Índice 10
Você Sabia?
20
Vacina para todas as idades
22
O corpo humano e os micróbios
24
Número de infartos aumenta 30% no inverno em relação às outras épocas do ano
41 42
Comportamento
Odontologia
Medicina 12 14
Perigo que começa pela boca Estalos na ATM Esse barulho ainda poderá incomodar você
16 19
Já existe uma prótese de silicone feita especialmente pra você
Implante guiado por computador
18
Instituição carente promove projeto por meio de site
56
Falar sozinho
Bem-estar 50
Tratamento de ronco e apneia com aparelho intrabucal
Arquitetura na saúde
Nutrição 52
Higiene íntima feminina
Chá-verde, branco e vermelho Três cores para a sua saúde!
54 Especial do Mês: Cérebro 26
Vacina contra Alzheimer
28
Inconsciente
32
Neuróbica Exercitando o cérebro
34
Dor de cabeça infantil não é brincadeira
36
AVC Quais os fatores de risco?
38
Ativando o cérebro com exercícios físicos
Nutrição Clínica
Receita 57
Bolo de cenoura
58 Endereços úteis
Dr. Resala Elias Junior Diretor Técnico Médico CRM-MS 732 / RQE 1988
Editorial | Ao leitor
“Já que tudo está na nossa cabeça, é melhor a gente não perdê-la”.
Coco Chanel
O cérebro e seus mistérios. O cérebro e suas inúmeras funções. Esse complexo órgão é responsável pelos nossos movimentos, fala, pelo controle da fome, sede, memória, enfim, por quase todas as nossas atividades vitais. Isso sem falar nas emoções... É nele que surge o medo, a alegria, o amor, a tristeza. E ainda é o incumbido de receber, decodificar e interpretar os mais diversos sinais que o nosso corpo e o mundo exterior nos enviam. Não é pouco o trabalho que ele realiza diariamente! Até algumas décadas atrás, o cérebro era um campo completamente desconhecido. Hoje cientistas já conseguiram desvendar alguns dos seus mistérios e traçaram um panorama desse órgão, localizando as regiões responsáveis por cada uma de suas inúmeras funções. Assim ficou mais fácil estudá-lo, examiná-lo e, claro, compreender esse órgão tão importante.
“O cérebro é como um músculo. Quando pensamos bem, sentimo-nos bem.” Carl Sagan Por exemplo, você sabia que existem exercícios capazes de estimular a nossa mente? Nós podemos “malhar” o cérebro assim como fazemos com nossos músculos, e, como resultado, é possível prevenir uma série de doenças, como o temido mal de Alzheimer. E mais: os exercícios físicos, além de beneficiarem o nosso corpo, coração e pulmão, fazem um bem enorme à mente. Ou seja, corpo e mente trabalhando em conjunto! Aqui no nosso Especial você também saberá mais sobre as doenças que afetam esse órgão, sobre o AVC e até sobre dor de cabeça infantil. Junto a um supertime de especialistas, nós mapeamos o cérebro, e vamos dividir tudo com você! Um abraço, e até mês que vem!
“Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade.” Equipe
Charles Chaplin
Revista Total Saúde
8|TotalSaúde
julho, 2012
Você Sabia? Cirurgia bariátrica aumenta risco de alcoolismo Atenção! Um estudo indicou que pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica apresentam maiores chances de se tornarem dependentes do álcool. A cirurgia, além de reduzir o estômago, conduz os alimentos ingeridos para uma região intestinal que absorve menor quantidade de nutrientes e calorias. Cerca de 2.000 pacientes norte americanos participaram da pesquisa, orientada por cientistas do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh. Esses pacientes foram observados antes da cirurgia e até 24 meses após a operação. O estudo descobriu que o número de pacientes que tinham problemas com bebidas alcoólicas aumentou cerca de 2%. Isso pode representar 2.000 novos casos de alcoolismo por ano nos Estados Unidos. Foram descritos sinais como vontade de ingerir bebidas alcoólicas pela manhã, culpa e falhas de memória. Esse estudo é pioneiro em relatar que com o aumento da sensibilidade ao álcool cresce também o risco do consumo abusivo e do vício. Os médicos são categóricos, e asseguram que o fato de o álcool ser absorvido com muito mais rapidez pelo organismo o torna ainda mais viciante. “Como há uma maior absorção do álcool, o indivíduo fica alcoolizado mais rapidamente, e isso aumenta as chances dele apresentar outros problemas”, afirma Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
10|TotalSaúde
Transtornos alimentares após os 50. Cuidado! Frequentemente, a bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares são associados a adolescentes. Mas um estudo realizado pelo Programa de Distúrbios Alimentares, na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, chegou à conclusão de que mulheres que já passaram dos 50 anos estão tão inclinadas a sofrer com esses males quanto as jovens meninas. A pesquisa utilizou dados de 1.849 mulheres com idade média de 59 anos. Do total, quase 1/3 são obesas, e outro terço está acima do peso, totalizando mais da metade delas. Após analisar criteriosamente diversos dados, a conclusão foi que alguns sinais de transtornos alimentares são bastante comuns nesse grupo. A cada 100 mulheres, três contaram sobre algum episódio de compulsão alimentar no mês anterior. Os números são altos, quase a metade dessas mulheres se pesa todos os dias, e a grande maioria afirma não estar contente com o próprio corpo. O mais preocupante vem agora: uma boa parcela confessou usar métodos nada saudáveis para emagrecer, como pílulas e remédios; pratica exercício em excesso; usa com frequência diuréticos e laxantes, e uma a cada 100 diz provocar vômitos quando exagera na dose. Se você se reconheceu em um desses perfis, é hora de procurar um especialista. julho, 2012
Você Sabia? Promoção saudável! Se você acha que ser promovido no trabalho é uma boa notícia apenas para sua vida profissional e bancária, está enganado! Uma promoção é benéfica também para a sua saúde. Segundo estudo da Universidade College, de Londres, e da Universidade da Califórnia, esse fato pode reduzir o risco do aparecimento de doenças do coração. A pesquisa verificou o histórico profissional de 4,7 mil funcionários públicos e concluiu que os que trabalhavam em áreas com maiores índices de promoção tinham menos chances de apresentar patologias cardíacas. Por que isso acontece? Segundo os pesquisadores, notícias favoráveis agem de forma positiva, e a mobilidade social ascendente também faz bem à saúde. Por isso, nada de se acomodar, é hora de trabalhar duro e fazer bem ao coração! Os dados são do jornal Daily Mail.
Exame de sangue pode detectar risco de infarto no pós-cirúrgico Um estudo que acompanhou mais de 15 mil pacientes em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil, concluiu que um exame simples pode ser útil para antecipar quais pacientes têm maiores chances de passar por um infarto após procedimentos cirúrgicos de alto impacto. Segundo os médicos, uma grande cirurgia nada mais é para o organismo que um teste de esforço. O coração passa por um estresse muito grande, e por isso existe o risco de infarto. O infarto que ocorre nas primeiras horas após a cirurgia é mais grave que os que ocorrem fora desse contexto, e a mortalidade é bem maior. O exame proposto mede a enzima troponina-T, que é liberada no sangue em situações de infarto ou enfermidades do coração. Esse exame já é utilizado para diagnóstico de problemas clínicos, mas nunca foi usado para a prevenção e acompanhamento dos pacientes que irão se submeter a uma cirurgia. O que surpreendeu os pesquisadores foi que ¼ dos pacientes avaliados como de baixo risco apresentava níveis de troponina-T bem elevados. Até o momento, o risco dos pacientes é fundamentado apenas no histórico clínico da pessoa, mas o estudo mostrou que apenas essa avaliação pode não ser suficiente. A pesquisa foi publicada no Journal of the American Medical Association. julho, 2012
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Odontologia | Perigo que começa pela boca Camila Cruz
Perigo que com A cavidade bucal funciona como um espelho do organismo, capaz de denunciar desde sinais de desnutrição e distúrbios alimentares até doenças mais sérias, como o câncer.
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Desde criança ouvimos como é importante cuidar bem dos dentes e que a boa escovação é essencial. Mas você já parou para pensar como andam esses cuidados agora, depois de adulto? Saiba que a falta de higiene bucal pode levar a sérias doenças em todo o organismo, portanto essa não é apenas uma questão estética, mas principalmente de saúde e bem-estar. De acordo com a American Dental Association (ADA), problemas bucais podem acarretar diferentes tipos de enfermidades, inclusive males no coração e nos pulmões. Isso porque a boca é o órgão do corpo humano mais exposto a processos infecciosos e traumáticos, pois se trata de uma cavidade úmida, escura, bastante vascularizada e repleta de micro-organismos, ou seja, muito vulnerável. Para entender melhor o que estamos falando, é importante saber que na boca existem milhares de bactérias que se unem, formando uma camada espessa e visível a olho nu, chamada placa bacteriana. Essa camada pode se espalhar por toda a boca, entre as bochechas, os dentes, gengivas e principalmente na língua, e esse processo pode ser muito rápido se nos esquecemos de tomar os devidos cuidados com a limpeza bucal, bastando apenas um único dia, ou até mesmo algumas horas, para que aconteça a formação da placa. Esse aspecto é preocupante, pois, em alguns casos, as células de defesa que se encontram na boca acabam não combatendo tantas bactérias, que, com isso, ficam mais fortes e criam defesas, tornando mais difícil o seu controle. Em certas situações, nem mesmo antibióticos conseguem resolver o problema, por
isso elas se soltam e entram pela corrente sanguínea causando algumas sérias doenças.
Doenças A cavidade bucal funciona como um espelho do organismo, capaz de denunciar desde sinais de desnutrição e distúrbios alimentares até doenças mais sérias, como o câncer. Não sei se já ouviu falar nessa história, mas não é à toa que os chineses têm o costume de examinar a língua das pessoas para detectar possíveis doenças. As bactérias da boca podem ser aspiradas e chegar aos pulmões causando pneumonias e abcessos. As gestantes devem incluir em seu pré-natal as visitas ao dentista para fazer as limpezas profissionais e serem instruídas sobre como cuidar dos seus dentes em casa, pois a doença periodontal pode estimular o parto prematuro. Uma saúde bucal deficiente também pode repercutir nos vasos sanguíneos, nas articulações e em órgãos que, aparentemente, não mantêm contato com a dentição, mas se chegam até o coração, podem causar problemas fatais. Para quem tem níveis de colesterol elevados, um alerta é que as bactérias colaboram com a formação de placas nas artérias, o que dificulta o controle da glicemia em pessoas diabéticas. Problemas aparentemente simples, como as aftas, podem estar relacionados a males mais graves e precisam de atenção especial. Acredita-se que doenças autoimunes, caracterizadas pela formação de anticorpos que agem contra os próprios tecidos do organismo e cujas causas ainda são desconhecidas, sejam responsáveis pela formação dessas ferijulho, 2012
Perigo que começa pela boca | Odontologia
meça pela boca dinhas incômodas. Na boca, propriamente dita, os problemas são causados pelos restos de alimentos e por essas bactérias que causam cáries, mau hálito e inflamações na gengiva. Num processo contínuo, os micróbios se unem para monopolizar a região e, além de favorecer a cárie, esse fenômeno está por trás da doença periodontal. É que as bactérias fazem das lesões na gengiva e da corrosão do espaço entre dente e osso o portão de embarque para a circulação sanguínea. Mas não precisa entrar em desespero, até porque dentistas explicam que há tratamento para esses males, sendo a higiene bem feita o primeiro e mais importante passo. No caso do mau hálito, o problema, na maior parte das vezes, está na boca, e a pessoa não precisa conviver com esse incômodo. A primeira coisa a ser observada é a limpeza da língua, pois o cheiro ruim vem da placa bacteriana instalada na região, e um alerta: nenhum enxaguante bucal pode acabar com o mau hálito por muito tempo, ele apenas mascara o odor por algumas horas. É importante ficar atento a outros fatores que também podem favorecer esses problemas bucais, como a diminuição de saliva pela baixa ingestão de líquidos, estresse e por medicamentos de uso diário. Outro causador desse problema é a descamação excessiva de células da mucosa, provocada, principalmente, pelo uso de aparelhos ortodônticos, respiração bucal, falta de vitaminas, uso incorreto de enxaguatórios e pelo ronco.
Atenção à higiene bucal! Junto com a boa limpeza bucal é muijulho, 2012
to importante também a sua prevenção, e visitar um dentista regularmente, no mínimo de seis em seis meses, é fundamental. Cada pessoa necessita de hábitos de higiene diferentes, já que cada organismo reage de uma forma. É por esse motivo que algumas pessoas escovam menos os dentes do que outras e têm a boca mais saudável em comparação àquelas que escovam os dentes várias vezes ao dia. Portanto, não custa lembrar a regra básica: a escova e o creme dental devem entrar em ação depois das refeições, no mínimo três vezes ao dia. A escova deve ser trocada periodicamente pela mais macia possível, por não machucar, e o fio dental deve antecipar essa higienização, com o objetivo de envolver todo o dente sem ir contra a gengiva. O uso do limpador de língua é a maneira mais adequada para mantê-la livre de bactérias. Existem muitos tipos no mercado, com diversos formatos. Muitas pessoas dizem ter dificuldade na higienização da língua, mas é importante saber que o organismo, com o tempo, vai se acostumando ao reflexo ativado com a escovação, facilitando a prática. E atenção: nem todos os pacientes precisam dos raspadores, apenas os que acumulam saburra, aquela camada branca que se forma na língua. Quanto à aplicação de antissépticos bucais, só mesmo mediante recomendação do dentista. Esses produtos podem escurecer a arcada dentária, provocar perda da capacidade gustativa e até ferir o local. Há também chance de atacarem as bactérias boas que vivem na boca, expondo a região, ainda mais à ação de micro-organismos nocivos e oportunistas.
“Dentistas explicam que há tratamento para esses males, sendo a higiene bem feita o primeiro e mais importante passo a ser dado. Cada pessoa necessita de hábitos de higiene diferentes, já que cada organismo reage de uma forma”.
TotalSaúde|13
Estalos na ATM | Odontologia
Dr. Victor Anache Ferzeli
Estalos na ATM Esse barulho ainda poderá incomodar você
ONDE ENCONTRAR
Rua Pedro Celestino, 2.130 Campo Grande / MS (67) 3325 6292 www.victorferzeli.com.br
Dr. Victor Anache Ferzeli CRO/MS 753. Esp. em Prótese Dentária; Esp. em DTM e Dores Orofaciais; Me. em Prótese Dentária - Concentr. Disfunções da ATM (Am. W. University/IOWA - USA). Membro da Soc. Bras. de ATM e Dores Orofaciais. Pós-Grad. em Disfunções da ATM na Univ. da Califórnia/ UCLA - USA. Pós-Grad. em DTM e Dores Orofaciais na Univ. de Gotemburgo - Suécia. Pós-Grad. em Prótese Dentária e Oclusão na Univ. de Paris VII - França. PósGrad. em DTM e Dores Orofaciais na Univ. Marquette/Illions - USA. Prof. e Coordenador de cursos de Atualização e Esp. em Oclusão e DTM - Dores Orofaciais - em várias capitais. Membro da Soc. Bras. da Medicina do Sono. Membro da Associação Mundial da Medicina do Sono.
14|TotalSaúde
Atualmente, temos observado com mais frequência pessoas reclamando de estalos na articulação temporomandibular (ATM). Coloque o seu dedo 1 cm à frente do seu ouvido, abra e feche a boca, e você perceberá a sua ATM. Ela é responsável por todos os movimentos que fazemos com a boca, e sua função principal é suavizá-los, tornando-os harmônicos e silenciosos. Também possui uma cartilagem interna que auxilia os movimentos desse conjunto chamado ATM, com uma mera e distante semelhança a um menisco. Essa cartilagem pode se deformar por inúmeras razões, entre elas o hábito de mascar chicletes constantemente, roer unhas, ficar apertando os dentes com frequência, bruxismo (hábito de ranger os dentes) e outras. Nem nos damos conta de que ela existe; diferentemente de outras articulações, esta possui movimentos conjugados entre o lado direito e o esquerdo, simultaneamente. As últimas pesquisas feitas na Universidade de Zurique, Suíça, confirmam a predominância desses problemas na ATM em mulheres, quando comparadas aos homens: uma média de quase 9 mulheres para cada homem acometido. Desde quando tomamos um copo de água até o momento em que mastigamos alimentos, essas duas articulações trabalham. E, devido ao fato de estarem localizadas ao lado do ouvido, podemos ter reflexos negativos quando a ATM não está bem. Dores nessa região (quando não há causa encontrada na otorrinolaringologia), além de coceira, maior produção de cera no ouvido, vertigem e zumbido também podem se apresentar como alguns
dos inúmeros sintomas. O mais importante é que quanto antes você procurar um especialista, mais cedo poderá obter resultados favoráveis, principalmente quando o assunto é estalo na ATM. Esses estalos ocorrem porque, na maioria das vezes, aquela cartilagem fica deformada na posição de boca fechada devido a sobrecargas já mencionadas, e quando reposicionada na abertura da boca, esses deslocamentos intermitentes promovem um ruído, provocando assim os estalos. Estalos tais que podem, além de resultar em transtornos sociais, causar dor pelo comprometimento de outras estruturas internas, podendo até afetar a abertura bucal, impedindo que a boca se abra. O tratamento, que deve ser feito somente por especialistas, por estarem em contato direto com essa estrutura, consiste em simular o caso com aparelhos especiais, chamados articuladores semiajustáveis, e enviá-los a laboratórios especializados para a confecção de um aparelho móvel que em nada se parece com outros tipos de aparelhos ou placas existentes no mercado, pois possui protocolos de confecção, uso e calibragens próprios. Como se trata de uma estrutura delicada, casos de aparelhos equivocados podem comprometer definitivamente essa articulação tão nobre, como muito se tem observado quando não se domina tal estrutura, limitando a abertura da boca. Em quase todos os casos, o resultado do mau procedimento é acompanhado por dores intermitentes, incontroláveis e insuportáveis. Com a articulação não se brinca. Procure, o quanto antes, por um especialista, caso você possua esses estalos... julho, 2012
Odontologia | Implantes
Fernanda Monteiro
ONDE ENCONTRAR
Implante guiado por computador Nova técnica possibilita ao cirurgião-dentista transferir o plano de tratamento virtual para a boca do paciente, com alto grau de precisão.
Rua Sergipe, 93 Jardim dos Estados (67) 3326 6577
Dr. Rodrigo Trentin CRO/MS 2680 Graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Residência pela Universidade de Minnesota/USA; Prótese sobre implante e Implantodontia; Mestrado e Doutorado em Reabilitação Oral pela Universidade de São Paulo - Faculdade de Odontologia de Bauru.
Dr. Bruno Fernandes Oliveira CRO/MS 3136 Graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Especialista em Implantodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - São José do Rio Preto/SP. Professor de Pós-graduação em Implantodontia - PROMOVE - Uberlândia/MG.
16|TotalSaúde
Hoje a odontologia conta com uma tecnologia inovadora para recuperar o sorriso e a autoestima das pessoas. A cirurgia guiada em implantodontia garante a colocação do implante dentário sem precisar cortar a gengiva, com o mínimo de sangramento e de forma mais segura. A técnica usa a tomografia computadorizada do paciente para construir um modelo em três dimensões e a instalação dos implantes é feita meticulosamente no planejamento virtual. Em outras palavras, o procedimento é realizado primeiro no computador. O próximo passo é a construção de uma guia modelo de alta tecnologia a partir do planejamento virtual. Essa guia irá indicar o local e as inclinações exatos para a instalação dos implantes no momento da cirurgia. Além da ausência de cortes e pontos, a novidade oferece ainda inúmeras vantagens comparada às técnicas convencionais como preservação das estruturas, redução do tempo cirúrgico, menor risco de infecção, melhor posicionamento tridimensional do implante e incomparável e rápida melhora no pós-operatório, garantem os especialistas Bruno Fernandes Oliveira e Rodrigo Trentin Lima. A ausência de dentes é o segundo mais grave problema de saúde bucal no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente 75% dos idosos são
desdentados. Entre adultos com idade de 30 a 44 anos, o índice é de 30%. Os dados federais registram também um total de 5 mil adolescentes desdentados sem prótese na boca. Estima-se que 8 milhões de pessoas precisem de prótese dentária no País. Solução definitiva para a substituição dos dentes, o implante dentário devolve a capacidade de mastigação, a estética do sorriso e a saúde da boca. Por isso tudo e pelo fato de que o Brasil apresenta uma das tecnologias mais avançadas no assunto, fica claro aqui que o implante guiado é um tratamento seguro, de fácil execução, que causa o mínimo de trauma e apresenta resultado final de alta qualidade. Após a colocação dos implantes, o paciente estará reabilitado em poucas horas e vai poder mastigar e se alimentar normalmente, levando uma vida como os que têm dentes naturais. Se chegou a sua hora de realizar um implante, lembre-se que a tecnologia é importante e confortável, mas a habilidade do profissional é indispensável.
Planejamento virtual
julho, 2012
Implantes| Odontologia
julho, 2012
TotalSaĂşde|17
Comportamento | Vaquinha Social
Assessoria de Comunicação Vaquinha Social
Instituição carente promove
projeto por meio de site
Em menos de um mês, projeto cadastrado no Vaquinha Social atingiu a meta.
18|TotalSaúde
O site Vaquinha Social, destinado à captação de recursos para projetos sociais de instituições idôneas, lançado no dia 5 de junho, tem seu primeiro projeto beneficiado. A Associação de Amparo à Família, com o Projeto + 1, conseguiu atingir a meta em menos de um mês: arrecadou R$ 5.400,00 que será investido na compra de 1 freezer, 2 mesas com bancos para refeitório e uniformes que irão beneficiar cerca de 250 pessoas. A entrega simbólica do cheque foi realizada no dia 5 de julho, na própria Instituição, localizada na Rua Gaudiley Brum, n.º 351, Bairro Iracy Coelho. Há 10 anos o Projeto +1 atua na região do Anhanduizinho, em Campo Grande, contribuindo para a inclusão social e o fortalecimento de vínculos familiares. São desenvolvidas atividades com crianças, adolescentes, adultos e idosos, com atendimento de segunda a sexta-feira. Para a coordenadora Iolete Bambil de Paula, o investimento veio em boa hora, pois a Instituição recebe doações de alimentos, mas não possui espaço suficiente para armazená-los. “Hoje o clima na Instituição é de grande alegria pela conquista em um espaço de tempo tão pequeno. O Vaquinha Social hoje é +1, pois os bens que serão adquiridos com esse recurso angariado serão para beneficiar as nossas
crianças, e nos darão suporte para melhor atender ao nosso público”, afirma. De acordo com o empresário e um dos 15 idealizadores do site, Rubens Filinto, o primeiro projeto beneficiado será um marco importante. “Isso mostra que existem muitas pessoas que já estão usando o Vaquinha como instrumento para a prática da responsabilidade social. Nós, do Vaquinha Social, estamos muito contentes com esse primeiro projeto concluído”, avalia. Filinto destaca a importância de doar qualquer quantia, o que contribui para que os projetos consigam atingir as metas em um curto prazo de tempo. “A possibilidade de as pessoas doarem qualquer valor democratiza o processo de doação e atrai muitos doadores. Esse é o lado bacana do crowdfunding. A facilidade para as doações também é importante: a pessoa entra no site, fornece o número do cartão de crédito ou gera um boleto e doa. É muito simples”, destaca. O presidente do Vaquinha Social, Marcelo Coutinho, reforça que a participação da população é imprescindível. “Ajudar um projeto social faz bem para quem recebe e para quem doa. A satisfação de fazer parte de algo maior, de algo importante, que, de fato, ajuda as pessoas, é muito bacana. A sensação de fazer o bem faz muito bem. Vale a pena experimentar! julho, 2012
Ronco e apneia | Odontologia Dra. Amélia Alice Sobral de Figueiredo Vieira
Tratamento de ronco e apneia
com aparelho intrabucal Encarado por muitos como algo sem importância e até motivo de gozação, o ronco é um alerta do organismo de que algo não está bem. Pesquisas mostram que cerca de 40% dos adultos roncam, e alertam: o ronco e a apneia precisam ser encarados pela população como uma doença, devendo, assim, ser tratados. Até agora objeto de atenção exclusiva dos médicos, esses problemas vêm recebendo uma nova abordagem dos dentistas por meio do tratamento com aparelho intrabucal. O ronco pode se manifestar de forma branda e intermitente ou ser forte e constante, podendo estar associado à posição de dormir. A vibração dos tecidos moles da faringe produz um ruído durante a respiração, fazendo com que a pessoa tenha despertares durante os estágios do sono, fragmentando-o e perdendo a sequência de tais estágios. Não tratando o problema, ocorre sua evolução para a apneia, que é a parada momentânea da respiração durante o sono. A via aérea fecha-se de tempo em tempo, diminuindo a quantidade de oxigênio e aumentando a de gás carbônico no sangue arterial. Os distúrbios do sono causam problemas irreparáveis a todo o organismo, dentre os quais podem ser citados: ronco alto e frequente; sonolência exagerada durante o dia; dor de cabeça; dificuldade de memorização; impotência; cochilos frequentes; irritação; depressão; hipertensão; obesidade; despertares frequentes, julho, 2012
dentre outros. O tratamento ideal depende do grau de apneia verificado por meio do exame do sono (polissonografia). Basicamente, os métodos mais comuns de tratamento são: CPAP, cirurgia ortognática ou aparelho intrabucal. O aparelho é uma alternativa simples e que tem obtido grande sucesso, já que promove o equilíbrio esquelético e muscular, permitindo que o paciente tenha uma excelente qualidade de sono e, consequentemente, de vida. O aparelho deve ser usado para dormir, encaixando-se nos dentes superiores e inferiores, sendo feito sob medida, o que o torna confortável e seguro. Ele reposiciona a mandíbula, fazendo com que toda a musculatura orofaríngea se reposicione também e assim desobstrua as vias aéreas, deixando o ar passar sem barulho (ronco) e sem apneia. O uso regular do aparelho proporciona um sono reparador, gerando disposição para a prática regular de exercícios físicos e facilitando o emagrecimento (se o motivo do ronco e da apneia for o excesso de peso). Além disso, beneficia o sistema circulatório e combate a insônia, o estresse e a ansiedade, gerando ainda mais ânimo e disposição, o que possibilita uma melhora significativa na qualidade de vida. A eficácia do aparelho intrabucal - quando o profissional é habilitado, com comprovação teórica e clínica - é realmente satisfatória, proporcionando a solução do problema.
ONDE ENCONTRAR
Rua Bahia, 22 - Centro (67) 3325 8081 odontoartcentro@hotmail.com
Dra. Amélia Alice Sobral de Figueiredo Vieira CRO/MS 3467 Especialista em Dentística Restauradora FOB/USP. Mestranda em Prótese Dentária SL Mandic. Atualização em Oclusão e Estética Fundecto/USP. Membro da Sociedade Brasileira do Sono.
TotalSaúde|19
Medicina | Vacinação
Vacina
Camila Cruz
para todas as idades Muitas pessoas se enganam, pois há uma série de vacinas que precisam ser tomadas na infância e repetidas ao longo da vida, e para auxiliar esse processo a população deve ficar atenta às campanhas nacionais que acontecem no País.
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Às vezes nos preocupamos tanto com as vacinas das crianças que nos esquecemos da nossa própria imunização... Você já parou para verificar se suas vacinas estão todas em dia? Pois saiba que os jovens, adultos e especialmente pessoas com mais de 60 anos também devem ficar atentos a essa questão! Aí o que não falta é gente arrumando desculpas, tentando fugir da obrigação e dizendo que se tomar a vacina, aí sim irá contrair a doença, não é verdade? Mas a vacinação é importante em todas as idades, e recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, justamente para nos proteger e evitar tantas doenças. Muitas pessoas se enganam, pois há uma série de vacinas que precisam ser tomadas na infância e repetidas ao longo da vida, e para auxiliar esse processo a população deve ficar atenta às campanhas nacionais que acontecem no País desde 1980. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos 20 anos de idade devem ser tomados quatro tipos de vacina para se prevenir das doenças como hepatite B, difteria, tétano, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola. As imunizações podem ser feitas nos postos de saúde em todo o Brasil e são gratuitas, porém, no caso da Hepatite B, a disponibilidade da vacina ocorre apenas para pessoas com até 24 anos, classificadas como grupo de risco, mas a novidade agora é que, a partir deste ano, a faixa etária entre 25 e 29 anos também será contemplada. Nas últimas décadas, a vacinação infantil atingiu um nível bastante satisfatório no Brasil, pois geralmente os ado-
lescentes de hoje já foram corretamente vacinados quando pequenos, devendo tomar apenas a dose de reforço. E fique atento! A pessoa que deu início a uma vacinação de três doses e perdeu o prazo de uma dessas doses não precisa recomeçar o ciclo, e sim continuá-lo, a qualquer momento, do ponto em que parou. Quanto aos viajantes, a imunização aplicada considera o lugar para onde a pessoa vai, o que varia, por exemplo, se é em território nacional ou internacional. Vacinas na adolescência e na idade adulta (de 11 a 59 anos) Hepatite B São três doses e pronto! Vale por toda a vida. A segunda e a terceira doses são dadas, respectivamente, um mês e seis meses depois da inicial. A vacina da hepatite B é importantíssima, principalmente para os jovens entre 12 e 19 anos que ainda não foram vacinados contra a doença. Na verdade, todas as pessoas, em qualquer faixa etária, devem ser vacinadas contra a doença, pois a Organização Mundial da Saúde a considera uma vacina universal.
Dupla tipo adulto (difteria e tétano) A vacina de reforço é uma dose a cada dez anos, mas é fundamental lembrar que a vacinação básica contra o tétano também é feita em três doses, e somente após a terceira é que a pessoa estará protegida. Então, considera-se reforço a partir da quarta dose em diante. Essa é uma situação delicada, porque são necessários cuidados especiais às pessoas que sofrem ferimentos e não são imunizadas.
julho, 2012
Vacinação | Medicina Febre amarela A vacina oferece uma dose a cada dez anos, e só garante proteção dez dias depois da aplicação. A imunidade que a vacina produz é excelente, pois atinge quase 100% dos casos e, mesmo quando falha, reduz a gravidade e a duração da doença. A vacina de febre amarela faz parte do regulamento sanitário internacional, e é indicada especialmente a quem viaja bastante.
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Esta vacina é oferecida em dose única e, em geral, já foi administrada quando criança. Vale a pena chamar a atenção das adolescentes à vacina contra a rubéola, uma doença relativamente benigna, mas que pode ocasionar problemas graves ao feto se a mãe contraí-la durante a gravidez.
Vacinas na terceira idade (acima de 60 anos) As pessoas com mais de 60 anos devem seguir o esquema básico de vacinação dos adultos, mas a maior preocupação hoje em dia está no que se refere ao tétano, pois a geração mais velha não foi vacinada na infância. Apenas a vacina contra a hepatite B é que pode ficar em segundo plano nessa faixa etária, pois passam a ter importância duas outras vacinas: a da Influenza Sazonal (gripe) e a Preventiva de Pneumococos, popularmente conhecida como vacina da pneumonia. A vacina contra a gripe oferece dose anual, sendo mais recomendada a sua aplicação em meses que antecedem o inverno. As complicações são pouco frequentes, mas mesmo com alguns sintomas elas desaparecem em dois dias. Já a vacina contra pneumonia é de amplo aspecto e administrada em dose única, que deve ser reforçada a cada cinco anos.
Medicina | Micro-organismos Camila Cruz
O corpo humano e os micróbios Durante milhares de anos, o homem nem sequer soube da existência dos micróbios, observados apenas no início do século XVIII, depois da invenção do microscópio. Mas como toda descoberta gera desconfiança, a princípio eles não foram bem aceitos, já que, em 1870, o biólogo francês Louis Pasteur chegou à conclusão que eles eram a causa invisível da maior parte das doenças da população. Agora, pela primeira vez na história, os micróbios começaram a receber a devida atenção, pois cientistas de diversas partes do mundo deram início a um estudo, de resultados exatos, sobre quantos tipos habitam nosso organismo e quais os malefícios e benefícios que podem causar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que os micróbios, também conhecidos como micro-organismos ou germes, são invisíveis a olho nu e que, naquela época, a descoberta das lentes de aumento finalmente permitiu que a ciência observasse criaturas unicelulares em ação. Para os pesquisadores da área eles surgiram há 3,6 bilhões de anos, e logo depois se dividiram em três grandes ramos: vírus, bactérias e fungos. Os micróbios foram os únicos seres que se adaptaram a todos os lugares do planeta, podendo ser encontrados na água, nas pessoas, nos alimentos e até flutuando pelo ar. Para termos uma ideia, o número de micróbios em uma mão suja é maior que a quantidade de pessoas em todo o planeta. Alguns podem causar doenças - são os chamados patogênicos, outros são totalmente benéficos e podem ajudar na defesa do organismo. Microbiologistas sempre afirmaram ser incalculável o número total de espé22|TotalSaúde
cies somando bactérias, protozoários, vírus, fungos e algas, porém essa perspectiva agora começou a tomar novo rumo.
Pesquisa Pela primeira vez na história, a ciência anunciou uma conquista capaz de gerar uma verdadeira revolução no mundo. Por meio do projeto patrocinado pelo governo americano e intitulado de Microbioma Humano, 200 pesquisadores de mais de 80 instituições internacionais conseguiram mapear os micróbios que vivem no nosso organismo. Para os cientistas, o ser humano também pode ser considerado um ecossistema, assim como as florestas e oceanos, por causa da variedade gigantesca de vida que abriga dentro do seu corpo. Essa é a primeira vez que eles estudam a diversidade e a função dos micróbios em pessoas. A pesquisa revelou que existem cerca de 100 trilhões de micro-organismos presentes em todas as partes do corpo. Só na saliva, por exemplo, foram encontrados 800 tipos diferentes, e na mucosa do nariz, 900. Os pesquisadores estão tentando produzir uma espécie de cadastro oficial, com todos os tipos de micróbios que existem no organismo, mas essa não vai ser uma tarefa nada fácil, além de ser bastante demorada. A intenção dos pesquisadores, na etapa seguinte, é estudar a sequência genética de 119 tipos de micróbios, analisando quem são os amigos e os inimigos do organismo, e se eles resistem aos antibióticos. Sem sombra de dúvidas, essas respostas trarão esperança para o tratamento de muitas doenças.
Só na saliva, por exemplo, foram encontrados 800 tipos diferentes, e na mucosa do nariz, 900.
julho, 2012
Vacine-se e proteja quem você ama!
Dra. Maristela V. Peixoto CRM/MS 2683 Responsável técnico
Rua Abrão Júlio Rahe, 14 - Centro
3213 4221
Medicina | Infartos
Dra. Sandra Helena Gonçalves de Andrade
Número de infartos aumenta 30% no inverno em relação às outras épocas do ano O aumento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em ambientes com temperaturas mais baixas pode ser um indicador do crescente índice de mortalidade relacionada ao frio.
Aproveite todas as delícias que o inverno proporciona, sem deixar de lado a saúde do seu coração. Não mude seus hábitos alimentares nem suas atividades físicas tão bruscamente, tente manter uma rotina saudável.
Inverno é sinônimo de aconchego sob o cobertor, bebidas quentes, sopas, vinho e boa companhia. A estação dura até o mês de setembro e tem as noites mais longas que os dias, devido a menor incidência de raios solares. A época é também sinônimo de cuidados redobrados com a saúde, já que muitas pessoas adoecem por causa das quedas bruscas de temperatura. Outro fator negativo é que geralmente as pessoas comem mais e se exercitam menos neste período do ano. O número de infartos aumenta 30% no inverno em relação às outras épocas do ano; os dados são de uma pesquisa publicada pelo British Medical Journal, periódico científico inglês. O aumento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em ambientes com temperaturas mais baixas pode ser um indicador do crescente índice de mortalidade relacionada ao frio.
Orientação Manter-se agasalhado. Consumir bebidas quentes, como chás, achocolatado, uma taça de vinho tinto (120 ml). Substituir alimentos muito calóricos por outros com menos calorias, ou mais light.
Exercícios Manter a prática de atividades físicas para aquecer o corpo: 30 a 50 minutos de exercícios diários, três vezes por semana, ou uma média de 180min./semana. A atividade física vai manter o corpo aquecido e fazer com que as pessoas sintam menos necessidade de comer para se aquecer. A prática de exercícios físicos libera substâncias que mantêm a saciedade por 40 minutos.
Alimentação Sopas quentes são uma boa pedida, principal-
A relação entre o frio e a incidência de infarto no período de inverno se apoia em três hipóteses:
mente as de legumes. Evite as sopas cremosas, que geralmente contêm creme de leite, dobrando o seu valor calórico.
1. Aumento de inflamação nos vasos, gripes
Use azeite de oliva extravirgem, que tem anti-
e doenças respiratórias. Esse processo in-
oxidante e promove a diminuição do processo
flamatório agrava a aterosclerose, formação
inflamatório.
de placas de gordura na parede dos vasos.
Massas: o problema são os molhos.
Isso diminui o diâmetro do vaso, colocando em risco as artérias. 2. Vasoconstrição (que é a contração dos vasos sanguíneos) para manter o equilíbrio térmico do corpo. Dra. Sandra Helena Gonsalves de Andrade CRM/MS 1784 Cardiologista
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3. Com o frio, o sangue pode ficar mais viscoso, mais denso. Por isso é necessário ingerir mais líquido (2 litros/dia).
Aproveite todas as delícias que o inverno proporciona, sem deixar de lado a saúde do seu coração. Não mude seus hábitos alimentares nem suas atividades físicas tão bruscamente, tente manter uma rotina saudável. O seu coração agradece! julho, 2012
Especial do Mês | Cérebro
Camila Cruz
Vacina contra
Alzheimer A ciência caminha para a cura desse mal, mas ainda há muito que progredir, pois também não existe um exame específico para diagnosticar a doença de Alzheimer.
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Certamente você conhece ou já ouviu falar de alguém com Alzheimer, não é verdade? De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a epidemia que mais cresce hoje em dia, causada por uma variedade de doenças cerebrais que afetam a memória, o pensamento, o comportamento e a habilidade de realizar atividades cotidianas. Porém, pesquisadores criaram uma vacina, testada com sucesso na Suécia, que estimula o sistema imunológico para atacar a proteína que provoca esse mal. De acordo com estudo do Instituto sueco Karolinska, publicado no periódico médico Lancet Neurology, a vacina - intitulada CAD106 - conseguiu fortalecer o sistema imunológico, levando o próprio organismo a destruir as proteínas causadoras do Alzheimer. Para entender melhor, existe uma hipótese sobre a sua causa, que envolve uma proteína da membrana exterior das células nervosas, denominada Proteína Precursora de Amiloide (APP). Ao invés de ser quebrada, essa proteína acaba formando uma substância danosa chamada beta-amiloide, que se acumula e mata células importantes do cérebro. Ainda não existe cura para o Alzheimer, e os remédios apenas diminuem os sintomas, retardando a progressão da doença. Essa não é a primeira vez que os cientistas apostam fortemente em vacinas, pois o primeiro estudo realizado com seres humanos foi há quase uma década, porém a medicação causou vários efeitos colaterais e acabou sendo descontinuada. Naquela época, a fórmula usada no estudo ativava de-
terminadas células brancas do sangue (células-T), que começaram a atacar o próprio tecido cerebral.
Pesquisa O novo tratamento envolve imunização ativa, utilizando um tipo de vacina desenvolvida para acionar o sistema de defesa do organismo contra os beta-amiloides. No teste, a vacina foi modificada para afetar somente o beta-amiloide danoso, e não mais o tecido cerebral por inteiro. O resultado foi positivo, e os pesquisadores descobriram que 80% dos pacientes desenvolveram seus próprios anticorpos contra a substância sem sofrer quaisquer efeitos adversos durante os três anos do estudo. Segundo os cientistas, o resultado sugere que a vacina CAD106 pode se tornar um tratamento tolerável para pacientes com Alzheimer nos níveis leve a moderado. Porém, para atestar a real eficácia da vacina ainda será necessária a realização de mais testes e com um número maior de voluntários.
Doença de Alzheimer De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer é uma doença lenta, progressiva e que age de maneira silenciosa, sendo a causa mais comum de demência na população. É caracterizada pela degeneração ou morte dos neurônios (células do cérebro), e geralmente atinge pessoas com idade acima de 65 anos. Os principais sintomas da julho, 2012
Cérebro | Especial do Mês
doença são: perda gradual da memória, diminuição do desempenho dedicado a tarefas do dia a dia, dificuldade no raciocínio, diminuição do senso crítico, desorientação quanto ao tempo e espaço, mudança de comportamento ou de personalidade, dificuldades no aprendizado e na fala. Na maioria das vezes, primeiro acontece a perda da memória recente, havendo preservação da memória para fatos mais antigos. Por exemplo: é mais fácil a pessoa com Alzheimer se lembrar de um momento da infância que recordar o que almoçou no dia anterior. Os primeiros sinais da doença são situações em que a pessoa esquece onde deixou as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido e até mesmo o local onde mora. Esses esquecimentos se agravam quando o paciente é obrigado a fazer várias tarefas ao mesmo tempo. Então a doença pode evoluir e afetar a linguagem, levando a pessoa a apresentar dificuldade para encontrar palavras, nomear objetos ou lembrar o nome de parentes mais distantes. Dependendo da fase, pode haver certos tipos de comportamentos como apatia, depressão e até agressividade. De acordo com a intensidade do quadro degenerativo, é possível estabelecer três estágios clínicos: leve, moderado e grave. Em geral, no primeiro estágio a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida; no segundo, ela precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e realizar todas as outras atividades de higiene. Já no terceiro estágio, fase final da doença, há perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa para realizar atividades de rotina, com perda total de julgamento dos fatos e da concentração. A ciência caminha para a cura desse mal, mas ainda há muito que progredir, pois também não existe um exame esjulho, 2012
pecífico para diagnosticar a doença de Alzheimer. A descoberta ocorre por uma avaliação das funções cognitivas, por meio de testes para memória, linguagem e cálculos. Os testes laboratoriais e de neuroimagem também são importantes para excluir a possibilidade de outras doenças que podem evoluir com quadros de demências como, por exemplo, traumatismo craniano, depressão, intoxicação por drogas ou deficiências nutricionais. Uma das dificuldades em se realizar o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é o fato de as pessoas acharem que o esquecimento é consequência do processo normal de envelhecimento. Por isso, é sempre importante saber: “Esquecer não faz parte do envelhecer!”. Não é à toa que muitos idosos têm uma memória de ferro, não é mesmo? Para que o paciente tenha acesso ao tratamento é necessário procurar os serviços de saúde com profissionais especializados em geriatria e gerontologia, além de haver orientação para o cuidador e a família sobre como lidar com todas essas situações, que realmente não são fáceis.
O novo tratamento envolve imunização ativa, utilizando um tipo de vacina desenvolvida para acionar o sistema de defesa do organismo contra os beta-amiloides.
Fonte: Ministério da Saúde
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Especial do Mês | Cérebro Ricardo Rezende
“ Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também,
o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos... ‘sem querer’”. Freud
Ricardo Rezende CRP 14/2612-6. Psicólogo Analista Praticante (AP) Correspondente na Delegação Geral (MS/MT) da Escola Brasileira de Psicanálise. Rua das Graças, 388 (67) 3028 5452 rezende.ricardo@gmail.com
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Inconsciente Todos nós sonhamos, embora nem todos nos lembremos com o que sonhamos... Você já parou para pensar do que são feitos os sonhos? Por que eles existem? Há situações estranhas em que trocamos os nomes das pessoas ou esquecemos as palavras, assim, como se fosse do nada. Por que isso acontece? Pessoas adoecem, sentem dor ou paralisias sem que nenhuma causa orgânica seja detectada. O que motiva isso? Para começar a costurar essas questões, precisamos retornar ao final do século XIX, quando o médico Sigmund Freud começava a tratar a histeria, uma dessas doenças que não apresentavam causa orgânica definida. Ele percebeu que havia uma ligação entre os sintomas manifestados por suas pacientes e algumas ideias “proibidas” que ficavam geralmente escondidas da mente, ou seja, da consciência. Essas ideias surgiam disfarçadas em sonhos, ou nos relatos, sob efeito de hipnose, que essas pacientes faziam durante o tratamento. Eram carregadas de um aspecto “imoral” por apresentarem questionamentos de ordem sexual (fantasias, incestos) ou por desejarem a morte do próximo - atitudes, obviamente, não aceitas socialmente. Freud, a partir de sua escuta clínica, formulou uma teoria para a origem das neuroses (dentre as quais está a histeria): ideias reprimidas são guardadas a salvo da consciência, por meio de repressões e defesas mentais. Essas ideias são fortes demais para serem caladas e retornam sob a forma de sintomas, ou ainda como sonhos. São inconscientes e foram construídas em nossa infância mais antiga, a partir dos nossos contatos iniciais com o mundo externo. Essas primeiras experiências são registradas como traço de memória, e aguardam algo que lhes atribua um significado a partir da vivência do bebê (e depois da criança) com o mundo e com os outros. Essa teoria acabou evoluindo para um
novo conceito de estrutura psíquica do ser humano. O consciente, que armazena as nossas sensações físicas e nossas memórias, agora tem um sócio oculto: o inconsciente, que seria uma espécie de depósito dos afetos mais originais, mais arcaicos desde o nosso nascimento. A psicanálise vem a ser a ciência cujo objeto de estudo é o inconsciente. Ela foi fundamentada por Freud e vem sendo aperfeiçoada por vários estudiosos durante o século XX, dentre eles Melanie Klein, Bion, Winnicott e Jacques Lacan. Essa ciência criou a chamada “análise”, ou seja, um método de tratamento (psicoterapia) que visa aliviar os sintomas do paciente (fobias, ansiedade, angústias) a partir do resgate e reelaboração dos conteúdos inconscientes. É importante lembrar que a repressão dos conteúdos inconscientes é o que possibilita aos seres humanos a construção de uma civilização, o convívio em comunidade. Ao mesmo tempo, ela pode ser uma das origens de vários sintomas das doenças pós-modernas: o esvaziamento de afetos que ocorre na depressão ou o excesso da dependência química. Se porventura esse processo de repressão falha, se encontrarmos o inconsciente “a céu aberto”, estaremos diante da psicose, ou seja, o título que a psicanálise utiliza para nomear a loucura.
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Cérebro | Especial do Mês Dra. Márcia Alexandra Martins
Aspectos psiquiátricos do sobrepeso e da obesidade O sobrepeso e a obesidade, por suas características e etiologia multifatorial, são condições que têm garantido atenção e estudos feitos em diversas áreas de especialidades médicas, particularmente a psiquiatria. Os problemas emocionais correlacionados são geralmente relatados como consequência da obesidade, mas verificamos que os conflitos e problemas psicológicos em geral precedem o desenvolvimento do sobrepeso e/ou da obesidade. A depressão e a ansiedade são sintomas comuns e podem ser disparadores de síndromes como, por exemplo, a Síndrome do Comer Noturno ou o Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica, que contribuem para o ganho de peso. Como esses sintomas podem se manifestar lentamente, o paciente não os considera como doença, e sim, às vezes, os associa como “recompensa”. Por exemplo: “Tive um dia tão difícil, logo mereço comer tal guloseima ou comer um pouco mais...”. E então, com a chegada dos sintomas depressivos, o paciente vai perdendo a vontade que tinha de fazer caminhadas, ou de ir à academia, o que agrava o ganho de peso. Com o aumento do peso, inicia-se um quadro de baixa autoestima, caracterizado pelo aumento da depressão. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade desenvolvem sistemas de crenças que determinam sentimentos e comportamentos desencadeados por pensamentos como, por exemplo, o de que ser magro é fundamental para a solução dos problemas da vida e que, portanto, pessoas obesas seriam infelizes e malsucedidas. Tal sistema de crenças leva, ainda, o paciente a perpetuar o ciclo de descontrole alimentar, como ocorre, por exemplo, no pensamento: “Já que comi além do que devia, perdi o controle”, e a sensação é que julho, 2012
perdeu o controle para sempre, sendo que “já que tudo está perdido, posso me fartar”. Os sintomas depressivos relacionados ao ganho de peso pioram com o tempo, tendo em vista que a cultura ocidental enfatiza mais a boa forma e a imagem corporal, o que facilita a identificação de incômodos pelo excesso de peso, independente do grau de obesidade. Nossos padrões culturais fazem com que até indivíduos com seu peso dentro de uma normalidade sintam-se acima do desejado. Sem dúvida, a prevenção do excesso de peso, o que impede que o indivíduo seja caracterizado como sobrepeso e/ou obeso, seria o ideal. E mais: sabendo-se que existem condições psiquiátricas que desencadeiam um descontrole alimentar, é imprescindível uma avaliação do estado emocional do paciente, logo que este perceba que está realmente comendo mais que de costume e que já não consegue se controlar. Uma vez que o indivíduo é diagnosticado com sobrepeso ou obesidade, a avaliação psiquiátrica faz-se de suma importância para tratar os sintomas depressivos que deixam o paciente com a sensação de “menos valia”, fazendo, dessa forma, com que ele volte a ter vontade e iniciativa de mudar seus hábitos alimentares e voltar a praticar atividade física. O tratamento dos sintomas ansiosos é fundamental para que o paciente tenha novamente controle sobre a quantidade de alimentos consumidos, uma vez que a compulsão alimentar é justificada apenas pela dificuldade que o paciente apresenta em produzir neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, que pode ser corrigida com medicações apropriadas e associações com substâncias precursoras e/ou otimizadoras, também encontradas em alguns alimentos.
Dra. Márcia Alexandra Martins CRM/MS 3625 Título de Especialista em Nutrologia pela ABRAN/RQE 2939. Título de Especialista em Psiquiatria pela ABP/RQE 2208. Pós-graduação Lato Sensu com Especialização Profissional em Medicina Bioquímica e Prática Ortomolecular pela FAPES.
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Especial do Mês | Cérebro Natalia Razuk
Neuróbica Exercitando o cérebro
E esse processo consiste basicamente em atividades que atuam no Sistema Nervoso Central, trabalham com a ativação de dois ou mais sentidos ao mesmo tempo e com procedimentos não rotineiros, que irão aumentar a capacidade mental dos indivíduos com o passar dos anos.
Nos tempos atuais, em que a obsessão é por corpos malhados e variados estilos de ginástica, é bom não se esquecer de exercitar quem comanda toda essa complexa máquina chamada corpo humano. Nosso cérebro também precisa de ginástica e malhação para ficar em forma, pois, como todo o resto do organismo, ele é movido a estímulos, sob o risco de ficar “enferrujado” por falta de uso. As conexões nervosas devem ser ativadas constantemente para que fiquem ágeis e respondam instantaneamente. Os exercícios são conhecidos como neuróbica (aeróbica dos neurônios). O termo foi criado pelo neurocientista Larry Katz. A teoria de Katz é simples: assim como o corpo, que para se desenvolver de forma equilibrada precisa ser treinado e estimulado, é a mente. Simples, não é? O objetivo da neuróbica é estimular os sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção às suas ações e, então, melhore o seu poder de concentração e memória. E esse processo consiste basicamente em atividades que atuam no Sistema Nervoso Central, trabalham com a ativação de dois ou mais sentidos ao mesmo tempo e com procedimentos não rotineiros, que irão aumentar a capacidade mental dos indivíduos com o passar dos anos.
Sensações múltiplas As informações sensoriais são a nossa conexão com o mundo, com diferentes cheiros, texturas, gostos e fisionomias. São sentidos armazenados na memória para que possam ser acessados quando 32|TotalSaúde
precisamos de alguma referência. No momento em que reunimos um maior número de informações de sentidos diferentes, é mais fácil para o cérebro codificar e nos trazer a lembrança com muito mais eficácia. É a partir desse conceito que a neuróbica funciona. Muito mais da metade do nosso cotidiano é ocupada por tarefas repetidas que possuem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, mas que limitam a mente. Para evitar esse efeito, é necessário praticar exercícios cerebrais. O desafio da neuróbica é ir contra o hábito, o que obriga o cérebro a um trabalho extra. Para isso, são sugeridos procedimentos não usuais, como escovar os dentes com a outra mão, vestir uma roupa com os olhos fechados, trocar o relógio de um pulso para o outro, mudar caminhos no dia a dia, andar de costas dentro de casa, e por aí vai... A ideia principal é que o cérebro não fique acomodado com tarefas iguais todos os dias. Esses estímulos criam novas sinapses, estruturas altamente especializadas que fazem a transmissão de um impulso nervoso de um neurônio para outro, impelindo-os a criarem novos “caminhos” e interligações na estrutura do nosso cérebro. Os estímulos podem ser externos ou internos, como quando lemos algo novo e interessante (interno), ou conhecemos uma pessoa nova, que nos apresenta ideias diferentes e referências que não nos são comuns. A novidade é o que move a constante renovação do cérebro; somos movidos pela descoberta do novo. Imagine o ser humano sem curiosidade? Estaríamos ainda morando nas cavernas, julho, 2012
Cérebro | Especial do Mês
não teríamos desenvolvido a comunicação e tudo o que advém da troca de informações.
Novos conceitos para antigas práticas Ler e estudar sempre foram pré-requisitos para uma mente perspicaz. É lógico que isso ainda vale, pois o conhecimento é o óleo que lubrifica um cérebro esperto e oxigenado. E aquele velho conceito de que depois de chegada a idade adulta o cérebro não se desenvolve mais já caiu por terra há alguns anos. Para ser mais exato, a partir de 1984, quando o professor Michael Merzenich, da Universidade da Califórnia (EUA), provou que o cérebro de macacos adultos podia se modificar profundamente dependendo do estímulo aplicado. Tal descoberta revelou novos caminhos para compreender a plasticidade do cérebro humano e seu desenvolvimento a partir de ginásticas cerebrais. Evitar o sedentarismo com exercícios físicos também melhora a comunicação entre os neurônios, visto que a sinapse se realiza mais eficaz e rapidamente com as células cerebrais bem oxigenadas. A diminuição do estresse causado pelos exercícios físicos também é um fator muito importante para a agilidade e fluência da cognição, principalmente no hipocampo, área destinada às memórias recentes. Atividades de lazer e uma boa noite de sono também são bem-vindas e beneficiam toda a performance cerebral. É no sono, inclusive, que nossas memórias sofrem uma “faxina”, tal como se passássemos um antivírus no “HD” do cérebro.
e principalmente não entupirmos o nosso cérebro com informações desnecessárias, pois acredite: depois de um simples passeio pela cidade, sua mente terá milhares de pequenos novos arquivos tentando arrumar um lugar nessa cabecinha já entulhada de coisas deste universo tumultuado de informações em que vivemos. Revise, duas vezes ao dia, tudo o que você considera interessante para guardar na memória, pois, segundo os especialistas, pouco mais da metade das informações tendem a ser esquecidas em um dia. Outro bom truque é repetir em voz alta, ou mesmo fazer um resumo por escrito do que é importante. A utilização de métodos variados ajuda a separar as informações, deixando-as organizadas para eventuais buscas. Por fim, não esqueça que ao aprender coisas novas e prazerosas, o seu cérebro rejuvenescerá e ficará em forma. “Mens sana in corpore sano”, não esqueça!
Evitar o sedentarismo com exercícios físicos também melhora a comunicação entre os neurônios, visto que a sinapse se realiza mais eficaz e rapidamente com as células cerebrais bem oxigenadas.
Não esqueça Existem algumas dicas bem simples para mantermos fresca a nossa memória, julho, 2012
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Especial do Mês | Cérebro Natalia Razuk
Dor de cabeça infan t “Pai, hoje não quero ir à escola, estou com dor de cabeça”. Quem já ouviu essa frase? Pois é, essa afirmação, muitas vezes vista pelos pais como uma desculpa, está sendo estudada e levada a sério. A falta de atenção a essa reclamação (ou mesmo acatá-la como pretexto para faltar aula) pode condenar a criança a anos de dores angustiantes que irão interferir em toda a sua produção escolar e nas relações sociais durante a infância e adolescência. “Esse problema não é de hoje, mas por muito tempo foi menosprezado”, alertam membros da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Ainda segundo pesquisas do Instituto, quase cinco milhões de crianças e adolescentes do País padecem com cefaleias e enxaquecas. Existe hoje uma nova concepção e percepção das dores de cabeça que acometem as crianças; novos estudos e abordagens traçam um mapa bem mais verdadeiro e capaz de diagnosticar e cuidar dessas terríveis dores nessas pequenas cabeças.
Diferenciando as dores As terminações nervosas das membranas que recobrem o cérebro é que fazem a cabeça doer. Existem muito mais tipos de dor de cabeça do que você imagina: são mais de cem variações, mas as principais são as dores conhecidas como tensionais, que podem ser agudas ou crônicas, e a famosa enxaqueca. Esta atinge cinco em cada cem crianças e é caracterizada por dores na cabeça toda ou em apenas um dos lados; a claridade e o barulho são gatilhos certeiros, náuseas e vômitos também aparecem como sintomas dessa doença, que pode ter origem 34|TotalSaúde
hereditária, embora a ansiedade e a alimentação também possam causar crises. Um erro frequente é diagnosticar a enxaqueca infantil como sinusite, por isso é muito importante você perguntar ao seu filho como, onde e há quanto tempo dói. Buscando informações sobre a intensidade, frequência e a região da dor será muito mais fácil diagnosticar acertadamente. Mudanças de hábitos são fundamentais. É dever dos pais não menosprezar uma dor de cabeça alardeada pelos filhos, pois ela pode representar uma gripe, estresse ou estar associada a um problema mais sério, como infecção do sistema nervoso, doenças renais, problemas circulatórios e até tumores.
Escutando e prevenindo Já existem remédios muito eficazes para tratamentos preventivos das dores de cabeça, principalmente a enxaqueca, esperando para serem aprovados pelas agências regulatórias (FDA, ANVISA etc.) para uso pediátrico. Os que contêm vasos constritores cerebrais são exemplos dessa nova geração que pode fazer milagres para os pacientes com dores de cabeça. Alguns já foram liberados na Europa e nos Estados Unidos, e por aqui estamos aguardando para que as crianças tenham acesso a esses benefícios. Existem muitos casos de crianças e adolescentes que perderam anos de suas vidas na luta contra esse mal, às vezes não tratado com a devida importância. É o caso de Ana*, que começou a sofrer com enxaquecas por volta dos oito anos. Segundo sua mãe, a dor era tanta julho, 2012
Cérebro | Especial do Mês
n til não é brincadeira que a pequena Ana* perdeu dois anos de escola. Na luta por um diagnóstico, a família passou por diversos médicos, o que é bastante comum nesses casos, e finalmente encontrou um que, com uma combinação de remédios e mudanças nos hábitos alimentares, conseguiu estabilizar as dores de cabeça. Embora elas ainda apareçam ocasionalmente, Ana*, hoje com 20 anos, consegue levar uma vida normal. Alguns problemas são clássicos nessas situações, primeiro: muitas vezes os pais demoram a tomar uma atitude realmente séria. Tratam os sintomas apenas e, passando a crise, esquecem. Outros nem sequer levam o problema a sério, e ainda soltam a frase: “Dor de cabeça não é coisa de criança”. Os pequenos, principalmente antes dos cinco anos, não sabem explicar com pormenores sua dor, e isso pode dificultar um pouco o diagnóstico. Mas hoje os médicos estão muito mais precavidos que há 15 anos, época em que a dor de cabeça atrasou muito o desenvolvimento de Ana*, que perdeu dois anos escolares e parte de sua adolescência. Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional, esse fenômeno é ainda pior nas meninas, principalmente na adolescência, devido às alterações hormonais.
rantes e certos tipos de gordura são medidas que ajudam nesse processo, ou seja, uma alimentação saudável e equilibrada, rica em legumes, verduras e com pouca gordura. O sono também precisa ser respeitado. Crianças precisam dormir bem, em lugar escuro e sem barulho. Dormir todos os dias no mesmo horário e manter uma rotina é essencial. A automedicação também pode surtir um efeito drástico: ao serem usados inadvertidamente, os chamados “analgésicos de balcão” podem causar o famoso efeito rebote, que faz com que as dores voltem ainda mais fortes. Durante a crise, um lugar escuro, confortável e silencioso é ideal para a criança melhorar; um ambiente sem estresse também é fundamental. Então, escute com atenção o que os pequenos têm a dizer sobre suas dores e saiba filtrar o que é realmente manha; com o tempo e observação você saberá exatamente o que precisa ser feito. E o mais importante: um acompanhamento médico correto e rotineiro.
O sono também precisa ser respeitado. Crianças precisam dormir bem, em lugar escuro e sem barulho. Dormir todos os dias no mesmo horário e manter uma rotina é essencial.
Cuidados Existem dicas básicas e simples para quem quer evitar ou mesmo diminuir suas dores de cabeça, e elas valem para os pequenos também: consumir menos chocolate, queijo amarelo, molhos, doces ricos em corantes artificiais, refrigejulho, 2012
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Especial do Mês | Cérebro Natalia Razuk
AVC
Quais os principais fatores de risco? Os dados do Ministério da Saúde afirmam que o Acidente Vascular Cerebral, o popular “derrame”, é a principal causa de mortes no Brasil, superando 90 mil casos por ano. A doença é responsável por mais mortes do que a AIDS, a tuberculose e a malária juntas. Apesar de acometer principalmente pessoas com mais de 60 anos, o AVC pode atacar jovens, adolescentes e até crianças. Os fatores de risco são nossos velhos conhecidos, o diabetes, a hipertensão, a obesidade, o sedentarismo e a hereditariedade. O AVC é dividido em dois subgrupos: O Acidente Vascular Cerebral isquêmico, que é o fechamento e a interrupção do fluxo de um vaso sanguíneo em determinada região do cérebro, afetando as funções neurológicas do local atingido e causando sintomas característicos. Oito em cada dez AVCs são isquêmicos. Ele ainda pode ser um Ataque Isquêmico Transitório (AIT), quando o déficit tem menos de 24 horas até o retorno da normalidade, ou déficit neurológico isquêmico reversível (DNIR), quando ultrapassa 24 horas, mas ainda existe um retorno à normalidade. O Acidente Vascular Cerebral hemorrágico ocorre quando há sangramento nas artérias cerebrais, mais finas e sensíveis, podendo ainda causar o aumento da pressão intracraniana e inchaço cerebral, e seus sintomas 36|TotalSaúde
são bem dissimulados. Dois em cada dez AVCs são desse tipo.
Inimigos públicos Médicos vêm batendo na tecla de que deve ser criada no Brasil uma política oficial de prevenção ao AVC, informando e oferecendo controle às enfermidades que aumentam o risco de derrames. A assistência é essencial, um hipertenso precisa ser assistido com frequência; o diabético precisa de monitoramento, e não de uma ou duas consultas ao ano. O AVC é uma questão de saúde pública urgente. O primeiro e maior fator de risco é a pressão alta, também conhecida como hipertensão. A hipertensão impacta mais maleficamente o cérebro do que o coração, alertam os especialistas. Por isso aferir a pressão com regularidade é tão importante. Praticar atividades físicas regulares, ingerir menos de cinco gramas de sal por dia e controlar o peso são imprescindíveis se você pretende sair à frente nessa briga. Alguns hábitos são descaradamente maléficos, e nessa lista o cigarro e o álcool aparecem, com destaque, como uma verdadeira bomba para os vasos cerebrais. O cigarro ataca o endotélio, uma camada interna e sensível dos vajulho, 2012
Cérebro | Especial do Mês
sos e acaba por bloqueá-la. A notícia animadora é que apenas alguns meses sem fumar e os riscos podem diminuir drasticamente. E o álcool, que já foi alçado a protetor por seus efeitos antioxidantes, quando consumido em excesso tem uma ação avassaladora sobre as artérias. Por isso, moderação é a palavra de ordem! A obesidade, e principalmente a gordura abdominal também são agravantes para Acidentes Vasculares Cerebrais. Portanto, aquela velha dupla “dieta e exercícios físicos” precisa fazer parte do seu pacote antiAVC. A medida da circunferência do ventre nos dá o valor exato dessa peça-chave de prevenção: nos homens não deve ultrapassar os 102 centímetros, e nas mulheres o limite é 88 cm. O diabetes e a sua potencial carga extra de açúcar no sangue prejudicam a nossa rede vascular geral, com ênfase nos pés, olhos, coração e também no cérebro; o distúrbio danifica tanto as artérias grandes quanto as pequenas. Nas carótidas, vasos de grande calibre localizados no pescoço, os altos níveis de açúcar ajudam no aumento das placas de gordura, que prejudicam o abastecimento cerebral. Outros aliados do AVC são as doenças do coração, órgão que funciona em total sincronia com o cérebro, bombeando sangue para sua irrigação. As arritmias formam coágulos que julho, 2012
podem ser enviados diretamente para o cérebro. Portanto, cuidar do coração faz bem também ao cérebro! É preciso também estar de olho no estresse e na depressão, dupla que joga a pressão lá pra cima, e ainda causa uma deficiência de reação quando o organismo entra em algum processo inflamatório. A dica é tentar manter a tensão sob equilíbrio e a mente ativa, pois já foi comprovado que quem trabalha o intelecto se recupera bem melhor após um AVC.
Sintomas, atendimento e tratamento... Os dois tipos de AVC podem começar com os mesmos sintomas, tais como dores de cabeça súbitas, dormência em um lado específico do corpo, dificuldade para falar, enxergar e caminhar, além de falhas na coordenação motora. Quanto mais cedo for feito o atendimento, maiores serão as chances de sobrevida e menores as extensões das sequelas. A tomografia do crânio é o exame que aponta o tipo do derrame. A intenção é sempre liberar a pressão na área atingida. Agora que você já conhece todo o pacote antiAVC, é hora de colocar as dicas em prática e derrubar esses números. Estamos juntos nessa? TotalSaúde|37
Especial do Mês | Cérebro Natalia Razuk
Ativando o cérebro com exercícios físicos O corpo humano nos ensina a cada dia mais. Novas descobertas nos revelam maravilhas e prodígios dessa máquina perfeita em que o equilíbrio é a palavra-chave. E no quesito mistérios, o cérebro é um dos campeões. Você sabia que exercícios físicos colaboram para o bom funcionamento desse órgão tão complexo? Pois é! Cérebro e músculos funcionam em perfeita simbiose, um ajudando o outro. Quando o cérebro está bem irrigado e oxigenado fica muito mais protegido de acidentes cardiovasculares, os temidos AVCs, e mais: os exercícios físicos reduzem a glicose, impedindo que o excesso de resíduos danifique as células, derrubando as chances de demência e do mal de Alzheimer. Num organismo equilibrado e saudável a insulina age no combate ao acúmulo de placas amiloides; já o excesso de resíduos colabora para o aumento dessas placas, causando prejuízo aos neurônios. A atividade física ainda é a melhor opção para diminuir as tensões cotidianas e promover a produção de endorfinas.
Uma questão de inteligência Quando nos exercitamos o coração bate mais rapidamente, bombeando sangue para todo o corpo. Em consequência disso o cérebro se beneficia e ativa ainda mais os seus circuitos, fazendo com que as sinapses ocorram de forma plena. É por isso que nos sentimos bem-humorados e com o raciocínio aguçado ao nos exercitarmos, resultado da serotonina que é liberada. O condicionamento 38|TotalSaúde
por meio da ginástica dos músculos, do pulmão e do coração resulta num cérebro muito mais ativo e inteligente. Quando o coração é acelerado, impulsiona o cérebro e todos os seus circuitos, fator que, segundo pesquisas recentes, é o grande benefício consequente das atividades físicas. O crescimento dos músculos e o condicionamento cardíaco e pulmonar são meros coadjuvantes quando falamos no tamanho do potencial que os exercícios exercem sobre o nosso humor, bem-estar e impulso do raciocínio.
Sempre motivados As atividades físicas também permitem a liberação da dopamina, neurotransmissor agente do prazer e da motivação. Você já prestou atenção em como se comunica e interage durante os exercícios? Durante a atividade física ocorrem reações no nosso organismo que nos levam a interagir socialmente e conhecer novas pessoas. E o melhor: todos esses estímulos ocorrem por toda a vida, por isso os exercícios fazem tão bem aos idosos. Exercícios aeróbicos são capazes de estimular as conexões dos neurônios e promover a divisão das células-tronco que acabaram de nascer, prevenindo o atrofiamento da área cerebral responsável pela memória. Como se não fosse o suficiente, o cérebro que recebeu estímulos de exercícios físicos beneficia a neuroplasticidade e a neurogênese, ou seja, a composição de novos neurônios. julho, 2012
Cirurgia plástica | Medicina Fernanda Monteiro
Já existe uma prótese
de silicone feita
especialmente pra você Baixa, média, alta ou muito alta? Com superfície lisa, texturizada, revestida com espuma de poliuretano, redonda ou em forma de gota? Líquida ou em gel? A prótese de silicone está disponível em infindáveis formas e tamanhos e não mais limita a escolha aos milésimos de litro (ml) que exclusivamente definiam o modelo do implante anos atrás. Um amplo leque que possibilita esculpir o busto da maneira sonhada. E como quem faz a opção pelo silicone não quer passar despercebida, a prótese de perfil alto é a mais requisitada pela maioria das pacientes, principalmente nos Estados Unidos. Os seios turbinados não fazem parte do biótipo da mulher brasileira, o que não impede que o implante seja um desejo nacional. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam que as intervenções estéticas mais realizadas aqui são aumento de mama (21%), lipoaspiração (20%) e abdômen (15%). A dúvida mais frequente das pacientes em relação à cirurgia plástica de aumento dos seios seja qual o tamanho e forma ideais de prótese silicone que ela deve colocar devido aos avanços mencionados no início da matéria e a confusa ideia de que o que serviu para uma cairá bem na outra. “Ainda é comum uma paciente chegar ao consultório e querer imitar a prótese que ela adorou na amiga ou viu em uma revista”, afirma a cirurgiã Daniela Bazili. Só que é preciso respeitar as individualidades e proporções. “Caso contrário, o resultado será frustrante”, defende Bazili. julho, 2012
A paciente deve explicar como gostaria que ficassem os seios, sendo clara quanto ao resultado que deseja atingir. A informação mais importante a ser repassada ao cirurgião plástico é se sonha com mamas mais aparentes ou menores e mais naturais. Então, o médico avalia a anatomia da paciente, a largura de seu tórax, sua estatura e peso, a largura da base da mama, o tamanho das aréolas, a quantidade e espessura de pele, além da quantidade de glândula mamária que irá cobrir a prótese. Um bom tamanho de prótese de silicone é aquele que melhor se harmoniza com a silhueta da paciente, de modo que as pessoas não percebam que se trata de uma prótese de silicone. Deve-se tomar cuidado para não cruzar a linha que separa a normalidade estética do exagero e artificialidade. “O cirurgião tem a obrigação de alertar a paciente quanto a possíveis exageros”, adverte Bazili que, de cada 10 mulheres que procuram seu consultório, 8 querem seios maiores. As primeiras próteses eram produzidas com revestimento de silicone e uma esponja também de silicone preenchendo seu interior. Daí várias modificações foram realizadas, inclusive o revestimento ficou mais fino e a esponja foi trocada por silicone gelatinoso que dá ao conjunto uma aparência mais natural. A variedade de formas e revestimentos representa um avanço para quem quer ficar mais bonita, mas sem dúvida, as mulheres devem optar sempre pelo corpo saudável. Uma dica Total Saúde!
Dra. Daniela Bazili CRM/MS 3919 Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Residência na Santa Casa. Membro Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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Medicina | Higiene íntima feminina
Camila Cruz
Higiene ínti m Muitas vezes, a rotina da mulher brasileira não é fácil. Haja disposição para trabalhar, estudar, cuidar da casa e dos filhos, tudo ao mesmo tempo! Mas diante de tantas tarefas, é necessário dedicar atenção também para o próprio corpo, incluindo todos os cuidados com a higiene íntima, que são importantes para eliminar odores e proteger a região genital de problemas sérios de saúde, que podem comprometer até mesmo a fertilidade. Sabemos que conversar sobre esse assunto pode ser constrangedor, mas é importante que todas as mulheres tomem os devidos cuidados, principalmente porque a região genital feminina é uma parte sensível que se depara, ao longo do dia, com diversos fatores e substâncias, como o suor, a gordura, umidade, urina e células mortas. Uma boa higiene é fundamental, e basta um descuido no dia a dia para causar ardência, irritação, um constrangedor mau cheiro e infecções vaginais por bactérias que levam à coceira e corrimentos brancos, amarelos ou esverdeados. A falta de higiene adequada pode causar ainda a multiplicação de fungos, provocando infecções como a candidíase, por exemplo, que não é normal, porém é muito comum nas mulheres. Pensando nisso, médicos da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) revisaram 120 artigos científicos e elaboraram o I Guia de Condutas sobre Higiene Íntima Feminina, destinado tanto aos médicos ginecologistas quanto ao público leigo que se interessa pelo assunto. A ideia é responder às dúvidas frequentes das mulheres sobre o modo correto de se fazer a limpeza, os produtos de higiene adequados, além de condutas para
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situações específicas. Os profissionais acreditam que seguir essas recomendações à risca é manter o sistema de defesa em ordem nessa região. Uma das orientações do livro é sobre a utilização de produtos inadequados que podem alterar as defesas locais, favorecendo o ataque de germes como a clamídia, por exemplo, que é protagonista de infecções pélvicas, podendo comprometer a fertilidade. E, uma vez em contato com vírus ameaçadores, como o da hepatite, se as células defensoras não estiverem preparadas, o risco de contrair essas doenças aumenta bastante. Especialistas indicam que as mulheres se observem mais e com a ajuda de um espelho, analisem cada detalhe de sua região íntima. E, atenção: esqueça a região interna da vagina, pois duchas e introdução de produtos não são nada aconselhados, exceto com prescrição médica. O foco da limpeza deve se restringir à parte externa, que inclui a pele da vulva, a raiz das coxas, região perianal e ao interior dos grandes e pequenos lábios.
Sabonete íntimo Os sabonetes classificados como hipoalergênicos na embalagem são os mais apropriados. O termo indica que a fórmula foi desenvolvida com o intuito de provocar menos alergias nessa área. Dê preferência aos sabonetes íntimos, já que, geralmente, contêm ácido lático, um componente natural da pele. Os sabonetes alcalinos não são indicados porque influenciam a multiplicação dos lactobacilos que defendem a vulva. Os produtos em barra também não são uma boa opção por serem, normalmenjulho, 2012
Higiene íntima feminina | Medicina
ma feminina te, compartilhados por toda a família, o que facilita a contaminação. O ideal é escolher sabonetes com detergência suave, que formam pouca espuma e afetam menos a pele. Para mulheres que vivem na correria e não são alérgicas, os lenços umedecidos podem ser uma alternativa para a higiene no meio do dia. Mas é importante conversar primeiro com o médico.
Higiene correta! A orientação é fazer a higiene no banho diariamente, usando, se necessário, um sabonete íntimo prescrito pelo ginecologista. Com uma pequena quantidade do produto, o indicado é fazer movimentos circulares na região íntima e enxaguar com água corrente, que facilita a remoção mecânica dos resíduos. Evite fazer a limpeza de trás para frente, é sempre ao contrário! Pois na parte do ânus pode haver coliformes fecais e causar sérias infecções. Por último, use uma toalha seca e limpa para absorver a água restante.
Tempo e frequência É bem comum as mulheres fazerem a limpeza da região íntima com pressa e sem dedicar uma atenção especial, atitude não recomendável. Entretanto, não é necessário exagerar nesse cuidado, já que o tempo de higienização não deve ultrapassar três minutos, para evitar o ressecamento da pele. Isso porque a vulva tem um pH ácido e é colonizada por bactérias “do bem”, que formam uma barreira de defesa contra micro-organismos prejudiciais. Não interferir muito nesse pH é, portanto, a primeira medida para prevenir não só coceiras julho, 2012
e corrimentos, mas também uma série de problemas. Já o número de lavagens varia de acordo com a estação do ano. No clima quente, quando a produção de sebo e de suor fica elevada, a limpeza pode ser realizada até três vezes por dia. Já no clima frio, uma higienização diária basta.
Dicas importantes Depois de praticar exercícios físicos ou voltar da praia, o mais recomendado é ir direto para o banho, munida de um sabonete íntimo. Isso porque o exercício induz à produção de suor e secreções; já a areia e a água do mar formam um coquetel de detritos e muita umidade. Nos dias de menstruação, o recomendado é fazer a troca do absorvente a cada quatro horas, mesmo se ele estiver seco, pois o sangue é um meio de cultura e favorece a proliferação das bactérias existentes na flora gastrointestinal e no trato urinário. Após as relações sexuais, é importante urinar para expulsar as bactérias que possam ter entrado no canal urinário. Quanto às calcinhas, procure utilizar as que são produzidas com algodão, pois ajudam na ventilação da parte íntima. Na hora de dormir, se for possível, é aconselhável tirá-la, para evitar a proliferação de fungos. Ir ao médico ginecologista pelo menos uma vez ao ano é importante, para que o profissional faça os exames necessários e forneça as orientações corretas para cada caso. Parece complicado, mas não há segredo com a higiene íntima da mulher, pois esses são hábitos simples e corriqueiros, que não exigem grandes esforços. Em troca, você garante uma sensação de conforto, bem-estar e saúde.
A orientação é fazer a higiene no banho diariamente, usando, se necessário, um sabonete íntimo prescrito pelo ginecologista. Com uma pequena quantidade do produto, o indicado é fazer movimentos circulares na região íntima e enxaguar com água corrente, que facilita a remoção mecânica dos resíduos.
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Medicina | Phonak Nano
Phonak Nano O menor aparelho auditivo personalizado do mundo.
Representante Exclusivo Andreia B. Oliveira Lot Fonoaudióloga Especialista em audiologia Supervisora do ambulatório de processamento auditivo da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina Luciana Cardoso Delmondes Fonoaudióloga Aperfeiçoamento em Audiologia Clínica Endereço Av. Afonso Pena, 3504 7º andar sala 77 Campo Grande/MS Fone 55 67 3384 1626
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Chega ao Brasil o Phonak Nano, menor aparelho auditivo personalizado do mundo. O intra-aural (usado dentro do canal auditivo) é praticamente invisível e faz parte da nova linha de produtos da Phonak, líder mundial em soluções audiológicas. Além do tamanho, a alta tecnologia traz desempenho sonoro e vantagens que nenhuma outra marca oferece. Entre elas está o CROS, uma solução sem fio que leva o som do aparelho auditivo de um ouvido ao outro, mesmo sendo a perda auditiva de grau diferente. Já a função de microfones direcionais capta o som em situações de ruído, seja com o interlocutor posicionado à frente, ao lado ou atrás da pessoa com perda auditiva. Com este recurso é possível também reduzir barulhos e captar somente o som desejado para melhor compreensão. Os problemas mais comuns relatados por usuários de aparelho auditivo são dificuldade para ouvir sons agudos, microfonia e ruídos em geral. Para cada um desses incômodos, a Phonak possui uma solução. O SoundRecover é capaz de compactar as altas frequências melhorando a inteligibilidade e qualidade ao mesmo tempo. Já o WhistleBlock usa diferentes níveis de supressão para cada situação, mantendo a microfonia sob controle. Contra os ruídos, há o NoiseBlock, para identificar rapidamente o que é ruído e eliminá-lo, en quanto o SoundRelax suprime barulhos de impacto, como portas e louças batendo, entre outros sons que causam irritação. Para o lazer e a prática de esportes, usar aparelho auditivo não é empecilho. A Phonak dispõe de dois modelos resistentes à água (M H2O e Naída), que permitem à pessoa tomar chuva, ir à piscina, fazer hidroginástica ou nata-
ção, e até ir à praia, já que também são resistentes a poeira. É bom lembrar que não há aparelhos auditivos totalmente à prova d’água, determinado pelo IP, classificação que incide na capacidade do dispositivo poder ficar submerso em água de forma temporária (nível 7) ou contínua (nível 8). “O mais importante é ouvir com qualidade enquanto se está fora da água. Afinal, quando se está submerso, a audição não é tão importante”, afirma Marilisa Zavagli, fonoaudióloga e diretora de produtos da Phonak. Todos os aparelhos auditivos da Phonak são fabricados por meio da Produção Digital. Entre os diferenciais estão maior conforto, resistência, melhor retenção na orelha e menos microfonia, além de melhor estética. O mais importante: permite a confecção de novos moldes sem necessidade de nova impressão da orelha. “Quando o paciente faz o molde para a confecção do seu primeiro aparelho, os dados são digitalizados e registrados. Mesmo que a pessoa esteja em um local distante, basta informar o seu código pessoal que a Phonak pode enviar um novo aparelho para qualquer lugar que ele estiver”, conta Marilisa.
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Comportamento | Nativos digitais Patrícia Konder Lins e Silva
Chegaram os
nativos digitais
Patrícia Konder Lins e Silva Formada em Pedagogia, cursou as faculdades de Biologia, Sociologia, Filosofia e Letras. Orientadora pedagógica da Escola Parque, no Rio de Janeiro, há mais de 30 anos. Publicou o livro “Inteligência se Aprende” em 2010. Realiza palestras sobre educação em diversas instituições. Em 2012, apresentou trabalho no evento promovido no Colégio Brasileiro de Cirurgiões “E.S.S.E mundo digital” e na associação Escolas-Rio, com o tema Inteligência se Aprende. Em agosto vai participar do Congresso Nacional de Neurociências.
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As crianças nascidas na primeira década do século 21 crescem imersas em iphones, ipads, ipods, computadores, câmeras de vídeo e de fotos e tantas outras maquinetas inventadas nos últimos 20 anos, todas com base na tecnologia digital. Elas não fazem ideia da vida sem computadores, sem telefone celular ou telas touch screen. São os nativos digitais, como os chamou Nicolas Carr, um pensador norte americano. Os nativos digitais usam as novas tecnologias desde o nascimento, o que faz com que aprendam de modo diferente, porque constroem novas conexões cerebrais. Não importa se o modo é melhor ou pior de aprender. É diferente e inevitável. O século 21 teve seu início marcado pela tecnologia digital, que provoca uma ruptura no modo de interpretar o mundo, de conceber a vida. Não é apenas mais uma transformação que ocorre no desenvolvimento da humanidade, mas de uma mudança de paradigma na visão de mundo, uma modificação radical. Quando a humanidade inventou a escrita, houve uma transformação marcante no acesso à informação e ao conhecimento. Até então, o suporte do saber era a memória e a oralidade. As pessoas memorizavam e transmitiam a informação. A escrita, e depois a invenção da imprensa, por meio de livros e outras publicações, tornou a informação acessível a muitos, e garantiu mais exatidão, pois já não dependia, exclusivamente, da memória humana. Da oralidade para a leitura, houve uma adaptação no cérebro para lidar com o novo tipo de mediação com o conhecimento. Vive-se, hoje, uma situação semelhante. A tecnologia digital provoca outras conexões cerebrais e transforma o modo
de conhecer, de aprender. E criou uma situação inusitada: as novas gerações dominam o novo instrumental para interpretar e agir sobre a realidade, mas estão sozinhas nessa empreitada. A geração adulta não tem experiência e nem conhecimento para indicar rumos. A geração de adultos nascidos antes da última década do século 20 Nicolas Carr chama de imigrantes digitais. Por mais que tenham aderido à nova tecnologia, não nasceram imersos nela; lembram-se do mundo sem a internet e celulares, têm “sotaque”, recordam o passado, outra cultura. Conhecem uma língua diferente da dos nativos. Diante da realidade contemporânea, a escola, que ainda tem a forma do século 19, precisa se repensar: recebe alunos nativos digitais e quem os educa são imigrantes digitais. Defrontam-se duas linguagens distintas, duas diferentes interpretações da realidade, dois modos de estabelecer conexões e relações entre saberes, o que cria perplexidade e mal-estar na educação escolar das crianças e jovens de hoje. É preciso uma reflexão profunda para tentar superar a obsolescência da escola atual. As novas tecnologias criaram uma instabilidade de referências e valores que exigem uma educação para a transitoriedade, para a impermanência. Permanente é a capacidade de pensar e de aprender dos seres humanos. As novas gerações devem ser instigadas à aprendizagem constante e ao enfrentamento de desafios. Os conteúdos obrigatórios dos programas escolares estão nos sites de busca. É fácil acessá-los. O difícil é filtrar a informação e relacionar os saberes para solucionar problemas, que é o que a escola deve ensinar às gerações que vão viver em outro tempo, seguindo outro paradigma. julho, 2012
Bem-estar | Arquitetura na saúde Camila Cruz
Um novo modelo de hospital está surgindo, baseado na forte corrente de humanização defendida por estudos e pesquisas sobre a arquitetura de instituições de saúde.
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Arquitetura Já reparou que algumas pessoas têm verdadeiro pavor só de pensar em ficar internadas e não gostam nem de passar perto do hospital? Realmente, esses lugares não são nada parecidos com a nossa casa, sobretudo pela questão do aconchego e bem-estar. Porém, a medicina já vem se preocupando, há algum tempo, com a arquitetura desses ambientes de saúde. O objetivo desse cuidado é evitar ainda mais sofrimento e desgaste psicológico do enfermo, fazendo com que o conforto do espaço auxilie no tratamento e até na recuperação do paciente. A arquitetura hospitalar começa desde o projeto estrutural e vai até a avaliação de todos os itens de decoração. Mas não é nada fácil, pois os estabelecimentos de saúde devem atender a todas as especificações que são impostas pelo Ministério da Saúde, além de normas rígidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Tudo isso para que o paciente se sinta o mais próximo possível de sua casa, mesmo estando em um quarto de hospital; tendo, portanto, familiaridade e segurança. Mas não basta apenas ser um hospital bonito e bem planejado se o paciente não for visto como “um todo”. A humanização precisa andar de mãos dadas com a arquitetura, pois também são fundamentais a atenção, o acolhimento e o bom atendimento vindos de todos os que estão envolvidos nesse processo, como os médicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica, até mesmo os familiares e as visitas. Muitos hospitais, tanto os particulares quanto os públicos, já têm focado nisso, e os arquitetos especialistas em saúde precisam estudar bastante para poder desenvolver projetos e criar ambientes adequados ao processo de cura.
Na rede pública foi criada, em 2003, a “Política Nacional de Humanização”, que busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar.
História A preocupação com a arquitetura na saúde acompanha o avanço da tecnologia nos hospitais desde a década de 80, e os serviços precisam se adequar constantemente. Segundo o artigo escrito pela arquiteta Elza Maria Alves Costeira, “O hospital do futuro: uma nova abordagem para projetos de ambientes de saúde”, a arquitetura foi a primeira arte a ocupar-se do hospital, antes mesmo da medicina. Templos, conventos e mosteiros foram as primeiras instituições a recolher doentes e providenciar-lhes atenções especiais. No Brasil, um dos pioneiros nesses estudos foi o renomado arquiteto João Filgueiras Lima, que é reconhecido especialmente pelo conjunto de projetos que desenvolveu (e ainda desenvolve) junto à rede de hospitais Sarah Kubitschek. O profissional colaborou para a construção de Brasília, mas sempre direcionou muito o seu foco à arquitetura hospitalar e adotou soluções para espaços de saúde, priorizando a coletividade sem deixar de lado a humanização desses ambientes por meio das formas, cores, da luz, das ambientações e das paisagens necessárias ao conforto de quem passa por um momento delicado.
Cores e luz no ambiente hospitalar As cores nos hospitais são consideradas coadjuvantes do processo de recupejulho, 2012
Arquitetura na saúde | Bem-estar
a na saúde ração, pois têm o poder de atuar no equilíbrio do corpo e da mente. Sua utilização deve ser planejada nos hospitais, justamente porque se trata de um lugar onde as pessoas lidam constantemente com fortes emoções, como doenças, morte, nascimento e reabilitação. Arquitetos da área explicam que o contato apenas com cores monótonas pode interferir na avaliação física e nos aspectos emocionais e psicológicos, de forma consciente ou não. O branco, por exemplo, sempre foi a cor preferida para compor os ambientes dos hospitais e serviços de saúde, já que remete à limpeza e à tranquilidade, mas, com o passar do tempo, a cor deixou os locais mais frios e impessoais. Por isso, não é mais regra! Mesmo assim as dificuldades são grandes, pois muitas vezes o que encontramos é um ambiente hostil e sem vida. A chamada “cromoterapia” é a ciência que aplica as diferentes cores para alterar ou manter as vibrações do corpo naquela frequência, resultando em saúde, bem-estar e harmonia. As variadas cores podem auxiliar nessa sensação de familiaridade. A iluminação também é outro diferencial: para amenizar a sensação de clausura, é recomendada a utilização de iluminação artificial com luzes brancas e amarelas. Por exemplo: o paciente pode deixar o quarto com um clima mais aconchegante para ler um livro ou assistir à televisão e, durante um procedimento médico, a luz pode ficar mais forte.
Novo modelo de hospital No artigo citado, a arquiteta Elza Costeira relata que um novo modelo de hospital está surgindo, baseado na forte corrente de humanização defenjulho, 2012
dida por estudos e pesquisas sobre a arquitetura de instituições de saúde. Essa nova estrutura nos parece mais provável em hospitais particulares, mas não significa que seja impossível de ser alcançada nas instituições públicas. Os atuais projetos têm como objetivo: Eliminar os fatores ambientais estressantes, como ruídos, falta de privacidade, iluminação excessivamente forte e baixa qualidade do ar interior. Conectar o paciente à natureza por meio de janelas panorâmicas para o exterior, jardins internos, aquários ou elementos arquitetônicos com água. Oferecer opções de escolha entre privacidade, ambiente social, controle da intensidade da luz, escolha do tipo de música no ambiente, opções de posições para se sentar, silêncio e quietude ou áreas de espera. Disponibilizar oportunidades de socialização por meio de arranjos convenientes, assentos que promovam privacidade aos encontros de grupos de familiares, acomodações para a família e acompanhantes nos ambientes de internação e para pernoite nos quartos.
Muitos hospitais, tanto os particulares quanto os públicos, já têm focado nisso, e os arquitetos especialistas em saúde precisam estudar bastante para poder desenvolver projetos e criar ambientes adequados ao processo de cura.
Promover atividades positivas de entretenimento, como arte interativa, conexão à internet, acessibilidade a vídeos especiais com programas que possuam imagens e sons reconfortantes e adequados à assistência à saúde. Promover ambientes que remetam a sentimentos de paz, esperança, reflexão, conexão espiritual, relaxamento, humor e bem-estar.
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Nutrição | Chá Natalia Razuk
Chá-verde, bran Três cores para a sua saúde!
O chá-verde é o preferido quando o assunto é antioxidante. Dentre os chás consumidos no Brasil, ele é um dos mais populares.
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Com certeza você já escutou alguma história envolvendo essa tríade colorida de chás. Apontadas como “milagrosos”, essas bebidas vêm com promessas de emagrecer, agirem como antioxidantes e desintoxicar. O chá é uma bebida geralmente quente, feita a partir da infusão de folhas, flores, raízes ou Camellia sinensis. No Brasil, costumamos chamar popularmente de chá qualquer infusão de frutos, folhas, raízes e ervas, como um sinônimo generalizado, mas, na verdade, o chá autêntico é apenas a infusão adquirida a partir da Camellia sinensis. E é por meio dessa planta que são originados os chás “queridinhos” do momento: vermelho, branco e verde. O que muda é a forma do cultivo da planta, a coleta, o preparo e o processamento das folhas, que pode ser por meio de oxidação ou fermentação. O chá-branco não é fermentado, é produzido a partir das mais jovens folhas, coletadas antes mesmo de suas flores se abrirem, quando há brotos cobertos por fina penugem esbranquiçada. O chá-verde tem as folhas aquecidas e secas, resultando na oxidação dos seus componentes, e é levemente fermentado. O chá-vermelho se diferencia pela fermentação que ocorre ao final do processo do seu preparo. É nesta etapa que ele irá adquirir a cor e o aroma característicos. A Camellia sinensis é uma árvore que mede até 15 metros de altura, original do nordeste da Índia e do sul da China. Por isso a influência da bebida se espalhou primeiro no continente asiático, onde é popular até hoje, e dizem ser um dos segredos da longevidade dos orien-
tais. Historicamente, não há registros de quando o chá começou a ser utilizado como erva medicinal, mas como bebida social, documentos comprovam que na dinastia Tang (618 a 907), o hábito do consumo de chá já estava inserido. O primeiro país europeu a ter contato com a bebida foi Portugal, e a partir dele chegou ao Brasil.
As três cores da beleza Aqui no Brasil, a cultura do chá não é muito disseminada, mas já cresceu bastante se compararmos à de alguns anos atrás. Hoje, há até quem troque o tradicional cafezinho por uma boa xícara de chá. As mulheres foram as primeiras a aderir o hábito, e os chás mais consumidos são aqueles que prometem emagrecer ou retardar o envelhecimento. O chá-verde, branco e vermelho têm sido os preferidos dessas novas consumidoras, justamente por apresentarem benefícios em relação ao combate de radicais livres e ajudarem com a perda de peso nas dietas. Como os três são derivados de uma mesma planta, eles possuem propriedades bastante parecidas. Todos apresentam características antioxidantes, diuréticas, emagrecedoras e desintoxicantes. Também funcionam na prevenção de gripes e resfriados, são antibacterianos e anticoagulantes. O chá-verde é o preferido quando o assunto é antioxidante. Dentre os chás consumidos no Brasil, ele é um dos mais populares. É também muito utilizado na cultura oriental. Estima-se que sejam produzidos, anualmente, três bilhões de julho, 2012
Chá | Nutrição
anco e vermelho quilos do chá. Tanto sucesso é devido ao fato de ser rico em flavonoides (substância que pode prevenir do câncer), manganês, potássio, ácido fólico e vitaminas C, K, B1 e B2. O chá-branco é menos conhecido, um pouco mais caro e tem sabor mais suave. É desintoxicante, diurético e acelera o metabolismo, favorecendo a perda de peso, sendo muito recomendado por nutricionistas para auxiliar no emagrecimento. Já o chá-vermelho é mais conhecido por ajudar na aceleração do metabolismo do fígado, por ter poderes antidepressivos, favorecer a redução do colesterol e facilitar a digestão. Além disso, é eficiente como inibidor do apetite.
tação saudável, a prática de exercícios físicos e boas horas de sono. Tomar um chá pode ser também uma boa desculpa para uma pausa durante a correria do dia a dia. O chá pode nos ajudar a desfrutar momentos de respiração tranquila e mente livre. Adquira esse hábito, relaxe e aproveite para desfrutar todos esses benefícios, basta escolher a sua cor!
Novos hábitos Para quem não gosta da bebida por ela ser quente, haja vista que moramos em um País tropical, uma boa opção são as versões geladas do chá-verde, branco e vermelho, que podem ser encontradas também associadas a sabores como laranja, gengibre e lichia. É importante ressaltar que o consumo da bebida só é saudável se feito com moderação. A Camellia sinensis é rica em cafeína, o que pode ser prejudicial para os hipertensos. Quem sofre com insônias deve também evitar o consumo diário e, mesmo para os dorminhocos, consumir a bebida em excesso durante a noite pode atrapalhar. Também é válido lembrar que apenas o chá não faz milagres! Nem para emagrecer, nem para garantir uma vida saudável... Junto ao consumo da bebida, é preciso adquirir hábitos saudáveis, aqueles nossos “velhos conhecidos”: uma alimenjulho, 2012
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Nutrição | Nutrição Clínica Dra. Tatiane Savarese Attilio
Nutrição
Clínica
O tratamento por meio dos alimentos ONDE ENCONTRAR
Rua Elvira Coelho Machado, 532 Chácara Cachoeira (67) 3349 1569 www.atitudesaude.com.br
Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175 Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensão na área da saúde.
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Mesmo antes do nascimento, o nosso organismo passa por inúmeras etapas, não é verdade? E você já parou para pensar em como essa composição é uma “máquina perfeita”? Na correria do dia a dia acabamos por nos esquecer disso, assim como nos esquecemos da forma adequada de tratar essa “máquina”. Atividade física regular, hábitos saudáveis e menos estresse são práticas conhecidas por todos quando o objetivo é a busca de saúde e qualidade de vida. Afinal, quem não quer envelhecer de forma saudável e com independência física? Para que isso aconteça, devemos cuidar da nossa alimentação. E daí você pensa: “Já sei, comer corretamente - muitas verduras, legumes e frutas”. É... O seu pensamento está parcialmente correto, porém uma alimentação saudável é muito mais que isso. Vou explicar. Existe uma vertente da Nutrição que ajuda o organismo de acordo com as suas mudanças e contribui de forma significativa para o perfeito desenvolvimento e crescimento, além da manutenção e/ou recuperação da saúde. É a Nutrição Clínica, e o tratamento de doenças por meio dos alimentos é deno-
minado Dietoterapia. Funciona assim: a Nutrição Clínica utiliza os componentes de cada alimento, que são chamados de nutrientes e substâncias bioativas, de forma que o organismo receba tudo o que precisa em determinada situação, seja apenas uma mudança de atividade física ou mesmo o tratamento de uma doença grave como o câncer. E este não é um tratamento ilusório, pelo contrário: a Nutrição Clínica está embasada em estudos que comprovam o efeito real dos nutrientes e substâncias bioativas como tratamento. Quer um exemplo? O resveratrol. Esta é uma substância bioativa presente nas uvas de casca de cor vermelho-intenso e é utilizada no tratamento de cardiopatias (problemas no coração). Esse é apenas um exemplo. Outras substâncias e nutrientes são utilizados no tratamento de diversas doenças, como hipertensão, diabetes e dislipidemias. Porém, mais importante que tratar é prevenir! Por isso, não espere adoecer para modificar seus hábitos alimentares. Aprenda como utilizar os alimentos de forma a contribuir para a manutenção da sua saúde e prolongar o envelhecimento. julho, 2012
Chegou o STARLUX ARTISAN® O LANÇAMENTO DA PALOMAR PARA REJUVENESCIMENTO DA PELE E TRATAMENTO DE MANCHAS E ESTRIAS
Acaba de chegar ao Brasil a mais nova e potente plataforma de laser e luz intensa pulsada da renomada fabricante americana Palomar. O Starlux Artisan é ideal para tratar vasinhos faciais, rugas, manchas, estrias, cicatrizes cirúrgicas e de acne, rosácea, fotoenvelhecimento e melasma. Os procedimentos com Starlux Artisan apresentam resultados cientiicamente comprovados. O tratamento com o laser Lux Artisan 1540 é o único do mercado que possui FDA para estrias! Entre em contato através do e-mail starluxms@gmail.com e solicite maiores informações.
Comportamento | Falar sozinho Camila Cruz
Falar sozinho
Diálogos consigo mesmo aumentam a função cognitiva do cérebro, ou seja, melhoram o processo de conhecimento e o armazenamento de informações.
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Que atire a primeira pedra quem nunca falou sozinho! Seja por pensar alto, procurar algum objeto perdido ou até mesmo por cantar dentro do carro. Quem vê de longe, pode até pensar que a pessoa está com algum distúrbio psicológico, não é verdade? Porém, uma pesquisa da Universidade de Wisconsin-Madison e da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovou que falar sozinho pode não ser sinal de loucura, muito pelo contrário, auxilia no desenvolvimento da inteligência. O estudo foi publicado na revista internacional Quarterly Journal of Experimental Psychology, e explica que diálogos consigo mesmo aumentam a função cognitiva do cérebro, ou seja, melhoram o processo de conhecimento e o armazenamento de informações, o que envolve diferentes sentidos, como a atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação e pensamento.
Pesquisa A pesquisa foi inspirada no fato de que muitas pessoas murmuram para si mesmas quando, por exemplo, estão tentando encontrar algum produto específico nas prateleiras do supermercado. Os psicólogos americanos estavam intrigados e queriam descobrir, por meio de uma série de estudos, se falar sozinho ajuda mesmo a encontrar esses itens. Para comprovar a hipótese, eles fizeram um teste bastante simples. Em uma das dinâmicas, as pessoas precisavam encontrar a foto de um objeto em meio a vários outros. Alguns voluntários precisavam fazer isso em silêncio e, consequentemente, levaram mais tempo para concluir a tarefa do que os que eram autorizados a falar o nome da figura. Na
segunda atividade, um site de compras on-line foi usado em um experimento similar, sendo comprovado que quem falava os nomes dos produtos pedidos para serem procurados era bem mais veloz na busca, porém a tentativa deu certo apenas nos casos em que o objeto já era conhecido.
Razões Você já ouviu por aí o termo “solilóquio”? É assim que é chamado o discurso de uma pessoa que fala consigo mesma. E existem diversas explicações para a tal ação. Muitas vezes as crianças conduzem uma conversa com um amigo imaginário ou um amigo real que simplesmente não está ali no momento, mas especialistas afirmam que isso é natural e faz parte do desenvolvimento. Quanto aos adultos, psicólogos explicam que, em alguns momentos, falar sozinho pode ajudar a perceber o que se passa dentro de si mesmo ou a entender melhor algo de difícil compreensão. Por exemplo: quando estamos lendo um texto muito complexo, verbalizar e ouvir nossa própria memória auditiva interna ajuda a entender melhor o que está escrito. Outra razão é a chamada memória prospectiva, pois, à medida que envelhecemos, piora a nossa capacidade de lembrar coisas que pretendíamos fazer, e dizer para si próprio essa vontade, em voz alta, pode ajudar na recordação. É claro que, em certos casos, falar sozinho pode significar alguma doença psicológica. Portanto, é importante sempre verificar se quando isso acontece é acompanhado de outros sintomas, e se há o controle da situação. Nesses casos, consultar um especialista é fundamental para o diagnóstico e tratamento corretos. julho, 2012
Receita | Bolo de cenoura
Bolo de cenoura Ingredientes Massa
Cobertura
4 cenouras médias 1 copo (requeijão) de óleo 3 ovos 3 copos (requeijão) de açúcar 3 copos (requeijão) de farinha de trigo 1 colher (sopa) de fermento em pó
5 colheres (sopa) de açúcar 5 colheres (sopa) de leite 2 colheres (sopa) de chocolate 1 colher (sopa) de margarina 1/2 lata de leite condensado
Modo de preparo Massa Bata no liquidificador os três primeiros ingredientes: óleo, cenouras picadas e ovos. Reserve. Na batedeira, junte o açúcar e a farinha de trigo peneirada com a primeira mistura feita no liquidificador. Bata até a mistura ficar homogênea. Junte o fermento sem bater. Coloque em forma untada e leve ao forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos. Cobertura Junte todos os ingredientes em uma panela e deixe ferver até dar o ponto de caramelo.
Dicas - Antes de começar a receita, ligue o forno. - Sempre peneire os ingredientes secos. - O tempo de forno pode mudar de acordo com a forma utilizada (dependendo do forno). Como optei por uma forma de furo, mais alta, o bolo demorou 50 minutos para assar em forno médio. - Sempre faça o teste do palitinho. E só tire o bolo do forno se o palitinho ou a faca saírem secos. - 1 copo de requeijão corresponde a 1 xícara + 1/3 de xícara.
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Endereços Ăşteis Condicionamento fĂsico
CONTATOS Dr. Renato Lima Fe rraz Martins Dra. MĂĄrcia Alexandra CRM/MS 2932 CRM/MS 3625 Neurologia ClĂnica Especialista em psiquiatria Rua AbraĂŁo Julio Rahe, 85 ClĂnica ActivitĂŠ SĂŁo Rua Francisco AntĂ´nio Maria Coelho, 3.277 Campo / MS Campo Grande Grande/MS (67) 3384 7200 (67) 3025 2325 www.activite.com.br
Dra. Daniela Bazili CRM/MS 3919 CirurgiĂŁ PlĂĄstica Av. Afonso Pena, 5.723 Campo Grande/MS (67) 3304 4149 danielabazili@ig.com.br
Dra. Sandra Helena Gonsalves de Andrade CRM/MS 1784 Cardiologista Hospital do Coração de MS Rua Marechal Rondon, 1.703 Campo Grande/MS (67) 3323 9000 7
Dr. FĂĄbio Augusto Moron de Andrade Rua 25 de Dezembro, 1.357 Campo Grande/MS (67) 3384 7540
Dr. Giuliano Rodrigo Paiva Rua 25 de Dezembro, 1.357 Campo Grande/MS (67) 3384 7540
Dr. Guilherme Maldonado Filho Rua Rui Barbosa, 4.112 Campo Grande/MS (67) 3325 8031 / 3325 1428
Dr. Marcos RogĂŠrio Covre Rua Padre JoĂŁo Crippa, 2.549 Campo Grande/MS (67) 3324 7749 / 3324 6826
Coleta de resĂduos
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Produtos naturais Dr. Mauri Luiz Comparin Av. Mato Grosso, 2.207 Campo Grande/MS (67) 3324 3706 / 3383 7810
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Cirurgia PlĂĄstica
Medicina-fetal
Dr. MaurĂcio de Barros Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3321 8921
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Diagnósticos precisos
Tratamentos
eficazes
Ecografia Vascular com Doppler Angiorradiologia Cirurgia Endovascular Cardiologia Intervencionista Neurorradiologia Intervencionista
Há mais de 7 anos no mercado, a Angiocentro conta com equipamentos modernos e profissionais altamente qualificados para melhor cuidar da sua saúde. Fábio Moron | CRM-MS 3309 Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Mauri Comparin | CRM-MS 1975
Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Especialidades: Cirurgia Vascular, Ecografia Vascular com Doppler
Maurício Jafar | CRM-MS 2073 (Responsável Técnico) Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Especialidades: Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular com Doppler
Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Especialidades: Angiologia, Angiorradiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler
Dr. Maurício Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073
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