Revista Box - Abril 2012

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EDIÇÃO 02 :: ANO 1 :: ABRIL ‘12 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA


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@cherguevara

@DiVasca

mulherada e sua autoconfiança proporcional à inveja

ÀS VEZES ACHO QUE SE EU FOSSE UM PSICOPATA, SERIA UM WORKAHOLIC

Texto// Vários

@brunocruz

@CARPINEJAR

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS: A ESCOLHA ERRADA E A QUE NÃO VAI FAZER DIFERENÇA @CARPINEJAR

se tá difícil pra mim, imagina pro daltônico que não vê nem a cor do dinheiro.

Piada não se explica, carisma não se adquire.

@theCdude

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@DiVasca

BOM DIA você que está com a vida mais complicada que propaganda da Nextel que junta gente nada a ver falando coisa nenhuma! Ao menos lá eles recebem, né?

@aalyssonbr

Você percebe que já está na hora de ir embora quando escuta uma frase “Pra mim o Neymar é o Pelé brasileiro”..... WTF! @HugoGloss

A VIDA É BOA PRA QUEM NÃO ACORDA CEDO.

Tudo que é ruim sempre pode piorar.

BAR

@um_virgem

@antesdascinco

FILOSOFIAS DE

7 bilhões de pessoas no mundo e eu só queria um escravo. Temperatura da agência: Não é pedir muito. mamilos petrificados.

não é a toa que dizem “se quer alguma coisa bem feita faça você mesmo” meus pais me fizeram e olha a merda que deu @vodkaKD

HOJE UM PASSARINHO BATEU NO VIDRO DA JANELA DAQUI DE CASA. ACHO QUE DEUS TÁ BRINCANDO DE ANGRY BIRDS E EU SOU O PORCO. @aalyssonbr

“Toda mulher feliz e equilibrada deixa saudades.” @TatiBer


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DIREÇÃO: Alessandro Filipiak João R. Malossi Natália Madalosso Rafael F. Fontana REDAÇÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com REVISÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com

//COLABORADORES DIREÇÃO DE ARTE: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

AGENDA: Alessandro Filipiak alessandro@revistabox.com

DESIGN: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

ANUNCIE NA BOX: Comercial Revista Box vendas@revistabox.com

ASSISTENTE DE CRIAÇÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com

ASSINE A BOX: Assinatura Revista Box assine@revistabox.com

DIAGRAMAÇÃO: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

TIRAGEM: 1.000 exemplares

COMERCIAL: Alessandro Filipiak alessandro@revistabox.com

2 - Carla Curzel // Designer de Moda (carla.curzel@gmail.com) 3 - Claudia Capitanio // Estudante Arquitetura (claudiarcapitanio@hotmail.com) 4 - Daniele Holdorf // Técnologa em Cosmotologia e Estética (dani_maquiagem@hotmail.com) 5 - Diones de Lima Lemes // Estudante Jornalismo (dionesllemes@yahoo.com.br) 6 - Emily Arcego // Professora Quatrum English Schools (emily_arcego@yahoo.com.br) 7 - Gustavo Serrano // Estudante Publicidade (duffbeer@masqueloucura.com.br) 8 - Gustavo Smaniotto // Personal Trainer (gugareves@hotmail.com)

//EDITORIAL “A primeira edição da Revista Box, que saiu em Março, foi simplesmente surpreendente para nós, de verdade! Confiamos no nosso taco e rebatemos com toda força, olhando longe (tanto é que chegou até em Portugal e na Espanha). Nesta segunda edição pretendemos fazer mais. Para isso temos algumas novidades que serão divulgadas com o tempo, e já que a revista é como uma versão Beta de um software, transformações ainda estão por vir, trazendo muito dinamismo à Revista. O mês de Abril trás consigo vários assuntos que não poderíamos deixar de falar, afinal, você sabe aonde nasceu o primeiro 1º de Abril? Matérias sobre esportes, entretenimento, tecnologia, música, beleza e muito mais também estão nesta edição. E no mês em que comemoramos o Dia Internacional do Livro Infantil não podíamos deixar de apresentar uma análise de uma de nossas colaboradoras do clássico “O Pequeno Príncipe”, além do review de livros e games. Ah, para ficar ainda mais ligado no que está rolando na Revista curta nossa página no Facebook (http://fb.com/revistaboxerechim) e nos siga no twitter @redacaobox. Nestes lugares, além de concorrer a prêmios você pode entrar em contato e contar para nós sobre o que gostaria de ver na Box. Só não vai ficar muito conectado à internet para não ter nenhuma das doenças relacionadas às tecnologias que citamos em uma das matérias! A microrrevolução continua!” CAPA DA EDIÇÃO // Sally Crossthwaite Título da Capa: Twins! (365 Toy Project)

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1 - Arthur Ferraz // Estudante Publicidade (arthur.ferraz@hotmail.com)

OPAAAAA! No review sobre o jogo Dark Souls (ed. 01; pg. 51), Demon’s Souls recebeu os prêmios de Jogo do Ano no Geral, Melhor Jogo de PS3, Melhor jogo de RPG e Melhor Mecânica Original para Integração Online pela GameSpot em 2009 e não 2010 como citado.

9 - Jonathan Holdorf // Social Media (jonathan@correioerechinense.com) 10 - Josiane Moro Schiffl // Estudante Design de Moda (josi_schiffl@hotmail.com) 11 - Leonardo F. Fontana// Pseudo Filósofo (krustyc@hotmail.com) 12 - Maria Gilda de Marco // Farmacêutica (demarco.mg@gmail.com) 13 - Paola de Ré // Estudante Jornalismo (pa.oladere@hotmail.com) 14 - Tiago Sutili // Estudante Engenharia Elétrica (tiagosutili@gmail.com) 15 - Yan Kaue Brasil // Estudante Arquitetura (yankauebrasil@hotmail.com)

Textos e anúncios assinados são de responsabilidades de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista. Revista Box alguns direitos reservados

REVISTA BOX // 02 :: ANO 1 :: ABRIL ‘12

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Preserve o Meio Ambiente, recicle essa revista ou passe adiante.

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//ÍNDICE SAÚDE_

HUMOR _

CURIOSIDADES_

TECNOLOGIA_

ENTRETENIMENTO_

C. INTELIGENTE_

FALAÍ!_

MODA_

Créditos: RABBIT EYE MOVEMENT

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EU ESCUTO! Texto// Gustavo Serrano

AUMENTE O SOM PQ

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NOUVELLE VAGUE Decidi divagar sobre uma das bandas que mais me empolgou nos últimos tempos. Apesar de eu ser daqueles guris que curte um “rock do mal” com guitarras insanas, pedais duplos e vocais guturais, essa banda fica longe disso: é um som que me faz risonho dançar mentalmente por aí. Vou tentar passar aqui o meu pensamento deles: Imagine-se ouvindo a “Too Drunk To Fuck”, do Dead Kennedys. Agora tente transformar ela numa versão da Bossa Nova brasileira (com aquele som acústico). E então, troque o vocal pelo de duas moças com vozes lindamente sexys. Isso é Nouvelle Vague. De nome e estilo inspirados nos anos 60, época auge do cinema francês e da Bossa Nova, esse conjunto musical francês faz releituras de músicas do punk e da new wave num estilo diferente, acústico e claramente inspirado na Bossa Nova. As reinterpretações são, em sua maioria, de sons dos anos 80, mas na mistura dessas décadas, surge uma música que passa aquela sensação de algo novo. É um som caliente, arrisco dizer! A Nouvelle Vague começou em 2003 e a formação do grupo também tem suas peculiaridades. Além dos seus líderes fundadores, são diversos os integrantes que já participaram do coletivo. Mais de 15 os vocalistas cantarolaram nos seus até então cinco álbuns. No primeiro, de título homônimo, eram oito cantoras e, entre elas, uma brasileira. Fato interessante é que todas cantaram músicas estranhas ao que eram acostumadas a interpretar e a ouvir, e provavelmente é isso o que faz com que cada música tenha uma sonoridade e ambientação única. Esse primeiro álbum é

excelente, destaco a já citada “Too Drunk To Fuck” e a “Love Will Tears Us Apart”. Mas o Bande à Part, de 2006, certamente é meu favorito. Ele começa com a tranquila “The Killing Moon”, que parece um passeio noturno num bosque, com seus assovios de passarinhos no fundo. Em seguida, as sensuais “Ever Fallen in Love” (with someone you souldn’t ‘ve) com seu refrão viciante e a “Dance with Me”. Tem ainda a animada “Dancing with Myself”, que hoje é a trilha enquanto escrevo aqui, e, como o nome insinua, é realmente dançante. Assim tudo segue nas 16 músicas que compõem o álbum (ou 18, na versão francesa). Eles ainda lançaram em 2009 o álbum 3 e um só ao vivo que foi vendido apenas em Portugal. Em 2010 saiu uma coletânea, o The Best of e o Couleurs sur Paris. Esses últimos não vou entrar em detalhes porque não conheço tanto, ainda. Mas fica aí a dica galera! Quem tiver interesse em conhecer esses franceses dá aquela pesquisada marota no youtube que tem quase todas músicas por lá, e lá nas terras do Eu Escuto deixamos pra baixar o álbum de estréia deles.

//BANDE À PART


NOTÍCIAS DO MUNDO

DA MÚSICA

3 DOORS DOWN E BOB DYLAN EM ABRIL O grupo americano 3 Doors Down faz seu primeiro show no Brasil e Bob Dylan apresenta os clássicos da sua carreira.

A banda nasceu nos Estados Unidos e toca um rock alternativo. Seus maiores sucessos são Here Without You, Away From The Sun, Be Like That e Kryptonite. O grupo é formado por 5 integrantes e já vendeu mais de 17 milhões de discos.

Bob Dylan vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo todo, lançou mais de 40 álbuns e venceu inúmeros prêmios tais como Grammy, o Globo de Ouro e o Oscar (os dois últimos pela música “Things Have Changed”, do filme “Garotos Incríveis”, de 2000).

Texto// Equipe Box

A turnê da banda americana 3 Doors Down faz parte da divulgação do disco Time Of My Life, lançado em 2011. Eles tocam em Belo Horizonte (10/04), São Paulo (12/04) e Rio de Janeiro (13/04).

Enquanto isso, entre os dias 15 e 24 de Abril, Bob Dylan volta ao Brasil para apresentações no Rio de Janeiro (15/04), Brasília (17/04), Belo Horizonte (19/04), São Paulo (21 e 22/04) e Porto Alegre (24/04). Em sua nova turnê, Bob Dylan apresenta alguns clássicos como “Like a Rolling Stone”, “Knockin’ On Heavens Door”, “Hurricane”, “Lay, Lady, Lay”, e “Mr. Tambourine Man”. Ele esteve no país em 2008 com a “Never Ending Tour” e fez shows somente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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A PROPÓSITO...

O DISCO SEM NOME

Como assim? Um álbum sem nome? Pois é. Este foi o quarto disco da banda e um grande divisor de águas na carreira da banda. Isto aconteceu porque em 1971, durante uma reunião no escritório da Atlantic Records em Nova York, Peter Grant, o temido manager do Led Zeppelin, informou que o novo LP da banda só seria lançado se o desejo do seu guitarrista, Jimmy Page, fosse atendido. O pedido? Colocar à venda um álbum sem título e sem o nome da banda na capa. “Isso é suicídio!” bradou Ahmet Ertegun, cofundador da gravadora que tinha a banda como responsável por algo entre 20 e 25% do total das vendas. Em contrapartida, Grant respondeu na lata “Podem colocar o LP dentro de um saco marrom que, mesmo assim, ele vai mudar a vida das pessoas”. Dois meses depois desta tensa reunião, chegava às lojas o quarto disco da banda. Na capa, um quadro com um velho barbudo carregando alguns galhos. Na contracapa, surgia por trás de casas demolidas um imponente e moderno arranha-céu. O legal é que para cada membro da banda ela tinha um significado especial. Para Jimmy Page, significava a mudança que acontecia no mundo,

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Ainda dentro do álbum não aparecia o nome da banda, e em seu lugar existiam 4 símbolos que representavam os integrantes da banda, criando um enigma crescente para os fãs do Led Zeppelin. Até hoje o significado de cada um deles divide opiniões. Os símbolos utilizados por John Paul Jones e John Boham foram retirados do livro “The Book Of Signs”, de Rudolph Koch. O de Jones, um círculo invadido por três formas iguais, representa uma pessoa que possui confiança, tempo e competência. Os três círculos do símbolo de John Boham representam a tríade formada por pai, mãe e filho. Ele também pode significar a paixão que o baterista possuía por bebidas (a logo da cerveja Ballantines). O símbolo de Robert Plant foi desenhado por ele mesmo inspirado por um símbolo que o vocalista viu no livro The Sacred Symbols of Mu, de Colonel James Churchward. Ele representa a Pena de Ma’at, a deusa egípcia da justiça, e é o emblema de um escritor. O símbolo de Jimmy Page, e talvez o mais enigmático, é o famoso “ZoSo” e tem várias teorias sobre sua origem. Estudiosos dizem que ele surgiu em 1557 em representação ao planeta Saturno. O mesmo desenho havia aparecido, em uma forma praticamente igual, em um raro dicionário de símbolos do século XIX chamado Le Triple Vocabulaire Infernal Manuel du Demonomane, de Frinnellan. Page costumava dizer que seu símbolo é sobre invocação e ser

protegido, e era tudo o que comentava a respeito. Ter lançado um novo álbum sem o “Led Zeppelin” na capa (e também na lombada lateral) era um fortíssimo tapa na cara de todos que na época acusavam a banda de apenas ser um fenômeno hype. Era uma atitude punk. A coragem e as convicções do Led Zeppelin pararam de ser questionadas quando o disco sem título se transformou no álbum mais vendido da banda (e hoje ocupa a décima-segunda posição entre os discos mais vendidos de todos os tempos). Se os três primeiros LPs haviam transformado a banda em estrelas, o quarto lhes deu o inquestionável título de maior banda de rock do planeta.

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migre.me/8k3Qp

Estávamos na redação da Box trabalhando em alguns artigos, quando de repente começa a tocar um clássico do Led Zeppelin e do rock n’roll mundial no Winamp: Black Dog. Essa é a música que abre o famigerado e misterioso álbum sem nome da banda.

era uma maneira de dizer que devemos cuidar do nosso planeta. John Boham, por sua vez, tinha uma visão diferente “Prefiro viver em uma casa velha do que em um condomínio”.


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//14 Créditos: Solo

Texto// Equipe Box

CONECTAR

NÃO FOI POSSÍVEL


A QUALIDADE DA internet no brasil E NO MUNDO Como se já não bastasse termos um dos preços de internet mais caros do mundo ainda temos que nos contentar em receber, quando as companhias julgam necessário, apenas 10% da velocidade contratada. Muitos já sabem, ou pelo menos percebem, que os serviços de internet prestados aqui no Brasil estão entre os piores e os mais caros do mundo. Esses fatores que fazem as nossas conexões serem tão criticadas país afora variam, desde a falta de infra-estrutura por parte das corporações ao descaso dos órgãos responsáveis por cuidarem para que o mesmo possa ser devidamente entregue conforme a encomenda. Além do mais, a legislação prevê que a empresa contratada possa, por lei, oferecer apenas 10% da velocidade que você contratou, ou seja, se você tiver uma internet banda larga de 10 Mbps não se admire se perceber que apenas 1 Mbps esta sendo lhe fornecido e o pior, você não pode nem reclamar por isso. Segundo os dados fornecidos pelo site Net Index, que mede a velocidade, qualidade e preço da conexão mundo afora usando métodos onde você mesmo faz o teste e envia os resultados, o Brasil ocupa o 65º lugar (pelo menos até então) quanto a velocidade média de download, em torno de 6.10 Mbps enquanto, ainda segundo dados do site, a Lituânia tem a melhor média de velocidade para download oferecida, mais de 30 Mbps. É quase cinco vezes mais que a média brasileira.

Vindo logo na sequência está a Coréia do Sul, até pouco tempo a 1ª colocada nesse quesito e até então desbancada por esse pequeno amontoado de terra localizada a nordeste da Polônia. Mesmo não sendo, até o momento, a primeira colocada em taxadas de velocidade de download (pouco mais de 7% de diferença em relação a Lituânia, primeira colocada), a Coréia, tem o melhor índice de qualidade dentre todos os outros países apresentados pelo site e pretende, para os próximos anos ampliar a capacidade das conexões por lá, dando para a população velocidades acima de 1 Gbps, isso representa um valor dez vezes maior que o das melhores conexões existentes por aqui e tudo isso por um preço muito abaixo da média. Um dos vários fatores que contribuem para que isso seja possível é o alto índice de utilização da internet no país devido a grande urbanização do mesmo (uma demanda elevada acaba gerando melhores ofertas), além de incentivos e investimentos por parte do governo em pesquisas e estudos para as diversas áreas da tecnologias e porque não (quase que inevitável) não levar em conta, a existência de empresas de renome mundial como Samsung, Hyundai, LG, entre outras, que devido ao seu poder e por serem Coreanas, fazem de seu país um polo tecnológico. Isso sem acrescentar outros fatores que fazem com que eles sempre estejam buscando uma qualidade tecnológica acima da média. Mas voltando para o Brasil, e ainda analisando os dados disponíveis no site Net Index, a nossa reputação melhora um pouco quando o assunto

tratado é a qualidade que nos é ofertada por esses serviços, longe da líder mundial mas já um pouco melhor colocada que os índices atuais de downloads, estamos no inquestionável 44º lugar! O quê? Uma posição acima do Kuwait. Ainda aproveitando a abordagem competitiva de ranking, podemos citar que pagamos em média 16 reais por Mega contratado, uma diferença bem elevada perto dos nossos amigos da Lituânia que pagam em média 2 reais por Mega. Mesmo levando em consideração o tamanho do nosso país e a distância de muitas cidades dos grandes centros, a internet no Brasil poderia ter uma melhor qualidade se tivesse sua distribuição ampliada em uma infra-estrutura mais elaborada e robusta. Obviamente isso acarretaria para as empresas um investimento tecnológico mais elevado do que geralmente estão acostumadas a ofertar alem de um maior comprometimento das mesmas com os seus clientes, levando em consideração o preço pago pelos mesmos e a qualidade do produto que recebem. Incentivos governamentais para consumidores e pesquisas nessas áreas assim como leis e uma fiscalização mais rígidas pelos órgãos regulamentadores para com essas companhias ajudariam e muito em uma melhor qualidade da nossa internet. Mas calma, não precisa entrar em desespero, mesmo porque muitas das operadoras oferecem, na maioria das vezes, muito mais do que os 10% obrigadas por lei, sendo que somente em horários de pico nota-se uma queda na velocidade de navegação e na qualidade do sinal. Não esquecendo que a Anatel (Agencia Nacional de

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Telecomunicações) aprovou uma lei que cria uma nova regulamentação, depois de muito tempo, em que obrigará as empresas a nos dar 60% da velocidade contratada, até o final do ano, pretendendo chegar a 80% em 2014. Afinal de contas, com a Copa do Brasil se aproximando não queremos que a seleção da Lituânia saia daqui reclamando por não ter conseguido uma conexão decente para fazer chamadas de vídeo com seus familiares e contar como está sendo a estadia em nosso país. Brincadeiras a parte, nós, como consumidores e 6ª maior economia mundial, merecemos uma melhor qualidade nos serviços prestados pelas companhias que aqui estão, assim como uma maior participação do governo na forma de pesquisa e fiscalizações nessa área, afim de sempre estar melhorando nossa infraestrutura, mesmo porque, hoje, quem vive sem internet?

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//16 Créditos: splorp


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TRANSFORMERS?! Texto// Arthur Ferraz

AND THE OSCAR GOES TO

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BONS FILMES RUINS Não faz muito tempo, eu li uma crítica sobre o filme “Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua” o texto foi publicado em um daqueles cadernos de cultura que tentam parecer mais jovenzinhos e descolados, num jornal aqui da região. O texto escrito por um acadêmico conhecido nessas bandas - detonava o filme do começo ao fim, dizendo como a sagrada arte do cinema estava sendo destruída por blockbusters que não conseguem criar uma reflexão séria e profunda sobre a sociedade após uma hora do que se viu. Agora eu pergunto, quem assiste “Transformers” buscando uma reflexão profunda sobre o humano e a sociedade? Em seu ensaio “Bons Livros Ruins”, de 1945, George Orwell define os livros que se enquadram nessa categoria como “o tipo de livro sem pretensões literárias, mas que continua legível depois de obras mais sérias terem perecido”. E eu quero pegar emprestada essa expressão para criar os “Bons Filmes Ruins” – atenção, não vou falar do lixo cinematográfico que existe por aí, nem dos aspectos técnicos, mas de filmes sem grandes pretensões que continuarão a ser lembrados depois que “filmes sérios” forem deixados de lado. Um exemplo muito bom e também recente foi o Oscar de 2010. Quem foi o ganhador do prêmio de melhor filme? Guerra ao Terror ou Avatar? Qual dos dois é mais lembrado? É inegável que o filme de Kathryn Bigelow é mais inteligente que o de James Cameron, mas é preciso reconhecer que Avatar possui muito mais força criativa e é exatamente por esse motivo que daqui muitos anos ele continuará sendo legível (mesmo com a história “tradicional” e todos os clichês que se repetem incansavelmente).


As pessoas estão muito acostumadas a seguir fórmulas prontas para tudo – se eu quero ser intelectual basta carregar um livro do Kafka e discutir a obra de Bukowski (parece que falar o nome desses autores confere um grau de intelectual instantâneo, mesmo que você não consiga entender nada do que esses caras falam) – e quando se adota uma dessas fórmulas é preciso ser extremamente contra as outras (roqueiros são proibidos de escutar, gostar e até mesmo falar com quem gosta de pagode e vice/versa) e é por isso que vemos não só críticas de cinema, mas qualquer forma de opinião tão inflexíveis em tantos lugares. Ok, filmes como “Transformers” realmente não vão trazer grandes reflexões, mas tanto quem produz esses filmes, como quem os assiste não está preocupado em ter grandes reflexões. A existência dos bons filmes ruins, o fato de podermos nos entreter, ficar apreensivos e até emocionados com um filme que nosso intelecto se recusa a realmente levar a sério é um lembrete de que arte não é a mesma coisa que cerebração, e por isso Walter Murch – editor do filme Apocalypse Now, entre outros – diz que em um filme “a emoção é o que se deve tentar preservar a todo o custo”. Existe uma tendência equivocada na sociedade em que se despreza o popular em favor do erudito, porém a maioria das pessoas esquece que alguns símbolos atuais de “erudição” foram, em seu

tempo, populares, como “Bonequinha de Luxo” de Blake Edwards, um filme feito para as massas – o próprio roteiro, adaptado do livro homônimo – que é sem duvidas muito mais provocativo, crítico e questionador – de Truman Capote, sofreu diversas modificações para que não chocasse a audiência da época, o resultado: um filme água com açúcar que encanta as menininhas até os dias atuais – mas que não pereceu com o passar do tempo e hoje foi elevado ao status cult e tem uma legião de admiradores e fãs. Filmes por vezes absurdos, risíveis, que até nos predispõe a caçoar deles e não nos entreter, mas que possuem uma espécie de “vitamina narrativa” que os tornam profundamente emocionantes e verdadeiros na essência. Por essas qualidades não é de se surpreender que os bons filmes ruins sobreviverão a filmografias completas de alguns diretores críticos e renomados. Chega até ser irônico que filmes como “Bonequina de Luxo”, “Avatar” e por que não, “Transformers” possam ter mais valor de sobrevivência que a erudição ou o poder intelectual, mas tudo o que podemos dizer é que – parafraseando Orwell – enquanto a civilização permanecer de tal forma que precisemos de uma distração de vez em quando, os bons filmes ruins tem lugar reservado.

//19 Créditos: Benjamin Godard Photography

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E QUE COMECE

A SEMANA

Por falar em torcer, se for homem domingo é dia de futebol, independente se o seu time joga ou não, é dia de futebol. Se for mulher é dia de brigar por atenção, independente se já gozou uma, duas ou três vezes. Mas isso tudo é estereótipo vulgar, certo? Não, isso é domingo.

Créditos: Jeezny

Texto// Diones de Lima Lemes

DOMINGO! Do.min.go sm. O primeiro dia da semana, destinado ao descanso e à oração. Quando fui convidado pelos ilustres editores da “BOX” para ser colunista, fiquei na dúvida sobre o que seria interessante escrever e o que não seria coisa alguma. Música talvez? Clichê com certeza ou Michel Teló devido à estação do ano. Cinema? Clichê, “O Oscar vai para...”. Literatura? Cutucar a onça com vara curta! Gastronomia? Arroz com feijão. Depois de ser devorado pela dúvida cheguei à conclusão. “AS CRÔNICAS DO COTIDIANO E Outras Histórias sem Fim”. A intenção, não exatamente uma boa intenção, pois de boas intenções o diabo está bem acompanhado. Quero dizer que o cotidiano ou “AS CRÔNICAS DO COTIDIANO E Outras Histórias sem Fim” ao que depender deste que vos escreve, não cairá na usança.

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Partindo da idéia qual “não há nada que não possa ser escrito ou que não tenha sido escrito”, talvez quando um dos leitores estiver diante destas linhas será Domingo! No domingo dá para acordar mais tarde. Ler uma revista. Um livro. Assistir aos empolgantes canais abertos da televisão brasileira, até por que como diz um conhecido meu (um tanto quanto comunista) “o domingo é muito maior que o Faustão”. Então pensei. Sim, depois que o Faustão reduziu o estômago. Talvez. Domingo tem sua valia. Um filminho no DVD. Melhor que isso, só no Blu Ray até a pronuncia é mais bonita, sem contar que ninguém te diz: “E ai! Ta a fim de ir lá em casa assistir um Blu Ray pirata que eu comprei esses dias?” Domingo dá para fazer muita coisa, inclusive absolutamente nada. O Domingo é carregado de um marasmo que não se explica. Apenas se mastiga, engole e torce por uma boa digestão e quem sabe uma sobremesa que não seja sagu.

Ele é o primeiro dia da semana, mas ganha caráter de último guardado a proporção de cansaço de cada dia que correu mais que as pernas durante a semana. Trabalho. Trabalho. Domingo... Como diria Gonçalo M. Tavares, na obra “Uma Viagem à Índia”, “... se o progresso dependesse dos domingos, ainda andaríamos de carroça e falaríamos latim...” Concordo com ele, gênero, número e pessimismo. Raul Seixas no auge da sua embriagues cantarola no rádio do vizinho “... hoje é domingo missa e praia céu de anil...” Tudo bem! Adoro estar em casa no domingo. Gosto de Raul e cachaça em doses homeopática. Não gosto dos meus vizinhos e seu barulho gratuito. Definitivamente não gosto dos meus vizinhos principalmente quando cantam junto. Domingo o que nos resta é fazer com as próprias mãos (sem a sensatez de um papagaio global) uma lasanha caseira. Que nas palavras da minha mulher ganham camadas distintas e muito mais razão. “A lasanha feita em casa é diferente das lasanhas dos restaurantes, afinal elas têm muito mais sabor e menos massa.” Domingo, logo anoitece e sem perceber já é segunda-feira, o segundo dia da semana com cara de primeiro e lá por quarta-feira já se pode ouvir um reclamar: “pena que amanhã não é domingo”.


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LE PETIT

Uma análise do livro O Pequeno Príncipe

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para a busca de seu crescimento interior, buscando o seu autoconhecimento. A obra possui também um caráter filosófico transmitido diante dos diálogos e dos personagens que expostos durante o tempo em que o Pequeno Príncipe viaja para conhecer os demais planetas. O Pequeno Príncipe nada mais é que a representação do Aviador e do autor, Antoine De Saint - Exupéry quando criança, ele precisa cair no deserto para despertar a criança interior e amadurecer. Uma vez que essa solidão proporciona uma viagem pelo autoconhecimento, ou seja, para conhecer a si mesmo. O Aviador possuía sérios problemas com o mundo adulto, bem como o complexo da eterna criança. Desta forma, o Aviador possui traços infantis na sua personalidade e busca uma mulher perfeita.

Texto// Emily Arcego

VIAJE COM

O PEQUENO PRÍNCIPE NA BUSCA DO SEU “EU”

Intitulado - em francês - Le Petit Prince, O Pequeno Príncipe, é o livro francês mais vendido do mundo, em média 80 milhões de exemplares. Sendo o mesmo, a terceira obra literária mais traduzida no mundo e o livro literário mais traduzido na história da Literatura. Foi publicado em 160 línguas ou dialetos, com 400 a 500 edições.

Levando em conta que o planeta em que o Pequeno Príncipe mora representa o Aviador como um todo, ele começa uma viagem incessante para se conhecer. O Processo de Individuação é a chave mestre para que isso ocorra, uma vez que é preciso ver as coisas como algo único para entender sua totalidade. A flor do seu planeta caracteriza esse processo, uma vez que há muitas outras flores, porém a flor que habita o planeta do Pequeno Príncipe possui características que a fazem única.

Além disso, a obra possui um alto grau de literariedade devido à riqueza de símbolos, metáforas e características psicológicas e filosóficas que fazem do livro, uma obra passiva de uma leitura aprofundada por parte de um leitor mais maduro. Se partirmos para a visão junguiana, perceberemos que o protagonista faz uma viagem

Quando o Principezinho abandona seu planeta e começa sua viagem, ele se depara com facetas dele mesmo, ou seja, traços de sua personalidade do próprio Aviador. Quando visita o primeiro planeta encontra o rei, o qual apresenta características de um ser mandão, que dita ordens e que deseja ser obedecido. No segundo planeta habitado por um

vaidoso, ele se depara com alguém que aprecia ser aplaudido e que se sente bem apenas quando é elogiado. No terceiro planeta habitado por um bêbado ele percebe que essa pessoa necessita beber para fugir dos problemas e de aspectos de ordem moral. Quando ele, o Pequeno Príncipe, visita o quarto planeta ele encontra um empresário, o qual se preocupa em calcular as estrelas para poder possuílas. No quinto planeta, ele encontra um acendedor de lampiões, o qual representa o trabalho mecânico sem necessidade de criação. Já no sexto planeta, ele encontra um geógrafo o qual representa a faceta de um ser que se prende na teoria, por possuir dados exatos, mas não explora seu território. O sétimo planeta é o mais importante de todos, pois representa as pessoas e os baobás. Esta última etapa é a mais importante de todas, pois é nela que ocorre a busca pelo self e o processo de individuação. A raposa tem uma função importante nessa etapa, pois ela simboliza a consciência humana, um ser perspicaz, possibilita ao Principezinho um distanciamento do mundo adulto e ela caracteriza o processo de individuação. [...] - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...[...] (2009:66) Outro aspecto que demarca o processo de individuação é a rosa que habita o planeta do Pequeno Príncipe. Observando as demais rosas no


planeta Terra, o Principezinho percebe que nenhuma é igual a sua rosa, pois nenhuma outra rosa o cativou como sua rosa e a raposa. Quando o Aviador e o Principezinho fazem a busca pelo poço para beber água, fica explícito que a busca na verdade é pelo autoconhecimento. No oitavo dia o Aviador conserta o avião. Levando em conta que consertar um avião é uma atividade adulta, pode-se inferir que o Aviador começa a integrar de forma mais madura sua eterna criança, com suas necessidades atuais, ou seja, chegar ao auge de encontro com o self, que é o centro de toda a personalidade. O Self é o arquétipo da ordem, da organização e da unificação; harmoniza os demais arquétipos e suas atuações nos complexos e na consciência, dá unidade à personalidade. Quando o Aviador resolve contar ao Príncipe que consertou o avião, vê o Principezinho combinando alguma coisa com uma serpente. Então o Pequeno Príncipe conversa com o Aviador, a fim de preparálo para a despedida. Essa despedida nada mais é do que o afastamento dessa eterna criança, para que o Aviador consiga entrar em harmonia com ele mesmo e conseguir ser um adulto mais maduro. Mas, ao mesmo tempo, fica explícito que o Aviador, tem medo desta perda. “[...] E eu compreendi que não poderia suportar a ideia de nunca mais escutar aquele riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto. [...] (2009:84) Essa eterna criança é deixada de lado pelo Aviador, mas não significa que não exista mais, ela o encoraja a viver com uma faceta mais madura. Assim, podemos dizer que o Aviador consegue atingir o self, porém como este processo não é algo definitivo, provavelmente continuará se aprimorando ao longo dos anos.

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Texto// Equipe Box

OUTRO MUNDO

ROCK’N’ROLL DE


ENTREVISTA COM MAR DE MARTE Entre um festival e outro tocando por várias cidades da região sul, conseguimos reunir os integrantes da banda Mar de Marte: Gabriel (Gabo), Vinícius (Bada) e Fagner (Fagui) para uma conversa regada a cerveja e muita história. A Mar de Marte é uma banda de Erechim que tem alguns diferenciais em relação à maioria das bandas. Eles tocam um rock que mistura muito grunge e psicodelismo com pitadas arriscadas de criatividade. Além de ser um Power-Trio, a banda é instrumental e está arrastando fãs por todo lugar onde passa. Nos últimos meses a banda fez uma tour pelo Sul através do Grito Rock, um evento que também aconteceu em Erechim e tem como objetivo principal disseminar a cultura musical e democratizar o acesso das novas bandas pelas pessoas. A Tour Marciana passou por Passo Fundo, Caxias do Sul, Floripa, Gravataí e Eldorado do Sul. A equipe da Box trocou uma ideia com a banda, e entre algumas cervejinhas surgiram muitas curiosidades sobre a banda, a cena musical e um papo sobre homestudio e bandas independentes.

ENTREVISTA (Revista Box) Porque o nome da banda é Mar de Marte? (Banda) O nome, na real, não sei de onde veio, eu estava em uma viagem de ônibus e veio esse nome na cabeça, falei para os guri e eles curtiram. (Revista Box) Tem algum significado mais subliminar, criado por vocês, que tenha influências

no processo criativo?

aqui, outras ali e vai saindo coisas assim.

(Banda) Na real o processo criativo vem acontecendo naturalmente. Foi na verdade de alguns ensaios furados em outras bandas, quando o vocalista não aparecia e tal, aí acabava ficando nós três lá tocando, começando a fazer um som e então flui.

(Revista Box) E o Grito Rock? Qual foi a experiência de circular fazendo uma tour levando o seu som próprio?

A primeira vez que a gente se reuniu para tocar colocamos para gravar e já saiu um som interessante, bem ao natural e quando nos demos conta já tínhamos uma banda instrumental, foi um negócio bem louco. (Revista Box) E o nome da música “Meducq” o que significa? Ou não podem falar? (Bada) Pode, pode. Na real o nome dos sons é uma viagem à parte, a maioria vem de um quadro que o Gabo tem na sala onde tem uns nomes em latim. (Gabo) Esse nome ai, “Meducq” acabou surgindo de uma piada, uma brincadeira com o nome “Medo que Giovani Telles os esquecesse”. (Bada) Cara, é uma viagem, tipo, tem uma banda que se chama “Gustavo Telles e os escolhidos” que é do baterista do Pata de Elefante. Aí eu cheguei pros guri e falei: “Meu a banda do batera do Pata”... (Gabo) Na verdade você falou “Giovani Telles e os esquecidos” (Bada) Isso, isso. (Risos) (Gabo) Daí que veio a história, do medo que o Giovani Telles nos esquecesse. É assim que vai acontecendo (dar nomes) vai tomando umas coisas

(Banda) A experiência foi legal, a gente circulou pra caralho no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Uma galera ouvia nosso som e acabava curtindo e toda essa experiência foi do caralho. Quem é que aqui imaginaria que a gente algum dia poderia sair e estourar tocando por aí? E mesmo antes do Grito, a receptividade que estamos tendo tocando em outros festivais está sendo muito legal, festivais que nunca tínhamos ouvido falar e todos na verdade, de certa forma, têm relação com o Coletivo Fora do Eixo, mas, a receptividade da galera que ouvia e ouve o som tem sido muito massa, muito legal mesmo, e isso acontece em todos os lugares que a gente tem ido. Todos esses festivais vieram até nós a partir do primeiro que tocamos, o “Morrostock” (em Sapiranga – RS) que mesmo nos tendo colocados em um horário nada a ver, só os guerreiros estavam lá (risos), estava amanhecendo e tal, o pessoal curtiu muito e nos festivais seguintes começou a melhorar, tocávamos em horários melhores, mais privilegiados. Isso vem mostrando o reconhecimento da a banda, com o som. (Revista Box) E o que vocês estão sentindo dos Festivais com relação às bandas, de não haver covers, de estar procurando produzir o seu material? (Banda) A ideia dos festivais é da galera produzir seu som e divulgá-los, tipo, bandas covers que tocam em bar ficam no bar... Festivais são para divulgar as bandas, mostrar seu próprio trabalho e

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gerar um material profissional. O legal do Fora do Eixo é essa rede colaborativa toda, que faz esse material circular e está funcionando legal por conta disso tudo, você tem seu tempo lá gravando e depois tem o reconhecimento em virtude desse trabalho. (Revista Box) E como essas bandas gravam seus materiais? (Banda) Hoje tá muito fácil adquirir equipamentos com um custo benefício razoável, tá muito mais fácil ter um estúdio de gravação do que antigamente, mas tem muitas bandas que por não ter um espaço ou equipamento em casa acabam indo para estúdio. As que tem mais condições vão para estúdios maiores, mais profissionais, mas tem muitos estúdios pequenos com galera que ‘’manja’’ muito com gravação e consegue fazer um trabalho mais em conta. É muito legal ter essas diversas opções para todos poderem gravar o som e ter a oportunidade de mostrar. Nós gravamos em casa, aonde ensaiamos com os nossos equipamentos, só o Diego Poloni de POA, mixou. É um exemplo que com um equipamento bem caseiro, bem homestudio dá pra ter um resultado bem legal (levando em consideração tempo e circunstâncias). Foi feita a gravação de quatro sons em um fim de semana, mas com uma pessoa que entende bastante de gravação, então ficou excelente. (Revista Box) E a construção do público? (Banda) Já tocávamos na brincadeira, era bem informal, volta e meia tinha amigos que iam nos ensaios tomar algo, assistir e davam uma força dizendo que o som estava massa, que tínhamos que mostrar. Não chegava a ser uma grande quantidade de pessoas, eram amigos mais próximos, né. A galera tem aceitado e falado muito bem por ser um

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lance instrumental, é muito rock, é muito psicodélico, muito grunge. Tá sendo unânime que é algo que faz com que o ouvinte fique em uma ‘’viagem’’. Quando rolou o primeiro Sunday burning Sunday, estávamos meio tensos sobre o que as pessoas iam achar do som, por ser instrumental. De primeira já curtimos a recepção da galera. Depois de ter começado a tocar em festivais e a se inteirar com diferentes bandas deu pra perceber que existe uma cena instrumental que está aflorando no Brasil todo, inclusive, na primeira Revista Box, saiu uma matéria com o Macaco Bong, que tem um som instrumental mais pesado, mas muito bom. É uma cena que tem potencial, tem várias bandas surgindo. (Revista Box) Algum palpite sobre o motivo que está fazendo isso acontecer? (Banda) Acredito que pode ser por saturação, ou pela procura de novos caminhos, novas formas de expressão. (Revista Box) Vocês acham que a galera daqui, também queria uma coisa diferente? (Banda) Também cara, é muita mesmice. Muita banda surgindo com o mesmo estilo. É BOM! Mas satura mais coisas, do mesmo estilo. (Revista Box) Vocês notam que o pessoal que curte a banda é especifico ou é bem variado? (Banda) É variado, o lastro não chega a ser tão grande, ele é reduzido. Mas existe! Está meio atrelado por ser instrumental, não ter vocal. Está atrelado a outra maturidade musical do ouvinte, né. Então não é TODO MUNDO, tanto é que nesses lugares que estamos tocando, o ouvinte vai porque já tem um gosto musical mais aprimorado.

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Tem lugares que a gente não pode ir tocar, ou até pode, mas o pessoal não vai entender nada. É outro público, outro estilo musical.

um negocio assim, umas banda bem louca, uma viagem. Procurem na internet ai, essa é uma boa opção.

Eu acho que hoje com a internet tu acaba agregando um público maior, já que com ela tudo fica mais acessível e rápido, a galera começa a acessar e ver coisas que antes não viam. É um público mais seleto, mas é tudo questão de gosto.

Tem aquela banda das ‘mina´, “Mammút”. Meu! Essa aí, parece que a ‘mina’ está cantando ao contrario! Nossa umas doidera.

Desde quando a gente começou a tocar até agora, tem crescido nosso público. Esse ano tende a ser muito bom pra nós. (Revista Box) E planos pra agora, caras? Gravar um CD e sair de Erechim? (Banda) Sair do Brasil, dominar o mundo (risos). A gente pensa em gravar um CD, mas são planos para o ano que vem ainda. Esse ano vamos ir compondo conforme der, a gente precisa ir com calma, saca? Ir conhecendo os estúdios, ver o que sai dos estúdios, hoje tem muitas opções. Até teve lá em Porto, o batera da Campbell Trio, no estúdio aonde eles estão gravando ele pegou a elétrica de um ampli, juntou com a de outro e montou um ampli dele, então tem muita opção pra gravar. A gente vai sondar os estúdios, ver o que sai deles, ver preços e gravar com calma né. E agora é compor e continuar tocando pra galera. O principal é mostrar o som para quem estiver receptivo a ouvir.

E isso que é o massa da música, essa linguagem, linguagem instrumental que é universal. Que nem a gente estava falando, não custa sonhar alto e largar o som na Europa, não precisa falar nada, o cara vai ouvir o som lá e não precisa ter ninguém cantando. O legal do instrumental é que é universal, não tem nenhuma língua ali, tu tá falando pela música mesmo. Tu vê que cada música nossa, não é parecida com a outra. Elas são bem diferentes entre si. A gente já definiu um estilo da banda, mas elas vão ser assim, diferentes. (Revista Box) E querem deixar mais algum recado? (Banda) Só agradecer a oportunidade e desejar sucesso para a Revista Box.

ACESSA AÍ! mardemarte.tnb.art.br www.facebook.com/mardemarte

(Revista Box) E uma dica de banda?

Tem “65daysofstatic” que é uma banda instrumental bem louca. Outra é “For A Minor Reflection” que é tipo, aquelas banda meio nórdica, de que país que é?! Deixa eu pensar.. Estônia cara,

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MAIS TOCADA DA REDAÇÃO “meducq”

migre.me/8qQE1

(Banda) Mar de Marte (risos).


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IMPRENSA EM BUSCA DE LIBERDADE Texto// Paola de Ré

EM BUSCA DE

LIBERDADE

Créditos: Reprodução

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Anos de truculência, silêncio e repressão. Enfrentados pela imprensa com intrepidez, mesmo que a luta contra um sistema pré-estabelecido de poder tenha sido ardorosa. Os anos da ditadura militar na América Latina serviram para fortalecer o ideal de liberdade e democracia pregado pela grande máquina da informação.

estes possam pôr a circular. Diferente da liberdade de expressão, que abrange todas as formas de comunicação, incluindo as artes, a liberdade de expressão corresponde a uma garantia menos geral.

A busca pela Liberdade de Imprensa tornouse constante e primordial depois da censura. Ao restabelecer o regime democrático com a promulgação da Constituição em 1988, o Brasil, voltou a viver sob um clima de ampla liberdade, embora algumas circunstâncias ainda não sejam totalmente cumpridas.

Para Albert Camus, filósofo e escritor francês, a liberdade de imprensa é a expressão da própria liberdade, sem ela, diz, não há como ganhar a guerra. O escritor não atribui à liberdade de imprensa um sentido instrumental, um meio de para se atingir um determinado fim, já estabelecido. É preciso que se lute por que liberdade é um bem em si. E essa luta não é uma tarefa de um dia, é um exercício que deve ser desempenhado até o limite em que ele pode ser cumprido.

A liberdade de imprensa é um direito dos profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações. É pressuposto da democracia, um dos princípios pelos quais um Estado democrático assegura a liberdade de expressão aos seus cidadãos e respectivas associações, principalmente no que diz respeito a quaisquer publicações que

O problema é de conceito: a liberdade de imprensa não pertence à imprensa — mas à toda sociedade. Não é um bem das empresas de mídia nem dos jornalistas mas um patrimônio do cidadão, que não pode abrir mão dela sob o risco de ser ferido em seus direitos de viver num país onde as informações devem circular livremente.

Créditos: Reprodução

Há muito tempo se diz, “quando a imprensa não fala, o povo que não fala, quando cala-se a imprensa, cala-se o povo”.Uma busca pública pelo direito particular de cada cidadão de ter informações vinculadas de maneira livre. Sendo no dia Mundial (dia 3 de maio) ou no Nacional da Liberdade de Impresa (dia 7 de junho), é preciso que se comemore, e o faça valer. Normalmente o Dia da Liberdade de Imprensa é celebrado pelos profissionais da área tanto em forma de protestos como no exercício da própria profissão, geralmente acontece premiações de trabalhos de imprensa relacionados a liberdade, como coberturas em guerras, principalmente países que prevalecem a ditadura. Entretanto, ser livre não quer dizer desrespeito à liberdade de cada um. Por isso, a imprensa além da liberdade, precisa de ética para evitar que fatos sejam divulgados sem a devida apuração, podendo prejudicar imagens - sejam de pessoas ou de instituições - que jamais serão moralmente reconstruídas. A força de uma divulgação errada é bem maior do que de um direito de resposta.


Quer entrar na faculdade ? s o h n o s s u e s s o d Início das aulas

Matricule - se já no Preparatório ENEM e entre de cabeça nessa realidade.

Neste ano de 2012, o ENEM terá apenas uma única edição e será realizado:

de Maio sistemagarra.com.br

03 e 04 de Novembro

Passo Fundo - RS Rua Paissandú, 928 (54) 3045.5555

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Soledade - RS Rua Benjamin Constant, 201 (54) 3381.2872

Chapecó - SC Rua Uruguai, 60E //31 revistabox.com (49) 3316.1430


DNA &

USB Texto// Equipe Box

Créditos: JD Hancock

AS DOENÇAS DA TECNOLOGIA Tempos atrás era possível contar quantas pessoas possuíam um celular em uma roda de amigos. Hoje isso é praticamente impossível, pois, segundo a Anatel, o Brasil terminou Janeiro de 2012 com 245,2 milhões de celulares, uma densidade de 125,29 celulares a cada 100 habitantes. Com o uso obsessivo das novas tecnologias estão surgindo novos problemas de saúde, confira alguns deles:

1) SÍNDROME DA VIBRAÇÃO FANTASMA O que é? Hoje em dia é super comum um celular ter a função vibracall. A Síndrome da Vibração Fantasma acontece quando sentimos com frequência o celular vibrando no bolso ou dentro

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da bolsa e quando olhamos no visor não era nada.

Quais são as causas? Uma hipótese para explicar é a de que a radiação do celular deixa as fibras dos músculos irrequietas, outra teoria diz que as vibrações são causadas pelo sistema gastrointestinal. A teoria que melhor explica é a de que o SVF é um efeito do stress. Um cérebro ansioso pode criar um falso sinal de vibração.

Qual é o tratamento? Levando em consideração que o stress seria o real culpado pelas vibrações, o tratamento seria baseado na busca pela paz interior. Porém, há também uma solução muito mais rápida: tirar o celular do vibracall. É muito mais rápido do que tentar resolver um problema de stress.

2) LAPTOPORDOSE O que é? Dores fortes nas costas, juntas e até mesmo danos aos nervos e na coluna.

Quais são as causas? Cada vez mais o valor dos laptops está baixando e a qualidade deles aumentando. Hoje o valor médio de um notebook é de R$ 600,00 a R$ 3.500,00. O que facilita o acesso das pessoas a estes equipamentos e a popularização já era praticamente iminente. As máquinas são relativamente pesadas e hoje possuem um peso médio de 2,5kg. Carregá-las de um lado para o outro podem resultar em lesões mais graves gerando até complicações, dependendo da frequência.


Qual é o tratamento? Parar de usar o notebook como um equipamento portátil, além de visitar um médico, pode resolver o problema. Agora, se você precisa muito utilizar o computar e levar consigo para todo lugar, uma alternativa é o uso de netbooks e tablets.

3) VÍCIO EM PORTÁTEIS O que é? Trata-se do vício de estar constantemente conectado às redes e por dentro das atualizações que acontecem na internet.

Quais são as causas? Os smartphones já dominaram os Estados Unidos e agora estão chegando ao Brasil com força total. Eles possuem telas maiores, são portáteis e estão sempre conectados à internet através do 3G e Wifi.

Qual é o tratamento? A ansiedade em pequenas doses faz bem, porém as novas gerações sofrem de ansiedade crônica por causa da internet. O tratamento mais radical é pegar leve e desligar a internet do aparelho, também é indicado fazer exercícios para desocupar a mente. Ainda na lista podem ser incluídos: insônia adolescente causada por celular, cansaço ocular, problemas de audição por causa de fones de ouvido, lesões por esforços repetitivos, e queimaduras por causa da bateria. Você já teve alguma doença relacionada ao excesso de tecnologia? Mande um e-mail para atendimento@revistabox.com e conte qual foi a sua experiência.

//33 Créditos: DG Jones

revistabox.com


SUSTENTÁVEL

ENTENDA MELHOR O QUE SÃO AS ECOBAGS? As Ecobags são sacolas ecológicas retornáveis, normalmente feitas de tecidos naturais. Elas substituem as sacolas plásticas que utilizamos em nosso dia a dia, ao invés de utilizarmos várias sacolinhas plásticas, em cada compra que realizamos, passamos a utilizar as Ecobags que podem ser usadas várias vezes durante dias, meses ou até anos.

QUANDO SURGIRAM AS ECOBAGS?

Texto// Carla Curzel

UMA MODA

A PROPÓSITO...

ECOBAG, ESSA MODA AINDA VAI “PEGAR” VOCÊ. Todos nos sabemos a importância de preservar o meio ambiente. Isso, além de muito importante, com um pequeno gesto nosso, pode fazer sim a diferença. Vocês nunca pensaram nas quantidades de sacolas acumuladas durante semanas, meses e anos devido as nossas comprinhas básicas em supermercados e lojas? Devido a isso e a inúmeros outros fatores, surgiu a ainda temida por muitos: Ecobag. Porque não aliar a sustentabilidade à moda? Ou melhor, aliar e as deixar com a sua cara, o seu estilo. As ecobags podem ser feitas de inúmeros materiais. Podemos eternizar lembranças fazendo

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as mesmas com banners ou faixas que ganhamos durante nossas conquistas, com retalhos de tecidos, com estampas que gostamos, com fotos estampadas e até mesmo com aquela camisa ou blusa usada que não nos serve mais, mas que não conseguimos nos desfazer. Essa moda pode aliar praticidade e beleza sim, e não só serve para mulheres, serve para o povo masculino também. Lembre-se: um pequeno gesto pode sim, fazer toda a diferença, senão no meio ambiente, pelo menos na sua consciência. Alie isso ao seu estilo e tenha uma personalidade e uma ecobag invejável. a

Não se sabe ao certo, quando e nem onde surgiram as Ecobags, já fazem centenas de anos que o ser humano vem inventando modelos de sacolas com diversos materiais. Em tempos mais primórdios as mulheres costumavam a confeccionar suas próprias sacolas de tecido, para serem usadas nas feiras. Sacolas muito parecidas com as Ecobags que temos hoje.

BENEFÍCIOS DO USO DA SACOLA RETORNÁVEL Além de você se tornar um consumidor com responsabilidade ambiental, você economiza recursos naturais e energia (que são gastos na fabricação de todas as sacolas plásticas que vemos por aí) ajudamos a neutralizar as emissões de carbono (já que as sacolas plásticas o emitem, causando o efeito estufa) e o mais importante, preservamos o nosso planeta.


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E CHOCOLATE? Texto// Daniele Holdorf

MASSAGEM, CONFORTO

CHOCOLATERAPIA - A PELE AGRADECE

um creme hidratante de chocolate, sendo ele empregado, juntamente com uma leve massagem relaxante. Após esse preparo é a vez da máscara de chocolate, deixando-a agir por uns 20 minutos, e procedendo a finalização com um hidratante de chocolate. Mas, fique atenta(o), esses procedimentos não são muito indicados para peles oleosas ou com acnes. Nesses biótipos de pele podem ocorrer um aumento da produção sebácea (oleosidade), devido ao efeito hidratante do cacau, podendo então ocasionar ainda mais oleosidade ou acne. Entretanto, se a pele for seca ou desvitalizada, o tratamento a base de chocolate é ideal.

Créditos: ppacificvancouver

Com a Páscoa se aproximando, a primeira palavra que vem na mente é chocolate. Nesse período do ano, é tão fácil se render ao sabor e encantos do mesmo. E por que não utilizar o chocolate para trazer benefícios à pele? Os benefícios do cacau na pele são excelentes. Suas propriedades promovem extrema hidratação, nutrição, regeneração tecidual, bem como proteção contra os radicais livres, ou seja, tem propriedades antioxidantes as quais retardam o envelhecimento cutâneo. Mas além de todos esses benefícios, o cacau aumenta os níveis de endorfinas e serotoninas (substâncias responsáveis pela modulação do humor), e que quando ativadas proporcionam o bem-estar, relaxamento, e consequentemente reduzem o estresse. A Chocolaterapia pode ser utilizada em tratamentos faciais, corporais e também em

banhos de imersão, estes encontrados em clínicas de estética ou SPA’s. Nos SPA’s, o banho de imersão é realizado em um ambiente calmo e aconchegante. O local é próprio para relaxar, com músicas calmas, velas e pétalas de rosas. O banho em si, é realizado com sais de banho de chocolate e essências. Para completar a sessão, durante o banho, muitos SPA’s oferecem ao banhista pedaços de chocolates, chás e até mesmo chocolate quente, regalias que deixam o banhista em contato direto com o chocolate, tornando o banho ainda mais prazeroso.

Para aqueles que querem usufruir dos benefícios do chocolate sem ter que pagar muito por isso, há no mercado produtos à base de chocolate que são destinados para cuidados diários, como shampoos e condicionadores, perfumes, óleos corporais, hidratantes para mãos e pés, esfoliantes, sabonetes líquidos, entre outras variedades. Mas, seja em tratamentos realizados em SPA’s ou em cuidados diários com a pele ou cabelos, a chocolaterapia é uma terapia única, pois proporciona não somente a hidratação e a nutrição cutânea, mas oferece mudanças no estado de ânimo do indivíduo que a utiliza.

Já no tratamento corporal, o procedimento ocorre da seguinte maneira: primeiramente é realizada a limpeza da área a ser aplicada a máscara, logo após é promovida uma esfoliação, deixando a pele apta para receber os nutrientes do próximo produto. Em seguida é utilizado

//36 Créditos: ppacificvancouver


BBAD

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CRESCER... Texto// Equipe Box

O SEU NARIZ VAI

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POR QUE 1º DE ABRIL É O DIA MUNDIAL DA MENTIRA? A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano-novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e bailes, duravam uma semana, terminando em 1º de Abril. Em 1562, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o anonovo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data.

o tempo, a brincadeira se espalhou em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para o mundo. Estreando no Brasil, no dia 1º de Abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro (que foi desmentida um dia após).

Alguns engraçadinhos começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de “bobos de Abril” - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com

Entrar na piscina para se refrescar depois de comer não faz mal nenhum, exceto, é claro, se a água estiver numa temperatura extrema (muito gelada ou escaldante). O que pode ser perigoso é, sair nadando feito louco após comer, já que a

Mesmo o Dia da Mentira sendo só no dia 1º de Abril, já vimos e escutamos poucas e boas, não é? Então, segue abaixo, mentiras que você leitor certamente não imaginava que seriam MENTIRAS.

1 - NÃO PODE ENTRAR NA PISCINA APÓS COMER, FAZ MAL.

atividade física intensa faz o sangue, que deveria se concentrar na digestão, ser deslocado para acelerar os músculos, o coração e a respiração.

2 - COMER CHOCOLATE CAUSA ESPINHAS. A teoria de que comer chocolate causa espinha, não passa de um mito. Ok, o chocolate é rico em gordura, mas não interfere de modo algum na oleosidade cutânea. Logo, podem acontecer coincidências da pessoa comer o chocolate e surgir espinhas. Mas as espinhas estão relacionadas às alterações hormonais e à predisposição genética de cada indivíduo.


3 - SE NÃO USAR ÓCULOS, SEU GRAU VAI AUMENTAR. A progressão ou estabilização do grau de deficiência visual acontece naturalmente e varia de pessoa para pessoa. Usar ou deixar de usar óculos não interfere nesse processo. As lentes só servem para corrigir as falhas oculares que atrapalham a formação da imagem.

4 - A AMAZÔNIA É O PULMÃO DO MUNDO. A Amazônia pode até ser considerada o pulmão do mundo porque inunda o planeta de CO2 (Afinal qual é a função de um pulmão se não inspirar O2 e expirar CO2?) O que acontece é que a quantidade de oxigênio que a Amazônia libera na atmosfera é desprezível e não é tão grande quanto as pessoas pensam. Para você ter ideia, as algas dos oceanos, liberam até 5 vezes mais oxigênio na atmosfera que toda a Amazônia.

5 - PASSAR HORAS EM FRENTE AO VÍDEO GAME FAZ MAL AO CÉREBRO. De acordo com uma série de estudos científicos, a verdade é exatamente o oposto, pois o gamer acaba desenvolvendo uma série de habilidades que outras pessoas não têm. Através dos jogos - os gamers - estimulam sua atenção, trabalham melhor e fortalecem sua rede nervosa.

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ALGUNS ‘PILA’? Texto// Leonardo F. Fontana

VAMOS POUPAR

QUEM GUARDA TEM Previously in the BOX Magazine... Vinte Doze… “Você faz o seu destino.”... O que acha de começar a traçar o seu destino poupando? Isso mesmo. Garantir o futuro economizando 20% do que você ganha, seja mesada, salário, o dinheiro do estágio, o presente dos avós, enfim, vinte por cento de qualquer que seja o valor que você receba mensalmente. Achou interessante? Então vamos aos fatos. Inúmeros são os especialistas financeiros que aconselham a guardar no mínimo 20% dos rendimentos mensais, mas a maioria das pessoas se pergunta: Por onde começar? Pois bem, é preciso ter em mente a necessidade de uma redução de gastos para que comece a sobrar uma graninha. Faça uma lista do que ganha e de tudo que gasta, comece a eliminar os gastos desnecessários, faça esse controle e reduza as despesas. Agora me pergunte: Reduzi meus gastos, fiz sobrar os 20%, o que faço com esse dinheiro? A resposta é simples, reduzindo os gastos você começou a POUPAR, já associou alguma coisa? É isso mesmo, POUPANÇA, abra uma conta poupança e comece a depositar esta “sobra”. No Brasil, praticamente todas as instituições financeiras operam com contas poupança, popularmente chamadas de Cadernetas de Poupança. A CAIXA é uma das instituições mais tradicionais do país neste segmento, é líder com mais de 23 milhões de contas, o que corresponde a 30% do mercado. A abertura da conta é simples, basta dirigir-se à instituição financeira portando cópia e original dos seguintes documentos: CPF, Documento de Identidade e Comprovante

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de Residência (últimos 90 dias), lembrando que se você for menor de 18 anos deverá estar acompanhado por um dos pais ou responsável. Aberta a conta, os depósitos já podem ser efetuados. Atualmente os valores depositados na poupança são remunerados mensalmente a uma taxa de juros de 0,5%, aplicada sobre os valores atualizados pela Taxa Referencial (TR - calculada através da média ponderada dos CDBs das principais instituições financeiras do país), ou seja, o rendimento da caderneta de poupança é de 6% ao ano + TR (percentual variável). Mas afinal, quanto você vai lucrar? Tomando por base o rendimento anual da Caderneta de Poupança em 2011 que foi de 7,50% e supondo que o mesmo se repita em 2012, com depósitos mensais de R$100,00, ao final do ano você estará com um valor aproximado de R$1.241,00. Parece pouco? Leve em consideração que você sobreviva a um ano sem utilizar esses R$100,00 e você consiga repetir esse desempenho pelos próximos 9 anos, ao final do período estará com R$17.552,00. Pois bem, existem com certeza aplicações mais atraentes no mercado, mas para o pequeno poupador a Caderneta de Poupança ainda é o melhor investimento e talvez a melhor forma de educar e motivar para que algum dia você esteja entre os grandes.

“GOOD LUCK” Simulador de Investimentos e tabela de índices mensais da poupança disponíveis nos sites: http://migre.me/8os8q http://migre.me/8os9i

Texto da Imagem: “dies märchen wird wohl niemals wahr. das leben lehrt sei klug und spar”. Na nossa lingua: “Este conto de fadas, provavelmente, nunca se tornará realidade. A vida ensina a ser esperto e economizar”.


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RUN!

Provavelmente você, leitor, já deve ter ouvido falar dos diversos benefícios das práticas de atividades físicas tais como emagrecimento, definição e força muscular, melhora da aptidão cardiorrespiratória, articulações mais bem protegidas, entre outros. E, talvez, pouco você deve ter escutado sobre como aliamos esses resultados a um treino de alta intensidade. Para começar, definimos,s em poucas palavras, alta intensidade na parte de exercícios físicos como: atividades físicas que elevam a frequência cardíaca perto do seu limite máximo (FCMmax), ou seja, se um indivíduo tem seu limite de frequência cardíaca entre 155-160 batimentos por minuto (bpm), trabalhando a 138 a 145 bpm ele estará trabalhando em alta intensidade.

Texto// Gustavo Smaniotto

RUN, FORREST!

OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE ALTA INTENSIDADE

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS ENTÃO? Vou citar o exemplo de um treino de corrida na esteira, que muitas pessoas praticam na academia ou mesmo nas suas casas. Sabe aquela forçadinha que a gente dá na corrida e a perna começa a queimar e você sente que não vai mais aguentar por muito tempo? Isso é treinar em alta intensidade, aplicar uma carga de trabalho (velocidade da esteira) até um ponto em que a gente começa a cansar, sentir as pernas “queimando” e o coração batendo mais forte. Se for repetida várias vezes essa carga de trabalho em uma sessão de corrida, estaremos

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gastando muitas calorias a mais do que apenas caminhar, ou ainda, gastando muito mais do que naquele cooperzinho, aquela corridinha em velocidade moderada que a gente consegue aguentar por bastante tempo. Comparando, a gente gasta em uns 40 minutos de caminhada/corrida leve, umas 400Kcal, variando de indivíduo pra indivíduo. Se fizermos um treino conjugando algumas partes da corrida em alta intensidade, estaríamos gastando umas 600 kcal no mesmo tempo e de quebra ganhando aptidão cardiorrespiratória, fazendo nosso coração ficar mais forte e saudável. Lembrando também que antes de qualquer atividade física, principalmente as de alta intensidade, deve-se consultar um médico cardiologista para ver se o coração está em dia e ainda consultar um bom profissional bacharel em educação física para uma avaliação física. Feito isso, procure com o seu professor de preferência qual é a atividade de alta intensidade que se encaixa no seu perfil, seja ela corrida na esteira, aulas de personal, as magníficas e intensas aulas de ginástica, futebol e por aí vai. Treine com saúde, segurança e procure superar seus limites a cada sessão, os resultados chegam mais facilmente quando a gente sai da academia com aquela sensação de fadiga, cansaço e acima de tudo, missão cumprida!


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INFORMAÇÃO Texto// Maria Gilda De Marco

PARA A SUA

CÂNCER: ENTENDA MAIS SOBRE ESTA DOENÇA 8 de abril é uma data especial, mas sem muitos motivos para comemorações. Um dia de reflexão, campanhas e transmissão de informações. Dia 8 de abril é o Dia Mundial de Combate ao Câncer, e por esse motivo vamos falar sobre essa doença que é um problema de saúde preocupante, mas com muitos recursos e esperança para os pacientes. Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e os órgãos, podendo espalhar-se (através da metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres

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estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos. Manter um estilo de vida saudável é de extrema importância para afastar alguns desses fatores de risco, que são de fato evitáveis. Se apesar de tudo for diagnosticado o câncer, não há motivos para desespero, muitos são os tratamentos disponíveis atualmente, inclusive pelo SUS. O câncer pode ser tratado através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. Em alguns casos, é necessário combinar mais de uma modalidade. Os pacientes com câncer têm alguns direitos sociais que algumas pessoas desconhecem, por isso vamos explicar resumidamente quais são eles: Saque do FGTS: Na fase sintomática da doença, o trabalhador cadastrado no FGTS que tiver neoplasia maligna (câncer) ou que tenha dependente portador de câncer poderá fazer o saque do FGTS. Saque do PIS/PASEP: O PIS pode ser retirado na Caixa Econômica Federal e o PASEP no Banco do Brasil pelo trabalhador cadastrado no PIS/PASEP antes de 1988 que tiver neoplasia maligna, na fase sintomática da doença, ou que possuir dependente portador de câncer. Auxílio Doença: É um benefício mensal a que tem direito o segurado quando este fica temporariamente incapaz para o trabalho em virtude de doença por mais de 15 dias consecutivos. O portador de

câncer terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado. Caso o câncer tenha deixado sequelas graves, alguns dos seguintes benefícios podem ser usufruídos: Aposentadoria por Invalidez: É concedida desde que a incapacidade para o trabalho seja considerada definitiva pela perícia médica do INSS. Amparo Assistencial ao Idoso e ao Deficiente: A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) garante um benefício de um salário-mínimo mensal ao portador de deficiência incapacitado para o trabalho e para uma vida independente. Quitação do financiamento da casa própria, caso haja esta cláusula no contrato e comprovação da invalidez total e permanente. Tratamento fora de domicílio (TFD) no Sistema Único de Saúde (SUS), isenção do Imposto de Renda na aposentadoria, isenção de IPI (caso deficiente físico), IPVA e ICMS (de acordo com regulamentação estadual) e ainda isenção de IPTU em algumas cidades específicas. O simples fato de repensar e reavaliar os hábitos na busca de uma vida mais saudável e mais feliz já é um passo importante. Parar para refletir sobre os valores e escolhas e tentar descobrir formas de encontrar bem-estar social, físico, emocional e espiritual são outros passos para você atingir seus objetivos. O fundamental é criarmos formas de nos lembrar de nosso objetivo maior que é conseguir uma vida mais alegre, feliz e direcionada ao bem-estar.


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DESSE INVERNO? Texto// Josiane Moro Schiffl

QUAL A MODA

O TECIDO QUE AQUECE COM ELEGÂNCIA E VEM COM TUDO NESSE INVERNO O inverno está chegando, e vem cheio de novidades no mundo da moda, uma delas é a volta do veludo. Ele, que estava meio esquecido, assume a liderança entre as tendências outono/inverno, e surge como tecido chave da temporada. O veludo é um tecido muito antigo criado na Índia, depois apareceu na Europa aonde foi popularizado. Nos séculos XIV e XV foi fabricado exclusivamente na Itália, onde se tornou famoso em Veneza, Florença, Gênova, Milão. Ele pode ser feito de seda, algodão ou fios sintéticos, os mais encontrados e conhecidos são: Veludo Alemão: Feito de seda ou algodão é um

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tecido bem liso, e possui um brilho intenso. Roupas feitas com ele lembram a antiga nobreza. É o mais caro dos veludos. Veludo Cristal: É mais liso, brilhante e leve que o veludo alemão, mas menos estruturado. É feito, em geral, de fios de seda. Veludo Molhado: O brilho lembra o veludo


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cristal, porém com uma superfície irregular. Conhecido também como veludo amassado. Veludo Devorê: Feito através de um processo químico que corrói o tecido e o deixa com desenhos em relevo. Veludo Cotelê: É o veludo canelado, sua base pode ser o algodão ou algum fio sintético como o poliéster. De uns tempos para cá, o elastano foi incorporado à sua composição, o que lhe proporcionou maior conforto. É encontrado com freqüência também no guarda-roupa masculino. Muito usado nos anos 90, o veludo é um tecido muito macio, sendo confortável, e gostoso de vestir. Ele também possui um brilho natural que realça as suas cores, deixando o visual com um aspecto super sofisticado. Fazendo par perfeito com tecidos mais leves e materiais mais simples, ele é muito fácil de combinar e fica bem a qualquer hora do dia e ocasião. É realmente a cara do inverno! Vale lembrar que as peças confeccionadas a partir deste material podem apresentar misturas de outros tecidos e texturas trazendo ainda mais charme e modernidade ao look. Este inverno será marcado pelo brilho, por isso os preferidos para a estação são o veludo cristal e o molhado. Use veludo sem medo. Ele voltou para ficar e arrasar, será encontrado em várias opções de roupas como calças, vestidos, saias, casacos, e como moda não é só roupa, ele aparece também em diversos tipos de acessórios, modelos de sapatos, bolsas, enfim, uma grande variedade de peças que fazem toda a diferença na hora de compor o seu visual.

//47 Créditos: yyellowbird

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ERECHINENSE

CORREIO

Texto// Jonathan Holdorf

Créditos: · skëne ·

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FIQUE ATENTO! BRINCAR DE “AMIGO SECRETO” NA PÁSCOA PODE SER PIOR DO QUE VOCÊ IMAGINA Celebrações de feriados são as coisas mais fantásticas que os seres humanos já criaram. Todos gostam de dar e receber presentes, gastar milhares de reais em festas cheias de comida e convidar os colegas de trabalho ou escola para participarem do famoso “Amigo Secreto”. Esta pequena brincadeira, que consiste em deixar totalmente oculto o nome da pessoa que você pegou e depois presenteá-la com qualquer porcaria que você comprou no 1,99, vem há mais de décadas sendo passada de uma geração para outra. Mas qual é a razão para isso fazer tanto sucesso?

de ano, quando todos estão cansados de andar para lá e para cá, fazer provas, ir para o trabalho naquele calor infernal dia após dia, algum amigo chega anunciando em irritante e alta voz: “VAMOS BRINCAR DE AMIGO SECRETO?”. Está feito o estrago. Ah, não me leve a mal, eu adoro participar. Mas você deve concordar comigo que esta brincadeira lhe deixa com um pé em cima de uma bomba num campo minado. É impossível saber o que dar e, pior ainda, nunca se sabe o que irá receber. Apesar de tudo, no final se torna uma grande diversão com a galerinha da pesada.

Antes de falarmos especificamente da Páscoa e suas comemorações, devemos lembrar quando esta brincadeira é feita com veemência. Nos finais

Então, como eu ia falando, são nos feriados de final de ano que a maioria das pessoas resolvem se reunir na casa de alguém ou em qualquer outro

lugar para revelar quem pegou e qual é o presente. Muitos farão caras de tristeza, outros pularão de alegria. E este é o verdadeiro espírito da coisa: ser surpreendido, mesmo que não seja da melhor maneira. Falado isso, resta sabermos o que é a Páscoa e porquê de eu considerar a brincadeira de amigo secreto muito pior nesta época do ano do que no restante. As festividades envolvendo a Páscoa são, na maioria das vezes, feitas envolvendo grandes e deliciosos ovos de chocolate recheados de carinho e sinceridade. Na verdade, a ov(o)erdose de cacau acontece graças aos pais, amigos, namorados(as) que enchem seus entes queridos com toneladas do mais puro e saboroso alimento libertador


de TPM (é o que dizem as mulheres). O que me faz pensar em outra teoria: que todos os seres humanos têm Tensão Pré Menstrual nesta época, independentemente se são homens ou mulheres. Bom, isso vamos deixar para uma outra discussão. Mas você deve estar se perguntando: para quê falar sobre tudo isso antes de entrar no verdadeiro assunto citado no título deste texto? Acho que não fui tão óbvio, não é mesmo? Porque é necessário o entendimento de toda uma filosofia sobre festas de final de ano e confraternizações para que, finalmente, possamos conversar sobre o Coelhinho e todas as suas criações. Chega de enrolação. Vamos ao que interessa! É hora de falar sobre as principais consequências de promover “Amigo Secreto - Edição Páscoa”:

a) A brincadeira por si só já é digna de ficar preocupado, graças à toda tensão envolvendo-a. Como já comentado anteriormente, você nunca saber o que vai dar e nem o que poderá receber. “Ah, mas amigo escritor, é possível passar uma lista e cada um pede o que quer”, você pode estar pensando. Então, meu amigo, faça o seguinte: guarde seus R$ 20,00, não tire o papel com o nomezinho do coleguinha e vá em uma loja comprar o seu presente. Com certeza irá poupar bastante trabalho.

b) Eliminando qualquer tentativa de burlar a famosa brincadeira (listas e afins), o risco de você ganhar um chocolate no formato de Coelhinho da Páscoa embalado em um plástico todo suado graças ao calor da bolsa é muito grande. Mas isso é o de menos, dá para pegar uma fruta e fingir que é fondue. O pior é se te dão aquele delicioso e gorduroso pedaço de cacau comprado

em bodega, que somente lhe fará comemorar esta data tão especial como um Rei. Nem preciso explicar que é ficar sentado no trono, né?

c) Porque ovos são todos iguais (menos os de galinha, claro). Vamos imaginar que todos os seus amigos resolveram gastar uns R$ 20,00 em algo que realmente preste (ta aí um milagre) e compraram um baita ovo recheado e com presentinhos. TODOS, eu disse TODOS têm o mesmo gosto, porque são de ótima qualidade e feitos por empresas que visam o benefício do cliente e não do bolso (aí pode ter uma pequena mentira). Enfim, chocolates populares geralmente são bastante parecidos, o que diferencia são aqueles que realmente têm um preço muito elevado e são feitos por duendes mágicos. Viu como é impossível fazer uma comemoração assim? As chances de tudo dar errado é de 90%, deixando os outros 10% para futuras margens de erro. E falando em chocolates, quais estão fazendo mais sucesso hoje em dia? Fico me perguntando se alguém já teve a ideia de criar um de Angry Birds ou um pintado e recheado de ovo de galinha mesmo. Já pensou você abrindo a embalagem, quebrar para comer e começar a cair uma gema achocolatada? Deve ser sensacional! E aí? Ainda vai se dar ao luxo de participar dessas brincadeiras? Bem, eu tentei avisar, agora é você que vai pôr a sua conta em risco. Feliz fica o Coelhinho que ganha mais dinheiro.

Ovo Adicional ganhe um chocolate no formato do Castelinho acessando www.correioerechinense.com

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COISAS QUE

TESTAMOS

A PROPÓSITO...

A REDE SOCIAL DA INSPIRAÇÃO E DA CRIATIVIDADE

Texto// Equipe Box

Ele está sendo muito comentado na internet, e funciona como um grande mural de fotos e vídeos. Conheça um pouco mais sobre essa nova rede social. Há algumas décadas atrás, nos longínquos anos 90, era muito comum a prática dos jovens recortar imagens de jornais e revistas e criar murais nos seus quartos. Os assuntos eram os mais diversos: carros, motos, atores, atrizes, cantores, bandas, notícias... Por volta de Março de 2010, Ben Silbermann e dois amigos lançaram uma rede social que trás de volta à tona este processo, mas na tela do seu computador: o Pinterest. Ele foi considerado um dos 50 melhores sites de 2011 pela revista Time. Cada usuário cria o que mais lhe convir com o assunto que mais lhe interessar. Eles variam desde arquitetura, arte, carros, design, coisas geeks, comidas, bebidas, humor, decoração, e parece que nunca acabam as possibilidades. Através dele você pode “Pinar” uma imagem, fazendo com que ela fique no seu mural, fazer upload de suas imagens, “Curtir” ou até mesmo comentar. A integração do Pinterest com as redes sociais possibilita com que cada imagem compartilhada lá seja automaticamente postada

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nas contas do Twitter e do Facebook.

CONFIRA ALGUMAS CURIOSIDADES DO PINTEREST: Mais de 90% da base de usuários são mulheres. O Pinterest foi o serviço online que atingiu 10 milhões de acessos únicos por mês mais rápido nos EUA, de acordo com a comScore. De Setembro de 2011 à Dezembro de 2011 o número de usuários cresceu 429% (e continua crescendo enquanto escrevo esta matéria!). 16 é o número de funcionários da empresa que se localiza em Palo Alto, no Vale do Silício. Sozinho gera mais tráfego para outros sites que o YouTube, o Google+ e o Linkedin juntos. Pinterest é um acrônimo das palavras Pin (alfinete) e Interest (interesse).

O PINTEREST DOS HOMENS Já que a maior parte dos usuários do Pinterest são mulheres, nada mais justo do que ser criado um Pinterest masculino. Ele é o Gentlemint, aonde se encontram fotos de carros, piadas, filmes de ação, carnes, whiskys e tudo mais sobre o estereótipo masculino, é claro, sem desrespeitar as damas. Como o próprio American Moustache Institute (http://www.americanmustacheinstitute.org/) afirma, trata-se de “um dos sites mais masculinos do planeta”.

CONFERE AÍ!

CONFERE AÍ!

http://pinterest.com

http://gentlemint.com


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E COISAS A FAZER Texto// Tiago Sutili

DO INTELECTUAL AO GEEK

FIM DA ETERNIDADE

A ficção científica sempre foi um gênero literário conceitualmente visto com preconceito e renegado a uma posição inferior, o maior exemplo disto reside no fato de que durante muito tempo o maior veículo de promoção para histórias deste gênero foram as “Pulp Magazines”, revistas extremamente populares nos Estados Unidos entre jovens com baixo poder aquisitivo e de qualidade questionável. Esta fase sombria da ficção científica ainda faz com que grande parcela dos livros do gênero sejam encarados com grandes suspeitas, porém, como em qualquer gênero, existem exceções, e a maior delas neste caso é a obra do autor russo Isaac Asimov. Internacionalmente conhecido como o criador das “Três Leis da Robótica”, o seu maior feito literário foi a introdução de conceitos científicos reais em um gênero literário que até aquele momento,

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em contraste com a sua própria denominação, pouco tinha em comum com a ciência praticada nos laboratórios da época. O seu Ph.D. em bioquímica certamente foi um fator determinante em sua obra, uma vez que além de permitir que o mesmo fundisse ciência e literatura de maneira convincente, foi de grande influência em seu estilo, marcado profundamente pela clareza, concisão e objetividade que são características obrigatórias em um texto de divulgação científica. Todos estes aspectos podem ser verificados em sua extensa obra composta por mais de 500 publicações (incluindo diversas puramente científicas), sendo o livro “O Fim da Eternidade” um claro exemplo. Publicado em 1955 esta obra combina características de mistério e suspense com um embasamento científico voltado para os paradoxos de deslocamento temporal e para a engenharia social. De maneira geral o livro retrata um futuro distópico onde a humanidade desenvolve a tecnologia necessária para que viagens no tempo se tornem possíveis. Verificando que no futuro toda a humanidade seria aniquilada devido ao seu desenvolvimento descontrolado uma organização chamada “Eternidade” foi criada fora do fluxo temporal, de modo que humanos conhecidos como “Eternos” pudessem ser recrutados em diversas épocas da existência humana pra controlar a evolução da raça humana. Para isso pequenas alterações na realidade são minunciosamente calculadas e executadas, de modo que o “Efeito Borboleta” ocasione mudanças significativas no futuro. A história começa a se desenvolver quando um dos Eternos entra em contato com uma mulher convencional e acaba se apaixonando e questionando o controle executado pela “Eternidade”, que teoricamente estaria servindo

a propósitos até então ocultos e impedindo que a humanidade alcançasse o seu real potencial. O livro se destaca graças ao desenvolvimento deste enredo básico de acordo com o estilo sucinto e direto de Asimov, onde a narrativa está diretamente atrelada aos diálogos em detrimento às extensas descrições de cenários e personagens. Desta maneira o autor é capaz de fornecer somente informações vitais sobre os aspectos físicos, deixando a imaginação do leitor preencher as lacunas existentes, e se atendo principalmente aos aspectos intelectuais e ao desenvolvimento da história através das ações e reações desenvolvidas nos diálogos entre os personagens. Cientificamente o maior destaque reside nas reflexões ocorridas em decorrência dos paradoxos temporais apresentados e da engenharia social praticada pela organização “Eternidade”, incentivando o leitor a questionar algumas das políticas sociais comuns à sociedade contemporânea, e em especial se o melhor caminho a ser seguido é a segurança da eternidade ou a exuberância da infinidade. A junção destes elementos científicos com o estilo literário característico de Asimov cria uma obra única e um dos maiores expoentes da ficção científica, sendo leitura obrigatória para todos os apreciadores do gênero.

//INFORMAÇÕES DO LIVRO Editora: Aleph Autor: ISAAC ASIMOV Ano: 1955 Número de páginas: 255 Preço mínimo sugerido: R$ 38,00


A PROPÓSITO...

CASTLEVANIA: LORDS OF SHADOW

Em 1986 a Konami Corporation lançou o jogo intitulado “Vampire Killer” para a plataforma MSX, sem imaginar que ele seria o predecessor de uma das maiores franquias de videogames da história, fazendo com que a empresa se tornasse uma das gigantes do ramo. Desde aquela época mais de 30 jogos (incluindo alguns remakes) foram lançados tendo como inspiração o pouco pretencioso jogo original. “Castlevania: Lords of Shadow” é a tentativa de trazer essa série de jogos extremamente popular para os videogames de última geração, atingindo simultaneamente o público já fiel além de potenciais novos jogadores. Para isso uma

série de inovações foram implementadas, visando uma redefinição de alguns pontos centrais que caracterizavam os jogos anteriores, porém a falta de uma análise mais criteriosa resultou na perda da identidade que tornava a franquia tão especial. Um dos pontos que se manteve fiel ao restante da série é a história, que novamente gira entorno da luta de um integrante da família Belmont, composta por tradicionais caçadores de monstros, contra hordas de vampiros, lobisomens e mortos-vivos em cenários medievais recheados de elementos religiosos. Apesar de deixar a desejar em algumas situações, o desenvolvimento da história cumpre o seu papel ao interligar os diversos capítulos e manter o jogador interessado e envolvido até o final. Graficamente o jogo foi extremamente bem elaborado, tornando claro o cuidado empregado na elaboração dos cenários e dos diversos personagens, de modo que alguns dos defeitos presentes no desenvolvimento da história acabam sendo ignorados devido ao envolvimento do jogador com o material gráfico apresentado. Quanto à mecânica de jogo, diversas alterações foram realizadas em relação aos jogos anteriores da franquia, porém o resultado final é interessante e constitui o principal destaque do jogo. Fica claro que para a sua elaboração os criadores buscaram inspiração em alguns dos títulos mais inovadores dos últimos anos, fundindo estes novos elementos com os já tradicionais puzzles e as combinações de golpes que fizeram parte dos melhores jogos da série e a tornaram revolucionária em diversos sentidos. De maneira geral as batalhas são envolventes e sangrentas e os combos, apesar de facilmente realizáveis, são interessantes e extremamente úteis, permitindo que o jogador crie estratégias distintas para combater

da maneira mais eficaz cada adversário. O jogo carece de uma maior dificuldade, elemento que tornaria a experiência de jogo mais desafiante e emocionante, especialmente em relação às batalhas finais de cada capítulo, que apesar de interessantes são previsíveis em sua grande maioria. A tradicional câmera fixa foi mantida, não permitindo que o jogador controle a mesma em busca do melhor ângulo, o que em muitos casos torna a experiência de jogo frustrante e irritante. Porém o maior problema reside em alguns dos puzzles mal elaborados e injustificáveis no contexto em que a história se desenvolve, de modo que é natural que o jogador perca o interesse em sua resolução. A falta de criatividade na elaboração da história e a mecânica de jogo criada a partir da fusão de diversos elementos apresentados anteriormente por outros jogos fazem com que “Castlevania: Lords os Shadow” se perca na infinidade de jogos “Hack n’ Slash”, perdendo o lugar de destaque que ocupava anteriormente entre os jogos do gênero. Porém isto não significa que o jogo seja um total desperdício de tempo, uma vez que ainda é capaz de proporcionar boas horas de diversão e, especialmente para os jogadores mais antigos, é impossível deixar de apreciar mais um capítulo de um jogo clássico, mesmo que desfigurado em sua essência.

//INFORMAÇÕES DO JOGO Classificação Indicativa (Brasil): 16 + Modos: Single-player Plataforma: PlayStation 3 e Xbox 360 Preço mínimo sugerido: R$ 120,00

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ESPAÇOS

CRIANDO

Texto// Claudia Renata Capitanio Yan Kaue Brasil

Créditos: André Bonacin

OCUPANDO OS ESPAÇOS: ARQUITETURA COM FUNÇÃO SOCIAL A arquitetura, como segmento artístico das Belas-Artes, é a única arte que dá possibilidade de utilização funcional, isto é, pode-se tomar posse do espaço tridimensional para a utilização de acordo com os seus interesses. Consequentemente, a arquitetura tem um valor social que, às vezes, não é reconhecido; não é potencialmente preservado e, por conta disso, perde-se os atributos culturais agregados à obra. A preservação e o uso correto das edificações, tanto quanto o seu reconhecimento cultural e simbólico para uma cidade é necessário, para que a identidade arquitetônica do local não se perca com o tempo. Essa identidade que, ora se perde, ora se

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preserva, faz parte de um contexto histórico que explicita o estilo de vida dos moradores da cidade ou do espaço de vivência. Além disso, as técnicas utilizadas para a criação das obras limitam, incluem, excluem e, sobretudo, categorizam o usuário do espaço. Essa relação de público e privado segmenta a sociedade em categorias de acordo com a cultura, a classe social, o gênero, além de alimentar pré-conceitos. Um exemplo clássico dessa hierarquização dos lugares são os shoppings centers que, pelo seu caráter monumental, com excesso de ornamentos e, também, pela localização centralizada exclui alguns públicos, como os que vivem na periferia e os menos abastados, pois não é um local acolhedor

de forma universal, mas sim, que possibilita a segregação. O papel da arquitetura, portanto, é organizar e proporcionar uma integração mútua entre os seres que a utilizam, a fim de possibilitar a completa apropriação dos espaços, sem que haja o zoneamento por conta de interesses pessoais. Portanto, o arquiteto tem um importante papel social, o de criar espaços que acolham, favoreçam a todos de forma homogênea e que não classifiquem os usuários. Em virtude disso, a arquitetura deve trabalhar com três eixos básicos: a estética, a funcionalidade e a solidez sem que nenhum desses se sobressaia.


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