Andrade, a evasão escolar é um dos fatores responsáveis pela má qualidade dos serviços. O órgão do qual ela faz parte é um dos parceiros do Ministério do Turismo na implantação do Pronatec-Copa, programa que buscou qualificar os profissionais para a Copa do Mundo. Para a gerente de qualificação da Empresa Salvador Turismo, Leolina Andrade, a evasão escolar é um dos fatores responsáveis pela má qualidade dos serviços. O órgão do qual ela faz parte é um dos parceiros do Ministério do Turismo na implantação do Pronatec-Copa, programa que buscou qualificar os profissionais para a Copa do Mundo. A observação da gerente da Saltur encontra sentido quando alguns dados do Ministério da Educação vêm à baila. Salvador ocupava em 2011 a 22ª posição em abandono escolar no ensino fundamental na rede pública, ou seja, a sexta pior colocação entre as capitais brasileiras. A situação se agrava considerando-se a distorção de idade - percentual de alunos com dois anos ou mais de defasagem em relação à idade ideal para as séries do ensino fundamental na rede pública, por local de matrícula. Nesse quesito, a capital baiana é a última colocada do país. CURSOS Considerado por Leolina como uma “ação pontual, que precisa de trabalho contínuo”, o Pronatec oferece 54 cursos profissionalizantes e de idiomas ligados ao turismo, realizados em mais de 120 cidades do país. Salvador lidera no número de matriculados (11.875), segundo dados do Ministério do Turismo. Os cursos que tiveram o maior número de inscritos foram os de camareira, recepcionista em meios de hospedagem, garçom e agente de informações turísticas. Jéssica Farias Alves, 31 anos, foi uma das beneficiadas. Atualmente, ela ganha o dobro do que ganhava, com a recepção de turistas em uma pousada da capital. Ela obteve noção de inglês e aprendeu a explicar procedimentos por telefone, e-mail e presencialmente. “Não me intimido mais com os estrangeiros e me sinto mais valorizada”, afirma. Corpo de Bombeiros, policiais militares e civis, além de guardas municipais, também estão sendo treinados para recepcionar os turistas. As aulas são ministradas no Sesc, Senai, Sesi, institutos federais e estaduais de educação.

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FOTO: Rômulo Portela

“Temos uma defasagem muito grande, não há uma ponte entre trabalho e educação, faltam cursos profissionalizantes” Cássia Magalhães, superintendente da Setur

LEGADO Para a superintendente da Secretaria Estadual de Turismo, Cássia Magalhães, mesmo depois da Copa o Pronatec deve continuar. “A qualificação precisa ser feita além do mundial, porque trata-se de um processo de sensibilização e conhecimento”, defende. Ela destaca que mesmo ações mais flexíveis, como o Pronatec na Empresa, capaz de viabilizar os cursos no local de trabalho dos funcionários, encontra obstáculos. “É difícil para o profissional voltar à sala de aula, porque ele precisa frequentar o curso em meio ao expediente, quando já está cansado. Às vezes, a empresa não libera”, pontua. Cássia também salienta o déficit educacional. “Temos uma defasagem muito grande, não há uma ponte entre trabalho e educação, faltam cursos profissionalizantes. Além disso, os cursos superiores de turismo estão fechando as portas, ao mesmo tempo em que o setor cresce. É uma contradição”, aponta. Segundo ela, hotéis como Monte Pascoal, Pestana e Sotero participaram do Pronatec na Empresa, em Salvador.

BOM EXEMPLO A qualidade do atendimento é um dos critérios avaliados por clientes e jurados no Comida di Buteco. Na foto, Jorge, do Bar do Ulisses

ESTÍMULO Concursos gastronômicos, como o Comida di Buteco, também estimulam a melhoria dos serviços. Criada em Belo Horizonte, há 15 anos, a iniciativa busca valorizar a “verdadeira comida de raiz”, e completou em maio sua oitava edição em Salvador. A qualidade do atendimento é um dos principais critérios avaliados por clientes e jurados. “Essa questão da qualidade do atendimento, em Salvador, tem evoluído bastante desde a primeira edição até a atual”, observa Daniella Bicalho, coordenadora regional do Comida di Buteco. De acordo com ela, como todos os critérios (apresentação do prato, temperatura da bebida, higiene, entre outros) dizem respeito a atendimento, os ‘botequeiros’ se prepararam ao máximo para participar do concurso. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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E D U C AÇ ÃO | qual i f i cação FOTO: Luciano Oliveira

Com 11.875 matriculados nos cursos de qualificação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego voltados ao Turismo (PronatecTurismo), Salvador lidera o ranking entre as 12 cidades-sede da Copa. Em toda a Bahia, 13.712 pessoas se inscreveram. Além da capital, o programa é oferecido em Cachoeira, Cairu, Lauro de Freitas, Lençóis, Maragogipe, Mata de São João e Vera Cruz.

A [B+] foi conferir de perto. Entre os dias 11 de abril e 11 de maio, frequentamos cinco dos 31 botecos participantes em Salvador. Em apenas um deles o atendimento deixou a desejar. “Já coordenei o concurso em várias cidades do Brasil. Essa questão do atendimento é muito semelhante no Brasil todo, com exceção de São Paulo”, pondera Daniella. Por meio do ‘Comida’, os funcionários dos botecos ganharam curso de manuseio de alimentos e elaboração de drinques (Senac) e os comerciantes tiveram lições de empreendedorismo (Sebrae). O grande vencedor neste ano foi o Caranguejo do Pascoal, situado no bairro de Itapuã. ORGULHO Prova de que o investimento na qualificação das pessoas faz a diferença quanto à qualidade do atendimento é o jovem Andeson Fonseca, 20 anos, que representou a Bahia recentemente no maior torneio de educação profissional do continente, o WorldSkills Americas (WSA), em Bogotá (Colômbia). Antes de ter seu talento reconhecido com uma medalha de ouro no concurso, ele se inscreveu no Senac para se aperfeiçoar como garçom em seu primeiro emprego, numa lanchonete. “Tinha passado nos vestibulares de fisioterapia e nutrição, mas não quis seguir, o destino me trouxe até aqui”, relata o jovem. O objetivo da competição é revelar o garçom em todas as áreas de atuação e ainda mostrar como ele desenvolve a sua criatividade para possíveis mudanças no decorrer das provas. “Ele é um menino de origem humilde, muito esforçado, desde o começo já tinha se destacado. É muito positivo imaginar que uma pessoa tem um ideal e corre atrás disso apesar de todas as dificuldades. As pessoas que pensam assim conquistam o que desejam”, reconhece Antonio César Falcão, treinador de Andeson no WSA. [B+] 70

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QUALIFICAÇÃO Andeson ostenta a medalha de ouro que ganhou em um torneio internacional de educação profissional


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E D UCAÇÃO | o pi n i ão

COMO VOCÊ AVALIA A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS NA BAHIA? Fizemos esta pergunta para os leitores da Revista [B+] em nossas redes sociais. Veja algumas respostas.

“Em Salvador, o serviço precisa melhorar e muito. Merece uma qualificação, há a necessidade de treinamento e desenvolvimento de todos nesse processo. Eu, como baiano, me sinto incomodado com os serviços que aqui são prestados. Muitas das vezes não é o funcionário o culpado, e sim o treinamento que não foi adquirido para atuar em situações diversas no seu ambiente” MARCOS WILLIAMS

“Os serviços oferecidos na Bahia são péssimos, raras são as vezes que se tem um atendimento razoável” UIRA PEREIRA

“Existe a necessidade de treinamento dos líderes, gerentes e por fim funcionários de atendimento. Acredito que um acompanhamento ou consultoria inicial para diversas empresas também é válido a fim de mostrar a necessidade e importância de um bom atendimento” FLORMARIA BATISTA

“Péssimos! Falta capacitação aos empregados e educação aos cidadãos!” DORYS VERÔNICA OSSIO JUSTINIANO

“A qualidade do serviço na Bahia vai de péssimo para médio. Excelente, quase nunca” MATEUS RIGAUD

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E D U CAÇÃO | e n tre vi s ta

Crítico: o antropólogo Ordep Serra, em sua casa, em Salvador. “O baiano é simplesmente muito mal servido no plano da educação”

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ORDEP SERRA Autor de artigos sobre racismo, o antropólogo e professor atribui o mau serviço prestado na Bahia à falta de investimento na educação técnica por MURILO GITEL

fotos LUCIANO OLIVEIRA

“O ESTEREÓTIPO DE QUE O BAIANO NÃO É BOM PARA PRESTAR SERVIÇOS NÃO PASSA DE IGNORÂNCIA”

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onversa corriqueira nas rodas de amigos e nas redes sociais, a qualidade do serviço oferecida na Bahia é atribuída, geralmente, ao passado colonial do estado. As histórias de clientes insatisfeitos somam-se ao senso comum e resultam em críticas baseadas na etnia e na localização geográfica. Nesta entrevista à [B+], o antropólogo e escritor Ordep Serra, membro da Academia de Letras da Bahia, se opõe à ideia de que a qualidade insatisfatória dos serviços prestados na Bahia seja determinada pela origem e aprofunda o debate. “O racismo não é uma explicação, é uma das causas do problema”, afirma.

Há quem credite os serviços ruins prestados na Bahia ao fato de sermos baianos e nordestinos. Qual sua visão sobre isso? Costumo dizer que o racismo é a sociologia dos imbecis. Oferece uma explicação aparente, simplória, confortável para a preguiça intelectual de quem não enfrenta seriamente o desafio de problemas sociais complexos. Do ponto de vista antropológico, não há nada mais desmoralizado do que as teorias racistas. A ciência há muito já as atirou ao lixo das hipóteses falsas, bisonhas, primárias, incongruentes. Mas o racismo é tenaz. Alimenta-se de má-fé. A qualidade dos serviços nada tem a ver com a origem étnica ou “racial” de quem os presta. Reflete apenas o grau de preparação (educação) técnica desse contingente. Que investimento é feito na qualificação dos prestadores de serviço no Nordeste ou lá onde for? Como eles são contemplados na distribuição de renda, de infraestrutura, de equipamentos, de recursos culturais? A má-fé do apelo à tese racista tenta esconder a reprodução sistêmica da desigualdade regional no país. E reflete uma ignorância teimosa, grosseira. Na verdade, o racismo não é uma explicação, é uma das causas do problema acusado. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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ED U C AÇ ÃO | e n tre vi s ta

“A QUALIDADE DOS SERVIÇOS NADA TEM A VER COM A ORIGEM ÉTNICA DE QUEM OS PRESTA. REFLETE APENAS O GRAU DE PREPARAÇÃO TÉCNICA DESSE CONTINGENTE”

O desenvolvimento da internet e das redes sociais tem ajudado a difundir esse tipo de visão preconceituosa? A internet é meio de fácil acesso, disponível para todo tipo de gente. As redes sociais tanto podem veicular boas ideias, campanhas meritórias e informações valiosas quanto asneiras e iniciativas perversas. Pelo simples fato de ter a sua disposição um meio de comunicação de grande eficácia, pessoas frustradas e ineptas se sentem autorizadas a pronunciar-se sobre quaisquer assuntos, sem mesmo os conhecer, sentindo-se dispensadas do esforço de análise e reflexão. Sempre acharão quem compartilhe seus preconceitos e aceite a “autoridade” de uma ignorância que reconforta a sua. O racismo viceja facilmente nesse meio em que o preconceito se sente protegido da crítica até pela ligeireza da comunicação. 74

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O déficit educacional que assola a Bahia ajuda a explicar a má qualidade dos serviços? Não é segredo para ninguém que um dos efeitos da desigualdade regional no Brasil é a distribuição iníqua não só de investimentos em infraestrutura, como na área crítica da educação. O Brasil investe pouco em educação e o faz de modo desigual. Este é um dos principais mecanismos de reprodução da desigualdade em nosso país. Aqueles que se encontram nas faixas de renda mais baixas têm, quanto a isso (quanto a formação, educação), péssimo atendimento. A escola pública tem sido sucateada, e o tratamento dado aos professores que nela atuam, em nosso país, e especialmente em nosso estado, é desrespeitoso. O resultado negativo afeta o alunado de maneira cruel. A corrupção e a má gestão que sangram os cofres públicos são evidentemente fatores ponderáveis de nosso déficit educacional. Mas é preciso reconhecer que educação nunca esteve, nunca está, entre as prioridades de nossos governantes. O estereótipo de que “o baiano não é bom para prestar serviços” não passa de uma bobagem, fruto de ignorância e má-fé. O baiano é simplesmente muito mal servido no plano da educação. Na Bahia nasceu o maior educador que o país já teve, Anísio Teixeira. Mas suas propostas inovadoras foram combatidas ferozmente por uma ditadura obscurantista. E ele acabou assassinado de maneira covarde. O Brasil todo tem uma grande dívida com a Bahia, neste campo. E só poderá resgatá-la voltando a valorizar o legado de Anísio Teixeira. Nos comentários depreciativos aos baianos, costumamos observar termos pejorativos, tais como: tinha que ser coisa dessa “baianada”... A cultura afro-brasileira nos deu um legado muito positivo, que apenas por preconceito é mal aproveitado. Só a ignorância pode sustentar que esse legado é fator de atraso. Para dar-lhe só um exemplo: na Europa, nos Estados Unidos e até na Austrália a capoeira é hoje muito respeitada e aproveitada como um recurso educacional importante, em importantes instituições de ensino, inclusive em nível superior. Parece que seremos os últimos a descobrir essa riqueza. Da cultura afro-brasileira se alimentaram alguns dos maiores nomes de nossas artes, de nossa literatura. Pense em Jorge Amado e Carybé, por exemplo. Em qualquer parte do mundo em que se fale no Brasil e na sua cultura esses nomes são lembrados. Eles transmitiram ao mundo o fascínio de nossa cultura de raízes negras. A “baianada” de Glauber Rocha é conhecida no mundo inteiro. E muito apreciada… Artistas e intelectuais do Nordeste projetaram o nome do Brasil e até lhe construíram a imagem no exterior. De resto, a elite da inteligência brasileira tem bebido em nossa fonte. Será isso um sinal de nossa “inferioridade”, ou do pouco valor da cultura negra que herdamos? Qualquer pessoa culta (ou razoavelmente educada) de qualquer parte de nosso país repelirá essa ideia com horror, pois é de uma estupidez clamorosa, que só o racismo boçal pode sustentar. [B+]

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E D U CAÇÃO | i m age m

ARTE: Rodolfo Carvalho

O FUNCIONÁRIO É O MAIOR CARTÃO DE VISITA por MONIQUE MELO

Chegamos à Copa do Mundo 2014 com a imagem do Brasil arranhada na imprensa internacional. Depois de ter chamado a atenção por ser o país que ia decolar, o Brasil passou a ser apontado com negatividade em inúmeras matérias mostrando suas mazelas: de obras superfaturadas a clima interno de insegurança, desaceleração da economia e até a falta de água em São Paulo, esta última que talvez antes nem chegasse ao noticiário mundial. Os holofotes foram acesos e direcionados para a nação verde e amarela. É hora, então, de mostrar mais do que problemas estruturais, que por sinal, já são velhos conhecidos. É preciso mostrar as riquezas naturais, culturais e principalmente, o nosso povo alegre, simpático, criativo, que tanto encanta os estrangeiros. A oportunidade chegou. Não pode faltar cordialidade e gentileza com o turista nas mais diferentes atividades do setor de serviços. Ele tem que levar uma lembrança positiva e, de preferência, querer voltar. Salvador, como uma das cidades-sede, é uma grande vitrine para o mundo e não pode fazer feio. É uma pena que alguns empresários não invistam na formação de seus funcionários, não só na capacitação profissional, mas também na comunicação interpessoal para saber se comportar, tratar o colega e, principalmente, lidar com o consumidor (de quem depende o seu emprego ou é a sua própria razão de existir). Não importa se a venda será realizada ou se o serviço será consumido pelo visitante. Interessa, sim, a todos, que ele seja bem atendido independente do seu poder de consumo. Atitude correta, adequada e eficaz faz toda a diferença. Quem já fez o dever de casa, treinando sua mão de obra, vai levar vantagem. Toda marca é formada por pessoas, seja um restaurante, loja, empresa ou produto. Cada funcionário precisa entender a sua importância na relação com o cliente. Ele é o verdadeiro cartão de visita, que pode prejudicar ou alavancar um serviço. Se há alguém que não veste a camisa e não fala bem para os seus amigos 76

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e familiares, quem vai falar, ou melhor, quem vai acreditar ou querer trabalhar nesta firma? Portanto, as empresas precisam cuidar bem de sua reputação, começando pela comunicação interna, ou seja, com seu patrimônio humano. O quadro de pessoal tem que conhecer bem a filosofia do seu empregador, sua missão e, mais ainda, ter profundo conhecimento do que vai vender ou transmitir. A empresa precisa se comunicar constantemente com seus funcionários, seja através de publicações on ou off line ou de campanhas, jogos, treinamentos e palestras, além de ter que buscar sempre formas de reter seus talentos e mantê-los estimulados com a implementação de planos de cargos e recompensas. Ninguém retorna a um lugar onde foi maltratado ou viveu uma experiência ruim. E, pior, vai querer reverberar o problema para um maior número de pessoas, o que hoje com as redes sociais vira realmente um gerenciamento de crise de proporções inimagináveis, com fotos e filmagens como provas. O desgaste na reputação pode acabar sendo grande, demandando uma forte estratégia de comunicação bem estruturada e assertiva. Em contrapartida, a elegância, a objetividade e a gentileza não só no convívio entre os colegas, mas principalmente no trato com os clientes, não só fideliza, como muitas vezes acaba sendo a verdadeira razão da escolha de um produto ou serviço, numa época em que qualidade é mais exigida do que preço. Para as empresas, fica uma velha lição: a comunicação é um processo permanente, portanto é preciso estar preparado e qualificado. Cordialidade e gentileza sempre.

Monique é diretora da Texto&Cia - Assessoria de Comunicação e .TXT Agência Digital & Conteúdo


Apoio:

ARTE: Rodolfo Carvalho

SUSTENTABILIDADE Bancos comunitários 78 [C] O legado de Lelé 82


S U S T E NTAB ILIDADE | e conomia solid ária FOTOS: Ascom/BA

QUANTAS CONCHAS VALEM UM REAL? Distantes dos centros urbanos e das agências bancárias, organizações comunitárias criam suas próprias moedas para levar serviços de crédito à população com base na economia solidária por CAROLINA COELHO

Q

uando o banco não vai até a comunidade, a comunidade cria seu próprio banco. Na Bahia, oito associações criaram instituições e moedas próprias como alternativa para a falta de serviços financeiros em seus municípios, denominados bancos comunitários. É o caso de Ilhamar, Casa do Sol, Eco Luzia, Guine, Fonte de Água Fresca, Cidadania Quilombola, Bamex e Abrantes Solidário, que nasceram com a iniciativa de fortalecer as economias locais através das moedas sociais e do microcrédito aos moradores. Na vila de Matarandiba, em Vera Cruz, a concha é tão útil quanto o real no mercado da esquina. A moeda social criada pelo banco Ilhamar, pertencente à Associação 78

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Comunitária de Matarandiba (Ascoma), é paritária ao real, ou seja, uma concha vale um real e serve como meio de pagamento para produtos e serviços dentro da ilha. Emitidas com extremo controle de segurança, assim como em um banco comum, as notas de concha são dadas em forma de crédito aos moradores, e, posteriormente, podem ser trocadas por reais pelos comerciantes credenciados. Cumprindo um papel que deveria ser do Estado através do Banco Central, os bancos comunitários tentam reverter o quadro da exclusão financeira brasileira. Embora a maioria dos brasileiros possua conta em bancos tradicionais, 39,5% da população ainda não tem acesso ao sistema bancário, segundo dados da pesquisa “Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Bancos: Exclusão e Serviços”, realizada em 2011 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Funcionando como o coração dessas casas, a moeda social evita que os moradores comprem do mercado externo e faz com que colaborem fortalecendo a economia local, formando uma rede de produtores e consumidores. “Tentamos conscientizar os

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[CONCHA] BANCO ILHAMAR em Vera Cruz (2008) BANCO GUINE

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Rua Conde Pereira Carneiro, s/n, Pernambués, CEP: 41100-010, Salvador-BA

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[SAMPER] BANCO GUINE BANCO GUINE em Saramandaia, Salvador (2009)

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AUXÍLIO ACADÊMICO E FINANCEIRO Instalada na Escola de Administração da Ufba, a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária e Gestão do Desenvolvimento Territorial (Ites/Ufba) é a responsável pelos projetos dos bancos comunitários na região Nordeste do Brasil. Atualmente, a equipe trabalha na abertura do nono banco na Bahia, em São Francisco do Conde, com previsão para inauguração em julho deste ano. Tendo como perspectiva a economia solidária, a incubadora intervém, propondo uma forma diferente de pensar e organizar a produção, a comercialização, a prestação de serviços, as finanças e o consumo em comunidades pobres. “O nosso trabalho consiste em apoiar redes de empreendimentos solidários para que as comunidades possam gerar e distribuir riquezas através do trabalho coletivo e das potencialidades locais. Nesse sentido, a economia solidária se baseia no trabalho de homens e mulheres associados na luta contra as desigualdades sociais e o desemprego”, sustenta Leonardo Leal, coordenador de projetos da Ites/Ufba desde 2007. À incubadora, cabe angariar recursos financeiros, como aconteceu no ano de 2011, através do Edital Nacional de Apoio às Finanças Solidárias, promovido pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), ou conseguir parceria com empresas públicas e privadas. Na Bahia, Petrobras, Chesf, Dow e CLN já apoiaram a criação e manutenção de bancos por meio de projetos de responsabilidade social em comunidades próximas as suas áreas de influência.

CONHEÇA ALGUMAS DAS MOEDAS SOCIAIS QUE CIRCULAM NA BAHIA. A IDEIA É QUE, FUTURAMENTE, AS CÉDULAS SE TORNEM ELETRÔNICAS, COM A CRIAÇÃO DE UM CARTÃO

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comerciantes de que a disputa não é interna, e sim externa, e buscamos contar com a participação dos moradores para fortalecer o consumo local”, explica José Mário, coordenador do Banco Ilhamar. A taxa de juros simples, com variações entre 0,5 e 3%, e a relação de proximidade com os moradores mantêm a inadimplência próxima a zero. Com o capital circulando na própria redondeza, o município dinamiza sua economia, evitando que se reproduza uma situação colonial de novo tipo. Na Bahia, o Banco Ilhamar liberou mais de 600 créditos em moeda social a famílias, o equivalente a mais de R$100 mil.

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Rua Conde Pereira Carneiro, s/n, Pernambués, CEP: 41100-010, Salvador-BA

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[SURURU] BANCO QUILOMBOLA em Cachoeira (2013) ia ár

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Cinco Samperes

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Dez Samperes

BANCO GUINE

[MOEX] BANCO BAMEX BANCO GUINE (2013) em Canavieiras

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Cinquenta Centavos de Samperes

A cada dois meses, coordenadores se reúnem no Encontro da Rede Baiana de Bancos Comunitários de Desenvolvimento para debater a criação de novos serviços, projetos e acesso a políticas publicas

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BANCO GUINE

[KIRIRI] BANCO FONTE DE ÁGUA FRESCA em Ouriçangas (2013)

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Cinquenta Ce


SU S TE N TA B I LIDAD E | e co n o m i a solid ária

ENTRAVES Ainda não existe no Brasil um marco legal que regule a situação dos 106 bancos comunitários de todo o seu território. Apesar de o Banco Central já reconhecer a atividade e ter acesso ao movimento das moedas sociais, ainda não há um aparato que permita à Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, repassar recursos para alimentar os fundos de crédito necessários. “Atualmente, nós financiamos a manutenção da infraestrutura e de pessoal nos bancos, mas o ideal é que, com a circulação do próprio dinheiro, a comunidade passe a ter uma carteira de projetos que sustente esse custo fixo”, explica o diretor de fomento à economia solidária do Senaes, Manoel Vital. Enquanto vão sobrevivendo à base de editais e doações para os seus fundos, os bancos comunitários torcem para que o Congresso aprove um dos projetos em trâmite que regulamentam a economia solidária. Ainda assim, o Senaes espera subir para 200 o número dessas instituições até 2015. “Buscamos o fortalecimento nacional dos bancos para que, como rede, eles possam ajudar um ao outro. Muita gente vê a economia solidária apenas como uma responsabilidade social, mas trabalhar com o aspecto econômico de uma comunidade é determinante para o crescimento da sociedade em geral”, enfatiza Manoel. [B+]

OS BANCOS COMUNITÁRIOS EM DADOS:

1988 é o ano em que o Banco Palmas, primeiro do país, é aberto em Fortaleza

600 MIL

foi o crédito movimentado nacionalmente por moedas sociais em 2013

106

é o total dessas instituições no Brasil

53

delas estão no Nordeste

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no Ceará

22,5 MILHÕES

foi o total que o governo já repassou por meio de dois editais, em 2010 e 2013

18 MILHÕES

foi o crédito produtivo movimentado nacionalmente em 2013

FOTO: Divulgação

MICROCRÉDITO INTERNACIONAL Fora do Brasil, a experiência com bancos comunitários já chegou a países como Itália, Alemanha, Peru e Espanha. Em 2006, o economista e banqueiro bengali Mohammad Yunus foi laureado com o Nobel da Paz por seu esforço em promover o desenvolvimento econômico e social das classes desfavorecidas. Foi ele que, em 1976, criou o Grameen Bank, responsável pela primeira experiência de microcrédito do mundo baseada apenas na confiança. Ainda assim, a taxa de recuperação é de 98,85%.

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S U S T E NTAB ILIDAD E | homem t ransfor mad or

MEMÓRIA EM CONCRETO E AÇO

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elé ou João da Gama Filgueiras Lima nos deixou uma grande lacuna com sua ausência, mas também um grande legado através de suas obras. Elas estão espalhadas pela cidade, memórias de concreto e aço, que nos deixam em contato com sua sensibilidade e genialidade. Sua falta, sem dúvida, subtrai o prazer do convívio a muitos dos seus admiradores, mas seu legado permanece e inspira. Erra quem pensa que sua arquitetura era dura. Ao contrário, seu design arrojado tem elegância e leveza e seus projetos destacam-se não só pela funcionalidade, mas pela beleza e o uso dos recursos naturais para iluminação e ventilação. Lelé desenhava construindo, era artista e técnico, um arquiteto construtor. Em um momento histórico em que projetar e construir parecem dicotômicos, ele veio para unir estes dois conceitos, racionalizou a beleza, deu funcionalidade à arte e atendeu aos desafios do seu tempo com inovação útil. Fico imaginando, como foi, para um rapaz de 25 anos, recém-formado, colaborar e trabalhar com Lucio Costa e Oscar Niemeyer na construção de Brasília, com todas as limitações da empreitada. Ele, bravamente, não só aceitou o desafio como fez desta experiência um sucesso e carregou durante toda sua longa carreira os ensinamentos que tirou dela. Assim, as ideias de racionalizar, industrializar a construção, projetar pensando na economia e na funcionalidade perpassam suas obras. Entre as características que mais me chamam a atenção em seu trabalho estava seu interesse pelas tecnologias construtivas, que o levou a propor e usar ideias pioneiras no Brasil, sobretudo aquelas com o objetivo de racionalizar os processos, em especial a utilização do concreto armado, do aço e os processos de pré-fabricação de elementos construtivos. Esta convicção o levou a tornar-se diretor da Fábrica de Equipamentos Comunitários (Faec), cujo material foi usado para construir

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por ANTÔNIO CARAMELO

as primeiras passarelas, os antigos pontos de ônibus, as escadas drenantes do vale do Camurujipe, escolas, postos de saúde, tudo isso em um curto espaço de tempo. Entre suas muitas obras importantes e significativas para a nossa cidade, podemos citar: o Centro Administrativo da Bahia (CAB), a Estação da Lapa, o hospital Sarah, o Tribunal de Contas da União, o Mercado Municipal de Paripe, o Convento de Brotas e as passarelas da cidade. Além de Salvador, seu traço está espalhado por cidades como Rio de Janeiro, Belém, Ribeirão Preto e Brasília. E é assim, juntando seu vasto ideário de plasticidade, coerência formal, funcionalidade e visão humanista que ele deixa seu legado. Apesar de seu ocaso, suas obras, trajetória e ensinamentos são exemplos vivos de sua maestria. Cabe-nos brindar a sua existência, Grande Lelé!


Apoio:

ARTE: Rodolfo Carvalho

LIFESTYLE Sabor 84 [C] Os diversos usos do QR Code 86 Copa nas quatro rodas 88 Consultório médico decorado 90 O que fazer em Monte Carlo 92 Os mais bonitos estádios 94 Notas de Tec 96


L I F E ST YLE | s abo r

Apoio:

ESTÁ NERVOSO? VAI COZINHAR por CAROLINA COELHO

fotos RÔMULO PORTELA

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m eficiente detonador de estresse. Há quem não ouse botar um pé na cozinha nos almoços de domingo em família, mas para Bernardo Rezende, diretor da Strix Educação, cozinhar é a sua forma de desestressar. “Quanto mais a rotina estiver apertada, mais vou querer preparar receitas”, diz ele, que ao menos duas vezes por semana acende o fogão para a alegria de quem senta à mesa. O ritual do preparo começa com a vestimenta do dolmã, a escolha de uma garrafa de vinho – de preferência um malbec ou cabernet sauvignon – e a coleção de facas exposta sobre a mesa. Adepto às carnes com muito gosto, o empresário prepara um prato da sua especialidade, um risoto de cordeiro, que enche os olhos antes mesmo do 84

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Da vontade de criar um hobby, o empresário Bernardo Rezende adotou a cozinha como seu ambiente para desacelerar

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paladar. Atento ao ponto da carne, que primeiramente é frita para depois ir a forno, ele frisa que não se deve fazer furos na peça para que não resseque. “Não gosto de bife à moda sola de chinelo. Se você gosta de carne bem passada, você não gosta de carne, melhor comer frango ou peixe”, diz rindo. Os macetes da cozinha foram aprendidos após uma trajetória de cursos e festivais de culinária, além de programas de preparo de receitas, como o do chef Claude Troisgros. A destreza com o sabor já o faz trocar os restaurantes pela cozinha de casa. “Quando se toma gosto, há uma vontade maior de fazer o que vai comer”, explica. Apesar disso, ainda é possível encontrá-lo experimentando preparos alheios nos restaurantes Amado, Das e La Cuperia, aos quais recomenda a visita.


RECEITA

CARRÉ DE CORDEIRO COM RISOTO ALLA MILANESE

[01] PARA O CARRÉ 1 peça média de carré de cordeiro; tomilho fresco; pimenta-do-reino (moída na hora) e flor de sal

Modo de preparo

Limpe bem o carré, retirando o excesso de pele e gordura. Tempere com o sal, a pimenta e o tomilho e reserve por 30 minutos. Leve a uma frigideira quente com azeite de oliva apenas para selar. Cubra a parte dos ossos com papel alumínio e leve ao forno por 10 a 15 minutos. Para servir, corte seguindo a direção do osso.

[02] PARA O MOLHO DE VINHO TINTO 1/2 garrafa de vinho tinto seco (de preferência uva malbec); 1/2 cebola roxa bem picada; 4 colheres de sopa de manteiga extra; 2 colheres de sopa de farinha de trigo; pimenta-do-reino a gosto; sal a gosto e açúcar a gosto

Modo de preparo

Doure a cebola em 3 colheres de manteiga. Acrescente a farinha de trigo e misture bem, use um fouet. Coloque o vinho aos poucos, mexendo bem. Tempere com um pouco de sal e pimenta. Deixe reduzir à metade mexendo de vez em quando. Corrija a acidez do molho usando o açúcar. No momento de servir, aqueça e acrescente 1 colher de manteiga misturando bastante para emulsionar.

[03] PARA O RISOTO ALLA MILANESE RISOTO: 1 xícara de arroz arbório; 1 colher de sopa de manteiga; 120g de parmesão ralado na hora; 1 sachê de açafrão espanhol; 1/2 cebola pequena picada; 1 copo de vinho branco seco; azeite de oliva e 800ml de caldo de vegetais para cozinhar o arroz CALDO DE VEGETAIS: 1 talo de aipo ou salsão; 1 talo de alho-poró; 1 cebola pequena; 1 cenoura pequena; 4 dentes de alho; 1 litro de água; azeite de oliva e sal

Modo de preparo

RISOTO: coloque em um recipiente o açafrão com 2 colheres do caldo de vegetais (bem quente) e reserve. Refogue a cebola no azeite de oliva. Despeje o arroz e mexa. Quando estiver começando a secar, acrescente o vinho branco e deixe evaporar o álcool. Vá acrescentando o caldo (quente) aos poucos, nunca deixe o arroz secar. Acrescente o açafrão. Quando o arroz estiver no ponto desejado, acrescente a manteiga e o queijo parmesão, misture bem, tampe a panela por 40 segundos e sirva a seguir. CALDO: corte os vegetais grosseiramente e refogue no azeito de oliva. Tempere com sal a gosto. Acrescente a água e deixe ferver por 1 hora, coe e reserve. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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3 APLICAÇÕES INTELIGENTES PARA QR CODES por GUILHERME BARUCH

Agora que finalmente a maioria das pessoas já conhece os QR Codes (sigla do inglês Quick Response), aqueles “códigos de barras” lidos em celulares, podemos deixar de usar apenas sua função elementar de remeter o usuário a um endereço na internet, normalmente um site ou vídeo, e passar a utilizar algumas de suas funções mais inteligentes. Demorou para o mercado absorver uma tecnologia que está disponível desde 2003, mesmo com sua praticidade e implementação ainda mais simples que os antigos códigos de barras. Uma diferença comumente não observada entre os dois tipos de código é que, enquanto o de barras está voltado para a operação do negócio, o QR Code está naturalmente voltado para o marketing, uma vez que o leitor está nas mãos dos clientes e não apenas dos funcionários da empresa. Então, os profissionais de marketing precisam se apropriar dessa tecnologia e acrescentar outras aplicações ao seu portfolio como aquelas que automaticamente enviam um e-mail e/ou SMS para um endereço solicitando um contato comercial. Isso mesmo, simples assim, um QR Code que escreverá no meu celular um SMS dizendo algo como: “Tenho interesse no produto tal, favor retornar a ligação para esse número”. Pronto, o usuário aperta o enviar e um ótimo lead foi conquistado. Outra ótima aplicação é medir a penetração de anúncios em revistas. Para isso, basta criar um QR Code diferente em cada uma, ainda que com a mesma ação / promoção, e comparar o volume de leituras realizadas. A mesma lógica permite criar um anúncio ou banner com vários QR Codes, onde cada um representa um voto do leitor em um determinado produto / preferência. Nesses dois exemplos, o QR Code precisa passar por um link contador antes de ser redirecionado para o conteúdo desejado. Um supermercado no Japão utiliza uma parede toda adesivada do metrô como loja virtual, onde cada produto possui um QR Code e, utilizando um aplicativo próprio, o cliente vai preenchendo o seu carrinho de compras enquanto espera o próximo trem. Depois, é só pagar e aguardar a entrega. Por fim uma das aplicações de que mais gosto: colocar no celular do cliente um cupom de desconto para algum produto ou serviço. Esse inclusive é o tema do aplicativo Passbook, principal destaque do iOS 5. 86

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Mesmo a aplicação mais simples de remeter a um site é mal aproveitada pelas empresas. Assim como os anúncios de links patrocinados, os QR Codes precisam encaminhar o cliente diretamente para aquilo que o atraiu, as chamadas land pages. Não se deve encaminhar genericamente para a primeira página do site, especialmente se esse não for responsivo (preparado para qualquer dispositivo), porque nesse caso estaríamos desperdiçando a atenção conseguida. Não poderíamos terminar esse artigo sem ilustrá-lo com QR Codes úteis, não é mesmo? Então seguem dois: o primeiro remetendo para nossa versão on-line do artigo, onde você encontrará links para sites que geram gratuitamente os QR Codes, e o segundo para ganhar um cupom de desconto surpresa em um de nossos parceiros. Experimente!

leia a versão completa desta coluna

cupom de desconto surpresa

Guilherme é bacharel em processamento de dados pela Ufba, especialista em administração pela Unifacs e em marketing pela FTE. Tem 13 anos à frente da Agente Marketing de Relacionamento



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TABELINHA FORTE ENTRE O GOL SELEÇÃO E O HB20 COPA Fabricantes usam o tema da Copa em séries especiais de carros consagrados, como o hatch Gol por ROBERTO NUNES

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ão 32 seleções e um sonho: vencer a Copa do Mundo na partida final do dia 13 de julho, no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. No campo dos carros, a alemã Volkswagen confia plenamente no Gol Seleção, versão do hatch campeão de vendas no Brasil e que ganhou um pacote de apetrechos visuais em alusão ao escrete canarinho. O contra-ataque chega forte com a sul-coreana Hyundai, que escalou a dupla de modelos HB20 (hatch) e HB20S (sedã) com uniforme “Copa”. Se é pela novidade, a série especial HB20 Edição Copa do Mundo Fifa 2014 sai em vantagem. É ofertada em seis versões com a opção dos motores flex 1.0 (80cv) e 1.6 (126cv), câmbio manual ou automático e um kit de mimos para transmitir um ar mais esportivo. Os bancos são de couro perfurado com costura vermelha e emblema do Mundial bordado. Os tapetes também são customizados e as maçanetas ganharam acabamento cromado. A grande jogada é a inclusão da central 88

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multimídia blueMediaTV, com tela de 7” sensível ao toque, TV digital e conectividade via bluetooth com streaming de áudio e conexões USB e auxiliar. A série especial traz direção hidráulica, ar-condicionado, airbag duplo, freios ABS com EBD, além de exclusivas rodas diamantadas de 15”, faróis escurecidos e de neblina e acabamento preto na moldura das portas. Já a Volks usa a tradição de oferecer a série comemorativa desde 1982. O Gol Seleção 2014 chegou com dois reforços: o Fox Seleção e o Voyage Seleção. De série, todos têm airbag duplo frontal, freios ABS, rádio com leitor de CD-Player e MP3, entradas SD e USB, trio elétrico, direção hidráulica, alarme, chave-canivete, espelhos retrovisores elétricos e computador de bordo. Os motores flex são os já conhecidos 1.0 (76cv) e 1.6 (104cv) com a opção da transmissão automatizada i-Motion. O hatch Gol, por exemplo, é o craque do time e veste a camisa 10. Traz refinamento no estofamento do banco com desenho que lembra uma bola de futebol, faixas laterais, rodas de 15” com desenho inovador e emblema da CBF nos para-lamas.

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SUZUKI LANÇA INAZUMA 250 Juracy Guimarães, revendedor Suzuki na Bahia, está entusiasmado com a nova Inazuma 250, modelo montado em Manaus para brigar com Honda CB 300R, Yamaha YS250 Fazer BlueFlex e Dafra Next 250. A motocicleta ganhou destaque no Salão Duas Rodas 2013 e somente agora chegou ao mercado nacional. É uma naked com porte maior, carenagem com linhas arrojadas e motor de dois cilindros, de 24,5 cavalos e torque de 2,3kgfm. A Suzuki instalou um quadro de berço semiduplo na Inazuma, porém dispensou o sistema de freios ABS, item de segurança ativa para o motociclista. Custa R$16.900 nas cores azul e branca, vermelha e preta.

DIREÇÃO CERTA NEW MARCH Sérgio Domingues, gerente da Eurovia/Nissan, participou com seus colaboradores do treinamento técnico do New March na nova fábrica da Nissan em Resende. O hatch agora vem com o Nissan Connect, plataforma que possibilita acessar as redes sociais (Facebook e Google). Tem valor entre R$32.990 e R$42.990.

JAGUAR O grupo pernambucano Rota Premium (Volvo e Land Rover) está investindo forte na Bahia. Paula Queiroz adianta que a conceituada Jaguar, fabricante inglesa pertencente à indiana Tata Motors, vai ganhar em 2015 um ponto de vendas em Salvador. Antes disso, Paula terá que inaugurar novas lojas para separar a Land Rover da Volvo.

PORSCHE A Stuttgart Sportcar, importadora oficial da Porsche no Brasil, começa a vender o novo Macan a partir de julho. Chamado de Baby Cayenne, o crossover Macan terá duas versões: a S, com motor 3.0 de 340cv (R$399 mil), e a Turbo, com motor 3.6 de 400cv e torque de 46kgfm. O Macan Turbo sai por R$499 mil e dispara em 5,5 segundos da imobilidade para atingir os 100km/h.

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L I F E ST YLE | de co ração

CONFESSIONÁRIO

MÉDICO Na sala de espera do consultório do doutor Roberto Badaró, a decoração serve como forma de substituir a tensão pelo clima de bem-estar

por CAROLINA COELHO fotos LUCIANO OLIVEIRA

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o confessionário médico, todo segredo é revelado. Dores e angústias são compartilhadas livremente, e, para que haja garantia de que ninguém mais as ouça, todas as portas são revestidas com isolamento acústico. Enquanto aguardam, os pacientes já recaem sobre a atenção do médico, que observa do seu computador as imagens da câmera instalada na sala de espera. A dedicação do infectologista Roberto Badaró com seus assistidos se encontra em todas as escolhas para a montagem do seu novo consultório, o último de sua carreira, segundo ele. Da sala de 60m2, sequer se ouve o barulho do trânsito da Avenida Garibaldi, onde está localizado o edifício Vitraux, todo feito em vidros verdes semitransparentes. Contradizendo a falsa impressão de que todo médico é distante emocionalmente dos seus pacientes, Dr. Badaró preocupou-se em fazer do consultório um lugar que saísse um pouco do clima da doença. “Como a pessoa forte da relação, o médico tem que ter tempo e um bom ambiente para manter esse trato sadio”, explica. O desafio é aliar conforto e beleza a aspectos funcionais da área de saúde. Objetos e pisos de fácil limpeza e macas automáticas aliam-se à descontração das cores alegres e da boa mescla de luz direta e indireta. Apesar de salientar o seu não envolvimento com as escolhas do projeto, Badaró levou para o consultório seus próprios objetos de arte para deixar o ambiente com seu toque pessoal.


À ESPERA Imagens de vírus em escala macroscópica decoram a sala de espera, com cadeiras de polipropileno assinadas por Philippe Starck. O balcão, todo em mármore Carrarinha, tem um volume que dá uma aparência de um prisma maciço e pesado, contrastando com a leveza de sua base em vidro AO MAR Velejador nas horas vagas, Badaró decora a mesa com um veleiro de aço inox unido por meio de solda especial à base de prata, feito artesanalmente pelo artista paulista Francisco Fernandes DESCRUCIFICADO Badaró pendurou a cruz de Cristo no hall da entrada. “Parece que ele está elevando-se”, explica CONSULTÓRIO Uma das paredes é preenchida com um tecido africano antigo da tribo Kuba, montado sobre uma estrutura de sanduíche de vidro DEUS DA SAÚDE Compradas em Moçambique, a peça está ligada a rituais médicos da tribo africana

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L I F E ST YLE | turi s m o de lu x o

PRÓXIMA PARADA:

MONTE CARLO FOTOS: Divulgação

por GLENDA ZAINE

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onhecida pela beleza, a Riviera Francesa ou Côte d’Azur é o destino para aqueles que querem visitar um lugar que mistura elegância e badalação. Monte Carlo, destino que mais parece ter sido tirado de um conto de fadas, é perfeito para curtir o verão europeu.

ONDE FICAR

LAZER

FIM DE NOITE

BALADA

GASTRONOMIA

Do terraço do Hotel de Paris, o visitante tem direito a assistir a um pôr-do-sol deslumbrante. E se, por acaso, tiver sorte no jogo (o Hotel Paris fica em frente ao famoso Cassino de Monte Carlo), a dica é fazer um up grade para a suíte presidencial do hotel, a Winston Churchill.

A dica de compras é o centro comercial Lemetropole. Aproveite e tome uns drinques enquanto escuta o set de um DJ no Sea Lounge. Com uma localização privilegiada, o Sea Lounge tem uma vista de tirar o fôlego. Um detalhe: no inverno, o local é fechado.

À beira-mar, o Jimmy’z é uma das casas noturnas lendárias no mundo, seu design é exclusivo e atrai grandes nomes, que fazem o público delirar. Ponto de encontro de músicos como Bob Sinclar, Martin Solveig e Boy George, para citar alguns.

Ao terminar a noite, a dica é se esbaldar na pista do Buddha Bar, que fica a poucos passos do Grand Cassino. Um enorme Buda no centro da pista emana exotismo para todos os lados. No interior, uma fusão de modernidade com toques asiáticos impactam qualquer visitante.

O Restaurante Cipriani é um dos melhores da cidade. Sua decoração é muito chique, simulando o interior de um iate. Nas paredes, cartazes de filmes. Para comer ao som do oceano, o Las Brisas é um restaurante à beira-mar, no Mediterrâneo, com um fantástico terraço e uma linda vista.

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L I F E ST YLE | arqui te tura+ FOTOS: Divulgação

por MILA PEIXOTO

LEGADO DA COPA (?)

BORISOV ARENA / STADIUM FC BATE [BIELORRÚSSIA] 2014 Capacidade: 13 mil pessoas Arquitetura: OFIS Architects

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egados da Copa, oportunidades perdidas, custos envolvidos e obras inacabadas já são assuntos amplamente discutidos e comentados. O fato é que Olimpíadas e Copas são oportunidades únicas para mostrar ao mundo tudo que o país-sede tem de melhor. Simetricamente, o destaque e a atenção da mídia mundial, vão também expor de maneira ampla e inevitável todas as deficiências, falta de planejamento e precariedade de condições do país-sede. A arquitetura, sobretudo, é a síntese e a imagem mais forte que fica do evento. Mesmo que os grandes equipamentos erguidos venham a se tornar, no futuro, funcionalmente obsoletos, se dotados de qualidade arquitetônica, se tornarão cartõespostais essenciais ao reconhecimento e imagem do país-sede. O esperado é que este enorme montante de investimento resulte em obras singulares e marcantes, com valor arquitetônico suficiente para 94

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PGE ARENA GDAŃSK [POLÔNIA] 2011 Capacidade: 44 mil pessoas Arquitetura: RKW Rhode Kellermann Wawrowsky

ALLIANZ ARENA [ALEMANHA] 2005 Capacidade: 71 mil pessoas Arquitetura: Herzog & de Meuron


FOTOS: Divulgação

FBN STADIUM / SOCCER CITY [ÁFRICA DO SUL] 2009 Capacidade: 94 mil pessoas Arquitetura: Boogertman & Partners e Populous

TELE2 ARENA STOCKHOLM [SUÉCIA] 2013 Capacidade: 33 mil pessoas Arquitetura: White e Arup

BEIJING NATIONAL STADIUM - NINHO DE PÁSSARO [CHINA] 2008 Capacidade: 91 mil pessoas Arquitetura: Herzog & de Meuron

O. R. TAMBO INTERNATIONAL AIRPORT - JOHANNESBURG [ÁFRICA DO SUL] Retrofit 2009 Arquitetura: Arup Group (Terminal Central)

que virem marcos urbanos e indicativos das possibilidades presentes e futuras do país. Se compararmos nossos estádios e aeroportos com outros, nos mais diversos países por ocasião de Copas do Mundo e Olimpíadas, veremos que é incontestável que o Mundial de 2014 no Brasil, sob o ponto de vista de arquitetura, foi uma oportunidade perdida. Muitos destes estádios e retrofit de aeroportos custaram menos do que os nossos, além de terem uma urbanização e paisagismo do entorno que, nem de perto, teremos. Além dos custos astronômicos, a verdade é que, em termos de arquitetura, o grande legado da Copa é a prova da mediocridade da nossa arquitetura atual. [B+]

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notas d e te c RINGUE DO E-COMMERCE:

TIMELINE

Sócias, mas inimigas. Como fica o comércio eletrônico brasileiro depois da chegada da gigante americana eBay

23/04 Marco civil da internet é sancionado por Dilma e começa a valer em junho.

29/04 Firefox leva nova interface mais semelhante ao Chrome para todos os usuários

[TÍTULO]

[FONTES DE RECEITA]

Mercado Livre

Mercado Livre

Site com a maior audiência da América Latina.

50% do lucro vem do marketplace, 30% do Mercado Pago, concorrente do PayPal, e o restante vem de serviços de logística e da venda de publicidade.

eBay

02/05

É a segunda maior empresa de comércio online do mundo.

O aplicativo Snapchat ganha recurso de troca de mensagens instantâneas e vídeos

[ATUAÇÃO]

26/05

Mercado Livre

Brasileiro cria “Zap Zap”, a alternativa do aplicativo WhatsApp

Empresa argentina, opera em 13 países e tem cerca de 1,6 mil funcionários. Está no Brasil desde 1999.

28/05 O serviço de streaming de música Spotify chega oficialmente ao Brasil

eBay

A americana concentrou suas operações no Brasil em maio. O PayPal, a empresa de pagamentos que pertence ao eBay e que faz as operações no país, tem um escritório em São Paulo.

03/06 Instagram é atualizado. Agora é possível controlar a intensidade dos filtros

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eBay

Skype, Paypal, Half, Shopping.com, Kijiji, ProStores e Rent são algumas das aquisições do eBay. Além disso, a americana tem uma participação de 25% na CraigsList.com. [CONTRA-ATAQUE] Mercado Livre

Aposta na migração das compras para o celular. A expectativa é que, em cinco anos, os celulares respondam por 50% das transações da empresa. eBay

Aposta na variedade de ofertas, especialmente de fornecedores internacionais. A versão brasileira conta com 250 milhões de itens, o equivalente à metade dos anúncios disponíveis no mercado americano.

5 APPS GRATUITOS PARA USAR DURANTE A COPA DO MUNDO

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COPA DO MUNDO KD

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Difícil pegar um táxi em Salvador durante o mundial? Com este app, o usuário pode chamar um táxi de quatro empresas sem precisar telefonar.

O app informa a distância a que o usuário está para diversos pontos das cidades. Também está disponível, em forma de mapa, a maneira de chegar a cada local.

O torcedor pode acompanhar a evolução da tabela de jogos da Copa, com informação on-line dos resultados de cada partida.

Com a câmera, o usuário pode traduzir imagens que contenham palavras. Útil para o turista que não quer errar na hora de escolher sua comida no cardápio

Os colecionadores têm acesso aos dados sobre as figurinhas que possuem, quantas são repetidas e quantas faltam para terminar o álbum.

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ARTE: Rodolfo Carvalho

ARTE & ENTRETENIMENTO Por que não vamos ao museu? 98 A Bahia além do axé 102


A RTE & E NT R ET E NIME NTO | cu lt ura

SALVADOR, OLHE MAIS PARA SEUS MUSEUS Museus se esforçam para manter programações culturais, mas ainda não atraem número expressivo de visitantes por CARLENE FONTOURA

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fotos RÔMULO PORTELA


Palacete das Artes, no bairro da Graça, e Museu Carlos Costa Pinto (foto ao lado) localizado no bairro da Graça, em Salvador

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uitos podem até não saber, mas Salvador é a terceira cidade brasileira com maior número de museus, ficando atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro. São mais de 70 instituições, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Museus. Além disso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município é o terceiro mais populoso, com 2,8 milhões de habitantes. Mesmo com tantas pessoas e um número considerável de museus, a visitação anual a esses espaços é baixa. Por exemplo, o Museu Geológico do Estado da Bahia traz a média anual de 15 mil e o Museu Carlos Costa Pinto tem frequência de 12 mil pessoas ao ano. Fica, então, a pergunta: por que os museus atraem tão poucos visitantes? FALTA DE HÁBITO Mesmo com um acervo de mais de três mil peças e programação variada – exposições, oficinas, exibição de vídeos, palestras –, a visitação estimada no Museu Carlos Costa Pinto é de mil pessoas por mês . “Quem passa pela frente da casa não sabe que pode entrar, que aqui funciona um museu. Vejo que há aí uma barreira simbólica”, revela Lícia Greco, coordenadora cultural. Funcionária do museu há 22 anos, Lícia alega que é feita divulgação constante das atividades do museu, principalmente na internet, mas o público que mais frequenta a instituição, cerca de 80%, é formado por estudantes. “Eles vêm por incentivo da escola. Mas, queremos atrair o público espontâneo, que se interessa e pode pagar (a entrada custa R$10)”, explica. A poucos metros dali, o Museu de Arte da Bahia (MAB) é o mais antigo museu do estado (criado em 1918) e traz em seu acervo peças dos séculos 17 ao 20, além de gravuras antigas da primeira capital do Brasil. O museu também oferece outras atividades culturais - cursos, ciclos de conferências, recitais de música e exibição de filmes de arte. A média de visitação por ano chega a 100 mil. “Os museus devem desenvolver uma política cultural para atrair público.

“Não existe um público frequentador de museus no Brasil, como acontece em outros países” Lícia Greco, coordenadora cultural do Museu Carlos Costa Pinto

Entretanto, o fundamental é haver uma educação que começa desde a mais tenra infância, alimentada pelos pais e pela escola, para conhecer essas instituições”, sinaliza Sylvia. Perto dali, o Museu Geológico da Bahia também amarga baixa visitação de público espontâneo. Contando com estudantes, a média foi de 15 mil visitantes em 2013. “Não há um trabalho de continuar em contato com as pessoas que vêm aqui. Para que elas voltem. A verba é escassa e há pouco incentivo da secretaria (Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, responsável pela manutenção do museu)”, sinaliza Maria das Graças Calazans, responsável pelo Programa Museu Escola Comunidade. ATRAIR PÚBLICOS DE TODA A CIDADE Como estratégia para atrair público, o Palacete das Artes promove exposições sobre artistas consagrados, como GIL70, que apresentou trabalhos inspirados nas canções de Gilberto Gil. Nos dois meses em que esteve em cartaz, a exposição atraiu 15 mil visitantes. Mesmo apresentando uma programação mensal que contempla do público infantil à terceira idade, Murilo Ribeiro, diretor do museu, identifica que a falta de hábito em visitar museus seja o principal entrave. “Aumentamos significativamente a visitação de dez mil a 100 mil por ano. Mas sabemos que ainda é pouco”, aponta. w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

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A RTE & E N TRET E NIME NTO | cul tu ra

“Queremos pensar o museu como um espaço vivo, que intervenha realmente na cidade” Felix Toro, coordenador de oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia

Ana Feitosa, professora aposentada, revela que frequenta o Palacete das Artes por ser próximo ao local onde mora. “Vim algumas vezes por morar aqui em frente. Acho o espaço agradável para trazer meus netos que vivem em São Paulo”. Já Camila Santos, 27, formada em história, acredita que os museus devem entrar no rol de visitação a novas cidades. Quando conheceu o museu alemão Römisch- Germanisches, percebeu que o público daqui pouco interage com as obras e a instituição. “Na Alemanha, me pareceu ser normal ver exposições de arte, como uma atividade do dia a dia”. A museóloga Lícia Greco complementa: “Não existe um público frequentador de museus no Brasil, como acontece em outros países”. 100

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+ no site: veja quais exposições estão em cartaz nos museus de Salvador

ESPAÇO VIVO Quando perguntadas sobre a motivação para visitar o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAMBA), muitas pessoas elegem a paisagem e, é claro, o pôr-do-sol como principais razões. “A vista aqui é impressionante e oferece um oásis para relaxar diante de tanta correria”, pontua a economista romena Silvia Brinzea. Porém Felix Toro, coordenador das oficinas oferecidas pelo museu, acredita que há outros motivos para a visitação. “Percebo que os soteropolitanos se interessam por atividades culturais. Basta oferecer-lhes essas oportunidades”. Somente em 2013 seis exposições foram realizadas, totalizando um público de mais de 38 mil pessoas. Número ainda menor quando comparado com as cerca de 50 mil pessoas que participaram do Jazz no MAM no mesmo ano. Algo que não desanima Felix. “Queremos pensar o museu como um espaço vivo, que intervenha realmente na cidade. Creio que as oficinas cumprem um pouco esse papel”, defende. Em 2014 o museu está responsável por coordenar a 3ª Bienal da Bahia, que teve início em 29 de maio e seguirá até 7 de setembro. [B+]



A RTE & E NT R ET E NIME NTO | mú sica

ALÉM DO CARA CARAMBA CARAÔ A indústria baiana do entretenimento se diversifica e aposta em novos ritmos para aquecer a economia do estado por ANA CAMILA

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Bahia respira novos ares. A chamada “terra do axé” começa a desenhar um perfil mais plural, com novos nomes, novos sons e novas iniciativas de mercado. Nos últimos anos, o mercado do axé deu espaço para outras vertentes da música produzida na Bahia, o que vem mudando a imagem do que se produz por aqui. O mercado que antes se resumia basicamente em Carnaval, Réveillon e micaretas, se diversifica e coloca em questão a importância das iniciativas públicas e privadas em um setor muito importante para o desenvolvimento da economia do estado. Um dos grandes desafios que estão em foco é o desenvolvimento sustentável desse novo mercado. A Bahia não é mais só axé, especialmente depois da baixa sofrida por este que sempre foi o carro-chefe da indústria de música no estado. Recentemente, nomes como Bell Marques e Durval Lelys deixaram suas bandas, partindo para novos projetos, grupos como Cheiro de Amor, Eva e Ara Ketu, mudaram de vocalistas (o principal produto de uma banda de axé), e nomes como Saulo e Magary

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Lord apresentaram novas formas de ventilar o gênero. Tudo isso abriu caminho para que outros estilos despontassem como promissores na cena musical da Bahia. Mas é possível dizer que esse novo mercado, formado por diversos nomes e estilos, tem condições de se desenvolver tão bem como o sistema que sustentou o axé até agora? Dalmo Peres, diretor da Caderno 2 Produções, produtora responsável por eventos como o Música no Parque e MPB Petrobras, acredita que outros estilos despontam no cenário musical em consequência da renovação de concepções artísticas, de público, de mercado. O Música no Parque é um bom exemplo de como a nova música baiana atrai e movimenta o público do estado. Nomes como Juliana Ribeiro, Dão, Roberto Mendes e Marcela Bellas são alguns dos baianos que passaram pela programação do projeto, que reúne centenas de pessoas nas manhãs de domingo no Parque da Cidade com entrada gratuita. Dalmo acredita que “o mercado se abriu para acolher e consumir estes novos estilos musicais e as novidades propostas por artistas que estão fora da grande mídia”.

“O empresário baiano e o de fora não conseguem enxergar a Bahia além do axé, e por isso o mercado da música independente também tem que saber se vender” Luciano Matos


Da esquerda para a direita: Fábio Cascadura, Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Juliana Ribeiro, Russo Passapusso, Adão Negro, Letieres Leite, Márcia Castro, Diamba, Mariella Santiago, Sertanília, Roberto Mendes e Candice Fiais

POLÍTICAS PÚBLICAS X POLÍTICAS PRIVADAS Não há dúvida de que o desenvolvimento da cultura na Bahia, especialmente no ramo da música, é completamente dependente do patrocínio. No que concerne à música independente e seu mercado emergente nos últimos anos, a iniciativa pública foi uma verdadeira mãe de várias bandas e artistas que nunca tiveram um empresário ou oportunidade de tocar em palcos como os do Pelourinho, por exemplo. Através de editais setoriais (que abrangem um número notável de linguagens artísticas), bem como credenciamento de serviços artísticos para seus espaços públicos, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em sua corrente gestão, vem abrindo espaço para que a nova música do estado se apresente gratuitamente para o público, implementando políticas voltadas para o fomento deste mercado. Por sua vez, a nova gestão da prefeitura municipal de Salvador se mostra envolvida nessa iniciativa, não só lançando seus próprios editais (como o recente “Arte em Toda Parte”, que premiou projetos culturais de ocupação dos espaços da cidade e vigora por quatro anos), como promovendo eventos que dialogam de forma mais incisiva com a nova música baiana, a exemplo dos shows em comemoração ao aniversário da cidade. Entre shows de Bell Marques, Saulo e Moraes Moreira, a programação também ofereceu Adão Negro, Cascadura e Marcelo Nova. Já a iniciativa privada parece ser a forma mais segura de produzir cultura na Bahia. Dalmo Peres ressalta que esta é a forma mais coerente de manter vivo e constante um projeto, com grandes empresas investindo em cultura através dos benefícios fiscais das leis de incentivo. Ainda assim, acredita que existe uma carência de grandes empresas investidoras em produtos culturais, o que impossibilita que projetos sejam sustentáveis em longo prazo. “O ideal seria que estas empresas enxergassem a cultura como um investimento rentável, com possibilidades concretas de valorização

FOTOS: Divulgação, reprodução Flickr

das suas marcas junto ao público consumidor, e ampliassem os seus investimentos para além das leis de incentivo”, opina. Algumas empresas, no entanto, vêm pensando exatamente desta forma, como a Oi, a Caixa, a Petrobras, o Itaú e a Natura – esta com um edital específico para o estado da Bahia, com foco em música. Colocando essas duas formas de incentivo em perspectiva, as opiniões divergem. Para o produtor e radialista Andrezão Simões, é necessário que o governo “entenda onde deve ser consciente (e não paternalista), garantindo que muitas expressões continuem, e fomentador o suficiente para estimular as relações de mercado”. Já Luciano Matos acredita que os editais são iniciativas positivas, mas sente falta de um estímulo por parte do governo e da prefeitura na economia da cultura, fazendo eventos gratuitos com ponderação. O que deságua na questão da autossustentabilidade da cultura com base na venda de ingressos. Para Dalmo Peres, os eventos gratuitos ou com ingressos a preços simbólicos acabam por criar uma dependência do público em consumir espetáculos que estejam dentro deste contexto. “Para enfrentar esse cenário, as produções precisam se diferenciar e investir cada vez mais em qualidade técnica e artística dos espetáculos, em oferecer estruturas adequadas e atraentes, capazes de incrementar as vendas dos ingressos”. Para Luciano Matos, o principal desafio desse novo mercado é convencer o empresariado a investir no que existe de diversidade. O grande impedimento é que “tanto o empresário baiano como o de fora não consegue enxergar a Bahia além do axé, e por isso o mercado da música independente também tem que saber se vender”. Não é mais leviano afirmar que o público baiano está mais aberto a experimentar o novo e cansado de consumir apenas aquilo que é oferecido pela grande mídia. Andrezão afirma com convicção que, na verdade, o público aposta todo o tempo em novos nomes. “O poder público, porém, tem obrigação de fazêlo. Quando faz grandes eventos e contempla a diversidade, está cumprindo com sua missão de cuidar da coletividade”. [B+]


CONT E AÍ

TRÊS & UM UMA TARDE COM VINICIUS Meu pai (e patrão), jogava duro comigo. De verdade. Hoje já começo a lhe creditar alguma razão. Eu era osso duro de roer, quando criança e adolescente. E como comecei a trabalhar cedo, ele não perdia a oportunidade de me “orientar”. Ao seu modo. De vez em quando, no dia de receber o meu pagamento, recebia uma duplicata de algum cliente. Eu deveria cobrá-la e, assim, receberia o meu e daria o troco. E, assim, numa segunda-feira, recebido o envelope com a minha surpresa, me mandei para a Moenda – restaurante temático de sucesso, especialista em culinária baiana, e shows folclóricos - na esperança de encontrar o seu proprietário, médico oftalmologista, cantor e boêmio, gente boa mesmo! Lá chegando, perguntei a uma das baianas: cadê Ermano? E ela: lá em cima! Quando abri a porta da sala, encontrei Vinicius de Moraes, sem camisa, tocando violão, sentado no chão, Ermano ao lado, na frente dos dois uma garrafa de vinho Rosé D’Anjou, algumas baianas-garçonetes cantando. Meu cliente sinaliza para eu me acomodar, e, assim, esqueci totalmente o que fui fazer e curti uma deliciosa tarde de música, vinho e poesia, com o nosso poetinha. Chegando em casa, meu pai perguntou logo: recebeu? Não ia dar para explicar, então respondi: o cliente não estava. Vou voltar amanhã. Anos depois contei a verdadeira história e meu pai riu! Valeu! UMA REUNIÃO COM CHICO BUARQUE Recebi em meu escritório a visita de uma grande amiga, que foi me procurar para que eu opinasse sobre uma estratégia que ela havia desenvolvido para ajudar algumas creches para órfãos no Rio de Janeiro. Após ouvi-la, e como se tratava de projeto para arrecadar recursos junto a empresários amigos do seu marido, então presidente de uma grande empresa, sugeri que desenvolvesse projetos, que gerassem recursos, sem que ficassem para sempre “passando o chapéu”. Ela então me pediu para ajudá-la, e, assim, levei alguns dias preparando sugestões. Entre elas, sugeri que fosse feita a remontagem da Ópera do Malandro, de Chico Buarque, que tinha sido um sucesso quando foi encenada. 104

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por RUBEM PASSOS SEGUNDO

O prestígio do marido fez com que, em poucos dias, a agência de propaganda de um amigo do casal providenciasse uma reunião e para lá me dirigi, convocado. À mesa estavam Chico, seu empresário, Vinicius, Liége Monteiro, eu, minha amiga e o dono da agência. Então, o Chico abre a reunião dizendo: esta é a primeira vez que sou convidado por uma empresa interessada em me patrocinar! Me contem por quê! E eu, com a maior cara de pau, disse: Quando a Ópera foi encenada, eu morava na Bahia, e não assisti. Agora, inseri esta ideia no projeto da minha amiga, para ver se conseguia! Todos riram. Finda a reunião, tirei da minha pasta um LP da Ópera, e pedi ao Chico que a autografasse. Ele escreveu: Ao Rubem, com o desejo de que ele finalmente possa assistir a Ópera do Malandro. Abraço. Chico Buarque. UM AUTÓGRAFO DE TIM MAIA Era a minha terceira tentativa de assistir a um show do Tim. A anterior, ele não foi porque o Botafogo havia perdido. Muito justo! A fila enorme na porta do Scalla, e a tal da comunicação. Na segunda, no Canecão, o cancelamento ocorreu dias antes. Finalmente, ele faria um show intimista, num bar fantástico que havia no Rio, o People. Sentamos numa ótima mesa, bebemos um bom uísque e assistimos embevecidos ao show do Síndico! Ao final, com um LP na mão, me dirijo ao Tim e peço um autógrafo. Ele, suando em bicas, me pergunta o meu nome e escreve bastante na capa do disco. Quando cheguei em casa, não consegui entender nenhuma palavra da dedicatória. Pedi ajuda a vários amigo, e nada. Pois é, tenho uma dedicatória autografada de Tim Maia. SECRETA! Rubem é consultor, presidente da ADVB-BA e do Grupo [B+]


pági n a s a ma rela s IMÓVEL ALUGUEL

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