Visão [Fevereiro/2012]

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Ano 5 - Edição 52 Fevereiro/2012

Pólipo endometrial: você sabe o que é? Treinamento funcional Core 360° Ronco... O que fazer?

Especial do Mês

Visão




Índice 10

Você Sabia?

Medicina

Odontologia

Bem-Estar

12

Hemofilia

16 Treinamento funcional

14

INCA completa 75 anos

40 Plenitude Lar de Idosos

19

Pólipo endometrial:

50

Surdez

A saúde dos centenários

Pirataria de remédios

48

52

Perturbação à ordem pública está com os dias contados na Capital

42

Chia: a energia em grãos que vem dos Andes

44

Prisão de ventre

46

Por que mastigar?

Receita 56

As enchentes e suas doenças

34

A saúde dos olhos Problemas na visão variam de acordo com a idade

Teste do olhinho O primeiro cuidado para o desenvolvimento de uma boa visão

26

A moderna cirurgia da catarata

28

Retinopatia diabética

32

Ceratocone: a importância do diagnóstico precoce

39

Broinha de fubá

58 Endereços Úteis

Especial do Mês: Visão 24

Ronco... O que fazer?

Mania de perfeição

Saúde Pública

Esse é o novo desafio da medicina

54

18

Nutrição

Comportamento

Quanto custa um aparelho auditivo?

22

Odontologia sul-matogrossense promove avanços em próteses

Core 360º

A luta por uma vida normal

você sabe o que é?

20

17

36

Uveíte Uma doença pouco divulgada que pode levar à cegueira

38

Estrabismo em adultos

Existe cirurgia para o glaucoma?


s




Editorial | Ao leitor

“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.” Leonardo da Vinci Dizem por aí que os olhos não mentem jamais, que eles são as janelas da alma e até que é possível conhecer uma pessoa pelo seu olhar. Mário Quintana dizia que “quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação”; Chico Buarque nos convida a olhar nos olhos dele, “olhos nos olhos, quero ver o que você diz, quero ver como suporta me ver tão feliz”... E não há fronteiras para o olhar dos apaixonados e dos poetas. Mas e quando os nossos olhos, órgãos sensoriais da visão, começam a nos impor alguns limites? Vista turva ou cansada; não enxergar bem de perto ou de longe; a criança que não tem um bom desenvolvimento na escola e é descoberto um problema de visão; os olhos de quem sofre com o diabetes e de quem passou dos 60? A visão é um dos cinco sentidos que nos permitem perceber o mundo; os olhos são estruturas complexas, assim como é cuidar da saúde desses órgãos tão importantes. Mas muita gente acredita que não existe prevenção para a saúde dos seus olhos, que é uma questão genética, de tempo ou até de sorte. Pois estão completamente enganados! É possível cuidar da sua visão, e até prevenir dezenas de doenças. Dormir bem, se alimentar com qualidade, evitar o álcool e o cigarro faz muita diferença... Visitar um oftalmologista regularmente também é importante, assim como ficar atento a qualquer coceira, dor ou vermelhidão na região dos olhos. A saúde ocular deve ser acompanhada desde o nascimento da criança, através do teste do olhinho, e a partir daí assistida para sempre. Doenças que levam à cegueira podem ser evitadas com uma série de cuidados e diagnóstico precoce. E é para você saber mais sobre a sua visão que nós preparamos esse Especial: para você enxergar mais longe e olhar direito! Não arriscar a saúde dos seus olhos é essencial para quem ama olhar as cores desse mundo em que vivemos. Para quem quer ver lugares diferentes e se surpreender com um olhar apaixonado. Nesta primeira edição de 2012 nós o convidamos a olhar o mundo com olhos saudáveis e otimistas, e fazer deste o melhor e mais bonito ano da sua vida!

Equipe

Revista Total Saúde

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Você Sabia? Câncer de mama pode estar ligado ao estresse Uma pesquisa realizada com 989 mulheres, por pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA), conseguiu relacionar o estilo de vida das pacientes ao desenvolvimento do câncer de mama. Dados da pesquisa afirmam que há uma relação direta entre o alto nível de estresse e doenças crônicas, como o câncer, por exemplo. Os pesquisadores descobriram um componente que foi classificado como “estresse psicossocial” (ansiedade, medo e isolamento), que dificulta o trabalho do Sistema Nervoso Autônomo e altera o tratamento. Ficou comprovado que as pacientes com níveis elevados de estresse têm chances maiores de desenvolver um câncer mais agressivo. O estresse interfere negativamente no reparo do DNA e no controle da proliferação celular. Os altos níveis de adrenalina e cortisol presentes no estresse podem intervir no metabolismo dos medicamentos e na resposta do organismo a tratamentos utilizados com frequência em pacientes com câncer, como a cirurgia e a radioterapia.

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Menos sal na produção do pão francês é a nova recomendação da ANVISA Controlar os nutrientes usados na alimentação brasileira com o objetivo de combater a doenças crônicas, como a pressão alta e problemas cardiovasculares, por exemplo, são as novas metas da ANVISA. E a principal recomendação é a redução do uso de sal na alimentação. Para isso, a Agência indica a diminuição de um décimo de sal no pão francês. Essa recomendação vem acompanhada de outras dicas que estão no Guia de Boas Práticas Nutricionais, no site da ANVISA, onde o foco são os benefícios da redução do sal na dieta. A adoção do guia é voluntária. A ANVISA alerta ainda que essa redução conseguirá derrubar os índices de hipertensão e os casos de morte por derrame, aumentando em 4 anos a expectativa de vida dos hipertensos. O pão francês é uma das principais fontes de sódio na alimentação da população brasileira. Presente no sal de cozinha, o sódio pode elevar a incidência de doenças crônicas comuns, como as cardíacas e as renais. Sua redução já está prevista em um acordo junto a órgãos ligados à produção de alimentos, que preveem essa diminuição até 2014.

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Você Sabia? Médicos discutem a importância do exame de tireoide durante a gravidez Dentre os vários exames regulares pedidos às mulheres durante a gravidez, não constam exames de tireoide. Mas esse fato deve mudar em breve, já que esses exames são o centro de um debate que vem crescendo nos últimos anos. Essa glândula responsável pela produção de hormônios é capaz de interferir em várias células do corpo, essenciais ao desenvolvimento do cérebro do feto, principalmente nos três primeiros meses de gestação. Variados estudos vêm indicando que o mau funcionamento da tireoide eleva as chances de aborto, parto prematuro, e pode interferir negativamente no QI do bebê. A tireoide com funcionamento acima do normal (hipertireoidismo) acelera as funções do organismo, o que causa perda de peso, ansiedade e nervosismo, além de aumentar os batimentos do coração e causar problemas de visão. O oposto, o hipotireoidismo, reduz a velocidade das funções corporais, causando cansaço, aumento de peso, depressão e ressecamento da pele, além de poder elevar os níveis de colesterol. Sem os exames obrigatórios de prevenção é impossível saber se a mãe tem alguma disfunção na glândula, o que aumenta os riscos do bebê e da mãe desenvolverem algum problema de saúde, que poderia ser evitado e controlado.

Saúde oferece duas novas vacinas para crianças O Brasil se prepara para a erradicação mundial da pólio, e para isso o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de duas novas vacinas no Calendário Básico de Vacinação Infantil de 2012. A partir do segundo semestre serão inseridas as vacinas pentavalente (que protege contra cinco doenças: coqueluche, difteria, Haemophilus influenza tipo B, hepatite B e tétano) e a vacina injetável com a pólio inativada, usada em países que já conseguiram erradicar a enfermidade. A nova vacina fará parte do calendário de rotina, paralela à campanha nacional de imunização, as famosas “gotinhas” da vacina oral. A injetável só será aplicada em crianças no início do calendário de vacinação. A primeira fase de vacinação contra a poliomielite será realizada no dia 16 de junho. Nessa etapa, todas as crianças com menos de cinco anos receberão uma dose da vacina oral contra a pólio, não importando se já foram vacinadas ou não. A vacina pentavalente será aplicada também a partir do segundo semestre, em crianças com seis meses, dois anos e quatro anos de idade.

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Medicina | Hemofilia

Fernanda Nascimento

Hemofilia Além de crônica e incurável, a hemofilia é uma doença que causa grande sofrimento físico. O tratamento não é um luxo. Dói, e dói muito.

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No primeiro dia de trabalho da minha diarista em casa, Rose me contou que seu filho mais velho, Wellington, é portador de hemofilia. Confesso que foi a primeira vez que me interessei pelo assunto, mesmo porque pude ver a dor e a luta de uma mulher jovem, aos 40 anos, que já passou quase metade da vida procurando tratamento médico para o adolescente, hoje com 19 anos. Pra falar a verdade, eu sabia muito pouco sobre a hemofilia, apenas me deparava com o termo quando ia doar sangue, já que esse é um dos impedimentos para a doação. Nas tantas outras vezes que Rose veio à minha casa (e ainda vem), ela me contou um pouquinho como é a vida de seu filho depois do diagnóstico da doença, quando ele tinha apenas um ano e meio. “Começaram a aparecer hematomas pelo corpo dele e fui investigar. Ainda bebê, eu tinha medo até de pegá-lo no colo. Parte da adolescência ele passou à base de morfina porque as dores eram terríveis. Hoje está bem melhor, mas o medo é constante. Na virada do ano ele se acidentou de moto e eu fiquei em pânico”, desabafa. Assim como Rose, as mães são a grande maioria nos hospitais. Geralmente os filhos com hemofilia encontram apenas nelas o apoio para lidar com a doença. Rose acompanha o filho onde quer que ele vá se tratar. A última viagem foi para o Rio de Janeiro, onde Wellington se trata com a doutora Sylvia Thomas, membro da Federação Brasileira de Hemofilia, e faz uma aplicação radioativa (sinovectomia radioativa) que melhora o movimento dos membros e diminui as chances de atrofia. Aqui em

Campo Grande não existe esse tratamento que ele faz para evitar os sangramentos. Sua mãe já tentou montar uma Associação para ajudar quem tem hemofilia, mas não conseguiu. Tudo o que ela quer agora é que Wellington tenha uma vida normal, sem sofrimento, e por isso ela continua lutando.

Saiba mais Apesar de descrita pela primeira vez em 1828, a hemofilia ainda é uma doença praticamente ignorada pela sociedade. Em 2010, o número de brasileiros com hemofilia passava dos 11 mil, segundo a Federação Brasileira de Hemofilia. Essa doença é uma alteração genética e hereditária no sangue, caracterizada por um defeito na coagulação. O sangue é composto por várias substâncias, e cada uma delas tem uma função diferente. Algumas são as proteínas, chamadas fatores de coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias. Quem tem hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade suficiente para exercer suas funções; resultado: o sangue demora mais para formar um coágulo e, quando este se forma, não é capaz de fazer o sangue parar de escorrer pelo local da lesão. Isso não quer dizer que quando uma pessoa com hemofilia se machuca, irá sangrar mais rápido do que alguém sem hemofilia, apenas ficará sangrando durante um tempo maior e pode recomeçar a sangrar vários dias depois de um ferimento ou de uma cirurgia. Os sintomas da hemofilia geralmente aparecem no primeiro ano de vida, fevereiro, 2012


Hemofilia | Medicina

A luta por uma vida normal quando a criança começa a engatinhar. São frequentes as manchas roxas, hematomas e principalmente sangramentos dentro das articulações. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica em conjunto com exames laboratoriais especializados. O histórico familiar também é avaliado por se tratar de um problema hereditário, embora um terço dos casos aconteça por mutações genéticas novas na família. Pessoas com hemofilia grave têm hemorragias espontâneas, sem causa aparente. Coisas simples, como caminhar e correr, podem produzir hemorragias internas, principalmente nas juntas (articulações) e músculos. Os joelhos e tornozelos são frequentemente atingidos, pois suportam grande parte do peso do corpo. Sangramentos após a extração dentária também são importantes, e devem ser prevenidos e acompanhados por profissionais experientes e habilitados. Hoje o tratamento é feito por meio do concentrado do fator de coagulação em pó. Ele é diluído em água destilada e aplicado na veia. Alguns concentrados são derivados do plasma, feitos a partir do sangue humano de doadores. Outros são fatores recombinantes, feitos em laboratório e não contêm sangue humano. Portadores precisam da aplicação de injeções dos chamados fatores 8 ou 9 para evitar sangramentos, mas reclamam que os estoques do medicamento, fornecido exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são falhos e não permitem que o paciente leve as dosagens para casa. Sem eles, a vida é uma rotina de dor e privação. Hoje, quem precisa de fator deve procurar centros de tratamento fevereiro, 2012

para receber assistência, mas não é em todo o Estado que eles existem (em Mato Grosso do Sul, por exemplo, não há). De acordo com o Ministério da Saúde, nos Estados onde os centros tratadores ficam distantes da moradia, o paciente tem direito de levar para casa entre uma e três doses, quantidade insuficiente, segundo os especialistas. É importante lembrar que o paciente sangra toda a semana. Além de crônica e incurável, a hemofilia é uma doença que causa grande sofrimento físico. O tratamento não é um luxo. Dói, e dói muito. Cada vez que ocorre um sangramento dentro da veia, o sangue vai corroendo as articulações. Os pacientes descrevem a dor como se fosse de uma quebradura ou a de um prego dentro da articulação. Para o portador de hemofilia levar uma vida normal, é preciso que ele tenha acesso a diagnóstico e tratamento corretos.

Hoje o tratamento é feito por meio do concentrado do fator de coagulação em pó. Ele é diluído em água destilada e aplicado na veia.

Investindo na prevenção Enquanto no Brasil os portadores não conseguem tratamento a contento, em países como o Canadá, França, Inglaterra, Alemanha ou mesmo na Argentina, Colômbia e Venezuela a realidade é outra. Logo que se tem o diagnóstico, nos primeiros anos de vida, é oferecido um tratamento preventivo, a profilaxia, que é a reposição do fator de coagulação deficiente. Ao invés de utilizar o fator somente depois de ocorrido um sangramento, ele é aplicado regularmente, de duas a três vezes por semana, como forma de prevenir os sangramentos. TotalSaúde|13


Homenagem | INCA Camila Cruz

INCA comp l Tudo começou quando o Brasil sofreu um aumento significativo de mortes por câncer, e no dia 13 de janeiro de 1937, o então presidente, Getúlio Vargas, assinou o decreto de criação do Centro de Cancerologia, junto ao Serviço de Assistência Hospitalar do Distrito Federal, no Rio de Janeiro.

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Em janeiro deste ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) completou 75 anos de História, e nada mais justo que homenagearmos o órgão do Ministério da Saúde responsável pela prevenção e controle da doença em nosso País. Essa é uma luta muito séria, pois, segundo a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano de 2030 haverá cerca de 27 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo. Países em desenvolvimento serão os mais afetados, dentre eles o Brasil. O INCA também desenvolve programas e ações contra a doença, incluindo projetos, campanhas, estudos, pesquisas e experiências de gestão com instituições governamentais e não governamentais do País. Em conjunto ao trabalho do Instituto existe, hoje, a Política Nacional de Atenção Oncológica que, por intermédio da lei GM/MS n.º 2.439/2005, reconhece o câncer como um problema de saúde pública, e por isso as ações e atendimentos prestados aos brasileiros são gratuitos, funcionando por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

História Tudo começou quando o Brasil sofreu um aumento significativo de mortes por câncer, e no dia 13 de janeiro de 1937, o então presidente, Getúlio Vargas, assinou o decreto de criação do Centro de Cancerologia, junto ao Serviço de Assistência Hospitalar do Distrito Federal, no Rio de Janeiro. No início, as instalações eram bastante precárias; o local cedido foi inaugurado com apenas 40 leitos, um bloco cirúrgico, um aparelho de raios-X e outro de radioterapia.

A partir da década de 40, o governo federal pensou em desenvolver uma política nacional de controle do câncer e, para isso, o Centro de Cancerologia transformou-se, em 1944, no Instituto do Câncer. O maior problema era que o órgão ainda não ocupava uma sede própria; então, o objetivo principal passou a ser a aquisição de um local definitivo que viabilizasse a criação do grande hospital-instituto. Passados alguns anos, veio a boa notícia: o governo ganhava dois terrenos e um imóvel em construção, localizados na Praça Cruz Vermelha, que seriam cedidos para o INCA, onde se encontra instalado até hoje. Mas o processo não foi tão fácil assim, haja vista que foram nada menos de 11 anos de espera para concluir as obras, até que o prédio foi inaugurado, em 1957, com a presença do então presidente da república, Juscelino Kubitschek. Os anos 60 representaram um período importante ao País, pois o órgão foi oficialmente reconhecido como o Instituto Nacional do Câncer, passando a ser responsável por novas competências nos campos de assistência médica, científica e educacional. Já em 1967, foi criada a primeira Campanha Nacional de Combate ao Câncer, com o intuito de promover, financeira e administrativamente, o controle do câncer no Brasil, além de conscientizar a população das causas e efeitos da doença. Os anos seguintes foram marcados pelo início de um período de crescimento, e o Instituto tornou-se, definitivamente, um centro nacional de referência. Ao mesmo tempo, o INCA passou a receber recursos financeiros, o que possibilitou, em apenas dois anos, duplicar a prestafevereiro, 2012


INCA | Homenagem

p leta 75 anos ção de serviços médicos e realizar uma ação contínua, de âmbito nacional, em forma de programas que disponibilizam informações sobre os registros da doença em todo o País, para o controle efetivo do câncer. Já na década de 90, o INCA ampliou ainda mais suas funções e passou por uma reestruturação por causa da Lei Orgânica da Saúde, que criou o SUS, classificando-o como o órgão governamental responsável por assistir o Ministro da Saúde na formulação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC). Entre 2000 e 2005, houve a criação da Rede de Atenção Oncológica, já que foi percebida a necessidade do apoio de outras organizações para “abraçar a causa”. Então se formou uma rede de trabalho cooperativo, com a participação do Governo Federal, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, universidades públicas e particulares, serviços de saúde e centros de pesquisa, bem como de organizações não governamentais, além da sociedade em geral. Ao longo de todo o ano de 2007, diversas ações e eventos foram realizados para marcar os 70 anos de criação do Instituto. Durante as comemorações, o INCA foi informado de que o Governo do Estado do Rio de Janeiro iria ceder ao Instituto uma área de 14.500 m², localizada atrás de seu edifício-sede, na Praça Cruz Vermelha, para a construção do mais moderno centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer no País. O complexo ainda está em construção, e concentrará as áreas de pesquisa, assistência, educação, prevenção, vigilância e detecção fevereiro, 2012

precoce. Recentemente, em 2011, o Instituto Nacional do Câncer passou a se chamar Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, pois o ex-vice-presidente foi um grande exemplo pela forma otimista e corajosa com que enfrentou a doença por mais de uma década, mostrando que mesmo com o tratamento é possível não perder o gosto pela vida.

INCA - Instituto Nacional do Câncer José de Alencar TotalSaúde|15


Bem-Estar | Treinamento funcional Maria Aparecida Fernandes

Treinamento funcional Core 360º Traduzido do original em inglês, este conceito de preparação física tem por objetivo estar conectado à funcionalidade dos movimentos e atividades. Tem a ver com função, como o próprio nome diz. É visto como uma nova vertente do treinamento esportivo de alto rendimento e regido pelos princípios básicos do treinamento, que seriam os da especificidade, progressão, variação e transferência. O treinamento funcional utiliza uma abordagem diferente para o desenvolvimento motor e o condicionamento físico do indivíduo, ou seja, essa modalidade possibilita um maior preparo para a execução de movimentos mais eficientes (aumento da performance) e a prevenção de lesões, tornando o corpo mais inteligente nesse processo e fazendo acessíveis a qualquer indivíduo as estratégias de condicionamento usadas pelos melhores atletas do mundo. Ganho de força e massa muscular, perda de peso, gordura e o aprimoramento da postura, desenvolvendo de forma equilibrada todas as capacidades físicas, como equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência são resultados possíveis a partir da prática regular de um programa de treinamento funcional.

O que é o Core 360º? Core é o centro de produção de força, geração de estabilidade e absorção de impacto do corpo. Essas ações são realizadas em 360º quando estamos em movimento. São criadas estratégias baseadas na aplicação da prática e fun16|TotalSaúde

damentadas nas referências científicas mais atuais, sendo abordadas por professores capacitados e treinados, tornando-se uma ferramenta poderosa no atendimento aos clientes com os mais diversos perfis e objetivos.

Perfil do usuário: Dado o alto espectro de abrangência do programa, os consumidores do Core 360º possuem os mais variados perfis: Adolescentes que preferem esportes radicais e não gostam de academias tradicionais. Atletas amadores ou profissionais que buscam atingir um patamar superior de performance na sua modalidade. Iniciantes que estão se sentindo sem o devido preparo, que irão encontrar no Core 360º a forma física dos anos passados. Idosos que necessitam de um programa adequado à sua condição física. Atuais alunos de academias, em qualquer idade, que buscam um corpo atlético e equilibrado, além de uma atividade diferenciada e nova para a sua rotina de treinamento.

ONDE ENCONTRAR

Rua Tabelião Murilo Rolim, 412. Vivendas do Bosque Campo Grande/MS (67) 3044 6864 / 9219 0460 biofitcg@hotmail.com

Pessoas sedentárias que conhecem a importância da atividade física para a saúde, mas que ainda não encontraram um programa que lhes agrade.

Vale lembrar que os profissionais capacitados a trabalhar com esse tipo de treinamento devem ser formados em Educação Física e devidamente habilitados em cursos específicos de Core 360º.

Maria Aparecida Fernandes Cref: 000633-G/MS Professora de Educação Física. Especialista em Fisiologia do Exercício.

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Avanços em próteses | Odontologia

Odontologia Sul-mato-grossense promove avanços em próteses Nos últimos anos, o segmento da saúde tem sido beneficiado com as constantes evoluções da tecnologia, disponíveis nas mais variadas esferas de atendimento. O mesmo ocorre com a odontologia, que caminha cada vez mais alinhada aos conceitos mais modernos na área de saúde bucal – sobretudo em casos de reabilitação oral e estética (transformação do sorriso). Campo Grande tem recebido recursos de última geração na área de próteses dentárias, possibilitando aos pacientes tratamentos cada vez mais reduzidos (em termos de tempo) e com grandes saltos de qualidade. A CAD-CAM Cerec 3 SIRONA (fabricante alemã do grupo Siemens) é a 22ª máquina instalada no Brasil, sendo a primeira em Campo Grande e a segunda no Centro-Oeste, e foi trazida à nossa capital pelo dentista José Olavo Mendes, proporcionando trabalhos personalizados de acordo com as características de cada paciente, com resultados cada vez mais semelhantes a um dente natural, deixando Campo Grande e Mato Grosso do Sul em igualdade tecnológica com os grandes centros da América do Norte e Europa. “Pesquisas provam que os trabalhos executados por dentistas que necessitam de um protético para a sua execução (como, por exemplo, lentes de contato dental utilizadas na transformação do sorriso), quando falham, em 80% dos casos a causa é a falta de comunicação com o laboratório de prótese; portanto, optamos por um laboratório dentro do consultório, pois além de disponibilizar recursos de última geração, podemos obedecer rigorosamente às variantes de fevereiro, 2012

cada caso, respeitando a natureza bucal de cada indivíduo que procura o nosso trabalho”, define Dr. José Olavo. A relação custo-benefício de um tratamento com a fabricação de próteses, nesse processo altamente preciso e rápido, elimina 90% dos inconvenientes da realização clínica de um molde para a confecção das próteses, pois o equipamento possui um scanner intrabucal Full HD que reproduz micrometricamente a arcada dentária do paciente, e as próteses são desenhadas por um computador e frezadas em um equipamento especial (frezadora CNC), otimizando, assim, o tratamento e reproduzindo com alta fidedignidade a dentição original do paciente. Para o manuseio de um equipamento dessa envergadura tecnológica é necessário um processo de capacitação contínua, no país do fabricante, onde a expertise do dentista é elevada constantemente. Não restam dúvidas de que os diferenciais desse equipamento, aliados ao desejo de um sorriso saudável e bonito, colocam ao encontro dos sul-mato-grossenses uma série de benefícios. “Trabalhamos com o objetivo de proporcionar o melhor para os nossos alunos e clientes. Atingimos um desenvolvimento tecnológico de nível internacional; assim, com esse novo equipamento, estamos retribuindo a preferência que nos foi depositada com a promessa de melhorarmos cada vez mais no futuro e continuarmos a merecer a confiança de todos. Afinal, o que nos faz feliz é o seu sorriso!”

ONDE ENCONTRAR Rua Eduardo Machado Metello, 46 – Chácara Cachoeira Campo Grande/ MS Fone: (67) 3327 0760 jolavomendes@yahoo.com.br www.jolavomendes.com.br

Dr. José Olavo Mendes CRO/MS 1542 Graduado em Odontologia pela FOL-Lins 1988. Especialista em Prótese Dentária (USP-Bauru/1993). Aperfeiçoamento em Implantes Dentários (Napio - USP - Bauru/1994), em Dentística Restauradora (ABO/MS 1995), em Dor Orofacial e DTM (ABO/MS 1995). Mestre em Reabilitação Oral (SLMandic/Campinas 2010). Curso de Estética Dental na IVOCLAIR-VIVADENT-Linchestein e Alemanha/2010. Curso de Tecnologia Digital Dental Sirona (Benshein-Alemanha 2011). Coordenador do Curso de Especialização em Prótese Dentária e Implante da Soebras/Funorte – unidade Campo Grande - MS. Sócioproprietário do Instituto de Pós-Graduação em Odontologia (IOPG), localizado na cidade de Campo Grande - MS.

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Odontologia | Ronco Dr. Victor Anache Ferzeli

Ronco... O que fazer? É óbvio que não podemos esconder o fato constrangedor que ocorre com uma pessoa com roncopatia, e em diversas situações isto se aplica: com o(a) cônjuge, chegando a ter que dormir em quartos separados; numa viagem, com o vizinho de poltrona; numa pernoite com amigos (as) em passeios, pescarias etc. Por trás de tudo isso, com certeza teremos como consequência, além de reclamações, um dia inteiro com a sensação de que dormimos mas não descansamos, além de uma sonolência diurna incontrolável, podendo ser acompanhada de mau-humor, irritabilidade, comprometimento da memória etc. Com os adventos de pesquisas, muitos têm se preocupado não só em melhorar essa relação do roncopata com seu companheiro(a) de quarto, mas a qualidade de vida dessas mesmas pessoas. Para tanto, especialidades voltadas para esses eventos cada vez mais estão fazendo parte da rotina médica, odontológica e fisioterápica. Na medicina, hoje, temos a neurologia do sono, otorrinolaringologia, e na odontologia, estudos e procedimentos que buscam não a cura, mas o controle efetivo desse real incômodo. O mais importante, acima de tudo, é que existe algo mais grave que pode estar por trás desse barulho: a apneia (parada respiratória que acontece durante o sono). Caracterizada por engasgos enquanto se dorme, a apneia pode causar complicações de forma generalizada, desde as citadas acima até riscos mais sérios ainda, como impotência sexual, com a baixa da libido pela redução de um hormônio chamado luteinizante, produzido durante o sono; riscos de enfarto do miocárdio e também de AVC (acidente vascular cerebral). Então, aquela história: “Feliz fulano, que morreu dormindo!” nem sempre se aplica. Existem, basicamente, as apneias chamadas centrais (controladas pelo SNC - Sistema Nervoso Central) ou 18|TotalSaúde

as mais comuns - obstrutivas - quando, por exemplo, estruturas como a língua, juntamente com a flacidez de uma estrutura localizada ao final do palato (céu da boca), obstruem a passagem do ar pelas vias aéreas, promovendo os roncos e as apneias, seja pelo ganho de peso ou não. Outra causa pode ser também o desvio de septo, adenoides etc, observado na otorrrinolaringologia. O mais importante é que tudo isso pode ser controlado, dependendo do caso e do grau de sua complicação. Para tanto, não se deve instalar quaisquer aparelhos sem o auxílio de profissionais com conhecimento em medicina do sono, habilitados para tal monitoramento. O ideal, primeiramente, é que se passe por um exame minucioso, chamado videopolissonografia, pelo meio do qual o paciente é avaliado durante todo o seu sono em clínicas especializadas, com todos os recursos logísticos preparados para tal procedimento. Após a avaliação do paciente, as conclusões do exame são feitas por neurologistas especialistas em sono e otorrinolaringologistas, e, posteriormente, por dentistas com conhecimento nessa área, pois alguns tratamentos poderão ser propostos, como o CPAPs (máscara instalada no nariz e na boca, ligada a minicompressores para insuflar o ar de forma positiva, usada durante todo o sono); outro recurso é a cirurgia preconizada na Otorrinolaringologia ou Odontologia, através de avanços da mandíbula, nesta última. Ainda na Odontologia existe um recurso nada invasivo, com a indicação de aparelhos de acrílico (ver foto em anexo) instalados na arcada superior e inferior, chamados AIO (aparelho intraoral), para, de forma paulatina, ser projetada a mandíbula para a região anterior, retirando a língua da área de obstrução e, com isso, reduzindo ou eliminando o ronco, decrescendo substancialmente as apneias.

Nem se imagina, mas o ronco é um problema grave de saúde que muito constrange, e pode esconder um grande perigo. ONDE ENCONTRAR

Rua Pedro Celestino, 2.130 Campo Grande / MS (67) 3325 6292 www.victorferzeli.com.br

Dr. Victor Anache Ferzeli CRO/MS 753 Esp. em Prótese Dentária; Esp. em DTM e Dores Orofaciais; Me. em Prótese Dentária - Concentr. Disfunções da ATM (Am. W. University/ IOWA - USA). Membro da Soc. Bras. de ATM e Dores Orofaciais. Pós-Grad. em Disfunções da ATM na Univ. da Califórnia/ UCLA - USA. Pós-Grad. em DTM e Dores Orofaciais na Univ. de Gotemburgo - Suécia. Pós-Grad. em Prótese Dentária e Oclusão na Univ. de Paris VII - França. Pós-Grad. em DTM e Dores Orofaciais na Univ. Marquette/Illions USA. Prof. e Coordenador de cursos de Atualização e Esp. em Oclusão e DTM - Dores Orofaciais - em várias capitais. Membro da Soc. Bras. da Medicina do Sono. Membro da Associação Mundial da Medicina do Sono.

AIO - Aparelho Intraoral

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Pólipo endometrial | Medicina

Dr. Orlando Monteiro Júnior

Pólipo endometrial: você sabe o que é? Pólipos são projeções da mucosa do útero que apresentam uma base vascular como sustentação. Podem ser divididos em cervicais e endometriais. A prevalência de pólipos endometriais na população geral feminina é estimada entre 10 e 25%. Em mulheres com sangramento menstrual anormal, a probabilidade de ter um pólipo endometrial varia de 10 a 30%. Em pacientes assintomáticas acima de 30 anos a prevalência dos pólipos endometriais é de 10%, e o diagnóstico é feito por meio de ultrassonografia transvaginal de rotina. O pólipo endometrial é uma das causas de infertilidade, e a sua retirada melhora os índices de gravidez. Ele pode estar associado ao câncer de endométrio, com taxas, segundo a literatura médica, que variam de 0 a 4,8%, sendo fatores de risco associados: o estado menopausal, a obesidade, hipertensão arterial e diabetes. A taxa de malignização do pólipo endometrial está em torno fevereiro, 2012

de 0,5% ao longo dos anos. A mulher portadora de pólipo endometrial pode ter como queixa sangramento menstrual anormal, infertilidade, ou ser assintomática. O rastreamento da doença é feito por meio de ultrassonografia transvaginal e histerossonografia. O padrão-ouro tanto no diagnóstico quanto no tratamento do pólipo endometrial é a vídeo-histeroscopia. A curetagem uterina, por ser um procedimento feito às cegas, não deve ser indicada para diagnóstico ou tratamento do pólipo endometrial. A vídeo-histeroscopia é um procedimento moderno em que o médico ginecologista habilitado identifica o pólipo endometrial, sua localização, número, tamanho, coloração e superfície, e faz o tratamento, ou seja, a exérese-polipectomia. A polipectomia vídeo-histeroscópica é um procedimento de baixa complexidade e rápida execução, com retorno da paciente às atividades habituais quase que imediato.

Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256 CRM/SP 73806 Graduação e Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela UNESP-Botucatu. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, habilitação em vídeo-histeroscopia, vídeolaparoscopia, ultrassonografia em G.O. pela FEBRASGO. Especialista em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnósticos por Imagem (membro titular). Mestre em Ginecologia pela UNESPBotucatu.

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Medicina | Surdez Nelson Lam Kowai Fook

Surdez Quanto custa um

aparelho auditivo? Os aparelhos auditivos do básico ao mais avançado estão dentro de uma faixa de R$ 2 a R$ 5 mil reais cada aparelho. Um dos maiores desafios em relação à “SURDEZ” é o preconceito que ainda envolve o uso das próteses ou “aparelhos auditivos”. Muitos idosos e adultos guardam a imagem de equipamentos grandes e pesados, utilizados há muitos anos atrás, mas que nada têm em comum com os aparelhos auditivos modernos de hoje. A falta de informação, o preconceito, o preço e a expectativa em usar um aparelho auditivo fazem com que a maioria dos pacientes demorem em tomar uma providência. O mais sensato é consultar o seu médico e/ou fonoaudiólogo o quanto antes e escolher uma empresa de aparelhos auditivos. Quanto mais o tempo passa, mais o problema pode se agravar.

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Medicina | A saúde dos centenários Camila Cruz

A saúde dos centenários Esse é o novo desafio da medicina

Os principais objetivos são o envelhecimento ativo e saudável através da busca pela qualidade de vida com uma alimentação adequada e balanceada, além da prática regular de exercícios físicos.

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A expectativa de vida do brasileiro é muito maior nos dias de hoje do que a décadas atrás, fator que criou um novo desafio para a saúde dos idosos. O problema é que a experiência médica com essa faixa etária ainda é muito restrita, e as pesquisas clínicas acabam excluindo os cuidados com as pessoas da terceira (e até da quarta) idade. Mas eles não só estão mais presentes como precisam de cuidados especiais e diferenciados. O envelhecimento populacional é uma conquista da sociedade moderna, e significa a melhora na saúde como um todo. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 24 mil brasileiros estão no grupo etário com 100 anos ou mais. As pessoas estão vivendo cada vez mais por causa do declínio da mortalidade, diminuição da natalidade, campanhas de vacinação, saneamento básico e, principalmente, dos avanços da medicina. Para se ter uma ideia, hoje os idosos são a parcela da população que mais cresce e, para 2050, a expectativa é de que um em cada quatro brasileiros seja idoso. Algumas das justificativas para esse aumento são a prática de exercícios físicos e a melhora nos hábitos alimentares, que eram bem menos saudáveis antigamente. Os tradicionais chás, xaropes e temperos também são frequentes na vida dos centenários e, ao mesmo tempo, evitam a automedicação com drogas farmacêuticas e com o excesso de sódio para salgar a comida dando preferência a temperos naturais em vez dos prontos. Médicos defendem a ideia de que

dieta e o não sedentarismo vão fazer a diferença para as próximas gerações, e que na prática clínica é necessário avaliar muito bem qual procedimento aplicar em pacientes mais velhos, pois nem tudo o que a medicina oferece é uma boa opção para eles, que podem não ter um organismo forte o suficiente para aguentar um procedimento mais invasivo ou cirúrgico. Outro fator importante é que não é possível transferir para os idosos as mesmas políticas de cuidados com jovens e adultos, até porque suas necessidades são diferentes.

Política Nacional de Saúde do Idoso Pensando nos centenários, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Idosa. Os principais objetivos são o envelhecimento ativo e saudável através da busca pela qualidade de vida com uma alimentação adequada e balanceada, a prática regular de exercícios físicos, boa convivência social e a busca de atividades prazerosas ou que diminuam o estresse, visando à diminuição significativa da automedicação. Um idoso saudável precisa ter sua autonomia preservada, tanto a independência física quanto a psíquica.

Doenças mais frequentes nos idosos As alterações da estrutura e as perdas funcionais ocorrem ao longo dos anos em todos os órgãos e sistemas do corpo humano. No entanto, os principais problemas de saúde acontecem no Sistema fevereiro, 2012


A saúde dos centenários | Medicina

Nervoso Central, aparelho locomotor, sistema cardiovascular e sistema respiratório. Especialistas afirmam que viver mais tempo aumenta as probabilidades de contrair uma ou mais doenças crônicas, bem como algumas limitações físicas. Os problemas de saúde considerados típicos da terceira idade e que apresentam uma alta taxa de prevalência são: incontinência urinária, instabilidade postural e quedas, imobilidade, problemas neurológicos e depressão. A diferença na saúde dos centenários é que as doenças são de longa duração, requerem pessoal qualificado, equipes multidisciplinares com equipamentos próprios e exames complementares mais esclarecedores. As reações emocionais que incluem o acúmulo de perdas e separações, solidão, isolamento e marginalização social também são fatores determi-

nantes.

Sexualidade Os idosos estão se mostrando cada vez mais ativos na sociedade nos aspectos econômicos, sociais, culturais e, como não poderia deixar de ser, no aspecto sexual também, mas o tema sobre a sexualidade na velhice ainda é um assunto polêmico, pouco debatido e que carrega muitos tabus. Devido ao aumento do uso do Viagra pelos homens e às reposições hormonais feitas pelas mulheres, pessoas acima de 65 anos estão mais ativas sexualmente. Porém, ainda há desinformação das pessoas nessa faixa etária a respeito dos cuidados que se devem ter quando se tem uma vida sexualmente ativa. A falta de campanhas preventivas e o preconceito são elementos responsáveis pela propagação da doença na velhice.

As reações emocionais que incluem o acúmulo de perdas e separações, solidão, isolamento e marginalização social também são fatores determinantes.


Especial do Mês | Visão Camila Cruz

A saúde dos olhos Problemas na visão variam de acordo com a idade Certamente, você poderia fazer uma lista de pessoas conhecidas que têm algum problema de visão e por isso usam óculos ou lentes de contato, não é mesmo? Seja por causa da miopia, astigmatismo, catarata... Porém, o desenvolvimento de cada uma dessas doenças depende muito da idade e da fase da vida que a pessoa está vivendo. Para ter uma ideia do que estamos falando, o problema ocular que mais ocorre na infância é o estrabismo; na adolescência são os desvios de refração; na vida adulta, o mais presente é a vista cansada; e na terceira idade as doenças mais frequentes são o glaucoma e a catarata. Os olhos podem apresentar uma série de problemas durante toda a vida, e muitas vezes a pessoa nem percebe que está com a doença, por isso é tão importante realizar o exame oftalmológico de rotina em todas as idades, pois somente ele irá detectar a presença de alterações oculares. Oftalmologistas alertam que para alguns desses problemas na visão há um prazo determinado para serem diagnosticados, sendo que, passado este prazo, o problema se torna irreversível. A boa notícia é que algumas doenças, como o glaucoma, por exemplo, podem ser 100% preveníveis, isso se a descoberta for precoce. Então, independente da idade, a orientação para cuidar bem dos olhos é ficar sempre atento ao modo como enxerga e realizar exames periódicos pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que sentir algum sintoma diferente como, por exemplo, dificuldade em ler textos na rua ou alguma mancha no campo da visão. A vermelhidão também é um sinal de alerta, e o uso de óculos e lentes de contato só é possível diante da prescri24|TotalSaúde

ção do oftalmologista. E nada de comprar óculos no meio da rua, certo? Uma empresa especializada na fabricação de óculos com grau é a melhor opção! Outra dica é em relação à higiene, pois é importante lavar os olhos, principalmente as pálpebras, para evitar doenças como a conjuntivite. Para isso, não há produto melhor que a água potável e, ao contrário do que muitos pensam, água em excesso não faz mal, já que uma única gota satura o olho e expulsa todo o restante de impurezas. Quanto ao uso de colírios, um aviso importante é que eles contêm componentes terapêuticos em sua composição, então sua aplicação deve ser indicada por especialista. E você sabia que a alimentação também auxilia na boa saúde dos olhos? Os alimentos mais recomendados são os ricos em ômega-3 (encontrado em peixes), ovos, legumes, cebola e principalmente os alimentos que contêm vitamina C, como as frutas cítricas, por exemplo.

Doenças oculares e as diferentes fases da vida Bebês Os primeiros anos são fundamentais para garantir uma boa visão durante toda a vida, pois essa é a fase do desenvolvimento em que a criança aprende a enxergar. Ao nascer, os olhos medem cerca de um centímetro, crescem até os 20 anos e a primeira medida a ser tomada é ter a certeza de que os dois olhos são perfeitos, pois um olho imperfeito não tratado adequadamente pode perder sua função ao longo dos anos. O bebê não enxerga com a mesma nitidez que fevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês

uma pessoa adulta, e é comum apresentar um pouco de estrabismo (olhos voltados para direções diferentes) nos primeiros meses de vida, pois ele ainda não possui total controle sobre o músculo do olho, por isso é essencial levar os filhos, ainda pequenos, ao oftalmologista para uma avaliação cuidadosa.

Crianças e adolescentes Na fase dos cinco ou seis anos é que a criança atinge uma visão 100% nítida, e é a partir da idade escolar que começam a ficar evidentes os problemas de refração, conhecidos como miopia, astigmatismo e hipermetropia, que causam uma visão embaçada ou fora de foco. Tanto é que a dificuldade de aprendizado na escola está ligada às doenças oculares, e por isso os pais devem ficar atentos! A maioria dos problemas de visão deve ser corrigida antes dos 10 anos de idade, e até os oito anos pode-se tratar um olho que não funciona direito com o simples uso de um tampão, que força a criança a enxergar pelo lado que não está bom. Especialistas explicam ainda que o reflexo vermelho ou branco nos olhos da criança ao tirar uma foto com flash pode ser sinal de algum problema.

Adultos É chegada a hora de prestar mais atenção e se prevenir de doenças como a vista cansada (presbiopia), que é quando o olho perde, lentamente, a capacidade de foco por falhas nos músculos oculares, já que esse processo cria dificuldades em enxergar tanto de perto quanto de longe. Outro problema de visão muito sério é o glaucoma, que é o fevereiro, 2012

aumento da pressão do olho que pode até cegar; porém o que preocupa os especialistas é que a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos e não há recuperação para a parte perdida da visão, além de não apresentar sintoma algum, o que dificulta (e muito) o diagnóstico. Mas se for descoberta no início, a doença pode ser totalmente tratada, e saiba que os filhos de pais que tiveram glaucoma apresentam pelo menos 10% de chances de também desenvolver a doença. Para quem usa lentes de contato, aí vai um alerta: é fundamental retirar as lentes todas as noites, mesmo que o produto permita o seu uso contínuo, e seguir as instruções do fabricante sobre os cuidados de limpeza para evitar as infecções. Já mulheres na menopausa podem sofrer com o ressecamento dos olhos, mas os colírios ajudam a combater o problema, que também pode ser causado pelo excesso de exposição ao ar-condicionado.

Terceira idade

Para quem usa lentes de contato, aí vai um alerta: é fundamental retirar as lentes todas as noites, mesmo que o produto permita o seu uso contínuo, e seguir as instruções do fabricante sobre os cuidados de limpeza para evitar as infecções.

Nos idosos, a causa mais comum de problemas na visão que podem levar à cegueira é a catarata, que torna opaca uma das lentes do olho, chamada cristalino. Essa é uma consequência natural do envelhecimento, e pode ser corrigida por meio de cirurgia realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, dependendo do grau da doença, a recuperação é bem rápida. Outro problema que decorre da idade é a degeneração macular, que causa embaçamento ou escuridão no ponto central da visão. O aumento do grau das lentes também é bastante comum nas pessoas de mais idade. TotalSaúde|25


Especial do Mês | Visão Dr. Alvaro Hilgert

Com os avanços da cirurgia da catarata, a segurança e a eficácia do procedimento atingiram um nível excelente. Como resultado, as indicações dessa cirurgia se expandiram.

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A moderna cirur g A catarata acomete cerca de 50% das pessoas com 70 anos de idade, podendo ser diagnosticada também em pacientes mais jovens. O cristalino, lente natural localizada no interior dos olhos, se opacifica com a idade e então surgem os sintomas da catarata, como o ofuscamento às luzes, a perda de contraste e a diminuição da visão. O tratamento para essa condição é cirúrgico, e consiste na remoção da lente natural do olho substituindo-a por uma prótese chamada Lente Intraocular (LIO). O implante da lente artificial é realizado desde a década de 60, porém somente popularizou-se nos anos 80 com a melhora da técnica cirúrgica. Atualmente a cirurgia tornou-se mais simples para o paciente, pois é feita sem a necessidade de internação; o procedimento ocorre sob anestesia de colírios e leva em torno de 15 minutos. Na maioria dos casos não há necessidade de pontos, pois a técnica da facoemulsificação (que dissolve o cristalino por meio de uma pequena incisão, menor que 3 mm) minimiza a inflamação e torna a recuperação praticamente imediata. Com os avanços da cirurgia da catarata, a segurança e a eficácia do procedimento atingiram um nível excelente. Como resultado, as indicações dessa cirurgia se expandiram, assim como aumentou a expectativa dos pacientes em relação aos resultados pós-operatórios. A introdução das Lentes Intraoculares (LIO) Premium, como são chamadas as LIO de alta tecnologia, permite ao oftalmologista modificar as propriedades ópticas do olho, aumentando a satisfação do paciente no pós-operatório. A cirurgia agora permite não só a restauração da visão perdida devido à catarata, mas uma melhora na qualidade da visão que poderá ser obtida, por meio da correção

de aberrações esféricas da córnea, por exemplo, permitindo um maior progresso na visão, especialmente à noite, com o implante da LIO asférica; a possibilidade de uma boa visão, de longe e de perto, para a maioria das atividades do dia a dia, sem a necessidade do uso de óculos, a partir do implante da LIO multifocal e acomodativa; a correção do astigmatismo, por meio do implante e LIO tórica, e assim por diante. Para que a satisfação do paciente seja plena, é importante para o médico conhecer o estilo de vida e as necessidades específicas de cada paciente. Com isso, médico e paciente chegarão à conclusão de qual a melhor LIO para cada caso. Uma avaliação pré-operatória minuciosa que inclui a realização de exames que avaliam as características específicas do olho de cada paciente e a existência de eventuais patologias que podem limitar o seu resultado, além da avaliação clínica pré-operatória para determinar o risco cirúrgico fazem parte dessa rotina. Por outro lado, também é necessário que o paciente seja esclarecido e compreenda as limitações dos resultados, que podem estar relacionadas às características de seu olho e da lente que será implantada. Vamos detalhar as características de algumas lentes Premium e os benefícios que as mesmas podem proporcionar ao paciente que se submete à cirurgia da catarata:

Lentes asféricas As lentes tradicionais são esféricas, o que significa que a sua superfície anterior é uniformemente curva. As lentes asféricas são levemente mais planas na periferia, e permitem a redução de aberrações ópticas do olho; sendo assim, o fevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês

r gia da catarata paciente terá uma visão com maior sensibilidade ao contraste, especialmente em situações em que há variação na luminosidade, como num dia de chuva, neblina e à noite.

Lentes multifocais e acomodativas As lentes convencionais são monofocais, o que significa que oferecem visão nítida para uma distância fixa pré-determinada: longe, perto ou intermediária. O paciente terá que usar óculos todas as vezes em que for ler ou usar o computador. As novas lentes multifocais e acomodativas oferecem a possibilidade de visão focada em mais de uma distância. No caso das lentes multifocais, a presença de anéis ou zonas de foco no desenho da lente permite que a pessoa foque tanto os objetos à distância quanto os que estão próximos. O desenho da lente acomodativa permite que ela se desloque para frente e para trás, mudando o foco e possibilitando a visão de longe e de perto. O paciente poderá realizar a maior parte de suas atividades diárias (leitura, trabalhos manuais, uso do computador, por exemplo) sem a necessidade do uso contínuo de óculos. Porém, ambas as lentes geram limitações como a visão de halos e ofuscamento em torno da luz, especialmente à noite, no caso das multifocais. Isso pode limitar a capacidade do paciente dirigir no período noturno. No caso das acomodativas, haverá necessidade do uso de óculos para leituras prolongadas.

Lentes tóricas para astigmatismo Esta é uma lente monofocal, com cafevereiro, 2012

pacidade de corrigir o astigmatismo. O astigmatismo é o resultado da alteração da curvatura da lente anterior ao olho – a córnea – que, ao invés de esférica, como uma bola de futebol, apresenta a curvatura mais acentuada em um dos meridianos, como uma bola de beisebol, levando ao embaçamento e distorção da visão tanto para longe quanto para perto. O desenho da lente tórica permite a correção do astigmatismo, e essa possibilidade também pode ser estendida às lentes multifocais tóricas, combinando as duas formas: visão de longe e de perto no paciente com astigmatismo.

Filtros protetores nas lentes intraoculares As LIO são fabricadas com filtros que protegem a retina dos olhos da exposição a raios ultravioleta e outras radiações potencialmente danosas à saúde ocular. Há um tipo de radiação luminosa chamado luz-azul (cujo comprimento de onda varia entre 400-500 nm no espectro de luz visível) encontrado tanto na luz natural como na artificial, e alguns estudos sugerem que esse tipo de radiação pode causar danos à retina e favorecer o aparecimento de degeneração macular relacionada à idade. Alguns tipos de LIO possuem uma cor amarelada que filtra a luz azul, assemelhando-se à cor do cristalino natural do olho e protegendo a retina. O paciente deve, portanto, ser esclarecido pelo oftalmologista das várias opções de lentes intraoculares disponíveis e quais benefícios elas podem proporcionar a cada indivíduo, levando-se em consideração o exame oftalmológico, o estilo de vida e as necessidades próprias de cada um.

As LIO são fabricadas com filtros que protegem a retina dos olhos da exposição a raios ultravioleta e outras radiações potencialmente danosas à saúde ocular.

Dr. Alvaro Hilgert CRM/MS 2379 Membro da ASCRS-Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes intraoculares. Especialista em Retina e Vítreo Fellowship em Boston-USA.

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Especial do Mês | Visão Dr. Ricardo Yutaka Ota

Retinopatia

Diabética

Dr. Ricardo Yutaka Ota CRM/MS 5714 Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Residência Médica em Oftalmologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com especialização em Retina e Vítreo. Título de Especialista em Oftalmologia expedido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

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É uma complicação grave, de evolução lenta e progressiva que pode levar à cegueira e acontece, em geral, em pacientes com diabetes mellitus há mais de 10 anos. A retinopatia diabética evolui a partir do aparecimento inicial de microaneurismas, seguido de pequenas hemorragias. Em seguida, surgem hemorragias maiores, exsudatos algodonosos (manchas em flocos de algodão) ou exsudatos duros (manchas duras). Quando atingem a região da mácula (ponto de maior acuidade visual), agravam-se, causando o inchaço do centro da retina. A doença ocorre nos dois olhos, e se chama retinopatia não proliferativa. Ela pode ser leve (presença apenas de microaneurismas em menos de 4 quadrantes), moderada (microaneurismas e micro-hemorragias em 4 quadrantes), severa (20 hemorragias intrarretinianas em cada um dos 4 quadrantes), pode apresentar o ensalsichamento venoso em 2 quadrantes, ou ainda a presença de anormalidades microvasculares intrarretinianas (IRMAS) em 1 quadrante. Com o crescimento de vasos anormais na superfície da retina, pode haver sangramento intenso ou descolamento da retina. Ambos causam grande perda da visão, ou até mesmo a cegueira total. É a retinopatia proliferativa. Estudos sugerem que os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento e a gravidade da doença são a duração do diabetes, o diagnóstico ainda em uma idade jovem, altas taxas

de hemoglobina glicosilada e altos níveis de pressão sistólica sanguínea. A pressão intraocular também tem sido associada a um aumento na incidência precoce de retinopatia, mostrando a eficácia desse tratamento na regulação da pressão intraocular e pressão sanguínea. O tabagismo também é um fator de risco bastante conhecido para o desenvolvimento de doença vascular. Parar de fumar ajuda no controle glicêmico e reduz o risco de complicações do diabetes, mas o paciente deve tomar cuidado para não ganhar peso nessa fase. Os efeitos da gravidez na retinopatia diabética são incertos e controversos, mas existem indícios de que algumas mulheres apresentam piora na retinopatia nessa fase. Mulheres com retinopatia pré-existente e alterações proliferativas podem se beneficiar da fotocoagulação a laser, aplicada no início da gestação. Diabetes com duração acima de 15 anos, controle glicêmico inadequado e hipertensão arterial parecem ser os maiores determinantes para o desenvolvimento e progressão da retinopatia diabética durante a gravidez. O consumo de álcool, estilo de vida e posição socioeconômica também aparecem como fatores de risco. A retinopatia diabética aparece associada a doenças circulatórias sistêmicas, incluindo doença cardiovascular e nefropatia. O tratamento para retinopatia diabética pode ser feito por meio de aplicações a laser (fotocoagulação), injeções intraoculares (triancinolona ou anti-VEGFs, fevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês

como o Lucentis ou Avastin) ou cirurgias oculares (vitrectomia via pars plana). Além disso, estudos mostram retardo no desenvolvimento da retinopatia, redução no desenvolvimento de formas mais graves da doença (como a proliferativa ou não proliferativa severa), menor edema macular e menor necessidade de panfotocoagulação (fotocoagulação em toda a retina) em pacientes diabéticos bem controlados.

Importante lembrar: Diagnosticar precocemente o diabetes e investigar o histórico familiar de diabéticos e obesos são atitudes importantes. Após o diagnóstico, procurar um endocrinologista e se informar sobre a doença. Diagnosticada a retinopatia, o oftalmologista deve acompanhar a evolução da doença e fazer

os tratamentos indicados (aplicação de raios-laser ou injeções intraoculares de medicamentos). Oftalmologistas e endocrinologistas devem trabalhar em conjunto. O endocrinologista é a pessoa mais importante no tratamento, enquanto o oftalmologista tenta reduzir os malefícios das hemorragias na retina e outras lesões. Mas é o endocrinologista que procura controlar a doença e reduzir a incidência e evolução das complicações. Pacientes diabéticos sem retinopatia devem ser examinados anualmente. Retinopatia diabética não proliferativa leve deve ser examinada a cada 6 meses. Retinopatia diabética não proliferativa moderada a severa deve ser examinada a cada 4 meses. Retinopatia diabética proliferativa deve ser examinada a cada 2 meses. E os exames sempre devem ser realizados com as pupilas dilatadas.

Ausência de retinopatia diabética

Retinopatia diabética não proliferativa moderada fevereiro, 2012

Diagnosticada a retinopatia, o oftalmologista deve acompanhar a evolução da doença e fazer os tratamentos indicados (aplicação de raios-laser ou injeções intraoculares de medicamentos).

Retinopatia diabética não proliferativa leve

Retinopatia diabética não proliferativa severa

Retinopatia diabética proliferativa

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Especial do Mês | Visão Dr. Jânio Carneiro Gonçalves

Ceratocone: a importância do diagnóstico precoce

Dr. Jânio Carneiro Gonçalves CRM/MS 1813 Certificado pelo Conselho Regional de Medicina/MS na especialidade de Oftalmologia. Especialista em Oftalmologia, expedido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em convênio com a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Membro da Academia Americana de Oftalmologia. Membro da American Society of Cataract and Refractive Surgery. Especialista em Córnea e Doenças Externas Oculares no Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira/SP.

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O ceratocone é uma doença que acomete a córnea, e geralmente tem início na adolescência, agravando-se na segunda e terceira décadas de vida, e sua incidência é de 1 a cada 2.000 pessoas na população geral. O que ocorre é o afinamento com alteração progressiva da curvatura da córnea, com maior frequência na região inferior, causando uma turvação visual bilateral, o que não impede um olho ser mais afetado do que o outro. Os familiares devem prestar atenção aos jovens que assistem à televisão muito de perto, coçam muito os olhos (o prurido agrava a evolução da doença), se queixam de dores de cabeça e que apresentam dificuldade no desenvolvimento escolar. Até pouco tempo atrás, a conduta para tratar o ceratocone consistia na prescrição de óculos, no uso de lentes de contato rígidas e, posteriormente, no transplante de córnea. O ceratocone altera a curvatura da córnea de forma irregular, e o uso de óculos só gera bons resultados no astigmatismo regular; portanto, é muito difícil atingir 100% da visão, mesmo em baixos astigmatismos. O uso de lentes de contato rígidas determina boa acuidade visual, já que consegue, artificialmente, regularizar a superfície da córnea. No entanto, com o aumento da curvatura da córnea as lentes podem causar lesões na sua superfície, e os pacientes reclamam da sensação de areia nos olhos, dor, vermelhidão e sensibilidade à luz, o que os impossibilita de usá-las. Se o paciente não atingir uma excelên-

cia visual com o uso de óculos e possuir intolerância ao uso de lentes de contato, existem outros procedimentos disponíveis para evitar o transplante. Essa é a importância do diagnóstico precoce: quanto antes a doença for detectada, maiores serão as possibilidades de evitar que o paciente enfrente um transplante, ou que pelo menos consiga adiar esse procedimento; para regularizar a superfície da córnea pode-se optar pela realização do implante do anel intraestromal (no Brasil, conhecido como anel de ferrara). Realizamos esse implante há cerca de 10 anos, e a partir de 2012 o procedimento será coberto pelos convênios. O implante do anel não segura a evolução da doença e já tive alguns casos de pacientes em quem foram implantados o anel, principalmente em pacientes muito jovens, e que foi necessário a realização do transplante de córnea. Como arsenal terapêutico para tentar evitar a evolução do ceratocone nós oferecemos o crosslinking. Este procedimento consiste em aplicar a vitamina B2 (riboflavina), na forma de colírio, de 5 em 5 minutos, durante meia hora, após retirar a primeira camada da córnea, e depois aplicar a radiação ultravioleta junto à vitamina por mais 30 minutos, respeitando o mesmo intervalo de tempo. Esse procedimento busca impedir a progressão da doença, pois fortalece a córnea, tornando-a mais rígida. Se o ceratocone já se encontra em um estágio avançado, com afinamento significativo, o cross-linking é contraindicado. Esses dois procedifevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês mentos, em conjunto, têm sido muito utilizados em pacientes (com a indicação correta), já que um deles regulariza a superfície enquanto o outro tenta evitar a progressão. Cada vez mais o cross-linking é usado em estágios iniciais do ceratocone, já que o paciente ainda mantém uma boa qualidade visual com o uso de óculos e, conforme demonstram estudos, o cross-linking tem evitado a progressão da doença. Quando é impossível a realização do anel e do cross-linking, devemos realizar o transplante de córnea. Pode-se optar pelo transplante penetrante de córnea (retira-se todas as camadas) ou pelo transplante lamelar (retira-se cerca de 90% da espessura da córnea). A opção depende do estágio da evolução da doença e da indicação do cirurgião. Sabemos que o transplante lamelar, tecnicamente, é muito mais complexo, porém o risco de rejeição é menor, a retirada dos pontos é precoce e a recuperação da visão é mais rápida. O transplante penetrante

ainda é o mais realizado, com índices de sucesso acima de 90%. Existem outros estudos que estão sendo realizados para melhora da visão. Podemos citar a aplicação do eximer laser (técnica PRK) combinada com o crosslinking, que consiste em reduzir o grau e estabilizar o ceratocone. O paciente deve saber que apesar de a doença evoluir para perdas significativas da visão, ela não leva à cegueira completa (não enxergar a luz), não há risco de perfuração da córnea espontânea, devido ao seu afinamento progressivo, não é uma doença inflamatória e não é contagiosa. Ele deve questionar o seu médico sobre quais são as possibilidades de sucesso e as possíveis complicações que podem surgir com o procedimento de sua escolha. O ideal é que todos visitem seus médicos anualmente, mesmo quando ainda não existem sintomas, pois o tratamento precoce é essencial para ajudar a evitar ou retardar a progressão da doença.

O ceratocone altera a curvatura da córnea de forma irregular, e o uso de óculos só gera bons resultados no astigmatismo regular.


Especial do Mês | Visão

Dra. Andrea Cristina Grubits Gonçalves de Oliveira

Teste do olhinho O primeiro cuidado para o desenvolvimento de uma boa visão

Dra. Andrea Cristina Grubits Gonçalves de Oliveira CRM/MS 4471 Oftalmologista. Faculdade de Medicina na Universidad Católica Boliviana San Pablo; Residência Médica em Oftalmologia - Associação Beneficente de Campo Grande Santa Casa; Mestrado em Psicologia da Saúde – Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); Título de Especialista em Oftalmologia – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO); Especialista em Oftalmopediatria e Estrabismo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Preceptora de Residência Médica na Santa Casa de Campo Grande – Setor Estrabismo.

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Cada vez mais há uma atenção maior à saúde do recém-nascido, com o objetivo de tratar e até mesmo prevenir problemas que podem influenciar o desenvolvimento da criança e que acompanharão o indivíduo em todas as etapas de sua vida. Cerca da metade dos casos de cegueira em crianças é devida a problemas tratáveis ou preveníveis. Podem ser consideradas causas preveníveis, por exemplo, as infecciosas e retinopatia da prematuridade. Consideram-se causas tratáveis a catarata congênita, o glaucoma congênito e a retinopatia da prematuridade grave. O “teste do olhinho”, também chamado de “teste do reflexo vermelho”, tem como objetivo detectar precocemente essas alterações para que o acompanhamento oftalmológico e tratamento, se necessários, sejam iniciados o mais rápido possível, tentando evitar a cegueira ou a visão subnormal da criança. Desde 2007 existe a Lei estadual em São Paulo, e já está em discussão a Lei federal instituindo a obrigatoriedade do exame em todo o País. O exame é simples, rápido e indolor. Pode ser realizado pelo pediatra treinado ou pelo oftalmologista. Deve-se observar o reflexo vermelho que indica a passagem de luz através da pupila, livre de obstáculos para o desenvolvimento da visão. Qualquer patologia ocular que cause opacidade de meios e obstrução do eixo visual irá alterar esse reflexo.

Dentre elas podemos citar a catarata, alguns sinais de glaucoma congênito, opacidades congênitas de córnea, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares importantes e hemorragias intravítreas. Quando o pediatra consegue identificar o reflexo vermelho de ambos os olhos, trata-se de um resultado normal. Se houver dificuldade para isso, o bebê deve ser encaminhado ao oftalmologista com urgência. Se a criança nasceu de parto prematuro (idade gestacional menor que 32 semanas ou peso de nascimento inferior a 1.500 gr.), deve ser encaminhada ao oftalmologista retinólogo para mapeamento de retina, com o objetivo de descartar ou acompanhar uma possível retinopatia da prematuridade. Mesmo depois de realizado o teste do olhinho, se for detectada toxoplasmose congênita nos exames do bebê, o oftalmologista também deve ser consultado para mapeamento de retina. Cabe lembrar que essa avaliação não é o exame completo, e deve-se realizar a primeira consulta oftalmológica de rotina a partir de 1 ano de idade, com periodicidade posterior determinada pelo oftalmologista. A criança não nasce sabendo enxergar, e o acompanhamento do desenvolvimento da visão durante a infância é primordial para um bom ajustamento ao meio, a aprendizagem em diferentes estágios e relacionamentos de um modo geral. fevereiro, 2012



Especial do Mês | Visão Dr. Fabio Yamasato Yonamine

Uveíte: uma doença pouco di v

O paciente com uveíte merece atenção especial, pois deve ser encarado não como o portador de um problema simples e somente no olho, mas como portador de uma patologia complexa, que requer do oftalmologista um conhecimento amplo em outras áreas da medicina.

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Dor e olhos vermelhos são sintomas frequentes que acompanham os quadros de olho seco, conjuntivites e uveítes. Saber diferenciar essas doenças é de extrema importância, uma vez que as uveítes, quando não tratadas, podem comprometer seriamente a visão do paciente. As uveítes podem aparecer em qualquer idade, desde o nascimento até a velhice, tanto em homens quanto em mulheres, mas são mais frequentes na faixa etária de 16 a 35 anos.

O que é uveíte? Uveíte é uma doença que causa uma inflamação dentro do olho. Existem três diferentes tipos de uveítes, podendo estar localizados: 1) na parte anterior ao olho, acometendo o corpo ciliar e a íris, que é a parte colorida do olho (uveíte anterior ou iridociclite); 2) na parte intermediária do olho (uveíte intermediária); 3) na parte posterior ao olho (vítreo, retina e nervo óptico - uveíte posterior).

O que causa a uveíte? Na maioria dos casos, a causa da uveíte é desconhecida (uveíte idiopática). Processos imunológicos, como os fenômenos autoimunes (substâncias que são produzidas pelo próprio organismo e que agridem o olho e outros órgãos) ou uma baixa imunidade do indivíduo podem estar associados à doença ocular; é possível que o estresse (físico e emocional) possa ser

um fator desencadeante em alguns casos. A uveíte pode ter causas infecciosas, reumáticas, neoplásicas (câncer), dermatológicas entre outras. Por isso é fundamental o paciente informar o oftalmologista sobre sintomas diversos em outras partes do corpo. O acometimento dos olhos pode ser a primeira manifestação de uma doença sistêmica. O paciente com uveíte merece atenção especial, pois deve ser encarado não como o portador de um problema simples e somente no olho, mas como portador de uma patologia complexa, que requer do oftalmologista um conhecimento amplo em outras áreas da medicina, como reumatologia, infectologia, oncologia entre outras, para permitir, então, a integração com outras especialidades, proporcionando um melhor acompanhamento.

Quais são exemplos de doenças que causam uveíte? Infecções como toxoplasmose, toxocaríase, herpes, AIDS, tuberculose, sífilis e citomegalovírus. Doenças reumatológicas, como artrite reumatoide juvenil, e em adultos, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Behçet, sarcoidose entre outras também estão incluídas nas causas da uveíte.

A uveíte pode levar à cegueira? fevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês

di vulgada que pode levar à cegueira Quando não tratada a tempo, a uveíte pode causar danos irreversíveis ao olho, e ainda levar à cegueira. Ela também pode causar glaucoma, catarata, descolamento e cicatrizes na retina, que causam a redução visual.

Quais são os principais sintomas e como é feito o diagnóstico? Vermelhidão no olho, dor ocular, fotofobia (intolerância à claridade) e embaçamento visual progressivo são as principais manifestações. Os sintomas são variados, e dependem do local atingido. As uveítes anteriores, em geral, cursam com dor intensa e vermelhidão, enquanto nas posteriores predomina o embaçamento visual, algumas vezes sem dor, ou também a vermelhidão. Geralmente a secreção ocular está ausente, o que as diferencia das conjuntivites. O exame oftalmológico especializado com equipamento capaz de examinar detalhadamente as estruturas internas do olho (lâmpada de fenda) é fundamental para o diagnóstico. Muitas vezes, faz-se necessária uma ampla investigação com exames laboratoriais (sangue e urina), radiológicos e avaliações especializadas.

Como é feito o tratamento? Devido ao risco de cegueira e para evitar sequelas, o tratamento deve ser realizado o mais rápido possível. Em cafevereiro, 2012

sos leves de acometimento anterior, frequentemente o uso de colírios possibilita o controle da doença. Em casos mais extensos, com o acometimento da retina, do nervo óptico e do vítreo, é necessário o uso de medicações sistêmicas específicas na forma de comprimidos para combater a inflamação; em geral, corticosteroides e imunomoduladores, e se houver infecção, antibióticos, antivirais e antiparasitários. Raramente a internação hospitalar e cirurgias são necessárias. A duração do tratamento é variável e personalizada para cada caso, dependendo da intensidade e cronicidade. Pacientes com doenças reumáticas podem necessitar de medicações imunomoduladoras por longo período para o controle da patologia.

Quais são as recomendações quando houver suspeita de uveíte? O seu oftalmologista deverá sempre ser informado sobre a sua saúde geral. A detecção rápida seguida de tratamento específico é muito importante para o controle de grande parte das uveítes. O acompanhamento periódico e uma boa relação médico-paciente são fundamentais, uma vez que as uveítes podem reaparecer em surtos e estar associadas a outras doenças, o que exige um controle rigoroso e individualizado. Nunca use medicações por conta própria ou não receitadas por médicos.

Dr. Fabio Yamasato Yonamine CRM/MS 5299 Oftalmologista, especialista em Uveítes pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Professor de Medicina na UNIDERP e na UFMS. Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da Academia Americana de Oftalmologia.

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Especial do Mês | Visão

Estrabismo em adultos O que é estrabismo? Estrabismo é o termo médico que denomina a condição na qual os olhos não estão alinhados, apontando a diferentes direções. São termos empregados popularmente para indicar o estrabismo: “olho torto”, “vesgo”. Adultos podem apresentar estrabismo por várias causas, dentre elas: Estrabismo desde a infância (com ou sem cirurgia prévia). Traumatismo craniano. Doenças ou procedimentos neurológicos (Myasthenia Gravis). Esclerose múltipla, AVC, neurocirurgias para a retirada de tumores etc. Doenças da órbita (doença ocular da tireoide, por exemplo). Diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. Perda da visão unilateral (catarata, doenças da retina etc).

Quais os sintomas do estrabismo? Quando o estrabismo tem início ainda na infância, o cérebro é capaz de ignorar a imagem do olho desviado, evitando a visão dupla. Já quando a doença é adquirida na vida adulta, frequentemente a pessoa apresenta diplopia, que é uma incômoda situação na qual o indivíduo vê duas imagens ao mesmo tempo, já que, nessa idade, o cérebro não é capaz de ignorar a imagem do olho desviado. Além da visão dupla, o paciente pode apresentar: Dificuldades ou cansaço durante a leitura. Torcicolo, pois alguns pacientes conseguem evitar a visão dupla com alguma inclinação da cabeça. 38|TotalSaúde

Perda da noção de profundidade. Perda da visão periférica.

Há tratamento para o estrabismo em adultos? Sim. Técnicas recentes, incluindo a cirurgia com suturas ajustáveis e anestesia local, permitem que a maioria dos adultos com desvios oculares tenha sucesso no tratamento do estrabismo. Mesmo adultos já submetidos a cirurgias de estrabismo no passado ou idosos têm se beneficiado com o tratamento do estrabismo. Em alguns casos, pode ser indicada a aplicação da toxina botulínica (Botox®).

O tratamento do estrabismo em adultos é apenas estético? Não. Nos casos em que há diplopia, ocasionando dificuldades em dirigir, ler e executar as atividades profissionais, ou ainda quando há torcicolo, ocasionando dores musculares e o risco de sequelas na coluna, a cirurgia é, obviamente, funcional, com o objetivo de restaurar a função visual normal. A cirurgia pode, ainda, melhorar a visão de profundidade e o campo de visão periférica. Recentes pesquisas realizadas nos Estados Unidos concluíram que a correção do defeito no alinhamento ocular pode ocasionar benefícios emocionais, sociais e no mercado de trabalho. Pacientes estrábicos se sentem, em geral, constrangidos com o desalinhamento ocular e evitam encarar as pessoas. Há apenas uma posição normal dos olhos, que é a do alinhamento ocular, com ambos os olhos voltados a uma única direção ao mesmo tempo. Nesse sentido, a cirurgia de estrabismo é reparadora, e não meramente estética, já que objetiva corrigir ou reconstruir o alinhamento ocular normal.

Dra. Priscila Inácio Fernandes Zaupa CRM/MS 5248 Fellowship em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina. Título de especialista em Oftalmologia pela Associação Médica Brasileira, Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Ministério da Educação e Cultura (MEC). Residência em Oftalmologia pela Santa Casa de Campo Grande. Membro do Centro Brasileiro de Estrabismo. Médica colaboradora do setor de estrabismo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina.

fevereiro, 2012


Visão | Especial do Mês Dr. Luiz Taranta

Existe cirurgia para o glaucoma? Essa é uma pergunta que o médico oftalmologista ouve diariamente no consultório e que chama a atenção para um fato interessante. O tratamento do glaucoma, doença atualmente responsável pela maior parte dos casos de cegueira irreversível no mundo, continua sendo pouco conhecido pela população em geral. Sim, existe cirurgia. Na verdade, há vários tipos de cirurgia para o glaucoma. A mais tradicional, conhecida como cirurgia convencional de glaucoma, é realizada com sucesso desde a década de sessenta. Ela consiste, basicamente, na confecção de um pequeno orifício que permite a saída do excesso de humor aquoso (líquido que preenche a parte interna do olho) (figura1). O excesso de líquido é o que gera o aumento da pressão ocular e as principais cirurgias utilizam o mesmo princípio (o de facilitar o escoamento do líquido intraocular).

Em casos mais avançados ou de difícil controle, pode ser implantado um dispositivo de drenagem (conhecido como válvula) pelo qual o líquido flui ativamente, evitando o aumento da pressão (figura 3).

Figura 3 Outra inovação, liberada para o uso no país no ano passado, é a criação de um fluxo contínuo de drenagem por meio do implante de um dispositivo de aço inoxidável de 3 milímetros de comprimento (figura 4 – A e B). Tal cirurgia é vantajosa por ser menos invasiva, reduzir a manipulação cirúrgica e acelerar a recuperação pós-operatória.

Figura 4 A Figura 1 A cirurgia não penetrante, um refinamento da cirurgia convencional, é uma técnica na qual o cirurgião não chega a criar o orifício, mas deixa uma fina camada de tecido ocular, através da qual o líquido poreja, evitando o aumento da pressão. As grandes vantagens da técnica são o aumento da segurança e a recuperação pós-operatória precoce (figura 2).

Figura 2 fevereiro, 2012

Figura 4 B Comose pode perceber,asopçõescirúrgicas para o tratamento do glaucoma são diversas, e a evolução da tecnologia e das técnicas operatórias fez com que os procedimentos se tornassem, gradativamente, mais rápidos e seguros. Contudo, a desinformação ainda é um grande inimigo, e faz com que muitas pessoas cheguem aos consultórios com perdas visuais avançadas e se surpreendam ao saber sobre a variedade de opções no tratamento do glaucoma.

Dr. Luiz Taranta CRM/MS 3992 Graduação, Residência e Doutorado em Oftalmologia pela USP-Ribeirão Preto. Membro associado da Sociedade Brasileira de Glaucoma. Membro da International Society for Eye Research. Responsável pelo serviço de glaucoma do CDO (Centro de Diagnósticos em Oftalmologia).

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Bem-Estar | Lar de Idosos

Luciana Seraphim

Plenitude Lar de Idosos

ONDE ENCONTRAR

Rua Alegrete, 1.750. Bairro Coronel Antonino. Fone: 67 3201 6948

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Somente uma pessoa que já cuidou ou cuida de um idoso é capaz de definir a experiência. O fato é que em algum momento da vida, podemos estar diante de um desafio como esse. E na grande maioria das vezes, não se tem escolha: é preciso aceitar que as coisas mudaram porque quando um idoso adoece, toda a estrutura familiar precisa ser reordenada a fim de atender às suas necessidades. Cuidar dos pais é uma tarefa que exige muito do cuidador porque isso envolve vários fatores: físico, mental e, principalmente, emocional. Por outro lado, quando se começa a cuidar dos pais, a única coisa que eles sempre tiveram em relação a você é perdida: a autoridade. Não é fácil para eles desistirem de sua autoridade. Paciência é a palavra-chave quando nos dispomos a cuidar de um idoso. O importante é contar com pessoas qualificadas que possam nos auxiliar nesse processo, seja para cuidar em casa ou num

local específico para este fim. O Plenitude Lar de Idosos oferece serviços de enfermagem 24h, contando com uma equipe de profissionais habilitados e capacitados para prestar assistência integral ao idoso num ambiente aconchegante, tranquilo, seguro e adaptado de acordo com as normas vigentes de acessibilidade. Além disso, oferecemos Day Care para idosos que precisam ficar períodos sem internação, proporcionando a mesma assistência prestada aos demais idosos internados. Dentre os cuidados com nossos hóspedes destacamos: disciplina nos horários de administração de medicações e refeições, regularidade nos cuidados em relação à higiene pessoal, festas de integração, visitas diárias e seis refeições por dia (com cardápio elaborado por nutricionista), atendimentos com psicóloga, fisioterapeuta, entre outros. Responsável técnica - Enfª. Mariana dos Santos Seraphim. fevereiro, 2012


Um novo olhar para o futuro.

Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças oculares.

Corpo Clínico

Drª. Bianka Yamasato, MD - CRM/MS 4562 Dr. Luiz Taranta, MD, PhD - CRM/MS 3992 Luciana Barem Ribeiro, ESP CREFITO 6454/13 Dr. Marco Bonini Filho, MD, PhD - CRM/MS 4417 Drª. Priscila Fernandes, MD - CRM/MS 5248

Rua Antônio Maria Coelho, 2.782 Jardim dos Estados - Campo Grande/MS Fone: (67) 3026 1770 | 3044 1551 E-mail: cdo.oftalmologia@gmail.com

Responsável Técnica

Drª. Bianka Yamasato, MD - CRM/MS 4562

/CDOftalmologia


Nutrição | Chia Natalia Razuk

Chia: a energia em grãos que vem dos Andes

A chia, hoje, é uma realidade no auxílio ao combate à obesidade, por pertencer à classe das sementes mucilaginosas. Quando ingerida e em contato com a água ela forma um gel que torna a digestão mais lenta e prolonga a sensação de saciedade.

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A História conta bem o tamanho da importância da chia nas culturas Maia e Asteca. Quando os Espanhóis conquistaram a América, no século 16, devastaram as plantações de chia, já que os nativos viam nela grande fonte de alimentação e de força. O grão era o principal aliado da saúde e da resistência física desse povo, além de ser usado em cerimônias religiosas. Cultivada há mais de 4.000 anos, somente agora a chia chega às mesas brasileiras, para se juntar a outros alimentos que o brasileiro tem descoberto e acrescentado ao seu dia a dia, como a linhaça, por exemplo. A semente é considerada um superalimento, funcional e nutritivo. E é mais rica, nutricionalmente, que a quinoa, e até que a própria linhaça.

Qualidade e benefícios O grão foi redescoberto na Argentina, nos anos 90, por um grupo de pesquisadores locais em parceria com a Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e atualmente é cultivado para fins comerciais no México, Argentina, Bolívia, Peru e Colômbia. Logo que redescoberto, foram anunciados os benefícios desse grão, dentre eles a grande fonte de ácidos graxos, ômega-3, proteínas, fibras, substâncias antioxidantes e minerais, como o fósforo, cálcio, ferro e magnésio. A chia, hoje, é uma realidade no auxílio ao combate à obesidade, por pertencer à classe das sementes mucilaginosas. Quando ingerida, e em contato com a água, ela forma um gel que torna a digestão mais lenta e prolonga a sensação de saciedade. Assim o indivíduo fica satisfeito mais rapidamente e por mais tempo,

passando a consumir porções menores. A chia também funciona como regulador do intestino, auxiliando de forma eficaz quem sofre de prisão de ventre; para isso, basta ser consumida com doses generosas de água. É indicada também a quem sofre de síndrome do intestino irritável. Além de ajudar o corpo a entrar em forma, o grão controla a glicemia, auxilia na formação óssea, previne o envelhecimento precoce e aumenta a imunidade do organismo. Em comparação à linhaça, a semente possui uma concentração muito maior de ômega-3, grande protetor do coração que combate o colesterol e triglicérides. É também um anti-inflamatório natural e atua no controle da pressão arterial. Grande fonte de proteínas, a chia é indicada para diabéticos, hipertensos, vegetarianos e praticantes de atividades físicas. Como também contribui com a formação de massa óssea, a semente é recomendada no combate à osteoporose, graças à alta concentração de cálcio e magnésio. A chia também pode ser utilizada na alimentação de crianças, adolescentes e gestantes, por apresentar grande quantidade de nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento.

Câncer e diabetes Esse grão tem se mostrado pródigo no tratamento do câncer de mama. Testes realizados em cobaias comprovaram que os animais que consumiram o óleo de chia tiveram sensível diminuição das metástases e dos tumores. Tratamentos de outros tipos de câncer também estão tendo nesse alimento um forte aliado, devido ao seu fator antioxidante. fevereiro, 2012


Chia | Nutrição No caso do diabetes, as perspectivas são bastante animadoras; graças ao seu baixo índice glicêmico, a semente tem sido indicada no tratamento e controle da doença. O grão ainda ajuda a amenizar a resistência à insulina e a absorção da glicose pelas células, impedindo o excesso de açúcar no sangue.

Modos de consumo A chia não tem absolutamente gosto nenhum, e sua textura é semelhante à da semente do tomate. Seu sabor neutro permite a mistura com outros alimentos sem alterar o gosto, como frutas, cereais, saladas, sopas e iogurte. Quando moída, é uma boa substituta da farinha em receitas de massas, pães e biscoitos, mas você também pode arriscar e tentar uma receita especial feita dessa maravilha andina. A chia pode ser encontrada em três formas: in natura (grãos), óleo e farinha.

Para quem quer usá-la como auxiliar no emagrecimento, segue a dica: Independentemente do jeito que escolher consumi-la, ela deve ser ingerida cerca de 30 minutos antes de duas das suas principais refeições diárias (café da manhã, almoço ou jantar). A semente de chia possui: O dobro de potássio em comparação à banana. O triplo de ferro quando comparada ao espinafre. Seis vezes mais cálcio do que o leite integral. Oito vezes mais ômega-3 do que o salmão. Quinze vezes mais magnésio do que o brócolis.

A chia não tem absolutamente gosto nenhum, e sua textura é semelhante à da semente do tomate. Seu sabor neutro permite a mistura com outros alimentos sem alterar o gosto, como frutas, cereais, saladas, sopas e iogurte.


Nutrição | Prisão de ventre

Fernanda Nascimento

A saúde como um relógio Mais de 20% dos brasileiros sofrem de prisão de ventre. Saiba aqui o que pode ajudar a combater esse mal. Desconforto, incômodo e aquela sensação de barriga estufada... Ninguém gosta de passar por isso, não é mesmo? A prisão de ventre atinge, imagine só: mais de 20% da população brasileira! Culpa dos maus hábitos alimentares, do estresse e do sedentarismo. Mas saiba que ficar um ou dois dias sem ir ao banheiro não é sinal de prisão de ventre; para ter o diagnóstico de constipação a pessoa deve apresentar dois ou mais fatores. Dentre eles estão o esforço excessivo em pelo menos 25% das evacuações, fezes endurecidas ou fragmentadas em pelo menos 25% das vezes e menos de três evacuações por semana. E como falamos em alimentação saudável, listamos alguns alimentos que podem ajudá-lo a se livrar desse mal. Olha só! Vegetais: alface, agrião, brócolis, couve, escarola, espinafre, rúcula... Todos esses vegetais possuem fibras que aumentam o volume das fezes. Por isso eles são obrigatórios no cardápio diário de quem sofre de prisão de ventre. Papaia: a papaína, substância presente em sua composição, estimula a mucosa intestinal de maneira natural, facilitando os movimentos de expulsão das fezes. Pipoca: a pipoca é um alimento riquíssimo em fibras, e elas ajudam bastante na reeducação do trânsito intestinal, facilitando os movimentos peristálticos. Cereais integrais: aveia, arroz, pão e macarrão integrais, milho e outras sementes e grãos comestíveis têm muita fibra.

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Laranja com bagaço: é no bagaço que está concentrada a maior quantidade das fibras. Ameixa preta: contém sorbitol, substância com efeito laxativo muito eficiente. Pode ser ingerida seca ou em calda. Iogurtes: contêm lactobacilos e microorganismos que mantêm e recuperam a flora intestinal.

Você também pode aumentar o consumo de óleo nas refeições. Ele ajuda a lubrificar as vias intestinais, facilitando a expulsão das fezes. Basta ingerir uma colher de chá de azeite de oliva, por exemplo. Nada de exageros. E controle também o excesso de farinha refinada, gordura saturada, carnes vermelhas, frituras, refrigerantes, pimenta e cafeína. Todos eles dificultam o trabalho do sistema digestivo e têm muitas toxinas. Além do prato saudável, a prática de atividades físicas regulares melhora muito o funcionamento do intestino. Mexa-se, mesmo que com uma simples caminhada, mas pelo menos três vezes por semana, certo? E, é claro, beba muita, mas muita água, no mínimo dois litros diariamente. Ela é essencial na lubrificação dos intestinos. Sem ela as fibras não ficam umedecidas e podem, inclusive, piorar a prisão de ventre. Outra dica: o horário regular para ir ao banheiro também é muito importante. Acostumar o intestino a funcionar sempre na mesma hora também é essencial para ajudar a evitar a constipação. E se a prisão de ventre for crônica, procure um especialista, o intestino preso pode ser sintoma de algo mais sério!

Além do prato saudável, a prática de atividades físicas regulares melhora muito o funcionamento do intestino. Mexa-se, mesmo que com uma simples caminhada.

fevereiro, 2012



Nutrição | Por que mastigar?

Dra. Tatiane Savarese Attilio

Por que mastigar? Normalmente, comemos na mesma velocidade com que realizamos nossas outras atividades durante o dia: rápido, muito rápido! E você pode estar se questionando: “Qual é o problema em almoçar em 10 minutos? E se eu comer rápido, mas mastigar bem?”. Será mesmo? Eu diria que mastigar rápido e mastigar bem são coisas praticamente impossíveis de se fazer ao mesmo tempo, e as consequências de uma má mastigação são bastante comuns, quer ver? Refluxo Alimentos mal triturados são de difícil digestão, o que facilita o surgimento e/ou agravamento do refluxo.

Má digestão Sabe quando aquela sensação que você acha que comeu além do que devia permanece por mais de 3 horas? Então, isso pode ser sintoma de má digestão, e uma das suas principais causas também é a má mastigação.

Deficiência de absorção de nutrientes Quando não mastigamos direito os alimentos, eles não sofrem a degradação necessária para que os nutrientes estejam aptos a serem absorvidos, ou seja, você pode até comer de forma equilibrada e saudável e mesmo assim apresentar deficiência de ferro (anemia), cálcio e de outros nutrientes. 46|TotalSaúde

Não ter tempo para sentir saciedade Comendo rápido e sem mastigar adequadamente o alimento você também não vai saber identificar se está satisfeito ou se está comendo por compulsão. Isto porque o organismo leva cerca de 20 minutos para entender que você está se alimentando. Se você come em 10 minutos, provavelmente vai comer mais do que precisa.

ONDE ENCONTRAR

Seu intestino vai ter mais trabalho As proteínas (carne, leite e derivados, grãos) e as gorduras (azeite, manteiga, gordura da carne, do queijo etc.) concluem a digestão somente no intestino, através da ação da bile e dos sucos pancreáticos. Se você mastiga bem esses alimentos, eles chegarão melhor triturados, o que facilitará a digestão; se você não mastiga adequadamente, os alimentos demoram mais para serem digeridos, contribuindo para a formação de flatulências, intestino preguiçoso e até mesmo um desequilíbrio na flora intestinal, o que prejudica o funcionamento do organismo como um todo.

Eu sei que é difícil diminuir o ritmo para comer, mas, conforme você já viu, é importante comer devagar e mastigar adequadamente. Sendo assim, aí vai uma dica para você: entre uma garfada e outra, descanse o garfo no prato. Você vai sentir a diferença!

Rua Elvira Coelho Machado, 532 Chácara Cachoeira (67) 3349 1569 www.atitudesaude.com.br

Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175 Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensão na área da saúde.

fevereiro, 2012



Segurança Pública | Perturbação à ordem pública Ana Rita Chagas

Perturbação à ordem pública está com dias contados na Capital A perturbação do sossego e da ordem pública está com os dias contados em Campo Grande. Está em vigor, desde o início de 2012, a Lei municipal que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas por aglomerados de pessoas em vias públicas, prédios e praças da cidade. De autoria dos vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Lídio Lopes (PP), a proposta passou por diversas discussões na Câmara Municipal e teve a participação incisiva de representantes de classe e da sociedade campo-grandense como um todo. A nova medida visa estabelecer a ordem social no município e, consequentemente, evitar casos de badernas, como os ocorridos e já noticiados pela mídia, envolvendo jovens da capital em verdadeiras orgias e em acidentes com vítimas fatais. Já está mais do que na hora de darmos um basta às algazarras e perturbações que envolvem jovens e adolescentes da nossa cidade. Com essa lei os donos de conveniências ficam mais amparados, seguros contra esse abuso. A lei veio para atender ao desejo da população, que é preservar a ordem na nossa cidade. “O álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. Fora os inúmeros acidentes de trânsito e a violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool em longo prazo, dependendo da dose, frequência e das 48|TotalSaúde

circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Dessa forma, o consumo inadequado de álcool é um importante problema de saúde pública, acarretando altos custos para a sociedade envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares. A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora,” explicou o Paulo Siufi. A Lei Complementar n.º 189/11 veda o consumo de bebidas alcoólicas por aglomerados de pessoas em vias, prédios e praças públicas, dentro do perímetro dos postos de serviços e de abastecimento de veículos, área externa das conveniências (salvo eventos que tenham autorização do órgão competente para sua realização) e os estabelecimentos regulamentados pela Lei Complementar Municipal n.º 136 de 1º de junho de 2009. De acordo com a determinação, em casos de aglomeração e/ou descumprimento da referida lei, o responsável pelo estabelecimento que comercialize bebidas alcoólicas deverá informar o fato à autoridade competente, comprovadamente mediante protocolo. O não cumprimento da lei acarretará as seguintes sanções: advertência; multa de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais); suspensão do alvará de funcionamento por 30 (trinta) dias; cassação do alvará de funcionamento.

A nova medida visa estabelecer a ordem social no município e, consequentemente, evitar casos de badernas, como os ocorridos e já noticiados pela mídia, envolvendo jovens da capital em verdadeiras orgias e em acidentes com vítimas fatais.

Dr. Paulo Siufi CRM/MS 2187 Formado em Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, especializou-se em Pediatria. Trabalha como médico ambulatorial da Secretaria de Saúde de Campo Grande/MS.

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Comportamento | Mania de perfeição Natalia Razuk

Mania de perfeição

A tendência é que com o passar do tempo essas pessoas apresentem dificuldade de adaptação, sejam pouco flexíveis e fujam de desafios, com pânico de fracassar.

Buscar a perfeição a qualquer custo, em tudo o que se faz... Não se permitir pequenos deslizes, esquecimentos e, muito menos, qualquer erro. Se tudo isso lhe soou familiar e é assim que você se cobra, preste atenção! O que de início pode parecer uma qualidade – afinal, quem quer errar, não é? – pode se tornar um problemão e gerar consequências físicas e psicológicas ao “senhor perfeição”. A autoexigência exagerada causa tamanha aflição que acaba por provocar o efeito contrário: ao invés de superação, o perfeccionista paralisa por medo de falhar e não corresponder às suas próprias expectativas. No geral, essas pessoas possuem uma noção irreal do que significa um desempenho admissível, e por isso passam a vida insatisfeitas, já que não conseguem cumprir os seus rígidos padrões de excelência. Não se trata de estimular alguém a cumprir suas tarefas e obrigações com desleixo ou pouco caso; devemos, sim, nos esforçar, dar o nosso melhor e tentar superar sempre, mas, antes de tudo, devemos saber que todos são passíveis de falha. Sempre acontecerão erros, e é frustrante acreditar no contrário.

Uma busca frustrante A origem desse problema ainda é incerta, mas a genética e o ambiente onde somos criados são as causas mais prováveis. Sim, é possível nascer com uma predisposição ao perfeccionismo, mas 50|TotalSaúde

pais muito exigentes e que depositam nos filhos expectativas exageradas são o gatilho ideal para desenvolver no indivíduo a busca pela perfeição total. E isso não é tão incomum, todos nós conhecemos casos de pais que projetam nas crianças sonhos que eles próprios não conseguiram realizar. Não basta tirar notas boas, é preciso ser o melhor da turma, a mais bonita, o mais estudioso, a número 1 na natação, no balé, enfim, os casos são intermináveis. E quando a meta (dos pais) não é atingida começam as cobranças, as palavras duras, os castigos e punições, e pior: chantagens emocionais do tipo “fazemos tudo para você ser o melhor e você não nos corresponde”. Esse comportamento é capaz de causar grandes estragos na vida da criança ou do adolescente. A tendência é que com o passar do tempo essas pessoas apresentem dificuldade de adaptação, sejam pouco flexíveis e fujam de desafios, com pânico de fracassar. O que fazer? Aprenda a respeitar os limites dos seus filhos e as escolhas individuais da criança; você já pensou que talvez o seu filho não seja o melhor no judô porque ele simplesmente não gosta? Ou que tirar 8 não é nenhuma tragédia, e que ninguém, repetindo: ninguém é capaz de ser nota 10 em todas as disciplinas? Já os pais que percebem esse traço na criança precisam ajudá-la; demonstrar amor diante do erro é uma atitude importante, dizer que ela não precisa ser a melhor em tudo o que faz, explicar que pessoas erram, falham, fevereiro, 2012


Mania de perfeição | Comportamento

mas podem consertar sempre. Evidente que ninguém vai desestimular a criança a estudar e se esforçar, mas é preciso deixar claro que erros são parte da vida de todos nós, e ela não será menos amada ou menos aceita por isso. Procurar ajuda profissional também é essencial, e quanto antes isso acontecer, melhor.

Prejuízos pessoais e profissionais É claro que empresas buscam, cada dia mais, profissionais de excelência, bem preparados, com boa formação, de atitude e criativos. Mas ninguém nunca viu alguma empresa, no momento da contratação, dizer que busca um profissional perfeito. E sabe por quê? Simplesmente porque pessoas perfeitas não existem. Esse altíssimo nível de exigência atrapalha a carreira do perfeccionista, pois como ele cria metas inatingíveis, a sensação de derrota é constante. A frustração é tão grande que o indivíduo perde o referencial. Ele é capaz de esquecer-se de tudo o que já conseguiu e focar só no erro. Pode ser um projeto que não foi aprovado, o prazo que não foi cumprido, não importa a situação, o erro é sempre supervalorizado. Essas pessoas ainda tendem a projetar suas altas expectativas no outro, e são superexigentes com colegas de trabalho e familiares. A situação ainda piora quando o perfeccionista em questão é o chefe ou o líder. Ninguém nunca é capaz de corresponder às exfevereiro, 2012

pectativas desse chefe, nenhum funcionário é bom o bastante ou se esforça o suficiente. Essa situação é desgastante para todos os envolvidos. O chefe tende a acumular tarefas para si mesmo e assim se cobra mais ainda, ou seja, entra em um círculo vicioso do qual é muito difícil sair. E os funcionários trabalham sempre sob pressão, acuados e rendem menos ainda, movidos pelo medo absurdo de errar. O mais provável é que o perfeccionista não perceba que o seu ideal é inatingível. Essa busca incessante é sempre decepcionante; trará angústia, sofrimento e insegurança, e com isso a autoestima é muito afetada. Com medo da reprovação alheia, a pessoa tende a esconder suas falhas. O receio de errar vai se misturando ao medo da rejeição. Nesse ponto começa o isolamento, a depressão, ou a pessoa se torna arrogante e mandona, cobrando de todos - filhos, cônjuges e funcionários - metas irreais. De qualquer modo, esse comportamento esconde uma autoestima que já está dilacerada. Às vezes o perfeccionista consegue perceber que seu comportamento se tornou uma doença, mas, no geral, família e amigos são os responsáveis por convencer a pessoa a procurar ajuda. E não se iluda: essa não é uma tarefa fácil, até porque não existe consenso sobre até que ponto querer tudo perfeito é um traço de personalidade ou é patológico. Mas quando essa mania de perfeição afeta a vida pessoal e a carreira, é hora de procurar tratamento.

Ele é capaz de esquecer-se de tudo o que já conseguiu e focar só no erro. Pode ser um projeto que não foi aprovado, o prazo que não foi cumprido, não importa a situação, o erro é sempre supervalorizado.

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Bem-Estar | Enchentes Natalia Razuk

As enchentes e suas doenças

As enchentes e os alagamentos são considerados, dentre as catástrofes naturais, os que mais causam danos à saúde da população e ao patrimônio, em virtude do efeito direto das inundações, das doenças infecciosas e dos transtornos nos sistemas de água e saneamento.

Todos os anos, parece que vemos a mesma notícia: enchentes, deslizamentos, barragens rompidas, tragédias... Mas o que não aparece tanto nos noticiários é o que acontece depois das enchentes e alagamentos, pois a água não evapora do dia para a noite, ela permanece ali, levando sujeira e doenças às comunidades, geralmente as mais carentes, sem saneamento e em locais de várzea ou próximas a esgotos.

Principais causas das enchentes Em um curso de rio normal, há épocas em que ele está no seu limite, mas, de certa forma, a natureza se encarrega de administrar esses períodos; as várzeas absorvem o excesso de água e recolhem para si muitos nutrientes, ficando ainda mais férteis. Mas se o ser humano ocupa esses lugares com habitações, cimentando e asfaltando o solo, a água não terá para onde escoar, o que certamente causará transtornos. Outra causa clássica de obstrução da água é o lixo acumulado nos riachos, agora transformados em esgotos urbanos. As embalagens plásticas e as garrafas pets são as maiores causas de entupimento de bueiros e escoamento.

As doenças se instalam Após as enchentes, a água leva para dentro das casas uma série de detritos, dentre eles o próprio esgoto das casas, fezes de animais, lixo contaminado e toda espécie de sujeira. Animais peçonhentos também são tirados de suas tocas e procuram abrigo nas casas. E esse é o ambiente perfei-

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to para os vírus, as bactérias e dezenas de doenças se desenvolverem e infestarem a população. Dentre as doenças mais comuns estão a leptospirose e a hepatite A. A leptospirose é causada pelo contato da pele com a urina do rato; a bactéria se reproduz na água e em solos úmidos e penetra na pele e nas mucosas dos seres humanos quando estes entram em contato com a água ou com a lama das enchentes. Seus sintomas são febre, dor muscular, náuseas e dor de cabeça. Quando não tratada, a doença traz complicações como falência renal, deficiência respiratória e, em casos mais severos, pode levar à morte. A hepatite A tem os sintomas muito parecidos com os da leptospirose, a transmissão do vírus é feita pela água e por alimentos contaminados, ou mesmo de uma pessoa para outra, e sua principal prevenção é o saneamento básico, ficando claro por que ela se instala quando a enchente vem. É importante a assepsia dos alimentos para conter o seu avanço. Assim que surgirem os primeiros sintomas, o melhor a se fazer é procurar auxílio médico imediatamente.

A natureza sempre nos surpreende As enchentes e os alagamentos são considerados, dentre as catástrofes naturais, os que mais causam danos à saúde da população e ao patrimônio, em virtude do efeito direto das inundações, das doenças infecciosas e dos transtornos nos sistemas de água e saneamento. Por isso as atitudes preventivas são tão importantes. Faça a sua parte! fevereiro, 2012



Medicina | Pirataria de remédios Camila Cruz

Pirataria de remédios

A cada ano, o número de produtos piratas aumenta em todo o mundo e, infelizmente, os remédios falsificados estão em primeiro lugar na lista do Brasil.

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Hoje em dia, o que não faltam são produtos piratas por aí. Nesta lista estão os CDs, brinquedos, roupas, bebidas e... remédios! Isso mesmo, os medicamentos também viraram alvo das falsificações, o que pode ser até fatal para a pessoa que os ingere, além de ser crime para quem os vende e produz. A cada ano, o número de produtos piratas aumenta em todo o mundo e, infelizmente, os remédios falsificados estão em primeiro lugar na lista do Brasil. A preocupação tem sido muito grande, pois o uso desses produtos piratas representa um risco enorme à nossa saúde, mas mesmo assim muita gente nem imagina o perigo. Medicamentos piratas são todos os remédios chamados de ilegais, incluindo os falsificados, contrabandeados, adulterados (com o princípio ativo modificado) e sem registro na Anvisa. Os números são preocupantes, pois no Brasil, em dois anos, a quantidade de medicamentos apreendidos aumentou 20 vezes, passando de 20 toneladas, em 2008, para 400 toneladas em 2010. Dentro da rota do contrabando, a maior parte do que chega ao país de forma clandestina vem do nosso vizinho, o Paraguai. Portanto, para combater essa prática ilegal algumas organizações atuam no Brasil, sendo elas: Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), órgão ligado ao Ministério da Justiça, que planeja operações com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polícia Federal e com a Polícia Rodoviária Federal. Dados do Ministério da Justiça mostram que os medicamentos foram os lí-

deres do ranking de produtos contrabandeados no ano passado. A maioria dos remédios piratas é vendida em pequenos estabelecimentos, feiras de rua, camelôs e pela internet, mas isso não significa que não é possível encontrá-los também em farmácias e drogarias por aí. E sabe aquela velha história de que o barato pode sair caro? Pois bem, ela é muito válida aqui, visto que o contrabando dá preferência aos medicamentos de marcas conhecidas e aos mais caros, o que se torna atrativo para quem os compra. O remédio falsificado mais vendido atualmente é o para disfunção erétil, popularmente conhecida como “impotência sexual”, usado muitas vezes como anabolizante, além dos famosos analgésicos e retirar outros medicamentos que prometem a cura para o câncer e até para a Aids. A diferença entre os remédios e os outros produtos falsificados é que no caso dos medicamentos nós não conseguimos perceber, logo à primeira vista, se o produto é pirata ou não, ou seja, muitas vezes o consumidor não sabe que o produto é falsificado e nem tem ideia dos riscos aos quais está se submetendo.

Como identificar Pensando no problema, a Anvisa alerta para que o consumidor preste atenção em alguns detalhes na hora de comprar o remédio. É importante verificar se a embalagem tem lacre, número do lote, prazo de validade, registro no Ministério da Saúde e o número do serviço de atendimento ao consumidor (SAC). Em fevereiro, 2012


Pirataria de remédios | Medicina

um dos lados da caixa deve haver uma raspadinha que, ao ser descoberta, apresente a palavra “qualidade” e o nome do laboratório. O comprador também deve observar se o papel da bula que vem dentro da embalagem é original, e não uma cópia xérox produzida junto com o produto falsificado. A Anvisa não pretende parar por aí, e quer investir bastante em novas tecnologias para a identificação dos medicamentos falsificados e, no caso de qualquer dúvida, o consumidor pode ligar para o SAC da empresa fabricante e checar se o lote informado na embalagem realmente existe e confere com a data de validade impressa na caixa.

Riscos à saúde Geralmente, os remédios piratas são produzidos com matérias-primas desconhecidas ou com compostos que não fazem efeito algum no combate às doenças. As consequências por tomar um remédio falsificado ou com a validade vencida são graves e vão desde a piora do estado clínico do doente, porque o medicamento utilizado não contém o princípio ativo para o tratamento, chegando até a uma intoxicação ou ao aparecimento de reações adversas por estar se fazendo uso de uma composição desconhecida, além de poder piorar o estado de saúde da pessoa, tornando-se, em casos mais graves, até fatal. Vendo por esse ângulo, não existe nada mais valioso do que nossa vida e nossa saúde, não é verdade? Por isso a fevereiro, 2012

conscientização e os cuidados com o que ingerimos são tão importantes, principalmente quando se trata de remédios. Os órgãos controladores têm tentado criar alternativas para evitar a pirataria de medicamentos, mas, independente disso, cada um pode colaborar e fazer a sua parte, já que somos nós os verdadeiros beneficiados com o combate a essa prática. CUIDADOS IMPORTANTES Só adquira medicamentos em farmácias e drogarias, de preferência aquelas que você já conhece. Atenção às promoções e liquidações: preços muito baixos podem indicar que o medicamento tenha origem duvidosa e nenhuma garantia de qualidade. Exija sempre a nota fiscal e guarde-a junto da embalagem do medicamento. Se o medicamento que sempre foi eficaz deixar de fazer efeito de repente, ou se a pessoa que está usando o medicamento tiver o seu estado de saúde piorado, recorra ao médico.

As consequências de tomar um remédio falsificado ou com a validade vencida são graves, e vão desde a piora do estado clínico do doente, chegando até a uma intoxicação e reações adversas.

É importante que as embalagens não contenham rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada. Para registrar queixa, basta ligar para o disque-Saúde da Anvisa:0800-611997.

Fonte: ANVISA TotalSaúde|55


Receita | Broinha de fubá

Broinha de fubá Ingredientes

Modo de preparo

2 xícaras de fubá de milho 1 ½ xícara de polvilho doce 3 ½ xícaras de leite 1 xícara de açúcar ½ xícara de óleo 1 colher (sopa) de erva-doce ½ colher (chá) de sal 5 ovos 1 colher (sopa) de fermento em pó fubá (para polvilhar)

Peneire, juntos, o fubá e o polvilho. Reserve. Coloque numa panela o leite, o açúcar, o óleo, a erva-doce e o sal. Leve ao fogo e cozinhe, sem parar de mexer, até formar um angu bem duro. Espere esfriar, passe para a tigela da batedeira e vá juntando os ovos já mexidos, aos poucos, e batendo sem parar. Junte o fermento em pó e bata para misturar bem. Unte uma assadeira com manteiga e polvilhe com fubá. Coloque um pouco de fubá numa xícara de fundo redondo e adicione uma colher (sopa) rasa da massa. Em seguida chacoalhe, rodando a massa até que ela se transforme numa bolinha. Isto é feito porque a consistência da massa não permite que ela seja enrolada com as mãos. Vá colocando na assadeira, deixando um espaço entre elas. Leve para assar em forno bem quente, por cerca de 50 minutos ou até que elas fiquem douradas e firmes. Sirva-as quentinhas, com café.

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