Vamos fazer o bem! [Dezembro/2012]

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Índice 10

Você Sabia?

Medicina 12

Sintomas da tireoide

14

Problemas cardíacos nos idosos

15

O que considerar na hora de escolher a clínica ou hospital?

18

Derrame ocular: sinal de alerta!

20

Câncer na infância e na adolescência: quando suspeitar?

38

Nutrição 44

Apendicite em jovens

46

Médico também tira férias!

50

Dengue por um fio

52

Os riscos da automedicação durante a gravidez

Bem-estar 40

Envelhecer feliz

48

Epidemia da insônia

16

Obesidade infantil As consequências desse mal

Receita 53

Bolo de Reis

54 Endereços úteis

Sistema imunológico: como melhorá-lo?

Especial do Mês: Vamos fazer o bem! 24

Fazer o bem faz bem Pratique a solidariedade em 2013!

26

Solidariedade sem fronteiras

30

Voluntária mostra quem é o melhor amigo do cão

31

Jovens voluntários

32

Programa auxilia, voluntariamente, os fumantes que desejam deixar o tabagismo

33

O bem de sorrir

34

Comece o ano fazendo bem a si

35

Solidariedade a serviço do bem


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Direção de Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Mariana Sena Madureira Figueiró, Uimer Ronald Freire e Henrique Attilio Redação: Camila Cruz (DRT/MS 736). Renato Lima (489 MTB/MS) Fernanda Monteiro (DRT/MS 177). Juliana Lanari (DRT/MS 176) Elânio Rodrigues (DRT/MS 220). (MTE 177 MS Publicitário e MTE 947 MS Jornalista )

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Fotografias: Henrique Attilio

Débora Soria CRN 3/28674. Nutricionista. Graduada pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do PantanalUNIDERP. Dr. Atalla Mnayarji CRM/MS 4118. Especialista em Pediatria. Especialista em Oncologia Pediátrica. Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica. Dr. Paulo Siufi CRM/MS 2187. Formado em Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, especializouse em Pediatria. Trabalha como médico ambulatorial da Secretaria de Saúde de Campo Grande/MS.



Editorial | Ao leitor

Dezembro é o mês de férias familiares, descanso e de colocar no papel os planos para o novo ano que se aproxima... Há quem pense em fazer a viagem dos sonhos ou, quem sabe, finalmente começar a construir a casa própria. Diante do desafio de buscar novas realizações, a Total Saúde fez um especial sobre fazer o bem, não apenas ao próximo mas a você mesmo. São várias matérias com sugestões de como começar a propagar o bem, uma doação, um carinho ou até mesmo a sua boa vontade é capaz de mudar o meio em que você vive. Ajudar ao próximo é ajudar a si mesmo. Seja qual for a proposta, o importante é renovar. Começar uma nova fase na vida, com planos definidos, pode ser saudável tanto para o corpo quanto para o espírito. E tem mais: aquele ditado que “para fazer o bem ao próximo é preciso, antes, estar bem consigo mesmo” faz todo o sentido. Quem eleva a autoestima faz as pazes com a vida. A Total Saúde esta sempre preocupada em ajudar você, por isso nosso compromisso mensal é levar para sua família dicas sobre os mais variados assuntos para mantê-lo atualizado de como cuidar de você e da sua família. Nesta última edição do ano, feita com gostinho de férias, você vai saber mais sobre os problemas da tireoide, um mal que acomete cada vez mais homens e mulheres. E se seu filho esta acima do peso, saiba o que fazer para controlar a obesidade infantil, que é um dos problemas mais sérios enfrentado nos dias de hoje pelos nossas crianças e como toda criança cresce, você sabia que é entre os 10 e 25 anos de idade que a apendicite pode surgir? Fique atento aos sintomas. Vale lembrar que o médico também é ser humano e precisa descansar, oriente-se se o seu médico vai tirar férias e o que você deve fazer na ausência dele. Não poderíamos deixar de desejar a você leitor, um Feliz Natal com muito amor e prosperidade, e lembre-se não basta fazer o bem só nessa época de festividades e união, tente levar esssa ideia para 2013. Vamos fazer o bem!

Equipe

Revista Total Saúde

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dezembro, 2012



Você Sabia? Remédios poderão curar hepatite C até 2015 Resultados de testes clínicos apontam que, em poucos anos, o vírus da hepatite C poderá ser eliminado em quase todos os infectados no mundo. No mês passado, médicos tiveram acesso aos resultados de testes clínicos envolvendo uma série de medicamentos novos para tratar a hepatite C. Os dados foram divulgados durante o The Liver Meeting (encontro anual da Associação Americana de Estudo das Doenças do Fígado), em Boston, nos Estados Unidos. Os pesquisadores avaliaram que, em 2015, quase 100% dos pacientes poderão ser curados. As conclusões divulgadas não pertencem à fase final das pesquisas, visto que as drogas precisam ser testadas mais vezes, porém, especialistas da área acreditam que seja viável pensar em uma possível cura para a doença. O Brasil possui, hoje, mais de 1,5 milhão de infectados com o vírus da hepatite. Em julho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passaria a oferecer dois novos remédios para a hepatite C: o boceprevir e o telaprevir.

Ministério da Saúde faz alerta sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC) O Ministério da Saúde fez um alerta, em novembro, sobre os perigos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que está entre as doenças mais letais do mundo. Só no Brasil, o número de vítimas fatais chega a quase 100 mil, e por isso o governo reforça a importância de hábitos saudáveis, que podem retardar o surgimento da doença. Porém, engana-se quem pensa que o AVC atinge somente pessoas idosas, pois um levantamento realizado no Brasil mostra que, entre os anos 2000 e 2010, mais de 62 mil pessoas com menos de 45 anos morreram em decorrência de derrame, principalmente os jovens. O AVC pode ser de duas formas: isquêmico ou hemorrágico. A forma isquêmica da doença está mais ligada aos idosos; ocorre quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem, geralmente por placas de gordura. Já o derrame hemorrágico, mais comum em pessoas jovens, acontece pelo rompimento dos vasos sanguíneos. A causa pode ser malformação do coração ou das artérias, mas predomina o reflexo do estilo de vida - como obesidade, hipertensão e estresse. Os sintomas mais comuns do AVC são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de formigamento no braço, dor de cabeça (súbita ou intensa), tontura, náuseas e vômito.

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Você Sabia? Teste rápido deve diagnosticar tuberculose em duas horas Até o ano que vem, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer um novo teste para a identificação rápida da tuberculose. O chamado Genexpert, testado experimentalmente em Manaus e no Rio de Janeiro, é capaz de identificar, em duas horas, se a pessoa possui ou não a doença. Grande avanço da ciência, já que no exame tradicional o resultado prévio leva 24 horas para sair, e mais 60 dias para a confirmação da doença. O teste também poderá detectar se o paciente tem resistência a Rifampicina, antibiótico usado no tratamento da tuberculose. A brevidade do diagnóstico vai ajudar a curar mais rapidamente os pacientes, assim como evitar a transmissão para outras pessoas. Com a novidade, o índice de sensibilidade do teste ultrapassa 90% da probabilidade de estar correto. O estudo do teste rápido para tuberculose é financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, e tem como próxima meta seguir para outras capitais do País.


Medicina | Tireoide Camila Cruz

Uma eventual disfunção da tireoide pode ser detectada por meio da realização de uma ultrassonografia da glândula ou de exame de sangue específico. Especialistas explicam que o ideal é que o diagnóstico seja precoce, porque se a disfunção estiver no início, o controle fica facilitado e os sintomas melhoram rapidamente.

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Sintomas d Engana-se quem pensa que o único sinal dos distúrbios da tireoide é o ganho de peso. A doença pode causar diferentes sintomas, variando desde coração fora do ritmo, intestino desregulado, pele ressecada até depressão, ou seja, é capaz de ressoar por todo o organismo. O mais preocupante é que o número de diagnósticos cresce a cada dia, e a doença demora a ser detectada. Não porque seja difícil, mas pelo paciente não procurar orientação profissional e não conhecer a maioria dos sintomas. A tireoide é uma glândula do corpo humano, que regula a função de órgãos muito importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ainda atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, fertilidade, peso, memória, concentração, humor e no controle emocional. Apesar de pequena, essa glândula produz os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que garantem o equilíbrio do corpo todo. Em forma de borboleta (com dois lobos), a tireoide se localiza na região do pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão, popularmente conhecido como “gogó”. Muitas pessoas desconhecem a história, mas foi no ano de 1656 que Thomas Warton realizava uma pesquisa sobre glândulas e descobriu a tireoide. Na época, ele acreditava que a sua função era apenas estética, servindo simplesmente para modelar o pescoço. Somente no século XIX foi possível confirmar sua tamanha importância. De vez em quando algumas pessoas ficam na dúvida quanto à grafia do nome, e a confusão ocorre entre “tireoide” e “tiroide”. Contudo, as duas nomenclaturas são aceitas, mas a primeira é a mais utilizada.

Uma das razões para o desequilíbrio da tireoide estaria no consumo excessivo de uma das matérias-primas de seus hormônios, o iodo. Em pessoas que já têm predisposição genética, o excesso da substância pode tornar o problema ainda pior. Na verdade a regra vale para todos, pois o exagero de iodo, assim como a sua falta, atrapalha a linha de montagem hormonal, por isso o fator alimentar mais importante para essa fábrica trabalhar direito é a sua ingestão adequada. Encontrar o meio termo é fundamental! As algas, os peixes e o repolho fornecem o iodo, mas o grande aliado mesmo é o sal de cozinha, enriquecido com a substância. No entanto, é preciso muita atenção: quem extrapola despejando o produto no prato, além de ficar exposto à hipertensão, ganha iodo em excesso - e a tireoide reage de forma negativa. E justamente quando essa pequena glândula desafina é que começam os problemas. Por não funcionar corretamente, a tireoide libera hormônios em quantidade insuficiente ou em excesso. Nos dois casos, o volume da glândula aumenta - o que é conhecido como bócio - e o paciente pode sentir dificuldade para engolir alimentos e respirar, apresentando tosse e rouquidão. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida, e são simples de se diagnosticar. Uma eventual disfunção da tireoide pode ser detectada por meio da realização de uma ultrassonografia da glândula ou de exame de sangue específico. Especialistas explicam que o ideal é que o diagnóstico seja precoce, porque se a disfunção estiver no início, o controle fica facilitado e os sintomas melhoram rapidamente. Portanto, a qualquer sinal da doença, procure ajuda médica. Uma vez que o tratamento obtém sucesso, a dezembro, 2012


Tireoide | Medicina

da tireoide glândula se recupera e embarca o corpo inteiro rumo ao equilíbrio.

Hipotireoidismo Quando a glândula libera hormônios em baixa quantidade, é diagnosticado o hipotireoidismo. O distúrbio é mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em qualquer indivíduo, independente de gênero ou idade, podendo também afetar os recém-nascidos. Nesse caso o problema é detectado pelo conhecido “teste do pezinho”, e o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Se a produção dos hormônios tireoidianos cai bastante, a pessoa pode manifestar cansaço, depressão, aumento de peso, pele seca, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca e da memória, dor muscular, aumento de colesterol no sangue e sonolência excessiva. Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada tireoidite de Hashimoto, que é uma disfunção autoimune da glândula. Outra possibilidade é o hipotireoidismo congênito, um mal hereditário que impossibilita o organismo de gerar o hormônio tireoidiano T4, impedindo o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Hipertireoidismo Por outro lado, se a tireoide libera hormônios em excesso, leva ao hipertireoidismo. Em sua forma mais suave não há sintomas perceptíveis, apenas a sensação de fraqueza. Entretanto, em seu aspecto mais grave, a doença pode até matar. Há o risco de o distúrbio afetar também a gravidez ou a fertilidade feminina. O hipertireoidismo pode causar insônia, irregularidade do batimento cardíadezembro, 2012

co, perda significativa de peso, nervosismo, falta de concentração, mãos trêmulas e sudoreicas, intestino solto, fraqueza nos músculos, acelerada perda de cálcio nos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas, queda de cabelo e rápido crescimento das unhas, com tendência à descamação. Dentre as causas do distúrbio está a doença de Graves, que é autoimune e a única forma de hipertireoidismo que apresenta como sintoma irritação nos olhos e nas pálpebras, além das manifestações mais comuns. Pode haver ainda a existência de um nódulo tóxico (que produz mais hormônio tireoidiano que o necessário) ou a superdosagem de hormônio tireoidiano.

Tireoidite A tireoidite é um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide. Em alguns casos o paciente sente dores, mas em outros ocorrem os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo. As tireoidites são: tireoidite subaguda, tireoidite pós-parto, tireoidite crônica e tireoidite fibrótica.

Câncer de tireoide O câncer de tireoide é o tipo mais raro de câncer, mas pode ser diagnosticado precocemente. A faixa etária de maior risco é entre 25 e 65 anos e, embora seja três vezes mais frequente em mulheres, a doença também afeta homens. Ela se desenvolve a partir de um tumor maligno, que pode pressionar a traqueia e causar dificuldade para engolir ou respirar, mas esses não são sintomas muito comuns.

Se a produção dos hormônios tireoidianos cai bastante, a pessoa pode manifestar cansaço, depressão, aumento de peso, pele seca, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca e da memória, dor muscular, aumento de colesterol no sangue e sonolência excessiva.

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Medicina | Problemas cardíacos nos idosos Camila Cruz

Problemas cardíacos

nos idosos

O coração é o órgão que impulsiona sangue para o organismo todo, além de ser o principal responsável por uma vida longa e saudável, por isso devemos cuidá-lo com todo o carinho.

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Com o passar dos anos percebemos que o nosso corpo não é mais como era antigamente, não é mesmo? Problemas nos ossos, na visão e de pressão arterial são, geralmente, os mais comuns quando a idade chega, mas o coração também é um órgão que demonstra enfraquecimento, podendo levar a várias doenças cardíacas. O problema é que, por acharem que os sintomas são normais devido à idade, as pessoas geralmente não procuram atendimento médico, nem fazem exames de rotina. Preocupado com isso, um grupo de pesquisadores fez um levantamento pela Fundação Britânica do Coração (BHF) e confirmou que cerca de um em cada quatro idosos tem problemas no coração, mas não obtém diagnóstico. A pesquisa foi realizada por uma equipe de especialistas da Universidade de Newcastle, na Austrália, que apontou que com a falta de conhecimento e de exames, os idosos acabam não recebendo o tratamento correto para algumas doenças, o que poderia melhorar a qualidade de vida, além de dar a chance de viver por mais tempo. Essas conclusões foram divulgadas em agosto, no periódico Heart, que é uma publicação do British Medical Journal (BMJ). Para entender melhor como foi o estudo, os pesquisadores visitaram a residência de 376 idosos, com idade entre 87 e 89 anos, para aplicar-lhes testes de rotina. Na ocasião, foram utilizados instrumentos portáteis que realizam exames, como o ecocardiograma (exame que avalia a função cardíaca por meio de ultrassom), por exemplo. Os resultados indicaram que o principal problema não diagnosticado nesses participantes foi insuficiência cardíaca,

que é uma doença do músculo do coração, que resulta em um déficit de bombeamento do sangue, ou seja, o coração não consegue enviar sangue suficiente para os diferentes órgãos do corpo, causando vários sintomas e complicações, como insuficiência renal e pulmonar. Porém, se for diagnosticada a tempo, essa doença pode ser facilmente tratada com medicamentos específicos.

Doenças do coração O coração é o órgão que impulsiona sangue para o organismo todo, além de ser o principal responsável por uma vida longa e saudável, por isso devemos cuidá-lo com todo o carinho. Porém, há certos hábitos da sociedade que não favorecem o seu bom funcionamento, como, por exemplo, a má alimentação, com muita gordura ruim, falta de atividades físicas, estresse e o consumo excessivo de cigarro e álcool. Resultado: sérias doenças no aparelho cardiovascular! Existe também a possibilidade de a pessoa nascer com uma patologia cardíaca (congênita); mas a maioria dos problemas cardíacos é adquirida ao longo dos anos. As doenças cardiovasculares prevalecem em pessoas mais velhas e que já tenham histórico familiar. As principais doenças são o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente conhecido como ataque cardíaco, e a insuficiência cardíaca. Infelizmente, todos os anos essas enfermidades matam milhões de pessoas no mundo, por isso é sempre bom ficar atento e, de tempos em tempos, fazer um check-up. dezembro, 2012


Informe publicitário

O que considerar na hora de

escolher a clínica e o hospital? Há 39 anos, a rede Proncor tem construído com cada paciente, cada cliente, um vínculo de relacionamento nas três unidades do grupo espalhadas em Campo Grande. O Hospital, o Instituto do Coração e o Pronto Atendimento oferecem dezenas de procedimentos de diferentes complexidades e atendem cerca de 30 convênios médicos, além de particular. Na unidade da Avenida Afonso Pena, por exemplo, funciona o Instituto do Coração que realiza exames e consultas. Já o Proncor Centro realiza exames preventivos, diagnósticos cardíacos, consultas e opera como uma clínica completa. As cirurgias de alta complexidade são realizadas no Proncor Geral que conta com uma estrutura diferenciada e equipamentos de última geração, formando assim uma rede integrada de atendimento médico. Atendimento Social – o compromisso Proncor preza pela eficácia no tratamento da saúde humana ao menor custo possível. Dessa forma, o Hospital criou o ambulatório social onde oferece exames e consultas (de acordo com a tabela social), firmando sua responsabilidade social em prol da saúde. “O Proncor conta com uma equipe de especialistas multiprofissionais que dezembro, 2012

em comum garantem um atendimento humanizado e abrangente, tratando não só a doença, mas também o doente”, explica a diretora administrativa, Dra. Joanna Elias. A marca que nasceu em Mato Grosso do Sul, virou referência no tratamento do coração e hoje estende seu atendimento em diversas áreas da saúde com diagnósticos, tratamentos, prevenção e internação. Na hora de escolher seu atendimento médico conheça o Proncor e viva o seu melhor. Conheça os exames e procedimentos oferecidos pelo Proncor: Análises clínicas – Eletrocardiografia – Fisioterapia – Nutrição - Endoscopia digestiva – Ortopedia – Enfermagem – Hemodinâmica - Plantonista 24 horas – Ecocardiografia – Ergometria - Internação clínica e cirúrgica – Pronto-socorro - Tomografia computadorizada - Ultrassonografia – Radiologia.

Referência em saúde, Proncor investe no atendimento humanizado e completo.

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Nutrição | Obesidade infantil

Débora Soria

Obesidade infantil as consequências desse mal

ONDE ENCONTRAR

Rua Coronel Cacildo Arantes, 433 - sala 13 Chácara Cachoeira (67) 3043 0029

A obesidade infantil é um dos problemas mais sérios enfrentados nos dias de hoje. Antigamente, falava-se muito que as crianças gordinhas eram consideradas mais saudáveis, não se tinha muita preocupação com o peso, nem com as consequências que a obesidade poderia acarretar à saúde da criança. Mas hoje já se sabe que essas consequências podem causar muitos danos ao longo da vida. São eles:

Diabetes É preciso prestar atenção a alguns sintomas comuns que as crianças apresentam, como o aumento da sede, da diurese (vontade de fazer xixi) e do apetite, por exemplo. Essa doença aparece abruptamente, e é necessário que pais e familiares fiquem atentos ao consumo excessivo de balas, chocolates, chicletes e guloseimas em geral.

Hipertensão

Débora Soria CRN 3/28674 Nutricionista. Graduada pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal -UNIDERP.

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Normalmente, a hipertensão é consequência de vários problemas - como a própria obesidade, sedentarismo, histórico familiar de hipertensão e má alimentação. Mas cuidado, mamãe e papai: normalmente, essa doença é assintomática. Então, é preciso que fiquem

atentos a alguns sinais discretos, como a insônia, o cansaço constante, dores de cabeça e hiperatividade. Por isso, pais, se o seu filho tem três anos ou mais, peça ao seu pediatra que afira a pressão do pequeno, caso esteja apresentando alguns desses sintomas.

Problemas ortopédicos Como as crianças estão em fase de crescimento, seus ossos e cartilagens não suportam o excesso de peso, que acaba por ocasionar alterações posturais, limitando, muitas vezes, os seus movimentos, podendo resultar em dores musculares - principalmente em membros inferiores e na coluna vertebral. Entre outras consequências, não menos importantes, estão: baixa autoestima, problemas respiratórios, como a asma, e apneia do sono. Analisando todos esses fatores, que tal os papais e as mamães cuidarem da alimentação de suas crianças? A boa alimentação começa antes mesmo de elas nascerem, mas nunca é tarde para se preocupar e colocar em prática hábitos saudáveis! Fiquem atentos aos sinais! Assim, poderão evitar problemas mais sérios posteriormente. dezembro, 2012


Na Clínica Daniela Bazili você encontra profissionais especializados que proporcionam seus tratamentos em ambiente confortável e acolhedor. - Facelifting - Blefaroplastia - Rinoplastia - Correção de orelhas de abano - Carboxiterapia - Preenchimento facial - Toxina botulínica/Botox - Acompanhamento pré e pós-operatório de cirurgia plástica (blefaroplastia, lifting facial ou ritidoplastia, rinoplastia) - Dermotonia facial - Drenagem linfática manual facial - Eletroestimulação facial - Eletrolifting facial - Hidratação, revitalização e rejuvenescimento facial - Limpeza de pele - Microcorrentes - Peeling de cristal e de diamante

Tratamentos corporais

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Dra. Daniela Bazili CRM/MS 3919.

Edifício Evolution Center Av. Afonso Pena, 5.723 - Sala 1.502 55 67 3304 4149 / 8129 2086 / 9207 2082 danielabazili@ig.com.br


Medicina | Derrame ocular

Juliana Lanari

Derrame ocular: sinal de alerta!

Para as pessoas que já tiveram derrame ocular ao menos uma vez na vida, a ordem é cuidar da saúde!

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Imagine acordar, olhar-se no espelho e perceber que um dos olhos está tão vermelho que parece verter sangue... A cena está longe de ser agradável. Assustados, muitos procuram o especialista imediatamente, mas acredite: nem sempre o problema é oftalmológico! O derrame ocular é provocado, na maioria das vezes, pela alta pressão arterial ou pela fragilidade capilar. “Quando a pessoa faz um grande esforço físico, pega muito peso, ou ainda quando apresenta aquelas tosses muito fortes, é comum os vasos sanguíneos mais finos dos olhos estourarem”, explica o médico oftalmologista Maurício Sakai. Descartadas as possibilidades de alergia ou de conjuntivite, o primeiro encaminhamento é a um cardiologista. Se a pressão arterial estiver alta, é preciso mudar os hábitos alimentares e estabelecer uma rotina de exercícios físicos, para que volte aos índices normais. Tanto nesse caso quanto nos de fragilidade capilar, os oftalmologistas costumam receitar colírios anti-inflamatórios e vasoconstritores, usados para estancar a hemorragia, além de vitamina C. Estudos indicam que o nutriente ajuda a impedir o surgimento de novos sangramentos porque aumenta a resistência dos vasos. Para as pessoas que já tiveram derrame ocular ao menos uma vez na vida, a or-

dem é cuidar da saúde! Os médicos explicam que o problema costuma ocorrer com certa frequência, mas há como evitar a vermelhidão nos olhos, que tanto assusta: os hipertensos devem fazer o controle da pressão arterial com o cardiologista; já os pacientes que sofrem de fragilidade capilar precisam entender que fazer esforço físico pode ter sérias consequências. Nada de pegar peso! O risco maior – alertam os médicos – é quando o derrame ocular ocorre na retina, região dos olhos onde se forma a imagem traduzida pelo cérebro. A hemorragia retiniana pode provocar a perda da visão. Além da pressão alta, o diabetes também é apontado como uma das causas para a forma mais grave do sangramento nos olhos. Nesse caso, o tratamento é feito com laser. “É preciso fazer a fotocoagulação, ou seja, queimar os vasos sanguíneos com raios-laser para interromper a hemorragia”, explica o oftalmologista. A recomendação é simples: os olhos acordaram extremamente vermelhos e o sintoma não desapareceu no mesmo dia? Procure já um oftalmologista! O quadro pode indicar que o diabetes ou a pressão arterial estão fora de controle, ou ainda que os vasos capilares estão frágeis. É o sinal de alerta de que algo no organismo não está funcionando bem. dezembro, 2012



Medicina | Câncer na infância e na adolescência

Dr. Atalla Mnayarji

Câncer

na infância e na adolescência

Quando suspeitar? Do primeiro aos cinco anos, é o tumor de Wilms a causa maligna mais frequente. Acima dos 10 anos, a incidência do tumor de Wilms e neuroblastoma é pequena, sendo mais frequentes os sarcomas, os tumores de células germinativas e os linfomas abdominais.

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O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam a medula óssea), as do Sistema Nervoso Central e linfomas (sistema linfático). Também acomete crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do Sistema Nervoso Periférico, com frequente localização abdominal), o tumor de Wilms (tipo de tumor renal), o retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), o tumor germinativo (das células que darão origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles). Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de um a 19 anos, em todas as regiões. Nas últimas quatro décadas, o progresso do tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos pelo câncer podem ser curados, se diagnosticados

precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

Tumores do Sistema Nervoso Central Os tumores do Sistema Nervoso Central, cérebro e cerebelo são os chamados sólidos (que não leucemias e linfomas), mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dores de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda de equilíbrio. Qualquer criança, com a persistência desses sintomas, deve ser examinada por um médico neurologista, além de realizar exames de tomografia ou ressonância nuclear magnética do crânio. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia, único meio pelo qual os tumores benignos são tratados. Para os tumores malignos é necessário, em geral, quimioterapia e radioterapia.

Tumores ósseos São mais frequentes em adolescentes. Quase sempre, a criança conta que teve uma batida que causou dor, mas a dor não dezembro, 2012


Câncer na infância e na adolescência | Medicina

vai embora. A localização mais comum é logo acima ou logo abaixo do joelho. A pele pode ficar avermelhada e quente, e, quando o tumor cresce, é possível ver também um inchaço no local. Esses sintomas podem ser confundidos, principalmente, com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-los, é importante fazer o exame de raios-X do local doloroso, e um médico ortopedista, com bastante experiência em câncer, deve realizar uma biópsia com agulha, sem cortar a pele. Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são o osteossarcoma e sarcoma de Ewing. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em até 70%.

Massas abdominais O modo de apresentação mais comum dos tumores sólidos malignos na criança é uma massa abdominal palpável. Apesar de existirem várias causas benignas ou pseudotumorais possíveis, esse achado exige estudo complementar. O estudo urinário é particularmente importante, dada a frequência de causas de origem dezembro, 2012

renal. A ecografia é um método acessível, que permite orientar a realização de outros estudos complementares e que pode ser, por si só, esclarecedora em relação ao ponto de partida e à natureza tumoral da massa. A idade da criança é uma informação útil. Nos lactentes, a maioria das massas tem origem renal e não é maligna. Das malignas, o neuroblastoma (suprarrenal) representa a massa mais frequente, seguido pelo tumor de Wilms. Outros tumores que ocorrem nessa faixa etária são os sarcomas de tecidos moles, os tumores de células germinativas e o hepatoblastoma. Do primeiro aos cinco anos, é o tumor de Wilms a causa maligna mais frequente. Acima dos 10 anos, a incidência do tumor de Wilms e neuroblastoma é pequena, sendo mais frequentes os sarcomas, os tumores de células germinativas e os linfomas abdominais. Também são de grande relevância os sinais e sintomas associados, e as características da massa no exame objetivo. Na observação, as massas abdominais malignas são maioritariamente descritas como indolores, de consistência firme e não móveis.

Dr. Atalla Mnayarji CRM/MS 4118. Especialista em Pediatria. Especialista em Oncologia Pediátrica. Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica.

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Especial do Mês | Vamos fazer o bem! Juliana Lanari

Fazer o bem faz bem Dezembro é o mês de colocar no papel os planos para o novo ano que se aproxima... Há quem pense em fazer a viagem dos sonhos ou, quem sabe, finalmente começar a construir a casa própria. Diante do desafio de buscar novas realizações, a Total Saúde faz um convite a você, leitor. Que tal ter como meta para 2013 a solidariedade? Pessoas que ajudam o próximo garantem que boas doses de solidariedade fazem bem à alma e, acredite, ao corpo. Entenda melhor lendo os relatos a seguir. A família Pereira vive no bairro Amambaí, em Campo Grande, e tem a solidariedade como filosofia de vida. O ensinamento de compartilhar é transmitido de geração a geração. “Na infância, quando eu ainda morava em Jardim, interior do Estado, o meu pai saía para caçar e passava um mês fora. Na volta, nós não ficávamos com absolutamente nada. Toda a carne da caça era doada a pessoas que precisavam”, relembra a artesã Marinete Pereira. A casa e o coração dos Pereira estão sempre abertos para receber “mais um”. A artesã e o marido já criaram sobrinhos, ajudaram a secretária com materiais de construção e móveis. E foi nesse universo do bem que a filha de Marinete cresceu. Elivânia Pereira Benites da Silva, auxiliar de departamento de pessoal, não consegue enxergar o mundo de outra forma: “Sempre partilhei com a família, com os amigos. Não ser assim, a meu ver, é puro egoísmo”, comenta.

Sorrindo pela vida Em 2010, Elivânia foi convidada a participar de um projeto social. Inicialmente, o Sorrindo pela Vida tinha como propósito construir a casa para uma família da Cidade de Deus, uma área próxima ao lixão, ocupada por catadores de materiais recicláveis e que, recentemente, foi regularizada pela prefeitura. A missão foi cumprida e, logo depois, Elivânia ganhou 24|TotalSaúde

o projeto de “presente”. Aceitou de coração, e convidou a mãe para ajudá-la. Juntas, mãe e filha passaram a organizar a doação de cestas básicas, roupas e calçados a famílias do Jardim Itamaracá. Meses depois, o projeto trilhou outro caminho. O Sorrindo pela Vida atende, atualmente, crianças dos bairros Campo Alto, Jardim Pacaembu e Campina Verde. As manhãs de sábado são pra lá de especiais na Associação de Moradores. Além do café da manhã e do almoço, são oferecidas aulas de inglês e atividades manuais. Uma vez por mês tem cama elástica, cachorro quente, doce e carinho. Muito carinho! O projeto, que recentemente foi reconhecido como Organização Não Governamental (ONG), sobrevive graças a uma pequena, mas valiosa, rede de solidariedade. Além de tirarem dinheiro do próprio bolso, Marinete e Elivânia contam com a ajuda de cinco amigos que fazem doações. “A gente nunca se preocupou com a questão financeira. Dinheiro aparece, Deus manda. Só de um ‘aulão’ na Universidade Federal nós arrecadamos 150 quilos de alimentos”, comemora a artesã. Mãe e filha reforçam que a doação deve ser feita sem qualquer expectativa de retorno. Mas, pela “lei do bem”, quem é solidário também ganha. “O gratificante é ver o sorriso das crianças, é receber uma flor de presente. E, desde que a gente começou a tocar o projeto, ninguém mais ficou doente aqui em casa. Não tem espaço pra gripe, pra depressão, pra nada disso”, relata Elivânia.

O dom de fazer o bem “O trabalho voluntário tem que vir do coração. Não é algo mecânico, não dá pra dizer: a partir de agora, vou ajudar o próximo porque isso é bonito”. As palavras são da psicóloga Cláudia Pinho que, de voluntária, passou à funcionária da Associação dos Amigos das Crianças com dezembro, 2012


Vamos fazer o bem! | Especial do Mês

Pratique a solidariedade em 2013! Câncer (AACC), e hoje coordena o programa de capacitação Doutores Palhaços, desenvolvido no Centro de Tratamento Onco-hematológico Infantil do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (CETOHI/HRMS), referência no atendimento a crianças com câncer no Estado. O despertar para a solidariedade ocorreu ainda na infância, e contou com o incentivo do pai, de quem Cláudia afirma ter herdado o legado do bem. “Aos seis anos de idade, ia com as freiras da escola onde estudava ao Morro Cristo Redentor, em Corumbá, para praticar o voluntariado. Além de evangelizar, eu sempre oferecia algo a mais: um casaco ou uma palavra de conforto”, traz da memória. Cláudia cresceu e, já na Capital, comprava bolos e salgados para ajudar a AACC. No curso de psicologia, conheceu o “Palhamédicos”, um grupo de voluntários na associação que, vestidos de palhaços, simulavam o atendimento a crianças com câncer de forma lúdica, com alegria. A universitária encantou-se pelo projeto e, após uma capacitação, tornou-se a Dra. Pun Derosa Clautaflan Fon Fon. Dois anos depois, afastou-se temporariamente, mas o desejo de atuar e trazer voluntários sempre pulsou. Em 2008, já como voluntária da AACC, Cláudia ouviu da presidente da instituição, Mirian Comparin: “Onde estão os Palhamédicos? Vocês não podem parar esse trabalho, nossas crianças precisam de vocês”. Naquela mesma tarde, a psicóloga avisou ao presidente do grupo que estaria voltando com a Dra. Pun. Ele, então, a convidou para coordenar a nova turma. Cláudia criou o Doutora Dengosa, uma homenagem a uma das participantes do projeto que havia falecido.

Doutores Palhaços Depois de coordenar o Doutora Dengosa por mais de um ano, Cláudia afasdezembro, 2012

tou-se para se dedicar à psicologia, mas a imagem dos voluntários palhaços atendendo crianças em tratamento do câncer nunca saiu da cabeça e nem do coração da psicóloga. E foi em uma madrugada de 2010, como em sonho, que Cláudia idealizou o Doutores Palhaços, um projeto desenvolvido no CETOHI/HRMS e que conta com o apoio da ONG Psicólogos Sem Fronteiras. A forma como o voluntário é escolhido mudou. Cláudia aprofundou o sistema de triagem e a capacitação: o candidato responde a um questionário e, na entrevista, explica porque quer fazer o trabalho. Nessa fase, ao compreenderem qual a sua missão, muitos se emocionam. Alguns desistem. Durante a capacitação, são oferecidas oficinas como malabares e iniciação ao teatro. Depois de 40 horas, o candidato é certificado e assina um termo se comprometendo a ser voluntário durante quatro horas por semana. “O Doutor Palhaço deve ser comprometido, centrado, ter brilho no olhar, esquecer o ego e o exibicionismo”, explica Cláudia. O grupo conta, atualmente, com oito voluntários que vivem personagens como a Doutora Pantufa e o Doutor Espirro. Depois de baterem à porta, os “doutores” só entram se a criança aceita. “É preciso respeitar o único “não” que elas podem dizer dentro do hospital”, comenta Cláudia. Quando a resposta é “sim”, os voluntários simulam o atendimento de forma lúdica. O trabalho melhora o relacionamento da família com os médicos, reduz a ansiedade dos pacientes, gera expectativa de futuro. E o projeto Doutores Palhaços já ultrapassou divisas: em Naviraí, graças a uma parceria com a Prefeitura e o Rotary Club, 20 voluntários foram capacitados e atuam no hospital municipal. Para 2013, a meta é ampliar ainda mais a abrangência do projeto. Algo perfeitamente viável para quem nasceu com o dom de fazer e de promover o bem. TotalSaúde|25


Especial do Mês | Vamos fazer o bem! Renato Lima

Solidariedade sem

fronteiras

“Experimentei o turismo social e mudei a vida de muitas pessoas, inclusive a minha.”

Renato Lima Jornalista, estudante de Psicologia e mochileiro renato.mart@gmail.com

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Dizem que uma pessoa não pode morrer sem antes plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Eu prefiro deixar o apreço à morte de lado e me perguntar: eu não posso viver sem deixar de fazer o quê? Então avalio minha lista de desejos e procuro encontrar maneiras diferentes de atingir meus objetivos. Para fazer novas amizades, por exemplo, engajei-me em projetos voluntários da Junior Achievement – JAMS. Minhas manhãs ociosas de sábado se tornaram produtivas e recompensadoras à medida que eu compartilhava um pouco da minha experiência profissional com jovens estudantes, estimulando-os a acreditar no próprio potencial. Mas no topo da minha lista está viajar! Com uma mochila nas costas, percorri dezenas de países e conheci culturas diferentes. Mas quando descobri que posso fazer mais do que tirar uma foto em um ponto turístico, as viagens ganharam um novo sentido. A sensação de deixar uma marca num lugar e na vida de alguém é a maior lembrança de uma viagem, e uma experiência incomparável. E o turismo social me permitiu isso. Junto a uma missão da igreja Comunhão Cristã, de Campo Grande, eu embarquei para a África oriental, onde, como jornalista voluntário, fui acompanhar a abertura de um poço artesiano em uma tribo do Quênia. Utilizei tudo o que estudei e aprendi para registrar essa história. O projeto começou no Brasil ainda, angariando recursos para furar o poço e divulgando a realidade da tribo. Meses depois, fomos conhecer de perto o resultado de uma

grande ação social e coletiva. Viajamos três mil quilômetros dentro do Quênia, um roteiro que nenhuma agência de turismo poderia oferecer. Fomos a uma tribo isolada da civilização, que ainda preserva rituais de uma cultura milenar. Os Pokot são um povo de paz e vivem do pastoreio e da agricultura, com o instinto de contrariar a aridez da terra e da miséria enrustida, mantendo sempre no rosto um sorriso de esperança. Ao jorrar da primeira água limpa, a satisfação e a gratidão daquele povo - estampadas no rosto de velhos, mulheres e crianças - foram o bastante para esquecer a falta de conforto, as privações e o sol escaldante que tive que enfrentar. Em momentos como esse eu me percebo em um círculo virtuoso de dar e receber que me coloca em outro nível de relacionamento com o próximo e comigo mesmo. Independente de políticas de governo, do dinheiro, da cultura, do idioma e, principalmente, das minhas próprias limitações e necessidades, é possível ajudar alguém e também ser ajudado. Levar água potável a uma tribo significa oferecer condições de saúde e dignidade. Porém, mais do que isso, é levar um pouco de você mesmo e trazer um pouco do outro. O turismo social me permitiu conhecer novos lugares, explorar novas culturas e colaborar com um projeto solidário. Na bagagem trouxe um novo entendimento sobre o africano, a imagem do sorriso inocente das crianças de pés descalços. Trouxe a certeza de ter contribuído para a transformação de muitas vidas, e a surpresa de uma delas ser a minha. dezembro, 2012


Vamos fazer o bem! | Especial do MĂŞs

dezembro, 2012

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Especial do Mês | Vamos fazer o bem! Renato Lima

Voluntária mostra quem é o melhor

amigo do cão

“A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.” (Arthur Schopenhauer)

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A sabedoria popular diz que devemos “fazer o bem sem olhar a quem”. Mas, no caso da fonoaudióloga Marina de Castro Fregnan, para fazer o bem ela contraria o próprio ditado, escolhendo quem será ajudado... São cães abandonados nas ruas, acometidos de doenças, muitas vezes mutilados, e quase sempre desnutridos. Justamente aqueles que ninguém mais quer, a Marina quer. Embora a ONG tenha limitações - tanto ao que se refere a espaço físico quanto a recursos -, os voluntários procuram fazer sempre o melhor. Essa filosofia levou Marina a ser voluntária da ONG Fiel Amigo, um compromisso semanal que já ultrapassa a duração de um ano. Todos os dias ela doa o seu horário de almoço em prol dos animaizinhos. São apenas duas horas de dedicação atualizando a fan page da ONG e falando com os quase oito mil seguidores. Aos domingos, ela troca a manhã de descanso por mais trabalho, limpando os canis da sede, junto com os outros voluntários. Nas festas juninas, voluntários montam barracas para angariar recursos a fim de sustentar os animais, e Marina vai junto. Só em 2012, a Amigo Fiel participou de 12 festas beneficentes. “Não pegamos cachorrinhos bonitinhos. Acolhemos aqueles que ninguém quer: sem uma pata, doente, machucado... Se a gente não fizer isso por eles, quem vai fazer?”, questiona Marina. Pelo menos para os mais de 80 cães atendidos atualmente pela ONG, os melhores amigos são esses homens e mulheres voluntários, que fazem a recíproca verdadeira. Marina conta que o começo não foi fácil; ela teve que mudar sua rotina ao assumir mais um compromisso, e ainda

enfrentar as críticas da família, que não apoiava toda essa dedicação aos animais. Mas a paixão falou mais alto, e o retorno dessa doação é o que renova a força e mantém a vontade de continuar. “Recebemos, todos os dias, uma média de 15 pedidos de doação, e isso nos incentiva a buscar parcerias e encontrar uma forma de ajudar. Quando podemos tirar o animalzinho daquele sofrimento e depois o vemos recuperado, feliz e ganhando um novo lar, onde receberá carinho, sentimos a sensação de dever cumprido. Tornamo-nos mais humanos, e é uma grande satisfação”, desabafa a fonoaudióloga.

Reconhecimento nacional De longe, os cães recebidos pela ONG são meio desengonçados, ou “exóticos”, como Marina prefere chamá-los. Entre eles, o vira-lata Arthur se destacou em uma campanha nacional de uma marca de ração. Abandonado aos seis anos e com leishmaniose, Arthur foi parar na Fiel Amigo, e será capa de um calendário nacional de cães de 2013. A heterocromia (quando os olhos são de cores diferentes) e a dentição exposta conferiram mais charme a Arthur, e o resultado foi um prêmio de uma tonelada de ração. Você também pode fazer o bem: Curta a fan page da ONG Amigo Fiel: www. facebook.com/fielamigoBR Você pode ajudar com doações de ração, medicamentos, dinheiro, material de construção ou mesmo com sua mão de obra e tempo. Os cãezinhos ficarão agradecidos!

dezembro, 2012


Vamos fazer o bem! | Especial do Mês

Elânio Rodrigues

Jovens voluntários Doar o tempo, o trabalho... Partilhar carinho, alimento, fé. A adolescente Jardiele Batista Silva nunca pensou em fazer trabalhos voluntários. Com 18 anos, vivia da música em shows e estava concluindo o ensino médio. Um dia, foi convidada por amigos a visitar uma pessoa da comunidade, que passava por problemas de saúde. Sua tarefa era cantar e alegrar a família do enfermo. “O Sr. Manoel ficou paraplégico após um acidente. Ele mal conseguia firmar o pescoço. Quando comecei a cantar, percebi uma reação imediata. Ele fez um leve movimento que me comoveu muito, fazendo todos chorarem. Depois dessa visita, senti que podia continuar ajudando outras pessoas. Atualmente, dedico-me a trabalhos voluntários na Juventude Vicentina”, relata Jardiele, hoje com 21 anos de idade. Todo domingo ela se une ao grupo, formado por mais de 20 jovens e quatro adultos, na Conferência São Paulo, da Sociedade São Vicente de Paulo. O grupo se dedica a atender famílias carentes na região do Bairro Universitário, zona sul de Campo Grande. O presidente do grupo, Antônio Marcos, 32 anos, diz que o voluntariado acarreta muitas mudandezembro, 2012

ças positivas na vida pessoal dos jovens. “Nessas visitas o impacto é muito forte, ninguém sai a mesma pessoa que era antes de entrar. O jovem tem que ouvir histórias, fortalecer a autoestima dos doentes, às vezes tem que ajudar a dar banho, alimentar... Enquanto faze bem ao próximo, repensa a sua própria vida e o seu futuro”, destaca. Jardiele concorda com Antônio: “Eu era muito vaidosa, chegava a ser arrogante. Ao me voluntariar, aprendi que a aparência não é a qualidade mais importante de uma pessoa, que posso viver melhor com a minha família e meus amigos por meio do carinho e da fé”, conclui. Para participar do grupo, os jovens passam por uma formação de seis meses, que inclui formação bíblica e social. Precisam ter idade mínima de 14 anos. O objetivo do trabalho é assistir famílias carentes, atendendo casos como desemprego, reconciliações, remédios, doenças, apoio psicológico, dentre outros. “Nós não prometemos nada, porque também dependemos de doações. Servimos como suporte espiritual e emocional em momentos difíceis, sempre incentivando essas famílias a ‘caminhar com as próprias pernas’”, justifica o presidente da Juventude Vicentina.

Qualquer pessoa pode doar por meio do telefone (67) 3317 4979. Roupas, alimentos, móveis, dinheiro, entre outros.

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Especial do Mês | Vamos fazer o bem! Dayane Sanches

Programa auxilia voluntariamente

os fumantes que desejam

deixar o tabagismo O Programa de Cessação do Tabagismo é oferecido gratuitamente há cinco anos. A equipe é formada por pneumologista, psicóloga, nutricionista e fisioterapeuta. A assistência acontece por meio de reuniões com grupos formados por 12 a 15 pessoas.

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Seja qual for a dependência, abandoná-la exige determinação, coragem e apoio. Parar de fumar, por exemplo, é um dos hábitos nocivos à saúde que muitos desejam deixar; no entanto, o processo em que o fumante está inserido é bastante complexo, já que muitos associam o cigarro a situações comuns do cotidiano. Há dificuldade, por exemplo, em tomar uma xícara de café ou passar por momentos de estresse sem acender um cigarro. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 5% dos que tentam conseguem parar sozinhos, daí a importância do apoio especializado. “O importante é a certeza de que a melhor escolha é parar de fumar, e agir para que essa decisão ocorra”, orienta a Dr.ª Eliana Setti Aguiar, pneumologista no Hospital do Coração de MS e coordenadora do Programa de Cessação do Tabagismo, que é oferecido gratuitamente. Há cinco anos, a equipe formada pela pneumologista Eliana – composta pela psicóloga Elza Maria Rutter de Albuquerque, a nutricionista Elaine Regina dos Santos e pela fisioterapeuta Priscila Aguirre Vendas – auxilia voluntariamente os fumantes que desejam abandonar a dependência. A assistência acontece por meio de reuniões. De acordo com a demanda, os grupos são formados por 12 a 15 pessoas, e o programa utiliza a abordagem cognitivo-comportamental. “Como o próprio nome sugere, o objetivo é transmitir conhecimentos ao fumante e ensinar-lhe as técnicas ou estratégias que possam modificar o seu comportamento,” explica a pneumologista. Ao todo, o programa se estrutura com uma reunião

semanal durante quatro semanas. Depois, duas reuniões (com intervalo de 15 dias) e mais dez, sendo uma mensal, até que se complete um ano de abstinência. Algumas pessoas têm medo de parar de fumar devido às crises de abstinência, como o enjoo, a ansiedade e o receio do aumento de peso, mas a médica explica que existem formas de amenizá-las. “A pessoa deve compreender o processo em que ela se encontra; assim sendo, fica mais fácil - e menos sofrida - essa caminhada”. Alguns medicamentos podem auxiliar, tornando mais suportáveis os sinais e sintomas de abstinência. “O programa oferece esses medicamentos gratuitamente”, confirma Dr.ª Eliana: “Temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAU); sendo assim, as pessoas que fazem parte do grupo têm sua medicação assegurada pelo período necessário ao seu tratamento”. Quando a vontade de fumar persistir, Dr.ª Eliana recomenda a tentativa de “mudar o cenário”. “Quando a pessoa sente desejo de fumar, existe um tempo entre o pensamento e a ação. Esse tempo deve ser usado, por meio de estratégias, para outra ação que não seja a de fumar.” Recomenda-se beber muita água, praticar atividade física, comer alimentos pouco calóricos e fazer exercícios de relaxamento. As reuniões do Programa de Cessação do Tabagismo acontecem todas as quartas-feiras, com início às 9 horas e duração de 1 hora e meia, na sala de reuniões do Hospital do Coração de MS. Mais informações pelos telefones 3323-9157/9000. dezembro, 2012


Vamos fazer o bem! | Especial do Mês

Diego Silva

O bem de sorrir Você já ajudou alguém sem conhecê-lo? É isso que os “dentistas do bem” fazem. Aliás, mais que isso: o grupo voluntário de dentistas proporciona dignidade e, indiretamente, propicia uma vida social saudável e segura para crianças e adolescentes, que antes a desconheciam. Alguns dentistas abrem as portas dos seus consultórios com intenções que vão além do foco comercial ou econômico; buscam atender jovens, de 11 a 18 anos, que não possuem a mínima condição de pagar um tratamento odontológico digno. Aprofundando os conhecimentos sobre os fatos, pode-se verificar que a história é um pouco mais complexa do que se imagina, já que, enquanto milhares de crianças desejam carrinhos, jujubas e sorvetes, outro percentual gostaria de não dividir a sua escova de dentes com os demais integrantes da sua família. Drama ou não, foi pensando em crianças com desejos semelhantes a esse, sem condições de arcar com o seu próprio sorriso, nesse cenário desigual em que vivemos, que voluntários tomaram uma atitude.

Como tudo começou Em 1995, o Dr. Fábio Bibancos escreveu o seu primeiro livro, “Um sorriso feliz para seu filho” (CLA Editora), com foco na prevenção de problemas odontológicos. Por ocasião do lançamento do livro, ele foi convidado a realizar palestras em escolas particulares e, posteriormente, da rede pública. Nas escolas públicas, as mães mostravam a situação bucal dos filhos e notava-se que a prevenção já não adiantava mais. Dr. Fábio resolveu, então, unir 15 colegas que passaram a atender, gratuidezembro, 2012

tamente, alguns casos em seus consultórios. Assim surgiu a ideia que hoje se tornou a maior rede de voluntariado especializada do mundo: o Dentista do Bem.

Em Campo Grande Há cinco anos, o projeto chegou à capital de Mato Grosso do Sul, e teve como primeiro coordenador o Dr. André Martins, que, dois anos depois, passou a dividir o posto com o Dr. Estevom Molica. A dupla passou a buscar conquistas para o grupo do MS, que, por três vezes consecutivas, colocou a Capital entre as 50 cidades mais solidárias do mundo. Em 2011, Campo Grande ficou entre as 10 e, nesse mesmo espaço de tempo, três dentistas voluntários de MS receberam o título de embaixador, devido ao trabalho desenvolvido na Oscip. A equipe já realizou dezenas de triagens em escolas públicas, Organizações Não Governamentais e em outras instituições educacionais, além de marcar presença em projetos, como a Cidade da Saúde e o projeto do Ministério Público - Não Morra tão Cedo. Mas, como nem tudo são flores, assim como qualquer iniciativa, o projeto Dentista do Bem encontra seus desafios em Campo Grande. Porém, nem por isso os coordenadores cruzam os seus braços. Pelo contrário: as ações surgem, a cada dia, com mais engajamento e velocidade. Para o Dentistas do Bem, em Campo Grande, o ano de 2013 começará em ritmo de festas e compromissos, e, entre uma restauração aqui e uma prótese ali, 150 dentistas seguem trabalhando pela saúde de centenas de jovens, recrutando, com agilidade, novos parceiros, abrindo sorrisos que geram outros!

Há cinco anos, o projeto chegou à capital de Mato Grosso do Sul, e teve como primeiro coordenador o Dr. André Martins, que, dois anos depois, passou a dividir o posto com o Dr. Estevom Molica. A dupla passou a buscar conquistas para o grupo do MS, que, por três vezes consecutivas, colocou a Capital entre as 50 cidades mais solidárias do mundo.

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Especial do Mês | Vamos fazer o bem!

Juliana Lanari

Comece o ano fazendo bem a si Disciplina e dedicação são palavras que precisam passar a pertencer à vida de quem se propõe a fazer o bem a si. Dedique-se a você, tire algumas horas do dia para se cuidar e faça isso com regularidade.

Fazer o bem a si próprio também pode ser uma das metas para 2013. Que tal começar o ano novo colocando em prática o velho projeto de manter uma alimentação mais saudável, dando um up no visual, ou educar-se para, finalmente, organizar a vida financeira? O momento é propício, também, para quem pensa em mudar de postura diante de algumas situações da vida. Ser mais tolerante, menos orgulhoso, colocar-se no lugar do outro e reavaliar a conturbada vida amorosa são apenas alguns dos pontos que podem ser modificados, caso a pessoa esteja disposta, é claro. Seja qual for a proposta, o importante é renovar. Começar uma nova fase na vida, com planos definidos, pode ser saudável tanto para o corpo quanto para o espírito. E tem mais: aquele ditado que “para fazer o bem ao próximo é preciso, antes, estar bem consigo mesmo” faz todo o sentido. Quem eleva a autoestima faz as pazes com a vida. Devidamente equilibrada, qualquer pessoa está pronta para oferecer bons sentimentos a quem está ao redor, seja com uma palavra amiga ou participando de uma ação solidária.

Lições de casa Para aquelas pessoas que estão com a autoestima “no pé”, massagear o próprio ego não é das tarefas mais fáceis. Há 34|TotalSaúde

quem sinta dificuldade em fazer o bem a si próprio. Nesse caso, é bom começar com pequenos “mimos”. Separar parte do salário para comprar uma roupa nova ou ir ao cinema no meio da tarde de folga para assistir a um filme de que tanto gosta são pequenos “presentes” que nós podemos nos dar e que, definitivamente, não têm preço, pois fazem bem à alma. Aos que buscam presentear o espírito com mudanças internas, a lição de casa é bem mais complexa e, em alguns casos, requer a ajuda de um profissional da área da psicologia. Incluir a tolerância na rotina, por exemplo, exige um alto grau de amadurecimento. A pessoa deve estar disposta a praticar o exercício diário de ouvir o outro e pensar algumas vezes antes de expor pontos de vista distintos. O princípio básico, nesse caso, é o respeito às diferenças. Disciplina e dedicação são palavras que precisam passar a pertencer à vida de quem se propõe a fazer o bem a si. Dedique-se a você, tire algumas horas do dia para se cuidar e faça isso com regularidade. Esquecer-se de si pode ser um caminho sem volta, que leva à desarmonia e ao desequilíbrio interno. Como em qualquer meta traçada, para chegar ao resultado esperado é preciso força de vontade e uma boa dose de perseverança. E, se obstáculos aparecerem no meio do caminho, a dica é enfrentá-los com bom humor e leveza! dezembro, 2012


Vamos fazer o bem! | Especial do Mês Ana Rita Chagas

Solidariedade a serviço do bem “O brasileiro é muito solidário”. A frase, dita aos quatro ventos, é verídica, e reflete bem a situação do País - que apresenta, hoje, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 42 milhões de voluntariados. Foi com esse sentimento cívico de amor ao próximo que o médico e pediatra Paulo Siufi idealizou o Programa Médico da Família até Você, que vai até a residência do paciente que solicitou ajuda (por meio de carta enviada ao programa) para solucionar o problema pelo qual está passando. O apresentador entrevista o paciente na presença de um especialista, que faz os encaminhamentos necessários para que o caso seja resolvido. Segundo Paulo Siufi, a iniciativa é um desdobramento do Programa Médico da Família, que está no ar há mais de cinco anos, levando informações relevantes, por meio de entrevistas com profissionais médicos e especialistas que atuam nas diferentes áreas, visando orientar a população quanto aos cuidados no uso de medicamentos e a prevenção de doenças, além de permitir conhecimento irrestrito de patologias, até então, desconhecidas pela maioria dos telespectadores. Com conteúdo simples e humanizado, o Programa Médico da Família até Você traz às pessoas alento e a esperança da cura de doenças. De acordo com o pediatra, a intenção é aliviar a dor e proporcionar momentos de alegria às pessoas que procuram dezembro, 2012

por ajuda. “O nosso maior mérito é ajudar pessoas que realmente precisam. E, graças a Deus, sempre encontramos anjos dispostos a abraçar a nossa causa. Há um ano no ar, conseguimos levar profissionais - dos mais renomados - para atender em muitos bairros carentes da nossa cidade; é um trabalho solidário e gratificante que tem dado muito certo”, afirma Paulo Siufi. Há mais de 18 anos, Paulo Siufi realiza ações voluntárias em bairros carentes de Campo Grande, como o Jardim Marabá, por exemplo, com a ajuda de um grupo de amigos médicos, que dispensa um pouco do seu tempo para servir ao próximo. O êxito do trabalho abriu trincheiras e estendeu os atendimentos médicos para os mais longínquos bairros, graças à colaboração voluntária de diversos especialistas. “Nós somente conseguimos fazer algo por uma pessoa tendo muito amor no coração. Isso independe de religião; o bem pode vir de onde menos se espera. Até um sorriso ou um abraço carinhoso podem confortar um coração que está angustiado. Somos todos filhos de Deus, e eu acredito que, mesmo com as adversidades que temos na vida, conseguimos vencer com muita fé, e Deus vai colocando anjos em nossos caminhos para nos ajudar. Atitudes positivas tornam a nossa vida bem mais leve. E se você tem algo importante para oferecer a alguém, faça-o agora, pois, como já dizia Platão, ‘não espere passar por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida’”, ressalta Paulo Siufi.

Há mais de 18 anos, Paulo Siufi realiza ações voluntárias em bairros carentes de Campo Grande, como o Jardim Marabá, por exemplo, com a ajuda de um grupo de amigos médicos, que dispensa um pouco do seu tempo para servir ao próximo.

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Medicina | Sistema imunológico Camila Cruz

Sintomas como febre, diarreia, aumento do tamanho dos gânglios, tosse e espirro, apesar de parecerem sinais maléficos, podem mostrar o contrário que os mecanismos de defesa do sistema imune estão reagindo de forma positiva.

Sistema imunológico: c Quando uma pessoa fica doente, logo se ouve aquela frase: “sua imunidade está baixa”. O corpo humano é exposto a riscos de contaminação por micro-organismos em todos os momentos da vida, porém o sistema imunológico trabalha sem parar, justamente para nos defender e reagir contra doenças e infecções. Mas, afinal, se a imunidade é tão importante e é o que nos protege, como é possível melhorar o sistema imune, impedindo que os vírus, toxinas e bactérias (que, muitas vezes, já habitam o nosso organismo e agem a seu favor) não se aproveitem de forma negativa do nosso corpo? Especialistas explicam que o sistema imunológico funciona, na verdade, como um exército que utiliza diversas armas para combater um determinado micro-organismo. Dois sistemas de defesa atuam na proteção e erradicação de ameaças ao corpo humano: o sistema imune inato, que é formado por células que não precisam ter mantido contato com o micro-organismo invasor para combatê-lo, agindo de forma rápida; e o sistema imune adaptativo, formado por células que trabalham mais lentamente e reconhecem o micro-organismo invasor, caso tenham mantido contato anterior com ele (como é o caso das vacinas). Nesta etapa aparecem os linfócitos B, que produzem anticorpos para combater os vírus, e os linfócitos T, que são capazes de detectar e matar as células infectadas.

Sinais do sistema imunológico Sintomas como febre, diarreia, aumento do tamanho dos gânglios, tosse e espirro, apesar de parecerem sinais maléficos, podem mostrar o contrário que os mecanismos de defesa do sistema imune estão reagindo de forma positiva. Por exemplo: quando a pessoa come um 38|TotalSaúde

alimento estragado, logo ocorre uma reação inflamatória dentro do intestino, que reage com uma diarreia para eliminar, o mais rápido possível, o que está fazendo mal. Quando o sistema imunológico “pede ajuda”, pode haver repetições de diversas doenças, e de maior duração, já que a diminuição da resistência orgânica cria condições no organismo para o frequente desenvolvimento de enfermidades. Se a pessoa apresentar esse quadro, o recomendado é procurar atendimento médico.

Causas da baixa imunidade Entre as razões do enfraquecimento do sistema imunológico estão os problemas congênitos, a desnutrição grave, o estresse, noites mal dormidas, má alimentação, exercícios físicos em excesso, exposição à radiação ou à quimioterapia, uso de drogas, consumo de álcool, medicamentos que suprimem a imunidade e doenças que levam a uma grande perda de proteínas - substâncias que são a “matéria prima” dos anticorpos.

Como melhorar o sistema imune? Sempre ouvimos dizer que para ter boa saúde é necessário se alimentar corretamente, praticar exercícios físicos com frequência e dormir pelo menos oito horas por noite. Essas sugestões valem, inclusive, para melhorar a imunidade - pois todas as atitudes que fazem bem para o corpo beneficiam o sistema imune.

Alimentação equilibrada e saudável A alimentação balanceada é uma das principais recomendações, pois muitas dezembro, 2012


Sistema imunológico | Medicina

: como

melhorá-lo?

células do corpo precisam de nutrientes como, por exemplo, zinco e vitaminas para terem um bom desenvolvimento. Ao seguir uma dieta equilibrada, a pessoa está ajudando o próprio corpo, já que carboidratos, proteínas e gordura (boa) conferem proteção e resistência ao organismo. O que realmente faz a diferença é manter uma dieta saudável, com verduras, frutas e líquidos.

Exercícios físicos Ao praticar atividades físicas, o organismo ativa as propriedades protetoras do corpo, eleva o nível de serotonina (principal responsável pelo bom humor) e promove a liberação de endorfina, proporcionando uma sensação de bem-estar. Porém, a prática excessiva de exercícios inibe a ação das células brancas do sangue, e também produz substâncias que podem causar danos aos tecidos e células de vários órgãos, como o cérebro, o coração e o sistema gastrointestinal. A moderação é sempre o mais indicado.

garros. Isso porque o ar limpo e fresco auxilia na formação do sangue saudável, um componente importante do sistema imunitário.

Não depender de vitaminas e suplementos Depender de qualquer coisa não é bom, até mesmo quando se trata de vitaminas e suplementos, que, apesar de desempenharem um papel positivo no apoio à boa saúde, não são capazes de resolver sozinhos todos os problemas. A junção de fatores é que resulta em uma efetiva proteção e defesa do organismo.

Emoções sob controle Profissionais da saúde orientam que manter a emoção equilibrada é um ponto importante para a defesa do organismo. Atitudes para evitar os extremos - como, por exemplo, temperaturas excessivamente quentes ou frias, ansiedade, depressão, insônia, sonolência excessiva, anorexia ou obesidade são fundamentais. Não podemos nos esquecer do estresse, que afeta radicalmente o estado emocional da pessoa.

Poluição do ar Outra alternativa é evitar a poluição do ar, já que estamos em constante contato com as fumaças de automóveis e de cidezembro, 2012

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Bem-estar | Envelhecer feliz

Camila Cruz

Envelhecer feliz O processo de envelhecimento requer planejamento, ou seja, é necessário que a pessoa pense no que fazer quando já estiver aposentada, para gastar melhor seu tempo livre.

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Há alguns dias, ao chegar a uma confeitaria, deparei-me com uma cena inusitada: um grupo de senhorinhas sentadas, tomando o chá da tarde e dando muitas gargalhadas... Pelo pouco que pude ouvir, a conversa era sobre uma festa que estavam programando, juntas, para o fim de ano. Logo pensei: será que vou envelhecer com tanta disposição e alegria desse jeito? E você, já se perguntou a mesma coisa? A velhice pode ser uma das épocas mais bem vividas, basta saber aproveitá-la. Mas, afinal, como conseguir envelhecer feliz? O primeiro passo, talvez, seja aprender a encarar a passagem de tempo de forma positiva e dar valor aos grandes aprendizados que a vida proporcionou. Lembrar-se, com aquela nostalgia gostosa, de todos os momentos felizes - e até das situações difíceis, que sempre engrandecem as pessoas - pode ser uma ótima alternativa. Garanto que todos terão muitas histórias boas para contar aos netos e bisnetos, não é verdade? E, por falar nisso, a relação mais próxima da família é uma das conquistas que vêm com o tempo livre dos idosos. Passar mais tempo perto de quem se ama pode fazer toda a diferença, assim como organizar almoços de domingo, brincar com os netos e ter longas e saudáveis conversas com os filhos fazem um bem enorme para o coração e para a mente. Porém, não basta viver muito, tem que saber viver bem! O processo de envelhecimento requer planejamento, ou seja, é necessário que a pessoa pense no que fazer quando já estiver aposentada, para gastar melhor seu tempo livre. Subentende-se que a aposentadoria é válida para que seja possível viver com maior tranquilida-

de, sem o desgaste do dia a dia de trabalho. Mas sabemos que, quando o envelhecimento bate à porta, muitas coisas na vida mudam, e os dias não são apenas de alegria. A morte de pessoas próximas e queridas passa a ser cada vez mais frequente e, muitas vezes, o sofrimento chega pra valer. Entender que esse é um processo natural da vida, quando se passa por ele, não é uma tarefa fácil, mas é preciso tentar superar as dificuldades e a falta que essas pessoas fazem com atividades que possam distrair e confortar, nem que seja um pouco, o coração. Cuidar da própria saúde é uma questão fundamental, até porque o organismo já não é mais como era antes, e precisa de atenção especial. Por isso, praticar atividades físicas regularmente e manter um quadro equilibrado de alimentação são medidas que propiciam mais qualidade de vida. Ir ao médico periodicamente e fazer todos os exames de rotina para ter uma saúde bem assistida também é muito importante! E a vida social? Manter o contato com velhos amigos pode entrar na lista de boas atividades, assim como ir ao cinema, a confraternizações e festas, viajar para conhecer lugares diferentes, entrar em um grupo de idosos para praticar jogos de memória e sempre procurar aprender algo novo (como, por exemplo, fazer uma nova faculdade, frequentar aulas de outro idioma e usar a internet) são algumas das inúmeras formas de enriquecer o cotidiano e tornar a vida mais colorida. Portanto, viver uma velhice feliz é não pensar que os dias estão acabando, e sim lembrar que ainda dá tempo, que é possível fazer coisas prazerosas, pois cada segundo vivido vale muito a pena! dezembro, 2012





Medicina | Apendicite em jovens Camila Cruz

Apendicite

em jovens A apendicite acomete, geralmente, pessoas jovens - entre 10 e 25 anos de idade, e pode afetar tanto homens quanto mulheres. A rapidez do diagnóstico é decisiva para evitar complicações, por isso é importante ficar sempre atento aos sintomas!

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Dores insuportáveis no lado direito do abdome e próximo ao umbigo... Quem já teve crise de apendicite sabe bem como é ruim tamanho incômodo. Pensando nisso, o Ministério da Saúde fez um alerta no mês passado e explicou que a apendicite acomete, geralmente, pessoas jovens, entre 10 e 25 anos de idade, e pode afetar tanto homens quanto mulheres. A rapidez do diagnóstico é decisiva para evitar complicações, por isso é importante ficar sempre atento aos sintomas! Para entendermos melhor, a apendicite é a inflamação de uma pequena bolsa localizada no início do intestino grosso, denominada apêndice. Por muito tempo, ninguém soube dizer a importância desse órgão para o nosso corpo, mas hoje a sua função é muito bem reconhecida: defesa do organismo - principalmente dos jovens, por meio da produção dos linfócitos, que são os glóbulos brancos de defesa presentes no sangue. A crise com dores muito fortes acontece quando o apêndice é obstruído. Em geral, isso ocorre por diversos motivos, que vão desde as sementes que ingerimos até as fezes, já que o órgão fica próximo ao intestino. Esse bloqueio causa uma inflamação, seguida de infecção no interior do organismo e, como o apêndice é uma espécie de bolsa fina, entope com mais facilidade, podendo ocasionar sérios riscos à saúde. O maior desafio para os especialistas é diagnosticar, de imediato, a apendicite, pois os sintomas também são variados e se confundem com os de outras doenças. O alerta é muito importante, pois, com a entrada do apêndice obstruída, o tamanho do órgão pode aumentar

bastante e, caso ele se rompa, a infecção se espalha para outras partes do corpo. Por isso é imprescindível a rapidez do diagnóstico. Médicos explicam que não há como evitar a apendicite, a não ser retirando o apêndice anteriormente, por meio de cirurgia, o que geralmente não é feito. O tratamento, sim, é realizado apenas com cirurgia e antibióticos, mas, apesar do órgão proteger o intestino, sua ausência não prejudica o funcionamento do organismo, assim como acontece com a retirada das amígdalas.

Por que nos jovens? Você deve estar se perguntando por que, afinal, a apendicite predomina entre os mais jovens? De acordo com especialistas, a inflamação atinge mais adolescentes e adultos jovens porque é justamente nessa faixa etária que há uma proliferação dos chamados folículos linfoides (pequenos agrupamentos linfáticos cheios de glóbulos brancos, que se localizam na abertura do órgão) no organismo. Esses folículos são produzidos em muita quantidade e com maior frequência, proporcionando, portanto, mais chances de acontecer a obstrução do apêndice. Ficar atento aos sintomas é sempre o melhor caminho e, caso perceba sinais parecidos com os que falamos, é fundamental buscar atendimento médico o quanto antes. Geralmente, o primeiro sintoma é dor em volta do umbigo, que pode ser vaga no início, mas torna-se cada vez mais aguda e grave. A pessoa também pode apresentar apetite reduzido, náuseas, vômitos, calafrios e febre. dezembro, 2012


Boa relação com seu médico | Medicina

Juliana Lanari

Dicas práticas para uma boa relação

com seu médico A primeira consulta é um teste para os dois lados. O médico, geralmente, enche o paciente de perguntas para conhecê-lo melhor e, claro, compreender os motivos que o levaram ao consultório. Do outro lado da mesa, também há quem questione e observe tudo o que está ao redor. Tem gente que até procura na parede o diploma e os títulos do doutor! Quer saber em que faculdade se formou e onde se especializou... O fato é que nem sempre o “santo bate”. Alguns médicos falam pouco e são fechados. O que, diga-se de passagem, não tem absolutamente nada a ver com competência. Pode ser apenas timidez ou um traço da sua personalidade. Nesses casos, o melhor que se faz é ser um paciente curioso. Pergunte, questione, tire todas as suas dúvidas com o médico caladão. Por outro lado, há pacientes que não conseguem expressar com exatidão o que sentem. Ou pior: omitem informações importantes, que poderiam levar ao diagnóstico correto em menos tempo. Nesse caso, cabe ao médico perceber que o relato contém falhas, não faz sentido. Essa é uma relação que se constrói com o tempo, e que precisa ser baseada em uma única palavra: confiança.

Anote o que está sentindo Quem nunca saiu do consultório e falou para si mesmo: “esqueci-me de dizer algo importante”? Isso é normal. dezembro, 2012

A dica para evitar esse “branco” é muito simples: algumas semanas antes da consulta, comece a anotar em um papel tudo o que possa interessar ao médico. O que está sentindo, suas dúvidas sobre a doença diagnosticada, se pode continuar tomando determinado medicamento, e por aí vai... Além de falar para o médico tudo o que precisa, a consulta fica mais objetiva, não há perda de tempo. Outro benefício dessa prática é que o paciente sai mais aliviado do consultório. Para quem está doente, uma boa dose de informação, repassada por quem entende do assunto, é um “santo remédio”.

Diga tudo Muitos pacientes acham que podem tudo e, por isso, nem perguntam ao médico. Portadores de doenças crônicas devem ficar atentos ao uso indiscriminado de medicamentos. Uma pessoa que tem hepatite C, por exemplo, não pode consumir remédios que afetem diretamente o fígado. Imagine a seguinte cena: o paciente tem uma doença crônica, pega uma gripe forte e vai parar no pronto-socorro de um hospital no fim de semana. O plantonista que o atende precisa saber que ele tem a tal doença. Ao receitar os medicamentos para curar os sintomas da gripe, o médico – que está vendo aquela pessoa pela primeira vez – não corre o risco de errar.

Quem nunca saiu do consultório e falou para si mesmo: “esquecime de dizer algo importante”? Isso é normal.

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Medicina | Médico também tira férias Juliana Lanari

Médico

também tira férias! Pergunte a uma mulher grávida de oito meses o que ela acharia se o obstetra de confiança, que a acompanhou durante todo o pré-natal, resolvesse anunciar férias exatamente para o último mês da gestação. Ou a uma pessoa com uma doença psiquiátrica, como a depressão ou síndrome do pânico, como ela se sente quando o especialista se afasta por alguns dias. Não é regra! Mas, em alguns casos, o paciente entra em desespero. O presidente do Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso do Sul (CRM-MS), Luís Henrique Mascarenhas Moreira, orienta que, ao sair de férias, o médico deixe o contato de um colega aos pacientes que poderão ter algum tipo de intercorrência. “No caso dos internados, o Código de Ética Médica é claro no artigo 8° onde diz que é vedado ao médico afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do atendimento”, lembra. José Carlos de Souza, psiquiatra, tira férias todos os anos. São, pelo menos, 15 dias de descanso. Além de afixar um cartaz em frente ao consultório informando que não atenderá naquele período, o médico também deixa a secretária preparada para possíveis situações de urgência e emergência, quando há risco de morte. Em caso de surto, ela saberá encaminhar o paciente ao pronto socorro. São os chamados pontos de apoio. O problema é que alguns fazem questão de ouvir a voz do especialista. É quando entra em cena o “inimigo número um” do descanso médico: o telefone celular. No caso de José Carlos, o aparelho fica ligado, mas não com ele. É a mulher quem atende as ligações e, dependendo do quadro, repassa ao marido. Culpado, o psiquiatra acaba por atender e a “velha 46|TotalSaúde

máxima” de esquecer o trabalho por alguns dias cai por terra. “O médico também é ser humano e precisa descansar. Como psiquiatra, minha receita aos colegas é: tirem férias de tudo que se relaciona à medicina”, orienta. Os casos que mais “roubam” o descanso dos psiquiatras nas férias são relacionados a surtos, ideias de suicídio e pedidos de receitas de medicamentos controlados. Com mais de 20 anos de profissão, José Carlos já viveu situações em que o descanso foi interrompido. “Durante um voo, eu precisei atender um passageiro com crise de pânico e, nos hotéis, é muito comum – em situações de urgência ou emergência – perguntarem se há um médico hospedado”, relembra o psiquiatra. O ginecologista e obstetra, Edvardes Carmona Gomes, tem outra estratégia para tirar férias. Em períodos com poucas cesarianas ou menos possibilidades de partos normais, o médico dá um jeitinho de sair para descansar. No consultório, faz uma parceria com o colega, especialista na mesma área. Quando um dos dois decide tirar férias, o outro “assume” as pacientes. “Quando aviso à gestante que irei viajar e não farei o parto, já a encaminho ao colega. É ele quem faz as últimas consultas antes de a criança nascer. Informar a paciente com antecedência reduz o impacto”, comenta. Sobre o celular, o obstetra mantém o aparelho ligado nas férias, mas não olha o tempo todo pra saber se alguma paciente telefonou. Atender ou não é uma decisão de foro íntimo, lembra o presidente do CRM-MS. “Se o médico comunicou aos pacientes que estaria ausente e deixou contatos de outros profissionais, em tese não tem obrigação de atender, até porque o Código de Ética proíbe consultas por telefone”, orienta.

O presidente do Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso do Sul (CRM-MS), Luís Henrique Mascarenhas Moreira, orienta que, ao sair de férias, o médico deixe o contato de um colega aos pacientes que poderão ter algum tipo de intercorrência.

dezembro, 2012



Bem-estar | Insônia Camila Cruz

Epidemia da Quem já não deitou muito cansado para dormir e acabou rolando na cama por horas, sem conseguir pregar os olhos? A famosa insônia é um incômodo que vem aumentando a cada dia, e autoridades da saúde afirmam que essa dificuldade tende a fazer parte da rotina de um terço da população mundial em algum momento da vida. O mais recente estudo foi realizado pelo governo britânico com 11 mil pessoas, e aponta que pelo menos metade dos habitantes do Reino Unido tem sérias dificuldades para dormir. No Brasil, a situação é semelhante: uma pesquisa realizada em São Paulo, no ano de 2007, revela que até 35% dos paulistanos reclamam de insônia, e que além do sacrifício noturno o problema se estende durante o dia, já que causa irritabilidade, fadiga, perda de memória e da concentração. Algumas pessoas confundem a insônia com a privação de sono espontânea, que não são nada parecidos! A privação do sono ocorre quando se deixa de dormir por causa de fatores como o trabalho, festas ou até bate-papos on-line. Já o distúrbio do sono é a vontade de se entregar ao descanso, mas não conseguir dormir profundamente ou manter o sono durante toda a noite, e com isso o repouso acaba sendo superficial. De acordo com o Instituto do Sono de São Paulo, existe hoje um novo conceito de que o insone é aquele que vive insatisfeito com o seu sono, e essa dificuldade é fruto de um estado de hiperalerta na hora de dormir. Em muitos casos, a pessoa não consegue dormir direito três vezes por semana, por mais de um mês, podendo a insônia durar uma temporada e ir embora, voltando ou não esporadicamente, ou então tornar-se crônica. De qualquer forma, a partir do momento em que esse proble-

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ma atrapalha a qualidade de vida, faz-se necessária uma consulta com um médico do sono para recorrer a diversos exames. Você deve estar se perguntando por que isso acontece, não é mesmo? Especialistas acreditam que esses sintomas são causados pela correria da vida moderna nas grandes cidades, e por isso estão relacionados ao estresse crônico e à ansiedade. Outra causa para o distúrbio é a privação do sono intencional, que pode provocar um problema contínuo com o passar do tempo. A insônia pode ser definida como primária (quando a origem é desconhecida) ou secundária (podendo ser sintoma de outra doença, psicológica ou fisiológica). Neurologistas afirmam que uma porção de males está associada à privação não intencional do sono, por isso a necessidade de investigar a causa do problema. Mudanças no corpo que acompanham o avançar da idade também contribuem para madrugadas acesas, como é o caso da menopausa e do período que a sucede, já que um número significativo de mulheres passa a reclamar de noites em claro.

Tratamento Assim que é diagnosticada a doença e identificadas as suas causas, o médico precisa iniciar, o quanto antes, o tratamento. Algumas receitas, no entanto, podem ser indicadas a todos os que sofrem com o problema, o que depende muito do modo como se vive. Pensando assim, de nada adianta o paciente tomar remédio para dormir se não mudar os seus hábitos ruins. E sabe quem é o grande aliado nessa batalha pelas boas noites de sono? Os exercícios físicos! Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está avaliando o dezembro, 2012

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insônia impacto da musculação e do alongamento sobre o controle da insônia crônica em pessoas antes sedentárias. O mais provável é que os exercícios atuem na liberação de endorfinas, que produzem uma sensação de bem-estar e reduzem a ansiedade no momento de dormir. Até mesmo a dieta exerce influência sobre a qualidade do descanso, e há indícios de que consumir carboidratos (que são as massas em geral) à noite - inclusive integrais - teria um poder sonífero, já que o nutriente interfere na bioquímica cerebral, proporcionando a sensação de conforto e vontade de dormir. Mas o desafio mesmo está em superar o problema com o sono sem a ajuda de um especialista. Em muitos casos, a insônia por ser curada com a medicina integrativa - pode ser solucionada com terapia comportamental, que trabalha os motivos por trás das dificuldades para o repouso absoluto. Já foi observado também que a massagem e a ioga causam efeitos significantes no controle do problema quando associado à menopausa. Porém, em alguns casos é necessário unir a isso tudo o uso de alguma classe de medicamentos indutores de sono. A boa notícia é que a nova geração de remédios tem a vantagem de não gerar dependência, e os avanços no campo farmacológico anunciam fórmulas mais eficazes e específicas.

Quanto descansar por dia? Especialistas costumam trabalhar com uma média de quantas horas de sono são ideais para cada pessoa e fase da vida. Os bebês precisam dormir pelo menos 15 horas por dia; para as crianças, é ideal o descanso de 10 horas diárias; os adolescentes, em torno de 9 horas; adultos, em média, 8 horas ao dia, enquanto os idosos geralmente dormem apenas 5 horas. dezembro, 2012

Insônia | Bem-estar

Doenças por trás da insônia Tanto distúrbios fisiológicos quanto psicológicos são capazes de atrapalhar o sono, e dentre eles estão: arritmias e insuficiência cardíaca, transtornos psiquiátricos, disfunções hormonais, crises de asma e bronquite, incontinência urinária e estresse crônico. Quando a hora do descanso é privada, o organismo pode reagir de várias maneiras até perigosas, pois debilita o sistema imune, favorecendo infecções e tumores, o que contribui para a hipertensão e o diabetes tipo 2, abre portas para infartos e ainda leva ao aumento de peso.

Higiene do sono Algumas medidas simples no dia a dia podem contribuir para uma boa noite de sono, e são chamadas de higiene do sono. São elas: Procure não fazer atividades agitadas à noite, como jogar videogame, por exemplo. Na hora de dormir, mantenha o quarto escuro e em silêncio. Pratique atividade física regularmente pela manhã ou à tarde. Evite malhar à noite se você já tem problemas de sono. Evite pegar no sono com TV, rádio ou computador ligados. Na hora de dormir, mantenha o quarto escuro e em silêncio. Não abuse no jantar, e aguarde cerca de três horas após a refeição para se deitar. Lembre-se que lugar de dormir é no quarto, deitado na cama. Escolha colchão e travesseiros adequados e troque-os de tempos em tempos.

De acordo com o Instituto do Sono de São Paulo, existe hoje um novo conceito de que o insone é aquele que vive insatisfeito com o seu sono, e essa dificuldade é fruto de um estado de hiperalerta na hora de dormir.

Crie uma rotina: um horário para dormir e outro para acordar. TotalSaúde|49


Medicina | Dengue

Camila Cruz

Dengue por um fio! Fiocruz faz parceria com cientistas da Austrália para acabar com a dengue no Brasil O verão está chegando, e junto com a época mais esperada do ano vem a preocupação com os inúmeros casos de dengue! Não é de hoje que a epidemia da doença faz tantas vítimas e que, nas situações mais graves, leva até à morte. Porém, uma descoberta de cientistas australianos alimentou esperanças no combate a esse mal. Depois de tantos estudos, a novidade agora é a formulação de uma proposta, natural e autossustentável, para o controle da dengue por meio de uma bactéria presente em várias espécies de insetos. No Brasil, a pesquisa acontecerá com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A descoberta é a respeito da bactéria chamada Wolbachia pipientis, presente em mais da metade de todos os insetos que existem no mundo. Cientistas que participaram do programa internacional “Eliminar a dengue: nosso desafio!”, da Universidade de Monash, na Austrália, demonstraram, a partir de testes, que acabar com as epidemias será possível visto que a bactéria é capaz de bloquear a transmissão do vírus da dengue no Aedes aegypti, ou seja, o mosquito com a Wolbachia armazena o vírus, mas não transmite a doença. Para entender melhor como foi todo o processo de pesquisa, os cientistas retiraram a bactéria de moscas-da-fruta e introduziram-na em ovos do mosquito transmissor da dengue. As fêmeas do Aedes contaminadas passaram a bactéria para os seus ovos. Esses insetos já nascem com a Wolbachia naturalmente, sendo incapazes de transmitir a dengue. Segundo os estudiosos, na verdade 50|TotalSaúde

a bactéria funciona como uma vacina para os insetos e, consequentemente, impede a propagação da doença. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 2,5 bilhões de pessoas em cem países estão sob ameaça de contrair o vírus. Agora no início, com poucos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia na população de mosquitos, as comprovações ainda são escassas e a vantagem reprodutiva será pequena. Mas com as sucessivas gerações, o número de mosquitos machos e fêmeas tende a aumentar - até que a nuvem inteira tenha a característica desejada.

Fiocruz e a dengue Com essa descoberta, recebemos uma boa notícia: pesquisadores da Fiocruz anunciaram durante o “XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária”, realizado no mês de setembro, parceria com esse grupo de cientistas - que já realiza frequentes testes em mosquitos na Austrália, Vietnã e Indonésia. No Brasil, o projeto está na fase inicial. Os ovos do mosquito com Wolbachia foram trazidos da Austrália para testes, com a autorização do IBAMA, que é a autoridade competente para essa questão. Com esses ovos da bactéria, está sendo gerada uma colônia brasileira de Aedes aegypti com Wolbachia, sob condições de laboratório, na Fiocruz. O objetivo é que em 2014 os mosquitos com a bactéria comecem a ser liberados no Estado do Rio de Janeiro. dezembro, 2012



Medicina | Automedicação na gravidez Juliana Lanari

Os riscos da automedicação

durante a gravidez

Mulheres grávidas que ingerem remédios sem orientação médica trilham um caminho que pode não ter volta. “Uma vez provocado, o dano ao feto é irreversível”, alerta o obstetra.

Gravidez não é doença, mas exige certos cuidados. Acordou com enxaqueca ou com uma crise alérgica? Nada de tomar o primeiro remédio que encontrar na “farmacinha” de casa! A orientação é entrar em contato com o médico obstetra que faz seu pré-natal. É o profissional quem vai receitar o medicamento mais seguro para mãe e filho. O maior risco da automedicação durante a gravidez é a malformação fetal, e o período mais suscetível é o primeiro trimestre da gestação. “Muitas mulheres não sabem que estão grávidas e tomam remédios de forma inadvertida”, alerta o ginecologista e obstetra Edvardes Carmona Gomes. Periodicamente, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) publica um manual com orientações para que os médicos prescrevam medicamentos às gestantes com o maior grau de segurança possível. “O risco sempre existe; é preciso avaliar o seu grau e o benefício”, explica o médico.

Restrições Algumas substâncias são terminantemente proibidas a gestantes. A tetraciclina, indicada para o tratamento de infecções bacterianas, não pode ser prescrita durante toda a gravidez, e também nos primeiros anos de vida da criança. Estudos já comprovaram que o antibiótico interfere na formação de ossos e dentes. A isotretinoína, medicamento usado para o tratamento de espinhas, também pode provocar malformações fetais.

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Mulheres que fazem uso dessa substância precisam até assinar um termo de compromisso com a garantia de que vão evitar a gravidez durante o período de utilização do remédio. Alguns procedimentos também são contraindicados às grávidas. Radiografias, por exemplo, somente em caso de extrema necessidade. A radiação pode provocar anomalias na criança. E se a gestante quebrar o pé? Nesse caso, o técnico em radiologia deve ser informado sobre a gravidez. A paciente precisa usar um avental de chumbo para proteger o feto.

Irreversível Mulheres grávidas que ingerem remédios sem orientação médica trilham um caminho que pode não ter volta. “Uma vez provocado, o dano ao feto é irreversível”, alerta o obstetra. Em outras palavras, não há como voltar atrás. A criança irá nascer com alguma malformação. Os médicos lembram que, em hipótese alguma, o ácido fólico é prescrito para resolver um dano já provocado ao feto. A substância é indicada à gestante para evitar que a criança nasça com anencefalia ou lábio leporino, por exemplo. Prevenção existe, mas usar o ácido fólico no feto com a malformação para tratá-la não é indicado. Às mulheres que estão grávidas ou pensam em engravidar, fica o alerta: durante os nove meses é preciso avaliar as possíveis consequências antes de consumir medicamentos de forma inadvertida, afinal de contas, são duas vidas que precisam ser preservadas. dezembro, 2012


Bolo de Reis | Receita

Bolo de Reis Ingredientes:

Modo de preparo:

3 xícaras de trigo 1 ½ xícara de açúcar mascavo 1 xícara de manteiga 2 colheres de sopa de leite 1 colher de sopa de fermento 6 ovos 1 colher de chá de canela em pó 1 colher de chá de cravo em pó 1 xícara de uvas passas 1 xícara de ameixa picada 1 xícara de damasco picado 1 xícara de figo seco picado 1 xícara de mix de castanhas picadas 5 colheres de sopa de amido de milho

Bata a manteiga e o açúcar mascavo na batedeira até virar um creme. Junte as gemas, uma a uma, batendo sempre até que fiquem bem incorporadas à massa. Misture a farinha de trigo (peneirada) e o leite. Junte a canela e o cravo em pó. Coloque o fermento e as claras em neve, misturando delicadamente. Antes de colocar na massa, passe as frutas secas e as castanhas em um pouco de amido de milho para que fiquem distribuídas igualmente. Despeje a massa em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido durante 30 minutos.

dezembro, 2012

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Endereços úteis CONTATOS Dr. Renato Lima Fe Dr. Paulo Siufi Neto rraz CRM/MS CRM/MS2932 2187 Neurologia Pediatra Clínica Rua Julio Rahe, 85 RuaAbraão Joaquim Murtinho, 477 São F Grande/MS Campo Campo Grande (67) 3382 4404 / MS

Dr. Atalla Mnayarji CRM/MS 4118 Pediatra e Oncologista Pediátrico Clínica Hope Rua Oceano Atlântico, 245 Chácara Cachoeira (67) 3027 4722

Drogaria

Dr. Radi Jafar Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324 9802

Dr. Maurício de Barros Jafar Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3321 8921

Medicina-fetal

Cirurgia plástica Dra. Thaís Sakuma CRM/MS 5868 Dermatologista Rua Fernando Correa da Costa, 1.233 Sala 4 Campo Grande/MS (67) 8168 3856 thais.sakuma@gmail.com

7 Dr. Thiago Franchi Nunes CRM/MS 4925 CRM/SP 140887 Radiologista PRONCOR Rua Raul Pires Barbosa, 1.800 Campo Grande/MS (67) 3042 3000

Produtos naturais

Aparelhos auditivos Dra. Carmencita Sanches Lang CRM/MS 3771 Oncologista clínica Clínica Hope Rua Oceano Atlântico, 245 Chácara Cachoeira (67) 3027 4722

Condicionamento físico

Dr. Marcelo dos Santos Souza CRM/MS 3287 Oncologista Clínica Hope Rua Oceano Atlântico, 282 Campo Grande/ MS (67) 3027 4722

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