Revista Business Portugal - Maio 2022

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ÍNDICE Maio 2022

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SAÚDE

EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

ESPECIAL

LÍDERES E

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DIGITAL

DE FÁTIMA

TRANSFORMAÇÃO

25 ANOS CIDADE

Nota de boas-vindas... Resistir, adaptar-se e seguir em frente. Esse tem sido o lema de muitas empresas, no período conturbado que temos vivido do pós-pandemia e conflito na Ucrânia, trazendo ao de cima a sua capacidade de resiliência. Mas o que é resiliência? Na psicologia, resiliência significa capacidade de enfrentar e superar adversidades. Dentro das empresas, é a capacidade de uma organização antecipar, preparar, responder e adaptar-se a mudanças abruptas ou imprevisibilidades, a fim de sobreviver e prosperar. Uma empresa resiliente é aquela que desenvolveu mecanismos para reagir sem perder a sua essência, reinventar-se, criar novos processos, produtos e modelos de gestão, encontrando a força e estratégia necessárias para prosseguir um caminho de crescimento e afirmação. A Revista Business Portugal, nesta edição de maio, evidencia empresas e organizações, das mais diversas áreas, que assumem a capacidade de se adaptar diante de novos cenários ou transformações e um novo perfil de liderança centrado nas pessoas. Levamos, mais uma vez, até si exemplos inspiradores de empresários e empreendedores que continuam a investir numa cultura orientada para a qualidade, inovação e competitividade, porque ser o parceiro de comunicação de referência das empresas é um grande orgulho e o impulso para continuarmos!

Fernando R. Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva | E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Maio 2022 Tiragem: 25.000 exemplares

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ARTIGO DE OPINIÃO

Francisco Calheiros, Presidente da Confederação do Turismo de Portugal

O TURISMO COMO MOTOR DA ECONOMIA Depois de dois anos de pandemia, que resultaram em avultados prejuízos para as empresas turísticas, eis que nos deparámos, no início deste ano, com o que menos esperávamos: uma guerra em pleno coração da Europa. E como todas as guerras, um conflito como aquele a que temos vindo infelizmente a assistir, traz consigo consequências muito negativas para a economia. Não é por acaso que o FMI já reviu em baixa as estimativas de crescimento económico mundial. Espera o Fundo Monetário Internacional que o PIB global avance 3,6% este ano, menos 0,8 pontos percentuais em relação ao que as previsões apontavam em janeiro. Tudo por causa do atual conflito na Ucrânia. Portugal não será exceção e o crescimento da nossa economia, apontam as previsões, será menor do que o que se previa no final do ano passado. Mas há sem dúvida um fator que poderá contribuir para amenizar esta previsível descida dos índices económicos: o crescimento do Turismo. Este início de 2022, já dá sinais de que iremos ter um ano turístico de recuperação da procura, com mais turistas a chegarem a Portugal e a contribuírem para um aumento da ocupação hoteleira e do movimento aeroportuário. Esta Páscoa foi já um excelente pronuncio, com taxas de ocupação nos hotéis acima dos 80% e um aumento muito considerável de clientes nos restaurantes e, por exemplo, em equipamentos culturais. Estes estes dados do período de férias pascais confirmaram os números que já vinham a ser revelados desde o início do ano e que são confirmados pelo Eurostat (gabinete europeu de estatísticas), que revela como Portugal é, neste momento, o segundo país da União Europeia com o maior movimento de passageiros nos

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aeroportos, estando apenas a 8% de alcançar os dados de 2019, o melhor ano de sempre do Turismo em Portugal. Todos esperamos que esta recuperação da atividade turística se venha a verificar durante o resto deste ano, para que o Turismo continue a ser motor da economia portuguesa e para que dê um forte contributo para o crescimento económico. Mas não podemos esquecer que as empresas ainda estão a sofrer os impactos da pandemia e agora da guerra, a que se juntam a subida da inflação e os preços da energia e dos combustíveis. Ou seja, a recuperação não será tão rápida quanto desejável, porque as empresas ainda estão muito fragilizadas em termos da sua tesouraria e da sua capacidade de investimento e têm de fazer face a realidades conjunturais negativas. Por isso, há medidas por parte do Governo que deverão ser implementadas. Para além do apoio à tesouraria das empresas, deverá ser também decidida uma diminuição da carga fiscal ao nível por exemplo do IRC e do IVA. Não tenho dúvidas que as pessoas estão ávidas em viajar. Querem voltar a ter a sua liberdade de conhecer novos destinos, novas culturas, novas gastronomias, novas paisagens. Portugal tem muita diversidade e oferece também (importantíssimo nos dias de hoje), segurança em todos os sentidos. Mas há problemas por resolver que têm impacto no Turismo e que têm de ser resolvidos o quanto antes. Falo principalmente do novo aeroporto na região de Lisboa. É que tendo em conta o crescimento de turistas que nos visitarão nos próximos anos, não haverá como dar cabal resposta a este crescimento se um aumento da procura do destino Portugal não for acompanhado por infraestruturas que respondam a essa maior procura. E um novo aeroporto é, como todos sabemos, essencial e urgente.


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SIL 2022 | JPS GROUP

SkyCity, Serra de Carnaxide

A JPS GROUP é uma empresa única e de referência no que ao imobiliário diz respeito, dado que foi pioneira a antecipar tendências e a fazer moradias de luxo a preços acessíveis e altamente competitivos, sem nunca descurar a qualidade e a preocupação com temas como a eficiência energética e a sustentabilidade. Em entrevista à Business Portugal, João Paulo Sousa (CEO) revelou mais detalhes sobre o novo projeto que promete marcar o ano de 2022 e revolucionar o sector.

“MAIS DO QUE UMA CASA, UM ESTILO DE VIDA”

Sede da JPS GROUP

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A JPS GROUP é um dos maiores promotores de empreendimentos de grande dimensão em Portugal. O ano de 2022 vai marcar o lançamento do maior projeto da história do grupo, e talvez o maior projeto residencial a nível nacional. Fale-nos deste projeto e das suas características? A JPS GROUP é promotora de mais de 1550 moradias e apartamentos, pelo que se posiciona no mercado imobiliário como um dos maiores promotores de empreendimentos de grande dimensão em Portugal e, também, líder no mercado residencial de “luxo acessível” onde fomos pioneiros. Os nossos projetos como o SkyCity, Dream Living, Green Valley, Sea View e Terraços de São Francisco estão, na sua maioria, 100% vendidos. Nos próximos dois anos, pretendemos colocar no mercado, cerca de mais 3000 novas casas, sendo que o ano de 2022 vai marcar e ficar para a história do nosso grupo, com o lançamento do nosso maior projeto até à data, e um dos maiores a nível nacional com, sensivelmente, 1200 frações entre moradias, apartamentos e espaços comerciais, a preços competitivos, e com um conceito completamente inovador. O empreendimento, dada a sua dimensão, funcionará como uma autêntica “vila de luxo” toda construída de base, com uma área total de construção de 167.908,00 m² e será desenvolvido em três fases a preços diferentes, sendo que vamos lançar a primeira fase a valores surpreendentes. Composto por apartamentos, moradias térreas e moradias de dois pisos, e rodeado de amplos espaços verdes, com variadíssimas estruturas de apoio ao próprio empreendimento, como piscina, campo de ténis, clínica, espaços comerciais, entre outros. Neste novo projeto, mais do que vender uma casa, vamos vender


SkyCity, Serra de Carnaxide

um “estilo de vida” para clientes de todas as idades, desde os mais aos menos jovens, até porque vai ter uma forte componente de segurança, apoio domiciliário e espaços comuns, onde o convívio entre as diferentes gerações vai ser potenciado. Existem, cada vez mais, pessoas a sonhar envelhecer com uma qualidade de vida acima da média no conforto da sua própria casa, pelo que o nosso próximo projeto vem antecipar tendências também a esse nível, com casas preparadas para todas as idades. Os projetos/empreendimentos da JPS GROUP destacam-se pela qualidade, contemporaneidade e minimalismo, com acabamentos de luxo, com muita luz, com espaços exteriores, jardins, piscinas, conforto, segurança, excelentes localizações e rodeados de todas as comodidades. O facto dos projetos serem feitos in house é a chave para apresentarem projetos únicos e a preços competitivos? Acreditamos que, pelo que conhecemos, somos a única empresa a assumir verdadeiramente uma perspetiva 360º. Temos todas as equipas a trabalhar a tempo inteiro, a começar na equipa comercial, de marketing, de investimentos, de arquitetura e de engenharia, de recursos humanos, análise de crédito, pós-venda, jurídico, financeiro, produção e também uma construtora própria. Desta forma, conseguimos realizar o projeto de vida das pessoas ao preço que estas podem pagar, sem ter que sacrificar a qualidade, antes pelo contrário.

A história da JPS GROUP faz-se de projetos e empreendimentos que foram e são autênticos sucessos. O Skycity, um dos maiores empreendimentos em construção em Portugal, foi finalista ao Prémio Nacional do Imobiliário 2022 (PNI2022), nas categorias de Habitação e Excelência em Eficiência e Sustentabilidade. O que representa esta distinção e este destaque? É naturalmente com orgulho que nos vemos na posição de finalistas de um Prémio Nacional do Imobiliário com tão elevado prestígio, mas também temos a consciência que estamos a comparar um projeto de 400 casas e de “luxo acessível”, com projetos que na sua maioria não ultrapassam as 30 casas e que algumas atingem valores de mercado elevadíssimos, pelo que se o projeto SkyCity não for entendido e avaliado como um todo, dada a sua enorme dimensão, haverá sempre um grande desequilíbrio nessa comparação. De qualquer das formas, é um orgulho sermos finalistas, como referi, sendo que um dos factos que mais nos orgulha enquanto empresa é que, mesmo sendo os nossos preços imbatíveis, esse facto não impede que tenhamos uma enorme preocupação com os temas de eficiência e sustentabilidade.

A JPS GROUP pratica preços muito competitivos para a classe média e média alta, porque produz em grande escala com construtora própria, trabalhando sempre para antecipar as necessidades do mercado. É esta forma de estar no mercado que faz da JPS GROUP “uma empresa única no sector imobiliário”? Sim, sem dúvida! Fomos pioneiros em antecipar tendências e a fazer projetos de “luxo acessível” para uma grande parte das pessoas reais e com valorizações muito acima do habitual. Green Valey Oeiras Residence, Oeiras REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 7


SIL 2022 | JPS GROUP

SkyCity, Serra de Carnaxide

O mercado imobiliário terminou 2021 a superar muitas das expectativas traçadas no início do ano, deu provas da sua resiliência durante a pandemia, deverá continuar a manter-se dinâmico e a evoluir positivamente, segundo os especialistas do sector. Qual a sua visão e perspetiva sobre o mercado imobiliário para o ano de 2022? Acredito que continuaremos com um bom desempenho no sector imobiliário. O mercado residencial continua a registar uma procura muito elevada, sobretudo, de obra nova. Julgo que vamos continuar a assistir, à semelhança do que acontece nas grandes capitais europeias, a uma “descentralização” e, como tal, a uma maior procura de casas fora das grandes cidades. Por exemplo, o nosso mais recente projeto Terraços de São Francisco, em Alcochete com 160 frações entre apartamentos e moradias, já se encontra vendido na quase totalidade e temos as últimas poucas unidades disponíveis sob reserva, sendo que continuamos com fila de espera, o que revela muito da mudança de hábitos das famílias portuguesas que preferem optar pela qualidade de vida e bons preços, em alternativa a viver nos grandes centros.

Terraços de São Francisco, Alcochete 8 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A JPS GROUP volta a marcar presença no SIL – Salão Imobiliário de Portugal de 12 a 15 de maio, na FIL – Feira Internacional de Lisboa, o maior e mais prestigiante evento do sector realizado em Portugal com projeção internacional. O que espera do evento deste ano? Espero e acredito que o SIL 2022 volte a ter os níveis de qualidade e quantidade de expositores, assim como de afluência de visitantes, semelhantes ou mesmo superiores aos anos pré-pandemia. Estamos muito entusiasmados com o evento deste ano, sendo que temos preparada uma presença JPS GROUP em força e vai com toda a certeza marcar pela qualidade e inovação. Convidamos desde já os visitantes do SIL deste ano a passarem no nosso stand para conhecer a empresa e a equipa, assim como os nossos projetos e novidades. Que projetos e ambições acalenta para continuar a revolucionar o mercado imobiliário e antecipar as necessidades dos clientes? À semelhança do que já acontece com os nossos clientes, a nossa maior ambição é que quando qualquer pessoa ouvir o nome JPS GROUP em qualquer parte do país, identifique de imediato uma marca que significa confiança, qualidade de construção a preços imbatíveis, projetos que oferecem qualidade de vida, e que, além disso, significam um bom investimento imobiliário, a curto, médio ou longo prazo. Antecipamos as necessidades dos clientes e a prova disso é o sucesso de vendas que alcançamos, lançamento após lançamento. Acreditamos que o sucesso da marca JPS GROUP vai continuar na área da Grande Lisboa, mas também será alargada com igual sucesso a outros pontos do país.


Green Valley Oeiras Residence

The Village Vale das Andorinhas, Malveira

SEA VIEW Residence

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Luís Mário Nunes, Diretor-Geral

COMPRARCASA: NA VANGUARDA DA ESPECIALIZAÇÃO DO SECTOR IMOBILIÁRIO No dia 22 de abril, realizou-se a primeira Convenção Ibérica da ComprarCasa em Portugal, mais especificamente, na Real Companhia Velha no Porto. Luís Mário Nunes, Diretor-Geral da empresa, conta-nos todos os pormenores sobre este evento, mas também sobre o panorama atual do sector imobiliário. Convenção Ibérica ComprarCasa Com cerca de três centenas de pessoas e quatro oradores, a convenção acolheu portugueses e espanhóis na discussão sobre o sector imobiliário. O principal tema de discussão passou pela “experiência que conseguimos proporcionar ao cliente. Se esta for no mínimo satisfatória, vai-nos recomendar, vai ser o nosso embaixador”. A apresentação e discussão de uma nova abordagem de clientes, com o foco na “especialização, seja em zona/produto ou na própria função, ter dentro de cada loja pessoas que são especialistas só com moradias, por exemplo, ou com outstanding”.

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Luís conta que, em relação a este último, “apresentámos também aquilo que, na nossa opinião, é uma resposta a este tipo de mercado, seja em termos de serviço, mas também em termos de imagem”. O mercado espanhol tem já um avanço nesta área sobre o nacional, pois providencia um serviço de acordo com funções, no caso divisão de dinâmicas com proprietários e compradores. “Os interesses destes são antagónicos e, por isso, devem ser abordados de formas diferentes.” Uma analogia entre a agência imobiliária e o local de realização do evento também foi pensada, “o vinho melhora com os anos, no nosso caso, o nosso conhecimento tem necessariamente que melhorar com os anos”, revelou numa jornada que terminou no sábado com um passeio pelas pontes do Rio Douro. 2022 como um desafio Com o início do ano, também começaram as prospeções do mercado, que se revelaram “excecionais”, acima da média do ano passado para a ComprarCasa. No entanto, com o despontar da guerra na Ucrânia, Luís admite que “esta teve mais impacto, durante os últimos dois meses, mais ou menos, do que os dois anos de pandemia”. O Diretor-Geral como líder visionário afirma que “a capacidade de adaptabilidade e resiliência é algo que nos tem caracterizado” e, que apesar dos desafios, mantém a atitude empreendedora de “saber criar as ferramentas para os ultrapassar”, sendo uma dessas a apresentação da imagem de outstanding que acredita ser um elemento necessário para “servir melhor”. O futuro green do mercado imobiliário A ComprarCasa, tendo em vista o futuro e seguindo com o lema “temos claro que a terra não é uma herança dos nossos pais, mas sim um empréstimo dos nossos filhos”, criou o modelo ComprarCasa green no ano passado “para a aquisição de imóveis de classe A ou que não o sendo, podem ser candidatos a remodelações que permitem melhorar a sua eficiência energética”. Já na convenção foi atribuído um Prémio Líder nessa mesma área. Apesar de tudo, “o comprador, no mercado português, ainda não vê um imóvel sustentável como algo que vale mais, mas todos os players estão a dar os passos, no sentido de assegurar essa sustentabilidade. Não temos dúvida que um imóvel green vale mais do que um imóvel que não tem em consideração as boas práticas da sustentabilidade”.


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ARQUITETURA, IMOBILIÁRIO E DESIGN | BLUECOAST

Ricardo Vicente, CEO

“ESTE É UM NEGÓCIO DE PESSOAS” Em entrevista à Revista Business Portugal, Ricardo Vicente, CEO da BLUECOAST, destaca a importância do capital humano, apresenta os projetos Palmela Dreams e ADL Aires Dreams Living e revela ainda os objetivos traçados para o futuro. A BLUECOAST assume-se como um novo conceito no mercado imobiliário, ajudando as pessoas a alcançarem a melhor opção, seja na vertente habitação própria (live) ou investimento (invest). Que avaliação faz do percurso da empresa e em que valores tem assente o seu crescimento? Fazendo uma retrospetiva do nosso percurso, acreditamos que o sucesso da nossa evolução tem como base a credibilidade, confiança, disponibilidade e dedicação sempre acompanhadas de formação de excelência. Com estes pontos que referi, sentimos que os nossos clientes estão satisfeitos e são eles que nos ajudam a crescer cada dia, mais e melhor, é esse foco que nos faz melhorar e sentirmos o reconhecimento é o melhor sentimento que podemos ter. Diferenciam-se por um serviço de assessoria e consultoria imobiliária personalizado e exclusivo BLUECOAST. Em que consiste, que áreas inclui e quais as mais-valias deste serviço? Trabalhamos no mercado imobiliário, mas não somos apenas mais uma imobiliária. Procuramos uma abordagem mais holística, tendo o cliente como ponto central do nosso negócio, como referiu muito bem, exclusiva BLUECOAST, porque sabemos que somos os consultores melhor formados do mercado.

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Por essa razão, e pela dedicação exclusiva que damos a cada um dos clientes que nos procuram, conseguimos atingir os nossos objetivos com sucesso. Encaramos cada cliente como único e trabalhamos em exclusivo para atingir os objetivos que nos propõe. Numa abordagem próxima do Design Thinking procuramos encontrar, e até mesmo criar, soluções adequadas aos nossos clientes. Começámos a perceber que o mercado imobiliário já se encontra saturado de imobiliárias convencionais e que estas não se adequam às necessidades dos tempos de hoje, nem acrescentam valor. Existe muita oferta no mercado imobiliário, fazendo simplesmente a mediação entre a oferta e a procura – a BLUECOAST não quer ficar apenas por aí. Para além da formação superior na área do mercado imobiliário, bem como formação contínua através de workshops para os colaboradores, existe na empresa a compreensão de que esta área é muito mais do que apenas a transação de imóveis - é o acompanhamento dos clientes, que cada vez mais, buscam um investimento sólido e lucrativo, e que com o nosso know-how, conseguimos analisar, aferir e medir os riscos e os retornos a curto, médio e longo prazo, dependendo do tipo de cliente e do investimento que queira fazer. Apostamos ainda mais na criação e acompanhamento dos business plans de projetos imobiliários para construtores e promotores, sabendo que necessitamos de criar mais oferta no mercado, devido à grande procura, que se mantém – segundo estudos atuais, Portugal é o 4º país mais pacífico do mundo, a Bloomberg noticia que Lisboa é uma das cidades consideradas Best Place to Work for High Earners e tudo isto faz aumentar a procura.


BLUECOAST | ARQUITETURA, IMOBILIÁRIO E DESIGN

A aposta no capital humano e na formação têm sido pedras basilares da BLUECOAST. Podemos dizer que as empresas valem pelo capital humano e este é um negócio de pessoas? Por isso, é fundamental escolher as pessoas certas? As empresas valem pelo capital humano e este é um negócio de pessoas, sim. A criação de relações é uma pedra basilar neste mercado, e a escolha das pessoas certas é fundamental. Os principais investimentos que faremos continuarão a ser a aposta no capital humano e na formação. Contamos com uma equipa de especialistas em diversas áreas que marcam a diferença no mercado profissional. Não são apenas os seus certificados de formação que os distinguem, mas também a paixão e empenho em ajudar pessoas a conquistarem o seu património em Portugal, quer seja para investir ou habitar. É por isto que, para nós na BLUECOAST, é fulcral não só recrutar talento, como fazer uma retenção do mesmo. Os nossos resultados são prova de que este é o caminho certo e que o percorremos com as pessoas certas. O mercado imobiliário terminou 2021 a superar muitas das expectativas traçadas no início do ano, deu provas da sua resiliência durante a pandemia, deverá continuar a evoluir positivamente, segundo os especialistas do sector. Qual a sua visão e perspetiva sobre o mercado imobiliário para o ano de 2022? As perspetivas para o mercado imobiliário este ano são positivas, mantendo a confiança no sector. Verificamos o incremento na procura de casas e isso reflete-se ao nível das vendas. O sector da banca continua a apoiar esta retoma. É, no entanto, inevitável a subida de valores, até pelo encarecimento dos custos de construção e que se irá refletir no preço final da transação. Apesar de positivo, acredito que será igualmente desafiante, o preço das matérias-primas, a falta de mão-de-obra e prazos de fornecimento prejudicarão a construção “nova”, levando a que os clientes com mais urgência optem, muitas vezes, por imóveis usados. Continua a existir, no entanto, muita procura por imóveis novos, os quais, frequentemente, são vendidos em fase de projeto. Na BLUECOAST, estamos já habituados a estes desafios e só nos motivam ainda mais para a obtenção dos resultados esperados pelos nossos clientes.

Como referi antes, o foco no cliente é a nossa base, ao longo destes anos conseguimos fomentar mais e melhor relações com os nossos clientes frequentes, investidores, promotores e criar novos projetos de sucesso e, assim, continuar a desenvolver ainda mais, exemplo é o condomínio Palmela Dreams, um condomínio de 21 moradias V4 com espaços verdes, piscina e campo de padlle. Este projeto foi desenvolvido em plena pandemia e conseguimos fazer a sua venda na totalidade em projeto para responder às necessidades do mercado. Neste momento, já se deu início a construção e prevê-se responder ao que ficou definido e proceder à entrega das moradias aos seus donos até final deste ano. Outro empreendimento que acabou agora de ser projetado para o mesmo promotor fica em Palmela, é um novo espaço chamado ADL Aires Dreams Living, consiste num conjunto de nove moradias isoladas com piscina, cinco moradias geminadas e seis edifícios com penthouse no top. É um projeto muito atrativo devido a falta de oferta de construção nova e pela sua proximidade com as cidades de Setúbal e Lisboa, bem como às praias, entre outros. Neste momento, iniciam-se pré-vendas com valores mais apelativos, visto que a data de entrega da construção está prevista para o primeiro trimestre de 2024.

2022 será o ano da expansão da BLUECOAST, já que os primeiros dois anos foram de implementação e consolidação no mercado. Assim sendo, que estratégia e investimentos estão delineados? Uma vez mais, os principais investimentos continuarão a ser a aposta no capital humano e na formação. Planeamos também a abertura de novos espaços que representem mais oportunidades para servir as altas exigências dos nossos clientes em pontos estratégicos espalhados pelo país.

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ARQUITETURA, IMOBILIÁRIO E DESIGN | ZEROVINTEOITO

Tânia Nunes, Arquiteta de Interiores

Com mais de 18 anos de experiência na área da Arquitetura e Design, Tânia Nunes sente-se feliz por ter conseguido seguir o seu sonho. Em entrevista à Revista Business Portugal, revela que todos os projetos desenvolvidos foram especiais, quer pelo desafio, dificuldade, cliente, ou até pela complexidade, ao mesmo tempo que destaca o grande propósito da ZeroVinteOito: dar alma aos espaços.

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Como surgiu a paixão por este universo e como se desenvolveu o seu percurso? Sempre fui uma apaixonada pelas artes! Creio que herdei a sensibilidade do meu pai que era poeta e, certamente, por isso adorava tudo o que estava ligado as artes, adorava música, poesia, dança, desenho e passava os meus dias a pintar, mas na hora de escolher o curso a vontade de “servir os outros” falou mais alto, então ingressei na Faculdade de Arquitetura no Curso de Interiores. Quando terminei a faculdade ainda trabalhei dois anos com o conceituado Tomás Taveira e, depois, cinco anos num gabinete na Madeira, até decidir abrir a minha própria empresa. Trouxe comigo muita experiência e dois sonhos, o primeiro era criar uma empresa onde estivesse 100% dedicada ao cliente e assumir os seus próprios projetos e sonhos como se fossem meus e não “largar o cliente” até que ele estivesse 100% satisfeito com o resultado; e segundo criar uma empresa onde pudesse chamar de “família”, onde fossemos todos amigos e unidos, e não estou a falar de flexibilidade de horários, prazos conscientes para executar trabalhos e momentos de lazer que acho muito importantes, mas principalmente, trabalharmos em prol de um propósito maior, que aos poucos fui descobrindo e implementado que era “dar ALMA aos espaços”! Acredito mesmo que se estivermos felizes e nos sentirmos realizados essa energia passa para tudo o que fazemos e o cliente sente isso nos projetos e nos seus próprios espaços. A ZeroVinteOito surgiu fruto da vontade em criar uma empresa que se dedicasse a elaborar soluções criativas, funcionais, únicas e ajustadas a cada cliente. Que balanço faz destes 14 anos e em que valores assentou o crescimento da empresa? A ZeroVinteOito surgiu, em 2008, precisamente quando começou a rebentar a crise no sector imobiliário, só por isso já estava destinada a ser uma empresa lutadora, que nunca desistiu! Com muito ou pouco trabalho sempre esteve lá de portas abertas e sempre a crescer. Determinação e coragem sempre foram os meus grandes valores e quero acreditar que são esses os valores que partilho com a minha equipa e que transmito aos clientes na hora de eles próprios realizarem os seus sonhos. Porque esta não é uma área fácil e não me lembro de ninguém que tenha feito casa que não diga que é um “pesadelo” e que não voltariam a repetir.


ZEROVINTEOITO | ARQUITETURA, IMOBILIÁRIO E DESIGN

Projeto Zerovinteoito

Projeto Zerovinteoito

A minha vontade é que as pessoas percam esta crença e que este possa ser um processo que apesar de demorado e desafiante possa também ser leve e prazeroso. Assim, acompanhar o cliente de perto, estar sempre ao seu lado, dar boa ideias e encontrar soluções são as nossas grandes forças e isso faz com que os clientes se sintam apoiados e confiem sempre em nós.

impressionar as visitas, para as tendências, a moda e nós levamos a que entendam o que os espaços lhes estão a entregar, que são feitos para sentir, que são feitos para si, que são um reflexo do seu interior! Desta forma acredito que acima de tudo o nosso papel é orientar as pessoas para aquilo que no fundo as conecta com os seus espaços. É descobrir a sua verdadeira essência e traduzir isso em materiais, em cores, em formas!

Concretamente, que serviços e soluções são disponibilizados? Esta diversidade e abrangência garante a diferença no mercado? Desde cedo que transformámos o que seria uma empresa de Design de Interiores numa empresa que oferece Arquitetura, Interiores e imagem e filme 3D exatamente para podermos “controlar” o processo todo e para garantir que o produto final seja coerente, harmonioso e funcional. Faz toda a diferença começar um projeto de arquitetura pensando nos interiores, na dinâmica dos seus habitantes, nos detalhes, acabamentos, materiais e muitas vezes quando se trata de empreendimentos habitacionais, pensar também no público alvo e na campanha de marketing e de que forma podemos chegar ao coração dos compradores e isso faz com o produto final tenha ALMA. E muito embora a empresa viva de sonhos, de conceitos e de imagem sempre nos aliámos a boas soluções técnicas e fomos provavelmente das primeiras empresas a trabalhar com programas como o Revit e 3D max para oferecer o que de melhor tinha no mercado para permitir aos nossos clientes visualizarem os seus projetos sempre com hiper realismo, envolvendo o cliente na solução e assumindo um grande compromisso também com o resultado final. De que forma se consegue liberdade de criação e inovação mesmo respondendo às exigências e gostos do cliente? Acredito que em qualquer profissão, estamos sempre a falar de pessoas, então arrisco a dizer que quanto mais entendemos de pessoas mais entendemos de projetos e acredito que estas se sentem encorajadas a dar o seu melhor quando estão em ambientes confortáveis, quando se sentem bem e tem à sua volta boa energia. Poucas são as pessoas que chegam sabendo exatamente aquilo que pretendem, esses contaram-se pelos dedos nestes últimos 14 anos, por isso a nossa função é sem dúvida colocar a nossa imaginação e criatividade ao serviço dos clientes, sempre sem esquecer que o trabalho não é acerca de nós, não é acerca de tendências e modas e egos e vaidades e sim sempre acerca do cliente e dos seus sonhos, desejos, dúvidas e nunca esquecendo os seus medos e preocupações! Quando o cliente chega vem meio formatado para o que pode e não pode fazer, para o que “fica bem”, para o que vão dizer, para

Com um vasto portfólio, a ZeroVinteOito projeta empreendimentos em diferentes escalas e para diferentes utilizações. Que projetos gostaria de destacar como mais desafiantes? Na verdade, sinto que todos os projetos foram especiais, ou pelo desafio, ou pela dificuldade, ou pelo cliente, ou pela complexidade! Já fizemos grandes hotéis, hotéis para cães, edifícios habitacionais, moradias, restaurantes, uma quinta pedagógica, moradias milionárias, pequenas casas de campo, restaurantes, lojas de roupa, sapatarias, quiosques e até apenas uma casa de banho e orgulho-me dizer que todos tiveram a mesma importância e dedicação. Mas algo que me dá um encanto especial são as remodelações! Agarrar um espaço e mudar a sua Alma, como costumo chamar! Entrar, ver o seu potencial e conseguir no final surpreender os clientes! Qual a estratégia assumida para continuar a surpreender e a superar as expectativas dos clientes? Cada vez acreditamos mais na energia e na intenção que colocamos nos nossos projetos, que estes são para serem sentidos, experienciados e que estão diretamente ligados ao nosso interior, daí que depois de algumas formações estamos aptos a acrescentar o feng shui aos nossos projetos. Trata-se de uma arte milenar chinesa e que se dedica a estudar a interação das energias do cosmo, da terra e da nossa própria energia e a forma como estas energias se movem nas nossas casas, estuda ainda as nossas direções auspiciosas e como elas nos influenciam, nos suportam ou ainda nos prejudicam. Desta forma, vamos mais fundo no sentir um espaço e no que ele nos pode entregar! Neste momento, estamos a aplicar quando os clientes nos pedem ou quando percebo que estão recetivos a isso, mas que claramente no futuro irá fazer parte de todos os projetos pelo poder que tem de conectar os nossos espaços connosco e nos trazer saúde e prosperidade. Além disso, acabámos de abrir a nossa empresa de construção para garantir que o cliente é sempre bem acompanhado desde o projeto ao planeamento até à execução e que os nossos projetos terminam mesmo com “chave na mão”.

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BREVES

Saúde

Dia Mundial do Lúpus O Dia Mundial do Lúpus observa-se a 10 de maio. O lúpus é uma doença auto imune, crónica, não contagiosa, onde o sistema imunológico ataca o próprio organismo. Os sintomas são imensos pelo que se afirma que o lúpus consiste mesmo num conjunto de doenças ou numa imitação doutras doenças. Pode registar-se uma inflamação nas articulações, tendões e mesmo órgãos. As erupções cutâneas são frequentes com esta doença que pode atacar qualquer parte do corpo. O lúpus afeta especialmente mulheres (90%), podendo aparecer em qualquer idade (principalmente dos 15 aos 44 anos).

Dia Europeu do Melanoma O Dia Europeu do Melanoma celebra-se a 11 de maio. A data surgiu em 1999, tendo Portugal se juntado a esta comemoração, também conhecida como "Euromelanoma", no ano 2000. Este dia visa alertar a população para os perigos da exposição solar excessiva e os malefícios que esta pode originar na pele. O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. Todos os anos, surgem mais de 10 mil novos casos de melanoma em Portugal. No Dia Europeu do Melanoma várias instituições hospitalares organizam rastreios gratuitos junto da população.

Dia Internacional do Enfermeiro O Dia Internacional do Enfermeiro celebra-se a 12 de maio. Este dia visa homenagear todos os enfermeiros do mundo e relembrar a importância destes profissionais da enfermagem na prestação de cuidados de saúde à população em geral. É o dia do calendário em que todos os enfermeiros do mundo estão de parabéns, sendo que eles celebram a vida e a enfermagem todos os dias do calendário.

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Dia Mundial da Hipertensão O Dia Mundial da Hipertensão é celebrado todos os anos a 17 de maio desde 2005. Para assinalar a data são realizados rastreios gratuitos à pressão arterial por várias instituições de saúde, de forma a alertar e prevenir a população para as consequências da hipertensão no organismo, com especial destaque para o AVC (Acidente Vascular Cerebral). O objetivo deste Dia Internacional da Hipertensão é combater o flagelo da hipertensão. Cerca de 40% da população portuguesa é hipertensa. A hipertensão é uma doença crónica, que pode ser reversível, desde que se adotem hábitos de vida saudáveis.

Dia Mundial do Médico de Família Comemora-se a 19 de maio o Dia Mundial do Médico de Família. O objetivo da data é promover a importância dos cuidados de saúde da pessoa e da sua família, valorizando o papel do médico de família na saúde e bem-estar do agregado familiar. O médico de família é um profissional que acompanha uma pessoa ou uma família durante 20 a 30 anos, desde a infância à idade adulta, desde a gravidez da mãe à adolescência do filho. Mais do que um médico de doenças, é um médico de prevenção e de pessoas, gerindo questões médicas, psicológicas e económicas.

Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade O Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade é celebrado no penúltimo sábado do mês de maio. O dia visa sensibilizar a população para o problema da obesidade e das doenças associadas, assim como das implicações da obesidade na saúde humana. A data pretende ainda promover a prática de exercício físico, de forma a prevenir o aumento da obesidade, em especial a infantil e juvenil, assim como incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis.


Especial Saúde

Mai.

SAÚDE FEMININA | EXPOSIÇÃO SOLAR | MEDICINA ESTÉTICA FARMÁCIA COMUNITÁRIA | SAÚDE ANIMAL REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 17


SAÚDE DA PELE | RISCOS DA EXPOSIÇÃO SOLAR

RISCOS DA EXPOSIÇÃO SOLAR A abertura da época balnear aproxima-se e, após dois anos de pandemia, a apetência pelos espaços ao ar livre, nomeadamente à beira-rio e à beira-mar, talvez nunca tenha sido tão grande como agora. No entanto, a vontade pela exposição solar, quando não acompanhada da necessária prevenção e de fatores de proteção, pode dar origem a alguns efeitos nocivos do sol, que, em certos casos, revelam-se tão incómodos quanto perigosos para a saúde da pele. Que o sol é extremamente importante para a nossa saúde não é novidade para ninguém. Porém, o excesso de exposição à radiação por ele emitida pode desencadear problemas graves, como o cancro de pele. Sendo assim, é fundamental expor-se de maneira adequada, estando sempre atento aos riscos. Quais são os efeitos nocivos do sol? A pele é, sem dúvida, a parte do corpo humano que é mais danificada quando exposta ao sol de maneira incorreta.

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Queimaduras de diferentes graus, alergias e o surgimento de manchas são apenas alguns exemplos dos problemas causados pela exposição excessiva. Além dos problemas relativamente imediatos, outros também podem surgir ao longo dos anos, tais como envelhecimento precoce decorrente da perda da elasticidade da pele, surgimento de rugas e o cancro. O cancro é a consequência mais grave e preocupante, uma vez que a doença pode ocasionar a morte. O cancro de pele ocorre como resultado de mutações nas células que acontecem em decorrência da radiação UV. São essas mutações que fazem com que ocorra a multiplicação exagerada de células e a formação do tumor. Entre os tipos de cancro de pele existentes, o mais grave é o melanoma, que possui alto potencial para produzir metástases. É importante realçar que o surgimento de cancro de pele possui uma relação com a cor da pele de cada pessoa. Pessoas negras, por exemplo, em razão da grande quantidade de melanina, são menos propensas a desenvolver a doença. Em contrapartida, pessoas mais claras necessitam de uma maior proteção em virtude da baixa quantidade de melanina. Além da pele, outras partes do corpo sofrem os efeitos da radiação solar. Os olhos, por exemplo, podem sofrer lesões graves e desenvolverem catarata e fotoconjuntivites, como resultado da exposição à radiação. A exposição solar também se relaciona com a desidratação, um problema grave que pode ocasionar a morte.

É praticamente impossível não ficarmos expostos ao sol, até porque necessitamos dessa exposição para, por exemplo, produzirmos vitamina D. Mas essa exposição pode e deve ser feita de uma maneira saudável para reduzir os danos da radiação. CONSELHOS DA LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO - Evite a exposição solar excessiva e as queimaduras solares, sobretudo nas crianças: os escaldões sofridos na infância aumentam o risco de cancro na idade adulta; - Evite o sol entre o meio-dia e as quatro horas da tarde; - Proteja sempre a pele com filtros de índice alto e largo espectro (anti-UVA e UVB) e defenda-se usando t-shirt, chapéu e óculos escuros; - Consulte imediatamente um médico se notar algum sinal suspeito ou uma ferida que não cicatriza; - Sinais de alerta: se tiver dúvidas em relação a um sinal, lembre-se do ABCD: Assimetria, Bordo irregular, Cor não uniforme e Diâmetro (superior a 5 mm).


VD/BUS/HELIOCARE/05/22

Toda a fotoproteção que a ciência lhe pode dar

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ORAL

CORPORAL REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 19


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Quando em 1982 Foi difícil competir contra os O nosso líquido, lançámos, em Portu- sprays que então imperavam atualmente, permite uma ação gal, os difusores elée eram altamente tóxicos que dura 360 tricos com pastilhas para repelir os inse- para além de um odor muito horas (o que é um record) mas, tos voadores (melgas pouco agradável tal como os oue mosquitos) estátros, leva algum vamos a iniciar um tempo para atingir a sua eficácia novo segmento de mercado mais amigo máxima, o que para um ambiente do ambiente e sem problemas para a saúinfestado de melgas e/ou mosquitos de humana. Foi difícil competir contra pode ser desagradável. os sprays que então imperavam e eram A grande vantagem dos proaltamente tóxicos para além de um odor dutos EZALO é a sua qualidade muito pouco agradável. Mas, aos pouque se traduz na eficácia porque, cos, as pessoas foram compreendendo através de uma pesquisa constante, que não era preciso matar, mas sim afasmantemos os melhores níveis de tar e é isso que as nossas pastilhas e, mais matérias primas e de tecnologia dos modernamente, o líquido fazem. Nos nossos difusores e, por essa razão, finais do século passado, os fabricantes não somos os mais baratos, mas de produtos insecticidas, aperceberam-se somos os mais eficazes e podemos de que esta era uma forma mais ecológaranti-la contra os insectos que gica e eficaz e, não nos tendo podido provocam o DENGUE e o ZIKA. vencer com as pastilhas, lançaram uma Só assim se compreende que solução em líquido que denominaram tenhamos mantido, ao longo dos de “longa duração”. anos, uma clientela muito fidelizaNa realidade o líquido dura mais da embora, nem sempre, os comertempo, mas é menos eficaz de início, ciantes, preocupados com os preços como se pode ver no gráfico, enquanto e não com a qualidade, nos tenham as pastilhas têm uma acção imediata motivado a criar uma loja “on-line” que se mantém ao longo de 8 horas.

para podermos satisfazer os nossos fiéis clientes. A partir do início deste século, a marca e os processos de fabrico, foram adquiridos pela PROCASA que os passou a fabricar em Portugal e alargou a linha de produtos para proteção no exterior: a vela e a pulseira, esta fabricada em França, em parceria com uma importante empresa para a qual vendemos o EZALO com a sua marca. Mais recentemente lançámos um outro produto revolucionário destinado aos insetos rastejantes, baratas, formigas, etc. que denominámos de EZALO Puf Puf. É um insecticida inodoro, sem efeitos nefastos para os animais de sangue quente apresentado em spray natural cuja eficácia se mantém ativa durante 8 semanas. Este produto é muito útil, também, para a desinfestação dos parasitas ao redor das camas dos animais domésticos pois é muito eficaz contra pulgas e carraças. Mais recentemente lançámos o EZALO anti traças para a protecção contra as traças que destroem as nossas roupas. É, também, um produto de vanguarda. Todos os produtos EZALO estão devidamente licenciados pela DGS e são fabricados com as melhores matérias primas e as concentrações mais correctas que permitem a melhor eficácia dentro dos parâmetros exigidos pelas leis vigentes. O nosso slogan, que se mantém há muitos anos, tornou-se famoso e identificativo do produto. António Simões dos Santos Administrador da PROCASA Lda.

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SAÚDE DA VISÃO | OLHO SECO

NOVAS PERSPETIVAS SOBRE OLHO SECO João Quadrado Gil Médico Oftalmologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e na Unidade de Oftalmologia de Coimbra; Investigador na Association for Innovation and Biomedical Research on Light and Image (AIBILI), Coimbra; Doutorando na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

O olho seco é uma das doenças mais prevalentes em Oftalmologia, afetando milhões de pessoas em Portugal e em todo o mundo. Nos casos moderados leva a um desconforto limitado, mas persistente. Mas também pode causar dores debilitantes e perturbar a visão ao ponto de impedir atividades essenciais como ler ou conduzir. No entanto, inversamente à sua importância crescente, o olho seco continua quase sempre a ser sub-diagnosticado e sub-tratado. Durante muito tempo a Síndrome de Olho Seco foi abordada apenas como resultado de poucas lágrimas na superfície do olho, um simples compromisso mecânico de lubrificação. O passado recente da Oftalmologia mostra que insistir nesta visão simplista é um mau serviço prestado à ciência e aos doentes. A superfície do olho precisa de se manter protegida por uma fina camada de diversas substâncias, a que damos o nome de filme lacrimal. Este filme lacrimal proporciona, não só lubrificação, mas também um microambiente que mantém o oxigénio, pH, nutrientes e fatores de crescimento nos níveis ótimos para a saúde do olho. Ajuda a diluir e eliminar agentes agressores, servindo de barreira anti-bacteriana para o olho. E, não menos importante, é também essencial para o funcionamento ótico do olho, garantindo uma visão nítida e constante. Tal como as suas muitas funções – lubrificação, transparência, nutrição, proteção – também a sua composição é variada, uma estrutura dinâmica e complexa que engloba lípidos, água, mucina e outras proteínas. Este microambiente existe num equilíbrio vivo, mas frágil, que facilmente é enfraquecido por agressões ambientais ou hábitos errados. Assim surge o olho seco, quase sempre resultado de muitas causas, sobrepostas e interagindo entre si.

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Em 2020, emergiu um novo agente em cena: a pandemia por Covid-19. Com os confinamentos a vida diária fechou-se no interior, tornando a circulação restrita de ar e a baixa humidade causas importantes de evaporação do filme lacrimal. Para além do recolhimento em casa, disseminou-se o ensino à distância e o trabalho remoto, realidades unidas por um elemento comum: mais dependência do digital e mais tempo ao ecrã. Em condições normais, o filme lacrimal dispõe-se de forma homogénea e estável, proporcionando proteção e qualidade de visão ótimas. Entretanto, apesar de recentemente a pandemia ter transitado para uma fase de endemia, o teletrabalho veio para ficar. Concentrados num ecrã, o nosso pestanejar diminui drasticamente - de 18 vezes para 3-4 vezes por minuto. O pestanejo torna-se menos frequente, mais breve e menos eficaz, expondo o olho e tornando o filme lacrimal instável. Desta instabilidade resulta a sensação de ardor e degradação da visão que muitas pessoas associam ao uso do computador. A utilização de máscara é o outro desafio que a Covid-19 trouxe: o posicionamento incorreto da máscara vai simultaneamente perturbar o movimento palpebral e circular o ar expirado em direção aos olhos, evaporando ainda mais as lágrimas. A interação entre todas estas novas realidades é responsável – não sabemos em que proporção – pelo notório aumento de doentes com queixas de olho seco desde o início da pandemia. Felizmente, não são só as condicionantes que se multiplicam. O nosso conhecimento avançou espantosamente e os nossos recursos de diagnóstico e tratamento explodiram. Somos agora capazes de distinguir diferentes subtipos da doença e de identificar as características e os fatores de risco que interagem em cada caso. Passámos de lágrimas artificiais simples para sofisticadas nanoemulsões que simulam a estrutura aquosa e lipídica da lágrima humana. E temos uma diversidade de terapêuticas – de imuno-moduladores até tratamentos de luz pulsada – que nos permite melhorar a qualidade de vida de quase todos os doentes. O diagnóstico de olho seco parte sempre do reconhecimento das queixas subjetivas de desconforto ocular. A educação para a doença e a adoção de hábitos corretos podem ser o primeiro passo essencial para a sua melhoria. Mas o papel do oftalmologista – o contributo combinado do seu conhecimento, know-how e experiência – permanece a chave para um tratamento eficaz.


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Dia Internacional da Saúde Feminina

O Dia Internacional da Saúde Feminina é celebrado a 28 de maio. Este dia, criado em 1987, visa alertar a população para a desigualdade entre mulheres e homens no acesso aos cuidados de saúde e promover ações de sensibilização para a importância da saúde feminina e do devido acompanhamento médico a todas as mulheres. Algumas patologias são exclusivas da mulher, chamando este dia também a atenção para sintomas e doenças especiais do sexo feminino e para a necessidade de uma higiene diária cuidada. Nos países em vias de desenvolvimento, muitas jovens e mulheres são vítimas de discriminação no acesso aos cuidados de saúde, com base em fatores socioculturais. Esta situação é relembrada uma vez por ano, a 28 de maio, mas exige o esforço diário de todos para ser contornada. Neste dia de ação, governos, agências internacionais, organizações civis e outros tipos de entidades se unem na promoção da saúde feminina.

Higiene íntima A higiene íntima consiste na utilização de um produto que não agrida os genitais externos, com características diferentes da restante superfície corporal, contribuindo para o bem-estar, conforto, segurança e saúde da mulher. Menopausa A menopausa afeta as mulheres, em média, a partir dos 50 anos. Os principais efeitos da menopausa na saúde da mulher são a ausência de menstruação e impossibilidade de engravidar. Osteoporose A osteoporose é uma doença metabólica em que os ossos se vão tornando cada vez mais frágeis, conduzindo a um risco acrescido de fratura, em particular na anca, coluna vertebral e membros superiores. A osteoporose afeta 800 mil portugueses, tendo maior incidência nas mulheres após a menopausa, numa relação de um homem para cada três ou quatro mulheres afetadas, realidade comum em todo o mundo. 24 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Secura vaginal A secura vaginal é a falta ou ausência de humidificação natural da vagina. Graças ao corrimento de um muco transparente que visa proteger as paredes vaginais, a vagina mantém a sua elasticidade e mantém uma textura macia. Além da dor, a secura vaginal pode afetar a harmonia do casal e levar a problemas psicológicos nas mulheres. Stress, medo, culpa e baixa líbido são obstáculos para a realização pessoal das mulheres. Incontinência Urinária Feminina A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo mais frequente na população feminina. Apesar das perdas involuntárias de urina interferirem significativamente na qualidade de vida, a incontinência urinária feminina continua a ser subdiagnosticada. Trata-se de uma situação muitas vezes ocultada, por vergonha ou por ser associada ao processo normal de envelhecimento. Síndrome do Ovário Poliquístico A Síndrome do Ovário Poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres. É uma das causas mais comuns de infertilidade, pode provocar alterações do ciclo menstrual, quistos nos ovários e dificuldade em engravidar. Cancro da Mama O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença. Dia Mundial do Cancro do Ovário A 8 de maio assinala-se o Dia Mundial do Cancro do Ovário, o cancro ginecológico mais letal na mulher na pós-menopausa. A doença cuja sintomatologia é inespecífica ou mesmo ausente nos estádios iniciais, apresenta taxas de incidência e mortalidade crescentes. Este dia pretende alertar para a importância de ir ao médico e de estar atenta aos sinais do seu corpo. Normalmente o diagnóstico do cancro do ovário é tardio porque este tumor evolui de uma maneira silenciosa, e só dá sintomas numa fase de doença avançada e que se confundem com problemas gastrointestinais, nomeadamente: perda de apetite, fadiga, dor abdominal, sensação de enfartamento e/ou abdómen inchado.


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DIA INTERNACIONAL DA SAÚDE FEMININA | SÍNDROME DO OVÁRIO POLIQUÍSTICO

SÍNDROME DO OVÁRIO POLIQUÍSTICO É UMA DAS CAUSAS MAIS COMUNS DE INFERTILIDADE E AFETA 10 A 15% DAS MULHERES

Dra. Catarina Godinho / Médica ginecologista/obstetra do IVI e especialista em Medicina da Reprodução.

A Síndrome do Ovário Poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres e pode provocar alterações do ciclo menstrual, quistos nos ovários e dificuldade em engravidar. É mais comum nas mulheres obesas ou com excesso de peso. O diagnóstico precoce e um acompanhamento médico especializado e multidisciplinar são fundamentais para as mulheres que sonham com a maternidade, alerta a Dra. Catarina Godinho, médica ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI. A síndrome do ovário poliquístico é “um conjunto de sinais e sintomas causados por desequilíbrio hormonal dos ovários, que pode ser ligeiro ou grave, causando, por exemplo, irregularidade dos ciclos menstruais, crescimento de pelos em zonas mais comuns nos homens, aparecimento de acne, entre outras alterações hormonais”, explica. A médica sublinha que esta síndrome não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. De acordo com a Dra. Catarina Godinho, “quando uma mulher com SOP quer engravidar deve falar previamente com o seu médico ginecologista”. No caso de a mulher ter excesso de peso, o primeiro passo é perdê-lo. “Se não pretender engravidar é recomendado o uso da pílula anticoncetiva para que os ciclos menstruais sejam mais regulares”, esclarece.

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Atenção à Hipertensão Arterial e à Diabetes No caso de existir resistência à insulina associada a esta síndrome é importante controlar o nível de açúcar no sangue com uma dieta específica e ou com alguma medicação, uma vez que este desequilíbrio pode originar mais tarde a diabetes. No caso de a mulher querer engravidar, para além do controlo do peso pode ser necessário induzir a ovulação recorrendo a alguns medicamentos que estimulem o crescimento do folículo até à ovulação e que requerem controlo ecográfico. “Se após algumas tentativas de indução de ovulação se não acontecer a desejada gravidez, ou se não se conseguir uma resposta ovárica adequada, pode haver necessidade de recorrer à fertilização in vitro onde é possível aumentar a probabilidade de engravidar e avaliar a qualidade dos óvulos e embriões”, sublinha a médica ginecologista. Embora as mulheres com SOP, quando engravidam, tenham um risco aumentado de hipertensão arterial e de diabetes, “se seguirem as recomendações médicas a probabilidade de a gravidez ser bem-sucedida é elevada”, garante a médica ginecologista. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico depende de critérios médicos específicos que incluem sintomas, ecografia e análises. Segundo a Dra. Catarina Godinho, “para o diagnóstico deve ser tido em conta os antecedentes pessoais relevantes como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, aumento de peso e obesidade; dever ser feita uma avaliação dos níveis hormonais de androgénios (hormonas masculinas) e resistência à insulina”, acrescenta a médica. Adicionalmente é feita uma ecografia ginecológica transvaginal para avaliar a dimensão e as características dos ovários.


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LIDERANÇA: DIA INTERNACIONAL NOVOS DESAFIOS DA SAÚDE| YARTECK FEMININA CONSTRUÇÕES | PROCARE HEALTH

“A PROCARE HEALTH É UM PLAYER NA SAÚDE DA MULHER”

continentes, o que faz com que os nossos produtos estejam a ser utilizados para tratar mulheres um pouco por todo o mundo. Mas queremos continuar a aumentar a nossa pegada na Saúde da Mulher.

Miguel Coelho, Diretor-Geral

Com 10 anos de presença no mercado, a Procare Health nasceu com o propósito de desenvolver soluções terapêuticas que tivessem um impacto positivo na forma de tratar a saúde feminina. Em entrevista à Revista Business Portugal, Miguel Coelho, Diretor-Geral, salienta que a empresa pretende continuar a alargar a sua pegada na Saúde da Mulher. A Procare Health é um laboratório farmacêutico exclusivamente vocacionado para a saúde e o bem-estar da Mulher. Qual a abrangência desse compromisso? A abrangência é total. Nascemos com um propósito bem definido, o de desenvolver soluções terapêuticas que tivessem um impacto positivo na forma de tratar a saúde feminina. É isso que fazemos desde o primeiro dia, com base na experiência e conhecimento dos nossos investigadores e numa profunda análise dos mercados da saúde. Numa perspetiva mais operacional, o nosso compromisso é o de continuar a construir uma organização global. Neste momento, temos atividade em mais de 75 países, espalhados por vários

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A mulher de hoje ocupa um papel na sociedade que alcançou por mérito próprio, ao longo das últimas décadas. Quais as principais mudanças ocorridas no universo feminino que gostaria de destacar? Se recuarmos apenas cerca de 50 ou 60 anos, encontramos uma sociedade fechada, pouco criativa e sustentada em valores que colocavam os homens como os indivíduos capazes de tomar decisões, quer a nível económico, social, político, na gestão das organizações e até na organização da família. A título de exemplo, as professoras tinham que obter autorização para casar e as mulheres não podiam exercer cargos públicos ou votar. É claro que nada disto existe hoje, mas se me pede para destacar o que considero serem as principais mudanças terei que falar no papel que hoje as mulheres já desempenham a todos os níveis, por mérito próprio. Se atualmente, vemos cada vez mais mulheres em lugares de decisão na política, nas empresas e até nas familias, esta é uma conquista que foi feita pela evidência da excelência das suas características de inequívoca liderança. Mas, o mais importante é que estas mulheres de Hoje, já não precisam de adotar o perfil monocromático dos homens, conhecido pelo seu cinzentismo associado a uma reconhecida autoridade e liderança. Dito doutra forma, não precisam de abdicar da sua feminidade para ter sucesso. Mas existe ainda um caminho que tem necessariamente que ser percorrido. Como homem, entristece-me saber que uma mulher, em algumas situações ainda tem, para as mesmas funções, uma retribuição mais baixa apenas por ser mulher. A 28 de maio assinala-se o Dia Internacional da Saúde Feminina. Uma data que pretende alertar a população para as desigualdades entre mulheres e homens no acesso aos cuidados de saúde e sensibilizar para a importância da saúde feminina. De que forma se alia e se insere a Procare Health neste tipo de iniciativas? A Procare Health é um player na Saúde da Mulher. Isso traduz-se num posicionamento que não se limita a ser uma empresa que investiga e comercializa produtos de saúde. Temos uma responsabilidade social que passa, entre outros fatores, por desenvolver melhores formas de combater a doença, mas temos um papel de enorme importância na formação pós-graduada dos profissionais de saúde, desenvolvemos ferramentas e programas de educação para a saúde dirigidas às mulheres, participamos de forma ativa com as Sociedades Médicas.


PROCARE HEALTH | DIA INTERNACIONAL DA SAÚDE FEMININA

“A mensagem que partilho com as mulheres portuguesas é a de não abdicarem da sua condição de mulher, assumir que o seu corpo tem especificidades únicas, que precisa de cuidados específicos”

A nossa missão não se esgota no dia 28 de Maio, antes é um trabalho de todos os dias, com o espírito de que o melhor dia é sempre o seguinte. É evidente que assinalamos essa data, como mais um alerta para aumentar a literacia da saúde. A Procare Health tem vindo a acumular vários prémios, o último dos quais, de Laboratório do Ano, em março passado. Como vê este reconhecimento pelo trabalho desenvolvido? Não escondo o orgulho nas diversas distinções que temos recebido, principalmente sendo uma empresa tão jovem. Faço também notar que alguns prémios foram atribuídos pela sociedade, o que demonstra que vamos para além do universo da saúde, como referi anteriormente. Contudo, com alguma imodéstia, direi que a melhor retribuição que recebemos é no dia a dia, quando um médico nos refere que tratou com sucesso mais uma doente ou que mais uma mãe conseguiu finalmente engravidar. O que podemos continuar a esperar da Procare Health Portugal e que mensagem gostaria de deixar às mulheres portuguesas? A Procare Health tem, na sua estrutura organizacional, duas características que definem a forma como estamos no mercado: por um lado, temos uma estrutura tendencialmente horizontal, pouco hierarquizada, que permite uma fluência de contacto muito eficaz. Por outro lado, apesar de termos um objetivo que é comum a todos quantos são parte deste projecto, não falamos a uma só voz. O que sempre pedi a todos os meus colegas e colaboradores foi que alocassem à empresa as suas características pessoais. Deste modo, temos uma enorme diversidade de pensamento que nos permite discutir ideias, projetos, estratégias, com base nas idiossincrasias de cada um de nós. Da discussão nasce a forma certa como trabalhamos, confirmada pelo crescimento que em cada ano temos vindo a registar. Assim, a mensagem que partilho com as mulheres portuguesas é a de não abdicarem da sua condição de mulher, assumir que o seu corpo tem especificidades únicas, que precisa de cuidados específicos. O acompanhamento regular pela ginecologia é a garantia de mais e melhor saúde. O início da civilização era marcadamente matriarcal. Depois de séculos de domínio dos homens é tempo de termos uma sociedade equilibrada, sem diferenças, nomeadamente de género.

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ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR | INSUFICIÊNCIA VENOSA

FATORES DE RISCO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA

Dr. José Fernando Ramos (OM34192), Coordenador da especialidade de Angiologia e Cirurgia Vascular no Trofa Saúde Hospital da Trofa e Famalicão

A insuficiência venosa crónica é a designação médica para um problema muito frequentemente conhecido pela população como varizes dos membros inferiores. Esta é uma das patologias mais frequentes na nossa sociedade e da qual pode resultar disfunção, dor e mal-estar. Há, contudo, algumas pessoas onde esta evolui com poucos ou nenhuns sintomas, mesmo quando visualmente exuberante. Nesta situação é frequente não ser procurado aconselhamento da especialidade, embora possa também evoluir de forma desfavorável. Há vários fatores que podem contribuir para o surgimento desta patologia. Para uma compreensão adequada destes fatores de risco, é necessário ter alguma noção dos mecanismos de circulação venosa. Um dos mecanismos importantes de ativação da circulação venosa (mas obviamente não exclusivo) consiste na contração e relaxamento sucessivo dos músculos gemelares (da barriga da perna), que ocorre quando caminhamos, que ao comprimirem as veias profundas, pelo facto de estas possuírem um sistema de válvulas, forçam o fluxo sanguíneo no sentido ascendente, em direção ao coração. A consequência lógica é que a permanência prolongada e muito frequente na posição de pé com pouca mobilidade é um importante fator adverso.

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Por outro lado, o excesso de peso, pela pressão que provoca a nível abdominal, dificulta o retorno venoso, sendo também fator promotor do aparecimento de varizes e de edema (inchaço) dos tornozelos. Menos controláveis, no entanto, são os fatores de caráter hereditário, sendo em muitos casos por de mais evidente a incidência desta patologia em muitos membros da mesma família. A gravidez, por outro lado, além do natural aumento de peso, pode ter também associada algum grau de compressão das veias abdominais, à medida que o útero vai aumentando de volume. Alguns cuidados, como o exercício físico adequado (caminhar, correr, andar de bicicleta ou natação), a simples elevação das pernas na posição deitada acima do nível do peito, ou, em situações pertinentes, o uso da meia de compressão adequada a cada caso poderão contribuir para um alívio marcado dos sintomas. A consciencialização destes fatores de risco é importante na adoção destas e de outras medidas, bem como comportamentos preventivos, sendo que a magnitude das mesmas é bastante diversa. Não é de mais realçar a importância do diagnóstico precoce e tratamento atempado.


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NOME DO MEDICAMENTO*: Daflon® 1000. COMPOSIÇÃO*: Bioflavonoides (Fração flavonóica purificada micronizada). Cada comprimido revestido por película de 1000 mg contém: 90% de diosmina, ou seja, 900 mg; 10% de flavonoides expressos em hesperidina, ou seja, 100 mg. FORMA FARMACÊUTICA*: Comprimido revestido por película, cor de salmão e de forma oval. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS*: Tratamento dos sintomas e sinais relacionados com a insuficiência venosa (pernas pesadas, dor, cansaço, edema). Tratamento sintomático da crise hemorroidária. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO*: Posologia habitual: 1 comprimido por dia. Na crise hemorroidária: nos 4 primeiros dias: 1 comprimido 3 vezes ao dia; nos 3 dias seguintes: 1 comprimido 2 vezes ao dia; em seguida voltar à posologia de manutenção: 1 comprimido por dia. CONTRAINDICAÇÕES*: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO*: A administração deste medicamento no tratamento sintomático da crise hemorroidária não substitui o tratamento de outros problemas anais. Se não houver remissão dos sintomas, deve ser consultado um médico de forma a proceder-se ao exame proctológico e à revisão do tratamento, caso haja necessidade. Excipientes: isento de sódio. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO*: Não foram realizados estudos de interação. Da experiência de pós-comercialização do medicamento, nenhuma interação medicamentosa clinicamente relevante foi notificada até à data. FERTILIDADE, GRAVIDEZ E ALEITAMENTO*: Gravidez: Os estudos em animais não indicam toxicidade reprodutiva. A quantidade de dados sobre a utilização da fração flavonóica purificada micronizada em mulheres grávidas, é limitada ou inexistente. Como medida de precaução, o tratamento deve ser evitado durante a gravidez. Amamentação: Desconhece-se se a substância ativa/metabolitos são excretados no leite humano. Não pode ser excluído qualquer risco para os recém-nascidos/lactentes. Tem que ser tomada uma decisão sobre a descontinuação da amamentação ou a descontinuação/abstenção da terapêutica com Daflon® 1000 tendo em conta o benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapêutica para a mulher. Fertilidade: Estudos de toxicidade em ratos machos e fêmeas não mostraram efeitos na fertilidade. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR MÁQUINAS*. EFEITOS INDESEJÁVEIS*: Frequentes: diarreia, dispepsia, náuseas, vómitos. Pouco frequentes: colite. Raros: tonturas, cefaleias, mal-estar geral, erupções cutâneas, prurido, urticária. Frequência desconhecida: dor abdominal, edema isolado da face, dos lábios e das pálpebras. Excecionalmente edema de Quincke. SOBREDOSAGEM*: Sintomas: A experiência de sobredosagem com Daflon® 1000 é limitada. Os eventos adversos mais frequentemente notificados em casos de sobredosagem foram eventos gastrointestinais (tais como diarreia, náuseas, dor abdominal) e eventos cutâneos (tais como prurido, erupção cutânea). Tratamento: O tratamento da sobredosagem deve consistir no tratamento dos sintomas clínicos. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS*: Protetor vascular e venotrópico. Daflon® 1000 exerce uma ação sobre o sistema vascular de retorno: ao nível das veias, diminui a distensibilidade venosa e reduz a estase venosa; ao nível da microcirculação, normaliza a permeabilidade capilar e reforça a resistência capilar. APRESENTAÇÃO: Caixas de 30 e 60 comprimidos revestidos por película. TITULARBUSINESS DA AIM: Servier Portugal - Especialidades REVISTA PORTUGAL // 31 Farmacêuticas, Lda. Av. António Augusto de Aguiar, 128, 1069-133 LISBOA. Tel: 213122000. Para mais informações deverá contactar o titular de AIM. Daflon® 1000 é um MNSRM. RCM aprovado em 01.2020. IECRCM 11.03.2022. *Para uma informação completa por favor leia o Resumo das Características do Medicamento. **Resumo das Características do Medicamento aprovado a 01.2020. 22DAF17 Leia atentamente as informações constantes na embalagem e no folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o médico ou o farmacêutico.


MEDICINA ESTÉTICA | NB CLINIC

“A MEDICINA ESTÉTICA VIVE EM COMUNHÃO COM A BELEZA NATURAL”

Francisco Sá Pena, Administrador

Francisco Sá Pena queria marcar a diferença no mundo da medicina estética e dar às pessoas aquilo que ele próprio procurava e não tinha acesso: a informação. Em entrevista à Revista Business Portugal, deu a conhecer a NB Clinic e a importância do bem-estar e beleza própria de cada pessoa. 32 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Francisco Sá Pena abriu as portas da sua clínica em 2018. Hoje, a NB Clinic é um caso de sucesso e o jovem empresário conta-nos que a comunicação é o segredo. Apesar de ser licenciado em História de Arte, sempre se interessou por medicina, “nunca quis ser médico, mas comecei a perceber que eu próprio já procurava procedimentos estéticos”. Assim sendo, a NB Clinic nasceu da necessidade de informação e de uma paixão inerente ao bem-estar e à beleza individual e própria de cada pessoa. A grande dificuldade que Francisco sentia nesta área era a falta de conhecimento sobre os procedimentos, “tinha dúvidas, queria saber, queria informar-me, mas nunca tinha um acesso óbvio à informação. Quando abri a clínica, não havia nada, foi um período muito complicado, ainda estávamos a abrir os olhos em relação a esta área e toda a gente achava que era um risco muito grande”. Com o objetivo de disponibilizar tratamentos estéticos de qualidade, foi reunida uma equipa com os melhores profissionais, de forma a garantir o melhor e mais seguro atendimento, seguindo a linha da beleza natural de cada pessoa e, por isso, todos os procedimentos seguem os traços de rosto, oferecendo um atendimento personalizado. Tudo corria bem, mas em 2020, quando Francisco pensou que ia ser o fim da NB Clinic, devido à pandemia, decidiu aproveitar as mais-valias das redes sociais e explicou tudo sobre os procedimentos e os resultados foram bastante positivos, inclusivamente “quando o primeiro confinamento acabou, tinha a clínica completamente lotada, com pessoas a querer informar-se e a saber mais sobre os nossos serviços e tratamentos”.


NB CLINIC | MEDICINA ESTÉTICA

Equipa NB Clinic

Apesar do momento de tensão em 2020, foi claro que esse período deu ainda mais visibilidade à clínica, segundo Francisco foi um trampolim para chegarem a mais público, “houve um alerta grande em relação à nossa própria imagem, quando o confinamento acabou, as pessoas quiseram tratar delas próprias e escolheram a clínica que lhes ofereceu mais informações”. Um leque de potencialidades A NB Clinic disponibiliza um leque de procedimentos estéticos, desde preenchimentos de harmonização facial, como aplicação de botox, rinomodelação até ao preenchimento do arco da mandibula. Existem também os tratamentos anti-age para peles maduras, que reestruturam a pele através de estimuladores, tornando-a “mais densa, mais firme, mais jovem, sem fazer alterações fisionómicas”. Relativamente aos procedimentos mais pedidos, “o botox é um clássico”, mas Francisco afirma que o preenchimento labial é o mais popular, apesar de que “ultimamente, temos sentido que o preenchimento de olheiras está cada vez a ficar mais famoso, porque as pessoas procuram um tratamento que não altere o rosto, mas sim que melhore a textura da sua pele”. Para realizar estes procedimentos, a NB Clinic tem uma equipa de profissionais de excelência, concretamente Matilde Jácome de Castro, formada em Medicina Geral e Familiar, com uma pós-graduação em Medicina Estética e que é a Diretora Clínica e Ana Sampaio, a Diretora Clínica da equipa de médicos dentistas. “Na minha equipa os médicos mais populares diria que são a Rafaela Sacadura e a Sofia Candeias, as duas médicas dentistas que fazem mais procedimentos de rosto e de harmonização facial na clínica”. Uma relação de confiança Para Francisco aquilo que distingue a NB Clinic num mercado cada vez mais global e competitivo é, sem dúvida, “gerir as expectativas do paciente”, a empresa rege-se pela realidade, sem nunca

especular. “Não inventamos, dizemos apenas a verdade. Antes de termos resultados precisamos de comunicar, acho que a base é a comunicação e da confiança”. Para a NB Clinic, a comunicação também tem um papel muito importante no contacto e confiança com os clientes, a clínica possui uma conta de Instagram, onde pública casos reais, “gostamos de pessoas reais, gostamos de testemunhos realistas e as pessoas ligam-se muito com esses casos, porque gostam de ver alguém com quem se possam identificar e não uma modelo ou alguém inatingível”. Apesar de todo o caminho percorrido e da evolução da medicina estética, o jovem empreendedor afirma que ainda há um longo caminho a percorrer relativamente ao modo de como são vistos estes tratamentos. Para Francisco, o que falta às pessoas é informação e é isso que a NB Clinic faz chegar ao seu público. “Estes tratamentos são minimamente invasivos e têm recuperação mínima, apenas têm de ser feitos por profissionais credenciados que de facto possam acompanhar o paciente, de uma forma profissional e segura, porque se assim for não há problema nenhum”. Para o futuro, Francisco Sá Pena pretende abrir a próxima clínica no Porto e, posteriormente, alargar os horizontes para outros países, concretamente, Espanha está nos seus planos, porque para Francisco os seus sonhos e ambições não têm limites.

www.nbclinic.pt

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FARMÁCIA COMUNITÁRIA | FARMÁCIA OLIVEIRA

“A FARMÁCIA OLIVEIRA É UM PROJETO DE FAMÍLIA”

Ana Fernandes, Diretora Técnica

Ana Fernandes, Diretora Técnica da Farmácia Oliveira, em entrevista, salienta o papel fulcral das farmácias durante e no pós-pandemia, sublinhando ser do interesse geral o aumento da panóplia de situações em que as farmácias podem intervir, dada a sua proximidade ao utente e capacidade profissional. A Farmácia Oliveira assenta a sua ação na promoção da excelência nas suas áreas de intervenção, procurando a obtenção de um elevado padrão de satisfação dos seus clientes. Quais são os principais serviços disponibilizados? As farmácias, sendo um local de promoção de saúde, tornam-se espaços propícios para disponibilizarem vários serviços no âmbito da saúde, pois de certa forma transmitem uma segurança adicional ao utente e são de fácil acesso. Tal como em muitas outras farmácias, nós, na Farmácia Oliveira, tentamos abranger uma vasta gama de áreas, de forma a centralizarmos num espaço as necessidades dos utentes. Disponibilizamos a medição de parâmetros bioquímicos, administração de vacinas e injetáveis, consultas de nutrição, consultas de ecografia 3D/4D, consultas da Medicapilar e, mais recentemente, a realização de testes à Covid. Organizamos ocasionalmente rastreios em colaboração com várias entidades de acordo com temas pertinentes à época, por exemplo, no verão realizamos um rastreio venoso. A Farmácia Oliveira é ampla, possui vários gabinetes, o que nos permite disponibilizar estes serviços com qualidade. Procuramos estar sempre atualizados de forma a ir de encontro às necessidades dos nossos utentes.

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As farmácias continuam a fazer testes à Covid-19, embora neste momento, estes já não sejam comparticipados pelo SNS. Qual é a sua opinião sobre isso e que repercussões é que este fator poderá ter ou tem tido na procura? A realização de testes à Covid nas farmácias foi, inicialmente, um tema controverso. É necessário termos um profissional de saúde alocado a um gabinete quase na totalidade do dia de expediente, o que em termos de logística humana altera o normal funcionamento da farmácia. No entanto, musculadamente, conseguimos fazer as alterações necessárias para a realização dos mesmos. O facto de a maioria das farmácias se encontrarem abertas em média cerca de 11 ou 12 horas por dia, possibilitou aos utentes conseguirem efetuar mais regularmente os testes, quer pela ampla disponibilidade horária, quer pelo número de farmácias a disponibilizar o serviço. Com o acréscimo da comparticipação dos testes, houve uma maior monitorização de casos, o que constatámos por experiência própria, visto termos dias em que não poderíamos aceitar mais marcações. A descomparticipação dos testes pelo SNS ainda é um facto recente, no entanto, quando passaram a comparticipar apenas dois testes por mês, já notámos uma menor afluência na procura da realização de testes e agora sem a comparticipação a procura é ainda menor. Penso que ultrapassada esta altura em que está a ocorrer uma maior incidência de infeções, devido ao fim da obrigatoriedade de máscaras na maioria dos espaços, a tendência será para continuar a diminuir até que, eventualmente, desapareça com a integração do vírus na nossa vida. Numa altura pós-pandemia, são marcadas cada vez menos consultas, são receitadas praticamente as mesmas medicações aos utentes, já para não falar dos atrasos que são um dos maiores constrangimentos sentidos pelos doentes. Nesse sentido, crê que as farmácias se têm vindo a afirmar como o primeiro local onde estes se dirigem com o objetivo de serem orientados de uma forma rápido e eficaz? A pandemia da Covid veio mostrar-nos algumas fragilidades a nível dos sistemas de saúde. A necessidade de distanciamento, que levou a um maior espaçamento de marcações de consultas médicas, o medo de frequentar locais passíveis de ter utentes infetados, a obrigatoriedade da máscara em si - que diminuiu a sensibilidade do facto humano - todos estes fatores levaram a um afastamento dos utentes de consultórios médicos, hospitais e centros de saúde. Verificámos, no entanto, uma maior aproximação à farmácia, como o primeiro local onde o utente se dirige para nos informar da sua sintomatologia e pedir a nossa opinião sobre a mesma e, se será necessário deslocar-se a um centro de saúde ou se podemos prover a ajuda de que precisa. Se antes já éramos uma ponte entre o utente e o SNS, a pandemia só veio demonstrar a importância da mesma, quer facilitando o acesso do utente à informação, quer descongestionando os hospitais e centros de saúde de situações que, como farmacêuticos, podemos resolver. Acho que seria do interesse geral, tentarmos aumentar a panóplia de situações em que podemos intervir, visto a nossa proximidade ao utente e capacidade profissional.


FARMÁCIA OLIVEIRA | FARMÁCIA COMUNITÁRIA

Equipa Farmácia Oliveira

De que forma analisa o panorama atual do sector farmacêutico? O sector farmacêutico passou de uma era em que as margens dos medicamentos estavam alinhadas com a média das margens na Europa, para uma era em que, com o decréscimo acentuado das margens, ser farmacêutico já implica ser gestor e economista. A maioria das farmácias precisa de se fidelizar a Grupos de Compras para obter melhores condições de compra de medicamentos e, assim, conseguir subsistir no mercado. Os Grupos de Compras regem-se com obrigatoriedades de quotas de venda de determinados laboratórios, seus parceiros. Ou seja, eu, como farmacêutica e profissional de saúde, tenho que todos os meses verificar se estou alinhada com os objetivos pretendidos para cada laboratório, para não perder condições comerciais que, eu, como proprietária da farmácia, preciso de manter para enfrentar os encargos que tenho mensalmente. Acho que o sector farmacêutico perdeu parte da sua isenção como apenas profissional de saúde, o que é inglório para esta profissão. No caso concreto da Farmácia Oliveira quais são os principais desafios em termos de futuro? Estamos a sair de um período pandémico que alterou a economia do país e encontramo-nos num período de incertezas e perda de poder de compra devido à guerra, o que pode levar alguns utentes a não priorizarem a compra dos seus medicamentos, comprometendo assim a sua saúde. O farmacêutico tem um papel preponderante na adesão à terapêutica, sendo este um grande desafio atual. Outro dos desafios penso que seja estar mais alerta do que o habitual, focarmo-nos mais nos detalhes, e conseguirmos levar, quem precisa de ajuda, aos locais competentes uma vez que as pessoas se encontram frustradas, as depressões dispararam, existem problemas de saúde por diagnosticar, devido ao impacto negativo que a pandemia teve nesta área. Trabalhamos todos os dias para ir ao encontro das necessidades dos nossos utentes, procurando mantermo-nos sempre atualizados e tendo também uma palavra de alento.

Realização Testes à Covid-19

Acredita que o cunho feminino traz algo de novo e diferenciador à liderança dos projetos? Que palavras gostava de dirigir às mulheres que veem na Ana Fernandes uma inspiração, no sentido de também elas criarem o seu próprio projeto e desenvolvê-lo com sucesso? Penso que, hoje em dia, o que traz algo de diferenciador aos projetos é a perceção de que as pessoas não devem ser consideradas como números, mas sim como os seres humanos que são. Algo que tem vindo a diluir-se um pouco na cultura capitalista atual, mas não existe “o projeto” sem pessoas. A Farmácia Oliveira é um projeto de família, desde os meus primeiros dias de vida, a minha mãe levava-me para a farmácia, por isso é uma realidade que tive sempre presente em mim. Tenho funcionários que andaram comigo ao colo, que me conhecem há 40 anos, os laços profissionais também são afetivos, pelo que sempre os considerei como uma extensão da família. Quando temos um projeto pelo qual nutrimos carinho, com uma equipa que foi crescendo com este sentimento de “família”, penso que seja mais de meio caminho para o sucesso.

FARMÁCIA OLIVEIRA Rua Zeca Afonso 30 7800-522 Beja 284323819 farmacia.oliveira.beja@gmail.com

www.farmaciaoliveirabeja.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 35


REPUL'7

DESPARASITAR COM PRODUTOS NÃO QUÍMICOS O laboratório farmacêutico veterinário AB7 Santé é

É somente quando o ambienDesde a concepção, através de uma empresa familiar fundada há mais de 40 anos te onde permanece o animal for uma R&D de ponta, passando baseada em fortes valores: a inovação como factor tratado que, soluções preventivas, pela produção e industrialização de diferenciação e o desejo de excelência, ambos como coleiras ou pipetas, são efina sua fábrica certificada BPF/ CMP, e um rigoroso controlo guiados pela curiosidade de fortalecer, tanto quanto cazes. Impedem a reinfestação possível, o respeito por um ambiente sustentável do ambiente impedindo o ciclo de qualidade, AB7 Santé oferereprodutivo dos parasitas. ce uma abordagem única para Os produtos repelentes de oribenefício dos utilizadores. Na verdade, no coração de cada uma das suas gamas de produtos gem vegetal são bastante recentes no mercado, em comparação com para animais, a AB7 Santé coloca em sinergia inovação, expertise, os produtos insecticidas, que têm sido utilizados há dezenas de anos. Os veterinários são, portanto, mais facilmente inclinados a aconnovas tecnologias, comprometimento com processos de qualidade que cumpram com os regulamentos vigentes, bem como uma di- selhar aos donos de animais, os produtos que eles conhecem bem. Os produtos de controlo de parasitas repulsivos evoluíram sigmensão humana e ética compartilhada por todos os colaboradores, indispensável ao seu funcionamento e fundamental para o seu de- nificativamente nos últimos anos, graças ao impulso de centros de investigação como o da AB7 Santé. Por outro lado, estes produtos senvolvimento. Sob as sua marcas PILOU REPUL7, ZOOSTAR e ALZOO e estão sujeitos a regulamentações exigentes, que fizeram retirar do por conta de outras empresas farmacêuticas, a AB7 Santé desen- mercado uma série de produtos ineficientes que causaram descrédito volve inúmeros produtos de controlo de parasitas para animais de aos repelentes de origem vegetal. As coisas estão a evoluir e a opinião dos veterinários e donos companhia, principalmente à base em ativos derivados de plantas. Os produtos antiparasitários repelentes de origem vegetal são uma de animais sobre estes produtos tendem a mudar rapidamente. excelente alternativa aos insecticidas de origem sintética (químicos). É importante fazer um trabalho pedagógico com os utilizadores, Os consumidores estão, cada vez mais, menos confiantes com os com a finalidade de lhes mostrar o desempenho, as vantagens e insecticidas sintéticos e procuram soluções que acham mais respei- os benefícios que os produtos repelentes de origem vegetal podem representar, porque são benéficos para os animais, para os humanos tadoras dos animais, dos seus donos e do meio ambiente. Os repelentes de origem vegetal são fáceis de usar. Não necessi- e para o meio ambiente. O nosso representante em Portugal é a PROCASA Lda., uma tam de prescrição veterinária e não apresentam os efeitos colaterais de produtos injectáveis ou comprimidos. Para além disso, não são empresa conceituada e bem conhecida por ter sido pioneira no lançamento dos inseticidas elétricos da marca EZALO, também mais caros do que os produtos inseticidas químicos de referência. É importante recordar que as coleiras e as pipetas antiparasitá- eles repelentes dos insetos voadores (melgas, mosquitos e moscas). rios repelentes funcionam como meios preventivos de controlo de Esta empresa tem-se esforçado, com êxito, para que o conceito dos nossos produtos PILOU REPUL7 sejam adotados pelos donos dos infestações e não curativos! No caso de uma infestação maciça por parasitas, especialmente animais de estimação. pulgas, há uma forte probabilidade de que o ambiente em redor do animal esteja severamente contaminado. A primeira coisa a fazer é tratar o ambiente que o animal frequenta com a ajuda de produtos adequados (exemplo EZALO Puf Puf). Os animais, em si, devem ser tratados por meio de “ataque”. O Shampoo repelente PILOU REPUL7, para os cães, é um excelente meio para realizar esse ataque e, também, para utilizações sucessivas de caracter preventivo.

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PET CARE

REVISTA BUSINESS PETSPORTUGAL em revista// | 37


LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO Apesar do ritmo lento e da desigualdade ainda sentida, o número de mulheres em cargos de liderança empresarial está a crescer e a prova disso são os exemplos que se seguem nas próximas páginas. Segundo um estudo realizado pela Caliper, empresa de consultoria com sede em Princeton, as mulheres líderes tendem a ser mais assertivas e persuasivas e, para além disso, têm uma predisposição maior para colocar as coisas em prática, executar ações e estão muito mais dispostas a assumir riscos do que os líderes masculinos. Para além disso, as mulheres são mais humanas, perspicazes, sensíveis e solidárias. É importante para estas liderar pelo exemplo, porque estão habituadas a ser um modelo na sua vida pessoal para os filhos, por exemplo, pelo que se dedicam a 100% em tudo o que fazem. Ainda assim, é urgente romper barreiras e estereótipos sobre o que é destinado ao homem e à mulher e este trabalho poderá ser feito, por exemplo, através da educação. Quanto mais os jovens tiverem a noção de que não devem ser impostos limites ao que pudemos alcançar, independentemente do nosso género, melhores serão as perspetivas de futuro.

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ANA ARREBENTINHA | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

A Ana Arrebentinha é considerada um fenómeno do stand-up comedy em Portugal. Em entrevista à Revista Business Portugal, fala do seu percurso e do espetáculo “Coisas de Mulheres”, no qual conta histórias hilariantes e únicas da condição feminina. A humorista enaltece ainda as atrizes portuguesas de comédia que abriram o caminho das mulheres no humor e sublinha a importância de continuar a trabalhar e mostrar que o palco tem espaço para todos e para todas. Natural da Amareleja, com muito orgulho, saiu da terra que a viu nascer para ‘vencer na capital’. Como descreve o seu percurso? Qualquer percurso de sucesso implica dedicação, persistência e foco. Mesmo a “sorte de um feliz acaso” é algo pontual que tem obrigatoriamente de ser trabalhado para se desenvolver. Olhando para trás, sair da Amareleja por um sonho foi um ato de coragem. Foi trocar o conforto pelo desconhecido. Depois, já em Lisboa, foi aprender com aqueles que considero os melhores e, principalmente, descobrir quem sou como humorista e como mulher. Este é um processo de aprendizagem contínuo. Se há coisa que sabemos é que o humor evolui em paralelo com a sociedade. Criou o espetáculo “Coisas de Mulheres” que tem corrido o país de lés a lés com grande sucesso. Fale-nos desse monólogo humorístico e na abordagem que este faz ao universo feminino. O espetáculo “Coisas de Mulheres” tem duas vidas, o antes e o depois do confinamento. Começou como uma ideia minha e do ator Carlos Alves e depois foi-se maquilhando… É um espetáculo sobre as crises existenciais das mulheres. Sobre o sofrimento que é ser alentejana e ter de fazer dieta ou sobre o facto das minhas amigas já serem mães e eu ainda não. É admitir que sim, que nós mulheres não somos nada fáceis.

Ana Arrebentinha, Humorista

“QUERO SER FELIZ E FAZER OS OUTROS FELIZES COM A MINHA ARTE”

A comédia em geral é uma área com maior representatividade masculina, quer na escrita humorística, quer na interpretação. Em 2020, num estudo feito pelo Gerador, a Ana Arrebentinha figura no Top 8 dos humoristas que os portugueses mais admiram, em 4º lugar na faixa etária dos 15 aos 24 e também dos 55 ou mais anos. O que representa para si ser uma mulher de destaque nesta área? Sinto uma mistura de enorme responsabilidade e orgulho. Acredito que a arte não tem masculino nem feminino, é simplesmente arte seja em que área for. Apesar de não existirem agora muitas humoristas, não podemos esquecer-nos todas as enormes atrizes portuguesas de comédia que, em tempos bem mais difíceis, especialmente por serem mulheres, brilhavam e arriscavam dia após dia nos teatros e na televisão. Abriram o caminho. Agora é continuar a trabalhar e mostrar que o palco tem espaço para todos e para todas. Segundo Leonardo R. Pessoa “fazer anos nos dá coragem de materializar sonhos”. Este ano, que a Ana Arrebentinha vai comemorar o seu 29º aniversário e 10 anos de carreira, quais são os sonhos que quer materializar? Tenho imensos sonhos e projetos na gaveta. Quero representar visto ser atriz de formação. Como humorista, quero continuar com a missão de levar a boa disposição a todo o lado, do norte ao sul e das ilhas às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Principalmente quero ser feliz e fazer os outros felizes com a minha arte. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 39


Paola Vitali, Advogada e Senior Partner

A GIAMBRONE PODE OFERECER ÀS EMPRESAS PORTUGUESAS UMA GAMA DE SERVIÇOS 360° Paola Vitali, Advogada e Senior Partner da Sociedade de Advogados Espanhola “Giambrone & Partners SLP”, com escritórios em Barcelona, ​​Madrid e Gran Canaria, e Co-responsável pelo projeto “Giambrone Península Iberica”, em conjunto com a Advogada Diana Ribeiro, Partner da Sociedade de Advogados Portuguesa “Giambrone & Associados, Sociedade de Advogados, SP”, com sede no Porto. A Giambrone é um prestigiado escritório de advocacia internacional que opera numa vasta rede de escritórios com sede em Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e, claro, em Portugal. Como e quando surge a Giambrone na sua vida? Como tem sido a sua experiência? A Giambrone não é apenas uma Sociedade de Advogados Internacional que oferece a todos os seus clientes uma vasta gama de serviços profissionais, mas sim um projeto de uma equipa de profissionais que acredita em si mesma e na sua contínua expansão. A Giambrone surgiu na minha vida há cinco anos, após uma extensa carreira profissional de quase 20 anos em Espanha, numa altura em que o meu perfil profissional precisava de crescer e o projeto Giambrone Espanha precisava de um contributo para se implementar e desenvolver. Foi um “match” perfeito entre uma profissional e um projeto e, tudo isso até hoje, com o grande apoio

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do nosso Managing Partner, Gabriele Giambrone, bem como de uma valiosa equipa de colaboradores, advogados e não só, que nos apoiam diariamente no nosso projeto de crescimento e expansão. Há cinco anos que a Giambrone consolida a sua trajetória na Península Ibérica e, em 2021, iniciou em Portugal. Que serviços a Giambrone Espanha pode oferecer às empresas portuguesas? Sim, o arranque do projeto Giambrone Portugal, em 2021, é consequência da expansão que o grupo está a desenvolver na Península Ibérica. A primeira firma no Porto é também o início de um projeto de expansão em Portugal, com a intenção de abranger também a área de Lisboa e do Algarve. A Giambrone pode oferecer às empresas portuguesas uma gama de serviços 360°, ou seja, todos os serviços de “Direito Societário e Comercial” que visam dar apoio e aconselhamento à empresa tanto na sua atuação e desenvolvimento “local”, como no seu projeto de internacionalização para mercados estrangeiros, europeus ou não. Em particular, no que diz respeito a Espanha, a nossa equipa de profissionais está altamente capacitada para «acompanhar pela mão» a empresa portuguesa em todo o tipo de atividades e desenvolvimentos que pretenda realizar em Espanha, como


GIAMBRONE | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

assistência e aconselhamento em contratos internacionais de agência ou distribuição, constituição de empresa em Espanha, operações de aquisição de ações ou participações, procura de parceiros de negócios, participação em concursos públicos em Espanha, entre outros. Concretamente, quais as mais-valias para as empresas portuguesas dos serviços prestados pela Giambrone Espanha? A mais-valia que a nossa Sociedade de Advogados pode ter reside, não só numa equipa de profissionais dedicados a prestar serviços às empresas com toda a atenção e dedicação, mas também no facto de estas empresas poderem ser atendidas na sua própria língua e estarem sempre apoiadas por uma equipa capaz de entender suas necessidades, que pode aconselhá-los e auxiliá-los no país de destino, ou seja, Espanha, mas sempre com uma análise comparativa em relação às regulamentações do seu país de origem. A experiência ensina-me que para uma empresa, em particular pequenas e médias empresas, que toma a iniciativa de entrar no mercado estrangeiro, é essencial ser acompanhada e aconselhada por um profissional, que não só fale o seu idioma, mas que “compreenda perfeitamente” as suas dúvidas e necessidades e, claro, saiba dar-lhes resposta.

Em termos de futuro, o que podemos esperar da Giambrone Espanha? Quais as ambições e desafios? Seguramente uma expansão territorial do projeto com a abertura de novos escritórios tanto em Espanha (Málaga e Ilhas Baleares) como em Portugal (Lisboa e Algarve) e uma expansão ao nível da complementação e aumento dos serviços que já oferecemos às empresas. Pretendemos também abranger novos mercados, como o mercado africano que, pela sua proximidade com a Península Ibérica, revela-se de grande interesse e atratividade para as empresas portuguesas e espanholas. As mudanças no nosso grupo são adaptadas, sempre que necessário, às necessidades do cliente e é isso que procuramos sempre: compreender as necessidades e objetivos do cliente e saber dar-lhes uma resposta satisfatória!

“A nossa equipa de profissionais está altamente capacitada para «acompanhar pela mão» a empresa portuguesa em todo o tipo de atividades e desenvolvimentos”

Acredita que a proximidade entre Espanha e Portugal e a complementaridade entre os dois escritórios permitirá desenvolver o vosso trabalho, cumprindo as elevadas ambições da vossa Sociedade, bem como superar as expectativas dos clientes? Estou absolutamente convencida disso, sem dúvida! A proximidade entre Espanha e Portugal, a forma de trabalhar das nossas sedes, tanto espanhola como portuguesa, as ferramentas técnicas à disposição da nossa empresa, permitem-nos trabalhar em perfeita harmonia com o único objetivo de satisfazer ao máximo as necessidades dos nossos clientes. O projeto a que nos propomos é seguramente ambicioso, e prevê não só uma expansão territorial dos nossos escritórios em Portugal, mas também uma expansão de todos os serviços que podemos oferecer às empresas.

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | INTERMESUM

“A INTUIÇÃO É ESSENCIAL NO MUNDO DOS NEGÓCIOS” Determinada, resiliente, intituitiva e detentora de uma forte inteligência emocional, assim é Rita Freitas. Uma mulher motivada pela paixão pela profissão e pela contínua atualização de conhecimentos, que encara a gerência da Intermesum com um enorme sentido de responsabilidade e sempre fiel aos valores incutidos por José Lino Freitas, seu pai.

Rita Freitas

Explane o seu percurso profissional. A que momento da sua vida é que decidi juntar- se ao seu pai ao “leme” da Intermesum? Qual é o trabalho que desenvolve diariamente na empresa? A minha formação base são as Relações Internacionais, licenciatura que me proporcionou uma base de conhecimentos multidisciplinar, que me confere competências de análise política e económica a nível global. A minha atividade profissional esteve sempre ligada a área das R.I, e, inclusivamente, tive a oportunidade de exercer funções num Consulado. Mais tarde, surgiu o interesse pelas temáticas do Marketing e do Comércio Internacional, onde acabei por obter um Mestrado nesta área. Julgo que foi após este curso que surgiu o clique para começar a trabalhar na empresa do meu pai, algo que já pretendia há algum tempo, uma vez que ele também precisava do meu apoio. Iniciei funções na Intermesum em 2013, dedicando-me primeiramente à área da navegação marítima e, após consolidar os conhecimentos nesta temática, passei para o departamento dos procedimentos aduaneiros de importação e exportação de mercadorias. No entanto, hoje faço um pouco de tudo. Ao longo dos anos, fui adquirindo mais competências nestas áreas, aumentando assim as minhas responsabilidades, sendo agora, a par do meu pai, gerente da empresa, um motivo de grande orgulho e que encaro com enorme sentido de responsabilidade.

www.intermesum.pt

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Sabemos que, no passado recente, fez um estágio profissional de acesso a Despachante Oficial/Representante Aduaneiro. Para si, é importante continuar a investir na formação? Sensivelmente, há cinco anos, fiz um estágio de acesso à profissão de Despachante Oficial, o que me conferiu maiores competências na área Aduaneira e do Comércio Internacional. Na área de negócio que estamos inseridos, considero que é de extrema importância investir na formação, quer na formação direcionada para a área aduaneira como para outras áreas complementares. É constante o surgimento de novidades e alterações na legislação aduaneira nacional e internacional. É por isso, imperativo estarmos sempre informados e atualizados, e para isso contribuí a leitura quase diária da legislação nova que vai saindo. Pelo que a aposta na minha formação contínua é de extrema relevância. A empresa tem sido gerida pelo seu pai José Lino Freitas. Ainda assim, que características é que a Rita possui enquanto mulher que são uma mais-valia para o mundo dos negócios (em geral) e a Intermesum (em particular)? Atualmente, existem inúmeras mulheres a trabalhar no mundo dos negócios nas mais variadas áreas. Cada vez mais mulheres e homens investem na sua formação, pois este é um mundo onde quem é mais capaz tem maior probabilidade de sucesso na sua vida profissional. Penso que no meu caso pessoal, as minhas mais-valias são a capacidade de saber ouvir, lidar com os outros e a intuição, essencial no mundo dos negócios. Relativamente às características como a resiliência, flexibilidade, credibilidade, organização e confiança e o saber assumir responsabilidades em êxitos ou fracassos são mais-valias que devem ser comuns a todos aqueles, mulheres e homens, que ocupam cargos de liderança. No desempenho das minhas funções, não posso esquecer a ética, o brio e o rigor, valores que aprendi com o meu pai. Que palavras gostaria de deixar às mulheres que ambicionam fazer um percurso semelhante ao da Rita mas não têm a coragem necessária para arriscar? As palavras que posso deixar às mulheres que ambicionam o percurso semelhante ao meu, é que não desistam daquilo que pretendem, mesmo quando ouvem expressões tais como “isto não é para mulheres” ou “vocês não são capazes”. Devem apostar na sua formação académica e na formação contínua. Logo, o melhor conselho que posso deixar, é que lutem pelos seus objetivos, pois nada é impossível.


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TRANSFORMAÇÃO A transformação digital representa uma oportunidade das empresas se tornarem mais competitivas no mercado, mais eficientes na análise de dados e mais inteligentes na forma de contactarem com os seus clientes. O investimento em tecnologia e em novas soluções traz eficiência, aumentando assim o retorno para o negócio, isto porque a transformação digital permite que as empresas utilizem a tecnologia como ponto central da sua estratégia, conseguindo melhorar os processos, criar produtos mais eficientes, entregar mais valor e, consequentemente mais satisfação aos clientes, tornando assim a empresa mais competitiva. Assim, a revolução tecnológica impactou todos os sectores, e a esfera jurídica não foi exceção. A transformação digital na advocacia é o processo de modernização do trabalho dos advogados por meio das tecnologias digitais que passa não somente por uma mudança de metodologia, mas principalmente por uma alteração de mentalidade e de cultura no mundo do direito. O advogado do futuro é, nesse sentido, o que faz bom uso de todos os recursos que a tecnologia proporciona para a sua atuação profissional, podendo recorrer, por exemplo, a ferramentas digitais para aumentar a eficiência e produtividade no trabalho.

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DIGITAL

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | MACHADO, SARMENTO – SOCIEDADE DE ADVOGADOS, SP, RL.

António Maria Pimenta

A MSAd assenta a sua trajetória de sucesso na excelência, ética e sobriedade, bem como na capacidade para inovar, procurando integrar um pensamento disruptivo e skills tecnológicos na sua organização, bem como na melhoria dos processos de tomada de decisão ao serviço dos clientes.

amp@msad.pt

Como avalia o percurso da sociedade e quais as principais áreas de atuação? Somos uma sociedade jovem, fundada em 2019 por Pedro Sousa Machado e João Moraes Sarmento, mas que integra advogados, designadamente os sócios que a lideram, com experiências longas e muito relevantes nas áreas em que atuam, nomeadamente em firmas internacionais, que escolheram posicionar-se estrategicamente como uma sociedade de pequena dimensão, que presta serviços de elevado valor acrescentado aos seus clientes. Dedica-se sobretudo a advocacia de negócios, focando-se assim nas empresas e nos empresários, servindo uma panóplia de clientes nacionais e internacionais com necessidades de acompanhamento em assuntos frequentemente complexos. Desde o início deste projeto, a visão dos seus fundadores e sócios, tem vindo a concretizar-se, de forma progressiva e muito positiva, sendo notória a evolução na direção, daquela que foi a visão inicial de servir melhor o mercado e os seus clientes na suas diversas áreas de atuação, com uma cultura de proximidade e cobrindo todas as principais áreas do direito procuradas por empresas e empresários, oferecendo de forma muito satisfatória um valor acrescentado que nas sociedades chamadas tradicionais e de maior dimensão, frequentemente se torna mais difícil e oneroso. A perceção de “value for money” é fundamental no mundo dos negócios. As parcerias com entidades especializadas em áreas variadas, designadamente nas que estão ligadas à transformação digital, é um objetivo integrado nesta visão. Qual é o grande desafio de uma sociedade de advogados que se quer inovadora? Diríamos que a cultura está na base de tudo. Tratando-se de prestações de serviços, o capital humano torna-se ainda mais crucial e todos temos a sensibilidade para as necessidades e desafios tecnológicos e procuramos incuti-la nos mais novos.

EXPERIÊNCIA, EFICIÊNCIA E DEDICAÇÃO AO CLIENTE Os desafios colocam-se, naturalmente, quer ao nível das necessidades dos clientes que servimos, quer ao nível interno da nossa organização e capacidade tecnológica instalada. Tudo isto envolve também fortes necessidades de investimento e ainda mais atenção às áreas onde podemos beneficiar de parcerias estratégicas. O sector da advocacia é, muitas vezes, visto como tradicionalista e avesso à mudança. Acredita que a pandemia acelerou a sua digitalização? Pensamos que a pandemia poderá ter tornado mais visíveis e imediatos alguns aspetos, mas que se trata de uma evolução que se tinha já iniciado sem possibilidade de retorno. Num mundo fortemente globalizado e com uma forte interdependência entre os agentes económicos, com a tecnologia e a ciência fortemente incorporada e com uma evolução extremamente veloz, aqueles que melhor e mais depressa se adaptam e incorporam tais desafios obterão maior sucesso. O nosso sector, em Portugal, ainda bastante limitado por uma deontologia e práticas lentas nessa adaptação, não é exceção. A concorrência não conhece fronteiras e o investimento forte em áreas como a I.A., utilizando parcerias com o sector tecnológico ou com as Universidades é uma realidade já bastante presente em muitas sociedades de advogados. A integração de advogados e especialistas nas áreas tecnológicas é igualmente fundamental para servir muitos dos nossos clientes em áreas variadas, como a tokenização dos negócios e a assessoria legal ao fundraising, a gestão de riscos e compliance na área contratual, a proteção de dados pessoais, a área da propriedade industrial e intelectual ou a (re)estruturação empresarial e fiscal. A MSAd, é mais uma vez referência positiva ao ter, na sua equipa, nomeados para os Melhores Advogados em Portugal 2022, concretamente, António Maria Pimenta e Pedro Sousa Machado. O que representa esta nomeação pessoalmente e para a organização? É sempre agradável o reconhecimento, quer dos nossos pares quer dos clientes. Não dando demasiada importância, estes reconhecimentos em publicações internacionais são oportunidades de nos tornarmos mais visíveis num sector onde as ações promocionais são extremamente limitadas pela deontologia profissional.

∙ Porto ∙ Lisboa Av. da Boavista, nº 3197, 4100-137 R. Tomás Ribeiro, nº 111, 1050-228 Lisboa

www.msad.pt 46 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Pedro Sousa Machado

João Moraes Sarmento

Marta Borges

Gonçalo Gomes Cabral

psm@msad.pt

jms@msad.pt

mb@msad.pt

ggc@msad.pt


ATLAW | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

“ATLAW: UMA ADVOCACIA À MEDIDA” Patrícia Azevedo Lopes, Managing Partner da ATLAW, Azevedo Lopes Lawyers, em entrevista à Revista Business Portugal, defende o recurso às novas tecnologias, considerando uma mais-valia para a advocacia a constante simplificação e digitalização, uma vez que esta permite uma maior aproximação entre Advogado e Cliente. ATLAW, Azevedo Lopes Lawyers assume-se como uma Boutique Law Firm, patenteando a vantagem de oferecer múltiplos benefícios aos clientes privados e pequenas e médias empresas em todo o mundo. Como surge este projeto? Quais as principais áreas de atuação? A ATLAW Azevedo Lopes Lawyers é o culminar de mais de 18 anos de experiência em prática isolada do exercício da advocacia. O seu objetivo é, e sempre foi, desenvolver a atividade jurídica alicerçada nos critérios de transparência, rigor e responsabilidade, procurando transmitir uma base de confiança com o cliente. A prática de serviços jurídicos personalizados tem fidelizado relações que já contam com mais de uma década. A ATLAW atua, principalmente, no tecido empresarial assegurando assessoria jurídica comercial e laboral, depois, no ramo do direito imobiliário, oferecendo apoio multidisciplinar aos seus investidores e também agiliza no âmbito do direito imigratório, oferecendo o seu know-how a todas as pessoas que pretendam obter autorizações de residência. Ultimamente, houve especialização na área do tratamento dos dados pessoais, podendo oferecer o serviço Encarregado de Protecção de Dados (EPD) ou Data Protection Officer (DPO). Como é que a ATLAW se adaptou à nova forma de gerir e partilhar tarefas, usando a inovação tecnológica? Sentiu necessidade de abraçar a era digital também pelo leque de clientes, não só nacionais, mas também estrangeiros? Sempre foi apanágio da ATLAW defender o recurso às novas tecnologias. A adaptação foi progressiva e a preocupação inicial visava, sobretudo, assegurar que a informação se mantivesse confidencial e salvaguardada. No entanto, e visando ultrapassar essa exigência, a ATLAW consciencializou-se que, para assegurar tais medidas, o recurso às novas tecnologias acarretaria considerável investimento. Contudo, o retorno desse investimento era evidente, contrariando o mito de que essa expansão internacional é exclusiva das grandes sociedades. Existem muitos investidores, com expressiva relevância, do ponto de vista financeiro, que procuram um advogado mais próximo, com carácter familiar, uma advocacia “à medida” e de proximidade. O sector da advocacia é visto como tradicionalista e avesso à mudança. Acredita que a pandemia acelerou a sua digitalização? Que desafios e oportunidades a digitalização coloca às sociedades de advogados e à Justiça como um todo? A advocacia, bem como os tribunais, tem demonstrado uma capacidade de adaptação progressiva à era digital.

Patrícia Azevedo Lopes, Managing Partner

De uma maneira geral, a pandemia veio tornar exequíveis e efetivas algumas das possibilidades que, anteriormente, seriam colocadas em segundo plano, como seja, as reuniões com clientes, audiências de tribunal e até alguns atos próprios dos advogados realizados por meios telemáticos. Esta janela de oportunidades, desde que devidamente assegurada por meios tecnológicos seguros, otimiza substancialmente a relação entre o cliente e o advogado, sobretudo se estivermos numa perspetiva global. As tecnologias associadas à profissão de advogado eram praticamente inexistentes, mas houve uma significativa transformação das profissões jurídicas. Quanto a novas competências, como será o advogado do futuro? De facto, durante muito tempo, a associação da advocacia a burocracia/papel, era incontornável. Também não se pode negar que nesta profissão foi sempre geral uma certa resistência à inovação e à mudança. Do meu ponto de vista, é uma mais-valia para advocacia a constante simplificação e digitalização, especialmente de procedimentos, que temos vindo a testemunhar, e que começou com a criação da plataforma Citius. A era digital na Advocacia tem, sem dúvida, importado uma aproximação entre Advogado e Cliente, esteja este onde estiver, e o advogado do futuro terá necessariamente de acompanhar esse progresso, que foi natural e conforme às exigências do mercado.

www.atlaw.pt

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | HOMEIT

HOMEIT: UMA SOLUÇÃO INTELIGENTE

Carlos Rosa, Diretor-Geral

A homeit é uma empresa focada no desenvolvimento de soluções integradas para aplicação em smart homes. Carlos Rosa, Diretor-Geral, destaca as mais-valias e benefícios que as fechaduras inteligentes trazem para o dia a dia de pessoas e empresas. Que análise faz do caminho percorrido pela homeit e que valores têm norteado o seu crescimento e evolução? A homeit, desde a sua criação em 2016, tem vindo a crescer de forma consolidada. Este crescimento é, sobretudo, caracterizado por uma constante adaptação aos requisitos do mercado e uma grande aposta na evolução tecnológica, fatores que têm contribuído para fortalecer a nossa posição de liderança nos diferentes segmentos onde nos posicionamos. A homeit conheceu etapas distintas na sua evolução, mas houve sempre um fio condutor que norteou a nossa conduta face ao mercado e aos clientes, nos 16 países em que as nossas soluções estão presentes. Contamos já com cerca de seis milhões de portas abertas, o que mostra a qualidade dos produtos e serviços que oferecemos. Nos primeiros anos crescemos, sobretudo, no mercado do Alojamento Local, mas depois decidimos marcar presença em novos sectores do mercado, desenvolvendo um conjunto de novas soluções destinadas a responder às necessidades dos novos targets. O percurso feito até aqui é de sucesso, na medida em que reflete a visão dos accionistas e a capacidade em nos adaptarmos aos novos desafios do mercado. A internacionalização é já uma realidade, mas queremos expandir ainda mais a nossa presença noutras geografias, para que a nossa história continue a ser escrita com sucesso.

48 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Que soluções são disponibilizadas pela homeit e quais as mais-valias da sua aplicabilidade? Disponibilizamos soluções de controlo de acessos a espaços partilhados, nomeadamente sistemas integrados que incorporam fechaduras inteligentes, para os segmentos empresarial e residencial. As soluções para o segmento empresarial destinam-se, essencialmente, a mercados como o alojamento local, hostels, hotéis, self-storage, cacifos, agências imobiliárias, espaços desportivos indoor e outdoor e armazéns. As mais-valias das fechaduras inteligentes, prendem-se com a autonomia e a flexibilidade que estes sistemas conferem, umas vez que permitem que um proprietário entre no seu imóvel ou forneça acesso a outras pessoas, sem a necessidade de uma chave tradicional. Em vez disso, o utilizador usa o seu smartphone que, através da homeit BOX e de uma web app, procede à abertura local ou remota de portas, que pode ser feita através da atribuição de códigos digitais, pessoais, temporários ou permanentes. O proprietário dispõe ainda de uma plataforma de gestão de propriedades, que lhe permite gerir todos os acessos, independentemente de ter uma ou mais propriedades. No sector do turismo e, em particular no Alojamento Local, as fechaduras inteligentes trazem enormes benefícios para o dia a dia do gestor das propriedades, já que reduzem o número de deslocações, conferem maior flexibilidade aos hóspedes, permitindo definir os horários de check-in e check-out de forma simples e segura e providenciar uma experiência única e uma estadia memorável aos hóspedes. Já no sector residencial, as fechaduras inteligentes oferecem maior praticidade no dia a dia. Que fatores diferenciam a empresa num mercado cada vez mais competitivo? Na homeit, o diferencial competitivo assenta, desde a génese da empresa, em dois grandes pilares: a rápida adaptação aos fluxos de mercado, pelo foco e pelo conhecimento profundo do mesmo e pela qualidade da sua equipa. Adaptarmo-nos às mudanças do mercado, significa manter os nossos clientes sempre em primeiro lugar. Direcionamos as nossas energias para encontrar soluções que resolvam os seus requisitos e as suas questões, de uma forma rápida e flexível. É crucial entender a questão do cliente e ajudá-lo a resolvê-la, criando muitas vezes soluções à medida. Na homeit, trabalhamos em estreita colaboração com os nossos clientes, adotando uma abordagem de “one team collaboration”, maximizando o valor, qualidade e velocidade na entrega dos melhores resultados ao cliente.


HOMEIT | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

As fechaduras inteligentes estão a ganhar cada vez mais peso no sector do alojamento local? As fechaduras inteligentes trazem inúmeras vantagens para as unidades de alojamento local. Com o crescimento deste mercado, os gestores procuram soluções que ajudem a automatizar as tarefas rotineiras que consomem mais recursos na gestão de uma propriedade. Com a implementação desta solução, a atribuição de chaves passa a ser digital e remota, logo é possível poupar quer no número de deslocações, quer no planeamento antecipado das ocupações. Por outro lado, as fechaduras inteligentes são mais convenientes e fornecem recursos avançados de segurança, que podem manter os imóveis de alojamento local mais seguros. Mesmo no caso de se pretender atribuir uma chave digital a outrém, é possível ficar sempre a saber quem e quando a usou, através dos respetivos registos na plataforma de gestão.

Estas são, diria eu, as grandes parcelas que mais sustentam a mobilidade e nas quais uma aposta em dispositivos inteligentes de controlo de acessos pode, efetivamente, trazer mais-valias ao dia a dia de pessoas e empresas. Esta movimentação traz consigo um fator muito importante, ligado à questão da segurança dessas pessoas e desses bens. Uma fechadura inteligente adiciona um novo nível de segurança ao que é conferido pela fechadura tradicional. Estes dispositivos são encriptados com tecnologia de topo, para que não seja possível aceder às chaves digitais dos utilizadores.

Numa era marcadamente digital, aberturas de portas, chaves fidedignas e automatização de entradas são cada vez mais importantes num mundo com necessidades crescentes de movimentação segura e conveniente de pessoas e bens? Sim, sem dúvida. A tendência é que esta mobilidade de pessoas e bens cresça e com este crescimento, a tecnologia cresça também. Atualmente, a tecnologia já permite automatizar e controlar um grande número de processos, nos quais se incluem os dispositivos de controlo de acesso, que permitem gerir eficazmente, o acesso a todos os tipos de edifícios e instalações. No mercado onde atuamos, temos exemplos que ilustram esta tendência, como sejam o crescente número de nómadas digitais, colaboradores em regime de teletrabalho e, claro, os turistas.

be smart Fechaduras inteligentes + 6 milhões de aberturas de portas Uma solução inteligente para todas as portas. As fechaduras inteligentes homeit abrem portas à distância de um clique.

www.homeit.io/pt Chaves digitais que dispensam chaves físicas | Controlo, em tempo real, de quem entra | Abertura de portas à distância através do telemóvel | Envie códigos de acesso pessoais | Aberturas mais cómodas e seguras Fiabilidade para uso intensivo | Instalação simples e rápida

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | NAU21

A OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO ATRAVÉS DA INOVAÇÃO seguros, disrupção nos processos de negócio, nomeadamente na subscrição de apólices e gestão de sinistros. Estes processos são muito pesados, cheios de papel, burocracia, longos e sujeitos à fraude. Temos vindo a investigar tecnologias como blockchain e inteligência artificial, combinando as duas e trazendo soluções práticas para o mercado que consigam resolver problemas reais. A análise de um sinistro, neste momento, demora meses, sendo a nossa ambição reduzir o tempo dessa mesma análise para dias - ou até mesmo para um dia. Com este tipo de otimizações de processos de negócio, processos-chave numa companhia de seguros que temos vindo a executar, os nossos clientes melhoram a sua performance, capacidade e qualidade de resposta ao cada vez mais exigente público-alvo dos serviços que prestam. No sector digital, a empresa disponibiliza serviços de programação web e mobile, através do desenvolvimento de aplicações digitais, fundamentalmente para responder a lacunas ou fragilidades nas diversas atividades de consultoria especializada que fazemos.

António Carvalho, Senior Business Consultant

Criada em 2018, a NAU21 é uma empresa especializada em consultoria de tecnologias de informação focada no mercado segurador. Em entrevista, António Carvalho, Senior Business Consultant, destaca a contribuição da empresa para a inovação no sector de seguros. De que forma, a NAU21 ajuda as empresas a potenciar o seu negócio? A NAU21 é uma empresa jovem mas com um enorme grau de maturidade, pois é constituída por equipa de pessoas com grande senioridade, experiência e know-how em tecnologias de informação para o mercado segurador, e por pessoas jovens, responsáveis e com uma enorme vontade a aprender e pôr em prática os seus conhecimentos técnicos. Esta é a simbiose que torna a NAU21 numa empresa capaz de dar resposta aos enormes desafios que nos têm sido colocados. Sendo uma equipa muito unida, onde se sente felicidade nas pessoas que connosco colaboram, a produtividade é muito elevada e a capacidade de resposta tem sido excelente. Aliando a estes fatores o facto de estar embutido no espírito das pessoas uma atitude muito colaborativa, permite-nos ser uma equipa que se complementa em todas as áreas de negócio do nosso mercado alvo – o mercado segurador. Somos uma empresa que nasceu com o sonho de criar um laboratório de inovação com base na utilização de tecnologias e, com isso, simplificar a vida das pessoas. Sabemos que a tecnologia, atualmente, tem um papel muito importante em qualquer área - e com a pandemia que atravessamos, confirmamos isso com os negócios a serem cada vez mais digitais. Queremos, por isso, trazer para o mercado, especificamente para a área dos

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O que diferencia a NAU21 num mercado global e competitivo? A NAU21 é uma empresa especializada em consultoria de tecnologias de informação focada no mercado segurador, dando suporte diário aos seus clientes e resolvendo de uma forma pragmática os problemas que surgem no dia-a-dia de uma companhia de seguros. A consultoria no mundo segurador é uma área muito especifica, de grande responsabilidade e exigência que requer conhecimento, experiência e espírito critico. Nesse sentido, temos nos nossos quadros um conjunto de consultores com elevada experiência, quer a nível de negócio, quer a nível tecnológico que nos permite dar uma resposta eficaz e de ajudar os nossos clientes a ter um melhor sistema de suporte ao seu negócio. Acreditamos que o negócio dos nossos clientes não deve ser refém de um sistema informático, mas sim que o sistema informático seja adaptado e implementado de forma a melhorar e potenciar o negócio dos nossos clientes. Nós somos um player bastante dinâmico e diferente, com um posicionamento diferenciado, que aporta valor mais pelo compromisso da entrega e pelo compromisso com os nossos clientes. Se o nosso cliente tem o objetivo de criar algo - de lançar um produto ou reestruturar um processo - nós temos um compromisso muito sério com os objetivos traçados por cada cliente. Este compromisso só conta se o conseguirmos concretizar o objetivo de cada cliente. Acreditamos que é aí que a NAU21 se diferencia: muitas das coisas que fazemos não são feitas como o cliente pede, mas são feitas como o cliente quer. O facto de termos um grande conhecimento sobre os processos ajuda muito na nossa abordagem aos clientes, apresentando-lhes as melhores soluções e considerando o prazo para cada um dos desafios. A experiência que a equipa NAU21 tem acumulada permite, através de uma utilização inteligente da tecnologia, ajudar os seus clientes a alavancarem os seus negócios e quando a prestação de um serviço a uma companhia de seguros é realizada baseando-se em competência e compromisso, tal como o fazemos, vamos tornando-nos uma referência.


NAU21 | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

“A automatização dos processos de negócio reduzirá significativamente os seus custos operacionais e, assim, permitirá a oferta de preços mais competitivos” Equipa NAU21

Qual o papel e contribuição da empresa para a inovação no sector de seguros? Existem inúmeras oportunidades de melhoria dentro dos processos de negócio de uma companhia de seguros. Por exemplo, o risco de uma seguradora é diretamente proporcional à sua capacidade de avaliar o perfil dos seus segurados e o seu risco para a ocorrência de eventuais sinistros. Hoje, as informações recolhidas podem ser analisadas com precisão por sistemas de gestão integrados desenvolvidos para criar cenários e determinar o seu impacto na organização. Esses algoritmos são uma fonte de informação essencial para classificar clientes e enviar propostas compatíveis com as suas necessidades e a companhia poder efetuar uma avaliação de risco mais eficaz e automatizada. A NAU21 tem apostado, e continuará a apostar, na melhoria dos processos de negócio-chave de uma companhia de seguros, estando a investigar a criação de uma ontologia para seguros, de forma a facilitar a resposta a normativas legais a que as companhias de seguros estão sujeitas, e que atualmente têm representado desafios enormes com um investimento muito grande para as mesmas, de forma a darem resposta a temas como o IFRS17, por exemplo. A NAU21 trabalha para se tornar uma peça chave na descoberta de soluções revolucionárias, tecnologias como blockchain e contratos inteligentes acabam por trazer benefícios para esses mercados? Quais as mais-valias geradas para os clientes? A NAU21 está a desenvolver uma plataforma que utiliza tecnologias blockchain e machine learning, de forma a otimizar e automatizar alguns dos processos mais críticos numa companhia de seguros, focando-nos, para já, na subscrição de apólice e participação de sinistros. Queremos reunir toda a informação necessária para gestão de um sinistro - todos os meios de prova, todas as entidades com interesse legal - em tempo real, para que seja possível fazer um rápido processamento. O objetivo desta plataforma é partilhar informação e tomadas de decisão a partir de uma rede colaborativa onde estejam ligados todos os intervenientes necessários. Com esta solução, reduziremos drasticamente o tempo de conclusão de um processo deste tipo numa companhia de seguros. A ideia da NAU21, no fundo, é trazer para um sistema distribuído todas as entidades que têm interesse na execução do processo e pô-las a aceder e responder às solicitações em tempo real.

Com este tipo de automatização, para além da rapidez e eficácia do processo, proporcionaremos também uma maior segurança na partilha de informação e acessibilidade à mesma só por quem realmente tem de aceder. A plataforma maximiza, assim, a eficácia de uma seguradora na resposta ao cliente, reduz substancialmente o risco de fraude e melhora a capacidade preditiva de sinistros. Qual a estratégia para que a NAU21 continue a agregar valor ao negócio dos seus clientes? A transformação digital afigura-se como a necessidade iminente do século XXI. Ora, a adaptabilidade das empresas a esta mudança torna-se cada vez mais imperativa através da simplificação. A digitalização das operações de negócio, em toda a cadeia de valor, aproxima cada vez mais os clientes à sua seguradora com as consequências que daí advêm. Por um lado, os clientes esperarão serviços e ofertas mais rápidos, mais simples e personalizados, como já vivenciam noutras áreas (retalho, banca), onde já se implementaram avançados sistemas de vendas online. É esperada também uma simplificação dos processos de contratação e de participação de sinistros. A automatização dos processos de negócio reduzirá significativamente os seus custos operacionais e, assim, permitirá a oferta de preços mais competitivos. Nesse sentido, a NAU21 continuará a apostar na otimização de processos usando a tecnologia em prol do negócio dos nossos clientes. Acreditamos que poderemos chegar a uma era de descobrimentos tecnológicos jamais alcançada, trazendo reconhecimento a novas tecnologias e explorando novas aplicabilidades das ferramentas.

www.nau-21.com

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | CACHAPUZ

A CACHAPUZ NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DAS EMPRESAS Em entrevista à Revista Business Portugal, Cândido Martins, Executive & Innovation Manager da Cachapuz Bilanciai Group, e Joaquim Monteiro, Chief Operating Officer do Bilanciai Group, destacam que a Transformação Digital é muito mais do que rutura e evolução tecnológica: é uma forma de melhorar a vida das pessoas, desenvolver melhores serviços e produtos e melhorar a economia. No mercado há mais de 100 anos, qual é a análise que faz do caminho percorrido pela Cachapuz que, para além da sua história, faz parte de um grupo Internacional Bilanciai, com um volume de negócios superior a 76 milhões de euros? Cândido Martins (CM) - O Grupo Bilanciai integra, além da Cachapuz, empresas de Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Estados Unidos e possui uma rede de parceiros com abrangência global. Em reconhecimento da capacidade tecnológica da Cachapuz, o Grupo Bilanciai concentrou em Portugal um dos seus Centros de Competências Tecnológicas com o objetivo de conceber e implementar soluções de software e automação que complementem e acrescentem valor aos equipamentos produzidos e comercializados pelas restantes empresas do grupo. Os nossos 100 anos de história demonstram, acima de tudo, uma grande adaptabilidade às mudanças inerentes à evolução dos tempos. Foram vários os desafios que atravessámos, não obstante, estamos focados no presente e futuro da Cachapuz, em especial em reforçar a nossa a liderança no mercado com os sistemas integrados de pesagem (as nossas soluções SLV).

52 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Joaquim Monteiro,

Cândido Martins, Executive &

Chief Operating Officer do Bilanciai

Innovation Manager da Cachapuz

Group

Bilanciai Group

Sabemos que a empresa se encontra numa fase de reposicionamento da marca. Nesse sentido, explicite a estratégia que está a ser adotada e como a mesma contribuí para transformação digital da indústria. Joaquim Monteiro (JM) - A Cachapuz tem, ao longo dos anos, investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas que permitam às empresas responder de forma eficiente às suas necessidades reais, nomeadamente proporcionar uma maior eficiência na gestão das operações das unidades industriais. Presentemente, estamos a apostar em criar e agregar valor acrescentado, as empresas não podem apenas disponibilizar um produto ou serviço, é necessário agregar conhecimento e tecnologia para criar relações estáveis e duradouras com os parceiros.


CACHAPUZ | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A nossa estratégia continuará a passar por investir em soluções tecnologicamente avançadas e expandir para um mercado global, inclusive dar continuidade às implementações das nossas soluções a nível nacional e internacional, incorporando gradualmente novos módulos e funcionalidades que as mantenham diferenciadoras e inovadoras nos sectores de mercado em que atuamos. Consideram-se cada vez mais um parceiro na digitalização das empresas? Olhando para o panorama atual do país (em particular) e do mundo (em geral), é importante escolhermos o parceiro ideal? Aponte os fatores que fazem da Cachapuz uma escolha certeira. CM - No nosso mercado, mantemos a liderança na conceção, produção e comercialização de equipamentos de pesagem e implementação de soluções de software e automação para a área industrial. Internacionalmente somos, sem dúvida, uma referência na automatização e otimização de processos logísticos e temos soluções implementadas em unidades industriais de relevantes grupos empresariais de referência internacional, em particular na indústria do cimento. São soluções críticas e de alta disponibilidade que asseguram a automatização das operações logísticas de carga e descarga de camiões. Garantimos aos nossos clientes o aproveitamento de todo o potencial da computação e automação para ajudar a que todo este processo seja otimizado, eficiente, inteligente e mais rápido. Atualmente, a Cachapuz possui uma oferta integrada de soluções inovadoras, podemos quantificar as mais-valias que as mesmas apresentam e que aumenta a vossa competitividade face às demais empresas do sector? JM - Dispomos de um conjunto de soluções integradas para gestão de pesagem, desenvolvido para responder às exigências da Indústria 4.0 e garantir a automatização das operações de pesagem, otimização e monotorização de procedimentos e análise de toda a informação.

A implementação das Soluções SLV permitem, por exemplo, aos nossos parceiros garantir a redução do tempo de conclusão de cada operação nas diversas áreas automatizadas e tempo de ciclo, aumentar o número de camiões despachados por dia, maximizando a capacidade de despacho/utilização da fábrica, o que pode levar a um aumento do volume de vendas de produtos acabados por dia e um maior controlo nas operações, diminuindo operações fraudulentas e erróneas. Além destes benefícios, permite ainda acompanhamento da unidade industrial em tempo real e acesso direto a relatórios e KPI completos e detalhados, que possibilitam um melhor entendimento do desempenho da fábrica, uma melhor tomada de decisão e a promoção da melhoria contínua. A Cachapuz é um dos 18 membros da equipa Colab DTx, laboratório de investigação aplicada na área da transformação digital, em colaboração com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência Nacional de Inovação. Esta parceria aumenta a vossa competitividade face às demais empresas do sector? CM - Decisivamente, sim. Os projetos de investigação garantem inovação, no fundo, podemos afirmar que é a materialização no mercado de novas invenções. O DTx, em particular, tem como propósito ser um parceiro de referência na transformação digital dos seus associados assente nos pilares do conhecimento, competência, qualidade e paixão com que desenvolve a sua atividade. Neste momento, estamos a liderar o projeto NeWeSt em copromoção com o DTx, INL e Universidade do Minho que termina em junho de 2023, com um investimento na ordem dos 1.3 milhões de euros. Estamos, também, a promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, em termos de conceito e tecnologia, com a aquisição de dados IoT provenientes de novos sensores e dispositivos inteligentes, sua agregação numa plataforma cloud e disponibilização de uma arquitetura de micro serviços para desenvolvimento de uma nova oferta ao mercado.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | CACHAPUZ

Além do desenvolvimento de novos sensores e dispositivos inteligentes, os dados recolhidos serão tratados com recurso a inteligência artificial e a informação disponibilizada através de serviços inteligentes, contribuído para que os decisores possam usar essa informação para melhorarem os seus negócios. Por esse motivo, podemos afirmar que a tecnologia e a inovação são, sem dúvida, os grandes motores da Cachapuz. O roadmap de transformação digital na Cachapuz em termos de futuro desenvolve-se assente em que vectores? Que objetivos estratégicos estão delineados para que a Cachapuz continue a promover um ecossistema de inovação na região e a fazer chegar tecnologia ‘made in Braga’ ao mundo? CM - Desde sempre, a inovação e tecnologia fazem parte do ADN da Cachapuz e estão, como sempre estiveram, ao serviço dos processos, das pessoas e dos produtos, tendo como foco o seu crescimento. A Cachapuz existe porque inova. Quem não inova, não sobrevive. Na Cachapuz, a inovação não é propriedade de ninguém, é uma responsabilidade de todos, transversal a toda a organização. O roadmap de transformação digital na Cachapuz definido para 2022-2024 desenvolve-se em vetores como a transição e a criação de dispositivos inteligentes; a transição da unidade industrial para a interligação entre unidades industriais; entender a cloud como facilitador para promover novos modelos de cooperação e negócios e tirar proveito de novas tecnologias para criar novos produtos. Soluções móveis, inteligência artificial, IoT, blockchain irão transformar drasticamente o portfólio das soluções atuais da Cachapuz.

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“O roadmap de transformação digital na Cachapuz definido para 2022-2024 desenvolve-se em vetores como a transição e a criação de dispositivos inteligentes; a transição da unidade industrial para a interligação entre unidades industriais; entender a cloud como facilitador para promover novos modelos de cooperação e negócios ”


Especial Fátima

Mai.

25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA 1997-2022 REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 55


Arrancaram em março as iniciativas que assinalam o 25º aniversário da cidade de Fátima. Esta é uma região que se tem vindo a afirmar e a conquistar o coração das pessoas. Hoje em dia, “Fátima” é um nome que é ouvido e falado não só em Portugal, como nos quatro cantos do mundo. Desenganem-se aqueles que pensam que se trata de um local onde predomina única e exclusivamente a fé e a religião. Fátima é muito mais do que isso. São as suas gentes, os serviços, a excelente capacidade hoteleira, os restaurantes, o saber receber. Aliás, quem visita Fátima, não pode deixar de visitar outros pontos de interesse turístico, entre os quais, o Castelo de Ourém e a Vila Medieval, as Grutas da Moeda ou as Pegadas de Dinossauros. Já as empresas sediadas em Fátima não podiam ficar de fora desta equação, tendo em conta que são as forças vivas da região, os verdadeiros tentáculos que a têm sustentado ao nível económico, ao longo dos anos. Voltando às celebrações, durante o ano de 2022 estão previstas 25 iniciativas para assinalar este marco tão importante, onde irão ser incluídas vertentes como as artes, o desporto, a música, a gastronomia, a cultura, entre outros. O destaque vai para o “Dia da Cidade” – 12 de julho – onde serão homenageadas 25 figuras ilustres de Fátima, nomeadamente, o Padre Luís Kondor, cujo nome será para sempre lembrado através da plantação de uma árvore no pátio da futura biblioteca pública. Para além disso, da agenda ressalta o paralelismo que será feito entre o passado, o presente e o futuro de Fátima. Importa ainda referir que as Juntas de Freguesia ao redor da cidade são parceiras nestas comemorações e vão, com certeza, marcar presença. Assim, a animação está de volta às ruas da cidade e o ambiente de festa é garantido, algo que já fazia falta, após tanto tempo circunscritos às nossas próprias casas, fechados entre as quatro paredes. Estes são motivos mais do que suficientes para não deixar de comparecer.

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O Restaurante e Churrasqueira Lebre, situado em Fátima, oferece-lhe o melhor que há na nossa gastronomia. Pratos confecionados, com ingredientes selecionados, por quem conhece todos os segredos que conferem o paladar mais apurado e um aroma absolutamente irresistível. Avenida Dom José Correia Silva Loja 48 2495-402 Fátima www.churrasqueiralebre.pt +351 249538318 lebrechurrasqueira@gmail.com

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | JF FÁTIMA

AS BODAS DE PRATA DA CIDADE DE FÁTIMA

Humberto Silva, Presidente

Quando pensamos em Fátima, associamo-la imediatamente à religião, pois é onde se localiza um dos maiores santuários marianos do mundo. No entanto, esta é uma cidade que, nos últimos anos, tem registado um forte crescimento, tanto ao nível demográfico como económico. Hoje, poucos são aqueles que nunca ouviram a palavra “Fátima” ou não sabem o que esta representa. Falamos de uma cidade com 25 anos de história que poderá conhecer através das palavras do Presidente da Junta, Humberto Silva.

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A cumprir já o seu terceiro mandato enquanto Presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva faz questão de destacar, entre as mais diversas obras que estão previstas, a colocação da rede de saneamento, tendo em conta que “só faz sentido a construção de outras obras se esta questão estiver resolvida”, afirma. Para além disso, existe uma forte aposta na divulgação deste que é o destino religioso de eleição de milhares de pessoas. Assim, Fátima é, cada vez mais, uma marca amplamente reconhecida em qualquer parte do mundo e é notável o seu crescimento. Aquilo que era uma pequena vila, é hoje, passados 25 anos, uma grande cidade e, isso deve-se, sobretudo, ao trabalho de promoção e valorização da região que tem sido feito pelos autarcas, bem como pela população. Aliás, esta comparação entre o passado e o presente poderá ser vista numa exposição fotográfica a decorrer no mês de maio, um evento que integra as comemorações do aniversário da cidade. 25 anos da elevação a cidade Este marco é importante, não só para a freguesia, mas também para todo o concelho, bem como para o próprio país, e será celebrado, ao longo do ano, através de 25 iniciativas. Da música às conferências, à etnografia e até à gastronomia, todas as vertentes vão estar incluídas nestas comemorações. Ainda assim, o entrevistado reforça a importância dos debates que vão contar com a presença de ilustres convidados das mais diversas áreas (desde o turismo religioso à economia). Nestas conferências serão abordados tópicos como, por exemplo, o futuro da cidade de Fátima. Estes eventos prometem trazer, novamente, alegria às ruas da cidade e são, em simultâneo, um pretexto para que as pessoas possam voltar a conviver e a socializar após tanto tempo isoladas devido à pandemia mundial da Covid-19.


JF FÁTIMA | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

Por isso, o autarca mostra-se orgulhoso daquilo que está a ser preparado e convida todos a estarem presentes. O cartaz turístico O Santuário e a Basílica são os grandes ex-libris da cidade. Ainda assim, existem outros locais que devem fazer parte do roteiro. O Castelo de Ourém foi recentemente alvo de intervenções pelo que a sua visita é quase obrigatória. Ao redor, encontra-se também a Vila Medieval onde poderá deparar-se, nomeadamente, com os miradouros com vista sob toda a cidade. Devido à forte presença do maciço calcário extremenho, as Grutas da Moeda e as Grutas de Mira de Aire merecem, igualmente, ser visitadas. Outros dos monumentos a ter em consideração são as Pegadas de Dinossauros, as maiores e mais antigas do mundo. Ainda assim, dada a centralidade de Fátima e, tendo em conta, também, a sua capacidade hoteleira, consegue visitar muitas outras cidades portuguesas num curto espaço de tempo. Preocupação com os peregrinos Aproximam-se os meses das grandes peregrinações à cidade de Fátima. Nesse sentido, há uma crescente preocupação com a melhoria das condições para as milhares de pessoas que chegam ao local. Relativamente aos caminhos, foi criada, recentemente, uma rota que une Coimbra à cidade de Fátima e, atualmente, estão a decorrer reuniões que visam a construção de outra que irá juntar quatro das freguesias limítrofes. Isto já para não falar dos habituais trilhos como, por exemplo, o do norte ou o do Tejo que têm sido alvo de melhorias para àqueles que optam por se deslocar a pé. Já no que à rede viária diz respeito, estão a avançar com a Estrada de Leiria, sendo este um dos locais de maior passagem de peregrinos e foi, igualmente, aprovada a requalificação da Estrada de Minde. “Queremos continuar a dotar a cidade de infraestruturas para ter as condições necessárias para receber as pessoas. Pretendemos que estas se sintam bem em Fátima”, salienta o presidente, assumindo a dificuldade acrescida de acompanhar o crescimento exponencial da cidade. A economia da região A hotelaria e a restauração são as duas principais atividades económicas da cidade de Fátima. Aliás, são estas que empregam grande parte da população do concelho de Ourém. Humberto Silva afirma mesmo que “o facto de recebermos, anualmente, tantas pessoas acaba por beneficiar, não só estes dois sectores como todos os outros”. Por isso, uma das maiores lacunas, neste momento, é a falta de uma zona de industrial. Ainda assim, “no sul da freguesia encontram-se localizadas duas indústrias de grande dimensão e, no futuro, será aí o nosso parque industrial que já está a ser pensado”, refere.

Solidariedade para com o povo ucraniano Fátima é considerada por muitos a “cidade da paz”, mas é também um local onde reina a empatia, a humanidade, bem como o espírito solidário. Ao que tudo indica a cidade tem, neste momento, a maior comunidade de ucranianos a nível nacional (cerca de 500 pessoas). Humberto Silva, para além de ter enfrentado o cenário de guerra vivido na Ucrânia para apoiar as vítimas, trouxe algumas delas para a cidade de Fátima estando agora a acompanhá-las e a tentar integra-las no país, o mais rapidamente possível.

www.freguesiadefatima.pt

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | CM OURÉM

Luís Albuquerque, Presidente

OS TESOUROS ESCONDIDOS EM OURÉM Este é um concelho onde coexistem, sobretudo, duas grandes vertentes: a religiosa e a histórica. Muitos conhecem Fátima, mas existem inúmeras maravilhas no concelho de Ourém. Saiba tudo isto e muito mais, numa entrevista alargada com Luís Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal. Luís Albuquerque cumpre já o seu segundo mandato enquanto presidente da Câmara Municipal de Ourém. Quando confrontado com o balanço que fazia do mandato anterior respondeu, sem hesitar, “quem deve fazer essa análise são os eleitores e os resultados das últimas eleições autárquicas demonstram que estão satisfeitos com aquilo que foi realizado”. Para o futuro, são vários os projetos que tem em mente. Entre eles, a melhoria das acessibilidades para os milhares de peregrinos que partem das suas casas rumo a Fátima. Nesse sentido, as principais vias pedonais estão a ser trabalhadas. A título de exemplo, está a ser concluída uma obra na estrada de Leiria que visa alargar os passeios de forma a garantir a maior segurança possível. A Avenida Irmã Lúcia de Jesus é, igualmente, bastante movimentada pelo que será uma das próximas a sofrer intervenções. Sendo este um concelho com 45 mil habitantes, distribuídos ao longo de 13 freguesias, num raio de 416 km2 haverá, certamente, muito por descobrir. Vamos conhecer, através das palavras do presidente, o concelho de Ourém. Centralidade de Fátima Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados pelo concelho de Ourém é a dispersão populacional, “não temos nenhuma cidade grande consolidada, embora haja uma maior incidência nas cidades de Fátima e Ourém, os habitantes

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encontram-se espalhados um pouco por todo o território”, afirma o entrevistado. Ainda assim, o facto de se situarem no centro do país e de Fátima possuir um dos maiores parques hoteleiros, a nível nacional, faz com que assumam uma posição privilegiada, no que concerne à concentração das atividades económicas e à realização de eventos. Diretamente relacionada com esta última questão, está o facto de agora se puderem organizar espetáculos de maior dimensão no Centro Pastoral Paulo VI que tem capacidade para 2 mil pessoas, algo que anteriormente não era possível devido a questões administrativas e logísticas. Concomitantemente, em colaboração com o Conservatório de Música Ourém e Fátima, está a ser terminada a construção de um auditório em Fátima, com espaço para cerca de 300 pessoas. Castelo de Ourém e Vila Medieval Dados comprovam que quem visita Fátima fica hospedado nos seus hotéis apenas por uma noite. Recentemente, foi colocada em vigor a “Campanha 10001 noites” com a oferta de uma noite extra àqueles que reservarem uma ou mais em alojamentos do concelho de Ourém. O sucesso foi tal que deram continuidade a esta iniciativa, passando agora a ser denominada “4001 noites”. O principal objetivo das mesmas é atrair visitantes e fazer com que estes permaneçam no concelho, dando-lhes a conhecer as suas maiores riquezas. Um dos monumentos a destacar é o Castelo e Paço dos Condes de Ourém que “para além da sua história, tem um potencial incrível”, salienta o presidente. Em julho do ano transato, procedeu-se à sua reabilitação com trabalhos de conservação, manutenção e beneficiação, o que fez com que o castelo ficasse ainda mais belo e com melhores condições, aumentando exponencialmente o número


CM OURÉM | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

de visitantes - “ao contrário do que se possa pensar, temos tido uma grande afluência desde que o Castelo foi aberto ao público, já por lá passaram perto de 40 mil pessoas” - no entanto, ainda existem pontos a melhorar como é o caso da acessibilidade. Nesse sentido, estão a pensar desenvolver um acesso mecânico até ao Castelo, visto que, os autocarros, por exemplo, não têm as condições necessárias para lá chegar. Quem visita este local, depara-se instantaneamente com a Vila Medieval onde cada canto é um tesouro por descobrir. A Igreja Matriz, por exemplo, tem uma ótima acústica, pelo que costuma ser procurada para a realização de alguns concertos por parte da banda filarmónica. É neste lugar que se encontra, igualmente, localizado o túmulo de D. Afonso de Portugal, 4º Conde de Ourém. Por outra via, na loja “Ucharia do Conde” os visitantes têm a oportunidade de se deliciar com os produtos locais, nomeadamente, o mel, o azeite, os enchidos e podem, inclusive, fazer provas dos vinhos da região. A aposta na cultura O Teatro Municipal de Ourém foi, recentemente, alvo de um investimento de, aproximadamente, 2,8 milhões de euros. Este espaço já existia há cerca de 30 anos e, por isso, não cumpria os requisitos exigidos à realização de grandes espetáculos. Após a requalificação do mesmo, foram vários os artistas que tiveram a oportunidade de lá atuar e que se depararam com as ótimas condições quer em termos acústicos, quer ao nível dos camarins, do palco, entre outros. Ainda assim, o Presidente garante que “é importante que estes locais sejam devolvidos às cidades, mas depois também é necessário dar-lhes vida” e, portanto, a programação tem sido regular e é esse o caminho que querem continuar a seguir.

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | CM OURÉM

www.ourem.pt

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A preocupação ao nível ambiental “O ambiente é cada vez mais importante para o futuro e as novas gerações estão muito atentas a isso”, começa por afirmar o presidente Luís Albuquerque. Desta forma, têm sido desenvolvidas pelos oureenses algumas ações com o intuito preservar o ecossistema. A Câmara Municipal foi a primeira a dar o exemplo pois tem efetuado um enorme esforço no sentido da desmaterialização. “Hoje, estamos a tirar menos 80 mil fotocópias por ano, comparativamente ao que tirávamos no ano passado”, revela. A digitalização a que temos vindo a assistir, nos últimos tempos, também tem sido importante pois, atualmente, os munícipes podem submeter on-line os seus projetos, pedidos, requerimentos, entre outros, sem ser necessário deslocarem-se ao Edifício da Câmara. A aposta em viaturas elétricas e a substituição das lâmpadas por LED tem sido, também, uma realidade. Simultaneamente, a campanha “Vamos dar o litro” desafia todas as escolas do município a fazer a recolha de óleos, mostrando aos alunos como é que este processo deve ser feito. Está ainda a ser elaborado o projeto do um novo ecocentro onde os cidadãos podem depositar tudo aquilo que já não tem utilidade nas suas casas. A criação de jardins e espaços verdes, bem como o prolongamento do parque da cidade e a nova ecovia em Fátima têm sido também fulcrais para promover a qualidade de vida dos cidadãos.


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NOSSA SENHORA DAS MISERICÓRDIAS: A VILA MEDIEVAL COMO CABEÇA DE CARTAZ Luís Oliveira, Presidente

A sede desta freguesia está no interior da Vila Medieval. Quem por lá passa, não consegue ser-lhe indiferente. Desde o castelo à igreja, aos miradouros, são vários os motivos de interesse e quem o afirma é Luís Oliveira, o Presidente da Junta de Freguesia da Nossa Senhora das Misericórdias. Situe a freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias em termos de extensão territorial. Estamos a falar de quantos habitantes? Nossa Senhora das Misericórdias é uma freguesia portuguesa do Município de Ourém. Relativamente à nossa extensão, falamos de cerca de 40 km2 e, aproximadamente e, de acordo com os últimos censos, 4 700 habitantes. Enquanto Presidente da Junta, quais são as metas que espera cumprir aqui na freguesia? Sendo uma freguesia grande com nove locais distintos e, por isso, temos que acudir um pouco a todos eles. Por vezes, temos que nos concentrar e preocupar mais com um deles, no entanto, temos objetivos estipulados para todos. Em colaboração com a Câmara Municipal de Ourém estamos a rever a questão da acessibilidade à vila medieval pois devido às obras de requalificação efetuadas no castelo, prevê-se uma maior procura por parte dos visitantes.

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JF NOSSA SENHORA DAS MISERICÓRDIAS | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

Em termos culturais, que locais aconselharia aos cidadãos que tenham a intenção de vos visitar? A grande referência é a Vila Medieval que, na minha opinião, merece ser visitada. No seu interior, existem inúmeros monumentos interessantes. O Castelo, depois de requalificado, está excelente. A obra foi muito bem feita, pois haviam algumas torres que estavam completamente fechadas e agora já se encontram abertas ao público e em perfeitas condições. A Igreja Colegiada é, igualmente, bonita. Na cripta está o túmulo de D. Afonso, o 4º conde de Ourém. A seu lado, está localizada a fonte gótica. A pousada, a meu ver, é também um monumento visto que ali se encontram partes da história da vila medieval, nomeadamente o tabuleiro da misericórdia que é o antigo hospital e está inserido na mesma. Além disso, existem dois edifícios que, em tempos, eram cadeias. Um deles foi comprado pela Câmara e atualmente é uma loja que se destina à venda de produtos regionais. Relativamente aos miradouros, eu destaco aquele que se encontra nas traseiras do castelo onde é possível vislumbrar praticamente todo o concelho. Já à saída da vila, encontram a Capela da Nossa Senhora da Conceição. Aliás, no dia 7 de dezembro realiza-se a procissão das velas que é quando esta sai da capela, dá a volta ao morro do castelo, vai para a igreja e, no dia seguinte, regressa ao local. Em termos religiosos, costumamos organizar dois eventos de maior importância: a Via Sacra ao vivo (na Sexta-Feira Santa) e a Procissão dos Passos (realiza-se de dois em dois anos, no domingo anterior à Páscoa). Não podemos deixar de falar de Fátima, tendo em conta que são uma das freguesias mais próximas. Acredita que o facto de Fátima receber, anualmente, tantas pessoas acaba por beneficiar todas as áreas de negócio não só lá, mas também nas restantes freguesias? Em que sentido? A proximidade de Fátima à freguesia da Nossa Senhora das Misericórdias, a meu ver, não tem sido muito bem explorada no que ao turismo diz respeito. Poderíamos ter muitos mais visitantes, tendo em conta as pessoas que passam todos os dias por Fátima.

Espero que, com estas obras no Castelo e com a melhoria das acessibilidades, possamos tirar um maior partido dessa situação. A nossa freguesia tem vindo a perder uma das suas maiores fontes de riqueza que era a indústria mobiliária. Muitas das pessoas que estavam ligadas a esta área foram trabalhar para Fátima tendo em conta essa proximidade. Quais são os seus objetivos para o futuro enquanto presidente da junta de freguesia? Tal como já referi, a melhoria das acessibilidades é uma das nossas maiores preocupações. Contudo, outra das nossas apostas é a revitalização da Zona Industrial de Vilar dos Prazeres e temos estado em conversações com a Câmara Municipal de Ourém para esse efeito.

www.jf-misericordias.pt

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | JF SÃO MAMEDE

“QUEREMOS UM SÃO MAMEDE MELHOR” Marco Vieira, Presidente

Marco Vieira foi reeleito, nas últimas eleições, entrando assim no seu último mandato como presidente da Junta de Freguesia de São Mamede, mostrando, no entanto, a mesma vontade férrea de continuar a trabalhar, na liderança de uma equipa, que pretende criar dinamismo e desenvolver cada vez a mais a freguesia, no sentido de potenciar a qualidade de vida dos seus habitantes. Em entrevista à Revista Business Portugal, começa por apresentar a freguesia à qual se orgulha de pertencer, destacando os pontos de interesse e os objetivos a cumprir. São Mamede encontra-se integrada no Maciço Calcário Estremenho, próximo da sua zona norte, alonga-se numa extensão de 15 quilómetros, com uma área territorial de 41 quilómetros quadrados. Esta freguesia centenária, que congrega cerca de 3500 habitantes, situa-se no sul do concelho da Batalha e confina com os concelhos de Porto de Mós, Ourém e Leiria. Aqui podemos encontrar locais emblemáticos como é o caso das Grutas da Moeda e a Pia do Urso, os dois grandes ex-libris da freguesia de São Mamede, que no contexto do turismo de natureza, tem um leque de potencialidades. “Com a grande proximidade à cidade de Fátima e com o turismo religioso, as Grutas da Moeda que foram descobertas em 1971, sempre se foram desenvolvendo e tendo uma

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boa afluência de visitantes”, salienta o autarca. A extensão visitável da gruta é de 350 metros e a sua profundidade é de 45 metros abaixo da cota de entrada. A Pia do Urso foi um projeto criado mais recentemente, em 2005, localiza-se na Aldeia da Pia do Urso que oferece aos visitantes uma paisagem natural deslumbrante, onde poderá apreciar também o magnífico trabalho de restauro das habitações típicas desta região e onde foi instalado o primeiro Ecoparque Sensorial destinado a invisuais de Portugal. Este é conceito inovador, “que pretende levar até estes cidadãos a possibilidade da apreensão do meio envolvente que os rodeia utilizando, para o efeito, os restantes sentidos”, revela Marco Vieira. São Mamede tem algumas características que não são muito frequentes de encontrar noutras localidades do nosso país, nomeadamente um centro da vila “muito desafogado” e um conjunto de 29 lugares muito dispersos que têm a paisagem natural como grande mais-valia. Por isso, escusado será dizer que os pontos de interesse não se esgotam por estas bandas, como avança o Presidente da Junta de Freguesia, realçando o Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso com uma rede de trilhos cicláveis e devidamente sinalizados num total de mais de 300 quilómetros, bem como o Percurso Pedestre “Rota dos Moinhos”, que permite o contacto com a natureza, podendo ser observadas inúmeras espécies animais e vegetais e vários moinhos. Apostas e desafios do novo ciclo autárquico Marco Vieira pretende desenvolver cada vez mais a sua freguesia, por isso tem um conjunto de ambições que gostaria que se concretizassem neste que é o seu último mandato. “Temos um projeto em curso, no âmbito de colaboração com o Município da Batalha, que é a construção de um pavilhão gimnodesportivo. Mas, estruturalmente, temos alguns projetos que ambicionamos e temos ideia que ainda vamos conseguir concretizar”, esclarece, referindo que se tratam concretamente da Zona Industrial de São Mamede, a ligação ao IC9 através de uma acessibilidade que facultasse maior centralidade à freguesia e, paralelamente, a alteração ao PDM, com a introdução de mais áreas de construção residencial, para contrariar o êxodo de pessoas para outras localidades.


JF SANTA CATARINA DA SERRA | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

A QUALIDADE DE VIDA E O DESENVOLVIMENTO COMO PRIORIDADE Um outro olhar “A Igreja Matriz é um edifício notável e, a seu lado, localiza-se o coreto. Ambos são locais que caracterizam a nossa freguesia”, afirma o Presidente. Depois, existem várias organizações. O associativismo está muito presente. A União Desportiva da Serra tem um complexo desportivo, junto do Rancho Folclórico está a Casa-Museu. Para além disso, “a Junta de Freguesia é proprietária de uma capela que já existe há alguns séculos e que, recentemente, foi restaurada. Os interessados podem-me solicitar para abrir a porta e tenho a certeza que não vão ficar indiferentes à beleza, por exemplo, dos frescos no teto”, expõe.

José Artur Ferreira, Presidente

José Artur Ferreira cumpre já o seu terceiro mandato enquanto Presidente da União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça. Ao longo destes anos, muito já foi feito, mas muito ainda está por fazer. O entrevistado aproveita para enumerar alguns locais de interesse da região e explicar as mais-valias da proximidade a Fátima. Em 2013, voltavam a unir-se as regiões de Chainça e Santa Catarina da Serra, naquilo que o entrevistado considera ser um “casamento feliz”, pois ambas beneficiam desta relação. Hoje, a União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça é uma freguesia portuguesa do Município de Leiria onde, até ao ano de 2021, coexistiam cerca de 4.560 habitantes. Falamos de um local de fácil acesso, visto que é atravessado pela A1 e pelo IC9, aliás, “o cruzamento das duas vias é a 600 metros da nossa igreja”, explica o entrevistado. Para além disso, todos os peregrinos passam por esta freguesia e, nesse sentido, para dar resposta às suas necessidades, as condições têm sido melhoradas: “Já fizemos passeios em quase todo o percurso para ajudar, não só os peregrinos, mas também todos aqueles que cá vivem”. Estão ainda à disposição vários parques de merendas como, por exemplo, o do Jardim das Oliveiras e o do Vale do Mourão. A verdade é que a freguesia se alterou muito, nos últimos nove anos, e quem o diz é José Artur Ferreira, o atual presidente. No entanto, apesar deste ser já o seu terceiro mandato, os objetivos mantêm-se inalterados, “promover o bem-estar de todos os cidadãos e desenvolver o nosso território”, sublinha.

Participação nas festividades de Fátima 25 anos, 25 iniciativas - este é o mote das comemorações da elevação de Fátima a cidade. Dada a sua proximidade, a União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça vai marcar presença nos eventos com a participação de alguns grupos, nomeadamente do Rancho Folclórico e do Grupo de Bicicletas Antigas. José Artur Ferreira considera que “Fátima depende de nós e nós dependemos de Fátima”, pois existem pessoas que vivem na freguesia, mas têm os seus negócios em Fátima ou então têm os filhos a estudar lá e, portanto, tendo em conta a proximidade à cidade, Fátima acaba por ser muito importante. Por outra via, a “cidade da paz” também necessita dos fregueses de Santa Catarina e Chainça, pois é de lá que parte a mão-de-obra.

“Os objetivos mantêm-se inalterados, promover o bem-estar de todos os cidadãos e desenvolver o nosso território”

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | FÁTIMA STONES

Hotel Adare Manor, na Irlanda

FÁTIMA STONES MARSEFAL: 3 GERAÇÕES João Marques, Administrador

DE PEDRA NATURAL

Há mais de 70 anos a trabalhar e comercializar pedra ornamental natural, dando vida a obras espalhadas pelo mundo inteiro, primeiro como Francisco da Silva Marques, depois Marsefal e, recentemente, sob a marca Fátima Stones. João Marques, o atual administrador, conta-nos a história da fundação e do crescimento da empresa. Os anos após as conhecidas aparições de Fátima mudaram completamente o panorama da cidade de Fátima e também do negócio da pedra. O trabalho da pedra era duro, rudimentar e pouco valorizado. Desde cedo o Santuário iniciou os seus edifícios de arquitetura religiosa marcante ainda aos dias de hoje, recorrendo à pedra da região como componente estruturante. O canteiro Pardal Monteiro, foi o principal responsável pelos trabalhos iniciais de dar formas aos blocos de pedra. Ainda assim, a dimensão desses edifícios era tal que rapidamente “foram chamados profissionais de todo o país”, sublinha o entrevistado. O avô de João, Francisco da Silva Marques, viu uma oportunidade e comprou à época as máquinas de serrar pedra, assumindo o fornecimento das obras no recinto do santuário, iniciando-se assim o negócio da família em 1940. Com a construção do recinto do Santuário e o desenvolvimento da povoação, outros edifícios surgiam, e acompanhando a procura em Fátima e na região, começa a industrialização da transformação de pedra: fazendo não só a serragem de blocos e vendendo chapas a outros marmoristas, como transformando à medida de encomendas. Era o início da empresa Francisco da Silva Marques, mais tarde Marsefal, a que seu pai, Mário Marques, deu forte impulso, modernizando todo o processo, dando dimensão nacional à empresa,

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fornecendo de forma séria e continuada pequenas, médias e as grandes empresas nacionais de construção, criando as bases para o futuro. Hoje, depois de fazer o seu trajeto académico na área de economia e de cerca de três décadas a acompanhar o pai, é João Marques quem comanda os destinos desta empresa, que evoluiu da marca Marsefal para a marca Fátima Stones, sem nunca descurar a qualidade e o profissionalismo que foi caracterizando a empresa ao longo do tempo, mas procurando com esta nova marca abraçar também o mercado internacional. A abertura de portas ao mercado estrangeiro Por altura da Guerra do Ultramar e anos seguintes, a empresa viveu momentos difíceis, mas a dedicação e empenho de Mário Marques permitiu ultrapassar essa fase má. A empresa trabalhava pedra da região de Fátima, mas também mármores e granitos de outras origens e comercializava rochas ornamentais com origem noutros países. Na década de 80, com a expansão do mercado imobiliário, surgiram novas oportunidades, apostaram na modernização de fabrico e valorização de mão de obra, afirmando-se como uma referência nacional no sector das rochas ornamentais, especialmente no fabrico de cantarias e obras por medida. Já no início deste século, antecipando o forte abrandamento do mercado nacional a empresa acelerou o processo de internacionalização, sendo a Bélgica, o maior consumidor de pedra natural per capita do mundo, o mercado selecionado. “Foi um processo complexo, uma vez que importávamos a pedra, trabalhávamo-la nas nossas instalações e, depois, voltava para o país de origem”, refere João. Em 2014, ocorreu a aquisição de uma pedreira na Irlanda (Lecarrow Azul), semelhante à pedra belga,


FÁTIMA STONES | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

mas com algumas caraterísticas que as diferenciam. Coincidente com estes investimentos, existiu uma aposta em presenças em feiras internacionais do sector, em profissionalizar a vertente comercial e de visitar clientes, obtendo notoriedade no mercado internacional. Neste momento cerca de 95% da nossa produção é para exportação. “Vendemos para a Bélgica, França e Holanda que são os nossos principais mercados na Europa continental. A Irlanda é também um mercado muito importante. Existem outros países a ter em conta devido ao fator da proximidade, como a Alemanha, Itália e Suíça. Apostamos ainda nos Estados Unidos, Coreia, China, Índia e, ocasionalmente, no Médio Oriente”, salienta João Marques, sem nunca esquecer os clientes locais. “Hoje, trabalhamos, com grande expressão as pedras Creme de Fátima e Lecarrow Azul das nossas pedreiras”, explica o atual administrador. A retenção de talento e a inovação têm sido, as apostas estratégicas da empresa, que conta atualmente com a arte, mestria, técnica e know-how da equipa constituída por cerca de 50 pessoas e com tecnologia de corte e polimento de última geração. O profissionalismo, talento, tecnologia e a qualidade das pedras trabalhadas permite à Fátima Stones ser parceira de referência em obras grandiosas e emblemáticas espalhadas pelo mundo, como é o caso do Hotel Adare Manor, na Irlanda, 95 Wall Street em Nova Iorque ou as Galerias Lafayette em Paris, ou ainda a nível nacional, o Santuário de Fátima, o Hotel Sheraton no Algarve e o edifício da Reitoria da Universidade Nova. Sendo a Fátima Stones uma empresa global, que projetos têm em mente para o futuro? “De 2000 a esta parte, duplicámos o volume de negócios”, começa por afirmar, mas o futuro da Fátima Stones poderá não ser em Fátima, a inexistência de uma zona industrial consolidada, as dificuldades de licenciamento e a marginalização das indústrias que contribuíram para o crescimento de Fátima e, que ainda hoje, significam um número significativo de postos de trabalho e de receitas para o concelho, condicionam de tal forma, “que estamos a repensar os investimentos futuros. As nossas raízes serão sempre em Fátima, mas as empresas precisam de evoluir e o timing das empresas é condicionado pelos

mercados, pela oferta e procura não podemos esperar por vontades políticas”, e a Fátima Stones é, hoje, uma referência no mercado, pela qualidade dos seus produtos e pelo know-how adquirido ao longo de três gerações. “A nossa mais-valia reside nas pessoas que trabalham connosco, a nossa equipa, os nossos clientes, são eles que nos fazem ser diferentes e que permitem à Fátima Stones ser uma referência no mercado da Pedra Natural”.

www.fatimastones.com/pt

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25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | LUVIFAL

HÁ 35 ANOS A CONSTRUIR OS SONHOS DOS SEUS CLIENTES

Obras em curso

Em entrevista à Revista Business Portugal, Luís Frazão, sócio-gerente da Luvifal – Sociedade de Construções, salienta que a empresa tem sustentado a sua forma de estar no mercado e o seu crescimento nos valores fundamentais que assume há 35 anos: honestidade, credibilidade, rigor, profissionalismo e a dedicação. Luís Frazão e Aníbal Reis são os dois sócios que representam a Luvifal - Sociedade de Construções, uma empresa que tem um percurso de 35 anos e cuja experiência, know-how e estrutura em termos de organização, permitem abraçar diferentes projetos no sector da construção civil. A sua constituição teve como base a necessidade local de resposta a pequenas necessidades e manutenções diárias de construção civil e de disponibilização de mão de obra especializada na construção, remodelação, reconstrução e ampliação de edifícios.

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Mas a verdade é que a empresa registou uma evolução muito positiva e um crescimento sustentado, o que lhe permitiu aceitar novos desafios, rodear-se de um quadro técnico competente e em contínua atualização e, dessa forma, dar uma resposta exímia em questões mais complexas a nível técnico e arquitetónico. O sócio-gerente desta empresa de referência localizada em Fátima, que conta com 17 colaboradores, esclarece que a Luvifal desenvolve uma panóplia de serviços desde a construção de moradias, hotéis, restaurantes ou outras unidades, quer sejam em zonas de espaço público ou privado, lembrando que “o acompanhamento da obra é efetuado por técnicos especializados e disponíveis sempre que o cliente necessite”. A empresa assume igualmente trabalhos de remodelação que podem ser ligeiros ou grandes, como por exemplo uma pintura ou até mesmo alterações estruturais, mas “avaliando sempre a situação em conjunto com o cliente para o aconselhar sobre os melhores materiais e técnicas a utilizar”, seguindo a linha condutora da empresa de honestidade e transparência no relacionamento com o cliente. A Luvifal já desenvolveu obras em vários pontos do país, contudo atualmente a sua esfera de influência situa-se verdadeiramente na região de Fátima, onde estão em curso diversas obras, “só aceitamos obras mais longe se for a pedido de algum amigo ou conhecido”, esclarece o nosso entrevistado. A aposta na qualidade de construção e dos materiais a utilizar, bem como o cumprimento rigoroso dos prazos de execução, de forma a assegurar a total satisfação dos seus clientes são, sem dúvida, dois fatores distintivos e que têm ajudado a construir uma relação de proximidade e confiança com os seus clientes, considerando as suas necessidades específicas. Para o futuro, Luís Frazão pretende que a empresa continue a seguir um trilho de crescimento, seja reconhecida pelo trabalho que desenvolve, bem como pela sua qualidade e seriedade, como aliás tem acontecido, por várias vezes, com a distinção Prémio PME Excelência.


ARTIMOL | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

ARTIMOL: EMPRESA COM HISTÓRIA Estivemos à conversa com Nuno Henriques, responsável jurídico. De forma clara e objetiva apresentou um balanço dos 45 anos de história da Artimol no mercado. Confessou que alguns constrangimentos foram superados graças à resiliência familiar, assim como a dinâmica de todos os colaboradores. José e Eulália Henriques

Vilar dos Prazeres, uma vila situada no concelho de Ourém, é conhecida há mais de 50 anos pela indústria do mobiliário. Remonta à década de 40, o aparecimento dos primeiros artífices na arte de trabalhar madeira. A origem da Artimol remonta ao ano de 1978, quando Luís Henriques, tinha funções ligadas ao fabrico de mobiliário. Nessa altura e, em conversas, sentia-se a necessidade na aquisição rápida e eficaz de componentes para móveis. É desta forma que nasce a Artimol “espírito familiar” como resposta à necessidade do mercado local - uma resposta próxima e pressurosa. Durante o seu percurso, a Artimol, viveu momentos menos bons, nomeadamente nos anos de 2008 a 2011. “Atualmente, e graças ao estoicismo de todos, e sublinho de todos, que somamos 45, continuamos a trajetória comercial da Artimol no mercado. Mapeámos os obstáculos, apontámos caminhos, aumentámos o fluxo da nossa produção, modernizámos maquinaria, impulsionámos a website, abertura a timing formativos e apostámos para uma entrega rápida e eficaz ao cliente de norte a sul. Obviamente que dispomos de uma zona privilegiada na Área Metropolitana de Lisboa, a nossa querida filial, que replica a uma clientela sempre crescente”. Mais de 22 mil artigos à disposição Artimol dispõe de uma vasta gama de produtos relacionados com as áreas de carpintaria e restauração. “Trabalhamos e transformamos a madeira desde o tronco, forro, lambrim, cimalha, portas, portáros, bites, rodapé, pérgulas, réguas, terminando na cavilha. Fabricamos cerca de 14 artigos em plástico que se adaptam ao contexto do mobiliário e restauração. Dispomos assim de um stock de produtos que aquiesce uma entrega célere e de satisfação do cliente”, acrescenta. A Artimol preza pela qualidade e pontualidade, visando a confiança e fidelização. O cliente “tudo “encontra na Artimol para a concretização dos projetos de trabalho. Responsabilidade sócio ambiental Para a Artimol, ser socialmente responsável, não se restringe ao cumprimento de todas as obrigações legais, implica ir mais além.

A título de exemplo, a Artimol disponibilizou dois meios de transporte de mercadoria (e produtos), para fazer entregas de donativos em prol da causa defendida pela Associação Sharing Love. Além disso, como empregadora, admite funcionários com handicaps vários, o que ilustra o espírito de inclusão. Assume compromissos com associações como: o Clube Desportivo Vilarense, Clube Atlético Ouriense, Filarmónica Vilarense, bombeiros e outras instituições sociais. A Artimol vive a problemática ambiental, recicla e dá nova vida aos produtos de plástico, consome energia limpa, através dos painéis solares instalados. Os resíduos de madeira são encaminhados para uma empresa que lhes dá nova vida. As ações voluntárias da Artimol em benefício público, muitas vezes, são solicitadas pelos clientes. A saúde e segurança de todos os colaboradores da Artimol ocupam uma dimensão interna muito cuidada. A Artimol tem orgulho em expor que tem vindo a distribuir a gratificação de balanços com todos os funcionários. “Queremos continuar a fazê-lo!” Olhar para o Futuro Tendo em conta a incerteza do amanhã e vivendo um período da maior recessão do último século, com esta crise pandémica, guerra na Europa e crise energética, ou seja, tempos turbulentos de incerteza e estando dependente da economia nacional, a Artimol tem efetuado investimentos, no sentido de continuar a crescer e procurar novas oportunidades. E “para ter o amanhã, temos de sobreviver hoje” (considera Sérgio Monte Lee). A monitorização de qualidade, as tendências de mercado, a modernização, a formação contínua, a conjugação de trabalho físico e digital”, são alguns dos caminhos. Operar num cenário pouco otimista não é espírito da Artimol. Sérgio de Monte Lee, refere que a contratação do rendimento disponível vai ser muito agressiva e isso vai refletir-se de uma maior pressão para baixar preços. A forma de responder a esta tendência terá de passar pelo fortalecimento de balanços e redução de custos. Esforços a desenvolver e envolver TODOS na empresa ARTIMOL. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 71


25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA | CONSOLATA MUSEU ARTE SACRA E ETNOLOGIA

Padre Simão Pedro

A FORTE PRESENÇA DA RELIGIÃO E DE VÁRIAS CULTURAS NUM SÓ LOCAL O Instituto Missionário da Consolata foi fundado em 1901, na cidade de Turim, em Itália, pela mão do Beato José Allamano. Este destinava-se à formação dos missionários e à animação missionária da Igreja. Já no que se refere à abertura de portas do Consolata Museu Arte Sacra e Etnologia (MASE), esta dá-se em 1991, alguns anos após o regresso do Instituto a Portugal. Trata-se, atualmente, do único espaço museológico em Fátima que integra a rede portuguesa de museus e que visa relatar a história de Cristo, bem como as missões.

Nossa Senhora da Piedade de autoria de José Ferreira Thedim (autor da imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições de Fátima)

O Padre Simão Pedro leva-nos numa visita guiada pelo Consolata Museu Arte Sacra e Etnologia, localizado em Fátima. Este é um local que promete e que o vai surpreender do primeiro ao último minuto.

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Este espaço é composto por cinco salas: Sala da Natividade - Apresenta um conjunto de presépios e imagens alusivas à infância de Jesus, feitas em vários materiais, tais como, madeira, terracota, marfim e estanho; Sala da Paixão - Onde está reunida uma vasta coleção de figuras relacionadas com a paixão e morte de Cristo, dos séculos XIV ao XX. Para além disso, é nesta sala que se encontram expostos paramentos, alfaias litúrgicas e oratórios que demonstram a piedade familiar portuguesa;

Barrete do Pastorinho Francisco Marto


CONSOLATA MUSEU ARTE SACRA E ETNOLOGIA | 25 ANOS CIDADE DE FÁTIMA

Sala da Ressurreição e da Missão - Percorre o caminho do Evangelho através de várias peças de arte, textos, mapas e reproduções fotográficas pelos demais continentes. Além disso, foca-se a participação dos portugueses nos Descobrimentos; Sala de Etnologia - Aqui estão presentes alguns objetos etnográficos utilizados pelos povos com quem os missionários estiveram em contacto e que provêm, nomeadamente, da Amazónia, Quénia, Guiné, Moçambique, Quénia, Zaire e Extremo Oriente; Sala dos Pastorinhos - Neste local é possível apreciar algumas relíquias dos Beatos Francisco e Jacinta Marto e da sua família. O destaque vai para o carapuço de Francisco (oferecido pelo seu pai ao Instituto), bem como a pedra do túmulo deste e de Francisca. Como se estes já não fossem motivos mais que suficientes para despertar a curiosidade do leitor, existe ainda um espaço mais dinâmico, dedicado às exposições temporárias. A próxima terá início no dia 18 de maio com obras de um pintor da região, Francisco Silva, e da sua esposa Celina Vicente, também ela do mundo das artes, nomeadamente, da escultura. Além disso, no centro do edifício encontra-se uma capela, ao lado, um auditório com capacidade para 210 lugares sentados e ainda três salas disponíveis para a realização de conferências ou eventos de grupos. Futuramente, o MASE, que celebrou o seu 30º aniversário no ano transato, pretende dar resposta a duas grandes preocupações: a evolução dos tempos e a atração do público mais jovem.

Menino Jesus Salvador do mundo, coleção do Padre António Belo

Diadema usado pelo povo Tuxaua na Amazónia

Face a estas duas questões, serão colocadas, por exemplo, legendas com códigos QR para aqueles que pretendam saber mais sobre uma determinada peça. Na opinião do Padre Simão, urge fazer com que as crianças e os jovens queiram saber mais sobre as tradições antigas portuguesas e que, de igual forma, se apaixonem pela arte, tanto ao nível da arte sacra como da arte etnológica. Situado na Rua Francisco Marto, o museu está aberto de terça-feira a sábado, das 10h às 13h e das 14h às 17h.

Estatueta de Angola

Passos da vida de Cristo da Tanzânia em madeira Ébano REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 73


LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS O trabalho híbrido, a captação de talento, o burnout e a saúde mental são alguns dos desafios enfrentados atualmente pelos líderes das empresas. No entanto, esta preocupação já não é de agora, ainda que nos últimos tempos se tenha acentuado, tendo em conta os momentos difíceis que a sociedade tem vindo a atravessar. Assim, para dar resposta a todas estas questões é importante ter um bom líder que deve possuir caraterísticas como a empatia, a inteligência emocional, saber comunicar e resolver conflitos, ter a capacidade de ouvir e fazer-se ouvir, entre outros. Na verdade, um bom líder não é aquele que apenas sabe dar ordens, mas sim o que motiva a sua equipa a fazer mais e melhor. Em suma, tal como dizia John Wooden e passo a citar, “a ferramenta mais importante de um líder, é o seu próprio exemplo” e quando os colaboradores o seguem, sem hesitar, é mais um passo dado rumo ao sucesso da empresa. Conheça os próximos exemplos de liderança institucional e empresarial.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM MÉRTOLA

“SERÁ UM FESTIVAL RICO EM NOVAS EXPERIÊNCIAS”

Mário Tomé, Presidente

A troca de experiências e saberes aliada à interculturalidade é a essência do Festival Islâmico de Mértola que, este ano, decorre nos dias 19 e 22 de maio. Mário Tomé, Presidente da Câmara Municipal, em entrevista à Business Portugal, sublinha que este é o maior e mais importante evento do concelho, com uma dimensão que ultrapassa as próprias fronteiras do país. O 11.º Festival Islâmico de Mértola vai decorrer entre os próximos dias 19 e 22 de maio. Em que consiste esta iniciativa e qual a sua importância para o município? De génese marcadamente cultural, com fortes raízes territoriais, o Festival Islâmico de Mértola assenta a sua base no trabalho de investigação arqueológica desenvolvida ao longo de mais de 40 76 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

anos em Mértola, em particular, a investigação referente ao período Islâmico. Neste evento, são assinaladas e exaltadas estas raízes e influências islâmicas de Mértola, promovendo-se, igualmente os valores do diálogo intercultural, da paz e da tolerância entre povos. O ponto auge acontece nos quatro dias do souk, mercado de rua nas ruas de Mértola cobertas de panos e caniços, há semelhança de um qualquer mercado de rua numa cidade de Marrocos. No souk, os cabedais, as djellabas, o incenso, o sândalo, o chá de menta, as especiarias, o artesanto e a mistura de vozes dão cor, aroma e melodia às ruas. Além do souk, o festival apresenta um programa diverso com concertos, oficinas, palestras, exposições, dança, animação de rua e gastronomia. Este é um evento marcante para toda a região, muito esperado após os três anos de interregno devido às restrições da pandemia. É também, sem menor dúvida, o maior e mais importante evento de Mértola, com uma dimensão que ultrapassa as próprias fronteiras do país e com uma logística complexa e desafiante. É esta riqueza cultural e comprometimento de todos os trabalhadores da autarquia em conjunto com a comunidade, que permite receber milhares de visitantes nos dias do certame, tornando-o extremamente relevante em todos os campos do quotidiano. Seja no impacto económico no concelho, pelas receitas que deixa na economia local, seja pela promoção cultural do território assente nesta herança islâmica. Esperamos que este ano possamos repetir o sucesso das edições anteriores. O festival regressa à vila para voltar a celebrar a interculturalidade intrínseca da relação histórica de Mértola com o mundo islâmico. Que novidades estão reservadas para este ano? Este ano, o festival estará um pouco diferente com a aposta numa nova configuração. Com o mote da Alcáçova ao Arrabalde, o festival irá manter a sua traça nas ruas do Centro Histórico, ocupando a Rua da Igreja de acesso ao Largo da Igreja Matriz de


CM MÉRTOLA | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Mértola, sendo alargado para a envolvência do Largo Vasco da Gama e ruas que lhe dão acesso, já na parte “nova” da vila. Apesar desta nova configuração, da Alcáçova ao Arrabalde, o Festival Islâmico de Mértola continua a apresentar em 2022, um souk tradicional com ruas cobertas de panos e caniços, regressando também os concertos com nomes já confirmados como Al Qasar, Hey Douglas, Tamikrest, Trio Alcatifa entre muitos outros. Será um festival rico em novas experiências. O Festival Islâmico volta a apostar no mercado de rua – souk, na música, nas exposições, nas conferências, no teatro e na gastronomia? Depois de no ano transato o festival ter sido adiado por causa da pandemia, este ano vai ser ainda mais especial este reencontro entre Mértola e os visitantes? É uma marca deste festival. É verdade que a componente mais visível acaba por ser o próprio souk, mas o festival é muito mais do que isso. A troca de experiências e saberes, aliados à interculturalidade que pretendemos reforçar é a essência do festival que queremos promover! Saiba mais em www.festivalislamicodemertola.com Para além do certame que pretende mais uma vez reforçar os laços da herança islâmica e a identidade cultural que liga todos os países do Mediterrâneo, para aqueles que querem visitar Mértola, o que não podem mesmo perder? O que é que este concelho tem para oferecer aos seus visitantes? Mértola, felizmente, é uma terra com muito para explorar. Seja a visita ao seu passado milenar através do seu Centro Histórico e dos núcleos museológicos, seja numa visita à área mineira de São Domingos e respetiva exploração da Rota do Minério ou ainda um passeio pelo Parque Natural do Vale do Guadiana que lhe permitirá a possibilidade de observar linces, águias e outras espécies que encontraram neste território o local ideal para se fixarem. O que não podem mesmo perder é a oportunidade de visitar, com tempo, este concelho! Eleito em setembro do ano transato, o que é que os mertolenses podem esperar de si enquanto presidente? Que objetivos espera cumprir durante o seu mandato? Que mensagem gostaria de deixar? Podem esperar que seja a pessoa que sempre conheceram. Próximo de todos e todas, sempre com muita abertura e frontalidade. Estarei a lutar por Mértola, como sempre estive, mas agora numas funções um pouco diferentes. O passado de Vice-Presidente preparou-me para este desafio e Mértola concordou com o resultado que obtivemos nas urnas.

Seria normal enquanto Presidente da Câmara de Mértola dizer que a minha prioridade seria de captar e fixar pessoas, contudo prefiro referir que é uma das duas prioridades mais urgentes, a outra é elevar todos os dias os níveis da qualidade de vida dos mertolenses que cá residem e vivem diariamente em Mértola. Captar e fixar pessoas acaba por ser o resultado de um incremento de qualidade ao nível do emprego e da habitação. Nesse prisma, a Estratégia Local de Habitação, que pressupõe, de forma global, a capacidade de colocarmos habitação no mercado a preços controlados, e a construção da nova Zona Empresarial e Logística são duas das vertentes poderão contribuir para uma melhoria significativa destes indicadores que tanto necessitamos. Juntando a isto a conclusão e entrada em funcionamento do Lar de São Miguel do Pinheiro e da Estação Biológica de Mértola, o futuro de Mértola será, não tenho a menor dúvida disso, melhor e promissor. Por fim, gostaria apenas de salientar a matriz muito própria de Mértola com uma identidade única e isso é inabalável. Existem problemas estruturantes que nos afetam, como baixa densidade populacional ou elevada vulnerabilidade às alterações climáticas e o risco real de desertificação física e humana) mas esse facto não será a desculpa para nos resignarmos, muito pelo contrário. Somos um território resiliente que toma nas suas mãos a ação, ensaiando soluções na pequena, média e grande escala, no curto, médio e longo prazo, em prol de todos os mertolenses.

www.cm-mertola.pt geral@cm-mertola.pt

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM CHAMUSCA

Paulo Queimado, Presidente

“O PONTO ALTO DE AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE DO NOSSO CONCELHO” Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, apresenta a Semana da Ascensão como a maior festa do concelho e destaca a entrada de toiros como um dos momentos mais altos e mais afamados na região e no país. A Semana da Ascensão celebra-se de 21 a 29 de maio. Em que consiste esta festa? A Semana da Ascensão é o evento cultural, recreativo e empresarial mais importante do nosso concelho. Envolve todas as freguesias, associações ou instituições e atinge o seu auge na quinta-feira de Ascensão, 26 de maio, feriado municipal. São nove dias de partilha, de reencontros de família, amigos e dos nossos emigrantes, que muitas vezes planeiam as suas férias para esta altura, para marcarem presença na maior semana do seu concelho. Quem nos visita por estes dias pode saborear o que melhor se faz em termos gastronómicos no nosso território, assistir a grandes espetáculos musicais, disfrutar das tradicionais mostras de produtos regionais, artesanato, tasquinhas, fado, festa brava, desporto, cultura e especialmente tradição. A Ascensão é também sinónimo de muitas atividades desportivas e de lazer, realizadas um pouco por toda a vila e pelo concelho. As iniciativas próprias das nossas associações, coletividades, IPSS e freguesias são integradas no programa geral da Ascensão. A nossa semana maior tem como objetivo a promoção do nosso território a nível social, cultural e empresarial, na qual procuramos mostrar o melhor que temos e o melhor que fazemos no nosso território.

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É o ponto alto de afirmação da identidade do nosso concelho e das nossas gentes. Nesta semana somos ainda mais o Coração do Ribatejo. O que é que os visitantes podem esperar da edição deste ano da maior semana do concelho da Chamusca? A maior semana do nosso concelho promete muita diversão com espetáculos de música e de teatro, folclore ou provas desportivas, este ano com uma novidade, vamos ter a primeira prova de trail “Coração do Ribatejo”, na qual já estão inscritos mais de 700 participantes. O cartaz reúne, como sempre, artistas de renome que prometem animar as noites, que marcam o regresso da maior semana do concelho da Chamusca, que arranca a 21 de maio, com o grande concerto de Áurea e Marisa Liz, no palco principal, seguem-se Herman José (22 de maio), Sara Correia (23 de maio), Maninho (24 de maio), Calema (25 de maio), Ágata (26 de maio), David Antunes (27 maio), Syro (28 de maio) e Fernando Daniel (29 de maio), que fecha a maior semana de cultura e tradição do concelho da Chamusca. No programa não vão faltar atividades equestres e taurinas, com passeios a cavalo e claro a nossa tradicional entrada e corrida toiros na quinta-feira de Ascensão. Se a Ascensão é a festa maior do concelho, a entrada de toiros é um dos momentos mais altos e mais afamados na região e no país.


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AUREA E MARISA LIZ

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FERNANDO DANIEL

TASQUINHAS . ARTESANATO . GASTRONOMIA . FADO . TOIROS . DESPORTO CULTURA . TRADIÇÕES . MOSTRA DE PRODUTOS REGIONAIS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 79


LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM CHAMUSCA

de negócio, aproveitando toda a potencialidade da nossa região, para a atração de investimento e dinamização do nosso tecido empresarial.

A entrada de toiros, na quinta-feira de Ascensão, é um dos momentos mais importantes desta festa… A tradicional entrada de toiros em Quinta-Feira de Espiga é o expoente máximo da Semana da Ascensão. Creio que não existe uma entrada de toiros tão conhecida e tão bonita como a nossa. Ano após ano, existem cada vez mais aficionados, turistas e curiosos que vêm à Chamusca em busca da emoção de ver passar os toiros e vivenciar um espetáculo verdadeiramente mágico e único, que ocorre por volta do meio-dia, mas que começa horas antes com a chegada das pessoas, que se vão amontoando ao longo da avenida principal da vila, numa onda de entusiasmo e de emoção. Só quem já vivenciou este momento pode testemunhar a sensação única que é ver os toiros a correrem pela rua, conduzidos pelos campinos montados nos seus cavalos, cujos soar dos cascos a baterem no solo causam uma das melhores sensações que se pode ter. Mas o dia, praticamente todo ele dedicado ao toiro e ao campino, começa cedo, com a apanha da espiga pelas oito da manhã, seguindo-se as cerimónias religiosas, da Bênção dos Dons da Terra e dos Animais, junto à Igreja Matriz, uma cerimónia que tem um significado profundo para a população local. A tarde é marcada pela tradicional corrida de toiros, na centenária Praça de Toiros da Chamusca. O cartel deste ano promete uma corrida de toiros mista e inédita, com um cartaz único. Já está confirmada a presença dos matadores António Ferrera e Manuel Dias Gomes, os cavaleiros Manuel Telles Bastos e Francisco Palha. Os grupos de forcados serão os dois grupos da terra, os Forcados Amadores da Chamusca e o Aposento da Chamusca. Durante a corrida serão lidados oito toiros da Ganadaria Herdeiros Varela Corujo. O que é que esta semana representa para o concelho em termos económicos para o concelho? Para além de cultura e tradição, a maior semana do nosso concelho da Chamusca pretende promover o tecido empresarial da região, apresentando uma das mostras empresariais mais importantes do território, assim como promover o empreendedorismo, como motor sustentável, através da divulgação de atividades e oportunidades 80 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Em termos turísticos o que se pode fazer no concelho da Chamusca? O concelho da Chamusca oferece razões de sobra para o visitar. Visitar a Chamusca é sentir o Coração do Ribatejo, terra de encantos e tradições que num só território, reúne Charneca, Campina e Lezíria. A diversidade de paisagens com grande valor natural, aliado a um rico património edificado e às tradições, constituem a identidade cultural da nossa região que vale a pena visitar. O clima quente e o estilo de vida tranquilo cercado pela natureza são o cartão de visita do nosso território. Por aqui pode descansar nos jardins, passear nos caminhos à beira-rio e partir à descoberta das tradições ancestrais que os chamusquenses ainda preservam. Na grande extensão do nosso território é possível encontrar o touro bravo símbolo característico da Charneca e da Lezíria. Criado em liberdade, o touro bravo é reconhecido por ser um elemento fundamental da prática tauromáquica, pelo que deixo o convite para visitá-lo numa das nossas ganadarias. O Rio Tejo, principal recurso natural do nosso concelho e um importante recurso turístico de fruição da natureza, onde se incluem os passeios de barco e os passeios de stand up paddle, disponibilizados pelos diversos operadores turísticos. Na Chamusca temos também inúmeros trilhos e caminhos para desvendar, tanto para praticantes habituais como para aventureiros de circunstância. Destaco ainda os circuitos turísticos, que são uma agradável forma de conhecer o que de melhor a Chamusca tem para oferecer. E em termos gastronómicos, o que é que podemos encontrar de típico na região? Na Chamusca, a mesa é farta e deliciosa. De geração em geração, a gastronomia tradicional evidencia a riqueza da Chamusca. O saber das suas gentes é temperado pelos sabores de uma cozinha com produtos regionais de extrema qualidade. Ao longo do ano, o território do concelho da Chamusca é palco de diversos eventos relacionados com a gastronomia, assentes nos produtos e nas tradições locais, como por exemplo, o Festival do Cogumelo da Parreira (março), o Festival “Já te dou o arroz” em Ulme (setembro), o Festival do Frango em Vale de Cavalos (julho). Há muitos e saborosos motivos para nos visitar, seja durante os eventos, seja em qualquer altura do ano e provar a nossa gastronomia. Da típica gastronomia, são exemplo a couve a soco servida com bacalhau assado na brasa, regado com azeite e alho ou a carne à pinéu são dos pratos mais tradicionais no concelho. O sável frito servido com açorda de ovas é outra das iguarias de destaque, assim como o ensopado de enguias e o cabrito assado à moda do ribatejo. Na doçaria chamusquense salientamos as trouxas-de-ovos, a lampreia de ovos, queijinhos do céu, peixe doce, fios de ovos, broas variadas, sopa dourada, e vários pudins de ovos. Quer deixar um convite para os leitores visitarem a Chamusca na Semana da Ascensão? Claro que sim. Convido todas as pessoas a passarem pela Chamusca não só na semana de 21 a 29 de maio, mas também durante todo o ano e disfrutarem do melhor que temos para oferecer. A Chamusca é um concelho lindíssimo, cheio de cultura e tradição e particularmente de gente boa e humilde, que sabe receber como ninguém.


ÉPOCA BALNEAR 2022

01.06 a 18.09 www.praiadasrocas.com REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 81


LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | WHITE & GREEN NATURAL

“UM PLAYER RELEVANTE NO MERCADO DE BEBIDAS VEGETAIS EUROPEU” O projeto White & Green deu vida ao sonho de construção de uma empresa dedicada à produção de alternativas vegetais aos lacticínios. Como e quando surgiu o projeto? O projeto surgiu, em 2012, movido pela convicção de uma mudança dos hábitos de consumo na procura de uma alimentação mais saudável e sustentável para o planeta, para os quais não existia qualquer empresa produtora em Portugal. Hoje em dia, a empresa sediada em Vagos é líder de mercado nacional e assume uma posição de destaque no mercado espanhol. Como descreve o percurso de crescimento e desenvolvimento da empresa, bem como o processo de internacionalização? A White and Green foi capaz, ao longo dos anos, de ser um líder em inovação, definindo tendências e com enorme capacidade de lançar produtos inovadores no mercado das bebidas vegetais. Continuamos a investir no desenvolvimento de produtos que vão ao encontro das necessidades dos consumidores e das tendências de conversão dos hábitos alimentares e nutricionais, mantendo o foco no sabor e na competitividade. Cristina Faria de Macedo, CEO

Em entrevista à Revista Business Portugal, Cristina Faria de Macedo, CEO, lembra que White and Green foi capaz, ao longo dos anos, de ser um líder em inovação, definindo tendências e com uma enorme capacidade de lançar produtos diferenciadores no mercado das bebidas vegetais. Paralelamente, a empresária destaca a aposta forte na internacionalização com a construção de uma nova unidade de produção, estrategicamente localizada no Porto de Vlissingen, na Holanda. 82 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Com uma aposta clara em soluções 100% de origem vegetal, naturais, sem lactose, isentas de glúten e repletas de sabor, a White & Green produz da Terra para o Planeta. Concretamente, que produtos contempla a White & Green, sob a marca Shoyce? A White and Green desenvolveu a sua marca Shoyce com uma vasta gama de deliciosas bebidas vegetais, que vão ao encontro dos consumidores que pretendem uma alimentação mais saudável e sustentável. Desenvolvemos uma marca que com um vasto leque de produtos, saborosos, para todas as necessidades e ocasiões, para todos os públicos, faixas etárias e géneros.


WHITE & GREEN NATURAL | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

A vossa produção tem por base uma agricultura controlada. Como descreve o processo de desenvolvimento dos produtos até estar pronto a ser adquirido pelo consumidor? A White and Green dispõe de processo de produção totalmente verticalizado e integrado desde o grão até ao produto final. Os nossos produtos têm por base matérias-primas selecionadas de origem vegetal, de elevada qualidade, que garantem produtos saborosos, isentos de alergénios, OGM, glúten, lactose e enriquecidos com vitaminas e cálcio!

nova unidade de produção localizada estrategicamente no Porto de Vlissingen, na Holanda, apropriando-se assim das vantagens logísticas e utilizando todo o know-how de processo e produto desenvolvido, ao longo dos anos, em Portugal. Este é um movimento estratégico muito importante, com investimentos superiores a 21 milhões de euros que permitiram posicionar a W&G como um player relevante no mercado de bebidas vegetais europeu.

A aposta em tecnologia de ponta, num processo produtivo inovador com recurso a energias alternativas, assumindo uma produção consciente que se revela na utilização de matérias-primas locais, com vista ao fomento da produção sustentável têm sido fatores cruciais para o sucesso alcançado? Que outros aspetos vos diferenciam no mercado? A White and Green dispõe de processo de produção totalmente inovador de tecnologia de ponta que permite extrair das matérias-primas, as suas melhores características nutricionais e um sabor delicioso. Utilizamos embalagens cujos materiais são de origem reciclada, e desenvolvemos processos de recuperação de energia e água que nos permitem implementar uma estratégia assente numa produção sustentável que respeita o planeta. As nossas matérias-primas são maioritariamente de origem nacional promovendo a economia nacional. Apesar desta área de negócio ter registado um crescimento exponencial nos últimos anos, acredita que ainda existe uma grande margem de progressão? A inauguração de uma nova fábrica no mês de julho surge nesse contexto? Que objetivos esta nova unidade vai permitir atingir? O mercado alternativas vegetais irá continuar a crescer exponencialmente, pois vai ao encontro das escolhas do consumidor por uma dieta de origem vegetal em alternativa a alimentos de origem animal, que respeita o planeta, e permite aos consumidores expandirem as suas opções de alimentação saudável. O mercado do centro da Europa apresenta crescimentos exponenciais, ano após ano, a W&G decidiu fazer uma aposta muito forte na internacionalização com a construção de uma

www.shoyce.pt/sobre-nos/ White and Green Natural, S.A. Zona Industrial de Vagos, Lote 104 3840-385 Vagos , Portugal

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | BIOSTASIA

UMA MÃO CHEIA DE SOLUÇÕES PARA O SECTOR AGRÍCOLA “Abrir o caminho, mudar mentalidades e ser uma empresa 100% portuguesa é, sem dúvida, uma dificuldade acrescida”

No que diz respeito à área de atuação, abrangemos vários domínios, no entanto, nos últimos anos, aliámos a tecnologia à inovação e temos desenvolvidos produtos especialmente focados no controlo de pragas urbanas e agrícolas e na agricultura ecológica sempre em modo resíduo zero.

Carlos Gabirro, CEO

Carlos Gabirro, CEO da Biostasia, em entrevista à Business Portugal, explica o trabalho que tem sido desenvolvido por esta organização que vê na inovação tecnológica a melhor ferramenta para dar resposta aos desafios enfrentados por alguns profissionais, nomeadamente, do sector agrícola. A Biostasia deu início à sua atividade em 2004 e, hoje, apresenta-se como uma empresa em constante evolução e desenvolvimento, que faz uma forte aposta na inovação e tecnologia. Que balanço faz destes 18 anos de história? São 18 “longos” anos! Felizmente, depois da crise tem sido sempre um caminho de crescimento e desenvolvimento. Hoje o balanço que faço é extremamente positivo, foi um percurso que implicou bastante esforço e no qual tivemos que aprender a lidar com algumas contrariedades e saber aceitar cada momento. Abrir o caminho, mudar mentalidades e ser uma empresa 100% portuguesa é, sem dúvida, uma dificuldade acrescida! Desde sempre, a nossa estratégia passa por especializar-nos em nichos de mercado com o objetivo de encontrar soluções que façam face a determinadas pragas/doenças que vão surgindo e afetando os vários sectores da sociedade.

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Ao longo do seu percurso, a Biostasia foi adaptando o seu core business às necessidades do mercado. Foi neste sentido que deixou de ser uma empresa de projetos e serviços, passando a centrar-se na inovação e desenvolvimento? Sim. Inicialmente, eramos uma empresa de projetos e serviços na área da engenharia, mas a crise fez-nos repensar e direcionámo-nos para a inovação. Hoje somos BIOSTASIA – Inovação e Desenvolvimento, Lda, focamo-nos na investigação e desenvolvimento de produtos e serviços especializados e somos certificados pela Qualidade - ISO 9001. O departamento de Investigação da Biostasia procura encontrar o equilíbrio entre a natureza e a necessidade humana. A base da sua atuação assenta nos pressupostos de resíduo zero e no mínimo impacto ambiental? Sim, sem dúvida. Todos os nossos produtos são desenvolvidos para o modo resíduo zero, por forma a encontrar o equilíbrio entre a natureza e a realidade humana. É um “longo” caminho que temos vindo a abrir e a desenvolver. Fazemos ensaios constantes e apresentamos os nossos resultados que confirmam que é possível ter soluções mais sustentáveis seja ambiental ou financeiramente falando. Caracterizada por ser uma empresa ecológica e por criar produtos e prestar serviços biológicos, a Biostasia tem um conjunto de novos produtos desenvolvidos internamente. Fale-nos desses produtos e da sua aplicabilidade? Nos últimos seis meses, já lançámos vários produtos, alguns estavam na gaveta há anos, mas com as novas diretrizes europeias que focam a necessidade de redução dos químicos para um ambiente mais sustentável sentimos um crescimento na procura das nossas soluções.


BIOSTASIA | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

“Vamos continuar a trabalhar no sentido de aliar a inovação tecnológica ao equilíbrio ambiental satisfazendo as várias necessidades no meio urbano e agrícola”

Já os oito produtos que lançamos este ano, tiveram o seu lançamento antecipado para fazer face às necessidades emergentes no mercado, pois estão relacionados com a sustentabilidade das plantas em período de seca (como o que atravessamos). No global e em especial para o sector agrícola, temos uma gama de produtos, modéstia à parte, muito variada e completa. Relativamente à fertilização (Biogrowth), trabalhamos essencialmente com as novas tecnologias, ou seja, temos uma ferramenta em que as plantas absorvem os nutrientes como se absorvessem água. Trata-se de um processo extremamente veloz sendo, por vezes, uma questão de minutos. No que diz respeito à linha de proteção (BProtect), feita em laboratório, vai desde extratos de plantas a microrganismos, montagem de armadilhas através das tecnologias, entre outros. Este ano pretendemos também lançar uma nova solução para o controlo de anfíbios em meios urbanos. E, ainda fazer crescer a gama de produtos PET Care que criámos em 2020 para os animais domésticos (cão e gato). A empresa tem em mãos diversos projetos, entre os quais, a “Lagarta do Pinheiro”. Em que consiste este projeto e quais as suas características? Após termos começado a desenvolver o projeto “Lagarta do Pinheiro”, chegamos à conclusão de que apesar de existir imensa informação, pouco se conhecia até então. Quando agrupámos os dados da nossa primeira análise, percebemos que a realidade era bem distinta daquela que se comunicava no mercado. Embora existissem vários profissionais a perceber de insetos e a explicar como é que funcionava o ciclo da lagarta ou como se desenvolvia o pinheiro, foi quando a Biostasia se debruçou sobre estas questões, agarrou nos dados e os colocou em prática, através do relatório preliminar efetuado em 2019 com uma amostra de 5000 espécies, que chegou à conclusão que a lagarta do pinheiro é um processo que conseguimos controlar através da microinjeção com taxas de sucesso acima de 95% se o processo for feito no final dos meses de agosto, setembro e outubro. No mês de novembro, deveríamos ter os mesmos resultados. Porém, estes desceram para 85% e isto está relacionado com as propriedades da própria planta. Todo este trabalho desenvolvido é a prova viva de que, mesmo quando temos taxas de sucesso elevadas, procuramos ir mais além. De referir ainda que, apesar do nosso trabalho passar por encontrar soluções, isto não chega.

Urge sensibilizar as pessoas. Os nossos resultados são, na sua grande maioria, muito bons, mas quando os complementamos com campanhas para alertar os cidadãos para determinadas realidades, nomeadamente nas escolas, é nesse exato momento que sentimos que a nossa missão foi bem-sucedida. Em relação ao futuro, que objetivos e ambições pretendem alcançar para que a empresa continue a ser reconhecida como inovadora e com um produto tecnológico? Vamos continuar a trabalhar no sentido de aliar a inovação tecnológica ao equilíbrio ambiental satisfazendo as várias necessidades no meio urbano e agrícola. No curto prazo, fixámo-nos na Zona Oeste e aceitámos o desafio de encontrar uma solução para a bactéria de quarentena Erwinia amylovora, esta é responsável pela doença vulgarmente designada por fogo bacteriano que pode afetar fruteiras e ornamentais da família das rosáceas, nomeadamente pereiras, macieiras e marmeleiros. Esta bactéria sobrevive nos tecidos vegetais levando à morte das plantas e podendo destruir vastas áreas de pomar. É, na zona Oeste que se concentra a produção de Pera Rocha (DOP), uma variedade só produzida em Portugal e exportada para todo o mundo. Temos três ensaios em curso e uma elevada expetativa para o controlo desta doença. Abrimos a loja no Cadaval, direcionada exclusivamente para os agricultores com o conceito de resíduo zero e tendo já por base os pressupostos da União Europeia que terão início em 2023 seja para a agricultura tradicional e ecológica. No local também temos um técnico que acompanha e esclarece os produtores seja sobre os produtos ou sua aplicabilidade ou sobre as doenças e pragas.

Rua João Lino, Lt.20 Armazém 2D Zona Industrial Palhais 2830-222 Barreiro 21 050 4878 | 961 365 704 biostasia@biostasia.com www.biostasia.com www.srorganico.pt

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ENSINO PROFISSIONAL

O ensino profissional é, muitas vezes, marginalizado e alvo de preconceito por parte da opinião pública. Este mais não representa do que uma forma de vocacionar os alunos para a vertente prática e técnica das matérias. Por esse motivo, os estudantes que frequentam este tipo de estabelecimentos encontram-se, na sua grande maioria, melhor preparados e com uma bagagem muito mais significativa, do que aqueles que fazem o seu trajeto escolar no ensino regular. Hoje em dia, já não existem motivos para dizermos que um método de ensino é melhor/pior do que o outro, porque na verdade, aquilo que realmente importa são os alunos e o objetivo é dar-lhes as melhores ferramentas e proporcionar-lhes o melhor ambiente de ensino possível para que estes possam ser bem-sucedidos, aquando da sua entrada no mercado de trabalho que é cada vez mais competitivo.

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CENFIM | ENSINO PROFISSIONAL

“UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA E CONSOLIDADA” O CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica comemorou recentemente 37 anos de história. Em entrevista, Vítor Dias, Diretor do Departamento de Formação, destaca o foco nas pessoas, enquanto elemento diferenciador, reforçando os conceitos de cooperação, criatividade, pensamento crítico e de comunicação.

Que balanço faz do percurso do CENFIM até aos dias de hoje, tendo presente que este é o maior centro de formação do país? Um balanço pode ser abordado por diversas perspetivas, contudo, existe um número estável que perdura ao longo dos 37 anos da nossa existência que é, os 90% de empregabilidade dos nossos formandos. Se as 23 mil ações, as 32 mil empresas parceiras, os 312 mil formandos ou os seis milhões de horas de formação, são números significativos na sua dimensão, contudo, os 90% de empregabilidade, são o número mais robusto e o que melhor reflete que o CENFIM está a cumprir a sua missão. Julgamos que o balanço é positivo, contudo, o desafio é contínuo, pois o nosso sector continua carente de mão de obra qualificada, de forma a poder continuar a emprestar o seu relevante contributo para o crescimento da economia portuguesa. Com um mercado de trabalho mais globalizado e competitivo, as instituições de ensino profissional têm um papel cada vez mais importante? Quais as mais-valias inerentes ao ensino profissional? No seio da EFP – Educação e Formação Profissional, são três os vetores que distinguem o sistema de aprendizagem; i) Uma formação centrada no formando; ii) uma formação tecnológica orientada para o mercado e, iii) a formação prática em contexto de trabalho orientada para a empresa, fator determinante para os referidos 90% de empregabilidade. Assim, o sistema de aprendizagem combina de forma ímpar três dos principais pilares da sociedade; o Indivíduo, o Mercado e a Educação, permitindo uma abordagem holística e consolidada. O CENFIM tem apostado na inovação tecnológica, mas também na inovação pedagógica. Podemos dizer que a formação ministrada é focada no cliente e orientada para o mercado? Que outros pontos vos diferenciam? Há 20 anos, iniciámos a mudança evolutiva da formação, do

modelo ministrado pelo mestre com o livro de instruções do “repeat it yourself” para o conceito de mentor das aprendizagens centrado no “learn it yourself”, porque hoje, sabemos que na aprendizagem, “eu” entro no laboratório para aprender, mas na formação, “eu” entro na sala para ser formado. A vontade de aprender, ou de ser ensinado, distingue os modelos operacionais. O CENFIM, tem vindo a consolidar as suas metodologias inovadoras de formação, orientando-as para a aprendizagem baseada em projetos, permitindo uma resposta assente num modelo FAQ - Flexível, Autónomo e Qualificante em que os aprendentes trabalham com questões e problemas reais, colaboram na criação de soluções e apresentam os resultados. Neste modelo, com a tónica na aprendizagem, combina conhecimentos e aptidões com competências pessoais e socioculturais numa contextualização e interdisciplinaridade do conhecimento. Num mundo cada vez mais tecnológico e digital, quais são os projetos e estratégias definidas para continuar o trilho do sucesso e evolução? Num mundo cada vez mais tecnológico e digital, importa, contudo, não perder o foco no elemento diferenciador, as pessoas, reforçando os conceitos de: cooperação, criatividade, pensamento crítico e da comunicação, fator este que, estranhamente está a ser erradicado pela desejada digitalização das comunicações, o que é um contrassenso, mas, olhando com mais atenção verificamos que, são estas as características chaves que nos permitirão manter uma relação saudável com os equipamentos tecnologicamente verdes e digitais. É neste novo enquadramento de comunicação, cooperação, pensamento crítico e criatividade, norteadas pelas diversas tecnologias e orientadas para o mercado, que o CENFIM pretende reforçar a diferença pedagógica e reafirmar a qualidade das competências, como garantia do sucesso e evolução.

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ENSINO PROFISSIONAL | ESCOLA VAL RIO

33 ANOS DA ESCOLA PROFISSIONAL VAL DO RIO António Esteves, Administrador da Escola Profissional Val do Rio, revela as mais-valias que os alunos podem adquirir ao estudarem nesta instituição. Apresente-nos a Escola Profissional Val do Rio. Em termos de oferta formativa, o que é que os alunos podem encontrar? A Escola Profissional Val do Rio está agora a comemorar o seu 33º aniversário. Arrancou em 1989, em Oeiras, e podemos dizer que esta foi uma das primeiras escolas profissionais em Portugal. A sede em Oeiras iniciou com Indústrias Gráficas, porque se tratava de uma área muito forte na região. À medida que o tecido empresarial foi evoluindo, a Escola foi dando resposta abrindo novos cursos, resultando na oferta atual: Técnico(a) de Multimédia, Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações, Técnico(a) de Gestão de Equipamentos Informáticos, Técnico(a) de Design de Comunicação Gráfica, Técnico(a) de Vídeo e Técnico(a) de Desenho Digital 3D. Três anos mais tarde arrancou um novo polo no Estoril, com os cursos de Áudio e Vídeo e Artes Gráficas, evoluindo atualmente para os cursos de: Técnico(a) de Ação Educativa, Técnico(a) de Apoio Psicossocial e Técnico(a) de Auxiliar de Saúde. Sabemos que a internacionalização tem um papel importantíssimo no vosso estabelecimento de ensino, de que forma é que os estudantes podem usufruir desta experiência? Esta é uma vertente muito consolidada no nosso projeto educativo. Iniciámos em 2005 e, atualmente, já vamos na 2ª carta de Erasmus, o que nos permite trabalhar em mobilidade de forma consistente, pois assegura, durante os próximos anos, colocação de alunos em estágios no estrangeiro. Anualmente, vão cerca de 24 estudantes, o que constitui uma experiência extremamente enriquecedora para eles. Nalguns casos acabam mesmo por ser convidados pelas empresas para ficar lá a trabalhar. Ao longo destes mais de 30 anos têm estado a afirmar-se no que ao ensino diz respeito. Assim, que fatores considera que distinguem a Escola Profissional Val do Rio, das restantes do país? O nosso projeto está muito centrado na formação integral dos

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alunos, isto é, existe uma enorme preocupação em ajudá-los a formar o seu carácter, a pensarem no seu projeto de vida, de forma a que, quando terminarem o curso, para além de terem uma boa base de formação técnica, tenham uma preparação humana à altura. No fundo, o que nos interessa é formar as pessoas no seu todo para que estas, civicamente, saibam dar o seu contributo na sociedade, de uma forma fiável, tendo em conta que, atualmente, as empresas precisam muito de profissionais dedicados, polivalentes e com muitas soft-skills. Para esse efeito, existe uma atividade extracurricular que abrange todos os alunos, designada ética social e profissional. Para além disso, a escola disponibiliza a Tutoria de forma a acompanhar os três anos do ciclo de formação. Existe, assim, uma cultura de proximidade na própria escola que abrange, os alunos e as suas famílias, no sentido de promover as componentes ética, técnica e profissional. Acredita que o ensino profissional, por ter esta vertente mais prática, assume cada vez mais um papel preponderante na educação dos jovens até porque é precisamente isso que as empresas procuram? Acredito, pois essa é uma realidade que encontramos nos países europeus mais desenvolvidos que conseguem ter uma percentagem de alunos em percurso de ensino e formação profissional entre os 50% e os 60% ao nível do ensino secundário. Esta é uma meta traçada, igualmente, pelo Governo português, porque é através das chefias intermédias e de técnicos capazes profissionalmente que as nossas empresas conseguem progredir. Temos sentido, nos últimos anos, e de forma crescente uma maior procura, o que reflete uma adequação da formação de quadros intermédios às necessidades das empresas. No entanto, para os que o desejarem prosseguir os estudos no ensino superior poderão continuar a valorizar as suas competências, como técnicos(as) superiores ou mesmo licenciados nas mais diversas áreas.


EP JEAN PIAGET ALMADA | ENSINO PROFISSIONAL

UMA ESCOLA COM OS OLHOS COLOCADOS NO FUTURO Na Escola Profissional Jean Piaget de Almada, os alunos têm as melhores ferramentas à sua disposição. Ana Paula Nogueira, a Diretora, sublinha que a preparação que é dada no ensino profissional, está perfeitamente à altura das exigências do mercado de trabalho. Relativamente à oferta formativa, que cursos podem ser encontrados na Escola Profissional Jean Piaget de Almada (EPJP)? Que fatores marcam a diferença na vossa instituição? Em termos de oferta formativa, neste momento, temos os cursos de serviços jurídicos, organização de eventos, desenho digital 3D e Animação 2D e 3D. Primamos, sobretudo, pela aposta na inovação, a conjugação entre a teoria e a prática, bem como a especialização dos professores. É importante que estes, para além de serem especializados, sejam experientes nas respetivas áreas que lecionam, estando associados, nomeadamente, a estúdios de cinema, construção de jogos digitais, entre outros. Podemos dizer que esta é uma escola que conta com instalações de excelência e equipamentos de enorme qualidade, o que permite que os seus alunos possam ter uma melhor experiência de aprendizagem? Sim. Relativamente às nossas instalações, os alunos têm ótimas condições, por exemplo, para a prática do desporto e da atividade física. Tendo em conta que estamos num campus universitário, temos à nossa disposição espaços que vão desde pistas de atletismo, aos ginásios. Paralelamente, existem outros locais de que os alunos podem usufruir como é o caso do teatro, do auditório e da biblioteca.

No que concerne às novas tecnologias estamos, igualmente, muito bem equipados, pois temos todas as máquinas e programas necessários. Aliás, na nossa escola, os alunos aprendem a utilizá-los de forma a irem melhor preparados para o mercado de trabalho. Num mundo em constante mudança, e com um mercado de trabalho mais globalizado e competitivo, as instituições de ensino profissional têm um papel cada vez mais importante? Acredita que, através deste, os alunos levam uma “bagagem maior” para o mundo do trabalho? Sem dúvida. Primeiro porque, a meu ver, o ensino profissional é uma das melhores formas de qualificação dos nossos jovens, não só em termos de inovação, como também ao nível das competências que estes adquirem (pessoais e profissionais). No fundo, o nosso método de ensino prepara-os para um futuro que é, cada vez mais, exigente. Estes cursos têm grandes taxas de sucesso que se traduzem, quer em termos de conclusão de estudos, quer no abandono escolar, que é cada vez mais baixo, comparativamente ao ensino regular. Na EPJP, por exemplo, temos turmas de 12 alunos em que o ensino é praticamente individualizado. Uma vez que falamos de cursos que requerem a utilização de equipamentos específicos, os alunos conseguem ter uma experiência mais personalizada. Onde vê a Escola Profissional Jean Piaget no futuro? Apesar de ser uma escola com três anos de existência, procurámos, desde o início, apostar no futuro, o que se comprova com os cursos de base tecnológica. Além disso, a escola tem um papel fulcral no desenvolvimento económico da região, possibilitando a fixação dos jovens no território.

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BREVES

Empresas portuguesas entre as nomeadas para os IRGAwards Esta sexta-feira foram divulgados os nomeados da 34ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, uma iniciativa promovida pela Deloitte. Entre eles, destaque para António Rios de Amorim, João Manso Neto, Miguel Maya e Miguel Stilwell d’Andrade das empresas Corticeira Amorim, BCP e EDP, respetivamente. Os vencedores serão conhecidos no dia 26 de maio, em Lisboa.

Portugal é o segundo maior alvo de investimento angolano Segundo o relatório da Balança de Pagamentos e Posição do Investimento Internacional de Angola em 2021, emitido pelo Banco Nacional de Angola (BNA), os principais parceiros comerciais dos angolanos no que diz respeito às importações foram a China (14,7%), Portugal (12,2%), Índia (6,3%), Togo (5,8%) e Brasil (4,9%), o que perfaz o valor total de 43,9% de importações.

Novo centro de desenvolvimento de produto em Portugal A Klarna, serviço de banca de retalho, pagamentos e compras a nível global, planeia lançar um novo centro de desenvolvimento de produto em Lisboa. Este novo hub irá criar 500 novos postos de trabalho, nomeadamente, nas áreas da engenharia, gestão de produtos e análise.

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Utilização da tecnologia de ponta na medicina Foi realizada no Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa, uma cirurgia de cancro da mama onde, através do recurso à tecnologia 5G foi possível quebrar a barreira da distância e estabelecer o contacto entre o cirurgião Pedro Gouveia e Rogelio AndrésLuna, cirurgião espanhol, sendo a primeira vez em que esta ferramenta tecnológica de última geração se colocou ao serviço da saúde nacional.

Aposta nos motores elétricos EMR4 Com uma gama cada vez maior de veículos elétricos, o grupo Hyundai, com os olhos já postos no futuro, assinou um acordo com a Vitesco Technologies com o objetivo de esta fornecer a sua nova geração de transmissão por eixo EMR4(Eletronics Motor Reducer) ao grupo sul-coreano. Estes contam com a dupla vantagem de serem mais leves e eficientes.

Track: as vantagens da nova aplicação Track é uma nova aplicação de calendário que emergiu no mercado e visa descomplicar agendamentos de videoconferências, podendo ser instalada no desktop do Mac ou, em vez disso, ser acedida a partir do browser da Internet.


Já viu por onde andamos?

Já viu por onde andamos? Av. da Républica 2208 3ºdrt Cnt Frente 4430-190 - Vila Nova de Gaia Tlf.223 700 510 Tlm.926 530 440 Tlf. geral: 223 754 806 E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt Tlm. comercial: 937 839 575 E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.pt E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.p t 98 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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