Índice 10
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Você Sabia?
44 54
Homenagem
Medicina
16 Dança de salão
20
Mulheres que fazem história
MS ganha centro diferenciado em oftalmologia
17 Saúde dos pés à cabeça
22
Esther Cardoso e o Instituto Guataverá
36 O perigo dos analgésicos 40
Bem-estar
Vivendo com herpes Doença tratada e controlada
Lições de cidadania
34 Tal pai, tal filho...
Nutrição
Saúde pública 42 Campanha da Fraternidade
52
Comportamento
Dia Mundial da Tuberculose Uma luta de todo o Brasil
12
Chefs especiais
Saúde de ferro
48
Deixa pra depois...
Conheça o segredo das pessoas que nunca adoecem
46
Vitamina D, a vitamina do sol
Receita
Fisioterapia
57
Método therasuit
58 Endereços úteis
Risoto de grãos
Especial do Mês: Doenças autoimunes 24
Doenças autoimunes
29
Hepatite autoimune
26
Doenças autoimunes reumáticas
32
Contém glúten!
28
Tiroidite de Hashimoto
33
Gestação e imunidade
Editorial | Ao leitor
Vira e mexe nós ouvimos falar em doenças autoimunes. Mas é difícil quem saiba realmente o que elas são. Em linhas gerais, essas doenças são como uma desorganização do sistema imunológico, que se caracteriza pela diminuição da tolerância a elementos do nosso próprio corpo, devido a uma modificação que ocorre na identificação de vírus e bactérias, por exemplo, pelo organismo da pessoa. Ou seja, seu corpo joga contra você mesmo, como se um time de futebol começasse a fazer inúmeros gols contra. Não é à toa que doenças autoimunes tanto assustam. É difícil para o paciente entender que é vítima e autor desse ataque. É complicado aceitar que o nosso organismo esteja nos fazendo mal. E esse é o assunto do nosso Especial do Mês. Vários especialistas esclarecem o que é a doença, quais os sintomas, como tratar e qual a possibilidade de uma vida com mais qualidade. Vale a pena ler cada artigo com atenção. Afinal, a desmistificação é sempre o primeiro passo para a sua total saúde!
“Não se nasce mulher: torna-se”.
Simone de Beauvoir
Março também é o mês das mulheres, e nós não deixaríamos de falar delas! Quem são as mulheres que fizeram a diferença? Mulheres à frente do seu tempo, que lutaram contra o machismo e a injustiça... O Dia Internacional da Mulher tornou-se, de uns anos pra cá, um assunto bastante controverso. Será que ainda existe a necessidade dessa data? As mulheres já ocuparam o seu lugar? Essas questões foram amplamente divulgadas, discutidas e conversadas em todos os meios de comunicação. Por isso nossa homenagem vai além: escolhemos duas mulheres que, independente de datas, fizeram história. Mulheres que estão no cinema e merecem ser conhecidas e homenageadas. Um ótimo final de verão, e até mês que vem!
“São as águas de março fechando o verão. É a promessa de vida no teu coração...” Tom Jobim
Equipe
Revista Total Saúde
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março, 2012
Você Sabia? Novo exame de sangue detecta até quatro síndromes congênitas Um novo exame de sangue especializado, realizado em gestantes, conseguiu resultados com até 100% de precisão na detecção de quatro síndromes congênitas que podem afetar o feto, inclusive a de Down. Nesse novo método a detecção das síndromes é feita por meio do sequenciamento do material genético do plasma das grávidas, colhido da mesma forma que um exame de sangue normal, sem nenhum risco de aborto. Até hoje esse exame é feito através de ultrassom e análise do líquido amniótico, em processo invasivo que oferece riscos ao feto; essa diferença, por si só, já é um grande avanço. É a primeira vez que um estudo feito a partir de escolhas aleatórias consegue detectar tantas anomalias e com um resultado de precisão tão alta. As conclusões sobre esse exame foram anunciadas com entusiasmo nos Estados Unidos, e acredita-se ser esta a abertura para a possibilidade de testes pré-natais mais seguros e eficientes. “Esse é o primeiro estudo clínico que realmente demonstra a detecção de todas as aneuploidias fetais ao longo do genoma”, afirmam os médicos envolvidos na pesquisa.
Cofundador do twitter afirma não ser saudável o uso do microblog por muitas horas Biz Stone, cofundador e diretor criativo do twitter, disse durante uma conferência em Montreal que o uso do microblog por muitas horas seguidas não é saudável. Ele afirmou que o melhor seria se os usuários tivessem uma dinâmica diferente em relação ao twitter e o vissem como uma porta para outros sites, onde poderiam pesquisar mais profundamente os assuntos de seu interesse. Ele ainda afirmou que existem planos para aumentar o limite de 140 caracteres na postagem do microblog. O uso do computador por horas seguidas já é um assunto recorrente na medicina moderna. Médicos afirmam que o hábito pode levar a incontáveis problemas, físicos e emocionais, como problemas de coluna e até dependência. Portanto, sempre é tempo de repensar as horas que você fica em frente a uma tela de computador e o que você pesquisa por lá!
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março, 2012
Você Sabia? Frutas cítricas reduzem o risco de AVC nas mulheres A Universidade de East Anglia, na Inglaterra, realizou um levantamento com milhares de mulheres e fez uma análise baseada no risco de algumas doenças e sua relação com o consumo de frutas cítricas. Os pesquisadores já conheciam a associação de uma dieta rica nesses alimentos e a redução de problemas cerebrais, mas não havia comprovações sobre os motivos. Nessa nova pesquisa, cientistas estudaram os componentes dos cítricos e encontraram o grande responsável pelos benefícios: os flavanones, um tipo de flavonoide, substância presente nessas frutas que contribui para a imunidade e previne o envelhecimento das células. A redução do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico está entre uma das maiores qualidades dessa substância, pois o flavonoide é um antioxidante natural e anti-inflamatório, o que melhora a função dos vasos sanguíneos. Mulheres que consumiram boas quantidades dessa substância diminuíram as chances de desenvolver um coágulo sanguíneo e reduziram os riscos de um Acidente Vascular Cerebral. Apesar de o foco do estudo ter sido o público feminino, Cassidy aposta que os benefícios também podem ser estendidos aos homens, e que serão realizadas novas pesquisas.
março, 2012
Estudo comprova: exercícios melhoram o humor no trabalho Manter o corpo em forma é apenas um dos benefícios dos exercícios físicos. O jornal Daily Mail divulgou estudo feito pela Universidade de Tel Aviv, em Israel, sobre o comportamento de indivíduos no trabalho, que praticam (ou não) exercícios. A pesquisa foi feita com 1.632 trabalhadores saudáveis, de setores públicos e privados. Eles foram divididos em quatro grupos: o primeiro não realizava nenhuma atividade física, o segundo praticava durante cerca de 2 horas, o terceiro entre 2 e 4 horas e o último suava a camisa por mais de 240 minutos por semana. Todos os grupos foram acompanhados durante nove anos, e a conclusão foi categórica: exercícios são capazes de melhorar sensivelmente o humor dos trabalhadores e diminuir a probabilidade de desenvolver depressão e a síndrome de Burnout (exaustão física e mental no trabalho). Os sedentários foram os que obtiveram os números mais elevados em relação a esses males. Os exercícios, mesmo que praticados por apenas 2 horas semanais, foram capazes de elevar a autoestima e o rendimento dessas pessoas, e o grupo que se exercitou por mais de 4 horas semanais não apresentou praticamente nenhum sintoma. Vamos malhar?
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Comportamento | Chefs Especiais Simone Berti
Chefs Especiais Comemora-se, em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data (21/3) foi escolhida porque faz alusão aos 3 cromossomos de número 21 que as pessoas com a síndrome carregam.
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O projeto foi criado pelo casal paulistano Simone e Márcio Berti, que queriam contribuir para o desenvolvimento social. “Não temos filhos e nem parente Down, simplesmente os vemos diferenciados pela sua conduta verdadeira e carinhosa. Acreditamos e comprovamos que a motivação no Down, como em qualquer outra pessoa, pode transformar um grãozinho de areia num oásis, e é essa a nossa expectativa”, diz Simone. O projeto possui cerca de 180 alunos cadastrados e trabalha em esquema de rodízio, para que todos tenham a oportunidade de participar. O workshop é mensal, com a média de 20 participantes cada, sem limite de idade e nem distinção de sexo ou classe social. O aluno só não é convidado caso tenha alguma restrição alimentar de ingredientes que farão parte da receita daquela aula. Para cada workshop são doados ingredientes necessários, uniformes, chapéus, certificados, espaço, sucos e refrigerantes; os chefs convidados doam o seu dia como auxiliares voluntários, e o espaço é cedido por restaurantes ou escolas de gastronomia. “Cada um doa um pouquinho e nós fazemos um montão”, afirma Simone Berti. Os voluntários também passam pelo rodízio, para que todos tenham oportunidades iguais de participação. Figueira Rubayat, Templo da Carne de Marcos Bassi, Nakombi, Viandier, Atelier Gourmand, Espaço Gourmet do Mercado Municipal, Centro Cultural Judaico, Casa Cor e Açúcar União foram
alguns dos espaços cedidos ao projeto. Participaram no comando Olivier Anquier, Alessandro Segato, Goulart de Andrade, Marcos Bassi, Márcio Moreira, Henrique Fogaça, Marcelo Magaldi, Clô Dimet, Allan Vila, Gustavo Iglesias, Alessandra Divani, Helena Jang, Rita Corsi, entre outros. O encontro de março será comandado por Carlos Bertolazzi. Os participantes, literalmente, “colocam a mão na massa”. Preparam tudo sob a orientação do chef convidado e, posteriormente, degustam. A orientação na hora da escolha da receita a ser preparada é que os participantes tenham muito que manusear. Frequentemente optamos por massas, tortas, doces decorados, enfim, tudo o que os faça vencer limites, até mesmo ao quebrar um ovo. Cada vitória como esta é cheia de muitos aplausos - tanto para o aluno quanto para o ovo... O workshop dura em média 2 horas de muito entusiasmo e descontração. Um verdadeiro encontro “up”. Os benefícios do projeto são inúmeros, dentre eles estão a valorização da pessoa especial e de sua família; a capacidade de mostrar que pessoas especiais têm suas características próprias e que todas elas, desdeque estimuladas e respeitadas, podem, sim, tornar-se independentes e serem inseridas no meio social, seja no lazer ou na área profissional, respeitando-se suas limitações. O convívio entre iguais tem se mostrado muito importante para o grupo; a troca de informações entre pais, a autonomia, o respeito, vencimento de limites, auxílio mútuo, além março, 2012
Chefs Especiais | Comportamento
fevereiro, 2012 março, 2012
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Comportamento | Chefs Especiais do despertar para o mundo gastronômico dessa turma que vê os ingredientes à sua frente e os transforma em pratos lindos que eles mesmos degustam. Nossa maior dificuldade hoje é não conseguir atender a todos os alunos. Existe um rodízio para que todos tenham oportunidades e muitas vezes até três, quatro meses, até serem novamente convidados. Sabemos que esse é o único lazer de muitos deles. Ampliando o nosso projeto poderemos atender de muitas outras formas e interagi-los em diversas outras atividades ligadas não somente à gastronomia, mas também ao que se refere à sua autonomia no dia a dia. Nesses quase seis anos, o projeto Chefs Especiais – Down Cooking sobreviveu por meio de doações de matérias e ingredientes necessários para cada aula, sem envolvimento pecuniário em momento algum. Em 2012, o projeto Chefs Especiais
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passará a ser o projeto carro-chefe do Instituto Chefs Especiais, que ampliará os seus serviços junto às pessoas com Down e seus familiares. Para que o Instituto possa colocar em prática suas atividades, será necessário que empresas parceiras vistam a camisa conosco nessa nova empreitada! Voluntários Para ser voluntário é necessário ser da área de gastronomia ou nutrição e enviar e-mail para chefsespeciais@hotmail. com, com seu nome e telefone. Saiba quando será a próxima aula. É necessário conhecer o projeto de perto antes de participar. Empresas que se interessam em abraçar a causa poderão entrar em contato com contato@chefsespeciais.com.br ou chefsespeciais@hotmail.com.
A síndrome de Down é o distúrbio cromossômico mais frequente e a forma mais comum de deficiência mental congênita. A data tem como objetivo desmistificar e conscientizar. Só assim os seus portadores conseguirão ultrapassar o grande bloqueio da doença: o preconceito!
março, 2012
Bem-estar | Dança de salão Maria Aparecida Fernandes
Dança de salão A dança de salão nunca esteve tão em alta como agora. Nos últimos tempos ela vem tomando um lugar de destaque, proporcionando bem-estar e melhorias na qualidade de vida dos praticantes de diversas faixas etárias. É uma das mais poderosas armas de combate ao sedentarismo, pois se trata de uma atividade física completa e extremamente prazerosa que traz muitos benefícios e que vai muito além do bem-estar físico. Não há restrições e nem impedimentos para a sua prática, já que os passos podem ser adaptados às limitações físicas de cada indivíduo. Normalmente, a dança de salão vem sendo praticada por pessoas que buscam mais qualidade de vida, descontração, disciplina, equilíbrio, coordenação, postura, desenvoltura, autoconhecimento e socialização, dentre outros benefícios, como: Aumento da flexibilidade. Desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo, social e afetivo. Desenvolvimento das possibilidades musicais e rítmicas. Melhora do condicionamento aeróbico. Ampliação da linguagem corporal. Melhora da capacidade motora. Melhora da percepção de espaço. Melhora da capacidade cardiorrespiratória. Fortalecimento da musculatura. Queima de calorias. Combate à depressão e à timidez. Prevenção de problemas posturais e de artrose. Aquisição de um corpo ágil, alongado e sadio. Elevada autoestima. Alegria.
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Aumento do convívio social. Relaxamento. Controle da ansiedade. Proteção das articulações. Atenua dores. Exercício do equilíbrio.
A dança de salão pode proporcionar inúmeros benefícios, mas há também muitos motivos para se dançar, e isso é particular a cada pessoa. Quem dança a dois precisa aprender a interagir com outras pessoas, romper padrões de comportamentos, lidar com suas dificuldades e com as dos outros, e a dança de salão se mostra um exercício de diplomacia e tolerância que releva limites e potencialidades que, geralmente, ficam escondidos dentro de cada um. Essa modalidade influencia diretamente a vida das pessoas, modificando hábitos e comportamentos, seduzindo olhares e encantando a todos. Mas não é algo a ser apenas admirado: ela deve ser praticada por todos, independente de idade ou tipo físico, proporcionando satisfação pessoal e benefícios tanto para o corpo quanto para a mente. Dançar é uma excelente forma de nos mantermos saudáveis, e não possui contraindicações. Pratique a dança! Dê o primeiro passo e ofereça a você mesmo uma oportunidade de descobrir os segredos do seu corpo e de se mover de acordo com a música.
ONDE ENCONTRAR
Rua Tabelião Murilo Rolim, 412. Vivendas do Bosque Campo Grande/MS (67) 3044 6864 / 9121 8478 biofitcg@hotmail.com
Ritmos praticados em aula: Samba de gafieira Forró Vaneira e Vaneirão Chamamé Bolero Tango Soltinho Salsa Pagode
Maria Aparecida Fernandes Cref: 000633-G/MS Professora de Educação Física. Especialista em Fisiologia do Exercício.
março, 2012
Pontual Medical | Fisioterapia
Saúde dos pés à cabeça A impressão é de que as festas de fim de ano foram ontem. Mas já se vive 2012, já se passaram as férias de verão e também o feriado de carnaval. Só que esta matéria não visa tratar da rapidez do tempo, e sim de que este simboliza o momento de realmente voltar ao trabalho. Nessa rotina, a saúde de uma importante parte do nosso corpo fica esquecida, e todas as energias que foram recarregadas durante as festividades podem minguar. Trata-se dos pés! O pé tem mais articulações que a perna, e é uma das partes do corpo que mais acumula tensão, já que passa o dia todo carregando peso. Saltos altos, bicos finos, longas caminhadas, horas em pé... Depois de algum tempo, aparecem os calos, a unha encrava e o joanete se acentua. E, como consequência, tudo dói. Uma dor que não escolhe gênero e ataca homens e mulheres. A boa notícia é que já existem acessórios aliados à saúde dos pés e que ajudam a manter o corpo equilibrado, afinal, o ano está apenas começando. 90% das deformidades do antepé são causadas pelo uso de calçados apertados, menores que os pés, ou de salto muito alto. Por isso é preciso se atentar a calos, bolhas e manchas avermelhadas que indicam se você deve se render aos promarço, 2012
tetores de silicone, como, por exemplo, o Corretivo 2 em 1 Siligel Ultra, com dupla função no combate ao joanete e dedos sobrepostos, pois em um único produto estão integrados o corretivo e o anel digital. Um conforto que respeita a anatomia dos pés e que também pode ser encontrado em palmilhas que eliminam o impacto e melhoram a qualidade de vida de quem sofre de dores nos pés, tornozelos, nas lombares e nas costas; o protetor em tiras adesivas acaba com o atrito nos calçados, evita a formação de bolhas e calos e protege as regiões sensíveis dos pés; e a almofada plantar de espuma suaviza a dor causada pela pressão dos calçados na região plantar. Tudo isso você encontra em uma linha completa, assinada pela Ortho Pauher, pioneira na fabricação de produtos ortopédicos de silicone e gel polímero, certificada pela Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé. Se você se surpreendeu com tantas opções, é bom saber que todos esses produtos desenvolvidos tecnologicamente querem dizer que se os pés vão bem, a cabeça vai melhor ainda! Então procure a Pontual Medical, localizada na Rua 25 de Dezembro, 967, Centro, e viva a sensação de bem-estar diariamente!
ONDE ENCONTRAR
Saúde para você Rua 25 de Dezembro, 967. Centro (67) 3321 8844 - 9425 1276 www.pontualmedical.com
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Oftalmologia | Hospital de Olhos do Pantanal
MS ganha centro diferenciado em oftalmologia Clínica oftalmológica se transforma em Hospital de Olhos do Pantanal Roberto Paione Gasparini é oftalmologista formado há 15 anos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), nacionalmente conhecida como o melhor centro de formação na área, sendo 10 deles dedicados ao bem-estar e à qualidade de vida dos cidadãos sul-matogrossenses. Doutor Roberto se diz apaixonado por sua profissão e pela cidade escolhida por ele para morar e constituir sua família, por isso não poupa esforços para oferecer o que há de melhor a seus pacientes. Essa dedicação é retribuída à altura por todos os que acompanham a evolução e as mudanças pelas quais a clínica já passou. “Atribuo as inúmeras conquistas aos quase 30 mil pacientes que confiaram em meu trabalho e que me seguem onde quer que eu esteja. O ‘boca a boca’ sempre foi a maior propaganda da clínica”, explica Dr. Roberto Gasparini. Agora a clínica se prepara para mudanças ainda maiores, dando forma a um sonho projetado por Roberto antes mesmo de se mudar para Campo Grande, sonho este que receberá o nome de Hospital de Olhos do Pantanal. “Toda transformação 18|TotalSaúde
exige trabalho e dedicação, por isso a equipe vem se aprimorando e crescendo, tanto em número de funcionários quanto com a parceria de outros especialistas, sem os quais não seria possível prestar atendimento à quantidade de novos pacientes, que vem crescendo a cada dia”, conta com entusiasmo o doutor Roberto. A clínica conta hoje com a colaboração de quatro profissionais competentes, como Tatiana Sakuma (adaptação de lentes de contato e neuro-oftalmologia), Fabio Yamasato (úvea e tumores), Marcel Nakae Yoshida (órbita), Morgana Fischer L. Galassi (retina clínica) e mais 12 profissionais capacitados para oferecer a atenção que os pacientes necessitam. O projeto Hospital de Olhos do Pantanal já possui tecnologia de ponta para a realização de exames e cirurgias, disponibilizando as técnicas mais modernas, discutidas nos mais recentes congressos, dos quais Roberto Gasparini faz questão de participar. Ele acredita que além de equipamentos modernos, a atualização continuada representa uma ferramenta indispensável para a manutenção da qualidade em diagnósticos e cirurgias.
Dr. Roberto Paione Gasparini CRM/MS 4315 Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), antiga Escola Paulista de Medicina. realizou Residência na UNIFESP. Atuou três anos no serviço de retina com o Dr. Jorge Miltre, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.
março, 2012
Homenagem | Mulheres
Natalia Razuk
Mulheres que f “Se meus críticos me vissem andando sobre as águas do rio Tâmisa, diriam que é porque eu não sei nadar.” Esse comentário em tom irônico, mas até bem espirituoso, pode nos dar uma pequena dimensão do que Margaret Thatcher enfrentou ao governar o Reino Unido com mãos de ferro. Em cartaz, A Dama de Ferro conseguiu sair do óbvio e contar, de maneira comovente, a história de uma mulher que destruiu barreiras de gênero e ultrapassou muros de preconceito ao conseguir ser respeitada em um mundo dominado pelos homens. O filme mostra com equilíbrio a trajetória e a fragilidade dessa figura histórica. A história retrata o alto preço pago por quem está no poder, além de revelar a intimidade da vida dessa mulher singular, admirável e complexa. Thatcher se tornou primeira-ministra em uma época difícil para a Inglaterra: o desemprego, a crise do petróleo, além de animosidades raciais era a cena no país. Uma verdadeira queda de braço contra sindicatos que insistiam em regalias numa época, como ela mesma provou, em que “o mais importante era manter os empregos”. A cadeira de primeira-ministra foi ocupada entre 1979 e 1990, num parlamento predominantemente masculino e pouco simpático às mulheres da política, mas Thatcher não se intimidou, muito pelo contrário, fez das dificuldades a 20|TotalSaúde
sua plataforma e realizou o seu mandato com firmeza. Soube se posicionar numa época de transição não somente da Inglaterra, mas em todo o planeta. Como se não bastasse, ainda enfrentou uma guerra contra a Argentina. Ao final de sua passagem histórica pelo governo, mesmo havendo renunciado devido a questões internas do Partido Conservador, Thatcher já tinha recuperado um país em crise, e o principal: devolvido aos ingleses a sua honra. “Ser poderosa é como ser uma dama. Se você tem que provar aos outros que você é, então você não é”. Agora imagine essa mulher ocupando tal cargo e ao mesmo tempo cumprindo suas funções de mãe, esposa e filha, amiga, primeira-ministra, patroa… Mesmo a intenção não sendo fazer do filme uma história política, é impossível desassociar a primeira-ministra da mulher. Hoje, Margareth vive em casa e enfrenta a doença de Alzheimer. Muitos criticaram o longa por mostrar a Dama de Ferro velha e doente, mas é também por este lado que conseguimos enxergar quem realmente foi Margaret Thatcher, e não restam dúvidas: ela foi uma mulher à frente do seu tempo!
No cinema ao lado... Baseado em um conto de George Moore, Albert Nobbs narra a história março, 2012
Mulheres | Homenagem
fazem história de uma mulher que para conseguir sobreviver na machista Irlanda do século XIX se traveste de homem e trabalha como garçom em um hotel. Mas não pense que é só! Muito além de um filme que fala sobre troca de sexos, Albert Nobbs mostra uma mulher prestes a perder sua identidade, que apenas se consegue reconhecer em seu mecânico trabalho, com roupas e voz de homem. Era como se, de tanto dissimular, ela tivesse devastado sua essência. Quando o seu segredo é descoberto por Hubert Page, um pintor de paredes com quem Albert é obrigado a passar a noite, ela (ou seria ele?) se percebe confrontada e angustiada. Mas o destino lhe reserva mais: Hubert Page também é mulher travestida de homem (seria isso comum na Irlanda naquele tempo?), mas se mostra muito mais à vontade com essa situação, apesar de Albert se travestir de homem desde a adolescência. Descoberta, Albert naufraga numa ansiedade desconcertante e que desestabiliza a sua vida, outrora muito regrada. Em contrapartida, a personagem tem o sonho de construir uma nova vida, e para isso guarda tudo o que ganha no Hotel. Solitária, possui apenas uma fotografia de uma mulher que pode ser sua mãe. A partir desse ponto, detalhes da infância e do passado da personagem começam a ser desvendados, inclusive os motivos que a levaram a assumir uma identidamarço, 2012
de masculina. E mais: esse confronto a conduz a um resgate dos seus sonhos e da sua essência. Albert se mantém contida não só para conseguir guardar o seu segredo, mas também por restar dentro dela uma mulher, com resquícios da repressão sofrida naquela época. Ela prova da liberdade masculina, mas a moral presa pelo o que ditava a sociedade da época está arraigada dentro de Albert.
As mulheres no mundo... Duas mulheres diferentes, em épocas diferentes, mas em contextos nem tão distantes assim. Mulheres que tiveram que lutar e combater uma sociedade machista e injusta, cada uma à sua maneira, mas com um grande ponto em comum: a coragem! Esses são retratos (apesar de Albert Nobbs ser ficcional) de duas, dentre milhares de mulheres, que lutaram e enfrentaram o mundo em que viviam, não para se tornar homens, mas para poder exercer a sua cidadania, independente de gênero. E acredite: essas histórias não são apenas retratos do passado; ainda hoje, milhares de mulheres combatem, com a mesma força, o machismo que, sim, infelizmente ainda faz parte de uma sociedade que se julga moderna. Quantas Margarets e Alberts existem? E quantas ainda precisarão existir? A todas vocês que fazem história, um Feliz Dia das Mulheres! TotalSaúde|21
Homenagem | Mulheres Fernanda Monteiro
Esther Cardoso e o Instituto Guataverá Lições de cidadania Esta é a história de uma engenheira agrônoma nascida paulistana e hoje cidadã campo-grandense que veio para a recém-criada Capital de Mato Grosso do Sul em busca de uma grande paixão: o trabalho com gado de corte. Aos 26 anos era pesquisadora da Embrapa. “Uma feliz coincidência”, lembra a desbravadora Esther. O Estado ela conheceu bem antes, em 1972, quando se aventurou por Dourados com o Projeto Rondon. Para quem gosta de realizar, num Mato Grosso do Sul novinho, Esther também foi fundadora da Associação Campograndense de Engenharia Agrônoma, e a primeira conselheira mulher do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). E ainda arrumou tempo para casar e criar, temporariamente, três filhos adotivos. Esther Cardoso mora no Carandá Bosque, região nobre de Campo Grande, mas o dom de catequizar a levou desde 1999 para o Jardim Noroeste, que ela considera animadoramente parecido com uma cidade do interior e onde vivem muitas famílias carentes. O asfalto o bairro ganhou agora, junto com novas casas, uma praça, creche e padaria. O local e a comunidade também ganharam o Instituto Guataverá, presidido pela personagem 22|TotalSaúde
dessa narrativa inspiradora. Guataverá, em guarani, quer dizer “caminhar brilhante”, e é o que Esther e seus amigos oferecem para toda a comunidade. “Sempre tive uma vida feliz, nunca me faltou nada. Acredito que uma sociedade melhor se constrói com pessoas, e não pude ficar insensível às necessidades das famílias do bairro que eu visitava todos os domingos”, explicou. Sua cidadania atualmente se estende de segunda a segunda, a qualquer momento. Desde dezembro de 2010 o Instituto, que é uma organização sem fins lucrativos, contribui todos os dias para o desenvolvimento humano com cursos de informática, flauta, violão, costura industrial, culinária e boas maneiras. “Verificamos a necessidade dos moradores e buscamos parceiros para ensinar com qualidade”, afirma Esther. Capacidade para abrigar sonhos o Instituto tem de sobra. A estrutura de 400m² num terreno de 1.080m², na Rua Indianápolis, n.º 2.192, é nova como as obras do bairro, e carinhosamente cuidada. Um local onde uma mulher de 60 anos empreende solidariedade e colabora para a transformação da comunidade local. Por tudo isso é que a equipe Total Saúde torce para que essa história não tenha fim!
Guataverá, em guarani, quer dizer “caminhar brilhante”, e é o que Esther e seus amigos oferecem para toda a comunidade.
março, 2012
Especial do Mês | Doenças autoimunes
Dr. Eduardo Wagner Aratangy
Doenças autoimunes As doenças autoimunes se caracterizam pelo ataque do sistema imunológico a tecidos e células do próprio organismo. Surgem, então, anticorpos que acabam identificando as proteínas de determinadas partes do corpo como se fossem invasoras, o que gera respostas inflamatórias localizadas e globais. As doenças autoimunes ocorrem devido à desregulação dos sistemas de defesa normais, mas a causa dessa falha ainda não foi esclarecida. Em alguns casos, proteínas na superfície de determinadas células podem ser muito parecidas com aquelas encontradas em bactérias ou parasitas, o que causa confusão no sistema imunológico. Em outras situações a imunidade pode estar exagerada, fator que leva à síntese de anticorpos em excesso, que acabam atacando o próprio corpo. Existem fatores genéticos determinantes no aparecimento desses quadros, sendo que a maior parte dos pacientes acometidos pelas doenças autoimunes é do sexo feminino. Estima-se que 3 a 5% da população mundial desenvolverão uma doença desse tipo ao longo da vida. Muitas dessas doenças terão repercussões no corpo todo, sendo vital a busca 24|TotalSaúde
por auxílio médico precocemente. O especialista que trata de tais doenças é o reumatologista, e atualmente existem tratamentos eficazes para a maioria das doenças autoimunes. Embora os efeitos colaterais desses tratamentos ainda representem um desafio para pacientes e médicos, nos últimos anos surgiram novas medicações capazes de controlar e modular o sistema imunológico com mais segurança. São muitas as doenças autoimunes. Para citar alguns exemplos, podemos separá-las por sistemas ou partes do corpo mais afetadas, como: Quadros hormonais (diabetes tipo 1, distúrbios da tireoide, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, doença de Addison), dermatológicos (vitiligo, psoríase, dermatites, esclerodermia), gastrointestinais (doença celíaca, retocolite ulcerativa, doença de Crohn), neurológicos e do sistema locomotor (miastenia grave, esclerose múltipla, espondilite anquilosante, artrites) e outras patologias autoimunes (púrpuras, algumas anemias, doença de Behçet, doença de Sjögren, hepatites autoimunes, vasculites, doenças do tecido conjuntivo etc.).
Dr. Eduardo Wagner Aratangy CRM/SP 116020 Médico Supervisor do Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPQ-HCFMUSP); Administrador do Serviço de Eletroconvulsoterapia do IPQ-HCFMUSP; Coordenador do Prog. de Atend. Intensivo aos Transtornos Alimentares do AMBULIM-IPQ-HCFMUSP; Coord. do Programa de Saúde Mental para Refugiados em SP.
março, 2012
Especial do Mês | Doenças autoimunes
Dr. Alex Magno C. Horimoto
Doenças
autoimunes reumáticas
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é também uma patologia autoimune na qual observamos uma inflamação crônica que pode afetar praticamente todos os órgãos e tecidos.
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Geralmente, quando falamos sobre doenças autoimunes (DAI) uma das primeiras associações que podem vir à mente são as doenças reumáticas. De fato, as patologias reumatológicas são protótipos ou exemplos principais das DAI. Dados da literatura revelam: 3 a 5% da população americana estão afetados por uma doença autoimune reumática, sendo as principais: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e síndrome de Sjögren. A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por inflamação crônica das articulações, o que, progressivamente, leva a um prejuízo da função e à destruição articular. A causa da doença ainda não é conhecida, mas para que ocorra o seu surgimento, em geral, é necessária uma combinação de susceptibilidade genética, desregulação do sistema imunológico do paciente e fatores ambientais (como o tabagismo, por exemplo). Um dos principais sintomas é a rigidez nas articulações (sensação de endurecimento), acompanhada de dores e do aumento da temperatura, além de inchaço no local afetado. As principais articulações envolvidas são as mãos, punhos, cotovelos, ombros, joelhos, tornozelos e pés, em geral de forma simétrica (ambos os lados do corpo afetados), e acometimento de várias articulações ao mesmo tempo. Na AR, a agressão dos tecidos próprios ainda pode ocorrer em outros órgãos como os olhos (conjuntivite seca),
pulmões (pneumonite), nervos (neurite) entre outros. O tratamento é feito à base de analgésicos ou anti-inflamatórios para o alívio das dores, além de doses baixas de corticoides, mas o principal tratamento refere-se ao uso de “DMARDS”, medicações utilizadas para evitar crises de dores, bem como promover a prevenção das deformidades e das limitações do paciente. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é também uma patologia autoimune na qual observamos uma inflamação crônica que pode afetar praticamente todos os órgãos e tecidos. Nessa patologia o organismo do paciente deixa de reconhecer a si mesmo e passa a provocar inflamação e agressão crônica em órgãos ou sistemas, levando ao aparecimento da doença. Ocorrem manchas avermelhadas na pele exposta ao sol, aftas na boca, dores articulares, queda de cabelo, convulsões, inflamação dos rins, pulmões e outros órgãos. A causa do LES também não é conhecida, mas envolve diversas condições predisponentes, como o componente genético, a participação hormonal, fatores ambientais, agentes infecciosos e medicamentos. Afeta principalmente mulheres jovens e se caracteriza pela evolução variável, com períodos em que a doença encontra-se em atividade e outros não. O tratamento é baseado principalmente em corticoides, antimaláricos, imunossupressores e, atualmente, há a possibilidade do uso de medicações imunobiológicas, como é o caso do bemarço, 2012
Doenças autoimunes | Especial do Mês
limumabe, aprovado recentemente pelo órgão de saúde americano FDA. Tal medicação inibe uma proteína (Blys) encontrada no sangue do paciente e que é responsável pela estimulação e sobrevida dos linfócitos B (células brancas de defesa). Em decorrência da atividade em excesso dos linfócitos B, as pessoas com LES produzem uma quantidade grande de autoanticorpos (anticorpos que atacam órgãos e tecidos do próprio corpo do indivíduo, como se fossem inimigos). O principal marcador de autoimunidade da doença, porém não exclusivo, é a presença de um anticorpo antinuclear (FAN) que pode ser detectado em exame de sangue. O FAN é um anticorpo que reage contra o próprio organismo e é en-
contrado em diversas doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide, artrite juvenil, síndrome de Sjögren, esclerodermia ou esclerose sistêmica, polimiosite ou dermatopolimiosite, síndrome antifosfolípide, dentre outras. Porém, o anticorpo também pode ser encontrado em associação com diversas outras doenças autoimunes, como doenças da tireoide (tireoidite de Hashimoto), cirrose biliar primária, hepatites autoimunes, miastenia grave, doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Por isso, se o paciente apresentar um exame FAN+ e se existir a suspeita de uma doença autoimune reumática, é fundamental a avaliação e triagem do especialista reumatologista.
Dr. Alex Magno C. Horimoto CRM/MS 4103 Mestre em Ciências da Saúde pela UFMS. Título de Especialista em Reumatologia pela SBR; Título de Especialista em Clínica Médica pela SBCM; Diretor Clínico da Clínica Activité.
Especial do Mês | Doenças autoimunes
Dra. Ana Carolina Wanderley Xavier
Tiroidite de Hashimoto A tiroide é uma glândula situada na região anterior do pescoço. Do seu bom funcionamento dependem diversas funções do nosso organismo, que vão desde a constituição da pele e do cabelo, batimentos cardíacos, pressão arterial, hábitos intestinais até as funções sexuais. Existem situações em que a tiroide funciona em excesso, o chamado hipertiroidismo, e os casos em que há a redução da sua função, o hipotiroidismo. A principal causa de hipotiroidismo nas regiões suficientes de iodo é a tiroidite de Hashimoto, uma doença descoberta em 1912 pelo patologista japonês Hashimoto, e descrita pela primeira vez nas crianças, em 1938. Afeta indivíduos de todas as idades, preferencialmente mulheres, e sua prevalência aumenta com a idade. A tiroidite de Hashimoto é uma afecção muito frequente nos dias de hoje. A incidência média nas mulheres é de 3,5 casos por 1.000 habitantes, e nos homens 0,8 caso a cada 1.000 habitantes ao ano. Existem vários fatores predisponentes como história familiar, gravidez, o uso de drogas contendo iodo, como amiodarona, e a presença de outras doenças autoimunes, como o diabetes tipo 1, artrite reumatoide, dentre outras. Especial atenção deve ser dedicada às crianças, pois a falta do hormônio pode gerar deficiência no crescimento, e às gestantes, já que nesses casos podem ocorrer abortamentos e má formação fetal se não for bem tratada. Os sintomas dependem do grau de 28|TotalSaúde
destruição tiroidiana e variam de pessoa para pessoa. São muito inespecíficos, dentre eles destacam-se: sonolência excessiva, cansaço, desânimo, ressecamento da pele e cabelos, dores musculares, intestino preguiçoso, alterações menstruais e até quadros depressivos. O diagnóstico é feito pelos achados em exame clínico e pelos exames laboratoriais. A dosagem dos hormônios de função tiroidiana é de extremo auxílio nesses casos, e indica como está o seu funcionamento. A pesquisa do anticorpo, responsável pela doença, pode ser realizada. Também podemos encontrar alguns aspectos típicos ao ultrassom de tiroide, corroborando a hipótese diagnóstica. O tratamento dessa patologia consiste na reposição de hormônio tiroidiano (levotiroxina), com o objetivo de corrigir o hipotiroidismo causado por ela. A dose é variável e depende de cada caso. É imprescindível o uso correto da medicação, que deve ser ingerida em jejum pelo paciente, que deverá ainda aguardar cerca de 40 minutos para tomar o café da manhã. O ajuste do remédio é realizado de acordo com o exame laboratorial TSH (hormônio tiroestimulante), e a duração do tratamento é por longo prazo. Todo paciente com os sintomas deve procurar o seu médico e saber como sua tiroide está funcionando. Apesar de não ter cura, é uma patologia de fácil controle, cujo tratamento é simples e melhora muito a qualidade de vida.
Dra. Ana Carolina Wanderley Xavier CRM/MS 4926 Graduada em Medicina pela UFMS. Residencia em Clinica Medica e Endocrinologia pelo Hospital do Servidor Publico Municipal de São Paulo. Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia. Mestranda em Tiroide pela UNIFESP - Escola Paulista de Medicina.
março, 2012
Doenças autoimunes | Especial do Mês Dra. Rita de Cassia Ribeiro Baréa
Hepatite autoimune A hepatite autoimune (HAI) foi descrita pela primeira vez em 1950, pelo médico sueco Waldenström. É uma doença rara, que afeta preferencialmente mulheres jovens, cujos agentes desencadeantes ainda não estão estabelecidos. Acreditase que o sistema imunológico, de forma equivocada, identifique as células do fígado como sendo estranhas ao próprio organismo. Portanto, em indivíduos predispostos geneticamente o sistema imune passa a produzir anticorpos que agridem as células hepáticas, determinando assim um processo inflamatório crônico que levará à destruição progressiva do fígado. Representa, segundo diferentes registros, 5 a 15% de todas as causas de doenças crônicas do fígado no adulto, sendo um pouco menor a sua prevalência em crianças. Na ausência de tratamento, a doença evolui frequentemente para cirrose hepática. A hepatite autoimune acomete mais mulheres do que homens, em todos os grupos étnicos, e apesar de manifestar-se em qualquer idade, tem dois picos principais de incidência: entre a primeira e segunda décadas e entre a quinta e sexta décadas de vida. Clinicamente, a doença apresenta-se sob formas variadas: desde indivíduos assintomáticos, apenas com alterações nas análises laboratoriais, até quadros de insuficiência hepática fulminante. Na infância, na maioria das vezes, os sintomas têm início abrupto e são compatíveis com a hepatite aguda, causando icterícia, febre, dor abdominal, falta de apetite e março, 2012
astenia. Nos adultos, em geral, as manifestações são insidiosas e com sintomas pouco específicos, sendo os mais frequentes: fadiga, icterícia, desconforto abdominal, falta de apetite, artralgias (dores articulares) e prurido. Por ter curso insidioso, e muitas vezes sem sintomas nas fases iniciais, até 20% dos pacientes têm a descoberta da HAI já com a presença de cirrose hepática. A doença também pode estar associada a outros distúrbios de origem autoimune, como, por exemplo, tiroidite de Hashimoto, vitiligo, anemia hemolítica, doença celíaca, diabetes mellitus, entre outros. Para o diagnóstico da doença, além da avaliação clínica consideram-se as alterações em exames laboratoriais de sangue e do tecido hepático, além da exclusão de outras doenças crônicas do fígado. A biópsia hepática é essencial para a confirmação diagnóstica e graduação do acometimento inflamatório do órgão. A gravidade da doença e a possibilidade remota de remissão espontânea impõem o tratamento. Este se baseia no uso de medicações imunossupressoras que visam diminuir a agressão hepática causada pelo sistema imunológico. Em casos refratários ao tratamento e que evoluem com o comprometimento severo do fígado, o transplante hepático pode ser indicado. Quanto às perspectivas futuras, novas alternativas de tratamento já estão sendo estudadas, contudo, nenhuma está em fase de uso clínico.
Dra. Rita de Cassia Ribeiro Baréa CRM-MS 3907 RQE 2822 Gastroenterologista
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Especial do Mês | Doenças autoimunes
Dra. Tatiane Savarese Attilio
Contém Glúten! Quem tem o hábito de ler os rótulos nutricionais dos alimentos que vai comprar está familiarizado com a frase: contém glúten. Mas você sabe o motivo dessa frase nos rótulos? Ela é obrigatória para que os portadores de doença celíaca possam evitar o seu consumo. Isso mesmo! Existe uma doença em que não se pode consumir o glúten, é a chamada doença celíaca. Logo, quem é portador deve eliminar o glúten da sua alimentação. Fácil, não é mesmo? Infelizmente, não é tão fácil assim, isso devido ao fato de que o glúten é a principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e no malte (subproduto da cevada), cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, bem como de cosméticos e outros produtos não ingeríveis. Ou seja, sabe o pãozinho francês ou mesmo o pão integral do café da manhã e do lanche? Está proibido. Sabe aquela festa onde as pessoas comem bolo, cachorro-quente e salgados à base de farinha de trigo? Também está proibido. E a macarronada do domingo? Você acertou... Também está proibido! E sabe qual a principal função desses carboidratos proibidos? É fornecer energia ao organismo em forma de glicose e fibras que melhoram a saúde intestinal, dentre outras funções. Interessante, não é mesmo? Daí a importância de se ter uma orientação nutricional personalizada para conseguir atender a todas as necessidades nutricionais diárias. Frutas, vegetais, proteínas com baixo teor de gordura e gorduras que são sau32|TotalSaúde
dáveis devem compor a dieta do celíaco, mas não é só isso: é necessário introduzir substitutos da farinha de trigo e de todos os cereais que contêm glúten, como por exemplo: Farinhas e féculas Cereais, tubérculos e seus subprodutos, que encontramos na forma de pó: arroz, batata, milho e mandioca.
Arroz
ONDE ENCONTRAR
Farinha de arroz, creme de arroz, arrozina, arroz integral em pó e seus derivados. O creme de arroz não é um creme ou pasta, e sim um pó.
Milho Fubá, farinha, amido de milho (maisena), flocos, canjica e pipoca.
Mandioca ou aipim
Rua Elvira Coelho Machado, 532 Chácara Cachoeira (67) 3349 1569 www.atitudesaude.com.br
Fécula ou farinha, como a tapioca, polvilho doce ou azedo.
Batata Fécula ou farinha.
Macarrão de cereais Arroz, milho e mandioca.
Cará, inhame, araruta, sagu e trigo sarraceno.
Lembre-se: verifique sempre o rótulo dos alimentos industrializados para saber se podem ou não ser consumidos.
Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175 Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensão na área da saúde.
março, 2012
Doenças autoimunes | Especial do Mês
Dr. Ernesto Antônio Figueiró Filho
Gestação e imunidade O período gestacional é o momento que testa a imunidade da mulher. Durante a gravidez ocorre imunomodulação, ou seja, o sistema imunológico pode reagir melhor frente a algumas situações ou pode piorar em outras. Exemplo desse fato seriam as gestantes portadoras de artrite reumatoide, as quais experimentam melhora significativa dos sintomas de artralgia (dor nas articulações). Entretanto, as gestantes que possuem diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico devem ser mais cuidadosas no período gestacional. O lúpus exige cuidado, pois pode piorar na gravidez. Existem doenças reumáticas ou autoimunes que manifestam seus sintomas apenas no período gestacional. Nem sempre essas doenças apresentam os sintomas clássicos de dor nas articulações e inchaços. Algumas vezes os sintomas podem se confundir com queixas gravídicas e outras doenças próprias da gravidez. Outras vezes, suspeita-se de doença do sistema imunológico quando alguma situação comum no período gestacional se agrava de forma intensa e abrupta. O desenvolvimento precoce ou de forma mais grave de pré-eclâmpsia (elevação da pressão arterial, inchaço e perda de proteínas na urina), que ocorre apenas do período gestacional, pode levar à suspeita diagnóstica de alguma doença do sistema imunológico. Pacientes que apresentam abortos de repetição (mais de dois abortos consecutivos) ou perdas fetais (morte do bebê dentro do útero de forma abrupta) também podem apresentar doenças da imunidade. Recentemente, pesquisas conduzidas março, 2012
no setor de Gestação de Alto Risco da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) demonstraram haver associação entre gestantes com síndrome do anticorpo antifosfolípide ou trombofilia adquirida (tipo de doença da imunidade) com perdas fetais, abortos de repetição e desenvolvimento de pré-eclâmpsia grave (Figueiró-Filho et al., 2012; FigueiróFilho e Oliveira, 2007). A ocorrência de doenças vasculares, a exemplo de tromboses e isquemias durante a gravidez, também pode ser indício de doenças autoimunes. Nota-se, desse modo, que sinais e sintomas não relacionados às dores reumáticas podem ser o primeiro alerta para o diagnóstico de problemas autoimunes. O diagnóstico da doença da imunidade, quando precoce, garante o sucesso da gravidez. Todavia, se esse diagnóstico não é feito ou é postergado, graves problemas materno-fetais podem ocorrer, a exemplo de crescimento fetal abaixo do esperado, morte fetal, abortos, descolamento de placenta, pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia (convulsão e pressão elevada), tromboses, embolias e até mesmo morte materna e fetal. Outro estudo realizado pelo mesmo grupo de pesquisa da UFMS demonstra que o tratamento de trombofilias adquiridas garante o sucesso da gestação após o diagnóstico precoce (Figueiró-Filho et al., 2012). Dessa forma, a consulta com médicos especialistas é fundamental. O seguimento dessas gestantes deve ser feito em conjunto, estando envolvidos o obstetra, o especialista em medicina fetal e o reumatologista.
Dr Ernesto Antônio Figueiró Filho, PhD CRM/MS 3485 Especialista em Medicina Fetal. Especialista em Ultrassonografia em Obstetrícia e Ginecologia. Mestre e Doutor em Obstetrícia. Professor e Pesquisador da Faculdade de Medicina da UFMS.
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Bem-estar | Tal pai, tal filho Camila Cruz
Tal pai, tal filho... Comer besteiras, usar o computador até tarde, ingerir bebidas alcoólicas... É cada vez mais comum vermos adolescentes vivendo de uma forma inadequada, principalmente no que se refere à falta de hábitos saudáveis, fator que pode desencadear o surgimento de sérias doenças. Mas será que o modo de viver dos pais influencia nesse tipo de comportamento dos filhos? Psicólogos explicam que, para a maioria deles, seus progenitores são como heróis, e nunca estão errados. Os adultos se tornam, então, modelos de comportamento, e a forma como agem gera uma referência. Para facilitar esse processo, é importante que os pais proporcionem aos filhos um estilo de vida saudável, estimulando-os à prática de bons hábitos, como exercícios físicos regulares e noções de higiene e de alimentação adequada, destacando, também, a importância do descanso. Pensando em sistematizar essa influência, pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas e da Prefeitura de Barão do Triunfo (RS), por meio de estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, conseguiram comprovar que os comportamentos que oferecem risco à saúde dos pais realmente influenciam o estilo de vida dos seus herdeiros. A pesquisa, realizada entre março e setembro de 2010, avaliou a relação existente entre condutas de risco à saúde de 338 pais e 377 adolescentes do Ensino Fundamental, na zona rural de Barão do Triunfo. Os resultados, divulgados somente agora, mostram que não houve associa34|TotalSaúde
ção entre o tabagismo dos pais e o dos filhos no período da pesquisa, embora a prevalência do fumo seja nitidamente mais elevada nos filhos de pais fumantes. Já o consumo de álcool pelos adolescentes mostrou-se associado ao hábito inerente às mães, e o estímulo ao consumo da bebida alcoólica é incentivado a partir dos próprios parentes, além da facilidade de acesso à bebida dentro de casa. Quanto à prática regular de exercícios físicos, a questão apresentou relação, principalmente, com a atividade exercida pelos pais. Segundo os estudiosos, os resultados concluem que são necessárias estratégias de prevenção que promovam mudanças de comportamentos relacionados ao estilo de vida de toda a família, independente do lugar onde vivem. A adoção de um estilo de vida saudável deve ser estimulada durante a infância e a adolescência, pois nessa fase é que se formam os hábitos que se leva para a vida toda, além de ser uma ação preventiva contra a experimentação de bebidas alcoólicas e cigarros. Outro estudo, realizado pelo serviço de pediatria do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, também conclui que a prevalência de alimentação inadequada ainda é muito alta em crianças. A pesquisa constata que cerca de 90% dos pequenos não se alimentam de forma saudável; portanto, o empenho dos pais pela forma correta de se alimentar e por hábitos sadios é, sim, decisivo para uma boa alimentação das crianças. março, 2012
Medicina | O perigo dos analgésicos Camila Cruz
O perigo dos analgésicos É só sentir aquela dor de cabeça chata para as pessoas recorrerem aos famosos analgésicos, não é verdade? Em comprimido ou em gotas, eles estão presentes em quase todas as casas dos brasileiros, mas o que muitas pessoas não sabem é que esses medicamentos, se ingeridos em excesso, podem apresentar diversos efeitos colaterais, inclusive a dependência. Essa questão tem preocupado os especialistas, já que o nosso País se tornou líder de consumo entre as nações emergentes e o sexto maior mercado de analgésicos do mundo. Um levantamento realizado nos Estados Unidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostra que o número de mortes por overdose de analgésicos triplicou de 1990 a 2008. Essa informação criou um alerta, e preocupa muito as autoridades mundiais de saúde em relação ao aumento do consumo do remédio, indicado apenas para o alívio da dor. Existem hoje três tipos de analgésicos: os comuns, aqueles comprados em farmácia e sem receita médica; os anti-inflamatórios com efeito analgésico, também comercializados sem dificuldade, e os narcóticos, que contêm em sua formulação substâncias derivadas do ópio, e necessitam de prescrição. No Brasil, o consumo maior é de analgésicos comuns e dos anti-inflamatórios. Porém, independente do país, a realidade é que geralmente todas as pessoas apresentam baixa tolerância à dor, preferindo sempre acabar logo com o sofrimento. O problema é que o abuso no consumo dos remédios tornou-se um dos maiores desafios da medicina atual. Quando ingeridos na medida certa, eles aliviam a dor... Mas em excesso podem ser uma enorme ameaça à nossa saúde. Para os especialistas, algumas atitudes caracterizam as situações de abuso, como é o caso da pessoa que começa a tomar o medicamento além da dose indicada, pensando que uma aspirina só não vai fazer efeito e toma logo 36|TotalSaúde
duas, por exemplo. Ou nos casos em que se ingere um comprimido e não se espera o tempo necessário para que o efeito se apresente e já se quer tomar outro. Porém, o pior sinal de todos é quando a pessoa quer tomar o analgésico como prevenção, sem apresentar sintoma algum. E por causa de todas essas atitudes é que o organismo acaba criando dependência ao remédio, assim como acontece com quem faz uso de drogas, como maconha ou cocaína. Essa dependência acontece mais em relação a medicamentos da categoria dos anti-inflamatórios e derivados de opioides. Nessa situação a pessoa sente falta do remédio, mesmo sem apresentar os sintomas de qualquer doença, e não consegue deixar de tomá-lo, ainda que queira evitar. Pode haver também casos em que a pessoa necessite tomar cada vez mais comprimidos para ter o mesmo efeito. Na ausência do remédio, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas como mal-estar, irritação, boca seca, fraqueza, suores, calafrios e náuseas. Recentemente, cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, analisaram 663 pacientes por 6 anos. Nesse período, pesquisadores descobriram que os 161 pacientes que abusaram continuamente dos analgésicos, excedendo frequentemente a dose limite, tiveram efeitos colaterais piores do que aqueles que tomaram uma grande quantidade de comprimidos de uma única vez. Esse tipo de overdose escalonada, como definiram os pesquisadores, aumentou a gravidade das lesões e os riscos dessas pessoas de morrer. A boa notícia é que com ajuda especializada é possível deixar de ser dependente, e há no Brasil alguns centros especializados para atender a esses pacientes. É uma batalha difícil, mas que pode ser vencida. A Agência Europeia de Medicamentos (Emea) alerta que a saída para prevenir o abuso, no entanto, é a informação que esclarece as pessoas de todos os riscos.
O problema é que o abuso no consumo dos remédios tornou-se um dos maiores desafios da medicina atual. Quando ingeridos na medida certa, eles aliviam a dor... Mas em excesso podem ser uma enorme ameaça à nossa saúde.
março, 2012
Medicina | Herpes
Natalia Razuk
Vivendo com o herpes Doença tratada e controlada
Apesar de quase sempre ser benigno e de a maioria das pessoas nunca manifestar crises, existem duas notícias ruins: a primeira é que uma de suas principais características é o seu fácil contágio, e a outra é que não dá para se livrar do vírus: você conviverá com ele para o resto da vida!
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Os números são espantosos: segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, até chegar à idade adulta 90 em cada 100 pessoas têm contato com o vírus do herpes, e entre 10 e 15 pessoas manifestam os sintomas. O herpes simples é uma infecção causada pelo vírus herpes humano (HSV 1 e 2), caracterizado pela presença de pequenas bolhas agrupadas especialmente na região dos lábios e nos genitais, mas podem surgir em várias outras partes do corpo. O tipo 1, herpes labial, e o tipo 2, como o genital, são conhecidos como herpes simples. Existem pelo menos mais seis tipos de vírus também denominados herpes, mas com sintomas e tratamentos distintos. Apesar de quase sempre ser benigno e de a maioria das pessoas nunca manifestar crises, existem duas notícias ruins: a primeira é que uma de suas principais características é o seu fácil contágio, e a outra é que não dá para se livrar do vírus: você conviverá com ele para o resto da vida! Como já dissemos, o herpes pode passar uma vida inteira sem se manifestar, ao passo que pessoas com baixa imunidade podem apresentar erupções de quatro a seis vezes por ano. Existem ainda casos bem mais graves, em que a manifestação pode provocar sequelas irreversíveis, então é preciso estar atento e, ao observar os primeiros sintomas, buscar orientação médica. O herpes não é tão inofensivo quanto pode parecer: além da coceira e do desconforto, principalmente quando se trata da primeira infecção, ele pode causar febre, dor e, no caso do herpes genital, ardor ao urinar. E em situações mais raras o herpes pode acometer o cérebro, causando meningite.
O contágio Por ser altamente contagioso, o herpes é uma das doenças mais disseminadas no mundo. Para termos uma ideia, pesquisas feitas por médicos do curso de Imunologia e Alergia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com crianças de até 12 anos, constataram que metade delas já continha o vírus, principalmente o labial. Já na adolescência e na idade adulta começam a surgir os vírus tipo 2 (genital), pois é quando ocorre o início da vida sexual. Logo após ser exposto ao vírus acontece a incubação, que tem duração de três a sete dias; nessa fase não costumam se manifestar sintomas, e o vírus ainda não pode ser transmitido para outra pessoa. A transmissão é feita pela pele e por meio do contato direto entre pessoas. Depois desse contato, a presença do vírus é irreversível, ele fica alojado em uma estrutura nervosa, chamada gânglio paravertebral, sendo impossível curar a doença com qualquer tipo de cirurgia, ou mesmo retirando as bolhas causadas por ela. Para conter a sua transmissão deve-se evitar, de todo modo, o contato com lesões evidentes, como de um lábio no qual se nota erupções e com o uso de camisinha no ato sexual. Pessoas com herpes simples, independentemente do tipo, devem lavar as mãos sempre que tocarem nas lesões.
Cuidado e tratamento O herpes não tem cura, isso é um fato, mas existem algumas maneiras e tratamentos para controlar a sua manifestamarço, 2012
Herpes | Medicina
ção e amenizar os sintomas. Ficar atento aos sinais é o primeiro passo. Um pequeno ardor e coceira são percebidos cerca de 12 horas antes de aparecerem as microbolhas, com inchaço e vermelhidão por baixo. Essas bolhas podem infectar e apresentar pus, que depois se rompem e formam pequenas feridas. O procedimento mais indicado quando se percebe esses sintomas é usar medicamento tópico ou oral para anular as lesões, ou pelo menos minimizá-las. Não coçar ou passar a mão sobre a área afetada evita que as erupções progridam. Manter as mãos limpas e bem cuidadas e lavar as feridas durante o banho com água morna, enxugando-as levemente com toalha seca e limpa, também é recomendável. Uma vez com o vírus, cada pessoa deve ficar atenta para perceber o que costuma desencadear o processo do herpes. Alguns fatores como traumas, estresse, exposição prolongada ao sol e a
menstruação podem baixar a imunidade, o que favorece o aparecimento de lesões. Na medida do possível, o ideal é procurar controlá-los. Outra boa dica é não tentar disfarçar com maquiagem, pois isso só agravará o problema. Um protetor solar poderá, sim, ser usado sem causar nenhum efeito maléfico. Não tocar os olhos depois do contato com o herpes também é de vital importância. Para muitos médicos, a chave para o controle desse vírus é a alimentação. Evitar alimentos muito salgados e ácidos e investir em refeições mais leves e ricas em legumes, saladas e fibras, além de dormir bem e praticar exercícios físicos regulares, fecha com chave de ouro esses cuidados, pois todas essas ações mantêm a imunidade alta, e claro: consultar um médico se suspeitar que está com o vírus; a doença pode até não se agravar, mas precisa de tratamento específico.
O procedimento mais indicado quando se percebe esses sintomas é usar medicamento tópico ou oral para anular as lesões, ou pelo menos minimizá-las. Não coçar ou passar a mão sobre a área afetada evita que as erupções progridam.
Saúde pública | Campanha da Fraternidade
Fernanda Monteiro
Campanha discute sobre a saúde: patrimônio familiar e direito de todos O tema da Campanha da Fraternidade deste ano, liderada pela igreja católica, é extremamente abrangente: “Fraternidade e Saúde Pública”, e diz respeito às pessoas de todas as idades, crenças e raças, além de diferentes classes sociais. Por isso “é preciso a união de todos os poderes e da comunidade, para refletirmos sobre o problema e fazer com que de ideias nasçam iniciativas”, propôs o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa. A Campanha da Fraternidade é um evento organizado há 49 anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e o lema em 2012 é um versículo do livro do Eclesiástico: “Que a saúde se difunda sobre a terra!”. O evento teve início na quarta-feira de cinzas e seguirá até o fim da quaresma com o objetivo de promover discussões sobre a realidade da saúde brasileira e das políticas públicas da área, além de contribuir para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores programas mundiais de inclusão social. O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento gratuito de saúde. Hoje, o Sistema Único de Saúde atende a 76% dos brasileiros, ou seja, 145 mihões de pessoas, e dele fazem parte os centros e postos de saúde que totalizam 63 mil unidades ambulatoriais, 6 mil hospitais, 440 mil leitos, laboratórios, bancos de sangue, serviços de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa. Em 10 anos, os investimentos no SUS 42|TotalSaúde
saltaram de R$ 22 para R$ 80 bilhões, e a campanha reconhece melhoras nos indicadores de saúde no Brasil. A mortalidade infantil caiu de 69 mortes a cada mil crianças (nascidas em 1980) para pouco mais de 22, em 2009. Houve ainda um aumento da expectativa de vida, alcançando 72 anos em 2008. Índice inédito elaborado pelo Governo que pretende avaliar o desempenho dos serviços oferecidos pelo SUS revela que numa escala de 0 a 10, Mato Grosso do Sul conquistou 5,64 pontos. A média ficou acima da nacional, que teve avaliação de 5,47. Entre os 24 indicadores utilizados na pesquisa estão a quantidade de exames preventivos de câncer de mama, a cura de casos de tuberculose e hanseníase, o número de mortes de crianças em unidades de terapia intensiva e o número de transplantes de órgãos. Mesmo com a melhora de muitos indicadores, o saldo nacional aponta que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades para conseguir uma consulta ou exame na rede pública. Já no quesito qualidade, o problema maior foi no atendimento hospitalar, que está inferior ao dos postos de saúde. Daí a propriedade do tema escolhido para ser discutido neste ano e, sem dúvidas, cabe a toda comunidade manter hábitos de vida saudáveis e fiscalizar as ações da gestão pública, além de exigir a aplicação dos recursos com transparência e eficiência, especialmente na saúde. Devido a uma alteração nos dispositivos do Fundo de Investimento Social (FIS), Mato Grosso do Sul tem mais 9 milhões mensais destinados ao setor.
Entre os 24 indicadores utilizados na pesquisa estão a quantidade de exames preventivos de câncer de mama, a cura de casos de tuberculose e hanseníase, o número de mortes de crianças em unidades de terapia intensiva e o número de transplantes de órgãos.
março, 2012
Informe Publicitário
Resultados favoráveis na prevenção do tromboembolismo venoso Números atuais demonstram aproveitamento de 90,12% dos resultados, devido à adoção de medidas eficazes
ídas ao tromboembolismo venoso. O tromboembolismo venoso (TEV) aconNo entanto, a prevenção pode ser feita por tece devido à formação de coágulos sanguíações mecânicas ou medicamentosas como, neos nas veias das extremidades do corpo, por exemplo, o uso de meias elásticas de como as pernas, por exemplo. Quando estes compressão gradual e uso de anticoagulantes. coágulos passam a circular pelas veias, há o O Hospital do Coração de MS investe em risco de chegar aos pulmões e causar embolia treinamento contínuo de pulmonar que, se não Vários fatores de risco podem levar ao seus colaboradores, para diagnosticada e tratada a tempo, pode resultar em desenvolvimento do tromboembolismo solidificar resultados positivos, melhorando cada vez morte súbita. venoso. mais a qualidade do atendiA maioria dos pacientes Os mais comuns são: mento ao paciente. Em 2008 admitidos em terapia inten• Idade maior que 55 anos; foi adotado o protocolo de siva (UTI) apresenta múlti• Obesidade; atendimento que padroniza plos fatores de risco para • Mobilidade reduzida, associada a inspeção de casos de tromtromboembolismo venoso, a qualquer outro fator de risco; boembolismo em pacientes que precedem ou se desen• Presença de varizes nas pernas; clínicos e cirúrgicos. volvem durante a interna• Gravidez e pós-parto; Números atuais demonsção. O TEV engloba a tromtram aproveitamento de • Cirurgia sem medidas preventivas; bose venosa profunda (TVP) 90,12% dos resultados, e tromboembolismo pulmo• AVC (acidente vascular cerebral); devido à adoção de medidas nar (TEP), complicações • Paralisia de membros inferiores; eficazes. O resultado é frequentes, mas pouco • Câncer; satisfatório e comprova a reconhecidas em pacientes • Reposição hormonal, contraceptivos importância do protocolo e graves. e quimioterápicos; do papel do enfermeiro Estudos sugerem que • Traumas múltiplos com fraturas junto ao médico, pois é ele cerca de 10% dos pacientes de pelve, quem faz o checklist do graves apresentam TVP no quadril ou membros inferiores, entre paciente e repassa as informomento da admissão na mações ao médico responUTI. Em pacientes não sável. Baseado nestas inforavaliados detalhadamente, mações o médico avalia o índice que demonsa incidência de TVP durante a internação tra se o paciente corre risco de desenvolver o pode chegar a 40%. Em torno de 10% das mortes de pacientromboembolismo venoso e toma as medidas tes adultos em ambiente hospitalar são atribuadequadas para prevenção.
R. Marechal Rondon, 1735 - Campo Grande/MS - Tel.: (67) 3323-9000 / 3323-9156 www.hospitaldocoracaodems.com.br Responsável Técnica: Dra Sandra Helena Gonsalves de Andrade Cardiologista - CRM/MS 1784
Medicina | Tuberculose
Natalia Razuk
Dia Mundial da Tuberculose Uma luta de todo o Brasil No dia 24 de março é comemorado o Dia Mundial do Combate à Tuberculose, também conhecido como World Tuberculosis Day (World TB Day) no mundo todo. Mas, na verdade, pouco há para se comemorar, pois os dados são alarmantes: só aqui no Brasil, 100 mil novos casos são registrados por ano; no mundo inteiro, nove milhões sofrem com a doença, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A tuberculose foi incluída entre as prioridades da OMS. A campanha contra a tuberculose e suas ações procura minimizar as previsões das estimativas em relação ao número de possíveis contaminados em 2020, além de reduzir pela metade as taxas de mortalidade - um por um milhão até 2050. A data também tem como objetivo convocar a sociedade para essa luta. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria chamada bacilo de Koch, e pode afetar mais partes do corpo além do pulmão, como os ossos e os rins, embora o comprometimento pulmonar seja o caso clássico. A transmissão é feita quase que totalmente por vias aéreas, já que os doentes não tratados eliminam uma quantidade enorme da bactéria através de tosses, espirros e até mesmo em uma conversa. A ocorrência ou não da infecção dependerá do estado imunológico da pessoa atingida. Os sintomas mais comuns são tosse 44|TotalSaúde
por mais de duas semanas, febre (principalmente ao entardecer), diminuição do apetite, emagrecimento rápido e fraqueza e cansaço sem motivos aparentes. Qualquer pessoa que apresentar tosse com escarro por mais de duas semanas seguidas deve ser examinada, mesmo não havendo nenhum outro sintoma. Alterações nos raios-x do tórax também podem aparecer em caso de tuberculose pulmonar. O diagnóstico definitivo da doença é um pouco mais demorado e exige a identificação do micro-organismo nas secreções ou tecidos do enfermo. Contrariando o que a maioria das pessoas pensa, a tuberculose tem cura. E faz tempo: desde 1944 são conhecidos remédios capazes de curar totalmente a tuberculose. Mas para o seu controle total é indispensável a detecção da doença ativa, e que seja feito o tratamento correto pelo tempo necessário, já que é muito comum o paciente abandonar o tratamento ao primeiro sinal de melhora. Toda a rede pública brasileira está equipada com o esquema de tratamento de dose fixa combinada, o mesmo utilizado em quase todo o mundo. A erradicação da doença depende de todos: população, médicos e governo; a união dessas três forças, depois do entendimento da gravidade da doença, é o que conseguirá fazer da tuberculose uma história do passado.
Qualquer pessoa que apresentar tosse com escarro por mais de duas semanas seguidas deve ser examinada, mesmo não havendo nenhum outro sintoma. Alterações nos raios-x do tórax também podem aparecer em caso de tuberculose pulmonar.
março, 2012
Fisioterapia | Método therasuit Camila Cruz
Método therasuit Tratamento inovador de fisioterapia cresce no Brasil Quem conhece ou tem alguma pessoa na família que sofre com distúrbios neurológicos sabe o quanto são difíceis os tratamentos, não é verdade? A fisioterapia tem papel importante nesse processo, e a novidade agora é que um inovador método, chamado therasuit, foi criado em Michigan, nos Estados Unidos, para acelerar a evolução física do paciente. Este é um programa intensivo, e os exercícios são realizados com uma veste especial, conhecida como “roupa da NASA”, por ser baseada nas roupas dos astronautas. A veste é produzida com um material antialérgico que contém capa, capacete, bermudas, joelheiras, anexos para o braço e para os pés. Todos esses elementos são ligados uns aos outros através de um sistema de elásticos e, em outras etapas, os exercícios podem ser realizados também dentro de uma grade de ferro espaçosa. Adultos e crianças acima de dois anos podem recorrer ao tratamento, que precisa sempre ser orientado por um profissional. Os exercícios ajudam principalmente a aumentar a força muscular, ter melhor controle e equilíbrio do corpo, a melhorar a resistência, diminuir os movimentos involuntários, aumentar as atividades funcionais, como o sentar e o levantar, por exemplo, e ajudam a alinhar o corpo o mais próximo do normal possível. A fisioterapeuta Paloma Lisboa Boechat, especialista no método therasuit, explica que a diferença em relação ao tratamento convencional de fisioterapia é exatamente pela questão do tempo, porque o método é intensivo e incentiva o organismo a uma evolução motora mais rápida. “O programa é realizado em até um mês, cinco vezes na semana e, em média, quatro horas por dia. “Após esse 46|TotalSaúde
período o paciente deve continuar o tratamento convencional por alguns meses, voltando ao método therasuit assim que o especialista julgar necessário”, completa a fisioterapeuta. Para entender melhor como funciona, o método pode ser realizado de três formas: sistema de polias, spider e therasuit. “O sistema de polias e o spider são realizados dentro da grade. As polias são cordas que dão resistência ao paciente, e o spider permite que este produza movimentos independentes, enquanto o seu corpo, preso por um cinto, é sustentado por cordas elásticas. A veste do therasuit pode ser utilizada para exercícios associados à polia e ao spider ou para exercícios fora da grade. Cada paciente tem um programa individual, e nem sempre é necessário passar pelas três fases”, completa Paloma.
História O método therasuit foi criado em 2002 por um casal de fisioterapeutas americanos, pais de uma menina com paralisia cerebral. Desde então, o método criou força e adquiriu conceito diante dos tratamentos de fisioterapia no mundo. Hoje são mais de 2.500 terapeutas treinados, divididos pela América do Norte, Europa, Oriente Médio, América do Sul, Ásia, Austrália e África. A técnica é relativamente nova no Brasil; chegou em 2005, mas o número de profissionais qualificados tem aumentado, já que neste ano foi iniciado o curso, em língua portuguesa, para os profissionais se especializarem nos EUA. Infelizmente esse ainda é um tratamento pouco acessível, pois a veste e os equipamentos são caros, mas os resultados têm sido bastante positivos. março, 2012
Comportamento | Procrastinação
Natalia Razuk
Deixa pra depois...
A procrastinação merece um olhar um pouco mais minucioso quando começa a sempre resultar em prejuízos profissionais, familiares e até financeiros.
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Sabe aquele ditado antigo e bem conhecido que diz: “Pra que deixar para amanhã o que podemos fazer hoje?”... Pois então, para algumas pessoas ele funciona exatamente de modo oposto. Não faça hoje o que você pode deixar para amanhã! “Procrastinação” vem do latim procrastinatione, descrita como o ato de adiar, delongar, demorar, espaçar ou, simplesmente, deixar para depois. E se engana quem acredita que isso é apenas uma mania. A procrastinação é assunto de pesquisas e estudos em diversas universidades ao redor do mundo. Estudo feito na Universidade Carleton (Canadá) indica que todas as pessoas, sem exceção, procrastinam, o que muda é a constância com que adiam suas tarefas. Postergar nossos afazeres é bem mais comum do que podemos supor. Outro estudo, realizado na Universidade De Paul, Estado americano de Illinois, afirma que a tendência do ser humano é sempre tentar adiar os afazeres, mesmo sem perceber. E sejamos honestos: quem pode dizer que nunca adiou nada? Que atire a primeira pedra quem não deixa pra um pouquinho mais tarde uma ou outra atividade! Todos nós tendemos a deixar para depois atitudes como começar a dieta, arrumar os armários, ir ao médico, lavar a louça, estudar para a prova... Um exemplo prático dessa procrastinação coletiva é a entrega da declaração do imposto de renda: mais da metade dos contribuintes só entrega suas declarações
nos últimos dias. Essa, é claro, é apenas uma situação.
Quando a procrastinação se torna uma doença Quem tende a adiar tudo tem a falsa sensação de que protelar irá resolver o problema, ao menos temporariamente. É querer esconder a sujeira embaixo do tapete e achar que ela vai desaparecer dali, ou seja, acreditar que a tarefa adiada será magicamente solucionada. Mas sabemos que os problemas não deixarão de existir, pelo contrário, a maioria deles pode tomar proporções maiores e se tornar mais difícil de solucionar. Uma conta atrasada, por exemplo, pode criar sérios problemas bancários; um prazo apertado ficará ainda mais curto com o passar dos dias; o conteúdo a ser estudado para a prova também não vai diminuir. Essa é uma realidade difícil de o procrastinador entender; deixar para depois quase sempre vai causar mais trabalho, mais custos e mais desgaste. Protelar tarefas não significa simplesmente preguiça ou irresponsabilidade. A procrastinação merece um olhar um pouco mais minucioso quando começa a sempre resultar em prejuízos profissionais, familiares e até financeiros, quer dizer, se causar ansiedade generalizada, estresse, angústia, despesas recorrentes e desnecessárias, ou até quando a pessoa começa a mentir para março, 2012
Procrastinação | Comportamento
se desculpar por prazos não cumpridos ou responsabilidades deixadas de lado, é hora de procurar ajuda. Ainda não se sabe exatamente quais as razões psicológicas atribuídas à procrastinação. Mas algumas causas como medo do fracasso, receio de não conseguir cumprir a meta, excesso de perfeccionismo e baixa tolerância às frustrações, por exemplo, são apontadas como possíveis explicações para a procrastinação patológica, como se, por medo de não conseguir, a pessoa deixasse de realizar a tarefa. Outra visão importante tem a ver com o prazer: tendemos a deixar para depois atividades que não nos darão prazer imediato, pois é mais difícil assimilar o ganho em longo prazo. Especialistas dizem que quanto mais objetiva for a tarefa, mais chances temos de realizá-la. Receber um trabalho marcado para um período distante aumenta e muito as chances de deixarmos para resolvê-lo depois. Na prática, isso quer dizer que é mais fácil adiar (e atrasar) um trabalho com prazo de 20 dias para a entrega do que um para amanhã. Parece maluco, não é? Mas a nossa mente acredita que esse prazo vai demorar a chegar, e que vai sobrar tempo, e mais uma vez entra a questão da prioridade: acabamos colocando diversas atividades na frente! Criar prazos e dar-se metas com dia e hora marcados é uma forma de impedir que deixemos pra depois nossas tarefas. março, 2012
Não importa se o trabalho é para daqui a duas semanas, é preciso colocar a mão na massa! O procrastinador acredita que o certo é não trabalhar em algo quando não se está muito disposto, que o ideal é aguardar o momento da inspiração, mas na prática não é bem assim que funciona... Com inspiração ou não, existe uma hora em que é preciso começar. Assim como tende a superestimar o tempo disponível para realizar alguma coisa, achando que com qualquer tempinho irá conseguir finalizar o seu trabalho. Se você se reconheceu nesse texto, já deu o primeiro passo. Preparamos dicas práticas para quem quer mudar esse jogo! Crie prazos: eles são essenciais para a organização do tempo. Com prazos definidos temos uma visão mais clara do tempo, e é menor a chance de se perder. Concentre-se: a forma mais fácil de adiar tarefas é se distraindo. Se o seu trabalho for ao computador, evite e-mails e seduções na internet. Mantenha o telefone longe e desligado sempre que possível. Seja sincero: se você acredita que não conseguirá cumprir as tarefas, seja honesto e fale, negocie prazos, datas e exponha as dificuldades. É sempre melhor. Procure ajuda: se você não conseguir sozinho, procurar ajuda especializada é sempre o melhor caminho!
O procrastinador acredita que o certo é não trabalhar em algo quando não se está muito disposto, que o ideal é aguardar o momento da inspiração, mas na prática não é bem assim que funciona...
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Segurança pública | Terapias naturais
Proposta exige regulamentação de clínicas terapêuticas em Campo Grande A partir de agora, as clínicas de terapias naturais deverão funcionar com a devida regulamentação. A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou Projeto de Lei que dispõe sobre a fiscalização e funcionamento das clínicas de terapias naturais e terapias orientais existentes no município. A matéria tem autoria do presidente da Casa de Leis, vereador Paulo Siufi (PMDB), e visa contribuir para a segurança da população que opta pelos serviços de profissionais massagistas ou massoterapeutas. “Essa proposta trouxe grande satisfação para a categoria, visto que muitos trabalham irregularmente e não possuem os conhecimentos básicos necessários para a realização dos tratamentos. O conselho Brasileiro de Autorregulamentação de Massoterapia, do qual sou coordenador em Mato Grosso do Sul, oferece cursos para renovar conceitos sobre massagem, visando melhor avaliar a situação do paciente”, afirma o presidente do Sindicato de Profissionais Massoterapeutas, Rubson Ferreira de Oliveira. Segundo Rubson, com a nova medida os profissionais que atuam na área poderão exercer a atividade com mais segurança. “As clínicas devem apresentar a ficha do paciente, contendo os seus da50|TotalSaúde
dos, e pode haver casos em que o próprio profissional faz o encaminhamento para o médico ortopedista, dependendo da situação”, acrescentou o massoterapeuta. Pela proposta, para o atendimento ao público e a concessão do auto de licença o estabelecimento deverá conter, no mínimo: sala de espera e/ou recepção com cadeiras para os clientes; pia com água corrente e papel-toalha; bancadas fixas e/ou móveis para o suporte de materiais e auxílio das atividades; o piso do local deve ser de material liso e de fácil limpeza; também deve haver ventilação natural ou artificial no local, não sendo permitido o acúmulo de fumaças e a condensação de vapores. De acordo com Paulo Siufi, com essa medida o profissional da área será mais valorizado, além de ter mais respaldo. “Existem muitas pessoas que estão fazendo essa terapia de forma errônea, clandestinamente. Essa técnica visa a saúde, e não basicamente a cura de doenças; a sua prática regular fortalece e tonifica o corpo inteiro, ajudando a prevenir distensões e ferimentos, além de restaurar o indivíduo mental, física e espiritualmente”, finalizou Paulo Siufi. A licença à qual se refere essa lei deverá ser renovada periodicamente, a cada dois anos.
Dr. Paulo Siufi CRM/MS 2187 Formado em Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, especializou-se em Pediatria. Trabalha como médico ambulatorial da Secretaria de Saúde de Campo Grande/MS.
março, 2012
Bem-estar | Vitamina D
Natalia Razuk
Vitamina D, a vitamina do sol
Para gestantes e crianças a vitamina D tem papel definitivo na formação, crescimento e fixação do cálcio nos ossos e dentes desde a gestação.
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A vitamina D não é uma vitamina comum. Pra começar, ela nem se enquadra na definição clássica de vitamina. Vitamina D é o nome dado a um grupo de compostos lipossolúveis imprescindíveis para a preservação da estabilidade mineral do organismo. É também conhecida como calciferol ou vitamina dntiraquítica. Suas formas principais são conhecidas como vitamina D2 (ergocalciferol, de origem vegetal) e vitamina D3 (colecalciferol, de origem animal). A importância da vitamina D no corpo humano é muito maior do que se possa imaginar, e cada dia são descobertas novas áreas nas quais ela atua. O mais conhecido benefício dessa vitamina é a absorção de cálcio no organismo após a exposição à luz solar. Ela é essencial para a manutenção do cálcio no sangue e a boa saúde dos ossos, bem como para as funções metabólicas e musculares, cardíacas e neurológicas. Também é imprescindível para o bom funcionamento dos nervos, coagulação do sangue, crescimento celular e utilização de energia. Recentes descobertas também indicam que ela atua beneficamente no sistema imunológico, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. Para gestantes e crianças a vitamina D tem papel definitivo na formação, crescimento e fixação do cálcio nos ossos e dentes desde a gestação.
No fígado, a vitamina D é convertida de um modo que permite que ela seja transportada pelo sangue. Quando chega aos rins, é modificada mais uma vez para produzir hormônios derivados da vitamina D, e sua função principal é aumentar a absorção de cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos. Existem ainda indícios de que a vitamina D também seja importante para a secreção de insulina e prolactina, para a resposta imunitária e para o estresse, para a síntese da melanina e à diferenciação das células da pele e do sangue.
As fontes da supervitamina Na natureza, encontramos a vitamina D em peixes de água salgada, como a sardinha, o arenque, o salmão, lambari, bacalhau e a sarda. Os óleos de fígado de peixe são fontes clássicas da vitamina D. Nenhum vegetal, fruta ou grão contém vitamina D em quantidade detectável. Ela é encontrada em pequenas quantidades na manteiga, na nata, na gema do ovo e no fígado. A maior parte da vitamina D é sintetizada no organismo com a ajuda dos raios solares. Existem no mercado produtos lácteos enriquecidos com vitamina D, mas não podemos nos esquecer de que esse tipo de produto só deve ser consumido com orientação e acompanhamento nutricional. março, 2012
Vitamina D | Bem-estar
Como qualquer outra vitamina, ela deve ser consumida em quantidades adequadas, evitando sua escassez ou excesso. Um adulto deve consumir, de acordo com a idade, de 5 a 10 mg, chegando a 15 mg em idosos com mais de 70 anos.
A deficiência e suas consequências Quando há deficiência dessa vitamina, as concentrações de cálcio e fosfato diminuem consideravelmente no sangue e, consequentemente, isso provoca deficiências ósseas, como a osteoporose, por exemplo, pois não haverá cálcio suficiente para manter os ossos em bom estado de saúde. Nas crianças, a falta da vitamina pode causar o raquitismo, que se caracteriza pelo atraso no fechamento da moleira quando recém-nascido. As pernas também sofrerão, tornando-se tortas, e outras disfunções ósseas aparecerão. Nos adultos ocorre a osteomalácia, que promove o desenvolvimento de ossos fracos e moles, sendo que na gestação esse processo afetará também o feto. Outros sintomas são fraqueza muscular e riscos maiores de infecções. As crianças também podem manifestar sintomas não específicos, tais como inquietação, irritabilidade, suador excessivo e diminuição do apetite. Os laxativos baseados em óleos minemarço, 2012
rais, álcool e remédios anticonvulsivos são inibidores da absorção do cálcio pelo organismo, então é preciso prestar muita atenção a esses fatores, para que o seu corpo não padeça pela falta de vitamina, principalmente crianças e idosos, que são os grupos que mais desenvolvem sequelas devido à perda dessa vitamina. Portanto, comunique seu médico em caso de uso crônico de qualquer tipo de medicamentos. Outro lembrete: não adianta consumir muita vitamina e suplementos e não se expor ao sol, pois, como já explicamos, ele é essencial para a fixação da vitamina e, consequentemente, do cálcio. O excesso de vitamina, ou seja, quando consumida em altas doses (10 vezes o valor diário recomendado) por meses seguidos pode causar toxicidade, resultando em nível alto de cálcio no sangue. Isso pode provocar o depósito de cálcio pelo corpo, principalmente no rim.
Vitamina D no futuro próximo
O excesso de vitamina, ou seja, quando consumida em altas doses (10 vezes o valor diário recomendado) por meses seguidos pode causar toxicidade, resultando em nível alto de cálcio no sangue.
Cientistas acreditam que em menos de uma década será sintetizada uma versão quimicamente modificada dessa vitamina: ela será, segundo pesquisadores da 220° Reunião Nacional da Sociedade Química Americana, um dos medicamentos utilizados para prevenir o câncer. TotalSaúde|53
Bem-estar | Saúde de ferro Camila Cruz
Saúde de ferro Conheça os segredos das pessoas que nunca adoecem
Algumas dicas não são mais segredo para ninguém, como é o caso da importância de fazer atividades físicas que estimulam o corpo, principalmente os exercícios aeróbicos.
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Já imaginou passar anos sem ficar doente? Ter uma saúde “de ferro” e nem sequer pegar uma gripe, ou até mesmo aqueles resfriados chatos de inverno dos quais dificilmente alguém escapa? Pois então... Essas pessoas existem em algumas partes do mundo, e por isso um jornalista americano, chamado Gene Stone, que escreve há mais de 20 anos sobre qualidade de vida, foi investigar o que esses povos fazem para viver tão bem e por tanto tempo. As respostas estão em seu livro, recém-lançado no Brasil, “Os segredos das pessoas que nunca ficam doentes”. Em seu percurso, Stone percebeu que cinco povos se destacam pela longevidade e são os mais saudáveis: a Barbagia, na Itália; Okinawa, no Japão; a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia; a península de Nicoya, na Costa Rica, e a ilha grega de Icária. Eles vivem, em média, dez anos a mais do que o restante da humanidade, e por isso o jornalista relatou em seu livro alguns dos principais hábitos de vida dessas pessoas. Mas temos que concordar que o fato de viver sem ficar doente é um desafio e tanto, já que o ser humano está sujeito a inúmeras enfermidades ao longo de toda a vida. E como já dizia o grande cientista da medicina, Louis Pasteur: “O micróbio não é nada, o terreno é tudo”. Por isso o primeiro passo é saber que nós somos os maiores responsáveis pela boa saúde que tanto buscamos. Algumas dicas não são mais segredo para ninguém, como é o caso da importância de fazer atividades físicas que estimulam o corpo, principalmente os exercícios aeróbicos; a boa alimentação com frutas, verduras e legumes, apostando ainda nos produtos integrais e nos alimentos com
ômega-3, além de carne vermelha em pouca quantidade; o controle do estresse e da irritação no dia a dia e também a boa qualidade do sono. Também não precisamos nem falar que é fundamental evitar a ingestão de bebida alcoólica e o cigarro, não é mesmo? Mas outros segredos que estão no livro são diferentes... E diante de tantos truques, vamos falar apenas dos mais próximos à nossa realidade e dos comprovados por especialistas. Stone conclui o livro dizendo que independente do caminho que for seguir para ter uma boa saúde, o importante é que seja feito regularmente, pois só assim é possível aumentar, de fato, a resistência do organismo! Beber água mesmo sem ter sede É o baixo consumo de água que resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o que leva à formação das pedras nos rins. Sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o organismo sofre.
Ir ao dentista regularmente A boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a importância de um exame a cada seis meses. Muitas doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas podem ser detectadas numa consulta de rotina.
Comer de três em três horas Quando dividimos a nossa alimentação em várias porções ao dia, também estamos dando uma força ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas. Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um jeito inteligente de manter o peso estável, o que impede também a queda de açúcar no sangue.
março, 2012
Saúde de ferro| Bem-estar
Temperar com alho
Ter um dia só para você durante a semana
O alho realmente melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial e potencializa as nossas defesas. Por isso é que ele pode fortalecer a imunidade.
Equilíbrio interior. Se for impossível fazer isso, o recomendado é conseguir pelo menos 20 minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como marcar uma reunião consigo mesmo.
Banhos frios O choque da água fria na pele provoca a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, o que aumenta a disposição. No entanto, ainda não há consenso sobre seus efeitos na prevenção de doenças
Soneca diurna A famosa sesta. Quando esse descanso é regular e diário, não afeta o sono noturno e, assim, faz com que a pessoa se sinta mais animada para dar continuidade às suas atividades rotineiras, principalmente na parte da tarde.
Micróbios do bem Calma! O conselho aqui não é comer sujeira e nem nada disso, mas apostar nos iogurtes enriquecidos com os “micróbios do bem”, como os probióticos. Por exemplo: alguns lactobacilos ajudam a eliminar resíduos do intestino, diminuindo a carga de toxinas e fortalecendo o corpo.
Tomar sol por 15 minutos Sentir na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para adquirir disposição e ânimo. Com apenas 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo algo que o sol pode dar em abundância: energia.
Respirar fundo e desacelerar o ritmo Quando estiver precisando relaxar, você pode fazer uma respiração completa. Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então, bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o Sistema Nervoso Autônomo.
Dar uma chance à laranja Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso corpo tem de vitamina C a cada dia, além de proteger contra o câncer e de afastar aquela gripe chata.
Canja de galinha Há estudos que realmente confirmam as propriedades do caldo de galinha, inclusive o seu estímulo ao sistema imune. Esse tipo de sopa oferece uma boa combinação de proteínas, hortaliças e gorduras. Além disso, é de fácil digestão. março, 2012
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Receita |Risoto de grãos
Risoto de grãos Ingredientes
Modo de preparo
30 g de arroz selvagem cozido 30 g de grãos de trigo cozidos 100 g de arroz arbóreo 2 castanhas-do-pará raladas 8 castanhas de caju inteiras 1 colher de sopa de cebola bem picada 2 colheres de sopa de manteiga 10 ml de vinho branco seco 600 ml de caldo de legumes 50 g de queijo parmesão ralado Sal e pimenta do reino a gosto
Refogue a cebola picada com metade da manteiga, até ficar transparente. Junte o arroz arbóreo e em seguida o vinho branco, e deixe evaporar. Acrescente os grãos e o caldo aos poucos. Mexa sempre. Quando o arroz atingir o ponto “al dente” (cozido, porém com o grão levemente durinho no centro), acrescente o restante da manteiga, o parmesão e tempere com sal e pimenta a gosto. Por último, quando for servir, misture as castanhas de caju e salpique por cima do risoto a castanha-do-pará ralada. Rendimento: 1 porção
Voilà
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Maurício Jafar | CRM-MS 2073 (Responsável Técnico) Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Especialidades: Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular com Doppler
Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
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