Meio Ambiente [Maio/2013]

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Índice 10

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Você Sabia?

24

Já se preparou para o inverno?

Medicina

36

Ginástica laboral

Glaucoma: uma doença sem sintomas que pode levar à cegueira

38

Equilíbrio corporal

40

Exercício físico

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Mastectomia preventiva

18

Reprodução assistida

20

Como são descobertos os novos remédios?

52

Cuidados com a cirurgia

Comportamento 36

Casa: uma relação de dentro pra fora

44

Felicidade Interna Bruta

Nutrição 41

O que você faria para emagrecer?

Viaje bem 46

Sombra, passaporte e água fresca

Cultura 50

Era uma vez uma contadora de histórias...

Especial do Mês: Meio ambiente

Bem-estar

se torna fundamental no combate aos males modernos

54 Endereços úteis

26

É natural?

30

Política ambiental

32

Preservação ambiental também é coisa de criança

34

A turma que quer salvar o Planeta espera por você


a




Editorial | Ao leitor

Como é bela a natureza! A perfeição traduzida em forma de folhas, frutas, céu e mar. Não é tão mágico ver a luz do sol brilhar? Por ser um tema tão importante e prazeroso, o Especial do Mês da revista Total Saúde vai falar sobre o meio ambiente. Você vai poder conhecer a história de alguns rios do Pantanal e saber como foi o percurso deles ao longo dos anos neste Estado que é cheio de belezas encantadoras. E as crianças, como elas podem aprender a preservar o lugar onde vivem? Ensiná-las desde cedo o papel que desempenham no mundo é fundamental para ajudar a salvar o planeta, ameaçado constantemente pelas ações dos homens. Vamos apresentar também uma entrevista pra lá de interessante com o famoso designer Marcelo Rosenbaum. Com mais de 20 anos de experiência, o profissional conversou com a Total Saúde sobre o bem-estar que a casa pode (e deve) proporcionar aos seus moradores. Vale a pena ler! E você já parou para pensar em como são produzidos os remédios? Por incrível que pareça, a cada 10 mil substâncias pesquisadas apenas uma chega ao consumidor, e o caminho até as prateleiras das farmácias é bem longo. Já que o assunto é ciência e medicina, no mês de maio foi publicada no Diário Oficial da União a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) a respeito da Reprodução Assistida (RA). Todos os detalhes dessa nova resolução você acompanha aqui conosco. Abraços, e uma excelente leitura!

Equipe

Revista Total Saúde

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Você Sabia? Idade mínima para cirurgia bariátrica agora é de 16 anos O Ministério da Saúde alterou a idade mínima para a realização da cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento, conhecido popularmente como “redução de estômago”, era realizado apenas em pessoas maiores de 18 anos; entretanto, passou a ter a idade mínima de 16, nos casos em que há risco para a saúde do paciente. A nova portaria, assinada pelo ministro de saúde Alexandre Padilha, prevê desde cuidados essenciais com o excesso de peso, orientação e apoio à mudança de hábitos, até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica. A iniciativa foi baseada em estudos que apontam o aumento crescente da obesidade entre os adolescentes. A idade máxima para o procedimento (que, até então, era 65 anos) também foi alterada, e nesses casos a avaliação clínica (risco-benefício) passa a ser determinante para a autorização da cirurgia, e não mais a idade.

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Estudos avaliam bebês prematuros no Brasil Complicações relacionadas ao nascimento prematuro são as principais causas de mortalidade em bebês e crianças menores de cinco anos no mundo. Como uma das prioridades do governo brasileiro é a redução da mortalidade materno-infantil, o Ministério da Saúde está financiando um estudo que visa diminuir os nascimentos prematuros no País, por meio do edital da pesquisa “Grandes Desafios no Brasil: Prevenção e Manejo dos Nascimentos Prematuros”. A ideia é incentivar os pesquisadores a entenderem os motivos que favorecem o nascimento antes do tempo e, a partir das conclusões, indicarem o melhor caminho para evitar o problema. Ao mesmo tempo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou dados importantes e concluiu que 10,5% dos bebês que nascem no Brasil são prematuros, consequência, também, do elevado número de cesarianas realizadas no País, que corresponde a mais da metade do total de partos. Os números fazem parte de levantamento inédito, que teve prévia dos resultados apresentada no encontro da Rede Global de Academias de Ciência, no Rio de Janeiro.

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Você Sabia? Alerta médico ressalta perda de eficiência dos antibióticos Segundo a BBC Brasil, uma das principais autoridades médicas britânicas fez um alerta importante sobre o aumento da resistência de diversas bactérias aos antibióticos modernos. A professora e consultora para assuntos médicos do governo britânico, Dame Sally Davies, qualificou o problema como uma das maiores ameaças atuais para a saúde humana. De acordo com a consultora, o uso desnecessário de antibióticos em casos de infecções leves é o que estaria ajudando a ampliar a resistência de algumas variedades de bactérias, como a Escherichia coli e a causadora da gonorreia. O problema seria agravado pelo fato de que, hoje, há relativamente poucos novos antibióticos sendo desenvolvidos. “Os antibióticos estão perdendo a sua eficácia em um ritmo alarmante e irreversível. As bactérias estão se adaptando e encontrando formas de sobreviver aos efeitos desses medicamentos. Elas estão se tornando resistentes, e os tratamentos não fazem mais efeito”, explicou Davies.


Medicina | Glaucoma

Renato Lima

Dra. Christiana Velloso Rebello Hilgert - CRM/MS 2756 Foto Luciano Muta 12|TotalSaĂşde

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Glaucoma | Medicina

Glaucoma: uma doença sem sintomas que pode levar à cegueira Você já parou para pensar por que muitas vezes esperamos sentir uma dor ou algum desconforto para procurarmos ajuda médica? Na maioria dos casos, essas mesmas dores poderiam ter sido evitadas se tivéssemos um comportamento preventivo. Em outros, quando sentimos as dores, infelizmente já é tarde demais. Agora, imagine quando a doença surge sem esses sintomas? Isso acontece com o glaucoma, um problema que afeta a visão e, atualmente, atinge cerca de 900 mil pessoas em todo o Brasil. Normalmente, no glaucoma, o aumento da pressão ocular lesa o nervo optico sem provocar dor, na grande maioria dos casos, explica a oftalmologista Dra. Christiana V. Rebello Hilgert. “O glaucoma mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto. Nesta situação, o aumento da pressão do olho é sutil e vai atingindo a visão periférica lentamente, formando manchas e ocasionando a perda gradual da visão. Pode levar anos sem causar dor e, quando o paciente começa a perceber limitações na visão, a doença já avançou muito, ou seja, já houve uma grande e irreparável perda. Isso ocorre em fases mais avançadas. Inicialmente o campo visual vai diminuindo e, sem tratamento específico e controle da doença, pode chegar a uma visão tubular e o paciente pode até ficar cego definitivamente”, explica a oftalmologista. Mestre em Ciências Visuais e doutoranda na área de glaucoma pela UNIFESP, a Dra. Christiana é uma das maiores autoridades no assunto. Atualmente, responde pelo Departamento de Glaucoma do Instituto da Visão, e é preceptora do Departamento de Glaucoma da residência médica da Santa Casa, em Campo Grande. Quando o assunto é glaucoma, ela desabafa: “É muito frustrante para o médico atender o maio, 2013

paciente numa situação em que pouco ou quase nada pode ser feito para recuperar a visão perdida, principalmente quando sabemos que essa história poderia ter tido outro fim. A prevenção por meio de consultas e exames, juntamente com o diagnóstico precoce aliado a medicamentos e alta tecnologia disponíveis hoje na área de controle do glaucoma, pode prevenir a progressão da doença, fazendo com que a grande maioria dos pacientes possa ter sua visão preservada e uma vida normal”. Infelizmente, quando o paciente procura o médico já com os sintomas avançados, uma perda severa e definitiva da visão já está instalada. O glaucoma é a perda do tecido do nervo óptico responsável pela visão, por isso o uso de óculos não resolve o problema. A doença não tem cura, e apesar de existirem alguns fatores predisponentes, pode acometer qualquer pessoa. Geralmente surge a partir dos 40 anos, idade em que é fundamental procurar um oftalmologista e, em caso de suspeita da doença, fazer alguns exames específicos, como o de campo visual, medida da pressão ocular, documentação do nervo óptico por fotografias especiais e, eventualmente, até uma tomografia de coerência ótica para firmar um diagnóstico com mais precisão. Após o diagnóstico, o tratamento é feito com colírios específicos de uso contínuo. Em alguns casos é preciso uma intervenção cirúrgica ou a laser. “Existe ainda um problema muito comum, que é a falta de informação adequada sobre a evolução e o controle do glaucoma: muitas pessoas começam a usar o colírio e depois param porque não percebem melhora ou apresentam algum efeito colateral e desistem do uso, ou se esquecem de usar, ou simplesmente deixam de comprar. O medicamento não vai fazer com que o

A oftalmologista Christiana Hilgert conta tudo o que você precisa saber para preservar a sua visão, mesmo que já tenha o diagnóstico.

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Medicina | Glaucoma paciente enxergue mais, porém, com o controle da pressão intraocular a progressão do glaucoma e a contínua perda da visão são impedidas. Se o paciente não faz uso contínuo do medicamento ou de outra arma para o controle da pressão ocular, quer seja a aplicação de laser ou cirurgia, a doença avança”, explica a oftalmologista. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o glaucoma alcança de 1 a 2% da população acima dos 40 anos no mundo, o que corresponde a, aproximadamente, 2,9 milhões de pessoas. Os tratamentos atualmente são diversos, podendo ser feitos por meio de comprimidos, colírio, laser ou cirurgias. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos tratamentos de glaucoma são feitos em regime ambulatorial, com o uso de colírio. Alguns fatores de risco podem favorecer o aparecimento do glaucoma, confira: Pessoas que já tenham alguém na família portador da doença. Quem fez ou faz uso prolongado de corticoide (medicamento). Pessoas com diabetes. Pessoas de descendência afro e asiática. Pessoas com miopia.

Dra. Christiana Velloso Rebello Hilgert - CRM/MS 2756 Mestre em Ciências Visuais pela UNIFESP- – Escola Paulista de Medicina – São Paulo. MBA em Gestão da Prática Oftalmológica pela UNIFESP – Escola Paulista de Medicina - São Paulo. Especialista em Oftalmologia pelo Instituto Hilton Rocha - Belo Horizonte. Fellowship em Córnea e Doenças Externas Oculares – Instituto Hilton Rocha – Belo Horizonte. Fellowship em Ecografia Ocular – Instituto Hilton Rocha – Belo Horizonte. Estágio em Glaucoma no Moorfields Eye Hospital - Londres - Inglaterra. Preceptora de Glaucoma do Serviço de Residência Médica em Oftalmologia da Santa Casa de Campo Grande. Membro ARVO – The Association for Research in Vision and Ophthalmology - Estados Unidos. Membro da Academia Americana de Oftalmologia - AAO. Membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma – SBG. Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO. TotalSaúde|15

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Medicina | Mastectomia preventiva

Mastectomia

Juliana Lanari

preventiva

Quase tudo o que a atriz Angelina Jolie, de 37 anos, faz ou fala vira notícia. O casamento com Brad Pitt, a adoção de crianças, a dedicação a causas humanitárias. Dessa vez, não seria diferente. Este mês, um dos maiores símbolos sexuais de Hollywood revelou ao mundo que se submeteu a uma mastectomia, cirurgia para a retirada dos dois seios. Uma tentativa de evitar o câncer de mama, doença que matou a mãe da estrela aos 56 anos de idade. Exames revelaram que Angelina Jolie apresenta a mutação genética BRCA1, e que teria 87% de chances de desenvolver câncer de mama e 50% de ser atingida pela doença no ovário. Sensacionalismo à parte, a revelação trouxe à tona uma série de perguntas. Em que casos a mastectomia preventiva é indicada? Existe outra maneira de se evitar o câncer de mama para quem tem o gene da doença? Quem deve fazer o aconselhamento genético e quanto custa esse exame? O primeiro esclarecimento é estatístico. Uma em cada 10 mulheres é diagnosticada com câncer de mama, o mais frequente entre “elas”. Mas, é importante destacar

que o fator hereditário é apenas um dos que levam ao desenvolvimento da doença. “Cerca de 10% das pacientes têm histórico familiar, e a prevalência das mutações genéticas BRCA1 e BRCA2 é baixíssima, de 0,1% e 0,2%, respectivamente”, esclarece a médica mastologista, Dra. Marilana Geimba de Lima. Nesses casos, em que o gene do câncer de mama é detectado precocemente, a mastectomia preventiva é uma das opções para se evitar o desenvolvimento da doença. “A paciente pode optar por uma prevenção rigorosa, com exames anuais de mamografia e ultrassom e, quando necessário, ressonância magnética das mamas. Há a indicação ainda de um medicamento que reduz riscos de câncer na mama, mas que provoca alguns efeitos colaterais, como a antecipação da menopausa”, explica a mastologista. Outra medida importante é diminuir os fatores de risco para o câncer de mama. A orientação para as mulheres que têm o gene da doença é manter uma alimentação saudável, fazer atividade física regularmente, ter um sono de qualidade e procurar o equilíbrio emocional e espiritual. “É preciso manter a mente, o corpo e o espírito saudáveis”, recomenda a mastologista.

Aconselhamento genético

Dra. Marilana Geimba de Lima CRM/MS 3006.

Formada em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria, RS. Especialização em Mastologia pelo Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, em São Paulo. Estagiária do Instituto Europeu de Oncologia. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutora em Medicina pela Unicamp, em São Paulo.

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Nem toda mulher precisa fazer o aconselhamento genético, exame que detecta possíveis mutações nos genes. O teste feito pela atriz Angelina Jolie é indicado em apenas três casos. “Quando familiares em primeiro grau e com menos de 50 anos tiveram câncer de mama, quando alguma parente teve a doença nas duas mamas e se houver caso de câncer de mama em algum homem da família”, esclarece Dra.

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Mastectomia preventiva | Medicina

Angelina Jolie decidiu pela retirada das mamas, mas essa não é a única opção para evitar o câncer. Marilana. O teste genético, que custa entre R$ 3 mil e R$ 7 mil reais, não é feito em Mato Grosso do Sul. Se necessário, o exame é enviado para fora do Estado. Quando o resultado é negativo para BRCA1 e BRCA2, existe a possibilidade de que outras mutações genéticas provoquem o câncer de mama. “Já o resultado positivo revela que a mulher tem 60% de chance de desenvolver a doença, ou seja, cinco vezes mais do que a população em geral”, comenta a mastologista. Sobre decidir por fazer a mastectomia preventiva ou seguir a prevenção rigorosa, é algo que cabe somente à paciente. “Depende de cada mulher, das condições psicológicas dela, da forma como vive e se relaciona, é uma decisão individual. O médico apenas apresenta as opções”, explica Dra. Marilana.

Reconstrução da mama Quando a mulher que tem o gene do câncer de mama decide pela mastectomia preventiva, entra em cena outro especialista. É o cirurgião plástico, que vai trabalhar junto com o mastologista para fazer a reconstrução da mama. “Em mais de 20 anos de profissão, já operei pacientes que depois de terem filhos e com casos de câncer de mama na família, decidiram por retirar os seios. Com planejamento, o resultado da reconstrução é muito melhor”, afirma o cirurgião plástico, Dr. João Antônio Freire, que tem preferência por realizar as cirurgias acompanhado do mastologista. Nas pacientes que têm possibilidade de desenvolver câncer de mama, mas que nem apresentam nódulos, a cirurgia consiste em retirar todo o conteúdo da

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glândula mamária. Nesse caso, é possível manter o mamilo, o que vai depender de uma avaliação médica. “Na reconstrução, a glândula mamária é substituída por um expansor de silicone que, posteriormente, é trocado pela prótese de silicone. Esse implante poderá ser colocado embaixo ou acima do músculo peitoral, dependendo da avaliação, O expansor vai sendo preenchido com solução salina até o volume desejado e cerca de quatro meses após o procedimento já é possível implantar a prótese definitiva”, explica o cirurgião plástico. A reconstrução da mama em mulheres que já trataram o câncer é feita por meio de uma série de cirurgias. “Usamos tecidos – músculos e pele – de outras regiões do corpo, geralmente das costas ou da região abdominal, para reconstruir a mama. Nesse caso, reconstrói-se tudo, até os mamilos”, explica o Dr. João. O cirurgião plástico reforça que a decisão, tanto da mastectomia preventiva quanto da reconstrução da mama, é única e exclusivamente da paciente.

Dr. João Antônio Freire CRM/MS 1747.

Cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, especializou-se em Cirurgia Plástica no Hospital Barata Ribeiro, no Rio de Janeiro, e no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

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Medicina | Reprodução Assistida

Dr. Orlando Monteiro Júnior

Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256. CRM/SP 73806. TEGO 568/95.

Graduação e Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela UNESP-Botucatu; Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Habilitado em vídeohisteroscopia; vídeo-laparoscopia, ultrassonografia em G.O. pela FEBRASGO; Especialista em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (membro titular). Mestre em Ginecologia pela UNESPBotucatu. Pós-graduação em Reprodução Assistida pela Santa Casa de São Paulo.

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Reprodução Assistida Em 9 de maio de 2013 foi publicada no Diário Oficial da União a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que trata da Reprodução Assistida (RA), conciliando a ética médica e avanços científicos às tendências atuais da sociedade brasileira em consonância com as boas práticas de outros países. Foram normatizados vários pontos que antes eram motivo de insegurança ética, ou ainda funcionavam como “gargalos” no processo de RA. Exemplos: - Hoje, o CFM permite a doação compartilhada de oócitos (óvulos) em RA, na qual a mulher que não produz oócito, mas necessita de uma doação, poderá ajudar a doadora de oócitos compartilhando os custos financeiros para que a mesma engravide. - É permitido o uso de técnicas de RA em relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitando o direito de objeção da consciência do médico. No casal homoafetivo feminino o que normalmente ocorre é a recepção de sêmen doado (banco de sêmen), a fertilização em laboratório com oócito de uma

parceira e a transferência embrionária à outra parceira. No casal homoafetivo masculino, um dos parceiros fornece o sêmen. O oócito é proveniente de doação (banco de óvulos), e a fertilização é feita em laboratório; a transferência embrionária é para uma mulher com parentesco de até 4º grau do outro parceiro (útero de substituição). - Descarte de embriões congelados por mais de cinco anos, se for vontade do casal. - A idade limite para a doação de gametas é 35 anos para a mulher e 50 anos para o homem. - Obrigatório sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embriões, bem como de receptores. - A idade máxima das candidatas à gestação por meio de RA é 50 anos, salvo casos de exceção, que dependerão de autorização do Conselho Regional de Medicina. Após os 50 anos aumentam os riscos obstétricos, como hipertensão arterial, diabetes e partos prematuros. A idade limite para o uso de técnicas de RA é a que se aproxima da menopausa natural na maioria das mulheres (50 anos). maio, 2013



Medicina | Novos remédios

Camila Cruz

Como são descobertos os novos remédios? “Santo remédio”. Essa é uma das frases mais faladas pelas pessoas que tiveram seus sintomas aliviados, graças aos efeitos de um medicamento. E não é pra menos, já que eles são produzidos justamente para curar doenças e amenizar as dores que, às vezes, insistem em nos incomodar. Mas você já parou para pensar como os remédios são produzidos? Por incrível que pareça, a cada 10 mil substâncias pesquisadas apenas uma chega ao consumidor, e o caminho até as prateleiras das farmácias é bem longo. Todo o processo começa com os profissionais da indústria farmacêutica, pesquisadores e professores. É analisando primeiro a doença - e como ela age no organismo - que se começa a investigar alguns compostos que podem ser promissores no combate ao problema. Depois que encontram as fórmulas, os estudos passam para a fase pré-clínica. A partir daí, os cientistas procuram saber se um princípio ativo é seguro e não causa muita interferência e reações no corpo humano. É nessa etapa que são utilizadas as famosas cobaias. Na fase clínica, homens e mulheres (até 100 pessoas, em média)

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se voluntariam para garantir e confirmar que aquele possível remédio agiu conforme o esperado, sendo totalmente eficaz. E não pense que acabou! Depois de todos os testes, é hora do governo agir. Os órgãos regulatórios são responsáveis por aprovar as pesquisas e autorizar a venda das drogas. No Brasil, quem fiscaliza esse processo de produção, desde a compra de materiais até a higiene da fábrica, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quando o medicamento foi estudado e liberado (em torno de 12 anos), as indústrias farmacêuticas iniciaram a última fase, que é ainda mais abrangente e duradoura. As etapas de testes anteriores são refeitas com mais calma e precisão. Essa atenção extra possibilita descobrir efeitos colaterais raros. E, para finalizar, é hora da criatividade! Os publicitários criam nomes fáceis de serem relacionados à doença ou ao poder da droga. O processo é bem complexo, pois a nomenclatura precisa servir para todos os idiomas e, por isso, fazem um levantamento para ver se determinada palavra não é ofensiva em alguma parte do mundo. maio, 2013


Feira Beleza & Saúde MS

Fernanda Monteiro

Henrique Attilio Diretor de MKT Foto Luciano Muta

Revista Total Saúde participa da Feira Beleza & Saúde MS e fica ainda mais perto do seu leitor Beleza e saúde estão sempre em destaque na revista Total Saúde. Os dois conceitos também deram título a uma feira que movimentou o setor em Mato Grosso do Sul. O mercado está em crescimento no Brasil, já que o salão de beleza se tornou parte da rotina da semana de muitas mulheres, principalmente da ascendente classe C. A saúde também é quesito essencial na vida de todas as pessoas, independente de renda, que buscam manter hábitos saudáveis e alimentação equilibrada, cuidar do corpo, ter tempo para o lazer, enfim, tudo o que as façam viver com prazer e longe do estresse. Princípios da tão desejada qualidade de vida também dirigem a linha editorial da Revista, que completou 6 anos, 10 mil exemplares distribuídos gratuitamente e tem se tornado cada vez mais conhecida e respeitada. “Os visitantes da Feira que vinham ao estande da Total Saúde diziam que acompanham as edições nos consultórios médicos e sempre esperam pelo próximo exemplar”, revelou o diretor de marketing, Henrique Attilio. Essa consolidação da marca de forma positiva se deve, ainda, à criação de canais de contato direto com seu público. Por isso, a Total Saúde já esteve na Semana de Prevenção do Câncer de Intestino realizada no Shopping Campo Grande, no 1º Congresso Internacional de Odontologia, realizado no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, e na 15ª edição da Convenção Brasil, que reuniu profissionais de educação física e fisioterapia num evento de saúde e esporte na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Agora foi a vez da Feira Beleza e Saúde MS, no Pavilhão Albano Franco, entre os dias 17 e 20 de maio, com a participação de lojistas, indústrias e profissionais do segmento, que levaram os melhores produtos, tecnologias e serviços para a divulgação de negócios. Além dos 100 estandes espalhados por uma área de 5 mil m², o evento apresentou palestras, workshops e performances com celebridades do mundo da beleza, e contou com 15 mil visitantes. maio, 2013

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Comportamento | Casa

Foto Cauê Diniz

Renato Lima

Casa: uma relação de dentro para fora Marcelo Rosenbaum fala sobre o prazer de transformar a casa em lar De casa ele entende. São centenas de transformações realizadas de norte a sul do Brasil por meio do quadro Lar Doce Lar, do programa Caldeirão do Huck (rede Globo), desde 2006. O designer paulista Marcelo Rosenbaum é um profundo conhecedor da relação dos brasileiros com a casa e as diferentes conjugações do verbo morar. Em passagem por Campo Grande, ele falou com a revista Total Saúde sobre o bem-estar que a casa pode – e deve – proporcionar aos seus habitantes. Algo que vai além dos móveis e se transforma, segundo Rosenbaum, no “templo da alma”. Para Marcelo, isso significa que não adianta reproduzir o ambiente da revista na sua casa. “Simplesmente copiar os móveis, estilo, cores e objetos que ficaram bonitos na revista para a sua sala, ou banheiro, sem que o conceito tenha coerência com o jeito e o estilo do morador, fica frio e distante da realidade, fica algo perdido, uma peça solta”, explica. Rosenbaum defende a democratização do design e a elevação da autoestima do brasileiro por meio da sua moradia. É o que ele chama de design útil, ideia que amadureceu ao longo de 20 anos de carreira. Na prática, ele explica que o segredo é o olhar que se dá para um móvel ou um ambiente: “A casa é o lugar onde se cria os filhos, reúne a família, onde você se alimenta, encontra os amigos, descansa seu corpo... 22|TotalSaúde

É também um abrigo. E, por tudo isso, tem uma alma: a alma de quem mora. Uma relação que vem de dentro dos habitantes e se materializa em móveis, objetos, cores e formas”, defende, Rosenbaum, o conceito máximo do “morar”. Para ele, é essa relação que cria o bem-estar de “ficar em casa”, ou “voltar pra casa”, uma referência de pertencer a algum lugar. Isso faz com que as pessoas gostem de investir, decorar, arrumar... Ele conta que em cada projeto do Lar Doce Lar tentou preservar e manter a “cara” dos moradores. “Casa bonita é a casa que tem a cara da gente”, relembra. E sobre aquele olhar que Rosenbaum citou anteriormente, é o mesmo que se tem quando, em vez de simplesmente jogar fora aquela mesinha, damos uma nova utilidade a ela, uma nova cor, novos puxadores ou pés.

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Casa | Comportamento

A Gente Transforma O AGT é o novo projeto de Marcelo Rosenbaum, que propõe despertar e organizar potenciais coletivos e individuais, a partir da crença de que todo indivíduo tem capacidades, perspectivas e memórias próprias. Contribui para validar e valorizar os potenciais e saberes e transformá-los em oportunidades dentro e fora das comunidades. Oportunidade consiste na abertura de mercados, geração de renda por meio do reconhecimento das tradições, trazendo a permanência da cultura, gerando autoestima e dignidade. A segunda edição do projeto foi realizada na comunidade de Várzea Queimada, no Piauí, um típico povoado do sertão brasileiro, com oito meses de seca por ano, agricultura de subsistência e calor, muito calor. É um lugar esquecido, porém, que reúne homens e mulheres no artesanato a partir da palha de carnaúba e borracha de pneu, matérias-primas que originaram peças de decoração e levaram o nome da comunidade como representante do Brasil para o pólo internacional do design: a cidade de Milão, na Itália.

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“A casa é o lugar onde se cria os filhos, reúne a família, onde você se alimenta, encontra os amigos, descansa seu corpo... É também um abrigo. E, por tudo isso, tem uma alma: a alma de quem mora.

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Bem-estar | Já se preparou para o inverno? Fernanda Monteiro

Já se preparou para

o inverno? Sempre perto do fim de ano, chovem matérias com dicas para as pessoas se prepararem para o verão... Mas e para a estação gelada e seca que começa já em 21 de junho? Veja aqui como deixar o corpo, a alimentação, a casa e a rotina prontos para o inverno campo-grandense, que não costuma ser rigoroso em duração, mas sim em intensidade. Só que antes de continuar sua leitura, tire todas as roupas de frio do armário e deixa-as ao sol. Aqueça o seu lar com cortinas, tapetes e um vigoroso edredom. Com a queda nos termômetros, o coração bate bem mais rápido para evitar a hipotermia, ou seja, temperatura corporal inferior a 35º. O fato de procurar se manter aquecido é um mecanismo de proteção do organismo, cuja finalidade é conservar os órgãos internos em pleno funcionamento. Mesmo sem sede, beba bastante água, sucos e bebidas quentes. Um corpo desidratado sente mais frio. Coma bem, dando preferência aos produtos que garantem energia: carne, leite, peixe, massas, arroz, feijão e pão. Nesta época geralmente deixamos de consumir alimentos considerados frios, como verduras, legumes e frutas, apesar deles atuarem na prevenção de doenças da estação, as famosas gripes e resfriados. A dica é consumi-los quentes em sopas, caldos e chás. O hábito de tomar banho muito quente é igualmente reconfortante e prejudicial à pele; tende a deixá-la quebradiça, com alergia, vermelhidão e comichão, tudo por consequência da retirada da gordura natural pela água fervente. O jeito é lavar o rosto fora do chuveiro com água morna e sabonete neutro. E já que o inverno resseca o corpo, a aplicação de cremes vai estimular a circulação sanguínea e sua pele ficará hidratada. Mais além, o frio e o tempo seco provocam aquela sensação incômoda de descamação e fissura no rosto. Por isso, no inverno, continue utilizando protetor solar. E não deixe de praticar exercícios! A atividade física é importante para o seu corpo em qualquer época do ano. “A tática é manter o aspecto motivacional elevado, buscando a disciplina e o foco em se exercitar, ou seja, faça sempre o que gosta”, estimula o especialista em fisiologia do exercício, Alberto Zeolla Vieira.

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QUINZE ANOS DO LADO ESQUERDO DO PEITO.

Em 15 anos, o coração bate mais de 570 milhões de vezes e são inúmeros os bons motivos que nos fazem pulsar mais forte: a felicidade, uma vitória do time, o nascimento de um filho ou neto, uma amizade sincera, o sucesso nos negócios e, principalmente, o amor. O Centro de Diagnóstico Cardiovascular - CDC é especialista em fazer tudo de coração, por isso, continua há 15 anos oferecendo o máximo de atenção, estrutura moderna, profissionais capacitados, além de diagnósticos precisos e extremamente rigorosos. Confiança, excelência e competência. Assim é pautada essa relação de amizade, presente nos momentos em que você mais precisa.

Dra. Isis Maria Morais Santos Goya Diretora Técnica / Cardiologista CRM/MS 2822 www.clinicacdc.com.br


Especial do Mês | Meio ambiente

Foto Luciano Candisani

Cláudia Gaigher

É natural? Mais um dia de céu azul no centro-oeste. E essa luz só existe por aqui, onde não há partículas de poeira e nem névoa; o céu sem nuvens ganha uma luminosidade pura, realça as cores e dá um tom dourado ao dia que acorda... O sol amanhece friozinho e vai esquentando com o despertar da vida. Assim é o Pantanal amanhecendo em maio. Respiro fundo, adoro o aroma do campo molhado, o cheiro agridoce de matéria orgânica e de muita água para mim... É o cheiro da vida que renasce! Em mais de dez anos viajando pelos campos pantaneiros com certa frequência, ainda me surpreendo com a capacidade de renovação da natureza. Apesar de ser o bioma mais preservado do Brasil, a conservação do Pantanal caminha ao lado, em uma linha tênue de alteração e produção sustentável. Não dá para olhar o Pantanal com os mesmos olhos com que vemos os outros biomas brasileiros. Esse nosso recanto tem particularidades... É delicado, apesar de sua grandeza. Para entendê-lo, é preciso olhar em volta. Sim, todos os rios pantaneiros nascem fora da planície, nascem no alto, nas bordas. E lá em cima prevalece o cerrado, o bioma brasileiro escolhido para o sacrifício. E digo isso sem culpar ou julgar, é apenas uma constatação... O cerrado está no Brasil assim como o coração está em nosso corpo: no meio do País, tem em seus campos árvores tortas e veredas, e as nascentes dos principais rios pantaneiros. O rio Paraguai é um deles. Infelizmente, fragmentando o olhar, não é possível perceber que o campo aberto lá em cima pode significar o assoreamento aqui embaixo. Pude conhecer a história de um gigante afogado. O Taquari, o rio dos grandes peixes do passado, hoje é um espectro do que foi. Esse rio, de leque aluvial, normalmente se espalha pelos campos em épocas de cheia e depois volta à calha no período de estiagem. O vai e vem das águas fertiliza os campos e contribui para a continuidade da vida. Mas nos últimos 30 anos a situação mudou drasticamente. Os arrombados, que eram os caminhos abertos pelas águas, não são mais fechados. Os campos inundaram de um jeito diferente... A cheia veio e não foi embora. A foz no rio Paraguai mudou de lugar, está a quilômetros ao norte. Muitas fazendas ficaram cheias de água e histórias de vida se perderam nessa inundação permanente... A areia que atolou o rio veio do planalto. Na década de 70, incentivar a ocupação na nova fronteira agrícola era um programa de governo. Abrir campos para lavouras e gado ainda era permitido... As terras não custavam muito. Mas no solo, ainda pobre, não dava soja. Pesquisas resolveram isso desenvolvendo variedades e corrigindo as deficiências de nutrientes. Hoje, esses campos estão entre os mais produtivos do País, mas o solo é o mesmo, arenoso, e a água da chuva carreava 26|TotalSaúde

Foto Cláudia Gaigher

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Meio ambiente | Especial do Mês

milhares de toneladas de areia para os pequenos córregos que se uniam até formar o grande rio Taquari. De tonelada em tonelada, o rio perdeu sua energia... As correntezas não são mais raivosas, e o seu canal não é mais tão profundo. Os bancos de areia anunciam que a vida nesse rio está por um triz. Mas ele resiste; recentemente fiz uma reportagem na qual foi registrado que os pescadores de Coxim estavam conseguindo fisgar pacus no Taquari. Essa natureza é mesmo teimosa! E mais teimosos são os idealistas e determinados que buscam saídas sérias. Nada de projetos milionários ou mirabolantes... É de grão em grão, literalmente. Em Alcinópolis, um projeto teve início na década de 90, para cuidar das microbacias. Curva de nível nos pastos, nas estradas, isolamento de áreas de pisoteio de gado nos córregos... Parecia um Davi brigando com o Golias da erosão. Era uma imensa cicatriz na terra, com mais de 5 km de extensão! E eu fui até lá conferir o início dessa história. Conheci o córrego Tigela, que mais parecia um filete de água rasa e morta. Não é que o cuidado com as nasmaio, 2013

centes e erosões deu resultado? Voltei 10 anos depois, e o córrego com 10 cm de profundidade hoje apresenta mais de dois metros de água. A erosão estabilizou. O projeto de reflorestamento e isolamento de erosões e cuidados com o assoreamento virou exemplo e começou a ser seguido em outros municípios que têm microbacias que compõem a bacia do Taquari. Preciso voltar, para ver se está sendo levado adiante... E são muitas histórias saborosas de preservação que tenho para contar... Mas, nesses anos todos, meus olhos se assustam ainda. Imagine você represar água em pequenos córregos? Gerar energia naquela região e o impacto ambiental - dizem os interessados, que é pequeno - só no tal riozinho... Mas abra a sua mente e pense nas mais de 100 pequenas barragens no mesmo bioma e na mesma região? Aí sim o impacto pode ser desastroso. Tem gente que diz que não, que não há estudos comprovando que construir centrais hidrelétricas causará grandes danos ambientais... Mas quem garante? Pesquisadores dizem exatamente o oposto. No meio des TotalSaúde|27


Especial do Mês | Meio ambiente

sa discussão, o bioma único (e nosso): o Pantanal. Só existe planície inundável se o ciclo de cheias e secas continuar existindo. E não é só inundar os campos. A natureza, de tão sábia, nos dá uma lição de paciência no Pantanal. Um lugar onde temos que esperar o ritmo das águas. De tão plano, a inundação dos rios chega devagar e se espalha lentamente. Dá tempo de os animais se refugiarem nos capões, nas cordilheiras... Não naquelas altas, que estudamos na escola; as cordilheiras pantaneiras são pequenas áreas com pouco mais de 2 metros de altitude... Nesse mundão de terra plana. A água vem lentamente e fica, e abre nossos caminhos molhados para os peixes se reproduzirem, criando banquetes com os peixes represados e espalhando matéria orgânica pelos campos... Quando a cheia vai embora os campos renascem, ainda mais verdes e saudáveis, para que as espécies possam crescer e se reproduzir na época da vazante. E se não houver mais cheia e seca? No Estado que é referência nacional, a primeira Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) do Brasil foi criada em Dois Irmãos do Buriti... E depois vieram outras dezenas. Eu sempre me orgulho de fazer reportagens nesses lugares, com essas pessoas tão envolvidas com o futuro do planeta. Mergulhar no Olho d’Água, no Recanto Ecológico Rio da Prata, em Jardim, é viver a experiência mais espetacular que podemos ter com peixes de água doce. Aqueles cardumes de dourados, piraputangas, pacus... Aquela água cristalina... Ali é uma RPPN que os proprietários decidiram cuidar para que o mundo conheça. E temos muita gente do bem aqui no Estado fazendo o mesmo: recuperando áreas degradadas, cuidando das nascentes, dos animais... Pesquisadores, como Neiva Guedes, das araras-azuis, José Sabino, dos peixes de Bonito, Patrícia Médice, das antas, e tantos outros que nos mostram que dedicação e persistência podem mudar o destino de uma espécie e de um ecossistema... Somos exemplo na exploração sustentável em Bonito, somos exemplo na pesquisa, somos exemplo no 28|TotalSaúde

Pantanal dos pantaneiros centenários. Mas ainda falta muito: legislações específicas, por que não uma cobrança diferenciada, com subsídios para quem conserva e preserva? Por que não mais dinheiro para a pesquisa, para que os produtores de conhecimento saibam nos dizer exatamente o que pode acontecer nos lugares que pretendemos ocupar? O importante é pensar que ainda dá tempo! Somos um Estado jovem, com muitos campos verdes, muita exuberância, mas que, sem planejar e pesquisar, o avanço sobre essas regiões pode significar sua sentença de morte. Não é questão de manter intocado: é manter conservado, sabendo que tem gente junto, que tem gente precisando ganhar dinheiro em suas terras, mas também produzir, explorar, ampliar com responsabilidade. Já dizia o sábio: “O mundo não é nosso, apenas o tomamos emprestado de nossos filhos...”. Como vamos entregar esse presente às futuras gerações? Foto Cláudia Gaigher

Foto Cláudia Gaigher

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Toda água que a gente usa chega tratada até nossa casa e precisa voltar sem prejuízo à natureza. Este é o trabalho que a Águas Guariroba faz diariamente com qualidade, tecnologia e eficiência. Você também pode e deve ajudar, usando água tratada sem desperdício e fazendo a ligação do seu imóvel quando houver rede de esgoto disponível. Assim, vamos garantir cada vez mais saúde e qualidade de vida para Campo Grande. A natureza precisa de você tanto quanto você precisa da natureza. Pense nisso.


Especial do Mês | Meio ambiente

Política Am Altair Perondi

Nunca foi preocupação da maioria do povo brasileiro o cuidado com a segregação e destinação final de resíduos, seja na esfera residencial, comercial ou industrial. Era só colocar os sacos na rua e... “Puff”! Eles desapareciam. Sumiam das calçadas e tornavam-se um problema para as prefeituras e o meio ambiente. Agora, com a obrigatoriedade do fechamento dos lixões, este cenário tende a mudar. Após mais de duas décadas de tramitação em processo legislativo, a Lei Federal n° 12.305 foi, finalmente, sancionada em 2 de agosto de 2010. A referida lei estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e concede um prazo de quatro anos para a adequação das partes envolvidas. Agora, com a proximidade deste prazo, o assunto ganha cada vez mais espaço na mídia, e sua discussão vai adquirindo força. Trata-se de um conjunto de disposições sobre princípios, objetivos e instrumentos, bem como diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os perigosos. Além disso, determina as responsabilidades dos geradores, do poder público e dos instrumentos econômicos aplicáveis. Configura-se na oportunidade de mudanças de paradigmas da sociedade brasileira, mesmo sendo o horizonte de implantação em torno de mais duas décadas. No entanto, torna-se inviável a adequada aplicação da PNRS se o entendimento dos direitos e deveres de cada uma das partes envolvidas não estiver devidamente compreendido e absorvido. Por isso, é imprescindível a conscientização da população sobre as metas da prefeitura em relação ao lixo da cidade. É também o que se espera das empresas que têm um setor devidamente capacitado e apto a cuidar do lixo, visando à correta segregação, incentivando, dessa forma, a reciclagem, o reaproveitamento e a destinação final adequada aos rejeitos. A lei referente à PNRS estabelece a diferenciação entre resíduos e rejeitos, identificando o resíduo sólido como um bem de valor econômico e social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. 30|TotalSaúde

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Meio ambiente | Especial do Mês

Ambiental Define como rejeito os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento, recuperação e reaproveitamento, não apresentam outra possibilidade que não seja a disposição final ambientalmente adequada. Analisando o nosso cenário regional, percebe-se que Mato Grosso do Sul está se mobilizando com o objetivo de se adequar e aproveitar os benefícios econômicos e sociais que a PNRS pode proporcionar. Tal fato evidencia-se por meio da formação dos consórcios intermunicipais para a instalação de aterros sanitários. Nesse sentido, foi realizado, recentemente, o 1° Encontro de Gestores Municipais Consorciados, na sede da Assomasul, em Campo Grande. Nos dias 15 e 16 de julho próximo, será realizada a 4° Conferência Estadual do Meio Ambiente, pelo Governo do Estado, por meio da SEMAC/IMASUL, com o apoio do IBAMA-MS e de outras atitudes que vêm sendo tomadas em âmbito municipal e estadual. Em Campo Grande, especificamente, podemos comemorar o fechamento do lixão, que desde o final de novembro do ano passado não recebe mais resíduos. Também foi implementada pelo poder público municipal a correta destinação dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS), que, incrivelmente, até a referida data também eram lançados a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. Porém, muito ainda há que se fazer. A usina de triagem não entrou em operação até agora; a coleta seletiva é restrita a uma parcela mínima da cidade e não há sinal de política para o lixo orgânico, nem do investimento em campanhas de conscientização da população. Aproveitando a proximidade da data do Dia Internacional do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, seria oportuno que todos fizéssemos uma reflexão a respeito do que podemos fazer, por meio de atitudes simples e cotidianas, visando minimizar os danos ao meio ambiente e, consequentemente, a melhora da qualidade de vida das futuras gerações. maio, 2013

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Especial do Mês | Meio ambiente

Preservação ambiental também é coisa de criança

Visando a um futuro mais sustentável, a Editora Alvorada apresenta a coleção “Conhecendo o Meio Ambiente”, que retrata as riquezas naturais do Brasil e, de forma lúdica, desperta a consciência ambiental dos pequenos. Ensinar as crianças desde cedo a cuidar da natureza é essencial para que elas cresçam com consciência do papel que desempenham no planeta. O mundo está cheio de belezas naturais, no entanto, com a ação do homem, muitas dessas belezas estão ameaçadas. E, mesmo com o constante desenvolvimento tecnológico e o crescimento econômico, que proporcionam mais conforto e melhores condições de vida para o ser humano, o grande desafio de garantir que o meio ambiente seja preservado é um dever de todos... Questão de sobrevivência! Clichês à parte, é indiscutível a necessidade de cuidarmos melhor dos recursos naturais, já que sabemos que são fontes esgotáveis e que não podem ser utilizados de forma irresponsável. Visando a um futuro mais sustentável, a Editora Alvorada apresenta a coleção “Conhecendo o Meio Ambiente”, que retrata as riquezas naturais do Brasil e, de forma lúdica, desperta a consciência ambiental dos pequenos. Com atividades e curiosidades, os livretos proporcionam uma viagem pelo conhecimento para entender melhor o que cada parte da natureza representa. A coleção traz cinco exemplares com uma linguagem de fácil entendimento sobre a fauna, a flora, a água, os biomas brasileiros e o aquecimento global. Além de explicar o que significa cada termo ambiental de modo dinâmico, os livretos também oferecem dicas de pequenos hábitos que podem ser realizados pelas próprias crianças para cuidar da natureza. Influenciar o comportamento em relação às questões ambientais de modo diver32|TotalSaúde

tido vai tornar a criança um agente multiplicador da educação ambiental. Muitas vezes, a criança chega a cobrar dos adultos ações mais conscientes em relação à natureza. Forme um futuro cidadão com atitudes corretas de preservação ambiental e adquira já a coleção “Conhecendo o Meio Ambiente”. Pequenas mudanças na rotina do dia a dia podem levar ao caminho da sustentabilidade e, consequentemente, da preservação do nosso futuro.

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Especial do Mês | Meio a mbiente Fernanda Monteiro

A turma que quer salvar o Planeta espera por você Desde 2007, um grupo de amigos que trabalham com comunicação decidiu se juntar por uma outra finalidade: salvar o Planeta. Começava uma nova era para o Pantanal. “Sem presunção ou arrogância, temos a certeza de que essa é uma grande causa, a mais nobre da humanidade nos dias de hoje”, explica o presidente da ONG Planeta Pantanal, Hamilton Medeiros, que também é membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Fórum do Lixo da cidade de Campo Grande. Da vontade à ação surgiu o projeto Vista o Verde, que, por meio do dinheiro arrecadado com a venda de camisetas ecológicas, levou a turma a plantar 1.200 mudas de árvores em fundos de vales da Capital. E da convivência com os pantaneiros nasceu a proposta do Sapicuá Pantaneiro, que atendeu a 450 pessoas, com oficinas de arte e educação, educação ambiental, informática, artesanato regional, fotografia e vídeo. Já entre os sonhos futuros que esperam por novos parceiros está a cartilha Amiguinho do Pantanal, um instrumento de educação ambiental, impressa em papel reciclado e que traz histórias de personagens que fazem parte do universo pantaneiro, direcionada a crianças e adolescentes das escolas municipais e estaduais. Ambicionam, ainda, a 1ª rede de monitoramento, que, por meio de câmeras estrategicamente posicionadas, for-

necerá imagens da vida selvagem pantaneira 24 horas por dia, via internet. A iniciativa servirá para dar suporte a projetos de preservação e autossustentação e pesquisas científicas. “O ambiente precisa de amigos. O nosso objetivo é conquistá-los, fazer com que mais e mais gente participe, do seu jeito, de uma causa urgente e de todos”, convoca o presidente da ONG. A revista Total Saúde também acredita que você pode mudar o mundo. Você é a maior força transformadora, e com atitudes bastante simples. Economize água, luz, diminua o consumo de combustível, recicle o lixo, tenha outras boas ideias, enfim, faça a sua parte e entre para essa turma do bem! 34|TotalSaúde

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Bem-estar | Ginástica Laboral Flávia Motta

ALONGUE-SE N

Flavia Mota Macuco Attilio CREF 001194 G-MS Educadora física pós-graduada em Nutrição Desportiva – Universidade Gama Filho e Obesidade e Emagrecimento – Universidade Veiga de Almeida. Personal trainer, professora de atividade física na gestação e pós-parto, professora de natação para bebês e infantil. (67) 9983 5581 flamota@terra.com.br

O corpo humano não foi projetado para passar longos períodos na posição sentada e imóvel por várias horas. A revolução eletrônica fez com que nós, seres humanos, permanecêssemos cada vez mais tempo sentados, trabalhando diante de computadores e, com isso, descobrindo problemas e consequências. Lesões por Esforço Repetitivo (LER) nos punhos, mãos e braços; dores lombares e cervicais; tensão muscular; má circulação e encurtamento da musculatura posterior da coxa são sinais que o nosso corpo emite de que há alguma coisa errada. A melhor solução para esses problemas é o alongamento, por ser uma atividade que pode ser praticada em qualquer ambiente, sem exigência de equipamentos, nem horários fixos, nem roupas específicas... É uma atividade simples que pode fazer o trabalhador se sentir melhor, por ser suave, relaxante e tranquila. Se a atividade for praticada de forma correta, pode evitar muitos problemas relacionados ao trabalho por meio de computadores ou outras tarefas que nos fazem permanecer por longos períodos na mesma posição.

Benefícios da ginástica laboral Fisiológicos Provoca o aumento da circulação sanguínea ao nível da estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo do ácido lático; Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo-articular;

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Diminui as inflamações e traumas; Melhora a postura; Diminui a tensão muscular desnecessária; Diminui o esforço na execução das tarefas diárias; Facilita a adaptação ao posto de trabalho; Melhora a condição do estado de saúde geral; Diminui o risco de acidentes no trabalho; Previne a LER e DORTs; Melhora a produtividade com menor desgaste físico; Redução da sensação de fadiga ao final da jornada.

Psicológicos Favorece a mudança da rotina; Reforça a autoestima; Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários; Melhora a capacidade de concentração no trabalho.

Sociais Desperta o surgimento de novas lideranças; Favorece o contato pessoal; Favorece o sentido de grupo - se sentem parte de um todo; Melhora o relacionamento.

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Ginástica Laboral | Bem-estar

E NO TRABALHO Qual é a melhor maneira de alongar-se? • Respirar naturalmente • Relaxar • Prestar atenção ao seu corpo • Concentrar-se nos músculos e articulações que estão sendo trabalhados • Sentir o alongamento • Não sentir dor

Qual é a maneira errada de alongar-se? • Prender a respiração • Estar com pressa • Não prestar atenção ao seu corpo • Alongar até sentir dor As empresas que aderem à atividade física no dia a dia dos seus funcionários só têm a ganhar. Não há necessidade de uma sala especial pra essa atividade, podendo ser realizada no local de trabalho. Normalmente são feitas por períodos breves, com duração de 5 a 15 minutos.

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Bem-estar | Equilibrio corporal

Lygia Fontoura

Equilibrio corporal

Rua Zezé Flores, 691. Santa Fé 9617 2800 ou 8142 0028

Lygia Fontoura

CREFITO 9-31810. Fisioterapeuta graduada pela UCDB em 1999; Esp. em Fis. Desportiva na UNIMEP; Cursos nas áreas de Reeducação Funcional do Assoalho Pélvico em São Paulo no Centro de Estudos Urológicos do HSPE; Iso-Streetching com Bernard Redondo; Reeducação Postural Global - RPG com Philippe E. Souchard; Formação e Certificação de Instrutores de Pilates: Nova Postura no Studio Neuza Araujo em São Paulo; Pilates na Conduta Cinesioterapêutica pela D e D Fisioterapia Especializada; Pilates na Escoliose e Herina de Disco pela CGPA; Power Pilate; FAST - Funcional Athetic Trainig.

Dentre as doenças que causam tonturas, vertigens e desequilíbrio, a labirintite é a mais conhecida. O labirinto é uma estrutura situada no ouvido interno e faz parte do sistema vestibular (complexo sistema responsável pela manutenção do equilíbrio corporal). O labirinto interage com outros sistemas do organismo, como o sistema visual (olhos) e o sistema músculo-esquelético (ossos e articulações) para manter o equilíbrio corporal. Por fim, informações provenientes desses sistemas são transmitidas, por meio dos nervos, para o cérebro, que então recebe, interpreta e processa as informações desses sistemas para manter o controle do equilíbrio corporal.

Doenças que causam desequilíbrio Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) Trata- se de uma rápida e intensa sensação de vertigem que ocorre por causa de uma mudança específica na posição da cabeça.

Labirintite Doença causada por uma infecção ou inflamação do labirinto. 38|TotalSaúde

Doença de Méniéri Doença que se caracteriza por apresentar episódios de vertigens, redução temporária da audição, zumbidos e sensação de pressão nos ouvidos.

Neurite vestibular Infecção do nervo vestibular, geralmente de origem viral.

Fístula perilinfática É a comunicação anormal entre o ouvido interno e o médio, com extravasamento de fluídos.

Causas neurológicas Tumores cerebrais, infecções, doenças desmielinizantes, isquemias ou derrames cerebrais, doenças degenerativas ou hereditárias, tipos específicos de enxaqueca, insuficiência vértebro-basilar, entre outras.

Outras causas Elevação da pressão arterial; uso de determinados tipos de medicação; alguns problemas visuais e infecção nos ouvidos. maio, 2013


Equilibrio corporal | Bem-estar

Sintomas Quando há prejuízo no equilíbrio corporal, o indivíduo sente dificuldade para manter uma orientação correta de sua postura. • Sensação de tontura ou vertigem • Queda ou sensação de estar caindo • Sensação de atordoamento ou de confusão mental • Turvação visual • Desorientação Outros sintomas também podem ocorrer, como a sensação de enjoos, vômitos, palpitações, ansiedade, sensação de medo, redução da acuidade auditiva e zumbidos. Quando a causa é neurológica, também pode haver desmaios, dores de cabeça e incoordenação motora dos membros.

Tratamento Como existem diversos tipos de doenças que causam sintomas de desequilíbrio, todo tratamento deve ser individualizado, baseado no tipo de doença diagnosticada, tipo dos sintomas, histórico de saúde, exames médicos diversos, entre outros fatores.

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Bem-estar | Exercício físico Fernanda Monteiro

Exercício físico

se torna fundamental no combate aos males modernos A medicina tem reconhecido a importância do exercício físico na promoção e reabilitação da saúde. Ultrapassando os visíveis e desejados rendimentos estéticos, manter a prática reduz os triglicerídeos, aumenta o HDL, melhora o controle glicêmico e a sensibilidade insulínica, aumenta o fluxo sanguíneo coronariano e transforma o status psicológico. Ou seja, na tradução popular e atual, previne e controla o colesterol, diabetes, as doenças do coração, a hipertensão, artrose e problemas de coluna e reduz o estresse, a ansiedade e depressão, evitando e diminuindo, em alguns casos, a administração de medicamento. “Considero o exercício físico um padrão ouro e não um complemento ao tratamento terapêutico”, garante o especialista em fisiologia do exercício, Alberto Zeolla Vieira. Então se engana quem acredita que vai mexer o corpo e somente emagrecer, melhorar o condicionamento e a consciência corporal. Os benefícios do exercício físico devidamente orientado, incluindo ajuste postural, controle de carga e rotina de treino anda fazendo uma revolução na qualidade de vida. Tem mais: o dia a dia será vivido com muita disposição e excelente humor. Concluindo, “o profissional que enxerga a individualidade e, consequentemente propõe um treino personalizado associando várias atividades, pode tornar o exercício físico terapêutico e motivador”, explica Vieira. E um lembrete final: a prática periódica de exercícios é recomendada por profissionais da saúde e planejada e orientada por educadores físicos. Agora se mantenha em atividade e diga adeus às doenças comuns da atualidade.

Rua Arthur Jorge, 622 Centro (67) 3305 8099 contato@stoffer.com.br

Foto Luciano Muta

Alberto Zeolla Vieira CREF 005133-G/MS

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Especialista em fisiologia do exercício - Unicid/SP; Especialista em treinamento desportivo - CEFIT/ SP; Instrutor de pilates - CGPA/SP.

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Emagrecer | Nutrição Dra. Tatiane Savarese Attilio

O que você faria para

emagrecer?

Esta é uma pergunta cuja resposta, infelizmente, normalmente é: qualquer coisa, menos reeducação alimentar e atividade física regular. Todos querem emagrecer, isso é um fato. Mas queremos isso tomando cerveja (pelo menos três vezes na semana), comendo doce todos os dias (e na TPM, então?), devorando barras de chocolate... Emagrecer por meio de uma dieta personalizada e atividade física programada exige força de vontade e conscientização. Força de vontade para se programar e sempre ter o que comer, de forma saudável e prazerosa, e conscientização de que é a partir da alimentação que se mantém e/ou se recupera a saúde e a longevidade. É por meio da alimentação que se evita as doenças e o envelhecimento precoce; é da alimentação que o corpo retira o que necessita para viver mais e melhor. Quero, mais uma vez, dizer aqui que a dieta não pode deixar de proporcionar maio, 2013

prazer alimentar, e não pode ser restritiva, ou seja, não pode deixar quem faz a dieta literalmente passando mal de fome. A atividade física também não precisa ser estafante, porém deve ser devidamente orientada, e principalmente regular e programada. Por isso, preste atenção ao preço que você está disposto a pagar para emagrecer. “Dietas da moda” reformuladas, medicamentos sem a prescrição adequada, automedicação e tantas outras loucuras que são cometidas em prol de um suposto efeito rápido e sem danos à saúde. Será? Posso garantir, com a maior tranquilidade e baseado em mais de 11 anos de atendimento em consultório, que não é assim. Quer emagrecer, viver cheio de energia e de saúde? Invista em um profissional nutricionista devidamente capacitado. Procure saber do seu curriculum, o que o tratamento oferece e se o programa pode ser adaptado à sua realidade. Valorize-se!

Rua Franklin Roosevelt, 61 Sala 08 (67) 3306 0608 e 9128 8484 www.atitudesaude.com.br

Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175

Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensão na área da saúde.

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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.


Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918

Dr. Maurício de Barros Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073

Rua Antonio Maria Coelho, 2.728 - Jd. dos Estado - Campo Grande-MS - Fone: 67 3027.1900


Comportamento | Felicidade Interna Bruta

Camila Cruz

Felicidade Intern

Um novo conceito de bem-est a De uns anos pra cá, vivemos um verdadeiro “boom” de ofertas e produtos no mercado. Celulares a cada dia mais modernos, computadores de última geração, carros automáticos, roupas e joias com designs diferenciados... E para poder garantir todas essas novidades em nossas vidas, só nos resta uma alternativa: trabalhar muito! Mas até que ponto o estilo de vida corrida e a necessidade de ganhar cada vez mais dinheiro fazem bem à nossa saúde? Será que contribuem para o bem-estar das pessoas ao nosso redor? Pensando em todas essas questões, foi criado o conceito da Felicidade Interna Bruta, conhecida como FIB. A Felicidade Interna Bruta é uma ciência que analisa quais fatores de uma sociedade podem proporcionar ao indivíduo a sensação de bem-estar constante. A proposta da FIB é incluir atividades não remuneradas no dia a dia da sociedade, como o uso equilibrado do tempo, cuidados especiais com a família, preservação da natureza, o uso de produtos saudáveis e bem-estar humano. Mas você deve estar se perguntando: como conseguir essa tal sensação com a vida corrida e frenética que vivemos? Na verdade, a FIB é um incentivador de mudanças, um processo de mobilização social em prol do bem-estar coletivo e do desenvolvimento sustentável. Mas, realmente, não é possível consegui-lo sozinho, e por isso este é também um processo de conscientização das lideranças locais para a formação de parcerias entre os principais setores da sociedade, que são o governo, empresas, cidadania e academias. A criação da Felicidade Interna Bruta foi relacionada ao que chamamos (e sobre o qual você já deve ter escutado bastante) de Produto Interno Bruto. Desde a Segunda Guerra Mundial, o PIB é o indicador de tudo o que é produzido num país em termos de bens e serviço. Já a FIB vai mais longe, pois no cálculo da “riqueza” devem ser considerados outros aspectos que vão além do desenvolvimento econômico do país.

Como medir a felicidade? Quando falamos em felicidade, nos vem à cabeça algo que não é possível apalpar e nem medir. A pessoa 44|TotalSaúde

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Felicidade Interna Bruta | Comportamento

rna Bruta (FIB)

st ar coletivo e sustentabilidade é ou não é feliz, sem meio termo... Então, como seria possível medir se uma sociedade toda pode ser feliz? Apesar de fazer certo sentido, importantes pesquisadores definem a felicidade como a combinação de três aspectos: o grau e a frequência de sentimentos positivos; o nível médio de satisfação que a pessoa reporta durante um período mais alongado de tempo; o grau de ausência de sentimentos negativos. Sendo assim, é possível medir a felicidade e avaliá-la dentro da proposta da FIB.

História da FIB O conceito da Felicidade Interna Bruta foi desenvolvido em Butão, um pequeno país do Himalaia, no ano de 1972. Elaborado pelo rei Jigme Wangchuck, o país começou a colocar a ideia em prática com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o que atraiu a atenção do resto do mundo com sua nova fórmula para medir o progresso de uma comunidade. A frase que marcou a criação da FIB como algo importante para o cuidado com a vida foi: “A Felicidade Interna Bruta é mais importante que o Produto Interno Bruto”. Essa criação assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país. A utilização de indicadores de bem-estar vem ganhando muita relevância nos últimos anos, e está sendo aplicada em outros países do mundo, como Brasil, Reino Unido, Tailândia, Canadá e Austrália.

Nove dimensões Levando em consideração que a FIB é a integração do desenvolvimento material, psicológico, cultural e espiritual, sempre em harmonia com a terra, baseia-se em nove variáveis: bem-estar psicológico, saúde, uso do tempo, padrão de vida, educação, cultura, meio ambiente, governança e vitalidade comunitária.

Fonte: Portal da Organização Felicidade Interna Bruta - Brasil

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Viaje Bem | Turismo para a terceira idade Renato Lima

Sombra,

passaporte e água fresca A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o pleno bem-estar físico, psicológico e social é a definição universal de saúde. Um pouco do que provamos em uma agradável viagem, não é mesmo? Essa é a proposta da Viaje Bem, a nova coluna da revista Total Saúde. Um convite a você, leitor e leitora, a permitir um novo olhar sobre a sua próxima viagem. Neste espaço, pretendemos mostrar como os prazeres de conhecer novos lugares, culturas diferentes ou simplesmente respirar outros ares podem proporcionar ganhos que impactam positivamente a nossa própria saúde. Para estrear a coluna, escolhemos um assunto que representa a essência da nossa proposta. É bem verdade que pessoas estão vivendo mais e melhor. Expectativa de vida aumentando e economia aquecida é uma fórmula que resulta em mais pessoas viajando. Nesse movimento, os idosos estão aproveitando muito, afinal, para quem já trabalhou tanto, é mais que merecido curtir a vida com boas viagens. A terceira idade brasileira nunca viajou tanto, e está cada vez mais exigente... E o mercado já percebeu isso! Hoje, existem agências específicas e pacotes exclusivos para atender às necessidades de quem já passou dos 60. Pesquisas recentes apontam que mais da metade dos idosos viaja de uma a duas vezes por ano. A maioria prefere viajar em baixa temporada e, além de viajar com a família, está procurando viagens em excursões e grupos direcionados. Alimentação e hospedagem são os itens aos quais os idosos mais prestam atenção na hora de escolher um roteiro. Pergunte a um diabético ou hipertenso o valor que ele dá a uma alimentação especial no café da manhã do hotel. Apoio nos banheiros, rampas e corrimão também fazem toda a diferença na escolha do hotel. O cuidado com a saúde deve ser redobrado para que a viagem não vire uma desventura. Os medicamentos precisam estar na bagagem, e é melhor despachá-los;

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Turismo para a terceira idade | Viaje Bem

Turismo para a terceira idade cresce e oferece diferenciais para um público exigente o mesmo vale para bengalas, aparelho de inalação etc. A receita médica também é indispensável, principalmente em viagens para o exterior. Remédios de uso contínuo e de uso não controlado devem ser levados na bagagem de mão. Em caso de restrições alimentares, é interessante pesquisar a tradução dos produtos no idioma do destino, para não correr riscos na hora das refeições. O seguro-saúde é essencial para garantir atendimento em caso de emergências, independente da idade do viajante. Pensando na inclusão social do idoso e no fortalecimento do turismo interno, o Governo Federal criou o programa “Viaja Mais Melhor Idade”, com mais de 2 mil agências de turismo cadastradas em todo o País. Apresentamos aqui algumas sugestões de roteiros para a sua próxima viagem, afinal, nós queremos que você Viaje Bem!

Nordeste Sim, eles gostam de sol e mar! Fortaleza e Natal são dois destinos muito procurados por idosos, atraídos pelas paisagens paradisíacas. O setor turístico já oferece estrutura adequada e passeios mais comedidos, mas sem diminuir a aventura.

Águas termais Águas de Lindoia (SP) e Caldas Novas (GO) são duas cidades famosas pelos balneários de águas quentes. Opções ideais para quem busca tratamentos temaio, 2013

rapêuticos ou apenas relaxar nas águas termais, que podem chegar a até 51ºC. São cidades pequenas, tranquilas e com clima de interior, garantindo maior segurança aos turistas idosos.

Roteiros históricos A Rota dos Vinhos, no Rio Grande do Sul, e o Circuito Histórico de Minas Gerais exigem um pouco mais disposição dos turistas, com caminhadas e deslocamento, mas recompensam com a experiência cultural e histórica. No Rio Grande do Sul, é possível conhecer todo o processo de fabricação de vinhos, visitar diferentes vinícolas rurais, além de degustar vinhos elaborados no local. Já as famosas igrejas mineiras, com altares banhados a ouro, tornam-se uma visita à própria história do Brasil. E até mesmo as subidas íngremes de Ouro Preto já contam com vans para o transporte dos idosos, poupando-os do esforço.

Exterior Na América do Sul, o Chile tem se destacado como referência em turismo para a melhor idade, investindo em infraestrutura e pacotes customizados, a fim de atender às necessidades específicas de cada idoso. Roteiros históricos europeus, como Portugal, Espanha e França, também agradam muito. Em geral, por contar com uma grande população idosa, os países europeus sabem tratar muito bem os turistas da terceira idade. TotalSaúde|47




Cultura | Contadora de histórias Andréia Menezes Lorenzoni

Era uma vez

uma contadora de histórias...

Ariadne Cantú é autora de diversos livros publicados pela Editora Alvorada e realiza contação de história para crianças. 50|TotalSaúde

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Contadora de histórias | Cultura

A arte de divertir, encantar e ensinar ao mesmo tempo estimula a imaginação de forma lúdica. Estamos em contato direto com histórias de todos os tipos no nosso dia a dia. Para as crianças, no entanto, cada conto é uma nova experiência, uma descoberta. Quantas vezes você já viu alguém contando uma história para uma criança agitada se acalmar ou para uma quietinha se distrair? Apesar de ser muito eficiente para divertir os pequenos, a arte da contação de histórias vai muito além do entretenimento. Uma história tem o poder de despertar diversos tipos de reações no ouvinte, mas quando ela é contada para uma criança de uma forma dinâmica e que chama a atenção, as possibilidades de percepção do conteúdo são muito maiores. E este é o dom de um contador de histórias. Assim, além de estimular a imaginação, as histórias acabam se transformando em ótimos métodos de educação. Saber contar uma história é um dom. Em um momento, o contador de histórias pode despertar a comoção, o riso e a reflexão sobre o que é importante na vida. Em outro, estimular o conhecimento, informar e motivar o desenvolvimento crítico da criança. Para isso, o contador deve causar uma doce angústia em seu ouvinte, em um misto de pressa para que a história acabe seguida de um sincero temor de que ela realmente termine. Ariadne Cantú é uma legítima contadora de histórias. Começou a praticar a arte com os filhos e não parou mais. Com a criatividade de sempre contar histórias inventadas na hora, adaptadas ao cotidiano e com pitadas de humor, ela se inspirou e foi adiante. Escreveu diversos livros infantis com temas divertidos e ao mesmo tempo complicados de se falar diretamente com uma criança, como drogas, adoção e câncer. Suas obras são publicadas pela Editora Alvorada. “A criança tem uma perspectiva muito

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peculiar e, para interagir com ela, o adulto deve alinhar seus pensamentos e perspectivas, procurando pensar como uma criança e voar com ela na velocidade do seu pensamento”, diz Ariadne. E para ela, autenticidade surge naturalmente. Depois de contar suas histórias em diversas instituições do Estado, Ariadne foi convidada para a Feira do Livro de Campo Grande. E aí o desafio havia sido lançado. Depois de ler o seu livro “Kiko - o menino que não dormia”, sobre um menino que ganha um relógio e consegue parar o tempo por sete minutos, Ariadne colocou a imaginação em funcionamento para as diversas crianças presentes. “Eu estava usando um colar com um pequeno pingente de relógio, e na hora tirei-o do pescoço e comecei a brincar com a garotada de parar o tempo, congelando os movimentos do corpo enquanto cantávamos juntos várias músicas escolhidas por eles”, conta. No entanto, como boa mãe coruja que é, Ariadne considera o seu filho de três anos o seu maior fã: “um dia desses percebi que ele não queria dormir e contei uma história bem caprichada; ao final, ele me disse: ‘mãe, eu acho que você é uma máquina de contar histórias’. Sem querer, ele me deu um dos maiores presentes que uma escritora pode receber”. Para Ariadne, a contação de histórias nada mais é que uma forma saudável de fazer uma criança aprender a cultivar a própria capacidade de dar vida aos pensamentos, proporcionando a base para que ela construa seus projetos no futuro. “Minha dica é: seja criança também. Organize os pensamentos como um adulto, mas principalmente sonhe e se deixe voar. Uma criança que tem oportunidade de extravasar seus sonhos com certeza será um adulto mais feliz e realizado”. TotalSaúde|51


Medicina | Cuidados para um cirurgia

Camila Cruz

Cuidados p Quem não sente um frio na barriga quando ouve do médico que é necessário fazer uma cirurgia? Você já passou por essa situação alguma vez? Quase sempre bate aquela ansiedade e a preocupação de como será todo esse procedimento. Sabemos que uma cirurgia envolve riscos, mesmo que sejam mínimos, e por isso é muito importante tomar certos cuidados para que tudo ocorra bem e a decisão de operar seja feita com total segurança. Não é vergonha alguma fazer muitas perguntas ao médico, afinal de contas, é a sua vida que está na pauta do momento. Uma dica é anotar todas as dúvidas para não se esquecer de nenhum detalhe. Fazer exames pré-operatórios e saber quais as condições em que a intervenção será realizada são alguns dos principais passos. A relação de confiança entre médico e paciente também é fundamental, o que significa que as informações sobre o procedimento devem ser claras, objetivas e com vocabulário bem simples. Algumas questões podem ser elaboradas:

Cirurgia Existem outros tratamentos para o meu caso clínico? Como é feita a cirurgia? Quando o médico sugere a cirurgia como uma saída, na maioria dos casos é 52|TotalSaúde

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Cuidados para uma cirurgia | Medicina

para uma cirurgia porque os procedimentos menos invasivos não parecem ser a melhor opção. De qualquer maneira, o paciente tem o direito de escolher tratamentos alternativos e ouvir outras opiniões médicas. Depois de decidir, cabe ao médico explicar detalhadamente sobre o procedimento a ser realizado, exceto em casos de emergência. Perguntar, por exemplo, qual o tipo de anestesia que será usada e verificar a necessidade de acompanhante ou enfermeira particular são atos importantes. E não se esqueça de levar para a internação os exames complementares realizados.

Paciente Há algum preparo a ser feito anteriormente? Posso esperar para marcar a data? Cada tipo de cirurgia indicará um preparo específico antes da internação. É muito importante esclarecer quais as indicações médicas e cumpri-las, como as restrições físicas, alimentares, medicamentos e exames laboratoriais pré-operatórios. Na maioria dos casos, quando uma cirurgia é indicada, o ideal é que seja realizada o quanto antes, mas em algumas situações é possível aguardar um período mais adequado ao paciente. Essa questão é importante principalmente para os pacientes que não sentem o corpo reclamar, mas o seu estado de saúde pode estar comprometido. maio, 2013

Médico Como é o histórico profissional do médico? Há quanto tempo ele opera? Muitas pessoas não têm esse conhecimento, mas existe um número mínimo de operações por ano para que o médico tenha experiência. Porém, para cirurgias mais raras esse critério não pode ser empregado, por isso o ideal é perguntar se o médico tem experiência nesse tipo de procedimento e, se julgar necessário, pesquisar sobre a sua carreira profissional. A questão da confiança, nesse caso, é fundamental.

Custos e internação Quais são os custos com a cirurgia? Qual é o hospital mais indicado? Os valores dependem se o paciente vai operar pelo plano de saúde, se é particular ou se é por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os custos devem ser explicados pelo médico, pois existem tanto os custos diretos (referentes ao procedimento cirúrgico) quanto os custos indiretos (como o afastamento do trabalho e a limitação da rotina diária no pós-operatório). É importante o paciente conhecer o hospital onde será feita a cirurgia, questionar se as instalações são adequadas ao procedimento proposto e se os equipamentos estão disponíveis caso aconteça algo inesperado. TotalSaúde|53


Endereços úteis CONTATOS

Cirurgia plĂĄstica

Produtos naturais

Dr

Fe rraz Dr. Orlando Monteiro JĂşnior CRM/MS 3256 a CRM/SP 73.806 SĂŁo F Ginecologista ClĂ­nica Gazineu Rua SĂŁo Paulo, 907 Campo Grande/MS (67) 3382 5484 www.projetoalfa.com.br

Dr. JoĂŁo AntĂ´nio Freire CRM/MS 1747 CirurgiĂŁo PlĂĄstico Av. Mato Grosso, 2.520 Campo Grande/MS (67) 3326 6666 www.clinicadrfreire.com

Dra. Marilana Geimba De Lima CRM/MS 3006 Mastologista Av. Mato Grosso, 1.407 Campo Grande/MS (67) 3325 5958 7

Ginecologia

Condicionamento fĂ­sico

Dra. Christiana Veloso Rebello Hilgert CRM/MS 2756 Oftalmologista Instituto da VisĂŁo Rua Arqt. Rubens Gil de Camilo, 83 ChĂĄcara Cachoeira Campo Grande/MS (67) 3026 1333

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Odontologia

Aparelhos auditivos

Dr. Radi Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324 9802 Dr. MaurĂ­cio de Barros Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3321 8921

54 | TotalSaĂşde

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maio, 2013




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