Estresse [Abril/2013]

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INVESTIR NA JUVENTUDE

é construir um futuro melhor.

CULTURA E ARTE

• Projeto Hip Hop • Festival Universitário de Audiovisual • Circuito Sul-matogrossense de Teatro • Música Erudita • Som da Concha • Projeto Kit Difusão Musical

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14.454 VAGAS 44 MUNICÍPIOS atendidos



Índice 10

Você Sabia?

Odontologia 12

Quanto custa um tratamento odontológico estético

Estética 46

Medicina 15 16 24 42

Veja com seus próprios olhos

Bem-estar 36

A sustentável leveza do ser Pilates aéreo traz alívio para dores e resultados já na primeira aula

Terapia hormonal na mulher climatérica Divertículos do intestino grosso

Plástica depois dos 50

Nutrição 49

Remédio brasileiro

Acredite! Você pode emagrecer

Institucional 48

Fonoaudiologia 20

Deficiente mental adulto

Comportamento 18

Tristeza ou depressão

38

Rede feminina Dedicação e delicadeza no combate ao câncer

52

Editora Alvorada

Abaixo à dependência do amor e sexo

tem compromisso com a responsabilidade social

54 Endereços úteis Especial do Mês: Estresse 26

Estresse: perigo invisível

30

Estresse e dor ou dor e estresse?

32

Estresse pós-traumático





Editorial | Ao leitor

Equipe

Revista Total Saúde

08|TotalSaúde

Está estressado? Então, leia Total Saúde. Este mês, nós preparamos uma série de reportagens sobre o assunto. Muitas doenças físicas e mentais são provocadas pelo estresse. Saiba como identificar e evitar esse problema que desequilibra o organismo e que é conhecido como o “mal do século”. A relação de situações estressantes com a dor também é abordada. E para espantar o estresse nada melhor do que se alimentar com produtos que garantem energia ao corpo. Outra dica preciosa é respirar corretamente. Oxigênio na medida certa é um dos caminhos para uma vida mais leve. Aproveite para se informar sobre divertículos no intestino grosso, problema que pode levar o paciente ao centro cirúrgico. E saiba como se livrar dos óculos com cirurgias para miopia, astigmatismo e hipermetropia. Se o seu sonho é ter um sorriso de capa de revista, saiba que o investimento no tratamento odontológico estético vale à pena. E por falar em beleza, mulheres que passaram dos 50 estão cada vez mais adeptas à cirurgia plástica, afinal de contas vaidade não envelhece! Os avanços da medicina estão sempre presentes nas páginas de Total Saúde. Conheça as novidades na terapia hormonal para mulheres que chegaram à menopausa. E saiba que o Brasil está prestes a produzir o primeiro medicamento 100% nacional. Esta edição traz ainda reportagens sobre os benefícios do Pilates Aéreo para acabar com as dores no corpo. E você vai entender como é possível diferenciar a tristeza da depressão e que as doenças mentais nos adultos são vistas sob uma nova ótica. Apresentamos também o D.A.S.A., Dependentes de Amor e Sexo Anônimos. O grupo ajuda pessoas a encontrar o equilíbrio quando o assunto é amor. O trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer é outro destaque na edição deste mês. Dedicação e delicadeza são palavras de ordem para as voluntárias. abril, 2013


Existe uma pessoa que vai achar esse desenho uma obra de arte.

Tudo o que o seu lho faz é uma obra-prima para você e para nós também. Neste mês das mães, envie o desenho do seu arƟsta para nós exibirmos. Saiba mais acessando a nossa página no Facebook.

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Você Sabia? Dormir pouco pode alterar atividade dos genes Como vão suas noites de sono? Não é de hoje que estudos mostram a relação entre o sono insuficiente e as consequências negativas à saúde no dia a dia. Porém, pouco se sabe sobre o que, de fato, acontece no nosso organismo após uma noite mal dormida. De acordo com novo estudo inglês, a resposta está nos genes, ou seja, a privação do sono reduz a atividade de vários genes, entre eles alguns associados à regulação do metabolismo, alterando funções como o apetite, à queima de calorias e aos sistemas imunológico e cardíaco. As conclusões foram publicadas no mês passado, no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), que detalhou o estudo. Em ambiente controlado, 26 voluntários passaram uma semana dormindo durante o tempo adequado (aproximadamente 8,5 horas) e, em outra semana, dormindo por poucas horas (5,7 horas, em média). Ao longo de todos esses dias, os pesquisadores analisaram os genes dos participantes a partir de amostras de sangue recolhidas deles. Conforme os resultados, um grande número de genes se tornou menos ativo na semana em que houve a privação do sono.

10|TotalSaúde

Aplicação de muitas vacinas em crianças não desenvolve autismo, diz estudo De acordo com estudo publicado no The Journal of Pediatrics, os pais não têm motivos para se preocupar com a relação entre o desenvolvimento de autismo e a grande quantidade de vacinas aplicadas nas crianças até os dois anos de idade. Pesquisadores chegaram a essa conclusão a partir de um estudo com mais de mil crianças, no qual não foi encontrada relação alguma entre o número de antígenos (partícula ou molécula capaz de iniciar uma resposta imune no corpo humano) por vacina e o desenvolvimento da doença. Mas, apesar das evidências científicas já terem demonstrado esse resultado, cerca de um terço dos pais no mundo ainda não se sentem confortáveis quanto ao assunto. É possível perceber claramente essa questão, pois 10% deles se negam a vacinar ou atrasam as vacinas dos filhos, porque acreditam que isso é mais seguro do que seguir a agenda proposta pelos governos.

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Você Sabia? Idade mínima para cirurgia bariátrica agora é de 16 anos O Ministério da Saúde alterou a idade mínima para a realização da cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento, conhecido popularmente como “redução de estômago”, era realizado apenas em pessoas maiores de 18 anos; entretanto, passou a ter a idade mínima de 16, nos casos em que há risco para a saúde do paciente. A nova portaria, assinada pelo ministro de saúde Alexandre Padilha, prevê desde cuidados essenciais com o excesso de peso, orientação e apoio à mudança de hábitos, até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica. A iniciativa foi baseada em estudos que apontam o aumento crescente da obesidade entre os adolescentes. A idade máxima para o procedimento (que, até então, era 65 anos) também foi alterada, e nesses casos a avaliação clínica (risco-benefício) passa a ser determinante para a autorização da cirurgia, e não mais a idade.

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Estudos avaliam bebês prematuros no Brasil Complicações relacionadas ao nascimento prematuro são as principais causas de mortalidade em bebês e crianças menores de cinco anos no mundo. Como uma das prioridades do governo brasileiro é a redução da mortalidade materno-infantil, o Ministério da Saúde está financiando um estudo que visa diminuir os nascimentos prematuros no País, por meio do edital da pesquisa “Grandes Desafios no Brasil: Prevenção e Manejo dos Nascimentos Prematuros”. A ideia é incentivar os pesquisadores a entenderem os motivos que favorecem o nascimento antes do tempo e, a partir das conclusões, indicarem o melhor caminho para evitar o problema. Ao mesmo tempo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou dados importantes e concluiu que 10,5% dos bebês que nascem no Brasil são prematuros, consequência, também, do elevado número de cesarianas realizadas no País, que corresponde a mais da metade do total de partos. Os números fazem parte de levantamento inédito, que teve prévia dos resultados apresentada no encontro da Rede Global de Academias de Ciência, no Rio de Janeiro.

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Odontologia | Tratamento estético Dr. Estevom Molica Netto

Quanto custa um tratamento odontológico estético?

Esta pergunta está na cabeça de 10 entre 10 pessoas que buscam meu trabalho no Studio Oral. O medo de ser muito alto o custo deste tipo de tratamento afugenta inúmeros clientes da cadeira de um dentista. Vou responder esta pergunta fazendo outra: - Quanto custa o seu sorriso e a felicidade que ele traz? Isto não é demagogia, pelo contrario, isto é uma verdade que devemos levar em conta… quantas pessoas mudam suas vidas depois que passam por um Tratamento Dentário Estético. Mudança física, social e psicológica. Encontro pessoas que dizem não se importar se seus dentes são tortos, escurecidos ou desgastados, mas acreditam que precisam urgentemente fazer uma cirurgia estética, emagrecer ou trocar a cor dos cabelos. Em pesquisa recente, foi atestado que o rosto é o primeiro lugar que as pessoas olham quando conhecem uma pessoa e o mais curioso é que o sorriso ficou com 57%, a frente dos olhos com 32% e dos cabelos com 21%. O tratamento Odontológico Estético ou o seu novo sorriso, tem o valor proporcional a sua alto estima, nem menos nem mais. Talvez hoje você não possa colocar Lentes de Contato Dental de Porcelana em seus dentes, mas quem sabe se elas forem de resina voce pode, ou ainda, um clareamento dental ja resolveria seu problema! Pense sobre isso e verá que você pode estar perdendo um tempo precioso da sua vida não valorizando seu rosto. O sorriso é uma linguagem universal. Quando você tem um belo sorriso, mesmo você não sabendo falar outros idiomas, poderá se comunicar visualmente com um belo sorriso, todo mundo entende!!!

Rua das Garças, 943 Centro (67) 3382 7373 estevom@studiooral.com.br Dr. Estevom Molica Neto CRO/MS 2010. Atua na área de Reabilitação Oral e Estética. Especialista em Prótese Dentária. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e da Federação Internacional de Odontologia Estética. 12|TotalSaúde

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_________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ __________ __________ __________ Ass:_______________ Atrás de cada sorriso de um filho, existe o sorriso de uma mãe. E não existe nada mais importante para uma mãe que ver seu filho feliz.Aproveite esta data e mostre o quanto você ama sua mãe. Um sorriso é a melhor forma de dizer “eu te amo”.

Dr. Estevom Molico


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Cirurgia para miopia, astigmatismo e hipermetropia | Medicina Renato Lima

Veja com seus próprios olhos Cirurgia para miopia, astigmatismo e hipermetropia, devolve a qualidade da visão e dá adeus aos óculos e lentes de contato Eles podem ser charmosos, elegantes e até dar um ar mais intelectual. Mas quem depende dos óculos todos os dias sente o desconforto e as limitações para a prática de esporte, ir à praia ou à piscina, por exemplo. Já as lentes de contato exigem rigor em higiene e cuidados redobrados com a saúde dos olhos, mantendo-os sempre lubrificados. A melhor opção para diminuir essa dependência e ter uma visão mais autônoma e com qualidade consiste na cirurgia refrativa com Excimer Laser, uma técnica aprovada nos Estados Unidos há 17 anos e realizada em todo o mundo; já tratou mais de cinco milhões de pessoas somente naquele país. No Brasil, esse procedimento é aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, garantindo toda segurança, eficiência e resultado para o paciente. Com mais de 200 procedimentos realizados em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, o médico oftalmologista, Dr. Edgar Zanin Junior, explica que a cirurgia refrativa pode corrigir até 12 graus de miopia e até 6 graus de astigmatismo e hipermetropia, dependendo da curvatura e espessura da córnea do paciente. Membro titular da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, com expertise em Cirurgia Refrativa pelo Hospital Eye Care, em São Paulo, Dr. Edgar Junior explica que a correção do grau de óculos por meio da cirurgia se dá pela mudança na curvatura da córnea, obtida a partir da aplicação do Excimer Laser na sua superfície. O procedimento é controlado pelo computador, com precisão microscópica, atingindo somente a abril, 2013

área da córnea, mantendo intactas as áreas adjacentes. Para quem ainda tem dúvidas sobre o procedimento, o Dr. Edgar Junior explica que a estabilização da visão ocorre em poucos dias, podendo o paciente, dependendo da sua profissão, retornar ao trabalho no dia seguinte. A escolha da melhor técnica cirúrgica é de indicação do médico, pois depende do resultado de alguns exames complementares. Confira as duas técnicas disponíveis e as condições básicas para se submeter à cirurgia: PRK A técnica PRK, abreviatura do inglês Ceratectomia Foto Refrativa, é utilizada em pacientes com espessura corneana baixa. Consiste na retirada do epitélio, células superficiais da córnea, e em seguida aplica-se o laser diretamente sobre a mesma. LASIK

Para quem ainda tem dúvidas sobre o procedimento o Dr. Edgar Junior explica que a estabilização da visão se dá em poucos dias, podendo o paciente, dependendo da sua profissão, retornar ao trabalho no dia seguinte.

Outra técnica cirúrgica é o LASIK, abreviatura do inglês Ceratomileuse Assistida por Laser. A diferença está na aplicação do laser que é realizada após o levantamento de uma camada superficial da córnea que em seguida é reposicionada sem a necessidade de pontos.

Sou um bom candidato Para um bom resultado é necessário um exame oftalmológico completo e ser compatível com os seguintes critérios: - Idade acima de 18 anos - Estabilidade do grau - Ausência de gravidez - Ausência de doenças oculares

Dr. Edgar Zanin Junior CRM/MS 5211. Oftalmologista Especialista pelo MEC, AMB e Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Fellowship em Cirurgia Refrativa pela Hospital Eye Care - São Paulo/SP. Fellowship em Glaucoma e Catarata pela Universidade Federal de Goiás.

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Medicina | Terapia hormonal Dr. Orlando Monteiro Júnior

Terapia hormonal na mulher climatérica

Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256. CRM/SP 73806. TEGO 568/95. Graduação e Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela UNESP-Botucatu; Especialista em Ginecologia e Obstetrícia Habilitado em vídeo-histeroscopia; vídeo-laparoscopia, ultrassonografia em G.O. pela FEBRASGO; Especialista em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diasgnóstico por Imagem (membro titular). Mestre em Ginecologia pela UNESP-Botucatu. Pós-graduação em Reproduçao Assistida pela Santa Casa de São Paulo.

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Entre as consequências das conquistas tecnológicas ocorridas na 2ª metade do século 20 está o aumento da expectativa de vida da população feminina, cuja preocupação não é só viver mais, mas também melhor (o tão almejado envelhecimento saudável). É sabido que, com a longevidade, a mulher que atinge 50 anos pode esperar viver 30 anos ou mais. A menopausa, ou seja, a data da última menstruação, constitui apenas um marco dentro do climatério. Incide, em geral, aos 50 anos de idade, sendo precoce quando ocorre antes dos 40 anos e tardia após 55, 60 anos. Nesse período a mulher apresenta, via de regra, a diminuição do estrogênio (hormônio feminino). Dentre as manifestações clínicas dessa fase destacam-se os sintomas vasomotores, caracterizados por ondas súbitas e transitórias de calor, que acometem principalmente o tórax, o pescoço e a face, podendo durar desde alguns segundos até uma hora. Também podem surgir outros sintomas, como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, ressecamento e perda da elasticidade vaginal, infecções urinárias de repetição, urgência e perda urinária aos esforços, alterações da pele (atrofia, ressecamento, perda do colágeno local), bem como o risco de doenças crônico- degenerativas, como a aterosclerose, doenças cardiovasculares, Alzheimer e risco aumentado de fraturas osteoporóticas.

A terapêutica do climatério sintomático consiste na hormonioterapia, devendo ser individualizada às necessidades de cada paciente. Na transição menopausal as principais indicações são os fogachos (ondas de calor) e a irregularidade menstrual. Na pós-menopausa precoce as principais indicações além dos fogachos são os sintomas urogenitais e a prevenção da fratura osteoporótica. Atualmente, há o conceito de “janela de oportunidade”, em que quanto mais próximo ao início da menopausa a terapia hormonal (TH) é prescrita, melhores são os resultados - tais como benefícios cardiovasculares e cognitivos, e menores são os riscos. É fundamental a introdução da terapia hormonal no momento certo! Mulheres com mais de 60 anos, com menopausa natural e sem o uso prévio de TH, a princípio, não são candidatas ao início da hormonioterapia (ensaios clínicos indicam um aumento do risco de doenças cardiovasculares, como coronariopatias, Acidentes Vasculares Cerebrais e tromboembolismo venoso). O tempo de administração da TH é controverso; não existe consenso sobre quando e como realizar a suspensão do tratamento, pois esta depende de vários fatores associados e/ou individualizados, tais como a manutenção dos benefícios aos quais foi instituída, a melhora da qualidade de vida, o perfil de risco das usuárias, efeitos adversos e a experiência abril, 2013


Terapia hormonal | Medicina

profissional do médico que a prescreve. Apesar de o câncer de mama ser a principal preocupação da mulher, a maior incidência de morte se refere às doenças cardiovasculares: um índice de 53%, comparado aos 4% do câncer de mama. No ensaio clínico WHI, o risco de câncer de mama, em termos absolutos, foi de oito casos a cada 10.000 mulheres que utilizaram terapia com estrogênio e progesterona por cinco anos ou mais. Nesse mesmo trabalho científico, mulheres que só fizeram o uso de estrogênio, durante sete anos, não apresentaram aumento do risco de câncer de mama. A terapia hormonal, em geral, pode ser feita com estrogênio, progestagênio e tibolona (e, em casos selecionados, também com androgênio). As vias de administração são: oral, vaginal, transdérmica, percutânea e subcutânea. A dose

deve ser a menor, e pelo menor tempo necessário, para que se possa alcançar os efeitos benéficos, minorando os possíveis riscos. Para o acompanhamento da paciente climatérica que faz TH são importantes alguns exames periódicos, como os de glicemia, colesterol, triglicérides, tireoide, função hepática e renal, colpocitologia, mamografia bilateral, ultrassonografia endovaginal (e, em casos selecionados, também a vídeo-histeroscopia), pesquisa de sangue oculto nas fezes e densitometria óssea a critério clínico. Independente do uso ou não da terapia hormonal, é imprescindível que a mulher adote hábitos saudáveis: evitar o tabagismo, consumir bebidas alcoólicas com moderação, praticar esportes e manter uma dieta equilibrada são medidas fundamentais.

Algumas contraindicações à TH - História atual, passada ou suspeita de câncer de mama. - Tumor maligno estrógeno dependente. - Sangramento genital sem diagnóstico. - Tromboembolismo venoso e arterial. - Hipertensão arterial não tratada. - Doença hepática ativa. - Porfíria cutânea tardia.

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Comportamento | Tristeza ou depressão Dr. Eduardo Wagner Aratangy

Tristeza ou depressão

Dr. Eduardo Wagner Aratangy CRM/SP 116020 Médico Supervisor do Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPQ-HCFMUSP); Administrador do Serviço de Eletroconvulsoterapia do IPQHCFMUSP; Coordenador do Prog. de Atend. Intensivo aos Transtornos Alimentares do AMBULIM-IPQ-HCFMUSP; Coord. do Programa de Saúde Mental para Refugiados em SP.

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Muito se discute sobre onde termina a tristeza considerada normal e onde começa o que chamamos de depressão. Quando passamos por um evento desgastante, como a morte de um familiar, por exemplo, é absolutamente normal sentir tristeza e ser dominado por sentimentos negativos que chegam a causar até mesmo sintomas físicos. Em menor intensidade, isso ocorre quando temos um problema financeiro, no trabalho ou nos relacionamentos; tais fenômenos são normais e passageiros. Podemos chamar isso de tristeza. Quando ocorre tristeza “sem causa” ou quando uma tristeza “normal” dura muito tempo, em conjunto com sintomas como a perda de vontade, energia e disposição física, bem como a dificuldade ou incapacidade de sentir prazer nas situações em que normalmente sentiria, além de alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos contínuos e prejuízo nas atividades cotidianas, pode-se presumir que há um transtorno depressivo. O que se chama, atualmente, de depressão é uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) e não um sintoma, como seria a perda de disposição física ou a tristeza (isoladamente). Por essa razão, não existe depressão “normal”, mesmo em situações graves, como a morte de um parente ou diante de uma doença de risco. Nessas situações o indivíduo tende a se recuperar em poucos meses, sem manifestar outros sintomas além da tristeza. Algumas doenças clínicas e psiquiátricas podem provocar sintomas depressivos e até a síndrome depressiva completa, o que pode confundir o diagnóstico; o hipotireoidismo, por exemplo, pode manifestar sintomas muito semelhantes aos da depressão, o que pode atrasar e confundir o diagnóstico correto. Em idosos, é comum que os sintomas iniciais da demência se confundam com os da depressão. Podemos observar um

idoso que se apresenta mais introvertido, triste ou irritado, com dificuldades na concentração e memória, deixando de realizar diversas atividades do seu dia a dia, com alterações no sono e no apetite, além de falta de ânimo e energia. Por outro lado, alguns casos de depressão grave no idoso manifestam a pseudodemência. Ela ocorre quando o indivíduo apresenta um quadro muito semelhante a uma demência, mas motivado por depressão. Nessas situações, o paciente pode não conseguir mais cuidar de sua alimentação e higiene, ter a capacidade de comunicação muito prejudicada e até apresentar graves alterações da memória. Portanto, o diagnóstico correto em neuropsiquiatria não pode se basear apenas em sintomas isolados. É preciso que o profissional seja capaz de relacionar diversos sinais, observar a sua evolução ao longo do tempo e saber investigar e excluir os outros diagnósticos que poderiam causar a confusão.

abril, 2013

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Fonoaudiologia | Deficiente mental adulto Silvana Adriana Lins Date Camila Balbuena Garcia de Almeida

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Silvana Adriana Lins Date CRFª 9499. Fonoaudióloga Especialista em Motricidade Oral Camila Balbuena Garcia de Almeida CREFITO 6719-13. Terapeuta Ocupacional Especialista em Educação Especial

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nova ótica sobre o deficiente adulto mental

Segundo a American Association on Mental Retardation (AAMR - 2002), a deficiência intelectual no adulto é caracterizada por limitações significativas referentes ao funcionamento intelectual e ao comportamento adaptativo, atingindo algumas habilidades, tais como a comunicação, o autocuidado, a vida doméstica, as habilidades sociais, o relacionamento interpessoal, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, entre outras. Essas limitações levam a pessoa a apresentar comportamentos depressivos, agressivos, alteração na comunicação, isolamento social, dependência familiar ou a apresentar quadros crônicos naturais do envelhecimento, aumentando o estigma social e, consequentemente, diminuindo a condição de inclusão do deficiente mental adulto na comunidade da qual faz parte. O trabalho com o grupo de mulheres com deficiência intelectual (Grupo de Menina a Mulher) surgiu diante da necessidade de diminuir a dependência funcional e o isolamento social dessas mulheres, visando que elas deixem de ser vistas pela sociedade como pessoas inativas, sedentárias ou incapazes. O enfoque do nosso trabalho está direcionado à avaliação, ao diagnóstico e à planificação do tratamento, pois a reabilitação visa à qualidade de vida, com o

objetivo de propiciar que o paciente atinja o seu potencial máximo, lembrando que a família deve estar envolvida, pois potencializa o desenvolvimento do grupo. A fonoaudiologia, juntamente com a terapia ocupacional, visa promover a esses pacientes o planejamento, a organização e a integração das capacidades funcionais, em que a rotina das Atividades de Vida Diárias e Práticas (AVD´S e AVP´S) são a base do nosso modelo de intervenção. Desta forma, as ideias são compartilhadas em um ambiente seguro, preservando ou desenvolvendo a simples capacidade funcional, mesmo diante das dependências físicas ou mentais significativas, favorecendo a autonomia de expressão, a autoestima, a iniciativa e, principalmente, a interação social. É importante ressaltar que não há uma lista de atividades padronizadas a ser implementada inerente à deficiência mental, como, por exemplo, horta, jardinagem, artesanato, gincana etc. Na verdade, devemos conhecer cada pessoa para buscar suas habilidades e também criar oportunidades para que suas aptidões possam ser percebidas. Dentro desse contexto temos encontrado, em nossas experiências, estratégias facilitadoras para atingir o maior nível de independência possível, ocupação de forma produtiva e bem-estar. abril, 2013


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Bem-estar | Respiração

Fernanda Monteiro

Calma... Respire! Aonde é que você pensa que vai?

Sabe-se, por exemplo, que tomar consciência da forma como você inspira e expira pode ser um tratamento contra estresse, depressão e síndrome do pânico; não substitui a medicação, mas é tão importante quanto ela.

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Essa não é só uma advertência da canção “Carimbador Maluco”, de Raul Seixas, mas também um alerta para o fato de que, sem repirar corretamente, você não vai a lugar algum! Hoje, 82% dos brasileiros que moram nas cidades admitem que o nível de ansiedade subiu nos últimos anos, e com ele os índices de estresse e cansaço físico e mental. Cada vez mais, as pessoas vão ocupando o seu dia com tarefas e afazeres, e o tempo está se reduzindo tanto que nem sempre é possível fazer o que se gosta, ou pior: o que se precisa. Com a suposta falta de tempo, o homem vai perdendo a capacidade de respirar corretamente. Devido ao estresse, medo, insegurança, tensão e emoções, a respiração vai ficando cada vez mais curta, chegando a se colocar no pulmão a quantidade mínima necessária de ar. Um adulto inala cerca de 350 a 400 ml de oxigênio a cada inspiração, porém, seus pulmões têm capacidade de receber 10 vezes mais, ou seja, cerca de 4 litros de oxigênio. “É importante lembrar que utilizamos somente 30% da nossa capacidade respiratória. Uma respiração correta é fundamental para o nosso bem-estar, esvaziar as tensões, clarear a mente e não sobrecarregar o coração”, explica a instrutora de ioga Fernanda Jallad. Assim, o organismo não libera adrenalina em excesso, e sim endorfina e serotonina, substâncias químicas responsáveis pela sensação de relaxamento e de bem-estar. Em resumo, uma boa respiração favorece, desintoxica e cura todo o corpo, estimu-

lando a capacidade e o prazer de viver o tempo presente. Na medicina convencional, pesquisas apontam a ligação entre a fisiologia da respiração, a neurologia e o comportamento. Sabe-se, por exemplo, que tomar consciência da forma como você inspira e expira pode ser um tratamento contra estresse, depressão e síndrome do pânico; não substitui a medicação, mas é tão importante quanto ela. Para isso, “o ideal é focar em aumentar o abdome na inspiração e contraí-lo na expiração”, simplifica Fernanda. A administradora Ana Rita Contar encontrou na prática de ioga uma alternativa para se recuperar do estresse e da ansiedade gerados pelo excesso de responsabilidades no trabalho. Mesmo praticando 1 hora por semana, a aluna garante que sua vida ganhou mais equilíbrio: “Sempre fui muito acelerada. É nítida a redução do ritmo. Percebo que meu corpo e minha mente estão mais calmos. Quando estou ansiosa, sinto minha respiração e a frequência cardíaca aceleradas. Já quando estou calma e com uma respiração adequada, sinto que ganho resistência, boa memória e satisfação.” O ser humano respira cerca de 20 mil vezes diariamente; mas, por ser um ato involuntário, muitas pessoas não percebem sua importância. É por meio da respiração que o corpo absorve o oxigênio e elimina o gás carbônico. Com a entrada de oxigênio, as células produzem a energia necessária para todas as atividades relacionadas às funções do organismo e, consequentemente, do dia a dia. Pois então, respire... E pode partir sem problema algum! abril, 2013



Medicina | Divertículos do intestino grosso

Dr. César Conte

Divertículos do intestino grosso

Dr. Cesar Giovani Conte CRM/MS5434 Cirurgião do Aparelho Digestivo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Área de Atuação em Cirurgia Videolaparoscópica pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). 24|T otalSaúde

Divertículos são áreas de fraqueza no cólon (ou intestino grosso), onde parte da parede intestinal se projeta para fora do órgão (semelhante a um “papo” no pneu de um automóvel). Na sua grande maioria são adquiridos, e a presença de divertículos no intestino (diverticulose) não deve ser considerada uma doença. Divertículos também podem ocorrer na parede de outros órgãos, como esôfago, intestino delgado, bexiga, entre outros. Entretanto, por sua prevalência e importância clínica, os divertículos do intestino grosso são os de maior relevância. Variam em número (de um a centenas), sendo que, habitualmente, aumentam em número e tamanho com o decorrer dos anos. As estimativas populacionais são provavelmente subestimadas, uma vez que a maioria dos pacientes permanece assintomática. A incidência de divertículos aumenta com a idade, e raramente acomete pessoas com menos de 30 anos, mas supera os 30% aos 50 anos e 65% aos 80 anos. Estudos recentes mencionam como fatores ligados à etiologia da diverticulose a dieta pobre em fibras, alterações da parede intestinal, a motilidade colônica e fatores genéticos. O diagnóstico geralmente é feito por

exames de colonoscopia (indicados no rastreamento de câncer de cólon ou por queixas intestinais) ou exames contrastados do intestino grosso. A maioria dos pacientes (70%) é assintomática; alguns sintomas inespecíficos podem ocorrer numa minoria, sendo esses: dor, distensão abdominal, flatulência e irregularidade evacuatória. A simples presença de divertículos não exige tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Entretanto, os pacientes devem ser orientados à alta ingestão de fibras, uma dieta pobre em gorduras e ao aumento da atividade física. A antiga crença de que pacientes com diverticulose não devem ingerir pequenos grãos ou sementes não apresenta comprovação científica, e não deve ser estimulada.

Diverticulite aguda A diverticulite aguda é a complicação mais frequente da doença diverticular, acometendo 10 a 25% dos casos. Deve-se à obstrução do divertículo por material fecal e subsequente inflamação. Pode involuir espontaneamente, gerar um processo infeccioso localizado ou progredir para perfuração com escape de secreção intestinal. abril, 2013


Divertículos do intestino grosso | Medicina

Os principais sintomas são febre e dor abdominal (quase sempre na região inferior e esquerda do abdome). O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais e de imagem (ultrassom ou tomografia). Diverticulite aguda sem complicação é tratada com o uso de antibióticos e a modificação da dieta, sendo que as formas leves podem ser tratadas fora do ambiente hospitalar. Os casos mais severos exigem internação e uso de antibioticoterapia endovenosa. As formas de diverticulite aguda complicada (com coleções de pus, obstrução intestinal ou perfuração) podem exigir procedimentos de urgência, que vão desde drenagens a cirurgias de remoção de parte do intestino acometido. Os pacientes com episódios de repetição de diverticulite ou que apresentam forma complicada devem ser submetidos

a tratamento cirúrgico eletivo (colectomia) para a resolução da doença.

Sangramento Hemorragia é uma complicação que ocorre em 5 a 10% dos portadores de diverticulose. Surge com maior frequência em pessoas mais idosas e caracteriza-se pela evacuação de sangue vivo ou em coágulos em moderada a grande quantidade. Habitualmente, esses pacientes precisam ser admitidos no hospital para hidratação, exames e reposição da perda sanguínea, se esta for significativa. A grande maioria dos episódios de sangramento por doença diverticular é autolimitada. Entretanto, situações de sangramento em grande volume ou de repetição podem exigir tratamento cirúrgico.


Especial do Mês | Estresse

Juliana Lanari

Estresse: Dor no peito, sensação de formigamento no braço, falta de ar. Os sinais são de um enfarto. O paciente é levado às pressas para o pronto-socorro. Exames não mostram alterações cardíacas. No dia seguinte, uma nova avaliação com um médico especialista confirma que não há problema físico. Encaminhado a um psiquiatra, o paciente recebe o diagnóstico: crise de pânico, possivelmente provocada por estresse! Conhecido como o “mal do século”, o estresse é capaz de tirar qualquer pessoa do eixo. Seja por acúmulo de trabalho, mudança de emprego ou de cidade, perda de pessoas queridas, problemas financeiros ou familiares, o fato é que situações estressantes – sejam agudas ou crônicas – podem trazer sérias consequências ao comportamento e ao corpo. O estresse não é classificado como doença. Nos dicionários, a palavra é definida como um conjunto de reações físicas, psíquicas ou infecciosas que são capazes de desequilibrar o organismo. O cérebro do ser humano estressado libera uma grande quantidade do hormônio cortisol, o que faz reduzir a imunidade. Com a defesa do organismo baixa, a pessoa estressada pode ter o agravamento ou o surgimento de doenças como asma, problemas na pele e alergias, entre outras. Os primeiros sintomas físicos do estresse podem ser gastrite, taquicardia, sensação de fraqueza, cansaço, tensão muscular, tremores, dor de cabeça, sudorese e pressão alta.

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Estresse | Especial do Mês

perigo invisível “No geral, o paciente procura médicos de diversas especialidades até chegar ao psiquiatra, onde ouve que o diagnóstico é estresse. E o problema, muitas vezes, vem acompanhado com depressão e transtornos de ansiedade”, relata a psiquiatra Márcia Cristina Rabelo Domingos. O estresse também tem sintomas psíquicos. O paciente estressado pode apresentar sinais como irritabilidade, nervosismo, medo, angústia, alterações no sono e apatia. Há perda de interesse sexual, e pode haver abuso no uso de álcool e de substâncias como tabaco, medicamentos e drogas. Estudos indicam que o estresse possui três fases. Na aguda, os estímulos estressores (o que provoca estresse) começam a alterar os hormônios. Na fase de resistência/adaptação, surgem sintomas emocionais e físicos. Já na exaustão, o organismo se rende e abre espaço para doenças. “As alterações hormonais e de neurotransmissores ocorrem em todas as fases do estresse, tanto na aguda quanto nas demais. Essas variações podem, com o tempo, se acentuar e causar o surgimento de lesões nos órgãos alvo”, explica Dra. Márcia. O diagnóstico do estresse é feito a partir do histórico clínico. Exames laboratoriais mostram elevação do nível de cortisol no sangue, o que evidencia o quadro, além de alterações na glicemia e colesterol. “No geral, o estresse leva a doenças às quais o paciente já tem predisposição genética”, comenta a psiquiatra. abril, 2013

O tratamento para o estresse é, basicamente, ver a vida com outros olhos, encarar os problemas de uma forma mais amena, buscar a felicidade. Se alguma doença física ou psíquica já estiver instalada, é preciso tratá-la. Paralelamente, é possível adotar atitudes e hábitos antiestresse. Ativar o modo “quero ser feliz”. “Cultivar o bom humor, ter expectativas reais para não se frustrar, colocar para fora aflições – seja em sessões de psicoterapia ou escrevendo cartas e diários – ter uma religião e reformular a vida, procurando reduzir os fatores que geram estresse, são algumas dicas para evitar o problema”, orienta a médica psiquiatra. Evitar ou reduzir o consumo de cafeína, fazer exercícios físicos com regularidade, reservar momentos para o relaxamento, ter um sono de qualidade, adotar um hobby e garantir tempo para o descanso e o lazer também são orientações importantes para deixar o estresse de lado. Fique atento a algumas doenças que podem ser provocadas pelo estresse: - asma - doenças dermatológicas - cefaleia tensional - enxaqueca - alergias - resfriados/gripes - infecções oportunistas (herpes, candidíase) - gastrite/úlcera - insuficiência renal - pressão alta - infarto do miocárdio - distúrbios da menstruação (mulheres) e eréteis (homens) - depressão - síndrome do pânico

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Especial do Mês | Estresse

Estresse e dor

ou dor e estresse?

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Estresse | Especial do Mês

Dr. Maruãn Omais

As duas coisas. A palavra estresse, na área da saúde, foi utilizada pela primeira vez em 1936, por meio de publicação na revista Nature, pelo então médico Hans Selye. Este termo, originalmente, provém da física, que remeteria a uma situação de desgaste e tensão de um determinado material. E por que apresentamos situações de estresse? Porque vivenciamos situações de desgaste e tensão, e nessa avaliação o material somos nós mesmos! Bom, então por que precisamos viver e passar por isso? Porque seria inevitável não vivermos situações de estresse. Vamos exemplificar algumas das muitas situações de estresse que vivemos ou viveremos: o nascimento de um filho; a perda de um ente querido; perspectivas e frustrações relacionadas ao trabalho; sobrecarga de trabalho; desilusões amorosas; estímulo excessivo da audição (sons); visão (luzes intensas); olfação (cheiros fortes); tragédias naturais; guerras... Imaginar que isso ocorra sem nenhuma alteração em nosso organismo seria muito inocente. Logo, diante da perfeição da máquina humana, temos as alterações que irão nos defender, mas, se perpetuadas, serão mantidas de forma patológica, como doença, apresentando alterações crônicas e podendo evoluir ou manifestar situações clínicas, como depressão, ansiedade, alterações cardiovasculares (pressão e coração) e, inclusive, dores crônicas. Inúmeras são as substâncias endógeabril, 2013

nas que se alteram em situações de estresse, quer seja agudo ou crônico. Muitos de nós já ouvimos falar em adrenalina, noradrenalina, corticoide... São algumas substâncias que estão presentes em situações de estresse, ora no estresse agudo, ora no crônico. São essas alterações endógenas, de dentro dos nossos órgãos, que podem fazer com que um quadro de dor crônica se manifeste novamente, como sinal de que algo não vai bem, e não necessariamente relacionado à piora do processo álgico. É nesse momento que uma pessoa que apresenta um quadro de dor crônica, que é uma doença, acaba fazendo o papel de dor aguda, de defesa! Confuso e claro? Pois é, esse é mais um exemplo de que somos um todo. Pode ser inevitável vivermos uma situação de estresse, mas com certeza é totalmente evitável vivermos uma situação de descompensação da dor e sofrimento por ela. Há inúmeras abordagens, pontuais ou contínuas, para o tratamento da dor desencadeada ou mantida por uma ou mais situações de estresse. Elas variam desde abordagem clínica, com terapêutica medicamentosa, até intervencionista, quando necessário. Mas o foco deve ser a base desse problema, e não somente a consequência. Devemos, então, reforçar a ideia de que, obrigatoriamente, faremos a abordagem das demais patologias associadas, sejam de componentes depressivos, ansiosos, alterações cardiovasculares...

Dr. Maruãn Omais CRM/MS 3225. Médico com área de atuação em dor. Diretor Técnico da Palliare Clinica de Dor e Cuidados Paliativos

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Especial do Mês | Estresse

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Estresse | Especial do Mês Renato Lima

Estresse

pós-traumático pode levar meses para surgir e anos para ir embora

É uma sensação de estagnação. Os sintomas de pânico, medo e pavor tomam conta da mente e do corpo, levando a pessoa a revivenciar o trauma cada vez que as lembranças aparecem. O estresse pós-traumático é um transtorno de ansiedade que vem aumentando cada vez mais, e preocupando muitas pessoas. No consultório da psicóloga Sheila Brusamarello, o estresse pós-traumático aparece na maioria das vezes em pacientes vítimas de violência sexual, acidentes de trânsito e criminalidade, como assalto e sequestro. Ela explica que esse transtorno psíquico está relacionado a um evento fortemente ameaçador de modo que as pessoas demonstram-se fragilizadas perante a tragédia. O conflito interno é em relação à forma que cada um lida com o sofrimento. Muitas vezes essa ameaça não necessariamente atinge o físico do sujeito. Tragédias coletivas como o incêndio na boate de Santa Maria (RS), provocaram uma sensação de insegurança coletiva em todo o País. Sheila explica que esse tipo de estresse ocorre por conta da empatia, ou seja, ato de se colocar na situação do outro. A vida que é inerente a todos fica exposta a uma fragilidade que pode ocorrer com qualquer pessoa e a qualquer momento. Essa ansiedade pode desencadear sintomas de estresse. Estudos mostram que em cada dez pessoas que são vítimas de situações traumáabril, 2013

ticas, duas vão desencadear o estresse. A diferença é que os sintomas podem surgir dias, semanas e até meses depois do episódio. De acordo com Sheila, é muito importante que a pessoa procure um profissional de psicologia logo após o trauma para um acompanhamento. Algumas pessoas se recuperam dos sintomas em até seis meses, enquanto outras podem ficar com os sintomas durante anos. Para o tratamento, explica Sheila, o primeiro requisito é identificar o evento traumático (agente estressor), que tenha representado ameaça à vida do portador do distúrbio ou de uma pessoa querida e perante o qual se sentiu impotente para esboçar qualquer reação. com psicoterapia, é possível se livrar dessa pedra emocional e seguir uma vida equilibrada e sem estresses. Sintomas do Estresse Pós-Traumático Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para aparecer. Eles costumam ser agrupados em três categorias: a) Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos; b) Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma; c) Hiperexcitabilidade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.

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Bem-estar | Pilates aéreo Renato Lima

A sustentavel leveza de ser Pilates aéreo traz alívio para dores e resultados já na primeira aula

Lygia Fontoura CREFITO 9-31810. Fisioterapeuta graduada pela UCDB em 1999; Esp. em Fis. Desportiva na UNIMEP; Cursos nas áreas de Reeducação Funcional do Assoalho Pélvico em São Paulo no Centro de Estudos Urológicos do HSPE; Iso-Streetching com Bernard Redondo; Reeducação Postural Global - RPG com Philippe E. Souchard; Formação e Certificação de Instrutores de Pilates: Nova Postura no Studio Neuza Araujo em São Paulo; Pilates na Conduta Cinesioterapêutica pela D e D Fisioterapia Especializada; Pilates na Escoliose e Herina de Disco pela CGPA; Power Pilate; FAST - Funcional Athetic Trainig. Kinesis, TRX (treino suspenso), curso internacional de Pilates core training com Bosu e acessórios e curso de Pilates na Bola com Colleen Craig Toronto Canadá, curso internacional de Pilates aéreo com Vanessa Romo - Espanha.

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O Pilates Aéreo nasceu de uma visão que tem como base o respeito ao corpo, aos limites e metas. Nesta modalidade, criada pela espanhola Vanessa Romo, os exercícios básicos de Pilates clássico são adaptados ao Columpyos, aparelho com tecidos que permitem a prática de movimentos aéreos. “A sensação de encontro com o próprio corpo através de um simples pedaço de tecido é insuperável, uma vez que o único peso em questão é o do próprio corpo e o desafio é o próprio aluno”, explica a fisioterapeuta e especialista em pilates aéreo, Lygia Fontoura. O fortalecimento e o alongamento da musculatura são notáveis a partir do primeiro dia nos exercícios mais suaves. Nos exercícios mais exigentes em que trabalha a antigravidade, percebe-se outros benefícios como maior leveza, melhor circulação sanguínea, e a descompressão vertebral, que reduz dores e mal-estar, principalmente de pessoas que sofrem de hérnia de disco e outros problemas de coluna. Graças às posturas que se utilizam para realizar os exercícios, o aluno sente efeitos de drenagem linfática

que favorecerá de forma notável a eliminação de líquidos e redução de volume. A novidade chega a Mato Grosso do Sul através do estúdio Arquitetura do Corpo, localizado na Rua Zezé Flores, 691, em Campo Grande. Com mais de dez anos de fundação, a Arquitetura do Corpo é referência em Pilates Nova Postura e fisioterapia. Lygia, que é fundadora da marca conta que se impõe o desafio de sempre procurar oferecer o que há de melhor para a saúde do corpo. “Nossa busca por atualização e estudos em relação ao corpo é pensando nos benefícios que podemos oferecer a nós mesmos. Os alunos que fazem as aulas de pilates aéreo sentem no corpo e, na hora, as vantagens e benefícios convertidos no bem estar e no físico também. Isso porque nossa equipe é capacitada para conduzir o aluno aos movimentos corretos, com segurança e garantia de resultados. Por isso, oferecemos uma aula experimental grátis”, explica Lygia. ONDE ENCONTRAR Rua Zezé Flores, 691. Santa Fé 9617 2800 ou 8142 0028

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Pilates aĂŠreo | Bem-estar

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Bem-estar | Rede Feminina Juliana Lanari

Rede Feminina Dedicação e delicadeza no combate ao câncer Flor de pétalas frágeis e aroma inconfundível, a rosa é muito mais que o símbolo da Rede Feminina de Combate ao Câncer. É a tradução de um trabalho desenvolvido com dedicação e delicadeza. Presente em 13 municípios de Mato Grosso do Sul, a Rede conta com a ajuda de, aproximadamente, 300 voluntárias em todo o Estado. Em Campo Grande, cerca de 40 mulheres prestam assistência gratuita a pacientes com câncer. “Nós trabalhamos com o lema: ‘Quem ama cuida, doa-se e cresce’”, explica a presidente da Rede na Capital, Rosângela Ferreira Monteiro. No Hospital do Câncer Alfredo Abrão, o dia começa com as voluntárias servindo aos pacientes – em média, 200 por dia – o famoso “chá com pão”. Remédios, cestas básicas, cadeiras de roda, fraldas descartáveis, perucas para as mulheres que perderam os cabelos devido à quimioterapia, próteses de polietileno, para as que retiraram a mama, e produtos de higiene pessoal são oferecidos gratuitamente pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. São gestos de carinho que fazem toda a diferença para quem está fragilizada pela doença.

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Rede Feminina | Bem-estar

Para as pacientes que são do interior do Estado e não têm condições de pagar a hospedagem e nem a alimentação durante o tratamento, a Rede Feminina disponibiliza a Casa de Apoio Carmen Prudente. Com capacidade para abrigar até 20 mulheres de uma só vez, o local possui refeitório, onde são oferecidas cinco refeições balanceadas por dia, além de uma copa e de quartos com televisão e banheiro. No ateliê, voluntárias e pacientes produzem peças de artesanato e as próteses de polietileno, oferecidas gratuitamente a mulheres que retiraram a mama por causa do câncer. A costureira Graça Aparecida Russiano, 58, luta contra um tipo agressivo de câncer de pele há 12 anos, e há cerca de um ano hospeda-se na Casa de Apoio sempre que vem de Naviraí para fazer a quimioterapia. Mulher forte, simples, criada na roça, Graça não esconde os motivos que a fazem voltar ao local a cada 25 dias. “A casa é muito limpa, a higiene do lugar é impressionante. E se eu quero comer alguma coisa, elas vão lá e compram. Dão xampu, escova de dentes, sabonete...

Onde é que você vai ter uma mordomia dessas?”, questiona a paciente de olhos vividos e força na voz. A venda de roupas, sapatos e brinquedos doados pela Receita Federal e por doadores anônimos é feita em um bazar montado dentro do Hospital do Câncer, uma das fontes de renda da Rede Feminina. Os produtos são comercializados a valores muito baixos. As voluntárias também organizam churrascos, bingos e vendem o artesanato produzido na Casa de Apoio. “Para arcar com todas as despesas, nós esperamos que a prefeitura retome um convênio em que eram repassados R$ 2.500,00 à Rede Feminina por mês. Os gastos com água, energia elétrica e com a alimentação das pacientes são muito altos”, afirma Rosângela. As doações em dinheiro feitas por pessoas que preferem ficar no anonimato fazem com que as voluntárias realizem sonhos. Em breve, será inaugurada a primeira Casa de Apoio masculina a ser administrada pela Rede Feminina. O prédio está sendo construído no mesmo terreno da unidade feminina, e terá Equipe Rede Feminina

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capacidade para abrigar até 16 homens por vez. Além de quartos com banheiro, haverá refeitório, minicozinha e ambulatório - para que o paciente, se preciso, tenha atendimento médico.

Missão cor-de-rosa O cor-de-rosa dá o tom do trabalho desenvolvido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. As voluntárias são reconhecidas porque vestem camisetas dessa cor, e a decoração - tanto da diretoria-executiva, que funciona no Hospital do Câncer, quanto da Casa de Apoio - segue a regra. Cortinas, sofá, até o relógio de parede é rosa! A ação “Outubro Rosa”, de prevenção ao câncer de mama, recebe esse nome em todo o mundo e, é claro, não poderia ser diferente: virou a marca registrada do combate à doença nas mulheres! À frente desse universo cor-de-rosa que acolhe pacientes com câncer estão as voluntárias. Mulheres que encontraram, na Rede Feminina, uma missão. As histórias de como chegaram ao grupo surpreendem e emocionam. A presidente, Rosângela, sempre gostou do voluntariado, mas dois fatos marcantes na vida pessoal da pedagoga a fizeram “abraçar” a Rede Feminina: “Em 1992, perdi meu filho. Pouco tempo depois, fi-

quei grávida e tive uma menina. Quando ela tinha 12 anos, o meu marido morreu e eu agarrei o trabalho voluntário com todas as forças”, relata. Há cerca de 20 anos, a comerciante Carmen Reis Facione, 62, passou a frequentar os bingos organizados pela Rede Feminina. Via as mulheres de camiseta rosa, queria fazer algo por outras vidas e acabou se tornando voluntária. No início, servia chá aos pacientes e, por algumas vezes, questionava-se: “por que será que estou aqui, fazendo esse trabalho?”. A resposta veio cinco anos depois. Em 1999, Carmen descobriu, durante exames de rotina, que estava com câncer de mama. “A médica me perguntou se eu não iria chorar. Falei que não, e perguntei: eu vou morrer? Se não vou, por que chorar? Fui para casa e chorei, senti medo”, relembra. Depois de retirar parte da mama e de passar pelo tratamento, Carmen está curada. Sobre o questionamento que se fazia no início do trabalho voluntário, comenta: “Deus estava me preparando para quando eu tivesse a doença”. Hoje, além de ser a responsável pelo bazar da Rede Feminina, a comerciante dá o seu testemunho a pacientes e faz orações em grupo, uma forma de acalmar o coração de quem enfrenta o câncer.

Pioneirismo e sonhos

Foi em Campo Grande, no ano de 1954, que o médico Alberto Néder criou a Liga Feminina de Combate ao Câncer. Durante 12 anos, o grupo chegou a ser o único serviço de prevenção à doença no então Estado de Mato Grosso. Em 1977, quando a cidade ganhou o primeiro setor de oncologia, no Hospital Universitário, as mulheres da Liga entenderam que era preciso abrigar pacientes vindas do interior. Cinco anos mais tarde, a Casa de Espera Carmen Prudente foi inaugurada. Em 1996 a Liga se transformou na Rede Feminina, e o Governo do Estado, naquela época, repassou a administração do Hospital do Câncer Alfredo Abrão à Fundação Carmen Prudente, que passou a ser a mantenedora do Hospital e da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Uma história de pioneirismo e de sonhos realizados. A Rede Feminina de Mato Grosso do Sul está ligada à Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer, criada em 1978 por Carmen Annes Dias Prudente, mulher que dedicou sua vida ao voluntariado e ao combate à doença. 40|TotalSaúde

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Medicina | Remédio brasileiro Camila Cruz

Remédio brasileiro As indústrias farmacêuticas mundiais aprimoram-se a cada dia, visando auxiliar no tratamento ou na cura de doenças que atingem a população. No Brasil também são fabricados diversos tipos de remédios, mas nenhum é, ainda, totalmente nacional. A boa notícia é que essa realidade está prestes a mudar, pois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, pela primeira vez na história, o registro para o desenvolvimento de um medicamento biológico 100% brasileiro. 42|TotalSaúde

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Medicina | Remédio brasileiro

Anvisa autoriza produção de medicamento 100% nacional O chamado Etanercepte é utilizado no tratamento de artrite reumatoide e de outras doenças crônicas que afetam as articulações do corpo. O remédio será desenvolvido pelo laboratório BioNovis, em parceria com os laboratórios Instituto Vital Brasil e Biomanguinhos, da Fiocruz, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Desde 2006 o medicamento é importado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a previsão é que já esteja disponível nas prateleiras das farmácias em 2016. No portal do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha comentou que o medicamento vai reforçar a importância da produção nacional. “Essa conquista mostra que o Brasil vai, cada vez mais, poder produzir os medicamentos para a população e, com isso, eles ficam mais baratos e acessíveis, sem qualquer risco como o de uma fábrica internacional parar ou retardar a produção, por exemplo, preservando assim a saúde da população brasileira. Portanto, este é um marco importante e só reforça as políticas do Ministério da Saúde de apoio à produção nacional”.

Artrite reumatoide Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatoide é abril, 2013

uma doença crônica e inflamatória cuja principal característica é a lesão das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam ficar comprometidos. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico passa a atacar o próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia). Qualquer pessoa - desde crianças até idosos - pode desenvolver a doença. Porém, ela é mais comum em mulheres por volta dos 50 anos de idade, ou em pessoas com histórico na família. Os sintomas podem ter início com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas, principalmente pela manhã, geralmente acompanhados de rigidez para movimentá-las, podendo durar horas até melhorar. Uma vez diagnosticada a doença, é necessário fazer o acompanhamento com o médico reumatologista para iniciar o tratamento, por meio de remédios que controlam a enfermidade e regulam essa autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros órgãos. Fonte: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Reumatologia

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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.


Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918

Dr. Maurício de Barros Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073

Rua Antonio Maria Coelho, 2.728 - Jd. dos Estado - Campo Grande-MS - Fone: 67 3027.1900


Estética | Cirurgia Plástica

Renato Lima

Plástica

depois dos 50 As mulheres estão vivendo três anos e quatro meses a mais que há uma década, e nem precisariam ter recorrido ao IBGE para saber o que está explícito: elas estão vivendo mais e melhor! Ponto para a medicina e para a qualidade de vida, que reúnem novos comportamentos alimentares, sociais e emocionais. O resultado é que a expectativa média de vida para elas é de quase 78 anos (IBGE/2011). Na prática, isso significa que, aos 50, elas estão bem longe do conceito “senhora”. Mas é nessa fase que elas sentem na pele a revolução hormonal da menopausa. Com a diminuição da produção de fibras, colágeno e elastina, elas descobrem duas coisas: que a flacidez é um inimigo íntimo e que, sim, a lei da gravidade existe. As dobrinhas, as ruguinhas e aquela pele que insiste em se desprender do corpo não combinam nada com o vigor interior, e indicam que está na hora de tomar providências! E para resolver essas insatisfações do mundo pós-moderno, algumas mulheres recorrem à cirurgia plástica - uma procura que aumenta cada vez mais, aponta o cirurgião plástico, especialista e titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Marco Aurélio Jajah (CRM-MS 3900). “Há um aumento na procura por cirurgia plástica em todas as faixas etárias, principalmente devido à grande diminuição dos índices de complicações e à melhora nos resultados com os avanços técnicos. Proporcionalmente, aumenta essa procura por parte de mulheres em faixa etária mais avançada, pois a população está envelhecendo com mais saúde e, assim, mantendo a vaidade e a disposição da juventude com mais vantagens, pois traz na bagagem a serenidade e o charme da experiência”, afirma Jajah. A diferença é que enquanto as mais jovens, na maioria das vezes, optam pelas próteses mamárias de silicone, lipoaspiração e rinoplastia, as que são jovens há mais tempo procuram a cirurgia do envelhecimento facial (lifting) e plástica nas coxas, braços e abdome, para a retirada do excesso de pele. O cirurgião destaca ainda a grande procura por plástica nas áreas íntimas, além dos procedimentos mais simples, como o botox,

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Cirurgia Plástica | Estética

Elas já viveram bastante e agora decidem mostrar para o corpo que a vaidade não envelhece! preenchimentos, tratamento dos lóbulos das orelhas e laser. Tudo em prol da harmonia com a imagem interior. “As mulheres têm, normalmente, uma sensação de que quando estiverem 10 ou 15 anos mais velhas, sua vaidade irá diminuir. Porém, com o chegar da idade, estão notando que continuam bonitas e

saudáveis, e que têm o direito de ficar ainda melhor. Notam que, com 30, 50, 70 anos ou mais, continuam sendo mulheres e querendo sempre melhorar. A cirurgia plástica e seus avanços têm ajudado muito no bem-estar físico, psíquico e social dessas mulheres, independente da idade”, acrescenta o médico.

A Total Saúde preparou um guia com orientações do cirurgião plástico, Dr. Marco Aurélio Jajah, sobre as atenções especiais na hora de fazer uma plástica depois dos 50 anos. A escolha do profissional

Internação

É fundamental escolher muito bem o cirurgião plástico, e essa dica vale para todas as idades e ocasiões. Converse com amigas que se submeteram à cirurgia e peça informações sobre o procedimento, se ficaram satisfeitas, como foram atendidas e tratadas pelo cirurgião... Veja o resultado pessoalmente com a amiga e, depois disso, pergunte ao seu médico de confiança sobre o cirurgião em questão. Vale a pena pesquisar se o profissional é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, por meio do site www.cirurgiaplastica.org.br, que disponibiliza os nomes dos quase 40 cirurgiões plásticos de Mato Grosso do Sul.

Existem diferentes técnicas para todas as idades e tecidos corporais, e o médico deve estar preparado para realizar a cirurgia ideal para cada caso, e isso deve ser discutido na consulta pré-operatória. É muito importante a escolha de um hospital com infraestrutura e pessoal adequados para a cirurgia, o que deve ser decidido em conjunto com o cirurgião.

Primeira consulta Nessa consulta o cirurgião avaliará a paciente e fará uma programação de tratamento, com orientações sobre possíveis resultados, cuidados pré e pós-operatórios, riscos, complicações, cicatrizes (não existe cirurgia sem cicatriz) e acompanhamento pós-operatório, além de solicitar todos os exames complementares necessários. Lembre-se de esclarecer todas as dúvidas acerca do procedimento. Nunca faça uma cirurgia sem estar bem segura e com todas as questões esclarecidas.

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Resultados É importante lembrar que nenhum cirurgião plástico promete resultados, e nem poderia, pois a cirurgia plástica não é uma ciência exata, e existem inúmeros fatores que interferem no resultado: não somente a técnica, a perícia e o capricho do cirurgião, mas também os cuidados pós-operatórios, o repouso, as intercorrências, a cicatrização de cada um etc.

Custos O custo independe da idade. Nunca se deve abrir mão da segurança e da realização do melhor procedimento possível para diminuir gastos; cirurgia cara é aquela feita inadequadamente, fora das condições ideais de realização e segurança.

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Institucional | Editora Alvorada Andréia Menezes Lorenzoni

Editora Alvorada tem compromisso com a responsabilidade social

Empresa doou 70 kits de livros infanto-juvenis para abrigos infantis da Capital

Sempre atenta à realização e apoio de projetos sociais em Campo Grande, a Editora Alvorada sempre vai além quando o assunto é despertar o sorriso de uma criança.

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A sociedade atual está mais preocupada com as questões sociais. Prova disso foi o auditório do Tribunal do Júri lotado de interessados em se tornarem voluntários no Projeto Minha História Minha Vida promovido pela Editora Alvorada em parceria com o Instituto Fazendo História de São Paulo e o Projeto Padrinho. A proposta do instituto é a de estimular crianças e adolescentes nas entidades de acolhimento a expressarem suas histórias de vida. A Editora Alvorada é parceira do instituto e destinou mais de 70 kits de livros infanto-juvenis para abrigos infantis decorrentes do Projeto Padrinho nas 54 comarcas do Estado. O encontro para a formação dos 70 voluntários aconteceu nos dias 23 e 24 de abril. A abertura foi realizada por Katy Braun do Prado, Juíza de Direito da Infância e Juventude. Na ocasião, ela ressaltou a importância da parceria com a Editora Alvorada: “as instituições de acolhimento tem o privilégio de ter uma biblioteca com os livros da Editora Alvorada para trabalharmos com as crianças, então queremos agradecer essa parceira tão importante para nosso trabalho. Eu tenho os livros em casa, já li para as minhas sobrinhas e são historias excelentes”, contou Katy. Sempre atenta à realização e apoio de projetos sociais em Campo Grande, a Editora Alvorada sempre vai além quando o assunto é despertar o sorriso de uma criança. Assim, em 2011 surgiu a campanha Eu Curto Ajudar. A primeira edição contou com o apoio de mais de 3.200 pessoas na arrecadação de brinquedos para crianças de abrigos da Capital. Cerca de 200 crianças do Lar Lygia Hans, Casa da Criança Peniel I, II e III, SOS Abrigo e Vovó Miloca receberam a visita do Papai Noel – um funcionário da empresa – na distribuição

dos presentes de Natal. A campanha contagiou tanto os funcionários da empresa que foi realizada a segunda edição da Eu Curto Ajudar em 2012. Com 10 postos de arrecadação, diversos casacos e roupas quentes foram arrecadados e doados a duas instituições: a “On Goal Brasil”, uma instituição beneficente que ensina futebol para 70 meninos carentes e a casa “Meninas Olhos de Deus”, instituição que cuida de 20 meninas entre 9 e 18 anos. A terceira edição da Eu Curto Ajudar aconteceu também em 2012 e resolveu ir muito mais além: a ideia foi a de levar cultura combinada com a diversão. E nada melhor do que arrecadar livros! Depois de passar por 15 escolas da Capital e arrecadar aproximadamente 40 mil livros em pouco mais de um mês de campanha, a Editora Alvorada realizou a separação e distribuição do material a diversas bibliotecas públicas de instituições, escolas e comunidades do Estado. No total, bibliotecas de 101 abrigos, escolas e instituições receberam os livros arrecadados. Ações como estas da Editora Alvorada beneficiam a sociedade de forma responsável e com respeito.

Katy Braun do Prado, Juíza de Direito da Infância e Juventude e Gilnei Maciel da Editora Alvorada

abril, 2013


Você pode emagrecer | Nutrição

Acredite! Você pode emagrecer O mapeamento do histórico de vida de cada pessoa e suas possíveis crenças é fundamental para compreender os pontos do passado que têm peso na atualidade e também o que está no presente reforçando essas atitudes. Detectar esses sinais é o primeiro passo para um tratamento bem sucedido. De acordo com Odair José Comin (SP), psicólogo e hipnoterapeuta, a obesidade ou compulsão alimentar muitas vezes é fruto de crenças como o prazer que a comida proporciona, cultura familiar de comer em demasia, privação de alimentos pelo controle dos pais, ansiedade etc. Com a hipnose é possível trabalhar essas questões para conduzir a pessoa a se alimentar apenas para a manutenção da saúde. “Todos podem se submeter ao processo, pois ele não atua sobre a obesidade e, sim, no que leva alguém a exagerar e no que é preciso para reverter a situação”, esclarece. O trabalho é feito na esfera do inconsciente. A técnica se resume a um conjunto de fenômenos naturais da mente, que produz impactos físicos e psíquicos e pode ser induzido pelo terapeuta ou autoinduzido. Comin explica que o tratamento começa com um relaxamento físico, seguido da parte mental consciente e inconsciente. “O objetivo é instaurar novas formas de pensar, conduzindo o paciente a um futuro onde possa se ver com qualidade de alimentação e de vida e com o corpo que deseja”, diz. A quantidade de sessões abril, 2013

varia por causa da necessidade de cada pessoa. Contra-indicação não há, exceto a escolha de um profissional, psicólogo ou médico com formação completa em hipnose. “Do contrário, a terapia pode ser prejudicial, pois ela lida com a mente humana e com impactos bastante profundos sobre ela”, alerta Comin. Uma preocupação que faz todo sentido, pois, se o passado pode ser alterado para dar lugar a outra percepção no presente, os bons resultados também são decorrentes do trabalho feito pelo especialista que aplicar a técnica. Automotive-se - Realize uma revisão de suas crenças ligadas à alimentação e ao corpo. Assim como chegou ao peso atual, acredite, você também pode reverter o processo. - Veja-se no futuro já com peso e corpo desejados. Isso induz sua mente a produzir estratégias que a conduzirão para onde quer. - Acredite em si, na sua capacidade de emagrecer. Aceite-se, ame-se, não se compare aos outros, pois toda comparação é injusta. - Veja-se da forma que você ficaria bem e não se iguale a de outra pessoa. Cada um tem uma composição própria e ficará bonita de uma forma única. - Seja positivista em suas crenças e motivações. Vá ao encontro do que você quer (um corpo belo e saudável) sem fugir do que não quer (ser gorda). Acredite na sua capacidade de transformação.

ONDE ENCONTRAR

NOVO ENDEREÇO Rua Franklin Roosevelt, 61 Sals 08 (67) 3306 0608 e 9128 8484 www.atitudesaude.com.br

Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175. Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensão na área da saúde.

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Comportamento | Dependência de amor Juliana Lanari

Abaixo à dependência

de amor e sexo

Em Mato Grosso do Sul, o assunto é novo e provoca as mais diferentes reações. Quem ouve falar, pela primeira vez, dos Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA) pode logo pensar em um grupo de pessoas pervertidas que se reúnem para discutir comportamentos promíscuos ou até pornografia... Pois saiba que o objetivo das reuniões é bem mais abrangente: a busca é pela recuperação das desordens de natureza sexual, emocional e afetiva. A irmandade foi criada nos Estados Unidos, em 1976, e se baseia no programa de recuperação do Alcoólicos Anônimos. Atualmente, no Brasil, há grupos do DASA em 16 Estados. Em Mato Grosso do Sul, a primeira reunião foi realizada há apenas um ano e cinco meses. O encontro é semanal. Na dinâmica, leitura de textos e depoimentos com experiências de recuperação sobre comportamentos obsessivos e compulsivos, sejam eles sexuais ou emocionais. 52|TotalSaúde

abril, 2013


Dependência de amor | Comportamento

Quando o amor adoece... Para o DASA, a dependência ocorre quando há a necessidade compulsiva por sexo, obsessão por uma ou várias pessoas, ciúme, flerte, fantasia, entre outras formas de manifestação. O estado alerta é quando esses comportamentos se tornam destrutivos para a carreira, a família ou para o senso de autorrespeito. “O amor e o sexo devem ser saudáveis, não podem prejudicar a vida das pessoas. A dependência emocional, por exemplo, pode levar aos crimes passionais”, explica um dos membros.

A caminho da recuperação Além de garantir o anonimato de quem participa das reuniões, o DASA propõe 12 passos para a recuperação. O primeiro é admitir a impotência perante a dependência de amor e sexo e que a vida se tornou ingovernável. Outro passo é fazer um minucioso e destemido inventário moral. “É uma adaptação do modelo dos Alcoólicos Anônimos, inclusive com as 12 tradições”, explica o membro. Para se recuperar da dependência é preciso, inicialmente, realizar um autodiagnóstico; responder a perguntas como: “seus hábitos sexuais o mantêm afastado dos relacionamentos?”, ou ainda: “é difícil mostrar às pessoas que você gosta delas?”. Para o DASA, o dependente de romance e relacionamento se sente abandonado e desamparado quando se percebe sozinho. Ele vivencia essa condição, ainda que provisória, como desesperadora. A solidão é comparada a um estado terrível, como algo a ser evitado a qualquer custo e que leva a pessoa a fazer do outro o seu “objeto anestesiante”. Termos como anorexia são utilizados nas reuniões. Esse, especificamente, se aplica a pessoas que não conseguem se relacionar social, sexual ou emocionalabril, 2013

mente. No geral, é confundido com a timidez e, em alguns casos, tem relação com histórico de violência doméstica ou abuso sexual na infância. A “sobriedade” é o retorno à sanidade, à conquista da dignidade pessoal e ao autorrespeito. Já a “abstinência” propõe que o membro deixe de praticar padrões compulsivos e obsessivos por um período para “namorar si mesmo”. A sexualidade é colocada em seu devido lugar, como uma das expressões humanas.

Dependências compartilhadas As pessoas recorrem ao DASA pelos mais variados motivos. É o homem que acessa sites de pornografia no meio do expediente, a namorada que não aceita o fim do relacionamento amoroso, o jovem que só consegue sentir prazer se pagar pelo sexo... Esses são só alguns dos comportamentos padrões que levam os anônimos a procurar a irmandade. O homem que trouxe o DASA para Campo Grande é um membro em recuperação. Perto de completar 50 anos de idade, enxergou-se com distúrbios afetivos e preconceitos sexuais, resultado de uma criação rígida. “As reuniões nos remetem à infância, onde tudo começou, e nos levam ao amor e ao sexo realistas, não àqueles modelos perfeitos mostrados nas novelas e nos filmes”, comenta o fundador do grupo. Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA) Rua Maracaju, 136 – sobreloja – Centro Campo Grande – MS Reuniões: aos sábados, às 17h30 Site oficial do D.A.S.A.: www.slaa.org.br

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Endereços úteis CONTATOS Dr. Eduardo Wagner Aratangy Dr Fe CRM/SP 116020. rraz Supervisor do Programa de a Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas São F da USP. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.121 CJ 72 São Paulo/SP (11) 3812 3711

Cirurgia plĂĄstica

Nas reportagens da Revista Total SaĂşde intituladas “Manchas na Face e Dorso das MĂŁos – Cuidar da aparĂŞncia exige tĂŠcnica, conhecimento e maestriaâ€? e “Prepare seu corpo para o VerĂŁoâ€?, Edição 57, pĂĄginas 20 e 42, o currĂ­culo correto da Dra Tamara Maia ĂŠ: MĂŠdica graduada pela UFMS, Especialista em ClĂ­nica MĂŠdica (RQE 2989) e PĂłs-Graduanda do Programa de PĂłs-Graduação em SaĂşde e Desenvolvimento na RegiĂŁo Centro-Oeste (UFMS).

Dr. Orlando Monteiro JĂşnior CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 Ginecologista ClĂ­nica Gazineu Rua SĂŁo Paulo, 907 Campo Grande/MS (67) 3382 5484 Dr. MaruĂŁ Omais CRM/MS 3225 Anestesiologista Clinica Palliare Rua Antonio Maria Coelho, 2.719 Campo Grande/MS (67) 3026 3326 maruan01@hotmail.com

Dr. Edgar Zanin Junior CRM/MS 5211 Oftalmologista 7 Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, 2.209 - Centro Campo Grande/MS (67) 3029 0718 / 3321 0718 zaninjunior@bol.com.br Dr. CÊsar Giovani Conte CRM/MS 5434 Cirurgião do Aparelho Digestivo. Instituto do Aparelho Digestivo Rua Alagoas, 700 - Jd. dos Estados Campo Grande/MS (67) 3320 9500 www.iadigestivo.com.br

Errata

Ginecologia

Produtos naturais

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Odontologia

Aparelhos auditivos

Dr. Radi Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324 9802 Dr. MaurĂ­cio de Barros Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3321 8921

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abril, 2013


Ana Paula Novaes Escola Estadual Joaquim Murtinho

ESSA É UMA CONQUISTA DA ANA PAULA. E DE TODO MATO GROSSO DO SUL Nos últimos 6 anos, milhares de estudantes aqui do Mato Grosso do Sul conquistaram o direito a uma educação de primeiro mundo. O sonho de uma universidade de ponta está bem mais perto para os nossos jovens. Hoje, 290 mil alunos da rede estadual contam com apoio extra classe, escolas modernas, material escolar e uniforme gratuitos. A Ana Paula aprova as novidades, e sabe que está no caminho certo para ser uma grande arquiteta.


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